DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO - Supremo Tribunal Federal

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DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N°: 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio Publicação: quarta-feira, 30 de maio SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Praça dos Três Poderes Brasília - DF CEP: 70175-900 Telefone: (61) 3217-3000 www.stf.jus.br Ministra Cármen Lúcia Presidente Ministro Dias Toffoli Vice-Presidente Eduardo Silva Toledo Diretor-Geral ©2018 PRESIDÊNCIA DISTRIBUIÇÃO Ata da Centésima Vigésima Distribuição realizada em 24 de maio de 2018. Foram distribuídos os seguintes feitos, pelo sistema de processamento de dados: AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 3.129 (1) ORIGEM : 3129 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES AUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DA BAHIA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA RÉU(É)(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.027 (2) ORIGEM : 4027 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. GILMAR MENDES REQTE.(S) : PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE - PSOL ADV.(A/S) : FERNANDO GARCIA CARVALHO DO AMARAL (152005/ SP) INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICA PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) : CONGRESSO NACIONAL PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO REDISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO AÇÃO PENAL 1.028 (3) ORIGEM : 1028 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PROCED. : MATO GROSSO RELATOR : MIN. LUIZ FUX REVISORA :MIN. ROSA WEBER AUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA RÉU(É)(S) : ADILTON DOMINGOS SACHETTI ADV.(A/S) : SAULO RONDON GAHYVA (13216/MT) E OUTRO(A/S) DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO AGRAVO DE INSTRUMENTO 851.181 (4) ORIGEM : PROC - 200763030037918 - TURMA REC. JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS PROCED. : SÃO PAULO RELATOR :MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) : PAULINA DA PAIXÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL HABEAS CORPUS 157.356 (5) ORIGEM : 157356 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PROCED. : SÃO PAULO RELATOR :MIN. EDSON FACHIN PACTE.(S) : LUIZ GUILHERME FERREIRA IMPTE.(S) :LUIZ CARLOS MOTA JUNIOR (337648/SP) COATOR(A/S)(ES) :RELATOR DO HC Nº 447.581 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA HABEAS CORPUS 157.358 (6) ORIGEM : 157358 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PROCED. : MATO GROSSO DO SUL RELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) :ROSANA SILVA DE SOUZA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE MATO GROSSO ADV.(A/S) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA HABEAS CORPUS 157.366 (7) ORIGEM : 157366 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PROCED. : SÃO PAULO RELATOR :MIN. GILMAR MENDES PACTE.(S) :IGOR SANTANA FELIX DA SILVA IMPTE.(S) : NATAN TERTULIANO ROSSI (367484/SP) COATOR(A/S)(ES) :RELATOR DO HC Nº 450.011 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA HABEAS CORPUS 157.367 (8) ORIGEM : 157367 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PROCED. : SÃO PAULO RELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAES PACTE.(S) :ELVIS ROGERIO DA SILVA LOPES IMPTE.(S) : NATAN TERTULIANO ROSSI (367484/SP) COATOR(A/S)(ES) :RELATOR DO HC Nº 450.711 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA HABEAS CORPUS 157.397 (9) ORIGEM : 157397 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PROCED. : SÃO PAULO RELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) : MAURÍCIO MENDONÇA DE HOLANDA IMPTE.(S) : ADRIANO PROCOPIO DE SOUZA (188301/SP) COATOR(A/S)(ES) :RELATOR DO HC Nº 371.732 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA HABEAS CORPUS 157.398 (10) ORIGEM : 157398 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PROCED. : SÃO PAULO RELATOR :MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) : DIOGO DUARTE DE LIMA IMPTE.(S) : CICERO SALUM DO AMARAL LINCOLN (319219/SP) E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) :RELATOR DO HC Nº 414.584 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA HABEAS CORPUS 157.399 (11) ORIGEM : 157399 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PROCED. : SÃO PAULO RELATORA :MIN. ROSA WEBER PACTE.(S) :ROBERTO PEREIRA DA SILVA Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICOREPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

N°: 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio Publicação: quarta-feira, 30 de maio

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Praça dos Três PoderesBrasília - DF

CEP: 70175-900Telefone: (61) 3217-3000

www.stf.jus.br

Ministra Cármen LúciaPresidente

Ministro Dias ToffoliVice-Presidente

Eduardo Silva ToledoDiretor-Geral

©2018

PRESIDÊNCIA

DISTRIBUIÇÃO

Ata da Centésima Vigésima Distribuição realizada em 24 de maio de 2018.

Foram distribuídos os seguintes feitos, pelo sistema de processamento de dados:

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 3.129 (1)ORIGEM : 3129 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIARÉU(É)(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.027 (2)ORIGEM : 4027 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESREQTE.(S) : PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE - PSOLADV.(A/S) : FERNANDO GARCIA CARVALHO DO AMARAL (152005/

SP)INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : CONGRESSO NACIONALPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

REDISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

AÇÃO PENAL 1.028 (3)ORIGEM : 1028 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. LUIZ FUXREVISORA :MIN. ROSA WEBERAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARÉU(É)(S) : ADILTON DOMINGOS SACHETTIADV.(A/S) : SAULO RONDON GAHYVA (13216/MT) E OUTRO(A/S)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 851.181 (4)ORIGEM : PROC - 200763030037918 - TURMA REC. JUIZADOS

ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : PAULINA DA PAIXÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

HABEAS CORPUS 157.356 (5)ORIGEM : 157356 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ GUILHERME FERREIRAIMPTE.(S) : LUIZ CARLOS MOTA JUNIOR (337648/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 447.581 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.358 (6)ORIGEM : 157358 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : ROSANA SILVA DE SOUZAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE MATO

GROSSOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.366 (7)ORIGEM : 157366 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : IGOR SANTANA FELIX DA SILVAIMPTE.(S) : NATAN TERTULIANO ROSSI (367484/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 450.011 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.367 (8)ORIGEM : 157367 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESPACTE.(S) : ELVIS ROGERIO DA SILVA LOPESIMPTE.(S) : NATAN TERTULIANO ROSSI (367484/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 450.711 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.397 (9)ORIGEM : 157397 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : MAURÍCIO MENDONÇA DE HOLANDAIMPTE.(S) : ADRIANO PROCOPIO DE SOUZA (188301/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 371.732 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.398 (10)ORIGEM : 157398 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : DIOGO DUARTE DE LIMAIMPTE.(S) : CICERO SALUM DO AMARAL LINCOLN (319219/SP) E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 414.584 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.399 (11)ORIGEM : 157399 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : ROBERTO PEREIRA DA SILVA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO ARESP Nº 876.761 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.400 (12)ORIGEM : 157400 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : GOIÁSRELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : MÁRCIO CEZAR DA SILVAPACTE.(S) : THIAGO CARLOS DE BARROSIMPTE.(S) : MARUZAN ALVES DE MACEDO (41134/MG) E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.401 (13)ORIGEM : 157401 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : GUSTAVO ATILIO DE OLIVEIRA COIMBRAPACTE.(S) : LETICIA FRANCIELI DA COSTA GOMES DE SOUZAIMPTE.(S) : GUILHERME GIBERTONI ANSELMO (239075/SP)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 157.402 (14)ORIGEM : 157402 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESPACTE.(S) : G.G.S.IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.403 (15)ORIGEM : 157403 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : JONES JERONIMO DA SILVAIMPTE.(S) : MAURO EVANDO GUIMARAES (204341/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 450.286 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.404 (16)ORIGEM : 157404 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : SAMUEL STEVYSON SANTANAIMPTE.(S) : FELIPE NANINI NOGUEIRA (356679/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 450.380 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.405 (17)ORIGEM : 157405 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : DILSON TEIXEIRA VIANAIMPTE.(S) : RAFAEL LINO DA FONSECA (121465/MG)IMPTE.(S) : PAULO HENRIQUE DE OLIVEIRA SILVA (129977/MG)IMPTE.(S) : MATHIAS WALDER LOBATO (174079/MG)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.406 (18)ORIGEM : 157406 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : GUILHERME CARNEIRO DE SANTANAIMPTE.(S) : MAURO ATUI NETO (266971/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 450.855 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.407 (19)ORIGEM : 157407 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : ELIFAZ GONÇALVES DE LEMOSIMPTE.(S) : MAURO ATUI NETO (266971/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 450.858 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.408 (20)ORIGEM : 157408 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : RODRIGO SILVA SOUZAIMPTE.(S) : MAURO ATUI NETO (266971/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 450.857 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.409 (21)ORIGEM : 157409 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : VICENTE DE PAULA DARIENZO FILHOIMPTE.(S) : CICERO SALUM DO AMARAL LINCOLN (319219/SP) E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 424.399 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.410 (22)ORIGEM : 157410 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : RONY HAMOUIIMPTE.(S) : JOSE LUIS MENDES DE OLIVEIRA LIMA (107106/SP) E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 449.793 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 157.411 (23)ORIGEM : 157411 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : MATHEUS VIEIRAIMPTE.(S) : JAIR CARLOS DE SOUZA (27058/SC)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 445.885 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.412 (24)ORIGEM : 157412 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : L.R.O.C.IMPTE.(S) : GLAUBER BEZ (261538/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 449.160 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.413 (25)ORIGEM : 157413 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : GERALDO CABRAL ROLA FILHOIMPTE.(S) : MARCOS AURELIO SANTIAGO BRAGA (6393/RN) E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.414 (26)ORIGEM : 157414 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESPACTE.(S) : JOSÉ CARLOS ROMÃOIMPTE.(S) : FLAVIO APARECIDO SOATO (145286/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 448.399 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.415 (27)ORIGEM : 157415 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : DOUGLAS MOISES QUINTILIANOIMPTE.(S) : FRANCISCO ROGERIO DEL CORSI CAMPOS

(29649/MG) E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 448.947 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 157.416 (28)ORIGEM : 157416 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 3

RELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : VINICIUS BRUNO MONTEIRO DA SILVAIMPTE.(S) : DAVID MARTINS (351104/SP)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.417 (29)ORIGEM : 157417 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : GOODLUCK NGOZI UMAHIPACTE.(S) : TOCHUKWU KINGSLEY GODWINIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.418 (30)ORIGEM : 157418 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : ADRIANO SOARES MENEZESIMPTE.(S) : PALOMA GURGEL DE OLIVEIRA CERQUEIRA (37186-

A/CE, 9654/RN)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 396.549 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 157.419 (31)ORIGEM : 157419 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : MAICON FERNANDES DAMASIOIMPTE.(S) : ALEXSANDRO NASSIF (70842/PR)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 449.352 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.420 (32)ORIGEM : 157420 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : CARLOS HENRIQUE SILVA DE OLIVEIRAIMPTE.(S) : HOMERO SILLES (68842/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 443.035 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.421 (33)ORIGEM : 157421 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : NATAN BARROS DE ASSIS E SILVAIMPTE.(S) : BRUNO CORREA DA SILVA (176282/MG)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 450.570 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.422 (34)ORIGEM : 157422 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOPACTE.(S) : UYSER JOSE DOS SANTOS NAVARROIMPTE.(S) : JOAO MACIEL DE LIMA NETO (193386/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 448.633 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.423 (35)ORIGEM : 157423 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : EDUARDO CASSEBIMPTE.(S) : LUIZ EDUARDO DE ALMEIDA SANTOS KUNTZ

(307123/SP) E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.424 (36)ORIGEM : 157424 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESPACTE.(S) : ADRIANO MORAES XAVIERIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

HABEAS CORPUS 157.425 (37)ORIGEM : 00715893620181000000 - SUPREMO TRIBUNAL

FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : HEVERSON RODRIGO RIBEIRO BESSAIMPTE.(S) : BEATRIZ DA SILVA COSTA DE SOUZA (116555/RJ) E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 428.414 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.427 (38)ORIGEM : 157427 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOPACTE.(S) : LEONES DA SILVAIMPTE.(S) : SANDRO GUARAGNI (78594/RS) E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC 434.420 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.428 (39)ORIGEM : 157428 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOPACTE.(S) : DAIANE DAGMAR JORGEIMPTE.(S) : CESAR CASTELLUCCI LIMA (22369/SC) E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA

HABEAS CORPUS 157.429 (40)ORIGEM : 157429 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : WILSON FERREIRA BARBOSAIMPTE.(S) : RODRIGO CORREA GODOY (196109/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 450.414 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.430 (41)ORIGEM : 157430 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : MATHEUS DE OLIVEIRA COSTAIMPTE.(S) : RONALDO FERREIRA MARINHO (18225-B/PA)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.431 (42)ORIGEM : 157431 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : DIEGO IGOR CONCHESKIIMPTE.(S) : MARCELO AUGUSTO RODRIGUES DE LEMOS (94933/

RS)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 450.468 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.432 (43)ORIGEM : 157432 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : ELIEL ALEXANDRE DOS SANTOSIMPTE.(S) : GUSTAVO VINICIUS ALMEIDA DE OLIVEIRA

(389620/SP)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.434 (44)ORIGEM : 157434 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : LUIZ JORGE JÚNIORIMPTE.(S) : LILIAN CLAUDIA JORGE (190256/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 450.833 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 157.435 (45)ORIGEM : 444348 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : MARCO AURELIO MIRANDAIMPTE.(S) : RAFAEL DE MENDONCA PEREIRA CUNHA

(144928/MG)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.436 (46)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 4

ORIGEM : 157436 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : SUELI APARECIDA MARTIMIMPTE.(S) : WILLEY LOPES SUCASAS (148022/SP) E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 424.886 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.437 (47)ORIGEM : 157437 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESPACTE.(S) : ANDRE DA SILVA BORGESIMPTE.(S) : JOHRANN FRITZEN NOGUEIRA (74322/PR)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO RHC Nº 94.317 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.438 (48)ORIGEM : 157438 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : FLAVIO LUCIO RODRIGUESIMPTE.(S) : RODRIGO BIAGIONI (209989/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 448.414 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.441 (49)ORIGEM : 157441 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : M.M.M.IMPTE.(S) : MARIO FRANCISCO BARBOSA (49884/PR)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO RHC Nº 84.391 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 157.442 (50)ORIGEM : 157442 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESPACTE.(S) : LUCKY EMEKE NWANTIIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

INQUÉRITO 4.713 (51)ORIGEM : 4713 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINAUTOR(A/S)(ES) : SOB SIGILOPROC.(A/S)(ES) : SOB SIGILOINVEST.(A/S) : SOB SIGILOADV.(A/S) : SOB SIGILOINVEST.(A/S) : SOB SIGILOADV.(A/S) : SOB SIGILO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

MANDADO DE SEGURANÇA 35.733 (52)ORIGEM : 35733 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOIMPTE.(S) : MARIA EMILIA COUTINHO TORRES DE FREITASADV.(A/S) : GAUDIO RIBEIRO DE PAULA (49080/DF, 383639/SP)IMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA - CNJPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOLIT.PAS.(A/S) : CONSTRUTORA HEMA LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

PETIÇÃO 7.654 (53)ORIGEM : 7654 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIREQTE.(S) : MARCO ANTONIO DO NASCIMENTOADV.(A/S) : MARCO ANTONIO DO NASCIMENTO (108934/RJ)REQDO.(A/S) : TERCEIRA VICE PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

PRISÃO PREVENTIVA PARA EXTRADIÇÃO 864 (54)ORIGEM : 864 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERAL

RELATOR :MIN. LUIZ FUXREQTE.(S) : SOB SIGILOEXTDO.(A/S) : SOB SIGILO

RECLAMAÇÃO 30.567 (55)ORIGEM : 30567 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECLTE.(S) : PETROLEO BRASILEIRO S A PETROBRASADV.(A/S) : JULIANA CARNEIRO MARTINS DE MENEZES

(21567/DF) E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : LUIZ CESAR LOPESADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : FUNDACAO PETROBRAS DE SEGURIDADE SOCIAL

PETROSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

REDISTRIBUÍDO

RECLAMAÇÃO 30.594 (56)ORIGEM : 30594 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : DIEGO FERNANDO LOURENCOADV.(A/S) : PAULO JORGE ANDRADE TRINCHAO (163465/SP)RECLDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO 30.606 (57)ORIGEM : 30606 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : JAIRO RIBEIRO DIASADV.(A/S) : GUILHERME RODOLFO FELTRIN (41397/SC) E

OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA

CATARINAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO 30.607 (58)ORIGEM : 30607 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : MINERACAO SERRA GRANDE S AADV.(A/S) : PATRICIA MIRANDA CENTENO AMARAL (54917/DF,

24190/GO)RECLDO.(A/S) : VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO 30.608 (59)ORIGEM : 30608 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECLTE.(S) : ESTADO DE SAO PAULO E OUTRO(A/S)PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : MARIA DO SOCORRO GOMES DA SILVAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : MARIA DOLORES SANCHEZ ZAPATA GONCALVESADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : JOSÉ LIMA SANTOSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : CRISTIANE MARQUES DOS SANTOS COSTAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : ELZA MARIA DE SOUZAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : CATARINA FAGUNDES DA SILVAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : FATIMA APARECIDA ROLIM ROSA TURIADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : JOSEFA CRISTOVAN MURILHA RUEDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : CARLA PITAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : GERALDO FERREIRA NETOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : REGINA FERNANDES

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 5

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : VERA APARECIDA MARCHI HIGASSIARAGUTIADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : JEANE APARECIDA VALIM PEREIRA BRAIDOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : SUSELEI GARZAO CHIEREGATTI AMARALADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : YARA MARIA RIBEIRO DO VALLEADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : ROSEMARY NOGUEIRA FERNANDES SILVAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : SANDRA REGINA GARZAO CHEREGATTI LONGOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : SUZANA MARIA DE CARVALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : CLARETE APARECIDA OLIVEIRA SEREZINO

GERMANOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : ANA DALVA MARTINS DA SILVAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 30.609 (60)ORIGEM : 30609 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : NELSER DISTRIBUIDORA DE AUTO PECAS LTDAADV.(A/S) : LEANDRO MARTINHO LEITE (217423/RJ, 174082/SP) E

OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO 30.610 (61)ORIGEM : 30610 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : MUNICIPIO DE TIMONADV.(A/S) : PROCURADOR GERAL DO MUNICIPIO DE TIMONRECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE

TIMONADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO 30.611 (62)ORIGEM : 30611 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : BELONI LOPES DA SILVAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 30.612 (63)ORIGEM : 30612 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECLTE.(S) : S.M.R.ADV.(A/S) : PAULO NAPOLEAO GONCALVES QUEZADO (3183/CE)

E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : JUÍZA DE DIREITO DA 12° VARA CRIMINAL DA

COMARCA DE FORTALEZAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO 30.613 (64)ORIGEM : 30613 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MATO GROSSORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1° REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : SOFIA PEREIRA DE SOUZAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : TANIA MARIA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : WILSON GOMES DA SILVAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 30.614 (65)ORIGEM : 30614 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE ITAPETININGAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

ITAPETININGARECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO 30.615 (66)ORIGEM : 30615 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. LUIZ FUXRECLTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA 15ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL

FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DA BAHIA

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : CLAUDIA UZEDA DOVALADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 30.616 (67)ORIGEM : 30616 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : ANASTRA - ASSOCIACAO NACIONAL DOS

SERVIDORES DO JUDICIARIO TRABALHISTAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 30.617 (68)ORIGEM : 30617 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : OZIEL LOPES DOS SANTOSPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO

AMAZONASRECLDO.(A/S) : TERCEIRA TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS

ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS DE MANAUSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO 30.618 (69)ORIGEM : 30618 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE ITAPETININGAADV.(A/S) : RAFAEL RIBAS DE MARIA (309894/SP)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO 30.619 (70)ORIGEM : 30619 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECLTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : CLOVIS SANTOS DA COSTAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : COARACY DA SILVA FERREIRAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : CONCEICAO DE JESUS DE SOUZA RODRIGUESADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : CONCEICAO DE MARIA DE SOUZA GOMESADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : CONCEICAO LOPES QUEIROZADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : CORIOLAN PIMENTEL LIMAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : DARCI MEDEIROS MURICIADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : DIOCLECIO DE ALMEIDA BORGESADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : DIONIZIO MENDES DA SILVAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : DORACI NOBRE DA SILVAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 6

RECLAMAÇÃO 30.620 (71)ORIGEM : 30620 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : AMAPÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : SEGUNDA TURMA DO TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : HERALDO DE SOUZA MOREIRAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : HERALDO MARTINS NUNESADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : HERCILIO DA LUZ MESCOUTOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : HERIVELTO DE SOUZA BRAGAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : HILDETE GUEDES MONTEIROADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : IDEVALDO DE SOUZA FERREIRAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : ILMO MORAES DE AZEVEDOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : INEZ FERREIRA DOS SANTOSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : IRACEMA MIRANDA COIMBRAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : JOSE DA SILVA BEZERRAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 30.622 (72)ORIGEM : 30622 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. LUIZ FUXRECLTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA 23ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO

JUDICIÁRIA DO ESTADO DA BAHIAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : DURVAL CARNEIRO NETOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 30.623 (73)ORIGEM : 30623 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECLTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1° REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : ANDREA EXPOSITO BACELAR NUNES LINSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : CARLOS SERGIO CARNEIRO ALHADEFFADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : LUIZ TADEU SOUZA FRANCAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : MARCO ANTONIO RICCI CAVALCANTEADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : RICARDO MANOEL CAVALCANTE AMIN CASTROADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 30.624 (74)ORIGEM : 30624 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECLTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : TANIA MARIA DE MELO CIPRIANOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : HAYDEE DE CAMPOS MELLOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : ANTONIO RODRIGUES DE MELOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : WALDES RODRIGUES MELOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 30.625 (75)ORIGEM : 30625 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : UNIÃO

PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PUBLICOS FEDERAIS

NO AMAZONASADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 30.626 (76)ORIGEM : 00716404720181000000 - SUPREMO TRIBUNAL

FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : ELEIDA MARCIA DE SOUZA KURASHIMAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : YUMIKO GOTOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : ELIZABETE MONTEIRO LEAL PINTOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : MARIA DAS GRACAS DE SOUZA RODRIGUESADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 30.627 (77)ORIGEM : 30627 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECLTE.(S) : EDSON FERREIRA DIASADV.(A/S) : LEONARDO GOES RODRIGUES (344041/SP)RECLDO.(A/S) : JUÍZA DE DIREITO PRESIDENTE DO COLÉGIO

RECURSAL DE GUARULHOSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO 30.628 (78)ORIGEM : 30628 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECLTE.(S) : MARIA CASSIMIRA DE ANDRADE DA COSTAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECLDO.(A/S) : JUÍZA FEDERAL DA 7° VARA DO JUIZADO ESPECIAL

FEDERAL CÍVEL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PIAUÍADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECLAMAÇÃO 30.629 (79)ORIGEM : 30269 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : D & C COMERCIO E SERVICOS LTDA - MEADV.(A/S) : RICARDO MAURICIO NOGUEIRA E SILVA (30235/BA)RECLDO.(A/S) : RELATORA DA RCL 34.174 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : FRANCISCO BAHIA DOS SANTOSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 30.630 (80)ORIGEM : 30630 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECLTE.(S) : MARCOS GERALDO BALDINIADV.(A/S) : MARCOS GERALDO BALDINI (72276/MG)RECLDO.(A/S) : JUÍZA DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DE PASSOSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO 30.631 (81)ORIGEM : 30631 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECLTE.(S) : MAILSON SILVAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO

MARANHÃORECLTE.(S) : EDILSON PINTO SILVAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO

MARANHÃORECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DA COMARCA DE VIANAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : NÃO INDICADO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 7

RECLAMAÇÃO 30.632 (82)ORIGEM : 30632 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECLTE.(S) : NAGILA GRIMALDI FERNANDESADV.(A/S) : ANA MARIA FRANCO (15576/BA)RECLDO.(A/S) : QUINTA TURMA RECURSAL DO TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO 30.633 (83)ORIGEM : 30633 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECLTE.(S) : MUNICIPIO DE SAO BERNARDO DO CAMPOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

BERNARDO DO CAMPORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO 30.634 (84)ORIGEM : 30634 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE ITAPETININGAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

ITAPETININGARECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO 30.635 (85)ORIGEM : 30635 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : MARILENE SANGOI ALVESADV.(A/S) : PAULO ROBERTO SANGOI (22567/RS) E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO 30.636 (86)ORIGEM : 30636 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECLTE.(S) : ZELIA LEAL ADGHIRNIADV.(A/S) : LUIS MAXIMILIANO LEAL TELESCA MOTA (14848/DF)RECLDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.011.775 (87)ORIGEM : REsp - 00172768520114049999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : AMANDA RAHMEIER LAGEMANNADV.(A/S) : LORENCO JORGE OPPERMANN (71607/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.091.077 (88)ORIGEM : ERR - 8105968420015070024 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE ALCÂNTARAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

ALCÂNTARA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.126.629 (89)ORIGEM : REsp - 50001425020134047101 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : FUNDACAO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO

GRANDEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : HÉLIO CORTINHAS SOLDERAADV.(A/S) : FRANCIS CAMPOS BORDAS (02222/A/DF, 29219/RS)ADV.(A/S) : MAURO BORGES LOCH (18152/DF, 66815A/RS)ADV.(A/S) : ADRIANO HAGEMANN (41886/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.126.707 (90)ORIGEM : 200970000035950 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : VIKTOR WALTERADV.(A/S) : JOAO OSVALDO BADARI ZINSLY RODRIGUES (52023/

PR, 158063/RJ, 279999/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.126.743 (91)ORIGEM : 50164455020104047100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARIA LISCANO DA SILVAADV.(A/S) : ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS (18970/BA,

05939/DF, 385604/SP)ADV.(A/S) : ANDREA BUENO MAGNANI (34211/BA, 18136/DF,

183528/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.126.786 (92)ORIGEM : 50000127720104047000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARA CONCEICAO GIANNINI TORQUES MARTINSADV.(A/S) : JOAO OSVALDO BADARI ZINSLY RODRIGUES (52023/

PR, 158063/RJ, 279999/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.126.793 (93)ORIGEM : 50009945820104047205 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARLENE ANGELINA KRUGADV.(A/S) : ANDRE DE OLIVEIRA GODOY ILHA (15198/SC)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.126.983 (94)ORIGEM : 50006423620104047000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : SEVERINO SOLDAADV.(A/S) : JOAO OSVALDO BADARI ZINSLY RODRIGUES (52023/

PR, 158063/RJ, 279999/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.127.002 (95)ORIGEM : 50000531120104047205 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ADENIR ESPERANDIOADV.(A/S) : ANDRE DE OLIVEIRA GODOY ILHA (15198/SC)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.127.011 (96)ORIGEM : 50000387520104047000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARIO AMADO BOAGENSKIADV.(A/S) : JOAO OSVALDO BADARI ZINSLY RODRIGUES (52023/

PR, 158063/RJ, 279999/SP)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.127.034 (97)ORIGEM : 200971000286201 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : HELENA PONTREMOLI ZABLUKADV.(A/S) : DAISSON SILVA PORTANOVA (9057-A/MA, 01343/PE,

119774/RJ, 25037/RS, 30898/SC, 186927/SP)ADV.(A/S) : ISABEL CRISTINA TRAPP FERREIRA (22998/RS)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.127.071 (98)ORIGEM : REsp - 201050010002225 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : OFICIAL DE REGISTRO DE IMÓVEIS E PROTESTO DE

TÍTULOS DA COMARCA DE GUARAPARIADV.(A/S) : PHELIPE DE MONCLAYR POLETE CALAZANS SALIM

(9093/ES)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.127.084 (99)ORIGEM : 50228362120104047100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : RONALVA MARTIM BRANCOADV.(A/S) : DAISSON SILVA PORTANOVA (9057-A/MA, 01343/PE,

119774/RJ, 25037/RS, 30898/SC, 186927/SP)ADV.(A/S) : ISABEL CRISTINA TRAPP FERREIRA (22998/RS)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.127.094 (100)ORIGEM : 50164013120104047100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : OLIMPIO DE OLIVEIRA NUNESADV.(A/S) : ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS (18970/BA,

05939/DF, 385604/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.127.100 (101)ORIGEM : 50146760720104047100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : AGILBERTO ZILIOADV.(A/S) : SANDRA MELISSA DE MEDEIROS SILVA (75661B/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.127.101 (102)ORIGEM : 50021658320104047000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : OLIZEU JUNGLESADV.(A/S) : JOAO OSVALDO BADARI ZINSLY RODRIGUES (52023/

PR, 158063/RJ, 279999/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.128.252 (103)ORIGEM : 27368420115020014 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : LOURIVAL APARECIDO ANACLETOADV.(A/S) : ANA CLAUDIA COSTA VALADARES MORAIS

(299237/SP)INTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALINTDO.(A/S) : COMPANHIA PAULISTA DE TRENS METROPOLITANOS

- CPTM

ADV.(A/S) : MARIA EDUARDA FERREIRA RIBEIRO DO VALLE GARCIA (49457D SP)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.128.897 (104)ORIGEM : 7183135700 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : BANCO NOSSA CAIXA S/AADV.(A/S) : REYNALDO CUNHA (61632/SP)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SANTOSADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTOSADV.(A/S) : CUSTODIO AMARO ROGE (93094/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.129.050 (105)ORIGEM : 20120428982 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SANTA

CATARINAADV.(A/S) : ULLYSSES PROCHASKA LEMOS (31168/SC)RECDO.(A/S) : WALMIR ADAOADV.(A/S) : PEDRO DE QUEIROZ CORDOVA SANTOS (A730/AM,

13903/SC)INTDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAINTDO.(A/S) : ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SANTA

CATARINAADV.(A/S) : FABIO DE MAGALHAES FURLAN (6679/SC)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.129.934 (106)ORIGEM : 02243876220138090051 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE GOIÁSPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : JOSY ALVES DE SOUSA GUIMARAESADV.(A/S) : SANDRO DE ABREU SANTOS (39136/DF, 28253/GO)RECDO.(A/S) : UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIASADV.(A/S) : MARLYSE BOMFIM ADAO (35881/DF, 20182/GO)RECDO.(A/S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁSINTDO.(A/S) : SINDICATO DOS DELEGADOS DE POLICIA DO

ESTADO DE GOIAS - SINDEPOL - GOADV.(A/S) : OTAVIO ALVES FORTE (21490/GO)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.133.333 (107)ORIGEM : REsp - 200551010002505 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : CARLA DE OLIVEIRA SEVERINOADV.(A/S) : LEONARDO DE CARVALHO BARBOZA (116636/RJ)ADV.(A/S) : THIAGO COSTA SERRA NUNES (198650/RJ)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.133.436 (108)ORIGEM : 00022018520138070018 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : SONIA MARIA FREITAS FRADEADV.(A/S) : ULISSES RIEDEL DE RESENDE (00968/DF)ADV.(A/S) : JOSE HAILTON LAGES DIANA JUNIOR (39951/DF)RECDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.133.444 (109)ORIGEM : REsp - 1499076 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : SEBASTIAO NOGUEIRAADV.(A/S) : HERMENEGILDO VIEIRA DA SILVA (6943/MS)ADV.(A/S) : NEUSA MARIA FARIA DA SILVA (8851/MS)RECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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MATO GROSSO DO SULRECDO.(A/S) : OS MESMOSRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.133.812 (110)ORIGEM : REsp - 00011678820078260040 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JOSÉ BRANDÃO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS LOPES (33670/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.032 (111)ORIGEM : 201002010014471 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : SINDICATO NACIONAL DOS DOCENTES DAS

INSTITUICOES DE ENSINO SUPERIORADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO BOECHAT RANGEL (064900/RJ)RECDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.407 (112)ORIGEM : PROC - 00221532220164039999 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : BENEDITA DE SOUZA MIRANDAADV.(A/S) : SANDRA REGINA DE ASSIS (278878/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.500 (113)ORIGEM : REsp - 50012005520134047112 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : FERNANDA DA SILVA ANDRADE - MEADV.(A/S) : ANA MARIA IZOLAN (79218/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.517 (114)ORIGEM : REsp - 201561000142893 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : L'HOTEL LTDAADV.(A/S) : RENATO GUILHERME MACHADO NUNES (162694/SP)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.521 (115)ORIGEM : 50301471920174047100 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARIZETE MORESCHI NUNESADV.(A/S) : ALDO BELUSSO (52091/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.543 (116)ORIGEM : 50259225320174047100 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ANTONIO ZIEGLERADV.(A/S) : MONICA MARTINS VELAZCO CORREA (55829/RS)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.568 (117)ORIGEM : REsp - 08002395020164058401 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. GILMAR MENDES

RECTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI - ARIDOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ALEXANDRE ADLER CUNHA DE FREITASADV.(A/S) : GEANCARLLO MELO DANTAS (7052/RN)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.832 (118)ORIGEM : 20160105691 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO RIO GRANDE DO NORTEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : CAMARA MUNICIPAL DE NATALRECTE.(S) : MESA DIRETORA DA CÂMARA MUNICIPAL DE NATALADV.(A/S) : WALDENIR XAVIER DE OLIVEIRA (2017/RN)RECDO.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO NORTEINTDO.(A/S) : ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - SECCIONAL

DO RIO GRANDE DO NORTEADV.(A/S) : FERNANDA RIU UBACH CASTELLO GARCIA (4438/RN)ADV.(A/S) : ANNE DANIELLE CAVALCANTE DE MEDEIROS (13523/

RN)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.858 (119)ORIGEM : 07792844120088260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MAURO FERREIRA TRINDADEADV.(A/S) : NIZIA VANO SOARES (148098/MG, 71825/SP)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.866 (120)ORIGEM : REsp - 08012816320134058200 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : EDNA MARIA DO NASCIMENTO FIGUEIREDOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALINTDO.(A/S) : MUNICIPIO DE JOAO PESSOAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE JOÃO

PESSOAADV.(A/S) : THYAGO LUIS BARRETO MENDES BRAGA (11907/PB)INTDO.(A/S) : ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.871 (121)ORIGEM : 50491332120174047100 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : RENATO ANGELIN WESSOLOWSKIADV.(A/S) : JANETE MARIA ZIMMERMANN (54404/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.872 (122)ORIGEM : PROC - 50413909620134047100 - TRF4 - RS - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MARIA DA GRACA GAVIAO LOPESADV.(A/S) : GABRIEL DORNELLES MARCOLIN (87350/PR,

76643/RS, 29966/SC)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.892 (123)ORIGEM : REsp - 50044555320154047208 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : BELL VALLEY DISTRIBUIDORA LTDAADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO DE SOUZA JUNIOR (79481A/RS,

12294/SC)ADV.(A/S) : EDUARDO ROSA FRANCO (55310/RS, 45261/SC)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 10

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.904 (124)ORIGEM : 20140301534 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA

CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SANTA CATARINARECDO.(A/S) : PAULO CONCEIÇÃO CAMINHAADV.(A/S) : JORGE NESTOR MARGARIDA (3288/SC)ADV.(A/S) : DOUGLAS CLASEN (18419/SC)RECDO.(A/S) : PROTÁSIO ANATÓLIO VICENTEADV.(A/S) : LAURO JOSE BALLOCK (11513/SC)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.925 (125)ORIGEM : 201590659074 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE GOIÁSPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ESMERIA FERREIRA SANTOSADV.(A/S) : JULIANA RODRIGUES GOUVEIA LOURENCO

(44910/GO)RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE JATAIADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE JATAÍ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.928 (126)ORIGEM : REsp - 50282911920134040000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : CAIXA ECONOMICA FEDERALADV.(A/S) : ALVARO SERGIO WEILER JUNIOR (36652/RS)RECDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCACAO

DO MUNICIPIO DO RIO GRANDEADV.(A/S) : LEANDRO DE AZEVEDO BEMVENUTI (59893/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.929 (127)ORIGEM : REsp - 08001721020154058502 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MARATA SUCOS DO NORDESTE LTDA.ADV.(A/S) : CARLOS ROBERTO DE SOUSA (8693/SE)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.932 (128)ORIGEM : PROC - 50540331720164049999 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : VERA LUCIA DA SILVA DELMIROADV.(A/S) : DARIO SERGIO RODRIGUES DA SILVA (56437/PR,

163807/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.957 (129)ORIGEM : REsp - 08000192620144058303 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA

DE TRANSPORTES - DNITPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JOAO FREIRE MENEZES FILHOADV.(A/S) : MARCOS ANTONIO INACIO DA SILVA (13892A/AL,

29933/BA, 20417-A/CE, 51948/DF, 9503-A/MA, 4007/PB, 00573/PE, 199239/RJ, 560-A/RN)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.968 (130)ORIGEM : PROC - 50555164920164047100 - TRF4 - RS - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : RODINEI HONORATA DELFINOADV.(A/S) : ANDRE BERTUOL BERGAMASCHI (50427/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.974 (131)ORIGEM : 70072914351 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULRECDO.(A/S) : VILMA TEREZINHA FLORES DA SILVAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.980 (132)ORIGEM : PROC - 50406614020174047000 - TRF4 - PR - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : LOZENGE INTL COMERCIO, IMPORTACAO E

EXPORTACAO EIRELI - EPPADV.(A/S) : JOAO MARCELLO TRAMUJAS BASSANEZE

(20856/PR)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.986 (133)ORIGEM : REsp - 50186496220134047100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : SUPERINTENDENCIA DE SEGUROS PRIVADOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : AMADEO BOTELHO MACHADO DE CAMPOSADV.(A/S) : MARCELO KREISNER (66323/RS, 361410/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.002 (134)ORIGEM : REsp - 00044113020114049999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ILARIO DANETTEADV.(A/S) : VALDIR MARQUES DA ROSA (59248/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.004 (135)ORIGEM : REsp - 08008422520134058500 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : SERGIPERELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ADAO MACIEL BASTOSADV.(A/S) : CATIA REGINA DE SOUZA BOHNKE (28497/BA, 18315/

SC, 750A/SE)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.005 (136)ORIGEM : REsp - 08002871220164058400 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE - IFRNPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : LUNARDO ALVES DE SENAADV.(A/S) : CLAUDIA ROBERTA GONZALEZ LEMOS DE PAIVA

(3654/RN)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.013 (137)ORIGEM : REsp - 200651010027026 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MILLS ESTRUTURAS E SERVICOS DE ENGENHARIA

S/AADV.(A/S) : EUNYCE PORCHAT SECCO FAVERET (081841/RJ,

259937/SP)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.030 (138)ORIGEM : REsp - 08010311220134058400 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAES

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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RECTE.(S) : LUIZ ANTONIO DE AZEVEDOADV.(A/S) : ANDREIA ARAUJO MUNEMASSA (54748/DF,

147841/MG, 25388-A/PB, 093156/RJ, 491-A/RN)ADV.(A/S) : MATTHAUS HENRIQUE DE GOIS FERREIRA

(10235/RN)RECDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO

NORTE - UFRNPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.068 (139)ORIGEM : REsp - 50021974920104047110 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.083 (140)ORIGEM : REsp - 50031365520124047208 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : R C IMPORTACAO E EXPORTACAO LTDAADV.(A/S) : KELLY GERBIANY MARTARELLO (28611/PR, 30751/SC,

367108/SP)INTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA TÊXTIL E

DE CONFECÇÃOADV.(A/S) : HELCIO HONDA (28054/DF, 90389/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.107 (141)ORIGEM : 00275268220138260196 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ELIANA CRISTINA MOREIRAADV.(A/S) : JEAN KELVER GARCIA VIEIRA (334572/SP)ADV.(A/S) : SERGIO VALLETTA BELFORT (197959/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.124 (142)ORIGEM : REsp - 50039619120154047208 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : COOP INDUSTRIAL E COMERCIAL LIMITADAADV.(A/S) : SCHEILA FRENA KOHLER (15496/SC)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.129 (143)ORIGEM : REsp - 1604114 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : TAUAN SAUL RODRIGUES DE SOUZAADV.(A/S) : FRANK ROMUALDO RECHE MACIEL (63514/PR)ADV.(A/S) : REINALDO SANTOS DE ALMEIDA JUNIOR (54600/PR,

173089/RJ)RECDO.(A/S) : MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.132 (144)ORIGEM : REsp - 08011453920134058500 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : WALDEMELIO VIEIRA COSTAADV.(A/S) : CATIA REGINA DE SOUZA BOHNKE (28497/BA, 18315/

SC, 750A/SE)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.133 (145)ORIGEM : REsp - 50219195420134040000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SUL

RELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.136 (146)ORIGEM : REsp - 1270353 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : QUIRINO SCHMITTADV.(A/S) : ANDRE LUIZ PINTO (56674/BA, 94551/MG, 13673/SC)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.138 (147)ORIGEM : REsp - 50478059520134047100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : ADAO LEANDRO SANTANAADV.(A/S) : ANDRE LUIS SOARES ABREU (73190/RS)ADV.(A/S) : LUCIO FERNANDES FURTADO (65084/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.612 (148)ORIGEM : AREsp - 200161000302423 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : ANTONIO FERNANDO COSTA PIRES FILHORECTE.(S) : ADRIANA DE LUCA CARVALHORECTE.(S) : ADRIANA KEHDIRECTE.(S) : ADRIANA DE SABOYA GOLDBERGRECTE.(S) : ALESSANDRA HELOISA GONZALEZ COELHORECTE.(S) : ALICE VITORIA FAZENDEIRO DE OLIVEIRA LEITERECTE.(S) : ANA LUISA BREGA DE ALMEIDARECTE.(S) : CELIA REGINA DE LIMARECTE.(S) : CLAUDIA SANTELLI MESTIERIRECTE.(S) : CRISTIANE SAYURI OSHIMARECTE.(S) : CRISTINA CARVALHO NADERRECTE.(S) : DENISE DUARTE CARDOSO LORENTZIADISRECTE.(S) : DIANA VALERIA LUCENA GARCIARECTE.(S) : DIRCE RODRIGUES DE SOUZARECTE.(S) : EDSON LUIZ DOS SANTOSRECTE.(S) : ESTEFANIA ALBERTINI DE QUEIROZRECTE.(S) : INAIA BRITTO DE ALMEIDARECTE.(S) : ISABELA CARVALHO NASCIMENTORECTE.(S) : ISABELA SEIXAS SALUMRECTE.(S) : IVAN RYSRECTE.(S) : JACQUELINE CARNEIRO DA GRACARECTE.(S) : JANINE MENELLI CARDOSORECTE.(S) : JULIO CESAR CASARIRECTE.(S) : LUIZA HELENA SIQUEIRARECTE.(S) : MARCELO OTHON PEREIRARECTE.(S) : MARCUS ABRAHAMRECTE.(S) : MARIA REGINA DANTAS DE ALCANTARARECTE.(S) : MARIA SALETE DE OLIVEIRA SUCENARECTE.(S) : MIRNA CASTELLO GOMES FRANCARECTE.(S) : PATRICIA MARA DOS SANTOSRECTE.(S) : RENATA LIGIA TANGANELLI PIOTTORECTE.(S) : ROGERIO CANGUSSU DANTAS CACHICHIRECTE.(S) : SANDRO BRANDI ADAORECTE.(S) : SIMONE PEREIRA DE CASTRORECTE.(S) : VANESSA NOBELL GARCIA SANTANARECTE.(S) : WANNINE DE SANTANA LIMAADV.(A/S) : HOMAR CAIS (16650/SP)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.621 (149)ORIGEM : 91633276120068260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JOSE FERREIRA DA SILVAADV.(A/S) : CLOVIS MARCIO DE AZEVEDO SILVA (65284/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.635 (150)ORIGEM : AREsp - 50020499720124047100 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 12

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES FEDERAIS DO RIO

GRANDE DO SULADV.(A/S) : LUCIANA INES RAMBO (1879-A/AP, 22732/DF,

52887/RS)RECDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : FUNDACAO UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIENCIAS

DA SAUDE DE PORTO ALEGREPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : SUPERINTENDENCIA DE SEGUROS PRIVADOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.640 (151)ORIGEM : 201592653278 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE GOIÁSPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁSRECDO.(A/S) : SINDIPÚBLICO - GO - SINDICATO DOS

TRABALHADORES NO SERVIÇO PÚBLICO NO ESTADO DE GOIÁS

ADV.(A/S) : THIAGO MORAES (29241/GO)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.695 (152)ORIGEM : 01620056220068260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : PASCHOAL POSSEBON VITTAADV.(A/S) : FRANCISCO SILVINO TAVARES (24288/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.719 (153)ORIGEM : AREsp - 201051010005885 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MALVA DEFENSIVOS E EQUIPAMENTOS FITO E

DOMISSANITARIOS LTDAADV.(A/S) : NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES (3600/AC,

9395A/AL, A598/AM, 1551-A/AP, 24290/BA, 16599-A/CE, 25136/DF, 15111/ES, 27024/GO, 9348-A/MA, 107878/MG, 13043-A/MS, 11065/A/MT, 15201-A/PA, 128341-A/PB, 00922/PE, 8202/PI, 30916/PR, 136118/RJ, 725-A/RN, 4875/RO, 372-A/RR, 80025A/RS, 23729/SC, 484A/SE, 128341/SP, 4.923-A/TO)

RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.010.991 (154)ORIGEM : 990093310155 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A.ADV.(A/S) : GERSON GARCIA CERVANTES (146169/SP)ADV.(A/S) : BRUNA QUINTILIANO DE OLIVEIRA (279912/SP)RECDO.(A/S) : CELIA STAIBANO GONCALVES MANSOADV.(A/S) : FERNANDA CARRARO (194638/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.025.725 (155)ORIGEM : REsp - 200781020002557 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : BOPIL BORRACHA E PLASTICO INDUSTRIAL LTDARECDO.(A/S) : INDUSTRIAL BOPIL DE CALCADOS LTDAADV.(A/S) : THIAGO MORAIS ALMEIDA VILAR (16396/CE)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.088.338 (156)ORIGEM : 20160020417950 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : RAFAEL SGANZERLA DURAND (3594/AC, 10132A/AL,

A737/AM, 1873-A/AP, 26552/BA, 24217-A/CE, 27474/DF, 15112/ES, 28610/GO, 10348-A/MA, 131512/MG, 14924-A/MS, 12208/A/MT, 16637-A/PA, 211648-A/PB,

01301/PE, 8204-A/PI, 42761/PR, 144852/RJ, 856-A/RN, 4872/RO, 387-A/RR, 80026A/RS, 30932/SC, 642A/SE, 211648/SP, 4925/TO)

RECDO.(A/S) : MARIA FLORINDA DE MORAISADV.(A/S) : FERNANDES FERREIRA DOS SANTOS (41818/DF)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.115.653 (157)ORIGEM : 01375273420144025101 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : SERGIO DE SA MARINHOADV.(A/S) : FERDINANDO RIBEIRO NOBRE (132295/RJ)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

REDISTRIBUÍDO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.120.401 (158)ORIGEM : REsp - 00293837820118260053 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : MARIA REGINA FERRO QUEIROZ E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCELO GATTI REIS LOBO (37857/DF, 111891/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.124.692 (159)ORIGEM : PROC - 00856007920085070004 - TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHOPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : FRANCISCO MAGALHAES DE AQUINOADV.(A/S) : JOSE EYMARD LOGUERCIO (01441/A/DF, 52504A/GO,

103250/SP)RECDO.(A/S) : BANCO BRADESCO SAADV.(A/S) : VICTOR RUSSOMANO JUNIOR (03609/DF)

REDISTRIBUÍDO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.126.333 (160)ORIGEM : REsp - 201451011463578 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : OTAVIDES OTAVIANO DA SILVAADV.(A/S) : FABIOLA DA ROCHA LEAL DE LIMA (55028/BA,

61386/PR, 207108/RJ, 376421/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.126.386 (161)ORIGEM : REsp - 200103990315747 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : JULIO PAIXAO FILHO COMERCIO E CONSTRUCOES

LTDAADV.(A/S) : GUSTAVO BARROSO TAPARELLI (43583/PE,

199535/RJ, 234419/SP)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.127.275 (162)ORIGEM : 1050302013 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

MATO GROSSOPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE CUIABÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CUIABÁRECDO.(A/S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO MATO

GROSSOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.127.918 (163)ORIGEM : 00012619120124036003 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : FUNDACAO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 13

GROSSO DO SUL - FUFMSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : LUCAS DA SILVA LEAOADV.(A/S) : CAMILA NEVES MENDONCA MEIRA (15818/MS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.127.920 (164)ORIGEM : 00070974220104025001 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPIRITO SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ESTER MIYUKI NAKAMURA PALACIOSADV.(A/S) : JERIZE TERCIANO DE ALMEIDA (6739/ES)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.128.344 (165)ORIGEM : REsp - 08004722820124058000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ALEXANDRE DA SILVA TENORIORECTE.(S) : GERLIENE SILVA DE LIMA TENORIOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : EMPRESA GESTORA DE ATIVOS - EMGEARECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : VITOR YURI ANTUNES MACIEL (22411/PE)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.128.872 (166)ORIGEM : PROC - 54084235720138090051 - TJGO - 2ª TURMA

RECURSAL DA 1ª REGIÃO - GOIÂNIAPROCED. : GOIÁSRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : LUIS GUSTAVO PINHEIRO ALVESADV.(A/S) : SANDRO DE ABREU SANTOS (39136/DF, 28253/GO)RECDO.(A/S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.178 (167)ORIGEM : 00192625420128260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : BENEDITO CARLOS DE ARAUJO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : NELSON CAMARA (15751/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.329 (168)ORIGEM : 08003523920118120030 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO MATO GROSSO DO SULPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ANTONIO JOSE DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SERGIO MARCELO ANDRADE JUZENAS (8973/MS)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MATO GROSSO DO SUL

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.414 (169)ORIGEM : 00450831520158190000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : FEDERACAO DO COMERCIO DE BENS, SERVICOS E

TURISMO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRORECTE.(S) : ORLANDO SANTOS DINIZADV.(A/S) : CRISTIANO ZANIN MARTINS (32190/DF, 153599/RJ,

172730/SP)ADV.(A/S) : PAULO CESAR SALOMAO FILHO (129234/RJ)ADV.(A/S) : ADRIANA DE LOURDES ANCELMO (083846/RJ)RECDO.(A/S) : SERVICO SOCIAL DO COMERCIO SESCRECDO.(A/S) : CONFEDERACAO NACIONAL DO COMERCIO DE

BENS, SERVICOS E TURISMO - CNCRECDO.(A/S) : ANTONIO JOSÉ DOMINGUES DOS SANTOSADV.(A/S) : ARNOLDO WALD FILHO (1496-A/DF, 58789/RJ, 111491/

SP)ADV.(A/S) : CARLOS GOMES DE FIGUEIREDO NETO (081286/RJ)ADV.(A/S) : ARMANDO GUIMARAES DE ALMEIDA NETO

(73556/RJ, 159346/SP)ADV.(A/S) : ALEXANDRA DOS SANTOS FRIGOTTO (152507/RJ,

281282/SP)ADV.(A/S) : IGOR GARBOIS FERNANDES RIBEIRO (178475/RJ,

385306/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.759 (170)ORIGEM : AREsp - 01582476520128260000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : VILLANOVA ENGENHARIA E CONSTRUCOES LTDAADV.(A/S) : ALEXANDRE AUGUSTO CAMPOS GAGLIARDI

PIMAZZONI (153161/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.938 (171)ORIGEM : 10190168120148260114 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ANA LUCIA ZEDNIKRECTE.(S) : ANGELO ALBERTO FONTES PARRARECTE.(S) : ANTONIO CARLOS DA COSTARECTE.(S) : ANTONIO CARLOS FIGUEIREDORECTE.(S) : APARECIDA FRANCISCA MACHADO RUBIO GEROMELRECTE.(S) : CARLOS CESAR GAMBARECTE.(S) : DALCIR FROLDI JUNIORRECTE.(S) : DANIEL PEGORARORECTE.(S) : DAVI CUNHA REIS DE OLIVEIRARECTE.(S) : DIMAS BENJAMIN DE FREITAS GUARNIERIRECTE.(S) : DIRCEU ALVES DE CAMARGORECTE.(S) : ELIETE MARIA ZUPPI BALISTARECTE.(S) : FABIO NUNES ARRUDA CAMPOSRECTE.(S) : GERALDO FERNANDES JORDAORECTE.(S) : HAMILTON CAVIOLLA FILHORECTE.(S) : HUMBERTO PARRO NETORECTE.(S) : ISABELLA SGUERRA VITARECTE.(S) : IZABEL CHRISTINA MOMESSORECTE.(S) : JONES MARCIO CORDEIRORECTE.(S) : JOSE ANTONIO BRISOLLARECTE.(S) : MARCELO ALVES MICARONIRECTE.(S) : MARCELO AUGUSTO DE ALMEIDARECTE.(S) : MARCELO AZEVEDO LEONESSARECTE.(S) : MARCELO ISPER RODRIGUESRECTE.(S) : MARCELO MOREIRA MARQUESRECTE.(S) : MARIA BERNADETE STETERRECTE.(S) : SIDNEI RODRIGUES DE OLIVEIRARECTE.(S) : WAGNER GALLERANIRECTE.(S) : WAGNER LUIS PIERINIRECTE.(S) : WELLINGTON RAIMUNDO DE FARIAADV.(A/S) : LEONARDO ARRUDA MUNHOZ (173273/SP)ADV.(A/S) : AIRTON CAMILO LEITE MUNHOZ (65444/SP)RECDO.(A/S) : SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREVRECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.963 (172)ORIGEM : 00002733820154036109 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ELANTAS ISOLANTES ELETRICOS DO BRASIL LTDA.ADV.(A/S) : CHRISTIANO PEREIRA DA SILVA (174740/SP)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.070 (173)ORIGEM : 07019487120178070000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : CLARICE PEREIRA PINTORECTE.(S) : PETER AUGUSTO MAYER DE AQUINOADV.(A/S) : CLARICE PEREIRA PINTO (14610/DF)RECDO.(A/S) : CONDOMINIO DOS EDIFICIOS URUGUAIANA E

HUMAITAADV.(A/S) : CLAUDIA CRISTINA NUNES NOBREGA (10859/DF,

13695/GO, 127984/RJ)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.627 (174)ORIGEM : REsp - 50047306220114047201 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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RECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : OS MESMOSRECDO.(A/S) : RUI PORTUGAL BACELLARADV.(A/S) : RENATO CARDOSO DE ALMEIDA ANDRADE

(10517/PR)RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE SAO FRANCISCO DO SULADV.(A/S) : MARCIO LUIZ TEIXEIRA (13596/SC)RECDO.(A/S) : FUNDAÇÃO DO MEIO AMBIENTE - FATMAADV.(A/S) : CAMILA DE ALCANTARA RICO (39688/SC)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.634 (175)ORIGEM : REsp - 00054854220094047105 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : DIMAGEM CLINICA DE DIAGNOSTICO POR IMAGEM

LTDAADV.(A/S) : NEY SILVEIRA GOMES FILHO (26839/RS)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.641 (176)ORIGEM : AREsp - 00260334820128260053 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULORECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.935 (177)ORIGEM : 10024132955790001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMGPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : ESTER DE PAULAADV.(A/S) : JORGE JUNIO NASCIMENTO DAMIAO (115397/MG)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.188 (178)ORIGEM : PROC - 00017668820105150101 - TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : FUNDACAO MUNICIPAL DE ENSINO SUPERIOR DE

MARILIAADV.(A/S) : ALBERTO ROSELLI SOBRINHO (64885/SP)RECDO.(A/S) : FACULDADE DE MEDICINA DE MARILIARECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : BENEDITO FERREIRA NUNESADV.(A/S) : GLAUCO MARCELO MARQUES (153291/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.191 (179)ORIGEM : 00017457820115150101 - TRIBUNAL REGIONAL DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE ENSINO SUPERIOR DE

MARÍLIAADV.(A/S) : ALBERTO ROSELLI SOBRINHO (64885/SP)RECDO.(A/S) : LUIS CARLOS MARTINSADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO PEIXOTO GUIMARAES

(134031/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.193 (180)ORIGEM : PROC - 00004155620115150033 - TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : FUNDACAO MUNICIPAL DE ENSINO SUPERIOR DE

MARILIAADV.(A/S) : ALBERTO ROSELLI SOBRINHO (64885/SP)RECDO.(A/S) : IVONETE DA SILVAADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO PEIXOTO GUIMARAES

(134031/SP)ADV.(A/S) : ALESSANDRA MARA GUTSCHOV CAMPOS

(186394/SP)INTDO.(A/S) : FACULDADE DE MEDICINA DE MARILIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.194 (181)ORIGEM : AREsp - 00212533920128260482 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : MUNICIPIO DE PRESIDENTE PRUDENTEADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

PRESIDENTE PRUDENTEADV.(A/S) : SILVANA RUBIM KAGEYAMA (117054/SP)RECDO.(A/S) : ANA MARIA PONTES DAMASCENO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUZIMAR BARRETO DE FRANCA JUNIOR (161674/SP)ADV.(A/S) : GIOVANA CARLA FONSECA GALOTI (145859/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.199 (182)ORIGEM : 200661090035711 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : INDUSTRIAS ROMI S AADV.(A/S) : THAIS FOLGOSI FRANCOSO (211705/SP)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.376 (183)ORIGEM : 7801320115150033 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : FUNDACAO MUNICIPAL DE ENSINO SUPERIOR DE

MARILIAADV.(A/S) : ALBERTO ROSELLI SOBRINHO (64885/SP)RECDO.(A/S) : JOSE APARECIDO ATHAIDE REISADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO PEIXOTO GUIMARAES

(134031/SP)INTDO.(A/S) : FACULDADE DE MEDICINA DE MARÍLIA (FAMEMA)PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.747 (184)ORIGEM : 00059171420004036100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : CLUB TRANSATLANTICOADV.(A/S) : SERGIO FARINA FILHO (01412/A/DF, 2009/RJ, 64893A/

RS, 75410/SP)ADV.(A/S) : LUIZ ROBERTO PEROBA BARBOSA (21360/DF, 21659/

ES, 129738/RJ, 130824/SP)ADV.(A/S) : RODRIGO DE SA GIAROLA (173531/SP)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.810 (185)ORIGEM : PROC - 00016430320105150033 - TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : FUNDACAO MUNICIPAL DE ENSINO SUPERIOR DE

MARILIAADV.(A/S) : ALBERTO ROSELLI SOBRINHO (64885/SP)RECDO.(A/S) : KATIA SILENE TREYMANNADV.(A/S) : GLAUCO MARCELO MARQUES (153291/SP)ADV.(A/S) : KELLY REGINA ABOLIS (251311/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.015 (186)ORIGEM : REsp - 00044905720034047002 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : J.C.V.P.ADV.(A/S) : VANESSA DAS NEVES PICOUTO (34728/PR)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : M.R.S.ADV.(A/S) : PAULO EDUARDO CALGARO (39523/PR)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.087 (187)ORIGEM : AREsp - 30013652720138260602 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREVPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : MARINA FERREIRA ROSA DE VILHENAADV.(A/S) : KAREN MICHELLE STEFANI (294800/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.110 (188)ORIGEM : AREsp - 200643000021780 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : TOCANTINSRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ROMULO JOSE DOS SANTOSADV.(A/S) : VARTEVAL VIEIRA DE CARVALHO (16260/GO)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.226 (189)ORIGEM : 04473736 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

PERNAMBUCOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO PODER

JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCO - ASPJADV.(A/S) : ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLICIO (17009/PE)RECDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.263 (190)ORIGEM : 10054199720158260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : CLUBE DA COMUNIDADE BROOKLINADV.(A/S) : ORLANDO MOSCHEN (121128/SP)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.295 (191)ORIGEM : 20518466620168260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : CONDOMINIO PRO INDIVISO POLO INDAIATUBAADV.(A/S) : ANTONIO BRAGANCA RETTO (17661/SP)RECDO.(A/S) : MILTON OCTACILO GRUPPIRECDO.(A/S) : BENEDICTA DE SIMONI GRUPPIADV.(A/S) : SERGIO STEFANO SIMOES (185077/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.300 (192)ORIGEM : 00023290520108020001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE ALAGOASPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE MACEIÓPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MACEIÓRECDO.(A/S) : CARLA LIGIA AZEVEDO DA SILVAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE

ALAGOAS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.385 (193)ORIGEM : PROC - 00720250920158110000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO MATO GROSSOPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : RAFAEL DUARTE DOS SANTOSPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSORECDO.(A/S) : FUNDAÇÃO PROFESSOR CARLOS AUGUSTO

BITTENCOURT - FUNCABADV.(A/S) : LEONARDO RODRIGUES CALDAS (113756/RJ)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.424 (194)ORIGEM : AREsp - 10172768820148260405 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : FABIO DE OLIVEIRA RIBEIROADV.(A/S) : JOSE WELLINGTON PORTO (72583/SP)RECDO.(A/S) : PAULO BACCARAT FILHOADV.(A/S) : ROBERTO BERNARDI BACCARAT (299479/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.429 (195)ORIGEM : 00082049420084036317 - TURMA NACIONAL DE

UNIFORMIZAÇÃO DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MARLENE APARECIDA SILVERIOADV.(A/S) : WILSON MIGUEL (99858/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.436 (196)ORIGEM : 105110294565001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : MUNICIPIO DE GOVERNADOR VALADARESADV.(A/S) : BERNARDO PESSOA DE OLIVEIRA (155123/MG)RECDO.(A/S) : CLAUDIO SERGIO RODRIGUES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CANDIDO ANTONIO DE SOUZA FILHO (81754/MG)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.442 (197)ORIGEM : 13477951 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : WALTER RIBEIRO DE OLIVEIRA JUNIORADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO ZORNIG FILHO (27936/PR)RECDO.(A/S) : PETROLEO BRASILEIRO S A PETROBRASADV.(A/S) : BLAS GOMM FILHO (04919/PR)ADV.(A/S) : ANA LUCIA FRANCA (20941/PR)ADV.(A/S) : CANDIDO FERREIRA DA CUNHA LOBO (49659/RJ)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.511 (198)ORIGEM : AREsp - 591551 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ABIMAEL DEMETINO DA SILVA ALMEIDAADV.(A/S) : LUIS ROBERTO MONFRIN (228693/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.529 (199)ORIGEM : AREsp - 00064782620148260554 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : LEILA APARECIDA MARTINSRECTE.(S) : LETICIA APARECIDA ZAFALON OLIVEIRARECTE.(S) : LILIAN REGINA ALVELLAN SALESRECTE.(S) : LILIAN SABIAO BASTIDASRECTE.(S) : LILIANA APARECIDA NASCIMENTO GOMES DE LIMARECTE.(S) : LILIANA DEL VALLE AZEVEDORECTE.(S) : LINDINETI DOS SANTOS BENTORECTE.(S) : LISETE CARVALHORECTE.(S) : LUCIA APARECIDA FRANCA DA SILVARECTE.(S) : LUCIANE VEZZARO IZIDORO FIALHORECTE.(S) : LUCILIA MARIA DE FREITASRECTE.(S) : LUCIMEIRE GOMES DE OLIVEIRA BERNARDORECTE.(S) : LUIZ ALBERTO MUNHOZRECTE.(S) : LUIZ ANTONIO GALDINORECTE.(S) : LUIZ ANTONIO RAMOS FERREIRARECTE.(S) : LUIZ CARLOS TEIXEIRA COSTARECTE.(S) : LUIZ FERNANDO BRAILARECTE.(S) : LUIZ HENRIQUE ANTUNES LACAZRECTE.(S) : LUIZ HENRIQUE DE CARVALHORECTE.(S) : LUIZ HENRIQUE FERREIRARECTE.(S) : LUIZ HENRIQUE NASCIMENTO SOUSARECTE.(S) : LUIZ LOPESRECTE.(S) : LUIZ PEDRO DE SOUZARECTE.(S) : LUIZ ROBERTO DE CARVALHORECTE.(S) : LUZIMEIRE GOMES DA SILVAADV.(A/S) : ELIANA LUCIA FERREIRA (115638/SP)ADV.(A/S) : ELENICE MARIA FERREIRA (176755/SP)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 16

RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE SANTO ANDREADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTO

ANDRÉ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.602 (200)ORIGEM : AREsp - 04122982420128050001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : CRISTINIANO DE SANTANAADV.(A/S) : WAGNER VELOSO MARTINS (37160/BA, 25053-A/PB)RECDO.(A/S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.605 (201)ORIGEM : Rcl - 28523 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : RAIMUNDO CARLOS BRADLEY ALVESADV.(A/S) : ANTONIO ELMO GOMES QUEIROZ (43988/DF,

23878/PE, 339206/SP)ADV.(A/S) : GUSTAVO DE FREITAS CAVALCANTI COSTA

(20183/PE)ADV.(A/S) : FERNANDA GONCALVES BRAGA MARANHAO (22172/

PE)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.737 (202)ORIGEM : 00306197620088100001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO MARANHÃOPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ARINA SANTOS RIBEIROADV.(A/S) : PEDRO LEONEL PINTO DE CARVALHO (417/MA)RECDO.(A/S) : UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHAOADV.(A/S) : WALLACE ALVES OLIVEIRA (8553/MA)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.742 (203)ORIGEM : 10123939620168260577 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : ITAU SEGUROS S/AADV.(A/S) : ADRIANA SERRANO CAVASSANI (43212/BA,

134254/MG, 19458-A/MS, 181414/RJ, 899-A/RN, 44194-A/SC, 196162/SP, 7225-A/TO)

RECDO.(A/S) : ESTADO DE SAO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.746 (204)ORIGEM : 10131302620158260451 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MUNICIPIO DE PIRACICABAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

PIRACICABARECDO.(A/S) : CARLOS FREDERICO PASCALEADV.(A/S) : FERNANDA SPOTO ANGELI VELOSO (204509/SP)ADV.(A/S) : CAMILA MONTEIRO BERGAMO (201343/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.752 (205)ORIGEM : 00180493920144013200 - TRF1 - AM - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : JOSE ELIAS DE SOUZAADV.(A/S) : JOSE NICODEMOS DE ARAUJO JUNIOR (A1097/AM,

49970/DF, 18270-A/MS, 20258/A/MT, 6792/RN, 710A/SE, 5803-A/TO)

RECDO.(A/S) : DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES - DNIT

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.755 (206)ORIGEM : 05049166520174058401 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MARINETE EVANGELISTA BEZERRA AIRESADV.(A/S) : JOSE ANTENOR SARAIVA (18335-A/CE, 2507/RN)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.757 (207)ORIGEM : 00159673520144013200 - TRF1 - AM - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MARIA LUCIA DA SILVA OLIVEIRAADV.(A/S) : JOSE NICODEMOS DE ARAUJO JUNIOR (A1097/AM,

49970/DF, 18270-A/MS, 20258/A/MT, 6792/RN, 710A/SE, 5803-A/TO)

RECDO.(A/S) : DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES - DNIT

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.760 (208)ORIGEM : 10142061720158260506 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREVPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : NICOLAS MARIOTTO SESSLERADV.(A/S) : FABIANA BUCCI BIAGINI (99886/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.762 (209)ORIGEM : 10140058920168260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : VILMA APARECIDA DA SILVA MORAESRECTE.(S) : ALESSANDRA FREGOLENTEADV.(A/S) : CHRISTIANE TORTURELLO (176823/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SAO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.764 (210)ORIGEM : 10149094620158260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : FABIO LUIS MOREIRAADV.(A/S) : ALEXANDRE ALVES DE GODOY (157322/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.767 (211)ORIGEM : 10153396120168260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : ORILDO NOGUEIRAADV.(A/S) : RICARDO CARRILHO CHAMARELI TERRAZ

(253445/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.772 (212)ORIGEM : 10025489420178260483 - TJSP - COLÉGIO RECURSAL

- 28ª CJ - PRESIDENTE VENCESLAUPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREVPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : IVO SILVA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : JELIMAR VICENTE SALVADOR (140969/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.773 (213)ORIGEM : 10160670520168260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : ANALIA GOIS DE QUEIROZADV.(A/S) : MARCOS CAMPOS DIAS PAYAO (96057/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.796 (214)ORIGEM : 00041812020178160069 - TJPR - 4ª TURMA

RECURSALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : MUNICIPIO DE JUSSARA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 17

ADV.(A/S) : EDNEI SABINO DA COSTA (44460/PR)RECDO.(A/S) : MARIA DINAIR MACEDO DA SILVAADV.(A/S) : DOUGLAS DANTAS MORETI (43126/PR)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.813 (215)ORIGEM : 01791091220128060001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO CEARÁPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁRECDO.(A/S) : ROSIMARY PIRES BARROSADV.(A/S) : PAULO TELES DA SILVA (4945/CE)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.819 (216)ORIGEM : 00521139820128178201 - TJPE - 1º COLÉGIO

RECURSAL - 1ª TURMA - CÍVEL DE RECIFEPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : FUNDACAO DE APOSENTADORIAS E PENSOES DOS

SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCORECDO.(A/S) : MARIA NUNES DE ANDRADE SILVAADV.(A/S) : CARLOS ALEXANDRE DANIEL SANCHEZ (31597/PE)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.825 (217)ORIGEM : 00048332920128260491 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : E.A.L.ADV.(A/S) : DANILO AUGUSTO DA SILVA (323623/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.827 (218)ORIGEM : 71007307374 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ANA JUCELIA CABREIRA CALDASADV.(A/S) : PEDRO FLORIANO DE OLIVEIRA MAGALHAES (62260/

RS)ADV.(A/S) : ROGERIO CRISPIM PITUCO (89617/RS)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.889 (219)ORIGEM : AREsp - 09900752120008060001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁPROCED. : CEARÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : FRANCISCO LEURIBERTO BARROS DA SILVAADV.(A/S) : EMANUELA MARIA LEITE BEZERRA CAMPELO (15499/

CE)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

CEARÁ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.901 (220)ORIGEM : AREsp - 201300010064847 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO PIAUÍPROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ANTONIO ALVES BEZERRAADV.(A/S) : JOAO EVANGELISTA PEREIRA DE ARAUJO (5205/PI)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PIAUÍ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.911 (221)ORIGEM : AREsp - 00001207920138260457 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREVPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : LUCAS REINALDO PICCOLIADV.(A/S) : GERALDO SOARES DE OLIVEIRA JUNIOR (197086/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.912 (222)ORIGEM : AREsp - 10017292620168260053 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : SIDNEY EFROMOVICHRECDO.(A/S) : NAYARA ISABELLA EFROMOVICHRECDO.(A/S) : DARA BEATRIZ EFROMOVICHRECDO.(A/S) : SANDRA RABINOVITCHADV.(A/S) : SIDNEI TURCZYN (186275/RJ, 51631/SP)ADV.(A/S) : CARLA TURCZYN BERLAND (194959/SP)ADV.(A/S) : ANA PAULA SANDOVAL SANTOS (125950/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.914 (223)ORIGEM : 10024140852658001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MARIA BORGES DA SILVA OLIVEIRAADV.(A/S) : MARCELE FERNANDES DIAS (80540/MG)ADV.(A/S) : MARCELA SANTOS JORGE (156735/MG)ADV.(A/S) : RODRIGO JOSE DOS SANTOS (121290/MG)ADV.(A/S) : ALEXANDRA CESAR DE SOUZA MENDES MARTINS

(166929/MG)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.915 (224)ORIGEM : REsp - 00020990920028260604 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ANTÔNIO DIRCEU DALBENADV.(A/S) : MARCELO PELEGRINI BARBOSA (41774/DF,

199877/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : TERMAQ TERRAPLENAGEM CONSTRUCAO CIVIL E

ESCAVACOES LTDAADV.(A/S) : MARCOS DA SILVA AMARAL (125343/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.917 (225)ORIGEM : AREsp - 00214571720098260053 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA

EDUCAÇÃO - FDEADV.(A/S) : NEI CALDERON (1059A/BA, 33485-A/CE, 24363/DF,

44132/GO, 98730/MG, 15115-A/MS, 00812/PE, 12379/PI, 002693-A/RJ, 1162-A/RN, 56626A/RS, 905A/SE, 114904/SP)

RECDO.(A/S) : CLEONICE GONCALVES DO AMARALPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.921 (226)ORIGEM : 10433051645888001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : MARCUS VINICIUS BRANT NOBREADV.(A/S) : VLADER TEIXEIRA GONCALVES (155871/MG)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAISINTDO.(A/S) : VICENTE DE PAULO COSTA MELO MATOSADV.(A/S) : TIAGO GOMES DE CARVALHO PINTO (71905/MG)INTDO.(A/S) : ADEMAR DE BARROS BICALHOINTDO.(A/S) : ROGERIO BATISTA BICALHOADV.(A/S) : RITA MARIA MOTA SANTIAGO (38586/MG)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.935 (227)ORIGEM : PROC - 00027076520134036304 - TRF3 - TURMA

RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHIN

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 18

RECTE.(S) : EDNILSON APARECIDO MARTINS MOTAADV.(A/S) : SERGIO DE OLIVEIRA CELESTINO (111951/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.938 (228)ORIGEM : 511413 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR DO ESTADO

DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : THIAGO ARAUJO SANT ANNAADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO DE SOUSA SANTOS (260933/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.943 (229)ORIGEM : AREsp - 201151010197900 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : LUCIANA MIGON RAMOSADV.(A/S) : LEONARDO DA SILVA OLIVEIRA (148792/RJ)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.944 (230)ORIGEM : AREsp - 50096131920154047102 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : NELI TEREZINHA FONTANA SAVIANADV.(A/S) : MARCOS ERNANI SENGER (40434/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.948 (231)ORIGEM : AREsp - 201551010912837 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : LEONIDAS ANGELINO PEREIRAADV.(A/S) : EVANDRO JOSE LAGO (32307/BA, 23560-A/CE, 39930/

DF, 20468/ES, 127418/MG, 01253/PE, 66926/PR, 136516/RJ, 529A/RN, 12679/SC, 700A/SE, 214055/SP)

RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.951 (232)ORIGEM : AREsp - 200337000069980 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : FUNDACAO UNIVERSIDADE FEDERAL DO

MARANHAOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JOSE MARIA RAMOS MARTINSADV.(A/S) : GUTEMBERG SOARES CARNEIRO (5775/MA)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.952 (233)ORIGEM : AREsp - 200803000448950 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : SANDVIK DO BRASIL S/A . INDUSTRIA E COMERCIOADV.(A/S) : FILIPE CARRA RICHTER (234393/SP)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.953 (234)ORIGEM : AREsp - 00020387020008050001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : PETROLEO BRASILEIRO S A PETROBRASADV.(A/S) : LUIZA MARIA GARCEZ BASTOS BRITO (25026/BA)RECDO.(A/S) : INSTITUTO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS

HÍDRICOS - INEMAADV.(A/S) : LEONARDO MELO SEPULVEDA (7506/BA)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.955 (235)ORIGEM : PROC - 00016560920164036338 - TRF3 - TURMA

RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : PEDRO JOAQUIM DA SILVAADV.(A/S) : CARLA APARECIDA ALVES DE OLIVEIRA (105190/MG,

367105/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.964 (236)ORIGEM : AREsp - 200903000161549 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ALEXANDRE LUIZ VERSUTIADV.(A/S) : ALEXANDRE LATUFE CARNEVALE TUFAILE

(31089/GO, 105894/MG, 164516/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.975 (237)ORIGEM : AREsp - 201624513396 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : GUARDA MUNICIPAL DA CIDADE DO RIO DE

JANEIRO-GM-RIO E OUTRO(A/S)PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : RENATO PINHEIRO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : FREDERICO GUILHERME DIAS SANCHES (128604/RJ)ADV.(A/S) : VANESSA PALOMANES SANCHES (124364/RJ)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.977 (238)ORIGEM : AREsp - 00059860320118260566 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : CLUBE DO LAR LTDA - MEADV.(A/S) : ENOS DA SILVA ALVES (129279/SP)ADV.(A/S) : RENATO SODERO UNGARETTI (154016/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.979 (239)ORIGEM : PROC - 50523640220164047000 - TRF4 - PR - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MARIA ISMENIA GOMES DO REGOADV.(A/S) : ERALDO LACERDA JUNIOR (95876/MG, 00957/PE,

30437/PR, 170894/RJ, 1316-A/RN, 57773A/RS, 15701/SC, 191385/SP)

RECDO.(A/S) : FUNDACAO OSWALDO CRUZ - FIOCRUZPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.984 (240)ORIGEM : PROC - 00004872320164036326 - TRF3 - TURMA

RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ARIOVALDO TEBALDIADV.(A/S) : MARCUS ELY SOARES DOS REIS (35120-A/CE, 26375/

ES, 164553/MG, 21722-A/PB, 01956/PE, 20777/PR, 204306/RJ, 1188-A/RN, 304381/SP)

RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.994 (241)ORIGEM : AREsp - 90000219720088260014 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : GIULINI ADOLFOMER INDUSTRIAS QUIMICAS LTDA.ADV.(A/S) : MARCELO SILVA MASSUKADO (11502/DF, 186010/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.995 (242)ORIGEM : 12736697 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : WANTHONY PETERSONN ALVES DA LUZ

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PARANÁ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.996 (243)ORIGEM : AREsp - 1222912 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MAIKON WILLIAM RUBIO FERRAZADV.(A/S) : VITAL DE ANDRADE NETO (82150/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.008 (244)ORIGEM : REsp - RI001435N0000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : CARLOS ROBERTO DANTASADV.(A/S) : DANILO VIDILLI ALVES PEREIRA (234528/SP)RECTE.(S) : EDNA BORGES PEIXOTOADV.(A/S) : ROSELLE ADRIANE SOGLIO (177840/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.010 (245)ORIGEM : AREsp - 201051010055359 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MARIA OLIVEIRA DE GOES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PAULO VINICIUS NASCIMENTO FIGUEIREDO (132642/

RJ)RECDO.(A/S) : INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E

ESTATISTICA - IBGEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.011 (246)ORIGEM : AREsp - 00274414620144013800 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : CARLOS GOMES GUIMARAESADV.(A/S) : MICHELE CRISTINA FELIPE SIQUEIRA (34729/BA,

102468/MG, 312716/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.012 (247)ORIGEM : 201500010124 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : SIDNEY TADEU COELHOADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS THIESEN (25744/SC)ADV.(A/S) : MARINA MENDES MARTINS (40767/SC)ADV.(A/S) : ALESANDRA KUHNEN (43352/SC)RECDO.(A/S) : RUDIMAR ROQUE SPANHOLOADV.(A/S) : RUDIMAR ROQUE SPANHOLO (34000/RS, 44083/SC)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.022 (248)ORIGEM : AREsp - 314043000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE PERNAMBUCOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : CARLOS ALBERTO ATHAYDE MONTENEGRO JUNIORADV.(A/S) : FERNANDO LUIZ BUARQUE DE LACERDA FILHO

(17821/PE)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.023 (249)ORIGEM : 00013016320168120049 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL

PROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : THIAGO XAVIER DE ASSISADV.(A/S) : ELEUDI NARCISO DA SILVA (21684/MS)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MATO GROSSO DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.026 (250)ORIGEM : REsp - 200850010157986 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : PELICANO CONSTRUCOES S.A.ADV.(A/S) : ALVINO PADUA MERIZIO (7834/ES)RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DA SERRAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DA SERRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.033 (251)ORIGEM : AREsp - 201351100000701 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ADILSON RIBEIRO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : PATRICIA REIS NEVES BEZERRA (83102/RJ,

171636/SP)ADV.(A/S) : EURIVALDO NEVES BEZERRA (096471/RJ)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.036 (252)ORIGEM : 00080433320128260283 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : CHARLES GOMES FARIAADV.(A/S) : LUCIANO QUINTANILHA DE ALMEIDA (186825/SP)ADV.(A/S) : NARA SILVA DE ALMEIDA (285764/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.042 (253)ORIGEM : AREsp - 01071958720098060001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁRECDO.(A/S) : ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - SECÇÃO DO

CEARÁADV.(A/S) : EGINARDO DE MELO ROLIM FILHO (17062/CE)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.043 (254)ORIGEM : AREsp - 00063227420108260361 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : PETROLEO BRASILEIRO S A PETROBRASADV.(A/S) : FLAVIO OLIMPIO DE AZEVEDO (118748/RJ, 34248/SP)ADV.(A/S) : MILENA PIRAGINE (3939/AC, 11639A/AL, A912/AM,

2399-A/AP, 38857/BA, 28128-A/CE, 40427/DF, 21455/ES, 37223/GO, 12240-A/MA, 144673/MG, 17018-A/MS, 17210/A/MT, 19386-A/PA, 18514-A/PB, 01570/PE, 10202/PI, 66452/PR, 180116/RJ, 976-A/RN, 5783/RO, 445-A/RR, 89811A/RS, 36524/SC, 764A/SE, 178962/SP, 5694/TO)

RECDO.(A/S) : LUIZ IBANEZ E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : APARECIDA CLAUDINEIA DE SIQUEIRA SILVA (181088/

SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.045 (255)ORIGEM : AREsp - 201600825036 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SERGIPEPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : FUNDACAO SISTEL DE SEGURIDADE SOCIALADV.(A/S) : NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES (3600/AC,

9395A/AL, A598/AM, 1551-A/AP, 24290/BA, 16599-A/CE, 25136/DF, 15111/ES, 27024/GO, 9348-A/MA,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 20

107878/MG, 13043-A/MS, 11065/A/MT, 15201-A/PA, 128341-A/PB, 00922/PE, 8202/PI, 30916/PR, 136118/RJ, 725-A/RN, 4875/RO, 372-A/RR, 80025A/RS, 23729/SC, 484A/SE, 128341/SP, 4.923-A/TO)

RECDO.(A/S) : ANTONIO CARDOSO PASSOSADV.(A/S) : DIOGO DANTAS OLIVEIRA (5433/SE)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.048 (256)ORIGEM : 70071357073 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : GUILHERME DOS SANTOS DE MOURAADV.(A/S) : FLAVIO LUIS ALGARVE (25733/RS)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.061 (257)ORIGEM : 200161140039526 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : JACQUES BRODER COHENADV.(A/S) : ANTONIO PEDRO LOVATO (139278/SP)RECTE.(S) : HENRIQUE KERTZMAN MISIONSCHNIKADV.(A/S) : CYLL FARNEY FERNANDES CARELLI (179432/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.062 (258)ORIGEM : 10024061501441001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : PEDRO ALVES GUIMARAESRECTE.(S) : ANDRE LUIZ CURY LINSADV.(A/S) : EDUARDO BELLI PEREIRA DE SOUZA (48700/MG)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.063 (259)ORIGEM : 01248205020078260001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : CARLOS MAGNO VARGASADV.(A/S) : THIAGO APPOLINARIO BELEM (322257/SP)RECDO.(A/S) : BANCO ITAUCARD S.A.ADV.(A/S) : ALEXANDRE NASSAR LOPES (122732/MG, 116817/SP)ADV.(A/S) : FRANCISCO ANTONIO FRAGATA JUNIOR (A663/AM,

1179A/BA, 26668-A/CE, 99853/MG, 24846-A/PB, 01226/PE, 48835/PR, 002437-A/RJ, 69584A/RS, 553A/SE, 39768/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.069 (260)ORIGEM : AREsp - 10001169820148260292 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : DEVANIR DONIZETE DA SILVAADV.(A/S) : IVAN DE ALMEIDA SALES DE OLIVEIRA (272107/SP)RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE JACAREIADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE JACAREÍ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.070 (261)ORIGEM : AREsp - 00075434120138260053 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : LEONISIA ROSEMIRO BATISTAADV.(A/S) : MARCO ANTONIO FERREIRA DA SILVA (65843/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.074 (262)ORIGEM : AREsp - 00072248320138260664 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBER

RECTE.(S) : MUNICÍPIO DE VOTUPORANGAADV.(A/S) : GIULLIANO IVO BATISTA RAMOS (163600/SP)RECDO.(A/S) : VALDETE LANJONI PANDIMADV.(A/S) : BRUNO TEIXEIRA GONZALEZ (22456-A/MS,

274566/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.076 (263)ORIGEM : 10183140134382002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAISRECTE.(S) : MUNICIPIO DE CONSELHEIRO LAFAIETEADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

CONSELHEIRO LAFAIETEADV.(A/S) : JOSE ANTONIO DOS REIS CHAGAS (32666/MG)ADV.(A/S) : CAYO MARCUS NORONHA DE ALMEIDA FERNANDES

(117599/MG)ADV.(A/S) : TALITA FERNANDES DE OLIVEIRA (176743/MG)ADV.(A/S) : NAYARA DA SILVA BITENCOURT (151896/MG)RECDO.(A/S) : KENIA PATRICIA DOS SANTOS DE PAULAADV.(A/S) : ANDERSON COELHO PEREIRA (96606/MG)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.078 (264)ORIGEM : REsp - 201451011252737 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : EMPRESA BRASILEIRA DE INFRAESTRUTURA

AEROPORTUARIA - INFRAEROADV.(A/S) : FABIO DE OLIVEIRA ALVAREZ (124925/RJ)RECDO.(A/S) : JOAO EMILIO DE OLIVEIRA FILHOADV.(A/S) : RODRIGO MOURA COELHO DA PALMA (44219/PE,

98041/RJ)INTDO.(A/S) : DANIELE DE PAULA RIBASADV.(A/S) : ARIANE BARRETO DA CUNHA DE SOUZA (167284/RJ)INTDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.079 (265)ORIGEM : REsp - 200961830020917 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ISRAEL APARECIDO DE SANTANAADV.(A/S) : WILBER TAVARES DE FARIAS (243329/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.081 (266)ORIGEM : AREsp - 00053724720138260236 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ESPÓLIO DE GENNARO MONDELLIADV.(A/S) : FABIO RESENDE LEAL (196006/SP)RECDO.(A/S) : BANCO INDUSVAL SAADV.(A/S) : EDUARDO VITAL CHAVES (55334/BA, 53637/DF,

134020/MG, 43568/PE, 73379/PR, 181103/RJ, 38283/SC, 257874/SP)

ADV.(A/S) : RONALDO RAYES (118043/MG, 21563-A/MS, 43630/PE, 147949/RJ, 48588-A/SC, 114521/SP)

RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE IACANGAADV.(A/S) : SEBASTIAO DE PAULA XAVIER NETO (68093/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.084 (267)ORIGEM : REsp - 01322061620128060001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁPROCED. : CEARÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁRECDO.(A/S) : LEANDRO MARCIO NEVES DE PINHOADV.(A/S) : VIRGINIA MARIA LIMA BEZERRA (09879/CE)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.085 (268)ORIGEM : AREsp - 201351010238856 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 21

RELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : GILSON VICTORIOADV.(A/S) : JOSE CARLOS NUNES DOS SANTOS (115964/RJ)ADV.(A/S) : MAURO ABDON GABRIEL (082725/RJ)ADV.(A/S) : ANGELA TAVARES DE CASTRO BITTENCOURT

(160232/RJ)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.086 (269)ORIGEM : 201494013665 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE GOIÁSPROCED. : GOIÁSRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁSRECDO.(A/S) : MARIA CONCEICAO PIRES BORGESADV.(A/S) : SANDRO LUCENA ROSA (45229/GO)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.091 (270)ORIGEM : 200994097778 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE GOIÁSPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : HELIO JACINTO PEREIRARECTE.(S) : CINTIA SOUZA PEREIRARECTE.(S) : MARIELE SOUZA PEREIRAADV.(A/S) : ADAIR RODRIGUES CHAVEIRO (01307/A/DF,

10414/GO)RECDO.(A/S) : JOSE JOAQUIM FORTESADV.(A/S) : ROBERTO NAVES DE ASSUNCAO (53715/DF,

6765/GO)RECDO.(A/S) : HOSPITAL EVANGELICO GOIANO SAADV.(A/S) : CICERO GOMES LAGE (15001/GO)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.092 (271)ORIGEM : AREsp - 201600720160 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SERGIPEPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO DE SERGIPE DESOADV.(A/S) : RENATA MONTALVAO DE AZEVEDO CARRERA

(6225/SE)RECDO.(A/S) : ELIAS MENDES DOS SANTOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : DIOGO BRITO DE FIGUEIREDO (5195/SE)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.102 (272)ORIGEM : AREsp - 00072143920138260664 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE VOTUPORANGAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

VOTUPORANGAADV.(A/S) : GIULLIANO IVO BATISTA RAMOS (163600/SP)RECDO.(A/S) : CLAUDIA CASTREQUINIADV.(A/S) : BRUNO TEIXEIRA GONZALEZ (22456-A/MS,

274566/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.103 (273)ORIGEM : 00011975820098190005 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : F'NA E-OURO GESTAO DE FRANCHISING E

NEGOCIOS LTDAADV.(A/S) : ADRIANO MONTE PESSOA (29146/PR, 002709-A/RJ)RECDO.(A/S) : COMPANHIA MUNICIPAL DE ADMINISTRACAO

PORTUARIAADV.(A/S) : JORGE DOS SANTOS VICENTE JUNIOR (119744/RJ)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.105 (274)ORIGEM : AREsp - 1490781604 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO PARANÁPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁRECDO.(A/S) : EDSON MARCOS DE PAULA & CIA LTDA - MEADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.113 (275)ORIGEM : AREsp - 200103000275246 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JOSE NIVALDO STAFUSAADV.(A/S) : FERNANDO NETO CASTELO (99471/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.114 (276)ORIGEM : AREsp - 00338731519944036100 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E

AGRONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO - CREA/SPADV.(A/S) : RENATA VALERIA PINHO CASALE COHEN (225847/SP)ADV.(A/S) : HUMBERTO MARQUES DE JESUS (182194/SP)RECDO.(A/S) : MARA RODRIGUES RAMOSADV.(A/S) : ARTHUR JORGE SANTOS (134769/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.120 (277)ORIGEM : AREsp - 00050373020124013813 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : IRMAOS MATTAR E COMPANHIA LTDAADV.(A/S) : DAVID GONCALVES DE ANDRADE SILVA (29006/DF,

52334/MG, 214976/RJ, 160031/SP)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.123 (278)ORIGEM : AREsp - 00020842020128260271 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MUNICIPIO DE ITAPEVIADV.(A/S) : WAGNER DOS SANTOS LENDINES (197529/SP)ADV.(A/S) : RAPHAEL DE ALMEIDA TRIPODI (268319/SP)RECDO.(A/S) : MARCOS DE OLIVEIRA MACHADO NETOADV.(A/S) : THIAGO SILVA PEREIRA (305741/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.127 (279)ORIGEM : 20140110420308 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MARCELO HENRIQUE DOS SANTOS DE SOUZAADV.(A/S) : PAULO RENATO SMANIOTTO (20215/DF)ADV.(A/S) : EDSON ALFREDO MARTINS SMANIOTTO (33510/DF)ADV.(A/S) : LISSA MOREIRA MARQUES (35307/DF, 413701/SP)ADV.(A/S) : ANGELA MACEDO MENEZES DE ARAUJO (44591/DF)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.128 (280)ORIGEM : AREsp - 21046172120168260000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : EDSON HIROYUKI OMORIADV.(A/S) : MARCOS CESAR VIEIRA (274680/SP)RECDO.(A/S) : TOTAL DISTRIBUIDORA DE VEICULOS LTDAADV.(A/S) : MARCELO TOLEDO MATUOKA (288345/SP)ADV.(A/S) : FABIO JOSE OLIVEIRA MAGRO (133923/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.134 (281)ORIGEM : 13424076 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : OI S.A.ADV.(A/S) : ANA TEREZA BASILIO (22646/DF, 74802/RJ,

253532/SP)ADV.(A/S) : JOAQUIM MIRO (15181/PR, 24159/SC)RECDO.(A/S) : ELIETE GALDINO LUCAS CORDEIROADV.(A/S) : CLAUDIO EVANDRO STEFANO (28512/PR)ADV.(A/S) : WELTON CARLOS DE CASTRO (25442/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.137 (282)ORIGEM : AREsp - 10000538419878260562 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : ZULMIRA NUNES PILOTO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANDRE COLACO CABRAL (242737/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.139 (283)ORIGEM : REsp - 50021884620124047101 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURGPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ANA CRISTINA GULARTE FERREIRAADV.(A/S) : ARNALDO UBATUBA DE FARIA LUIZ (76499/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.140 (284)ORIGEM : 09581226 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : JOVANI FERMINO DUTRAADV.(A/S) : ANDERSON WAGNER MARCONI (35325/PR)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PARANÁ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.145 (285)ORIGEM : AREsp - 201061820154253 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : UNIPAR CARBOCLORO S.AADV.(A/S) : ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA (138909/SP)ADV.(A/S) : CIRO REGINATO FARIA (331281/SP)ADV.(A/S) : ALEXANDRE DE MENDONCA WALD (01505/A/DF,

1242A/MG, 057808/RJ, 107872/SP)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.146 (286)ORIGEM : 00035641820154036183 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ELIAS GARCIA JUNIORADV.(A/S) : MARCUS ELY SOARES DOS REIS (35120-A/CE, 26375/

ES, 164553/MG, 21722-A/PB, 01956/PE, 20777/PR, 204306/RJ, 1188-A/RN, 304381/SP)

RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.147 (287)ORIGEM : 20131110008479 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : MARCOS ROBERTO NERES DE LIMA SANTOSADV.(A/S) : GUTIERRE SANTOS MORAIS (43806/DF)ADV.(A/S) : ALBERTO CAVALCANTI VITORIO FILHO (44804/DF)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.153 (288)ORIGEM : 20179000238 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : FRANCISCO DE ASSIS RODRIGUESADV.(A/S) : JOSE KLEBER DOS SANTOS NECO (10312/RN)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO NORTE

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 157.394 (289)ORIGEM : 157394 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : VANUZA VIDAL SAMPAIOADV.(A/S) : ANTONIO NABOR AREIAS BULHOES (1109/AL, 1465-A/

DF, 2251-A/RJ) E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 157.395 (290)ORIGEM : 157395 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : MARCELO GUILHERME DE SOUZAADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO SANTOS (346533/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 157.396 (291)ORIGEM : 157396 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : HELIO GARCIA LOPES JUNIORADV.(A/S) : PAULO SERGIO SEVERIANO (184460/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

MINISTRO DISTR REDIST TOT

MIN. CELSO DE MELLO 24 0 24

MIN. MARCO AURÉLIO 27 0 27

MIN. GILMAR MENDES 28 2 30

MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 42 0 42

MIN. DIAS TOFFOLI 30 0 30

MIN. LUIZ FUX 35 0 35

MIN. ROSA WEBER 23 0 23

MIN. ROBERTO BARROSO 15 0 15

MIN. EDSON FACHIN 37 2 39

MIN. ALEXANDRE DE MORAES 26 0 26

TOTAL 287 4 291

Nada mais havendo, foi encerrada a presente Ata de Distribuição. ANTONIO JULIANO DE SOUZA, Coordenador de Processamento Inicial, PATRÍCIA PEREIRA DE MOURA MARTINS, Secretário(a) Judiciário(a).

Brasília, 24 de maio de 2018.

Ata da Centésima Vigésima Primeira Distribuição realizada em 25 de maio de 2018.

Foram distribuídos os seguintes feitos, pelo sistema de processamento de dados:

AÇÃO ORIGINÁRIA 2.353 (292)ORIGEM : 2353 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAUTOR(A/S)(ES) : ROSSIDELIO LOPES DA FONTEADV.(A/S) : LUCIANA CRISTINA FERREIRA (106210/RJ)RÉU(É)(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL 519

(293)

ORIGEM : 519 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESREQTE.(S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA 16ª VARA FEDERAL CÍVEL DA

SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERALADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA VARA FEDERAL CÍVEL E CRIMINAL

DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE JATAÍADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA VARA FEDERAL CÍVEL E CRIMINAL

DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE APARECIDA DE GOIÂNIAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA 2ª VARA FEDERAL DE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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FLORIANÓPOLISADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA 26ª VARA FEDERAL CÍVEL DE SÃO

PAULOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA 4ª VARA FEDERAL CÍVEL DA

SEÇÃO JUDICIÁRIA DE GOIÁSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO

GRANDE DO NORTEADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE

PERNAMBUCOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

EXTRADIÇÃO 1.547 (294)ORIGEM : 1547 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIREQTE.(S) : SOB SIGILOEXTDO.(A/S) : SOB SIGILO

HABEAS CORPUS 157.380 (295)ORIGEM : 157380 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOPACTE.(S) : FABIO HENRIQUE MARTINSIMPTE.(S) : FABIO HENRIQUE MARTINSCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC N° 392.576 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.386 (296)ORIGEM : 157386 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESPACTE.(S) : A.A.P.IMPTE.(S) : A.A.P.COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC N° 400.574 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.426 (297)ORIGEM : 157426 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : HEVERSON RODRIGO RIBEIRO BESSAIMPTE.(S) : BEATRIZ DA SILVA COSTA DE SOUZA (116555/RJ) E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 428.414 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 157.439 (298)ORIGEM : 157439 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOPACTE.(S) : CLEOMAR ANTONIO DE SOUZAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.440 (299)ORIGEM : 157440 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : GENAILDE CARDOSO SANTOS OLIVEIRAIMPTE.(S) : JOSE CLAUDIO DOS SANTOS (5640/SE)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO ARESP Nº 1.053.455 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.461 (300)ORIGEM : 157461 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : R.A.IMPTE.(S) : PATRICIA HENRIQUES RIBEIRO (65610/MG) E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 450.954 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.466 (301)

ORIGEM : 157466 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOPACTE.(S) : ROBERTO BOQUETTI JUNIORIMPTE.(S) : ADEMAR RIGUEIRA NETO (11308/PE) E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.467 (302)ORIGEM : 157467 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : ANTONIO CARLOS RODRIGUESIMPTE.(S) : MARCELO LUIZ AVILA DE BESSA (12330/DF,

1565A/MG) E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 157.468 (303)ORIGEM : 157468 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESPACTE.(S) : JOAO AUGUSTO ROSA CARACIOLOIMPTE.(S) : ANDERSON DIEGO CANDIDO DA SILVA (37770/PE)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.469 (304)ORIGEM : 157469 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : APARECIDA ROZANGELA DOS SANTOSIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.470 (305)ORIGEM : 157470 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : ANDRESSA SILVA MAIAIMPTE.(S) : SAMIR IBRAHIM MOYA ABDALLAH (80503/PR)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.471 (306)ORIGEM : 157471 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOPACTE.(S) : EVANDRO ROCINSKI DOS SANTOSIMPTE.(S) : MATTIA FIERRO (48460/SC)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 437.647 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.472 (307)ORIGEM : 157472 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LENNON DUTRA VASQUESIMPTE.(S) : OSVALDO JOSÉ DUNCKE (34143/SC)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.473 (308)ORIGEM : 157473 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : G.L.E.IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.474 (309)ORIGEM : 157474 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESPACTE.(S) : GUILHERME SANTIN MARTINIIMPTE.(S) : ANDRE LUIS CERINO DA FONSECA (225178/SP) E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 441.712 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.475 (310)ORIGEM : 157475 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 24

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : GUILHERME HENRIQUE DA SILVA RODRIGUESIMPTE.(S) : FERNANDO GABRIEL NAMI FILHO (209080/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 448.926 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.476 (311)ORIGEM : 157476 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : DANILO ROSA MARQUESIMPTE.(S) : PAULO ROGERIO COMPIAN CARVALHO (217672/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 450.585 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.477 (312)ORIGEM : 157477 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOPACTE.(S) : EDGLY DUTRA BARBOSAIMPTE.(S) : ANDRE FELIPE CORDEIRO BRAGA (17301/CE) E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 445.144 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.478 (313)ORIGEM : 157478 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : RENAN APARECIDO DA ROCHAIMPTE.(S) : PAULO ROGERIO COMPIAN CARVALHO (217672/SP)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.479 (314)ORIGEM : 157479 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : EDSON GIROTOPACTE.(S) : RACHEL ROSANA DE JESUS PORTELA GIROTOPACTE.(S) : FLAVIO HENRIQUE GARCIA SCROCCHIOPACTE.(S) : WILSON ROBERTO MARIANO DE OLIVEIRAPACTE.(S) : MARIANE MARIANO DE OLIVEIRA D ORNELLASIMPTE.(S) : JOSE VALERIANO DE SOUZA FONTOURA (6277/MS,

6277-A/PB)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DA RCL Nº 30.313 DO SUPREMO TRIBUNAL

FEDERAL

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 157.480 (315)ORIGEM : 157480 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : PAULO SERGIO VAZ DE ARRUDAIMPTE.(S) : CONRADO ALMEIDA CORREA GONTIJO (47457/DF,

305292/SP) E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 449.422 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 157.481 (316)ORIGEM : 157481 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : JOSÉ MARCELO CIPRIANO CARDOSOIMPTE.(S) : ADEILDO NUNES (08914/PE) E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 448.214 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.482 (317)ORIGEM : 157482 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : ANDERSON MARTINELLIIMPTE.(S) : LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA (176939/SP) E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.483 (318)ORIGEM : 157483 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULO

RELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : MARCO ANTÔNIO CAMACHO SEASIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.484 (319)ORIGEM : 157484 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : JEFFERSON BEZERRA ALVES DA SILVAPACTE.(S) : JOSÉ LUEDSOMBERGUE GOMES DA SILVAIMPTE.(S) : WILLIAM FERNANDES CHAVES (236257/SP)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.485 (320)ORIGEM : 157485 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : JARDEL SILVA DE MACEDO JUNIORIMPTE.(S) : DIEGO FILIPE FUSCHI (292389/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 451.073 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.486 (321)ORIGEM : 157486 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : ERENILDO MIRANDA DA SILVAIMPTE.(S) : RODRIGO CORREA GODOY (196109/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 450.676 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 157.487 (322)ORIGEM : 157487 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : EDILENO DE LIMA PEREIRAIMPTE.(S) : GILMAR CANDIDO DA SILVA (45545/GO) E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 429.536 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.488 (323)ORIGEM : 157488 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : GUSTAVO HENRIQUE COSMOIMPTE.(S) : PATRICIA DOS SANTOS FERREIRA (18442/ES)COATOR(A/S)(ES) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.489 (324)ORIGEM : 157489 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESPACTE.(S) : OSCAR ARACATY ROCHA DE LIMAIMPTE.(S) : BORIS MARQUES DA TRINDADE (2032-A/PB,

02032/PE, 994-A/RN) E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO RECURSO ESPECIAL Nº 1.538.389 DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.490 (325)ORIGEM : 157490 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : ROBERTO GONCALVESIMPTE.(S) : JAMES WALKER NEVES CORREA JUNIOR (079016/RJ)

E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 157.491 (326)ORIGEM : 157491 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOPACTE.(S) : CESAR JULIAN FRANÇAIMPTE.(S) : VICTOR HUGO ANUVALE RODRIGUES (331639/SP)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.492 (327)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 25

ORIGEM : 157492 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : MARCO AURÉLIO SAYÃO CORRÊAPACTE.(S) : PATRICIA VALÉRIA ANDRADE DE OLIVEIRAIMPTE.(S) : ANDRE PERECMANIS (109187/RJ) E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.493 (328)ORIGEM : 157493 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : ALCIVAN MENDES DE MOURAIMPTE.(S) : DURVALDO RAMOS VARANDAS DE CARVALHO NETO

(0005550/RN) E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 450.840 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.494 (329)ORIGEM : 157494 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : R.S.P.IMPTE.(S) : RENAN ARAUJO MACHADO (33481/DF) E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO ARESP Nº 1.036.205 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.495 (330)ORIGEM : 157495 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : MAURO SÉRGIO SANTOS DA SILVAIMPTE.(S) : VICTOR HUGO ANUVALE RODRIGUES (331639/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 450.417 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.496 (331)ORIGEM : 157496 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : PAULO BISKUP DE AQUINOIMPTE.(S) : DANIEL GERBER (47827/DF, 39879/RS) E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO RESP Nº 1.480.168 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 157.497 (332)ORIGEM : 157497 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : PAULO BRUNO GONÇALVESIMPTE.(S) : LUIZ FERNANDO MARQUES GOMES DE OLIVEIRA

(242824/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 421.357 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.498 (333)ORIGEM : 157498 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : THOMAZ URIAS ALVES DE SOUZAIMPTE.(S) : FAHD DIB JUNIOR (225274/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 441.908 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.499 (334)ORIGEM : 157499 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : LUIS AMÉLIO GOMES FERREIRAIMPTE.(S) : RODOLFO AUGUSTO FERNANDES (12660/MA) E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 317.036 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.500 (335)ORIGEM : 157500 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : VALERIANO ODAIR AREVALO GARCIAIMPTE.(S) : PAULO VICTOR DIOTTI VICTORIANO (12801/MS)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.501 (336)ORIGEM : 157501 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : RAUL SOARES GOMESIMPTE.(S) : EDUARDO TAVOLASSI (303414/SP) E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 451.171 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.502 (337)ORIGEM : 157502 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : ELIZAEL VIEIRA DE BARROSIMPTE.(S) : VICTOR HUGO ANUVALE RODRIGUES (331639/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 450.929 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.503 (338)ORIGEM : 157503 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOPACTE.(S) : IVALDO JOSE BEZERRA JUNIORIMPTE.(S) : ERNESTO GONCALO CAVALCANTI (15468/PE) E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 451.411 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.504 (339)ORIGEM : 157504 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : CARLOS AUGUSTO DE ALMEIDA RAMOSIMPTE.(S) : ANTONIO NABOR AREIAS BULHOES (1109/AL, 1465-A/

DF, 2251-A/RJ) E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.505 (340)ORIGEM : 157505 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : NICHOLAS STULZER KLEINIMPTE.(S) : NABOR MIGUEL PIRES (25083/SC) E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 428.569 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.506 (341)ORIGEM : 157506 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : THIAGO CATTEM CONTEIMPTE.(S) : THAIS DE VASCONCELLOS COSTA (197845/RJ)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.507 (342)ORIGEM : 157507 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : O.J.P.IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.508 (343)ORIGEM : 157508 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : HERIK MOREIRA SANTANAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOCOATOR(A/S)(ES) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.509 (344)ORIGEM : 157509 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : CICERA JOSEFÁ ARAÚJO DE SOUSAIMPTE.(S) : MANOEL ABILIO LOPES (29431/CE) E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 434.550 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 26

HABEAS CORPUS 157.510 (345)ORIGEM : 157510 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : MARLUCIA OLIVEIRA SANTOSIMPTE.(S) : MARIANA JORGE TODARO (201455/SP)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.511 (346)ORIGEM : 157511 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : CLAUDETE FRANCO SALIMIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.512 (347)ORIGEM : 157512 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : ROBSON APARECIDO DE ALMEIDAIMPTE.(S) : TIAGO LEARDINI BELLUCCI (333564/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 450.972 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.513 (348)ORIGEM : 157513 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : MAICON DE SIMONE SOUZAIMPTE.(S) : ANDRE EDUARDO HEINIG (28532/SC) E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 402.826 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 157.514 (349)ORIGEM : 157514 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : VALTER DOS SANTOS CRUZIMPTE.(S) : JOSE GUALBERTO DE ASSIS (43226/SP)COATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

HABEAS CORPUS 157.529 (350)ORIGEM : 157529 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : IZABELA DOS SANTOS SILVAIMPTE.(S) : MANOEL ABILIO LOPES (29431/CE)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO RHC Nº 85.933 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.530 (351)ORIGEM : 157530 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : JUCIMAR PEREIRAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.531 (352)ORIGEM : 157531 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : LEANDRO PRATES VIANAIMPTE.(S) : VICTOR HUGO ANUVALE RODRIGUES (331639/SP)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 157.532 (353)ORIGEM : 157532 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : MARY SIMONE REISIMPTE.(S) : LEONARDO ISAAC YAROCHEWSKY (47898/MG) E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO RHC Nº 98.194 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 157.533 (354)ORIGEM : 157533 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : FREDERICO NERES DO AMARAL BEZERRAPACTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTOCOATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

HABEAS CORPUS 157.534 (355)ORIGEM : 157534 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : JUCIMAR PEREIRAIMPTE.(S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

INQUÉRITO 4.712 (356)ORIGEM : 4712 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. EDSON FACHINAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : ANTONIO DA CRUZ FILGUEIRA JUNIORADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

MANDADO DE INJUNÇÃO 6.928 (357)ORIGEM : 6928 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESIMPTE.(S) : ROBERTO MASSANTE FERNANDESADV.(A/S) : ALEXANDRE REINOL DA SILVA (103952/RJ,

78113A/RS)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE INJUNÇÃO 6.929 (358)ORIGEM : 00717504620181000000 - SUPREMO TRIBUNAL

FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : CLOVIS SANTIAGO RIBEIROADV.(A/S) : ALEXANDRE REINOL DA SILVA (103952/RJ,

78113A/RS)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE SEGURANÇA 35.734 (359)ORIGEM : 35734 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESIMPTE.(S) : ELIETE DE SOUZA COLARESADV.(A/S) : ELIETE DE SOUZA COLARES (3847/PA)IMPDO.(A/S) : JUÍZA PRESIDENTE DA TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS DO ESTADO DO PARÁADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

MANDADO DE SEGURANÇA 35.735 (360)ORIGEM : 35735 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINIMPTE.(S) : JANNY MARIA SANT ANNA DE MORAESADV.(A/S) : JORGE LUIS DA SILVA (8506/ES) E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

MANDADO DE SEGURANÇA 35.736 (361)ORIGEM : 00717106420181000000 - SUPREMO TRIBUNAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 27

FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINIMPTE.(S) : IARA MONTEIRO DA SILVAADV.(A/S) : MICHELLINE CANGUCU IWAMOTO VISCONDE (18877/

DF) E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

MANDADO DE SEGURANÇA 35.737 (362)ORIGEM : 35737 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINIMPTE.(S) : JOSE TARCISIO DE MELOADV.(A/S) : JOSE TARCISIO DE MELO (17129/MA)IMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTICAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSIMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

PETIÇÃO 7.655 (363)ORIGEM : 7655 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOREQTE.(S) : FRANCISCO DE SALES GUERRA NETOADV.(A/S) : RAFAEL DE ALENCAR ARARIPE CARNEIRO (25120/DF,

409584/SP, 4958/TO) E OUTRO(A/S)REQDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECLAMAÇÃO 30.621 (364)ORIGEM : 30621 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : MUNICIPIO DE SANTA MARIA DO PARAADV.(A/S) : LUIZ SERGIO PINHEIRO FILHO (012948/PA) E

OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : RELATORA DO AI Nº 0802869-43.2017.8.14.0000 DO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO 30.637 (365)ORIGEM : 30637 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECLTE.(S) : MUNICIPIO DE SAO MIGUEL DO PASSA QUATROADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

MIGUEL DO PASSA QUATRORECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DO JUÍZO AUXILIAR DE

EXECUÇÃO DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 18ª REGIÃO

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO 30.638 (366)ORIGEM : 30638 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : JOHNY ALVES GARCIARECLTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE MATO

GROSSOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSORECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 5ª VARA DA COMARCA DE ALTA

FLORESTAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO 30.639 (367)ORIGEM : 30639 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECLTE.(S) : EMILIA TIRIE HIGASHIYAMAADV.(A/S) : MARCELO ISSAMU HIGASHIYAMA (59551/PR)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO 30.640 (368)ORIGEM : 30640 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : ELIAS CIDRALADV.(A/S) : ELIAS CIDRAL (9689/SC)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECLAMAÇÃO 30.641 (369)ORIGEM : 30641 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECLTE.(S) : MARCELO NICOLAU DA SILVAADV.(A/S) : PAULO ROBERTO NOLETO DA PENHA (162400/MG)RECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA VARA DO JURI E EXECUÇÕES

PENAIS DA COMARCA DE VITORIA DA CONQUISTAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO 30.642 (370)ORIGEM : 30642 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECLTE.(S) : CARIM JORGE MELEM NETOADV.(A/S) : CARIM JORGE MELEM NETO (13789/PA)RECLDO.(A/S) : DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL DA CIDADE DE MONTE

ALEGRE/PAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO 30.643 (371)ORIGEM : 30643 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : GOIÁSRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : MUNICIPIO DE SAO MIGUEL DO PASSA QUATROADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

MIGUEL DO PASSA QUATRORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 18ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO 30.644 (372)ORIGEM : 30644 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECLTE.(S) : JSL S/A.ADV.(A/S) : LEONARDO OURIQUE JUNG (99169/RS) E

OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 11ª VARA DO TRABALHO DE

CURITIBAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : ADIR FRANCISCO ROCHAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 30.645 (373)ORIGEM : 30645 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : AEC CENTRO DE CONTATOS S/AADV.(A/S) : JOAO LUIZ JUNTOLLI (69339/MG, 20550-A/PB)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : HELVIO ZICA MENDONCAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 30.646 (374)ORIGEM : 30646 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECLTE.(S) : I&M PAPEIS E EMBALAGENS LTDAADV.(A/S) : RODRIGO ANDOLFO DE OLIVEIRA (230956/SP) E

OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO 30.647 (375)ORIGEM : 30647 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECLTE.(S) : I&M PAPEIS E EMBALAGENS LTDA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 28

ADV.(A/S) : WLADMIR DE OLIVEIRA BRITO (133674/SP) E OUTRO(A/S)

RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO 30.648 (376)ORIGEM : 2950520145180201 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : MINERACAO SERRA GRANDE S AADV.(A/S) : PATRICIA MIRANDA CENTENO AMARAL (54917/DF,

24190/GO)RECLDO.(A/S) : VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO 30.649 (377)ORIGEM : 30649 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : JOSE CARLOS DA SILVAADV.(A/S) : MAIRA DE MELO TEIXEIRA (32806/MG)RECLDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS

GERAISADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO 30.650 (378)ORIGEM : 30650 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : FRANCISCA DE FATIMA MUNIZ BORGESADV.(A/S) : VINICIUS BORGES MESCHICK DA SILVA (184079/MG)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO 30.651 (379)ORIGEM : 30651 - SUPERIOR TRIBUNAL MILITARPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECLTE.(S) : GUILHERME KLUG STEFFENPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECLDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITARADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 965.646 (380)ORIGEM : 00024922020158080008 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : TELEFONICA BRASIL S.A.ADV.(A/S) : PAULO CEZAR PINHEIRO CARNEIRO (24469/DF,

20200/RJ, 78009A/RS, 299023/SP)ADV.(A/S) : ALVARO ROSARIO VELLOSO DE CARVALHO (163523/

RJ)RECDO.(A/S) : MARIA AUGUSTA GOMESADV.(A/S) : LISLEI MOREIRA BATISTA (22849/ES)

REDISTRIBUÍDO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 970.351 (381)ORIGEM : 50131794120134047200 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : TISCOSKI DISTRIBUIDORA COMERCIAL LTDAADV.(A/S) : GLEISON MACHADO SCHUTZ (62206/RS)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.102.195 (382)ORIGEM : AREsp - 200661000103321 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLO

RECTE.(S) : TELEFÔNICA DATA S.A.ADV.(A/S) : RAQUEL CRISTINA RIBEIRO NOVAIS (1250/A/DF,

117881/MG, 002306-A/RJ, 77143A/RS, 76649/SP)ADV.(A/S) : DANIELLA ZAGARI GONCALVES (28473/BA,

181728/RJ, 77140A/RS, 116343/SP)ADV.(A/S) : CRISTIANE ROMANO FARHAT FERRAZ (29323/BA,

01503/A/DF, 103868/MG, 123771/SP)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

REDISTRIBUÍDO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.107.712 (383)ORIGEM : 200751010260059 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : HAYDEE MARIA CAVALCANTE DA COSTAADV.(A/S) : MELAINE CHANTAL MEDEIROS ROUGE (104771/RJ)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.115.510 (384)ORIGEM : 50139398520154040000 - SUPERIOR TRIBUNAL DE

JUSTIÇAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ANTONIO ROBERTO DE OLIVEIRARECTE.(S) : CERSEF EMPREITEIRA DE OBRAS LTDA - MERECTE.(S) : HENRIQUE FAVORETTO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : LEONARDO DE CAMARGO MARTINS (33105/PR)ADV.(A/S) : JOYCE CHRISTIANE REGINATO (56770/PR,

376423/SP)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALINTDO.(A/S) : J. R. LOTEADORA E INCORPORADORA S/S LTDAINTDO.(A/S) : LOTEADORA NOVA YORK EIRELIINTDO.(A/S) : PLT EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS EIRELI

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.129.440 (385)ORIGEM : REsp - 200404010449315 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.129.877 (386)ORIGEM : 0000018042010405850101 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : VULCABRAS AZALEIA-SE,CALCADOS E ARTIGOS

ESPORTIVOS LTDAADV.(A/S) : DANILO KNIJNIK (47828/DF, 34445/RS, 407746/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.130.195 (387)ORIGEM : REsp - 1280224 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : YULE ALONSO CADAMURO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIA APARECIDA DIAS PEREIRA NARBUTIS (77001/

SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.132.901 (388)ORIGEM : 01219399120178130525 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MARIA APARECIDA VELOZOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MINAS

GERAISRECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAIS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : JORGE PAULO VELOZOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE POUSO ALEGREADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.197 (389)ORIGEM : REsp - 50020807620104047007 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁRECDO.(A/S) : FUNDACAO FACULDADE VIZINHANCA VALE DO

IGUACU - FACULDADE VIZIVALIADV.(A/S) : LUIZ RODRIGUES WAMBIER (38828/DF, 15265-A/MA,

14469/A/MT, 43605/PE, 07295/PR, 181232/RJ, 66123A/RS, 23516/SC, 291479/SP)

ADV.(A/S) : LEONARDO TEIXEIRA FREIRE (87781/PR, 72094/RS)ADV.(A/S) : RODRIGO BIEZUS (36244/PR, 42974/SC, 373491/SP)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.862 (390)ORIGEM : REsp - 1643352015 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO MATO GROSSOPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : A.B.S.S.ADV.(A/S) : GERALDO CARLOS DE OLIVEIRA (4032/O/MT)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO

GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MATO GROSSO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.024 (391)ORIGEM : REsp - 1246500 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : WERNO MATIASADV.(A/S) : JOAO OSVALDO BADARI ZINSLY RODRIGUES (52023/

PR, 158063/RJ, 279999/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.037 (392)ORIGEM : REsp - 50013227220114047101 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : RUBEN NESTOR TEIXEIRA HERNANDEZADV.(A/S) : JORGE LUIZ GOMES COITINHO (24906/RS)RECDO.(A/S) : SERGIO CARLOS OCAMPOS MASADV.(A/S) : LESTER PIRES CARDOSO (51188/RS)RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE SANTA VITORIA DO PALMARADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTA

VITÓRIA DO PALMARADV.(A/S) : INES LEMOS ROSA (21711/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.077 (393)ORIGEM : 200892197870 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE GOIÁSPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

GOIÁSRECDO.(A/S) : CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPINAÇUADV.(A/S) : JONNE CARLOS DE SOUZA OLIVEIRA (19642/GO)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.096 (394)ORIGEM : REsp - 1224200 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : SILFREDO GUIDO KUNRATHADV.(A/S) : ISABEL CRISTINA TRAPP FERREIRA (22998/RS)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.097 (395)ORIGEM : 06068590720148040001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO AMAZONASPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE MANAUSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MANAUSRECDO.(A/S) : SINDICATO DOS CIRURGIÕES DENTISTAS DO

AMAZONASADV.(A/S) : ALINE OLIVEIRA MACEDO DE ABREU (8051/AM)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.131 (396)ORIGEM : REsp - 00009152520114058201 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : TERESA CRISTINA SILVAADV.(A/S) : MARCOS ANTONIO INACIO DA SILVA (13892A/AL,

29933/BA, 20417-A/CE, 51948/DF, 9503-A/MA, 4007/PB, 00573/PE, 199239/RJ, 560-A/RN)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.152 (397)ORIGEM : 08003837620138020900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE ALAGOASPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ESTADO DE ALAGOASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOASRECDO.(A/S) : SILVANE LEONARDO DOS SANTOSADV.(A/S) : VALTER BRITO DIAS (2373/AL, 500-A/SE)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.169 (398)ORIGEM : 00617485320108020001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE ALAGOASPROCED. : ALAGOASRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DE ALAGOASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOASRECDO.(A/S) : CARLOS PEREIRA DA SILVARECDO.(A/S) : MANOEL FRANCISCO DA SILVAADV.(A/S) : LAMARX MENDES COSTA (7692/AL)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.182 (399)ORIGEM : 0876809652014806000150000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO CEARÁPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁRECDO.(A/S) : MARCOS ANTONIO DA CUNHA SOARESADV.(A/S) : FABRICIA FERNANDES RIBEIRO (19972/CE)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.219 (400)ORIGEM : 22865000720078130313 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : SAULO DUARTE GULARTADV.(A/S) : HUMBERTO MARCIAL FONSECA (55867/MG)RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE IPATINGAADV.(A/S) : WEDERSON ADVINCULA SIQUEIRA (54245/DF,

102533/MG)ADV.(A/S) : MARCOS EZEQUIEL DE MOURA LIMA (136164/MG)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.251 (401)ORIGEM : 422 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : MAURO JOSÉ DO NASCIMENTO CAMPELLOADV.(A/S) : JORGE OCTAVIO LAVOCAT GALVAO (23437/DF)RECTE.(S) : LARISSA DE PAULA MENDES CAMPELLOADV.(A/S) : MARCELO DE MOURA SOUZA (12529/DF)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.266 (402)ORIGEM : 00002065920158260593 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : EDGAR GONÇALVES CAMPANARI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.275 (403)ORIGEM : 00010494520168260510 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : WESLEY NATANAEL CLAUDIO ALEIXOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.280 (404)ORIGEM : 00026515920178260050 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : JOSE HELIO LUCIANO DA SILVAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.293 (405)ORIGEM : 10145394720178260037 - TJSP - COLÉGIO RECURSAL

- 13ª CJ - ARARAQUARAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : DANILO PASSOS NIZAADV.(A/S) : RAPHAEL SALATINO PALOMARES (334693/SP)ADV.(A/S) : RAQUEL DAS NEVES RAFAEL (352651/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.300 (406)ORIGEM : 00140857920168260050 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : WELLINGTON ROGERIO GOMES SILVAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.304 (407)ORIGEM : 00208285620168190000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MUNICIPIO DE SAO GONCALOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

GONÇALORECDO.(A/S) : CLAUDIA ANTUNES FERREIRAADV.(A/S) : ALEXANDRE REINOL DA SILVA (103952/RJ,

78113A/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.314 (408)ORIGEM : REsp - 50017683820124047005 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : RENATO LUIZ OTTONI GUEDESADV.(A/S) : RENATO LUIZ OTTONI GUEDES (13054/PR)ADV.(A/S) : JOCENILDA APARECIDA CORDEIRO (55784/PR)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.332 (409)ORIGEM : HC - 419549 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : LUCIANO BARBOSA DOMINGOS

PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.339 (410)ORIGEM : 70061880647 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : WALTER SOARES ALMEIDAADV.(A/S) : VLADIMIR CAMARGO DE ALMEIDA (45558/RS)ADV.(A/S) : JUNIOR ANTONIO SOLDATELLI (45000/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.348 (411)ORIGEM : REsp - 20080305399 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ITAJAÍ PRÁTICOS SERVIÇOS DE PRATICAGEM S/C

LTDAADV.(A/S) : TEODOSIO PINTO FURTADO (A1094/AM, 7587/SC)RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE ITAJAIADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ITAJAÍ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.351 (412)ORIGEM : REsp - 70065415655 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULRECDO.(A/S) : POSTO DARCY LTDAADV.(A/S) : JULIO CEZAR COITINHO JUNIOR (58835/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.352 (413)ORIGEM : REsp - 201503000151118 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : MUNICIPIO DE JUNDIAIADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE JUNDIAÍADV.(A/S) : RENATO BERNARDES CAMPOS (184472/SP)ADV.(A/S) : JOSE BAZILIO TEIXEIRA MARCAL (235319/SP)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : ROGERIO ALTOBELLI ANTUNES (172265/SP)ADV.(A/S) : CLAUDIO YOSHIHITO NAKAMOTO (169001/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.354 (414)ORIGEM : PROC - 00192777220124036301 - TRF3 - TURMA

RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : GERVASIO FREITAS DOS ANJOSADV.(A/S) : ALINE VIEIRA ZANESCO (267047/SP)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.364 (415)ORIGEM : 00035474720108260083 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : G.G.D.ADV.(A/S) : CELSO SANCHEZ VILARDI (174344/RJ, 120797/SP)ADV.(A/S) : LUCIANO QUINTANILHA DE ALMEIDA (186825/SP)ADV.(A/S) : ALEXANDRE DE OLIVEIRA RIBEIRO FILHO

(234073/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.388 (416)ORIGEM : REsp - 08035025720154058100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : INSTITUTO FEDERAL DE EDUCACAO, CIENCIA E

TECNOLOGIA DO CEARAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 31

RECDO.(A/S) : ADRIANO TRAJANO RODRIGUESADV.(A/S) : JACIANA DA SILVA OLIVEIRA LIMA (16786/PB)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.395 (417)ORIGEM : REsp - 50641662720124047100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ZELIA SUSANA BOEIRA DA SILVAADV.(A/S) : DAISSON SILVA PORTANOVA (9057-A/MA, 01343/PE,

119774/RJ, 25037/RS, 30898/SC, 186927/SP)ADV.(A/S) : ISABEL CRISTINA TRAPP FERREIRA (22998/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.417 (418)ORIGEM : REsp - 50079009420154047009 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : J. W. GIACOMINI & CIA LTDA.ADV.(A/S) : TATIANA GRECHI (9936/MS, 38022/PR)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.424 (419)ORIGEM : PROC - 50010544020104047105 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : LEO FOLETTORECTE.(S) : ELITA CADORE FOLETTOADV.(A/S) : LUCIANA CADORE FOLETTO (66944/RS)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.441 (420)ORIGEM : PROC - 00006891720108250036 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPEPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SERGIPERECDO.(A/S) : ESTADO DE SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.449 (421)ORIGEM : REsp - 00018380520124058205 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ANTONIO CARLOS CAVALCANTI LOPESADV.(A/S) : NEWTON NOBEL SOBREIRA VITA (10204/PB)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.461 (422)ORIGEM : PROC - 50027216620164047100 - TRF4 - RS - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : SILVIA ELISABETE REDAADV.(A/S) : IZABETE BATAGLION SCHENATTO (24333/RS)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.463 (423)ORIGEM : 50312843620174047100 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : KATHY HELENA ESPOSITOADV.(A/S) : DAIANE FRAGA DE MATTOS (65321/RS)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.488 (424)ORIGEM : PROC - 50043493220124047100 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ERIKA LANE DOS SANTOSADV.(A/S) : JUSSARA DA SILVA HEIS (57117/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.494 (425)ORIGEM : REsp - 201461280168354 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : MUNICIPIO DE JUNDIAIADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE JUNDIAIADV.(A/S) : CLAUDIA HELENA FUSO CAMARGO (186727/SP)ADV.(A/S) : JULIANNA ALAVER PEIXOTO BRESSANE (234291/SP)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : ROGERIO ALTOBELLI ANTUNES (172265/SP)ADV.(A/S) : CLAUDIO YOSHIHITO NAKAMOTO (169001/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.496 (426)ORIGEM : REsp - 50469480420164040000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : JAIME CUSTODIOADV.(A/S) : OLIR MARINO SAVARIS (24397/PR, 7514/SC)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.521 (427)ORIGEM : 00033892820108190037 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRORECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE NOVA FRIBURGOADV.(A/S) : SANDRIGO ALVES DE BRITO GOMES (131300/RJ)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.524 (428)ORIGEM : PROC - 00188166620134036301 - TRF3 - TURMA

RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : JOSE FAZZI NETTOADV.(A/S) : ERALDO LACERDA JUNIOR (95876/MG, 00957/PE,

30437/PR, 170894/RJ, 1316-A/RN, 57773A/RS, 15701/SC, 191385/SP)

RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.549 (429)ORIGEM : REsp - 50039402220134047003 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : M R DENARDI ALIMENTOS LTDA - EPPADV.(A/S) : MARCIO RODRIGO FRIZZO (33150/PR, 356107/SP)ADV.(A/S) : MARCIO LUIZ BLAZIUS (31478/PR, 356106/SP)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.564 (430)ORIGEM : 00088013720064013812 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : TRANSAVANTE TRANSPORTADORA AVANTE LTDAADV.(A/S) : DAVID GONCALVES DE ANDRADE SILVA (29006/DF,

52334/MG, 214976/RJ, 160031/SP)ADV.(A/S) : EDUARDO ARRIEIRO ELIAS (30108/DF, 96410/MG)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.711 (431)ORIGEM : AREsp - 00322958220108140301 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : INSTITUTO DE GESTÃO PREVIDENCIÁRIA DO

ESTADO DO PARÁ - IGEPREVADV.(A/S) : MARTA NASSAR CRUZ (10161/PA)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 32

RECDO.(A/S) : IVANILDO CARDOSO NASCIMENTO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CAMILA CORREA TEIXEIRA (12291/PA)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.720 (432)ORIGEM : 00038132120158260063 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MUNICÍPIO DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE IGARAÇU

DO TIETÊADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DA ESTÂNCIA

TURÍSTICA DE IGARAÇU DO TIETÊRECDO.(A/S) : ODETE RECQUEADV.(A/S) : MONIA ROBERTA SPAULONCI PARRA (147135/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.956 (433)ORIGEM : 20110016502 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

AMAZONASPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : AMAZONPREVADV.(A/S) : FABIO MARTINS RIBEIRO (A449/AM, 19295/DF)RECDO.(A/S) : ALISSON BAHIA DOS SANTOSADV.(A/S) : RAFAEL DA CRUZ LAURIA (5716/AM)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.988 (434)ORIGEM : 90704097220058260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : CONFEDERACAO DA AGRICULTURA E PECUARIA DO

BRASILADV.(A/S) : JULIANA CANAAN ALMEIDA DUARTE MOREIRA

(119870/SP)RECDO.(A/S) : ANTONIO VICENTINADV.(A/S) : SOLANGE COSTA LARANGEIRA (78437/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.989 (435)ORIGEM : 40158408020168240000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : FUNDACAO ELETROSUL DE PREVIDENCIA E

ASSISTENCIA SOCIAL ELOSADV.(A/S) : FABRICIO ZIR BOTHOME (39892/BA, 35174/DF, 33697/

GO, 12674-A/MA, 132856/MG, 13849-A/MS, 15543-A/MT, 19031-A/PB, 01786/PE, 10846/PI, 50020/PR, 170756/RJ, 1012-A/RN, 44277/RS, 21419/SC, 800A/SE, 337368/SP)

ADV.(A/S) : GIOVANA MICHELIN LETTI (13570-A/MS, 50113/PR, 174977/RJ, 44303/RS, 21422/SC)

RECDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.993 (436)ORIGEM : AREsp - 10155189720138260053 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : OSVALDO NUNES SOBRINHOADV.(A/S) : MAURO FERREIRA DE MELO (242123/SP)RECDO.(A/S) : SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREVRECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.998 (437)ORIGEM : AREsp - 20150110367233AGS - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : DAVI MARTINS DE SOUZA REPRESENTADO POR

MARILEUSA DE ASSIS SOUZA MARTINSPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.099.712 (438)ORIGEM : EAREsp - 20080111153557AGS - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : CARLOS ZENON DE MARIA

ADV.(A/S) : GLAUCIA BARBOSA LOPES (28070/DF)RECDO.(A/S) : PALLISSANDER ENGENHARIA LTDAADV.(A/S) : VANUSIA DOS SANTOS RAMOS (26818/DF)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.107.829 (439)ORIGEM : 20160020354458 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : RAFAEL SGANZERLA DURAND (3594/AC, 10132A/AL,

A737/AM, 1873-A/AP, 26552/BA, 24217-A/CE, 27474/DF, 15112/ES, 28610/GO, 10348-A/MA, 131512/MG, 14924-A/MS, 12208/A/MT, 16637-A/PA, 211648-A/PB, 01301/PE, 8204-A/PI, 42761/PR, 144852/RJ, 856-A/RN, 4872/RO, 387-A/RR, 80026A/RS, 30932/SC, 642A/SE, 211648/SP, 4925/TO)

RECDO.(A/S) : IRMA WALTZEN OTT E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JUCIARA HELENA CRISTINA DE SOUZA BARROS

(29778/DF)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.120.635 (440)ORIGEM : 994070482907 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : AÇÃO BRASILEIRA DE APOIO AO SETOR DE

SERVIÇOS - ABRASSEADV.(A/S) : MILTON FLAVIO DE ALMEIDA CAMARGO

LAUTENSCHLAGER (165691/RJ, 162676/SP)ADV.(A/S) : MARCELO BOTELHO PUPO (182344/SP)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.123.444 (441)ORIGEM : AREsp - 00002393720138260264 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : MILENA PIRAGINE (3939/AC, 11639A/AL, A912/AM,

2399-A/AP, 38857/BA, 28128-A/CE, 40427/DF, 21455/ES, 37223/GO, 12240-A/MA, 144673/MG, 17018-A/MS, 17210/A/MT, 19386-A/PA, 18514-A/PB, 01570/PE, 10202/PI, 66452/PR, 180116/RJ, 976-A/RN, 5783/RO, 445-A/RR, 89811A/RS, 36524/SC, 764A/SE, 178962/SP, 5694/TO)

ADV.(A/S) : FLAVIO OLIMPIO DE AZEVEDO (118748/RJ, 34248/SP)RECDO.(A/S) : MARIA TERESA BETARELO DE TOLEDO E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ALEXANDRE AUGUSTO FORCINITTI VALERA

(A972/AM, 24127/BA, 22697/GO, 96442/MG, 11325-A/MS, 10368/A/MT, 13253-A/PA, 140741-A/PB, 01677/PE, 59572/PR, 883-A/RN, 32682/SC, 140741/SP, 3407-A/TO)

REDISTRIBUÍDO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.123.801 (442)ORIGEM : AREsp - 40093782120138260562 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MARIA TERESA GONZALEZ ARIAS E GOMEZ E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSE HENRIQUE COELHO (163121/RJ, 132186/SP)RECDO.(A/S) : PETROLEO BRASILEIRO S A PETROBRASADV.(A/S) : GUSTAVO GONCALVES GOMES (A1058/AM,

39054/GO, 146101/MG, 20666-A/PA, 64926/PR, 121350/RJ, 6230/RO, 266894/SP)

REDISTRIBUÍDO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.124.699 (443)ORIGEM : PROC - 00006960720105200001 - TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHOPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : JOSE ADOLFO DE SANTANAADV.(A/S) : ROBERTO LEONEL BOMFIM (50136/DF)RECDO.(A/S) : FUNDACAO PETROBRAS DE SEGURIDADE SOCIAL

PETROSADV.(A/S) : IANY PATRICIA DOS SANTOS RANGEL (35262/DF)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 33

RECDO.(A/S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRASADV.(A/S) : ELLEN CRISTIANE JORGE (19821/DF)

REDISTRIBUÍDO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.124.996 (444)ORIGEM : PROC - 00207004220085020064 - TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ICOMON TECNOLOGIA LTDAADV.(A/S) : FLAVIO MASCHIETTO (53802/BA, 47899/DF,

49336A/GO, 23646/A/MT, 25145-A/PA, 147024/SP)RECDO.(A/S) : ENEIAS EVANGELISTA CREPALDIADV.(A/S) : MARCO AUGUSTO DE ARGENTON E QUEIROZ

(55402/PR, 163741/SP)RECDO.(A/S) : TELEFONICA BRASIL S.A.ADV.(A/S) : JOSE ALBERTO COUTO MACIEL (00513/DF)

REDISTRIBUÍDO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.128.185 (445)ORIGEM : 00008718920164036324 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : MARIA APARECIDA PUERTA GUERREIROADV.(A/S) : SAMUEL RAMOS VENANCIO (389762/SP)ADV.(A/S) : SANDRA REGINA RODRIGUES (189086/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.128.791 (446)ORIGEM : AREsp - 201260020015253 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULADV.(A/S) : IVANILDO SILVA DA COSTA (10823-B/MS)RECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : OS MESMOSRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MATO GROSSO DO SUL

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.652 (447)ORIGEM : AREsp - 00585645020128190000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : AES SUL DISTRIBUIDORA GAUCHA DE ENERGIA S/ARECTE.(S) : AMPLA ENERGIA E SERVICOS S.A.RECTE.(S) : BANDEIRANTE ENERGIA S/ARECTE.(S) : COMPANHIA ENERGETICA DE ALAGOAS - CEALRECTE.(S) : CEB DISTRIBUICAO S.A.RECTE.(S) : COMPANHIA ESTADUAL DE DISTRIBUICAO DE

ENERGIA ELETRICA - CEEE-DRECTE.(S) : CELESC DISTRIBUICAO S.ARECTE.(S) : CELG DISTRIBUICAO S.A. - CELG DRECTE.(S) : CENTRAIS ELETRICAS DO PARA S.A. - CELPARECTE.(S) : COMPANHIA ENERGETICA DE PERNAMBUCORECTE.(S) : ENERGISA TOCANTINS DISTRIBUIDORA DE ENERGIA

S.A.RECTE.(S) : ENERGISA MATO GROSSO - DISTRIBUIDORA DE

ENERGIA S.A.RECTE.(S) : COMPANHIA ENERGETICA DO PIAUIRECTE.(S) : COMPANHIA NACIONAL DE ENERGIA ELETRICARECTE.(S) : COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO DA

BAHIA COELBARECTE.(S) : COMPANHIA ENERGETICA DO CEARARECTE.(S) : COMPANHIA ENERGETICA DO RIO GRANDE DO

NORTE COSERNRECTE.(S) : COMPANHIA PAULISTA DE FORCA E LUZRECTE.(S) : COMPANHIA PIRATININGA DE FORCA E LUZRECTE.(S) : EMPRESA ELETRICA BRAGANTINA S ARECTE.(S) : ELEKTRO ELETRICIDADE E SERVICOS S/A

RECTE.(S) : ELETROPAULO METROPOLITANA ELETRICIDADE DE SAO PAULO S.A.

RECTE.(S) : ENERGISA MATO GROSSO DO SUL - DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A.

RECTE.(S) : ESPÍRITO SANTO CENTRAIS ELÉTRICAS S/A - ESCELSA

RECTE.(S) : RIO GRANDE ENERGIA SARECTE.(S) : CENTRAIS ELETRICAS DE RONDONIA SA CERONRECTE.(S) : ENERGISA PARAIBA - DISTRIBUIDORA DE ENERGIA

S.ARECTE.(S) : ENERGISA SERGIPE - DISTRIBUIDORA DE ENERGIA

S.ARECTE.(S) : ENERGISA MINAS GERAIS - DISTRIBUIDORA DE

ENERGIA S.A.RECTE.(S) : ENERGISA BORBOREMA - DISTRIBUIDORA DE

ENERGIA S.ARECTE.(S) : COMPANHIA LUZ E FORCA SANTA CRUZADV.(A/S) : VANESSA FERNANDES FIGUEIRA RODRIGUES

(173012/RJ, 325761/SP)RECDO.(A/S) : TERMELÉTRICA ITAPEBI S/A - UTE ITAPEBI E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSE DE PONTES VIEIRA JUNIOR (075771/RJ)ADV.(A/S) : FABIO FARIAS CAMPISTA (97573/RJ)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.751 (448)ORIGEM : AREsp - 04174070820108260000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : OSWALDO GOMES DA SILVA FILHOADV.(A/S) : JOSE RICARDO BIAZZO SIMON (127708/SP)ADV.(A/S) : RENATA FIORI PUCCETTI (131777/SP)ADV.(A/S) : JOAO FERNANDO BALDASSARRI SGARBI

(261042/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.854 (449)ORIGEM : AREsp - 22023589520158260000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : MERCEARIA CLEVELAND LTDA - MEADV.(A/S) : FABIO LOUSADA GOUVEA (142662/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.145 (450)ORIGEM : AREsp - 20274096320138260000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : PRIMUSTEC USINAGEM DE PRECISAO LTDAADV.(A/S) : CARLA MARIA MELLO LIMA MARATA (112107/SP)ADV.(A/S) : MIGUEL CALMON MARATA (116451/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.200 (451)ORIGEM : REsp - 00003129520154058302 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MUNICIPIO DA LAGOA DOS GATOSADV.(A/S) : ROBERTO GILSON RAIMUNDO FILHO (18558/PE)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.351 (452)ORIGEM : AREsp - 10199157020148260602 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : FUNDAÇÃO DA SEGURIDADE SOCIAL DOS

SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE SOROCABA - FUNSERV

ADV.(A/S) : AIRLENE DE SOUZA ELIAS (326972/SP)ADV.(A/S) : BRUNO PELLE RODRIGUES (319717/SP)RECDO.(A/S) : LUZIA APARECIDA CARDIAADV.(A/S) : DANIEL HENRIQUE MOTA DA COSTA (238982/SP)INTDO.(A/S) : MUNICIPIO DE SOROCABAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

SOROCABA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.851 (453)ORIGEM : REsp - 200261090070286 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARIA GUIOMAR DOURADO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : JOSE SILVESTRE DA SILVA (61855/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.131 (454)ORIGEM : AREsp - 00193105320148260114 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : E.M.T.U.S.P.S.E.ADV.(A/S) : LUCIANA MONTESANTI (136804/SP)RECDO.(A/S) : A.G.M. REPRESENTADA POR E.G. E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCOS JOSE BERNARDELLI (73750/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.151 (455)ORIGEM : 70019927334 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : LEONARDO FLORISBAL DE AGUIAR EPP - EPPADV.(A/S) : ANDREIA MINUZZI FACCIN (36414/RS)ADV.(A/S) : BRUNA ROLIM FERNANDES (97502/RS)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.163 (456)ORIGEM : 0701160161116 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : LUIZ ANTONIO BLANCOADV.(A/S) : JENNER SILVERIO JACULI (157983/MG)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.005 (457)ORIGEM : AREsp - 00023204820108260236 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : GUSTAVO AMATO PISSINI (3438/AC, A899/AM, 1768-A/

AP, 32089/DF, 31075/GO, 9698-A/MA, 12473-A/MS, 13842/A/MT, 15763-A/PA, 53304/PR, 4567/RO, 354-A/RR, 261030/SP, 4694-A/TO)

RECDO.(A/S) : ELZA GAION E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CARLOS ADROALDO RAMOS COVIZZI (40869/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.009 (458)ORIGEM : 99420820128160069 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : OTAIR MOREIRARECTE.(S) : MARINA LAERCIA MIOTTORECTE.(S) : JOAO BUSCHRECTE.(S) : IOLANDA SANTOS OLIVEIRARECTE.(S) : GENI AGUIAR DE SOUZARECTE.(S) : EVENY DO NASCIMENTO PEREIRAADV.(A/S) : CRISAINE MIRANDA GRESPAN (17224-A/MS,

46133/PR)RECDO.(A/S) : PARANA BANCO S/AADV.(A/S) : MILTON LUIZ CLEVE KUSTER (46138/BA, 54462/DF,

28906/ES, 48887A/GO, 175126/MG, 19890-A/MS, 01883/PE, 07919/PR, 169089/RJ, 17605/SC, 281612/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.062 (459)ORIGEM : AREsp - 00124311920138260032 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : SALVADOR MELAO BURIOLARECTE.(S) : MARTINHA DOS SANTOS MELAOADV.(A/S) : ALICIO DE PADUA MELO (63371/SP)RECDO.(A/S) : JOSE RODRIGUES GOMES

ADV.(A/S) : FLAVIO MANZATTO (139525/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.135 (460)ORIGEM : REsp - 200761110042835 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : É.L.L.ADV.(A/S) : ESTEVAN LUIS BERTACINI MARINO (237271/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : C.F.ADV.(A/S) : MARLON ANTONIO FONTANA (195093/SP)INTDO.(A/S) : S.R.R.ADV.(A/S) : ORLANDO MACHADO DA SILVA JUNIOR (155360/SP)ADV.(A/S) : LUIS ROGERIO RAMOS DA LUZ (85314/SP)INTDO.(A/S) : W.C.M.ADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO BOICA MARCONDES DE MOURA

(138628/SP)INTDO.(A/S) : E.Y.I.ADV.(A/S) : VITOR TEDDE DE CARVALHO (245678/SP)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.140 (461)ORIGEM : 70070470158 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : LINDOIA LOTERIAS LTDAADV.(A/S) : DANIEL DAS NEVES GOMES (94005/RS)RECDO.(A/S) : CENTRO CLÍNICO GAÚCHO LTDAADV.(A/S) : DIEGO DUARTE GONZALEZ (91820/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.297 (462)ORIGEM : 10098958120158260344 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ROBERTO CARLOS GODOYADV.(A/S) : THIAGO PANSSONATO DA SILVA (270593/SP)RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE MARILIAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE MARILIA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.388 (463)ORIGEM : 70064535909 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MARIA DO CARMO NORONHA PEIXOTOADV.(A/S) : LUIZ GUSTAVO CAPITANI E SILVA REIMANN

(67643/RS)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULRECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.440 (464)ORIGEM : AREsp - 00006104420128260358 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.453 (465)ORIGEM : AREsp - 01518921520078260000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULORECDO.(A/S) : VALDEREZ VEGIATO MOYAADV.(A/S) : CARLOS CESAR COLMAN (135583/SP)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE LINSADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE LINS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.534 (466)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 35

ORIGEM : AREsp - 1080008 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : J.O.Q.V.ADV.(A/S) : BORIS MARQUES DA TRINDADE (2032-A/PB,

02032/PE, 994-A/RN)ADV.(A/S) : ALBERTO AFFONSO FERREIRA MARQUES DA

TRINDADE (24422/PE)ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO BEZERRA DE QUEIROZ FILHO

(26727/PE)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.571 (467)ORIGEM : AREsp - 50023611820134047010 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : ANGELA MARIA CITONADV.(A/S) : AIRTON TEIXEIRA DE SOUZA (41523/PR)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.576 (468)ORIGEM : PROC - 50215195020174047000 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : RAUL SCHMIDT FELIPPE JUNIORADV.(A/S) : DIOGO RUDGE MALAN (57228/DF, 098788/RJ)ADV.(A/S) : FLAVIO MIRZA MADURO (57306/DF, 104104/RJ)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.663 (469)ORIGEM : AREsp - 200581000073872 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : JULIO CARLOS SAMPAIO NETOADV.(A/S) : JULIO CARLOS SAMPAIO NETO (17866/CE,

16503/A/MT)RECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : OS MESMOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.748 (470)ORIGEM : 10132558720168260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ANDREA APARECIDA DA ROSAADV.(A/S) : MARISA MARGARETE DASCENZI (182540/SP)RECDO.(A/S) : SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREVPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.887 (471)ORIGEM : AREsp - 201724505535 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : HAZTEC TECNOLOGIA E PLANEJAMENTO

AMBIENTAL SAADV.(A/S) : BENEDICTO CELSO BENICIO (133843/RJ, 20047/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.893 (472)ORIGEM : 03610344 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

PERNAMBUCOPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MARIA ALMEIDA GOMES DA SILVAADV.(A/S) : MARCOS ANTONIO INACIO DA SILVA (13892A/AL,

29933/BA, 20417-A/CE, 51948/DF, 9503-A/MA, 4007/PB, 00573/PE, 199239/RJ, 560-A/RN)

RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE IGARASSUADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE IGARASSU

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.894 (473)ORIGEM : AREsp - 03897789320098260000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A.ADV.(A/S) : JOAO CARLOS DE LIMA JUNIOR (19646-A/MS,

20497/A/MT, 77768/PR, 148033/RJ, 142452/SP)ADV.(A/S) : VANESSA PEREIRA RODRIGUES DOMENE (1187A/BA,

28120/DF, 158120/SP)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.895 (474)ORIGEM : AREsp - 90000784720098260090 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : CLARO S.A.ADV.(A/S) : RICARDO JORGE VELLOSO (163471/SP)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.896 (475)ORIGEM : AREsp - 00032336120068260271 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : DALVANI ANALIA NASI CARAMEZADV.(A/S) : THIAGO TOMMASI MARINHO (272004/SP)ADV.(A/S) : ANDERSON POMINI (53739/DF, 299786/SP)RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE ITAPEVIADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ITAPEVIADV.(A/S) : DANILO AKIO KOTO (260971/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.899 (476)ORIGEM : AREsp - 00076445420128260428 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : K & M INDÚSTRIA E COMÉRCIO IMPORTAÇÃO E

EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS DE HIGIENE E LIMPEZA LTDA

ADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO RUCK CASSIANO (228126/SP)ADV.(A/S) : MARCELLE DE ANDRADE LOMBARDI (250090/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.900 (477)ORIGEM : AREsp - 00162225320118260068 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : DEBORA ROSA FERNANDESADV.(A/S) : GILMAR DE JESUS PEREIRA (344468/SP)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE BARUERIADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BARUERI

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.903 (478)ORIGEM : 14906835 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ALL - AMERICA LATINA LOGISTICA MALHA SUL S.A.ADV.(A/S) : ARYSTOBULO DE OLIVEIRA FREITAS (36864/DF,

30772/GO, 215485/RJ, 82329/SP)ADV.(A/S) : RICARDO BRITO COSTA (173508/SP)ADV.(A/S) : IGOR GOYA RAMOS (371952/SP)ADV.(A/S) : RENATA SIQUEIRA SEIXAS (65843/PR)RECDO.(A/S) : MARILDA PINHEIRO CARDOSO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : GIOVANI DE OLIVEIRA SERAFINI (19567/PR)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.908 (479)ORIGEM : AREsp - 00033575120138260642 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DA ESTÂNCIA BALNEÁRIA DE UBATUBAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DA ESTÂNCIA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 36

BALNEÁRIA DE UBATUBARECDO.(A/S) : VALDIR SALOMAO DO PRADOADV.(A/S) : CICERO JOSE DE JESUS ASSUNCAO (61256/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.910 (480)ORIGEM : AREsp - 00023719020068260271 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : DALVANI ANALIA NASI CARAMEZADV.(A/S) : ANDERSON POMINI (53739/DF, 299786/SP)RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE ITAPEVIADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ITAPEVIADV.(A/S) : DANIEL LUZ (357144/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.916 (481)ORIGEM : AREsp - 24844753 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE GOIÁSPROCED. : GOIÁSRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁSRECDO.(A/S) : ESPÓLIO DE JOSÉ PEREIRA FILHOADV.(A/S) : JOAO FERNANDO BUENO DE PASSOS (6949/GO)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.999 (482)ORIGEM : 00015306420164036303 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ANTONIO CARDOSO DA SILVAADV.(A/S) : CARLA APARECIDA ALVES DE OLIVEIRA (105190/MG,

367105/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.001 (483)ORIGEM : 00010879020164036343 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : APARECIDO DA CAMARAADV.(A/S) : CARLA APARECIDA ALVES DE OLIVEIRA (105190/MG,

367105/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.016 (484)ORIGEM : REsp - 201003000193929 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : PURCINO MATIAS SANTOSADV.(A/S) : ROQUE RIBEIRO DOS SANTOS JUNIOR (89472/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.028 (485)ORIGEM : HC - 407395 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : MANOEL RODRIGUES PAULO DE JESUSADV.(A/S) : NILTON VILARINHO DE FREITAS (128949/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.135 (486)ORIGEM : 00009998020064025001 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : FRANCISCO JORGE MOREIRA COSTAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.164 (487)ORIGEM : 01473075920138060001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO CEARÁPROCED. : CEARÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : PAULO VICTOR FEITOSA FERREIRA

ADV.(A/S) : JOSE WAGNER MATIAS DE MELO (17785/CE)RECDO.(A/S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.168 (488)ORIGEM : 00043296720158260022 - TJSP - COLÉGIO RECURSAL

- 54ª CJ - AMPAROPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : LUCIANO MALAGODI CIAMBELLIADV.(A/S) : LUCIANO MALAGODI CIAMBELLI

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.177 (489)ORIGEM : 10194495220178260576 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : APARECIDA CUSTODIO DA SILVAADV.(A/S) : LUCAS FERREIRA FARINASSI (320695/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.185 (490)ORIGEM : 10656503920168260576 - TJSP - COLÉGIO RECURSAL

- 16ª CJ - SÃO JOSÉ DO RIO PRETOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : J.E.R.ADV.(A/S) : PAULO VINICIUS SILVA GORAIB (158029/SP)ADV.(A/S) : RICARDO MARTINEZ (149028/SP)RECDO.(A/S) : F.M.A.ADV.(A/S) : FLAVIO MARQUES ALVES (82120/SP)INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.188 (491)ORIGEM : 70069134914 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULINTDO.(A/S) : MUNICIPIO DE PELOTASADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.209 (492)ORIGEM : 24157530820088130024 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : MARCELO MENDONCA SALGADORECTE.(S) : MARIA APARECIDA FONSECA DO AMARALRECTE.(S) : JAQUELINE DUARTE COELHOADV.(A/S) : VITOR E SILVA MARQUES (112969/MG)RECDO.(A/S) : FUNDACAO EZEQUIEL DIASADV.(A/S) : WAGNER MENDONCA BOSQUE (97614/MG)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.225 (493)ORIGEM : 00746420720188217000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : VILSON TELMO BACCINADV.(A/S) : HENRIQUE SCHLEDER DA SILVA (78796/RS)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.229 (494)ORIGEM : 10114893620178260482 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREV

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : PEDRO GOMES NASCIMENTOADV.(A/S) : MAURO FERREIRA DE MELO JUNIOR (363014/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.278 (495)ORIGEM : 05081523720174058300 - TRF5 - PE - 2ª TURMA

RECURSALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ISMENIA VENANCIO PINHEIROADV.(A/S) : ANA IZABEL JORDAO DE FREITAS PINHEIRO GOMES

(19168/BA, 01431/PE)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.281 (496)ORIGEM : 00266140820188217000 - TJRS - 2ª TURMA RECURSAL

DA FAZENDA PÚBLICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ADRIANO CARDOSO PINTOADV.(A/S) : ALEX TONATTO DA SILVA (58082/RS)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.303 (497)ORIGEM : 00109413720118190028 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : DANILO SOARESADV.(A/S) : MARIA DE FATIMA OLIVEIRA (122913/RJ)ADV.(A/S) : JORGE LUIZ ALVES DE CASTRO (069337/RJ)RECDO.(A/S) : MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.307 (498)ORIGEM : PROC - 50212811820144047200 - TRF4 - SC - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : CARLOS EDUARDO GORSKIADV.(A/S) : DANTON ILYUSHIN BASTOS (35297/PR)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.324 (499)ORIGEM : REsp - 1536393 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : SERVILIO DE SOUSA JUNIORADV.(A/S) : MARCIO ADRIANO PINHEIRO (30303/PR)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.325 (500)ORIGEM : AREsp - 200951010114660 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : ODINEA DO CARMO SOUSA FERREIRAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.333 (501)ORIGEM : AREsp - 00770048220118260114 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : HIGHPROCESS LTDAADV.(A/S) : OCTAVIO TEIXEIRA BRILHANTE USTRA (196524/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.334 (502)ORIGEM : AREsp - 10289262420148260053 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : DANIELE BEZERRA DE LIMAADV.(A/S) : CATARINA NETO DE ARAUJO (208460/SP)RECDO.(A/S) : SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREVRECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : DULCINEIA DOS SANTOS MACHADO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : DANIELA CRISTINA MIGUEL BRUZARROSCO (327963/

SP)ADV.(A/S) : MANOEL WAGNER GABRIEL GOMES (332811/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.336 (503)ORIGEM : AREsp - 200661000219372 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : INTESIS - PROJETO E CONSTRUCAO LTDA. - MEADV.(A/S) : EDISON FREITAS DE SIQUEIRA (23016/BA, 2074-A/DF,

28659/GO, 92047/MG, 10305/A/MT, 47098/PR, 2541-A/RJ, 22136/RS, 22281/SC, 172838/SP)

RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.338 (504)ORIGEM : 20080500100743001 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 5ª REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : CARLOS ROBERTO SANTOS RODRIGUES E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : GUSTAVO DE QUEIROZ BEZERRA CAVALCANTI

(16104/PE)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.341 (505)ORIGEM : 01080686120144020000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DE BRASÍLIA - FUB/UNBPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : SALIM PIMENTEL ELIASADV.(A/S) : ANTONIO RAMOS VIANNA JUNIOR (20102/ES)RECDO.(A/S) : ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.342 (506)ORIGEM : AREsp - 10322439520158260602 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MARIA CECILIA MARTINO GOMES CONDERECTE.(S) : PEDRO CONDE FILHOADV.(A/S) : FABIO PLANTULLI (130798/SP)ADV.(A/S) : THAIS DE VILHENA MORAES SILVA (221501/SP)RECDO.(A/S) : VIVIAN ALMEIDA DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FERNANDO CAVALHEIRO MARTINS (191972/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.347 (507)ORIGEM : AREsp - 10326641120158260562 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : MUNICIPIO DE SANTOSADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE SANTOSRECDO.(A/S) : MARIA REGINA RUFINO DOS SANTOSADV.(A/S) : FERNANDO JOSE FIGUEIREDO ROCHA (129404/SP)ADV.(A/S) : GYSELE GOMES DE CARVALHO MURARO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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(257659/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.349 (508)ORIGEM : 20100110043433 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : CARLOS ALBERTO DE LIMAADV.(A/S) : JOSE GERALDO ARAUJO MALAQUIAS (18434/DF,

46065/MG)ADV.(A/S) : ELTON BARBOSA DA SILVA (34669/DF)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.362 (509)ORIGEM : AREsp - 10210806420148260114 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : OSIRIS FERRAMOLAADV.(A/S) : CLAUDIONOR VIEIRA BAUS (192560/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDENCIA SOCIAL DO MUNICIPIO

DE CAMPINAS - CAMPREVADV.(A/S) : PAULO CESAR TEIXEIRA JUNIOR (333120/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.363 (510)ORIGEM : AREsp - 00799536220138260000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : EUSTAQUIO SOARES DA CRUZRECDO.(A/S) : CONSUELITA SOARES DA CRUZADV.(A/S) : FRANCISCO HAKUJI SIOIA (90387/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.365 (511)ORIGEM : AREsp - 1474025304 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO PARANÁPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : SALIM YARED FILHOADV.(A/S) : HERMANN SCHAICH IV (35114/PR)RECDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.370 (512)ORIGEM : REsp - 1561815 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MARIA SONIA GOMES HOLANDA MELORECTE.(S) : NUBIA MARIA GOMES NORONHAADV.(A/S) : ALISON MAX MELO E SILVA (7580/RN)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : GERBERT RODRIGUES SOARESADV.(A/S) : JOSE DUARTE SANTANA (12447/RN)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.371 (513)ORIGEM : AREsp - 10227475520168260554 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : SIRLENE DE ALMEIDA BRITTORECDO.(A/S) : GABRIELY ALMEIDA BRITTOADV.(A/S) : PAULO CESAR MARTINS (83530/SP)ADV.(A/S) : PAULO GILBERTO PAZ DE BRUM (294401/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.373 (514)ORIGEM : AREsp - 00000525320138260547 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREVPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : MARCELO LUIZ BELLOADV.(A/S) : LUIZ ROBERTO BUZOLIN JUNIOR (236866/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.375 (515)

ORIGEM : AREsp - 10504065820148260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : HIKEN ELETRONICA LTDA - EPPADV.(A/S) : PAULO ROBERTO VIGNA (40542/DF, 29174/GO,

127513/MG, 21418-A/MS, 26218-A/PA, 00819/PE, 16660/PI, 155658/RJ, 76950A/RS, 43962/SC, 173477/SP)

RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.379 (516)ORIGEM : 20100111469244 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : CRISTIANE GOMES DE LIMAADV.(A/S) : THIAGO CASTRO COSTA LOUREIRO (38139/DF)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.381 (517)ORIGEM : 00053058520138190007 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : TURSAN TURISMO SANTO ANDRE LTDAADV.(A/S) : BENTO OLIVEIRA SILVA (157851/RJ, 88888/SP)ADV.(A/S) : RENATA PEREIRA SANTO (189663/SP)RECDO.(A/S) : JEFERSON OLIVEIRA SILVAADV.(A/S) : JOAO DOS SANTOS CARMO (160412/RJ)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.383 (518)ORIGEM : AREsp - 10057760920158260011 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : WAGNER FIORANTEADV.(A/S) : VANESSA DE ANDRADE PINTO (253141/SP)RECDO.(A/S) : METRO DO BRASIL CONSULTORIA ADMINISTRATIVA

E EDITORIAL E PARTICIPACOES LTDA.ADV.(A/S) : ANA PAULA TEODORO FALEIROS (186034/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.385 (519)ORIGEM : AREsp - 00214763420098260405 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : CICERA ALVES FEITOSAADV.(A/S) : NEUCI CIRILO DA SILVA (106508/SP)RECDO.(A/S) : ELETROPAULO METROPOLITANA ELETRICIDADE DE

SAO PAULO S.A.ADV.(A/S) : PAULO RENATO FERRAZ NASCIMENTO (138990/SP)RECDO.(A/S) : ALLIANZ SEGUROS S/AADV.(A/S) : LOURDES VALERIA GOMES CATALAN (82591/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.390 (520)ORIGEM : AREsp - 03646773120128050001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIAADV.(A/S) : JOSE HOMERO SARAIVA CAMARA FILHO (843B/BA)RECDO.(A/S) : ALEXSANDRO OLIVEIRA MATOSRECDO.(A/S) : ANA CRISTINA BALTAZAR DA SILVEIRARECDO.(A/S) : ANSELMO BISPO DOS SANTOS NETORECDO.(A/S) : ANTONIO COSME SANTOS DE JESUSRECDO.(A/S) : CARLOS HENRIQUE BRANDÃO NOVAESRECDO.(A/S) : CELSO SOUZA COUTORECDO.(A/S) : DELMO BARBOSA DE SANTANARECDO.(A/S) : EDEILDO RANGEL SANTOSRECDO.(A/S) : FRANCISCO CARDOSO DOS SANTOSRECDO.(A/S) : IONETE DA CRUZ SANTOSRECDO.(A/S) : IOMAR BATISTA DO AMARALRECDO.(A/S) : IRAN DE OLIVEIRA FERREIRARECDO.(A/S) : JONATHAS MATOS DE SANTANARECDO.(A/S) : LELIVALDO DAMASCENO DE SANTANARECDO.(A/S) : MANOEL SILVA DO CARMORECDO.(A/S) : MARCELO BESTETTI GRUNRECDO.(A/S) : MARCUS VINICIUS LOPES ROCHA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 39

RECDO.(A/S) : NEILSON CAMPOS BASTOSRECDO.(A/S) : RAIMUNDO SILVA JUNIORRECDO.(A/S) : ROBERTO FIUZA DA SILVARECDO.(A/S) : RICARDO CESAR SANTANA LIMARECDO.(A/S) : SERGIO CASTRO DOS SANTOS FILHORECDO.(A/S) : SERGIO LIMA PORTELLARECDO.(A/S) : WILDON TEIXEIRA DOS REISRECDO.(A/S) : WILDSON DOS SANTOS CORREIARECDO.(A/S) : WELLINGTON MORAIS DOS SANTOSADV.(A/S) : ROBERTTO LEMOS E CORREIA (7672/BA)ADV.(A/S) : DIANA PEREZ RIOS (22371/BA)ADV.(A/S) : JAMILE JOAZEIRO QUEIROZ (48144/BA)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.393 (521)ORIGEM : AREsp - 10101159420168260554 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : MACRO FORMULAS FARMACIA DE MANIPULACAO

LTDA - MEADV.(A/S) : RENATO FONTANA TEIXEIRA (333803/SP)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTO

ANDRÉADV.(A/S) : DEBORA DE ARAUJO HAMAD YOUSSEF (251419/SP)ADV.(A/S) : CAMILA PERISSINI BRUZZESE (212496/SP)ADV.(A/S) : PRISCILA CARDOSO CASTREGINI (207333/SP)ADV.(A/S) : CLAUDIA SANTORO (155426/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.394 (522)ORIGEM : AREsp - 50334356620164040000 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : AFREBRAS - ASSOCIACAO DOS FABRICANTES DE

REFRIGERANTES DO BRASILADV.(A/S) : OKSANDRO OSDIVAL GONCALVES (30212/DF, 24590/

PR, 219095/RJ, 15321/SC, 411775/SP)ADV.(A/S) : LUIZA PRADO CAMARGO (73252/PR)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : CASA DA MOEDA DO BRASIL CMBADV.(A/S) : JOSEANE ROALE DE OLIVEIRA (128087/RJ)ADV.(A/S) : RICARDO ZACHARSKI JUNIOR (160053/RJ)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.398 (523)ORIGEM : 201500825795 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SERGIPERELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DE SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPERECDO.(A/S) : LUCILEIDE CRISTINA DOS SANTOSRECDO.(A/S) : LINDALVA MOREIRA GUERRARECDO.(A/S) : ILMA CRISTINA BASTOS SANTOS ALAGOASRECDO.(A/S) : LUCIANA SANTOS CERQUEIRARECDO.(A/S) : JACIRA SANTOS DE ARAUJORECDO.(A/S) : ILMA DO NASCIMENTO DOS SANTOSRECDO.(A/S) : LILIAN DE MELO SANTOSRECDO.(A/S) : IRACIUDA CORREIA SILVA SANTOSRECDO.(A/S) : LUZINETE CANDIDA PEREIRA DA SILVAADV.(A/S) : ROBERTA GOIS DE ANDRADE (4138/SE)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.403 (524)ORIGEM : 201500826628 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DE SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPERECDO.(A/S) : ADENOALDA DOS SANTOS AQUINORECDO.(A/S) : ANA AMELIA CARDOSO DOS SANTOSRECDO.(A/S) : ANA HELENA DOS SANTOSRECDO.(A/S) : ADJANE SILVA SOUZARECDO.(A/S) : AGUINALDO SANTOS DIASRECDO.(A/S) : ANA DARC DE AQUINORECDO.(A/S) : ACACIA MARIA SANTOS DA SILVARECDO.(A/S) : ADENILSON DA SILVA ANDRADERECDO.(A/S) : ALESSANDRA GARDENIA SANTOS PINTOADV.(A/S) : ROBERTA GOIS DE ANDRADE (4138/SE)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.404 (525)ORIGEM : PROC - 00492740620138250001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPEPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. LUIZ FUX

RECTE.(S) : ESTADO DE SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPERECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SERGIPE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.406 (526)ORIGEM : PROC - 00338459620138250001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPEPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MOACIR MELO DA SILVA FILHOADV.(A/S) : FABIO CORREA RIBEIRO (25019/BA, 35029/DF, 33152/

GO, 6215/O/MT, 353A/SE)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SERGIPERECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DE SERGIPE - SERGIPREVIDÊNCIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.415 (527)ORIGEM : REsp - 626832015 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO MATO GROSSOPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : TRANSPORTADORA CAMPEONI LTDA ME - EM

RECUPERAÇÃO JUDICIALADV.(A/S) : MARCO AURELIO MESTRE MEDEIROS (15401/O/MT)RECDO.(A/S) : ITAU UNIBANCO S.AADV.(A/S) : EVANDRO CESAR ALEXANDRE DOS SANTOS (13431/

B/MT)ADV.(A/S) : CAROLINA DAVOGLIO DE ARRUDA (16501/B/MT,

29208-A/PB)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.419 (528)ORIGEM : AREsp - 08000105220144058307 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA

DE TRANSPORTES - DNITPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : WELLINGTON JOSE DE AQUINORECDO.(A/S) : CICERA AVELINA DE AQUINOADV.(A/S) : MARCOS ANTONIO INACIO DA SILVA (13892A/AL,

29933/BA, 20417-A/CE, 51948/DF, 9503-A/MA, 4007/PB, 00573/PE, 199239/RJ, 560-A/RN)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.425 (529)ORIGEM : AREsp - 016110001266201701388605 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MARCOS BENINCA PADOVANIADV.(A/S) : ANTONIO JOSE PEREIRA DE SOUZA (6639/ES)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.428 (530)ORIGEM : 00036664620168080035 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : OGER CORREA WENDLER FILHOADV.(A/S) : GUILHERME FONTES ORNELAS (20908/ES)ADV.(A/S) : ANA KAROLINA CLETO DE SOUSA (19134/ES)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTOINTDO.(A/S) : ELIZEU DOS SANTOS CAVALCANTI DA SILVAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.434 (531)ORIGEM : AREsp - 70069862852 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : SORTINI-EMPREENDIMENTOS E PARTICIPACOES

LTDA.ADV.(A/S) : CLAUDIO MERTEN (15647/RS, 42226/SC, 86366/SP)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE PORTO ALEGREPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO

ALEGRE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.437 (532)ORIGEM : PROC - 00047071820168259010 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPEPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : AC ENGENHARIA LTDAADV.(A/S) : GILBERTO SAMPAIO VILA NOVA DE CARVALHO (2829/

SE)ADV.(A/S) : FRANCISCO TELES DE MENDONCA NETO (7201/SE)RECDO.(A/S) : DANIELA DOS SANTOS NETORECDO.(A/S) : MARCOS AUGUSTO SANTOS CARVALHOADV.(A/S) : MARIA CELIA ALVARES DE AZEVEDO NETA (8768/SE)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.438 (533)ORIGEM : 201700820795 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE ARACAJUPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ARACAJURECDO.(A/S) : COMPANHIA ESTADUAL DE HABITAÇÃO E OBRAS

PÚBLICAS DE SERGIPE - CEHOPADV.(A/S) : JOSE ANISIO TORRES BARRETO (1234/SE)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.444 (534)ORIGEM : AREsp - 00012434020158260620 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MUNICIPIO DE TAQUARITUBAADV.(A/S) : AMANDA APARECIDA DA COSTA PEDROSO OLIVEIRA

(302888/SP)RECDO.(A/S) : ROSILAINE CONCEICAO MAIA DE FREITASADV.(A/S) : RAUL FERREIRA FOGACA (55539/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.445 (535)ORIGEM : PROC - 00445372320148250001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPEPROCED. : SERGIPERELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MATEUS NASCIMENTO SANTOSPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE

SERGIPERECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SERGIPE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.454 (536)ORIGEM : AREsp - 91013518220088260000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.456 (537)ORIGEM : AREsp - 00440093920108260053 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ROSANGELE BRAGAIAADV.(A/S) : ROSA MARIA BRAGAIA (217404/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.457 (538)ORIGEM : AREsp - 201061260002659 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : IVONEIDE MACIEL DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ADALBERTO JACOB FERREIRA (128398/SP)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : RENATO VIDAL DE LIMA (235460/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.459 (539)ORIGEM : 10548660 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : AP WINNER INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PRODUTOS

QUÍMICOS LTDAADV.(A/S) : EDUARDO ROOS ELBL (45552/PR)RECDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.466 (540)ORIGEM : AREsp - 201461110044460 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : JOSE LUCAS ISPER GOMESADV.(A/S) : CARLOS HENRIQUE RICARDO SOARES (326153/SP)ADV.(A/S) : ESTEVAN LUIS BERTACINI MARINO (237271/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.468 (541)ORIGEM : AREsp - 200734000048700 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : MARLENE ANTONIETA ARAGAO DE MASCARENHAS

PASSOSRECTE.(S) : SIMOES SCHWARTZRECTE.(S) : ROBERTO DARLEYRECTE.(S) : ZELYR XAVIER CAPUTORECTE.(S) : NELSON BARBOZARECTE.(S) : JOSE ANDRADE MARTINSRECTE.(S) : EDSON NOVAES DE OLIVEIRARECTE.(S) : SEBASTIAO BESSA DIASRECTE.(S) : CYLIS SOUZARECTE.(S) : ELOY PILAR DE PAULARECTE.(S) : MENIA MIRLA HYMELGRINADV.(A/S) : GUSTAVO HENRIQUE LINHARES DIAS (18257/DF)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.471 (542)ORIGEM : 201700814846 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MUNICÍPÍO DE CARMÓPOLISADV.(A/S) : CRISTIANO MIRANDA PRADO (5794/SE)RECDO.(A/S) : SUELITON MENEZES SANTOSADV.(A/S) : ANTONIO JOSE SAMPAIO DOS SANTOS (2341/SE)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.473 (543)ORIGEM : 201700722475 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MUNICIPIO DE ITAPORANGA D'AJUDAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

ITAPORANGA D'AJUDAADV.(A/S) : CRISTIANO MIRANDA PRADO (5794/SE)RECDO.(A/S) : GRACE KELLY DOMINGOS SANTOSADV.(A/S) : JOAO QUINTINO DE MOURA NETO (4483/SE)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.476 (544)ORIGEM : 6708620128100091 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO MARANHÃOPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : CRISTIANE SANTOS JACOB E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CLEUDIMAR DE CARVALHO SILVA (9445/MA)ADV.(A/S) : DANILO GIUBERTI FILHO (12144/MA)RECDO.(A/S) : ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.479 (545)ORIGEM : PROC - 00165703420124036301 - TRF3 - TURMA

RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : MARIA CONCEICAO NATALICIO OLIVEIRAADV.(A/S) : MARCIO SILVA COELHO (45683/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 41

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.481 (546)ORIGEM : REsp - 00121282020164049999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : RAPHAEL SCHIOCHETADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO LUNELLI (32562/RS)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.485 (547)ORIGEM : PROC - 00026957520154036338 - TRF3 - TURMA

RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MANOEL DE SOUZA ARAUJOADV.(A/S) : ANDREA MARIA DA SILVA GARCIA (152315/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.486 (548)ORIGEM : REsp - 00013148520104058202 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ANDRÉ DE LUCENA VIEIRA REPRESENTADO POR

MARIA APARECIDA DE LUCENAADV.(A/S) : ANA CLEIDE ALEXANDRE GOMES (8721/PB)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.489 (549)ORIGEM : 9459283 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : SALIM YARED FILHOADV.(A/S) : PAULO MACHADO JUNIOR (45520/PR)ADV.(A/S) : HERMANN SCHAICH IV (35114/PR)RECDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.498 (550)ORIGEM : 00560970620164036301 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : OSVALDO SILVESTRE DE OLIVEIRA JUNIORADV.(A/S) : JUCENIR BELINO ZANATTA (125881/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.503 (551)ORIGEM : PROC - 00041271720094036314 - TRF3 - TURMA

RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ANTONIO FABRIGA FERREIRAADV.(A/S) : ROMULO CESAR DE CARVALHO LOURENCO (265717/

SP)ADV.(A/S) : LEANDRO PIRES NEVES (288317/SP)ADV.(A/S) : EDISON JOSE LOURENCO (160749/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.512 (552)ORIGEM : 10099975 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR

ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ALFEU LEITE AGNERADV.(A/S) : ALENCAR LEITE AGNER (10419/PR)RECDO.(A/S) : ESPÓLIO DE IDAVINO OLIVEIRA DE SOUZARECDO.(A/S) : ESPÓLIO DE ADAHYR OLIVEIRA DE SOUZAADV.(A/S) : MAURICIO SOUZA BOCHNIA (10599/PR)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.513 (553)ORIGEM : AREsp - 00019838920118260053 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULO

RELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : CJF PARTICIPACAO LTDA. - MEADV.(A/S) : RODRIGO CESAR BELARMINO (41058/PR)ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO DE SOUSA SANTOS (260933/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.517 (554)ORIGEM : AREsp - 200838000130655 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : NELSON RODRIGUES GUIMARAESADV.(A/S) : NATALIA MARIA MARTINS DE RESENDE (77883/MG)ADV.(A/S) : JUSCELINO JOSUE PIRES HELENO (120963/MG)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.519 (555)ORIGEM : 00040625920128260068 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : VICTOR HUGO HOMRICHADV.(A/S) : CASEMIRO NARBUTIS FILHO (96993/SP)RECDO.(A/S) : ADRIANA CHAVES BORGES HAUTEKEURADV.(A/S) : ANDRE BOIANI E AZEVEDO (146347/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.520 (556)ORIGEM : 200901549414 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE GOIÁSPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

GOIÁSRECDO.(A/S) : NOEMIA MARTINS ALMEIDAADV.(A/S) : JOSE FIRMINO DA SILVA (8349/GO)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.522 (557)ORIGEM : 10000160075172001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : CERAMICA SETELAGOANA S AADV.(A/S) : WAGNER AUGUSTO DE OLIVEIRA (61191/MG)ADV.(A/S) : LILIANE MENEZES SOUZA (140617/MG)ADV.(A/S) : DJALMA FERNANDES DE SOUZA (113345/MG)ADV.(A/S) : RENATO DA CUNHA OLIVEIRA (151851/MG)ADV.(A/S) : ALICE GABRIELE DE ALMEIDA BARBOSA (157362/MG)RECDO.(A/S) : SANTO ANTONIO MATERIAIS DE CONSTRUCAO E

SERRALHERIA LTDA - MEADV.(A/S) : WANDERSON MARCELLO MOREIRA DE LIMA (64140/

MG)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.523 (558)ORIGEM : 20970039620158260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : EDNA FERREIRA MARTINS LIMAADV.(A/S) : ADEMIR RAFAEL DOS SANTOS (324242/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.532 (559)ORIGEM : AREsp - 92884778120088260000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ZALAF & COSTA ENGENHARIA LTDAADV.(A/S) : ANTONIO HAMILTON DE CASTRO ANDRADE JUNIOR

(71797/SP)RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE SAO BERNARDO DO CAMPOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE SAO

BERNARDO DO CAMPO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.535 (560)ORIGEM : 70070628862 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 42

DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : RAFAEL DA SILVA PEDOADV.(A/S) : ADRIANO MARCOS SANTOS PEREIRA (59787/RS)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.538 (561)ORIGEM : AREsp - 00109818320138260309 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREVPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : MARIA JULIA FACHINI DE DIVITIISADV.(A/S) : CARLOS ROBERTO DE ALENCAR (118347/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.539 (562)ORIGEM : AREsp - RI0031EOG0000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : PAULO HENRIQUE ALVES PEREIRAADV.(A/S) : DANIEL ROBERTO DE SOUZA (289297/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.542 (563)ORIGEM : REsp - 00249106720158190000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : UNIMED-RIO COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO

DO RIO DE JANEIRO LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRECDO.(A/S) : RICARDO MUNIZ FREIREADV.(A/S) : ELZA MARIA DA CUNHA FERRAZ (324397/SP)ADV.(A/S) : MARCELLO KOVALSKI BALTA (354611/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.543 (564)ORIGEM : AREsp - 00050262820138260291 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREVPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : SIDNEY CARLOS BARBOSA JUNIORADV.(A/S) : PAULA DE CASTRO FERRAZ (359260/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.545 (565)ORIGEM : AREsp - 200951060009343 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARIA DE LOURDES DE OLIVEIRA GERALDO E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCOS POLO BRASIL DOS SANTOS (877A/MG,

062374/RJ)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.546 (566)ORIGEM : AREsp - 1162382 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : A.C.G.S.ADV.(A/S) : JOSE ALIPIO SILVA DE LIMA (7413/PA)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PARÁ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.547 (567)ORIGEM : AREsp - 50008116220114047202 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : UNIÃO

PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : IZAURA MELLOS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : RENATO SERGIO BABY (11276/SC)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.548 (568)ORIGEM : 22126671520148260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MUNICIPIO DE SAO BERNARDO DO CAMPOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

BERNARDO DO CAMPORECDO.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.553 (569)ORIGEM : AREsp - 201624503470 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : AURILENE CABRALADV.(A/S) : ORLANDO DE ANDRADE VILLAR (155100/RJ)ADV.(A/S) : GUILHERME LUIZ DA VEIGA PADUANO (146097/RJ)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.556 (570)ORIGEM : 10066820420148260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : MARGARETE NUNES DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RICARDO DE MENEZES DIAS (164061/SP)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.557 (571)ORIGEM : AREsp - 70066267428 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : RAUL VON HOLLEBENADV.(A/S) : BRENDALI TABILE FURLAN (61812/RS, 28292/SC)ADV.(A/S) : CAROLINE HAESBAERT DE PAIVA (56671/RS)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.559 (572)ORIGEM : AREsp - 00462951020108060000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : C.A.F.S.ADV.(A/S) : JOAO MARCELO LIMA PEDROSA (12511/CE)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

CEARÁ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.563 (573)ORIGEM : 20234802220138260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : DANIELE CRISTINA MORALES (341164/SP)ADV.(A/S) : CRISTIANE GUIDORIZZI SANCHEZ CHELLI

(118582/SP)RECDO.(A/S) : GILBERTO DE JESUS PIRESADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.568 (574)ORIGEM : 2016601008008 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO DE SERGIPE DESOADV.(A/S) : LARAH PARAIZO DANTAS FONTES (7430/SE)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 43

RECDO.(A/S) : FERNANDA KELLY FRAGA OLIVEIRAADV.(A/S) : FERNANDO LOGANS BENTO FRAGA PONTES

(7061/SE)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.572 (575)ORIGEM : AREsp - 00001526520138260625 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREVPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : ROSELI DOS SANTOS TUPINAMBAADV.(A/S) : MARCUS VINICIUS DOS SANTOS MINGARDI (279351/

SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.573 (576)ORIGEM : PROC - 50500741420164047000 - TRF4 - PR - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : EDSON LUIZ AYRES MARTINSADV.(A/S) : TAYSSA HERMONT OZON DA SILVA (50520/PR)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.575 (577)ORIGEM : AREsp - 00238610220138260053 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : POLIANA LILIETTE FONSECA INACIO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CLELIA CONSUELO BASTIDAS DE PRINCE (51068/BA,

29082/SC, 163569/SP)ADV.(A/S) : RAFAEL JONATAN MARCATTO (42275/BA, 42766/PR,

19917/SC, 141237/SP)RECDO.(A/S) : SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREVPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.577 (578)ORIGEM : AREsp - 201500000133500 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : O S SERVIÇOS DE INFRA ESTRUTURA LTDAADV.(A/S) : MARCOS SILVERIO DE CARVALHO (138122/RJ)ADV.(A/S) : RENATA PASSOS BERFORD GUARANA

VASCONCELLOS (36465/DF, 44218/PE, 112211/RJ, 363923/SP)

RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.579 (579)ORIGEM : AREsp - 200861830059180 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MILTON JOSE DOS SANTOSADV.(A/S) : GUILHERME DE CARVALHO (52668/DF, 97333/MG,

229461/SP)ADV.(A/S) : LUANA DA PAZ BRITO SILVA (291815/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.581 (580)ORIGEM : AREsp - 00092817520138260114 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : LUCIA HELENA SILVEIRA DE FREITAS BLANDY E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO DE OLIVEIRA (135531/SP)RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE CAMPINASADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAMPINAS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.601 (581)ORIGEM : AREsp - 155486620098260320 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : M.B.ADV.(A/S) : WILLEY LOPES SUCASAS (148022/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 157.462 (582)ORIGEM : 157462 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : LUCAS PRUDENCIO DA SILVARECTE.(S) : LEONARDO DE JESUS DA SILVA FERREIRA GOMESRECTE.(S) : CRYSTIANO DE ASSIS BITTENCOURT DIASPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA

CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SANTA CATARINARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 157.463 (583)ORIGEM : 157463 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : SÉRGIO WESLEI DA CUNHAADV.(A/S) : SERGIO WESLEI DA CUNHA (222209/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 157.464 (584)ORIGEM : 157464 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : LUIZ CARLOS BONFIMADV.(A/S) : ANA LIGIA MARQUES CARTA (344900/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 157.465 (585)ORIGEM : 157465 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : HAYLLEN CAROLINI COSTA RODRIGUESPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MATO GROSSO DO SULRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

MINISTRO DISTR REDIST TOT

MIN. CELSO DE MELLO 24 2 26

MIN. MARCO AURÉLIO 24 0 24

MIN. GILMAR MENDES 22 2 24

MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 41 0 41

MIN. DIAS TOFFOLI 31 1 32

MIN. LUIZ FUX 30 0 30

MIN. ROSA WEBER 29 0 29

MIN. ROBERTO BARROSO 25 0 25

MIN. EDSON FACHIN 37 0 37

MIN. ALEXANDRE DE MORAES 25 1 26

TOTAL 288 6 294

Nada mais havendo, foi encerrada a presente Ata de Distribuição. ANTONIO JULIANO DE SOUZA, Coordenador de Processamento Inicial, PATRÍCIA PEREIRA DE MOURA MARTINS, Secretário(a) Judiciário(a).

Brasília, 25 de maio de 2018.

DECISÕES E DESPACHOS

HABEAS CORPUS 157.443 (586)ORIGEM : 157443 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 44

REGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : PAULO ROBERTO INÁCIO DE SOUSAIMPTE.(S) : PAULO ROBERTO INÁCIO DE SOUSACOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÕES PENAIS

DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO

DECISÃOHABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL.

AUTORIDADE COATORA CUJOS ATOS NÃO SE SUBMETEM DIRETAMENTE À COMPETÊNCIA DESTE SUPREMO TRIBUNAL. HABEAS CORPUS AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. COMPETÊNCIA DECLINADA. REMESSA DOS AUTOS.

Relatório1. Habeas corpus, sem requerimento de medida liminar, impetrado

por Paulo Roberto Inácio de Sousa, em benefício próprio, indicando-se como autoridade coatora o Juízo da Vara de Execuções Penais da Comarca do Rio de Janeiro.

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.2. A espécie não comporta ato processual válido a ser adotado neste

momento pelo Supremo Tribunal Federal.3. A competência do Supremo Tribunal Federal para julgar habeas

corpus é determinada constitucionalmente em razão do paciente ou da autoridade indigitada coatora (al. i do inc. I do art. 102 da Constituição da República).

No rol constitucionalmente definido não se inclui a atribuição deste Supremo Tribunal para processar e julgar originariamente habeas corpus no qual figure como autoridade coatora juiz de direito.

A matéria não admite discussão mínima por se cuidar de norma de competência constitucional expressa, a impossibilitar interpretação extensiva.

4. Pelo exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (inc. XIX do art. 13 c/c § 1º do art. 21 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal) e determino a remessa dos autos ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para as providências jurídicas cabíveis.

Comuniquem-se ao paciente/impetrante os termos desta decisão para, querendo, buscar seus direitos na forma legalmente prevista e seja-lhe informado o direito de dispor de defensor público, se não puder pagar pelos serviços de advogado de sua escolha.

Dê-se ciência desta decisão, acompanhada de cópia da petição inicial do habeas corpus, ao Defensor Público-Geral do Rio de Janeiro.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

HABEAS CORPUS 157.446 (587)ORIGEM : 157446 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : EDSON DO NASCIMENTOIMPTE.(S) : EDSON DO NASCIMENTOCOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÃO CRIMINAL

DA COMARCA DE SOROCABA

DECISÃOHABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL.

AUTORIDADE COATORA CUJOS ATOS NÃO SE SUBMETEM DIRETAMENTE À COMPETÊNCIA DESTE SUPREMO TRIBUNAL. HABEAS CORPUS AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. COMPETÊNCIA DECLINADA. REMESSA DOS AUTOS.

Relatório1. Habeas corpus, com requerimento de medida liminar, impetrado

por Edson do Nascimento, em benefício próprio, indicando-se como autoridade coatora o Juízo da Vara de Execução Criminal da Comarca de Sorocaba/SP.

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.2. A espécie não comporta ato processual válido a ser adotado neste

momento pelo Supremo Tribunal Federal.3. A competência do Supremo Tribunal Federal para julgar habeas

corpus é determinada constitucionalmente em razão do paciente ou da autoridade indigitada coatora (al. i do inc. I do art. 102 da Constituição da República).

No rol constitucionalmente definido não se inclui a atribuição deste Supremo Tribunal para processar e julgar originariamente habeas corpus no qual figure como autoridade coatora juiz de direito.

A matéria não admite discussão mínima por se cuidar de norma de competência constitucional expressa, a impossibilitar interpretação extensiva.

4. Pelo exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus, prejudicado o requerimento de medida liminar neste Supremo Tribunal (inc. XIX do art. 13 c/c § 1º do art. 21 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), e determino a remessa dos autos ao Tribunal de Justiça de São Paulo para as providências jurídicas cabíveis.

Comuniquem-se ao paciente/impetrante os termos desta decisão para, querendo, buscar seus direitos na forma legalmente prevista e seja-lhe informado o direito de dispor de defensor público, se não puder

pagar pelos serviços de advogado de sua escolha.Dê-se ciência desta decisão, acompanhada de cópia da petição

inicial do habeas corpus, ao Defensor Público-Geral de São Paulo.Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

HABEAS CORPUS 157.450 (588)ORIGEM : 157450 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : LINCON LUIZ ARAUJO DE SOUZAIMPTE.(S) : LINCON LUIZ ARAUJO DE SOUZA

DECISÃOHABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. AUSÊNCIA DE

INDICAÇÃO DE AUTORIDADE COATORA. INADMISSIBILIDADE. HABEAS CORPUS AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Habeas corpus, sem requerimento de medida liminar, impetrado

por Lincon Luiz Araújo de Souza em benefício próprio.O paciente/impetrante pede a concessão de liberdade.Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.2. Tem-se, na espécie, a inépcia da inicial por ausência de indicação

da autoridade coatora, como se prescreve na al. a do § 1º do art. 654 do Código de Processo Penal: “A petição de habeas corpus conterá (...) o nome (…) de quem exercer a violência, coação ou ameaça”, e no inc. I do art. 190 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal: “A petição de habeas corpus deverá conter (...) o nome (...) do coator”.

3. Assente a jurisprudência deste Supremo Tribunal no sentido de ser inviável o habeas corpus quando ausente a indicação da autoridade coatora. Confiram-se, por exemplo, os Habeas Corpus ns. 143.370, de minha relatoria, decisão monocrática, DJ 17.5.2017; 142.801, de minha relatoria, decisão monocrática, DJ 10.5.2017; 126.306, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, decisão monocrática, DJ 3.2.2015; e 126.130, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, decisão monocrática, DJ 2.2.2015.

Segundo lição de Espínola Filho, a “petição de habeas corpus tem de, inafastavelmente, declarar a pessoa, de quem emana a coação, tida como ilegal, e que o paciente está sob ameaça séria e iminente de sofrer” (Código de Processo Penal Brasileiro Anotado. 6. ed., vol. VII. Borsoi, Rio de Janeiro, 1965, p. 239).

4. Pelo exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (inc. XIX do art. 13 c/c § 1º do art. 21 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Comuniquem-se ao paciente/impetrante os termos desta decisão para, querendo, buscar seus direitos na forma legalmente prevista e seja-lhe informado o direito de dispor de defensor público, se não puder pagar pelos serviços de advogado de sua escolha.

Dê-se ciência desta decisão, acompanhada de cópia da petição inicial do habeas corpus, ao Defensor Público-Geral de São Paulo.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

HABEAS CORPUS 157.454 (589)ORIGEM : 157454 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : LUIZ FERNANDO MARTINS DE MELOIMPTE.(S) : LUIZ FERNANDO MARTINS DE MELO

DECISÃOHABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. AUSÊNCIA DE

INDICAÇÃO DE AUTORIDADE COATORA. INADMISSIBILIDADE. HABEAS CORPUS AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Habeas corpus, sem requerimento de medida liminar, impetrado

por Luiz Fernando Martins de Melo em benefício próprio.O paciente/impetrante quer saber se o seu processo de execução

teria sido julgado.Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.2. Tem-se, na espécie, a inépcia da inicial por ausência de indicação

da autoridade coatora, como se prescreve na al. a do § 1º do art. 654 do Código de Processo Penal: “A petição de habeas corpus conterá (...) o nome (…) de quem exercer a violência, coação ou ameaça”, e no inc. I do art. 190 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal: “A petição de habeas corpus deverá conter (...) o nome (...) do coator”.

3. Assente a jurisprudência deste Supremo Tribunal no sentido de ser inviável o habeas corpus quando ausente a indicação da autoridade coatora. Confiram-se, por exemplo, os Habeas Corpus ns. 143.370, de minha relatoria, decisão monocrática, DJ 17.5.2017; 142.801, de minha relatoria, decisão monocrática, DJ 10.5.2017; 126.306, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 45

decisão monocrática, DJ 3.2.2015; e 126.130, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, decisão monocrática, DJ 2.2.2015.

Segundo lição de Espínola Filho, a “petição de habeas corpus tem de, inafastavelmente, declarar a pessoa, de quem emana a coação, tida como ilegal, e que o paciente está sob ameaça séria e iminente de sofrer” (Código de Processo Penal Brasileiro Anotado. 6. ed., vol. VII. Borsoi, Rio de Janeiro, 1965, p. 239).

4. Pelo exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (inc. XIX do art. 13 c/c § 1º do art. 21 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Comuniquem-se ao paciente/impetrante os termos desta decisão para, querendo, buscar seus direitos na forma legalmente prevista e seja-lhe informado o direito de dispor de defensor público, se não puder pagar pelos serviços de advogado de sua escolha.

Dê-se ciência desta decisão, acompanhada de cópia da petição inicial do habeas corpus, ao Defensor Público-Geral de São Paulo.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECLAMAÇÃO 30.499 (590)ORIGEM : 00710446320181000000 - SUPREMO TRIBUNAL

FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECLTE.(S) : NIVEO NEVESADV.(A/S) : HAYMON WILLEMANN (170071/MG, 31247/SC)RECLDO.(A/S) : PRESIDENTE DAS TURMAS RECURSAIS DA SEÇÃO

JUDICIÁRIA DE SANTA CATARINAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

DECISÃORECLAMAÇÃO. PROCESSUAL CIVIL. APLICAÇÃO DA

SISTEMÁTICA DE REPERCUSSÃO GERAL NA ORIGEM. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL DE CABIMENTO DE RECURSO OU DE OUTRA AÇÃO JUDICIAL NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AUSÊNCIA DE ESGOTAMENTO DA INSTÂNCIA DE ORIGEM. RECLAMAÇÃO À QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Reclamação ajuizada por Niveo Neves, em 16.5.2018, contra a

seguinte decisão proferida no Processo n. 5016249-37.2016.4.04.7208 pela Presidente das Turmas Recursais Federais de Santa Catarina pela qual se teria usurpado a competência do Supremo Tribunal Federal:

“O Supremo Tribunal Federal julgou a matéria objeto de discussão nos autos através do rito de julgamento de recursos repetitivos e/ou repercussão geral:

Tema STF 76 – Teto da renda mensal dos benefícios previdenciários concedidos anteriormente à vigência das Emendas Constitucionais nºs 20/98 e 41/2003. (…)

Ante o exposto, uma vez que o acórdão recorrido está de acordo com o julgamento proferido pela Corte Superior, nego seguimento ao recurso, nos termos do artigo 1.030, I, b, do Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015, alterada pela Lei nº 13.256/2016).

Saliento que a presente decisão está sujeita ao agravo interno previsto no art. 1.021 c/c art. 1.030, § 2º, do Novo CPC, a ser direcionado para Turma Recursal” (e-doc. 4).

2. O reclamante afirma que “a Egrégia Turma Recursal de Santa Catarina negou provimento ao Recurso Inominado por entender incabível a revisão pretendida para os benefícios concedidos antes da vigência da Constituição Federal de 1988” e que, em razão dessa decisão “não resta outra alternativa senão a presente reclamação constitucional como único meio de se ver cumprido o entendimento desta Suprema Corte, representada pelo princípio da segurança jurídica, que foi desrespeitada a literalidade do Recurso Extraordinário n. 564.354 - Tema 76 do STF, isso porque já esgotadas todas as instâncias” (e-doc. 1).

Sustenta que “a interpretação conferida pela Presidência da Turma Recursal de Santa Catrina diverge do entendimento chancelado pelo Supremo. Diante dessa evidência, a conclusão lógica que se impõe é que o julgamento do RE 564.354 não impôs limitações temporais quanto à data de início de benefício, de forma que o Tema nº 76 deve ser aplicado independentemente deste marco. Nesse contexto, o fato de o benefício ter sido concedido antes da Constituição atual não faz o caso dos atuso divergir do Tema nº 76, impondo-se, pois, a aplicação do referido entendimento” (e-doc. 1).

Requer “seja julgada procedente a presente reclamação e em consequência seja cassada a decisão exorbitante proferida pela Presidência da Turma Recursal de Santa Catarina, cujo teor desrespeitou o entendimento do RE 564.354, para em consequência seja determinada a sua adequação ao caso e garantir a autoridade das decisões do tribunal” (e-doc. 1).

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste ao reclamante.4. Põe-se em foco na reclamação se, ao negar seguimento ao

recurso extraordinário com base na aplicação da sistemática da repercussão geral, a autoridade reclamada teria descumprido entendimento deste Supremo Tribunal.

5. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de não caber recurso ou outro instrumento processual para este Supremo Tribunal contra decisão pela qual se aplica a sistemática da repercussão geral na origem:

“O Plenário desta Corte decidiu, no julgamento da Ação Cautelar 2.177-MC-QO/PE, que a jurisdição do Supremo Tribunal Federal somente se inicia com a manutenção, pelo Tribunal de origem, de decisão contrária ao entendimento firmado no julgamento da repercussão geral, nos termos do § 4º do art. 543-B do Código de Processo Civil. 3. Fora dessa específica hipótese não há previsão legal de cabimento de recurso ou de outro remédio processual para o Supremo Tribunal Federal. 4. Inteligência dos arts. 543-B do Código de Processo Civil e 328-A do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. 5. Possibilidade de a parte que considerar equivocada a aplicação da repercussão geral interpor agravo interno perante o Tribunal de origem. 6. Oportunidade de correção, no próprio âmbito do Tribunal de origem, seja em juízo de retratação, seja por decisão colegiada, do eventual equívoco” (Rcl n. 7.569, Relatora a Ministra Ellen Gracie, Plenário, DJe 11.12.2009).

“RECLAMAÇÃO - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO - DECISÃO QUE NEGA TRÂNSITO AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO PORQUE NÃO RECONHECIDA A EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL NELE SUSCITADA - ALEGADA USURPAÇÃO DA COMPETÊNCIA DESTA SUPREMA CORTE - INOCORRÊNCIA - INADMISSIBILIDADE DO USO DA RECLAMAÇÃO COMO INSTRUMENTO DESTINADO A QUESTIONAR A APLICAÇÃO, PELO TRIBUNAL DE ORIGEM, DO SISTEMA DE REPERCUSSÃO GERAL - PRECEDENTES FIRMADOS PELO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (RCL 7.547/SP, REL. MIN. ELLEN GRACIE - RCL 7.569/SP, REL. MIN. ELLEN GRACIE - AI 760.358-QO/SE, REL. MIN. GILMAR MENDES) - INCOGNOSCIBILIDADE DA RECLAMAÇÃO RECONHECIDA PELA DECISÃO AGRAVADA - LEGITIMIDADE - CONSEQUENTE EXTINÇÃO ANÔMALA DO PROCESSO DE RECLAMAÇÃO - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO” (Rcl n. 11.635-ED, Relator o Ministro Celso de Mello, Plenário, DJe 19.12.2011).

6. Ademais, conforme inc. II do § 5º do art. 988 do Código de Processo Civil, a reclamação nestes casos é cabível somente após esgotadas as instâncias ordinárias, o que não ocorreu na espécie vertente. Confiram-se, nesse sentido, os seguintes julgados:

“DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO EM RECLAMAÇÃO. NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ALEGAÇÃO DE AFRONTA A PRECEDENTE FIRMADO EM SEDE DE REPERCUSSÃO GERAL. ESGOTAMENTO DAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS. AUSÊNCIA DE PEÇA ESSENCIAL. 1. O reclamante alega má aplicação de tese firmada em sede de repercussão geral, sem, no entanto, juntar aos autos cópia da decisão do Tribunal a quo que negara trâmite a recurso extraordinário. Inviável o conhecimento do pedido quando a parte, intimada, deixa de juntar aos autos peça essencial à análise da controvérsia. 2. O novo Código de Processo Civil condiciona o ajuizamento de reclamação fundada em alegação de afronta a tese firmada em repercussão geral ao esgotamento das instâncias ordinárias (art. 988, § 5º, II, do CPC/2015). 3. Agravo interno desprovido, com imposição de multa do art. 1.021, §4º, do CPC/15” (Rcl n. 24.339-AgR, Relator o Ministro Roberto Barroso, Primeira Turma, DJe 6.9.2017).

“Embargos de declaração em agravo regimental em reclamação. 2. Reclamação contra decisão que aplica a sistemática da repercussão geral na origem. Não cabimento. Ausência de exaurimento das instâncias ordinárias. Artigos 988, § 5º, II, e 1.030, § 2º, do CPC/2015. 3. Impossibilidade de utilização da reclamação como sucedâneo recursal. 4. Ausência de omissão, contradição ou obscuridade. 5. Não configuração de situação excepcional. Embargos protelatórios. Imposição de multa. 6. Embargos de declaração rejeitados” (Rcl n. 25.195-AgR-ED, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 10.10.2017).

7. Pelo exposto, nego seguimento a esta reclamação (§ 1º do art. 21 e parágrafo único do art. 161 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

SUSPENSÃO DE TUTELA PROVISÓRIA 54 (591)ORIGEM : 54 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEREQTE.(S) : MUNICIPIO DE BARBACENAADV.(A/S) : TIAGO SIQUEIRA MOTA (84914/MG) E OUTRO(A/S)REQDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS

GERAISADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS

GERAIS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 46

PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DESPACHO 1. Suspensão de Tutela Provisória ajuizada pelo Município de

Barbacena/MG objetivando a suspensão do acórdão proferido nos autos da Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 1.0000.15.091708-6/000, pelo qual foi determinada a suspensão da “eficácia dos artigos 152/156, 163/167 e 168/173 do Código Tributário do Município de Barbacena, até o julgamento final deste processo, prejudicada a análise dos arts. 146/151, já que revogados pela Lei Municipal nº 4.602/2014”.

Requer “a suspensão da liminar concedida nos autos nº 1.0000.15.091708-6/000, com fundamento no artigo 4º da Lei n.º 8.437/92, conferindo-lhe efeito suspensivo”.

Pede a “declaração de que os efeitos da suspensão deferida perduram até o trânsito em julgado da ação”.

2. Manifestem-se sucessivamente a interessada e a Procuradoria-Geral da República (§ 2º do art. 4º da Lei n. 8.437/1992).

Na sequência, retornem os autos à Presidência deste Supremo Tribunal.

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

PROCESSOS DE COMPETÊNCIA DA PRESIDÊNCIA

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.118.574

(592)

ORIGEM : PROC - 00002391520164036340 - TRF3 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : ANGELA MARIA MEDEIROSADV.(A/S) : CATIA CRISTINE ANDRADE ALVES (101438/MG,

199327/SP)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃOEMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO

COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU ERRO MATERIAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

Relatório1. Em 9.4.2018, neguei seguimento ao recurso extraordinário com

agravo interposto pela Ângela Maria Medeiros por ser incabível agravo no Supremo Tribunal Federal contra decisão pela qual se aplica a sistemática da repercussão geral na origem (doc. 66).

2. Publicada essa decisão no DJe de 13.4.2018, a embargante opõe, tempestivamente, em 20.4.2018, embargos de declaração (doc. 67).

Alega que, “apesar do julgamento proferido nos recursos extraordinários 381.367, 661.256 e 827.833, ainda não houve o trânsito em julgado, inclusive remanesce a modulação dos efeitos das referidas decisões pelo Supremo Tribunal Federal. E mais, entende a parte autora que, para a aplicação da tese firmada por esta Suprema Corte, deve haver o trânsito em julgado” (fl. 1, doc. 67).

Requer “sejam acolhidos os presentes embargos, julgando-os PROCEDENTES, determinando-se a suspensão do feito até o trânsito em julgado dos RE(s) 381.367, 661.256 e 827.833” (fl. 2, doc. 67)

3. O embargado não apresentou contrarrazões (doc. 73).Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.4. Razão jurídica não assiste à embargante.5. Na espécie, o recurso extraordinário foi inadmitido pela Turma

Recursal dos Juizados Especiais Federais de São Paulo com fundamento na aplicação da sistemática da repercussão geral (doc. 53).

A decisão embargada harmoniza-se com a jurisprudência deste Supremo Tribunal de não caber recurso ou outro instrumento processual contra decisão pela qual se aplica a sistemática da repercussão geral na origem. Assim, por exemplo:

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental. 1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral. 2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação. 3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da

questão constitucional decidida. 4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem” (AI n. 760.358-QO, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Plenário, DJe 12.2.2010).

6. É pacífico o entendimento de os embargos de declaração não se prestarem para provocar a reforma da decisão embargada, salvo no ponto em que tenha sido omissa, contraditória ou obscura ou para corrigir erro material, nos termos do art. 1.022 do Código de Processo Civil, o que não ocorre na espécie.

O exame da petição recursal é suficiente para constatar não se pretender provocar o esclarecimento de qualquer ponto obscuro, omisso ou contraditório nem corrigir erro material, mas tão somente modificar o conteúdo do julgado para fazer prevalecer a tese da embargante.

A pretensão da embargante é rediscutir a matéria. O Supremo Tribunal Federal assentou serem incabíveis os embargos de declaração quando, “a pretexto de esclarecer uma inexistente situação de obscuridade, omissão ou contradição, [a parte] vem a utilizá-los com o objetivo de infringir o julgado e de, assim, viabilizar um indevido reexame da causa” (RTJ 191/694-695, Relator o Ministro Celso de Mello).

Confiram-se também os seguintes julgados:“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS. I - Ausência dos pressupostos do art. 1.022, I, II e III, do Código de Processo Civil. II – Busca-se tão somente a rediscussão da matéria, porém os embargos de declaração não constituem meio processual adequado para a reforma do decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão. III – Embargos de declaração rejeitados” (ARE n. 910.271-AgR-ED, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Plenário, DJe 19.9.2016).

“EMBARGOS DECLARATÓRIOS – INEXISTÊNCIA DE VÍCIO – DESPROVIMENTO. Uma vez voltados os embargos declaratórios ao simples rejulgamento de certa matéria, inexistindo, no acórdão proferido, qualquer dos vícios que os respaldam – omissão, contradição e obscuridade –, impõe-se o desprovimento. EMBARGOS – ARTIGO 1.026, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015 – MULTA. Se os embargos são manifestamente protelatórios, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 1.026 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé” (AI n. 863.617-AgR-ED, Relator o Ministro Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe 1º.8.2016).

“Embargos de declaração no agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Questões afastadas nos julgamentos anteriores. Não há omissão, contradição, obscuridade ou erro a serem sanados. Precedentes. 1. No julgamento do recurso, as questões postas pela parte recorrente foram enfrentadas adequadamente. Inexistência dos vícios previstos no art. 1.022 do Código de Processo Civil. 2. Embargos de declaração rejeitados” (ARE n. 876.702-AgR-ED, Relator o Ministro Dias Toffoli, Segunda Turma, DJe 4.8.2016).

7. Pelo exposto, rejeito os embargos de declaração (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e § 2º do art. 1.024 do Código de Processo Civil).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

HABEAS CORPUS 157.389 (593)ORIGEM : 157389 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : FLÁVIO HENRIQUE BENTO RODRIGUESIMPTE.(S) : FLÁVIO HENRIQUE BENTO RODRIGUESCOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÃO CRIMINAL

DA COMARCA DE CONTAGEM

DECISÃOHABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL.

AUTORIDADE COATORA CUJOS ATOS NÃO SE SUBMETEM DIRETAMENTE À COMPETÊNCIA DESTE SUPREMO TRIBUNAL. HABEAS CORPUS AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. COMPETÊNCIA DECLINADA. REMESSA DOS AUTOS.

Relatório1. Habeas corpus, sem requerimento de medida liminar, impetrado

por Flávio Henrique Bento Rodrigues, em benefício próprio, indicando-se como autoridade coatora o Juízo da Vara de Execução Criminal da Comarca de Contagem/MG.

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.2. A espécie não comporta ato processual válido a ser adotado neste

momento pelo Supremo Tribunal Federal.3. A competência do Supremo Tribunal Federal para julgar habeas

corpus é determinada constitucionalmente em razão do paciente ou da autoridade indigitada coatora (al. i do inc. I do art. 102 da Constituição da República).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 47

No rol constitucionalmente definido não se inclui a atribuição deste Supremo Tribunal para processar e julgar originariamente habeas corpus no qual figure como autoridade coatora juiz de direito.

A matéria não admite discussão mínima por se cuidar de norma de competência constitucional expressa, a impossibilitar interpretação extensiva.

4. Pelo exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (inc. XIX do art. 13 c/c § 1º do art. 21 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal) e determino a remessa dos autos ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais para as providências jurídicas cabíveis.

Comuniquem-se ao paciente/impetrante os termos desta decisão para, querendo, buscar seus direitos na forma legalmente prevista e seja-lhe informado o direito de dispor de defensor público, se não puder pagar pelos serviços de advogado de sua escolha.

Dê-se ciência desta decisão, acompanhada de cópia da petição inicial do habeas corpus, ao Defensor Público-Geral de Minas Gerais.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

HABEAS CORPUS 157.390 (594)ORIGEM : 157390 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : ANDREIK KELTON GONÇALVESIMPTE.(S) : ANDREIK KELTON GONÇALVES

DECISÃOHABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. AUSÊNCIA DE

INDICAÇÃO DE AUTORIDADE COATORA. INADMISSIBILIDADE. HABEAS CORPUS AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Habeas corpus, sem requerimento de medida liminar, impetrado

por Andreik Kelton Gonçalves em benefício próprio.O paciente/impetrante pede a concessão de liberdade.Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.2. Tem-se, na espécie, a inépcia da inicial por ausência de indicação

da autoridade coatora, como se prescreve na al. a do § 1º do art. 654 do Código de Processo Penal: “A petição de habeas corpus conterá (...) o nome (…) de quem exercer a violência, coação ou ameaça”, e no inc. I do art. 190 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal: “A petição de habeas corpus deverá conter (...) o nome (...) do coator”.

3. Assente a jurisprudência deste Supremo Tribunal no sentido de ser inviável o habeas corpus quando ausente a indicação da autoridade coatora. Confiram-se, por exemplo, os Habeas Corpus ns. 143.370, de minha relatoria, decisão monocrática, DJ 17.5.2017; 142.801, de minha relatoria, decisão monocrática, DJ 10.5.2017; 126.306, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, decisão monocrática, DJ 3.2.2015; e 126.130, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, decisão monocrática, DJ 2.2.2015.

Segundo lição de Espínola Filho, a “petição de habeas corpus tem de, inafastavelmente, declarar a pessoa, de quem emana a coação, tida como ilegal, e que o paciente está sob ameaça séria e iminente de sofrer” (Código de Processo Penal Brasileiro Anotado. 6. ed., vol. VII. Borsoi, Rio de Janeiro, 1965, p. 239).

4. Pelo exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (inc. XIX do art. 13 c/c § 1º do art. 21 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Comuniquem-se ao paciente/impetrante os termos desta decisão para, querendo, buscar seus direitos na forma legalmente prevista e seja-lhe informado o direito de dispor de defensor público, se não puder pagar pelos serviços de advogado de sua escolha.

Dê-se ciência desta decisão, acompanhada de cópia da petição inicial do habeas corpus, ao Defensor Público-Geral de Minas Gerais.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

HABEAS CORPUS 157.391 (595)ORIGEM : 157391 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : DIEGO HENRIQUE TERRAIMPTE.(S) : DIEGO HENRIQUE TERRACOATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS

GERAIS

DECISÃOHABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL.

AUTORIDADE COATORA CUJOS ATOS NÃO SE SUBMETEM DIRETAMENTE À COMPETÊNCIA DESTE SUPREMO TRIBUNAL. HABEAS CORPUS AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. COMPETÊNCIA DECLINADA. REMESSA DOS AUTOS.

Relatório

1. Habeas corpus, com requerimento de medida liminar, impetrado por Diego Henrique Terra, em benefício próprio, indicando-se como autoridade coatora o Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.2. A espécie não comporta ato processual válido a ser adotado neste

momento pelo Supremo Tribunal Federal.3. A competência do Supremo Tribunal Federal para julgar habeas

corpus é determinada constitucionalmente em razão do paciente ou da autoridade indigitada coatora (al. i do inc. I do art. 102 da Constituição da República).

No rol constitucionalmente definido não se inclui a atribuição deste Supremo Tribunal para processar e julgar originariamente habeas corpus no qual figure como autoridade coatora Tribunal de Justiça estadual.

A matéria não admite discussão mínima por se cuidar de norma de competência constitucional expressa, a impossibilitar interpretação extensiva.

4. Pelo exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus, prejudicado o requerimento de medida liminar neste Supremo Tribunal (inc. XIX do art. 13 c/c § 1º do art. 21 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), e determino a remessa dos autos ao Superior Tribunal de Justiça para as providências jurídicas cabíveis.

Comuniquem-se ao paciente/impetrante os termos desta decisão para, querendo, buscar seus direitos na forma legalmente prevista e seja-lhe informado o direito de dispor de defensor público, se não puder pagar pelos serviços de advogado de sua escolha.

Dê-se ciência desta decisão, acompanhada de cópia da petição inicial do habeas corpus, ao Defensor Público-Geral de Minas Gerais.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

HABEAS CORPUS 157.444 (596)ORIGEM : 157444 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : CLAUDIO ADÃO ALVES DE OLIVEIRA SILVAIMPTE.(S) : CLAUDIO ADÃO ALVES DE OLIVEIRA SILVACOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA 1° VARA CRIMINAL DA COMARCA

DE BARRA FUNDACOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA 2° VARA CRIMINAL DA COMARCA

BARRA FUNDA

DECISÃOHABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL.

AUTORIDADE COATORA CUJOS ATOS NÃO SE SUBMETEM DIRETAMENTE À COMPETÊNCIA DESTE SUPREMO TRIBUNAL. HABEAS CORPUS AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. COMPETÊNCIA DECLINADA. REMESSA DOS AUTOS.

Relatório1. Habeas corpus, com requerimento de medida liminar, impetrado

por Cláudio Adão Alves de Oliveira Silva, em benefício próprio, indicando-se como autoridades coatoras o Juízo da Primeira Vara Criminal da Barra Funda/SP e o Juízo da Segunda Vara Criminal da Barra Funda/SP.

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.2. A espécie não comporta ato processual válido a ser adotado neste

momento pelo Supremo Tribunal Federal.3. A competência do Supremo Tribunal Federal para julgar habeas

corpus é determinada constitucionalmente em razão do paciente ou da autoridade indigitada coatora (al. i do inc. I do art. 102 da Constituição da República).

No rol constitucionalmente definido não se inclui a atribuição deste Supremo Tribunal para processar e julgar originariamente habeas corpus no qual figure como autoridade coatora juiz de direito.

A matéria não admite discussão mínima por se cuidar de norma de competência constitucional expressa, a impossibilitar interpretação extensiva.

4. Pelo exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus, prejudicado o requerimento de medida liminar neste Supremo Tribunal (inc. XIX do art. 13 c/c § 1º do art. 21 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), e determino a remessa dos autos ao Tribunal de Justiça de São Paulo para as providências jurídicas cabíveis.

Comuniquem-se ao paciente/impetrante os termos desta decisão para, querendo, buscar seus direitos na forma legalmente prevista e seja-lhe informado o direito de dispor de defensor público, se não puder pagar pelos serviços de advogado de sua escolha.

Dê-se ciência desta decisão, acompanhada de cópia da petição inicial do habeas corpus, ao Defensor Público-Geral de São Paulo.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

HABEAS CORPUS 157.445 (597)ORIGEM : 157445 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 48

REGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : NATANIEL INÁCIO PORTO CHAVESIMPTE.(S) : NATANIEL INÁCIO PORTO CHAVES

DECISÃOHABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. AUSÊNCIA DE

INDICAÇÃO DE AUTORIDADE COATORA. INADMISSIBILIDADE. HABEAS CORPUS AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Habeas corpus, com requerimento de medida liminar, impetrado

por Nataniel Inácio Porto Chaves em benefício próprio.O paciente/impetrante pede a substituição da pena privativa de

liberdade por restritiva de direitos.Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.2. Tem-se, na espécie, a inépcia da inicial por ausência de indicação

da autoridade coatora, como se prescreve na al. a do § 1º do art. 654 do Código de Processo Penal: “A petição de habeas corpus conterá (...) o nome (…) de quem exercer a violência, coação ou ameaça”, e no inc. I do art. 190 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal: “A petição de habeas corpus deverá conter (...) o nome (...) do coator”.

3. Assente a jurisprudência deste Supremo Tribunal no sentido de ser inviável o habeas corpus quando ausente a indicação da autoridade coatora. Confiram-se, por exemplo, os Habeas Corpus ns. 143.370, de minha relatoria, decisão monocrática, DJ 17.5.2017; 142.801, de minha relatoria, decisão monocrática, DJ 10.5.2017; 126.306, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, decisão monocrática, DJ 3.2.2015; e 126.130, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, decisão monocrática, DJ 2.2.2015.

Segundo lição de Espínola Filho, a “petição de habeas corpus tem de, inafastavelmente, declarar a pessoa, de quem emana a coação, tida como ilegal, e que o paciente está sob ameaça séria e iminente de sofrer” (Código de Processo Penal Brasileiro Anotado. 6. ed., vol. VII. Borsoi, Rio de Janeiro, 1965, p. 239).

4. Pelo exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus, prejudicado o requerimento de medida liminar neste Supremo Tribunal (inc. XIX do art. 13 c/c § 1º do art. 21 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Comuniquem-se ao paciente/impetrante os termos desta decisão para, querendo, buscar seus direitos na forma legalmente prevista e seja-lhe informado o direito de dispor de defensor público, se não puder pagar pelos serviços de advogado de sua escolha.

Dê-se ciência desta decisão, acompanhada de cópia da petição inicial do habeas corpus, ao Defensor Público-Geral de São Paulo.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

HABEAS CORPUS 157.447 (598)ORIGEM : 157447 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : SANTINO FERREIRAIMPTE.(S) : SANTINO FERREIRACOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÕES

CRIMINAIS DA COMARCA DE BIRITIBA MIRIM

DECISÃOHABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL.

AUTORIDADE COATORA CUJOS ATOS NÃO SE SUBMETEM DIRETAMENTE À COMPETÊNCIA DESTE SUPREMO TRIBUNAL. HABEAS CORPUS AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. COMPETÊNCIA DECLINADA. REMESSA DOS AUTOS.

Relatório1. Habeas corpus, com requerimento de medida liminar, impetrado

por Santino Ferreira, em benefício próprio, indicando-se como autoridade coatora o Juízo da Vara de Execuções Criminais da Comarca de Biritiba Mirim/SP.

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.2. A espécie não comporta ato processual válido a ser adotado neste

momento pelo Supremo Tribunal Federal.3. A competência do Supremo Tribunal Federal para julgar habeas

corpus é determinada constitucionalmente em razão do paciente ou da autoridade indigitada coatora (al. i do inc. I do art. 102 da Constituição da República).

No rol constitucionalmente definido não se inclui a atribuição deste Supremo Tribunal para processar e julgar originariamente habeas corpus no qual figure como autoridade coatora juiz de direito.

A matéria não admite discussão mínima por se cuidar de norma de competência constitucional expressa, a impossibilitar interpretação extensiva.

4. Pelo exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus, prejudicado o requerimento de medida liminar neste Supremo Tribunal (inc. XIX do art. 13 c/c § 1º do art. 21 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), e determino a remessa dos autos ao Tribunal de Justiça de São Paulo para as providências jurídicas cabíveis.

Comuniquem-se ao paciente/impetrante os termos desta decisão para, querendo, buscar seus direitos na forma legalmente prevista e seja-lhe informado o direito de dispor de defensor público, se não puder pagar pelos serviços de advogado de sua escolha.

Dê-se ciência desta decisão, acompanhada de cópia da petição inicial do habeas corpus, ao Defensor Público-Geral de São Paulo.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

HABEAS CORPUS 157.448 (599)ORIGEM : 157448 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : DENIS WILLIAN NUNES DA SILVA GOMESIMPTE.(S) : DENIS WILLIAN NUNES DA SILVA GOMESCOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÕES

CRIMINAIS DA COMARCA DE TAUBATÉ

DECISÃOHABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL.

AUTORIDADE COATORA CUJOS ATOS NÃO SE SUBMETEM DIRETAMENTE À COMPETÊNCIA DESTE SUPREMO TRIBUNAL. HABEAS CORPUS AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. COMPETÊNCIA DECLINADA. REMESSA DOS AUTOS.

Relatório1. Habeas corpus, com requerimento de medida liminar, impetrado

por Denis Willian Nunes da Silva Gomes, em benefício próprio, indicando-se como autoridade coatora o Juízo da Vara de Execuções Criminais da Comarca de Taubaté/SP.

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.2. A espécie não comporta ato processual válido a ser adotado neste

momento pelo Supremo Tribunal Federal.3. A competência do Supremo Tribunal Federal para julgar habeas

corpus é determinada constitucionalmente em razão do paciente ou da autoridade indigitada coatora (al. i do inc. I do art. 102 da Constituição da República).

No rol constitucionalmente definido não se inclui a atribuição deste Supremo Tribunal para processar e julgar originariamente habeas corpus no qual figure como autoridade coatora juiz de direito.

A matéria não admite discussão mínima por se cuidar de norma de competência constitucional expressa, a impossibilitar interpretação extensiva.

4. Pelo exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus, prejudicado o requerimento de medida liminar neste Supremo Tribunal (inc. XIX do art. 13 c/c § 1º do art. 21 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), e determino a remessa dos autos ao Tribunal de Justiça de São Paulo para as providências jurídicas cabíveis.

Comuniquem-se ao paciente/impetrante os termos desta decisão para, querendo, buscar seus direitos na forma legalmente prevista e seja-lhe informado o direito de dispor de defensor público, se não puder pagar pelos serviços de advogado de sua escolha.

Dê-se ciência desta decisão, acompanhada de cópia da petição inicial do habeas corpus, ao Defensor Público-Geral de São Paulo.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

HABEAS CORPUS 157.449 (600)ORIGEM : 157449 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : JOÃO JUNIOR BONFIM RAMOSIMPTE.(S) : JOÃO JUNIOR BONFIM RAMOS

DECISÃOHABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. AUSÊNCIA DE

INDICAÇÃO DE AUTORIDADE COATORA. INADMISSIBILIDADE. HABEAS CORPUS AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Habeas corpus, sem requerimento de medida liminar, impetrado

por João Junior Bonfim Ramos em benefício próprio.O paciente/impetrante pede a concessão de liberdade ou prisão

domiciliar.Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.2. Tem-se, na espécie, a inépcia da inicial por ausência de indicação

da autoridade coatora, como se prescreve na al. a do § 1º do art. 654 do Código de Processo Penal: “A petição de habeas corpus conterá (...) o nome (…) de quem exercer a violência, coação ou ameaça”, e no inc. I do art. 190 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal: “A petição de habeas corpus deverá conter (...) o nome (...) do coator”.

3. Assente a jurisprudência deste Supremo Tribunal no sentido de ser inviável o habeas corpus quando ausente a indicação da autoridade coatora.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 49

Confiram-se, por exemplo, os Habeas Corpus ns. 143.370, de minha relatoria, decisão monocrática, DJ 17.5.2017; 142.801, de minha relatoria, decisão monocrática, DJ 10.5.2017; 126.306, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, decisão monocrática, DJ 3.2.2015; e 126.130, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, decisão monocrática, DJ 2.2.2015.

Segundo lição de Espínola Filho, a “petição de habeas corpus tem de, inafastavelmente, declarar a pessoa, de quem emana a coação, tida como ilegal, e que o paciente está sob ameaça séria e iminente de sofrer” (Código de Processo Penal Brasileiro Anotado. 6. ed., vol. VII. Borsoi, Rio de Janeiro, 1965, p. 239).

4. Pelo exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (inc. XIX do art. 13 c/c § 1º do art. 21 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Comuniquem-se ao paciente/impetrante os termos desta decisão para, querendo, buscar seus direitos na forma legalmente prevista e seja-lhe informado o direito de dispor de defensor público, se não puder pagar pelos serviços de advogado de sua escolha.

Dê-se ciência desta decisão, acompanhada de cópia da petição inicial do habeas corpus, ao Defensor Público-Geral de São Paulo.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

HABEAS CORPUS 157.451 (601)ORIGEM : 157451 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : LUCAS SANTOS PEREIRA DA SILVAIMPTE.(S) : LUCAS SANTOS PEREIRA DA SILVA

DECISÃOHABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. AUSÊNCIA DE

INDICAÇÃO DE AUTORIDADE COATORA. INADMISSIBILIDADE. HABEAS CORPUS AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Habeas corpus, com requerimento de medida liminar, impetrado

por Lucas Santos Pereira da Silva em benefício próprio.O paciente/impetrante pede a concessão de liberdade.Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.2. Tem-se, na espécie, a inépcia da inicial por ausência de indicação

da autoridade coatora, como se prescreve na al. a do § 1º do art. 654 do Código de Processo Penal: “A petição de habeas corpus conterá (...) o nome (…) de quem exercer a violência, coação ou ameaça”, e no inc. I do art. 190 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal: “A petição de habeas corpus deverá conter (...) o nome (...) do coator”.

3. Assente a jurisprudência deste Supremo Tribunal no sentido de ser inviável o habeas corpus quando ausente a indicação da autoridade coatora. Confiram-se, por exemplo, os Habeas Corpus ns. 143.370, de minha relatoria, decisão monocrática, DJ 17.5.2017; 142.801, de minha relatoria, decisão monocrática, DJ 10.5.2017; 126.306, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, decisão monocrática, DJ 3.2.2015; e 126.130, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, decisão monocrática, DJ 2.2.2015.

Segundo lição de Espínola Filho, a “petição de habeas corpus tem de, inafastavelmente, declarar a pessoa, de quem emana a coação, tida como ilegal, e que o paciente está sob ameaça séria e iminente de sofrer” (Código de Processo Penal Brasileiro Anotado. 6. ed., vol. VII. Borsoi, Rio de Janeiro, 1965, p. 239).

4. Pelo exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus, prejudicado o requerimento de medida liminar neste Supremo Tribunal (inc. XIX do art. 13 c/c § 1º do art. 21 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Comuniquem-se ao paciente/impetrante os termos desta decisão para, querendo, buscar seus direitos na forma legalmente prevista e seja-lhe informado o direito de dispor de defensor público, se não puder pagar pelos serviços de advogado de sua escolha.

Dê-se ciência desta decisão, acompanhada de cópia da petição inicial do habeas corpus, ao Defensor Público-Geral de São Paulo.

Publique-se.Brasília, 5 de fevereiro de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

HABEAS CORPUS 157.452 (602)ORIGEM : 157452 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : ELIAS VENÂNCIO DOS SANTOSIMPTE.(S) : ELIAS VENÂNCIO DOS SANTOSCOATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃOHABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL.

AUTORIDADE COATORA CUJOS ATOS NÃO SE SUBMETEM

DIRETAMENTE À COMPETÊNCIA DESTE SUPREMO TRIBUNAL. HABEAS CORPUS AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. COMPETÊNCIA DECLINADA. REMESSA DOS AUTOS.

Relatório1. Habeas corpus, com requerimento de medida liminar, impetrado

por Elias Venâncio dos Santos, em benefício próprio, indicando-se como autoridade coatora o Tribunal de Justiça de São Paulo.

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.2. A espécie não comporta ato processual válido a ser adotado neste

momento pelo Supremo Tribunal Federal.3. A competência do Supremo Tribunal Federal para julgar habeas

corpus é determinada constitucionalmente em razão do paciente ou da autoridade indigitada coatora (al. i do inc. I do art. 102 da Constituição da República).

No rol constitucionalmente definido não se inclui a atribuição deste Supremo Tribunal para processar e julgar originariamente habeas corpus no qual figure como autoridade coatora Tribunal de Justiça estadual.

A matéria não admite discussão mínima por se cuidar de norma de competência constitucional expressa, a impossibilitar interpretação extensiva.

4. Pelo exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus, prejudicado o requerimento de medida liminar neste Supremo Tribunal (inc. XIX do art. 13 c/c § 1º do art. 21 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), e determino a remessa dos autos ao Superior Tribunal de Justiça para as providências jurídicas cabíveis.

Comuniquem-se ao paciente/impetrante os termos desta decisão para, querendo, buscar seus direitos na forma legalmente prevista e seja-lhe informado o direito de dispor de defensor público, se não puder pagar pelos serviços de advogado de sua escolha.

Dê-se ciência desta decisão, acompanhada de cópia da petição inicial do habeas corpus, ao Defensor Público-Geral de São Paulo.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

HABEAS CORPUS 157.453 (603)ORIGEM : 157453 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : CLAUDIO ROBERTO DIASIMPTE.(S) : CLAUDIO ROBERTO DIASCOATOR(A/S)(ES) : VARA DE EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA DE

PRESIDENTE PRUDENTE

DECISÃOHABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL.

AUTORIDADE COATORA CUJOS ATOS NÃO SE SUBMETEM DIRETAMENTE À COMPETÊNCIA DESTE SUPREMO TRIBUNAL. HABEAS CORPUS AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. COMPETÊNCIA DECLINADA. REMESSA DOS AUTOS.

Relatório1. Habeas corpus, sem requerimento de medida liminar, impetrado

por Cláudio Roberto Dias, em benefício próprio, indicando-se como autoridade coatora o Juízo da Segunda Vara de Execuções Criminais da Comarca de Presidente Prudente/SP.

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.2. A espécie não comporta ato processual válido a ser adotado neste

momento pelo Supremo Tribunal Federal.3. A competência do Supremo Tribunal Federal para julgar habeas

corpus é determinada constitucionalmente em razão do paciente ou da autoridade indigitada coatora (al. i do inc. I do art. 102 da Constituição da República).

No rol constitucionalmente definido não se inclui a atribuição deste Supremo Tribunal para processar e julgar originariamente habeas corpus no qual figure como autoridade coatora juiz de direito.

A matéria não admite discussão mínima por se cuidar de norma de competência constitucional expressa, a impossibilitar interpretação extensiva.

4. Pelo exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (inc. XIX do art. 13 c/c § 1º do art. 21 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal) e determino a remessa dos autos ao Tribunal de Justiça de São Paulo para as providências jurídicas cabíveis.

Comuniquem-se ao paciente/impetrante os termos desta decisão para, querendo, buscar seus direitos na forma legalmente prevista e seja-lhe informado o direito de dispor de defensor público, se não puder pagar pelos serviços de advogado de sua escolha.

Dê-se ciência desta decisão, acompanhada de cópia da petição inicial do habeas corpus, ao Defensor Público-Geral de São Paulo.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

HABEAS CORPUS 157.455 (604)ORIGEM : 157455 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 50

PROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : PAULO ROBERTO INACIO DE SOUZAIMPTE.(S) : PAULO ROBERTO INACIO DE SOUZACOATOR(A/S)(ES) : VARA DE EXECUÇÕES PENAIS DA COMARCA DO RIO

DE JANEIRO

DECISÃOHABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL.

AUTORIDADE COATORA CUJOS ATOS NÃO SE SUBMETEM DIRETAMENTE À COMPETÊNCIA DESTE SUPREMO TRIBUNAL. HABEAS CORPUS AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. COMPETÊNCIA DECLINADA. REMESSA DOS AUTOS.

Relatório1. Habeas corpus, sem requerimento de medida liminar, impetrado

por Paulo Roberto Inácio de Souza, em benefício próprio, indicando-se como autoridade coatora o Juízo da Vara de Execuções Penais da Comarca do Rio de Janeiro.

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.2. A espécie não comporta ato processual válido a ser adotado neste

momento pelo Supremo Tribunal Federal.3. A competência do Supremo Tribunal Federal para julgar habeas

corpus é determinada constitucionalmente em razão do paciente ou da autoridade indigitada coatora (al. i do inc. I do art. 102 da Constituição da República).

No rol constitucionalmente definido não se inclui a atribuição deste Supremo Tribunal para processar e julgar originariamente habeas corpus no qual figure como autoridade coatora juiz de direito.

A matéria não admite discussão mínima por se cuidar de norma de competência constitucional expressa, a impossibilitar interpretação extensiva.

4. Pelo exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (inc. XIX do art. 13 c/c § 1º do art. 21 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal) e determino a remessa dos autos ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para as providências jurídicas cabíveis.

Comuniquem-se ao paciente/impetrante os termos desta decisão para, querendo, buscar seus direitos na forma legalmente prevista e seja-lhe informado o direito de dispor de defensor público, se não puder pagar pelos serviços de advogado de sua escolha.

Dê-se ciência desta decisão, acompanhada de cópia da petição inicial do habeas corpus, ao Defensor Público-Geral do Rio de Janeiro.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

HABEAS CORPUS 157.456 (605)ORIGEM : 157456 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : FELIPE HENRIQUE DE SOUZA SILVAIMPTE.(S) : FELIPE HENRIQUE DE SOUZA SILVA

DECISÃOHABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. AUSÊNCIA DE

INDICAÇÃO DE AUTORIDADE COATORA. INADMISSIBILIDADE. HABEAS CORPUS AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Habeas corpus, sem requerimento de medida liminar, impetrado

por Felipe Henrique de Souza Silva em benefício próprio.O paciente/impetrante pede o reconhecimento de circunstâncias

atenuantes.Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.2. Tem-se, na espécie, a inépcia da inicial por ausência de indicação

da autoridade coatora, como se prescreve na al. a do § 1º do art. 654 do Código de Processo Penal: “A petição de habeas corpus conterá (...) o nome (…) de quem exercer a violência, coação ou ameaça”, e no inc. I do art. 190 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal: “A petição de habeas corpus deverá conter (...) o nome (...) do coator”.

3. Assente a jurisprudência deste Supremo Tribunal no sentido de ser inviável o habeas corpus quando ausente a indicação da autoridade coatora. Confiram-se, por exemplo, os Habeas Corpus ns. 143.370, de minha relatoria, decisão monocrática, DJ 17.5.2017; 142.801, de minha relatoria, decisão monocrática, DJ 10.5.2017; 126.306, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, decisão monocrática, DJ 3.2.2015; e 126.130, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, decisão monocrática, DJ 2.2.2015.

Segundo lição de Espínola Filho, a “petição de habeas corpus tem de, inafastavelmente, declarar a pessoa, de quem emana a coação, tida como ilegal, e que o paciente está sob ameaça séria e iminente de sofrer” (Código de Processo Penal Brasileiro Anotado. 6. ed., vol. VII. Borsoi, Rio de Janeiro, 1965, p. 239).

4. Pelo exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (inc. XIX do art. 13 c/c § 1º do art. 21 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Comuniquem-se ao paciente/impetrante os termos desta decisão

para, querendo, buscar seus direitos na forma legalmente prevista e seja-lhe informado o direito de dispor de defensor público, se não puder pagar pelos serviços de advogado de sua escolha.

Dê-se ciência desta decisão, acompanhada de cópia da petição inicial do habeas corpus, ao Defensor Público-Geral de Minas Gerais.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

HABEAS CORPUS 157.457 (606)ORIGEM : 157457 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : LUIZ ANTÔNIO DA SILVAIMPTE.(S) : LUIZ ANTÔNIO DA SILVA

DECISÃOHABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL.

AUTORIDADE COATORA CUJOS ATOS NÃO SE SUBMETEM DIRETAMENTE À COMPETÊNCIA DESTE SUPREMO TRIBUNAL. HABEAS CORPUS AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. COMPETÊNCIA DECLINADA. REMESSA DOS AUTOS.

Relatório1. Habeas corpus, com requerimento de medida liminar, impetrado

por Luiz Antônio da Silva, em benefício próprio, indicando-se como autoridade coatora o Juízo da Terceira Vara Criminal da Comarca de Chapecó/SC.

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.2. A espécie não comporta ato processual válido a ser adotado neste

momento pelo Supremo Tribunal Federal.3. A competência do Supremo Tribunal Federal para julgar habeas

corpus é determinada constitucionalmente em razão do paciente ou da autoridade indigitada coatora (al. i do inc. I do art. 102 da Constituição da República).

No rol constitucionalmente definido não se inclui a atribuição deste Supremo Tribunal para processar e julgar originariamente habeas corpus no qual figure como autoridade coatora juiz de direito.

A matéria não admite discussão mínima por se cuidar de norma de competência constitucional expressa, a impossibilitar interpretação extensiva.

4. Pelo exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus, prejudicado o requerimento de medida liminar neste Supremo Tribunal (inc. XIX do art. 13 c/c § 1º do art. 21 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), e determino a remessa dos autos ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina para as providências jurídicas cabíveis.

Comuniquem-se ao paciente/impetrante os termos desta decisão para, querendo, buscar seus direitos na forma legalmente prevista e seja-lhe informado o direito de dispor de defensor público, se não puder pagar pelos serviços de advogado de sua escolha.

Dê-se ciência desta decisão, acompanhada de cópia da petição inicial do habeas corpus, ao Defensor Público-Geral de Santa Catarina.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

HABEAS CORPUS 157.458 (607)ORIGEM : 157458 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : TIAGO ALBERTO DOS SANTOSIMPTE.(S) : TIAGO ALBERTO DOS SANTOSCOATOR(A/S)(ES) : VARA DE EXECUÇÃO CRIMINAL DA COMARCA DE

ARAÇATUBACOATOR(A/S)(ES) : VARA DE EXECUÇÃO CRIMINAL DA COMARCA DE

PRESIDENTE PRUDENTECOATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃOHABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL.

AUTORIDADE COATORA CUJOS ATOS NÃO SE SUBMETEM DIRETAMENTE À COMPETÊNCIA DESTE SUPREMO TRIBUNAL. HABEAS CORPUS AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. COMPETÊNCIA DECLINADA. REMESSA DOS AUTOS.

Relatório1. Habeas corpus, sem requerimento de medida liminar, impetrado

por Tiago Alberto dos Santos, em benefício próprio, indicando-se como autoridades coatoras o Juízo da Vara de Execução Penal da Comarca de Araçatuba/SP, o Juízo da Vara de Execução da Comarca de Presidente Prudente/SP, o Juízo da Vara de Execuções da Barra Funda/SP e o Tribunal de Justiça de São Paulo.

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.2. A espécie não comporta ato processual válido a ser adotado neste

momento pelo Supremo Tribunal Federal.3. A competência do Supremo Tribunal Federal para julgar habeas

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 51

corpus é determinada constitucionalmente em razão do paciente ou da autoridade indigitada coatora (al. i do inc. I do art. 102 da Constituição da República).

No rol constitucionalmente definido não se inclui a atribuição deste Supremo Tribunal para processar e julgar originariamente habeas corpus no qual figure como autoridade coatora juiz de direito.

A matéria não admite discussão mínima por se cuidar de norma de competência constitucional expressa, a impossibilitar interpretação extensiva.

4. Pelo exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (inc. XIX do art. 13 c/c § 1º do art. 21 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal) e determino a remessa dos autos ao Superior Tribunal de Justiça para as providências jurídicas cabíveis.

Comuniquem-se ao paciente/impetrante os termos desta decisão para, querendo, buscar seus direitos na forma legalmente prevista e seja-lhe informado o direito de dispor de defensor público, se não puder pagar pelos serviços de advogado de sua escolha.

Dê-se ciência desta decisão, acompanhada de cópia da petição inicial do habeas corpus, ao Defensor Público-Geral do Rio de Janeiro.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

HABEAS CORPUS 157.460 (608)ORIGEM : 157460 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : CAINÃ MARÇAL NUNESIMPTE.(S) : CAINÃ MARÇAL NUNESCOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÃO CRIMINAL

DA COMARCA DE SOROCABA

DECISÃOHABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL.

AUTORIDADE COATORA CUJOS ATOS NÃO SE SUBMETEM DIRETAMENTE À COMPETÊNCIA DESTE SUPREMO TRIBUNAL. HABEAS CORPUS AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. COMPETÊNCIA DECLINADA. REMESSA DOS AUTOS.

Relatório1. Habeas corpus, sem requerimento de medida liminar, impetrado

por C M N, em benefício próprio, indicando-se como autoridade coatora o Juízo da Vara de Execução Criminal da Comarca de Sorocaba/SP.

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.2. A espécie não comporta ato processual válido a ser adotado neste

momento pelo Supremo Tribunal Federal.3. A competência do Supremo Tribunal Federal para julgar habeas

corpus é determinada constitucionalmente em razão do paciente ou da autoridade indigitada coatora (al. i do inc. I do art. 102 da Constituição da República).

No rol constitucionalmente definido não se inclui a atribuição deste Supremo Tribunal para processar e julgar originariamente habeas corpus no qual figure como autoridade coatora juiz de direito.

A matéria não admite discussão mínima por se cuidar de norma de competência constitucional expressa, a impossibilitar interpretação extensiva.

4. Pelo exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (inc. XIX do art. 13 c/c § 1º do art. 21 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal) e determino a remessa dos autos ao Tribunal de Justiça de São Paulo para as providências jurídicas cabíveis.

Comuniquem-se ao paciente/impetrante os termos desta decisão para, querendo, buscar seus direitos na forma legalmente prevista e seja-lhe informado o direito de dispor de defensor público, se não puder pagar pelos serviços de advogado de sua escolha.

Dê-se ciência desta decisão, acompanhada de cópia da petição inicial do habeas corpus, ao Defensor Público-Geral de São Paulo.

Intime-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.125.785 (609)ORIGEM : REsp - 1253919 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : DINO PASQUALADV.(A/S) : JOAO OSVALDO BADARI ZINSLY RODRIGUES (52023/

PR, 158063/RJ, 279999/SP)

DESPACHO1. Examinados os autos, ausentes óbices jurídicos a justificarem a

atuação desta Presidência na relatoria deste recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal):

“Art. 13. São atribuições do Presidente: (…) até eventual distribuição,

os agravos de instrumento, recursos extraordinários e petições ineptos ou de outro modo manifestamente inadmissíveis, inclusive por incompetência, intempestividade, deserção, prejuízo ou ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral, bem como aqueles cuja matéria seja destituída de repercussão geral, conforme jurisprudência do Tribunal”.

2. Pelo exposto, determino a distribuição deste recurso na forma regimental.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.125.852 (610)ORIGEM : REsp - 1266850 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PARANÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : CARLOS ROBERTO DALKEADV.(A/S) : JOAO OSVALDO BADARI ZINSLY RODRIGUES (52023/

PR, 158063/RJ, 279999/SP)

DESPACHO1. Examinados os autos, ausentes óbices jurídicos a justificarem a

atuação desta Presidência na relatoria deste recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal):

“Art. 13. São atribuições do Presidente: (…) até eventual distribuição, os agravos de instrumento, recursos extraordinários e petições ineptos ou de outro modo manifestamente inadmissíveis, inclusive por incompetência, intempestividade, deserção, prejuízo ou ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral, bem como aqueles cuja matéria seja destituída de repercussão geral, conforme jurisprudência do Tribunal”.

2. Pelo exposto, determino a distribuição deste recurso na forma regimental.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.125.854 (611)ORIGEM : REsp - 1277235 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : CLAUDIO CORREA CAMARAADV.(A/S) : CRISTINA LIFCZYNSKI PEREIRA (34295/RS)

DESPACHO1. Examinados os autos, ausentes óbices jurídicos a justificarem a

atuação desta Presidência na relatoria deste recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal):

“Art. 13. São atribuições do Presidente: (…) até eventual distribuição, os agravos de instrumento, recursos extraordinários e petições ineptos ou de outro modo manifestamente inadmissíveis, inclusive por incompetência, intempestividade, deserção, prejuízo ou ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral, bem como aqueles cuja matéria seja destituída de repercussão geral, conforme jurisprudência do Tribunal”.

2. Pelo exposto, determino a distribuição deste recurso na forma regimental.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.125.861 (612)ORIGEM : 50005687920104047000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JOAO FAGUNDES SOBRINHOADV.(A/S) : JOAO OSVALDO BADARI ZINSLY RODRIGUES (52023/

PR, 158063/RJ, 279999/SP)

DESPACHO1. Examinados os autos, ausentes óbices jurídicos a justificarem a

atuação desta Presidência na relatoria deste recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal):

“Art. 13. São atribuições do Presidente: (…) até eventual distribuição, os agravos de instrumento, recursos extraordinários e petições ineptos ou de outro modo manifestamente inadmissíveis, inclusive por incompetência, intempestividade, deserção, prejuízo ou ausência de preliminar formal e

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 52

fundamentada de repercussão geral, bem como aqueles cuja matéria seja destituída de repercussão geral, conforme jurisprudência do Tribunal”.

2. Pelo exposto, determino a distribuição deste recurso na forma regimental.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.125.874 (613)ORIGEM : REsp - 1270501 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ARISTEU MIGUEL DA SILVAADV.(A/S) : FABIANO MATOS DA SILVA (13585/SC)

DESPACHO1. Examinados os autos, ausentes óbices jurídicos a justificarem a

atuação desta Presidência na relatoria deste recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal):

“Art. 13. São atribuições do Presidente: (…) até eventual distribuição, os agravos de instrumento, recursos extraordinários e petições ineptos ou de outro modo manifestamente inadmissíveis, inclusive por incompetência, intempestividade, deserção, prejuízo ou ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral, bem como aqueles cuja matéria seja destituída de repercussão geral, conforme jurisprudência do Tribunal”.

2. Pelo exposto, determino a distribuição deste recurso na forma regimental.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.125.875 (614)ORIGEM : 50015768220104047100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : BENINO ALMEIDA SANCHESADV.(A/S) : CRISTINA LIFCZYNSKI PEREIRA (34295/RS)

DESPACHO1. Examinados os autos, ausentes óbices jurídicos a justificarem a

atuação desta Presidência na relatoria deste recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal):

“Art. 13. São atribuições do Presidente: (…) até eventual distribuição, os agravos de instrumento, recursos extraordinários e petições ineptos ou de outro modo manifestamente inadmissíveis, inclusive por incompetência, intempestividade, deserção, prejuízo ou ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral, bem como aqueles cuja matéria seja destituída de repercussão geral, conforme jurisprudência do Tribunal”.

2. Pelo exposto, determino a distribuição deste recurso na forma regimental.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.125.905 (615)ORIGEM : REsp - 1243152 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PARANÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : PEDRO OSMAR LAGOADV.(A/S) : JOAO OSVALDO BADARI ZINSLY RODRIGUES (52023/

PR, 158063/RJ, 279999/SP)

DESPACHO1. Examinados os autos, ausentes óbices jurídicos a justificarem a

atuação desta Presidência na relatoria deste recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal):

“Art. 13. São atribuições do Presidente: (…) até eventual distribuição, os agravos de instrumento, recursos extraordinários e petições ineptos ou de outro modo manifestamente inadmissíveis, inclusive por incompetência, intempestividade, deserção, prejuízo ou ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral, bem como aqueles cuja matéria seja destituída de repercussão geral, conforme jurisprudência do Tribunal”.

2. Pelo exposto, determino a distribuição deste recurso na forma regimental.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.126.027 (616)ORIGEM : 200972000117673 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : DANIEL DUARTE DA SILVAADV.(A/S) : FABIANO MATOS DA SILVA (13585/SC)ADV.(A/S) : AYRTON DE SOUZA (19780/SC)

DESPACHO1. Examinados os autos, ausentes óbices jurídicos a justificarem a

atuação desta Presidência na relatoria deste recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal):

“Art. 13. São atribuições do Presidente: (…) até eventual distribuição, os agravos de instrumento, recursos extraordinários e petições ineptos ou de outro modo manifestamente inadmissíveis, inclusive por incompetência, intempestividade, deserção, prejuízo ou ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral, bem como aqueles cuja matéria seja destituída de repercussão geral, conforme jurisprudência do Tribunal”.

2. Pelo exposto, determino a distribuição deste recurso na forma regimental.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.126.310 (617)ORIGEM : CC - 151493 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CASA & VIDEO RIO DE JANEIRO S.A.ADV.(A/S) : DANUBIA SOUTO DE FARIA COSTA (29843/DF, 167342/

RJ, 316351/SP)ADV.(A/S) : ALEXANDRE ESPINOLA CATRAMBY (102375/RJ,

382926/SP)

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no presente

processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário n. 864.264, Tema n. 878): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.126.760 (618)ORIGEM : 00242473320094047000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JOSE TAMIAOADV.(A/S) : JOAO OSVALDO BADARI ZINSLY RODRIGUES (52023/

PR, 158063/RJ, 279999/SP)

DESPACHO1. Examinados os autos, ausentes óbices jurídicos a justificarem a

atuação desta Presidência na relatoria deste recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal):

“Art. 13. São atribuições do Presidente: (…) até eventual distribuição, os agravos de instrumento, recursos extraordinários e petições ineptos ou de outro modo manifestamente inadmissíveis, inclusive por incompetência, intempestividade, deserção, prejuízo ou ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral, bem como aqueles cuja matéria seja destituída de repercussão geral, conforme jurisprudência do Tribunal”.

2. Pelo exposto, determino a distribuição deste recurso na forma regimental.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 53

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.128.544 (619)ORIGEM : CC - 145438 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CASA & VIDEO RIO DE JANEIRO S.A.ADV.(A/S) : JOSE EDUARDO TAVANTI JUNIOR (299907/SP)ADV.(A/S) : ALEXANDRE ESPINOLA CATRAMBY (102375/RJ,

382926/SP)ADV.(A/S) : DANUBIA SOUTO DE FARIA COSTA (29843/DF, 167342/

RJ, 316351/SP)

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no presente

processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário n. 864.264, Tema n. 878): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.128.784 (620)ORIGEM : CC - 144588 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CASA E VIDEO RIO DE JANEIRO S/AADV.(A/S) : JOSE AUGUSTO DE ARAUJO LEAL (073710/RJ,

58194A/RS, 137397/SP)ADV.(A/S) : DANUBIA SOUTO DE FARIA COSTA (29843/DF, 167342/

RJ, 316351/SP)ADV.(A/S) : GABRIEL SERRA DE LARA ROCHA (189359/RJ)

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no presente

processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário n. 864.264, Tema n. 878): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.128.798 (621)ORIGEM : CC - 144594 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CASA E VIDEO RIO DE JANEIRO S/AADV.(A/S) : CARLOS VICTOR PAIXÃO XIMENES (RJ165369/)

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no presente

processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário n. 864.264, Tema n. 878): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.128.799 (622)ORIGEM : CC - 144567 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CASA & VIDEO RIO DE JANEIRO S.A.ADV.(A/S) : CARLOS VICTOR PAIXAO XIMENES (165369/RJ)ADV.(A/S) : ALEXANDRE ESPINOLA CATRAMBY (102375/RJ,

382926/SP)ADV.(A/S) : RODRIGO GONCALVES LIMA DE MATTOS (150239/RJ)

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no presente

processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário n. 864.264, Tema n. 878): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc.

I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.128.800 (623)ORIGEM : CC - 146426 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CASA & VIDEO RIO DE JANEIRO S.A.ADV.(A/S) : DANUBIA SOUTO DE FARIA COSTA (29843/DF, 167342/

RJ, 316351/SP)ADV.(A/S) : ALEXANDRE ESPINOLA CATRAMBY (102375/RJ,

382926/SP)

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no presente

processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário n. 864.264, Tema n. 878): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.130.239 (624)ORIGEM : 201102010002485 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARIA ANTONIA MANGIFESTEADV.(A/S) : EISENHOWER DIAS MARIANO (056550/RJ)

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no

presente processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário n. 579.431, Tema n. 96): repercussão geral reconhecida e mérito julgado.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem, para observância dos procedimentos previstos nos incs. I e II do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.130.889 (625)ORIGEM : 10375477320158260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JOANA CORREA MORAISRECTE.(S) : MARIA LUZ DA SILVA FERNANDESRECTE.(S) : NAIR FURTADO RIBEIRORECTE.(S) : OLGA NUNES GUILHERMERECTE.(S) : ONDINA TEIXEIRA DE ALMEIDARECTE.(S) : LEONOR CORDEIRO PASCHOALADV.(A/S) : MARIO RANGEL CAMARA (179603/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no

presente processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário com Agravo n. 675.153, Tema n. 563): ausência de de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância do procedimento previsto na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.131.363 (626)ORIGEM : CC - 151517 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIRO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 54

REGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CASA & VIDEO RIO DE JANEIRO S.A.ADV.(A/S) : DANUBIA SOUTO DE FARIA COSTA (29843/DF, 167342/

RJ, 316351/SP)

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no presente

processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário n. 864.264, Tema n. 878): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.131.372 (627)ORIGEM : 50089231920174047102 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : NIDOLFF BECKERADV.(A/S) : NORBERTO BARUFFALDI (7983/RS)

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no presente

processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário n. 628.002, Tema n. 330, e Recurso Extraordinário com Agravo n. 784.854, Tema n. 729): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.131.376 (628)ORIGEM : 50299168920174047100 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : VELCY DE LURDES MORAESADV.(A/S) : LUIZ EDUARDO COSTA SCHMIDT (34501/RS)

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no presente

processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário n. 628.002, Tema n. 330, e Recurso Extraordinário com Agravo n. 784.854, Tema n. 729): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.131.383 (629)ORIGEM : REsp - 00078527720154049999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INACIO HANAUERADV.(A/S) : VILMAR LOURENCO (33559/RS, 38701-A/SC)ADV.(A/S) : IMILIA DE SOUZA (36024/RS, 38681-A/SC)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no

presente processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário n. 1.029.723, Tema n. 943): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do

Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.131.434 (630)ORIGEM : 00395688620144039999 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : DINÉIA MIRANDA CARDOSO REPRESENTADA POR

DIVA MIRANDA COSTAADV.(A/S) : RODRIGO JORGE ABDUCH (314540/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no presente

processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário n. 580.963, Tema n. 312): repercussão geral reconhecida e mérito julgado.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos nos incs. I e II do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.132.745 (631)ORIGEM : REsp - 201151010108459 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : BRUNO JOSE DA CRUZ OLIVEIRAADV.(A/S) : EDEMILTON ALVES PEREIRA (152947/RJ)

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no presente

processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário n. 598.099, Tema n. 161): repercussão geral reconhecida e mérito julgado.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos nos incs. I e II do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.386 (632)ORIGEM : 10072774620178260037 - TJSP - COLÉGIO RECURSAL

- 13ª CJ - ARARAQUARAPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : RENAN GOMESADV.(A/S) : MILENE CRISTINA GIMENES (331515/SP)

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no

presente processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário n. 870.947, Tema n. 810): repercussão geral reconhecida e mérito julgado.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos nos incs. I e II do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.018.697 (633)ORIGEM : 10000150650745000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : NILZA MEDEIROS LIBERANOADV.(A/S) : GUSTAVO TEIXEIRA DE CARVALHO (106176/MG)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 55

ADV.(A/S) : JOAO CARLOS DA SILVA (128970/MG, 271944/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DESPACHO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSO

ELETRÔNICO. AUSÊNCIA DE PEÇA. DILIGÊNCIA.À Secretaria Judiciária para requisitar ao Juízo de origem o envio da

petição de agravo, pois a peça não está nos autos.Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.061.757 (634)ORIGEM : PROC - 10032316820148260053 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : SOCIEDADE ASSISTENCIAL BANDEIRANTESADV.(A/S) : ROGERIO DE MENEZES CORIGLIANO (139495/SP)

DESPACHORECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. JUÍZO DE

RETRATAÇÃO REFUTADO. DISTRIBUIÇÃO.Relatório1. Em 28.7.2017, determinei a devolução dos autos ao juízo de

origem por terem sido submetidas à sistemática da repercussão geral as questões trazidas neste processo (Recurso Extraordinário n. 608.872, Tema 342, e-doc. 91).

2. Em 16.5.2018, os autos retornaram a este Supremo Tribunal com a seguinte decisão do Presidente da Seção de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo:

“Retornando os autos a esta Presidência da Seção de Direito Público, por configurada a hipótese do art. 1.030, inc. V, alínea ‘c’, do Diploma Processual, examino os pressupostos de admissibilidade do recurso interposto. (…)

Admito, pois, o recurso extraordinário. Subam os autos ao Col. Supremo Tribunal Federal” (doc. 107).

Analisada a questão trazida na espécie, DECIDO.3. Na al. c do inc. V do art. 1.030 do Código de Processo Civil,

determina-se o encaminhamento do recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal quando a instância de origem tenha refutado o juízo de retratação.

4. Pelo exposto, tendo o tribunal de origem refutado a retratação, impõe-se, após a reautuação do recurso, o prosseguimento da tramitação do feito neste Supremo Tribunal com a competente e regular distribuição.

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.076.283 (635)ORIGEM : 10024101802114002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FRANCISCO MANOEL PONTES DA SILVAADV.(A/S) : MOISES ELIAS PEREIRA (67363/MG)ADV.(A/S) : RENATA FERNANDES NEVES (114876/MG)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DESPACHORECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. NOVA REMESSA

DO TRIBUNAL DE ORIGEM. FUNDAMENTO PLAUSÍVEL. DISTRIBUIÇÃO NOS TERMOS REGIMENTAIS.

Relatório1. Em 27.9.2017, determinei a devolução dos autos ao Tribunal de

origem por ter este Supremo Tribunal submetido à sistemática da repercussão geral as questões trazidas no recurso (Agravo de Instrumento n. 758.533, Tema 338, Agravo de Instrumento n. 791.292, Tema 339, e Recurso Extraordinário com Agravo n. 748.371, Tema 660, e-doc. 4).

2. Em 17.5.2018, retornaram estes autos ao Supremo Tribunal Federal com o seguinte despacho do Primeiro Vice-Presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais:

“(...) em relação à aplicação do Tema 660 (ARE nº 748.371), verifica-se que o STF, ao julgá-lo, concluiu pela ausência de repercussão geral da questão relativa à violação aos princípios do contraditório e da ampla defesa quando o julgamento da causa depender de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais. Constata-se, porém, que há

questão debatida nos autos que não se encontra, ao que se mostra, abrangida por este paradigma, qual seja a observância ao princípio da legalidade, o que também impede, a princípio, a aplicação da sistemática da repercussão geral à espécie. Ante o exposto, determina-se a devolução dos autos ao Supremo Tribunal Federal” (e-doc. 7).

Analisada a questão trazida na espécie, DECIDO.3. O Tribunal de origem suscita óbice à aplicação do Tema 660 da

repercussão geral indicado no despacho de devolução, havendo plausibilidade jurídica na fundamentação apresentada a impor o prosseguimento da tramitação do feito neste Supremo Tribunal para evitar-se desnecessária devolução do processo ao Tribunal de Justiça.

4. Pelo exposto, determino à Secretaria Judiciária a distribuição deste processo na forma regimental.

Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.089.932 (636)ORIGEM : ARE - 201002720045020463 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : VOLKSWAGEN DO BRASIL INDUSTRIA DE VEICULOS

AUTOMOTORES LTDAADV.(A/S) : LUIZ CARLOS AMORIM ROBORTELLA (33156/GO,

16230/PI, 76380/PR, 25027/SP)RECDO.(A/S) : OSWALDO DESTITO JUNIORADV.(A/S) : PAULO HENRIQUE DE OLIVEIRA (71635/MG,

43442/PR, 195660/RJ, 136460/SP)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de incidência das Súmulas 279 e 282 do Supremo Tribunal Federal.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.091.334 (637)ORIGEM : ARE - 1076405620035020461 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : VOLKSWAGEN DO BRASIL INDUSTRIA DE VEICULOS

AUTOMOTORES LTDAADV.(A/S) : MANUEL DAS NEVES RODRIGUES (62577/SP)RECDO.(A/S) : CÉLIO FERREIRA BERALDOADV.(A/S) : GENI GOMES RIBEIRO DE LIMA (136695/SP)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de incidência das Súmulas 279 e 282 do Supremo Tribunal Federal.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.125.945 (638)ORIGEM : AREsp - 40462016 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO MATO GROSSOPROCED. : MATO GROSSOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSORECDO.(A/S) : ROSELI MONICA PRATES DUARTEADV.(A/S) : ADRIANO DE AZEVEDO ARAUJO (13179/B/MT)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 56

Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.128.119 (639)ORIGEM : 00356328420174036301 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ANTONIO GUERREIRO FILHOADV.(A/S) : LIGIA APARECIDA SIGIANI PASCOTE (115661/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no

presente processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário com Agravo n. 888.938, Tema n. 824): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.128.140 (640)ORIGEM : 00076612720174036301 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : KAZU NAGAIADV.(A/S) : LIGIA APARECIDA SIGIANI PASCOTE (115661/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no

presente processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário com Agravo n. 888.938, Tema n. 824): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.128.341 (641)ORIGEM : 00066376120174036301 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CAROLINA ROZA DE MENDONCAADV.(A/S) : LIGIA APARECIDA SIGIANI PASCOTE (115661/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no

presente processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário com Agravo n. 888.938, Tema n. 824): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.054 (642)ORIGEM : 40053823320138260362 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : GUSTAVO AMATO PISSINI (3438/AC, A899/AM, 1768-A/

AP, 32089/DF, 31075/GO, 9698-A/MA, 12473-A/MS, 13842/A/MT, 15763-A/PA, 53304/PR, 4567/RO, 354-A/RR, 261030/SP, 4694-A/TO)

RECDO.(A/S) : FRANCISCO DE PAULA BUENOADV.(A/S) : BRUNO AZEVEDO ALVES PEREIRA (274563/SP)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de deficiência na fundamentação do agravo (Súmula n. 287 do Supremo Tribunal).

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.612 (643)ORIGEM : PROC - 00525657720148250001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPEPROCED. : SERGIPEREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : GICELMA JANUARIO DOS SANTOSADV.(A/S) : VITOR DA COSTA E SILVA FONSECA (5173/SE)RECDO.(A/S) : IREP SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR, MEDIO E

FUNDAMENTAL LTDAADV.(A/S) : ALBERTO DE SENNA SANTOS (21220/DF, 411079/SP)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.752 (644)ORIGEM : REsp - 200334000043769 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : DISTRITO FEDERALREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : LELIS ALBERTO DE MOURA NOBRE E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LYCURGO LEITE NETO (01530/A/DF, 018268/RJ)INTDO.(A/S) : CENTRAIS ELETRICAS BRASILEIRAS SAADV.(A/S) : CLEBER MARQUES REIS (47894/DF, 75413/RJ)INTDO.(A/S) : CAPITAL - FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS

CREDITÓRIOS NÃO PADRONIZADOSADV.(A/S) : LYCURGO LEITE NETO (01530/A/DF, 018268/RJ)

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no presente

processo à sistemática da repercussão geral (Agravo de Instrumento n. 735.933, Tema n. 319, e Agravo de Instrumento n. 810.097, Tema n. 489): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos no art. 1.030, inc. I, al. a, do Código de Processo Civil (art. 13, inc. V, al. c, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.172 (645)ORIGEM : 00054601920094036309 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : DELCIDIO RODRIGUES DOS SANTOSADV.(A/S) : MILTON DE ANDRADE RODRIGUES (96231/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.333 (646)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 57

ORIGEM : 00032902620118260038 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : ANTONIA GORETI DO CARMO MALVESTITI VIEIRA

DOS SANTOSADV.(A/S) : DANIEL SALVIATO (279233/SP)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.702 (647)ORIGEM : 00021322720164036183 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : APARECIDA DE LOURDES CORREIAADV.(A/S) : MARIA JOSE GIANNELLA CATALDI (66808/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no presente

processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário n. 1.029.608, Tema n. 960): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.762 (648)ORIGEM : AREsp - 00155362720098050000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BANCO DO NORDESTE DO BRASIL SAADV.(A/S) : SERGIO DA CUNHA BARROS (9359A/AL, 22024/BA)ADV.(A/S) : DIEGO SOARES PEREIRA (11940A/AL, 34123/DF)RECDO.(A/S) : EUTROPIO ARAUJO SILVARECDO.(A/S) : SUZY ARAUJO SILVAADV.(A/S) : GILDASIO RODRIGUES DA SILVA JUNIOR (16154/BA)

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no

presente processo à sistemática da repercussão geral (Agravo de Instrumento n. 791.292, Tema n. 339): repercussão geral reconhecida e mérito julgado.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos nos incs. I e II do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.932 (649)ORIGEM : 1003579862014826005350002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREVPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : MANUELA GONÇALVES FRANÇA SILVA

REPRESENTADA POR MARCELO SILVAADV.(A/S) : RICARDO FALLEIROS LEBRAO (126465/SP)

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no

presente processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário n. 610.220, Tema n. 271): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.953 (650)ORIGEM : 20156100011083 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA

3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ANTONIA BIANCHI DE VICTORPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.972 (651)ORIGEM : 40027900320138260625 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JEFERSON RODRIGUES DA SILVARECTE.(S) : FILIP MURGE JUNIORADV.(A/S) : CRISTIANE APARECIDA LEANDRO (262599/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.032 (652)ORIGEM : 01519047020154025102 - TRF2 - RJ - TURMA

RECURSALPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : LUCIANA PITTA HELEODOROADV.(A/S) : LUIS FERNANDO JUSTINO CARREIRO FARIA (142443/

RJ)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.120 (653)ORIGEM : 00008802220134036303 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JOAO BATISTA GONCALVESADV.(A/S) : MICHELE CRISTINA FELIPE SIQUEIRA (34729/BA,

102468/MG, 312716/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 58

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no presente

processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário com Agravo n. 685.029, Tema n. 589): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.152 (654)ORIGEM : 00016761920154036343 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ELIAS GOMES DE OLIVEIRAADV.(A/S) : MICHELE CRISTINA FELIPE SIQUEIRA (34729/BA,

102468/MG, 312716/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no

presente processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário com Agravo n. 664.340, Tema n. 634): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.188 (655)ORIGEM : 602482014 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MATO GROSSOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ANGELA CRISTINA PEREIRA COSTARECTE.(S) : ALEX BATISTA DA COSTAADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO SILVA E SOUZA (19723/DF,

7216/O/MT, 37481/PR)RECDO.(A/S) : LOTUFO ENGENHARIA E CONSTRUCOES LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de deficiência na fundamentação do agravo (Súmula n. 287 do Supremo Tribunal).

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 22 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.262 (656)ORIGEM : 00007437820164036321 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MANOEL CELESTINO DA SILVAADV.(A/S) : CARLA APARECIDA ALVES DE OLIVEIRA (105190/MG,

367105/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no presente

processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário com Agravo n. 685.029, Tema n. 589): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.332 (657)ORIGEM : AREsp - 00071226420138260566 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREVPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : MARCELO FELIPE DA COSTA (300634/SP)RECDO.(A/S) : ANA PAULA MORAESADV.(A/S) : JOSE PAULO AMALFI (95989/SP)

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no

presente processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário n. 610.220, Tema n. 271): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.399 (658)ORIGEM : 10129082520148260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : SILVIO LUIS FERRARIRECTE.(S) : ARLINDO SANTATORECTE.(S) : DULCE RAMOS TERRA RODRIGUESRECTE.(S) : DULCINEIA FRANCO DE JEZUSRECTE.(S) : VERA TEREZINHA BISSOLI GOMESRECTE.(S) : MARIA LUIZA CARDOSO MORSELIADV.(A/S) : RICARDO SALVADOR CRUPI (276848/SP)ADV.(A/S) : JOSE LAZARO APARECIDO CRUPE (105019/SP)RECDO.(A/S) : SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREVRECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DESPACHO 1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas neste

processo à sistemática da repercussão geral:a) Tema 5, Recurso Extraordinário n. 561.836: repercussão geral

reconhecida e mérito julgado, eb) Tema 913, Recurso Extraordinário com Agravo n. 968.574:

ausência de repercussão geral.2. Pelo exposto, nos termos da al. c do inc. V do art. 13 do Regimento

Interno do Supremo Tribunal Federal, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem, para:

a) quanto ao Tema 5, observar os procedimentos previstos nos incs. I e II do art. 1.030 do Código de Processo Civil, e

b) quanto ao Tema 913, observar os procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.423 (659)ORIGEM : 10099907820148260625 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULORECDO.(A/S) : FIBRIA CELULOSE S/AADV.(A/S) : ANTONIO AUGUSTO REBELLO REIS (118816/RJ,

214036/SP)

DESPACHO1. Examinados os autos, ausentes óbices jurídicos a justificarem a

atuação desta Presidência na relatoria deste recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal):

“Art. 13. São atribuições do Presidente: V – despachar: (...) c) até eventual distribuição, os agravos de instrumento, recursos

extraordinários e petições ineptos ou de outro modo manifestamente inadmissíveis, inclusive por incompetência, intempestividade, deserção, prejuízo ou ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral, bem como aqueles cuja matéria seja destituída de repercussão geral, conforme jurisprudência do Tribunal”.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 59

2. Pelo exposto, determino a distribuição deste recurso na forma regimental.

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.449 (660)ORIGEM : 08068045820178205001 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : RIO GRANDE DO NORTEREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ERNANDES DE LUCENA VIDIGALADV.(A/S) : ROBERTO BARROSO MOURA (7388/RN)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTE

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.502 (661)ORIGEM : REsp - 50043947620164047009 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JANETE TRENTIN ADAMOWICZADV.(A/S) : LILIAN PENKAL (43230/PR, 47722/SC)

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no presente

processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário n. 1.029.608, Tema n. 960): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.524 (662)ORIGEM : 00060679520154036317 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ZEZONITA PEREIRA GASPARINAADV.(A/S) : MICHELE CRISTINA FELIPE SIQUEIRA (34729/BA,

102468/MG, 312716/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no

presente processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário com Agravo n. 888.938, Tema n. 824): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.599 (663)ORIGEM : 00010025620124025120 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CASA DE SAÚDE SÃO MARCOS LTDAADV.(A/S) : RENATA PASSOS BERFORD GUARANA

VASCONCELLOS (36465/DF, 44218/PE, 112211/RJ,

363923/SP)ADV.(A/S) : MARCOS SILVERIO DE CARVALHO (138122/RJ)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DESPACHO 1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas neste

processo à sistemática da repercussão geral:a) Tema 339, Agravo de Instrumento n. 791.292: repercussão geral

reconhecida e mérito julgado, e b) Tema 660, Recurso Extraordinário com Agravo n. 748.371:

ausência de repercussão geral.2. Pelo exposto, nos termos da al. c do inc. V do art. 13 do Regimento

Interno do Supremo Tribunal Federal, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem, para:

a) quanto ao Tema 339, observar os procedimentos previstos nos incs. I e II do art. 1.030 do Código de Processo Civil, e

b) quanto ao Tema 660, observar os procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.632 (664)ORIGEM : AREsp - 1085132015 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO MATO GROSSOPROCED. : MATO GROSSOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSORECDO.(A/S) : TEREZINHA ALVES MENEZESADV.(A/S) : PAULO HENRIQUE GASPAR DA SILVA (17412/O/MT)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.700 (665)ORIGEM : AREsp - 01233642020118260100 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : PETROBRAS TRANSPORTE S.A - TRANSPETROADV.(A/S) : MARIA DE FATIMA CHAVES GAY (127335/SP)ADV.(A/S) : ANDRE LUIZ TEIXEIRA PERDIZ PINHEIRO (183805/SP)RECDO.(A/S) : KRINEL INSPECOES E ASSESSORIA LTDA - MEADV.(A/S) : JOSNEL TEIXEIRA DANTAS (148452/SP)

DESPACHO 1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas neste

processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário com Agravo n. 639.228, Tema n. 424): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.058 (666)ORIGEM : 50083186520114047108 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JOSE NICANOR ALVESADV.(A/S) : IMILIA DE SOUZA (36024/RS, 38681-A/SC)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verificam-se óbices jurídicos intransponíveis

ao processamento deste recurso: o caso é de incidência das Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 60

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.082 (667)ORIGEM : 05009724920174058403 - TRF5 - RN - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTEREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : FRANCISCA ELENI AVELINO BARACHOADV.(A/S) : MARCOS ANTONIO INACIO DA SILVA (13892A/AL,

29933/BA, 20417-A/CE, 51948/DF, 9503-A/MA, 4007/PB, 00573/PE, 199239/RJ, 560-A/RN)

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no

presente processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário n. 870.947, Tema n. 810): repercussão geral reconhecida e mérito julgado.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos nos incs. I e II do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.142 (668)ORIGEM : 00331581220188217000 - TJRS - 2ª TURMA RECURSAL

DA FAZENDA PÚBLICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : EDSON XAVIER DE ALMEIDAADV.(A/S) : LUCIO MOOG ELY (65941/RS)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DESPACHO1. Examinados os autos, ausentes óbices jurídicos a justificarem a

atuação desta Presidência na relatoria deste recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal):

“Art. 13. São atribuições do Presidente: V – despachar: (...) c) até eventual distribuição, os agravos de instrumento, recursos

extraordinários e petições ineptos ou de outro modo manifestamente inadmissíveis, inclusive por incompetência, intempestividade, deserção, prejuízo ou ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral, bem como aqueles cuja matéria seja destituída de repercussão geral, conforme jurisprudência do Tribunal”.

2. Pelo exposto, determino a distribuição deste recurso na forma regimental.

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.150 (669)ORIGEM : 10065936920158260562 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNIMED DE SANTOS COOPERATIVA DE TRABALHO

MEDICOADV.(A/S) : RENATO GOMES DE AZEVEDO (283127/SP)RECDO.(A/S) : INDIRA GODEIRO DA SILVA RAMOSRECDO.(A/S) : MANUELA GODEIRO DA SILVA RAMOS

REPRESENTADA POR INDIRA GODEIRO DA SILVA RAMOS

ADV.(A/S) : VANDA GOMES DA SILVA ANDRADE (267306/SP)

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no presente

processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário com Agravo n. 697.312, Tema n. 611): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.162 (670)ORIGEM : 08019534920138240039 - TJSC - 6ª TURMA RECURSAL

- LAGESPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ADELAIDE VANDERLINDE CONCER E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : VANESSA REGIANINI SCHMITZ MENEGOTTO

(30245/SC)RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE LAGESADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE LAGES

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de deficiência na fundamentação do agravo (Súmula n. 287 do Supremo Tribunal).

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.192 (671)ORIGEM : AREsp - 201302010133539 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CASA DO MEDICO PRODUTOS HOSPITALARES LTDAADV.(A/S) : MARCOS SILVERIO DE CARVALHO (138122/RJ)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de deficiência na fundamentação do agravo (Súmula n. 287 do Supremo Tribunal).

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.198 (672)ORIGEM : AREsp - 01249548720138110000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO MATO GROSSOPROCED. : MATO GROSSOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : TECNOLOGIA BANCARIA S.A.ADV.(A/S) : ARIANE DE SOUZA MONARO (13094/B/MT)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO

DECISÃO1. Examinados os autos, verificam-se óbices jurídicos intransponíveis

ao processamento deste recurso: o caso é de incidência das Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.240 (673)ORIGEM : 201601008935 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SERGIPEREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : TELEFONICA BRASIL S.A.ADV.(A/S) : JOSE EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO (3399/AC,

9559A/AL, A684/AM, 1717-A/AP, 30609/BA, 22910-A/CE, 32032/DF, 17667/ES, 30792/GO, 9588-A/MA, 124150/MG, 14007-A/MS, 13604/A/MT, 15733-A/PA,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 61

126504-A/PB, 01190A/PE, 7198/PI, 54553/PR, 126358/RJ, 744-A/RN, 4570/RO, 349-A/RR, 78691A/RS, 29417/SC, 567A/SE, 126504/SP, 4574-A/TO)

RECDO.(A/S) : LIVIA MARA BATISTA DA SILVAADV.(A/S) : FELIPE DE SOUZA SILVA (5771/SE)

DECISÃO1. Examinados os autos, verificam-se óbices jurídicos intransponíveis

ao processamento deste recurso: o caso é de incidência das Súmulas 279 e 282 do Supremo Tribunal Federal e de ausência de repercussão geral da matéria veiculada no recurso extraordinário (Tema 660).

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.299 (674)ORIGEM : 201653502046 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SERGIPEREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : TELEFONICA BRASIL S.A.ADV.(A/S) : JOSE EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO (3399/AC,

9559A/AL, A684/AM, 1717-A/AP, 30609/BA, 22910-A/CE, 32032/DF, 17667/ES, 30792/GO, 9588-A/MA, 124150/MG, 14007-A/MS, 13604/A/MT, 15733-A/PA, 126504-A/PB, 01190A/PE, 7198/PI, 54553/PR, 126358/RJ, 744-A/RN, 4570/RO, 349-A/RR, 78691A/RS, 29417/SC, 567A/SE, 126504/SP, 4574-A/TO)

RECDO.(A/S) : JESSICA MONIQUE DOS SANTOS OLIVEIRAADV.(A/S) : FELIPE DE SOUZA SILVA (5771/SE)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.312 (675)ORIGEM : AREsp - 00293330420118260554 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : FRAUSO VIEIRA PAULOADV.(A/S) : ANTONIO DE OLIVEIRA BRAGA FILHO (170277/SP)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem, de ausência de ofensa constitucional direta e de incidência da Súmula 282 do Supremo Tribunal Federal.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.390 (676)ORIGEM : AREsp - 00181161820098260009 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BARTOLOMEU MANOEL DE LEMOS E OUTRO(A/S)PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO HABITACIONAL

E URBANO DO ESTADO DE SAO PAULO - CDHUADV.(A/S) : VITOR CUSTODIO TAVARES GOMES (100151/SP)

DECISÃO1. Examinados os autos, verificam-se óbices jurídicos intransponíveis

ao processamento deste recurso: o caso é de incidência das Súmulas 279 e 282 do Supremo Tribunal Federal e de ausência de repercussão geral da matéria veiculada no recurso extraordinário (Tema 660).

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.435 (677)ORIGEM : AREsp - 200551010129888 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FUNDAÇÃO HABITACIONAL DO EXÉRCITO - FHEADV.(A/S) : SEBASTIAO ZIMERMAN (098858/RJ)RECDO.(A/S) : IDERALDO HIPOLITO RANGELADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.462 (678)ORIGEM : 10090130003438002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : PAULO JOSE RIBEIROADV.(A/S) : HELBERT ALENCAR NUNES GARCIA (98015/MG)RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE BRUMADINHOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE

BRUMADINHO

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de deficiência na fundamentação do agravo (Súmula n. 287 do Supremo Tribunal).

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.531 (679)ORIGEM : 10023318820158260073 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : EUFRASIO FERNANDO DA FONSECAADV.(A/S) : ANTONIO GUILHERME FERRAZOLLI BELTRAMI

(205480/SP)RECDO.(A/S) : RAMILTON DOS SANTOS ALVES COUTINHORECDO.(A/S) : CIRLENE APARECIDA MARTINS COUTINHOADV.(A/S) : RICARDO LOPES RIBEIRO (129486/SP)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.532 (680)ORIGEM : 01429787420134025101 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ILDENI COSTA MIRANDAADV.(A/S) : GABRIEL PIMENTA MOTA (135110/RJ)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 62

1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.559 (681)ORIGEM : 00033284020154036321 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : NORIVAL RINALDIADV.(A/S) : MICHELE CRISTINA FELIPE SIQUEIRA (34729/BA,

102468/MG, 312716/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no

presente processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário com Agravo n. 888.938, Tema n. 824): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.562 (682)ORIGEM : PROC - 00030274920134036326 - TRF3 - TURMA

RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BELCHIOR TRINDADEADV.(A/S) : MICHELE CRISTINA FELIPE SIQUEIRA (34729/BA,

102468/MG, 312716/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no

presente processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário com Agravo n. 888.938, Tema n. 824): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.577 (683)ORIGEM : AREsp - 01824765120108260100 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : EMIR CARLOS GONCALVESRECTE.(S) : SANDRA CARVALHO DE ALMEIDA GONCALVESADV.(A/S) : DECIO NASCIMENTO (20523/SP)RECDO.(A/S) : ROBERTO FERNANDES DE ARAUJOADV.(A/S) : CLEIDE SIQUEIRA PEREIRA (96027/SP)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.586 (684)ORIGEM : AREsp - 10179500420158260576 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MARCELO MORAISADV.(A/S) : FLAVIO RENATO DE QUEIROZ (243916/SP)RECDO.(A/S) : ITAU SEGUROS S/AADV.(A/S) : DARCIO JOSE DA MOTA (27457/ES, 69585/PR, 210492/

RJ, 67669/SP)ADV.(A/S) : INALDO BEZERRA SILVA JUNIOR (27458/ES,

69587/PR, 210435/RJ, 132994/SP)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.587 (685)ORIGEM : PROC - 00092172620128160002 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁPROCED. : PARANÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : M.H.A.L.ADV.(A/S) : ANDREA BAHR GOMES (21525/PR)RECDO.(A/S) : J.S.N. E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : EROS BELIN DE MOURA CORDEIRO (29036/PR)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem, de ausência de ofensa constitucional direta e de incidência da Súmula 282 do Supremo Tribunal Federal.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.589 (686)ORIGEM : AREsp - 10126474120168260554 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : EDMILSON MANFRINADV.(A/S) : ADILSON ROBERTO SIMOES DE CARVALHO

(78766/SP)RECDO.(A/S) : TELEFONICA BRASIL S.AADV.(A/S) : HELDER MASSAAKI KANAMARU (41075/BA, 43221/DF,

28387/ES, 50936A/GO, 17954-A/MA, 177464/MG, 21956-A/MS, 23581/A/MT, 25849-A/PA, 43585/PE, 17161/PI, 41240/PR, 138426/RJ, 1262-A/RN, 9500/RO, 67301A/RS, 48768-A/SC, 111887/SP, 8274-A/TO)

ADV.(A/S) : THAIS DE MELLO LACROUX (183762/SP)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.606 (687)ORIGEM : 00020107520134036326 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FREDERICO SCATOLINADV.(A/S) : MICHELE CRISTINA FELIPE SIQUEIRA (34729/BA,

102468/MG, 312716/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no

presente processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 63

com Agravo n. 888.938, Tema n. 824): ausência de repercussão geral.2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal

de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.610 (688)ORIGEM : 00016500220164036338 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : GILDO CELESTINO MACHADOADV.(A/S) : MICHELE CRISTINA FELIPE SIQUEIRA (34729/BA,

102468/MG, 312716/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no

presente processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário com Agravo n. 888.938, Tema n. 824): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.615 (689)ORIGEM : AREsp - 10063910220158260010 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : SILVIO CORTES CUNHAADV.(A/S) : DALDI SOUZA FREITAS SANTOS FILHO (157542/RJ)RECDO.(A/S) : CARREFOUR COMÉRCIO E INDÚSTRIA LTDARECDO.(A/S) : IMGIO II EMPREENDIMENTOS LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de deficiência na fundamentação do agravo (Súmula n. 287 do Supremo Tribunal).

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.649 (690)ORIGEM : AREsp - 00700947220118050001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : AMILTON FERREIRA DE LIMAADV.(A/S) : WAGNER VELOSO MARTINS (37160/BA, 25053-A/PB)RECDO.(A/S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA

DECISÃO1. Examinados os autos, verificam-se óbices jurídicos intransponíveis

ao processamento deste recurso: o caso é de incidência das Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.680 (691)ORIGEM : 00035050420154036321 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : GERALDO PAZ DA SILVAADV.(A/S) : MICHELE CRISTINA FELIPE SIQUEIRA (34729/BA,

102468/MG, 312716/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no

presente processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário com Agravo n. 888.938, Tema n. 824): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.690 (692)ORIGEM : AREsp - 50405550620164047100 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : SELDON FRITZ HOFMANNADV.(A/S) : RAFAEL BERED (50779/RS)

DESPACHO1. Examinados os autos, ausentes óbices jurídicos a justificarem a

atuação desta Presidência na relatoria deste recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal):

“Art. 13. São atribuições do Presidente: V – despachar: (...) c) até eventual distribuição, os agravos de instrumento, recursos

extraordinários e petições ineptos ou de outro modo manifestamente inadmissíveis, inclusive por incompetência, intempestividade, deserção, prejuízo ou ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral, bem como aqueles cuja matéria seja destituída de repercussão geral, conforme jurisprudência do Tribunal”.

2. Pelo exposto, determino a distribuição deste recurso na forma regimental.

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.692 (693)ORIGEM : AREsp - 201302010143624 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CREP-NEW INDUSTRIA E COMERCIO DE PRODUTOS

DE LIMPEZA LTDA - MEADV.(A/S) : MARCOS SILVERIO DE CARVALHO (138122/RJ)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de deficiência na fundamentação do agravo (Súmula n. 287 do Supremo Tribunal).

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.699 (694)ORIGEM : REsp - 20110852647 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : TALUCHINHA MODA INFANTIL LTDAADV.(A/S) : NORMA MARIA DE SOUZA FERNANDES MARTINS

(8890/SC)RECDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : EVELISE HADLICH (9280/SC)ADV.(A/S) : ENEIDA DE VARGAS E BERNARDES (12342/GO,

135811/SP)

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no presente

processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário com

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 64

Agravo n. 748.371, Tema n. 660): ausência de repercussão geral.2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal

de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.701 (695)ORIGEM : AREsp - 1384823004 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO PARANÁPROCED. : PARANÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : OSCAR BERTAGLIAADV.(A/S) : CASSEMIRO DE MEIRA GARCIA (17655-A/MS,

42137/PR)RECDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : RAFAEL CRISPINO VIANNA (82409/PR)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.706 (696)ORIGEM : AREsp - 00003837520124013302 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : DISTRITO FEDERALREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE SERRA DO RAMALHOADV.(A/S) : JOSE SOUZA PIRES (9755/BA)INTDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : JOSE CARLOS IZIDRO MACHADO (19983/DF)

DESPACHO1. Examinados os autos, ausentes óbices jurídicos a justificarem a

atuação desta Presidência na relatoria deste recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal):

“Art. 13. São atribuições do Presidente: V – despachar: (...) c) até eventual distribuição, os agravos de instrumento, recursos

extraordinários e petições ineptos ou de outro modo manifestamente inadmissíveis, inclusive por incompetência, intempestividade, deserção, prejuízo ou ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral, bem como aqueles cuja matéria seja destituída de repercussão geral, conforme jurisprudência do Tribunal”.

2. Pelo exposto, determino a distribuição deste recurso na forma regimental.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.729 (697)ORIGEM : AREsp - 00011767420088260150 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : SUL AMERICA CAPITALIZAÇÃO S/AADV.(A/S) : CAROLINA VILAS BOAS NOGUEIRA (171072/MG,

104337A/RS, 300653/SP)RECDO.(A/S) : JAQUELINE ITTNER NANTESADV.(A/S) : ROBERTO TADEU RUBINI (131876/SP)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.762 (698)ORIGEM : AREsp - 00017547620128260318 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MUNICIPIO DE LEMEADV.(A/S) : FABIO APARECIDO DONISETI ALVES (224723/SP)RECDO.(A/S) : JAIME DANIEL MIRANDARECDO.(A/S) : JOAO BATISTA DO SANTOSRECDO.(A/S) : JOAO LEOPOLDINO DA SILVAADV.(A/S) : MARIA SOLANGE GOMES NUNES FAGGION

(295713/SP)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de incidência das Súmulas 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.806 (699)ORIGEM : PROC - 00016584220164036317 - TRF3 - TURMA

RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : VERA LUCIA FELICIANO DA SILVAADV.(A/S) : CARLA APARECIDA ALVES DE OLIVEIRA (105190/MG,

367105/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.872 (700)ORIGEM : 80032728620168050001 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SALVADORPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SALVADORRECDO.(A/S) : ISRAEL OLIVEIRA SANTOSADV.(A/S) : JERONIMO LUIZ PLACIDO DE MESQUITA (20541/BA)ADV.(A/S) : YURI OLIVEIRA ARLEO (43522/BA)ADV.(A/S) : HUGO VASCONCELOS LOULA (48360/BA)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.877 (701)ORIGEM : 80001454320168050001 - TJBA - 6ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SALVADORPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SALVADORRECDO.(A/S) : ELIANE EVANGELISTA SANTOS GENIPAPEIROADV.(A/S) : JERONIMO LUIZ PLACIDO DE MESQUITA (20541/BA)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 65

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.881 (702)ORIGEM : 80030574720158050001 - TJBA - 6ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SALVADORPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SALVADORRECDO.(A/S) : RENILDES ANDREA LIMA DE JESUS DOS ANJOSADV.(A/S) : JERONIMO LUIZ PLACIDO DE MESQUITA (20541/BA)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.882 (703)ORIGEM : 10023416520158260451 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MUNICIPIO DE PIRACICABAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

PIRACICABARECDO.(A/S) : OSORIO MIRANDA DA SILVAADV.(A/S) : JOSE ANTONIO DA SILVA NETO (291866/SP)ADV.(A/S) : RICARDO CANALE GANDELIN (240668/SP)ADV.(A/S) : LEANDRO GUEDES DE OLIVEIRA (354597/SP)

DECISÃO1. Examinados os autos, verificam-se óbices jurídicos intransponíveis

ao processamento deste recurso: o caso é de incidência das Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.886 (704)ORIGEM : 80021827720158050001 - TJBA - 6ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SALVADORPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SALVADORRECDO.(A/S) : LUCIENE ALVES DOS SANTOSADV.(A/S) : JERONIMO LUIZ PLACIDO DE MESQUITA (20541/BA)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.894 (705)ORIGEM : 80011292720168050001 - TJBA - 6ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SALVADORPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SALVADORRECDO.(A/S) : CRISTIANE DEIRO ASSUNCAOADV.(A/S) : JERONIMO LUIZ PLACIDO DE MESQUITA (20541/BA)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.895 (706)ORIGEM : 80040947520168050001 - TJBA - 6ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SALVADORPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SALVADORRECDO.(A/S) : MICHELINE SANTOS PEREIRAADV.(A/S) : JERONIMO LUIZ PLACIDO DE MESQUITA (20541/BA)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.902 (707)ORIGEM : 10024132543505001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MARIA JOSE FERREIRA CUNHA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : DANIELA RAMOS DE OLIVEIRA DOS SANTOS (109764/

MG)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de deficiência na fundamentação do agravo (Súmula n. 287 do Supremo Tribunal).

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.909 (708)ORIGEM : 71006778138 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ITALO JULIANO SARTORIADV.(A/S) : FABIO FLORES PROENCA (37438/RS)RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE RESTINGA SECAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de deficiência na fundamentação do agravo (Súmula n. 287 do Supremo Tribunal).

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.912 (709)ORIGEM : 00001062320148050206 - TJBA - 6ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO DA

BAHIA COELBAADV.(A/S) : MARCELO SALLES DE MENDONCA (17476/BA)ADV.(A/S) : BRUNO NASCIMENTO DE MENDONCA (21449/BA)ADV.(A/S) : RAFAEL MARTINEZ VEIGA (24637/BA)RECDO.(A/S) : MANOEL OLIMPIO DE JESUS FILHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LEOVEGILDO MARCIO SILVA MASCARENHAS (18528/

BA)

DECISÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 66

1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.913 (710)ORIGEM : 00549026320188217000 - TJRS - 1ª TURMA RECURSAL

DA FAZENDA PÚBLICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MARA CRISTINA RODRIGUESADV.(A/S) : JANISSE INES GASPAROTTO (36482/RS)RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE PASSO FUNDOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PASSO

FUNDO

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.920 (711)ORIGEM : 10279918120148260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOADV.(A/S) : BRUNO GUSTAVO PAES LEME CORDEIRO

(312474/SP)RECDO.(A/S) : DECIO SANTOS DA SILVAADV.(A/S) : BRUNO YAMAOKA POPPI (253824/SP)

DESPACHO1. Examinados os autos, ausentes óbices jurídicos a justificarem a

atuação desta Presidência na relatoria deste recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal):

“Art. 13. São atribuições do Presidente: V – despachar: (...) c) até eventual distribuição, os agravos de instrumento, recursos

extraordinários e petições ineptos ou de outro modo manifestamente inadmissíveis, inclusive por incompetência, intempestividade, deserção, prejuízo ou ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral, bem como aqueles cuja matéria seja destituída de repercussão geral, conforme jurisprudência do Tribunal”.

2. Pelo exposto, determino a distribuição deste recurso na forma regimental.

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.922 (712)ORIGEM : 05028825020174058100 - TRF5 - CE - 1ª TURMA

RECURSAL - CEARÁPROCED. : CEARÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FRANCILENE MOREIRA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : RAIMUNDO IDELFONSO DE LIMA (20526/CE)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.928 (713)ORIGEM : 10021925920168260346 - TJSP - COLÉGIO RECURSAL

- 27ª CJ - PRESIDENTE PRUDENTEPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ELIZABETE APARECIDA BIAZINI DE SOUZAADV.(A/S) : LEONARDO POLONI SANCHES (158795/SP)RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE MARTINOPOLISADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

MARTINÓPOLISADV.(A/S) : ANGELA LUCIA GUERHALDT CRUZ (119745/SP)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.933 (714)ORIGEM : 10110970420158260309 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : LUCAS DE OLIVEIRA RIDAORECTE.(S) : DIEGO EDUARDO DA SILVAADV.(A/S) : ELAINE PERPETUA SANCHES SILVA (131577/SP)RECDO.(A/S) : PAULO EDUARDO SILVA MALERBAADV.(A/S) : GIULIANO GUERREIRO (279977/SP)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.975 (715)ORIGEM : 00067007620074025101 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : SEBASTIAO DE LEMOS VASCONCELOSADV.(A/S) : GERSON LUCCHESI BRITO DE OLIVEIRA (85053/RJ)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.989 (716)ORIGEM : AREsp - 200751010076893 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JOSE PAULINO DE JESUSRECTE.(S) : ZELIA SALES DE JESUSADV.(A/S) : TANIA PACHECO FERNANDEZ (27043/RJ)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de deficiência na fundamentação do agravo (Súmula n. 287 do Supremo Tribunal).

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 67

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.991 (717)ORIGEM : 00026097020164036338 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ADILSON ROSADO DE CARVALHOADV.(A/S) : CARLA APARECIDA ALVES DE OLIVEIRA (105190/MG,

367105/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.993 (718)ORIGEM : AREsp - 00066322920138260053 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : CONGREGAÇÃO DOS MISSIONÁRIOS FILHOS DO

IMACULADO CORAÇÃO DE MARIAADV.(A/S) : FABIANO PROCOPIO DE FREITAS (78298/MG)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de deficiência na fundamentação do agravo (Súmula n. 287 do Supremo Tribunal).

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.994 (719)ORIGEM : PROC - 00024526320164036317 - TRF3 - TURMA

RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : WAGNER EUGENIO TUCCIADV.(A/S) : CARLA APARECIDA ALVES DE OLIVEIRA (105190/MG,

367105/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.995 (720)ORIGEM : PROC - 00022918720164036338 - TRF3 - TURMA

RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ANTONIO BELMIROADV.(A/S) : CARLA APARECIDA ALVES DE OLIVEIRA (105190/MG,

367105/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.998 (721)ORIGEM : PROC - 00015077620164036317 - TRF3 - TURMA

RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ANTONIO CABRAL DE LIMAADV.(A/S) : CARLA APARECIDA ALVES DE OLIVEIRA (105190/MG,

367105/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.999 (722)ORIGEM : PROC - 00013451820164036338 - TRF3 - TURMA

RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ALBERTO ALVES DO NASCIMENTOADV.(A/S) : CARLA APARECIDA ALVES DE OLIVEIRA (105190/MG,

367105/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.001 (723)ORIGEM : PROC - 00010945120164036321 - TRF3 - TURMA

RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MILTON GERALDO DO NASCIMENTOADV.(A/S) : CARLA APARECIDA ALVES DE OLIVEIRA (105190/MG,

367105/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.002 (724)ORIGEM : PROC - 00010391520164036317 - TRF3 - TURMA

RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 68

SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : LAURINDO PASCONADV.(A/S) : CARLA APARECIDA ALVES DE OLIVEIRA (105190/MG,

367105/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.012 (725)ORIGEM : 13619655 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : COMPANHIA EXCELSIOR DE SEGUROSADV.(A/S) : MARIA EMILIA GONCALVES DE RUEDA (13788A/AL,

55149/BA, 30148-A/CE, 56712/DF, 51288/GO, 17846-A/MA, 187291/MG, 20261-A/PB, 23748/PE, 16086/PI, 77158/PR, 203064/RJ, 1064-A/RN, 367886/SP)

ADV.(A/S) : ALEXANDRE PIGOZZI BRAVO (56355/PR, 207267/SP)RECDO.(A/S) : AGENOR JULIANIRECDO.(A/S) : ELENIR XAVIER COSTARECDO.(A/S) : DEOSDETE MESSIAS DOS SANTOSRECDO.(A/S) : JESUS CARLOS DE BRITORECDO.(A/S) : JOSE ANTONIO DA SILVARECDO.(A/S) : MIGUEL APARECIDO SEGOBIARECDO.(A/S) : MARCOS JOSE ANTONIO PEREIRARECDO.(A/S) : NATALIO JOSE DE SOUZARECDO.(A/S) : VALDIR MENDES VIEIRARECDO.(A/S) : ZORILDA DOS REIS DE REZENDEADV.(A/S) : GIORGIA ENRIETTI BIN BOCHENEK (31232/GO,

141896/MG, 01186/PE, 25334/PR, 159734/RJ, 364859/SP)

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no presente

processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário com Agravo n. 748.371, Tema n. 660): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.018 (726)ORIGEM : AREsp - 00018742820138260531 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : E.J.ADV.(A/S) : LUIS AUGUSTO JUVENAZZO (186023/SP)RECDO.(A/S) : J.C.Z.ADV.(A/S) : ROMEU MARQUES DE CARVALHO (101595/SP)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.029 (727)ORIGEM : AREsp - 10671098320158260100 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : SKEYE HUSSEIN MOHAMAD MOURAD CHAMMA

ADV.(A/S) : FERNANDO AUGUSTO KOZASINSKI (296066/SP)RECDO.(A/S) : CLOVIS TALARICORECDO.(A/S) : CILEY MARIA ALONSO TALARICORECDO.(A/S) : CLEIDE TALARICO DIASRECDO.(A/S) : ARMANDO DIAS FILHOADV.(A/S) : CAHUE ALONSO TALARICO (214190/SP)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.074 (728)ORIGEM : AREsp - 201402010012030 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ANA CLAUDIA MEDEIROS BORGESADV.(A/S) : RENATA PASSOS BERFORD GUARANA

VASCONCELLOS (36465/DF, 44218/PE, 112211/RJ, 363923/SP)

ADV.(A/S) : MARCOS SILVERIO DE CARVALHO (138122/RJ)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.082 (729)ORIGEM : AREsp - 10024077637387026 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ALUIZIO TAVARES MACIELADV.(A/S) : CAROLINE MARQUES RODRIGUES (104260/MG)RECDO.(A/S) : BANCO BRADESCO SAADV.(A/S) : VALERIA COTA MARTINS PERDIGAO (63290/MG)

DECISÃO1. Examinados os autos, verificam-se óbices jurídicos intransponíveis

ao processamento deste recurso: o caso é de incidência da Súmula 282 do Supremo Tribunal Federal e de ausência de repercussão geral da matéria veiculada no recurso extraordinário (Tema 660).

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.092 (730)ORIGEM : 00032057320138110010 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO MATO GROSSOPROCED. : MATO GROSSOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSORECDO.(A/S) : ISMAEL DOURADO DE SOUZAADV.(A/S) : VALDIR SCHERER (3720/O/MT, 73524/PR)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 69

Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.104 (731)ORIGEM : 70069591600 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNIMED PORTO ALEGRE - COOPERATIVA MEDICA

LTDAADV.(A/S) : JULIO CESAR GOULART LANES (9340A/AL, 22398/BA,

21994-A/CE, 29745/DF, 17664/ES, 30401/GO, 119130/MG, 13449-A/MS, 13329/A/MT, 46648-A/PB, 01088/PE, 43861/PR, 156273/RJ, 712-A/RN, 4365/RO, 46648/RS, 24166/SC, 519A/SE, 285224/SP)

RECDO.(A/S) : IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICORDIA DE PORTO ALEGRE

ADV.(A/S) : JULIO ALBERTO WITZLER DIAZ (62899/RS)RECDO.(A/S) : SUCESSÃO DE ELIDA SOLIVA ALVES DE SOUZAADV.(A/S) : JOAO CLAUDIO MEDEIROS FERNANDES (49494/RS)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de incidência das Súmulas 279 e 282 do Supremo Tribunal Federal.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.111 (732)ORIGEM : AREsp - 201103000023408 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ANTONIO MACHADOADV.(A/S) : ANDRE RICARDO DE OLIVEIRA (172851/SP)

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no presente

processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário com Agravo n. 748.371, Tema n. 660): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.115 (733)ORIGEM : AREsp - 10043443820158260048 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : LYLIANA BASTOS FERRAZRECTE.(S) : SEBASTIAO CARLOS BASTOS FERRAZRECTE.(S) : SYLVANA FERRAZ BONINIRECTE.(S) : MANOEL OSCAR BASTOS FERRAZADV.(A/S) : WALNY DE CAMARGO GOMES (8094/SP)RECDO.(A/S) : EDUQ - EDUCACIONAL QUALITAT LTDAADV.(A/S) : RITA DE CASSIA SERRA NEGRA (147067/SP)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.131 (734)ORIGEM : 4525861320138090051 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE GOIÁSPROCED. : GOIÁSREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JOSE ROBERTO VENTURA DA SILVA

ADV.(A/S) : RUY JOSE DA SILVA (15048/GO)RECDO.(A/S) : MAURI DIAS GONDIMADV.(A/S) : CLAUDIA PEREIRA QUINTINO (23357/GO)

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no presente

processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário com Agravo n. 748.371, Tema n. 660): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.142 (735)ORIGEM : AREsp - 01538366720128260100 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : SOUSA FREITAS ADVOGADOS ASSOCIADOS. - MERECTE.(S) : JOAO CARLOS DE SOUSA FREITASADV.(A/S) : JOAO CARLOS DE SOUSA FREITAS JUNIOR (239623/

SP)RECDO.(A/S) : CICOMAC APOIO EMPRESARIAL LTDAADV.(A/S) : SERGIO ROSARIO MORAES E SILVA (22368/SP)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.162 (736)ORIGEM : AREsp - 00078753320138260562 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DOS

SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE SANTOS - IPREVSANTOS

ADV.(A/S) : CARLOS AUGUSTUS MAUA (202587/SP)ADV.(A/S) : RUI SERGIO GOMES DE ROSIS JUNIOR (279714/SP)RECDO.(A/S) : FRANCISCO HONORATO DOS SANTOSADV.(A/S) : JOSEPH ROBERT TERRELL ALVES DA SILVA (212269/

SP)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.182 (737)ORIGEM : 00423946820128260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : C.I.O. REPRESENTADA POR S.A.M.PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : J.C.O.ADV.(A/S) : ELIZABETH TAVARES CARREIRA (258116/SP)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 70

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.188 (738)ORIGEM : AREsp - 201302010142267 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : LABORATORIOS MEDICOS DR ELIEL FIGUEIREDO

LTDAADV.(A/S) : RENATA PASSOS BERFORD GUARANA

VASCONCELLOS (36465/DF, 44218/PE, 112211/RJ, 363923/SP)

ADV.(A/S) : MARCOS SILVERIO DE CARVALHO (138122/RJ)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.189 (739)ORIGEM : AREsp - 201302010137454 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ECAFF ESCRITÓRIO DE CONTABILIDADE

ASSESSORIA FISCAL E FINANCEIRA S/CADV.(A/S) : MARCOS SILVERIO DE CARVALHO (138122/RJ)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de deficiência na fundamentação do agravo (Súmula n. 287 do Supremo Tribunal).

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.207 (740)ORIGEM : 00018844720164036317 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MOACIR POLOADV.(A/S) : CARLA APARECIDA ALVES DE OLIVEIRA (105190/MG,

367105/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.208 (741)ORIGEM : 00018592220164036321 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : WELLINGTON COELHO DA SILVAADV.(A/S) : CARLA APARECIDA ALVES DE OLIVEIRA (105190/MG,

367105/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO

1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.212 (742)ORIGEM : AREsp - 10313451920148260602 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FUNDAÇÃO DA SEGURIDADE SOCIAL DOS

SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE SOROCABA - FUNSERV

ADV.(A/S) : AIRLENE DE SOUZA ELIAS (326972/SP)RECDO.(A/S) : ROSELI APARECIDA GOMES PEREIRAADV.(A/S) : JONATA ELIAS MENA (300799/SP)

DECISÃO1. Examinados os autos, verificam-se óbices jurídicos intransponíveis

ao processamento deste recurso: o caso é de ausência de ofensa constitucional direta e de incidência das Súmulas 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.214 (743)ORIGEM : AREsp - 1609132015 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO MATO GROSSOPROCED. : MATO GROSSOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSORECDO.(A/S) : DENILZA ROSA SOARES DE OLIVEIRAADV.(A/S) : JOSÉ MARIA DE SOUZA RAMOS - OAB 16559/MT

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.222 (744)ORIGEM : 00021840920154020000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : RAMONA SERIÇOS DE FERRO LTDA MEADV.(A/S) : MARCOS SILVERIO DE CARVALHO (138122/RJ)ADV.(A/S) : RENATA PASSOS BERFORD GUARANA

VASCONCELLOS (36465/DF, 44218/PE, 112211/RJ, 363923/SP)

RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.270 (745)ORIGEM : 10063129020158260602 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 71

REGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MUNICIPIO DE SOROCABAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE

SOROCABARECDO.(A/S) : REGINALDO BAPTISTAADV.(A/S) : DANIEL HENRIQUE MOTA DA COSTA (238982/SP)

DECISÃO1. Examinados os autos, verificam-se óbices jurídicos intransponíveis

ao processamento deste recurso: o caso é de incidência das Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.275 (746)ORIGEM : 10064749120148260482 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : NIVALDO MATRICARDIADV.(A/S) : CARLOS ROBERTO DA SILVA (203071/SP)RECDO.(A/S) : SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREVRECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de deficiência na fundamentação do agravo (Súmula n. 287 do Supremo Tribunal).

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.287 (747)ORIGEM : 71007064140 - TJRS - 1ª TURMA RECURSAL DA

FAZENDA PÚBLICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : SILVINHA RODRIGUES DE OLIVEIRA DOS SANTOSADV.(A/S) : MIGUEL ARCANJO DA CRUZ SILVA (31778/RS)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.289 (748)ORIGEM : 05039663520174058311 - TRF5 - PE - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : PERNAMBUCOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ADENILDO GERALDO MACANEIROADV.(A/S) : LEANDRO VICENTE SILVA (38858/BA, 31312-A/CE,

38750/GO, 144615/MG, 01532/PE, 150943/RJ, 326620/SP)

RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.290 (749)ORIGEM : 10090575220158260114 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JULIANO RIBEIRO DA SILVAADV.(A/S) : CLAUDIO MELO DA SILVA (282523/SP)RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE CAMPINASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE CAMPINAS

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.291 (750)ORIGEM : 08024353220164058000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : ALAGOASREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MONICA MARIA MOREIRA DE LUCENAADV.(A/S) : BRUNO TITARA DE ANDRADE (10386/AL)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.298 (751)ORIGEM : 10101609120148260482 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : KIMIKO FUJIIADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO PACIANOTTO JUNIOR (214264/SP)ADV.(A/S) : FLAVIO AUGUSTO VALERIO FERNANDES (209083/SP)ADV.(A/S) : RAFAEL MORTARI LOTFI (236623/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de deficiência na fundamentação do agravo (Súmula n. 287 do Supremo Tribunal).

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.310 (752)ORIGEM : 10103652320148260482 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MARIA DAS GRACAS SANTOS FERREIRAADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO PACIANOTTO JUNIOR (214264/SP)ADV.(A/S) : FLAVIO AUGUSTO VALERIO FERNANDES (209083/SP)ADV.(A/S) : RAFAEL MORTARI LOTFI (236623/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO1. Examinados os autos, verificam-se óbices jurídicos intransponíveis

ao processamento deste recurso: o caso é de incidência das Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 72

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.317 (753)ORIGEM : 00457802620188217000 - TJRS - 1ª TURMA RECURSAL

DA FAZENDA PÚBLICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : VANIA AMARANTE MACHADOADV.(A/S) : EVANDRO BORGES DA SILVA (59359/RS)RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE SOLEDADEADV.(A/S) : BRUNO BORGES ZORTEA (59092/RS)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.363 (754)ORIGEM : 00035099020148050079 - TJBA - 2ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : PLANINVESTI - ADMINISTRACAO E SERVICOS LTDA.ADV.(A/S) : JOSE GUILHERME CARNEIRO QUEIROZ (42527/BA,

36442/DF, 28339/ES, 47971A/GO, 149515/MG, 21958-A/MS, 22230/A/MT, 42972/PE, 83030/PR, 165506/RJ, 105914A/RS, 48778/SC, 163613/SP)

RECDO.(A/S) : GEIZIANE BATISTA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : JOSE CARLOS MONTEIRO COSTA SEGUNDO (28552/

BA)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.368 (755)ORIGEM : 00010240820178050146 - TJBA - 4ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO DA

BAHIA COELBAADV.(A/S) : MARCELO SALLES DE MENDONCA (17476/BA)ADV.(A/S) : BRUNO NASCIMENTO DE MENDONCA (21449/BA)ADV.(A/S) : RAFAEL MARTINEZ VEIGA (24637/BA)RECDO.(A/S) : ALMIRA FERREIRA DOS SANTOSADV.(A/S) : WAGNER RENI DE SENA MEDRADO (24253/BA)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.372 (756)ORIGEM : 01764337920168050001 - TJBA - 3ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO DA

BAHIA COELBAADV.(A/S) : MARCELO SALLES DE MENDONCA (17476/BA)ADV.(A/S) : RAFAEL MARTINEZ VEIGA (24637/BA)ADV.(A/S) : BRUNO NASCIMENTO DE MENDONCA (21449/BA)RECDO.(A/S) : ERIOSVALDO DOS SANTOS OLIVEIRAADV.(A/S) : JOSE ADAILAN MOTA ARAUJO (38609/BA)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.381 (757)ORIGEM : 00046969720168050230 - TJBA - 5ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO DA

BAHIA COELBAADV.(A/S) : PAULO ABBEHUSEN JUNIOR (28568/BA)RECDO.(A/S) : CLEDSON DA CRUZ COSTAADV.(A/S) : IAGO QUEIROZ BANTIM (49968/BA)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.412 (758)ORIGEM : 10132303620158260562 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNIMED DE SANTOS COOPERATIVA DE TRABALHO

MEDICOADV.(A/S) : RENATO GOMES DE AZEVEDO (283127/SP)RECDO.(A/S) : KOSMA TAVARES DE OLIVEIRA SANTOSADV.(A/S) : MARIA TEREZA HUNGARO ADARME (241690/SP)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.417 (759)ORIGEM : 00002640720144019330 - TRF1 - BA - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARISANGELA PINTO ESTEVESADV.(A/S) : MARIANA FREIRE DE ANDRADE (26499/BA)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.427 (760)ORIGEM : AREsp - 0800797492015812005250003 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SULPROCED. : MATO GROSSO DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : VALDERIZA CUSTODIA DA SILVAADV.(A/S) : ELCIMAR SERAFIM DE SOUZA (9849/MS)RECDO.(A/S) : ENERGISA MATO GROSSO DO SUL - DISTRIBUIDORA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 73

DE ENERGIA S.A.ADV.(A/S) : NAYRA MARTINS VILALBA (14047/MS, 20190/A/MT)

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no presente

processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário com Agravo n. 748.371, Tema n. 660): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.430 (761)ORIGEM : REsp - 50192103220124047000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : CENTRAIS ELETRICAS BRASILEIRAS SAADV.(A/S) : ALFREDO MELLO MAGALHAES (99028/RJ)ADV.(A/S) : DIOGO MORADOR BRASIL (63428/RS)ADV.(A/S) : LEANDRO BARATA SILVA BRASIL (32078/DF,

162366/RJ, 36575/RS)ADV.(A/S) : VLADIA VIANA REGIS (91121/RJ)ADV.(A/S) : CLEBER MARQUES REIS (47894/DF, 75413/RJ)RECDO.(A/S) : VITORIAN COMPRA E VENDA DE BENS LTDAADV.(A/S) : TANIA REGINA PEREIRA (32873/PR, 7987/SC)INTDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verificam-se óbices jurídicos intransponíveis

ao processamento deste recurso: o caso é de incidência das Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.454 (762)ORIGEM : AREsp - 50096086020154040000 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MAROSTEGA & CIA LTDA - MEADV.(A/S) : LUIS CLAUDIO GERHARDT STEGLICH (59579/RS)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.460 (763)ORIGEM : 00072408020138190066 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MARILETI ETELVINA PARREIRA DE MORAISADV.(A/S) : ETTORE DALBONI DA CUNHA (005063-D/RJ)ADV.(A/S) : LINCOLN FERREIRA DALBONI (114505/RJ)ADV.(A/S) : KAUE DIAS DOS SANTOS (205690/RJ)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE VOLTA REDONDAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE VOLTA

REDONDA

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de incidência das Súmulas 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.462 (764)ORIGEM : AREsp - 00181898120118260053 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : COMPANHIA PAULISTA DE TRENS METROPOLITANOS

- CPTMADV.(A/S) : HELOIZA MEROTO DE LUCA (323775/SP)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.470 (765)ORIGEM : AREsp - 00194086620108260053 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : EIZAM SIMOES MOREIRAADV.(A/S) : LEANDRO ANGELO SILVA LIMA (261062/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.472 (766)ORIGEM : AREsp - 00153147620144013800 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : GERALDO TARCISIO ALVESADV.(A/S) : CARLA APARECIDA ALVES DE OLIVEIRA (105190/MG,

367105/SP)ADV.(A/S) : MICHELE CRISTINA FELIPE SIQUEIRA (34729/BA,

102468/MG, 312716/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.476 (767)ORIGEM : REsp - 200738000070793 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : CHRISTINA LUCIA EICHLERADV.(A/S) : HUGO HELLENBERG SCALDAFERRI ZIEGLER (81327/

MG)ADV.(A/S) : LUCAS HELLENBERG SCALDAFERRI ZIEGLER

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 74

(78020/MG)ADV.(A/S) : CHRISTIANO OLIVEIRA PRATES (78008/MG)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de deficiência na fundamentação do agravo (Súmula n. 287 do Supremo Tribunal).

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.482 (768)ORIGEM : PROC - 00001355820174036317 - TRF3 - TURMA

RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JACIRA ROBERTOADV.(A/S) : MICHELE CRISTINA FELIPE SIQUEIRA (34729/BA,

102468/MG, 312716/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.489 (769)ORIGEM : AREsp - 10001002620168260438 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : ZELINA CANESCHI SOARES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANTONIO AUGUSTO TORREZAN PEREIRA BRAZ

(229751/SP)

DECISÃO1. Examinados os autos, verificam-se óbices jurídicos intransponíveis

ao processamento deste recurso: o caso é de ausência de ofensa constitucional direta e de incidência das Súmulas 279 e 282 do Supremo Tribunal Federal.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.490 (770)ORIGEM : PROC - 00010399720174036343 - TRF3 - TURMA

RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : EDUARDO ANDAADV.(A/S) : CARLA APARECIDA ALVES DE OLIVEIRA (105190/MG,

367105/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.492 (771)

ORIGEM : PROC - 00009637320174036343 - TRF3 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MILTON VESPASIANOADV.(A/S) : CARLA APARECIDA ALVES DE OLIVEIRA (105190/MG,

367105/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.514 (772)ORIGEM : AREsp - 00448832420108260053 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : MARIA DA SILVA ROCHA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : NELSON CAMARA (15751/SP)

DECISÃO1. Examinados os autos, verificam-se óbices jurídicos intransponíveis

ao processamento deste recurso: o caso é de ausência de ofensa constitucional direta e de incidência da Súmula 282 do Supremo Tribunal Federal.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.533 (773)ORIGEM : 00384674720138190209 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : COMPANHIA DISTRIBUIDORA DE GAS DO RIO DE

JANEIRO - CEGADV.(A/S) : ANDERSON ELISIO CHALITA DE SOUZA (76686/PR,

086093/RJ, 77183A/RS)ADV.(A/S) : KATIA VALVERDE JUNQUEIRA (049997/RJ)RECDO.(A/S) : CONDOMINIO RIO HOTEL RESIDENCIAADV.(A/S) : JARDEL NAZARIO (044297/RJ)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de deficiência na fundamentação do agravo (Súmula n. 287 do Supremo Tribunal).

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.550 (774)ORIGEM : 20150211070 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO NORTEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTEREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ROSA FELICIA DE MOURA RODRIGUESRECTE.(S) : FRANCISCA SOUSA DA SILVARECTE.(S) : REJANE CLEIA SOUZA E COSTARECTE.(S) : JACINTA DE SOUZA LIMA PEREIRARECTE.(S) : JAIR REGIS NOGUEIRARECTE.(S) : MOACIR EUFRASIO DO NASCIMENTORECTE.(S) : MARIA AGLAIR DE ABREURECTE.(S) : AMANCIO HONORATO LOPESRECTE.(S) : MARIA DE FATIMA SOUZA DA SILVARECTE.(S) : ARLINDO DE ASSIS VIEIRAADV.(A/S) : ADRIANA CAVALCANTI MAGALHAES (4736/RN)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 75

RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.562 (775)ORIGEM : 10009060083517001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MUNICIPIO DE SANTA HELENA DE MINASADV.(A/S) : CYNTHIA AMARO MAMEDE MADUREIRA (137705/MG)RECDO.(A/S) : JULIA COSTA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PAULO ROBERTO LOUBACK (75828/MG)

DECISÃO1. Examinados os autos, verificam-se óbices jurídicos intransponíveis

ao processamento deste recurso: o caso é de incidência das Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.578 (776)ORIGEM : 00004433320144036339 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : NIVALDO CARRERAADV.(A/S) : MAURICIO DE LIRIO ESPINACO (205914/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.579 (777)ORIGEM : 00002717320174036311 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : PAULO AUGUSTO BARRETOADV.(A/S) : CARLA APARECIDA ALVES DE OLIVEIRA (105190/MG,

367105/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.589 (778)ORIGEM : AREsp - 201561310008285 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULO

REGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNIFAC ASSOCIACAO DE ENSINO DE BOTUCATUADV.(A/S) : JOSIANE POPOLO DELL AQUA ZANARDO (103992/SP)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verificam-se óbices jurídicos intransponíveis

ao processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral e de incidência da Súmula 281 do Supremo Tribunal Federal.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.601 (779)ORIGEM : AREsp - 02184606720088260100 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FINDER'S FRANCHISING E PARTICIPAÇÕES LTDARECTE.(S) : TOMÁS CARLOS CRHAKRECTE.(S) : DUST TECNOLOGIA EM LIMPEZA LTDARECTE.(S) : OSWALDO ALVESADV.(A/S) : JOAO CARLOS DUARTE DE TOLEDO (205372/SP)ADV.(A/S) : RICARDO MADRONA SAES (140202/SP)RECDO.(A/S) : JANI-KING FRANCHISING INCADV.(A/S) : ALEXANDRE ALCINO DE BARROS (220468/SP)

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no presente

processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário com Agravo n. 748.371, Tema n. 660): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.620 (780)ORIGEM : 00375537820174036301 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MARILENA CAMARA ACUNAADV.(A/S) : LIGIA APARECIDA SIGIANI PASCOTE (115661/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.622 (781)ORIGEM : 00319979520174036301 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MARIA GERALDA DE CARVALHOADV.(A/S) : LIGIA APARECIDA SIGIANI PASCOTE (115661/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 76

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.624 (782)ORIGEM : 00289692220174036301 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BENONE AUGUSTO DE PAIVAADV.(A/S) : LIGIA APARECIDA SIGIANI PASCOTE (115661/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.625 (783)ORIGEM : 00271383620174036301 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JOAO APARECIDO DE PAULOADV.(A/S) : LIGIA APARECIDA SIGIANI PASCOTE (115661/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.632 (784)ORIGEM : 00094497620174036301 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ISABEL DE SOUZA MARTINSADV.(A/S) : LIGIA APARECIDA SIGIANI PASCOTE (115661/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.634 (785)ORIGEM : 00060537620174036306 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : LUIZ BARBOSAADV.(A/S) : LIGIA APARECIDA SIGIANI PASCOTE (115661/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.637 (786)ORIGEM : AREsp - 00093960820018260053 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ALVARO LUZ FRANCO PINTOADV.(A/S) : PAULO ALVES ESTEVES (15193/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOINTDO.(A/S) : RODRIGO STUDART LOPESINTDO.(A/S) : GISELE STUDART LOPESINTDO.(A/S) : ROGÉRIO STUDART LOPESADV.(A/S) : VAGNER MENDES BERNARDO (182225/SP)ADV.(A/S) : JOSE ROGERIO CRUZ E TUCCI (53416/SP)INTDO.(A/S) : JOSUÉ DA SILVEIRA BARROSADV.(A/S) : DANIELA GUITTI GIANELLINI (205266/SP)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.640 (787)ORIGEM : 00020438720174036338 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MARIA DO CARMO DE SOUSAADV.(A/S) : CARLA APARECIDA ALVES DE OLIVEIRA (105190/MG,

367105/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.642 (788)ORIGEM : 00020313920174036317 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MARIA ELI DE SIQUEIRA ALMEIDAADV.(A/S) : CARLA APARECIDA ALVES DE OLIVEIRA (105190/MG,

367105/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.650 (789)ORIGEM : 00012841420174036342 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : SONIA CHABARIBERY DOS SANTOS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 77

ADV.(A/S) : LIGIA APARECIDA SIGIANI PASCOTE (115661/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.652 (790)ORIGEM : 00011781820174036321 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : STEFANY SILVA FONSECAADV.(A/S) : TARCISIO XAVIER PEREIRA (144450/RJ)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.669 (791)ORIGEM : 00422772820174036301 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JONAS FERREIRA DE PAIVAADV.(A/S) : LIGIA APARECIDA SIGIANI PASCOTE (115661/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.672 (792)ORIGEM : 00272345120174036301 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JOSE LOPES DA SILVAADV.(A/S) : CARLA APARECIDA ALVES DE OLIVEIRA (105190/MG,

367105/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.673 (793)ORIGEM : AREsp - 00006846120148260283 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTE

RECTE.(S) : LEONIDAS MODESTO DE ABREU JUNIORADV.(A/S) : GELDES RONAN GONCALVES (274622/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.674 (794)ORIGEM : 00236438120174036301 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : PLACIDO PELLEGRINIADV.(A/S) : CARLA APARECIDA ALVES DE OLIVEIRA (105190/MG,

367105/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.689 (795)ORIGEM : AREsp - 682552016 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO MATO GROSSOPROCED. : MATO GROSSOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSORECDO.(A/S) : LUCIANA ALVES DA SILVAADV.(A/S) : ADRIELY APARECIDA CEZARETO (20054/O/MT)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.690 (796)ORIGEM : AREsp - 00168386920158270000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO TOCANTINSPROCED. : TOCANTINSREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : WELLINGTON PINTO GOUVEIAADV.(A/S) : IVAIR MARTINS DOS SANTOS (105/TO)RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE ARAGUAINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

ARAGUAÍNA

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.740 (797)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 78

ORIGEM : 05054981420164058300 - TRF5 - PE - 1ª TURMA RECURSAL

PROCED. : PERNAMBUCOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : SUELI DOS SANTOS DA SILVAADV.(A/S) : EDCRIS CEZAR BARBOSA BELO (31106/PE)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.782 (798)ORIGEM : 00209993920158178201 - TJPE - 1º COLÉGIO

RECURSAL - 1ª TURMA - CÍVEL DE RECIFEPROCED. : PERNAMBUCOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : FUNDACAO DE APOSENTADORIAS E PENSOES DOS

SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCORECDO.(A/S) : MARIA FLORIZE ALBUQUERQUE SILVARECDO.(A/S) : BERNARDO RABELO BRUTO DA COSTAADV.(A/S) : BERNARDO RABELO BRUTO DA COSTA (33666/PE)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.791 (799)ORIGEM : 00016879320178050230 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO DA

BAHIA COELBAADV.(A/S) : PAULO ABBEHUSEN JUNIOR (28568/BA)RECDO.(A/S) : ADRIANA LIMA DE SANTANAADV.(A/S) : LUIZ ARMANDO CEDRO VILAS BOAS JUNIOR

(9952/BA)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.802 (800)ORIGEM : 00001437020178050230 - TJBA - 5ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO DA

BAHIA COELBAADV.(A/S) : PAULO ABBEHUSEN JUNIOR (28568/BA)RECDO.(A/S) : LUCIENE SILVA SANTOSADV.(A/S) : LUIZ ARMANDO CEDRO VILAS BOAS JUNIOR

(9952/BA)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.815 (801)ORIGEM : 70073406209 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ROQUE DEMIR SPILLEREADV.(A/S) : ARIOSVALDO MENDES RUFINO (38325/SC)ADV.(A/S) : PETERSON MEDEIROS DE OLIVEIRA (32412/BA,

16231/SC)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no presente

processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário com Agravo n. 748.371, Tema n. 660): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.817 (802)ORIGEM : 00003652620178050137 - TJBA - 5ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO DA

BAHIA COELBAADV.(A/S) : RAFAEL MARTINEZ VEIGA (24637/BA)ADV.(A/S) : MARCELO SALLES DE MENDONCA (17476/BA)RECDO.(A/S) : JOAO PEREIRA DOS SANTOSADV.(A/S) : AFONSO HENRIQUE CORDEIRO ARAUJO MAIA

(43632/BA)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.818 (803)ORIGEM : 00026195320178050110 - TJBA - 4ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO DA

BAHIA COELBAADV.(A/S) : MARCELO SALLES DE MENDONCA (17476/BA)ADV.(A/S) : BRUNO NASCIMENTO DE MENDONCA (21449/BA)ADV.(A/S) : RAFAEL MARTINEZ VEIGA (24637/BA)RECDO.(A/S) : MARIO ALEXANDRE DE NOVAESADV.(A/S) : TIAGO DA SILVA SOARES (33545/BA)ADV.(A/S) : HELDER MOREIRA DE NOVAES (37877/BA)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de aplicação da sistemática da repercussão geral na origem.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.822 (804)ORIGEM : 00382636920158178201 - TJPE - 1º COLÉGIO

RECURSAL - 1ª TURMA - CÍVEL DE RECIFEPROCED. : PERNAMBUCOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : TELEFONICA BRASIL S.A.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 79

ADV.(A/S) : PAULO EDUARDO PRADO (11819A/AL, A917/AM, 33407/BA, 24314-A/CE, 34599/DF, 32791/GO, 131369/MG, 15026-A/MS, 16940/A/MT, 19175-A/PA, 18600-A/PB, 01335/PE, 10204/PI, 58335/PR, 168325/RJ, 982-A/RN, 4881/RO, 434-A/RR, 82065A/RS, 182951/SP, 4873/TO)

RECDO.(A/S) : ANDRE LUIZ CAZE DOS SANTOSADV.(A/S) : ANDRE LUIZ CAZE DOS SANTOS (25992/PE)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.936 (805)ORIGEM : 4824024420118090137 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE GOIÁSPROCED. : GOIÁSREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : GONCALVES GARCIA E OLIVEIRA LTDAADV.(A/S) : RICARDO FREITAS QUEIROZ (32471/GO)RECDO.(A/S) : RESTAURANTES MULTISABORES LTDAADV.(A/S) : PAULO ROBERTO MACHADO BORGES (17129/GO)

DESPACHO1. Este Supremo Tribunal submeteu as questões trazidas no presente

processo à sistemática da repercussão geral (Recurso Extraordinário com Agravo n. 748.371, Tema n. 660): ausência de repercussão geral.

2. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para observância dos procedimentos previstos na al. a do inc. I do art. 1.030 do Código de Processo Civil (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.006 (806)ORIGEM : AREsp - 201302010115586 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : RAMONA - SERVICOS DE FERRO LTDA - EPPRECTE.(S) : WANNER ORNELLAS CORTATADV.(A/S) : MARCOS SILVERIO DE CARVALHO (138122/RJ)ADV.(A/S) : RENATA PASSOS BERFORD GUARANA

VASCONCELLOS (36465/DF, 44218/PE, 112211/RJ, 363923/SP)

RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.007 (807)ORIGEM : 21383740620168260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : GILDASIO BARBOSA DOS SANTOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSE GONCALVES DE LIMA NETO (347191/SP)RECDO.(A/S) : IMOBILIARIA E CONSTRUTORA CONTINENTAL LTDAADV.(A/S) : EVANDRO GARCIA (1505A/MG, 146317/SP)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.018 (808)ORIGEM : 03743910420108260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ESPÓLIO DE MATHILDE BITTAR ARESADV.(A/S) : JACOB BOIMEL (38521/SP)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.064 (809)ORIGEM : AREsp - 10183040767877006 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JOSE LAURENTINO BRAZADV.(A/S) : JOSE OSVALDO MOREIRA (55316/MG)RECDO.(A/S) : RAIMUNDO GABRIEL DOS SANTOSADV.(A/S) : ANDERSON MORAES PORTES DE OLIVEIRA (109667/

MG)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.072 (810)ORIGEM : AREsp - 10011069520158260602 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : RODRIGO HENRIQUE FRANZONI ESCAMEZADV.(A/S) : ITALO ROSENDO (357251/SP)RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE SOROCABAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

SOROCABAADV.(A/S) : DIEGO TAMARU (339940/SP)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de deficiência na fundamentação do agravo (Súmula n. 287 do Supremo Tribunal).

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.082 (811)ORIGEM : AREsp - 00081213920178040000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONASPROCED. : AMAZONASREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MARLIZETE DE ALMEIDAADV.(A/S) : JOCINEIDE MARIA DE SOUSA RAMOS (4152/AM, 7744-

A/MA)RECDO.(A/S) : FUNDO PREVIDENCIÁRIO DO ESTADO DO

AMAZONAS - AMAZONPREVADV.(A/S) : LUCIANE BARROS DE SOUZA (4.789/AM)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 80

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.099 (812)ORIGEM : AREsp - 201551010324850 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : LABORATORIO DE ANALISES CLINICAS BARONESA

EIRELI - EPPADV.(A/S) : RENATA PASSOS BERFORD GUARANA

VASCONCELLOS (36465/DF, 44218/PE, 112211/RJ, 363923/SP)

RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.104 (813)ORIGEM : AREsp - 00014211320128260646 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : AIRTON CESAR CASAGRANDEADV.(A/S) : JOAO PAULO ABREU (332644/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.279 (814)ORIGEM : 00342222520168178201 - TJPE - 1º COLÉGIO

RECURSAL - 1ª TURMA - CÍVEL DE RECIFEPROCED. : PERNAMBUCOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : LUCIANO CESAR SOUZA DE FREITASADV.(A/S) : LIVIA AMORIM MAGALHAES (28344/PE)RECDO.(A/S) : CARLOS EDUARDO PEDROSA FREITASADV.(A/S) : RAFAELA LEONCIO ALMEIDA SILVA (33045/PE)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.350 (815)ORIGEM : 10175150026078001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JOSE LOURENCORECTE.(S) : JOAO PINTO DE SOUSA

RECTE.(S) : LIA PINTO DE JESUSADV.(A/S) : WAGNER FERNANDO SAFE (35865/MG)ADV.(A/S) : FLAVIA PEREIRA AMARAL MOREIRA (133287/MG)RECDO.(A/S) : ANGLO AMERICAN MINERIO DE FERRO BRASIL S/AADV.(A/S) : LEONARDO FARINHA GOULART (55510/DF,

110851/MG, 213213/RJ, 396591/SP)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.493 (816)ORIGEM : REsp - 50037502720114047101 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : PAULO FERNANDO MARQUES DE JESUSADV.(A/S) : HALLEY LINO DE SOUZA (54730/RS)

DESPACHO1. Examinados os autos, ausentes óbices jurídicos a justificarem a

atuação desta Presidência na relatoria deste recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal):

“Art. 13. São atribuições do Presidente: (…) até eventual distribuição, os agravos de instrumento, recursos extraordinários e petições ineptos ou de outro modo manifestamente inadmissíveis, inclusive por incompetência, intempestividade, deserção, prejuízo ou ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral, bem como aqueles cuja matéria seja destituída de repercussão geral, conforme jurisprudência do Tribunal”.

2. Pelo exposto, determino a distribuição deste recurso na forma regimental.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.957 (817)ORIGEM : 00027905320158178223 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : PERNAMBUCOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JOAO JANUARIO REGIO DE SOUZAADV.(A/S) : LUIZ GUSTAVO UCHOA DE ALMEIDA (18997/PE)ADV.(A/S) : MIRNA DIMENSTEIN (19043/PE)RECDO.(A/S) : BARBARA CAMAROTTI REBELLO FERREIRAADV.(A/S) : GISELLE VALENCA DE MEDEIROS (17828/PE)

DECISÃO1. Examinados os autos, verifica-se óbice jurídico intransponível ao

processamento deste recurso: o caso é de ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

2. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso (al. c do inc. V do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

SUSPENSÃO DE TUTELA PROVISÓRIA 35 (818)ORIGEM : SLS - 80016189620188050000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEREQTE.(S) : MUNICIPIO DE GUANAMBIADV.(A/S) : GABRIEL DE OLIVEIRA CARVALHO (34788/BA)REQDO.(A/S) : RELATOR DA TUTELA ANTECIPADA ANTECEDENTE

N.º 0026433-36.2017.8.05.0000 DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA

BAHIA

DECISÃOSUSPENSÃO DE TUTELA PROVISÓRIA. CONTRATAÇÃO

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 81

TEMPORÁRIA. NOMEAÇÃO DE CANDIDATOS APROVADOS EM CONCURSO PÚBLICO. ALEGADO RISCO DE LESÃO À ECONOMIA PÚBLICA: NÃO CONFIGURAÇÃO. SUSPENSÃO DE TUTELA PROVISÓRIA INDEFERIDA.

Relatório1. Suspensão de Liminar ou Antecipação de Tutela ajuizada

inicialmente no Tribunal de Justiça da Bahia (Processo n. 8001618-96.2018.8.05.0000), em 1º.2.2018, contra decisão proferida na Tutela Antecedente Recursal n. 0026433-36.2017.8.05.0000, pela qual a Desembargadora Relatora deferiu a antecipação dos efeitos da tutela na Apelação em Ação Civil Pública n. 0500604-57.2016.8.05.0088 para proibir o Município de Guanambi de renovar contratos temporários vigentes e de celebrar novos contratos temporários, podendo, se necessário, nomear os candidatos aprovados no cadastro de reserva do concurso público regido pelo Edital n. 1/2015.

Em 23.3.2016, o Ministério Público da Bahia ajuizou a Ação Civil Pública n. 0500604-57.2016.8.05.0088, objetivando a condenação do Município de Guanambi/BA “a se abster de realizar novas contratações temporárias, nos moldes aqui combatidos, ou renovar os contratos já existentes para a realização de atividades prestadas regular e diretamente pela administração pública municipal; 2) Declarar a nulidade dos contratos listados nesta inicial (...) para assim obrigar o Chefe do Executivo Municipal (…) a rescindi-los, no prazo de 10 (dez) dias, devendo, no primeiro dia útil seguinte ao término do referido prazo, substituir todos os profissionais contratados (listados nesta inicial) por aprovados no certame, respeitada a ordem de classificação final do Concurso Público, Edital n. 01/2015” (doc. 4, fl. 176).

O indeferimento da medida liminar requerida naquela ação ensejou a interposição de Agravo de Instrumento n. 0016206-21.2016.8.05.000, ao qual a Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Bahia deu parcial provimento para determinar ao Município que se abstenha de “realizar novas contratações temporárias e de renovar eventuais contratos precários vigentes, especificamente em relação às funções indicadas na petição inicial da ação civil pública” (doc. 1, fl. 34).

Em 26.10.2017, o juízo da Segunda Vara dos Feitos Cíveis e Anexos da Comarca de Guanambi/BA julgou improcedentes os pedidos deduzidos na ação, ao fundamento de inexistir ilegalidade na celebração de contratos temporários com respaldo na Lei municipal n. 1.013/2015, tampouco disporiam de direito subjetivo à nomeação os candidatos aprovados fora do número de vagas disponibilizadas no concurso público conduzido pelo Município (doc. 2, fl. 63).

Contra essa decisão, o Ministério Público da Bahia interpôs apelação e formulou o requerimento de Tutela Antecedente Recursal n. 0026433-36.2017.8.05.0000, o qual foi deferido pela Desembargadora Relatora, em 18.12.2017, para “proibir o Município de Guanambi de realizar novas contratações temporárias e de renovar eventuais contratos precários vigentes, especificamente em relação às funções indicadas na petição inicial do presente pedido autônomo de tutela provisória, cabendo-lhe, caso necessite de profissionais nas referidas áreas, nomear os candidatos aprovados para o 'cadastro de reserva' do certame, seguindo-se rigorosamente a ordem de classificação, sob pena de multa diária no importe de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), a ser adimplida pelo Município de Guanambi, sem prejuízo de eventual responsabilização criminal e administrativa por parte do prefeito municipal” (doc. 1, fl. 40).

Essa decisão foi objeto de agravo interno (doc. 1, fl. 41), desprovido (doc. 2, fl. 52), e da Suspensão de Liminar ou Antecipação de Tutela n. 8001618-96.2018.8.05.0000, remetida pelo Presidente do Tribunal de Justiça da Bahia ao Superior Tribunal de Justiça (Suspensão de Liminar e de Sentença n. 2.362).

Em 11.5.2018, a Ministra Presidente do Superior Tribunal de Justiça remeteu os autos da presente medida a este Supremo Tribunal, ao fundamento de que a controvérsia jurídica se estabeleceria sobre o princípio do concurso público (doc. 5, fl. 3).

Daí a presente suspensão de tutela provisória, na qual o requerente sustenta que a manutenção da decisão contrastada acarreta risco de lesão à ordem e à economia públicas, por obstar a celebração e a renovação de contratos temporários pelo Município e determinar a nomeação de candidatos aprovados em concurso público.

Narra o requerente que a controvérsia teria origem no preenchimento dos 419 (quatrocentos e dezenove) cargos públicos ofertados pelo Município de Guanambi no concurso público regido pelo Edital n. 1/2015, embora todos os candidatos aprovados no número de vagas tenham sido convocados na vigência do certame, que teria se exaurido em 21.7.2017.

Pontua que “a pretensão original resume-se à afirmação de realização de elevado número de contratações temporárias, circunstância posta como preterição de candidatos aprovados no concurso público. Daí a ação civil pública, objetivando o impedimento de novas contratações temporárias, a declaração de nulidade dos contratos listados na petição inicial e substituição dos profissionais contratados de forma precária por candidatos aprovados no concurso” (fl. 9).

Argumenta que a decisão impugnada teria sido proferida sem a oitiva prévia o Município e representaria esgotamento da demanda, em virtude de sua natureza satisfativa, o que seria vedado pelo art. 1º, § 3°, da Lei n. 8.437/1992 e pelo art. 2-B da Lei n. 9.494/1997.

Argumenta que “a nomeação e posse de classificados em concurso público para cargo efetivo é medida irreversível e não provisória, sendo incompatível com decisão não transitada em julgado, muito menos com decisão liminar, sobretudo quando o município já possui sentença favorável” (fl. 12).

Pondera que “a revogação/anulação da decisão não gera prejuízo algum às partes, bem como não é passível de irreversibilidade, uma vez que a demanda se resume à convocação de classificados em concurso público e não de aprovados, pois que todos já foram convocados, além de inúmeros aprovados até o termo final de validade do concurso, em 21/07/2017, não podendo o município convocar candidatos que foram meramente classificados nas últimas colocações” (fl. 13).

Assinala que “a indigitada preterição de aprovados em concurso público ante a existência de contratos temporários – encontra-se fortemente conspurcada, em razão da convocação e nomeação de TODOS os candidatos aprovados dentro do número de vagas ofertadas no concurso (419 vagas), avançando as convocações para além deste número – classificados além do número de vagas ofertadas (e.g. na convocação de professores da educação infantil, cargo para o qual foram disponibilizadas 14 (quatorze) vagas, tendo sido convocados 71 (setenta e um) professores)” (fl. 18).

Acrescenta que o concurso público em questão teria expirado sua validade em 21.7.2017 e não preveria a formação de cadastro de reserva, pelo que não se poderia convocar novos candidatos.

O Requerente afirma combater por esta medida de contracautela “a imposição da obrigação veiculada na decisão provisória de convocação de candidatos classificados em concurso cumprido e expirado – em detrimento, até mesmo, das prerrogativas da administração que abrange o exame da oportunidade e conveniência em lançar um edital para um novo processo seletivo – o que seria plausível caso referida obrigação fosse veiculada em decisão judicial terminativa, transitada em julgado e de preferência de órgão colegiado e jamais como está sendo posta em decisão provisória já parcialmente modificada, de forma arbitrária e ilegal, razão que informa o presente requerimento a Vossa Respeitosa Autoridade” (fl. 19).

Requer a “suspensão da decisão liminar expedida no pedido de Tutela Antecedente Recursal nº 002643-2017.8.05.0000, na forma do §7º, artigo 4º, da lei 8.437/92,2 afastando-se as proibições ali contidas, pois que, absolutamente incompatíveis com o diploma legal invocado, especialmente, no tocante ao caráter indiscutivelmente satisfativo da R. Decisão, até posterior deliberação, a saber, o trânsito em julgado3 da demanda, na qual, o Requerente já possui sentença de mérito completamente favorável, o que demonstra, por si só, a viabilidade do presente requerimento, além, obviamente, de amplificar o risco de dano irreparável e irreversível ao Município de Guanambi em caso de manutenção dos efeitos de tão absurda e arbitrária decisão” (fl. 20).

4. Em 11.5.2018, a Ministra Presidente do Superior Tribunal de Justiça determinou a remessa da suspensão a este Supremo Tribunal, ao fundamento de que a matéria controvertida na ação subjacente seria de natureza constitucional, consistente na alegada contrariedade ao art. 37, inc. II, da Constituição da República.

Examinados os elementos havidos nos autos eletrônicos, DECIDO.5. As medidas de contracautela postas à disposição das pessoas

jurídicas de direito público consubstanciam medidas excepcionais, destinadas a resguardar a ordem, a saúde, a segurança e a economia públicas, exigindo-se, para tanto, além da existência de risco de lesão a esses valores, a comprovação da natureza constitucional da questão jurídica controvertida, o que na espécie vertente se estabelece sobre o art. 37, incs. II e IX, da Constituição da República, em especial o direito subjetivo à nomeação potencialmente titularizado por candidatos aprovados em concurso público que tenham tido sua convocação preterida. Presente, portanto, a matéria constitucional a justificar o pedido de suspensão pela Presidência deste Supremo Tribunal.

6. O pedido de suspensão de segurança não autoriza o exame aprofundado da demanda subjacente nem forma quanto a ela juízo definitivo ou vinculante sobre os fatos e fundamentos submetidos ao cuidado das instâncias ordinárias. Na suspensão de segurança não se analisa detidamente o mérito da ação mandamental, mas a existência dos aspectos relacionados à potencialidade lesiva do ato decisório em face dos interesses públicos relevantes assegurados em lei.

Nessa perspectiva, o exame da demanda indica que a espécie não revela situação jurídica apta a justificar a suspensão da decisão proferida na Tutela Antecedente Recursal n. 0026433-36.2017.8.05.0000.

7. Ao examinar o requerimento de Tutela Antecedente Recursal n. 0026433-36.2017.8.05.0000 formulado pelo Ministério Público da Bahia, a Desembargadora Relatora assentou:

“O Ministério Público do Estado da Bahia formulou pedido autônomo de tutela provisória na apelação interposta na ação civil pública nº 0500604-57.2016.8.05.0088, proposta pelo ora requerente em face do Município de Guanambi e de Charles Fernandes Silveira Santana, então Prefeito do Município de Guanambi, em razão do juízo a quo ter julgado improcedente a demanda (…)

Salienta que, “inesperadamente, em 26/10/2017 (apenas 3 dias depois da sessão de julgamento da Primeira Câmara Cível do TJ/BA que deu provimento parcial ao AI), o Ministério Público se viu surpreendido com a sentença apelada, que, desconsiderando os fundamentos do acórdão acima

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referido, julgou improcedentes os pedidos formulados na inicial”.Informa que “a filha do magistrado sentenciante, Sra. Juliana Vilas

Boas Lelis Lima, desde o ano de 2013, figura como psicóloga contratada pelo Município de Guanambi”, ressaltando que “resumos contratuais denotam que referida servidora (em que pese ter prestado o concurso público edital 001/2015 para o qual não foi aprovada, eis que classificada na 51ª posição), vem, reiteradamente, exercendo as funções de psicóloga do Município de Guanambi, fato que, por si só, descaracteriza a excecionalidade e temporariedade de sua contratação, bem como denota a parcialidade do Magistrado “a quo” na apreciação da demanda”.

Indica os cargos para os quais foram realizadas contratações ditas irregulares, mesmo diante da existência de aprovados no concurso público: Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais Libras, Psicólogo, Técnico em Laboratório, Técnico em Radiologia, Enfermeiro, Fisioterapeuta, Motorista, Odontólogo, Fiscal Sanitário, Assistente Administrativo, Técnico em Enfermagem, Professor de Educação Física, Auxiliar de Serviços Gerais, Agente de Combate a Endemias e Agente de Trânsito. (…)

Alega que “enquanto um psicólogo concursado, trabalhando 40 horas semanais, percebe remuneração de R$ 2.507,24 (dois mil, quinhentos e sete reais e vinte e quatro centavos), a filha do Magistrado contratada para o mesmo cargo, com jornada de trabalho equivalente à 20 horas semanais e 30 horas semanais, recebe remuneração superior”.

Sustenta que a sentença fere frontalmente a legalidade, pois autorizou ao Município de Guanambi a realizar novas contratações e renovar as existentes, mais de 800 (oitocentas), apesar de se saber que a Administração Pública deve se comportar conforme seus princípios norteadores, estabelecidos na Constituição.

Ressalta que a maioria dos contratos precários acostados aos autos apresentam como termo final a data de 31/12/2017 e a demora na apreciação da apelação implicará na renovação indiscriminada das contratações, que estariam ocorrendo desde o ano de 2010 e ocasionando danos irreparáveis ao erário municipal. (…)

É o relatório.O Ministério Público do Estado da Bahia requer a concessão da

antecipação da tutela recursal da apelação, por si interposta, em face da sentença proferida nos autos da ação civil pública nº 0500604-57.2016.8.05.0088, a qual julgou improcedente a demanda. (…)

Inicialmente, necessário pontuar que, de fato, a sentença combatida foi proferida apenas 3 (três) dias após o julgamento do agravo de instrumento nº 0016206-21.2016.8.05.0000 pela Primeira Câmara Cível (…)

Assim, ante a ausência de qualquer fato novo que altere o entendimento adotado pela Primeira Câmara Cível, permanece hígido o julgamento proferido pelo mencionado órgão colegiado, que restou assim ementado:

‘AGRAVO DE INSTRUMENTO NA AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA. CONCURSO PÚBLICO. CANDIDATOS APROVADOS FORA DO NÚMERO DE VAGAS OFERTADAS NO CERTAME. MERA EXPECTATIVA DE DIREITO À NOMEAÇÃO. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO INEQUÍVOCA DA EXISTÊNCIA DE CARGOS EFETIVOS VAGOS. CONTRATAÇÕES TEMPORÁRIAS. PROIBIÇÃO DE RENOVAÇÃO IMOTIVADA, SOB PENA DE DESVIRTUAÇÃO DA NATUREZA JURÍDICA CONSTITUCIONALMENTE PREVISTA. AGRAVO PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Encontra-se consolidado em sede de repercussão geral pelo STF o entendimento de que candidatos aprovados fora do número de vagas ofertadas em concurso público possuem mera expectativa de direito à nomeação, que convola-se em direito subjetivo apenas quando cabalmente demonstrada preterição arbitrária e imotivada por parte da Administração Pública, caracterizada por comportamento tácito ou expresso capaz de revelar a necessidade inequívoca de nomeação, tais como o surgimento de novas vagas ou a abertura de novo concurso durante o prazo de validade do certame anterior.

2. A formalização de contratos temporários possui previsão abstrata no art. 37, inciso IX, da CF/1988 e regramento específico na Lei Municipal nº 1.013/2015, sendo induvidoso que seu impacto orçamentário, financeiro e previdenciário apresenta-se menos oneroso do que contratações efetivas, com vínculos estatutários, com repercussões muito mais relevantes para a municipalidade.

3. A Promotoria de Justiça não se insurgiu contra o importante fundamento constante da decisão agravada de que alguns contratos temporários são subsidiados pelo Estado da Bahia e pela União, de modo que a substituição de tais vínculos precários pelo regime estatutário próprio dos servidores efetivos, tal como requerido liminarmente na ação civil pública, poderá acarretar em despesa orçamentária não prevista, de caráter irreversível e notadamente satisfativa.

4. Impõe-se ponderar que todos os aprovados dentro do número de vagas ofertadas pelo concurso público já foram nomeados, tendo ocorrido até mesmo nomeações de candidatos classificados para o 'cadastro de reserva'. Em complemento, o certame ainda encontra-se dentro do prazo de validade, de sorte que paulatinamente, mediante juízo discricionário que sopese, de forma racional e eficiente, as necessidades administrativas e as capacidades orçamentárias, caberá à Administração Pública efetuar as nomeações do modo que executivamente melhor lhe aprouver.

5. Tais elementos, apurados em juízo de delibação perfunctória, antes do aprofundamento da fase instrutória da ação civil pública, são

suficientes para afastar o pedido de anulação liminar dos contratos temporários indicados na exordial e a subsequente nomeação imediata dos candidatos classificados fora do número de vagas ofertadas no concurso público, sobretudo porque não entrevê-se preterição manifestamente arbitrária e imotivada com a formalização dos contratos precários pelo Município de Guanambi.

6. Por outro lado, praticamente todos os contratos temporários referenciados nos documentos que acompanharam a petição inicial da ação civil pública vigeram entre janeiro e dezembro de 2016, afigurando-se lícito concluir que eventual renovação ou nova contratação precária para as mesmas funções apontadas na exordial, onde existem candidatos aprovados no 'cadastro de reserva' do concurso público, podem configurar indicativo da intenção de burla à convocação dos classificados no certame, mediante a consolidação da prática reiterada de contratações temporárias, ano após ano, em detrimento da isonomia, da impessoalidade e da moralidade.

7. Nesses casos, ainda que inexista cargo efetivo criado por lei, a situação de fato consolidada poderá configurar efetiva existência de vaga para o exercício do cargo público, com vínculo estatutário, pois se há a necessidade reiterada e ininterrupta de contratações precárias, significa que o contrato em questão não se afigura temporário nem excepcional, em evidente contrariedade ao disposto no art. 37, inciso IX, da CF/1988 e na Lei Municipal nº 1.013/2015.

8. Apresenta-se como medida acautelatória legítima proibir o prefeito municipal de realizar novas contratações temporárias e de renovar eventuais contratos precários vigentes, especificamente em relação às funções indicadas na petição inicial da ação civil pública, cabendo-lhe, caso necessite de profissionais nas referidas áreas, nomear os candidatos aprovados para o 'cadastro de reserva' do certame, seguindo-se rigorosamente a ordem de classificação.

9. Agravo de instrumento parcialmente provido.Diante de tais circunstâncias, merece acolhida o pleito ministerial, a

fim de que seja concedida a antecipação da tutela recursal perseguida, ressaltando que, ante a iminência do recesso forense, que dificultará a intimação dos requeridos a tempo, e a possibilidade de renovação dos contratos que vencerão em 31/12/2017, deve ser esclarecido que eventual renovação de contratos temporários poderá ensejar a decretação de nulidade dos mesmos.

Ante o exposto, DEFIRO O PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DA TUTELA RECURSAL PERSEGUIDA, para proibir o Município de Guanambi de realizar novas contratações temporárias e de renovar eventuais contratos precários vigentes, especificamente em relação às funções indicadas na petição inicial do presente pedido autônomo de tutela provisória, cabendo-lhe, caso necessite de profissionais nas referidas áreas, nomear os candidatos aprovados para o 'cadastro de reserva' do certame, seguindo-se rigorosamente a ordem de classificação, sob pena de multa diária no importe de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), a ser adimplida pelo Município de Guanambi, sem prejuízo de eventual responsabilização criminal e administrativa por parte do prefeito municipal” (fl. 40).

7. O exame da presente medida de contracautela não revela plausibilidade jurídica na argumentação do Município requerente. Diferente do que pretende fazer crer, na decisão contrastada não se determinou a nomeação de candidatos aprovados em concurso público promovido pelo Município de Guanambi/BA. Nela se ressaltou apenas a irregularidade de contratações temporárias para o desempenho das mesmas funções atribuídas a cargos ofertados no concurso regido pelo Edital n. 1/2015, proibindo-as. Facultou-se ao gestor municipal o aproveitamento de candidatos aprovados naquele concurso público. Não se tem caracterizada, por isso mesmo, sequer tangencialmente, a alegada contrariedade ao art. 1º, § 3°, da Lei n. 8.437/1992 e art. 2-B da Lei n. 9.494/1997.

A decisão contrastada apoiou-se no acórdão prolatado pela Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Bahia no julgamento do Agravo de Instrumento n. 0016206-21.2016.8.05.0000, no qual assentado que a contratação temporária para o exercício das mesmas funções atribuídas aos cargos ofertados no concurso poderia evidenciar “burla à convocação dos classificados no certame, mediante a consolidação da prática reiterada de contratações temporárias, ano após ano, em detrimento da isonomia, da impessoalidade e da moralidade” (fl. 40).

Esse entendimento não destoa da orientação jurisprudencial deste Supremo Tribunal Federal. No julgamento da Suspensão de Segurança n. 5.026-AgR/PE, de relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski, o Plenário deste Supremo Tribunal decidiu:

“Ementa: AGRAVO REGIMENTAL. SUSPENSÃO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. NOMEAÇÃO DE CANDIDATOS APROVADOS. CONTRATAÇÃO PRECÁRIA. DECISÃO AGRAVADA QUE INDEFERIU A SUSPENSÃO DE SEGURANÇA. AUSÊNCIA DE GRAVE LESÃO À ORDEM PÚBLICA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. I A natureza excepcional da contracautela permite tão somente juízo mínimo de delibação sobre a matéria de fundo e análise do risco de grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas. II Decisão agravada que indeferiu o pedido de contracautela diante da ausência de comprovação da alegada lesão e da indisponibilidade financeira para o cumprimento das decisões. III O Supremo Tribunal Federal já decidiu que os aprovados em concurso público dentro do número de vagas previstas no edital possuem direito à nomeação. Precedente. IV A contratação precária mediante

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terceirização de serviço configura preterição na ordem de nomeação de aprovados em concurso público vigente, ainda que fora do número de vagas previstas no edital, quando referida contratação tiver como finalidade o preenchimento de cargos efetivos vagos. Precedentes. V Não se configura preterição quando a Administração realiza nomeações em observância a decisões judiciais. Precedentes. VI Alegações suscitadas na peça recursal que ultrapassam os estreitos limites da presente via processual e concernem somente ao mérito, cuja análise deve ser realizada na origem, não se relacionando com os pressupostos da suspensão de segurança. VII Agravo regimental a que se nega provimento” (DJ 29.10.2015).

No mesmo sentido: “Ementa: 1) A contratação temporária prevista no inciso IX do art. 37

da Constituição da República não pode servir à burla da regra constitucional que obriga a realização de concurso público para o provimento de cargo efetivo e de emprego público. 2) O concurso público, posto revelar critério democrático para a escolha dos melhores a desempenharem atribuições para o Estado, na visão anglo-saxônica do merit system, já integrava a Constituição Imperial de 1824 e deve ser persistentemente prestigiado. 3) Deveras, há circunstâncias que compelem a Administração Pública a adotar medidas de caráter emergencial para atender a necessidades urgentes e temporárias e que desobrigam, por permissivo constitucional, o administrador público de realizar um concurso público para a contratação temporária. 4) A contratação temporária, consoante entendimento desta Corte, unicamente poderá ter lugar quando: 1) existir previsão legal dos casos; 2) a contratação for feita por tempo determinado; 3) tiver como função atender a necessidade temporária, e 4) quando a necessidade temporária for de excepcional interesse público. 5) In casu, o Plenário desta Corte entreviu a inconstitucionalidade de toda a Lei nº 4.599 do Estado do Rio de Janeiro que disciplina a contratação temporária, dado o seu caráter genérico diante da ausência de uma delimitação precisa das hipóteses de necessidade de contratação temporária. Restou ressalvada a posição vencida do relator, no sentido de que apenas o art. 3º da norma objurgada conteria preceito inconstitucional, posto dúbio e dotado de trecho capaz de originar uma compreensão imprecisa, inválida e demasiado genérica, no sentido de que a própria norma por si só estaria criando os cargos necessários à realização da atividade, o que é juridicamente inviável, uma vez que referida providência dependeria de lei específica a ser aprovada diante de uma superveniente necessidade, nos termos do que previsto no art. 61, §1º, II, alínea a, da Constituição da República. 6) É inconstitucional a lei que, de forma vaga, admite a contratação temporária para as atividades de educação pública, saúde pública, sistema penitenciário e assistência à infância e à adolescência, sem que haja demonstração da necessidade temporária subjacente. 7) A realização de contratação temporária pela Administração Pública nem sempre é ofensiva à salutar exigência constitucional do concurso público, máxime porque ela poderá ocorrer em hipóteses em que não há qualquer vacância de cargo efetivo e com o escopo, verbi gratia, de atendimento de necessidades temporárias até que o ocupante do cargo efetivo a ele retorne. Contudo, a contratação destinada a suprir uma necessidade temporária que exsurge da vacância do cargo efetivo há de durar apenas o tempo necessário para a realização do próximo concurso público, ressoando como razoável o prazo de 12 meses. (...)” (ADI 3.649/RJ, Relator o Ministro Luiz Fux, Plenário, DJ 30.10.2014).

“Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO. CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA. EXISTÊNCIA DE CANDIDATOS DEVIDAMENTE APROVADOS E HABILITADOS EM CERTAME VIGENTE. PRECEDENTES. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. A ocupação precária, por comissão, terceirização, ou contratação temporária, para o exercício das mesmas atribuições do cargo para o qual promovera o concurso público, configura ato administrativo eivado de desvio de finalidade, caracterizando verdadeira burla à exigência constitucional do artigo 37, II, da Constituição Federal. Precedente: AI 776.070-AgR, Relator Ministro Gilmar Mendes, Dje 22/03/2011. (…) III- A realização de processo seletivo simplificado, no caso ora apresentado, representou manifesta afronta à Lei Estadual nº 6.915/97, a qual regula a contratação temporária de professores no âmbito do Estado do Maranhão, especificamente do inciso VII do seu art. 2º. IV- Com efeito, a disposição acima referida é clara no sentido de que somente haverá necessidade temporária de excepcional interesse público na admissão precária de professores na Rede Estadual de Ensino acaso não existam candidatos aprovados em concurso público e devidamente habilitados. V- A atividade de docência é permanente e não temporária. Ou seja, não se poderia admitir que se façam contratações temporárias para atividades permanente, mormente quando há concurso público em plena vigência, como no caso em apreço. Essa contratação precária, friso uma vez mais, é uma burla à exigência constitucional talhada no art. 37, II, da CF/88. VI- Segurança concedida. 3. Agravo regimental não provido (ARE 649.046-AgR/MA, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJ 13.9.2012).

E ainda: ARE 971.251-AgR/PI, Relator o Roberto Barroso, Primeira Turma, DJ 6.9.2016; ARE 880.946-AgR/PI, Relatora a Ministra Rosa Weber, Primeira Turma, DJ 11.6.2015; ARE 802.958-AgR/PI, Relator o Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, DJ 14.11.2014; ARE 836.135-AgR/RO, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJ 12.11.2014; RE 654.170-AgR/MA,

Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJ 15.4.2013, dentre outras.

8. Argumenta o Requerente que o edital sequer teria previsto a formação de cadastro de reserva. Entretanto, consta da inicial a afirmação de que teriam sido convocados quatrocentos e quarenta e oito candidatos de um total de quatrocentos e dezenove vagas, do que se depreende terem sido nomeados candidatos aprovados além do número de vagas inicialmente previstos, como se deu, por exemplo, no caso dos professores da educação infantil (fl. 18 da inicial).

9. A afirmação de que a decisão contrastada não teria atentado para a circunstância de que a validade do certame teria se exaurido deve ser solucionada na via processual própria. É pacífico o entendimento neste Supremo Tribunal de não se poder utilizar o incidente de suspensão como sucedâneo ao recurso cabível. Nesse sentido por exemplo: SL n. 986/MS, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe 3.6.2016; SL n. 14/MG, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 3/10/2003; SL n. 56-AgR/DF, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 23/6/2006; SS n. 2.900/DF, Relator o Ministro Nelson Jobim, DJ de 24/3/2006; SS n. 1.299, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ 30.04.99; SS n. 2.184, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ 14.11.03; SS n. 2.714, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ 1º.8.2005, entre outros.

10. Pelo exposto, indefiro o presente requerimento de suspensão de tutela provisória.

Intime-se.Publique-se. Brasília, 18 de maio 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Presidente

PLENÁRIO

Decisões

Ação Direta de Inconstitucionalidade e Ação Declaratória de Constitucionalidade

(PUBLICAÇÃO DETERMINADA PELA LEI Nº 9.868, DE 10.11.1999)

ACÓRDÃOS

AG.REG. NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.265 (819)ORIGEM : ADI - 83607 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS MAGISTRADOS

ESTADUAIS - ANAMAGESADV.(A/S) : DANIEL CALAZANS PALOMINO TEIXEIRA (42391/DF,

128887/MG, 385575/SP) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO

PAULO

Decisão: O Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, negou provimento ao agravo regimental, vencido o Ministro Marco Aurélio. O Ministro Dias Toffoli acompanhou o Relator com ressalva de entendimento. Plenário, sessão virtual de 30.3 a 6.4.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS MAGISTRADOS ESTADUAIS (ANAMAGES). LEGITIMIDADE ATIVA. LEI COMPLEMENTAR 1.031/2007 DO ESTADO DE SÃO PAULO. NORMA DE INTERESSE DA MAGISTRATURA ESTADUAL. NÃO IMPUGNAÇÃO À NORMA DO MESMO COMPLEXO NORMATIVO. AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR. IMPOSSIBILIDADE DE ADITAMENTO DA INICIAL. NECESSIDADE DE NOVAS INFORMAÇÕES. DESPROVIMENTO DO AGRAVO REGIMENTAL.

1. Embora a ANAMAGES represente apenas fração da classe dos magistrados, a jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL passou a reconhecer a sua legitimidade ativa quando a norma objeto de controle de constitucionalidade referir-se exclusivamente à Magistratura de determinado ente da Federação. Precedentes.

2. A não impugnação de todas as normas que integram o conjunto normativo apontado como inconstitucional implica a ausência do interesse de agir da parte requerente. Precedentes.

3. Entendimento desta CORTE no sentido de que o aditamento da inicial só é possível, observados os princípios da economia e da celeridade processuais, quando a inclusão de nova impugnação dispensa a requisição de novas informações. No presente caso, não é possível tal aditamento com a finalidade de corrigir vício relativo à legislação não impugnada do complexo normativo.

4. Agravo Regimental a que se nega provimento.

SECRETARIA JUDICIÁRIA

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PATRÍCIA PEREIRA DE MOURA MARTINSSECRETÁRIA

PAUTA DE JULGAMENTOS

PAUTA Nº 49 - Elaborada nos termos do art. 83 do Regimento Interno, para julgamento do(s) processo(s) abaixo relacionado(s):

AG.REG. NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 5.757 (820)ORIGEM : 5757 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : FEDERACAO BRASILEIRA DE ASS.DE FISC.DE

TRIB.ESTADUAISADV.(A/S) : JOSE ALFREDO BORGES (21350/MG) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : CONGRESSO NACIONALPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOControle de Constitucionalidade

AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.452 (821)ORIGEM : RMS - 31721 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : INDALÉCIO MARTINS DAL SECCHI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ARTHUR DE CASTILHO NETO (846A/DF)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.634 (822)ORIGEM : 30941 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : TERESA CRISTINA MALFITANO PINHEIRO CHAGASADV.(A/S) : WAGNER JULIO MAGALHAES FERREIRA (137326/RJ)AGDO.(A/S) : PRIMEIRA TURMA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERALADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Matéria:DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHOAtos ProcessuaisNulidade

AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.684 (823)ORIGEM : 2684 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : AMARO DEWESADV.(A/S) : DECIO ANTONIO ERPEN (49151/RS) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServiçosConcessão / Permissão / AutorizaçãoTabelionatos, Registros, Cartórios

AG.REG. NOS EMB.DIV. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.030.561

(824)

ORIGEM : 00248838820088060001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ

PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁAGDO.(A/S) : RODRIGO MIRANDA BARRETOADV.(A/S) : PAULO SERGIO PASSOS URANO DE CARVALHO

(12842/CE)

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOConcurso Público / EditalClassificação e/ou Preterição

AG.REG. NOS EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 986.333

(825)

ORIGEM : 70065821324 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : MARCELO SEDREZ TERRES TONIALADV.(A/S) : BRUNO IRION COLETTO (79274/RS)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOConcurso Público / EditalAnulação e Correção de Provas / Questões

AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 6.858 (826)ORIGEM : 10023503120184013400 - JUIZ FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINAGTE.(S) : ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS BACHARÉIS EM

DIREITO -ANBADV.(A/S) : EFRAIM FIDELIS RODRIGUES (112531/SP)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : MINISTERIO DA EDUCACAOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Matéria:DIREITO DO TRABALHOCategoria Profissional EspecialAdvogados

AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 35.581 (827)ORIGEM : 35581 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : DANILO JORGE DE BARROS CABRALADV.(A/S) : RAFAEL DE ALENCAR ARARIPE CARNEIRO (25120/DF,

409584/SP, 4958/TO)ADV.(A/S) : FELIPE SANTOS CORREA (53078/DF)ADV.(A/S) : IGOR SUASSUNA LACERDA DE VASCONCELOS

(47398/DF)AGDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOControle de ConstitucionalidadeProcesso Legislativo

EMB.DECL. NO AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.671 (828)ORIGEM : 2671 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : JOSE DELMAR MOTTAADV.(A/S) : DECIO ANTONIO ERPEN (49151/RS) E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServiçosConcessão / Permissão / AutorizaçãoTabelionatos, Registros, Cartórios

EMB.DECL. NO AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 35.471 (829)ORIGEM : 35471 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES MUNICIPAIS DE

ITABORAI E TANGUAADV.(A/S) : FRANCISCO ANTENOR DA SILVA JUNIOR (185676/RJ)EMBDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOEMBDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 85

EMBDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOOrganização SindicalContribuição Sindical

Brasília, 28 de maio de 2018.Doralúcia das Neves SantosAssessora-Chefe do Plenário

SESSÃO VIRTUAL

Ata da 17ª (décima sétima) sessão virtual, realizada no período de 18 a 24 de maio de 2018.

Composição: Ministros Cármen Lúcia (Presidente), Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux, Rosa Weber, Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

Assessora-Chefe do Plenário, Doralúcia das Neves Santos.

JULGAMENTOS

AG.REG. NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.834 (830)ORIGEM : TC - 004953924 - TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Plenário, Sessão Virtual de 18.5.2018 a 24.5.2018.

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 155.497 (831)ORIGEM : 50130269620134047009 - JUIZ FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ALEXANDRE LONGOAGTE.(S) : CARLOS ALBERTO FRANCO WANDERLEYADV.(A/S) : ROSA MARINA TRISTAO RODRIGUES LONGO (49655/

PR)AGDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA 1ª VARA FEDERAL DE PONTA

GROSSA

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental e determinou a remessa dos autos ao Tribunal Regional Federal da Quarta Região para as providências jurídicas cabíveis, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 18.5.2018 a 24.5.2018.

AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 4.443 (832)ORIGEM : MI - 4443 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTEAGDO.(A/S) : LAURA SILVIA GONCALVES MODENAADV.(A/S) : ANA RAQUEL ALVES DE ASSIS (0095212/MG)INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSINTDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Plenário, Sessão Virtual de 18.5.2018 a 24.5.2018.

AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 6.825 (833)ORIGEM : 6825 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINAGTE.(S) : GEORGE SALOMAO LEITEADV.(A/S) : GEORGE SALOMAO LEITE (10072/PB)AGDO.(A/S) : CÂMARA DOS DEPUTADOSPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : SENADO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Após o voto do Ministro Edson Fachin (Relator), negando provimento ao agravo, no que foi acompanhado pelos Ministros Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e Gilmar Mendes, pediu vista dos autos o Ministro Roberto Barroso. Plenário, Sessão Virtual de 18.5.2018 a 24.5.2018.

AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 6.883 (834)ORIGEM : 6883 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : COMISSAO NACIONAL DE COMBATE A CORRUPCAOADV.(A/S) : RAIMUNDO DE SOUZA GOMES (323124/SP)AGDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental e aplicou multa de 2 (dois) salários mínimos, ficando a interposição de qualquer recurso condicionada ao prévio depósito do referido valor (CPC, arts. 81, § 2º, e 1.021, §§ 4º e 5º), nos termos do voto do Relator. Plenário, Sessão Virtual de 18.5.2018 a 24.5.2018.

AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 6.898 (835)ORIGEM : 6898 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : GILSON WORNATHADV.(A/S) : DION NORBERT DE OLIVEIRA (106241/RS)AGDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : CÂMARA DOS DEPUTADOSPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Após o voto do Ministro Roberto Barroso (Relator), negando provimento ao agravo e, caso confirmado o voto por unanimidade, propondo a aplicação de multa de 2 (dois) salários mínimos, ficando a interposição de qualquer recurso condicionada ao prévio depósito do referido valor (CPC, arts. 81, § 2º, e 1.021, §§ 4º e 5º), pediu vista dos autos o Ministro Alexandre de Moraes. Plenário, sessão virtual de 18 a 24.5.2018.

AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.426 (836)ORIGEM : MS - 32426 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : A V M CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO LTDAADV.(A/S) : GUSTAVO QUITETE DE SOUZA (0120498/RJ) E

OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Após o voto do Ministro Gilmar Mendes (Relator), negando provimento ao agravo regimental, no que foi acompanhado pelos Ministros Alexandre de Moraes e Dias Toffoli, pediu vista dos autos o Ministro Roberto Barroso. Plenário, Sessão Virtual de 18.5.2018 a 24.5.2018.

AG.REG. NA PETIÇÃO 7.487 (837)ORIGEM : 7487 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : RAFAEL EVANDRO FACHINELLOADV.(A/S) : RAFAEL EVANDRO FACHINELLO (39007/SC)AGDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, não conheceu do agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Plenário, Sessão Virtual de 18.5.2018 a 24.5.2018.

EMB.DECL. NO AG.REG. NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 2.240 (838)ORIGEM : AC - 3413 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIEMBTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOEMBDO.(A/S) : ESTADO DE RONDÔNIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIA

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Plenário, Sessão Virtual de 18.5.2018 a 24.5.2018.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 86

EMB.DECL. NO AG.REG. NOS EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 921.540

(839)

ORIGEM : AIRR - 23770720125150025 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESEMBTE.(S) : CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO

BRASIL - CNAADV.(A/S) : MANOEL RODRIGUES LOURENÇO FILHO (208128/SP)EMBDO.(A/S) : SANTA FE AGROPECUARIA LTDAADV.(A/S) : ALAN HUMBERTO JORGE (329181/SP)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração e impôs multa de 10% (dez por cento) do valor atualizado da causa, nos termos do art. 1.026, § 3º, do Código de Processo Civil, nos termos do voto do Relator. Plenário, Sessão Virtual de 18.5.2018 a 24.5.2018.

EMB.DECL. NO AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 35.522 (840)ORIGEM : 739163 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOEMBTE.(S) : TEMIS LOPES BEZERRAADV.(A/S) : PAULO CESAR BARBOSA PIMENTEL (9165/CE)EMBDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERALADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: O Tribunal, por maioria, não conheceu dos embargos de declaração e determinou o trânsito em julgado do acórdão proferido neste julgamento e a baixa imediata dos autos, nos termos do voto do Relator. Vencido o Ministro Marco Aurélio, que votou pelo desprovimento dos embargos declaratórios sem as medidas relativas ao trânsito em julgado e à baixa imediata do processo. Plenário, Sessão Virtual de 18.5.2018 a 24.5.2018.

Processos com Decisões Idênticas:RELATOR: MINISTRO PRESIDENTE

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.102.347 (841)ORIGEM : 08063390420164050000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : SERGIPERELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : AIRTON TELES DE MENDONCAADV.(A/S) : MARIA EMILIA FERREIRA GUIMARAES MAYNART

RABELO (2234/SE)AGDO.(A/S) : INSTITUTO FEDERAL DE EDUCACAO, CIENCIA E

TECNOLOGIA DE SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, condenou a parte sucumbente, nesta instância recursal, ao pagamento de honorários advocatícios majorados em 1%, percentual que se soma ao fixado na origem, obedecidos os limites dos §§ 2º, 3º e 11 do art. 85 do Código de Processo Civil, ressalvada eventual concessão da justiça gratuita, e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 18.5.2018 a 24.5.2018.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.083.147

(842)

ORIGEM : PROC - 10174054820158260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : DANIELA DE SOUZA BENEDICTOADV.(A/S) : DIOGO VENITE (332421/SP)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: Idêntica à de nº 841

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.107.904

(843)

ORIGEM : 20160110125722 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : YTALA NEY NOGALHA DE LIMAADV.(A/S) : JULIO CESAR BORGES DE RESENDE (08583/DF,

26744/GO)AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERAL

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

Decisão: Idêntica à de nº 841

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.110.201

(844)

ORIGEM : AREsp - 01048291020068050001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA

PROCED. : BAHIARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : FUNDACAO PETROBRAS DE SEGURIDADE SOCIAL

PETROSADV.(A/S) : RAFAELA SOUZA TANURI MEIRELLES (26124/BA)ADV.(A/S) : MARCUS FLAVIO HORTA CALDEIRA (13418/DF)AGDO.(A/S) : LUCIDALVO VERISSIMO SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FREDERICO CARLOS BINDERL GASPAR DE MIRANDA

(26007/BA)

Decisão: Idêntica à de nº 841

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.114.574

(845)

ORIGEM : AREsp - 00012786220098260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ELIANA CHINAGLIAADV.(A/S) : ELIEZER PEREIRA MARTINS (168735/SP)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: Idêntica à de nº 841

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.090.115

(846)

ORIGEM : ARE - 104466820145030000 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : SAULO HENRIQUE LARA REIS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ITALO ORSINE MATOS (106673/MG)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 18.5.2018 a 24.5.2018.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.091.511

(847)

ORIGEM : AREsp - 201003990056469 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : GERALDINA APPARECIDA MARQUESADV.(A/S) : ISIDORO PEDRO AVI (140426/SP)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: Idêntica à de nº 846

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.093.488

(848)

ORIGEM : PROC - 10244711620148260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : NATALINO DELEUS PITACIADV.(A/S) : MARIA CLAUDIA CANALE (121188/SP)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: Idêntica à de nº 846

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.094.764

(849)

ORIGEM : AREsp - 21975309020148260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : M.Q.B.F.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 87

ADV.(A/S) : LUIS JUSTINIANO HAIEK FERNANDES (002193A/DF, 119324/SP)

ADV.(A/S) : BRUNO MOREIRA KOWALSKI (45024/DF, 155769/MG, 271899/SP)

ADV.(A/S) : EDUARDO AUGUSTO DE OLIVEIRA RAMIRES (17959/DF, 127660/MG, 17239/SC, 69219/SP) E OUTRO(A/S)

AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Decisão: Idêntica à de nº 846

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.095.707

(850)

ORIGEM : 00001305120178269004 - TJSP - III COLÉGIO RECURSAL - SANTO AMARO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : GOLDEN CROSS ASSISTENCIA INTERNACIONAL DE

SAUDE LTDA.ADV.(A/S) : DARCIO JOSE DA MOTA (27457/ES, 69585/PR, 210492/

RJ, 67669/SP)ADV.(A/S) : INALDO BEZERRA SILVA JUNIOR (27458/ES,

69587/PR, 210435/RJ, 132994/SP)AGDO.(A/S) : ARI CONTEADV.(A/S) : NILTON RIBEIRO LANDI (52748/DF, 28811/SP)

Decisão: Idêntica à de nº 846

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.096.632

(851)

ORIGEM : 20150111277675 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALAGDO.(A/S) : JOEL RIBEIRO DE AMORIMPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

Decisão: Idêntica à de nº 846

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.100.207

(852)

ORIGEM : 00562178420128260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : HELIO PEREIRAADV.(A/S) : RICARDO IBELLI (139227/SP)

Decisão: Idêntica à de nº 846

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.105.792

(853)

ORIGEM : 00090264720158100000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO

PROCED. : MARANHÃORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : WILLAME OLIVEIRA DE SOUSA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : EDMAR DE OLIVEIRA NABARRO (8875/MA)AGDO.(A/S) : NELSON ROLAND DOS SANTOSAGDO.(A/S) : ROSEMARY MOREIRA DOS SANTOSADV.(A/S) : MIGUEL DALADIER BARROS (5833/MA)ADV.(A/S) : JACQUELINE AGUIAR DE SOUSA (4043/MA)

Decisão: Idêntica à de nº 846

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.107.917

(854)

ORIGEM : 201251010024670 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ALESSANDRA TERRA DOS SANTOSADV.(A/S) : THIAGO MEIRA BITTENCOURT SIQUEIRA RAMIREZ

DOS SANTOS (170953/RJ)ADV.(A/S) : PATRICIA VAIRAO CARELLI VIEIRA (69386/RJ)ADV.(A/S) : LEONARDO DA SILVA OLIVEIRA (148792/RJ)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Idêntica à de nº 846

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.109.347

(855)

ORIGEM : 5375420155170007 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : FELIPE DE VASCONCELOS SOARES MONTENEGRO

MATTOS (23409/DF)ADV.(A/S) : JAILTON ZANON DA SILVEIRA (44279/DF, 77366/RJ)AGDO.(A/S) : LEONARDO MONTEIRO BORLOTADV.(A/S) : INGRID SANTOS TERRA (13894/ES, 181480/RJ)

Decisão: Idêntica à de nº 846

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.110.698

(856)

ORIGEM : 1197579804 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ

PROCED. : PARANÁRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : MARISTELA YAREDADV.(A/S) : HERMANN SCHAICH IV (35114/PR)AGDO.(A/S) : CESAR AUGUSTO BUENO KOTVISKIADV.(A/S) : ANTONIO VALMOR JUNKES (23414/PR)

Decisão: Idêntica à de nº 846

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.112.390

(857)

ORIGEM : 00041056520158050103 - TJBA - 4ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO DA

BAHIA COELBAADV.(A/S) : MILENA GILA FONTES (25510/BA)AGDO.(A/S) : MIGUEL CARLOS DO NASCIMENTOADV.(A/S) : EDVALDO VIEIRA DE ALENCAR (15518/BA)

Decisão: Idêntica à de nº 846

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.112.788

(858)

ORIGEM : 8954920115180001 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : GOIÁSRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : SINDICATO DAS EMPRESAS DE TRANSPORTE

COLETIVO URBANO DE PASSAGEIROS DE GOIÂNIA ¿ SETRANSP

ADV.(A/S) : PATRICIA MIRANDA CENTENO AMARAL (54917/DF, 24190/GO)

AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Idêntica à de nº 846

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.113.565

(859)

ORIGEM : 00193463120108160012 - TJPR - 1ª TURMA RECURSAL

PROCED. : PARANÁRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : SERGIO DE ARAGON FERREIRAADV.(A/S) : SERGIO DE ARAGON FERREIRA (12804/PR)ADV.(A/S) : FABIO CHEMIN GADENS (50744/PR)AGDO.(A/S) : EDSON RENATO SANTOS CRUZADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: Idêntica à de nº 846

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.114.261

(860)

ORIGEM : 00029843220168050211 - TJBA - 3ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO DA

BAHIA COELBAADV.(A/S) : MILENA GILA FONTES (25510/BA)AGDO.(A/S) : MARILENE DOS SANTOS FREITAS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 88

ADV.(A/S) : JULIANA FERNANDES DE ARAUJO (23114/BA)

Decisão: Idêntica à de nº 846

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.114.345

(861)

ORIGEM : 00032346520168050211 - TJBA - 1ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO DA

BAHIA COELBAADV.(A/S) : MILENA GILA FONTES (25510/BA)AGDO.(A/S) : EREMITA CONCEICAO MACHADOADV.(A/S) : CICERO ALMEIDA OLIVEIRA (42304/BA)

Decisão: Idêntica à de nº 846

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.114.356

(862)

ORIGEM : 00002066020168050059 - TJBA - 1ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO DA

BAHIA COELBAADV.(A/S) : MILENA GILA FONTES (25510/BA)AGDO.(A/S) : GILDEON MARTINS DA SILVAADV.(A/S) : GILMANNY MELO DE QUEIROZ (22648/BA)

Decisão: Idêntica à de nº 846

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.114.431

(863)

ORIGEM : 00032623320168050211 - TJBA - 5ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO DA

BAHIA COELBAADV.(A/S) : MILENA GILA FONTES (25510/BA)AGDO.(A/S) : MAURA DA SILVA MACHADOADV.(A/S) : CICERO ALMEIDA OLIVEIRA (42304/BA)

Decisão: Idêntica à de nº 846

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.118.986

(864)

ORIGEM : 03060676820158240023 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAAGDO.(A/S) : ENIO GOMES PADILHA FILHOADV.(A/S) : DULCINEIA ISRAEL COSTA (41417/PR, 18415/SC)

Decisão: Idêntica à de nº 846

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.094.842

(865)

ORIGEM : 20160110011334 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALAGDO.(A/S) : MILTON DA COSTA GALIZA FILHOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, condenou a parte sucumbente, nesta instância recursal, ao pagamento de honorários advocatícios majorados em 1%, percentual que se soma ao fixado na origem, obedecidos os limites dos §§ 2º, 3º e 11 do art. 85 do Código de Processo Civil, e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia, Presidente. Plenário, Sessão Virtual de 18.5.2018 a 24.5.2018.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.097.987

(866)

ORIGEM : 71006131726 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MINISTRO PRESIDENTE

AGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : PABLO ROVANI TOMASIADV.(A/S) : LISANE MORAES DE OLIVEIRA (43862/RS)

Decisão: Idêntica à de nº 865

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.105.840

(867)

ORIGEM : PROC - 00336568420148250001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPE

PROCED. : SERGIPERELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ESTADO DE SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPEAGDO.(A/S) : JOANES FERREIRA SANTOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : DIOGO DANTAS OLIVEIRA (5433/SE)

Decisão: Idêntica à de nº 865

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.106.117

(868)

ORIGEM : 20080110939776 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALAGDO.(A/S) : BARBARA MENDONCA TAVARES DE MIRANDAADV.(A/S) : FLAVIA OLIVEIRA MARTINS (34983/DF)ADV.(A/S) : PAULO HENRIQUE QUEIROZ PEREIRA DOS SANTOS

(43499/DF)

Decisão: Idêntica à de nº 865

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.118.990

(869)

ORIGEM : 03082761020158240023 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAAGDO.(A/S) : MARCELINO DOS SANTOSADV.(A/S) : DULCINEIA ISRAEL COSTA (41417/PR, 18415/SC)

Decisão: Idêntica à de nº 865

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.118.991

(870)

ORIGEM : 03101653320148240023 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAAGDO.(A/S) : ARILTO MEDEIROS MENDESADV.(A/S) : LEONARDO REINALDO DUARTE (35220/SC)

Decisão: Idêntica à de nº 865

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.118.994

(871)

ORIGEM : 03283277620148240023 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAAGDO.(A/S) : TADEU DOS PASSOS LOPESADV.(A/S) : RUAN GALIARDO CAMBRUZZI (20336/SC)

Decisão: Idêntica à de nº 865

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.083.556

(872)

ORIGEM : 10196105020158260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : SÃO PAULO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 89

RELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : IZILDINHO LINDOLFO ALVES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUCIO SOARES LEITE (288006/SP)EMBDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 18.5.2018 a 24.5.2018.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.094.587

(873)

ORIGEM : AREsp - 1093763 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : GOIÁSRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : MUNICIPIO DE DAVINOPOLISADV.(A/S) : CLAUDIO CIRIACO CIRINO (19573/GO)EMBDO.(A/S) : CONTAM CONTABILIDADE E ASSESSORIA MUNICIPAL

LTDA - MEADV.(A/S) : CELSO LUIS DIAS CALIXTO (12195/GO)

Decisão: Idêntica à de nº 872

Processos com Decisões Idênticas:RELATOR: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.602 (874)ORIGEM : 909437 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ELIANA PEIXOTO GARCEZADV.(A/S) : NEWTON DORESTE BAPTISTA (6277/RJ) E OUTRO(A/

S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

Decisão: O Tribunal, por maioria, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Vencido o Ministro Marco Aurélio. Plenário, Sessão Virtual de 18.5.2018 a 24.5.2018.

AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 6.735 (875)ORIGEM : 6735 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES DO

MINISTERIO DAS RELACOES EXTERIORES - SINDITAMARATY

ADV.(A/S) : RUDI MEIRA CASSEL (22256/DF, 165498/MG, 170271/RJ, 49862A/RS)

AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Idêntica à de nº 874

Processos com Decisões Idênticas:RELATOR: MIN. LUIZ FUX

EMB.DECL. NO AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.641 (876)ORIGEM : 29472 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : LIZETE FALLERADV.(A/S) : DECIO ANTONIO ERPEN (49151/RS)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração e aplicou à embargante a multa de 2% (dois por cento) sobre o valor atualizado da causa (art. 1.026, § 2º, do CPC/2015), nos termos do voto do Relator. Plenário, Sessão Virtual de 18.5.2018 a 24.5.2018.

EMB.DECL. NO AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.647 (877)ORIGEM : 29529 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : ZITA MARIA SISTIADV.(A/S) : DECIO ANTONIO ERPEN (49151/RS) E OUTRO(A/S)

EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Idêntica à de nº 876

EMB.DECL. NO AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.650 (878)ORIGEM : 29714 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : CIBELE TEREZINHA MEIRA MEDINA FRAGAADV.(A/S) : DECIO ANTONIO ERPEN (49151/RS) E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Idêntica à de nº 876

EMB.DECL. NO AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.651 (879)ORIGEM : 29659 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : MARIA ELENA BLAUADV.(A/S) : DECIO ANTONIO ERPEN (49151/RS)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Idêntica à de nº 876

EMB.DECL. NO AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.656 (880)ORIGEM : 29633 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : REJANE MARIA NEDEL WESCHENFELDERADV.(A/S) : DECIO ANTONIO ERPEN (49151/RS) E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Idêntica à de nº 876

EMB.DECL. NO AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.657 (881)ORIGEM : 29647 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : JOZUE DA SILVA PEREIRAADV.(A/S) : DECIO ANTONIO ERPEN (49151/RS) E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Idêntica à de nº 876

EMB.DECL. NO AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.659 (882)ORIGEM : 29703 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : DORACY TEREZINHA VIVANADV.(A/S) : DECIO ANTONIO ERPEN (49151/RS) E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Idêntica à de nº 876

EMB.DECL. NO AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.660 (883)ORIGEM : 29722 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : HONORIO LUIZ ALVESADV.(A/S) : DECIO ANTONIO ERPEN (49151/RS) E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Idêntica à de nº 876

EMB.DECL. NO AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.661 (884)ORIGEM : 00657061120181000000 - SUPREMO TRIBUNAL

FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : LUIZ CARLOS MIRANDOLLIADV.(A/S) : DECIO ANTONIO ERPEN (49151/RS) E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Idêntica à de nº 876

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 90

EMB.DECL. NO AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.665 (885)ORIGEM : 29660 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : LOANDA MARIA LOPES MILANADV.(A/S) : DECIO ANTONIO ERPEN (49151/RS) E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Idêntica à de nº 876

Brasília, 25 de maio de 2018.Doralúcia das Neves SantosAssessora-Chefe do Plenário

ACÓRDÃOS

Septuagésima Nona Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos do art. 95 do RISTF.

AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.341 (886)ORIGEM : RE - 511932 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : METALÚRGICA AÇOREAL LTDAADV.(A/S) : CRISTIANE LEMES DA ROSA DE SOUZA (43231/SC)

Decisão: O Tribunal, por maioria, vencido o Ministro Gilmar Mendes, negou provimento ao agravo regimental, e, em consonância com o que dispõe o art. 85, § 11º, do Código de Processo Civil, majorou os honorários advocatícios para 15% do valor da causa, nos termos do voto do Relator. Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM AÇÃO RESCISÓRIA. EXCEPCIONALIDADE DA RESCISÃO. COISA JULGADA. CLÁUSULA PÉTREA. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL. NÃO CABIMENTO DE AÇÃO RESCISÓRIA. SÚMULA 343. INCIDÊNCIA. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I – Divergência jurisprudencial não enseja ação rescisória.II – Coisa julgada consiste em cláusula pétrea constitucional, do que

decorre a excepcionalidade da rescisão.III - Agravo regimental não provido.

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.044.088

(887)

ORIGEM : 10024112901517 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : MARIA ROSA DINIZ GONCALVESADV.(A/S) : JULIANA DE CASSIA BENTO BORBA (77817/MG)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTE

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, condenou a parte sucumbente, nesta instância recursal, ao pagamento de honorários advocatícios majorados em 1%, percentual que se soma ao fixado na origem, obedecidos os limites dos §§ 2º, 3º e 11 do art. 85 do Código de Processo Civil, ressalvada eventual concessão do benefício da justiça gratuita, e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. INTEMPESTIVIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. VERBA HONORÁRIA MAJORADA EM 1%, PERCENTUAL QUE SE SOMA AO FIXADO NA ORIGEM, OBEDECIDOS OS LIMITES DOS §§ 2º, 3º E 11 DO ART. 85 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL/2015, COM A RESSALVA DE EVENTUAL CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA, E MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.069.168

(888)

ORIGEM : 00073280620148260320 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : AURELIO VALERIO DE ARAUJO FILHOADV.(A/S) : MARCOS ANTONIO PAVANI DE ANDRADE (142764/SP)

AGDO.(A/S) : MUNICIPIO DE LIMEIRAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE LIMEIRA

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, condenou a parte sucumbente, nesta instância recursal, ao pagamento de honorários advocatícios majorados em 1%, percentual que se soma ao fixado na origem, obedecidos os limites dos §§ 2º, 3º e 11 do art. 85 do Código de Processo Civil, ressalvada eventual concessão do benefício da justiça gratuita, e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE ESGOTAMENTO DE INSTÂNCIA: SÚMULA 281 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. VERBA HONORÁRIA MAJORADA EM 1%, PERCENTUAL QUE SE SOMA AO FIXADO NA ORIGEM, OBEDECIDOS OS LIMITES DOS §§ 2º, 3º E 11 DO ART. 85 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL/2015, COM A RESSALVA DE EVENTUAL CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA, E MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.080.347

(889)

ORIGEM : AREsp - 50266077120144047001 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

PROCED. : PARANÁRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. APLICAÇÃO DA SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL NA ORIGEM: AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL DE RECURSO PARA O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PERÍCIA MÉDICA. ADEQUAÇÃO E NECESSIDADE DA MEDICAÇÃO: SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.084.891

(890)

ORIGEM : AREsp - 00529370820058260100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : GATES DO BRASIL INDUSTRIA E COMERCIO LTDAADV.(A/S) : JOSE ANTENOR NOGUEIRA DA ROCHA (55352/BA,

78085/PR, 173773/SP)ADV.(A/S) : DIEGO BRIDI (236017/SP)ADV.(A/S) : MARCIA DE FREITAS SILVA (218917/SP)AGDO.(A/S) : STAFF ESTIMA COMÉRCIO E SERVIÇO LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, não conheceu do agravo regimental, condenou a parte sucumbente, nesta instância recursal, ao pagamento de honorários advocatícios majorados em 1%, percentual que se soma ao fixado na origem, obedecidos os limites dos §§ 2º, 3º e 11 do art. 85 do Código de Processo Civil, com ressalva de eventual concessão do benefício da justiça gratuita, e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DE FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA: INVIABILIDADE. VERBA HONORÁRIA MAJORADA EM 1%, PERCENTUAL QUE SE SOMA AO FIXADO NA ORIGEM, OBEDECIDOS OS LIMITES DOS §§ 2º, 3º E 11 DO ART. 85 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, COM A RESSALVA DE EVENTUAL CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA, E MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NÃO CONHECIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.088.514

(891)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 91

ORIGEM : 71006499263 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ENIO ROBERTO KAUFMANNADV.(A/S) : ANDRE TISCHLER ELLWANGER DE ARAUJO

(84276/RS)AGDO.(A/S) : DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - DETRAN/RSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, não conheceu do agravo regimental e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA: INVIABILIDADE. MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NÃO CONHECIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.089.381

(892)

ORIGEM : RECURSOS - 05112808320174058100 - TRF5 - CE - 2ª TURMA RECURSAL - CEARÁ

PROCED. : CEARÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : JOSE BARBOSA DE FARIASADV.(A/S) : LICIA MARIA TEIXEIRA OSORIO (21473/CE)ADV.(A/S) : RAFAEL FARIAS CAVALCANTE (23994/CE, 19760-A/PB,

11079/PI)ADV.(A/S) : FRANCISCO DAVI TEIXEIRA OSORIO (29210/CE)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, condenou a parte sucumbente, nesta instância recursal, ao pagamento de honorários advocatícios majorados em 1%, percentual que se soma ao fixado na origem, obedecidos os limites dos §§ 2º 3º e § 11 do art. 85 do Código de Processo Civil, ressalvada eventual concessão do benefício da justiça gratuita, e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. RENDA MENSAL INICIAL. REVISÃO DE BENEFÍCIO: SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. VERBA HONORÁRIA MAJORADA EM 1%, PERCENTUAL QUE SE SOMA AO FIXADO NA ORIGEM, OBEDECIDOS OS LIMITES DOS §§ 2º, 3º E 11 DO ART. 85 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL/2015, COM A RESSALVA DE EVENTUAL CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA, E MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.090.160

(893)

ORIGEM : ARE - 12426420105020033 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : SAO PAULO FUTEBOL CLUBEADV.(A/S) : MAURICIO DE FIGUEIREDO CORREA DA VEIGA

(55433/BA, 21934/DF, 109016/RJ)AGDO.(A/S) : JOSÉ JADILSON DOS SANTOS SILVAADV.(A/S) : LEONARDO LAPORTA COSTA (179039/SP)

Decisão: O Tribunal, por maioria, vencido o Ministro Marco Aurélio, negou provimento ao agravo regimental, condenou a parte sucumbente, nesta instância recursal, ao pagamento de honorários advocatícios majorados em 1%, percentual que se soma ao fixado na origem, obedecidos os limites dos §§ 2º, 3º e 11 do art. 85 do Código de Processo Civil, ressalvada eventual concessão do benefício da justiça gratuita, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Afastada a aplicação da multa, porquanto não atingida a unanimidade, nos termos do art. 1.021, § 4º, do CPC. Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018. Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. APLICAÇÃO DA SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL NA ORIGEM: AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL DE RECURSO PARA O SUPREMO TRIBUNAL

FEDERAL. ALEGADA CONTRARIEDADE AO PRINCÍPIO DA COISA JULGADA: INEXISTÊNCIA DE OFENSA CONSTITUCIONAL DIRETA. PRECEDENTES. VERBA HONORÁRIA MAJORADA EM 1%, PERCENTUAL QUE SE SOMA AO FIXADO NA ORIGEM, OBEDECIDOS OS LIMITES DOS §§ 2º, 3º E 11 DO ART. 85 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, RESSALVADA EVENTUAL CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA. AFASTADA A MULTA POR NÃO SE ATINGIR A UNANIMIDADE, NOS TERMOS DO § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.091.214

(894)

ORIGEM : 00453260920168050001 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : BAHIARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : TELEFONICA BRASIL S.A.ADV.(A/S) : PAULO EDUARDO PRADO (11819A/AL, A917/AM,

33407/BA, 24314-A/CE, 34599/DF, 32791/GO, 131369/MG, 15026-A/MS, 16940/A/MT, 19175-A/PA, 18600-A/PB, 01335/PE, 10204/PI, 58335/PR, 168325/RJ, 982-A/RN, 4881/RO, 434-A/RR, 82065A/RS, 182951/SP, 4873/TO)

ADV.(A/S) : REINALDO LUIS TADEU RONDINA MANDALITI (00257220/SP)

AGDO.(A/S) : PEDRO ROCHA NUNESADV.(A/S) : PEDRO ROCHA NUNES (24604/BA)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, não conheceu do agravo regimental e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DE FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA: INVIABILIDADE. MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NÃO CONHECIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.092.202

(895)

ORIGEM : 201250010066327 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO

PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : RODRIGO BARBOSA CABRALADV.(A/S) : VINICIUS PINHEIRO DE SANT ANNA (7213/ES)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, não conheceu do agravo regimental, condenou a parte sucumbente, nesta instância recursal, ao pagamento de honorários advocatícios majorados em 1%, percentual que se soma ao fixado na origem, obedecidos os limites dos §§ 2º, 3º e 11 do art. 85 do Código de Processo Civil, com ressalva de eventual concessão do benefício da justiça gratuita, e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA: INVIABILIDADE. VERBA HONORÁRIA MAJORADA EM 1%, PERCENTUAL QUE SE SOMA AO FIXADO NA ORIGEM, OBEDECIDOS OS LIMITES DOS §§ 2º, 3º E 11 DO ART. 85 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL/2015, COM A RESSALVA DE EVENTUAL CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA, E MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NÃO CONHECIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.093.075

(896)

ORIGEM : AREsp - 20110111481858AGS - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 92

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, não conheceu do agravo regimental, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA: INVIABILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL NÃO CONHECIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.093.744

(897)

ORIGEM : 00008807120118260142 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : COMPANHIA ENERGÉTICA SÃO JOSEADV.(A/S) : DENIZE DE SOUZA CARVALHO DO VAL (64737/SP)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO DE INADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO: SÚMULA 287 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.094.321

(898)

ORIGEM : 201501011009 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : SERGIPERELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : TELEFONICA BRASIL S.A.ADV.(A/S) : REINALDO LUIS TADEU RONDINA MANDALITI

(257220/SP)AGDO.(A/S) : JOSE RICARDO SOARES SALESADV.(A/S) : RONALDO GONCALVES PORFIRIO (5873/SE)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, não conheceu do agravo regimental, condenou a parte sucumbente, nesta instância recursal, ao pagamento de honorários advocatícios majorados em 1%, percentual que se soma ao fixado na origem, obedecidos os limites dos §§ 2º, 3º e 11 do art. 85 do Código de Processo Civil, com ressalva de eventual concessão do benefício da justiça gratuita, e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DE FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA: INVIABILIDADE. VERBA HONORÁRIA MAJORADA EM 1%, PERCENTUAL QUE SE SOMA AO FIXADO NA ORIGEM, OBEDECIDOS OS LIMITES DOS §§ 2º, 3º E 11 DO ART. 85 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, COM A RESSALVA DE EVENTUAL CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA, E MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NÃO CONHECIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.095.190

(899)

ORIGEM : AREsp - 972532 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : E. M. T. DELGADO CHOCOLATESADV.(A/S) : CIRLENE CRISTINA DELGADO (88338/PR, 154099/SP)AGDO.(A/S) : VOGLER INGREDIENTS LTDA.ADV.(A/S) : STEPHANIE DE OLIVEIRA DANTAS (335817/SP)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. INTEMPESTIVIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE

NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.095.344

(900)

ORIGEM : 00043025820108150251 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA

PROCED. : PARAÍBARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBAAGDO.(A/S) : MARIA KEDMA WANDERLEY DANTASADV.(A/S) : ESTEVAM MARTINS DA COSTA NETTO (13461/PB)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO DE INADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO: SÚMULA 287 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.095.959

(901)

ORIGEM : AREsp - 10024142467547005 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : CAROLINA BECHELANY BATISTA DA SILVAADV.(A/S) : RICARDO DA SILVEIRA GONCALVES SANTOS

(160037/MG) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, condenou a parte sucumbente, nesta instância recursal, ao pagamento de honorários advocatícios majorados em 1%, percentual que se soma ao fixado na origem, obedecidos os limites dos §§ 2º 3º e § 11 do art. 85 do Código de Processo Civil, ressalvada eventual concessão do benefício da justiça gratuita, e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. DESVIO DE FUNÇÃO. PAGAMENTO DE DIFERENÇA REMUNERATÓRIA: SÚMULAS 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. VERBA HONORÁRIA MAJORADA EM 1%, PERCENTUAL QUE SE SOMA AO FIXADO NA ORIGEM, OBEDECIDOS OS LIMITES DOS §§ 2º, 3º E 11 DO ART. 85 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL/2015, COM A RESSALVA DE EVENTUAL CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA, E MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.096.002

(902)

ORIGEM : AREsp - 199951010205414 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ESPÓLIO DE MIRENIO MORADO LUTTERBACHAGTE.(S) : INA SOARES LUTTERBACHADV.(A/S) : JAN PRZEWODOWSKI MONTENEGRO DE SOUZA

(114580/MG, 77166/PR, 083445/RJ, 308321/SP)ADV.(A/S) : ALBERTO FERNANDES PEREIRA FILHO (107908/MG,

77167/PR, 067874/RJ, 308317/SP)AGDO.(A/S) : PETROLEO BRASILEIRO S A PETROBRASADV.(A/S) : ANA CRISTINA CARDIA PETRA (139185/RJ)ADV.(A/S) : NILTON ANTONIO DE ALMEIDA MAIA (67460/RJ)ADV.(A/S) : VICTOR SOARES DA SILVA CEREJA (168314/RJ)ADV.(A/S) : SILVIA ALEGRETTI (19920/DF)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, condenou a parte sucumbente, nesta instância recursal, ao pagamento de honorários advocatícios majorados em 1%, percentual que se soma ao fixado na origem, obedecidos os limites dos §§ 2º, 3º e 11 do art. 85 do Código de Processo Civil, ressalvada eventual concessão do benefício da

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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justiça gratuita, e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Declarou suspeição o Ministro Roberto Barroso. Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE PROVAS. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO: SÚMULA 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. VERBA HONORÁRIA MAJORADA EM 1%, PERCENTUAL QUE SE SOMA AO FIXADO NA ORIGEM, OBEDECIDOS OS LIMITES DOS §§ 2º, 3º E 11 DO ART. 85 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, COM A RESSALVA DE EVENTUAL CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA, E MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.096.407

(903)

ORIGEM : 10701140222012001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : MUNICIPIO DE UBERABAADV.(A/S) : WEDERSON ADVINCULA SIQUEIRA (102533/MG)ADV.(A/S) : MARCOS EZEQUIEL DE MOURA LIMA (136164/MG)AGDO.(A/S) : SOCIEDADE EDUCACIONAL UBERABENSEADV.(A/S) : PAULO EMILIO DERENUSSON (87526/MG)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO: SÚMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.096.531

(904)

ORIGEM : REsp - 00089311920058260292 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ANTONIO GONCALVES DE SOUSA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ODAIR SANCHES DA CRUZ (52773/SP)ADV.(A/S) : EDUARDO AVOLIO BONUMA (176693/SP)AGDO.(A/S) : SOUZA ANSELMO ENGENHARIA E CONSTRUCAO

LTDA - EPPADV.(A/S) : MARIA ELOISA DO NASCIMENTO (123178/SP)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, condenou a parte sucumbente, nesta instância recursal, ao pagamento de honorários advocatícios majorados em 1%, percentual que se soma ao fixado na origem, obedecidos os limites dos §§ 2º, 3º e 11 do art. 85 do Código de Processo Civil, ressalvada eventual concessão do benefício da justiça gratuita, e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DE FUNDAMENTO DA DECISÃO DE INADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO: SÚMULA 287 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. VERBA HONORÁRIA MAJORADA EM 1%, PERCENTUAL QUE SE SOMA AO FIXADO NA ORIGEM, OBEDECIDOS OS LIMITES DOS §§ 2º, 3º E 11 DO ART. 85 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL/2015, COM A RESSALVA DE EVENTUAL CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA, E MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.097.001

(905)

ORIGEM : AREsp - 10042140046105004 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : UNIMED BELO HORIZONTE COOPERATIVA DE

TRABALHO MEDICOADV.(A/S) : MARCELO TOSTES DE CASTRO MAIA (38829/DF,

20699/ES, 63440/MG, 01730/PE, 173524/RJ, 40341-A/SC, 295551/SP)

ADV.(A/S) : FLAVIA ALMEIDA MOURA DI LATELLA (109730/MG)AGDO.(A/S) : VILMA MARIA TEIXEIRAADV.(A/S) : ALESSANDRO BERNARDES TEIXEIRA (157171/MG)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, condenou a parte sucumbente, nesta instância recursal, ao pagamento de honorários advocatícios majorados em 1%, percentual que se soma ao fixado na origem, obedecidos os limites dos §§ 2º, 3º e 11 do art. 85 do Código de Processo Civil, ressalvada eventual concessão do benefício da justiça gratuita, e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO DO CONSUMIDOR. COBERTURA DE PLANO DE SAÚDE: SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AUSÊNCIA DE OFENSA CONSTITUCIONAL DIRETA. VERBA HONORÁRIA MAJORADA EM 1%, PERCENTUAL QUE SE SOMA AO FIXADO NA ORIGEM, OBEDECIDOS OS LIMITES DOS §§ 2º, 3º E 11 DO ART. 85 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, RESSALVADA EVENTUAL CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA, E MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.097.753

(906)

ORIGEM : 00243183920108260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : M CASSAB COMERCIO E INDUSTRIA LTDAADV.(A/S) : FRANCO MAURO RUSSO BRUGIONI (173624/SP)ADV.(A/S) : BRUNA PAMELA LOTUFO (353823/SP)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, não conheceu do agravo regimental, condenou a parte sucumbente, nesta instância recursal, ao pagamento de honorários advocatícios majorados em 1%, percentual que se soma ao fixado na origem, obedecidos os limites dos §§ 2º, 3º e 11 do art. 85 do Código de Processo Civil, ressalvada eventual concessão do benefício da justiça gratuita, e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA: INVIABILIDADE. VERBA HONORÁRIA MAJORADA EM 1%, PERCENTUAL QUE SE SOMA AO FIXADO NA ORIGEM, OBEDECIDOS OS LIMITES DOS §§ 2º, 3º E 11 DO ART. 85 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL/2015, COM A RESSALVA DE EVENTUAL CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA, E MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NÃO CONHECIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.098.433

(907)

ORIGEM : 00001629720158260477 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : CENTRO TRASMONTANO DE SAO PAULOADV.(A/S) : DENYS CHIPPNIK BALTADUONIS (283876/SP)AGDO.(A/S) : EDYMARON GUERRA FERREIRAADV.(A/S) : MARCUS VINICIUS GUERREIRO DE CARLOS (184896/

SP)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, condenou a parte sucumbente, nesta instância recursal, ao pagamento de honorários advocatícios majorados em 1%, percentual que se soma ao fixado na origem, obedecidos os limites dos §§ 2º 3º e § 11 do art. 85 do Código de Processo Civil, ressalvada eventual concessão do benefício da justiça gratuita, e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. APLICAÇÃO DA SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL NA ORIGEM. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL DE RECURSO PARA O SUPREMO TRIBUNAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 94

FEDERAL. RECURSO MANIFESTAMENTE INCABÍVEL. PRECEDENTES. VERBA HONORÁRIA MAJORADA EM 1%, PERCENTUAL QUE SE SOMA AO FIXADO NA ORIGEM, OBEDECIDOS OS LIMITES DOS §§ 2º, 3º E 11 DO ART. 85 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL/2015, COM A RESSALVA DE EVENTUAL CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA, E MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.098.708

(908)

ORIGEM : 10024132523887001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : MARIA MARTINS DAMACENO DOS SANTOSADV.(A/S) : FELISBERTO EGG DE RESENDE (50328/MG)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DE FUNDAMENTOS AUTÔNOMOS E SUFICIENTES PARA MANUTENÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO: SÚMULA 283 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.098.749

(909)

ORIGEM : 0155521122012826010090008 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : CENTRO TRASMONTANO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : DENYS CHIPPNIK BALTADUONIS (283876/SP)AGDO.(A/S) : CELESTE DOS ANJOS LOPESADV.(A/S) : FABIO ROBERTO MOREIRA (187513/SP)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, condenou a parte sucumbente, nesta instância recursal, ao pagamento de honorários advocatícios majorados em 1%, percentual que se soma ao fixado na origem, obedecidos os limites dos §§ 2º 3º e § 11 do art. 85 do Código de Processo Civil, ressalvada eventual concessão do benefício da justiça gratuita, e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DA DECISÃO DE INADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO: SÚMULA 287 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. VERBA HONORÁRIA MAJORADA EM 1%, PERCENTUAL QUE SE SOMA AO FIXADO NA ORIGEM, OBEDECIDOS OS LIMITES DOS §§ 2º, 3º E 11 DO ART. 85 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL/2015, COM A RESSALVA DE EVENTUAL CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA, E MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.099.211

(910)

ORIGEM : 01194516020138190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ALDICEA OLIVEIRA DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RUDI MEIRA CASSEL (22256/DF, 165498/MG,

170271/RJ, 49862A/RS)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO DE INADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO: SÚMULA 287 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.099.576

(911)

ORIGEM : AREsp - 00028511619998260400 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : LUIS CARLOS BENITES BIAGIADV.(A/S) : ANGELO APARECIDO BIAZI (95422/SP)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. NÃO IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO DE INADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO: SÚMULA 287 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AUSÊNCIA DE PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL: IMPOSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO DO RECURSO. PRECEDENTES. MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.099.650

(912)

ORIGEM : AREsp - 02498997120098260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ITAU UNIBANCO S.AADV.(A/S) : FELIPE LEGRAZIE EZABELLA (182591/SP)AGDO.(A/S) : MUNICIPIO DE DIADEMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE DIADEMA

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, não conheceu do agravo regimental, condenou a parte sucumbente, nesta instância recursal, ao pagamento de honorários advocatícios majorados em 1%, percentual que se soma ao fixado na origem, obedecidos os limites dos §§ 2º, 3º e 11 do art. 85 do Código de Processo Civil, com ressalva de eventual concessão do benefício da justiça gratuita, e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Declarou suspeição o Ministro Roberto Barroso. Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA: INVIABILIDADE. VERBA HONORÁRIA MAJORADA EM 1%, PERCENTUAL QUE SE SOMA AO FIXADO NA ORIGEM, OBEDECIDOS OS LIMITES DOS §§ 2º, 3º E 11 DO ART. 85 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL/2015, COM A RESSALVA DE EVENTUAL CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA, E MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NÃO CONHECIDO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.099.711

(913)

ORIGEM : AREsp - 90000239620098260090 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : CLARO S.AADV.(A/S) : RICARDO JORGE VELLOSO (163471/SP)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, condenou a parte sucumbente, nesta instância recursal, ao pagamento de honorários advocatícios majorados em 1%, percentual que se soma ao fixado na origem, obedecidos os limites dos §§ 2º, 3º e 11 do art. 85 do Código de Processo Civil, ressalvada eventual concessão do benefício da justiça gratuita, e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de

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Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO DE INADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO: SÚMULA 287 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. VERBA HONORÁRIA MAJORADA EM 1%, PERCENTUAL QUE SE SOMA AO FIXADO NA ORIGEM, OBEDECIDOS OS LIMITES DOS §§ 2º, 3º E 11 DO ART. 85 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL/2015, COM A RESSALVA DE EVENTUAL CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA, E MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.100.102

(914)

ORIGEM : 00235848320138260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : VALDIR RISSI SASADV.(A/S) : MAURO FERREIRA DE MELO (242123/SP)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO ADMINISTRATIVO. APOSENTADORIA ESPECIAL. REQUISITOS LEGAIS. LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL N. 1.062/2008: SÚMULAS 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.100.457

(915)

ORIGEM : 00033697220158260229 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : JERUZA DOS SANTOS CARDOSOADV.(A/S) : VANDERSON TADEU NASCIMENTO OLIVEIRA

(179854/SP)AGDO.(A/S) : MUNICIPIO DE HORTOLANDIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

HORTOLÂNDIA

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. INTIMAÇÃO DO JULGADO RECORRIDO APÓS 3.5.2007. PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL: REQUISITO DE ADMISSIBILIDADE. AUSÊNCIA DA PRELIMINAR: IMPOSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO DO RECURSO. PRECEDENTES. MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.100.497

(916)

ORIGEM : 10004349120178260481 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : MARCELO ALVES FEITOSAADV.(A/S) : VINICIUS VILELA DOS SANTOS (19526-A/MS,

298280/SP)AGDO.(A/S) : MUNICIPIO DE PRESIDENTE EPITACIOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

PRESIDENTE EPITÁCIO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, condenou a parte sucumbente, nesta instância recursal, ao pagamento de honorários advocatícios majorados em 1%, percentual que se soma ao fixado na origem, obedecidos os limites dos §§ 2º 3º e § 11 do art. 85

do Código de Processo Civil, ressalvada eventual concessão do benefício da justiça gratuita, e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. ALEGADO DECESSO REMUNERATÓRIO: SÚMULAS 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. VERBA HONORÁRIA MAJORADA EM 1%, PERCENTUAL QUE SE SOMA AO FIXADO NA ORIGEM, OBEDECIDOS OS LIMITES DOS §§ 2º, 3º E 11 DO ART. 85 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL/2015, COM A RESSALVA DE EVENTUAL CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA, E MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.101.046

(917)

ORIGEM : AREsp - 201503000135204 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : O M DE ANDRADE PEREIRA BOSCOLI - EPPADV.(A/S) : PABLO FELIPE SILVA (168765/SP)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. APLICAÇÃO DA SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL NA ORIGEM. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL DE RECURSO PARA O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO MANIFESTAMENTE INCABÍVEL. PRECEDENTES. MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.101.546

(918)

ORIGEM : EAREsp - 623886 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : BAHIARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : JAIRO ANDRADE DE MIRANDAADV.(A/S) : JAIRO ANDRADE DE MIRANDA (3923/BA)AGDO.(A/S) : RUTH MORAES DE MATOS BRECHBUEHLERADV.(A/S) : SIMONE NERI (11170/BA, 355060/SP)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, condenou a parte sucumbente, nesta instância recursal, ao pagamento de honorários advocatícios majorados em 1%, percentual que se soma ao fixado na origem, obedecidos os limites dos §§ 2º, 3º e 11 do art. 85 do Código de Processo Civil, ressalvada eventual concessão do benefício da justiça gratuita, e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. APLICAÇÃO DA SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL NA ORIGEM. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL DE RECURSO PARA O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO: SÚMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. VERBA HONORÁRIA MAJORADA EM 1%, PERCENTUAL QUE SE SOMA AO FIXADO NA ORIGEM, OBEDECIDOS OS LIMITES DOS §§ 2º, 3º E 11 DO ART. 85 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL/2015, COM A RESSALVA DE EVENTUAL CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA, E MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.101.841

(919)

ORIGEM : 00027025020159260020 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : VALDIR DE SOUZA LIMAADV.(A/S) : JOAO CARLOS CAMPANINI (258168/SP)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 96

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, condenou a parte sucumbente, nesta instância recursal, ao pagamento de honorários advocatícios majorados em 1%, percentual que se soma ao fixado na origem, obedecidos os limites dos §§ 2º, 3º e 11 do art. 85 do Código de Processo Civil, ressalvada eventual concessão do benefício da justiça gratuita, e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. INTIMAÇÃO DO JULGADO RECORRIDO APÓS 3.5.2007. PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL: REQUISITO DE ADMISSIBILIDADE. AUSÊNCIA DA PRELIMINAR: IMPOSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO DO RECURSO. PRECEDENTES. VERBA HONORÁRIA MAJORADA EM 1%, PERCENTUAL QUE SE SOMA AO FIXADO NA ORIGEM, OBEDECIDOS OS LIMITES DOS §§ 2º, 3º E 11 DO ART. 85 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL/2015, COM A RESSALVA DE EVENTUAL CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA, E MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.102.040

(920)

ORIGEM : 200102010456181 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : MARIA DASSUNCAO MENEZES SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JEFFERSON RAMOS RIBEIRO (79978/RJ, 341173/SP)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DO FUNDAMENTO DA DECISÃO DE INADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO: SÚMULA 287 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.102.095

(921)

ORIGEM : AREsp - 00006086620108260157 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : PETROBRAS DISTRIBUIDORA S/AADV.(A/S) : MARIA DE FATIMA CHAVES GAY (127335/SP)AGDO.(A/S) : CETESB COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE

SAO PAULOADV.(A/S) : DANIELA DUTRA SOARES (202531/SP)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, condenou a parte sucumbente, nesta instância recursal, ao pagamento de honorários advocatícios majorados em 1%, percentual que se soma ao fixado na origem, obedecidos os limites dos §§ 2º, 3º e 11 do art. 85 do Código de Processo Civil, ressalvada eventual concessão do benefício da justiça gratuita, e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Declarou suspeição o Ministro Roberto Barroso. Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. INTIMAÇÃO DO JULGADO RECORRIDO APÓS 3.5.2007. PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL: REQUISITO DE ADMISSIBILIDADE. AUSÊNCIA DA PRELIMINAR: IMPOSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO DO RECURSO. PRECEDENTES. VERBA HONORÁRIA MAJORADA EM 1%, PERCENTUAL QUE SE SOMA AO FIXADO NA ORIGEM, OBEDECIDOS OS LIMITES DOS §§ 2º, 3º E 11 DO ART. 85 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL/2015, COM A RESSALVA DE EVENTUAL CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA, E MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.102.584

(922)

ORIGEM : 200950030007226 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO

PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E

TELEGRAFOSADV.(A/S) : MARINA RODRIGUES DA CUNHA BARRETO VIANNA

(27722/DF)ADV.(A/S) : NUBIA LEMOS GUASTI (12077/ES)AGDO.(A/S) : MUNICIPIO DE PEDRO CANARIOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PEDRO

CANÁRIOADV.(A/S) : TACIO DI PAULA ALMEIDA NEVES (9114/ES)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. FUNDAMENTO INFRACONSTITUCIONAL AUTÔNOMO E SUFICIENTE PARA MANUTENÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO. AUSÊNCIA DE INTERPOSIÇÃO DE RECURSO ESPECIAL: SÚMULA 283 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.103.141

(923)

ORIGEM : AREsp - 00168817320128260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : AEROCLUBE DE SAO PAULOADV.(A/S) : VALDENEI FIGUEIREDO ORFAO (41732/SP)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, condenou a parte sucumbente, nesta instância recursal, ao pagamento de honorários advocatícios majorados em 1%, percentual que se soma ao fixado na origem, obedecidos os limites dos §§ 2º, 3º e 11 do art. 85 do Código de Processo Civil, ressalvada eventual concessão do benefício da justiça gratuita, e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. PROGRAMA DE PARCELAMENTO INCENTIVADO - PPI ATRASO NO PAGAMENTO DE PARCELA. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO E DA LEGISLAÇÃO LOCAL: SÚMULAS 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AOS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO, DA AMPLA DEFESA E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL: INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL (TEMA 660). VERBA HONORÁRIA MAJORADA EM 1%, PERCENTUAL QUE SE SOMA AO FIXADO NA ORIGEM, OBEDECIDOS OS LIMITES DOS §§ 2º, 3º E 11 DO ART. 85 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, COM A RESSALVA DE EVENTUAL CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA, E MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.103.960

(924)

ORIGEM : 54741018220148090051 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : GOIÁSRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ELIEL JOSE PEREIRAADV.(A/S) : SANDRO DE ABREU SANTOS (39136/DF, 28253/GO)ADV.(A/S) : LUCAS MENDONCA VIEIRA (42575/GO)AGDO.(A/S) : UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS - UEGADV.(A/S) : MARLYSE BOMFIM ADAO (35881/DF, 20182/GO)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 97

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. JUIZADOS ESPECIAIS. AÇÕES COLETIVAS CONTRA A FAZENDA PÚBLICA: SÚMULA 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AUSÊNCIA DE OFENSA CONSTITUCIONAL DIRETA. MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.104.052

(925)

ORIGEM : AREsp - 10120453520158260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : GRAINTEC INDUSTRIA E COMERCIO DE PRODUTOS

QUIMICOS LTDAADV.(A/S) : ANDREA CHELMINSKY TEIXEIRA LAGAZZI ALONSO

(126357/SP)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, condenou a parte sucumbente, nesta instância recursal, ao pagamento de honorários advocatícios majorados em 1%, percentual que se soma ao fixado na origem, obedecidos os limites dos §§ 2º, 3º e 11 do art. 85 do Código de Processo Civil, ressalvada eventual concessão do benefício da justiça gratuita, e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. INTIMAÇÃO DO JULGADO RECORRIDO APÓS 3.5.2007. PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL: REQUISITO DE ADMISSIBILIDADE. AUSÊNCIA DA PRELIMINAR: IMPOSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO DO RECURSO. PRECEDENTES. VERBA HONORÁRIA MAJORADA EM 1%, PERCENTUAL QUE SE SOMA AO FIXADO NA ORIGEM, OBEDECIDOS OS LIMITES DOS §§ 2º, 3º E 11 DO ART. 85 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL/2015, COM A RESSALVA DE EVENTUAL CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA, E MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.104.112

(926)

ORIGEM : 10520160016546001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : DAIANA FERREIRA CARVALHOADV.(A/S) : JARBAS FILHO DE LACERDA (88641/MG)AGDO.(A/S) : MUNICIPIO DE POMPEUPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE POMPEU

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. APROVAÇÃO FORA DO NÚMERO DE VAGAS DO EDITAL. ALEGADO DIREITO À NOMEAÇÃO: SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E AUSÊNCIA DE OFENSA CONSTITUCIONAL DIRETA. MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.104.144

(927)

ORIGEM : 00107417820128050256 - TJBA - 4ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : EDICEIA DOS SANTOSADV.(A/S) : ARTUR MONTEIRO ARAUJO (42062/BA)AGDO.(A/S) : COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO DA

BAHIA COELBAADV.(A/S) : MILENA GILA FONTES (25510/BA)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a

17.5.2018.EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO

EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. APLICAÇÃO DA SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL NA ORIGEM. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL DE RECURSO PARA O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO MANIFESTAMENTE INCABÍVEL. PRECEDENTES. MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.105.625

(928)

ORIGEM : 00015937220168050201 - TJBA - 2ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO DA

BAHIA COELBAADV.(A/S) : MILENA GILA FONTES (25510/BA)AGDO.(A/S) : OLIEZI SOAVEADV.(A/S) : RAPHAELA AMARAL ALVES (35333/BA)ADV.(A/S) : BARBARA LOPES BINDELI (43535/BA)ADV.(A/S) : VENNA PIRES BRAGA (45003/BA)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. APLICAÇÃO DA SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL NA ORIGEM. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL DE RECURSO PARA O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO MANIFESTAMENTE INCABÍVEL. PRECEDENTES. MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.105.723

(929)

ORIGEM : 00011386620178240000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAAGDO.(A/S) : ADRIANA BURINADV.(A/S) : EDERSON GOMES GUBERT (33958/SC)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, condenou a parte sucumbente, nesta instância recursal, ao pagamento de honorários advocatícios majorados em 1%, percentual que se soma ao fixado na origem, obedecidos os limites dos §§ 2º, 3º e 11 do art. 85 do Código de Processo Civil, e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DE FUNDAMENTO DA DECISÃO DE INADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO: SÚMULA 287 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. VERBA HONORÁRIA MAJORADA EM 1%, PERCENTUAL QUE SE SOMA AO FIXADO NA ORIGEM, OBEDECIDOS OS LIMITES DOS §§ 2º, 3º E 11 DO ART. 85 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL/2015, E MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.105.733

(930)

ORIGEM : 40025673420168240000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAAGDO.(A/S) : JOSE RENATO TEIXEIRA RASOADV.(A/S) : MARILANE PEREIRA PACHECO LENTZ (15571/SC)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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17.5.2018.EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO

EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DO FUNDAMENTO DA DECISÃO DE INADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO: SÚMULA 287 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.105.874

(931)

ORIGEM : 00059682220124025101 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ALINE BARBOSA CAVALCANTEADV.(A/S) : LEONARDO DA SILVA OLIVEIRA (148792/RJ)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO ADMINISTRATIVO. ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS. COMPATIBILIDADE DE HORÁRIOS. AUSÊNCIA DE OFENSA CONSTITUCIONAL DIRETA. SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.106.660

(932)

ORIGEM : 02670544020138190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : RENATA DE SOUZA SANTOSADV.(A/S) : LEONARDO DA SILVA OLIVEIRA (148792/RJ)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no percentual de 1%, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. REMOÇÃO. RETORNO À LOTAÇÃO INICIAL. AUSÊNCIA DE OFENSA CONSTITUCIONAL DIRETA. SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 981.605

(933)

ORIGEM : 05000883820154059810 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS

PROCED. : CEARÁRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : ANTONIO AZIN SOBRINHOADV.(A/S) : CESAR AZIM (4302/CE)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSO CIVIL. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO OU ERRO MATERIAL. IMPOSSIBILIDADE DE REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

Brasília, 28 de maio de 2018.Fabiano de Azevedo Moreira

Coordenador de Acórdãos

PRIMEIRA TURMA

PAUTA DE JULGAMENTOS

PAUTA Nº 53/2018 - Elaborada nos termos do art. 935 do Código de Processo Civil e do art. 83 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, para julgamento dos processos abaixo relacionados:

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.036.919

(934)

ORIGEM : AREsp - 02346003320098260007 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : IRENE LUIZA DA SILVA FILHAADV.(A/S) : MARIA LIGIA PEREIRA SILVA (75237/SP)AGDO.(A/S) : TRANSCONTINENTAL EMPREENDIMENTOS

IMOBILIARIOS LTDA.ADV.(A/S) : PATRICIA MARIA DA SILVA OLIVEIRA (109326/RJ,

131725/SP)INTDO.(A/S) : JOSE BATISTA DE SOUZAINTDO.(A/S) : OSCAR DE SOUZA BARRETOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Matéria:DIREITO CIVILCoisasPosse

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 636.130

(935)

ORIGEM : 200704895492 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

PROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE GOIÁSADV.(A/S) : OTÁVILA ALVES PEREIRA DE GUSMÃO (03326/GO)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

GOIÁSINTDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DE GOIÁS

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOControle de ConstitucionalidadeInconstitucionalidade Material

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 753.320

(936)

ORIGEM : MS - 10000110104585000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : JOSÉ AIRTON BRANDÃOADV.(A/S) : ARIVALDO RESENDE DE CASTRO JUNIOR

(109163/MG) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICO

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.005.243

(937)

ORIGEM : 70063065932 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : VONPAR REFRESCOS S AADV.(A/S) : RAFAEL MALLMANN (34940/DF, 168816/RJ, 51454/RS,

307489/SP)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOImpostosICMS/ Imposto sobre Circulação de Mercadorias

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 154.299 (938)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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ORIGEM : 154299 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : JOELTON SEVERIANO DE SOUSAADV.(A/S) : PATRICIA MARIA VILLA LHACER (149919/SP)AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Matéria:DIREITO PROCESSUAL PENALAção PenalTrancamento

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 154.651 (939)ORIGEM : 154651 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : EDIMARCIO RAMIRO DE ALMEIDAPROC.(A/S)(ES) : LUCIANO GOMES DE FARIAS (21107/GO)AGDO.(A/S) : RELATOR DO HC Nº 419.188 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Matéria:DIREITO PENALCrimes contra a vidaHomicídio Qualificado

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 154.906 (940)ORIGEM : 154906 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : W.M.S.ADV.(A/S) : EMERSON DAVIS LEONIDAS GOMES (08385/PE) E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Matéria:DIREITO PROCESSUAL PENALPrisão PreventivaRevogação

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 155.055 (941)ORIGEM : 155055 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : DAVID FERNANDO MARTINS DA SILVAADV.(A/S) : ELIEZER PEREIRA MARTINS (168735/SP)AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Matéria:DIREITO PROCESSUAL PENALRecurso

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 155.410 (942)ORIGEM : 155410 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : BENEDITO AMUSSEADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Matéria:DIREITO PENALParte GeralAplicação da Pena

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 155.934 (943)ORIGEM : 155934 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : RICARDO JOSE MODESTO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : PATRICIA HERREIRO (256128/SP)AGDO.(A/S) : RELATOR DO HC Nº 441.006 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Matéria:DIREITO PENALParte GeralAplicação da PenaRegime inicial

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 155.971 (944)ORIGEM : 155971 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULO

RELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : AGATHA KAMANSCEKADV.(A/S) : JOSE DOS SANTOS SODRE (245531/SP)AGDO.(A/S) : RELATOR DO RESP Nº 1.544.073 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Matéria:DIREITO PENALCrimes contra a vidaHomicídio Qualificado

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 156.106 (945)ORIGEM : 156106 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : GLAUTER RUINIOVAN SILVEIRAADV.(A/S) : AFONSO LUCIANO GOMES AMANCIO JUNIOR (34653/

DF)AGDO.(A/S) : RELATOR DO HC Nº 422.415 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Matéria:DIREITO PENALParte GeralAplicação da Pena

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 156.160 (946)ORIGEM : 156160 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : JOSE APARECIDO LEMOADV.(A/S) : ROGERIO LUIS ADOLFO CURY (5004/AC, 34252/DF,

186605/SP) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : RELATOR DO HC Nº 445.611 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

Matéria:DIREITO PENALParte GeralAplicação da PenaRegime inicial

AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 34.702 (947)ORIGEM : 00012804020172000000 - CONSELHO NACIONAL DE

JUSTIÇAPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : ALEKSON AZEVEDO MONTEIRO,ADV.(A/S) : ALEKSON AZEVEDO MONTEIRO (5539/PB)INTDO.(A/S) : CORREGEDOR NACIONAL DE JUSTICAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOAgentes PolíticosMagistraturaApuração de Infração Disciplinar

AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 35.251 (948)ORIGEM : 10473960620148260053 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : LEANDRO MARTINS SILVAADV.(A/S) : EDUARDO SOARES BRANDAO (113737/SP)INTDO.(A/S) : CORREGEDOR NACIONAL DE JUSTICAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOConcurso Público / EditalExame Psicotécnico / Psiquiátrico

AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 35.483 (949)ORIGEM : 01774920174 - TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : ENOCH BEZERRA AMERICOADV.(A/S) : LUIZ GUEDES DA LUZ NETO (11005/PB)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 100

AGDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServidor Público CivilAposentadoria

AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 35.493 (950)ORIGEM : 00063122620172000000 - CONSELHO NACIONAL DE

JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : ANDERSON TAVARES PIMENTAADV.(A/S) : IVANIZE TAVARES PIMENTA (4562/DF)INTDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA - CNJPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOAgentes PolíticosMagistraturaApuração de Infração Disciplinar

AG.REG. NA PETIÇÃO 7.614 (951)ORIGEM : 7614 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : JESUS NASCIMENTO DA SILVAADV.(A/S) : MARIA CLAUDIA BUCCHIANERI PINHEIRO (25341/DF)AGDO.(A/S) : PARTIDO DOS TRABALHADORES - DIRETÓRIO

MUNICIPAL DE IPATINGA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : GABRIELA ROLLEMBERG DE ALENCAR (25157/DF,

47143A/GO) E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SEBASTIAO DE BARROS QUINTAOADV.(A/S) : MARIA CLAUDIA BUCCHIANERI PINHEIRO (25341/DF)

E OUTRO(A/S)

Matéria:DIREITO ELEITORALEleiçõesCargosCargo - Prefeito

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 8.573 (952)ORIGEM : RCL - 86064 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍAGDO.(A/S) : CASIMIRO DA COSTA E SILVA NETOADV.(A/S) : DANIEL MOURA MARINHO (5825/PI)INTDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ

(APELAÇÃO CÍVEL Nº 06.002504-2)

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServidor Público CivilSistema Remuneratório e Benefícios

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 24.290 (953)ORIGEM : AIRR - 193009220075150087 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : E L DO B LADV.(A/S) : OSWALDO SANT ANNA (10905/SP, 0010905/SP) E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : E S VADV.(A/S) : PAULO CUNHA DE FIGUEIREDO TORRES (101572/SP)

E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : A DO B LADV.(A/S) : RODRIGO FERRARO MASCARIN (152133/SP)INTDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Matéria:DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHOJurisdição e Competência

Competência

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 28.407 (954)ORIGEM : 00160426320128260048 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : ESTADO DE SAO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : RIVANILDE DOS SANTOSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : PRIMEIRA TURMA CÍVEL E CRIMINAL DO COLÉGIO

RECURSAL DE BRAGANÇA PAULISTAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServidor Público CivilReajustes de Remuneração, Proventos ou Pensão

SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 488.746 (955)ORIGEM : EDROAR - 58200300023403 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGTE.(S) : ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - PROGRAMA

DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO - ONU/PNUD

ADV.(A/S) : ANA LUIZA BROCHADO SARAIVA MARTINS (6644/DF)ADV.(A/S) : FREDERICO DA SILVEIRA BARBOSA (156389/SP)AGDO.(A/S) : ROSANE DORNELES VASCONCELOSADV.(A/S) : MARCO AURÉLIO BALLEN (4994/MT)

Matéria:DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHOJurisdição e CompetênciaCompetênciaCompetência da Justiça do Trabalho

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 566.928 (956)ORIGEM : AC - 200300123819 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : PARTIDO DOS TRABALHADORES - PTADV.(A/S) : RICARDO FERNANDES MAGALHÃES DA SILVEIRA

(087849/RJ, 252061/SP) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOImpostosICMS/ Imposto sobre Circulação de Mercadorias

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.649 (957)ORIGEM : MS - 20000020040014142 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : SILVIA DARWICH ZACHARIASADV.(A/S) : FILIPE CAIO BATISTA CARVALHO (2675/RO)ADV.(A/S) : ENRICO DA CUNHA CORREA (22693/DF, 4518/RN)AGDO.(A/S) : ESTADO DE RONDÔNIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIA

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOAgentes PolíticosGovernadorRemuneração

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 805.304 (958)ORIGEM : AC - 50026245220104047205 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : EUNICE FAUSTO CARDOSOADV.(A/S) : KÁZIA FERNANDES PALANOWSKI (14271/SC)ADV.(A/S) : MÁRCIO LOCKS FILHO (11208/SC) E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 101

AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServidor Público CivilPensão

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 815.002 (959)ORIGEM : AC - 00006955520104058300 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE RIBEIRÃOADV.(A/S) : RODRIGO RANGEL MARANHÃO (22372/PE) E

OUTRO(A/S)

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOProcedimentos FiscaisCadastro de Inadimplentes - CADIN

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 919.029 (960)ORIGEM : AC - 199901001192195 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : BANCO RURAL S/A E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOÃO DÁCIO ROLIM (76921/SP) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOCrédito TributárioAlíquota

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 933.904 (961)ORIGEM : 1157442008 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

MATO GROSSOPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSOAGDO.(A/S) : ARIADNE NUNES FERREIRA DE MATOS E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : DEBORA LETICIA OLIVEIRA VIDAL (6224/O/MT)

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServidor Público CivilCategorias Especiais de Servidor PúblicoProcuradores de Órgãos / Entidades Públicos

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 990.388 (962)ORIGEM : REsp - 50087471520144047209 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : BRACOL - COMERCIAL E IMPORTADORA LTDA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOAO JOAQUIM MARTINELLI (01805/A/DF, 1796A/MG,

15429-A/MS, 01723/PE, 25430/PR, 139475/RJ, 45.071A/RS, 3210/SC, 175215/SP)

AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOContribuiçõesContribuições SociaisCOFINS - Importação

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.039.010 (963)ORIGEM : 08049193320138240023 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINA

RELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : CELSO MARCON E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCUS VINICIUS MULLER BORGES (30072/SC)ADV.(A/S) : VINICIUS MARCELO BORGES (11722/SC)AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SANTA

CATARINAADV.(A/S) : ANDRESSA TRIBECK FERREIRA TOMAZ (15764/SC)

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOCrédito TributárioRepetição de indébito

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.039.559 (964)ORIGEM : RE - 0707865752013801000150004 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO ACREPROCED. : ACRERELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : ESTADO DO ACREPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ACREAGDO.(A/S) : KELSIANY COSTA DA SILVAADV.(A/S) : RENATA BARBOSA LACERDA (7402/MS)

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOEmpregado Público / Temporário

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.039.914 (965)ORIGEM : 08076024320138240023 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : ELIRA MARIA GOTARDOADV.(A/S) : MARCUS VINICIUS MULLER BORGES (30072/SC)ADV.(A/S) : VINICIUS MARCELO BORGES (11722/SC)AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SANTA

CATARINA - IPREVADV.(A/S) : CRISTIANE GEWEHR (19288/SC)

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOCrédito TributárioRepetição de indébito

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.065.090 (966)ORIGEM : PROC - 50063848720164047208 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : FRASSON INDUSTRIA E COMERCIO DE

DESCARTAVEIS EIRELI - MEADV.(A/S) : JONATAS GOETTEN DE SOUZA (24480/SC,

360029/SP)

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOIntervenção no Domínio EconômicoImportaçõesDesembaraço Aduaneiro

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.106.258 (967)ORIGEM : 00342663420128260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : NIELZER DE OLIVEIRA SUDRÉADV.(A/S) : DANILO MONTEIRO DE CASTRO (200994/SP)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOImpostosICMS/ Imposto sobre Circulação de Mercadorias

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.111.220 (968)ORIGEM : REsp - 20070110088110REE - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUX

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 102

AGTE.(S) : WEB EDITORA LTDA - MEADV.(A/S) : VALERIO ALVARENGA MONTEIRO DE CASTRO

(13398/DF, 155530/MG, 207614/RJ, 364866/SP)AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOImpostosICMS/ Imposto sobre Circulação de Mercadorias

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.117.614 (969)ORIGEM : AREsp - 480561 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : MARIA DE NAZARE DE LIMA MENDES BORGES

RAMOSADV.(A/S) : AGNALDO BORGES RAMOS JUNIOR (011634/PA)AGDO.(A/S) : FUNDAÇÃO SISTEL DE SEGURIDADE SOCIALADV.(A/S) : JOAO ANDRE SALES RODRIGUES (54460/BA, 19186-

A/PB, 19186/PE, 202910/RJ, 1142-A/RN, 709A/SE, 384554/SP)

ADV.(A/S) : LUIZ RICARDO DE CASTRO GUERRA (17598-A/PB, 17598/PE, 703A/SE)

INTDO.(A/S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : SUYANE PRISCILA JANSEN COSTA SIQUEIRA (79533/

PR)

Matéria:DIREITO CIVILObrigaçõesEspécies de ContratosPrevidência privada

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.118.380 (970)ORIGEM : 70075258368 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : COMPANHIA RIOGRANDENSE DE SANEAMENTO

CORSANADV.(A/S) : FELIPE DE ALMEIDA MOTTA (78013/RS)AGDO.(A/S) : JOSE DOMINGOS LAMENZA SCHIVITTSADV.(A/S) : MAURO JOSE DA SILVA JAEGER (14178/RS)

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOResponsabilidade da Administração

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.122.422 (971)ORIGEM : 10131385120138240023 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : ROSANA DE FATIMA LONDERO DA SILVA HELENOADV.(A/S) : VINICIUS MARCELO BORGES (11722/SC)ADV.(A/S) : MARCUS VINICIUS MULLER BORGES (30072/SC)AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SANTA

CATARINA - IPREVADV.(A/S) : ULLYSSES PROCHASKA LEMOS (31168/SC)

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOContribuiçõesContribuições Previdenciárias

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 671.998

(972)

ORIGEM : APCRIM - 00001179220107010301 - SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : SIMONE FREITAS DE CARVALHOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO MILITARPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Matéria:DIREITO PENALCrimes Previstos na Legislação ExtravaganteCrimes Militares

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (973)

730.003ORIGEM : APCRIM - 993080080526 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : BRUNO CASTELLANI NETOADV.(A/S) : JOSÉ GOMES PINHEIRO (36636/SP)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOINTDO.(A/S) : DEUSDETE GONÇALVES SOUZAINTDO.(A/S) : FERNANDO SOARES DE LUCENA

Matéria:DIREITO PENALParte GeralTipicidade

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 731.422

(974)

ORIGEM : AMS - 20040007053180 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : SINDICATO DAS EMPRESAS DE TRANSPORTE DE

PASSAGEIROS DO ESTADO DO CEARA-SINDIONIBUSADV.(A/S) : ANTÔNIO CLETO GOMES (0005864/CE) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE FORTALEZAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

FORTALEZA

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServiçosConcessão / Permissão / AutorizaçãoPasse livre em transporte

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 766.360

(975)

ORIGEM : APCRIM - 699220087120012 - SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : ELISEU FERNANDO SILVEIRA DE CARVALHOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO MILITARPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Matéria:DIREITO PENALParte GeralSuspensão condicional da pena

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.496

(976)

ORIGEM : AI - 00694691720128190000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : SINAF ASSISTENCIAL S/AADV.(A/S) : DANIEL CAMPOS GUIMARÃES DA CUNHA

(0155549/RJ)AGDO.(A/S) : MÁRCIA HELENA ELIAS DE MELOADV.(A/S) : PAULO EDUARDO BORGES GOMES (170425/RJ) E

OUTRO(A/S)

Matéria:DIREITO DO TRABALHOResponsabilidade Civil do EmpregadorIndenização por Dano Material

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 780.397

(977)

ORIGEM : APCRIM - 1019220117020102 - SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : WILLIAN OLIVEIRA COELHOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO MILITARPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : ALYSON LUIZ TEIXEIRA PEREIRA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 103

Matéria:DIREITO PENALParte GeralTipicidade

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 785.965

(978)

ORIGEM : AREsp - 98248 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : PAULO NEY DE CASTRO MENEZES SILVAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIROASSIST.(S) : SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA JÚNIORADV.(A/S) : JOÃO VICENTE DA CUNHA REGATTIERI (128924/RJ) E

OUTRO(A/S)

Matéria:DIREITO PROCESSUAL PENALAção PenalProvas

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 814.923

(979)

ORIGEM : AC - 024080389752 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : VIACAO AGUIA BRANCA S AAGTE.(S) : ÁGUIA BRANCA LOGÍSTICA S/AAGTE.(S) : AUTOPORT TRANSPORTES E LOGISTICA LTDA.AGTE.(S) : AUTOPORT TRANSPORTES DE VEICULOS LTDA.AGTE.(S) : VIX LOGISTICA S/AADV.(A/S) : VALERIA ZOTELLI (170846/RJ, 117183/SP)ADV.(A/S) : JOELSON COSTA DIAS (10441/DF, 157690/MG)AGDO.(A/S) : ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTO

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOCrédito TributárioAlíquota

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 989.365

(980)

ORIGEM : PROC - 50489654720154040000 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : LUIZ FERNANDO ZORNIG FILHOADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO ZORNIG FILHO (27936/PR)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOAgentes PolíticosMagistraturaJuizados EspeciaisJuiz Leigo

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.004.723

(981)

ORIGEM : AREsp - 00238038920088060001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ

PROCED. : CEARÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁAGDO.(A/S) : JOSE RONALDO LEITEADV.(A/S) : FRANCISCO VALDEMIZIO ACIOLY GUEDES

(12068/CE)

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICO

Concurso Público / EditalCurso de Formação

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.040.332

(982)

ORIGEM : PROC - 50046453720154047104 - TRF4 - RS - 1ª TURMA RECURSAL

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : FUNDACAO DOS ECONOMIARIOS FEDERAIS

FUNCEFADV.(A/S) : ESTEFÂNIA VIVEIROS (011694/DF)AGDO.(A/S) : PAULO RICARDO MENIN BASTOSADV.(A/S) : REGIS ELENO FONTANA (A654/AM, 29199/DF,

58441/PR, 27389/RS, 25014/SC, 266450/SP)INTDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : FABIO GUIMARAES HAGGSTRAM (58623/RS)

Matéria:DIREITO CIVILObrigaçõesEspécies de ContratosPrevidência privada

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.047.173

(983)

ORIGEM : 197263320074013400 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIAO

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : JOSE AUGUSTO SANTIAGO LEAL E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RENATO BORGES BARROS (19275/DF)ADV.(A/S) : MARLUCIO LUSTOSA BONFIM (16619/DF)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServidor Público CivilRegime EstatutárioAnistia Administrativa

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.051.130

(984)

ORIGEM : 20130610053124 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : ELIONALDO GONCALVES MONTEIROAGTE.(S) : MARIA APARECIDA TEIXEIRAADV.(A/S) : MOACIR RODRIGUES XAVIER (25301/DF)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOS

Matéria:DIREITO PROCESSUAL PENALAção PenalNulidadeAusência de Fundamentação

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.068.712

(985)

ORIGEM : AREsp - 20140111392623AGS - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALAGDO.(A/S) : ALICE GABRIELA DE JESUS REPRESENTADA POR

FRANCISCA DE JESUSPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOGarantias Constitucionais

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.073.980

(986)

ORIGEM : 00023788320138152004 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 104

PROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBAAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA

PARAÍBA

Matéria:DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHOLiquidação / Cumprimento / ExecuçãoObrigação de Fazer / Não Fazer

SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.078.038

(987)

ORIGEM : ARE - 106818620135150145 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : MUNICIPIO DE ITATIBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE ITATIBAAGDO.(A/S) : JOSE DONIZETE PIRESADV.(A/S) : RAPHAEL BARROS ANDRADE LIMA (306529/SP)ADV.(A/S) : RODRIGO FRANCISCO SILVA (300846/SP)

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServidor Público CivilReajustes de Remuneração, Proventos ou Pensão

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.078.443

(988)

ORIGEM : 00035194620108120026 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MATO GROSSO DO SUL

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOAtos Administrativos

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.079.126

(989)

ORIGEM : AREsp - 02298353520128260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : RICARDO JUSTINO LEITEADV.(A/S) : LUIZ EDUARDO RODRIGUES GREENHALGH

(38555/SP)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Matéria:DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHOLiquidação / Cumprimento / Execução de SentençaPrecatórioCrédito Complementar

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.081.977

(990)

ORIGEM : PROC - 00014761320178250000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPE

PROCED. : SERGIPERELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : MUNICIPIO DE SALGADOADV.(A/S) : FABIANO FREIRE FEITOSA (3173/SE)AGDO.(A/S) : MARIA DAS GRACAS RAMOS RODRIGUESADV.(A/S) : HORINO JOAQUIM DO CARMO (4233/SE)

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServidor Público CivilCategorias Especiais de Servidor Público

Professor

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.083.923

(991)

ORIGEM : AREsp - 0000307892006812001550007 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL

PROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : LÚCIA ADRIANA TEIXEIRA PEIXOTOADV.(A/S) : ROGERIO NEMETI (208529/SP)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MATO GROSSO DO SUL

Matéria:DIREITO PENAL

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.091.275

(992)

ORIGEM : ARE - 3827520145060271 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : USINA CENTRAL OLHO D'AGUA S/AADV.(A/S) : MAURICIO DE FIGUEIREDO CORREA DA VEIGA

(55433/BA, 21934/DF, 109016/RJ)AGDO.(A/S) : ISMA FELIX DE FREITASADV.(A/S) : JADILMA NASCIMENTO DE CASTRO SANTOS (10278/

PE)

Matéria:DIREITO DO TRABALHODuração do TrabalhoHoras In Itinere

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.093.911

(993)

ORIGEM : AREsp - 00133374920038190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : INDUSTRIA DE PRODUTOS ALIMENTICIOS PIRAQUE

S AADV.(A/S) : EUNYCE PORCHAT SECCO FAVERET (081841/RJ,

259937/SP)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOImpostosICMS/ Imposto sobre Circulação de Mercadorias

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.105.029

(994)

ORIGEM : 00011287819918260161 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE DIADEMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE DIADEMAAGDO.(A/S) : CONSTRUTORA AUXILIAR S.AADV.(A/S) : FLAVIO JOAO DE CRESCENZO (17308/SP)

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOIntervenção do Estado na PropriedadeDesapropriação

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.105.647

(995)

ORIGEM : 00285597120158080024 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTOAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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ESPÍRITO SANTO

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServiçosSaúdeTratamento Médico-Hospitalar

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.106.290

(996)

ORIGEM : 20160003256 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTEAGDO.(A/S) : MARIA DE FATIMA DOS SANTOS OLIVEIRAADV.(A/S) : FELIPE MONNERAT SOLON DE PONTES RODRIGUES

(29025/DF, 147325/RJ)ADV.(A/S) : RODRIGO FONSECA ALVES DE ANDRADE (3572/RN)

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServidor Público CivilRegime EstatutárioReintegração

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.106.370

(997)

ORIGEM : 03405887 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCOAGDO.(A/S) : REAL HOSPITAL PORTUGUES DE BENEFICENCIA EM

PERNAMBUCOADV.(A/S) : MILTON PASTICK FUJINO (19040/PE)AGDO.(A/S) : TEREZINHA LEITE DE SOUZA REPRESENTADA POR

ALBA LÚCIA TEIXEIRA DE SOUZAADV.(A/S) : JOAO BOSCO DA SILVA (11491/PE)

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServiçosSaúde

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.107.360

(998)

ORIGEM : AREsp - 201051010222756 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : ROSANGELA RODRIGUESADV.(A/S) : TATIANA BATISTA DE SOUZA (103912/RJ)

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServidor Público CivilRegime EstatutárioAcumulação de Cargos

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.108.819

(999)

ORIGEM : 201461000032207 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO

PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : CASA FLORA LTDAADV.(A/S) : FAISSAL YUNES JUNIOR (129312/SP)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOContribuiçõesContribuições SociaisCOFINS - Importação

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.110.486

(1000)

ORIGEM : AREsp - 06004560520138260014 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : COMBRAS COMÉRCIO E INDÚSTRIA DO BRASIL S/AADV.(A/S) : LUIZ NAKAHARADA JUNIOR (44648/DF, 217191/RJ,

163284/SP)ADV.(A/S) : WAGNER SERPA JUNIOR (232382/SP)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOImpostosICMS/ Imposto sobre Circulação de Mercadorias

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.110.657

(1001)

ORIGEM : AREsp - 1098933 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : JOAO BATISTA FLORES SALLESADV.(A/S) : RONALDO COSTALUNGA GOTUZZO (51983/RS) E

OUTRO(A/S)

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServidor Público CivilAposentadoria

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.111.783

(1002)

ORIGEM : 00563902220128170001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCOAGDO.(A/S) : JOSE DE MELLO COSTA OLIVEIRA FILHOADV.(A/S) : MARIO BANDEIRA GUIMARAES NETO (26926/PE)

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServiçosSaúdeFornecimento de Medicamentos

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.115.724

(1003)

ORIGEM : AREsp - 00824421920068260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOAGDO.(A/S) : SOCIEDADE BENEFICENTE ISRAELITA BRASILEIRA -

HOSPITAL ALBERT EINSTEINADV.(A/S) : JOSE ANTONIO BALIEIRO LIMA (103745/SP)

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOImpostosISS/ Imposto sobre Serviços

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.116.513

(1004)

ORIGEM : 03054608720178130024 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : JOÃO SEBASTIÃO RIBEIROADV.(A/S) : EMMANUEL LUIZ AVELAR DE AZEVEDO (91051/MG)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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MINAS GERAIS

Matéria:DIREITO PROCESSUAL PENALAção PenalProvas

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.117.170

(1005)

ORIGEM : 00065897920058140301 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : PARÁRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : UNIMED DE BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO

MEDICOADV.(A/S) : DIOGO DE AZEVEDO TRINDADE (11270/PA)AGDO.(A/S) : KLEBER BARROSO DE LIMAADV.(A/S) : CHILDERICO JOSE FERNANDES (006013/PA)

Matéria:DIREITO CIVILResponsabilidade CivilIndenização por Dano MoralErro Médico

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.117.687

(1006)

ORIGEM : AREsp - 1115284 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : DARCI MELO DE ALMEIDAADV.(A/S) : ALDO BONATTO FILHO (12746/SC)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA

CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SANTA CATARINA

Matéria:DIREITO PROCESSUAL PENALAção PenalNulidadeCerceamento de Defesa

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.120.801

(1007)

ORIGEM : AREsp - 00011808120078260430 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : USINA MOEMA ACUCAR E ALCOOL LTDAADV.(A/S) : JOSE ROBERTO PIRAJA RAMOS NOVAES (146429/SP)ADV.(A/S) : ROBERTO TIMONER (156828/SP)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOAtos AdministrativosInfração AdministrativaMultas e demais Sanções

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.122.031

(1008)

ORIGEM : 0049823892013826000050000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : FUNDACAO RICHARD HUGH FISKADV.(A/S) : ALEXANDRE DANTAS FRONZAGLIA (8198-A/PI,

181924/RJ, 101471/SP)AGDO.(A/S) : MUNICIPIO DE GUARULHOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

GUARULHOS

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOImpostosIPTU/ Imposto Predial e Territorial Urbano

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.123.478

(1009)

ORIGEM : PROC - 00002673720145180201 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : MINERACAO SERRA GRANDE S AADV.(A/S) : PATRICIA MIRANDA CENTENO AMARAL (54917/DF,

24190/GO)ADV.(A/S) : DENISE ALVES DE MIRANDA BENTO (21789/GO)AGDO.(A/S) : CLAUDIO DOS SANTOS SANTIAGOADV.(A/S) : KELSON DAMASCENO DE OLIVEIRA (27609/GO, 4534/

TO)

Matéria:DIREITO DO TRABALHOAcordo e Convenção Coletivos de TrabalhoAnulação

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.125.170

(1010)

ORIGEM : 0315091572014824002350000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAAGDO.(A/S) : CINTIA SOARES BUENO DA SILVAADV.(A/S) : FELLIP STEFFENS (28958/SC)

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOConcurso Público / EditalClassificação e/ou Preterição

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.125.411

(1011)

ORIGEM : PROC - 00626006920075070009 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : ANA ROSA CARDOSO DA SILVAADV.(A/S) : JOSE EYMARD LOGUERCIO (01441/A/DF, 52504A/GO,

103250/SP)AGDO.(A/S) : BANCO BRADESCO SAADV.(A/S) : VICTOR RUSSOMANO JUNIOR (03609/DF)ADV.(A/S) : MOZART VICTOR RUSSOMANO NETO (29340/DF,

47576A/GO, 162844/MG)

Matéria:DIREITO DO TRABALHORescisão do Contrato de TrabalhoDespedida / Dispensa Imotivada

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.125.864

(1012)

ORIGEM : 1305001320095070005 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : MANUEL DO NASCIMENTO GILO FILHOADV.(A/S) : JOSE EYMARD LOGUERCIO (01441/A/DF, 52504A/GO,

103250/SP)AGDO.(A/S) : BANCO BRADESCO SAADV.(A/S) : VICTOR RUSSOMANO JUNIOR (03609/DF)ADV.(A/S) : MOZART VICTOR RUSSOMANO NETO (29340/DF,

47576A/GO, 162844/MG)

Matéria:DIREITO DO TRABALHORescisão do Contrato de TrabalhoDespedida / Dispensa Imotivada

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.125.869

(1013)

ORIGEM : 970007520085070009 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : CEARÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : JOSE ORTAN GOMES MARTINSADV.(A/S) : JOSE EYMARD LOGUERCIO (01441/A/DF, 52504A/GO,

103250/SP)AGDO.(A/S) : BANCO BRADESCO SAADV.(A/S) : MOZART VICTOR RUSSOMANO NETO (29340/DF,

47576A/GO, 162844/MG)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 107

Matéria:DIREITO DO TRABALHORescisão do Contrato de TrabalhoDespedida / Dispensa Imotivada

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.125.970

(1014)

ORIGEM : PROC - 01817003920075070002 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : CEARÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : RAIMUNDO MATEUS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : JOSE EYMARD LOGUERCIO (01441/A/DF, 52504A/GO,

103250/SP)AGDO.(A/S) : BANCO BRADESCO SAADV.(A/S) : VICTOR RUSSOMANO JUNIOR (03609/DF)

Matéria:DIREITO DO TRABALHORescisão do Contrato de TrabalhoDespedida / Dispensa Imotivada

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.127.410

(1015)

ORIGEM : 00304164420138260050 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : J.R.S.F.ADV.(A/S) : SANTIAGO ANDRE SCHUNCK (235199/SP)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Matéria:DIREITO PROCESSUAL PENALAção PenalProvas

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.128.668

(1016)

ORIGEM : 10301010035139001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : ANTONIO PEREIRA DE ASSUNÇÃOADV.(A/S) : IGOR LIMA COUY (94658/MG)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

Matéria:DIREITO PROCESSUAL PENALAção PenalNulidadeCerceamento de Defesa

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.831

(1017)

ORIGEM : 00140016120118080048 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : NILSON PANCIERIADV.(A/S) : LEONARDO RODRIGUES LACERDA (13178/ES)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

Matéria:DIREITO PENALParte GeralAplicação da Pena

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.141

(1018)

ORIGEM : AREsp - 754716 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : SAMUEL DAVID DA FONSECAADV.(A/S) : GUSTAVO DIAS FERREIRA (51045/PR)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PARANÁAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Matéria:DIREITO PENALParte GeralTipicidade

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.418

(1019)

ORIGEM : AREsp - 997257 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : A.A.C.F.ADV.(A/S) : ARTHUR AUGUSTO CAMPOS FREIRE (266329/SP)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Matéria:DIREITO PROCESSUAL PENALJurisdição e Competência

AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 150.664

(1020)

ORIGEM : HC - 306743 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : ROBERTO CARDOSO DOS SANTOSADV.(A/S) : ISAAC MINICHILLO DE ARAUJO (94357/SP)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Matéria:DIREITO PENALParte GeralAplicação da Pena

EMB.DECL. NO AG.REG. NO HABEAS CORPUS 142.374 (1021)ORIGEM : 1649001 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESEMBTE.(S) : DOUGLAS TOMAS RONDAS DE ANDRADEADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALEMBDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Matéria:DIREITO PENALCrimes contra o PatrimônioFurto

EMB.DECL. NO AG.REG. NO HABEAS CORPUS 148.079 (1022)ORIGEM : 605654 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBEREMBTE.(S) : VANESSA BELLATO FISCHERADV.(A/S) : ANDRE LUIS CERINO DA FONSECA (225178/SP)ADV.(A/S) : DIEGO ALVES MOREIRA DA SILVA (376599/SP)EMBDO.(A/S) : RELATOR DO ARESP Nº 605.654 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Matéria:DIREITO PENALParte GeralAplicação da PenaRegime inicial

EMB.DECL. NO AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.169 (1023)ORIGEM : 418979 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBEREMBTE.(S) : JOAO PAULO DE SOUZA RICARDOADV.(A/S) : RODRIGO ZAMPOLI PEREIRA (302569/SP)EMBDO.(A/S) : RELATOR DO HC Nº 418.979 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Matéria:DIREITO PROCESSUAL PENALAção PenalSuspensão

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 108

EMB.DECL. NO AG.REG. NO HABEAS CORPUS 152.685 (1024)ORIGEM : 607380 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESEMBTE.(S) : LUIS FABIO MING DE CAMARGOEMBTE.(S) : MARCELO MAIORINOADV.(A/S) : FELIPE AMARAL SALES (269127/SP) E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Matéria:DIREITO PROCESSUAL PENALAção PenalNulidade

EMB.DECL. NO AG.REG. NO HABEAS CORPUS 153.037 (1025)ORIGEM : 406863 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESEMBTE.(S) : MAURICIO RODRIGUES CAJADOADV.(A/S) : MAURICIO RODRIGUES CAJADOEMBDO.(A/S) : RELATOR DO HC Nº 406.863 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Matéria:DIREITO PENALParte GeralAplicação da PenaRegime inicial

EMB.DECL. NO AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 29.513 (1026)ORIGEM : 00124533720145150117 - TRIBUNAL REGIONAL DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOEMBTE.(S) : MUNICIPIO DE SAO JOAQUIM DA BARRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

JOAQUIM DA BARRAEMBDO.(A/S) : MÁRCIA BASSOADV.(A/S) : ROBERTO INÁCIO BARBOSA FILHO (227362/SP)INTDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO

Matéria:DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHOFormação, Suspensão e Extinção do Processo

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 950.317

(1027)

ORIGEM : PROC - 10145120295533005 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESEMBTE.(S) : MUNICÍPIO DE JUIZ DE FORAADV.(A/S) : WEDERSON ADVINCULA SIQUEIRA (102533/MG)ADV.(A/S) : MARCOS EZEQUIEL DE MOURA LIMA (136164/MG)EMBDO.(A/S) : CEMIG DISTRIBUICAO S.AADV.(A/S) : DANIEL DE MAGALHAES PIMENTA (0098643/MG) E

OUTRO(A/S)

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOImpostosIPTU/ Imposto Predial e Territorial Urbano

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 984.293

(1028)

ORIGEM : 50105877020124047002 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : ESPÓLIO DE EUSÉBIO SIMIONIADV.(A/S) : ROBERTO WYPYCH JUNIOR (19416/DF, 09134/PR)EMBDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁEMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOIntervenção do Estado na PropriedadeDesapropriação

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 984.419

(1029)

ORIGEM : 201261140046176 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : CARMO FABIO JANSON MERCANTEADV.(A/S) : SANDRA MARIA ESTEFAM JORGE (58937/SP)AGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOImpostosIRPF/Imposto de Renda de Pessoa Física

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.040.563

(1030)

ORIGEM : AREsp - 21255435720158260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : MUNICÍPIO DE MOGI DAS CRUZESEMBTE.(S) : PREFEITO DO MUNICÍPIO DE MOGI DAS CRUZESPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MOGI DAS

CRUZESEMBDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES DA

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL DE MOGI DAS CRUZES

ADV.(A/S) : RAFAEL URBANO (0276132/SP)INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE MOGI DAS

CRUZESADV.(A/S) : ANDRÉ DE CAMARGO ALMEIDA (224103/SP)ADV.(A/S) : DÉBORAH MORAES DE SÁ (223945/SP)

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOAtos Administrativos

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.041.965

(1031)

ORIGEM : PROC - 50352294120114047100 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBEREMBTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALEMBDO.(A/S) : DANA INDUSTRIAS LTDAADV.(A/S) : JOAO JOAQUIM MARTINELLI (01805/A/DF, 1796A/MG,

15429-A/MS, 01723/PE, 25430/PR, 139475/RJ, 45.071A/RS, 3210/SC, 175215/SP)

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOObrigação Tributária

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.063.967

(1032)

ORIGEM : PROC - 50293871220134047100 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBEREMBTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALEMBDO.(A/S) : BRASLUMBER INDUSTRIA DE MOLDURAS LTDA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : GUSTAVO NEVES ROCHA (RS081392/)

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOImpostosIRPJ/Imposto de Renda de Pessoa Jurídica

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.075.537

(1033)

ORIGEM : 200551010049339 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESEMBTE.(S) : JUAREZ MOREIRA LESSAADV.(A/S) : LEONARDO DE CARVALHO BARBOZA (116636/RJ)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

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Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOAtos AdministrativosImprobidade Administrativa

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 839.787

(1034)

ORIGEM : RESP - 1169589 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBEREMBTE.(S) : D CADV.(A/S) : LEONARDO VELLO DE MAGALHAES (7057/ES) E

OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Matéria:DIREITO PROCESSUAL PENALAção PenalProvas

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 869.136

(1035)

ORIGEM : APCRIM - 20070111171475 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBEREMBTE.(S) : BRUNO ANTONIO LISBOA CORDEIROADV.(A/S) : VITOR CARVALHO PORTO (27291/DF) E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOS

Matéria:DIREITO PENALParte GeralTipicidade

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 869.522

(1036)

ORIGEM : AC - 200283000134542 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIAO

PROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. ROSA WEBEREMBTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALEMBDO.(A/S) : ASTRA - ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DA

JUSTIÇA DO TRABALHO DA 6ª REGIÃO - PEADV.(A/S) : JOÃO CARLOS DA SILVA (17501/PE)

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServidor Público CivilSistema Remuneratório e BenefíciosDescontos Indevidos

EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 870.420

(1037)

ORIGEM : AC - 20130111617983 - TJDFT - 2ª TURMA RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESEMBTE.(S) : EUNICE BAPTISTA DA CUNHAADV.(A/S) : MARCONI MEDEIROS MARQUES DE OLIVEIRA

(23360/DF) E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALEMBDO.(A/S) : IPREV/DF - INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS

SERVIDORES DO DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

Matéria:DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHOPartes e ProcuradoresSucumbênciaCustas

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 871.189

(1038)

ORIGEM : ARESP - 101055 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBER

EMBTE.(S) : CARLOS ROBERTO MALACARNEADV.(A/S) : LEONARDO VELLO DE MAGALHAES (7057/ES) E

OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.858

(1039)

ORIGEM : AC - 538809 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBEREMBTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES APOSENTADOS DA

CNEN E DO SETOR NUCLEAR - APOSEN E OUTRO(A/S)

ADV.(A/S) : RICARDO VIANA RAMOS FERNANDEZ (00028681/RJ) E OUTRO(A/S)

ADV.(A/S) : CAROLINE PACHECO RAMOS FERNANDEZ (133524/RJ)

EMBDO.(A/S) : COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR-CNENPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServidor Público CivilSistema Remuneratório e BenefíciosGratificações de Atividade

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 895.269

(1040)

ORIGEM : APCRIM - 201261110017289 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO

PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBEREMBTE.(S) : CLÁUDIO ROBERTO PERASSOLIADV.(A/S) : CRISTIANO DE SOUZA MAZETO (148760/SP)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.046.609

(1041)

ORIGEM : AREsp - 201200010024377 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ

PROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESEMBTE.(S) : INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA E PREVIDÊNCIA DO

ESTADO DO PIAUÍ - IAPEP/PLAMTAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍEMBDO.(A/S) : FRANCISCO OLIMPIO DA PAZEMBDO.(A/S) : CELIA MARIA REZENDE SANTANA ANDRADEADV.(A/S) : LUCIANO DE ALENCAR MARQUES (4214/PI)

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServidor Público CivilSistema Remuneratório e BenefíciosAdicional por Tempo de Serviço

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.106.933

(1042)

ORIGEM : 09198191520128260506 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESEMBTE.(S) : TUBOS VEROLA COMERCIO, IMPORTACAO E

EXPORTACAO LTDA.ADV.(A/S) : JAMOL ANDERSON FERREIRA DE MELLO (226577/SP)EMBDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOImpostosICMS/ Imposto sobre Circulação de Mercadorias

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 122.095

(1043)

ORIGEM : HC - 281954 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBEREMBTE.(S) : MARIA AUXILIADORA QUEIROGA DE ALMEIDAADV.(A/S) : ALEXANDRE VIEIRA DE QUEIROZ (0018976/DF, 18976/

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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DF) E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

SEGUNDOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 805.729

(1044)

ORIGEM : MS - 200930063918 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : PARÁRELATORA :MIN. ROSA WEBEREMBTE.(S) : MARCOS EVANDRO LISBOA DE MORAES E OUTRO(A/

S)ADV.(A/S) : ARMANDO SOUTELLO CORDEIRO (2151/PA) E

OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DO PARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁINTDO.(A/S) : SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO DO

PARÁ

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServidor Público CivilSistema Remuneratório e Benefícios

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 805.729

(1045)

ORIGEM : MS - 200930063918 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : PARÁRELATORA :MIN. ROSA WEBEREMBTE.(S) : ESTADO DO PARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁEMBDO.(A/S) : MARCOS EVANDRO LISBOA DE MORAES E OUTRO(A/

S)ADV.(A/S) : ARMANDO SOUTELLO CORDEIRO (2151/PA) E

OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO DO

PARÁ

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServidor Público CivilSistema Remuneratório e Benefícios

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO HABEAS CORPUS 144.503

(1046)

ORIGEM : 1510816 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESEMBTE.(S) : IVAN CARLOS SCHMIDTADV.(A/S) : ALESSANDRO SILVERIO (27158/PR) E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Matéria:DIREITO PROCESSUAL PENALAção PenalNulidade

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOSEGUNDO JULGAMENTO NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 668.870

(1047)

ORIGEM : PROC - 1073484 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : RICARDO SÉRGIO CORRÊAADV.(A/S) : MAURO SÉRGIO RODRIGUES (111643/SP) E

OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Matéria:DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTEAto InfracionalContra a dignidade sexualAtentado Violento ao Pudor

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 777.072

(1048)

ORIGEM : APCRIM - 20120160303 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

PROCED. : SANTA CATARINA

RELATORA :MIN. ROSA WEBEREMBTE.(S) : THAYSE MACIEL PINHEIROADV.(A/S) : JOÃO MOACIR CORREIA DE ANDRADE (17981/SC)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA

CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SANTA CATARINA

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 830.500

(1049)

ORIGEM : AR - 200601000448169 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIAO

PROCED. : BAHIARELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESEMBTE.(S) : MARCIA BINDERL GASPAR E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JAIRO ANDRADE DE MIRANDA (3923/BA) E OUTRO(A/

S)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOContribuiçõesContribuições PrevidenciáriasServidores Ativos

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 150.842 (1050)ORIGEM : 82447 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : TOCANTINSRELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : LUIZ EDUARDO AURICCHIO BOTTURAADV.(A/S) : LORINE SANCHES VIEIRA (17818/MS, 352844/SP)EMBDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Matéria:DIREITO PROCESSUAL PENALAção PenalSuspensão

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 899.095

(1051)

ORIGEM : RESP - 1407819 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESEMBTE.(S) : DELTA INDÚSTRIA CERÂMICA S/AADV.(A/S) : MARCELO HENRIQUE SCHIAVINI SALOMAO

(35876/DF, 43546/PR) E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOImpostosIPI/ Imposto sobre Produtos Industrializados

EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 128.542 (1052)ORIGEM : ARESP - 165087 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESEMBTE.(S) : MARIA JOSE MARTINSADV.(A/S) : FLAVIA DA CAMARA SABINO PINHO MARINHO

(7309/RN)EMBDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Matéria:DIREITO PROCESSUAL PENALAção PenalNulidade

EMB.DECL. NO INQUÉRITO 4.141 (1053)ORIGEM : INQ - 4141 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOEMBTE.(S) : JOSÉ AGRIPINO MAIAADV.(A/S) : ARISTIDES JUNQUEIRA ALVARENGA (0012500/DF) E

OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Matéria:DIREITO PENALCrimes Previstos na Legislação ExtravaganteCrimes de "Lavagem" ou Ocultação de Bens, Direitos ou Valores

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 111

EMB.DECL. EM MANDADO DE SEGURANÇA 26.387 (1054)ORIGEM : MS - 11145 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOEMBDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS DOCENTES DA UNIVERSIDADE

FEDERAL DO CEARÁ - ADUFCADV.(A/S) : RAFAEL BARROSO FONTELLES (119910/RJ) E

OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOIntervenção no Domínio EconômicoExpurgos Inflacionários / Planos Econômicos

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 700.052 (1055)ORIGEM : EDAIRR - 14955920105090000 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESEMBTE.(S) : NILO BRAGAGNOLOADV.(A/S) : GIANI CRISTINA AMORIM (21575/PR)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO PARANAENSE DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA

E EXTENSÃO RURAL - EMATERADV.(A/S) : GIANI CRISTINA AMORIM (21575/PR) E OUTRO(A/S)

Matéria:DIREITO DO TRABALHO

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.004.132 (1056)ORIGEM : 201361830025232 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESEMBTE.(S) : JOAO DE DEUS DA SILVEIRA COELHOADV.(A/S) : ALEXANDRE RAMOS ANTUNES (157164/SP)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Matéria:DIREITO PREVIDENCIÁRIORMI - Renda Mensal Inicial, Reajustes e Revisões Específicas

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.691

(1057)

ORIGEM : ARESP - 157732 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESEMBTE.(S) : ALCIDES VALENCIANOADV.(A/S) : ADEMIR SOUZA E SILVA (77291/SP, SP077291/)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Matéria:DIREITO PENALCrimes Praticados por Funcionários Públicos Contra a Administração

em Geral

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 970.482

(1058)

ORIGEM : 200570000123900 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESEMBTE.(S) : MARIA ELIZABETH FLESSAK E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ERYKA FARIAS DE NEGRI (18966/BA, 13372/DF)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServidor Público CivilReajustes de Remuneração, Proventos ou Pensão

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.044.143

(1059)

ORIGEM : EAREsp - 40129454620138260405 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESEMBTE.(S) : ADILSON ANTONIO DOS SANTOSADV.(A/S) : DANIEL OLIVEIRA MATOS (106346A/RS, 47202/SC,

315236/SP)EMBDO.(A/S) : BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S.A.ADV.(A/S) : MARINA EMILIA BARUFFI VALENTE (163740/MG,

109631/SP)ADV.(A/S) : IZABEL CRISTINA RAMOS DE OLIVEIRA (163051/MG,

107931/SP)ADV.(A/S) : TATIANA MIGUEL RIBEIRO (162957/MG, 209396/SP)ADV.(A/S) : ANA FLAVIA YARID GERALDO (301240/SP)ADV.(A/S) : RAPHAELLE SIQUEIRA NOBREGA INTERAMINENSE

(40392/DF)

Matéria:DIREITO DO CONSUMIDORContratos de ConsumoBancários

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.112.245

(1060)

ORIGEM : AREsp - 50231387320164049999 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESEMBTE.(S) : ALMIR TIVERONADV.(A/S) : JOSE CARLOS FARIA (26298/PR)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIODívida Ativa

Brasília, 28 de maio de 2018.Carmen Lilian Oliveira de Souza

Secretária da Primeira Turma

ACÓRDÃOS

Septuagésima Nona Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos do art. 95 do RISTF.

SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 330.582 (1061)ORIGEM : AC - 9501367193 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : CAF FLORESTAL LTDA.ADV.(A/S) : FÁBIO MARTINS DE ANDRADE (28991A/DF) E

OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo, com imposição de multa e honorários recursais, nos termos do voto do Relator. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Luiz Fux. Presidência do Ministro Alexandre de Moraes. Primeira Turma, 3.4.2018.

COFINS E PIS – BASE DE CÁLCULO – ICMS – EXCLUSÃO. O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e a Prestação de Serviços – ICMS não compõe a base de incidência do PIS e da COFINS. Precedentes: recurso extraordinário nº 240.785/MG, relator ministro Marco Aurélio, Pleno, acórdão publicado no Diário da Justiça de 8 de outubro de 2014 e recurso extraordinário nº 574.706/PR, julgado sob o ângulo da repercussão geral, relatora ministra Cármen Lúcia, Pleno, acórdão veiculado no Diário da Justiça de 2 de outubro de 2017.

REPERCUSSÃO GERAL – ACÓRDÃO – PUBLICAÇÃO – EFEITOS – ARTIGO 1.040 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. A sistemática prevista no artigo 1.040 do Código de Processo Civil sinaliza, a partir da publicação do acórdão paradigma, a observância do entendimento do Plenário, formalizado sob o ângulo da repercussão geral.

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – FIXAÇÃO. Havendo interposição de recurso sob a regência do Código de Processo Civil de 2015, cabível é a fixação dos honorários de sucumbência recursal previstos no artigo 85, § 11, do diploma legal.

AGRAVO – MULTA – ARTIGO 1.021, § 4º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. Se o agravo é manifestamente inadmissível ou improcedente, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 4º do artigo 1.021 do Código de Processo Civil de 2015, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância protelatória.

SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 362.057 (1062)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 112

ORIGEM : AMS - 200072060006049 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : COMERCIAL DE ALIMENTOS FOSCASA LTDAADV.(A/S) : JAIME LUIZ LEITE (SC10239/)

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Luiz Fux. Presidência do Ministro Alexandre de Moraes. Primeira Turma, 3.4.2018.

COFINS E PIS – BASE DE CÁLCULO – ICMS – EXCLUSÃO. O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e a Prestação de Serviços – ICMS não compõe a base de incidência do PIS e da COFINS. Precedentes: recurso extraordinário nº 240.785/MG, relator ministro Marco Aurélio, Pleno, acórdão publicado no Diário da Justiça de 8 de outubro de 2014 e recurso extraordinário nº 574.706/PR, julgado sob o ângulo da repercussão geral, relatora ministra Cármen Lúcia, Pleno, acórdão veiculado no Diário da Justiça de 2 de outubro de 2017.

REPERCUSSÃO GERAL – ACÓRDÃO – PUBLICAÇÃO – EFEITOS – ARTIGO 1.040 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. A sistemática prevista no artigo 1.040 do Código de Processo Civil sinaliza, a partir da publicação do acórdão paradigma, a observância do entendimento do Plenário, formalizado sob o ângulo da repercussão geral.

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Descabe a fixação dos honorários recursais previstos no artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015, quando se tratar de recurso formalizado em processo cujo rito os exclua.

AGRAVO – MULTA – ARTIGO 1.021, § 4º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. Se o agravo é manifestamente inadmissível ou improcedente, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 4º do artigo 1.021 do Código de Processo Civil de 2015, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância protelatória.

SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 388.542 (1063)ORIGEM : AMS - 200005000144292 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : EXOMED REPRESENTAÇÃO DE MEDICAMENTOS

LTDAADV.(A/S) : RENATA SONODA PIMENTEL (19084/PE)

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Luiz Fux. Presidência do Ministro Alexandre de Moraes. Primeira Turma, 3.4.2018.

COFINS E PIS – BASE DE CÁLCULO – ICMS – EXCLUSÃO. O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e a Prestação de Serviços – ICMS não compõe a base de incidência do PIS e da COFINS. Precedentes: recurso extraordinário nº 240.785/MG, relator ministro Marco Aurélio, Pleno, acórdão publicado no Diário da Justiça de 8 de outubro de 2014 e recurso extraordinário nº 574.706/PR, julgado sob o ângulo da repercussão geral, relatora ministra Cármen Lúcia, Pleno, acórdão veiculado no Diário da Justiça de 2 de outubro de 2017.

REPERCUSSÃO GERAL – ACÓRDÃO – PUBLICAÇÃO – EFEITOS – ARTIGO 1.040 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. A sistemática prevista no artigo 1.040 do Código de Processo Civil sinaliza, a partir da publicação do acórdão paradigma, a observância do entendimento do Plenário, formalizado sob o ângulo da repercussão geral.

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Descabe a fixação dos honorários recursais previstos no artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015, quando se tratar de recurso formalizado em processo cujo rito os exclua.

AGRAVO – MULTA – ARTIGO 1.021, § 4º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. Se o agravo é manifestamente inadmissível ou improcedente, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 4º do artigo 1.021 do Código de Processo Civil de 2015, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância protelatória.

SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 411.000 (1064)ORIGEM : AMS - 200033000147640 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : DISTRIBUIDORA BAHIANA DE TECIDOS LTDAADV.(A/S) : RENATA SONODA PIMENTEL (17762/DF)ADV.(A/S) : FRANCO ALVES SABINO (21438/BA)ADV.(A/S) : BRUNO NUNES MORAES (22224/BA)ADV.(A/S) : MANUEL DE FREITAS CAVALCANTE JUNIOR

(A1176/AM, 20060/BA, 20335-A/CE, 33745/DF, 22278/PE, 927-A/RN)

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Luiz Fux. Presidência do Ministro Alexandre de Moraes. Primeira Turma, 3.4.2018.

COFINS E PIS – BASE DE CÁLCULO – ICMS – EXCLUSÃO. O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e a Prestação de Serviços – ICMS não compõe a base de incidência do PIS e da COFINS. Precedentes: recurso extraordinário nº 240.785/MG, relator ministro Marco Aurélio, Pleno, acórdão publicado no Diário da Justiça de 8 de outubro de 2014 e recurso extraordinário nº 574.706/PR, julgado sob o ângulo da repercussão geral, relatora ministra Cármen Lúcia, Pleno, acórdão veiculado no Diário da Justiça de 2 de outubro de 2017.

REPERCUSSÃO GERAL – ACÓRDÃO – PUBLICAÇÃO – EFEITOS – ARTIGO 1.040 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. A sistemática prevista no artigo 1.040 do Código de Processo Civil sinaliza, a partir da publicação do acórdão paradigma, a observância do entendimento do Plenário, formalizado sob o ângulo da repercussão geral.

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Descabe a fixação dos honorários recursais previstos no artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015, quando se tratar de recurso formalizado em processo cujo rito os exclua.

AGRAVO – MULTA – ARTIGO 1.021, § 4º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. Se o agravo é manifestamente inadmissível ou improcedente, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 4º do artigo 1.021 do Código de Processo Civil de 2015, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância protelatória.

SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 412.130 (1065)ORIGEM : AMS - 200133000086307 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : IPAM INDÚSTRIA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS

MOENDA LTDAADV.(A/S) : RENATA SONODA PIMENTEL (17762/DF)ADV.(A/S) : FRANCO ALVES SABINO (21438/BA)ADV.(A/S) : BRUNO NUNES MORAES (22224/BA)ADV.(A/S) : MANUEL DE FREITAS CAVALCANTE JUNIOR

(A1176/AM, 20060/BA, 20335-A/CE, 33745/DF, 22278/PE, 927-A/RN)

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Luiz Fux. Presidência do Ministro Alexandre de Moraes. Primeira Turma, 3.4.2018.

COFINS E PIS – BASE DE CÁLCULO – ICMS – EXCLUSÃO. O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e a Prestação de Serviços – ICMS não compõe a base de incidência do PIS e da COFINS. Precedentes: recurso extraordinário nº 240.785/MG, relator ministro Marco Aurélio, Pleno, acórdão publicado no Diário da Justiça de 8 de outubro de 2014 e recurso extraordinário nº 574.706/PR, julgado sob o ângulo da repercussão geral, relatora ministra Cármen Lúcia, Pleno, acórdão veiculado no Diário da Justiça de 2 de outubro de 2017.

REPERCUSSÃO GERAL – ACÓRDÃO – PUBLICAÇÃO – EFEITOS – ARTIGO 1.040 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. A sistemática prevista no artigo 1.040 do Código de Processo Civil sinaliza, a partir da publicação do acórdão paradigma, a observância do entendimento do Plenário, formalizado sob o ângulo da repercussão geral.

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Descabe a fixação dos honorários recursais previstos no artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015, quando se tratar de recurso formalizado em processo cujo rito os exclua.

AGRAVO – MULTA – ARTIGO 1.021, § 4º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. Se o agravo é manifestamente inadmissível ou improcedente, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 4º do artigo 1.021 do Código de Processo Civil de 2015, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância protelatória.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 437.817 (1066)ORIGEM : AMS - 200170090007949 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : ERVATEIRA 81 LTDAADV.(A/S) : CRISTIANE LEMES DA ROSA DE SOUZA (43231/SC)

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Luiz Fux. Presidência do

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 113

Ministro Alexandre de Moraes. Primeira Turma, 3.4.2018.COFINS E PIS – BASE DE CÁLCULO – ICMS – EXCLUSÃO. O

Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e a Prestação de Serviços – ICMS não compõe a base de incidência do PIS e da COFINS. Precedentes: recurso extraordinário nº 240.785/MG, relator ministro Marco Aurélio, Pleno, acórdão publicado no Diário da Justiça de 8 de outubro de 2014 e recurso extraordinário nº 574.706/PR, julgado sob o ângulo da repercussão geral, relatora ministra Cármen Lúcia, Pleno, acórdão veiculado no Diário da Justiça de 2 de outubro de 2017.

REPERCUSSÃO GERAL – ACÓRDÃO – PUBLICAÇÃO – EFEITOS – ARTIGO 1.040 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. A sistemática prevista no artigo 1.040 do Código de Processo Civil sinaliza, a partir da publicação do acórdão paradigma, a observância do entendimento do Plenário, formalizado sob o ângulo da repercussão geral.

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Descabe a fixação dos honorários recursais previstos no artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015, quando se tratar de recurso formalizado em processo cujo rito os exclua.

AGRAVO – MULTA – ARTIGO 1.021, § 4º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. Se o agravo é manifestamente inadmissível ou improcedente, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 4º do artigo 1.021 do Código de Processo Civil de 2015, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância protelatória.

SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 442.996 (1067)ORIGEM : AMS - 200171080037066 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : CALÇADOS LIDESE LTDA.ADV.(A/S) : CHEILA CRISTINA SCHMITZ (00032810/SC) E

OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Luiz Fux. Presidência do Ministro Alexandre de Moraes. Primeira Turma, 3.4.2018.

COFINS E PIS – BASE DE CÁLCULO – ICMS – EXCLUSÃO. O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e a Prestação de Serviços – ICMS não compõe a base de incidência do PIS e da COFINS. Precedentes: recurso extraordinário nº 240.785/MG, relator ministro Marco Aurélio, Pleno, acórdão publicado no Diário da Justiça de 8 de outubro de 2014 e recurso extraordinário nº 574.706/PR, julgado sob o ângulo da repercussão geral, relatora ministra Cármen Lúcia, Pleno, acórdão veiculado no Diário da Justiça de 2 de outubro de 2017.

REPERCUSSÃO GERAL – ACÓRDÃO – PUBLICAÇÃO – EFEITOS – ARTIGO 1.040 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. A sistemática prevista no artigo 1.040 do Código de Processo Civil sinaliza, a partir da publicação do acórdão paradigma, a observância do entendimento do Plenário, formalizado sob o ângulo da repercussão geral.

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Descabe a fixação dos honorários recursais previstos no artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015, quando se tratar de recurso formalizado em processo cujo rito os exclua.

AGRAVO – MULTA – ARTIGO 1.021, § 4º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. Se o agravo é manifestamente inadmissível ou improcedente, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 4º do artigo 1.021 do Código de Processo Civil de 2015, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância protelatória.

SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 461.802 (1068)ORIGEM : AC - 199801000916357 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : BELGO-MINEIRA PARTICIPAÇÃO INDÚSTRIA E

COMÉRCIO LTDAADV.(A/S) : RODOLFO DE LIMA GROPEN (22049/DF, 53069/MG,

0053069/MG, 136196/RJ, 125316/SP)

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo, com imposição de multa e honorários recursais, nos termos do voto do Relator. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Luiz Fux. Presidência do Ministro Alexandre de Moraes. Primeira Turma, 3.4.2018.

COFINS E PIS – BASE DE CÁLCULO – ICMS – EXCLUSÃO. O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e a Prestação de Serviços – ICMS não compõe a base de incidência do PIS e da COFINS. Precedentes: recurso extraordinário nº 240.785/MG, relator ministro Marco Aurélio, Pleno, acórdão publicado no Diário da Justiça de 8 de outubro de 2014 e recurso extraordinário nº 574.706/PR, julgado sob o ângulo da repercussão geral, relatora ministra Cármen Lúcia, Pleno, acórdão veiculado no Diário da Justiça de 2 de outubro de 2017.

REPERCUSSÃO GERAL – ACÓRDÃO – PUBLICAÇÃO – EFEITOS – ARTIGO 1.040 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. A sistemática prevista no artigo 1.040 do Código de Processo Civil sinaliza, a partir da publicação do acórdão paradigma, a observância do entendimento do Plenário, formalizado sob o ângulo da repercussão geral.

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – FIXAÇÃO. Havendo interposição de recurso sob a regência do Código de Processo Civil de 2015, cabível é a fixação dos honorários de sucumbência recursal previstos no artigo 85, § 11, do diploma legal.

AGRAVO – MULTA – ARTIGO 1.021, § 4º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. Se o agravo é manifestamente inadmissível ou improcedente, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 4º do artigo 1.021 do Código de Processo Civil de 2015, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância protelatória.

SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 476.138 (1069)ORIGEM : AMS - 200038030053900 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : ARAGUARI CONSTRUÇÕES LTDAADV.(A/S) : DARLI JEOVÁ DO AMARAL (02899/MG)

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Luiz Fux. Presidência do Ministro Alexandre de Moraes. Primeira Turma, 3.4.2018.

COFINS E PIS – BASE DE CÁLCULO – ICMS – EXCLUSÃO. O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e a Prestação de Serviços – ICMS não compõe a base de incidência do PIS e da COFINS. Precedentes: recurso extraordinário nº 240.785/MG, relator ministro Marco Aurélio, Pleno, acórdão publicado no Diário da Justiça de 8 de outubro de 2014 e recurso extraordinário nº 574.706/PR, julgado sob o ângulo da repercussão geral, relatora ministra Cármen Lúcia, Pleno, acórdão veiculado no Diário da Justiça de 2 de outubro de 2017.

REPERCUSSÃO GERAL – ACÓRDÃO – PUBLICAÇÃO – EFEITOS – ARTIGO 1.040 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. A sistemática prevista no artigo 1.040 do Código de Processo Civil sinaliza, a partir da publicação do acórdão paradigma, a observância do entendimento do Plenário, formalizado sob o ângulo da repercussão geral.

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Descabe a fixação dos honorários recursais previstos no artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015, quando se tratar de recurso formalizado em processo cujo rito os exclua.

AGRAVO – MULTA – ARTIGO 1.021, § 4º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. Se o agravo é manifestamente inadmissível ou improcedente, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 4º do artigo 1.021 do Código de Processo Civil de 2015, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância protelatória.

SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 485.556 (1070)ORIGEM : AMS - 200033000169361 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : TECIDOS A. CARVALHO LTDAADV.(A/S) : RENATA SONODA PIMENTEL (17762/DF)

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Luiz Fux. Presidência do Ministro Alexandre de Moraes. Primeira Turma, 3.4.2018.

COFINS E PIS – BASE DE CÁLCULO – ICMS – EXCLUSÃO. O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e a Prestação de Serviços – ICMS não compõe a base de incidência do PIS e da COFINS. Precedentes: recurso extraordinário nº 240.785/MG, relator ministro Marco Aurélio, Pleno, acórdão publicado no Diário da Justiça de 8 de outubro de 2014 e recurso extraordinário nº 574.706/PR, julgado sob o ângulo da repercussão geral, relatora ministra Cármen Lúcia, Pleno, acórdão veiculado no Diário da Justiça de 2 de outubro de 2017.

REPERCUSSÃO GERAL – ACÓRDÃO – PUBLICAÇÃO – EFEITOS – ARTIGO 1.040 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. A sistemática prevista no artigo 1.040 do Código de Processo Civil sinaliza, a partir da publicação do acórdão paradigma, a observância do entendimento do Plenário, formalizado sob o ângulo da repercussão geral.

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Descabe a fixação dos honorários recursais previstos no artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015, quando se tratar de recurso formalizado em processo cujo rito os exclua.

AGRAVO – MULTA – ARTIGO 1.021, § 4º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. Se o agravo é manifestamente inadmissível ou improcedente, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 4º do artigo 1.021

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 114

do Código de Processo Civil de 2015, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância protelatória.

SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 524.575 (1071)ORIGEM : AMS - 200161000250162 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : DAFFERNER S/A MÁQUINAS GRÁFICASADV.(A/S) : WAGNER SILVEIRA DA ROCHA (123042/SP) E

OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Luiz Fux. Presidência do Ministro Alexandre de Moraes. Primeira Turma, 3.4.2018.

COFINS E PIS – BASE DE CÁLCULO – ICMS – EXCLUSÃO. O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e a Prestação de Serviços – ICMS não compõe a base de incidência do PIS e da COFINS. Precedentes: recurso extraordinário nº 240.785/MG, relator ministro Marco Aurélio, Pleno, acórdão publicado no Diário da Justiça de 8 de outubro de 2014 e recurso extraordinário nº 574.706/PR, julgado sob o ângulo da repercussão geral, relatora ministra Cármen Lúcia, Pleno, acórdão veiculado no Diário da Justiça de 2 de outubro de 2017.

REPERCUSSÃO GERAL – ACÓRDÃO – PUBLICAÇÃO – EFEITOS – ARTIGO 1.040 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. A sistemática prevista no artigo 1.040 do Código de Processo Civil sinaliza, a partir da publicação do acórdão paradigma, a observância do entendimento do Plenário, formalizado sob o ângulo da repercussão geral.

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Descabe a fixação dos honorários recursais previstos no artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015, quando se tratar de recurso formalizado em processo cujo rito os exclua.

AGRAVO – MULTA – ARTIGO 1.021, § 4º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. Se o agravo é manifestamente inadmissível ou improcedente, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 4º do artigo 1.021 do Código de Processo Civil de 2015, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância protelatória.

SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 545.163 (1072)ORIGEM : AC - 200203990116070 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : OLIVATO COMÉRCIO DE BEBIDAS LTDAADV.(A/S) : ARMANDO AUGUSTO SCANAVEZ (60388/SP)

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Luiz Fux. Presidência do Ministro Alexandre de Moraes. Primeira Turma, 3.4.2018.

COFINS E PIS – BASE DE CÁLCULO – ICMS – EXCLUSÃO. O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e a Prestação de Serviços – ICMS não compõe a base de incidência do PIS e da COFINS. Precedentes: recurso extraordinário nº 240.785/MG, relator ministro Marco Aurélio, Pleno, acórdão publicado no Diário da Justiça de 8 de outubro de 2014 e recurso extraordinário nº 574.706/PR, julgado sob o ângulo da repercussão geral, relatora ministra Cármen Lúcia, Pleno, acórdão veiculado no Diário da Justiça de 2 de outubro de 2017.

REPERCUSSÃO GERAL – ACÓRDÃO – PUBLICAÇÃO – EFEITOS – ARTIGO 1.040 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. A sistemática prevista no artigo 1.040 do Código de Processo Civil sinaliza, a partir da publicação do acórdão paradigma, a observância do entendimento do Plenário, formalizado sob o ângulo da repercussão geral.

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Ante o disposto no artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015, fica afastada, no julgamento de recurso, a majoração de honorários advocatícios quando ausente fixação na origem.

AGRAVO – MULTA – ARTIGO 1.021, § 4º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. Se o agravo é manifestamente inadmissível ou improcedente, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 4º do artigo 1.021 do Código de Processo Civil de 2015, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância protelatória.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.079.771 (1073)ORIGEM : PROC - 50283760220144047200 - TRF4 - SC - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : AMELIA MARIA DE FREITAS SANTOSADV.(A/S) : GREICE MILANESE SONEGO OSORIO (15200/SC)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Luiz Fux. Presidência do Ministro Alexandre de Moraes. Primeira Turma, 3.4.2018.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, tampouco servindo à interpretação de normas estritamente legais.

AGRAVO – MULTA – ARTIGO 1.021, § 4º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. Se o agravo é manifestamente inadmissível ou improcedente, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 4º do artigo 1.021 do Código de Processo Civil de 2015, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância protelatória.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.102.836

(1074)

ORIGEM : REsp - 201500010043397 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ

PROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍAGDO.(A/S) : JOSE ADEMAR DE MOURAADV.(A/S) : ELIAS VITALINO CIPRIANO DE SOUSA (4769/PI)

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Luiz Fux. Presidência do Ministro Alexandre de Moraes. Primeira Turma, 3.4.2018.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova.

AGRAVO – MULTA – ARTIGO 1.021, § 4º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. Se o agravo é manifestamente inadmissível ou improcedente, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 4º do artigo 1.021 do Código de Processo Civil de 2015, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância protelatória.

HABEAS CORPUS 117.021 (1075)ORIGEM : AI - 1376874 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : FARLEY JUNEO DELTRUDES SANTOS OU FARLEY

JÚNIOR DOS SANTOSIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Ministro Luiz Fux. Presidência do Ministro Alexandre de Moraes. Primeira Turma, 15.5.2018.

FURTO – ROUBO – BOLSAS – SUBTRAÇÃO. A subtração de bolsas portadas pelas vítimas junto ao corpo, puxando-se a partir das alças, configura o crime de roubo, e não o de furto.

HABEAS CORPUS 118.591 (1076)ORIGEM : Ação Penal - 20120026748 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : ALLISSON TIAGO BRITTO DA SILVAIMPTE.(S) : FRANCISCO ELIAS SILVESTRE (0018145/PR)COATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA SEGUNDA VARA CRIMINAL DA

COMARCA DE UMUARAMA

Decisão: A Turma, por unanimidade, julgou prejudicada a impetração, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Ministro Luiz Fux. Presidência do Ministro Alexandre de Moraes. Primeira Turma, 15.5.2018.

HABEAS CORPUS – PREJUÍZO. Ante a perda de objeto, cumpre declarar o prejuízo da impetração.

HABEAS CORPUS 119.537 (1077)ORIGEM : PROC - 00133581120114036181 - JUIZ FEDERAL DA 3ª

REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : EVERTON BENTO LUIZIMPTE.(S) : MARCEL DOS REIS FERNANDES (4940/RO)COATOR(A/S)(ES) : JUÍZA FEDERAL DA 4ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO

JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO

Decisão: A Turma, por unanimidade, julgou prejudicada a impetração, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Ministro Luiz Fux. Presidência do Ministro Alexandre de Moraes. Primeira Turma, 15.5.2018.

HABEAS CORPUS – PREJUÍZO. Ante a perda de objeto, cumpre

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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declarar prejudicada a impetração.

Brasília, 28 de maio de 2018.Fabiano de Azevedo Moreira

Coordenador de Acórdãos

SEGUNDA TURMA

PAUTA DE JULGAMENTOS

PAUTA Nº 34 - Elaborada nos termos do art. 935 do Código de Processo Civil, contendo os seguintes processos:

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.095.673

(1078)

ORIGEM : 02700246920178217000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : COMPANHIA RIOGRANDENSE DE SANEAMENTO

CORSANADV.(A/S) : FELIPE DE ALMEIDA MOTTA (0078013/RS)AGDO.(A/S) : GILMAR GAVIOLI DA SILVAADV.(A/S) : MAURO JOSE DA SILVA JAEGER (14178/RS)ADV.(A/S) : LEONARDO ALMEIDA COSTAMILAN (92800/RS)

Matéria:DIREITO CIVILResponsabilidade Civil

AG.REG. NOS SEGUNDOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.014.497

(1079)

ORIGEM : EREsp - 437227 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : SINDICATO NACIONAL DOS FUNCIONÁRIOS DO

BANCO CENTRAL DO BRASIL - SINALADV.(A/S) : ANA LUISA ULLMANN DICK (35962/DF, 134111/MG,

29560/RS)ADV.(A/S) : GRECIO SILVESTRE DE CASTRO (36573/SP, 229-

A/TO)ADV.(A/S) : CLEONICE LOURENCO RODRIGUES DA SILVA (19808/

DF)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOImpostosIRPF/Imposto de Renda de Pessoa FísicaIncidência sobre Aplicações Financeiras

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.096.283

(1080)

ORIGEM : 00026846520148160104 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : ESTRELA COMERCIO DE CALCADOS LTDA MEADV.(A/S) : FERNANDO ORMASTRONI NUNES (38978/SC, 265316/

SP)AGDO.(A/S) : NEUSA BRANDALISE RAMOSADV.(A/S) : ANDERSON JOSE BITTENCOURT (48143/PR)ADV.(A/S) : REGINALDO GONSALVES DE OLIVEIRA (84233/PR)

Matéria:DIREITO DO CONSUMIDORResponsabilidade do FornecedorIndenização por Dano MoralInclusão Indevida em Cadastro de Inadimplentes

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.118.192

(1081)

ORIGEM : REsp - 201251010460573 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCACAO

DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - SINTUFRJ

ADV.(A/S) : ANDRE ANDRADE VIZ (1536A/MG, 057863/RJ, 403038/SP)

AGDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO -

UFRJPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServidor Público CivilReajustes de Remuneração, Proventos ou PensãoÍndice da URV Lei 8.880/1994

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.120.473

(1082)

ORIGEM : AREsp - 00022889720068260619 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : DJALMA LUCAS ZACARINADV.(A/S) : JULIANO AMARAL (119617/SP)AGDO.(A/S) : MUNICIPIO DE CANDIDO RODRIGUESPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CÂNDIDO

RODRIGUES

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOAtos Administrativos

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 152.394 (1083)ORIGEM : 50073269820154047000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINAGTE.(S) : LUIZ INÁCIO LULA DA SILVAAGTE.(S) : DILMA VANA ROUSSEFFIMPTE.(S) : RICARDO LUIZ FERREIRAAGDO.(A/S) : RELATOR DO HC Nº 418.951 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇAAGDO.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAAGDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA 13° VARA FEDERAL DA COMARCA

DE CURITIBA

Matéria:DIREITO PROCESSUAL PENALAção PenalNulidade

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 155.037 (1084)ORIGEM : 155037 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : G.S.C.N.ADV.(A/S) : MANOELA MARTINS SANTOS (162422/RJ)AGDO.(A/S) : RELATOR DO ARESP Nº 846.649 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Matéria:DIREITO PROCESSUAL PENALAção PenalNulidade

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 155.181 (1085)ORIGEM : 155181 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINAGTE.(S) : LUIZ INÁCIO LULA DA SILVAADV.(A/S) : GILBERTO ANTONIO LUIZ (13880-A/MS, 76663/SP)AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Matéria:DIREITO PROCESSUAL PENALExecução PenalExecução Penal Provisória - Cabimento

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 155.204 (1086)ORIGEM : 155204 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINAGTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVAADV.(A/S) : JANINE FERNANDA FANUCCHI DE ALMEIDA MELO

(113808/MG)AGDO.(A/S) : PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERALAGDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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Matéria:DIREITO PROCESSUAL PENALExecução PenalExecução Penal Provisória - Cabimento

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 155.230 (1087)ORIGEM : 155230 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : JEFFERSON AMAURI DE SIQUEIRAADV.(A/S) : JEFFERSON AMAURI DE SIQUEIRA (57142/PR)AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Matéria:DIREITO PENALParte GeralExtinção da PunibilidadePrescrição

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 155.282 (1088)ORIGEM : 155282 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINAGTE.(S) : LUIZ INÁCIO LULA DA SILVAADV.(A/S) : ADRIANO PROCOPIO DE SOUZA (188301/SP)AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Matéria:DIREITO PENALParte GeralAplicação da Pena

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 155.682 (1089)ORIGEM : 155682 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : RODRIGO FELICIOADV.(A/S) : DANIEL LEON BIALSKI (125000/SP) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : RELATOR DO RHC Nº 89.367 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Matéria:DIREITO PROCESSUAL PENALPrisão PreventivaRevogação

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 20.043 (1090)ORIGEM : PROC - 1113420128 - TRIBUNAL DE CONTAS

ESTADUALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO MINISTÉRIO

PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁ - ASSEMPECEADV.(A/S) : MARCIO AUGUSTO RIBEIRO CAVALCANTE (12359/CE)AGDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO CEARÁADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServidor Público CivilSistema Remuneratório e BenefíciosAdicional por Tempo de Serviço

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 22.012 (1091)ORIGEM : PROC - 4796020115040231 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA - CNIADV.(A/S) : PEDRO HENRIQUE BRAZ SIQUEIRA (37996/DF,

326721/SP)

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 23.515 (1092)ORIGEM : PROC - 0032015 - MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO

DO RORAIMAPROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE RORAIMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

RORAIMAAGDO.(A/S) : DANIELLE SILVA RIBEIRO CAMPOS ARAÚJOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSAGDO.(A/S) : EMÍLIA SILVA RIBEIRO CAMPOS SANTOS

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSAGDO.(A/S) : PAULO BASTOS LINHARES COELHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSAGDO.(A/S) : JOSUÉ DOS SANTOS FILHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSAGDO.(A/S) : GRACIELA CRISTINA ZIEBERTADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSAGDO.(A/S) : ANDERSON WALBER GENTIL CAMPOSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSAGDO.(A/S) : ISABELLA DE ALMEIDA DIAS SANTOSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSAGDO.(A/S) : JÚLIA AMÉRICA VIEIRA CAMPOSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSAGDO.(A/S) : FRANCISCO ALBERTO SANTIAGOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSAGDO.(A/S) : FREDERICO BASTOS LINHARESADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSAGDO.(A/S) : WEBERSON REIS PESSOAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSAGDO.(A/S) : JOSÉ ALCIONE ALMEIDA JÚNIORADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSAGDO.(A/S) : JOÃO ALBERTO PIZZOLATTI JÚNIORADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DE RORAIMAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 24.619 (1093)ORIGEM : Rcl - 24619 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINAGTE.(S) : LUIZ INÁCIO LULA DA SILVAADV.(A/S) : CRISTIANO ZANIN MARTINS (32190/DF, 153599/RJ,

172730/SP)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Matéria:DIREITO PROCESSUAL PENALAção PenalNulidade

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.148 (1094)ORIGEM : PROC - 200634000097881 - JUIZ FEDERAL DA 1ª

REGIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : CIDADE SERVIÇOS E MÃO DE OBRA ESPECIALIZADA

LTDAADV.(A/S) : GERMANO CÉSAR DE OLIVEIRA CARDOSO

(28493/DF) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALINTDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA 18ª VARA FEDERAL DE BRASÍLIAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.770 (1095)ORIGEM : 00003409520125040030 - JUIZ DO TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : TAP MANUTENCAO E ENGENHARIA BRASIL S/AADV.(A/S) : NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES (3600/AC,

9395A/AL, A598/AM, 1551-A/AP, 24290/BA, 16599-A/CE, 25136/DF, 15111/ES, 27024/GO, 9348-A/MA, 107878/MG, 13043-A/MS, 11065/A/MT, 15201-A/PA, 128341-A/PB, 00922/PE, 8202/PI, 30916/PR, 136118/RJ, 725-A/RN, 4875/RO, 372-A/RR, 80025A/RS, 23729/SC, 484A/SE, 128341/SP, 4.923-A/TO) E OUTRO(A/S)

AGDO.(A/S) : ALEXANDRE DE OLIVEIRA CAMARAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 30ª VARA DO TRABALHO DE

PORTO ALEGRE/RS

Matéria:DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHOLiquidação / Cumprimento / Execução de SentençaValor da Execução / Cálculo / AtualizaçãoCorreção Monetária

SEGUNDO AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 27.229 (1096)ORIGEM : 00056418420171000000 - SUPREMO TRIBUNAL

FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINAGTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 117

ADV.(A/S) : CRISTIANO ZANIN MARTINS (32190/DF, 153599/RJ, 172730/SP)

AGDO.(A/S) : NÃO INDICADO

Matéria:DIREITO PROCESSUAL PENALAção PenalNulidadeCerceamento de Defesa

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 28.020 (1097)ORIGEM : 50656819220154047100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : LISIANE MIRIAN LOPES DA SILVAADV.(A/S) : JOSE APARECIDO DA SILVA (47581/PR, 103219A/RS)INTDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOConcurso Público / EditalAnulação e Correção de Provas / Questões

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 805.086 (1098)ORIGEM : AI - 8904945800 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : AJM SOCIEDADE CONSTRUTORA LTDAADV.(A/S) : CRISTINA ALVAREZ MARTINEZ GERONA (197342/SP)

E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTO

ANDRÉ

Matéria:DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHOLiquidação / Cumprimento / Execução de SentençaValor da Execução / Cálculo / AtualizaçãoJuros

SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 897.925 (1099)ORIGEM : AC - 50285523320134047000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EDSON FACHINAGTE.(S) : BANCO CNH CAPITAL S/AADV.(A/S) : WERTHER BOTELHO SPAGNOL (53275/MG) E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOContribuiçõesContribuições Previdenciárias

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 957.836 (1100)ORIGEM : 568954 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : FUNDACAO CODESC DE SEGURIDADE SOCIALADV.(A/S) : FABRICIO ZIR BOTHOME (39892/BA, 35174/DF, 33697/

GO, 12674-A/MA, 132856/MG, 13849-A/MS, 15543-A/MT, 19031-A/PB, 01786/PE, 10846/PI, 50020/PR, 170756/RJ, 1012-A/RN, 44277/RS, 21419/SC, 800A/SE, 337368/SP)

ADV.(A/S) : GIOVANA MICHELIN LETTI (13570-A/MS, 50113/PR, 174977/RJ, 44303/RS, 21422/SC)

AGDO.(A/S) : ZÉLIA KRETZER DE SOUZA MACHADO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FERNANDO SOTTO MAIOR CARDOSO (21623/SC,

373643/SP)ADV.(A/S) : RAPHAEL FRANCALACCI SCHAMBECK LUZ

(23400/SC)

Matéria:DIREITO CIVILObrigaçõesEspécies de Contratos

Previdência privada

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 981.211 (1101)ORIGEM : 4236544 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁAGDO.(A/S) : MUNICIPIO DE SAO JORGE D'OESTEADV.(A/S) : MAFUZ ANTONIO ABRAO (07151/PR)AGDO.(A/S) : MUNICIPIO DE QUEDAS DO IGUACUADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE QUEDAS

DO IGUAÇUINTDO.(A/S) : MUNICIPIO DE UNIAO DA VITORIAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE UNIÃO DA

VITÓRIAINTDO.(A/S) : MUNICIPIO DE SULINA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSE VIRGILIO CASTELO BRANCO ROCHA FILHO

(30742/PR)ADV.(A/S) : JOSE VIRGILIO CASTELO BRANCO ROCHA NETO

(30225/PR)INTDO.(A/S) : MUNICIPIO DE SAUDADE DO IGUACUADV.(A/S) : JOSUE CORREA FERNANDES (04420/PR)INTDO.(A/S) : MUNICIPIO DE RIO BONITO DO IGUACUADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO CASAGRANDE PEREIRA (27375/GO,

22076/PR, 43617-A/SC, 388261/SP)INTDO.(A/S) : MUNICIPIO DE CRUZ MACHADO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MANUELA ROSA DE CASTILHO (20884/PR)INTDO.(A/S) : MUNICIPIO DE PINHAO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSE TEODORO ALVES (12547/PR)INTDO.(A/S) : MUNICIPIO DE BITURUNAADV.(A/S) : VITOR LOTOSKI (08815/PR, 2897/SC)INTDO.(A/S) : MUNICIPIO DE PORTO VITORIAADV.(A/S) : FABIO ROBERTO KAMPMANN (31674/PR, 13335/SC)

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.036.076 (1102)ORIGEM : AREsp - 200785000057252 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE - UFSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServiçosEnsino SuperiorMensalidades

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.065.394 (1103)ORIGEM : PROC - 20217129020158260000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE GUARUJÁADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE GUARUJÁAGDO.(A/S) : ETHEL DE OLIVEIRA KUROVISKE E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : OFELIA MARIA SCHURKIM (179672/SP)AGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE WALDOMIRO DOS SANTOS CARREIRAADV.(A/S) : HORACIO LUIZ AUGUSTO DA FONSECA (33562/SP)

Matéria:DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHOLiquidação / Cumprimento / Execução de SentençaPrecatório

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.079.683 (1104)ORIGEM : RE - 00280291320084025101 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EDSON FACHINAGTE.(S) : ICATU SEGUROS S/AAGTE.(S) : VANGUARDA COMPANHIA DE SEGUROS GERAISAGTE.(S) : COMPANHIA BRASILEIRA DE SEGUROS E

PREVIDÊNCIAAGTE.(S) : ICATU CAPITALIZACAO S/AADV.(A/S) : GIUSEPPE PECORARI MELOTTI (00136165/RJ)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 118

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOContribuiçõesContribuições SociaisContribuição Social sobre o Lucro Líquido

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.091.890 (1105)ORIGEM : REsp - 1541225 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAAGDO.(A/S) : SAO LUCAS - CENTRO DE DIAGNOSTICO POR

IMAGEM LTDAADV.(A/S) : ROSELI CACHOEIRA SESTREM (37112/PR, 6654/SC)

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOImpostosICMS/ Imposto sobre Circulação de Mercadorias

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.100.032 (1106)ORIGEM : REsp - 200583000090655 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : FIBRIA CELULOSE S/AADV.(A/S) : IVES GANDRA DA SILVA MARTINS (SP011178/)ADV.(A/S) : LUIZ GUSTAVO ANTONIO SILVA BICHARA (SP303020/)AGDO.(A/S) : SUPERINTENDENCIA DO DESENVOLVIMENTO DO

NORDESTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOImpostosIRPJ/Imposto de Renda de Pessoa Jurídica

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.101.246 (1107)ORIGEM : AREsp - 00267316520088260224 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : MARIA LIBERA BELLOTTI FRANCOADV.(A/S) : AUREA CORREIA DE ANDRADE (93657/SP)

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOIntervenção do Estado na PropriedadeDesapropriação

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.102.912 (1108)ORIGEM : 50668055220114047100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MARIA HELENA NUNES SARDOADV.(A/S) : LUANA MARQUES DE ALBUQUERQUE (DF046620/)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServidor Público CivilSistema Remuneratório e BenefíciosGratificação de Incentivo

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.105.918 (1109)ORIGEM : PROC - 50162428820154047205 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : MUELLER ELETRODOMESTICOS S.A E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : GRAZIELLE SEGER PFAU (15860/SC)

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOCrédito TributárioIncentivos fiscais

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.108.210 (1110)ORIGEM : RMS - 51156 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : JULIANA TODESCHINI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RAFAEL DA CAS MAFFINI (25953/DF, 44404/RS) E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOConcurso Público / Edital

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.109.766 (1111)ORIGEM : REsp - 08013869420144058300 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS

SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO - FUNAPE

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO

AGDO.(A/S) : JAQUELINE MACHADO DE AGUIARADV.(A/S) : RAFAEL PONTES DE MIRANDA ALVES (33260/PE)

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServidor Público CivilRegime EstatutárioRegime Previdenciário

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.124.380 (1112)ORIGEM : 132402520085030048 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : USINA ARAGUARI LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIA FERNANDA DE OLIVEIRA LARCIPRETE

(114089/MG)AGDO.(A/S) : PLANALTO AGROINDUSTRIAL LTDA.ADV.(A/S) : FLORENCE DE ALMEIDA PEREIRA (153881/MG)AGDO.(A/S) : JOSE HUMBERTO DA SILVAADV.(A/S) : LEONARDO GUIMARAES BORGES (39104/GO, 96681/

MG)AGDO.(A/S) : USINA CAROLO S.A. AÇÚCAR E ÁLCOOL - EM

RECUPERAÇÃO JUDICIALADV.(A/S) : EDUARDO MARCANTONIO LIZARELLI (167016/MG,

143667/RJ, 152776/SP)

Matéria:DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHOJurisdição e CompetênciaCompetência

SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 659.116

(1113)

ORIGEM : PROC - 1145006420015020034 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : VERENICE DE ALMEIDA TORRESADV.(A/S) : MARIA CRISTINA DA COSTA FONSECA (14974/DF)AGDO.(A/S) : COMPANHIA DE GÁS DE SÃO PAULO - COMGÁSADV.(A/S) : MAURÍCIO GRANADEIRO GUIMARÃES (26341/SP)

Matéria:DIREITO DO TRABALHORemuneração, Verbas Indenizatórias e BenefíciosSalário / Diferença Salarial

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 744.392

(1114)

ORIGEM : RESP - 274596 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 119

RELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : JOYCE PASCOWITCHADV.(A/S) : ANTÔNIO CARLOS MENDES (28436/SP) E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : PRIMO SCHINCARIOL INDUSTRIA DE CERVEJAS E

REFRIGERANTES S/AADV.(A/S) : MARCELO SILVA MASSUKADO (186010A/SP) E

OUTRO(A/S)

Matéria:DIREITO CIVILResponsabilidade CivilIndenização por Dano Moral

SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 873.804

(1115)

ORIGEM : ADI - 00463636020118190000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : SINDICATO DOS NOTÁRIOS E REGISTRADORES DO

ESTADO DO RIO DE JANEIRO (SINOREG-RG)ADV.(A/S) : MAX FONTES (096740/RJ) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIROINTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS NOTÁRIOS E REGISTRADORES

DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - ANOREG/RJADV.(A/S) : PAULO SÉRGIO DE ARAÚJO E SILVA FABIÃO (128763/

RJ) E OUTRO(A/S)

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOImpostosISS/ Imposto sobre Serviços

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 916.802

(1116)

ORIGEM : PROC - 5286220125220103 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. EDSON FACHINAGTE.(S) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍAGDO.(A/S) : DALVINA MARIA DE SOUZA LIMAADV.(A/S) : GLENNYLSON LEAL SOUSA (5889/PI)

Matéria:DIREITO DO TRABALHORemuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 956.651

(1117)

ORIGEM : 20100465300 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : FUNDACAO CODESC DE SEGURIDADE SOCIALADV.(A/S) : FABRICIO ZIR BOTHOME (44277/RS, 21419/SC)ADV.(A/S) : GIOVANA MICHELIN LETTI (13570-A/MS, 50113/PR,

174977/RJ, 44303/RS, 21422/SC)AGDO.(A/S) : ASTROGILDO ANDRADE ALVESADV.(A/S) : JOSE AUGUSTO PEREGRINO FERREIRA (2077/SC)

Matéria:DIREITO CIVILObrigaçõesEspécies de ContratosPrevidência privada

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.005.266

(1118)

ORIGEM : 00131422220168219000 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EDSON FACHINAGTE.(S) : TELEFONICA BRASIL S.A.ADV.(A/S) : CARLOS ALEXANDRE GUIMARAES PESSOA

(80572/RJ, 288595/SP)AGDO.(A/S) : IRALMO JOSE VIECELIADV.(A/S) : VILSON ANTONIO MACHADO (64664/RS)

Matéria:DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHOLiquidação / Cumprimento / Execução

Obrigação de Fazer / Não Fazer

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.018.991

(1119)

ORIGEM : ARE - 2314006320085150054 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : J W INDUSTRIA E COMERCIO DE EQUIPAMENTOS EM

ACO INOXIDAVEL LTDAADV.(A/S) : FABIO LUIZ PEREIRA DA SILVA (116848/MG,

165403/SP)ADV.(A/S) : BRUNA DE MELLO (247593/SP)AGDO.(A/S) : ADAO RODRIGUES DA CRUZADV.(A/S) : NILZA DIAS PEREIRA HESPANHOLO (117860/SP)

Matéria:DIREITO DO TRABALHODuração do TrabalhoTurno Ininterrupto de Revezamento

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.035.302

(1120)

ORIGEM : REsp - 199934000117610 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIAO

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINAGTE.(S) : TAM TRANSPORTES AEREOS REGIONAIS SAAGTE.(S) : BRASIL CENTRAL LINHA AÉREA REGIONAL S/A (BRC)ADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO BETTIOL (06558/DF, 237748/SP)AGDO.(A/S) : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E

TELÉGRAFOS - ECTADV.(A/S) : CRISTIANE CAVALHEIRO RODRIGUES TORRES

(16539/DF)

Matéria:DIREITO CIVILObrigaçõesEspécies de ContratosPrestação de Serviços

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.055.726

(1121)

ORIGEM : AREsp - 00021391120088260400 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : GUARANI S/AADV.(A/S) : DENIZE DE SOUZA CARVALHO DO VAL (64737/SP) E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIO

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.083.840

(1122)

ORIGEM : 0026307842009826045150000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : JACIMARY OLIVEIRAADV.(A/S) : JOSE SIDNEI DA ROCHA (253324/SP)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOINTDO.(A/S) : EMERSON DE MOURAADV.(A/S) : PAULO ANTONIO SAID (146938/SP)INTDO.(A/S) : CLEBERSON ALVES DA SILVAINTDO.(A/S) : LUCAS RODRIGUES ARAÚJOADV.(A/S) : JOSE SIDNEI DA ROCHA (253324/SP)INTDO.(A/S) : PAULO HENRIQUE LUZARDIADV.(A/S) : JOYCE CORREIA DE SOUZA (329357/SP)

Matéria:DIREITO PENAL

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.091.811

(1123)

ORIGEM : AREsp - 200134000205748 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIAO

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDES

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 120

AGTE.(S) : SINDICATO NACIONAL DOS DOCENTES DAS INSTITUICOES DE ENSINO SUPERIOR

ADV.(A/S) : KAZIA FERNANDES PALANOWSKI (14271/SC)ADV.(A/S) : LUIS FERNANDO SILVA (9582/SC)ADV.(A/S) : JOSILMA BATISTA SARAIVA (11997/DF, 27503/GO)ADV.(A/S) : MARCIO LOCKS FILHO (11208/SC)AGDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Matéria:DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHOLiquidação / Cumprimento / Execução

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.099.278

(1124)

ORIGEM : 01570790 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCOAGDO.(A/S) : JUVITA ILZA DE SOUZAADV.(A/S) : ALYSSON WENDELL VASCONCELOS DE ANDRADE

LIMA (19759/PE)

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOResponsabilidade da AdministraçãoIndenização por Dano Moral

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.101.916

(1125)

ORIGEM : 00108833620158170000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCOAGDO.(A/S) : SEVERINO FRANCISCO DO NASCIMENTO

REPRESENTADO POR MARIA JOSE DO NASCIMENTOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServiçosSaúdeFornecimento de Medicamentos

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.102.042

(1126)

ORIGEM : 03448179 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : PLASMETAL INDUSTRIA E COMERCIO LTDA - EPPADV.(A/S) : RAIMUNDO DE SOUZA MEDEIROS JUNIOR (13005/PE)AGDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOImpostosICMS/ Imposto sobre Circulação de Mercadorias

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.107.595

(1127)

ORIGEM : 04216545320128190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : EVANDRO COELHO CHAGAS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCIO VIEIRA SOUTO COSTA FERREIRA (36464/DF,

177504/MG, 59384/RJ, 64481A/RS, 150585/SP)ADV.(A/S) : ADILSON VIEIRA MACABU FILHO (135678/RJ)AGDO.(A/S) : INSTITUTO ESTADUAL DO AMBIENTE - INEAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServidor Público CivilSistema Remuneratório e BenefíciosIrredutibilidade de Vencimentos

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.107.780

(1128)

ORIGEM : 00324706220138080024 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : ALDENOR JOSE DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : KARLA CECILIA LUCIANO PINTO (3442/ES)AGDO.(A/S) : CLUBE DE INVESTIMENTO DOS EMPREGADOS DA

VALE INVESTVALEADV.(A/S) : MARIA APARECIDA MIRANDA TERRIGNO (531A/ES,

059297/RJ, 356042/SP)AGDO.(A/S) : VALE S.A.ADV.(A/S) : CARLOS MAGNO GONZAGA CARDOSO (1575/ES)

Matéria:DIREITO CIVILResponsabilidade CivilIndenização por Dano Moral

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.110.060

(1129)

ORIGEM : AREsp - 00047134020078260271 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : DALVANI ANALIA NASI CARAMEZADV.(A/S) : ANDERSON POMINI (53739/DF, 299786/SP)AGDO.(A/S) : MUNICIPIO DE ITAPEVIPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ITAPEVI

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOAtos AdministrativosImprobidade AdministrativaDano ao Erário

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.111.175

(1130)

ORIGEM : AREsp - 706160906 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ

PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MARCIO JOAO DE AZEVEDOADV.(A/S) : LUIS GUSTAVO FERREIRA RIBEIRO LOPES

(36846/PR)AGDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServidor Público CivilProcesso Administrativo Disciplinar ou SindicânciaDemissão ou Exoneração

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.112.343

(1131)

ORIGEM : 7594225601 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : LABORATORIO PASTEUR HEMATOLOGIA E

MICROBIOLOGIA S/S LTDAADV.(A/S) : RAFAEL AUGUSTO DE CONTI (249808/SP)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO CARLOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

CARLOS

Matéria:DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHOProcesso e Procedimento

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.113.766

(1132)

ORIGEM : AREsp - 201551010882717 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 121

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : VANESSA JARDIM GONÇALVES SALVADORADV.(A/S) : TATIANA BATISTA DE SOUZA (103912/RJ)

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServidor Público CivilRegime EstatutárioAcumulação de Cargos

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.115.593

(1133)

ORIGEM : 00090456720094036119 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS ADQUIRENTES DE UNIDADES DO

LOTEAMENTO ARUJA 5ADV.(A/S) : EDIVALDO TAVARES DOS SANTOS (104134/SP)AGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERALADV.(A/S) : MARCOS VINICIO JORGE DE FREITAS (75284/SP)

Matéria:DIREITO CIVILCoisasPropriedadeCondomínio

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.116.227

(1134)

ORIGEM : AREsp - 00024021320068260271 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : DALVANI ANALIA NASI CARAMEZADV.(A/S) : ANDERSON POMINI (53739/DF, 299786/SP)AGDO.(A/S) : MUNICIPIO DE ITAPEVIADV.(A/S) : DANIEL LUZ (357144/SP)ADV.(A/S) : ROBERTO PEREIRA DE ARAUJO (304363/SP)PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE ITAPEVI

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServidor Público CivilProcesso Administrativo Disciplinar ou SindicânciaResponsabilidade Civil do Servidor Público / Indenização ao Erário

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.116.641

(1135)

ORIGEM : AREsp - 50529620420164040000 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINAGTE.(S) : L.I.L.S.ADV.(A/S) : CRISTIANO ZANIN MARTINS (32190/DF, 153599/RJ,

172730/SP)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Matéria:DIREITO ELEITORALGarantias ProcessuaisExceçãoExceção - De Suspeição

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.118.083

(1136)

ORIGEM : AREsp - 850909 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : TELMA DA SILVA GONCALVESADV.(A/S) : VALTER MOREIRA DA COSTA JUNIOR (273022/SP)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Matéria:DIREITO PROCESSUAL PENALAção Penal

NulidadeAusência de Fundamentação

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.118.161

(1137)

ORIGEM : REsp - 1575672 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : USINA BOM JESUS S/A AÇÚCAR E ÁLCOOLADV.(A/S) : HEBERT LIMA ARAUJO (185648/SP)ADV.(A/S) : ELIAS MARQUES DE MEDEIROS NETO (196655/SP)ADV.(A/S) : ANA FLAVIA CHRISTOFOLETTI DE TOLEDO

(228976/SP)ADV.(A/S) : GISELA CRISTINA FAGGION BARBIERI TORREZAN

(279975/SP)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIODívida Ativa

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.121.195

(1138)

ORIGEM : PROC - 01492002820095020441 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : SINDICATO DOS CONFERENTES DE CAPATAZIA

DO PORTO DE SANTOSADV.(A/S) : TULIO AUGUSTO TAYANO AFONSO (202686/SP)AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS CONFERENTES DE CARGA

DESCARGA E CAPATAZIA DO PORTO DE SANTOS SAO VICENTE, GUARUJA, ,CUBATÃO E SÃO SEBASTIAO

ADV.(A/S) : ERALDO AURELIO RODRIGUES FRANZESE (42501/SP)

Matéria:DIREITO DO TRABALHODireito Sindical e Questões Análogas

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.121.520

(1139)

ORIGEM : 03122826020158240023 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : PEDRO DA SILVAADV.(A/S) : MARCELLO MACEDO REBLIN (6435/SC)AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SANTA

CATARINA - IPREVPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINA

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOMilitarSistema Remuneratório e Benefícios

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.121.574

(1140)

ORIGEM : 32735024220118130024 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : JOSE LOURDES RODRIGUES LANAADV.(A/S) : CASSIUS VINICIUS LANA DE VASCONCELOS (105698/

MG)AGDO.(A/S) : MUNICIPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTE

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServidor Público CivilAposentadoria

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.122.018

(1141)

ORIGEM : AREsp - 1150395 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 122

RELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : CLARO S.A.ADV.(A/S) : RICARDO JORGE VELLOSO (163471/SP)AGDO.(A/S) : MUNICIPIO DE PIRACICABAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

PIRACICABA

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServiçosConcessão / Permissão / AutorizaçãoTelefonia

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.122.828

(1142)

ORIGEM : 01519603820158240000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAAGDO.(A/S) : FRANCIELI CRISTINA JAQUES RODRIGUESADV.(A/S) : MAICOM ARNALDO NILES (25698/SC)ADV.(A/S) : RAFAEL MEDEIROS (35715/SC)

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServidor Público CivilRegime EstatutárioNomeação

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.123.244

(1143)

ORIGEM : 71006437750 - TJRS - 1ª TURMA RECURSAL DA FAZENDA PÚBLICA

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : JOAO WILIM GAUZEADV.(A/S) : GIOVANI BITTENCOURT SANTANA (87487/RS)

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServidor Público CivilSistema Remuneratório e BenefíciosAbono de Permanência

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.124.045

(1144)

ORIGEM : AREsp - 00064304120078260642 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO

DE SÃO PAULO - SABESPADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXAO CORTES (15553/DF, 27284/

GO, 164494/MG, 21572-A/MS, 75879/PR, 184565/RJ, 310314/SP)

AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Matéria:DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHOLiquidação / Cumprimento / Execução de SentençaEfeito Suspensivo / Impugnação / Embargos à Execução

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.125.239

(1145)

ORIGEM : 20140610026409 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : M.V.L.S.F.ADV.(A/S) : JACKSON DI DOMENICO (18493/DF, 22245/GO) E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SERGIO FERREIRA TAMANINI (0026350/DF)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOS

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

Matéria:DIREITO CIVILFamíliaAlimentos

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.125.531

(1146)

ORIGEM : AREsp - 70072849805 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : GOLDSZTEIN ADMINISTRACAO E INCORPORACOES

LTDAADV.(A/S) : ANTONIO MARIO SANT ANNA BIANCHI (47170/RS,

32271/SC)AGDO.(A/S) : DIEGO PISANI BENTO DA SILVAAGDO.(A/S) : MARIA LUIZA BUSNELLO BENTO DA SILVAADV.(A/S) : LUCIANA TRUDA BOAZ (24370/RS)

Matéria:DIREITO CIVILCoisasPromessa de Compra e Venda

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.126.502

(1147)

ORIGEM : REsp - 1676364 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : L.R.ADV.(A/S) : ALEX SANDRO SOMMARIVA (12016/SC)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA

CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SANTA CATARINA

Matéria:DIREITO PENALParte GeralTipicidade

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.126.664

(1148)

ORIGEM : AREsp - 201000010076423 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ

PROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍAGDO.(A/S) : SANDRA MARIA DE ARAUJO NASCIMENTO E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RICARDO VIANA MAZULO (2783/PI)

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOResponsabilidade da AdministraçãoIndenização por Dano Moral

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.127.387

(1149)

ORIGEM : REsp - 00017410820169260010 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ALEXANDRE PELEGRINI DE LARAADV.(A/S) : JOAO CARLOS CAMPANINI (258168/SP)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Matéria:DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITARAção Penal Militar

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.127.443

(1150)

ORIGEM : PROC - 00013440720115070003 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 123

AGTE.(S) : RAIMUNDO PEREIRA NOBREADV.(A/S) : JOSE EYMARD LOGUERCIO (01441/A/DF, 52504A/GO,

103250/SP)AGDO.(A/S) : BANCO BRADESCO S.A.ADV.(A/S) : VICTOR RUSSOMANO JUNIOR (03609/DF)

Matéria:DIREITO DO TRABALHORescisão do Contrato de TrabalhoDespedida / Dispensa Imotivada

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.127.463

(1151)

ORIGEM : 10180140030602001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : MARCOS VINICIUS JOSE CAETANOAGTE.(S) : HERMILIO PINHEIRO SOUZAADV.(A/S) : ANGELA MAGDA SOARES VERISSIMO (71470/MG)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAISINTDO.(A/S) : ANDERSON DE SOUZA CARDOSOADV.(A/S) : TULIO CESAR DE MELO SILVA (130406/MG)ADV.(A/S) : ELCIONE APARECIDA CARDOSO (66682/MG)ADV.(A/S) : ANGELA MAGDA SOARES VERISSIMO (71470/MG) E

OUTRO(A/S)

Matéria:DIREITO PROCESSUAL PENALAção PenalNulidadeCerceamento de Defesa

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.128.246

(1152)

ORIGEM : 10342091277471001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE ITUIUTABAADV.(A/S) : DANIEL RICARDO DAVI SOUSA (94229/MG)ADV.(A/S) : RENATA SOARES SILVA (141886/MG)ADV.(A/S) : HAIALA ALBERTO OLIVEIRA (98420/MG)ADV.(A/S) : OLIVIO GIROTTO NETO (29117/GO, 109909/MG)AGDO.(A/S) : WANDERSON SANTOS ROSAADV.(A/S) : JORGE MIGUEL NETO (108799/MG)

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOResponsabilidade da AdministraçãoIndenização por Dano Moral

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.875

(1153)

ORIGEM : REsp - 00073695220024036112 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : RAUPH APARECIDO RAMOS COSTAADV.(A/S) : RAUPH APARECIDO RAMOS COSTA (A1121/AM,

139204/SP)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Matéria:DIREITO PROCESSUAL PENALAção PenalNulidadeCerceamento de Defesa

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 825.325 (1154)ORIGEM : AC - 200271070135230 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESEMBTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALEMBDO.(A/S) : CURTUME FRIDOLINO RITTER LTDAADV.(A/S) : RÚBIO EDUARDO GEISSMANN (25518A/PR,

45073A/RS, 10708/SC) E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S/A -

ELETROBRÁSADV.(A/S) : JOSÉ MARIA ARNT FERNÁNDEZ (42406/RS) E

OUTRO(A/S)

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOEmpréstimos CompulsóriosEnergia Elétrica

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 556.705

(1155)

ORIGEM : PROC - 200503000806853 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 3A. REGIAO - SP

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESEMBTE.(S) : ETERNIT S/AADV.(A/S) : PAULO EDUARDO RIBEIRO SOARES (35409/DF,

59013/PR, 155523/SP) E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Matéria:DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHOLiquidação / Cumprimento / Execução

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.088.923

(1156)

ORIGEM : 02322523820108040001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : MILTON CESAR FREIRE DA SILVAADV.(A/S) : CARLA DAYANY DA LUZ DE ABREU (7038/AM) E

OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

AMAZONAS

Matéria:DIREITO PROCESSUAL PENALAção PenalNulidadeCerceamento de Defesa

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.034.193

(1157)

ORIGEM : ARE - 00444773220128260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIEMBTE.(S) : ADELIA MERIGHE BOZZO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MESSIAS TADEU DE OLIVEIRA BENTO FALLEIROS

(250793/SP)ADV.(A/S) : VICTOR SANDOVAL MATTAR (300022/SP)EMBDO.(A/S) : SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREVPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServidor Público CivilSistema Remuneratório e BenefíciosGratificações Estaduais Específicas

EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.047.419

(1158)

ORIGEM : 70063669139 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ROGERIO AZZI SILVAAGTE.(S) : ROGERIO GARCIA DA SILVAADV.(A/S) : MARCOS EDUARDO FAES EBERHARDT (56544/RS)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULINTDO.(A/S) : FERNANDO HABAB HERWIGADV.(A/S) : AURY CELSO LIMA LOPES JUNIOR (58251/DF, 31549/

RS)ADV.(A/S) : VIRGINIA PACHECO LESSA (57401/RS)ADV.(A/S) : VITOR PACZEK MACHADO (97603/RS)INTDO.(A/S) : WALTER BIRALADV.(A/S) : RAFAEL ZOTTIS LUCIO (78234/RS)INTDO.(A/S) : BRENO CARDOSO DA SILVA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 124

ADV.(A/S) : DAVI ANDRE COSTA SILVA (82558/RS)

Matéria:DIREITO PENALFato Atípico

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.047.419

(1159)

ORIGEM : 70063669139 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : WALTER BIRALADV.(A/S) : RAFAEL ZOTTIS LUCIO (78234/RS)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULINTDO.(A/S) : FERNANDO HABAB HERWIGADV.(A/S) : AURY CELSO LIMA LOPES JUNIOR (58251/DF, 31549/

RS)ADV.(A/S) : VIRGINIA PACHECO LESSA (57401/RS)ADV.(A/S) : VITOR PACZEK MACHADO (97603/RS)INTDO.(A/S) : ROGERIO AZZI SILVAINTDO.(A/S) : ROGERIO GARCIA DA SILVAADV.(A/S) : MARCOS EDUARDO FAES EBERHARDT (56544/RS)INTDO.(A/S) : BRENO CARDOSO DA SILVAADV.(A/S) : DAVI ANDRE COSTA SILVA (82558/RS)

Matéria:DIREITO PENALFato Atípico

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.092.913

(1160)

ORIGEM : AREsp - 4759224420098090000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

PROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. GILMAR MENDESEMBTE.(S) : ARISTEU YASSUO TAKAHASHIEMBTE.(S) : NEIDE BORTOLO TAKAHASHIEMBTE.(S) : SOCIEDADE ARMAZENADORA PONTALINENSE LTDA -

EPPADV.(A/S) : ANDREA RODRIGUES ROSSI (18405/GO)EMBDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : TAISE MACHADO MELO (21749/GO)ADV.(A/S) : SANDRO NUNES DE LIMA (24693/DF)

Matéria:DIREITO CIVILObrigaçõesEspécies de ContratosContratos Bancários

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.096.009

(1161)

ORIGEM : AREsp - RI001634H0000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : N.G.ADV.(A/S) : ANDRE LUIS LOBO BLINI (14402-A/MS, 272028/SP)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Matéria:DIREITO PROCESSUAL PENALAção PenalNulidade

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.108.624

(1162)

ORIGEM : AREsp - 70073039430 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : CRISTIANO GONCALVES RANCIADV.(A/S) : MARCOS EDUARDO FAES EBERHARDT (56544/RS)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

Matéria:

DIREITO PROCESSUAL PENALAção PenalNulidadeCerceamento de Defesa

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.109.149

(1163)

ORIGEM : 00005880520118260654 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : RAFAEL DE OLIVEIRA NOVAESADV.(A/S) : ISAIAS MENDES (251815/SP)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Matéria:DIREITO PENALParte GeralAplicação da Pena

SEGUNDOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.110.893

(1164)

ORIGEM : AREsp - 00339154420138060001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ

PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : EDVAN MENDES OLIVEIRAADV.(A/S) : EMANUELA MARIA LEITE BEZERRA CAMPELO (15499/

CE)ADV.(A/S) : ADAILTON FREIRE CAMPELO (11515/CE)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

CEARÁINTDO.(A/S) : ANTONIO CARLOS TESSO PINTOADV.(A/S) : IGOR PINHEIRO COUTINHO (25242/CE)ADV.(A/S) : ANA LETICIA LEITE DA SILVA BEZERRA (22998/CE)

Matéria:DIREITO PENALParte GeralAplicação da Pena

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.110.893

(1165)

ORIGEM : AREsp - 00339154420138060001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ

PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : ANTONIO CARLOS TESSO PINTOADV.(A/S) : EMANUELA MARIA LEITE BEZERRA CAMPELO (15499/

CE)ADV.(A/S) : ADAILTON FREIRE CAMPELO (11515/CE)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

CEARÁINTDO.(A/S) : EDVAN MENDES OLIVEIRAADV.(A/S) : IGOR PINHEIRO COUTINHO (25242/CE)ADV.(A/S) : ANA LETICIA LEITE DA SILVA BEZERRA (22998/CE)

Matéria:DIREITO PENALParte GeralAplicação da Pena

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.045.217

(1166)

ORIGEM : 00074526820148260132 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : J.A.L.J.ADV.(A/S) : JOSE ALFREDO LUIZ JORGE (24281/SP)ADV.(A/S) : MARIA LETICIA ABDO JORGE (191600/SP)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Matéria:DIREITO PENALParte GeralTipicidade

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 125

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 646.890

(1167)

ORIGEM : ACC - 316621120105000000 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESEMBTE.(S) : THEOTO S/A - INDÚSTRIA E COMÉRCIOADV.(A/S) : FRANCISCO DE ASSIS PEREIRA (12982/SP)ADV.(A/S) : CELMO MÁRCIO DE ASSIS PEREIRA (61991/SP)EMBDO.(A/S) : ELIANA APARECIDA DA SILVAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Matéria:DIREITO DO TRABALHOResponsabilidade Civil do EmpregadorIndenizaçao por Dano MoralAcidente de Trabalho

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.001.472

(1168)

ORIGEM : 7686720126210015 - TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIEMBTE.(S) : LEODI IRANI ALTMANNEMBTE.(S) : VIVALDINA BRUNETOADV.(A/S) : GIOVANI BORTOLINI (58747/RS)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Matéria:DIREITO PROCESSUAL PENALAção Penal

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.047.725

(1169)

ORIGEM : AREsp - 70064471154 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESEMBTE.(S) : REPSOL SINOPEC BRASIL SAADV.(A/S) : RICARDO FERNANDES MAGALHAES DA SILVEIRA

(87849/RJ, 252061/SP)EMBDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOImpostosICMS/ Imposto sobre Circulação de Mercadorias

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.121.294

(1170)

ORIGEM : 10701082433452006 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : ISAURA MARIA RESENDE COELHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANGELO STADTER PIMENTA (91492/MG, 203355/SP)EMBDO.(A/S) : CAIXA DE PREVIDENCIA DOS FUNCIONARIOS DO

BANCO DO BRASIL - PREVIADV.(A/S) : TASSO BATALHA BARROCA (51556/MG, 01836/PE,

12221/PI, 165960/RJ, 106020A/RS, 386161/SP)

Matéria:DIREITO CIVILObrigaçõesEspécies de ContratosPrevidência privada

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.127.541

(1171)

ORIGEM : 52120151320178090000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

PROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIEMBTE.(S) : SILVEIRA COMERCIO DE ALIMENTOS LTDAADV.(A/S) : LIANDRO DOS SANTOS TAVARES (22011/GO, 8382/A/

MT)EMBDO.(A/S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS

Matéria:

DIREITO TRIBUTÁRIOLimitações ao Poder de Tributar

Brasília, 28 de maio de 2018Marília Montenegro

Secretária Substituta

ACÓRDÃOS

Septuagésima Nona Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos do art. 95 do RISTF.

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 152.089 (1172)ORIGEM : 431137 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : JOSE RICARDO CEZAR JUNIORADV.(A/S) : ALESSANDRA MARTINS GONCALVES JIRARDI

(320762/SP)AGDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 27.4.2018 a 4.5.2018.

E M E N T A: “HABEAS CORPUS” – IMPETRAÇÃO DEDUZIDA CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA DE MINISTRO DE TRIBUNAL SUPERIOR DA UNIÃO – HIPÓTESE DE INCOGNOSCIBILIDADE DO REMÉDIO CONSTITUCIONAL EM EXAME – DIRETRIZ JURISPRUDENCIAL FIRMADA POR AMBAS AS TURMAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – “HABEAS CORPUS” NÃO CONHECIDO – RESSALVA DA POSIÇÃO PESSOAL DO RELATOR DESTA CAUSA, QUE ENTENDE CABÍVEL O “WRIT” EM CASOS COMO ESTE – EXISTÊNCIA, ADEMAIS, DE PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO, DEDUZIDO EM FACE DA DECISÃO EMANADA DO E. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, AINDA PENDENTE DE EXAME, À ÉPOCA DO AJUIZAMENTO DESTA IMPETRAÇÃO, NAQUELA INSTÂNCIA JUDICIÁRIA – PREMATURO AJUIZAMENTO DA AÇÃO DE “HABEAS CORPUS” NESTA SUPREMA CORTE – INADMISSIBILIDADE, EM TAL HIPÓTESE, DA UTILIZAÇÃO IMEDIATA, PERANTE O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, DO “WRIT” CONSTITUCIONAL – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

– É incognoscível o remédio constitucional de “habeas corpus”, quando impetrado, originariamente, perante o Supremo Tribunal Federal, contra decisão monocrática proferida por Ministro de Tribunal Superior da União, pois a admissibilidade desse “writ” supõe a existência de julgamento colegiado emanado de qualquer das Cortes Superiores. Precedentes. Ressalva da posição pessoal do Relator desta causa.

– Revela-se prematura a impetração de “habeas corpus”, no Supremo Tribunal Federal, contra decisão proferida em sede de outro processo de “habeas corpus” instaurado no âmbito de Tribunal de jurisdição inferior, enquanto não apreciados, definitivamente, por este (o STJ, no caso), os recursos (ou pedidos de reconsideração) que tenham sido deduzidos naquela instância judiciária. Precedentes.

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 153.550 (1173)ORIGEM : 1163341 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : LUCAS DE OLIVEIRA RANGELADV.(A/S) : DIEGO NATANAEL SILVA (169223/MG) E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 27.4.2018 a 4.5.2018.

E M E N T A: “HABEAS CORPUS” – IMPETRAÇÃO DEDUZIDA CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA DE MINISTRO DE TRIBUNAL SUPERIOR DA UNIÃO – HIPÓTESE DE INCOGNOSCIBILIDADE DO REMÉDIO CONSTITUCIONAL EM EXAME – DIRETRIZ JURISPRUDENCIAL FIRMADA POR AMBAS AS TURMAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – “HABEAS CORPUS” NÃO CONHECIDO – RESSALVA DA POSIÇÃO PESSOAL DO RELATOR DESTA CAUSA, QUE ENTENDE CABÍVEL O “WRIT” EM CASOS COMO ESTE – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

– É incognoscível o remédio constitucional de “habeas corpus”, quando impetrado, originariamente, perante o Supremo Tribunal Federal, contra decisão monocrática proferida por Ministro de Tribunal Superior da União, pois a admissibilidade desse “writ” supõe a existência de julgamento colegiado emanado de qualquer das Cortes Superiores. Precedentes. Ressalva da posição pessoal do Relator desta causa.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.102.854 (1174)ORIGEM : 10024143062909001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EDSON FACHIN

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 126

AGTE.(S) : ELISANGELA DE SOUZA FERNANDESADV.(A/S) : LEONARDO JOSE SANTANA (26687/ES, 40189/GO,

104617/MG)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC e verba honorária majorada em ¼ (um quarto), nos termos do art. 85, § 11, devendo ser observados os §§ 2º e 3º, CPC, tudo nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INTERPOSIÇÃO EM 22.2.2018. DIREITO ADMINISTRATIVO. PROFESSORA DESIGNADA. EFETIVAÇÃO PELA LEI COMPLEMENTAR 100/2007. POSTERIOR DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. VÍNCULO COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. NATUREZA. EFEITOS JURÍDICOS. REEXAME DE FATOS E PROVAS E DE LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULAS 279 E 280/STF. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. ARTS. 1.021, §1º, CPC, E 317, § 1º, do RISTF.

1. É ônus do recorrente impugnar de modo específico os fundamentos da decisão agravada, nos termos dos arts. 1.021, § 1º, CPC, e 317, § 1º, RISTF, o que não ocorreu no caso.

2. Agravo regimental a que se nega provimento, com aplicação de multa, nos termos do art. 1.021, §4º, do CPC. Conforme art. 85, § 11, CPC, majoro em ¼ (um quarto) a verba honorária fixada anteriormente, devendo ser observados os §§ 2º e 3º do mesmo dispositivo.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.030.517

(1175)

ORIGEM : AREsp - 00021072820098260543 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOAGDO.(A/S) : ANTONIO LOUROAGDO.(A/S) : HELIANA ANTONIETTE LOUROADV.(A/S) : ERIC MARQUES REGADAS (273508/SP)INTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SANTA ISABELADV.(A/S) : LELIO JOSE CRESPIM (162757/SP)

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, e entendeu ser inaplicável o artigo 85, § 11, CPC, por se tratar de recurso oriundo de ação civil pública, tudo nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INTERPOSIÇÃO EM 29.5.2017. LOTEAMENTO URBANO. ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL. IRREGULARIDADE. DETERMINAÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. REEXAME DE FATOS E PROVAS E DE LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULAS 279 E 280 DO STF.

1. Por ser necessário o reexame de normas de estatura infraconstitucional para que se conclua pela existência das violações apontadas, eventual ofensa ao texto constitucional acaso verificada ocorreria, quando muito, por via reflexa ou oblíqua, o que inviabiliza o prosseguimento do apelo extremo.

2. A análise da questão apresentada depende da apreciação de fatos e provas. Incidência da Súmula 279/STF.

3. Agravo regimental a que se nega provimento, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, §4º. Inaplicável o artigo 85, § 11, CPC, por se tratar de recurso oriundo de ação civil pública.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.037.216

(1176)

ORIGEM : 10569090164181001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EDSON FACHINAGTE.(S) : MUNICIPIO DE SACRAMENTOADV.(A/S) : ANA CAROLINA DINIZ DE MATOS (135963/MG)AGDO.(A/S) : NICELIA CRISTINA VALADAADV.(A/S) : ANNA EDINA DE NOGUEIRA CARVALHO (95731/MG)

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC e verba honorária majorada em ¼ (um quarto), nos termos do art. 85, § 11, devendo ser observados os §§ 2º e 3º, CPC, tudo nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INTERPOSIÇÃO EM 22.6.2017. ACIDENTE DE TRÂNSITO. OBRA EM VIA PÚBLICA. DEFICIÊNCIA NA SINALIZAÇÃO.

RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. ATENUAÇÃO. CULPA CONCORRENTE DO CONDUTOR DO VEÍCULO. VELOCIDADE INCOMPATÍVEL COM A VIA. EXISTÊNCIA DE SINAIS DE EMBRIAGUEZ. INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS. SÚMULA 279 DO STF.

1. É inadmissível o recurso extraordinário quando para se chegar a conclusão diversa daquela a que chegou o Tribunal de origem seja necessário o reexame das provas dos autos. Incidência da Súmula 279 do STF.

2. Agravo regimental a que se nega provimento, com previsão de aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC. Verba honorária majorada em ¼ (um quarto), nos termos do art. 85, § 11, devendo ser observados os §§ 2º e 3º CPC.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.037.510

(1177)

ORIGEM : ARE - 00091343820128260032 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINAGTE.(S) : GUARARAPES SERVICOS E AUTO PECAS LTDAADV.(A/S) : EVERALDO SEGURA (184343/SP)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, CPC, e entendeu ser inaplicável a norma do artigo 85, § 11, CPC, em face da Súmula 512 do STF, tudo nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INTERPOSIÇÃO EM 30.8.2017. ADMINISTRATIVO. ADULTERAÇÃO DE COMBUSTÍVEL. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO. LEGITIMIDADE. SÚMULAS 279 E 280 DO STF. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. ARTS. 1.021, §1º, CPC, E 317, § 1º, DO RISTF.

1. É ônus do recorrente impugnar de modo específico os fundamentos da decisão agravada, nos termos do art. 1.021, § 1º, do CPC, o que não ocorreu no caso em exame.

2. Agravo regimental a que se nega provimento, com previsão de aplicação da multa prevista no art. 1.021, §4º, CPC. Inaplicável a norma do artigo 85, § 11, CPC, em face da Súmula 512 do STF.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.049.438

(1178)

ORIGEM : ARE - 00260180720128260562 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINAGTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DOS

SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE SANTOS - IPREVSANTOS

ADV.(A/S) : CARLOS AUGUSTUS MAUA (202587/SP)ADV.(A/S) : KERGINALDO MARQUES DA SILVA (317273/SP)AGDO.(A/S) : NADIR TAVARES ALBERTOADV.(A/S) : JOSEPH ROBERT TERRELL ALVES DA SILVA (212269/

SP)

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC e verba honorária majorada em ¼ (um quarto), nos termos do art. 85, § 11, devendo ser observados os §§ 2º e 3º, CPC, tudo nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INTERPOSIÇÃO EM 13.9.2017. DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDORA PÚBLICA MUNICIPAL. ADICIONAL DE ATIVIDADE TRIBUTÁRIA. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO STF.

1. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que se chegou no acórdão recorrido, seria necessário o reexame da legislação local aplicável à espécie. Incidência da Súmula 280 do STF.

2. Agravo regimental a que se nega provimento, com previsão de aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC. Nos termos do artigo 85, § 11, CPC, majoro em ¼ (um quarto) a verba honorária fixada anteriormente, devendo ser observados os §§ 2º e 3º do mesmo dispositivo.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.052.130

(1179)

ORIGEM : 70061502548 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EDSON FACHINAGTE.(S) : DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRANSITO DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - DETRAN/RSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : SILVANO MARTIN

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 127

ADV.(A/S) : MARCIO MACHADO MORAIS (45604/RS)

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC e verba honorária majorada em ¼ (um quarto), nos termos do art. 85, § 11, devendo ser observados os §§ 2º e 3º, CPC, tudo nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INTERPOSIÇÃO EM 8.11.2017. RESPONSABILIDADE CIVIL. FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO. DISCUSSÃO SOBRE EXISTÊNCIA DE NEXO CAUSAL. INDENIZAÇÃO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO STF.

1. É inadmissível o recurso extraordinário quando para se chegar a conclusão diversa daquela a que chegou o Tribunal de origem seja necessário o reexame das provas dos autos. Incidência da Súmula 279 do STF.

2. Agravo regimental a que se nega provimento, com previsão de aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC. Verba honorária majorada em ¼ (um quarto), nos termos do art. 85, § 11, devendo ser observados os §§ 2º e 3º CPC.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.052.134

(1180)

ORIGEM : 03826019420148190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EDSON FACHINAGTE.(S) : GUARDA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO - GM RIOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : JORGE PAULO BEZERRA PORTUGALADV.(A/S) : ALEXANDRE DA ROCHA (164334/RJ)

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC e verba honorária majorada em ¼ (um quarto), nos termos do art. 85, § 11, devendo ser observados os §§ 2º e 3º, CPC, tudo nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INTERPOSIÇÃO EM 13.9.2017. DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. GUARDA MUNICIPAL. CRITÉRIOS PARA PROGRESSÃO E PROMOÇÃO. REEXAME DE FATOS E PROVAS E DE LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULAS 279 E 280/STF. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. ARTS. 1.021, §1º, CPC, E 317, § 1º, do RISTF.

1. É ônus do recorrente impugnar de modo específico os fundamentos da decisão agravada, nos termos dos arts. 1.021, § 1º, CPC, e 317, § 1º, RISTF, o que não ocorreu no caso.

2. Agravo regimental a que se nega provimento, com aplicação de multa, nos termos do art. 1.021, §4º, do CPC. Conforme art. 85, § 11, CPC, majoro em ¼ (um quarto) a verba honorária fixada anteriormente, devendo ser observados os §§ 2º e 3º do mesmo dispositivo.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.052.181

(1181)

ORIGEM : AREsp - 201251010430659 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EDSON FACHINAGTE.(S) : RODRIGO CRISTIANO SOARES MAIAADV.(A/S) : MICHELLE DA SILVA (168093/RJ)ADV.(A/S) : MAURO ABDON GABRIEL (0082725/RJ)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC e verba honorária majorada em ¼ (um quarto), nos termos do art. 85, § 11, devendo ser observados os §§ 2º e 3º, CPC, tudo nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INTERPOSIÇÃO EM 16.10.2017. ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS. ÁREA DA SAÚDE. COMPATIBILIDADE DE HORÁRIOS. VERIFICAÇÃO. REEXAME DE FATOS E PROVAS E DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 279/STF. INEXISTÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

1. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que chegou o acórdão recorrido, quanto à ausência de demonstração da compatibilidade dos horários referentes aos cargos em exame, seria necessária a análise das provas dos autos, bem como da legislação infraconstitucional aplicável à espécie, o que é inviável em recurso extraordinário. Inexistência de ofensa direta à Constituição Federal.

2. Agravo regimental a que se nega provimento, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, §4º, do CPC. Conforme art. 85, § 11, CPC, majoro em ¼ (um quarto) a verba honorária fixada anteriormente, devendo ser

observados os §§ 2º e 3º do mesmo dispositivo.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.053.749

(1182)

ORIGEM : AREsp - 201213700742 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EDSON FACHINAGTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : LENIR CASCARDO COUTOADV.(A/S) : IEDA TOME DE SOUZA AGUIAR (96573/RJ)

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC e verba honorária majorada em ¼ (um quarto), nos termos do art. 85, § 11, devendo ser observados os §§ 2º e 3º, CPC, tudo nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INTERPOSIÇÃO EM 9.8.2017. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. INDENIZAÇÃO PELOS DANOS CAUSADOS POR “BALA PERDIDA”. CONDUTA OMISSIVA. NEXO CAUSAL. RECONHECIMENTO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF.

1. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que chegou o acórdão recorrido, quanto à existência de responsabilidade do Recorrente pelos danos sofridos pela Agravada, seria necessário o reexame de fatos e provas. Incidência da Súmula 279/STF.

3. Agravo regimental a que se nega provimento, com previsão de aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC. Nos termos do artigo 85, § 11, CPC, majoro em ¼ (um quarto) a verba honorária fixada anteriormente, devendo ser observados os §§ 2º e 3º do mesmo dispositivo.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.075.508

(1183)

ORIGEM : REsp - 1679898 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINAGTE.(S) : PETROBRAS TRANSPORTE S.A - TRANSPETROADV.(A/S) : PERSIO THOMAZ FERREIRA ROSA (38515/DF, 183463/

SP)AGDO.(A/S) : CETESB COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE

SAO PAULOADV.(A/S) : RENATA DE FREITAS MARTINS (204137/SP)

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC e verba honorária majorada em ¼ (um quarto), nos termos do art. 85, § 11, devendo ser observados os §§ 2º e 3º, CPC, tudo nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 11.5.2018 a 17.5.2018.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INTERPOSIÇÃO EM 1.3.2018. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DE FUNDAMENTO DA DECISÃO QUE INADMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 287 DO STF.

1. É inviável o conhecimento do recurso que não ataca, especificamente, todos os fundamentos da decisão que inadmitiu o recurso extraordinário. Incidência da Súmula 287 do STF.

2. Agravo regimental a que se nega provimento, com previsão de aplicação da multa prevista no art. 1.021, §4º, CPC. Nos termos do artigo 85, § 11, CPC/2015, majoro em ¼ (um quarto) a verba honorária fixada anteriormente, devendo ser observados os limites dos §§ 2º e 3º do mesmo dispositivo.

AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 151.730

(1184)

ORIGEM : 397857 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MARCIO DOS SANTOS NEPOMUCENOADV.(A/S) : PALOMA GURGEL DE OLIVEIRA CERQUEIRA (37186-

A/CE, 9654/RN) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: A Turma, por unanimidade, não conheceu do recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 27.4.2018 a 4.5.2018.

E M E N T A: RECURSO ORDINÁRIO EM “HABEAS CORPUS” – NÃO PROVIMENTO – INTERPOSIÇÃO DE RECURSO DE AGRAVO – RAZÕES RECURSAIS QUE NÃO INFIRMAM OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO RECORRIDA – IMPUGNAÇÃO RECURSAL QUE NÃO GUARDA PERTINÊNCIA COM OS FUNDAMENTOS EM QUE SE ASSENTOU O ATO DECISÓRIO QUESTIONADO – OCORRÊNCIA DE DIVÓRCIO

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 128

IDEOLÓGICO – RECURSO DE AGRAVO NÃO CONHECIDO.– O recurso de agravo deve infirmar todos os fundamentos jurídicos

em que se assenta a decisão agravada. O descumprimento dessa obrigação processual, por parte do recorrente, torna inviável o recurso de agravo por ele interposto. Precedentes.

– A ocorrência de divergência temática entre as razões em que se apoia a petição recursal, de um lado, e os fundamentos que dão suporte à matéria efetivamente versada na decisão recorrida, de outro, configura hipótese de divórcio ideológico, que, por comprometer a exata compreensão do pleito deduzido pela parte recorrente, inviabiliza, ante a ausência de pertinente impugnação, o acolhimento do recurso interposto.

Brasília, 28 de maio de 2018.Fabiano de Azevedo Moreira

Coordenador de Acórdãos

SECRETARIA JUDICIÁRIA

Decisões e Despachos dos Relatores

PROCESSOS ORIGINÁRIOS

AÇÃO CAUTELAR 4.322 (1185)ORIGEM : INQ - 3990 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARÉU(É)(S) : VANDER LUIZ DOS SANTOS LOUBETRÉU(É)(S) : ADEMAR CHAGAS DA CRUZ LOUBETADV.(A/S) : RICARDO SOUZA PEREIRA

DECISÃO: 1. Nos autos desta ação cautelar, determinei a indisponibilidade de bens pertencentes ao acervo patrimonial de Vander Luiz dos Santos Loubet e de Ademar Chagas da Cruz, como forma de assegurar o integral ressarcimento dos valores supostamente auferidos em razão de ilícitos que constituem objeto da “AP 1.019”.

Esgotadas as diligências pelos entes oficiados, a Procuradoria-Geral da República, com vista, informa existirem medidas adicionais a serem adotadas, haja vista o vencimento do prazo do contrato de alienação fiduciária do imóvel “Chácara São Bernardo”, com matrículas apontadas à fl. 225, bem como a pendência de avaliação de dois dos bens móveis, os quais se encontram em lugar incerto.

Frente a tal cenário, são deduzidos os seguintes requerimentos pelo órgão:

(a) seja intimada a defesa de VANDER LUIZ DOS SANTOS LOUBET, para informar a localização exata (i) da motocicleta modelo CG 125, da marca Honda, ano/modelo 2003/2004, cor vermelha, de placas HST 7376, Renavam 00812512510, chassis 9C2JC30204R005083; (ii) da lancha com motor de popa Yamaha F100, AETL, ano 2005, inscrição n. 481M200500045;

(b) seja expedido novo ofício ao Banco Bradesco, para que informe a situação atualizada do contrato de alienação fiduciária, vencido em 08/03/2018, em que Vander Luiz dos Santos Loubet e Roseli da Cruz Loubet figuram como terceiros garantidores do financiamento concedido à empresa Mundo & Cia Entretenimento Ltda. ME., noticiando, especialmente, se houve quitação integral da dívida, e, em caso negativo, quais providências estão sendo adotadas pela instituição bancária para promover a quitação do débito. “e tendo em vista a peculiar circunstância de não haver valores nas contas bancárias ou de investimento do requerido que correspondam ao montante da alienação do lote Rural 46-A, Gleba57-FB, de R$ 1.100.000,00, é o caso de levantar o sigilo dos autos e intimar o Deputado Federal Nelson Meurer, para que preste esclarecimentos acerca da operação” (fl. 210).

2. No que diz respeito à intimação da defesa constituída do requerido, não há óbice ao deferimento do pleito, pois, diante do preconizado pelo art. 282, § 3º, do Código de Processo Penal,“ ressalvados casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária, acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo”.

Na hipótese concreta, conquanto o requerimento inicial exigisse a decretação de sigilo, uma vez implementadas as diligências necessárias pelos órgãos oficiados, não mais se perfaz a justificativa legal para manutenção do regime restritivo de publicidade.

Sobre o tema, tenho anotado que, como regra geral, a Constituição Federal veda a restrição à publicidade dos atos processuais, ressalvada a hipótese em que a defesa do interesse social e da intimidade exigir providência diversa (art. 5º, LX), e desde que a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação (art. 93, IX).

Percebe-se, nesse cenário, que a própria Constituição, em antecipado juízo de ponderação iluminado pelos ideais democráticos e republicanos, no campo dos atos jurisdicionais, prestigia o interesse público à

informação. Acrescenta-se que a exigência de motivação e de publicidade das decisões judiciais integra o mesmo dispositivo constitucional (art. 93, IX), fato decorrente de uma razão lógica: ambas as imposições, a um só tempo, propiciam o controle da atividade jurisdicional tanto sob uma ótica endoprocessual (pelas partes e outros interessados), quanto extraprocessual (pelo povo em nome de quem o poder é exercido).

Logo, o Estado-Juiz, devedor da prestação jurisdicional, ao aferir a indispensabilidade, ou não, da restrição à publicidade, não pode se afastar da eleição de diretrizes normativas vinculantes levadas a efeito pelo legislador constitucional.

Na espécie, repiso, diante da manifestação do órgão acusador pela intimação da defesa constituída, depreende-se não mais subsistir, sob a ótica do risco de ineficácia das medidas cautelares, razões a justificar a manutenção do regime restritivo da publicidade. Ao lado disso, tampouco se verifica a presença de qualquer outra exceção prevista em lei que imponha a tramitação sigilosa deste feito.

3. À luz dessas considerações, acolho os pedidos deduzidos pela Procuradoria-Geral da República, e determino: (a) o levantamento do sigilo destes autos, fazendo-se constar, como requeridos, Vander Luiz dos Santos Loubet e Ademar Chagas da Cruz Loubet; (b) à luz do art. 5º, § 2º, da Lei 8.906/1994 e o art. 105, § 4º do CPC/2015, seja anotado, como advogado, Ricardo Souza Pereira, OAB/MS 9.462, regularmente constituído nos autos da AP 1.019, a quem concedo o prazo de 15 (quinze) dias para se habilitar nestes autos e se manifestar quanto ao parecer ministerial; e (c) seja oficiado ao Banco Bradesco, para prestar os esclarecimentos acerca do contrato de alienação fiduciária aludido às fls. 224-226.

Instrua-se o sobredito expediente com todas as peças necessárias à compreensão do que se requisita.

Publique-se esta decisão apenas após os necessários ajustes na atuação, especialmente a inclusão do defensor dos requeridos (item “b”).

Intimem-se os requeridos, pela publicação no Diário de Justiça Eletrônico.

Sobrevindo petição defensiva, dê-se vista a Procuradoria-Geral da República, por igual período.

Oficie-se. Cumpra-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

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AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 2.830 (1186)ORIGEM : AC - 4059 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. LUIZ FUXAUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃORÉU(É)(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORÉU(É)(S) : DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA

DE TRANSPORTES - DNITPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA. DIREITO CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO. INSCRIÇÃO DE ESTADO-MEMBRO EM CADASTRO DE INADIMPLENTES. DEVOLUÇÃO DE VALORES DETERMINADA PELO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. DECISÃO JUDICIAL QUE NÃO PRODUZ CONSEQUÊNCIAS NO ÂMBITO ADMINISTRATIVO DA CORTE DE CONTAS. PEDIDO IMPROCEDENTE.

DECISÃO: Trata-se de Petição nº 28203/2018 apresentada pelo Estado do Maranhão, em que se alega o suposto descumprimento da decisão proferida por esta Corte no bojo destes autos.

Aduz o Estado que a decisão de minha relatoria, posteriormente confirmada pela Primeira Turma desta Corte em sede de agravo, que julgou parcialmente procedentes os pedidos autorais, teria o condão de obstar a ordem de pagamento de valores fixada pelo Tribunal de Contas da União, no julgamento das contas correspondentes ao convênio discutido nos autos.

Alega que “a decisão em questão, ao excluir a inscrição do Estado do Maranhão dos cadastros federais de inadimplência, reconhece, por consequência lógica, a inexistência de exigibilidade do Acórdão do TCU, o que tem o condão de obstar qualquer ato – judicial ou extrajudicial – destinado à cobrança da citada quantia, tendo em vista, nas palavras de Vossa Excelência, que ‘não se pode penalizar quem não foi responsável diretamente pelos fatos que acarretaram a inscri- ção combatida’ (pág. 9 da decisão)”.

Por fim, requer “que se determine à União a abstenção de todo e qualquer ato, judicial ou extrajudicial, destinado a cobrança do valor referente ao objeto da presente demanda, fazendo-a cumprir os termos da decisão monocrática proferida pelo Eminente Relator, sob pena de incidência de multa diária no importe de R$ 100.000,00 (cem mil reais), considerando o valor e a relevância da causa, nos termos do art. 537, do CPC”.

É o relatório. Decido.Ab initio, pontuo que o pedido relativo à devolução dos valores

imputados ao autor pelo TCU foi devidamente analisado por este relator e pela Primeira Turma desta Corte, que afastou a competência do STF para o

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seu julgamento, por envolver discussão de ordem meramente patrimonial, sem qualquer abalo ao pacto federativo. Dessarte, em relação a esse ponto específico, operou-se o trânsito em julgado da decisão, posto não ter sido objeto de impugnação das partes pela via recursal, cujo prazo já se transcorreu.

Ademais, a alegação autoral de que o conteúdo da decisão proferida nos autos acarretaria, como consequência, a suspensão da exigibilidade do pagamento ao TCU, também não merece amparo. Isso porque os argumentos apontados pelo autor em referência à decisão proferida nestes autos foram erigidos apenas para assentar a ilegitimidade do ato de inscrição do nome dos autor dos cadastros de inadimplência, sem que se alcance a discussão relativa à legitimidade, ou não, do ato do TCU.

Com efeito, a decisão proferida nos autos reconheceu a aplicabilidade do princípio da intranscendência subjetiva das sanções apenas em relação à exclusão das inscrições do Estado do Maranhão nos cadastros federais de restrição ao crédito, mas, em nenhum momento, se manifestou sobre eventual ilealidade da devolução de valores determinada ao Estado pelo TCU. Dessa forma, fica evidente a carência do vínculo pretendido pelo autor entre a decisão proferida nos autos e a condenação do Estado junto à Corte de Contas.

Ex positis, indefiro o pedido formulado na Petição STF nº 28.203/2018, mantido o conteúdo decisório já proferido nos autos.

Publique-se. Int..Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUXRelator

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TUTELA PROVISÓRIA NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 3.095 (1187)ORIGEM : 3095 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. EDSON FACHINAUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍRÉU(É)(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORÉU(É)(S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : LEONARDO FAUSTINO LIMA (123287/RJ) E OUTRO(A/

S)

DECISÃO: Trata-se de ação cível originária, com pedido de tutela provisória, ajuizada pelo Estado do Piauí em face da União e da Caixa Econômica Federal com vistas a formalizar Contrato de Financiamento com a instituição financeira no numerário de R$ 315 milhões para fins de realização de obras infraestrutura, implantação e recuperação de rodovias, melhoria da mobilidade urbana e saneamento básico, com recursos oriundos do FINISA - Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento, produto financeiro lançado pela CAIXA precisamente para possibilitar a concessão de crédito em obras de saneamento ambiental, transporte, logística e energia.

Em 19.04.2018, deferi a tutela provisória de urgência, nos termos do art. 300 do CPC, com a finalidade de determinar que a Caixa Econômica Federal apresentasse, no prazo de 72 (setenta e duas) horas, cronograma de desembolso do montante de R$ 315 milhões, nos termos do contrato de mútuo veiculado no Processo Administrativo nº 17944.000005/2017-31, sob pena de multa diária no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), conforme o art. 297 do CPC.

Em 25.04.2018, a Caixa Econômica Federal, por meio da Petição nº 24.351/2018, alegou que a impossibilidade de liberação do montante objeto do contrato em exame não decorre, como aponta o autor, de motivação política, mas de problemas na prestação de contas relativa à outro contrato estabelecido entre o Estado do Piauí e a CEF.

Desta forma, formulou pedido sucessivo, nos seguintes termos (eDOC 101, p. 13-14):

“a) Seja reconsiderada a r. decisão liminar proferida nestes autos, considerando a pendência da finalização da prestação de contas do ESTADO DO PIAUÍ em relação às obrigações legitimamente assumidas, nos termos do contrato 0477608-24/2017 (R$600 milhões), determinando-se, assim, a apresentação de toda a documentação devida pelo Contratante e, por consequência, a adoção de todas as demais providências administrativas correspondentes, sob pena de manutenção da aplicação das disposições contidas na Cláusula Décima Oitava, inciso V, de ambos os contratos firmados e, por consequência, a suspensão de quaisquer desembolsos correspondentes; ou

b) Subsidiariamente, em cumprimento da medida liminar expedida nestes autos, seja admitido o cronograma acima apresentado, impondo a ambas as partes as obrigações correspondentes, viabilizando, a partir das condições ali estabelecidas, a efetivação dos desembolsos pretendidos nos termos considerados.”

Em 26.04.2018, o Estado do Piauí, mediante a Petição nº 24.498/2018, aduziu a impertinência das alegações trazidas pela instituição financeira, uma vez que “a justificativa para não cumprir a decisão de liberação dos recursos seria a existência de processo de prestação de contas ainda não concluído, de outro contrato de empréstimo, sem qualquer vinculação com o contrato objeto dos presentes autos, que goza de

garantias próprias” (grifos no original) (eDOC 123, p. 3).Sendo assim, requereu que: i) a CEF seja intimada a cumprir a

decisão que deferiu a tutela de urgência no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas; ii) caso não cumprida a decisão, seja aplicada, também, multa por ato atentatório contra a dignidade da Justiça, no valor de até 10 (dez) vezes o salário mínimo e iii) sejam enviadas cópias dos autos ao Ministério Público Federal para apuração de eventual crime de desobediência.

A Caixa Econômica Federal, em 04.05.2018, através da Petição nº 26.389/2018, apontou a impossibilidade de liberação dos recursos em razão de fato novo, assim consubstanciado (eDOC 131, p. 2):

“O Tribunal de Contas da União proferiu, na data de ontem, decisão liminar, na Representação feita pelo Deputado Federal Rodrigo Martins (TC 010.441/2018-2), com a finalidade de resguardar os recursos públicos a serem repassados ao Estado do Piauí, concluindo no seguinte sentido:

“9.2. determinar à Caixa Econômica Federal, cautelarmente, que só proceda ao repasse de novas parcelas dos Contratos de Financiamento 0482405-71 e 0477608-24 ao Estado do Piauí após o saneamento das irregularidades verificadas na prestação de contas da aplicação da primeira parcela dos recursos do Contrato 0482405-71, sendo que deverão ser glosados os recursos tidos como aplicados nas despesas pretéritas, bem como aqueles aplicados em despesas não previstas no escopo e na finalidade contratual.”

O Estado do Piauí, em 09.05.2018, por intermédio da Petição nº 27.811/2018, manifestou-se narrando não mais subsistir a decisão do TCU que obstava o repasse dos recursos pela CEF (eDOC 133, p. 1-2):

“Vem o Estado do Piauí comunicar que o Tribunal de Contas da União acolheu agravo interposto por este ente público e alterou a decisão cautelar tomada por aquela Corte de Contas permitindo a liberação de recursos dos contratos de empréstimo para o Estado do Piauí, para que este faça os pagamentos direto e nominalmente aos fornecedores de obras, bens ou serviços ligados à finalidade estabelecida em cada um dos contratos de empréstimos que este ente firmou com a Caixa Econômica Federal.

De fato, assim conclui o Órgão de Contas:“9.1 Conhecer do presente agravo para, no mérito acolhê-lo

parcialmente, de modo a alterar os itens 9.2 e 9.5 do acórdão 966/2018-Plenário, que passam a ter as seguintes redações:

“9.2 determinar ao Estado do Piauí e à Caixa Econômica Federal, que em cumprimento às cláusulas dos Contratos de Financiamentos 0482405-71 e 0477608-24 adotem providências para a manutenção dos recursos nas contas vinculadas aos respectivos ajustes, a menos que sejam destinados ao pagamento direto e nominal aos fornecedores de obras, bens ou serviços ligados à finalidade estabelecida em cada um dos contratos;

9.5 autorizar a realização de inspeção, pela Secex/PI, na Caixa Econômica Federal, a fim de colher mais elementos necessários aos deslinde da matéria dos autos;”

É o relatório. Decido.Inicialmente, faz-se necessário registrar que a argumentação trazida

pela Caixa Econômica Federal não guarda pertinência com a possibilidade de cumprimento da tutela provisória de urgência anteriormente deferida. A instituição financeira não trouxe elementos aptos a demonstrar o desacerto da medida.

A existência de Tomada de Contas no TCU com o objetivo de apurar supostas irregulares referentes à regular utilização dos recursos repassados anteriormente, no âmbito de contrato diverso, não tem o condão de obstaculizar a efetivação das obrigações assumidas no contrato de mútuo veiculado no Processo Administrativo nº 17944.000005/2017-31.

Ressalto a inadequação do pleito formulado pela Caixa Econômica Federal, uma vez que condiciona, em seu pedido, a liberação dos valores ao atendimento de condições por ela exigidas no âmbito de prestação de contas, o que representaria, em verdade, desnaturar o efeito da concessão da tutela de urgência.

Da mesma forma, a disposição contratual indicada pela CAIXA não impede a satisfação da obrigação. Veja-se a redação da cláusula:

“CLÁSULA DÉCIMA OITAVA – SUSPENSÃO DOS DESEMBOLSOS18.1 A CAIXA pode, a qualquer momento, mediante comunicação por

escrito ao MUTUÁRIO, suspender os desembolsos, na hipótese de ocorrerem, e enquanto persistirem, quaisquer das seguintes circunstâncias:

(...)V – atraso ou falta de comprovação dos pagamentos efetuados com

os recursos obtidos da CAIXA.”Como se depreende da leitura, o teor da condição refere-se à

suspensão dos desembolsos na hipótese de falta de comprovação dos recursos repassados no âmbito do mesmo contrato, ou seja, não se pode elastecer a eficácia do termo a quaisquer contratos de empréstimo firmados entre a CEF e o Estado do Piauí, considerando que a pendência de prestação de contas relativa à primeira parte dos recursos repassados no âmbito do primeiro contrato possa vedar o desembolso dos valores pactuado no segundo contrato.

Ante o exposto e com base no poder geral de efetivação do juízo, nos termos do art. 300 do CPC, determino a intimação da Caixa Econômica Federal para que apresente, contado da intimação desta, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas cronograma de desembolso do montante de R$ 315 milhões, nos termos do contrato de mútuo veiculado no Processo Administrativo nº 17944.000005/2017-31, sob pena de

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continuação da imposição de multa diária no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), conforme o art. 297 do CPC.

Após o referido prazo, retornem-me os autos conclusos para que este juízo delibere sobre o cumprimento desta decisão interlocutória ou a adoção de novas medidas que sejam adequadas para a efetivação da tutela provisória, ainda em consonância ao art. 297 do CPC.

Comunique-se, com urgência, inclusive mediante fax, a Caixa Econômica Federal, a União e o Estado do Piauí sobre o teor desta decisão.

Reitere-se o despacho constante do eDOC 97, intimando-se a Procuradoria Geral da República para se manifestar quanto ao contido no ofício e anexos protocolados sob o número 0023105 em 20 de abril corrente neste Tribunal, no prazo de cinco dias (eDOC 95).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

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AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 3.095 (1188)ORIGEM : 3095 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. EDSON FACHINAUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍRÉU(É)(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORÉU(É)(S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : LEONARDO FAUSTINO LIMA (123287/RJ) E OUTRO(A/

S)

DESPACHO: 1. Vem de ser carreado aos presentes autos ofício e

anexos protocolados sob o número 0023105 em 20 de abril corrente neste Tribunal.

2. À guisa de aportar fatos novos, o conteúdo do ofício GDRM 027/2018, refere-se, ao final, à apuração de crime contra o patrimônio público.

3. O processo no qual deferi tutela provisória trata de ação cível originária, com pedido liminar, ajuizada pelo Estado do Piauí em face da União e da Caixa Econômica Federal com vistas a formalizar Contrato de Financiamento com a Caixa Econômica Federal no numerário de R$ 315 milhões para fins de realização de obras infraestrutura, implantação e recuperação de rodovias, melhoria da mobilidade urbana e saneamento básico, com recursos oriundos do FINISA - Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento, produto lançado pela CAIXA precisamente para possibilitar a concessão de crédito em obras de saneamento ambiental, transporte, logística e energia.

4. Ausente, na forma e modo, irresignação de parte apta ao processamento de eventual recurso cabível, ainda assim determino em face do protocolado, sem prejuízo do que já deferi em sede de tutela provisória, seja intimado o Ministério Público Federal para manifestação quanto ao contido no ofício e anexos protocolados sob o número 0023105 em 20 de abril corrente neste Tribunal, no prazo de até 05 (cinco) dias.

5. No mesmo prazo comum, acima fixado, faculto manifestação da Caixa Econômica Federal.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 23 de abril de 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

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MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 3.128 (1189)ORIGEM : 3128 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DA PARAIBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBARÉU(É)(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Cuida-se de ação cível originária, com pedido de cautelar, proposta

pelo Estado da Paraíba, em face da União, com o fito de obter que seja determinado à União:

“(...)que se abstenha em definitivo de praticar qualquer ato restritivo contra o Estado da Paraíba que implique em não emissão do Certificado de Regularidade Previdenciária – CRP;

c.2) determinar a ré que emita definitivamente o Certificado de Regularidade Previdenciária – CRP do Estado da Paraíba;

c.3) determinar a ré que se abstenha de incluir qualquer medida restritiva contra o Estado da Paraíba no CADPREV - Sistema de Informações dos Regimes Públicos de Previdência Social ou em qualquer outro cadastro federal, como o CAUC e CADIN;

c.4) determinar a ré que se abstenha de aplicar contra o Estado da Paraíba as sanções do art. 7º, da Lei 9.717/98;

c.5) declarar incidentalmente a inconstitucionalidade formal da Lei 9.717/98;

c.6) declarar incidentalmente a inconstitucionalidade material dos arts. 1º, 6º, 7º e 9º, caput e incisos, da Lei Nº 9.717/1998, por ofensa aos arts. 1º; 5º, II; 18; 19, III; 24, XII e 25, da Constituição de 1988; ”

Em suas razões, narra o estado da Paraíba que a União identificou irregularidade previdenciária denominada de Demonstrativo de informações previdenciárias e repasses –DIPR – consistência e caráter contributivo, a qual seria relativa à ausência de repasse patronal por parte do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba (meses de dezembro e março) e da Universidade Estadual da Paraíba (mês de dezembro) em favor do ente previdenciário estadual (PBPREV – PARAÍBA PREVIDÊNCIA).

Argui que “a Autarquia Previdenciária Estadual (PBPREV) realizou cobranças aos gestores do Poder Judiciário e da Universidade Estadual”, e que estes restaram silentes até, pelo menos, a data de propositura da demanda. Nesse passo, sustenta ser inadmissível a negativa de emissão do Certificado de Regularidade Previdenciária do Estado da Paraíba, por falta de cumprimento das obrigações previdenciárias de entes autônomos.

Sustenta, ainda, que a Lei nº 9.717/98, sendo resultado da conversão em lei da MP nº 1.723/98, não poderia regulamentar o disposto no art. 40 da CF/88, por vedação expressa do art. 246, do texto constitucional (na redação conferida pela EC nº 32), o qual vedou a adoção de medida provisória na regulamentação de artigo da Constituição cuja redação tenha sido alterada por meio de emenda promulgada entre 1º de janeiro de 1995 até a promulgação da EC nº 32, inclusive.

Argumenta também que a mesma lei padece do vício de inconstitucionalidade material quanto aos artigos 1º, 6º, 7º e 9º, caput e incisos, por ofensa ao disposto nos arts. 1º; 18; 19, III, in fine e art. 24, inciso XII e 25, todos da Constituição de 1988, pois a União:

“ao fixar obrigações e critérios aos Estados, aos Municípios e ao Distrito Federal, a Lei nº 9.717/98 extrapolou a competência concorrente prevista no art. 24, inciso XII, da Constituição da República.

(…)Com o pretexto de orientar, supervisionar e acompanhar, a Secretaria

da Previdência, por meio do controle do CRP, está exercendo fiscalização sobre o ente federativo. Tal fato ofende ao disposto no art. 19, III, da Constituição de 1988, que veda à União criar preferência em relação ao Autor”.

Sustenta, ademais, que o CRP foi objeto de criação pelo Decreto Federal nº 3.788/2001, o qual teria inovado no ordenamento jurídico, extrapolando os limites do poder regulamentar a que se refere o art. 84, IV, da Constituição de 1988.

Invoca o princípio da intranscendência subjetiva das sanções, para aduzir que “não há como se imputar a um Poder o cumprimento de obrigação devida e assumida por outro” como se daria no caso

Requer a concessão de tutela de urgência, com o fito de que:“a) Seja concedida a liminar, inaudita altera pars, para suspender as

inscrições no Sistema de Informações de Regimes Público de Previdência Social – Cadprev – relativamente ao item “DEMONSTRATIVO DE INFORMAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS E REPASSES – DIPR – CONSISTÊNCIA E CARÁTER CONTRIBUTIVO”; ]

a.1) se abstenha de praticar qualquer ato restritivo contra o Estado da Paraíba que implique não emissão do Certificado de Regularidade Previdenciária – CRP;

a.2) emita imediatamente a renovação do Certificado de Regularidade Previdenciária – CRP do Estado da Paraíba;

a.3) se abstenha de incluir qualquer medida restritiva contra o Estado da Paraíba no CADPREV - Sistema de Informações dos Regimes Públicos de Previdência Social ou em qualquer outro cadastro federal, como o CAUC eCADIN;

a.4) se abstenha de aplicar contra o Estado da Paraíba as sanções do art. 7º, da Lei 9.717/98;

a.5) seja fixada a multa no valor de R$100.000,00 (cem mil reais) por dia de descumprimento da ordem judicial;

a.6) a decisão liminar seja expressa no sentido de fazer-se substituir o CRP nos procedimentos em que este seja exigido até sua efetiva renovação”.

É o relato do necessário. Decido.Observo que esta Corte já reconheceu fartamente o conflito

federativo quando estabelecida celeuma entre estado e União acerca das exigências feitas pelo ente federal, para concessão do Certificado de Regularidade Previdenciária – CRP ao estado, sob pena, ainda, de aplicação de sanção. Conheço, desse modo, a ação.

Passo ao exame do pedido de tutela de urgência.A jurisprudência desta Corte se firmou no sentido do extravasamento

da competência legislativa da União na edição da Lei nº 9.717/98 e do Decreto nº 3.788/2001. Nesse sentido:

“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Direito Tributário. 3.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 131

Expedição do Certificado de Regularidade Previdenciária. Lei 9.717/98 e Decreto 3.788/2001. Extravasamento dos limites da competência legislativa da União. 4. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.” (RE 1022603/PE-AgR, Relator o Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 8/9/17)

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO – CERTIFICADO DE REGULARIDADE PREVIDENCIÁRIA (CRP) – CAUC/CADPREV – INCLUSÃO, NESSE CADASTRO, DE ENTE MUNICIPAL POR EFEITO DA SANÇÃO PREVISTA NO ART. 7º DA LEI Nº 9.717/1998 – DECISÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (ACO 830-TAR/PR, Rel. Min. MARCO AURÉLIO) QUE RECONHECEU A INVALIDADE CONSTITUCIONAL DE REFERIDO DISPOSITIVO LEGAL, POR EXTRAVASAR A COMPETÊNCIA DA UNIÃO NA EDIÇÃO DE NORMAS GERAIS – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – SUCUMBÊNCIA RECURSAL JUSTIFICADA, NO CASO, PELA EXISTÊNCIA DE “TRABALHO ADICIONAL” PRODUZIDO PELA PARTE VENCEDORA (CPC, ART. 85, § 11) – MAJORAÇÃO DA VERBA HONORÁRIA (10%) – PERCENTUAL (10%) QUE INCIDE SOBRE A VERBA HONORÁRIA POR ÚLTIMO ARBITRADA – NECESSÁRIA OBSERVÂNCIA DOS LIMITES ESTABELECIDOS NO ART. 85, §§ 2º E 3º DO CPC – AGRAVO INTERNO IMPROVIDO.”(RE 984480/PE-AgR, Relator o Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 17/4/17)

“DIREITO CONSTITUCIONAL. EXPEDIÇÃO DO CERTIFICADO DE REGULARIDADE PREVIDENCIÁRIA (CRP). LEI Nº 9.717/1998. EXTRAVASAMENTO DA COMPETÊNCIA LEGISLATIVA DA UNIÃO RELATIVA ÀS NORMAS GERAIS SOBRE PREVIDÊNCIA SOCIAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO CPC/1973. CONSONÂNCIA DA DECISÃO RECORRIDA COM A JURISPRUDÊNCIA CRISTALIZADA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO QUE NÃO MERECE TRÂNSITO. AGRAVO MANEJADO SOB A VIGÊNCIA DO CPC/2015. 1. O entendimento da Corte de origem, nos moldes do assinalado na decisão agravada, não diverge da jurisprudência firmada no Supremo Tribunal Federal, no sentido de que, ao editar a Lei nº 9.717/1998 e o Decreto nº 3.788/2001, a União extravasou a competência legislativa para a edição de normas gerais sobre previdência social. 2. As razões do agravo interno não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada. 3. Majoração em 10% (dez por cento) dos honorários anteriormente fixados, obedecidos os limites previstos no artigo 85, §§ 2º, 3º e 11, do CPC/2015, ressalvada eventual concessão do benefício da gratuidade da Justiça. 4. Agravo interno conhecido e não provido, com aplicação da penalidade prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015, calculada à razão de 1% (um por cento) sobre o valor atualizado da causa.”(RE 889294 AgR, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 25/04/2017, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-100 DIVULG 12-05-2017 PUBLIC 15-05-2017)

“AGRAVO INTERNO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. FINANCEIRO E ADMINISTRATIVO. AÇÃO ORDINÁRIA. NEGATIVA DE EXPEDIÇÃO DO CERTIFICADO DE REGULARIDADE PREVIDENCIÁRIA – CRP. LEI 9.717/1998. DECRETO 3.788/2001. EXTRAVASAMENTO DA COMPETÊNCIA LEGISLATIVA DA UNIÃO RELATIVA ÀS NORMAS GERAIS SOBRE PREVIDÊNCIA SOCIAL. AGRAVO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. APLICAÇÃO DA NOVA SUCUMBÊNCIA RECURSAL. ARTIGO 85, §§ 8º E 11, DO CPC/2015. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO.” (RE 966462/AL-AgR, Relator o Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 9/5/17)

Como destacado pelo eminente Ministro Marco Aurélio, relator da ACO nº 830-TA/PR, em decisão cautelar referendada pelo Plenário:

“Constato, neste exame preliminar, que se adentrou não o campo do simples estabelecimento de normas gerais. Atribuem-se a ente da Administração Central, ao Ministério da Previdência e Assistência Social, atividades administrativas em órgãos da Previdência Social dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos fundos a que se refere o artigo 6º da citada lei. A tanto equivale a previsão de que compete ao Ministério da Previdência e Assistência Social orientar, supervisionar e acompanhar as práticas relativas à previdência social dos servidores públicos das unidades da Federação. Mais do que isso, mediante o preceito do artigo 7º, dispôs-se sobre sanções diante do descumprimento das normas - que se pretende enquadradas como gerais. Deparo, assim, com quadro normativo federal que, à primeira vista, denota o extravasamento dos limites constitucionais, da autonomia própria, em se tratando de uma Federação. Uma coisa é o estabelecimento de normas gerais a serem observadas pelos Estados membros. Algo diverso é, a pretexto da edição dessas normas, a ingerência na administração dos Estados, quer sob o ângulo direto, quer sob o indireto, por meio de autarquias. Vale frisar que não prospera o paralelo feito entre a legislação envolvida na espécie e a denominada Lei de Responsabilidade Fiscal, editada a partir de previsão expressa contida no artigo 169 da Constituição Federal, impondo limites a serem atendidos pelos Estados, Distrito Federal e Municípios.

Tenho por evidenciado, portanto, a probabilidade do direito.De igual modo, observo caracterizado o perigo de dano, uma vez

que, da documentação juntada aos autos, se pode constatar ter escoado o prazo de validade do último Certificado de Regularidade Previdenciária emitido ao Estado da Paraíba; com potencial de advir, desse fato, as

consequências acima apontadas de restrição ao ente estadual nos cadastros federais de inadimplência.

Na esteira, portanto, da jurisprudência desta Corte, tenho que é o caso de conceder parcialmente a tutela requerida, para que a União se abstenha de restringir, em função das exigências constantes da Lei nº 9.717/1998 e suas regulamentações, a concessão de CRP relativamente à irregularidade apontada na exordial.

Comunique-se. Cite-se. Publique-se. Intime-se.Brasília, 25 de maio de 2018

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.704 (1190)ORIGEM : ADI - 4704 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXREQTE.(S) : GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAINTDO.(A/S) : ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SANTA

CATARINA

DESPACHO: Informe o requerente a respeito da vigência e eficácia do ato normativo aqui impugnado, juntando-se cópias de eventuais atos alteradores.

Com o retorno, voltem-me conclusos os autos.Publique-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 5.094 (1191)ORIGEM : ADI - 5094 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXREQTE.(S) : GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIROINTDO.(A/S) : ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROAM. CURIAE. : FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO RIO

DE JANEIRO - FIRJANADV.(A/S) : CHERYL BERNO (122725/RJ)

DESPACHO: Tendo em vista o advento da Lei 6.979/2015 do Estado do Rio de Janeiro, que expressamente revogou a Lei estadual 5.636/2010, objeto da presente ação direta de inconstitucionalidade, intime-se o requerente para que se manifeste, no prazo de 10 (dez) dias, sobre eventual aditamento da petição inicial, sob pena de extinção do feito.

Publique-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 5.885 (1192)ORIGEM : 5885 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINREQTE.(S) : CONFEDERACAO NACIONAL DOS SERVIDORES E

FUNCIONARIOS PUBLICOS DAS FUNDACOES, AUTARQUIAS E PREFEITURAS MUNICIPAIS - CSPM

ADV.(A/S) : RAFAEL CERONI SUCCI (266979/SP) E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : CONGRESSO NACIONALPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: A questão do trâmite de ações diretas com objetos idênticos foi analisada pelo Plenário desta Corte no julgamento da ADI 1.460, de relatoria do Ministro Sydney Sanches, DJ de 25.6.99, que determinou o seu apensamento e julgamento conjunto:

“[o] Tribunal, ainda por votação unânime, resolveu que, nos casos em que houver ajuizamento de duas ou mais ações diretas de Inconstitucionalidade, cujo objeto de impugnação seja exatamente o mesmo (identidade total), dar-se-á o apensamento das ações subseqüentes aos autos da anteriormente ajuizada, para efeito de sua tramitação conjunta e posterior julgamento, sob o número de registro da primeira ação direta, incluindo-se, na autuação desta, a referência aos nomes dos autores que promovem as demais ações diretas a que alude esta resolução”.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 132

Diante disso, determino o apensamento destes autos aos da ADI 5.794, a fim de que o julgamento de ambas seja feito em conjunto, nos termos da ADI 1.460.

Publique-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

Documento assinado digitalmente

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 5.892 (1193)ORIGEM : 00655251020181000000 - SUPREMO TRIBUNAL

FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINREQTE.(S) : CONFEDERACAO NACIONAL DOS TRABALHADORES

METALURGICOSADV.(A/S) : CRISTIANO BRITO ALVES MEIRA (16764/DF,

407076/SP)INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : CONGRESSO NACIONALPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: A questão do trâmite de ações diretas com objetos idênticos foi analisada pelo Plenário desta Corte no julgamento da ADI 1.460, de relatoria do Ministro Sydney Sanches, DJ de 25.6.99, que determinou o seu apensamento e julgamento conjunto:

“[o] Tribunal, ainda por votação unânime, resolveu que, nos casos em que houver ajuizamento de duas ou mais ações diretas de Inconstitucionalidade, cujo objeto de impugnação seja exatamente o mesmo (identidade total), dar-se-á o apensamento das ações subseqüentes aos autos da anteriormente ajuizada, para efeito de sua tramitação conjunta e posterior julgamento, sob o número de registro da primeira ação direta, incluindo-se, na autuação desta, a referência aos nomes dos autores que promovem as demais ações diretas a que alude esta resolução”.

Diante disso, determino o apensamento destes autos aos da ADI 5.794, a fim de que o julgamento de ambas seja feito em conjunto, nos termos da ADI 1.460.

Publique-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

Documento assinado digitalmente

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 5.893 (1194)ORIGEM : 5893 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXREQTE.(S) : ASSOCIACAO BRASILEIRA DA INDUSTRIA DO

PLASTICOADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS FERREIRA DE ARAUJO (27564/DF,

166004/SP)INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : CONGRESSO NACIONALPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: À Secretaria Judiciária, para que certifique o trânsito em julgado da decisão constante do doc. 15 ou a eventual interposição de recurso.

Brasília, 27 de abril de 2018.Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 5.935 (1195)ORIGEM : 5935 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINREQTE.(S) : PROCURADORA-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOSPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : MESA DO SENADO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAM. CURIAE. : SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS

CIVIS DO ESTADO DO AMAPÁ-SINDSEPAM. CURIAE. : SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS EM

EDUCAÇÃO NO AMAPÁ - SINSEPEAP/APAM. CURIAE. : SINDICATO DOS SERVIDORES MUNICIPAIS DE

MACAPÁAM. CURIAE. : SINDICATO DOS POLICIAIS CIVIS DO ESTADO DO

AMAPÁ - SINPOLADV.(A/S) : JOSE LUIS WAGNER (1235-A/AP, 17183/DF, 18061/PR,

125216/RJ, 18097/RS, 15111/SC)

AM. CURIAE. : SINDICATO DOS AUDITORES E FISCAIS DO GRUPO DE TRIBUTAÇÃO, ARRECADAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DA SECRETARIA DA RECEITA DO ESTADO DO AMAPÁ - SINDIFISCO/AP

ADV.(A/S) : DANILO MORAIS DOS SANTOS (50898/DF)AM. CURIAE. : ESTADO DO AMAPÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAPÁAM. CURIAE. : MUNICÍPIO DE MACAPÁADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MACAPÁ

DESPACHO: Trata-se de Ação Direta de Inconstitucionalidade, com pedido de medida cautelar, proposta pela Procuradoria-Geral da República, a qual tem por objeto a integralidade da Emenda Constitucional n.º 98/2017, que altera o art. 31, da Emenda Constitucional n.º 19/1998.

O Município de Macapá (eDOC 46), requereu a admissão no feito na condição de amicus curiae.

Afirma que a “possui grande proximidade com o tema em análise, possuindo grande potencial para colaborar com o debate, fornecendo dados e elementos que podem auxiliar o julgamento do feito” (eDOC 46, p. 4).

Decido.Admissão no feito na condição de amici curiae O amicus curiae revela-se como importante instrumento de abertura

do STF à participação na atividade de interpretação e aplicação da Constituição, o que é especialmente marcante nos processos de feição objetiva.

Como é sabido, a interação dialogal entre o STF e pessoas naturais ou jurídicas, órgãos ou entidades especializadas, que se apresentem como amigos da Corte, tem um potencial epistêmico de apresentar diferentes pontos de vista, interesses, aspectos e elementos nem sempre alcançados, vistos ou ouvidos pelo Tribunal diretamente da controvérsia entre as partes em sentido formal, possibilitando, assim, decisões melhores e também mais legítimas do ponto de vista do Estado Democrático de Direito.

O vigente Código de Processo Civil inovou ao incorporar ao ordenamento jurídico nacional regramento geral para o instituto no âmbito da jurisdição civil.

É extremamente salutar que a Corte reflita com vagar sobre as vascularidades existentes entre o regramento das ações de controle de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal e o Processo Civil em geral, especialmente no que diz respeito à legitimidade recursal, etc.

De qualquer sorte, consoante disposto no art. 7º, § 2º da Lei 9.868/1999, aplicado analógica e subsidiariamente para a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, nesse ponto em recomendável leitura integrativa com o art. 138, caput, do CPC, duas balizas se fazem necessárias para a sua admissão.

De um lado, tem-se a necessidade de relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia. De outro, a representatividade adequada do amicus curiae.

O Município de Macapá tem evidente interesse na análise da constitucionalidade da EC n.º 98/2017, ora em debate.

Resta evidente, portanto, a existência de pertinência entre o ente federativo e a controvérsia dos autos, demonstrando possuir a necessária representatividade temática material e espacial. Desse modo, mostram-se legítimas suas intervenções como amicus curiae em virtude da possibilidade de contribuir de forma relevante, direta e imediata no tema em pauta.

Diante do exposto, com base no disposto no art. 7º, §2º, da Lei 9.868/199, aqui aplicável por analogia, e o art. 138, caput, do CPC, admito o Município de Macapá como amicus curiae, facultando-lhe a apresentação de informações, memoriais escritos nos autos e de sustentação oral por ocasião do julgamento definitivo do mérito da presente ADI.

À Secretaria para as providências necessárias.Publique-se. Intime-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

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AÇÃO RESCISÓRIA 2.486 (1196)ORIGEM : RE - 701207 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EDSON FACHINREVISOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAUTOR(A/S)(ES) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRÉU(É)(S) : ADÃO LAGO PINTOADV.(A/S) : DÉCIO ANTÔNIO ERPEN (49151/RS)

DECISÃO: Trata-se de ação rescisória proposta pelo Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul (IPERGS) em face de Adão Lago Pinto, com vistas a rescindir acórdão proferido nos autos do RE 701.207-AgR, Rel. Ministra Cármen Lúcia, cujo trânsito em julgado se deu em 04.11.2013 (fl. 677). Reproduzo a ementa:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 133

PREVIDENCIÁRIO. NOTÁRIOS E REGISTRADORES. VÍNCULO COM PREVIDÊNCIA PÚBLICA. CUMPRIMENTO DOS REQUISITOS PARA APOSENTADORIA ANTES DA EMENDA CONSTITUCIONAL N. 20/1998. TEMPUS REGIT ACTUM. PRECEDENTES. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO”.

No acórdão rescindendo, cuidou-se de agravo regimental contra decisão que negara provimento ao recurso extraordinário, mantendo, assim, o julgado do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul:

“EMBARGOS INFRINGENTES. PREVIDÊNCIA PÚBLICA. NOTÁRIOS E REGISTRADORES. AÇÃO DECLARATÓRIA. RESTABELECIMENTO DO VÍNCULO PREVIDENCIÁRIO COM O IPERGS. REQUISITOS IMPLEMENTADOS ANTES DA VIGÊNCIA DA EC N. 20/98. DIREITO ADQUIRIDO. Notários e registradores, consoante a redação conferida pela Emenda Constitucional n. 20/98 ao art. 40, § 1º, inciso II, da CRFB, não são titulares de cargo público, de forma que se submetem ao regime geral da previdência social, inexistindo direito adquirido á manutenção do vínculo com o IPERGS. Todavia, nos casos em que o então servidor público já havia implementado os requisitos para aposentadoria antes do início da vigência da Emenda Constitucional n. 20/98, há efetivo direito adquirido à manutenção do vínculo com o regime próprio de previdência. Precedentes. EMBARGOS INFRINGENTES DESACOLHIDOS POR MAIORIA”.

Na ação rescisória, ajuizada com fundamento no art. 485, V, do Código de Processo Civil de 1973, aponta-se violação literal a dispositivos de lei e da Constituição Federal.

Alega a parte autora que “o acórdão hostilizado, ao reformar a decisão que extinguiu a demanda rescisória, adentrar no mérito de pedido de natureza incompatível com a via eleita e julgar procedente a demanda”, teria afrontado os arts. 267 e 295, V, do CPC/73 e o art. 335 do Código Civil (fl. 06).

Aduz que “a discussão envolvia saber qual vínculo previdenciário a que o Tabelião devia estar submetido, matéria de cognição incompatível com o procedimento consignatório” (fls. 07/08).

Assim, “primeiramente havia a necessidade de perquirir a existência e a higidez da relação jurídica entre as partes, no caso o vínculo com o IPERGS, notadamente após o advento da EC 20/98 (o que somente seria cabível na via ordinária), para somente então discutir a base de cálculo (mormente quanto à cota patronal) e possibilitar eventual recolhimento de valores a título de contribuição previdenciária” (fl. 08).

Aponta, ainda, violação literal aos artigos 37, caput, 40, caput, §1º, II e §13 e 236, todos da Constituição Federal, bem como ao art. 32 do Ato das Disposições Transitórias e ao art. 3º da EC 20/98. Conclui afirmando que “não há direito adquirido ao regime jurídico, seja estatutário ou previdenciário, porquanto tais relações com o ente público tipificam-se como relações institucionais (…) e aos registradores e notários não se poderia dar tratamento diferenciado”.

Reitera, por fim, a tese defendida nos autos do RE 701.207/RS, de que “não estando sujeito às regras próprias dos servidores públicos (por exemplo, aposentadoria compulsória e teto remuneratório), não pode o demandado manter-se vinculado ao RPPS, pelo simples fato de que é impossível juridicamente a pretensão de submeter-se a dois regimes jurídicos (…), visto que no sistema brasileiro não existe regime estatutário e previdenciário híbrido para a mesma situação fática, conforme se extrai da redação do art. 32 do ADCT” (fl. 20).

Requer, alegando receio de dano irreparável, antecipação dos efeitos da tutela requerida, “no sentido de imediata suspensão da execução do julgado rescindendo, até decisão final desta ação” (fl. 28).

Por fim, requer a rescisão do acórdão prolatado em sede de agravo regimental em recurso extraordinário, “desconstituindo-se a v. decisão rescindenda, em virtude de violação a literais dispositivos de lei e da CF/88, nos termos da fundamentação, para que outra e melhor seja proferida sob o tema de fundo em controvérsia, julgando-se extinta a demanda rescindenda, nos termos da fundamentação do item III.1 ou, sucessivamente, improcedente, conforme o arrazoado no item III.2, com a condenação do réu aos ônus da sucumbência” (fls. 28/29).

É, em síntese, o relatório.Decido.A ação é tempestiva. O trânsito em julgado do acórdão rescindendo

ocorreu em 04.12.2013 (fl. 677), razão pela qual, interposta em 12.11.2015 (fl. 02), preenche esta rescisória a exigência constante do art. 495 do CPC/73.

A pretensão, no entanto, não merece prosperar. O inconformismo da parte autora com a decisão rescindenda não é

elemento suficiente para que se preencha o art. 485, V, do CPC/73, vigente à época do ajuizamento da demanda, a autorizar a ação rescisória, porquanto o entendimento desta Corte, materializado na Súmula 343/STF, é no sentido de que o acolhimento de rescisória com base no referido permissivo legal supõe que a afronta à lei seja tão significativa que a contrarie em sua literalidade.

Nessa linha, colaciono lição de Luiz Guilherme Marinoni e Daniel Mitidiero:

“A interpretação oferecida deve violar frontalmente o texto da lei. Se a decisão rescindenda deu à lei uma interpretação possível, ainda que não adequada, não há que se falar em violação literal de lei.” (cf. Código de Processo Civil: Comentado artigo por artigo / Luiz Guilherme Marinoni, Daniel Mitidiero. 5ª Ed. Rev. e Atual. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais. 2013. p. 508).

No mesmo sentido, os seguintes julgados: AR 2588, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 13.12.2016; AR 2565, Rel. Min. Roberto Barroso, AR 2365 AgR, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe 07.02.2017; AR 2435 AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, DJe de 10.9.2015; AR 1470, Rel. p/ Acórdão Min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, DJ 22.09.2006, este último assim ementado:

“AÇÃO RECISÓRIA. INCS. V e IX E §§ 1º E 2º DO ART. 485 DO CPC. ERRO DE FATO. INEXISTÊNCIA. VIOLAÇÃO LITERAL DE DISPOSTIVO DE LEI NÃO DEMONSTRADA. IMPROCEDÊNCIA. (…)

3. Indispensável que a decisão rescindenda seja manifestamente contrária a norma legal apontada, gerando imperfeição da decisão de mérito que, por esse motivo, não pode subsistir.

4. Permissivos processuais não demonstrados pelo autor, o que impõe a improcedência da presente ação rescisória”. (AR 1470, Rel. p/ Acórdão: Min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, DJ 22-09-2006).

Nesta ação, a exordial aponta tanto violação aos dispositivos legais que tratam da adequação do procedimento adotado (art. 335 do Código Civil e arts. 267, I c/c art. 295, V, do CPC/73), quanto aos preceitos constitucionais que regem a natureza jurídica dos tabeliães (arts. 37, caput, 40, caput, §1º, II e §13 e 236, da CF/88, art. 32 do ADCT e art. 3º da EC 20/98).

Em relação ao primeiro ponto, observa-se nos autos que o acórdão do TJRS (fls. 420/428), ao reformar a decisão de primeiro grau, expressamente consignou a possibilidade de conversão do procedimento consignatório em ação declaratória de vínculo com a instituição previdenciária. Ao manter a decisão do Tribunal Estadual, o acórdão rescindendo ratificou esse entendimento.

Quanto ao tema, sabe-se que a instrumentalidade das formas processuais submete-se ao postulado de que não há nulidade sem prejuízo, consagrado no brocardo ‘pas de nulité sans grief’.

In casu, não se vislumbra qualquer prejuízo da defesa em relação ao procedimento adotado, uma vez que foram devidamente apresentados contestação (fls. 236/250), contrarrazões (fls. 396/405), embargos infringentes (fls. 433/450), recurso extraordinário (fls. 513/535) e, ainda, agravo regimental em recurso extraordinário (eDOC 2 do RE 701.207), oportunidades em que a parte autora pôde contrapor os argumentos da parte contrária e desenvolver as teses desacolhidas pelo acórdão rescindendo.

O próprio art. 295, V, do CPC/73, cuja violação é aqui alegada, determina que a exordial não será indeferida se puder adaptar-se ao tipo de procedimento legal, tendo sido exatamente o que ocorreu na ação rescindenda.

Tendo-se procedido adequadamente à fungibilidade das formas, portanto, não há violação literal ao art. 335 do Código Civil, tampouco aos arts. 267, I, e 295, V, do CPC/73.

Quanto ao segundo ponto, não se verifica, igualmente, violação literal aos preceitos constitucionais apontados. Isso porque, nos termos acima alinhavados, ao intento rescisório é indispensável que se caracterize manifesta inobservância do preceito invocado, ou seja, a decisão impugnada deve, de modo patente, deflagrar conclusão contrária ao dispositivo legal, vedada a utilização da ação rescisória para alteração de interpretação normativa.

Com efeito, restou assentado na ADI 2602 (Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 31.03.2006) que, em conformidade ao art. 236 da Constituição Federal, os serviços de registros públicos, cartorários e notariais são exercidos em caráter privado por delegação do Poder Público, de maneira que os notários e os registradores exercem atividade estatal, mas não ocupam cargo público. Destarte, estão sujeitos ao Regime Geral de Previdência Social.

Contudo, aqueles que, como o demandado, implementaram os requisitos para aposentadoria antes da vigência da EC 20/98 possuem direito ao Regime Próprio, como garante o seu art. 3º. Trata-se de aplicação do princípio tempus regit actum, segundo a qual o lei de regência é a vigente ao tempo em que reunidos os requisitos para a concessão do benefício.

Precedentes: RE 871.957/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 09.05.2016; RE 567.360, Rel Min. Celso de Mello, DJe 07.08.2009; MS 26.196/PR, Rel. Min. Ayres Britto, DJ 01.02.2011; RE 548.189-AgR/SC, Rel Min. Ricardo Lewandowski, DJ 26.11.2010; RE 266.927/RS, Rel. Min. Ilmar Galvão , DJ 10.11.2000; RE 409.295, Rel. Min. Dias Toffoli.

Nessa linha, transcrevo excerto do acórdão do TJRS, mantido pelo aresto rescindendo:

“A parte autora exerce a delegação de serviços de registros públicos de Dois Irmãos e pretende o deferimento do depósito judicial de R$ 21.000,00, relativos às contribuições sociais devidas ao IPERGS, de modo que reste reconhecido o vínculo previdenciário com o réu.

De fato, as Emendas Constitucionais n 20/98 e n. 41/2003 estabeleceram dois distintos regimes de previdência social, de modo que os servidores públicos efetivos se submetem a regime próprio (art. 40, caput, da CRFB), enquanto servidores em comissão, temporários e empregados públicos contribuem ao regime geral (art. 40, § 13, da CRFB).

O Supremo Tribunal Federal consolidou o entendimento de que os notários e registradores, consoante a redação conferida pela EC 20/98 ao art. 40, § 1º, inciso II, da CRFB, não são titulares de cargo público e sequer podem ser considerados servidores públicos em sentido estrito, embora exerçam serviço público por delegação: (…)

Tal situação é diversa, todavia, quando o então servidor público implementou os requisitos para aposentadoria antes do início da

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 134

vigência da Emenda Constitucional n. 20/98, caso em que há efetivo direito adquirido à manutenção do vínculo com o regime próprio de previdência social. No mesmo sentido, reporto-me aos precedentes desta Corte: (…)

Na espécie, o documento inserto à fl. 171 demonstra que o autor já havia implementado os requisitos para a aposentadoria proporcional conforme o art. 40, III, “c”, da CRFB, com redação anterior à EC n. 20/98, uma vez que completados 30 anos de serviço público até 16/12/1998. Dessa forma, deve ser reconhecido o direito adquirido à manutenção no regime previdenciário próprio, mantendo-se a procedência do feito. Ante o exposto, voto pelo desacolhimento dos embargos infringentes.”

Inequívoco, portanto, que, no bojo das próprias disposições constitucionais cuja violação é alegada, há salvaguarda ao direito adquirido dos tabeliães que tiverem implementado os requisitos para aposentadoria no regime próprio, como é o caso dos autos. Por conseguinte, não houve violação literal a esses dispositivos no acórdão rescindendo, mas sim aplicação das regras de transição estabelecidas pelo constituinte.

Por fim, anoto que não se depreende do acórdão rescindendo a possibilidade de que o demandado se beneficie de regime jurídico híbrido, eis que a parte dispositiva do acórdão do TJRS cinge-se a coibir que o IPERGS, ora autor, rompa vínculos com o ora demandado, reconhecida a implementação de todos os requisitos para aposentadoria na data de promulgação da EC 20/1998, nos termos de seu art. 3º.

Ante o exposto, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, nego seguimento à ação rescisória e julgo prejudicado o pedido de antecipação dos efeitos da tutela.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 28 de maio 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.272 (1197)ORIGEM : ADI - 89664 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE GERADORAS

TERMELÉTRICAS - ABRAGETADV.(A/S) : ELIANA DA COSTA LOURENÇOINTDO.(A/S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

MARANHÃO

DESPACHO: Dê-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República, para que se manifeste sobre as razões do agravo interno interposto.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.384 (1198)ORIGEM : ADI - 4384 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS DIRIGENTES E

LOGISTAS - CNDLADV.(A/S) : RODRIGO DALCIN RODRIGUES (46049/RS)AGDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : CONGRESSO NACIONAL

DESPACHO: Dê-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República, para que se manifeste sobre as razões do agravo interno interposto.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NOS EMB.DECL. NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 5.345

(1199)

ORIGEM : ADI - 5345 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS DIRIGENTES

LOJISTAS - CNDLADV.(A/S) : LEANDRO ALVARENGA MIRANDA (261061/SP)AGDO.(A/S) : ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSAGDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DESPACHO: Dê-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República,

para que se manifeste sobre as razões do agravo interno interposto.Publique-se. Intime-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 156.030 (1200)ORIGEM : 156030 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : VITOR NEI DA SILVAADV.(A/S) : EDER RICARDO FIOR (55579/DF) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : RELATOR DO HC Nº 445.814 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: O impetrante, por meio da petição nº 31190/2018, formulou pedido de desistência do writ nos seguintes termos:

“EDER RICARDO FIOR e JÚLIO CÉSAR CERDEIRA FERREIRA vêm a Vossa Excelência informar a desistência da presente impetração.“

Ex positis, homologo a desistência, com fundamento no artigo 21, VIII, do RISTF.

Publique-se. Int..Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 156.624 (1201)ORIGEM : 156624 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : ANA CRISTINA DE QUEIROZ PEREIRAADV.(A/S) : ANTONIO LOURENCO DA SILVA (094429/RJ) E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAAGDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA

DE ANGRA DOS REIS

Em 10.5.2018, neguei seguimento ao presente habeas corpus. A Defesa, intimada da decisão monocrática em 15.5.2018, manejou agravo regimental em 18.5.2018.

Ante o exposto, encaminhem-se os autos ao Ministério Público Federal para manifestação. Após, retornem os autos conclusos.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 156.663 (1202)ORIGEM : 156663 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : ADALBERTO ALORINO DE ALMEIDAADV.(A/S) : MARCOS EDUARDO FAES EBERHARDT (56544/RS)AGDO.(A/S) : RELATOR DO RHC Nº 95.583 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Em 10.5.2018, neguei seguimento ao presente habeas corpus. A Defesa, intimada da decisão monocrática em 15.5.2018, manejou agravo regimental em 21.5.2018.

Ante o exposto, encaminhem-se os autos ao Ministério Público Federal para manifestação. Após, retornem os autos conclusos.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

AG.REG. NA PETIÇÃO 6.160 (1203)ORIGEM : PROC - 50231353120154047000 - JUIZ FEDERAL DA 4ª

REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINAGTE.(S) : LUIZ INÁCIO LULA DA SILVAADV.(A/S) : CRISTIANO ZANIN MARTINS (0172730/SP)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: 1. A defesa de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA requereu “acesso ao

termo de colaboração premiada negociada entre o Ministério Público Federal e o sentenciado PEDRO DA SILVA CORREA DE OLIVEIRA ANDRADE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 135

NETO”.Indeferi tal postulação, considerando que, na oportunidade, o ato

negocial não se encontrava aperfeiçoado. A defesa interpôs agravo regimental contra essa decisão, requerendo

a reconsideração do indeferimento e, subsidiariamente, a submissão ao colegiado a fim de que “seja concedido ao Agravante acesso integral aos termos de colaboração premiada do Sr. Pedro da Silva Correa de Oliveira Andrade Neto”.

A Procuradoria-Geral da República, em contrarrazões, argumentou o seguinte: a) a iniciativa do peticionante é prematura, em razão da inexistência de acordo de colaboração premiada homologado pelo STF; b) não há espaço para atuação de terceiros em momento anterior à chancela homologatória de eventual acordo de colaboração, que se qualifica como meio de obtenção de prova. Compreensão diversa poderia fulminar a utilidade do instrumento; c) o depoimento prestado por Pedro da Silva Corrêa de Oliveira Andrade Neto, colhido em 1.9.2016 e mencionado pelo MPF em denúncia oferecida, trata-se de um mero ato de colaboração espontânea, independente do supramencionado acordo de colaboração premiada, sendo que as partes expressamente concordaram com sua utilização antecipada, independentemente da eventual homologação de acordo de colaboração; d) é fato admitido que o depoimento em apreço foi integralmente franqueado à agravante e sua defesa. Assim, considerando que o agravante teve acesso ao depoimento de colaboração espontânea que lhe diz respeito, o acesso integral ao conteúdo das declarações do pretenso colaborador, antes da formação do negócio jurídico processual, inclusive no que eventualmente diga respeito a outros investigados, desbordaria das balizas da ampla defesa.

É o relatório. Decido.2. Depreendo a ocorrência de fato superveniente que, neste

momento, autoriza o reexame do ato recorrido.É que, em momento subsequente à interposição do agravo

regimental e após a realização de atos negociais travados pelas partes, verificou-se a homologação judicial do acordo de colaboração premiada celebrado entre o Ministério Público e Pedro da Silva Correa de Oliveira Andrade Neto.

É bem verdade que referido acordo de colaboração permanece acobertado por sigilo. No entanto, verifico que a Procuradoria-Geral da República requereu, tanto na Pet. 6.199/DF, quanto no Inq. 3.989/DF, o levantamento da restrição à publicidade das aludidas informações, a revelar que o fornecimento à defesa não macula o interesse apuratório.

Não há, portanto, óbice intransponível ao acolhimento da pretensão defensiva. Por óbvio, a partir da concessão de acesso, o peticionante passará a ser igualmente responsável pela manutenção do sigilo imposto sobre tais documentos, sob as penas previstas no ordenamento jurídico.

3. Diante do exposto, acolho o requerido em sede recursal e defiro o pedido quanto ao acesso do peticionante à Pet. 6.199, em que formalizado o acordo de colaboração premiada, que se mantém em sigilo até ulterior deliberação.

Para o cumprimento desta decisão, deverá a Secretaria, quando solicitada pela defesa técnica, providenciar a extração de cópia dos referidos autos, apondo-lhe marca d´água que viabilize o controle do sigilo imposto, cientificando-lhe do dever de garantir a restrição da publicidade imposta sobre os documentos.

Publique-se. Providencie-se a retirada de mesa do agravo. Após, arquivem-se os autos. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NA PETIÇÃO 7.417 (1204)ORIGEM : 7417 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : SAMYA LORENE DE OLIVEIRA BERNARDES ROCHAADV.(A/S) : WILLER TOMAZ DE SOUZA (22715/CE, 32023/DF,

22134/ES) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ROBERTO COELHO ROCHAADV.(A/S) : ALEX FERREIRA BORRALHO (9296/MA)

Despacho: Intime-se a parte agravada para, no prazo de 5 (cinco) dias, oferecer contrarrazões ao agravo regimental.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 28.632 (1205)ORIGEM : 00117346320171000000 - SUPREMO TRIBUNAL

FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIO

AGTE.(S) : LILIAN DE OLIVEIRA SANTOS SIGNORETTIADV.(A/S) : JANAÍNA DE LOURDES RODRIGUES MARTINI (92966/

SP) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE MOGI GUAÇUADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MOGI

GUAÇUINTDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DESPACHOAGRAVO – CONTRADITÓRIO.1. Ante a garantia constitucional do contraditório, abro vista à parte

agravada para, querendo, manifestar-se. 2. Publiquem.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 133.042

(1206)

ORIGEM : HC - 314730 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MATHEUS OLIVEIRA DOS SANTOSADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: O exame da presente causa evidencia a ocorrência, na espécie, de hipótese configuradora de perda superveniente de objeto deste recurso ordinário em “habeas corpus”.

Com efeito, em consulta aos registros processuais mantidos pelo E. Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo em sua página oficial na “Internet”, constatei não mais subsistir a situação versada nestes autos, pois o ora recorrente já obteve, em 27/11/2017, a pretendida revogação da prisão preventiva, sendo-lhe expedido, em consequência, pelo Juízo de Direito da 1ª Vara Criminal da comarca de Cachoeiro de Itapemirim/ES (Processo nº 0069903-76.2012.8.08.0011), o concernente alvará de soltura.

A ocorrência desse fato assume relevo processual, eis que faz instaurar, na espécie, situação de prejudicialidade, apta a gerar a extinção deste processo, em face da superveniente perda de seu objeto.

Enfatize-se, por oportuno, que esse posicionamento que venho de referir encontra apoio na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (RTJ 132/1185, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI – HC 55.437/ES, Rel. Min. MOREIRA ALVES – HC 58.903/MG, Rel. Min. CUNHA PEIXOTO – HC 64.424/RJ, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA – HC 69.236/PR, Rel. Min. PAULO BROSSARD – HC 74.107/SP, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA – HC 74.457/RN, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA – HC 80.448/RN, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – HC 84.077/BA, Rel. Min. GILMAR MENDES – HC 113.121/MG, Rel. Min. ROSA WEBER – RHC 82.345/RJ, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA, v.g.), cabendo destacar, entre outras, as seguintes decisões que esta Corte proferiu a propósito do tema ora em exame:

“Superados os motivos de direito ou de fato que configuravam situação de injusto constrangimento à liberdade de locomoção física do paciente, e afastada, em consequência, a possibilidade de ofensa ao seu ‘status libertatis’, reputa-se prejudicado o ‘habeas corpus’ impetrado em seu favor. Precedentes.”

(RTJ 141/502, Rel. Min. CELSO DE MELLO)“– A superveniente modificação do quadro processual, resultante

de inovação do estado de fato ou de direito ocorrida posteriormente à impetração do ‘habeas corpus’, faz instaurar situação configuradora de prejudicialidade (RTJ 141/502), justificando-se, em consequência, a extinção anômala do processo.”

(RHC 83.799-AgR/CE, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, julgo

prejudicado o presente recurso ordinário em “habeas corpus”, inviabilizando-se, em consequência, a análise do recurso de agravo interposto nesta sede processual.

2. Devolvam-se estes autos ao E. Superior Tribunal de Justiça.Publique-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 155.360

(1207)

ORIGEM : 155360 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : SAMUEL MILAZZOTTO FERREIRAADV.(A/S) : FERNANDO JOSE DA COSTA (155943/SP) E OUTRO(A/

S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 136

AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAISASSIST.(S) : CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS

DO BRASILADV.(A/S) : OSWALDO PINHEIRO RIBEIRO JUNIOR (16275/DF) E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROBERTO CHARLES DE MENEZES DIAS

(0007823/MA)

DECISÃO: Vistos.Por intermédio da Petição/STF nº 31462/18, o Conselho Federal da

Ordem dos Advogados do Brasil, requer a sua habilitação na condição de assistente no presente recurso ordinário, no qual se busca a concessão da ordem de habeas corpus

“para que seja suspenso o cumprimento do mandado de prisão do paciente, mediante a expedição de contramandado de prisão e que seja concedido ao paciente o direito de cumprir a pena em prisão domiciliar ou subsidiariamente seja recolhido em Sala de Estado Maior.”

Decido. Havendo interesse jurídico da requerente no deslinde do feito, admito

sua intervenção como assistente, ressaltando, desde logo, receberá o processo no estado em que se encontra (CPC, art. 119, parágrafo único), sendo vedada a ampliação do pedido (v.g. Rcl nº 23.457/PR, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe de 16/6/16).

À Secretaria Judiciária para as providências de estilo. Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA NA AÇÃO CAUTELAR 3.079 (1208)ORIGEM : AC - 3079 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXREQTE.(S) : ESTADO DE RONDÔNIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIAREQDO.(A/S) : FUNDO NACIONAL DE SAÚDE - FNSPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

AÇÃO CAUTELAR. FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. EXECUÇÃO DE VERBA SUCUMBENCIAL. REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR. PEDIDO DE EXPEDIÇÃO DE NOVO ALVARÁ PARA LEVANTAMENTO DOS VALORES DEPOSITADOS. PEDIDO DEFERIDO.

DECISÃO: Trata-se de ação cautelar na qual litigavam o Estado de Rondônia e a União Federal. Em 29/04/2015, julguei procedente o pedido, condenando a União ao pagamento de honorários advocatícios, no valor de 10% (dez por cento) sobre o valor da causa.

Após o trânsito em julgado, o Estado de Rondônia requereu o cumprimento de sentença, nos termos dos arts. 534 e 535 do CPC/2015. Na sequência, intimada a União para que impugnasse a petição executiva no prazo de 30 (trinta) dias, nos termos do art. 535 do CPC/2015, apresentou resposta informando concordância com a petição executiva apresentada pelo Estado autor.

Em 11/9/2017, deferi o pedido de cumprimento de sentença e determinei à União que procedesse ao pagamento da obrigação de pequeno valor, no total de R$ 163,52 (cento e sessenta e três reais e cinquenta e dois centavos).

Em 12/3/2018, a Secretaria deste Tribunal expediu alvará para o levantamento de valores, com prazo de validade de 15 (quinze) dias.

Em 27/4/2018, o autor apresentou petição em que solicita seja expedido novo alvará, posto ter expirado o prazo sem que houvesse o devido levantamento dos valores depositados em juízo.

É o relatório. Decido.O depósito previsto pelo art. 968, II, do CPC/2015 é condição

específica de procedibilidade da ação rescisória, constituindo requisito de necessária observância para sua propositura. Nesse sentido é o art. 968, §3º, do CPC/2015.

Ressalte-se que a ratio essendi dessa condição específica da ação rescisória – o depósito prévio estipulado pelo art. 968, II, do CPC/2015 – é impor aos autores mais um requisito a ser avaliado antes da propositura desta ação, que não se destina a rediscutir questões já debatidas no processo original e cujo cabimento deve se revestir de estrita excepcionalidade, tendo em vista, principalmente, a garantia constitucional da coisa julgada (art. 5º, XXXVI, da CRFB/88).

Com efeito, o próprio art. 974 do CPC/2015 prevê que apenas nos casos em que a ação for julgada, por unanimidade, improcedente ou inadmissível é que o valor do depósito será convertido em favor do réu. In casu, entretanto, o acórdão da Primeira Turma deste Tribunal que desproveu o agravo interno não foi unânime, tendo ficado vencido o Min. Marco Aurélio. Dessarte, após o desconto da multa aplicada, o valor depositado deve ser revertido em favor da autora.

Considerando a perda de validade do alvará expedido por decurso do prazo de 15 (quinze) dias para proceder ao levantamento dos valores depositados em juízo, revela-se necessária a expedição de novo documento para atender ao direito da parte.

Ex positis, defiro o pedido ora formulado para que seja expedido novo alvará de levantamento de valores em favor do autor, com validade de 30 (trinta) dias, descontando-se de seu montante eventuais custas decorrentes da expedição do novo alvará, as quais devem se imputar ao requerente.

Remetam-se os autos à Secretaria deste Tribunal para as providências cabíveis.

Publique-se. Int..Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

EMB.DECL. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.686 (1209)ORIGEM : 2686 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : COMUNIDADE INDÍGENA GUYRAROKÁADV.(A/S) : ADELAR CUPSINSKI (40422/DF) E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : AVENLINO ANTONIO DONATTIADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA AÇÃO RESCISÓRIA. RECURSO INTERPOSTO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA. ALEGADA OMISSÃO E CONTRADIÇÃO NA DECISÃO EMBARGADA. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS E DESPROVIDOS.

DECISÃO: Trata-se de embargos de declaração opostos pela Comunidade Indígena Guyraroká, em face de decisão pela qual neguei seguimento à ação rescisória ajuizada pela ora embargante, em decisum assim ementado, verbis:

“AÇÃO RESCISÓRIA. ALEGAÇÃO DE OFENSA A COISA JULGADA, VIOLAÇÃO MANIFESTA A NORMA JURÍDICA E OCORRÊNCIA DE ERRO DE FATO. AÇÃO QUE PRETENDE RESCINDIR DECISÃO PROFERIDA EM RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA QUE FEZ A DEMARCAÇÃO DAS TERRAS INDÍGENAS E INSTITUIU O MARCO REFERENCIAL DA OCUPAÇÃO. ARGUMENTOS JÁ ANALISADOS E AFASTADOS PELA PRÓPRIA DECISÃO RESCINDENDA. PRECEDENTES. MERA REDISCUSSÃO DE MATÉRIA JÁ APRECIADA POR ESTE TRIBUNAL. INVIABILIDADE. INADEQUAÇÃO DESTA VIA PROCESSUAL PARA TAL FIM. PEDIDO DE GRATUIDADE DE JUSTIÇA DEFERIDO. ART. 98, § 1º, VIII, DO CPC/2015. AÇÃO RESCISÓRIA A QUE SE NEGA SEGUIMENTO.“

Em sua petição, a embargante justifica sua insurgência alegando que a decisão recorrida omitiu-se “quanto à necessária intervenção do Ministério Público Federal em todos os atos do processo”. Sustenta, ainda, uma segunda omissão, em relação ao pedido de revogação da decisão interlocutória que não admitiu o ingresso da embargante nos autos do RMS objeto desta rescisória.

Alega, também, a existência de contradição na ementa da decisão embargada, pela utilização do termo “demarcação das terras indígenas”, apontando que o acórdão rescindendo não demarcou terras. Aponta uma segunda contradição quanto ao direito de defesa da comunidade embargante que nunca foi citada para ser parte da ação que ora pretende rescindir.

Ao final, requer sejam admitidos os presentes embargos “para esclarecer sobre as alegadas omissão e contradição acima expostas para, ao final, aplicar, conforme o caso, efeitos infringentes e determinar a remessa dos autos ao Ministério Público Federal para que possa atuar como determina a Carta Política de 1988”.

É o relatório. Decido.Ab initio, pontuo que os embargos de declaração opostos contra

decisão do relator serão decididos monocraticamente, nos termos do artigo 1.024, § 2º, do CPC/2015, que dispõe que “Quando os embargos de declaração forem opostos contra decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal, o órgão prolator da decisão embargada decidi-los-á monocraticamente”.

Com efeito, os embargos de declaração somente são cabíveis quando houver, na sentença ou no acórdão, obscuridade, contradição ou omissão e para corrigir erro material, consoante dispõe o artigo 1.022 do CPC/2015. De fato, necessário salientar que a omissão apta a atrair a incidência dos embargos de declaração só se manifesta quando há tópico juridicamente relevante no pedido que não tenha sido apreciado. Sobre o conceito de omissão, relevante citar Pontes de Miranda (Comentários ao Código de Processo Civil, Tomo VII, 3ª ed. Rio de Janeiro, Forense, 2002, p. 322), para quem “a omissão supõe que algo tenha estado na petição, ou na contestação, ou em embargos, ou em qualquer ato de declaração de conhecimento ou de vontade, a que o juiz tinha de dar solução, e tenha deixado de atender” (grifo próprio).

Analisados os autos, entendo não haver qualquer omissão, tampouco contradição, obscuridade ou erro material na decisão embargada. Entretanto, a bem da efetiva prestação da tutela jurisdicional e a mero título de esclarecimento, pontuo o que se segue.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 137

Inicialmente, não merece acolhimento a alegação da embargante, segundo a qual o acórdão embargado teria inobservado o obrigatoriedade de intimação do Ministério Público para intervir no feito. Com efeito, nos termos do art. 932, VII do Código de Processual de 2015, incumbe ao relator da ação determinar a intimação do Ministério Público para se manifestar nos autos, “quando for o caso”. Assim dispõe o referido artigo, verbis, (grifos meus):

“Art. 932. Incumbe ao relator:(...)VII – determinar a intimação do Ministério Público, quando for o

caso;”Pela redação do artigo, fica evidente não se tratar de um comando de

observância obrigatória e genérica, devendo a intimação do parquet ocorrer, à critério do relator e sob o crivo da lei, apenas em casos específicos cuja matéria discutida demande a referida intervenção. In casu, a não caracterização liminar dos requisitos processuais ensejadores da ação rescisória obsta a análise do mérito da causa e, consectariamente, demonstra a desnecessidade da intervenção do órgão Ministerial.

Demais disso, o Regimento Interno desta Corte também dispõe ser dispensável a intervenção do Ministério Público, em casos cuja matéria já tenha jurisprudência firmada pelo Plenário desta Corte, in verbis, (grifos meus):

“Art. 52. O Procurador-Geral terá vista dos autos: (...)Parágrafo único. Salvo na ação penal originária ou nos inquéritos,

poderá o Relator dispensar a vista ao Procurador-Geral quando houver urgência, ou quando sobre a matéria versada no processo já houver o Plenário firmado jurisprudência.”

Outrossim, quanto à alegada contradição da ementa da decisão embargada, por utilizar-se do termo demarcação de terras indígenas, desnecessários maiores esclarecimentos uma vez que, ainda que o acórdão rescindendo tenha se voltado para a fixação do marco temporal de ocupação de terras indígenas, eventual ausência de demarcação de terras não teria o condão de tornar viável a presente ação rescisória.

Por fim, quanto aos demais argumentos trazidos na petição de embargos, conclui-se que a ora embargante pretende rediscutir matérias já decididas na decisão embargada. Nessa esteira, vale salientar que os restritos limites dos embargos de declaração não permitem rejulgamento da causa.

Ademais, o efeito modificativo pretendido somente é possível em casos excepcionais e uma vez comprovada a obscuridade, contradição, omissão ou erro material do julgado, o que não ocorre no caso sub examine. Dessarte, a ausência dos referidos vícios torna inviável a revisão da decisão em sede de embargos de declaração, em face dos estreitos limites do art. 1.022 do CPC/2015. Nesse sentido, confira-se, à guisa de exemplo, os seguintes julgados da Suprema Corte:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS. I - Ausência dos pressupostos do art. 1.022, I e II, do Código de Processo Civil. II – Busca-se tão somente a rediscussão da matéria, porém os embargos de declaração não constituem meio processual adequado para a reforma do decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão. III – Embargos de declaração rejeitados.” (ARE 944537 AgR-ED, Relator Ministro RICARDO LEWANDOWSKI (Presidente), Tribunal Pleno, DJe 10/08/2016). “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO REGIMENTAL EM EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. OMISSÃO. CONTRADIÇÃO. OBSCURIDADE. INOCORRÊNCIA. REJEIÇÃO. MANIFESTO CARÁTER PROCRASTINATÓRIO. APLICAÇÃO DE MULTA. 1. Ausente omissão, contradição ou obscuridade justificadoras da oposição de embargos declaratórios, a evidenciar o propósito meramente infringente da insurgência. 2. Imposição de multa de 1% sobre o valor atualizado da causa, manifesto o caráter protelatório. Precedentes. 3. Embargos de declaração rejeitados.” (ARE 755228 AgR-ED-EDv-AgR-ED, Relatora Ministra ROSA WEBER, Tribunal Pleno, DJe 12/08/2016). “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. EMBARGOS REJEITADOS. 1. O acórdão embargado apreciou a matéria objeto dos declaratórios. 2. A omissão, quando inocorrente, torna inviável a revisão do julgado em sede de embargos de declaração. Precedentes. 3. Embargos de declaração rejeitados.” (RHC 119325 ED, Relator Ministro EDSON FACHIN, Primeira Turma, DJe 09/08/2016).

Ex positis, conheço os presentes embargos de declaração para desprovê-los, nos termos do art. 1.024 do CPC/2015.

Publique-se. Intimem-se. Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

EMB.DECL. NA EXTRADIÇÃO 1.270 (1210)ORIGEM : EXT - 1270 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERAL

RELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOEMBTE.(S) : GONZALO SANCHEZADV.(A/S) : LÚCIO ADOLFO DA SILVA (56397/MG)PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALEMBDO.(A/S) : GOVERNO DA ARGENTINAINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DESPACHO : Referente à Petição nº 0030790/2018:1. A embargante requer a retirada do feito do julgamento em ambiente

eletrônico, diante da alegada relevância da matéria em questão. 2. O pedido de destaque, quando as listas eram apresentadas na

Turma, visava a dar conhecimento mais detalhado aos demais Ministros da matéria em discussão. Na nova sistemática, a decisão recorrida e a proposta de nova decisão, bem como as peças processuais, ficam à disposição de todos os Ministros, no próprio ambiente virtual. Diante disso, somente por exceção se justifica o destaque da matéria.

3. No caso presente, as questões suscitadas não justificam o deferimento do pedido de destaque.

4. Diante do exposto, indefiro o pedido. Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

Documento assinado digitalmente

EMB.DECL. NA RECLAMAÇÃO 13.306 (1211)ORIGEM : PROC - 20019970018848 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : PARAÍBARELATORA :MIN. ROSA WEBEREMBTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DO DEPARTAMENTO

DE ESTRADAS E RODAGEM DO ESTADO DA PARAÍBA - SINSDER

ADV.(A/S) : GERALDO DE ALMEIDA SÁ (3735/PB)EMBDO.(A/S) : DEPARTAMENTO DE ESTRADAS E RODAGEM DO

ESTADO DA PARAÍBA - DER/PBADV.(A/S) : TELSON LUÍS CAVALCANTE FERREIRA (0028294/DF)

E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 6ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA

DA COMARCA DE JOÃO PESSOA

Vistos etc.1. Contra decisão mediante a qual julguei procedente a reclamação,

o Sindicato dos Servidores do Departamento de Estradas e Rodagem do Estado da Paraíba - Sinsder opõe embargos de declaração.

O embargante alega ocorrência de contradição no julgado, ao argumento de que o texto da ementa seria mais amplo do que a fundamentação e o dispositivo.

Sustenta que nada foi mencionado, na fundamentação e no dispositivo da decisão, acerca da atribuição de efeito ex tunc da cassação do ato reclamado e da natureza alimentar da verba recebida de boa-fé por ordem judicial.

Segundo anota, na ementa do julgado, é afirmado que: i) “À cassação do ato decisório é atribuído o efeito ex nunc”; ii) “A verba recebida em função do ato cassado é de natureza alimentar e recebida de boa-fé por ordem judicial”.

Requer o acolhimento dos presentes embargos para que seja sanada a mencionada contradição entre a ementa e o dispositivo da decisão embargada.

É o relatório.Decido.1. Tem razão o embargante quando alega a existência de

contradição, uma vez que parte do texto da ementa não corresponde ao que foi decidido na decisão monocrática. A decisão embargada está assim ementada:

“RECLAMAÇÃO. SÚMULA VINCULANTE 4. CONTRARIEDADE. ATO JUDICIAL RECLAMADO INOVADOR DO TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL ACOBERTADO PELA COISA JULGADA. DETERMINAÇÃO DE REAJUSTE DE REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES COM BASE NO SALÁRIO MÍNIMO NACIONAL. PROCEDÊNCIA. CASSAÇÃO DO ATO DECISÓRIO COM EFEITO EX NUNC. VERBA DE NATUREZA ALIMENTAR E RECEBIDA DE BOA-FÉ POR ORDEM JUDICIAL.”

2. Imperioso o acolhimento dos presentes embargos para retificação da ementa acima reproduzida para que, sanando a contradição, seja excluído de sua redação o trecho que atribui suposto efeito ex tunc ao julgado e, ainda, define a natureza das verbas recebidas pelos servidores em desacordo com a Súmula Vinculante 4. Os referidos temas não fizeram parte da justificação da decisão. Nesse contexto, a ementa da decisão embargada passa a ter a seguinte redação:

RECLAMAÇÃO. SÚMULA VINCULANTE 4. CONTRARIEDADE. ATO JUDICIAL RECLAMADO INOVADOR DO TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL ACOBERTADO PELA COISA JULGADA. DETERMINAÇÃO DE REAJUSTE DE REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES COM BASE NO SALÁRIO MÍNIMO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 138

NACIONAL. PROCEDÊNCIA. 3. Registro que a ementa não tem qualquer caráter vinculativo,

impondo-se, contudo, que reflita, em síntese, o conteúdo da decisão. Assim, não obstante a existência de contradição entre a ementa e a justificação da decisão, ela não prejudica a solução emprestada ao feito.

4. Desse modo, acolho os embargos de declaração, sem efeitos infringentes, apenas para, sanando a contradição apontada, excluir da redação da ementa da decisão embargada o seguinte trecho: “CASSAÇÃO DO ATO DECISÓRIO COM EFEITO EX NUNC. VERBA DE NATUREZA ALIMENTAR E RECEBIDA DE BOA-FÉ POR ORDEM JUDICIAL”.

Intimem-se. Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

EMB.DECL. NA RECLAMAÇÃO 26.656 (1212)ORIGEM : 880923 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : JOSÉ MANOEL DA SILVAADV.(A/S) : CARLOS ROBERTO MICELLI (39102/SP)EMBDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERALADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: Trata-se de embargos de declaração opostos a decisão que, por mim proferida em 27/03/2018, não conheceu da reclamação ajuizada pela parte reclamante, ora embargante.

Sustenta-se, nesta sede recursal, a ocorrência de vícios a que se refere o art. 1.022 do CPC.

Cabe verificar, inicialmente, se se revelam processualmente viáveis os presentes embargos de declaração, considerada a norma inscrita no art. 1.024, § 2º, do CPC, e tendo em vista, ainda, os poderes que essa mesma regra legal confere ao Relator da causa.

Os embargos de declaração, como se sabe, destinam-se, precipuamente, a desfazer obscuridades, a afastar contradições, a suprir omissões e a corrigir erros materiais que eventualmente se registrem na decisão impugnada. Essa modalidade recursal só permite o reexame do ato decisório embargado, quando utilizada com o específico objetivo de viabilizar um pronunciamento jurisdicional de caráter integrativo-retificador, vocacionado a afastar as situações de obscuridade, omissão, contradição ou erro material e a complementar e esclarecer o conteúdo da decisão proferida (RTJ 191/372-373 – RTJ 194/325-326, v.g.).

Desse modo, a decisão recorrida – que aprecia, como no caso, com plena exatidão e em toda a sua inteireza, determinada pretensão jurídica – não permite o emprego da via recursal dos embargos de declaração, sob pena de grave disfunção jurídico-processual dessa modalidade de recurso, eis que inocorrentes, em tal situação, os pressupostos que justificariam a sua adequada utilização:

“Embargos declaratórios. Inexistência de omissão, contradição, obscuridade ou dúvida, no acórdão embargado (art. 337 do RISTF).

Embargos rejeitados.”(RTJ 134/1296, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – grifei)“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – INOCORRÊNCIA DE

CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU OMISSÃO – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

– Os embargos de declaração destinam-se, precipuamente, a desfazer obscuridades, a afastar contradições e a suprir omissões que eventualmente se registrem no acórdão proferido pelo Tribunal. A inocorrência dos pressupostos de embargabilidade, a que se refere o art. 535 do CPC, autoriza a rejeição dos embargos de declaração, por incabíveis.”

(AI 338.127-ED-AgR/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO)O exame dos autos evidencia que a decisão embargada apreciou,

de modo inteiramente adequado, as questões cuja análise apresentava-se cabível, não havendo, por esse motivo, qualquer vício a corrigir, mesmo porque os fundamentos em que se apoiou o julgado objeto do presente recurso revelavam-se plenamente suficientes para desautorizar a pretensão jurídica deduzida pela parte embargante, tanto que seu pedido não foi conhecido.

A inviabilidade dos presentes embargos de declaração, em decorrência da razão mencionada, impõe uma observação final: no desempenho dos poderes processuais de que dispõe, assiste ao Ministro Relator competência plena para exercer, monocraticamente, o controle das ações, pedidos ou recursos dirigidos ao Supremo Tribunal Federal, legitimando-se, em consequência, os atos decisórios que, nessa condição, venha a praticar.

Nem se alegue que tal procedimento implicaria transgressão ao princípio da colegialidade, eis que o postulado em questão sempre restará preservado ante a possibilidade de submissão da decisão singular ao controle recursal dos órgãos colegiados no âmbito do Supremo Tribunal Federal (CPC, art. 1.021, “caput”), consoante esta Corte tem reiteradamente proclamado (RTJ 181/1133-1134, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – AI 159.892-AgR/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

Sendo assim, em face das razões expostas, e considerando a competência do Relator para examinar a própria admissibilidade dos embargos de declaração, ainda que opostos a decisão monocrática, não conheço, por manifestamente incabíveis, dos presentes embargos de declaração (CPC, art. 1.024, § 2º).

Arquivem-se estes autos.Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro CELSO DE MELLORelator

EMB.DECL. NA RECLAMAÇÃO 28.569 (1213)ORIGEM : 00011522820138260358 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOEMBTE.(S) : SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREVPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOEMBDO.(A/S) : JOSE CALIXTO ALVESADV.(A/S) : JOAO PAULO MACIEL DE ARAUJO (268637/SP) E

OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : COLÉGIO RECURSAL DA 16ª CIRCUNSCRIÇÃO

JUDICIÁRIA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DESPACHO: Recebo os presentes embargos como agravo interno, tendo em vista

sua pretensão meramente infringente. Intime-se a parte recorrente para complementar as razões recursais,

de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1º, no prazo previsto no art. 1.024, § 3º, do CPC/2015.

À Secretaria Judiciária, para reautuar como agravo interno.Publique-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

EMB.DECL. NA RECLAMAÇÃO 29.255 (1214)ORIGEM : 010017322016 - ÓRGÃO/ENTE DA ADMINISTRAÇÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOEMBTE.(S) : BALTIMORE S/AEMBTE.(S) : MAGGIORE COMERCIO A VAREJO DE

COMBUSTIVEIS LTDAADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO FARRACHA DE CASTRO

(20812/PR, 183213/RJ, 42777/SC, 364857/SP) E OUTRO(A/S)

DESPACHO:1.Recebo os embargos de declaração como agravo interno, tendo em

vista sua pretensão meramente infringente.2.Intime-se a parte recorrente para complementar as razões

recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1º, do CPC/2015, no prazo previsto no art. 1.024, § 3º, do CPC/2015.

3.À Secretaria Judiciária, para reautuar como agravo interno.Publique-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

Documento assinado digitalmente

EXTENSÃO NA MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 156.755

(1215)

ORIGEM : 156755 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESREQTE.(S) : MARCOS VINICIUS SILVA LIPSADV.(A/S) : TATHIANA DE CARVALHO COSTA (119367/RJ) E

OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de pedido de extensão da decisão liminar (Pet. STF 31.029/2018, eDOC 57, p. 1-15), deferida nestes autos em 21.5.2018 (eDOC 50, p. 1-14), formulado por Marcos Vinicius Silva Lips, com fundamento no artigo 580 do Código de Processo Penal.

O requerente sustenta, em síntese, o seguinte:a) similitude do quadro fático entre a situação do requerente e aquela

de Marcelo Luiz Santos Martins, paciente originário neste writ, sobretudo porque “ambos tiveram sua prisão preventiva decretada pelo simples fato de terem sido citados por delatores, sem que estes ou o Parquet apresentem provas concretas a corroborar o alegado; por constarem em lista de contato e/ou de ligações de pessoa que agora é alvo de investigação; e por figurarem como sócios de empresa que não tem ligação direta com a SEAP.” (eDOC 57, p. 3; grifos originais);

b) relevância de o requerente ter se apresentado espontaneamente perante a autoridade policial competente, em 17 de março de 2018, após ter

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 139

tido ciência do decreto prisional que lhe havia sido imposto, tendo inclusive antecipado seu retorno de uma viagem internacional para se colocar à disposição das autoridades;

c) inexistência de demonstração pelo juízo a quo dos pressupostos da medida extrema da prisão, principalmente pelo fato de não mais exercer a função de Secretário Adjunto junto à SEAP, ou qualquer outro cargo público, há mais de 5 anos; assim, tal fato afasta eventuais argumentos de (i) suposta reiteração delitiva, em decorrência de seu cargo ou função ou (ii) de comprometimento do andamento processual;

d) ausência de julgamento pelo STJ, sequer das liminares, do HC 446.548/RJ e do RHC 98.213/RJ;

e) ao não franquear o acesso da defesa aos termos do acordo de colaboração premiada, o Ministério Público Federal torna inviável o direito à ampla defesa do requerente.

É o breve relatório. Decido.Preliminarmente, consta na decisão proferida pelo Juízo da 7ª Vara

Federal Criminal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro/RJ, sobre o peticionário, o seguinte:

“No que tange à empresa PRECISÃO, os sócios de CESAR são MARCOS VINICIUS SILVA LIPS e SANDRO ALEX LAHMANN.

O primeiro é o ex-secretário adjunto de Tratamento Penitenciário da SEAP e, ao que tudo indica fazia a intermediação entre CESAR e FELIPE PAIVA. A confirmar tal fato, observa-se que, durante os anos de 2013 a 2014, foram efetivadas 45 (quarenta e cinco) ligações telefônicas entre LIPS e terminais cadastrados em nome de PAIVA e sua cônjuge.

Além disso, LIPS foi apontado por Carlos Miranda como o intermediário das propinas provenientes da SEAP. De igual modo, Fabio Pinheiro Braga, ex-cônjuge de CARLA, responsável por uma das empresas que supostamente participava dos atos de lavagem de dinheiro para CARLOS FELIPE PAIVA, afirmou em depoimento ao MPF que MARCOS LIPS era pessoa ligada ao governo de SERGIO CABRAL, a quem PAIVA prestava contas.

Já SANDRO é também sócio, junto com sua cônjuge, da empresa CS 986 Administração e Participações LTDA, que foi apontada na planilha da ODEBRECHET como um dos locais de entrega de numerário para SERGIO CABRAL, chefe da organização criminosa.

Em suma, ambas as pessoas jurídicas da qual CESAR RUBENS tornou-se sócio, possuem em seus quadros societários pessoas supostamente ligadas à organização criminosa, o que reforça a tese de que havia um recolhimento de numerário dos contratos firmados no seio da Administração Penitenciária, que posteriormente era pulverizado para os membros da ORCRIM e para o próprio CESAR.

Outro fato suspeito, que demonstra uma provável articulação ilegal de CESAR RUBENS nos contratos firmados pela SEAP, diz respeito à pessoa jurídica MAC LAREN OIL.

Tal empresa é de propriedade de GISELA MAC LAREN, cônjuge de CESAR RUBENS, e firmou contratos para com a Fundação Santa Cabrini, subordinada à SEAP.

Assim, o fato do Secretário ter contratado a empresa de sua esposa para prestar serviços sugere possível cometimento de crime licitatório, mormente quando analisada com a informação prestada por CARLOS MIRANDA: ‘que tem conhecimento da relação de GISELA MAC LAREN com SERGIO CABRAL, pois ela visitava CABRAL com frequência no Palácio, ...que sabia que GISELA era esposa de CESAR RUBENS.’

Ou seja, mostra-se plausível a prisão preventiva de CESAR RUBENS e MARCOS LIPS, uma vez que ambos eram agentes públicos, à época, responsáveis pela Secretaria de Administração Penitenciária e parecem estar diretamente ligados aos atos de corrupção e de lavagem de dinheiro perpetrados pela organização criminosa.

(…)Nesse contexto, a prisão preventiva dos investigados CESAR

RUBENS MONTEIRO DE CARVALHO, CARLOS FELIPE DA COSTA ALMEIDA DE PAIVA NASCIMENTO, WEDSON GEDEÃO DE FARIAS e MARCOS VINICIUS SILVA LIPS, tal como requerida na representação inicial, é medida que se impõe, seja para garantir a ordem pública, como por conveniência da instrução criminal, nos termos do art. 312 do CPP.

A medida cautelar extrema não pode ser, a contento, substituída por nenhuma outra medida alternativa, sob pena de não atendimento da utilidade pretendida para o investigação em curso. Note-se que, em se tratando de investigação de organização criminosa de grande envergadura, grande quantidade de documentos usados nas mencionadas negociações, aparentemente ilícitas, poderia facilmente ser ocultada e/ou destruída. Além disso, os vultosos valores transacionados de forma aparentemente ilícita, sacados de contas bancárias, encontram-se, parece, ocultados à disposição e/ou à ordem desses representados. Assim, reafirma-se a necessidade da prisão preventiva requerida.

(…)4 – CONCLUSÃODiante de todo o exposto, presentes os pressupostos e as

circunstâncias autorizadoras:i) DECRETO a PRISÃO PREVENTIVA dos quatro investigados,

CESAR RUBENS MONTEIRO DE CARVALHO; CARLOS FELIPE DA COSTA ALMEIDA PAIVA NASCIMENTO; WEDSON GEDEÃO DE FARIAS; e

MARCOS VINICIUS SILVA LIPS; e assim o faço para garantia da ordem pública e para assegurar a aplicação da lei penal, com fundamento nos artigos 312, caput e 313, I, ambos do CPP;” (eDOC 61, p. 1-29)

Ademais, na decisão que deferiu a medida liminar ao paciente deste HC 156.755 MC/RJ, asseverei:

“Os supostos crimes são graves, não apenas em abstrato, mas em concreto, tendo em vista as circunstâncias de execução. Muito embora graves, esses fatos são consideravelmente distantes no tempo da decretação da prisão. Teriam acontecido entre 2008 a 2014. Frise-se que a suposta prática do ato de pertencimento a organização criminosa, no período de 2008 a 2018, somente fora mencionada na exordial acusatória.

É assente na jurisprudência que fatos antigos não autorizam a prisão preventiva, sob pena de esvaziamento da presunção de não culpabilidade (art. 5º, LVII, da CF). Nesse sentido, leciona Rodrigo Capez:

‘A proximidade temporal entre o conhecimento do fato criminoso e sua autoria e a decretação da prisão provisória encontra paralelo com a prisão em flagrante, que sugere atualidade (o que está a acontecer) e evidência (o que é claro, manifesto). Se a prisão por ordem pública é ditada por razões materiais, quanto mais tempo se passar entre a data do fato (ou a data do conhecimento da autoria, se distinta) e a decretação da prisão, mais desnecessária ela se mostrará. Em consequência, não se pode admitir que a prisão preventiva para garantia da ordem pública seja decretada muito tempo após o fato ou o conhecimento da autoria, salvo a superveniência de fatos novos a ele relacionados’. (Capez, Rodrigo. Prisão e medidas cautelares diversas. São Paulo: Quartier Latin, 2017. p. 459)

Ademais, destaco que a jurisprudência do Supremo Tribunal consolidou-se no sentido de que a liberdade de um indivíduo suspeito da prática de infração penal somente pode sofrer restrições se houver decisão judicial devidamente fundamentada, amparada em fatos concretos e não apenas em hipóteses ou conjecturas, na gravidade do crime ou em razão de seu caráter hediondo. Nesse sentido, os seguintes julgados: HC 84.662/BA, Rel. Min. Eros Grau, 1ª Turma, unânime, DJ 22.10.2004; HC 86.175/SP, Rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJ 10.11.2006; HC 88.448/RJ, de minha relatoria, 2ª Turma, por empate na votação, DJ 9.3.2007; HC 101.244/MG, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 8.4.2010. Mais recentemente, reporto-me ao decidido pela Segunda Turma ao julgar, em 10.10.2017 e 18.12.2017, os HCs 143.247/RJ, 146.666/RJ e 147.192/RJ, por mim relatados (DJe 7.2.2018, 10.4.2018 e 23.2.2018, respectivamente).” (eDOC 50, p. 1-14)

Portanto, no presente caso (HC 156.755 MC-Extn/RJ), neste juízo prévio e provisório, com fundamento no art. 580 do CPP, identificando adequação fática e jurídica com os argumentos e razões de decidir contidos na liminar deferida nestes autos em favor do paciente Marcelo Luiz Santos Martins (eDOC 50, p. 1-14), entendo que os fundamentos usados pelo magistrado de origem, ao decretar a prisão preventiva em desfavor do ora requerente (Processo 0055772-46.2018.4.02.5101), também se revelam inidôneos para manter a segregação cautelar ora em apreço, visto que a referida prisão preventiva da mesma forma não atendeu aos requisitos do art. 312 do CPP, especialmente no que diz respeito à indicação de elementos concretos, os quais, no momento da decretação, fossem imediatamente incidentes a ponto de ensejar o decreto cautelar.

Diante do exposto, com fundamento no art. 580 do CPP, defiro o pedido de extensão de liminar para substituir os efeitos da ordem de prisão preventiva decretada pelo Juízo da 7ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro (Processo 0055772-46.2018.4.02.5101), em desfavor de Marcos Vinicius Silva Lips, pelas seguintes medidas cautelares diversas da prisão, na forma do artigo 319 do CPP:

a) proibição de manter contato com os demais investigados, por qualquer meio (inciso III); e

b) proibição de deixar o País sem autorização do Juízo, devendo entregar seu(s) passaporte(s) em até 48 (quarenta e oito) horas (inciso IV e art. 320 do CPP).

Comunique-se, com urgência, ao Juízo de origem, para que providencie a expedição do alvará de soltura – se por algum outro motivo não estiver preso – e a fiscalização das medidas cautelares, bem como às autoridades encarregadas de controlar as saídas do território nacional.

Requisitem-se informações ao Relator, no STJ, do HC 446.548/RJ e do RHC 98.213/RJ.

Publique-se. Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministro Gilmar Mendes Relator

Documento assinado digitalmente

QUARTA EXTENSÃO NA MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 156.755

(1216)

ORIGEM : 156755 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESREQTE.(S) : CESAR RUBENS MONTEIRO DE CARVALHOADV.(A/S) : RAFAEL DA SILVA FARIA (170872/RJ) E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de pedido de extensão da decisão liminar (Pet. STF 31.315/2018, eDOC 104, p. 1-6), deferida nestes autos em 21.5.2018

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 140

(eDOC 50, p. 1-14), formulado por Cesar Rubens Monteiro de Carvalho, com fundamento no artigo 580 do Código de Processo Penal.

O requerente sustenta, em síntese, o seguinte:a) similitude do quadro fático entre a situação do requerente e aquela

de Marcelo Luiz Santos Martins, paciente originário neste writ, sobretudo porque:

“(i) o Requerente e o Sr. Marcelo Martins estão denunciados nos autos da mesma operação deflagrada perante a 7ª VFC do Rio de Janeiro;

(ii) os fundamentos da decisão que decretou a prisão preventiva de ambos são IDÊNTICOS , revelando inequívoca homogeneidade ;

(iii) a decisão (…) não está amparada exclusivamente em premissas de caráter pessoal;” (eDOC 105, p. 5; grifos originais)

b) a total ausência de contemporaneidade dos fatos deixa nítida a verossimilhança das alegações aqui deduzidas;

Ao final, o requerente pede “a EXTENSÃO da medida Liminar deferida em favor do Sr. Marcelo Luiz Santos Martins, revogando-se a ilegal custódia cautelar a que está submetido o Sr. Cesar Rubens Monteiro de Carvalho, substituindo-a por medidas cautelares alternativas” (eDOC 104, p. 6)

É o breve relatório. Decido.Preliminarmente, consta na decisão proferida em 7.3.2018 pelo Juízo

da 7ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro/RJ, sobre o peticionário, o seguinte:

“ (…) Nessa toada, a fim de melhor esclarecer os fatos indicados, mostra-se necessário dividir a fundamentação em dois núcleos, quais sejam: CESAR RUBENS (agente público) e CARLOS FELIPE PAIVA (empresário).

Primeiramente, CESAR RUBENS foi nomeado Secretário de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro, em 2007, quando do início do governo de SERGIO CABRAL.

Já em 2009 o contrato firmado pelo Secretário com a empresa INDUSPAN foi encerrado por determinação do TCE/RJ devido às irregularidades que apontavam para comprometimento ao erário. Posteriormente, após a auditoria do TCE em 2015, foi determinado que CESAR ressarcisse os cofres públicos, diante de irregularidades no contrato firmado com a OSCIP INICIATIVA PRIMUS, que sucedeu a INDUSPAN. Segundo o TCE/RJ, houve culpa do Secretário, na medida em que deixou de fiscalizar os contratos.

Em consonância com as supostas irregularidades cometidas pelo Secretário, observa-se o vultoso acréscimo patrimonial que CESAR teve no período em que foi Secretário do governo CABRAL.

Entre os anos de 2011 a 2015, CESAR constituiu três pessoas jurídicas: INTERMUNDOS CAMBIO E TURISMO LTDA – ME, PRECISÃO INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MÁRMORES E GRANITOS LTDA e CRM CARVALHO GESTÃO EMPRESARIAL EIRELI, tendo recebido apenas da primeira, no ano de 2012, lucro de R$ 1.200.000,00.

Todavia, o que realmente chama a atenção é o quadro societário de cada empresa. A INTERMUNDOS tem como sócios CESAR e CARLOS MATEUS MARTINS. Ocorre que CARLOS é também sócio e administrador da empresa FINDER EXECUTIVE CONSULTING ASSESSORIA ME (juntamente com seu filho MARCELO LUIZ SANTOS MARTINS), que foi citada no acordo de colaboração firmado por Jaime Luiz Martins e João do Carmo Monteiro Martins, como participante do esquema de lavagem de dinheiro implementado no Grupo Dirija, por ARY FERREIRA DA COSTA FILHO e SERGIO CABRAL.

No que tange à empresa PRECISÃO, os sócios de CESAR são MARCOS VINICIUS SILVA LIPS e SANDRO ALEX LAHMANN.

O primeiro é o ex-secretário adjunto de Tratamento Penitenciário da SEAP e, ao que tudo indica fazia a intermediação entre CESAR e FELIPE PAIVA. A confirmar tal fato, observa-se que, durante os anos de 2013 a 2014, foram efetivadas 45 (quarenta e cinco) ligações telefônicas entre LIPS e terminais cadastrados em nome de PAIVA e sua cônjuge.

Além disso, LIPS foi apontado por Carlos Miranda como o intermediário das propinas provenientes da SEAP. De igual modo, Fabio Pinheiro Braga, ex-cônjuge de CARLA, responsável por uma das empresas que supostamente participava dos atos de lavagem de dinheiro para CARLOS FELIPE PAIVA, afirmou em depoimento ao MPF que MARCOS LIPS era pessoa ligada ao governo de SERGIO CABRAL, a quem PAIVA prestava contas.

Já SANDRO é também sócio, junto com sua cônjuge, da empresa CS 986 Administração e Participações LTDA, que foi apontada na planilha da ODEBRECHET como um dos locais de entrega de numerário para SERGIO CABRAL, chefe da organização criminosa.

Em suma, ambas as pessoas jurídicas da qual CESAR RUBENS tornou-se sócio, possuem em seus quadros societários pessoas supostamente ligadas à organização criminosa, o que reforça a tese de que havia um recolhimento de numerário dos contratos firmados no seio da Administração Penitenciária, que posteriormente era pulverizado para os membros da ORCRIM e para o próprio CESAR.

Outro fato suspeito, que demonstra uma provável articulação ilegal de CESAR RUBENS nos contratos firmados pela SEAP, diz respeito à pessoa jurídica MAC LAREN OIL.

Tal empresa é de propriedade de GISELA MAC LAREN, cônjuge de CESAR RUBENS, e firmou contratos para com a Fundação Santa Cabrini,

subordinada à SEAP.Assim, o fato do Secretário ter contratado a empresa de sua esposa

para prestar serviços sugere possível cometimento de crime licitatório, mormente quando analisada com a informação prestada por CARLOS MIRANDA: ‘que tem conhecimento da relação de GISELA MAC LAREN com SERGIO CABRAL, pois ela visitava CABRAL com frequência no Palácio, ...que sabia que GISELA era esposa de CESAR RUBENS.’

Ou seja, mostra-se plausível a prisão preventiva de CESAR RUBENS e MARCOS LIPS, uma vez que ambos eram agentes públicos, à época, responsáveis pela Secretaria de Administração Penitenciária e parecem estar diretamente ligados aos atos de corrupção e de lavagem de dinheiro perpetrados pela organização criminosa.

(…)Nesse contexto, a prisão preventiva dos investigados CESAR

RUBENS MONTEIRO DE CARVALHO, CARLOS FELIPE DA COSTA ALMEIDA DE PAIVA NASCIMENTO, WEDSON GEDEÃO DE FARIAS e MARCOS VINICIUS SILVA LIPS, tal como requerida na representação inicial, é medida que se impõe, seja para garantir a ordem pública, como por conveniência da instrução criminal, nos termos do art. 312 do CPP.

A medida cautelar extrema não pode ser, a contento, substituída por nenhuma outra medida alternativa, sob pena de não atendimento da utilidade pretendida para o investigação em curso. Note-se que, em se tratando de investigação de organização criminosa de grande envergadura, grande quantidade de documentos usados nas mencionadas negociações, aparentemente ilícitas, poderia facilmente ser ocultada e/ou destruída. Além disso, os vultosos valores transacionados de forma aparentemente ilícita, sacados de contas bancárias, encontram-se, parece, ocultados à disposição e/ou à ordem desses representados. Assim, reafirma-se a necessidade da prisão preventiva requerida.

(…)4 – CONCLUSÃODiante de todo o exposto, presentes os pressupostos e as

circunstâncias autorizadoras:i) DECRETO a PRISÃO PREVENTIVA dos quatro investigados,

CESAR RUBENS MONTEIRO DE CARVALHO; CARLOS FELIPE DA COSTA ALMEIDA PAIVA NASCIMENTO; WEDSON GEDEÃO DE FARIAS; e MARCOS VINICIUS SILVA LIPS; e assim o faço para garantia da ordem pública e para assegurar a aplicação da lei penal, com fundamento nos artigos 312, caput e 313, I, ambos do CPP;” (eDOC 105, p. 9-28)

Ademais, na decisão que deferiu a medida liminar ao paciente deste HC 156.755 MC/RJ, asseverei:

“Os supostos crimes são graves, não apenas em abstrato, mas em concreto, tendo em vista as circunstâncias de execução. Muito embora graves, esses fatos são consideravelmente distantes no tempo da decretação da prisão. Teriam acontecido entre 2008 a 2014. Frise-se que a suposta prática do ato de pertencimento a organização criminosa, no período de 2008 a 2018, somente fora mencionada na exordial acusatória.

É assente na jurisprudência que fatos antigos não autorizam a prisão preventiva, sob pena de esvaziamento da presunção de não culpabilidade (art. 5º, LVII, da CF). Nesse sentido, leciona Rodrigo Capez:

‘A proximidade temporal entre o conhecimento do fato criminoso e sua autoria e a decretação da prisão provisória encontra paralelo com a prisão em flagrante, que sugere atualidade (o que está a acontecer) e evidência (o que é claro, manifesto). Se a prisão por ordem pública é ditada por razões materiais, quanto mais tempo se passar entre a data do fato (ou a data do conhecimento da autoria, se distinta) e a decretação da prisão, mais desnecessária ela se mostrará. Em consequência, não se pode admitir que a prisão preventiva para garantia da ordem pública seja decretada muito tempo após o fato ou o conhecimento da autoria, salvo a superveniência de fatos novos a ele relacionados’. (Capez, Rodrigo. Prisão e medidas cautelares diversas. São Paulo: Quartier Latin, 2017. p. 459)

Ademais, destaco que a jurisprudência do Supremo Tribunal consolidou-se no sentido de que a liberdade de um indivíduo suspeito da prática de infração penal somente pode sofrer restrições se houver decisão judicial devidamente fundamentada, amparada em fatos concretos e não apenas em hipóteses ou conjecturas, na gravidade do crime ou em razão de seu caráter hediondo. Nesse sentido, os seguintes julgados: HC 84.662/BA, Rel. Min. Eros Grau, 1ª Turma, unânime, DJ 22.10.2004; HC 86.175/SP, Rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJ 10.11.2006; HC 88.448/RJ, de minha relatoria, 2ª Turma, por empate na votação, DJ 9.3.2007; HC 101.244/MG, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 8.4.2010. Mais recentemente, reporto-me ao decidido pela Segunda Turma ao julgar, em 10.10.2017 e 18.12.2017, os HCs 143.247/RJ, 146.666/RJ e 147.192/RJ, por mim relatados (DJe 7.2.2018, 10.4.2018 e 23.2.2018, respectivamente).” (eDOC 50, p. 1-14)

Portanto, no presente caso (HC 156.755 MC-Extn-quarta/RJ), neste juízo prévio e provisório, com fundamento no art. 580 do CPP, identificando adequação fática e jurídica com os argumentos e razões de decidir contidos na liminar deferida nestes autos em favor do paciente Marcelo Luiz Santos Martins (eDOC 50, p. 1-14), entendo que os fundamentos usados pelo magistrado de origem, ao decretar a prisão preventiva em desfavor do ora requerente (Processo 0502450-54.2018.4.02.5101), também se revelam inidôneos para manter a segregação cautelar ora em apreço, visto que a referida prisão preventiva da mesma forma não atendeu aos requisitos do art.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 141

312 do CPP, especialmente no que diz respeito à indicação de elementos concretos, os quais, no momento da decretação, fossem imediatamente incidentes a ponto de ensejar o decreto cautelar.

Diante do exposto, com fundamento no art. 580 do CPP, defiro o pedido de extensão de liminar para substituir os efeitos da ordem de prisão preventiva decretada pelo Juízo da 7ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro (Processo 0502450-54.2018.4.02.5101), em desfavor de Cesar Rubens Monteiro de Carvalho, pelas seguintes medidas cautelares diversas da prisão, na forma do artigo 319 do CPP:

a) proibição de manter contato com os demais investigados, por qualquer meio (inciso III); e

b) proibição de deixar o País sem autorização do Juízo, devendo entregar seu(s) passaporte(s) em até 48 (quarenta e oito) horas (inciso IV e art. 320 do CPP).

Comunique-se, com urgência, ao Juízo de origem, para que providencie a expedição do alvará de soltura – se por algum outro motivo não estiver preso – e a fiscalização das medidas cautelares, bem como às autoridades encarregadas de controlar as saídas do território nacional.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Gilmar Mendes Relator

Documento assinado digitalmente

QUINTA EXTENSÃO NA MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 156.755

(1217)

ORIGEM : 156755 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESREQTE.(S) : SÉRGIO ROBERTO PINTO DA SILVAADV.(A/S) : MARCOS VIDIGAL DE FREITAS CRISSIUMA

(130730/RJ) E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de pedido de extensão da decisão liminar (Pet. STF 31.607/2018, eDOC 108, p. 1-8), deferida nestes autos em 21.5.2018 (eDOC 50, p. 1-14), formulado por Sérgio Roberto Pinto da Silva, com fundamento no artigo 580 do Código de Processo Penal.

O requerente sustenta, em síntese, o seguinte:a) similitude do quadro fático entre a situação do requerente e aquela

de Marcelo Luiz Santos Martins, paciente originário deste writ, sobretudo porque:

a.1) “os fatos a ele imputados no âmbito da denominada ‘Operação Pão Nosso’ são igualmente distantes (no caso do corréu Sérgio Roberto Pinto da Silva teriam se dado entre 2011 e 2014), estando ausente a contemporaneidade necessária à decretação da medida”;

a.2) “da mesma forma que ocorreu com o Paciente, o pedido de prisão preventiva em relação a Sérgio Roberto Pinto da Silva foi indeferido pelo Juízo de 1º grau em um primeiro momento, tendo-se decretado apenas a sua prisão temporária. E, posteriormente, acolhendo o mesmo pedido de reconsideração formulado pelo MPF em relação ao Paciente, decretou-se prisão preventiva de Sérgio Roberto Pinto da Silva ” ; (eDOC 108, p. 1-8)

Ao final, o requerente pede, com fundamento no art. 580 do CPP, a extensão dos efeitos da liminar deferida neste writ, “revogando-se a prisão preventiva decretada em desfavor do ora Requerente Sérgio Roberto Pinto da Silva, podendo ser aplicadas, se for o caso, as medidas alternativas à prisão estabelecidas no artigo 319, CPP. Em caso de aplicação de medida cautelar de proibição de contato com os demais investigados, pede sejam excetuados apenas a esposa do Requerente (Gabriela Paolla Marcello Barreiros, com quem possui dois filhos menores) e o seu cunhado (Ivan Ângelo Labanca Filho), em decorrência da relação familiar.” (eDOC 108, p. 8).

É o breve relatório. Decido.Preliminarmente, consta na decisão proferida pelo Juízo da 7ª Vara

Federal Criminal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro/RJ, em 12.3.2018, sobre o peticionário, o seguinte:

“(...) Com efeito, como relatado na decisão de fls. 4073/4101, a presente investigação aponta para o envolvimento de um novo setor nas atividades da organização criminosa chefiada por SERGIO CABRAL, a saber, a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro - SEAP. Assim, o MPF apresenta elementos que indicam a participação de alguns agentes relacionados à SEAP - Secretaria de Administração Penitenciária, especialmente o ex-Secretário, CESAR RUBENS, assim como do empresário do ramo de alimentação, CARLOS FELIPE PAIVA, na empreitada delituosa.

Diante disso, a presente operação é dividida em dois núcleos: o dos agentes públicos da SEAP e o dos empresários.

Pois bem, conforme assinalei em decisão pretérita, CESAR RUBENS obteve um crescimento patrimonial exponencial durante a sua gestão na SEAP, inclusive ingressando em três sociedades empresariais. Uma delas é a INTERMUNDOS CAMBIO E TURISMO LTDA, da qual se tornou sócio juntamente com CARLOS MATEUS MARTINS, pai de MARCELO MARTINS.

A seu turno, MARCELO MARTINS e CARLOS MATEUS MARTINS são sócios da empresa FINDER EXECUTIVE CONSULTING ASSESSORIA ME, que foi citada no acordo de colaboração firmado por Jaime Luiz Martins e João do Carmo Monteiro Martins, como participante do esquema de

lavagem de dinheiro implementado no Grupo Dirija, por ARY FERREIRA DA COSTA FILHO e SERGIO CABRAL.

Mas não é só, os novos dados trazidos pelo MPF, obtidos com Receita Federal, demonstram que a FINDER emitiu notas fiscais mensais durante o ano de 2010 a 2014 para as empresas do Grupo Dirija (Space, Dirija e Klan). Os valores eram sempre os mesmos: R$ 5.000,00, R$ 10.000,00 ou R$ 20.000,00. Tal fato, em princípio, corrobora as informações trazidas pelos colaboradores do Grupo Dirija, bem como o depoimento prestado por CARLOS MIRANDA, de que o Delegado de Polícia Civil MARCELO MARTINS recebia mesada da organização criminosa por meio do esquema de emissão de notas fiscais perpetrado por ARY.

A seu turno, a FINDER emitiu notas fiscais para outras empresas, quais sejam: AMPAR EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES S/A, investigada por sonegação fiscal e fraude; TOESA SERVICE S/A, investigada por fraudes à licitação na área de saúde; e TRANS-EXPERT VIGILÂNCIA E TRANSPORTES DE VALORES, cujo administrador DAVID SAMPAIO, é réu na ação penal n° 0505914- 23.2017.4.02.5101, por participação na organização criminosa chefiada pelo ex-governador Sergio Cabral.

Aliás, MARCELO MARTINS está na lista de contatos do aparelho celular de DAVID SAMPAIO, apreendido por meio da medida de busca e apreensão efetivada na Operação Ponto Final.

Ademais, a INTERMUNDOS e a FINDER apresentam em suas declarações fiscais o mesmo endereço (Rua Figueiredo Magalhães, n° 28-D, Copacabana, Rio de Janeiro-RJ), que vem a ser também o domicílio fiscal de MARCELO. Além disso, as empresas têm apenas uma, e a mesma, funcionária cadastrada para ambas (Célia Regina do Nascimento Inácio).

Cabe ressaltar que até o ingresso de CESAR RUBENS na sociedade, MARCELO MARTINS e o seu irmão eram os sócios da INTERMUNDOS, junto com seu pai CARLOS MATEUS, sendo que a empresa repassou rendimentos no total de R$ 255.205,48, para os três sócios em 2010. Tal contabilidade revela-se curiosa, isso porque já, em 2011, o novo sócio CESAR RUBENS recebeu sozinho o montante de R$ 1.060.534,79, referente aos rendimentos da mesma empresa.

Ou seja, ao que parece, CARLOS MATEUS MARTINS e MARCELO MARTINS estão intimamente relacionados com os membros da organização criminosa e utilizam desde, pelo menos 2010, suas empresas para os esquemas de branqueamento de capital da referida ORCRIM.

No que tange, ao investigado SERGIO PINTO DA SILVA, verifica-se que ele estaria ligado ao núcleo de CARLOS FELIPE PAIVA, uma vez que seria o responsável por um conjunto de empresas que receberam numerário da INICIATIVA PRIMUS, sem contraprestação aparente.

De fato, SERGIO PINTO parece ser o ponto de vinculação entre as empresas DELITE CONSTRUÇÕES LTDA; TITUR CÂMBIO E TURISMO LTDA, WIAN VIAGENS E TURISMO, WIAN INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA, PLUS CÂMBIO VIAGENS E TURISMO, sendo que as quatro primeiras receberam transferências da INICIATIVA PRIMUS.

Ademais, segundo informações bancárias obtidas por compartilhamento de provas com a Justiça Estadual, SERGIO, por meio da PLUS CAMBIO, transferiu diretamente para a conta bancária de IVAN ANGELO o montante de R$ 1.600.000,00, entre os meses de janeiro e agosto de 2010.

Outrossim, SERGIO já foi condenado na Operação Farol da Colina, deflagrada no ano 2004 em Curitiba. Nesse processo, foi revelado que ele era titular de contas no exterior e operava o sistema dólar-cabo para a organização criminosa.

Em consonância com tal informação, foi revelado que a empresa INTERMUDOS, emitiu expressiva quantidade de notas fiscais a empresas de turismo em Portugal.

Ou seja, é possível que CARLOS FELIPE PAIVA e CESAR RUBENS tenham utilizado os serviços de SERGIO ROBERTO PINTO para remeter numerário ao exterior de forma irregular.

Nesse contexto, tenho por evidenciados os pressupostos para o deferimento da medida cautelar extrema contra os requeridos, consubstanciados na presença do fumus comissi delicti, ante a suficiente demonstração da materialidade delitiva e de fortes indícios que apontam para a autoria dos crimes de lavagem de capital e pertinência à organização criminosa.

Encontra-se também presente o segundo pressuposto necessário à decretação da cautelar, qual seja, o periculum libertatis, nestes autos representado pelo risco efetivo que o requerido em liberdade pode criar à garantia da ordem pública, da ordem econômica, da conveniência da instrução criminal e à aplicação da lei penal (artigo 312 do Código de Processo Penal).

Cabe destacar que MARCELO é delegado da policia civil do Rio de Janeiro, designado para a posição de coordenador das delegacias especializadas, o que lhe garante posição de influência em toda a estrutura de segurança pública do Rio de Janeiro. É ver que, pela sua função pública, ele facilmente é capaz de coagir testemunhas, escamotear documentos ou mesmo destruir provas. Aliás, pelos indícios até aqui obtidos, seria esse o ‘serviço’ prestado à organização criminosa que atuou durante anos na administração pública deste Estado.

De igual modo, CARLOS MATEUS, pai de MARCELO e seu sócio nos supostos empreendimentos criminosos, poderá ainda agir auxiliando seu

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filho na ocultação de provas.(…)Portanto, reafirmo a necessidade da prisão preventiva, que não é

atendida por nenhuma outra medida cautelar alternativa, mesmo as estipuladas no art. 319 do CPP, ante os indícios já relatados, tanto na decisão de fls. 4073/4101, quanto na presente complementação.

Não se olvide, ademais, que tão importante quanto investigar a fundo a atuação ilícita da ORCRIM descrita, com a consequente punição dos agentes criminosos, é a recuperação do resultado financeiro criminosamente auferido. Nesse sentido, deve-se ter em mente que no atual estágio da modernidade em que vivemos, uma simples ligação telefônica ou uma mensagem instantânea pela internet são suficientes para permitir a ocultação de grandes somas de dinheiro, como as que parecem ter sido pagas em propinas nas operações sob investigação, ou até mesmo, para influenciar o depoimento de colaboradores ou testemunhas.

Nesse diapasão, a prisão preventiva dos três investigados é medida que se impõe, tal como requerida, seja para garantir a ordem pública, como por conveniência da instrução criminal, nos termos do art. 312 do CPP.

Repise-se que o novo suporte probatório acostado pelo órgão ministerial é capaz de demonstrar a provável participação dos três investigados no intricado esquema perpetrado pela ORCRIM, especialmente no que diz respeito à dissimulação e à ocultação de capital.

É ver que, aparentemente, CARLOS MATEUS MARTINS e MARCELO MARTINS estão ligados ao agente público CESAR RUBENS; ao passo que SERGIO PINTO, está vinculado ao CARLOS FELIPE PAIVA, todos com a mesma função de lavar o capital recebido ilicitamente em troca de uma remuneração pelo feito.

Diante de todo o exposto, presentes os pressupostos e as circunstâncias autorizadoras, e revendo a referida decisão anterior, que no mais ratifico, DECRETO a PRISÃO PREVENTIVA de CARLOS MATEUS MARTINS, MARCELO LUIZ SANTOS MARTINS e SERGIO ROBERTO PINTO DA SILVA e assim o faço para garantia da ordem pública e para assegurar a aplicação da lei penal, com fundamento nos artigos 312, caput e 313, I, ambos do CPP.” (eDOC 77, p. 2-7; grifos originais)

Ademais, na decisão que deferiu a medida liminar ao paciente deste HC 156.755 MC/RJ, asseverei:

“Os supostos crimes são graves, não apenas em abstrato, mas em concreto, tendo em vista as circunstâncias de execução. Muito embora graves, esses fatos são consideravelmente distantes no tempo da decretação da prisão. Teriam acontecido entre 2008 a 2014. Frise-se que a suposta prática do ato de pertencimento a organização criminosa, no período de 2008 a 2018, somente fora mencionada na exordial acusatória.

É assente na jurisprudência que fatos antigos não autorizam a prisão preventiva, sob pena de esvaziamento da presunção de não culpabilidade (art. 5º, LVII, da CF). Nesse sentido, leciona Rodrigo Capez:

‘A proximidade temporal entre o conhecimento do fato criminoso e sua autoria e a decretação da prisão provisória encontra paralelo com a prisão em flagrante, que sugere atualidade (o que está a acontecer) e evidência (o que é claro, manifesto). Se a prisão por ordem pública é ditada por razões materiais, quanto mais tempo se passar entre a data do fato (ou a data do conhecimento da autoria, se distinta) e a decretação da prisão, mais desnecessária ela se mostrará. Em consequência, não se pode admitir que a prisão preventiva para garantia da ordem pública seja decretada muito tempo após o fato ou o conhecimento da autoria, salvo a superveniência de fatos novos a ele relacionados’. (Capez, Rodrigo. Prisão e medidas cautelares diversas. São Paulo: Quartier Latin, 2017. p. 459)

Ademais, destaco que a jurisprudência do Supremo Tribunal consolidou-se no sentido de que a liberdade de um indivíduo suspeito da prática de infração penal somente pode sofrer restrições se houver decisão judicial devidamente fundamentada, amparada em fatos concretos e não apenas em hipóteses ou conjecturas, na gravidade do crime ou em razão de seu caráter hediondo. Nesse sentido, os seguintes julgados: HC 84.662/BA, Rel. Min. Eros Grau, 1ª Turma, unânime, DJ 22.10.2004; HC 86.175/SP, Rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJ 10.11.2006; HC 88.448/RJ, de minha relatoria, 2ª Turma, por empate na votação, DJ 9.3.2007; HC 101.244/MG, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 8.4.2010. Mais recentemente, reporto-me ao decidido pela Segunda Turma ao julgar, em 10.10.2017 e 18.12.2017, os HCs 143.247/RJ, 146.666/RJ e 147.192/RJ, por mim relatados (DJe 7.2.2018, 10.4.2018 e 23.2.2018, respectivamente).” (eDOC 50, p. 1-14)

Portanto, no presente caso (HC 156.755 MC-Extn-quinta/RJ), neste juízo prévio e provisório, com fundamento no art. 580 do CPP, identificando adequação fática e jurídica com os argumentos e razões de decidir contidos na liminar deferida nestes autos em favor do paciente Marcelo Luiz Santos Martins (eDOC 50, p. 1-14), entendo que os fundamentos usados pelo magistrado de origem, ao decretar a prisão preventiva em desfavor do ora requerente (Processo 0502450-54.2018.4.02.5101), também se revelam inidôneos para manter a segregação cautelar ora em apreço, visto que a referida prisão preventiva da mesma forma não atendeu aos requisitos do art. 312 do CPP, especialmente no que diz respeito à indicação de elementos concretos, os quais, no momento da decretação, fossem imediatamente incidentes a ponto de ensejar o decreto cautelar.

Diante do exposto, com fundamento no art. 580 do CPP, defiro o pedido de extensão de liminar para para substituir os efeitos da ordem de

prisão preventiva decretada pelo Juízo da 7ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro (Processo 0502450-54.2018.4.02.5101), em desfavor de Sérgio Roberto Pinto da Silva, pelas seguintes medidas cautelares diversas da prisão, na forma do artigo 319 do CPP:

a) proibição de manter contato com os demais investigados, por qualquer meio, exceto com seu cônjuge Gabriela Paolla Marcello Barreiros (inciso III); e

b) proibição de deixar o País sem autorização do Juízo, devendo entregar seu(s) passaporte(s) em até 48 (quarenta e oito) horas (inciso IV e art. 320 do CPP).

Comunique-se, com urgência, ao Juízo de origem, para que providencie a expedição do alvará de soltura – se por algum outro motivo não estiver preso – e a fiscalização das medidas cautelares, bem como às autoridades encarregadas de controlar as saídas do território nacional.

Requisitem-se informações ao Relator, no STJ, do HC 443.106/RJ.Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Gilmar Mendes Relator

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EXTRADIÇÃO 1.233 (1218)ORIGEM : EXT - 1233 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : REPÚBLICA PORTUGUESARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEXTDO.(A/S) : JOSÉ MANUEL GOMES LEONARDOREQTE.(S) : GOVERNO DE PORTUGALPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DESPACHO: Vistos.Trata-se de pedido de extradição formulado pelo Governo de Portugal

(Nota Verbal nº 39/11 – fl. 4), encaminhado por via diplomática ao Ministério das Relações Exteriores (fl. 2), com fundamento no art. XII do Tratado de Extradição firmado entre o Brasil e o Governo de Portugal, no qual se pede a extradição do nacional português José Manuel Gomes Leonardo, investigado naquele País pela prática do crime de tráfico de produto estupefaciente.

Referido pedido foi deferido, à unanimidade, pela Segunda Turma deste Supremo Tribunal Federal, em acórdão assim ementado:

“Extradição. Passiva. Instrutória. Governo de Portugal. Tráfico de entorpecentes. Pedido formulado com base em tratado específico. Atendimento aos requisitos da Lei nº 6.815/80. Prescrição da pretensão punitiva. Não ocorrência, tanto sob a óptica da legislação alienígena quanto sob a óptica da legislação penal brasileira. Detração do tempo de prisão cumprido no Brasil. Necessidade. Observância do disposto no art. 89 da Lei nº 6.815/80, com a ressalva do disposto no art. 67 do mesmo estatuto. Pedido deferido.

1. O pedido formulado pelo Governo de Portugal, com base no tratado de extradição firmado com o Brasil, atende aos pressupostos necessários ao seu deferimento, nos termos da Lei nº 6.815/80.

2. O fato delituoso imputado ao extraditando corresponde, no Brasil, ao crime tipificado como tráfico de entorpecente (Lei nº 6.368/76, art. 12, vigente à época dos fatos), satisfazendo, assim, ao requisito da dupla tipicidade, previsto no art. 77, inciso II, da lei nº 6.815/80.

3. Não ocorrência da prescrição da pretensão punitiva do crime imputado ao extraditando sob a óptica da legislação de ambos os Estados envolvidos.

4. Com base no estabelecido no tratado específico em que se apoia o presente pedido de extradição, o Governo de Portugal deve assegurar a detração do tempo que o extraditando houver permanecido preso no Brasil por força do pedido formulado.

5. Em vista da informação de que o extraditando se encontrava preso em decorrência da prática do delito previsto no art. 307 do Código Penal (fls. 71/73), faz-se necessária, quanto à entrega do extraditando ao Estado requerente, a observância do disposto no art. 89 da lei nº 6.815/80, ressalvado o disposto no art. 67 do mesmo estatuto.

6. Extradição deferida.” Por meio do Ofício nº 672/2018, registrado sob o nº 26.851/18, a

Coordenação de Extradição e Transferência de Pessoas Condenadas do Ministério da Justiça encaminha a este Supremo Tribunal Federal Ofício nº 105140/18, de 27.03.2018, oriundo da Procuradoria Geral da República de Portugal, solicitando “informação sobre o tempo de detenção à ordem do processo de extradição sofrido por JOSÉ MANUEL GOMES LEONARDO”.

Examinados os autos, decido.De início, registra-se que, ao deferir o pedido de extradição do

nacional português José Manuel Gomes Leonardo, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal determinou fosse observada a detração determinada, nos termos do voto de minha relatoria, segundo o qual

“[d]eve ser efetuada a detração do tempo de prisão ao qual ele foi submetido no Brasil. Informo, para esse fim, que o extraditando foi mantido preso, preventivamente, em virtude do pedido de extradição, desde o dia 3 de março de 2011 (fl. 44).”

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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Lado outro, consta dos autos o Ofício nº 413/2018, registrado sob o nº 17.065/18, por meio do qual a Coordenação de Extradição e Transferência de Pessoas Condenadas do Ministério da Justiça informa que o nacional português José Manuel Gomes Leonardo foi extraditado/transferido para seu país de origem/expulso no dia 15 de março de 2018, devendo lá cumprir o remanescente da pena a que foi condenado pela Justiça brasileira (fls. 179/186).

Desse modo, considerando os marcos devidamente comprovados nos autos, quais sejam, a data do cumprimento do mandado de prisão preventiva expedido nestes autos (ocorrido em 3 de março de 2011 – fl. 44) e a data da efetiva entrega do preso às autoridades portuguesas (realizada em 15 de março de 2018 -fls. 179/186), verifica-se que o acusado José Manuel Gomes Leonardo foi mantido preso preventivamente, em virtude do presente pedido de extradição, pelo período de 7 anos e 13 dias, sendo esse, a princípio, o período a ser detraído.

Ocorre que, segundo noticiado pelo Ministro de Estado da Justiça, por intermédio do Aviso nº 2202-MJ, protocolado no dia 07.01.2014 e registrado sob o nº 216/14, o nacional português José Manuel Gomes Leonardo foi condenado à pena de 22 anos de reclusão, pelo crime de latrocínio, dos quais, àquela época, havia cumprido apenas 1 ano, 8 meses e 5 dias (fl. 143).

Inexiste nos autos, contudo, informação precisa a respeito do início do cumprimento da pena por latrocínio, ou do tempo remanescente de pena, a esse título, a ser cumprido em Portugal.

Não obstante isso, é possível perceber, desde já, que ao menos parte do período da prisão preventiva para fins de extradição é concomitante com o cumprimento de pena por crime cometido no Brasil.

Nota-se, ainda, que o cumprimento de pena por crime cometido no Brasil somente foi noticiado nos autos após o julgamento do presente pedido de extradição, razão pela qual tal circunstância não fora considerada, na espécie, quando da análise acerca da detração.

Ressalvado meu entendimento pessoal sobre a matéria, destaco que a jurisprudência atual desta Corte é no sentido de que “deverá ser computado o tempo de prisão provisória transcorrido entre a data da prisão do extraditando (...) e a data do trânsito em julgado do (...) acórdão” (Ext 1.397/DF, Segunda Turma, de minha relatoria, publicado no DJe de 03.08.2016).

Nesse contexto, visando melhor instruir os autos, oficie-se ao Ministro de Estado da Justiça para que informe a esta Corte a data de início do cumprimento da pena pelo crime de latrocínio (PROC.MJ 0800.014324/2003-98).

Após, dê-se vista à Procuradoria-Geral da República.Em seguida, retornem os autos conclusos.Publique-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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EXTRADIÇÃO 1.261 (1219)ORIGEM : EXT - 1261 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOREQTE.(S) : GOVERNO DA ITÁLIAEXTDO.(A/S) : LUCIANO PENNISIPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL

DESPACHO : Considerada a informação de fls. 342, dê-se baixa e arquivem-se os

autos.Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

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EXTRADIÇÃO 1.511 (1220)ORIGEM : 1511 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERREQTE.(S) : GOVERNO DA ESPANHAEXTDO.(A/S) : SANTIAGO PELAYO SANMARTIN CARBONADV.(A/S) : CHRISTIAN RICHARD AMARAL DE OLIVEIRA

(40530/GO) E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Vistos etc.Referente à Petição STF 25.577/2018 (fls. 174-81).A Defesa do Extraditando, por intermédio da referida petição, requer,

ao argumento do excesso de prazo para retirada do Extraditando do território nacional, a revogação da prisão preventiva.

Em 07.5.2018, determinei a expedição de ofício ao Senhor Ministro de Estado da Justiça, ao Chefe da Coordenação de Extradição e

Transferência de Pessoas Condenadas do Ministério da Justiça e ao Chefe da Divisão de Cooperação Jurídica Internacional do Ministério das Relações Exteriores, para que informassem a data em que a respectiva missão diplomática foi comunicada do acórdão deferitório da extradição e da autorização para entrega do Extraditando.

As informações foram prestadas pelo Ministério da Justiça (fls. 188-9 e 191).

É o relatório.Decido.De acordo com a Coordenação de Extradição e Transferência de

Pessoas Condenadas do Ministério da Justiça, “a Embaixada da Espanha tomou ciência, em 09.3.2018, de que o nominado estava apto a ser extraditado, e o art. XIII do Tratado de Extradição ente a República Federativa do Brasil e o Reino da Espanha prevê o prazo de 60 (sessenta) dias seguidos, contados da referida cientificação, para a retirada do reclamado pelo Estado Requerente”.

Por outro lado, a autoridade administrativa esclarece que “o nacional espanhol Santiago Pelayo Sanmartin Carbon foi extraditado no dia 7 de maio de 2018, embarcando juntamente com os policiais espanhóis responsáveis pela escolta do estrangeiro”.

Ante o exposto, evidente a perda de objeto do pedido defensivo de revogação da prisão cautelar do Extraditando - Petição STF 25.577/2018 (fls. 174-81) -, razão por que o julgo prejudicado (art. 21, IX, RISTF).

Ante o exaurimento da prestação jurisdicional no presente feito, determino o imediato arquivamento desta Extradição 1.511 e da PPE 825 em apenso.

Traslade-se cópia desta decisão para os autos da PPE 825. Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa Weber Relatora

EXTRADIÇÃO 1.520 (1221)ORIGEM : 1520 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIREQTE.(S) : GOVERNO DE ISRAELEXTDO.(A/S) : HEN BEN SHITRITADV.(A/S) : SERGIO BATISTA HENRICHS (18459/PR)INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: Vistos.Trata-se de pedido de extradição instrutória do nacional israelense

HEN BEN SHITRIT, encaminhado pelo Ministro de Estado da Justiça e requerido, por via diplomática, pelo Governo de Israel, com base no art. 16 da Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional, mediante promessa de reciprocidade.

Por maioria, a Segunda Turma acolheu em parte referido pedido, sendo o acórdão ementado nos seguintes termos:

“Extradição instrutória. Governo de Israel. Questão de ordem. Concordância do extraditando. Possibilidade de julgamento monocrático pelo Relator. Precedente. Inteligência do art. 87 da Lei nº 13.445/17. Extorsão praticada no âmbito de organização criminosa. Artigo 428 do Código Penal e art. 3º da Lei de Combate ao Crime Organizado de Israel (Lei nº 5763/2003). Dupla tipicidade. Reconhecimento em parte. Correspondência ao crime de extorsão previsto no art. 158 do Código Penal brasileiro. Inaplicabilidade da causa de aumento de pena decorrente de organização criminosa. Crime praticado anteriormente à vigência da Lei nº 12.850/13. Convenção de Palermo, que não se qualifica, constitucionalmente, como fonte formal direta legitimadora da regulação normativa concernente à tipificação de crimes e à cominação de sanções penais. Precedente. Sujeição do extraditando tão somente ao tipo fundamental do art. 428 do Código Penal israelense. Prescrição. Não ocorrência, tanto sob a óptica da legislação alienígena quanto sob a óptica da legislação penal brasileira. Pedido parcialmente deferido.

1. Diante da necessidade de se precisarem os efeitos da concordância do extraditando com o pleito extradicional, sob a óptica do art. 87 da Lei nº 13.445/17, submeteu-se a matéria em questão de ordem ao Colegiado.

2. A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal delegou a seus membros o poder de, se assim o entenderem pertinente, decidirem monocraticamente os pleitos extradicionais, sempre que o próprio extraditando, com fundamento em norma convencional autorizativa (...), manifestar, expressamente, de modo livre e voluntário, com assistência técnico-jurídica de seu Advogado ou de Defensor Público, concordância com o pedido de sua extradição, hipótese em que o ato de homologação judicial de referida declaração equivalerá, para todos os efeitos, à decisão final do processo de extradição, ouvindo-se, previamente, a douta Procuradoria-Geral da República (Ext nº 1.476/QO-Governo de Portugal, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 19/10/17).

3. Ante a ausência de tratado de extradição entre a República Federativa do Brasil e o Estado de Israel, não haveria como se aplicar, em sua

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 144

literalidade, o precedente em questão.4. Ocorre que, no curso do processo, entrou em vigor a Lei nº

13.445/17, que conferiu nova disciplina à extradição.5. Nos termos do art. 87 do referido diploma legal, o extraditando

poderá entregar-se voluntariamente ao Estado requerente, desde que o declare expressamente, esteja assistido por advogado e seja advertido de que tem direito ao processo judicial de extradição e à proteção que tal direito encerra, caso em que o pedido será decidido pelo Supremo Tribunal Federal.

6. Por sua vez, o art. 90 da Lei nº 13.445/17 determina que nenhuma extradição será concedida sem prévio pronunciamento do Supremo Tribunal Federal sobre sua legalidade e procedência, não cabendo recurso da decisão.

7. Nesse contexto, haja ou não concordância do extraditando, o pleito extradicional necessariamente deverá ser submetido à apreciação do Supremo Tribunal Federal.

8. Havendo concordância do extraditando, o pleito extradicional deverá tramitar de forma mais célere, independentemente de norma convencional, adotando-se a mesma ratio do julgado proferido na questão de ordem na Ext nº 1.476/Governo de Portugal.

9. Questão de ordem que se resolve no sentido de que competirá ao Relator, monocraticamente, após manifestação da Procuradoria-Geral da República, homologar a declaração de consentimento do extraditando que vier a ser exarada nos termos do art. 87 da Lei nº 13.445/17, independentemente da existência de norma convencional, decisão que equivalerá, para todos os efeitos, ao pronunciamento final dos órgãos fracionários da Suprema Corte nos processos de extradição.

10. O Estado requerente possui competência para a instrução e julgamento dos fatos narrados nos documentos que instruem a Nota Verbal nº 95, pois o crime imputado ao extraditando foi praticado em seu território (art. 78, I, da Lei nº 6.815/80, vigente à época em que o pedido de extradição foi deduzido, correspondente ao art. 83, I, da Lei nº 13.445/17).

11. O crime não possui conotação política, afastando-se, portanto, a vedação do art. 77 da Lei nº 6.815/80, vigente à época em que o pedido de extradição foi deduzido, correspondente ao art. 82, VII, da Lei nº 13.445/17.

12. O pedido formal de extradição foi devidamente instruído pelo Estado requerente com cópia do mandado de prisão expedido por autoridade judiciária competente (Tribunal do Distrito de Beer-Sheva), havendo indicações seguras a respeito da identidade do extraditando, bem como do local, da data, da natureza e das circunstâncias do fato delituoso (art. 80 da Lei nº 6.815/80, correspondente ao art. 88, § 3º, da Lei nº 13.445/17).

13. O requisito da dupla tipicidade foi preenchido, uma vez que o art. 428 do Código Penal israelense, que tipifica o crime de extorsão, encontra correspondência no art. 158 do Código Penal Brasileiro.

14. Existe óbice à incidência da causa de aumento de pena do art. 3º da Lei de Combate ao Crime Organizado (Lei nº 5763-2003) de Israel, segundo o qual [u]ma pessoa que cometa um crime no âmbito das atividades de uma organização criminosa, não (sic) estando um crime ao abrigo desta Lei ou um crime pelo qual a penalidade prescrita é a prisão perpétua obrigatória, será responsável pelo dobro da penalidade prevista para esse crime, mas não mais que a prisão por vinte e cinco anos.

15. A extorsão imputada ao extraditando teria sido praticada em novembro de 2010, sendo que o crime de organização criminosa somente veio a ser tipificado no Brasil pelo art. 2º da Lei nº 12.850/13.

16. Como decidido pelo Supremo Tribunal Federal, convenções internacionais, como a Convenção de Palermo, não se qualificam, constitucionalmente, como fonte formal direta legitimadora da regulação normativa concernente à tipificação de crimes e à cominação de sanções penais (RHC nº 121.835/-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 20/11/15).

17. O Estado Requerente fundamentou o pedido de extradição, mediante promessa de reciprocidade, exatamente na Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional (Convenção de Palermo), a reforçar a conclusão de que o crime de extorsão imputado ao extraditando teria sido praticado no contexto de uma organização criminosa, e não de mera quadrilha (ou associação criminosa).

18. Afastada a incidência da causa de aumento de pena da Lei de Combate ao Crime Organizado (Lei nº 5763-2003) de Israel, o extraditando deverá responder perante o Estado requerente tão somente pelo tipo fundamental do art. 428 do Código Penal israelense, sujeitando-se à pena máxima de 9 (nove) anos de reclusão.

19. Encontra-se presente o requisito da dupla punibilidade, haja vista que não ocorreu a prescrição da pretensão punitiva sob a óptica da legislação de ambos os Estados (art. 77, VI, da Lei nº 6.815/80, correspondente ao art. 82, VI, da Lei nº 13.445/17.).

20. Pedido parcialmente deferido para o fim de se autorizar a extradição pela imputação descrita no art. 428 do Código Penal israelense, afastando-se a incidência da causa de aumento de pena referente à organização criminosa (art. 3º da Lei de Combate ao Crime Organizado de Israel (Lei nº 5763/2003).

21. Deverá o Estado Requerente, para se efetivar a entrega do extraditando, assumir os compromissos previstos no art. 96 da Lei nº 13.445/17, dentre os quais os de não submeter o extraditando a prisão ou processo por fato anterior ao pedido de extradição (inciso I), computar o tempo da prisão que, no Brasil, foi imposta por força da extradição (inciso II) e não entregar o extraditando, sem consentimento do Brasil, a outro Estado que

o reclame (inciso IV)22. Havendo notícia de que o extraditando foi condenado à pena de 2

(dois) anos de reclusão, em regime aberto, por uso de documento falso no Brasil, deverá ser observado o disposto no art. 95 da Lei nº 13.455/17.”

Às fls. 246, certifica-se o trânsito em julgado do acórdão em 10.04.2018.

Por meio da petição nº 23.241/18 (fls. 252/253), a Procuradoria-Geral da República noticia que não foi cientificada do acórdão que deferiu parcialmente o pedido de extradição.

Nesse contexto, determinei à Secretaria Judiciária que esclarecesse o ocorrido (fls. 255/256), tendo ela se manifestado nos seguintes termos:

“(...) a Secretaria Judiciária, seguindo as rotinas adotadas nos últimos anos, nas diferentes gestões, não vem intimando a PGR, de ofício (ato cartorário ordinatório), das decisões exaradas em processos nos quais não é parte. Nesta Ext nº 1520, o Ministério Público foi intimado, tão somente, para manifestar-se, antes da decisão da Segunda Turma.

Esse assunto, porém, foi objeto de manifestação da Secretaria-Geral da Presidência, na data de ontem, dia 21/5/2018, no Processo SEI nº 7258/2017. Isso porque em diferentes oportunidades a própria PGR tem pugnado aqui no STF pela aplicação de novas regras para sua intimação.

A partir da referida data, nos foi então determinado, nos termos do processo supracitado:

‘(...) para atendimento às diferentes legislações, quais sejam: Constituição Federal, art. 103, § 1º, Lei Complementar nº 75/93 (dispõe sobre a organização, as atribuições e o estatuto do Ministério Público da União), Lei nº 8625/93 (institui a Lei Orgânica Nacional do Ministério Público), e nosso Regimento Interno, entendemos de determinar à SEJ:

a) que intime a PGR das decisões exaradas em todos os feitos enumerados no art. 52 do RISTF, e

b) que intime a PGR das decisões exaradas em todos os feitos nos quais os Ministros tenham determinado sua manifestação, ou seja, tenham entendido que neles deva o MP oficiar, mesmo que não constem do rol do art. 52 do RISTF.

Do ponto de vista prático, isso significa, quanto à alínea ‘a’, que a PGR deverá ser incluída pela Secretaria Judiciária como parte interessada, a partir da primeira decisão, e, quanto à alínea ‘b’, que será incluída a partir da determinação do relator para manifestação.’

É o que nos cumpre informar, sem prejuízo de qualquer outro esclarecimento que se faça necessário.”

Examinados os autos, decido.Consoante informado pela Secretaria Judiciária, na espécie, a

Procuradoria-Geral da República não foi intimada do acórdão que deferiu parcialmente o pedido de extradição.

Não há dúvida de que tal intimação é imprescindível, sobretudo, à vista do que dispõe o art. 103, § 1º, da Constituição Federal, segundo o qual

“[o] Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido na ações de inconstitucionalidade e em todos os processo de competência do Supremo Tribunal Federal ” . - Grifei.

Igualmente estabelece, expressamente, o art. 52, III, do Regimento Interno desta Corte. Confira:

“Art. 52. O Procurador-Geral terá vista dos autos:(...)III – nos processos oriundos de Estados estrangeiros;(...)”Especificamente no que concerne ao pedido de extradição, a Lei nº

13.445/2017 explicita a necessidade de intervenção do Ministério Público Federal no processamento do pedido de extradição. A respeito, transcrevem-se os dispositivos pertinentes:

“Art. 84. Em caso de urgência, o Estado interessado na extradição poderá, previamente ou conjuntamente com a formalização do pedido extradicional, requerer, por via diplomática ou por meio de autoridade central do Poder Executivo, prisão cautelar com o objetivo de assegurar a executoriedade da medida de extradição que, após exame da presença dos pressupostos formais de admissibilidade exigidos nesta Lei ou em tratado, deverá representar à autoridade judicial competente, ouvido previamente o Ministério Público Federal.

(...)Art. 86. O Supremo Tribunal Federal, ouvido o Ministério Público,

poderá autorizar prisão albergue ou domiciliar ou determinar que o extraditando responda ao processo de extradição em liberdade, com retenção do documento de viagem ou outras medidas cautelares necessárias, até o julgamento da extradição ou a entrega do extraditando, se pertinente, considerando a situação administrativa migratória, os antecedentes do extraditando e as circunstâncias do caso.

Art. 91. Ao receber o pedido, o relator designará dia e hora para o interrogatório do extraditando e, conforme o caso, nomear-lhe-á curador ou advogado, se não o tiver.

§ 1o A defesa, a ser apresentada no prazo de 10 (dez) dias contado da data do interrogatório, versará sobre a identidade da pessoa reclamada, defeito de forma de documento apresentado ou ilegalidade da extradição.

§ 2o Não estando o processo devidamente instruído, o Tribunal, a requerimento do órgão do Ministério Público Federal correspondente, poderá converter o julgamento em diligência para suprir a falta.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 145

§ 3o Para suprir a falta referida no § 2o, o Ministério Público Federal terá prazo improrrogável de 60 (sessenta) dias, após o qual o pedido será julgado independentemente da diligência.

§ 4o O prazo referido no § 3o será contado da data de notificação à missão diplomática do Estado requerente.

Art. 92. Julgada procedente a extradição e autorizada a entrega pelo órgão competente do Poder Executivo, será o ato comunicado por via diplomática ao Estado requerente, que, no prazo de 60 (sessenta) dias da comunicação, deverá retirar o extraditando do território nacional.”

Ora, se é obrigatória a manifestação prévia do Ministério Público Federal até mesmo para adoção de medidas cautelares, com maior razão deverá ser cientificado do inteiro teor do acórdão, podendo, inclusive, opor embargos de declaração.

Registro, por fim, que a intimação pessoal é prerrogativa processual do Ministério Público Federal, conforme art. 18, II, alínea “h”, da Lei Complementar nº 75/93 – que dispõe sobre a organização, as atribuições e o estatuto do Ministério Público da União. Transcreve, in verbis:

Lei Complementar nº 35, de 20 de maio de 1993“São prerrogativas dos membros do Ministério Público da União:I – institucionais:(...)II – processuais:(...)h) receber intimação pessoalmente nos autos em qualquer

processo e grau de jurisdição nos feitos em que tiver que oficiar.”À luz desses dispositivos, e uma vez demonstrada, na hipótese dos

autos, a ausência de intimação do Ministério Público Federal do acórdão que deferiu em parte o pedido de extradição, torno sem efeito a certidão de trânsito em julgado, expedida em 13.04.2018 (fls. 246), e determino à Secretaria que adote as providências necessárias à restituição do prazo recursal a que faz jus a Procuradoria-Geral da República.

Comuniquem-se o Diretor-Geral do Departamento de Polícia Federal, o Ministro de Estado da Justiça e o Ministro de Estado das Relações Exteriores do inteiro teor desta decisão.

Publique-se. Int..Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 124.761 (1222)ORIGEM : HC - 299094 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : NADIR APARECIDO SEGANTINIIMPTE.(S) : NADIR APARECIDO SEGANTINIPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 299.094 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHOHABEAS CORPUS – AUTUAÇÃO – RETIFICAÇÃO. 1. Nada justifica o lançamento das iniciais do paciente. Não se tem o

enquadramento da espécie em preceito a revelar segredo de justiça.2. Retifiquem a autuação para fazer constar, por inteiro, o nome do

paciente.3. Publiquem.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

HABEAS CORPUS 132.123 (1223)ORIGEM : RESP - 1311947 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : ALMIR CAPARROS FAGÁPACTE.(S) : ADALMIR CAPARROS FAGÁIMPTE.(S) : MÁRIO BARBOSA VILLAS BOAS (RJ117369/)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHOHABEAS CORPUS – PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA –

PARECER.1. Colham o parecer da Procuradoria-Geral da República.2. Publiquem.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

HABEAS CORPUS 132.198 (1224)ORIGEM : HC - 335329 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIO

PACTE.(S) : DINADIR ROSA DE JESUS FÁBIOIMPTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAISCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 335.329 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHOHABEAS CORPUS – PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA –

PARECER.1. Colham o parecer da Procuradoria-Geral da República.2. Publiquem.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

HABEAS CORPUS 133.053 (1225)ORIGEM : REsp - 1112366 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESPACTE.(S) : MARCOS ANTÔNIO DONADONIMPTE.(S) : FLÁVIO HENRIQUE UNES PEREIRA E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOTrata-se de Habeas Corpus impetrado contra acórdão proferido pela

Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça no julgamento do Recurso Especial 1.112.366/RO, submetido à relatoria do Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ.

Consta dos autos, em síntese, que o paciente, então Deputado Estadual e Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia, foi denunciado com outros 9 agentes (Doc. 3 – fls. 3-21) e condenado pelo Pleno do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia ao cumprimento de pena de 2 anos e 9 meses de reclusão pela prática do delito de quadrilha (art. 288 do CP) e de 16 anos e 8 meses de reclusão pelo crime de peculato (art. 312, caput, c/c art. 71, caput, ambos do CP) (Doc. 103 – fls. 4 e ss.).

Irresignada, a defesa interpôs Recurso Especial (Doc. 108 – fls. 25 e ss.), ao qual o Superior Tribunal de Justiça deu parcial provimento para decotar da pena-base a consideração negativa dos antecedentes, da conduta social e da personalidade, reajustando a reprimenda para 11 anos e 8 meses de reclusão quanto ao crime de peculato e para 2 anos e 3 meses de reclusão em relação ao delito de quadrilha (Doc. 128). Os subsequentes Embargos de Declaração foram rejeitados (Doc. 115 – fls. 5-17). Sobreveio a interposição de Recurso Extraordinário que, obstado na origem (Doc. 112 – fls. 20-21), foi alçado ao STF por meio do Agravo de Instrumento autuado como AI 743.714 (Doc. 114 – fl. 13), também sem sucesso.

Nesta ação, os impetrantes sustentam, em síntese, que: (a) deve ser corrigido o “excesso punitivo no cálculo das penas intermediárias, pela flagrante e manifesta ilegalidade consistente em aplicar agravante própria do concurso de pessoas (art. 29, CP), quando o concurso de pessoas nem sequer integrou a imputação contida na denúncia. (…) Se o paciente foi condenado por quadrilha formada para a prática do peculato e pelo próprio peculato visado pela quadrilha, carece o julgado de todo e qualquer fundamento para a incidência da figura do concurso eventual de pessoas. Não há base legal para que a circunstância de ‘chefia ou direção’ da associação criminosa pudesse interferir na dosagem das penas intermediárias dos dois delitos, porque: i) configura bis in idem, o caso da quadrilha; ii) é circunstância elementar do tipo penal do art. 288, CP, que, nessa condição, não se comunica ao crime autônomo e unissubjetivo do peculato.” (Doc. 2 – fls. 4-5); (b) “A única interpretação possível das regras vigentes sobre a dosimetria penal orienta no seguinte sentido: se uma determinada circunstância não figura na lei como agravante/atenuante ou como causa especial de aumento/diminuição, sempre em relação a cada espécie de delito, poderá o juiz tomá-la em consideração para a fixação da pena-base. (…) Assim deve ser, pois, ao contrário, se o julgador desacolhe a hipótese de concurso eventual, como no presente caso, sancionando o acusado por reconhecer a existência de uma associação permanente, deve sopesar a circunstância de chefia ou direção no momento do cálculo da pena-base, ao menos no tocante ao crime de concurso necessário, mas nunca na segunda fase da dosimetria” (Doc. 2 – fls. 5-6); (c) houve dupla valoração negativa da mesma circunstância, pois os mesmos fatos considerados para exacerbação da pena-base em relação aos motivos foram valorados na análise da culpabilidade, além de serem inerentes ao próprio tipo penal do peculato; (d) ao suprimir a oportunidade de o paciente requerer diligências após o encerramento da inquirição de testemunhas, o Tribunal local incidiu em violação ao art. 10 da Lei 8.038/1990, com evidente prejuízo à ampla defesa e ao devido processo legal; (e) o paciente ainda sofre constrangimento ilegal decorrente na demora do STJ no julgamento do HC 321.003. Requerem, assim (Doc. 1 – fl. 20):

i) Em primeiro, a concessão da ordem para a supressão da agravante prevista no art. 62, I, do CP, nas penas intermediárias de ambos os delitos;

ii) Em segundo, a concessão da ordem para a supressão do aumento da pena-base resultante da consideração dos motivos, porque os mesmos fatos valorados no tocante aos motivos são também considerados na análise

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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da culpabilidade, sendo que os fundamentos apontados para a elevação da pena-base, neste particular, não se distinguem da própria definição do dolo do tipo penal do peculato;

iii) Em terceiro, a concessão da ordem para anulação do processo desde a fase do requerimento de diligências complementares (art. 10, Lei nº 8.038/90), sendo concedida ao Paciente a oportunidade anteriormente engada, qual seja, de apresentação das diligências que julgar conveniente;

(...)v) Em quinto, seja reconhecido o constrangimento ilegal suportado

pelo Paciente decorrente da injustificada demora na apreciação do Habeas Corpus 321003, impetrado em 10.04.2015 e apto a julgamento com parecer da PGR desde 05.05.2015, com a consequente determinação ao c. Superior Tribunal de Justiça para que proceda, em prazo razoável, à análise do HC 321003, de relatoria do Eminente Ministro Rogério Schietti;

Meu antecessor, o Ministro TEORI ZAVASCKI, solicitou informações ao Ministro relator do HC 321.003 (Doc. 130), que, em resposta, juntou aos autos o Ofício GMRS 009/2016 (Doc. 132).

Instada a se manifestar, a Procuradoria-Geral da República apresentou parecer assim sumariado (Doc. 133):

Habeas corpus. Ausência de apreciação pelo STJ da incidência da agravante do art. 62, I, do CP. Supressão de instância. Alegação de nulidade por violação ao art. 10 da Lei nº 8.038/90. Não demonstração de prejuízo. Princípio geral das nulidades – pas de nullité sans grief. Preclusão. Dosimetria da pena. Inexistência de bis in idem. Consideração de diferentes elementos para a valoração negativa da culpabilidade e dos motivos do crime. Dados singulares que extrapolam as elementares do crime de peculato. Parecer pelo conhecimento parcial do writ e, nessa extensão, pela sua denegação.

Por oportuno, anota-se que transitou em julgado em 25/11/2017 o AI 743.714, decorrente da negativa de admissibilidade ao recurso extraordinário interposto concomitantemente ao ato reputado coator (Recurso Especial 1.112.366/RO).

É o relatório. Decido. Na espécie, já houve o trânsito em julgado da condenação imposta

ao ora paciente, de modo que há óbice processual a impedir o conhecimento desta impetração. Com efeito, esta CORTE não tem admitido a utilização do Habeas Corpus como sucedâneo de revisão criminal (HC 136.898-AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Tribunal Pleno, DJe de 5/9/20172017; HC 152.105-AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 10/5/2018; HC 146.775-AgR, Rel. Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, DJe de 4/4/2018; HC 125.865-AgR, Rel. Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, DJe de 14/3/2018; HC 149.653-AgR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Segunda Turma, DJe de 6/2/2018; HC 135.129-AgR, Rel. Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe de 22/2/2018; HC 144.323-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 30/8/2017).

Acrescente-se que as questões ligadas à condenação do paciente já foram amplamente enfrentadas em diferentes instâncias de julgamento, mediante estreita observância ao contexto fático-probatório revelado nos autos. Só no âmbito do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, o AI 743.714, decorrente da negativa de admissibilidade ao Recurso Extraordinário interposto concomitantemente ao Recurso Especial 1.112.366/RO, ato reputado coator neste writ, teve o seguinte trâmite: (a) o Relator, à época o Ministro TEORI ZAVASCKI, negou-lhe provimento em decisão publicada no DJe de 4/11/2015; (b) a Segunda Turma negou provimento ao Agravo Regimental em 15/12/2015; (c) em 8/3/2016, a Segunda Turma rejeitou os Embargos de Declaração da defesa; (d) por meio de decisão publicada no DJe de 1º/8/2016, o Relator não admitiu os subsequentes Embargos de Divergência; (e) em 9/12/2016, o Plenário negou provimento ao Agravo Regimental, em julgamento virtual; (f) por substituição (art. 38 do RISTF), em 22/3/2017, me foi atribuída a relatoria deste processo, e, em 20/10/2017, também por meio de julgamento virtual, o Plenário rejeitou os Embargos de Declaração defensivos; (g) em 9/2/2018, o Plenário não conheceu dos segundos Embargos de Declaração e determinou a certificação do trânsito em julgado e a baixa destes autos – na fase de “Embargos de Declaração nos Embargos de Declaração no Agravo Regimental nos Embargos de Divergência nos Embargos de Declaração no Agravo Regimental no Agravo de Instrumento” – ao Juízo de origem.

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, NEGO SEGUIMENTO AO HABEAS CORPUS, com a recomendação ao Superior Tribunal de Justiça de imprimir a máxima celeridade ao julgamento do HC 321.003.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro ALEXANDRE DE MORAESRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 135.361 (1226)ORIGEM : HC - 338188 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : AMILCAR TOME FRANCISCOIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULO

COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Vistos, etc.No presente writ, alega a Impetrante nulidade da decisão de

regressão de regime em razão da falta de prévia oitiva judicial do reeducando, nos termos do art. 118, § 2º, da Lei de Execução Penal. Defende a desclassificação da infração de natureza grave para média ou leve, porquanto atípica a conduta. Requer, em medida liminar, a suspensão dos efeitos da decisão impugnada. No mérito, pugna pela anulação da decisão objurgada e, sucessivamente, pela absolvição do paciente.

Colho dos autos a informação de que a decisão de primeiro grau foi anulada no tocante à perda dos dias remidos, por força de ordem concedida, de ofício, pelo Superior Tribunal de Justiça.

Extraio, então, que a única medida restritiva da liberdade do paciente que ainda penderia, por força da decisão do juízo de primeiro grau (datada de ano de 2014), diz com a regressão do sentenciado ao regime fechado.

É possível, porém, que o transcurso do tempo tenha produzido a alteração do quadro prisional do executado/paciente, não estando mais sujeito aos efeitos do ato apontado como coator, o que ensejaria a perda do objeto da presente impetração.

Por essa razão, determino:a) Oficie-se ao Juízo da Vara em que tramita a Execução Penal

autuada sob o nº 7005711-85.2014.8.26.0482 (controle VEC 817.255), na Comarca de São José do Rio Preto/SP, a fim de que, no prazo de 5 dias, preste informações sobre a situação prisional do apenado Amilcar Tome Francisco, em especial sobre o eventual cumprimento de pena e sobre o regime em que atualmente se encontra.

Com a chegada das informações, voltem os autos conclusos com prioridade.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

HABEAS CORPUS 135.470 (1227)ORIGEM : RHC - 55679 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : BAHIARELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : NELVANDO CARDOSO DA SILVAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pela Defensoria Pública da União em favor de Nelvando Cardoso da Silva, contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao RHC 55.679/BA.

O paciente foi denunciado pela prática, em tese, do crime de homicídio, na modalidade tentada, tipificado no art. 121, caput, c/c art. 14, II, do Código Penal, por fato ocorrido em 04.10.1999. O magistrado de primeiro grau, após a citação editalícia do réu foragido, suspendeu o feito e o prazo prescricional e determinou a produção antecipada de provas, nos termos do art. 366 do Código de Processo Penal.

Irresignada, a Defesa impetrou habeas corpus perante o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, que denegou a ordem.

Após, submetida a questão ao Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao RHC 55.679/BA.

Nesse writ, a Defesa alega, em síntese, nulidade da ação penal dado o não esgotamento dos meios para realização da citação pessoal do paciente. Sustenta a falta de fundamentação idônea da decisão que determinou a produção antecipada de provas. Requer, em medida liminar e no mérito, o reconhecimento de nulidade processual desde a citação.

Em 1º.8.2016, indeferi a liminar.O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do Subprocurador-

Geral da República José Bonifácio Borges de Andrada, opina pelo não conhecimento do habeas corpus.

É o relatório. Decido. Extraio do ato dito coator: “PENAL E PROCESSO PENAL. RECURSO EM HABEAS CORPUS.

1. CITAÇÃO POR EDITAL. AUSÊNCIA DE ESGOTAMENTO DOS MEIOS PARA LOCALIZAÇÃO DO RÉU. NÃO OCORRÊNCIA. ACUSADO PROCURADO EM SEU ENDEREÇO. NOTÍCIA DE FUGA APÓS O CRIME. NÃO VERIFICAÇÃO DE DESÍDIA ESTATAL. 2. SUSPENSÃO DO PROCESSO E DO PRAZO PRESCRICIONAL. ART. 366 DO CPP. PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVAS. DECISÃO FUNDAMENTADA. RISCO REAL DE PERECIMENTO DA PROVA. FATO OCORRIDO EM 1999. PROVAS PRODUZIDAS EM 2013. PROCESSO AINDA SUSPENSO. 3. PROVAS PRODUZIDAS NA PRESENÇA DE DEFENSOR NOMEADO. POSSIBILIDADE DE REPETIÇÃO NA PRESENÇA DO RECORRENTE. EQUILÍBRIO ENTRE A BUSCA DA VERDADE REAL E O DIREITO À AMPLA DEFESA. AUSÊNCIA DE PREJUÍZO. 4. RECURSO EM HABEAS CORPUS IMPROVIDO.

1. Não é possível se falar em desídia estatal pelo não esgotamento

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 147

dos meios para localização do réu, haja vista o oficial de justiça ter efetivamente se dirigido ao endereço constante dos autos, sendo informado pelos familiares o acusado que este estaria em local incerto e não sabido. Ademais, a própria inicial acusatória já trazia informação no sentido de que o recorrente teria se evadido após a prática delitiva. Nesse contexto, não me parece existirem outras diligências possíveis para viabilizar a citação pessoal do réu, uma vez que este está deliberadamente se escondendo.

2. A produção antecipada de provas é providência expressamente autorizada pelo art. 366 do Código de Processo Penal, em virtude da suspensão do processo. Porém, não é possível antecipar toda e qualquer produção probatória, mas apenas aquela considerada urgente, devendo a decisão ser concretamente fundamentada, nos termos do verbete n. 455 do Superior Tribunal de Justiça. No caso dos autos, verifico que o Magistrado de origem, após o decurso de mais de 13 (treze) anos entre a data dos fatos e o momento da prolação da decisão autorizando a oitiva antecipada das testemunhas, consignou expressamente a urgência da prova testemunhal. Ademais, o fato de o processo ainda não ter retomado seu curso normal revela de forma irrefutável a necessidade de preservação da prova.

3. Eventual nulidade no processo penal não prescinde da efetiva demonstração do prejuízo, o que sequer foi apontado pela defesa. Note-se que a produção antecipada de provas é realizada na presença de defensor nomeado, podendo, ademais, serem renovadas ou requeridas novas diligências no momento em que o acusado comparecer ao processo. Trata-se, portanto, de postura que melhor se coaduna com o moderno processo penal, pois privilegia a busca da verdade real, por meio da produção de provas antecipadas, bem como o princípio da ampla defesa, possibilitando ao paciente o exercício da autodefesa, razão pela qual não há se falar em prejuízo à defesa.

4. Recurso em habeas corpus improvido.”O paciente foi denunciado pela prática de crime de homicídio, na

modalidade tentada, tipificado no art. 121, caput, c/c art. 14, II, do Código Penal. Os fatos criminosos ocorreram em 04.10.1999, momento em que o paciente engendrou fuga do distrito da culpa. Após o recebimento da denúncia, foi expedido mandado de citação, não efetivado dado o fato de o paciente estar em local incerto e não sabido.

Em relação à localização do réu, revelam os autos que “segundo certidão acostada à fl. 29, o oficial de justiça buscou, no endereço constante nos autos, intimar pessoalmente o ora paciente, providência inviabilizada pela fuga, consoante afirmado pelos próprios familiares do acusado ao meirinho”. Aliás, “o meirinho se dirigiu ao local que, de fato, seria o da residência do acusado e o primo deste informou que o paciente encontra-se em local incerto e não sabido, o que se coaduna com a informação contida na denúncia de que o acusado se evadiu logo após a prática delitiva, aparentemente com o fito de burlar a aplicação da lei penal”.

Posteriormente, o magistrado de primeiro grau determinou a citação por edital e, ato contínuo, determinou a suspensão do processo e do prazo prescricional em 26.10.2001, nos termos do art. 366 do Código de Processo Penal.

Nada colhe a alegação defensiva de nulidade da citação por edital. Na hipótese, o oficial de justiça se dirigiu ao endereço disponível nos

autos, oportunidade em que os parentes do réu esclareceram que o mesmo estava em local incerto e não sabido, informação, inclusive, corroborada pela exordial acusatória indicativa da fuga do paciente logo após o cometimento do delito. Na esteira do ato dito coator, “não me parece existirem outras diligências possíveis para viabilizar a citação pessoal do réu, uma vez que este está deliberadamente se escondendo”.

Na linha da jusrisprudência desta Suprema Corte, “afastada a alegação de nulidade da citação por edital porque não teriam sido esgotados todos os meios de encontrar o paciente, uma vez que este foi considerado foragido durante toda ação penal” (HC 108.420/PE, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe 31.8.2011); “No caso, a citação editalícia decorreu da constatação de que durante as investigações policiais, o paciente fugiu do distrito da culpa. Fuga, essa, que embasou posterior ordem de prisão, ainda hoje não cumprida, ante a não localização do paciente” (HC 94.335/MS, Rel. Min. Ayres Britto, 1ª Turma, DJe 17.4.2009); “modalidade de citação que não pode ser considerada descabida, se inexistia nos autos registro da residência do paciente, mas, apenas, de que se ausentara para lugar incerto e não sabido após o crime” (HC 80.972/RJ, Rel. Min. Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJe 22.02.2002).

Nesse contexto, para concluir em sentido diverso quanto ao exaurimento ou não dos meios para localização do réu, imprescindível o reexame e a valoração de fatos e provas, para o que não se presta a via eleita. Esta Suprema Corte já assentou que “A ação de habeas corpus – de caráter sumaríssimo – constitui remédio processual inadequado, quando ajuizada com objetivo (a) de promover a análise aprofundada da prova penal, (b) de efetuar o reexame do conjunto probatório regularmente produzido, (c) de provocar a reapreciação da matéria de fato e (d) de proceder à revalorização dos elementos indiciários e/ou coligidos no procedimento penal” (HC 92.887/GO, Rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, DJe 19.12.2012).

Por outro lado, carece de plausibilidade jurídica a alegada falta de fundamentação idônea da decisão que determinou a produção antecipada de provas.

O Superior Tribunal de Justiça apontou que “o Magistrado de origem,

após o decurso de mais de 13 (treze) anos entre a data dos fatos e o momento da prolação da decisão autorizando a oitiva antecipada das testemunhas, consignou expressamente a urgência da prova testemunhal. Ademais, o fato de o processo ainda não ter retomado seu curso normal revela de forma irrefutável a necessidade de preservação da prova”.

Em julgamento de questão semelhante à dos autos, esta Suprema Corte assentou que a produção antecipada de prova testemunhal é “medida necessária, considerando a gravidade do crime praticado e a possibilidade concreta de perecimento (testemunhas esquecerem de detalhes importantes dos fatos em decorrência do decurso do tempo)” (HC 135.386/DF, Rel. p/ acórdão Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe 02.8.2017).

De todo modo, o sistema de nulidade previsto no Código de Processo Penal, no qual vigora o princípio do pas de nullité san grief, orienta que, inexistindo prejuízo, não se proclama a nulidade do ato processual. Esta Suprema Corte tem, reiteradamente, se posicionado no sentido de que se faz necessária a demonstração de efetivo prejuízo para a decretação de nulidade, seja ela absoluta ou relativa (HC 107.769/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 28.11.2011), hipótese não ocorrida no presente feito.

Anoto, por fim, que o magistrado de primeiro grau, em observância aos postulados constitucionais da ampla defesa e do contraditório, determinou, inclusive, a intimação da Defensoria Pública para acompanhar a audiência designada para a oitiva antecipada das testemunhas arroladas na denúncia.

Ante o exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (art. 21, § 1º, RISTF).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa Weber Relatora

HABEAS CORPUS 135.869 (1228)ORIGEM : ARESP - 852898 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : SÉRGIO JOSÉ BAETA GOMESIMPTE.(S) : GUILHERME COELHO COLEN (64576/MG) E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, impetrado por Guilherme Coelho Colen e outros em favor de Sérgio José Baeta Gomes, contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça que rejeitou os embargos de declaração no agravo regimental no AREsp 852.898/MG.

O Juízo da 4ª Vara Criminal da Comarca de Contagem/MG condenou o paciente à pena de 2 (dois) anos e 8 (oito) meses de reclusão, em regime inicial aberto, substituída por duas penas restritivas de direito, pela prática do crime de corrupção passiva (art. 317, § 1º, do CP). Naquela oportunidade, o magistrado de primeiro grau decretou a perda do cargo público do paciente, nos termos do art. 92, I, a, do Código Penal.

Inconformada com a condenação do paciente, a Defesa interpôs apelação perante o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, que negou provimento ao recurso. Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.

A Defesa, então, manejou recurso especial, que, inadmitido na origem, ensejou a interposição de agravo perante o Superior Tribunal de Justiça. O Ministro Sebastião Reis Júnior, via decisão monocrática, negou provimento ao agravo. Ato contínuo, manejados, sem sucesso, agravo regimental e embargos de declaração.

Neste writ, os Impetrantes alegam falta de fundamentação da sentença que determinou a perda do cargo público do paciente, em afronta ao art. 92, parágrafo único, do Código Penal. Sustentam a impossibilidade de imposição de perda do cargo público, uma vez substituída a pena privativa de liberdade por restritivas de direitos. Requerem a concessão da ordem para cassar os efeitos do édito condenatório quanto à perda do cargo público.

O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral da República José Bonifácio Borges de Andrada, opina pela denegação da ordem de habeas corpus.

É o relatório. Decido. Extraio do ato dito coator:“PENAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO

REGIMENTAL EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. CORRUPÇÃO ATIVA E PASSIVA. INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS. INFRINGÊNCIA A DEVER FUNCIONAL. PROVAS DOCUMENTAIS E TESTEMUNHAIS. AUTORIA E MATERIALIDADE COMPROVADAS. REEXAME FÁTICO. ACÓRDÃO RECORRIDO BEM FUNDAMENTADO. VIOLAÇÃO DOS DEVERES DA ADMINISTRAÇÃO. PERDA DE CARGO PÚBLICO. CONJUNTO PROBATÓRIO. SÚMULA 7/STJ.

1. Devidamente autorizada pela autoridade judicial a interceptação telefônica, foram os réus flagrados em diálogos referentes a episódio de corrupção ativa e passiva, o que não traz ilegalidade.

2. As razões recursais sobre ausência de fundamentação no que tange à autoria e materialidade encontram ainda o óbice da Súmula 7/STJ, porquanto a fundamentação do julgado estadual está completa e amparada

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 148

pelas provas dos autos.3. Conforme atenta leitura do aresto estadual, constata-se que a tese

dos recorrentes foi rechaçada, não havendo vício a ser sanado, apreciada quanto ao nascedouro da ação penal.

4. Ambos os embargos de declaração rejeitados.” A jurisprudência desta Corte é no sentido da inviabilidade, como

regra, de utilização do writ como sucedâneo recursal ou revisão criminal (RHC 123.813/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 21.11.2014; HC 121.255/SP, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 01.8.2014), com ressalva, nesta última hipótese, de serem os fatos incontroversos (HC 139.741/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, 2ª Turma, j. 06.3.2018).

Por outro lado, destaco precedentes desta Casa refratários à utilização de habeas corpus nos casos de decretação da perda de cargo público como efeito da condenação, porquanto não relacionada à liberdade de locomoção. Nesse espectro: “Decretação da perda do cargo público: Via processual inadequada. Ausência de violação à liberdade de locomoção” (RHC 122.468-AgR/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia, 2ª Turma, DJe 15.10.2014); “O habeas corpus destina-se, exclusivamente, à proteção da liberdade de locomoção ameaçada ou violada por ilegalidade ou abuso de poder, não podendo ser manejado para pleitear a reintegração em cargo público, posto tratar-se de questão alheia ao direito de ir e vir” (HC 114.490-AgR/SP, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 12.3.2014); “É incabível o habeas corpus em que se evidencia a pretensão de, por via transversa, obter-se a reintegração no cargo público. Precedentes” (RHC 118.015/SP, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, DJe 08.10.2013); e “O habeas corpus, nos moldes da Constituição Federal (inciso LXVIII do artigo 5º), tem por alvo a liberdade de locomoção dos indivíduos. Impropriedade dessa via para discussão da legalidade do efeito secundário da sentença penal condenatória, consubstanciado na ‘perda do cargo público’” (RHC 93.308/RS, Rel. Min. Ayres Britto, 1ª Turma, DJe 06.3.2009). No mesmo sentido: RHC 127.758-AgR/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, 2ª Turma, DJe 07.3.2016.

Ante o exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (art. 21, § 1º, RISTF).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa Weber Relatora

HABEAS CORPUS 136.115 (1229)ORIGEM : ERESP - 1304403 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : PAULO ROBERTO RIBAS LOUREIROPACTE.(S) : CRISTOPHER LACOURT LOUREIROIMPTE.(S) : CARLOS GUILHERME MACEDO PAGIOLA CORDEIRO

(0016203/ES)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por Carlos Guilherme Macedo Pagiola Cordeiro em favor de Paulo Roberto Ribas Loureiro e Cristopher Lacourt Loureiro, contra ato do Superior Tribunal de Justiça exarado nos autos do EREsp 1.304.403/RJ.

Narra a inicial que Paulo Roberto Ribas Loureiro e Cristopher Lacourt Loureiro foram condenados às penas de 4 (quatro) anos, 2 (dois) meses e 12 (doze) dias de reclusão e de 3 (três) anos de reclusão, respectivamente, pela prática de crime contra a ordem tributária, tipificado no art. 1º, I e II, da Lei 8.137/90.

Após o julgamento do recurso de apelação, a Defesa interpôs recurso especial admitido pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Ato contínuo, o Superior Tribunal de Justiça, via decisão monocrática da lavra da Ministra Maria Thereza de Assis Moura, negou seguimento ao recurso especial. Ato contínuo, foram manejados, sem sucesso, embargos de declaração, agravo regimental, embargos de divergência, agravo regimental, embargos de declaração, recurso extraordinário, agravo regimental, embargos de declaração, agravo em recurso extraordinário e embargos de declaração. Posteriormente, em 30.6.2016, a Ministra Laurita Vaz, via decisão monocrática, deferiu pedido ministerial, “para determinar a remessa de cópia integral dos presentes autos ao Juízo competente paras as providências que se fizerem necessárias”.

No presente writ, insurge-se o Impetrante, em síntese, contra a execução provisória da pena dos pacientes. Aduz a necessidade de detração de 5 (cinco) meses da pena de Paulo Roberto. Noticia que a pena privativa de liberdade de Cristopher foi substituída por restritiva de direitos, a inviabilizar, dessa maneira, a execução provisória da pena. Salienta que o édito condenatório ainda não transitou em julgado. Requer, em medida liminar e no mérito, a suspensão da execução provisória da pena aplicada aos pacientes.

Em 2.9.2016, indeferi a liminar. O Ministério Público Federal, em parecer da lavra da

Subprocuradora-Geral da República Cláudia Sampaio Marques, opina pela denegação da ordem.

É o relatório.Decido.Extraio do ato dito coator:“Trata-se de petição manejada pelo Ministério Público Federal, na

qual requer “[...] a remessa de cópia integral dos presentes autos ao juízo de origem, para que este promova a execução provisória da condenação” (fl. 1.140).

Defiro o pedido, para determinar a remessa de cópia integral dos presentes autos ao Juízo competente para as providências que se fizerem necessárias.”

Registro a existência de óbice ao conhecimento do presente habeas corpus, uma vez não esgotada a jurisdição do Superior Tribunal de Justiça. O ato impugnado é mera decisão monocrática e não o resultado de julgamento colegiado. Deveria a Defesa, pretendendo a reforma da decisão monocrática, ter manejado agravo regimental para que a questão fosse apreciada pelo órgão colegiado (HC 122.275-AgR/SP, Rel. Min. Teori Zavascki, 2ª Turma, DJe 01.7.2014).

Por outro lado, ao exame da petição defensiva nos autos do AgRg nos EDcl no ARE nos EDcl no AgR no RE nos EDcl no AgRg nos Embargos de Divergência em REsp 1.304.403/RJ, o Ministro Humberto Martins, do Superior Tribunal de Justiça, asseverou que “Nada mais há para se decidir nos presentes autos, tendo em vista que já exaurida a prestação jurisdicional. Na verdade, infere-se claramente dos autos que os requerentes buscam, por via oblíqua e por meio da interposição sucessiva de recursos, a subida do recurso extraordinário, indeferido por ausência de repercussão geral” e “a interposição descabida e desmedida de sucessivos recursos configura abuso do direito de recorrer, autorizando a baixa imediata dos autos, como já determinado na decisão de acórdão de fls. 1182⁄1185 (e-STJ).”

Nesse espectro, em consulta ao andamento processual do feito na origem (EREsp 1.304.403/MG), observo o respectivo trânsito em julgado em 03.5.2016, tendo o presente habeas corpus sido impetrado em 08.8.2016, o que revela a pretensão do impetrante de se utilizar do remédio constitucional como substitutivo da revisão criminal.

A garantia da coisa julgada constitui direito fundamental de estatura constitucional (artigo 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal) passível de relativização nas hipóteses taxativas previstas no artigo 621 do Código de Processo Penal (NUCCI, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal Comentado. 14 edição, rev. atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense, 2015, p. 1236), pela via processual adequada.

Já a competência absoluta para o processamento e julgamento de eventual revisão criminal, na hipótese, não recairia sobre o Supremo Tribunal Federal (artigo 624, inciso II, do Código de Processo Penal), de modo a implicar, o conhecimento da matéria de fundo pela via substitutiva do habeas corpus, supressão de instância jurisdicional.

A jurisprudência desta Corte é no sentido da inviabilidade, como regra, de utilização do writ como sucedâneo recursal ou revisão criminal (RHC 123.813/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 21.11.2014; HC 121.255/SP, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 01.8.2014), com ressalva, nesta última hipótese, de serem os fatos incontroversos (HC 139.741/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, 2ª Turma, j. 06.3.2018).

Além disso, nada colhe a tese defensiva relativa à detração da pena. Na esteira da jurisprudência desta Casa, “Para apreciar a pretensão do Impetrante de detração do tempo de prisão cautelar do Paciente no curso do processo do total da pena seria necessário novo exame dos parâmetros legais definidores do regime prisional inicial: questão a ser dirimida pelo juízo da execução competente” (HC 133.867/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, 2ª Turma, DJe 30.6.2016).

Ademais, o ato apontado como coator está em conformidade com a jurisprudência hoje prevalecente neste Supremo Tribunal Federal no sentido de que a execução provisória de acórdão penal condenatório proferido em julgamento de apelação, ainda que sujeito a recurso especial ou extraordinário, não compromete o princípio constitucional da presunção de inocência afirmado pelo artigo 5º, inciso LVII, da Constituição Federal (HC 126.292/SP, Rel. Min. Teori Zavascki, Plenário, DJe 17.5.2016). O princípio da colegialidade levou-me à observância dessa orientação, ressalvada minha compreensão pessoal a respeito, vencida que fiquei na oportunidade.

Acresço que, em 05.10.2016, o Supremo Tribunal Federal reafirmou o aludido entendimento, ao indeferir as medidas cautelares formuladas nas ADC's 43 e 44, em que se pretendia, ao argumento da inconstitucionalidade do art. 283 do CPP, a suspensão das execuções provisórias da condenação confirmada em sede do juízo de 2º grau.

Por outro lado, em 10.11.2016, a matéria voltou a ser objeto de apreciação por esta Suprema Corte, sob a sistemática da repercussão geral, no ARE 964.246-RG/SP, Rel. Min. Teori Zavascki, Plenário Virtual, DJe 25.11.2016, tendo sido reafirmada a jurisprudência dominante no sentido de que a execução provisória de acórdão penal condenatório proferido em grau recursal, ainda que sujeito a recurso especial ou extraordinário, não compromete o princípio constitucional da presunção de inocência afirmado pelo artigo 5º, inciso LVII, da Constituição Federal .

Ademais, a jurisprudência firmada pelas 1ª e 2ª Turmas desta Suprema Corte, ao afastar os argumentos de reformatio in pejus e/ou de retroatividade desfavorável ao paciente, ratificou a viabilidade da execução provisória da pena. Destaco julgados:

“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA. ARTIGO 1º, I E II, DA LEI 8.137/90. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. INADMISSIBILIDADE. COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA JULGAR HABEAS CORPUS: CRFB/

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 149

88, ART. 102, I, D E I. HIPÓTESE QUE NÃO SE AMOLDA AO ROL TAXATIVO DE COMPETÊNCIA DESTA SUPREMA CORTE. EXECUÇÃO PROVISÓRIA SUPERVENIENTE À CONDENAÇÃO EM SEGUNDA INSTÂNCIA E ANTES DO TRÂNSITO EM JULGADO DO PROCESSO. POSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA. INEXISTÊNCIA DE TERATOLOGIA, ABUSO DE PODER OU FLAGRANTE ILEGALIDADE. APLICABILIDADE DO ENTENDIMENTO FIRMADO PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM SEDE DE REPERCUSSÃO GERAL. TEMA 925. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. A execução provisória de pena restritiva de direitos imposta em condenação de segunda instância, ainda que pendente o efetivo trânsito em julgado do processo, não ofende o princípio constitucional da presunção de inocência, conforme decidido por esta Corte Suprema no julgamento das liminares nas ADC nºs 43 e 44, no HC nº 126.292/SP e no ARE nº 964.246, este com repercussão geral reconhecida – Tema nº 925. Precedentes: HC 135.347-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Edson Fachin, DJe de 17/11/2016, e ARE 737.305-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 10/8/2016. 2. In casu, o recorrente foi condenado, em sede de apelação, à pena de 3 (três) anos, 7 (sete) meses e 16 (dezesseis) dias de reclusão, em regime aberto, substituída por restritivas de direitos, bem como ao pagamento de 16 (dezesseis) dias-multa pela prática do crime previsto no artigo 1º, I e II, da Lei n. 8.137/1990. 3. A competência originária do Supremo Tribunal Federal para conhecer e julgar habeas corpus está definida, exaustivamente, no artigo 102, inciso I, alíneas d e i, da Constituição da República, sendo certo que o paciente não está arrolado em qualquer das hipóteses sujeitas à jurisdição desta Corte. 4. Agravo regimental desprovido.” (HC 141.978-AgR/SP, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 01.8.2017)

“Processual penal. Embargos Declaratórios recebidos como Agravo Regimental em Habeas Corpus. Condenação por estupro de vulnerável. execução provisória. Possibilidade.

1. Não cabem embargos declaratórios contra decisão monocrática proferida pelo Ministro Relator. Conversão dos embargos em agravo regimental.

2. A execução de decisão penal condenatória proferida em segundo grau de jurisdição não viola o princípio constitucional da presunção de inocência ou não-culpabilidade.

3. A orientação adotada pelo Plenário do STF, no julgamento do HC 126.292, Rel. Min. Teori Zavascki, não significou aplicação retroativa de lei penal mais gravosa. Precedentes.

4. Agravo regimental desprovido.” (HC 135.567-ED/SP, Rel. Min. Roberto Barroso, 1ª Turma, DJe 16.3.2017)

“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. DECISÃO MONOCRÁTICA. INEXISTÊNCIA DE ARGUMENTAÇÃO APTA A MODIFICÁ-LA. MANUTENÇÃO DA NEGATIVA DE SEGUIMENTO. CONDENAÇÃO EM SEGUNDO GRAU. EXECUÇÃO PROVISÓRIA. POSSIBILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.

1. A inexistência de argumentação apta a infirmar o julgamento monocrático conduz à manutenção da decisão recorrida.

2. Nos termos do decidido pelo Tribunal Pleno, a execução provisória de acórdão penal condenatório proferido em grau de apelação, ainda que sujeito a recurso especial ou extraordinário, não compromete o princípio constitucional da presunção de inocência afirmado pelo artigo 5º, inciso LVII da Constituição Federal. (HC 126292, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2016).

3. Na mesma direção, ao indeferir tutela cautelar nas ADCs 43 e 44, o Plenário conferiu interpretação conforme ao art. 283, CPP, para o fim de assentar que é coerente com a Constituição o principiar de execução criminal quando houver condenação confirmada em segundo grau, salvo atribuição expressa de efeito suspensivo ao recurso cabível.

4. Por fim, sob a ótica da repercussão geral, o Tribunal reafirmou sua jurisprudência para o fim de explicitar que a execução provisória de acórdão penal condenatório proferido em grau recursal, ainda que sujeito a recurso especial ou extraordinário, não compromete o princípio constitucional da presunção de inocência afirmado pelo artigo 5º, inciso LVII, da Constituição Federal. (ARE 964246, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 11.11.2016)

5. Agravo regimental desprovido.” (HC 137.908-AgR/SP, Rel. Min. Edson Fachin, 1ª Turma, DJe 06.3.2017)

“Agravo regimental em habeas corpus. Penal. Crime de evasão de divisas (art. 22 da Lei nº 7492/86). Condenação confirmada em segundo grau. execução provisória da pena determinada. Pretendida desconstituição da medida. Negativa de seguimento ao writ por incidência da Súmula nº 691/STF. Possibilidade. Inteligência do art. 21, § 1º, do RISTF. Não ocorrência de violação do princípio da colegialidade. Precedentes. Inexistência de ilegalidade flagrante capaz de temperar o rigor da súmula em evidência. Agravo regimental não provido.

1. Não ofende o princípio da colegialidade o uso pelo relator da faculdade prevista no art. 21, § 1º, do Regimento Interno da Corte, o qual lhe confere a prerrogativa de, monocraticamente, negar seguimento a pedido ou recurso manifestamente inadmissível, improcedente ou contrário a jurisprudência dominante ou a súmula do Tribunal.

2. A hipótese narrada nos autos não enseja a superação do enunciado da Súmula nº 691 da Suprema Corte. A decisão ora hostilizada não merece reparos, pois a questão foi resolvida nos exatos termos da

jurisprudência que se formou na Corte. 3. A decisão do juízo de origem que determinou a execução

provisória da pena imposta ao ora agravante não configurou reformatio in pejus e nem afrontou a jurisprudência fixada pelo Supremo Tribunal Federal que, no julgamento do HC nº 126.292/SP, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Teori Zavascki, entendeu que a execução provisória de acórdão penal condenatório proferido em julgamento de apelação, ainda que sujeito a recurso especial ou extraordinário, não compromete o princípio constitucional da presunção de inocência (DJe de 17/5/16).

4. Esse entendimento, aliás, manteve-se inalterado na Corte, que, em 5/10/16, indeferiu as medidas cautelares formuladas na ADC nº 43 e na ADC nº 44, as quais pleiteavam, sob a premissa da constitucionalidade do art. 283 do Código de Processo Penal, a suspensão das execuções provisórias de decisões penais que têm por fundamento as mesmas razões de decidir do julgado proferido no HC nº 126.292/SP.

5. Agravo regimental ao qual se nega provimento.” (HC 134.863-AgR/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, 2ª Turma, DJe 01.02.2017)

“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIMES DE APROPRIAÇÃO INDÉBITA, DE ESTELIONATO E DE SUPRESSÃO DE DOCUMENTO. ARTIGOS 168, 171 E 305 DO CÓDIGO PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL. INADMISSIBILIDADE. COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA JULGAR HABEAS CORPUS: CRFB/88, ART. 102, I, D E I. HIPÓTESE QUE NÃO SE AMOLDA AO ROL TAXATIVO DE COMPETÊNCIA DESTA SUPREMA CORTE. POSSIBILIDADE DE CONSTRIÇÃO DA LIBERDADE ANTES DO TRÂNSITO EM JULGADO DO PROCESSO. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA. INEXISTÊNCIA DE TERATOLOGIA, ABUSO DE PODER OU FLAGRANTE ILEGALIDADE. APLICABILIDADE DO ENTENDIMENTO FIRMADO PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM SEDE DE REPERCUSSÃO GERAL. TEMA 925.

1. A a execução provisória de acórdão penal condenatório proferido em grau recursal, ainda que sujeito a recurso especial ou extraordinário, não compromete o princípio constitucional da presunção de inocência afirmado pelo artigo 5º, inciso LVII, da Constituição Federal, consoante julgamento do ARE 964.246, julgado sob o rito da repercussão geral (tema 925).

2. In casu, o paciente foi condenado à pena de 07 (sete) anos e 04 (quatro) meses de reclusão, em regime inicial semiaberto, bem como ao pagamento de 40 (quarenta) dias-multa em razão da prática dos crimes de apropriação indébita, de estelionato e de supressão de documento, previstos, respectivamente, nos artigos 168, 171 e 305 do Código Penal.

3. A competência originária do Supremo Tribunal Federal para conhecer e julgar habeas corpus está definida, exaustivamente, no artigo 102, inciso I, alíneas d e i, da Constituição da República, sendo certo que o paciente não está arrolado em qualquer das hipóteses sujeitas à jurisdição desta Corte.

4. A execução provisória da pena coaduna com o princípio da vedação da reformatio in pejus, quando mantida a condenação do paciente pela Corte local, porquanto a constrição da liberdade, neste momento processual, fundamenta-se na ausência de efeito suspensivo dos recursos extraordinário e especial, no restrito espectro de cognoscibilidade desses mecanismos de impugnação, bem como na atividade judicante desempenhada pelas instâncias ordinárias.

5. Agravo regimental desprovido.” (HC 138.890-AgR/PE, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 23.3.2017)

Ante o exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (art. 21, § 1º, RISTF).

Publique-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministra Rosa Weber Relatora

HABEAS CORPUS 136.947 (1230)ORIGEM : HC - 336733 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : BRUNO GUEDES VITÓRIAIMPTE.(S) : FABRÍCIO NASSIMBENI VARGAS (108400/MG)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 336.733 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por Fabrício Nassimbeni Vargas em favor de Bruno Guedes Vitória, contra decisão monocrática da lavra do Ministro Sebastião Reis Júnior, do Superior Tribunal de Justiça, que não conheceu do HC 336.733/MG.

O Juízo de Direito da Vara de Execuções Criminais da Comarca de Governador Valadares/MG, após julgar improcedente o incidente de falta grave instaurado em desfavor do paciente, declarou remida sua pena em 81 (oitenta e um) dias.

Contra essa decisão, o Ministério Público interpôs agravo em execução perante o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, que deu provimento ao recurso, para reconhecer a prática de falta grave cometida pelo paciente, determinando a perda dos dias remidos ou a remir em até 1/3 (um

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 150

terço), e a regressão do regime prisional para o fechado. A questão, então, foi submetida à apreciação do Superior Tribunal de

Justiça, que, via decisão monocrática da lavra do Ministro Sebastião Reis Júnior, não conheceu do HC 336.733/MG.

No presente writ, alega o Impetrante a inviabilidade de regressão de regime prisional, porquanto 'não há sequer denúncia recebida ao novo fato imputado ao apenado'. Sustenta a imprescindibilidade do trânsito em julgado de eventual sentença condenatória. Requer, em medida liminar e no mérito, o restabelecimento da decisão exarada pelo Juízo de primeiro grau.

Em 16.9.2016, indeferi a liminar.O Ministério Público Federal, em parecer da lavra da

Subprocuradora-Geral da República Cláudia Sampaio Marques, opina pelo não conhecimento do writ e, sucessivamente, pela denegação da ordem.

É o relatório.Decido.Extraio do ato dito coator:“(...).Adoto como razões de decidir o parecer da lavra do Subprocurador-

Geral da República Haroldo Ferra da Nóbrega, cujo teor é este (fls. 1622⁄1623):

[...]Preliminarmente, o writ não deve ser conhecido, pois os tribunais

superiores restringiram o uso do habeas corpus e não mais o admitem simplesmente como substitutivo de recursos, e nem sequer para as revisões criminais. No caso, o presente habeas corpus foi manejado inadequadamente, posto que impetrado em substituição flagrante ao remédio processual cabível, o Recurso Especial. Não deve ser, neste diapasão, sequer conhecido.

No mérito, entendo que a decisão impugnada está suficientemente fundamentada. Na espécie, conforme consignado, constatou-se que o apenado, "beneficiando-se de saída temporária, dirigiu-se à sua cidade levando consigo mais dois presos, também no gozo de saídas temporárias, para praticarem crime de homicídio" (Fls. 15).

Daí, corretamente, foi reconhecida a prática de falta grave com os seus consectários legais - regressão de regime prisional e perda dos dias remidos ou a remir em até 1⁄3. Nesse sentido:

(...).Ante o exposto, não conheço do habeas corpus.”Registro a existência de óbice ao conhecimento do presente habeas

corpus, uma vez não esgotada a jurisdição do Superior Tribunal de Justiça. O ato impugnado é mera decisão monocrática e não o resultado de julgamento colegiado. Deveria a Defesa, pretendendo a reforma da decisão monocrática, ter manejado agravo regimental para que a questão fosse apreciada pelo órgão colegiado (HC 122.275-AgR/SP, Rel. Min. Teori Zavascki, 2ª Turma, DJe 01.7.2014).

Por outro lado, à míngua de pronunciamento judicial conclusivo pela Corte anterior quanto às teses defensivas – inexistência de denúncia recebida em relação ao novo fato imputado ao apenado e imprescindibilidade do trânsito em julgado de eventual sentença condenatória -, inviável a análise do writ pelo Supremo Tribunal Federal, sob pena de indevida supressão de instância. Cito, nessa linha, precedentes: HC 134.957-AgR/MG, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 24.02.2017; RHC 136.311/RJ, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, DJe 21.02.2017; RHC 133.974/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, 2ª Turma, DJe 03.3.2017; e HC 136.452-ED/DF, de minha relatoria, 1ª Turma, DJe 10.02.2017.

Ademais, revelam os autos que o apenado, “beneficiando-se de saída temporária, dirigiu-se à sua cidade levando consigo mais dois presos, também no gozo de saídas temporárias, para praticarem crime de homicídio”. Destaca a Corte Estadual que o paciente “foi denunciado pela prática de crime previsto no art. 2º da Lei 12.850/13 c/c art. 351 do Código Penal” e que a exordial acusatória, encaminhada ao órgão colegiado, nos termos da Resolução 706/2012 do TJMG, foi parcialmente rejeitada quanto a outros dois denunciados, “não ao reeducando Bruno Guedes Vitória (vide fls. 532/533), em relação a qual a nova imputação de crime (art. 2º da Lei 12.850/13), foi submetida a colegiado”.

Aliás, em consulta ao sítio eletrônico disponibilizado pela Tribunal de Justiça, a respectiva audiência de instrução e julgamento foi designada para o dia 18.9.2018 (Processo 0008100-08.2014.8.13.0327 em curso perante o Juízo da Comarca de Itambacuri/MG).

De todo modo, prevê o art. 118, I, da Lei 7.210/1984 a regressão de regime se o apenado “praticar fato definido como crime doloso ou falta grave”. Já o art. 52 do mesmo diploma legal equipara o crime doloso à falta grave para fins disciplinares. Não impõe, a lei de regência, o trânsito em julgado da condenação criminal em relação ao novo crime praticado. Tal exigência, frente à usual demora do processo judicial, terminaria inclusive por frustrar a própria teleologia da norma. A prática de novo crime ou falta grave no curso da execução da pena reclama uma reação imediata do Poder Público, sob pena de inviabilização da disciplina penitenciária e do sistema de mérito e demérito que lhe é inerente. Se exigido o trânsito em julgado de condenação pelo crime caracterizador da falta grave, a reação perder-se-ia no tempo, com a real possibilidade de sua ocorrência quando já cumprida a pena em execução.

Anoto, por fim, os seguintes precedentes desta Suprema Corte quanto à dispensa do trânsito em julgado para caracterização de falta grave decorrente da prática de novo crime:

“HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL E DIREITO PENAL. SUBSTITUTIVO DE RECURSO CONSTITUCIONAL. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. EXECUÇÃO PENAL. FALTA GRAVE. PRÁTICA DE NOVO CRIME. ART. 118, i, DA Lei 7.210/1984. REGRESSÃO DE REGIME. (...). 2. O art. 118, I, da Lei 7.210/1984 prevê a regressão de regime se o apenado ‘praticar fato definido como crime doloso ou falta grave’. Para caracterização do fato, não exige a lei o trânsito em julgado da condenação criminal em relação ao crime praticado.” (HC 110.881/MT, Rel. p/ acórdão Min. Rosa Weber, 1ª Turma, DJe 08.8.2013)

“EXECUÇÃO PENAL. HABEAS CORPUS. PRÁTICA DE CRIME DOLOSO PELO CONDENADO. FALTA GRAVE. REGRESSÃO DE REGIME. DESNECESSIDADE DE SENTENÇA CONDENATÓRIA TRANSITADA EM JULGADO. PRECEDENTES DO STF. ORDEM DENEGADA. 1. A Lei de Execução Penal não exige o trânsito em julgado de sentença condenatória para a regressão de regime, bastando, para tanto, que o condenado tenha "praticado" fato definido como crime doloso (art. 118, I da LEP). 2. Ante o exposto, denego a ordem de habeas corpus.” (HC 97.218/RS, Rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, DJe 29.5.2009)

“PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. REGRESSÃO DE REGIME PRISIONAL. FALTA GRAVE. FATO DEFINIDO COMO CRIME. SOMA OU UNIFICAÇÃO DE PENAS. BENEFÍCIOS DA EXECUÇÃO. ARTS. 111 E 118 DA LEI 7.210/84. REMIÇÃO. SÚMULA VINCULANTE 9 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA. DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. VETOR ESTRUTURAL. ORDEM DENEGADA NA PARTE CONHECIDA. I - A prática de falta grave pode resultar, observado o contraditório e a ampla defesa, em regressão de regime. II - A prática de "fato definido como crime doloso", para fins de aplicação da sanção administrativa da regressão, não depende de trânsito em julgado da ação penal respectiva. III - A natureza jurídica da regressão de regime lastreada nas hipóteses do art. 118, I, da Lei de Execuções Penais é sancionatória, enquanto aquela baseada no incido II tem por escopo a correta individualização da pena. IV - A regressão aplicada sob o fundamento do art. 118, I, segunda parte, não ofende ao princípio da presunção de inocência ou ao vetor estrutural da dignidade da pessoa humana. V - Incidência do teor da Súmula vinculante nº 9 do Supremo Tribunal Federal quando à perda dos dias remidos. VI - Ordem denegada.” (HC 93.782/RS, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe 17.10.2008).

Ante o exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (art. 21, § 1º, RISTF).

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

HABEAS CORPUS 149.254 (1231)ORIGEM : 79015 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : CARLOS ALEXANDRE BARBOSA DOS SANTOSIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: Trata-se de habeas corpus com pedido liminar, impetrado pela Defensoria Pública da União, em favor de Carlos Alexandre Barbosa dos Santos, contra acórdão proferido pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), nos autos do RHC 79.015/BA.

Consta dos autos que o paciente foi preso em flagrante na data de 15.6.2015, pela prática em tese dos crimes previstos no artigo 157, § 2º, incisos I e II, do Código Penal (roubo majorado), e artigo 244-B da Lei 8.069/1990 (corrupção de menores). A custódia foi convertida em preventiva (Processo 0000692-78.2015.805.0124-BA).

A defesa então impetrou o HC 0012393-83.2016.8.05.0000 no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, cuja ordem foi denegada em acórdão assim ementado:

“HABEAS CORPUS. PACIENTE PRESO E DENUNCIADO COMO INCURSO NO DELITO PREVISTO NO ART. 157, § 2°, II, C/C ART. 71, AMBOS DO CÓDIGO PENAL E ART. 28, DA LEI 11.343/06. ARGUIÇÃO DE EXCESSO DE PRAZO NA FORMAÇÃO DA CULPA. INSUBSISTÊNCIA DA ARGUIÇÃO. NÃO EVIDENCIADA DESÍDIA DO JUDICIÁRIO. PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE. EXCESSO DE PRAZO NÃO CONFIGURADO. ORDEM DENEGADA.

I - No que concerne ao alegado excesso de prazo, cabe frisar que este apenas se configura quando o prolongamento da segregação cautelar escapa ao razoável, extrapolando o período necessário para o trâmite regular da ação penal.

II - É cediço que, na esteira de decisões reiteradas do Superior Tribunal de Justiça, a configuração de excesso de prazo na instrução não decorre da simples soma aritmética de prazos legais, devendo sempre ser aferido à luz do caso concreto, à luz de suas peculiaridades.

III - No caso em apreço, verifica-se nos autos que o atraso no encerramento da instrução não extrapola os limites da razoabilidade, uma vez que a Denúncia foi oferecida em 01/07/2015, o Paciente evadiu-se da carceragem e, após ter sido recapturado, foi citado em 09/03/2016. Ademais,

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em audiência realizada no dia 02/06/2016 foi ouvida uma testemunha da Denúncia.

IV - Registra-se, outrossim, que em consulta ao sistema ESAJ, deste TJBA, observa-se que foi designado o dia 18/10/2016, às 10:45h, para prosseguimento da audiência de instrução e julgamento. Dessa forma, não constatada desídia do Judiciário e levando-se em consideração que o processo vem tendo o seu trâmite de forma razoável, não há que se falar em constrangimento ilegal por excesso de prazo.

V – ‘Os prazos indicados na legislação pátria para a finalização dos atos processuais servem apenas como parâmetro geral, não podendo deduzir o excesso tão somente pela soma aritmética dos mesmos, admitindo-se, em homenagem ao principio da razoabilidade, certa variação, de acordo com as peculiaridades de cada caso, devendo o constrangimento ser reconhecido como ilegal somente quando o retardo ou a delonga sejam injustificados e possam ser atribuídos ao Judiciário.’ (STJ, HC n. 217027/SP, Relator Ministro Jorge Mussi, Quinta Turma, Julgamento em 06/12/2011). VI - Parecer ministerial pela denegação da ordem. VII - ORDEM DENEGADA”. (eDOC 2, p. 12-13)

Daí a interposição do citado RHC 79.015/BA no STJ, que conheceu parcialmente do apelo e, nessa extensão, denegou a ordem, consoante ementa transcrita (eDOC 2, p. 29).

Neste mandamus, a impetrante reitera os pedidos pretéritos e enfatiza o excesso de prazo na formação da culpa, porquanto o réu foi preso em 15 de junho de 2015 e até hoje, depois de mais de dois anos, não houve sentença, de modo a evidenciar que todos os prazos processuais foram injustificadamente excedidos. (eDOC 1, p. 3)

Requer, liminarmente e no mérito, seja concedida a liberdade provisória em favor do paciente.

Em 30.10.2017, indeferi a liminar pleiteada (eDOC 6).Em parecer de 21.11.2017, a Procuradoria-Geral da República opinou

pela denegação da ordem (eDOC 13).É o relatório.Decido.Conforme relatado, a defesa sustenta o excesso de prazo na

formação da culpa. Verifico não assistir razão à defesa.Como bem ressaltou o STJ, não restou configurado excesso de prazo

para a conclusão da instrução, haja vista que o processo segue seu curso regular. Outrossim, verifica-se que o paciente fugiu da carceragem, o que atrasou a citação. Além disso, aguarda-se juntada de laudos periciais aos autos.

Cito, porque oportuno, os trechos da referida decisão do STJ: “Dos autos, e do andamento processual eletrônico, verificou-se que o

paciente foi preso em flagrante em 15/6/2015, a denúncia foi oferecida em 01/07/2015, sendo que, antes de ser citado, o paciente fugiu da carceragem, o que retardou a citação para 09/03/2016.

Após a captura do acusado, foi designada audiência de instrução para o dia 02/06/2016, prorrogada para 19/07/2016, 18/10/2016 e, por fim, 14/07/2017, em que a instrução foi encerrada, sendo que algumas destas audiências deixaram de serem realizadas, em face do não comparecimento de testemunhas, ausência da defesa constituída ou do magistrado que estava em outra comarca.

Atualmente, a ação penal está em fase final com vista para oferecimento de alegações finais para que se faça conclusão ao juiz de piso para que este sentencie o feito. Ao longo do andamento processual, constata-se de expedição de várias cartas precatórias para fins de intimação da partes.

É sabido que os prazos fixados na legislação para a prática de atos processuais servem apenas de parâmetro, não podendo deduzir o excesso apenas pela sua soma aritmética. Destarte, havendo circunstâncias excepcionais a dar razoabilidade ao elastério nos prazos, como é o caso em análise, processo que conta com diversos incidentes que não podem ser exclusivamente atribuídos a desídia do magistrado de piso, a necessidade de expedição de várias cartas precatórias, além da dificuldade de citação de todas as partes, não há que se falar em flagrante ilegalidade.

É uníssona a jurisprudência desta Corte no sentido de que o constrangimento ilegal por excesso de prazo só pode ser reconhecido quando seja a demora injustificável, impondo-se adoção de critérios de razoabilidade no exame da ocorrência de constrangimento ilegal.

Não constatada clara mora estatal em ação penal onde a sucessão de atos processuais infirma a ideia de paralisação indevida da ação penal ou de culpa do estado persecutor, não se vê demonstrada ilegalidade no prazo da persecução criminal. desenvolvida.

Ademais, considerando o encerramento da instrução criminal fica superada a alegação de constrangimento ilegal por excesso de prazo na forma preconizada pelo enunciado da Súmula 52 desta Corte” (eDOC 2, p. 33-34).

Sobre o tema, registro, ainda, que é firme o entendimento deste Tribunal no sentido de que somente o excesso indevido de prazo imputável ao aparelho judiciário traduz situação anômala que compromete a efetividade do processo, além de tornar evidente o desprezo estatal pela liberdade (HC 85.237-DF, rel. Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno, DJ 29.4.2005).

Ante o exposto, com fundamento no artigo 192, caput, do RISTF, denego a ordem.

Publique-se.

Brasília, 28 de maio de 2018.Ministro Gilmar Mendes

RelatorDocumento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 150.839 (1232)ORIGEM : 425689 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : ANDREIA CARDOSO DO NASCIMENTOIMPTE.(S) : PEDRO DE ALBUQUERQUE E SÁ (185608/RJ) E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 425.689 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de

Andreia Cardoso do Nascimento, apontando como autoridade coatora o Ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu a liminar no HC nº 425.689/RJ.

Os impetrantes sustentam, inicialmente, que as circunstâncias do caso autorizariam a mitigação do enunciado da Súmula nº 691/STF.

Aduzem, em suma, que o título da prisão preventiva da paciente seria desprovido de fundamentação idônea, apta a justificar a necessidade da medida, bem como estariam ausentes os pressupostos do art. 312 do Código de Processo Penal.

Para a defesa, “na decisão prisional ora combatida, no que concerne à paciente, não há demonstração individualizada, com base em elementos concretos, acerca da necessidade de sua segregação cautelar (...)” (grifos dos autores).

Argumentam os impetrantes, ainda, que os elementos indiciários, em relação à paciente, são frágeis, ensejando juízos meramente especulativos (...)”, bem como “a motivação não apresenta o requisito da contemporaneidade. Isso porque, como se depreende da mera leitura da decisão prisional, os fatos investigados são antigos (...)”.

Afirmam de outra parte, que a hipótese permitiria a substituição da custódia por medidas cautelares diversas (CPP, art. 319), ressaltando, ademais, que a paciente é primária, detentora de bons antecedentes, residência fixa e atividade laboral lícita.

Requerem, liminarmente, a concessão da ordem para que a prisão preventiva da paciente seja revogada ou substituída por medidas cautelares diversas.

Ausentes os seus pressupostos, indeferi o pedido de liminar, bem como solicitei informações à autoridade coatora, que foram devidamente prestadas.

O Ministério Público Federal, em parecer de lavra da Subprocuradora-Geral da República Cláudia Sampaio Marques, opinou pelo não conhecimento da impetração.

É o relatório. Decido. Informações obtidas no sítio eletrônico do Superior Tribunal de

Justiça dão conta de que o Relator do HC nº 425.689/RJ proferiu decisão declinando da competência daquela Corte para julgar o feito. Vide:

“Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar, impetrado em benefício de ANDREIA CARDOSO DO NASCIMENTO, contra v. decisão do douto Relator Desembargador Federal Abel Gomes, do eg. Tribunal Regional Federal da 2 a Região, nos autos relacionados à Petição n. 2017.74.02.000018-7 – IPL n. 085/2017 – DELECOR/SR/PF/RJ.

Extrai-se dos autos que a paciente teve sua prisão preventiva decretada em 13/11/2017 (fl. 97), em decorrência das investigações perpetradas no âmbito da operação ‘Cadeia Velha’.

Daí o presente writ, no bojo da qual a Defesa busca demonstrar a manifesta ilegalidade da prisão cautelar, sustentando-se tratar a paciente de pessoa primária, detentora de excelentes antecedentes pessoais e funcionais, ademais de possuir família e residência fixa no distrito da culpa, local em que reside com sua mãe, cidadã idosa, diabética, a qual depende de seu apoio familiar.

Argumenta não ser a responsável pela arrecadação dos valores indevidos e destinados ao Deputado Estadual Paulo César Melo de Sá, alvo da operação ‘Cadeia Velha’, ressalvando que não possui qualquer relevância na suposta organização criminosa.

Aduz que na decisão que decretou sua custódia, não há demonstração individualizada, com base em elementos concretos acerca da necessidade de sua segregação, sendo frágeis os elementos indiciários, ensejando juízos meramente especulativos, destacando, também, que a motivação não apresenta o requisito da contemporaneidade, depreendendo-se da mera leitura da decisão prisional, que os fatos investigados seriam antigos.

Com essas considerações, requer ‘seja deferida a liminar, expedindo-se alvará de soltura e, alfim, seja concedida a ordem de habeas corpus’ (fl. 14).

O presente feito fora distribuído inicialmente à Ministra Maria Thereza de Assis Moura que, em decisão de fls. 903-916, consultou esta Relatoria

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 152

acerca de possível prevenção, a teor do que dispõe o Art. 71 do RISTJ. Por força do despacho de fl. 919, a prevenção foi aceita, ocasião em

que se determinou a redistribuição dos autos.Pedido liminar indeferido, às fls. 924-926. A Defesa peticiona, às fls. 931-938, postulando a reconsideração da

liminar, juntando, às fls. 939-956, cópia de decisões proferidas pelo col. Supremo Tribunal Federal, nos Habeas Corpus de números 146.666 RJ e 146.813 RJ.

Em ato de fls. 959-960, o pedido de reconsideração restou indeferido. Informações prestadas, às fls. 962-1105.

Consta, às fls. 1106-1134, ofício do col. Supremo Tribunal Federal, solicitando informações para instrução do HC n. 150.839, ali impetrado pela Defesa, em face da decisão desta Relatoria.

O d. Relator, Ministro Dias Toffoli, indeferiu o pedido liminar deduzido no referido writ. À fl. 1138, foram prestadas as informações solicitadas pelo col. Supremo Tribunal Federal.

O Ministério Público Federal manifestou-se, às fls. 1141-1152, pela concessão da ordem, em parecer com a seguinte ementa:

‘OPERAÇÃO CADEIA VELHA. PRISÃO PREVENTIVA. DENÚNCIA RECEBIDA. REVOGAÇÃO DAS PRISÕES PREVENTIVAS DECRETADAS EM FACE DE OUTROS RÉUS NA MESMA AÇÃO PENAL. PRECEDENTE DO STF. PACIENTE QUE POSSUI GENITORA IDOSA QUE DEPENDE DE SEUS CUIDADOS.

1. As investigações realizadas no bojo da Operação Cadeia Velha apuraram suposta prática de atos de corrupção ativa em episódios envolvendo Deputados Estaduais e segmentos do empresariado, como a ODEBRECTH e a FETRANSPOR em troca de vantagens indevidas em decorrências das funções públicas ocupadas dentro do Poder Legislativo do Estado do Rio de Janeiro ou influência desses mesmos cargos decorrente com vistas a obstruir ações estatais contrárias aos interesses dos empresários, além de lavagem de dinheiro dessas condutas antecedentes e integração ao núcleo político de organização criminosa,.

2. Especificamente no caso em tela, em que pese os argumentos do Juízo de origem para a decretação da prisão preventiva da paciente, é dever reconhecer que outros integrantes da ORCRIM, que tiveram suas prisões decretadas junto com a paciente e que, de fato, eram essenciais à prática de atos de corrupção com vistas à obtenção de vantagens indevidas no executivo estadual, no tribunal de contas e na própria assembleia legislativa do Estado do Rio de Janeiro, obtiveram junto ao Supremo Tribunal Federal a substituição da prisão preventiva por outras medidas cautelares ou pela prisão domiciliar.

3. Considerando o entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal no HC 143.641/SP, os fatos imputados à paciente e, ainda, o fato de que possui genitora idosa e que depende de seus cuidados, deve ser concedida a ordem para substituir a prisão preventiva da paciente pela prisão domiciliar ou por outras medidas cautelares previstas no artigo 319 do CPP.

4. Pela concessão parcial da ordem na forma do parecer.’ (fls. 1141-1142).

É o relatório. Decido. 02. Compulsando os autos, denota-se que, em 30 de novembro de

2017, a Autoridade apontada como coatora prestou informações, na qual consignou que:

‘[...] No mais, embora trate-se de paciente sem foro por prerrogativa de função, este Relator prossegue despachando no feito em razão da fase ainda inquisitorial em que a conexão intersubjetiva e probatória recomenda a manutenção de todos os investigados sob a jurisdição deste juízo, pelo menos até o eventual oferecimento de denúncia. [...]’ (fl. 964).

Em consulta ao sistema informatizado do eg. Tribunal de origem, verifica-se que, em 07/12/2017, o Relator dos autos n. 0100523-32.2017.4.02.0000 determinou o desmembramento com relação aos investigados que não ostentam foro por prerrogativa de função, razão pela qual o processo da paciente não mais se encontra afeto à jurisdição do eg. Tribunal Regional Federal da 2ª Região.

Por oportuno, transcrevo excerto da decisão, in verbis: ‘DO DESMEMBRAMENTO EM RELAÇÃO AOS INVESTIGADOS

QUE NÃO DETÊM FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO Conforme bem pontuou o MPF no item ‘e’ da conclusão da denúncia, apenas três dos investigados/denunciados - os Deputados Estaduais JORGE SAYED PICCIANI, PAULO MELO DE SÁ e EDSON ALBERTASSI – detêm foro por prerrogativa de função neste TRF da 2 a Região.

Na forma do art. 5 o , inciso LIII da CRFB/88, é assegurado ao indivíduo o processo e a sentença da autoridade competente. Por sua vez, no que tange ao caso em tela, por exclusão, a teor do que dispõem os artigos 27, §1°, 53, §2° e 109, IV da CRFB/88, FELIPE CARNEIRO MONTEIRO PICCIANI; JORGE LUIZ RIBEIRO; CARLOS CÉSAR DA COSTA PEREIRA; ANA CLAUDIA SANTOS ANDRADE; MARCIA ROCHA SCHALCHER DE ALMEIDA; ANDREIA CARDOSO DO NASCIMETNO ; FÁBIO CARDOSO DO NASCIMETNO; JOSÉ CARLOS REIS LAVOURAS; JACOB BARATA FILHO; LÉLIS MARCOS TEIXCEIRA; MARCELO TRAÇA GONÇALVES; ÁLVARO JOSÉ GALLIEZ NO VIS; EDIMAR MOREIRA DANTAS; BENEDICTO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR, LEANDRO ANDRADE AZEVEDO e JOSÉ AUGUSTO FERREIRA DOS SANTOS têm a seu favor a garantia de serem processados e julgados seguindo os diversos graus de jurisdição.

É do meu conhecimento que o c. STF já decidiu algumas vezes no

sentido de admitir excepcionalmente a reunião em um só processo de acusados que não possuam foro por prerrogativa de função com outros que o possuem.

Todavia, com a devida vênia, tal casuísmo pode acabar dando margem a decisionismos e insegurança jurídica, em detrimento de tão expressa norma constitucional de garantia como é o art. 5º, inciso LIII da CRFB/88, haja vista que em certos casos se poderia retirar do cidadão um trâmite processual mais alargado enquanto que em outros se manteria aquilo que de fato a Constituição Federal assegura, por motivações discricionárias não amparadas pelo direito fundamental do processo e julgamento pelo juiz competente.

Observo, contudo, a clareza da garantia estabelecida no inciso LIII do art. 5º da CRFB/88, que se dirige exatamente a processo e sentença judiciais. E digo isso para reafirmar que na fase pré-processual de investigação, enquanto o sigilo foi necessário e os fatos imputados em concurso de agentes não estavam totalmente esclarecidos se fez imprescindível que o Inquérito e medidas correlatas abarcassem todos os investigados, bem como aquelas sob reserva de jurisdição viessem a ser conhecidas e decididas por este Relator já agora por força dos artigos 1º , 2º , parágrafo único e 3º , todos da Lei n.° 8.038/90.

Sendo assim, apresentada a peça acusatória como marco do início do processo judicial, nos termos do art. 5º , inciso LIII da CRFB/88 e conforme requerido pelo MPF, DETERMINO O DESMEMBRAMENTO do feito em relação a FELIPE CARNEIRO MONTEIRO PICCIANI; JORGE LUIZ RIBEIRO; CARLOS CÉSAR DA COSTA PEREIRA; ANA CLAUDIA SANTOS ANDRADE; MARCIA ROCHA SCHALCHER DE ALMEIDA; ANDREIA CARDOSO DO NASCIMETNO ; FÁBIO CARDOSO DO NASCIMETNO; JOSÉ CARLOS REIS LAVOURAS; JACOB BARATA FILHO; LÉLIS MARCOS TEIXCEIRA; MARCELO TRAÇA GONÇALVES; ÁLVARO JOSÉ GALLIEZ NO VIS; EDIMAR MOREIRA DANTAS; BENEDICTO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR, LEANDRO ANDRADE AZEVEDO e JOSÉ AUGUSTO FERREIRA DOS SANTOS, remanescendo nestes autos apenas a autoridades com prerrogativa de foro nesta Corte Regional.

Os autos desmembrados deverão ser remetidos, face à conexão evidente e expressa na decisão de fls. 1405/1492 e 1493/1518, ao MM. Juízo da 7 a Vara Federal Criminal/SJRJ, que por força da prevenção recebeu a primeira ação penal do grupo de ações penais conexas antes referidas, das quais destacaram-se, por compartilhamento de provas utilizado pelo MPF, aquelas relacionadas às denominadas Operação ‘Calicute’ e ‘Ponto Final’.

Obviamente, em consequência, este Relator estará impedido, doravante, para eventuais recursos e writs eventualmente interpostos em face deste processo originário, por força da causa objetiva prevista no art. 252, inciso III do CPP.

Destarte, todos os pedidos relativos à revogação das prisões preventivas ou afetos à indisponibilidade de bens veiculados pelas defesas de ANDREIA CARDOSO DO NASCIMETNO , FÁBIO CARDOSO DO NASCIMETNO, JACOB BARATA, CARLOS CÉSAR DA COSTA PEREIRA e FELIPE CARNEIRO MONTEIRO PICCIANI, bem como os pedidos apresentados na data de hoje pela defesa de JORGE LUIZ RIBEIRO (relacionados às medidas cautelares n.° 0100524-17.2017.4.02.0000 e n.° 0100527-69.2017.4.02.0000) deverão também ser apreciados pelo MM. Juízo da 7 a Vara Federal Criminal/SJRJ, que inclusive poderá aquilatar, conforme a cláusula rebus sic stantibus sobre a manutenção ou não das medidas cautelares pessoais ou patrimoniais deferidas por este Relator na fase pré-processual.’ (Disponível em http://portal.trf2.jus.br/portal/consulta/resconsproc.asp, acesso em 22/5/2018).

03. Diante do exposto, exsurgindo-se a incompetência desta Corte, a teor do disposto no art. 105 da Carta Magna, indefiro liminarmente o presente writ (art. 210 do RISTJ), todavia, concedo a ordem de ofício, para que sejam encaminhados os autos ao e. Tribunal Regional Federal da 2ª Região, a fim de que se analise o presente mandamus, conforme entender de direito.”

Tem-se, portanto, que a cessação superveniente da competência do Superior Tribunal de Justiça para processar e julgar o HC nº 425.689/RJ, faz cessar igualmente a competência originária desta Suprema Corte para analisar esta impetração, no que diz respeito às questões ora suscitadas, que o STJ não chegou a examinar definitivamente.

Nesse sentido, mutatis mutandis, destaco:“Competência penal por prerrogativa de função: cessação com o

termo da investidura do acusado no cargo que a determinara (cancelamento da Súm. 394): habeas-corpus prejudicado. Declarada no Superior Tribunal de Justiça a sua incompetência superveniente para processar a ação penal - aliás, um dos fundamentos do habeas-corpus - cessou igualmente a competência originária do Supremo Tribunal para conhecer do presente ‘habeas-corpus’ quanto às demais questões suscitadas, que aquele tribunal superior não chegou a examinar. A competência a respeito é hoje do juízo federal de primeiro grau e, em grau de recurso ou na eventualidade de impetração de novo habeas-corpus, do Tribunal Regional Federal de Pernambuco” (HC nº 81.349/PE, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 19/4/02).

Nessa conformidade, nos termos do art. 21, inciso IX, do RISTF, julgo prejudicado o habeas corpus.

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro DIAS TOFFOLI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 153

RelatorDocumento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 151.603 (1233)ORIGEM : 92406 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : ANDREY DE SOUZA COSTAIMPTE.(S) : MAGNO ISRAEL MIRANDA SILVA (26125/BA, 32898/DF)

E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO RHC Nº 92.406 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOHABEAS CORPUS – DESISTÊNCIA – HOMOLOGAÇÃO.1. Por meio da petição/STF nº 31.724/2018, os impetrantes dizem

não haver mais interesse na sequência deste processo, requerendo a desistência.

2. Ante o quadro, homologo o pedido para que produza os efeitos legais.

3. Publiquem.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 151.643 (1234)ORIGEM : 422656 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : RICARDO RIBEIRO SANTANAIMPTE.(S) : ISRAEL MINICHILLO DE ARAUJO (92712/SP)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA

DECISÃOPENA – EXECUÇÃO PROVISÓRIA – PRINCÍPIO DA NÃO

CULPABILIDADE.HABEAS CORPUS – LIMINAR – DEFERIMENTO.1. A assessora Dra. Mariana Madera Nunes prestou as seguintes

informações:O Juízo da Quarta Vara Federal da Seção Judiciária de São

Paulo/SP, no processo nº 0013357.26.2011.4.03.6181, condenou o paciente a 20 anos, 1 mês e 22 dias de reclusão, em regime inicial fechado, e ao pagamento de 2.450 dias-multa, ante a prática das infrações previstas nos artigos 33, cabeça (tráfico de entorpecentes), e 35, cabeça (associação para o tráfico), combinado com o 40, inciso I (causa de aumento de pena em razão da transnacionalidade do delito), da Lei nº 11.343/2006.

A Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região desproveu as apelações interpostas pela defesa e pelo Ministério Público Federal. Determinou a execução antecipada da sanção, aludindo ao que decidido pelo Supremo no julgamento do habeas corpus nº 126.292, das ações declaratórias de constitucionalidade nº 43 e nº 44 e do recurso extraordinário com agravo nº 964.246.

Chegou-se ao Superior Tribunal de Justiça com o habeas de nº 422.656. A Relatora deferiu a ordem monocraticamente para suspender a execução antecipada da pena até o esgotamento da jurisdição ordinária, consignando pendentes de apreciação embargos declaratórios formalizados contra o acórdão condenatório.

O impetrante sustenta constrangimento ilegal, apontando o direito do paciente de permanecer solto até o trânsito em julgado da condenação considerado o artigo 5º, inciso LVII, da Constituição Federal. Argui a possibilidade de modificação da condenação nos Tribunais Superiores. Diz não declarado inconstitucional o artigo 283 do Código de Processo Penal. Assevera a inidoneidade de fundamentação do ato que implicou a determinação da prisão. Aduz a ausência de efeito vinculante do novo entendimento do Supremo.

Requer, no campo precário e efêmero, seja reconhecido o direito de aguardar em liberdade a preclusão maior da sentença penal condenatória. No mérito, busca a confirmação da providência.

Consulta ao sítio do Tribunal Regional, realizada em 19 de maio de 2018, revelou que os embargos de declaração foram parcialmente providos, sem efeitos modificativos, para sanar a omissão alusiva à preliminar de nulidade da sentença.

A fase é de exame da medida acauteladora.2. Não se pode potencializar o decidido pelo Pleno no habeas corpus

nº 126.292, por maioria, em 17 de fevereiro de 2016. Precipitar a execução da pena importa antecipação de culpa, por serem indissociáveis. Conforme dispõe o inciso LVII do artigo 5º da Constituição Federal, “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”, ou seja, a culpa surge após alcançada a preclusão maior.

O Pleno, ao apreciar a referida impetração, não pôs em xeque a constitucionalidade nem colocou peias à norma contida na cabeça do artigo 283 do Código de Processo Penal, segundo a qual “ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada

em julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva”. Constrição provisória concebe-se cautelarmente, associada ao flagrante, à temporária ou à preventiva, e não a título de pena antecipada. A redação do preceito remete à Lei nº 12.403, de 4 de maio de 2011, revelando ter sido essa a opção do legislador. Ante o forte patrulhamento vivenciado nos dias de hoje, fique esclarecido que, nas ações declaratórias de constitucionalidade nº 43 e nº 44, nas quais questionado o mencionado dispositivo, o Pleno deixou de implementar liminar.

A execução provisória pressupõe garantia do Juízo ou a viabilidade de retorno, alterado o título executivo, ao estado de coisas anterior, o que não ocorre em relação à custódia. É impossível devolver a liberdade perdida ao cidadão.

O fato de o Tribunal, no denominado Plenário Virtual, atropelando os processos objetivos acima referidos, sem declarar, porque não podia fazê-lo em tal campo, a inconstitucionalidade do artigo 283 do aludido Código, e, com isso, confirmando que os tempos são estranhos, haver, em agravo que não chegou a ser provido pelo Relator, ministro Teori Zavascki – agravo em recurso extraordinário nº 964.246, formalizado, por sinal, pelo paciente do habeas corpus nº 126.292 –, a um só tempo, reconhecido a repercussão geral e “confirmado a jurisprudência”, assentada em processo único – no citado habeas corpus –, não é obstáculo ao acesso ao Judiciário para afastar lesão a direito, revelado, no caso, em outra cláusula pétrea – segundo a qual “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória” – incisos XXXV e LVII do artigo 5º da Carta da República.

Ao tomar posse neste Tribunal, há 27 anos, jurei cumprir a Constituição Federal, observar as leis do País, e não a me curvar a pronunciamento que, diga-se, não tem efeito vinculante. De qualquer forma, está-se no Supremo, última trincheira da Cidadania, se é que continua sendo. O julgamento virtual, a discrepar do que ocorre em Colegiado, no verdadeiro Plenário, o foi por 6 votos a 4, e o seria, presumo, por 6 votos a 5, houvesse votado a ministra Rosa Weber, fato a revelar encontrar-se o Tribunal dividido. A minoria reafirmou a óptica anterior – eu próprio e os ministros Celso de Mello, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli. Tempos estranhos os vivenciados nesta sofrida República! Que cada qual faça a sua parte, com desassombro, com pureza d’alma, segundo ciência e consciência possuídas, presente a busca da segurança jurídica. Esta pressupõe a supremacia não de maioria eventual – conforme a composição do Tribunal –, mas da Constituição Federal, que a todos, indistintamente, submete, inclusive o Supremo, seu guarda maior. Em época de crise, impõe-se observar princípios, impõe-se a resistência democrática, a resistência republicana. De todo modo, há sinalização de a matéria vir a ser julgada, com a possibilidade, consoante noticiado pela imprensa, de um dos que formaram na corrente majoritária – e o escore foi de 6 a 5 – vir a evoluir.

Vale frisar que, em 4 de dezembro de 2017, liberei, para inserção na pauta dirigida do Pleno, ato situado no campo das atribuições da Presidência, as ações declaratórias de constitucionalidade nº 43 e nº 44, visando o julgamento de mérito, bem como, em 19 de abril de 2018, a de nº 54 para análise do pedido de liminar. Nenhuma teve designada data para apreciação. Ressalte-se que a última está lastreada em fato novo – a evolução, no entendimento, do ministro Gilmar Mendes, na esteira do exame do habeas corpus nº 152.752, relator ministro Edson Fachin –, a indicar a revisão da óptica então assentada.

3. Defiro a liminar para suspender, até o julgamento do mérito desta impetração, a execução provisória do título condenatório. Comuniquem ao Juízo que se abstenha de expedir o mandado de prisão, ou, se já o tiver feito, que o recolha, ou, ainda, se cumprido, que expeça alvará de soltura, a ser implementado com as cautelas próprias: caso o paciente não se encontre preso por motivo diverso do retratado no processo nº 0013357.26.2011.4.03.6181, da Quarta Vara Federal da Seção Judiciária de São Paulo/SP, considerada a execução açodada, precoce e temporã da pena. Advirtam-no da necessidade de permanecer com a residência indicada ao Juízo, atendendo aos chamamentos judiciais, de informar eventual transferência e de adotar a postura que se aguarda do cidadão integrado à sociedade.

4. Colham o parecer da Procuradoria-Geral da República.5. Publiquem.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 151.927 (1235)ORIGEM : 414404 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : ALMIR NERES DE SOUZAIMPTE.(S) : GABRIEL QUINTAO COIMBRA (12857/ES) E OUTRO(A/

S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 414.404 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus com pedido de medida liminar, impetrado por Gabriel Quintão Coimbra e outros, em favor de Almir Neres de Souza, contra decisão proferida pelo Ministro Sebastião Reis Júnior, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que denegou o HC 414.404/ES (eDOC 6,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 154

p. 1-4).Preliminarmente, consta dos autos que o paciente foi processado e

condenado, em 18.9.2014, no Juízo da 7ª Vara Criminal de Vila Velha da Comarca da Capital/ES (Ação Penal 0026803-62.2013.8.08.0035), a 5 anos e 4 meses de reclusão, em regime semiaberto, bem como ao pagamento de 100 dias-multa, pela prática do crime previsto no artigo 317 (corrupção passiva), c/c o artigo 71, ambos do Código Penal (eDOC 2, p. 1-4; eDOC 24, p. 7-36).

Inconformada, a defesa interpôs apelação no Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, cuja Primeira Câmara Criminal negou provimento ao recurso, mas desclassificou, de ofício, a infração imputada na sentença para a norma penal contida no artigo 312, § 1º, do Código Penal (peculato), fixando a pena em 5 anos e 4 meses de reclusão e 50 dias-multa (eDOC 3, p. 6-24). Nesse julgamento, também foi determinada a execução provisória da pena imposta ao paciente, em razão do decidido pelo STF nas ADC 43-MC e 44-MC. Posteriormente, rejeitaram-se os embargos de declaração opostos (eDOC 4, p. 1-6).

Houve, então, a interposição pela defesa de recursos especial e extraordinário, os quais não foram admitidos pela Vice-Presidência do TJ/ES (eDOC 24, p. 1-6).

Paralelamente, a defesa impetrou, no STJ, o citado HC 414.404/ES, que foi denegado monocraticamente (eDOC 6, p. 1-4).

Daí o presente HC (eDOC 1, p. 1-14), no qual se sustenta, em síntese, a ocorrência de evidente constrangimento ilegal, diante da iminência de execução provisória da pena, sobretudo em face do princípio constitucional da presunção de inocência, bem como da configuração de verdadeira violação à coisa julgada e reformatio in pejus, certo que ao paciente foi concedido o benefício de recorrer em liberdade.

Ao final, os impetrantes pedem, em liminar e no mérito, a obtenção de salvo-conduto em favor do paciente, “suspendendo o cumprimento provisório da pena, tendo em vista a constatação do fumus bonis iuris e periculum in mora, até a apuração do caso em tela por este E. Tribunal” (eDOC 1, p. 12-13).

A Presidente do STF, em 26.12.2017, entendeu que “a decisão objeto da presente impetração está em harmonia com a atual jurisprudência do Plenário deste Supremo Tribunal, não se enquadrando o caso na previsão do inc. VIII do art. 13 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.” (eDOC 9, p. 1).

Solicitei e reiterei informações ao Juízo da 7ª Vara Criminal de Vila Velha – Comarca da Capital/ES (Ação Penal 0026803-62.2013.8.08.0035), sobretudo a respeito da execução da pena imposta ao paciente, bem como à Presidência do TJ/ES, sobre o processamento do recurso especial interposto nos autos da Apelação Criminal 0026803-62.2013.8.08.0035 (eDOCs 10 e 18), as quais foram prestadas (eDOCs 17, 21 e 24).

É o relatório.Decido. Conforme asseverei ao apreciar o pedido de liminar no HC 146.818

MC/ES, DJe 20.9.2017, os Ministros do STF, monocraticamente, têm aplicado a jurisprudência do Supremo no sentido de que a execução provisória da sentença já confirmada em sede de apelação, ainda que sujeita a recurso especial e extraordinário, não ofende o princípio constitucional da presunção de inocência, conforme decidido no HC 126.292/SP. Esse posicionamento foi mantido pelo STF ao indeferir medidas cautelares nas Ações Declaratórias de Constitucionalidade 43 e 44, e no julgamento do Recurso Extraordinário com Agravo 964.246/SP, com repercussão geral reconhecida pelo Plenário Virtual.

Todavia, no julgamento do HC 126.292/SP, o Ministro Dias Toffoli votou no sentido de que a execução da pena deveria ficar suspensa com a pendência de recurso especial ao STJ, mas não de recurso extraordinário ao STF. Para fundamentar sua posição, sustentou que a instituição do requisito de repercussão geral dificultou a admissão do recurso extraordinário em matéria penal, que tende a tratar de tema de natureza individual e não de natureza geral ao contrário do recurso especial, que abrange situações mais comuns de conflito de entendimento entre tribunais.

Ainda, no julgamento do HC 142.173/SP (de minha relatoria, sessão da Segunda Turma de 23.5.2017), manifestei minha tendência em acompanhar o Ministro Dias Toffoli no sentido de que a execução da pena com decisão de segundo grau deve aguardar o julgamento do recurso especial pelo STJ.

No caso, diante das informações prestadas (eDOCs 17, 21 e 24) e do que consta no Portal Eletrônico do TJ/ES, verifico que o ora paciente, das decisões que não admitiram os recursos especial e extraordinário, interpôs agravos, os quais ainda se encontram em processamento, nesta data, no TJ/ES. Frise-se que os citados AREsp e ARE foram interpostos das decisões da Vice-Presidência do TJ/ES (eDOC 24, p. 1-6), que não admitiram os recursos especial e extraordinário deduzidos do acórdão condenatório, o qual, por sua vez, ensejou a execução provisória ora impugnada.

Assim, no legítimo exercício da competência de índole constitucional atribuída ao Superior Tribunal de Justiça, nos termos do art. 105, III, e incisos, da Constituição Federal, é de se admitir, em tese, a possibilidade do afastamento dessa execução provisória em decorrência do eventual processamento e julgamento do recurso especial.

Ante o exposto, defiro a medida liminar para suspender o início da execução da pena a que foi submetido o paciente Almir Neres de Souza, nos autos da Ação Penal 0026803-62.2013.8.08.0035, que tramitou no Juízo

da 7ª Vara Criminal de Vila Velha da Comarca da Capital/ES, até o julgamento do mérito deste habeas corpus.

Comunique-se com urgência ao STJ, ao TJ/ES, e ao Juízo da 7ª Vara Criminal de Vila Velha da Comarca da Capital/ES, para cumprimento. Solicito, ainda, ao STJ, que comunique a este Relator eventual julgamento do citado AREsp interposto pelo ora paciente.

Após, dê-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República. Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 152.451 (1236)ORIGEM : 1075077 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : MARILIA SUZETE SANTOS DA MOTTAPACTE.(S) : ROSELAINE SANTOS DA MOTTAIMPTE.(S) : MATEUS PORTO (53019/RS)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO ARESP Nº 1.075.077 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOPENA – EXECUÇÃO PROVISÓRIA – PRINCÍPIO DA NÃO

CULPABILIDADE.HABEAS CORPUS – LIMINAR – DEFERIMENTO.1. O assessor Dr. Rafael Ferreira de Souza prestou as seguintes

informações:O Juízo da Segunda Vara Criminal da Comarca de Santa Cruz do Sul/

RS, no processo nº 0019302-29.2010.8.21.0026, condenou as pacientes a 8 anos de reclusão, em regime inicial fechado, e ao pagamento de 1.200 dias-multa, pela prática dos crimes previstos nos artigos 33, cabeça (tráfico de entorpecentes), com incidência da causa de diminuição descrita no § 4º do citado dispositivo, e 35 (associação voltada ao tráfico) da Lei nº 11.343/2006. Reconheceu o direito de recorrerem em liberdade.

A Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça desproveu a apelação interposta pela defesa e deu parcial provimento à formalizada pela acusação, para, afastando a incidência da causa de diminuição de pena versada no artigo 33, § 4º, da mencionada Lei, redimensionar a sanção, fixando-a em 9 anos de reclusão, em regime inicial fechado. Recurso especial protocolado pela defesa foi inadmitido.

Chegou-se ao Superior Tribunal de Justiça com o agravo em recurso especial nº 1.075.077. O Relator, em razão de requerimento formulado pelo Órgão acusador, determinou a expedição de ofícios ao Tribunal local a fim de dar-se início à execução provisória da pena. Aludiu ao decidido pelo Pleno no habeas corpus nº 126.292 e nas medidas cautelares nas ações declaratórias de constitucionalidade nº 43 e 44.

O impetrante ressalta haver constrangimento ilegal na imposição de imediata execução das sanções das pacientes, porquanto pendente de julgamento o mérito do agravo em recurso especial formalizado no Superior Tribunal de Justiça. Comunica o cumprimento dos respectivos mandados de prisão, afirmando encontrarem-se as pacientes presas. Sublinha que o Juízo, ao proferir a sentença condenatória, assentou o direito de recorrerem soltas. Aduz que a decisão mostra-se desprovida de fundamentação, a implicar violação do artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal.

No campo precário e efêmero, requer seja suspensa, até o julgamento final desta impetração, a execução provisória da pena, com a expedição de alvarás de soltura. No mérito, busca seja reconhecido às pacientes o direito de aguardarem em liberdade até o trânsito em julgado do título condenatório.

Consulta ao sítio do Superior Tribunal de Justiça, realizada em 21 de maio de 2018, revela que o agravo em recurso especial nº 1.075.077 está pendente de apreciação, concluso ao Relator.

A fase é de exame da medida acauteladora.2. O Relator, ante requerimento formalizado pelo Órgão acusador,

determinou, mesmo antes da análise do recurso interposto pela defesa, a execução provisória da sanção. Não se pode potencializar o decidido pelo Pleno no habeas corpus nº 126.292, por maioria, em 17 de fevereiro de 2016. Precipitar a execução da pena importa antecipação de culpa, por serem indissociáveis. Conforme dispõe o inciso LVII do artigo 5º da Constituição Federal, “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”, ou seja, a culpa surge após alcançada a preclusão maior. Descabe inverter a ordem natural do processo-crime – apurar-se para, selada a culpa, prender-se, em verdadeira execução da sanção.

O Tribunal, ao apreciar a referida impetração, não pôs em xeque a constitucionalidade nem colocou peias à norma contida na cabeça do artigo 283 do Código de Processo Penal, segundo a qual “ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva”. Constrição provisória concebe-se cautelarmente, associada ao flagrante, à temporária ou à preventiva, e não a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 155

título de sanção antecipada. A redação do preceito remete à Lei nº 12.403, de 4 de maio de 2011, revelando ter sido essa a opção do legislador. Ante o forte patrulhamento vivenciado nos dias de hoje, fique esclarecido que, nas ações declaratórias de constitucionalidade nº 43 e nº 44, nas quais questionado o mencionado dispositivo, o Pleno deixou de implementar liminar.

A execução provisória pressupõe garantia do Juízo ou a possibilidade de retorno, alterado o título executivo, ao estado de coisas anterior, o que não ocorre em relação à custódia. É impossível devolver a liberdade perdida ao cidadão.

O fato de o Tribunal, no denominado Plenário Virtual, atropelando os processos objetivos acima referidos, sem declarar, porque não podia fazê-lo em tal campo, a inconstitucionalidade do artigo 283 do aludido Código, e, com isso, confirmando que os tempos são estranhos, haver, em agravo que não chegou a ser provido pelo relator, ministro Teori Zavascki – agravo em recurso extraordinário nº 964.246, formalizado, por sinal, pelo paciente do habeas corpus nº 126.292 –, a um só tempo, reconhecido a repercussão geral e “confirmado a jurisprudência”, assentada em processo único – no citado habeas corpus –, não é obstáculo ao acesso ao Judiciário para afastar lesão a direito, revelado, no caso, em outra cláusula pétrea – segundo a qual “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória” – incisos XXXV e LVII do artigo 5º da Carta da República.

Ao tomar posse neste Tribunal, há 27 anos, jurei cumprir a Constituição Federal, observar as leis do País, e não a me curvar a pronunciamento que, diga-se, não tem efeito vinculante. De qualquer forma, está-se no Supremo, última trincheira da Cidadania, se é que continua sendo. O julgamento virtual, a discrepar do que ocorre em Colegiado, no verdadeiro Plenário, o foi por 6 votos a 4, e o seria, presumo, por 6 votos a 5, houvesse votado a ministra Rosa Weber, fato a revelar encontrar-se o Tribunal dividido. A minoria reafirmou a óptica anterior – eu próprio e os ministros Celso de Mello, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli. Tempos estranhos os vivenciados nesta sofrida República! Que cada qual faça a sua parte, com desassombro, com pureza d’alma, segundo ciência e consciência possuídas, presente a busca da segurança jurídica. Esta pressupõe a supremacia não de maioria eventual – conforme a composição do Tribunal –, mas da Constituição Federal, que a todos, indistintamente, submete, inclusive o Supremo, seu guarda maior. Em época de crise, impõe-se observar princípios, impõe-se a resistência democrática, a resistência republicana. De todo modo, há sinalização de a matéria vir a ser julgada, com a possibilidade, consoante noticiado pela imprensa, de um dos que formaram na corrente majoritária – e o escore foi de 6 a 5 – vir a evoluir.

Vale frisar que, em 4 de dezembro de 2017, liberei, para inserção na pauta dirigida do Pleno, ato situado no campo das atribuições da Presidência, as ações declaratórias de constitucionalidade nº 43 e nº 44, visando o julgamento de mérito, bem como, em 19 de abril de 2018, a de nº 54 para análise do pedido de liminar. Nenhuma teve designada data para apreciação. Ressalte-se que a última está lastreada em fato novo – a evolução, no entendimento, do ministro Gilmar Mendes, na esteira do exame do habeas corpus nº 152.752, relator ministro Edson Fachin –, a indicar a revisão da óptica então assentada.

3. Defiro a liminar para suspender, até o julgamento do mérito desta impetração, a execução provisória do título condenatório. Expeçam alvarás de soltura, a serem implementados com as cautelas próprias: caso as pacientes, Roselaine Santos da Motta e Marilia Suzete Santos da Motta, não se encontrem presas por motivo diverso do retratado no processo nº 0019302-29.2010.8.21.0026, da Segunda Vara Criminal da Comarca de Santa Cruz do Sul/RS, considerada a execução açodada, precoce e temporã da pena. Advirtam-nas da necessidade de permanecerem com a residência indicada ao Juízo, atendendo aos chamamentos judiciais, de informarem eventual transferência e de adotarem a postura que se aguarda do homem médio, integrado à sociedade.

4. Colham o parecer da Procuradoria-Geral da República.5. Publiquem.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

HABEAS CORPUS 153.162 (1237)ORIGEM : 83938 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : MARCIO RAMOS ALANBERT RODRIGUESPACTE.(S) : ELIONE VARGAS GUIMARAES JUNIORIMPTE.(S) : IVAN FIRMINO SANTIAGO DA SILVA (91254/RJ) E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado contra acórdão, proferido no âmbito do Superior Tribunal de Justiça (RHC 83.938/RJ), assim ementado (eDOC 22):

“PROCESSO PENAL. RECURSO EM HABEAS CORPUS. ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA, FORMAÇÃO DE QUADRILHA, CORRUPÇÃO PASSIVA, ADVOCACIA ADMINISTRATIVA E CONCUSSÃO. COMPETÊNCIA. AUTORIZAÇÃO DE INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS. PREVENÇÃO. RECURSO NÃO PROVIDO.

1. ‘A fundamentação per relacionem constitui medida de economia processual e não malfere os princípios do juiz natural e da fundamentação das decisões.’ (REsp 1.443.593/RS, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 02/06/2015, DJe 12/06/2015).

2. Como regra, a fixação da competência de foro ou territorial segue a teoria do resultado, sendo determinante o lugar da consumação da infração, ou do último ato da execução, nas hipóteses de tentativa (art. 70 do CPP), tendo como critério subsidiário o domicílio do réu (CPP, art. 72).

3. A denominada competência por prevenção, que pressupõe distribuição (CPP, art. 75, parágrafo único), no geral, é utilizada como critério subsidiário de fixação da competência territorial, baseado na cronologia do exercício de atividade jurisdicional, mesmo que antes de oferecida denúncia ou queixa, necessariamente entre dois ou mais juízes igualmente competentes ou com competência cumulativa, consoante aponta o art. 83 do CPP.

4. No caso, a atuação da associação em diversas localidades e a primeva atuação do Juízo da 1ª Vara Criminal da SJ/RJ na autorização da interceptação telefônica, torna-o prevento e assim, hígida a competência para processar e julgar o feito.

5. As razões recursais deduzidas no presente recurso visando a desconstituição da competência do Juízo da 1ª Vara Criminal da SJ/RJ demanda análise do conjunto fático-probatório, procedimento vedado na via estreita do habeas corpus.

6. Recurso não provido.”Narra o impetrante que: a) os pacientes, denunciados pela suposta

prática dos delitos previstos nos arts. 317, caput, por três vezes, 317, §1º, por duas vezes, e 288, na forma do art. 69, todos do CP; e 317, caput, por oito vezes, §2º, por duas vezes, 321, parágrafo único, por três vezes, 317, §1º, e 288, na forma do art. 69, todos também do CP, alegaram, em defesa prévia, exceção de incompetência, tendo em vista que as interceptações telefônicas em que figuravam como investigados foram autorizadas por Juízo incompetente, o qual, ainda, veio a receber a denúncia e a conduzir o processo dela decorrente; b) a exceção foi rejeitada, o que ensejou a impetração de habeas corpus perante o TRF da 2ª Região, que denegou a ordem; c) as regras de competência foram equivocadamente aplicadas, razão pela qual os pacientes se encontram na iminência de uma possível condenação por um Juízo incompetente.

À vista do exposto, requer a “concessão da ordem para o fim de ser reconhecida a incompetência do Juízo originário, com a consequente nulidade de todos os atos decisórios, distribuindo-se, por fim, o feito para seu Juízo natural.”

Indeferi a liminar (e.doc. 36).O Juiz de primeiro grau prestou informações (e.doc. 38).A PGR oficiou pela denegação da ordem (e.doc. 42).É o relatório. Decido.2. Conforme assentado pela decisão proferida em primeiro grau, “a

ação penal tem como objeto crimes praticados por meio de organização criminosa, sendo competente uma das Varas Federais Criminais da Capital com especialização na matéria”.

A defesa questiona essa conclusão, afirmando que a resolução interna da Justiça Federal não prevalece sobre o art. 70, CPP. E ainda:

“É dizer: praticados delitos no Município do Rio de Janeiro, a vara competente para apreciá-los será aquela que possuir a devida especialização quanto a tal matéria; mas essa Vara não poderá usurpar a competência de outras jurisdições quando tal se revelar contrário ao digesto processual, ou seja, quando o crime apurado houver supostamente se consumado em outra jurisdição. “

A compreensão defensiva, contudo, colide com a jurisprudência desta Suprema Corte, que, em síntese, por força do disposto no art. 96, I, “a”, CRFB, entende cabível a designação de competência territorial em razão da matéria por deliberação dos Tribunais:

“HABEAS CORPUS. PENAL. PROCESSUAL PENAL. LEI ESTADUAL. TRANSFERÊNCIA DE COMPETÊNCIA. DELITOS SEXUAIS DO CÓDIGO PENAL PRATICADOS CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES. JUIZADOS DA INFÂNCIA E JUVENTUDE. VIOLAÇÃO DO ART. 22 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E OFENSA AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS. NÃO OCORRÊNCIA. ORDEM DENEGADA. I – A lei estadual apontada como inconstitucional conferiu ao Conselho da Magistratura poderes para atribuir aos 1º e 2º Juizados da Infância e Juventude, entre outras competências, a de processar e julgar crimes de natureza sexuais praticados contra crianças e adolescentes, nos exatos limites da atribuição que a Carta Magna confere aos Tribunais. II – Não há violação aos princípios constitucionais da legalidade, do juiz natural e do devido processo legal, visto que a leitura interpretativa do art. 96, I, a , da Constituição Federal admite que haja alteração da competência dos órgãos do Poder Judiciário por deliberação dos Tribunais. Precedentes. III – A especialização de varas consiste em alteração de competência territorial em razão da matéria, e não alteração de competência material, regida pelo art. 22 da Constituição Federal. IV – Ordem denegada.” (HC 113018, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, julgado em 29/10/2013, grifei)

“Especialização de Vara Federal por Resolução emanada do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Constitucionalidade afirmada pelo Pleno desta Corte. Ausência de ofensa ao princípio do juiz natural.”

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 156

(HC 94188, Relator(a): Min. EROS GRAU, Segunda Turma, julgado em 26/08/2008, grifei)

“O Poder Judiciário tem competência para dispor sobre especialização de varas, porque é matéria que se insere no âmbito da organização judiciária dos Tribunais. O tema referente à organização judiciária não se encontra restrito ao campo de incidência exclusiva da lei, eis que depende da integração dos critérios preestabelecidos na Constituição, nas leis e nos regimentos internos dos tribunais.” (HC 91024, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, julgado em 05/08/2008, grifei)

Presente hipótese de competência da Justiça Federal da capital, a concentração ocorre por meio do critério da prevenção, de índole residual, que decorre do prévio exame de requerimento de interceptação telefônica (art. 83, CPP).

O ato coator, portanto, não contraria a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.

3. Diante do exposto, nos termos do art. 21, §1°, RISTF, nego seguimento ao habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 154.096 (1238)ORIGEM : 154096 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESPACTE.(S) : ANDRE LUIS RODRIGUES DE ANDRADEPACTE.(S) : SIMONE KELLY MENDESIMPTE.(S) : LUCIANO LEITE DE PAULA (202890/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 438.050 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOTrata-se de Habeas Corpus, com pedido de medida liminar, impetrado

contra decisão proferida pela Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu liminarmente o HC 438.050/SP.

Consta dos autos, em síntese, que os pacientes foram condenados à pena de 1 ano e 4 meses de reclusão, em regime inicial semiaberto, pela prática do crime de estelionato (CP, art. 171), sendo-lhes negado o direito de recorrer em liberdade.

Inconformada, a defesa impetrou Habeas Corpus junto ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que indeferiu o pedido de liminar. Na sequência, outro writ, desta vez dirigido ao Superior Tribunal de Justiça, que lhe negou seguimento.

Nesta ação, o impetrante sustenta, em suma, a ausência dos pressupostos autorizadores da custódia cautelar. Requer, assim, a concessão da ordem, para que o decreto prisional seja revogado.

É o relatório. Decido. Em regra, incidiria óbice ao conhecimento da ordem impetrada neste

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, uma vez que se impugna decisão monocrática de Ministro do Superior Tribunal de Justiça, determinando a extinção do writ naquela Corte ajuizado (HC 122.718, Rel. Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe de 3/9/2014; HC 121.684-AgR, Rel. Min. TEORI ZAVASCKI, Segunda Turma, DJe de 16/5/2014; HC 138.687-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, DJe de 1º/3/2017 ; HC 116.875, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 17/10/2013; HC 117.346, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 22/10/2013; HC 117.798, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 24/4/2014; HC 119.821, Rel. Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, DJe de 29/4/2014 ; HC 122.381-AgR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de 27/8/2014; RHC 114.961, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de 8/8/2013).

De fato, o exaurimento da instância recorrida é, como regra, pressuposto para ensejar a competência do Supremo Tribunal Federal, conforme vem sendo reiteradamente proclamado por esta Corte (RHC 111.935, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 30/9/2013; HC 97.009, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Relator p/ Acórdão Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, DJe de 4/4/2014; HC 117.798, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 24/4/2014).

Como bem apontado pelo Ministro LUIZ FUX, com base em diversos outros precedentes desta Primeira Turma, em regra, a flexibilização dessa norma implicaria afastamento do texto da Constituição, pois a competência deste SUPREMO TRIBUNAL, sendo matéria de direito estrito, não pode ser interpretada de forma ampliada para alcançar autoridades, no caso, membros de Tribunais Superiores, cujos atos não estão submetidos à apreciação do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (HC 139.262, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 23/3/2017).

Esta Primeira Turma, porém, em hipóteses específicas, vem autorizando a análise de Habeas Corpus quando não encerrada a análise na instância competente, considerando-a um óbice superável apenas em hipótese de teratologia (HC 138.414/RJ, Rel. Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe de 20/4/2017), ou em casos excepcionais, como bem destacado pela Ministra ROSA WEBER (HC 137.078/SP, Rel. Min. ROSA WEBER,

Primeira Turma, DJe de 24/4/2017). A presente hipótese, contudo, apresenta excepcionalidade.O essencial em relação às liberdades individuais, em especial a

liberdade de ir e vir, não é somente sua proclamação formal nos textos constitucionais ou nas declarações de direitos, mas a absoluta necessidade de sua pronta e eficaz consagração no mundo real, de maneira prática e eficiente, a partir de uma justa e razoável compatibilização com os demais direitos fundamentais da sociedade, de maneira a permitir a efetividade da Justiça Penal.

MAURICE HAURIOU ensinou a importância de compatibilização entre a Justiça Penal e o direito de liberdade, ressaltando a consagração do direito à segurança, ao salientar que “em todas as declarações de direitos e em todas as Constituições revolucionárias figura a segurança na primeira fila dos direitos fundamentais”, inclusive apontando que “os publicistas ingleses colocaram em primeiro plano a preocupação com a segurança”, pois, conclui o Catedrático da Faculdade de Direito de Toulouse, “por meio do direito de segurança, se pretende garantir a liberdade individual contra o arbítrio da justiça penal, ou seja, contra as jurisdições excepcionais, contra as penas arbitrárias, contra as detenções e prisões preventivas, contra as arbitrariedades do processo criminal” (Derecho público y constitucional. 2. ed. Madri: Instituto editorial Réus, 1927. p. 135-136).

Essa necessária compatibilização admite a relativização da liberdade de ir e vir em hipóteses excepcionais e razoavelmente previstas nos textos normativos, pois a consagração do Estado de Direito não admite a existência de restrições abusivas ou arbitrárias à liberdade de locomoção, como historicamente salientado pelo grande magistrado inglês COKE, em seus comentários à CARTA MAGNA, de 1642, por ordem da Câmara dos Comuns, nos estratos do Segundo Instituto, ao afirmar: “que nenhum homem seja detido ou preso senão pela lei da terra, isto é, pela lei comum, lei estatutária ou costume da Inglaterra” (capítulo 29). Com a consagração das ideias libertárias francesas do século XVIII, como lembrado pelo ilustre professor MIRKINE GUETZÉVITCH (russo de nascimento e francês por opção), essas limitações se tornaram exclusivamente “trabalho das Câmaras legislativas”, para se evitar o abuso da força estatal (As novas tendências do direito constitucional. Companhia editora nacional, 1933. p. 77 e ss.).

Na espécie, não houve a devida compatibilização, pois os elementos indicados pelas instâncias antecedentes revelam-se insuficientes para justificar a manutenção da medida cautelar extrema. Segundo consta dos autos, os pacientes foram condenados em primeira instância pela prática da conduta prevista no art. 171 do Código Penal (estelionato), ao cumprimento de pena de 1 ano e 4 meses de reclusão, em regime inicial semiaberto.

Sendo esse o quadro, eventual manutenção da prisão preventiva em regime semiaberto, além de carecer de amparo legal, desvirtua o instituto da prisão preventiva, que, como se sabe, pressupõe cerceamento pleno do direito de locomoção. Tal situação acarreta a admissão de verdadeira antecipação do cumprimento da pena sem a definição da responsabilidade criminal dos acusados pelas instâncias ordinárias.

A prisão não se revela, portanto, adequada e proporcional, podendo ser eficazmente substituída por medidas alternativas (CPP, art. 319), conforme já afirmou esta CORTE em diversos julgados: HC 115.786, Rel. Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, DJe de 20/8/2013; HC 123.226, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, unânime, DJe de 17/11/2014; HC 130.773, Rel. Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe de 23/11/2015; HC 136.397, Rel. Min. TEORI ZAVASCKI, Segunda Turma, DJe de 13/2/2017, esse último assim ementado:

(...) 3. A prisão preventiva é a medida cautelar mais grave no processo penal, que desafia o direito fundamental da presunção de inocência. Não pode, jamais, revelar antecipação de pena. Precedentes. 4. O aspecto cautelar próprio da segregação provisória, do que decorre o enclausuramento pleno do agente, não admite qualquer modulação para adequar-se a regime inicial mais brando (semiaberto) definido nesta impetração. 5. A realidade do sistema carcerário brasileiro impõe aos egressos a regime mais brando (semiaberto e aberto) o cumprimento da pena de modo diverso, inclusive com liberdade monitorada, diante da impossibilidade de colocação do sentenciado em regime mais gravoso (RE 641.320/RS, Pleno, Rel. Min. Gilmar Mendes). Essa restrição parcial da liberdade ao cautelarmente segregado não se coaduna com a prisão preventiva e pode ser validamente alcançada com a imposição de medidas cautelares diversas da prisão (CPP, art. 319). 6. Ordem concedida para fixar ao paciente o regime inicial semiaberto e, em consequência, revogar a prisão preventiva fixada. (destacamos)

Dessa maneira, como nenhum homem ou mulher poderá ser privado de sua liberdade de ir e vir sem expressa autorização constitucional e de acordo com os excepcionais e razoáveis requisitos legais, pois o direito à liberdade de locomoção resulta da própria natureza humana, como ensinou o grande constitucionalista do Império, Pimenta Bueno ( Direito público brasileiro e análise da Constituição do Império . Rio de Janeiro: Ministério da Justiça e Negócios Interiores, 1958. p. 388); o presente Habeas Corpus é meio idôneo para garantir todos os direitos legais previstos ao paciente e relacionados com sua liberdade de locomoção, mesmo que, como salientado pelo Ministro CELSO DE MELLO, “na simples condição de direito-meio, essa liberdade individual esteja sendo afetada apenas de modo reflexo, indireto ou oblíquo” (Constituição Federal anotada. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 1986. p. 459).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 157

Diante do exposto, com base no art. 192, caput, do Regimento Interno do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, CONCEDO A ORDEM DE HABEAS CORPUS, a fim de revogar a prisão preventiva decretada nos autos da Ação Penal 0001341-15.2016.8.26.0127, em trâmite junto à 2ª Vara Criminal da Comarca de Carapicuíba/SP, incumbindo ao Juízo competente a imposição de medidas cautelares previstas no art. 319 do Código de Processo Penal, cujo descumprimento implicará no restabelecimento da prisão preventiva (art. 282, § 4º, do CPP). Comunique-se, com urgência.

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro ALEXANDRE DE MORAESRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 154.605 (1239)ORIGEM : 154605 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESPACTE.(S) : WILLIAM FAGUNDES FERREIRAIMPTE.(S) : RAPHAEL URBANETTO PERES (79652/RS)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOTrata-se de Habeas Corpus, com pedido de medida liminar, impetrado

contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (HC 403.479/RS, Rel. Min. FELIX FISCHER).

Consta dos autos, em síntese, que o paciente foi denunciado pela prática do delito de tráfico de drogas (art. 33, caput, da Lei 11.343/2006). Sobreveio sentença absolutória, em razão da insuficiência de provas (CPP, art. 386, VII).

Interposto recurso de apelação pelo Ministério Público, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul deu-lhe provimento, a fim de condenar o acusado à pena de 6 anos de reclusão, em regime inicial fechado.

Inconformada, a defesa impetrou habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça, que não conheceu da ordem, mas examinou os fundamentos da impetração, em acórdão assim ementado:

[...]I - Terceira Seção desta Corte, seguindo entendimento firmado pela

Primeira Turma do col. Pretório Excelso, firmou orientação no sentido de não admitir a impetração de habeas corpus em substituição ao recurso adequado, situação que implica o não conhecimento da impetração, ressalvados casos excepcionais em que, configurada flagrante ilegalidade apta a gerar constrangimento ilegal, seja possível a concessão da ordem de ofício.

II - O regime prisional, nos crimes previstos na Lei n. 11.343/06, deve ser estabelecido de acordo com o quantum de pena aplicado, levando-se em consideração a primariedade ou não do réu, as circunstâncias judicias previstas no art. 59 do Código Penal, bem como a quantidade e a natureza da droga apreendida, ex vi do art. 42 da Lei de Drogas.

III - A quantidade e a natureza da droga podem fundamentar a imposição de regime mais gravoso do que aquele definido apenas em função do quantum de pena aplicado, desde que tal circunstância concreta tenha sido utilizada na dosimetria da pena. (Precedentes).

IV - In casu, a quantidade da droga - 1,06 kg de maconha – foi utilizada na dosimetria da pena para afastar a pena-base do mínimo legal, logo o regime fechado fixado não padece de qualquer flagrante ilegalidade passível de ser sanada pela concessão da ordem de habeas corpus, ainda que de ofício.

Habeas corpus não conhecido.Nesta ação, o impetrante sustenta, em suma, a ausência de

fundamentação idônea para imposição de regime inicial mais gravoso do que o cabível em razão da pena imposta. Ressalta as condições pessoais favoráveis: réu primário, com residência fixa e carteira de trabalho assinada. Requer, assim, a concessão da ordem, a fim de impor o regime inicial semiaberto.

É o relatório. Decido. A fixação do regime inicial de cumprimento da pena deve ser

norteada pelo quantum da pena fixada em conjunto com as circunstâncias judiciais verificadas na primeira etapa da dosimetria (conforme o art. 59 do CP e, nos casos de crimes previstos na Lei 11.343/2006, o art. 42 da Lei 11.343/2006 da lei especial) e as peculiaridades do caso concreto. Dessa conjunção de fatores resulta que, desde que haja motivação idônea, é possível a fixação de regime mais gravoso do que o recomendado nas alíneas do § 2º do art. 33 do CP. Esse entendimento se amolda à jurisprudência cristalizada na Súmula 719 (A imposição do regime de cumprimento mais severo do que a pena aplicada permitir exige motivação idônea) e replicada em diversos julgados: RHC 134.494-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, DJe 9/5/2017; RHC 128.827, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe 13/3/2017; RHC 122.620, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe 13/8/2014; HC 118.733, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe 17/12/2013.

Na espécie, o regime inicial de cumprimento da pena foi mantido pelo Superior Tribunal de Justiça, com base nos seguintes argumentos (Doc. 2, fls. 9/15):

Transcrevo, a fim de delimitar a quaestio, o seguinte excerto do v.

acórdão, no que diz respeito à dosimetria da pena e definição do regime inicial de cumprimento da reprimenda:

E, em razão da condenação do réu William pelo crime de tráfico de drogas, nos termos dos artigos 33, caput, da Lei de Tóxicos, que vai aqui reconhecido, passo à fixação da pena:

À vista das operadoras do artigo 59 do Código Penal, é possível afirmar que o acusado tinha plena consciência da ilicitude de seu gesto, existindo circunstância conhecida que permita elevar o grau de culpabilidade acima do preceito usual, tendo em vista a elevada volumetria de maconha apreendida, nos termos do artigo 42, da Lei n° 11.343/2006 . A personalidade e a conduta social não interferem. Os motivos e as conseqüências são normais do delito. As circunstâncias não são relevantes. A vítima é o próprio Estado. O réu não apresenta antecedentes.

[...]Na situação telada, o quantum da pena fixados aos réus William e

Matheus, em consonância com a prática da traficância de forma habitual e apreensão de elevada volumetria de maconha, impõe o cumprimento da pena em regime inicial fechado, todavia com fulcro no artigo 33, §2°, alínea a, e §3°, do Código Penal, associado ao comando do artigo 42, da Lei de Tóxicos" (fls. 27-33, grifei).

[...]Desse modo, cumpre ressaltar que o regime prisional, nos crimes

previstos na Lei n. 11.343/06, deve ser estabelecido de acordo com o quantum de pena aplicado, levando-se em consideração a primariedade ou não do réu, as circunstâncias judicias previstas no art. 59 do Código Penal, bem como a quantidade e a natureza da droga apreendida, ex vi do art. 42 da Lei de Drogas.

Por outro lado, a quantidade e a natureza da droga podem fundamentar a imposição de regime mais gravoso do que aquele definido apenas em função do quantum de pena aplicado, desde que tal circunstância concreta tenha sido utilizada na dosimetria da pena, como no caso.

[...]Assim, constatado que a quantidade da droga - 1,06 kg de maconha -

foi utilizada na dosimetria da pena, para afastar a pena-base do mínimo legal, o regime fechado fixado no presente caso não padece de qualquer flagrante ilegalidade passível de ser sanada pela concessão da ordem de habeas corpus, ainda que de ofício.

Nesse contexto, a decisão proferida pelo STJ não apresenta ilegalidade. As particularidades do caso concreto, apuradas pelas instâncias ordinárias, notadamente a quantidade de droga apreendida (1,06 Kg de maconha), constituem fundamentação idônea para a imposição de regime mais severo – fechado –, medida que se mostra adequada e necessária para a repressão do tráfico ilícito de drogas, consoante o art. 1º da Lei 11.343/2006.

Conforme entendimento desta SUPREMA CORTE, é possível que o juiz fixe o regime inicial mais gravoso com base na quantidade e na natureza do entorpecente apreendido (ARE nº 967.003-AgR/SP, Rel. Min. ROBERTO BARROSSO, Primeira Turma, DJe de 9/8/16).

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, NEGO SEGUIMENTO AO HABEAS CORPUS.

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro ALEXANDRE DE MORAESRelator

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MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 154.635 (1240)ORIGEM : 154635 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : NILTON DOS SANTOS CATHALAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOPENA – EXECUÇÃO PROVISÓRIA – PRINCÍPIO DA NÃO

CULPABILIDADE. HABEAS CORPUS – LIMINAR – DEFERIMENTO. 1. O assessor Dr. Gustavo Mascarenhas Lacerda Pedrina prestou as

seguintes informações:O Juízo da Terceira Vara Criminal Federal da Subseção Judiciária de

São Paulo, no processo nº 0008065-07.2004.403.6181, condenou o paciente a 6 anos e 8 meses de reclusão, em regime inicial fechado, e ao pagamento de 50 dias-multa, em virtude do cometimento da infração prevista no artigo 312 (peculato) do Código Penal, por 143 vezes, em continuidade delitiva, por haver, na condição de avaliador da Caixa Econômica Federal, realizado contratos de penhor sem garantia ou com garantia superavaliada, em prejuízo da instituição financeira, entre janeiro de 2002 e abril de 2003. Foi, ainda, condenado a indenizar a Caixa em R$ 500.000,00 a título de reparação de danos.

A Quinta Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, ao prover parcialmente a apelação interposta pela defesa, redimensionou a sanção para 5 anos, 6 meses e 20 dias de reclusão e 26 dias-multa, em regime

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 158

semiaberto, e afastou a condenação referente à indenização. Ante pedido do Ministério Público Federal, determinou a execução da pena, aludindo ao que decidido, pelo Supremo, no habeas corpus nº 126.292 e nas ações declaratórias de constitucionalidade nº 43 e nº 44. Recurso especial protocolado pela defesa foi inadmitido.

Chegou-se ao Superior Tribunal de Justiça com o habeas corpus nº 384.258/SP, o qual teve a liminar indeferida. A Sexta Turma desproveu agravo interno.

A impetrante aponta a violação dos artigos 5º, inciso LVII, da Constituição Federal, 283 do Código de Processo Penal, 105 e 147 da Lei de Execução Penal. Alega constrangimento ilegal decorrente da imposição de execução provisória da pena, referindo-se à pendência de análise de agravo em recurso especial. Diz plausível o provimento do especial, o que reduziria a sanção para patamar aquém dos 4 anos, possibilitando a conversão em restritivas de direitos. Anota a ausência de efeito vinculante da decisão proferida no habeas corpus nº 126.292. Ressalta não demonstrada a necessidade da preventiva. Enfatiza as condições pessoais favoráveis: primariedade, endereço fixo e ocupação lícita. Sucessivamente, argui viável que o paciente aguarde a preclusão maior do título condenatório no semiaberto, aduzindo ilegal mantê-lo em regime mais gravoso por ter optado pela via recursal.

Requer, no campo precário e efêmero, seja afastada a execução precoce da sanção. No mérito, pretende a confirmação da providência.

Em consulta ao sítio do Tribunal de Justiça, em 21 de maio último, verificou-se a expedição do mandado de prisão nº 000651-98.2017.6181.0001, não havendo informação quanto ao cumprimento.

Pesquisa no sítio do Superior Tribunal de Justiça revelou a formalização, pela defesa, do agravo em recurso especial nº 1.050.269, pendente de exame.

A fase é de apreciação da medida de urgência.2. Não se pode potencializar o decidido pelo Pleno no habeas corpus

nº 126.292, por maioria, em 17 de fevereiro de 2016. Precipitar a execução da pena importa antecipação de culpa, por serem indissociáveis. Conforme dispõe o inciso LVII do artigo 5º da Constituição Federal, “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”, ou seja, a culpa surge após alcançada a preclusão maior. Descabe inverter a ordem do processo-crime – apurar para, selada a culpa, prender, em verdadeira execução da sanção.

O Pleno, ao apreciar a referida impetração, não pôs em xeque a constitucionalidade nem colocou peias à norma contida na cabeça do artigo 283 do Código de Processo Penal, segundo a qual “ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva”. Constrição provisória concebe-se cautelarmente, associada ao flagrante, à temporária ou à preventiva, e não a título de pena antecipada. A redação do preceito remete à Lei nº 12.403, de 4 de maio de 2011, revelando ter sido essa a opção do legislador. Ante o forte patrulhamento vivenciado nos dias de hoje, fique esclarecido que, nas ações declaratórias de constitucionalidade nº 43 e nº 44, nas quais questionado o mencionado dispositivo, o Pleno deixou de implementar liminar.

A execução provisória pressupõe garantia do Juízo ou a viabilidade de retorno, alterado o título executivo, ao estado de coisas anterior, o que não ocorre em relação à custódia. É impossível devolver a liberdade perdida ao cidadão.

O fato de o Tribunal, no denominado Plenário Virtual, atropelando os processos objetivos acima referidos, sem declarar, porque não podia fazê-lo em tal campo, a inconstitucionalidade do artigo 283 do aludido Código, e, com isso, confirmando que os tempos são estranhos, haver, em agravo que não chegou a ser provido pelo Relator, ministro Teori Zavascki – agravo em recurso extraordinário nº 964.246, formalizado, por sinal, pelo paciente do habeas corpus nº 126.292 –, a um só tempo, reconhecido a repercussão geral e “confirmado a jurisprudência”, assentada em processo único – no citado habeas corpus –, não é obstáculo ao acesso ao Judiciário para afastar lesão a direito, revelado, no caso, em outra cláusula pétrea – segundo a qual “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória” – incisos XXXV e LVII do artigo 5º da Carta da República.

Ao tomar posse neste Tribunal, há 27 anos, jurei cumprir a Constituição Federal, observar as leis do País, e não a me curvar a pronunciamento que, diga-se, não tem efeito vinculante. De qualquer forma, está-se no Supremo, última trincheira da Cidadania, se é que continua sendo. O julgamento virtual, a discrepar do que ocorre em Colegiado, no verdadeiro Plenário, o foi por 6 votos a 4, e o seria, presumo, por 6 votos a 5, houvesse votado a ministra Rosa Weber, fato a revelar encontrar-se o Tribunal dividido. A minoria reafirmou a óptica anterior – eu próprio e os ministros Celso de Mello, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli. Tempos estranhos os vivenciados nesta sofrida República! Que cada qual faça a sua parte, com desassombro, com pureza d’alma, segundo ciência e consciência possuídas, presente a busca da segurança jurídica. Esta pressupõe a supremacia não de maioria eventual – conforme a composição do Tribunal –, mas da Constituição Federal, que a todos, indistintamente, submete, inclusive o Supremo, seu guarda maior. Em época de crise, impõe-se observar princípios, impõe-se a resistência democrática, a resistência republicana. De todo modo, há sinalização de a matéria vir a ser julgada, com a possibilidade, consoante

noticiado pela imprensa, de um dos que formaram na corrente majoritária – e o escore foi de 6 a 5 – vir a evoluir.

Vale frisar que, em 4 de dezembro de 2017, liberei, para inserção na pauta dirigida do Pleno, ato situado no campo das atribuições da Presidência, as ações declaratórias de constitucionalidade nº 43 e nº 44, visando o julgamento de mérito, bem como, em 19 de abril de 2018, a de nº 54 para análise do pedido de liminar. Nenhuma teve designada data para apreciação. Ressalte-se que a última está lastreada em fato novo a evolução, no entendimento, do ministro Gilmar Mendes, na esteira do exame do habeas corpus nº 152.752, relator ministro Edson Fachin, a indicar a revisão da óptica então assentada.

3. Defiro a liminar para suspender a execução provisória do título condenatório. Comuniquem ao Juízo que se abstenha de expedir o mandado de prisão, ou, se já o tiver feito, que o recolha, ou, ainda, se cumprido, que expeça o alvará de soltura, a ser implementado com as cautelas próprias: caso o paciente não esteja preso por motivo diverso do retratado no processo nº 0008065-07.2004.403.6181, da Terceira Vara Criminal Federal da Subseção Judiciária de São Paulo, considerada a execução açodada, precoce e temporã da pena. Advirtam-no da necessidade de permanecer com a residência indicada ao Juízo, atendendo aos chamamentos judiciais, de informar eventual transferência e de adotar a postura que se aguarda do homem médio, integrado à sociedade.

4. Colham o parecer da Procuradoria-Geral da República.5. Publiquem. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 154.691 (1241)ORIGEM : 154691 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : NEDIMAR DE PAIVA GADELHA JÚNIORIMPTE.(S) : ALEXANDRE VIEIRA DE QUEIROZ (18976/DF) E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus com pedido de medida liminar, impetrado por Alexandre Vieira de Queiroz e outros, em favor de Nedimar de Paiva Gadelha Junior, contra acórdão proferido pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), nos autos do HC 418.919/PB.

Segundo os autos, o paciente foi condenado (Processo 0002691-25.2015.815.0371 – 1ª Vara da Comarca de Sousa/PB) pela suposta prática do crime descrito no artigo 312 do Código Penal (peculato) à pena de 5 anos e 9 meses de reclusão, a ser cumprida no regime semiaberto (eDOC 4, p. 49). Foi condenado também à perda do cargo público, nos termos do artigo 92, alíneas a e b, do Código Penal (eDOC 4, p. 50).

Na oportunidade, foi determinada a expedição do mandado de prisão (eDOC 4, p. 54).

A defesa apelou da decisão. A Corte estadual manteve o decreto condenatório e desproveu o recurso (eDOC 4, p. 289).

Irresignada com o afastamento cautelar do cargo, a defesa impetrou habeas corpus (0800816-96.2016.8.15.0000) perante o Tribunal de Justiça da Paraíba. Foi deferido pedido liminar para suspender os efeitos da sentença condenatória apenas em relação ao afastamento cautelar do paciente do cargo de vereador da Câmara Municipal de Sousa – PB (eDOC 4, p. 209).

Daí a impetração do citado HC 418.919/PB no STJ, que denegou a ordem nos termos da seguinte ementa:

“PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. PECULATO. DOSIMETRIA. PENA-BASE. CULPABILIDADE. ACENTUADA REPROVABILIDADE PELO FATO DE O RÉU SER AGENTE POLÍTICO (VEREADOR). CIRCUNSTÂNCIAS DO DELITO. PERPETUAÇÃO DA CONDUTA. VALOR APROPRIADO. FUNDAMENTO IDÔNEO. CONSEQUÊNCIAS. EXPOSIÇÃO INDEVIDA DE OUTRA PESSOA. VIOLAÇÃO AO ART. 59 DO CP NÃO VERIFICADA. EXECUÇÃO PROVISÓRIA. ESGOTAMENTO DAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS. POSSIBILIDADE. ORDEM DENEGADA. 1. O fato de o delito de peculato ter sido praticado por um agente político (vereador), no exercício da legislatura, a quem o eleitor depositou confiança, esperando, assim, a lisura de sua atuação, demonstra especial reprovabilidade da conduta, a justificar o incremento da pena pela acentuada culpabilidade. 2. A perpetuação da conduta e o valor considerável da apropriação são elementos aptos a justificar a majoração da pena-base em razão das circunstâncias do crime. 3. Devidamente fundamentada a exacerbação da sanção inicial no fato de ter o delito sido causa de exposição indevida de outra pessoa, a qual nem sequer tinha conhecimento do ilícito. 4. Prolatado o juízo condenatório por Tribunal de Apelação e, na pendência de recursos especial ou extraordinário, somente casuísticos efeitos suspensivos concedidos – por cautelar ou habeas corpus – impedirão a execução provisória, ainda que concedido o direito de recorrer em liberdade até o trânsito em julgado da condenação. 5. Ordem denegada”. (eDOC 7, p. 1)

A defesa interpôs recurso especial (eDOC 5, p. 10-23) e, em razão de sua inadmissão, apresentou Agravo em Recurso Especial 1.257.721/PB (eDOC 6), que está pendente de julgamento.

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 159

No presente writ, a defesa sustenta a possibilidade de suspensão da execução provisória da pena.

Aduz também o excesso de pena aplicada, tendo em vista que foram valorados negativamente três vetores da pena-base – culpabilidade, circunstâncias do crime e consequências –, ocorrendo bis in idem.

Afirma a inexistência de razoabilidade no acréscimo do quantum da pena-base, considerando que foi acrescida em 15 meses pelo desvio de 24 mil reais.

Requer, liminarmente, a suspensão da execução provisória da pena imposta. No mérito pede a confirmação da liminar e que a pena-base seja decotada, reduzindo a sanção imposta.

É o relatório.Decido.A concessão de liminar em habeas corpus dá-se em caráter

excepcional, em face da configuração do fumus boni iuris e do periculum in mora.

Consoante acentuei ao apreciar o pedido de liminar no HC 146.818 MC/ES, DJe 20.9.2017, os Ministros do STF, monocraticamente, têm aplicado a jurisprudência do Supremo no sentido de que a execução provisória da sentença já confirmada em sede de apelação, ainda que sujeita a recurso especial e extraordinário, não ofende o princípio constitucional da presunção de inocência, conforme decidido no HC 126.292/SP. Esse posicionamento foi mantido pelo STF ao indeferir medidas cautelares nas Ações Declaratórias de Constitucionalidade 43 e 44, e no julgamento do Recurso Extraordinário com Agravo 964.246/SP, com repercussão geral reconhecida pelo Plenário Virtual.

Todavia, no julgamento do HC 126.292/SP, o Ministro Dias Toffoli votou no sentido de que a execução da pena deveria ficar suspensa com a pendência de recurso especial ao STJ, mas não de recurso extraordinário ao STF. Para fundamentar sua posição, sustentou que a instituição do requisito de repercussão geral dificultou a admissão do recurso extraordinário em matéria penal, que tende a tratar de tema de natureza individual e não de natureza geral ao contrário do recurso especial, que abrange situações mais comuns de conflito de entendimento entre tribunais.

Ainda, no julgamento do HC 142.173/SP (de minha relatoria, sessão da Segunda Turma de 23.5.2017), manifestei minha tendência em acompanhar o Ministro Dias Toffoli no sentido de que a execução da pena com decisão de segundo grau deve aguardar o julgamento do recurso especial pelo STJ.

No caso, em face das informações prestadas, verifico que o citado AREsp 1257721/PB, interposto pelo ora paciente, encontra-se pendente de apreciação naquela Corte Superior.

Portanto, no legítimo exercício da competência de índole constitucional atribuída ao Superior Tribunal de Justiça, nos termos do art. 105, III e alíneas, da Constituição Federal, é de admitir-se, em tese, a possibilidade do afastamento dessa execução provisória em decorrência do eventual processamento e julgamento do recurso especial.

Ante o exposto, defiro a medida liminar para suspender o início da execução da pena a que foi submetido o paciente NEDIMAR DE PAIVA GADELHA JUNIOR, nos autos da Ação Penal 0002691-25.2015.815.0371 – que tramitou no Juízo da 1ª Vara da Comarca de Sousa/PB, até o julgamento do mérito deste habeas corpus.

Comunique-se com urgência ao STJ e ao Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de Sousa/PB para cumprimento.

Após, dê-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República.Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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HABEAS CORPUS 154.826 (1242)ORIGEM : 154826 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESPACTE.(S) : ERIBERTO FERREIRA LEITEIMPTE.(S) : ERALDO PORDEUS SILVA (17852/PB) E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOTrata-se de Habeas Corpus, com pedido de liminar, impetrado contra

acórdão da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça, proferido nos autos do EDcl no AgRg no RE nos EDcl no AgRg no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL 771.142/PB, Rel. Min. HUMBERTO MARTINS.

Consta dos autos, em síntese, que o paciente foi condenado à pena de 5 (cinco) anos, 2 (dois) meses e 15 (quinze) dias de reclusão, em regime inicial semiaberto, pela prática do crime de tráfico de drogas (art. 33, caput, da Lei 11.343/2006).

Buscando o reconhecimento da nulidade do processo em razão da inobservância do rito previsto na Lei 11.343/2006 e a desclassificação da conduta para aquela prevista no art. 28 do diploma normativo em questão, a defesa interpôs apelação no Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, que negou provimento ao recurso.

Ainda inconformada, a defesa articulou Recurso Especial, que, inadmitido na origem, ascendeu ao Superior Tribunal de Justiça por meio de

Agravo, não conhecido pelo Ministro Relator, em decisão mantida pelo colegiado no julgamento do subsequente Agravo Regimental. Contra o referido acórdão, a defesa opôs embargos de declaração, que foram rejeitados, e recurso extraordinário, ao qual o Ministro Relator também negou seguimento, em decisão confirmada pelo colegiado. A defesa, então, opôs embargos de declaração, os quais foram rejeitados, oportunidade em que, atendendo ao pleito do Ministério Público, a Corte Especial determinou a execução provisória da pena aplicada. Eis a ementa do julgado:

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. VIOLAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL, DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO. REPERCUSSÃO GERAL INEXISTENTE. AUSÊNCIA DE VÍCIOS NO JULGADO. EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA. POSSIBILIDADE.

1. Nos termos do art. 619 do Código de Processo Penal, os embargos de declaração são cabíveis para esclarecer obscuridade, eliminar contradição, suprir omissão de ponto ou questão sobre a qual se deveria pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento e/ou corrigir erro material.

2. O acórdão embargado consignou que não existe repercussão geral acerca de questões relativas à ofensa aos princípios do contraditório, da ampla defesa, do devido processo legal, bem como dos limites da coisa julgada, quando o julgamento da demanda estiver sujeito à prévia análise da correta incidência de regras infraconstitucionais (Tema 660/STF).

3. Não são cabíveis os embargos de declaração cujo objetivo é ver reexaminada a controvérsia. Há irresignação da parte embargante com o resultado do julgado.

4. Pendente unicamente o processamento de recurso extraordinário, deve ser deferido o pedido ministerial, determinando-se, nos termos do disposto no § 2º do art. 9º da Resolução CNJ 113/2010, a remessa de cópia integral dos autos ao juízo da condenação, a fim de que sejam adotadas as medidas relativas à execução provisória da pena que aquele juízo entender cabíveis. Embargos de declaração rejeitados

Nesta ação, os impetrantes sustentam, em suma, “A inviabilidade da execução provisória da pena imposta ao Paciente é clarividente não apenas sob o prisma, v.g., do princípio da legalidade, da presunção de inocência, mas também ante a ausência de condições carcerárias para a execução provisória vertente, de forma que respeite o princípio da dignidade da pessoa humana”. Requer, assim, a concessão da ordem, “a fim de impedir o prosseguimento do cumprimento antecipado da pena, assim como a execução penal enquanto não se tenha o trânsito em julgado da sentença penal condenatória”.

É o relatório. Decido.Conforme recentemente manifestei-me na Primeira Turma, no

julgamento do RE 636.533, a presunção de inocência é uma presunção juris tantum, que exige, para ser afastada, a existência de um mínimo necessário de provas produzidas por meio de um devido processo legal e está prevista no art. 9º da Declaração francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão, promulgada em 26/8/1789 (“Todo o acusado se presume inocente até ser declarado culpado”).

A presunção de inocência condiciona toda condenação a uma atividade probatória produzida pela acusação e veda, taxativamente, a condenação, inexistindo as necessárias provas, devendo o Estado comprovar a culpabilidade do indivíduo, que é constitucionalmente presumido inocente, sob pena de voltarmos ao total arbítrio.

Trata-se de um dos princípios basilares do Estado de Direito como garantia processual penal, visando à tutela da liberdade pessoal e possui quatro básicas funções: (a) limitação à atividade legislativa; (b) critério condicionador das interpretações das normas vigentes; (c) critério de tratamento extraprocessual como inocente em todos os seus aspectos; (d) obrigatoriedade de o ônus da prova da prática de um fato delituoso ser sempre do acusador.

No direito brasileiro, a presunção de inocência é consagrada constitucionalmente pelo art. 5º, LVII, ao estabelecer que “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. Com razão o eminente Ministro CELSO DE MELLO, Decano desta CORTE, quando alerta ser “mais intensa, portanto, no modelo constitucional brasileiro, a proteção à presunção de inocência” (voto no HC 126.292), em face da redação constitucional que se refere ao “trânsito em julgado”.

A condicionante constitucional ao “trânsito em julgado”, portanto, exige a análise de sua razão de existência, finalidade e extensão, para que seja possível, no exercício de interpretação constitucional, realizar a delimitação do âmbito normativo do inciso LVII do art. 5º da Constituição Federal em face dos demais princípios constitucionais penais e processuais penais, em especial os da efetividade da tutela judicial, do juízo natural, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, estabelecidos nos incisos LIII, LIV, LV, LVI e LXI do referido artigo 5º.

A interligação e complementariedade entre todos esses princípios no exercício da persecução penal são ínsitas ao Estado democrático de Direito, uma vez que somente por meio de uma sequência de atos processuais, realizados perante a autoridade judicial competente, poder-se-ão obter provas lícitas produzidas com a integral participação e controle da defesa pessoal e técnica do acusado, a fim de obter-se uma decisão condenatória, escrita e fundamentada, afastando-se, portanto, a presunção constitucional de inocência.

A interpretação constitucional deverá superar aparentes contradições

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 160

entre os citados princípios por meio da adequação proporcional do âmbito de alcance de cada um deles, de maneira harmônica e de modo a prestigiar o esquema organizatório-funcional constitucionalmente estabelecido pelo legislador constituinte originário, garantindo-lhes a maior eficácia e aplicabilidade possível, pois, como salienta CANOTILHO, o intérprete deve:

“considerar a Constituição na sua globalidade e procurar harmonizar os espaços de tensão existentes entre as normas constitucionais a concretizar” (Direito Constitucional e teoria da Constituição. 2. Ed. Coimbra: Almedina, 1998).

O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL deverá, portanto, compatibilizar o texto da Constituição Federal a partir da interdependência e complementaridade dos citados princípios e regras, que não deverão, como nos lembra GARCIA DE ENTERRÍA, ser interpretados isoladamente, sob pena de desrespeito à vontade do legislador constituinte (Reflexiones sobre la ley e los princípios generales del derecho. Madri: Civitas, 1996, p. 30), sendo impositivo e primordial guardar a coerência lógica dos dispositivos constitucionais, analisando-os com prudência, razoabilidade e coerência, de maneira a impedir que a eficácia de uns simplesmente anule a eficácia dos demais, negando-lhes efetividade.

A eficácia do princípio do juiz natural exigirá, sempre, que a decisão criminal condenatória tenha sido proferida em ambas as instâncias ordinárias por integrantes do Poder Judiciário, com todas as garantias institucionais e pessoais previstas na Constituição Federal, devendo ser interpretada em sua plenitude, de forma a não só proibir a criação de Tribunais ou juízos de exceção, como também exigir respeito absoluto às regras objetivas de determinação de competência, para que não seja afetada a independência e a imparcialidade do órgão julgador.

A eficácia do princípio da tutela judicial efetiva estará observada quando houver o estrito cumprimento pelos órgãos judiciários dos princípios processuais previstos no ordenamento jurídico, em especial o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa, incluído o direito a uma dupla instância de mérito em relação aos recursos existentes (“direito de recorrer”), visando a assegurar a justa e imparcial decisão final e sua eficácia, após duas análises diversas da matéria fática e jurídica.

A eficácia do devido processo legal estará configurada quando presente sua dupla proteção individual, tanto no âmbito material de proteção ao direito de liberdade, cuja supressão exige decisão judicial escrita e fundamentada da autoridade competente (CF, art. 5º, LXI), como no âmbito formal, ao assegurar ao réu paridade total de condições com o Estado-persecutor e plenitude de defesa, visando a impedir o arbítrio do Estado.

O devido processo legal tem como corolários a ampla defesa e o contraditório, que deverão ser assegurados a todos os litigantes. A eficácia do princípio da ampla defesa estará presente quando ao réu forem garantidas as condições que lhe possibilitem trazer para o processo todos os elementos tendentes a esclarecer a verdade (direito à defesa técnica, à publicidade do processo, à citação, à produção ampla de provas, a ser processado e julgado pelo juiz competente, aos recursos previstos em lei, à decisão imutável, à revisão criminal) ou mesmo de calar-se, se entender necessário, enquanto a eficácia do princípio do contraditório, enquanto exteriorização da ampla defesa será respeitada quando houver a condução dialética do processo (par conditio), pois a todo ato produzido pela acusação caberá igual direito da defesa de a ele se opor ou de dar a versão que lhe convenha, ou, ainda, de fornecer uma interpretação jurídica diversa daquela feita pelo autor da ação penal.

Por sua vez, a eficácia do inciso LVII do artigo 5º do texto constitucional estará observada, em cada etapa processual, se as três exigências básicas decorrentes da razão da previsão constitucional da presunção de inocência tiverem sido observadas pelo Poder Judiciário: (1) o ônus da prova dos fatos constitutivos da pretensão penal pertencer com exclusividade à acusação, sem que se possa exigir a produção por parte da defesa de provas referentes a fatos negativos (provas diabólicas); (2) necessidade de colheita de provas ou de repetição de provas já obtidas, sempre perante o órgão judicial competente, mediante o devido processo legal, contraditório e ampla defesa; (3) absoluta independência funcional dos magistrados na valoração livre das provas, tanto em 1ª quanto em 2ª instância, por possuírem cognição plena.

Respeitadas essas três exigências básicas, haverá eficácia nas finalidades pretendidas pela previsão constitucional da presunção de inocência no tocante à análise de mérito da culpabilidade do acusado, permitindo-se, consequentemente, a plena eficácia aos já citados princípios da tutela judicial efetiva e do juízo natural, com a possibilidade de as condenações criminais de mérito proferidas pelos Tribunais de 2º grau, no exercício de suas competências jurisdicionais, serem respeitadas, sem o “congelamento de sua efetividade” pela existência de competências recursais restritas e sem efeito suspensivo do Superior Tribunal de Justiça e do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, cuja atuação não possibilita a realização de novas análises probatórias e de mérito da questão penal, respectivamente, nos recursos especial e extraordinário; mesmo porque essa competência jurisdicional foi constitucionalmente atribuída às instâncias ordinárias do Poder Judiciário, definidas como únicos juízos naturais com cognição fática e probatória ampla.

Ignorar a possibilidade de execução provisória de decisão condenatória final de segundo grau – esgotada sua jurisdição – , escrita e fundamentada mediante a observância do devido processo legal, ampla

defesa e contraditório e com absoluto respeito às exigências básicas decorrentes do princípio da presunção de inocência perante o juízo natural de mérito do Poder Judiciário – que, repita-se, não é o Superior Tribunal de Justiça, tampouco o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL –, seria atribuir eficácia zero ao princípio da efetiva tutela jurisdicional, em virtude de uma aplicação desproporcional e absoluta do princípio da presunção de inocência, que não estaria levando em conta, na interpretação constitucional, o método da justeza ou conformidade funcional, que aponta, como ensina VITAL MOREIRA, a necessidade de os órgãos encarregados da interpretação da norma constitucional não poderem chegar a uma posição que subverta, altere ou perturbe o esquema organizatório-funcional constitucionalmente estabelecido pelo legislador originário (Fundamentos da Constituição. Coimbra: Coimbra, 1991, p. 134 e ss.).

O “esquema organizatório-funcional” estabelecido pelo legislador constituinte no tocante à persecução penal estatal garante aos juízes e tribunais de 2º grau a competência para analisar o conjunto probatório e decidir o mérito das causas penais, afastando a não culpabilidade do réu e impondo-lhe pena privativa de liberdade, pela presença do que o Ministro NÉRI DA SILVEIRA denominava de “juízo de consistência” (HC 72.366/SP).

Essa análise do conjunto probatório não pode ser revista pelo Superior Tribunal de Justiça ou pelo SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, pois, em relação a essas Cortes, a competência constitucional é restrita, não permitindo nova análise da justiça ou injustiça da valoração probatória realizada pelos juízos ordinários competentes.

Esse mesmo “esquema organizatório-funcional” autoriza constitucionalmente a prisão por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, e reserva para eventuais abusos dos tribunais de segunda instância a possibilidade do ajuizamento de Habeas Corpus perante o Superior Tribunal de Justiça com recurso ordinário constitucional ao SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

Exigir o trânsito em julgado ou decisão final do Superior Tribunal de Justiça ou do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL para iniciar a execução da pena aplicada após o esgotamento da análise de mérito da dupla instância judicial constitucionalmente escolhida como juízo natural criminal seria subverter a lógica de harmonização dos diversos princípios constitucionais penais e processuais penais e negar eficácia aos diversos dispositivos já citados em favor da aplicação absoluta e desproporcional de um único inciso do artigo 5º, com patente prejuízo ao princípio da tutela judicial efetiva.

A tutela judicial efetiva, inclusive, exige o início da execução provisória da pena como marco interruptivo da prescrição penal, de maneira a impedir a inefetividade da jurisdição penal em face da ocorrência de grandes lapsos temporais entre a sentença ou acórdão condenatório e eventual início do cumprimento da pena após o trânsito em julgado, postergado pela demora nos julgamentos dos recursos especiais e extraordinários.

Em que pese a respeitável posição em contrário, em quase 30 (trinta) anos do texto constitucional, foi essa a posição majoritária do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL por aproximadamente 23 (vinte e três) anos. Da promulgação da Constituição em 5 de outubro de 1988 até a decisão de 5 de fevereiro de 2009 (HC 84.078/MG, Rel. Min. EROS GRAU) e, posteriormente, de 17 de fevereiro de 2016 (HC 126.292, Rel. Min. TEORI ZAVASCKI) – com a confirmação em repercussão geral no ARE 964.246, em 10 de novembro de 2016 – até o presente momento.

Durante mais de duas décadas, interpretando o alcance do artigo 5º, inciso LVII, da Constituição de 1988, a CORTE considerou que a presunção de inocência não impedia o início da execução provisória de pena após o esgotamento do julgamento da apelação em segunda instância – ou mesmo quando o julgamento pelo Tribunal fosse proferido em instância única, em razão de foro por prerrogativa de função.

Em 28 de junho de 1991, o primeiro julgamento nesse sentido foi unânime, ausentes, ocasionalmente, o Ministro SYDNEY SANCHES, Presidente, e os Ministros MARCO AURÉLIO e CELSO DE MELLO (HC 68726/DF, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA), tendo o PLENÁRIO DA CORTE definido:

HABEAS CORPUS. SENTENÇA CONDENATÓRIA MANTIDA EM SEGUNDO GRAU. MANDADO DE PRISÃO DO PACIENTE. INVOCAÇÃO DO ART. 5, INCISO LVII, DA CONSTITUIÇÃO. CÓDIGO DE PROCESSO PENAL, ART. 669. A ORDEM DE PRISÃO, EM DECORRÊNCIA DE DECRETO DE CUSTODIA PREVENTIVA, DE SENTENÇA DE PRONUNCIA OU DE DECISÃO DE ÓRGÃO JULGADOR DE SEGUNDO GRAU E DE NATUREZA PROCESSUAL E CONCERNE AOS INTERESSES DE GARANTIA DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL OU DE EXECUÇÃO DA PENA IMPOSTA, APÓS O DEVIDO PROCESSO LEGAL. NÃO CONFLITA COM O ART. 5, INCISO LVII, DA CONSTITUIÇÃO. DE ACORDO COM O PAR. 2 DO ART. 27. DA LEI N 8.038/1990, OS RECURSOS EXTRAORDINÁRIO E ESPECIAL SÃO RECEBIDOS NO EFEITO DEVOLUTIVO. MANTIDA, POR UNANIMIDADE, A SENTENÇA CONDENATÓRIA, CONTRA A QUAL O RÉU APELARA EM LIBERDADE, EXAURIDAS ESTAO AS INSTANCIAS ORDINARIAS CRIMINAIS, NÃO SENDO, ASSIM, ILEGAL O MANDADO DE PRISÃO QUE ÓRGÃO JULGADOR DE SEGUNDO GRAU DETERMINA SE EXPECA CONTRA O RÉU. HABEAS CORPUS INDEFERIDO.

Posteriormente, em 18 de dezembro de 1992, o posicionamento do TRIBUNAL foi confirmado no HC 69.964, Rel. Min. ILMAR GALVÃO, com apenas dois votos vencidos (Ministros MARCO AURÉLIO e SEPÚLVEDA PERTENCE):

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EMENTA: HABEAS CORPUS. PACIENTE RECOLHIDO A PRISÃO ANTES DO TRÂNSITO EM JULGADO DA DECISÃO CONDENATÓRIA. PRETENDIDO DIREITO DE RECORRER EM LIBERDADE. PEDIDO SUBSIDIARIO DE PROGRESSAO DE REGIME. Contra decisão condenatória, proferida em única instância, por Tribunal estadual, cabe apenas recurso de índole extraordinária, sem efeito suspensivo, que não impede o cumprimento do mandado de prisão. Precedentes do STF. De outra parte, não configura constrangimento ilegal a falta de progressão no regime de cumprimento da pena, se o paciente ainda se acha, a requerimento próprio, fora do sistema penitenciário, em prisão especial, onde se torna impossível, por absoluta falta de meios, a realização do exame criminológico que, no caso, constitui pressuposto necessário a concessão do beneficio (art.112, paragrafo único, c/c art. 8, da LEP). Pedido indeferido”.

Inúmeros outros julgados afirmaram e reafirmaram a tese, dos quais menciono apenas alguns:

“Contra decisão condenatória, proferida em única instância por Tribunal estadual cabe, apenas, recurso de índole extraordinária – especial ou extraordinário – sem efeito suspensivo, o que possibilita o cumprimento do mandado de prisão, mesmo antes do seu trânsito em julgado” (HC 67.968, rel. Min. PAULO BROSSARD j. 28.8.92).

“O julgamento do recurso de apelação, com desfecho condenatório, sem que se tenha o trânsito em julgado da decisão, não impede a prisão do réu. O direito do condenado permanecer em liberdade termina com o julgamento dos recursos ordinários. Os recursos de natureza extraordinária não têm efeito suspensivo (art. 27, § 2º da Lei 8.038/90). A jurisprudência do STF não vê incompatibilidade entre o que diz a lei e o disposto no artigo 5º , LVII da Constituição Federal. Recurso improvido.” (RHC 71959-7/RS, 2ª. Turma, Rel. Min. FRANCISCO REZEK, j. 3.2.1995,).

“O inciso LVII do art. 5º da CF, segundo o qual ‘ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória’, impede, apenas, que o nome do réu seja desde logo lançado no rol dos culpados, mas não é obstáculo à sua prisão imediata, conforme precedente do Plenário do STF.” (HC 73.968, rel. Min. SYDNEY SANCHES, j. 14.5.96).

“Firmou-se o entendimento do Tribunal no sentido de que não ofende o disposto no artigo 5º, LVII da Constituição a prisão imediata do condenado por decisão sujeita apenas a recursos sem efeito suspensivo, como o extraordinário e o especial.” (HC n. 75.233-1, 1ª Turma, rel. p/ o acórdão Min. MOREIRA ALVES).

“A jurisprudência desta Corte é no sentido de que a pendência do recurso especial ou extraordinário não impede a execução imediata da pena, considerando que eles não têm efeito suspensivo, são excepcionais, sem que isso implique em ofensa ao princípio da presunção de inocência. Habeas corpus indeferido.” (HC 90.645, rel. Min. MENEZES DIREITO, j. 11.9.2007).

No voto proferido no RHC 71.959-7/RS, julgado em 3 de fevereiro de 1995, o Relator, Min. FRANCISCO REZEK, fez considerações que permanecem atuais:

“(...) exaurido o primeiro grau de jurisdição penal com uma sentença condenatória, e exaurido o segundo grau com a confirmação da mesma – cabendo ainda recursos, mas de natureza não ordinária; cabendo recursos tão-só pela superabundante generosidade do sistema processual brasileiro – pode ter início a execução da sentença condenatória com o recolhimento do réu à prisão. O que me pareceu, desde o início, é que uma interpretação radical do preceito atinente à presunção de inocência faria sentido se pudéssemos combiná-la, dentro de certa ordem jurídica, com alguma parcimônia, com alguma compostura legislativa na determinação das regras de processo. Isso faria sentido num país onde não fosse tão longa a trilha recursiva possível no processo comum; onde, esgotadas as instâncias ordinárias, o processo pudesse dar-se por findo, não se abrindo válvulas especiais ou extraordinárias de recurso. Pareceu à maioria, portanto, que a maneira sensata de interpretar a regra constitucional da presunção de inocência é aquela que compatibiliza, de algum modo, o sentido nobre da regra com o fato de que nossa sistemática processual é superabundante em matéria de recursos. Podemos, então, admitir o início de execução da sentença penal condenatória quando exauridas as instâncias ordinárias, não obstante a pendência, como neste caso, de um recurso especial – de resto trancado na origem, e para cujo destrancamento se tenta a via estreita do agravo de instrumento.”

A possibilidade de execução provisória da pena foi, inclusive, o pressuposto básico para a edição de duas Súmulas do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, editadas em sessão Plenária de 24/9/2003:

SÚMULA 716: Admite-se a progressão de regime de cumprimento da pena ou a aplicação imediata de regime menos severo nela determinada, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória.

SÚMULA 717: Não impede a progressão de regime de execução da pena, fixada em sentença não transitada em julgado, o fato de o réu se encontrar em prisão especial.

Trata-se do mesmo entendimento no direito comparado, que, no máximo, exige para iniciar o cumprimento da pena a efetivação do duplo grau de jurisdição, conforme detalhadamente destacado no brilhante voto do saudoso Ministro TEORI ZAVASCKI (HC 126.292).

Da mesma maneira, não há nenhuma exigência normativa, seja na Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de San Jose da Costa Rica), seja na Convenção Europeia dos Direitos do Homem que condicione o

início do cumprimento da pena ao trânsito em julgado da sentença condenatória. Ambas – respectivamente artigo 8.2 e artigo 6º, 2 – consagram o princípio da presunção de inocência até o momento em que a culpabilidade do acusado for legalmente comprovada, respeitados os demais princípios e garantias penais e processuais penais já analisados.

Conforme apontam JOSÉ RIBAS VIEIRA e RANIERI LIMA RESENDE, em detalhado artigo denominado “Execução provisória da pena: Causa para a Corte Interamericana de Direitos Humanos?”, que analisa importantes precedentes relacionados à presente hipótese (casos Herrera Ulloa vs. Costa Rica, 2004; Ricardo Canese vs. Paraguay, 2004; Rosendo Cantú y outra vs. México, 2011; Mohamed vs. Argentina, 2012):

“identifica-se com clareza a validade convencional da decisão condenatória criminal, desde que atendidos os pressupostos do devido processo legal e disponibilizado ao condenado um recurso de natureza ordinária dirigido à instância que lhe seja superior. Entretanto, cumpre registrar que não se identificou na Convenção Americana sobre Direitos Humanos um dispositivo normativo específico que condicione o cumprimento da condenação penal ao trânsito em julgado da causa. Do mesmo modo, não se logrou êxito em localizar precedente do Tribunal Interamericano a defender tal linha interpretativa”.

As exigências decorrentes da previsão constitucional do princípio da presunção de inocência não são desrespeitadas mediante a possibilidade de execução provisória da pena privativa de liberdade, quando a decisão condenatória observar todos os demais princípios constitucionais interligados; ou seja, quando o juízo de culpabilidade do acusado tiver sido firmado com absoluta independência pelo juízo natural, a partir da valoração de provas obtidas mediante o devido processo legal, contraditório e ampla defesa em dupla instância e a condenação criminal tiver sido imposta, em decisão colegiada, devidamente motivada, de Tribunal de 2º grau.

Esse entendimento, conforme anteriormente mencionado, é aplicável integralmente a todas as hipóteses excepcionais de prerrogativa de foro, nas quais, constitucionalmente, o Tribunal competente (órgão colegiado) é o único órgão do Poder Judiciário com competência originária e exclusiva para a análise do mérito da ação penal, com ampla cognição probatória.

O esgotamento legal da jurisdição de segundo grau ou do Tribunal competente nas hipóteses de prerrogativa de foro encerra a possibilidade recursal de cognição plena e da análise fática, probatória e jurídica integral, permitindo a execução provisória da pena em respeito ao princípio da tutela penal efetiva.

Esse posicionamento não retira a eficácia da previsão constitucional do inciso LVII do artigo 5º do texto constitucional, que, sob sua importante perspectiva processual (voto da Min. ELLEN GRACIE no HC 84.078), manterá sua incidência em relação aos demais efeitos da condenação criminal que deverão aguardar os julgamentos dos recursos especiais e extraordinários, com respectivo trânsito em julgado: efeitos extrapenais (indenização do dano), perda do cargo ou função pública, perda da primariedade e possibilidade de reincidência e aumento do prazo prescricional no caso do cometimento de nova infração penal, por exemplo.

Portanto, o deferimento do pedido de expedição de mandado de prisão contra o paciente, para fins de execução da reprimenda, não enseja constrangimento ilegal.

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, NEGO SEGUIMENTO AO HABEAS CORPUS.

Publique-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro ALEXANDRE DE MORAESRelator

documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 154.891 (1243)ORIGEM : 154891 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : RODRIGO GARROSSINO FREIREIMPTE.(S) : ANDRE JOSE DE PAULA JUNIOR (377953/SP) E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 429.089 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus impetrado por André José de Paula Júnior e outro em favor de Rodrigo Garrossino Freire, contra decisão monocrática da lavra do Ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça, que não conheceu do HC 429.089/SP.

O magistrado de primeiro grau condenou o paciente à pena de 05 (cinco) anos de reclusão, no regime inicial fechado, pela prática do crime de tráfico de drogas, tipificado no art. 33 da Lei 11.343/2006.

Contra o édito condenatório, a Defesa interpôs apelação perante o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que negou provimento ao recurso defensivo.

A Defesa, então, submeteu a questão à apreciação do Superior Tribunal de Justiça, que, via decisão monocrática da lavra do Ministro Felix Fischer, não conheceu do HC 429.089/SP.

No presente writ, o Impetrante sustenta a possibilidade de aplicação da causa de diminuição da pena prevista no § 4º do art. 33 da Lei

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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11.343/2006, em seu grau máximo, com repercussão na substituição de pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. Assevera a existência de circunstâncias favoráveis ao paciente, como primariedade e bons antecedentes, assim como a inexistência de provas de dedicação ou integração à organização criminosa. Requer, em medida liminar e no mérito, o redimensionamento da pena e a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.

Não há pedido de liminar.O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do Subprocurador-

Geral da República Juliano Baiocchi Villa-Verde de Carvalho, opina pela denegação da ordem.

É o relatório.Decido.Extraio do ato dito coator:“(...)Decido.A Terceira Seção desta Corte, seguindo entendimento firmado pela

Primeira Turma do col. Pretório Excelso, firmou orientação no sentido de não admitir a impetração de habeas corpus em substituição ao recurso adequado, situação que implica o não-conhecimento da impetração, ressalvados casos excepcionais em que, configurada flagrante ilegalidade apta a gerar constrangimento ilegal, seja possível a concessão da ordem de ofício.

Dessarte, passo ao exame das razões veiculadas no mandamus.Transcrevo, a fim de delimitar a quaestio, o seguinte excerto da r.

sentença condenatória:(…)Inicialmente, quanto ao fundamento da gravidade abstrata do delito,

tal entendimento encontra-se, inclusive, sumulado, conforme pode se depreender dos enunciados n. 718 e 719 da Súmula/STF, e n. 440 da Súmula/STJ, os quais transcrevo a seguir, respectivamente:

(…)Assentada tal premissa, cumpre asseverar o disposto no art. 42 da

Lei 11.343/2006, segundo o qual "O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social do agente."

Sobre o tema, não se pode olvidar que o col. Supremo Tribunal Federal, por ocasião do julgamento do ARE n. 666.334/AM, reconheceu a repercussão geral da matéria referente à valoração da natureza e quantidade da droga na dosimetria relativa ao delito de tráfico de entorpecentes e, reafirmando sua jurisprudência, fixou entendimento segundo o qual caracteriza bis in idem tal valoração tanto na primeira quanto na terceira fases do cálculo da pena (ARE n. 666.334 RG/AM, Tribunal Pleno, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 6/5/2014).

Forçoso concluir, assim, que permitiu o col. STF, mutatis mutandis, a valoração de tal circunstância desfavorável (a quantidade e a natureza do entorpecente) na primeira ou na terceira fase da dosimetria da pena do delito de tráfico de drogas.

É o caso dos autos, em que, como visto, a referida circunstância foi fixada na terceira fase da dosimetria, impedindo a incidência da minorante contida no art. 33, § 4º, da Lei 11.343/2006. Sendo desfavorável, portanto, impede a fixação do regime semiaberto em razão da quantidade de pena imposta ao paciente.

Neste sentido:(…)Finalmente, em decorrência do quantum da pena do paciente e da

presença de circunstâncias judiciais desfavoráveis, não há falar em possibilidade de substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, uma vez que, na presente hipótese, não estão preenchidos os requisitos do artigo 44, do Código Penal.

Ante o exposto, não conheço do presente habeas corpus.”Registro a existência de óbice ao conhecimento do presente habeas

corpus, uma vez não esgotada a jurisdição do Superior Tribunal de Justiça. O ato impugnado é mera decisão monocrática e não o resultado de julgamento colegiado. Deveria a Defesa, pretendendo a reforma da decisão monocrática, ter manejado agravo regimental para que a questão fosse apreciada pelo órgão colegiado (HC 122.275-AgR/SP, Rel. Min. Teori Zavascki, 2ª Turma, DJe 01.7.2014).

Passo à análise da possibilidade de concessão da ordem de habeas corpus de ofício.

O magistrado singular, ao exarar o édito condenatório, fixou a pena-base em 5 (cinco) anos. Na segunda fase, ausentes atenuantes e agravantes. Na última fase, afastou a minorante do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006 dada a “razoável quantidade de cocaína apreendida em uma das suas formas mais nociva, crack” - “28 (vinte e oito) porções de cocaína em pedra..., 3 (três) invólucros de cocaína em pó e 4 (quatro) quantias de ... maconha”. A pena definitiva foi fixada em 5 (cinco) anos de reclusão, em regime inicial fechado.

Em sede de apelação, a Corte Estadual manteve o afastamento da causa especial de diminuição de pena ao fundamento de que “o réu foi surpreendido com razoável quantidade de drogas e de espécies variadas, demonstrando não se tratar de traficante eventual”.

Nesse diapasão, o Superior Tribunal de Justiça manteve o afastamento da minorante, porquanto a circunstância desfavorável –

quantidade e a natureza da droga - “foi fixada na terceira fase da dosimetria, impedindo a incidência da minorante”.

Pertinente à dosimetria da pena, encontra-se a aplicação da causa de diminuição da pena objeto do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006. Para verificar a sua aplicabilidade ao caso concreto, deve o juiz considerar todos os elementos constantes dos autos. Reputando-a pertinente, cabe-lhe definir o grau de redução apropriado para a pena, sopesadas as circunstâncias conforme necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime, não se mostrando hábil o habeas corpus para revisão, salvo nos casos de manifesta ilegalidade.

Nesse espectro, “A não aplicação da minorante prevista no § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006 pressupõe a demonstração pelo juízo sentenciante da existência de conjunto probatório apto a afastar ao menos um dos critérios – porquanto autônomos –, descritos no preceito legal: (a) primariedade; (b) bons antecedentes; (c) não dedicação a atividades criminosas; e (d) não integração à organização criminosa.” (HC 131.795/SP, Rel. Min. Teori Zavascki, 2ª Turma, DJe 17.5.2016).

Na hipótese, as circunstâncias concretas colhidas e sopesadas pelo magistrado sentenciante, autoridade judicial mais próxima dos fatos e das provas, aponta a primariedade do paciente e seus bons antecedentes (pena-base no mínimo legal) e sequer indica dedicação à atividade criminosa ou integração à organização criminosa, pertinente a aplicação do redutor do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006.

Nesse diapasão, carece de fundamentação idônea o afastamento da minorante lastreado tão somente na quantidade de droga apreendida. Nesse espectro, “A quantidade de entorpecente isoladamente utilizada pelo Tribunal de Justiça local não é suficiente para presumir a dedicação do recorrente à atividades ligadas à traficância e, assim, negar-lhe o direito à minorante prevista no § 4º do art. 33 da Lei de Drogas, mormente porque o magistrado sentenciante reconheceu sua primariedade, enfatizando que ele ‘não registra antecedentes, tampouco existem provas nos autos de dedicação a atividades criminosas’” (RHC 148.579-AgR/MS, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, DJe 20.3.2018); “A causa especial de diminuição de pena do art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/2006 não pode ser indeferida com apoio em ilações ou em conjecturas de que o réu se dedique a atividades ilícitas ou integre organização criminosa” (HC 111.309/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, 1ª Turma, DJe de 09.4.2014).

Ainda extraio do julgamento do HC 117.185/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe 28.11.2013, em acórdão assim ementado:

“Habeas corpus. 2. Tráfico interestadual de entorpecentes (art. 33, caput, c/c 40, inciso V, da Lei 11.343/2006). Condenação. Regime inicial fechado. 3. A Corte estadual, ao julgar o apelo defensivo, manteve a pena-base no mínimo legal. Na terceira fase, considerando quantidade e natureza do entorpecente apreendido, aplicou a minorante prevista no art. 33, § 4º, da Lei 11.343/06 no patamar de 1/6, estabelecendo a pena final em 4 anos, 10 meses e 10 dias de reclusão. 4. O Superior Tribunal de Justiça, considerando que a apreensão de grande quantidade de droga é fato que permite concluir, mediante raciocínio dedutivo, pela dedicação do agente a atividades criminosas, deu provimento ao recurso especial interposto pelo Parquet e, assim, afastou a causa de diminuição de pena aplicada pelo Tribunal a quo. 5. Motivação inidônea. Tão somente a quantidade de entorpecente não é elemento apto a sinalizar que o acusado dedicava-se a atividades delitivas, pois ausentes outros elementos fáticos conducentes a essa conclusão. 6. Pedido de aplicação da causa de diminuição de pena prevista no § 4º do art. 33 da Lei de Drogas, em seu patamar máximo (2/3). 7. Concessão parcial da ordem para restabelecer o acórdão proferido pelo TJ/MG (com a minorante aplicada no quantum de 1/6). Determinação, ainda, ao Tribunal de origem para que, afastando o disposto no art. 2º, § 1º, da Lei 8.072/90, proceda a nova fixação do regime inicial de cumprimento de pena, segundo os critérios previstos no art. 33, §§ 2º e 3º do CP.”

Dessa forma, na espécie, considerando a primariedade e bons antecedentes ostentados pelo paciente, e ausentes fortes indícios de envolvimento, ou de maior responsabilidade com organização criminosa, ou de dedicação ao crime, impõe-se o reconhecimento da causa de diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei 11.343/2006.

Quanto ao patamar de redução, esta Suprema Corte, no julgamento do HC 115.149/SP, Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, DJe 02.5.2013, assentou que “o juiz não está obrigado a aplicar o máximo da redução prevista quando presentes os requisitos para a concessão desse benefício, possuindo plena discricionariedade para aplicar, de forma fundamentada, a redução no patamar que entenda necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime”.

Ao exame dos autos, considero proporcional e razoável a fixação da minorante no patamar de 2/3 (dois terços), considerada a inexistência de circunstância ou fato desabonador ensejador de aplicação de fração menor.

Em hipótese semelhante, destaco o julgamento do HC 132.459/SP, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, votação unânime, DJe 13.02.2017, oportunidade em que aplicado o redutor do § 4º do art. 33 da Lei de Drogas em 2/3 (dois terços) àquela paciente, que atuava na condição de mula, presa em flagrante no aeroporto de Guarulhos/SP, quando tentava embarcar para Doha/Qatar, portando 1,1 kg de cocaína. Na mesma linha: HC 131.918/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, 2ª Turma, votação unânime, DJe 02.3.2016; HC 123.534/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, 2ª Turma, votação unânime, DJe 10.10.2014.

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 163

Passo à análise do regime inicial de cumprimento da pena e de substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.

Nos autos do HC 111.840/ES, Rel. Min. Dias Toffoli, em sessão realizada em 27.6.2012, o Plenário desta Suprema Corte declarou a inconstitucionalidade do § 1º do art. 2º da Lei 8.072/90, com a redação dada pela Lei 11.464/07, que instituiu a obrigatoriedade de imposição do regime inicial fechado para o cumprimento da pena de crimes hediondos e equiparados.

Já no julgamento do HC 97.256/RS (Rel. Min. Ayres Britto, DJe 16.12.2010), esta Casa reconheceu a inconstitucionalidade parcial do art. 44 da Lei 11.343/2006, afastando o óbice legal à substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos nos crimes de tráfico.

Os julgados não reconheceram direito automático a esses benefícios, impondo-se sua apreciação pelo juiz do processo à luz do preenchimento, ou não, dos requisitos legais dos arts. 33 e 44 do Código Penal. Agregue-se o fato de que os benefícios não estão condicionados ao quantum da reprimenda, mas também ao exame das circunstâncias judiciais do artigo 59 do Código Penal, conforme expressa remissão do art. 33, § 3º, e do art. 44, III, do mesmo diploma legal.

Nesse prisma, considerada a aplicação da minorante do § 4º do art. 33 da Lei de Drogas, no patamar de 2/3 (dois) terços, e a ausência de circunstâncias judiciais desfavoráveis (fixada a pena-base no mínimo legal), possível a fixação de regime prisional mais brando e a substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos.

Ante o exposto, forte nos arts. 21, § 1º, e 192, do RISTF, julgo extinto o presente habeas corpus sem resolução de mérito, mas concedo de ofício a ordem para determinar que o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo proceda a nova dosimetria da pena, mediante a aplicação da causa de diminuição prevista no art. 33, § 4º, da Lei 11.343/06, no patamar de 2/3 (dois terços), e reexamine, se o caso, a fixação do regime inicial de cumprimento da pena e a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.

Comunique-se.Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

HABEAS CORPUS 155.102 (1244)ORIGEM : 155102 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESPACTE.(S) : JAILTON DE JESUS SOUZAIMPTE.(S) : LUIZ GUSTAVO VICENTE PENNA (201063/SP) E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOTrata-se de Habeas Corpus, com pedido de medida liminar, impetrado

contra demora do Superior Tribunal de Justiça para julgar o mérito do Habeas Corpus 408.860/SP, Rel. Min. REYNALDO SOARES DA FONSECA.

Postula a concessão da ordem, para que a Corte Superior seja compelida a julgar a mencionada impetração com brevidade.

É o breve relatório. Decido. A EC 45/2004 (Reforma do Judiciário) assegurou a todos, no âmbito

judicial e administrativo, a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação, pois, como proclamado por esta SUPREMA CORTE,

“o direito ao julgamento, sem dilações indevidas, qualifica-se como prerrogativa fundamental que decorre da garantia constitucional do ‘due process of law’” (HC 89751, Relator: Min. GILMAR MENDES, DJ 5/12/2006).

A constitucionalização da razoável duração do processo veio reiterar a consagração constitucional de celeridade processual, contemplada, tanto na consagração do princípio do devido processo legal, quanto na previsão do princípio da eficiência aplicável ao Poder Judiciário (CF, art. 37, caput), pois como bem lembrado pelo Decano da CORTE, Ministro CELSO DE MELLO,

“Cumpre registrar, finalmente, que já existem, em nosso sistema de direito positivo, ainda que de forma difusa, diversos mecanismos legais destinados a acelerar a prestação jurisdicional (CPC, art. 133, II e art. 198; LOMAN, art. 35, incisos II, III e VI, art. 39, art. 44 e art. 49, II), de modo a neutralizar, por parte de magistrados e Tribunais, retardamentos abusivos ou dilações indevidas na resolução dos litígios” (Mandado de injunção nº 715/DF).

O processo judicial deve garantir todos os direitos às partes, sem, contudo, esquecer a necessidade de desburocratização de seus procedimentos na busca de qualidade e máxima eficácia de suas decisões, que devem ser proferidas em tempo razoável, pois a inércia estatal pode resultar tanto na consolidação de constrangimento ilegal quanto na inefetividade da Justiça Penal (AP 568, Relator: Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 14/4/2015, DJe de 18/5/2015; HC 136435, Relator: Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, julgado em 22/11/2016, DJe de 6/12/2016).

Em consulta ao sítio eletrônico do STJ, é possível verificar que o Habeas Corpus 408.860/SP, autuado em 25/7/2017, teve o pedido de liminar

indeferido em 4/8/2017. Foram requisitadas informações ao Juízo de origem, recebidas em 3/10/2017. Desde 5/10/2017, os autos estão com vista ao Ministério Público.

É de se ver que esse período de trâmite da ação constitucional não revela quadro de flagrante omissão ilegal imputável ao Tribunal Superior ou ao Ministério Público. A propósito, a quantidade de demandas em trâmite no órgão judicial, aliada a complexidade e a natureza das causas postas em juízo, são fatores que não podem ser ignorados nesse exame de regularidade do desenvolvimento do processo.

Em suma, não há inércia ou excesso de prazo atribuíveis ao Poder Judiciário, tampouco do Parquet, apta a justificar a intervenção desta CORTE na ordem de trabalhos do Superior Tribunal de Justiça.

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, NEGO SEGUIMENTO AO HABEAS CORPUS.

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro ALEXANDRE DE MORAESRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 155.171 (1245)ORIGEM : 155171 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : WESLEI DOS SANTOSIMPTE.(S) : WESLEI DOS SANTOSCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado contra decisão monocrática,

proferida no âmbito do STJ, que não conheceu do HC 331.196/SP. Em suma, o impetrante ataca a suficiência do quadro probatório que

ensejou sua condenação, razão pela qual postula a cassação do decreto condenatório.

É o relatório. Decido.2. De início, observo que a impetração é inadmissível, pois se volta

contra decisão monocrática que desafiava agravo regimental no âmbito do STJ.

Ademais, verifico que a instrução inadequada prejudica a exata compreensão da controvérsia, na medida em que o impetrante sequer exibiu a decisão proferida pelas instâncias ordinárias e que almeja ver cassada.

Não bastasse, depreendo que o habeas corpus constitui via inadequada para reexame da suficiência dos elementos de prova que formaram a convicção do Juiz Natural, mormente em hipóteses, como a dos autos, em que há condenação transitada em julgado e revisão criminal também transitada em julgado.

Ainda que fosse viável reexaminar o juízo condenatório, notadamente à luz da apontada retratação de uma das vítimas, bem pontuou o Ministério Público que, “ao contrário do alegado, os fundamentos apresentados pela Corte estadual demonstram que as vítimas além de estupradas e violentadas sexualmente, sofreram intensa coação e diversas ameaças para se retratarem, sendo que uma delas ainda foi brutalmente assassinada.”

Em síntese, a avaliação do juízo de culpabilidade segundo o conjunto probatório constitui tarefa típica das instâncias ordinárias, descabendo propiciar o reexame dessa conclusão pela Suprema Corte, sobretudo pela via do habeas corpus, que não comporta dilação probatória ou o revolvimento de fatos e provas.

3. Diante do exposto, nos termos do art. 21, §1°, R ISTF, nego seguimento ao habeas corpus.

Ciência à Defensoria Pública do Estado de São Paulo, a fim de que tome as medidas que reputar adequadas.

Publique-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 155.288 (1246)ORIGEM : 155288 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : RODRIGO PEREIRA DIAS SANTOSIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

DECISÃO: Trata-se de “habeas corpus”, com pedido de medida liminar, impetrado contra decisão que, emanada do E. Superior Tribunal Militar, acha-se consubstanciada em acórdão assim ementado:

“APELAÇÃO. DESERÇÃO. APRESENTAÇÃO VOLUNTÁRIA. REINCLUSÃO ÀS FORÇAS ARMADAS. RECEBIMENTO DA DENÚNCIA. SEGUNDA DESERÇÃO. APRESENTAÇÃO AO QUARTEL. INCAPACIDADE PARA O SERVIÇO. EXTINÇÃO DO FEITO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO QUANTO AO PRIMEIRO CRIME. INCONFORMISMO DO MPM.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 164

REFORMA DA SENTENÇA.Devido à incapacidade do réu, atestada em Inspeção de Saúde,

no âmbito da caserna, referente à segunda deserção, o Conselho Permanente de Justiça extinguiu o primeiro processo, sem apreciar o mérito, quando o feito se encontrava na fase de arrolamento de testemunhas, por entender que lhe faltou a condição de militar.

Trata-se de dois crimes distintos, de maneira que as intercorrências ocorridas durante a Instrução Provisória de Deserção sobre o segundo crime não têm o condão de influenciar no rito processual do primeiro delito, que vinha seguindo seu curso normal e foi, indevidamente, interrompido.

Este Tribunal vem entendendo que a exclusão do acusado das Forças Armadas, em momento posterior ao recebimento da Inicial Acusatória, não tem o poder de extinguir a punibilidade.

Por isso, cassou-se a Decisão 'a quo’, que extinguiu a ação penal, e determinou-se que o processo retornasse ao Juízo de primeira instância para o seu regular prosseguimento.

Recurso provido. Decisão por unanimidade.”(Apelação nº 55-98.2014.7.12.0012/AM, Rel. Gen. Ex. ODILSON

SAMPAIO BENZI – grifei)Busca-se, em sede liminar, a concessão de provimento cautelar, “(...)

para suspender o processo na origem até o julgamento final da presente impetração”.

Sendo esse o quadro, passo a analisar a pretensão cautelar ora formulada nesta sede processual. E, ao fazê-lo, observo que o exame dos fundamentos em que se apoia este “writ” parece caracterizar, ao menos em juízo de estrita delibação, a plausibilidade jurídica do pleito deduzido em favor do ora paciente.

Cumpre destacar, inicialmente, que o Conselho Permanente de Justiça para a Marinha da Auditoria da 12ª Circunscrição Judiciária Militar extinguiu a Ação Penal nº 55-98.2014.7.12.0012, sem apreciação de mérito, apoiando-se na circunstância de que o réu, ora paciente, “foi considerado incapaz para o serviço militar”, o que resultou na cessação de sua condição de militar.

Observo, nesse contexto, que o magistério da doutrina, pronunciando-se a respeito do tema em referência, reconhece a qualidade de militar da ativa como condição de procedibilidade em relação ao crime de deserção (CÉLIO LOBÃO, “Direito Processual Penal Militar”, p. 380, item n. 28.1, 2009, Gen/Método):

“No crime de deserção, a qualidade de militar da ativa é condição de procedibilidade. Se o sujeito ativo do delito perde essa qualidade, arquiva-se a investigação provisória de deserção (IPD). Entretanto, se for proposta, a ação penal será extinta, por decisão do Conselho ou por meio de ‘habeas corpus’, isentando o acusado do processo condenatório ou do processo de execução de sentença.” (grifei)

Importante enfatizar, por necessário, que esse tem sido o entendimento do Supremo Tribunal Federal quanto à questão em análise (HC 90.672/SP, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – HC 90.838/SP, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – HC 103.254/PR, Rel. Min. CELSO DE MELLO – HC 115.754/RJ, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – HC 145.343/RS, Rel. Min. GILMAR MENDES – RHC 83.030/RJ, Rel. Min. ELLEN GRACIE, v.g.):

“DESERÇÃO – INCAPACIDADE DEFINITIVA – CONSEQUÊNCIA. Uma vez verificada a incapacidade definitiva do desertor, fica ele isento do processo e da inclusão, devendo o fato ser levado em conta ainda que se esteja em fase recursal – artigo 464 do Código de Processo Penal Militar.”

(HC 79.531/RJ, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – grifei)“’HABEAS CORPUS’. PENAL. PROCESSO PENAL MILITAR.

DESERÇÃO (ART. 187 DO CÓDIGO PENAL MILITAR). LICENCIAMENTO A BEM DA DISCIPLINA. IMPOSSIBILIDADE DE EXECUÇÃO DA PENA. AUSÊNCIA DE CONDIÇÃO DE PROCEDIBILIDADE. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO.

I – Paciente condenado pela prática do crime de deserção, que foi licenciado a bem da disciplina, não mais ostentando a qualidade de militar. Ausente, pois, condição de procedibilidade para o prosseguimento da ação e, por conseguinte, para a execução da pena imposta pelo crime de deserção. Precedentes.

II – Ordem concedida de ofício.”(HC 108.197/PR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – grifei)Cabe reproduzir, ainda, esclarecedores fragmentos pertinentes à

recentíssima decisão proferida no HC 150.701/DF, Rel. Min. EDSON FACHIN, em contexto assemelhado ao que emerge deste processo:

“2. No caso dos autos, a apontada ilegalidade pode ser aferida de pronto.

Ao disciplinar o procedimento especial de deserção de praça, prescreveu o Código de Processo Penal Militar:

…...................................................................................................Como se vê, na hipótese do crime de deserção, a incapacidade

definitiva obsta a instauração da ação penal, de modo que é compreendida como condição negativa de procedibilidade.

Diante da opção legislativa explícita direcionada à desnecessidade de processamento, o STF tem dado interpretação para o fim de alcançar ações penais em curso ou já solucionadas, razão pela qual parte da doutrina afirma que se trata de condição de prosseguibilidade da ação penal. Na mesma linha:

…...................................................................................................Portanto, tendo em conta que o paciente foi considerado incapaz

definitivamente para o exercício do serviço militar, o prosseguimento da ação penal não se afigura possível.

Posto isso, com fulcro no art. 192 do RISTF, concedo a ordem para o fim de determinar o trancamento da ação penal em curso.” (grifei)

Inquestionável, desse modo, a plausibilidade jurídica da pretensão cautelar ora em exame.

Sendo assim, em juízo de estrita delibação, sem prejuízo de ulterior reexame da questão suscitada nesta sede processual, defiro o pedido de medida liminar, para suspender, cautelarmente, até final julgamento desta ação de “habeas corpus”, a eficácia do acórdão proferido pelo E. Superior Tribunal Militar (Apelação nº 55-98.2014.7.12.0012/AM).

Comunique-se, com urgência, transmitindo-se cópia da presente decisão ao E. Superior Tribunal Militar (Apelação nº 55- -98.2014.7.12.0012/AM) e ao Conselho Permanente de Justiça para a Marinha da Auditoria da 12ª CJM (Processo nº 55-98.2014.7.12.0012).

2. Ouça-se a douta Procuradoria-Geral da República.Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro CELSO DE MELLORelator

HABEAS CORPUS 155.289 (1247)ORIGEM : 155289 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : SAMARA DE PAULA LORASCHIIMPTE.(S) : VALTER AUGUSTO KAMINSKI (46554/RS) E OUTRO(A/

S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado contra decisão, proferida no

âmbito do Superior Tribunal de Justiça, assim ementada:“PROCESSO PENAL. RECURSO EM HABEAS CORPUS.

HOMICÍDIO QUALIFICADO (POR DUAS VEZES). PRISÃO CAUTELAR. GRAVIDADE CONCRETA. PERICULOSIDADE. MOTIVAÇÃO IDÔNEA. OCORRÊNCIA. SUBSTITUIÇÃO POR PRISÃO DOMICILIAR. NÃO CABIMENTO, IN CASU. SITUAÇÃO EXCEPCIONALÍSSIMA. MITIGAÇÃO DA DECISÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NO HABEAS CORPUS COLETIVO 143.641/SP. RECURSO DESPROVIDO.

1. Não é ilegal o encarceramento provisório decretado para o resguardo da ordem pública, em razão da gravidade concreta dos fatos, tendo o juízo de primeiro grau destacado a frieza com que teria sido perpetrado o delito, "mediante dissimulação, ao que tudo indica, vez que as vítimas teriam franqueado a entrada de Samara (companheira de Amauri), já que havia medida protetiva deferida em favor das vítimas, proibindo o representado Amauri de se aproximas delas, tendo este, na sequência, ingressado na casa e, de posse de uma arma de fogo, desferido os disparos de arma de fogo nas cabeças das ofendidas, ao que os autos indicam, em verdadeira execução".

Destacou-se, ainda, o fato de o crime ter sido cometido na frente da filha de um dos agentes (Amauri) com uma das vítimas (sua ex-companheira), uma menina de apenas 6 anos de idade. Por fim, o magistrado afirmou que os acusados "não foram mais localizados, tendo fugido do distrito da culpa", tudo a conferir lastro de legitimidade à medida extrema.

2. Nesse contexto, indevida a aplicação de medidas cautelares alternativas à prisão, porque insuficientes para resguardar a ordem pública.

3. A nova redação do art. 318, V, do Código de Processo Penal, dada pelo Marco Legal da Primeira Infância (Lei n.º 13.257/2016), veio à lume com o fito de assegurar a máxima efetividade ao princípio constitucional da proteção integral à criança e adolescente, insculpido no art. 227 da Constituição Federal, bem como no feixe de diplomas normativos infraconstitucionais integrante de subsistema protetivo.

4. Quando a presença de mulher for imprescindível para os cuidados a filho menor de 12 (doze) anos de idade, cabe ao magistrado analisar acuradamente a possibilidade de substituição do carcer ad custodiam pela prisão domiciliar, legando a medida extrema às situações em que elementos concretos demonstrem claramente a insuficiência da inovação legislativa em foco.

5. In casu, tem-se "situação excepcionalíssima" que justifica a mitigação da decisão do Supremo Tribunal Federal no habeas corpus coletivo n.º 143.641/SP, na medida em que o crime foi praticado com extrema violência, tendo as vítimas sido executadas com tiros na cabeça, em verdadeiro ato de execução, na frente de uma criança de apenas 6 anos de idade (filha que o companheiro da acusada tem com uma das vítimas fatais do homicídio). Vale ressaltar que, segundo o juízo de primeiro grau, os filhos da recorrente estão morando na casa dos avós maternos, onde também reside uma tia.

6. Recurso desprovido.”(RHC 92.760/RS, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA,

SEXTA TURMA, julgado em 15/03/2018, DJe 27/03/2018)Narra que: a) a paciente encontra-se presa preventiva em razão da

suposta participação em delito de homicídio; b) a paciente possui 2 filhos com

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 165

idade inferior a 12 anos, razão pela qual, na linha do decidido pela Corte no HC 143.641/SP, faria jus à custódia domiciliar; c) a violência teria sido realizada pelo autor, e não pessoalmente pela paciente, o que afasta, na visão da defesa, a situação excepcionalíssima reconhecida pelo STJ como justificadora do indeferimento da medida domiciliar.

Requer a concessão da ordem “para efetivar a decisão do habeas corpus coletivo no 143.641/SP deste STF, por não tratar-se de caso excepcionalíssimo, substituindo a prisão preventiva da paciente Samara por domiciliar, em razão de ser mãe de duas crianças menores de doze anos, com fundamento no artigo 318, V, do CPP”.

É o relatório. Decido.2. De início, observo que a Segunda Turma deste STF, no HC

143.641/SP, determinou a substituição da prisão preventiva pela domiciliar, “excetuados os casos de crimes praticados por elas mediante violência ou grave ameaça, contra seus descendentes ou, ainda, em situações excepcionalíssimas, as quais deverão ser devidamente fundamentadas pelos juízes que denegarem o benefício.”

Como se vê, o próprio precedente desta Suprema Corte não estende a medida domiciliar a hipóteses de infrações praticadas com violência ou grave ameaça, ou ainda em casos excepcionais devidamente justificados.

À luz de tais premissas, cumpre mencionar os fundamentos de imposição da prisão processual:

“Não há como ignorar a frieza com que teria sido perpetrado o delito, ou seja, mediante dissimulação, ao que tudo indica, vez que as vítima teriam franqueado a entrada de Samara (companheira de Amauri), já que havia medida protetiva deferida em favor das vítima, proibindo o representado Amauri de se aproximar delas, tendo este, na sequência, ingressado na casa e de posse de uma arma de fogo desferido os disparos de arma de fogo nas cabeças das ofendidas, ao que os autos indicam, em verdadeira execução.

Pelo apurado até o momento, o crime teria sido cometido contra a excompanheira de Amauri (Fabiola) e ex-sogra (Geneci), em razão de não se conformar com o término do relacionamento, ciúmes e por temer voltar à prisão, haja vista medida protetiva deferida.

Ainda, o fato teria sido cometido na frente da filha de Fabíola e Amauri, que tudo presenciou, tendo ele e Samara, após o cometimento do delito, saído do local levando a menina de 06 anos, que posteriormente foi ouvida por uma psicóloga e uma assistente social, as quais afirmaram que ela foi testemunha ocular, e confirmou a participação de Amauri e Samara nos homicídios.

(…)De outro lado, os antecedentes criminais do representado Amauri

revelam várias condenações, entre elas por tráfico, furto qualificado, disparo de arma e homicídio, sendo evidente a necessidade da segregação cautelar pelo sério risco de reiteração delitiva. Quanto a representada Samara, embora seja primária, verifica-se que responde a processo por posse de arma de fogo, e teria se aliado ao representado Amauri para prática dos gravíssimos fatos, evidenciado-se a imperatividade de aplicação de medida mais severa para fazer cessar seu agir ilícito.

Também merece registro que o representado Amauri, estava cumprindo pena no regime semiaberto, além de ter sido deferida medida protetiva em favor das vítimas, o que não se revelou suficiente.

Ainda, os familiares estão receosos, temendo que os acusados retornem para ultimar as ameaças de morte, já que teriam referido ao sair do local do fato que “vai mais gente”. Há relato dos familiares que testemunhas (vizinhos) que viram os fatos estão com medo de depor, o que, por certo, dificulta a instrução processual.

A prisão também se faz necessária para a garantia da aplicação da lei penal, vez que Amauri e Samara não foram mais localizados, tendo fugido do distrito da culpa.”

Como se vê, narra-se a prática de duplo homicídio mediante emprego de arma de fogo e realizado na presença de criança, sendo que a paciente teria desempenhado papel relevante no sentido de propiciar o acesso do suposto executor ao cenário tido como criminoso. Acresce-se o registro de ameaça a terceiros e o implemento de fuga, circunstâncias excepcionais que bem legitimam a adoção da medida gravosa.

Ademais, não potencializo a alegação de que a violência teria sido perpetrada apenas pelo autor do delito, na medida em que o partícipe, em tese, também responde pela violência verificada, forte na Teoria Monista da Ação (art. 29, CP).

Como reforço, registro a informação veiculada pelo STJ no sentido de que, “segundo o juízo de primeiro grau, os filhos da recorrente estão morando na casa dos avós maternos, onde também reside uma tia”, o que não revela vulnerabilidade apta a, no caso concreto, amparar a pretendida custódia domiciliar.

Nessa perspectiva, não verifico a presença de constrangimento ilegal sanável pela via eleita.

3. Diante do exposto, nos termos do art. 21, §1°, R ISTF, nego seguimento ao habeas corpus.

Publique-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 155.595 (1248)ORIGEM : 155595 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INÁCIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : NICOLAU ACHCAR SANTOS JUNIOR (91986/MG) E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA FEDERAL DE CURITIBA

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA.

Requer o impetrante a extensão ao paciente do provimento concedido pelo eminente Min. Ricardo Lewandowski no HC 152.919/MG.

Registro que a impetração foi a mim distribuída em razão de decisão da eminente Min. Cármen Lúcia, Presidente desta Suprema Corte.

É o relatório. Decido.2. Saliento que é fato notório que o impetrante não integra a atuante

defesa técnica do paciente.Não se desconhece que o habeas corpus constitui relevantíssima

garantia constitucional voltada à tutela do direito de locomoção e que convive com ampla legitimidade ativa. Nesse particular, em tese, qualquer pessoa pode impetrá-lo em favor de determinado paciente a fim de combater ato que compreende configurador de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Nada obstante, não há como se olvidar da dimensão funcional e teleológica dessa larga legitimação. Com efeito, tal circunstância tem como pano de fundo a otimização da tutela judicial do direito de locomoção, com relevância acentuada nas hipóteses em que o paciente não possui defesa técnica constituída ou ainda que tal mister não seja desempenhado a contento.

Por outro lado, não se admite que essa legitimação universal interfira na conveniência e oportunidade da formalização da impetração, as quais se inserem no contexto da estratégia defensiva, quadrante no qual, por óbvio, deve ser prestigiada a atuação da defesa constituída. Afinal, a legitimação aberta é para prestigiar o direito à liberdade e não para, ainda que tangencialmente, prejudicar o exercício do múnus técnico da defesa.

Em outras palavras, é da defesa técnica a prioritária escolha do “se” e do “quando” no que toca à submissão de determinada matéria ao Estado-Juiz.

A legitimação universal, portanto, tem força subsidiária, com maior enfoque nas hipóteses em que há ausência ou deficiência de defesa. E, no caso concreto, a combatividade da atuação da defesa constituída não se encontra em debate.

Nessa mesma linha, o art. 192, §3°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ao disciplinar o rito dos habeas corpus endereçados a esta Corte, prescreve que “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente.“

A disposição literal, portanto, já evidencia a prevalência da defesa constituída sobre a impetração formulada, bem como que os impetrantes em geral não possuem direito subjetivo inafastável da apreciação de tais temas.

Na minha ótica, tal cuidado deve ser robustecido em casos como o dos autos, que envolve figura pública de projeção nacional, o que, naturalmente, pode ensejar a submissão da matéria ao Poder Judiciário pelas mais diversas razões.

Ademais, no caso concreto, não compreendo cabível o processamento da impetração até que haja oposição da defesa técnica.

A uma, pelo fato de que eventual multiplicação de impetrações de tal jaez exigiria intensa dedicação da defesa com a finalidade de obstar o processamento de remédio processual posto exclusivamente à disposição dos interesses defensivos, prejudicando, em uma perspectiva holística, o exercício do seu encargo.

A duas, pela notória combatividade da defesa técnica a quem cabe, a tempo e modo, a adoção da estratégia defensiva que reputar adequada ao caso.

Assim, diante de tal contexto, salvo manifestação expressa em sentido contrário, considero a presente impetração desautorizada pela defesa técnica.

No mesmo sentido: HC 145751 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em 02/08/2017 e HC 152613, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/02/2018. E ainda:

“Ora, é notório que o largo espectro de legitimidade ativa constitucionalmente atribuído ao writ busca a máxima proteção ao paciente. Pressupõe-se, portanto, o interesse de agir em favor do paciente, de modo que a iniciativa não pode trazer reflexos negativos ou ir de encontro à defesa eventualmente constituída. E, muito menos, abrir campo à atuação de pessoas que, sem o conhecimento do paciente, apenas objetivem notoriedade ou, mesmo munidas de boas intenções, “atropelem” a estratégia defensiva.

(…)No presente caso, militam em favor do paciente causídicos por

ele eleitos, de modo que não se cogita de ausência de constituição de defesa técnica e muito menos de deficiência na atuação dessa defesa. Logo, essa “legitimação universal” ativa, de natureza subsidiária, não tem lugar” (HC 155283, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 23/04/2018, grifei)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 166

“Acresço que o fato de o paciente contar com procurador constituído nos autos da AC 4.039/DF, a que este habeas corpus se refere, em tese, também constitui óbice à impetração, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, forte no art. 192, § 3º, do RISTF: “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente”.

Tenho entendido, em casos análogos, que não há como presumir que a interferência de terceiro se faça no interesse da Defesa e do acusado, pelo menos em sua integralidade. Rigorosamente, em tese, o atropelar de estratégias definidas pode mais atrapalhar do que auxiliar. O mesmo se diga do levantamento de questões acaso inadequadas e do eventual precipitar de decisões desfavoráveis.” (HC 131839, Relator(a): Min. ROSA WEBER, julgado em 30/11/2015, grifei)

3. Posto isso, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, não conheço do habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 155.786 (1249)ORIGEM : 155786 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESPACTE.(S) : GENILSON DONIZETE BATISTAIMPTE.(S) : PAULO SERGIO DE ALMEIDA GODOY (75225/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 436.130 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOTrata-se de Habeas Corpus, com pedido de medida liminar, impetrado

contra decisão proferida pelo Ministro FELIX FISCHER, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu o HC 436.130/SP, com recomendação, entretanto, ao eg. Tribunal de origem para que imprima a maior celeridade possível no julgamento do processo.

Consta dos autos, em síntese, que o paciente foi preso preventivamente, em setembro de 2016, pela prática do crime de tráfico de drogas (art. 33 da Lei 11.343/06).

Alegando excesso de prazo da custódia, a defesa impetrou Habeas Corpus no Tribunal local, que denegou a ordem. Na sequência, outro Habeas Corpus no Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu o pedido, nos termos seguintes:

Extrai-se das informações do Juízo a quo:"[...]O ora paciente foi preso em flagrante, em 04/09/2016, e denunciado

em 19/09/2016, como incurso nas penas dos artigos 33, caput, da Lei 11.343/06, porque, no dia 04/09/2016, na rua Rio Grande do Sul, n° 372, vila Santa Rosa, nesta cidade e Comarca, guardava e tinha em depósito, para fins de traficância, 36,0 g de cocaína, acondicionada em 201 invólucros, 201 pedras de "crack", bem como valores em dinheiro.

A prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva em 05/09/2016.

Vinda a denúncia, em 12/06/2017 foi determinada a notificação do acusado para oferecimento de defesa preliminar.

Apresentada defesa prévia em 30/09/2016 (fls. 81/83), foi a denúncia recebida em 12/10/2016 (fls. 89/91), sendo, na mesma data, deferido o pedido de realização de exame de dependência química-toxicológica.

Durante audiência de instrução, realizada em 22/11/2016, foi ouvida uma testemunha de acusação, sendo o paciente interrogado (fls. 117/118). Desde então, está-se no aguardo da realização do exame de dependência química, conforme pedido da defesa.

Encontram-se os autos aguardando o retorno da carta precatória expedida para a realização do exame de dependência química, determinado em 12/10/2016, vez que o paciente está recolhido em estabelecimento prisional de outra Comarca.

Com o seu retorno, será dado prazo para alegações finais das partes e, em seguida, prolação de sentença" (fls. 33-35).

Com efeito, mediante as informações prestadas, fls. 33-35, assim como pela consulta ao site do Tribunal de origem, verifica-se que a tramitação processual transcorre nos limites da razoável duração do processo. Comprova-se, ao contrário do que sustenta a defesa, ser regular o trâmite da ação, dentro da razoabilidade esperada.

(…) Ante o exposto, denego a ordem. Expeça-se, contudo,

recomendação ao eg. Tribunal de origem para que imprima a maior celeridade possível no julgamento do processo.

Nesta ação, o impetrante sustenta o constrangimento ilegal praticado pelo Estado, haja vista ter sido realizada a audiência de instrução, debates e julgamento no dia 22/11/2016, ou seja, há mais de 01 ano e 04 meses PRESO aguardando a prolação de sua sentença. Requer, assim, a concessão da ordem, para que o paciente seja posto em liberdade.

É o relatório. Decido. No presente caso, incide óbice ao conhecimento da ordem impetrada

neste SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, uma vez que se impugna decisão

monocrática de Ministro do Superior Tribunal de Justiça, determinando a extinção do habeas corpus ajuizado naquela Corte (HC 122.718/SP, Rel. Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe de 3/9/2014; HC 121.684-AgR/SP, Rel. Min. TEORI ZAVASCKI, Segunda Turma, DJe de 16/5/2014; HC 138.687-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, DJe de 1º/3/2017; HC 116.875/AC, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 17/10/2013; HC 117.346/SP, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 22/10/2013; HC 117.798/SP, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 24/4/2014; HC 119.821/TO, Rel. Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, DJe de 29/4/2014; HC 122.381-AgR/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de 9/10/2014; RHC 114.737/RN, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 18/4/2013 ; RHC 114.961/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de 8/8/2013).

De fato, o exaurimento da instância recorrida é, como regra, pressuposto para ensejar a competência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, conforme vem sendo reiteradamente proclamado por esta Corte (RHC 111.935, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 30/9/2013; HC 97.009, Rel. p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, DJe de 4/4/2014; HC 118.189, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 24/4/2014).

Como bem apontado pelo Ministro LUIZ FUX, com base em diversos outros precedentes desta Primeira Turma, em regra, a flexibilização dessa norma implicaria afastamento do texto da Constituição, pois a competência deste SUPREMO TRIBUNAL, sendo matéria de direito estrito, não pode ser interpretada de forma ampliada para alcançar autoridades, no caso, membros de Tribunais Superiores, cujos atos não estão submetidos à apreciação do Supremo Tribunal Federal (HC 139.262, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 23/3/2017).

Esta Primeira Turma vem autorizando, somente em circunstâncias específicas, o exame de habeas corpus quando não encerrada a análise na instância competente, óbice superável apenas em hipótese de teratologia (HC 138.414/RJ, Primeira Turma, DJe de 20/4/2017) ou em casos excepcionais (HC 137.078/SP, Primeira Turma, DJe de 24/4/2017), como bem destacado pela Ministra ROSA WEBER.

No particular, entretanto, não se apresentam as hipóteses de teratologia ou excepcionalidade.

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, NEGO SEGUIMENTO AO HABEAS CORPUS.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro ALEXANDRE DE MORAESRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 155.927 (1250)ORIGEM : 155927 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : ANA LIDIA SANTOS DE LEAO (347257/SP) E OUTRO(A/

S)COATOR(A/S)(ES) : SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA contra decisão do Tribunal Pleno exarada no HC 152.752/PR.

Requer-se, preliminarmente, o reconhecimento do impedimento dos Ministros Cármen Lúcia, Dias Tóffoli, Celso de Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

No mérito, postula a concessão da ordem para:“i. declarar NULA a votação informal realizada ao arrepio dos arts.

361 e seguintes do RISTF, que autorizou o voto de qualidade da Ministra Presidente desta Corte, e consequentemente, declarar NULO o voto referida Ministra e reconhecer o empate na votação do HC 152752, aplicando-se, o art. 146, par. único do RISTF para o fim de proclamar a decisão da mais favorável ao paciente;

ii. declarar NULO o voto proferido pela E. Ministra Rosa Weber por ausência de fundamentação, considerando assim, a votação final de 5 votos em favor da concessão da ordem versus 4 votos contrários, situação em que não justificaria o voto de qualidade da Ministra Presidente;

iii. Alternativamente, se mantido o voto da E. Ministra Presidente, seja considerada o empate na votação do HC 152752, aplicando-se o art. 146, par. único, para fim de proclamar a decisão mais favorável ao Paciente.”

É o relatório. Decido.2. De início, aponto que o art. 112 do CPP observa que o

“impedimento poderá ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.”

O art. 100, §2°, CPP, que trata do processamento da suspeição e, por força do aludido no art. 112, CPP, é aplicável aos casos de impedimento, preceitua o seguinte:

“Art. 100. (…)§ 2o Se a suspeição for de manifesta improcedência, o juiz ou

relator a rejeitará liminarmente.”Quanto ao caso dos autos, verifico que o art. 277 do Regimento

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 167

Interno do Supremo Tribunal Federal prescreve que os “Ministros declarar-se-ão impedidos ou suspeitos nos casos previstos em lei”.

Depreendo ainda que o art. 252, III, CPP, veda que o Juiz atue em processo em que “tiver funcionado como juiz de outra instância”.

Assento que Tribunal Pleno já decidiu que as “hipóteses de impedimento elencadas no art. 252 do Código de Processo Penal constituem um numerus clausus”, bem como que “não é possível, pois, interpretar-se extensivamente os seus incisos” (HC 92893, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 02/10/2008, grifei).

No mesmo sentido, a Corte possui compreensão no sentido da “[i]mpossibilidade de criação pela via da interpretação de causas de impedimento” (HC 97544, Relator(a): Min. EROS GRAU, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 21/09/2010, grifei).

Ausentes as hipóteses taxativamente previstas na ordem jurídica, não há impedimento a ser reconhecido.

Ademais, no caso concreto, cabe observar que a decisão impugnada é imputável ao Tribunal Pleno, e não apenas aos eminentes Ministros que integraram a corrente majoritária. Trata-se, em verdade, de decisão colegiada, e não de mero somatório de decisões unipessoais.

3. Saliento que é fato notório que o impetrante não integra a atuante defesa técnica do paciente.

Não se desconhece que o habeas corpus constitui relevantíssima garantia constitucional voltada à tutela do direito de locomoção e que convive com ampla legitimidade ativa. Nesse particular, em tese, qualquer pessoa pode impetrá-lo em favor de determinado paciente a fim de combater ato que compreende configurador de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Nada obstante, não há como se olvidar da dimensão funcional e teleológica dessa larga legitimação. Com efeito, tal circunstância tem como pano de fundo a otimização da tutela judicial do direito de locomoção, com relevância acentuada nas hipóteses em que o paciente não possui defesa técnica constituída ou ainda que tal mister não seja desempenhado a contento.

Por outro lado, não se admite que essa legitimação universal interfira na conveniência e oportunidade da formalização da impetração, as quais se inserem no contexto da estratégia defensiva, quadrante no qual, por óbvio, deve ser prestigiada a atuação da defesa constituída. Afinal, a legitimação aberta é para prestigiar o direito à liberdade e não para, ainda que tangencialmente, prejudicar o exercício do múnus técnico da defesa.

Em outras palavras, é da defesa técnica a prioritária escolha do “se” e do “quando” no que toca à submissão de determinada matéria ao Estado-Juiz.

A legitimação universal, portanto, tem força subsidiária, com maior enfoque nas hipóteses em que há ausência ou deficiência de defesa. E, no caso concreto, a combatividade da atuação da defesa constituída não se encontra em debate.

Nessa mesma linha, o art. 192, §3°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ao disciplinar o rito dos habeas corpus endereçados a esta Corte, prescreve que “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente.“

A disposição literal, portanto, já evidencia a prevalência da defesa constituída sobre a impetração formulada, bem como que os impetrantes em geral não possuem direito subjetivo inafastável da apreciação de tais temas.

Na minha ótica, tal cuidado deve ser robustecido em casos como o dos autos, que envolve figura pública de projeção nacional, o que, naturalmente, pode ensejar a submissão da matéria ao Poder Judiciário pelas mais diversas razões.

Ademais, no caso concreto, não compreendo cabível o processamento da impetração até que haja oposição da defesa técnica.

A uma, pelo fato de que eventual multiplicação de impetrações de tal jaez exigiria intensa dedicação da defesa com a finalidade de obstar o processamento de remédio processual posto exclusivamente à disposição dos interesses defensivos, prejudicando, em uma perspectiva holística, o exercício do seu encargo.

A duas, pela notória combatividade da defesa técnica a quem cabe, a tempo e modo, a adoção da estratégia defensiva que reputar adequada ao caso.

Assim, diante de tal contexto, salvo manifestação expressa em sentido contrário, considero a presente impetração desautorizada pela defesa técnica.

No mesmo sentido: HC 145751 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em 02/08/2017 e HC 152613, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/02/2018. E ainda:

“Ora, é notório que o largo espectro de legitimidade ativa constitucionalmente atribuído ao writ busca a máxima proteção ao paciente. Pressupõe-se, portanto, o interesse de agir em favor do paciente, de modo que a iniciativa não pode trazer reflexos negativos ou ir de encontro à defesa eventualmente constituída. E, muito menos, abrir campo à atuação de pessoas que, sem o conhecimento do paciente, apenas objetivem notoriedade ou, mesmo munidas de boas intenções, “atropelem” a estratégia defensiva.

(…)No presente caso, militam em favor do paciente causídicos por

ele eleitos, de modo que não se cogita de ausência de constituição de defesa técnica e muito menos de deficiência na atuação dessa defesa.

Logo, essa “legitimação universal” ativa, de natureza subsidiária, não tem lugar” (HC 155283, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 23/04/2018, grifei)

“Acresço que o fato de o paciente contar com procurador constituído nos autos da AC 4.039/DF, a que este habeas corpus se refere, em tese, também constitui óbice à impetração, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, forte no art. 192, § 3º, do RISTF: “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente”.

Tenho entendido, em casos análogos, que não há como presumir que a interferência de terceiro se faça no interesse da Defesa e do acusado, pelo menos em sua integralidade. Rigorosamente, em tese, o atropelar de estratégias definidas pode mais atrapalhar do que auxiliar. O mesmo se diga do levantamento de questões acaso inadequadas e do eventual precipitar de decisões desfavoráveis.” (HC 131839, Relator(a): Min. ROSA WEBER, julgado em 30/11/2015, grifei)

4. Não bastasse, o ato apontado não é sindicável pela via eleita, visto que “não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno, contra ato de Ministro ou órgão fracionário da Corte” (HC 86.548/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, maioria, DJe 19.12.2008). Na mesma linha, cito os seguintes precedentes que retratam a compreensão do Tribunal Pleno:

“Esta Corte já firmou jurisprudência no sentido de não caber habeas corpus contra ato de Ministro Relator, de Turma ou do próprio Tribunal Pleno. Precedentes.” (HC 118459 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 24/10/2013)

“Esta Corte firmou a orientação do não cabimento de habeas corpus contra ato de Ministro Relator ou contra decisão colegiada de Turma ou do Plenário do próprio Tribunal, independentemente de tal decisão haver sido proferida em sede de habeas corpus ou proferida em sede de recursos em geral (Súmula 606).” (HC 97009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno)

Ainda a esse respeito, colaciono precedente de minha relatoria:“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DIREITO

PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de Ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Agravo regimental desprovido.” (HC 129.802/CE, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, julgado em 18.12.2016, grifei)

Embora tal entendimento, em momento anterior, fosse alvo de discordâncias, após intenso debate, ao enfrentar o HC 105959/DF, o Tribunal, em 17.2.2016, com a participação da integralidade dos então componentes do Plenário, consolidou o descabimento de impetração contra ato de Ministro da própria Corte:

“HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Writ não conhecido. (HC 105959, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2016)

Tal posição vem sendo desde então observada, conforme se depreende dos seguintes julgados:

“A jurisprudência consolidada da Corte atesta o não cabimento de habeas corpus contra ato jurisdicional de Ministro ou órgão fracionário do STF.” (AP 985 QO, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 06/06/2017)

“O habeas corpus é incabível quando impetrado em face de ato dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, de órgão fracionário da Corte ou de seu Pleno.” (HC 131033 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 02/06/2017

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido do não cabimento de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato jurisdicional de ministro ou órgão fracionário da Corte, seja em recurso ou em ação originária de sua competência.” (HC 115787, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 18/05/2017)

5. Em razão da intransponibilidade de tais obstáculos, a impetração não merece conhecimento, sendo manifestamente incabível.

Posto isso, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, não conheço do habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 155.982 (1251)ORIGEM : 155982 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : MARILENA DALLEDONE CAVALCANTECOATOR(A/S)(ES) : SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 168

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA contra decisão do Tribunal Pleno exarada no HC 152.752/PR.

Requer-se, preliminarmente, o reconhecimento do impedimento dos Ministros Cármen Lúcia, Dias Tóffoli, Celso de Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

No mérito, postula a concessão da ordem para:“i. declarar NULA a votação informal realizada ao arrepio dos arts.

361 e seguintes do RISTF, que autorizou o voto de qualidade da Ministra Presidente desta Corte, e consequentemente, declarar NULO o voto referida Ministra e reconhecer o empate na votação do HC 152752, aplicando-se, o art. 146, par. único do RISTF para o fim de proclamar a decisão da mais favorável ao paciente;

ii. declarar NULO o voto proferido pela E. Ministra Rosa Weber por ausência de fundamentação, considerando assim, a votação final de 5 votos em favor da concessão da ordem versus 4 votos contrários, situação em que não justificaria o voto de qualidade da Ministra Presidente;

iii. Alternativamente, se mantido o voto da E. Ministra Presidente, seja considerada o empate na votação do HC 152752, aplicando-se o art. 146, par. único, para fim de proclamar a decisão mais favorável ao Paciente.”

É o relatório. Decido.2. De início, aponto que o art. 112 do CPP observa que o

“impedimento poderá ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.”

O art. 100, §2°, CPP, que trata do processamento da suspeição e, por força do aludido no art. 112, CPP, é aplicável aos casos de impedimento, preceitua o seguinte:

“Art. 100. (…)§ 2o Se a suspeição for de manifesta improcedência, o juiz ou

relator a rejeitará liminarmente.”Quanto ao caso dos autos, verifico que o art. 277 do Regimento

Interno do Supremo Tribunal Federal prescreve que os “Ministros declarar-se-ão impedidos ou suspeitos nos casos previstos em lei”.

Depreendo ainda que o art. 252, III, CPP, veda que o Juiz atue em processo em que “tiver funcionado como juiz de outra instância”.

Assento que Tribunal Pleno já decidiu que as “hipóteses de impedimento elencadas no art. 252 do Código de Processo Penal constituem um numerus clausus”, bem como que “não é possível, pois, interpretar-se extensivamente os seus incisos” (HC 92893, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 02/10/2008, grifei).

No mesmo sentido, a Corte possui compreensão no sentido da “[i]mpossibilidade de criação pela via da interpretação de causas de impedimento” (HC 97544, Relator(a): Min. EROS GRAU, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 21/09/2010, grifei).

Ausentes as hipóteses taxativamente previstas na ordem jurídica, não há impedimento a ser reconhecido.

Ademais, no caso concreto, cabe observar que a decisão impugnada é imputável ao Tribunal Pleno, e não apenas aos eminentes Ministros que integraram a corrente majoritária. Trata-se, em verdade, de decisão colegiada, e não de mero somatório de decisões unipessoais.

3. Saliento que é fato notório que o impetrante não integra a atuante defesa técnica do paciente.

Não se desconhece que o habeas corpus constitui relevantíssima garantia constitucional voltada à tutela do direito de locomoção e que convive com ampla legitimidade ativa. Nesse particular, em tese, qualquer pessoa pode impetrá-lo em favor de determinado paciente a fim de combater ato que compreende configurador de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Nada obstante, não há como se olvidar da dimensão funcional e teleológica dessa larga legitimação. Com efeito, tal circunstância tem como pano de fundo a otimização da tutela judicial do direito de locomoção, com relevância acentuada nas hipóteses em que o paciente não possui defesa técnica constituída ou ainda que tal mister não seja desempenhado a contento.

Por outro lado, não se admite que essa legitimação universal interfira na conveniência e oportunidade da formalização da impetração, as quais se inserem no contexto da estratégia defensiva, quadrante no qual, por óbvio, deve ser prestigiada a atuação da defesa constituída. Afinal, a legitimação aberta é para prestigiar o direito à liberdade e não para, ainda que tangencialmente, prejudicar o exercício do múnus técnico da defesa.

Em outras palavras, é da defesa técnica a prioritária escolha do “se” e do “quando” no que toca à submissão de determinada matéria ao Estado-Juiz.

A legitimação universal, portanto, tem força subsidiária, com maior enfoque nas hipóteses em que há ausência ou deficiência de defesa. E, no caso concreto, a combatividade da atuação da defesa constituída não se encontra em debate.

Nessa mesma linha, o art. 192, §3°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ao disciplinar o rito dos habeas corpus endereçados a esta Corte, prescreve que “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente.“

A disposição literal, portanto, já evidencia a prevalência da defesa constituída sobre a impetração formulada, bem como que os impetrantes em geral não possuem direito subjetivo inafastável da apreciação de tais temas.

Na minha ótica, tal cuidado deve ser robustecido em casos como o dos autos, que envolve figura pública de projeção nacional, o que, naturalmente, pode ensejar a submissão da matéria ao Poder Judiciário pelas mais diversas razões.

Ademais, no caso concreto, não compreendo cabível o processamento da impetração até que haja oposição da defesa técnica.

A uma, pelo fato de que eventual multiplicação de impetrações de tal jaez exigiria intensa dedicação da defesa com a finalidade de obstar o processamento de remédio processual posto exclusivamente à disposição dos interesses defensivos, prejudicando, em uma perspectiva holística, o exercício do seu encargo.

A duas, pela notória combatividade da defesa técnica a quem cabe, a tempo e modo, a adoção da estratégia defensiva que reputar adequada ao caso.

Assim, diante de tal contexto, salvo manifestação expressa em sentido contrário, considero a presente impetração desautorizada pela defesa técnica.

No mesmo sentido: HC 145751 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em 02/08/2017 e HC 152613, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/02/2018. E ainda:

“Ora, é notório que o largo espectro de legitimidade ativa constitucionalmente atribuído ao writ busca a máxima proteção ao paciente. Pressupõe-se, portanto, o interesse de agir em favor do paciente, de modo que a iniciativa não pode trazer reflexos negativos ou ir de encontro à defesa eventualmente constituída. E, muito menos, abrir campo à atuação de pessoas que, sem o conhecimento do paciente, apenas objetivem notoriedade ou, mesmo munidas de boas intenções, “atropelem” a estratégia defensiva.

(…)No presente caso, militam em favor do paciente causídicos por

ele eleitos, de modo que não se cogita de ausência de constituição de defesa técnica e muito menos de deficiência na atuação dessa defesa. Logo, essa “legitimação universal” ativa, de natureza subsidiária, não tem lugar” (HC 155283, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 23/04/2018, grifei)

“Acresço que o fato de o paciente contar com procurador constituído nos autos da AC 4.039/DF, a que este habeas corpus se refere, em tese, também constitui óbice à impetração, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, forte no art. 192, § 3º, do RISTF: “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente”.

Tenho entendido, em casos análogos, que não há como presumir que a interferência de terceiro se faça no interesse da Defesa e do acusado, pelo menos em sua integralidade. Rigorosamente, em tese, o atropelar de estratégias definidas pode mais atrapalhar do que auxiliar. O mesmo se diga do levantamento de questões acaso inadequadas e do eventual precipitar de decisões desfavoráveis.” (HC 131839, Relator(a): Min. ROSA WEBER, julgado em 30/11/2015, grifei)

4. Não bastasse, o ato apontado não é sindicável pela via eleita, visto que “não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno, contra ato de Ministro ou órgão fracionário da Corte” (HC 86.548/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, maioria, DJe 19.12.2008). Na mesma linha, cito os seguintes precedentes que retratam a compreensão do Tribunal Pleno:

“Esta Corte já firmou jurisprudência no sentido de não caber habeas corpus contra ato de Ministro Relator, de Turma ou do próprio Tribunal Pleno. Precedentes.” (HC 118459 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 24/10/2013)

“Esta Corte firmou a orientação do não cabimento de habeas corpus contra ato de Ministro Relator ou contra decisão colegiada de Turma ou do Plenário do próprio Tribunal, independentemente de tal decisão haver sido proferida em sede de habeas corpus ou proferida em sede de recursos em geral (Súmula 606).” (HC 97009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno)

Ainda a esse respeito, colaciono precedente de minha relatoria:“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DIREITO

PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de Ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Agravo regimental desprovido.” (HC 129.802/CE, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, julgado em 18.12.2016, grifei)

Embora tal entendimento, em momento anterior, fosse alvo de discordâncias, após intenso debate, ao enfrentar o HC 105959/DF, o Tribunal, em 17.2.2016, com a participação da integralidade dos então componentes do Plenário, consolidou o descabimento de impetração contra ato de Ministro da própria Corte:

“HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Writ não conhecido. (HC 105959, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2016)

Tal posição vem sendo desde então observada, conforme se depreende dos seguintes julgados:

“A jurisprudência consolidada da Corte atesta o não cabimento de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 169

habeas corpus contra ato jurisdicional de Ministro ou órgão fracionário do STF.” (AP 985 QO, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 06/06/2017)

“O habeas corpus é incabível quando impetrado em face de ato dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, de órgão fracionário da Corte ou de seu Pleno.” (HC 131033 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 02/06/2017

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido do não cabimento de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato jurisdicional de ministro ou órgão fracionário da Corte, seja em recurso ou em ação originária de sua competência.” (HC 115787, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 18/05/2017)

5. Em razão da intransponibilidade de tais obstáculos, a impetração não merece conhecimento, sendo manifestamente incabível.

Posto isso, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, não conheço do habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 156.048 (1252)ORIGEM : 156048 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : JOSE ADELMARIO PINHEIRO FILHOIMPTE.(S) : EDER RICARDO FIOR (55579/DF) E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA

DECISÃO: Considerando que o julgamento não foi iniciado, acolho, com base

no art. 21, RISTF, o pedido de desistência formulado.Publique-se. Arquivem-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 156.100 (1253)ORIGEM : 156100 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : JEAN ALBERTO LUSCHER CASTROIMPTE.(S) : EDER RICARDO FIOR (55579/DF) E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 445.819 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Considerando que o julgamento não foi iniciado, acolho, com base

no art. 21, RISTF, o pedido de desistência formulado.Publique-se. Arquivem-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 156.215 (1254)ORIGEM : 156215 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : ANDREA GEISA PASSOS TRABUCO (41069/BA) E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : VICE-PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE

JUSTIÇACOATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOCOATOR(A/S)(ES) : JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA FEDERAL DE CURITIBA

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA contra atos do Tribunal Regional Federal da 4ª Região e do Juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba/PR.

Postula-se a concessão da ordem a fim de que o paciente aguarde em liberdade até o trânsito em julgado da ação penal de origem e, subsidiariamente, até o exaurimento da jurisdição do STJ.

É o relatório. Decido.2. Saliento que é fato notório que o impetrante não integra a atuante

defesa técnica do paciente.Não se desconhece que o habeas corpus constitui relevantíssima

garantia constitucional voltada à tutela do direito de locomoção e que convive com ampla legitimidade ativa. Nesse particular, em tese, qualquer pessoa pode impetrá-lo em favor de determinado paciente a fim de combater ato que compreende configurador de constrangimento ilegal à liberdade de

locomoção. Nada obstante, não há como se olvidar da dimensão funcional e

teleológica dessa larga legitimação. Com efeito, tal circunstância tem como pano de fundo a otimização da tutela judicial do direito de locomoção, com relevância acentuada nas hipóteses em que o paciente não possui defesa técnica constituída ou ainda que tal mister não seja desempenhado a contento.

Por outro lado, não se admite que essa legitimação universal interfira na conveniência e oportunidade da formalização da impetração, as quais se inserem no contexto da estratégia defensiva, quadrante no qual, por óbvio, deve ser prestigiada a atuação da defesa constituída. Afinal, a legitimação aberta é para prestigiar o direito à liberdade e não para, ainda que tangencialmente, prejudicar o exercício do múnus técnico da defesa.

Em outras palavras, é da defesa técnica a prioritária escolha do “se” e do “quando” no que toca à submissão de determinada matéria ao Estado-Juiz.

A legitimação universal, portanto, tem força subsidiária, com maior enfoque nas hipóteses em que há ausência ou deficiência de defesa. E, no caso concreto, a combatividade da atuação da defesa constituída não se encontra em debate.

Nessa mesma linha, o art. 192, §3°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ao disciplinar o rito dos habeas corpus endereçados a esta Corte, prescreve que “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente.“

A disposição literal, portanto, já evidencia a prevalência da defesa constituída sobre a impetração formulada, bem como que os impetrantes em geral não possuem direito subjetivo inafastável da apreciação de tais temas.

Na minha ótica, tal cuidado deve ser robustecido em casos como o dos autos, que envolve figura pública de projeção nacional, o que, naturalmente, pode ensejar a submissão da matéria ao Poder Judiciário pelas mais diversas razões.

Ademais, no caso concreto, não compreendo cabível o processamento da impetração até que haja oposição da defesa técnica.

A uma, pelo fato de que eventual multiplicação de impetrações de tal jaez exigiria intensa dedicação da defesa com a finalidade de obstar o processamento de remédio processual posto exclusivamente à disposição dos interesses defensivos, prejudicando, em uma perspectiva holística, o exercício do seu encargo.

A duas, pela notória combatividade da defesa técnica a quem cabe, a tempo e modo, a adoção da estratégia defensiva que reputar adequada ao caso.

Assim, diante de tal contexto, salvo manifestação expressa em sentido contrário, considero a presente impetração desautorizada pela defesa técnica.

No mesmo sentido: HC 145751 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em 02/08/2017 e HC 152613, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/02/2018. E ainda:

“Ora, é notório que o largo espectro de legitimidade ativa constitucionalmente atribuído ao writ busca a máxima proteção ao paciente. Pressupõe-se, portanto, o interesse de agir em favor do paciente, de modo que a iniciativa não pode trazer reflexos negativos ou ir de encontro à defesa eventualmente constituída. E, muito menos, abrir campo à atuação de pessoas que, sem o conhecimento do paciente, apenas objetivem notoriedade ou, mesmo munidas de boas intenções, “atropelem” a estratégia defensiva.

(…)No presente caso, militam em favor do paciente causídicos por

ele eleitos, de modo que não se cogita de ausência de constituição de defesa técnica e muito menos de deficiência na atuação dessa defesa. Logo, essa “legitimação universal” ativa, de natureza subsidiária, não tem lugar” (HC 155283, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 23/04/2018, grifei)

“Acresço que o fato de o paciente contar com procurador constituído nos autos da AC 4.039/DF, a que este habeas corpus se refere, em tese, também constitui óbice à impetração, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, forte no art. 192, § 3º, do RISTF: “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente”.

Tenho entendido, em casos análogos, que não há como presumir que a interferência de terceiro se faça no interesse da Defesa e do acusado, pelo menos em sua integralidade. Rigorosamente, em tese, o atropelar de estratégias definidas pode mais atrapalhar do que auxiliar. O mesmo se diga do levantamento de questões acaso inadequadas e do eventual precipitar de decisões desfavoráveis.” (HC 131839, Relator(a): Min. ROSA WEBER, julgado em 30/11/2015, grifei)

3. Não bastasse, o ato apontado não é sindicável pela via eleita, visto que não se fazem presentes as hipóteses definidoras da competência do STF, visto que os atos questionados emanam das instâncias ordinárias, que, em sede de habeas corpus, não se submetem, diretamente, ao crivo da Suprema Corte.

4. Em razão da intransponibilidade de tais obstáculos, a impetração não merece conhecimento, sendo manifestamente incabível.

Posto isso, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, não conheço do habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 170

RelatorDocumento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 156.248 (1255)ORIGEM : 156248 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : EDER RICARDO FIOR (55579/DF) E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 445.825 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Considerando que o julgamento não foi iniciado, acolho, com base

no art. 21, RISTF, o pedido de desistência formulado.Publique-se. Arquivem-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 156.335 (1256)ORIGEM : 156335 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : MARCIO ANTONIO MARQUES DE ALMEIDA E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA contra decisão do Tribunal Pleno exarada no HC 152.752/PR.

Requer-se, preliminarmente, o reconhecimento do impedimento dos Ministros Cármen Lúcia, Dias Tóffoli, Celso de Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

No mérito, postula a concessão da ordem para:“i. declarar NULA a votação informal realizada ao arrepio dos arts.

361 e seguintes do RISTF, que autorizou o voto de qualidade da Ministra Presidente desta Corte, e consequentemente, declarar NULO o voto referida Ministra e reconhecer o empate na votação do HC 152752, aplicando-se, o art. 146, par. único do RISTF para o fim de proclamar a decisão da mais favorável ao paciente;

ii. declarar NULO o voto proferido pela E. Ministra Rosa Weber por ausência de fundamentação, considerando assim, a votação final de 5 votos em favor da concessão da ordem versus 4 votos contrários, situação em que não justificaria o voto de qualidade da Ministra Presidente;

iii. Alternativamente, se mantido o voto da E. Ministra Presidente, seja considerada o empate na votação do HC 152752, aplicando-se o art. 146, par. único, para fim de proclamar a decisão mais favorável ao Paciente.”

É o relatório. Decido.2. De início, aponto que o art. 112 do CPP observa que o

“impedimento poderá ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.”

O art. 100, §2°, CPP, que trata do processamento da suspeição e, por força do aludido no art. 112, CPP, é aplicável aos casos de impedimento, preceitua o seguinte:

“Art. 100. (…)§ 2o Se a suspeição for de manifesta improcedência, o juiz ou

relator a rejeitará liminarmente.”Quanto ao caso dos autos, verifico que o art. 277 do Regimento

Interno do Supremo Tribunal Federal prescreve que os “Ministros declarar-se-ão impedidos ou suspeitos nos casos previstos em lei”.

Depreendo ainda que o art. 252, III, CPP, veda que o Juiz atue em processo em que “tiver funcionado como juiz de outra instância”.

Assento que Tribunal Pleno já decidiu que as “hipóteses de impedimento elencadas no art. 252 do Código de Processo Penal constituem um numerus clausus”, bem como que “não é possível, pois, interpretar-se extensivamente os seus incisos” (HC 92893, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 02/10/2008, grifei).

No mesmo sentido, a Corte possui compreensão no sentido da “[i]mpossibilidade de criação pela via da interpretação de causas de impedimento” (HC 97544, Relator(a): Min. EROS GRAU, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 21/09/2010, grifei).

Ausentes as hipóteses taxativamente previstas na ordem jurídica, não há impedimento a ser reconhecido.

Ademais, no caso concreto, cabe observar que a decisão impugnada é imputável ao Tribunal Pleno, e não apenas aos eminentes Ministros que integraram a corrente majoritária. Trata-se, em verdade, de decisão colegiada, e não de mero somatório de decisões unipessoais.

3. Saliento que é fato notório que o impetrante não integra a atuante defesa técnica do paciente.

Não se desconhece que o habeas corpus constitui relevantíssima

garantia constitucional voltada à tutela do direito de locomoção e que convive com ampla legitimidade ativa. Nesse particular, em tese, qualquer pessoa pode impetrá-lo em favor de determinado paciente a fim de combater ato que compreende configurador de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Nada obstante, não há como se olvidar da dimensão funcional e teleológica dessa larga legitimação. Com efeito, tal circunstância tem como pano de fundo a otimização da tutela judicial do direito de locomoção, com relevância acentuada nas hipóteses em que o paciente não possui defesa técnica constituída ou ainda que tal mister não seja desempenhado a contento.

Por outro lado, não se admite que essa legitimação universal interfira na conveniência e oportunidade da formalização da impetração, as quais se inserem no contexto da estratégia defensiva, quadrante no qual, por óbvio, deve ser prestigiada a atuação da defesa constituída. Afinal, a legitimação aberta é para prestigiar o direito à liberdade e não para, ainda que tangencialmente, prejudicar o exercício do múnus técnico da defesa.

Em outras palavras, é da defesa técnica a prioritária escolha do “se” e do “quando” no que toca à submissão de determinada matéria ao Estado-Juiz.

A legitimação universal, portanto, tem força subsidiária, com maior enfoque nas hipóteses em que há ausência ou deficiência de defesa. E, no caso concreto, a combatividade da atuação da defesa constituída não se encontra em debate.

Nessa mesma linha, o art. 192, §3°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ao disciplinar o rito dos habeas corpus endereçados a esta Corte, prescreve que “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente.“

A disposição literal, portanto, já evidencia a prevalência da defesa constituída sobre a impetração formulada, bem como que os impetrantes em geral não possuem direito subjetivo inafastável da apreciação de tais temas.

Na minha ótica, tal cuidado deve ser robustecido em casos como o dos autos, que envolve figura pública de projeção nacional, o que, naturalmente, pode ensejar a submissão da matéria ao Poder Judiciário pelas mais diversas razões.

Ademais, no caso concreto, não compreendo cabível o processamento da impetração até que haja oposição da defesa técnica.

A uma, pelo fato de que eventual multiplicação de impetrações de tal jaez exigiria intensa dedicação da defesa com a finalidade de obstar o processamento de remédio processual posto exclusivamente à disposição dos interesses defensivos, prejudicando, em uma perspectiva holística, o exercício do seu encargo.

A duas, pela notória combatividade da defesa técnica a quem cabe, a tempo e modo, a adoção da estratégia defensiva que reputar adequada ao caso.

Assim, diante de tal contexto, salvo manifestação expressa em sentido contrário, considero a presente impetração desautorizada pela defesa técnica.

No mesmo sentido: HC 145751 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em 02/08/2017 e HC 152613, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/02/2018. E ainda:

“Ora, é notório que o largo espectro de legitimidade ativa constitucionalmente atribuído ao writ busca a máxima proteção ao paciente. Pressupõe-se, portanto, o interesse de agir em favor do paciente, de modo que a iniciativa não pode trazer reflexos negativos ou ir de encontro à defesa eventualmente constituída. E, muito menos, abrir campo à atuação de pessoas que, sem o conhecimento do paciente, apenas objetivem notoriedade ou, mesmo munidas de boas intenções, “atropelem” a estratégia defensiva.

(…)No presente caso, militam em favor do paciente causídicos por

ele eleitos, de modo que não se cogita de ausência de constituição de defesa técnica e muito menos de deficiência na atuação dessa defesa. Logo, essa “legitimação universal” ativa, de natureza subsidiária, não tem lugar” (HC 155283, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 23/04/2018, grifei)

“Acresço que o fato de o paciente contar com procurador constituído nos autos da AC 4.039/DF, a que este habeas corpus se refere, em tese, também constitui óbice à impetração, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, forte no art. 192, § 3º, do RISTF: “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente”.

Tenho entendido, em casos análogos, que não há como presumir que a interferência de terceiro se faça no interesse da Defesa e do acusado, pelo menos em sua integralidade. Rigorosamente, em tese, o atropelar de estratégias definidas pode mais atrapalhar do que auxiliar. O mesmo se diga do levantamento de questões acaso inadequadas e do eventual precipitar de decisões desfavoráveis.” (HC 131839, Relator(a): Min. ROSA WEBER, julgado em 30/11/2015, grifei)

4. Não bastasse, o ato apontado não é sindicável pela via eleita, visto que “não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno, contra ato de Ministro ou órgão fracionário da Corte” (HC 86.548/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, maioria, DJe 19.12.2008). Na mesma linha, cito os seguintes precedentes que retratam a compreensão do Tribunal Pleno:

“Esta Corte já firmou jurisprudência no sentido de não caber habeas corpus contra ato de Ministro Relator, de Turma ou do próprio Tribunal Pleno. Precedentes.” (HC 118459 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 171

Tribunal Pleno, julgado em 24/10/2013)“Esta Corte firmou a orientação do não cabimento de habeas corpus

contra ato de Ministro Relator ou contra decisão colegiada de Turma ou do Plenário do próprio Tribunal, independentemente de tal decisão haver sido proferida em sede de habeas corpus ou proferida em sede de recursos em geral (Súmula 606).” (HC 97009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno)

Ainda a esse respeito, colaciono precedente de minha relatoria:“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DIREITO

PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de Ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Agravo regimental desprovido.” (HC 129.802/CE, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, julgado em 18.12.2016, grifei)

Embora tal entendimento, em momento anterior, fosse alvo de discordâncias, após intenso debate, ao enfrentar o HC 105959/DF, o Tribunal, em 17.2.2016, com a participação da integralidade dos então componentes do Plenário, consolidou o descabimento de impetração contra ato de Ministro da própria Corte:

“HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Writ não conhecido. (HC 105959, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2016)

Tal posição vem sendo desde então observada, conforme se depreende dos seguintes julgados:

“A jurisprudência consolidada da Corte atesta o não cabimento de habeas corpus contra ato jurisdicional de Ministro ou órgão fracionário do STF.” (AP 985 QO, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 06/06/2017)

“O habeas corpus é incabível quando impetrado em face de ato dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, de órgão fracionário da Corte ou de seu Pleno.” (HC 131033 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 02/06/2017

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido do não cabimento de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato jurisdicional de ministro ou órgão fracionário da Corte, seja em recurso ou em ação originária de sua competência.” (HC 115787, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 18/05/2017)

5. Em razão da intransponibilidade de tais obstáculos, a impetração não merece conhecimento, sendo manifestamente incabível.

Posto isso, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, não conheço do habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 156.349 (1257)ORIGEM : 156349 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : ANGELA SPESIALI AROEIRACOATOR(A/S)(ES) : SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA contra decisão do Tribunal Pleno exarada no HC 152.752/PR.

Requer-se, preliminarmente, o reconhecimento do impedimento dos Ministros Cármen Lúcia, Dias Tóffoli, Celso de Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

No mérito, postula a concessão da ordem para:“i. declarar NULA a votação informal realizada ao arrepio dos arts.

361 e seguintes do RISTF, que autorizou o voto de qualidade da Ministra Presidente desta Corte, e consequentemente, declarar NULO o voto referida Ministra e reconhecer o empate na votação do HC 152752, aplicando-se, o art. 146, par. único do RISTF para o fim de proclamar a decisão da mais favorável ao paciente;

ii. declarar NULO o voto proferido pela E. Ministra Rosa Weber por ausência de fundamentação, considerando assim, a votação final de 5 votos em favor da concessão da ordem versus 4 votos contrários, situação em que não justificaria o voto de qualidade da Ministra Presidente;

iii. Alternativamente, se mantido o voto da E. Ministra Presidente, seja considerada o empate na votação do HC 152752, aplicando-se o art. 146, par. único, para fim de proclamar a decisão mais favorável ao Paciente.”

É o relatório. Decido.2. De início, aponto que o art. 112 do CPP observa que o

“impedimento poderá ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo

estabelecido para a exceção de suspeição.”O art. 100, §2°, CPP, que trata do processamento da suspeição e, por

força do aludido no art. 112, CPP, é aplicável aos casos de impedimento, preceitua o seguinte:

“Art. 100. (…)§ 2o Se a suspeição for de manifesta improcedência, o juiz ou

relator a rejeitará liminarmente.”Quanto ao caso dos autos, verifico que o art. 277 do Regimento

Interno do Supremo Tribunal Federal prescreve que os “Ministros declarar-se-ão impedidos ou suspeitos nos casos previstos em lei”.

Depreendo ainda que o art. 252, III, CPP, veda que o Juiz atue em processo em que “tiver funcionado como juiz de outra instância”.

Assento que Tribunal Pleno já decidiu que as “hipóteses de impedimento elencadas no art. 252 do Código de Processo Penal constituem um numerus clausus”, bem como que “não é possível, pois, interpretar-se extensivamente os seus incisos” (HC 92893, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 02/10/2008, grifei).

No mesmo sentido, a Corte possui compreensão no sentido da “[i]mpossibilidade de criação pela via da interpretação de causas de impedimento” (HC 97544, Relator(a): Min. EROS GRAU, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 21/09/2010, grifei).

Ausentes as hipóteses taxativamente previstas na ordem jurídica, não há impedimento a ser reconhecido.

Ademais, no caso concreto, cabe observar que a decisão impugnada é imputável ao Tribunal Pleno, e não apenas aos eminentes Ministros que integraram a corrente majoritária. Trata-se, em verdade, de decisão colegiada, e não de mero somatório de decisões unipessoais.

3. Saliento que é fato notório que o impetrante não integra a atuante defesa técnica do paciente.

Não se desconhece que o habeas corpus constitui relevantíssima garantia constitucional voltada à tutela do direito de locomoção e que convive com ampla legitimidade ativa. Nesse particular, em tese, qualquer pessoa pode impetrá-lo em favor de determinado paciente a fim de combater ato que compreende configurador de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Nada obstante, não há como se olvidar da dimensão funcional e teleológica dessa larga legitimação. Com efeito, tal circunstância tem como pano de fundo a otimização da tutela judicial do direito de locomoção, com relevância acentuada nas hipóteses em que o paciente não possui defesa técnica constituída ou ainda que tal mister não seja desempenhado a contento.

Por outro lado, não se admite que essa legitimação universal interfira na conveniência e oportunidade da formalização da impetração, as quais se inserem no contexto da estratégia defensiva, quadrante no qual, por óbvio, deve ser prestigiada a atuação da defesa constituída. Afinal, a legitimação aberta é para prestigiar o direito à liberdade e não para, ainda que tangencialmente, prejudicar o exercício do múnus técnico da defesa.

Em outras palavras, é da defesa técnica a prioritária escolha do “se” e do “quando” no que toca à submissão de determinada matéria ao Estado-Juiz.

A legitimação universal, portanto, tem força subsidiária, com maior enfoque nas hipóteses em que há ausência ou deficiência de defesa. E, no caso concreto, a combatividade da atuação da defesa constituída não se encontra em debate.

Nessa mesma linha, o art. 192, §3°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ao disciplinar o rito dos habeas corpus endereçados a esta Corte, prescreve que “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente.“

A disposição literal, portanto, já evidencia a prevalência da defesa constituída sobre a impetração formulada, bem como que os impetrantes em geral não possuem direito subjetivo inafastável da apreciação de tais temas.

Na minha ótica, tal cuidado deve ser robustecido em casos como o dos autos, que envolve figura pública de projeção nacional, o que, naturalmente, pode ensejar a submissão da matéria ao Poder Judiciário pelas mais diversas razões.

Ademais, no caso concreto, não compreendo cabível o processamento da impetração até que haja oposição da defesa técnica.

A uma, pelo fato de que eventual multiplicação de impetrações de tal jaez exigiria intensa dedicação da defesa com a finalidade de obstar o processamento de remédio processual posto exclusivamente à disposição dos interesses defensivos, prejudicando, em uma perspectiva holística, o exercício do seu encargo.

A duas, pela notória combatividade da defesa técnica a quem cabe, a tempo e modo, a adoção da estratégia defensiva que reputar adequada ao caso.

Assim, diante de tal contexto, salvo manifestação expressa em sentido contrário, considero a presente impetração desautorizada pela defesa técnica.

No mesmo sentido: HC 145751 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em 02/08/2017 e HC 152613, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/02/2018. E ainda:

“Ora, é notório que o largo espectro de legitimidade ativa constitucionalmente atribuído ao writ busca a máxima proteção ao paciente. Pressupõe-se, portanto, o interesse de agir em favor do paciente, de modo

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 172

que a iniciativa não pode trazer reflexos negativos ou ir de encontro à defesa eventualmente constituída. E, muito menos, abrir campo à atuação de pessoas que, sem o conhecimento do paciente, apenas objetivem notoriedade ou, mesmo munidas de boas intenções, “atropelem” a estratégia defensiva.

(…)No presente caso, militam em favor do paciente causídicos por

ele eleitos, de modo que não se cogita de ausência de constituição de defesa técnica e muito menos de deficiência na atuação dessa defesa. Logo, essa “legitimação universal” ativa, de natureza subsidiária, não tem lugar” (HC 155283, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 23/04/2018, grifei)

“Acresço que o fato de o paciente contar com procurador constituído nos autos da AC 4.039/DF, a que este habeas corpus se refere, em tese, também constitui óbice à impetração, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, forte no art. 192, § 3º, do RISTF: “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente”.

Tenho entendido, em casos análogos, que não há como presumir que a interferência de terceiro se faça no interesse da Defesa e do acusado, pelo menos em sua integralidade. Rigorosamente, em tese, o atropelar de estratégias definidas pode mais atrapalhar do que auxiliar. O mesmo se diga do levantamento de questões acaso inadequadas e do eventual precipitar de decisões desfavoráveis.” (HC 131839, Relator(a): Min. ROSA WEBER, julgado em 30/11/2015, grifei)

4. Não bastasse, o ato apontado não é sindicável pela via eleita, visto que “não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno, contra ato de Ministro ou órgão fracionário da Corte” (HC 86.548/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, maioria, DJe 19.12.2008). Na mesma linha, cito os seguintes precedentes que retratam a compreensão do Tribunal Pleno:

“Esta Corte já firmou jurisprudência no sentido de não caber habeas corpus contra ato de Ministro Relator, de Turma ou do próprio Tribunal Pleno. Precedentes.” (HC 118459 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 24/10/2013)

“Esta Corte firmou a orientação do não cabimento de habeas corpus contra ato de Ministro Relator ou contra decisão colegiada de Turma ou do Plenário do próprio Tribunal, independentemente de tal decisão haver sido proferida em sede de habeas corpus ou proferida em sede de recursos em geral (Súmula 606).” (HC 97009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno)

Ainda a esse respeito, colaciono precedente de minha relatoria:“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DIREITO

PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de Ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Agravo regimental desprovido.” (HC 129.802/CE, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, julgado em 18.12.2016, grifei)

Embora tal entendimento, em momento anterior, fosse alvo de discordâncias, após intenso debate, ao enfrentar o HC 105959/DF, o Tribunal, em 17.2.2016, com a participação da integralidade dos então componentes do Plenário, consolidou o descabimento de impetração contra ato de Ministro da própria Corte:

“HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Writ não conhecido. (HC 105959, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2016)

Tal posição vem sendo desde então observada, conforme se depreende dos seguintes julgados:

“A jurisprudência consolidada da Corte atesta o não cabimento de habeas corpus contra ato jurisdicional de Ministro ou órgão fracionário do STF.” (AP 985 QO, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 06/06/2017)

“O habeas corpus é incabível quando impetrado em face de ato dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, de órgão fracionário da Corte ou de seu Pleno.” (HC 131033 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 02/06/2017

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido do não cabimento de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato jurisdicional de ministro ou órgão fracionário da Corte, seja em recurso ou em ação originária de sua competência.” (HC 115787, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 18/05/2017)

5. Em razão da intransponibilidade de tais obstáculos, a impetração não merece conhecimento, sendo manifestamente incabível.

Posto isso, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, não conheço do habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 156.419 (1258)ORIGEM : 156419 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : RAQUEL SPEZIALI AROEIRA MARQUES DOS SANTOSCOATOR(A/S)(ES) : SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA contra decisão do Tribunal Pleno exarada no HC 152.752/PR.

Requer-se, preliminarmente, o reconhecimento do impedimento dos Ministros Cármen Lúcia, Dias Tóffoli, Celso de Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

No mérito, postula a concessão da ordem para:“i. declarar NULA a votação informal realizada ao arrepio dos arts.

361 e seguintes do RISTF, que autorizou o voto de qualidade da Ministra Presidente desta Corte, e consequentemente, declarar NULO o voto referida Ministra e reconhecer o empate na votação do HC 152752, aplicando-se, o art. 146, par. único do RISTF para o fim de proclamar a decisão da mais favorável ao paciente;

ii. declarar NULO o voto proferido pela E. Ministra Rosa Weber por ausência de fundamentação, considerando assim, a votação final de 5 votos em favor da concessão da ordem versus 4 votos contrários, situação em que não justificaria o voto de qualidade da Ministra Presidente;

iii. Alternativamente, se mantido o voto da E. Ministra Presidente, seja considerada o empate na votação do HC 152752, aplicando-se o art. 146, par. único, para fim de proclamar a decisão mais favorável ao Paciente.”

É o relatório. Decido.2. De início, aponto que o art. 112 do CPP observa que o

“impedimento poderá ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.”

O art. 100, §2°, CPP, que trata do processamento da suspeição e, por força do aludido no art. 112, CPP, é aplicável aos casos de impedimento, preceitua o seguinte:

“Art. 100. (…)§ 2o Se a suspeição for de manifesta improcedência, o juiz ou

relator a rejeitará liminarmente.”Quanto ao caso dos autos, verifico que o art. 277 do Regimento

Interno do Supremo Tribunal Federal prescreve que os “Ministros declarar-se-ão impedidos ou suspeitos nos casos previstos em lei”.

Depreendo ainda que o art. 252, III, CPP, veda que o Juiz atue em processo em que “tiver funcionado como juiz de outra instância”.

Assento que Tribunal Pleno já decidiu que as “hipóteses de impedimento elencadas no art. 252 do Código de Processo Penal constituem um numerus clausus”, bem como que “não é possível, pois, interpretar-se extensivamente os seus incisos” (HC 92893, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 02/10/2008, grifei).

No mesmo sentido, a Corte possui compreensão no sentido da “[i]mpossibilidade de criação pela via da interpretação de causas de impedimento” (HC 97544, Relator(a): Min. EROS GRAU, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 21/09/2010, grifei).

Ausentes as hipóteses taxativamente previstas na ordem jurídica, não há impedimento a ser reconhecido.

Ademais, no caso concreto, cabe observar que a decisão impugnada é imputável ao Tribunal Pleno, e não apenas aos eminentes Ministros que integraram a corrente majoritária. Trata-se, em verdade, de decisão colegiada, e não de mero somatório de decisões unipessoais.

3. Saliento que é fato notório que o impetrante não integra a atuante defesa técnica do paciente.

Não se desconhece que o habeas corpus constitui relevantíssima garantia constitucional voltada à tutela do direito de locomoção e que convive com ampla legitimidade ativa. Nesse particular, em tese, qualquer pessoa pode impetrá-lo em favor de determinado paciente a fim de combater ato que compreende configurador de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Nada obstante, não há como se olvidar da dimensão funcional e teleológica dessa larga legitimação. Com efeito, tal circunstância tem como pano de fundo a otimização da tutela judicial do direito de locomoção, com relevância acentuada nas hipóteses em que o paciente não possui defesa técnica constituída ou ainda que tal mister não seja desempenhado a contento.

Por outro lado, não se admite que essa legitimação universal interfira na conveniência e oportunidade da formalização da impetração, as quais se inserem no contexto da estratégia defensiva, quadrante no qual, por óbvio, deve ser prestigiada a atuação da defesa constituída. Afinal, a legitimação aberta é para prestigiar o direito à liberdade e não para, ainda que tangencialmente, prejudicar o exercício do múnus técnico da defesa.

Em outras palavras, é da defesa técnica a prioritária escolha do “se” e do “quando” no que toca à submissão de determinada matéria ao Estado-Juiz.

A legitimação universal, portanto, tem força subsidiária, com maior enfoque nas hipóteses em que há ausência ou deficiência de defesa. E, no caso concreto, a combatividade da atuação da defesa constituída não se

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 173

encontra em debate. Nessa mesma linha, o art. 192, §3°, do Regimento Interno do

Supremo Tribunal Federal, ao disciplinar o rito dos habeas corpus endereçados a esta Corte, prescreve que “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente.“

A disposição literal, portanto, já evidencia a prevalência da defesa constituída sobre a impetração formulada, bem como que os impetrantes em geral não possuem direito subjetivo inafastável da apreciação de tais temas.

Na minha ótica, tal cuidado deve ser robustecido em casos como o dos autos, que envolve figura pública de projeção nacional, o que, naturalmente, pode ensejar a submissão da matéria ao Poder Judiciário pelas mais diversas razões.

Ademais, no caso concreto, não compreendo cabível o processamento da impetração até que haja oposição da defesa técnica.

A uma, pelo fato de que eventual multiplicação de impetrações de tal jaez exigiria intensa dedicação da defesa com a finalidade de obstar o processamento de remédio processual posto exclusivamente à disposição dos interesses defensivos, prejudicando, em uma perspectiva holística, o exercício do seu encargo.

A duas, pela notória combatividade da defesa técnica a quem cabe, a tempo e modo, a adoção da estratégia defensiva que reputar adequada ao caso.

Assim, diante de tal contexto, salvo manifestação expressa em sentido contrário, considero a presente impetração desautorizada pela defesa técnica.

No mesmo sentido: HC 145751 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em 02/08/2017 e HC 152613, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/02/2018. E ainda:

“Ora, é notório que o largo espectro de legitimidade ativa constitucionalmente atribuído ao writ busca a máxima proteção ao paciente. Pressupõe-se, portanto, o interesse de agir em favor do paciente, de modo que a iniciativa não pode trazer reflexos negativos ou ir de encontro à defesa eventualmente constituída. E, muito menos, abrir campo à atuação de pessoas que, sem o conhecimento do paciente, apenas objetivem notoriedade ou, mesmo munidas de boas intenções, “atropelem” a estratégia defensiva.

(…)No presente caso, militam em favor do paciente causídicos por

ele eleitos, de modo que não se cogita de ausência de constituição de defesa técnica e muito menos de deficiência na atuação dessa defesa. Logo, essa “legitimação universal” ativa, de natureza subsidiária, não tem lugar” (HC 155283, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 23/04/2018, grifei)

“Acresço que o fato de o paciente contar com procurador constituído nos autos da AC 4.039/DF, a que este habeas corpus se refere, em tese, também constitui óbice à impetração, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, forte no art. 192, § 3º, do RISTF: “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente”.

Tenho entendido, em casos análogos, que não há como presumir que a interferência de terceiro se faça no interesse da Defesa e do acusado, pelo menos em sua integralidade. Rigorosamente, em tese, o atropelar de estratégias definidas pode mais atrapalhar do que auxiliar. O mesmo se diga do levantamento de questões acaso inadequadas e do eventual precipitar de decisões desfavoráveis.” (HC 131839, Relator(a): Min. ROSA WEBER, julgado em 30/11/2015, grifei)

4. Não bastasse, o ato apontado não é sindicável pela via eleita, visto que “não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno, contra ato de Ministro ou órgão fracionário da Corte” (HC 86.548/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, maioria, DJe 19.12.2008). Na mesma linha, cito os seguintes precedentes que retratam a compreensão do Tribunal Pleno:

“Esta Corte já firmou jurisprudência no sentido de não caber habeas corpus contra ato de Ministro Relator, de Turma ou do próprio Tribunal Pleno. Precedentes.” (HC 118459 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 24/10/2013)

“Esta Corte firmou a orientação do não cabimento de habeas corpus contra ato de Ministro Relator ou contra decisão colegiada de Turma ou do Plenário do próprio Tribunal, independentemente de tal decisão haver sido proferida em sede de habeas corpus ou proferida em sede de recursos em geral (Súmula 606).” (HC 97009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno)

Ainda a esse respeito, colaciono precedente de minha relatoria:“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DIREITO

PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de Ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Agravo regimental desprovido.” (HC 129.802/CE, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, julgado em 18.12.2016, grifei)

Embora tal entendimento, em momento anterior, fosse alvo de discordâncias, após intenso debate, ao enfrentar o HC 105959/DF, o Tribunal, em 17.2.2016, com a participação da integralidade dos então componentes do Plenário, consolidou o descabimento de impetração contra ato de Ministro da própria Corte:

“HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO

TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Writ não conhecido. (HC 105959, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2016)

Tal posição vem sendo desde então observada, conforme se depreende dos seguintes julgados:

“A jurisprudência consolidada da Corte atesta o não cabimento de habeas corpus contra ato jurisdicional de Ministro ou órgão fracionário do STF.” (AP 985 QO, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 06/06/2017)

“O habeas corpus é incabível quando impetrado em face de ato dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, de órgão fracionário da Corte ou de seu Pleno.” (HC 131033 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 02/06/2017

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido do não cabimento de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato jurisdicional de ministro ou órgão fracionário da Corte, seja em recurso ou em ação originária de sua competência.” (HC 115787, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 18/05/2017)

5. Em razão da intransponibilidade de tais obstáculos, a impetração não merece conhecimento, sendo manifestamente incabível.

Posto isso, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, não conheço do habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 156.467 (1259)ORIGEM : 156467 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : ALISSON MACIEL FRANCOIMPTE.(S) : GUILHERME GUISSONE MARTINS (332861/SP) E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO HABEAS CORPUS – DESISTÊNCIA – HOMOLOGAÇÃO. 1. Por meio da petição/STF nº 31465/2018, os impetrantes dizem não

haver mais interesse na sequência deste processo, requerendo a desistência. 2. Ante o quadro, homologo o pedido para que produza os efeitos

legais. 3. Publiquem. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIO Relator

HABEAS CORPUS 156.558 (1260)ORIGEM : 156558 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : VALERIA GIRAO BORGESCOATOR(A/S)(ES) : SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA contra decisão do Tribunal Pleno exarada no HC 152.752/PR.

Requer-se, preliminarmente, o reconhecimento do impedimento dos Ministros Cármen Lúcia, Dias Tóffoli, Celso de Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

No mérito, postula a concessão da ordem para:“i. declarar NULA a votação informal realizada ao arrepio dos arts.

361 e seguintes do RISTF, que autorizou o voto de qualidade da Ministra Presidente desta Corte, e consequentemente, declarar NULO o voto referida Ministra e reconhecer o empate na votação do HC 152752, aplicando-se, o art. 146, par. único do RISTF para o fim de proclamar a decisão da mais favorável ao paciente;

ii. declarar NULO o voto proferido pela E. Ministra Rosa Weber por ausência de fundamentação, considerando assim, a votação final de 5 votos em favor da concessão da ordem versus 4 votos contrários, situação em que não justificaria o voto de qualidade da Ministra Presidente;

iii. Alternativamente, se mantido o voto da E. Ministra Presidente, seja considerada o empate na votação do HC 152752, aplicando-se o art. 146, par. único, para fim de proclamar a decisão mais favorável ao Paciente.”

É o relatório. Decido.2. De início, aponto que o art. 112 do CPP observa que o

“impedimento poderá ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.”

O art. 100, §2°, CPP, que trata do processamento da suspeição e, por

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 174

força do aludido no art. 112, CPP, é aplicável aos casos de impedimento, preceitua o seguinte:

“Art. 100. (…)§ 2o Se a suspeição for de manifesta improcedência, o juiz ou

relator a rejeitará liminarmente.”Quanto ao caso dos autos, verifico que o art. 277 do Regimento

Interno do Supremo Tribunal Federal prescreve que os “Ministros declarar-se-ão impedidos ou suspeitos nos casos previstos em lei”.

Depreendo ainda que o art. 252, III, CPP, veda que o Juiz atue em processo em que “tiver funcionado como juiz de outra instância”.

Assento que Tribunal Pleno já decidiu que as “hipóteses de impedimento elencadas no art. 252 do Código de Processo Penal constituem um numerus clausus”, bem como que “não é possível, pois, interpretar-se extensivamente os seus incisos” (HC 92893, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 02/10/2008, grifei).

No mesmo sentido, a Corte possui compreensão no sentido da “[i]mpossibilidade de criação pela via da interpretação de causas de impedimento” (HC 97544, Relator(a): Min. EROS GRAU, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 21/09/2010, grifei).

Ausentes as hipóteses taxativamente previstas na ordem jurídica, não há impedimento a ser reconhecido.

Ademais, no caso concreto, cabe observar que a decisão impugnada é imputável ao Tribunal Pleno, e não apenas aos eminentes Ministros que integraram a corrente majoritária. Trata-se, em verdade, de decisão colegiada, e não de mero somatório de decisões unipessoais.

3. Saliento que é fato notório que o impetrante não integra a atuante defesa técnica do paciente.

Não se desconhece que o habeas corpus constitui relevantíssima garantia constitucional voltada à tutela do direito de locomoção e que convive com ampla legitimidade ativa. Nesse particular, em tese, qualquer pessoa pode impetrá-lo em favor de determinado paciente a fim de combater ato que compreende configurador de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Nada obstante, não há como se olvidar da dimensão funcional e teleológica dessa larga legitimação. Com efeito, tal circunstância tem como pano de fundo a otimização da tutela judicial do direito de locomoção, com relevância acentuada nas hipóteses em que o paciente não possui defesa técnica constituída ou ainda que tal mister não seja desempenhado a contento.

Por outro lado, não se admite que essa legitimação universal interfira na conveniência e oportunidade da formalização da impetração, as quais se inserem no contexto da estratégia defensiva, quadrante no qual, por óbvio, deve ser prestigiada a atuação da defesa constituída. Afinal, a legitimação aberta é para prestigiar o direito à liberdade e não para, ainda que tangencialmente, prejudicar o exercício do múnus técnico da defesa.

Em outras palavras, é da defesa técnica a prioritária escolha do “se” e do “quando” no que toca à submissão de determinada matéria ao Estado-Juiz.

A legitimação universal, portanto, tem força subsidiária, com maior enfoque nas hipóteses em que há ausência ou deficiência de defesa. E, no caso concreto, a combatividade da atuação da defesa constituída não se encontra em debate.

Nessa mesma linha, o art. 192, §3°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ao disciplinar o rito dos habeas corpus endereçados a esta Corte, prescreve que “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente.“

A disposição literal, portanto, já evidencia a prevalência da defesa constituída sobre a impetração formulada, bem como que os impetrantes em geral não possuem direito subjetivo inafastável da apreciação de tais temas.

Na minha ótica, tal cuidado deve ser robustecido em casos como o dos autos, que envolve figura pública de projeção nacional, o que, naturalmente, pode ensejar a submissão da matéria ao Poder Judiciário pelas mais diversas razões.

Ademais, no caso concreto, não compreendo cabível o processamento da impetração até que haja oposição da defesa técnica.

A uma, pelo fato de que eventual multiplicação de impetrações de tal jaez exigiria intensa dedicação da defesa com a finalidade de obstar o processamento de remédio processual posto exclusivamente à disposição dos interesses defensivos, prejudicando, em uma perspectiva holística, o exercício do seu encargo.

A duas, pela notória combatividade da defesa técnica a quem cabe, a tempo e modo, a adoção da estratégia defensiva que reputar adequada ao caso.

Assim, diante de tal contexto, salvo manifestação expressa em sentido contrário, considero a presente impetração desautorizada pela defesa técnica.

No mesmo sentido: HC 145751 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em 02/08/2017 e HC 152613, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/02/2018. E ainda:

“Ora, é notório que o largo espectro de legitimidade ativa constitucionalmente atribuído ao writ busca a máxima proteção ao paciente. Pressupõe-se, portanto, o interesse de agir em favor do paciente, de modo que a iniciativa não pode trazer reflexos negativos ou ir de encontro à defesa eventualmente constituída. E, muito menos, abrir campo à atuação de

pessoas que, sem o conhecimento do paciente, apenas objetivem notoriedade ou, mesmo munidas de boas intenções, “atropelem” a estratégia defensiva.

(…)No presente caso, militam em favor do paciente causídicos por

ele eleitos, de modo que não se cogita de ausência de constituição de defesa técnica e muito menos de deficiência na atuação dessa defesa. Logo, essa “legitimação universal” ativa, de natureza subsidiária, não tem lugar” (HC 155283, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 23/04/2018, grifei)

“Acresço que o fato de o paciente contar com procurador constituído nos autos da AC 4.039/DF, a que este habeas corpus se refere, em tese, também constitui óbice à impetração, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, forte no art. 192, § 3º, do RISTF: “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente”.

Tenho entendido, em casos análogos, que não há como presumir que a interferência de terceiro se faça no interesse da Defesa e do acusado, pelo menos em sua integralidade. Rigorosamente, em tese, o atropelar de estratégias definidas pode mais atrapalhar do que auxiliar. O mesmo se diga do levantamento de questões acaso inadequadas e do eventual precipitar de decisões desfavoráveis.” (HC 131839, Relator(a): Min. ROSA WEBER, julgado em 30/11/2015, grifei)

4. Não bastasse, o ato apontado não é sindicável pela via eleita, visto que “não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno, contra ato de Ministro ou órgão fracionário da Corte” (HC 86.548/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, maioria, DJe 19.12.2008). Na mesma linha, cito os seguintes precedentes que retratam a compreensão do Tribunal Pleno:

“Esta Corte já firmou jurisprudência no sentido de não caber habeas corpus contra ato de Ministro Relator, de Turma ou do próprio Tribunal Pleno. Precedentes.” (HC 118459 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 24/10/2013)

“Esta Corte firmou a orientação do não cabimento de habeas corpus contra ato de Ministro Relator ou contra decisão colegiada de Turma ou do Plenário do próprio Tribunal, independentemente de tal decisão haver sido proferida em sede de habeas corpus ou proferida em sede de recursos em geral (Súmula 606).” (HC 97009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno)

Ainda a esse respeito, colaciono precedente de minha relatoria:“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DIREITO

PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de Ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Agravo regimental desprovido.” (HC 129.802/CE, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, julgado em 18.12.2016, grifei)

Embora tal entendimento, em momento anterior, fosse alvo de discordâncias, após intenso debate, ao enfrentar o HC 105959/DF, o Tribunal, em 17.2.2016, com a participação da integralidade dos então componentes do Plenário, consolidou o descabimento de impetração contra ato de Ministro da própria Corte:

“HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Writ não conhecido. (HC 105959, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2016)

Tal posição vem sendo desde então observada, conforme se depreende dos seguintes julgados:

“A jurisprudência consolidada da Corte atesta o não cabimento de habeas corpus contra ato jurisdicional de Ministro ou órgão fracionário do STF.” (AP 985 QO, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 06/06/2017)

“O habeas corpus é incabível quando impetrado em face de ato dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, de órgão fracionário da Corte ou de seu Pleno.” (HC 131033 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 02/06/2017

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido do não cabimento de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato jurisdicional de ministro ou órgão fracionário da Corte, seja em recurso ou em ação originária de sua competência.” (HC 115787, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 18/05/2017)

5. Em razão da intransponibilidade de tais obstáculos, a impetração não merece conhecimento, sendo manifestamente incabível.

Posto isso, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, não conheço do habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 156.559 (1261)ORIGEM : 156559 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 175

PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : RICARDO DE SOUSA RAMOSCOATOR(A/S)(ES) : SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA contra decisão do Tribunal Pleno exarada no HC 152.752/PR.

Requer-se, preliminarmente, o reconhecimento do impedimento dos Ministros Cármen Lúcia, Dias Tóffoli, Celso de Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

No mérito, postula a concessão da ordem para:“i. declarar NULA a votação informal realizada ao arrepio dos arts.

361 e seguintes do RISTF, que autorizou o voto de qualidade da Ministra Presidente desta Corte, e consequentemente, declarar NULO o voto referida Ministra e reconhecer o empate na votação do HC 152752, aplicando-se, o art. 146, par. único do RISTF para o fim de proclamar a decisão da mais favorável ao paciente;

ii. declarar NULO o voto proferido pela E. Ministra Rosa Weber por ausência de fundamentação, considerando assim, a votação final de 5 votos em favor da concessão da ordem versus 4 votos contrários, situação em que não justificaria o voto de qualidade da Ministra Presidente;

iii. Alternativamente, se mantido o voto da E. Ministra Presidente, seja considerada o empate na votação do HC 152752, aplicando-se o art. 146, par. único, para fim de proclamar a decisão mais favorável ao Paciente.”

É o relatório. Decido.2. De início, aponto que o art. 112 do CPP observa que o

“impedimento poderá ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.”

O art. 100, §2°, CPP, que trata do processamento da suspeição e, por força do aludido no art. 112, CPP, é aplicável aos casos de impedimento, preceitua o seguinte:

“Art. 100. (…)§ 2o Se a suspeição for de manifesta improcedência, o juiz ou

relator a rejeitará liminarmente.”Quanto ao caso dos autos, verifico que o art. 277 do Regimento

Interno do Supremo Tribunal Federal prescreve que os “Ministros declarar-se-ão impedidos ou suspeitos nos casos previstos em lei”.

Depreendo ainda que o art. 252, III, CPP, veda que o Juiz atue em processo em que “tiver funcionado como juiz de outra instância”.

Assento que Tribunal Pleno já decidiu que as “hipóteses de impedimento elencadas no art. 252 do Código de Processo Penal constituem um numerus clausus”, bem como que “não é possível, pois, interpretar-se extensivamente os seus incisos” (HC 92893, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 02/10/2008, grifei).

No mesmo sentido, a Corte possui compreensão no sentido da “[i]mpossibilidade de criação pela via da interpretação de causas de impedimento” (HC 97544, Relator(a): Min. EROS GRAU, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 21/09/2010, grifei).

Ausentes as hipóteses taxativamente previstas na ordem jurídica, não há impedimento a ser reconhecido.

Ademais, no caso concreto, cabe observar que a decisão impugnada é imputável ao Tribunal Pleno, e não apenas aos eminentes Ministros que integraram a corrente majoritária. Trata-se, em verdade, de decisão colegiada, e não de mero somatório de decisões unipessoais.

3. Saliento que é fato notório que o impetrante não integra a atuante defesa técnica do paciente.

Não se desconhece que o habeas corpus constitui relevantíssima garantia constitucional voltada à tutela do direito de locomoção e que convive com ampla legitimidade ativa. Nesse particular, em tese, qualquer pessoa pode impetrá-lo em favor de determinado paciente a fim de combater ato que compreende configurador de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Nada obstante, não há como se olvidar da dimensão funcional e teleológica dessa larga legitimação. Com efeito, tal circunstância tem como pano de fundo a otimização da tutela judicial do direito de locomoção, com relevância acentuada nas hipóteses em que o paciente não possui defesa técnica constituída ou ainda que tal mister não seja desempenhado a contento.

Por outro lado, não se admite que essa legitimação universal interfira na conveniência e oportunidade da formalização da impetração, as quais se inserem no contexto da estratégia defensiva, quadrante no qual, por óbvio, deve ser prestigiada a atuação da defesa constituída. Afinal, a legitimação aberta é para prestigiar o direito à liberdade e não para, ainda que tangencialmente, prejudicar o exercício do múnus técnico da defesa.

Em outras palavras, é da defesa técnica a prioritária escolha do “se” e do “quando” no que toca à submissão de determinada matéria ao Estado-Juiz.

A legitimação universal, portanto, tem força subsidiária, com maior enfoque nas hipóteses em que há ausência ou deficiência de defesa. E, no caso concreto, a combatividade da atuação da defesa constituída não se encontra em debate.

Nessa mesma linha, o art. 192, §3°, do Regimento Interno do

Supremo Tribunal Federal, ao disciplinar o rito dos habeas corpus endereçados a esta Corte, prescreve que “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente.“

A disposição literal, portanto, já evidencia a prevalência da defesa constituída sobre a impetração formulada, bem como que os impetrantes em geral não possuem direito subjetivo inafastável da apreciação de tais temas.

Na minha ótica, tal cuidado deve ser robustecido em casos como o dos autos, que envolve figura pública de projeção nacional, o que, naturalmente, pode ensejar a submissão da matéria ao Poder Judiciário pelas mais diversas razões.

Ademais, no caso concreto, não compreendo cabível o processamento da impetração até que haja oposição da defesa técnica.

A uma, pelo fato de que eventual multiplicação de impetrações de tal jaez exigiria intensa dedicação da defesa com a finalidade de obstar o processamento de remédio processual posto exclusivamente à disposição dos interesses defensivos, prejudicando, em uma perspectiva holística, o exercício do seu encargo.

A duas, pela notória combatividade da defesa técnica a quem cabe, a tempo e modo, a adoção da estratégia defensiva que reputar adequada ao caso.

Assim, diante de tal contexto, salvo manifestação expressa em sentido contrário, considero a presente impetração desautorizada pela defesa técnica.

No mesmo sentido: HC 145751 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em 02/08/2017 e HC 152613, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/02/2018. E ainda:

“Ora, é notório que o largo espectro de legitimidade ativa constitucionalmente atribuído ao writ busca a máxima proteção ao paciente. Pressupõe-se, portanto, o interesse de agir em favor do paciente, de modo que a iniciativa não pode trazer reflexos negativos ou ir de encontro à defesa eventualmente constituída. E, muito menos, abrir campo à atuação de pessoas que, sem o conhecimento do paciente, apenas objetivem notoriedade ou, mesmo munidas de boas intenções, “atropelem” a estratégia defensiva.

(…)No presente caso, militam em favor do paciente causídicos por

ele eleitos, de modo que não se cogita de ausência de constituição de defesa técnica e muito menos de deficiência na atuação dessa defesa. Logo, essa “legitimação universal” ativa, de natureza subsidiária, não tem lugar” (HC 155283, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 23/04/2018, grifei)

“Acresço que o fato de o paciente contar com procurador constituído nos autos da AC 4.039/DF, a que este habeas corpus se refere, em tese, também constitui óbice à impetração, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, forte no art. 192, § 3º, do RISTF: “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente”.

Tenho entendido, em casos análogos, que não há como presumir que a interferência de terceiro se faça no interesse da Defesa e do acusado, pelo menos em sua integralidade. Rigorosamente, em tese, o atropelar de estratégias definidas pode mais atrapalhar do que auxiliar. O mesmo se diga do levantamento de questões acaso inadequadas e do eventual precipitar de decisões desfavoráveis.” (HC 131839, Relator(a): Min. ROSA WEBER, julgado em 30/11/2015, grifei)

4. Não bastasse, o ato apontado não é sindicável pela via eleita, visto que “não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno, contra ato de Ministro ou órgão fracionário da Corte” (HC 86.548/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, maioria, DJe 19.12.2008). Na mesma linha, cito os seguintes precedentes que retratam a compreensão do Tribunal Pleno:

“Esta Corte já firmou jurisprudência no sentido de não caber habeas corpus contra ato de Ministro Relator, de Turma ou do próprio Tribunal Pleno. Precedentes.” (HC 118459 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 24/10/2013)

“Esta Corte firmou a orientação do não cabimento de habeas corpus contra ato de Ministro Relator ou contra decisão colegiada de Turma ou do Plenário do próprio Tribunal, independentemente de tal decisão haver sido proferida em sede de habeas corpus ou proferida em sede de recursos em geral (Súmula 606).” (HC 97009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno)

Ainda a esse respeito, colaciono precedente de minha relatoria:“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DIREITO

PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de Ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Agravo regimental desprovido.” (HC 129.802/CE, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, julgado em 18.12.2016, grifei)

Embora tal entendimento, em momento anterior, fosse alvo de discordâncias, após intenso debate, ao enfrentar o HC 105959/DF, o Tribunal, em 17.2.2016, com a participação da integralidade dos então componentes do Plenário, consolidou o descabimento de impetração contra ato de Ministro da própria Corte:

“HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 176

ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Writ não conhecido. (HC 105959, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2016)

Tal posição vem sendo desde então observada, conforme se depreende dos seguintes julgados:

“A jurisprudência consolidada da Corte atesta o não cabimento de habeas corpus contra ato jurisdicional de Ministro ou órgão fracionário do STF.” (AP 985 QO, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 06/06/2017)

“O habeas corpus é incabível quando impetrado em face de ato dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, de órgão fracionário da Corte ou de seu Pleno.” (HC 131033 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 02/06/2017

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido do não cabimento de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato jurisdicional de ministro ou órgão fracionário da Corte, seja em recurso ou em ação originária de sua competência.” (HC 115787, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 18/05/2017)

5. Em razão da intransponibilidade de tais obstáculos, a impetração não merece conhecimento, sendo manifestamente incabível.

Posto isso, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, não conheço do habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 156.560 (1262)ORIGEM : 156560 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : NIOBE MARIA RODRIGUES DA CUNHACOATOR(A/S)(ES) : SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA contra decisão do Tribunal Pleno exarada no HC 152.752/PR.

Requer-se, preliminarmente, o reconhecimento do impedimento dos Ministros Cármen Lúcia, Dias Tóffoli, Celso de Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

No mérito, postula a concessão da ordem para:“i. declarar NULA a votação informal realizada ao arrepio dos arts.

361 e seguintes do RISTF, que autorizou o voto de qualidade da Ministra Presidente desta Corte, e consequentemente, declarar NULO o voto referida Ministra e reconhecer o empate na votação do HC 152752, aplicando-se, o art. 146, par. único do RISTF para o fim de proclamar a decisão da mais favorável ao paciente;

ii. declarar NULO o voto proferido pela E. Ministra Rosa Weber por ausência de fundamentação, considerando assim, a votação final de 5 votos em favor da concessão da ordem versus 4 votos contrários, situação em que não justificaria o voto de qualidade da Ministra Presidente;

iii. Alternativamente, se mantido o voto da E. Ministra Presidente, seja considerada o empate na votação do HC 152752, aplicando-se o art. 146, par. único, para fim de proclamar a decisão mais favorável ao Paciente.”

É o relatório. Decido.2. De início, aponto que o art. 112 do CPP observa que o

“impedimento poderá ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.”

O art. 100, §2°, CPP, que trata do processamento da suspeição e, por força do aludido no art. 112, CPP, é aplicável aos casos de impedimento, preceitua o seguinte:

“Art. 100. (…)§ 2o Se a suspeição for de manifesta improcedência, o juiz ou

relator a rejeitará liminarmente.”Quanto ao caso dos autos, verifico que o art. 277 do Regimento

Interno do Supremo Tribunal Federal prescreve que os “Ministros declarar-se-ão impedidos ou suspeitos nos casos previstos em lei”.

Depreendo ainda que o art. 252, III, CPP, veda que o Juiz atue em processo em que “tiver funcionado como juiz de outra instância”.

Assento que Tribunal Pleno já decidiu que as “hipóteses de impedimento elencadas no art. 252 do Código de Processo Penal constituem um numerus clausus”, bem como que “não é possível, pois, interpretar-se extensivamente os seus incisos” (HC 92893, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 02/10/2008, grifei).

No mesmo sentido, a Corte possui compreensão no sentido da “[i]mpossibilidade de criação pela via da interpretação de causas de impedimento” (HC 97544, Relator(a): Min. EROS GRAU, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 21/09/2010, grifei).

Ausentes as hipóteses taxativamente previstas na ordem jurídica, não há impedimento a ser reconhecido.

Ademais, no caso concreto, cabe observar que a decisão impugnada é imputável ao Tribunal Pleno, e não apenas aos eminentes Ministros que integraram a corrente majoritária. Trata-se, em verdade, de decisão colegiada, e não de mero somatório de decisões unipessoais.

3. Saliento que é fato notório que o impetrante não integra a atuante defesa técnica do paciente.

Não se desconhece que o habeas corpus constitui relevantíssima garantia constitucional voltada à tutela do direito de locomoção e que convive com ampla legitimidade ativa. Nesse particular, em tese, qualquer pessoa pode impetrá-lo em favor de determinado paciente a fim de combater ato que compreende configurador de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Nada obstante, não há como se olvidar da dimensão funcional e teleológica dessa larga legitimação. Com efeito, tal circunstância tem como pano de fundo a otimização da tutela judicial do direito de locomoção, com relevância acentuada nas hipóteses em que o paciente não possui defesa técnica constituída ou ainda que tal mister não seja desempenhado a contento.

Por outro lado, não se admite que essa legitimação universal interfira na conveniência e oportunidade da formalização da impetração, as quais se inserem no contexto da estratégia defensiva, quadrante no qual, por óbvio, deve ser prestigiada a atuação da defesa constituída. Afinal, a legitimação aberta é para prestigiar o direito à liberdade e não para, ainda que tangencialmente, prejudicar o exercício do múnus técnico da defesa.

Em outras palavras, é da defesa técnica a prioritária escolha do “se” e do “quando” no que toca à submissão de determinada matéria ao Estado-Juiz.

A legitimação universal, portanto, tem força subsidiária, com maior enfoque nas hipóteses em que há ausência ou deficiência de defesa. E, no caso concreto, a combatividade da atuação da defesa constituída não se encontra em debate.

Nessa mesma linha, o art. 192, §3°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ao disciplinar o rito dos habeas corpus endereçados a esta Corte, prescreve que “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente.“

A disposição literal, portanto, já evidencia a prevalência da defesa constituída sobre a impetração formulada, bem como que os impetrantes em geral não possuem direito subjetivo inafastável da apreciação de tais temas.

Na minha ótica, tal cuidado deve ser robustecido em casos como o dos autos, que envolve figura pública de projeção nacional, o que, naturalmente, pode ensejar a submissão da matéria ao Poder Judiciário pelas mais diversas razões.

Ademais, no caso concreto, não compreendo cabível o processamento da impetração até que haja oposição da defesa técnica.

A uma, pelo fato de que eventual multiplicação de impetrações de tal jaez exigiria intensa dedicação da defesa com a finalidade de obstar o processamento de remédio processual posto exclusivamente à disposição dos interesses defensivos, prejudicando, em uma perspectiva holística, o exercício do seu encargo.

A duas, pela notória combatividade da defesa técnica a quem cabe, a tempo e modo, a adoção da estratégia defensiva que reputar adequada ao caso.

Assim, diante de tal contexto, salvo manifestação expressa em sentido contrário, considero a presente impetração desautorizada pela defesa técnica.

No mesmo sentido: HC 145751 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em 02/08/2017 e HC 152613, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/02/2018. E ainda:

“Ora, é notório que o largo espectro de legitimidade ativa constitucionalmente atribuído ao writ busca a máxima proteção ao paciente. Pressupõe-se, portanto, o interesse de agir em favor do paciente, de modo que a iniciativa não pode trazer reflexos negativos ou ir de encontro à defesa eventualmente constituída. E, muito menos, abrir campo à atuação de pessoas que, sem o conhecimento do paciente, apenas objetivem notoriedade ou, mesmo munidas de boas intenções, “atropelem” a estratégia defensiva.

(…)No presente caso, militam em favor do paciente causídicos por

ele eleitos, de modo que não se cogita de ausência de constituição de defesa técnica e muito menos de deficiência na atuação dessa defesa. Logo, essa “legitimação universal” ativa, de natureza subsidiária, não tem lugar” (HC 155283, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 23/04/2018, grifei)

“Acresço que o fato de o paciente contar com procurador constituído nos autos da AC 4.039/DF, a que este habeas corpus se refere, em tese, também constitui óbice à impetração, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, forte no art. 192, § 3º, do RISTF: “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente”.

Tenho entendido, em casos análogos, que não há como presumir que a interferência de terceiro se faça no interesse da Defesa e do acusado, pelo menos em sua integralidade. Rigorosamente, em tese, o atropelar de estratégias definidas pode mais atrapalhar do que auxiliar. O mesmo se diga do levantamento de questões acaso inadequadas e do eventual precipitar de decisões desfavoráveis.” (HC 131839, Relator(a): Min. ROSA WEBER, julgado em 30/11/2015, grifei)

4. Não bastasse, o ato apontado não é sindicável pela via eleita, visto

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 177

que “não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno, contra ato de Ministro ou órgão fracionário da Corte” (HC 86.548/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, maioria, DJe 19.12.2008). Na mesma linha, cito os seguintes precedentes que retratam a compreensão do Tribunal Pleno:

“Esta Corte já firmou jurisprudência no sentido de não caber habeas corpus contra ato de Ministro Relator, de Turma ou do próprio Tribunal Pleno. Precedentes.” (HC 118459 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 24/10/2013)

“Esta Corte firmou a orientação do não cabimento de habeas corpus contra ato de Ministro Relator ou contra decisão colegiada de Turma ou do Plenário do próprio Tribunal, independentemente de tal decisão haver sido proferida em sede de habeas corpus ou proferida em sede de recursos em geral (Súmula 606).” (HC 97009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno)

Ainda a esse respeito, colaciono precedente de minha relatoria:“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DIREITO

PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de Ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Agravo regimental desprovido.” (HC 129.802/CE, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, julgado em 18.12.2016, grifei)

Embora tal entendimento, em momento anterior, fosse alvo de discordâncias, após intenso debate, ao enfrentar o HC 105959/DF, o Tribunal, em 17.2.2016, com a participação da integralidade dos então componentes do Plenário, consolidou o descabimento de impetração contra ato de Ministro da própria Corte:

“HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Writ não conhecido. (HC 105959, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2016)

Tal posição vem sendo desde então observada, conforme se depreende dos seguintes julgados:

“A jurisprudência consolidada da Corte atesta o não cabimento de habeas corpus contra ato jurisdicional de Ministro ou órgão fracionário do STF.” (AP 985 QO, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 06/06/2017)

“O habeas corpus é incabível quando impetrado em face de ato dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, de órgão fracionário da Corte ou de seu Pleno.” (HC 131033 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 02/06/2017

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido do não cabimento de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato jurisdicional de ministro ou órgão fracionário da Corte, seja em recurso ou em ação originária de sua competência.” (HC 115787, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 18/05/2017)

5. Em razão da intransponibilidade de tais obstáculos, a impetração não merece conhecimento, sendo manifestamente incabível.

Posto isso, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, não conheço do habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 156.561 (1263)ORIGEM : 156561 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : MARINES DALLEDONE RIBEIROCOATOR(A/S)(ES) : SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA contra decisão do Tribunal Pleno exarada no HC 152.752/PR.

Requer-se, preliminarmente, o reconhecimento do impedimento dos Ministros Cármen Lúcia, Dias Tóffoli, Celso de Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

No mérito, postula a concessão da ordem para:“i. declarar NULA a votação informal realizada ao arrepio dos arts.

361 e seguintes do RISTF, que autorizou o voto de qualidade da Ministra Presidente desta Corte, e consequentemente, declarar NULO o voto referida Ministra e reconhecer o empate na votação do HC 152752, aplicando-se, o art. 146, par. único do RISTF para o fim de proclamar a decisão da mais favorável ao paciente;

ii. declarar NULO o voto proferido pela E. Ministra Rosa Weber por ausência de fundamentação, considerando assim, a votação final de 5 votos em favor da concessão da ordem versus 4 votos contrários, situação em que

não justificaria o voto de qualidade da Ministra Presidente;iii. Alternativamente, se mantido o voto da E. Ministra Presidente, seja

considerada o empate na votação do HC 152752, aplicando-se o art. 146, par. único, para fim de proclamar a decisão mais favorável ao Paciente.”

É o relatório. Decido.2. De início, aponto que o art. 112 do CPP observa que o

“impedimento poderá ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.”

O art. 100, §2°, CPP, que trata do processamento da suspeição e, por força do aludido no art. 112, CPP, é aplicável aos casos de impedimento, preceitua o seguinte:

“Art. 100. (…)§ 2o Se a suspeição for de manifesta improcedência, o juiz ou

relator a rejeitará liminarmente.”Quanto ao caso dos autos, verifico que o art. 277 do Regimento

Interno do Supremo Tribunal Federal prescreve que os “Ministros declarar-se-ão impedidos ou suspeitos nos casos previstos em lei”.

Depreendo ainda que o art. 252, III, CPP, veda que o Juiz atue em processo em que “tiver funcionado como juiz de outra instância”.

Assento que Tribunal Pleno já decidiu que as “hipóteses de impedimento elencadas no art. 252 do Código de Processo Penal constituem um numerus clausus”, bem como que “não é possível, pois, interpretar-se extensivamente os seus incisos” (HC 92893, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 02/10/2008, grifei).

No mesmo sentido, a Corte possui compreensão no sentido da “[i]mpossibilidade de criação pela via da interpretação de causas de impedimento” (HC 97544, Relator(a): Min. EROS GRAU, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 21/09/2010, grifei).

Ausentes as hipóteses taxativamente previstas na ordem jurídica, não há impedimento a ser reconhecido.

Ademais, no caso concreto, cabe observar que a decisão impugnada é imputável ao Tribunal Pleno, e não apenas aos eminentes Ministros que integraram a corrente majoritária. Trata-se, em verdade, de decisão colegiada, e não de mero somatório de decisões unipessoais.

3. Saliento que é fato notório que o impetrante não integra a atuante defesa técnica do paciente.

Não se desconhece que o habeas corpus constitui relevantíssima garantia constitucional voltada à tutela do direito de locomoção e que convive com ampla legitimidade ativa. Nesse particular, em tese, qualquer pessoa pode impetrá-lo em favor de determinado paciente a fim de combater ato que compreende configurador de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Nada obstante, não há como se olvidar da dimensão funcional e teleológica dessa larga legitimação. Com efeito, tal circunstância tem como pano de fundo a otimização da tutela judicial do direito de locomoção, com relevância acentuada nas hipóteses em que o paciente não possui defesa técnica constituída ou ainda que tal mister não seja desempenhado a contento.

Por outro lado, não se admite que essa legitimação universal interfira na conveniência e oportunidade da formalização da impetração, as quais se inserem no contexto da estratégia defensiva, quadrante no qual, por óbvio, deve ser prestigiada a atuação da defesa constituída. Afinal, a legitimação aberta é para prestigiar o direito à liberdade e não para, ainda que tangencialmente, prejudicar o exercício do múnus técnico da defesa.

Em outras palavras, é da defesa técnica a prioritária escolha do “se” e do “quando” no que toca à submissão de determinada matéria ao Estado-Juiz.

A legitimação universal, portanto, tem força subsidiária, com maior enfoque nas hipóteses em que há ausência ou deficiência de defesa. E, no caso concreto, a combatividade da atuação da defesa constituída não se encontra em debate.

Nessa mesma linha, o art. 192, §3°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ao disciplinar o rito dos habeas corpus endereçados a esta Corte, prescreve que “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente.“

A disposição literal, portanto, já evidencia a prevalência da defesa constituída sobre a impetração formulada, bem como que os impetrantes em geral não possuem direito subjetivo inafastável da apreciação de tais temas.

Na minha ótica, tal cuidado deve ser robustecido em casos como o dos autos, que envolve figura pública de projeção nacional, o que, naturalmente, pode ensejar a submissão da matéria ao Poder Judiciário pelas mais diversas razões.

Ademais, no caso concreto, não compreendo cabível o processamento da impetração até que haja oposição da defesa técnica.

A uma, pelo fato de que eventual multiplicação de impetrações de tal jaez exigiria intensa dedicação da defesa com a finalidade de obstar o processamento de remédio processual posto exclusivamente à disposição dos interesses defensivos, prejudicando, em uma perspectiva holística, o exercício do seu encargo.

A duas, pela notória combatividade da defesa técnica a quem cabe, a tempo e modo, a adoção da estratégia defensiva que reputar adequada ao caso.

Assim, diante de tal contexto, salvo manifestação expressa em sentido contrário, considero a presente impetração desautorizada pela defesa

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 178

técnica. No mesmo sentido: HC 145751 MC, Relator(a): Min. CELSO DE

MELLO, julgado em 02/08/2017 e HC 152613, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/02/2018. E ainda:

“Ora, é notório que o largo espectro de legitimidade ativa constitucionalmente atribuído ao writ busca a máxima proteção ao paciente. Pressupõe-se, portanto, o interesse de agir em favor do paciente, de modo que a iniciativa não pode trazer reflexos negativos ou ir de encontro à defesa eventualmente constituída. E, muito menos, abrir campo à atuação de pessoas que, sem o conhecimento do paciente, apenas objetivem notoriedade ou, mesmo munidas de boas intenções, “atropelem” a estratégia defensiva.

(…)No presente caso, militam em favor do paciente causídicos por

ele eleitos, de modo que não se cogita de ausência de constituição de defesa técnica e muito menos de deficiência na atuação dessa defesa. Logo, essa “legitimação universal” ativa, de natureza subsidiária, não tem lugar” (HC 155283, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 23/04/2018, grifei)

“Acresço que o fato de o paciente contar com procurador constituído nos autos da AC 4.039/DF, a que este habeas corpus se refere, em tese, também constitui óbice à impetração, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, forte no art. 192, § 3º, do RISTF: “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente”.

Tenho entendido, em casos análogos, que não há como presumir que a interferência de terceiro se faça no interesse da Defesa e do acusado, pelo menos em sua integralidade. Rigorosamente, em tese, o atropelar de estratégias definidas pode mais atrapalhar do que auxiliar. O mesmo se diga do levantamento de questões acaso inadequadas e do eventual precipitar de decisões desfavoráveis.” (HC 131839, Relator(a): Min. ROSA WEBER, julgado em 30/11/2015, grifei)

4. Não bastasse, o ato apontado não é sindicável pela via eleita, visto que “não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno, contra ato de Ministro ou órgão fracionário da Corte” (HC 86.548/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, maioria, DJe 19.12.2008). Na mesma linha, cito os seguintes precedentes que retratam a compreensão do Tribunal Pleno:

“Esta Corte já firmou jurisprudência no sentido de não caber habeas corpus contra ato de Ministro Relator, de Turma ou do próprio Tribunal Pleno. Precedentes.” (HC 118459 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 24/10/2013)

“Esta Corte firmou a orientação do não cabimento de habeas corpus contra ato de Ministro Relator ou contra decisão colegiada de Turma ou do Plenário do próprio Tribunal, independentemente de tal decisão haver sido proferida em sede de habeas corpus ou proferida em sede de recursos em geral (Súmula 606).” (HC 97009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno)

Ainda a esse respeito, colaciono precedente de minha relatoria:“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DIREITO

PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de Ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Agravo regimental desprovido.” (HC 129.802/CE, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, julgado em 18.12.2016, grifei)

Embora tal entendimento, em momento anterior, fosse alvo de discordâncias, após intenso debate, ao enfrentar o HC 105959/DF, o Tribunal, em 17.2.2016, com a participação da integralidade dos então componentes do Plenário, consolidou o descabimento de impetração contra ato de Ministro da própria Corte:

“HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Writ não conhecido. (HC 105959, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2016)

Tal posição vem sendo desde então observada, conforme se depreende dos seguintes julgados:

“A jurisprudência consolidada da Corte atesta o não cabimento de habeas corpus contra ato jurisdicional de Ministro ou órgão fracionário do STF.” (AP 985 QO, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 06/06/2017)

“O habeas corpus é incabível quando impetrado em face de ato dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, de órgão fracionário da Corte ou de seu Pleno.” (HC 131033 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 02/06/2017

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido do não cabimento de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato jurisdicional de ministro ou órgão fracionário da Corte, seja em recurso ou em ação originária de sua competência.” (HC 115787, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 18/05/2017)

5. Em razão da intransponibilidade de tais obstáculos, a impetração não merece conhecimento, sendo manifestamente incabível.

Posto isso, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, não conheço do

habeas corpus. Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 156.562 (1264)ORIGEM : 156562 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : MARIA HERMINIA LOPES ROCHACOATOR(A/S)(ES) : SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA contra decisão do Tribunal Pleno exarada no HC 152.752/PR.

Requer-se, preliminarmente, o reconhecimento do impedimento dos Ministros Cármen Lúcia, Dias Tóffoli, Celso de Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

No mérito, postula a concessão da ordem para:“i. declarar NULA a votação informal realizada ao arrepio dos arts.

361 e seguintes do RISTF, que autorizou o voto de qualidade da Ministra Presidente desta Corte, e consequentemente, declarar NULO o voto referida Ministra e reconhecer o empate na votação do HC 152752, aplicando-se, o art. 146, par. único do RISTF para o fim de proclamar a decisão da mais favorável ao paciente;

ii. declarar NULO o voto proferido pela E. Ministra Rosa Weber por ausência de fundamentação, considerando assim, a votação final de 5 votos em favor da concessão da ordem versus 4 votos contrários, situação em que não justificaria o voto de qualidade da Ministra Presidente;

iii. Alternativamente, se mantido o voto da E. Ministra Presidente, seja considerada o empate na votação do HC 152752, aplicando-se o art. 146, par. único, para fim de proclamar a decisão mais favorável ao Paciente.”

É o relatório. Decido.2. De início, aponto que o art. 112 do CPP observa que o

“impedimento poderá ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.”

O art. 100, §2°, CPP, que trata do processamento da suspeição e, por força do aludido no art. 112, CPP, é aplicável aos casos de impedimento, preceitua o seguinte:

“Art. 100. (…)§ 2o Se a suspeição for de manifesta improcedência, o juiz ou

relator a rejeitará liminarmente.”Quanto ao caso dos autos, verifico que o art. 277 do Regimento

Interno do Supremo Tribunal Federal prescreve que os “Ministros declarar-se-ão impedidos ou suspeitos nos casos previstos em lei”.

Depreendo ainda que o art. 252, III, CPP, veda que o Juiz atue em processo em que “tiver funcionado como juiz de outra instância”.

Assento que Tribunal Pleno já decidiu que as “hipóteses de impedimento elencadas no art. 252 do Código de Processo Penal constituem um numerus clausus”, bem como que “não é possível, pois, interpretar-se extensivamente os seus incisos” (HC 92893, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 02/10/2008, grifei).

No mesmo sentido, a Corte possui compreensão no sentido da “[i]mpossibilidade de criação pela via da interpretação de causas de impedimento” (HC 97544, Relator(a): Min. EROS GRAU, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 21/09/2010, grifei).

Ausentes as hipóteses taxativamente previstas na ordem jurídica, não há impedimento a ser reconhecido.

Ademais, no caso concreto, cabe observar que a decisão impugnada é imputável ao Tribunal Pleno, e não apenas aos eminentes Ministros que integraram a corrente majoritária. Trata-se, em verdade, de decisão colegiada, e não de mero somatório de decisões unipessoais.

3. Saliento que é fato notório que o impetrante não integra a atuante defesa técnica do paciente.

Não se desconhece que o habeas corpus constitui relevantíssima garantia constitucional voltada à tutela do direito de locomoção e que convive com ampla legitimidade ativa. Nesse particular, em tese, qualquer pessoa pode impetrá-lo em favor de determinado paciente a fim de combater ato que compreende configurador de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Nada obstante, não há como se olvidar da dimensão funcional e teleológica dessa larga legitimação. Com efeito, tal circunstância tem como pano de fundo a otimização da tutela judicial do direito de locomoção, com relevância acentuada nas hipóteses em que o paciente não possui defesa técnica constituída ou ainda que tal mister não seja desempenhado a contento.

Por outro lado, não se admite que essa legitimação universal interfira na conveniência e oportunidade da formalização da impetração, as quais se inserem no contexto da estratégia defensiva, quadrante no qual, por óbvio, deve ser prestigiada a atuação da defesa constituída. Afinal, a legitimação

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 179

aberta é para prestigiar o direito à liberdade e não para, ainda que tangencialmente, prejudicar o exercício do múnus técnico da defesa.

Em outras palavras, é da defesa técnica a prioritária escolha do “se” e do “quando” no que toca à submissão de determinada matéria ao Estado-Juiz.

A legitimação universal, portanto, tem força subsidiária, com maior enfoque nas hipóteses em que há ausência ou deficiência de defesa. E, no caso concreto, a combatividade da atuação da defesa constituída não se encontra em debate.

Nessa mesma linha, o art. 192, §3°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ao disciplinar o rito dos habeas corpus endereçados a esta Corte, prescreve que “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente.“

A disposição literal, portanto, já evidencia a prevalência da defesa constituída sobre a impetração formulada, bem como que os impetrantes em geral não possuem direito subjetivo inafastável da apreciação de tais temas.

Na minha ótica, tal cuidado deve ser robustecido em casos como o dos autos, que envolve figura pública de projeção nacional, o que, naturalmente, pode ensejar a submissão da matéria ao Poder Judiciário pelas mais diversas razões.

Ademais, no caso concreto, não compreendo cabível o processamento da impetração até que haja oposição da defesa técnica.

A uma, pelo fato de que eventual multiplicação de impetrações de tal jaez exigiria intensa dedicação da defesa com a finalidade de obstar o processamento de remédio processual posto exclusivamente à disposição dos interesses defensivos, prejudicando, em uma perspectiva holística, o exercício do seu encargo.

A duas, pela notória combatividade da defesa técnica a quem cabe, a tempo e modo, a adoção da estratégia defensiva que reputar adequada ao caso.

Assim, diante de tal contexto, salvo manifestação expressa em sentido contrário, considero a presente impetração desautorizada pela defesa técnica.

No mesmo sentido: HC 145751 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em 02/08/2017 e HC 152613, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/02/2018. E ainda:

“Ora, é notório que o largo espectro de legitimidade ativa constitucionalmente atribuído ao writ busca a máxima proteção ao paciente. Pressupõe-se, portanto, o interesse de agir em favor do paciente, de modo que a iniciativa não pode trazer reflexos negativos ou ir de encontro à defesa eventualmente constituída. E, muito menos, abrir campo à atuação de pessoas que, sem o conhecimento do paciente, apenas objetivem notoriedade ou, mesmo munidas de boas intenções, “atropelem” a estratégia defensiva.

(…)No presente caso, militam em favor do paciente causídicos por

ele eleitos, de modo que não se cogita de ausência de constituição de defesa técnica e muito menos de deficiência na atuação dessa defesa. Logo, essa “legitimação universal” ativa, de natureza subsidiária, não tem lugar” (HC 155283, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 23/04/2018, grifei)

“Acresço que o fato de o paciente contar com procurador constituído nos autos da AC 4.039/DF, a que este habeas corpus se refere, em tese, também constitui óbice à impetração, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, forte no art. 192, § 3º, do RISTF: “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente”.

Tenho entendido, em casos análogos, que não há como presumir que a interferência de terceiro se faça no interesse da Defesa e do acusado, pelo menos em sua integralidade. Rigorosamente, em tese, o atropelar de estratégias definidas pode mais atrapalhar do que auxiliar. O mesmo se diga do levantamento de questões acaso inadequadas e do eventual precipitar de decisões desfavoráveis.” (HC 131839, Relator(a): Min. ROSA WEBER, julgado em 30/11/2015, grifei)

4. Não bastasse, o ato apontado não é sindicável pela via eleita, visto que “não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno, contra ato de Ministro ou órgão fracionário da Corte” (HC 86.548/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, maioria, DJe 19.12.2008). Na mesma linha, cito os seguintes precedentes que retratam a compreensão do Tribunal Pleno:

“Esta Corte já firmou jurisprudência no sentido de não caber habeas corpus contra ato de Ministro Relator, de Turma ou do próprio Tribunal Pleno. Precedentes.” (HC 118459 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 24/10/2013)

“Esta Corte firmou a orientação do não cabimento de habeas corpus contra ato de Ministro Relator ou contra decisão colegiada de Turma ou do Plenário do próprio Tribunal, independentemente de tal decisão haver sido proferida em sede de habeas corpus ou proferida em sede de recursos em geral (Súmula 606).” (HC 97009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno)

Ainda a esse respeito, colaciono precedente de minha relatoria:“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DIREITO

PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de Ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Agravo regimental desprovido.” (HC 129.802/CE, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, julgado em 18.12.2016, grifei)

Embora tal entendimento, em momento anterior, fosse alvo de discordâncias, após intenso debate, ao enfrentar o HC 105959/DF, o Tribunal, em 17.2.2016, com a participação da integralidade dos então componentes do Plenário, consolidou o descabimento de impetração contra ato de Ministro da própria Corte:

“HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Writ não conhecido. (HC 105959, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2016)

Tal posição vem sendo desde então observada, conforme se depreende dos seguintes julgados:

“A jurisprudência consolidada da Corte atesta o não cabimento de habeas corpus contra ato jurisdicional de Ministro ou órgão fracionário do STF.” (AP 985 QO, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 06/06/2017)

“O habeas corpus é incabível quando impetrado em face de ato dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, de órgão fracionário da Corte ou de seu Pleno.” (HC 131033 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 02/06/2017

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido do não cabimento de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato jurisdicional de ministro ou órgão fracionário da Corte, seja em recurso ou em ação originária de sua competência.” (HC 115787, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 18/05/2017)

5. Em razão da intransponibilidade de tais obstáculos, a impetração não merece conhecimento, sendo manifestamente incabível.

Posto isso, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, não conheço do habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 156.563 (1265)ORIGEM : 156563 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : MARIA DE FATIMA LOPES ROCHACOATOR(A/S)(ES) : SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA contra decisão do Tribunal Pleno exarada no HC 152.752/PR.

Requer-se, preliminarmente, o reconhecimento do impedimento dos Ministros Cármen Lúcia, Dias Tóffoli, Celso de Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

No mérito, postula a concessão da ordem para:“i. declarar NULA a votação informal realizada ao arrepio dos arts.

361 e seguintes do RISTF, que autorizou o voto de qualidade da Ministra Presidente desta Corte, e consequentemente, declarar NULO o voto referida Ministra e reconhecer o empate na votação do HC 152752, aplicando-se, o art. 146, par. único do RISTF para o fim de proclamar a decisão da mais favorável ao paciente;

ii. declarar NULO o voto proferido pela E. Ministra Rosa Weber por ausência de fundamentação, considerando assim, a votação final de 5 votos em favor da concessão da ordem versus 4 votos contrários, situação em que não justificaria o voto de qualidade da Ministra Presidente;

iii. Alternativamente, se mantido o voto da E. Ministra Presidente, seja considerada o empate na votação do HC 152752, aplicando-se o art. 146, par. único, para fim de proclamar a decisão mais favorável ao Paciente.”

É o relatório. Decido.2. De início, aponto que o art. 112 do CPP observa que o

“impedimento poderá ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.”

O art. 100, §2°, CPP, que trata do processamento da suspeição e, por força do aludido no art. 112, CPP, é aplicável aos casos de impedimento, preceitua o seguinte:

“Art. 100. (…)§ 2o Se a suspeição for de manifesta improcedência, o juiz ou

relator a rejeitará liminarmente.”Quanto ao caso dos autos, verifico que o art. 277 do Regimento

Interno do Supremo Tribunal Federal prescreve que os “Ministros declarar-se-ão impedidos ou suspeitos nos casos previstos em lei”.

Depreendo ainda que o art. 252, III, CPP, veda que o Juiz atue em processo em que “tiver funcionado como juiz de outra instância”.

Assento que Tribunal Pleno já decidiu que as “hipóteses de impedimento elencadas no art. 252 do Código de Processo Penal constituem um numerus clausus”, bem como que “não é possível, pois, interpretar-se

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 180

extensivamente os seus incisos” (HC 92893, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 02/10/2008, grifei).

No mesmo sentido, a Corte possui compreensão no sentido da “[i]mpossibilidade de criação pela via da interpretação de causas de impedimento” (HC 97544, Relator(a): Min. EROS GRAU, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 21/09/2010, grifei).

Ausentes as hipóteses taxativamente previstas na ordem jurídica, não há impedimento a ser reconhecido.

Ademais, no caso concreto, cabe observar que a decisão impugnada é imputável ao Tribunal Pleno, e não apenas aos eminentes Ministros que integraram a corrente majoritária. Trata-se, em verdade, de decisão colegiada, e não de mero somatório de decisões unipessoais.

3. Saliento que é fato notório que o impetrante não integra a atuante defesa técnica do paciente.

Não se desconhece que o habeas corpus constitui relevantíssima garantia constitucional voltada à tutela do direito de locomoção e que convive com ampla legitimidade ativa. Nesse particular, em tese, qualquer pessoa pode impetrá-lo em favor de determinado paciente a fim de combater ato que compreende configurador de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Nada obstante, não há como se olvidar da dimensão funcional e teleológica dessa larga legitimação. Com efeito, tal circunstância tem como pano de fundo a otimização da tutela judicial do direito de locomoção, com relevância acentuada nas hipóteses em que o paciente não possui defesa técnica constituída ou ainda que tal mister não seja desempenhado a contento.

Por outro lado, não se admite que essa legitimação universal interfira na conveniência e oportunidade da formalização da impetração, as quais se inserem no contexto da estratégia defensiva, quadrante no qual, por óbvio, deve ser prestigiada a atuação da defesa constituída. Afinal, a legitimação aberta é para prestigiar o direito à liberdade e não para, ainda que tangencialmente, prejudicar o exercício do múnus técnico da defesa.

Em outras palavras, é da defesa técnica a prioritária escolha do “se” e do “quando” no que toca à submissão de determinada matéria ao Estado-Juiz.

A legitimação universal, portanto, tem força subsidiária, com maior enfoque nas hipóteses em que há ausência ou deficiência de defesa. E, no caso concreto, a combatividade da atuação da defesa constituída não se encontra em debate.

Nessa mesma linha, o art. 192, §3°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ao disciplinar o rito dos habeas corpus endereçados a esta Corte, prescreve que “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente.“

A disposição literal, portanto, já evidencia a prevalência da defesa constituída sobre a impetração formulada, bem como que os impetrantes em geral não possuem direito subjetivo inafastável da apreciação de tais temas.

Na minha ótica, tal cuidado deve ser robustecido em casos como o dos autos, que envolve figura pública de projeção nacional, o que, naturalmente, pode ensejar a submissão da matéria ao Poder Judiciário pelas mais diversas razões.

Ademais, no caso concreto, não compreendo cabível o processamento da impetração até que haja oposição da defesa técnica.

A uma, pelo fato de que eventual multiplicação de impetrações de tal jaez exigiria intensa dedicação da defesa com a finalidade de obstar o processamento de remédio processual posto exclusivamente à disposição dos interesses defensivos, prejudicando, em uma perspectiva holística, o exercício do seu encargo.

A duas, pela notória combatividade da defesa técnica a quem cabe, a tempo e modo, a adoção da estratégia defensiva que reputar adequada ao caso.

Assim, diante de tal contexto, salvo manifestação expressa em sentido contrário, considero a presente impetração desautorizada pela defesa técnica.

No mesmo sentido: HC 145751 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em 02/08/2017 e HC 152613, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/02/2018. E ainda:

“Ora, é notório que o largo espectro de legitimidade ativa constitucionalmente atribuído ao writ busca a máxima proteção ao paciente. Pressupõe-se, portanto, o interesse de agir em favor do paciente, de modo que a iniciativa não pode trazer reflexos negativos ou ir de encontro à defesa eventualmente constituída. E, muito menos, abrir campo à atuação de pessoas que, sem o conhecimento do paciente, apenas objetivem notoriedade ou, mesmo munidas de boas intenções, “atropelem” a estratégia defensiva.

(…)No presente caso, militam em favor do paciente causídicos por

ele eleitos, de modo que não se cogita de ausência de constituição de defesa técnica e muito menos de deficiência na atuação dessa defesa. Logo, essa “legitimação universal” ativa, de natureza subsidiária, não tem lugar” (HC 155283, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 23/04/2018, grifei)

“Acresço que o fato de o paciente contar com procurador constituído nos autos da AC 4.039/DF, a que este habeas corpus se refere, em tese, também constitui óbice à impetração, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, forte no art. 192, § 3º, do RISTF: “Não se conhecerá de

pedido desautorizado pelo paciente”. Tenho entendido, em casos análogos, que não há como presumir

que a interferência de terceiro se faça no interesse da Defesa e do acusado, pelo menos em sua integralidade. Rigorosamente, em tese, o atropelar de estratégias definidas pode mais atrapalhar do que auxiliar. O mesmo se diga do levantamento de questões acaso inadequadas e do eventual precipitar de decisões desfavoráveis.” (HC 131839, Relator(a): Min. ROSA WEBER, julgado em 30/11/2015, grifei)

4. Não bastasse, o ato apontado não é sindicável pela via eleita, visto que “não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno, contra ato de Ministro ou órgão fracionário da Corte” (HC 86.548/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, maioria, DJe 19.12.2008). Na mesma linha, cito os seguintes precedentes que retratam a compreensão do Tribunal Pleno:

“Esta Corte já firmou jurisprudência no sentido de não caber habeas corpus contra ato de Ministro Relator, de Turma ou do próprio Tribunal Pleno. Precedentes.” (HC 118459 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 24/10/2013)

“Esta Corte firmou a orientação do não cabimento de habeas corpus contra ato de Ministro Relator ou contra decisão colegiada de Turma ou do Plenário do próprio Tribunal, independentemente de tal decisão haver sido proferida em sede de habeas corpus ou proferida em sede de recursos em geral (Súmula 606).” (HC 97009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno)

Ainda a esse respeito, colaciono precedente de minha relatoria:“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DIREITO

PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de Ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Agravo regimental desprovido.” (HC 129.802/CE, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, julgado em 18.12.2016, grifei)

Embora tal entendimento, em momento anterior, fosse alvo de discordâncias, após intenso debate, ao enfrentar o HC 105959/DF, o Tribunal, em 17.2.2016, com a participação da integralidade dos então componentes do Plenário, consolidou o descabimento de impetração contra ato de Ministro da própria Corte:

“HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Writ não conhecido. (HC 105959, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2016)

Tal posição vem sendo desde então observada, conforme se depreende dos seguintes julgados:

“A jurisprudência consolidada da Corte atesta o não cabimento de habeas corpus contra ato jurisdicional de Ministro ou órgão fracionário do STF.” (AP 985 QO, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 06/06/2017)

“O habeas corpus é incabível quando impetrado em face de ato dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, de órgão fracionário da Corte ou de seu Pleno.” (HC 131033 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 02/06/2017

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido do não cabimento de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato jurisdicional de ministro ou órgão fracionário da Corte, seja em recurso ou em ação originária de sua competência.” (HC 115787, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 18/05/2017)

5. Em razão da intransponibilidade de tais obstáculos, a impetração não merece conhecimento, sendo manifestamente incabível.

Posto isso, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, não conheço do habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 156.564 (1266)ORIGEM : 156564 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : MARIA BENEDITA LOPES ROCHACOATOR(A/S)(ES) : SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA contra decisão do Tribunal Pleno exarada no HC 152.752/PR.

Requer-se, preliminarmente, o reconhecimento do impedimento dos Ministros Cármen Lúcia, Dias Tóffoli, Celso de Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

No mérito, postula a concessão da ordem para:

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 181

“i. declarar NULA a votação informal realizada ao arrepio dos arts. 361 e seguintes do RISTF, que autorizou o voto de qualidade da Ministra Presidente desta Corte, e consequentemente, declarar NULO o voto referida Ministra e reconhecer o empate na votação do HC 152752, aplicando-se, o art. 146, par. único do RISTF para o fim de proclamar a decisão da mais favorável ao paciente;

ii. declarar NULO o voto proferido pela E. Ministra Rosa Weber por ausência de fundamentação, considerando assim, a votação final de 5 votos em favor da concessão da ordem versus 4 votos contrários, situação em que não justificaria o voto de qualidade da Ministra Presidente;

iii. Alternativamente, se mantido o voto da E. Ministra Presidente, seja considerada o empate na votação do HC 152752, aplicando-se o art. 146, par. único, para fim de proclamar a decisão mais favorável ao Paciente.”

É o relatório. Decido.2. De início, aponto que o art. 112 do CPP observa que o

“impedimento poderá ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.”

O art. 100, §2°, CPP, que trata do processamento da suspeição e, por força do aludido no art. 112, CPP, é aplicável aos casos de impedimento, preceitua o seguinte:

“Art. 100. (…)§ 2o Se a suspeição for de manifesta improcedência, o juiz ou

relator a rejeitará liminarmente.”Quanto ao caso dos autos, verifico que o art. 277 do Regimento

Interno do Supremo Tribunal Federal prescreve que os “Ministros declarar-se-ão impedidos ou suspeitos nos casos previstos em lei”.

Depreendo ainda que o art. 252, III, CPP, veda que o Juiz atue em processo em que “tiver funcionado como juiz de outra instância”.

Assento que Tribunal Pleno já decidiu que as “hipóteses de impedimento elencadas no art. 252 do Código de Processo Penal constituem um numerus clausus”, bem como que “não é possível, pois, interpretar-se extensivamente os seus incisos” (HC 92893, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 02/10/2008, grifei).

No mesmo sentido, a Corte possui compreensão no sentido da “[i]mpossibilidade de criação pela via da interpretação de causas de impedimento” (HC 97544, Relator(a): Min. EROS GRAU, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 21/09/2010, grifei).

Ausentes as hipóteses taxativamente previstas na ordem jurídica, não há impedimento a ser reconhecido.

Ademais, no caso concreto, cabe observar que a decisão impugnada é imputável ao Tribunal Pleno, e não apenas aos eminentes Ministros que integraram a corrente majoritária. Trata-se, em verdade, de decisão colegiada, e não de mero somatório de decisões unipessoais.

3. Saliento que é fato notório que o impetrante não integra a atuante defesa técnica do paciente.

Não se desconhece que o habeas corpus constitui relevantíssima garantia constitucional voltada à tutela do direito de locomoção e que convive com ampla legitimidade ativa. Nesse particular, em tese, qualquer pessoa pode impetrá-lo em favor de determinado paciente a fim de combater ato que compreende configurador de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Nada obstante, não há como se olvidar da dimensão funcional e teleológica dessa larga legitimação. Com efeito, tal circunstância tem como pano de fundo a otimização da tutela judicial do direito de locomoção, com relevância acentuada nas hipóteses em que o paciente não possui defesa técnica constituída ou ainda que tal mister não seja desempenhado a contento.

Por outro lado, não se admite que essa legitimação universal interfira na conveniência e oportunidade da formalização da impetração, as quais se inserem no contexto da estratégia defensiva, quadrante no qual, por óbvio, deve ser prestigiada a atuação da defesa constituída. Afinal, a legitimação aberta é para prestigiar o direito à liberdade e não para, ainda que tangencialmente, prejudicar o exercício do múnus técnico da defesa.

Em outras palavras, é da defesa técnica a prioritária escolha do “se” e do “quando” no que toca à submissão de determinada matéria ao Estado-Juiz.

A legitimação universal, portanto, tem força subsidiária, com maior enfoque nas hipóteses em que há ausência ou deficiência de defesa. E, no caso concreto, a combatividade da atuação da defesa constituída não se encontra em debate.

Nessa mesma linha, o art. 192, §3°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ao disciplinar o rito dos habeas corpus endereçados a esta Corte, prescreve que “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente.“

A disposição literal, portanto, já evidencia a prevalência da defesa constituída sobre a impetração formulada, bem como que os impetrantes em geral não possuem direito subjetivo inafastável da apreciação de tais temas.

Na minha ótica, tal cuidado deve ser robustecido em casos como o dos autos, que envolve figura pública de projeção nacional, o que, naturalmente, pode ensejar a submissão da matéria ao Poder Judiciário pelas mais diversas razões.

Ademais, no caso concreto, não compreendo cabível o processamento da impetração até que haja oposição da defesa técnica.

A uma, pelo fato de que eventual multiplicação de impetrações de tal

jaez exigiria intensa dedicação da defesa com a finalidade de obstar o processamento de remédio processual posto exclusivamente à disposição dos interesses defensivos, prejudicando, em uma perspectiva holística, o exercício do seu encargo.

A duas, pela notória combatividade da defesa técnica a quem cabe, a tempo e modo, a adoção da estratégia defensiva que reputar adequada ao caso.

Assim, diante de tal contexto, salvo manifestação expressa em sentido contrário, considero a presente impetração desautorizada pela defesa técnica.

No mesmo sentido: HC 145751 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em 02/08/2017 e HC 152613, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/02/2018. E ainda:

“Ora, é notório que o largo espectro de legitimidade ativa constitucionalmente atribuído ao writ busca a máxima proteção ao paciente. Pressupõe-se, portanto, o interesse de agir em favor do paciente, de modo que a iniciativa não pode trazer reflexos negativos ou ir de encontro à defesa eventualmente constituída. E, muito menos, abrir campo à atuação de pessoas que, sem o conhecimento do paciente, apenas objetivem notoriedade ou, mesmo munidas de boas intenções, “atropelem” a estratégia defensiva.

(…)No presente caso, militam em favor do paciente causídicos por

ele eleitos, de modo que não se cogita de ausência de constituição de defesa técnica e muito menos de deficiência na atuação dessa defesa. Logo, essa “legitimação universal” ativa, de natureza subsidiária, não tem lugar” (HC 155283, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 23/04/2018, grifei)

“Acresço que o fato de o paciente contar com procurador constituído nos autos da AC 4.039/DF, a que este habeas corpus se refere, em tese, também constitui óbice à impetração, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, forte no art. 192, § 3º, do RISTF: “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente”.

Tenho entendido, em casos análogos, que não há como presumir que a interferência de terceiro se faça no interesse da Defesa e do acusado, pelo menos em sua integralidade. Rigorosamente, em tese, o atropelar de estratégias definidas pode mais atrapalhar do que auxiliar. O mesmo se diga do levantamento de questões acaso inadequadas e do eventual precipitar de decisões desfavoráveis.” (HC 131839, Relator(a): Min. ROSA WEBER, julgado em 30/11/2015, grifei)

4. Não bastasse, o ato apontado não é sindicável pela via eleita, visto que “não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno, contra ato de Ministro ou órgão fracionário da Corte” (HC 86.548/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, maioria, DJe 19.12.2008). Na mesma linha, cito os seguintes precedentes que retratam a compreensão do Tribunal Pleno:

“Esta Corte já firmou jurisprudência no sentido de não caber habeas corpus contra ato de Ministro Relator, de Turma ou do próprio Tribunal Pleno. Precedentes.” (HC 118459 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 24/10/2013)

“Esta Corte firmou a orientação do não cabimento de habeas corpus contra ato de Ministro Relator ou contra decisão colegiada de Turma ou do Plenário do próprio Tribunal, independentemente de tal decisão haver sido proferida em sede de habeas corpus ou proferida em sede de recursos em geral (Súmula 606).” (HC 97009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno)

Ainda a esse respeito, colaciono precedente de minha relatoria:“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DIREITO

PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de Ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Agravo regimental desprovido.” (HC 129.802/CE, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, julgado em 18.12.2016, grifei)

Embora tal entendimento, em momento anterior, fosse alvo de discordâncias, após intenso debate, ao enfrentar o HC 105959/DF, o Tribunal, em 17.2.2016, com a participação da integralidade dos então componentes do Plenário, consolidou o descabimento de impetração contra ato de Ministro da própria Corte:

“HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Writ não conhecido. (HC 105959, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2016)

Tal posição vem sendo desde então observada, conforme se depreende dos seguintes julgados:

“A jurisprudência consolidada da Corte atesta o não cabimento de habeas corpus contra ato jurisdicional de Ministro ou órgão fracionário do STF.” (AP 985 QO, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 06/06/2017)

“O habeas corpus é incabível quando impetrado em face de ato dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, de órgão fracionário da Corte ou de seu Pleno.” (HC 131033 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 02/06/2017

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 182

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido do não cabimento de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato jurisdicional de ministro ou órgão fracionário da Corte, seja em recurso ou em ação originária de sua competência.” (HC 115787, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 18/05/2017)

5. Em razão da intransponibilidade de tais obstáculos, a impetração não merece conhecimento, sendo manifestamente incabível.

Posto isso, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, não conheço do habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 156.565 (1267)ORIGEM : 156565 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : MÁRCIA ELIANA OLÍMPIO PEREIRACOATOR(A/S)(ES) : SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA contra decisão do Tribunal Pleno exarada no HC 152.752/PR.

Requer-se, preliminarmente, o reconhecimento do impedimento dos Ministros Cármen Lúcia, Dias Tóffoli, Celso de Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

No mérito, postula a concessão da ordem para:“i. declarar NULA a votação informal realizada ao arrepio dos arts.

361 e seguintes do RISTF, que autorizou o voto de qualidade da Ministra Presidente desta Corte, e consequentemente, declarar NULO o voto referida Ministra e reconhecer o empate na votação do HC 152752, aplicando-se, o art. 146, par. único do RISTF para o fim de proclamar a decisão da mais favorável ao paciente;

ii. declarar NULO o voto proferido pela E. Ministra Rosa Weber por ausência de fundamentação, considerando assim, a votação final de 5 votos em favor da concessão da ordem versus 4 votos contrários, situação em que não justificaria o voto de qualidade da Ministra Presidente;

iii. Alternativamente, se mantido o voto da E. Ministra Presidente, seja considerada o empate na votação do HC 152752, aplicando-se o art. 146, par. único, para fim de proclamar a decisão mais favorável ao Paciente.”

É o relatório. Decido.2. De início, aponto que o art. 112 do CPP observa que o

“impedimento poderá ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.”

O art. 100, §2°, CPP, que trata do processamento da suspeição e, por força do aludido no art. 112, CPP, é aplicável aos casos de impedimento, preceitua o seguinte:

“Art. 100. (…)§ 2o Se a suspeição for de manifesta improcedência, o juiz ou

relator a rejeitará liminarmente.”Quanto ao caso dos autos, verifico que o art. 277 do Regimento

Interno do Supremo Tribunal Federal prescreve que os “Ministros declarar-se-ão impedidos ou suspeitos nos casos previstos em lei”.

Depreendo ainda que o art. 252, III, CPP, veda que o Juiz atue em processo em que “tiver funcionado como juiz de outra instância”.

Assento que Tribunal Pleno já decidiu que as “hipóteses de impedimento elencadas no art. 252 do Código de Processo Penal constituem um numerus clausus”, bem como que “não é possível, pois, interpretar-se extensivamente os seus incisos” (HC 92893, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 02/10/2008, grifei).

No mesmo sentido, a Corte possui compreensão no sentido da “[i]mpossibilidade de criação pela via da interpretação de causas de impedimento” (HC 97544, Relator(a): Min. EROS GRAU, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 21/09/2010, grifei).

Ausentes as hipóteses taxativamente previstas na ordem jurídica, não há impedimento a ser reconhecido.

Ademais, no caso concreto, cabe observar que a decisão impugnada é imputável ao Tribunal Pleno, e não apenas aos eminentes Ministros que integraram a corrente majoritária. Trata-se, em verdade, de decisão colegiada, e não de mero somatório de decisões unipessoais.

3. Saliento que é fato notório que o impetrante não integra a atuante defesa técnica do paciente.

Não se desconhece que o habeas corpus constitui relevantíssima garantia constitucional voltada à tutela do direito de locomoção e que convive com ampla legitimidade ativa. Nesse particular, em tese, qualquer pessoa pode impetrá-lo em favor de determinado paciente a fim de combater ato que compreende configurador de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Nada obstante, não há como se olvidar da dimensão funcional e

teleológica dessa larga legitimação. Com efeito, tal circunstância tem como pano de fundo a otimização da tutela judicial do direito de locomoção, com relevância acentuada nas hipóteses em que o paciente não possui defesa técnica constituída ou ainda que tal mister não seja desempenhado a contento.

Por outro lado, não se admite que essa legitimação universal interfira na conveniência e oportunidade da formalização da impetração, as quais se inserem no contexto da estratégia defensiva, quadrante no qual, por óbvio, deve ser prestigiada a atuação da defesa constituída. Afinal, a legitimação aberta é para prestigiar o direito à liberdade e não para, ainda que tangencialmente, prejudicar o exercício do múnus técnico da defesa.

Em outras palavras, é da defesa técnica a prioritária escolha do “se” e do “quando” no que toca à submissão de determinada matéria ao Estado-Juiz.

A legitimação universal, portanto, tem força subsidiária, com maior enfoque nas hipóteses em que há ausência ou deficiência de defesa. E, no caso concreto, a combatividade da atuação da defesa constituída não se encontra em debate.

Nessa mesma linha, o art. 192, §3°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ao disciplinar o rito dos habeas corpus endereçados a esta Corte, prescreve que “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente.“

A disposição literal, portanto, já evidencia a prevalência da defesa constituída sobre a impetração formulada, bem como que os impetrantes em geral não possuem direito subjetivo inafastável da apreciação de tais temas.

Na minha ótica, tal cuidado deve ser robustecido em casos como o dos autos, que envolve figura pública de projeção nacional, o que, naturalmente, pode ensejar a submissão da matéria ao Poder Judiciário pelas mais diversas razões.

Ademais, no caso concreto, não compreendo cabível o processamento da impetração até que haja oposição da defesa técnica.

A uma, pelo fato de que eventual multiplicação de impetrações de tal jaez exigiria intensa dedicação da defesa com a finalidade de obstar o processamento de remédio processual posto exclusivamente à disposição dos interesses defensivos, prejudicando, em uma perspectiva holística, o exercício do seu encargo.

A duas, pela notória combatividade da defesa técnica a quem cabe, a tempo e modo, a adoção da estratégia defensiva que reputar adequada ao caso.

Assim, diante de tal contexto, salvo manifestação expressa em sentido contrário, considero a presente impetração desautorizada pela defesa técnica.

No mesmo sentido: HC 145751 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em 02/08/2017 e HC 152613, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/02/2018. E ainda:

“Ora, é notório que o largo espectro de legitimidade ativa constitucionalmente atribuído ao writ busca a máxima proteção ao paciente. Pressupõe-se, portanto, o interesse de agir em favor do paciente, de modo que a iniciativa não pode trazer reflexos negativos ou ir de encontro à defesa eventualmente constituída. E, muito menos, abrir campo à atuação de pessoas que, sem o conhecimento do paciente, apenas objetivem notoriedade ou, mesmo munidas de boas intenções, “atropelem” a estratégia defensiva.

(…)No presente caso, militam em favor do paciente causídicos por

ele eleitos, de modo que não se cogita de ausência de constituição de defesa técnica e muito menos de deficiência na atuação dessa defesa. Logo, essa “legitimação universal” ativa, de natureza subsidiária, não tem lugar” (HC 155283, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 23/04/2018, grifei)

“Acresço que o fato de o paciente contar com procurador constituído nos autos da AC 4.039/DF, a que este habeas corpus se refere, em tese, também constitui óbice à impetração, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, forte no art. 192, § 3º, do RISTF: “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente”.

Tenho entendido, em casos análogos, que não há como presumir que a interferência de terceiro se faça no interesse da Defesa e do acusado, pelo menos em sua integralidade. Rigorosamente, em tese, o atropelar de estratégias definidas pode mais atrapalhar do que auxiliar. O mesmo se diga do levantamento de questões acaso inadequadas e do eventual precipitar de decisões desfavoráveis.” (HC 131839, Relator(a): Min. ROSA WEBER, julgado em 30/11/2015, grifei)

4. Não bastasse, o ato apontado não é sindicável pela via eleita, visto que “não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno, contra ato de Ministro ou órgão fracionário da Corte” (HC 86.548/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, maioria, DJe 19.12.2008). Na mesma linha, cito os seguintes precedentes que retratam a compreensão do Tribunal Pleno:

“Esta Corte já firmou jurisprudência no sentido de não caber habeas corpus contra ato de Ministro Relator, de Turma ou do próprio Tribunal Pleno. Precedentes.” (HC 118459 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 24/10/2013)

“Esta Corte firmou a orientação do não cabimento de habeas corpus contra ato de Ministro Relator ou contra decisão colegiada de Turma ou do Plenário do próprio Tribunal, independentemente de tal decisão haver sido proferida em sede de habeas corpus ou proferida em sede de recursos em geral (Súmula 606).” (HC 97009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 183

Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno)Ainda a esse respeito, colaciono precedente de minha relatoria:“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DIREITO

PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de Ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Agravo regimental desprovido.” (HC 129.802/CE, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, julgado em 18.12.2016, grifei)

Embora tal entendimento, em momento anterior, fosse alvo de discordâncias, após intenso debate, ao enfrentar o HC 105959/DF, o Tribunal, em 17.2.2016, com a participação da integralidade dos então componentes do Plenário, consolidou o descabimento de impetração contra ato de Ministro da própria Corte:

“HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Writ não conhecido. (HC 105959, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2016)

Tal posição vem sendo desde então observada, conforme se depreende dos seguintes julgados:

“A jurisprudência consolidada da Corte atesta o não cabimento de habeas corpus contra ato jurisdicional de Ministro ou órgão fracionário do STF.” (AP 985 QO, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 06/06/2017)

“O habeas corpus é incabível quando impetrado em face de ato dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, de órgão fracionário da Corte ou de seu Pleno.” (HC 131033 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 02/06/2017

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido do não cabimento de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato jurisdicional de ministro ou órgão fracionário da Corte, seja em recurso ou em ação originária de sua competência.” (HC 115787, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 18/05/2017)

5. Em razão da intransponibilidade de tais obstáculos, a impetração não merece conhecimento, sendo manifestamente incabível.

Posto isso, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, não conheço do habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 156.566 (1268)ORIGEM : 156566 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : MARA REJANE ALVES ROCHACOATOR(A/S)(ES) : SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA contra decisão do Tribunal Pleno exarada no HC 152.752/PR.

Requer-se, preliminarmente, o reconhecimento do impedimento dos Ministros Cármen Lúcia, Dias Tóffoli, Celso de Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

No mérito, postula a concessão da ordem para:“i. declarar NULA a votação informal realizada ao arrepio dos arts.

361 e seguintes do RISTF, que autorizou o voto de qualidade da Ministra Presidente desta Corte, e consequentemente, declarar NULO o voto referida Ministra e reconhecer o empate na votação do HC 152752, aplicando-se, o art. 146, par. único do RISTF para o fim de proclamar a decisão da mais favorável ao paciente;

ii. declarar NULO o voto proferido pela E. Ministra Rosa Weber por ausência de fundamentação, considerando assim, a votação final de 5 votos em favor da concessão da ordem versus 4 votos contrários, situação em que não justificaria o voto de qualidade da Ministra Presidente;

iii. Alternativamente, se mantido o voto da E. Ministra Presidente, seja considerada o empate na votação do HC 152752, aplicando-se o art. 146, par. único, para fim de proclamar a decisão mais favorável ao Paciente.”

É o relatório. Decido.2. De início, aponto que o art. 112 do CPP observa que o

“impedimento poderá ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.”

O art. 100, §2°, CPP, que trata do processamento da suspeição e, por força do aludido no art. 112, CPP, é aplicável aos casos de impedimento, preceitua o seguinte:

“Art. 100. (…)§ 2o Se a suspeição for de manifesta improcedência, o juiz ou

relator a rejeitará liminarmente.”Quanto ao caso dos autos, verifico que o art. 277 do Regimento

Interno do Supremo Tribunal Federal prescreve que os “Ministros declarar-se-ão impedidos ou suspeitos nos casos previstos em lei”.

Depreendo ainda que o art. 252, III, CPP, veda que o Juiz atue em processo em que “tiver funcionado como juiz de outra instância”.

Assento que Tribunal Pleno já decidiu que as “hipóteses de impedimento elencadas no art. 252 do Código de Processo Penal constituem um numerus clausus”, bem como que “não é possível, pois, interpretar-se extensivamente os seus incisos” (HC 92893, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 02/10/2008, grifei).

No mesmo sentido, a Corte possui compreensão no sentido da “[i]mpossibilidade de criação pela via da interpretação de causas de impedimento” (HC 97544, Relator(a): Min. EROS GRAU, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 21/09/2010, grifei).

Ausentes as hipóteses taxativamente previstas na ordem jurídica, não há impedimento a ser reconhecido.

Ademais, no caso concreto, cabe observar que a decisão impugnada é imputável ao Tribunal Pleno, e não apenas aos eminentes Ministros que integraram a corrente majoritária. Trata-se, em verdade, de decisão colegiada, e não de mero somatório de decisões unipessoais.

3. Saliento que é fato notório que o impetrante não integra a atuante defesa técnica do paciente.

Não se desconhece que o habeas corpus constitui relevantíssima garantia constitucional voltada à tutela do direito de locomoção e que convive com ampla legitimidade ativa. Nesse particular, em tese, qualquer pessoa pode impetrá-lo em favor de determinado paciente a fim de combater ato que compreende configurador de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Nada obstante, não há como se olvidar da dimensão funcional e teleológica dessa larga legitimação. Com efeito, tal circunstância tem como pano de fundo a otimização da tutela judicial do direito de locomoção, com relevância acentuada nas hipóteses em que o paciente não possui defesa técnica constituída ou ainda que tal mister não seja desempenhado a contento.

Por outro lado, não se admite que essa legitimação universal interfira na conveniência e oportunidade da formalização da impetração, as quais se inserem no contexto da estratégia defensiva, quadrante no qual, por óbvio, deve ser prestigiada a atuação da defesa constituída. Afinal, a legitimação aberta é para prestigiar o direito à liberdade e não para, ainda que tangencialmente, prejudicar o exercício do múnus técnico da defesa.

Em outras palavras, é da defesa técnica a prioritária escolha do “se” e do “quando” no que toca à submissão de determinada matéria ao Estado-Juiz.

A legitimação universal, portanto, tem força subsidiária, com maior enfoque nas hipóteses em que há ausência ou deficiência de defesa. E, no caso concreto, a combatividade da atuação da defesa constituída não se encontra em debate.

Nessa mesma linha, o art. 192, §3°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ao disciplinar o rito dos habeas corpus endereçados a esta Corte, prescreve que “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente.“

A disposição literal, portanto, já evidencia a prevalência da defesa constituída sobre a impetração formulada, bem como que os impetrantes em geral não possuem direito subjetivo inafastável da apreciação de tais temas.

Na minha ótica, tal cuidado deve ser robustecido em casos como o dos autos, que envolve figura pública de projeção nacional, o que, naturalmente, pode ensejar a submissão da matéria ao Poder Judiciário pelas mais diversas razões.

Ademais, no caso concreto, não compreendo cabível o processamento da impetração até que haja oposição da defesa técnica.

A uma, pelo fato de que eventual multiplicação de impetrações de tal jaez exigiria intensa dedicação da defesa com a finalidade de obstar o processamento de remédio processual posto exclusivamente à disposição dos interesses defensivos, prejudicando, em uma perspectiva holística, o exercício do seu encargo.

A duas, pela notória combatividade da defesa técnica a quem cabe, a tempo e modo, a adoção da estratégia defensiva que reputar adequada ao caso.

Assim, diante de tal contexto, salvo manifestação expressa em sentido contrário, considero a presente impetração desautorizada pela defesa técnica.

No mesmo sentido: HC 145751 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em 02/08/2017 e HC 152613, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/02/2018. E ainda:

“Ora, é notório que o largo espectro de legitimidade ativa constitucionalmente atribuído ao writ busca a máxima proteção ao paciente. Pressupõe-se, portanto, o interesse de agir em favor do paciente, de modo que a iniciativa não pode trazer reflexos negativos ou ir de encontro à defesa eventualmente constituída. E, muito menos, abrir campo à atuação de pessoas que, sem o conhecimento do paciente, apenas objetivem notoriedade ou, mesmo munidas de boas intenções, “atropelem” a estratégia defensiva.

(…)No presente caso, militam em favor do paciente causídicos por

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 184

ele eleitos, de modo que não se cogita de ausência de constituição de defesa técnica e muito menos de deficiência na atuação dessa defesa. Logo, essa “legitimação universal” ativa, de natureza subsidiária, não tem lugar” (HC 155283, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 23/04/2018, grifei)

“Acresço que o fato de o paciente contar com procurador constituído nos autos da AC 4.039/DF, a que este habeas corpus se refere, em tese, também constitui óbice à impetração, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, forte no art. 192, § 3º, do RISTF: “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente”.

Tenho entendido, em casos análogos, que não há como presumir que a interferência de terceiro se faça no interesse da Defesa e do acusado, pelo menos em sua integralidade. Rigorosamente, em tese, o atropelar de estratégias definidas pode mais atrapalhar do que auxiliar. O mesmo se diga do levantamento de questões acaso inadequadas e do eventual precipitar de decisões desfavoráveis.” (HC 131839, Relator(a): Min. ROSA WEBER, julgado em 30/11/2015, grifei)

4. Não bastasse, o ato apontado não é sindicável pela via eleita, visto que “não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno, contra ato de Ministro ou órgão fracionário da Corte” (HC 86.548/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, maioria, DJe 19.12.2008). Na mesma linha, cito os seguintes precedentes que retratam a compreensão do Tribunal Pleno:

“Esta Corte já firmou jurisprudência no sentido de não caber habeas corpus contra ato de Ministro Relator, de Turma ou do próprio Tribunal Pleno. Precedentes.” (HC 118459 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 24/10/2013)

“Esta Corte firmou a orientação do não cabimento de habeas corpus contra ato de Ministro Relator ou contra decisão colegiada de Turma ou do Plenário do próprio Tribunal, independentemente de tal decisão haver sido proferida em sede de habeas corpus ou proferida em sede de recursos em geral (Súmula 606).” (HC 97009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno)

Ainda a esse respeito, colaciono precedente de minha relatoria:“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DIREITO

PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de Ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Agravo regimental desprovido.” (HC 129.802/CE, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, julgado em 18.12.2016, grifei)

Embora tal entendimento, em momento anterior, fosse alvo de discordâncias, após intenso debate, ao enfrentar o HC 105959/DF, o Tribunal, em 17.2.2016, com a participação da integralidade dos então componentes do Plenário, consolidou o descabimento de impetração contra ato de Ministro da própria Corte:

“HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Writ não conhecido. (HC 105959, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2016)

Tal posição vem sendo desde então observada, conforme se depreende dos seguintes julgados:

“A jurisprudência consolidada da Corte atesta o não cabimento de habeas corpus contra ato jurisdicional de Ministro ou órgão fracionário do STF.” (AP 985 QO, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 06/06/2017)

“O habeas corpus é incabível quando impetrado em face de ato dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, de órgão fracionário da Corte ou de seu Pleno.” (HC 131033 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 02/06/2017

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido do não cabimento de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato jurisdicional de ministro ou órgão fracionário da Corte, seja em recurso ou em ação originária de sua competência.” (HC 115787, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 18/05/2017)

5. Em razão da intransponibilidade de tais obstáculos, a impetração não merece conhecimento, sendo manifestamente incabível.

Posto isso, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, não conheço do habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 156.567 (1269)ORIGEM : 156567 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : LUCIETE LOPES ROCHA

COATOR(A/S)(ES) : SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA contra decisão do Tribunal Pleno exarada no HC 152.752/PR.

Requer-se, preliminarmente, o reconhecimento do impedimento dos Ministros Cármen Lúcia, Dias Tóffoli, Celso de Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

No mérito, postula a concessão da ordem para:“i. declarar NULA a votação informal realizada ao arrepio dos arts.

361 e seguintes do RISTF, que autorizou o voto de qualidade da Ministra Presidente desta Corte, e consequentemente, declarar NULO o voto referida Ministra e reconhecer o empate na votação do HC 152752, aplicando-se, o art. 146, par. único do RISTF para o fim de proclamar a decisão da mais favorável ao paciente;

ii. declarar NULO o voto proferido pela E. Ministra Rosa Weber por ausência de fundamentação, considerando assim, a votação final de 5 votos em favor da concessão da ordem versus 4 votos contrários, situação em que não justificaria o voto de qualidade da Ministra Presidente;

iii. Alternativamente, se mantido o voto da E. Ministra Presidente, seja considerada o empate na votação do HC 152752, aplicando-se o art. 146, par. único, para fim de proclamar a decisão mais favorável ao Paciente.”

É o relatório. Decido.2. De início, aponto que o art. 112 do CPP observa que o

“impedimento poderá ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.”

O art. 100, §2°, CPP, que trata do processamento da suspeição e, por força do aludido no art. 112, CPP, é aplicável aos casos de impedimento, preceitua o seguinte:

“Art. 100. (…)§ 2o Se a suspeição for de manifesta improcedência, o juiz ou

relator a rejeitará liminarmente.”Quanto ao caso dos autos, verifico que o art. 277 do Regimento

Interno do Supremo Tribunal Federal prescreve que os “Ministros declarar-se-ão impedidos ou suspeitos nos casos previstos em lei”.

Depreendo ainda que o art. 252, III, CPP, veda que o Juiz atue em processo em que “tiver funcionado como juiz de outra instância”.

Assento que Tribunal Pleno já decidiu que as “hipóteses de impedimento elencadas no art. 252 do Código de Processo Penal constituem um numerus clausus”, bem como que “não é possível, pois, interpretar-se extensivamente os seus incisos” (HC 92893, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 02/10/2008, grifei).

No mesmo sentido, a Corte possui compreensão no sentido da “[i]mpossibilidade de criação pela via da interpretação de causas de impedimento” (HC 97544, Relator(a): Min. EROS GRAU, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 21/09/2010, grifei).

Ausentes as hipóteses taxativamente previstas na ordem jurídica, não há impedimento a ser reconhecido.

Ademais, no caso concreto, cabe observar que a decisão impugnada é imputável ao Tribunal Pleno, e não apenas aos eminentes Ministros que integraram a corrente majoritária. Trata-se, em verdade, de decisão colegiada, e não de mero somatório de decisões unipessoais.

3. Saliento que é fato notório que o impetrante não integra a atuante defesa técnica do paciente.

Não se desconhece que o habeas corpus constitui relevantíssima garantia constitucional voltada à tutela do direito de locomoção e que convive com ampla legitimidade ativa. Nesse particular, em tese, qualquer pessoa pode impetrá-lo em favor de determinado paciente a fim de combater ato que compreende configurador de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Nada obstante, não há como se olvidar da dimensão funcional e teleológica dessa larga legitimação. Com efeito, tal circunstância tem como pano de fundo a otimização da tutela judicial do direito de locomoção, com relevância acentuada nas hipóteses em que o paciente não possui defesa técnica constituída ou ainda que tal mister não seja desempenhado a contento.

Por outro lado, não se admite que essa legitimação universal interfira na conveniência e oportunidade da formalização da impetração, as quais se inserem no contexto da estratégia defensiva, quadrante no qual, por óbvio, deve ser prestigiada a atuação da defesa constituída. Afinal, a legitimação aberta é para prestigiar o direito à liberdade e não para, ainda que tangencialmente, prejudicar o exercício do múnus técnico da defesa.

Em outras palavras, é da defesa técnica a prioritária escolha do “se” e do “quando” no que toca à submissão de determinada matéria ao Estado-Juiz.

A legitimação universal, portanto, tem força subsidiária, com maior enfoque nas hipóteses em que há ausência ou deficiência de defesa. E, no caso concreto, a combatividade da atuação da defesa constituída não se encontra em debate.

Nessa mesma linha, o art. 192, §3°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ao disciplinar o rito dos habeas corpus endereçados a esta Corte, prescreve que “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente.“

A disposição literal, portanto, já evidencia a prevalência da defesa

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 185

constituída sobre a impetração formulada, bem como que os impetrantes em geral não possuem direito subjetivo inafastável da apreciação de tais temas.

Na minha ótica, tal cuidado deve ser robustecido em casos como o dos autos, que envolve figura pública de projeção nacional, o que, naturalmente, pode ensejar a submissão da matéria ao Poder Judiciário pelas mais diversas razões.

Ademais, no caso concreto, não compreendo cabível o processamento da impetração até que haja oposição da defesa técnica.

A uma, pelo fato de que eventual multiplicação de impetrações de tal jaez exigiria intensa dedicação da defesa com a finalidade de obstar o processamento de remédio processual posto exclusivamente à disposição dos interesses defensivos, prejudicando, em uma perspectiva holística, o exercício do seu encargo.

A duas, pela notória combatividade da defesa técnica a quem cabe, a tempo e modo, a adoção da estratégia defensiva que reputar adequada ao caso.

Assim, diante de tal contexto, salvo manifestação expressa em sentido contrário, considero a presente impetração desautorizada pela defesa técnica.

No mesmo sentido: HC 145751 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em 02/08/2017 e HC 152613, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/02/2018. E ainda:

“Ora, é notório que o largo espectro de legitimidade ativa constitucionalmente atribuído ao writ busca a máxima proteção ao paciente. Pressupõe-se, portanto, o interesse de agir em favor do paciente, de modo que a iniciativa não pode trazer reflexos negativos ou ir de encontro à defesa eventualmente constituída. E, muito menos, abrir campo à atuação de pessoas que, sem o conhecimento do paciente, apenas objetivem notoriedade ou, mesmo munidas de boas intenções, “atropelem” a estratégia defensiva.

(…)No presente caso, militam em favor do paciente causídicos por

ele eleitos, de modo que não se cogita de ausência de constituição de defesa técnica e muito menos de deficiência na atuação dessa defesa. Logo, essa “legitimação universal” ativa, de natureza subsidiária, não tem lugar” (HC 155283, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 23/04/2018, grifei)

“Acresço que o fato de o paciente contar com procurador constituído nos autos da AC 4.039/DF, a que este habeas corpus se refere, em tese, também constitui óbice à impetração, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, forte no art. 192, § 3º, do RISTF: “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente”.

Tenho entendido, em casos análogos, que não há como presumir que a interferência de terceiro se faça no interesse da Defesa e do acusado, pelo menos em sua integralidade. Rigorosamente, em tese, o atropelar de estratégias definidas pode mais atrapalhar do que auxiliar. O mesmo se diga do levantamento de questões acaso inadequadas e do eventual precipitar de decisões desfavoráveis.” (HC 131839, Relator(a): Min. ROSA WEBER, julgado em 30/11/2015, grifei)

4. Não bastasse, o ato apontado não é sindicável pela via eleita, visto que “não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno, contra ato de Ministro ou órgão fracionário da Corte” (HC 86.548/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, maioria, DJe 19.12.2008). Na mesma linha, cito os seguintes precedentes que retratam a compreensão do Tribunal Pleno:

“Esta Corte já firmou jurisprudência no sentido de não caber habeas corpus contra ato de Ministro Relator, de Turma ou do próprio Tribunal Pleno. Precedentes.” (HC 118459 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 24/10/2013)

“Esta Corte firmou a orientação do não cabimento de habeas corpus contra ato de Ministro Relator ou contra decisão colegiada de Turma ou do Plenário do próprio Tribunal, independentemente de tal decisão haver sido proferida em sede de habeas corpus ou proferida em sede de recursos em geral (Súmula 606).” (HC 97009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno)

Ainda a esse respeito, colaciono precedente de minha relatoria:“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DIREITO

PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de Ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Agravo regimental desprovido.” (HC 129.802/CE, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, julgado em 18.12.2016, grifei)

Embora tal entendimento, em momento anterior, fosse alvo de discordâncias, após intenso debate, ao enfrentar o HC 105959/DF, o Tribunal, em 17.2.2016, com a participação da integralidade dos então componentes do Plenário, consolidou o descabimento de impetração contra ato de Ministro da própria Corte:

“HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Writ não conhecido. (HC 105959, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2016)

Tal posição vem sendo desde então observada, conforme se

depreende dos seguintes julgados:“A jurisprudência consolidada da Corte atesta o não cabimento de

habeas corpus contra ato jurisdicional de Ministro ou órgão fracionário do STF.” (AP 985 QO, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 06/06/2017)

“O habeas corpus é incabível quando impetrado em face de ato dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, de órgão fracionário da Corte ou de seu Pleno.” (HC 131033 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 02/06/2017

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido do não cabimento de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato jurisdicional de ministro ou órgão fracionário da Corte, seja em recurso ou em ação originária de sua competência.” (HC 115787, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 18/05/2017)

5. Em razão da intransponibilidade de tais obstáculos, a impetração não merece conhecimento, sendo manifestamente incabível.

Posto isso, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, não conheço do habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 156.568 (1270)ORIGEM : 156568 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : ANTONIO CARLOS POMPEU BARBOSACOATOR(A/S)(ES) : SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA contra decisão do Tribunal Pleno exarada no HC 152.752/PR.

Requer-se, preliminarmente, o reconhecimento do impedimento dos Ministros Cármen Lúcia, Dias Tóffoli, Celso de Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

No mérito, postula a concessão da ordem para:“i. declarar NULA a votação informal realizada ao arrepio dos arts.

361 e seguintes do RISTF, que autorizou o voto de qualidade da Ministra Presidente desta Corte, e consequentemente, declarar NULO o voto referida Ministra e reconhecer o empate na votação do HC 152752, aplicando-se, o art. 146, par. único do RISTF para o fim de proclamar a decisão da mais favorável ao paciente;

ii. declarar NULO o voto proferido pela E. Ministra Rosa Weber por ausência de fundamentação, considerando assim, a votação final de 5 votos em favor da concessão da ordem versus 4 votos contrários, situação em que não justificaria o voto de qualidade da Ministra Presidente;

iii. Alternativamente, se mantido o voto da E. Ministra Presidente, seja considerada o empate na votação do HC 152752, aplicando-se o art. 146, par. único, para fim de proclamar a decisão mais favorável ao Paciente.”

É o relatório. Decido.2. De início, aponto que o art. 112 do CPP observa que o

“impedimento poderá ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.”

O art. 100, §2°, CPP, que trata do processamento da suspeição e, por força do aludido no art. 112, CPP, é aplicável aos casos de impedimento, preceitua o seguinte:

“Art. 100. (…)§ 2o Se a suspeição for de manifesta improcedência, o juiz ou

relator a rejeitará liminarmente.”Quanto ao caso dos autos, verifico que o art. 277 do Regimento

Interno do Supremo Tribunal Federal prescreve que os “Ministros declarar-se-ão impedidos ou suspeitos nos casos previstos em lei”.

Depreendo ainda que o art. 252, III, CPP, veda que o Juiz atue em processo em que “tiver funcionado como juiz de outra instância”.

Assento que Tribunal Pleno já decidiu que as “hipóteses de impedimento elencadas no art. 252 do Código de Processo Penal constituem um numerus clausus”, bem como que “não é possível, pois, interpretar-se extensivamente os seus incisos” (HC 92893, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 02/10/2008, grifei).

No mesmo sentido, a Corte possui compreensão no sentido da “[i]mpossibilidade de criação pela via da interpretação de causas de impedimento” (HC 97544, Relator(a): Min. EROS GRAU, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 21/09/2010, grifei).

Ausentes as hipóteses taxativamente previstas na ordem jurídica, não há impedimento a ser reconhecido.

Ademais, no caso concreto, cabe observar que a decisão impugnada é imputável ao Tribunal Pleno, e não apenas aos eminentes Ministros que integraram a corrente majoritária. Trata-se, em verdade, de decisão colegiada, e não de mero somatório de decisões unipessoais.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 186

3. Saliento que é fato notório que o impetrante não integra a atuante defesa técnica do paciente.

Não se desconhece que o habeas corpus constitui relevantíssima garantia constitucional voltada à tutela do direito de locomoção e que convive com ampla legitimidade ativa. Nesse particular, em tese, qualquer pessoa pode impetrá-lo em favor de determinado paciente a fim de combater ato que compreende configurador de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Nada obstante, não há como se olvidar da dimensão funcional e teleológica dessa larga legitimação. Com efeito, tal circunstância tem como pano de fundo a otimização da tutela judicial do direito de locomoção, com relevância acentuada nas hipóteses em que o paciente não possui defesa técnica constituída ou ainda que tal mister não seja desempenhado a contento.

Por outro lado, não se admite que essa legitimação universal interfira na conveniência e oportunidade da formalização da impetração, as quais se inserem no contexto da estratégia defensiva, quadrante no qual, por óbvio, deve ser prestigiada a atuação da defesa constituída. Afinal, a legitimação aberta é para prestigiar o direito à liberdade e não para, ainda que tangencialmente, prejudicar o exercício do múnus técnico da defesa.

Em outras palavras, é da defesa técnica a prioritária escolha do “se” e do “quando” no que toca à submissão de determinada matéria ao Estado-Juiz.

A legitimação universal, portanto, tem força subsidiária, com maior enfoque nas hipóteses em que há ausência ou deficiência de defesa. E, no caso concreto, a combatividade da atuação da defesa constituída não se encontra em debate.

Nessa mesma linha, o art. 192, §3°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ao disciplinar o rito dos habeas corpus endereçados a esta Corte, prescreve que “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente.“

A disposição literal, portanto, já evidencia a prevalência da defesa constituída sobre a impetração formulada, bem como que os impetrantes em geral não possuem direito subjetivo inafastável da apreciação de tais temas.

Na minha ótica, tal cuidado deve ser robustecido em casos como o dos autos, que envolve figura pública de projeção nacional, o que, naturalmente, pode ensejar a submissão da matéria ao Poder Judiciário pelas mais diversas razões.

Ademais, no caso concreto, não compreendo cabível o processamento da impetração até que haja oposição da defesa técnica.

A uma, pelo fato de que eventual multiplicação de impetrações de tal jaez exigiria intensa dedicação da defesa com a finalidade de obstar o processamento de remédio processual posto exclusivamente à disposição dos interesses defensivos, prejudicando, em uma perspectiva holística, o exercício do seu encargo.

A duas, pela notória combatividade da defesa técnica a quem cabe, a tempo e modo, a adoção da estratégia defensiva que reputar adequada ao caso.

Assim, diante de tal contexto, salvo manifestação expressa em sentido contrário, considero a presente impetração desautorizada pela defesa técnica.

No mesmo sentido: HC 145751 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em 02/08/2017 e HC 152613, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/02/2018. E ainda:

“Ora, é notório que o largo espectro de legitimidade ativa constitucionalmente atribuído ao writ busca a máxima proteção ao paciente. Pressupõe-se, portanto, o interesse de agir em favor do paciente, de modo que a iniciativa não pode trazer reflexos negativos ou ir de encontro à defesa eventualmente constituída. E, muito menos, abrir campo à atuação de pessoas que, sem o conhecimento do paciente, apenas objetivem notoriedade ou, mesmo munidas de boas intenções, “atropelem” a estratégia defensiva.

(…)No presente caso, militam em favor do paciente causídicos por

ele eleitos, de modo que não se cogita de ausência de constituição de defesa técnica e muito menos de deficiência na atuação dessa defesa. Logo, essa “legitimação universal” ativa, de natureza subsidiária, não tem lugar” (HC 155283, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 23/04/2018, grifei)

“Acresço que o fato de o paciente contar com procurador constituído nos autos da AC 4.039/DF, a que este habeas corpus se refere, em tese, também constitui óbice à impetração, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, forte no art. 192, § 3º, do RISTF: “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente”.

Tenho entendido, em casos análogos, que não há como presumir que a interferência de terceiro se faça no interesse da Defesa e do acusado, pelo menos em sua integralidade. Rigorosamente, em tese, o atropelar de estratégias definidas pode mais atrapalhar do que auxiliar. O mesmo se diga do levantamento de questões acaso inadequadas e do eventual precipitar de decisões desfavoráveis.” (HC 131839, Relator(a): Min. ROSA WEBER, julgado em 30/11/2015, grifei)

4. Não bastasse, o ato apontado não é sindicável pela via eleita, visto que “não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno, contra ato de Ministro ou órgão fracionário da Corte” (HC 86.548/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, maioria, DJe 19.12.2008). Na mesma linha, cito os seguintes precedentes que retratam a compreensão do Tribunal Pleno:

“Esta Corte já firmou jurisprudência no sentido de não caber habeas corpus contra ato de Ministro Relator, de Turma ou do próprio Tribunal Pleno. Precedentes.” (HC 118459 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 24/10/2013)

“Esta Corte firmou a orientação do não cabimento de habeas corpus contra ato de Ministro Relator ou contra decisão colegiada de Turma ou do Plenário do próprio Tribunal, independentemente de tal decisão haver sido proferida em sede de habeas corpus ou proferida em sede de recursos em geral (Súmula 606).” (HC 97009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno)

Ainda a esse respeito, colaciono precedente de minha relatoria:“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DIREITO

PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de Ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Agravo regimental desprovido.” (HC 129.802/CE, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, julgado em 18.12.2016, grifei)

Embora tal entendimento, em momento anterior, fosse alvo de discordâncias, após intenso debate, ao enfrentar o HC 105959/DF, o Tribunal, em 17.2.2016, com a participação da integralidade dos então componentes do Plenário, consolidou o descabimento de impetração contra ato de Ministro da própria Corte:

“HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Writ não conhecido. (HC 105959, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2016)

Tal posição vem sendo desde então observada, conforme se depreende dos seguintes julgados:

“A jurisprudência consolidada da Corte atesta o não cabimento de habeas corpus contra ato jurisdicional de Ministro ou órgão fracionário do STF.” (AP 985 QO, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 06/06/2017)

“O habeas corpus é incabível quando impetrado em face de ato dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, de órgão fracionário da Corte ou de seu Pleno.” (HC 131033 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 02/06/2017

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido do não cabimento de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato jurisdicional de ministro ou órgão fracionário da Corte, seja em recurso ou em ação originária de sua competência.” (HC 115787, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 18/05/2017)

5. Em razão da intransponibilidade de tais obstáculos, a impetração não merece conhecimento, sendo manifestamente incabível.

Posto isso, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, não conheço do habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 156.569 (1271)ORIGEM : 156569 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : LETICIA ALVES ROCHACOATOR(A/S)(ES) : SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA contra decisão do Tribunal Pleno exarada no HC 152.752/PR.

Requer-se, preliminarmente, o reconhecimento do impedimento dos Ministros Cármen Lúcia, Dias Tóffoli, Celso de Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

No mérito, postula a concessão da ordem para:“i. declarar NULA a votação informal realizada ao arrepio dos arts.

361 e seguintes do RISTF, que autorizou o voto de qualidade da Ministra Presidente desta Corte, e consequentemente, declarar NULO o voto referida Ministra e reconhecer o empate na votação do HC 152752, aplicando-se, o art. 146, par. único do RISTF para o fim de proclamar a decisão da mais favorável ao paciente;

ii. declarar NULO o voto proferido pela E. Ministra Rosa Weber por ausência de fundamentação, considerando assim, a votação final de 5 votos em favor da concessão da ordem versus 4 votos contrários, situação em que não justificaria o voto de qualidade da Ministra Presidente;

iii. Alternativamente, se mantido o voto da E. Ministra Presidente, seja considerada o empate na votação do HC 152752, aplicando-se o art. 146, par. único, para fim de proclamar a decisão mais favorável ao Paciente.”

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 187

É o relatório. Decido.2. De início, aponto que o art. 112 do CPP observa que o

“impedimento poderá ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.”

O art. 100, §2°, CPP, que trata do processamento da suspeição e, por força do aludido no art. 112, CPP, é aplicável aos casos de impedimento, preceitua o seguinte:

“Art. 100. (…)§ 2o Se a suspeição for de manifesta improcedência, o juiz ou

relator a rejeitará liminarmente.”Quanto ao caso dos autos, verifico que o art. 277 do Regimento

Interno do Supremo Tribunal Federal prescreve que os “Ministros declarar-se-ão impedidos ou suspeitos nos casos previstos em lei”.

Depreendo ainda que o art. 252, III, CPP, veda que o Juiz atue em processo em que “tiver funcionado como juiz de outra instância”.

Assento que Tribunal Pleno já decidiu que as “hipóteses de impedimento elencadas no art. 252 do Código de Processo Penal constituem um numerus clausus”, bem como que “não é possível, pois, interpretar-se extensivamente os seus incisos” (HC 92893, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 02/10/2008, grifei).

No mesmo sentido, a Corte possui compreensão no sentido da “[i]mpossibilidade de criação pela via da interpretação de causas de impedimento” (HC 97544, Relator(a): Min. EROS GRAU, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 21/09/2010, grifei).

Ausentes as hipóteses taxativamente previstas na ordem jurídica, não há impedimento a ser reconhecido.

Ademais, no caso concreto, cabe observar que a decisão impugnada é imputável ao Tribunal Pleno, e não apenas aos eminentes Ministros que integraram a corrente majoritária. Trata-se, em verdade, de decisão colegiada, e não de mero somatório de decisões unipessoais.

3. Saliento que é fato notório que o impetrante não integra a atuante defesa técnica do paciente.

Não se desconhece que o habeas corpus constitui relevantíssima garantia constitucional voltada à tutela do direito de locomoção e que convive com ampla legitimidade ativa. Nesse particular, em tese, qualquer pessoa pode impetrá-lo em favor de determinado paciente a fim de combater ato que compreende configurador de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Nada obstante, não há como se olvidar da dimensão funcional e teleológica dessa larga legitimação. Com efeito, tal circunstância tem como pano de fundo a otimização da tutela judicial do direito de locomoção, com relevância acentuada nas hipóteses em que o paciente não possui defesa técnica constituída ou ainda que tal mister não seja desempenhado a contento.

Por outro lado, não se admite que essa legitimação universal interfira na conveniência e oportunidade da formalização da impetração, as quais se inserem no contexto da estratégia defensiva, quadrante no qual, por óbvio, deve ser prestigiada a atuação da defesa constituída. Afinal, a legitimação aberta é para prestigiar o direito à liberdade e não para, ainda que tangencialmente, prejudicar o exercício do múnus técnico da defesa.

Em outras palavras, é da defesa técnica a prioritária escolha do “se” e do “quando” no que toca à submissão de determinada matéria ao Estado-Juiz.

A legitimação universal, portanto, tem força subsidiária, com maior enfoque nas hipóteses em que há ausência ou deficiência de defesa. E, no caso concreto, a combatividade da atuação da defesa constituída não se encontra em debate.

Nessa mesma linha, o art. 192, §3°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ao disciplinar o rito dos habeas corpus endereçados a esta Corte, prescreve que “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente.“

A disposição literal, portanto, já evidencia a prevalência da defesa constituída sobre a impetração formulada, bem como que os impetrantes em geral não possuem direito subjetivo inafastável da apreciação de tais temas.

Na minha ótica, tal cuidado deve ser robustecido em casos como o dos autos, que envolve figura pública de projeção nacional, o que, naturalmente, pode ensejar a submissão da matéria ao Poder Judiciário pelas mais diversas razões.

Ademais, no caso concreto, não compreendo cabível o processamento da impetração até que haja oposição da defesa técnica.

A uma, pelo fato de que eventual multiplicação de impetrações de tal jaez exigiria intensa dedicação da defesa com a finalidade de obstar o processamento de remédio processual posto exclusivamente à disposição dos interesses defensivos, prejudicando, em uma perspectiva holística, o exercício do seu encargo.

A duas, pela notória combatividade da defesa técnica a quem cabe, a tempo e modo, a adoção da estratégia defensiva que reputar adequada ao caso.

Assim, diante de tal contexto, salvo manifestação expressa em sentido contrário, considero a presente impetração desautorizada pela defesa técnica.

No mesmo sentido: HC 145751 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em 02/08/2017 e HC 152613, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/02/2018. E ainda:

“Ora, é notório que o largo espectro de legitimidade ativa constitucionalmente atribuído ao writ busca a máxima proteção ao paciente. Pressupõe-se, portanto, o interesse de agir em favor do paciente, de modo que a iniciativa não pode trazer reflexos negativos ou ir de encontro à defesa eventualmente constituída. E, muito menos, abrir campo à atuação de pessoas que, sem o conhecimento do paciente, apenas objetivem notoriedade ou, mesmo munidas de boas intenções, “atropelem” a estratégia defensiva.

(…)No presente caso, militam em favor do paciente causídicos por

ele eleitos, de modo que não se cogita de ausência de constituição de defesa técnica e muito menos de deficiência na atuação dessa defesa. Logo, essa “legitimação universal” ativa, de natureza subsidiária, não tem lugar” (HC 155283, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 23/04/2018, grifei)

“Acresço que o fato de o paciente contar com procurador constituído nos autos da AC 4.039/DF, a que este habeas corpus se refere, em tese, também constitui óbice à impetração, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, forte no art. 192, § 3º, do RISTF: “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente”.

Tenho entendido, em casos análogos, que não há como presumir que a interferência de terceiro se faça no interesse da Defesa e do acusado, pelo menos em sua integralidade. Rigorosamente, em tese, o atropelar de estratégias definidas pode mais atrapalhar do que auxiliar. O mesmo se diga do levantamento de questões acaso inadequadas e do eventual precipitar de decisões desfavoráveis.” (HC 131839, Relator(a): Min. ROSA WEBER, julgado em 30/11/2015, grifei)

4. Não bastasse, o ato apontado não é sindicável pela via eleita, visto que “não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno, contra ato de Ministro ou órgão fracionário da Corte” (HC 86.548/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, maioria, DJe 19.12.2008). Na mesma linha, cito os seguintes precedentes que retratam a compreensão do Tribunal Pleno:

“Esta Corte já firmou jurisprudência no sentido de não caber habeas corpus contra ato de Ministro Relator, de Turma ou do próprio Tribunal Pleno. Precedentes.” (HC 118459 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 24/10/2013)

“Esta Corte firmou a orientação do não cabimento de habeas corpus contra ato de Ministro Relator ou contra decisão colegiada de Turma ou do Plenário do próprio Tribunal, independentemente de tal decisão haver sido proferida em sede de habeas corpus ou proferida em sede de recursos em geral (Súmula 606).” (HC 97009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno)

Ainda a esse respeito, colaciono precedente de minha relatoria:“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DIREITO

PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de Ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Agravo regimental desprovido.” (HC 129.802/CE, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, julgado em 18.12.2016, grifei)

Embora tal entendimento, em momento anterior, fosse alvo de discordâncias, após intenso debate, ao enfrentar o HC 105959/DF, o Tribunal, em 17.2.2016, com a participação da integralidade dos então componentes do Plenário, consolidou o descabimento de impetração contra ato de Ministro da própria Corte:

“HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Writ não conhecido. (HC 105959, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2016)

Tal posição vem sendo desde então observada, conforme se depreende dos seguintes julgados:

“A jurisprudência consolidada da Corte atesta o não cabimento de habeas corpus contra ato jurisdicional de Ministro ou órgão fracionário do STF.” (AP 985 QO, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 06/06/2017)

“O habeas corpus é incabível quando impetrado em face de ato dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, de órgão fracionário da Corte ou de seu Pleno.” (HC 131033 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 02/06/2017

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido do não cabimento de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato jurisdicional de ministro ou órgão fracionário da Corte, seja em recurso ou em ação originária de sua competência.” (HC 115787, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 18/05/2017)

5. Em razão da intransponibilidade de tais obstáculos, a impetração não merece conhecimento, sendo manifestamente incabível.

Posto isso, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, não conheço do habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 188

RelatorDocumento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 156.570 (1272)ORIGEM : 156570 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : EDILASIR ALTINA DE ARAÚJO AFONSECACOATOR(A/S)(ES) : SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA contra decisão do Tribunal Pleno exarada no HC 152.752/PR.

Requer-se, preliminarmente, o reconhecimento do impedimento dos Ministros Cármen Lúcia, Dias Tóffoli, Celso de Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

No mérito, postula a concessão da ordem para:“i. declarar NULA a votação informal realizada ao arrepio dos arts.

361 e seguintes do RISTF, que autorizou o voto de qualidade da Ministra Presidente desta Corte, e consequentemente, declarar NULO o voto referida Ministra e reconhecer o empate na votação do HC 152752, aplicando-se, o art. 146, par. único do RISTF para o fim de proclamar a decisão da mais favorável ao paciente;

ii. declarar NULO o voto proferido pela E. Ministra Rosa Weber por ausência de fundamentação, considerando assim, a votação final de 5 votos em favor da concessão da ordem versus 4 votos contrários, situação em que não justificaria o voto de qualidade da Ministra Presidente;

iii. Alternativamente, se mantido o voto da E. Ministra Presidente, seja considerada o empate na votação do HC 152752, aplicando-se o art. 146, par. único, para fim de proclamar a decisão mais favorável ao Paciente.”

É o relatório. Decido.2. De início, aponto que o art. 112 do CPP observa que o

“impedimento poderá ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.”

O art. 100, §2°, CPP, que trata do processamento da suspeição e, por força do aludido no art. 112, CPP, é aplicável aos casos de impedimento, preceitua o seguinte:

“Art. 100. (…)§ 2o Se a suspeição for de manifesta improcedência, o juiz ou

relator a rejeitará liminarmente.”Quanto ao caso dos autos, verifico que o art. 277 do Regimento

Interno do Supremo Tribunal Federal prescreve que os “Ministros declarar-se-ão impedidos ou suspeitos nos casos previstos em lei”.

Depreendo ainda que o art. 252, III, CPP, veda que o Juiz atue em processo em que “tiver funcionado como juiz de outra instância”.

Assento que Tribunal Pleno já decidiu que as “hipóteses de impedimento elencadas no art. 252 do Código de Processo Penal constituem um numerus clausus”, bem como que “não é possível, pois, interpretar-se extensivamente os seus incisos” (HC 92893, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 02/10/2008, grifei).

No mesmo sentido, a Corte possui compreensão no sentido da “[i]mpossibilidade de criação pela via da interpretação de causas de impedimento” (HC 97544, Relator(a): Min. EROS GRAU, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 21/09/2010, grifei).

Ausentes as hipóteses taxativamente previstas na ordem jurídica, não há impedimento a ser reconhecido.

Ademais, no caso concreto, cabe observar que a decisão impugnada é imputável ao Tribunal Pleno, e não apenas aos eminentes Ministros que integraram a corrente majoritária. Trata-se, em verdade, de decisão colegiada, e não de mero somatório de decisões unipessoais.

3. Saliento que é fato notório que o impetrante não integra a atuante defesa técnica do paciente.

Não se desconhece que o habeas corpus constitui relevantíssima garantia constitucional voltada à tutela do direito de locomoção e que convive com ampla legitimidade ativa. Nesse particular, em tese, qualquer pessoa pode impetrá-lo em favor de determinado paciente a fim de combater ato que compreende configurador de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Nada obstante, não há como se olvidar da dimensão funcional e teleológica dessa larga legitimação. Com efeito, tal circunstância tem como pano de fundo a otimização da tutela judicial do direito de locomoção, com relevância acentuada nas hipóteses em que o paciente não possui defesa técnica constituída ou ainda que tal mister não seja desempenhado a contento.

Por outro lado, não se admite que essa legitimação universal interfira na conveniência e oportunidade da formalização da impetração, as quais se inserem no contexto da estratégia defensiva, quadrante no qual, por óbvio, deve ser prestigiada a atuação da defesa constituída. Afinal, a legitimação aberta é para prestigiar o direito à liberdade e não para, ainda que tangencialmente, prejudicar o exercício do múnus técnico da defesa.

Em outras palavras, é da defesa técnica a prioritária escolha do “se” e do “quando” no que toca à submissão de determinada matéria ao Estado-Juiz.

A legitimação universal, portanto, tem força subsidiária, com maior enfoque nas hipóteses em que há ausência ou deficiência de defesa. E, no caso concreto, a combatividade da atuação da defesa constituída não se encontra em debate.

Nessa mesma linha, o art. 192, §3°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ao disciplinar o rito dos habeas corpus endereçados a esta Corte, prescreve que “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente.“

A disposição literal, portanto, já evidencia a prevalência da defesa constituída sobre a impetração formulada, bem como que os impetrantes em geral não possuem direito subjetivo inafastável da apreciação de tais temas.

Na minha ótica, tal cuidado deve ser robustecido em casos como o dos autos, que envolve figura pública de projeção nacional, o que, naturalmente, pode ensejar a submissão da matéria ao Poder Judiciário pelas mais diversas razões.

Ademais, no caso concreto, não compreendo cabível o processamento da impetração até que haja oposição da defesa técnica.

A uma, pelo fato de que eventual multiplicação de impetrações de tal jaez exigiria intensa dedicação da defesa com a finalidade de obstar o processamento de remédio processual posto exclusivamente à disposição dos interesses defensivos, prejudicando, em uma perspectiva holística, o exercício do seu encargo.

A duas, pela notória combatividade da defesa técnica a quem cabe, a tempo e modo, a adoção da estratégia defensiva que reputar adequada ao caso.

Assim, diante de tal contexto, salvo manifestação expressa em sentido contrário, considero a presente impetração desautorizada pela defesa técnica.

No mesmo sentido: HC 145751 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em 02/08/2017 e HC 152613, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/02/2018. E ainda:

“Ora, é notório que o largo espectro de legitimidade ativa constitucionalmente atribuído ao writ busca a máxima proteção ao paciente. Pressupõe-se, portanto, o interesse de agir em favor do paciente, de modo que a iniciativa não pode trazer reflexos negativos ou ir de encontro à defesa eventualmente constituída. E, muito menos, abrir campo à atuação de pessoas que, sem o conhecimento do paciente, apenas objetivem notoriedade ou, mesmo munidas de boas intenções, “atropelem” a estratégia defensiva.

(…)No presente caso, militam em favor do paciente causídicos por

ele eleitos, de modo que não se cogita de ausência de constituição de defesa técnica e muito menos de deficiência na atuação dessa defesa. Logo, essa “legitimação universal” ativa, de natureza subsidiária, não tem lugar” (HC 155283, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 23/04/2018, grifei)

“Acresço que o fato de o paciente contar com procurador constituído nos autos da AC 4.039/DF, a que este habeas corpus se refere, em tese, também constitui óbice à impetração, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, forte no art. 192, § 3º, do RISTF: “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente”.

Tenho entendido, em casos análogos, que não há como presumir que a interferência de terceiro se faça no interesse da Defesa e do acusado, pelo menos em sua integralidade. Rigorosamente, em tese, o atropelar de estratégias definidas pode mais atrapalhar do que auxiliar. O mesmo se diga do levantamento de questões acaso inadequadas e do eventual precipitar de decisões desfavoráveis.” (HC 131839, Relator(a): Min. ROSA WEBER, julgado em 30/11/2015, grifei)

4. Não bastasse, o ato apontado não é sindicável pela via eleita, visto que “não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno, contra ato de Ministro ou órgão fracionário da Corte” (HC 86.548/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, maioria, DJe 19.12.2008). Na mesma linha, cito os seguintes precedentes que retratam a compreensão do Tribunal Pleno:

“Esta Corte já firmou jurisprudência no sentido de não caber habeas corpus contra ato de Ministro Relator, de Turma ou do próprio Tribunal Pleno. Precedentes.” (HC 118459 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 24/10/2013)

“Esta Corte firmou a orientação do não cabimento de habeas corpus contra ato de Ministro Relator ou contra decisão colegiada de Turma ou do Plenário do próprio Tribunal, independentemente de tal decisão haver sido proferida em sede de habeas corpus ou proferida em sede de recursos em geral (Súmula 606).” (HC 97009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno)

Ainda a esse respeito, colaciono precedente de minha relatoria:“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DIREITO

PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de Ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Agravo regimental desprovido.” (HC 129.802/CE, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, julgado em 18.12.2016, grifei)

Embora tal entendimento, em momento anterior, fosse alvo de discordâncias, após intenso debate, ao enfrentar o HC 105959/DF, o Tribunal, em 17.2.2016, com a participação da integralidade dos então componentes do Plenário, consolidou o descabimento de impetração contra ato de Ministro da

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 189

própria Corte:“HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL.

IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Writ não conhecido. (HC 105959, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2016)

Tal posição vem sendo desde então observada, conforme se depreende dos seguintes julgados:

“A jurisprudência consolidada da Corte atesta o não cabimento de habeas corpus contra ato jurisdicional de Ministro ou órgão fracionário do STF.” (AP 985 QO, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 06/06/2017)

“O habeas corpus é incabível quando impetrado em face de ato dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, de órgão fracionário da Corte ou de seu Pleno.” (HC 131033 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 02/06/2017

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido do não cabimento de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato jurisdicional de ministro ou órgão fracionário da Corte, seja em recurso ou em ação originária de sua competência.” (HC 115787, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 18/05/2017)

5. Em razão da intransponibilidade de tais obstáculos, a impetração não merece conhecimento, sendo manifestamente incabível.

Posto isso, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, não conheço do habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 156.571 (1273)ORIGEM : 156571 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : ELISANGELA MARIA DE LIMACOATOR(A/S)(ES) : SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA contra decisão do Tribunal Pleno exarada no HC 152.752/PR.

Requer-se, preliminarmente, o reconhecimento do impedimento dos Ministros Cármen Lúcia, Dias Tóffoli, Celso de Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

No mérito, postula a concessão da ordem para:“i. declarar NULA a votação informal realizada ao arrepio dos arts.

361 e seguintes do RISTF, que autorizou o voto de qualidade da Ministra Presidente desta Corte, e consequentemente, declarar NULO o voto referida Ministra e reconhecer o empate na votação do HC 152752, aplicando-se, o art. 146, par. único do RISTF para o fim de proclamar a decisão da mais favorável ao paciente;

ii. declarar NULO o voto proferido pela E. Ministra Rosa Weber por ausência de fundamentação, considerando assim, a votação final de 5 votos em favor da concessão da ordem versus 4 votos contrários, situação em que não justificaria o voto de qualidade da Ministra Presidente;

iii. Alternativamente, se mantido o voto da E. Ministra Presidente, seja considerada o empate na votação do HC 152752, aplicando-se o art. 146, par. único, para fim de proclamar a decisão mais favorável ao Paciente.”

É o relatório. Decido.2. De início, aponto que o art. 112 do CPP observa que o

“impedimento poderá ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.”

O art. 100, §2°, CPP, que trata do processamento da suspeição e, por força do aludido no art. 112, CPP, é aplicável aos casos de impedimento, preceitua o seguinte:

“Art. 100. (…)§ 2o Se a suspeição for de manifesta improcedência, o juiz ou

relator a rejeitará liminarmente.”Quanto ao caso dos autos, verifico que o art. 277 do Regimento

Interno do Supremo Tribunal Federal prescreve que os “Ministros declarar-se-ão impedidos ou suspeitos nos casos previstos em lei”.

Depreendo ainda que o art. 252, III, CPP, veda que o Juiz atue em processo em que “tiver funcionado como juiz de outra instância”.

Assento que Tribunal Pleno já decidiu que as “hipóteses de impedimento elencadas no art. 252 do Código de Processo Penal constituem um numerus clausus”, bem como que “não é possível, pois, interpretar-se extensivamente os seus incisos” (HC 92893, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 02/10/2008, grifei).

No mesmo sentido, a Corte possui compreensão no sentido da “[i]mpossibilidade de criação pela via da interpretação de causas de

impedimento” (HC 97544, Relator(a): Min. EROS GRAU, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 21/09/2010, grifei).

Ausentes as hipóteses taxativamente previstas na ordem jurídica, não há impedimento a ser reconhecido.

Ademais, no caso concreto, cabe observar que a decisão impugnada é imputável ao Tribunal Pleno, e não apenas aos eminentes Ministros que integraram a corrente majoritária. Trata-se, em verdade, de decisão colegiada, e não de mero somatório de decisões unipessoais.

3. Saliento que é fato notório que o impetrante não integra a atuante defesa técnica do paciente.

Não se desconhece que o habeas corpus constitui relevantíssima garantia constitucional voltada à tutela do direito de locomoção e que convive com ampla legitimidade ativa. Nesse particular, em tese, qualquer pessoa pode impetrá-lo em favor de determinado paciente a fim de combater ato que compreende configurador de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Nada obstante, não há como se olvidar da dimensão funcional e teleológica dessa larga legitimação. Com efeito, tal circunstância tem como pano de fundo a otimização da tutela judicial do direito de locomoção, com relevância acentuada nas hipóteses em que o paciente não possui defesa técnica constituída ou ainda que tal mister não seja desempenhado a contento.

Por outro lado, não se admite que essa legitimação universal interfira na conveniência e oportunidade da formalização da impetração, as quais se inserem no contexto da estratégia defensiva, quadrante no qual, por óbvio, deve ser prestigiada a atuação da defesa constituída. Afinal, a legitimação aberta é para prestigiar o direito à liberdade e não para, ainda que tangencialmente, prejudicar o exercício do múnus técnico da defesa.

Em outras palavras, é da defesa técnica a prioritária escolha do “se” e do “quando” no que toca à submissão de determinada matéria ao Estado-Juiz.

A legitimação universal, portanto, tem força subsidiária, com maior enfoque nas hipóteses em que há ausência ou deficiência de defesa. E, no caso concreto, a combatividade da atuação da defesa constituída não se encontra em debate.

Nessa mesma linha, o art. 192, §3°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ao disciplinar o rito dos habeas corpus endereçados a esta Corte, prescreve que “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente.“

A disposição literal, portanto, já evidencia a prevalência da defesa constituída sobre a impetração formulada, bem como que os impetrantes em geral não possuem direito subjetivo inafastável da apreciação de tais temas.

Na minha ótica, tal cuidado deve ser robustecido em casos como o dos autos, que envolve figura pública de projeção nacional, o que, naturalmente, pode ensejar a submissão da matéria ao Poder Judiciário pelas mais diversas razões.

Ademais, no caso concreto, não compreendo cabível o processamento da impetração até que haja oposição da defesa técnica.

A uma, pelo fato de que eventual multiplicação de impetrações de tal jaez exigiria intensa dedicação da defesa com a finalidade de obstar o processamento de remédio processual posto exclusivamente à disposição dos interesses defensivos, prejudicando, em uma perspectiva holística, o exercício do seu encargo.

A duas, pela notória combatividade da defesa técnica a quem cabe, a tempo e modo, a adoção da estratégia defensiva que reputar adequada ao caso.

Assim, diante de tal contexto, salvo manifestação expressa em sentido contrário, considero a presente impetração desautorizada pela defesa técnica.

No mesmo sentido: HC 145751 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em 02/08/2017 e HC 152613, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/02/2018. E ainda:

“Ora, é notório que o largo espectro de legitimidade ativa constitucionalmente atribuído ao writ busca a máxima proteção ao paciente. Pressupõe-se, portanto, o interesse de agir em favor do paciente, de modo que a iniciativa não pode trazer reflexos negativos ou ir de encontro à defesa eventualmente constituída. E, muito menos, abrir campo à atuação de pessoas que, sem o conhecimento do paciente, apenas objetivem notoriedade ou, mesmo munidas de boas intenções, “atropelem” a estratégia defensiva.

(…)No presente caso, militam em favor do paciente causídicos por

ele eleitos, de modo que não se cogita de ausência de constituição de defesa técnica e muito menos de deficiência na atuação dessa defesa. Logo, essa “legitimação universal” ativa, de natureza subsidiária, não tem lugar” (HC 155283, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 23/04/2018, grifei)

“Acresço que o fato de o paciente contar com procurador constituído nos autos da AC 4.039/DF, a que este habeas corpus se refere, em tese, também constitui óbice à impetração, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, forte no art. 192, § 3º, do RISTF: “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente”.

Tenho entendido, em casos análogos, que não há como presumir que a interferência de terceiro se faça no interesse da Defesa e do acusado, pelo menos em sua integralidade. Rigorosamente, em tese, o

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 190

atropelar de estratégias definidas pode mais atrapalhar do que auxiliar. O mesmo se diga do levantamento de questões acaso inadequadas e do eventual precipitar de decisões desfavoráveis.” (HC 131839, Relator(a): Min. ROSA WEBER, julgado em 30/11/2015, grifei)

4. Não bastasse, o ato apontado não é sindicável pela via eleita, visto que “não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno, contra ato de Ministro ou órgão fracionário da Corte” (HC 86.548/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, maioria, DJe 19.12.2008). Na mesma linha, cito os seguintes precedentes que retratam a compreensão do Tribunal Pleno:

“Esta Corte já firmou jurisprudência no sentido de não caber habeas corpus contra ato de Ministro Relator, de Turma ou do próprio Tribunal Pleno. Precedentes.” (HC 118459 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 24/10/2013)

“Esta Corte firmou a orientação do não cabimento de habeas corpus contra ato de Ministro Relator ou contra decisão colegiada de Turma ou do Plenário do próprio Tribunal, independentemente de tal decisão haver sido proferida em sede de habeas corpus ou proferida em sede de recursos em geral (Súmula 606).” (HC 97009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno)

Ainda a esse respeito, colaciono precedente de minha relatoria:“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DIREITO

PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de Ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Agravo regimental desprovido.” (HC 129.802/CE, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, julgado em 18.12.2016, grifei)

Embora tal entendimento, em momento anterior, fosse alvo de discordâncias, após intenso debate, ao enfrentar o HC 105959/DF, o Tribunal, em 17.2.2016, com a participação da integralidade dos então componentes do Plenário, consolidou o descabimento de impetração contra ato de Ministro da própria Corte:

“HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Writ não conhecido. (HC 105959, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2016)

Tal posição vem sendo desde então observada, conforme se depreende dos seguintes julgados:

“A jurisprudência consolidada da Corte atesta o não cabimento de habeas corpus contra ato jurisdicional de Ministro ou órgão fracionário do STF.” (AP 985 QO, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 06/06/2017)

“O habeas corpus é incabível quando impetrado em face de ato dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, de órgão fracionário da Corte ou de seu Pleno.” (HC 131033 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 02/06/2017

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido do não cabimento de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato jurisdicional de ministro ou órgão fracionário da Corte, seja em recurso ou em ação originária de sua competência.” (HC 115787, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 18/05/2017)

5. Em razão da intransponibilidade de tais obstáculos, a impetração não merece conhecimento, sendo manifestamente incabível.

Posto isso, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, não conheço do habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 156.597 (1274)ORIGEM : 156597 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : JULIO CESAR SOUZA VIEIRAPACTE.(S) : OSNI SILVAIMPTE.(S) : AURY CELSO LIMA LOPES JUNIOR (58251/DF, 31549/

RS) E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 387.880 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Vistos etc.Referente à Petição STF 32.067/2018.Aury Celso Lima Lopes Junior e outros impetraram o presente

habeas corpus em favor de Julio Cesar Souza Vieira e Osni Silva, contra conduta omissiva do Relator do HC 387.880/RS, Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do Superior Tribunal de Justiça.

Todavia, os Impetrantes, por intermédio da mencionada petição, requerem a desistência do feito.

Homologo o pedido de desistência deduzido. Publique-se. Arquivem-se os autos.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 156.598 (1275)ORIGEM : 156598 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : VINICIUS DE SOUZA MIRANDAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOPROCESSO-CRIME – SUSPENSÃO – RELEVÂNCIA NÃO

DEMONSTRADA.HABEAS CORPUS – LIMINAR – INDEFERIMENTO.1. A assessora Dra. Mariana Madera Nunes prestou as seguintes

informações:O Juízo da Segunda Vara Federal de Pelotas, Seção Judiciária do Rio

Grande do Sul, no processo nº 5001921-08.2016.4.04.7110/RS, absolveu sumariamente o paciente, considerado o artigo 386, inciso III (não constituir o fato infração penal), do Código de Processo Penal, da imputação do crime previsto no artigo 163, parágrafo único, inciso III (dano qualificado em razão de ter sido praticado contra o patrimônio da União), do Código Penal. Disse pertinente o princípio da insignificância, consignando a irrelevância do valor do dano. Referiu-se a entendimento do Tribunal Regional Federal da 4ª Região para assentar a atipicidade da conduta.

A Primeira Turma do citado Tribunal, ao prover a apelação interposta pelo Ministério Público Federal, determinou o prosseguimento da ação penal. Embargos de declaração protocolados pela defesa não alcançaram êxito.

Chegou-se ao Superior Tribunal de Justiça com o recurso especial nº 1.659.905, desprovido pelo Relator. Formalizado agravo interno, deixou de ser acolhido pela Sexta Turma, a qual apontou a maior relevância social do objeto do delito.

A Defensoria Pública da União afirma preenchidos os requisitos ensejadores da observância do princípio da bagatela: 1) mínima ofensividade da conduta; 2) nenhuma periculosidade social da ação; 3) reduzido grau de reprovabilidade do comportamento; e 4) inexpressividade da lesão jurídica provocada. Ressalta o caráter subsidiário do Direito Penal, destacando a falta de proporcionalidade entre o fato e a repercussão penal. Sublinha as condições pessoais favoráveis do paciente – primariedade e bons antecedentes. Evoca precedente da Segunda Turma do Supremo acerca do cabimento do princípio da insignificância em caso semelhante. Destaca que o valor do dano – R$ 150,00 – é inferior ao pago a título de fiança.

Requer, no campo precário e efêmero, a suspensão do processo-crime nº 5001921-08.2016.4.04.7110. No mérito, busca seja reconhecida a atipicidade material da conduta.

Consulta ao sítio do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em 17 de maio último, revelou o trânsito em julgado em 8 de fevereiro de 2017 para a acusação.

A fase é de apreciação da medida acauteladora.2. O crime tipificado no artigo 163 do Código Penal consiste em

destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia, acrescendo o parágrafo único a forma qualificada consideradas as circunstâncias em que é praticado: com violência à pessoa ou grave ameaça; com emprego de substância inflamável ou explosiva; contra o patrimônio da União, de Estado, do Distrito Federal, de Município ou de autarquia, fundação pública, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviços públicos; por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima.

Nos casos em que o agente, até o julgamento, por espontânea vontade e com eficiência, repara o dano, tem-se a incidência da atenuante versada no artigo 65, inciso III, alínea “b”, do mesmo Código.

3. Indefiro a liminar.4. Colham o parecer da Procuradoria-Geral da República.5. Publiquem.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

HABEAS CORPUS 156.687 (1276)ORIGEM : 156687 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : RAQUEL DE JESUS SILVA REBELLO (28880/PR)COATOR(A/S)(ES) : SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA contra decisão do Tribunal Pleno exarada no HC 152.752/PR.

Requer-se, preliminarmente, o reconhecimento do impedimento dos

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 191

Ministros Cármen Lúcia, Dias Tóffoli, Celso de Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

No mérito, postula a concessão da ordem para:“i. declarar NULA a votação informal realizada ao arrepio dos arts.

361 e seguintes do RISTF, que autorizou o voto de qualidade da Ministra Presidente desta Corte, e consequentemente, declarar NULO o voto referida Ministra e reconhecer o empate na votação do HC 152752, aplicando-se, o art. 146, par. único do RISTF para o fim de proclamar a decisão da mais favorável ao paciente;

ii. declarar NULO o voto proferido pela E. Ministra Rosa Weber por ausência de fundamentação, considerando assim, a votação final de 5 votos em favor da concessão da ordem versus 4 votos contrários, situação em que não justificaria o voto de qualidade da Ministra Presidente;

iii. Alternativamente, se mantido o voto da E. Ministra Presidente, seja considerada o empate na votação do HC 152752, aplicando-se o art. 146, par. único, para fim de proclamar a decisão mais favorável ao Paciente.”

É o relatório. Decido.2. De início, aponto que o art. 112 do CPP observa que o

“impedimento poderá ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.”

O art. 100, §2°, CPP, que trata do processamento da suspeição e, por força do aludido no art. 112, CPP, é aplicável aos casos de impedimento, preceitua o seguinte:

“Art. 100. (…)§ 2o Se a suspeição for de manifesta improcedência, o juiz ou

relator a rejeitará liminarmente.”Quanto ao caso dos autos, verifico que o art. 277 do Regimento

Interno do Supremo Tribunal Federal prescreve que os “Ministros declarar-se-ão impedidos ou suspeitos nos casos previstos em lei”.

Depreendo ainda que o art. 252, III, CPP, veda que o Juiz atue em processo em que “tiver funcionado como juiz de outra instância”.

Assento que Tribunal Pleno já decidiu que as “hipóteses de impedimento elencadas no art. 252 do Código de Processo Penal constituem um numerus clausus”, bem como que “não é possível, pois, interpretar-se extensivamente os seus incisos” (HC 92893, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 02/10/2008, grifei).

No mesmo sentido, a Corte possui compreensão no sentido da “[i]mpossibilidade de criação pela via da interpretação de causas de impedimento” (HC 97544, Relator(a): Min. EROS GRAU, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 21/09/2010, grifei).

Ausentes as hipóteses taxativamente previstas na ordem jurídica, não há impedimento a ser reconhecido.

Ademais, no caso concreto, cabe observar que a decisão impugnada é imputável ao Tribunal Pleno, e não apenas aos eminentes Ministros que integraram a corrente majoritária. Trata-se, em verdade, de decisão colegiada, e não de mero somatório de decisões unipessoais.

3. Saliento que é fato notório que o impetrante não integra a atuante defesa técnica do paciente.

Não se desconhece que o habeas corpus constitui relevantíssima garantia constitucional voltada à tutela do direito de locomoção e que convive com ampla legitimidade ativa. Nesse particular, em tese, qualquer pessoa pode impetrá-lo em favor de determinado paciente a fim de combater ato que compreende configurador de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Nada obstante, não há como se olvidar da dimensão funcional e teleológica dessa larga legitimação. Com efeito, tal circunstância tem como pano de fundo a otimização da tutela judicial do direito de locomoção, com relevância acentuada nas hipóteses em que o paciente não possui defesa técnica constituída ou ainda que tal mister não seja desempenhado a contento.

Por outro lado, não se admite que essa legitimação universal interfira na conveniência e oportunidade da formalização da impetração, as quais se inserem no contexto da estratégia defensiva, quadrante no qual, por óbvio, deve ser prestigiada a atuação da defesa constituída. Afinal, a legitimação aberta é para prestigiar o direito à liberdade e não para, ainda que tangencialmente, prejudicar o exercício do múnus técnico da defesa.

Em outras palavras, é da defesa técnica a prioritária escolha do “se” e do “quando” no que toca à submissão de determinada matéria ao Estado-Juiz.

A legitimação universal, portanto, tem força subsidiária, com maior enfoque nas hipóteses em que há ausência ou deficiência de defesa. E, no caso concreto, a combatividade da atuação da defesa constituída não se encontra em debate.

Nessa mesma linha, o art. 192, §3°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ao disciplinar o rito dos habeas corpus endereçados a esta Corte, prescreve que “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente.“

A disposição literal, portanto, já evidencia a prevalência da defesa constituída sobre a impetração formulada, bem como que os impetrantes em geral não possuem direito subjetivo inafastável da apreciação de tais temas.

Na minha ótica, tal cuidado deve ser robustecido em casos como o dos autos, que envolve figura pública de projeção nacional, o que, naturalmente, pode ensejar a submissão da matéria ao Poder Judiciário pelas mais diversas razões.

Ademais, no caso concreto, não compreendo cabível o processamento da impetração até que haja oposição da defesa técnica.

A uma, pelo fato de que eventual multiplicação de impetrações de tal jaez exigiria intensa dedicação da defesa com a finalidade de obstar o processamento de remédio processual posto exclusivamente à disposição dos interesses defensivos, prejudicando, em uma perspectiva holística, o exercício do seu encargo.

A duas, pela notória combatividade da defesa técnica a quem cabe, a tempo e modo, a adoção da estratégia defensiva que reputar adequada ao caso.

Assim, diante de tal contexto, salvo manifestação expressa em sentido contrário, considero a presente impetração desautorizada pela defesa técnica.

No mesmo sentido: HC 145751 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em 02/08/2017 e HC 152613, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/02/2018. E ainda:

“Ora, é notório que o largo espectro de legitimidade ativa constitucionalmente atribuído ao writ busca a máxima proteção ao paciente. Pressupõe-se, portanto, o interesse de agir em favor do paciente, de modo que a iniciativa não pode trazer reflexos negativos ou ir de encontro à defesa eventualmente constituída. E, muito menos, abrir campo à atuação de pessoas que, sem o conhecimento do paciente, apenas objetivem notoriedade ou, mesmo munidas de boas intenções, “atropelem” a estratégia defensiva.

(…)No presente caso, militam em favor do paciente causídicos por

ele eleitos, de modo que não se cogita de ausência de constituição de defesa técnica e muito menos de deficiência na atuação dessa defesa. Logo, essa “legitimação universal” ativa, de natureza subsidiária, não tem lugar” (HC 155283, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 23/04/2018, grifei)

“Acresço que o fato de o paciente contar com procurador constituído nos autos da AC 4.039/DF, a que este habeas corpus se refere, em tese, também constitui óbice à impetração, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, forte no art. 192, § 3º, do RISTF: “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente”.

Tenho entendido, em casos análogos, que não há como presumir que a interferência de terceiro se faça no interesse da Defesa e do acusado, pelo menos em sua integralidade. Rigorosamente, em tese, o atropelar de estratégias definidas pode mais atrapalhar do que auxiliar. O mesmo se diga do levantamento de questões acaso inadequadas e do eventual precipitar de decisões desfavoráveis.” (HC 131839, Relator(a): Min. ROSA WEBER, julgado em 30/11/2015, grifei)

4. Não bastasse, o ato apontado não é sindicável pela via eleita, visto que “não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno, contra ato de Ministro ou órgão fracionário da Corte” (HC 86.548/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, maioria, DJe 19.12.2008). Na mesma linha, cito os seguintes precedentes que retratam a compreensão do Tribunal Pleno:

“Esta Corte já firmou jurisprudência no sentido de não caber habeas corpus contra ato de Ministro Relator, de Turma ou do próprio Tribunal Pleno. Precedentes.” (HC 118459 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 24/10/2013)

“Esta Corte firmou a orientação do não cabimento de habeas corpus contra ato de Ministro Relator ou contra decisão colegiada de Turma ou do Plenário do próprio Tribunal, independentemente de tal decisão haver sido proferida em sede de habeas corpus ou proferida em sede de recursos em geral (Súmula 606).” (HC 97009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno)

Ainda a esse respeito, colaciono precedente de minha relatoria:“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DIREITO

PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de Ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Agravo regimental desprovido.” (HC 129.802/CE, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, julgado em 18.12.2016, grifei)

Embora tal entendimento, em momento anterior, fosse alvo de discordâncias, após intenso debate, ao enfrentar o HC 105959/DF, o Tribunal, em 17.2.2016, com a participação da integralidade dos então componentes do Plenário, consolidou o descabimento de impetração contra ato de Ministro da própria Corte:

“HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Writ não conhecido. (HC 105959, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2016)

Tal posição vem sendo desde então observada, conforme se depreende dos seguintes julgados:

“A jurisprudência consolidada da Corte atesta o não cabimento de habeas corpus contra ato jurisdicional de Ministro ou órgão fracionário do STF.” (AP 985 QO, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 06/06/2017)

“O habeas corpus é incabível quando impetrado em face de ato dos

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 192

Ministros do Supremo Tribunal Federal, de órgão fracionário da Corte ou de seu Pleno.” (HC 131033 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 02/06/2017

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido do não cabimento de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato jurisdicional de ministro ou órgão fracionário da Corte, seja em recurso ou em ação originária de sua competência.” (HC 115787, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 18/05/2017)

5. Em razão da intransponibilidade de tais obstáculos, a impetração não merece conhecimento, sendo manifestamente incabível.

Posto isso, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, não conheço do habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 156.714 (1277)ORIGEM : 156714 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : GISELE RABELO MACHADOCOATOR(A/S)(ES) : SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA contra decisão do Tribunal Pleno exarada no HC 152.752/PR.

Requer-se, preliminarmente, o reconhecimento do impedimento dos Ministros Cármen Lúcia, Dias Tóffoli, Celso de Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

No mérito, postula a concessão da ordem para:“i. declarar NULA a votação informal realizada ao arrepio dos arts.

361 e seguintes do RISTF, que autorizou o voto de qualidade da Ministra Presidente desta Corte, e consequentemente, declarar NULO o voto referida Ministra e reconhecer o empate na votação do HC 152752, aplicando-se, o art. 146, par. único do RISTF para o fim de proclamar a decisão da mais favorável ao paciente;

ii. declarar NULO o voto proferido pela E. Ministra Rosa Weber por ausência de fundamentação, considerando assim, a votação final de 5 votos em favor da concessão da ordem versus 4 votos contrários, situação em que não justificaria o voto de qualidade da Ministra Presidente;

iii. Alternativamente, se mantido o voto da E. Ministra Presidente, seja considerada o empate na votação do HC 152752, aplicando-se o art. 146, par. único, para fim de proclamar a decisão mais favorável ao Paciente.”

É o relatório. Decido.2. De início, aponto que o art. 112 do CPP observa que o

“impedimento poderá ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.”

O art. 100, §2°, CPP, que trata do processamento da suspeição e, por força do aludido no art. 112, CPP, é aplicável aos casos de impedimento, preceitua o seguinte:

“Art. 100. (…)§ 2o Se a suspeição for de manifesta improcedência, o juiz ou

relator a rejeitará liminarmente.”Quanto ao caso dos autos, verifico que o art. 277 do Regimento

Interno do Supremo Tribunal Federal prescreve que os “Ministros declarar-se-ão impedidos ou suspeitos nos casos previstos em lei”.

Depreendo ainda que o art. 252, III, CPP, veda que o Juiz atue em processo em que “tiver funcionado como juiz de outra instância”.

Assento que Tribunal Pleno já decidiu que as “hipóteses de impedimento elencadas no art. 252 do Código de Processo Penal constituem um numerus clausus”, bem como que “não é possível, pois, interpretar-se extensivamente os seus incisos” (HC 92893, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 02/10/2008, grifei).

No mesmo sentido, a Corte possui compreensão no sentido da “[i]mpossibilidade de criação pela via da interpretação de causas de impedimento” (HC 97544, Relator(a): Min. EROS GRAU, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 21/09/2010, grifei).

Ausentes as hipóteses taxativamente previstas na ordem jurídica, não há impedimento a ser reconhecido.

Ademais, no caso concreto, cabe observar que a decisão impugnada é imputável ao Tribunal Pleno, e não apenas aos eminentes Ministros que integraram a corrente majoritária. Trata-se, em verdade, de decisão colegiada, e não de mero somatório de decisões unipessoais.

3. Saliento que é fato notório que o impetrante não integra a atuante defesa técnica do paciente.

Não se desconhece que o habeas corpus constitui relevantíssima garantia constitucional voltada à tutela do direito de locomoção e que convive com ampla legitimidade ativa. Nesse particular, em tese, qualquer pessoa pode impetrá-lo em favor de determinado paciente a fim de combater ato que

compreende configurador de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Nada obstante, não há como se olvidar da dimensão funcional e teleológica dessa larga legitimação. Com efeito, tal circunstância tem como pano de fundo a otimização da tutela judicial do direito de locomoção, com relevância acentuada nas hipóteses em que o paciente não possui defesa técnica constituída ou ainda que tal mister não seja desempenhado a contento.

Por outro lado, não se admite que essa legitimação universal interfira na conveniência e oportunidade da formalização da impetração, as quais se inserem no contexto da estratégia defensiva, quadrante no qual, por óbvio, deve ser prestigiada a atuação da defesa constituída. Afinal, a legitimação aberta é para prestigiar o direito à liberdade e não para, ainda que tangencialmente, prejudicar o exercício do múnus técnico da defesa.

Em outras palavras, é da defesa técnica a prioritária escolha do “se” e do “quando” no que toca à submissão de determinada matéria ao Estado-Juiz.

A legitimação universal, portanto, tem força subsidiária, com maior enfoque nas hipóteses em que há ausência ou deficiência de defesa. E, no caso concreto, a combatividade da atuação da defesa constituída não se encontra em debate.

Nessa mesma linha, o art. 192, §3°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ao disciplinar o rito dos habeas corpus endereçados a esta Corte, prescreve que “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente.“

A disposição literal, portanto, já evidencia a prevalência da defesa constituída sobre a impetração formulada, bem como que os impetrantes em geral não possuem direito subjetivo inafastável da apreciação de tais temas.

Na minha ótica, tal cuidado deve ser robustecido em casos como o dos autos, que envolve figura pública de projeção nacional, o que, naturalmente, pode ensejar a submissão da matéria ao Poder Judiciário pelas mais diversas razões.

Ademais, no caso concreto, não compreendo cabível o processamento da impetração até que haja oposição da defesa técnica.

A uma, pelo fato de que eventual multiplicação de impetrações de tal jaez exigiria intensa dedicação da defesa com a finalidade de obstar o processamento de remédio processual posto exclusivamente à disposição dos interesses defensivos, prejudicando, em uma perspectiva holística, o exercício do seu encargo.

A duas, pela notória combatividade da defesa técnica a quem cabe, a tempo e modo, a adoção da estratégia defensiva que reputar adequada ao caso.

Assim, diante de tal contexto, salvo manifestação expressa em sentido contrário, considero a presente impetração desautorizada pela defesa técnica.

No mesmo sentido: HC 145751 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em 02/08/2017 e HC 152613, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/02/2018. E ainda:

“Ora, é notório que o largo espectro de legitimidade ativa constitucionalmente atribuído ao writ busca a máxima proteção ao paciente. Pressupõe-se, portanto, o interesse de agir em favor do paciente, de modo que a iniciativa não pode trazer reflexos negativos ou ir de encontro à defesa eventualmente constituída. E, muito menos, abrir campo à atuação de pessoas que, sem o conhecimento do paciente, apenas objetivem notoriedade ou, mesmo munidas de boas intenções, “atropelem” a estratégia defensiva.

(…)No presente caso, militam em favor do paciente causídicos por

ele eleitos, de modo que não se cogita de ausência de constituição de defesa técnica e muito menos de deficiência na atuação dessa defesa. Logo, essa “legitimação universal” ativa, de natureza subsidiária, não tem lugar” (HC 155283, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 23/04/2018, grifei)

“Acresço que o fato de o paciente contar com procurador constituído nos autos da AC 4.039/DF, a que este habeas corpus se refere, em tese, também constitui óbice à impetração, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, forte no art. 192, § 3º, do RISTF: “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente”.

Tenho entendido, em casos análogos, que não há como presumir que a interferência de terceiro se faça no interesse da Defesa e do acusado, pelo menos em sua integralidade. Rigorosamente, em tese, o atropelar de estratégias definidas pode mais atrapalhar do que auxiliar. O mesmo se diga do levantamento de questões acaso inadequadas e do eventual precipitar de decisões desfavoráveis.” (HC 131839, Relator(a): Min. ROSA WEBER, julgado em 30/11/2015, grifei)

4. Não bastasse, o ato apontado não é sindicável pela via eleita, visto que “não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno, contra ato de Ministro ou órgão fracionário da Corte” (HC 86.548/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, maioria, DJe 19.12.2008). Na mesma linha, cito os seguintes precedentes que retratam a compreensão do Tribunal Pleno:

“Esta Corte já firmou jurisprudência no sentido de não caber habeas corpus contra ato de Ministro Relator, de Turma ou do próprio Tribunal Pleno. Precedentes.” (HC 118459 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 24/10/2013)

“Esta Corte firmou a orientação do não cabimento de habeas corpus contra ato de Ministro Relator ou contra decisão colegiada de Turma ou do

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 193

Plenário do próprio Tribunal, independentemente de tal decisão haver sido proferida em sede de habeas corpus ou proferida em sede de recursos em geral (Súmula 606).” (HC 97009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno)

Ainda a esse respeito, colaciono precedente de minha relatoria:“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DIREITO

PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de Ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Agravo regimental desprovido.” (HC 129.802/CE, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, julgado em 18.12.2016, grifei)

Embora tal entendimento, em momento anterior, fosse alvo de discordâncias, após intenso debate, ao enfrentar o HC 105959/DF, o Tribunal, em 17.2.2016, com a participação da integralidade dos então componentes do Plenário, consolidou o descabimento de impetração contra ato de Ministro da própria Corte:

“HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Writ não conhecido. (HC 105959, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2016)

Tal posição vem sendo desde então observada, conforme se depreende dos seguintes julgados:

“A jurisprudência consolidada da Corte atesta o não cabimento de habeas corpus contra ato jurisdicional de Ministro ou órgão fracionário do STF.” (AP 985 QO, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 06/06/2017)

“O habeas corpus é incabível quando impetrado em face de ato dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, de órgão fracionário da Corte ou de seu Pleno.” (HC 131033 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 02/06/2017

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido do não cabimento de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato jurisdicional de ministro ou órgão fracionário da Corte, seja em recurso ou em ação originária de sua competência.” (HC 115787, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 18/05/2017)

5. Em razão da intransponibilidade de tais obstáculos, a impetração não merece conhecimento, sendo manifestamente incabível.

Posto isso, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, não conheço do habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 156.758 (1278)ORIGEM : 156758 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : RAQUEL DE JESUS SILVA REBELLO (28880/PR) E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA contra decisão do Tribunal Pleno exarada no HC 152.752/PR.

Requer-se, preliminarmente, o reconhecimento do impedimento dos Ministros Cármen Lúcia, Dias Tóffoli, Celso de Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

No mérito, postula a concessão da ordem para:“i. declarar NULA a votação informal realizada ao arrepio dos arts.

361 e seguintes do RISTF, que autorizou o voto de qualidade da Ministra Presidente desta Corte, e consequentemente, declarar NULO o voto referida Ministra e reconhecer o empate na votação do HC 152752, aplicando-se, o art. 146, par. único do RISTF para o fim de proclamar a decisão da mais favorável ao paciente;

ii. declarar NULO o voto proferido pela E. Ministra Rosa Weber por ausência de fundamentação, considerando assim, a votação final de 5 votos em favor da concessão da ordem versus 4 votos contrários, situação em que não justificaria o voto de qualidade da Ministra Presidente;

iii. Alternativamente, se mantido o voto da E. Ministra Presidente, seja considerada o empate na votação do HC 152752, aplicando-se o art. 146, par. único, para fim de proclamar a decisão mais favorável ao Paciente.”

É o relatório. Decido.2. De início, aponto que o art. 112 do CPP observa que o

“impedimento poderá ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.”

O art. 100, §2°, CPP, que trata do processamento da suspeição e, por

força do aludido no art. 112, CPP, é aplicável aos casos de impedimento, preceitua o seguinte:

“Art. 100. (…)§ 2o Se a suspeição for de manifesta improcedência, o juiz ou

relator a rejeitará liminarmente.”Quanto ao caso dos autos, verifico que o art. 277 do Regimento

Interno do Supremo Tribunal Federal prescreve que os “Ministros declarar-se-ão impedidos ou suspeitos nos casos previstos em lei”.

Depreendo ainda que o art. 252, III, CPP, veda que o Juiz atue em processo em que “tiver funcionado como juiz de outra instância”.

Assento que Tribunal Pleno já decidiu que as “hipóteses de impedimento elencadas no art. 252 do Código de Processo Penal constituem um numerus clausus”, bem como que “não é possível, pois, interpretar-se extensivamente os seus incisos” (HC 92893, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 02/10/2008, grifei).

No mesmo sentido, a Corte possui compreensão no sentido da “[i]mpossibilidade de criação pela via da interpretação de causas de impedimento” (HC 97544, Relator(a): Min. EROS GRAU, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 21/09/2010, grifei).

Ausentes as hipóteses taxativamente previstas na ordem jurídica, não há impedimento a ser reconhecido.

Ademais, no caso concreto, cabe observar que a decisão impugnada é imputável ao Tribunal Pleno, e não apenas aos eminentes Ministros que integraram a corrente majoritária. Trata-se, em verdade, de decisão colegiada, e não de mero somatório de decisões unipessoais.

3. Saliento que é fato notório que o impetrante não integra a atuante defesa técnica do paciente.

Não se desconhece que o habeas corpus constitui relevantíssima garantia constitucional voltada à tutela do direito de locomoção e que convive com ampla legitimidade ativa. Nesse particular, em tese, qualquer pessoa pode impetrá-lo em favor de determinado paciente a fim de combater ato que compreende configurador de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Nada obstante, não há como se olvidar da dimensão funcional e teleológica dessa larga legitimação. Com efeito, tal circunstância tem como pano de fundo a otimização da tutela judicial do direito de locomoção, com relevância acentuada nas hipóteses em que o paciente não possui defesa técnica constituída ou ainda que tal mister não seja desempenhado a contento.

Por outro lado, não se admite que essa legitimação universal interfira na conveniência e oportunidade da formalização da impetração, as quais se inserem no contexto da estratégia defensiva, quadrante no qual, por óbvio, deve ser prestigiada a atuação da defesa constituída. Afinal, a legitimação aberta é para prestigiar o direito à liberdade e não para, ainda que tangencialmente, prejudicar o exercício do múnus técnico da defesa.

Em outras palavras, é da defesa técnica a prioritária escolha do “se” e do “quando” no que toca à submissão de determinada matéria ao Estado-Juiz.

A legitimação universal, portanto, tem força subsidiária, com maior enfoque nas hipóteses em que há ausência ou deficiência de defesa. E, no caso concreto, a combatividade da atuação da defesa constituída não se encontra em debate.

Nessa mesma linha, o art. 192, §3°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ao disciplinar o rito dos habeas corpus endereçados a esta Corte, prescreve que “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente.“

A disposição literal, portanto, já evidencia a prevalência da defesa constituída sobre a impetração formulada, bem como que os impetrantes em geral não possuem direito subjetivo inafastável da apreciação de tais temas.

Na minha ótica, tal cuidado deve ser robustecido em casos como o dos autos, que envolve figura pública de projeção nacional, o que, naturalmente, pode ensejar a submissão da matéria ao Poder Judiciário pelas mais diversas razões.

Ademais, no caso concreto, não compreendo cabível o processamento da impetração até que haja oposição da defesa técnica.

A uma, pelo fato de que eventual multiplicação de impetrações de tal jaez exigiria intensa dedicação da defesa com a finalidade de obstar o processamento de remédio processual posto exclusivamente à disposição dos interesses defensivos, prejudicando, em uma perspectiva holística, o exercício do seu encargo.

A duas, pela notória combatividade da defesa técnica a quem cabe, a tempo e modo, a adoção da estratégia defensiva que reputar adequada ao caso.

Assim, diante de tal contexto, salvo manifestação expressa em sentido contrário, considero a presente impetração desautorizada pela defesa técnica.

No mesmo sentido: HC 145751 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em 02/08/2017 e HC 152613, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/02/2018. E ainda:

“Ora, é notório que o largo espectro de legitimidade ativa constitucionalmente atribuído ao writ busca a máxima proteção ao paciente. Pressupõe-se, portanto, o interesse de agir em favor do paciente, de modo que a iniciativa não pode trazer reflexos negativos ou ir de encontro à defesa eventualmente constituída. E, muito menos, abrir campo à atuação de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 194

pessoas que, sem o conhecimento do paciente, apenas objetivem notoriedade ou, mesmo munidas de boas intenções, “atropelem” a estratégia defensiva.

(…)No presente caso, militam em favor do paciente causídicos por

ele eleitos, de modo que não se cogita de ausência de constituição de defesa técnica e muito menos de deficiência na atuação dessa defesa. Logo, essa “legitimação universal” ativa, de natureza subsidiária, não tem lugar” (HC 155283, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 23/04/2018, grifei)

“Acresço que o fato de o paciente contar com procurador constituído nos autos da AC 4.039/DF, a que este habeas corpus se refere, em tese, também constitui óbice à impetração, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, forte no art. 192, § 3º, do RISTF: “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente”.

Tenho entendido, em casos análogos, que não há como presumir que a interferência de terceiro se faça no interesse da Defesa e do acusado, pelo menos em sua integralidade. Rigorosamente, em tese, o atropelar de estratégias definidas pode mais atrapalhar do que auxiliar. O mesmo se diga do levantamento de questões acaso inadequadas e do eventual precipitar de decisões desfavoráveis.” (HC 131839, Relator(a): Min. ROSA WEBER, julgado em 30/11/2015, grifei)

4. Não bastasse, o ato apontado não é sindicável pela via eleita, visto que “não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno, contra ato de Ministro ou órgão fracionário da Corte” (HC 86.548/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, maioria, DJe 19.12.2008). Na mesma linha, cito os seguintes precedentes que retratam a compreensão do Tribunal Pleno:

“Esta Corte já firmou jurisprudência no sentido de não caber habeas corpus contra ato de Ministro Relator, de Turma ou do próprio Tribunal Pleno. Precedentes.” (HC 118459 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 24/10/2013)

“Esta Corte firmou a orientação do não cabimento de habeas corpus contra ato de Ministro Relator ou contra decisão colegiada de Turma ou do Plenário do próprio Tribunal, independentemente de tal decisão haver sido proferida em sede de habeas corpus ou proferida em sede de recursos em geral (Súmula 606).” (HC 97009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno)

Ainda a esse respeito, colaciono precedente de minha relatoria:“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DIREITO

PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de Ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Agravo regimental desprovido.” (HC 129.802/CE, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, julgado em 18.12.2016, grifei)

Embora tal entendimento, em momento anterior, fosse alvo de discordâncias, após intenso debate, ao enfrentar o HC 105959/DF, o Tribunal, em 17.2.2016, com a participação da integralidade dos então componentes do Plenário, consolidou o descabimento de impetração contra ato de Ministro da própria Corte:

“HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Writ não conhecido. (HC 105959, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2016)

Tal posição vem sendo desde então observada, conforme se depreende dos seguintes julgados:

“A jurisprudência consolidada da Corte atesta o não cabimento de habeas corpus contra ato jurisdicional de Ministro ou órgão fracionário do STF.” (AP 985 QO, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 06/06/2017)

“O habeas corpus é incabível quando impetrado em face de ato dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, de órgão fracionário da Corte ou de seu Pleno.” (HC 131033 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 02/06/2017

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido do não cabimento de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato jurisdicional de ministro ou órgão fracionário da Corte, seja em recurso ou em ação originária de sua competência.” (HC 115787, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 18/05/2017)

5. Em razão da intransponibilidade de tais obstáculos, a impetração não merece conhecimento, sendo manifestamente incabível.

Posto isso, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, não conheço do habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 156.793 (1279)ORIGEM : 156793 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INÁCIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : DIB ELIAS FILHO (7209/PA)COATOR(A/S)(ES) : PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERALADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA.

Embora o impetrante não especifique qual é o ato tido como coator, verifico que pretende a rediscussão da autorização da execução da pena imposta ao paciente, matéria vencida no HC 152.752/PR, examinado pelo Tribunal Pleno.

Requer, além da soltura do paciente, a declaração de constitucionalidade do art. 283, CPP.

É o relatório. Decido.2. Saliento que é fato notório que o impetrante não integra a atuante

defesa técnica do paciente.Não se desconhece que o habeas corpus constitui relevantíssima

garantia constitucional voltada à tutela do direito de locomoção e que convive com ampla legitimidade ativa. Nesse particular, em tese, qualquer pessoa pode impetrá-lo em favor de determinado paciente a fim de combater ato que compreende configurador de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Nada obstante, não há como se olvidar da dimensão funcional e teleológica dessa larga legitimação. Com efeito, tal circunstância tem como pano de fundo a otimização da tutela judicial do direito de locomoção, com relevância acentuada nas hipóteses em que o paciente não possui defesa técnica constituída ou ainda que tal mister não seja desempenhado a contento.

Por outro lado, não se admite que essa legitimação universal interfira na conveniência e oportunidade da formalização da impetração, as quais se inserem no contexto da estratégia defensiva, quadrante no qual, por óbvio, deve ser prestigiada a atuação da defesa constituída. Afinal, a legitimação aberta é para prestigiar o direito à liberdade e não para, ainda que tangencialmente, prejudicar o exercício do múnus técnico da defesa.

Em outras palavras, é da defesa técnica a prioritária escolha do “se” e do “quando” no que toca à submissão de determinada matéria ao Estado-Juiz.

A legitimação universal, portanto, tem força subsidiária, com maior enfoque nas hipóteses em que há ausência ou deficiência de defesa. E, no caso concreto, a combatividade da atuação da defesa constituída não se encontra em debate.

Nessa mesma linha, o art. 192, §3°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ao disciplinar o rito dos habeas corpus endereçados a esta Corte, prescreve que “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente.“

A disposição literal, portanto, já evidencia a prevalência da defesa constituída sobre a impetração formulada, bem como que os impetrantes em geral não possuem direito subjetivo inafastável da apreciação de tais temas.

Na minha ótica, tal cuidado deve ser robustecido em casos como o dos autos, que envolve figura pública de projeção nacional, o que, naturalmente, pode ensejar a submissão da matéria ao Poder Judiciário pelas mais diversas razões.

Ademais, no caso concreto, não compreendo cabível o processamento da impetração até que haja oposição da defesa técnica.

A uma, pelo fato de que eventual multiplicação de impetrações de tal jaez exigiria intensa dedicação da defesa com a finalidade de obstar o processamento de remédio processual posto exclusivamente à disposição dos interesses defensivos, prejudicando, em uma perspectiva holística, o exercício do seu encargo.

A duas, pela notória combatividade da defesa técnica a quem cabe, a tempo e modo, a adoção da estratégia defensiva que reputar adequada ao caso.

Assim, diante de tal contexto, salvo manifestação expressa em sentido contrário, considero a presente impetração desautorizada pela defesa técnica.

No mesmo sentido: HC 145751 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em 02/08/2017 e HC 152613, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/02/2018. E ainda:

“Ora, é notório que o largo espectro de legitimidade ativa constitucionalmente atribuído ao writ busca a máxima proteção ao paciente. Pressupõe-se, portanto, o interesse de agir em favor do paciente, de modo que a iniciativa não pode trazer reflexos negativos ou ir de encontro à defesa eventualmente constituída. E, muito menos, abrir campo à atuação de pessoas que, sem o conhecimento do paciente, apenas objetivem notoriedade ou, mesmo munidas de boas intenções, “atropelem” a estratégia defensiva.

(…)No presente caso, militam em favor do paciente causídicos por

ele eleitos, de modo que não se cogita de ausência de constituição de defesa técnica e muito menos de deficiência na atuação dessa defesa. Logo, essa “legitimação universal” ativa, de natureza subsidiária, não tem lugar” (HC 155283, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 23/04/2018, grifei)

“Acresço que o fato de o paciente contar com procurador constituído

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 195

nos autos da AC 4.039/DF, a que este habeas corpus se refere, em tese, também constitui óbice à impetração, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, forte no art. 192, § 3º, do RISTF: “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente”.

Tenho entendido, em casos análogos, que não há como presumir que a interferência de terceiro se faça no interesse da Defesa e do acusado, pelo menos em sua integralidade. Rigorosamente, em tese, o atropelar de estratégias definidas pode mais atrapalhar do que auxiliar. O mesmo se diga do levantamento de questões acaso inadequadas e do eventual precipitar de decisões desfavoráveis.” (HC 131839, Relator(a): Min. ROSA WEBER, julgado em 30/11/2015, grifei)

3. Não bastasse, o ato apontado não é sindicável pela via eleita, visto que “não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno, contra ato de Ministro ou órgão fracionário da Corte” (HC 86.548/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, maioria, DJe 19.12.2008). Na mesma linha, cito os seguintes precedentes que retratam a compreensão do Tribunal Pleno:

“Esta Corte já firmou jurisprudência no sentido de não caber habeas corpus contra ato de Ministro Relator, de Turma ou do próprio Tribunal Pleno. Precedentes.” (HC 118459 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 24/10/2013)

“Esta Corte firmou a orientação do não cabimento de habeas corpus contra ato de Ministro Relator ou contra decisão colegiada de Turma ou do Plenário do próprio Tribunal, independentemente de tal decisão haver sido proferida em sede de habeas corpus ou proferida em sede de recursos em geral (Súmula 606).” (HC 97009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno)

Ainda a esse respeito, colaciono precedente de minha relatoria:“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DIREITO

PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de Ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Agravo regimental desprovido.” (HC 129.802/CE, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, julgado em 18.12.2016, grifei)

Embora tal entendimento, em momento anterior, fosse alvo de discordâncias, após intenso debate, ao enfrentar o HC 105959/DF, o Tribunal, em 17.2.2016, com a participação da integralidade dos então componentes do Plenário, consolidou o descabimento de impetração contra ato de Ministro da própria Corte:

“HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Writ não conhecido. (HC 105959, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2016)

Tal posição vem sendo desde então observada, conforme se depreende dos seguintes julgados:

“A jurisprudência consolidada da Corte atesta o não cabimento de habeas corpus contra ato jurisdicional de Ministro ou órgão fracionário do STF.” (AP 985 QO, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 06/06/2017)

“O habeas corpus é incabível quando impetrado em face de ato dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, de órgão fracionário da Corte ou de seu Pleno.” (HC 131033 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 02/06/2017

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido do não cabimento de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato jurisdicional de ministro ou órgão fracionário da Corte, seja em recurso ou em ação originária de sua competência.” (HC 115787, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 18/05/2017)

4. Em razão da intransponibilidade de tais obstáculos, a impetração não merece conhecimento, sendo manifestamente incabível.

Posto isso, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, não conheço do habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 156.826 (1280)ORIGEM : 156826 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : ROGER DE SOUZA KAWANOIMPTE.(S) : THEUAN CARVALHO GOMES DA SILVA (343446/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 396.713 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por Theuan Carvalho Gomes da Silva em favor de Roger de Souza Kawano, contra conduta omissiva do Relator do HC 396.713/PR, Ministro Joel Ilan

Paciornik, do Superior Tribunal de Justiça. No presente writ, o Impetrante alega demora injustificada de

julgamento do HC 396.713/PR, distribuído em 25.4.2017. Requer, em medida liminar e no mérito, o julgamento imediato do HC 396.713/PR.

É o relatório. Decido. Reputo, neste exame prefacial, inviável a concessão da liminar

pleiteada, visto que possui natureza nitidamente satisfativa, se confundindo com o próprio mérito da impetração.

Indefiro, portanto, a liminar.Colham-se, com urgência, informações junto ao Relator do HC

396.713/PR, Ministro Joel Ilan Paciornik, do Superior Tribunal de Justiça, quanto aos motivos ensejadores de eventual demora no julgamento do writ.

Após, ao Ministério Público para manifestação.Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa Weber Relatora

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 156.872 (1281)ORIGEM : 156872 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : FRANCISCO DAIVIO LIMA BRAGAPACTE.(S) : LEANDRO BERTAO LOIOLAIMPTE.(S) : JOSE PEDRO SAID JUNIOR (125337/SP) E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 447.310 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOPRISÃO PREVENTIVA – FUNDAMENTOS – SUBSISTÊNCIA. HABEAS CORPUS – LIMINAR – INDEFERIMENTO.1. O assessor Dr. Gustavo Mascarenhas Lacerda Pedrina prestou as

seguintes informações:O Juízo da Comarca de Casa Branca/SP, em audiência de custódia,

converteu em preventivas as prisões em flagrante dos pacientes, ocorridas no dia 2 de março de 2018, em virtude do suposto cometimento da infração versada no artigo 157, § 2º, incisos I e II (roubo com causas de aumento por concurso de pessoas e emprego de arma de fogo), do Código Penal, com redação anterior à Lei nº 13.654/2018. Frisou necessário garantir a ordem pública, ante a gravidade do crime, praticado com utilização de arma de fogo, em concurso de agentes e com excesso de violência contra a vítima, a qual sofreu múltiplas lesões. Aludiu à repercussão social e à intranquilidade causada à comunidade local. Destacou imprescindível a constrição para assegurar a instrução processual, reportando-se à periculosidade dos envolvidos e à possibilidade de voltarem a causar mal à vítima.

Chegou-se ao Superior Tribunal de Justiça com o habeas corpus nº 447.310/SP, indeferido liminarmente pelo Relator.

Os impetrantes sustentam a inidoneidade dos fundamentos da decisão mediante a qual determinada a preventiva, dizendo-a lastreada na gravidade abstrata do delito. Sublinham as condições pessoais favoráveis dos pacientes – primariedade, bons antecedentes, residência fixa, atividade laboral lícita e família constituída. Arguem a ausência dos requisitos versados no artigo 312 do Código de Processo Penal, aduzindo o cabimento de cautelar alternativa à constrição.

Requerem, no campo precário e efêmero, a revogação da custódia. No mérito, buscam a confirmação da providência.

Em consulta ao sítio do Tribunal de Justiça, no dia 19 de maio último, constatou-se o recebimento da denúncia pelo Juízo da Vara Única da Comarca de Caconde/SP, no processo nº 0000406-76.2018.8.26.0103.

A fase é de exame da medida de urgência.2. A prisão em flagrante por crime de roubo, cometido mediante

concurso de pessoas e emprego de arma de fogo e violência, causando diversas lesões na vítima, revela estar em jogo a preservação da ordem pública. Sem prejuízo do princípio da não culpabilidade, a constrição se impunha, considerada a periculosidade, ao menos sinalizada. Daí ter-se como razoável e conveniente o pronunciamento atacado. A inversão da ordem do processo-crime – no que direciona a apurar para, selada a culpa, em verdadeira execução da pena, prender – foi justificada, atendendo-se ao figurino legal.

3. Indefiro a liminar. 4. Colham o parecer da Procuradoria-Geral da República.5. Publiquem.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 156.990 (1282)ORIGEM : 156990 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : EMERSON NUNES DA SILVAIMPTE.(S) : ANA LUCIA CONCEICAO (170238/MG, 147166/SP)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 196

COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 448028 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO AUTUAÇÃO – RETIFICAÇÃO.PRISÃO PREVENTIVA – FUNDAMENTOS – SUBSISTÊNCIA. HABEAS CORPUS – LIMINAR – INDEFERIMENTO. 1. O assessor Dr. Gustavo Mascarenhas Lacerda Pedrina prestou as

seguintes informações:O Juízo da Vara Plantão do Foro da 50ª Circunscrição Judiciária da

Comarca de São João da Boa Vista/SP, no processo nº 0000054-13.2018.8.26.0623, converteu em preventivas as prisões em flagrante do paciente e de outra pessoa, ocorridas no dia 17 de março de 2018, em virtude da suposta prática da infração prevista no artigo 155, § 4º, inciso IV (furto qualificado por concurso de pessoas), do Código Penal. Frisou indispensável a custódia para garantir a ordem pública e a instrução processual, aludindo aos maus antecedentes, tendo-os como reveladores da possibilidade de reiteração delitiva. Reportou-se ao risco de fuga, apontando inexistir comprovação de residência fixa e trabalho lícito. Afastou a viabilidade de medida cautelar diversa, afirmando-a insuficiente.

Chegou-se ao Superior Tribunal de Justiça com o habeas corpus nº 448.028/SP, indeferido liminarmente pelo Relator.

A impetrante sustenta a insubsistência da motivação lançada no ato constritivo, dizendo-o alicerçado em premissas abstratas. Alude à primariedade e aos bons antecedentes do paciente. Assinala a adequação de medida cautelar substitutiva, salientando que eventual condenação implicará a fixação de regime diverso do fechado, ante a incidência da causa de diminuição relativa ao arrependimento. Articula com a desproporcionalidade da prisão, tida como exceção à regra no ordenamento jurídico.

Requer, no campo precário e efêmero, seja revogada a preventiva, impondo-se medida cautelar alternativa. No mérito, busca a confirmação da providência.

Não foi possível acessar o andamento do processo-crime, porque protegido por segredo de justiça.

A fase é de apreciação da liminar. 2. Retifiquem a autuação para fazer constar, como paciente, Emerson

Nunes da Silva; como impetrante, Ana Lúcia Conceição; e, como autoridade coatora, o Relator do habeas corpus nº 448.028 no Superior Tribunal de Justiça; bem como para suprimir a informação quanto à representação da autoridade apontada como coatora.

3. A prisão em flagrante por crime de furto qualificado, mediante concurso de pessoas, revela estar em jogo a preservação da ordem pública. Sem prejuízo do princípio da não culpabilidade, a custódia se impunha, ante a periculosidade, ao menos sinalizada. Daí ter-se como razoável e conveniente o pronunciamento atacado. A inversão da ordem do processo-crime – no que direciona a apurar para, selada a culpa, em verdadeira execução da pena, prender – foi justificada, atendendo-se ao figurino legal.

3. Indefiro a liminar.4. Colham o parecer da Procuradoria-Geral da República.5. Publiquem.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIO Relator

HABEAS CORPUS 157.062 (1283)ORIGEM : 157062 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : MARCO ALFREDO MEJIA (29095/RS) E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 446.021 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA contra decisão monocrática proferida no âmbito do Superior Tribunal de Justiça.

Requer-se, em síntese, a soltura do paciente, por razões de segurança nacional.

É o relatório. Decido.2. Saliento que é fato notório que o impetrante não integra a atuante

defesa técnica do paciente.Não se desconhece que o habeas corpus constitui relevantíssima

garantia constitucional voltada à tutela do direito de locomoção e que convive com ampla legitimidade ativa. Nesse particular, em tese, qualquer pessoa pode impetrá-lo em favor de determinado paciente a fim de combater ato que compreende configurador de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Nada obstante, não há como se olvidar da dimensão funcional e teleológica dessa larga legitimação. Com efeito, tal circunstância tem como pano de fundo a otimização da tutela judicial do direito de locomoção, com relevância acentuada nas hipóteses em que o paciente não possui defesa técnica constituída ou ainda que tal mister não seja desempenhado a contento.

Por outro lado, não se admite que essa legitimação universal interfira

na conveniência e oportunidade da formalização da impetração, as quais se inserem no contexto da estratégia defensiva, quadrante no qual, por óbvio, deve ser prestigiada a atuação da defesa constituída. Afinal, a legitimação aberta é para prestigiar o direito à liberdade e não para, ainda que tangencialmente, prejudicar o exercício do múnus técnico da defesa.

Em outras palavras, é da defesa técnica a prioritária escolha do “se” e do “quando” no que toca à submissão de determinada matéria ao Estado-Juiz.

A legitimação universal, portanto, tem força subsidiária, com maior enfoque nas hipóteses em que há ausência ou deficiência de defesa. E, no caso concreto, a combatividade da atuação da defesa constituída não se encontra em debate.

Nessa mesma linha, o art. 192, §3°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ao disciplinar o rito dos habeas corpus endereçados a esta Corte, prescreve que “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente.“

A disposição literal, portanto, já evidencia a prevalência da defesa constituída sobre a impetração formulada, bem como que os impetrantes em geral não possuem direito subjetivo inafastável da apreciação de tais temas.

Na minha ótica, tal cuidado deve ser robustecido em casos como o dos autos, que envolve figura pública de projeção nacional, o que, naturalmente, pode ensejar a submissão da matéria ao Poder Judiciário pelas mais diversas razões.

Ademais, no caso concreto, não compreendo cabível o processamento da impetração até que haja oposição da defesa técnica.

A uma, pelo fato de que eventual multiplicação de impetrações de tal jaez exigiria intensa dedicação da defesa com a finalidade de obstar o processamento de remédio processual posto exclusivamente à disposição dos interesses defensivos, prejudicando, em uma perspectiva holística, o exercício do seu encargo.

A duas, pela notória combatividade da defesa técnica a quem cabe, a tempo e modo, a adoção da estratégia defensiva que reputar adequada ao caso.

Assim, diante de tal contexto, salvo manifestação expressa em sentido contrário, considero a presente impetração desautorizada pela defesa técnica.

No mesmo sentido: HC 145751 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em 02/08/2017 e HC 152613, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/02/2018. E ainda:

“Ora, é notório que o largo espectro de legitimidade ativa constitucionalmente atribuído ao writ busca a máxima proteção ao paciente. Pressupõe-se, portanto, o interesse de agir em favor do paciente, de modo que a iniciativa não pode trazer reflexos negativos ou ir de encontro à defesa eventualmente constituída. E, muito menos, abrir campo à atuação de pessoas que, sem o conhecimento do paciente, apenas objetivem notoriedade ou, mesmo munidas de boas intenções, “atropelem” a estratégia defensiva.

(…)No presente caso, militam em favor do paciente causídicos por

ele eleitos, de modo que não se cogita de ausência de constituição de defesa técnica e muito menos de deficiência na atuação dessa defesa. Logo, essa “legitimação universal” ativa, de natureza subsidiária, não tem lugar” (HC 155283, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 23/04/2018, grifei)

“Acresço que o fato de o paciente contar com procurador constituído nos autos da AC 4.039/DF, a que este habeas corpus se refere, em tese, também constitui óbice à impetração, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, forte no art. 192, § 3º, do RISTF: “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente”.

Tenho entendido, em casos análogos, que não há como presumir que a interferência de terceiro se faça no interesse da Defesa e do acusado, pelo menos em sua integralidade. Rigorosamente, em tese, o atropelar de estratégias definidas pode mais atrapalhar do que auxiliar. O mesmo se diga do levantamento de questões acaso inadequadas e do eventual precipitar de decisões desfavoráveis.” (HC 131839, Relator(a): Min. ROSA WEBER, julgado em 30/11/2015, grifei)

3. Em razão da intransponibilidade de tais obstáculos, a impetração não merece conhecimento, sendo manifestamente incabível.

Posto isso, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, não conheço do habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 157.074 (1284)ORIGEM : 157074 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESPACTE.(S) : DANFRIS MIRANDA DO NASCIMENTO SEABRAIMPTE.(S) : ALEX ALESSANDRO WASHINGTON DELFINO

ALBUQUERQUE DA SILVA (264123/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 448.833 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 197

DECISÃOTrata-se de Habeas Corpus, com pedido de medida liminar, impetrado

contra decisão proferida pelo Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu provimento cautelar no HC 448.833/SP.

Consta dos autos, em síntese, que o paciente foi condenado à pena de 1 ano e 4 meses de reclusão, em regime inicial semiaberto, pela prática do crime de receptação (CP, art. 180).

Inconformada, a defesa apresentou recurso de apelação para o Tribunal de Justiça local, que lhe negou provimento. Colhe-se do voto condutor:

(…) Descreve a denúncia que, no dia 05 de fevereiro de 2014, em horário e local incertos, nesta Capital, Danfris Miranda do Nascimento Seabra, Cloves Ramos da Silva e Anderson Rodrigues da Silva receberam coisa que sabiam ser produto de crime, ou seja, o caminhão IVECO/Daily, carregado com várias caixas de aparelhos eletrônicos, avaliada em cerca de R$ 165.000,00, pertencente à vítima Morais Prestadora de Serviços, Carga e Transporte.

(…) Dúvida nenhuma existe sobre a autoria do delito, eis que os acusados

foram presos em flagrante, de posse da “res” roubada e, ainda, tentaram fugir quando da aproximação dos policiais. Some-se a isto, a confissão extrajudicial do réu Anderson e mesmo as declarações mendazes dos corréus naquela oportunidade, para se concluir pela total comprovação da responsabilidade penal dos acusados, não havendo que se cogitar de insuficiência de provas.

Por óbvio, não se cogita de crime tentado, pois os réus já haviam recebido o veículo e a carga subtraídos, sendo irrelevante que a vítima tenha recuperado os bens.

Sendo o acusado Danfris reincidente (fl. 07 do apenso) não faz jus à pena mínima e nem ao regime aberto requerido.

Ante o exposto, nega-se provimento aos apelos, mantendo-se, na íntegra, a r. sentença.

Expeça-se, incontinenti, mandado de prisão em desfavor de Danfris Miranda do Nascimento Seabra (STF, HC 126.292, Rel. Min. Teori Zavascki, j. 17.02.2016).

Buscando a revisão do regime prisional, a defesa impetrou habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu a medida acauteladora.

Nesta ação, o impetrante sustenta, em suma, que a quantidade de pena imposta, sem o reconhecimento concreto de circunstância desfavorável, é incompatível com o início de cumprimento de pena no semiaberto, quer pela interpretação da lei, seja pela falência do sistema carcerário.

Requer, assim, a concessão da ordem, para modificar o regime de cumprimento da pena.

É o relatório. Decido. Nos termos da Súmula 691/STF, não cabe ao SUPREMO TRIBUNAL

FEDERAL conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão proferida por relator que indefere o pedido de liminar em habeas corpus requerido a tribunal superior, sob pena de indevida supressão de instância. O rigor na aplicação desse enunciado tem sido abrandado por julgados desta CORTE somente em caso de manifesto constrangimento ilegal, prontamente identificável (cf. HC 128.740, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Relatora p/ Acórdão: Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe de 24/10/2016; HC 138.945-AgR, Rel. Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, DJe de 7/3/2017).

No particular, entretanto, não se apresentam as hipóteses de teratologia ou excepcionalidade.

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, NEGO SEGUIMENTO AO HABEAS CORPUS.

Publique-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro ALEXANDRE DE MORAESRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 157.080 (1285)ORIGEM : 157080 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : ROBSON TIAGO DE MEDEIROS SINHORETTIIMPTE.(S) : JOSE JOSENETTE SARAIVA DA CRUZ (249275/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 447.761 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Vistos etc. Referente à Petição STF 31675/2018 Em 23.5.2018, a Defesa formulou pedido de reconsideração da

decisão em que neguei seguimento ao habeas corpus, forte na instrução deficiente do writ (HC 103.240-AgR/RS, Rel. Min. Ayres Britto, 2ª Turma, DJe 11.4.2011). Para tanto, a Defesa, por intermédio da referida petição, instrui o feito com os documentos necessários à apreciação do writ.

Superado o referido óbice e no exercício, pois, de juízo de retratação, reconsidero a decisão em que neguei seguimento ao habeas corpus pela deficiência na instrução, prosseguindo em sua análise.

O presente habeas corpus, com pedido de liminar, foi impetrado por Jose Josenette Saraiva da Cruz em favor de Robson Tiago de Medeiros

Sinhoretti, contra decisão monocrática da lavra do Ministro Nefi Cordeiro, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu liminarmente o HC 447.761/SP.

Narra a inicial que o paciente foi preso preventivamente pela suposta prática do crime de homicídio, tipificado no art. 121 do Código Penal. Posteriormente, o Juízo da 1ª Vara do Júri da Comarca de São Paulo/SP, quando do recebimento da denúncia, decretou a prisão preventiva em desfavor do ora paciente.

Irresignada, a Defesa impetrou habeas corpus perante o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo/SP, que indeferiu a liminar.

A questão, então, foi submetida à apreciação do Superior Tribunal de Justiça, que, via decisão monocrática da lavra do Ministro Nefi Cordeiro, indeferiu liminarmente o HC 447.761/SP.

No presente writ, o Impetrante pugna, preliminarmente, pelo afastamento da Súmula 691/STF. Alega inidônea a fundamentação do decreto cautelar, porquanto lastreada na gravidade abstrata do delito, além de ausentes seus requisitos autorizadores. Argumenta a existência de circunstâncias favoráveis ao paciente, como primariedade, residência fixa e ocupação lícita. Requer, em medida liminar e no mérito, a revogação da prisão preventiva, com a expedição de alvará de soltura em favor do paciente e, sucessivamente, a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão.

É o relatório. Decido. Extraio do ato dito coator: “(...). A teor do disposto no enunciado da Súmula 691 do Supremo Tribunal

Federal, não se admite a utilização de habeas corpus contra decisão que indeferiu a liminar em writ impetrado no Tribunal a quo, sob pena de indevida supressão de instância.

A despeito de tal óbice processual, tem-se entendido que tão somente em casos excepcionais, quando evidenciada a presença de decisão teratológica ou desprovida de fundamentação, é possível a mitigação do referido enunciado.

O Tribunal a quo indeferiu a liminar nos seguintes termos (fls. 22/23): O advogado José J. Saraiva da Cruz impetra este habeas corpus,

com pedido liminar, em favor de ROBSON TIAGO DE MEDEIROS SINHORETTI, postulando a revogação da prisão preventiva decretada por ocasião do recebimento da denúncia, que imputou ao ora paciente a prática do delito previsto no art. 121, caput, do Código de Processo Penal.

Afirma o impetrante ser insuficiente e inidônea a fundamentação da r. decisão combatida, eis que baseada genericamente na garantia da ordem pública e gravidade do delito, não podendo a medida extrema ser decretada em razão dos antecedentes do paciente. Pleiteia, assim, a expedição de alvará de soltura ou, subsidiariamente, a aplicação de medidas cautelares diversas do cárcere.

A medida liminar em habeas corpus, é excepcional, razão pela qual está reservada para os casos em que flagrante o constrangimento ilegal. E essa não é a hipótese dos autos.

Ademais, a análise do pedido revela-se inadequada à esfera da cognição sumária, haja vista confundir-se com o mérito, reservando-se à Colenda Turma Julgadora a solução da questão em toda a sua extensão.

Igualmente, verifico não demonstrados regularmente, de pronto, o fumus boni iuris e o periculum in mora, necessários para concessão da liminar, que fica indeferida.

Por sua vez, o decreto prisional assim dispôs (fl. 147): 1) Ausentes causas de rejeição da inaugural acusatória indicadas no

artigo 395 do Código de Processo Penal, RECEBO A DENUNCIA para dar início à persecução criminal in índice contra ROBSON TIAGO DE MEDEIROS SINHORETTI pela prática do crime previsto no art. 121, caput, do Código Penal.

2) Providenciem-se certidões dos feitos apontados às fls. 103/108. 3) CITE-SE para ofertar resposta(s) à acusação no prazo de 10 (dez)

dias, na forma do artigo 406, caput, e §§ I o a 3 o , do Código de Processo Penal, com as advertências de praxe. Decorrido o prazo sem a constituição de defensor, intime-se a DPE.

4) O pedido de prisão preventiva contra o acusado (item 3 de fls. 102) mostra-se pertinente para a garantia da ordem pública, tendo em vista os indícios que pesam contra ele, diante dos depoimentos colhidos em sede policial e de seu reconhecimento fotográfico (fl. 14).

Importa assinalar que o réu estaria na posse de arma de fogo, o que, somado à Folha de Antecedentes que ostenta (fls. 103/108), revela personalidade agressiva e perigosa.

Desta forma, presentes os requisitos do artigo 312, do Código de Processo Penal, a prisão preventiva do réu mostra-se necessária para a garantia da ordem pública, não bastando a aplicação das medidas cautelares.

Expeça-se, portanto, mandado de prisão preventiva contra o denunciado.

Como se vê, o decreto prisional apresenta fundamento válido para a decretação da prisão preventiva, evidenciando a periculosidade do paciente na reiteração delitiva, já que o réu estaria na posse de arma de fogo, o que, somado à Folha de Antecedentes que ostenta (fls. 103/108), revela personalidade agressiva e perigosa.

Conforme a jurisprudência pacífica do STJ, a periculosidade do acusado, evidenciada na reiteração delitiva, constitui motivação idônea para o decreto da custódia cautelar, como garantia da ordem pública. Nesse sentido:

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 198

HC n. 286854/RS – 5ª T. – unânime – Rel. Min. Felix Fischer – DJe. 1º-10-2014; RHC n. 48002/MG – 6ª T. – unânime – Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura – DJe 4/8/2014; RHC n. 44677/MG – 5ª T. – unânime – Rel. Min. Laurita Vaz – DJe 24/6/2014.

Ademais, havendo a indicação de fundamentos concretos para justificar a custódia cautelar, não se revela cabível a aplicação de medidas cautelares alternativas à prisão, visto que insuficientes para resguardar a ordem pública. A esse respeito: HC n. 325.754/RS – 5ª T. – unânime – Rel. Min. Leopoldo de Arruda Raposo (Desembargador convocado do TJ/PE) – DJe 11/09/2015 e HC n. 313.977/AL – 6ª T. – unânime – Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura – DJe 16/03/2015.

No caso, não se verifica manifesta ilegalidade apta a autorizar a mitigação da Súmula 691/STF.

Ante o exposto, indefiro liminarmente o presente habeas corpus”.Registro a existência de óbice ao conhecimento do presente writ,

ainda que não se trate, nesta Casa, de hipótese alcançada pela Súmula 691/STF, pertinente a indeferimento de liminar em habeas corpus, e não a indeferimento liminar do habeas, uma vez não esgotada a jurisdição do Superior Tribunal de Justiça, pois o ato impugnado é decisão monocrática extintiva do writ e não o resultado de julgamento colegiado. Deveria a Defesa, pretendendo a reforma da decisão monocrática, ter manejado agravo regimental para que a questão fosse apreciada pelo órgão colegiado (HC 122.275-AgR/SP, Rel. Min. Teori Zavascki, 2ª Turma, DJe 01.7.2014).

O ato apontado como coator observou, este sim, que a pretensão veiculada naquela Corte estaria desde logo a esbarrar na Súmula nº 691/STF ( Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar ), analogicamente aplicada porquanto voltada contra o indeferimento de liminar, pelo Relator, do Tribunal de Justiça, na impetração naquela Corte instaurada. Ainda que a compreensão expressa em tal verbete sumular seja abrandada em alguns julgamentos desta Suprema Corte em hipóteses excepcionais, de flagrante ilegalidade, teratologia ou abuso de poder, por não ser o caso dos autos, segundo o Superior Tribunal de Justiça, indeferido liminarmente o writ perante aquela Corte impetrado.

Ao indeferir o pedido de liminar, o Tribunal de Justiça não vislumbrou presentes os requisitos ensejadores da imediata soltura do paciente, reservando a definição da matéria ao pronunciamento do colegiado.

Dessa forma, dar trânsito ao writ significaria duplicar a instrução, que já está sendo realizada, e apreciá-lo no mérito implicaria suprimir instâncias.

Ante o exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (art. 21, §1º, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa Weber Relatora

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 157.088 (1286)ORIGEM : 157088 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : LUIZ CARLOS SILVEIRA PEREIRA JUNIORIMPTE.(S) : MAURO ATUI NETO (266971/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 449.711 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DECISÃOPRISÃO PREVENTIVA – PRAZO – EXCESSO.HABEAS CORPUS – LIMINAR – DEFERIMENTO.LIMINAR – EXTENSÃO – CORRÉUS.HABEAS CORPUS – SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA –

PREJUÍZO – AUSÊNCIA.1. A assessora Dra. Mariana Madera Nunes prestou as seguintes

informações:O Juízo da Vara Plantão da Comarca de Araçatuba/SP, no processo

nº 0000502-80.2017.8.26.0603, converteu em preventivas as prisões em flagrante do paciente e de outras duas pessoas, ocorridas no dia 5 de maio de 2017, ante o suposto cometimento da infração versada no artigo 33, cabeça (tráfico de drogas), da Lei nº 11.343/2006. Destacou a presença de prova da materialidade delitiva, reportando-se à apreensão, próxima a estabelecimento de ensino, de 12 tijolos de maconha, pesando 700,18 gramas. Afirmou necessária a custódia para garantir a ordem pública, aludindo à gravidade do crime, aos prejuízos do tráfico para a sociedade e à necessidade de resguardar o meio social.

O Juízo da Primeira Vara Criminal da Comarca de Araçatuba/SP condenou-o a 2 anos e 6 meses de reclusão, em regime inicial fechado, e ao pagamento de 50 dias-multa, em virtude da prática da infração descrita no artigo 33, cabeça, da Lei de Drogas. Negou o direito de recorrer em liberdade, acrescentando o fato de haver permanecido preso durante a instrução processual.

Chegou-se ao Superior Tribunal de Justiça com o habeas corpus nº 449.711/SP. O Relator indeferiu a liminar.

O impetrante diz ser o caso de superação do verbete nº 691 da Súmula do Tribunal. Sustenta o excesso de prazo da constrição, a perdurar

por mais de 1 ano. Articula com a ofensa aos princípios da duração razoável do processo e da dignidade da pessoa humana. Ressalta não se tratar de processo complexo, afirmando não atribuível a demora à atuação da defesa.

Requer, no campo precário e efêmero, a revogação da preventiva, assegurando-se ao paciente o direito de aguardar, solto, o julgamento da apelação, com ou sem imposição de medida cautelar diversa. No mérito, busca a confirmação da providência.

Consulta ao sítio do Tribunal de Justiça, em 19 de maio de 2018, revelou que a defesa interpôs apelação, encontrando-se pendente a apresentação das razões recursais.

A fase é de exame da medida acauteladora.2. O paciente está preso, sem culpa formada, desde 5 de maio de

2017, ou seja, há 1 ano e 19 dias. Surge o excesso de prazo considerada a prisão provisória e o estágio do processo-crime, porquanto pendente de julgamento apelação interposta pela defesa. Privar da liberdade, por tempo desproporcional, pessoa cuja responsabilidade penal não veio a ser declarada em definitivo viola o princípio da não culpabilidade. Concluir pela manutenção da medida é autorizar a transmutação do pronunciamento mediante o qual implementada, em execução antecipada de sanção, ignorando-se garantia constitucional.

Observem que a superveniência de decisão condenatória recorrível não afasta a natureza preventiva da custódia. O artigo 283, cabeça, do Código de Processo Penal, ao versar sobre os títulos prisionais provisórios, contempla o flagrante, a temporária e a preventiva, revelando que as constrições decorrentes da pronúncia e da sentença penal condenatória ainda não alcançada pela preclusão maior integram a última. O artigo 387, § 1º, denomina, expressamente, preventiva a prisão oriunda da condenação não transitada em julgado.

3. Defiro a liminar. Expeçam alvará de soltura a ser cumprido com as cautelas próprias: caso o paciente não se encontre recolhido por motivo diverso da custódia preventiva retratada no processo nº 0000502-80.2017.8.26.0603, da Vara Plantão da Comarca de Araçatuba/SP. Advirtam-no da necessidade de permanecer com a residência indicada ao Juízo, atendendo aos chamamentos judiciais, de informar eventual transferência e de adotar a postura que se aguarda do cidadão integrado à sociedade.

4. Sendo idêntica a situação jurídica dos corréus Rafael Henrique Squeruque dos Santos e Fernando Gustavo de Jesus, ante o excesso de prazo da constrição, estendo-lhes a medida acauteladora, com os mesmos cuidados, consoante o disposto no artigo 580 do Código de Processo Penal.

5. O curso deste habeas não prejudica o de nº 449.711/SP, em trâmite no Superior Tribunal de Justiça. Com as homenagens merecidas, remetam cópia desta decisão ao relator, ministro Reynaldo Soares da Fonseca.

6. Colham o parecer da Procuradoria-Geral da República.7. Publiquem.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

HABEAS CORPUS 157.124 (1287)ORIGEM : 157124 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : PEDRO HENRIQUE SOUZA DE ALBUQUERQUE

GONCALVESCOATOR(A/S)(ES) : SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA contra decisão do Tribunal Pleno exarada no HC 152.752/PR.

Requer-se, preliminarmente, o reconhecimento do impedimento dos Ministros Cármen Lúcia, Dias Tóffoli, Celso de Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

No mérito, postula a concessão da ordem para:“i. declarar NULA a votação informal realizada ao arrepio dos arts.

361 e seguintes do RISTF, que autorizou o voto de qualidade da Ministra Presidente desta Corte, e consequentemente, declarar NULO o voto referida Ministra e reconhecer o empate na votação do HC 152752, aplicando-se, o art. 146, par. único do RISTF para o fim de proclamar a decisão da mais favorável ao paciente;

ii. declarar NULO o voto proferido pela E. Ministra Rosa Weber por ausência de fundamentação, considerando assim, a votação final de 5 votos em favor da concessão da ordem versus 4 votos contrários, situação em que não justificaria o voto de qualidade da Ministra Presidente;

iii. Alternativamente, se mantido o voto da E. Ministra Presidente, seja considerada o empate na votação do HC 152752, aplicando-se o art. 146, par. único, para fim de proclamar a decisão mais favorável ao Paciente.”

É o relatório. Decido.2. De início, aponto que o art. 112 do CPP observa que o

“impedimento poderá ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.”

O art. 100, §2°, CPP, que trata do processamento da suspeição e, por

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 199

força do aludido no art. 112, CPP, é aplicável aos casos de impedimento, preceitua o seguinte:

“Art. 100. (…)§ 2o Se a suspeição for de manifesta improcedência, o juiz ou

relator a rejeitará liminarmente.”Quanto ao caso dos autos, verifico que o art. 277 do Regimento

Interno do Supremo Tribunal Federal prescreve que os “Ministros declarar-se-ão impedidos ou suspeitos nos casos previstos em lei”.

Depreendo ainda que o art. 252, III, CPP, veda que o Juiz atue em processo em que “tiver funcionado como juiz de outra instância”.

Assento que Tribunal Pleno já decidiu que as “hipóteses de impedimento elencadas no art. 252 do Código de Processo Penal constituem um numerus clausus”, bem como que “não é possível, pois, interpretar-se extensivamente os seus incisos” (HC 92893, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 02/10/2008, grifei).

No mesmo sentido, a Corte possui compreensão no sentido da “[i]mpossibilidade de criação pela via da interpretação de causas de impedimento” (HC 97544, Relator(a): Min. EROS GRAU, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 21/09/2010, grifei).

Ausentes as hipóteses taxativamente previstas na ordem jurídica, não há impedimento a ser reconhecido.

Ademais, no caso concreto, cabe observar que a decisão impugnada é imputável ao Tribunal Pleno, e não apenas aos eminentes Ministros que integraram a corrente majoritária. Trata-se, em verdade, de decisão colegiada, e não de mero somatório de decisões unipessoais.

3. Saliento que é fato notório que o impetrante não integra a atuante defesa técnica do paciente.

Não se desconhece que o habeas corpus constitui relevantíssima garantia constitucional voltada à tutela do direito de locomoção e que convive com ampla legitimidade ativa. Nesse particular, em tese, qualquer pessoa pode impetrá-lo em favor de determinado paciente a fim de combater ato que compreende configurador de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Nada obstante, não há como se olvidar da dimensão funcional e teleológica dessa larga legitimação. Com efeito, tal circunstância tem como pano de fundo a otimização da tutela judicial do direito de locomoção, com relevância acentuada nas hipóteses em que o paciente não possui defesa técnica constituída ou ainda que tal mister não seja desempenhado a contento.

Por outro lado, não se admite que essa legitimação universal interfira na conveniência e oportunidade da formalização da impetração, as quais se inserem no contexto da estratégia defensiva, quadrante no qual, por óbvio, deve ser prestigiada a atuação da defesa constituída. Afinal, a legitimação aberta é para prestigiar o direito à liberdade e não para, ainda que tangencialmente, prejudicar o exercício do múnus técnico da defesa.

Em outras palavras, é da defesa técnica a prioritária escolha do “se” e do “quando” no que toca à submissão de determinada matéria ao Estado-Juiz.

A legitimação universal, portanto, tem força subsidiária, com maior enfoque nas hipóteses em que há ausência ou deficiência de defesa. E, no caso concreto, a combatividade da atuação da defesa constituída não se encontra em debate.

Nessa mesma linha, o art. 192, §3°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ao disciplinar o rito dos habeas corpus endereçados a esta Corte, prescreve que “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente.“

A disposição literal, portanto, já evidencia a prevalência da defesa constituída sobre a impetração formulada, bem como que os impetrantes em geral não possuem direito subjetivo inafastável da apreciação de tais temas.

Na minha ótica, tal cuidado deve ser robustecido em casos como o dos autos, que envolve figura pública de projeção nacional, o que, naturalmente, pode ensejar a submissão da matéria ao Poder Judiciário pelas mais diversas razões.

Ademais, no caso concreto, não compreendo cabível o processamento da impetração até que haja oposição da defesa técnica.

A uma, pelo fato de que eventual multiplicação de impetrações de tal jaez exigiria intensa dedicação da defesa com a finalidade de obstar o processamento de remédio processual posto exclusivamente à disposição dos interesses defensivos, prejudicando, em uma perspectiva holística, o exercício do seu encargo.

A duas, pela notória combatividade da defesa técnica a quem cabe, a tempo e modo, a adoção da estratégia defensiva que reputar adequada ao caso.

Assim, diante de tal contexto, salvo manifestação expressa em sentido contrário, considero a presente impetração desautorizada pela defesa técnica.

No mesmo sentido: HC 145751 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em 02/08/2017 e HC 152613, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/02/2018. E ainda:

“Ora, é notório que o largo espectro de legitimidade ativa constitucionalmente atribuído ao writ busca a máxima proteção ao paciente. Pressupõe-se, portanto, o interesse de agir em favor do paciente, de modo que a iniciativa não pode trazer reflexos negativos ou ir de encontro à defesa eventualmente constituída. E, muito menos, abrir campo à atuação de

pessoas que, sem o conhecimento do paciente, apenas objetivem notoriedade ou, mesmo munidas de boas intenções, “atropelem” a estratégia defensiva.

(…)No presente caso, militam em favor do paciente causídicos por

ele eleitos, de modo que não se cogita de ausência de constituição de defesa técnica e muito menos de deficiência na atuação dessa defesa. Logo, essa “legitimação universal” ativa, de natureza subsidiária, não tem lugar” (HC 155283, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 23/04/2018, grifei)

“Acresço que o fato de o paciente contar com procurador constituído nos autos da AC 4.039/DF, a que este habeas corpus se refere, em tese, também constitui óbice à impetração, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, forte no art. 192, § 3º, do RISTF: “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente”.

Tenho entendido, em casos análogos, que não há como presumir que a interferência de terceiro se faça no interesse da Defesa e do acusado, pelo menos em sua integralidade. Rigorosamente, em tese, o atropelar de estratégias definidas pode mais atrapalhar do que auxiliar. O mesmo se diga do levantamento de questões acaso inadequadas e do eventual precipitar de decisões desfavoráveis.” (HC 131839, Relator(a): Min. ROSA WEBER, julgado em 30/11/2015, grifei)

4. Não bastasse, o ato apontado não é sindicável pela via eleita, visto que “não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno, contra ato de Ministro ou órgão fracionário da Corte” (HC 86.548/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, maioria, DJe 19.12.2008). Na mesma linha, cito os seguintes precedentes que retratam a compreensão do Tribunal Pleno:

“Esta Corte já firmou jurisprudência no sentido de não caber habeas corpus contra ato de Ministro Relator, de Turma ou do próprio Tribunal Pleno. Precedentes.” (HC 118459 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 24/10/2013)

“Esta Corte firmou a orientação do não cabimento de habeas corpus contra ato de Ministro Relator ou contra decisão colegiada de Turma ou do Plenário do próprio Tribunal, independentemente de tal decisão haver sido proferida em sede de habeas corpus ou proferida em sede de recursos em geral (Súmula 606).” (HC 97009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno)

Ainda a esse respeito, colaciono precedente de minha relatoria:“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DIREITO

PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de Ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Agravo regimental desprovido.” (HC 129.802/CE, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, julgado em 18.12.2016, grifei)

Embora tal entendimento, em momento anterior, fosse alvo de discordâncias, após intenso debate, ao enfrentar o HC 105959/DF, o Tribunal, em 17.2.2016, com a participação da integralidade dos então componentes do Plenário, consolidou o descabimento de impetração contra ato de Ministro da própria Corte:

“HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Writ não conhecido. (HC 105959, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2016)

Tal posição vem sendo desde então observada, conforme se depreende dos seguintes julgados:

“A jurisprudência consolidada da Corte atesta o não cabimento de habeas corpus contra ato jurisdicional de Ministro ou órgão fracionário do STF.” (AP 985 QO, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 06/06/2017)

“O habeas corpus é incabível quando impetrado em face de ato dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, de órgão fracionário da Corte ou de seu Pleno.” (HC 131033 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 02/06/2017

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido do não cabimento de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato jurisdicional de ministro ou órgão fracionário da Corte, seja em recurso ou em ação originária de sua competência.” (HC 115787, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 18/05/2017)

5. Em razão da intransponibilidade de tais obstáculos, a impetração não merece conhecimento, sendo manifestamente incabível.

Posto isso, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, não conheço do habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 157.125 (1288)ORIGEM : 157125 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 200

PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : MARIA HELOISA SOUZA DE ALBUQUERQUE

GONCALVESCOATOR(A/S)(ES) : SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA contra decisão do Tribunal Pleno exarada no HC 152.752/PR.

Requer-se, preliminarmente, o reconhecimento do impedimento dos Ministros Cármen Lúcia, Dias Tóffoli, Celso de Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

No mérito, postula a concessão da ordem para:“i. declarar NULA a votação informal realizada ao arrepio dos arts.

361 e seguintes do RISTF, que autorizou o voto de qualidade da Ministra Presidente desta Corte, e consequentemente, declarar NULO o voto referida Ministra e reconhecer o empate na votação do HC 152752, aplicando-se, o art. 146, par. único do RISTF para o fim de proclamar a decisão da mais favorável ao paciente;

ii. declarar NULO o voto proferido pela E. Ministra Rosa Weber por ausência de fundamentação, considerando assim, a votação final de 5 votos em favor da concessão da ordem versus 4 votos contrários, situação em que não justificaria o voto de qualidade da Ministra Presidente;

iii. Alternativamente, se mantido o voto da E. Ministra Presidente, seja considerada o empate na votação do HC 152752, aplicando-se o art. 146, par. único, para fim de proclamar a decisão mais favorável ao Paciente.”

É o relatório. Decido.2. De início, aponto que o art. 112 do CPP observa que o

“impedimento poderá ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.”

O art. 100, §2°, CPP, que trata do processamento da suspeição e, por força do aludido no art. 112, CPP, é aplicável aos casos de impedimento, preceitua o seguinte:

“Art. 100. (…)§ 2o Se a suspeição for de manifesta improcedência, o juiz ou

relator a rejeitará liminarmente.”Quanto ao caso dos autos, verifico que o art. 277 do Regimento

Interno do Supremo Tribunal Federal prescreve que os “Ministros declarar-se-ão impedidos ou suspeitos nos casos previstos em lei”.

Depreendo ainda que o art. 252, III, CPP, veda que o Juiz atue em processo em que “tiver funcionado como juiz de outra instância”.

Assento que Tribunal Pleno já decidiu que as “hipóteses de impedimento elencadas no art. 252 do Código de Processo Penal constituem um numerus clausus”, bem como que “não é possível, pois, interpretar-se extensivamente os seus incisos” (HC 92893, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 02/10/2008, grifei).

No mesmo sentido, a Corte possui compreensão no sentido da “[i]mpossibilidade de criação pela via da interpretação de causas de impedimento” (HC 97544, Relator(a): Min. EROS GRAU, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 21/09/2010, grifei).

Ausentes as hipóteses taxativamente previstas na ordem jurídica, não há impedimento a ser reconhecido.

Ademais, no caso concreto, cabe observar que a decisão impugnada é imputável ao Tribunal Pleno, e não apenas aos eminentes Ministros que integraram a corrente majoritária. Trata-se, em verdade, de decisão colegiada, e não de mero somatório de decisões unipessoais.

3. Saliento que é fato notório que o impetrante não integra a atuante defesa técnica do paciente.

Não se desconhece que o habeas corpus constitui relevantíssima garantia constitucional voltada à tutela do direito de locomoção e que convive com ampla legitimidade ativa. Nesse particular, em tese, qualquer pessoa pode impetrá-lo em favor de determinado paciente a fim de combater ato que compreende configurador de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Nada obstante, não há como se olvidar da dimensão funcional e teleológica dessa larga legitimação. Com efeito, tal circunstância tem como pano de fundo a otimização da tutela judicial do direito de locomoção, com relevância acentuada nas hipóteses em que o paciente não possui defesa técnica constituída ou ainda que tal mister não seja desempenhado a contento.

Por outro lado, não se admite que essa legitimação universal interfira na conveniência e oportunidade da formalização da impetração, as quais se inserem no contexto da estratégia defensiva, quadrante no qual, por óbvio, deve ser prestigiada a atuação da defesa constituída. Afinal, a legitimação aberta é para prestigiar o direito à liberdade e não para, ainda que tangencialmente, prejudicar o exercício do múnus técnico da defesa.

Em outras palavras, é da defesa técnica a prioritária escolha do “se” e do “quando” no que toca à submissão de determinada matéria ao Estado-Juiz.

A legitimação universal, portanto, tem força subsidiária, com maior enfoque nas hipóteses em que há ausência ou deficiência de defesa. E, no caso concreto, a combatividade da atuação da defesa constituída não se encontra em debate.

Nessa mesma linha, o art. 192, §3°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ao disciplinar o rito dos habeas corpus endereçados a esta Corte, prescreve que “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente.“

A disposição literal, portanto, já evidencia a prevalência da defesa constituída sobre a impetração formulada, bem como que os impetrantes em geral não possuem direito subjetivo inafastável da apreciação de tais temas.

Na minha ótica, tal cuidado deve ser robustecido em casos como o dos autos, que envolve figura pública de projeção nacional, o que, naturalmente, pode ensejar a submissão da matéria ao Poder Judiciário pelas mais diversas razões.

Ademais, no caso concreto, não compreendo cabível o processamento da impetração até que haja oposição da defesa técnica.

A uma, pelo fato de que eventual multiplicação de impetrações de tal jaez exigiria intensa dedicação da defesa com a finalidade de obstar o processamento de remédio processual posto exclusivamente à disposição dos interesses defensivos, prejudicando, em uma perspectiva holística, o exercício do seu encargo.

A duas, pela notória combatividade da defesa técnica a quem cabe, a tempo e modo, a adoção da estratégia defensiva que reputar adequada ao caso.

Assim, diante de tal contexto, salvo manifestação expressa em sentido contrário, considero a presente impetração desautorizada pela defesa técnica.

No mesmo sentido: HC 145751 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em 02/08/2017 e HC 152613, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/02/2018. E ainda:

“Ora, é notório que o largo espectro de legitimidade ativa constitucionalmente atribuído ao writ busca a máxima proteção ao paciente. Pressupõe-se, portanto, o interesse de agir em favor do paciente, de modo que a iniciativa não pode trazer reflexos negativos ou ir de encontro à defesa eventualmente constituída. E, muito menos, abrir campo à atuação de pessoas que, sem o conhecimento do paciente, apenas objetivem notoriedade ou, mesmo munidas de boas intenções, “atropelem” a estratégia defensiva.

(…)No presente caso, militam em favor do paciente causídicos por

ele eleitos, de modo que não se cogita de ausência de constituição de defesa técnica e muito menos de deficiência na atuação dessa defesa. Logo, essa “legitimação universal” ativa, de natureza subsidiária, não tem lugar” (HC 155283, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 23/04/2018, grifei)

“Acresço que o fato de o paciente contar com procurador constituído nos autos da AC 4.039/DF, a que este habeas corpus se refere, em tese, também constitui óbice à impetração, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, forte no art. 192, § 3º, do RISTF: “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente”.

Tenho entendido, em casos análogos, que não há como presumir que a interferência de terceiro se faça no interesse da Defesa e do acusado, pelo menos em sua integralidade. Rigorosamente, em tese, o atropelar de estratégias definidas pode mais atrapalhar do que auxiliar. O mesmo se diga do levantamento de questões acaso inadequadas e do eventual precipitar de decisões desfavoráveis.” (HC 131839, Relator(a): Min. ROSA WEBER, julgado em 30/11/2015, grifei)

4. Não bastasse, o ato apontado não é sindicável pela via eleita, visto que “não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno, contra ato de Ministro ou órgão fracionário da Corte” (HC 86.548/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, maioria, DJe 19.12.2008). Na mesma linha, cito os seguintes precedentes que retratam a compreensão do Tribunal Pleno:

“Esta Corte já firmou jurisprudência no sentido de não caber habeas corpus contra ato de Ministro Relator, de Turma ou do próprio Tribunal Pleno. Precedentes.” (HC 118459 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 24/10/2013)

“Esta Corte firmou a orientação do não cabimento de habeas corpus contra ato de Ministro Relator ou contra decisão colegiada de Turma ou do Plenário do próprio Tribunal, independentemente de tal decisão haver sido proferida em sede de habeas corpus ou proferida em sede de recursos em geral (Súmula 606).” (HC 97009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno)

Ainda a esse respeito, colaciono precedente de minha relatoria:“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DIREITO

PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de Ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Agravo regimental desprovido.” (HC 129.802/CE, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, julgado em 18.12.2016, grifei)

Embora tal entendimento, em momento anterior, fosse alvo de discordâncias, após intenso debate, ao enfrentar o HC 105959/DF, o Tribunal, em 17.2.2016, com a participação da integralidade dos então componentes do Plenário, consolidou o descabimento de impetração contra ato de Ministro da própria Corte:

“HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 201

cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Writ não conhecido. (HC 105959, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2016)

Tal posição vem sendo desde então observada, conforme se depreende dos seguintes julgados:

“A jurisprudência consolidada da Corte atesta o não cabimento de habeas corpus contra ato jurisdicional de Ministro ou órgão fracionário do STF.” (AP 985 QO, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 06/06/2017)

“O habeas corpus é incabível quando impetrado em face de ato dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, de órgão fracionário da Corte ou de seu Pleno.” (HC 131033 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 02/06/2017

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido do não cabimento de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato jurisdicional de ministro ou órgão fracionário da Corte, seja em recurso ou em ação originária de sua competência.” (HC 115787, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 18/05/2017)

5. Em razão da intransponibilidade de tais obstáculos, a impetração não merece conhecimento, sendo manifestamente incabível.

Posto isso, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, não conheço do habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 157.126 (1289)ORIGEM : 157126 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : LIA SCHOLZECOATOR(A/S)(ES) : SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA contra decisão do Tribunal Pleno exarada no HC 152.752/PR.

Requer-se, preliminarmente, o reconhecimento do impedimento dos Ministros Cármen Lúcia, Dias Tóffoli, Celso de Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

No mérito, postula a concessão da ordem para:“i. declarar NULA a votação informal realizada ao arrepio dos arts.

361 e seguintes do RISTF, que autorizou o voto de qualidade da Ministra Presidente desta Corte, e consequentemente, declarar NULO o voto referida Ministra e reconhecer o empate na votação do HC 152752, aplicando-se, o art. 146, par. único do RISTF para o fim de proclamar a decisão da mais favorável ao paciente;

ii. declarar NULO o voto proferido pela E. Ministra Rosa Weber por ausência de fundamentação, considerando assim, a votação final de 5 votos em favor da concessão da ordem versus 4 votos contrários, situação em que não justificaria o voto de qualidade da Ministra Presidente;

iii. Alternativamente, se mantido o voto da E. Ministra Presidente, seja considerada o empate na votação do HC 152752, aplicando-se o art. 146, par. único, para fim de proclamar a decisão mais favorável ao Paciente.”

É o relatório. Decido.2. De início, aponto que o art. 112 do CPP observa que o

“impedimento poderá ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.”

O art. 100, §2°, CPP, que trata do processamento da suspeição e, por força do aludido no art. 112, CPP, é aplicável aos casos de impedimento, preceitua o seguinte:

“Art. 100. (…)§ 2o Se a suspeição for de manifesta improcedência, o juiz ou

relator a rejeitará liminarmente.”Quanto ao caso dos autos, verifico que o art. 277 do Regimento

Interno do Supremo Tribunal Federal prescreve que os “Ministros declarar-se-ão impedidos ou suspeitos nos casos previstos em lei”.

Depreendo ainda que o art. 252, III, CPP, veda que o Juiz atue em processo em que “tiver funcionado como juiz de outra instância”.

Assento que Tribunal Pleno já decidiu que as “hipóteses de impedimento elencadas no art. 252 do Código de Processo Penal constituem um numerus clausus”, bem como que “não é possível, pois, interpretar-se extensivamente os seus incisos” (HC 92893, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 02/10/2008, grifei).

No mesmo sentido, a Corte possui compreensão no sentido da “[i]mpossibilidade de criação pela via da interpretação de causas de impedimento” (HC 97544, Relator(a): Min. EROS GRAU, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 21/09/2010, grifei).

Ausentes as hipóteses taxativamente previstas na ordem jurídica, não

há impedimento a ser reconhecido.Ademais, no caso concreto, cabe observar que a decisão impugnada

é imputável ao Tribunal Pleno, e não apenas aos eminentes Ministros que integraram a corrente majoritária. Trata-se, em verdade, de decisão colegiada, e não de mero somatório de decisões unipessoais.

3. Saliento que é fato notório que o impetrante não integra a atuante defesa técnica do paciente.

Não se desconhece que o habeas corpus constitui relevantíssima garantia constitucional voltada à tutela do direito de locomoção e que convive com ampla legitimidade ativa. Nesse particular, em tese, qualquer pessoa pode impetrá-lo em favor de determinado paciente a fim de combater ato que compreende configurador de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Nada obstante, não há como se olvidar da dimensão funcional e teleológica dessa larga legitimação. Com efeito, tal circunstância tem como pano de fundo a otimização da tutela judicial do direito de locomoção, com relevância acentuada nas hipóteses em que o paciente não possui defesa técnica constituída ou ainda que tal mister não seja desempenhado a contento.

Por outro lado, não se admite que essa legitimação universal interfira na conveniência e oportunidade da formalização da impetração, as quais se inserem no contexto da estratégia defensiva, quadrante no qual, por óbvio, deve ser prestigiada a atuação da defesa constituída. Afinal, a legitimação aberta é para prestigiar o direito à liberdade e não para, ainda que tangencialmente, prejudicar o exercício do múnus técnico da defesa.

Em outras palavras, é da defesa técnica a prioritária escolha do “se” e do “quando” no que toca à submissão de determinada matéria ao Estado-Juiz.

A legitimação universal, portanto, tem força subsidiária, com maior enfoque nas hipóteses em que há ausência ou deficiência de defesa. E, no caso concreto, a combatividade da atuação da defesa constituída não se encontra em debate.

Nessa mesma linha, o art. 192, §3°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ao disciplinar o rito dos habeas corpus endereçados a esta Corte, prescreve que “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente.“

A disposição literal, portanto, já evidencia a prevalência da defesa constituída sobre a impetração formulada, bem como que os impetrantes em geral não possuem direito subjetivo inafastável da apreciação de tais temas.

Na minha ótica, tal cuidado deve ser robustecido em casos como o dos autos, que envolve figura pública de projeção nacional, o que, naturalmente, pode ensejar a submissão da matéria ao Poder Judiciário pelas mais diversas razões.

Ademais, no caso concreto, não compreendo cabível o processamento da impetração até que haja oposição da defesa técnica.

A uma, pelo fato de que eventual multiplicação de impetrações de tal jaez exigiria intensa dedicação da defesa com a finalidade de obstar o processamento de remédio processual posto exclusivamente à disposição dos interesses defensivos, prejudicando, em uma perspectiva holística, o exercício do seu encargo.

A duas, pela notória combatividade da defesa técnica a quem cabe, a tempo e modo, a adoção da estratégia defensiva que reputar adequada ao caso.

Assim, diante de tal contexto, salvo manifestação expressa em sentido contrário, considero a presente impetração desautorizada pela defesa técnica.

No mesmo sentido: HC 145751 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em 02/08/2017 e HC 152613, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/02/2018. E ainda:

“Ora, é notório que o largo espectro de legitimidade ativa constitucionalmente atribuído ao writ busca a máxima proteção ao paciente. Pressupõe-se, portanto, o interesse de agir em favor do paciente, de modo que a iniciativa não pode trazer reflexos negativos ou ir de encontro à defesa eventualmente constituída. E, muito menos, abrir campo à atuação de pessoas que, sem o conhecimento do paciente, apenas objetivem notoriedade ou, mesmo munidas de boas intenções, “atropelem” a estratégia defensiva.

(…)No presente caso, militam em favor do paciente causídicos por

ele eleitos, de modo que não se cogita de ausência de constituição de defesa técnica e muito menos de deficiência na atuação dessa defesa. Logo, essa “legitimação universal” ativa, de natureza subsidiária, não tem lugar” (HC 155283, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 23/04/2018, grifei)

“Acresço que o fato de o paciente contar com procurador constituído nos autos da AC 4.039/DF, a que este habeas corpus se refere, em tese, também constitui óbice à impetração, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, forte no art. 192, § 3º, do RISTF: “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente”.

Tenho entendido, em casos análogos, que não há como presumir que a interferência de terceiro se faça no interesse da Defesa e do acusado, pelo menos em sua integralidade. Rigorosamente, em tese, o atropelar de estratégias definidas pode mais atrapalhar do que auxiliar. O mesmo se diga do levantamento de questões acaso inadequadas e do eventual precipitar de decisões desfavoráveis.” (HC 131839, Relator(a): Min. ROSA WEBER, julgado em 30/11/2015, grifei)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 202

4. Não bastasse, o ato apontado não é sindicável pela via eleita, visto que “não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno, contra ato de Ministro ou órgão fracionário da Corte” (HC 86.548/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, maioria, DJe 19.12.2008). Na mesma linha, cito os seguintes precedentes que retratam a compreensão do Tribunal Pleno:

“Esta Corte já firmou jurisprudência no sentido de não caber habeas corpus contra ato de Ministro Relator, de Turma ou do próprio Tribunal Pleno. Precedentes.” (HC 118459 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 24/10/2013)

“Esta Corte firmou a orientação do não cabimento de habeas corpus contra ato de Ministro Relator ou contra decisão colegiada de Turma ou do Plenário do próprio Tribunal, independentemente de tal decisão haver sido proferida em sede de habeas corpus ou proferida em sede de recursos em geral (Súmula 606).” (HC 97009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno)

Ainda a esse respeito, colaciono precedente de minha relatoria:“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DIREITO

PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de Ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Agravo regimental desprovido.” (HC 129.802/CE, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, julgado em 18.12.2016, grifei)

Embora tal entendimento, em momento anterior, fosse alvo de discordâncias, após intenso debate, ao enfrentar o HC 105959/DF, o Tribunal, em 17.2.2016, com a participação da integralidade dos então componentes do Plenário, consolidou o descabimento de impetração contra ato de Ministro da própria Corte:

“HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Writ não conhecido. (HC 105959, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2016)

Tal posição vem sendo desde então observada, conforme se depreende dos seguintes julgados:

“A jurisprudência consolidada da Corte atesta o não cabimento de habeas corpus contra ato jurisdicional de Ministro ou órgão fracionário do STF.” (AP 985 QO, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 06/06/2017)

“O habeas corpus é incabível quando impetrado em face de ato dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, de órgão fracionário da Corte ou de seu Pleno.” (HC 131033 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 02/06/2017

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido do não cabimento de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato jurisdicional de ministro ou órgão fracionário da Corte, seja em recurso ou em ação originária de sua competência.” (HC 115787, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 18/05/2017)

5. Em razão da intransponibilidade de tais obstáculos, a impetração não merece conhecimento, sendo manifestamente incabível.

Posto isso, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, não conheço do habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 157.127 (1290)ORIGEM : 157127 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : CRISLANE OLIVEIRA DA SILVACOATOR(A/S)(ES) : SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA contra decisão do Tribunal Pleno exarada no HC 152.752/PR.

Requer-se, preliminarmente, o reconhecimento do impedimento dos Ministros Cármen Lúcia, Dias Tóffoli, Celso de Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

No mérito, postula a concessão da ordem para:“i. declarar NULA a votação informal realizada ao arrepio dos arts.

361 e seguintes do RISTF, que autorizou o voto de qualidade da Ministra Presidente desta Corte, e consequentemente, declarar NULO o voto referida Ministra e reconhecer o empate na votação do HC 152752, aplicando-se, o art. 146, par. único do RISTF para o fim de proclamar a decisão da mais favorável ao paciente;

ii. declarar NULO o voto proferido pela E. Ministra Rosa Weber por ausência de fundamentação, considerando assim, a votação final de 5 votos

em favor da concessão da ordem versus 4 votos contrários, situação em que não justificaria o voto de qualidade da Ministra Presidente;

iii. Alternativamente, se mantido o voto da E. Ministra Presidente, seja considerada o empate na votação do HC 152752, aplicando-se o art. 146, par. único, para fim de proclamar a decisão mais favorável ao Paciente.”

É o relatório. Decido.2. De início, aponto que o art. 112 do CPP observa que o

“impedimento poderá ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.”

O art. 100, §2°, CPP, que trata do processamento da suspeição e, por força do aludido no art. 112, CPP, é aplicável aos casos de impedimento, preceitua o seguinte:

“Art. 100. (…)§ 2o Se a suspeição for de manifesta improcedência, o juiz ou

relator a rejeitará liminarmente.”Quanto ao caso dos autos, verifico que o art. 277 do Regimento

Interno do Supremo Tribunal Federal prescreve que os “Ministros declarar-se-ão impedidos ou suspeitos nos casos previstos em lei”.

Depreendo ainda que o art. 252, III, CPP, veda que o Juiz atue em processo em que “tiver funcionado como juiz de outra instância”.

Assento que Tribunal Pleno já decidiu que as “hipóteses de impedimento elencadas no art. 252 do Código de Processo Penal constituem um numerus clausus”, bem como que “não é possível, pois, interpretar-se extensivamente os seus incisos” (HC 92893, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 02/10/2008, grifei).

No mesmo sentido, a Corte possui compreensão no sentido da “[i]mpossibilidade de criação pela via da interpretação de causas de impedimento” (HC 97544, Relator(a): Min. EROS GRAU, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 21/09/2010, grifei).

Ausentes as hipóteses taxativamente previstas na ordem jurídica, não há impedimento a ser reconhecido.

Ademais, no caso concreto, cabe observar que a decisão impugnada é imputável ao Tribunal Pleno, e não apenas aos eminentes Ministros que integraram a corrente majoritária. Trata-se, em verdade, de decisão colegiada, e não de mero somatório de decisões unipessoais.

3. Saliento que é fato notório que o impetrante não integra a atuante defesa técnica do paciente.

Não se desconhece que o habeas corpus constitui relevantíssima garantia constitucional voltada à tutela do direito de locomoção e que convive com ampla legitimidade ativa. Nesse particular, em tese, qualquer pessoa pode impetrá-lo em favor de determinado paciente a fim de combater ato que compreende configurador de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Nada obstante, não há como se olvidar da dimensão funcional e teleológica dessa larga legitimação. Com efeito, tal circunstância tem como pano de fundo a otimização da tutela judicial do direito de locomoção, com relevância acentuada nas hipóteses em que o paciente não possui defesa técnica constituída ou ainda que tal mister não seja desempenhado a contento.

Por outro lado, não se admite que essa legitimação universal interfira na conveniência e oportunidade da formalização da impetração, as quais se inserem no contexto da estratégia defensiva, quadrante no qual, por óbvio, deve ser prestigiada a atuação da defesa constituída. Afinal, a legitimação aberta é para prestigiar o direito à liberdade e não para, ainda que tangencialmente, prejudicar o exercício do múnus técnico da defesa.

Em outras palavras, é da defesa técnica a prioritária escolha do “se” e do “quando” no que toca à submissão de determinada matéria ao Estado-Juiz.

A legitimação universal, portanto, tem força subsidiária, com maior enfoque nas hipóteses em que há ausência ou deficiência de defesa. E, no caso concreto, a combatividade da atuação da defesa constituída não se encontra em debate.

Nessa mesma linha, o art. 192, §3°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ao disciplinar o rito dos habeas corpus endereçados a esta Corte, prescreve que “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente.“

A disposição literal, portanto, já evidencia a prevalência da defesa constituída sobre a impetração formulada, bem como que os impetrantes em geral não possuem direito subjetivo inafastável da apreciação de tais temas.

Na minha ótica, tal cuidado deve ser robustecido em casos como o dos autos, que envolve figura pública de projeção nacional, o que, naturalmente, pode ensejar a submissão da matéria ao Poder Judiciário pelas mais diversas razões.

Ademais, no caso concreto, não compreendo cabível o processamento da impetração até que haja oposição da defesa técnica.

A uma, pelo fato de que eventual multiplicação de impetrações de tal jaez exigiria intensa dedicação da defesa com a finalidade de obstar o processamento de remédio processual posto exclusivamente à disposição dos interesses defensivos, prejudicando, em uma perspectiva holística, o exercício do seu encargo.

A duas, pela notória combatividade da defesa técnica a quem cabe, a tempo e modo, a adoção da estratégia defensiva que reputar adequada ao caso.

Assim, diante de tal contexto, salvo manifestação expressa em

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 203

sentido contrário, considero a presente impetração desautorizada pela defesa técnica.

No mesmo sentido: HC 145751 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em 02/08/2017 e HC 152613, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/02/2018. E ainda:

“Ora, é notório que o largo espectro de legitimidade ativa constitucionalmente atribuído ao writ busca a máxima proteção ao paciente. Pressupõe-se, portanto, o interesse de agir em favor do paciente, de modo que a iniciativa não pode trazer reflexos negativos ou ir de encontro à defesa eventualmente constituída. E, muito menos, abrir campo à atuação de pessoas que, sem o conhecimento do paciente, apenas objetivem notoriedade ou, mesmo munidas de boas intenções, “atropelem” a estratégia defensiva.

(…)No presente caso, militam em favor do paciente causídicos por

ele eleitos, de modo que não se cogita de ausência de constituição de defesa técnica e muito menos de deficiência na atuação dessa defesa. Logo, essa “legitimação universal” ativa, de natureza subsidiária, não tem lugar” (HC 155283, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 23/04/2018, grifei)

“Acresço que o fato de o paciente contar com procurador constituído nos autos da AC 4.039/DF, a que este habeas corpus se refere, em tese, também constitui óbice à impetração, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, forte no art. 192, § 3º, do RISTF: “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente”.

Tenho entendido, em casos análogos, que não há como presumir que a interferência de terceiro se faça no interesse da Defesa e do acusado, pelo menos em sua integralidade. Rigorosamente, em tese, o atropelar de estratégias definidas pode mais atrapalhar do que auxiliar. O mesmo se diga do levantamento de questões acaso inadequadas e do eventual precipitar de decisões desfavoráveis.” (HC 131839, Relator(a): Min. ROSA WEBER, julgado em 30/11/2015, grifei)

4. Não bastasse, o ato apontado não é sindicável pela via eleita, visto que “não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno, contra ato de Ministro ou órgão fracionário da Corte” (HC 86.548/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, maioria, DJe 19.12.2008). Na mesma linha, cito os seguintes precedentes que retratam a compreensão do Tribunal Pleno:

“Esta Corte já firmou jurisprudência no sentido de não caber habeas corpus contra ato de Ministro Relator, de Turma ou do próprio Tribunal Pleno. Precedentes.” (HC 118459 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 24/10/2013)

“Esta Corte firmou a orientação do não cabimento de habeas corpus contra ato de Ministro Relator ou contra decisão colegiada de Turma ou do Plenário do próprio Tribunal, independentemente de tal decisão haver sido proferida em sede de habeas corpus ou proferida em sede de recursos em geral (Súmula 606).” (HC 97009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno)

Ainda a esse respeito, colaciono precedente de minha relatoria:“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DIREITO

PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de Ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Agravo regimental desprovido.” (HC 129.802/CE, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, julgado em 18.12.2016, grifei)

Embora tal entendimento, em momento anterior, fosse alvo de discordâncias, após intenso debate, ao enfrentar o HC 105959/DF, o Tribunal, em 17.2.2016, com a participação da integralidade dos então componentes do Plenário, consolidou o descabimento de impetração contra ato de Ministro da própria Corte:

“HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Writ não conhecido. (HC 105959, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2016)

Tal posição vem sendo desde então observada, conforme se depreende dos seguintes julgados:

“A jurisprudência consolidada da Corte atesta o não cabimento de habeas corpus contra ato jurisdicional de Ministro ou órgão fracionário do STF.” (AP 985 QO, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 06/06/2017)

“O habeas corpus é incabível quando impetrado em face de ato dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, de órgão fracionário da Corte ou de seu Pleno.” (HC 131033 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 02/06/2017

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido do não cabimento de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato jurisdicional de ministro ou órgão fracionário da Corte, seja em recurso ou em ação originária de sua competência.” (HC 115787, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 18/05/2017)

5. Em razão da intransponibilidade de tais obstáculos, a impetração não merece conhecimento, sendo manifestamente incabível.

Posto isso, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, não conheço do habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 157.128 (1291)ORIGEM : 157128 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : ROSA MARIA MATTOS E SILVACOATOR(A/S)(ES) : SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA contra decisão do Tribunal Pleno exarada no HC 152.752/PR.

Requer-se, preliminarmente, o reconhecimento do impedimento dos Ministros Cármen Lúcia, Dias Tóffoli, Celso de Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

No mérito, postula a concessão da ordem para:“i. declarar NULA a votação informal realizada ao arrepio dos arts.

361 e seguintes do RISTF, que autorizou o voto de qualidade da Ministra Presidente desta Corte, e consequentemente, declarar NULO o voto referida Ministra e reconhecer o empate na votação do HC 152752, aplicando-se, o art. 146, par. único do RISTF para o fim de proclamar a decisão da mais favorável ao paciente;

ii. declarar NULO o voto proferido pela E. Ministra Rosa Weber por ausência de fundamentação, considerando assim, a votação final de 5 votos em favor da concessão da ordem versus 4 votos contrários, situação em que não justificaria o voto de qualidade da Ministra Presidente;

iii. Alternativamente, se mantido o voto da E. Ministra Presidente, seja considerada o empate na votação do HC 152752, aplicando-se o art. 146, par. único, para fim de proclamar a decisão mais favorável ao Paciente.”

É o relatório. Decido.2. De início, aponto que o art. 112 do CPP observa que o

“impedimento poderá ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.”

O art. 100, §2°, CPP, que trata do processamento da suspeição e, por força do aludido no art. 112, CPP, é aplicável aos casos de impedimento, preceitua o seguinte:

“Art. 100. (…)§ 2o Se a suspeição for de manifesta improcedência, o juiz ou

relator a rejeitará liminarmente.”Quanto ao caso dos autos, verifico que o art. 277 do Regimento

Interno do Supremo Tribunal Federal prescreve que os “Ministros declarar-se-ão impedidos ou suspeitos nos casos previstos em lei”.

Depreendo ainda que o art. 252, III, CPP, veda que o Juiz atue em processo em que “tiver funcionado como juiz de outra instância”.

Assento que Tribunal Pleno já decidiu que as “hipóteses de impedimento elencadas no art. 252 do Código de Processo Penal constituem um numerus clausus”, bem como que “não é possível, pois, interpretar-se extensivamente os seus incisos” (HC 92893, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 02/10/2008, grifei).

No mesmo sentido, a Corte possui compreensão no sentido da “[i]mpossibilidade de criação pela via da interpretação de causas de impedimento” (HC 97544, Relator(a): Min. EROS GRAU, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 21/09/2010, grifei).

Ausentes as hipóteses taxativamente previstas na ordem jurídica, não há impedimento a ser reconhecido.

Ademais, no caso concreto, cabe observar que a decisão impugnada é imputável ao Tribunal Pleno, e não apenas aos eminentes Ministros que integraram a corrente majoritária. Trata-se, em verdade, de decisão colegiada, e não de mero somatório de decisões unipessoais.

3. Saliento que é fato notório que o impetrante não integra a atuante defesa técnica do paciente.

Não se desconhece que o habeas corpus constitui relevantíssima garantia constitucional voltada à tutela do direito de locomoção e que convive com ampla legitimidade ativa. Nesse particular, em tese, qualquer pessoa pode impetrá-lo em favor de determinado paciente a fim de combater ato que compreende configurador de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Nada obstante, não há como se olvidar da dimensão funcional e teleológica dessa larga legitimação. Com efeito, tal circunstância tem como pano de fundo a otimização da tutela judicial do direito de locomoção, com relevância acentuada nas hipóteses em que o paciente não possui defesa técnica constituída ou ainda que tal mister não seja desempenhado a contento.

Por outro lado, não se admite que essa legitimação universal interfira na conveniência e oportunidade da formalização da impetração, as quais se inserem no contexto da estratégia defensiva, quadrante no qual, por óbvio,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 204

deve ser prestigiada a atuação da defesa constituída. Afinal, a legitimação aberta é para prestigiar o direito à liberdade e não para, ainda que tangencialmente, prejudicar o exercício do múnus técnico da defesa.

Em outras palavras, é da defesa técnica a prioritária escolha do “se” e do “quando” no que toca à submissão de determinada matéria ao Estado-Juiz.

A legitimação universal, portanto, tem força subsidiária, com maior enfoque nas hipóteses em que há ausência ou deficiência de defesa. E, no caso concreto, a combatividade da atuação da defesa constituída não se encontra em debate.

Nessa mesma linha, o art. 192, §3°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ao disciplinar o rito dos habeas corpus endereçados a esta Corte, prescreve que “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente.“

A disposição literal, portanto, já evidencia a prevalência da defesa constituída sobre a impetração formulada, bem como que os impetrantes em geral não possuem direito subjetivo inafastável da apreciação de tais temas.

Na minha ótica, tal cuidado deve ser robustecido em casos como o dos autos, que envolve figura pública de projeção nacional, o que, naturalmente, pode ensejar a submissão da matéria ao Poder Judiciário pelas mais diversas razões.

Ademais, no caso concreto, não compreendo cabível o processamento da impetração até que haja oposição da defesa técnica.

A uma, pelo fato de que eventual multiplicação de impetrações de tal jaez exigiria intensa dedicação da defesa com a finalidade de obstar o processamento de remédio processual posto exclusivamente à disposição dos interesses defensivos, prejudicando, em uma perspectiva holística, o exercício do seu encargo.

A duas, pela notória combatividade da defesa técnica a quem cabe, a tempo e modo, a adoção da estratégia defensiva que reputar adequada ao caso.

Assim, diante de tal contexto, salvo manifestação expressa em sentido contrário, considero a presente impetração desautorizada pela defesa técnica.

No mesmo sentido: HC 145751 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em 02/08/2017 e HC 152613, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/02/2018. E ainda:

“Ora, é notório que o largo espectro de legitimidade ativa constitucionalmente atribuído ao writ busca a máxima proteção ao paciente. Pressupõe-se, portanto, o interesse de agir em favor do paciente, de modo que a iniciativa não pode trazer reflexos negativos ou ir de encontro à defesa eventualmente constituída. E, muito menos, abrir campo à atuação de pessoas que, sem o conhecimento do paciente, apenas objetivem notoriedade ou, mesmo munidas de boas intenções, “atropelem” a estratégia defensiva.

(…)No presente caso, militam em favor do paciente causídicos por

ele eleitos, de modo que não se cogita de ausência de constituição de defesa técnica e muito menos de deficiência na atuação dessa defesa. Logo, essa “legitimação universal” ativa, de natureza subsidiária, não tem lugar” (HC 155283, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 23/04/2018, grifei)

“Acresço que o fato de o paciente contar com procurador constituído nos autos da AC 4.039/DF, a que este habeas corpus se refere, em tese, também constitui óbice à impetração, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, forte no art. 192, § 3º, do RISTF: “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente”.

Tenho entendido, em casos análogos, que não há como presumir que a interferência de terceiro se faça no interesse da Defesa e do acusado, pelo menos em sua integralidade. Rigorosamente, em tese, o atropelar de estratégias definidas pode mais atrapalhar do que auxiliar. O mesmo se diga do levantamento de questões acaso inadequadas e do eventual precipitar de decisões desfavoráveis.” (HC 131839, Relator(a): Min. ROSA WEBER, julgado em 30/11/2015, grifei)

4. Não bastasse, o ato apontado não é sindicável pela via eleita, visto que “não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno, contra ato de Ministro ou órgão fracionário da Corte” (HC 86.548/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, maioria, DJe 19.12.2008). Na mesma linha, cito os seguintes precedentes que retratam a compreensão do Tribunal Pleno:

“Esta Corte já firmou jurisprudência no sentido de não caber habeas corpus contra ato de Ministro Relator, de Turma ou do próprio Tribunal Pleno. Precedentes.” (HC 118459 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 24/10/2013)

“Esta Corte firmou a orientação do não cabimento de habeas corpus contra ato de Ministro Relator ou contra decisão colegiada de Turma ou do Plenário do próprio Tribunal, independentemente de tal decisão haver sido proferida em sede de habeas corpus ou proferida em sede de recursos em geral (Súmula 606).” (HC 97009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno)

Ainda a esse respeito, colaciono precedente de minha relatoria:“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DIREITO

PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de Ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Agravo regimental desprovido.” (HC 129.802/CE, Rel. Min. Edson

Fachin, Tribunal Pleno, julgado em 18.12.2016, grifei)Embora tal entendimento, em momento anterior, fosse alvo de

discordâncias, após intenso debate, ao enfrentar o HC 105959/DF, o Tribunal, em 17.2.2016, com a participação da integralidade dos então componentes do Plenário, consolidou o descabimento de impetração contra ato de Ministro da própria Corte:

“HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Writ não conhecido. (HC 105959, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2016)

Tal posição vem sendo desde então observada, conforme se depreende dos seguintes julgados:

“A jurisprudência consolidada da Corte atesta o não cabimento de habeas corpus contra ato jurisdicional de Ministro ou órgão fracionário do STF.” (AP 985 QO, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 06/06/2017)

“O habeas corpus é incabível quando impetrado em face de ato dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, de órgão fracionário da Corte ou de seu Pleno.” (HC 131033 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 02/06/2017

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido do não cabimento de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato jurisdicional de ministro ou órgão fracionário da Corte, seja em recurso ou em ação originária de sua competência.” (HC 115787, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 18/05/2017)

5. Em razão da intransponibilidade de tais obstáculos, a impetração não merece conhecimento, sendo manifestamente incabível.

Posto isso, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, não conheço do habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 157.143 (1292)ORIGEM : 157143 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : REGINALDO GARCIAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado pela Defensoria Pública da União, em favor de Reginaldo Garcia, contra decisão proferida pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), nos autos do Recurso Especial 1.564.309/MS.

Consta dos autos que o paciente foi condenado pela prática do delito descrito no artigo 33, caput, da Lei 11.343/2006, à pena de 1 ano e 8 meses de reclusão, em regime inicial fechado. (eDOC 2, p. 124 - grifei)

Irresignada, a defesa interpôs apelação, à qual o Tribunal, por maioria, deu provimento, para fixar o regime semiaberto. (eDOC 2, p. 198)

Opostos embargos infringentes pela defesa, o Tribunal lhes deu provimento, para fixar o regime aberto e, diante do extenso e injustificável período de clausura indevida, reconheceu a extinção da pena. (eDOC 2, p. 231)

O Ministério Público estadual então interpôs recurso especial, por meio do qual requereu que o paciente fosse compelido a cumprir mais 2 meses de pena, porquanto teria sido condenado a 1 ano e 8 meses, mas cumprido apenas 1 ano e 6 meses.

O Ministério Público Federal, em luzente voto, opinou pelo improvimento do recurso especial:

“A pergunta que merece ser feita no presente caso é: A decisão é justa? Fez justiça no caso concreto? Foi equânime? Está adequadamente fundamentada? No presente caso é de se responder positivamente todas as questões.

Sabemos que as causas extintivas de punibilidade estão previstas em lei e que merecem ser prestigiadas o tanto quanto possível. Todavia, não é razoável que um réu tenha que pagar uma pena mais extensa ou mais dura do que aquela a que foi condenado, tão somente em razão do prestígio ao enquadramento legal.

Afinal, a equanimidade é causa supra legal de decidir e merece o prestígio do judiciário, que, aliás, assim tem agido em casos análogos, a exemplo do crime de bagatela, cuja irrelevância penal foi reconhecida apesar do formal enquadramento do fato na tipologia legal.

In casu, os recorridos foram presos em flagrante em 15/05/2012, permanecendo segregados cautelarmente até o julgamento dos embargos infringentes, que se deu em 26/11/2013, (ou seja, da pena imposta de um ano e oito meses de reclusão a que foram condenados, já haviam cumprido 01

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(um) ano, 06 (seis) meses e 11 (onze) dias.) Portanto, os sentenciados permaneceram presos cautelarmente em

regime mais gravoso ao que restaram condenados ao final e a deliberação pela extinção da sua punibilidade pelo cumprimento da pena, que suprimiu uma pequena parcela dela para compensar o gravame a que foram submetidos, é mais do que adequada”. (eDOC 3, p. 18)

O relator, Ministro Jorge Mussi, do STJ, deu provimento ao recurso especial, nos seguintes termos:

“Da análise dos autos, verifica-se que o recorrido foi preso em flagrante em 15.5.2012. Após ser condenado a 1 ano e 8 meses de reclusão, recorreu ao Tribunal de origem, permanecendo cautelarmente segregado até 26.11.2013, data de julgamento dos embargos infringentes, na qual havia resgatado o período de 1 ano, 6 meses e 11 dias de reclusão, restando pouco menos de 2 meses para o cumprimento integral da reprimenda (fls. 4 e 230). Observa-se, portanto, que a extinção da pena do recorrido foi decretada sem que tivesse sido cumprido todo o período de resgate estipulado no édito condenatório. Em Direito Penal, do princípio da humanidade extrai-se o ensinamento de que ao Estado, em seu jus puniendi, é vedado o estabelecimento de sanções que possam atingir a dignidade humana, lesionando o bem estar físico e psíquico dos condenados, a exemplo das penas de morte, prisão perpétua, trabalhos forçados, de banimento ou cruéis. Da mesma forma, decorre da aplicação desse princípio a proibição da reprimenda corporal transcender a pessoa do delinquente.

No presente caso, entretanto, não se extrai do caderno processual informações de que o recorrido tenha sido submetido à penalidade degradante ou ilegal. A fixação da reprimenda corporal aplicada a REGINALDO encontra respaldo no estatuto repressivo (art. 32) e na Carta Política (art. 5º, XLVI), no capítulo relativo aos direitos e deveres individuais e coletivos”. (eDOC 2, p. 40 - grifei)

A Defensoria Pública da União interpôs agravo regimental, o qual foi improvido. (eDOC 3, p. 71)

Ao acórdão, foram opostos embargos de declaração, rejeitados por unanimidade. (eDOC 3, p. 93)

Nesta Corte, a DPU reitera os argumentos pretéritos e enfatiza que o paciente cumpriu pena além do necessário, porquanto permaneceu no regime fechado por mais de 8 meses, quando teria direito à substituição da pena por restritivas de direitos.

Aduz-se que, desse modo, o paciente teve sua liberdade suprimida ilegalmente, razão por que a ordem deve ser concedida, para restabelecer o acórdão do TJ/MS.

É o extenso relatório.Decido.Tem razão a DPU.Inicialmente, é preciso fazer um esforço acentuado, para

compreender a irresignação ministerial, materializada na interposição do recurso especial.

É que o paciente foi preso em 15.5.2012 e condenado à pena de 1 ano e 8 meses, em regime fechado, em 31.8.2012. (eDOC 2, p. 127)

Em 21.1.2013, progrediu para o semiaberto.Em 26.11.2013, ainda no semiaberto, o Tribunal de Justiça, por

ocasião do julgamento dos embargos infringentes, determinou a progressão para o aberto, substituiu a pena por restritivas de direitos e declarou extinta a pena, nos seguintes termos:

“Assim, deve prevalecer integralmente o voto minoritário da Apelação Criminal objurgada, que fixou o regime aberto para o início do cumprimento das penas aplicadas ao embargante Reginaldo Garcia (…), com a substituição das penas privativas de liberdade por restritivas de direitos.

No entanto, atento ao princípio da humanidade, e ao excessivo tempo de prisão em que foram mantidos em regimes mais severos do que faziam jus, considero a pena já integralmente cumprida.” (eDOC 2, p. 245)

Na espécie, o Tribunal de Justiça converteu a pena privativa de liberdade, já cumprida indevidamente, em restritivas de direitos e, em razão disso, a declarou extinta.

Em outras palavras, o paciente permaneceu preso de 15.5.2012 a 26.11.2013, quando era pra estar em liberdade.

Não há nenhuma outra saída ao Judiciário, a não ser aquela encontrada pelo Tribunal de Justiça, quando do julgamento dos embargos infringentes.

Aliás, o parecer do MPF, nos autos do agravo em recurso especial, resume toda a problemática que envolveu o paciente, de cujo teor extraio minhas razões de decidir.

Desse modo, constato a presença de constrangimento ilegal manifesto a justificar a concessão da ordem.

Ante o exposto, com fundamento no artigo 192, caput, do RISTF, concedo a ordem para declarar extinta a pena do paciente.

Comunique-se com urgência. Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Gilmar MendesRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 157.145 (1293)ORIGEM : 157145 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULO

RELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : LUIS DONISETI TOMAZIMPTE.(S) : JOSE LUIS STEPHANI (100704/SP)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Vistos etc. Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por

José Luis Stephani em favor de Luis Donizeti Tomaz, contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça, que não conheceu o HC 443.308/SP.

O paciente foi preso em flagrante delito e, posteriormente, denunciado pela suposta prática dos crimes de tráfico de drogas e de associação para o tráfico, tipificados nos arts. 33 e 35 da Lei 11.343/2006. O magistrado de primeiro grau converteu o flagrante em prisão preventiva.

Inconformada, a Defesa impetrou habeas corpus perante o Tribunal de Justiça de São Paulo, que denegou a ordem.

A questão, então, foi submetida à apreciação do Superior Tribunal de Justiça, que não conheceu o HC 443.308/SP.

No presente writ, o Impetrante sustenta inidônea a fundamentação do decreto prisional, porquanto lastreada na gravidade abstrata do delito, além de ausentes seus requisitos autorizadores. Argumenta a existência de circunstâncias favoráveis ao paciente, como primariedade, bons antecedentes e residência fixa. Alega a possibilidade de aplicação de medidas cautelares diversas da prisão. Requer, em medida liminar e no mérito, a revogação da prisão preventiva, expedindo-se o competente alvará de soltura em favor do paciente.

Decido. Extraio do ato dito coator: PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE

RECURSO ORDINÁRIO. NÃO CABIMENTO. TRÁFICO DE DROGAS. PRISÃO PREVENTIVA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. QUANTIDADE E VARIEDADE DE DROGAS. CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. IRRELEVÂNCIA. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO.

I - A Terceira Seção desta Corte, seguindo entendimento firmado pela Primeira Turma do col. Pretório Excelso, firmou orientação no sentido de não admitir a impetração de habeas corpus em substituição ao recurso adequado, situação que implica o não-conhecimento da impetração, ressalvados casos excepcionais em que, configurada flagrante ilegalidade apta a gerar constrangimento ilegal, seja possível a concessão da ordem de ofício.

II - A segregação cautelar deve ser considerada exceção, já que tal medida constritiva só se justifica caso demonstrada sua real indispensabilidade para assegurar a ordem pública, a instrução criminal ou a aplicação da lei penal, ex vi do artigo 312 do Código de Processo Penal.

III - No caso, o decreto prisional encontra-se devidamente fundamentado em dados extraídos dos autos, que evidenciam que a liberdade do ora paciente acarretaria risco à ordem pública, notadamente pela quantidade de droga apreendida, eis que "os presos foram encontrados na posse de 2 pedras de cocaína correspondentes a 158,24g da droga e 447 eppendorfs de cocaína correspondentes a 273,72g da droga" , circunstâncias indicadoras de maior desvalor da conduta em tese perpetrada e que denota a periculosidade concreta do agente.

IV - Condições pessoais favoráveis, tais como primariedade, ocupação lícita e residência fixa, não têm o condão de, por si sós, garantirem ao paciente a revogação da prisão preventiva se há nos autos elementos hábeis a recomendar a manutenção de sua custódia cautelar. Pela mesma razão, não há que se falar em possibilidade de aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, o que ocorre na hipótese.

Habeas Corpus não conhecido. A jurisprudência prevalecente desta 1ª Turma da Suprema Corte, forte

na dicção constitucional, orientava-se no sentido do não cabimento de habeas corpus substitutivo do recurso ordinário constitucional (HC 139.258/SP, Rel. p/ acórdão Min. Roberto Barroso, DJe 20.3.2018; HC 150.993-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 15.3.2018; HC 149.594-AgR/PE, Rel. Min. Rosa Weber, DJe 22.02.2018).

A jurisprudência do Plenário desta Casa, contudo, não veio a endossar tal compreensão. Por todos, destaco recente julgado, o HC 152.752/PR, Rel. Min. Edson Fachin, Plenário, j. 22.3.2018 e 04.4.2018, em que o Tribunal Pleno conheceu de habeas corpus impetrado em caráter substitutivo. Naquela assentada, após enumerar julgados semelhantes do Plenário v.g. HC 123.971/DF , conheci do writ em observância ao princípio da colegialidade, ressalvando a minha posição pessoal sobre o tema.

Por outro lado, o magistrado de primeiro grau, ao converter o flagrante em prisão preventiva, verificou a existência dos indícios suficientes de autoria e da materialidade delitiva e enfatizou a necessidade da constrição para garantia da ordem pública, tendo em vista que 'as circunstâncias do fato revelam, tanto pela natureza, como pela quantidade, diversidade e forma de acondicionamento da droga, especial potencial lesivo à sociedade lemense e indicam a finalidade de mercancia dos objetos ilícitos apreendidos’. Consignou, ainda, que ‘a custódia cautelar se mostra solução proporcional ao caso concreto. Ela é necessária para evitar novas infrações e adequada diante da gravidade do crime de tráfico de drogas, da circunstância do fato que denota habitualidade na atividade criminosa’.

Ressalto que, em um juízo meramente cautelar, não se exige a prova plena da culpa em relação aos pressupostos da custódia preventiva, mas de pleno convencimento quanto a existência de dados (informações) nesse

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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sentido (Eugênio Pacelli de Oliveira e Douglas Fischer, Comentários ao Código de Processo Penal e sua jurisprudência, 4ª ed. rev. e atual.; São Paulo: Atlas, 2012, p. 621).

Após a manutenção do decreto prisional pela Corte Estadual, o Superior Tribunal de Justiça ratificou as decisões anteriores, forte nas circunstâncias da prisão, assentando ‘a necessidade de garantia da ordem pública, notadamente pela quantidade de droga apreendida eis que os “presos foram encontrados na posse de 2 pedras de cocaína correspondentes a 158,24g da droga e 447 eppendorfs de cocaína correspondentes a 273,72g da droga", circunstâncias indicadoras de maior desvalor da conduta em tese perpetrada e que denota a periculosidade concreta do agente’.

Sem dúvida a custódia cautelar, enquanto medida excepcional, exige demonstração inequívoca de sua necessidade, em observância ao princípio constitucional da presunção de inocência ou da não culpabilidade, sob pena de representar mera antecipação da reprimenda a ser cumprida quando da condenação (HC 105.556/SP, Rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, DJe de 30.8.2013).

Dessa forma, o decreto de prisão cautelar há de se apoiar nas circunstâncias fáticas do caso concreto, evidenciando que a soltura colocará em risco a ordem pública, a ordem econômica, a instrução criminal ou a aplicação da lei penal, à luz do art. 312 do CPP, e desde que igualmente presentes prova da materialidade da delito e indícios suficientes da autoria.

A validade da segregação embasada na garantia da ordem pública encontra amparo nos julgados desta Corte. Como reiteradamente pontuado, as circunstâncias concretas do crime, consubstanciadas na forma de acondicionamento, na quantidade e na potencialidade lesiva das substâncias entorpecentes apreendidas, justificam a manutenção da prisão cautelar para resguardar a ordem pública, desde que igualmente presentes boas provas da materialidade e da autoria (v.g. HC 105.585/SP, HC 112.763/MG e HC 112.364 AgR/DF, precedentes da minha lavra).

Nesse sentido: HC 109.436/ES, Rel. Min. Ayres Britto, 2ª Turma, DJe 17.02.2012; HC 104.332/ES, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 12.9.2011; HC 98.754/SP, Rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, DJe 10.12.2009).

Registro, ainda, que a circunstância de o paciente ostentar bons antecedentes não constitui óbice à decretação ou manutenção da prisão preventiva, desde que preenchidos os pressupostos e requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal (HC 108.314/MA, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 5.10.2011 e HC 106.816/PE, Rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, DJe 20.6.2011).

Dada a necessidade da constrição cautelar do paciente, carece de plausibilidade jurídica o pleito defensivo de aplicação das medidas cautelares diversas da prisão (arts. 282, § 6º, e 319 do CPP).

Ante o exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (art. 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa Weber Relatora

HABEAS CORPUS 157.161 (1294)ORIGEM : 157161 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : REGINALDO DO NASCIMENTOIMPTE.(S) : REGINALDO DO NASCIMENTOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC N° 396.012 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: Trata-se de habeas corpus impetrado por Reginaldo do Nascimento em causa própria, contra decisão proferida pelo Ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que não conheceu o HC 396.012/SP.

Consta das informações do HC do STJ que o paciente/impetrante foi condenado pela prática do delito descrito no artigo 33, caput, c/c o artigo 40, inciso III, ambos da Lei 11.343/2006, à pena de 9 anos e 4 meses de reclusão, no regime inicial fechado, e 399 dias-multa.

Requer, em síntese, seja reconhecida a nulidade da ação penal (eDOC 1).

É o relatório.Decido.No caso, cumpre destacar a ausência de interposição de agravo

regimental contra a decisão do STJ. Aliás, no que se refere ao tema, tenho-me posicionado, na Segunda Turma, juntamente com Sua Excelência o Ministro Celso de Mello, no sentido da possibilidade de conhecimento do habeas corpus em casos idênticos.

Ocorre que a Segunda Turma já se posicionou no sentido de não conhecer dos writs (HC 119.115/MG, Rel. Ministro Ricardo Lewandowski, DJe 13.2.2014, e HC 114.087/SP, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe 2.10.2014), com fundamento na carência de exaurimento da jurisdição e por inobservância ao princípio da colegialidade, previsto no artigo 102, inciso II, alínea a, da Constituição Federal.

No mesmo sentido, já havia se firmado o entendimento da Primeira Turma desta Corte. A esse propósito, cito: RHC 111.935/DF, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 30.9.2013; RHC 108.877/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe

19.10.2011; e RHC 111.639/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 30.3.2012.Evidentemente, em obediência ao princípio da proteção judicial

efetiva (art. 5º, XXXV, CF), a aplicação do entendimento jurisprudencial trazido à baila pode ser afastada no caso de configuração de evidente constrangimento ilegal ou abuso de poder.

No entanto, não vislumbro constrangimento ilegal manifesto a justificar excepcional conhecimento deste habeas corpus. Daí, o acerto da decisão ora impugnada:

“A Terceira Seção desta Corte, seguindo entendimento firmado pela Primeira Turma do col. Pretório Excelso, firmou orientação no sentido de não admitir habeas corpus em substituição ao recurso adequado, situação que implica o não conhecimento da impetração, ressalvados casos excepcionais em que, configurada flagrante ilegalidade apta a gerar constrangimento ilegal, seja possível a concessão da ordem de ofício.

Tal posicionamento tem por objetivo preservar a utilidade e eficácia do habeas corpus como instrumento constitucional de relevante valor para a proteção da liberdade da pessoa, quando ameaçada por ato ilegal ou abuso de poder, de forma a garantir a necessária celeridade no seu julgamento. Desta forma, incabível o presente mandamus, porquanto substitutivo de revisão criminal.

Em homenagem ao princípio da ampla defesa, no entanto, passa-se ao exame da insurgência, a fim de se verificar eventual constrangimento ilegal passível de ser sanado pela concessão da ordem, de ofício.

O impetrante/paciente afirma que a) não lhe foi oportunizada a apresentação de defesa prévia antes do recebimento da denúncia pelo crime de tráfico de drogas; e b) que sua defesa técnica ficou prejudicada pela nomeação de defensor dativo para acompanhá-lo na audiência de instrução e julgamento, pois o referido ato deveria ter sido suspenso para que pudesse nomear patrono de sua confiança.

Para melhor delimitar a quaestio, trago à colação os fundamentos adotados pelo voto condutor proferido no julgamento do recurso de apelação, que assim dirimiu a controvérsia:

‘A preliminar ventilada não prospera, porque houve regular observância ao rito da Lei Especial.

Como se infere de fls. 34, após o oferecimento da denúncia, foi determinada a notificação do Apelante, nos termos do art. 55 da Lei nº 11.343/06, o que ocorreu aos 25/01/2013 (fls. 44).

Aos 27/02/2013, foi certificado que, até aquele momento, o então acusado não havia constituído defensor, razão pela qual os autos foram remetidos à Defensoria Pública do Estado de São Paulo, que ofertou resposta, aos 12/03/2013 (fls. 46/48).

Seguiu-se recebimento da denúncia aos 22/03/2013, com designação de audiência de instrução, debates e julgamento, para 30/04/2013, bem como determinação de citação de REGINALDO (fls. 49), ato cumprido aos 16/04/2013 (fls. 61).

Na audiência, o Apelante ainda se fez representar pela Defensoria Pública, sobrevindo sentença, na sequência. Entretanto, somente aos 02/05/2013 aportou aos autos defesa preliminar oferecida pelo ora peticionário, com data de protocolo do mesmo dia da audiência.

Como se vê, a petição surgiu após a prolação da sentença, o que levou a sentenciante a determinar sua intimação, inexistindo qualquer irregularidade a redundar em prejuízo ao Apelante.

Não é demais lembrar que o Processo Penal, em tema de nulidades, é regido pelo brocardo pas de nullité sans grief, consagrado pelo legislador no art. 563 do Código de Processo Penal e pela jurisprudência na Súmula nº 523 do STF, ou seja, não deve ser declarada nulidade quando não resultar prejuízo comprovado para a parte que a alega, ou mesmo a que tenha dado causa.’ (fls. 78-79, grifei).

Depreende-se dos fundamentos do v. acórdão, que após o oferecimento da denúncia, foi determinada a notificação do paciente, nos termos do art. 55 da Lei nº 11.343/06, o que ocorreu em 25/01/2013.

Consta, ainda que em 27/02/2013, foi certificado que, até aquele momento, ele não havia constituído defensor, o que ensejou a remessa dos autos à Defensoria Pública do Estado de São Paulo, que ofertou a defesa preliminar em 12/03/2013, seguida do recebimento da denúncia em 22/03/2013.

Infere-se, ainda, que houve designação de audiência de instrução, e julgamento para 30/04/2013, e determinação da citação paciente, ato que teria se aperfeiçoado em 16/04/2013.

Na sequência, há informação de que ocorreu a audiência em 30/4/2013, na qual o paciente se fez representar pela Defensoria Pública, com a posterior prolação de sentença, e que somente em 02/05/2013 teria aportado aos autos a defesa preliminar, com data de protocolo do mesmo dia da audiência.

De fato, consoante bem asseverou o e. representante do Ministério Público Federal ‘os autos não estão adequadamente instruídos, não havendo cópia da ação penal que se pretende anular, razão pela qual se mostra temerário analisar a questão posta nos autos, na ausência de elementos suficientes para a exata compreensão da controvérsia, que trata de nulidades decorrentes de alegado cerceamento de defesa na instrução do feito.’ (fl. 118).

Com efeito, em razão da ausência de elementos que possam subsidiar conclusão inversa da alcançada pelo eg. Colegiado de origem - a fim de se acolher a alegação do paciente de que ele teria informado que possuía defensor constituído nos autos, e que não teria sido previamente intimado

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para constituir outro, diante da inércia -, inviável o conhecimento do writ. De fato, os documentos necessários ao esclarecimento da

controvérsia não foram juntados na inicial do writ, não foram enviados com as informações (fls. 74-109), ou com a manifestação da Defensoria Pública (fls. 114-115).

Ademais, consta no parecer ministerial a notícia de que o paciente apresentou petição perante a Corte estadual, autuada como Revisão Criminal, sob os mesmos fundamentos suscitados na presente impetração, tendo sido indeferida a ordem liminar e solicitado o envio do inteiro teor da ação penal para sua instrução (fl. 120).

Assim, se mostra inviável a apreciação do pedido, para o qual melhor se amolda a revisão criminal, já ajuizada.

Saliente-se que a doutrina e a jurisprudência entendem que o habeas corpus, por constituir ação mandamental cuja principal característica é a sumariedade, não possui fase instrutória, vale dizer, ‘a inicial deve vir acompanhada de prova documental pré-constituída, que propicie o exame, pelo juiz ou tribunal, dos fatos caracterizadores do constrangimento ou ameaça, bem como de sua ilegalidade, pois ao impetrante incumbe o ônus da prova’ (GRINOVER, A.P.; FILHO, A. M. G.; FERNANDES, A.S. Recursos no Processo Penal, ed. Revista dos Tribunais, 2011 p. 298) (…)

Ante o exposto, não conheço do habeas corpus. Em homenagem ao princípio da ampla defesa, remetam-se cópias dos autos à Defensoria Pública do Estado de São Paulo para requerer o que entender de direito em favor do paciente” (eSTJ).

Feitas essas considerações, ressalvo minha posição pessoal, mas, em homenagem ao princípio do colegiado, adoto a orientação no sentido de não conhecer do presente HC.

Ante o exposto, nego seguimento ao pedido formulado habeas corpus, por ser manifestamente incabível (artigo 21, § 1º, do RI/STF).

Publique-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro Gilmar MendesRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 157.179 (1295)ORIGEM : 157179 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : SANDRO LUIZ MARQUES DOS SANTOSIMPTE.(S) : FABIO ROGERIO DONADON COSTA (338153/SP)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIME DE TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES. ARTIGO 33 DA LEI Nº 11.343/06. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA JULGAR HABEAS CORPUS: CF, ART. 102, I, ‘D’ E ‘I’. ROL TAXATIVO. MATÉRIA DE DIREITO ESTRITO. INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA: PARADOXO. ORGANICIDADE DO DIREITO. PRETENSÃO DE RECONHECIMENTO DE NULIDADE DE ATO INSTRUTÓRIO. REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE DE SE SUSCITAR NULIDADE À QUAL SE TENHA DADO CAUSA. INCIDÊNCIA DO PRINCÍPIO DO “PAS DE NULLITÉ SANS GRIEF”. IMPOSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DO HABEAS CORPUS COMO SUCEDÂNEO DE RECURSO OU REVISÃO CRIMINAL.

- Seguimento negado, com esteio no artigo 21, § 1º do RISTF. Prejudicado o exame do pedido de liminar.

- Ciência ao Ministério Público Federal.DECISÃO: Trata-se de Habeas Corpus, com pedido de liminar,

impetrado contra decisão proferida pelo Superior Tribunal de Justiça, que negou conhecimento o habeas corpus lá impetrado, HC nº 437.039, nos termos da seguinte ementa:

“HABEAS CORPUS . IMPETRAÇÃO EM SUBSTITUIÇÃO AO RECURSO CABÍVEL. UTILIZAÇÃO INDEVIDA DO REMÉDIO CONSTITUCIONAL. VIOLAÇÃO AO SISTEMA RECURSAL. NÃO CONHECIMENTO.

1. A via eleita revela-se inadequada para a insurgência contra o ato apontado como coator, pois o ordenamento jurídico prevê recurso específico para tal fim, circunstância que impede o seu formal conhecimento. Precedentes.

2. O alegado constrangimento ilegal será analisado para a verificação da eventual possibilidade de atuação ex officio, nos termos do artigo 654, § 2º, do Código de Processo Penal. TRÁFICO DE DROGAS. APLICAÇÃO DO ARTIGO 400 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL AO RITO PREVISTO NA LEI 11.343/2006. POSSIBILIDADE. NOVO ENTENDIMENTO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. MODULAÇÃO DOS EFEITOS DA DECISÃO PELO PRETÓRIO EXCELSO. INSTRUÇÃO PROCESSUAL CONCLUÍDA DEPOIS DA MUDANÇA JURISPRUDENCIAL. MÁCULA NÃO ARGUIDA PELA DEFESA EM AUDIÊNCIA. INVIABILIDADE DE RECONHECIMENTO DE NULIDADE COM A QUAL CONCORREU A PARTE. ARTIGO 565 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DOS PREJUÍZOS SUPORTADOS PELO RÉU. EIVA NÃO CONFIGURADA.

1. Esta Corte Superior de Justiça possuía entendimento pacífico no

sentido de que se a Lei 11.343/2006 determina que o interrogatório do acusado será o primeiro ato da audiência de instrução e julgamento, deve ser aplicada a legislação específica, pois as regras do rito comum ordinário só têm lugar no procedimento especial quando nele houver omissões ou lacunas.

2. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do HC 127.900/AM, firmou a compreensão de que o artigo 400 da Lei Penal Adjetiva deve ser observado nos procedimentos especiais, tese que, em homenagem ao princípio da segurança jurídica, deve ser aplicada às instruções processuais não encerradas a partir da data de publicação da ata de julgamento.

3. Embora tal decisão seja desprovida de caráter vinculante, é certo que se trata de posicionamento adotado pela maioria dosintegrantes da Suprema Corte, órgão que detém a atribuição de guardar a Constituição Federal e, portanto, dizer em última instância quais situações são conformes ou não com as disposições colocadas na Carta Magna, razão pela qual passou a ser seguido por este Sodalício.

4. Embora a instrução tenha ocorrido após a publicação da ata do julgamento realizado pelo Pretório Excelso, o caso dos autos possui peculiaridades que impedem o reconhecimento da eiva suscitada.

5. De acordo com o artigo 565 do Código de Processo Penal, "nenhuma das partes poderá argüir nulidade a que haja dado causa, ou para que tenha concorrido, ou referente a formalidade cuja observância só à parte contrária interesse ".

6. No caso dos autos, da leitura da ata da audiência verifica-se o réu estava acompanhado de seu advogado, que em momento algum contestou ou questionou o fato de seu cliente haver sido ouvido no início da assentada, não podendo, depois de concluída a fase instrutória, requerer a anulação do ato, uma vez que o ordenamento jurídico repudia a adoção de comportamentos contraditórios em sede processual. Precedente.

7. Em momento algum, o impetrante logrou comprovar em que medida o paciente teria sido prejudicado com o fato de haver sido interrogado antes da colheita dos depoimentos das testemunhas de acusação e defesa, circunstância que reforça a impossibilidade de reconhecimento mácula aventada, nos termos do artigo 563 do Código de Processo Penal, que prescreve que "nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa".

8. Habeas corpus não conhecido”Colhe-se dos autos a informação de que o paciente foi condenado à

pena de 6 (seis) anos e 9 (nove) meses de reclusão, em regime inicial fechado, bem como ao pagamento de 680 (seiscentos e oitenta) dias multa, em razão da prática do crime tipificado no artigo 33 da Lei nº 11.343/06 .

O recurso defensivo restou desprovido pelo Tribunal de origem.Em face dessa decisão, foi impetrado writ perante a Corte Superior, o

qual não foi conhecido nos termos da ementa supratranscrita. Inconformada, a defesa impetrou o presente mandamus, apontando

constrangimento ilegal por entender violado o devido processo legal. Aduz que a “edição da Lei 11.719/2008 determinou a realização do interrogatório ao final da instrução criminal, mostrando-se uma garantia de que aquele que está sendo Acusado, quando ouvido pelo Julgador, terá todo conhecimento das provas produzidas pela acusação e poderá se defender contraditando-as”. Entende que se mostra “de extrema importância o entendimento firmado no Tribunal Pleno do Supremo Tribunal Federal no HC 127.900/AM no sentido de que, a partir da publicação da ata do julgamento, passa a ser aplicável a regra do CPP às instruções não encerradas nos processos de natureza penal militar e eleitoral e a todos os procedimentos penais regidos por legislação especial”. Assim, sustenta que “tendo em vista a data de publicação da citada decisão, ocorrida em 03/08/2016 (conforme comprovação em anexo), e a data de realização da Audiência, 01/11/2016, deveria a este ter sido aplicada a norma do Art. 400 do CPP, em consonância com o decidido pelo STF” e pugna pela anulação da “audiência instrutória do Paciente por violação ao determinado no Art. 400 do CPP, sendo claro o prejuízo sofrido, por não ter exercido seu direito de defesa”.

Ao final, formula pedido nos seguintes termos, in litteris:“Diante de todo exposto, reitera-se o pedido de concessão de liminar

para que o Paciente aguarde em liberdade o julgamento deste writ. E, no mérito, requer que seja concedida a ordem para desconstituir o v. Acórdão, ora vergastado, reconhecendo a nulidade da audiência de instrução em julgamento e, por via de consequência, todos os atos processuais seguintes, uma vez que a AIJ foi realizada ao arrepio do artigo 400 do CPP, com a flagrante inversão da ordem do interrogatório do paciente, em detrimento do princípio do devido processo legal e seus consectários: ampla defesa e o contraditório.

Assim decidindo, Vossas Excelências estarão julgando de acordo com o direito, e, sobretudo, restabelecendo, perfazendo e restaurando a verdadeira JUSTIÇA.

O paciente desde já se compromete a comparecer a todos atos processuais a que for intimado.

Caso não seja nenhum dos entendimentos acima, requer seja reconhecida a flagrante ilegalidade que sofrida pelo paciente, e seja concedida a liberdade provisória ex officio.”

É o relatório, passo a decidir.A competência originária do Supremo Tribunal Federal para conhecer

e julgar habeas corpus está definida, taxativamente, no artigo 102, inciso I,

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alíneas d e i, da Constituição Federal, verbis:“Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a

guarda da Constituição, cabendo-lhe:I – processar e julgar, originariamente:…d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas

nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;

…i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando

o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância.”

In casu, o paciente não está arrolada em nenhuma das hipóteses sujeitas à jurisdição originária desta Corte.

A ementa do acórdão proferido na Pet 1738-AgRg, Rel. Min. Celso de Mello, Pleno, DJe 1º/10/1999, é elucidativa e precisa quanto à taxatividade da competência do Supremo Tribunal Federal:

“E M E N T A: PROTESTO JUDICIAL FORMULADO CONTRA DEPUTADO FEDERAL - MEDIDA DESTITUÍDA DE CARÁTER PENAL (CPC, ART. 867) - AUSÊNCIA DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

A PRERROGATIVA DE FORO - UNICAMENTE INVOCÁVEL NOS PROCEDIMENTOS DE CARÁTER PENAL - NÃO SE ESTENDE ÀS CAUSAS DE NATUREZA CIVIL.

- As medidas cautelares a que se refere o art. 867 do Código de Processo Civil (protesto, notificação ou interpelação), quando promovidas contra membros do Congresso Nacional, não se incluem na esfera de competência originária do Supremo Tribunal Federal, precisamente porque destituídas de caráter penal. Precedentes.

A COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - CUJOS FUNDAMENTOS REPOUSAM NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - SUBMETE-SE A REGIME DE DIREITO ESTRITO.

- A competência originária do Supremo Tribunal Federal, por qualificar-se como um complexo de atribuições jurisdicionais de extração essencialmente constitucional - e ante o regime de direito estrito a que se acha submetida - não comporta a possibilidade de ser estendida a situações que extravasem os limites fixados, em numerus clausus, pelo rol exaustivo inscrito no art. 102, I, da Constituição da República. Precedentes.

O regime de direito estrito, a que se submete a definição dessa competência institucional, tem levado o Supremo Tribunal Federal, por efeito da taxatividade do rol constante da Carta Política, a afastar, do âmbito de suas atribuições jurisdicionais originárias, o processo e o julgamento de causas de natureza civil que não se acham inscritas no texto constitucional (ações populares, ações civis públicas, ações cautelares, ações ordinárias, ações declaratórias e medidas cautelares), mesmo que instauradas contra o Presidente da República ou contra qualquer das autoridades, que, em matéria penal (CF, art. 102, I, b e c), dispõem de prerrogativa de foro perante a Corte Suprema ou que, em sede de mandado de segurança, estão sujeitas à jurisdição imediata do Tribunal (CF, art. 102, I, d). Precedentes.”

Afigura-se paradoxal, em tema de direito estrito, conferir interpretação extensiva para abranger no rol de competências do Supremo Tribunal hipóteses não sujeitas à sua jurisdição.

A prevalência do entendimento de que o Supremo Tribunal Federal deve conhecer de habeas corpus substitutivo de recurso ordinário constitucional contrasta com os meios de contenção de feitos, remota e recentemente implementados - Súmula Vinculante e Repercussão Geral - com o objetivo de viabilizar o exercício pleno, pelo Supremo Tribunal Federal, da nobre função de guardião da Constituição da República.

E nem se argumente com o que se convencionou tratar de jurisprudência defensiva. Não é disso que se cuida, mas de necessária, imperiosa e urgente reviravolta de entendimento em prol da organicidade do direito, especificamente no que tange às competências originária e recursal do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar habeas corpus e o respectivo recurso ordinário, valendo acrescer que essa ação nobre não pode e nem deve ser banalizada a pretexto, em muitos casos, de pseudonulidades processuais com reflexos no direito de ir e vir.

A propósito da organicidade e dinâmica do direito, impondo-se a correção de rumos, bem discorreu o Ministro Marco Aurélio no voto proferido no HC n. 109.956, que capitaneou a mudança de entendimento na Segunda Turma, verbis:

“O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios, expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do alcance da Carta da República há de fazer-se de forma integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e aplicação do Direito que é sistemática. O habeas corpus substitutivo de recurso ordinário, além de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do Diploma Maior, não existindo qualquer previsão legal, enfraquece este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos artigos 102, inciso II, alínea ‘a’, e 105, inciso II, alínea ‘a’, tem-se a previsão de recurso ordinário constitucional a ser manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão proferida por tribunal

superior indeferindo ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de outras situações em que requerida, a jurisdição.

Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a conceder, se for o caso, a ordem de ofício.”

Demais disso, inexiste excepcionalidade que permita a concessão da ordem de ofício ante a ausência de teratologia na decisão atacada, flagrante ilegalidade ou abuso de poder. Por oportuno, transcrevo a fundamentação da decisão do Superior Tribunal de Justiça, naquilo que interessa, in verbis:

“Como se sabe, esta Corte Superior de Justiça possuía entendimento pacífico no sentido de que deve ser aplicada a Lei 11.343/2006, que determina que o interrogatório do acusado será o primeiro ato da audiência de instrução e julgamento, pois as regras do rito comum ordinário, dentre as quais a do artigo 400 do Código de Processo Penal, só têm lugar no procedimento especial quando nele houver omissões ou lacunas.

[…]No entanto, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento

do HC 127.900/AM, firmou a compreensão de que o artigo 400 da Lei Penal Adjetiva deve ser observado nos procedimentos especiais, tese que, em homenagem ao princípio da segurança jurídica, deve ser aplicada às instrução processuais não encerradas a partir da data de publicação da ata de julgamento.

[…]Embora tal decisão seja desprovida de qualquer caráter vinculante, é

certo que se trata de posicionamento adotado pela maioria dos integrantes da Suprema Corte, órgão que detém a atribuição de guardar a Constituição Federal e, portanto, dizer em última instância quais situações são conformes ou não com as disposições colocadas na Carta Magna, razão pela qual passou a ser seguido por este Sodalício.

[…]Na espécie, a instrução processual ocorreu após a publicação da ata

do julgamento ocorrido no Pretório Excelso, razão pela qual o réu deveria ter sido interrogado ao final do referido ato.

No entanto, a hipótese em apreço possui peculiaridades que impedem o reconhecimento da eiva suscitada na impetração.

Isso porque, como é cediço, nos termos do artigo 565 do Código de Processo Penal, 'nenhuma das partes poderá argüir nulidade a que haja dado causa, ou para que tenha concorrido, ou referente a formalidade cuja observância só à parte contrária interesse'.

Ao comentar o referido dispositivo legal, Guilherme de Souza Nucci assevera que, 'do mesmo modo que é exigido interesse para a prática de vários atos processuais, inclusive para o início da ação penal, exige-se tenha a parte prejudicada pela nulidade interesse no seu reconhecimento', motivo pelo qual 'não pode ser ela geradora do defeito, plantado unicamente para servir objetivos escusos ' (Código de Processo Penal Comentado. 9ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2009, p. 922/923).

O mencionado autor prossegue, consignando a correção da previsão legal, 'uma vez que dar causa à nulidade, pretendendo seu reconhecimento, ou pedir que o juiz considere nulo determinado ato, quando não há interesse algum, seria a utilização de mecanismos legais para conturbar o processo e não para garantir o devido processo legal' (Op. cit., p. 923).

No caso dos autos, da leitura da ata da audiência verifica-se o réu estava acompanhado de seu advogado, que em momento algum contestou ou questionou o fato de seu cliente haver sido ouvido no início da assentada, não podendo, depois de concluída a fase instrutória, requerer a anulação do ato, uma vez que o ordenamento jurídico repudia a adoção de comportamentos contraditórios em sede processual.

[…]Ademais, cumpre salientar que, em momento algum, o impetrante

logrou comprovar em que medida o paciente teria sido prejudicado com o fato de haver sido interrogado antes da colheita dos depoimentos das testemunhas de acusação e defesa, circunstância que reforça a impossibilidade de reconhecimento mácula aventada, nos termos do artigo 563 do Código de Processo Penal, que se encontra assim redigido:

Art. 563. Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa.

Com efeito, a anulação de atos processuais significa a perda de atividades já realizadas, prejudicando as partes e o magistrado, e acarretando demora na prestação jurisdicional almejada, motivo pelo qual a legislação processual penal exige que os prejuízos decorrentes da eiva a ser reconhecida sejam concreta e efetivamente demonstrados.

Sobre o tema, Guilherme de Souza Nucci esclarece que 'uma das formas de se combater a lentidão exagerada em relação ao trâmite processual é evitar, sempre que possível, a decretação de nulidades, pois tal medida implicará no refazimento dos atos já praticados, acarretando, por óbvio, um atraso significativo na conclusão do feito' (Código de Processo Penal Comentado. 9ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2009, p. 907).

O aludido doutrinador prossegue, consignando que 'quando o ato

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processual deixou de ser praticado conforme a fórmula legalmente prevista, porém terminou por atingir a finalidade da lei (ou o espírito da lei), inexiste plausibilidade para ser anulado’, devendo ser mantido por uma questão de lógica e praticidade (Op. cit., p. 907).

Na mesma ordem de ideias, Ada Pellegrini Grinover, Antonio Magalhães Gomes Filho e Antonio Scarance Fernandes advertem que o princípio do prejuízo 'constitui seguramente a viga mestra do sistema de nulidades e decorre da ideia geral de que as formas processuais representam tão-somente um instrumento para a correta aplicação do direito; sendo assim, a desobediência às formalidades estabelecidas pelo legislador só deve conduzir ao reconhecimento da invalidade do ato quando a própria finalidade pela qual a forma foi instituída estiver comprometida com o vício' (As nulidades no processo penal. 11ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2009, p. 25).

Os citados autores concluem que, 'sem ofensa ao sentido teleológico da norma, não haverá prejuízo e, por isso, o reconhecimento da nulidade nessa hipótese constituiria consagração de um formalismo exagerado e inútil, que sacrificaria o objetivo maior da atividade jurisdicional; assim, somente a atipicidade relevante dá lugar à nulidade; daí a conhecida expressão utilizada pela doutrina francesa: pas de nullité sans grief' (Op. cit., p. 25).

Por conseguinte, ainda que o réu tenha sido ouvido no início da instrução processual, tal fato, por si só, é insuficiente para a anulação do processo, como pretendido, uma vez que, como visto, estava acompanhado de seu patrono, que em momento algum questionou a ordem da colheita dos depoimentos, tampouco requereu a sua reinquirição após o término da instrução processual, sendo certo, outrossim, que o impetrante não declinou quais perguntas ou esclarecimentos poderiam ter sido feitos se o interrogatório tivesse sido realizado ao final do ato, circunstâncias que afastam a ocorrência de prejuízos à defesa e impedem o reconhecimento da nulidade arguida. ”

[…]”Com efeito, no que concerne à pretensão de reconhecimento da

nulidade suscitada, o atendimento da pretensão defensiva e eventual divergência do entendimento firmado pelas instâncias anteriores, bem como a influência da apontada desobediência do rito estatuído pela Lei nº 11.719/08 no juízo condenatório, implica o reexame da matéria fática a qual já foi objeto de julgamento. Nesse contexto, cumpre ressaltar que o habeas corpus é ação inadequada para a valoração e exame minucioso do acervo fático probatório engendrado nos autos. Destarte, não se revela cognoscível a insurgência que não se amolda à estreita via eleita. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS . PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIME DE HOMICÍDIO DUPLAMENTE QUALIFICADO. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INADMISSIBILIDADE. COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA JULGAR HABEAS CORPUS: CRFB/88, ART. 102, I, D E I . HIPÓTESE QUE NÃO SE AMOLDA AO ROL TAXATIVO DE COMPETÊNCIA DESTA SUPREMA CORTE. REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. INADMISSIBILIDADE NA VIA ELEITA. INÉPCIA DA DENÚNCIA. NÃO CARACTERIZADA. CUSTÓDIA PREVENTIVA DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA. ELEMENTOS CONCRETOS A JUSTIFICAR A MEDIDA. ALEGADO EXCESSO DE PRAZO. INOCORRÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.” (HC nº 130.439, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 12/05/2016)

“HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSO PENAL. ALEGAÇÃO DE CERCEAMENTO DE DEFESA PELO INDEFERIMENTO DE OITIVA DE TESTEMUNHA DITA IMPRESCINDÍVEL. NECESSIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS IMPRÓPRIO NA VIA ELEITA. FUNDAMENTAÇÃO APRESENTADA PARA NÃO OITIVA DA TESTEMUNHA. DISCRICIONARIEDADE DO MAGISTRADO. 1. Acolher a tese de cerceamento de defesa demandaria o reexame do conjunto probatório dos autos, para que se pudesse concluir pela imprescindibilidade da oitiva de testemunha para o julgamento da ação penal e, por consequência, pela insuficiência das outras provas dos autos, consideradas para fundamentar a condenação do Paciente, o que ultrapassa os limites do procedimento sumário e documental do habeas corpus. 2. Decisão de indeferimento de oitiva de testemunha fundamentada. Discricionariedade do magistrado (art. 209, § 1º, do Código de Processo Penal). 3. Ordem denegada.” (HC 113.160, Segunda Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 12/12/2012)

Por oportuno, cumpre destacar posição firme desta Corte no sentido de que as nulidades alegadas, para serem reconhecidas, pressupõem a comprovação do prejuízo, nos termos do artigo 563 do Código de Processo Penal, não podendo esse ser presumido, a fim de se evitar um excessivo formalismo em prejuízo da adequada prestação jurisdicional. A propósito, cuida-se de aplicação do princípio cognominado de “pas de nullité sans grief”, aplicável tanto a nulidades absolutas quanto relativas. Nessa linha:

“RECURSO ORDINÁRIO EM “HABEAS CORPUS” – PROCESSO PENAL – NULIDADE – INOCORRÊNCIA – “PAS DE NULLITÉ SANS GRIEF” (CPP, art. 563) – PRINCÍPIO APLICÁVEL ÀS NULIDADES ABSOLUTAS E RELATIVAS – AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE EFETIVO PREJUÍZO, QUE NÃO SE PRESUME – PRECEDENTES – CONDENAÇÃO CRIMINAL TRANSITADA EM JULGADO – EXCEPCIONALIDADE DE SUA DESCONSTITUIÇÃO MEDIANTE “HABEAS CORPUS” – INADMISSIBILIDADE NO CASO – REVISÃO CRIMINAL COMO INSTRUMENTO PROCESSUAL ADEQUADO – PRECEDENTES –

MECANISMO DE CONVOCAÇÃO E DE SUBSTITUIÇÃO NOS TRIBUNAIS – MATÉRIA SOB RESERVA DE LEI – INCIDÊNCIA, NA ESPÉCIE, DA LOMAN (art. 118) c/c A RESOLUÇÃO CNJ n. 72/2009 E A PORTARIA TJ/PA n. 1.258/2012 – CONVOCAÇÃO DE MAGISTRADA DE PRIMEIRA INSTÂNCIA, PARA ATUAR NO TRIBUNAL DE JUSTIÇA – POSSIBILIDADE – PLENA LEGITIMIDADE DESSE ATO CONVOCATÓRIO – ESCOLHA FUNDADA EM DELIBERAÇÃO COLEGIADA (PLENO) DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ – ESTRITA OBSERVÂNCIA DA LOMAN (art. 118) E DA RESOLUÇÃO CNJ n. 72/2009 – INEXISTÊNCIA, NA ESPÉCIE, DE OFENSA AO PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL (CF, art. 5º, INCISO LIII) – SIGNIFICADO E IMPORTÂNCIA POLÍTICO-JURÍDICA DESSE POSTULADO CONSTITUCIONAL – O TEMA DA COMPOSIÇÃO DOS TRIBUNAIS DE SEGUNDO GRAU MEDIANTE CONVOCAÇÃO DE MAGISTRADOS DE PRIMEIRA INSTÂNCIA – O “STATUS QUAESTIONIS” NA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – LEGITIMIDADE DA CONDENAÇÃO PENAL IMPOSTA AOS RECORRENTES – VALIDADE JURÍDICA DO JULGAMENTO PROFERIDO, EM SEDE DE APELAÇÃO, POR ÓRGÃO COLEGIADO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ – PRECEDENTES – RECURSO DE AGRAVO NÃO PROVIDO.” (RHC 125.242-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Celso de Mello, DJe de 15/03/2017)

“HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSO PENAL. HOMICÍDIO SIMPLES E FRAUDE PROCESSUAL. PRONÚNCIA. IRRESIGNAÇÃO. JULGAMENTO DE RECURSO PELO COLEGIADO NO STJ. PARTICIPAÇÃO DE MINISTRO IMPEDIDO. NULIDADE. NÃO OCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE PREJUÍZO. VOTO QUE NÃO INTERFERIU NO RESULTADO. ORDEM DENEGADA. 1. No processo penal, o postulado pas de nullité sans grief exige a efetiva demonstração de prejuízo para o reconhecimento de nulidade. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que a participação de julgador impedido, quando do julgamento do recurso no órgão colegiado do tribunal, não acarreta automática nulidade da decisão proferida se, excluindo-se o voto do referido magistrado, o resultado da votação permanecesse incólume. 3. Ordem denegada.” (HC 125.610, Primeira Turma, Rel. p/ Acórdão: Min. Edson Fachin, DJe de 05/08/2016)

“RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PENAL. SUPENSÃO DA AÇÃO PENAL. ALEGAÇÕES DE NULIDADE DECORRENTE DA DISTRIBUIÇÃO DE MEDIDAS CAUTELARES PROVENIENTES DE PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO: AUSÊNCIA DE PLAUSIBILIDADE JURÍDICA. RECURSO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Os princípios constitucionais do juiz natural e do promotor natural têm seu emprego restrito às figuras dos magistrados e dos membros do Ministério Público, não podendo ser aplicados por analogia às autoridades policiais ou ao denominado “delegado natural”, que obviamente carecem da competência de sentenciar ou da atribuição de processar, nos termos estabelecidos na Constituição da República. 2. A conexão probatória e objetiva estabelecida entre os crimes antecedentes e os delitos imputados ao Recorrente torna prevento o Juízo. 3. O inquérito é peça informativa que não contamina a ação penal. Precedentes. 4. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de que o princípio do pas de nullité sans grief exige, em regra, a demonstração de prejuízo concreto à parte que suscita o vício, independentemente da sanção prevista para o ato, podendo ser ela tanto a de nulidade absoluta quanto à relativa, pois não se decreta nulidade processual por mera presunção. Precedentes. 5. Recurso ao qual se nega provimento.” (RHC 126.885, Segunda Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 01/02/2016)

Outrossim, no caso sub examine, restou assentado pela Corte Superior que ”o réu estava acompanhado de seu advogado, que em momento algum contestou ou questionou o fato de seu cliente haver sido ouvido no início da assentada, não podendo, depois de concluída a fase instrutória, requerer a anulação do ato, uma vez que o ordenamento jurídico repudia a adoção de comportamentos contraditórios em sede processual”. Logo, não pode a defesa valer-se de suposto prejuízo a que deu causa nos termos do artigo 565 do Código do Processo Penal, in litteris:

“Art. 565. Nenhuma das partes poderá argüir nulidade a que haja dado causa, ou para que tenha concorrido, ou referente a formalidade cuja observância só à parte contrária interesse.”

A referida conduta é inadmitida pelo ordenamento jurídico vigente, bem como pela jurisprudência desta Corte. Nesse sentido, trago à colação os seguintes julgados, in verbis:

“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. INTERROGATÓRIO. DIREITO AO SILÊNCIO. ALTERAÇÃO DE ADVOGADO. PEDIDO DE NOVO INTERROGATÓRIO. ART. 196 DO CPP. FACULDADE DO JUÍZO. INDEFERIMENTO. ALEGAÇÃO DE NULIDADE. OFENSA AOS ARTS. 5°, LIV e LV; e 93, IX, DA CF. NÃO OCORRÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. I – O art. 196 do Código de Processo Penal – CPC, na redação conferida pela Lei 10.792/2003, faculta ao juízo a realização de novo interrogatório, de ofício ou a pedido das partes. O dispositivo, contudo, perdeu importância com o advento da Lei 11.719/2008, haja vista que, nos termos do art. 400 do CPP, o interrogatório passou a ser efetuado ao final da instrução processual. II – No caso, o paciente foi interrogado sob a égide da nova legislação e na presença do respectivo patrono, tendo ele optado por permanecer em silêncio. A alteração de advogado, por si só, não é apta a fundamentar a realização de novo interrogatório. Incidência da Súmula 523/STF. III – Encontra-se motivada a

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 210

decisão que indeferiu o pleito de renovação do interrogatório sob o argumento da preclusão consumativa e do prejuízo à marcha processual, uma vez que a ação penal já estava na fase de alegações finais. IV – Agravo regimental a que se nega provimento.” (HC 138.121-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe de 27/10/2017)

“HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR. CORRUPÇÃO DE MENOR. ALEGAÇÃO DE NULIDADE PROCESSUAL. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO. INDEFERIMENTO DE VISTA DA PRINCIPAL PROVA. PERÍCIA COMPLEMENTAR. AUSÊNCIA DE NULIDADE OU DE PREJUÍZO PARA O PACIENTE: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 523 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. CONSTRANGIMENTO OU ABUSO DE PODER NÃO CONFIGURADOS. IMPOSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DE HABEAS CORPUS COMO SUCEDÂNEO DE REVISÃO CRIMINAL. ORDEM DENEGADA. 1. Não se comprova, nos autos, nulidade do processo criminal por cerceamento de defesa, violação do princípio da ampla defesa e do contraditório, em desfavor do Paciente, tendo sido garantida à defesa a oportunidade de acesso ao material probatório por produção de cópias, não existindo obstáculo à pretendida análise reservada dos vídeos e ao confronto das imagens com os prontuários médicos. 2. Não se pode valer o Paciente de suposto prejuízo a que deu causa 3. A Súmula n. 523 deste Supremo Tribunal Federal dispõe que a deficiência da defesa somente anulará o processo se houver prova de prejuízo para o réu, não demonstrado. 4. O habeas corpus não pode ser utilizado como sucedâneo de revisão criminal. Precedentes. 5. Ordem denegada.” (HC 91.711, Segunda Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 21/11/2013)

“PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO QUALIFICADO (ART. 121, § 2º, INCISOS I, III e IV, DO CP). INCIDÊNCIA DA SÚMULA 691-STF. NEGATIVA DE SEGUIMENTO. DECISÃO DE RELATOR, NO STJ, QUE INDEFERIU LIMINAR EM IDÊNTICA VIA PROCESSUAL. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE OU TERATOLOGIA NA DECISÃO IMPUGNADA. CARTA ANÔNIMA. NULIDADE. CONTINUIDADE DO DOCUMENTO NOS AUTOS EM RAZÃO DE JUNTADA PELA PRÓPRIA DEFESA. ART. 565 DO CPP. NULIDADE ARGUIDA PELA PARTE QUE LHE DEU CAUSA. IMPOSSIBILIDADE. DESPROVIMENTO. 1. O habeas corpus contra decisão de Relator que, em HC requerido a Tribunal, indefere a liminar, é inadmissível, sob pena de supressão de instância (art. 5º, XXXVII e LIII, CRFB e Súmula nº 691 do Supremo Tribunal Federal). Precedentes (HC 103446/MT, rel. Min. Cezar Peluso, 13/04/2010; HC 107053 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, julgado em 29/03/2011). 2. A relativização do entendimento sumulado só é admitida por este Tribunal em casos de flagrante ilegalidade ou abuso de poder, o que não se verifica nos autos. Jurisprudência (HC 102668/PA, Rel. Min. Dias Toffoli, 05/10/2010; HC 84.014/MG, 1ª Turma, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ 25/06/2004; HC 85.185/SP, Pleno, Rel. Min. Cezar Peluso, DJ 01/09/2006; e HC 88.229/SE, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, 10/10/2006). 3. Ausência de teratologia ou patente ilegalidade que autorize a suprimir instâncias, porquanto: a) 'Nenhuma das partes poderá argüir nulidade a que haja dado causa, ou para que tenha concorrido, ou referente a formalidade cuja observância só à parte contrária interesse.’ (art. 565 do CPP). b) In casu, a carta anônima acoimada de ilegal foi desentranhada dos autos, permanecendo apenas cópias juntadas por iniciativa da própria defesa. c) A carta anônima não poderia ser excluída dos autos pelo Juízo, sob pena de, com isto, provocar-se nova alegação de cerceamento de defesa, seja devido ao não-conhecimento do agravo de instrumento por falta de peças, seja por tornar ininteligíveis peças redigidas pela própria defesa, no bojo das quais consta a reprodução da indigitada correspondência. d) Avaliar a ocorrência de suicídio ou o grau de influência que a carta anônima poderá exercer sobre os jurados, considerado todo o conjunto probatório, requer exame aprofundado de fatos e provas, inadequado para a via estreita do habeas corpus. 4. Agravo regimental desprovido.” (HC 103.039-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Luiz Fux, DJe de 18/08/2011)

Impende consignar, ainda, que não cabe a rediscussão da matéria perante essa Corte e nesta via processual, porquanto o habeas corpus não é sucedâneo de recurso ou revisão criminal. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO ESPECIAL. COMPETÊNCIA PRECÍPUA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. WRIT SUCEDÂNEO DE RECURSO OU REVISÃO CRIMINAL. INVIABILIDADE. 1. Compete constitucionalmente ao Superior Tribunal de Justiça o julgamento do recurso especial, cabendo-lhe, enquanto órgão ad quem, o segundo, e definitivo, juízo de admissibilidade positivo ou negativo quanto a tal recurso de fundamentação vinculada. Salvo hipóteses de flagrante ilegalidade ou abuso de poder, inadmissível o reexame dos pressupostos de admissibilidade do recurso especial pelo Supremo Tribunal Federal. Precedentes. 2. Inadmissível a utilização do habeas corpus como sucedâneo de recurso ou revisão criminal. Precedentes. 3. Agravo regimental conhecido e não provido.” (HC nº 133.648-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Rosa Weber, DJe de 07/06/2016)

“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PENAL. VIOLAÇÃO DE DIREITO AUTORAL. TRÂNSITO EM JULGADO DA DECISÃO PROFERIDA NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. IMPETRAÇÃO DE HABEAS CORPUS NESTE SUPREMO TRIBUNAL APÓS TRANSCURSO DO PRAZO RECURSAL:

IMPOSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DE HABEAS CORPUS COMO SUCEDÂNEO DE REVISÃO CRIMINAL. DEFICIÊNCIA DE INSTRUÇÃO DO HABEAS CORPUS. PRECEDENTES. DECISÃO AGRAVADA MANTIDA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Trânsito em julgado do acórdão objeto da impetração no Superior Tribunal de Justiça. Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de não ser viável a utilização de habeas corpus como sucedâneo de revisão criminal. 2. Não estando o pedido de habeas corpus instruído, esta deficiência compromete a sua viabilidade, impedindo que sequer se verifique a caracterização, ou não, do constrangimento ilegal. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento.” (HC nº 132.103, Segunda Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 15/03/2016)

Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao writ, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF. Prejudicado o exame do pedido de liminar.

Dê-se ciência ao Ministério Público Federal.Publique-se. Int..Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 157.194 (1296)ORIGEM : 157194 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : FERNANDO CLEMIMPTE.(S) : MAURO ATUI NETO (266971/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 449.712 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO : Trata-se de habeas corpus impetrado contra decisão monocrática, proferida no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, que, no HC 449.712/SP, indeferiu liminarmente a impetração.

Narra o impetrante que: a) o paciente foi denunciado pela suposta prática do delito previsto no art. 121, § 2º, III, do Código Penal e está preso preventivamente desde 25.04.2016; b) a audiência de instrução e julgamento foi realizada em desacordo com o art. 405, § 1º, do CPP, tendo em vista que foi utilizado o método de digitação para registro dos depoimentos das testemunhas e dos interrogatórios dos acusados, em detrimento do sistema audiovisual de gravação; c) há a possibilidade de prejuízo ao paciente, em relação à ponderação dos fatos pelo Tribunal do Júri, decorrente da ausência de registros audiovisuais; d) a defesa impetrou habeas corpus perante o TJSP, mas o pedido liminar foi indeferido.

À vista do exposto, requer seja concedida a ordem a fim de que sejam colhidos os depoimentos e interrogatórios por meio do sistema audiovisual de gravação, bem como a revogação da prisão preventiva ou, subsidiariamente, a imposição de medida cautelar diversa da prisão.

É o relatório. Decido.1. Esta Corte tem posição firme pela impossibilidade de admissão de

habeas corpus impetrado contra decisão proferida por membro de Tribunal Superior, visto que, a teor do artigo 102, I, “i”, da Constituição da República, sob o prisma da autoridade coatora, a competência originária do Supremo Tribunal Federal somente se perfectibiliza na hipótese em que Tribunal Superior, por meio de órgão colegiado, atue nessa condição. Nessa linha, cito o seguinte precedente:

“É certo que a previsão constitucional do habeas corpus no artigo 5º, LXVIII, tem como escopo a proteção da liberdade. Contudo, não se há de vislumbrar antinomia na Constituição Federal, que restringiu a competência desta Corte às hipóteses nas quais o ato imputado tenha sido proferido por Tribunal Superior . Entender de outro modo, para alcançar os atos praticados por membros de Tribunais Superiores, seria atribuir à Corte competência que não lhe foi outorgada pela Constituição. Assim, a pretexto de dar efetividade ao que se contém no inciso LXVIII do artigo 5º da mesma Carta, ter-se-ia, ao fim e ao cabo, o descumprimento do que previsto no artigo 102, I, “i”, da Constituição como regra de competência, estabelecendo antinomia entre normas constitucionais.

Ademais, com respaldo no disposto no artigo 34, inciso XVIII, do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça, pode o relator negar seguimento a pedido improcedente e incabível, fazendo-o como porta-voz do colegiado. Entretanto, há de ser observado que a competência do Supremo Tribunal Federal apenas exsurge se coator for o Tribunal Superior (CF, artigo 102, inciso I, alínea “i”), e não a autoridade que subscreveu o ato impugnado. Assim, impunha-se a interposição de agravo regimental” (HC 114.557 AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, julgado em 12.08.2014, grifei).

Nessa perspectiva, tem-se reconhecido o descabimento de habeas corpus dirigido ao combate de decisão monocrática de indeferimento de liminar proferida no âmbito do STJ. Tal entendimento pode ser extraído a partir da leitura da Súmula 691/STF:

“Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar.”

2. Não bastasse, a exigência de motivação estabelecida pelo artigo 93, IX, CF, deve ser compreendida à luz do cenário processual em que o ato

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 211

se insere. Vale mencionar, por exemplo, a evidente distinção da motivação exigida entre medidas embrionárias, que se contentam com juízo sumário, e o édito condenatório, que desafia a presença de arcabouço robusto para fins de desconstituição do estado de inocência presumido.

Cumpre assinalar que o deferimento de liminar em habeas corpus constitui medida excepcional por sua própria natureza, que somente se justifica quando a situação demonstrada nos autos representar, desde logo, manifesto constrangimento ilegal.

Ou seja, no contexto do habeas corpus, a concessão da tutela de urgência é exceção, e, nesse particular, seu indeferimento deve ser motivado de acordo com essa condição.

Sendo assim, o ônus argumentativo para afastar o pleito liminar é extremamente reduzido. Calha reiterar que, em tais hipóteses, não há pronunciamento de mérito da autoridade apontada como coatora, de modo que se mostra recomendável aguardar a manifestação conclusiva do Juízo natural.

Além disso, de acordo com a tradicional jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, não é admissível a superposição de habeas corpus contra decisões denegatórias de liminar (HC’s 79.238/RS e 79.776/RS, relator Ministro Moreira Alves, DJU de 6.8.1999 e de 3.3.2000, respectivamente; HC 79.748/RS, relator Ministro Celso de Mello, DJU de 23.6.2000; HC 79.775/AP, relator Ministro Maurício Corrêa, DJU de 17.3.2000).

Sendo assim, a decisão do STJ, ao aplicar a Súmula 691/STF, não merece reproche.

3. Destarte, como não se trata de decisão manifestamente contrária à jurisprudência do STF ou de flagrante hipótese de constrangimento ilegal, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, nego seguimento ao habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 157.205 (1297)ORIGEM : 157205 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : BRUNO MACHADO DE ALMEIDAIMPTE.(S) : WILSON MACIEL (228505/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC N° 447.960 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Vistos etc. Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por

Wilson Maciel em favor de Bruno Machado de Almeida, contra decisão monocrática da lavra do Ministro Sebastião Reis Júnior, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu liminarmente o HC 447.960/SP.

O paciente foi condenado à pena de 06 (seis) anos, 02 (dois) meses e 20 (vinte) dias de reclusão, em regime inicial fechado, pela prática do crime de roubo qualificado, tipificado no art. 157, § 2º, II (por duas vezes), do Código Penal.

Inconformada, a Defesa interpôs apelação perante o Tribunal de Justiça de São Paulo, que negou provimento ao recurso defensivo.

A questão, então, foi submetida à apreciação do Superior Tribunal de Justiça, que, via decisão monocrática da lavra do Ministro Sebastião Reis Júnior, indeferiu liminarmente o HC 447.960/SP.

No presente writ, o Impetrante insurge-se contra o regime fixado para o cumprimento da reprimenda. Sustenta inidônea a fundamentação do regime mais gravoso, porquanto lastreada na gravidade abstrata do delito. Requer, em medida liminar e no mérito, a fixação de regime inicial mais brando.

É o relatório. Decido. Extraio do ato dito coator: “(...).O magistrado singular justificou o regime inicial fechado para o início

de cumprimento da pena em razão da periculosidade do acusado, demonstrada na ação delituosa, que se perpetrou com ameaça às vítimas, bem como o concurso de agentes (fl. 19).

No mesmo sentido, disse o Tribunal de Justiça, no julgamento da apelação defensiva, confira-se (fls. 23/24):

[....] Entendo que o regime inicial fechado deve ser mantido, por ser o adequado para reprimir o crime em questão, principalmente considerando que houve a efetiva intimidação de mais de uma vítima e, num mesmo ato, foram praticados mais de um crime.

Ademais, é o regime que melhor se adequa para a reprovação e prevenção do crime praticado, de forma que o agente absorva a terapêutica prisional e sinta o peso de sua responsabilidade pela prática delitiva, tratando-se de situação gravosa, que enseja esse rigor.

Nos termos do art. 33, §§ 1º, 2º e 3º, do Código Penal, para a fixação do regime inicial de cumprimento de pena, o sentenciante deverá observar a quantidade da reprimenda aplicada, bem como a eventual existência de circunstâncias judiciais desfavoráveis (art. 59 do Código Penal). Ademais, na esteira da jurisprudência desta Corte, admite-se a imposição de regime prisional mais gravoso do que o previsto conforme o quantum da pena

aplicada, quando apontados elementos fáticos demonstrativos da gravidade concreta do delito.

Confiram-se: (...).De fato, como se depreende das transcrições acima, as instâncias

ordinárias fixaram o regime inicial fechado em fundamento concreto, consubstanciado na periculosidade do agente, que, em concurso de agentes, praticava arrastões, intimidando várias vítimas (fls. 22/23/24).

Ademais, não obstante o quantum de pena fixado em 6 anos 2 meses e 20 dias de reclusão, com a pena-base tendo sido estabelecida no mínimo legal, resta demonstrada a existência de circunstâncias idôneas, com base em elementos concretos dos autos, que justificam a imposição de regime inicial mais rigoroso.

Ante o exposto, indefiro liminarmente o writ”.Ressalto que, para fins de apreciação do pedido de liminar, é

necessário avaliar se o ato dito coator teve o condão de caracterizar patente constrangimento ilegal.

Ao exame dos autos, verifico que o acórdão exarado pela Corte Superior se encontra fundamentado, apontando as razões de seu convencimento para rechaçar a tese defensiva.

Em análise de cognição sumária, não detecto a presença dos pressupostos autorizadores da concessão da medida liminar com o imediato abrandamento do regime de cumprimento da pena.

Ante o exposto, indefiro o pedido de liminar.Colha-se a manifestação do Ministério Público Federal.Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa Weber Relatora

HABEAS CORPUS 157.208 (1298)ORIGEM : 157208 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : MARCUS VINICIUS THOMAZ SEIXAS (228902/SP)COATOR(A/S)(ES) : SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA contra decisão do Tribunal Pleno exarada no HC 152.752/PR.

Requer-se, preliminarmente, o reconhecimento do impedimento dos Ministros Cármen Lúcia, Dias Tóffoli, Celso de Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

No mérito, postula a concessão da ordem para:“i. declarar NULA a votação informal realizada ao arrepio dos arts.

361 e seguintes do RISTF, que autorizou o voto de qualidade da Ministra Presidente desta Corte, e consequentemente, declarar NULO o voto referida Ministra e reconhecer o empate na votação do HC 152752, aplicando-se, o art. 146, par. único do RISTF para o fim de proclamar a decisão da mais favorável ao paciente;

ii. declarar NULO o voto proferido pela E. Ministra Rosa Weber por ausência de fundamentação, considerando assim, a votação final de 5 votos em favor da concessão da ordem versus 4 votos contrários, situação em que não justificaria o voto de qualidade da Ministra Presidente;

iii. Alternativamente, se mantido o voto da E. Ministra Presidente, seja considerada o empate na votação do HC 152752, aplicando-se o art. 146, par. único, para fim de proclamar a decisão mais favorável ao Paciente.”

É o relatório. Decido.2. De início, aponto que o art. 112 do CPP observa que o

“impedimento poderá ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.”

O art. 100, §2°, CPP, que trata do processamento da suspeição e, por força do aludido no art. 112, CPP, é aplicável aos casos de impedimento, preceitua o seguinte:

“Art. 100. (…)§ 2o Se a suspeição for de manifesta improcedência, o juiz ou

relator a rejeitará liminarmente.”Quanto ao caso dos autos, verifico que o art. 277 do Regimento

Interno do Supremo Tribunal Federal prescreve que os “Ministros declarar-se-ão impedidos ou suspeitos nos casos previstos em lei”.

Depreendo ainda que o art. 252, III, CPP, veda que o Juiz atue em processo em que “tiver funcionado como juiz de outra instância”.

Assento que Tribunal Pleno já decidiu que as “hipóteses de impedimento elencadas no art. 252 do Código de Processo Penal constituem um numerus clausus”, bem como que “não é possível, pois, interpretar-se extensivamente os seus incisos” (HC 92893, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 02/10/2008, grifei).

No mesmo sentido, a Corte possui compreensão no sentido da “[i]mpossibilidade de criação pela via da interpretação de causas de impedimento” (HC 97544, Relator(a): Min. EROS GRAU, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 21/09/2010, grifei).

Ausentes as hipóteses taxativamente previstas na ordem jurídica, não

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 212

há impedimento a ser reconhecido.Ademais, no caso concreto, cabe observar que a decisão impugnada

é imputável ao Tribunal Pleno, e não apenas aos eminentes Ministros que integraram a corrente majoritária. Trata-se, em verdade, de decisão colegiada, e não de mero somatório de decisões unipessoais.

3. Saliento que é fato notório que o impetrante não integra a atuante defesa técnica do paciente.

Não se desconhece que o habeas corpus constitui relevantíssima garantia constitucional voltada à tutela do direito de locomoção e que convive com ampla legitimidade ativa. Nesse particular, em tese, qualquer pessoa pode impetrá-lo em favor de determinado paciente a fim de combater ato que compreende configurador de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Nada obstante, não há como se olvidar da dimensão funcional e teleológica dessa larga legitimação. Com efeito, tal circunstância tem como pano de fundo a otimização da tutela judicial do direito de locomoção, com relevância acentuada nas hipóteses em que o paciente não possui defesa técnica constituída ou ainda que tal mister não seja desempenhado a contento.

Por outro lado, não se admite que essa legitimação universal interfira na conveniência e oportunidade da formalização da impetração, as quais se inserem no contexto da estratégia defensiva, quadrante no qual, por óbvio, deve ser prestigiada a atuação da defesa constituída. Afinal, a legitimação aberta é para prestigiar o direito à liberdade e não para, ainda que tangencialmente, prejudicar o exercício do múnus técnico da defesa.

Em outras palavras, é da defesa técnica a prioritária escolha do “se” e do “quando” no que toca à submissão de determinada matéria ao Estado-Juiz.

A legitimação universal, portanto, tem força subsidiária, com maior enfoque nas hipóteses em que há ausência ou deficiência de defesa. E, no caso concreto, a combatividade da atuação da defesa constituída não se encontra em debate.

Nessa mesma linha, o art. 192, §3°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ao disciplinar o rito dos habeas corpus endereçados a esta Corte, prescreve que “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente.“

A disposição literal, portanto, já evidencia a prevalência da defesa constituída sobre a impetração formulada, bem como que os impetrantes em geral não possuem direito subjetivo inafastável da apreciação de tais temas.

Na minha ótica, tal cuidado deve ser robustecido em casos como o dos autos, que envolve figura pública de projeção nacional, o que, naturalmente, pode ensejar a submissão da matéria ao Poder Judiciário pelas mais diversas razões.

Ademais, no caso concreto, não compreendo cabível o processamento da impetração até que haja oposição da defesa técnica.

A uma, pelo fato de que eventual multiplicação de impetrações de tal jaez exigiria intensa dedicação da defesa com a finalidade de obstar o processamento de remédio processual posto exclusivamente à disposição dos interesses defensivos, prejudicando, em uma perspectiva holística, o exercício do seu encargo.

A duas, pela notória combatividade da defesa técnica a quem cabe, a tempo e modo, a adoção da estratégia defensiva que reputar adequada ao caso.

Assim, diante de tal contexto, salvo manifestação expressa em sentido contrário, considero a presente impetração desautorizada pela defesa técnica.

No mesmo sentido: HC 145751 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, julgado em 02/08/2017 e HC 152613, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/02/2018. E ainda:

“Ora, é notório que o largo espectro de legitimidade ativa constitucionalmente atribuído ao writ busca a máxima proteção ao paciente. Pressupõe-se, portanto, o interesse de agir em favor do paciente, de modo que a iniciativa não pode trazer reflexos negativos ou ir de encontro à defesa eventualmente constituída. E, muito menos, abrir campo à atuação de pessoas que, sem o conhecimento do paciente, apenas objetivem notoriedade ou, mesmo munidas de boas intenções, “atropelem” a estratégia defensiva.

(…)No presente caso, militam em favor do paciente causídicos por

ele eleitos, de modo que não se cogita de ausência de constituição de defesa técnica e muito menos de deficiência na atuação dessa defesa. Logo, essa “legitimação universal” ativa, de natureza subsidiária, não tem lugar” (HC 155283, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 23/04/2018, grifei)

“Acresço que o fato de o paciente contar com procurador constituído nos autos da AC 4.039/DF, a que este habeas corpus se refere, em tese, também constitui óbice à impetração, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, forte no art. 192, § 3º, do RISTF: “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente”.

Tenho entendido, em casos análogos, que não há como presumir que a interferência de terceiro se faça no interesse da Defesa e do acusado, pelo menos em sua integralidade. Rigorosamente, em tese, o atropelar de estratégias definidas pode mais atrapalhar do que auxiliar. O mesmo se diga do levantamento de questões acaso inadequadas e do eventual precipitar de decisões desfavoráveis.” (HC 131839, Relator(a): Min. ROSA WEBER, julgado em 30/11/2015, grifei)

4. Não bastasse, o ato apontado não é sindicável pela via eleita, visto que “não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno, contra ato de Ministro ou órgão fracionário da Corte” (HC 86.548/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, maioria, DJe 19.12.2008). Na mesma linha, cito os seguintes precedentes que retratam a compreensão do Tribunal Pleno:

“Esta Corte já firmou jurisprudência no sentido de não caber habeas corpus contra ato de Ministro Relator, de Turma ou do próprio Tribunal Pleno. Precedentes.” (HC 118459 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 24/10/2013)

“Esta Corte firmou a orientação do não cabimento de habeas corpus contra ato de Ministro Relator ou contra decisão colegiada de Turma ou do Plenário do próprio Tribunal, independentemente de tal decisão haver sido proferida em sede de habeas corpus ou proferida em sede de recursos em geral (Súmula 606).” (HC 97009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno)

Ainda a esse respeito, colaciono precedente de minha relatoria:“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DIREITO

PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de Ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Agravo regimental desprovido.” (HC 129.802/CE, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, julgado em 18.12.2016, grifei)

Embora tal entendimento, em momento anterior, fosse alvo de discordâncias, após intenso debate, ao enfrentar o HC 105959/DF, o Tribunal, em 17.2.2016, com a participação da integralidade dos então componentes do Plenário, consolidou o descabimento de impetração contra ato de Ministro da própria Corte:

“HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Writ não conhecido. (HC 105959, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2016)

Tal posição vem sendo desde então observada, conforme se depreende dos seguintes julgados:

“A jurisprudência consolidada da Corte atesta o não cabimento de habeas corpus contra ato jurisdicional de Ministro ou órgão fracionário do STF.” (AP 985 QO, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 06/06/2017)

“O habeas corpus é incabível quando impetrado em face de ato dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, de órgão fracionário da Corte ou de seu Pleno.” (HC 131033 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 02/06/2017

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido do não cabimento de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato jurisdicional de ministro ou órgão fracionário da Corte, seja em recurso ou em ação originária de sua competência.” (HC 115787, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 18/05/2017)

5. Em razão da intransponibilidade de tais obstáculos, a impetração não merece conhecimento, sendo manifestamente incabível.

Posto isso, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, não conheço do habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 157.209 (1299)ORIGEM : 157209 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RONDÔNIARELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : LEANDRO DORCAS GATESIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pela Defensoria Pública da União em favor de Leandro Dorcas Gates, contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao agravo regimental no REsp 1.724.674/RO.

No curso da execução penal, o Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Ariquemes/RO indeferiu o pedido de retificação do cálculo das penas para a concessão de livramento condicional em favor do paciente.

Irresignada, a Defesa interpôs recurso de agravo em execução penal perante o Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, que negou provimento ao recurso.

A Defesa, então, interpôs recurso especial, que, admitido na origem, ensejou sua remessa para o Superior Tribunal de Justiça. O Ministro Antonio Saldanha Palheiro, via decisão monocrática, negou provimento ao REsp 1.724.674/RO. Manejado agravo regimental, a Corte Superior negou

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provimento ao recurso. No presente writ, a Impetrante insurge-se contra o indeferimento do

livramento condicional, porquanto preenchidos seus requisitos autorizadores. Assevera que o cálculo de unificação de penas previsto no art. 75 do Código Penal não tem efeito sobre os benefícios da execução penal. Sustenta que os requisitos para a concessão do livramento condicional devem ser avaliados separadamente em cada condenação. Alega que a reincidência foi sopesada mesmo nas condenações em que o paciente foi reconhecidamente primário. Requer, em medida liminar e no mérito, a concessão do livramento condicional em favor do paciente.

É o relatório. Decido. Extraio do ato dito coator: EXECUÇÃO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO

ESPECIAL. LIVRAMENTO CONDICIONAL. REQUISITO OBJETIVO. CONDENAÇÕES DIVERSAS. SOMA DAS REPRIMENDAS. REINCIDÊNCIA. EXIGÊNCIA DE 1/2 (METADE).

1. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça consolidou-se no sentido de que existindo infrações diversas, deve-se somar as reprimendas aplicadas para fins de livramento condicional, exigindo-se para o preenchimento do requisito objetivo o cumprimento de mais de um terço do total das penas se o apenado não for reincidente em crime doloso; e, em caso de reincidência do condenado, o cumprimento de mais da metade das reprimendas, a teor dos arts. 83, incisos II e III, e 84, ambos do Código Penal.

2. Reconhecida a reincidência do apenado em uma das condenações, têm-se que os efeitos dela decorrentes incidem sobre todas as outras sanções, razão pela qual não há que se falar em cálculo do requisito objetivo para fins de livramento condicional na fração de 1/3 (um terço) para as condenações em que foi reconhecida a primariedade e de 1/2 (metade) para aquelas em que o paciente foi considerado reincidente.

3. Agravo regimental desprovido. Ressalto que, para fins de apreciação do pedido de liminar, é

necessário avaliar se o ato dito coator teve o condão de caracterizar patente constrangimento ilegal.

Ao exame dos autos, verifico que o acórdão exarado pela Corte Superior se encontra fundamentado, apontando as razões de seu convencimento para rechaçar a tese defensiva.

Em análise de cognição sumária, não detecto a presença dos pressupostos autorizadores da concessão da medida liminar com a imediata concessão da liberdade condicional em favor do paciente.

Ante o exposto, indefiro o pedido de liminar. Colha-se a manifestação do Ministério Público Federal. Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa Weber Relatora

HABEAS CORPUS 157.225 (1300)ORIGEM : 157225 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : RICARDO DI MARZO VITORINOPACTE.(S) : ROBERTO DI MARZO VITORINOPACTE.(S) : ROBERTO FERNANDO CORREA JUNIORIMPTE.(S) : ALEXANDRE SINIGALLIA CAMILO PINTO (26957-A/PA,

131587/SP) E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 449.768 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIME DE HOMICÍDIO CULPOSO. ARTIGO 121, § 3º, DO CÓDIGO PENAL. ALEGADA NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. TEMA NÃO DEBATIDO PELAS INSTÂNCIAS PRECEDENTES. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA.

- Seguimento negado, com esteio no artigo 21, § 1º, do RISTF. Prejudicado o exame do pedido liminar.

- Ciência ao Ministério Público Federal.DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado

contra decisão de Ministro do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu medida liminar no HC nº 449.768, in verbis:

“Trata-se de habeas corpus substitutivo de recurso próprio, com pedido liminar, impetrado em favor de RICARDO DI MARZO VITORINO, ROBERTO DI MARZO VITORINO e ROBERTO FERNANDO CORREA JUNIOR, em que se aponta como autoridade coatora o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Consta dos autos que os pacientes foram denunciados pela suposta prática do delito descrito no art. 121, § 3º, c.c o art. 13, § 2º, "a" e "b", todos do Código Penal. A denúncia foi recebida.

Inconformada, a defesa impetrou prévio writ no Tribunal de origem, que denegou a ordem.

Neste writ, alegam os impetrantes a ocorrência de nulidade processual, visto que o magistrado de primeiro grau, ao receber a denúncia, não rebateu todos os pontos suscitados pela defesa na resposta à acusação, em flagrante falta de prestação jurisdicional.

Pugna, liminarmente, pela suspensão do feito até o julgamento final

desta impetração.No mérito, requer a anulação da decisão de primeiro grau,

determinando que o magistrado enfrente, fundamentadamente, as teses arguidas na resposta à acusação.

É o relatório.Decido.A concessão de liminar em habeas corpus constitui medida

excepcional, uma vez que somente pode ser deferida quando demonstrada, de modo claro e indiscutível, ilegalidade no ato judicial.

Na espécie, sem qualquer adiantamento do mérito da demanda, não vislumbro, ao menos neste instante, a presença de pressuposto autorizativo da tutela de urgência pretendida.

Assim, indefiro o pedido de liminar.Solicitem-se, com urgência, informações à autoridade apontada como

coatora e ao Juízo de primeiro grau, bem como senha processual, preferencialmente por malote digital, no prazo de 5 dias.

Após, encaminhem-se os autos ao Ministério Público Federal.”Colhe-se dos autos que os pacientes foram denunciados em razão da

suposta prática do crime tipificado no artigo 121, § 3º, c/c artigo 13, § 2º, “a”, “b”, do Código Penal.

Contra a decisão que recebeu a denúncia, a defesa impetrou habeas corpus perante a Corte de origem, que denegou a ordem.

Irresignada, impetrou novo writ perante a Corte Superior, que indeferiu a medida liminar, nos termos da decisão supratranscrita.

A defesa alega, em síntese, a ocorrência de constrangimento ilegal, consubstanciado na ausência de apreciação das teses defensivas pelo juízo natural. Destaca que “não se pretende, em hipótese alguma, o reconhecimento das referidas teses nesse Excelso Pretório, mas apenas e tão somente a determinação de enfrentamento, ainda que mínimo, das insurgências”. Alega que “nenhuma das questões suscitadas pela Defesa dos pacientes foi analisada, incluindo-se relevantíssimas teses que poderiam levar à rejeição da denúncia, à absolvição sumária e até mesmo à desclassificação para crime menos gravoso – e consequente aplicação da benesse de transação penal”. Afirma que “ainda que se possa, eventualmente, discordar de todas as teses defensivas elencadas, era impreterível e indispensável que o Juiz as analisasse e decidisse concreta e fundamentadamente a respeito delas”.

Requer, liminarmente, a “suspensão imediata de todos os atos processuais da ação penal originária até o julgamento final do writ”. No mérito, pugna pela concessão da ordem para anular a decisão impugnada, “determinando-se ao d. Magistrado de piso que enfrente, com a necessária e correta fundamentação, as teses arguidas pela Defesa em sede de Resposta à Acusação”.

É o relatório, DECIDO.O Supremo Tribunal Federal segue, de forma pacífica, a orientação

de que não lhe cabe julgar habeas corpus de decisão liminar proferida em idêntico remédio constitucional em curso nos tribunais superiores, conforme o enunciado nº 691 da Súmula desta Corte, verbis: “[n]ão compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar”.

In casu, não ressai teratologia ou flagrante ilegalidade da decisão liminar do Superior Tribunal de Justiça apta a tornar a matéria aduzida no presente writ cognoscível, porquanto a instância a quo, ao negar o pedido de liminar, não enfrentou o mérito do habeas corpus lá impetrado e, em observância às cautelas necessárias a essa espécie de ação constitucional, limitou-se a indeferir a medida liminar e a remeter os autos ao Ministério Público, a fim de viabilizar um exame mais aprofundado da questão. Nesse sentido, verbis:

“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. SÚMULA 691/STF. CRIME DE ESTUPRO. NULIDADE PROCESSUAL. INTIMAÇÃO. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. 1. Não se conhece de habeas corpus impetrado contra indeferimento de liminar por Relator em habeas corpus requerido a Tribunal Superior. Súmula 691. Óbice superável apenas em hipótese de teratologia. 2. Inviável o exame da tese defensiva não analisada pelo Superior Tribunal de Justiça, sob pena de indevida supressão de instância. Precedentes. 3. Agravo regimental conhecido e não provido.” (HC 134.584-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Rosa Weber, DJe de 22/09/2016).

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO HABEAS CORPUS. EFEITOS INFRINGENTES. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. HABEAS CORPUS. PENAL. MEDIDA LIMINAR EM HABEAS CORPUS INDEFERIDA NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA: SÚMULA N. 691 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DUPLA SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. INVIABILIDADE JURÍDICA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (HC 135.569-ED, Segunda Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 06/09/2016).

Com efeito, esta Suprema Corte não pode, em razão da sua competência constitucionalmente delineada e da organicidade do direito, conhecer, nesta via mandamental, questões não examinadas definitivamente no Tribunal a quo, sob pena de estimular a impetração de habeas corpus per saltum, em detrimento da atuação do Superior Tribunal de Justiça, órgão jurisdicional que igualmente ostenta competências de envergadura constitucional.

A propósito da organicidade e dinâmica do direito, impondo-se a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 214

“correção de rumos”, bem discorreu o Ministro Marco Aurélio no voto proferido no HC n. 109.956, verbis:

“O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios, expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do alcance da Carta da República há de fazer-se de forma integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e aplicação do Direito que é sistemática.

[...] O Direito é avesso a sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de outras situações em que requerida, a jurisdição.”

Ademais, qualquer antecipação desta Corte sobre o mérito do pedido de habeas corpus implicaria indevida supressão de instância, devendo aguardar-se o fim da tramitação do pedido no STJ para, se for o caso, interpor-se o recurso cabível.

Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao writ, com esteio no artigo 21, § 1º, do RISTF, restando prejudicado o exame do pedido de medida liminar.

Dê-se ciência ao Ministério Público Federal.Publique-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUXRelator

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HABEAS CORPUS 157.241 (1301)ORIGEM : 157241 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : YGOR PEREIRA VERASIMPTE.(S) : MAURO ATUI NETO (266971/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC N.º 449.713 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de Ygor

Pereira Veras, apontando como autoridade coatora o Ministro Nefi Cordeiro, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu liminarmente a inicial do HC nº 449.713/SP.

O impetrante sustenta, inicialmente, que o caso concreto autoriza a mitigação do enunciado da Súmula nº 691/STF.

Aduz, para tanto, que o paciente está submetido a constrangimento ilegal por excesso de prazo na formação da culpa, haja vista que se encontra preso desde 24/7/2017.

Requer“a concessão da medida liminar para que o paciente YGOR

PEREIRA VERAS possa aguardar seu julgamento em liberdade pelos exaustivos argumentos supra (EXCESSO DE PRAZO – Art. 5º, LXXVIII da CF), COM OU SEM A IMPOSIÇÃO DAS MEDIDAS CAUTELARES DO ARTIGO 319 DO CPP, bem como seja expedido com extrema urgência o competente ALVARÁ DE SOLTURA CLAUSULADO, bem como os ofícios necessários e, após as informações prestadas, requer seja definitivamente concedida a ordem, e confirmando-se a liminar, como medida da mais lídima e cristalina J U S T I Ç A”.

Examinados os autos, decido. Ressalto inicialmente não ser o caso de eventual aplicação ou não

da Súmula nº 691/STF. Não se trata, na espécie, de decisão indeferindo pretensão liminar,

mas de decisão segundo a qual o eminente Ministro Nefi Cordeiro indeferiu de plano a inicial do HC nº 449.713/SP, uma vez que questionava decisão indeferitória de liminar do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (anexo 7).

Logo, as questões submetidas à discussão do Superior Tribunal Justiça e reiteradas neste habeas corpus não teriam sido objeto de análise definitiva por parte daquele Tribunal de Justiça estadual. Portanto, sua apreciação, de forma originária, neste ensejo, configuraria inadmissível dupla supressão de instância.

Segundo a pacífica jurisprudência da Corte, “não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas

corpus impetrado contra decisão de Relator que, em HC requerido a Tribunal Superior, indefere liminarmente o pedido com supedâneo na Súmula 691 desta Corte. Essa circunstância impede o exame da matéria por este Tribunal, sob pena de se incorrer em dupla supressão de instância, com evidente extravasamento dos limites da competência descritos no art. 102 da Carta Magna” (HC nº 117.761/SP, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 4/10/13).

Perfilhando esse entendimento, destaco os precedentes seguintes: HC nº 113.172/SP, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 17/4/13; HC nº 118.836/PA-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 8/10/13; HC nº 116.857/ES-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe de 21/5/13; HC nº 114.583/MS, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 27/8/12; HC nº 92.264/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Menezes Direito, DJ de 14/12/07; e HC nº 90.654/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 25/5/07, entre outros.

Ademais, vale registrar que a impetração volta-se contra decisão singular proferida nos autos do HC nº 449.713/SP. Portanto, incide, na espécie, o entendimento de que

“é inadmissível o habeas corpus que se volta contra decisão monocrática do Relator da causa no Superior Tribunal de Justiça não submetida ao crivo do colegiado por intermédio do agravo interno, por falta de exaurimento da instância antecedente” (HC nº 101.407/PR, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 19/3/14).

No mesmo sentido: HC nº 118.189/MG, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 24/4/14; e RHC nº 111.395/DF, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 30/9/13, entre outros.

Ante o exposto, nos termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao presente habeas corpus, ficando, por consequência, prejudicado o pedido de liminar.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 157.246 (1302)ORIGEM : 157246 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : ANTONIO RICARDO DA SILVAIMPTE.(S) : MAURO EVANDO GUIMARAES (204341/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 450.275 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de

Antonio Ricardo da Silva, apontando como autoridade coatora o Ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu a liminar no HC nº 450.275/SP.

O impetrante sustenta, inicialmente, que o caso concreto autoriza a mitigação do enunciado da Súmula nº 691/STF.

Aduz, para tanto, a presença de constrangimento ilegal, pois a custódia preventiva do paciente padeceria de fundamentação idônea, apta a justificar a sua necessidade, bem como estariam ausentes os pressupostos autorizadores previstos no art. 312 do Código de Processo Penal.

Requer, liminarmente, a concessão da ordem para revogar a prisão preventiva paciente.

Examinados os autos, decido. Pelo que se depreende dos autos, o Superior Tribunal de Justiça não

examinou, definitivamente, as teses suscitadas na presente impetração, razão por que a sua apreciação, de forma originária, neste ensejo, configuraria inadmissível supressão de instância.

Não pode esta Suprema Corte, em exame per saltum, apreciar questão não analisada, em definitivo, pelo Superior Tribunal de Justiça (HC nº 111.171/DF, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 9/4/12).

Perfilhando esse entendimento: HC nº 113.172/SP, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 17/4/13; HC nº 118.836/PA-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 8/10/13; HC nº 116.857/ES-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe de 21/5/13; HC nº 114.583/MS, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 27/8/12; HC nº 92.264/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Menezes Direito, DJ de 14/12/07; e HC nº 90.654/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 25/5/07, entre outros.

De rigor, portanto, a incidência do óbice da Súmula nº 691 deste Supremo Tribunal, segundo a qual “não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar”.

Ademais, mostra-se prematura qualquer incursão no mérito do presente writ, tanto mais que o acórdão a ser proferido no julgamento do HC nº 450.275/SP substituirá o título judicial ora questionado.

Nesse sentido, confiram-se:“(...)1. A superveniência de julgamento do mérito do habeas corpus

impetrado em Tribunal a quo prejudica o writ submetido ao STF quando o objeto era o indeferimento da liminar (…). 3. Writ prejudicado, com revogação da liminar anteriormente deferida” (HC nº 118.927/SP, Primeira Turma, Relator para Acórdão o Ministro Edson Fachin, DJe de 14/9/16);

“(...)1. A superveniência de “decisão colegiada de Tribunal Superior

corresponde a novo ato a desafiar ação própria” (HC 104.813, Rel.ª Min.ª Rosa Weber). Precedentes (…). 3. Habeas Corpus prejudicado, revogada a liminar” (HC nº 121.208/AL, Primeira Turma, Relator para Acórdão o Ministro Roberto Barroso, DJe de 12/6/15).

Com essas considerações, nos termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao presente habeas corpus, ficando, por consequência, prejudicado o pedido de liminar.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 215

Ministro Dias Toffoli Relator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 157.249 (1303)ORIGEM : 157249 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : BIANCA TAVARES ARAGÃOIMPTE.(S) : JOSE LUIZ DO CARMO CHAVES (391623/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 449.756 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO: Preliminarmente, requisitem-se, com urgência, informações ao Juízo da Vara Única – Foro de Embu-Guaçu – Comarca de Embu-Guaçu/SP (Ação Penal 0000546-24.2017.8.26.0628), bem como ao Relator, no TJ/SP, da Apelação Criminal 0000546-24.2017.8.26.0628, inclusive a respeito de eventual decisão na qual tenha sido apreciada, em relação à paciente, o decidido pela Segunda Turma desta Suprema Corte, na sessão de 20.2.2018, em sede de impetração coletiva, no HC 143.641/SP, DJe 1º.3.2018.

Publique-se. Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro Gilmar Mendes Relator

Documento assinado digitalmente.

HABEAS CORPUS 157.255 (1304)ORIGEM : 157255 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : RONALISON SANTOS DA SILVAIMPTE.(S) : MAURO ATUI NETO (266971/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 450.385 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL E PENAL. CRIME DE POSSE DE ARMA DE FOGO COM NUMERAÇÃO SUPRIMIDA. ARTIGO 16, IV, DA LEI Nº 10.826/03. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL PARA JULGAR HABEAS CORPUS : CF, ART. 102, I, D E I . ROL TAXATIVO. MATÉRIA DE DIREITO ESTRITO. INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA: PARADOXO. ORGANICIDADE DO DIREITO. AUSÊNCIA DE JULGAMENTO COLEGIADO. PRETENSÃO DE REVOGAÇÃO DA CUSTÓDIA CAUTELAR. ALEGADO EXCESSO DE PRAZO. TEMAS NÃO DEBATIDOS PELAS INSTÂNCIAS PRECEDENTES. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA.

- Seguimento negado, com esteio no artigo 21, § 1º, do RISTF. Prejudicado o exame do pedido liminar.

- Ciência ao Ministério Público Federal.DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado

contra decisão do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu liminarmente a petição inicial do habeas corpus lá impetrado, HC nº 450.385.

Consta dos autos que o paciente foi preso em razão da suposta prática do crime tipificado no artigo 16, IV, da Lei nº 10.826/03.

Foi impetrado habeas corpus perante o Tribunal de origem, tendo sido indeferida a medida liminar.

Ato contínuo, foi manejado writ perante o Superior Tribunal de Justiça, o qual indeferiu liminarmente a petição inicial.

A defesa aponta, em síntese, a ocorrência de constrangimento ilegal consubstanciado na ordem constritiva da liberdade do paciente e no suposto excesso de prazo. Argumenta que o ”paciente se encontra preso há mais de 03 (três) meses, sem a formação da sua culpa em definitivo e sem data prevista para julgamento definitivo, violando dessa forma o princípio da razoabilidade previsto no artigo 5º, LXXVII da Constituição Federal”. Entende que “mesmo sendo considerado atualmente como crime hediondo, será lhe fixado o regime aberto ou, na pior das hipóteses, o regime semaberto e não o fechado, ou mesmo ser substituída eventual pena reclusiva por restritiva de direitos nos moldes do artigo 44 do CP”. Assevera que, “a defesa não deu nenhuma causa para que o feito se alongasse tanto, o que pode ser verificado nos autos”. Narra, ainda, que “o paciente é primário, possui bons antecedentes, ocupação lícita e residência fixa” e pugna pela superação do enunciado 691 da Súmula do Superior Tribunal de Justiça, bem como pela fixação de medidas cautelares diversas da prisão.

Ao final, formula pedido nos seguintes termos, in verbis:“Ante o exposto, pede-se a essa Augusta Corte, com a juntada dos

autos capa a capa, estando presentes o fumus boni iuris e o periculum in mora, a concessão da medida liminar para que o paciente RONALISON SANTOS DA SILVA possa aguardar o julgamento em liberdade pelos exaustivos argumentos supra (EXCESSO DE PRAZO E PROPORCIONALIDADE DA PRISÃO PROCESSUAL), COM OU SEM A IMPOSIÇÃO DAS MEDIDAS CAUTELARES DO ARTIGO 319 DO CPP, bem como seja expedido com extrema urgência os competente ALVARÁ DE SOLTURA CLAUSULADO, bem como os ofícios necessários e, após as

informações prestadas, requer seja definitivamente concedida a ordem, e confirmando-se a liminar, como medida da mais lídima e cristalina JUSTIÇA.”

É o relatório, DECIDO.A competência originária do Supremo Tribunal Federal para conhecer

e julgar habeas corpus está definida, taxativamente, no artigo 102, inciso I, alíneas d e i, da Constituição Federal, verbis:

“Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

I – processar e julgar, originariamente:…d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas

nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;

…i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando

o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância.”

In casu, o paciente não está arrolado em nenhuma das hipóteses sujeitas à jurisdição originária desta Corte.

A ementa do acórdão proferido na Pet 1738-AgRg, Rel. Min. Celso de Mello, Pleno, DJe 1º/10/1999, é elucidativa e precisa quanto à taxatividade da competência do Supremo Tribunal Federal:

“E M E N T A: PROTESTO JUDICIAL FORMULADO CONTRA DEPUTADO FEDERAL - MEDIDA DESTITUÍDA DE CARÁTER PENAL (CPC, ART. 867) - AUSÊNCIA DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

A PRERROGATIVA DE FORO - UNICAMENTE INVOCÁVEL NOS PROCEDIMENTOS DE CARÁTER PENAL - NÃO SE ESTENDE ÀS CAUSAS DE NATUREZA CIVIL.

- As medidas cautelares a que se refere o art. 867 do Código de Processo Civil (protesto, notificação ou interpelação), quando promovidas contra membros do Congresso Nacional, não se incluem na esfera de competência originária do Supremo Tribunal Federal, precisamente porque destituídas de caráter penal. Precedentes.

A COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - CUJOS FUNDAMENTOS REPOUSAM NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - SUBMETE-SE A REGIME DE DIREITO ESTRITO.

- A competência originária do Supremo Tribunal Federal, por qualificar-se como um complexo de atribuições jurisdicionais de extração essencialmente constitucional - e ante o regime de direito estrito a que se acha submetida - não comporta a possibilidade de ser estendida a situações que extravasem os limites fixados, em numerus clausus, pelo rol exaustivo inscrito no art. 102, I, da Constituição da República. Precedentes.

O regime de direito estrito, a que se submete a definição dessa competência institucional, tem levado o Supremo Tribunal Federal, por efeito da taxatividade do rol constante da Carta Política, a afastar, do âmbito de suas atribuições jurisdicionais originárias, o processo e o julgamento de causas de natureza civil que não se acham inscritas no texto constitucional (ações populares, ações civis públicas, ações cautelares, ações ordinárias, ações declaratórias e medidas cautelares), mesmo que instauradas contra o Presidente da República ou contra qualquer das autoridades, que, em matéria penal (CF, art. 102, I, b e c), dispõem de prerrogativa de foro perante a Corte Suprema ou que, em sede de mandado de segurança, estão sujeitas à jurisdição imediata do Tribunal (CF, art. 102, I, d). Precedentes.”

Afigura-se paradoxal, em tema de direito estrito, conferir interpretação extensiva para abranger no rol de competências do Supremo Tribunal hipóteses não sujeitas à sua jurisdição.

A prevalência do entendimento de que o Supremo Tribunal Federal deve conhecer de habeas corpus substitutivo de recurso ordinário constitucional contrasta com os meios de contenção de feitos, remota e recentemente implementados - Súmula Vinculante e Repercussão Geral - com o objetivo de viabilizar o exercício pleno, pelo Supremo Tribunal Federal, da nobre função de guardião da Constituição da República.

E nem se argumente com o que se convencionou tratar de jurisprudência defensiva. Não é disso que se cuida, mas de necessária, imperiosa e urgente reviravolta de entendimento em prol da organicidade do direito, especificamente no que tange às competências originária e recursal do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar habeas corpus e o respectivo recurso ordinário, valendo acrescer que essa ação nobre não pode e nem deve ser banalizada a pretexto, em muitos casos, de pseudonulidades processuais com reflexos no direito de ir e vir.

A propósito da organicidade e dinâmica do direito, impondo-se a correção de rumos, bem discorreu o Ministro Marco Aurélio no voto proferido no HC n. 109.956, que capitaneou a mudança de entendimento na Segunda Turma, verbis:

“O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios, expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do alcance da Carta da República há de fazer-se de forma integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e aplicação do Direito que é sistemática. O habeas corpus substitutivo de recurso ordinário, além de não estar abrangido pela garantia

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 216

constante do inciso LXVIII do artigo 5º do Diploma Maior, não existindo qualquer previsão legal, enfraquece este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos artigos 102, inciso II, alínea ‘a’, e 105, inciso II, alínea ‘a’, tem-se a previsão de recurso ordinário constitucional a ser manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de outras situações em que requerida, a jurisdição.

Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a conceder, se for o caso, a ordem de ofício.”

Ademais, em consulta ao sítio eletrônico da Corte Superior, verifico a ausência de interposição de agravo regimental contra a decisão monocrática impugnada. Nesse contexto, assento que não restou exaurida a jurisdição no âmbito daquela Corte, conforme exigido pelo artigo 102, inciso II, alínea a, da Constituição Federal, in verbis:

“Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

II – julgar, em recurso ordinário:a) o "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas-data" e o

mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão” (grifei).

O constituinte fez clara opção pelo princípio da colegialidade ao franquear a competência desta Corte para apreciação de habeas corpus – consoante disposto na alínea a do inciso II do artigo 102, da CRFB, – quando decididos em única instância pelos Tribunais Superiores. E não há de se estabelecer a possibilidade de flexibilização dessa regra constitucional de competência, pois, sendo matéria de direito estrito, não pode ser interpretada de forma ampliada para alcançar autoridades – no caso, membros de Tribunais Superiores – cujos atos não estão submetidos à apreciação do Supremo Tribunal Federal. Daí porque, em situação similar, a Primeira Turma desta Corte, por ocasião do julgamento do Recurso Ordinário em Habeas Corpus nº 108.877/RS, relatora Ministra Cármen Lúcia, deixou expresso que “não se conhece de recurso ordinário em habeas corpus contra decisão monocrática proferida no Superior Tribunal de Justiça”. No mesmo sentido, RHC 117.267/SP, relator Ministro Dias Toffoli e o acórdão proferido no julgamento do RHC 111.639/DF, relator Ministro Dias Toffoli, cuja ementa possui o seguinte teor:

“Recurso ordinário em habeas corpus. Penal. Roubo circunstanciado pelo emprego de arma. Aplicação do aumento de pena previsto no inciso I do § 2º do art. 157 do Código Penal. Decisão monocrática do relator do habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça a ele negando seguimento. Não cabimento do recurso ordinário. Precedentes. Recurso não conhecido. Ofensa ao princípio da colegialidade. Concessão de ordem de habeas corpus de ofício. Precedentes. 1. Segundo o entendimento da Corte ‘não se conhece de recurso ordinário em habeas corpus contra decisão monocrática proferida no Superior Tribunal de Justiça’ (RHC nº 108.877/SP, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 19/10/11). 2. Recurso não conhecido(...)” (grifei).

A Constituição Federal restringiu a competência desta Corte às hipóteses nas quais o ato imputado tenha sido proferido por Tribunal Superior, considerando o princípio da colegialidade. Entender de outro modo, para alcançar os atos praticados por membros de Tribunais Superiores, seria atribuir à Corte competência que não lhe foi outorgada pela Constituição.

Demais disso, inexiste excepcionalidade que permita a concessão da ordem de ofício ante a ausência de teratologia na decisão atacada, flagrante ilegalidade ou abuso de poder. Por oportuno, transcrevo a fundamentação da decisão do Superior Tribunal de Justiça, naquilo que interessa, in verbis :

“O Superior Tribunal de Justiça tem jurisprudência firmada no sentido de não caber habeas corpus contra decisão que indefere liminar, a menos que fique demonstrada flagrante ilegalidade, nos termos do enunciado n. 691 da Súmula do STF, segundo o qual não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar.

[…]Assim, salvo excepcionalíssima hipótese de ilegalidade manifesta,

não é de se admitirem casos como o dos autos. Não sendo possível a verificação, de plano, de qualquer ilegalidade na decisão recorrida, deve-se aguardar a manifestação de mérito do Tribunal de origem, sob pena de se incorrer em supressão de instância e em patente desprestígio às instâncias ordinárias.

No caso, não se mostra possível o completo exame do constrangimento ilegal alegado, já que a defesa não trouxe aos autos a decisão do Desembargador Relator que indeferiu o pedido de liminar.

É de se ressaltar que o rito do habeas corpus pressupõe prova pré-constituída do direito alegado, devendo a parte demonstrar, de maneira inequívoca,por meio de documentos, a existência de constrangimento ilegal imposto ao paciente. Nesse sentido, segue a jurisprudência desta Corte:

[…]

Ademais, a questão posta em exame – acerca da existência de excesso de prazo da segregação - demanda averiguação mais profunda pelo Tribunal estadual, no momento adequado.

Entendo, portanto, não ser o caso de superação do enunciado 691 da Súmula do Supremo Tribunal Federal.

Ante o exposto, com fundamento no artigo 210 do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça, indefiro liminarmente o presente habeas corpus.”

In casu, verifico que a fundamentação da decisão da Corte a quo reside na aplicação da “jurisprudência firmada no sentido de não caber habeas corpus contra decisão que indefere liminar, a menos que fique demonstrada flagrante ilegalidade, nos termos do enunciado n. 691 da Súmula do STF”.

Impende consignar, ainda, que o conhecimento desta impetração sem que a instância precedente tenha examinado o mérito do habeas corpus lá impetrado consubstancia, de igual forma, indevida supressão de instância e, por conseguinte, violação das regras constitucionais definidoras da competência dos Tribunais Superiores, valendo conferir os seguintes precedentes desta Corte:

“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIME DE CONCUSSÃO. ARTIGO 316 DO CÓDIGO PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. INADMISSIBILIDADE. COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA JULGAR HABEAS CORPUS: CRFB/88, ART. 102, I, D E I. HIPÓTESE QUE NÃO SE AMOLDA AO ROL TAXATIVO DE COMPETÊNCIA DESTA SUPREMA CORTE. POSSIBILIDADE DE CONSTRIÇÃO DA LIBERDADE ANTES DO TRÂNSITO EM JULGADO DO PROCESSO. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIAS. AUSÊNCIA DE EXAME DE AGRAVO REGIMENTAL NO TRIBUNAL A QUO. ÓBICE AO CONHECIMENTO DO WRIT NESTA CORTE. INOBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO DA COLEGIALIDADE. INEXISTÊCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. A supressão de instância impede o conhecimento de Habeas Corpus impetrado per saltum, porquanto ausente o exame de mérito perante a Corte Superior. (Precedentes: HC nº 100.595, Segunda Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 9/3/2011, HC nº 100.616, Segunda Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe de 14/3/2011, HC nº 103.835, Primeira Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe de 8/2/2011, HC 98.616, Primeira Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, DkJe de 22/02/2011). 2. In casu, o paciente foi condenado à pena de 4 (quatro) anos, 3 (três) meses e 10 (dez) dias de reclusão, em regime inicial semiaberto, bem como ao pagamento 39 (trinta e nove) dias multa pela prática do crime de concussão, tipificado no artigo 316 do Código Penal. 3. O habeas corpus é inadmissível como substitutivo do recurso cabível, sendo certa ainda a ausência de julgamento do agravo regimental interposto da decisão do Tribunal a quo que indeferiu liminarmente o writ ali impetrado. 4. A competência originária do Supremo Tribunal Federal para conhecer e julgar habeas corpus está definida, exaustivamente, no artigo 102, inciso I, alíneas d e i, da Constituição da República, sendo certo que o paciente não está arrolado em qualquer das hipóteses sujeitas à jurisdição desta Corte. 5. Agravo regimental desprovido.” (HC 137.917-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Luiz Fux, DJe de 19/12/2016)

“PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. IMPETRAÇÃO EM SUBSTITUIÇÃO AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. POSSIBILIDADE. MÉRITO DO WRIT NÃO EXAMINADO PELO TRIBUNAL A QUO. APRECIAÇÃO PELO STF. INADMISSIBILIDADE. INVIABILIDADE DE SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. ILEGALIDADE FLAGRANTE. INEXISTÊNCIA. ORDEM DENEGADA. I – Conforme entendimento da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal não configura óbice ao conhecimento do writ o fato de a sua impetração ser manejada em substituição a recurso extraordinário. II – A inexistência de manifestação do STJ sobre o mérito da impetração impede o exame da matéria por esta Corte, sob pena de incorrer-se em indevida supressão de instância, com evidente extravasamento dos limites de competência descritos no art. 102 da Constituição Federal. III – Rebater os fundamentos do acórdão combatido exigiria o exame aprofundado de provas, impossível em sede de habeas corpus, visto tratar-se de instrumento destinado à proteção de direito líquido e certo, demonstrável de imediato, que não admite dilação probatória. IV – Dada a relevância da questão de fundo, entendo que sequer é o caso de concessão ex officio da ordem, uma vez que se aplica ao caso a jurisprudência da Suprema Corte no sentido de que “a oitiva prévia disposta no art. 118, § 2° da Lei de Execução Penal somente é indispensável na hipótese de regressão definitiva” (RHC 116467/SP, Rel. Min. Teori Zavascki). V – Habeas corpus denegado.” (HC 135.949, Segunda Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe de 24/10/2016)

Ainda, em relação ao suscitado excesso de prazo, não pode a razoável duração do processo ser aferida de modo dissociado das especificidades da hipótese sub examine. Nesse sentido, verbis:

“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. HOMICÍDIO. PRISÃO PREVENTIVA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. EXCESSO DE PRAZO NÃO CONFIGURADO. 1. Contra a denegação de habeas corpus por Tribunal Superior prevê a Constituição Federal remédio jurídico expresso, o recurso ordinário. Diante da dicção do art. 102, II, a, da Constituição da República, a impetração de novo habeas corpus em caráter substitutivo escamoteia o instituto recursal próprio, em manifesta burla ao preceito constitucional. 2. Prisão preventiva decretada

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 217

forte na garantia da ordem pública, presentes as circunstâncias concretas reveladas nos autos. Precedentes. 3. A razoável duração do processo não pode ser considerada de maneira isolada e descontextualizada das peculiaridades do caso concreto. 4. Agravo regimental conhecido e não provido.” (HC 125.144-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Rosa Weber. DJe de 28/06/2016)

“Agravo regimental em habeas corpus. Matéria criminal. Writ denegado monocraticamente na forma do art. 192 do RISTF. Demora no julgamento de impetração perante o STJ não reconhecida. Conhecimento do agravo regimental. Agravo não provido. 1. Segundo o art. 192 do Regimento Interno da Corte, “quando a matéria for objeto de jurisprudência consolidada do Tribunal, o Relator poderá desde logo denegar ou conceder a ordem, ainda que de ofício, à vista da documentação da petição inicial ou do teor das informações”. 2. Está sedimentado, em ambas as Turmas da Suprema Corte, que a demora no julgamento do writ impetrado ao Superior Tribunal de Justiça, por si só, não pode ser interpretada como negativa de prestação jurisdicional, não se ajustando ao presente caso as situações fáticas excepcionais. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.” (HC 132.610-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 06/06/2016)

Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao writ, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF. Prejudicado o exame do pedido de liminar.

Dê-se ciência ao Ministério Público Federal.Publique-se. Int..Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 157.257 (1305)ORIGEM : 157257 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : ROSIMERI FERNANDES DE LIMAIMPTE.(S) : KARLA REZENDE DE ALMEIDA (182120/RJ)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 449.434 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Vistos etc.Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por

Karla Resende de Almeida em favor de Rosimeri Fernandes de Lima, contra decisão monocrática da lavra do Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu liminarmente o HC 449.434/RJ.

A paciente foi condenada à pena de 03 (três) anos e 6 (seis) meses de reclusão, em regime inicial fechado, pela prática do crime de lavagem de dinheiro (art. 1º, § 1º, I, da Lei 9.613/1998).

No curso da execução da pena, a Defesa requereu prisão domiciliar perante o magistrado de primeiro grau, que, forte no art. 117, III, da Lei de Execuções Penais, indeferiu o pleito.

Inconformada, a Defesa impetrou habeas corpus perante o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que não conheceu do writ.

A questão, então, foi submetida à apreciação do Superior Tribunal de Justiça, que, via decisão monocrática da lavra do Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, indeferiu liminarmente o HC 449.434/RJ.

No presente writ, a Impetrante pugna pelo afastamento da Súmula 691/STF. Para tanto, alega a possibilidade de aplicação de prisão domiciliar, visto que a paciente é mãe e avó de menores. Requer, em medida liminar e no mérito, a concessão de prisão domiciliar em favor da paciente e, sucessivamente, a 'inspeção da unidade penitenciária Talavera Bruce, separando a paciente das demais presas e determinando imediata transferência para o regime semiaberto'.

É o relatório. Decido. Extraio do ato dito coator: “(...).Não obstante as razões deduzidas na petição inicial, não vejo como

dar seguimento ao presente writ.Afinal, a insurgência ora deduzida não foi objeto de exame pela

Corte local, a qual se limitou a não conhecer do writ originário, tendo em vista que se trata de processo findo, tendo sido a paciente condenada pela prática do delito previsto no artigo 1º, §1º, I, da Lei 9.613⁄98, nas penas de 3 anos e 6 meses de reclusão e 11 DM, em regime fechado, concluindo que o exame do pedido compete ao Juízo da Vara de Execuções Penais, a quem deverá ser dirigido o pedido ora formulado (e-STJ fl. 32).

E, embora afirme ter ingressado com posterior pedido perante o Juízo das Execuções Criminais, além de não ter promovido a juntada da respectiva decisão aos autos, também não demonstrou que tal ato teria sido impugnado perante o Tribunal a quo, a quem compete o reexame ou o controle de legalidade dos atos praticados em primeiro grau de jurisdição.

Assim, inexistente pronunciamento do Tribunal de origem sobre o mérito da questão ora aventada, resulta inviável a respectiva apreciação por esta Corte, sob pena de supressão de instância.

Em hipóteses análogas, decidiu esta Corte:(...). Por fim, além de não deduzir nenhuma motivação para postular o

abrandamento do regime prisional, não juntou aos autos cópia da sentença condenatória e de eventual acórdão no qual o tema tenha sido examinado.

Ante o exposto, com base no art. 210 do Regimento Interno do STJ, indefiro liminarmente a petição inicial do habeas corpus”.

Registro a existência de óbice ao conhecimento do presente writ, uma vez não esgotada a jurisdição do Superior Tribunal de Justiça, pois o ato impugnado é decisão monocrática extintiva do writ e não o resultado de julgamento colegiado. Deveria a Defesa, pretendendo a reforma da decisão monocrática, ter manejado agravo regimental para que a questão fosse apreciada pelo órgão colegiado (HC 122.275-AgR/SP, Rel. Min. Teori Zavascki, 2ª Turma, DJe 01.7.2014).

Por outro lado, na esteira do ato dito coator, à míngua de pronunciamento judicial conclusivo pelas Cortes anteriores quanto às teses defensivas trazida nestes autos, inviável a análise do writ pelo Supremo Tribunal Federal, sob pena de indevida supressão de instância. Cito, nessa linha, precedentes: HC 134.957-AgR/MG, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 24.02.2017; RHC 136.311/RJ, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, DJe 21.02.2017; RHC 133.974/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, 2ª Turma, DJe 03.3.2017; e HC 136.452-ED/DF, de minha relatoria, 1ª Turma, DJe 10.02.2017.

Por fim, a Corte Superior assevera que a Defesa “não juntou aos autos cópia da sentença condenatória e de eventual acórdão no qual o tema tenha sido examinado”. Nesse espectro, a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal orienta no sentido do não conhecimento de habeas corpus quando não devidamente instruído o feito (HC 103.240-AgR/RS, Rel. Min. Ayres Britto, 2ª Turma, DJe 11.4.2011).

Ante o exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (art. 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

HABEAS CORPUS 157.265 (1306)ORIGEM : 157265 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : SIMONE DE ARAUJO ALONSOIMPTE.(S) : MARCO ANTONIO ARANTES DE PAIVA (72035/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 449.028 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por Marco Antonio Arantes de Paiva em favor de Simone de Araujo Alonso, contra decisão monocrática da lavra do Ministro Joel Ilan Paciornik, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu liminarmente o HC 449.028/SP.

A paciente foi condenada à pena de 08 (oito) anos e 09 (nove) meses de reclusão, em regime inicial fechado, pela prática do crime de organização criminosa, tipificado no art. 2º, § 2º, e § 4º, II, c/c art. 1º, § 1º, da Lei 12.850/2013. No curso da execução criminal, ao exame do benefício de progressão de regime, o magistrado de primeiro grau determinou a realização prévia do exame criminológico.

Irresignada, a Defesa impetrou habeas corpus perante o Tribunal de Justiça de São Paulo, que indeferiu a liminar.

A questão, então, foi submetida à apreciação do Superior Tribunal de Justiça, que, via decisão monocrática da lavra do Ministro Joel Ilan Paciornik, indeferiu liminarmente o HC 449.028/SP.

No presente writ, o Impetrante pugna pelo afastamento da Súmula 691/STF. Alega, em síntese, o preenchimento dos requisitos objetivos e subjetivos para a progressão de regime ao semiaberto. Sustenta a desnecessidade de realização do exame criminológico. Aponta que não se trata de crime cometido mediante violência ou grave ameaça à pessoa. Aduz que a gravidade do crime e a quantidade de pena aplicada não são fundamentos idôneos a embasar a realização do exame criminológico. Argumenta ser o atestado de bom comportamento carcerário o único requisito subjetivo exigido pelo art. 122 da LEP. Requer, em medida liminar e no mérito, “a imediata apreciação do pedido de progressão segundo as disposições do artigo 112 da LEP”.

É o relatório. Decido. Extraio do ato dito coator: “(...). A jurisprudência desta Corte Superior, aplicando por analogia o

enunciado n. 691 da Súmula do Supremo Tribunal Federal, firmou-se no sentido de não conhecer de mandamus impetrado contra decisão indeferitória de liminar na origem, excetuados os casos nos quais, de plano, é possível identificar flagrante ilegalidade ou teratologia do referido decisum.

Nesse sentido, destaco os seguintes precedentes:(...).Na hipótese, ao menos em juízo perfunctório, não vislumbro a

possibilidade de superação do mencionado enunciado sumular. Note-se que o indeferimento da tutela de urgência pautou-se em fundamentação idônea ao afirmar que o constrangimento ilegal aventado pelo impetrante não estava manifesto e detectável de plano, de modo que a análise das alegações foi

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 218

reservada ao colegiado.Assim, de acordo com a pacífica jurisprudência do Superior Tribunal

de Justiça, a fim de evitar indevida supressão de instância, deve-se aguardar o julgamento de mérito da impetração pela Corte de origem.

Por tais razões, nos termos do art. 210 do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça, indefiro liminarmente o presente habeas corpus”.

Registro a existência de óbice ao conhecimento do presente writ, ainda que não se trate, nesta Casa, de hipótese alcançada pela Súmula 691/STF, pertinente a indeferimento de liminar em habeas corpus, e não a indeferimento liminar do habeas, uma vez não esgotada a jurisdição do Superior Tribunal de Justiça, pois o ato impugnado é decisão monocrática extintiva do writ e não o resultado de julgamento colegiado. Deveria a Defesa, pretendendo a reforma da decisão monocrática, ter manejado agravo regimental para que a questão fosse apreciada pelo órgão colegiado (HC 122.275-AgR/SP, Rel. Min. Teori Zavascki, 2ª Turma, DJe 01.7.2014).

O ato apontado como coator observou, este sim, que a pretensão veiculada naquela Corte estaria desde logo a esbarrar na Súmula nº 691/STF ( Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar ), analogicamente aplicada porquanto voltada contra o indeferimento de liminar, pelo Relator, do Tribunal de Justiça, na impetração naquela Corte instaurada. Ainda que a compreensão expressa em tal verbete sumular seja abrandada em alguns julgamentos desta Suprema Corte em hipóteses excepcionais, de flagrante ilegalidade, teratologia ou abuso de poder, por não ser o caso dos autos, segundo o Superior Tribunal de Justiça, indeferido liminarmente o writ perante aquela Corte impetrado.

Ao indeferir o pedido de liminar, o Tribunal de Justiça não vislumbrou presentes os requisitos ensejadores da imediata progressão de regime ao semiaberto, reservando a definição da matéria ao pronunciamento do colegiado.

Dessa forma, dar trânsito ao writ significaria duplicar a instrução, que já está sendo realizada, e apreciá-lo no mérito implicaria suprimir instâncias.

Ante o exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (art. 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa Weber Relatora

HABEAS CORPUS 157.266 (1307)ORIGEM : 157266 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : ISLMADO RODRIGUES BARACHO FILHOIMPTE.(S) : GABRIEL ANDRADE DE SANTANA (37411/BA)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 446.693 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de

Ismaldo Rodrigues Baracho Filho, apontando como autoridade coatora o Ministro Rogerio Schietti Cruz, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu a liminar do HC nº 446.693/BA.

O impetrante sustenta, inicialmente, que o caso concreto autoriza a mitigação do enunciado da Súmula nº 691/STF.

Aduz, para tanto, a presença de constrangimento ilegal, pois a custódia preventiva do paciente padeceria de fundamentação idônea, apta a justificar a sua necessidade, bem como estariam ausentes os requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal.

Alega inexistir contemporaneidade entre os fatos apurados e o decreto preventivo (23/8/17).

Sustenta, ainda, que o paciente está na mesma situação fática dos corréus Antônio Roberto Henriques Baracho e Rita Rocha Oliveira, cujas prisões foram substituídas por medidas cautelares diversas, nos termos do art. 319 do CPP, sendo “indubitável a identidade de situações e condições que conduzem a um raciocínio inexorável de extensão do benefício em relação ao Paciente”.

Afirma que o paciente é primário, possui bons antecedentes, com residência fixa e trabalho lícito no distrito da culpa.

Requer-se:“1) Em caráter liminar, a suspensão dos efeitos da prisão preventiva,

restabelecendo a liberdade ao Paciente até o julgamento do mérito;i.2. Subsidiariamente, a extensão do benefício concedido aos corréus

ESTERIVALDO VIANA, RITA ROCHA OLIVEIRA e ANTONIO ROBERTO HENRIQUES BARACHO, consistente na substituição da prisão preventiva por medidas cautelares diversas, a exemplo da fiança imposta e proibição de se comunicar com os investigados;

2) No mérito, o relaxamento da ilegal prisão, em virtude da manifesta ausência de fundamentação idônea ou, subsidiariamente, a revogação em virtude da ausência de contemporaneidade e desnecessidade;

ii.2. Subsidiariamente, a extensão do benefício concedido aos corréus ESTERIVALDO VIANA, RITA ROCHA OLIVEIRA e ANTONIO ROBERTO

HENRIQUES BARACHO, consistente na substituição da prisão preventiva por medidas cautelares diversas, a exemplo da fiança imposta e proibição de se comunicar com os investigados;”

Examinados os autos, decido. Pelo que se depreende dos autos, o Superior Tribunal de Justiça não

examinou, definitivamente, as teses suscitadas na presente impetração, razão por que a sua apreciação, de forma originária, neste ensejo, configuraria inadmissível supressão de instância.

Não pode esta Suprema Corte, em exame per saltum, apreciar questão não analisada, em definitivo, pelo Superior Tribunal de Justiça (HC nº 111.171/DF, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 9/4/12).

Perfilhando esse entendimento: HC nº 113.172/SP, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 17/4/13; HC nº 118.836/PA-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 8/10/13; HC nº 116.857/ES-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe de 21/5/13; HC nº 114.583/MS, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 27/8/12; HC nº 92.264/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Menezes Direito, DJ de 14/12/07; e HC nº 90.654/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 25/5/07, entre outros.

De rigor, portanto, a incidência do óbice da Súmula nº 691 deste Supremo Tribunal, segundo a qual “não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar”.

Ademais, mostra-se prematura qualquer incursão no mérito do presente writ, tanto mais que o acórdão a ser proferido no julgamento do HC nº 446.693/BA substituirá o título judicial ora questionado.

Nesse sentido, confiram-se:“(...)1. A superveniência de julgamento do mérito do habeas corpus

impetrado em Tribunal a quo prejudica o writ submetido ao STF quando o objeto era o indeferimento da liminar (…). 3. Writ prejudicado, com revogação da liminar anteriormente deferida” (HC nº 118.927/SP, Primeira Turma, Relator para Acórdão o Ministro Edson Fachin, DJe de 14/9/16);

“(...)1. A superveniência de “decisão colegiada de Tribunal Superior

corresponde a novo ato a desafiar ação própria” (HC 104.813, Rel.ª Min.ª Rosa Weber). Precedentes (…). 3. Habeas Corpus prejudicado, revogada a liminar” (HC nº 121.208/AL, Primeira Turma, Relator para Acórdão o Ministro Roberto Barroso, DJe de 12/6/15).

Ainda que assim não fosse, registro que o juízo de origem, ao justificar a necessidade da prisão preventiva do paciente, considerou a sua periculosidade para a ordem pública, evidenciada pelo seu suposto envolvimento em organização criminosa dedicada à prática de crimes contra a administração pública, verbis:

“No tocante ao terceiro requisito, certo é que a prisão preventiva dos investigados é imperiosa para a manutenção da ordem pública e econômica, bem como se revela de grande valia para a conveniência da instrução criminal.

De fato as investigações têm demonstrado que o grupo vem atuando no submundo das licitações e contratos fraudulentos há, pelos menso, 08 anos e que a Orcrim está em pleno funcionamento, como demonstram as últimas ligações interceptadas no ano de 2017.

Ademais, como bem ressaltou o MPF, mesmo depois de terem contra si investigações e ordens judiciais de bloqueio, a Orcrim continuou a operar, sempre inovando, ou seja, com a abertura de novas empresas, como aprimoramento das transações comerciais e bancárias, e com a cobertura de servidores públicos.

Além disso, a forma como a Orcrim vem atuando, cooptando políticos e servidores públicos vem gerando um grave prejuízo à ordem pública, visto que agentes políticos e servidores públicos vêm deixando de cumprir sua missão como agentes do Estado e atuando em favor de instituições criadas unicamente com o fim de cometer ilícitos contra o patrimônio público.

Ainda vem a Orcrim empregando artifícios em fiscalizações realizadas pelo Poder Público, como a instalação de escritórios às vésperas da fiscalização da CGU, produção de documentos falsos, entre outros ardis utilizados unicamente para encobrir as ilegalidades existentes.

No mais, os vultosos valores que vêm sendo desviados principalmente de verbas e programas que deveriam estar sendo utilizados em prol da educação demonstram o enorme prejuízo à ordem pública dos municípios afetados pela atuação ardilosa e mesquinha dos membros da Orcrim.

Esses desvios também revelam um grave prejuízo à ordem econômica, haja vista que gera diversos prejuízos à economia dos cofres públicos e da municipalidade como um todo, que vê seus escassos recursos serem utilizados indevidamente em prol de interesses particulares, quando poderiam estar movimentando a economia das localidades afetadas.

Demais disso, voltando ao risco à Ordem Pública, é de se ressaltar, como esclareceu o MPF, que a decretação da preventiva com base no risco à ordem pública objetiva evitar que os agentes continuem delinquindo. Há nítida evidência de que tais investigados, se soltos, continuarão delinquindo, conforme já se demonstrou ao longo da investigação, visto que apesar de terem sido condenados em ações de improbidade administrativa, tendo como penalidade a proibição de contratar com o poder público, os investigados criaram diversas cooperativas, por meio de laranjas, para continuarem

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 219

praticando ilícitos penais em detrimento do erário.Ressalte-se que a jurisprudência do STJ, acompanhando o

entendimento do Supremo Tribunal Federal, é assente na perspectiva de que se justifica a decretação de prisão de membros de associação ou organização criminosa como forma de diminuir ou interromper as atividades do grupo, independentemente de se tratar de bando armado ou não:

(...) Além disso, como os principais integrantes do grupo criminoso são

conhecedores experientes de todo o esquema fraudulento, as suas prisões cautelares terão o condão de evitar a destruição de provas e a cooptação de testemunhas, visto que é notório que eles se valem dos mais diversos artifícios para evitar a atuação dos órgãos de fiscalização.

Assim presentes estão os requisitos necessários à decretação da prisão preventiva dos investigados apontado em epígrafe.” (anexo 3)

Com efeito, este Supremo Tribunal Federal já assentou que “a possibilidade de reiteração criminosa e a participação em

organização criminosa são motivos idôneos para a manutenção da custódia cautelar, a fim de garantir a ordem pública (HC 104.669/SP, Primeira Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJ de 24/11/10) RHC nº 133.933/SP, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 9/10/17).

Perfilhando esse entendimento: “A custódia preventiva para garantia da ordem pública considera-se

justificada ante a gravidade in concreto dos fatos, bem como na presença de elementos que indicam elevado grau de organização e estruturação, com escorreita divisão de tarefas” (HC nº 123.705/MG, Primeira Turma, Relator para acórdão o Ministro Luiz Fux, DJe de 29/9/17);

“É idôneo o decreto preventivo lastreado na distinção entre a relevância participativa de cada réu no contexto da suposta organização criminosa, descabendo rever referida premissa decisória, na medida em que tal proceder pressupõe aprofundado reexame de fatos e provas, providência incompatível com a estreita via do habeas corpus” (HC nº 134.465/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Edson Fachin, DJe de 22/9/17).

Com essas considerações, nos termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao presente habeas corpus, ficando, por consequência, prejudicado o pedido de liminar.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 157.270 (1308)ORIGEM : 157270 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : D.P.G.IMPTE.(S) : SILAS RODRIGUES DOS SANTOS (365295/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 450.036 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Vistos etc.Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por

Silas Rodrigues dos Santos em favor de D.P.G., contra decisão monocrática da lavra do Ministro Joel Ilan Paciornik, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu a liminar no HC 450.036/SP.

Extraio do ato dito coator:“(…).Diante da hipótese de habeas corpus substitutivo de recurso próprio,

a impetração sequer deveria ser conhecida segundo orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal e do próprio Superior Tribunal de Justiça. Contudo, considerando as alegações expostas na inicial, razoável o processamento do feito para verificar a existência de eventual constrangimento ilegal.

No caso, ao menos em juízo perfunctório, não é possível identificar de plano o constrangimento ilegal aventado ou, ainda, a presença do fumus boni iuris e do periculum in mora, elementos autorizadores para a concessão da tutela de urgência.

Confundindo-se com o mérito, a pretensão deve ser submetida à análise do órgão colegiado, oportunidade na qual poderá ser feito exame aprofundado das alegações relatadas após manifestação do Parquet.

Por tais razões, indefiro o pedido de liminar”.No presente writ, o Impetrante pugna, preliminarmente, pelo

afastamento da Súmula 691/STF. Alega que o paciente foi condenado à pena de 12 (doze) anos de reclusão, em regime inicial fechado, pela prática do crime de estupro de vulnerável (art. 217-A, c/c art. 226, II, do CP). Sustenta inidônea a fundamentação do édito condenatório quando da negativa do direito de o paciente recorrer em liberdade. Argumenta a possibilidade de conversão da prisão preventiva em domiciliar, porquanto o paciente é maior de 70 (setenta) anos, além de ser portador de doença grave. Assevera o excesso de prazo prisional, preso o paciente desde 16.10.2016. Requer, em medida liminar e no mérito, a conversão da prisão preventiva por domiciliar.

É o relatório.Decido. À falta de pronunciamento final do colegiado do Superior Tribunal de

Justiça, a pretensão esbarra na Súmula nº 691/STF: Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar.

A compreensão expressa em tal verbete sumular tem sido abrandada em julgados desta Corte em hipóteses excepcionais, de flagrante ilegalidade ou abuso de poder na denegação da tutela de eficácia imediata. Nesse sentido, v.g, as seguintes decisões colegiadas: HC 125.783/BA, de minha relatoria, 1ª Turma, DJe 27.3.2015; HC 124.052/PR, Rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe 24.11.2014; e HC 120.274/ES, Rel. Min. Cármen Lúcia, 2ª Turma, DJe 20.6.2014.

Ao exame dos autos, não detecto a ocorrência de situação autorizadora do afastamento do mencionado verbete, porquanto o Superior Tribunal de Justiça, em juízo de delibação, consignou que “não é possível identificar de plano o constrangimento ilegal aventado ou, ainda, a presença do fumus boni iuris e do periculum in mora, elementos autorizadores para a concessão da tutela de urgência”.

À míngua de pronunciamento judicial conclusivo pela Corte Superior quanto à matéria trazida nestes autos, inviável a análise do writ pelo Supremo Tribunal Federal, sob pena de indevida supressão de instância. Cito, nessa linha, precedentes: HC 134.957-AgR/MG, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 24.02.2017; RHC 136.311/RJ, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, DJe 21.02.2017; RHC 133.974/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, 2ª Turma, DJe 03.3.2017; e HC 136.452-ED/DF, de minha relatoria, 1ª Turma, DJe 10.02.2017.

Ante o exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (art. 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

HABEAS CORPUS 157.272 (1309)ORIGEM : 157272 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : CHRISTIAN GERALDO RODRIGUESIMPTE.(S) : EDUARDO HENRIQUE FLORES FERREIRA

(128665/MG)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 449.865 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO: Vistos.Por intermédio da Petição/STF nº 32330/18 a defesa do paciente

formula pedido de reconsideração da decisão pela qual, nos termos do art. 21, § 1º, do RISTF, neguei seguimento a este habeas corpus.

Estando o pedido dentro do prazo legal de 5 (cinco) dias (RISTF, art. 317), recebo o pleito como agravo regimental.

Abra-se visa à Procuradoria-Geral da República. Publique-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 157.274 (1310)ORIGEM : 157274 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : ALEX LUIZ RAMALHOIMPTE.(S) : ZANONE MANUEL DE OLIVEIRA JUNIOR (70042/MG,

18514-A/PA)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 449.316 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de Alex

Luiz Ramalho, apontando como autoridade coatora o Ministro Rogerio Schietti Cruz, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu a liminar no HC nº 449.316/MG.

O impetrante sustenta, inicialmente, que o caso concreto autoriza a mitigação do enunciado da Súmula nº 691/STF.

Aduz, para tanto, a presença de constrangimento ilegal, pois a custódia preventiva do paciente padeceria de fundamentação idônea, apta a justificar a sua necessidade, bem como estariam ausentes os pressupostos autorizadores previstos no art. 312 do Código de Processo Penal.

Alega, ainda, a presença de constrangimento ilegal por excesso de prazo, pois o paciente está preso preventivamente desde 9/5/2017 sem previsão de julgamento pelo Tribunal do Júri.

Assevera a presença de circunstâncias judiciais favoráveis ao paciente, vale dizer, bons antecedentes, residência fixa e atividade laboral.

Defende, ainda, a possibilidade de substituição da prisão por medidas cautelares outras (CPP, art. 319).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 220

Requer“concedam a presente ORDEM DE HABEAS CORPUS

LIBERATÓRIO ordenando o seguinte: a) - Que seja conhecido o habeas corpus, suplantando-se a Súmula

691 do Supremo Tribunal Federal; b) – deferimento da súplica LIMINAR, para que o paciente possa ser

colocado em liberdade, com a expedição de alvará de soltura, conforme exposto no item 2 supra.

c) – Ao final, que seja a presente ordem de habeas corpus concedida no sentido de relaxar a prisão preventiva decretada, visto que flagrante o constrangimento ilegal por EXCESSO DE PRAZO , ordenando-se a expedição do competente alvará de soltura, de acordo com os itens 5.1 acima.

d) – Ultrapassados todos os pleitos retro delineados, que julguem provido esse habeas corpus concedendo-se a liberdade provisória com a imposição de uma ou algumas medidas cautelares diversas da prisão previstas no artigos 319 do CPP, delineado no item 6.”

Examinados os autos, decido. Pelo que se depreende dos autos, o Superior Tribunal de Justiça não

examinou, definitivamente, as teses suscitadas na presente impetração, razão por que a sua apreciação, de forma originária, neste ensejo, configuraria inadmissível supressão de instância.

Não pode esta Suprema Corte, em exame per saltum, apreciar questão não analisada, em definitivo, pelo Superior Tribunal de Justiça (HC nº 111.171/DF, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 9/4/12).

Perfilhando esse entendimento: HC nº 113.172/SP, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 17/4/13; HC nº 118.836/PA-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 8/10/13; HC nº 116.857/ES-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe de 21/5/13; HC nº 114.583/MS, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 27/8/12; HC nº 92.264/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Menezes Direito, DJ de 14/12/07; e HC nº 90.654/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 25/5/07, entre outros.

De rigor, portanto, a incidência do óbice da Súmula nº 691 deste Supremo Tribunal, segundo a qual “não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar”.

Ademais, mostra-se prematura qualquer incursão no mérito do presente writ, tanto mais que o acórdão a ser proferido no julgamento do HC nº 449.316/MG substituirá o título judicial ora questionado.

Nesse sentido, confiram-se:“(...)1. A superveniência de julgamento do mérito do habeas corpus

impetrado em Tribunal a quo prejudica o writ submetido ao STF quando o objeto era o indeferimento da liminar (…). 3. Writ prejudicado, com revogação da liminar anteriormente deferida” (HC nº 118.927/SP, Primeira Turma, Relator para Acórdão o Ministro Edson Fachin, DJe de 14/9/16);

“(...)1. A superveniência de “decisão colegiada de Tribunal Superior

corresponde a novo ato a desafiar ação própria” (HC 104.813, Rel.ª Min.ª Rosa Weber). Precedentes (…). 3. Habeas Corpus prejudicado, revogada a liminar” (HC nº 121.208/AL, Primeira Turma, Relator para Acórdão o Ministro Roberto Barroso, DJe de 12/6/15).

Com essas considerações, nos termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao presente habeas corpus, ficando, por consequência, prejudicado o pedido de liminar.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Dias Toffoli Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 157.275 (1311)ORIGEM : 157275 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : GRAZIELI LEAL MORAESIMPTE.(S) : RACHID NOREDIM MUNAUER (86558B/RS)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 449.959 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de

Grazieli Leal Moraes, apontando como autoridade coatora o Ministro Sebastião Reis Júnior, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu liminarmente a inicial do HC nº 449.959/SP.

O impetrante sustenta, inicialmente, que o caso concreto autoriza a mitigação do enunciado da Súmula nº 691/STF.

Aduz, para tanto, a presença de constrangimento ilegal, pois a custódia preventiva da paciente padeceria de fundamentação idônea, apta a justificar a sua necessidade, bem como estariam ausentes os pressupostos autorizadores previstos no art. 312 do Código de Processo Penal.

Alega que não restaram devidamente comprovadas a autoria e a materialidade delitivas, bem como que a instrução probatória estaria maculada

de nulidade pois lastreada em denúncia anônima e em provas obtidas com violação ao sigilo das comunicações telefônicas.

Assevera que a paciente é primária, possui residência fixa e exerce ocupação lícita.

Requer, liminarmente, a concessão da ordem para que a prisão prisão preventiva da paciente seja revogada ou substituída por medidas cautelares diversas (CPP, art. 319).

Examinados os autos, decido. Ressalto inicialmente não ser o caso de eventual aplicação ou não

da Súmula nº 691/STF. Não se trata, na espécie, de decisão indeferindo pretensão liminar,

mas de decisão segundo a qual o eminente Ministro Sebastião Reis Júnior indeferiu de plano a inicial do HC nº 449.959/SP, uma vez que questionava decisão indeferitória de liminar do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (anexo 18).

Logo, as questões submetidas à discussão do Superior Tribunal Justiça e reiteradas neste habeas corpus não teriam sido objeto de análise definitiva por parte daquele Tribunal de Justiça estadual. Portanto, sua apreciação, de forma originária, neste ensejo, configuraria inadmissível dupla supressão de instância.

Segundo a pacífica jurisprudência da Corte, “não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas

corpus impetrado contra decisão de Relator que, em HC requerido a Tribunal Superior, indefere liminarmente o pedido com supedâneo na Súmula 691 desta Corte. Essa circunstância impede o exame da matéria por este Tribunal, sob pena de se incorrer em dupla supressão de instância, com evidente extravasamento dos limites da competência descritos no art. 102 da Carta Magna” (HC nº 117.761/SP, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 4/10/13).

Perfilhando esse entendimento, destaco os precedentes seguintes: HC nº 113.172/SP, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 17/4/13; HC nº 118.836/PA-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 8/10/13; HC nº 116.857/ES-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe de 21/5/13; HC nº 114.583/MS, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 27/8/12; HC nº 92.264/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Menezes Direito, DJ de 14/12/07; e HC nº 90.654/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 25/5/07, entre outros.

Ademais, vale registrar que a impetração volta-se contra decisão singular proferida nos autos do HC nº 449.959/SP. Portanto, incide, na espécie, o entendimento de que

“é inadmissível o habeas corpus que se volta contra decisão monocrática do Relator da causa no Superior Tribunal de Justiça não submetida ao crivo do colegiado por intermédio do agravo interno, por falta de exaurimento da instância antecedente” (HC nº 101.407/PR, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 19/3/14).

No mesmo sentido: HC nº 118.189/MG, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 24/4/14; e RHC nº 111.395/DF, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 30/9/13, entre outros.

Ante o exposto, nos termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao presente habeas corpus, ficando, por consequência, prejudicado o pedido de liminar.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 157.279 (1312)ORIGEM : 157279 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : WALLACE MENDES ANDRADEIMPTE.(S) : MARINA FRANCO MENDONCA (160179/RJ, 287598/SP)

E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 448.747 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de “habeas corpus”, com pedido de medida liminar, impetrado contra decisão monocrática que, emanada de eminente Ministro do Superior Tribunal de Justiça em sede de outra ação de “habeas corpus” (HC 448.747/SP), por entender aplicável à espécie daqueles autos o disposto na Súmula 691/STF, indeferiu, liminarmente, o “writ” lá ajuizado.

Sendo esse o quadro, passo a apreciar a admissibilidade do presente “writ”. E, ao fazê-lo, devo observar que ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal firmaram orientação no sentido da incognoscibilidade desse remédio constitucional, quando ajuizado, como no caso em análise, em face de decisão monocrática proferida por Ministro de Tribunal Superior da União (HC 116.875/AC, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – HC 117.346/SP, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – HC 117.798/SP, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – HC 118.189/MG, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – HC 119.821/TO, Rel. Min. GILMAR MENDES – HC 121.684-AgR/SP, Rel. Min. TEORI ZAVASCKI – HC 122.381-AgR/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – HC 122.718/SP, Rel. Min. ROSA WEBER – RHC 114.737/RN, Rel. Min. CÁRMEN

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 221

LÚCIA – RHC 114.961/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, v.g.):“’HABEAS CORPUS’. CONSTITUCIONAL. PENAL. DECISÃO

MONOCRÁTICA QUE NEGOU SEGUIMENTO A RECURSO ESPECIAL. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. IMPETRAÇÃO NÃO CONHECIDA.

I – (…) verifica-se que a decisão impugnada foi proferida monocraticamente. Desse modo, o pleito não pode ser conhecido, sob pena de indevida supressão de instância e de extravasamento dos limites de competência do STF descritos no art. 102 da Constituição Federal, o qual pressupõe seja a coação praticada por Tribunal Superior.

…...................................................................................................III – ‘Writ’ não conhecido.”(HC 118.212/MG, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – grifei)Esta Suprema Corte, como se vê dos precedentes acima referidos,

compreende que a cognoscibilidade da ação de “habeas corpus” supõe, em contexto idêntico ao de que ora se cuida, a existência de decisão colegiada da Corte Superior apontada como coatora, situação inocorrente na espécie.

Embora respeitosamente dissentindo dessa diretriz jurisprudencial, por entender possível a impetração de “habeas corpus” contra decisão monocrática de Ministro de Tribunal Superior da União, devo aplicar, observado o princípio da colegialidade, essa orientação restritiva que se consolidou em torno da utilização do remédio constitucional em questão, motivo pelo qual, em atenção à posição dominante na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, não conheço da presente ação de “habeas corpus”, restando prejudicado, em consequência, o exame do pedido de medida liminar.

Arquivem-se estes autos.Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro CELSO DE MELLORelator

HABEAS CORPUS 157.280 (1313)ORIGEM : 157280 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : FABIANO APARECIDO POPOVIXIMPTE.(S) : GLEIDMILSON DA SILVA BERTOLDI (21938-A/MS,

283043/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 447.262 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de

Fabiano Aparecido Popovix, apontando como autoridade coatora o Ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu liminarmente a inicial do HC nº 447.262/SP.

O impetrante sustenta que o caso autorizaria a mitigação do enunciado da Súmula nº 691/STF.

Aduz, para tanto, que o paciente foi submetido a constrangimento ilegal, pois a decisão que decretou a sua prisão preventiva seria desprovida de motivação idônea, bem como estariam ausentes os requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal.

Assevera que “o paciente está sendo mantido no cárcere apenas em razão do suposto descumprimento de medidas protetivas, em verdadeira antecipação de culpa e cumprimento de pena” (grifos do autor).

Alega a presença de circunstâncias judicias favoráveis ao paciente, vale dizer, residência fixa, trabalho lícito, primariedade e bons antecedentes.

Requer-se, liminarmente, a concessão da ordem para que a prisão preventiva do paciente seja revogada ou substituída por medidas cautelares diversas (CPP, art. 319).

Examinados os autos, decido. Ressalto inicialmente não ser o caso de eventual aplicação ou não

da Súmula nº 691/STF. Não se trata, na espécie, de decisão proferida pela apontada

autoridade coatora indeferindo pretensão liminar, mas de decisão segundo a qual o eminente Ministro Jorge Mussi indeferiu de plano a inicial do HC nº 447.262/SP, uma vez que questionava decisão indeferitória de liminar no Tribunal de Justiça de São Paulo.

Logo, as questões submetidas à discussão do Superior Tribunal Justiça e reiteradas neste habeas corpus não teriam sido objeto de análise definitiva por parte daquele Tribunal de Justiça estadual. Portanto, sua apreciação, de forma originária, neste ensejo, configuraria inadmissível dupla supressão de instância.

Segundo a pacífica jurisprudência da Corte, “não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas

corpus impetrado contra decisão de Relator que, em HC requerido a Tribunal Superior, indefere liminarmente o pedido com supedâneo na Súmula 691 desta Corte. Essa circunstância impede o exame da matéria por este Tribunal, sob pena de se incorrer em dupla supressão de instância, com evidente extravasamento dos limites da competência descritos no art. 102 da Carta Magna” (HC nº 117.761/SP, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo

Lewandowski, DJe de 4/10/13).Perfilhando esse entendimento, destaco os precedentes seguintes:

HC nº 113.172/SP, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 17/4/13; HC nº 118.836/PA-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 8/10/13; HC nº 116.857/ES-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe de 21/5/13; HC nº 114.583/MS, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 27/8/12; HC nº 92.264/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Menezes Direito, DJ de 14/12/07; e HC nº 90.654/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 25/5/07, entre outros.

Ademais, vale registrar que a impetração volta-se contra decisão singular proferida nos autos do HC nº 447.262/SP. Portanto, incide, na espécie, o entendimento de que

“é inadmissível o habeas corpus que se volta contra decisão monocrática do Relator da causa no Superior Tribunal de Justiça não submetida ao crivo do colegiado por intermédio do agravo interno, por falta de exaurimento da instância antecedente” (HC nº 101.407/PR, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 19/3/14).

No mesmo sentido: HC nº 118.189/MG, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 24/4/14; e RHC nº 111.395/DF, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 30/9/13, entre outros.

Ante o exposto, nos termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao presente habeas corpus, ficando, por consequência, prejudicado o pedido de liminar.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 157.283 (1314)ORIGEM : 157283 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : RODRIGO CAMARGO RODRIGUESIMPTE.(S) : CAUBI PEREIRA GOMES (346648/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 448.752 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Vistos etc. Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por

Caubi Pereira Gomes em favor de Rodrigo Camargo Rodrigues, contra decisão monocrática da lavra do Ministro Joel Ilan Paciornik, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu a liminar no HC 448.752.

Extraio do ato dito coator: “(...). Diante do novel posicionamento jurisprudencial do STF e desta Corte

onde não deve ser conhecido o habeas corpus substitutivo de recurso próprio, tenho por prudente determinar o processamento do feito somente para verificação da existência de eventual constrangimento ilegal que autorize a concessão da ordem de ofício.

Em uma análise preliminar dos autos, não vislumbro a presença conjunta do fumus boni iuris e do periculum in mora, requisitos necessários para a concessão da medida liminar.

Ademais, a matéria ora ventilada implica o exame da idoneidade e razoabilidade dos fundamentos adotados pelas instâncias ordinárias, providência inviável em análise inicial dos autos. Por se tratar de antecipação meritória, a alegação deve ser analisada pelo douto Colegiado, no momento oportuno e após manifestação do Ministério Público Federal.

Diante do exposto, indefiro a liminar”. No presente writ, o Impetrante pugna, preliminarmente, pelo

afastamento da Súmula 691/STF. Aponta que o paciente foi condenado à pena de 01 (um) ano, 04 (quatro) meses e 24 (vinte e quatro) dias de reclusão, e 04 (quatro) meses e 06 (seis) dias de detenção, em regime inicial fechado, pela prática dos delitos tipificados nos arts. 304 c/c 298 e 307, na forma do art. 69, todos do Código Penal. Alega demora injustificada no julgamento do recurso de apelação. Sustenta excesso de prazo para a formação de culpa. Requer, em medida liminar e no mérito, o direito de o paciente aguardar em liberdade o julgamento do recurso de apelação.

É o relatório. Decido. À falta de pronunciamento final do colegiado do Superior Tribunal de

Justiça, a pretensão esbarra na Súmula nº 691/STF: Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar .

A compreensão expressa em tal verbete sumular tem sido abrandada em julgados desta Corte em hipóteses excepcionais, de flagrante ilegalidade ou abuso de poder na denegação da tutela de eficácia imediata. Nesse sentido, v.g, as seguintes decisões colegiadas: HC 125.783/BA, de minha relatoria, 1ª Turma, DJe 27.3.2015; HC 124.052/PR, Rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe 24.11.2014; e HC 120.274/ES, Rel. Min. Cármen Lúcia, 2ª Turma, DJe 20.6.2014.

Ao exame dos autos, não detecto a ocorrência de situação

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 222

autorizadora do afastamento do mencionado verbete, pois, de acordo com o ato dito coator, “não vislumbro a presença conjunta do fumus boni iuris e do periculum in mora, requisitos necessários para a concessão da medida liminar”.

À míngua de pronunciamento judicial conclusivo pela Corte Superior quanto à matéria trazida nestes autos, inviável a análise do writ pelo Supremo Tribunal Federal, sob pena de indevida supressão de instância. Cito, nessa linha, precedentes: HC 134.957-AgR/MG, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 24.02.2017; RHC 136.311/RJ, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, DJe 21.02.2017; RHC 133.974/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, 2ª Turma, DJe 03.3.2017; e HC 136.452-ED/DF, de minha relatoria, 1ª Turma, DJe 10.02.2017.

Ante o exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (art. 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa Weber Relatora

HABEAS CORPUS 157.286 (1315)ORIGEM : 157286 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : CHARLES DE OLIVEIRA RODRIGUESIMPTE.(S) : EDUARDO HENRIQUE FLORES FERREIRA

(128665/MG)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 449.838 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO: Vistos.Por intermédio da Petição/STF nº 3236/18 a defesa do paciente

formula pedido de reconsideração da decisão pela qual, nos termos do art. 21, § 1º, do RISTF, neguei seguimento a este habeas corpus.

Estando o pedido dentro do prazo legal de 5 (cinco) dias (RISTF, art. 317), recebo o pleito como agravo regimental.

Abra-se visa à Procuradoria-Geral da República. Publique-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 157.287 (1316)ORIGEM : 157287 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : THAUAN GUILHERME GONCALVES MOREIRAIMPTE.(S) : MICHELLE FELIX BARCELLOS DE ALVARENGA

(177721/RJ)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 449.261 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Vistos etc.Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por

Michelle Felix Barcellos de Alvarenga em favor de Thauan Guilherme Gonçalves Moreira, contra decisão monocrática da lavra do Ministro Rogerio Schietti Cruz, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu a liminar no HC 449.261/RJ.

Extraio do ato dito coator:“(…).Da análise dos autos, ao menos em um juízo de cognição sumária,

não identifico manifesto constrangimento ilegal a ensejar o deferimento da medida de urgência.

Primeiramente, destaco que, para a decretação da custódia preventiva, não se exige que haja provas sólidas e conclusivas acerca da autoria delitiva (a qual é reservada à condenação criminal), mas apenas indícios suficientes de autoria, o que, em princípio, entendo configurado na espécie.

O Juiz de primeiro grau, ao converter a prisão em flagrante do paciente em preventiva, salientou que "há indícios suficientes de autoria e materialidade, tendo em vista que os dois primeiros acusados [Marcio e Thauan, ora paciente] foram presos logo após a ação criminosa" (fl. 28), circunstância que afasta a plausibilidade jurídica do direito tido como violado nesse ponto.

Em relação à apontada ausência de quaisquer das hipóteses previstas no art. 312 do Código de Processo Penal, constato que o Magistrado salientou que o suposto delito de resistência "foi praticado com violência contra as vítimas, pois os acusados efetuaram os disparos com a intenção de provocar a morte dos policiais" (fl 28), de maneira que, primo oculi, considero haver sido apontados elementos específicos dos autos que evidenciam a gravidade concreta do ilícito em tese cometido e a audácia do paciente, a ensejar, por conseguinte, a necessidade de manutenção da segregação cautelar para a garantia da ordem pública.

Aliás, conforme consignou a Corte estadual, "a decisão que decretou

a prisão preventiva dos réus considerou a gravidade em concreto dos crimes atribuídos, além das circunstâncias pertinentes ao caso, quais sejam, a informação obtida pelos policiais de populares de que indivíduos em um veículo Renault estariam realizando roubos na região, que tais agentes da lei, ao tentarem abordá-los, foram surpreendidos pela fuga dos mesmos que, não obstante, efetuaram disparos de fogo contra os policiais, iniciando uma troca de tiros" (fl. 22).

À vista do exposto, indefiro a liminar”.No presente writ, a Impetrante pugna, preliminarmente, pelo

afastamento da Súmula 691/STF. Alega que a prisão em flagrante delito do paciente foi convertida em prisão preventiva, pela suposta prática do crime de receptação e de resistência (arts. 180 e 329 do CP). Sustenta ausentes os requisitos autorizadores do decreto prisional. Argumenta a existência de circunstâncias favoráveis ao paciente, como primariedade, bons antecedentes, residência fixa e ocupação lícita. Requer, em medida liminar e no mérito, a revogação da prisão preventiva, com a expedição do competente alvará de soltura em favor do paciente, e, sucessivamente, a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão.

É o relatório.Decido. À falta de pronunciamento final do colegiado do Superior Tribunal de

Justiça, a pretensão esbarra na Súmula nº 691/STF: Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar.

A compreensão expressa em tal verbete sumular tem sido abrandada em julgados desta Corte em hipóteses excepcionais, de flagrante ilegalidade ou abuso de poder na denegação da tutela de eficácia imediata. Nesse sentido, v.g, as seguintes decisões colegiadas: HC 125.783/BA, de minha relatoria, 1ª Turma, DJe 27.3.2015; HC 124.052/PR, Rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe 24.11.2014; e HC 120.274/ES, Rel. Min. Cármen Lúcia, 2ª Turma, DJe 20.6.2014.

Ao exame dos autos, não detecto a ocorrência de situação autorizadora do afastamento do mencionado verbete, porquanto o Superior Tribunal de Justiça, em juízo de delibação, destacou “elementos específicos dos autos que evidenciam a gravidade concreta do ilícito em tese cometido e a audácia do paciente, a ensejar, por conseguinte, a necessidade de manutenção da segregação cautelar para a garantia da ordem pública”.

À míngua de pronunciamento judicial conclusivo pela Corte Superior quanto à matéria trazida nestes autos, inviável a análise do writ pelo Supremo Tribunal Federal, sob pena de indevida supressão de instância. Cito, nessa linha, precedentes: HC 134.957-AgR/MG, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 24.02.2017; RHC 136.311/RJ, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, DJe 21.02.2017; RHC 133.974/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, 2ª Turma, DJe 03.3.2017; e HC 136.452-ED/DF, de minha relatoria, 1ª Turma, DJe 10.02.2017.

Ante o exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (art. 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

HABEAS CORPUS 157.292 (1317)ORIGEM : 157292 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : A.P.S.IMPTE.(S) : CICERO SALUM DO AMARAL LINCOLN (319219/SP) E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 450.198 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIMES CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE. ARTIGOS 240, § 2º, II, III; 241-B E 241-C DA LEI 8.069/90. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA JULGAR HABEAS CORPUS: CF, ART. 102, I, ‘D’ E ‘I’. ROL TAXATIVO. MATÉRIA DE DIREITO ESTRITO. INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA: PARADOXO. ORGANICIDADE DO DIREITO. AUSÊNCIA DE JULGAMENTO DE AGRAVO REGIMENTAL. ÓBICE AO CONHECIMENTO DO WRIT NESTA CORTE. PLEITO DE REVOGAÇÃO DA CUSTÓDIA CAUTELAR. TEMA NÃO DEBATIDO PELAS INSTÂNCIAS PRECEDENTES. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIAS.

- Seguimento negado, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF. Prejudicado o exame do pedido de medida liminar.

- Ciência ao Ministério Público Federal. DECISÃO: Trata-se de Habeas Corpus impetrado, com pedido de

liminar, contra decisão de Ministro do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu liminarmente o habeas corpus lá impetrado, HC nº 450.198, verbis:

“Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar, impetrado em favor de A P S – preso cautelarmente no dia 16/1/2018 e denunciado pela suposta prática dos crimes previstos no art. 240, §2º, II e III, art. 244-B e art. 241-C, c/c o art. 241-E, todos da Lei n. 8.069/1990 – contra decisão liminar do Tribuna de Justiça do Estado de São Paulo (2095115-87.2018.8.26.0000).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 223

Na presente ação a defesa afirma, em síntese, que a prisão cautelar do paciente foi decretada sem respaldo nas hipóteses excepcionais do art. 312 do CPP, com base apenas na gravidade abstrata dos supostos delitos. Argumenta, ademais, que o decreto não teceu qualquer análise acerca da possibilidade de aplicação de outras medidas mais brandas, sobretudo porque o paciente apresenta condição subjetiva favorável – é primário, e os delitos não se revestem de violência ou grave ameaça.

Diante disso, pede, em liminar e no mérito, a concessão da liberdade provisória, mediante a aplicação de medidas cautelares mais brandas, tudo com superação do enunciado n. 691 do STF.

É o relatório, decido.Com efeito, não se admite habeas corpus contra decisão que

indefere liminar proferida em impetração originária, por configurar indevida supressão de instância, consoante dispõe o enunciado n. 691 da Súmula do Supremo Tribunal Federal.

Em situações excepcionais, entretanto, como forma de garantir a efetividade da prestação jurisdicional nas situações de urgência, uma vez constatada a existência de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou teratologia, é possível a superação do mencionado enunciado sumular (HC n. 318.415/SP, Relator Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, Quinta Turma, julgado em 4/8/2015, DJe 12/8/2015), não sendo este o caso dos autos.

Colhe-se da decisão impugnada (e-STJ fls. 42/43, grifei):[…]Efetivamente, "A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal

considera que a gravidade concreta dos fatos constitui fundamento idôneo da custódia cautelar para a garantia da ordem pública. Precedentes. (RHC n. 120051, Relator Ministro ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 27/05/2014, Publicado em 16/6/2014)

Assim, não se verifica ilegalidade manifesta na decisão que justifique uma avaliação antecipada pelo Superior Tribunal de Justiça, com a superação do mencionado enunciado sumular da Suprema Corte. É certo que as questões suscitadas pela defesa do paciente serão tratadas naquele mandamus, por ocasião do julgamento de mérito, sem o qual esta Corte fica impedida de apreciar o alegado constrangimento ilegal, sob pena de incorrer em indevida supressão de instância e incidir em patente desprestígio às instâncias ordinárias.

Ante o exposto, com base no art. 210 do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça, indefiro liminarmente a petição inicial do presente habeas corpus.”

Consta dos autos que o paciente teve a prisão preventiva decretada no contexto de apuração dos delitos previstos nos artigos 240, § 2º, incisos II e III; 241-B e 241-C c/c o artigo 241-E, da Lei nº 8.069/90, na forma do artigo 71 do Código Penal.

Irresignada, a defesa impetrou habeas corpus perante o Tribunal de origem. A Corte, contudo, indeferiu a medida liminar.

Em face desse decisum, impetrou-se novo habeas corpus perante o Superior Tribunal de Justiça, o qual indeferiu liminarmente a petição inicial do writ, nos termos da decisão supratranscrita.

Sobreveio a impetração deste mandamus, no qual se sustenta a existência de constrangimento ilegal consubstanciado na custódia cautelar do paciente. Aduz que a prisão preventiva “se deu somente em razão da ilegal e genérica gravidade abstrata do delito (considerações sobre o abalo social, discussão da impunidade e efeitos do delito perante a sociedade) sem trazer, entretanto, um único fato concreto que demonstre anormal e concreta gravidade na execução do delito ou da vida pregressa do paciente, à demonstrar riscos à ordem pública, à garantia da instrução criminal e da aplicação da lei penal”. Afirma que “o d. Magistrado não apontou a necessidade da custódia processual através do risco efetivo de reiteração delitiva pelo ora paciente”. Sustenta que “afirmações genéricas e abstratas não são, portanto, bastantes para justificar a custódia preventiva, ainda mais quando o paciente alberga condições pessoais favoráveis”.

Requer, liminarmente e no mérito, a revogação da custódia cautelar do paciente, ainda que mediante a imposição de medidas cautelares diversas.

É o relatório, passo a decidir.A competência originária do Supremo Tribunal Federal para conhecer

e julgar habeas corpus está definida, taxativamente, no artigo 102, inciso I, alíneas d e i, da Constituição Federal, verbis:

“Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

I – processar e julgar, originariamente:…d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas

nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;

…i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando

o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância.”

In casu, o paciente não está arrolado em nenhuma das hipóteses sujeitas à jurisdição originária desta Corte.

A ementa do acórdão proferido na Pet 1738-AgRg, Rel. Min. Celso de Mello, Pleno, DJe 1º/10/1999, é elucidativa e precisa quanto à taxatividade da competência do Supremo Tribunal Federal:

“E M E N T A: PROTESTO JUDICIAL FORMULADO CONTRA DEPUTADO FEDERAL - MEDIDA DESTITUÍDA DE CARÁTER PENAL (CPC, ART. 867) - AUSÊNCIA DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

A PRERROGATIVA DE FORO - UNICAMENTE INVOCÁVEL NOS PROCEDIMENTOS DE CARÁTER PENAL - NÃO SE ESTENDE ÀS CAUSAS DE NATUREZA CIVIL.

- As medidas cautelares a que se refere o art. 867 do Código de Processo Civil (protesto, notificação ou interpelação), quando promovidas contra membros do Congresso Nacional, não se incluem na esfera de competência originária do Supremo Tribunal Federal, precisamente porque destituídas de caráter penal. Precedentes.

A COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - CUJOS FUNDAMENTOS REPOUSAM NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - SUBMETE-SE A REGIME DE DIREITO ESTRITO.

- A competência originária do Supremo Tribunal Federal, por qualificar-se como um complexo de atribuições jurisdicionais de extração essencialmente constitucional - e ante o regime de direito estrito a que se acha submetida - não comporta a possibilidade de ser estendida a situações que extravasem os limites fixados, em numerus clausus, pelo rol exaustivo inscrito no art. 102, I, da Constituição da República. Precedentes.

O regime de direito estrito, a que se submete a definição dessa competência institucional, tem levado o Supremo Tribunal Federal, por efeito da taxatividade do rol constante da Carta Política, a afastar, do âmbito de suas atribuições jurisdicionais originárias, o processo e o julgamento de causas de natureza civil que não se acham inscritas no texto constitucional (ações populares, ações civis públicas, ações cautelares, ações ordinárias, ações declaratórias e medidas cautelares), mesmo que instauradas contra o Presidente da República ou contra qualquer das autoridades, que, em matéria penal (CF, art. 102, I, b e c), dispõem de prerrogativa de foro perante a Corte Suprema ou que, em sede de mandado de segurança, estão sujeitas à jurisdição imediata do Tribunal (CF, art. 102, I, d). Precedentes.”

Afigura-se paradoxal, em tema de direito estrito, conferir interpretação extensiva para abranger no rol de competências do Supremo Tribunal hipóteses não sujeitas à sua jurisdição.

A prevalência do entendimento de que o Supremo Tribunal Federal deve conhecer de habeas corpus substitutivo de recurso ordinário constitucional contrasta com os meios de contenção de feitos, remota e recentemente implementados - Súmula Vinculante e Repercussão Geral - com o objetivo de viabilizar o exercício pleno, pelo Supremo Tribunal Federal, da nobre função de guardião da Constituição da República.

E nem se argumente com o que se convencionou tratar-se de jurisprudência defensiva. Não é disso que se cuida, mas de necessária, imperiosa e urgente reviravolta de entendimento em prol da organicidade do direito, especificamente no que tange às competências originária e recursal do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar habeas corpus e o respectivo recurso ordinário, valendo acrescer que essa ação nobre não pode e nem deve ser banalizada a pretexto, em muitos casos, de pseudonulidades processuais com reflexos no direito de ir e vir.

A propósito da organicidade e dinâmica do direito, impondo-se a correção de rumos, bem discorreu o Ministro Marco Aurélio no voto proferido no HC n. 109.956, que capitaneou a mudança de entendimento na Segunda Turma, verbis:

“O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios, expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do alcance da Carta da República há de fazer-se de forma integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e aplicação do Direito que é sistemática. O habeas corpus substitutivo de recurso ordinário, além de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do Diploma Maior, não existindo qualquer previsão legal, enfraquece este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos artigos 102, inciso II, alínea ‘a’, e 105, inciso II, alínea ‘a’, tem-se a previsão de recurso ordinário constitucional a ser manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de outras situações em que requerida, a jurisdição.

Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a conceder, se for o caso, a ordem de ofício”.

Ademais, em consulta ao sítio eletrônico da Corte Superior, verifico a ausência de interposição de agravo regimental contra a decisão monocrática impugnada. Nesse contexto, assento que não restou exaurida a jurisdição no âmbito daquela Corte, conforme exigido pelo artigo 102, inciso II, alínea a, da Constituição Federal, in verbis:

“Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a

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guarda da Constituição, cabendo-lhe:II – julgar, em recurso ordinário:a) o "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas-data" e o

mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão” (grifei).

O constituinte fez clara opção pelo princípio da colegialidade ao franquear a competência desta Corte para apreciação de habeas corpus – consoante disposto na alínea a do inciso II do artigo 102, da CRFB, – quando decididos em única instância pelos Tribunais Superiores. E não há de se estabelecer a possibilidade de flexibilização dessa regra constitucional de competência, pois, sendo matéria de direito estrito, não pode ser interpretada de forma ampliada para alcançar autoridades – no caso, membros de Tribunais Superiores – cujos atos não estão submetidos à apreciação do Supremo Tribunal Federal. Daí porque, em situação similar, a Primeira Turma desta Corte, por ocasião do julgamento do Recurso Ordinário em Habeas Corpus nº 108.877/RS, relatora Ministra Cármen Lúcia, deixou expresso que “não se conhece de recurso ordinário em habeas corpus contra decisão monocrática proferida no Superior Tribunal de Justiça”. No mesmo sentido, RHC 117.267/SP, relator Ministro Dias Toffoli e o acórdão proferido no julgamento do RHC 111.639/DF, relator Ministro Dias Toffoli, cuja ementa possui o seguinte teor:

“Recurso ordinário em habeas corpus. Penal. Roubo circunstanciado pelo emprego de arma. Aplicação do aumento de pena previsto no inciso I do § 2º do art. 157 do Código Penal. Decisão monocrática do relator do habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça a ele negando seguimento. Não cabimento do recurso ordinário. Precedentes. Recurso não conhecido. Ofensa ao princípio da colegialidade. Concessão de ordem de habeas corpus de ofício. Precedentes. 1. Segundo o entendimento da Corte ‘não se conhece de recurso ordinário em habeas corpus contra decisão monocrática proferida no Superior Tribunal de Justiça’ (RHC nº 108.877/SP, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 19/10/11). 2. Recurso não conhecido(...)” (grifei).

A Constituição Federal restringiu a competência desta Corte às hipóteses nas quais o ato imputado tenha sido proferido por Tribunal Superior, considerando o princípio da colegialidade. Entender de outro modo, para alcançar os atos praticados por membros de Tribunais Superiores, seria atribuir à Corte competência que não lhe foi outorgada pela Constituição.

Ademais, inexiste excepcionalidade que permita a concessão da ordem de ofício ante a ausência de teratologia na decisão atacada, flagrante ilegalidade ou abuso de poder. Por oportuno, transcrevo a fundamentação da decisão do Superior Tribunal de Justiça, naquilo que interessa, in verbis:

“Com efeito, não se admite habeas corpus contra decisão que indefere liminar proferida em impetração originária, por configurar indevida supressão de instância, consoante dispõe o enunciado n. 691 da Súmula do Supremo Tribunal Federal.

Em situações excepcionais, entretanto, como forma de garantir a efetividade da prestação jurisdicional nas situações de urgência, uma vez constatada a existência de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou teratologia, é possível a superação do mencionado enunciado sumular (HC n. 318.415/SP, Relator Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, Quinta Turma, julgado em 4/8/2015, DJe 12/8/2015), não sendo este o caso dos autos.

Colhe-se da decisão impugnada (e-STJ fls. 42/43, grifei):[…]Efetivamente, "A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal

considera que a gravidade concreta dos fatos constitui fundamento idôneo da custódia cautelar para a garantia da ordem pública. Precedentes. (RHC n. 120051, Relator Ministro ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 27/05/2014, Publicado em 16/6/2014)

Assim, não se verifica ilegalidade manifesta na decisão que justifique uma avaliação antecipada pelo Superior Tribunal de Justiça, com a superação do mencionado enunciado sumular da Suprema Corte. É certo que as questões suscitadas pela defesa do paciente serão tratadas naquele mandamus, por ocasião do julgamento de mérito, sem o qual esta Corte fica impedida de apreciar o alegado constrangimento ilegal, sob pena de incorrer em indevida supressão de instância e incidir em patente desprestígio às instâncias ordinárias.”

In casu, verifico que a fundamentação da decisão da Corte a quo reside na inviabilidade da intervenção imediata e prematura do Superior Tribunal de Justiça, sob pena de indevida supressão de instância, circunstância que evidencia a ausência do exame do mérito do habeas corpus, em razão da inexistência de manifestação do Tribunal de origem, em cognição exauriente, acerca do mérito da questão que foi levada a seu conhecimento.

Impende consignar, portanto, que o conhecimento desta impetração sem que a instância precedente tenha examinado o mérito do habeas corpus lá impetrado consubstancia, de igual forma, indevida supressão de instância e, por conseguinte, violação das regras constitucionais definidoras da competência dos Tribunais Superiores, valendo conferir os seguintes precedentes desta Corte:

“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIME DE CONCUSSÃO. ARTIGO 316 DO CÓDIGO PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. INADMISSIBILIDADE. COMPETÊNCIA DO SUPREMO

TRIBUNAL FEDERAL PARA JULGAR HABEAS CORPUS: CRFB/88, ART. 102, I, D E I. HIPÓTESE QUE NÃO SE AMOLDA AO ROL TAXATIVO DE COMPETÊNCIA DESTA SUPREMA CORTE. POSSIBILIDADE DE CONSTRIÇÃO DA LIBERDADE ANTES DO TRÂNSITO EM JULGADO DO PROCESSO. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIAS. AUSÊNCIA DE EXAME DE AGRAVO REGIMENTAL NO TRIBUNAL A QUO. ÓBICE AO CONHECIMENTO DO WRIT NESTA CORTE. INOBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO DA COLEGIALIDADE. INEXISTÊCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. A supressão de instância impede o conhecimento de Habeas Corpus impetrado per saltum, porquanto ausente o exame de mérito perante a Corte Superior. (Precedentes: HC nº 100.595, Segunda Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 9/3/2011, HC nº 100.616, Segunda Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe de 14/3/2011, HC nº 103.835, Primeira Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe de 8/2/2011, HC 98.616, Primeira Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, DkJe de 22/02/2011). 2. In casu, o paciente foi condenado à pena de 4 (quatro) anos, 3 (três) meses e 10 (dez) dias de reclusão, em regime inicial semiaberto, bem como ao pagamento 39 (trinta e nove) dias multa pela prática do crime de concussão, tipificado no artigo 316 do Código Penal. 3. O habeas corpus é inadmissível como substitutivo do recurso cabível, sendo certa ainda a ausência de julgamento do agravo regimental interposto da decisão do Tribunal a quo que indeferiu liminarmente o writ ali impetrado. 4. A competência originária do Supremo Tribunal Federal para conhecer e julgar habeas corpus está definida, exaustivamente, no artigo 102, inciso I, alíneas d e i, da Constituição da República, sendo certo que o paciente não está arrolado em qualquer das hipóteses sujeitas à jurisdição desta Corte. 5. Agravo regimental desprovido” (HC 137.917-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Luiz Fux, DJe de 19/12/2016).

“PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. IMPETRAÇÃO EM SUBSTITUIÇÃO AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. POSSIBILIDADE. MÉRITO DO WRIT NÃO EXAMINADO PELO TRIBUNAL A QUO. APRECIAÇÃO PELO STF. INADMISSIBILIDADE. INVIABILIDADE DE SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. ILEGALIDADE FLAGRANTE. INEXISTÊNCIA. ORDEM DENEGADA. I – Conforme entendimento da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal não configura óbice ao conhecimento do writ o fato de a sua impetração ser manejada em substituição a recurso extraordinário. II – A inexistência de manifestação do STJ sobre o mérito da impetração impede o exame da matéria por esta Corte, sob pena de incorrer-se em indevida supressão de instância, com evidente extravasamento dos limites de competência descritos no art. 102 da Constituição Federal. III – Rebater os fundamentos do acórdão combatido exigiria o exame aprofundado de provas, impossível em sede de habeas corpus, visto tratar-se de instrumento destinado à proteção de direito líquido e certo, demonstrável de imediato, que não admite dilação probatória. IV – Dada a relevância da questão de fundo, entendo que sequer é o caso de concessão ex officio da ordem, uma vez que se aplica ao caso a jurisprudência da Suprema Corte no sentido de que “a oitiva prévia disposta no art. 118, § 2° da Lei de Execução Penal somente é indispensável na hipótese de regressão definitiva” (RHC 116467/SP, Rel. Min. Teori Zavascki). V – Habeas corpus denegado” (HC 135.949, Segunda Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe de 24/10/2016).

Assim, diante da inexistência de teratologia ou flagrante ilegalidade no julgamento realizado, não se cuida de hipótese de concessão da ordem.

Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao writ, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF. Prejudicado o exame do pedido de medida liminar.

Dê-se ciência ao Ministério Público Federal.Publique-se. Int..Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 157.300 (1318)ORIGEM : 157300 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : LUIZ INACIO LULA DA SILVAIMPTE.(S) : ANNA MARIA LUCCHESI CARVALHOCOATOR(A/S)(ES) : SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA contra decisão do Tribunal Pleno exarada no HC 152.752/PR.

Requer-se, preliminarmente, o reconhecimento do impedimento dos Ministros Cármen Lúcia, Dias Tóffoli, Celso de Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

No mérito, postula a concessão da ordem para:“i. declarar NULA a votação informal realizada ao arrepio dos arts.

361 e seguintes do RISTF, que autorizou o voto de qualidade da Ministra Presidente desta Corte, e consequentemente, declarar NULO o voto referida Ministra e reconhecer o empate na votação do HC 152752, aplicando-se, o art. 146, par. único do RISTF para o fim de proclamar a decisão da mais favorável ao paciente;

ii. declarar NULO o voto proferido pela E. Ministra Rosa Weber por ausência de fundamentação, considerando assim, a votação final de 5 votos em favor da concessão da ordem versus 4 votos contrários, situação em que

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 225

não justificaria o voto de qualidade da Ministra Presidente;iii. Alternativamente, se mantido o voto da E. Ministra Presidente, seja

considerada o empate na votação do HC 152752, aplicando-se o art. 146, par. único, para fim de proclamar a decisão mais favorável ao Paciente.”

É o relatório. Decido.2. De início, aponto que o art. 112 do CPP observa que o

“impedimento poderá ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.”

O art. 100, §2°, CPP, que trata do processamento da suspeição e, por força do aludido no art. 112, CPP, é aplicável aos casos de impedimento, preceitua o seguinte:

“Art. 100. (…)§ 2o Se a suspeição for de manifesta improcedência, o juiz ou

relator a rejeitará liminarmente.”Quanto ao caso dos autos, verifico que o art. 277 do Regimento

Interno do Supremo Tribunal Federal prescreve que os “Ministros declarar-se-ão impedidos ou suspeitos nos casos previstos em lei”.

Depreendo ainda que o art. 252, III, CPP, veda que o Juiz atue em processo em que “tiver funcionado como juiz de outra instância”.

Assento que Tribunal Pleno já decidiu que as “hipóteses de impedimento elencadas no art. 252 do Código de Processo Penal constituem um numerus clausus”, bem como que “não é possível, pois, interpretar-se extensivamente os seus incisos” (HC 92893, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 02/10/2008, grifei).

No mesmo sentido, a Corte possui compreensão no sentido da “[i]mpossibilidade de criação pela via da interpretação de causas de impedimento” (HC 97544, Relator(a): Min. EROS GRAU, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 21/09/2010, grifei).

Ausentes as hipóteses taxativamente previstas na ordem jurídica, não há impedimento a ser reconhecido.

Ademais, no caso concreto, cabe observar que a decisão impugnada é imputável ao Tribunal Pleno, e não apenas aos eminentes Ministros que integraram a corrente majoritária. Trata-se, em verdade, de decisão colegiada, e não de mero somatório de decisões unipessoais.

3. Saliento que é fato notório que o impetrante não integra a atuante defesa técnica do paciente.

Não se desconhece que o habeas corpus constitui relevantíssima garantia constitucional voltada à tutela do direito de locomoção e que convive com ampla legitimidade ativa. Nesse particular, em tese, qualquer pessoa pode impetrá-lo em favor de determinado paciente a fim de combater ato que compreende configurador de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.

Nada obstante, não há como se olvidar da dimensão funcional e teleológica dessa larga legitimação. Com efeito, tal circunstância tem como pano de fundo a otimização da tutela judicial do direito de locomoção, com relevância acentuada nas hipóteses em que o paciente não possui defesa técnica constituída ou ainda que tal mister não seja desempenhado a contento.

Por outro lado, não se admite que essa legitimação universal interfira na conveniência e oportunidade da formalização da impetração, as quais se inserem no contexto da estratégia defensiva, quadrante no qual, por óbvio, deve ser prestigiada a atuação da defesa constituída. Afinal, a legitimação aberta é para prestigiar o direito à liberdade e não para, ainda que tangencialmente, prejudicar o exercício do múnus técnico da defesa.

Em outras palavras, é da defesa técnica a prioritária escolha do “se” e do “quando” no que toca à submissão de determinada matéria ao Estado-Juiz.

A legitimação universal, portanto, tem força subsidiária, com maior enfoque nas hipóteses em que há ausência ou deficiência de defesa. E, no caso concreto, a combatividade da atuação da defesa constituída não se encontra em debate.

Nessa mesma linha, o art. 192, §3°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ao disciplinar o rito dos habeas corpus endereçados a esta Corte, prescreve que “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente.“

A disposição literal, portanto, já evidencia a prevalência da defesa constituída sobre a impetração formulada, bem como que os impetrantes em geral não possuem direito subjetivo inafastável da apreciação de tais temas.

Na minha ótica, tal cuidado deve ser robustecido em casos como o dos autos, que envolve figura pública de projeção nacional, o que, naturalmente, pode ensejar a submissão da matéria ao Poder Judiciário pelas mais diversas razões.

Ademais, no caso concreto, não compreendo cabível o processamento da impetração até que haja oposição da defesa técnica.

A uma, pelo fato de que eventual multiplicação de impetrações de tal jaez exigiria intensa dedicação da defesa com a finalidade de obstar o processamento de remédio processual posto exclusivamente à disposição dos interesses defensivos, prejudicando, em uma perspectiva holística, o exercício do seu encargo.

A duas, pela notória combatividade da defesa técnica a quem cabe, a tempo e modo, a adoção da estratégia defensiva que reputar adequada ao caso.

Assim, diante de tal contexto, salvo manifestação expressa em sentido contrário, considero a presente impetração desautorizada pela defesa

técnica. No mesmo sentido: HC 145751 MC, Relator(a): Min. CELSO DE

MELLO, julgado em 02/08/2017 e HC 152613, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/02/2018. E ainda:

“Ora, é notório que o largo espectro de legitimidade ativa constitucionalmente atribuído ao writ busca a máxima proteção ao paciente. Pressupõe-se, portanto, o interesse de agir em favor do paciente, de modo que a iniciativa não pode trazer reflexos negativos ou ir de encontro à defesa eventualmente constituída. E, muito menos, abrir campo à atuação de pessoas que, sem o conhecimento do paciente, apenas objetivem notoriedade ou, mesmo munidas de boas intenções, “atropelem” a estratégia defensiva.

(…)No presente caso, militam em favor do paciente causídicos por

ele eleitos, de modo que não se cogita de ausência de constituição de defesa técnica e muito menos de deficiência na atuação dessa defesa. Logo, essa “legitimação universal” ativa, de natureza subsidiária, não tem lugar” (HC 155283, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 23/04/2018, grifei)

“Acresço que o fato de o paciente contar com procurador constituído nos autos da AC 4.039/DF, a que este habeas corpus se refere, em tese, também constitui óbice à impetração, na esteira da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, forte no art. 192, § 3º, do RISTF: “Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo paciente”.

Tenho entendido, em casos análogos, que não há como presumir que a interferência de terceiro se faça no interesse da Defesa e do acusado, pelo menos em sua integralidade. Rigorosamente, em tese, o atropelar de estratégias definidas pode mais atrapalhar do que auxiliar. O mesmo se diga do levantamento de questões acaso inadequadas e do eventual precipitar de decisões desfavoráveis.” (HC 131839, Relator(a): Min. ROSA WEBER, julgado em 30/11/2015, grifei)

4. Não bastasse, o ato apontado não é sindicável pela via eleita, visto que “não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno, contra ato de Ministro ou órgão fracionário da Corte” (HC 86.548/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, maioria, DJe 19.12.2008). Na mesma linha, cito os seguintes precedentes que retratam a compreensão do Tribunal Pleno:

“Esta Corte já firmou jurisprudência no sentido de não caber habeas corpus contra ato de Ministro Relator, de Turma ou do próprio Tribunal Pleno. Precedentes.” (HC 118459 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 24/10/2013)

“Esta Corte firmou a orientação do não cabimento de habeas corpus contra ato de Ministro Relator ou contra decisão colegiada de Turma ou do Plenário do próprio Tribunal, independentemente de tal decisão haver sido proferida em sede de habeas corpus ou proferida em sede de recursos em geral (Súmula 606).” (HC 97009, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno)

Ainda a esse respeito, colaciono precedente de minha relatoria:“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DIREITO

PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de Ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Agravo regimental desprovido.” (HC 129.802/CE, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, julgado em 18.12.2016, grifei)

Embora tal entendimento, em momento anterior, fosse alvo de discordâncias, após intenso debate, ao enfrentar o HC 105959/DF, o Tribunal, em 17.2.2016, com a participação da integralidade dos então componentes do Plenário, consolidou o descabimento de impetração contra ato de Ministro da própria Corte:

“HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de ministro ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Writ não conhecido. (HC 105959, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2016)

Tal posição vem sendo desde então observada, conforme se depreende dos seguintes julgados:

“A jurisprudência consolidada da Corte atesta o não cabimento de habeas corpus contra ato jurisdicional de Ministro ou órgão fracionário do STF.” (AP 985 QO, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 06/06/2017)

“O habeas corpus é incabível quando impetrado em face de ato dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, de órgão fracionário da Corte ou de seu Pleno.” (HC 131033 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 02/06/2017

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido do não cabimento de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato jurisdicional de ministro ou órgão fracionário da Corte, seja em recurso ou em ação originária de sua competência.” (HC 115787, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 18/05/2017)

5. Em razão da intransponibilidade de tais obstáculos, a impetração não merece conhecimento, sendo manifestamente incabível.

Posto isso, com fulcro no art. 21, §1º, do RISTF, não conheço do

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habeas corpus. Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

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MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 157.306 (1319)ORIGEM : 157306 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : VIVIANE ALVES BOLIVARIMPTE.(S) : MARCELO FELLER (296848/SP)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. CRIMES DE ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA E DE CORRUPÇÃO DE MENOR. ARTIGO 288 DO CÓDIGO PENAL E ARTIGO 244-B DA LEI Nº 8.069/90. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INADMISSIBILIDADE. COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA JULGAR HABEAS CORPUS: CF, ART. 102, I, D E I. ROL TAXATIVO. INEXISTÊNCIA, PRIMO OCULI, DE TERATOLOGIA, ABUSO DE PODER OU FLAGRANTE ILEGALIDADE. PRETENSÃO DE TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. LIMINAR INDEFERIDA.

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus impetrado contra decisão do Superior Tribunal de Justiça no recurso em habeas corpus nº 85.970, ementado nos seguintes termos:

“PROCESSUAL PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA E CORRUPÇÃO DE MENORES. PEDIDO DE INTERVENÇÃO DE TERCEIROS. IMPOSSIBILIDADE. DECISÃO QUE RELAXOU A PRISÃO EM FLAGRANTE. AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA. SUPOSTA ATIPICIDADE. POSTERIOR OFERECIMENTO E RECEBIMENTO DA DENÚNCIA PELOS MESMO FATOS. ADEQUAÇÃO. RECURSO DESPROVIDO.

I - A jurisprudência deste Superior Tribunal de Justiça firmou-se no sentido de não admitir qualquer tipo de intervenção de terceiros no habeas corpus e no respectivo recurso ordinário, por se tratar de meio processual que não possui partes e nem litigantes, mas tem como única função resguardar o direito de locomoção. Precedentes.

II - A decisão proferida durante a audiência de custódia, ao relaxar a prisão em flagrante da recorrente, independentemente dos motivos que determinaram a concessão da liberdade, não vincula o titular da ação penal, e, portanto, não obsta o posterior oferecimento de denúncia, sob pena de negativa de vigência ao art. 24 do Código de Processo Penal.

III - In casu, o e. Juiz Plantonista, ao relaxar a prisão em flagrante por considerar que não havia indícios da prática dos crimes de associação criminosa e corrupção de menores, concluindo que "todos os detidos estavam pacificamente reunidos para participar de uma manifestação pública", emitiu juízo de valor que se circunscreve à regularidade do flagrante - requisitos do art. 302 do Código Penal - e não impede o posterior oferecimento de denúncia pelos mesmos fatos. Recurso ordinário desprovido“

Consta dos autos que a paciente foi presa em flagrante em razão da prática dos crimes tipificados no artigo 288 do Código Penal e 244-B da Lei nº 8.069/90.

Narra a petição inicial que “a paciente e outras 17 pessoas foram presas em flagrante a caminho de uma manifestação no dia 04.09.2016 (doc. 1, fls. 6/19). Sem que seja necessário adentrar em questões ideológicas ou partidárias, o fato é que todos foram submetidos a audiência de custódia no dia seguinte, tendo o d. magistrado relaxado a prisão [dos envolvidos]”.

O Magistrado de piso consignou, (Volume 30, p. 33) que “a prova do auto em prisão em flagrante é que todos os detidos estavam pacificamente reunidos para participar de manifestação pública, nenhum objeto de porte proibido foi apreendido, sendo assim inviável sequer cogitar do crime de corrupção de menores”.

Posteriormente, o órgão legitimado à acusação ofereceu denúncia imputando à paciente a prática dos crimes tipificados nos artigos 288 do Código Penal e 244-B da Lei nº 8.069/90. Narra a petição inicial que “mais de três meses depois o Ministério Público ofereceu denúncia contra a paciente (doc. 1, fls. 1/5), que foi recebida pelo d. magistrado de origem (doc. 1, fls. 1441/1442). Ou seja, no fim das contas a Paciente está processada pelos mesmíssimos fatos (sem nenhum fato novo decorrente de diligência investigativa) que levaram o d. magistrado da audiência de custódia a relaxar sua prisão e que, principalmente, não foi objeto de recurso próprio no prazo legal por parte do Ministério Público. Uma situação inaceitável”.

Em face dessa situação, impetrou-se habeas corpus perante o Tribunal de origem com o objetivo de trancar a ação penal, contudo, a pretensão defensiva não foi atendida.

Em sede recursal, de igual forma, não logrou êxito a paciente.Sobreveio a impetração do presente mandamus, no qual a defesa

alega, em síntese, a existência de constrangimento ilegal consubstanciado no não reconhecimento da atipicidade da conduta da paciente, bem como na violação de decisão jurisdicional anterior. Afirma que “a prisão em flagrante foi relaxada em razão do reconhecimento da ilegalidade cometida contra Paciente e as outras 17 pessoas. Como consequência dessa prisão ilegal, os

objetos apreendidos deveriam ter sido restituídos aos respectivos proprietários. O Ministério Público não poderia, portanto, ter oferecido uma denúncia baseada tão somente em provas obtidas mediante uma prisão reconhecidamente ilegal por conta da atipicidade dos fatos que a motivaram”. Afirma, ainda, que “em que pese a posição do col. STJ sobre decisões proferidas por Juiz Plantonista, vale ressaltar que tal entendimento não pode ser confundido com o presente caso, cuja decisão foi proferida durante uma audiência de custódia, que possui natureza jurídica distinta em relação aos plantões judiciais”. Sustenta não ser razoável “que o Ministério Público seja beneficiado pela própria torpeza (princípio nemo auditur propriam turpitudinem allegan) sob a justificativa de que seria impedido de oferecer a inicial acusatória, na medida em que havia recurso próprio contra a referida decisão, caso quisesse expressar seu inconformismo. Trata-se de absoluta negligência do Ministério Público, que sem apresentar qualquer fato ou prova superveniente, ofereceu a denúncia sobre fatos reconhecidos judicialmente como atípicos. Ou isso, ou então não passa de letra morta a previsão do CPP de cabimento de RESE para atacar a decisão que relaxou a prisão em flagrante”. Pontua, também, que “diferentemente dos precedentes citados pelo col. STJ, que tratam sobre discussões exclusivamente jurídicas, o caso concreto apresenta uma peculiaridade: o reconhecimento judicial da atipicidade dos fatos imputados na denúncia”.

Ao final, “requer em caráter liminar, o imediato sobrestamento do processo principal até o julgamento definitivo deste writ, em razão do evidente, iminente e irreparável prejuízo supracitado” e, no mérito, pede o trancamento da ação penal.

É o relatório, passo a decidir. Preliminarmente, verifica-se que a competência originária do

Supremo Tribunal Federal para conhecer e julgar Habeas Corpus está definida, taxativamente, no artigo 102, inciso I, alíneas d e i, da Constituição Federal, verbis:

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

I processar e julgar, originariamente:(…)d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas

nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;

…i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando

o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância.

In casu, o paciente não está arrolado em nenhuma das hipóteses sujeitas à jurisdição originária desta Corte.

A ementa do acórdão proferido na Pet 1738-AgR, Pleno, Relator o Ministro Celso de Mello, Dje de 1º/10/99, é elucidativa e precisa quanto à taxatividade da competência do Supremo Tribunal Federal:

“PROTESTO JUDICIAL FORMULADO CONTRA DEPUTADO FEDERAL - MEDIDA DESTITUÍDA DE CARÁTER PENAL (CPC, ART. 867) - AUSÊNCIA DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

A PRERROGATIVA DE FORO - UNICAMENTE INVOCÁVEL NOS PROCEDIMENTOS DE CARÁTER PENAL - NÃO SE ESTENDE ÀS CAUSAS DE NATUREZA CIVIL.

- As medidas cautelares a que se refere o art. 867 do Código de Processo Civil (protesto, notificação ou interpelação), quando promovidas contra membros do Congresso Nacional, não se incluem na esfera de competência originária do Supremo Tribunal Federal, precisamente porque destituídas de caráter penal. Precedentes.

A COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - CUJOS FUNDAMENTOS REPOUSAM NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - SUBMETE-SE A REGIME DE DIREITO ESTRITO.

- A competência originária do Supremo Tribunal Federal, por qualificar-se como um complexo de atribuições jurisdicionais de extração essencialmente constitucional - e ante o regime de direito estrito a que se acha submetida - não comporta a possibilidade de ser estendida a situações que extravasem os limites fixados, em numerus clausus, pelo rol exaustivo inscrito no art. 102, I, da Constituição da República. Precedentes.

O regime de direito estrito, a que se submete a definição dessa competência institucional, tem levado o Supremo Tribunal Federal, por efeito da taxatividade do rol constante da Carta Política, a afastar, do âmbito de suas atribuições jurisdicionais originárias, o processo e o julgamento de causas de natureza civil que não se acham inscritas no texto constitucional (ações populares, ações civis públicas, ações cautelares, ações ordinárias, ações declaratórias e medidas cautelares), mesmo que instauradas contra o Presidente da República ou contra qualquer das autoridades, que, em matéria penal (CF, art. 102, I, b e c), dispõem de prerrogativa de foro perante a Corte Suprema ou que, em sede de mandado de segurança, estão sujeitas à jurisdição imediata do Tribunal (CF, art. 102, I, d). Precedentes.”

Afigura-se paradoxal, em tema de direito estrito, conferir interpretação extensiva para abranger no rol de competências do Supremo Tribunal hipóteses não sujeitas à sua jurisdição.

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 227

A prevalência do entendimento de que o Supremo Tribunal Federal deve conhecer de habeas corpus substitutivo de recurso extraordinário contrasta com os meios de contenção de feitos, remota e recentemente implementados - Súmula Vinculante e Repercussão Geral - com o objetivo de viabilizar o exercício pleno, pelo Supremo Tribunal Federal, da nobre função de guardião da Constituição da República.

E nem se argumente com o que se convencionou chamar de jurisprudência defensiva. Não é disso que se trata, mas de necessária, imperiosa e urgente reviravolta de entendimento em prol da organicidade do direito, especificamente no que tange às competências originária e recursal do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar habeas corpus, valendo acrescer que essa ação nobre não pode e nem deve ser banalizada a pretexto, em muitos casos, de pseudonulidades processuais com reflexos no direito de ir e vir.

A propósito da organicidade e dinâmica do direito, impondo-se a correção de rumos, bem discorreu o Ministro Marco Aurélio, no voto proferido no HC 110.055/MG, que capitaneou a mudança de entendimento na Primeira Turma, verbis:

“Essa óptica há de ser observada, também, no que o acórdão impugnado foi formalizado pelo Superior Tribunal de Justiça em recurso ordinário constitucional em habeas corpus.

De duas, uma: ou há, no acórdão proferido, quadro a ensejar a interposição de recurso extraordinário, ou não há. Descabe a volta a estágio anterior, que é o do ajuizamento originário do habeas corpus.

No mais, ante os parâmetros fáticos e legais, não existe campo para a concessão da ordem de ofício. Extingo o processo sem o julgamento do mérito” (HC 110.055/MG, Primeira Turma, DJe de 9/11/12)

No mesmo sentido, firmou-se o entendimento da Primeira Turma desta Corte no sentido da inadmissibilidade da utilização do habeas corpus como substitutivo de recurso extraordinário, conforme se verifica nos seguintes precedentes:

“Processual penal. Agravo Regimental em Habeas Corpus. Roubo tentado em concurso de agentes e emprego de arma de fogo. Prisão Preventiva. Inadequação da via eleita. Ausência de teratologia, ilegalidade ou abuso de poder. 1. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal consolidou o entendimento no sentido da inadmissibilidade da impetração de habeas corpus em substituição ao recurso extraordinário, previsto no art. 102, III, da Constituição Federal (HC 110.055, Rel. Min. Marco Aurélio, HC 106.158, Rel. Min. Dias Toffoli, e HC 118.568, Rel.ª Min.ª Rosa Weber). 2. As circunstâncias retratadas nos autos indicam a periculosidade dos agentes e o risco concreto à ordem pública, em especial pelo noticiado quadro de reiteração delitiva. 3. Ausência de teratologia, ilegalidade flagrante ou abuso de poder por parte da autoridade impetrada que justifique a concessão da ordem de ofício. 4. Agravo regimental desprovido. (HC 136.396-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe de 10/04/2017)

AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL E PENAL. CRIMES DE SONEGAÇÃO FISCAL, DE PARTICIPAÇÃO EM ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA, DE LESÃO CORPORAL, DE ESTELIONATO E DE ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA. ARTIGO 1º DA LEI Nº 8.137/90. ARTIGO 2º DA LEI Nº 12.850/13. ARTIGOS 129, 171 E 288 DO CÓDIGO PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INADMISSIBILIDADE. COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA JULGAR HABEAS CORPUS: CRFB/88, ART. 102, I, D E I. HIPÓTESE QUE NÃO SE AMOLDA AO ROL TAXATIVO DE COMPETÊNCIA DESTA SUPREMA CORTE. AUSÊNCIA DE EXAME DE AGRAVO REGIMENTAL NO TRIBUNAL A QUO. ÓBICE AO CONHECIMENTO DO WRIT NESTA CORTE. INOBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO DA COLEGIALIDADE. INEXISTÊCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. DECRETAÇÃO DA CUSTÓDIA PREVENTIVA DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA. INOCORRÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. ALEGADO EXCESSO DE PRAZO. NECESSIDADE DE SE AFERIR A DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO À LUZ DAS ESPECIFICIDADES DO CASO CONCRETO. INEXISTÊNCIA DE TERATOLOGIA, ABUSO DE PODER OU FLAGRANTE ILEGALIDADE. REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. INADMISSIBILIDADE NA VIA ELEITA. REITERAÇÃO DOS ARGUMENTOS. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. A custódia cautelar para garantia da ordem pública, por conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal justifica-se ante a gravidade in concreto do crime, de modo que a prisão preventiva que tem como fundamento o modus operandi encontra amparo na jurisprudência desta Corte. Precedentes: HC 141.170-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 19/05/2017, HC 133.745-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Luiz Fux, DJe de 07/06/2016 e HC 130.412, Segunda Turma, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe de 19/11/2015. 2. O habeas corpus deve estar acompanhado dos elementos que evidenciem o alegado constrangimento ilegal, porquanto a impetração deve fundamentar-se em inequívoca prova pré-constituída. Precedentes: HC 138.443-ED, Segunda Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe de 10/04/2017, HC 118.985-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Edson Fachin, DJe de 21/06/2016. 3. O habeas corpus é ação inadequada para a valoração e exame minucioso do acervo fático probatório engendrado nos autos. 4. O reconhecimento das nulidades alegadas pressupõe a comprovação do prejuízo, nos termos do artigo 563 do Código de Processo Penal, sendo descabida a sua presunção, no afã e se evitar um excessivo formalismo em prejuízo da adequada prestação jurisdicional. 5. In

casu, o recorrente é investigado em razão da suposta prática dos crimes tipificados no artigo 1º da Lei nº 8.137/90, artigo 2º da Lei nº 12.850/13 e artigos 129, 171 e 288 do Código Penal. 6. A supressão de instância impede o conhecimento de Habeas Corpus impetrado per saltum, porquanto ausente o exame de mérito perante a Corte Superior. Precedentes: HC nº 100.595, Segunda Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 9/3/2011, HC nº 100.616, Segunda Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe de 14/3/2011, HC nº 103.835, Primeira Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe de 8/2/2011, HC 98.616, Primeira Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 22/02/2011. 7. O habeas corpus é inadmissível como substitutivo do recurso cabível, sendo certa ainda a ausência de julgamento do agravo regimental interposto da decisão do Tribunal a quo que indeferiu liminarmente o writ ali impetrado. 8. A competência originária do Supremo Tribunal Federal para conhecer e julgar habeas corpus está definida, exaustivamente, no artigo 102, inciso I, alíneas d e i, da Constituição da República, sendo certo que o paciente não está arrolado em qualquer das hipóteses sujeitas à jurisdição desta Corte. 9. A atuação ex officio desta Corte resta inviabilizada quando não há teratologia ou flagrante ilegalidade no ato impugnado. 10. A reiteração dos argumentos trazidos pelo agravante na petição inicial da impetração é insuscetível de modificar a decisão agravada. Precedentes: HC 136.071-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe de 09/05/2017; HC 122.904-AgR, Primeira Turma Rel. Min. Edson Fachin, DJe de 17/05/2016; RHC 124.487-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe de 01/07/2015. 11. Agravo regimental desprovido. (HC 146.440-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Luiz Fux, DJe de 27/10/2017)

O Supremo Tribunal Federal tem concedido habeas corpus de ofício em casos de teratologia ou de flagrante ilegalidade, o que não se verifica na hipótese sub examine, não se vislumbrando, prima facie, teratologia, flagrante ilegalidade ou abuso no poder de decisão.

Ex positis, indefiro o pedido liminar.Após, solicitem-se informações ao Superior Tribunal de Justiça.

Recebidas as informações, dê-se vista ao Ministério Público Federal para emissão de parecer.

Publique-se. Int..Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUXRelator

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HABEAS CORPUS 157.307 (1320)ORIGEM : 157307 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : ERIK DOS SANTOS LANATTIIMPTE.(S) : IVAN MARCOS DA SILVA (305039/SP) E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 448.742 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por Ivan Marcos da Silva e outro em favor de Erik dos Santos Lanatti, contra decisão monocrática da lavra do Ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu liminarmente o HC 448.742/SP.

O paciente foi preso em flagrante e, posteriormente, denunciado pela suposta prática do crime tráfico de drogas, tipificado no art. 33 da Lei 11.343/2006. O magistrado de primeiro grau converteu o flagrante em prisão preventiva.

Irresignada, a Defesa impetrou habeas corpus perante o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo/SP, que indeferiu a liminar.

A questão, então, foi submetida à apreciação do Superior Tribunal de Justiça, que, via decisão monocrática da lavra do Ministro Felix Fischer, indeferiu liminarmente o HC 448.742/SP.

No presente writ, os Impetrantes pugnam, preliminarmente, pelo afastamento da Súmula 691/STF. Alegam inidônea a fundamentação do decreto cautelar, porquanto lastreada na gravidade abstrata do delito, além de ausentes seus requisitos autorizadores. Aduzem a possibilidade de aplicação de medidas cautelares diversas da prisão. Argumentam a existência de circunstâncias favoráveis ao paciente, como primariedade, bons antecedentes, residência fixa e ocupação lícita, além da inexistência de provas de sua dedicação ou integração à organização criminosa. Requerem, em medida liminar e no mérito, a revogação da prisão preventiva, com a expedição do competente alvará de soltura em favor do paciente, e, sucessivamente, a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão.

É o relatório. Decido. Extraio do ato dito coator: “(...).Os autos não versam sobre hipótese que admite a pretendida

valoração antecipada da matéria, pois, pela análise da quaestio trazida à baila na exordial, verifica-se que o habeas corpus investe contra denegação de liminar. De fato, ressalvadas hipóteses excepcionais descabe o instrumento heróico em situação como a presente, sob pena de ensejar supressão de instância.

A matéria, inclusive, já se encontra sumulada: "Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 228

decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar" (Súmula nº 691/STF).

Na hipótese, o writ impetrado na origem teve o pedido liminar indeferido sob os seguintes fundamentos, verbis:

"[...]As circunstâncias de fato e de direito não autorizam a concessão da

liminar pleiteada, uma vez que não evidenciam a presença do 'fumus boni júris' e do "periculum in mora" necessários.

E que, apesar do advento da Lei n° 11.464/07, que alterou a redação do artigo 2 o da Lei de Crimes Hediondos, possibilitando a concessão de liberdade provisória, o fato é que há, quanto a essa questão, discricionariedade conferida pela Lei ao Juiz, não se tratando, pois, de direito líquido e certo dos réus. E a concessão de tal benefício - bem como a imposição das medidas do art. 319 do Código de Processo Penal - está a exigir exame minudente dc circunstâncias objetivas da causa, sem embargo do eventual preenchimento de requisitos subjetivos, procedimento inadequado á esfera de cognição sumária desta fase processual, assim como a análise de questões referentes ao mérito da ação.

No mais, não se vislumbra, apenas com os elementos trazidos na inicial, flagrante ilegalidade a ponto de justificar a antecipação do mérito do pedido.

Por conseguinte, indefiro a liminar" (fl. 200). Na hipótese, portanto, não verifico a ocorrência de flagrante

ilegalidade capaz de ensejar o afastamento do óbice contido no enunciado sumular referido.

Assim o entendimento do Pretório Excelso: HC nº 103570, Primeira Turma, Rel. Min. Marco Aurélio, Rel. p/ acórdão Min. Rosa Weber, DJe de 22/8/2014; HC nº 121828, Primeira Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 25/6/2014; HC nº 123549 AgR, Segunda Turma, Rel.ª Min. Cármen Lúcia, DJe de 4/9/2014.

No âmbito desta Corte Superior, cito as seguintes decisões monocráticas: HC nº 392.348/RO, Sexta Turma, Rel. Ministro Nefi Cordeiro; HC nº 392.249/PR, Sexta Turma, Rel. Ministro Sebastião Reis Júnior; HC nº 392.316/SP, Quinta Turma, Rel. Ministro Ribeiro Dantas; HC nº 391.936/SP, Quinta Turma, Rel. Ministro Joel Ilan Paciornik; HCnº 392.187/SP, Sexta Turma, Relª. Ministra Maria Thereza de Assis Moura.

Ante o exposto, com fulcro no art. 34, inciso XX, e art. 210, ambos do RISTJ, indefiro liminarmente o processamento do presente writ”.

Registro a existência de óbice ao conhecimento do presente writ, ainda que não se trate, nesta Casa, de hipótese alcançada pela Súmula 691/STF, pertinente a indeferimento de liminar em habeas corpus, e não a indeferimento liminar do habeas, uma vez não esgotada a jurisdição do Superior Tribunal de Justiça, pois o ato impugnado é decisão monocrática extintiva do writ e não o resultado de julgamento colegiado. Deveria a Defesa, pretendendo a reforma da decisão monocrática, ter manejado agravo regimental para que a questão fosse apreciada pelo órgão colegiado (HC 122.275-AgR/SP, Rel. Min. Teori Zavascki, 2ª Turma, DJe 01.7.2014).

O ato apontado como coator observou, este sim, que a pretensão veiculada naquela Corte estaria desde logo a esbarrar na Súmula nº 691/STF ( Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar ), analogicamente aplicada porquanto voltada contra o indeferimento de liminar, pelo Relator, do Tribunal de Justiça, na impetração naquela Corte instaurada. Ainda que a compreensão expressa em tal verbete sumular seja abrandada em alguns julgamentos desta Suprema Corte em hipóteses excepcionais, de flagrante ilegalidade, teratologia ou abuso de poder, por não ser o caso dos autos, segundo o Superior Tribunal de Justiça, indeferido liminarmente o writ perante aquela Corte impetrado.

Ao indeferir o pedido de liminar, o Tribunal de Justiça não vislumbrou presentes os requisitos ensejadores da imediata soltura do paciente, reservando a definição da matéria ao pronunciamento do colegiado.

Dessa forma, dar trânsito ao writ significaria duplicar a instrução, que já está sendo realizada, e apreciá-lo no mérito implicaria suprimir instâncias.

Ante o exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (art. 21, §1º, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa Weber Relatora

HABEAS CORPUS 157.312 (1321)ORIGEM : 157312 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : SAMUEL RIBEIRO DE CAMARGOIMPTE.(S) : CICERO SALUM DO AMARAL LINCOLN (319219/SP) E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 419.697 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Vistos etc.Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por

Cícero Salum do Amaral Lincoln e outros em favor de Samuel Ribeiro de

Camargo, contra decisão monocrática da lavra da Ministra Maria Thereza de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu liminarmente o HC 419.697/SP.

Em 08.7.2017, o paciente foi preso em flagrante delito e, posteriormente, denunciado pela suposta prática dos crimes de tráfico de drogas e de associação para o tráfico, tipificados nos arts. 33 e 35 da Lei 11.343/2006. O magistrado de primeiro grau converteu o flagrante em prisão preventiva e, ato contínuo, indeferiu o pedido de liberdade provisória manejado pela Defesa.

Irresignada, a Defesa impetrou o HC 2193185-76.2017.8.26.0000 perante o Tribunal de Justiça de São Paulo, que indeferiu a liminar.

A questão, então, foi submetida à apreciação do Superior Tribunal de Justiça, que, via decisão monocrática da lavra da Ministra Maria Thereza de Assis Moura, indeferiu liminarmente o HC 419.697/SP.

No presente writ, os Impetrantes pugnam pelo afastamento da Súmula 691/STF. Para tanto, alegam inidônea a fundamentação da decisão indeferitória da liberdade provisória, porquanto lastreada na gravidade abstrata do delito. Aduzem reforço argumentativo incorrido pela instância anterior. Argumentam a existência de circunstâncias favoráveis ao paciente, como primariedade, bons antecedentes, residência fixa e ocupação lícita. Asseveram excesso de prazo para formação de culpa, preso o paciente desde 08.7.2017. Requerem, em medida liminar e no mérito, a revogação da prisão preventiva, com expedição do competente alvará de soltura em favor do paciente, e, sucessivamente, a extensão dos efeitos em favor do corréu Lucas Ribeiro de Souza, nos termos do art. 580 do CPP.

É o relatório.Decido. Em consulta ao sítio eletrônico do Tribunal de Justiça de São Paulo,

verifico que, em 13.11.2017, data posterior à decisão impugnada, sobreveio julgamento de mérito do HC 2193185-76.2017.8.26.0000, pelo não conhecimento do writ.

A superveniência de decisão de mérito exarada pela Corte Estadual passou constitui novo título, a desafiar nova impetração no Superior Tribunal de Justiça. Em tal hipótese, a jurisprudência desta Suprema Corte orienta no sentido do prejuízo da impetração (a superveniência do julgamento do mérito do habeas corpus impetrado no tribunal de segundo grau prejudica a análise da impetração - HC 123.431/RJ, Rel. p/ acórdão Min. Roberto Barroso, 1ª Turma, DJe 06.02.2015).

Ante o exposto, julgo prejudicado o presente habeas corpus (art. 21, IX, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

HABEAS CORPUS 157.332 (1322)ORIGEM : 157332 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : A.C.B.IMPTE.(S) : HOMERO SILLES (68842/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 447.660 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de

A.C.B., apontando como autoridade coatora o Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu liminarmente a inicial do HC nº 447.660/SP.

O impetrante sustenta, inicialmente, que o caso concreto autoriza a mitigação do enunciado da Súmula nº 691/STF.

Aduz, para tanto, a presença de constrangimento ilegal, pois a custódia preventiva do paciente padeceria de fundamentação idônea, apta a justificar a sua necessidade, bem como estariam ausentes os pressupostos autorizadores previstos no art. 312 do Código de Processo Penal.

Assevera que o paciente é “casado, tem dois filhos, residência fixa e ocupação lícita, está com 52 anos de idade, entre a data do fato e a prisão, não há notícias de que tenha importunado a vítima ou tentado obstruir a instrução criminal”.

Requer, liminarmente, a concessão da ordem para que se determine a revogação da custódia preventiva do paciente ou a sua substituição por medidas cautelares pessoais diversas (CPP, art. 319).

Examinados os autos, decido. Ressalto inicialmente não ser o caso de eventual aplicação ou não

da Súmula nº 691/STF. Não se trata, na espécie, de decisão proferida pela apontada

autoridade coatora indeferindo pretensão liminar, mas de decisão segundo a qual o eminente Ministro Reynaldo Soares da Fonseca indeferiu de plano a inicial do HC nº 447.660/SP, uma vez que questionava decisão indeferitória de liminar no Tribunal de Justiça de São Paulo.

Logo, as questões submetidas à discussão do Superior Tribunal Justiça e reiteradas neste habeas corpus não teriam sido objeto de análise definitiva por parte daquele Tribunal de Justiça estadual. Portanto, sua

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 229

apreciação, de forma originária, neste ensejo, configuraria inadmissível dupla supressão de instância.

Segundo a pacífica jurisprudência da Corte, “não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas

corpus impetrado contra decisão de Relator que, em HC requerido a Tribunal Superior, indefere liminarmente o pedido com supedâneo na Súmula 691 desta Corte. Essa circunstância impede o exame da matéria por este Tribunal, sob pena de se incorrer em dupla supressão de instância, com evidente extravasamento dos limites da competência descritos no art. 102 da Carta Magna” (HC nº 117.761/SP, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 4/10/13).

Perfilhando esse entendimento, destaco os precedentes seguintes: HC nº 113.172/SP, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 17/4/13; HC nº 118.836/PA-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 8/10/13; HC nº 116.857/ES-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe de 21/5/13; HC nº 114.583/MS, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 27/8/12; HC nº 92.264/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Menezes Direito, DJ de 14/12/07; e HC nº 90.654/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 25/5/07, entre outros.

Ademais, vale registrar que a impetração volta-se contra decisão singular proferida nos autos do HC nº 447.660/SP. Portanto, incide, na espécie, o entendimento de que

“é inadmissível o habeas corpus que se volta contra decisão monocrática do Relator da causa no Superior Tribunal de Justiça não submetida ao crivo do colegiado por intermédio do agravo interno, por falta de exaurimento da instância antecedente” (HC nº 101.407/PR, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 19/3/14).

No mesmo sentido: HC nº 118.189/MG, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 24/4/14; e RHC nº 111.395/DF, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 30/9/13, entre outros.

Ante o exposto, nos termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao presente habeas corpus, ficando, por consequência, prejudicado o pedido de liminar.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 157.336 (1323)ORIGEM : 157336 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : RUBENS VARGAS FILHOIMPTE.(S) : FABIO ROGERIO DONADON COSTA (338153/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 449.697 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Vistos etc.Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por

Fabio Rogerio Donadon Costa em favor de Rubens Vargas Filho, contra decisão monocrática da lavra do Ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu a liminar no HC 449.697/SP.

Extraio do ato dito coator:“(…).A Primeira Turma do col. Pretório Excelso firmou orientação no

sentido de não admitir a impetração de habeas corpus substitutivo ante a previsão legal de cabimento de recurso pertinente (v.g.: HC 109.956⁄PR, Rel. Min. Marco Aurélio, DJe de 11⁄9⁄2012; RHC 121.399⁄SP, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 1º⁄8⁄2014 e RHC 117.268⁄SP, Rel. Min. Rosa Weber, DJe de 13⁄5⁄2014).

As Turmas que integram a Terceira Seção desta Corte alinharam-se a esta dicção, e, desse modo, também passaram a repudiar a utilização desmedida do writ substitutivo em detrimento do recurso adequado (v.g.: HC 284.176⁄RJ, Quinta Turma, Rel. Min. Laurita Vaz, DJe de 2⁄9⁄2014; HC 297.931⁄MG, Quinta Turma, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, DJe de 28⁄8⁄2014; HC 293.528⁄SP, Sexta Turma, Rel. Min. Nefi Cordeiro, DJe de 4⁄9⁄2014 e HC 253.802⁄MG, Sexta Turma, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, DJe de 4⁄6⁄2014).

Portanto, não se admite mais a utilização de habeas corpus substitutivo quando cabível o recurso próprio, situação que implica o não conhecimento da impetração. Entretanto, no caso de flagrante ilegalidade apta a gerar constrangimento ilegal, a jurisprudência recomenda a concessão da ordem de ofício.

Na hipótese, compulsando os autos, denota-se que o pedido liminar se confunde com o próprio mérito da impetração, não restando configurada, de plano, flagrante ilegalidade, a ensejar o deferimento da medida de urgência.

Assim, nos limites da cognição in limine, ausentes os indícios para a configuração do fumus boni iuris, a quaestio deverá ser apreciada pelo Colegiado, após uma verificação mais detalhada dos dados constantes dos autos.

Denego, pois, a liminar”.

No presente writ, o Impetrante pugna, preliminarmente, pelo afastamento da Súmula 691/STF. Assevera que o paciente foi condenado à pena de 07 (sete) anos de reclusão, em regime inicial fechado, pela prática do crime de roubo qualificado (art. 157, § 2°, I, II e IV, do CP, por duas vezes). Alega a possibilidade de desclassificação do crime de roubo (art. 157, § 2º, do CP) para o crime de receptação (art. 180 do CP). Sustenta inidônea a fundamentação do acórdão condenatório quanto à dosimetria da pena e à fixação de regime mais gravoso. Defende o afastamento da qualificadora de uso de arma de fogo, porquanto não apreendida, além de ausente o laudo de constatação de sua potencial de lesividade. Requer, em medida liminar, a desclassificação da conduta para o delito de receptação e, sucessivamente, para o crime de furto. No mérito, pugna pelo redimensionamento da pena e do regime inicial.

É o relatório.Decido. À falta de pronunciamento final do colegiado do Superior Tribunal de

Justiça, a pretensão esbarra na Súmula nº 691/STF: Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar.

A compreensão expressa em tal verbete sumular tem sido abrandada em julgados desta Corte em hipóteses excepcionais, de flagrante ilegalidade ou abuso de poder na denegação da tutela de eficácia imediata. Nesse sentido, v.g, as seguintes decisões colegiadas: HC 125.783/BA, de minha relatoria, 1ª Turma, DJe 27.3.2015; HC 124.052/PR, Rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe 24.11.2014; e HC 120.274/ES, Rel. Min. Cármen Lúcia, 2ª Turma, DJe 20.6.2014.

Ao exame dos autos, não detecto a ocorrência de situação autorizadora do afastamento do mencionado verbete, porquanto o Superior Tribunal de Justiça, em juízo de delibação, asseverou não “configurada, de plano, flagrante ilegalidade, a ensejar o deferimento da medida de urgência”.

À míngua de pronunciamento judicial conclusivo pela Corte Superior quanto à matéria trazida nestes autos, inviável a análise do writ pelo Supremo Tribunal Federal, sob pena de indevida supressão de instância. Cito, nessa linha, precedentes: HC 134.957-AgR/MG, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 24.02.2017; RHC 136.311/RJ, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, DJe 21.02.2017; RHC 133.974/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, 2ª Turma, DJe 03.3.2017; e HC 136.452-ED/DF, de minha relatoria, 1ª Turma, DJe 10.02.2017.

Ante o exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (art. 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

HABEAS CORPUS 157.340 (1324)ORIGEM : 157340 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : VALDENIR CUSTODIO DE OLIVEIRAIMPTE.(S) : MARCELO KINTZEL GRACIANO (21457/PR)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Vistos etc.Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por

Marcelo Kintzel Graciano em favor de Valdenir Custodio de Oliveira, contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao agravo regimental na Tutela Provisória 613/PR.

O paciente foi condenado à pena de 03 (três) anos e 04 (quatro) meses de reclusão, substituída por 02 (duas) penas restritivas de direito, pela prática do crime de sonegação fiscal, tipificado no art. 1º, I, da Lei 8.137/1990.

Inconformada, a Defesa interpôs apelação perante o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que negou provimento ao recurso.

A Defesa, então, interpôs recurso especial, que, admitido na origem, ensejou sua remessa ao Superior Tribunal de Justiça. Concomitantemente, nos autos da Tutela Provisória 613/PR, o Ministro Rogerio Schietti Cruz deferiu o pleito defensivo 'para atribuir efeito suspensivo ao REsp 1.538.647/PE, de maneira que seja sobrestada a execução provisória da pena de que tratam os autos, até o julgamento de mérito do referido recurso especial'.

Posteriormente, a Corte Superior não conheceu do REsp 1.538.647/PR e, ato contínuo, julgou prejudicada a Tutela Provisória 613/PR. Após, manejado, sem sucesso, agravo regimental defensivo.

No presente habeas corpus, o Impetrante alega a inviabilidade de execução provisória da pena restritiva de direito antes do trânsito em julgado da condenação. Requer, em medida liminar e no mérito, o sobrestamento da execução provisória da pena.

É o relatório.Decido.Extraio do ato dito coator:“AGRAVO REGIMENTAL NO PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA.

EFEITO SUSPENSIVO. RECURSO ESPECIAL NÃO CONHECIDO. PERDA DO OBJETO. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO.

1. Se o recurso especial cujo efeito suspensivo se procura garantir

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 230

com o pedido de tutela provisória não foi conhecido por este Superior Tribunal, é forçoso reconhecer a perda superveniente do interesse de agir do requerente.

2. Eventual pretensão de suspender a execução provisória das penas restritivas de direito durante a tramitação de recurso extraordinário deve ser deduzida por meio de instrumento próprio, consoante as regras de competência da lei processual.

3. Agravo regimental não provido".Ressalto que, para fins de apreciação do pedido de liminar, é

necessário avaliar se o ato dito coator teve o condão de caracterizar patente constrangimento ilegal.

Ao exame dos autos, verifico que o acórdão exarado pela Corte Superior se encontra fundamentado, apontando as razões de seu convencimento para rechaçar a tese defensiva.

Em análise de cognição sumária, não detecto a presença dos pressupostos autorizadores da concessão da medida liminar com o imediato sobrestamento da execução penal.

Ante o exposto, indefiro o pedido de liminar.Colha-se a manifestação do Ministério Público Federal.Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

HABEAS CORPUS 157.342 (1325)ORIGEM : 157342 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MATO GROSSORELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : KEILA CATARINA DE PAULAIMPTE.(S) : FAUSTINO ANTONIO DA SILVA NETO (6707/O/MT)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO RHC Nº 96.608 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Vistos etc. Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por

Faustino Antonio da Silva Neto em favor de Keila Catarina de Paula, contra decisão monocrática da lavra do Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu a liminar no RHC 96.608/MT.

Extraio do ato dito coator: “(...).A liminar em recurso ordinário em habeas corpus, bem como em

habeas corpus, não possui previsão legal, tratando-se de criação jurisprudencial que visa a minorar os efeitos de eventual ilegalidade que se revele de pronto.

Em um juízo de cognição sumária, não visualizo manifesta ilegalidade no ato ora impugnado a justificar o deferimento da medida de urgência.

No caso, ao decretar a prisão preventiva da recorrente, o Juízo processante destacou (e-STJ fls. 619/643):

[...]A representação traz um relato sobre atuação dos representados

KEILA CATARINA DE PAULA, que' seria esposa de Wagner Fernandes ICielifig ou Wagner Florêncio Pimentel e exerceria a tarefa de gerenciar financeiramente a Organização, e ALYSSON CANDIDO FIGUEIREDO, também funcionário da empresa ÁPICE, exercendo a função de controlar a emissão das notas fiscais fraudulentas pela Organização Criminosa. (e-STJ fl. 620)

[...] Segundo consta, agindo desta forma, a suposta organização

criminosa, mediante a produção de documentos ideologicamente falsos, teria, constituído empresas de fachada, promovendo, posteriormente, a sonegação de ICMS, o que teria possibilitado que ofertassem ao mercado mercadoria mais barata, já que não ocorreria o recolhimento efetivo dos tributos correspondentes.

As investigações teriam revelado a existência de empresas geradoras de créditos podres, empresas operacionalizadoras dos créditos "podres", empresas que seriam as comercializadoras dos "CRÉDITOS PODRES", e a empresa "gerenciadora" de créditos podres. (e-STJ fl. 623)

[...] Levantamentos realizados pela SEFAZ indicam que no período de

06/07/2017 a 07/08/2017 referido IP teria emitido 887 (oitocentas e oitenta e sete) notas fiscais das empresas já mencionadas, o que indica que a APICE ASSESSORIA EMPRESARIAL esteja realizando a emissão concentrada e estável das notas fiscais das empresas referidas, pelo menos desde 20/10/2016.

Nesse contexto, ou seja, no seio da empresa AP10E ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO EMPRESARIAL LTDA é que se inserem os dois investigados, ora representados, KEILA CATARINA DE PAULA A e ALYSSON CÂNDIDO DE FIGUEIREDO, cuja participação, em tese, na organização criminosa teria sido descortinada após a deflagração da denominada "Operação Crédito Podre".

KEILA CATARINA DE PAULA, seria esposa/companheira de WAGNER FERNANDES KIELING ou WAGNER FLORENCIO PIMENTEL, apontado pelas investigações e na denúncia oferecida como sendo um dos líderes da suposta organização criminosa.

As provas angariadas nos autos, em juízo de cognição sumária, demonstram que a Representada teria a importante função de gerenciar a parte financeira da organização criminosa, bem como a emissão de notas fiscais, conforme' oitivas de testemunhas e interrogatórios de outros investigados (fls. 29/34 e 44/52).

Consta, ainda, que na sala que a mesma utilizava na empresa, foi localizado um cofre, dentro do qual teriam sido encontrados diversos cheques e dinheiro em espécie, pertencentes a várias empresas ligadas à suposta organização criminosa (fls. 37/43).

Ademais, ressaltam as Autoridades Policiais que desde a deflagração da operação a representada não foi mais vista, restando infrutíferas todas as diligências realizadas visando a sua intimação para prestar declarações no Inquérito Policial. (e-STJ fls. 625/626).

[...] Como visto, os indícios de provas produzidos na se inquisitorial

demonstram que os representados ICEILA CATARINA DE PAULA e ALYSSON DE SOUZA FIGUEIREDO têm intrínseca relação com a liderança 'da supostas Organização Criminosa. Tanto assim o é, que o Ministério Público, ao oferecer denúncia, incluiu-os no núcleo "duro", da organização.

A exposição resumida das atividades da suposta organização criminosa e da participação dos representados nos crimes narrados pelas Autoridades Policiais, por si só, permitem concluir pela absoluta necessidade da decretação das prisões preventivas.

No vigente sistema constitucional, tratando-se de prisão cautelar, instituiu-se como regra a liberdade e como exceção a prisão, conforme se verifica no art. 50, LXVI, da Constituição Federal.

Assim, a custódia preventiva só pode ser decretada se presentes os requisitos ensejadores, quais sejam, o fumus boni iuris, o periculum in mora e estar o caso concreto enquadrado em uma das hipóteses arroladas no art. 313 do CPP.

Não obstante o caráter extraordinário de que se reveste, a prisão preventiva pode efetivar-se, desde que o ato judicial que a formalize tenha fundamentação substancial, com base em elementos concretos e reais que se ajustem aos pressupostos autorizadores da decretação dessa modalidade de tutela cautelar penal. (e-STJ fls. 627/628).

Não obstante os fundamentos apresentados pela defesa, mostra-se imprescindível uma análise mais aprofundada dos elementos de convicção constantes dos autos e das informações a serem prestadas pela origem, para se aferir a existência de constrangimento ilegal.

Em princípio, parece que ‘A custódia cautelar visando a garantia da ordem pública legitima-se quando evidenciada a necessidade de se interromper ou diminuir a atuação de integrantes de organização criminosa’. Precedentes: HC 121991, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 28/10/2014; HC 95024, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, julgado em 14/10/2008; HC 111009, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, julgado em 18/12/2012, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-207 DIVULG 17-10-2013 PUBLIC 18-10-2013). [...] (STF, HC 124911 AgR, Relator Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 10/2/2015, Processo eletrônico DJe-041, divulg. 3/3/2015, public. 4/3/2015).

Ademais, o pedido liminar confunde-se com o próprio mérito da impetração, o qual deverá ser analisado em momento oportuno, por ocasião do julgamento definitivo do recurso ordinário em habeas corpus.

Ante o exposto, sem prejuízo da melhor apreciação da matéria, indefiro o pedido liminar”.

No presente writ, o Impetrante pugna pelo afastamento da Súmula 691/STF. Aponta que a paciente foi presa preventivamente pela suposta prática do crime de organização criminosa, tipificado no art. 2º da Lei 12.850/2013. Sustenta inidônea a fundamentação do decreto prisional, porquanto lastreada na gravidade abstrata do delito, além de ausentes seus requisitos autorizadores. Argumenta a existência de circunstâncias favoráveis a paciente, como primariedade, residência fixa e ocupação lícita. Alega ser a paciente mãe de 02 (duas) crianças privadas do convívio de ambos os genitores, presos preventivamente no mesmo processo. Ressalta que outros corréus obtiveram a liberdade provisória. Requer, em medida liminar e no mérito, a revogação da prisão preventiva, expedindo-se alvará de soltura em favor da paciente, e, sucessivamente, a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão.

É o relatório. Decido. À falta de pronunciamento final do colegiado do Superior Tribunal de

Justiça, a pretensão esbarra na Súmula nº 691/STF: Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar.

A compreensão expressa em tal verbete sumular tem sido abrandada em julgados desta Corte em hipóteses excepcionais, de flagrante ilegalidade ou abuso de poder na denegação da tutela de eficácia imediata. Nesse sentido, v.g, as seguintes decisões colegiadas: HC 125.783/BA, de minha relatoria, 1ª Turma, DJe 27.3.2015; HC 124.052/PR, Rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe 24.11.2014; e HC 120.274/ES, Rel. Min. Cármen Lúcia, 2ª Turma, DJe 20.6.2014.

Ao exame dos autos, não detecto a ocorrência de situação autorizadora do afastamento do mencionado verbete, porquanto “A custódia cautelar visando a garantia da ordem pública legitima-se quando evidenciada

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a necessidade de se interromper ou diminuir a atuação de integrantes de organização criminosa”.

À míngua de pronunciamento judicial conclusivo pela Corte Superior quanto à matéria trazida nestes autos, inviável a análise do writ pelo Supremo Tribunal Federal, sob pena de indevida supressão de instância. Cito, nessa linha, precedentes: HC 134.957-AgR/MG, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 24.02.2017; RHC 136.311/RJ, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, DJe 21.02.2017; RHC 133.974/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, 2ª Turma, DJe 03.3.2017; e HC 136.452-ED/DF, de minha relatoria, 1ª Turma, DJe 10.02.2017.

Ante o exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (art. 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa Weber Relatora

HABEAS CORPUS 157.344 (1326)ORIGEM : 157344 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : ARIANA APARECIDA OLIVEIRA INÁCIOIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO ARESP Nº 1.139.453 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIME DE TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INADMISSIBILIDADE. COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA JULGAR HABEAS CORPUS: CF, ART. 102, I, D E I. ROL TAXATIVO. AUSÊNCIA DE JULGAMENTO COLEGIADO. REDISCUSSÃO DE CRITÉRIOS DE DOSIMETRIA DA PENA. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA PELAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS. REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO PROBATÓRIO. INADMISSIBILIDADE NA VIA ELEITA. IMPOSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DO HABEAS CORPUS COMO SUCEDÂNEO DE REVISÃO CRIMINAL.

- Seguimento negado, com esteio no artigo 21, § 1º do RISTF. Prejudicado o exame do pedido de liminar.

- Ciência ao Ministério Público Federal.DECISÃO: Trata-se de habeas corpus impetrado contra decisão do

Superior Tribunal de Justiça no recurso especial nº 1.139.453.Consta dos autos que a paciente foi condenada pelo juízo de primeiro

grau à pena de 2 (dois) anos e 6 (seis) meses de reclusão, em regime inicial aberto, bem como ao pagamento de 250 (duzentos e cinquenta) dias-multa, tendo sido substituída a prisão privativa de liberdade por restritiva de direitos, em razão da prática do crime tipificado no artigo 33 da Lei nº 11.343/06.

Em sede recursal, a pretensão do órgão legitimado à acusação foi atendida para fixação do regime inicial fechado para o cumprimento da pena, bem como para afastar a substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos.

A decisão foi impugnada por recurso especial, tendo a Corte a quo dado parcial provimento à irresignação defensiva “para fixar o regime inicial semiaberto, nos termos da fundamentação supramencionada”.

Sobreveio a impetração do presente mandamus, no qual a defesa alega, em síntese, a existência de constrangimento ilegal consubstanciado na não fixação do regime aberto para início do cumprimento da pena. Afirma que “Além da fundamentação do regime intermediário não encontrar amparo legal, é de se mencionar que este Colendo Supremo Tribunal Federal, em controle incidental, declarou a inconstitucionalidade da obrigatoriedade de fixação do regime fechado para início do cumprimento de pena decorrente da condenação por crime hediondo ou equiparado”. Argumenta que a “a fixação de regime inicial semiaberto, no vertente caso, é evidentemente inconstitucional, pois desrespeita os princípios da proporcionalidade, da individualização da pena e da culpabilidade. A cada agente deve ser imposto o regime consentâneo com a culpabilidade demonstrada com a prática criminosa e observado o patamar punitivo estipulado pelo legislador, não sendo dado a este engessar a função judicial, proibindo o juiz de especificar a pena e o seu regime”.

Ao final, formula pedido nos seguintes termos, in verbis:“Diante do exposto, requer-se o conhecimento da presente ação e a

concessão da ordem, imediatamente, em caráter liminar, e ao final do procedimento, de forma definitiva, para fixar o regime aberto para a paciente, comunicando-se a concessão à autoridade coatora.”

É o relatório, DECIDO.Preliminarmente, verifica-se que a competência originária do

Supremo Tribunal Federal para conhecer e julgar Habeas Corpus está definida, taxativamente, no artigo 102, inciso I, alíneas d e i, da Constituição Federal, verbis:

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

I processar e julgar, originariamente:(…)d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas

nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;

…i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando

o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância.

In casu, a paciente não está arrolada em nenhuma das hipóteses sujeitas à jurisdição originária desta Corte.

A ementa do acórdão proferido na Pet 1738-AgR, Pleno, Relator o Ministro Celso de Mello, Dje de 1º/10/99, é elucidativa e precisa quanto à taxatividade da competência do Supremo Tribunal Federal:

“PROTESTO JUDICIAL FORMULADO CONTRA DEPUTADO FEDERAL - MEDIDA DESTITUÍDA DE CARÁTER PENAL (CPC, ART. 867) - AUSÊNCIA DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

A PRERROGATIVA DE FORO - UNICAMENTE INVOCÁVEL NOS PROCEDIMENTOS DE CARÁTER PENAL - NÃO SE ESTENDE ÀS CAUSAS DE NATUREZA CIVIL.

- As medidas cautelares a que se refere o art. 867 do Código de Processo Civil (protesto, notificação ou interpelação), quando promovidas contra membros do Congresso Nacional, não se incluem na esfera de competência originária do Supremo Tribunal Federal, precisamente porque destituídas de caráter penal. Precedentes.

A COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - CUJOS FUNDAMENTOS REPOUSAM NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - SUBMETE-SE A REGIME DE DIREITO ESTRITO.

- A competência originária do Supremo Tribunal Federal, por qualificar-se como um complexo de atribuições jurisdicionais de extração essencialmente constitucional - e ante o regime de direito estrito a que se acha submetida - não comporta a possibilidade de ser estendida a situações que extravasem os limites fixados, em numerus clausus, pelo rol exaustivo inscrito no art. 102, I, da Constituição da República. Precedentes.

O regime de direito estrito, a que se submete a definição dessa competência institucional, tem levado o Supremo Tribunal Federal, por efeito da taxatividade do rol constante da Carta Política, a afastar, do âmbito de suas atribuições jurisdicionais originárias, o processo e o julgamento de causas de natureza civil que não se acham inscritas no texto constitucional (ações populares, ações civis públicas, ações cautelares, ações ordinárias, ações declaratórias e medidas cautelares), mesmo que instauradas contra o Presidente da República ou contra qualquer das autoridades, que, em matéria penal (CF, art. 102, I, b e c), dispõem de prerrogativa de foro perante a Corte Suprema ou que, em sede de mandado de segurança, estão sujeitas à jurisdição imediata do Tribunal (CF, art. 102, I, d). Precedentes.”

Afigura-se paradoxal, em tema de direito estrito, conferir interpretação extensiva para abranger no rol de competências do Supremo Tribunal hipóteses não sujeitas à sua jurisdição.

A prevalência do entendimento de que o Supremo Tribunal Federal deve conhecer de habeas corpus substitutivo de recurso extraordinário contrasta com os meios de contenção de feitos, remota e recentemente implementados - Súmula Vinculante e Repercussão Geral - com o objetivo de viabilizar o exercício pleno, pelo Supremo Tribunal Federal, da nobre função de guardião da Constituição da República.

E nem se argumente com o que se convencionou chamar de jurisprudência defensiva. Não é disso que se trata, mas de necessária, imperiosa e urgente reviravolta de entendimento em prol da organicidade do direito, especificamente no que tange às competências originária e recursal do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar habeas corpus, valendo acrescer que essa ação nobre não pode e nem deve ser banalizada a pretexto, em muitos casos, de pseudonulidades processuais com reflexos no direito de ir e vir.

A propósito da organicidade e dinâmica do direito, impondo-se a correção de rumos, bem discorreu o Ministro Marco Aurélio, no voto proferido no HC 110.055/MG, que capitaneou a mudança de entendimento na Primeira Turma, verbis:

“Essa óptica há de ser observada, também, no que o acórdão impugnado foi formalizado pelo Superior Tribunal de Justiça em recurso ordinário constitucional em habeas corpus.

De duas, uma: ou há, no acórdão proferido, quadro a ensejar a interposição de recurso extraordinário, ou não há. Descabe a volta a estágio anterior, que é o do ajuizamento originário do habeas corpus.

No mais, ante os parâmetros fáticos e legais, não existe campo para a concessão da ordem de ofício. Extingo o processo sem o julgamento do mérito” (HC 110.055/MG, Primeira Turma, DJe de 9/11/12).

No mesmo sentido, firmou-se o entendimento da Primeira Turma desta Corte no sentido da inadmissibilidade da utilização do habeas corpus como substitutivo de recurso extraordinário, conforme se verifica nos seguintes precedentes:

“Habeas corpus substitutivo de recurso extraordinário. Inadequação da via eleita ao caso concreto. Precedente da Primeira Turma. Flexibilização circunscrita às hipóteses de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou teratologia. Não ocorrência. Writ extinto, em face da inadequação da via

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eleita. 1. Impetração manejada em substituição ao recurso extraordinário, a qual esbarra em decisão da Primeira Turma, que, em sessão extraordinária datada de 16/10/12, assentou, quando do julgamento do HC nº 110.055/MG, Relator o Ministro Marco Aurélio, a inadmissibilidade do habeas corpus em casos como esse. 2. Nada impede, entretanto, que esta Suprema Corte, quando do manejo inadequado do habeas corpus como substitutivo, analise a questão de ofício nas hipóteses de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou teratologia, o que não se evidencia na espécie. 3. Habeas corpus extinto por inadequação da via eleita.” (HC 113.805/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 15/4/2013).

“HABEAS CORPUS. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO. ROUBOS CIRCUNSTANCIADOS. TENTATIVA DE FURTO QUALIFICADO. QUADRILHA. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO. PRISÃO PREVENTIVA MANTIDA NA SENTENÇA CONDENATÓRIA. 1. Contra acórdão exarado em recurso ordinário em habeas corpus remanesce a possibilidade de manejo do recurso extraordinário, previsto no art. 102, III, da Constituição Federal. Diante da dicção constitucional não cabe, em decorrência, a utilização de novo habeas corpus, em caráter substitutivo. 2. Havendo condenação criminal, encontram-se presentes os pressupostos da preventiva, a saber, prova da materialidade e indícios de autoria. Não se trata, apenas, de juízo de cognição provisória e sumária acerca da responsabilidade criminal do acusado, mas, sim, de julgamento condenatório, precedido por amplo contraditório e no qual as provas foram objeto de avaliação imparcial, ou seja, um juízo efetuado, com base em cognição profunda e exaustiva, de que o condenado é culpado de um crime. Ainda que a sentença esteja sujeita à reavaliação crítica através de recursos, a situação difere da prisão preventiva decretada antes do julgamento. 3. Se as circunstâncias concretas do crime indicam o envolvimento do paciente em organização criminosa numerosa, bem estruturada, voltada à prática de crimes graves, tais como, tráfico de drogas, roubo de cargas, furtos de caixas eletrônicos, aquisição de armas, a periculosidade e risco de reiteração delitiva está justificada a decretação ou a manutenção da prisão cautelar para resguardar a ordem pública, à luz do art. 312 do CPP. Precedentes. 4. Ordem denegada.” (HC 118.981/MT, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 19/11/2013).

Ademais, em consulta ao sítio eletrônico da Corte Superior, verifico a ausência de interposição de agravo regimental da decisão monocrática proferida pelo Superior Tribunal de Justiça. Nesse contexto, assento que a parte impetrante não se desincumbiu do ônus de interpor e aguardar a julgamento de agravo regimental da decisão que desatendeu a sua pretensão no Superior Tribunal de Justiça, ou seja, não exauriu a jurisdição no âmbito daquela Corte, conforme exigido pelo artigo 102, inciso II, alínea a, da Constituição Federal, in verbis:

“Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

II – julgar, em recurso ordinário:a) o "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas-data" e o

mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão.” (grifei).

O constituinte fez clara opção pelo princípio da colegialidade ao franquear a competência desta Corte para apreciação de habeas corpus – consoante disposto na alínea a do inciso II do artigo 102 – quando decididos em única instância pelos Tribunais Superiores. E não há de se estabelecer a possibilidade de flexibilização dessa regra constitucional de competência, pois, sendo matéria de direito estrito, não pode ser interpretada de forma ampliada para alcançar autoridades – no caso, membros de Tribunais Superiores – cujos atos não estão submetidos à apreciação do Supremo Tribunal Federal. Daí porque, em situação similar, a Primeira Turma desta Corte, por ocasião do julgamento do Recurso Ordinário em Habeas Corpus nº 108.877/RS, relatora Ministra Cármen Lúcia, deixou expresso que “não se conhece de recurso ordinário em habeas corpus contra decisão monocrática proferida no Superior Tribunal de Justiça”. No mesmo sentido, RHC 117.267/SP, relator Ministro Dias Toffoli. Cf., no mesmo sentido, o acórdão proferido no julgamento do RHC 111.639/DF, relator Ministro Dias Toffoli, cuja ementa possui o seguinte teor:

“Recurso ordinário em habeas corpus. Penal. Roubo circunstanciado pelo emprego de arma. Aplicação do aumento de pena previsto no inciso I do § 2º do art. 157 do Código Penal. Decisão monocrática do relator do habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça a ele negando seguimento. Não cabimento do recurso ordinário. Precedentes. Recurso não conhecido. Ofensa ao princípio da colegialidade. Concessão de ordem de habeas corpus de ofício. Precedentes. 1. Segundo o entendimento da Corte ‘não se conhece de recurso ordinário em habeas corpus contra decisão monocrática proferida no Superior Tribunal de Justiça’ (RHC nº 108.877/SP, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 19/10/11). 2. Recurso não conhecido(...).” (grifei).

A Constituição Federal restringiu a competência desta Corte às hipóteses nas quais o ato imputado tenha sido proferido por Tribunal Superior, considerando o princípio da colegialidade. Entender de outro modo, para alcançar os atos praticados por membros de Tribunais Superiores, seria atribuir à Corte competência que não lhe foi outorgada pela Constituição.

Outrossim, inexiste excepcionalidade que permita a concessão da ordem de ofício ante a ausência de teratologia na decisão atacada, flagrante ilegalidade ou abuso de poder. Por oportuno, transcrevo o trecho da fundamentação da manifestação do Superior Tribunal de Justiça, naquilo que

interessa, in verbis: “O recurso merece parcial provimento. Quanto ao regime, é firme neste Tribunal a orientação de que é

necessária a apresentação de motivação concreta para a fixação de regime mais gravoso, fundada nas circunstâncias judiciais do art. 59 do Código Penal. Nesse sentido, foi elaborado o enunciado n. 440 da Súmula desta Corte, que prevê:

Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o estabelecimento de regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta, com base apenas na gravidade abstrata do delito.

De igual modo são os enunciados n. 718 e 719 da Súmula do Supremo Tribunal Federal, os quais indicam:

A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena aplicada.

A imposição do regime de cumprimento mais severo do que a pena aplicada permitir exige motivação idônea.

In casu, fixada a pena em 2 anos e 6 meses de reclusão, e mesmo diante da primariedade da recorrente e das circunstâncias judiciais favoráveis (art. 59 do CP), o regime inicial fechado foi fixado pela Corte de origem com fundamento nas circunstâncias do delito – apreensão de considerável quantidade e natureza das drogas (crack e cocaína em várias porções).

Dessa forma, encontra-se evidenciado o constrangimento ilegal na fixação do regime fechado pelo Tribunal de origem, pois, em razão de as circunstâncias judiciais serem favoráveis (art. 59 do Código Penal – CP), de a pena-base ter sido fixada no mínimo legal e de a pena aplicada ser inferior a 4 anos (art. 33, § 2º, alínea "c", do CP), caberia a fixação do regime inicial aberto.

Todavia, a natureza e a quantidade dos entorpecentes (129g de cocaína e crack divididos em várias porções) constituem fundamentação idônea para justificar a imposição do regime inicial mais gravoso, no caso o semiaberto, bem como para a vedação à substituição da pena por medidas restritivas de direitos, de acordo com o disposto no § 3º do art. 33 e inciso III do art. 44, ambos do CP, e em consonância com a jurisprudência desta Turma.

[…]Ante o exposto, com fundamento no art. 932, inc. V, alínea “a”, do

Código de Processo Civil c/c o art. 3º do Código de Processo Penal, dou parcial provimento ao recurso especial para fixar o regime inicial semiaberto, nos termos da fundamentação supramencionada.”

Por conseguinte, como se depreende da fundamentação da decisão do juízo a quo, a dosimetria da pena foi realizada com base em fatos e elementos existentes no caso in concreto.

Com efeito, o artigo 42 da Lei nº 11.343/06, estabelece que “o juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social do agente”.

Nesse diapasão, esta corte sufraga o entendimento no sentido da possibilidade de fixação de regime inicial de cumprimento da pena mais gravoso, mercê da quantidade e natureza dos entorpecentes apreendidos. Nessa linha, in verbis:

“Agravo regimental em recurso ordinário em habeas corpus. Penal. Tráfico de drogas (art. 33 da Lei nº 11.343/06). Condenação. Pena de 3 (três) anos e 4 (quatro) meses de reclusão em regime semiaberto. Pretendida aplicação do redutor de pena do art. 33, § 4º, da Lei de Drogas no grau máximo - 2/3 (dois terços). Descabimento. Fração de 1/3 (um terço) devidamente justificada na gravidade da conduta, evidenciada pela natureza e pela quantidade de droga apreendida (29 pedras de crack). Regime intermediário. Motivação idônea. Observância do disposto no art. 33, § 3º, do Código Penal e do que art. 42 da Lei nº 11.343/06. Regimental não provido. 1. Justificada, na espécie, a aplicação do redutor de pena descrito no art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/06 na fração de 1/3, diante da gravidade concreta da infração, evidenciada pela natureza e pela quantidade de droga apreendida (29 pedras de crack). 2. Está sedimentado na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que o regime inicial de cumprimento de pena deve observar o disposto no art. 33, § 3º, do Código Penal, e no art. 42 da Lei nº 11.343/06, que expressamente remetem às circunstâncias do crime (art. 59, CP) e à natureza e à quantidade da droga. Por esse contexto, não há constrangimento ilegal na valoração negativa desses mesmos vetores na fixação da pena e na imposição do regime prisional mais gravoso (v.g. HC nº 132.904/MS, Segunda Turma, de minha relatoria, DJe de 11/10/16). 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento.” (RHC 152.037-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 16/04/2018)

“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. CAUSA ESPECIAL DE REDUÇÃO DE PENA. AFASTAMENTO. DEDICAÇÃO A ATIVIDADE CRIMINOSA. ANÁLISE DE FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. REGIME INICIAL FECHADO. FUNDAMENTOS IDÔNEOS. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal chancela o afastamento da causa de diminuição quando presentes fatos indicadores do envolvimento do agente com organização criminosa, como, por exemplo, a) a conduta social do agente, b) o concurso eventual de pessoas, e c) a quantidade de droga. 2. As instâncias ordinárias, soberanas na apreciação do conteúdo fático-probatório, assentaram que os elementos colhidos sob o crivo do contraditório indicaram a dedicação dos

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pacientes a atividades criminosas, sobretudo em razão da quantidade de droga apreendida. Para se afastar essa conclusão seria necessário proceder à análise de fatos e provas, providência incompatível com esta via processual. Precedentes. 3. A fixação do regime inicial de cumprimento da pena não está atrelada, de modo absoluto, ao quantum da sanção corporal aplicada. Desde que o faça em decisão motivada, o magistrado sentenciante está autorizado a impor ao condenado regime mais gravoso do que o recomendado nas alíneas do § 2º do art. 33 do Código Penal. Inteligência da Súmula 719/STF. 4. As particularidades do caso concreto apuradas pelos Juízos antecedentes, notadamente em relação ao volume de drogas, constituem fundamentação apta a justificar a imposição de regime mais severo – fechado –, como medida necessária e suficiente para reprovação e prevenção do crime. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.” (HC 143.577-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Alexandre de Moraes, DJe de 27/10/2017)

Deveras, o Supremo Tribunal Federal fixou entendimento no sentido de que “a dosimetria da pena, bem como os critérios subjetivos considerados pelos órgãos inferiores para a sua realização, não são passíveis de aferição na via estreita do habeas corpus, por demandar minucioso exame fático e probatório inerente a meio processual diverso” (HC nº 114.650, Primeira Turma, Rel. Min. Luiz Fux, DJe de 14/08/2013).No mesmo sentido, o seguinte julgado:

“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. CONDENAÇÃO TRANSITADA EM JULGADO. DOSIMETRIA DA PENA. 1. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal consolidou entendimento no sentido da inadmissibilidade do uso da ação de habeas corpus em substituição ao recurso ordinário previsto na Constituição Federal (HC 109.956, Rel. Min. Marco Aurélio; e HC 104.045, Rel.ª Min.ª Rosa Weber). 2. O Supremo Tribunal Federal não admite a utilização do habeas corpus em substituição à ação de revisão criminal (RHC119.605-AgR, Rel. da minha relatoria; HC 111.412-AgR, Rel. Min. Luiz Fux; RHC 114.890, Rel. Min. Dias Toffoli; HC 116.827-MC, Rel. Min. Teori Zavascki; RHC 116.204, Rel.ª Min.ª Cármen Lúcia; e RHC 115.983, Rel. Min. Ricardo Lewandowski). 3. A dosimetria da pena é questão relativa ao mérito da ação penal, estando necessariamente vinculada ao conjunto fático probatório, não sendo possível, em habeas corpus, a análise de dados fáticos da causa para redimensionar a pena finalmente aplicada. Assim, a discussão a respeito da dosimetria da pena cinge-se ao controle da legalidade dos critérios utilizados, restringindo-se, portanto, ao exame da “motivação [formalmente idônea] de mérito e à congruência lógico-jurídica entre os motivos declarados e a conclusão” (HC 69.419, Rel. Min. Sepúlveda pertence). 4. A orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal é no sentido de que, “Se instâncias ordinárias concluíram que o ora agravante se dedicava à atividade criminosa para negar a incidência da causa especial de redução de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei de Drogas, para se chegar a conclusão diversa, necessário seria o reexame de fatos e provas, o qual o habeas corpus não comporta. Não há que se falar em bis in idem, pois, embora haja simples referência à quantidade de droga apreendida, ela não foi um fator preponderante na negativa de aplicação da causa especial de redução de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei 11.343/06, já que se entendeu, em razão das circunstâncias em que foi praticado o delito, que o agravante se dedicava à atividade criminosa, o que, por si só, obsta a incidência do redutor de pena pretendido” (HC 136.177-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli). 5. Agravo regimental a que se nega provimento.” (HC 141.167-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe de 16/06/2017)

Outrossim, há que se reconhecer que a dosimetria da pena é matéria sujeita a certa discricionariedade judicial, sujeita à revisão apenas em casos de flagrante teratologia, ilegalidade ou abuso de poder. Nesse sentido o HC n.º 132.475, de relatoria da Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 23/08/2016:

“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. REITERAÇÃO DE IMPETRAÇÃO ANTERIOR. TRÁFICO DE DROGAS. ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. DOSIMETRIA. FIXAÇÃO DA PENA-BASE. AFASTAMENTO DA MINORANTE DO ARTIGO 33, § 4º, DA LEI 11.343/2006. 1. Contra a denegação de habeas corpus por Tribunal Superior prevê a Constituição Federal remédio jurídico expresso, o recurso ordinário. Diante da dicção do art. 102, II, a, da Constituição da República, a impetração de novo habeas corpus em caráter substitutivo escamoteia o instituto recursal próprio, em manifesta burla ao preceito constitucional. 2. A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal no sentido de que “não se conhece de habeas corpus em que se reitera a pretensão veiculada em writ anteriormente impetrado” (HC 112.645/TO, Rel. Min. Ayres Britto, 2ª Turma, DJe 08.6.2012). 3. A dosimetria da pena é matéria sujeita a certa discricionariedade judicial. O Código Penal não estabelece rígidos esquemas matemáticos ou regras absolutamente objetivas para a fixação da pena. Pertinente à dosimetria da pena, encontra-se a aplicação da causa de diminuição da pena objeto do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006. 4. Na hipótese, adequada a exasperação da pena-base acima do mínimo legal dada 'a expressiva quantidade de droga apreendida – 57 kg de maconha'. 5. A tese defensiva de aplicação da minorante do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/06, afastada pelas instâncias anteriores dada a constatação de o paciente integrar organização criminosa e/ou dedicar-se à atividades delitivas, demandaria o reexame e a valoração de fatos e provas, para o que não se presta a via eleita. 6. Agravo regimental

conhecido e não provido”.Impende consignar, ainda, que o habeas corpus é ação inadequada

para a valoração e exame minucioso do acervo fático probatório engendrado nos autos. Destarte, não se revela cognoscível a insurgência que não se amolda à estreita via eleita. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIME DE HOMICÍDIO DUPLAMENTE QUALIFICADO. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INADMISSIBILIDADE. COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA JULGAR HABEAS CORPUS: CRFB/88, ART. 102, I, D E I. HIPÓTESE QUE NÃO SE AMOLDA AO ROL TAXATIVO DE COMPETÊNCIA DESTA SUPREMA CORTE. REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. INADMISSIBILIDADE NA VIA ELEITA. INÉPCIA DA DENÚNCIA. NÃO CARACTERIZADA. CUSTÓDIA PREVENTIVA DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA. ELEMENTOS CONCRETOS A JUSTIFICAR A MEDIDA. ALEGADO EXCESSO DE PRAZO. INOCORRÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.” (HC nº 130.439, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 12/05/2016)

“HABEAS CORPUS. PENAL. TRÁFICO DE DROGAS. CAUSA DE DIMINUIÇÃO DA PENA. AFASTAMENTO PELO TRIBUNAL DE ORIGEM. INTEGRANTE DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA E QUANTIDADE DE DROGA APREENDIDA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. INADEQUAÇÃO NA VIA DO HABEAS CORPUS. ORDEM DENEGADA. I – No crime de tráfico de drogas, as penas poderão ser reduzidas de 1/6 a 2/3, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique a atividades criminosas nem integre organização criminosa. II – No presente caso, o Tribunal de origem afastou a causa de diminuição da pena por tráfico privilegiado (art. 33, § 4°, da Lei 11.343/2006), utilizando como fundamento a quantidade de droga apreendida (8 Kg de maconha) e a comprovação da participação em organização criminosa. III - A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é no sentido de que é inadequado, na via do habeas corpus, reexaminar fatos e provas no tocante à participação do paciente em organização criminosa ou à valoração da quantidade da droga apreendida, quando utilizados como fundamento para afastar ou dosar, aquém do patamar máximo, a causa de diminuição da pena pelo tráfico privilegiado, prevista no art. 33, § 4°, da Lei de Drogas. IV – Ordem denegada.” (HC 133.982, Segunda Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe de 13/02/2017)

Cabe destacar, ainda, que não cabe a rediscussão da matéria perante essa Corte e nesta via processual, porquanto o habeas corpus não é sucedâneo de recurso ou revisão criminal. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO ESPECIAL. COMPETÊNCIA PRECÍPUA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. WRIT SUCEDÂNEO DE RECURSO OU REVISÃO CRIMINAL. INVIABILIDADE. 1. Compete constitucionalmente ao Superior Tribunal de Justiça o julgamento do recurso especial, cabendo-lhe, enquanto órgão ad quem, o segundo, e definitivo, juízo de admissibilidade positivo ou negativo quanto a tal recurso de fundamentação vinculada. Salvo hipóteses de flagrante ilegalidade ou abuso de poder, inadmissível o reexame dos pressupostos de admissibilidade do recurso especial pelo Supremo Tribunal Federal. Precedentes. 2. Inadmissível a utilização do habeas corpus como sucedâneo de recurso ou revisão criminal. Precedentes. 3. Agravo regimental conhecido e não provido.” (HC nº 133.648-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Rosa Weber, DJe de 07/06/2016)

“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PENAL. VIOLAÇÃO DE DIREITO AUTORAL. TRÂNSITO EM JULGADO DA DECISÃO PROFERIDA NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. IMPETRAÇÃO DE HABEAS CORPUS NESTE SUPREMO TRIBUNAL APÓS TRANSCURSO DO PRAZO RECURSAL: IMPOSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DE HABEAS CORPUS COMO SUCEDÂNEO DE REVISÃO CRIMINAL. DEFICIÊNCIA DE INSTRUÇÃO DO HABEAS CORPUS. PRECEDENTES. DECISÃO AGRAVADA MANTIDA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Trânsito em julgado do acórdão objeto da impetração no Superior Tribunal de Justiça. Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de não ser viável a utilização de habeas corpus como sucedâneo de revisão criminal. 2. Não estando o pedido de habeas corpus instruído, esta deficiência compromete a sua viabilidade, impedindo que sequer se verifique a caracterização, ou não, do constrangimento ilegal. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento.” (HC nº 132.103, Segunda Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 15/03/2016)

Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao habeas corpus, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF. Prejudicado o exame do pedido de liminar.

Dê-se ciência ao Ministério Público Federal.Publique-se. Int..Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 157.348 (1327)ORIGEM : 157348 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 234

PACTE.(S) : M.M.R.IMPTE.(S) : LINCOLN DEL BIANCO DE MENEZES CARVALHO

(235857/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 450.406 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de

M.M.R., apontando como autoridade coatora o Ministro Joel Ilan Paciornik, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu a liminar no HC nº 450.406/SP.

O impetrante sustenta, inicialmente, que o caso concreto autoriza a mitigação do enunciado da Súmula nº 691/STF.

Aduz, para tanto, a presença de constrangimento ilegal, tendo em vista ter sido processado e condenado por fato manifestamente atípico. Nesse sentido, alega que o

“tráfico interno de pessoas para fim de exploração sexual, previsto no artigo 231-A, caput, do Código Penal, passou a não ser mais considerado crime, tendo em vista que restou revogado pelo disposto no artigo 16 da Lei 13344/2016”. (grifos do autor)

Alega que não pode ser processado por tráfico interno de pessoas para fim de exploração sexual, crime que era previsto no artigo 231-A, caput, do Código Penal, e sua condenação ser fundamentada no artigo 149-A, caput, do Código Penal. Prossegue afirmando que

“Com efeito, o tráfico de pessoas, previsto no artigo 149-A, caput, do Código Penal, não pode retroagir para prejudicar o réu, tendo em vista foi criado por lei penal posterior (artigo 13 da Lei 13344/2016 de 6 de Outubro de 2016) ao fato descrito na denúncia (2 de Março de 2012), e também é mais gravosa do que o tráfico interno de pessoas para fim de exploração sexual, previsto no artigo 231-A, caput, do Código Penal.” (grifos do autor)

Requer ”com fundamento nos artigos 5º, inciso LXVIII, da Constituição

Federal, e 647, do Código de Processo Penal, se dignem conceder o presente writ de habeas corpus, para que seja confirmada a tutela de urgência de concessão da liberdade e declarada a extinção da punibilidade pela retroatividade de lei que não considera mais o fato criminoso, expendido-se o pertinente salvo conduto, contramandado de prisão, ou, alvará de soltura clausulado, com a máxima urgência, na forma da lei, por ser medida da mais pura e cristalina JUSTIÇA!”

Examinados os autos, decido. Pelo que se depreende dos autos, o Superior Tribunal de Justiça não

examinou, definitivamente, as teses suscitadas na presente impetração, razão por que a sua apreciação, de forma originária, neste ensejo, configuraria inadmissível supressão de instância.

Não pode esta Suprema Corte, em exame per saltum, apreciar questão não analisada, em definitivo, pelo Superior Tribunal de Justiça (HC nº 111.171/DF, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 9/4/12).

Perfilhando esse entendimento: HC nº 113.172/SP, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 17/4/13; HC nº 118.836/PA-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 8/10/13; HC nº 116.857/ES-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe de 21/5/13; HC nº 114.583/MS, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 27/8/12; HC nº 92.264/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Menezes Direito, DJ de 14/12/07; e HC nº 90.654/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 25/5/07, entre outros.

De rigor, portanto, a incidência do óbice da Súmula nº 691 deste Supremo Tribunal, segundo a qual “não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar”.

Finalmente, mostra-se prematura qualquer incursão no mérito do presente writ, tanto mais que o acórdão a ser proferido no julgamento do HC nº 450.406/SP substituirá o título judicial ora questionado.

Nesse sentido, confiram-se:“(...)1. A superveniência de julgamento do mérito do habeas corpus

impetrado em Tribunal a quo prejudica o writ submetido ao STF quando o objeto era o indeferimento da liminar (…). 3. Writ prejudicado, com revogação da liminar anteriormente deferida” (HC nº 118.927/SP, Primeira Turma, Relator para Acórdão o Ministro Edson Fachin, DJe de 14/9/16);

“(...)1. A superveniência de “decisão colegiada de Tribunal Superior

corresponde a novo ato a desafiar ação própria” (HC 104.813, Rel.ª Min.ª Rosa Weber). Precedentes (…). 3. Habeas Corpus prejudicado, revogada a liminar” (HC nº 121.208/AL, Primeira Turma, Relator para Acórdão o Ministro Roberto Barroso, DJe de 12/6/15).

Ainda que assim não fosse, tenho que bem concluiu o Tribunal de Justiça de São Paulo pela não ocorrência de abolitio criminis com a revogação formal do tipo penal previsto no artigo 231-A, caput, do Código Penal, porquanto houve continuidade normativa da conduta no artigo 149-A, caput, do mesmo diploma. In verbis:

“[D]epreende-se que não pode ser reconhecida a atipicidade delitiva em face da suposta abolitio criminis, uma vez que não houve a revogação material do art. 231-A, do Código Penal, mas apenas modificação topográfica

— art. 149-A, do Código Penal — criado pela Lei 13.344/2016 — que abarcou a conduta descrita no tipo penal em que o réu incorreu.

Portanto, o tipo penal foi revogado, mas a conduta nele descrita passou a fazer parte de outro tipo penal, pelo que houve a revogação formal, mas não material do crime em questão” (anexo 39).

Com essas considerações, nos termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao presente habeas corpus, ficando, por consequência, prejudicado o pedido de liminar.

Publique-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 157.349 (1328)ORIGEM : 157349 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : PAULO CESAR SILVA SANTANAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

HABEAS CORPUS. PENAL MILITAR E PROCESSUAL PENAL MILITAR. CRIME DE DESERÇÃO. ARTIGO 188, I, DO CÓDIGO PENAL MILITAR. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA JULGAR HABEAS CORPUS: CF, ART. 102, I, ‘D’ E ‘I’. ROL TAXATIVO. MATÉRIA DE DIREITO ESTRITO. INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA: PARADOXO. ORGANICIDADE DO DIREITO. ALEGADA NULIDADE POR OMISSÃO. INOCORRÊNCIA. PRETENSÃO DE RECONHECIMENTO DE CAUSA SUPRALEGAL EXCLUDENTE DE CULPABILIDADE. INEXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA. REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. INADMISSIBILIDADE NA VIA ELEITA. INEXISTÊNCIA DE TERATOLOGIA, ABUSO DE PODER OU FLAGRANTE ILEGALIDADE.

- Seguimento negado, com esteio no artigo 21, § 1º, do RISTF. Prejudicado o exame do pedido de liminar.

- Ciência ao Ministério Público Federal. DECISÃO: Trata-se de Habeas Corpus, com pedido de liminar,

impetrado contra acórdão do Superior Tribunal Militar, processo nº 85-65.2016.7.12.0012, cuja ementa transcrevo abaixo, in verbis:

“APELAÇÃO. MPM. DESERÇÃO. RETORNO DE FÉRIAS. DESCONTOS INDEVIDOS NO PAGAMENTO. EXCULPANTE. DEFICIÊNCIA PROBATÓRIA. INEXISTÊNCIA DE COCULPABILIDADE. 1. É culpável o Acusado que alega questões de ordem econômica para o cometimento do delito, mesmo comprovado o erro por culpa da administração militar, no pagamento do agente, quando o equívoco, por si só, não é determinante para a ação delituosa.

2. Alegações de ordem particular, no intuito de afastar a culpabilidade do Acusado, desacompanhadas de provas, encontram óbice na Súmula n9 3 do STM.

3. Inaplicável a teoria da coculpabilidade do Estado para excluir a responsabilidade penal do Acusado, com a alegação de que o crime se deu por erros da Administração Militar.

Recurso conhecido e provido. Decisão unânime.” Consta dos autos que o paciente foi denunciado pela suposta prática

do crime de deserção, tipificado no artigo 188, I, do Código Penal Militar.Narra a defesa que o Conselho Permanente de Justiça, por maioria

de votos, absolveu o paciente da imputação, com fulcro no artigo 439, “d”, c/c artigo 39 do CPPM.

Em sede de apelação, contudo, o Superior Tribunal Militar deu provimento ao apelo ministerial para reformar a sentença e condenar o paciente à pena de 04 (quatro) meses de detenção, convertida em prisão, em regime inicial aberto, em razão da prática do crime previsto no artigo 188, I, c/c artigo 189, I, in fine, do CPM.

Contra essa decisão, foram opostos embargos de declaração, os quais restaram desprovidos.

Ainda irresignada, a defesa interpôs agravo regimental. Contudo, não obteve êxito.

Sobreveio a impetração deste mandamus, no qual sustenta a ilegalidade da decisão do Superior Tribunal Militar. Aduz que o acórdão impugnado “não enfrenta todas as teses defensivas, qual seja, a inconstitucionalidade do crime de Deserção em tempo de paz e interpretação conforme a Constituição”. Alega também que “as circunstâncias fáticas denotam a inexigibilidade de conduta diversa e, também, o estado de necessidade exculpante, visto que, o aqui paciente, não deu causa à suposta Deserção”. Destaca que “o próprio Ministério Público Militar quando das sustentações orais na sessão de julgamento do Conselho Permanente de Justiça em Manaus/AM requereu a absolvição do Sargento Paulo Cesar Silva Santana”. Argumenta que “expirado o período de férias, o Sr. Paulo, que muito dispendeu de recursos, não dispunha de condições financeiras para retornar a manaus, dado que parte de seu soldo não havia sido pago por equívoco da Administração Militar”. Afirma que “ponderadas as provas

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 235

produzidas, a exaustão, destacando-se as condições financeiras, demonstrou-se caracterizada a inexigibilidade de conduta diversa, amparada também no estado de necessidade exculpante, dado que o Sargento estava sujeito à situação não provocada por ele”. Sustenta que “em nenhum momento o Sargento Paulo Cesar agiu de forma que lhe recaísse o dolo em sua conduta. Não deu causa à suposta Deserção, tampouco contribuiu para a situação de penúria que se encontrava que acabou resultando no crime que lhe fora imputado”.

Requer, liminarmente, “a suspensão da tramitação do processo até o julgamento final da presente impetração”. No mérito, pugna pela concessão da ordem para “anular o Acórdão da Corte Militar por não ter enfrentado todas as teses defensivas”, bem como para absolver o paciente, restaurando-se a sentença proferida pelo Conselho Permanente da Justiça da Marinha.

É o relatório, passo a decidir.Preliminarmente, verifica-se que a competência originária do

Supremo Tribunal Federal para conhecer e julgar Habeas Corpus está definida, taxativamente, no artigo 102, inciso I, alíneas d e i, da Constituição Federal, verbis:

“Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

I processar e julgar, originariamente:(…)d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas

nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;

…i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando

o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância.”

In casu, o paciente não está arrolado em nenhuma das hipóteses sujeitas à jurisdição originária desta Corte.

A ementa do acórdão proferido na Pet 1738-AgR, Pleno, Relator o Ministro Celso de Mello, Dje de 1º/10/99, é elucidativa e precisa quanto à taxatividade da competência do Supremo Tribunal Federal:

“PROTESTO JUDICIAL FORMULADO CONTRA DEPUTADO FEDERAL - MEDIDA DESTITUÍDA DE CARÁTER PENAL (CPC, ART. 867) - AUSÊNCIA DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

A PRERROGATIVA DE FORO - UNICAMENTE INVOCÁVEL NOS PROCEDIMENTOS DE CARÁTER PENAL - NÃO SE ESTENDE ÀS CAUSAS DE NATUREZA CIVIL.

- As medidas cautelares a que se refere o art. 867 do Código de Processo Civil (protesto, notificação ou interpelação), quando promovidas contra membros do Congresso Nacional, não se incluem na esfera de competência originária do Supremo Tribunal Federal, precisamente porque destituídas de caráter penal. Precedentes.

A COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - CUJOS FUNDAMENTOS REPOUSAM NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - SUBMETE-SE A REGIME DE DIREITO ESTRITO.

- A competência originária do Supremo Tribunal Federal, por qualificar-se como um complexo de atribuições jurisdicionais de extração essencialmente constitucional - e ante o regime de direito estrito a que se acha submetida - não comporta a possibilidade de ser estendida a situações que extravasem os limites fixados, em numerus clausus, pelo rol exaustivo inscrito no art. 102, I, da Constituição da República. Precedentes.

O regime de direito estrito, a que se submete a definição dessa competência institucional, tem levado o Supremo Tribunal Federal, por efeito da taxatividade do rol constante da Carta Política, a afastar, do âmbito de suas atribuições jurisdicionais originárias, o processo e o julgamento de causas de natureza civil que não se acham inscritas no texto constitucional (ações populares, ações civis públicas, ações cautelares, ações ordinárias, ações declaratórias e medidas cautelares), mesmo que instauradas contra o Presidente da República ou contra qualquer das autoridades, que, em matéria penal (CF, art. 102, I, b e c), dispõem de prerrogativa de foro perante a Corte Suprema ou que, em sede de mandado de segurança, estão sujeitas à jurisdição imediata do Tribunal (CF, art. 102, I, d). Precedentes.”

Afigura-se paradoxal, em tema de direito estrito, conferir interpretação extensiva para abranger no rol de competências do Supremo Tribunal hipóteses não sujeitas à sua jurisdição.

A prevalência do entendimento de que o Supremo Tribunal Federal deve conhecer de habeas corpus substitutivo de recurso extraordinário contrasta com os meios de contenção de feitos, remota e recentemente implementados - Súmula Vinculante e Repercussão Geral - com o objetivo de viabilizar o exercício pleno, pelo Supremo Tribunal Federal, da nobre função de guardião da Constituição da República.

E nem se argumente com o que se convencionou chamar de jurisprudência defensiva. Não é disso que se trata, mas de necessária, imperiosa e urgente reviravolta de entendimento em prol da organicidade do direito, especificamente no que tange às competências originária e recursal do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar habeas corpus, valendo acrescer que essa ação nobre não pode e nem deve ser banalizada a

pretexto, em muitos casos, de pseudonulidades processuais com reflexos no direito de ir e vir.

A propósito da organicidade e dinâmica do direito, impondo-se a correção de rumos, bem discorreu o Ministro Marco Aurélio, no voto proferido no HC 110.055/MG, que capitaneou a mudança de entendimento na Primeira Turma, verbis:

“Essa óptica há de ser observada, também, no que o acórdão impugnado foi formalizado pelo Superior Tribunal de Justiça em recurso ordinário constitucional em habeas corpus.

De duas, uma: ou há, no acórdão proferido, quadro a ensejar a interposição de recurso extraordinário, ou não há. Descabe a volta a estágio anterior, que é o do ajuizamento originário do habeas corpus.

No mais, ante os parâmetros fáticos e legais, não existe campo para a concessão da ordem de ofício. Extingo o processo sem o julgamento do mérito” (HC 110.055/MG, Primeira Turma, DJe de 9/11/12)

No mesmo sentido, firmou-se o entendimento da Primeira Turma desta Corte no sentido da inadmissibilidade da utilização do habeas corpus como substitutivo de recurso extraordinário, conforme se verifica nos seguintes precedentes:

“Habeas corpus substitutivo de recurso extraordinário. Inadequação da via eleita ao caso concreto. Precedente da Primeira Turma. Flexibilização circunscrita às hipóteses de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou teratologia. Não ocorrência. Writ extinto, em face da inadequação da via eleita. 1. Impetração manejada em substituição ao recurso extraordinário, a qual esbarra em decisão da Primeira Turma, que, em sessão extraordinária datada de 16/10/12, assentou, quando do julgamento do HC nº 110.055/MG, Relator o Ministro Marco Aurélio, a inadmissibilidade do habeas corpus em casos como esse. 2. Nada impede, entretanto, que esta Suprema Corte, quando do manejo inadequado do habeas corpus como substitutivo, analise a questão de ofício nas hipóteses de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou teratologia, o que não se evidencia na espécie. 3. Habeas corpus extinto por inadequação da via eleita.” (HC 113.805/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 15/4/2013)

“HABEAS CORPUS. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO. ROUBOS CIRCUNSTANCIADOS. TENTATIVA DE FURTO QUALIFICADO. QUADRILHA. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO. PRISÃO PREVENTIVA MANTIDA NA SENTENÇA CONDENATÓRIA. 1. Contra acórdão exarado em recurso ordinário em habeas corpus remanesce a possibilidade de manejo do recurso extraordinário, previsto no art. 102, III, da Constituição Federal. Diante da dicção constitucional não cabe, em decorrência, a utilização de novo habeas corpus, em caráter substitutivo. 2. Havendo condenação criminal, encontram-se presentes os pressupostos da preventiva, a saber, prova da materialidade e indícios de autoria. Não se trata, apenas, de juízo de cognição provisória e sumária acerca da responsabilidade criminal do acusado, mas, sim, de julgamento condenatório, precedido por amplo contraditório e no qual as provas foram objeto de avaliação imparcial, ou seja, um juízo efetuado, com base em cognição profunda e exaustiva, de que o condenado é culpado de um crime. Ainda que a sentença esteja sujeita à reavaliação crítica através de recursos, a situação difere da prisão preventiva decretada antes do julgamento. 3. Se as circunstâncias concretas do crime indicam o envolvimento do paciente em organização criminosa numerosa, bem estruturada, voltada à prática de crimes graves, tais como, tráfico de drogas, roubo de cargas, furtos de caixas eletrônicos, aquisição de armas, a periculosidade e risco de reiteração delitiva está justificada a decretação ou a manutenção da prisão cautelar para resguardar a ordem pública, à luz do art. 312 do CPP. Precedentes. 4. Ordem denegada.” (HC 118.981/MT, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 19/11/2013)

Demais disso, inexiste excepcionalidade que permita a concessão da ordem de ofício ante a ausência de teratologia na decisão atacada, flagrante ilegalidade ou abuso de poder. Por oportuno, transcrevo a fundamentação da decisão do Superior Tribunal Militar, naquilo que interessa, in verbis:

“Sobre a conduta imputada ao 2o Sargento PAULO CESAR SILVA SANTANA, cumpre ressaltar que o Termo de Deserção, lavrado em 17 de abril de 2016 (fl. 9), relata que ele deixou de se apresentar no Batalhão de Operações Ribeirinhas, por término de férias, desde o dia 8 de abril de 2016, tendo completado, em 17 de abril de 2016, mais de oito dias de ausência, consumando o delito de deserção.

Conforme dos autos se extrai, em 5 de maio de 2016, o Apelado apresentou-se voluntariamente no Batalhão de Operações Ribeirinhas (Manaus/AM), tendo sido preso (fls. 166/167, 173 e 211) e, no dia 17 subsequente, foi-lhe concedida a liberdade provisória (fls. 212/216), sendo cumprido o alvará de soltura na mesma data (fl. 228). O Acusado passou à situação de agregado a partir de 17 de abril de 2016 (fls. 223/224) e foi revertido ao respectivo quadro, a contar de 5 de maio de 2016, data da apresentação voluntária (fls. 225/226).

O Apelado confirmou a ausência e ficou demonstrado, com as demais provas, que o fato possui adequação típica, pois não se apresentou na Unidade Militar, por mais de 8 (oito) dias, após as férias, sem que houvesse autorização para fazê-lo.

Quanto às alegações de que passava por dificuldades financeiras, as quais teriam contribuído para sua atitude, cabem algumas considerações.

Ficou comprovado que ocorreram descontos irregulares no pagamento do Apelado nos meses antecedentes à Deserção e, por mais que a unidade militar a que pertence tenha providenciado a correção, não houve

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 236

efetiva restituição dos valores devidos até a data em que o militar deveria retomar à sua sede.

Os problemas de saúde e de ordem familiar do Apelado, se de fato ocorreram, são situações que, de certo, podem causar desequilíbrio financeiro.

Entretanto, verifica-se que não juntou comprovantes que demonstrem com clareza que tais eventos ocorreram e como isso impactou suas economias. Não há uma receita, nota fiscal ou depoimentos de testemunhas que corroborem essas assertivas.

Nessa linha, registro que a testemunha SIMÃO DE ALBUQUERQUE DA SILVA, Marinheiro (fls. 279/280), declarou ter recebido o contato do Apelado, que lhe solicitava o empréstimo da quantia de R$ 500,00 (quinhentos reais) para o transporte, valor de mais de doas vezes o necessário para regressar a Manaus, segundo o seu interrogatório, o que não se presta para demonstrar seu interesse em se apresentar na OM.

Cabe salientar que, em que pese haver registros de diversas licenças para tratamento de saúde, do próprio Acusado e da sua esposa, nos assentamentos dos anos de 2014 a 2015, trazidos aos autos, não há comprovação de que ele tenha gasto os valores recebidos de indenização de transferência de cerca de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) e, também, os adiantamentos de férias e 13° salário de cerca de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) totalmente com as despesas que alega.

Ao contrário do que alega a Defesa, considerando o valor da passagem de Oriximiná-PA para Manaus -AM , que o Apelado informou ser da monta de R$180,00 (cento e oitenta reais), em contraposição aos valores recebidos pelo militar, nos pagamentos anteriores à deserção, isso indica que, dificilmente, ele não poderia ter priorizado o custo do seu retomo para Manaus-AM em relação às outras despesas.

Registre-se que, no extrato da conta corrente do Acusado, juntado pela Defesa (fl. 266 - verso), contém o lançamento, no dia 04/04/2016, de aplicação em poupança vinculada à conta corrente no valor de R$ 400,00 (quatrocentos reais). O referido extrato se encerra no dia 05/04/2016, sem que houvesse o resgate desse recurso. Ressalta-se que o militar deveria apresentar-se na OM exatos dois dias depois dessa data, ou seja, em que pese o saldo da Conta Corrente ser zero, o saldo da conta poupança não é informado e não há registro de saque ou transferência dos R$ 400,00 (quatrocentos reais) mencionados (fl. 266).

Assim, conclui-se que o extrato da conta do Apelado, juntado pela Defesa, é incapaz de comprovar, com certeza, que o militar não possuía recursos para seu retomo. Ao contrário, considerando os dois dias de deslocamento de Oriximiná-PA para Manaus-AM, o Apelado possuía R$ 400,00 em aplicação na conta poupança no prazo limite em que deveria adquirir as referidas passagens para chegar a tempo em Manaus-AM.

Portanto, falta a demonstração de que as despesas em questão tenham afetado a economia doméstica do Apelado ao ponto de não dispor dos recursos para a compra da passagem de Oriximiná-PA para Manaus-AM, que totalizava R$ 180,00 (cento e oitenta reais), no intuito de evitar a consumação do delito.

Por outro prisma, o Acusado é que tomou a decisão de enviar sua mudança para a nova sede, antes da sua efetiva desvinculação da unidade, se é que de fato isso ocorreu, pois também não há comprovação nos autos, o que teria gerado o desequilíbrio de suas finanças, em razão da necessidade de restituição dos valores despendidos.

Na mesma linha, a opção de mudar-se para Oriximiná-PA, sem que seu pagamento estivesse regularizado, também contribui para que o Acusado se encontrasse na difícil situação em que se colocou.

Além disso, como o próprio Acusado admite, partiu dele a interpretação de que o valor relativo às diferenças salariais seria depositado no mês de abril, quando as alterações lançadas só seriam efetivadas no mês subsequente.

Frise-se que o militar declarou possuir cerca de 28 (vinte e oito) anos de serviço, mas que não conhecia a sistemática de pagamento da Marinha, nem mesmo a diferença entre mês de pagamento e de efetivo recebimento de valores, o que é corriqueiro no sistema de pagamento da caserna.

Nessa trilha, a Defesa limitou-se a demonstrar que ocorreu o erro Administrativo no pagamento do Acusado, sem, no entanto, comprovar que o equivoco foi intransponível e, desse modo, que a única alternativa do Acusado seria o cometimento do delito.

De qualquer modo, o Apelado não reservou recursos para seu retomo de férias, não agiu com a devida precaução, estava realizando gastos de forma desordenada e não priorizou seu retomo para a Unidade Militar após as férias.

Destaco, ainda, que o documento intitulado “autorização de férias do ano de 2015”, do Batalhão de Operações Ribeirinhas, registra as seguintes instruções: “tenha sempre dinheiro necessário para sua viagem de ida e volta”, e ainda, “(...) providencie, com a devida antecedência, o meio de transporte para seu regresso. Exceder licença é falta grave.” O Acusado tomou ciência e assinou o documento (fl. 12), entretanto pouco se importou com as determinações ali contidas e suas consequências.

Assim, entendo que, por mais que tenham sido comprovados os erros administrativos nos pagamentos do militar que antecederam a deserção, esses não foram suficientes para afastar a culpabilidade do Apelante, pois não ocorreram tais eventos de modo a surpreendê-lo, ao contrário, já havia 2 (dois) meses que vinham sendo efetuados descontos indevidos.

Ainda, quanto à teoria da coculpabilidade, aventada na Sentença absolutória, entendo que não aproveita ao Acusado, pois ela se destina às relações das pessoas comuns, de modo geral, com o Estado e, em linhas gerais, cuida da não efetivação das políticas públicas, o que poderia diminuir a responsabilização penal dos delinquentes.

Confrontando com o que dos autos se extrai, entendo que tal teoria não se aplica nas relações do Estado com seus servidores ou militares, nas relações corriqueiras, típicas de contratação e pagamento.

De qualquer modo, a citada teoria não se presta à impunidade, ao contrário, aquele que comete um crime por fatores socioeconômicos deve sofrer a sanção, mesmo que ajustada conforme a sua reprovação social.

Nesse sentido, esta Colenda Corte tem decidido pela inaplicabilidade da teoria da coculpabilidade do Estado no âmbito da Justiça Militar da União, conforme a ementa que destaco:

[…]Destaca-se, ainda, que a teoria da coculpabilidade aplica-se

unicamente aos que têm a liberdade de escolha diminuída em função das condições sociais em que foram obrigados a viver, o que, de certo, não se aplica ao Apelado.

Do mesmo modo, as atitudes perpetradas pelo Acusado não foram suficientes a afastar a exigibilidade de conduta diversa a que elegeu, qual seja, ficar inerte ao transcurso do prazo de graça, sabedor de que não se apresentaria na OM por ocasião do término de férias.

Assim, verifico que os descontos efetuados pela Administração não foram suficientes a amparar a tese defensiva, ou seja, o Apelado não se desincumbiu de provar o suposto estado de necessidade, nos termos da Súmula n° 3 do STM.

Posto isso, estando a autoria e a materialidade demonstradas, sem que haja a incidência de causas excludentes de ilicitude ou culpabilidade, e mostrando-se a conduta realizada pelo Acusado perfeitamente subsumida ao tipo penal descrito no art. 188, inciso I, do CPM, entendo que a Sentença merece ser reformada.”

Destarte, no que tange à alegação de inexigibilidade de conduta diversa, o Tribunal a quo assentou que “falta a demonstração de que as despesas em questão tenham afetado a economia doméstica do Apelado ao ponto de não dispor dos recursos para a compra da passagem de Oriximiná-PA para Manaus-AM, que totalizava R$ 180,00 (cento e oitenta reais), no intuito de evitar a consumação do delito”.

Sendo esse o contexto, cumpre ressaltar que o habeas corpus é ação inadequada para a valoração e exame minucioso do acervo fático probatório engendrado nos autos. Com efeito, reconhecer a procedência das alegações defensivas demandaria um indevido incursionamento na moldura fática delineada nos autos. Destarte, não se revela cognoscível a insurgência que não se amolda à estreita via eleita. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS . PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIME DE HOMICÍDIO DUPLAMENTE QUALIFICADO. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INADMISSIBILIDADE. COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA JULGAR HABEAS CORPUS: CRFB/88, ART. 102, I, D E I . HIPÓTESE QUE NÃO SE AMOLDA AO ROL TAXATIVO DE COMPETÊNCIA DESTA SUPREMA CORTE. REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. INADMISSIBILIDADE NA VIA ELEITA. INÉPCIA DA DENÚNCIA. NÃO CARACTERIZADA. CUSTÓDIA PREVENTIVA DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA. ELEMENTOS CONCRETOS A JUSTIFICAR A MEDIDA. ALEGADO EXCESSO DE PRAZO. INOCORRÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO” (HC nº 130.439, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 12/05/2016).

Por outro lado, quanto à alegada omissão do Superior Tribunal Militar acerca da arguição de inconstitucionalidade do crime de deserção em tempo de paz, verifico que a Corte Militar se manifestou sobre o tema, tendo destacado, em sede de embargos declaratórios, in verbis:

“O Acórdão embargado trata do julgamento de Apelação interposta pelo Ministério Público Militar, inconformado com a Sentença do Conselho Permanente de Justiça da 12a CJM que, por maioria de votos, julgou improcedente o pedido contido na Denúncia para absolver o Réu com fundamento no art. 439, alínea “d”, do CPPM.

A DPU, durante o julgamento pelo Juízo a quo, arguiu preliminar de inconstitucionalidade do crime de deserção nos seguintes termos, conforme registrado na Ata da Sessão (fl. 296):

‘Por fim, sustentou ainda as preliminares de inconstitucionalidade do crime de deserção em tempo de paz e de normalidade institucional, com base no princípio do Direito Penal Mínimo, e fez pedido de interpretação conforme para o dispositivo que prevê o crime de deserção ou fosse ali declarada, incidenter tantum, a não recepção de tal dispositivo, que, sob a ótica da Defesa, está em desalinho com os preceitos constitucionais.’

Em Sessão de Julgamento de 26 de outubro de 2016, o Conselho Permanente de Justiça para a Marinha da Auditoria da 12a CJM, por unanimidade, rejeitou a preliminar arguida pela Defesa (fls. 295/296), operando-se o trânsito em julgado em Io de dezembro de 2016 (fl. 311).

Ora, tendo sido devidamente analisada pelo Conselho Permanente de Justiça, a matéria arguida em sede de preliminar restou preclusa, haja vista a ausência de competente recurso pela DPU.

Destaca-se que o Acórdão embargado enfrentou todas as questões levantadas pelo Parquetem suas Razões Recursais e, quanto ao tema trazido

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pela DPU, registrou que (fl. 368):‘verifico não haver qualquer nulidade a ser declarada, uma vez que

todos os argumentos preliminares da defesa foram debatidos pelo Conselho, incluindo a preliminar de inconstitucionalidade aventada em Alegações Orais, não havendo prejuízo à Defesa.. Ressalto que a DPU foi regularmente intimada e não apresentou Contrarrazões, apesar do período de mais de dois meses em que permaneceu com os autos, restando preclusas as matérias rechaçadas pelo Juízo a quo.’ (grifos do original).

Assim, conforme referenciado, a tese da inconstitucionalidade, apesar de não ter sido analisada de forma delongada, foi suficientemente percebida pelo Tribunal, mas não enfrentada por não integrar o objeto do Apelo.”

Sendo esse o contexto, releva notar que que os atos públicos e as informações prestadas pelas autoridades do Estado possuem a presunção relativa de validade e veracidade inerentes ao bom funcionamento da máquina administrativa. Nesse sentido, verbis:

“RECLAMAÇÃO – ALEGADO DESRESPEITO AO ENUNCIADO CONSTANTE DA SÚMULA VINCULANTE Nº 14/STF – INOCORRÊNCIA – ELEMENTOS INFORMATIVOS PRODUZIDOS PELA AUTORIDADE JUDICIÁRIA RECLAMADA QUE ATESTAM O PLENO ACESSO DOS ADVOGADOS CONSTITUÍDOS AOS AUTOS DA PERSECUÇÃO PENAL – PRESUNÇÃO 'JURIS TANTUM' DE VERACIDADE DESSAS INFORMAÇÕES OFICIAIS – INEXISTÊNCIA DA NECESSÁRIA RELAÇÃO DE IDENTIDADE ENTRE A MATÉRIA VERSADA NA DECISÃO OBJETO DA RECLAMAÇÃO E OS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE AO PARADIGMA DE CONFRONTO INVOCADO PELA PARTE RECLAMANTE – INADMISSIBILIDADE, NO CASO, DO INSTRUMENTO RECLAMATÓRIO – INADEQUAÇÃO, ADEMAIS, DO EMPREGO DA RECLAMAÇÃO COMO SUCEDÂNEO RECURSAL – PRECEDENTES – PARECER DA PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA PELA IMPROCEDÊNCIA DA RECLAMAÇÃO – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.” (Rcl 21.832-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Celso de Mello, DJe de 01/02/2016).

“AGRAVO REGIMENTAL NA SUSPENSÃO DE LIMINAR. EXECUÇÃO DE SENTENÇA EM AÇÃO DE DESAPROPRIAÇÃO. INTERESSE PÚBLICO MANIFESTO. ÁREA ENCRAVADA EM ESPAÇO DA RESERVA INDÍGENA IBIRAMA-LA KLANÓ, RECONHECIDA POR PORTARIA DO MINISTRO DA JUSTIÇA. PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO DE ÁREA DA UNIÃO. GRAVE LESÃO À ECONOMIA PÚBLICA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. I - A natureza excepcional da contracautela permite tão somente juízo mínimo de delibação sobre a matéria de fundo e análise do risco de grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas. Controvérsia sobre matéria constitucional evidenciada e risco de lesão à economia pública comprovado. Interesse público que justifica o manejo do pedido de suspensão de liminar na fase de execução de sentença. II - Decisão agravada que constatou à época grave lesão à economia pública, diante da temeridade de levantamento de vultosa quantia dos cofres públicos. Interesse público manifesto. III - Desapropriação de área encravada em espaço demarcado como reserva indígena pela Portaria do Ministério da Justiça 1.128/03, cuja validade está sendo discutida na ACO 1.100 (Relator Ministro Ricardo Lewandowski). IV - A demarcação de terra indígena é ato meramente formal, que apenas reconhece direito preexistente e constitucionalmente assegurado (art. 231 da CF). Os atos administrativos gozam de presunção de legitimidade e veracidade, não afastada na hipótese. Necessidade de aguardar a análise da validade da portaria ministerial. V - Agravo regimental a que se nega provimento.” (SL 610-AgR, Tribunal Pleno, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe de 04/03/2015)

Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao habeas corpus, com esteio no artigo 21, § 1º, do RISTF, ficando prejudicado o exame da medida liminar.

Dê-se ciência ao Ministério Público Federal.Publique-se. Int..Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUXRelator

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HABEAS CORPUS 157.355 (1329)ORIGEM : 157355 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : IDALINO BATISTA DA SILVAIMPTE.(S) : DANIEL LEON BIALSKI (125000/SP) E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: Trata-se de habeas corpus com pedido liminar, impetrado por Daniel Leon Bialski e outros, em favor de Idalino Batista da Silva, contra acórdão proferido pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que não conheceu do HC 292.800/SC.

Nestes autos, pretende a defesa seja reconhecido o cerceamento de defesa, em razão de ausência de participação da defesa técnica na audiência de instrução e julgamento (eDOC 1).

Passo a decidir.Observo que a defesa reitera questão contida nos autos do HC

141.429/SC, de minha relatoria. Destaco, ainda, que no referido HC, diversas questões foram alegadas pelos impetrantes, inclusive em relação ao

cerceamento de defesa. Sobre este tema, destaquei e concordei com o parecer da Procuradoria-Geral da República e com o writ julgado no STJ (HC 292.800/SC). Tanto o parecer quanto o mandamus confirmaram a ausência de cerceamento de defesa.

Assevere-se que a jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de não admitir reiteração de habeas corpus com o mesmo fundamento. Nesse sentido: HC 110.804/TO, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 3.11.2011; HC 135.264/RJ, de minha relatoria, DJe 1º.8.2016 e HC 139.295/SP, de minha relatoria, DJe 23.5.2017.

Assim, o caso é de não conhecimento do writ.Desse modo, não conheço do presente habeas corpus.Intime-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Gilmar MendesRelator

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HABEAS CORPUS 157.359 (1330)ORIGEM : 157359 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : WASHINGTON DA CAMARA RIBEIROIMPTE.(S) : LUIS FERNANDO DE PAULA (229564/SP)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos. Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de

Washington da Camara Ribeiro, apontando como autoridade coatora a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que não conheceu do agravo regimental no AREsp nº 979.671/SP, Relator o Ministro Sebastião Reis Júnior.

O impetrante sustenta, em síntese, a presença de constrangimento ilegal, já que teria sido fixado, à míngua de fundamentação idônea, o regime inicialmente fechado para o cumprimento da pena de 1 (um) ano e 8 (oito) meses de reclusão, imposta ao paciente pelo delito de tráfico de drogas.

Aduz que a incidência da causa especial de redução de pena prevista no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343/06 em seu grau máximo, conforme ocorreu na espécie, autorizaria o cumprimento da pena em regime aberto, bem como a sua substituição por penas restritivas de direito, uma vez que estariam presentes os requisitos do art. 44 do Código Penal.

Afirma que o paciente é primário, de bons antecedentes, não se dedica às atividades criminosas e nem integra organização criminosa.

Requer, assim, o deferimento da medida liminar “para suspender a execução provisória da pena, até o julgamento final do presente writ, comunicando a Vara de origem, com a máxima urgência”.

No mérito, pleiteia a concessão da ordem “a fim de que se estabeleça o regime inicial aberto para o cumprimento da pena, bem como a substituição da pena privativa por restritiva de direitos”.

É o relatório.Decido.Eis a ementa do julgado questionado:“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.

DECISÃO AGRAVADA. FUNDAMENTO INATACADO. SÚMULA 182/STJ.1. O agravante não impugnou o fundamento da decisão agravada que

também não conheceu do agravo pela falta de impugnação a um dos fundamentos da decisão do Tribunal de origem que inadmitiu o recurso especial. Sendo assim, também no agravo regimental tem incidência a Súmula 182/STJ.

2. Agravo regimental não conhecido.” (anexo 14)Essa é a razão pela qual se insurge o impetrante. Como visto o colegiado do Superior Tribunal de Justiça, ao não

conhecer daquele agravo regimental, deixou de analisar as questões suscitadas nesta impetração. Logo, sua análise, de forma originária, neste ensejo, configuraria inadmissível supressão de instância.

Nesse sentido: “Habeas corpus. Penal. Tráfico de drogas nas dependências de

estabelecimento prisional (art. 33, caput, c/c o art. 40, inciso III, da Lei nº 11.343/06). Pretendida absolvição ou desclassificação para o uso de drogas (art. 28 da Lei nº 11.343/06). Questões não analisada pelo Superior Tribunal de Justiça. Supressão de instância configurada. Precedentes. Ordem denegada. 1. Por entender necessário o reexame de fatos e provas, inadmissível, por força do enunciado da Súmula nº 7/STJ, aquela Corte de Justiça deixou de analisar os temas trazidos à apreciação do Supremo Tribunal. Portanto, sua análise, de forma originária, pela corte, configuraria inadmissível supressão de instância. 2. Ordem denegada” (HC nº 125.452/AC, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 8/4/15).

Na esteira desse raciocínio, destaco ainda os precedentes seguintes: HC nº 113.172/SP, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 17/4/13; HC nº 118.836/PA-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 8/10/13; HC nº 116.857/ES-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe de 21/5/13; HC nº 114.583/MS, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 27/8/12; HC nº 92.264/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Menezes Direito, DJ de 14/12/07; e HC nº 90.654/SP,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 238

Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 25/5/07, entre outros.

Ainda que assim não fosse, colhe-se do voto condutor proferido no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que a quantidade e natureza da droga apreendida foram consideradas negativamente na justificação do regime inicial fechado, in verbis:

“Ora, em face da considerável quantidade de droga apreendida com o réu para fins de comercialização (03 porções de cocaína, pesando 14,5g), substância de elevado potencial lesivo, as circunstâncias em que ocorreram sua prisão, eis que foi detido na posse de certa quantia de dinheiro trocado, o que comprovam seu envolvimento com o tráfico.

Deste modo, o regime inicial mais brando do que o fechado não é cabível, eis que a conduta do acusado se reveste de contorno especialmente nocivo, pois trazia entorpecente de elevado potencial lesivo, qual seja, cocaína.

Assim, em que pese a primariedade do acusado, a gravidade dos fatos exige maior repressão por parte do Estado, sendo insuficiente para atender a finalidade repressiva e preventiva, a fixação de regime inicial menos severo” (anexo 8).

Está sedimentado na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que,

“independentemente do momento em que os vetores referentes à quantidade e à natureza da droga forem utilizados para dosar a reprimenda (na pena-base ou na escolha da fração de redução do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006), tais circunstâncias revelam-se idôneas para imprimir maior rigor na seleção do regime prisional (...)” (HC nº 136.818/SP, Segunda Turma, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe de 13/12/16)

No mesmo sentido: HC nº 132.904/MS, Segunda Turma, de minha relatoria, DJe de 11/10/16; RHC nº 136.511/SP, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 13/10/16.

Ainda, segundo o entendimento da Corte, “é possível que o juiz fixe o regime inicial [mais gravoso] e afaste a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos com base na quantidade e na natureza do entorpecente apreendido.” (ARE nº 967.003-AgR/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Roberto Barroso, DJe de 9/8/16).

Ante o exposto, nos termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao presente habeas corpus, ficando, por consequência, prejudicado o pedido de liminar.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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HABEAS CORPUS 157.370 (1331)ORIGEM : 157370 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINPACTE.(S) : CHARLES THIAGO PEREIRA DA SILVAIMPTE.(S) : LUIZ CARLOS MOTA JUNIOR (337648/SP)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão:Trata-se de habeas corpus impetrado contra decisão monocrática,

proferida no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, que, no HC 449.103/SP, indeferiu o pedido liminar.

Narra o impetrante que: a) o paciente foi condenado pela prática do delito previsto no art. 14, caput, da Lei 10.826/2003 à pena de 02 (dois) anos de reclusão, em regime inicial fechado; b) em sede de apelação, o TJSP reformou a sentença do Juízo de 1ª instância, alterando a pena para 2 (dois) anos e 6 (seis) meses de reclusão, em regime inicial semiaberto; c) a decisão que fixou regime mais gravoso é inidônea, desprovida de adequada fundamentação, assentada unicamente na gravidade abstrata do delito; d) há ofensa às súmulas 718 e 719, ambas do STF, e 440 do STJ.

Requer, em suma, a mitigação da Súmula 691/STF a fim de que o regime inicial seja alterado para o aberto e, consequentemente, que a pena privativa da liberdade seja substituída por penas restritivas de direitos.

É o relatório. Decido.1. Esta Corte tem posição firme pela impossibilidade de admissão de

habeas corpus impetrado contra decisão proferida por membro de Tribunal Superior, visto que, a teor do artigo 102, I, “i”, da Constituição da República, sob o prisma da autoridade coatora, a competência originária do Supremo Tribunal Federal somente se perfectibiliza na hipótese em que Tribunal Superior, por meio de órgão colegiado, atue nessa condição. Nessa linha, cito o seguinte precedente:

“É certo que a previsão constitucional do habeas corpus no artigo 5º, LXVIII, tem como escopo a proteção da liberdade. Contudo, não se há de vislumbrar antinomia na Constituição Federal, que restringiu a competência desta Corte às hipóteses nas quais o ato imputado tenha sido proferido por Tribunal Superior . Entender de outro modo, para alcançar os atos praticados por membros de Tribunais Superiores, seria atribuir à Corte competência que não lhe foi outorgada pela Constituição. Assim, a pretexto de dar efetividade ao que se contém no inciso LXVIII do artigo 5º da mesma Carta, ter-se-ia, ao fim e ao cabo, o descumprimento do que previsto

no artigo 102, I, “i”, da Constituição como regra de competência, estabelecendo antinomia entre normas constitucionais.

Ademais, com respaldo no disposto no artigo 34, inciso XVIII, do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça, pode o relator negar seguimento a pedido improcedente e incabível, fazendo-o como porta-voz do colegiado. Entretanto, há de ser observado que a competência do Supremo Tribunal Federal apenas exsurge se coator for o Tribunal Superior (CF, artigo 102, inciso I, alínea “i”), e não a autoridade que subscreveu o ato impugnado. Assim, impunha-se a interposição de agravo regimental” (HC 114.557 AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, julgado em 12.08.2014, grifei).

Nessa perspectiva, tem-se reconhecido o descabimento de habeas corpus dirigido ao combate de decisão monocrática de indeferimento de liminar proferida no âmbito do STJ. Tal entendimento pode ser extraído a partir da leitura da Súmula 691/STF:

“Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar.”

2. Não bastasse, a exigência de motivação estabelecida pelo artigo 93, IX, CF, deve ser compreendida à luz do cenário processual em que o ato se insere. Vale mencionar, por exemplo, a evidente distinção da motivação exigida entre medidas embrionárias, que se contentam com juízo sumário, e o édito condenatório, que desafia a presença de arcabouço robusto para fins de desconstituição do estado de inocência presumido.

Cumpre assinalar que o deferimento de liminar em habeas corpus constitui medida excepcional por sua própria natureza, que somente se justifica quando a situação demonstrada nos autos representar, desde logo, manifesto constrangimento ilegal.

Ou seja, no contexto do habeas corpus, a concessão da tutela de urgência é exceção, e, nesse particular, seu indeferimento deve ser motivado de acordo com essa condição.

Sendo assim, o ônus argumentativo para afastar o pleito liminar é extremamente reduzido. Calha reiterar que, em tais hipóteses, não há pronunciamento de mérito da autoridade apontada como coatora, de modo que se mostra recomendável aguardar a manifestação conclusiva do Juízo natural.

3. Destarte, como não se trata de decisão manifestamente contrária à jurisprudência do STF ou de flagrante hipótese de constrangimento ilegal, com fulcro na Súmula 691/STF e no art. 21, §1º, do RISTF, nego seguimento ao habeas corpus.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 157.372 (1332)ORIGEM : 157372 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : FRANCISCA DE FATIMA MUNIZ BORGESIMPTE.(S) : VINICIUS BORGES MESCHICK DA SILVA (184079/MG)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 449.433 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Vistos etc. Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por

Vinicius Borges Meschick da Silva em favor de Francisca de Fátima Muniz Borges, contra decisão monocrática da lavra do Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu a liminar no HC 449.433/RJ.

Extraio do ato dito coator: “(...).A liminar em recurso ordinário em habeas corpus, bem como em

habeas corpus, não possui previsão legal, tratando-se de criação jurisprudencial que visa a minorar os efeitos de eventual ilegalidade que se revele de pronto na impetração.

Em um juízo de cognição sumária, não visualizo manifesta ilegalidade no ato ora impugnado a justificar o deferimento da medida de urgência.

Esse é o novo entendimento do Supremo Tribunal Federal, adotado a partir do julgamento do Habeas Corpus n. 126.292:

(...).Vale lembrar que, para o Relator do caso julgado pelo Supremo

Tribunal Federal, Ministro Teori Zavascki, a manutenção da sentença pelo Tribunal revisor encerra a análise probatória, ficando autorizada, a partir de então, a execução da pena. Embora tal decisão não seja dotada de efeito vinculante, o novo entendimento aplicado pelo Pleno não pode ser desconsiderado por esta Corte.

Apesar de eventuais recursos especial e extraordinário não serem dotados de efeito suspensivo, na espécie, a jurisdição das instâncias ordinárias, soberana na apreciação das provas, como visto, já teria se encerrado, o processo inclusive já estaria na fase de recurso para os Tribunais Superiores.

Assim, não obstante os fundamentos apresentados pela defesa,

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 239

mostra-se imprescindível uma análise mais aprofundada dos elementos de convicção constantes dos autos, para se aferir a existência de constrangimento ilegal, valendo ressaltar que o pedido liminar se confunde com o próprio mérito da impetração, o qual deverá ser apreciado em momento oportuno, por ocasião do julgamento definitivo do habeas corpus pelo colegiado da Quinta Turma.

Ante o exposto, indefiro a liminar”.No presente writ, aponta o Impetrante que, em sede de apelação, o

Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro deu parcial provimento à apelação ministerial para condenar a paciente à pena de 08 (oito) anos e 07 (sete) meses de reclusão, em regime fechado, pela prática dos crimes de estelionato e de falsidade ideológica (arts. 171 e 299, parágrafo único, c/c art. 61, II, b, todos do Código Penal), determinando a expedição de mandado de prisão. Insurge-se contra a execução provisória da pena. Sustenta ausência de fundamentação do decreto prisional. Alega ter a paciente respondido a todo o processo em liberdade. Requer, em medida liminar e no mérito, o direito de a paciente permanecer em liberdade até o trânsito em julgado do édito condenatório.

É o relatório. Decido. À falta de pronunciamento final do colegiado do Superior Tribunal de

Justiça, a pretensão esbarra na Súmula nº 691/STF: Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar .

A compreensão expressa em tal verbete sumular tem sido abrandada em julgados desta Corte em hipóteses excepcionais, de flagrante ilegalidade ou abuso de poder na denegação da tutela de eficácia imediata. Nesse sentido, v.g, as seguintes decisões colegiadas: HC 125.783/BA, de minha relatoria, 1ª Turma, DJe 27.3.2015; HC 124.052/PR, Rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe 24.11.2014; e HC 120.274/ES, Rel. Min. Cármen Lúcia, 2ª Turma, DJe 20.6.2014.

Ao exame dos autos, não detecto a ocorrência de situação autorizadora do afastamento do mencionado verbete, porquanto “a manutenção da sentença pelo Tribunal revisor encerra a análise probatória, ficando autorizada, a partir de então, a execução da pena”.

À míngua de pronunciamento judicial conclusivo pela Corte Superior quanto à matéria trazida nestes autos, inviável a análise do writ pelo Supremo Tribunal Federal, sob pena de indevida supressão de instância. Cito, nessa linha, precedentes: HC 134.957-AgR/MG, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 24.02.2017; RHC 136.311/RJ, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, DJe 21.02.2017; RHC 133.974/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, 2ª Turma, DJe 03.3.2017; e HC 136.452-ED/DF, de minha relatoria, 1ª Turma, DJe 10.02.2017.

Ante o exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (art. 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa Weber Relatora

HABEAS CORPUS 157.392 (1333)ORIGEM : 157392 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : ÉDER DONIZETE CAMPOS GUIMARÃESIMPTE.(S) : CICERO SALUM DO AMARAL LINCOLN (319219/SP) E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de Éder

Donizete Campos Guimarães, apontando como autoridade coatora a Ministra Laurita Vaz, Presidente do Superior Tribunal de Justiça, que concedeu ordem de ofício no HC nº 432.099/SP.

Os impetrantes sustentam, inicialmente, que o caso concreto autoriza a mitigação do enunciado da Súmula nº 691/STF.

Aduzem, para tanto, a presença de constrangimento ilegal, pois a custódia preventiva do paciente padeceria de fundamentação idônea, apta a justificar a sua necessidade, bem como estariam ausentes os pressupostos autorizadores previstos no art. 312 do Código de Processo Penal.

Alegam, não obstante tratar-se de feito sentenciado, que o impetrante está sendo submetido a constrangimento ilegal por excesso de prazo na prisão preventiva, “visto que a prisão, efetivada em 07.12.2016 perdura a 1 ano, 5 meses e 18 dias sem que se tenha formada a sua culpa”.

Requerem, liminarmente, concessão da ordem para revogar a prisão preventiva do paciente, bem como seja estendido os efeitos dessa decisão aos corréus Alexandre, Rita e Thaís.

Examinados os autos, decido. Transcrevo o teor da decisão questionada: “Trata-se de habeas corpus substitutivo de recurso ordinário, com

pedido liminar, impetrado em favor de EDER DONIZETE CAMPOS GUIMARÃES (PRESO) contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que, nos autos do habeas corpus n.º 2199947-11.2017.8.26.0000,

conheceu parcialmente da impetração e, na parte conhecida, denegou a ordem.

Consta nos autos que o Paciente foi condenado às penas de 3 anos e 6 meses de reclusão, em regime inicial fechado, e 816 dias-multa pela suposta prática do crime previsto no art. 35, caput, da Lei n.º 11.343/2006, sendo-lhe negado o direito de recorrer em liberdade (fls. 35-59).

Irresignada, a Defesa impetrou habeas corpus perante a Corte a quo, mas a ordem foi denegada (fls. 27-33).

No presente writ, o Impetrante sustenta que o Paciente sofre constrangimento ilegal decorrente: i) da falta de fundamentação idônea que autorize a manutenção da custódia cautelar; ii) do excesso de prazo para a formação da culpa, porque preso preventivamente desde 7/12/2016; iii) da aplicação do regime prisional mais severo do que aquele previsto legalmente para a quantidade de pena fixada.

Requer, em liminar e no mérito, a revogação da prisão processual e a alteração do regime prisional para o semiaberto.

É o relatório inicial.Decido o pedido urgente.Como se sabe, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal e

ambas as Turmas desta Corte que compõem a Terceira Seção, após evolução jurisprudencial, passaram a não mais admitir a impetração de habeas corpus em substituição ao recurso ordinário, uma vez que a competência do Pretório Excelso e a deste Superior Tribunal constituem-se em matéria de direito estrito, prevista taxativamente na Constituição da República. Esse entendimento tem sido adotado sem prejuízo de, eventualmente, deferir-se a ordem de ofício, em caso de flagrante ilegalidade.

No que tange à alegação de falta de fundamentação para a manutenção da custódia cautelar, a sentença de fls. 35-59 consignou que ‘não existem modificações das condições da prisão preventiva que ainda se faz necessária" (fl. 58), destacando, ainda, a reincidência do Paciente (fl. 58). Entretanto, o Impetrante não juntou aos autos a decisão que decretou a prisão preventiva, sendo impossível, portanto, saber se nela há ou não fundamentos concretos a justificar a custódia cautelar. E, como se sabe, é ônus da Defesa a correta instrução do pedido de habeas corpus, que demanda prova pré-constituída.

A propósito, tem reiteradamente decidido o Supremo Tribunal Federal que, ‘não estando o pedido de habeas corpus instruído, esta deficiência compromete a sua viabilidade, impedindo que sequer se verifique a caracterização, ou não, do constrangimento ilegal” (HC 95.152-AgR/SP, Primeira Turma, Rel. Ministra CÁRMEN LÚCIA, DJe de 21/11/2008).

No mesmo sentido, este Superior Tribunal de Justiça, v.g.: ‘O rito do habeas corpus pressupõe prova pré-constituída do direito alegado, devendo a parte demonstrar, de maneira inequívoca, por meio de documentos que evidenciem a pretensão aduzida, a existência do aventado constrangimento ilegal suportado pelo acusado.’ (RHC 52.700/SP, Quinta Turma, Rel. Ministro JORGE MUSSI, DJe de 11/12/2014).

Quanto ao alegado excesso de prazo, também deixou de trazer o Impetrante a petição inicial da impetração originária, estando, quanto ao ponto, igualmente mal instruídos os autos deste writ, sendo inviável saber se o tema foi formulado ou não no Tribunal a quo.

Ademais, consoante a Súmula n.º 52 do Superior Tribunal de Justiça, ‘encerrada a instrução criminal, fica superada a alegação de constrangimento por excesso de prazo’ , o que ocorreu na espécie, em que já proferida sentença condenatória.

Por fim, verifica-se que Tribunal a quo não analisou o tema referente à fixação de regime mais gravoso do que a quantidade de pena aplicada recomendava, estando o respectivo julgado fundamentado no sentido de que ‘no tocante aos pleitos de modificação do regime prisional imposto no r. decreto condenatório, é certo que o habeas corpus não é a via eleita para a discussão de questões do processo de conhecimento que está ainda sub judice em fase recursal’ (fl. 31). Assim, apreciar a tese de insurgência do Impetrante, nos moldes expostos no writ, constituiria indevida supressão de instância, de modo que, nesta ocasião, é vedada a sua análise. Nesse sentido:

‘PENAL E PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. ART. 2º, §§ 2º E 3º, DA LEI N. 12.850/2013. NULIDADE. AUSÊNCIA DE PERÍCIA DE VOZ. TEMA NÃO SUSCITADO NA ORIGEM. REVISÃO DA DOSIMETRIA DA PENA. TEMAS NÃO ENFRENTADOS PELA CORTE LOCAL. COGNIÇÃO. INVIABILIDADE. NÃO CONHECIMENTO. MANUTENÇÃO DA PRISÃO CAUTELAR. NEGATIVA DO APELO EM LIBERDADE. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. REITERAÇÃO DELITIVA. PERICULOSIDADE. WRIT CONHECIDO EM PARTE E, NESSA EXTENSÃO, ORDEM DENEGADA.

1. Não é possível a esta Corte debruçar-se sobre temas nãoenfrentados pela Corte local, sob o risco de supressão de instância.

Na espécie, não foi suscitada e, por conseguinte, enfrentada a questão relativa à nulidade processual, bem como o Tribunal de origem não examinou a matéria referente à dosimetria da pena, eis que reputou inadequado o manejo do habeas corpus como sucedâneo recursal, ante a existência de recurso próprio, qual seja, a apelação, que foi interposta e está pendente de julgamento.

2. Não é ilegal o encarceramento provisório imposto e, depois, mantido na sentença (porque persistentes os fundamentos do anterior decreto prisional) para o resguardo da ordem pública e aplicação da lei penal, em razão da gravidade concreta do crime (a trama criminosa movimenta altos

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 240

recursos financeiros, a julgar pelo valor aproximado de R$ 2.000.000,00 referente a uma única carga apreendida), bem como pela reiteração delitiva, demonstrada por seus maus antecedentes (condenação anterior pelo crime de contrabando).

3. Habeas corpus conhecido em parte e, nessa extensão, ordem denegada.’ (HC 399.910/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 13/06/2017, DJe 23/06/2017 - grifei)

Ocorre que a existência de via de impugnação específica não inviabiliza a impetração de ordem de habeas corpus para se aferir a correção do regime prisional fixado na sentença, conforme orientação adotada nesta Corte Superior, in verbis’:

‘PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. WRIT SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES. HABEAS CORPUS ORIGINÁRIO NÃO CONHECIDO PELO TRIBUNAL DE ORIGEM POR SUPOSTA INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. QUESTÃO DE DIREITO QUE INDEPENDE DA ANÁLISE FÁTICO-PROBATÓRIA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO. RETORNO DOS AUTOS À ORIGEM. NÃO CONHECIMENTO. ORDEM DE OFÍCIO.

1. O Superior Tribunal de Justiça não admite que o remédio constitucional seja utilizado em substituição ao recurso próprio (apelação, agravo em execução, recurso especial), tampouco à revisão criminal, ressalvadas as situações em que, à vista da flagrante ilegalidade do ato apontado como coator, em prejuízo da liberdade do paciente, seja cogente a concessão, de ofício, da ordem de habeas corpus.

2. Hipótese em que o Tribunal de origem não conheceu da impetração originária - versando sobre a legalidade na imposição do regime inicial fechado -, por suposta inapropriação da via eleita. Não tendo havido o exaurimento da matéria pelas instâncias de origem, inviável a apreciação por esta Corte Superior de Justiça, sob pena de supressão de instância.

3. Tratando-se de matéria exclusivamente de direito, não demandando revolvimento fático-probatório, inexiste óbice à análise do pedido formulado no habeas corpus originário, ainda que de ofício, nos termos do art. 654, §2º, do CPP. Precedentes.

4. Writ não conhecido. Ordem concedida, de ofício, para determinar, o retorno da impetração ao Tribunal de 2º Grau para que este examine o mérito do Habeas Corpus originário, decidindo como entender de direito, mormente quanto à possibilidade de concessão da ordem, de ofício." (HC 349.445/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 12/04/2016, DJe 22/04/2016 - grifei)

Necessária, portanto, incontinenti, o afastamento do constrangimento ilegal imposto ao Paciente.

Ante o exposto, INDEFIRO o pedido liminar pleiteado. Todavia, DEFIRO habeas corpus, de ofício, para determinar que o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo proceda ao exame do mérito do habeas corpus n.º 2017.0000912258, quanto à fixação do regime prisional fechado, julgando-o como entender de direito. Comunique-se, com urgência, ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, solicitando-lhe informações atualizadas, inclusive, acerca da ocorrência de qualquer alteração relevante no quadro fático-processual” (grifos da autora).

Como visto a impetração tem como escopo decisão monocrática da Ministra Laurita Vaz que, no tocante aos requisitos da prisão preventiva do paciente e do excesso de prazo na formação da culpa, consignou a impossibilidade de sua análise, uma vez que a impetração foi deficientemente instruída. Logo, a apreciação dessas questões, de forma originária, neste ensejo, configuraria inadmissível supressão de instância.

Perfilhando esse entendimento: HC nº 113.172/SP, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 17/4/13; HC nº 118.836/PA-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 8/10/13; HC nº 116.857/ES-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe de 21/5/13; HC nº 114.583/MS, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 27/8/12; HC nº 92.264/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Menezes Direito, DJ de 14/12/07; e HC nº 90.654/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 25/5/07, entre outros.

É certo, ademais, que a decisão emanada daquela Corte de Justiça não encerra situação de constrangimento ilegal, pois alinhada à jurisprudência deste Supremo Tribunal, segundo à qual constitui ônus do impetrante instruir adequadamente o writ com os documentos necessários ao exame da pretensão posta em juízo (HC nº 95.434/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 2/10/09).

No mesmo sentido o HC nº 114.020/SP, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 28/6/13 e o HC nº 98.072/RS, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 7/5/10.

Com essas considerações, nos termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao presente habeas corpus, ficando, por consequência, prejudicado o pedido de liminar.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 157.399 (1334)ORIGEM : 157399 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULO

RELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : ROBERTO PEREIRA DA SILVAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO ARESP Nº 876.761 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Vistos etc.Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pela

Defensoria Pública do Estado de São Paulo em favor de Roberto Pereira da Silva, contra decisão monocrática da lavra do Ministro Rogerio Schietti Cruz, do Superior Tribunal de Justiça, que não conheceu do AREsp 876.761/SP.

O magistrado de primeiro grau, forte no art. 386, VIII, do Código de Processo Penal, absolveu o paciente da prática do crime de tráfico de drogas (art. 33, c/c art. 40, VI, da Lei 11.343/2006), oportunidade em que determinou a expedição de alvará de soltura em seu favor.

Em sede de apelação, o Tribunal de Justiça de São Paulo deu provimento ao recurso ministerial para condenar o ora paciente à pena de 02 (dois) anos e 11 (onze) anos de reclusão, em regime inicial fechado, pela prática do delito de tráfico de drogas (art. 33, c/c art. 40, VI, da Lei 11343/2006). Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.

A Defesa, então, interpôs recurso especial, que, inadmitido na origem, ensejou o manejo de agravo perante o Superior Tribunal de Justiça. O Ministro Rogerio Schietti Cruz, do Superior Tribunal de Justiça, que não conheceu do AREsp 876.761/SP.

No presente writ, a Impetrante alega a possibilidade de aplicação da causa de diminuição da pena prevista no § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006, em grau máximo, com repercussão no regime inicial aberto e na substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. Assevera a primariedade e bons antecedentes ostentados pelo paciente, além da inexistência de provas de sua dedicação ou integração à organização criminosa. Requer, em medida liminar, a expedição de salvo conduto até o julgamento final da presente impetração. No mérito, pugna pelo redimensionamento da pena.

É o relatório.Decido.Extraio do ato coator:“(...).De plano, observo que o agravo interposto não comporta

conhecimento.Com efeito, a Corte local justificou a inadmissão do pleito defensivo

com base nas Súmulas n. 284, 282 e 356 do STF e 7 do STJ.Ao interpor o agravo, a despeito de afirmar que o exame das teses

atinentes à violação dos arts. 155 e 186 do Código de Processo Penal não demandavam reexame de provas que que houve prequestionamento da matéria relacionada ao regime inicial de cumprimento de pena, noto que a defesa deixou de infirmar a aplicação da Súmula n. 284 do STF, para demonstrar que foi elencada fundamentação suficiente nas razões recursais a permitir a exata compreensão dos pleitos formulados.

Registro, por oportuno, que a simples leitura do recurso especial não permite identificar, com precisão, quais os pleitos defensivos em relação à dosimetria da pena e, no agravo interposto, nada foi dito em relação ao tema.

Incide, assim, a Súmula n. 182 do STJ, in verbis: "É inviável o agravo do art. 545 do CPC que deixa de atacar especificamente os fundamentos da decisão agravada".

Registro, por oportuno, que, embora a legislação processual civil em vigor não seja a mesma que baseou a edição da Súmula n. 182 do STJ, há dispositivo semelhante no Código de Processo Civil atual (art. 1.042), de forma que o enunciado permanece aplicável.

Nesse sentido, cito recentes julgados desta Corte: AgRg no AREsp n. 162.038⁄CE (Rel. Ministro Rogerio Schietti, 6ª T., DJe 17⁄11⁄2016), AgInt no AREsp n. 943.953⁄RS (Rel. Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, 3ª T., DJe 28⁄10⁄2016) e AgRg no REsp n. 1.624.034⁄SC (Rel. Ministra Maria Thereza de Assis Moura, 6ª T., DJe 11⁄11⁄2016).

Ante o esgotamento das instâncias ordinárias – como no caso –, de acordo com entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamento do ARE n. 964.246, sob a sistemática da repercussão geral, é possível a execução da pena depois da prolação de acórdão em segundo grau de jurisdição e antes do trânsito em julgado da condenação, para garantir a efetividade do direito penal e dos bens jurídicos constitucionais por ele tutelados.

À vista do exposto, com fundamento no art. 932, III, do CPC, c⁄c o art. 253, parágrafo único, I, do RISTJ, não conheço do agravo em recurso especial”.

Registro a existência de óbice ao conhecimento do presente writ, uma vez não esgotada a jurisdição do Superior Tribunal de Justiça, pois o ato impugnado é decisão monocrática extintiva do writ e não o resultado de julgamento colegiado. Deveria a Defesa, pretendendo a reforma da decisão monocrática, ter manejado agravo regimental para que a questão fosse apreciada pelo órgão colegiado (HC 122.275-AgR/SP, Rel. Min. Teori Zavascki, 2ª Turma, DJe 01.7.2014).

Por outro lado, compete constitucionalmente ao Superior Tribunal de Justiça o julgamento do recurso especial, cabendo-lhe, enquanto órgão ad

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 241

quem, o segundo, e definitivo, juízo de admissibilidade positivo ou negativo deste recurso de fundamentação vinculada.

O Supremo Tribunal Federal tem rejeitado submeter, a seu escrutínio, a decisão do Superior Tribunal de Justiça quanto à inadmissibilidade do recurso especial. Embora tal jurisprudência tenha se formado inicialmente no âmbito de julgamentos quanto à inadmissibilidade de recursos extraordinários sobre a matéria, foi também estendida ao habeas corpus (HC 112.130/MG, Rel. Min. Ayres Britto, 2ª Turma, DJe 08.6.2012; e HC 99.174/SP, Rel. Min. Ayres Britto, 2ª Turma, DJe 26.8.2011).

Além disso, em consulta ao andamento processual do feito na origem (AREsp 876.761/SP), observo que o ato apontado como coator transitou em julgado em 05.02.2018, tendo o presente habeas corpus sido impetrado em 24.5.2018, o que revela a pretensão do Impetrante de utilizar-se do remédio constitucional como substitutivo da revisão criminal.

A garantia da coisa julgada constitui direito fundamental de estatura constitucional (artigo 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal) que somente pode ser relativizada nas hipóteses taxativas previstas no artigo 621 do Código de Processo Penal (NUCCI, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal Comentado. 14 edição, rev. Atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense, 2015, p. 1236), pela via processual adequada.

Friso, ainda, que a competência absoluta para o processamento e julgamento de eventual revisão criminal, na hipótese, não recairia sobre o Supremo Tribunal Federal (artigo 624, inciso II, do Código de Processo Penal), de modo que o conhecimento da matéria de fundo pela via substitutiva do habeas corpus implicaria inevitável supressão de instância jurisdicional.

Pontuo, ainda, que a jurisprudência desta Corte é no sentido da inviabilidade, como regra, de utilização do writ como sucedâneo recursal ou revisão criminal (RHC 123.813/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 21.11.2014; HC 121.255/SP, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 01.8.2014), com ressalva, nesta última hipótese, de serem os fatos incontroversos (HC 139.741/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, 2ª Turma, j. 06.3.2018).

De todo modo, à míngua de pronunciamento judicial conclusivo pela Corte Superior quanto à matéria trazida nestes autos – dosimetria da pena -, inviável a análise do writ pelo Supremo Tribunal Federal, sob pena de indevida supressão de instância. Cito, nessa linha, precedentes: HC 134.957-AgR/MG, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 24.02.2017; RHC 136.311/RJ, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, DJe 21.02.2017; RHC 133.974/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, 2ª Turma, DJe 03.3.2017; e HC 136.452-ED/DF, de minha relatoria, 1ª Turma, DJe 10.02.2017.

Ante o exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (art. 21, § 1º, do RISTF).

Determino seja retificada a autuação, a fim de inserir o nome completo do paciente, observada a ratio das Resoluções 458, de 22.3.2011, 501, de 17.4.2013, e 579, de 25.5.2016, desta Suprema Corte.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

HABEAS CORPUS 157.400 (1335)ORIGEM : 157400 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : GOIÁSRELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : MÁRCIO CEZAR DA SILVAPACTE.(S) : THIAGO CARLOS DE BARROSIMPTE.(S) : MARUZAN ALVES DE MACEDO (41134/MG) E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Vistos etc. Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por

Maruzam Alves de Macedo e outro em favor de Marcio Cezar da Silva e Thiago Carlos de Barros, contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça, que não conheceu do HC 446.247/GO.

É o relatório. Decido. A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal orienta no sentido

do não conhecimento de habeas corpus quando não devidamente instruído o feito (HC 103.240-AgR/RS, Rel. Min. Ayres Britto, 2ª Turma, DJe 11.4.2011). É o caso da presente impetração, em que não foi colacionada aos autos cópia do decreto prisional e da decisão exarada pela Corte Estadual.

Ante o exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (art. 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa Weber Relatora

HABEAS CORPUS 157.408 (1336)ORIGEM : 157408 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : RODRIGO SILVA SOUZAIMPTE.(S) : MAURO ATUI NETO (266971/SP)

COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 450.857 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL E PENAL. CRIMES DE HOMICÍDIO QUALIFICADO NA FORMA TENTADA, DE ROUBO, DE ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA, DE RESISTÊNCIA E DE POSSE OU PORTE DE ARMA DE FOGO COM NUMERAÇÃO, MARCA OU QUALQUER OUTRO SINAL DE IDENTIFICAÇÃO RASPADO, SUPRIMIDO OU ADULTERADO. ARTIGOS 121, § 2º, IV, V E VI, C/C ARTIGO 14, II, 157, § 2º, I, II E V (REDAÇÃO ANTERIOR), 288 E 329 DO CÓDIGO PENAL E ARTIGO 16, IV, DA LEI Nº 10.826/03. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL PARA JULGAR HABEAS CORPUS : CF, ART. 102, I, D E I . ROL TAXATIVO. MATÉRIA DE DIREITO ESTRITO. INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA: PARADOXO. ORGANICIDADE DO DIREITO. AUSÊNCIA DE JULGAMENTO COLEGIADO. ALEGADO EXCESSO DE PRAZO. NECESSIDADE DE SE AFERIR A DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO À LUZ DAS ESPECIFICIDADES DO CASO CONCRETO. REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. INADMISSIBILIDADE NA VIA ELEITA.

- Seguimento negado, com esteio no artigo 21, § 1º, do RISTF. Prejudicado o exame do pedido liminar.

- Ciência ao Ministério Público Federal.DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado

contra decisão do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu liminarmente a petição inicial do habeas corpus lá impetrado, HC nº 450.857.

Consta dos autos que o paciente foi preso em razão da suposta prática dos crimes tipificados nos artigos 121, § 2º, IV, V e VII, c/c artigo 14, II, artigo 157, § 2º, I, II e V (redação anterior), artigo 288 e artigo 329 do Código Penal, e artigo 16, IV, da Lei nº 10.826/03.

Foi impetrado habeas corpus perante o Tribunal de origem, tendo sido a ordem denegada.

Ato contínuo, foi manejado writ perante o Superior Tribunal de Justiça, o qual indeferiu liminarmente a petição inicial.

A defesa aponta, em síntese, a ocorrência de constrangimento ilegal consubstanciado na ordem constritiva da liberdade do paciente e no suposto excesso de prazo. Narra que o ”paciente se encontra preso desde o dia 27 de setembro de 2016 – ou seja, há mais de 01 (um) ano e 07 (sete) meses, sem a formação da sua culpa em definitivo, violando dessa forma o princípio da razoabilidade previsto no artigo 5º, LXXVII da Constituição Federal”. Entende que “o processo não é complexo, até porque só tem quatro acusados”. Assevera que, “não se tem data prevista para que a culpa definitiva do paciente seja selada com o trânsito em julgado, até porque com o punitivismo que assola o País – certamente a defesa recorrerá de uma eventual sentença condenatória” e pugna pela superação do enunciado 691 da Súmula do Superior Tribunal de Justiça, bem como pela fixação de medidas cautelares diversas da prisão.

Ao final, formula pedido nos seguintes termos, in verbis:“Ante o exposto, pede-se a essa Augusta Corte, com a juntada dos

autos capa a capa, estando presentes o fumus boni iuris e o periculum in mora, a concessão da medida LIMINAR para que o paciente RODRIGO SILVA SOUZA possa aguardar o julgamento em liberdade pelos exaustivos argumentos supra (EXCESSO DE PRAZO), COM OU SEM A IMPOSIÇÃO DAS MEDIDAS CAUTELARES DO ARTIGO 319 DO CPP, bem como seja expedido com extrema urgência os competente ALVARÁ DE SOLTURA CLAUSULADO, bem como os ofícios necessários e, após as informações prestadas, requer seja definitivamente concedida a ordem, e confirmando-se a liminar, como medida da mais lídima e cristalina JUSTIÇA.”

É o relatório, DECIDO.A competência originária do Supremo Tribunal Federal para conhecer

e julgar habeas corpus está definida, taxativamente, no artigo 102, inciso I, alíneas d e i, da Constituição Federal, verbis:

“Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

I – processar e julgar, originariamente:…d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas

nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;

…i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando

o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância.”

In casu, o paciente não está arrolado em nenhuma das hipóteses sujeitas à jurisdição originária desta Corte.

A ementa do acórdão proferido na Pet 1738-AgRg, Rel. Min. Celso de Mello, Pleno, DJe 1º/10/1999, é elucidativa e precisa quanto à taxatividade da competência do Supremo Tribunal Federal:

“E M E N T A: PROTESTO JUDICIAL FORMULADO CONTRA DEPUTADO FEDERAL - MEDIDA DESTITUÍDA DE CARÁTER PENAL (CPC, ART. 867) - AUSÊNCIA DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 242

TRIBUNAL FEDERAL - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.A PRERROGATIVA DE FORO - UNICAMENTE INVOCÁVEL NOS

PROCEDIMENTOS DE CARÁTER PENAL - NÃO SE ESTENDE ÀS CAUSAS DE NATUREZA CIVIL.

- As medidas cautelares a que se refere o art. 867 do Código de Processo Civil (protesto, notificação ou interpelação), quando promovidas contra membros do Congresso Nacional, não se incluem na esfera de competência originária do Supremo Tribunal Federal, precisamente porque destituídas de caráter penal. Precedentes.

A COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - CUJOS FUNDAMENTOS REPOUSAM NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - SUBMETE-SE A REGIME DE DIREITO ESTRITO.

- A competência originária do Supremo Tribunal Federal, por qualificar-se como um complexo de atribuições jurisdicionais de extração essencialmente constitucional - e ante o regime de direito estrito a que se acha submetida - não comporta a possibilidade de ser estendida a situações que extravasem os limites fixados, em numerus clausus, pelo rol exaustivo inscrito no art. 102, I, da Constituição da República. Precedentes.

O regime de direito estrito, a que se submete a definição dessa competência institucional, tem levado o Supremo Tribunal Federal, por efeito da taxatividade do rol constante da Carta Política, a afastar, do âmbito de suas atribuições jurisdicionais originárias, o processo e o julgamento de causas de natureza civil que não se acham inscritas no texto constitucional (ações populares, ações civis públicas, ações cautelares, ações ordinárias, ações declaratórias e medidas cautelares), mesmo que instauradas contra o Presidente da República ou contra qualquer das autoridades, que, em matéria penal (CF, art. 102, I, b e c), dispõem de prerrogativa de foro perante a Corte Suprema ou que, em sede de mandado de segurança, estão sujeitas à jurisdição imediata do Tribunal (CF, art. 102, I, d). Precedentes.”

Afigura-se paradoxal, em tema de direito estrito, conferir interpretação extensiva para abranger no rol de competências do Supremo Tribunal hipóteses não sujeitas à sua jurisdição.

A prevalência do entendimento de que o Supremo Tribunal Federal deve conhecer de habeas corpus substitutivo de recurso ordinário constitucional contrasta com os meios de contenção de feitos, remota e recentemente implementados - Súmula Vinculante e Repercussão Geral - com o objetivo de viabilizar o exercício pleno, pelo Supremo Tribunal Federal, da nobre função de guardião da Constituição da República.

E nem se argumente com o que se convencionou tratar de jurisprudência defensiva. Não é disso que se cuida, mas de necessária, imperiosa e urgente reviravolta de entendimento em prol da organicidade do direito, especificamente no que tange às competências originária e recursal do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar habeas corpus e o respectivo recurso ordinário, valendo acrescer que essa ação nobre não pode e nem deve ser banalizada a pretexto, em muitos casos, de pseudonulidades processuais com reflexos no direito de ir e vir.

A propósito da organicidade e dinâmica do direito, impondo-se a correção de rumos, bem discorreu o Ministro Marco Aurélio no voto proferido no HC n. 109.956, que capitaneou a mudança de entendimento na Segunda Turma, verbis:

“O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios, expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do alcance da Carta da República há de fazer-se de forma integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e aplicação do Direito que é sistemática. O habeas corpus substitutivo de recurso ordinário, além de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do Diploma Maior, não existindo qualquer previsão legal, enfraquece este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos artigos 102, inciso II, alínea ‘a’, e 105, inciso II, alínea ‘a’, tem-se a previsão de recurso ordinário constitucional a ser manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de outras situações em que requerida, a jurisdição.

Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a conceder, se for o caso, a ordem de ofício.”

Ademais, em consulta ao sítio eletrônico da Corte Superior, verifico a ausência de interposição de agravo regimental contra a decisão monocrática impugnada. Nesse contexto, assento que não restou exaurida a jurisdição no âmbito daquela Corte, conforme exigido pelo artigo 102, inciso II, alínea a, da Constituição Federal, in verbis:

“Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

II – julgar, em recurso ordinário:a) o "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas-data" e o

mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão” (grifei).

O constituinte fez clara opção pelo princípio da colegialidade ao

franquear a competência desta Corte para apreciação de habeas corpus – consoante disposto na alínea a do inciso II do artigo 102, da CRFB, – quando decididos em única instância pelos Tribunais Superiores. E não há de se estabelecer a possibilidade de flexibilização dessa regra constitucional de competência, pois, sendo matéria de direito estrito, não pode ser interpretada de forma ampliada para alcançar autoridades – no caso, membros de Tribunais Superiores – cujos atos não estão submetidos à apreciação do Supremo Tribunal Federal. Daí porque, em situação similar, a Primeira Turma desta Corte, por ocasião do julgamento do Recurso Ordinário em Habeas Corpus nº 108.877/RS, relatora Ministra Cármen Lúcia, deixou expresso que “não se conhece de recurso ordinário em habeas corpus contra decisão monocrática proferida no Superior Tribunal de Justiça”. No mesmo sentido, RHC 117.267/SP, relator Ministro Dias Toffoli e o acórdão proferido no julgamento do RHC 111.639/DF, relator Ministro Dias Toffoli, cuja ementa possui o seguinte teor:

“Recurso ordinário em habeas corpus. Penal. Roubo circunstanciado pelo emprego de arma. Aplicação do aumento de pena previsto no inciso I do § 2º do art. 157 do Código Penal. Decisão monocrática do relator do habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça a ele negando seguimento. Não cabimento do recurso ordinário. Precedentes. Recurso não conhecido. Ofensa ao princípio da colegialidade. Concessão de ordem de habeas corpus de ofício. Precedentes. 1. Segundo o entendimento da Corte ‘não se conhece de recurso ordinário em habeas corpus contra decisão monocrática proferida no Superior Tribunal de Justiça’ (RHC nº 108.877/SP, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 19/10/11). 2. Recurso não conhecido(...)” (grifei).

A Constituição Federal restringiu a competência desta Corte às hipóteses nas quais o ato imputado tenha sido proferido por Tribunal Superior, considerando o princípio da colegialidade. Entender de outro modo, para alcançar os atos praticados por membros de Tribunais Superiores, seria atribuir à Corte competência que não lhe foi outorgada pela Constituição.

Demais disso, inexiste excepcionalidade que permita a concessão da ordem de ofício ante a ausência de teratologia na decisão atacada, flagrante ilegalidade ou abuso de poder. Por oportuno, transcrevo a fundamentação da decisão do Superior Tribunal de Justiça, naquilo que interessa, in verbis :

“Acompanhando a orientação da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, a jurisprudência desta Corte Superior firmou-se no sentido de que o habeas corpus não pode ser utilizado como substituto de recurso próprio, a fim de que não se desvirtue a finalidade dessa garantia constitucional, com a exceção de quando a ilegalidade apontada é flagrante, hipótese em que se concede a ordem de ofício.

Nesse sentido, encontram-se, por exemplo, estes julgados: HC 313.318/RS, Quinta Turma, Rel. Min. Felix Fischer, julgamento em 7/5/2015, DJ de 21/5/2015; HC 321.436/SP, Sexta Turma, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 19/5/2015, DJ de 27/5/2015.

No caso dos autos, constata-se que já foi proferida decisão interlocutória mista de pronúncia, o que atrai ao caso a incidência do enunciado nº 21 da Súmula do Superior Tribunal de Justiça, que dispõe que ‘pronunciado o réu, fica superada a alegação do constrangimento ilegal da prisão por excesso de prazo na instrução’.

Além disso, conforme relatado pela própria defesa, a sessão de julgamento perante o Tribunal do Júri encontra-se designada para data de 13/6/2018, de modo que eventual excesso de prazo, ainda que existente, encontra-se na iminência de seu encerramento.

Cabe ponderar que se trata de hipótese na qual se apura delito extremamente grave - roubo em concurso de agentes, com emprego de diversas armas de fogo - inclusive uma metralhadora -, subtração de bens de alto valor e restrição da liberdade da vítima, seguido de troca de tiros contra policiais militares com finalidade de garantir a impunidade do crime.

Dadas estas circunstâncias, em um primeiro aspecto, a interregno temporal da prisão - cerca de 1 ano e 7 meses - não se mostra excessivo tendo em vista o montante de pena em abstrato definido para as condutas descritas. Em um segundo aspecto, a gravidade concreta da ação delitiva não recomenda o deferimento da liberdade.

Não é o caso, portanto, de superação do referido enunciado sumular. Desse modo, nos termos do art. 210 do Regimento Interno do

Superior Tribunal de Justiça, indefiro liminarmente o pedido. ” No que concerne ao excesso de prazo, não há informações

suficientes para caracterizar uma demora injustificada no trâmite da ação penal. Com efeito, a Corte Superior assentou que “já foi proferida decisão interlocutória mista de pronúncia, o que atrai ao caso a incidência do enunciado nº 21 da Súmula do Superior Tribunal de Justiça, que dispõe que ‘pronunciado o réu, fica superada a alegação do constrangimento ilegal da prisão por excesso de prazo na instrução’”, bem como que “a sessão de julgamento perante o Tribunal do Júri encontra-se designada para data de 13/6/2018, de modo que eventual excesso de prazo, ainda que existente, encontra-se na iminência de seu encerramento”. Deveras, não pode a razoável duração do processo ser aferida de modo dissociado das especificidades da hipótese sub examine.

Nesse sentido, verbis:“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. SUBSTITUTIVO

DE RECURSO ORDINÁRIO. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. HOMICÍDIO. PRISÃO PREVENTIVA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. EXCESSO DE PRAZO NÃO CONFIGURADO.

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1. Contra a denegação de habeas corpus por Tribunal Superior prevê a Constituição Federal remédio jurídico expresso, o recurso ordinário. Diante da dicção do art. 102, II, a, da Constituição da República, a impetração de novo habeas corpus em caráter substitutivo escamoteia o instituto recursal próprio, em manifesta burla ao preceito constitucional. 2. Prisão preventiva decretada forte na garantia da ordem pública, presentes as circunstâncias concretas reveladas nos autos. Precedentes. 3. A razoável duração do processo não pode ser considerada de maneira isolada e descontextualizada das peculiaridades do caso concreto. 4. Agravo regimental conhecido e não provido.” (HC 125.144-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Rosa Weber. DJe de 28/06/2016)

“Agravo regimental em habeas corpus. Matéria criminal. Writ denegado monocraticamente na forma do art. 192 do RISTF. Demora no julgamento de impetração perante o STJ não reconhecida. Conhecimento do agravo regimental. Agravo não provido. 1. Segundo o art. 192 do Regimento Interno da Corte, “quando a matéria for objeto de jurisprudência consolidada do Tribunal, o Relator poderá desde logo denegar ou conceder a ordem, ainda que de ofício, à vista da documentação da petição inicial ou do teor das informações”. 2. Está sedimentado, em ambas as Turmas da Suprema Corte, que a demora no julgamento do writ impetrado ao Superior Tribunal de Justiça, por si só, não pode ser interpretada como negativa de prestação jurisdicional, não se ajustando ao presente caso as situações fáticas excepcionais. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.” (HC 132.610-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 06/06/2016)

Outrossim, impende consignar que a jurisprudência desta Corte é no sentido de que a complexidade dos fatos e do procedimento, bem como a pluralidade de réus e testemunhas, permitem seja ultrapassado o prazo legal. Nesse sentido, trago à guisa de exemplo, os seguintes julgados:

“RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PENAL. ALEGAÇÃO DE DEMORA INJUSTIFICADA PARA O JULGAMENTO DE APELAÇÃO CRIMINAL. COMPLEXIDADE DO FEITO. INEXISTÊNCIA DE DESÍDIA JUDICIAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Não se há cogitar de desídia judicial na tramitação do recurso de apelação da defesa no Tribunal Regional Federal da Terceira Região. O acórdão recorrido harmoniza-se com a jurisprudência deste Supremo Tribunal no sentido de não ser procedente a alegação de excesso de prazo quando a complexidade justifica a tramitação mais alongada do processo. 2. Recurso ao qual se nega provimento.” (RHC nº 132.322, Segunda Turma Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 07/04/2016).

“Habeas corpus. 2. Formação de quadrilha, receptação e estelionato. 3. Pedido de liberdade provisória. 4. Demonstrada a necessidade da segregação provisória para garantia da ordem pública e aplicação da lei penal, tendo em vista a comprovação da periculosidade do acusado, líder de organização criminosa. Alta probabilidade de que, em liberdade até o trânsito em julgado da ação penal, dê prosseguimento às atividades ilícitas. Precedentes. 5. Alegação de excesso de prazo na formação da culpa. Não ocorrência. Complexidade do feito (pluralidade de réus, defensores e testemunhas). Processo concluso aguardando sentença. 6. Ausência de constrangimento ilegal. Ordem denegada.” (HC nº 131.055, Segunda Turma, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 08/03/2016).

“HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. NÃO CONHECIMENTO. OPERAÇÃO POLICIAL. TRÁFICO INTERNACIONAL DE DROGAS. INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA. PRORROGAÇÕES SUCESSIVAS. CABIMENTO. COMPLEXIDADE DA INVESTIGAÇÃO. DEFERIMENTO DE MEDIDA INVESTIGATIVA. POSTERIOR DECLINAÇÃO DE COMPETÊNCIA. VALIDADE. JUÍZO APARENTE. INOVAÇÃO ARGUMENTATIVA. IMPOSSIBILIDADE DE EXAME. RISCO DE SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. 1. Não se admite habeas corpus substitutivo de recurso ordinário constitucional, sob pena de desvirtuamento das regras e prazos processuais, peremptoriamente previstos em lei. 2. É possível a prorrogação do prazo de autorização para interceptação telefônica, ainda que sucessivamente, especialmente quando, em razão do número de fatos e investigados, o caso seja dotado de complexidade que demande uma investigação diferenciada, profícua e contínua. 3. Segundo a teoria do juízo aparente, não há nulidade na medida investigativa deferida por magistrado que, posteriormente, vem a declinar da competência por motivo superveniente e desconhecido à época da autorização judicial. 4. Caracteriza-se indevida supressão de instância o enfrentamento de argumento não analisado pela instância a quo. 5. Habeas corpus não conhecido, revogando-se a liminar anteriormente deferida.” (HC nº 120.027, Primeira Turma, Rel. Min. Edson Fachin, DJe de 24/11/2015).

Demais disso, o exame da pretensão defensiva demanda uma indevida incursão na moldura fática delineada nos autos. Desta sorte, impende consignar, ainda, que o habeas corpus é ação inadequada para a valoração e exame minucioso do acervo fático probatório engendrado nos autos. Destarte, não se revela cognoscível a insurgência que não se amolda à estreita via eleita. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIME DE HOMICÍDIO DUPLAMENTE QUALIFICADO. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INADMISSIBILIDADE. COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA JULGAR HABEAS CORPUS: CRFB/88, ART. 102, I, D E I. HIPÓTESE QUE NÃO SE AMOLDA AO ROL TAXATIVO DE COMPETÊNCIA DESTA SUPREMA CORTE. REVOLVIMENTO DO

CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. INADMISSIBILIDADE NA VIA ELEITA. INÉPCIA DA DENÚNCIA. NÃO CARACTERIZADA. CUSTÓDIA PREVENTIVA DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA. ELEMENTOS CONCRETOS A JUSTIFICAR A MEDIDA. ALEGADO EXCESSO DE PRAZO. INOCORRÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.” (HC nº 130.439, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 12/05/2016)

Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao writ, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF. Prejudicado o exame do pedido de liminar.

Dê-se ciência ao Ministério Público Federal.Publique-se. Int..Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 157.409 (1337)ORIGEM : 157409 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : VICENTE DE PAULA DARIENZO FILHOIMPTE.(S) : CICERO SALUM DO AMARAL LINCOLN (319219/SP) E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 424.399 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL E PENAL. CRIMES DE TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES, DE ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO, DE POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO E DE PORTE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO COM NUMERAÇÃO SUPRIMIDA. ARTIGOS 33 E 35 DA LEI Nº 11.343/06 E ARTIGOS 12 E 16 DA LEI Nº 10.826/03. PRETENSÃO DE REVOGAÇÃO DA SEGREGAÇÃO CAUTELAR. TEMAS NÃO DEBATIDOS PELAS INSTÂNCIAS PRECEDENTES. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. PEDIDO DE EXTENSÃO. REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. INADMISSIBILIDADE NA VIA ELEITA. IMPOSSIBILIDADE DE SE AFERIR A IDENTIDADE JURÍDICA ENTRE OS CORRÉUS. IMPOSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DO HABEAS CORPUS COMO SUCEDÂNEO DE RECURSO OU REVISÃO CRIMINAL.

- Seguimento negado, com esteio no artigo 21, § 1º, do RISTF. Prejudicado o exame do pedido liminar.

- Ciência ao Ministério Público Federal.DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado

contra decisão do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu medida liminar no HC nº 424.399, verbis:

“Cuida-se de habeas corpus substitutivo de recurso próprio, com pedido de liminar, impetrado em benefício de VICENTE DE PAULA DARIENZO FILHO contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (HC n. 2164572-46.2017.826.0000).

Extrai-se dos autos que o paciente foi condenado pela prática dos delitos tipificados nos arts. 33 e 35, ambos da Lei n. 11.343/06 (tráfico e associação para o tráfico de entorpecentes), art. 16 da Lei n. 10.826/06 (porte irregular de arma de fogo com numeração suprimida e de uso restrito), à pena de 14 anos de reclusão em regime inicial fechado e art. 12 da Lei n. 10.826/03 (posse irregular de arma de fogo), à pena de 1 ano de detenção. O magistrado sentenciante, equivocadamente, manteve liberdade provisória concedida em sede de habeas corpus , contudo, o paciente respondeu custodiado à instrução.

Irresignada, a defesa impetrou habeas corpus perante o Tribunal de origem, o qual denegou a ordem em acórdão que restou assim ementado, in verbis :

Habeas Corpus com pedido liminar - Tráfico de Drogas, associação para o tráfico, posse ilegal de munição de uso permitido, posse ilegal de arma com numeração suprimida, posse ilegal de arma de uso restrito - Pretensão de revogação da prisão preventiva - Inadmissibilidade - Alegação de equívoco na sentença relativo ao fato de o paciente estar respondendo o processo em liberdade - Erro material reconhecido - Sentença que determinou a expedição de mandado de prisão em razão da condenação do paciente que esteve preso durante toda instrução - Crime que, por sua natureza e gravidade, demonstra a personalidade deturpada do paciente, justificando a prisão cautelar para a garantia da ordem pública, nos termos do art. 312 do Código de Processo Penal - Precedentes do C. Superior Tribunal de Justiça - Presentes os pressupostos da prisão preventiva - Inexistência de constrangimento ilegal - Ordem denegada (fl. 34).

No presente mandamus , alega ausência dos requisitos autorizadores da custódia cautelar previstos no art. 312 do Código de Processo Penal. Assevera que o decreto prisional está pautado exclusivamente na gravidade do delito, providência vedada pela jurisprudência desta Corte. Salienta, por fim, que a prisão preventiva perdura por mais de um ano e ressalta as condições pessoais favoráveis do paciente. Requer, assim, em liminar e no mérito, a expedição de alvará de soltura.

É o relatório. Decido. Diante da hipótese de habeas corpus substitutivo de recurso próprio,

a impetração sequer deveria ser conhecida segundo orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal e do próprio Superior Tribunal de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 244

Justiça. Contudo, considerando as alegações expostas na inicial, razoável o processamento do feito para verificar a existência de eventual constrangimento ilegal.

No caso, ao menos em juízo perfunctório, não é possível identificar de plano o constrangimento ilegal aventado ou, ainda, a presença do fumus boni iuris e do periculum in mora, elementos autorizadores para a concessão da tutela de urgência.

Confundindo-se com o mérito, a pretensão deve ser submetida à análise do órgão colegiado, oportunidade na qual poderá ser feito exame aprofundado das alegações relatadas após manifestação do Parquet .

Por tais razões, indefiro o pedido de liminar. Oficie-se à autoridade coatora, bem como ao juízo de primeiro grau a

fim de solicitar-lhes as informações pertinentes, a serem prestadas, preferencialmente, por meio eletrônico, e o envio de senha para acesso ao processo no site do Tribunal, se for o caso.

Após, encaminhem-se os autos ao Ministério Público Federal para parecer.”

A defesa aponta, em síntese, a ocorrência de constrangimento ilegal consubstanciado na ausência de fundamentação idônea, bem como no suposto excesso de prazo da custódia cautelar do paciente. Aduz que “a Autoridade coatora manteve a validade da prisão cautelar decretada pelo MM Juiz da 1ª Vara Criminal da comarca de Itapetininga/SP em desfavor do paciente, nos autos do processo crime nº 0007636-30.2016.8.26.0269 sem, no entanto, apresentar fundamento idôneo (decreto cautelar anexado) não obstante a concessão da ordem, pela Quinta Turma da Corte Superior nos autos de habeas corpus n. 379.761 – SP em que figurou, na qualidade de paciente, o corréu do mesmo processo de origem, VALDINEI PINTO DE CARVALHO”. Afirma que “observando o teor da decisão de (fls. 325/327) responsável pela constrição da liberdade do paciente, vê-se que magistrado apenas teceu considerações concernentes à gravidade abstrata do delito, elemento que, de acordo com o entendimento desta Corte Suprema não representa motivação idônea para justificar a medida extrema”. Entende inexistir “no decreto de prisão qualquer referência a fato concreto que indique efetivo risco à instrução criminal ou à sociedade ou que evidencie a possibilidade de reiteração criminosa, fundamentada unicamente na presença da mera gravidade abstrata do delito com amplo destaque aos malefícios à sociedade e a natureza hedionda do delito”. Aponta, ainda, “enorme contradição: o Relator ora impetrado negou a medida liminar que havia sido formulada com apoio em precedente por ele próprio relatado em favor de corréu, em manifesta afronta a autoridade do própria decisão proferida por colegiado (QUINTA TURMA) de que ele é integrado!!!”. Informa, ainda, que “o paciente, de apenas 37 anos de idade (nasc. 01.09.1980) reside na Rua Cerquilho n. 3, Batetu, Alambari/SP, comarca de Tatuí/SP (conforme as informações coletadas no auto de qualificação e vida pregressa, fl. 113) onde foi preso em flagrante, e exerce a atividade de motorista na Empresa Pêssego Transportes, conforme declarou em seu auto de qualificação, fl. 113, o que demonstra inequivocamente ter laços familiares e com a comunidade local”. Pugna pela superação do óbice consubstanciado na súmula 691 do Supremo Tribunal Federal. Entende serem aplicáveis medidas cautelares diversas da prisão, bem como pela extensão da situação jurídica de corréus, nos termos do artigo 580 do Código de Processo Penal.

Ao final, formula pedido nos seguintes termos, in verbis:“Assim, presentes as razões expostas, requer seja deferido, em favor

do paciente, o pedido de medida liminar, para, até final julgamento desta ação de “habeas corpus”, suspender cautelarmente a prisão preventiva que foi imposta nos autos do Processo-crime nº 0007636-30.2016.8.26.0269, ora em curso perante o Juízo de Direito da 1ª Vara criminal da comarca de Itapetininga/SP, expedindo-se, imediatamente, em seu favor o competente alvará de soltura.

Da atenta análise dos autos, observa-se que os corréus se encontram em situação fático-processual idêntica ao do paciente em questão, pois foram presos na mesma ocasião e a decisão de primeiro grau também a eles se referem. Evidenciado que a presente decisão ora guerreada não se vincula a circunstâncias de caráter exclusivamente pessoal, requer a extensão dos efeitos, nos termos do art. 580 do Código de Processo Penal em favor dos demais corréus.

Após, vista ao Ministério Público e, quando do julgamento, requer seja ratificada a liminar, tornando-a definitiva, concedendo-se a ordem para que o paciente aguarde em liberdade a tramitação do processo em que responde até a decisão final irrecorrível ou caso se entenda até a deliberação das instâncias ordinárias, intimando-o, de qualquer forma, a comparecer em cartório de sua comarca para assinar o termo de comparecimento e observar as condições nele impostas.”

É o relatório, DECIDO.Ab initio, verifico que a presente impetração apresenta repetição de

parte substancial de writ anteriormente posto ao exame desta Corte (HC 153.200).

Com efeito, a repetição de postulação anteriormente trazida ao conhecimento do Supremo Tribunal Federal torna insuscetível de conhecimento a presente impetração. Nessa linha, in litteris:

“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. HOMICÍDIO QUALIFICADO. PRISÃO PREVENTIVA. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DA DECISÃO AGRAVADA. INVIABILIDADE JURÍDICA. ALEGAÇÕES DE MOTIVAÇÃO INIDÔNEA DA

PRISÃO CAUTELAR E DE PREVENÇÃO: REPETIÇÃO LITERAL DE HABEAS CORPUS IMPETRADO NESTE SUPREMO TRIBUNAL. CONVERSÃO DA PRISÃO PREVENTIVA EM DOMICILIAR: QUESTÃO NÃO SUBMETIDA AO EXAME DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. SUPERVENIÊNCIA DE SENTENÇA DE PRONÚNCIA. SUBSTITUIÇÃO DO TÍTULO PRISIONAL. ALTERAÇÃO DO QUADRO FÁTICO-JURÍDICO. PERDA DE OBJETO DA IMPETRAÇÃO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. 1. O Agravante tem o dever de impugnar, de forma específica, todos os fundamentos da decisão agravada, sob pena de não provimento do agravo regimental. 2. A repetição do que antes alegado, com as mesmas finalidades que foram objeto de apreciação e decisão, conduz, inevitavelmente, ao não conhecimento desta nova postulação. 3. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal não admite o conhecimento do habeas corpus, por se ter como incabível o exame, per saltum, de fundamentos não apreciados pelo órgão judiciário apontado como coator. 4. A impetração está prejudicada pela perda superveniente de objeto, pois a prisão atual decorre da sentença de pronúncia, tendo o pedido da inicial se limitado ao questionamento da idoneidade dos fundamentos da prisão preventiva e a matéria não submetida à apreciação das instâncias de mérito. 5. Agravo Regimental não provido.” (HC 126.071-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 14/05/2015)

De outro lado, o Supremo Tribunal Federal segue, de forma pacífica, a orientação de que não lhe cabe julgar habeas corpus de decisão liminar proferida em idêntico remédio constitucional em curso nos tribunais superiores, conforme o enunciado nº 691 da Súmula desta Corte, verbis: “[n]ão compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar”.

In casu, não ressai teratologia ou flagrante ilegalidade da decisão liminar do Superior Tribunal de Justiça apta a tornar a matéria aduzida no presente writ cognoscível, porquanto a instância a quo, ao negar o pedido de liminar, não enfrentou o mérito do habeas corpus lá impetrado e, em observância às cautelas necessárias a essa espécie de ação constitucional, limitou-se a solicitar informações à indigitada autoridade coatora, com a posterior remessa dos autos ao Ministério Público Federal. Nesse sentido, verbis:

“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. SÚMULA 691/STF. CRIME DE ESTUPRO. NULIDADE PROCESSUAL. INTIMAÇÃO. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. 1. Não se conhece de habeas corpus impetrado contra indeferimento de liminar por Relator em habeas corpus requerido a Tribunal Superior. Súmula 691. Óbice superável apenas em hipótese de teratologia. 2. Inviável o exame da tese defensiva não analisada pelo Superior Tribunal de Justiça, sob pena de indevida supressão de instância. Precedentes. 3. Agravo regimental conhecido e não provido.” (HC 134.584-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Rosa Weber, DJe de 22/09/2016).

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO HABEAS CORPUS. EFEITOS INFRINGENTES. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. HABEAS CORPUS. PENAL. MEDIDA LIMINAR EM HABEAS CORPUS INDEFERIDA NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA: SÚMULA N. 691 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DUPLA SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. INVIABILIDADE JURÍDICA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (HC 135.569-ED, Segunda Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 06/09/2016).

Deveras, esta Suprema Corte não pode, em razão da sua competência constitucionalmente delineada e da organicidade do direito, conhecer, nesta via mandamental, questões não examinadas definitivamente no Tribunal a quo, sob pena de estimular a impetração de habeas corpus per saltum, em detrimento da atuação do Superior Tribunal de Justiça, órgão jurisdicional que igualmente ostenta competências de envergadura constitucional.

A propósito da organicidade e dinâmica do direito, impondo-se a “correção de rumos”, bem discorreu o Ministro Marco Aurélio no voto proferido no HC n. 109.956, verbis:

“O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios, expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do alcance da Carta da República há de fazer-se de forma integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e aplicação do Direito que é sistemática.

[...] O Direito é avesso a sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de outras situações em que requerida, a jurisdição.”

Ademais, qualquer antecipação desta Corte sobre o mérito do pedido de habeas corpus implicaria indevida supressão de instância, devendo aguardar-se o fim da tramitação do pedido no STJ para, se for o caso, interpor-se o recurso cabível.

Impende consignar, ainda, quanto aos argumentos relativos ao tratamento isonômico entre o paciente e outro acusado, que nada restou decidido acerca dessa questão no julgamento do HC 379.761, utilizado como paradigma.

Portanto, diante da impossibilidade de se aferir eventual identidade de situações dos corréus, não há que se falar em concessão de extensão dos efeitos de situação jurídica de um acusado ao outro. Nesse sentido, in litteris:

“Processual penal. Habeas corpus. Crime de organização criminosa. Prisão preventiva. Risco de reiteração deleitiva. Jurisprudência do Supremo

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 245

Tribunal Federal. Pedido de extensão. Impossibilidade. 1. A orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal é no sentido de que a necessidade de interromper a atuação de organização criminosa e o risco concreto de reiteração delitiva justificam a decretação da custódia cautelar para a garantia da ordem pública. Precedentes. 2. O art. 580 do Código de Processo Penal estabelece que, “no caso de concurso de agentes (Código Penal, art. 25), a decisão do recurso interposto por um dos réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros”. Hipótese em que inexiste identidade de situação que autorize a extensão dos efeitos da decisão que beneficiou as demais acusadas. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.” (HC 138.552-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe de 19/06/2017)

“PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NA TERCEIRA EXTENSÃO. HABEAS CORPUS. FALTA DE LIAME ENTRE O REQUERENTE DO PEDIDO DE EXTENSÃO E O PACIENTE DO WRIT. APLICAÇÃO DO ART. 580 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. I – Tratando-se de extensão em habeas corpus, é necessário que o requerente seja corréu do paciente no processo-crime e que as razões para a concessão da decisão favorável a um dos réus não seja fundada em motivos de caráter exclusivamente pessoal. Inteligência do art. 580 do Código de Processo Penal. Precedentes. II - As decisões proferidas de maneira incidental, não possuem efeito vinculante ou eficácia erga omnes, o que afasta até mesmo o ajuizamento de reclamação perante esta Corte, exceto pelos próprios pacientes, caso a decisão que lhes foi favorável, em processo de índole subjetiva, não seja cumprida pelo juízo a quo. II – Agravo regimental a que se nega provimento.” (HC 118.533 Extn-terceira-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe de 24/04/2017)

Demais disso, o habeas corpus é ação inadequada para a valoração e exame minucioso do acervo fático probatório engendrado nos autos. Destarte, não se revela cognoscível a insurgência que não se amolda à estreita via eleita. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS . PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIME DE HOMICÍDIO DUPLAMENTE QUALIFICADO. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INADMISSIBILIDADE. COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA JULGAR HABEAS CORPUS: CRFB/88, ART. 102, I, D E I . HIPÓTESE QUE NÃO SE AMOLDA AO ROL TAXATIVO DE COMPETÊNCIA DESTA SUPREMA CORTE. REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. INADMISSIBILIDADE NA VIA ELEITA. INÉPCIA DA DENÚNCIA. NÃO CARACTERIZADA. CUSTÓDIA PREVENTIVA DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA. ELEMENTOS CONCRETOS A JUSTIFICAR A MEDIDA. ALEGADO EXCESSO DE PRAZO. INOCORRÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.” (HC nº 130.439, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 12/05/2016)

Cabe destacar que não cabe a rediscussão da matéria perante essa Corte e nesta via processual, porquanto o habeas corpus não é sucedâneo de recurso ou revisão criminal. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO ESPECIAL. COMPETÊNCIA PRECÍPUA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. WRIT SUCEDÂNEO DE RECURSO OU REVISÃO CRIMINAL. INVIABILIDADE. 1. Compete constitucionalmente ao Superior Tribunal de Justiça o julgamento do recurso especial, cabendo-lhe, enquanto órgão ad quem, o segundo, e definitivo, juízo de admissibilidade positivo ou negativo quanto a tal recurso de fundamentação vinculada. Salvo hipóteses de flagrante ilegalidade ou abuso de poder, inadmissível o reexame dos pressupostos de admissibilidade do recurso especial pelo Supremo Tribunal Federal. Precedentes. 2. Inadmissível a utilização do habeas corpus como sucedâneo de recurso ou revisão criminal. Precedentes. 3. Agravo regimental conhecido e não provido.” (HC nº 133.648-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Rosa Weber, DJe de 07/06/2016)

“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PENAL. VIOLAÇÃO DE DIREITO AUTORAL. TRÂNSITO EM JULGADO DA DECISÃO PROFERIDA NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. IMPETRAÇÃO DE HABEAS CORPUS NESTE SUPREMO TRIBUNAL APÓS TRANSCURSO DO PRAZO RECURSAL: IMPOSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DE HABEAS CORPUS COMO SUCEDÂNEO DE REVISÃO CRIMINAL. DEFICIÊNCIA DE INSTRUÇÃO DO HABEAS CORPUS. PRECEDENTES. DECISÃO AGRAVADA MANTIDA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Trânsito em julgado do acórdão objeto da impetração no Superior Tribunal de Justiça. Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de não ser viável a utilização de habeas corpus como sucedâneo de revisão criminal. 2. Não estando o pedido de habeas corpus instruído, esta deficiência compromete a sua viabilidade, impedindo que sequer se verifique a caracterização, ou não, do constrangimento ilegal. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento.” (HC nº 132.103, Segunda Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 15/03/2016)

Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao writ, com esteio no artigo 21, § 1º, do RISTF, restando prejudicado o exame do pedido de medida liminar.

Dê-se ciência ao Ministério Público Federal.Publique-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 157.413 (1338)ORIGEM : 157413 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : GERALDO CABRAL ROLA FILHOIMPTE.(S) : MARCOS AURELIO SANTIAGO BRAGA (6393/RN) E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de “habeas corpus”, com pedido de medida liminar, impetrado contra decisão que, confirmada em sede de embargos de declaração pelo E. Superior Tribunal de Justiça, acha-se consubstanciada em acórdão assim ementado:

“PENAL. RECURSO EM ‘HABEAS CORPUS’. CORRUPÇÃO ATIVA. ALEGAÇÃO DA DEFESA SOBRE INÉPCIA DA DENÚNCIA. NÃO OCORRÊNCIA. ELEMENTOS CONCRETOS APRESENTADOS NA DENÚNCIA. AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL.

1. A ausência de detalhada individualização das condutas nos casos de crimes societários não é, por si só, motivo de inépcia da denúncia, conforme, aliás, tem decidido o Superior Tribunal de Justiça.

2. Recurso em ‘habeas corpus’ improvido.”(RHC 75.967/RN, Rel. Min. SEBASTIÃO REIS JÚNIOR – grifei)Busca-se, em sede cautelar, “(...) o sobrestamento do curso da

Ação Penal nº 0003643-82.2015.4.05.8400, que tramita perante a 2ª Vara Federal da Seção Judiciária do Rio Grande do Norte, em relação ao Paciente” (grifei).

O exame dos fundamentos em que se apoia o acórdão ora impugnado parece descaracterizar, ao menos em juízo de estrita delibação, a plausibilidade jurídica da pretensão deduzida nesta sede processual.

Cumpre assinalar, por relevante, que o deferimento da medida liminar, resultante do concreto exercício do poder geral de cautela outorgado aos juízes e Tribunais, somente se justifica em face de situações que se ajustem aos seus específicos pressupostos: a existência de plausibilidade jurídica (“fumus boni juris”), de um lado, e a possibilidade de lesão irreparável ou de difícil reparação (“periculum in mora”), de outro.

Sem que concorram esses dois requisitos – que são necessários, essenciais e cumulativos –, não se legitima a concessão da medida liminar.

Sendo assim, e sem prejuízo de ulterior reapreciação da matéria no julgamento final do presente “writ” constitucional, indefiro o pedido de medida liminar.

2. Ouça-se a douta Procuradoria-Geral da República.Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro CELSO DE MELLORelator

HABEAS CORPUS 157.423 (1339)ORIGEM : 157423 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : EDUARDO CASSEBIMPTE.(S) : LUIZ EDUARDO DE ALMEIDA SANTOS KUNTZ

(307123/SP) E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIME CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL. ARTIGO 4º DA LEI Nº 7.492/86. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA JULGAR HABEAS CORPUS: CF, ART. 102, I, ‘D’ E ‘I’. ROL TAXATIVO. MATÉRIA DE DIREITO ESTRITO. INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA: PARADOXO. ORGANICIDADE DO DIREITO. REDISCUSSÃO DE CRITÉRIOS DE DOSIMETRIA DA PENA. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA PELAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS. IMPOSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DO HABEAS CORPUS COMO SUCEDÂNEO DE REVISÃO CRIMINAL.

- Seguimento negado, com esteio no artigo 21, § 1º do RISTF.- Ciência ao Ministério Público Federal.DECISÃO: Trata-se de Habeas Corpus, com pedido de liminar,

impetrado contra decisão proferida pelo Superior Tribunal de Justiça, que denegou o habeas corpus lá impetrado, HC nº 416.972, com a seguinte ementa:

“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. DECISÃO MONOCRÁTICA. CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL. ART. 4º DA LEI N. 7.492/86. OFENSA AO PRINCÍPIO DA COLEGIALIDADE. NÃO OCORRÊNCIA. ART.932, III, CPC. ART. 34, XVIII, 'A', E XX, DO RISTJ. PENA-BASE. DECOTE DE CIRCUNSTÂNCIA JUDICIAL. AUSÊNCIA DE REDUÇÃO PROPORCIONAL. ALEGAÇÃO DE REFORMATIO IN PEJUS. INOCORRÊNCIA. PREJUÍZO AO PACIENTE NÃO CONFIGURADO. PENA-BASE MENOR DO QUE A ESTIPULADA PELO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. INEXISTÊNCIA DE NOVOS ARGUMENTOS APTOS A DESCONSTITUIR A DECISÃO IMPUGNADA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 246

I - O art. 932, III, do CPC, estabelece como incumbência do Relator 'não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida' . Na mesma linha, o RISTJ, no art. 34, inc. XVIII, 'a' e XX, dispõe, respectivamente, que o relator pode decidir monocraticamente para 'não conhecer do recurso ou pedido inadmissível , prejudicado ou daquele que não tiver impugnado especificamente todos os fundamentos da decisão recorrida', bem como 'decidir o habeas corpus quando for manifestamente inadmissível , intempestivo, infundado ou improcedente, ou se conformar com súmula ou jurisprudência consolidada do Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal ou as confrontar' (grifei).

II - Segundo a jurisprudência desta Corte Superior, a definição do aumento, em razão de circunstâncias judiciais desfavoráveis, está dentro da discricionariedade juridicamente vinculada e deve observar os princípios da proporcionalidade, razoabilidade, necessidade e suficiência à reprovação e prevenção ao crime.

III - Não se admite a adoção de um critério puramente matemático, baseado apenas na quantidade de circunstâncias judiciais desfavoráveis, até porque de acordo com as especificidades de cada delito e também com as condições pessoais do agente, uma dada circunstância judicial desfavorável poderá e deverá possuir maior relevância (valor) do que outra no momento da fixação da pena-base, em obediência aos princípios da individualização da pena e da própria proporcionalidade.

IV - Nesse cenário, entendo que não assiste razão a parte agravante no que tange à suposta contrariedade ao princípio do ne reformatio in pejus por não ter havido a redução proporcional da pena-base com o decote da circunstância do crime e manutenção negativa das consequências pelo eg. Tribunal de origem, pois o citado princípio não vincula o juízo ad quem aos fundamentos que deram suporte ao ato decisório de primeira instância. A vedação contida no princípio, em verdade, diz respeito ao agravamento da situação do réu em recurso exclusivo da defesa, sem que impeça o colegiado encarregado da revisão do julgado de utilizar a sua própria fundamentação.

V - Na espécie, não houve prejuízo para o paciente, uma vez que a pena-base estabelecida pelo v. acórdão impugnado restou menor do que a estipulada inicialmente pelo Juízo de primeiro grau.

VI - O agravante não trouxe qualquer argumento novo capaz de ensejar a alteração do entendimento firmado por ocasião da decisão monocrática, que deve ser mantida pelos seus próprios fundamentos. Agravo regimental desprovido.”

Colhe-se dos autos a informação de que o paciente foi condenado, perante o juízo de primeiro grau, à pena de 4 (quatro) anos e 2 (dois) meses de reclusão, em regime inicial semiaberto, bem como ao pagamento de 55 (cinquenta e cinco) dias-multa,em razão da prática do crime tipificado no artigo 4º da Lei n. 7.492/86.

Em sede recursal, o recurso defensivo foi parcialmente provido para redimensionar a pena do paciente para 4 (quatro) anos e 1 (um) mês de reclusão, tendo sido fixado, ainda, o montante de 52 (cinquenta e dois) dias-multa, mantidos os demais termos do édito condenatório inicial, em acórdão cuja ementa transcrevo:

“PENAL - PROCESSUAL PENAL - APELAÇÕES CRIMINAIS DO DOS RÉUS E DO ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO - CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL - ART. 4 o DA LEI 7.492/86 - PRELIMINARES SUPERADAS - CONDENAÇÃO NÃO EXCLUSIVAMENTE LASTREADA EM PROVAS COLHIDAS NA FASE INQ U1S1TÓR1A - COMPETÊNCIA DA 5' VARA FEDERAL CR1MEINAL - AMISSÃO DO BANCO IN TER A MER1CANO COMO ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO - MATERIALIDADE E AUTORIA PROVADAS - PROVA INDICIÁRIA - VALIDADE - ART. 239 DO CPP - DOSIMETRJA REFEITA - RECURSOS DOS RÉUS PARCIALMENTE PROVIDOS RECURSOS DO ASSISTENTE DE ACUSAÇAO DESPROVIDO. I - A vedação do art. 155 do CPP não é absoluta. Tanto é assim que a própria lei faz ressalvas expressas, tal como as provas cautelares, as não repetíveis e as antecipadas, situações em que as provas são produzidas na fase inquisitorial e nem por isso são consideradas irregulares. Verifica-se, assim, que há provas que são colhidas logo após a prática do crime, ou ao longo da prática criminosa, que possuem valor inquestionável para o deslinde do caso.

II - Não viola o princípio do juiz natural, nem tampouco constitui hipótese de instituição de tribunal de exceção, mas, tão somente, a especialização das varas para o julgamento de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e de Lavagem e Ocultação de Bens, Direitos c Valores. A Resolução n° 314 /?003 do Conselho da Justiça Federal retira o seu fundamento de validade do artigo 12 da Lei n° 5.010/66 e do artigo 96, inciso I, b, da própria Constituição da República, logo, não há violação ao principio da legalidade ou da reserva legal.

III - O art 268 do Código de Processo Penal prevê a intervenção do otendido como assistente da acusação e a doutrina entende que pessoas jurídicas também são credenciadas a se habilitar como tal. Encontram-se também na jurisprudência precedentes segundo os quais a ofensa indireta a instituição financeira justifica a sua assistência à acusação. Precedente do STJ.

IV - Materialidade e autoria comprovadas. A propósito da validade da prova indiciária, temos o art. 239, do CPP, que dispõe: 'Considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o fato, autorize por indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstancias. A

análise judicial que levou o magistrado a concluir pela existência do crime de gestão fraudulenta nos dá conta da exata medida em que os documentos acostados aos autos são fundamentais para a reconstituição dos fatos.

V - O tipo penal em questão não afronta o princípio da legalidade. O legislador de tato elegeu tipo penal de fato aberto para criminalizar as condutas praticadas pelos gestores de instituições financeiras, fazendo-se necessário tomar da doutrina a demarcação conceituai do elemento normativo do tipo penal. Nesse sentido acordam a doutrina e jurisprudência. Precedentes.

VI - Dosimetria da pena refeita para adequá-la aos critérios adotados por esta Corte em observância aos ditames da jurisprudência nacional. Quanto a culpabilidade, a análise judicial deve ser mantida, eis que nada nos autos nos autoriza a intensificar a pena por essa razão, de vez que o alegado se insere no tipo penal. O mesmo deve ser considerado em relação às circunstâncias do crime, relativas ao fato de os apelantes ocuparem cargos importantes dentro da instituição não chega a ser especificidade do caso, uma vez que, em regra, os agentes deste tipo de crime ocupam cargos deste patamar, bem como não podem majorar a pena base a circunstância da 'engenhosidade das operações', de vez que constituem na verdade elementos do tipo penal, já foi considerada para a tipificação do crime pelo legislador.

VII - Apelação dos réus parcialmente providas e apelação do assistente de acusação desprovida (fls. 81-83).”

Em face dessa decisão, foi impetrado writ perante a Corte Superior, o qual foi denegado nos termos da ementa supratranscrita.

Inconformada, a defesa impetrou o presente mandamus, apontando constrangimento ilegal consubstanciado na indevida dosimetria da pena realizada e desconsiderada pelo Superior Tribunal de Justiça. Aduz que o Tribunal de origem, “a despeito de ter reconhecido expressamente a flagrante ilegalidade na fixação da pena-base do ora Paciente pelo MM. Juízo de piso, no mesmo erro incorreu quando do julgamento do Recurso de Apelação — fazendo tábula rasa do artigo 59 do Código Penal —, vez que foi mantida a análise judicial em relação às consequências atingidas com a prática delituosa, mas deixou de se levar em consideração as circunstâncias”. Argumenta que, na primeira fase da dosimetria, “se na pena fixada pelo magistrado de primeiro grau observou-se o critério de aumentar a pena em 1 (um) ano e 2 (dois) meses em razão das duas circunstâncias judiciais desfavoráveis (7 meses para cada uma) e o Eg. Tribunal de Apelação afastou uma delas, automaticamente deveríamos ter a pena base aumentada da metade do acréscimo originário”. Pontua, também, que “não se mostra razoável e muito menos admissível o aumento aplicado à pena-base a maior do que o fixado pela r. sentença, em recurso EXCLUSIVO da Defesa”.

Ao final, formula pedido nos seguintes termos, in verbis:“À luz de todo o expendido vêm os Impetrantes requerer, em razão da

flagrante ilegalidade apontada, seja concedida a presente ordem de habeas corpus, a fim de que a pena imposta ao Paciente seja dosada em estrita observância ao princípio da proporcionalidade, observada a orientação firmada por este Pretório Excelso, por constituir medida de justiça!”

É o relatório, passo a decidir.A competência originária do Supremo Tribunal Federal para conhecer

e julgar habeas corpus está definida, taxativamente, no artigo 102, inciso I, alíneas d e i, da Constituição Federal, verbis:

“Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

I – processar e julgar, originariamente:…d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas

nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;

…i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando

o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância.”

In casu, o paciente não está arrolado em nenhuma das hipóteses sujeitas à jurisdição originária desta Corte.

A ementa do acórdão proferido na Pet 1738-AgRg, Rel. Min. Celso de Mello, Pleno, DJe 1º/10/1999, é elucidativa e precisa quanto à taxatividade da competência do Supremo Tribunal Federal:

“E M E N T A: PROTESTO JUDICIAL FORMULADO CONTRA DEPUTADO FEDERAL - MEDIDA DESTITUÍDA DE CARÁTER PENAL (CPC, ART. 867) - AUSÊNCIA DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

A PRERROGATIVA DE FORO - UNICAMENTE INVOCÁVEL NOS PROCEDIMENTOS DE CARÁTER PENAL - NÃO SE ESTENDE ÀS CAUSAS DE NATUREZA CIVIL.

- As medidas cautelares a que se refere o art. 867 do Código de Processo Civil (protesto, notificação ou interpelação), quando promovidas contra membros do Congresso Nacional, não se incluem na esfera de competência originária do Supremo Tribunal Federal, precisamente porque destituídas de caráter penal. Precedentes.

A COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - CUJOS FUNDAMENTOS REPOUSAM NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA -

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SUBMETE-SE A REGIME DE DIREITO ESTRITO.- A competência originária do Supremo Tribunal Federal, por

qualificar-se como um complexo de atribuições jurisdicionais de extração essencialmente constitucional - e ante o regime de direito estrito a que se acha submetida - não comporta a possibilidade de ser estendida a situações que extravasem os limites fixados, em numerus clausus, pelo rol exaustivo inscrito no art. 102, I, da Constituição da República. Precedentes.

O regime de direito estrito, a que se submete a definição dessa competência institucional, tem levado o Supremo Tribunal Federal, por efeito da taxatividade do rol constante da Carta Política, a afastar, do âmbito de suas atribuições jurisdicionais originárias, o processo e o julgamento de causas de natureza civil que não se acham inscritas no texto constitucional (ações populares, ações civis públicas, ações cautelares, ações ordinárias, ações declaratórias e medidas cautelares), mesmo que instauradas contra o Presidente da República ou contra qualquer das autoridades, que, em matéria penal (CF, art. 102, I, b e c), dispõem de prerrogativa de foro perante a Corte Suprema ou que, em sede de mandado de segurança, estão sujeitas à jurisdição imediata do Tribunal (CF, art. 102, I, d). Precedentes.”

Afigura-se paradoxal, em tema de direito estrito, conferir interpretação extensiva para abranger no rol de competências do Supremo Tribunal hipóteses não sujeitas à sua jurisdição.

A prevalência do entendimento de que o Supremo Tribunal Federal deve conhecer de habeas corpus substitutivo de recurso ordinário constitucional contrasta com os meios de contenção de feitos, remota e recentemente implementados - Súmula Vinculante e Repercussão Geral - com o objetivo de viabilizar o exercício pleno, pelo Supremo Tribunal Federal, da nobre função de guardião da Constituição da República.

E nem se argumente com o que se convencionou tratar-se de jurisprudência defensiva. Não é disso que se cuida, mas de necessária, imperiosa e urgente reviravolta de entendimento em prol da organicidade do direito, especificamente no que tange às competências originária e recursal do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar habeas corpus e o respectivo recurso ordinário, valendo acrescer que essa ação nobre não pode e nem deve ser banalizada a pretexto, em muitos casos, de pseudonulidades processuais com reflexos no direito de ir e vir.

A propósito da organicidade e dinâmica do direito, impondo-se a correção de rumos, bem discorreu o Ministro Marco Aurélio no voto proferido no HC n. 109.956, que capitaneou a mudança de entendimento na Segunda Turma, verbis:

“O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios, expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do alcance da Carta da República há de fazer-se de forma integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e aplicação do Direito que é sistemática. O habeas corpus substitutivo de recurso ordinário, além de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do Diploma Maior, não existindo qualquer previsão legal, enfraquece este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos artigos 102, inciso II, alínea ‘a’, e 105, inciso II, alínea ‘a’, tem-se a previsão de recurso ordinário constitucional a ser manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de outras situações em que requerida, a jurisdição.

Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a conceder, se for o caso, a ordem de ofício.”

Demais disso, inexiste excepcionalidade que permita a concessão da ordem de ofício ante a ausência de teratologia na decisão atacada, flagrante ilegalidade ou abuso de poder. Por oportuno, transcrevo a fundamentação da decisão do Superior Tribunal de Justiça, naquilo que interessa, in verbis:

“Inicialmente cumpre consignar que o art. 932, III, do Código de Processo Civil, estabelece como incumbência do Relator 'não conhecer do recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida.'

Na mesma linha, o Regimento Interno deste Superior Tribunal de Justiça, em seu artigo 34, incisos XVIII, 'a' e XX, dispõe, respectivamente, que o relator pode decidir monocraticamente para 'não conhecer do recurso ou pedido inadmissível , prejudicado ou daquele que não tiver impugnado especificamente todos os fundamentos da decisão recorrida', bem como 'decidir o habeas corpus quando for manifestamente inadmissível , intempestivo, infundado ou improcedente, ou se conformar com súmula ou jurisprudência consolidada do Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal ou as confrontar' (grifei).

Assim, não resta dúvida quanto à possibilidade de o Relator proferir decisões monocráticas no âmbito desta Corte, não havendo que se falar em ofensa ao princípio da Colegialidade, como pretende o agravante, notadamente porque qualquer decisão monocrática está sujeita à apreciação do órgão colegiado, em virtude de possibilidade de interposição do agravo regimental, como na espécie.

[…]No que se refere ao quantum de aumento estabelecido pelo eg.

Tribunal de origem na pena-base do paciente, segundo a jurisprudência desta Corte Superior, a definição do aumento, em razão de circunstâncias judiciais desfavoráveis, está dentro da discricionariedade juridicamente vinculada e deve observar os princípios da proporcionalidade, razoabilidade, necessidade e suficiência à reprovação e prevenção ao crime.

Dessa forma, não se admite a adoção de um critério puramente matemático, baseado apenas na quantidade de circunstâncias judiciais desfavoráveis, até porque de acordo com as especificidades de cada delito e também com as condições pessoais do agente, uma dada circunstância judicial desfavorável poderá e deverá possuir maior relevância (valor) do que outra no momento da fixação da pena-base, em obediência aos princípios da individualização da pena e da própria proporcionalidade.

[…]Na hipótese, o magistrado de primeiro grau fixou a pena-base acima

do mínimo legal com aumento de 7 (sete) meses para cada circunstância judicial desfavorável (circunstância e consequências do crime). O eg. Tribunal de origem, por sua vez, afastou as circunstâncias do crime e manteve o aumento da pena-base apenas com relação as consequências, mas no patamar de 1 (um) anos e 1 (um) mês de reclusão por esta circunstância.

Como destacado na decisão agravada, a exasperação da pena-base, pela manutenção da análise negativa das consequências do crime, decorreu do prejuízo ocasionado na ordem de R$ 50.830.800,00 (cinquenta milhões, oitocentos e trinta mil e oitocentos reais) não só ao Banco BoaVista, mas a acionistas e investidores o que toda evidência revela-se bastante desfavorável.

Nesse cenário, entendo que não assiste razão a parte agravante no que tange à suposta contrariedade ao princípio do ne reformatio in pejus por não ter havido a redução proporcional da pena-base com o decote da circunstância do crime e manutenção negativa das consequências pelo eg. Tribunal de origem, pois o citado princípio não vincula o juízo ad quem aos fundamentos que deram suporte ao ato decisório de primeira instância.

A vedação contida no princípio, em verdade, diz respeito ao agravamento da situação do réu em recurso exclusivo da defesa, sem que impeça o colegiado encarregado da revisão do julgado de utilizar a sua própria fundamentação.

Na espécie, reitero, não houve prejuízo para o paciente, uma vez que a pena-base estabelecida pelo v. acórdão impugnado restou menor do que a estipulada inicialmente pelo Juízo de primeiro grau.

[…]Diante disso, constato que a agravante não trouxe qualquer

argumento novo capaz de ensejar a alteração do entendimento firmado por ocasião da decisão monocrática, que deve ser mantida pelos seus próprios fundamentos.”

Por conseguinte, como se depreende da fundamentação da decisão do juízo a quo, a dosimetria da pena foi realizada com base em fatos e elementos existentes no caso in concreto, não havendo que se falar em nulidades em razão da não aplicação da causa de diminuição de pena em seu patamar máximo.

Com efeito, o Supremo Tribunal Federal fixou entendimento no sentido de que “a dosimetria da pena, bem como os critérios subjetivos considerados pelos órgãos inferiores para a sua realização, não são passíveis de aferição na via estreita do habeas corpus, por demandar minucioso exame fático e probatório inerente a meio processual diverso” (HC nº 114.650, Primeira Turma, Rel. Min. Luiz Fux, DJe de 14/08/2013). No mesmo sentido, o seguinte julgado:

“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. CONDENAÇÃO TRANSITADA EM JULGADO. DOSIMETRIA DA PENA. 1. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal consolidou entendimento no sentido da inadmissibilidade do uso da ação de habeas corpus em substituição ao recurso ordinário previsto na Constituição Federal (HC 109.956, Rel. Min. Marco Aurélio; e HC 104.045, Rel.ª Min.ª Rosa Weber). 2. O Supremo Tribunal Federal não admite a utilização do habeas corpus em substituição à ação de revisão criminal (RHC119.605-AgR, Rel. da minha relatoria; HC 111.412-AgR, Rel. Min. Luiz Fux; RHC 114.890, Rel. Min. Dias Toffoli; HC 116.827-MC, Rel. Min. Teori Zavascki; RHC 116.204, Rel.ª Min.ª Cármen Lúcia; e RHC 115.983, Rel. Min. Ricardo Lewandowski). 3. A dosimetria da pena é questão relativa ao mérito da ação penal, estando necessariamente vinculada ao conjunto fático probatório, não sendo possível, em habeas corpus, a análise de dados fáticos da causa para redimensionar a pena finalmente aplicada. Assim, a discussão a respeito da dosimetria da pena cinge-se ao controle da legalidade dos critérios utilizados, restringindo-se, portanto, ao exame da “motivação [formalmente idônea] de mérito e à congruência lógico-jurídica entre os motivos declarados e a conclusão” (HC 69.419, Rel. Min. Sepúlveda pertence). 4. A orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal é no sentido de que, “Se instâncias ordinárias concluíram que o ora agravante se dedicava à atividade criminosa para negar a incidência da causa especial de redução de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei de Drogas, para se chegar a conclusão diversa, necessário seria o reexame de fatos e provas, o qual o habeas corpus não comporta. Não há que se falar em bis in idem, pois, embora haja simples referência à quantidade de droga apreendida, ela não foi um fator preponderante na

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negativa de aplicação da causa especial de redução de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei 11.343/06, já que se entendeu, em razão das circunstâncias em que foi praticado o delito, que o agravante se dedicava à atividade criminosa, o que, por si só, obsta a incidência do redutor de pena pretendido” (HC 136.177-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli). 5. Agravo regimental a que se nega provimento.” (HC 141.167-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe de 16/06/2017)

Outrossim, há que se reconhecer que a dosimetria da pena é matéria sujeita a certa discricionariedade judicial, não vinculada a rígidos critérios matemáticos, sujeita à revisão apenas em casos de flagrante teratologia, ilegalidade ou abuso de poder. Nesse sentido, in verbis:

“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. SÚMULA 691/STF. DUPLO HOMICÍDIO SIMPLES. ARTIGO 121, CAPUT, DO CÓDIGO PENAL. DOSIMETRIA. EXASPERAÇÃO DA PENA. CONTINUIDADE DELITIVA. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. INVIABILIDADE. 1. Não se conhece de habeas corpus impetrado contra indeferimento de liminar por Relator em habeas corpus requerido a Tribunal Superior. Súmula 691. Óbice superável apenas em hipótese de teratologia. 2. Inviável o exame da tese defensiva não analisada pelo Superior Tribunal de Justiça, sob pena de indevida supressão de instância. Precedentes. 3. A dosimetria da pena é matéria sujeita a certa discricionariedade judicial. O Código Penal não estabelece rígidos esquemas matemáticos ou regras absolutamente objetivas para a fixação da pena. Cabe às instâncias ordinárias, mais próximas dos fatos e das provas, fixar as penas e às Cortes Superiores, em grau recursal, o controle da legalidade e da constitucionalidade dos critérios empregados, bem como a correção de eventuais discrepâncias, se gritantes ou arbitrárias. 4. Agravo regimental conhecido e não provido.” (HC 125.197-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Rosa Weber, DJe de 07/05/2015)

“Agravo regimental em habeas corpus. 2. Penal e Processo Penal. 3. Crime de furto qualificado (artigo 155, § 4º, incisos I e IV, do Código Penal). Condenação. 4. Alegação de violação aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade na fixação da pena-base. 5. Réu que ostenta inúmeras condenações transitadas em julgado, não alcançadas pelo período depurador de 5 anos. 6. Permitida certa discricionariedade ao juízo a quo na dosimetria da pena. Ausência de ilegalidade. 7. Agravo regimental a que se nega provimento.” (HC 146.977-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 09/04/2018)

Demais disso, esta Corte sufraga o entendimento no sentido da prescindibilidade de valoração negativa de todas as circunstâncias judiciais para fixação da pena em patamar máximo, cabendo ao órgão julgador, à luz do caso concreto, fixar o quantum a ser exasperado. A propósito, cumpre mencionar, in verbis:

“RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSO PENAL. SUPOSTA UTILIZAÇÃO DE FUNDAMENTAÇÃO ABSTRATA PARA FIXAR A PENA-BASE EM PATAMAR MÁXIMO. DOSIMETRIA DA PENA PAUTADA À LUZ DO CASO CONCRETO. ILEGALIDADE NÃO VERIFICADA. AUSÊNCIA DE VALORAÇÃO NEGATIVA DE TODOS OS VETORES PREVISTOS NO ART. 59 DO CP. DESNECESSIDADE. EXASPERAÇÃO DA PENA ASSENTADA UNICAMENTE NA MAIOR REPROVAÇÃO DA CONDUTA. POSSIBILIDADE. RECURSO DESPROVIDO. 1. É adequada e suficiente a fundamentação que exaspera a pena-base em razão da intensa ação do paciente em todas as fases do crime. 2. A exasperação da reprimenda assentada unicamente na maior reprovação da conduta não destoa da ordem jurídica, pois a fixação da pena em patamar máximo, consoante jurisprudência desta Corte, prescinde da avaliação negativa de todas as vetoriais do art. 59 do CP. 3. Recurso ordinário em habeas corpus desprovido.” (RHC 140.539, Segunda Turma, Rel. Min. Edson Fachin, DJe de 19/09/2017)

“EMENTA DIREITO PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. APROPRIAÇÃO INDÉBITA DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. DOSIMETRIA. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DE ILEGALIDADE OU ARBITRARIEDADE. A dosimetria da pena é matéria sujeita a certa discricionariedade judicial. O Código Penal não estabelece rígidos esquemas matemáticos ou regras absolutamente objetivas para a fixação da pena. Cabe às instâncias ordinárias, mais próximas dos fatos e das provas, fixar as penas. Às Cortes Superiores, no exame da dosimetria das penas em grau recursal, compete apenas o controle da legalidade e da constitucionalidade dos critérios empregados, bem como corrigir, eventualmente, discrepâncias gritantes e arbitrárias nas frações de aumento ou diminuição adotadas pelas instâncias anteriores. Tanto a concorrência de diversas vetoriais negativas como a existência de uma única vetorial negativa de especial gravidade autorizam pena base bem acima do mínimo legal. Não se presta o habeas corpus, enquanto não permite ampla avaliação e valoração das provas, como instrumento hábil ao reexame do conjunto fático-probatório que leva à fixação das penas. Recurso ordinário em habeas corpus não provido.” (RHC 101.576, Primeira Turma, Rel. Min. Rosa Weber, DJe de 14/08/2012)

In casu, restou pontuado pela Corte a quo que “a exasperação da pena-base, pela manutenção da análise negativa das consequências do crime, decorreu do prejuízo ocasionado na ordem de R$ 50.830.800,00 (cinquenta milhões, oitocentos e trinta mil e oitocentos reais) não só ao Banco Boa Vista, mas a acionistas e investidores o que toda evidência revela-se bastante desfavorável”. Destarte, estando presente circunstância judicial valorada negativamente não incumbe ao Supremo Tribunal Federal, em sede

de habeas corpus, proceder à nova dosimetria, máxime diante da impossibilidade de incursão na moldura fática delineada nos autos. A propósito, in verbis:

“Habeas corpus. Penal. Roubo qualificado pelo concurso de agentes (art. 157, § 2º, II, CP). Pena. Dosimetria. Reexame de circunstâncias judiciais. Impossibilidade em sede de habeas corpus. Atuação limitada ao controle de legalidade dos critérios adotados. Precedentes. Pena-base. Valoração negativa da exacerbada violência empregada. Admissibilidade. Desferimento de três socos e um pontapé na vítima. Dinâmica que excedeu o normal para a realização do tipo. Ausência de ilegalidade. Compensação entre os vetores do art. 59 do Código Penal e as atenuantes genéricas da confissão e da menoridade relativa. Descabimento. Fases distintas da dosimetria da pena. Insindicabilidade, na via do habeas corpus, do quantum de redução de pena havido em razão de atenuantes genéricas. Ordem denegada. 1. Em sede de habeas corpus, “a discussão a respeito da dosimetria da pena cinge-se ao controle da legalidade dos critérios utilizados, restringindo-se, portanto, ‘ao exame da motivação [formalmente idônea] de mérito e à congruência lógico-jurídica entre os motivos declarados e a conclusão’ (HC 69.419, Rel. Min. Sepúlveda Pertence)” RHC nº 119.894/BA-AgR, Relator o Ministro Roberto Barroso, DJe de 10/6/14. 2. Havendo a indicação de circunstâncias judiciais desfavoráveis pelas instâncias ordinárias, não é o habeas corpus a via adequada para ponderar, em concreto, a suficiência delas para a majoração da pena-base (HC nº 92.956/SP, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 25/4/08). 3. É pacífica a jurisprudência da Corte de que a via estreita do habeas corpus não permite que se proceda à ponderação e ao reexame das circunstâncias judiciais referidas no art. 59 do Código Penal e consideradas na sentença condenatória (HC nº 120.146/SP, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 22/4/14). 4. Na espécie, não se verifica nenhuma ilegalidade na dosimetria da pena. 5. Ao desferir na vítima três socos e um pontapé, o paciente excedeu o normal para a realização do tipo penal, razão por que justificado, a título de “circunstância” judicial desfavorável, o aumento de 2 (dois) anos na pena-base do roubo. 6. Não há como se proceder à compensação entre os vetores do art. 59 do Código Penal e as atenuantes genéricas da confissão e da menoridade relativa, por consistirem em fases distintas da dosimetria da pena. 7. O quantum de redução de pena havido em razão de atenuantes genéricas não é sindicável na via estreita do habeas corpus, o qual não se presta para sua ponderação. 8. Ordem denegada.” (HC 137.532, Rel. p/ Acórdão, Min. Dias Toffoli, DJe de 17/08/2017) - grifei

Descabe, ainda, perquirir acerca de eventual reformatio in pejus. É que esta Corte sufraga o entendimento no sentido de que o efeito devolutivo do recurso de apelação permite ao Tribunal de origem, ainda que em recurso exclusivo da defesa, reexaminar toda a situação fática posta nos autos estando limitado apenas pelos fatos narrados na peça acusatória e pela prova produzida durante a instrução probatória. Nessa linha, in litteris:

“Recurso ordinário em habeas corpus. Penal. Tráfico de drogas (art. 33 da Lei nº 11.343/06). Condenação. Dosimetria. Majoração da pena-base acima do mínimo legal. Violação do princípio da proporcionalidade. Inexistência. Natureza e quantidade da droga (385 pedras de crack e 2 tabletes de maconha). Valoração como circunstâncias desfavoráveis. Admissibilidade. Inteligência do art. 42 da Lei nº 11.343/06. Precedentes. Alegação de que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais teria incidido em reformatio in pejus ao analisar recurso da defesa. Não ocorrência. Efeito devolutivo da apelação. Precedentes. Recurso não provido. 1. Havendo a indicação de circunstâncias judiciais desfavoráveis pelas instâncias ordinárias, não é o habeas corpus a via adequada para se ponderar, em concreto, a suficiência delas para a majoração da pena-base. 2. Consoante inteligência do art. 42 da Lei nº 11.343/06, a quantidade e a natureza da droga apreendida, entre outros aspectos, devem ser sopesadas no cálculo da pena. 3. A jurisprudência contemporânea da Corte é assente no sentido de que o efeito devolutivo da apelação, ainda que em recurso exclusivo da defesa, “autoriza o Tribunal a rever os critérios de individualização definidos na sentença penal condenatória para manter ou reduzir a pena, limitado tão-somente pelo teor da acusação e pela prova produzida” (HC nº 106.113/MT, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 1º/2/12). 4. Recurso ordinário ao qual se nega provimento.” (RHC 135.524, Segunda Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 28/09/2016)

Impende consignar, ainda, que o habeas corpus é ação inadequada para a valoração e exame minucioso do acervo fático probatório engendrado nos autos. Destarte, não se revela cognoscível a insurgência que não se amolda à estreita via eleita. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIME DE HOMICÍDIO DUPLAMENTE QUALIFICADO. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INADMISSIBILIDADE. COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA JULGAR HABEAS CORPUS: CRFB/88, ART. 102, I, D E I. HIPÓTESE QUE NÃO SE AMOLDA AO ROL TAXATIVO DE COMPETÊNCIA DESTA SUPREMA CORTE. REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. INADMISSIBILIDADE NA VIA ELEITA. INÉPCIA DA DENÚNCIA. NÃO CARACTERIZADA. CUSTÓDIA PREVENTIVA DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA. ELEMENTOS CONCRETOS A JUSTIFICAR A MEDIDA. ALEGADO EXCESSO DE PRAZO. INOCORRÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.” (HC nº 130.439, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 12/05/2016)

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“HABEAS CORPUS. PENAL. TRÁFICO DE DROGAS. CAUSA DE DIMINUIÇÃO DA PENA. AFASTAMENTO PELO TRIBUNAL DE ORIGEM. INTEGRANTE DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA E QUANTIDADE DE DROGA APREENDIDA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. INADEQUAÇÃO NA VIA DO HABEAS CORPUS. ORDEM DENEGADA. I – No crime de tráfico de drogas, as penas poderão ser reduzidas de 1/6 a 2/3, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique a atividades criminosas nem integre organização criminosa. II – No presente caso, o Tribunal de origem afastou a causa de diminuição da pena por tráfico privilegiado (art. 33, § 4°, da Lei 11.343/2006), utilizando como fundamento a quantidade de droga apreendida (8 Kg de maconha) e a comprovação da participação em organização criminosa. III - A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é no sentido de que é inadequado, na via do habeas corpus, reexaminar fatos e provas no tocante à participação do paciente em organização criminosa ou à valoração da quantidade da droga apreendida, quando utilizados como fundamento para afastar ou dosar, aquém do patamar máximo, a causa de diminuição da pena pelo tráfico privilegiado, prevista no art. 33, § 4°, da Lei de Drogas. IV – Ordem denegada.” (HC 133.982, Segunda Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe de 13/02/2017)

Cabe destacar, ainda, que não cabe a rediscussão da matéria perante essa Corte e nesta via processual, porquanto o habeas corpus não é sucedâneo de recurso ou revisão criminal. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO ESPECIAL. COMPETÊNCIA PRECÍPUA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. WRIT SUCEDÂNEO DE RECURSO OU REVISÃO CRIMINAL. INVIABILIDADE. 1. Compete constitucionalmente ao Superior Tribunal de Justiça o julgamento do recurso especial, cabendo-lhe, enquanto órgão ad quem, o segundo, e definitivo, juízo de admissibilidade positivo ou negativo quanto a tal recurso de fundamentação vinculada. Salvo hipóteses de flagrante ilegalidade ou abuso de poder, inadmissível o reexame dos pressupostos de admissibilidade do recurso especial pelo Supremo Tribunal Federal. Precedentes. 2. Inadmissível a utilização do habeas corpus como sucedâneo de recurso ou revisão criminal. Precedentes. 3. Agravo regimental conhecido e não provido.” (HC nº 133.648-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Rosa Weber, DJe de 07/06/2016)

“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PENAL. VIOLAÇÃO DE DIREITO AUTORAL. TRÂNSITO EM JULGADO DA DECISÃO PROFERIDA NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. IMPETRAÇÃO DE HABEAS CORPUS NESTE SUPREMO TRIBUNAL APÓS TRANSCURSO DO PRAZO RECURSAL: IMPOSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DE HABEAS CORPUS COMO SUCEDÂNEO DE REVISÃO CRIMINAL. DEFICIÊNCIA DE INSTRUÇÃO DO HABEAS CORPUS. PRECEDENTES. DECISÃO AGRAVADA MANTIDA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Trânsito em julgado do acórdão objeto da impetração no Superior Tribunal de Justiça. Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de não ser viável a utilização de habeas corpus como sucedâneo de revisão criminal. 2. Não estando o pedido de habeas corpus instruído, esta deficiência compromete a sua viabilidade, impedindo que sequer se verifique a caracterização, ou não, do constrangimento ilegal. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento.” (HC nº 132.103, Segunda Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 15/03/2016)

Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao writ, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Dê-se ciência ao Ministério Público Federal.Publique-se. Int..Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 157.431 (1340)ORIGEM : 157431 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : DIEGO IGOR CONCHESKIIMPTE.(S) : MARCELO AUGUSTO RODRIGUES DE LEMOS (94933/

RS)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 450.468 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Vistos etc.Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por

Marcelo Augusto Rodrigues de Lemos em favor de Diego Igor Concheski, contra decisão monocrática da lavra do Ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu liminarmente o HC 450.468/RS.

Em 24.5.2017, o paciente foi preso preventivamente, pela suposta prática dos crimes de roubo qualificado e de disparo de arma de fogo (art. 157, §§ 1º e 2º, I, do Código Penal e art. 15 da Lei 10.826/2003, c/c art. 14, II, do Código Penal).

Inconformada, a Defesa impetrou habeas corpus perante o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que indeferiu a liminar.

A questão, então, foi submetida à apreciação do Superior Tribunal de

Justiça, que, via decisão monocrática da lavra do Ministro Jorge Mussi, indeferiu liminarmente o HC 450.468/RS.

No presente writ, o Impetrante alega inidônea a fundamentação do decreto prisional, porquanto ausentes seus requisitos autorizadores. Sustenta excesso de prazo para formação de culpa, preso o paciente desde 24.5.2017. Requer, em medida liminar e no mérito, a revogação da prisão preventiva, e, sucessivamente, a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão (art. 319 do CPP).

É o relatório.Decido. Extraio do ato dito coator:“(...).2. Este Superior Tribunal de Justiça, "na esteira do preceituado no

Enunciado n. 691 da Súmula do Pretório Excelso, têm entendimento pacificado no sentido de não ser cabível a impetração de habeas corpus contra decisão de relator indeferindo medida liminar, em ação de igual natureza, ajuizada perante os Tribunais de segundo grau, salvo a hipótese de inquestionável teratologia ou ilegalidade manifesta" (AgRg no HC 427.758⁄SP, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 15⁄03⁄2018, DJe 27⁄03⁄2018).

E, da análise da documentação acostada aos autos, verifica-se que não está caracterizada flagrante ilegalidade suficiente para superar o óbice do referido enunciado sumular. É que a decisão objurgada não se mostrou teratológica, restando devidamente fundamentado o indeferimento do pleito liminar, pois a autoridade tida como coatora não entendeu presentes os requisitos necessários para a concessão sumária da ordem, tecendo ainda as seguintes considerações:

"Sob corte cognitivo, não constato seja caso de deferimento liminar da ordem de soltura, ausente indicativo de manifesta ilegalidade na constrição de DIEGO IGOR CONCHESKI, nascido em 19-11-1988, com 27 anos de idade, em razão da suposta prática de delitos contra o patrimônio e do Estatuto do Desarmamento.

Quando do julgamento do habeas corpus tombado sob nº 70075671982 em 08-11-2017, este órgão Fracionário assentou a regularidade da custódia, a ausência de constrangimento ilegal e a necessidade de manutenção da detenção para assegurar a ordem pública [...]

Tocante à eiva na fundamentação da decisão que indeferiu o pedido de liberdade provisória ventilado pela defesa na resposta à acusação, não merece prosperar, já que se reportou à anterior manifestação impondo a segregação preventiva do beneficiário.

Tanto traduz espécie de motivação per relationem - técnica que, conforme entendimento assente na jurisprudência pátria, não ofende mandamento inserto no inciso IX do artigo 93 da Carta da República, este reprisado no artigo 315 do Código de Processo Penal. [...]

Destarte, não há falar em antecipação de pena ou em ofensa à constitucional garantia da presunção de inocência, sendo que como em concreto, os requisitos de ordem objetiva e subjetiva que autorizaram a sua decretação.

Tampouco cogito de desproporcionalidade, visto tratar-se de provável crime de roubo impróprio na forma tentada em concurso com o delito de disparo de arma de fogo cujas reprimendas corporais em hipótese de eventual, poderá ensejar a imposição de regime expiatório mais gravoso que o aberto.

Acerca da razoável duração do processo, tanto constitui garantia individual, prevista no Texto Constitucional, impondo celeridade e vedando procrastinações injustificadas. E pela via direta, o postulado irradia-se à custódia preventiva, impondo que esta, porque constritiva da liberdade de locomoção, não se protraia indevidamente.

Todavia, necessário destacar que os prazos indicados na legislação para a duração do curso instrutório servem apenas como parâmetro geral. Oscilam de acordo com as peculiaridades do feito originário, razão pela qual se aceita sua mitigação à luz do princípio da razoabilidade.

Assim, aferidos os requisitos e fundamentos autorizadores da segregatória, mantenho-a porque se revela suficiente, adequada e proporcional à garantia da ordem pública diante da gravidade dos crimes em tese praticados, sendo necessário, porém, para o integral enfrentamento da impetração, aguardar as informações a serem prestadas pela Origem” (e-STJ, fls. 550⁄553, grifamos).

Assim, os argumentos lançados pela autoridade apontada como coatora, em cotejo com os elementos que instruem os presentes autos, autorizam a conclusão do acerto do indeferimento da medida sumária, para manter, ao menos por ora, a constrição cautelar do paciente.

Além disso, mister destacar que o revolvimento dessa questão certamente acarretaria a indevida supressão de instância, pois será alvo de exame oportuno na Corte de Justiça indicada como coatora, quando do julgamento do seu mérito.

3. Pelo exposto, indefere-se liminarmente o habeas corpus, com fulcro no art. 210 do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça”.

Registro a existência de óbice ao conhecimento do presente writ, ainda que não se trate, nesta Casa, de hipótese alcançada pela Súmula 691/STF, pertinente a indeferimento de liminar em habeas corpus, e não a indeferimento liminar do habeas, uma vez não esgotada a jurisdição do Superior Tribunal de Justiça, pois o ato impugnado é decisão monocrática extintiva do writ e não o resultado de julgamento colegiado. Deveria a Defesa,

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 250

pretendendo a reforma da decisão monocrática, ter manejado agravo regimental para que a questão fosse apreciada pelo órgão colegiado (HC 122.275-AgR/SP, Rel. Min. Teori Zavascki, 2ª Turma, DJe 01.7.2014).

O ato apontado como coator observou, este sim, que a pretensão veiculada naquela Corte estaria desde logo a esbarrar na Súmula nº 691/STF (Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar), analogicamente aplicada porquanto voltada contra o indeferimento de liminar, pelo Relator, do Tribunal de Justiça, na impetração naquela Corte instaurada. Ainda que a compreensão expressa em tal verbete sumular seja abrandada em alguns julgamentos desta Suprema Corte em hipóteses excepcionais, de flagrante ilegalidade, teratologia ou abuso de poder, por não ser o caso dos autos, segundo o Superior Tribunal de Justiça, indeferido liminarmente o writ perante aquela Corte impetrado.

Ao indeferir o pedido de liminar, o Tribunal de Justiça não vislumbrou presentes os requisitos ensejadores da imediata soltura do paciente, reservando a definição da matéria ao pronunciamento do colegiado.

Dessa forma, dar trânsito ao writ significaria duplicar a instrução, que já está sendo realizada, e apreciá-lo no mérito implicaria suprimir instâncias.

Ante o exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (art. 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 157.434 (1341)ORIGEM : 157434 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : LUIZ JORGE JÚNIORIMPTE.(S) : LILIAN CLAUDIA JORGE (190256/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 450.833 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de “habeas corpus”, com pedido de medida liminar, impetrado contra decisão monocrática que, emanada de eminente Ministro do Superior Tribunal de Justiça em sede de outra ação de “habeas corpus” (HC 450.833/SP), por entender aplicável à espécie daqueles autos o disposto na Súmula 691/STF, indeferiu, liminarmente, o “writ” lá ajuizado.

Sendo esse o quadro, passo a apreciar a admissibilidade do presente “writ”. E, ao fazê-lo, devo observar que ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal firmaram orientação no sentido da incognoscibilidade desse remédio constitucional, quando ajuizado, como no caso em análise, em face de decisão monocrática proferida por Ministro de Tribunal Superior da União (HC 116.875/AC, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – HC 117.346/SP, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – HC 117.798/SP, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – HC 118.189/MG, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – HC 119.821/TO, Rel. Min. GILMAR MENDES – HC 121.684-AgR/SP, Rel. Min. TEORI ZAVASCKI – HC 122.381-AgR/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – HC 122.718/SP, Rel. Min. ROSA WEBER – RHC 114.737/RN, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – RHC 114.961/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, v.g.):

“’HABEAS CORPUS’. CONSTITUCIONAL. PENAL. DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NEGOU SEGUIMENTO A RECURSO ESPECIAL. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. IMPETRAÇÃO NÃO CONHECIDA.

I – (…) verifica-se que a decisão impugnada foi proferida monocraticamente. Desse modo, o pleito não pode ser conhecido, sob pena de indevida supressão de instância e de extravasamento dos limites de competência do STF descritos no art. 102 da Constituição Federal, o qual pressupõe seja a coação praticada por Tribunal Superior.

…...................................................................................................III – ‘Writ’ não conhecido.”(HC 118.212/MG, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – grifei)Esta Suprema Corte, como se vê dos precedentes acima referidos,

compreende que a cognoscibilidade da ação de “habeas corpus” supõe, em contexto idêntico ao de que ora se cuida, a existência de decisão colegiada da Corte Superior apontada como coatora, situação inocorrente na espécie.

Embora respeitosamente dissentindo dessa diretriz jurisprudencial, por entender possível a impetração de “habeas corpus” contra decisão monocrática de Ministro de Tribunal Superior da União, devo aplicar, observado o princípio da colegialidade, essa orientação restritiva que se consolidou em torno da utilização do remédio constitucional em questão, motivo pelo qual, em atenção à posição dominante na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, não conheço da presente ação de “habeas corpus”, restando prejudicado, em consequência, o exame do pedido de medida liminar.

Arquivem-se estes autos.Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro CELSO DE MELLORelator

HABEAS CORPUS 157.470 (1342)ORIGEM : 157470 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : ANDRESSA SILVA MAIAIMPTE.(S) : SAMIR IBRAHIM MOYA ABDALLAH (80503/PR)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos. Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de

Andressa Silva Maia, apontando como autoridade coatora a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem no HC nº 438.853/SP, Relator o Ministro Rogerio Schietti Cruz.

Sustenta o impetrante, em síntese, que a paciente estaria submetida a constrangimento ilegal por o excesso de prazo na sua custódia preventiva, que perdura desde 22/5/17, sem conclusão da instrução processual.

Aduz que a paciente é primária, possui bons antecedentes, residência fixa e ocupação lícita.

Requer, liminarmente, a concessão da ordem para que a prisão preventiva da paciente seja revogada ou substituída por medidas cautelares diversas.

Examinados os autos, decido.Transcrevo a ementa do acórdão proferido pelo Superior Tribunal de

Justiça:“HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS E ASSOCIAÇÃO PARA

O TRÁFICO. PRISÃO PREVENTIVA. ART. 312 DO CPP. PERICULUM LIBERTATIS. FUNDAMENTAÇÃO SUFICIENTE. EXCESSO DE PRAZO PARA O ENCERRAMENTO DO FEITO. NÃO OCORRÊNCIA. ORDEM DENEGADA.

1. Para ser compatível com o Estado Democrático de Direito – o qual se ocupa de proteger tanto a liberdade quanto a segurança e a paz públicas – e com a presunção de não culpabilidade, é necessário que a decretação e a manutenção da prisão cautelar se revistam de caráter excepcional e provisório. A par disso, a decisão judicial deve ser suficientemente motivada, mediante análise da concreta necessidade da cautela, nos termos do art. 282, I e II, c/c o art. 312, ambos do Código de Processo Penal.

2. O Juízo de primeira instância apontou circunstâncias que evidenciam, à primeira vista, a gravidade concreta do delito em tese cometido e a periculosidade da agente, com base na elevada quantidade de droga apreendida (cerca de 509 kg de maconha), a denotar o exercício habitual da traficância.

3. Mesmo que a paciente não haja transportado diretamente a droga, porquanto estava no veículo que acompanhava o trajeto do transportador, na função popularmente denominada de ‘batedor’, deve ser mantida sua custódia provisória, uma vez que sua atuação contribui sobremaneira para a prática da conduta mais gravosa (o transporte de mais de meia tonelada de droga), sobretudo por ser indicativo do elevado grau de organização do grupo criminoso. Precedentes.

4. É entendimento consolidado nos tribunais que os prazos indicados na legislação processual penal para a conclusão dos atos processuais não são peremptórios; assim, eventual demora no término da instrução criminal deve ser aferida levando-se em conta as peculiaridades do caso concreto.

5. Fica afastada, ao menos por ora, a alegação de excesso de prazo, diante das peculiaridades do caso em exame – pluralidade de réus e necessidade de expedição de cartas precatórias para oitiva de testemunhas.

6. Ordem denegada.” (anexo 30).Pelo que há no julgado proferido por aquela Corte não se vislumbra

ilegalidade flagrante, abuso de poder ou teratologia. Pelo contrário, o aresto em questão encontra-se suficientemente motivado, restando justificado o convencimento formado.

Com efeito, consoante apontado pelo Ministro Rogerio Schietti Cruz no voto condutor do acórdão,

“[n]a espécie, não constato excesso de prazo a consubstanciar flagrante ilegalidade que justifique a intervenção desta Corte Superior, ante as peculiaridades do caso em exame – pluralidade de réus e necessidade de expedição de cartas precatórias para oitiva de testemunhas.

Além disso, observo que, ao receber a denúncia, o Juízo singular já determinou a colheita dos depoimentos testemunhais, em 27/9/2017, o que permite concluir que tais diligências devem ser concluídas em breve. Depois disso, resta apenas o interrogatório dos réus para o encerramento da instrução.

Assim, não considero desproporcional o tempo decorrido desde a prisão preventiva da acusada (22/5/2018) e o momento presente.

Então, verificadas a compatibilidade da duração do processo com as particularidades do caso concreto, a complexidade da ação penal e a diligência do Estado no processamento do feito, fica afastada, ao menos por ora, a alegação de excesso de prazo.” (grifos do autor).

Portanto, a notícia a respeito da complexidade do feito, em razão da pluralidade de réus e a necessidade de expedição de carta precatória, quando associadas à indicação de que o processo criminal tem regular andamento na origem, afastam o apontado constrangimento ilegal por excesso de prazo.

É firme a jurisprudência da Corte no sentido de que“[a] duração do processo se submete ao princípio da razoabilidade,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 251

havendo inúmeros critérios que auxiliam na determinação do excesso. A complexidade da ação penal e a pluralidade de réus podem ser motivos bastantes a uma tramitação processual menos célere que a habitual” (HC nº 104.845/SP, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe 10/9/10).

No mesmo sentido, destaco: HC nº 111.755/ES, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe 14/9/12; HC nº 116.864/RR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe 15/10/13; HC nº 113.278/SP-ED, Primeira Turma, Relator o Ministro Roberto Barroso, DJe 14/10/14;

Com essas considerações, nos termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao presente habeas corpus, ficando, por consequência, prejudicado o pedido de liminar.

Publique-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 157.479 (1343)ORIGEM : 157479 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : EDSON GIROTOPACTE.(S) : RACHEL ROSANA DE JESUS PORTELA GIROTOPACTE.(S) : FLAVIO HENRIQUE GARCIA SCROCCHIOPACTE.(S) : WILSON ROBERTO MARIANO DE OLIVEIRAPACTE.(S) : MARIANE MARIANO DE OLIVEIRA D ORNELLASIMPTE.(S) : JOSE VALERIANO DE SOUZA FONTOURA (6277/MS,

6277-A/PB)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DA RCL Nº 30.313 DO SUPREMO TRIBUNAL

FEDERAL

DECISÃO: Vistos.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pelo advogado

José Valeriano de Souza Fontoura em favor de Edson Giroto e outros, apontando como autoridade o Ministro Alexandre de Moraes, que julgou procedente a Rcl nº 30.313/MS ajuizada pelo Parquet Federal.

Pleiteia-se com este habeas corpus a revogação da “decisão proferida pelo Ministro Alexandre de Moraes nos autos da Reclamação 30313, restabelecendo os efeitos das decisões do TRF3, proferidas nos HCs 00044298-20.2017.4.03.0000 e 0004367-52.2017.4.03.0000 (...)”.

Sucede que, por intermédio da Petição/STF nº 3235/18, a defesa formula pedido de desistência desta impetração.

Assim, homologo o pedido de desistência formulado (RISTF, art. 21, inciso VIII).

Publique-se.Arquive-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 157.498 (1344)ORIGEM : 157498 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : THOMAZ URIAS ALVES DE SOUZAIMPTE.(S) : FAHD DIB JUNIOR (225274/SP)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 441.908 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de “habeas corpus”, com pedido de medida liminar, impetrado contra decisão monocrática que, emanada de eminente Ministro do E. Superior Tribunal de Justiça em sede de outra ação de “habeas corpus” (HC 441.908/SP), não conheceu do “writ”, mas concedeu, de ofício, a ordem, apenas para fixar, em relação ao ora paciente, o regime inicial semiaberto de cumprimento da pena.

Sendo esse o quadro, passo a apreciar a admissibilidade do presente “writ”. E, ao fazê-lo, devo observar que ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal firmaram orientação no sentido da incognoscibilidade desse remédio constitucional, quando ajuizado, como no caso em análise, em face de decisão monocrática proferida por Ministro de Tribunal Superior da União (HC 116.875/AC, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – HC 117.346/SP, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – HC 117.798/SP, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – HC 118.189/MG, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – HC 119.821/TO, Rel. Min. GILMAR MENDES – HC 121.684-AgR/SP, Rel. Min. TEORI ZAVASCKI – HC 122.381-AgR/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – HC 122.718/SP, Rel. Min. ROSA WEBER – RHC 114.737/RN, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – RHC 114.961/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, v.g.):

“’HABEAS CORPUS’. CONSTITUCIONAL. PENAL. DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NEGOU SEGUIMENTO A RECURSO ESPECIAL. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. IMPETRAÇÃO NÃO CONHECIDA.

I – (…) verifica-se que a decisão impugnada foi proferida

monocraticamente. Desse modo, o pleito não pode ser conhecido, sob pena de indevida supressão de instância e de extravasamento dos limites de competência do STF descritos no art. 102 da Constituição Federal, o qual pressupõe seja a coação praticada por Tribunal Superior.

…...................................................................................................III – ‘Writ’ não conhecido.”(HC 118.212/MG, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – grifei)Esta Suprema Corte, como se vê dos precedentes acima referidos,

compreende que a cognoscibilidade da ação de “habeas corpus” supõe, em contexto idêntico ao de que ora se cuida, a existência de decisão colegiada da Corte Superior apontada como coatora, situação inocorrente na espécie.

Embora respeitosamente dissentindo dessa diretriz jurisprudencial, por entender possível a impetração de “habeas corpus” contra decisão monocrática de Ministro de Tribunal Superior da União, devo aplicar, observado o princípio da colegialidade, essa orientação restritiva que se consolidou em torno da utilização do remédio constitucional em questão, motivo pelo qual, em atenção à posição dominante na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, não conheço da presente ação de “habeas corpus”, restando prejudicado, em consequência, o exame do pedido de medida liminar.

Arquivem-se estes autos.Publique-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 157.508 (1345)ORIGEM : 157508 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : HERIK MOREIRA SANTANAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOCOATOR(A/S)(ES) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de “habeas corpus”, com pedido de medida liminar, impetrado contra decisão que, emanada de eminente Ministro do Superior Tribunal de Justiça em sede de outra ação de “habeas corpus” ainda em curso (HC 434.849/SP), indeferiu pleito cautelar que lhe havia sido requerido em favor do ora paciente.

Sendo esse o quadro, passo a apreciar a admissibilidade do presente “writ”. E, ao fazê-lo, devo observar que ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal firmaram orientação no sentido da incognoscibilidade desse remédio constitucional, quando ajuizado, como no caso em análise, em face de decisão monocrática proferida por Ministro de Tribunal Superior da União (HC 116.875/AC, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – HC 117.346/SP, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – HC 117.798/SP, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – HC 118.189/MG, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – HC 119.821/TO, Rel. Min. GILMAR MENDES – HC 121.684-AgR/SP, Rel. Min. TEORI ZAVASCKI – HC 122.381-AgR/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – HC 122.718/SP, Rel. Min. ROSA WEBER – RHC 114.737/RN, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – RHC 114.961/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, v.g.):

“’HABEAS CORPUS’. CONSTITUCIONAL. PENAL. DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NEGOU SEGUIMENTO A RECURSO ESPECIAL. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. IMPETRAÇÃO NÃO CONHECIDA.

I – (…) verifica-se que a decisão impugnada foi proferida monocraticamente. Desse modo, o pleito não pode ser conhecido, sob pena de indevida supressão de instância e de extravasamento dos limites de competência do STF descritos no art. 102 da Constituição Federal, o qual pressupõe seja a coação praticada por Tribunal Superior.

…...................................................................................................III – ‘Writ’ não conhecido.”(HC 118.212/MG, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – grifei)Esta Suprema Corte, como se vê dos precedentes acima referidos,

compreende que a cognoscibilidade da ação de “habeas corpus” supõe, em contexto idêntico ao de que ora se cuida, a existência de decisão colegiada da Corte Superior apontada como coatora, situação inocorrente na espécie.

Embora respeitosamente dissentindo dessa diretriz jurisprudencial, por entender possível a impetração de “habeas corpus” contra decisão monocrática de Ministro de Tribunal Superior da União, devo aplicar, observado o princípio da colegialidade, essa orientação restritiva que se consolidou em torno da utilização do remédio constitucional em questão, motivo pelo qual, em atenção à posição dominante na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, não conheço da presente ação de “habeas corpus”, restando prejudicado, em consequência, o exame do pedido de medida liminar.

Arquivem-se estes autos.Publique-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro CELSO DE MELLORelator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 252

HABEAS CORPUS 157.532 (1346)ORIGEM : 157532 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : MARY SIMONE REISIMPTE.(S) : LEONARDO ISAAC YAROCHEWSKY (47898/MG) E

OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO RHC Nº 98.194 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de Mary

Simone Reis, apontando como autoridade coatora o Ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu a liminar do RHC nº 98.194/MG.

Os impetrantes sustentam, inicialmente, que o caso concreto autoriza a mitigação do enunciado da Súmula nº 691/STF.

Aduzem, para tanto, a presença de constrangimento ilegal, pois a custódia preventiva da paciente padeceria de fundamentação idônea, apta a justificar a sua necessidade.

Sustentam que“imperioso reconhecer que, em relação à Mary Simone Reis, o

decreto prisional carece de indícios mínimos de autoria, vez que foi lastreado, única e exclusivamente, em colaboração premiada, razão pela qual a ordem deve ser concedida” (grifos dos autores).

Alegam que “O acórdão do Tribunal a quo (doc. 02) aponta que a custódia

cautelar busca ‘evitar a repetição dos atos nocivos censuráveis’, no entanto, a recorrente Mary Simone Reis foi exonerada do cargo de Delegada Regional de Polícia Civil de Araguari (Doc. 07), o que, por si só, impossibilita a suposta continuidade nos crimes, vez que os fatos que lhe são imputados foram todos praticados na função de Delegada Regional” (grifos do autores).

Asseveram, ainda, a presença de constrangimento ilegal por excesso de prazo, pois “a prisão preventiva da Paciente já perdura há 150 (cento e cinquenta) dias, sendo que até a presente data não se deu início ao processo penal com o recebimento da inicial acusatória”.

Afirmam que a paciente é primária, sem qualquer antecedente criminal, possui trabalho lícito e residência fixa.

Requer-se, liminarmente, a concessão da ordem para seja revogada a prisão preventiva da paciente ou substituída por medidas cautelares diversas (CPP, art. 319).

Examinados os autos, decido. Pelo que se depreende dos autos, o Superior Tribunal de Justiça não

examinou, definitivamente, as teses suscitadas na presente impetração, razão por que a sua apreciação, de forma originária, neste ensejo, configuraria inadmissível supressão de instância.

Não pode esta Suprema Corte, em exame per saltum, apreciar questão não analisada, em definitivo, pelo Superior Tribunal de Justiça (HC nº 111.171/DF, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 9/4/12).

Perfilhando esse entendimento: HC nº 113.172/SP, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 17/4/13; HC nº 118.836/PA-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 8/10/13; HC nº 116.857/ES-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe de 21/5/13; HC nº 114.583/MS, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 27/8/12; HC nº 92.264/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Menezes Direito, DJ de 14/12/07; e HC nº 90.654/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 25/5/07, entre outros.

De rigor, portanto, a incidência do óbice da Súmula nº 691 deste Supremo Tribunal, segundo a qual “não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar”.

Ademais, mostra-se prematura qualquer incursão no mérito do presente writ, tanto mais que o acórdão a ser proferido no julgamento do RHC nº 98.194/MG substituirá o título judicial ora questionado.

Nesse sentido, confiram-se:“(...)1. A superveniência de julgamento do mérito do habeas corpus

impetrado em Tribunal a quo prejudica o writ submetido ao STF quando o objeto era o indeferimento da liminar (…). 3. Writ prejudicado, com revogação da liminar anteriormente deferida” (HC nº 118.927/SP, Primeira Turma, Relator para Acórdão o Ministro Edson Fachin, DJe de 14/9/16);

“(...)1. A superveniência de “decisão colegiada de Tribunal Superior

corresponde a novo ato a desafiar ação própria” (HC 104.813, Rel.ª Min.ª Rosa Weber). Precedentes (…). 3. Habeas Corpus prejudicado, revogada a liminar” (HC nº 121.208/AL, Primeira Turma, Relator para Acórdão o Ministro Roberto Barroso, DJe de 12/6/15).

Ainda que assim não fosse, registro que juízo de origem, ao justificar a necessidade da preventiva da paciente, considerou a sua periculosidade para a ordem pública, evidenciada pelo seu suposto envolvimento em organização criminosa dedicada à prática de crimes de roubo, falsidade

ideológica e tráfico de drogas (anexo 5). Com efeito, este Supremo Tribunal Federal já assentou que “a possibilidade de reiteração criminosa e a participação em

organização criminosa são motivos idôneos para a manutenção da custódia cautelar, a fim de garantir a ordem pública (HC 104.669/SP, Primeira Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJ de 24/11/10) RHC nº 133.933/SP, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 9/10/17).

Perfilhando esse entendimento: “DIREITO PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. PRISÃO

PROCESSUAL. EXCESSO DE PRAZO JUSTIFICADO. PARÂMETRO DA RAZOABILIDADE. PRESSUPOSTOS E CONDIÇÕES DA PRISÃO PREVENTIVA. ALEGAÇÃO DE DELAÇÃO PREMIADA. DILAÇÃO PROBATÓRIA. INCOMPATIBILIDADE COM O WRIT. 1. Clara indicação da existência de organização criminosa integrada pelo paciente, a revelar a presença da necessidade da prisão preventiva como garantia da ordem pública. (…) 7. Ordem denegada” (HC nº 89.847/BA, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 27/6/08);

“É idôneo o decreto preventivo lastreado na distinção entre a relevância participativa de cada réu no contexto da suposta organização criminosa, descabendo rever referida premissa decisória, na medida em que tal proceder pressupõe aprofundado reexame de fatos e provas, providência incompatível com a estreita via do habeas corpus” (HC nº 134.465/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Edson Fachin, DJe de 22/9/17);

“A custódia preventiva para garantia da ordem pública considera-se justificada ante a gravidade in concreto dos fatos, bem como na presença de elementos que indicam elevado grau de organização e estruturação, com escorreita divisão de tarefas” (HC nº 123.705/MG, Primeira Turma, Relator para acórdão o Ministro Luiz Fux, DJe de 29/9/17).

Com essas considerações, nos termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao presente habeas corpus, ficando, por consequência, prejudicado o pedido de liminar.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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INQUÉRITO 3.124 (1347)ORIGEM : PROCESSO - 200806500008 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAUTOR(A/S)(ES) : MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIROINVEST.(A/S) : LUIZ LINDBERGH FARIAS FILHOINVEST.(A/S) : JAYME ORLANDO FERREIRAADV.(A/S) : NELIO ROBERTO SEIDL MACHADO (23532/RJ) E

OUTRO(A/S)INVEST.(A/S) : ALEXANDRE PASCHOA MONTEIROINVEST.(A/S) : CARLOS MARCOS COLONNESEINVEST.(A/S) : FRANCISCO DE OLIVEIRA JUNIORADV.(A/S) : LEONARDO SICA (146104/SP) E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANTONIO RUIZ FILHO (80425/SP)ADV.(A/S) : CARLOS KAUFFMANN (123841/SP)ADV.(A/S) : CAMILA GARCIA CUSCHNIR (244495/SP)INVEST.(A/S) : ANDRE LUIZ CECILIANOADV.(A/S) : ANA PAULA MONTEIRO DA SILVA (102082/RJ)INVEST.(A/S) : JANAÍNA DA CONCEIÇÃO GOMES DOS SANTOS

SILVAINVEST.(A/S) : MARÍLIA DE OLIVEIRA MACHADOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

DESPACHO: A Procuradoria-Geral da República requereu a declinação da competência para a Segunda Vara da Comarca de Nova Iguaçu/RJ, tendo em vista o entendimento fixado na AP 937 QO (fls. 1250-1256).

Decido.O STF alterou entendimento anterior e passou a compreender que a

prerrogativa de foro dos parlamentares federais é limitada aos “crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas” (AP 937 QO, Rel. Min. Roberto Barroso, julgada em 3.5.2018). Deliberou-se que “esta nova linha interpretativa deve se aplicar imediatamente aos processos em curso, com a ressalva de todos os atos praticados e decisões proferidas pelo STF e pelos demais juízos com base na jurisprudência anterior”.

Entretanto, na forma do art. 231, § 4º, “d”, o Relator deve determinar o arquivamento do inquérito, quando verificar a “ausência de indícios mínimos de autoria ou materialidade, nos casos em que forem descumpridos os prazos para a instrução do inquérito”.

No caso concreto, as apurações foram concluídas. Ficou pendente apenas diligência no interesse do Ministério Público – análise da documentação bancária pela Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise da

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 253

PGR.Como consignei em despacho anterior, a diligência pende desde

setembro de 2015, momento em que foram aportados aos autos os documentos necessários a sua realização (fl. 1196).

Desde então, a Procuradoria-Geral da República limitou-se a requerer sucessivas prorrogações do prazo para a conclusão da análise, sem notícia sobre o andamento da diligência. Dessa forma, pende a conclusão da perícia há mais de dois anos, sem previsão de conclusão.

No último despacho, deferi o prazo derradeiro de 90 dias para conclusão da diligência.

Tendo em vista que o presente inquérito tramita no Supremo Tribunal Federal desde 2011, a diligência faltante deverá ser concluída, antes da apreciação do pedido de declinação da competência.

Ante o exposto, indefiro, por ora, o pedido de declinação da competência e determino o retorno dos autos à Procuradoria-Geral da República, para que conclua a diligência pendente, sob pena de arquivamento do inquérito, na forma do art. 231, § 4º, “d”, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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INQUÉRITO 3.529 (1348)ORIGEM : PROC - 11888920114013100 - JUIZ FEDERAL DA 1ª

REGIÃOPROCED. : AMAPÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : VINICIUS DE AZEVEDO GURGELADV.(A/S) : HECTOR RIBEIRO FREITAS (DF022909/)ADV.(A/S) : WALDENES BARBOSA DA SILVA (1249/AP)ADV.(A/S) : GUSTAVO HENRIQUE CAPUTO BASTOS (7383/DF)ADV.(A/S) : LUCIANO ANDRADE PINHEIRO (15184/CE)

DECISÃO: Vistos.O Plenário do Supremo Tribunal Federal, em 03.05.2018, ao julgar

questão de ordem na AP nº 937, Relator o Ministro Roberto Barroso, assentou a competência da Suprema Corte para processar e julgar os membros do Congresso Nacional exclusivamente quanto aos crimes praticados no exercício e em razão da função pública em questão.

Assentou ainda que, no caso de inaplicabilidade da regra constitucional da prerrogativa de foro, os processos deverão ser remetidos ao juízo de primeira instância competente.

Na espécie, o Deputado Federal Vinícius de Azevedo Gurgel foi denunciado como incurso nas sanções do art. 1º, inc. I, da Lei nº 8.137/90, pelo fato de haver omitido das autoridades fazendárias, no ano de 2004, informações relativas aos seus rendimentos, não recolhendo em conformidade o Imposto de Renda referente ao período.

A ação penal teve início perante o juízo da 2ª Vara Federal da Seção Judiciária do Amapá, sendo posteriormente remetida a este Supremo Tribunal Federal em razão da posse do denunciado no cargo eletivo de Deputado Federal.

Nesse contexto, tratando-se de crime que não foi praticado no exercício do mandato de Deputado Federal e diante da inaplicabilidade da regra constitucional de prerrogativa de foro ao presente caso, devolvam-se os autos ao juízo prevento da 2ª Vara Federal da Seção Judiciária do Amapá, para que prossiga no julgamento da ação penal.

Publique-se. Intimem-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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INQUÉRITO 4.056 (1349)ORIGEM : INQ - 29320116260343 - JUIZ ELEITORALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : J CADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DESPACHO : Ao Ministério Público Federal.Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

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INQUÉRITO 4.082 (1350)

ORIGEM : PROC - 00004995020134058310 - JUIZ FEDERAL DA 3ª REGIÃO

PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. EDSON FACHINAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : JOSÉ CAVALCANTI ALVES JÚNIORADV.(A/S) : PEDRO MELCHIOR DE MÉLO BARROS

DECISÃO: 1. Neste Inquérito, investigam-se fatos delituosos previstos no art. 1º, I, do Decreto-Lei 201/1967, supostamente ocorridos entre os anos de 2008 e 2009, época na qual o atual Deputado Federal José Cavalcanti Alves Júnior exercia o cargo de Prefeito do Município de Arcoverde (fl. 470).

Conforme se extrai das peças informativas coligidas, em fiscalização pelos órgãos de controle, lavrou-se Relatório de Fiscalização n. 01401, no qual houve glosa à aquisição de combustíveis pela sobredita municipalidade no curso dos certames licitatórios de Tomada de Preços 007/2008 e 001/2009, apontando-se que os valores dessas contratações sobejam aos praticados no mercado.

Na origem, os autos deste persecutório foram deflagrados junto ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região.

Com o término do mandato do investigado no cargo de Prefeito, foram remetidos ao Juízo da 28ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Arcoverde/PE e, após, vieram a esta Corte Suprema com base no que dispõe o art. 102, I, b, da Constituição Federal, pela assunção das funções de Deputado Federal por José Cavalcanti Alves Júnior.

Embora tenha sido inicialmente apontada correlação entre o objeto deste feito com os recursos recebidos dos Ministérios da Educação e Saúde para o Programa Nacional de Alimentação Escolar, no evolver das apurações, os expertos responsáveis pela lavratura do Laudo Técnico às fls. 67-78 concluíram pela inexistência de qualquer liame entre a compra de combustíveis e os subsídios federais provindos daquelas Pastas.

Com vista por ato de impulso cartorário, a Procuradoria-Geral da República requer a “baixa dos autos ao Juízo de 1ª instância - a uma das varas criminais da Subseção Judiciária de Arcoverde” (fl. 471).

2. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao julgar Questão de Ordem suscitada nos autos da AP 937, de relatoria do eminente Ministro Luís Roberto Barroso, decidiu que a competência desta Corte para processar e julgar parlamentares, nos termos do art. 102, I, b, da Constituição Federal, restringe-se aos delitos praticados no exercício e em razão da função pública, nos termos da seguinte certidão de julgamento exarada em 3.5.2018:

“Decisão: O Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, resolveu questão de ordem no sentido de fixar as seguintes teses: ‘(i) O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas; e (ii) Após o final da instrução processual, com a publicação do despacho de intimação para apresentação de alegações finais, a competência para processar e julgar ações penais não será mais afetada em razão de o agente público vir a ocupar outro cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo’, com o entendimento de que esta nova linha interpretativa deve se aplicar imediatamente aos processos em curso, com a ressalva de todos os atos praticados e decisões proferidas pelo STF e pelos demais juízos com base na jurisprudência anterior, conforme precedente firmado na Questão de Ordem no Inquérito 687 (Rel. Min. Sydney Sanches, j. 25.08.1999); (...)”

No caso em tela, como visto, apuram-se fatos atribuídos ao atual Deputado Federal José Cavalcanti Alves Júnior, supostamente praticados à época em que investido no cargo Prefeito do Município de Arcoverde/PE, cenário no qual não se enquadram os requisitos de fixação da competência deste Supremo Tribunal Federal para processo e julgamento de parlamentares.

Tal circunstância evidencia a inexistência de motivo apto a justificar o prosseguimento desta causa penal no âmbito restrito desta jurisdição especial, o que determina a devolução dos autos à 28ª Vara Criminal Federal da Subseção Judiciária de Arcoverde/PE, sem prejuízo da reanálise da competência especializada pelo Juízo destinatário.

3. À luz do exposto, acolho o pedido da Procuradoria-Geral da República e, com fundamento no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e no art. 109 do Código de Processo Penal, reconheço, por causa superveniente, a incompetência deste Supremo Tribunal Federal, determinando a imediata remessa deste inquérito e de seus apensos à 28ª Vara Criminal Federal da Subseção Judiciária de Arcoverde/PE, a quem se recomenda celeridade no prosseguimento.

Publique-se. Intimem-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

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INQUÉRITO 4.094 (1351)ORIGEM : PROC - 00002007320134058310 - JUIZ FEDERAL DA 3ª

REGIÃOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. EDSON FACHINAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 254

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : JOSÉ CAVALCANTI ALVES JÚNIORADV.(A/S) : PEDRO MELCHIOR DE MÉLO BARROS

DECISÃO: 1. Neste Inquérito, investigam-se fatos delituosos previstos no art. 90 da Lei 8.666/1993 e no art. 1º, I, do Decreto-Lei 201/1967, supostamente ocorridos entre os anos de 2008 e 2009, época na qual o atual Deputado Federal José Cavalcanti Alves Júnior exercia o cargo de Prefeito do Município de Arcoverde/PE (fls. 408-410).

Conforme se extrai das peças informativas coligidas, em fiscalização pelos órgãos de controle, lavrou-se Relatório de Fiscalização n. 01401, no qual houve glosa a contratações vinculadas às obras no Canal Riacho do Mel, no Município de Arcoverde/PE, em que aplicados recursos federais provindos do Ministério da Integração Nacional.

Segundo afirma a Procuradoria-Geral da República, os resultados desses trabalhos apuratórios apontam defeitos insanáveis nos certames licitatórios, tais como: restrição ao caráter competitivo; escassez no detalhamento dos preços de serviços; ausência de memoriais de cálculo; falta de fiscalização nas correspectivas obras; cobrança a maior de tributos por parte da empresa contratada; medições incompletas; repasses de valores sem lastro na documentação legalmente exigida e “pagamento indevido de R$ 1.719.943,19 pela não execução de serviço” (fl. 162).

Na origem, os autos deste persecutório foram deflagrados junto ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região. Com o término do mandato do investigado no cargo de Prefeito, foram remetidos ao Juízo da 28ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Arcoverde/PE (fl. 94). Após, vieram a esta Corte Suprema com base no que dispõe o art. 102, I, b, da Constituição Federal, pela assunção das funções de Deputado Federal por José Cavalcanti Alves Júnior (fl. 133).

Com vista por ato de impulso cartorário, a Procuradoria-Geral da República requer a “baixa dos autos ao Juízo Federal da Subseção Judiciária de Arcoverde/PE” (fl. 410).

2. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao julgar Questão de Ordem suscitada nos autos da AP 937, de relatoria do eminente Ministro Luís Roberto Barroso, decidiu que a competência desta Corte para processar e julgar parlamentares, nos termos do art. 102, I, b, da Constituição Federal, restringe-se aos delitos praticados no exercício e em razão da função pública, nos termos da seguinte certidão de julgamento exarada em 3.5.2018:

“Decisão: O Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, resolveu questão de ordem no sentido de fixar as seguintes teses: ‘(i) O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas; e (ii) Após o final da instrução processual, com a publicação do despacho de intimação para apresentação de alegações finais, a competência para processar e julgar ações penais não será mais afetada em razão de o agente público vir a ocupar outro cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo’, com o entendimento de que esta nova linha interpretativa deve se aplicar imediatamente aos processos em curso, com a ressalva de todos os atos praticados e decisões proferidas pelo STF e pelos demais juízos com base na jurisprudência anterior, conforme precedente firmado na Questão de Ordem no Inquérito 687 (Rel. Min. Sydney Sanches, j. 25.08.1999); (...)”

No caso em tela, como visto, apuram-se fatos atribuídos ao atual Deputado Federal José Cavalcanti Alves Júnior, supostamente praticados à época em que investido no cargo Prefeito do Município de Arcoverde/PE, cenário no qual não se enquadram os requisitos de fixação da competência deste Supremo Tribunal Federal para processo e julgamento de parlamentares.

Tal circunstância evidencia a inexistência de motivo apto a justificar o prosseguimento desta causa penal no âmbito restrito desta jurisdição especial, o que determina a devolução dos autos à 28ª Vara Criminal Federal da Subseção Judiciária de Arcoverde/PE.

3. À luz do exposto, acolho o pedido da Procuradoria-Geral da República e, com fundamento no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e no art. 109 do Código de Processo Penal, reconheço, por causa superveniente, a incompetência deste Supremo Tribunal Federal, determinando a imediata remessa deste inquérito e de seus apensos à 28ª Vara Criminal Federal da Subseção Judiciária de Arcoverde/PE, a quem se recomenda celeridade no prosseguimento.

Publique-se. Intimem-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

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INQUÉRITO 4.462 (1352)ORIGEM : inq - 4462 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : ELISEU LEMOS PADILHAINVEST.(A/S) : WELLINGTON MOREIRA FRANCOINVEST.(A/S) : MICHEL MIGUEL ELIAS TEMER LULIAADV.(A/S) : FREDERICO DONATI BARBOSA (17825/DF) E

OUTRO(A/S)

DESPACHO: 1. Com relação à petição protocolizada sob o n. 30.080/2018, defiro à defesa constituída do investigado Wellington Moreira Franco acesso integral aos elementos já incorporados aos autos epigrafados, inclusive aos anexos sigilosos e documentos subsequentes a este despacho, a serem obtidos diretamente junto à Secretaria Judiciária em mídia digital com marca d’água.

2. Considerando não constar na autuação o nome do advogado subscritor do pleito, determino seja certificada, pela Secretaria Judiciária, a regularidade na representação processual.

Em caso positivo, anote-se. Do contrário, intime-se o aludido causídico, por mandado a ser endereçado à sucursal brasiliense do escritório “Moraes Pitombo”, a quem, desde logo, concedo o prazo de 5 (cinco) dias para juntada do indispensável instrumento procuratório, nos termos do art. 3º da Resolução 338/2007.

Publique-se. Intimem-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

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INQUÉRITO 4.518 (1353)ORIGEM : PET - 6650 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : ARNALDO CALIL PEREIRA JARDIMADV.(A/S) : JOSÉ ROBERTO FIGUEIREDO SANTORO E OUTRO(S)

(DF005008/) E OUTRO(A/S)

DESPACHO : Referente à Petição nº 0031614/2018:Oficie-se à autoridade policial federal, nos termos requeridos pela

Procuradoria-Geral da República na petição acima mencionada, para que encaminhe os autos ao Ministério Público Federal.

Junte-se oportunamente. Encaminhe-se cópia para a autoridade policial federal onde se encontram os autos do INQ 4518.

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

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INQUÉRITO 4.668 (1354)ORIGEM : 7431 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : LÚCIO QUADROS VIEIRA LIMAADV.(A/S) : GAMIL FOPPEL EL HIRECHE (0017828/BA) E

OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de Inquérito instaurado para elucidar crime de ameaça, em tese, praticado pelo Deputado Federal Lúcio Quadro Vieira Lima contra Marcelo Calero Faria Garcia, à época em que este último ocupava o cargo de Ministro de Estado da Cultura.

Tais fatos, segundo a acusação, teriam ocorrido em razão de supostas pressões exercidas por Geddel Quadros Vieira Lima para liberação, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (IPHAN), da obra no empreendimento La Vue (fls. 23/23-verso).

Após o envio dos autos à Polícia Federal para realização de diligências, o investigado, alegando flagrante decadência do direito de representação do suposto ofendido, interpôs agravo regimental em que se insurge contra a autorização de abertura deste caderno investigativo (fls. 36-50).

Diante da plausibilidade dessa causa de pedir e da necessidade de processamento da peça recursal, ordenei a imediata requisição dos autos (fl. 24) e, contra este despacho, houve interposição de nova irresignação pelo investigado.

Sobrevieram, então, contrarrazões ao primeiro recurso aforado, nas quais a Procuradoria-Geral da República reafirma a higidez do seu pedido, aduzindo que a questão da veracidade quanto à data de submissão dos fatos ao conhecimento das autoridades da persecução deve ser dirimida no curso das apurações (fls. 70-73).

Na sequência, a fim de subsidiar o exame da controvérsia quanto à dita condição de procedibilidade, requisitei informações ao Delegado de Polícia Federal Josélio Azevedo de Souza que, em resposta, afirma não lhe ter sido reportado “qualquer fato específico praticado por LÚCIO QUADROS VIEIRA FILHO contra o qual MARCOLO CALERO tenha manifestado de maneira inequívoca sua intenção de vê-lo apurado” (fl. 98).

2. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao julgar Questão de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 255

Ordem suscitada nos autos da AP 937, de relatoria do eminente Ministro Luís Roberto Barroso, decidiu que a competência desta Corte para processar e julgar parlamentares, nos termos do art. 102, I, b, da Constituição Federal, restringe-se aos delitos praticados no exercício e em razão da função pública , nos termos da seguinte certidão de julgamento exarada em 3.5.2018:

“Decisão: O Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, resolveu questão de ordem no sentido de fixar as seguintes teses: (i) O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas; e (ii) Após o final da instrução processual, com a publicação do despacho de intimação para apresentação de alegações finais, a competência para processar e julgar ações penais não será mais afetada em razão de o agente público vir a ocupar outro cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo, com o entendimento de que esta nova linha interpretativa deve se aplicar imediatamente aos processos em curso, com a ressalva de todos os atos praticados e decisões proferidas pelo STF e pelos demais juízos com base na jurisprudência anterior, conforme precedente firmado na Questão de Ordem no Inquérito 687 (Rel. Min. Sydney Sanches, j. 25.08.1999); (...)”

No caso em tela, como visto, examinam-se fatos atribuídos ao Deputado Federal Lúcio Quadro Vieira Lima, cujas razões subjacentes não estão diretamente vinculadas ao exercício de suas funções no parlamento, cenário a afastar um dos requisitos de fixação da competência deste Supremo Tribunal Federal para processo e julgamento de parlamentares.

Tal circunstância evidencia, a meu sentir, a inexistência de motivo apto a justificar o prosseguimento desta causa penal no âmbito restrito desta jurisdição especial, o que determina o envio dos autos a uma das Varas Criminais da Seção Judiciária do Distrito Federal/DF, nos termos do art. 69, I, do Código de Processo Penal c/c o art. 109, IV, 2ª parte, da Constituição Federal, a quem incumbirá o exame da questão jurídica aventada pelo investigado.

3. À luz do exposto, com fundamento no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e do art. 109 do Código de Processo Penal, reconheço, por causa superveniente, a incompetência deste Supremo Tribunal Federal, determinando a imediata remessa deste inquérito a uma das Varas Criminais Federais da Seção Judiciária do Distrito Federal/DF, a quem se recomenda celeridade no prosseguimento do feito.

Em consequência, julgo prejudicados os agravos regimentais interpostos às fls. 36-49 e 80-86, sem prejuízo de análise dessas matérias pelo juízo que receberá os autos.

Publique-se. Intimem-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

Documento assinado digitalmente

MANDADO DE INJUNÇÃO 6.845 (1355)ORIGEM : 6845 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXIMPTE.(S) : JOSE AILTON DE FREITAS RODRIGUESADV.(A/S) : EDSON DANIEL RAMOS FILHO (24049/PB) E

OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE INJUNÇÃO. CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL DE SERVIDOR PÚBLICO. ATIVIDADE DE RISCO. ART. 40, § 4º, II, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. DEFINIÇÃO DAS ATIVIDADES DE RISCO. AGENTE DE SEGURANÇA E VIGILANTE DE UNIVERSIDADE PÚBLICA ESTADUAL. INEXISTÊNCIA DE RISCO INERENTE À ATIVIDADE. MANDADO DE INJUNÇÃO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO.

DECISÃO: Trata-se de mandado de injunção coletivo impetrado por José Ailton de Freitas Rodrigues visando à regulamentação do art. 40, § 4º, II da Constituição, que dispõe sobre a aposentadoria especial de servidores públicos exercentes de atividades de risco.

O impetrante afirma ser vigilante na Universidade Estadual da Paraíba, em permanente e habitual exercício de atividade de risco há mais de 25 anos.

Em amparo de sua pretensão, defende que a ausência de lei complementar que regulamente o art. 40, § 4º, II, da Constituição da República, impõe a aplicação analógica do art. 57 da Lei 8.213/1991.

Requer a concessão da ordem para, suprimindo-se a lacuna normativa, seja garantido “o direito à averbação do tempo de serviço em condição especial de trabalho (atividade de risco)”, ou, sucessivamente, “o direito à adoção do art. 57 da Lei nº 8.213/91, lei geral da Previdência Social, para a concessão de sua aposentadoria especial”.

A Procuradoria-Geral da República ofertou manifestação pela denegação da ordem, em parecer assim ementado:

CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE

INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. ATIVIDADE DE RISCO. ART. 40–§4º–II DA CONSTITUIÇÃO. AGENTE DE SEGURANÇA E VIGILANTE DE UNIVERSIDADE PÚBLICA ESTADUAL. DENEGAÇÃO.

1. Mandado de injunção impetrado visando à regulamentação do art. 40–§4º–II da Constituição, que trata da aposentadoria especial dos servidores que exercem atividades de risco.

2. O art. 40–§4º–II da Constituição permite a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos servidores públicos exercentes de atividades de risco, nos termos definidos em leis complementares.

3. Não há falar em omissão inconstitucional na hipótese, por não ser o risco inerente ao exercício das atividades desempenhadas por agentes de segurança e vigilantes de universidades públicas estaduais.

‒ Parecer pela denegação da ordemÉ o relatório. DECIDO.Inicialmente, cumpre aduzir que a conjuntura atual não mais permite

aos Estados soberanos a concessão de benefícios previdenciários descomprometidos com a realidade em que a expectativa de vida, a cada ano, se eleva expressivamente. Impensável estimular, na atual quadra, a proliferação de aposentadorias precoces, mormente em um contexto socioeconômico em que a ciência avança para permitir a maior longevidade da população. Nem se diga que a necessidade de majoração da idade para a concessão de aposentadorias seja uma peculiaridade brasileira: o mundo caminha para um aumento da expectativa de vida, o que reclama extrema cautela de qualquer Estado no reconhecimento de benefícios previdenciários vitalícios em que a data de início ocorre quando o segurado ainda está jovem e com plena capacidade de trabalho. Aposentadoria não deve ser complemento de renda de quem tem plenas condições de trabalhar e a sua concessão a pessoas jovens, considerada a tábua de mortalidade em vigor, deve ser medida excepcional e contanto que imprescindível para a concretização do princípio constitucional da isonomia.

Sob outro prisma, não se pode desprezar o animus do Constituinte de, sob o pálio do princípio da isonomia, assegurar uma aposentadoria mais precoce a servidores públicos que, no desempenho de suas funções, tenham severas dificuldades. Por mais que os tempos sejam difíceis, e por mais que a tendência natural seja a de majoração da idade mínima para a concessão de aposentadorias, não se pode desprezar a imperiosa necessidade de imposição do discrímen entre os que atuam em funções normais e aqueles que são deficientes, desempenham funções insalubres ou arriscadas. A distinção há de ser feita, de modo que se dê, a cada um, o que cada um deve receber, mercê de suas condições pessoais. O equilíbrio atuarial da previdência e a necessidade do seu custeio são imprescindíveis para a sua subsistência de modo a assegurar benefícios dignos a gerações futuras, mas não podem desprezar a imperiosa necessidade de observância do princípio da isonomia que impõe, quanto ao tema sub judice, que aqueles expostos ao risco se aposentem antes dos demais que não tenham direito à aposentadoria especial.

Revela-se, assim, uma inequívoca preocupação e compreensão de que o Poder Judiciário não pode virar as costas para os reflexos econômicos de suas decisões, tornando letra morta os profícuos ensinamentos de Richard Allen Posner, magistrado norte- americano e Senior Lecturer da Universidade de Chicago, mentor intelectual da doutrina jurídica que entrelaça o direito e a economia em sua clássica obra Economic Analysis of Law.

O art. 40, § 4º, da Constituição da República apresenta, apenas, três espécies distintas de aposentadoria especial para o servidor público, in verbis:

“Art. 40. (…)§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a

concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

I - portadores de deficiência; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

II - que exerçam atividades de risco; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

III - cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005).”

Em relação à aposentadoria especial contida no inciso I, as regras previstas na Lei Complementar 142/2013 solucionam os pleitos formulados de aposentadoria especial por quem é portador de deficiência.

Quanto à aposentadoria especial prevista no inciso III, a alusiva ao desempenho de atividades sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física do servidor, a omissão legislativa subsiste. Contudo, esta Corte editou a Súmula Vinculante 33 que predica a aplicação do Regime Geral da Previdência Social para esta aposentadoria especial, verbis:

“Súmula Vinculante 33Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime

geral da previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, § 4º, inciso III da Constituição Federal, até a edição de lei complementar específica”.

Constata-se, portanto, que apenas em relação à hipótese do inciso II acima transcrito (atividades de risco) subsiste uma omissão. E a inércia do

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 256

Poder Legislativo não pode comprometer a efetividade do texto constitucional, na medida em que, segundo arguta análise do Professor lusitano José Joaquim Gomes Canotilho (Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 5ª edição. Coimbra: Almedina, 2002, p. 1421):

“A constituição confere legitimidade a uma ordem política e dá legitimação aos respectivos titulares do poder político. Precisamente por isso se diz que a constituição se assume como estatuto jurídico do político (Castanheira Neves) num duplo sentido - o da legitimidade e da legitimação.”.

E, quanto ao enfrentamento da lacuna existente, ressoa inviável que esta Corte passe a examinar, de forma individual, se cada categoria específica de servidor público brasileiro exerce ou não atividade de risco. Diante da impossibilidade de esta Corte proceder a uma análise casuística por meio de milhares de mandados de injunção de todas as funções públicas existentes em todos os entes da federação para concluir se há ou não direito à aposentadoria especial por risco, a solução há de vir, até que se tenha uma regulamentação pela via exigida constitucionalmente, qual seja, a lei, através da fixação de parâmetros por esta Corte.

Nesse ponto, é cediço que o Plenário do STF, concluindo o julgamento dos MIs 833 e 844, nos quais se veiculou suposta omissão na regulamentação da aposentadoria especial dos servidores que exercem atividade de risco, firmou o entendimento no sentido de que só há falar em risco quando esteja inequivocamente inerente ao ofício, atraindo, assim, o direito subjetivo à aposentadoria especial prevista no art. 40, § 4º, II, da Constituição da República. Veja-se, a propósito, a redação da ementa que receberam os referidos julgados:

“DIREITO PREVIDENCIÁRIO. MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO. OFICIAIS DE JUSTIÇA. ALEGADA ATIVIDADE DE RISCO. APOSENTADORIA ESPECIAL. ORDEM DENEGADA. 1. Diante do caráter aberto da expressão atividades de risco (art. 40, § 4º, II, da Constituição) e da relativa liberdade de conformação do legislador, somente há omissão inconstitucional quando a periculosidade seja inequivocamente inerente ao ofício. 2. A eventual exposição a situações de risco – a que podem estar sujeitos os Oficiais de Justiça e, de resto, diversas categorias de servidores públicos – não garante direito subjetivo constitucional à aposentadoria especial. 3. A percepção de gratificações ou adicionais de periculosidade, assim como o porte de arma de fogo, não são, por si sós, suficientes para reconhecer o direito à aposentadoria especial, em razão da autonomia entre o vínculo funcional e o previdenciário. 4. Voto pela denegação da ordem, sem prejuízo da possibilidade, em tese, de futura lei contemplar a pretensão da categoria”(MI 833, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Relator(a) p/ Acórdão: Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 11/06/2015, DJe 30/09/2015);

“DIREITO PREVIDENCIÁRIO. MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO. OFICIAIS DE JUSTIÇA E SERVIDORES DO JUDICIÁRIO E DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO COM ATRIBUIÇÕES RELACIONADAS À SEGURANÇA. ALEGADA ATIVIDADE DE RISCO. APOSENTADORIA ESPECIAL. ORDEM DENEGADA. 1. Diante do caráter aberto da expressão atividades de risco (art. 40, § 4º, II, da Constituição) e da relativa liberdade de conformação do legislador, somente há omissão inconstitucional quando a periculosidade seja inequivocamente inerente ao ofício. 2. A eventual exposição a situações de risco – a que podem estar sujeitos os servidores ora substituídos e, de resto, diversas outras categorias – não garante direito subjetivo constitucional à aposentadoria especial. 3. A percepção de gratificações ou adicionais de periculosidade, assim como o porte de arma de fogo, não são, por si sós, suficientes para reconhecer o direito à aposentadoria especial, em razão da autonomia entre o vínculo funcional e o previdenciário. 4. Voto pela denegação da ordem, sem prejuízo da possibilidade, em tese, de futura lei contemplar a pretensão das categorias representadas pela impetrante.” (MI 844, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Relator(a) p/ Acórdão: Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 11/06/2015, DJe 30/09/2015).

Naquela assentada, a Corte entendeu que só há falar em periculosidade quando esta seja inequivocamente inerente ao ofício. Concluiu-se que somente em relação às atividades perigosas por sua própria natureza existe a omissão inconstitucional, de forma que, quanto às demais, o reconhecimento do direito à aposentadoria especial dependerá da discricionariedade legislativa, respeitadas, naturalmente, as disposições da Constituição. Assentou-se, especificamente quanto aos oficiais de justiça, a orientação no sentido de que o caráter eventual da exposição ao perigo não garante o direito à aposentadoria especial.

Ficou consignado, ainda, que o pagamento de adicionais ou gratificações por periculosidade, que decorrem de relação de trabalho, bem como o porte de arma de fogo, não implicam a necessariamente a concessão de aposentadoria especial por exercício de atividade de risco, diante da independência dos vínculos funcional e previdenciário.

Deveras, o estado de omissão inconstitucional restringe-se às atividades em que o risco seja inerente, o que não é o caso dos autos.

In casu, o impetrante exerce atividade de Agente de Segurança - Vigilante na Universidade Estadual da Paraíba, integrando, portanto, categoria profissional inconfundível com a atividade confiada aos órgãos policiais responsáveis pela segurança pública (CRFB/88, art. 144, I a V), de sorte que não se pode falar em presença de risco inerente, requisito essencial para impor a concessão da ordem injuncional com base no art. 40, § 4º, II, da Lei Fundamental.

Exatamente por esse motivo, a Min. Rosa Weber, ao negar seguimento ao MI 6.865, DJe 09.05.2018, consignou que “à luz dos precedentes desta Suprema Corte, não há risco inerente às atribuições funcionais de vigilantes e agentes de segurança de universidades estaduais, quadro a afastar, na espécie, a configuração de omissão inconstitucional”. Nesse sentido: MI 6.848, Relator Min. Ricardo Lewandowski, DJe 09.04.2018, MI 6.862, e Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 03.03.2018.

Ex positis, conheço do mandado de injunção e NEGO SEGUIMENTO ao writ, com base no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Int..Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

MANDADO DE INJUNÇÃO 6.847 (1356)ORIGEM : 6847 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXIMPTE.(S) : LUIS CARLOS SILVAADV.(A/S) : EDSON DANIEL RAMOS FILHO (24049/PB) E

OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE INJUNÇÃO. CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL DE SERVIDOR PÚBLICO. ATIVIDADE DE RISCO. ART. 40, § 4º, II, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. DEFINIÇÃO DAS ATIVIDADES DE RISCO. AGENTE DE SEGURANÇA E VIGILANTE DE UNIVERSIDADE PÚBLICA ESTADUAL. INEXISTÊNCIA DE RISCO INERENTE À ATIVIDADE. MANDADO DE INJUNÇÃO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO.

DECISÃO: Trata-se de mandado de injunção coletivo impetrado por Luis Carlos Silva visando à regulamentação do art. 40, § 4º, II da Constituição, que dispõe sobre a aposentadoria especial de servidores públicos exercentes de atividades de risco.

O impetrante afirma ser vigilante na Universidade Estadual da Paraíba, em permanente e habitual exercício de atividade de risco há mais de 25 anos.

Em amparo de sua pretensão, defende que a ausência de lei complementar que regulamente o art. 40, § 4º, II, da Constituição da República, impõe a aplicação analógica do art. 57 da Lei 8.213/1991.

Requer a concessão da ordem para, suprimindo-se a lacuna normativa, seja garantido “o direito à averbação do tempo de serviço em condição especial de trabalho (atividade de risco)”, ou, sucessivamente, “o direito à adoção do art. 57 da Lei nº 8.213/91, lei geral da Previdência Social, para a concessão de sua aposentadoria especial”.

A Procuradoria-Geral da República ofertou manifestação pela denegação da ordem, em parecer assim ementado:

CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. ATIVIDADE DE RISCO. ART. 40–§4º–II DA CONSTITUIÇÃO. AGENTE DE SEGURANÇA E VIGILANTE DE UNIVERSIDADE PÚBLICA ESTADUAL. DENEGAÇÃO.

1. Mandado de injunção impetrado visando à regulamentação do art. 40–§4º–II da Constituição, que trata da aposentadoria especial dos servidores que exercem atividades de risco.

2. O art. 40–§4º–II da Constituição permite a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos servidores públicos exercentes de atividades de risco, nos termos definidos em leis complementares.

3. Não há falar em omissão inconstitucional na hipótese, por não ser o risco inerente ao exercício das atividades desempenhadas por agentes de segurança e vigilantes de universidades públicas estaduais.

‒ Parecer pela denegação da ordemÉ o relatório. DECIDO.Inicialmente, cumpre aduzir que a conjuntura atual não mais permite

aos Estados soberanos a concessão de benefícios previdenciários descomprometidos com a realidade em que a expectativa de vida, a cada ano, se eleva expressivamente. Impensável estimular, na atual quadra, a proliferação de aposentadorias precoces, mormente em um contexto socioeconômico em que a ciência avança para permitir a maior longevidade da população. Nem se diga que a necessidade de majoração da idade para a concessão de aposentadorias seja uma peculiaridade brasileira: o mundo caminha para um aumento da expectativa de vida, o que reclama extrema cautela de qualquer Estado no reconhecimento de benefícios previdenciários vitalícios em que a data de início ocorre quando o segurado ainda está jovem e com plena capacidade de trabalho. Aposentadoria não deve ser complemento de renda de quem tem plenas condições de trabalhar e a sua concessão a pessoas jovens, considerada a tábua de mortalidade em vigor,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 257

deve ser medida excepcional e contanto que imprescindível para a concretização do princípio constitucional da isonomia.

Sob outro prisma, não se pode desprezar o animus do Constituinte de, sob o pálio do princípio da isonomia, assegurar uma aposentadoria mais precoce a servidores públicos que, no desempenho de suas funções, tenham severas dificuldades. Por mais que os tempos sejam difíceis, e por mais que a tendência natural seja a de majoração da idade mínima para a concessão de aposentadorias, não se pode desprezar a imperiosa necessidade de imposição do discrímen entre os que atuam em funções normais e aqueles que são deficientes, desempenham funções insalubres ou arriscadas. A distinção há de ser feita, de modo que se dê, a cada um, o que cada um deve receber, mercê de suas condições pessoais. O equilíbrio atuarial da previdência e a necessidade do seu custeio são imprescindíveis para a sua subsistência de modo a assegurar benefícios dignos a gerações futuras, mas não podem desprezar a imperiosa necessidade de observância do princípio da isonomia que impõe, quanto ao tema sub judice, que aqueles expostos ao risco se aposentem antes dos demais que não tenham direito à aposentadoria especial.

Revela-se, assim, uma inequívoca preocupação e compreensão de que o Poder Judiciário não pode virar as costas para os reflexos econômicos de suas decisões, tornando letra morta os profícuos ensinamentos de Richard Allen Posner, magistrado norte- americano e Senior Lecturer da Universidade de Chicago, mentor intelectual da doutrina jurídica que entrelaça o direito e a economia em sua clássica obra Economic Analysis of Law.

O art. 40, § 4º, da Constituição da República apresenta, apenas, três espécies distintas de aposentadoria especial para o servidor público, in verbis:

“Art. 40. (…)§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a

concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

I - portadores de deficiência; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

II - que exerçam atividades de risco; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

III - cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005).”

Em relação à aposentadoria especial contida no inciso I, as regras previstas na Lei Complementar 142/2013 solucionam os pleitos formulados de aposentadoria especial por quem é portador de deficiência.

Quanto à aposentadoria especial prevista no inciso III, a alusiva ao desempenho de atividades sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física do servidor, a omissão legislativa subsiste. Contudo, esta Corte editou a Súmula Vinculante 33 que predica a aplicação do Regime Geral da Previdência Social para esta aposentadoria especial, verbis:

“Súmula Vinculante 33Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime

geral da previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, § 4º, inciso III da Constituição Federal, até a edição de lei complementar específica”.

Constata-se, portanto, que apenas em relação à hipótese do inciso II acima transcrito (atividades de risco) subsiste uma omissão. E a inércia do Poder Legislativo não pode comprometer a efetividade do texto constitucional, na medida em que, segundo arguta análise do Professor lusitano José Joaquim Gomes Canotilho (Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 5ª edição. Coimbra: Almedina, 2002, p. 1421):

“A constituição confere legitimidade a uma ordem política e dá legitimação aos respectivos titulares do poder político. Precisamente por isso se diz que a constituição se assume como estatuto jurídico do político (Castanheira Neves) num duplo sentido - o da legitimidade e da legitimação.”.

E, quanto ao enfrentamento da lacuna existente, ressoa inviável que esta Corte passe a examinar, de forma individual, se cada categoria específica de servidor público brasileiro exerce ou não atividade de risco. Diante da impossibilidade de esta Corte proceder a uma análise casuística por meio de milhares de mandados de injunção de todas as funções públicas existentes em todos os entes da federação para concluir se há ou não direito à aposentadoria especial por risco, a solução há de vir, até que se tenha uma regulamentação pela via exigida constitucionalmente, qual seja, a lei, através da fixação de parâmetros por esta Corte.

Nesse ponto, é cediço que o Plenário do STF, concluindo o julgamento dos MIs 833 e 844, nos quais se veiculou suposta omissão na regulamentação da aposentadoria especial dos servidores que exercem atividade de risco, firmou o entendimento no sentido de que só há falar em risco quando esteja inequivocamente inerente ao ofício, atraindo, assim, o direito subjetivo à aposentadoria especial prevista no art. 40, § 4º, II, da Constituição da República. Veja-se, a propósito, a redação da ementa que receberam os referidos julgados:

“DIREITO PREVIDENCIÁRIO. MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO. OFICIAIS DE JUSTIÇA. ALEGADA ATIVIDADE DE RISCO. APOSENTADORIA ESPECIAL. ORDEM DENEGADA. 1. Diante do caráter aberto da expressão atividades de risco (art. 40, § 4º, II, da Constituição) e da relativa liberdade de conformação do legislador, somente há omissão

inconstitucional quando a periculosidade seja inequivocamente inerente ao ofício. 2. A eventual exposição a situações de risco – a que podem estar sujeitos os Oficiais de Justiça e, de resto, diversas categorias de servidores públicos – não garante direito subjetivo constitucional à aposentadoria especial. 3. A percepção de gratificações ou adicionais de periculosidade, assim como o porte de arma de fogo, não são, por si sós, suficientes para reconhecer o direito à aposentadoria especial, em razão da autonomia entre o vínculo funcional e o previdenciário. 4. Voto pela denegação da ordem, sem prejuízo da possibilidade, em tese, de futura lei contemplar a pretensão da categoria”(MI 833, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Relator(a) p/ Acórdão: Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 11/06/2015, DJe 30/09/2015);

“DIREITO PREVIDENCIÁRIO. MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO. OFICIAIS DE JUSTIÇA E SERVIDORES DO JUDICIÁRIO E DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO COM ATRIBUIÇÕES RELACIONADAS À SEGURANÇA. ALEGADA ATIVIDADE DE RISCO. APOSENTADORIA ESPECIAL. ORDEM DENEGADA. 1. Diante do caráter aberto da expressão atividades de risco (art. 40, § 4º, II, da Constituição) e da relativa liberdade de conformação do legislador, somente há omissão inconstitucional quando a periculosidade seja inequivocamente inerente ao ofício. 2. A eventual exposição a situações de risco – a que podem estar sujeitos os servidores ora substituídos e, de resto, diversas outras categorias – não garante direito subjetivo constitucional à aposentadoria especial. 3. A percepção de gratificações ou adicionais de periculosidade, assim como o porte de arma de fogo, não são, por si sós, suficientes para reconhecer o direito à aposentadoria especial, em razão da autonomia entre o vínculo funcional e o previdenciário. 4. Voto pela denegação da ordem, sem prejuízo da possibilidade, em tese, de futura lei contemplar a pretensão das categorias representadas pela impetrante.” (MI 844, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Relator(a) p/ Acórdão: Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 11/06/2015, DJe 30/09/2015).

Naquela assentada, a Corte entendeu que só há falar em periculosidade quando esta seja inequivocamente inerente ao ofício. Concluiu-se que somente em relação às atividades perigosas por sua própria natureza existe a omissão inconstitucional, de forma que, quanto às demais, o reconhecimento do direito à aposentadoria especial dependerá da discricionariedade legislativa, respeitadas, naturalmente, as disposições da Constituição. Assentou-se, especificamente quanto aos oficiais de justiça, a orientação no sentido de que o caráter eventual da exposição ao perigo não garante o direito à aposentadoria especial.

Ficou consignado, ainda, que o pagamento de adicionais ou gratificações por periculosidade, que decorrem de relação de trabalho, bem como o porte de arma de fogo, não implicam a necessariamente a concessão de aposentadoria especial por exercício de atividade de risco, diante da independência dos vínculos funcional e previdenciário.

Deveras, o estado de omissão inconstitucional restringe-se às atividades em que o risco seja inerente, o que não é o caso dos autos.

In casu, o impetrante exerce atividade de Agente de Segurança - Vigilante na Universidade Estadual da Paraíba, integrando, portanto, categoria profissional inconfundível com a atividade confiada aos órgãos policiais responsáveis pela segurança pública (CRFB/88, art. 144, I a V), de sorte que não se pode falar em presença de risco inerente, requisito essencial para impor a concessão da ordem injuncional com base no art. 40, § 4º, II, da Lei Fundamental.

Exatamente por esse motivo, a Min. Rosa Weber, ao negar seguimento ao MI 6.865, DJe 09.05.2018, consignou que “à luz dos precedentes desta Suprema Corte, não há risco inerente às atribuições funcionais de vigilantes e agentes de segurança de universidades estaduais, quadro a afastar, na espécie, a configuração de omissão inconstitucional”. Nesse sentido: MI 6.848, Relator Min. Ricardo Lewandowski, DJe 09.04.2018, MI 6.862, e Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 03.03.2018.

Ex positis, conheço do mandado de injunção e NEGO SEGUIMENTO ao writ, com base no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Int..Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUXRelator

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MANDADO DE INJUNÇÃO 6.868 (1357)ORIGEM : 6868 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXIMPTE.(S) : JOSE EDSON PONTESADV.(A/S) : EDSON DANIEL RAMOS (21514/PB) E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE INJUNÇÃO. CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL DE SERVIDOR

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 258

PÚBLICO. ATIVIDADE DE RISCO. ART. 40, § 4º, II, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. DEFINIÇÃO DAS ATIVIDADES DE RISCO. AGENTE DE SEGURANÇA E VIGILANTE DE UNIVERSIDADE PÚBLICA ESTADUAL. INEXISTÊNCIA DE RISCO INERENTE À ATIVIDADE. MANDADO DE INJUNÇÃO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO.

DECISÃO: Trata-se de mandado de injunção coletivo impetrado por José Edson Pontes visando à regulamentação do art. 40, § 4º, II da Constituição, que dispõe sobre a aposentadoria especial de servidores públicos exercentes de atividades de risco.

O impetrante afirma ser vigilante na Universidade Estadual da Paraíba, em permanente e habitual exercício de atividade de risco há mais de 25 anos.

Em amparo de sua pretensão, defende que a ausência de lei complementar que regulamente o art. 40, § 4º, II, da Constituição da República, impõe a aplicação analógica do art. 57 da Lei 8.213/1991.

Requer a concessão da ordem para, suprimindo-se a lacuna normativa, seja garantido “o direito à averbação do tempo de serviço em condição especial de trabalho (atividade de risco)”, ou, sucessivamente, “o direito à adoção do art. 57 da Lei nº 8.213/91, lei geral da Previdência Social, para a concessão de sua aposentadoria especial”.

A Procuradoria-Geral da República ofertou manifestação pela denegação da ordem, em parecer assim ementado:

CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. ATIVIDADE DE RISCO. ART. 40–§4º–II DA CONSTITUIÇÃO. AGENTE DE SEGURANÇA E VIGILANTE DE UNIVERSIDADE PÚBLICA ESTADUAL. DENEGAÇÃO.

1. Mandado de injunção impetrado visando à regulamentação do art. 40–§4º–II da Constituição, que trata da aposentadoria especial dos servidores que exercem atividades de risco.

2. O art. 40–§4º–II da Constituição permite a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos servidores públicos exercentes de atividades de risco, nos termos definidos em leis complementares.

3. Não há falar em omissão inconstitucional na hipótese, por não ser o risco inerente ao exercício das atividades desempenhadas por agentes de segurança e vigilantes de universidades públicas estaduais.

‒ Parecer pela denegação da ordemÉ o relatório. DECIDO.Inicialmente, cumpre aduzir que a conjuntura atual não mais permite

aos Estados soberanos a concessão de benefícios previdenciários descomprometidos com a realidade em que a expectativa de vida, a cada ano, se eleva expressivamente. Impensável estimular, na atual quadra, a proliferação de aposentadorias precoces, mormente em um contexto socioeconômico em que a ciência avança para permitir a maior longevidade da população. Nem se diga que a necessidade de majoração da idade para a concessão de aposentadorias seja uma peculiaridade brasileira: o mundo caminha para um aumento da expectativa de vida, o que reclama extrema cautela de qualquer Estado no reconhecimento de benefícios previdenciários vitalícios em que a data de início ocorre quando o segurado ainda está jovem e com plena capacidade de trabalho. Aposentadoria não deve ser complemento de renda de quem tem plenas condições de trabalhar e a sua concessão a pessoas jovens, considerada a tábua de mortalidade em vigor, deve ser medida excepcional e contanto que imprescindível para a concretização do princípio constitucional da isonomia.

Sob outro prisma, não se pode desprezar o animus do Constituinte de, sob o pálio do princípio da isonomia, assegurar uma aposentadoria mais precoce a servidores públicos que, no desempenho de suas funções, tenham severas dificuldades. Por mais que os tempos sejam difíceis, e por mais que a tendência natural seja a de majoração da idade mínima para a concessão de aposentadorias, não se pode desprezar a imperiosa necessidade de imposição do discrímen entre os que atuam em funções normais e aqueles que são deficientes, desempenham funções insalubres ou arriscadas. A distinção há de ser feita, de modo que se dê, a cada um, o que cada um deve receber, mercê de suas condições pessoais. O equilíbrio atuarial da previdência e a necessidade do seu custeio são imprescindíveis para a sua subsistência de modo a assegurar benefícios dignos a gerações futuras, mas não podem desprezar a imperiosa necessidade de observância do princípio da isonomia que impõe, quanto ao tema sub judice, que aqueles expostos ao risco se aposentem antes dos demais que não tenham direito à aposentadoria especial.

Revela-se, assim, uma inequívoca preocupação e compreensão de que o Poder Judiciário não pode virar as costas para os reflexos econômicos de suas decisões, tornando letra morta os profícuos ensinamentos de Richard Allen Posner, magistrado norte- americano e Senior Lecturer da Universidade de Chicago, mentor intelectual da doutrina jurídica que entrelaça o direito e a economia em sua clássica obra Economic Analysis of Law.

O art. 40, § 4º, da Constituição da República apresenta, apenas, três espécies distintas de aposentadoria especial para o servidor público, in verbis:

“Art. 40. (…)§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a

concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos

de servidores: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)I - portadores de deficiência; (Incluído pela Emenda Constitucional nº

47, de 2005)II - que exerçam atividades de risco; (Incluído pela Emenda

Constitucional nº 47, de 2005)III - cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que

prejudiquem a saúde ou a integridade física. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005).”

Em relação à aposentadoria especial contida no inciso I, as regras previstas na Lei Complementar 142/2013 solucionam os pleitos formulados de aposentadoria especial por quem é portador de deficiência.

Quanto à aposentadoria especial prevista no inciso III, a alusiva ao desempenho de atividades sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física do servidor, a omissão legislativa subsiste. Contudo, esta Corte editou a Súmula Vinculante 33 que predica a aplicação do Regime Geral da Previdência Social para esta aposentadoria especial, verbis:

“Súmula Vinculante 33Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime

geral da previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, § 4º, inciso III da Constituição Federal, até a edição de lei complementar específica”.

Constata-se, portanto, que apenas em relação à hipótese do inciso II acima transcrito (atividades de risco) subsiste uma omissão. E a inércia do Poder Legislativo não pode comprometer a efetividade do texto constitucional, na medida em que, segundo arguta análise do Professor lusitano José Joaquim Gomes Canotilho (Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 5ª edição. Coimbra: Almedina, 2002, p. 1421):

“A constituição confere legitimidade a uma ordem política e dá legitimação aos respectivos titulares do poder político. Precisamente por isso se diz que a constituição se assume como estatuto jurídico do político (Castanheira Neves) num duplo sentido - o da legitimidade e da legitimação.”.

E, quanto ao enfrentamento da lacuna existente, ressoa inviável que esta Corte passe a examinar, de forma individual, se cada categoria específica de servidor público brasileiro exerce ou não atividade de risco. Diante da impossibilidade de esta Corte proceder a uma análise casuística por meio de milhares de mandados de injunção de todas as funções públicas existentes em todos os entes da federação para concluir se há ou não direito à aposentadoria especial por risco, a solução há de vir, até que se tenha uma regulamentação pela via exigida constitucionalmente, qual seja, a lei, através da fixação de parâmetros por esta Corte.

Nesse ponto, é cediço que o Plenário do STF, concluindo o julgamento dos MIs 833 e 844, nos quais se veiculou suposta omissão na regulamentação da aposentadoria especial dos servidores que exercem atividade de risco, firmou o entendimento no sentido de que só há falar em risco quando esteja inequivocamente inerente ao ofício, atraindo, assim, o direito subjetivo à aposentadoria especial prevista no art. 40, § 4º, II, da Constituição da República. Veja-se, a propósito, a redação da ementa que receberam os referidos julgados:

“DIREITO PREVIDENCIÁRIO. MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO. OFICIAIS DE JUSTIÇA. ALEGADA ATIVIDADE DE RISCO. APOSENTADORIA ESPECIAL. ORDEM DENEGADA. 1. Diante do caráter aberto da expressão atividades de risco (art. 40, § 4º, II, da Constituição) e da relativa liberdade de conformação do legislador, somente há omissão inconstitucional quando a periculosidade seja inequivocamente inerente ao ofício. 2. A eventual exposição a situações de risco – a que podem estar sujeitos os Oficiais de Justiça e, de resto, diversas categorias de servidores públicos – não garante direito subjetivo constitucional à aposentadoria especial. 3. A percepção de gratificações ou adicionais de periculosidade, assim como o porte de arma de fogo, não são, por si sós, suficientes para reconhecer o direito à aposentadoria especial, em razão da autonomia entre o vínculo funcional e o previdenciário. 4. Voto pela denegação da ordem, sem prejuízo da possibilidade, em tese, de futura lei contemplar a pretensão da categoria”(MI 833, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Relator(a) p/ Acórdão: Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 11/06/2015, DJe 30/09/2015);

“DIREITO PREVIDENCIÁRIO. MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO. OFICIAIS DE JUSTIÇA E SERVIDORES DO JUDICIÁRIO E DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO COM ATRIBUIÇÕES RELACIONADAS À SEGURANÇA. ALEGADA ATIVIDADE DE RISCO. APOSENTADORIA ESPECIAL. ORDEM DENEGADA. 1. Diante do caráter aberto da expressão atividades de risco (art. 40, § 4º, II, da Constituição) e da relativa liberdade de conformação do legislador, somente há omissão inconstitucional quando a periculosidade seja inequivocamente inerente ao ofício. 2. A eventual exposição a situações de risco – a que podem estar sujeitos os servidores ora substituídos e, de resto, diversas outras categorias – não garante direito subjetivo constitucional à aposentadoria especial. 3. A percepção de gratificações ou adicionais de periculosidade, assim como o porte de arma de fogo, não são, por si sós, suficientes para reconhecer o direito à aposentadoria especial, em razão da autonomia entre o vínculo funcional e o previdenciário. 4. Voto pela denegação da ordem, sem prejuízo da possibilidade, em tese, de futura lei contemplar a pretensão das categorias representadas pela impetrante.” (MI 844, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Relator(a) p/ Acórdão: Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 11/06/2015, DJe 30/09/2015).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 259

Naquela assentada, a Corte entendeu que só há falar em periculosidade quando esta seja inequivocamente inerente ao ofício. Concluiu-se que somente em relação às atividades perigosas por sua própria natureza existe a omissão inconstitucional, de forma que, quanto às demais, o reconhecimento do direito à aposentadoria especial dependerá da discricionariedade legislativa, respeitadas, naturalmente, as disposições da Constituição. Assentou-se, especificamente quanto aos oficiais de justiça, a orientação no sentido de que o caráter eventual da exposição ao perigo não garante o direito à aposentadoria especial.

Ficou consignado, ainda, que o pagamento de adicionais ou gratificações por periculosidade, que decorrem de relação de trabalho, bem como o porte de arma de fogo, não implicam a necessariamente a concessão de aposentadoria especial por exercício de atividade de risco, diante da independência dos vínculos funcional e previdenciário.

Deveras, o estado de omissão inconstitucional restringe-se às atividades em que o risco seja inerente, o que não é o caso dos autos.

In casu, o impetrante exerce atividade de Agente de Segurança - Vigilante na Universidade Estadual da Paraíba, integrando, portanto, categoria profissional inconfundível com a atividade confiada aos órgãos policiais responsáveis pela segurança pública (CRFB/88, art. 144, I a V), de sorte que não se pode falar em presença de risco inerente, requisito essencial para impor a concessão da ordem injuncional com base no art. 40, § 4º, II, da Lei Fundamental.

Exatamente por esse motivo, a Min. Rosa Weber, ao negar seguimento ao MI 6.865, DJe 09.05.2018, consignou que “à luz dos precedentes desta Suprema Corte, não há risco inerente às atribuições funcionais de vigilantes e agentes de segurança de universidades estaduais, quadro a afastar, na espécie, a configuração de omissão inconstitucional”. Nesse sentido: MI 6.848, Relator Min. Ricardo Lewandowski, DJe 09.04.2018, MI 6.862, e Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 03.03.2018.

Ex positis, conheço do mandado de injunção e NEGO SEGUIMENTO ao writ, com base no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Int..Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUXRelator

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MANDADO DE INJUNÇÃO 6.902 (1358)ORIGEM : 6902 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIIMPTE.(S) : ERNANI GONCALVES ROSSESADV.(A/S) : NEDSON JAIRO RODRIGUES MARCON (97408/RS)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Vistos.Cuida-se de mandado de injunção impetrado com o objetivo de que

seja declarada a mora legislativa na regulamentação do art. 40, § 4º, da Constituição Federal, a fim de viabilizar o exercício do direito a aposentadoria especial de servidor público que exerce atividades de risco.

Decido.Na presente ação, pretende-se que seja declarado que as atribuições

do cargo público revelam a periculosidade inerente à atividade desenvolvida no exercício das funções pelo servidor, requerendo-se que seja concedida a ordem injuncional para viabilizar o gozo do direito à aposentadoria em regime especial pelo impetrante independentemente de prova da efetiva e permanente submissão a condições prejudiciais à sua saúde ou integridade física, à luz do art. 57, da Lei nº 8.213/91.

O pedido não merece prosperar.No julgamento dos MI nºs 833/DF e 844/DF, esta Suprema Corte

rejeitou a pretensão de se reconhecer o risco permanente e inerente a cargo público por meio de ação injuncional, acórdãos assim ementados:

“DIREITO PREVIDENCIÁRIO. MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO. OFICIAIS DE JUSTIÇA. ALEGADA ATIVIDADE DE RISCO. APOSENTADORIA ESPECIAL. ORDEM DENEGADA. 1. Diante do caráter aberto da expressão atividades de risco (art. 40, § 4º, II, da Constituição) e da relativa liberdade de conformação do legislador, somente há omissão inconstitucional quando a periculosidade seja inequivocamente inerente ao ofício. 2. A eventual exposição a situações de risco – a que podem estar sujeitos os Oficiais de Justiça e, de resto, diversas categorias de servidores públicos – não garante direito subjetivo constitucional à aposentadoria especial. 3. A percepção de gratificações ou adicionais de periculosidade, assim como o porte de arma de fogo, não são, por si sós, suficientes para reconhecer o direito à aposentadoria especial, em razão da autonomia entre o vínculo funcional e o previdenciário. 4. Voto pela denegação da ordem, sem prejuízo da possibilidade, em tese, de futura lei contemplar a pretensão da categoria” (MI nº 844/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, Rel. p/ acórdão Min.

Roberto Barroso, Tribunal Pleno, DJe de 30/9/2015).“DIREITO PREVIDENCIÁRIO. MANDADO DE INJUNÇÃO

COLETIVO. OFICIAIS DE JUSTIÇA E SERVIDORES DO JUDICIÁRIO E DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO COM ATRIBUIÇÕES RELACIONADAS À SEGURANÇA. ALEGADA ATIVIDADE DE RISCO. APOSENTADORIA ESPECIAL. ORDEM DENEGADA. 1. Diante do caráter aberto da expressão atividades de risco (art. 40, § 4º, II, da Constituição) e da relativa liberdade de conformação do legislador, somente há omissão inconstitucional quando a periculosidade seja inequivocamente inerente ao ofício. 2. A eventual exposição a situações de risco – a que podem estar sujeitos os servidores ora substituídos e, de resto, diversas outras categorias – não garante direito subjetivo constitucional à aposentadoria especial. 3. A percepção de gratificações ou adicionais de periculosidade, assim como o porte de arma de fogo, não são, por si sós, suficientes para reconhecer o direito à aposentadoria especial, em razão da autonomia entre o vínculo funcional e o previdenciário. 4. Voto pela denegação da ordem, sem prejuízo da possibilidade, em tese, de futura lei contemplar a pretensão das categorias representadas pela impetrante” (MI nº 844/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Rel. p/ acórdão Min. Roberto Barroso, Tribunal Pleno, DJe de 30/9/2015).

Os precedentes formaram-se em consonância com a jurisprudência já firmada em sede de mandado de injunção fundado no direito previsto no art. 40, § 4º, da CF/88, no sentido de que a ordem concedida em sede injuncional não tem o condão de assegurar o direito subjetivo à aposentadoria, subsistindo a competência da autoridade administrativa para análise do preenchimento dos requisitos legais necessários ao gozo do direito.

É da perspectiva de a análise do STF em sede injuncional limitar-se à constatação de mora legislativa na regulamentação do direito, sem pretender substituir o legislador na escolha dos fatores de risco à saúde e integridade física que justificam a aposentadoria em regime especial, que os precedentes desta Suprema Corte formaram-se no sentido de:

a) com fundamento na Lei complementar nº 51/1985, assentar a ausência de omissão legislativa na regulamentação do direito à aposentadoria especial de servidores policiais.

Nesse sentido:“Agravo regimental em mandado de injunção. 2. Aposentadoria

especial de servidor público prevista no artigo 40, § 4º, II, da CF/88. Policial. 3. Lei Complementar n. 51/1985. 4. Ausência de omissão legislativa. 5. Agravo regimental não provido” (MI nº 806/DF-AgR, Rel. min. Gilmar mendes, Tribunal Pleno, DJe de 5/5/2014).

“Mandado de injunção. Aposentadoria especial de servidor público policial. Artigo 40, § 4º, da Constituição Federal. Lei Complementar nº 51/1985. Inexistência de omissão legislativa. Agravo não provido. 1. A Lei Complementar nº 51/1985, que trata da aposentadoria especial dos servidores públicos policiais, foi recepcionada pela Constituição Federal de 1988 (ADI 3.817/DF). 2. Havendo norma incidente sobre a situação concreta do impetrante, num ou noutro sentido, que ampare o exercício do direito à aposentadoria especial, em plano obviamente diferenciado dos servidores públicos em geral, submetidos às previsões do art. 40 da Constituição Federal e demais regras de transição, carece a parte de interesse na impetração, uma vez ausente qualquer omissão a ser sanada. 3. Agravo regimental não provido” (MI nº 2.283/DF-AgR, de minha relatoria, Tribunal Pleno, DJe de 23/10/2013).

b) o provimento concedido na ação injuncional com fundamento no art. 57 da Lei nº 8.213/91 produz enunciado normativo-concretizador do direito de aposentação em regime especial por servidor público, restando, para a concessão do direito, competente a autoridade administrativa para analisar as matérias de direito do regime próprio dos servidores públicos e os pressupostos fáticos de efetiva e habitual submissão a agentes de risco à saúde e à integridade física do trabalhador eleitos pela norma regulamentadora do direito vigente no âmbito do Regime Geral da Previdência Social - exigidos dos trabalhadores da iniciativa pública, porquanto viabilizado o gozo do direito em isonomia de condições com trabalhadores da iniciativa privada.

“SEGUNDO AGRAVO REGIMENTAL NO MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL DE SERVIDOR PÚBLICO. APLICABILIDADE DO ART. 57 DA LEI FEDERAL 8.213/1991 ATÉ QUE SOBREVENHAM AS LEIS COMPLEMENTARES QUE REGULAMENTEM O ART. 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO. PEDIDO DE SOBRESTAMENTO DO FEITO ATÉ QUE SEJAM JULGADOS O MI 833/DF E O MI 844/DF. DESCABIMENTO. AUSÊNCIA DE IDENTIDADE DAS SITUAÇÕES DISCUTIDAS. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. A aposentadoria especial de servidor público cujas atividades sejam exercidas sob condições que prejudiquem a saúde ou a integridade física é assegurada mediante o preenchimento dos requisitos do art. 57 da Lei Federal nº 8.213/91, até que seja editada a lei complementar exigida pelo art. 40, § 4º, II, da Constituição Federal. Precedentes. 2. Os Mandados de Injunção 833/DF e 844/DF, sujeitos a julgamento que ainda não se encerrou no Plenário desta Corte, versam sobre a aplicação analógica da Lei Complementar 51/85, que rege a aposentadoria dos servidores policiais, àqueles servidores que, embora não policiais, desempenharam atividades periculosas e, por isso, pretendem obter aposentadoria sob o regime especial, situação distinta dos presentes autos, cuja pretensão da parte impetrante diz respeito à aplicação das disposições da Lei 8.213/91 na regulamentação do direito à aposentadoria em regime especial, com fundamento no art. 40, § 4º,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 260

incisos II e III, da Constituição Federal. Assim, diante da ausência de identidade das situações, desnecessário o sobrestamento deste feito. 3. Agravo regimental desprovido” (MI nº 4.899/DF-AgR segundo, Rel. Min. Luiz Fux, Tribunal Pleno, DJe de 19/2/2014).

O provimento vindicado na presente ação injuncional, entretanto, não está fundamentado na aplicação, por analogia, da norma do RGPS ao impetrante para exercício do direito à aposentadoria especial em isonomia de condições com trabalhadores da iniciativa privada; mas sim, na necessidade de se reconhecer periculosidade inerente à atividade para fins de viabilizar o exercício de direito à aposentadoria especial à luz do da Lei complementar federal nº 51/85 – esta última norma editada pelo Poder Legislativo federal para regulamentar a aposentadoria em regime especial dos servidores públicos policiais-, fim ao qual não se presta a ação injuncional com fundamento no art. 40, § 4º, da CF/88.

Com efeito, confira-se o trecho do parecer da Procuradoria-Geral da República nos autos do MI nº 6.514/DF:

“No presente caso, contudo, por tratar-se de servidor ocupante do cargo de guarda municipal, que invoca o exercício de atividade perigosa ou de risco como causa de pedir, não incide o enunciado supracitado [SV nº 33], que, apesar de se referir aos segurados que se sujeitam a condições especiais que prejudicam a saúde ou a integridade física, não regula a situação daqueles que laboram em situação de perigosa ou de risco.

Da mesma forma, entende-se não ser possível - embora já tenha sido esse o posicionamento adotado em caso semelhante pela Procuradoria-Geral da República5 - a aplicação analógica da Lei Complementar 51/85, que dispõe sobre as condições especiais de aposentadoria do funcionário policial. Considera-se não ser inerente ao exercício das atividades desenvolvidas pelos guardas municipais e estaduais o risco a que se sujeitam os policiais no exercício de suas atividades.

(…)As guardas municipais não integram o conjunto de órgãos de

segurança pública, relacionados no art. 144, incs. I a V da Constituição Federal. A teor do § 8º do mesmo dispositivo, sua função é de proteção dos bens, serviços e instalações do respectivo Município, conforme dispuser a lei.”

Guardando estreita relação com o caso dos autos, esta Suprema Corte já se pronunciou no sentido de que a percepção de adicional de risco ou de periculosidade recebido por determinada categoria, ou o porte de arma no exercício da atividade não assegura ao servidor público o direito à aposentadoria em regime especial. Vide precedentes:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO SEGUNDO AGRAVO REGIMENTAL NO MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL. OFICIAIS DE JUSTIÇA. OMISSÃO LEGISLATIVA. INEXISTÊNCIA. ATRIBUIÇÃO DE EFEITOS MODIFICATIVOS AOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO PROVIDOS. 1. O risco a que podem estar sujeitos eventualmente os Oficiais de Justiça e, de resto, diversas categorias de servidores públicos não garante direito subjetivo constitucional à aposentadoria especial. 2. É que esta Corte, concluindo o julgamento dos MIs 833 e 844, nos quais se veiculou suposta omissão na regulamentação da aposentadoria especial dos servidores que exercem atividade de risco, firmou o entendimento no sentido de que somente há falar em mora legislativa nos casos em que a periculosidade é inequivocamente inerente ao cargo. 3. Os embargos de declaração podem ostentar o efeito modificativo em situações excepcionais, como ocorre no caso sub examine. 4. Embargos de declaração PROVIDOS” (MI nº 4.899/DF-AgR-segundo-ED, Rel. Min. Luiz Fux, Tribunal Pleno, DJe de 29/6/16).

“AGRAVO REGIMENTAL EM MANDADO DE INJUNÇÃO. DIREITO PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. ATIVIDADE DE RISCO. OFICIAL DE JUSTIÇA. MANDADOS DE INJUNÇÃO 833 E 844. 1. Nos termos dos MIs 833 e 844, ambos de relatoria para o acórdão do Ministro Roberto Barroso, a jurisprudência do STF firmou-se no sentido de que a expressão ‘atividade de risco’ contida no artigo 40, § 4º, II, do Texto Constitucional, é aberta, de modo que os contornos de sua definição normativa comportam relativa liberdade de conformação por parte do Parlamento, desde que observado o procedimento das leis complementares. Logo, o estado de omissão inconstitucional ficaria restrito à indefinição das atividades em que o risco seja inerente, o que não se depreende da atividade do Agravante. 2. A existência de gratificações ou adicionais de periculosidade para determinada categoria, assim como o porte de arma de fogo, não garantem o direito à aposentadoria especial, pois os vínculos funcional e previdenciário não se confundem. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (MI nº 6.556/DF-AgR, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, DJe de 1/8/16).

“AGRAVO REGIMENTAL EM MANDADO DE INJUNÇÃO. LACUNA REGULAMENTADORA DO ART. 40, § 4º, II, DA MAGNA CARTA. OFICIAIS DE JUSTIÇA. ATIVIDADE DE RISCO. APOSENTADORIA ESPECIAL. REQUISITO DA ‘PERICULOSIDADE INEQUIVOCAMENTE INERENTE AO OFÍCIO’. NÃO CONFIGURAÇÃO. 1. Ao julgamento dos MIs nºs 833 e 844, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que a expressão ‘atividades de risco’, veiculada no art. 40, § 4º, II, da Carta Magna, por sua natureza aberta, a apontar para a existência de significativa liberdade de conformação por parte do legislador, só revela omissão inconstitucional, suscetível de ser colmatada em mandado de injunção, no caso de periculosidade inequivocamente inerente ao ofício. 2. Na espécie, os servidores associados à impetrante são oficiais de justiça avaliadores,

integrando, pois, categoria profissional cujo leque de atribuições especializadas, por não permitir direta ilação no sentido da presença de risco inerente, conjura a concessão da ordem injuncional pretendida. Agravo regimental conhecido e não provido” (MI nº 1.307/DF-AgR-segundo, Rel. Min. Rosa Weber, Tribunal Pleno, DJe de 5/4/16).

Ante o exposto, nego seguimento ao presente mandado de injunção, nos termos do art. 21, §1º, do RISTF.

Publique-se. Int..Brasília, 26 de maio de 2018.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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MANDADO DE SEGURANÇA 26.398 (1359)ORIGEM : MS - 12498 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOIMPTE.(S) : MARINITA MARIA DA SILVAADV.(A/S) : AILTON COELHO ALVES (05722/DF)IMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

(PROCEDIMENTO DE CONTROLE ADMINISTRATIVO Nº 0.00.000.000691/2006-45)

ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOMANDADO DE SEGURANÇA – PERDA DE OBJETO – EXTINÇÃO.1. O mandado de segurança fez-se voltado a impugnar ato do

Conselho Nacional do Ministério Público em que assentada a validade do procedimento por meio do qual o promotor Vítor Fernandes Gonçalves foi escolhido Corregedor-Geral do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.

2. Consulta ao sítio desse Órgão revelou o encerramento do mandato versado no pronunciamento impetrado, considerado o biênio de 2007-2008. O quadro sinaliza a perda superveniente de objeto, devendo o processo ser extinto sem resolução do mérito.

3. Declaro o prejuízo desta impetração.4. Publiquem.Brasília, 21 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MANDADO DE SEGURANÇA 33.862 (1360)ORIGEM : PROC - 00041823420152000000 - CONSELHO

NACIONAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESIMPTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS JUÍZES FEDERAIS DO BRASIL -

AJUFEADV.(A/S) : ANDRE ALENCAR PORTO (0025103/DF) E

OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : CORREGEDORA NACIONAL DE JUSTIÇAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Trata-se de mandado de segurança impetrado contra decisões liminares proferidas pelo Conselho Nacional de Justiça, nos autos das Reclamações Disciplinares 0004182-34.2015.2.00.0000 e 0004685-55.2015.2.00.0000, em que foi determinado aos juízes federais reclamados que se abstenham de dirigir ameaças de prisão, multa, ou qualquer outra sanção ao advogado público exercente do cargo de Consultor Jurídico do Ministério da Saúde por descumprimento de decisão judicial.

Intimado a se manifestar sobre o andamento atualizado das Reclamações Disciplinares 0004182-34.2015.2.00.0000 e 0004685-55.2015.2.00.0000, bem como sobre eventuais decisões proferidas naqueles autos, o Conselho Nacional de Justiça, por meio da Corregedoria Nacional de Justiça, informou ter revogado as liminares deferidas nas Reclamações Disciplinares 0004182-34.2015.2.00.0000 e 0004685-55.2015.2.00.0000, determinando o arquivamento dos feitos, “por entender inexistirem elementos mínimos que configurassem a prática das infrações imputadas aos magistrados federais” (eDOC 45, p. 2)

Assim, reconheço a prejudicialidade da ação mandamental, tendo em vista a perda superveniente de objeto, em razão da revogação das liminares impugnadas e do arquivamento das Reclamações Disciplinares 0004182-34.2015.2.00.0000 e 0004685-55.2015.2.00.0000 (art. 21, IX, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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MANDADO DE SEGURANÇA 35.528 (1361)ORIGEM : 35096 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUX

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 261

IMPTE.(S) : HERILIO MACHADOADV.(A/S) : LAMARX MENDES COSTA (7692/AL)IMPDO.(A/S) : SEGUNDA TURMA DO SUPREMO TRIBUNAL

FEDERALADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

MANDADO DE SEGURANÇA. DIREITO CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. ATO COATOR. ACÓRDÃO DA SEGUNDA TURMA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. HIPÓTESE DE NÃO CABIMENTO DO WRIT. AUSÊNCIA DE EXCEPCIONALIDADE CONDUCENTE À ADMISSÃO DA AÇÃO MANDAMENTAL. MANDADO DE SEGURANÇA EXTINTO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO.

DECISÃO: Trata-se de mandado de segurança impetrado por Herilio Machado em face de ato do Ministro Dias Toffoli exarado nos autos do MS 35.096/DF.

Narra o impetrante que ajuizou mandado de segurança contra decisões proferidas pela Primeira Turma desta Corte nas Ações Originárias 2.022/DF e 2.039/DF, ambas sob minha relatoria.

Ato contínuo, afirma que o mandado de segurança foi denegado pelo Ministro Dias Toffoli e, após o esgotamento dos recursos adequados, transitou em julgado em 17 de fevereiro de 2018.

Em amparo de sua pretensão, aduz, na confusa inicial apresentada, que o “o Impetrado Min. Dias Toffoli, nos vários apelos por recursos do então Autor para fazer valer o writ contra o Min. Luiz Fux, esse sempre manteve os mesmos argumentos para prejudicar o pedido do Suplicante e induzir a erro seus pares (…) quando o ora Impetrante também impetrou segurança contra o Min. Luiz Fux [MS 35.096], foi manipulado o mesmo sistema de antecipação do trânsito em julgado, para dar álibi ao Min. Dias Tofolli, rejeitar o writ por não caber esse procedimento em matéria transitada em julgado” (eDoc. 1, fl. 8-12).

Argumenta que a autoridade coatora utilizou relatórios confusos para induzir ao erro os demais membros da Segunda Turma. Alega, também, que houve conivência dos Ministro Dias Toffoli com atos praticados nas Ações Originárias 2.022/DF e 2.039/DF.

Ao final, requer a anulação de todos os atos praticados relativamente à Ação Originária 2.039/DF após 22 de janeiro de 2017 e “que o imóvel querelado volte à propriedade do impetrante pela anulação da transação”.

No dia 06.03.2018, proferi despacho submetendo os autos à presidência deste Tribunal para que analisasse a necessidade de redistribuição da ação, em razão do pedido ser relativo a ação de minha relatoria.

Em 09.03.2018, a Presidente Ministra Cármen Lúcia proferiu decisão denegando a proposta de redistribuição e determinando a restituição dos autos.

É o relatório. DECIDO.No caso sub examine, o writ visa a cassação de decisões judiciais

preferidas pelo Ministro Dias Toffoli nos autos do MS 35.096/DF.Inicialmente, é cediço que a jurisprudência deste Tribunal é invariável

ao afirmar o descabimento de mandado de segurança contra atos provenientes de seus órgãos colegiados ou mesmo de seus membros, individualmente, no exercício da prestação jurisdicional, porquanto impugnáveis somente pelos recursos próprios ou pela via da ação rescisória, como consectário do sistema processual, na linha dos seguintes precedentes, in verbis:

“Ementa: PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA EM FACE DE ATO JURISDICIONAL DEMINISTRO, DAS TURMAS OU DO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. NÃO ADMISSIBILIDADE. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO.” (MS 28.635 AgR, Relator Min. Teori Zavascki, Tribunal Pleno, julgado em 01/08/2014, DJe 19-08-2014);

MANDADO DE SEGURANÇA - IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE CONTEÚDO JURISDICIONAL EMANADO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - INADMISSIBILIDADE - POSSIBILIDADE DE O RELATOR DA CAUSA, NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, DELA NÃO CONHECER MEDIANTE DECISÃO MONOCRÁTICA - LEGITIMIDADE CONSTITUCIONAL DESSE PODER PROCESSUAL DO RELATOR - INEXISTÊNCIA DE OFENSA AO POSTULADO DA COLEGIALIDADE - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. DESCABIMENTO DE MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA ATO JURISDICIONAL EMANADO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. - Não cabe mandado de segurança contra julgamentos impregnados de conteúdo jurisdicional, não importando se monocráticos ou colegiados, proferidos no âmbito do Supremo Tribunal Federal. É que tais decisões, ainda quando emanadas de Ministro-Relator, somente serão suscetíveis de desconstituição mediante utilização dos recursos pertinentes, ou, tratando-se de pronunciamentos de mérito já transitados em julgado, mediante ajuizamento originário da pertinente ação rescisória. Precedentes. PODERES PROCESSUAIS DO MINISTRO-RELATOR E PRINCÍPIO DA COLEGIALIDADE. - Assiste, ao Ministro-Relator, competência plena para exercer, monocraticamente, com fundamento nos poderes processuais de que dispõe, o controle de admissibilidade das ações, pedidos ou recursos dirigidos ao Supremo Tribunal Federal. Pode, em conseqüência, negar trânsito, em decisão monocrática, a ações, pedidos ou recursos, quando incabíveis, intempestivos, sem objeto ou, ainda, quando veicularem pretensão incompatível com a jurisprudência predominante na Suprema Corte.

Precedentes. - O reconhecimento dessa competência monocrática, deferida ao Relator da causa, não transgride o postulado da colegialidade, pois sempre caberá, para os órgãos colegiados do Supremo Tribunal Federal (Plenário e Turmas), recurso contra as decisões singulares que venham a ser proferidas por seus Juízes. (MS 28.097 AgR, Relator Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno, julgado em 11/05/2011, DJe 01-07-2011);

“MANDADO DE SEGURANÇA. Ato decisório. Impetração contra atos de Ministro do STF. Inadmissibilidade. Não conhecimento. Agravo improvido. Precedentes. Não cabe pedido de mandado de segurança ao Supremo Tribunal Federal contra suas próprias decisões jurisdicionais, inclusive as emanadas de qualquer de seus Ministros.” (MS 25.070 AgR, Relator Min. Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 08-06-2007);

“EMENTA: - DIREITO CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA ACÓRDÃO DE TURMA DO S.T.F. 1. É pacífica a jurisprudência do Plenário do Supremo Tribunal Federal, no sentido de que não cabe Mandado de Segurança contra seus acórdãos ou de qualquer de suas Turmas. 2. Além disso, no caso, o acórdão impugnado transitou em julgado, sendo, também por essa razão, inadmissível o ‘writ’ (Súmula 268). 3. Seguimento negado pelo Relator. Agravo improvido. Decisão unânime do Plenário.” (MS 22.515 AgR, Relator Min. Sydney Sanches, Tribunal Pleno, julgado em 03/02/1997, DJ 04-04-1997);

“EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. INTERPOSIÇÃO CONTRA ATO DO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL QUE CONCEDERA MEDIDA CAUTELAR EM AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. NEGATIVA DE SEGUIMENTO. PODER DO RELATOR. LEI N. 8038/90, ART. 38. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal orienta-se no sentido da inadmissibilidade de mandado de segurança contra ato jurisdicional da Corte. A tese dos impetrantes da suposta incompetência do relator para denegar seguimento a mandado de segurança, encontra firme repudio neste Tribunal. A Lei 8038/90, art. 38, confere-lhe poderes processuais para, na direção e condução do processo, assim agir. Agravo regimental improvido.” (MS 21.734 AgR, Relator Min. Ilmar Galvão, Tribunal Pleno, julgado em 16/09/1993, DJ 15-10-1993).

Com efeito, bela análise das decisões hostilizadas, é inequívoco que não há qualquer excepcionalidade flagrante que justifique a admissão de mandado de segurança contra ato de Ministro do Supremo Tribunal Federal e seus órgãos colegiados.

In casu, o Ministro Dias Toffoli, ao julgar o MS 35.096/DF, embasou as decisões questionadas na adequação dos fatos à jurisprudência pacífica desta Corte. Não bastasse, as possibilidades recursais foram exaustivamente utilizadas, não se podendo alegar suposta teratologia ou excepcionalidade dos atos impugnados.

Sob esse enfoque, esta Corte tem posicionamento inequívoco a respeito da impossibilidade de utilização da via mandamental como sucedâneo recursal, nos termos dos seguintes julgados, in verbis:

“EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA. ATO COATOR CONSISTENTE EM DECISÃO MONOCRÁTICA TRANSITADA EM JULGADO. DECISÃO PROFERIDA POR MINISTRO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. WRIT QUE OPERA COMO SUCEDÂNEO DO RECURSO CABÍVEL CONTRA A DECISÃO MONOCRÁTICA OU DE AÇÃO RESCISÓRIA. DESCABIMENTO. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. Conforme pacífica jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, salvo em situações excepcionais, é inadmissível a impetração de mandado de segurança para desconstituir ato revestido de conteúdo jurisdicional emanado de ministro do Supremo Tribunal Federal, mormente quando a decisão atacada já transitou em julgado. Com efeito, a teor da Súmula 268/STF, não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito em julgado. Agravo desprovido.” (MS 27371 AgR, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Tribunal Pleno, julgado em 01/07/2009, DJe 21-08-2009);

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONTRA DECISÃO SINGULAR QUE NEGOU SEGUIMENTO A MANDADO DE SEGURANÇA. RECEBIMENTO DOS EMBARGOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. 1. Não se conhece de mandado de segurança impetrado contra decisão judicial da Presidência do Supremo Tribunal Federal já transitada em julgado. Incidência da Súmula 268 do STF (‘Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito em julgado’). Precedentes: RMS 26.340, da relatoria do ministro Gilmar Mendes; MS 26.193-AgR, da relatoria do ministro Eros Grau; MS 24.542, da relatoria do ministro Celso de Mello. 2. Inadmissível a impetração de mandado de segurança contra Ministro da Corte, no exercício da função jurisdicional. Precedentes: MS 25.070-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso; MS 24.399-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa. Excepcionalidade não verificada. 3. O mandado de segurança não é de ser utilizado como sucedâneo de recurso, ou de ação rescisória. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.” (MS 27335 ED, Relator(a): Min. CARLOS BRITTO, Tribunal Pleno, julgado em 16/09/2009, DJe 16-10-2009);

“EMENTA: (...). 1. Não se admite a impetração de mandado de segurança contra decisões de caráter jurisdicional emanadas das Turmas ou do Plenário. Súmula n. 267. Precedentes [MS n. 24.633, Relator o Ministro CÉZAR PELUSO, DJ de 12.03.2004 e MS n. 21.734, Relator o Ministro ILMAR GALVÃO, DJ de 15.10.93]. 2. Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito em julgado. Súmula 268. 3. O mandado de segurança não pode ser utilizado como sucedâneo de ação rescisória ou de qualquer outro recurso contra decisão judicial. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.” (MS 26193 AgR, Relator(a): Min.

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 262

EROS GRAU, Tribunal Pleno, julgado em 29/11/2006, DJ 02-02-2007).Ex positis, diante do manifesto descabimento da ação proposta,

JULGO EXTINTO o processo sem resolução do mérito, com fulcro no art. 485, I, do Novo Código de Processo Civil, c/c art. 10 da Lei 12.016/2009.

Transmita-se, ao eminente Ministro Relator do MS 35.096/DF, cópia da presente decisão.

Intimem-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUX Relator

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MANDADO DE SEGURANÇA 35.546 (1362)ORIGEM : 27802016 - TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINIMPTE.(S) : SILVANA DE FATIMA CARVALHOADV.(A/S) : PAULO AFONSO DA SILVA (98603/MG)IMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : COORDENADORA DE GESTÃO DO NÚCLEO

ESTADUAL DO MINISTÉRIO DA SAÚDE DE MINAS GERAIS

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: Veiculando matéria de fundo presente em diversas pretensões individuais e coletivas, cuida-se mandado de segurança com pedido de medida cautelar, impetrado em face do Acórdão 2.780/2016, do Plenário do Tribunal de Contas da União, que determinou a revisão de benefícios previdenciários de pensão por morte titularizados por filhas de servidores públicos civis, instituídos com base no art. 5º, II, parágrafo único, da Lei n.º 3.373/1958. Confira-se a ementa do acórdão:

“ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão do Plenário, diante das razões expostas pelo Revisor, em;

9.1 com fundamento no art. 250, inciso II, do Regimento Interno, determinar às unidades jurisdicionadas em que tenham sido identificados os 19.520 indícios de pagamento indevido de pensão a filha solteira, maior de 21 anos, em desacordo com os fundamentos do artigo 5º, parágrafo único, da Lei 3.373/1958 e a jurisprudência do Tribunal de Contas da União, a adoção das seguintes providências:

9.1.1. tendo por base os fundamentos trazidos no voto, a prova produzida nestes autos e outras que venham a ser agregadas pelo órgão responsável, promover o contraditório e a ampla defesa das beneficiárias contempladas com o pagamento da pensão especial para, querendo, afastar os indícios de irregularidade a elas imputados, os quais poderão conduzir à supressão do pagamento do benefício previdenciário, caso as irregularidades não sejam por elas elididas:

9.1.1.1 recebimento de renda própria, advinda de relação de emprego, na iniciativa privada, de atividade empresarial, na condição de sócias ou representantes de pessoas jurídicas ou de benefício do INSS;

9.1.1.2 recebimento de pensão, com fundamento na Lei 8.112/1990, art. 217, inciso I, alíneas a, b e c;

9.1.1.3 recebimento de pensão com fundamento na Lei 8.112/1990, art. 217, inciso I, alíneas d e e e inciso II, alíneas a, c e d;

9.1.1.4 titularidade de cargo público efetivo federal, estadual, distrital ou municipal ou de aposentadoria pelo Regime do Plano de Seguridade Social do Servidor Público,

9.1.1.5 ocupação de cargo em comissão, de cargo com fundamento na Lei 8.745/1993, de emprego em sociedade de economia mista ou em empresa pública federal, estadual, distrital ou municipal;

9.1.2 fixar o prazo de 15 (quinze) dias, a contar da ciência da respectiva notificação pela unidade jurisdicionada, para que cada interessada apresente sua defesa, franqueando-lhe o acesso às provas contra elas produzidas e fazendo constar no respectivo ato convocatório, de forma expressa, a seguinte informação: da decisão administrativa que suspender ou cancelar o benefício, caberá recurso nos termos dos arts. 56 a 65 da Lei 9.784/1999, a ser interposto no prazo de 10 (dez) dias, contados a partir da ciência da decisão pela parte interessada, perante o próprio órgão ou entidade responsável pelo cancelamento da pensão;

9.1.3 na análise da defesa a ser apresentada pelas interessadas, considerar não prevalentes as orientações extraídas dos fundamentos do Acórdão 892/2012-TCU-Plenário, desconsiderando a subjetividade da aferição da dependência econômica das beneficiárias em relação à pensão especial instituída com base na Lei 3.373/1958 e da aferição da capacidade da renda adicional oferecer subsistência condigna, em vista da possibilidade de supressão do benefício previdenciário considerado indevido;

9.1.4. não elididas as irregularidades motivadoras das oitivas individuais descritas nos subitens 9.1.1.1 a 9.1.1.5 deste acórdão, promover, em relação às respectivas interessadas, o cancelamento da pensão decorrente do art. 5º, parágrafo único, da Lei 3.373/58;”

O TCU, assim, realizou auditoria na folha de pagamento de mais de uma centena de órgãos públicos e constatou indícios de irregularidades na concessão de cerca de 19.000 (dezenove mil) pensões por morte, concedidas

com amparo na Lei 3.373/58. Neste sentido, a Corte de Contas editou o Acórdão 2.780/2016, impugnado neste mandamus, por meio do qual determinou a revisão de pensões em que se constatou a possibilidade de percepção, pelas pensionistas, de fonte de renda diversa da pensão que titularizam.

A controvérsia se instaurou nesta Corte com a impetração, pela Associação Nacional dos Servidores da Previdência e da Seguridade Social (ANASPS), do MS 34.677.

Naquele feito, a Impetrante narrou que, na sequência, o INSS, cumprindo o disposto no acórdão, enviou ofícios às pensionistas nessa situação, informando quanto à detecção da irregularidade e à necessidade de prestação de esclarecimentos.

Argumentou que o acórdão viola frontalmente a Lei 3.373/58, pois a previsão de cancelamento do benefício somente seria possível com o matrimônio ou com a ocupação de cargo público permanente pela beneficiária.

Sustentou, ainda, haver violação dos princípios do tempus regit actum, da segurança jurídica, da boa-fé objetiva e da vedação à retroação de novo entendimento administrativo, bem como que a determinação viola o prazo decadencial legalmente previsto.

Requereu a concessão de medida liminar, para imediata suspensão do acórdão do Tribunal de Contas da União, diante da evidente afronta à legislação que rege o ato de concessão da pensão, bem como do caráter alimentar do benefício, sem o qual as beneficiárias não possuem condições de manter a sua subsistência.

Requereu, por fim, a anulação do Acórdão nº 2.780/2016 do TCU, bem como o arquivamento de “todos os processos administrativos instaurados com a finalidade de revisão do benefício concedido com fundamento no art. 5º, II, parágrafo único, da lei n. 3.373/2016 contra as beneficiárias do mandamus” (eDOC 1, p. 21).

Nos termos do art. 22, § 2º, da Lei 12.016/2009, determinei a oitiva do representante judicial do Tribunal de Contas da União, no prazo de 72 (setenta e duas) horas.

Em sua manifestação preliminar, a União alegou carência de ação, por considerar o ato do TCU genérico e abstrato, “editado em termos gerais, sendo as determinações nele contidas direcionadas a diversos órgãos jurisdicionados da Corte de Contas” (eDOC 15, p. 3), “não abrangendo situações individuais dos impetrantes passíveis de submissão ao Judiciário” (p. 5).

De consequência, sustentou a ilegitimidade passiva do Tribunal de Contas da União, pois o ato do qual poderão resultar prejuízos aos impetrantes não é praticado pelo TCU, mas pelas unidades jurisdicionadas que deverão adotar as providências para a revisão dos benefícios em discussão.

No mérito, articulou com a ausência de direito líquido e certo, pois não foram apresentados documentos comprobatórios de que as substituídas recebem a referida pensão e tampouco que se enquadrariam nas situações ensejadoras da perda do direito ao benefício.

Por fim, sustentou a legalidade e legitimidade do acórdão impugnado, porquanto o TCU teria interpretado a lei em consonância com o ordenamento jurídico pátrio, sobretudo a Constituição Federal.

Pugnou pelo não conhecimento do mandado de segurança e, caso conhecido, pela denegação da ordem.

Em 31.03.2017, proferi decisão monocrática no MS 34.677, na qual deferi parcialmente o pedido de liminar, nos termos do art. 7º, III, da Lei 12.016/09, para suspender, em parte, os efeitos do Acórdão 2.780/2016 em relação às pensionistas associadas à Impetrante até o julgamento definitivo desta ação mandamental, mantendo-se a possibilidade de revisão em relação às pensões cujas titulares ocupem cargo público de caráter permanente ou recebam outros benefícios decorrentes da alteração do estado civil, como a pensão prevista no art. 217, inciso I, alíneas a, b e c, da Lei 8.112/90, ou a pensão prevista no art. 74 c/c art. 16, I, ambos da Lei 8.213/91, ou seja, pensões por morte de cônjuges.

Sobreveio agravo regimental, interposto pela União (eDOC 44). Nas razões recursais (eDOC 44), sustenta, em síntese, que “a discussão presente no writ não é possível na via mandamental” pois se trata, em sua ótica, de ato em tese, atraindo a aplicação da Súmula n.º 266, desta Corte: “Não cabe mandado de segurança contra lei em tese”. A agravante aduz que o TCU, na hipótese, exerceu competência que lhe confere o art. 71, IX, CRFB, faltando-lhe legitimidade para figurar no polo passivo da presente ação. Argumenta, também, que não se aplica o prazo decadencial previsto no art. 54, da Lei n.º 9.784/99 e que o acórdão apenas determinou o cumprimento do disposto no art. 5º, da Lei n.º 3.373/58. Ademais, inexistiria, em seu ponto de vista, periculum in mora a autorizar a concessão de liminar, mas perigo reverso, diante da possível irreversibilidade do provimento, em razão do caráter alimentar das prestações ora discutidas. Requereu, por fim, a cassação da medida liminar. (eDOC 44).

A parte agravada apresentou manifestação (eDOC 58). Invocou o enunciado n.º 284 da Súmula da jurisprudência desta Corte (“É competente, originariamente, o Supremo Tribunal Federal, para mandado de segurança contra ato do Tribunal de Contas da União”), bem como precedentes, para afirmar a legitimidade passiva do TCU na hipótese. Argumentou pela possibilidade de utilização da via mandamental, tendo em vista que, em sua ótica, a partir da prolação do Acórdão 2.780/2016, pelo TCU, houve a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 263

exclusão de direitos. Sustentou, ademais, que o benefício deve ser regido pela lei vigente ao tempo em que reunidas as condições para sua obtenção, nos termos da jurisprudência deste STF, entendimento que teria sido violado pelo Acórdão 2.780/19 do TCU. Requereu, por fim, pelo desprovimento do agravo.

A Procuradoria-Geral da República manifestou-se em parecer assim ementado (eDOC 66):

“Mandado de segurança. Acórdão TCU n. 2.780/2016. Ampliação indevida da hipótese de extinção da pensão por morte prevista na Lei n. 3.373/1958. Necessidade de prestigiar a segurança jurídica. Parecer pela concessão parcial da ordem.”

É o relatório. Em 15.05.2018, proferi decisão de mérito no MS 34.677, para,

diante da violação aos princípios da legalidade e da segurança jurídica, conceder parcialmente a segurança, com fulcro no art. 1º, da Lei 12.016/2009, e anular, em parte, o Acórdão 2.780/2016 do TCU em relação às pensionistas associadas à Impetrante Associação Nacional dos Servidores da Previdência e da Seguridade Social, mantendo-se a possibilidade de revisão em relação às pensões cujas titulares ocupem cargo público de caráter permanente ou recebam outros benefícios decorrentes da alteração do estado civil, como a pensão prevista no art. 217, inciso I, alíneas a, b e c, da Lei 8.112/90, ou a pensão prevista no art. 74 c/c art. 16, I, ambos da Lei 8.213/91, ou seja, pensões por morte de cônjuges.

Julguei prejudicado o agravo regimental interposto pela União naquele feito e adotei a técnica da motivação per relationem para utilizar a referida decisão como fundamento para conceder parcialmente a segurança, também com amparo no art. 1º, da Lei 12.016/2009, para anular em parte o Acórdão 2.2780/2016 do TCU em relação às impetrantes de diversos mandados de segurança idênticos, mantendo-se igualmente a possibilidade de revisão em relação às pensões cujas titulares ocupem cargo público de caráter permanente ou recebam outros benefícios decorrentes da alteração do estado civil, como a pensão prevista no art. 217, inciso I, alíneas a, b e c, da Lei 8.112/90, ou a pensão prevista no art. 74 c/c art. 16, I, ambos da Lei 8.213/91, ou seja, pensões por morte de cônjuges.

Confirmei, ademais, nos processos idênticos referidos, as decisões liminares em que concedi os benefícios da assistência judiciária gratuita e determinei o pagamento dos valores relativos às pensões por morte concedidas com amparo na Lei 3.373/58 desde a cessação indevida.

Julguei igualmente prejudicados os agravos interpostos pela União em tais feitos.

Adoto, mais uma vez, a técnica da motivação per relationem para utilizar a decisão proferida no MS 34.677 como fundamento para conceder parcialmente a segurança, também com amparo no art. 1º, da Lei 12.016/2009 no presente feito, conforme a fundamentação que segue.

Confirmo a decisão liminar no ponto em que restaram reconhecidos os pressupostos de admissibilidade do mandado de segurança.

A autoridade apontada como coatora é parte legítima, porquanto o ato impugnado, do qual se depreende uma possível ameaça de lesão ao direito de parte dos associados, foi exarado pelo Tribunal de Contas da União por meio do Acórdão 2.780/2016, em que foi reconhecida a necessidade de comprovação da dependência econômica para fins de manutenção da pensão por morte e, de consequência, a suspensão de pagamentos incompatíveis com o respectivo benefício.

Trata-se de ato concreto e impositivo do TCU, cujo objetivo é o cancelamento de direito das associadas à Impetrante. Não devem prosperar, portanto, os argumentos da União no sentido de invocar a aplicação da Súmula n.º 266, desta Corte: “Não cabe mandado de segurança contra lei em tese”. Ademais, em caso análogo, admitiu-se a legitimidade passiva do TCU, como se vê do precedente cuja ementa reproduzo:

“AGRAVO REGIMENTAL INTERPOSTO PELA UNIÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS POR SANDRA LUCIA GOMES LAMBERT EM MANDADO DE SEGURANÇA. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PENSÃO DE FILHA SOLTEIRA MAIOR DE 21 ANOS JULGADA LEGAL PELO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. OCUPAÇÃO DE CARGO PÚBLICO EFETIVO. EXCLUSÃO DO BENEFÍCIO EM RAZÃO DE ACÓRDÃO DO TCU. LEGITIMIDADE PASSIVA DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. OCORRÊNCIA DE OFENSA AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. NULIDADE DO ACÓRDÃO DO TCU. RESTABELECIMENTO DA PENSÃO ATÉ NOVA APRECIAÇÃO PELA CORTE DE CONTAS. AGRAVO REGIMENTAL INTERPOSTO PELA UNIÃO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. PREJUDICADO O AGRAVO INTERPOSTO POR SANDRA LUCIA GOMES LAMBERT. 1. Há precedente nesta Corte no sentido de que o Tribunal de Contas da União será parte legítima para figurar no polo passivo da ação mandamental quando, a partir de sua decisão, for determinada a exclusão de um direito. (Precedente: MS 24.927, Rel. Min. Cezar Peluso, DJe 28/9/2005) 2. In casu, o TCU determinou à Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão para que fossem suspensas pensões de filhas solteiras maiores de 21 anos que ocupassem cargo público efetivo. 3. A Súmula Vinculante nº 3 do STF excepciona a observância prévia do contraditório e da ampla defesa na apreciação da legalidade do ato de concessão de aposentadoria, reforma e pensão pelo Tribunal de Contas da União. Contudo, o presente caso não se

enquadra na exceção prevista, pois não se trata de concessão inicial de aposentadoria, de reforma ou de pensão. Dessa forma, podendo a decisão resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, cabível o exercício da ampla defesa e do contraditório. No entanto, não se verifica abertura de prazo pelo TCU, a fim de que houvesse oportunidade de defesa à Sandra Lúcia Gomes Lambert diante da exclusão do seu benefício de pensão. 4. Portanto, não merece ser reformada a decisão agravada que anulou o acórdão 1.843/2006 do TCU para que se possibilite que Sandra Lúcia Gomes Lambert exerça o contraditório e a ampla defesa a que tem direito, com o restabelecimento da pensão até a nova apreciação pela Corte de Contas. 5. Agravo regimental, interposto pela União, a que nega provimento, restando prejudicado o agravo regimental interposto por Sandra Lúcia Gomes Lambert. (MS 27031 AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, julgado em 08.09.2015). Grifos nossos.

O ato apontado como coator, portanto, Acórdão 2.780/16 do TCU, consubstancia orientação de nítidos efeitos vinculantes em relação aos demais órgãos da administração gestores das referidas pensões, aptidão para, em tese, desconstituir situações jurídicas que, como aduz a Impetrante, estão há muito consolidadas. Deste modo, é viável apreciar a impetração, bem como está assentada a legitimidade passiva da autoridade coatora.

Na hipótese, portanto, a ameaça a direito líquido e certo das associadas à Impetrante advém não do ato do órgão que administra a pensão e que lhes informa a respeito do conteúdo do Acórdão 2.780/16 do TCU, mas, ao contrário, do próprio acórdão do TCU.

E assim é justamente porque o acórdão do TCU tem efeitos vinculantes e potencial para desconstituir situações jurídicas consolidadas há no mínimo 27 (vinte e sete) anos, considerando o advento da Lei 8.112/90, em 11.12.1990. Desse modo, resta assentada a legitimidade passiva do TCU e, por conseguinte, a competência deste Supremo Tribunal Federal para apreciar o caso.

Essa situação se repete em cerca de três dezenas de impetrações que aportaram a este Supremo Tribunal Federal desde que proferi, em 31.03.2017, decisão monocrática na qual deferi parcialmente o pedido de liminar, como já referido.

Também nas impetrações individuais, afigura-se a competência da Suprema Corte, vez que o ato coator é o Acórdão 2.870/16, cuja orientação que dirige aos órgãos que administram os benefícios de pensão por morte concedidos com amparo na Lei 3.373/58 é vinculante.

A matéria em comento, portanto, está adstrita à legalidade do ato do Tribunal de Contas da União que reputa necessária a comprovação de dependência econômica da pensionista filha solteira maior de 21 anos, para o reconhecimento do direito à manutenção de benefício de pensão por morte concedida sob a égide do art. 5º, II, parágrafo único, da Lei 3.373/58.

Partindo dessa premissa, o TCU determinou a reanálise de pensões concedidas a mulheres que possuem outras fontes de renda, além do benefício decorrente do óbito de servidor público, do qual eram dependentes na época da concessão. Dentre as fontes de renda, incluem-se: renda advinda de relação de emprego, na iniciativa privada, de atividade empresarial, na condição de sócias ou representantes de pessoas jurídicas ou de benefícios do INSS; recebimento de pensão com fundamento na Lei 8.112/90, art. 217, I, alíneas a, b e c (pensão na qualidade de cônjuge de servidor); recebimento de pensão com fundamento na Lei 8.112/90, art. 217, inciso I, alíneas d e e (pais ou pessoa designada) e inciso II, alíneas a, c e d (filhos até 21 anos, irmão até 21 anos ou inválido ou pessoa designada até 21 anos ou inválida); a proveniente da ocupação de cargo público efetivo federal, estadual, distrital ou municipal ou aposentadoria pelo RPPS; ocupação de cargo em comissão ou de cargo em empresa pública ou sociedade de economia mista.

Discute-se, portanto, se a dependência econômica em relação ao instituidor do benefício e do valor pago a título de pensão por morte encontra-se no rol de requisitos para a concessão e manutenção do benefício em questão.

Inicialmente, assento a jurisprudência consolidada neste Supremo Tribunal Federal quanto à incidência, aos benefícios previdenciários, da lei em vigência ao tempo em que preenchidos os requisitos necessários à sua concessão. Trata-se da regra “tempus regit actum”, a qual, aplicada ao ato de concessão de pensão por morte, significa dizer: a lei que rege a concessão do benefício de pensão por morte é a vigente na data do óbito do segurado.

Neste sentido:“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM

AGRAVO. ADMINISTRATIVO. FISCAIS DE RENDA. PENSÃO POR MORTE. 1) A pensão por morte rege-se pela legislação em vigor na data do falecimento do segurado. Princípio da lei do tempo rege o ato (tempus regit actum). Precedentes. 2) Impossibilidade de análise de legislação local (Lei Complementar estadual n. 69/1990 e Lei estadual n. 3.189/1999). Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (ARE 763.761-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe 10.12.2013).

“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Pensão por morte. É firme a jurisprudência desta Corte no sentido de que o valor da pensão por morte deve observar o padrão previsto ao tempo do evento que enseja o benefício. Tempus regit actum. 3. Evento instituidor do benefício anterior à vigência da Emenda Constitucional 20/1998. Descabe emprestar eficácia retroativa à diretriz constitucional. 4. Agravo regimental a que se nega

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provimento” (ARE 717.077-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 12.12.2012).

“PREVIDENCIÁRIO – PENSÃO POR MORTE – LEGISLAÇÃO APLICÁVEL – DATA DO ÓBITO. Aplica-se ao benefício de pensão por morte a lei vigente à época do óbito do instituidor.”(ARE 644801 AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, julgado em 24.11.2015).

A tese foi assentada, inclusive, no julgamento do RE 597.389-RG-QO (Tema 165), sob a sistemática da repercussão geral.

As pensões cujas revisões foram determinadas no Acórdão 2.780/2016 tiveram suas concessões amparadas na Lei 3.373/58, que dispunha sobre o Plano de Assistência ao Funcionário e sua Família. O referido diploma regulamentou os artigos 161 e 256 da Lei 1.711/1952, Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União, que vigorou até o advento da Lei 8.112/91. Reproduzo a redação dos artigos 3º e 5º da Lei 3.373/58:

Art. 3º O Seguro Social obrigatório garante os seguintes benefícios:I - Pensão vitalícia;II - Pensão temporária;III - Pecúlio especial.(...)Art. 5º Para os efeitos do artigo anterior, considera-se família do

segurado: I - Para percepção de pensão vitalícia:a) a espôsa, exceto a desquitada que não receba pensão de

alimentos;b) o marido inválido;c) a mãe viúva ou sob dependência econômica preponderante do

funcionário, ou pai inválido no caso de ser o segurado solteiro ou viúvo;II - Para a percepção de pensões temporárias:a) o filho de qualquer condição, ou enteado, até a idade de 21 (vinte e

um) anos, ou, se inválido, enquanto durar a invalidez;b) o irmão, órfão de pai e sem padrasto, até a idade de 21 (vinte e

um) anos, ou, se inválido enquanto durar a invalidez, no caso de ser o segurado solteiro ou viúvo, sem filhos nem enteados.

Parágrafo único. A filha solteira, maior de 21 (vinte e um) anos, só perderá a pensão temporária quando ocupante de cargo público permanente.

Os requisitos para a concessão da pensão por morte aos filhos dos servidores públicos civis federais eram, portanto, serem menores de 21 (vinte e um anos) ou inválidos. Excepcionalmente, a filha que se mantivesse solteira após os 21 anos não deixaria de receber a pensão por morte, exceto se passasse a ocupar cargo público permanente. Não se exigiam outros requisitos como, por exemplo, a prova da dependência econômica da filha em relação ao instituidor ou ser a pensão sua única fonte de renda.

De igual modo, não havia na lei hipótese de cessação da pensão calcada no exercício, pela pensionista, de outra atividade laborativa que lhe gerasse algum tipo de renda, à exceção de cargo público permanente.

A superação da qualidade de beneficiário da pensão temporária ocorria, apenas, em relação aos filhos do sexo masculino após os 21 anos, quando da recuperação da capacidade laborativa pelo filho inválido, e, no que tange à filha maior de 21 anos, na hipótese de alteração do estado civil ou de posse em cargo público.

A Lei 1.711/1952 e todas as que a regulamentavam, incluída a Lei 3.373/58, foram revogadas pela Lei 8.112/90, como já referido, que dispôs sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais, à luz na nova ordem constitucional inaugurada em 1988.

Nesse novo estatuto, a filha solteira maior de 21 anos não mais figura no rol de dependentes habilitados à pensão temporária.

Atualmente, considerando as recentes reformas promovidas pela Lei 13.135/2015, somente podem ser beneficiários das pensões, cujos instituidores sejam servidores públicos civis, o cônjuge ou companheiro, os filhos menores de 21 anos, inválidos ou com deficiência mental ou intelectual, e os pais ou irmão que comprovem dependência econômica.

Nesse contexto, as pensões cuja revisão suscita o Tribunal de Contas da União no Acórdão 2.780/2016 foram necessariamente concedidas entre o início e o término de vigência da Lei 3.373/58, ou seja, de março de 1958 a dezembro de 1990.

A respeito do prazo para a revisão do ato de concessão de benefícios previdenciários a servidor público ou a seus dependentes, a Lei 9.784/99 dispõe, no artigo 54, ser de cinco anos o prazo para a Administração anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis aos destinatários.

Com efeito, pende de julgamento neste Supremo Tribunal Federal o tema em que se discute o termo inicial do prazo decadencial para revisar atos de pensão ou aposentadoria pelo Tribunal de Contas da União, se da concessão da aposentadoria/pensão ou se do julgamento pela Corte de Contas, em sede de repercussão geral no bojo de RE 636.553, pendente ainda o julgamento do mérito.

No entanto, o Acórdão impugnado diz respeito a atos de concessão cuja origem são óbitos anteriores a dezembro de 1990, sendo muito provável que o prazo de cinco anos, contados da concessão ou do julgamento, já tenha expirado.

Há precedente da Primeira Turma desta Corte no sentido de reconhecer a ocorrência da coisa julgada administrativa quando ultrapassado o prazo de cinco anos previsto no art. 54 da Lei 9.784/99, como se vê da

ementa aqui colacionada: “AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ATO DO

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. NEGATIVA DE REGISTRO DE APOSENTADORIA. GRATIFICAÇÃO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO – COMPLEMENTO GATS. REPUTADA ILEGAL PELO ÓRGÃO DE CONTROLE. DECADÊNCIA ADMINISTRATIVA. ART. 54 DA LEI 9.784/99. OCORRÊNCIA. FORMAÇÃO DA COISA JULGADA ADMINISTRATIVA. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO. 1. A decadência prevista no art. 54 da Lei 9.784/99 não se consuma, apenas, no período compreendido entre o ato administrativo concessivo de aposentadoria ou pensão e o posterior julgamento de sua legalidade e registro pelo Tribunal de Contas da União que consubstancia o exercício da competência constitucional de controle externo (CRFB/88, art. 71, III) -, porquanto o respectivo ato de aposentação é juridicamente complexo, que se aperfeiçoa com o registro na Corte de Contas. Precedentes: MS 30.916, Rel. Ministra Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 08.06.2012; MS 25.525, Rel. Ministro Marco Aurélio, Tribunal Pleno, DJe 19.03.2010; MS 25.697, Rel. Ministra Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, DJe 12.03.2010. 2. In casu, o início do prazo decadencial para revisão das parcelas de aposentadoria da agravada se deu com a prolação do Acórdão TCU 1.774/2003, pois englobou a discussão acerca da base de cálculo para o recebimento do “Complemento GATS”, imposta por sentença judicial transitada em julgado, de sorte que os atos impugnados - Acórdãos TCU 6.759/2009 e 1.906/2011 – restam alcançados pela decadência administrativa (Lei 9.784/99, art. 54). Precedentes: MS 28.953, Relatora Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 28.03.2012; MS 27.561 AgR, Relator Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 04.10.2012. 3. Agravo interno a que se nega provimento.” (MS 30780 AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, julgado em 11.09.2017). Grifos nossos.

De todo modo e sem adentrar ao debate a respeito da formação da coisa julgada administrativa, não houve, no Acórdão do TCU ora atacado, menção ao respeito ao prazo decadencial de revisão previsto no artigo 9.784/99, porquanto o entendimento lá sustentado diz respeito à possibilidade de revisão a qualquer tempo em que se modificarem as condições fáticas da dependência econômica.

Haure-se, portanto, da leitura da jurisprudência e da legislação acima citadas a seguinte conclusão: as pensões concedidas às filhas maiores sob a égide da Lei 3.373/58 que preenchiam os requisitos pertinentes ao estado civil e à não ocupação de cargo público de caráter permanente encontram-se consolidadas e somente podem ser alteradas, é dizer, cessadas, se um dos dois requisitos for superado, ou seja, se deixarem de ser solteiras ou se passarem a ocupar cargo público permanente.

O Tribunal de Contas da União, contudo, no Acórdão 2.780/16, não interpretou do mesmo modo a legislação e a jurisprudência transcritas acima. Esclareceu ter havido uma “evolução na jurisprudência recente do TCU a respeito do tema”.

O TCU adotava a tese firmada no Poder Judiciário no sentido de que à pensão por morte aplica-se a lei vigente à época da concessão.

Permitia, ainda, nos termos da Súmula 168, que a filha maior solteira que viesse a ocupar cargo público permanente na Administração Direta e Indireta optasse entre a pensão e a remuneração do cargo público, considerando a situação mais vantajosa.

No entanto, em 2012, após consulta formulada pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, o que resultou na confecção do Acórdão 892/2012, o TCU alterou a interpretação sobre o tema “a partir da evolução social” e considerou revogar a Súmula 168, bem como reputar necessária a comprovação da dependência econômica das filhas em relação ao valor da pensão da qual são titulares.

Para a Corte de Contas, “a dependência econômica constitui requisito cujo atendimento é indispensável tanto para a concessão da pensão quanto para a sua manutenção, ou seja, a eventual perda de tal dependência por parte da pensionista significará a extinção do direito à percepção do benefício em referência.”

Partindo dessa premissa, ou seja, de que para a obtenção e manutenção da pensão por morte é exigida a prova da dependência econômica, o TCU definiu ser incompatível com a manutenção desse benefício a percepção, pela pensionista, de outras fontes de renda, ainda que não decorrentes da ocupação de cargo público permanente.

Editou, então, a Súmula 285, de seguinte teor: “A pensão da Lei 3.373/1958 somente é devida à filha solteira maior de 21 anos enquanto existir dependência econômica em relação ao instituidor da pensão, falecido antes do advento da Lei 8.112/1990.”

Ademais, foram fixadas diretrizes para a análise do novo requisito: “Se comprovado que o salário, pró-labore e/ou benefícios não são suficientes para a subsistência condigna da beneficiária, ela poderá acumular a economia própria com o benefício pensional. De outra forma, se a renda for bastante para a subsistência condigna, não há que se falar em habilitação ou na sua permanência como beneficiária da pensão.” (eDOC 30, p. 8)

Estabeleceu-se como parâmetro da análise de renda “condigna da beneficiária” o valor do teto dos benefícios pagos pelo INSS.

Em meu sentir, todavia, os princípios da legalidade e da segurança jurídica não permitem a subsistência in totum da decisão do Tribunal de Contas da União contida no Acórdão 2.780/2016.

A violação ao princípio da legalidade se dá pelo estabelecimento de

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requisitos para a concessão e manutenção de benefício cuja previsão em lei não se verifica.

Tal como apontou a Procuradoria-Geral da República em seu parecer (eDOC 66), “a interpretação adotada pelo Tribunal de Contas da União, contudo, não é compatível com o que se lê no parágrafo único do art. 5º da Lei n. 3.373/1958: ‘a filha solteira, maior de 21 (vinte e um) anos, só perderá a pensão temporária quando ocupante de cargo público permanente’”.

Verifica-se, portanto, que a interpretação mais adequada do art. 5º, parágrafo único, da Lei 3.373/58 é aquela que somente autoriza a revisão da pensão concedida com amparo em seu regramento nas hipóteses em que a filha solteira maior de vinte e um anos se case ou tome posse em cargo público permanente. Trata-se de aplicar a consolidada jurisprudência desta Corte segundo a qual a concessão do benefício previdenciário de pensão por morte deve ser regida pela lei vigente à data em que falece o segurado instituidor.

Em igual sentido foi o pronunciamento desta Corte ao apreciar o tema em precedente de 20.04.1999. Colaciono a ementa:

“ADMINISTRATIVO. FILHA DE EX-SERVIDOR DA CÂMARA DOS DEPUTADOS. PENSÃO TEMPORÁRIA. LEI 3.373/58. ALTERAÇÕES PELA LEI 8.112/90. DIREITO ADQUIRIDO. A garantia insculpida no art. 5º, inc. XXXVI, da Constituição Federal impede que lei nova, ao instituir causa de extinção de benefício, não prevista na legislação anterior, retroaja para alcançar situação consolidada sob a égide da norma então em vigor. Conquanto tenha a Lei 8.112/90 alterado as hipóteses de concessão de pensão temporária, previstas na Lei 3.373/58, tais modificações não poderiam atingir benefícios concedidos antes de sua vigência. Recurso extraordinário não conhecido. (RE 234543, Rel. Min. Ilmar Galvão, Primeira Turma, julgado em 20.04.1999). Grifos nossos.

Dessa forma, é de se reconhecer a interpretação evolutiva do princípio da isonomia entre homens e mulheres após o advento da Constituição Federal de 1988 (artigo 5º, I) que, em tese, inviabiliza a concessão de pensão às filhas mulheres dos servidores públicos, maiores e aptas ao trabalho. Afinal, a presunção de incapacidade para a vida independente em favor das filhas dos servidores não mais se sustenta com o advento da nova ordem constitucional. Entretanto, as situações jurídicas já consolidadas sob a égide das constituições anteriores e do arcabouço legislativo que as regulamentavam não comportam interpretação retroativa à luz do atual sistema constitucional.

Nesse sentido, embora o princípio da igualdade não tenha sido uma novidade na Constituição Federal de 1988, por já constar dos ideais de 1879 e formalmente nas constituições brasileiras desde a do Império, de 1824, a sua previsão não se revelou suficiente para impedir a escravidão ou para impor o sufrágio universal, por exemplo, tampouco para extirpar do Código Civil de 1916 a condição de relativamente incapazes das mulheres casadas, o que somente ocorreu em 1962, com a Lei 4.121/62.

Do escólio doutrinário de Celso Ribeiro Bastos e Ives Gandra Martins, em comentários ao art. 5º, I, da CF/88, extrai-se o seguinte:

“é preciso todavia reconhecer que o avanço jurídico conquistado pelas mulheres não corresponde muitas vezes a um real tratamento isonômico no que diz respeito à efetiva fruição de uma igualdade material. Isso a nosso ver é devido a duas razões fundamentais: as relações entre homens e mulheres obviamente se dão em todos os campos da atividade social, indo desde as relações de trabalho, na política, nas religiões e organizações em geral, até chegar ao recanto próprio do lar, onde homem e mulher se relacionam fundamentalmente sob a instituição do casamento. É bem de ver que, se é importante a estatuição de iguais direitos entre homem e mulher, é forçoso reconhecer que esta disposição só se aperfeiçoa e se torna eficaz na medida em que a própria cultura se altere.” (Comentários à Constituição do Brasil. v. 2. São Paulo: Saraiva, 1989. p. 18, grifos meus)

Nesse contexto, revelava-se isonômico, quando da disciplina do estatuto jurídico do servidor público, no ano de 1958, salvaguardar às filhas solteiras uma condição mínima de sobrevivência à falta dos pais.

Essa situação não mais subsiste e soaria não só imoral, mas inconstitucional, uma nova lei de tal modo protetiva na sociedade concebida sob os preceitos de isonomia entre homens e mulheres insculpidos na atual ordem constitucional.

No entanto, a interpretação evolutiva dada pelo Tribunal de Contas da União não pode ter o condão de modificar os atos constituídos sob a égide da legislação protetiva, cujos efeitos jurídicos não estão dissociados da análise do preenchimento dos requisitos legais à época da concessão, pois “não é lícito ao intérprete distinguir onde o legislador não distinguiu” (RE 71.284, Rel. Min. Aliomar Baleeiro).

Além disso, tanto o teor da Lei 3.373/58, como o histórico retro mencionado, acerca da situação da mulher na sociedade pré Constituição de 1988, evidenciam claramente a presunção de dependência econômica das filhas solteiras maiores de vinte e um anos, não se revelando razoável, exceto se houver dúvida no tocante à lisura da situação das requerentes no momento da solicitação da pensão (o que não se pode extrair das razões do ato impugnado), exigir que faça prova positiva da dependência financeira em relação ao servidor instituidor do benefício à época da concessão.

Veja-se que a legislação de regência, quando previu, em relação a benefícios de caráter temporário, a possibilidade de “superação da qualidade de beneficiário”, foi expressa.

A Lei 3.373/58, por exemplo, estabelecia a manutenção da invalidez como “condição essencial” à percepção da pensão do filho ou do irmão inválido.

De igual modo, a Lei 8.112/90, atual estatuto jurídico dos servidores públicos civis federais, no artigo 222, enumera de modo expresso as hipóteses para a “perda da qualidade de beneficiário”: falecimento, anulação de casamento, cessação de invalidez ou afastamento de deficiência, acumulação de pensões, renúncia expressa ou, em relação ao cônjuge, o decurso dos prazos de que tratou a Lei 13.135/2015.

Mesmo para os benefícios devidos aos pais e aos irmãos, que necessitam comprovar a dependência econômica para a concessão do benefício, a superação dessa condição não consta dentre as hipóteses de perda da qualidade de beneficiário.

Ademais, dizer que a pensão é temporária não significa suscitar a sua revisão a cada dia ou a cada mês para verificar se persistem os requisitos que ensejaram a sua concessão. Significa que esse tipo de benefício tem condições resolutivas preestabelecidas: para os filhos, o atingimento da idade de 21 anos; para os inválidos, a superação dessa condição; para as filhas maiores de 21 anos, a alteração do estado civil ou a ocupação de cargo público de caráter permanente.

Assim, enquanto a titular da pensão permanece solteira e não ocupa cargo permanente, independentemente da análise da dependência econômica, porque não é condição essencial prevista em lei, tem ela incorporado ao seu patrimônio jurídico o direito à manutenção dos pagamentos da pensão concedida sob a égide de legislação então vigente, não podendo ser esse direito extirpado por legislação superveniente, que estipulou causa de extinção outrora não prevista.

No mesmo sentido, o Plenário do STF, no julgamento do MS 22.604, de relatoria do Ministro Maurício Corrêa, expressamente assentou a impossibilidade de reversão de pensão considerando o direito adquirido já consolidado:

“PENSÃO. DISPUTA ENTRE HERDEIRAS. APLICAÇÃO DA LEI Nº 6.782/80. ATO ADMINISTRATIVO DO TCU. FILHA SEPARADA APÓS O ÓBITO DO PAI. REVERSÃO DO BENEFÍCIO. DIREITO ADQUIRIDO. EXISTÊNCIA. 1. Filha viúva, divorciada ou desquitada equipara-se à filha solteira, se provada dependência econômica ao instituidor, à data da sucessão pensional. 2. Verificado o óbito desse quando da vigência da Lei nº 6.782/80, a filha solteira, enquanto menor, faz jus à pensão, perdendo-a ao se casar. 3. Quota-parte da pensão cabível àquela que se casou transferida para a outra. Impossibilidade da reversão tempos depois em face da consolidação do direito adquirido. Mandado de Segurança conhecido e deferido”. (MS 22604, Rel. Min. Maurício Corrêa, Tribunal Pleno, julgado em 28.04.1998).

Nesse contexto, viola o princípio da legalidade o entendimento lançado no Acórdão 2.780/2016, do TCU, no sentido de que qualquer fonte de renda que represente subsistência condigna seja apta a ensejar o cancelamento da pensão ou de outra fonte de rendimento das titulares de pensão concedida na forma da Lei 3.373/58 e mantida nos termos do parágrafo único do artigo 5º dessa lei.

O acórdão do TCU também não subsiste a uma apreciação à luz do princípio da segurança jurídica. Como dito, a Lei 9.784/99 impõe prazo decadencial para a revisão, pela Administração, de atos administrativos dos quais decorram efeitos favoráveis aos destinatários, salvo comprovada má-fé.

Assim, ressalvados os casos em que as pensionistas deliberadamente violaram a lei, é dizer, usaram de má-fé para a obtenção ou manutenção do benefício previdenciário em questão, a revisão do ato de concessão há de observar o prazo decadencial previsto na Lei 9.784/99, pois o STF, no julgamento do RE 626.489, sob a sistemática da repercussão geral, assentou entendimento segundo o qual, com base na segurança jurídica e no equilíbrio financeiro e atuarial, não podem ser eternizados os litígios.

A exceção à prova de má-fé não consta do Acórdão 2.780/2016, porque a interpretação que deu o TCU à manutenção das pensões temporárias é a de que elas podem ser revogadas a qualquer tempo, constatada a insubsistência dos requisitos que ensejaram a sua concessão, especialmente a dependência econômica, a qual, para o TCU, não é presumida.

Por derradeiro, observo que um dos principais fundamentos do Acórdão 2.780/2016 é a “evolução interpretativa” realizada pelo TCU à luz da nova ordem constitucional, a permitir que se exija a comprovação da dependência econômica da pensionista em relação ao valor percebido. Veja-se que a nova interpretação resultou inclusive na revogação de Súmula do TCU que tratava da acumulação da pensão com cargo público.

Ainda que fosse admissível a exigibilidade da dependência econômica como condição para a manutenção da pensão em debate nestes autos, a aplicação da inovação interpretativa aos atos já consolidados encontra óbice no inciso XIII do parágrafo único do artigo 2º da Lei 9.784/99, o qual veda a aplicação retroativa de nova interpretação na análise de processos administrativos.

O Supremo Tribunal Federal reconheceu a necessidade de se conferir efeitos ex nunc às decisões administrativas que modificam posicionamentos anteriores, a fim de dar segurança jurídica a atos já consolidados e até mesmo para evitar que justificativas como “orçamento público” sejam utilizadas para rever atos dos quais decorram efeitos financeiros favoráveis ao beneficiário. Precedente: AO 1.656, Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 10.10.2014.

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 266

Ante todo o exposto, apenas podem ser revistos os atos de concessão de pensões por morte cujas titulares deixaram de se enquadrar na previsão legal vigente na época do preenchimento dos requisitos legais, ou seja, é possível a revisão das pensões cujas titulares ocupem cargo público de caráter permanente ou recebam outros benefícios decorrentes da alteração do estado civil, como a pensão prevista no art. 217, inciso I, alíneas a, b e c, Lei 8.112/90, ou a pensão prevista no art. 74 c/c art. 16, I, ambos da Lei 8.213/91, ou seja, pensões por morte de cônjuges.

Reconhecida, portanto, a qualidade de dependente da filha solteira maior de vinte e um anos em relação ao instituidor da pensão e não se verificando a superação das condições essenciais previstas na lei de regência, quais sejam, casamento ou posse em cargo público permanente, nos termos da Lei 3.373/58, a pensão é devida e deve ser mantida.

Com essas considerações, diante da violação aos princípios da legalidade e da segurança jurídica, concedo parcialmente a segurança, com fulcro no art. 1º, da Lei 12.016/2009, para anular, em parte, o Acórdão 2.780/2016 do TCU para conceder parcialmente a segurança, também com amparo no art. 1º, da Lei 12.016/2009, para anular em parte o Acórdão 2.2780/2016 do TCU em relação à impetrante do presente mandado de segurança, mantendo-se igualmente a possibilidade de revisão em relação às pensões cujas titulares ocupem cargo público de caráter permanente ou recebam outros benefícios decorrentes da alteração do estado civil, como a pensão prevista no art. 217, inciso I, alíneas a, b e c, da Lei 8.112/90, ou a pensão prevista no art. 74 c/c art. 16, I, ambos da Lei 8.213/91, ou seja, pensões por morte de cônjuges.

Confirmo, ademais, as decisões liminares em que concedi os benefícios da assistência judiciária gratuita e determino o pagamento dos valores relativos às pensões por morte concedidas com amparo na Lei 3.373/58 desde a cessação indevida.

Julgo igualmente prejudicado o agravo interposto pela União no presente feito.

Publique-se. Intimem-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

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MANDADO DE SEGURANÇA 35.661 (1363)ORIGEM : 35661 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOIMPTE.(S) : AEROPORTOS BRASIL - VIRACOPOS S.A.ADV.(A/S) : FERNANDO CEZAR VERNALHA GUIMARAES

(20738/PR, 43381-A/SC, 388423/SP)ADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO CASAGRANDE PEREIRA (27375/GO,

22076/PR, 43617-A/SC, 388261/SP)ADV.(A/S) : LUCIANA CHRISTINA GUIMARAES LOSSIO (15410/DF)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Petição/STF nº 31.730/2018 (eletrônica)DECISÃOUNIÃO – INGRESSO – DEFERIMENTO.1. A União requer o ingresso no mandado de segurança, bem assim a

respectiva intimação pessoal dos atos processuais.2. Defiro os pedidos.3. Publiquem.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MANDADO DE SEGURANÇA 35.722 (1364)ORIGEM : 35722 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESIMPTE.(S) : MARIA DA CONCEICAO DOS SANTOS FARIASADV.(A/S) : IZA DE NOVAIS BARRETO (055647/RJ)IMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO Trata-se de mandado de segurança, com pedido de liminar,

impetrado contra ato do Tribunal de Contas da União.Na inicial, a impetrante alega, em síntese, que: (a) recebe pensão

civil, nos moldes do art. 5º da Lei 3.373/1958; (b) “o cancelamento [do benefício] deu-se em 06/11/2017, enquanto o comunicado foi emitido somente em 28/12/2017” (fl. 2); (c) “registre-se que o benefício foi cancelado com fundamento no acórdão 2780/2010 do TCU, resultado do Despacho

COARJ/CG ADF/6, DEPEX º 5136255, que elenca como causa de extinção da pensão o recebimento de qualquer outra renda que permita a subsistência condigna” (fl. 2) e (d) o motivo justificante do cancelamento da pensão não se encontra como requisito ao pagamento, nos termos da Lei 3.373/1958. Requer “seja-lhe concedida liminar inaldita altera partes, para o fim de que o impetrado efetue o pagamento dos valores de benefício correspondentes, desde data da exclusão da pensão (…), concedendo-se, ao final a ordem de segurança” (fl. 5).

É o relatório. Decido.É importante ter presente o limite temporal de cognição na via do

mandado de segurança. O art. 23 da Lei 12.016/2009 dispõe que o direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado.

No caso, conforme os documentos juntados com a inicial, a ciência inequívoca a respeito do ato impugnado ocorreu em 29/11/2017, quando apresentou recurso administrativo junto ao órgão pagador no Processo 15604.000142/2017-00; processo este que, em atendimento às determinações do TCU (Acórdão 2.780/2016) concluiu pela supressão do pagamento da pensão (doc. 5, fl. 10).

Dessa forma, uma vez comprovada a ciência inequívoca da impetrante em 29/11/2017, já havia decorrido o prazo decadencial em 18/5/2018, data da autuação e distribuição da presente ação.

Registre-se que a interposição de recurso administrativo desprovido de efeito suspensivo não interrompe o prazo para a impetração de mandado de segurança.

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, NEGO SEGUIMENTO AO MANDADO DE SEGURANÇA.

Publique-se. Intimem-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro ALEXANDRE DE MORAESRelator

Documento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 35.735 (1365)ORIGEM : 35735 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINIMPTE.(S) : JANNY MARIA SANT ANNA DE MORAESADV.(A/S) : JORGE LUIS DA SILVA (8506/ES) E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Preliminarmente à análise do pedido cautelar, no intuito de verificar o preenchimento dos pressupostos objetivos de processamento do feito, intime-se a parte Impetrante para indicar o indício de irregularidade que justificou o pedido de revisão, pelo Tribunal de Contas da União, da pensão da qual é titular (fonte de renda), juntando documentos comprobatórios, eis que há menção na petição inicial de cumulação de pensão administrada pelo Tribunal Superior do Trabalho com outro benefício, administrado pelo Ministério da Fazenda. A Impetrante deve juntar documentos que esclareçam qual o instituidor do segundo benefício mencionado, bem como se está ou não ativo.

Fixo, para tanto, nos termos do art. 321, CPC, o prazo de 15 (quinze) dias.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

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RECLAMAÇÃO 12.968 (1366)ORIGEM : INP - 20100020195142 - MINISTÉRIO PÚBLICO

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECLTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOSRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTICA DO DISTRITO FEDERAL E

DOS TERRITÓRIOS

DESPACHO : Considerado o tempo decorrido desde o ajuizamento da Reclamação,

intime-se a parte reclamante para que se manifeste sobre a subsistência do interesse nesta ação.

Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

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RECLAMAÇÃO 15.989 (1367)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 267

ORIGEM : PROC - 507593 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : FERNANDO GOMES DA SILVEIRAADV.(A/S) : MARCO ANTÔNIO ARANTES DE PAIVA (72035/SP)RECLDO.(A/S) : JUÍZA DE DIREITO DA 5ª VARA DAS EXECUÇÕES

CRIMINAIS DE SÃO PAULO

Trata-se de reclamação, com pedido de liminar, proposta por Fernando Gomes da Silveira contra o Juízo da 5ª Vara das Execuções Criminais de São Paulo, à alegação de afronta ao quanto decidido no HC 113.735.

Diante do transcurso do tempo desde a propositura da presente reclamação, requisitem-se novas informações ao órgão reclamado para que preste os esclarecimentos necessários ao andamento do feito, em especial, sobre o exame do pedido de progressão do regime de cumprimento da pena do Reclamante.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa Weber Relatora

RECLAMAÇÃO 16.635 (1368)ORIGEM : 10000110861382000 - MINISTÉRIO PÚBLICO DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAISRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS

GERAISADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ARNALDO PERUGINIADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO. ALEGAÇÃO DE AFRONTA À SÚMULA VINCULANTE 10. INEXISTÊNCIA. ATO JUDICIAL RECLAMADO PROFERIDO COM BASE EM PRECEDENTE DO ÓRGÃO ESPECIAL DA CORTE ESTADUAL. ORIENTAÇÃO QUE SE COADUNA COM A JURISPRUDÊNCIA DESTA SUPREMA CORTE. EXCEÇÃO À CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO. SEGUIMENTO NEGADO.

Vistos etc.1. Trata-se de reclamação, com pedido de liminar, manejada pelo

Ministério Público do Estado de Minas Gerais, com fundamento no artigo 102, I, “l”, da Constituição da República, contra decisão proferida pela Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, nos autos Processo nº 1.0000.11.086138-2/000, à alegação de violação da Súmula Vinculante 10.

Segundo a inicial, o órgão fracionário da Corte reclamada deixou de receber denúncia apresentada contra Prefeito Municipal com fundamento no artigo 69, inciso XXVII da Lei Orgânica do Município Pouso Alegre, ao entendimento de que inconstitucional o referido dispositivo, que prevê o prazo de 20 (vinte) dias para prestação de informações solicitadas pela Câmara Legislativa ao Prefeito.

Sustenta afrontada a súmula vinculante 10, à alegação de que não submetida a arguição de inconstitucionalidade ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça Mineiro.

2. Informações prestadas pela autoridade reclamada.3. A Subprocuradora-Geral da República Cláudia Sampaio Marques

opina pelo não conhecimento da reclamação, em razão da ilegitimidade da ativa do Ministério Público Estadual para propor reclamação perante esta Suprema Corte, e, no mérito, pela procedência da reclamação, nos termos de parecer assim ementado:

RECLAMAÇÃO. PREFEITO. INOBSERVÂNCIA DE OBRIGAÇÃO CONTIDA NA LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE POUSO ALEGRE/MG. DENÚNCIA REJEITADA PELO TJ/MG. ALEGADA AFRONTA À SÚMULA VINCULANTE Nº 10 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PELO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS. ILEGITIMIDADE ATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL PARA PROPOR RECLAMAÇÃO. MÉRITO. PROCEDÊNCIA DAS ALEGAÇÕES. ACÓRDÃO PROFERIDO POR ÓRGÃO FRACIONÁRIO QUE AFASTOU A APLICAÇÃO DO ART. 69, INCISO XXVII, DA LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE POUSO ALEGRE/MG. INOBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO DA RESERVA DE PLENÁRIO. PARECER PELO NÃO CONHECIMENTO DA RECLAMAÇÃO E, SE CONHECIDA, PELA SUA PROCEDÊNCIA.

É o relatório. Decido.1. A pretensão deduzida na presente reclamação tem por pressuposto

contrariedade ao disposto na Súmula Vinculante 10, cujo teor é o seguinte: “Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97), a decisão de órgão fracionário de Tribunal que, embora não declare expressamente inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta a sua incidência, no todo ou em parte”.

2. Esta Corte firmou entendimento segundo o qual não há violação do artigo 97 da Constituição Federal quando o órgão fracionário, seguindo o artigo 481, parágrafo único, do CPC/73, reproduzido no art. 949, paragrafo único, do CPC/2015, deixa de submeter a arguição de inconstitucionalidade ao plenário ou ao órgão especial em razão da existência de pronunciamento anterior destes ou do Supremo Tribunal Federal sobre a questão.

3. Colaciono, à adequada compreensão da controvérsia, a ementa do acórdão reclamado:

EMENTA: PCCO – LEI ORGÂNICA MUNICIPAL – FIXAÇÃO DE PRAZO PELO LEGISLATIVO PARA O EXECUTICO RESPONDER OFÍCIOS E REQUIRIMENTOS – INEXISTÊNCIA DE OBRIGAÇÃO – SUBMISSÃO DO EXECUTIVO AO LEGISLATIVO – QUEBRA DA HARMONIA E INDEPENDÊNCIA QUE DEVE REINAR ENTRE OS PODERES DA REPÚBLICA FEDERATIVA – IMPOSSIBILIDADE DE CONTROLE EXTERNO PELO LEGISLATIVO MUNICIPAL SEM O AUXÍLIO DO TRIBUNAO DE CONTAS DO ESTADO. 1. Não pode a lei orgânica do município estabelecer prazo determinado para o executivo responder a ofícios e a requerimentos da Câmara de Vereadores, que deve ocorrer por cortesia e delicadeza, sob pena de se estabelecer a submissão do executivo municipal ao legislativo. 2. Essa submissão configura quebra da harmonia e independência que deve reinar entre os poderes da República Federativa. 3. O controle externo pela Câmara de Vereadores ao executivo municipal ocorrerá com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado e não de forma direta como previsto na leu orgânica do município. 4. Pedido julgado improcedente.

Consta do voto do relator: “A denúncia, muito bem elaborada por S. Exª, o Representante do

Ministério Público, diz que seria fato típico a ensejar o oferecimento da denuncia, o seguinte: ‘O Sr. Prefeito Municipal de Pouso Alegre negou execução à lei municipal e deixou de fornecer certidões de atos e contratos dentro do prazo de lei, incorrendo, em seu proceder, em crime de responsabilidade’.

E a denúncia diz mais: ‘para que seja capitulado o passível delito de crime de responsabilidade’. Cita aqui, o art. 36 da Lei Orgânica do Município de Pouso Alegre. O art. 69 dessa Lei Orgânica estabelece:

Art. 69 – compete ao Prefeito:XXVII – prestar à Câmara Municipal informações solicitadas, no prazo

de 20 (vinte) dias, contados do recebimento da solicitação.Em primeiro lugar, cerifico que este dispositivo da Lei Orgânica do

Município de Pouso Alegre não estabelece nenhuma sansão ao prefeito que não cumprir a solicitação ou solicitações da Câmara Municipal de Vereadores, no prazo de 20 dias, até mesmo porque não poderia estabelecer uma sansão, porque é da competência da União estabelecer uma sansão pelo descumprimento desses requerimentos.

Mas, se não fosse por isso, o art. 31 da Constituição da República estabelece:

(…)Pois bem. Esses requerimentos formulados, que menciona a

denúncia, nada mais seriam ou representam do que um controle externo que a Câmara de Vereadores pretendia exercer sobre a administração municipal da época naquela localidade de Pouso Alegre.

Não se louvou a Câmara de Vereadores ao auxílio do Tribunal de Contas, que é aquele que, para este exercício do controle externo, tem que ser acionado para emitir possível parecer prévio a respeito deste controle externo.

Tanto é verdade que a Câmara de Vereadores não examina conta de prefeitos sem que antes o Tribunal de Contas do Estado tenha examinado as contas prestadas pelos senhores prefeitos municipais, e só depois da emissão desse parecer é que a câmara de Vereadores aprova ou reprova as contas.

(...)Então, entendo que não ha figura típica aqui para receber essa

denúncia, mas acrescento que o Órgão Especial deste Tribunal, o qual integro, já desde 2006, tem julgado várias representações de inconstitucionalidade, de dispositivo de lei municipal orgânica dos municípios, desse jaez a saber:

Na oportunidade, trago à baila, as seguintes jurisprudências desta Corte Superior:

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONAUDADE - LEI ORGÂNICA MUNICIPAL - CONTROLE EXTERNO -CÂMARA MUNICIPAL -AUXÍLIO DO TRIBUNAL DE CONTAS - AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO AOS PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – PRAZO PARA OPREFEITO PRESTAR INFORMAÇÕES INCONSTITUCIONALIDADE - VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO E HARMONIA ENTRE OS PODERES - DEFINÇÃO DE INFRAÇÕES POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS AO PREFEITO – PELO LEGISLADOR MUNICIPAL - IMPOSSIBILIDADE - INVASÃO DE COMPETÊNCIA. É inconstitucional dispositivo de Lei Orgânica que estabelece prazo ao Chefe do Poder Executivo Municipal para prestar informações, por violar princípio da separação de poderes. A lei federal que define e enumera as infrações político-administrativas dos Prefeitos é o DL 201/67, recepcionado pela CF/88, não sendo admissível que Lei Orgânica Municipal disponha sobre a matéria, eis que de competência privativa da União. Representação Acolhida Parcialmente”. ADIN 06.432407-2/000 - Rel. De Gudesteu Biber – publ 18/5/2007.

Ainda:AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONAUDADE - DISPOSITIVO DE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 268

LEI ORGÂNCIA DO MUNICÍPIO QUE DESRESPEITA OS PRINCÍPIOS DE CONVIVÊNCIA HARMÔNICA EINDEPENDENTE ENTRE OS PODERES DO MUNICÍPIO. OFENSA AOS ARTIGOS 6°, 173 E 180 DA CONSTITUIÇÀO DO ESTADO DE MINAS GERAIS. FIXAÇÃO DE PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE BALANCETES EM PERIODICIDADE DIVERSA DA PREVISTA NA NORMA CONSTITUCIONAL. INCONSTITUCIONALIDADE DECLARADA. ADIN 07 454162-4/000 RELATOR DES. REINALDO XIMENES CARNEIRO - PUBl . 11/04/2008

No mesmo sentido são os julgados desta Corte: ADIN.08.472305.4/000 - REL DES. ALVIMAR DE ÁVILA; ADIN 06.444365-8/000 -REL DES. HYPARCO IMMESI; ADIN 10.0094291/000 - REL. DES. EDIVALDO GEORGE DOS SANTOS.

4. Observo que o órgão fracionário do TJ/MG, além de mencionar a existência de precedentes do Órgão Especial daquela Corte, decidiu em consonância com a orientação firmada por este Supremo Tribunal Federal acerca do tema, no sentido da inconstitucionalidade da imposição, por Lei municipal ou estadual, de prazo para a prestação de informações pelo Chefe do Executivo ao Legislativo. Confira-se:

“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Representação de inconstitucionalidade na origem. Art. 107, inciso XVII, da Lei Orgânica do Município do Rio de Janeiro. 3. Exigência de prestação de informações diretamente pelo Chefe do Poder Executivo ao Legislativo. Não observância dos limites impostos pela Carta Magna ao modelo federal. Violação ao princípio da separação de poderes. Inconstitucionalidade. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. “ (RE 562349 AgR/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe 23.10.2013)

“CONSTITUCIONAL. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. IMPUGNAÇÃO DA EXPRESSÃO "PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA", CONTIDA NOS §§ 1º E 2º DO ART. 57 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. Os dispositivos impugnados contemplam a possibilidade de a Assembleia Legislativa capixaba convocar o Presidente do Tribunal de Justiça para prestar, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade a ausência injustificada desse Chefe de Poder. Ao fazê-lo, porém, o art. 57 da Constituição capixaba não seguiu o paradigma da Constituição Federal, extrapolando as fronteiras do esquema de freios e contrapesos -- cuja aplicabilidade é sempre estrita ou materialmente inelástica -- e maculando o Princípio da Separação de Poderes. Ação julgada parcialmente procedente para declarar a inconstitucionalidade da expressão ‘Presidente do Tribunal de Justiça’, inserta no § 2º e no caput do art. 57 da Constituição do Estado do Espírito Santo” (ADI 2.911, Rel. Min. Carlos Britto, Tribunal Pleno, DJ 2.2.2007).

EMENTA: INCONSTITUCIONALIDADE. Ação direta. Art. 41, caput e § 2º, da Constituição do Estado de Santa Catarina, com a redação das ECs nº 28/2002 e nº 53/2010. Competência legislativa. Caracterização de hipóteses de crime de responsabilidade. Ausência injustificada de secretário de Estado a convocação da Assembléia Legislativa. Não atendimento, pelo governador, secretário de Estado ou titular de fundação, empresa pública ou sociedade de economias mista, a pedido de informações da Assembléia. Cominação de tipificação criminosa. Inadmissibilidade. Violação a competência legislativa exclusiva da União. Inobservância, ademais, dos limites do modelo constitucional federal. Confusão entre agentes políticos e titulares de entidades da administração pública indireta. Ofensa aos arts. 2º, 22, I, 25, 50, caput e § 2º, da CF. Ação julgada procedente, com pronúncia de inconstitucionalidade do art. 83, XI, “b”, da Constituição estadual, por arrastamento. Precedentes. É inconstitucional a norma de Constituição do Estado que, como pena cominada, caracterize como crimes de responsabilidade a ausência injustificada de secretário de Estado a convocação da Assembléia Legislativa, bem como o não atendimento, pelo governador, secretário de estado ou titular de entidade da administração pública indireta, a pedido de informações da mesma Assembléia. (ADI 3279/SC, Rel. Min. Cezar Peluso (Presidente), Tribunal Pleno, DJe 15.02.2012)

EMENTA: (…) II. Separação e independência dos Poderes: pesos e contrapesos: imperatividade, no ponto, do modelo federal. 1. Sem embargo de diversidade de modelos concretos, o princípio da divisão dos poderes, no Estado de Direito, tem sido sempre concebido como instrumento da recíproca limitação deles em favor das liberdades clássicas: daí constituir em traço marcante de todas as suas formulações positivas os "pesos e contrapesos" adotados. 2. A fiscalização legislativa da ação administrativa do Poder Executivo é um dos contrapesos da Constituição Federal à separação e independência dos Poderes: cuida-se, porém, de interferência que só a Constituição da República pode legitimar. 3. Do relevo primacial dos "pesos e contrapesos" no paradigma de divisão dos poderes, segue-se que à norma infraconstitucional - aí incluída, em relação à Federal, a constituição dos Estados-membros -, não é dado criar novas interferências de um Poder na órbita de outro que não derive explícita ou implicitamente de regra ou princípio da Lei Fundamental da República. 4. O poder de fiscalização legislativa da ação administrativa do Poder Executivo é outorgado aos órgãos coletivos de cada câmara do Congresso Nacional, no plano federal, e da Assembléia Legislativa, no dos Estados; nunca, aos seus membros individualmente, salvo, é claro, quando atuem em representação (ou presentação) de sua Casa ou comissão. III. Interpretação conforme a Constituição: técnica de controle de constitucionalidade que encontra o limite

de sua utilização no raio das possibilidades hermenêuticas de extrair do texto uma significação normativa harmônica com a Constituição. (ADI 3046/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Tribunal Pleno, DJ 28.5.2004)

5. Destaco, ainda, as seguintes decisões monocráticas proferidas no âmbito desta Suprema Corte: ARE 853.062, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 5.3.15; ARE 821.559/MG, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 21.10.15; ARE 878.003/MG, de minha relatoria, DJe 17.0.15; ARE 862497/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 27.4.2017; ARE 1035484/MG,Rel. Min. Marco Aurélio, DJe 24.4.2018.

6. Nesse contexto, havendo pronunciamento do órgão especial da Corte de Origem, bem como do Supremo Tribunal Federal sobre a matéria, mostra-se de todo dispensável a submissão da arguição de inconstitucionalidade ao plenário ou ao órgão especial do Tribunal de origem, uma vez que a matéria constitucional já foi definida pelo órgão competente. Nesse sentido, colho os seguintes precedentes judiciais, os quais adoto como razões de decidir integrantes desta decisão:

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO – ALEGAÇÃO DE OFENSA À SÚMULA VINCULANTE 10/STF – DECISÃO FUNDADA EM JURSIPRUDÊNCIA DESTA CORTE - NÃO CABIMENTO DA RECLAMAÇÃO – PRECEDENTES - AGRAVO NÃO PROVIDO. 1. A jurisprudência deste Supremo Tribunal é pacífica no sentido de que é desnecessária a submissão de demanda judicial à regra da reserva de plenário na hipótese em que a decisão judicial estiver fundada em jurisprudência do Plenário do Supremo Tribunal Federal ou em Súmula deste Tribunal, nos termos dos arts. 97 da Constituição Federal, e 949 do CPC/2015. 2. Agravo regimental, interposto em 21.06.2016, a que se nega provimento. (Rcl 24284 AgR/SP, Rel. Min. Edson Fachin; 1ª Turma, DJe 11.5.2017)

EMENTA DIREITO TRIBUTÁRIO. ICMS. REGIME ESPECIAL DE FISCALIZAÇÃO. CONSONÂNCIA DA DECISÃO RECORRIDA COM A JURISPRUDÊNCIA CRISTALIZADA NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ARTIGO 97 DA LEI MAIOR. RESERVA DE PLENÁRIO. VIOLAÇÃO INOCORRENTE. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 08.12.2014. O entendimento adotado pela Corte de origem, nos moldes do que assinalado na decisão agravada, não diverge da jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal. Havendo pronunciamento da Suprema Corte na matéria inexigível à submissão da arguição de inconstitucionalidade ao plenário ou ao órgão especial do Tribunal a quo. Portanto, não verificada ofensa ao art. 97 da Carta Magna. As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República. Agravo regimental conhecido e não provido. (RE 797290 AgR, Relator(a) Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 28/04/2015, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-089 DIVULG 13-05-2015 PUBLIC 14-05-2015)

CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA. IPTU. PROGRESSIVIDADE FISCAL. VEDAÇÃO EM PERÍODO ANTERIOR À EC 29/2000. PROCESSUAL CIVIL. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE INCIDENTAL. PROCEDIMENTO. AGRAVO REGIMENTAL. NEGATIVA DE PROVIMENTO. 1. "É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da Emenda Constitucional 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana" (Súmula 668/STF). Reiterada aplicação às leis do Município do Rio de Janeiro. 2. Não há reserva de Plenário (art. 97 da Constituição) à aplicação de jurisprudência firmada pelo Pleno ou por ambas as Turmas desta Corte. Ademais, não é necessária identidade absoluta para aplicação dos precedentes dos quais resultem a declaração de inconstitucionalidade ou de constitucionalidade. Requer-se, sim, que as matérias examinadas sejam equivalentes. Assim, cabe à parte que se entende prejudicada discutir a simetria entre as questões fáticas e jurídicas que lhe são peculiares e a orientação firmada por esta Corte. 3. De forma semelhante, não se aplica a reserva de Plenário à constante rejeição, por ambas as Turmas desta Corte, de pedido para aplicação de efeitos meramente prospectivos à decisão. De qualquer forma, a questão não tem relevância constitucional (RE 592.321-RG, rel. Min. Cezar Peluso, DJe de 09.10.2009). 4. Sob pena de caracterização como simples falácia ad terrorem, compete ao ente federado demonstrar com precisão numérica a inviabilização da atividade estatal, pretensamente causada pelo dever de reparação de danos reconhecido pelo Judiciário. 5. Constitui inadmissível apelo à catástrofe a afirmação de que o custo da reparação reconhecida pelo Judiciário será distribuído a toda a sociedade, com o aumento da carga tributária. Antes de tudo, questão política legislativa, que deve ser partilhada com os cidadãos pelos meios legalmente previstos. Insuficiência para afastar, tão somente por si, direito individual ao ressarcimento de dano tributário. Agravo regimental ao qual se nega provimento (AI 607616 AgR/RJ, Rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, Dje 01.10.2010). ( destaquei )

EMENTA Agravo regimental na reclamação. Súmula Vinculante nº 10. Existência de pronunciamento plenário do STF acerca da matéria de fundo. Aplicação mitigada do art. 97 da CF/88. Artigo 481, parágrafo único, do CPC. Violação não configurada. Agravo regimental não provido. 1. Não viola o art. 97 da CF/88 a decisão proferida por órgão fracionário do Poder Judiciário mediante a qual se nega eficácia a ato normativo por fundamento constitucional - assentada em entendimento do Plenário do STF acerca da matéria de fundo, ainda que sobre

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 269

dispositivo diverso . 2. Exige-se aderência estrita do objeto do ato reclamado ao conteúdo do paradigma para o cabimento da reclamação constitucional. 3. Agravo regimental não provido (Rcl 9299 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 12.02.2015). ( destaquei )

Ementa: RECLAMAÇÃO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO À SÚMULA VINCULANTE 10. 1. O Ministério Público estadual detém legitimidade ativa autônoma para propor reclamação constitucional perante o Supremo Tribunal Federal (Rcl 7.358, Rel.ª Min.ª Ellen Gracie). 2. A jurisprudência desta Corte admite exceção à cláusula de reserva de plenário, quando o órgão fracionário declara a inconstitucionalidade de uma norma, com base na própria jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. 3. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, a que se nega provimento (Rcl 11055 ED, Rel. Min. Roberto Barroso, 1º Turma, DJe 19.11.2014). ( destaquei ).

7. Consequentemente, não se cogita, na espécie, de contrariedade à Súmula Vinculante nº 10, a autorizar o cabimento da reclamação, nos moldes do art. 103-A, § 3º, da Constituição da República.

8. Ante o exposto, nego seguimento à presente reclamação, nos termos dos art. 21, § 1º, do RISTF, restando prejudicado o exame do pedido liminar.

Brasília, 25 de maio de 2018. Ministra Rosa Weber

Relatora

RECLAMAÇÃO 17.775 (1369)ORIGEM : 119759 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : SERGIO EDUARDO OLIVETTI BASSOADV.(A/S) : JOÃO BATISTA DE LIMA RESENDE (1368890/)RECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA VARA DAS EXECUÇÕES

CRIMINAIS DA COMARCA DE ITAPETININGAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AO QUANTO DECIDIDO NO HC 119.759. PERDA SUPERVENIENTE DE OBJETO.

Vistos etc. 1. Trata-se de reclamação, com pedido de liminar, proposta Sérgio

Eduardo Olivetti Basso contra decisão proferida pelo Juízo da Vara das Execuções Criminais da Comarca de Itapetininga-SP, à alegação de afronta ao quanto decidido no HC 119.759.

Consta da petição inicial que, nos autos do HC 119.759, foi concedida medida liminar para “suspender os efeitos do mandado de prisão expedido, nos autos da Apelação 0006218-93.2002.8.26.0642 do TJSP, contra Sérgio Eduardo Olivetti Basso até o trânsito em julgado da condenação ou até a imposição de prisão com fundamentação de caráter cautelar”.

Relata que a 1ª Turma deste Supremo Tribunal Federal, confirmando a referida liminar, concedeu a ordem para que pudesse aguardar em liberdade o trânsito em julgado da decisão condenatória.

Sustenta que o Juízo da Vara de Execuções Criminais da Comarca de Itapetininga, em descumprimento ao acórdão da 1ª Turma deste Supremo Tribunal Federal, fez publicar o seguinte ato decisório:

“584.048 SÉRGIO EDUARDO OLIVETTI BASSO r. decisão de fls. 19 do incidente de SITUAÇÃO PROCESSUAL: Tendo em vista que foi negado seguimento ao agravo que visava o processamento do recurso especial (fls. 17/18), o que torna a decisão de 1° grau irrecorrível, determino a expedição de mandado de prisão em relação à 3ª execução. Dessa forma, restabeleço a decisão de fls. 34 do apenso de LC (revogação do livramento condicional por nova condenação). Elabore-se novo cálculo de pena. Mantenho a decisão de fls. 44/45 do apenso de sindicância pelos próprios fundamentos. r. decisão de fls. 50 do incidente de SINDICÂNCIA: ?Fls. 47/49: dê-se ciência ao Defensor, da r. decisão proferida a fls. 44/45. Retifique-se o cálculo de penas, com urgência, ante os documentos juntados a fls. 02/03, do apenso Situação Processual, e conforme já determinado a fls. 145, foi apenso Roteiro de Penas. Regularizados os autos, tornem conclusos no apenso Roteiro de Penas, para apreciação do pedido de restabelecimento do Livramento Condicional.? - Adv. ROSILENE MOURA LEITE OAB/SP 283.257 – Adv. JOÃO BATISTA DE LIMA RESENDE - OAB/SP 136.890.

Argumenta que o Juízo reclamado não poderia determinar sua prisão, porquanto não transitada em julgada a sentença condenatória proferida no Processo nº 0006218-93.2002.8.26.0642. Afirma estar pendente de julgamento agravo em recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça.

É o relatório. Decido. 1. Nos autos do HC 119.759, por meio da Petição STF 18.712/2014, o

reclamante noticiou o suposto descumprimento da decisão nele proferida pelo Juízo da Vara de Execuções Criminais, em razão do mesmo ato que se impugna na presente reclamação. Consignei, ao exame da referida petição, que “em contato telefônico com o Juízo da 2ª Vara das Execuções Criminais da Comarca de Campinas/SP, meu Gabinete foi informado de que, em 26.5.2014, foi expedido alvará de soltura em favor do paciente.”

2. Desta forma, tendo em vista que não mais subsiste o ato judicial reclamado apontado na inicial, fica evidente a perda superveniente de objeto

da presente reclamação.3. Verifico, ademais, em consulta ao andamento processual do feito

de origem no sítio eletrônico do STJ na rede mundial de computadores, o superveniente trânsito em julgado da sentença condenatória proferida no Processo nº 0006218-93.2002.8.26.0642, ocorrido em 27.4.2015.

4. Ante o exposto, julgo extinta a presente reclamação, nos termos do art. 485, VI, do CPC/2015.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018

Ministra Rosa WeberRelatora

RECLAMAÇÃO 22.873 (1370)ORIGEM : PROC - 00004216019938190024 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRASADV.(A/S) : NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES (3600/AC,

9395A/AL, 598/AM, A598/AM, 1551-A/AP, 24290/BA, 16599-A/CE, 25136/DF, 15111/ES, 27024/GO, 9348-A/MA, 107878/MG, 13043-A/MS, 11065/A/MT, 15201-A/PA, 128341-A/PB, 922-A/PE, 8202/PI, 30916/PR, 136118/RJ, 725-A/RN, 4875/RO, 372-A/RR, 80025A/RS, 23729/SC, 484A/SE, 128341/SP, 4.923-A/TO) E OUTRO(A/S)

RECLDO.(A/S) : TERCEIRA VICE PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MARIA ODETE VOIGT E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

Tendo em vista a ausência de indicação, no andamento processual do feito no sítio eletrônico do TJRJ, da data da publicação do acórdão proferido em 23.11.2015, nos embargos de declaração opostos contra acórdão do Órgão Especial daquela Corte que confirmou a prejudicialidade do recurso extraordinário da reclamante, requisitem-se novas informações à autoridade reclamada, em especial, acerca da data do trânsito em julgado do ato reclamado.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa Weber Relatora

RECLAMAÇÃO 23.082 (1371)ORIGEM : PROC - 70064071541 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULRECLDO.(A/S) : 2º VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

RIO GRANDE DO SULADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JOVANI ANTÔNIO DAL MASADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO. CABIMENTO DO AGRAVO DO ART. 544 DO CPC/73. APLICAÇÃO DA SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL NA ORIGEM. USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA NÃO CONFIGURADA. SEGUIMENTO NEGADO.

Vistos etc. 1. Trata-se de reclamação proposta pelo Ministério Público do Estado

do Rio Grande do Sul, contra decisão proferida pelo 2º Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, no Processo nº 70064071541 , à alegação de usurpação da competência desta Suprema Corte.

O Reclamante alega que, manejado recurso extraordinário fundamentado na afronta aos art. 5º, II, XXXIV e XL, e 93, IX, da Constituição Federal, o 2º Vice-Presidente da Corte reclamada: i) julgou-o prejudicado, no que tange à arguição de contrariedade ao artigo 93, IX, da Constituição Federal; ii) indeferiu-o liminarmente, em relação ao artigo 5º, LIV e LV, da Constituição Federal; iii) negou-lhe seguimento quanto ao artigo 5º, II, XXXIX, e XL, da Constituição da República, com fundamento na vedação ao reexame de prova e na ofensa reflexa.

Consoante anota, foi manejado agravo regimental para atacar os precitados itens i e ii, bem como interposto agravo nos autos para impugnar o item iii. Na sequência, a Vice-Presidência desproveu o agravo regimental e determinou o prosseguimento do agravo nos autos.

Alega-se usurpada a competência desta Suprema Corte, ao argumento de que “uma vez mantida a decisão que aplicou a sistemática da repercussão geral no julgamento do agravo regimental, o Supremo Tribunal

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 270

Federal fica impedido de exercer o duplo grau de jurisdição quanto à parcela remanescente da decisão, porquanto o conteúdo material daquele pronunciamento prejudica a análise do objeto do agravo nos autos, devidamente interposto e recebido, cuja tramitação foi determinada (fl. 338v.) (...)”

Afirma-se que a pretensão ora deduzida tem por objetivo “estabelecer o equívoco da decisão monocrática de admissibilidade e do agravo regimental”.

Defende-se que o tema 660 da Repercussão Geral, invocado pela Corte reclamada para indeferir liminarmente o recurso extraordinário, “não pode ser tomado como vedação absoluta à discussão acerca dos limites e extensão do princípio do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal”. Quanto ao Tema 339 - em que Pretório Excelso reafirmou sua jurisprudência no sentido de que as decisões podem ser sucintamente motivadas, prescindindo de exame pormenorizado das alegações das partes ou da correção dos argumentos-, afirma-se que a deficiência de fundamentação identificada no acórdão refoge aos limites da hipótese paradigmática.

Requer-se a procedência da presente reclamação para que seja excluída “da decisão de admissibilidade a aplicação da sistemática da repercussão geral, determinando-se que a Vice-Presidência profira nova decisão sobre a admissibilidade do recurso extraordinário”.

2. Informações prestadas pela Corte de origem.3. A Subprocuradora-Geral da República Ela Wieck V. de Castilho

opina pela improcedência da reclamação, nos termos de parecer assim ementado:

RECLAMAÇÃO. DENÚNCIA. CRIME DE EMBRIAGUEZ AO VOLANTE. ABSOLVIÇÃO EM APELAÇÃO. INADMISSÃO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. APLICAÇÃO DA SISTEMÁTICA DE REPERCUSSÃO GERAL. ALEGADA USURPAÇÃO DA COMPETÊNCIA DO STF E INAPLICABILIDADE DO TEMA N. 660. - Se a contrariedade aos princípios do contraditório e da ampla defesa depende de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais, cabe ao Tribunal de origem aplicar a sistemática de repercussão geral.

- Decisão que observa as teses fixadas nos Temas de repercussão geral n. 339 e 660.

Pela improcedência.É o relatório.Decido.1. A reclamação prevista no artigo 102, I, e no artigo 130-A, §3º,

ambos da Constituição Federal, é cabível nos casos de usurpação da competência do Supremo Tribunal Federal, de desobediência à súmula vinculante ou de descumprimento de autoridade de decisão proferida por esta Corte com efeito vinculante.

2. Da análise do ato judicial questionado, verifico que o 2º Vice-presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul julgou prejudicado o recurso extraordinário do reclamante, no tocante à alegada violação do art. 93, IX, da Constituição Federal, ao entendimento de que a decisão recorrida guarda conformidade com a tese de repercussão geral proferida no AI 791292, bem como indeferiu liminarmente o apelo extremo, relativamente à suposta afronta ao art. 5º, II, XXXIX, e XL, ao fundamento de que esta Suprema Corte se manifestou pela ausência de repercussão geral do tema no ARE 748371 RG (Tema 660). Relativamente à apontada afronta ao art. 5º, II, XXXIX, e XL, negou seguimento ao recurso extraordinário, à consideração de que reflexa eventual ofensa ao preceitos invocados e de que inviável o reexame de prova.

3. Manejado o agravo do art. 544 do CPC/73, verifico que a autoridade reclamada o converteu em regimental e negou-lhe provimento, apenas aos quanto ao temas em que aplicada a sistemática da repercussão geral. Determinou o prosseguimento referido recurso, na forma como interposto, para análise das demais questões nele abordadas.

4. Com relação à modalidade recursal cabível em face do juízo de admissibilidade de recurso extraordinário com fundamento em precedente de repercussão geral, cabem alguns esclarecimentos.

5. No julgamento da Questão de Ordem no AI 760.358, bem como nas Reclamações 7.569 e 7.547, este Pretório Excelso firmou a orientação de que inadmissível o agravo de instrumento previsto no art. 544 do CPC/73 contra decisão que, considerada a negativa de repercussão geral firmada no âmbito desta Suprema Corte, indefere o processamento do apelo extremo. Contra decisão desse teor reputa-se cabível apenas agravo regimental no âmbito do próprio Tribunal a quo. Confira-se:

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental. 1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral. 2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação. 3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema

Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida. 4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem” (AI 760358 QO/SE, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe 19.2.2010)

“RECLAMAÇÃO. SUPOSTA APLICAÇÃO INDEVIDA PELA PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE ORIGEM DO INSTITUTO DA REPERCUSSÃO GERAL. DECISÃO PROFERIDA PELO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NO JULGAMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 576.336-RG/RO. ALEGAÇÃO DE USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E DE AFRONTA À SÚMULA STF 727. INOCORRÊNCIA. 1. Se não houve juízo de admissibilidade do recurso extraordinário, não é cabível a interposição do agravo de instrumento previsto no art. 544 do Código de Processo Civil, razão pela qual não há que falar em afronta à Súmula STF 727. 2. O Plenário desta Corte decidiu, no julgamento da Ação Cautelar 2.177-MC-QO/PE, que a jurisdição do Supremo Tribunal Federal somente se inicia com a manutenção, pelo Tribunal de origem, de decisão contrária ao entendimento firmado no julgamento da repercussão geral, nos termos do § 4º do art. 543-B do Código de Processo Civil. 3. Fora dessa específica hipótese não há previsão legal de cabimento de recurso ou de outro remédio processual para o Supremo Tribunal Federal. 4. Inteligência dos arts. 543-B do Código de Processo Civil e 328-A do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. 5. Possibilidade de a parte que considerar equivocada a aplicação da repercussão geral interpor agravo interno perante o Tribunal de origem. 6. Oportunidade de correção, no próprio âmbito do Tribunal de origem, seja em juízo de retratação, seja por decisão colegiada, do eventual equívoco. 7. Não-conhecimento da presente reclamação e cassação da liminar anteriormente deferida. 8. Determinação de envio dos autos ao Tribunal de origem para seu processamento como agravo interno. 9. Autorização concedida à Secretaria desta Suprema Corte para proceder à baixa imediata desta Reclamação” (Rcl 7569/SP, Rel. Min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, DJe 11.12.2009).

6. Nessas circunstâncias, o ato decisório reclamado está em conformidade com a orientação jurídica definida por esta Corte Suprema, no sentido de não ser cabível a interposição do agravo previsto no art. 544 do CPC/2015, quando o Tribunal a quo aplica o instituto da repercussão geral, não havendo falar, portanto, em usurpação de competência desta Suprema Corte.

7. Verifico ademais, não demonstrada pelo reclamante a má aplicação dos precedentes de repercussão geral invocados pela Corte de origem, quanto à subsunção do caso individual. Nesse sentido, tendo em vista que a jurisprudência desta Suprema Corte chancela o uso da técnica da motivação per relationem, adoto, como razões de decidir, os fundamentos constantes do parecer da eminente Subprocuradora-Geral da República Ela Wieck V. de Castilho:

No Tema n. 660, o Supremo Tribunal Federal analisou a alegação de cerceamento do direito de defesa, decorrente da ausência de intimação para que a parte se manifestasse acerca da apuração de cálculo referente à purgação de mora. Assinalou que:

[…] a repercussão geral, como sistemática de racionalização do julgamento de recursos extraordinários por meio da seleção de processos paradigmas de controvérsias, possibilita à Corte fixar diretriz sobre os temas controvertidos, para que o entendimento seja replicado nos processos repetitivos, pelos tribunais de origem. Portanto, é preciso que o Supremo Tribunal Federal transponha a dificuldade de julgamentos monocráticos individualizados de processos repetitivos, cuja consequência é sempre a não admissibilidade, para racionalizar o julgamento dessas demandas natimortas.

Verifico, ainda, que o mesmo raciocínio acima apresentado se aplica às questões em que se invocam violações aos princípios do contraditório, e do devido processo legal, bem como aos limites da coisa julgada. A jurisprudência desta Corte é uníssona no sentido de que a suposta afronta a tais postulados, se dependente de prévia violação de normas infraconstitucionais, configura ofensa meramente reflexa ao texto constitucional.

8. Nessa orientação, verificado pelo Tribunal de origem que a contrariedade aos princípios do contraditório e da ampla defesa depende de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais, cabe-lhe aplicar a sistemática de repercussão geral, sem que isso implique usurpação de competência da Suprema Corte.

É a hipótese dos autos, porquanto demanda análise do Código de Processo Penal e da Lei n. 9.503/07. Transcrevo da reclamação as razões de violação aventadas no recurso extraordinário, as quais cuidam de atipicidade da conduta e de produção de provas, matérias infraconstitucionais:

1) contrariedade ao artigo 5º, LIV e LV, em relação à desconsideração da prova produzida na ausência do Ministério Público; 2) contrariedade ao artigo 5º, incisos XXXIX e XL, da Constituição Federal, no que tange à tese de atipicidade da conduta por abolitio criminis; 3) contrariedade ao artigo 5º, inciso II e LIV, diante da invalidade da prova da materialidade, pela suposta irregularidade do etilômetro; e 4) contrariedade ao artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal, pelo desacolhimento dos aclaratórios (grifos no original).

10 Aponto o mesmo entendimento pela correção da decisão quanto à alegação de negativa de prestação jurisdicional pelo desacolhimento dos embargos de declaração. A decisão orientou-se pelo firmado no Tema n. 339 (O art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 271

fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas).

8. Ante o exposto, com fundamento no art. 21, § 1º, do RISTF, nego seguimento à presente reclamação.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECLAMAÇÃO 24.662 (1372)ORIGEM : PROC - 945020125040014 - TRIBUNAL REGIONAL DO

TRABALHO DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : FUNDAÇÃO DE ATENDIMENTO SÓCIO-EDUCATIVO

DO RIO GRANDE DO SUL - FASEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : FELIPE BORGES BUBOLSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA DE CRÉDITO TRABALHISTA. AFASTAMENTO DO ART. 39 DA LEI Nº 8.177/91. ADIs 4.357 e 4.425/DF. AUSÊNCIA DE ESTRITA ADERÊNCIA. USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA NÃO CONFIGURADA. NEGO SEGUIMENTO.

Vistos etc.1. Trata-se de reclamação constitucional, com pedido de liminar,

ajuizada por Fundação de Atendimento Sócio-educativo do Rio Grande do Sul - Fase, contra a decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, nos autos da reclamação trabalhista nº 94 – 50.2012.5.04.0014, em que acolhidos os cálculos de liquidação com a observância do FACDT até 25.3.2015 e, após, do IPCA-E como índice de correção dos débitos trabalhistas.

Alega a reclamante que o Juízo reclamado, ao afastar a aplicação do § 12 do art. 100 da Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009, acabou por ofender a questão de ordem e a decisão ad cautelam dessa Suprema Corte, exaradas nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade 4.425-DF e nº 4.357-DF.

Sustenta, ainda, usurpada a competência desta Suprema Corte, ao argumento de que esta não se manifestou, em sede de controle concentrado de constitucionalidade sobre a atualização de créditos ainda não inscritos em precatório.

Requer, em sede de medida liminar, a suspensão da execução nos autos da reclamação trabalhista nº 0000517-74.2013.5.04.0531, e, no mérito, a procedência da reclamação sendo determinada a utilização dos critérios do artigo 39 da lei 8.177/91, TR, aos créditos pretendidos (…), sendo determinada a retificação dos cálculos já realizados, com a abertura e/ou reabertura dos prazos para oposição dos embargos, em especial para exercício do pedido de parcelamento do valor devido (…).

2. Informações prestadas pela autoridade reclamada.3. Deixo de promover a citação da parte beneficiária do ato judicial

reclamado, em decorrência da manifesta inviabilidade da reclamação. Igualmente, dispenso a intimação do Procurador-Geral da República, em razão do caráter repetitivo do litígio.

É o relatório.Decido.1. O reclamante sustenta, em síntese, que, ao afastar a TR como

fator de atualização monetária dos débitos trabalhistas, a autoridade reclamada teria aplicado de forma equivocada o entendimento proferido pelo Supremo Tribunal Federal nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade 4.425 e 4.357, bem como usurpado a competência desta Suprema Corte.

2. Ao julgamento das ADI’s 4.357 e 4.425, esta Suprema Corte declarou a inconstitucionalidade da expressão índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança, constante do parágrafo 12 do artigo 100 da Constituição Federal, inserido pela EC nº 62/2009, bem como a inconstitucionalidade, por arrastamento, do art. 1º-F da Lei nº 9.494, com a redação dada pelo art. 5º da Lei nº 11.960, de 29 de junho de 2009, no que diz com a atualização monetária de créditos inscritos em precatórios.

3. Por sua vez, o Juízo reclamado determinou a aplicação do IPCA-E como índice de atualização monetária dos débitos trabalhistas. Distintas, dessa forma, as matérias em discussão nos presente autos e nos paradigmas invocados pelo reclamante prolatados em sede de controle concentrado de constitucionalidade, verifico não autorizado o cabimento presente reclamação, tendo em vista a ausência de identidade material entre os atos confrontados. Nessa linha de argumentação jurídica, colho os seguintes precedente judiciais, os quais adoto como razões de decidir integrantes da justificativa da presente decisão, por motivos de coerência decisória, igualdade normativa e economia de esforço argumentativo:

“CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO. EXECUÇÃO DE SENTENÇA TRABALHISTA. ACÓRDÃO QUE DETERMINA A CORREÇÃO MONETÁRIA DE DÉBITOS TRABALHISTAS. ALEGADA CONTRARIEDADE ÀS ADI 4.357,

ADI 4.425 E RECLAMAÇÕES 22.012 E 23.035. INOCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DE ESTRITA ADERÊNCIA ENTRE O DECIDIDO NO ATO RECLAMADO E AS AÇÕES CONCENTRADAS. RECLAMAÇOES DESTITUÍDAS DE CARÁTER VINCULANTE. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.” (Rcl 26128 AgR/RS, Rel. Min. Alexandre De Moraes, 1ª Turma, DJe 13.10.2017)

“Ementa: AGRAVO INTERNO NA RECLAMAÇÃO. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AO DECIDIDO PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NO JULGAMENTO DA RCL 22.012. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTE CUJA RELAÇÃO SUBJETIVA A RECLAMANTE NÃO INTEGROU. AGRAVO MANIFESTAMENTE IMPROCEDENTE. MULTA PREVISTA PELO ARTIGO 1.021, § 4º, DO CPC/2015. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO. 1. A reclamação revela-se incabível quando invocado, como paradigma, julgamento do Supremo Tribunal Federal proferido em processo de índole subjetiva cuja relação processual o reclamante não integrou. Precedentes: Rcl 20.956-AgR, rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 16/9/2015; Rcl 3.138/CE, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Plenário, DJe 23/10/2009. 2. A interposição de agravo manifestamente improcedente autoriza a imposição de multa, com fundamento no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015. 3. Agravo interno desprovido.” (Rcl 24910 AgR/RS, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 20.4.2017)

4. Não há falar, ademais, em usurpação da competência desta suprema Corte, em razão de eventual declaração de inconstitucionalidade do art. 37 da Lei nº 8.177/91 pelo juízo reclamado, uma vez que o controle difuso de inconstitucionalidade pode ser exercido por qualquer juiz ou tribunal, quando se trate de questão prejudicial indispensável à solução de um litígio principal e tem eficácia apenas entre as partes integrantes do processo. Nesse sentido, colho trecho da decisão proferida pelo eminente Ministro Roberto Barroso, nos autos da Rcl 27.249, ao negar seguimento a reclamação em hipótese semelhante à presente:

“15. O fato de o Supremo Tribunal Federal não ter apreciado em abstrato a constitucionalidade do caput do art. 39 da Lei nº 8.177/1991 não obsta que sobre ele incida o controle difuso de constitucionalidade. Como se sabe, o sistema brasileiro admite o controle incidental de constitucionalidade, nos casos em que a definição da compatibilidade de determinada norma jurídica com a Constituição figurar como causa de pedir ou questão prejudicial à decisão sobre o pedido deduzido. Desde que se respeite o quórum previsto no art. 97 da Constituição, os juízes brasileiros têm competência para a declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo na resolução de um caso concreto. Desse modo, a declaração de inconstitucionalidade da expressão “equivalentes à TRD”, contida no caput do art. 39 da Lei nº 8.177/1991, pelo Tribunal Superior do Trabalho, não representa usurpação da competência deste Supremo Tribunal Federal.”

5. Cumpre ressaltar, ademais, que a Segunda Turma desta Corte, em 05.12.2017, por maioria, julgou improcedente a Rcl 22.012, invocada pelo reclamante na inicial, à consideração de que ausente a aderência estrita entre os atos confrontados, revogando a liminar concedida, consoante acórdão assim ementado:

“Ementa: RECLAMAÇÃO. APLICAÇÃO DE ÍNDICE DE CORREÇÃO DE DÉBITOS TRABALHISTAS. TR. AUSÊNCIA DE IDENTIDADE MATERIAL ENTRE OS FUNDAMENTOS DO ATO RECLAMADO E O QUE FOI EFETIVAMENTE DECIDIDO NAS ADIS 4.357/DF E 4.425/DF. NÃO CABIMENTO DA RECLAMAÇÃO. ATUAÇÃO DO TST DENTRO DO LIMITE CONSTITUCIONAL QUE LHE É ATRIBUÍDO. RECLAMAÇÃO IMPROCEDENTE. I – A decisão reclamada afastou a aplicação da TR como índice de correção monetária nos débitos trabalhistas, determinando a utilização do IPCA em seu lugar, questão que não foi objeto de deliberação desta Suprema Corte no julgamento das Ações Diretas de Inconstitucionalidade 4.357/DF e 4.425/DF, não possuindo, portanto, a aderência estrita com os arestos tidos por desrespeitados. II - Apesar da ausência de identidade material entre os fundamentos do ato reclamado e o que foi efetivamente decidido na ação direta de inconstitucionalidade apontada como paradigma, o decisum ora impugnado está em consonância com a ratio decidendi da orientação jurisprudencial desta Suprema Corte. III – Reclamação improcedente. (Rcl 22012/RS, Relator(a): Min. Dias Toffoli, Relator(a) p/ Acórdão: Min. Ricardo Lewandowski, DJe 27.02.2018)

6. Ante o exposto, forte no 21, § 1º, do RISTF, nego seguimento à presente reclamação, restando prejudicado o exame do pedido liminar.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa Weber Relatora

RECLAMAÇÃO 25.760 (1373)ORIGEM : PROC - 00010290320115040022 - JUIZ DO TRABALHO

DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : SERVIÇO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE

DADOS - SERPROADV.(A/S) : EWERTON MARTINS DOS SANTOS (DF038582/)RECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHAO DA 22ª VARA DO TRABALHO DE

PORTO ALEGREPROC.(A/S)(ES) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 272

INTDO.(A/S) : REGINALDO DA SILVA SABADINADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO. ART. 39 DA LEI Nº 8.177/91. ADIs 4.357 e 4.425/DF. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA DE CRÉDITO TRABALHISTA. AUSÊNCIA DE ESTRITA ADERÊNCIA. USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA NÃO CONFIGURADA. RCL 22.012. DECISÃO PROLATADA EM PROCESSO DE ÍNDOLE SUBJETIVA NO QUAL O RECLAMANTE NÃO FIGUROU COMO PARTE. NÃO CABIMENTO. IMPOSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DA RECLAMAÇÃO COMO SUCEDÂNEO RECURSAL. NEGATIVA DE SEGUIMENTO.

Vistos etc.1. Trata-se de reclamação, com pedido de liminar, proposta por

Serviço Federal de Processamento de Dados - Serpro contra decisão proferida pelo juízo da da 22ª Vara do Trabalho de Porto Alegre, nos autos da Reclamação Trabalhista nº 0001029-03.2011.5.04.0022, que, ao afastar a TR como índice de atualização monetária de débitos trabalhistas, teria afrontado a autoridade das decisões proferidas nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade 4.357/DF e 4.425/DF e na Reclamação 22.012/RS, bem como usurpado a competência desta Suprema Corte.

Segundo relata, a autoridade reclamada determinou, em execução trabalhista não sujeita ao regime de precatórios, a aplicação do índice IPCA-E a partir de 30/06/2009, em atenção a orientação firmada por este E. STF no julgamento das ADI’s 4.357 e 4.425, sem observar que as referidas decisões se limitam ao índice de correção monetária aplicável aos pagamentos por via de precatório.

Afirma que “a decisão do STF é clara ao afirmar que apenas os débitos inscritos em precatórios é que deverão, a partir de 25/03/2015, ser corrigidos com base no IPCA-E, ou antes, pelo INPC. Não há qualquer indicação que permita concluir que o STF teria considerado inconstitucional qualquer índice de correção monetária diferente do INPC ou o IPCA-E para os créditos que não são pagos via precatório.”

Argumenta, ainda, que nos autos da Reclamação 22.012 MC/RS, foi proferida medida liminar para suspender os efeitos da decisão do TST na ArgInc-479-60.2011.5.04.0231, a qual define o IPCA-E como índice a ser utilizado na correção dos débitos trabalhista, e da tabela única editada pelo CSJT em atenção à referida decisão.

2. Determinada ao reclamante a juntada do comprovante de recolhimento de custas, foi apresentado pedido de reconsideração, ao argumento de que “na petição inicial, suscitou-se usurpação de competência pela Autoridade Reclamada, por aplicação equivocada do entendimento exarado pelo STF nas ADI nº 4.357/DF e 4.425/DF.” Aponta que, nos termos da Resolução nº 581/2016, art. 1º, Tabela B, VI, parte final, é dispensado o recolhimento de custas quanto se tratar de reclamação por usurpação de competência.

É o relatório.Decido.1. Registro, de início, que o reclamante não cumpriu integralmente os

requisitos da petição inicial, deixando de comprovar o recolhimento de custas. A presente reclamação traz, como fundamentos, além de usurpação de competência, suposta afronta ao quanto decidido nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade 4.425 e 4.357 e na Reclamação 22.012, sendo devido, portanto, o recolhimento das custas processuais.

Nada obstante, em razão da manifesta improcedência do pedido, reconsidero o despacho anteriormente proferido, ao registro, porém, de que o conhecimento de eventual recurso a ser interposto desta decisão fica condicionado ao saneamento do vício apontado.

2. O reclamante sustenta, em síntese, que, ao afastar a TR como fator de atualização monetária dos débitos trabalhistas, a autoridade reclamada teria aplicado de forma equivocada o entendimento proferido pelo Supremo Tribunal Federal nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade 4.425 e 4.357, usurpado a competência desta Suprema Corte, bem como afrontado a decisão proferida na Reclamação 22.012.

3. Ao julgamento das ADI’s 4.357 e 4.425, esta Suprema Corte declarou a inconstitucionalidade da expressão índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança, constante do parágrafo 12 do artigo 100 da Constituição Federal, inserido pela EC nº 62/2009, bem como a inconstitucionalidade, por arrastamento, do art. 1º-F da Lei nº 9.494, com a redação dada pelo art. 5º da Lei nº 11.960, de 29 de junho de 2009, no que diz com a atualização monetária de créditos inscritos em precatórios.

4. Por sua vez, o Juízo reclamado determinou a aplicação do IPCA-E como índice de atualização monetária dos débitos trabalhistas, considerado o entendimento do TRT da 4ª Região, no sentido de que inconstitucional o art. 39 da Lei nº 8.177/91, que prevê a incidência da TRD – taxa referencial diária.

5. Distintas, dessa forma, as matérias em discussão nos presente autos e nos paradigmas invocados pelo reclamante prolatados em sede de controle concentrado de constitucionalidade, verifico não autorizado o cabimento presente reclamação, tendo em vista a ausência de identidade material entre os atos confrontados. Nessa linha de argumentação jurídica, colho os seguintes precedente judiciais, os quais adoto como razões de decidir integrantes da justificativa da presente decisão, por motivos de coerência decisória, igualdade normativa e economia de esforço argumentativo:

“CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO

REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO. EXECUÇÃO DE SENTENÇA TRABALHISTA. ACÓRDÃO QUE DETERMINA A CORREÇÃO MONETÁRIA DE DÉBITOS TRABALHISTAS. ALEGADA CONTRARIEDADE ÀS ADI 4.357, ADI 4.425 E RECLAMAÇÕES 22.012 E 23.035. INOCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DE ESTRITA ADERÊNCIA ENTRE O DECIDIDO NO ATO RECLAMADO E AS AÇÕES CONCENTRADAS. RECLAMAÇOES DESTITUÍDAS DE CARÁTER VINCULANTE. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.” (Rcl 26128 AgR/RS, Rel. Min. Alexandre De Moraes, 1ª Turma, DJe 13.10.2017)

“Ementa: AGRAVO INTERNO NA RECLAMAÇÃO. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AO DECIDIDO PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NO JULGAMENTO DA RCL 22.012. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTE CUJA RELAÇÃO SUBJETIVA A RECLAMANTE NÃO INTEGROU. AGRAVO MANIFESTAMENTE IMPROCEDENTE. MULTA PREVISTA PELO ARTIGO 1.021, § 4º, DO CPC/2015. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO. 1. A reclamação revela-se incabível quando invocado, como paradigma, julgamento do Supremo Tribunal Federal proferido em processo de índole subjetiva cuja relação processual o reclamante não integrou. Precedentes: Rcl 20.956-AgR, rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 16/9/2015; Rcl 3.138/CE, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Plenário, DJe 23/10/2009. 2. A interposição de agravo manifestamente improcedente autoriza a imposição de multa, com fundamento no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015. 3. Agravo interno desprovido.” (Rcl 24910 AgR/RS, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 20.4.2017)

6. Não há falar, ademais, em usurpação da competência desta suprema Corte, em razão de eventual declaração de inconstitucionalidade do art. 37 da Lei nº 8.177/91 pelo juízo reclamado, uma vez que o controle difuso de inconstitucionalidade pode ser exercido por qualquer juiz ou tribunal, quando se trate de questão prejudicial indispensável à solução de um litígio principal e tem eficácia apenas entre as partes integrantes do processo. Nesse sentido, colho trecho da decisão proferida pelo eminente Ministro Roberto Barroso, nos autos da Rcl 27.249, ao negar seguimento a reclamação em hipótese semelhante à presente:

“15. O fato de o Supremo Tribunal Federal não ter apreciado em abstrato a constitucionalidade do caput do art. 39 da Lei nº 8.177/1991 não obsta que sobre ele incida o controle difuso de constitucionalidade. Como se sabe, o sistema brasileiro admite o controle incidental de constitucionalidade, nos casos em que a definição da compatibilidade de determinada norma jurídica com a Constituição figurar como causa de pedir ou questão prejudicial à decisão sobre o pedido deduzido. Desde que se respeite o quórum previsto no art. 97 da Constituição, os juízes brasileiros têm competência para a declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo na resolução de um caso concreto. Desse modo, a declaração de inconstitucionalidade da expressão “equivalentes à TRD”, contida no caput do art. 39 da Lei nº 8.177/1991, pelo Tribunal Superior do Trabalho, não representa usurpação da competência deste Supremo Tribunal Federal.”

7. Tampouco prospera a alegação de afronta à autoridade da decisão cautelar proferida por esta Suprema Corte nos autos da Rcl 22.012, uma vez que o paradigma indicado pelo reclamante foi prolatado em processo de índole subjetiva, o qual vincula apenas as partes, não podendo ser estendido a terceiros alheios à relação jurídico-processual.

8. Ademais, cumpre ressaltar, a Segunda Turma desta Corte, em 05.12.2017, por maioria, julgou improcedente a referida reclamação, revogando a liminar concedida, consoante acórdão assim ementado:

“Ementa: RECLAMAÇÃO. APLICAÇÃO DE ÍNDICE DE CORREÇÃO DE DÉBITOS TRABALHISTAS. TR. AUSÊNCIA DE IDENTIDADE MATERIAL ENTRE OS FUNDAMENTOS DO ATO RECLAMADO E O QUE FOI EFETIVAMENTE DECIDIDO NAS ADIS 4.357/DF E 4.425/DF. NÃO CABIMENTO DA RECLAMAÇÃO. ATUAÇÃO DO TST DENTRO DO LIMITE CONSTITUCIONAL QUE LHE É ATRIBUÍDO. RECLAMAÇÃO IMPROCEDENTE. I – A decisão reclamada afastou a aplicação da TR como índice de correção monetária nos débitos trabalhistas, determinando a utilização do IPCA em seu lugar, questão que não foi objeto de deliberação desta Suprema Corte no julgamento das Ações Diretas de Inconstitucionalidade 4.357/DF e 4.425/DF, não possuindo, portanto, a aderência estrita com os arestos tidos por desrespeitados. II - Apesar da ausência de identidade material entre os fundamentos do ato reclamado e o que foi efetivamente decidido na ação direta de inconstitucionalidade apontada como paradigma, o decisum ora impugnado está em consonância com a ratio decidendi da orientação jurisprudencial desta Suprema Corte. III – Reclamação improcedente. (Rcl 22012/RS, Relator(a): Min. Dias Toffoli, Relator(a) p/ Acórdão: Min. Ricardo Lewandowski, DJe 27.02.2018)

9. Ante o exposto, forte no 21, § 1º, do RISTF, nego seguimento à presente reclamação, restando prejudicado o exame do pedido liminar.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa Weber Relatora

RECLAMAÇÃO 26.910 (1374)ORIGEM : 00011210920165080017 - TRIBUNAL REGIONAL DO

TRABALHOPROCED. : PARÁRELATORA :MIN. ROSA WEBER

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 273

RECLTE.(S) : MUNICIPIO DE BELEMADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELÉMRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 8ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : DIEGO JEFERSON BATISTA DA COSTAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Vistos etc.1. Trata-se de reclamação constitucional, com pedido de medida

cautelar, fundada no art. 102, I, “l”, da Constituição Federal e no art. 156 do RISTF, ajuizada pelo Município de Belém, contra acórdão proferido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, nos autos do Processo nº 0001121-09.2016.5.08.0017, o qual supostamente teria contrariado a interpretação jurídica definida por este Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADI 3.395-MC/DF.

O Município reclamante argumenta que a acórdão questionado teria ofendido a decisão proferida por esta Corte no julgamento da ADI 3.395-MC, ao concluir pelo desvirtuamento de contratação temporária realizada com base em lei municipal, nos moldes no art. 37, IX, da Constituição Federal.

Consoante anota, “o próprio contrato administrativo celebrado entre o reclamante e a AMAE dispõe em sua cláusula sexta que o regime jurídico do servidor temporário é de natureza administrativa, regendo-se por princípios de direito público, aplicando-se, naquilo que for compatível com a transitoriedade da contratação, os direitos e deveres referidos no Regime Jurídico Único dos Servidores do Município de Belém”.

É o relatório.Decido.1. A reclamação prevista no artigo 102, I, l, da Constituição Federal é

cabível nos casos de usurpação da competência do Supremo Tribunal Federal, de desobediência a súmula vinculante ou de descumprimento de decisão desta Corte com efeito vinculante.

2. Após a redação conferida pela EC 45/2004 ao art. 114, I, da Carta da República, ao julgamento da medida cautelar, na ADI 3.395, o Pleno desta Casa foi chamado a balizar os contornos do alcance da competência da Justiça do Trabalho, em decisão assim ementada:

“EMENTA: INCONSTITUCIONALIDADE. Ação direta. Competência. Justiça do Trabalho. Incompetência reconhecida. Causas entre o Poder Público e seus servidores estatutários. Ações que não se reputam oriundas de relação de trabalho. Conceito estrito desta relação. Feitos da competência da Justiça Comum. Interpretação do art. 114, inc. I, da CF, introduzido pela EC 45/2004. Precedentes. Liminar deferida para excluir outra interpretação. O disposto no art. 114, I, da Constituição da República não abrange as causas instauradas entre o Poder Público e servidor que lhe seja vinculado por relação jurídico-estatutária” (ADI 3.395-MC, Pleno, rel. Min. Cezar Peluso, DJ 10.11.2006).

Extraio do relatório da ADI 3.395 a síntese da problemática examinada naquela oportunidade:

“Em primeiro lugar, sustenta a autora padecer a norma de inconstitucionalidade formal. A proposta de emenda, aprovada em dois turnos pela Câmara dos Deputados (nº 96/1992), conferiu-lhe a seguinte redação:

‘Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de

direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios’.

O Senado Federal aprovou-lhe o texto, também em dois turnos, com o seguinte acréscimo: “exceto os servidores ocupantes de cargos criados por lei, de provimento efetivo ou em comissão, incluídas as autarquias e fundações públicas dos referidos entes da federação” (PEC 29/2000).

À norma promulgada, no entanto, suprimiu-se o trecho acrescentado pelo Senado, resultando a redação final idêntica àquela aprovada na Câmara dos Deputados.

Diante desse quadro, afirma a AJUFE ter sido violado o disposto no art. 60, § 2º, da Constituição Federal, uma vez que o texto promulgado não foi efetivamente aprovado pelas duas Casas legislativas (fls. 16 e ss.).

Em caráter subsidiário, a autora alega a necessidade de se conferir ao art. 114, inc. I, interpretação conforme à Constituição da República, para que se excluam do seu âmbito material de abrangência os conflitos que envolvam ‘servidores ocupantes de cargos criados por lei, de provimento efetivo ou em comissão, incluídas as autarquias e fundações públicas dos entes da federação’ e o Poder Público”.

3. A inconstitucionalidade formal resultou afastada, por maioria, e, também por maioria, concluiu esta Corte pela necessidade de referendar a liminar concedida pelo Min. Nelson Jobin - durante o período de férias-, nos termos do voto do Ministro Relator, Cezar Peluso, verbis:

“A necessidade de se definir a interpretação do art. 114, inc. I, acrescido pela Emenda Constitucional nº 45/2004, conforme à Constituição da República, é consistente.

O Supremo Tribunal Federal já decidiu, no julgamento da ADI nº 492 (Rel. Min. Carlos Velloso, DJ de 12.03.93), ser inconstitucional a inclusão, no âmbito de competência da Justiça do Trabalho, das causas que envolvam o Poder Público e seus servidores estatutários. A razão é porque entendeu alheio ao conceito de “relação de trabalho” o vínculo jurídico de natureza estatutária, vigente entre servidores públicos e a Administração.

(...)

A decisão foi que a Constituição da República não autoriza conferir à expressão relação de trabalho alcance capaz de abranger o liame de natureza estatutária que vincula o Poder Público e seus servidores. Daí ter-se afirmado a incompetência da Justiça do Trabalho para julgar litígios entre ambos.

Ora, ao atribuir à Justiça do Trabalho competência para apreciar ‘as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios’, o art. 114, inc. I, da Constituição não incluiu, em seu âmbito material de validade, as relações de natureza jurídico-administrativa dos servidores públicos.

Logo, é pertinente a interpretação conforme à Constituição, emprestada pela decisão liminar, diante do caráter polissêmico da norma.

E, à sua luz, perde força o argumento de inconstitucionalidade formal. A redação dada pelo Senado Federal à norma e suprimida à promulgação em nada alteraria o âmbito semântico do texto definitivo. Afinal, apenas tornaria expressa, naquela regra de competência, a exceção relativa aos servidores públicos estatutários, que o art. 114, inc. I, já contém implicitamente, ao referir-se só a “ações oriundas da relação de trabalho”, com a qual não se confunde a relação jurídico-administrativa (ADI nº 492, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ de 12.03.93)”.

4. Nesse contexto decisório, tendo a liminar sido referendada nos termos do voto do Relator, há afronta à decisão proferida na ADI 3.395-MC quando reconhecida a competência da Justiça do Trabalho em feitos nos quais caracterizada relação mantida pela Administração Pública e servidores de natureza estatutária, vale dizer, decorrentes da investidura do servidor em cargos criados por lei, efetivos ou em comissão ou, segundo alguns julgados da casa - entendimento do qual não compartilho -, nas hipóteses do art. 37, IX, da Constituição Federal e de complementação de aposentadoria proposta por ex-empregados da antiga Rede Ferroviária Federal (RFFSA) ou suas subsidiárias, o que em absoluto é o caso dos autos.

5. Na espécie, a decisão ora impugnada, proferida no Processo 0001121-09.2016.5.08.0017, possui a seguinte justificação, quanto à rejeição da arguição de preliminar de incompetência absoluta:

“Analiso. O Juízo a quo, de ofício, declarou que não compete à Justiça do Trabalho processar e julgar causas decorrentes das relações entre os servidores e o poder público em que se discute o desvirtuamento da contratação efetuada pelo regime especial de que dispõe o art. 37, IX, da Constituição Federal. Não entendo do mesmo modo. A presente hipótese não trata de vínculo de emprego com a Administração Pública, mas sim de sua responsabilidade subsidiária nos termos da legislação que rege a matéria, até porque a relação de emprego não se manifesta duvidosa no presente caso, eis que Por outro lado, não foi inciada a instrução do processo, com a eventual juntada do contrato de prestação de serviço com a primeira reclamada, devendo, assim, num primeiro momento, conforme narrativa do autor, o Município de Belém ser enquadrado como tomador de serviços dentro do fenômeno da terceirização que, em nosso país, em razão da ordem pública da lei trabalhista, encontra disciplina na Súmula nº 331/TST. Assim, dou provimento ao apelo para declarar a competência da Justiça do Trabalho para apreciar e julgar a presente lide, com fulcro no artigo 114, III, da CF. Determino a baixa dos autos para intimação da parte contrária, instrução do feito e ulteriores de direito.”

6. Diferentemente do que alegou o reclamante, o juízo reclamado não declarou o desvirtuamento de contratação efetuada nos moldes do art. 37, IX, da Constituição Federal pelo Município de Belém. Entendeu que a questão dos autos diz respeito à responsabilidade do Município de Belém na qualidade de tomador de serviços, tendo em vista a alegação do autor da reclamação trabalhista de que foi contratado pelo Serviço Autônomo de Águas e Esgoto de Belém, “empresa com a qual formou-se o liame laboral, nos moldes celetista e que prestou serviços para o Município de Belém”.

7. Desse modo, considerada a posição firmada na ADI 3395-MC, a inexistência de adoção de tese jurídica direta e contrária pelo juízo reclamado torna inviável a inferência no sentido da alegada afronta à autoridade da decisão proferida por esta Suprema Corte em sede de controle concentrado de constitucionalidade.

8. Ante o exposto, forte no art. 21, § 1º, do RISTF, nego seguimento à presente reclamação, restando prejudicado o exame da medida cautelar.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECLAMAÇÃO 26.928 (1375)ORIGEM : 201401006812 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : ESTADO DE SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPERECLDO.(A/S) : PRESIDENTE DA TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS

ESPECIAIS DO ESTADO DE SERGIPEADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : RIVANDA CARVALHO OLIVEIRAADV.(A/S) : JOSE ROLLEMBERG LEITE NETO (23656/DF, 2603/SE)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 274

DECISÃO: Vistos.Cuida-se de reclamação constitucional, com pedido de liminar,

ajuizada pelo ESTADO DE SERGIPE em face de decisão da TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS DO ESTADO DE SERGIPE, que teria afrontado a autoridade do Supremo Tribunal Federal e a eficácia do que decidido no ARE nº 902.825/SE.

O reclamante narra que se trata, na origem, de demanda proposta por RIVANDA CARVALHO OLIVEIRA objetivando a concessão de liminar e a majoração da pontuação a ela atribuída na 2ª fase do concurso público para provimento de vagas para o cargo de Defensor Público Substituto do Estado de Sergipe.

Defende o cabimento da presente reclamatória ante a recusa da autoridade reclamada em dar cumprimento à decisão do STF que deu provimento ao ARE 902.825/SE para admitir o recurso extraordinário interposto contra acórdão que confirmou o entendimento exarado em sentença proferida no Processo n° 0006824-50.2014.8.25.9010, determinando a aplicação da sistemática da repercussão geral ao caso concreto, de acordo com o entendimento firmado no RE nº 632.853/CE.

Dessa perspectiva, argumenta que a decisão pela qual se conferiu nota máxima aos tópicos 2.1, 2.2 e 2.3 da “Prova Escrita P3 (Processo Penal)” apresentada por Rivanda Carvalho Oliveira - assentando a ausência de “justificativas plausíveis para a redução de pontuação imposta a autora” e, por consequência, majorando a pontuação obtida pela candidata na fase do certame referente a provas subjetivas de 28,47 (vinte e oito inteiros e quarenta e sete centésimos) para 37,47 (trinta e sete inteiros e quarenta e sete centésimos) – deve ser revista à luz da norma de interpretação constitucional exarada pela Suprema Corte no paradigma de observância obrigatória, sendo ilegítima a manutenção em cargo público de candidata reprovada em prova escrita segundo os critérios isonômicos de correção de provas adotados pela banca examinadora relativamente aos demais candidatos.

Pleiteia, alfim, que seja julgada procedente a presente reclamação para

“(...) acaso não tenha havido retratação pela Turma Recursal, que seja observada a decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da repercussão geral no RE 632.853/CE-RG, bem como no ARE 902/825/SE, julgando improcedentes os pedidos formulados por RIVANDA CARVALHO OLIVEIRA, nos autos do Processo n° 0006824-50.2014.8.25.9010, com a consequente cassação do provimento liminar anterior concedido e imediato desligamento da requerida do quadro de Defensores Públicos do Estado de Sergipe”.

Requeri prévias informações, ante a notícia de que a autoridade reclamada houvera adotado procedimentos incompatíveis com a sistemática da repercussão geral, a fim de procrastinar a solução do caso concreto à luz do entendimento firmado pelo STF no RE nº 632.853/CE, negando eficácia à determinação exarada no ARE nº 902.825/SE, com prejuízo do interesse jurídico de candidatos regularmente aprovados no certame que figuram como litisconsortes no caso concreto, ante a iminência do exaurimento do prazo de validade do concurso.

Em 24/5/17, por meio do Ofício nº 10/2017-GAB/RB (eDoc. 19), a autoridade reclamada informou que o processo fora incluído na pauta de julgamento do dia 6/6/17, com o fito de cumprir o que determinado pelo art. 1.039 do CPC, conforme decisão deste STF.

Posteriormente, por meio do Ofício nº 18/2017-GAB/RB (eDoc. 20), a autoridade reclamada informou que, levado à julgamento na sessão de 6/6/17, proferiu voto no sentido da necessidade de retratação do acórdão objeto do ARE nº 902.825/SE e transcreveu o teor do voto por si proferido. Comunicou, outrossim, que “o magistrado integrante do Colegiado, Dr. Cristiano José Macedo Costa, em substituição às férias do magistrado titular, Dr. Aldo de Albuquerque Mello, proferiu voto divergente” para negar o juízo de retratação e manter o acórdão recorrido. Por fim, indicou que a magistrada titular, Dra. Soraia Gonçalves de Melo pediu vista dos autos.

Por fim, em 8/6/17, por meio do Ofício nº 19/2017-GAB/RB, a autoridade reclamada, informou que, na sessão de 8/6/17, a magistrada que pedira vista dos autos votou no sentido de acompanhar a divergência, mantendo-se o acórdão vergastado.

Aduziu, outrossim, que:“(...) por dois votos a um, a Turma Recursal do Estado de Sergipe

entendeu que o Acórdão objeto do Recurso Extraordinário nº 908/825/SE deve ser mantido na íntegra e, ato contínuo, os autos serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal, nos moldes do Artigo 1.041, caput, CPC/2015”.

Em sede liminar, posto que verificada a presença da plausibilidade jurídica da tese da presente reclamatória, indeferi a medida cautelar ante sua repercussão sobre verba alimentar recebida por RIVANDA CARVALHO OLIVEIRA, tendo assentado, no entanto, que o prazo de validade do concurso público de referência em julho de 2017 não representaria óbice ao conhecimento da presente ação, por se encontrar sub judie o concurso no ARE nº 902.825/SE.

Em contestação, RIVANDA CARVALHO OLIVEIRA defende “[a] impossibilidade de, em reclamação, discutir” a correção ou não da decisão da TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS DO ESTADO DE SERGIPE, nos autos do Processo n° 0006824-50.2014.8.25.9010, “que aplicou a exceção prevista na tese firmada em repercussão geral [RE 632.853/CE]”.

Nesse tocante, aduz que“o fato de a c. Turma Recursal haver explicitado os elementos que

evidenciavam a ilegalidade para melhor demonstrar a consonância do

acórdão recorrido com o entendimento firmado pelo STF no RE 632.853/CE (Tema 485) não caracteriza apreciação do mérito do recurso extraordinário, mas apenas metodologia expositiva das razões do voto, a qual privilegia o princípio da motivação das decisões judiciais.

A fundamentação do voto vencedor é clara e objetiva ao descrever a ilegalidade da Banca Examinadora e reconhecida pela instituição organizadora do certame (Defensoria Pública do Estado de Sergipe), que ficou calada quanto às respostas oferecidas pela reclamada em sua prova subjetiva, sem apresentar qualquer ato avaliativo das respostas, violando o dever de publicidade e motivação dos atos administrativos.”

A douta Procuradoria-Geral da República manifestou-se pelo não conhecimento da reclamação, sob o fundamento de a reclamação ter sido usada como sucedâneo de recurso, buscando “reverter provimento judicial que garantiu à interessada a participação em todas as fases do certame para provimento do cargo de Defensor Público de Sergipe, modificando sua nota na segunda fase do concurso”.

Em parecer, o Parquet manifesta-se, também, pela perda superveniente de objeto, por ter sido reapreciado o Processo n° 0006824-50.2014.8.25.9010 à luz da tese firmada pelo STF no RE nº 632.835/CE (em cumprimento ao julgado no ARE nº 902.825/SE).

É o relatório. Decido.O entendimento jurisprudencial formado sob a égide do CPC/73 (AI nº

760.358/SE-QO, Relator o Ministro Gilmar Mendes e Reclamações nºs 7.569/SP e 7.547/SP, Relatora a Ministra Ellen Gracie) permanece atual, porquanto corroborado pelas regras positivadas na Lei nº 13.105/2015 (art. 1.030, I e III, e §2º c/c art. 1.021 e art. 988, §5º, II), ocorrendo o esgotamento das instâncias ordinárias em sede de agravo interno contra o juízo a quo de inadmissibilidade de recurso da competência do STF, sob a perspectiva objetiva de adequação entre o teor do provimento concedido pelo órgão de origem e a tese de repercussão geral firmada pela Suprema Corte.

Vide precedentes:“RECLAMAÇÃO – ATO JUDICIAL MONOCRÁTICO DA

PRESIDÊNCIA DO ÓRGÃO JUDICIÁRIO RECLAMADO QUE NEGA SEGUIMENTO AO APELO EXTREMO, AO APLICAR ENTENDIMENTO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL FIRMADO EM SEDE DE REPERCUSSÃO GERAL – ALEGADA USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DESTA CORTE SUPREMA – INOCORRÊNCIA – NECESSIDADE DE PRÉVIO E EFETIVO EXAURIMENTO DAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS – INADEQUAÇÃO, NO CASO, DA UTILIZAÇÃO DA RECLAMAÇÃO, QUE, ADEMAIS, NÃO SE QUALIFICA COMO SUCEDÂNEO DE AÇÃO RESCISÓRIA, DE RECURSOS OU DE AÇÕES JUDICIAIS EM GERAL – INCOGNOSCIBILIDADE DO INSTRUMENTO RECLAMATÓRIO RECONHECIDA PELA DECISÃO AGRAVADA – INTERPOSIÇÃO DE RECURSO DE AGRAVO – PARECER DA PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA PELO NÃO PROVIMENTO DESSA ESPÉCIE RECURSAL – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO” (Rcl nº 24.385/MA-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 18/9/2017).

“DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO EM RECLAMAÇÃO. NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ALEGAÇÃO DE AFRONTA A PRECEDENTE FIRMADO EM SEDE DE REPERCUSSÃO GERAL. ESGOTAMENTO DAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS. AUSÊNCIA DE PEÇA ESSENCIAL. 1. O reclamante alega má aplicação de tese firmada em sede de repercussão geral, sem, no entanto, juntar aos autos cópia da decisão do Tribunal a quo que negara trâmite a recurso extraordinário. Inviável o conhecimento do pedido quando a parte, intimada, deixa de juntar aos autos peça essencial à análise da controvérsia. 2. O novo Código de Processo Civil condiciona o ajuizamento de reclamação fundada em alegação de afronta a tese firmada em repercussão geral ao esgotamento das instâncias ordinárias (art. 988, § 5º, II, do CPC/2015). 3. Agravo interno desprovido, com imposição de multa do art. 1.021, §4º, do CPC/15” (Rcl nº 24.339/RJ-AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, Primeira Turma, DJe de 6/9/2017).

“Agravo regimental em reclamação. 2. Recurso extraordinário julgado prejudicado pelo Tribunal de origem. Ausência de interposição de agravo interno. 3. Reclamação contra decisão que aplica a sistemática da repercussão geral. Ausência de esgotamento das instâncias ordinárias. Não cabimento. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (Rcl nº 26.891/RJ-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 1º/12/2017).

No sentido de não se permitir o acesso ao STF pela via reclamatória antes de esgotados os instrumentos recursais nas instâncias ordinárias e especial da Justiça especializada, a fim de se obter a aplicação, no caso concreto, de entendimento firmado pela sistemática da repercussão geral, vide precedente de relatoria do saudoso Ministro Teori Zavascki:

“PROCESSUAL CIVIL. RECLAMAÇÃO PROPOSTA PARA GARANTIR A OBSERVÂNCIA DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. CPC/2015, ART. 988, § 5º, II. INTERPRETAÇÃO TELEOLÓGICA. 1. Em se tratando de reclamação para o STF, a interpretação do art. 988, § 5º, II, do CPC/2015 deve ser fundamentalmente teleológica, e não estritamente literal. O esgotamento da instância ordinária, em tais casos, significa o percurso de todo o íter recursal cabível antes do acesso à Suprema Corte. Ou seja, se a decisão reclamada ainda comportar reforma por via de recurso a algum tribunal, inclusive a tribunal superior, não se permitirá acesso à Suprema Corte por via de reclamação. 2. Agravo regimental não provido” (Rcl nº 24.686/RJ-ED-AgR, Rel. Min Teori Zavascki, Segunda Turma, DJe de 11/4/2017).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 275

Nos autos em referência, há o esgotamento da via recursal para questionar a inadmissibilidade de recurso extraordinário com fundamento no Tema nº 485 do repositório de repercussão geral do STF, já tendo, inclusive, me manifestado no Processo n° 0006824-50.2014.8.25.9010, no sentido de determinar ao órgão de origem o exercício da jurisdição no sentido de concretizar a norma de interpretação constitucional firmada pela Suprema Corte no RE nº 632.835/CE.

Entendo que, o caso, é hipótese de excepcionalíssima admissibilidade de reclamação constitucional com paradigma na repercussão geral, porquanto presente, também, a teratologia na aplicação do precedente obrigatório do STF ao caso concreto.

As alegações apresentadas em contestação não infirmam as razões consignadas na decisão liminar acerca da teratologia na aplicação da técnica do distinguishing pela autoridade reclamada, desbordando do limite de interferência do Poder Judiciário admitida no precedente, porquanto usada para legitimar avaliação de respostas dadas pela candidata aos tópicos 2.1, 2.2 e 2.3 da “Prova Escrita P3 (Processo Penal)” e as notas a elas atribuídas pela banca examinadora.

Não se nega que, no paradigma de repercussão geral, esta Suprema Corte excetuou a possibilidade de o Poder Judiciário proceder i) ao juízo de compatibilidade do conteúdo de questões do concurso com o conteúdo programático previsto no edital do certame ou ii) ao juízo de teratologia, ou seja, erro grosseiro no gabarito apresentado em face do conteúdo exigido na prova. Nesse sentido, vide precedente:

“DIREITO ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. CONHECIMENTO COBRADO EM PROVA DISCURSIVA. PREVISÃO NO EDITAL. 1. Writ que impugna a prova discursiva do 6º Concurso Público para o provimento do cargo de analista processual do MPU, sob a alegação de que teria sido cobrada a Lei nº 8.625/1993, não prevista no edital. Desconsiderada a referida legislação por ocasião da correção da prova, não há prejuízo ao candidato e, por consequência, direito líquido e certo a dar ensejo a mandado de segurança (MS 30.344 AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes). 2. De todo modo, a jurisprudência do STF é pacífica no sentido de que: (i) “[n]ão compete ao Poder Judiciário, no controle de legalidade, substituir banca examinadora para avaliar respostas dadas pelos candidatos e notas a elas atribuídas”; e (ii) “[e]xcepcionalmente, é permitido ao Judiciário juízo de compatibilidade do conteúdo das questões do concurso com o previsto no edital do certame”. No caso, não vislumbro a alegada violação aos princípios da vinculação ao edital e da legalidade. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (MS nº 29.926/DF-AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, Primeira Turma, DJe de 1º/8/2016).

“MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. ANULAÇÃO DE QUESTÕES DA PROVA OBJETIVA. DEMONSTRAÇÃO DA INEXISTÊNCIA DE PREJUÍZO À ORDEM DE CLASSIFICAÇÃO E AOS DEMAIS CANDIDATOS. PRINCÍPIO DA ISONOMIA OBSERVADO. LIQUIDEZ E CERTEZA DO DIREITO COMPROVADOS. PRETENSÃO DE ANULAÇÃO DAS QUESTÕES EM DECORRÊNCIA DE ERRO GROSSEIRO DE CONTEÚDO NO GABARITO OFICIAL. POSSIBILIDADE. CONCESSÃO PARCIAL DA SEGURANÇA. 1. A anulação, por via judicial, de questões de prova objetiva de concurso público, com vistas à habilitação para participação em fase posterior do certame, pressupõe a demonstração de que o Impetrante estaria habilitado à etapa seguinte caso essa anulação fosse estendida à totalidade dos candidatos, mercê dos princípios constitucionais da isonomia, da impessoalidade e da eficiência. 2. O Poder Judiciário é incompetente para, substituindo-se à banca examinadora de concurso público, reexaminar o conteúdo das questões formuladas e os critérios de correção das provas, consoante pacificado na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Precedentes (v.g., MS 30433 AgR/DF, Rel. Min. GILMAR MENDES; AI 827001 AgR/RJ, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA; MS 27260/DF, Rel. Min. CARLOS BRITTO, Red. para o acórdão Min. CÁRMEN LÚCIA), ressalvadas as hipóteses em que restar configurado, tal como in casu, o erro grosseiro no gabarito apresentado, porquanto caracterizada a ilegalidade do ato praticado pela Administração Pública. 3. Sucede que o Impetrante comprovou que, na hipótese de anulação das questões impugnadas para todos os candidatos, alcançaria classificação, nos termos do edital, habilitando-o a prestar a fase seguinte do concurso, mediante a apresentação de prova documental obtida junto à Comissão Organizadora no exercício do direito de requerer certidões previsto no art. 5º, XXXIV, “b”, da Constituição Federal, prova que foi juntada em razão de certidão fornecida pela instituição realizadora do concurso público. 4. Segurança concedida, em parte, tornando-se definitivos os efeitos das liminares deferidas” (MS nº 30.859/DF, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 24/10/2012, grifei e sublinhei).

“MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. ANULAÇÃO DE QUESTÕES DA PROVA OBJETIVA. COMPATIBILIDADE ENTRE AS QUESTÕES E OS CRITÉRIOS DA RESPECTIVA CORREÇÃO E O CONTEÚDO PROGRAMÁTICO PREVISTO NO EDITAL. INEXISTÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE SUBSTITUIÇÃO DA BANCA EXAMINADORA PELO PODER JUDICIÁRIO. PRECEDENTES DO STF. DENEGAÇÃO DA SEGURANÇA. 1. O Poder Judiciário é incompetente para, substituindo-se à banca examinadora de concurso público, reexaminar o conteúdo das questões formuladas e os critérios de correção das provas, consoante pacificado na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Precedentes (v.g., MS 30433 AgR/DF, Rel. Min. GILMAR MENDES; AI 827001 AgR/RJ, Rel. Min.

JOAQUIM BARBOSA; MS 27260/DF, Rel. Min. CARLOS BRITTO, Red. para o acórdão Min. CÁRMEN LÚCIA). No entanto, admite-se, excepcionalmente, a sindicabilidade em juízo da incompatibilidade entre o conteúdo programático previsto no edital do certame e as questões formuladas ou, ainda, os critérios da respectiva correção adotados pela banca examinadora (v.g., RE 440.335 AgR, Rel. Min. EROS GRAU, j. 17.06.2008; RE 434.708, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, j. 21.06.2005). 2. Havendo previsão de um determinado tema, cumpre ao candidato estudar e procurar conhecer, de forma global, todos os elementos que possam eventualmente ser exigidos nas provas, o que decerto envolverá o conhecimento dos atos normativos e casos julgados paradigmáticos que sejam pertinentes, mas a isto não se resumirá. Portanto, não é necessária a previsão exaustiva, no edital, das normas e dos casos julgados que poderão ser referidos nas questões do certame. 3. In casu, restou demonstrado nos autos que cada uma das questões impugnadas se ajustava ao conteúdo programático previsto no edital do concurso e que os conhecimentos necessários para que se assinalassem as respostas corretas eram acessíveis em ampla bibliografia, afastando-se a possibilidade de anulação em juízo. 4. Segurança denegada, cassando-se a liminar anteriormente concedida” (MS nº 30.860/DF, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 6/11/2012, grifei e sublinhei).

“Agravo regimental em mandado de segurança. 2. Concurso público. 3. Anulação de questões. Prova objetiva. 4. Não compete ao Poder Judiciário, no controle da legalidade, substituir a banca examinadora para censurar o conteúdo das questões formuladas. 5. Precedentes do STF. 6. Agravo regimental a que se nega provimento” (MS nº 30.144/DF-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 1º/8/2011).

“AGRAVO REGIMENTAL. CONCURSO PÚBLICO. ANULAÇÃO DE QUESTÕES OBJETIVAS. IMPOSSIBILIDADE. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que ao Poder Judiciário não é dado substituir banca examinadora de concurso público, seja para rever os critérios de correção das provas, seja para censurar o conteúdo das questões formuladas. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 827.001/RJ-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe de 31/3/2011).

As ressalvas acima, entretanto, não legitimam que o Poder Judiciário, sob a alegada ausência de justificativa na decisão por não mudar o gabarito oficial apresentado, altere a nota atribuída ao candidato, substituindo-se à banca examinadora na avaliação da maior ou menor adequação da resposta do candidato ao conteúdo da matéria cobrada em determinadas questões da prova, como ocorreu no caso ora em debate.

No sentido de ser defeso ao Judiciário o reexame do mérito de critérios de correção e de atribuição de nota, não havendo violação ao princípio da publicidade quando ausente a divulgação de justificativa às questões cujo gabarito não fora alterado, vide precedente:

“Agravo regimental em mandado de segurança. Tribunal de Contas da União. Concurso Público. Legalidade do edital não questionada. Impossibilidade de o Poder Judiciário reexaminar o mérito de critérios de correção e de atribuição de nota. Agravo regimental não provido. 1. O edital restringiu a divulgação de justificativas às questões cujo gabarito fosse alterado/anulado, conferindo, assim, publicidade e transparência à revisão de resultado que atingisse todos os candidatos, independentemente de terem oferecido recurso ou de serem beneficiados ou prejudicados pela modificação (princípio da impessoalidade). 2. É assente nesta Corte que é impossível se discutirem, em sede de mandado de segurança, questões controversas acerca do mérito das questões objetivas propostas em concurso público. O Supremo Tribunal Federal já deixou assentado, em tema de concurso público, não ser lícito, ao Poder Judiciário substituir-se ao administrador para efeito de reexaminar critérios de correção e de elaboração das provas (MS nº 21.176/DF, Rel. Min. Aldir Passarinho, DJ de 20/3/92; MS nº 21.408/BA, Rel. Min. Moreira Alves, DJ de 29/5/92; AO nº 1.395/ES-ED, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 22/10/10). 3. Agravo regimental não provido” (MS nº 31.067/DF-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe de 28/11/2013).

O STF, no exercício de sua competência para conhecer originariamente de ações contra o Conselho Nacional de Justiça, afirmou a impossibilidade do órgão nacional de controle administrativo do Poder Judiciário, “rev[er] os critérios adotados pela Banca Examinadora” (MS nº 28.775/DF, de minha relatoria, Rel. p/ ac. o Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 9/3/2018).

Em precedente do STF sobre o tema, em sede reclamatória, o Ministro Ricardo Lewandowiski julgou procedente a Rcl nº 26.300/RS (DJe de 2/3/2017), tendo sido a decisão confirmada pela Segunda Turma da Suprema Corte (DJe de 18/12/2017).

Assim, a) por se verificar teratologia na aplicação da técnica do

distinguishing pela autoridade reclamada, proferindo decisão que adentra na análise da maior ou menor adequação da resposta dada por Rivanda Carvalho Oliveira aos tópicos 2.1, 2.2 e 2.3 cobrados pela banca examinadora na “Prova Escrita P3 (Processo Penal)”, superando, com esses fundamentos, a reprovação na segunda fase do certame (provimento, portanto, sem o qual não teria a candidata logrado a nomeação no cargo público sub judice);

b) por ser possível conhecer da integralidade dos autos do Processo n° 0006824-50.2014.8.25.9010, tendo em vista o seu processamento no STF em sistema eletrônico (ARE nº 902.825/SE);

c) em observância aos princípios da celeridade processual e da

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eficiência da prestação jurisdicional,entendo que a procedência desta reclamatória dispensa o envio dos

autos originários a esta Suprema Corte. Com essas razões, julgo procedente a reclamação para conferir

trâmite ao Processo nº 0006824-50.2014.8.25.9010 a fim de que o STF conheça do recurso extraordinário interposto nos autos.

Observados os princípios da celeridade processual e da eficiência da prestação jurisdicional, dispenso o envio dos autos originários a esta Suprema Corte e dou provimento ao recurso extraordinário interposto no Processo nº 0006824-50.2014.8.25.9010, assentando que i) “[n]ão compete ao Poder Judiciário substituir a banca examinadora para reexaminar o conteúdo das questões e os critérios de correção utilizados” (Tema nº 485 de repercussão geral) e que ii) “[n]ão é compatível com o regime constitucional de acesso aos cargos públicos a manutenção no cargo, sob fundamento de fato consumado, de candidato não aprovado que nele tomou posse em decorrência de execução provisória de medida liminar ou outro provimento judicial de natureza precária, supervenientemente revogado ou modificado” (Tema nº 476 de repercussão geral).

Determino o envio de cópia desta decisão à TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS DO ESTADO DE SERGIPE, para que seja juntada aos autos do Processo n° 0006824-50.2014.8.25.9010.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 27.069 (1376)ORIGEM : 00004993020125150063 - TRIBUNAL REGIONAL DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : MUNICIPIO DE CARAGUATATUBAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

CARAGUATATUBARECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : GISELIA LEMES DAS NEVESADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Vistos etc. 1. Trata-se de reclamação constitucional, com pedido de liminar,

proposta pelo Município de Caraguatatuba/SP, com fundamento no artigo 102, I, l, da Constituição da República, contra decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, nos autos do Processo 0000499-30.2012.5.15.0063, mediante a qual resultou rejeitada a arguição de incompetência absoluta em razão da matéria no processo.

O reclamante sustenta que “embora tenha restado claro nos autos a relação jurídico-administrativa decorrente da condição de servidora municipal temporária, contratada nos termos do artigo 37, inciso IX, da Constituição Federal c/c as Leis Municipais n. 594/1997 e 1833/2000, o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região anulou a r. sentença proferida pelo Juízo do Trabalho a quo e determinou a competência da justiça especializada em detrimento do decido por esta Corte na ADI 3.395-6/DF.”

Consoante anota, o Juízo reclamado assentou a competência da Justiça do Trabalho, ao entendimento de que a contratação da servidora se deu com base na Lei n. 594/97, que previa o regime celetista. Sustenta, porém, que “desde o julgamento da ADI 2135- MC (Rel. p/ Acórdão Min. Ellen Gracie, Pleno, DJe de 7/3/2008), quando foram suspensos os efeitos da EC 19/98, não se admite a contratação, pela Administração Pública Direta, pelo regime da CLT.”

Requer liminar contra a decisão reclamada para que seja suspensa a eficácia do acórdão proferido no âmbito do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, nos autos do processo 0000228-23.2013.5.07.0026, até julgamento do mérito da presente reclamação.

No mérito, pede seja declarada a incompetência da Justiça do Trabalho para o processamento do feito e determinada a remessa para a Justiça Comum.

2. Informações prestadas pela autoridade reclamada.É o relatório.Decido.1. A reclamação prevista no artigo 102, I, “l”, da Constituição Federal

é cabível nos casos de usurpação da competência do Supremo Tribunal Federal, de desobediência a súmula vinculante ou de descumprimento de decisão desta Corte com efeito vinculante.

2. Após a redação conferida pela EC 45/2004 ao art. 114, I, da Carta da República, ao julgamento da medida cautelar, na ADI 3.395, o Pleno desta Casa foi chamado a balizar os contornos do alcance da competência da Justiça do Trabalho, em decisão assim ementada:

“EMENTA: INCONSTITUCIONALIDADE. Ação direta. Competência. Justiça do Trabalho. Incompetência reconhecida. Causas entre o Poder Público e seus servidores estatutários. Ações que não se reputam oriundas de relação de trabalho. Conceito estrito desta relação. Feitos da competência da Justiça Comum. Interpretação do art. 114, inc. I, da CF, introduzido pela EC

45/2004. Precedentes. Liminar deferida para excluir outra interpretação. O disposto no art. 114, I, da Constituição da República não abrange as causas instauradas entre o Poder Público e servidor que lhe seja vinculado por relação jurídico-estatutária” (ADI 3.395-MC, Pleno, rel. Min. Cezar Peluso, DJ 10.11.2006).

Extraio do relatório da ADI 3.395 a síntese da problemática examinada naquela oportunidade:

“Em primeiro lugar, sustenta a autora padecer a norma de inconstitucionalidade formal. A proposta de emenda, aprovada em dois turnos pela Câmara dos Deputados (nº 96/1992), conferiu-lhe a seguinte redação:

‘Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de

direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios’.

O Senado Federal aprovou-lhe o texto, também em dois turnos, com o seguinte acréscimo: “exceto os servidores ocupantes de cargos criados por lei, de provimento efetivo ou em comissão, incluídas as autarquias e fundações públicas dos referidos entes da federação” (PEC 29/2000).

À norma promulgada, no entanto, suprimiu-se o trecho acrescentado pelo Senado, resultando a redação final idêntica àquela aprovada na Câmara dos Deputados.

Diante desse quadro, afirma a AJUFE ter sido violado o disposto no art. 60, § 2º, da Constituição Federal, uma vez que o texto promulgado não foi efetivamente aprovado pelas duas Casas legislativas (fls. 16 e ss.).

Em caráter subsidiário, a autora alega a necessidade de se conferir ao art. 114, inc. I, interpretação conforme à Constituição da República, para que se excluam do seu âmbito material de abrangência os conflitos que envolvam ‘servidores ocupantes de cargos criados por lei, de provimento efetivo ou em comissão, incluídas as autarquias e fundações públicas dos entes da federação’ e o Poder Público”.

3. A inconstitucionalidade formal resultou afastada, por maioria, e, também por maioria, concluiu esta Corte pela necessidade de referendar a liminar concedida pelo Min. Nelson Jobin - durante o período de férias-, nos termos do voto do Ministro Relator, Cezar Peluso, verbis:

“A necessidade de se definir a interpretação do art. 114, inc. I, acrescido pela Emenda Constitucional nº 45/2004, conforme à Constituição da República, é consistente.

O Supremo Tribunal Federal já decidiu, no julgamento da ADI nº 492 (Rel. Min. Carlos Velloso, DJ de 12.03.93), ser inconstitucional a inclusão, no âmbito de competência da Justiça do Trabalho, das causas que envolvam o Poder Público e seus servidores estatutários. A razão é porque entendeu alheio ao conceito de “relação de trabalho” o vínculo jurídico de natureza estatutária, vigente entre servidores públicos e a Administração.

(...)A decisão foi que a Constituição da República não autoriza conferir à

expressão relação de trabalho alcance capaz de abranger o liame de natureza estatutária que vincula o Poder Público e seus servidores. Daí ter-se afirmado a incompetência da Justiça do Trabalho para julgar litígios entre ambos.

Ora, ao atribuir à Justiça do Trabalho competência para apreciar ‘as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios’, o art. 114, inc. I, da Constituição não incluiu, em seu âmbito material de validade, as relações de natureza jurídico-administrativa dos servidores públicos.

Logo, é pertinente a interpretação conforme à Constituição, emprestada pela decisão liminar, diante do caráter polissêmico da norma.

E, à sua luz, perde força o argumento de inconstitucionalidade formal. A redação dada pelo Senado Federal à norma e suprimida à promulgação em nada alteraria o âmbito semântico do texto definitivo. Afinal, apenas tornaria expressa, naquela regra de competência, a exceção relativa aos servidores públicos estatutários, que o art. 114, inc. I, já contém implicitamente, ao referir-se só a “ações oriundas da relação de trabalho”, com a qual não se confunde a relação jurídico-administrativa (ADI nº 492, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ de 12.03.93)”.

4. Nesse contexto decisório, tendo a liminar sido referendada nos termos do voto do Relator, há afronta à decisão proferida na ADI 3.395-MC quando reconhecida a competência da Justiça do Trabalho em feitos nos quais caracterizada relação mantida pela Administração Pública e servidores de natureza estatutária, vale dizer, decorrentes da investidura do servidor em cargos criados por lei, efetivos ou em comissão ou, segundo alguns julgados da casa - entendimento do qual não compartilho -, nas hipóteses do art. 37, IX, da Constituição Federal e de complementação de aposentadoria proposta por ex-empregados da antiga Rede Ferroviária Federal (RFFSA) ou suas subsidiárias, o que em absoluto é o caso dos autos.

5. Na espécie, a decisão ora impugnada, proferida no processo 0000499-30.2012.5.15.0063, possui a seguinte justificação, quanto à rejeição da arguição de preliminar de incompetência absoluta:

“Trata-se de reclamação trabalhista em que a autora alega ter sido contratada pelo Município de Caraguatatuba para o exercício das funções de auxiliar de desenvolvimento infantil, através de contrato temporário de duração de 6 meses prorrogado por 4 vezes de igual período.

A reclamante pleiteia, em síntese, o reconhecimento de contrato de trabalho sem determinação de prazo, verbas rescisórias, horas extras, estabilidade gestante, integração do vale alimentação,

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indenização por danos morais, além das multas dos arts. 467 e 477 da CLT. Inegável, portanto, que os pedidos formulados tem natureza eminentemente trabalhista.

Além disso, o contrato de trabalho foi firmado sob a égide da Lei n. 594/97, a qual estabelecia o regime celetista e sujeitava a municipalidade a tais regras (fls. 13/14).

Por fim, o período laborado pela reclamante contou com anotação em CTPS, o que também demonstra a opção do Município por tal regime (fls. 12).

Portanto, entendo que a Justiça do Trabalho é competente para apreciar e julgar a matéria relativa à relação de trabalho mantida entre as partes, razão pela qual acolho o apelo da reclamante para determinar o retorno dos autos à Vara de origem para o regular processamento do feito e julgamento da demanda, vez que não é caso de aplicação do art. 515, §3o do CPC, já que o processo não se encontra em condições de imediato julgamento.

Ante as razões expendidas, decido CONHECER do Recurso interposto pela reclamante e DAR-LHE PROVIMENTO para declarar a competência dessa Justiça Especializada para julgar a lide e determinar o retorno dos autos à Vara de origem para o regular processamento do feito e julgamento da demanda, nos termos da fundamentação.”

6. Da análise do ato decisório impugnado e dos documentos juntados no processo, verifico que a decisão reclamada fixou a competência da Justiça do Trabalho para o processamento da demanda, ao fundamento de que o pedido e a causa estão fundamentados na CLT e de que o contrato de trabalho foi firmado sob a égide da Lei n. 594/97, a qual estabelecia o regime celetista.

7. De início, cumpre registrar que a competência, por ser um pressuposto processual, deve ser definida in statu assertionis , não cabendo neste momento a análise do resultado da ação para identificação da competência. Quanto ao tema, na oportunidade do julgamento do agravo regimental em medida cautelar de reclamação constitucional n. 4.351/PE, de relatoria do Min. Marco Aurélio, que ocorreu em Plenário, externei meu voto-vista na seguinte posição:

Eu continuo a entender, com todo o respeito às compreensões contrárias, que a competência se define em status assertionis , na medida em que competência é pressuposto processual. Com todo o respeito, repito, é impossível definir um pressuposto processual a partir do resultado a que só se chegaria através do exame do mérito da ação. Por isso é que a competência, segundo a doutrina que eu esposo, se define em status assertionis, ou seja, a partir das alegações da inicial.

Ora, se após o exame do mérito da ação a Justiça competente a partir das alegações da inicial-, concluir que não se trata, v.g., de relação de trabalho, o juízo será de carência de ação proposta, ou o juízo será de improcedência da ação, dependendo a escola doutrinária a que se filiar o julgador. Mas competente para definir a lide será a Justiça do Trabalho, a partir dessa premissa que colho do voto do eminente relator.

8. Verifico, ademais, que, na presente hipótese, a decisão reclamada é clara no sentido de que o contrato de trabalho é regido pela CLT - porquanto firmado sob a égide de legislação municipal que elegeu o regime celetista (Lei n. 594/97)-, inclusive com anotação da CTPS.

9. Nesse contexto, impõe-se reconhecer a ausência de identidade material com o paradigma proferido na ADI 3.395-MC/DF, da Constituição da República, porquanto, não apreciada, pela Corte reclamada, demanda envolvendo o Município de Caraguatatuba e servidor a ele vinculado por liame jurídico-administrativo.

10. No sentido da competência da Justiça do Trabalho para o processamento de julgamento de reclamações trabalhistas que envolva o Poder Público e servidor regido pela Consolidação das Leis do Trabalho são os precedentes judiciais abaixo colacionados, cujas razões de decidir adoto como parte integrante da fundamentação desta decisão monocrática, por motivos de coerência decisória, igualdade normativa e economia de esforço argumentativo:

EMENTA Agravo regimental na reclamação. ADI nº 3.395/DF-MC. Vínculo de trabalho regido pela CLT. Competência da Justiça do Trabalho. ADI nº 2.135/DF-MC. Lei anterior à edição da EC nº 19/98. Ausência de identidade de temas entre o ato reclamado e os paradigmas da Corte. Agravo regimental não provido. 1. É competente a Justiça do Trabalho para julgar ação que envolve vínculo de natureza celetista. 2. É necessário haver aderência estrita do objeto do ato reclamado ao conteúdo das decisões paradigmas para que seja admitido o manejo da reclamatória constitucional. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento. (Rcl 16.893 AgR, Relator Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe de 9/10/2014)

E M E N T A: RECLAMAÇÃO – ALEGADO DESRESPEITO À AUTORIDADE DO JULGAMENTO PROFERIDO, COM EFICÁCIA VINCULANTE, NO EXAME DA ADI 3.395-MC/DF – ATO RECLAMADO QUE TEM POR OBJETO SITUAÇÃO FUNDADA EM VÍNCULO CELETISTA MANTIDO ENTRE SERVIDORA E O PODER PÚBLICO – COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO – PRECEDENTES – INADEQUAÇÃO, AINDA, DO EMPREGO DA RECLAMAÇÃO COMO SUCEDÂNEO DE AÇÃO RESCISÓRIA, DE RECURSOS OU DE AÇÕES JUDICIAIS EM GERAL – EXTINÇÃO DO PROCESSO DE RECLAMAÇÃO – PRECEDENTES – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. (Rcl 26529 AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, DJe 01.02.2018)

COMPETÊNCIA – JUSTIÇA DO TRABALHO – AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 3.395 – LIMINAR – ALCANCE –RECLAMAÇÃO. O Tribunal, ao examinar a Medida Cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3.395, não excluiu da Justiça Trabalhista a competência para apreciar relação jurídica entre o Poder Público e servidor regida pela Consolidação das Leis do Trabalho. (Rcl 8406 AgR-segundo/PE, Rel. Marco Aurélio, 1ª Turma, DJe 29-05-2014)

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO. ALEGAÇÃO DE OFENSA À ADI 3.395-MC. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. VÍNCULO DE NATUREZA CELETISTA. UTILIZAÇÃO DA RECLAMAÇÃO COMO SUCEDÂNEO DE RECURSO. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. A fixação da competência da Justiça Comum ou da Justiça do Trabalho, em casos envolvendo o Poder Público, demanda a análise da natureza do vínculo jurídico existente entre o trabalhador - termo aqui tomado em sua acepção ampla - e o órgão patronal. 2. In casu, a decisão reclamada assentou a competência da Justiça trabalhista sob o fundamento de que a Lei Complementar Municipal 001/90, a qual regia os servidores públicos de função temporária no Município, determinava que estes seriam celetistas. Afirmou que a Lei foi declarada inconstitucional pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, mas com modulação de efeitos a partir de 07/08/2014. Inaplicável, portanto, o que decidido na ADI 3.395/MC, ante a inexistência de vínculo jurídico-administrativo. 3. A reclamação “não se qualifica como sucedâneo recursal nem configura instrumento viabilizador do reexame do conteúdo do ato reclamado, eis que tal finalidade revela-se estranha à destinação constitucional subjacente à instituição dessa medida processual” (Rcl 4.381-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno, Dje de 05.08.2011). 4. Agravo regimental desprovido. (Rcl 25756 AgR/SP, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 25.4.2017)

11. Nesse contexto, forte no art. 21, § 1º, do RISTF, nego seguimento à presente reclamação.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECLAMAÇÃO 27.167 (1377)ORIGEM : 00013450820135030108 - TRIBUNAL REGIONAL DO

TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECLTE.(S) : ENCEL ENGENHARIA DE CONSTRUCOES ELETRICAS

LTDAADV.(A/S) : BERNARDO MENICUCCI GROSSI (97774/MG) E

OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ANTÔNIO APARECIDO COSTAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : CEMIG DISTRIBUICAO S.AADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DESPACHO:À Secretaria Judiciária, a fim de que oficie à Empresa Brasileira de

Correios e Telégrafos, para que esclareça sobre a ausência de juntada do aviso de recebimento referente à carta de citação nº 4877/2017.

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 27.244 (1378)ORIGEM : 00168496720135160019 - JUIZ DO TRABALHOPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECLTE.(S) : MUNICIPIO DE TIMONADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TIMONRECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE

TIMONADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MARIA DO ROSÁRIO DA SILVA

DESPACHO: A tentativa de citação por correio do beneficiário do ato reclamado

restou infrutífera (doc. 39). Nos termos do art. 247, IV, e art. 249 do CPC/2015, determino a

citação de Maria do Rosário da Silva, conforme endereço constante do doc. 28, por oficial de justiça, via carta de ordem.

Publique-se. Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECLAMAÇÃO 27.431 (1379)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 278

ORIGEM : 00024849020125150109 - TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECLTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MIGUEL PRADOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DESPACHO:Abra-se vista ao reclamante, pelo prazo de 5 (cinco) dias, para se

manifestar sobre a certidão constante do doc. 26 (fl. 37), que informa o possível falecimento do beneficiário do ato reclamado.

Publique-se.Brasília, 26 de abril de 2018

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECLAMAÇÃO 27.898 (1380)ORIGEM : 00002530420178260483 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - SECCAO DE

SAO PAULOADV.(A/S) : CID VIEIRA DE SOUZA FILHO (58271/SP) E OUTRO(A/

S)RECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 1º VARA CRIMINAL DA COMARCA

DE PRESIDENTE VENCESLAUADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ANA CRISTINA ROMAM PASSARELLIADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ANDREA ANTUNES FERRARIADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ANNA FERNANDES MARQUESADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ARIANE FACTUR DOS SANTOSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : CARLUSIA SOUSA BRITOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : GISELE APARECIDA BALDIOTTIADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JESSICA PAIXAO FERREIRAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JULIANA QUEIROZ BARRETO DE AMORIMADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : LUANA DE ALMEIDA DOMINGOSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : LUCIANA MARIA RODRIGUESADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MARCELA ANTUNES FORTUNAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MARIA FERNANDA MARTINHAOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MARIA LUCIA GALINDO BARBEZANEADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : SIMONE DE ARAUJO ALONSOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : SIMONE LAGE GUIMARAESADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : TABITA PEREIRA ROCHAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO. DESCUMPRIMENTO DECISÃO EXARADA NOS AUTOS DA ADI 1.127/DF. PRISÃO PREVENTIVA. ADVOGADO. SALA DE ESTADO MAIOR. PRISÃO DOMICILIAR. VIA INADEQUADA. NEGATIVA DE SEGUIMENTO.

Vistos etc.Trata-se de reclamação constitucional, com pedido de liminar,

fundada nos arts. 103-A, § 3º, da Constituição Federal e 156 a 162 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ajuizada pela Ordem dos Advogados do Brasil - Secção de São Paulo contra ato Juiz de Direito da 1ª Vara Criminal da Comarca de Presidente Venceslau/SP, que supostamente teriam descumprido decisão desta Corte exarada nos autos da ADI 1.127/DF.

Narra a inicial que as Interessadas, regularmente inscritas nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil, foram presas “em decorrência do seu exercício profissional na operação ETHOS, que teve como objetivo investir contra advogados de presos supostamente integrantes de facções criminosas”.

Inobstante a condição de advogadas, as Interessadas estão recolhidas em estabelecimento prisional comum. O ato reclamado estaria

consubstanciado na violação do direito de as envolvidas serem recolhidas em Sala de Estado Maior ou, na sua inexistência, como na hipótese, em prisão domiciliar. A Reclamante argumenta, em síntese, o descumprimento da decisão desta Suprema Corte exarada nos autos da ADI 1.127/DF, em que reconhecida a constitucionalidade do art. 7º, V, da Lei 8.906/94.

Requer, em medida liminar, a imediata remoção das Interessadas para prisão domiciliar dada a ausência de Sala do Estado Maior naquela localidade. No mérito, pugna pela procedência da reclamação.

É o relatório.Decido. A via estreita da reclamação constitucional (arts. 102, I, l, e 103-A, §

3º, da Constituição da República) pressupõe a ocorrência de usurpação de competência originária do Supremo Tribunal Federal, a desobediência a súmula vinculante ou o descumprimento de decisão desta Corte proferida no exercício de controle abstrato de constitucionalidade ou em controle difuso, desde que pertinente, nesta última hipótese, à mesma relação jurídica e às mesmas partes.

Há que verificar, portanto, a presença de uma dessas hipóteses, e com rigor, sob pena de desvirtuamento do instituto.

Observo, de plano, que não foram colacionados aos autos quaisquer documentos indicativos da alegada afronta a autoridade da decisão desta Suprema Corte exarada na ADI 1.127/DF, a impossibilitar, dessa maneira, o confronto entre as alegações do Reclamante e os fundamentos do ato reclamado.

A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é no sentido de que “a ausência de cópia do ato reclamado torna inviável o exame da alegada ofensa à autoridade de decisão desta Corte” (Rcl 14.542-AgR/MG, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 27.8.2014) e que “É dever do reclamante instruir a reclamação com todos os documentos necessários à perfeita compreensão da controvérsia” (Rcl 9.471-AgR/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe 13.8.2010).

Em que pese à assertiva defensiva no sentido de que “As Reclamantes se encontram em evidente constrangimento ilegal em decorrência da manutenção de suas prisões em celas, dotadas de grades e trancas, no convívio com outras presas de alta periculosidade, por decisão proferida pelo MM Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de Presidente Venceslau”, não constato ato judicial que tenha examinado o local e as condições do atual recolhimento da Reclamante.

De todo modo, em relação à questão de fundo esta Suprema Corte já assentou que “não exclui a possibilidade de acomodação do acusado em cárcere separado dos demais presos, quando não se afigurar recomendável a prisão domiciliar e não existir Sala de Estado Maior na localidade” (Rcl 15.755/GO, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 04.6.2013). No mesmo sentido: Rcl 15.815/PB, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 14.6.2013; Rcl 17.143/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe 05.5.2014; e Rcl 17.635/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe 05.5.2014).

Em situação análoga a dos autos, conforme asseverei na Rcl 18.023/SP e na Rcl 16.117/AL, o recolhimento de advogado em Sala de Estado Maior, até o trânsito em julgado da condenação, comporta interpretação. Já se entendeu que o recolhimento em sala, com ou sem grades, na Polícia Militar atendia ao requerido (v.g.: HC 99.439 e Reclamação 5.192), e até mesmo que o recolhimento em cela individual em ala reservada de presídio federal se mostrava hábil a tanto (Reclamação 4.733). Na esteira da Reclamação 6.387, o local deve oferecer instalações e comodidades condignas (Reclamação 4.535 e 6.387), por certo consideradas as limitações decorrente da prisão do agente, como na hipótese.

O tema voltou a ser submetido à apreciação desta Suprema Corte nos autos das Reclamações 5.826/PR e 8.853/GO, tendo sido julgadas definitivamente em 18.3.2015. Naquela oportunidade, o Plenário desta Casa, por maioria, nos termos do voto do Ministro Dias Toffoli, julgou improcedente as Reclamações ajuizadas por advogados, presos preventivamente, que alegavam descumprimento de decisão desta Corte exarada nos autos da ADI 1.127/DF dado o não recolhimento em Sala de Estado Maior.

Extraio do mencionado acórdão, assim ementado:“Reclamação constitucional. Advogado. Recolhimento em sala

de estado-maior, cujo desuso retira a consistência do ato normativo previsto no Estatuto dos Advogados. Contrariedade ao que decidido na ADI nº 1.127/DF. Não ocorrência. Decisão reclamada que não se amparou na inconstitucionalidade do art. 7º, inciso V, da Lei nº 8.096/94. Impropriedade da ação para averiguar se as instalações onde o reclamante se encontra custodiado preencheriam os requisitos aptos a qualificá-la como sala de estado-maior. Precedentes. Improcedência.

1. A reclamação é instrumento destinado a preservar a competência do Supremo Tribunal Federal, garantir a autoridade dos seus julgados e infirmar decisões que desrespeitem súmula vinculante editada pela Corte.

2. A decisão reclamada ao tratar das condições físicas do local onde o reclamante se encontra custodiado e se esse se enquadra no conceito de sala de estado maior não se amparou na inconstitucionalidade do art. 7º, inciso V, do Estatuto dos Advogados, não havendo, portanto, que se falar em descumprimento do que foi decidido no julgamento da ADI nº 1.127/DF.

3. Impropriedade da ação para averiguar situação de fato.4. Reclamação improcedente.” Colho, ainda, excertos do voto condutor do acórdão:“(...).Assim, penso, em conformidade com o que igualmente expôs o

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ilustre Procurador-Geral da República, que tal como se dá em relação aos Magistrados e Membros do Ministério Público, na hipótese de prisão provisória, devem ser assegurados aos advogados instalações condignas com o seu grau, sejam elas em estabelecimento castrense ou não, dotadas de conforto mínimo e instalações sanitárias adequadas, em ambiente que não seja guarnecido com grades e outros dispositivos ostensivos de contenção que, eventualmente, se equiparem a uma cela. Com isso, certamente, estará atendida a ratio da lei e assegurado aos integrantes da advocacia, se provisoriamente presos, dignidade idêntica àquela desfrutada pelas mais altas autoridades da República.

Contudo, não levo adiante outras considerações sobre esse tema e as condições em que o reclamante se encontra confinado, pois, a meu ver, não seria esta a sede adequada para esse tipo de discussão.

Como se sabe, nos termos do que preceituam os arts. 102, inciso I, alínea l, da Constituição da República, 156 do Regimento Interno deste Supremo Tribunal e 13 da Lei nº 8.038/90, a reclamação é instrumento destinado a preservar a competência do Supremo Tribunal Federal, garantir a autoridade dos seus julgados e infirmar decisões que desrespeitem súmula vinculante editada pela Corte.

A hipótese em julgamento é distinta. Penso que a decisão reclamada não está assentada em fundamento constitucional, já que em nenhum momento se amparou na inconstitucionalidade do art. 7º, inciso V, do Estatuto dos Advogados. No caso, como visto, o ato reclamado tratou de discutir as condições físicas do local onde o reclamante estava custodiado e se esse se enquadraria no conceito de sala de estado maior.

Deste modo, entendo que não há falar no descumprimento do que foi decidido no julgamento da ADI nº 1.127/DF, em 17/5/06, Relator para o acórdão o Ministro Ricardo Lewandowski, quando esta Suprema Corte reconheceu, com o efeito erga omnes inerente ao controle concentrado de constitucionalidade das normas, que o art. 7º, inciso V, da Lei nº 8.906/94 (Estatuto da Advocacia) estava em harmonia com o texto constitucional. Na oportunidade, declarou-se a inconstitucionalidade, apenas, da expressão “assim reconhecidas pela OAB” contida nesse mesmo inciso V.

Inadequada, portanto, a via eleita, conforme entendimento desta Suprema Corte. Confira-se:

“PRISÃO ESPECIAL. Advogado. Prisão Provisória. Recolhimento em unidade prisional reservada a prisão especial e civil. Lugar reputado adequado pelo juízo. Contestação do reclamante. Questão de fato insuscetível de análise em reclamação. Irrelevância do parecer da OAB a respeito. Inconstitucionalidade parcial do art. 7º, V, da Lei nº 8.906/94. Reclamação julgada improcedente. Reclamação não é via própria para avaliar, mediante cognição plena, o acerto, ou não, de decisão judicial que reputa unidade prisional reservada como adequada para recolhimento de advogado com direito a prisão especial” (Rcl nº 4.733/MT, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 8/6/07 – grifos nossos);

(…).Ademais, conforme se mencionou na Rcl nº 4.535/ES, Relator o

Ministro Sepúlveda Pertence - tendo presente a orientação firmada na mencionada ADI nº 1.127/DF -, “o que tem eficácia erga omnes e efeito vinculante é a declaração de constitucionalidade proferida”.

O ato impugnado em nenhum momento se amparou na inconstitucionalidade do art. 7º, inciso V, do Estatuto dos Advogados, hipótese em que se poderia cogitar o descumprimento do que foi decidido por esta Corte no julgamento da ADI nº 1.127/DF, descabendo, portanto, a presente reclamação. Nesse mesmo sentido, menciono as seguintes decisões monocráticas: Rcl nº 17.153/SP, de minha relatoria, DJe de 22/8/14; Rcl nº 6.811/SC, Relator o Ministro Menezes Direito, DJe de 5/11/08; na Rcl nº 5.754/RJ, Relator o Ministro Menezes Direito, DJ de 1º/2/08, e na Rcl nº 4.756/PR, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 2/2/07.”

Nesse espectro, o alegado ato reclamado não afronta a autoridade da decisão desta Suprema Corte exarada na ADI 1.127/DF, porquanto, de acordo com exordial apresentada, inexiste decisão lastreada na inconstitucionalidade do art. 7º, V, da Lei 8.906/94. Não há, portanto, estrita aderência entre o ato impugnado e a decisão indicada como desrespeitada, a viabilizar a admissibilidade da presente reclamação.

Ante o exposto, nego seguimento à presente Reclamação (art. 21, §1º, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECLAMAÇÃO 27.996 (1381)ORIGEM : 00030773320158260053 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : ANA CRISTINA DE SANTANA COSTAADV.(A/S) : MARCILIO SILVA MENDES (333802/SP)RECLDO.(A/S) : PRIMEIRA TURMA DE FAZENDA PÚBLICA DO

COLÉGIO RECURSAL CENTRAL DA CAPITAL/SP

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECLAMAÇÃO. PROIBIÇÃO DE USO DE TATUAGEM EM EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO PARA INGRESSO NO CARGO DE SOLDADO DA 2ª CLASSE DA POLÍCIA MILITAR. EXISTÊNCIA DE AFRONTA AO QUANTO DECIDIDO NO RE 898.450. PROCEDÊNCIA.

Vistos etc.1. Trata-se de reclamação constitucional ajuizada por Ana Cristina de

Santana Costa, com fundamento normativo no art. 102, I, “l”, da Constituição Federal, contra acórdão proferido pelo Juízo da 1ª Turma de Fazenda Pública do Colégio Recursal Central da Capital/SP, nos autos do processo nº 0003077-33.2015.8.26.0053, à alegação de recusa de retratação para fins de adequação da decisão recorrida à tese de repercussão geral firmada no RE 898.450, de seguinte teor:

“Editais de concurso público não podem estabelecer restrição a pessoas com tatuagem, salvo situações excepcionais em razão de conteúdo que viole valores constitucionais”.

A reclamante alega que:i) foi desclassificada no exame de saúde do concurso público para

ingresso no cargo de Soldado da 2ª Classe da Polícia Militar do Estado de São Paulo, em virtude de possuir uma tatuagem no braço direito;

ii) ajuizou ação, a qual foi julgada procedente para determinar a sua participação nas demais fases do concurso;

iii) ao julgamento de recurso inominado, a decisão foi reformada, nos termos de decisão assim ementada:

“CONCURSO SOLDADO POLÍCIA MILITAR - CANDIDATO REPROVADO NA FASE DE EXAME MÉDICO EM RAZÃO DE OSTENTAR TATUAGEM APARENTE NO ANTEBRAÇO - SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA - CABÍVEL A SUA REFORMA, EIS QUE ALÉM DE VISÍVEL COM OS UNIFORMES DA CORPORAÇÃO, A TATUAGEM SE CONSTITUI POR INSCRIÇÃO EM ÁRABE, CUJO SIGNIFICADO SEQUER FOI INFORMADO PELA AUTORA - INAPLICÁVEL, NA ESPÉCIE, O PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE – RECURSO PROVIDO.”

iv) manejado recurso extraordinário, foi-lhe negado seguimento. Desafiada a decisão por meio de agravo nos autos, a presidência desta Suprema Corte determinou a devolução dos autos ao Tribunal de origem, em razão da submissão da matéria em debate à sistemática da repercussão geral no Recurso Extraordinário n. 898.450.

v) a Primeira Turma de Fazenda Pública do Colégio Recursal Central da Capital/SP, ao reapreciar o recurso inominado, ratificou a decisão anteriormente proferida.

Sustenta afrontada a autoridade da decisão proferida no RE 898.450, ao argumento de que a tatuagem em questão não incita a violência, o racismo ou qualquer forma de discriminação. Registra que, quando do ajuizamento da ação, já havia sido providenciada a remoção das inscrições.

Consoante anota, “[…] o problema vislumbrado na peça defensiva e no recurso da Administração Militar é pura e simplesmente relacionado ao tamanho da tatuagem, o que insofismavelmente viola o que foi decidido nos autos do RE 898.450/SP. O significado da tatuagem, que é indiferente para Administração Militar, não foi objeto de impugnação na contestação e nem no bojo do recurso inominado.”

2. Informações prestadas pela Corte reclamada.3. Citado, o Estado de São Paulo não apresentou contestação (e-

STF, doc. 18).É o relatório. Decido.1. Ao exame dos autos, verifico que a Primeira Turma de Fazenda

Pública do Colégio Recursal Central da Capital/SP, ao exame de recurso inominado, reformou a sentença para julgar improcedente o pedido da ora reclamante de prosseguir nas demais etapas de concurso público da polícia militar, do qual foi eliminada em razão de ostentar tatuagem no antebraço.

Manejado recurso extraordinário, foi-lhe negado seguimento, mediante a aplicação das Súmulas 282 e 356 do STF. Ao exame do agravo interposto na forma do art. 1.042 do CPC/2015, autuado perante esta Suprema Corte sob o número ARE 1.015.565, foi determinada a devolução dos autos ao Tribunal de origem “para observância dos procedimentos previstos nos arts. 1.036, caput e § 1º, 1.039, caput, e parágrafo único, e 1.040 do Código de Processo Civil”, em razão da submissão da matéria em debate à sistemática da repercussão geral no Recurso Extraordinário n. 898.450.

Ao reexaminar o recurso inominado, a Primeira Turma de Fazenda Pública do Colégio Recursal Central da Capital/SP manteve o acórdão anteriormente prolatado, ao fundamento de que a situação dos autos se enquadraria na ressalva contida na tese firmada ao julgamento do RE 898.450. Reproduzo, nesse sentido, o ato reclamado:

“Mantenho integralmente o voto prolatado anteriormente, porquanto não reputo ser contrário à tese de Repercussão Geral fixada no RE 898.450/SP, de Relatoria do Min. Luiz Fux relativo ao tema.

Com efeito, estabeleceu-se naquela Repercussão Geral a tese minimalista que ora transcrevo: “Editais de concurso público não podem estabelecer restrição a pessoas com tatuagem, salvo situações excepcionais em razão de conteúdo que viole valores constitucionais.”

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Tem-se, pois, que a situação em exame neste feito se enquadra com perfeição à exceção contida na referida RR.

Isto porque, conforme restou exaustivamente exposto no voto lançado, a tatuagem da autora se consubstancia em inscrição ininteligível, aparentemente registrada em árabe.

Incumbia-lhe, pois, traduzi-la e trazer ao conhecimento deste Juízo o seu real significado, tarefa da qual ela não se desincumbiu.

Não comprovou, portanto, como lhe cabia, que os seus dizeres são consentâneos com os valores constitucionais deste país, razão pela qual deve restar mantida a sua eliminação do certame.

Ressalte-se que somente por ocasião das Razões de Recurso Extraordinário é que a autora informou o suposto significado da tatuagem, momento processual que, no entanto, já não admitia tal proceder.” (destaquei).

2. Ao julgamento do RE 898.450, esta Corte examinou, à luz dos arts. 1º, III, 5º, I e II e 37, I e II, da Constituição Federal, se o fato de um cidadão ostentar tatuagens em seu corpo, visíveis ou não, seria circunstância idônea e proporcional a impedi-lo de concorrer a um cargo ou emprego público.

Na ocasião, foi reafirmada a pacífica jurisprudência desta Corte, no sentindo de que a imposição de qualquer restrição por editais de concurso para o acesso a cargo público depende, além de sua específica previsão em lei formal, que eventual limitação seja justificada em razão da natureza e atribuições das funções a serem desempenhadas e de que não represente ofensa ao princípio da isonomia.

Nesse contexto, foi adotado o entendimento de que o uso de tatuagens por candidatos não pode representar empecilho para o acesso aos quadros públicos, exceto se o seu significado ou determinadas características forem atentatórios à moral, aos bons costumes ou ao ordenamento jurídico.

Não seria desarrazoada ou desproporcional, assim, a imposição de restrições, consoante bem assinalado pelo eminente Relator do RE 898.450, Ministro Luiz Fux, relativamente ao uso de “tatuagens que representem, verbi gratia, obscenidades, ideologias terroristas, discriminatórias, que preguem a violência e a criminalidade, discriminação de raça, credo, sexo ou origem, temas inegavelmente contrários às instituições democráticas.

3. Do exame do ato judicial reclamado, verifico não ter sido indicada, na espécie, a existência de qualquer simbologia que implicasse ofensa ao ordenamento jurídico ou à instituição militar. O Juízo reclamado se limitou a afirmar que a tatuagem consiste em “inscrição ininteligível, aparentemente registrada em árabe”. Argumentou que caberia à reclamante traduzi-la e trazer ao conhecimento daquele juízo o seu real significado, aduzindo que este só foi informado nas razões do recurso extraordinário, a destempo, portanto.

Dessa forma, o juízo reclamado não concluiu pela eliminação da reclamante do certame, ao entendimento de que o conteúdo da tatuagem ofende valores constitucionais, mas simplesmente em razão de desconhecido o seu significado.

Consoante emerge das informações prestadas, “foi dado provimento ao recurso inominado, reconhecendo que a tatuagem ostentada pela recorrida seria aparente a partir da utilização do uniforme, nos termos do edital convocatório do concurso, bem como pela fato de que não fora informado no feito a significado da tatuagem em comento.”

Não diviso, dessa forma, a existência de critérios consistentes para o enquadramento da situação dos autos na exceção firmada no RE 898.450, porquanto não explicitados quais valores constitucionais estariam sendo afrontados pelo significado da tatuagem, a justificar a limitação imposta.

4. Assim, com fundamento na jurisprudência deste Tribunal e forte no art. 161, parágrafo único, do RISTF, julgo procedente a presente reclamação para cassar a decisão reclamada e determinar que outra seja proferida, em observância ao quanto decidido por esta Suprema Corte no RE 898.450.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECLAMAÇÃO 28.324 (1382)ORIGEM : 03039798620178240023 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : PRIMER PRODUCAO E LOCACAO LTDAADV.(A/S) : DANILO BITTENCOURT COELHO (28783/SC) E

OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA

DA COMARCA DE SANTA CATARINAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLISADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

FLORIANÓPOLIS

RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL. ALEGAÇÃO DE AFRONTA À SÚMULA VINCULANTE Nº 31. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA – ISS. INCIDÊNCIA SOBRE CONTRATOS MISTOS. DESCABIMENTO. NEGO SEGUIMENTO.

Vistos, etc.1. Trata-se de reclamação constitucional, com pedido de liminar,

ajuizada por Primer Produção e Locação LTDA com fulcro no art. 103-A § 3º, da Constituição Federal, art. 988 e seguintes do CPC/2015 e art. 156 e seguintes do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, em face de sentença proferida pelo Juízo de Direito da 3ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Florianópolis, que supostamente violou a Súmula Vinculante nº 31.

2. Alega o reclamante que o Juízo de Primeiro Grau, ao julgar improcedente o pedido de não incidência de ISS em contrato misto (aluguel de bem móvel e prestação de serviço) firmado com a Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina - ALESC, violou a Súmula Vinculante nº 31.

3. Argumenta com as seguintes teses:“i) a soma da atividade de locação de bens móveis e da atividade de

prestação de serviços, conforme especificações previstas no contrato administrativo, não constitui atividade una tributável pelo ISS, razão pela qual o ISS incidente sobre a locação de bem móvel é indevido; e,

“ii) ainda que previstos no mesmo contrato, os objetos de locação de bens móveis e de prestação de serviços se apresentam distintos e devidamente segmentados, situação em que o STF entendeu, tanto na formação da súmula quanto nas decisões subsequentes, em especial na Rcl 14290 AgR, que a grandeza relativa à locação não deve se sujeitar à tributação pelo ISS”.

4. Afirma constar do contrato celebrado com a ALESC a discriminação de cada item locado e do serviço a ser prestado, com os respectivos valores devidos, demonstrados detalhadamente.

5. Aduz que “o próprio Edital Licitatório, Pregão n. 21/2010, já era claro em distinguir os dois objetos do contrato misto, um referente à locação e um referente à prestação de serviços: ‘O valor mensal estimado para a locação dos equipamentos é R$ 239.428,60 (duzentos e trinta e nove mil quatrocentos e vinte e oito reais e sessenta centavos) e para os serviços R$ 160.000,00 (cento e sessenta mil reais) mês’”.

6. Sustenta violação da Súmula Vinculante nº 31 na medida em que o Juízo de primeiro grau “entendeu que os contratos firmados têm como único propósito a ‘prestação de serviço audiovisual’, servindo a locação como mero meio para tal serviço, assim como ocorreria nos casos de ‘locação com operador’”.

7. Destaca não haver, “na lista da Lei Complementar n. 116/2003, um serviço específico de transmissão televisiva ou de “serviço audiovisual” como tenta alegar o juízo reclamado, de modo que não se aplica à Reclamante a tese de simulação na fragmentação do contrato”.

8. Narra que o entendimento do Supremo Tribunal Federal é de ser possível a segmentação dos objetos do contrato, “contanto que cada qual seja adequadamente remunerado, sem que o contribuinte manipule artificialmente a base de cálculo do imposto”, situação presente na espécie.

Busca, em sede liminar, a suspensão do Processo nº 0303979-86.2017.8.24.0023 e, no mérito, a cassação da decisão reclamada.

É o relatório.Decido. 1. A reclamação prevista nos arts. 102, I, “l”, e 103-A, § 3º, da

Constituição da República é cabível nas hipóteses de usurpação da competência do Supremo Tribunal Federal, de desobediência à súmula vinculante ou de descumprimento de decisão desta Corte com efeito vinculante.

3. Não detecto a alegada ofensa à Súmula Vinculante 31, que teria sido afrontada pelo Juízo de Direito da 3ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Florianópolis, consoante a inicial. Rememoro seu teor:

“É inconstitucional a incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS sobre operações de locação de bens móveis.”

4. É certo que, nos debates travados ao exame da Proposta de Súmula Vinculante nº 35, que resultou na SV nº 31, suscitada dúvida no Plenário desta Corte quanto à situação em que a locação de bens móveis está associada à prestação de serviços, tendo-se concluído pela exclusão do termo “dissociadas da prestação de serviços”, uma vez não analisada a questão relativa aos contratos mistos.

5. Transcrevo o voto do relator, Ministro Joaquim Barbosa, a cujos fundamentos me reporto para elucidar os debates que levaram à redação final da SV 31:

“Segundo entende a parte-agravante, os debates que levaram à aprovação da Súmula Vinculante 31 comprovam que a locação de bem móvel juntamente com a prestação de serviços não deve sofrer a incidência do ISS.

No caso em exame, a agravante reconhece expressamente que o fato gerador consistiu na locação de guindastes com operador (fls. 324) e que:

Logo, é extremamente clara a Súmula Vinculante nº 31 que considera inconstitucional a incidência de ISS sobre locação quando há e quando não há prestação de serviço conjuntamente (fls. 325).

Para justificar esse entendimento, o agravante retira do contexto uma única fala, do Ministro Cezar Peluso, durante os debates que antecederam a aprovação da súmula:

O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO […] Veja bem: estamos afirmando que é inconstitucional quando incide sobre locação de móveis, mas só quando é dissociada da operação de serviço. Quando for associada, cabe imposto? Não. Então, a referência a dissociada é desnecessária, porque, quando associada, também não incide.[sic] (Fls. 324).

Embora a Corte tenha optado por suprimir a expressão quando dissociada da prestação de serviço do texto da súmula, essa supressão foi

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 281

motivada pela presunção de que ela seria redundante, pois serviria apenas para reforçar o óbvio: o tributo incide sobre a prestação de serviços, independentemente dos esforços para escamoteá-lo em contratos de locação.

Nesse sentido são os seguintes trechos dos debates, omitidos das razões de agravo regimental:

O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA - Eu não vejo prejuízo na supressão dessa expressão. A minha preocupação foi em relação àquelas situações em que a prestação de serviço vem escamoteada sob a forma de locação. Por exemplo: locação de maquinário, e vem o seu operador. Nessa hipótese, muito comum.

O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO - Então, esse caso aí é a prestação de serviço típica, não é a locação de móvel como tal.

O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA - Pois é, mas a prestação é escamoteada aí.

O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO - Sim, mas a pergunta é a seguinte: existem, neste caso, locação de móvel e prestação de serviço, ou existem ambas ?

O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA - Tem as duas coisas, mas o que aparece é só a locação de móveis.

O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO - Então a locação de móvel não tem incidência, mas a prestação de serviço tem.

O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA - Mas, como eu disse, não vejo essas questões periféricas que podem surgir aí, podem ser resolvidas em reclamação e em outros procedimentos. Não vejo nenhum problema.

O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO - O meu receio é exatamente que se raciocine nestes termos: quando associadas, elas ficam sujeitas a imposto? Não ficam.

A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - O que o Ministro Peluso aponta é sério. Nós temos que dar uma redação que não gere dúvida, porque, poder resolver por reclamação, é, de início, já acentuarmos que poderá haver dúvida.

O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA - Que haverá reclamação, não tenho a menor dúvida. Reclamação virou a panaceia.

A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - Então, eu acho que, se Vossa Excelência, que propôs, atentando inclusive aos precedentes, entender que realmente a proposta do Ministro Peluso cobre aquilo que discutimos e que foi consolidado como a matéria solucionada pelo Tribunal, melhor que se dê adesão à proposta e se elimine a parte final.

O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (PRESIDENTE E RELATOR) - Portanto: É inconstitucional a incidência do Imposto Sobre Serviço de qualquer natureza sobre operações de locação de bens móveis.

O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO - Presidente, com isso ficamos fiéis ao que assentado pela Corte, já que, quando da formalização do leading case , não houve o exame da matéria quanto à conjugação "locação de bem móvel e serviço".

Deve-se esperar, portanto, reiterados pronunciamentos do Tribunal sobre possível controvérsia, envolvida a junção, para posteriormente editar-se um verbete (grifei).

Aliás, a própria sequência da frase pinçada pelo agravante, mas ausente de sua transcrição, revela o alcance do precedente:

O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO - [...] Veja bem: estamos afirmando que é inconstitucional quando incide

sobre locação de móveis, mas só quando é dissociada da operação de serviço. Quando for associada, cabe imposto? Não. Então, a referência a dissociada é desnecessária, porque, quando associada, também não incide.

Quando há contrato de locação de móveis e, ao mesmo tempo, prestação de serviço, a locação de móveis continua não suportando o imposto; o serviço, sim. Se não tiver nenhuma ligação com prestação de serviço, também continua não suportando; não há incidência. Noutras palavras, o dissociada aí realmente é inútil e pode gerar dúvida. E, quando for associada, está sujeita ao imposto sobre prestação de serviço?

A meu ver, com o devido respeito, não há prejuízo algum ao sentido das inúmeras decisões, se for cortada a expressão final "dissociada da prestação de serviço". É inconstitucional a incidência sobre locação de móveis, só.

Portanto, o que o agravante poderia ter discutido, mas não o fez, é a necessidade de adequação da base de cálculo do ISS para refletir apenas o vulto econômico da prestação de serviços, sem a parcela de retribuição relativa à locação de bem móvel.

Em sentido diverso, com base em uma única fala tirada de contexto, incompleta, o agravante busca estender uma orientação evidentemente inaplicável ao caso.

Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.” (ARE 656709 AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgado em 14/02/2012)

6. Em relações contratuais complexas ou mistas, apenas há falar em descumprimento da Súmula Vinculante nº 31 quando a locação de bem móvel esteja evidentemente dissociada da prestação de serviços, seja em relação ao objeto, seja no tocante ao valor detalhado da contraprestação financeira.

7. Da leitura da sentença proferida pelo Juízo reclamado, constata-se que, ao contrário do afirmado pela reclamante, houve estrita observância da Súmula Vinculante nº 31, verbis:

“Ocorre que, no caso dos autos, os contratos firmados pela parte

autora não têm por objeto a mera locação de bens móveis.A própria autora assume, na inicial, ter como objeto social as

atividades de locação de equipamentos audiovisuais e de suporte e operação desses mesmos equipamentos.

Diz ainda que, no exercício da sua atividade, pactua contratos "mistos", que envolvem tanto a locação dos equipamentos como os serviços relativos à sua operação. Ou seja, o que na realidade a parte autora pactua é a prestação do serviço audiovisual, mediante emprego dos seus próprios equipamentos, embora opte, nas notas fiscais, por decompor o serviço prestado, cobrando uma parcela do seu valor a título de locação de bens móveis e outra pela atividade de operação do maquinário, como se não se tratasse de uma só coisa.

Esse cenário fica bem evidenciado pelas notas fiscais juntadas aos autos, que demonstram com clareza a emissão de uma só nota fiscal, relativa a um mesmo contrato, separando-se os valores de locação e de "serviços técnicos" (fls. 32-112).

Ocorre que, como a própria parte admite em sua inicial, no caso em tela, os bens "locados" são exatamente aqueles necessários para instrumentalizar o próprio serviço prestado. A locação, com efeito, é pressuposto das atividades de operação e assistência técnica, sendo ambas parcelas indissociáveis de um só serviço, embora recebam preços individualizados, para fins de emissão dos documentos fiscais.

Esse serviço, de apoio técnico e de oferecimento de mão de obra, que tem por pressuposto a locação do equipamento audiovisual, encontra-se expressamente previsto na Lista Anexa à Lei Complementar 116/2003 entre as hipóteses de incidência do ISS:

17 Serviços de apoio técnico, administrativo, jurídico, contábil, comercial e congêneres.

[...] 17.05 Fornecimento de mão-de-obra, mesmo em caráter temporário, inclusive de empregados ou trabalhadores, avulsos ou temporários, contratados pelo prestador de serviço.

Em seu art. 7º, a mesma Lei é clara ao afirmar que a base de cálculo do imposto é o preço do serviço – assim compreendido em sua integralidade –, excluindose do seu montante apenas o valor dos materiais fornecidos pelo prestador dos serviços previstos nos itens 7.02 e 7.05 da lista de serviços anexa.

Tratando-se de um só serviço, não há como se pretender a decomposição da sua base de cálculo, para que o imposto incida apenas sobre a parcela do seu custo que, segundo o arbítrio do próprio contribuinte, equivaleria à atividade de operação e assistência técnica.

Logo, não incide sobre o caso o Enunciado 31 da Súmula Vinculante do Supremo Tribunal Federal.

Afinal, conforme decidido pela própria Corte Superior, "em relações contratuais complexas, somente se pode falar em descumprimento da Súmula Vinculante 31 quando a locação de bem móvel esteja nitidamente segmentada da prestação de serviços, seja no que diz com o seu objeto, seja no que concerne ao valor específico da contrapartida financeira" (STF, Rcl 14290 AgR, Ministra Rosa Weber, Tribunal Pleno, j. 22.5.2014).

Do inteiro teor do mesmo acórdão, extraem-se informações relevantes para o esclarecimento do verdadeiro âmbito de abrangência do Enunciado 31 da Súmula Vinculante do Supremo Tribunal Federal, que se coadunam com as conclusões firmadas nestes autos. Ponderou a e. Ministra Relatora, com efeito, que:

[…]É exatamente este o caso dos autos. Cuida-se na espécie, com

efeito, de locação de equipamentos audiovisuais que "vem com operador", exatamente como no caso apontado pela Corte Superior. Logo, pelas mesmas razoes, há que se concluir que se trata de prestação de serviço típica, sujeita, em sua integralidade, à incidência do imposto municipal.

Consequentemente, não merece amparo o pedido do autor para que se desmembre a operação, para que o tributo incida sobre apenas uma de suas parcelas.

Outrossim, fica prejudicada a análise dos pedidos de declaração de inexigibilidade dos valores objeto de parcelamento fiscal, bem como do direito à repetição do indébito tributário. Fica prejudicada, do mesmo modo, a análise das preliminares de ilegitimidade ativa e de prescrição quinquenal invocadas pelo Município em face dessas pretensões” (destaquei).

8. Não há falar, pois, em contrariedade à Súmula Vinculante nº 31, que não contempla contratos mistos – locação de bens móveis acompanhado de prestação de serviço.

9. Verifica-se da sentença trazido pelo reclamante que, ao analisar o caso concreto, entendeu o Juízo de origem que as atividades prestadas não são apartadas, visto que, além da locação dos aparelhos de audiovisual, são disponibilizados os operadores, na prestação de serviço.

10. Diante sa manifesta ausência de identidade material entre o conteúdo da súmula vinculante ora invocada e a situação à qual a ora reclamante pretende vê-la aplicada, nada colhe o reclamante.

11. Nesse sentido, a Rcl 10.568-AgR/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, assim ementada:

“Agravo regimental na reclamação. Súmula Vinculante nº 31. Inexistência de identidade de temas entre o ato reclamado e o paradigma

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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da Corte. Agravo regimental ao qual se nega provimento.1. Por atribuição constitucional, presta-se a reclamação para

preservar a competência do STF e garantir a autoridade de suas decisões (art. 102, inciso I, alínea l, CF/88), bem como para resguardar a correta aplicação das súmulas vinculantes (art. 103-A, § 3º, CF/88).

2. Deve haver aderência estrita do objeto do ato reclamado ao conteúdo da decisão do STF dotada de efeito vinculante e eficácia erga omnes para que seja admitido o manejo da reclamatória constitucional.

3. Decisão reclamada proferida em sede de decisão cautelar na qual se entende não estarem presentes os requisitos autorizadores da concessão da medida liminar não tem o condão de afastar a aplicabilidade da Súmula Vinculante nº 31.

4. Agravo regimental não provido” (Plenário, DJe 08.11.2013 - grifos no original).

13. Com essas ponderações, não estou a defender a impossibilidade de adequação da base de cálculo do ISS para dela excluir o valor relativo à locação do bem móvel, quando passível de delimitação. Estou simplesmente consignando que nada colhe a ação de reclamação constitucional para tal desiderato, à falta de jurisprudência consolidada nesse sentido. É que a verificação de possibilidade ou não de cisão da locação de bens móveis da prestação de serviços se dá com base no acervo fático-normativo do processo principal, matéria não sujeita à apreciação pela via da reclamação constitucional. Nesse sentido, cito a Reclamação 24.917, de relatoria do Ministro Edson Fachin, julgada em 24.10.2016.

14. A matéria de fundo, trazida pela reclamante, comporta exame nas vias ordinárias, de resto mais apropriadas para o debate acerca da devida qualificação da relação contratual estabelecida entre as partes.

15. Destaco, por fim, não ser possível conferir à reclamação a natureza de sucedâneo recursal ou de meio ensejador do reexame do conteúdo do ato reclamado, tampouco instrumento de uniformização.

16. Ante o exposto, forte no no art. 21, § 1º, do RISTF, nego seguimento à presente reclamação, restando prejudicado o exame do pedido liminar.

Brasília, 25 de maio de 2018. Publique-se.

Ministra Rosa Weber Relatora

RECLAMAÇÃO 28.906 (1383)ORIGEM : 1250820125100013 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : MEIRE APARECIDA DE AMORIM (19673/DF) E

OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : FUNDAÇÃO DOS ECONOMIÁRIOS FEDERAIS -

FUNCEFADV.(A/S) : DINO ARAÚJO DE ANDRADE (20182/DF)INTDO.(A/S) : MARCIA REGINA GARCIA ANTUNESADV.(A/S) : BRENDA RESENDE COUTO DOS SANTOS (28402/DF)

E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Vistos.Cuida-se de reclamação constitucional ajuizada pela CAIXA ECONÔMICA

FEDERAL (CEF) em face de decisão do TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO, que teria procedido com erronia na adequação do caso concreto às normas de interpretação extraídas dos precedentes obrigatórios do STF julgados pela sistemática da repercussão geral.

Defende estar satisfeito pressuposto de cabimento da ação reclamatória, porquanto esgotados os meios ordinários para questionar a aplicação da repercussão geral pela Corte de origem, que negou provimento ao agravo regimental interposto contra a negativa de seguimento ao recurso extraordinário.

Sustenta, ainda, não haver trânsito em julgado nos autos em referência, porquanto pendente de análise os embargos declaratórios opostos contra a solução ora impugnada nesta reclamação.

Aduz-se que a matéria controvertida no Processo nº 0000125-08.2012.5.10.0013 tem origem em acordo celebrado, em agosto de 2006, entre a CEF e seus empregados vinculados ao Plano de Previdência REG/REPLAN, os quais, ao optarem por migrar “para o novo Plano de Previdência da FUNCEF”, procederam à declaração de “plena quitação de todas a quantias eventualmente devidas com base no plano anterior”, bem como à “renúncia expressa a eventuais diferenças que pudessem ser pleiteadas a esse tipo (dentre as quais se incluíam as decorrentes da previsão de uma determinada parcela de sua remuneração – a CTVA – na base de cálculo do salário de participação)”.

Relata que, não obstante os termos do ajuste, a CEF foi condenada pela Justiça especializada a proceder ao “recálculo do saldamento mediante inclusão da CTVA no salário de participação do [Plano de Previdência REG/REPLAN]”, bem como a arcar, “em caráter exclusivo, [com os efeitos

pecuniários referentes] à recomposição da reserva matemática necessária ao redimensionamento do benefício complementar estimado”.

A reclamante sustenta que a solução adotada pela Justiça Especializada vai de encontro

“à intangibilidade da garantia constitucional de proteção ao ato jurídico perfeito (CRFB, art. 5º, XXXVI), uma vez que a eficácia da quitação plena operada por ocasião do saldamento foi desconsiderada em tese, sem se cogitar de circunstâncias ou peculiaridades que justificassem tal medida, situação que parece configurar um dos raros casos de afronta direta ao aludido dispositivo constitucional, a exemplo da hipótese versada na Súmula Vinculante nº 1 do STF.”

Aduz que a controvérsia no Processo nº 0000125-08.2012.5.10.0013 decorre de relação jurídica de previdência complementar, “de cunho privatista e disponível”, não se podendo reputar “irrenunciáveis e indisponíveis os direitos decorrentes da inclusão da CTVA no salário de participação [de funcionários da CEF anteriormente vinculados ao Plano de Previdência REG/REPLAN]”.

Argumenta, nesse tocante, que a Justiça do Trabalho, ao desconstituir a eficácia do termo de renúncia e quitação assinado pelos empregados da CEF quanto às parcelas do Plano de Previdência REG/REPLAN, violou também o art. 202, §2º, da CF/88, o qual “consagra a autonomia da relação jurídica de previdência complementar em relação ao contrato de trabalho, conforme já decidido pelo STF em regime de repercussão geral (RE 586.453/SE)”.

Alega que, em sede de recurso extraordinário, além da violação ao postulado do ato jurídico perfeito (CF/88, art. 5º, XXXVI) e ao art. 202, §2º, da CF/88, suscitou também afronta ao §3º do art. 202 da CF/88, no tocante à vedação de “qualquer aporte de recursos por entidade pública a plano de previdência privada, salvo na qualidade de patrocinadora e jamais podendo superar a contribuição do segurado”.

Defende que o TST negou seguimento ao recurso extraordinário interposto no Processo nº 0000125-08.2012.5.10.0013, aplicando teses de repercussão geral inadequadas ao caso dos autos, com usurpação da competência do STF para proferir a última palavra em matéria constitucional alegadamente dotada de repercussão geral.

Sustenta, ainda, que a decisão ora impugnada afronta autoridade do STF, porquanto o TST, ao fundamentar a negativa de seguimento a recurso extraordinário em precedentes de repercussão geral que não guardam relação de identidade com o caso concreto em análise, confere efeitos aos precedentes que desbordam os limites proclamados pela Suprema Corte ao julgar os representativos da controvérsia.

Alega, nessa perspectiva, que o “TEMA 662 do Ementário da Repercussão do STF” afirma a negativa de repercussão geral de controvérsia relacionada “à possibilidade de entidade fechada de previdência complementar modificar de forma unilateral seus regulamentos e estatutos que alterarem a forma de cálculo do benefício previamente estabelecida em contrato”, temática que, segundo pondera, não possui pertinência com o debate proposto no Processo nº 0000125-08.2012.5.10.0013, qual seja, a possibilidade de renúncia a direito decorrente de relação jurídica de previdência complementar, porquanto autônoma com referência à relação de trabalho, e, nessa perspectiva, a ofensa ao princípio constitucional da intangibilidade do ato jurídico perfeito no caso concreto.

Aduz que a circunstância de não ter o STF se manifestado na sistemática da repercussão geral acerca da temática relativa à possibilidade de renúncia expressa, mediante quitação plena, por ato jurídico perfeito, no âmbito de relação jurídica de previdência privada é motivo bastante para afastar o presente caso da esfera [dos precedentes que deram origem aos Temas nºs 660 e 662 do repositório de repercussão geral do STF]”.

Requer que seja deferida tutela de urgência, em caráter liminar, para suspender os efeitos do acórdão reclamado, presente o periculum in mora no fato de que as diversas decisões da Justiça do Trabalho no sentido daquela que ora se impugna têm “gerado enorme insegurança jurídica e expressivo impacto financeiro e atuarial sobre plano de previdência privada, com o risco concreto de sua completa inviabilização econômica”.

No mérito, postula que seja julgada procedente a reclamação para cassar o acórdão do TST e a decisão da Vice-Presidência daquela Corte, proferidos nos autos do Processo nº 0000125-08.2012.5.10.0013, e, consequentemente, determinar o processamento do recurso extraordinário para conhecimento por esta Suprema Corte ou a prolação de novo juízo de admissibilidade pela Corte Superior do Trabalho.

Em decisão publicada no DJe de 22/11/17, deferi o pedido liminar para suspender os efeitos da decisão reclamada, bem como o trâmite do Processo nº 0000125-08.2012.5.10.0013 no Tribunal Superior do Trabalho, até a decisão de mérito na presente reclamação.

Devidamente intimado, o Tribunal Superior do Trabalho informou o teor das decisões proferidas nos autos em referência (eDoc. 22).

FUNDAÇÃO DOS ECONOMIÁRIOS FEDERAIS (FUNCEF) apresentou contestação (eDoc. 24), aduzindo, em síntese, que concorda com as razões apresentadas pelo reclamante, porquanto configurada usurpação da competência deste Supremo Tribunal Federal.

MÁRCIA REGINA GARCIA ANTUNES apresentou contestação (eDoc. 17), aduzindo, em síntese, que a controvérsia esbarra no óbice das Súmulas nºs 279, 454 e 636 do Supremo Tribunal Federal, bem como demanda a análise da legislação infraconstitucional pertinente.

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A douta Procuradoria-Geral da República manifestou-se pela improcedência da reclamação, em parecer assim ementado:

“RECLAMAÇÃO. FUNDAMENTO NO ART. 988–III E IV E §5º–II DO CPC/2015. ALEGAÇÃO DE APLICAÇÃO EQUIVOCADA PELO TRIBUNAL DE ORIGEM DE TESES FIRMADAS PELO STF NOS JULGAMENTOS DOS ARE 748.371 E ARE 742.083, RESPECTIVAMENTE LEADING CASES DOS TEMAS 660, 662 E 219 DE REPERCUSSÃO GERAL. IMPROCEDÊNCIA DA RECLAMAÇÃO.

1. Cabível reclamação para se discutir aplicação de teses firmadas pelo STF em repercussão geral, nos termos do art. 988–III e IV e §5º do CPC/2015.

2. Incabível recurso extraordinário quando, para análise de eventual ofensa ao ato jurídico perfeito, art. 5º– XXXVI da Constituição, for imprescindível o exame de normas de natureza infraconstitucional. Correta a aplicação do Tema 660 de Repercussão Geral.

3. Embora procedente a distinção (distinguishing) feita pela reclamante, quanto ao objeto do Tema 662 de Repercussão Geral, a afastar sua aplicação ao caso concreto, tal solução se mostra ineficaz, pois a alegada violação ao art. 202-§2º da CR/88 pressupõe exame de legislação infraconstitucional (Lei Complementar 109/2001) e reexame da interpretação conferida pelo tribunal ad quem a cláusulas contratuais, o que encontra óbice no enunciado 454 do STF.

4. Inexiste teratologia na decisão do TST de condenação do reclamante, sendo inviável sua revisão mediante reclamação.

- Parecer pela improcedência da reclamação.”É o relatório. Decido.A decisão por que o TST negou seguimento ao recurso extraordinário

nos autos em referência está fundamentada nos Temas nºs 219, 660 e 662 do repositório de repercussão geral do Supremo Tribunal Federal, nos quais se afirmou, respectivamente:

a) A natureza infraconstitucional do debate relacionado à violação dos princípios do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal, bem como dos limites da coisa julgada, “quando o julgamento da causa depender de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais”, aplicando-se ao precedente os efeitos da sistemática da repercussão geral. Transcrevo a ementa do julgado:

“Alegação de cerceamento do direito de defesa. Tema relativo à suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal. Julgamento da causa dependente de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais. Rejeição da repercussão geral” (ARE nº 748.371/MT-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, Plenário Virtual, DJe de 1º/8/2013).

b) A natureza infraconstitucional do debate relacionado à violação dos princípios do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal, bem como dos limites da coisa julgada, “quando o julgamento da causa depender de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais”, aplicando-se ao precedente os efeitos da sistemática da repercussão geral. Transcrevo a ementa do julgado:

“Alegação de cerceamento do direito de defesa. Tema relativo à suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal. Julgamento da causa dependente de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais. Rejeição da repercussão geral” (ARE nº 748.371/MT-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, Plenário Virtual, DJe de 1º/8/2013).

c) Que a alegada violação aos arts. 5º, XXXVI, 201, § 3º e § 4º, e 202, caput, da CF/88, por decisão que afirmou a possibilidade de entidades fechadas de previdência complementar realizarem, unilateralmente, modificações em seus estatutos de modo a permitir que o benefício contratado seja calculado de maneira prejudicial e diversa daquela manifestada no contrato de adesão, envolve análise de legislação infraconstitucional insuscetível de ser conhecida em recurso extraordinário,

Aplicou-se ao entendimento os efeitos da repercussão geral para obstar a subida de novos recursos com fundamento no “direito adquirido ao recebimento de complementação de aposentadoria calculada de acordo com as normas vigentes à época da adesão a contrato de plano de previdência privada” (ARE nº 742.083/DF-RG, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Plenário Virtual, DJe de 1º/7/2013).

Entendo que seja o caso de confirmar as razões que levaram ao deferimento do provimento liminar, diante do manifesto equívoco na subsunção do recurso extraordinário interposto no Processo nº 0000125-08.2012.5.10.0013 à sistemática da repercussão geral pelo TST, tendo como precedentes obrigatórios os julgados nos ARE nºs 748.371/MT-RG e 742.083/DF-RG.

Isso porque, nos autos em referência, há alegada renúncia ao direito em que se funda o pedido nos autos em referência, na parte em se debate a existência de pacto entre trabalhador e a CEF firmado quando da adesão ao plano de saldamento do plano REG/REPLAN e opção por migrar para novo plano, administrado pela FUNCEF, matéria de Direito Previdenciário, mais especificamente, à previdência complementar.

Em recursos da competência desta Suprema Corte, tenho afirmado que, não obstante tenha permanecido na Justiça do Trabalho processos em que se discute questão relativa ao saldamento do plano previdenciário – por força da modulação dos efeitos do que decidido pelo STF em repercussão geral (RE nºs 586.453/SE e 583.050/RS) -, não está a Justiça especializada

autorizada a aplicar regras de direito trabalhista para solucionar controvérsia em matéria de previdência complementar, tendo em vista a autonomia do tratamento jurídico dispensado a cada uma dessas esferas (trabalhista e previdenciária), por mim afirmada, de forma detalhada, no julgamento conjunto dos RE nºs 586.453/SE e 583.050/RS, in verbis:

“E mais: acrescento, Senhor Presidente, nobres Colegas, que o Direito Previdenciário, como é sabido por todos, foi se autonomizando; ele foi tendo uma autonomia. Não vou aqui discorrer sobre a evolução histórica, que é de todos conhecida na Corte, mas é fato que essa independência do Direito Previdenciário foi sendo aprimorada, e não é à toa que a nossa Constituição Federal, que tem 21 anos - vai completar 22 em outubro desse ano -, já foi reformada para se aprimorar no que diz respeito à previdência complementar, à previdência privada. Surgiu daí uma lei complementar, a Lei Complementar nº 109. Entrou em vigor, recentemente, a Lei nº 12.154, de 23 de dezembro de 2009, que transformou a antiga Secretaria de Previdência Complementar - que fiscalizava os fundos de previdência complementar, tanto os abertos como os fechados - numa autarquia; ela criou a PREVIC, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar.

Ora, o que temos no artigo 202, § 2º, da Constituição? Que a previdência complementar não é tema de contrato de trabalho; é uma autonomia dada explicitamente pela Constituição na redação trazida pela Emenda Constitucional nº 20. É curioso verificarmos o que diz o § 3º do mesmo artigo 202, que é de extrema importância:

‘§ 3º É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e outras entidades públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação na qual, em hipótese alguma, sua contribuição normal poderá exceder a do segurado.’

Ou seja, uma previdência complementar que seja autônoma e independente: autônoma e independente do Direito Administrativo, autônoma e independente do Direito do Trabalho. O artigo 202, § 2º, autonomia em relação ao Direito do Trabalho; o § 3º, autonomia em relação ao Estado, ao patrocinador.

O que temos no artigo 114, IX, da Constituição? Que há competência da Justiça do Trabalho para:

‘IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.’

A Constituição, no § 2º do artigo 202, estabelece que a previdência complementar não é relação de trabalho. Aí, vem a Lei Complementar nº 109, que instituiu em seu artigo 12:

‘Art. 12. Os planos de benefícios de entidades fechadas poderão ser instituídos por patrocinadores e instituidores, observado o disposto no art. 31 desta Lei Complementar.’

‘Art. 14. Os planos de benefícios deverão prever os seguintes institutos - aqui é específico para entidade fechada, isso já é a lei – observadas as normas estabelecidas pelo órgão regulador e fiscalizador:

(...) II - portabilidade do direito acumulado pelo participante para outro

plano;’Quem hoje está no Fundo Petros pode migrar para outro fundo; ele

pode migrar. Ele vai levar essa relação de emprego para o outro fundo? Essa relação de trabalho? Entendo que não.

‘I - benefício proporcional diferido, em razão da cessação do vínculo empregatício com o patrocinador ou associativo com o instituidor antes da aquisição do direito ao benefício pleno, a ser concedido quando cumpridos os requisitos de elegibilidade;’

Inciso IV, um tema que foi levantado na tribuna: a obrigatoriedade - não seria só adesão, mas obrigatoriedade. Como é regrado na lei? A Lei Complementar nº 109 regra, no seu artigo 14, IV:

"’IV - faculdade de o participante manter o valor de sua contribuição e a do patrocinador, no caso de perda parcial ou total da remuneração recebida, para assegurar a percepção dos benefícios nos níveis correspondentes àquela remuneração ou em outros definidos em normas regulamentares.’

Então, vejam bem, existe uma série de regulamentos e de disposições que, a meu ver, transformam a previdência complementar em autônoma da relação do trabalho, em autônoma da relação de emprego, da qual se origina a instituição de determinado fundo, de determinado plano.

A solução apresentada pela Ministra Ellen Gracie leva ao fim das discussões intermináveis: se, nos casos concretos, existe ou não relação de emprego, relação de trabalho que fundou aquela situação previdenciária.

Ademais, se mantivermos uma dicotomia de possibilidade de determinadas questões relativas à previdência complementar serem julgadas na Justiça comum e outros casos serem julgados na Justiça do Trabalho, teremos a seguinte situação ao fim e ao cabo: na interpretação e na uniformização das decisões da lei federal, teremos uma mesma lei federal sendo uniformizada para a previdência complementar pelo STJ, quando o processo começar na Justiça comum; e pelo Tribunal Superior do Trabalho quando o litígio começar na Justiça do Trabalho.”

Nessas hipóteses, tenho dado parcial provimento ao recurso extraordinário para, no ponto relativo à migração de plano de previdência e ao recálculo do valor saldado dos benefícios do REG/REPLAN, determinar o retorno do processo ao TST, a fim de que o pleito seja novamente julgado, segundo as regras do direito civil.

Existindo, portanto, nos autos do Processo nº

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 284

0000125-08.2012.5.10.0013 , uso de regras de direito do trabalho para solucionar controvérsia em matéria de previdência complementar, entendo que a presente reclamação merece parcial procedência, porquanto configurado equívoco no juízo negativo de seguimento de recurso da competência desta Suprema Corte pelo TST, com fundamento no efeito da sistemática da repercussão geral conferido no julgamento dos ARE nºs 748.371/MT-RG e 742.083/DF-RG.

Tenho assentado que, muito embora a jurisprudência desta Suprema Corte tenha se firmado no sentido de que o agravo dirigido ao Supremo Tribunal Federal, bem como a reclamação constitucional ajuizada originariamente nesta Corte, não são o meio adequado para a parte questionar decisão de Tribunal a quo mediante a qual se julga prejudicado recurso aplicando a sistemática da repercussão geral (AI nº 760.358/SE-QO, Relator o Ministro Gilmar Mendes e Reclamações nºs 7.569/SP e 7.547/SP, Relatora a Ministra Ellen Gracie), em casos excepcionais, a reclamatória exsurge como instrumento de promoção do diálogo, nesta Suprema Corte, entre o caso concreto e os precedentes obrigatórios, cuja admissibilidade está condicionada à efetiva demonstração de

a) desrespeito à autoridade da decisão do STF, porquanto configurada erronia na aplicação do entendimento vinculante a evidenciar teratologia da decisão reclamada; ou

b) usurpação da competência do STF, pois existente, i) no caso concreto, peculiaridades que impossibilitam a aplicação adequada da norma de interpretação extraída do precedente (distinguishing) a demandar pronunciamento desta Suprema Corte acerca da matéria constitucional no caso concreto, acaso verificada repercussão geral, ou, ii) a necessidade de revisitação dos fundamentos do precedente, tendo em vista a alteração do ordenamento jurídico vigente ao tempo do julgamento ou das circunstâncias fáticas históricas que impactaram a interpretação da norma, com possibilidade de sua superação (overruling),

Tendo em vista o juízo negativo em sede de agravo interno interposto contra despacho de inadmissibilidade de recurso extraordinário pelo TST – com esgotamento dos meios ordinários para questionar a aplicação da sistemática da repercussão geral pela Corte de origem no Processo nº 0000125-08.2012.5.10.0013 -, é lídimo que se outorgue, em matéria constitucional, a esta Suprema Corte a última palavra sobre a aplicação de seus precedentes (ARE nºs 748.371/MT-RG e 742.083/DF-RG), ao mesmo tempo em que se respeita a competência recursal para fins de subsunção da temática infraconstitucional à tese constitucional firmada pelo STF, em repercussão geral, no julgamento conjunto dos RE nºs 586.453/SE e 583.050/RS.

Ante o exposto, nos termos do art. 161, parágrafo único, do Regimento Interno desta Suprema Corte, julgo parcialmente procedente a presente reclamação para cassar a decisão reclamada para que seja realizado novo exame de admissibilidade do recurso extraordinário interposto no Processo nº 0000125-08.2012.5.10.0013, nos moldes da fundamentação supra.

Tendo em vista a angularização da relação processual, com a atuação profissional na representação da parte beneficiária da decisão reclamada, fixo os honorários de sucumbência em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa (art. 85, §2º, do CPC), cuja execução deverá ser realizada no juízo de origem do Processo nº 0000125-08.2012.5.10.0013.

Determino o envio de cópia desta decisão ao Tribunal Superior do Trabalho para que seja juntada aos autos originários.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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RECLAMAÇÃO 29.093 (1384)ORIGEM : 00111035120145180013 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECLTE.(S) : CELG DISTRIBUICAO S.A. - CELG DADV.(A/S) : EDMAR ANTONIO ALVES FILHO (31312/GO)INTDO.(A/S) : MARCUS VINICIUS GACEMA CORDOVILADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO. CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. DECISÃO RECLAMADA. APLICAÇÃO DO ENTENDIMENTO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL FIRMADO EM SEDE DE REPERCUSSÃO GERAL (CPC/2015, ART. 1.030, I). ALEGADA USURPAÇÃO DA COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. INOCORRÊNCIA. INADEQUAÇÃO DO MEIO RECURSAL UTILIZADO, POR ADMISSÍVEL, NA ESPÉCIE, UNICAMENTE O RECURSO DE AGRAVO INTERNO (CPC/2015, ART. 1.030, § 2º). NÃO CABIMENTO DE RECLAMAÇÃO PARA APRECIAR A ADEQUAÇÃO DO PRECEDENTE – POR AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL – AO CASO CONCRETO. PRECEDENTES. RECLAMAÇÃO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO.

Decisão: Trata-se de reclamação ajuizada por CELG DISTRIBUIÇÃO S/A – CELG D, contra decisão do Tribunal Superior do Trabalho, sob alegação de usurpação de competência desta Suprema Corte.

Colhe-se dos autos que a decisão reclamada apresenta a seguinte ementa:

“AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PRESSUPOSTO DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSO DE COMPETÊNCIA DO TST. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

1. Trata-se de agravo interno interposto em face da decisão da Vice-Presidência do TST pela qual denegado seguimento ao recurso extraordinário com base em precedente de repercussão geral.

2. O Supremo Tribunal Federal, ao examinar o Recurso Extraordinário nº 598.365/MG, concluiu que o exame de questão alusiva ao cabimento de recurso de competência de outro Tribunal se restringe ao âmbito infraconstitucional, inexistindo repercussão geral (Tema 181).

3. Nesse sentir, ficam mantidos os fundamentos adotados pela decisão agravada, restando verificado, ainda, o caráter infundado do presente agravo, aplicando-se a multa prevista no § 4º do artigo 1.021 do atual CPC.

Agravo interno não provido, com aplicação de multa.”Alega o reclamante, em síntese, que ao Supremo Tribunal Federal

compete o julgamento do agravo em recurso extraordinário aviado nos moldes do art. 1.042 do CPC.

Sustenta que a competência do Supremo Tribunal Federal é exclusiva para o julgamento de agravo interposto contra a inadmissão de recurso extraordinário, cabendo ao juízo de origem apenas a remessa do recurso ao STF, nos termos da Súmula 727.

Requer, ao final, a procedência do pedido para garantir a competência desta Suprema Corte para o julgamento do agravo em recurso extraordinário.

Em 23/11/2017 determinei a intimação da reclamante para emendar a inicial, no prazo de 15 (quinze) dias, atribuindo à causa valor correspondente ao da demanda originária, atualizado, bem como para recolher as custas processuais.

É o relatório. Decido. Ab initio, acolho a emenda à inicial para fixar o valor da causa em R$

29.147,50 (vinte e nove mil, cento e quarenta e sete reais e cinquenta centavos).

No mais, consigno que a reclamação, por expressa determinação constitucional, destina-se a preservar a competência desta Suprema Corte e garantir a autoridade de suas decisões, ex vi do art. 102, I, alínea l, além de salvaguardar o estrito cumprimento das súmulas vinculantes, nos termos do art. 103-A, § 3º, da Constituição da República, incluído pela EC nº 45/2004.

A matéria também veio disciplinada pelo Novo Código de Processo Civil, que, no art. 988, prevê as hipóteses de seu cabimento, in verbis:

“Art. 988. Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público para:

I - preservar a competência do tribunal;II - garantir a autoridade das decisões do tribunal;III – garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de

decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade; (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)

IV – garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de resolução de demandas repetitivas ou de incidente de assunção de competência; (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)

§ 1º A reclamação pode ser proposta perante qualquer tribunal, e seu julgamento compete ao órgão jurisdicional cuja competência se busca preservar ou cuja autoridade se pretenda garantir.

§ 2º A reclamação deverá ser instruída com prova documental e dirigida ao presidente do tribunal.

§ 3º Assim que recebida, a reclamação será autuada e distribuída ao relator do processo principal, sempre que possível.

§ 4º As hipóteses dos incisos III e IV compreendem a aplicação indevida da tese jurídica e sua não aplicação aos casos que a ela correspondam.

§ 5º É inadmissível a reclamação: (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)

I – proposta após o trânsito em julgado da decisão reclamada; (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016)

II – proposta para garantir a observância de acórdão de recurso extraordinário com repercussão geral reconhecida ou de acórdão proferido em julgamento de recursos extraordinário ou especial repetitivos, quando não esgotadas as instâncias ordinárias. (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016)

§ 6º A inadmissibilidade ou o julgamento do recurso interposto contra a decisão proferida pelo órgão reclamado não prejudica a reclamação”.

In casu, no entanto, não se observa nenhuma das hipóteses de cabimento da Reclamação estabelecidas no novel estatuto processual civil, uma vez que: (i) não se está diante de usurpação da competência desta Corte, porquanto o Tribunal reclamado agiu nos limites de sua competência; (ii) não há falar em afronta à autoridade de decisão desta Corte, que só admite a reclamação para questionar a observância de precedente firmado em processos objetivos, ou, em se tratando de feitos de índole subjetiva, quando a parte reclamante houver integrado a relação processual em que proferido o decisum que reputa descumprido; (iii) não se alega ofensa a enunciado de súmula vinculante, tampouco de acórdão proferido em controle concentrado; e (iv) não se argui afronta à autoridade de acórdão proferido em julgamento de incidente de resolução de demandas repetitivas ou de incidente de assunção de competência.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 285

Na hipótese sub examine, observa-se que a decisão que inadmitiu o Recurso Extraordinário fundamentou-se em precedentes de ausência de repercussão geral, in verbis:

“(...)Extrai-se do trecho transcrito do acórdão do TST que não foi

enfrentado o mérito do recurso diante da existência de óbice de natureza processual.

O Supremo Tribunal Federal tem entendimento pacífico no sentido de que não cabe recurso extraordinário, por ausência de repercussão geral, em matéria de pressupostos de admissibilidade de recursos de competência de outro Tribunal.

Tal entendimento foi consagrado no RE 598.365, da relatoria do Min. Ayres Britto, no qual a Corte Suprema firmou a tese de que não há repercussão geral em relação ao -Tema 181 - do ementário temático de Repercussão Geral do STF, hipótese dos autos.

Logo, não tendo havido na decisão recorrida exame do mérito da controvérsia apresentada no recurso extraordinário, dada a imposição de óbice de natureza exclusivamente processual ao processamento da revista, a única questão passível de discussão em sede de recurso extraordinário seria a relativa aos pressupostos de admissibilidade daquele recurso, sendo certo que o Supremo Tribunal Federal rejeita a possibilidade desse reexame, por ausência de repercussão geral da matéria.

Ante o exposto, NEGO SEGUIMENTO ao recurso extraordinário.”No caso, a decisão impugnada, ao aplicar a sistemática da

repercussão geral, reconheceu sua inexistência em relação à questão discutida, aplicando o Tema 181 à espécie. Nessa hipótese, o único recurso cabível seria o agravo interno.

Essa orientação foi consolidada no Código de Processo Civil de 2015 que prevê, como instrumento processual adequado para corrigir supostos equívocos na aplicação do instituto da repercussão geral, a interposição de agravo interno perante o próprio Tribunal de origem (art. 1.035, § 7°, do CPC 2015), o que, conforme narrativa da própria reclamante, não foi manejado a contento.

De fato, não se revela cabível o manejo do agravo em recurso extraordinário (ARE) nos casos em que interposto contra decisão da Presidência de Tribunal ou de Colégio Recursal que, ao negar seguimento ao apelo extremo, apoia-se, para tanto, em entendimento do Supremo Tribunal Federal firmado em regime de repercussão geral (CPC/2015, art. 1.042, caput, in fine). Nesse sentido:

“Agravo regimental na reclamação. Negativa de seguimento a recurso extraordinário com fundamento no Tema nº 660 de repercussão geral (ARE nº 748371/MT-RG). Recurso extraordinário com agravo. Não conhecimento pelo Tribunal a quo. Ausência de usurpação de competência do STF. Artigo 1.042, caput, parte final, do CPC/15. Agravo regimental não provido. 1. Não cabe recurso de agravo contra decisão com que o órgão de origem, fundado em entendimento firmado em regime de repercussão geral, não admite recurso extraordinário (CPC/15, art. 1.042, caput, parte final). 2. Compete ao órgão colegiado ao qual pertence o juízo prolator do despacho de inadmissibilidade de recurso extraordinário na origem (CPC-2015, art. 1.021, caput) proceder, em sede de agravo interno, à análise de adequação entre o teor do provimento concedido pelo órgão de origem acerca do tema constitucional destacado no recurso extraordinário e a tese de repercussão geral firmada pela Suprema Corte (CPC/2015, art. 1.029, §1º c/c o art. 1.030, § 2º). 3. Agravo regimental não provido.” (Rcl 25.078 AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 21/02/2017 - grifei)

Ademais, não se vislumbra usurpação de competência desta Corte na decisão que reconheceu a ausência de repercussão geral de certa matéria. A esse respeito, confira-se:

“AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DE FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA. INCIDÊNCIA DO ART. 317, § 1º, DO RISTF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. I – A jurisprudência do STF é firme no sentido de que não cabe reclamação contra decisão que nega seguimento a recurso extraordinário cuja questão constitucional debatida nesta Corte Suprema não tenha reconhecido a existência de repercussão geral (art. 1.030, § 2°, do Código de Processo Civil). II - O agravante não refutou todos os fundamentos da decisão agravada, o que atrai a incidência do art. 317, § 1º, do RISTF. Precedentes. III – Agravo regimental a que se nega provimento.” (Rcl 22.990 AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe de 1º/2/2018 - grifei)

Ainda que restassem dúvidas e incertezas acerca do instituto, remanescendo terreno fértil para o ajuizamento indiscriminado de reclamações, a Primeira Turma desta Suprema Corte, em recente decisão, estabeleceu critérios a serem observados para o julgamento dessas ações, compatíveis com sua missão constitucional. Extrai-se da ementa do julgado, in verbis:

AGRAVO INTERNO. RECLAMAÇÃO. DESRESPEITO A PRECEDENTE DO STF PLASMADO SOB O RITO DA REPERCUSSÃO GERAL. 1. Rompendo tradicional entendimento do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, o Código de Processo Civil de 2015 prevê hipótese de reclamação por ofensa a entendimento de mérito desta Corte formado em julgamento de recurso extraordinário com repercussão geral reconhecida. 2. Essa previsão, todavia, não deve representar a banalização do instituto, de modo a trazer para esta Corte toda e qualquer inconformidade com as decisões das

instâncias de origem. 3. O próprio Código fornece balizas seguras para a adequada compreensão do instituto. 4. A parte final do inc. II do § 5º do art. 988 do CPC impõe o esgotamento das instâncias ordinárias. 5. Portanto, NÃO caberá reclamação por inobservância a precedente com repercussão geral reconhecida (a) enquanto couberem recursos na instância de origem, não se considerando entre esses os chamados “recursos facultativos” (embargos de declaração; embargos de divergência; embargos do art. 894, II, da Consolidação das Leis do Trabalho; entre outros) e (b) quando a decisão comportar recurso para o SUPREMO. 6. Em relação ao que se colocou na letra b supra, NÃO caberá a reclamação ora em exame contra decisão da origem que inadmita recurso extraordinário sem fazer menção a precedente formado sob a sistemática da repercussão geral. Para trazer ao SUPREMO a discussão sobre todos outros tipos de óbices, a parte dispõe do agravo do art. 1.042 do CPC, no qual, além de proceder à indispensável impugnação específica, pode postular a aplicação de precedente de repercussão geral. A reclamação, nessa hipótese, mostra-se desnecessária, pois a parte tem acesso ao SUPREMO, inclusive com possibilidade de tutela de urgência (art. 1.029, § 5º). 7. Por decorrência lógica, a reclamação em tela somente caberá do julgamento do agravo interno de que trata o art. 1.030, § 2º, do CPC, devendo ser proposta antes da formação da coisa julgada (CPC, art. 988, § 5º, I). 8. De outro lado, o Código deixa muito claro que o reclamante pode usar como fundamento somente “acórdão de recurso extraordinário com repercussão geral RECONHECIDA” ou “acórdão proferido em julgamento de recurso extraordinário REPETITIVO”. 9. Dentro desses exíguos limites, não cabe alegar nesta reclamação (a) desrespeito a acórdão que afirmou INEXISTENTE a repercussão geral de certa matéria e (b) a aplicação de óbices processuais ou de outros precedentes, destituídos da força da repercussão geral ou do caráter repetitivo definido nos arts. 1.036 a 1.041. 10. Em síntese: a reclamação prevista no art. 988, § 5º, II, do CPC (a) cabe tão-somente do julgado que resultar da apreciação do agravo interno de que trata o art. 1.030, § 2º, do CPC e (b) pode apontar como fundamento exclusivamente acórdão de recurso extraordinário REPETITIVO ou com repercussão geral RECONHECIDA. 11. Embora a presente reclamação ajuste-se a esses parâmetros, no mérito, não traz argumentos que evidenciem a inobservância de acórdão de recurso extraordinário com repercussão geral reconhecida. 12. Agravo interno a que se nega provimento. (Rcl. 27.798 AgR, Rel. Min. Alexandre de Moraes, DJe de 14/11/2017 – grifos meus)

Ex positis, NEGO SEGUIMENTO à presente reclamação, com esteio no artigo 932, VIII, do CPC/2015, combinado com o artigo 161, parágrafo único, do Regimento Interno do STF.

Publique-se. Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUXRelator

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RECLAMAÇÃO 29.553 (1385)ORIGEM : 00011312120168260496 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : RAFAEL LUCAS INÁCIO DA SILVAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULORECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA UNIDADE REGIONAL DE

DEPARTAMENTO ESTADUAL DE EXECUÇÃO CRIMINAL - DEECRIM 6ª RAJ DA COMARCA DE RIBEIRÃO PRETO

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

DECISÃO: Trata-se de reclamação na qual se sustenta que o ato judicial ora questionado teria desrespeitado a autoridade da Súmula Vinculante nº 26/STF, que possui o seguinte teor:

“Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei n. 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame criminológico.” (grifei)

Aduz a parte ora reclamante, para justificar o alegado desrespeito ao enunciado sumular vinculante em questão, os seguintes fundamentos:

“No caso em tela, não foi apontado nenhum dado concreto para fundamentar a decisão que ordenou a realização do exame criminológico. Aliás, não houve fundamentação nenhuma, a não ser uma breve alusão à gravidade abstrata do delito.

Tal como ocorre na decretação da prisão preventiva, aqui também não basta a invocação da gravidade do delito, para, por si só, determinar a realização do exame criminológico.

O Supremo Tribunal Federal permitiu a realização de exame criminológico de maneira excepcional, de acordo com as peculiaridades do caso concreto. Mas o que se vê é a tentativa de banalização do exame, deturpando-se a interpretação da Suprema Corte. Sem fundamentação concreta, ficaria permitida a realização do exame criminológico em todos os casos de delitos graves, estabelecendo-se uma ‘presunção de

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 286

periculosidade’, conceito já superado que remonta à criminologia positivista.” (grifei)

Sendo esse o contexto, passo a apreciar o pleito formulado pela parte reclamante. E, ao fazê-lo, observo que o exame destes autos evidencia a ocorrência, na espécie, de hipótese configuradora de perda superveniente de objeto desta ação reclamatória.

Com efeito, em consulta aos registros processuais mantidos pelo E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo em sua página oficial na “Internet”, constatei não mais subsistir a situação versada nestes autos, pois a autoridade reclamada, em momento posterior ao do ajuizamento da presente reclamação, concedeu ao ora reclamante a progressão para o regime prisional semiaberto (Processo de Execução nº 0001131-21.2016.8.26.0496).

A ocorrência desse fato assume relevo processual, eis que faz instaurar, no caso, situação de prejudicialidade, apta a gerar a extinção deste instrumento reclamatório, em virtude da superveniente perda de seu objeto.

Enfatize-se, por oportuno, que esse entendimento encontra apoio na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (Rcl 7.404/SP, Rel. Min. GILMAR MENDES – Rcl 8.294/SC, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – Rcl 9.274/AM, Rel. Min. CELSO DE MELLO – Rcl 10.043/RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO – Rcl 10.242/RJ, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – Rcl 11.083/SP, Rel. Min. ROBERTO BARROSO – Rcl 13.681/RJ, Rel. Min. ROSA WEBER – Rcl 15.644/MS, Rel. Min. LUIZ FUX – Rcl 15.810/RS, Rel. Min. TEORI ZAVASCKI – Rcl 15.816/MG, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – Rcl 16.906/SP, Rel. Min. GILMAR MENDES – Rcl 29.542-MC/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.), cabendo destacar, entre outras, a seguinte decisão que esta Corte proferiu a propósito do tema ora em análise:

“RECLAMAÇÃO – ATO IMPUGNADO – REVOGAÇÃO – PERDA DE OBJETO. A revogação do ato tido, no pedido inicial da reclamação, como discrepante de certa decisão implica o prejuízo da reclamação, julgando-se extinto o processo sem apreciação do tema de fundo.”

(Rcl 2.496-QO/PE, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – grifei)Sendo assim, e pelas razões expostas, julgo prejudicada a

presente reclamação, em face da perda superveniente de seu objeto.Arquivem-se estes autos.Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECLAMAÇÃO 29.579 (1386)ORIGEM : 062017000065871 - MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. LUIZ FUXRECLTE.(S) : LUIZ FRANCISCO ANTUNES DE LIMARECLTE.(S) : SCHEILA MARA WEILLER ANTUNES DE LIMARECLTE.(S) : GUSTAVO LUIS ANTUNES DE LIMAADV.(A/S) : ALESSANDRO SILVERIO (27158/PR) E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA

CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SANTA CATARINABENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO. PENAL E PROCESSO PENAL. SUPOSTA VULNERAÇÃO AO ENUNCIADO 14 DA SÚMULA VINCULANTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AUSÊNCIA DE ESGOTAMENTO DAS VIAS ORDINÁRIAS. INVIABILIDADE DE UTILIZAÇÃO DA RECLAMAÇÃO COMO SUCEDÂNEO DE RECURSO OU DE OUTRAS AÇÕES CABÍVEIS. PLEITO DE OBSERVÂNCIA DE DISPOSIÇÕES LEGAIS. INVIABILIDADE DE UTILIZAÇÃO DA VIA RECLAMATÓRIA. INEXISTÊNCIA DE VEDAÇÃO DE ACESSO PELO INTERESSADO A AUTOS DE INVESTIGAÇÃO FORA DAS BALIZAS INTERPRETATIVAS CONFERIDAS PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. INOCORRÊNCIA DE HIPÓTESE ABRANGIDA PELO CONTEÚDO DO ENUNCIADO Nº 14 DA SÚMULA VINCULANTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AUSÊNCIA DE ADERÊNCIA ENTRE O ATO VIOLADO E O ENUNCIADO QUE SE REPUTA VIOLADO. FALTA SUPERVENIENTE DO INTERESSE DE AGIR. RECLAMAÇÃO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO.RECLAMAÇÃO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO.

Decisão: Trata-se de reclamação, com pedido de liminar, proposta contra ato do Ministério Público do Estado de Santa Catarina, sob a alegação de afronta ao enunciado nº 14 da Súmula Vinculante do Supremo Tribunal Federal, consubstanciada na indevida vedação de acesso, pela defesa dos reclamantes, aos “autos de procedimento investigatório criminal nº 06.2017.00006587-1”, em violação a entendimento desta Suprema Corte.

Narra a petição inicial que a autoridade reclamada teria negado pedido de vista aos autos do procedimento supra mencionado.

A parte autora aduz que “não obstante a diligência já tivesse sido concluída, a autoridade reclamada indeferiu o pedido”. Entende que “meras resoluções de órgãos do ministério público não possuem o condão de revogar lei federal ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal, nem tampouco acrescentar requisitos burocráticos não previstos em lei para condicionar o

acesso aos autos pelo investigado”. Afirma, ainda, que “a exigência de que o pedido de cópia seja feito de forma fundamentada e formalizado por defensor munido de procuração com poderes específicos é manifestamente teratológica, porquanto desborda do poder regulamentar do ministério público”. Sustenta, também, que o “§10 do art. 7º da Lei 8.906/94 não condiciona o acesso a autos sigilosos à existência de procuração com poderes específicos para tanto”. Argumenta ser “falsa a afirmação da autoridade reclamada de que o pedido foi endereçado ao ministério público do Estado do Paraná” e que “conforme se vê da decisão reclamada, as supostas ‘diligências em andamento’ se referem à análise do material apreendido”.

Ao final, formula pedido principal nos seguintes termos, in verbis:“Isto posto, requer-se liminarmente, após a minuciosa análise da

reclamação e da documentação que a instrui, a concessão da liminar para que seja desde logo franqueado o acesso aos autos de procedimento investigativo nº 06.2017.00006587-1, trâmite perante o ministério público de Porto União/SC, com as advertências previstas no art. 7º, §12 da Lei 8.906/94, ratificando-se no mérito a liminar concedida.”

A medida liminar requerida foi indeferida, tendo sido opostos embargos declaratórios em face dessa decisão

A autoridade reclamada prestou informações, tendo a Procuradoria-Geral da República se manifestado pela improcedência do pedido.

O Ministério Público do Estado de Santa Cataria apresentou, também, manifestação no sentido do prejuízo da ação.

É o relatório. DECIDO.Ab initio, consigno que a reclamação, por expressa determinação

constitucional, destina-se a preservar a competência desta Suprema Corte e a garantir a autoridade de suas decisões, ex vi do artigo 102, I, l, além de salvaguardar a estrita observância de preceito constante em enunciado de Súmula Vinculante, nos termos do artigo 103-A, § 3º, ambos da Constituição Federal. A propósito, a jurisprudência desta Suprema Corte fixou diversas condições para a utilização da via reclamatória, de sorte a evitar o uso promíscuo do referido instrumento processual. Disso resulta: i) a impossibilidade de utilização per saltum da reclamação, suprimindo graus de jurisdição; ii) a impossibilidade de se proceder a um elastério hermenêutico da competência desta Corte, por estar definida em rol numerus clausus; e iii) a observância da estrita aderência da controvérsia contida no ato reclamado e o conteúdo dos acórdãos desta Suprema Corte apontados como paradigma. Nesse sentido, in verbis:

“EMENTA AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. ADI 2.135-MC. LEI MUNICIPAL QUE ADOTOU A CLT COMO REGIME JURÍDICO. ADI 3.395-MC. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. AFRONTA. INEXISTÊNCIA. PRECEDENTES. A reclamação é ação autônoma de impugnação dotada de perfil constitucional, prevista no texto original da Carta Política de 1988 para a preservação da competência e garantia da autoridade das decisões do Supremo Tribunal Federal (art. 102, “l”, da Lei Maior), e, desde o advento da Emenda Constitucional nº 45/2004, é instrumento de combate a ato administrativo ou decisão judicial que contrarie ou indevidamente aplique súmula vinculante. Agravo regimental conhecido e não provido.” (Rcl 16.458-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Rosa Weber, DJe de 09/09/2014)

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. PROCESSO PENAL. DECISÃO MONOCRÁTICA. INEXISTÊNCIA DE ARGUMENTAÇÃO APTA A MODIFICÁ-LA. MANUTENÇÃO DA NEGATIVA DE SEGUIMENTO. OFENSA A PRONUNCIAMENTO DA CORTE. INOCORRÊNCIA. PEDIDO DE CONCESSÃO DE HABEAS CORPUS DE OFÍCIO. DESCABIMENTO. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. A inexistência de argumentação apta a infirmar o julgamento monocrático conduz à manutenção da decisão recorrida. 2. Diante da ausência de pronunciamento desta Corte nas Ações Cautelares 4.070 e 4.175 quanto aos requisitos autorizadores da prisão preventiva do ora reclamante, a imposição da aludida medida gravosa pelo Juízo singular não configura usurpação da competência ou desrespeito à autoridade deste Tribunal. 3. Afigura-se inviável o recebimento de reclamação como habeas corpus, ainda que a pretexto de analisar a possibilidade de concessão da ordem de ofício, se a suposta ilegalidade não é atribuída a autoridade diretamente sujeita à jurisdição desta Corte. Inconformismo que deve ser solucionado pelas vias próprias, sem que se reconheça ao interessado o direito subjetivo de, per saltum, socorrer-se da via reclamatória a fim de alcançar a submissão imediata da matéria ao crivo da Suprema Corte. 4. Agravo regimental desprovido.” (Rcl 25.509-AgR, Tribunal Pleno, Rel. Min. Edson Fachin, DJe de 18/08/2017, grifei)

“AGRAVO INTERNO EM RECLAMAÇÃO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. REGIME DA LEI 8.038/90 E CPC/73. PEDIDO FUNDADO EM JURISPRUDÊNCIA NÃO VINCULANTE E DIREITO OBJETIVO. 1. A reclamação dirigida a esta Corte só é cabível quando se sustenta usurpação de sua competência, ofensa à autoridade de suas decisões ou contrariedade a súmula vinculante (CRFB/1988, arts. 102, I, l, e 103-A, § 3º). No segundo caso, exige-se que o pronunciamento tenha efeito vinculante ou, ao menos, que tenha sido proferido em processo subjetivo no qual o reclamante figurou como parte, hipóteses não configuradas nos autos. Também não se admite alegação de afronta a direito objetivo. 2. Agravo interno desprovido.” (Rcl 14.745-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Roberto Barroso, Dje de 10/02/2017)

“RECLAMAÇÃO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO STF.

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 287

CAUSA DE PEDIR ESGOTADA PELA LIMINAR DEFERIDA NA RECLAMAÇÃO 23.457/PR, REFERENDADA PELO PLENÁRIO DESTA CORTE. OFENSA À AUTORIDADE DA DECISÃO PROFERIDA NA QUESTÃO DE ORDEM NO INQ 4.130. PROCESSO DE ÍNDOLE SUBJETIVA. RELAÇÃO PROCESSUAL NÃO INTEGRADA PELO RECLAMANTE. NÃO CABIMENTO. CONTRARIEDADE À SÚMULA VINCULANTE 24. CONTROVÉRSIA SOBRE A CORRETA TIPIFICAÇÃO PENAL DOS FATOS NARRADOS NA DECISÃO RECLAMADA. INVIABIABILIDADE. 1. A causa de pedir da presente reclamação – usurpação da competência do STF – foi esgotada, e a questão foi resolvida com a avocação dos autos de “Busca e Apreensão 500661729.2016.4.04.7000/PR” (e processos conexos) a esta Corte, nos termos da liminar deferida na Reclamação 23.457/PR, decisão referendada pelo Plenário em 31.3.2016. Com a submissão do procedimento, e demais conexos, ao crivo deste Supremo Tribunal Federal, qualquer invocação de nulidade haveria de ser apresentada diretamente ao relator naqueles autos respectivos, não sendo a reclamação, repita-se, a via adequada para tal fim. 2. O acórdão cuja autoridade se pretende preservar foi proferido no âmbito do Inquérito 4.130, no qual o agravante não é investigado. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é pacífica no sentido de ser incabível reclamação ajuizada para garantir a autoridade de decisão desprovida de efeito vinculante e proferida em processo de índole subjetiva cuja relação processual não foi integrada pelo reclamante. (Rcl 10.615-AgR, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, DJe de 14.6.2013; Rcl 4.381-AgR, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno, DJe de 5.8.2011). 3. O acolhimento da alegação de contrariedade à Súmula Vinculante 24 demandaria a análise da correta tipificação penal dos fatos narrados no ato reclamado, se crimes tributários ou não, controvérsia imprópria para a via da reclamação, cuja finalidade tem previsão constitucional taxativa. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.” (Rcl 23.357-ED, Segunda Turma, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe de 29/08/2016)

Com efeito, é imperioso destacar a orientação firmada pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a “necessidade de máximo rigor na verificação dos pressupostos específicos da reclamação constitucional, sob pena de seu desvirtuamento” (Rcl 6.735-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, DJ de 10/09/2010).

Impende consignar, ademais, o dever das instâncias julgadoras de prestigiarem o sistema jurisdicional estabelecido pelo Poder Constituinte, de modo que deve ser preservada a atuação dos demais órgãos do Poder Judiciário que, de igual forma, ostentam competências de envergadura constitucional, sob pena de se estimular a propositura de reclamações constitucionais manifestamente inadmissíveis. Destarte, dessume-se a indispensabilidade de observância da organicidade e dinâmica do direito. A respeito da necessidade de “correção de rumos”, bem discorreu o Ministro Marco Aurélio no voto proferido no HC n. 109.956, verbis:

“O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios, expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do alcance da Carta da República há de fazer-se de forma integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e aplicação do Direito que é sistemática.”

Desta sorte, imperativa se mostra a aplicação do entendimento adotado pelo Plenário desta Corte no sentido de que a utilização deste mecanismo constitucional não pode se convolar em atalho processual e, por via transversa, submeter qualquer demanda ao exame imediato pelo Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido, in verbis:

“Agravo Regimental em Reclamação. Decisão que negou, de plano, seguimento à Reclamação. Alegação de afronta ao enunciado da Súmula Vinculante nº 26 do Supremo Tribunal Federal. Inocorrência das hipóteses constitucionalmente previstas. Inadequação da Reclamação. Precedentes. Inviável o agravo regimental que se limita a reiterar os argumentos apresentados na inicial e já devidamente apreciados na decisão agravada. Ausentes os pressupostos legitimadores da reclamação, este remédio constitucional não pode ser utilizado como um atalho processual destinado à submissão imediata do litígio ao exame direto desta Suprema Corte, nem tampouco como sucedâneo recursal viabilizador do reexame do conteúdo do ato reclamado. Os precedentes que subsidiaram a elaboração da Súmula Vinculante nº 26, à exceção do HC 90.262/SP, rel. min. Eros Grau, são anteriores à edição da Lei 11.464/07 e, por óbvio, não trataram da aplicação retroativa da aludida Lei. Inadequação da hipótese descrita nos autos à Súmula Vinculante nº 26, razão por que incabível a reclamação. Agravo Regimental ao qual se nega provimento.” (Rcl 10.036-AgR, Tribunal Pleno, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe de 01/02/2012)

Deveras, o legislador ordinário previu, no artigo 927, I e II, do Código de Processo Civil, que os juízes e tribunais devem observar as decisões do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade e os enunciados de súmula vinculante. Impõe-se, por conseguinte, a interpretação conjunta dos artigos 927, 988 e seguintes do CPC.

A propósito, trago à colação o entendimento sufragado por esta Corte no sentido da imprescindibilidade do exaurimento da jurisdição ordinária antes do manejo da reclamação constitucional de competência do Supremo Tribunal Federal:

“Agravo regimental na reclamação. ADPF nº 130/DF e ADI nº 4.451/DF. Ausência de aderência estrita. Exame per saltum. Agravo regimental não provido. 1. As decisões na ADPF nº 130/DF e na ADI nº 4.451/DF-MC não constituem obstáculo ao acesso ao Poder Judiciário para a

proteção do direito à intimidade e à honra daquele cuja imagem ou nome tenham sido expressamente relacionados na matéria jornalística objeto da controvérsia no caso concreto. 2. A aderência estrita do objeto do ato reclamado ao conteúdo das decisões paradigmas é requisito de admissibilidade da reclamação constitucional. 3. Impossibilidade de utilização da reclamação constitucional como sucedâneo dos meios processuais adequados colocados à disposição da parte para submeter a questão ao Poder Judiciário, com o demérito de provocar o exame per saltum pelo STF de questão a ser examinada pelos meios ordinários e respectivos graus. 4. Agravo regimental não provido.” (Rcl 25.596-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 1/8/2017)

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. EXTENSÃO DO PRÊMIO DE DESEMPENHO INDIVIDUAL AOS INATIVOS. SÚMULA VINCULANTE 20. PRECEDENTES DA REPERCUSSÃO GERAL. ADERÊNCIA ESTRITA ENTRE O ATO RECLAMADO E O PARADIGMA APONTADO. INEXISTÊNCIA. 1. Inexiste a indispensável pertinência estrita entre o ato reclamado e o parâmetro de controle, sendo incabível o manejo de reclamação no presente caso. Precedentes. 2. Não bastasse, a reclamação não se presta a funcionar como sucedâneo recursal, sendo certo ainda, nessa perspectiva, que não cabe ao Supremo Tribunal Federal a imediata revisão do acerto ou desacerto de decisões proferidas pelo Juízo singular. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.” (Rcl 26.154-AgR, Rel. Min. Edson Fachin, Segunda Turma, DJe de 30/8/2017)

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. DECISÃO PROFERIDA NA ADI 3.395-MC. AFRONTA. INOCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DE IDENTIDADE DE OBJETO ENTRE O ATO IMPUGNADO E A DECISÃO INDICADA COMO DESRESPEITADA. O manejo de reclamação é restrito às hipóteses expressamente previstas nos arts. 102, I, “l”, e 103-A, § 3º, da Constituição da República - incabível a utilização desse instrumento como sucedâneo de recurso ou atalho processual. O Tribunal de origem se limitou a registrar, ao exame de recurso interposto pelo Município em fase de execução, a competência da Justiça do Trabalho para executar as decisões proferidas por aquela Justiça Especializada. Ausência de identidade de objeto entre o ato impugnado e a decisão indicada como desrespeitada. Agravo regimental conhecido e não provido.” (Rcl 18.020-AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 18/4/2016)

“Agravo regimental na reclamação. Utilização da reclamação para análise per saltum da matéria. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, ao qual se nega provimento. 1. A reclamação não tem como função primária resolver conflitos subjetivos, mas sim manter a autoridade do órgão jurisdicional, ainda que, indiretamente, isso seja alcançado. 2. Não se admite o uso da reclamação por alegada ofensa à autoridade do STF e à eficácia de decisão proferida em processo de índole subjetiva quando a parte reclamante não figurar como sujeito processual nos casos concretos versados no paradigma. 3. Impossibilidade de utilização da reclamação constitucional como sucedâneo dos meios processuais adequados colocados à disposição da parte para submeter a questão ao Poder Judiciário, com o demérito de provocar o exame per saltum pelo STF de questão a ser examinada pelos meios ordinários e respectivos graus. 4. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, ao qual se nega provimento.” (Rcl 22.704-ED, Rel. Min. Dias Toffoli, Segunda Turma, DJe de 2/5/2016)

“RECLAMAÇÃO – ATO JUDICIAL MONOCRÁTICO DA PRESIDÊNCIA DO ÓRGÃO JUDICIÁRIO RECLAMADO QUE NEGA SEGUIMENTO AO APELO EXTREMO, AO APLICAR ENTENDIMENTO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL FIRMADO EM SEDE DE REPERCUSSÃO GERAL – ALEGADA USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DESTA CORTE SUPREMA – INOCORRÊNCIA – NECESSIDADE DE PRÉVIO E EFETIVO EXAURIMENTO DAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS – INADEQUAÇÃO, NO CASO, DA UTILIZAÇÃO DA RECLAMAÇÃO, QUE, ADEMAIS, NÃO SE QUALIFICA COMO SUCEDÂNEO DE AÇÃO RESCISÓRIA, DE RECURSOS OU DE AÇÕES JUDICIAIS EM GERAL – INCOGNOSCIBILIDADE DO INSTRUMENTO RECLAMATÓRIO RECONHECIDA PELA DECISÃO AGRAVADA – INTERPOSIÇÃO DE RECURSO DE AGRAVO – PARECER DA PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA PELO NÃO PROVIMENTO DESSA ESPÉCIE RECURSAL – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.” (Rcl 24.385-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Celso de Mello, DJe de 18/09/2017)

Em suma, cumpre registrar que a via eleita “não se qualifica como sucedâneo recursal nem configura instrumento viabilizador do reexame do conteúdo do ato reclamado ou sucedâneo de outras ações cabíveis, eis que tal finalidade revela-se estranha à destinação constitucional subjacente à instituição desse instrumento constitucional” (Rcl 4.381-AgR, Tribunal Pleno, Rel. Min. Celso de Mello, DJ de 05/08/2011).

Por oportuno, esclareço que não consta do rol constitucional, a admissibilidade de reclamação para que observe o texto normativo da Constituição ou de Lei. Para isso, o constituinte previu, respectivamente, o recurso extraordinário e o especial.

Demais disso, esta Corte sufraga o entendimento no sentido da inadmissibilidade da via reclamatória para a insurgência que tome por parâmetro o direito objetivo, bem como na qualidade de instrumento de controle da validade constitucional de atos normativos. Nesse sentido, in verbis:

“RECLAMAÇÃO – ALEGADO DESRESPEITO À DECISÃO QUE O

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 288

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PROFERIU NO JULGAMENTO DA ADI 2.135-MC/DF – INOCORRÊNCIA – ATO EM TESE – INADEQUAÇÃO DO EMPREGO DA RECLAMAÇÃO COMO SUCEDÂNEO DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE – INVIABILIDADE DO EMPREGO DESSA MEDIDA PROCESSUAL COMO INSTRUMENTO DE CONTROLE ABSTRATO DA VALIDADE CONSTITUCIONAL DE LEIS OU ATOS NORMATIVOS EM GERAL – PRECEDENTES – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. – Não se revelam sindicáveis, pela via jurídico-processual da reclamação, os atos em tese, assim considerados aqueles – como as leis ou os seus equivalentes constitucionais – que dispõem sobre situações gerais e impessoais, que têm alcance genérico e que disciplinam hipóteses neles abstratamente previstas. Precedentes. – O instrumento processual da reclamação não se qualifica como sucedâneo da ação direta de inconstitucionalidade, não podendo ser utilizado, em consequência, como instrumento de controle abstrato da validade constitucional das leis e dos atos normativos em geral. Precedentes.” (Rcl 25.347-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Celso de Mello, DJe de 10/05/2017)

“AGRAVO INTERNO EM RECLAMAÇÃO. REGIME DA LEI 8.038/90 E CPC/73. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DA DECISÃO AGRAVADA. ADERÊNCIA ESTRITA NÃO CONFIGURADA. RPV. ADI 1.662 E ADI 3.057. 1. É inviável recurso que não impugna todos os fundamentos da decisão agravada. 2. Não cabe reclamação por alegação de afronta a direito objetivo. A via exige necessariamente relação de estrita aderência entre o ato reclamado e o paradigma invocado. Precedentes. 3. Agravo interno desprovido.” (Rcl 4.674-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe de 07/08/2017)

In casu, sobressai da narrativa do reclamante a insurgência contra atos praticados pelo Ministério Público do Estado de Santa Catarina, em evidente demonstração de inocorrência do devido exaurimento das instâncias ordinárias, porquanto deveria ter ocorrido primeiro a insurgência em face do Tribunal local.

Noutro giro, verifico que, in casu, a irresignação dos reclamantes não merece acolhida. Isso porque os entendimentos adotados nos atos reclamados não constituem atos que ofendam a tese firmada no enunciado 14 da Súmula Vinculante do Supremo Tribunal Federal o qual estabelece, in verbis:

“É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa”.

Em suas informações, a autoridade reclamada esclareceu que, in verbis:

“Os reclamantes defendem, em suma, que o Ministério Público de Santa Catarina, ao indeferir o acesso dos investigados aos autos do Procedimento Investigatório Criminal n. 06.2017.00006587-1, violou as prerrogativas dos advogados previstas na Lei n. 8.906/94 (Estatuto da Advocacia), bem como o disposto na Súmula Vinculante n. 14. Ao analisar o despacho atacado, proferido por membro do MPSC atuante na 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Porto União, verifica-se que o indeferimento do pedido de acesso aos autos sigilosos se deu por quatro motivos: 1) inexistência de poderes especiais dos interessados para o acesso pretendido (ausência de procuração ou procuração genérica); 2) falta de fundamentação para o pedido de cópia; 3) petição com endereçamento ao Ministério Público de União da Vitória no Paraná, com número diverso do procedimento instaurado em Porto União/SC; e 4) existência de diligências pendentes que seriam prejudicadas pela publicidade, em especial, para a realização de relatório preliminar dos materiais apreendidos no mandado de busca e apreensão n. 0000129-73.2018.8.24.0052. Recomendou-se, assim, em conformidade com o entendimento da equipe do GAECO, a manutenção do sigilo por mais 30 (trinta) dias.

Não se desconhece que, em regra, os procedimentos investigatórios são públicos, podendo ser decretado seu sigilo somente quando houver risco de comprometimento da eficiência, da eficácia ou da finalidade das diligências (conveniência da investigação), quando necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade (interesse público), ou ainda para preservar a intimidade da vítima.

Ademais, são prerrogativas do advogado “examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital” (art. 7º, inciso XIV, da Lei n. 8.906/94).

Nessa toada, o Supremo Tribunal Federal expediu o enunciado sumular vinculante n. 14, verbis: 'É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.’

Ocorre que, mesmo sendo direito do advogado examinar procedimentos investigatórios, sem procuração, o § 10 do artigo 7º do Estatuto da OAB traz uma exceção, qual seja: 'Nos autos sujeitos a sigilo, deve o advogado apresentar procuração para o exercício dos direitos de que trata o inciso XIV.’

[…]

Com efeito, constata-se que embora haja a prerrogativa de permissão de acesso aos autos para os advogados, mesmo sem procuração, esse direito não é absoluto, exigindo-se que nos procedimentos abarcados pelo sigilo, apenas o advogado constituído, com procuração com poderes especiais, será permitido o acesso. Especificamente sobre os procedimentos investigatórios criminais, presididos pelo Ministério Público, sua regulamentação, em total isonomia com as dizeres previstos no Estatuto da OAB e na Súmula Vinculante n. 14, está disciplinada pela Resolução 181/2017, com alteração pela Resolução 183/2018, do CNMP, senão vejamos:

Art. 15. Os atos e peças do procedimento investigatório criminal são públicos, nos termos desta Resolução, salvo disposição legal em contrário ou por razões de interesse público ou conveniência da investigação.

Parágrafo único.A publicidade consistirá:I – na expedição de certidão, mediante requerimento do investigado,

da vítima ou seu representante legal, do Poder Judiciário, do Ministério Público ou de terceiro diretamente interessado;

II – no deferimento de pedidos de extração de cópias, com atenção ao disposto no § 1º do art. 3º desta Resolução e ao uso preferencial de meio eletrônico, desde que realizados de forma fundamentada pelas pessoas referidas no inciso I, pelos seus procuradores com poderes específicos ou por advogado, independentemente de fundamentação, ressalvada a limitação de acesso aos autos sigilosos a defensor que não possua procuração ou não comprove atuar na defesa do investigado;

III – no deferimento de pedidos de vista, realizados de forma fundamentada pelas pessoas referidas no inciso I ou pelo defensor do investigado, pelo prazo de 5 (cinco) dias ou outro que assinalar fundamentadamente o presidente do procedimento investigatório criminal, com atenção à restrição de acesso às diligências cujo sigilo tenha sido determinado na forma do § 4º do art. 9º desta Resolução;

IV – na prestação de informações ao público em geral, a critério do presidente do procedimento investigatório criminal, observados o princípio da presunção de inocência e as hipóteses legais de sigilo.

Art. 16. O presidente do procedimento investigatório criminal poderá decretar o sigilo das investigações, no todo ou em parte, por decisão fundamentada, quando a elucidação do fato ou interesse público exigir, garantido o acesso aos autos ao investigado e ao seu defensor, desde que munido de procuração ou de meios que comprovem atuar na defesa do investigado, cabendo a ambos preservar o sigilo sob pena de responsabilização.

Paragrafo único. Em caso de pedido da parte interessada para a expedição de certidão a respeito da existência de procedimentos investigatórios criminais, é vedado fazer constar qualquer referência ou anotação sobre investigação sigilosa. (sem grifo no original)

De igual forma, no âmbito do Ministério Público de Santa Catarina, o PIC é regulamentado pelo Ato nº 001/2012/PGJ/CGMP, conforme demonstrado na decisão objurgada.

In casu, ao analisar as procurações anexadas pelos reclamantes, percebe-se que são procurações genéricas ou que são relacionadas ao processo judicial que determinou o mandado de busca e apreensão contra os investigados. Evidente, portanto, que as procurações juntadas pelos reclamantes, outorgando o direito de representação aos advogados subscritores desta reclamação, não se referem, em nenhum momento, ao Procedimento Investigatório Criminal n. 06.2017.00006587-1, o qual se deseja o acesso.

Ressalta-se que a necessidade de procuração com poderes especiais para o advogado ter acesso aos procedimentos investigatórios sigilosos ocorre em virtude da proteção ao investigado, pois somente seu advogado constituído poderá ter a permissão de acesso aos autos sigilosos.

[...]Salienta-se, inclusive, que ao contrário do exigido nos procedimentos

investigatórios não acobertados pelo sigilo, em que o exame das peças é permitido aos causídicos sem procuração e, portanto, mesmo que não seja advogado de algum investigado, nos procedimentos de investigação criminal sigilosos, só é autorizado o acesso do advogado plenamente constituído e, por consequência lógica, que esteja defendendo algum investigado neste PIC.

Se não bastasse, além de não existirem poderes especiais para o acesso pretendido, os interessados (investigados) não fundamentaram o pedido de cópia, conforme determinado pelo inciso II do artigo 15 da Resolução 181/2017 do CNMP.

advogado de algum investigado, nos procedimentos de investigação criminal sigilosos, só é autorizado o acesso do advogado plenamente constituído e, por consequência lógica, que esteja defendendo algum investigado neste PIC. Se não bastasse, além de não existirem poderes especiais para o acesso pretendido, os interessados (investigados) não fundamentaram o pedido de cópia, conforme determinado pelo inciso II do artigo 15 da Resolução 181/2017 do CNMP.

Evidente, portanto, que a decisão que indeferiu o acesso dos reclamantes ao PIC em epígrafe pelos fundamentos acima elencados, se mostra irretocável. No tocante ao fundamento da decisão de que existiria diligências pendentes, melhor sorte não socorre os reclamantes.

Isso porque é entendimento pacífico no âmbito dos Tribunais Superiores que existindo diligências pendentes de realização ou que ainda

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 289

estão em andamentos, como no caso dos autos, o acesso aos autos não deve ser permitido.

[…]De fato, conforme se depreende do despacho atacado, o sigilo ao

procedimento investigatório criminal deve ser mantido em razão da existência de diligências ainda pendentes que seriam prejudicadas pela publicidade.

O fato de os reclamantes aduzirem que as diligências pendentes se referem a análise do material apreendido através do mandado de busca e apreensão determinado nos autos n. 0000129-73.2018.8.24.0052, não demonstra que estas diligências já teriam sido realizadas.

Isso porque, em concordância com o entendimento da equipe do GAECO, julgou-se necessário a manutenção do sigilo por, no mínimo, 30 (trinta) dias para a produção do Relatório Preliminar sobre os materiais apreendidos.

Destaca-se, outrossim, que o despacho de indeferimento do acesso é datado de 29 de janeiro de 2018, circunstância que pode até prejudicar a análise da presente reclamação, porquanto já se passados mais de 30 (trinta) dias do indeferimento do pedido, havendo a possibilidade que as diligências pendentes já tenham sido realizadas.

Salienta-se, ainda, que os reclamantes não trouxeram qualquer elemento que pudesse demonstrar a desnecessidade de elaboração deste relatório preliminar sobre os materiais apreendidos, característica obrigatória na ação de reclamação prevista nos artigos 988 e seguintes do Código de Processo Civil, pois inválida a produção de provas nestas ações (art. 988, § 2º, do CPC).

Por fim, observa-se que o próprio texto da Súmula Vinculante n. 14, pelo qual os reclamantes alegam a violação, dispõe que o defensor tem permissão de acesso aos elementos de prova, no interesse do representado, caso esses elementos já tenham sido documentados no procedimento investigatório, o que, nitidamente, não é a situação dos autos.”

Deveras, o direito de acesso aos dados de investigação não é absoluto, porquanto o legislador ordinário trouxe temperamentos a essa prerrogativa, consoante se infere da exegese do artigo 7º, §§ 10 e 11, da lei 8.906/94 – Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil - OAB, com a redação conferida pela Lei 13.245/2016, in litteris:

“Art. 7º São direitos do advogado: […]XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir

investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital”

[…]§ 10. Nos autos sujeitos a sigilo, deve o advogado apresentar

procuração para o exercício dos direitos de que trata o inciso XIV.§ 11. No caso previsto no inciso XIV, a autoridade competente poderá

delimitar o acesso do advogado aos elementos de prova relacionados a diligências em andamento e ainda não documentados nos autos, quando houver risco de comprometimento da eficiência, da eficácia ou da finalidade das diligências.”

Assim, o espectro de incidência do Enunciado 14 da Súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal não abrange diligências ainda em andamento e elementos ainda não documentados, mormente se considerados os dispositivos legais supramencionados, além de se fazer necessária a apresentação de procuração nas hipóteses de autos sujeitos a sigilo.

Esse entendimento encontra amparo na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, verbis:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. ALEGADA OFENSA À SÚMULA VINCULANTE 14. DILIGÊNCIA AINDA EM ANDAMENTO. CONTRADIÇÃO ENTRE ATO RECLAMADO E AS INFORMAÇÕES PRESTADAS. IRRELEVÂNCIA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Diligências ainda em andamento não estão contempladas pelo teor da súmula vinculante 14. 2. A contradição suscitada pelo agravante entre o ato reclamado e as informações prestadas não é relevante, pois ainda subsiste o argumento de que as diligências encontram-se em andamento. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.” (Rcl 22.062-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe de 20/05/2016)

“RECLAMAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO À SÚMULA VINCULANTE 14. INEXISTÊNCIA. TERMOS DE COLABORAÇÃO PREMIADA QUE NÃO DIZEM RESPEITO À ACUSAÇÃO À QUAL RESPONDE O RECLAMANTE. DEPOIMENTOS CUJO CONTEÚDO ENCONTRAVA-SE SUBMETIDO AO SIGILO DO ART. 7º DA LEI 12.850/2013. NÃO EVIDENCIADA A PRÁTICA DE ATOS VIOLADORES AO ENUNCIADO SUMULAR VINCULANTE. RECURSO DESPROVIDO. 1. O enunciado sumular vinculante 14 assegura ao defensor legalmente constituído o direito de acesso às “provas já produzidas e formalmente incorporadas ao procedimento investigatório, excluídas, consequentemente, as informações e providências investigatórias ainda em curso de execução e, por isso mesmo, não documentados no próprio inquérito ou processo judicial” (HC 93.767, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, DJe de 01-04-2014). 2. O conteúdo dos depoimentos pretendidos pelo reclamante, embora posteriormente tornado público e à disposição, encontrava-se, à época do ato reclamado, submetido a sigilo, nos termos do art. 7º da Lei 12.850/2013, regime esse que visa, segundo a lei de regência, a dois

objetivos básicos: (a) preservar os direitos assegurados ao colaborador, dentre os quais o de “ter nome, qualificação, imagem e demais informações pessoais preservados” (art. 5º, II) e o de “não ter sua identidade revelada pelos meios de comunicação, nem ser fotografado ou filmado, sem sua prévia autorização por escrito” (art. 5º, V, da Lei 12.850/2013); e (b) “garantir o êxito das investigações” (art. 7º, § 2º e art. 8, § 3º). 3. Enquanto não instaurado formalmente o inquérito propriamente dito acerca dos fatos declarados, o acordo de colaboração e os correspondentes depoimentos estão sujeitos a estrito regime de sigilo. Instaurado o inquérito, “o acesso aos autos será restrito ao juiz, ao Ministério Público e ao delegado de polícia, como forma de garantir o êxito das investigações, assegurando-se ao defensor, no interesse do representado, amplo acesso aos elementos de prova que digam respeito ao exercício do direito de defesa, devidamente precedido de autorização judicial, ressalvados os referentes às diligências em andamento” (art. 7º, § 2º). Assegurado, como assegura, o acesso do investigado aos elementos de prova carreados na fase de inquérito, o regime de sigilo consagrado na Lei 12.850/2013 guarda perfeita compatibilidade com a Súmula Vinculante 14. Agravo regimental a que se nega provimento.” (Rcl 22.009-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe de 12/05/2016)

Impende salientar, ainda, que os atos públicos e as informações prestadas pelas autoridades possuem a presunção relativa de validade e veracidade inerentes ao bom funcionamento da máquina administrativa. Nesse sentido, verbis:

“RECLAMAÇÃO – ALEGADO DESRESPEITO AO ENUNCIADO CONSTANTE DA SÚMULA VINCULANTE Nº 14/STF – INOCORRÊNCIA – ELEMENTOS INFORMATIVOS PRODUZIDOS PELA AUTORIDADE JUDICIÁRIA RECLAMADA QUE ATESTAM O PLENO ACESSO DOS ADVOGADOS CONSTITUÍDOS AOS AUTOS DA PERSECUÇÃO PENAL – PRESUNÇÃO “JURIS TANTUM” DE VERACIDADE DESSAS INFORMAÇÕES OFICIAIS – INEXISTÊNCIA DA NECESSÁRIA RELAÇÃO DE IDENTIDADE ENTRE A MATÉRIA VERSADA NA DECISÃO OBJETO DA RECLAMAÇÃO E OS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE AO PARADIGMA DE CONFRONTO INVOCADO PELA PARTE RECLAMANTE – INADMISSIBILIDADE, NO CASO, DO INSTRUMENTO RECLAMATÓRIO – INADEQUAÇÃO, ADEMAIS, DO EMPREGO DA RECLAMAÇÃO COMO SUCEDÂNEO RECURSAL – PRECEDENTES – PARECER DA PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA PELA IMPROCEDÊNCIA DA RECLAMAÇÃO – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.” (Rcl 21.832-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Celso de Mello, DJe de 01/02/2016).

“AGRAVO REGIMENTAL NA SUSPENSÃO DE LIMINAR. EXECUÇÃO DE SENTENÇA EM AÇÃO DE DESAPROPRIAÇÃO. INTERESSE PÚBLICO MANIFESTO. ÁREA ENCRAVADA EM ESPAÇO DA RESERVA INDÍGENA IBIRAMA-LA KLANÓ, RECONHECIDA POR PORTARIA DO MINISTRO DA JUSTIÇA. PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO DE ÁREA DA UNIÃO. GRAVE LESÃO À ECONOMIA PÚBLICA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. I - A natureza excepcional da contracautela permite tão somente juízo mínimo de delibação sobre a matéria de fundo e análise do risco de grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas. Controvérsia sobre matéria constitucional evidenciada e risco de lesão à economia pública comprovado. Interesse público que justifica o manejo do pedido de suspensão de liminar na fase de execução de sentença. II - Decisão agravada que constatou à época grave lesão à economia pública, diante da temeridade de levantamento de vultosa quantia dos cofres públicos. Interesse público manifesto. III - Desapropriação de área encravada em espaço demarcado como reserva indígena pela Portaria do Ministério da Justiça 1.128/03, cuja validade está sendo discutida na ACO 1.100 (Relator Ministro Ricardo Lewandowski). IV - A demarcação de terra indígena é ato meramente formal, que apenas reconhece direito preexistente e constitucionalmente assegurado (art. 231 da CF). Os atos administrativos gozam de presunção de legitimidade e veracidade, não afastada na hipótese. Necessidade de aguardar a análise da validade da portaria ministerial. V - Agravo regimental a que se nega provimento.” (SL 610-AgR, Tribunal Pleno, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe de 04/03/2015)

Com efeito, verifico que não se negou à defesa o direito de acesso a autos de investigação fora das balizas interpretativas conferidas por esta Corte Suprema, razão pela qual não merece prosperar o presente intento reclamatório.

Ainda, cabe rememorar que esta Corte, no Exame do RE 593.727, Tema 184 da Repercussão Geral, fixou a tese de que “o Ministério Público dispõe de competência para promover, por autoridade própria, e por prazo razoável, investigações de natureza penal, desde que respeitados os direitos e garantias que assistem a qualquer indiciado ou a qualquer pessoa sob investigação do Estado, observadas, sempre, por seus agentes, as hipóteses de reserva constitucional de jurisdição e, também, as prerrogativas profissionais de que se acham investidos, em nosso País, os Advogados (Lei 8.906/94, artigo 7º, notadamente os incisos I, II, III, XI, XIII, XIV e XIX), sem prejuízo da possibilidade – sempre presente no Estado democrático de Direito – do permanente controle jurisdicional dos atos, necessariamente documentados (Súmula Vinculante 14), praticados pelos membros dessa instituição”. A propósito, in verbis:

“Repercussão geral. Recurso extraordinário representativo da controvérsia. Constitucional. Separação dos poderes. Penal e processual penal. Poderes de investigação do Ministério Público. 2. Questão de ordem arguida pelo réu, ora recorrente. Adiamento do julgamento para colheita de

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parecer do Procurador-Geral da República. Substituição do parecer por sustentação oral, com a concordância do Ministério Público. Indeferimento. Maioria. 3. Questão de ordem levantada pelo Procurador-Geral da República. Possibilidade de o Ministério Público de estado-membro promover sustentação oral no Supremo. O Procurador-Geral da República não dispõe de poder de ingerência na esfera orgânica do Parquet estadual, pois lhe incumbe, unicamente, por expressa definição constitucional (art. 128, § 1º), a Chefia do Ministério Público da União. O Ministério Público de estado-membro não está vinculado, nem subordinado, no plano processual, administrativo e/ou institucional, à Chefia do Ministério Público da União, o que lhe confere ampla possibilidade de postular, autonomamente, perante o Supremo Tribunal Federal, em recursos e processos nos quais o próprio Ministério Público estadual seja um dos sujeitos da relação processual. Questão de ordem resolvida no sentido de assegurar ao Ministério Público estadual a prerrogativa de sustentar suas razões da tribuna. Maioria. 4. Questão constitucional com repercussão geral. Poderes de investigação do Ministério Público. Os artigos 5º, incisos LIV e LV, 129, incisos III e VIII, e 144, inciso IV, § 4º, da Constituição Federal, não tornam a investigação criminal exclusividade da polícia, nem afastam os poderes de investigação do Ministério Público. Fixada, em repercussão geral, tese assim sumulada: “O Ministério Público dispõe de competência para promover, por autoridade própria, e por prazo razoável, investigações de natureza penal, desde que respeitados os direitos e garantias que assistem a qualquer indiciado ou a qualquer pessoa sob investigação do Estado, observadas, sempre, por seus agentes, as hipóteses de reserva constitucional de jurisdição e, também, as prerrogativas profissionais de que se acham investidos, em nosso País, os Advogados (Lei 8.906/94, artigo 7º, notadamente os incisos I, II, III, XI, XIII, XIV e XIX), sem prejuízo da possibilidade – sempre presente no Estado democrático de Direito – do permanente controle jurisdicional dos atos, necessariamente documentados (Súmula Vinculante 14), praticados pelos membros dessa instituição”. Maioria. 5. Caso concreto. Crime de responsabilidade de prefeito. Deixar de cumprir ordem judicial (art. 1º, inciso XIV, do Decreto-Lei nº 201/67). Procedimento instaurado pelo Ministério Público a partir de documentos oriundos de autos de processo judicial e de precatório, para colher informações do próprio suspeito, eventualmente hábeis a justificar e legitimar o fato imputado. Ausência de vício. Negado provimento ao recurso extraordinário. Maioria.” (RE 593.727, Tribunal Pleno, Rel. p/ Acórdão: Min. Gilmar Mendes, DJe de 08/09/2015)

Deveras, não há dissonância entre os atos reclamados e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, porquanto o pedido formulado pela defesa não era passível de atendimento. A propósito, cumpre transcrever trecho do Parecer elaborado pelo membro do Ministério Público Federal, in verbis:

“No caso, conforme informou o MPSC, 'ao analisar as procurações anexadas pelos reclamantes, percebe-se que são procurações genéricas ou que são relacionadas ao processo judicial que determinou o mandado de busca e apreensão contra os investigados' (f. 60). Acrescentou ainda que 'as procurações juntadas pelos reclamantes, outorgando o direito de representação aos advogados subscritores desta reclamação, não se referem, em nenhum momento, ao Procedimento Investigatório Criminal n. 06.2017.00006587-1' (f. 60-61).

Disciplinando o tema acerca da publicidade do procedimento investigatório criminal a cargo do Ministério Público, o art. 16 da Resolução CNMP n.º 181, de 7 de agosto de 2017, com redação dada pela Resolução nº 183, de 24 de janeiro de 2018, determina que 'O presidente do procedimento investigatório criminal poderá decretar o sigilo das investigações, no todo ou em parte, por decisão fundamentada, quando a elucidação do fato ou interesse público exigir, garantido o acesso aos autos ao investigado e ao seu defensor, desde que munido de procuração ou de meios que comprovem atuar na defesa do investigado, cabendo a ambos preservar o sigilo sob pena de responsabilização'.

Não obstante a desnecessidade de procuração com poderes específicos, é necessário que o defensor realmente comprove atuar na defesa do investigado e, n o caso, as procurações apresentadas pelos causídicos não comprovaram sua atuação na defesa dos investigados em relação ao PIC que postulou acesso. Além disso, o erro cometido pelos advogados ao indicar procedimento diverso em sua petição acabou por também prejudicar o deferimento do pedido.

Outrossim, o pedido de extração de cópias também foi negado porque ainda existiam diligências sigilosas pendentes de conclusão, o que também impede o acesso aos autos do PIC.

[…]A reclamação, portanto, é improcedente, pois devidamente justificado

o indeferimento do pedido de extração de cópia do PIC naquele momento. É fato que, concluídas as diligências sigilosas, o acesso aos autos já

documentados no PIC deverá ser franqueado aos investigados e seus defensores. Quanto ao ponto, todavia, conforme consignou o MPSC em suas informações, é até provável que a presente reclamação esteja prejudicada, pois 'o despacho de indeferimento do acesso é datado de 29 de janeiro de 2018, [….], porquanto já se passados mais de 30 (trinta) dias do indeferimento do pedido, havendo a possibilidade que as diligências pendentes já tenham sido realizadas' (f. 65).“

Ademais, saliento que a aderência entre o objeto do ato reclamado e o enunciado de súmula vinculante que se reputa violado é requisito de

admissibilidade da reclamação perante o Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido, ad litteram:

“Agravo regimental na reclamação. Súmula Vinculante nº 10. Norma anterior à Constituição Federal de 1988. Juízo de não recepção. Debate acerca da eficácia da norma da Constituição estadual. Ausência de identidade de temas. Agravo regimental não provido. 1. A aderência estrita do objeto do ato reclamado ao conteúdo das decisões paradigmas é requisito de admissibilidade da reclamação constitucional. 2. A edição de enunciado com força vinculante pela Suprema Corte acerca de sua jurisprudência pressupõe “reiteradas decisões sobre matéria constitucional” (art. 103-B, caput, da CF/88), razão pela qual a compreensão do paradigma perpassa pelo conteúdo dos atos decisórios anteriores da Suprema Corte acerca do tema. 3. Não há no STF “reiteradas decisões” sobre a obrigatoriedade de os tribunais respeitarem o art. 97 da CF/88 para declarar a não recepção de norma editada anteriormente à vigência da Constituição Federal de 1988 pelo novo ordenamento constitucional, matéria, ademais, pendente de julgamento pela sistemática da repercussão geral. 4. Os efeitos do reconhecimento da sistemática da repercussão geral ocorrem em sede recursal própria da Suprema Corte, nos termos do § 3º do art. 102 da CF/88 e dos arts. 543-A e 543-B do CPC. 5. O debate acerca da possibilidade de integração do art. 76 da Constituição do Estado de São Paulo por normas que dispõem sobre o Ministério Público ou por dispositivo inscrito em diploma normativo de caráter infralegal (art. 13, I, K, do regimento Interno do TJ/SP), a fim de que produza eficácia plena para estabelecer foro por prerrogativa de função a membro da magistratura, ainda que proposto com fundamentos extraídos da Constituição Federal, não possui identidade com o enunciado editado a fim de fazer prevalecer a chamada “cláusula de reserva de plenário” (art. 97 da CF/88), que deve ser respeitada pelos tribunais quando, no exercício da jurisdição, precisem declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. 6. Agravo regimental não provido.” (Rcl 22.608-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 22/04/2016).

Além disso, o exame da pretensão autoral demanda o indevido incursionamento na moldura fática delineada nos autos. Desta sorte, cumpre ressaltar que a reclamação é ação inadequada para a valoração e exame minucioso do acervo fático probatório engendrado nos autos. Nesse sentido, trago à colação os seguintes precedentes:

“AGRAVO INTERNO. RECLAMAÇÃO. ALEGADA OFENSA À SÚMULA VINCULANTE 24. INEXISTÊNCIA NO CASO CONCRETO. 1. A instauração de inquérito policial para apurar outros crimes, além do previsto no art. 1º da Lei 8.137/1990, não ofende o estabelecido no que enunciado pela Súmula Vinculante 24. 2. Reclamação, cuja finalidade tem previsão constitucional taxativa, não admite o aprofundamento sobre matérias fáticas. 3. A concessão de habeas corpus ex officio pelo STF somente é cabível nas hipóteses em que ele poderia concedê-lo a pedido (art. 102, I, ‘i’, da Constituição Federal), sob pena de supressão de instância. 4. Agravo interno a que se nega provimento.” (Rcl 24.768-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Alexandre de Moraes, DJe de 01/09/2017)

“Embargos de declaração em agravo regimental em reclamação. 2. Direito Tributário. 3. Suposta afronta à decisão proferida na ADI 1.600. Alegação de que receitas omitidas, detectadas pelo fisco estadual, resultariam da atividade de transporte aéreo de passageiros. 4. Necessidade de análise do acervo probatório. Impossibilidade. 5. A reclamação não é via adequada para produção ou reexame de provas. Não cabimento. 6. Ausência de omissão, contradição ou obscuridade. 5. Não configuração de situação excepcional. Embargos protelatórios. Imposição de multa. 7. Embargos de declaração rejeitados.” (Rcl 21.690-AgR-ED, Segunda Turma, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 06/09/2017)

Oportuna, ainda, a referência à manifestação do Ministério Público do Estado de Santa Catarina, in verbis:

“Ocorre que, conforme os documentos anexos, este prazo já se expirou, os documentos já foram analisados e, portanto, já foi deferido o acesso ao referido PIC aos causídicos dos reclamantes.

Portanto, considerando que não há mais interesse processual inerente aos reclamantes, o Ministério Público do Estado de Santa Catarina requer a extinção do feito sem resolução do mérito, pela perda do objeto da ação, nos termos do artigo 485, inciso VI, do Código de Processo Civil.”

A situação narrada enseja a extinção do feito sem exame de mérito, mercê do não atendimento da condição da ação consubstanciada no interesse de agir. Nesse sentido, in verbis:

“RECLAMAÇÃO. ATOS RECLAMADOS ANTERIORES À DECISÃO DO TRIBUNAL. DESRESPEITO. INEXISTÊNCIA. FALTA DE LEGÍTIMO INTERESSE DE AGIR 1. Não se admite reclamação contra atos judiciais praticados antes da decisão desta Corte indicada como parâmetro de confronto. Não se pode dizer que as decisões reclamadas desrespeitaram um julgado que sequer existia à época em que praticadas, daí decorrendo falta de legítimo interesse de agir do autor para a reclamação. 2. Hipótese concreta em que, ademais, os atos questionados revelam-se harmônicos com o provimento judicial desta Corte na ação direta relacionada. Agravo regimental desprovido.” (Rcl 826-AgR, Tribunal Pleno, DJ de 02/05/2003)

Ex positis, NEGO SEGUIMENTO à presente Reclamação, com esteio no artigo 932, VIII, do CPC/2015, combinado com o artigo 161, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ficando prejudicado o pedido de liminar, restando prejudicados os embargos de declaração interpostos em face da decisão que indeferiu a medida liminar.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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Publique-se. Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro Luiz Fux Relator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 29.597 (1387)ORIGEM : 00277314120124013700 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : MARANHÃORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : CARLOS ROGERIO PENHA FREIREBENEF.(A/S) : FABIANA SA DE FRANCABENEF.(A/S) : MARINALVA CARVALHO ALENCARBENEF.(A/S) : MILTON DOS SANTOS LEMOS DA COSTABENEF.(A/S) : RENILDA MARIA SANTOS LOPESBENEF.(A/S) : ROBERTO CARLOS COSTA SANTOSBENEF.(A/S) : ROSANGELA PINHO DE MIRANDAADV.(A/S) : EDUARDO ALEXANDRE COSTA CORREA (5211/MA)ADV.(A/S) : MILTON RICARDO LUSO CALADO (5108/MA)ADV.(A/S) : THYENES DE OLIVEIRA CHAGAS CORRÊA (5114/MA)BENEF.(A/S) : JOANA MARIA BARBOSA DOS SANTOSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : MARIA DOS SANTOS CARVALHO VIEGASADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : ANA CRISTINA JORDAO DA SILVA BECKMANADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : ANDREA ARRAES DOS SANTOS JACINTHO LIMAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : VALTEISA BATISTA DE ARAUJOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : EULALIA FONSECAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : ELIAMI DE JESUS CANTANHEDE BERNARDESADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : FAGIANNY VIANA DE MIRANDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : MARIA DE FATIMA LOPES TEIXEIRAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : SONIA MARIA CASTELO DE ARAUJO LIMAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : SELMA LUCIA PINTO CARVALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : LUIZ CARLOS BELOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO. INCORPORAÇÃO AO VENCIMENTO DE SERVIDOR PÚBLICO DO REAJUSTE DE 13,23%. EXISTÊNCIA DE AFRONTA À SÚMULA VINCULANTE Nº 37. PRECEDENTES. JUÍZO DE PROCEDÊNCIA.

Vistos etc.1. Trata-se de reclamação constitucional ajuizada pela União, com

fundamento no art. 102, I, “l”, da Constituição Federal, contra decisão proferida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região no processo nº 0027731-41.2012.4.01.3700, em que deu provimento à apelação dos autores para julgar procedente o pedido e deferir o reajuste de vencimentos nos termos da Lei nº 10.698/2003 no percentual de 13,23%, sem prejuízo do reajuste concedido pela Lei nº 10.697/2003.

2. Consoante a inicial, trata-se, na origem, de ação ajuizada por Ana Cristina Jordão da Silva Beckman e outros, na qual objetivam a incorporação em seus vencimentos do percentual de 13,23%, sob o fundamento de que a Lei nº 10.698/2003, ao instituir vantagem pecuniária individual devida aos servidores públicos federais, concedeu revisão geral de remuneração com índices diferenciados, o que violaria o inciso X do artigo 37 da Constituição Federal e o princípio da isonomia.

4. Aponta que a ação foi julgada improcedente, sendo a sentença reformada pela Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

5. Argumenta que a decisão reclamada “ao estender o percentual de 13,23% a título de reajuste, o Juízo reclamado agiu como legislador positivo, incidindo em ofensa direta à Súmula Vinculante nº 37”, que assim dispõe:

“Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia.”

6. A medida liminar foi deferida para suspender os efeitos da decisão impugnada até a decisão final na presente reclamação.

7. Informações não prestadas pela autoridade reclamada.8. Contestação apresentada por Carlos Rogério Penha Freire,

Fabiana Sá de França, Joana Maria Barbosa dos Santos, Maria dos Santos Carvalho Viégas, Marinalva Carvalho Alencar, Milton dos Santos Lemos da Costa, Renilda Maria Santos Lopes, Roberto Carlos Costa Santos e

Rosângela Pinho de Miranda. 9. Dispenso a intimação da Procuradoria-Geral da República, em

razão do caráter repetitivo do litígio.É o relatório. Decido.1. A questão jurídica controvertida na presente reclamação

constitucional consiste na violação da Súmula Vinculante 37 por decisão judicial em que reconhecido o direito de servidor público ao reajuste salarial de 13,23%, calculado com base em interpretação Leis nº 10.697/03 e 10.698/03. O ato reclamado está assim fundamentado:

“[...]Sucedeu, porém, que na Arguição de Inconstitucionalidade suscitada

nos EIAC 0004423-13.2007.4.01.4100/R, de que foi relatora a Desembargadora NEUZA ALVES, julgada a 19 de março deste ano, a Corte Especial deste Tribunal declarou a inconstitucionalidade parcial do art. 10 da Lei n. 10.698/2003, reconhecendo que a Vantagem Pecuniária Individual, instituída nesse dispositivo legal, constituiu um aumento geral no percentual de 13,23% e não um abono em valor fixo, tendo afastado, inclusive, a aplicação da Súmula Vinculante na espécie.

O v. acórdão tem esta ementa:CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL.

ARGUIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. ART. 10 DA LEI N° 10.698/2003. REVISÃO GERAL DE REMUNERAÇÃO. DEFERIMENTO DA CHAMADA "VANTAGEM PECUNIÁRIA INDIVIDUAL". RECONHECIMENTO DA VIABILIDADE PROCESSUAL DO INCIDENTE. AFRONTA AO PRINCÍPIO DA ISONOMIA REVISIONAL. CONSTATAÇÃO. CONCESSÃO CAMUFLADA DE AUMENTOS SALARIAIS COM ÍNDICES DISTINTOS. COMPETÊNCIA PRIVATIVA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA RESTRITA À INICIATIVA DE LEI VOL TADA À REVISÃO GERAL PARA OS SERVIDORES DOS TRÊS PODERES. PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DAS NORMAS JURÍDICAS. ATRIBUIÇÃO DE SENTIDO COMPATÍVEL COM A CONSTITUIÇÃO FEDERAL. CONCESSÃO DA VPI COM VERBA ORÇAMENTÁRIA PREVISTA PARA A REVISÃO ANUAL. FINALIDADE REVISIONAL DA VANTAGEM EXPLÍCITA NA ORIGEM DE SUA NORMA INSTITUIDORA. EXTENSÃO DO MAIOR PERCENTUAL PARA OS DEMAIS SERVIDORES. EXTRAÇÃO DO CORRETO SENTIDO JÁ PRESENTE NA NORMA. SÚMULA VÍNCULANTE N° 37 DO STF. INAPLICABILIDADE. DECLARAÇÃO DE PARCIAL INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 10 DA LEI N° 10.698/2003.

1. Mesmo havendo decisão do Supremo Tribunal Federal pela inexistência de repercussão geral em recursos extraordinários que tratam do tema versado nos autos, não resta comprometida a análise da presente arguição de inconstitucionalidade. Com efeito, enquanto a Corte Suprema decidiu que a análise de eventual violação da Constituição Federal demandaria o exame prévio da Lei 10.698/2003, o que se afere no presente incidente é justamente se esse ditame teria encerrado violação direta ao Livro Regra.

2. As Leis na 10.697 e 10.698/2003 tiveram origem simultânea no âmbito da Presidência da República, tendo sido publicadas, ambas, em 03.07.2003. O primeiro ditame positivou a concessão do aumento linear de 1% para todos os servidores federais, e o segundo, a concessão da chamada "Vantagem Pecuniária Individual - VPI" com o valor único de R$59,87 para os mesmos destinatários.

3. Ocorre que o art. 37, X, da Constituição Federal, impõe a concessão da revisão geral de vencimentos para os servidores sempre na mesma data e sem distinção de índices, correspondendo, a criação da mencionada VPI, a uma afronta a essa impositiva diretriz constitucional.

4. Encerra evidente contradição a concessão de uma vantagem, dita individual, indistintamente em favor de todos os servidores públicos federais, ativos, inativos e pensionistas, sem a exigência de uma condição mínima que fosse, apta a permitir sua qualificação como vantagem da sobredita natureza.

5. A norma instituidora da VPI nasceu por iniciativa do Presidente da República, cuja competência para a deflagração de processo legislativo voltado à concessão de aumento para os servidores dos Três Poderes da União é restrita aos casos de deferimento da revisão geral de remuneração ou, no dizer do mestre Hely Lopes Meirelles, do chamado "aumento impróprio". Assim, a única forma de validação da VPI para os servidores dos Poderes Legislativo e Judiciário é a sua configuração como um instrumento de revisão geral de remuneração.

6. Não há que se argumentar que a extensão da VPI para os aludidos servidores é que se mostrou equivocada, devendo ser excutida de suas remunerações; essa premissa somente seria correta se fosse constatada a natureza de "aumento próprio" da parcela em comento. Aplicação do principio da conservação das normas jurídicas.

7. Como bem posto na Mensagem nº 207/2003 que deu inicio ao processo legislativo da VPI, ela foi criada com vistas à correção de distorções "remuneratórias", reduzindo a distância entre os valores da maior e da menor "remuneração".

8. A Lei Orçamentária de 2003 (Lei n° 10.640/2003) havia previsto apenas a concessão de revisão geral de remuneração para os servidores ativos, inativos, e pensionistas, incluindo em seus anexos as dotações especificas para esse reajuste. Todavia, em face da Lei n° 10.691/2003, também nascida por iniciativa do Poder Executivo, houve parcial anulação da dotação orçamentária original, retirando-se parte do numerário atinente à revisão geral para ser utilizado na concessão da VPI. Em outras palavras, a

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 292

VPI foi custeada com verba orçamentária inicialmente destinada pela LOA para a concessão da revisão geral de remuneração.

9. O Ministro do Planejamento à época da edição das Leis nº 10.697 e 10.698/2003 declarou, em entrevista oficial, que o Governo não estava satisfeito com o fato de ter de dar um reajuste linear limitado pelos valores disponibilizados para tanto; afirmou, assim, que os "reajustes" seriam diferenciados, e que para que isso ocorresse seria levado a cabo um "malabarismo" jurídico-orçamentário.

10. A Súmula Vinculante nº 37 do colendo STF não vem sendo aplicada nas hipóteses em que ocorra ofensa à Constituição Federal, consumada com a concessão de reajustes diferenciados para os servidores públicos. Além de disso, dito preceito não pode servir como escudo para as inconstitucionalidades praticadas pela Administração, sendo certo que a própria Corte Suprema descarta esse mau uso, como já o fez, por exemplo, nas discussões relativas à extensão da GDATe GDASST para os servidores inativos.

11. O art. 1° da Lei nº 10.331/2001, meramente regulamentador do art. 37, X, da CF/88, também foi afrontado pela Administração Federal, que por esta razão não pode invocar descumprimento à mencionada norma (art. 2°), de quilate ordinário, como circunstância impeditiva da necessária extensão do maior percentual a que correspondeu a VPI aos beneficiários que a receberam com repercussão percentual inferior.

12. Arguição de Inconstitucionalidade conhecida, declarando-se a parcial inconstitucionalidade do art. 1° da Lei nº 10.698/2003.

E nos termos do art. 359, caput, do Regimento Interno desta Corte, a declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato, afirmada pela Corte Especial, e a jurisprudência compendiada em súmula serão aplicadas aos feitos submetidos à Corte Especial, às seções ou às turmas, salvo quando aceita a proposta de revisão de súmula, razão pela qual deve ser adotada a VPI como reajuste geral no percentual de 13,23%, afastando-se, na espécie, a aplicação da parte final do art. 1° da Lei n. 10.698/2003, que fixou como valor único e não como percentual único referida vantagem.

Portanto, ao influxo da referida decisão da Corte Especial, é imperioso reconhecer o direito ao reajuste percentual de 13,23%, a partir de 01/05/2003, quando produziu efeitos financeiros a Lei n. 10.698, de 2003, cf. art. 4°”.

2. Verifico que o juízo reclamado reconheceu a servidor público o direito ao reajuste de seus vencimentos no percentual de 13,23%, sob a justificativa de que a vantagem pecuniária individual, instituída pela Lei nº 10.698/2003, configura reajuste geral discriminatório, concedido desacordo com o que estabelece o art. 37, X, da Constituição Federal, o qual veda a utilização de índices distintos na revisão geral anual de remuneração dos servidores.

3. O referido entendimento, porém, afronta a Súmula Vinculante 37, a qual espelha a reiterada jurisprudência desta Suprema Corte, antes consolidada na Súmula 339/STF, no sentido de que não cabe ao Poder Judiciário, apenas com fundamento no princípio da isonomia, aumentar vencimentos de servidores públicos. Compete, pois, ao Poder Legislativo, mediante lei específica, proceder a tal reajuste, a teor do art. 37, X, da Constituição Federal.

4. Anoto que a Segunda Turma desta Corte, em 31.5.2016, ao julgamento da Rcl 14.872, determinou a cassação de [...] todos os atos administrativos decorrentes de órgãos da Justiça do Trabalho que envolviam o pagamento dos 13,23% , sob o o entendimento de que a concessão de tal verba pelo Poder Judiciário com base no princípio da isonomia, sem qualquer amparo legal, viola o enunciado da Súmula Vinculante 37. Confira-se a ementa do referido julgado:

“Reclamação. 2. Direito Administrativo. 3. Servidores públicos. 4. Incorporação da vantagem referente aos 13,23%. Lei 10.698/2003. 5. Ações que visam à defesa do texto constitucional. O julgador não está limitado aos fundamentos jurídicos indicados pelas partes. Causa petendi aberta. 6. Órgão fracionário afastou a aplicação do dispositivo legal sem observância do art. 97 da CF (reserva de plenário). Interpretação conforme a Constituição configura claro juízo de controle de constitucionalidade. Violação à Súmula Vinculante n. 10. 7. É vedado ao Poder Judiciário conceder reajuste com base no princípio da isonomia. Ofensa à Súmula Vinculante 37. 8. Reclamação julgada procedente.” (Rcl 14872/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe 29.6.2016)

5. Colho, ainda, os seguintes precedentes, que demonstram a firme jurisprudência desta Suprema Corte, no sentido da impossibilidade de utilização da vantagem pecuniária individual prevista na Lei 10.698/03 para concessão de aumento a servidores:

“Ementa: AGRAVO INTERNO NA RECLAMAÇÃO. CONCESSÃO DE REAJUSTE DE 13,23% A SERVIDOR PÚBLICO POR DECISÃO JUDICIAL. RECLAMAÇÃO JULGADA PROCEDENTE. DECISÃO DE ÓRGÃO FRACIONÁRIO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA QUE AFASTA A INCIDÊNCIA DE DISPOSIÇÃO LEGAL. SÚMULAS VINCULANTES 10 E 37. VIOLAÇÃO. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO. 1. Os recentes pronunciamentos desta Corte são no sentido de que a determinação judicial de incorporação da vantagem referente aos 13,23% (Lei 10.698/2003) importa ofensa às Súmulas Vinculantes nº 10 e 37. 2. In casu, a decisão reclamada concluiu que a Lei 10.698/2003 possui caráter de verdadeira revisão geral anual, afastando a aplicação do artigo 1º da referida Lei. 3. Decisão de órgão fracionário que, embora não tenha expressamente declarado a

inconstitucionalidade da referida norma, afastou sua aplicação, sem observância da cláusula de reserva de plenário (art. 97 da Constituição Federal), e, consectariamente, do enunciado da Súmula Vinculante nº 10. 4. Agravo regimental desprovido.” (Rcl 23443 AgR, Rel. Min. Luiz fux, 1ª Turma, DJe 19.5.2017)

“E M E N T A: RECLAMAÇÃO – AGRAVO INTERNO – SERVIDOR PÚBLICO – INCORPORAÇÃO DA VANTAGEM DE 13,23% – CONCESSÃO DE REAJUSTE, PELO PODER JUDICIÁRIO, COM BASE NO PRINCÍPIO DA ISONOMIA – INADMISSIBILIDADE – RESERVA DE LEI E POSTULADO DA SEPARAÇÃO DE PODERES – SÚMULA VINCULANTE Nº 37/STF – APLICABILIDADE AO CASO – PRECEDENTES – PARECER DA PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA PELO NÃO PROVIMENTO DA POSTULAÇÃO RECURSAL – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.” (Rcl 24272 AgR/DF, Rel. Min. Celso De Mello, 2ª Turma, DJe 16.5.2017)

‘Agravo regimental em reclamação. 2. Direito Administrativo. 3. Servidores públicos. 4. Incorporação da vantagem referente aos 13,23%. Lei 10.698/2003. 5. É vedado ao Poder Judiciário conceder reajuste com base no princípio da isonomia. Ofensa à Súmula Vinculante 37. Reclamação julgada procedente 6. Agravo regimental não provido.” (Rcl 24343 AgR/SE, Rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe 06.2.2017)

6. Ante o exposto, com fundamento na jurisprudência deste Tribunal e forte no art. 161, parágrafo único, do RISTF, julgo procedente a presente reclamação para cassar a decisão reclamada e determinar que outra seja proferida com observância da Súmula Vinculante 37.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECLAMAÇÃO 29.720 (1388)ORIGEM : 70027438620168220009 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : RONDÔNIARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : ROSINEIA GOZZER SAMPAIOADV.(A/S) : PEDRO FELIZARDO DE ALENCAR (2394/RO) E

OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : PRESIDENTE DA TURMA RECURSAL DO TRIBUNAL

DE JUSTIÇA DO ESTADO DE RONDÔNIAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : ESTADO DE RONDÔNIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIA

RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL. ALEGADA USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DESTE SUPREMO TRIBUNAL. COMPROVAÇÃO. JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE QUE AVANÇA O JUÍZO DE MÉRITO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCEDÊNCIA.

Vistos etc.1. Trata-se de reclamação constitucional, com pedido de liminar,

fundada no artigo 102, inciso I, letra l, da Constituição da República; no artigo 988 e seguintes do Código de Processo Civil, e no artigo 156 e seguintes do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ajuizada por Rosineia Gozzer Sampaio contra ato do Presidente da Turma Recursal do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, que supostamente teria usurpado a competência deste Supremo Tribunal para julgar agravo contra despacho de inadmissibilidade de recurso extraordinário.

2. Narra a reclamante que o Presidente da Turma Recursal “negou seguimento ao Recurso Extraordinário interposto, por ser incabível na espécie, uma vez que não havia repercussão geral em razão da inexpressividade do quadro de servidores do Estado e que a alegada violação da Constituição Federal fora indireta ou reflexa, e, por fim, que a análise da matéria exigiria a análise da legislação local, o que é vedado pela Súmula 280, deste Excelso Tribunal”.

3. Aduz que “houve a interposição de Agravo em Recurso Extraordinário, tendo novamente o Magistrado negado seguimento ao recurso, por entender incabível, uma vez que deveria aplicar o disposto no parágrafo 2º, do artigo 1.030, do Código de Processo Civil, onde a competência seria da própria Turma Recursal, através de oposição de Agravo Interno”.

4. Sustenta, então, que:i) “a decisão agravada não se amolda às disposições do artigo citado

pelo Magistrado em sua decisão, pois no caso em tela, deve-se aplicar o disposto no parágrafo 1º, do CPC, em combinação com o art. 1.042 e seguintes do CPC”;

ii) “a competência do reconhecimento da Repercussão Geral é do próprio STF, conforme previsto na própria Constituição Federal, em seu artigo 102, inciso III, § 3º”;

iii) “ao decidir que na matéria objeto do Recurso Extraordinário não havia a repercussão geral, houve a invasão da competência desta Corte, o que já enseja a oposição da presente Reclamatória Constitucional”.

5. Requer seja julgada procedente a presente reclamação para cassar a decisão reclamada, determinando-se o prosseguimento do agravo em recurso extraordinário interposto.

6. Requer o benefício da justiça gratuita.

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7. Prestadas informações pela autoridade reclamada.É o relatório. Decido.1. Considerada a afirmação do reclamante acerca da inviabilidade de

custear as despesas processuais sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família, concedo o benefício da assistência judiciária gratuita, nos termos do art. 98 do CPC/2015.

2. No caso em referência, a autoridade a quo negou admissibilidade ao recurso extraordinário pelos seguintes fundamentos:

“[...]O recorrente sustenta que a decisão recorrida gera impacto no

patrimônio jurídico de todos os servidores do Estado de Rondônia, advindo daí a repercussão geral necessária para que o apelo extraordinário seja admitido. Todavia, o Estado de Rondônia não possui um quadro de servidores expressivo, razão pela qual o argumento supramencionado não se mostra apto para o preenchimento de tal requisito.

Ademais, a Suprema Corte já se manifestou no sentido de inexistir repercussão geral quando não há matéria constitucional debatida ou a ofensa for indireta:

“PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DISTRITO FEDERAL. LEI DISTRITAL 4.075/07. GRATIFICAÇÃO DE ENSINO ESPECIAL (GAEE). CONCESSÃO A PROFESSORES QUE LECIONAM DISCIPLINAS REGULARES EM TURMAS QUE POSSUEM UM OU ALGUNS ALUNOS PORTADORES DE NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. 1. A controvérsia relativa à concessão da Gratificação de Ensino Especial (GAEE) aos professores que lecionam disciplinas regulares em turmas que possuem um ou alguns alunos portadores de necessidades educativas especiais, embora não atendam exclusivamente a esses estudantes, é de natureza infraconstitucional, já que decidida pelo Tribunal de origem à luz do art. 232, § 1º, da Lei Orgânica do Distrito Federal, não havendo, portanto, matéria constitucional a ser analisada. 2. Não há violação ao art. 93, IX, da Constituição Federal, por suposta omissão não sanada pelo acórdão recorrido ante o entendimento da Corte que exige, tão somente, sua fundamentação, ainda que sucinta (AI 791.292 QO-RG/PE, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJe de 13.8.2010). 3. Incabível, em recurso extraordinário, apreciar violação aos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV, e 37, caput, da Constituição Federal, em razão de necessidade de revisão da interpretação das normas infraconstitucionais pertinentes (AI 796.905-AgR/PE, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 21.5.2012; AI 622.814-AgR/PR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de 08.3.2012; ARE 642.062-AgR/RJ, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe de 19.8.2011). (...) 7. É cabível a atribuição dos efeitos da declaração de ausência de repercussão geral quando não há matéria constitucional a ser apreciada ou quando eventual ofensa à Constituição Federal se dê de forma indireta ou reflexa (RE 584.608 RG, Min. ELLEN GRACIE, Pleno, DJe de 13/03/2009). 8. Ausência de repercussão geral da questão suscitada, nos termos do art. 543-A do CPC. (ARE 794364 RG, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, julgado em 13/03/2014, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-058 DIVULG 24-03-2014 PUBLIC 25-03-2014 )

É justamente isso que ocorre no caso em comento, pois o alegado desrespeito ao dispositivo constitucional apontado é indireto, reflexo. Portanto, a discussão apresentada pelo recorrente não tem cunho constitucional, mas meramente infraconstitucional, afastando, desse modo, a possibilidade de análise pela Suprema Corte em apelo extraordinário.

Por fim, constata-se que a pretendida reapreciação da matéria exigiria análise de legislação local (Lei 68/1992 e Decretos Estaduais) pela Corte Suprema, o que é vedado em sede extraordinária, conforme preconizado na súmula n. 280 do STF: “Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário”.

Nesse sentido, a Suprema Corte não admitiu o recurso extraordinário cuja matéria se referia à concessão de auxilio transporte, in verbis :

“Magistrados do Estado do Rio Grande do Norte: auxílio transporte : desvio de finalidade: recurso extraordinário: descabimento: controvérsia decidida com base na análise dos fatos e das provas, bem como da legislação local , de reexame inadmissível no recurso extraordinário: incidência das Súmulas 279 e 280. (RE 490437 AgR, Relator(a): Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Primeira Turma, julgado em 26/04/2007, DJe-023 DIVULG 24-05-2007 PUBLIC 25-05-2007 DJ 25-05-2007 PP-00076 EMENT VOL-02277-15 PP-02952 LEXSTF v. 29, n. 343, 2007, p. 280-284)

Ante todo o exposto, NEGO SEGUIMENTO ao presente recurso extraordinário, com fundamento no art. 1.030, I, a, do Código de Processo Civil de 2015”. (destaquei)

3. De leitura da decisão agravada, denota-se que o Juízo reclamado concluiu, sem apontar qualquer precedente deste Supremo Tribunal, que a matéria veiculada no recurso extraordinário da parte ora reclamante carecia de repercussão geral.

4. O Plenário do Supremo Tribunal Federal já enfrentou a temática relacionada à competência para analisar a preliminar de repercussão geral e posicionou-se no seguinte sentido:

“[...] a verificação da existência de demonstração formal e fundamentada da repercussão geral das questões discutidas no recurso extraordinário pode fazer-se tanto na origem quanto no Supremo Tribunal Federal, cabendo exclusivamente a este Tribunal, no entanto, a decisão

sobre a efetiva existência da repercussão geral” (AI nº 664.567/RS-QO, Rel. Min Sepúlveda Pertence, Tribunal Pleno, Ata nº 40/2007, publicada no DJ de 6/9/2007 - destaquei).

5. Embora o citado entendimento tenha se firmado sob a égide do Código de Processo Civil de 1973, plenamente aplicável ao atual regramento processual, CPC/2015.

6. Ao proceder à análise dos requisitos constitucionais, a saber, a efetiva existência ou não de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos do processo, tenho por ultrapassado pelo Presidente da Turma Recursal os limites da competência conferida ao órgão a quo quando da realização do primeiro juízo de admissibilidade de recurso extraordinário, a configurar usurpação de competência desta Suprema Corte.

7. Ademais, como emerge da decisão reclamada, a inadmissibilidade do recurso extraordinário não se ampara em paradigma de repercussão geral decidido pelo Supremo Tribunal Federal.

8. À falta de precedente de repercussão geral apto a obstaculizar a admissibilidade do extraordinário, não há exigência de observância da regra do § 2º do art. 1.030 do CPC/2015, que prevê o manejo de agravo interno. Desse modo, não poderia o Colégio Recursal ter convertido o agravo em recurso extraordinário em agravo interno.

9. Na espécie, o regramento aplicável é o § 1º do art. 1.030 do CPC/2015, dispositivo que remete ao seu art. 1.042, consignando o cabimento do agravo em recurso extraordinário. Eis o teor do do referido dispositivo:

Art. 1.042. Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos. (destaquei)

10. Verificada teratologia na aplicação da sistemática da repercussão geral para negar seguimento a recurso da competência desta Suprema Corte, entendo que houve usurpação da competência do STF para julgar o recurso de agravo do art. 1.042 do CPC.

11. A propósito do tema, cito precedente de relatoria do Min. Dias Toffoli, na Segunda Turma:

“Direito Constitucional e Direito Processual Civil. Agravo interposto contra despacho de inadmissibilidade de recurso extraordinário sem remissão à sistemática da repercussão geral. Usurpação da competência do Supremo Tribunal Federal. Reclamação procedente. Princípios da celeridade processual e da eficiência da prestação jurisdicional. Agravo do art. 1.042 do CPC julgado com dispensa do envio dos autos ao STF.

1. Subsiste a competência do STF para julgar recurso de agravo interposto contra despacho de inadmissibilidade de recurso extraordinário sem remissão à sistemática da repercussão geral (art. 1.042 do CPC).

2. Ausência de interesse do reclamante/agravante, em recorrer da decisão que julgou procedente a reclamação constitucional, estando, ademais, exauridos os efeitos do julgado com a análise do agravo do art. 1.042 do CPC/2015 no caso concreto. Direito Constitucional e Direito Processual do Trabalho. Recurso extraordinário interposto sem o esgotamento da instância recursal ordinária. Súmula nº 281/STF. Agravo regimental não provido. 1. Recurso extraordinário não admitido pela Corte de origem com fundamento na Súmula nº 281/STF. 2. Cabimento de recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho contra decisão de Corte Regional proferida no exercício de sua competência originária (art. 895, II, CLT). Ausência de competência do STF para julgar recurso extraordinário interposto antes do esgotamento das instâncias ordinárias.

3. Agravo regimental a que se nega provimento, com aplicação de multa do § 4º do art. 1.021 do CPC”. (DJe 12.05.2017 - destaquei)

12. Em diversas reclamações sobre questão idêntica a ora em exame, reconheceu-se a usurpação de competência deste Supremo Tribunal. Cito exemplificativamente os seguintes julgados monocráticos: Reclamações 29.723, 29.747, 29,763, 29.772 e 29.773, todas de relatoria do Min. Ricardo Lewandowski; e as Reclamações 29.724, 29.729, 29.734, 29.745, 29.759 e 29.771, de relatoria do Min. Dias Toffoli.

13. Pelo exposto, forte nos artigos 21, § 1°, e 161, parágrafo único, ambos do RISTF, julgo procedente a reclamação, a fim de determinar a realização de processamento do recurso extraordinário com agravo interposto no Processo nº 7002926-57.2016.8.22.0009, em trâmite na Turma Recursal do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECLAMAÇÃO 29.810 (1389)ORIGEM : 112140520145150050 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : CONFEDERACAO DA AGRICULTURA E PECUARIA DO

BRASILADV.(A/S) : MANOEL RODRIGUES LOURENCO FILHO (208128/SP)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 294

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : CLAUDIO GANDOLFIADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO MANEJADA PARA DISCUTIR ATO JUDICIAL JÁ ACOBERTADO PELA COISA JULGADA. SÚMULA 734/STF. NEGATIVA DE SEGUIMENTO.

Vistos etc.Trata-se de reclamação constitucional, com pedido de liminar,

fundada no artigo 988, § 5º, inciso II, da Lei nº 13.105/2015, ajuizada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA contra ato do Tribunal Superior do Trabalho, que teria aplicado de maneira equivocada precedente de repercussão geral firmado no AI 743.833 (Tema 195).

Narra a reclamante que a aplicação errônea do paradigma de repercussão geral ao seu caso tem impossibilitado a cobrança de sua principal fonte de renda, a contribuição sindical rural.

É o relatório.Decido.Em consulta ao sítio eletrônico do Tribunal Superior do Trabalho,

extrai-se que a decisão reclamada transitou em julgado em 21.2.2018. Tendo em vista que a presente reclamação foi protocolada na mesma data, às 19h27, ou seja, após o encerramento do expediente da secretaria do Tribunal, a pretensão nela deduzida encontra óbice na Súmula 734/STF, cujo teor é o seguinte: “não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal”.

Ademais, na dicção do art. 988, § 5º, I, da Lei 13.105/2015 (Código de Processo Civil) é inadmissível a reclamação “proposta após o trânsito em julgado da decisão reclamada”.

Anoto, por fim, que a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é firme no sentido da “impossibilidade de restabelecimento do debate sobre questão com decisão transitada em julgado” (Rcl 22.385-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, 2ª Turma; DJe 25.02.2016); e da “impossibilidade do uso da reclamação como sucedâneo de ação rescisória (Súmula STF nº 734)” (Rcl 19.884-AgR/BA, Rel. Min. Dias Toffoli, 2ª Turma, DJe 01.7.2015).

Ante o exposto, nego seguimento à presente reclamação (art. 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 05 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECLAMAÇÃO 29.956 (1390)ORIGEM : 00015193420145060161 - TRIBUNAL REGIONAL DO

TRABALHOPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : MUNICIPIO DE CAMARAGIBEADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

CAMARAGIBERECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6ª REGIAOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JOSE LEANDRO LIMA DOS SANTOSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO. TEMA 246. REPERCUSSÃO GERAL. RE 760931. TESE FIXADA: “O inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93”. Responsabilidade Administração Pública, na qualidade de tomadora dos serviços, imputada ante a efetiva comprovação da conduta culposa – na modalidade in vigilando - no cumprimento e/ou na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais (Lei nº 8666/93), por parte da empresta prestadora dos serviços. Ausência de valoração do elemento da culpa no caso concreto. Aplicação automática da responsabilidade. Reclamação procedente.

Vistos etc. 1. Trata-se de Reclamação, com pedido de liminar, proposta pelo

Município de Camaragibe/PE, com fundamento no artigo 102, I, l, da Constituição da República e no artigo 156 do RISTF, contra decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região no processo nº 0001519-34.2014.5.06.0161, em que reconhecida a responsabilidade subsidiária do ente público.

A parte reclamante argumenta violação da decisão proferida por esta Corte Suprema no julgamento da ADC 16, no qual foi reconhecida a constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, “cujo conteúdo reconhece taxativamente a impossibilidade jurídica de responsabilização das pessoas jurídicas de direito público”.

Sustenta descumprida a Súmula Vinculante 10, porquanto afastada de forma implícita a incidência do referido dispositivo legal, em desobediência à cláusula de reserva de plenário.

Afirma, ainda, que esta Suprema Corte ratificou, no julgamento do RE 760.931/DF, o conteúdo da decisão prolatada na ADC 16, a fim de afastar

responsabilidade dos entes públicos quando do inadimplemento dos encargos trabalhistas assumidos pela empresa contratada.

Requer seja concedida medida cautelar para que seja suspensa a eficácia do acórdão impugnado. No mérito, pede seja julgada procedente a presente reclamação.

2. A decisão reclamada ficou assim justificada:“Da responsabilidade subsidiária da Administração Pública.Não prospera a rebeldia do ente público.Após o pronunciamento do Supremo Tribunal Federal, por ocasião do

julgamento da ADC nº 16/DF, ocorrido na Sessão Plenária do dia 24.11.2010, foi declarada a constitucionalidade do art. 71, §1º, da Lei nº. 8.666/93.

O TST, ao dar nova redação à Súmula nº 331, exatamente em decorrência do que restou decidido na mencionada ação declaratória, consignou ser possível a condenação subsidiária da Administração Pública em razão de contrato de terceirização de mão de obra, ressalvando apenas que essa responsabilidade "não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada", mas nos casos em que esteja "evidenciada a conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei nº 8.666/93".

Assim, em caso de terceirização, a responsabilidade subsidiária dos entes públicos pelo pagamento de verbas trabalhistas devidas aos empregados não poderá decorrer do mero inadimplemento do empregador. Impõe-se verificar, em cada caso, se houve ou não ação ou omissão da Administração Pública capaz de provocar lesão ao patrimônio do trabalhador. Portanto, a controvérsia posta a exame deve ser solucionada com esteio na teoria civilista da culpa in eligendo e in vigilando, segundo a qual o tomador dos serviços responde pelos créditos dos empregados do prestador de serviços, quando não fiscaliza o cumprimento das obrigações trabalhistas.

Na espécie, verifica-se a conduta culposa do ente público, na condição de tomador dos serviços, na fiscalização das obrigações previstas na Lei nº 8.666/93, conforme a orientação atual da Súmula nº 331, V, do TST. Digo isto porque é ônus do ente público - mercê do artigo 818 da CLT combinado com o artigo 373, II, do CPC/2015 - comprovar que procedia à correta fiscalização da paga dos haveres devidos ao demandante, o que, in casu, não ocorreu, haja vista não estar constatado nos fólios a quitação correta do adicional de insalubridade a que faz jus o obreiro (tendo em vista o reconhecimento do direito mediante laudo pericial).

Com efeito, o inadimplemento do título vindicado, reconhecido no comando decisório, pela primeira reclamada, e a falta de prova por parte do Município de que empreendeu efetiva fiscalização do contrato são demonstração inequívoca da culpa que incorreu a Administração Pública, por efetivar e manter contrato de prestação de serviços com empresa que descumpre suas obrigações trabalhistas básicas.

Nesse ponto, cumpre ressaltar que os documentos apresentados pelo Município não demonstram, por si só, que o ente público procedeu com à efetiva fiscalização do contrato com a empresa terceirizada. Para evitar maiores delongas, observa-se que os documentos sob Id. 50b1299 não dão quitação do adicional de insalubridade de todo o período contratual. Os valores retratados no TRCT correspondem ao objeto da ata da reunião sob Id.188178b, ocasião na qual se estabeleceu que a primeira reclamada repassaria valores ao ente público para que este quitasse haveres resilitórios dos empregados da prestadora de serviços lotados na Prefeitura de Camaragibe, não incluindo o adicional de insalubridade de todo o período contratual (objeto do condeno).

Com efeito, os elementos dos autos são insuficientes para comprovar que a administração pública cumpriu com o seu dever de fiscalizar a empresa contratada, no decorrer da vigência contratual, em especial, no que concerne ao adimplemento do adicional de insalubridade.

Deste modo, é possível concluir que o ente público não efetuou as diligências necessárias no sentido de verificar periodicamente a documentação da contratada e se certificar do cumprimento integral das obrigações trabalhistas, confiando-se inteiramente no adimplemento dos créditos trabalhistas e na suposta idoneidade financeira da primeira demandada.

Como se viu, foram demonstrados precisamente os pontos em que a empresa tomadora dos serviços incidiu nas culpas in omittendo e in vigilando, acrescentando que foram devidamente respeitados os requisitos exigidos pela ADC nº 16. E mais: a reclamação nº 21.909, ajuizada perante o STF, ao apreciar incidente sobre o mesmo tema, esmiuçou a questão, tendo também sido observados todos os parâmetros ali estabelecidos quanto à matéria, ou seja, os elementos fáticos e probatórios que subsidiariam a imputação da responsabilidade subjetiva ao ente público.

É mister salientar que a exigência da prova de fiscalização por parte da recorrente se dá em virtude do princípio de aptidão do ônus da prova. E, repise-se, os documentos colacionados não comprovam a efetiva fiscalização que a edilidade deveria ter efetuado sobre a prestadora dos serviços em comento.

Nesse contexto, não há como eximir a Administração Pública, da responsabilidade subsidiária pelo título da condenação em face da culpa in vigilando, realçadas no enunciado da Súmula destacada acima (destaquei).

3. Deixo de intimar a autoridade reclamada, por considerar que o processo está suficientemente instruído. Igualmente, dispenso a intimação do Procurador-Geral da República, em razão do caráter repetitivo do litígio.

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 295

É o relatório.Decido.1. A reclamação prevista no artigo 102, I, “l”, da Constituição Federal

é cabível nos casos de usurpação da competência do Supremo Tribunal Federal, de desobediência à súmula vinculante ou de descumprimento de decisão desta Corte com efeito vinculante.

2. Em 26.4.2017, julgado o mérito da repercussão geral no bojo do Recurso Extraordinário 760.931, em que redator designado para o acórdão o Ministro Luiz Fux, esta Suprema Corte, por maioria, fixou a tese de que:

"O inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". (destaquei)

Reproduzo o teor da ementa do acórdão, publicado em 12.9.2017, proferido no recurso extraordinário paradigma da repercussão geral:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA COM REPERCUSSÃO GERAL. DIREITO CONSTITUCIONAL. DIREITO DO TRABALHO. TERCEIRIZAÇÃO NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. SÚMULA 331, IV E V, DO TST. CONSTITUCIONALIDADE DO ART. 71, § 1º, DA LEI Nº 8.666/93. TERCEIRIZAÇÃO COMO MECANISMO ESSENCIAL PARA A PRESERVAÇÃO DE POSTOS DE TRABALHO E ATENDIMENTO DAS DEMANDAS DOS CIDADÃOS. HISTÓRICO CIENTÍFICO. LITERATURA: ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO HUMANO. RESPEITO ÀS ESCOLHAS LEGÍTIMAS DO LEGISLADOR. PRECEDENTE: ADC 16. EFEITOS VINCULANTES. RECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E PROVIDO. FIXAÇÃO DE TESE PARA APLICAÇÃO EM CASOS SEMELHANTES.

(…) 7. O art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, ao definir que a inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, representa legítima escolha do legislador, máxime porque a Lei nº 9.032/95 incluiu no dispositivo exceção à regra de não responsabilização com referência a encargos trabalhistas. 8. Constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93 já reconhecida por esta Corte em caráter erga omnes e vinculante: ADC 16, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO, Tribunal Pleno, julgado em 24/11/2010. 9. Recurso Extraordinário parcialmente conhecido e, na parte admitida, julgado procedente para fixar a seguinte tese para casos semelhantes: “O inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93”. (RE 760931, Tribunal Pleno, DJe-206 12.9.2017 - destaquei)

3. Nesse sentir, observado o julgamento do RE 760.931, tenho por corroborada a minha compreensão acerca do quanto decidido por esta Suprema Corte já ao exame da ADC 16 – precisamente a constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei 8666/93 e a consequente inviabilidade da imputação automática da responsabilidade subsidiária à Administração Pública, como mera consequência do inadimplemento por parte da prestadora de serviços de direitos trabalhistas.

A tese de repercussão geral fixada por esta Casa, além de reafirmar a constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei 8666/93, nos moldes em que decidido ao exame da ADC 16, assenta não a absoluta irresponsabilidade da Administração Pública, na qualidade de tomadora dos serviços, mas, sim, a possibilidade de a ela se imputar - desde que tal não se opere automaticamente - a responsabilidade subsidiária pelos encargos trabalhistas dos empregados.

A vedação está, portanto, na imputação “automática” da responsabilidade, sem que reste evidenciada a conduta culposa – na modalidade in vigilando - da Administração Pública no cumprimento e/ou na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais (Lei nº 8.666/93), por parte da empresta prestadora.

Obsta a tese da repercussão geral (Tema nº 246) que se impute a responsabilidade à Administração Pública tão somente como corolário do mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa contratada, entendimento por mim já adotado inúmeras vezes, à luz das balizas anteriormente firmadas por esta Casa ao exame da ADC 16.

Assim, entendo que o reconhecimento judicial da responsabilidade subsidiária da Administração Pública, nas hipóteses em que, examinado o caso concreto, restar evidenciada conduta omissiva culposa, opera-se não somente em perfeita harmonia à tese da repercussão geral fixada no bojo do RE 760.931, como também ao quanto decidido na ADC 16, e, nesse sentido, em estrita conformidade com o ordenamento jurídico (Lei nº 8.666/93).

4. Respeitadas tais premissas, entendo que a decisão reclamada - ao contemplar o exame do caso concreto com base nas provas, bem como a conclusão pela conduta omissiva culposa do ente público na fiscalização da prestadora dos serviços – se encontra em absoluta consonância com o quanto decidido na ADC 16. Nesse sentir, eventual acerto ou desacerto daquela conclusão há de ser apreciado por meio dos remédios processuais adequados, não se prestando a reclamação constitucional a reexame da prova.

Limitado, outrossim, o julgamento da ADC 16 a obstaculizar a responsabilização subsidiária automática da Administração Pública - como mera decorrência do inadimplemento da prestadora de serviços -, não

resultou enfrentada a questão da distribuição do ônus probatório, tampouco estabelecidas balizas para a apreciação da prova ao julgador, a inviabilizar o manejo da reclamação com espeque em alegada afronta à ADC 16 sob tais enfoques, conforme já decidido em várias reclamações: Rcl 14832/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 19.11.2012 , Rcl 15194/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe 18.3.2013, Rcl 15385/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 15.3.2013.

5. No ponto, cumpre igualmente assentar que, ao julgamento do RE 760.931, esta Suprema Corte, muito embora tenha debatido aspectos acerca das regras de distribuição do ônus da prova na espécie, culminou por não fixar balizas, respeitada, a meu juízo, a soberania das instâncias ordinárias no exame do acervo fático-probatório, cujo revolvimento é de todo vedado na instância extraordinária, assim como no bojo da reclamação constitucional.

6. De outra parte, conforme se extrai dos precedentes que deram origem à Súmula Vinculante nº 10, o seu fundamento reside na necessária observância pelos órgãos fracionários dos tribunais do postulado da reserva de plenário (art. 97 da Constituição Federal) como condição de validade e eficácia da declaração de inconstitucionalidade dos atos normativos, seja no controle abstrato, seja no controle incidental.

É sabido que, expressa ou implicitamente, a atividade hermenêutica, própria dos órgãos jurisdicionais, é iluminada pela Constituição da República, ápice da pirâmide normativa. Fixada tal premissa, entendo que a mera interpretação de determinada norma à luz da Lei Fundamental, por órgão fracionário de tribunal, não configura violação da reserva de plenário, tampouco afronta à Súmula Vinculante 10.

Diferentemente é a situação em que a interpretação conferida a determinada norma pelo órgão julgador acaba por deixá-la à margem do ordenamento jurídico, sem qualquer aplicabilidade. Isso pode ocorrer de forma direta – com o reconhecimento da inconstitucionalidade – ou indireta – com o completo esvaziamento do conteúdo da norma –, a eliminar suas hipóteses de incidência.

Anoto, pela pertinência, o seguinte pronunciamento acerca dos pilares da Súmula Vinculante 10/STF:

“6. O fundamento da Súmula Vinculante nº 10 é o art. 97 da Constituição, que veda a declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo por órgão fracionário de tribunal. O objetivo da norma é preservar a presunção de constitucionalidade dos atos do Poder Público, cuja superação é considerada tão grave que depende de decisão tomada pela maioria absoluta dos membros da corte ou de seu órgão especial. Naturalmente, ainda mais ofensiva que a simples declaração de invalidade seria o afastamento dissimulado da lei por invocação da Carta. Por isso é que a Súmula Vinculante nº 10 considera igualmente nulo o acórdão ‘que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte’. 7. Naturalmente, isso não significa que os órgãos fracionários estejam proibidos de interpretar a legislação ordinária, com ou sem referência à Constituição. A aplicação do direito pressupõe a definição do seu sentido e alcance. Essa é a atividade cotidiana dos tribunais e – diga-se – de seus órgãos fracionários. O que não se admite é o afastamento do ato, por força de norma constitucional, sem observância da reserva de plenário. 8. A diferença entre as duas hipóteses nem sempre será clara, mas há uma zona de certeza positiva quanto à incidência do art. 97: se o tribunal de origem esvaziar a lei ou o ato normativo – i.e., se não restar qualquer espaço para a aplicação do diploma –, não haverá dúvida de que o que ocorreu foi um afastamento, e não uma simples interpretação” (Rcl 16.903 MC/PE, Rel. Min Roberto Barroso, DJe 05.2.2014).

7. Por outro lado, consabido que a via estreita da reclamação não pode ser utilizada para reexame do ato reclamado, porquanto não se presta à substituição de espécie recursal, não compete ao STF, na presente ação, aferir o acerto, ou não, da interpretação conferida pelo órgão fracionário do Tribunal reclamado aos aspectos fáticos constantes dos autos.

8. Acresço, por fim, decisões desta Suprema Corte posteriores à fixação da tese da repercussão geral sobre a matéria (Tema nº 246), nos quais mantida a decisão reclamada, ao entendimento de que imputada a responsabilidade subsidiária ante o efetivo reconhecimento da culpa in vigilando da Administração Pública. No âmbito 2ª Turma, colho os seguintes julgados:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. ADC 16. ART. 71, § 1º, DA LEI 8.666/93. TERCEIRIZAÇÃO. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. 1. É improcedente a reclamação quando o ato reclamado não contraria a decisão proferida na ADC 16. 2. Não é cabível o manejo de reclamação para se obter o reexame do conjunto fático-probatório dos autos. 3. Agravo regimental, interposto em 15.08.2016, a que se nega provimento.” (Rcl 24708 AgR, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 12/05/2017, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-116 DIVULG 01-06-2017 PUBLIC 02-06-2017)

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. ADC 16. ART. 71, § 1º, DA LEI 8.666/93. TERCEIRIZAÇÃO. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. 1. É improcedente a reclamação quando o ato reclamado não contraria a decisão proferida na ADC 16. 2. Não é cabível o manejo de reclamação para se obter o reexame do conjunto fático-probatório dos autos. 3. Agravo regimental, interposto em 24.2.2017, a que se nega provimento.” (Rcl 26240 AgR, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 01/09/2017, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-210 DIVULG 15-09-2017 PUBLIC 18-09-2017)

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 296

9. E, em sede de juízo monocrático, destaco as seguintes decisões pela improcedência da reclamação, não acolhida a tese da “transferência automática da responsabilidade” ao Poder Público - rigorosamente assentado na decisão reclamada o detido exame da moldura fática, a comprovar a culpa in vigilando da Administração -, em total consonância com a jurisprudência firmada por esta Suprema Corte ao julgamento do Tema 246 da repercussão geral (RE 760931): Rcl 28107, Relator Min. EDSON FACHIN, DJe-214 21.9.2017; Rcl 25408, Relator Min. CELSO DE MELLO, DJe-208 14.9.2017; Rcl 20895, Relator Min. CELSO DE MELLO, DJe-207 13.9.2017; Rcl 25888 MC, Relator Min. CELSO DE MELLO, DJe-207 13.9.2017; Rcl 27381 MC, Relator Min. CELSO DE MELLO, DJe-207 13.9.2017; Rcl 26578 MC, Relator Min. CELSO DE MELLO, DJe-207 13.9.2017; Rcl 25549 MC, Relator Min. CELSO DE MELLO, DJe-206 12.9.2017; Rcl 24111, Relator Min. CELSO DE MELLO, DJe-207 13.9.2017; Rcl 27864, Relator Min. EDSON FACHIN, DJe-206 PUBLIC 12.9.2017; Rcl 25622, Relator Min. RICARDO LEWANDOWSKI, DJe-174 08.8.2017; Rcl 27387, Relator Min. EDSON FACHIN, DJe-168 1º.8.2017; Rcl 27468, Relator Min. EDSON FACHIN, DJe-168 1º.8.2017; e Rcl 26289, Relator Min. RICARDO LEWANDOWSKI, DJe-111 26.5.2017.

10. Ante o exposto, rigorosamente observados os parâmetros fixados por esta Suprema Corte ao exame do Tema 246 (RE 760931), não transferida automaticamente, na espécie, a responsabilidade ao Poder Público, com espeque no art. 21, § 1º, do RISTF, nego seguimento à presente reclamação, restando prejudicado o exame do pedido liminar.

Publique-se.Intimem-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECLAMAÇÃO 30.038 (1391)ORIGEM : 30038 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : IGE INDUSTRIA E COMERCIO LTDA.ADV.(A/S) : EDUARDO LUIS DURANTE MIGUEL (32229/GO,

212529/SP, 3881-A/TO)RECLDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : MUNICÍPIO DE LIMEIRAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE LIMEIRA

DECISÃORECLAMAÇÃO – IMPROPRIEDADE – PEDIDO – NEGATIVA DE

SEGUIMENTO.1. O assessor Dr. Vinicius de Andrade Prado prestou as seguintes

informações:Igê Indústria e Comércio Ltda. afirma haver a Relatora do recurso

especial nº 1.698.986/SP, integrante da Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça, inobservado o decidido no recurso extraordinário nº 88.327.

Segundo narra, figura no polo passivo de execução, formalizada perante a Vara da Fazenda Pública da Comarca de Limeira/SP, visando o pagamento de taxas de licença para funcionamento e de licença para publicidade ou propaganda relativamente aos anos de 2008, 2009 e 2010. Conforme esclarece, apesar de ter arguido, em todas as instâncias, a inadequação do cálculo da primeira taxa com base no número de empregados, não obteve êxito.

Entende desrespeitado o paradigma porquanto o Tribunal teria nele assentado, em 1979, impróprio o cômputo do tributo, quanto ao Município de Araçatuba, a partir do número de empregados de estabelecimentos industriais, por não corresponder ao efetivo exercício de poder de polícia ou a serviço prestado ao contribuinte. Cita jurisprudência surgida após o precedente.

Sob o ângulo do risco, alude à prática de atos de constrição no curso da execução.

Requer, em sede liminar, a suspensão do processo no Superior Tribunal de Justiça. Busca, alfim, a cassação do pronunciamento impugnado.

2. Este processo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, hoje suportada pelo Tribunal, que, no tocante à celeridade processual, encontra-se inviabilizado. Surge impertinente a medida. O reclamante não participou da relação formada no recurso extraordinário nº 88.327. Em síntese, busca questionar o suposto desacerto do que proclamado na origem.

Atentem para a organicidade e a instrumentalidade do Direito. O manuseio da reclamação é excepcional. Pressupõe sempre a usurpação da competência do Supremo ou o desrespeito a decisão por si prolatada. Descabe o manuseio da medida como sucedâneo recursal.

3. Nego seguimento ao pedido.4. Publiquem.Brasília, 21 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECLAMAÇÃO 30.067 (1392)ORIGEM : 30067 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECLTE.(S) : SERVICO AUTONOMO DE SANEAMENTO DE

PELOTASADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PELOTASRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : CARLOS ROBERTO FURTADO MOREIRAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : VIGILANCIA ASGARRAS S/S LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO. CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. ALEGAÇÃO DE USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. APLICAÇÃO PELO TRIBUNAL A QUO DA SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL. DESCUMPRIMENTO DE DILIGÊNCIA. INDEFERIMENTO DA INICIAL. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO.

Decisão: Trata-se de reclamação, com pedido de liminar, ajuizada pelo SERVIÇO AUTONOMO DE SANEAMENTO DE PELOTAS - SANEP contra decisão da 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, sob alegação de afronta à autoridade da decisão proferida por esta Corte na ADC 16.

Em 04/04/2018 determinei a intimação do reclamante para emendar a inicial, no prazo de 15 (quinze dias), atribuindo à causa valor correspondente ao da demanda originária, atualizado, bem como para juntar a cópia do ato reclamado.

É o relatório. Decido. Verifico que houve o transcurso do prazo de 15 (quinze) dias sem que

a reclamante se manifestasse nos autos, conforme certidão de ausência de manifestação expedida pela Seção de Processos do Controle Concentrado e Reclamações.

Dessa forma, tem-se que o autor incorreu em nítido descumprimento de diligência.

Ex positis, indefiro a petição inicial e julgo extinto o processo sem resolução de mérito, nos termos do art. 485, I, e do art. 321 do CPC/ 2015.

Publique-se. Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 30.131 (1393)ORIGEM : 20120020145397 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : HUGO LEONARDO DUQUE BACELARADV.(A/S) : HUGO LEONARDO DUQUE BACELAR (17062/DF,

373477/SP)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTICA DO DISTRITO FEDERAL E

DOS TERRITÓRIOSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL. SÚMULA VINCULANTE Nº 47. INVIABILIDADE DE SE RECONHECER A NATUREZA JURÍDICA DE CRÉDITO EM PRECATÓRIO POR MEIO DE RECLAMAÇÃO. UTILIZAÇÃO COMO SUCEDÂNEO RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE ADERÊNCIA ESTRITA. NEGATIVA DE SEGUIMENTO.

Vistos etc.1. Trata-se de reclamação constitucional, com pedido de liminar,

fundada nos arts. 102, inciso I, alínea l, da Constituição Federal, 988 e seguintes do Código de Processo Civil e 156 e seguintes do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ajuizada por Hugo Leonardo Duque Bacelar contra ato do da Coordenadoria de Conciliação de Precatórios do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios que, nos autos do Precatório nº 2012.00.2.014539-7, supostamente contrariou o disposto na Súmula Vinculante nº 47.

2. Afirma o reclamante ser titular do Precatório nº 2012.00.2.014539-7, o qual seria integralmente constituído de honorários advocatícios contratuais e, portanto, de verba alimentar.

3. Aduz que, em razão de ser portador de cardiopatia grave, requereu no órgão reclamado o pagamento prioritário do precatório nos termos do art. 100, § 2º, da Constituição da República. Entretanto, apesar de deferido o pedido, o TJDFT fez constar a existência de penhora no rosto do precatório decorrente de execução de sentença do Processo nº 2002.01.1.084550-3, em trâmite na Vara de Falências, Concordatas e Recuperação Judicial do Distrito Federal.

4. Narra ter agravado de instrumento dessa decisão e defende ser absoluta a impenhorabilidade da verba alimentar que constituiria seu precatório, por se tratar de matéria de ordem pública (AGI 0710011-85.2017.8.07.0000). Diz ter sido reconhecida essa circunstância em julgado da 5ª Turma Cível do TJDFT, reformado em agravo de instrumento diverso (AGI nº 0710761-87.2017.8.07.0000), onde o relator afirmou não ter o

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 297

colegiado apreciado a impenhorabilidade do precatório alimentar nº 2012.00.2.014539-7.

5. Pontua ter esgotado as vias ordinárias sem que as instâncias ordinárias se pronunciassem, ainda que provocadas, quanto ao reconhecimento da natureza alimentar do Precatório nº 2012.00.2.014539-7, uma vez que constituído tão somente de honorários advocatícios destacados do principal.

6. Alega que essa omissão e a consequente não declaração de impenhorabilidade absoluta do Precatório nº 2012.00.2.014539-7 traduzem “ofensa direta à letra (enunciado) e ao espírito da Súmula Vinculante n. 47 desse Supremo Tribunal”.

7. Invoca seu estado de saúde (portador de cardiopatia grave) para requer o deferimento de medida liminar para “desconstituir a penhora incidente sobre o PCT 2012 00 2 014539-7, determinando ao Juízo da COOPRE – TJDFT que o inclua na lista destaque da verba constitucionalmente assegurada aos portadores de cardiopatia grave até o teto previsto na legislação pertinente, face a sua natureza alimentar e consequente impenhorabilidade absoluta, assegurando a percepção pelo Reclamante e a continuidade de seus tratamentos de saúde”

8. No mérito, pretende seja declarada, com fundamento na Súmula Vinculante nº 47, “a natureza alimentar do PCT 2012 00 2 014539-7 e sua consequente impenhorabilidade absoluta prevista no Código de Processo Civil, desconstituindo-se todas e quaisquer constrições que sobre este recaiam”.

9. Prestadas informações pela autoridade reclamada.10. Em 10.5.2018, o ora reclamante, por meio da Petição nº

27.821/2018, requereu a concessão de tutela incidental, para desconstituir penhora realizada no Precatório nº 2012.00.2.014539-7.

11. Dispenso a intimação do Procurador-geral da República para ofertar parecer, por tratar a demanda de matéria repetitiva.

É o relatório.Decido.1. A via estreita da reclamação constitucional (arts. 102, I, l, e 103-A,

§ 3º, da Constituição da República) pressupõe a ocorrência de usurpação de competência originária do Supremo Tribunal Federal, a desobediência a súmula vinculante ou o descumprimento de decisão desta Corte proferida no exercício de controle abstrato de constitucionalidade ou em controle difuso, desde que pertinente, nesta última hipótese, à mesma relação jurídica e às mesmas partes.

2. A pretensão do reclamante é de que, por meio da reclamação constitucional, com fundamento na Súmula Vinculante nº 47, se reconheça a natureza alimentar de verba relacionada em precatório e sua consequente impenhorabilidade.

3. Colho do enunciado da Súmula Vinculante nº 47 desta Suprema Corte:

“Os honorários advocatícios incluídos na condenação ou destacados do montante principal devido ao credor consubstanciam verba de natureza alimentar cuja satisfação ocorrerá com a expedição de precatório ou requisição de pequeno valor, observada ordem especial restrita aos créditos dessa natureza.”

4. Analisando os fundamentos da proposta de criação da Súmula Vinculante nº 47, verifica-se o intuito de uniformizar o entendimento de que os honorários advocatícios decorrentes de condenação possuem natureza alimentar e a possibilidade de fracionamento da execução para satisfazer essas verbas, conforme jurisprudência pacificada pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal.

5. Assim, haverá desrespeito à súmula vinculante quando não se reconhecer a viabilidade de destacar, do débito principal, os valores de honorários advocatícios decorrentes de condenação.

6. Na espécie, a autoridade reclamada consignou as seguintes informações, onde destaco:

“O reclamante HUGO LEONARDO DUQUE BACELAR é detentor do crédito de R$ 41.942,00 (Precatório nº 2012.00.2.014539-7), originário do processo nº 2002.01.1.084550-3, da 2ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal.

Em 07/11/2017, foi deferido o pedido de preferência constitucional deduzido pelo credor, em virtude de ser portador de doença grave, para que figurasse na lista de preferências, no montante máximo de 30 salários-mínimos vigentes no momento do pagamento. À época, constatada a existência de penhora no rosto dos autos de origem (nº 2002.01.1.084550-3), expedida pelo Juízo da 9ª Vara Cível de Brasília (processo nº 2008.01.1.007435-6, redistribuído para a Vara de Falências, Recuperações Judiciais, Insolvência Civil e Litígios Empresariais do Distrito Federal), a COORPRE solicitou informações sobre a subsistência da constrição para que fosse apreciada a viabilidade do pagamento preferencial.

Inconformado, o credor protocolou petição, no dia 20/11/17, requerendo que fosse declarada a impenhorabilidade do crédito devido no Precatório e, por consequência, desconstituída a referida penhora. O credor alegou, em suma, a existência de decisão do TJDFT “declarando que o presente crédito possui inquestionável natureza alimentar (honorários advocatícios), tanto que esta natureza tramita perante r. Juízo, e, por conseguinte, é absolutamente impenhorável.”

Em 23/03/2018, foi proferida decisão de indeferimento do pedido,

uma vez que, além da ausência de informações sobre a subsistência da constrição, não havia qualquer ordem de desconstituição de penhora por parte do Juízo que a determinou, tampouco de instâncias superiores. Há nos autos apenas acórdão oriundo da 5ª Turma Cível deste Tribunal, por meio do qual não foi analisada a legitimidade da penhora realizada no rosto dos autos do processo nº 2002.01.1.084550-3, que originou a expedição do precatório requisição. Tanto é assim que, do dispositivo do voto proferido no Agravo de Instrumento nº 0710761-87.2017.8.07.0000, observa-se que foi dado parcial provimento ao referido recurso “para reformar a decisão recorrida e considerar impenhorável a verba relativa à RPV nº 0107081-45.2017.1.01.9198 e o montante de R$2.587,95 referente ao processo nº 0720022-73.2017.8.07.0001.”

Ademais, também foi noticiado nos autos o acolhimento dos embargos declaratórios opostos pelo agravado/exequente no bojo do referido AGI para, "sanando os vícios apontados, INDEFERIR o pedido requerido pelo agravante/executado no id. 3670618, folhas 01/02, e declarar que a penhorabilidade ou não do crédito relativo ao Precatório nº 2012.00.2.014539-7 não foi objeto de análise no presente Agravo de Instrumento."

Verificou-se, ainda, que o credor interpôs outro agravo de instrumento contra decisão proferida pelo Juízo Falimentar que havia indeferido o pedido de desconstituição da aludida penhora (0705989-47.2018.8.07.0000). Em 30/04/2018, o eminente Desembargador Ângelo Passareli indeferiu o pedido de antecipação dos efeitos da tutela recursal, entendendo, em suma, ser vedado à parte discutir questões preclusas no processo” (destaquei).

7. Verifica-se da leitura das informações prestadas pela autoridade reclamada que não houve discussão, por parte das instâncias ordinárias, quanto à natureza jurídica do crédito contido no Precatório nº 2012.00.2.014539-7, tampouco a recusa de destaque de crédito de honorários advocatícios.

8. Não se presta a reclamação constitucional para averiguar natureza jurídica de crédito de precatório. A pretensão do reclamante é de utilizar a presente ação para ver declarada a natureza jurídica alimentar de crédito em precatório, e assim, atingir objetivo não alcançado nas instâncias ordinárias de desconstituir penhora realizada na capa dos autos.

9. Destaco que a jurisprudência desta Suprema Corte não confere a reclamação natureza de sucedâneo recursal ou meio viabilizador do reexame do conteúdo do ato reclamado. Tampouco admite constituir instrumento de uniformização jurisprudencial. Nesse sentido:

“Impende enfatizar, finalmente, considerada a estrita vocação a que se acha constitucionalmente vinculado o instrumento da reclamação (RTJ 134/1033, v.g.), que tal remédio constitucional não pode ser utilizado como um (inadmissível) atalho processual destinado a permitir, por razões de caráter meramente pragmático, a submissão imediata do litígio ao exame direto desta Suprema Corte.

Torna-se evidente, pois, presentes tais considerações, a inadequação do meio processual ora utilizado. É que, como referido, a reclamação não se qualifica como sucedâneo recursal nem configura instrumento viabilizador do reexame do conteúdo do ato reclamado, eis que tal finalidade revela-se estranha à destinação constitucional subjacente à instituição dessa medida processual, consoante adverte a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. (Rcl 4.003, rel. Min. Celso de Mello, DJ 04.4.2006).

10. Ademais, a jurisprudência desta Corte exige, para o cabimento da reclamação constitucional, a aderência estrita entre o objeto do ato reclamado e o conteúdo do paradigma de controle do STF (Rcl 19394/DF, Rel. Min. Celso de Mello, DJe 24.4.2017; Rcl 19631/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 01.7.2015; Rcl 4.487/PR-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 5.12.2011).

11. Inexiste, portanto, substrato fático ou jurídico capaz de atrair a incidência do enunciado da Súmula Vinculante nº 47.

12. Ante o exposto, nego seguimento à presente reclamação (art. 21, §1º, do RISTF), restando prejudicado o exame do pedido liminar e de tutela incidental.

13. Sem honorários advocatícios, porquanto não instaurado o contraditório.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 30.135 (1394)ORIGEM : 30135 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE ITAPETININGAADV.(A/S) : RAFAEL RIBAS DE MARIA (309894/SP)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADOINTDO.(A/S) : ANUSKA PINTUCCI SALES DA CRUZ SCHNEIDERADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 298

DECISÃO: Trata-se de reclamação constitucional, com pedido liminar, proposta pelo Município de Itapetininga, em face de decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região e pelo Tribunal Superior do Trabalho, nos autos do Processo 0010042-21.2015.5.15.0041.

Na petição inicial, o reclamante alega que a decisão reclamada ofendeu a autoridade desta Corte, consubstanciada na Súmula Vinculante 10, ao afastar, por órgão fracionário, a aplicação da norma do art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993.

Sustenta violação ao decidido no julgamento da ADC 16 e no RE-RG 760.931/DF, pois foi condenado subsidiariamente, sem averiguação de culpa, ao pagamento de verbas trabalhistas.

Requer a concessão de liminar para suspender a tramitação do referido processo. Por fim, pugna pela procedência da presente reclamação, a fim de que seja cassada a decisão reclamada, na parte em que condenou subsidiariamente o município reclamante.

É o relatório.Passo à análise do pedido liminar.A reclamação, tal como prevista no art. 102, I, “l”, da Constituição e

regulada nos artigos 988 a 993 do Código de Processo Civil e 156 a 162 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, tem cabimento para preservar a competência do tribunal ou garantir a autoridade das suas decisões, bem como contra ato administrativo ou decisão judicial que contrarie súmula vinculante (CF/88, art. 103-A, § 3º).

Inicialmente registro que o Plenário do Supremo Tribunal Federal declarou a constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993, que dispõe sobre a impossibilidade jurídica de transferência de responsabilidade à Administração Pública de encargos decorrentes do não cumprimento, pelo contratado, de obrigações trabalhistas, fiscais ou comerciais, no julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade 16, Rel. Min. Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 9.9.2011.

Posteriormente a esse julgamento, o Tribunal Superior do Trabalho deu nova redação à Súmula 331 daquela Corte, para fazer constar que o inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária dos entes integrantes da Administração Pública direta e indireta em determinados casos.

Com efeito, constato que o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral dessa matéria, nos autos do RE-RG 760.931 (tema 246), que substituiu o RE-RG 603.397, Rel. Min. Rosa Weber. Eis a ementa do julgado:

“ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA POR ENCARGOS TRABALHISTAS EM FACE DO INADIMPLEMENTO DE EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇO. EXAME DA CONSTITUCIONALIDADE DO ART. 71, § 1º, DA LEI 8.666/1993. EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL”.

O Plenário desta Corte, ao julgar o mérito do citado paradigma, deu parcial provimento ao recurso da União e confirmou o entendimento adotado na ADC 16, no sentido de proibir a responsabilização automática da Administração Pública, só cabendo condenação se houver prova inequívoca de sua conduta omissiva ou comissiva na fiscalização dos contratos.

No presente caso, verifico que a TRT da 15ª Região, cuja decisão foi mantida pelo Tribunal Superior do Trabalho, não empreendeu análise da espécie fática, tratando o caso apenas em abstrato, como mais um episódio da recorrente controvérsia gerada pelo inadimplemento de obrigações trabalhistas pelos contratados da Administração Pública. Nesse sentido, extrai-se o seguinte trecho:

“Ainda que o recorrente alegue ter fiscalizado as atividades do primeiro réu, restou provado nos autos que a recorrida não recebeu diversas verbas trabalhistas, como por exemplo, salários, férias proporcionais e 13º salário proporcional. Dessa forma, vislumbro falha na fiscalização e culpa do Município pelo inadimplemento de verbas trabalhistas básicas.

Evidencia-se, assim, a culpa in vigilando do ente público, pois faltou com o dever que lhe cabia. Se se vale de serviços prestados por terceiros, buscando, apenas, explorar os trabalhadores sem preocupar-se com o devido adimplemento de suas verbas trabalhistas, age imoralmente e em oposição aos fundamentos principiológicos da sociedade, tal como definidos pela Constituição Federal.

Outrossim, cabia ao contratante - no momento da confecção do edital de contratação (e mesmo na execução do contrato) - velar pelo disposto no art. 55 da Lei nº 8.666/1993, exigindo, dentre outras, garantias contratuais robustas que atestassem que o patrimônio da instituição contratada poderia suportar eventuais direitos trabalhistas que pudessem ser lesados.

Por fim, repita-se, conquanto o segundo reclamado, no caso vertente, tenha exercido alguma fiscalização em torno do cumprimento das obrigações trabalhistas, conforme ressai dos documentos coligidos com a defesa, o fato é que tal atitude não foi eficiente a ponto de evitar que a reclamante experimentasse os prejuízos denunciados na petição inicial, pois incontestável a sua responsabilidade subsidiária.

Ainda que tenha utilizado valores retidos para pagar verbas rescisórias de alguns empregados, os valores do repasse foram insuficientes para solver integralmente os montantes correspondentes a direitos básicos de empregados dispensados em razão da rescisão unilateral do convênio firmado com o Instituto. A controvérsia já está pacificada pela Súmula nº 331 do C. TST, cujo verbete V estabelece a responsabilidade subsidiária do ente público

quando comprovada ausência de fiscalização das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviços”. (eDOC 3, p. 75-76)

Assim, em primeiro juízo, entendo que o Tribunal reclamado reconheceu a responsabilidade da Administração Pública sem caracterização de culpa, afastando a aplicação da norma do art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993, cuja constitucionalidade foi reconhecida na ADC 16, e violando a autoridade da Súmula Vinculante 10.

Ante o exposto, reservando-me o direito a exame mais detido da controvérsia por ocasião do julgamento do mérito, presentes os pressupostos de periculum in mora e fumus boni iuris, defiro o pedido de liminar para determinar a suspensão do Processo 0010042-21.2015.5.15.0041, apenas no ponto referente à condenação subsidiária da Fazendo Pública, até a decisão final da presente reclamação.

Solicitem-se informações às autoridades reclamadas (art. 989, I, CPC).

Cite-se o interessado (art. 989, III, CPC).Intime-se, se necessário, o reclamante para que forneça o endereço

da parte beneficiária do ato impugnado nesta sede reclamatória, sob pena de extinção do feito (arts. 319, II; 321; e 989, III, do CPC).

Publique-se. Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 30.210 (1395)ORIGEM : 30210 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECLTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECLDO.(A/S) : JUIZ GESTOR DAS TURMAS RECURSAIS DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO:1.Recebo a emenda à petição inicial (doc. 13).2.Solicitem-se as informações e comunique-se a autoridade

reclamada acerca do teor da decisão por meio da qual deferi a medida liminar (art. 989, I, do CPC/2015).

3.Cite-se a União, parte beneficiária do ato reclamado (art. 989, III, do CPC/2015).

4.Decorridos os prazos para informações e para o oferecimento da contestação, abra-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República (art. 991 do CPC/2015).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 30.284 (1396)ORIGEM : 30284 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : GRANVILLE & BAZAN LTDAADV.(A/S) : BERNARDO MENICUCCI GROSSI (97774/MG) E

OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6ª REGIAOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADOINTDO.(A/S) : COMPANHIA ENERGETICA DE PERNAMBUCOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : CAIO CESAR PIRES DE ARAUJOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DESPACHO: Vistos.A Seção de Processos do Controle Concentrado e Reclamações do

STF certificou (eDoc. 20) que“o Aviso de Recebimento refente à Carta de Citação do(a)

Interessado(a), CAIO CESAR PIRES DE ARAÚJO e o respectivo expediente foram devolvidos pela Empresa de Correios e Telégrafos – ECT com o aviso de ‘Desconhecido’”.

Intime-se o reclamante para que diga sobre a certidão acima indicada, no prazo de 5 (cinco) dias.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 299

RECLAMAÇÃO 30.298 (1397)ORIGEM : 30298 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : RICARDO ALMEIDA DE ARAUJOADV.(A/S) : RICARDO ALMEIDA DE ARAUJO (221286/SP)RECLDO.(A/S) : RELATOR DO RMS Nº 34016 E Nº 34043 DO

SUPREMO TRIBUNAL FEDERALADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE HIPÓTESE DE CABIMENTO. SEGUIMENTO NEGADO.

Vistos etc.1. Trata-se de reclamação constitucional proposta por Ricardo

Almeida de Araújo em face do Ministro Marco Aurélio Melo, relator dos Recursos em Mandados de Segurança nºs 34.016 e 34.043, que, em seu entender, não deu o devido andamento processual aos feitos, razão pela qual requer a redistribuição dos recursos.

2. Deixo de intimar a autoridade reclamada para prestar informações, bem como o Procurador-Geral da República para ofertar parecer, em decorrência da manifesta inviabilidade da reclamação.

É o relatório. Decido.1. A reclamação constitucional, via estreita e vinculada estritamente

às hipótese de cabimento previstas no texto da Constituição, pressupõe a ocorrência de usurpação de competência originária do Supremo Tribunal Federal, desobediência à súmula vinculante, descumprimento de decisão desta Corte proferida em sede de controle concentrado de constitucionalidade, em decorrência do efeito vinculante que ostenta (art. 102, § 2º, da CF) ou, ainda, em controle difuso, desde que pertinente, nesta última hipótese, à mesma relação jurídica e às mesmas partes.

2. O art. 988 do CPC/2015, em vigor desde 18.3.2016, assim disciplina o instituto:

Art. 988. Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público para:

I - preservar a competência do tribunal; II - garantir a autoridade das decisões do tribunal; III garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de

decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade;

IV garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de resolução de demandas repetitivas ou de incidente de assunção de competência;

3. O reclamante não apresentou nenhuma das hipóteses de cabimento, sustentou apenas sua insatisfação com suposta demora na prestação jurisdicional nos recursos apresentados.

4. Dentro dessa moldura, não sendo a reclamação sucedâneo recursal, inviável cogitar, nesta via processual, da viabilidade de se utilizar da presente ação para requerer redistribuição de feitos, tanto mais, quando já proferidas decisões pelo relator, ainda que estas sejam contrárias aos interesses do ora reclamante.

5. Ante o exposto, forte no art. 21, § 1º, do RISTF, nego seguimento à reclamação, manifesto o seu não cabimento.

6. Sem honorários advocatícios, porquanto não instaurado o contraditório.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa Weber Relatora

RECLAMAÇÃO 30.375 (1398)ORIGEM : 30375 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MARANHÃORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : PATRICIA ALVES DE SANTANAADV.(A/S) : JOSE TARCISIO DE MELO (17129/MA)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRECLDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE HIPÓTESE DE CABIMENTO. SEGUIMENTO NEGADO.

Vistos etc.1. Trata-se de reclamação constitucional proposta por Patrícia Alves

de Santana, com fundamento nos arts. 5º, inciso, XXXIV, e 102, inciso, I, letra l, da Constituição da República; no art.. 988 e seguintes do Código de Processo Civil e no art. 156 e seguintes do RISTF, contra decisão proferida pelo Superior Tribunal de Justiça, que supostamente supostamente usurpou a competência deste Supremo Tribunal Federal.

2. Narra a reclamante ter, inicialmente, o Superior Tribunal de Justiça

negado provimento a recurso ordinário em mandado de segurança com fundamento na Súmula nº 267 do STF. Contra essa decisão monocrática interposto agravo interno, também denegado, e, na sequência, embargos declaratórios, que restaram rejeitados.

Após, interpôs recurso extraordinário, ao qual negado seguimento, complementa, forte nas Súmulas 318 e 339 do STF, que não guardam relação com o tema debatido nos autos.

Contra a referida decisão, opôs-se embargos de declaração, rejeitados por intempestivos, sobrevindo novos declaratórios, rechaçados por ausência de demonstração de hipótese de cabimento.

3. Afirma ter ocorrido usurpação de competência deste Supremo Tribunal Federal, ao não admitir a remessa do recurso extraordinário, ao rejeitar os embargos que discutiam a admissibilidade do recurso.

4. Requer o benefício da justiça gratuita.5. Deixo de citar a parte beneficiária do ato judicial reclamado, em

decorrência da manifesta inviabilidade da reclamação. Deixo de intimar a autoridade reclamada para prestar informações, bem como a Procuradora-Geral da República para ofertar parecer, por tratar a demanda de matéria repetitiva .

É o relatório. Decido.1. Considerada a afirmação do reclamante acerca da inviabilidade de

custear as despesas processuais sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família, concedo o benefício da assistência judiciária gratuita, nos termos do art. 98 do CPC/2015.

2. A reclamação constitucional, via estreita e vinculada estritamente às hipótese de cabimento previstas no texto da Constituição, pressupõe a ocorrência de usurpação de competência originária do Supremo Tribunal Federal, desobediência à súmula vinculante, descumprimento de decisão desta Corte proferida em sede de controle concentrado de constitucionalidade, em decorrência do efeito vinculante que ostenta (art. 102, § 2º, da CF) ou, ainda, em controle difuso, desde que pertinente, nesta última hipótese, à mesma relação jurídica e às mesmas partes.

3. O art. 988 do CPC/2015, em vigor desde 18.3.2016, assim disciplina o instituto:

Art. 988. Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público para:

I - preservar a competência do tribunal; II - garantir a autoridade das decisões do tribunal; III garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de

decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade;

IV garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de resolução de demandas repetitivas ou de incidente de assunção de competência;

4. Na espécie, se alega usurpação de competência do STF em razão de não ter o Superior Tribunal de Justiça admitido o recurso extraordinário interposto.

5. Conforme narrado pela ora reclamante, após a denegação do recurso extraordinário foram interpostos dois embargos declaratórios, recursos estes que se prestam tão somente para:

Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:

I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se

pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;III - corrigir erro material.Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos

repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;

II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º. (destaquei).

6. Contra a decisão que nega seguimento a recurso extraordinário, o recurso cabível é o agravo previsto no art. 1.042 do Código de Processo Civil, este sim, de subida forçada. Confira-se:

Art. 1.042. Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos. (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)

7. Como se denota, não houve, por parte do Superior Tribunal de Justiça, usurpação de competência do Supremo Tribunal Federal, uma vez que lhe cabe o exercício de juízo de admissibilidade, facultada à parte que se achar prejudicada, a utilização do meio adequado de impugnação, o que não ocorreu, pois não interposto o agravo previsto no art. 1.042 do CPC. Inviável cogitar, nesta via processual, da alegada usurpação de competência invocada pela reclamante, sob pena de desvirtuamento do instituto.

8. Ademais, cumpre verificar o teor da decisão reclamada. Consta que:

“[...]Consigne-se, de início, quanto à alegada ofensa ao art. 93, inciso

IX, da Constituição Federal, que o Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao julgar o AI 791.292-QO-RG, Tema 339, reafirmou a jurisprudência

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 300

segundo a qual a Carta Magna exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão.

[…]Nos termos da jurisprudência firmada pelo Pretório Excelso, o

atendimento ao comando normativo contido no inciso IX do art. 93 da Constituição Federal exige que as decisões judiciais estejam alicerçadas, ainda que de maneira sucinta, em fundamentação apta à solução da controvérsia, embora a consecução de tal desiderato não imponha ao órgão julgador o exame minudente de todas as alegações veiculadas pelas partes.

Assim, para efeito de análise de conformidade da decisão com o decidido sob o regime de repercussão geral, deve ser verificado se o aresto atacado possui motivação suficiente à solução da controvérsia ou se, à míngua da satisfação desse requisito, caracterizou-se a afronta ao princípio constitucional da inafastabilidade de jurisdição.

[…]Importante consignar que, nesta fase processual, a análise da

questão constitucional ora em comento está adstrita à aferição da existência ou não de fundamentação suficiente para lastrear o acórdão recorrido. Por conseguinte, a verificação do acerto ou desacerto da motivação adotada no provimento judicial atacado extrapola os limites da cognição inerente ao juízo de admissibilidade exercido por esta Vice-Presidência.

No caso dos autos, o acórdão recorrido apresenta fundamentação suficiente para justificar as razões de negativa de provimento ao agravo interno da ora recorrente. É o que se depreende do seguinte excerto (fls. 298/299, e-STJ):

"1. A despeito das alegações da parte agravante, a sua peça recursal sequer merece conhecimento, porquanto veicula razões completamente dissociadas dos fundamentos utilizados na decisão recorrida.

2. Ora, a simples leitura da irresignação apresentada demonstra que a recorrente insiste na veiculação das razões meritórias da demanda, pleiteando o direito material objeto da pretensão, deixando, portanto, de impugnar o único fundamento da decisão agravada, consistente na inadequação da via mandamental.

3. A decisão agravada foi assim fundamentada:7. A leitura atenta do julgado prolatado pelo TRF da 1a. Região

demonstra que o Tribunal local entendeu que a impetração em referência teve por objetivo substituir a interposição do recurso competente, hipótese vedada pela Súmula 267/STF. Eis a fundamentação:

(...).8. O MPF, em seu brilhante parecer, da lavra do ilustre

Subprocurador-Geral da República DILTON CARLOS EDUARDO FRANÇA, manifestou-se pela negativa de provimento do Apelo, ante a impossibilidade de manejo da via mandamental, por incidência da Súmula 267/STF, que foi assim ementado:

(...).10. Ocorre que, em momento algum, tais pechas na decisão

impetrada são alegadas e demonstradas pela ora Recorrente.11. Nesse sentido, é firme o entendimento deste Tribunal Superior,

conforme o aresto abaixo oriundo da Corte Especial:(...).12. Ante o exposto, nega-se provimento ao Recurso Ordinário em

Mandado de Segurança da Impetrante (fls. 239/242).4. Para arrematar, tanto a agravante deixa de enfrentar o único

fundamento da decisão, veiculando razões dissociadas, que apresenta o seguinte pedido:

(...)5. Desta maneira, tratando-se de recurso que veicula razões

dissociadas com o conteúdo do decisum recorrido, a jurisprudência desta Corte Superior é firme de aplicar-lhe a Súmula 284/STF, a ensejar seu não conhecimento. A propósito:".

Logo, não subsiste a alegação de ofensa ao art. 93 da Carta Magna, porquanto o acórdão recorrido, não obstante seja contrário aos interesses da parte, está suficientemente motivado, sem ficar configurada a apontada ofensa à Constituição da República.

O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do AI 800.074 RG/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 3/12/2010, decidiu que a questão relativa aos pressupostos de admissibilidade do mandado de segurança carece de repercussão geral, por se tratar de matéria infraconstitucional (Tema 318/STF).

[…]Nessa linha de entendimento, por ausência de repercussão geral

sobre a matéria, os fundamentos do aresto atacado não são passíveis de revisão pela Suprema Corte.

Ante o exposto, nos termos do art. 1.030, inciso I, alínea "a", do Código de Processo Civil, NEGO SEGUIMENTO ao recurso extraordinário.” (destaquei)

9. Dentro dessa moldura, tem-se que a decisão denegatória do recurso extraordinário está fundamentada em precedentes de repercussão geral, Temas 318 e 339, e não em Súmulas deste Supremo Tribunal, como afirmou a reclamante. Em sendo a denegação fundamentada em paradigmas de repercussão geral, o recurso cabível é o agravo interno, nos termos do art. 1.030,§ 2º, do CPC:

Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá:

[…]§ 2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III caberá

agravo interno, nos termos do art. 1.021. 10. O CPC/2015, no art. 988, § 5º, II, autoriza a utilização da

reclamação para garantir a observância de acórdão de recurso extraordinário com repercussão geral reconhecida, desde que haja o esgotamento das instâncias ordinárias. Confira-se:

“§ 5º É inadmissível a reclamação:II – proposta para garantir a observância de acórdão de recurso

extraordinário com repercussão geral reconhecida ou de acórdão proferido em julgamento de recursos extraordinário ou especial repetitivos, quando não esgotadas as instâncias ordinárias.”

11. A jurisprudência desta Suprema Corte vem se firmando no sentido de que o esgotamento da instância ordinária somente se concretiza após o julgamento de agravo interno manejado contra a decisão da Presidência ou Vice-Presidência da Corte que, no exame de admissibilidade do recurso extraordinário, aplica a sistemática da repercussão geral, nos termos do art. 1.030 e § 2º, do CPC/2015. Nesse sentido: Rcl 26194/SP, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 03.3.2017; Rcl 26458/RN, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe 10.3.2017; Rcl 26300/RS, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 02.3.2017; Rcl 26336/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 02.3.2017.

12. Tal situação não se verifica no presente caso. Não houve interposição de agravo interno contra a decisão denegatória de recurso extraordinário com fundamento em precedentes de repercussão geral.

13. Assim, concluo que a reclamante pretende, nesta via processual, dar efeito de recurso à reclamação constitucional, para ter revisado o ato reclamado. Não é possível, todavia, conferir à reclamação a natureza de sucedâneo recursal ou de meio viabilizador do reexame do conteúdo do ato reclamado.

14. Ante o exposto, forte no art. 21, § 1º, do RISTF, nego seguimento à reclamação, manifesto o seu não cabimento.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa Weber Relatora

RECLAMAÇÃO 30.378 (1399)ORIGEM : 30378 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : WILSON JOSE LIMA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : JUVENAL EVARISTO CORREIA JUNIOR (229554/SP)RECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA UNIDADE REGIONAL DE

DEPARTAMENTO ESTADUAL DE EXECUÇÃO CRIMINAL - DEECRIM 2ª RAJ

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO. SÚMULA VINCULANTE Nº 56. REGIME PRISIONAL DE CUMPRIMENTO DA PENA. PERDA SUPERVENIENTE DE OBJETO. RECLAMAÇÃO PREJUDICADA.

Vistos etc.Trata-se de reclamação constitucional, com pedido de liminar,

fundada nos arts. 103-A, § 3º, da Constituição Federal, e 156 a 162 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ajuizada por Wilson Jose Lima de Oliveira contra ato do Juiz de Direito da Unidade Regional de Departamento Estadual de Execução Criminal - Deecrim 2ª Raj, que supostamente teria contrariado o enunciado da Súmula Vinculante nº 56.

Narra a inicial que, inobstante a progressão de regime ao semiaberto, o Reclamante “permanece em regime fechado, em fila aguardando vaga no sistema”.

Alega a Defesa, em síntese, que a inexistência de local apropriado para o cumprimento da pena em regime semiaberto contraria o enunciado da Súmula Vinculante nº 56. Requer, em medida liminar e no mérito, o direito de o Reclamante cumprir a pena em regime aberto e, sucessivamente, em prisão domiciliar.

Prestadas informações pela autoridade reclamada.Sobreveio manifestação do Ministério Público Federal, da lavra da

Subprocuradora-Geral da República Cláudia Sampaio Marques, pela extinção da reclamação sem julgamento de mérito.

É o relatório.Decido.Conforme informações prestadas pela autoridade reclamada, extrai-

se, que, em 11.5.2018, foi concedido o regime aberto ao sentenciado Wilson José Lima de Oliveira, mediante o cumprimento de condicionantes.

Tendo em vista a concessão do regime aberto ao Reclamante, encontra-se prejudicada, por perda do objeto, esta reclamação.

Ante o exposto, forte no art. 21, IX, do RISTF, julgo prejudicada a reclamação, extinguindo o processo sem resolução do mérito.

Publique-se.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 301

Brasília, 25 de maio de 2018. Ministra Rosa Weber

Relatora

RECLAMAÇÃO 30.403 (1400)ORIGEM : 30403 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : CRISTINE BENFATTI GONZALEZ CUSTODIOADV.(A/S) : FRANCISCO MARTINS DE SOUZA NETO (325389/SP)RECLDO.(A/S) : PRIMEIRA TURMA CÍVEL E CRIMINAL DO COLÉGIO

RECURSAL DA COMARCA DE VOTUPORANGAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : SUPERINTENDENCIA DE AGUA, ESGOTOS E MEIO

AMBIENTE DE VOTUPORANGAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL. ALEGADA USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DESTE SUPREMO TRIBUNAL. COMPROVAÇÃO. JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE QUE AVANÇA O JUÍZO DE MÉRITO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCEDÊNCIA.

Vistos etc.1. Trata-se de reclamação constitucional, com pedido de liminar,

fundada no artigo 988 e seguintes do Código de Processo Civil e no artigo 156 e seguintes do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ajuizada por Cristine Benfatti Gonzalez Custódio contra ato do Colégio Recursal da 17ª Circunscrição Judiciária da Comarca de Votuporanga/SP, que supostamente teria usurpado a competência deste Supremo Tribunal para julgar agravo contra despacho de inadmissibilidade de recurso extraordinário no Processo nº 1005238-38.2017.8.26.0664.

2. Narra o reclamante a interposição de recurso extraordinário contra acórdão que negou provimento a seu recurso inominado mantendo os fundamentos da sentença. Ao recurso extraordinário foi negado seguimento sob o fundamento de incidência da Súmula 636 do Supremo Tribunal Federal, além da circunstância de não existir repercussão geral no tema versado, pois envolveria apenas interesses das partes litigiosas.

3. Contra a decisão denegatória do recurso extraordinário interpôs o agravo do art. 1.042 do CPC, o qual foi convertido em agravo interno e em seguida, desprovido pela Turma Recursal.

4. Requer, o benefício da justiça gratuita, a concessão de medida liminar para suspender a ação até julgamento final da reclamação e, no mérito, seja esta julgada procedente para cassar a decisão reclamada, com o prosseguimento do agravo em recurso extraordinário interposto.

5. Deixo de intimar a autoridade reclamada, por considerar que o processo está suficientemente instruído. Igualmente, dispenso a intimação da Procuradora-Geral da República, em razão do caráter repetitivo do litígio.

É o relatório. Decido.1. Considerada a afirmação do reclamante acerca da inviabilidade de

custear as despesas processuais sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família, concedo o benefício da assistência judiciária gratuita, nos termos do art. 98 do CPC/2015.

2. No caso em referência, a autoridade a quo negou admissibilidade ao recurso extraordinário pelos seguintes fundamentos:

“[...]Não prospera o recurso extremo. Incidente, à espécie, a Súmula 636:

“Não cabe Recurso Extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida.”

Finalmente, cumpre ressaltar que não se verifica, no caso dos autos, a alegada repercussão geral, já que o direito em litígio envolve unicamente os interesses das próprias partes. Dessa forma, ausente o requisito previsto no art. 102, §3º, da Constituição Federal”.

3. De leitura da decisão agravada, denota-se que o Juízo reclamado concluiu, sem apontamento de qualquer precedente deste Supremo Tribunal, que a matéria veiculada no recurso extraordinário da parte ora reclamante carecia de repercussão geral.

4. O Plenário do Supremo Tribunal Federal já enfrentou a temática relacionada à competência para analisar a preliminar de repercussão geral e posicionou-se no seguinte sentido:

“[...] a verificação da existência de demonstração formal e fundamentada da repercussão geral das questões discutidas no recurso extraordinário pode fazer-se tanto na origem quanto no Supremo Tribunal Federal, cabendo exclusivamente a este Tribunal, no entanto, a decisão sobre a efetiva existência da repercussão geral” (AI nº 664.567/RS-QO, Rel. Min Sepúlveda Pertence, Tribunal Pleno, Ata nº 40/2007, publicada no DJ de 6/9/2007 - destaquei).

5. Embora o citado entendimento tenha se firmado sob a égide do Código de Processo Civil de 1973, plenamente aplicável ao atual regramento processual, CPC/2015.

6. Ao proceder à análise dos requisitos constitucionais, a saber, a efetiva existência ou não de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos do processo, tenho por ultrapassado pelo Presidente da Turma Recursal os

limites da competência conferida ao órgão a quo quando da realização do primeiro juízo de admissibilidade de recurso extraordinário, a configurar usurpação de competência desta Suprema Corte.

7. Ademais, como emerge da decisão reclamada, a inadmissibilidade do recurso extraordinário não se ampara em paradigma de repercussão geral decidido pelo Supremo Tribunal Federal.

8. À falta de precedente de repercussão geral apto a obstaculizar a admissibilidade do extraordinário, não há exigência de observância da regra do § 2º do art. 1.030 do CPC/2015, que prevê o manejo de agravo interno. Desse modo, não poderia o Colégio Recursal ter convertido o agravo em recurso extraordinário em agravo interno.

9. Na espécie, o regramento aplicável é o § 1º do art. 1.030 do CPC/2015, dispositivo que remete ao seu art. 1.042, consignando o cabimento do agravo em recurso extraordinário. Eis o teor do do referido dispositivo:

Art. 1.042. Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos. (destaquei)

10. Verificada teratologia na aplicação da sistemática da repercussão geral para negar seguimento a recurso da competência desta Suprema Corte, entendo que houve usurpação da competência do STF para julgar o recurso de agravo do art. 1.042 do CPC.

11. A propósito do tema, cito precedente de relatoria do Min. Dias Toffoli, na Segunda Turma:

“Direito Constitucional e Direito Processual Civil. Agravo interposto contra despacho de inadmissibilidade de recurso extraordinário sem remissão à sistemática da repercussão geral. Usurpação da competência do Supremo Tribunal Federal. Reclamação procedente. Princípios da celeridade processual e da eficiência da prestação jurisdicional. Agravo do art. 1.042 do CPC julgado com dispensa do envio dos autos ao STF.

1. Subsiste a competência do STF para julgar recurso de agravo interposto contra despacho de inadmissibilidade de recurso extraordinário sem remissão à sistemática da repercussão geral (art. 1.042 do CPC).

2. Ausência de interesse do reclamante/agravante, em recorrer da decisão que julgou procedente a reclamação constitucional, estando, ademais, exauridos os efeitos do julgado com a análise do agravo do art. 1.042 do CPC/2015 no caso concreto. Direito Constitucional e Direito Processual do Trabalho. Recurso extraordinário interposto sem o esgotamento da instância recursal ordinária. Súmula nº 281/STF. Agravo regimental não provido. 1. Recurso extraordinário não admitido pela Corte de origem com fundamento na Súmula nº 281/STF. 2. Cabimento de recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho contra decisão de Corte Regional proferida no exercício de sua competência originária (art. 895, II, CLT). Ausência de competência do STF para julgar recurso extraordinário interposto antes do esgotamento das instâncias ordinárias.

3. Agravo regimental a que se nega provimento, com aplicação de multa do § 4º do art. 1.021 do CPC”. (DJe 12.05.2017 - destaquei)

12. Em reclamações sobre questão análoga à ora em exame, reconheceu-se a usurpação de competência deste Supremo Tribunal. Cito exemplificativamente os seguintes julgados monocráticos: Reclamações 29.723, 29.747, 29,763, 29.772 e 29.773, todas de relatoria do Min. Ricardo Lewandowski; e as Reclamações 29.724, 29.729, 29.734, 29.745, 29.759 e 29.771, de relatoria do Min. Dias Toffoli.

13. Pelo exposto, forte nos artigos 21, § 1°, e 161, parágrafo único, ambos do RISTF, julgo procedente a reclamação, a fim de determinar a realização de processamento do recurso extraordinário com agravo no Processo nº 1005238-38.2017.8.26.0664, em trâmite no Colégio Recursal da 17ª Circunscrição Judiciária da Comarca de Votuporanga/SP.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECLAMAÇÃO 30.408 (1401)ORIGEM : 30408 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : LUIS HENRIQUE FELISBERTO MARCENEIROADV.(A/S) : FRANCISCO MARTINS DE SOUZA NETO (325389/SP)RECLDO.(A/S) : PRIMEIRA TURMA CÍVEL E CRIMINAL DO COLÉGIO

RECURSAL DA COMARCA DE VOTUPORANGAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : SUPERINTENDENCIA DE AGUA, ESGOTOS E MEIO

AMBIENTE DE VOTUPORANGAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL. ALEGADA USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DESTE SUPREMO TRIBUNAL. COMPROVAÇÃO. JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE QUE AVANÇA O JUÍZO DE MÉRITO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCEDÊNCIA.

Vistos etc.1. Trata-se de reclamação constitucional, com pedido de liminar,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 302

fundada no artigo 988 e seguintes do Código de Processo Civil e no artigo 156 e seguintes do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ajuizada por Luiz Henrique Felisberto Marceneiro contra ato do Colégio Recursal da 17ª Circunscrição Judiciária da Comarca de Votuporanga/SP, que supostamente teria usurpado a competência deste Supremo Tribunal para julgar agravo contra despacho de inadmissibilidade de recurso extraordinário no Processo nº 1004875-51.2017.8.26.0664 .

2. Narra o reclamante a interposição de recurso extraordinário contra acórdão que negou provimento a seu recurso inominado mantendo os fundamentos da sentença. Ao recurso extraordinário foi negado seguimento sob o fundamento de incidência da Súmula 636 do Supremo Tribunal Federal, além da circunstância de não existir repercussão geral no tema versado, pois envolveria apenas interesses das partes litigiosas.

3. Contra a decisão denegatória do recurso extraordinário interpôs o agravo do art. 1.042 do CPC, o qual foi convertido em agravo interno e em seguida, desprovido pela Turma Recursal.

4. Requer, o benefício da justiça gratuita, a concessão de medida liminar para suspender a ação até julgamento final da reclamação e, no mérito, seja esta julgada procedente para cassar a decisão reclamada, com o prosseguimento do agravo em recurso extraordinário interposto.

5. Deixo de intimar a autoridade reclamada, por considerar que o processo está suficientemente instruído. Igualmente, dispenso a intimação da Procuradora-Geral da República, em razão do caráter repetitivo do litígio.

É o relatório. Decido.1. Considerada a afirmação do reclamante acerca da inviabilidade de

custear as despesas processuais sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família, concedo o benefício da assistência judiciária gratuita, nos termos do art. 98 do CPC/2015.

2. No caso em referência, a autoridade a quo negou admissibilidade ao recurso extraordinário pelos seguintes fundamentos:

“[...]Não prospera o recurso extremo. Incidente, à espécie, a Súmula 636:

“Não cabe Recurso Extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida.”

Finalmente, cumpre ressaltar que não se verifica, no caso dos autos, a alegada repercussão geral, já que o direito em litígio envolve unicamente os interesses das próprias partes. Dessa forma, ausente o requisito previsto no art. 102, §3º, da Constituição Federa”.

3. De leitura da decisão agravada, denota-se que o Juízo reclamado concluiu, sem apontamento de qualquer precedente deste Supremo Tribunal, que a matéria veiculada no recurso extraordinário da parte ora reclamante carecia de repercussão geral.

4. O Plenário do Supremo Tribunal Federal já enfrentou a temática relacionada à competência para analisar a preliminar de repercussão geral e posicionou-se no seguinte sentido:

“[...] a verificação da existência de demonstração formal e fundamentada da repercussão geral das questões discutidas no recurso extraordinário pode fazer-se tanto na origem quanto no Supremo Tribunal Federal, cabendo exclusivamente a este Tribunal, no entanto, a decisão sobre a efetiva existência da repercussão geral” (AI nº 664.567/RS-QO, Rel. Min Sepúlveda Pertence, Tribunal Pleno, Ata nº 40/2007, publicada no DJ de 6/9/2007 - destaquei).

5. Embora o citado entendimento tenha se firmado sob a égide do Código de Processo Civil de 1973, plenamente aplicável ao atual regramento processual, CPC/2015.

6. Ao proceder à análise dos requisitos constitucionais, a saber, a efetiva existência ou não de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos do processo, tenho por ultrapassado pelo Presidente da Turma Recursal os limites da competência conferida ao órgão a quo quando da realização do primeiro juízo de admissibilidade de recurso extraordinário, a configurar usurpação de competência desta Suprema Corte.

7. Ademais, emerge da decisão reclamada, a inadmissibilidade do recurso extraordinário não se ampara em paradigma de repercussão geral decidido pelo Supremo Tribunal Federal.

8. À falta de precedente de repercussão geral apto a obstaculizar a admissibilidade do extraordinário, não há exigência de observância da regra do § 2º do art. 1.030 do CPC/2015, que prevê o manejo de agravo interno. Desse modo, não poderia o Colégio Recursal ter convertido o agravo em recurso extraordinário em agravo interno.

9. Na espécie, o regramento aplicável é o § 1º do art. 1.030 do CPC/2015, dispositivo que remete ao seu art. 1.042, consignando o cabimento do agravo em recurso extraordinário. Eis o teor do do referido dispositivo:

Art. 1.042. Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos. (destaquei)

10. Verificada teratologia na aplicação da sistemática da repercussão geral para negar seguimento a recurso da competência desta Suprema Corte, entendo que houve usurpação da competência do STF para julgar o recurso de agravo do art. 1.042 do CPC.

11. A propósito do tema, cito precedente de relatoria do Min. Dias Toffoli, na Segunda Turma:

“Direito Constitucional e Direito Processual Civil. Agravo interposto contra despacho de inadmissibilidade de recurso extraordinário sem remissão à sistemática da repercussão geral. Usurpação da competência do Supremo Tribunal Federal. Reclamação procedente. Princípios da celeridade processual e da eficiência da prestação jurisdicional. Agravo do art. 1.042 do CPC julgado com dispensa do envio dos autos ao STF.

1. Subsiste a competência do STF para julgar recurso de agravo interposto contra despacho de inadmissibilidade de recurso extraordinário sem remissão à sistemática da repercussão geral (art. 1.042 do CPC).

2. Ausência de interesse do reclamante/agravante, em recorrer da decisão que julgou procedente a reclamação constitucional, estando, ademais, exauridos os efeitos do julgado com a análise do agravo do art. 1.042 do CPC/2015 no caso concreto. Direito Constitucional e Direito Processual do Trabalho. Recurso extraordinário interposto sem o esgotamento da instância recursal ordinária. Súmula nº 281/STF. Agravo regimental não provido. 1. Recurso extraordinário não admitido pela Corte de origem com fundamento na Súmula nº 281/STF. 2. Cabimento de recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho contra decisão de Corte Regional proferida no exercício de sua competência originária (art. 895, II, CLT). Ausência de competência do STF para julgar recurso extraordinário interposto antes do esgotamento das instâncias ordinárias.

3. Agravo regimental a que se nega provimento, com aplicação de multa do § 4º do art. 1.021 do CPC”. (DJe 12.05.2017 - destaquei)

12. Em reclamações sobre questão análoga à ora em exame, reconheceu-se a usurpação de competência deste Supremo Tribunal. Cito exemplificativamente os seguintes julgados monocráticos: Reclamações 29.723, 29.747, 29,763, 29.772 e 29.773, todas de relatoria do Min. Ricardo Lewandowski; e as Reclamações 29.724, 29.729, 29.734, 29.745, 29.759 e 29.771, de relatoria do Min. Dias Toffoli.

13. Pelo exposto, forte nos artigos 21, § 1°, e 161, parágrafo único, ambos do RISTF, julgo procedente a reclamação, a fim de determinar o processamento do recurso extraordinário com agravo no Processo nº 1004875-51.2017.8.26.0664 , em trâmite no Colégio Recursal da 17ª Circunscrição Judiciária da Comarca de Votuporanga/SP.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECLAMAÇÃO 30.415 (1402)ORIGEM : 30415 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : MARINELZA DE QUEIROZ FERNANDESADV.(A/S) : FRANCISCO MARTINS DE SOUZA NETO (325389/SP)RECLDO.(A/S) : PRIMEIRA TURMA CÍVEL E CRIMINAL DO COLÉGIO

RECURSAL DA COMARCA DE VOTUPORANGAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : SUPERINTENDENCIA DE AGUA, ESGOTOS E MEIO

AMBIENTE DE VOTUPORANGAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL. ALEGADA USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DESTE SUPREMO TRIBUNAL. COMPROVAÇÃO. JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE QUE AVANÇA O JUÍZO DE MÉRITO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCEDÊNCIA.

Vistos etc.1. Trata-se de reclamação constitucional, com pedido de liminar,

fundada no artigo 988 e seguintes do Código de Processo Civil e no artigo 156 e seguintes do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ajuizada por Marinelza de Queiroz Fernandes contra ato do Colégio Recursal da 17ª Circunscrição Judiciária da Comarca de Votuporanga/SP, que supostamente teria usurpado a competência deste Supremo Tribunal para julgar agravo contra despacho de inadmissibilidade de recurso extraordinário no Processo nº 1004924-92.2017.8.26.0664.

2. Narra o reclamante a interposição de recurso extraordinário contra acórdão que negou provimento a seu recurso inominado mantendo os fundamentos da sentença. Ao recurso extraordinário foi negado seguimento sob o fundamento de incidência da Súmula 636 do Supremo Tribunal Federal, além da circunstância de não existir repercussão geral no tema versado, pois envolveria apenas interesses das partes litigiosas.

3. Contra a decisão denegatória do recurso extraordinário interpôs o agravo do art. 1.042 do CPC, o qual foi convertido em agravo interno e em seguida, desprovido pela Turma Recursal.

4. Requer, o benefício da justiça gratuita, a concessão de medida liminar para suspender a ação até julgamento final da reclamação e, no mérito, seja esta julgada procedente para cassar a decisão reclamada, com o prosseguimento do agravo em recurso extraordinário interposto.

5. Deixo de intimar a autoridade reclamada, por considerar que o processo está suficientemente instruído. Igualmente, dispenso a intimação da Procuradora-Geral da República, em razão do caráter repetitivo do litígio.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 303

É o relatório. Decido.1. Considerada a afirmação do reclamante acerca da inviabilidade de

custear as despesas processuais sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família, concedo o benefício da assistência judiciária gratuita, nos termos do art. 98 do CPC/2015.

2. No caso em referência, a autoridade a quo negou admissibilidade ao recurso extraordinário pelos seguintes fundamentos:

“[...]Não prospera o recurso extremo. Incidente, à espécie, a Súmula 636:

“Não cabe Recurso Extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida.”

Finalmente, cumpre ressaltar que não se verifica, no caso dos autos, a alegada repercussão geral, já que o direito em litígio envolve unicamente os interesses das próprias partes. Dessa forma, ausente o requisito previsto no art. 102, §3º, da Constituição Federal”.

3. De leitura da decisão agravada, denota-se que o Juízo reclamado concluiu, sem apontamento de qualquer precedente deste Supremo Tribunal, que a matéria veiculada no recurso extraordinário da parte ora reclamante carecia de repercussão geral.

4. O Plenário do Supremo Tribunal Federal já enfrentou a temática relacionada à competência para analisar a preliminar de repercussão geral e posicionou-se no seguinte sentido:

“[...] a verificação da existência de demonstração formal e fundamentada da repercussão geral das questões discutidas no recurso extraordinário pode fazer-se tanto na origem quanto no Supremo Tribunal Federal, cabendo exclusivamente a este Tribunal, no entanto, a decisão sobre a efetiva existência da repercussão geral” (AI nº 664.567/RS-QO, Rel. Min Sepúlveda Pertence, Tribunal Pleno, Ata nº 40/2007, publicada no DJ de 6/9/2007 - destaquei).

5. Embora o citado entendimento tenha se firmado sob a égide do Código de Processo Civil de 1973, plenamente aplicável ao atual regramento processual, CPC/2015.

6. Ao proceder à análise dos requisitos constitucionais, a saber, a efetiva existência ou não de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos do processo, tenho por ultrapassado pelo Presidente da Turma Recursal os limites da competência conferida ao órgão a quo quando da realização do primeiro juízo de admissibilidade de recurso extraordinário, a configurar usurpação de competência desta Suprema Corte.

7. Ademais, como emerge da decisão reclamada, a inadmissibilidade do recurso extraordinário não se ampara em paradigma de repercussão geral decidido pelo Supremo Tribunal Federal.

8. À falta de precedente de repercussão geral apto a obstaculizar a admissibilidade do extraordinário, não há exigência de observância da regra do § 2º do art. 1.030 do CPC/2015, que prevê o manejo de agravo interno. Desse modo, não poderia o Colégio Recursal ter convertido o agravo em recurso extraordinário em agravo interno.

9. Na espécie, o regramento aplicável é o § 1º do art. 1.030 do CPC/2015, dispositivo que remete ao seu art. 1.042, consignando o cabimento do agravo em recurso extraordinário. Eis o teor do do referido dispositivo:

Art. 1.042. Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos. (destaquei)

10. Verificada teratologia na aplicação da sistemática da repercussão geral para negar seguimento a recurso da competência desta Suprema Corte, entendo que houve usurpação da competência do STF para julgar o recurso de agravo do art. 1.042 do CPC.

11. A propósito do tema, cito precedente de relatoria do Min. Dias Toffoli, na Segunda Turma:

“Direito Constitucional e Direito Processual Civil. Agravo interposto contra despacho de inadmissibilidade de recurso extraordinário sem remissão à sistemática da repercussão geral. Usurpação da competência do Supremo Tribunal Federal. Reclamação procedente. Princípios da celeridade processual e da eficiência da prestação jurisdicional. Agravo do art. 1.042 do CPC julgado com dispensa do envio dos autos ao STF.

1. Subsiste a competência do STF para julgar recurso de agravo interposto contra despacho de inadmissibilidade de recurso extraordinário sem remissão à sistemática da repercussão geral (art. 1.042 do CPC).

2. Ausência de interesse do reclamante/agravante, em recorrer da decisão que julgou procedente a reclamação constitucional, estando, ademais, exauridos os efeitos do julgado com a análise do agravo do art. 1.042 do CPC/2015 no caso concreto. Direito Constitucional e Direito Processual do Trabalho. Recurso extraordinário interposto sem o esgotamento da instância recursal ordinária. Súmula nº 281/STF. Agravo regimental não provido. 1. Recurso extraordinário não admitido pela Corte de origem com fundamento na Súmula nº 281/STF. 2. Cabimento de recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho contra decisão de Corte Regional proferida no exercício de sua competência originária (art. 895, II, CLT). Ausência de competência do STF para julgar recurso extraordinário

interposto antes do esgotamento das instâncias ordinárias.3. Agravo regimental a que se nega provimento, com aplicação de

multa do § 4º do art. 1.021 do CPC”. (DJe 12.05.2017 - destaquei)12. Em reclamações sobre questão análoga à ora em exame,

reconheceu-se a usurpação de competência deste Supremo Tribunal. Cito exemplificativamente os seguintes julgados monocráticos: Reclamações 29.723, 29.747, 29,763, 29.772 e 29.773, todas de relatoria do Min. Ricardo Lewandowski; e as Reclamações 29.724, 29.729, 29.734, 29.745, 29.759 e 29.771, de relatoria do Min. Dias Toffoli.

13. Pelo exposto, forte nos artigos 21, § 1°, e 161, parágrafo único, ambos do RISTF, julgo procedente a reclamação, a fim de determinar o processamento do recurso extraordinário com agravo no Processo nº 1004924-92.2017.8.26.0664, em trâmite no Colégio Recursal da 17ª Circunscrição Judiciária da Comarca de Votuporanga/SP.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECLAMAÇÃO 30.425 (1403)ORIGEM : 30425 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATASADV.(A/S) : BENICIO PINTO PESSANHA JUNIOR (114885/RJ)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : PORTA DOS FUNDOS PRODUTORA E

DISTRIBUIDORA AUDIOVISUAL LTDA.ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO. ALEGAÇÃO DE AFRONTA À SÚMULA VINCULANTE 10. INEXISTÊNCIA DE AFASTAMENTO DE LEI OU ATO NORMATIVO COM BASE EM FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL. NEGO SEGUIMENTO.

Vistos etc.1. Trata-se de Reclamação proposta por Botafogo de Futebol e

Regatas, com fundamento no art. 103-A, § 3º, da Constituição da República, contra acórdão proferido pela 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro nos autos do Processo nº 0418610-21.2015.8.19.0001.

2. Alega ter o ato reclamado afastado a aplicação do art. 87 da Lei 9.615/1998 (Lei Pelé), sem declaração de inconstitucionalidade, ao não dar “proteção à marca das entidades de prática desportivas”, em violação à Súmula Vinculante 10.

3. Argumenta que, “a utilização da marca alheia não é aceita sem autorização; é o que decorre da Lei e da Constituição Federal. E, na hipótese, ainda que não tenha sido declarado inconstitucional a regra protetiva da marca do Botafogo (art. 87 da Lei Pelé), o TJERJ afastou a sua incidência, sob o pretexto, ainda que implícito, de prestigiar o direito à liberdade de expressão”.

4. Requer a procedência desta ação para determinar a cassação definitiva do acórdão reclamado, que negou provimento à sua apelação, determinando-se novo julgamento ou, se o caso, instalar o incidente de inconstitucionalidade competente.

5. Deixo de citar a parte beneficiária do ato judicial reclamado, em razão da manifesta improcedência do pedido. Igualmente, dispenso a intimação da autoridade reclamada para prestar informações, bem como do Procurador-geral da República para ofertar parecer, por tratar a demanda de matéria repetitiva.

É o relatório.Decido.1. A reclamação prevista no 103-A, § 3º, da Constituição da República

é cabível na hipótese de desobediência à súmula vinculante. Há que verificar, portanto, a presença dessa hipótese, e com rigor, sob pena de desvirtuamento do instituto.

2. O reclamante alega que 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro teria negado vigência ao art. 87 da Lei 9.615/1998, ao indeferir os danos morais pleiteados, por suposto uso indevido de marca de desportivo, em afronta à Súmula vinculante 10, de seguinte teor:

“Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.”

3. O comando do aludido verbete obriga que, na análise a respeito de possível ofensa ao seu conteúdo, esta Corte investigue se o afastamento de norma no caso concreto se deu em função de declaração explícita ou implícita de inconstitucionalidade. Assim, não é o mero ato de afastar a aplicabilidade do comando legal que implica contrariedade à súmula, mas fazê-lo com esteio em incompatibilidade, com o texto constitucional, mesmo que de forma não declarada.

4. A discussão posta, na presente reclamação, consiste em aferir, portanto, se o afastamento, por órgão fracionário, do art. 87 da Lei

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 304

9.615/1998, se deu com base em fundamento extraído da Constituição Federal. Dispõe o referido dispositivo:

Art. 87. A denominação e os símbolos de entidade de administração do desporto ou prática desportiva, bem como o nome ou apelido desportivo do atleta profissional, são de propriedade exclusiva dos mesmos, contando com a proteção legal, válida para todo o território nacional, por tempo indeterminado, sem necessidade de registro ou averbação no órgão competente.

Parágrafo único. A garantia legal outorgada às entidades e aos atletas referidos neste artigo permite-lhes o uso comercial de sua denominação, símbolos, nomes e apelidos.

5. A apelação interposta pelo reclamante foi julgado nos seguintes termos, por meio de acórdão assim fundamentado:

“APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO CIVIL E CONSTITUCIONAL. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO À IMAGEM E MARCA DO APELADO COM PLEITO DE INDENIZAÇÃO PELOS DANOS MORAIS. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA. As provas são direcionadas à formação do convencimento do juiz, na forma do artigo 370, do CPC. Peça de humor veiculada em mídia social que não causa mácula à imagem da entidade desportiva apelante. O apelante não comprovou qualquer prejuízo à marca e aos seus símbolos, não se desincumbindo do ônus probatório previsto no artigo 373, I, do Código de Processo Civil. Precedentes deste Tribunal. Conhecimento e desprovimento do recurso“.

6. Consoante se denota dos excerto transcrito, o juízo reclamado, com esteio na interpretação da legislação infraconstitucional (art. 87 da Lei 9.615/1998) entendeu que:

“[...] Não é fácil delimitar as fronteiras entre o humor, ainda que sarcástico,

e o dono moral, cumprindo lembrar que o humor tem inegável relevância coletiva na crítica política e nos costumes, dimensão que não pode ser aqui desprezada. O vídeo denominado Patrocínio ironiza a quantidade de anúncios de empresas de menor visibilidade comercial estampados na camisa do time de futebol do apelante, todavia não se extrai da peça humorística qualquer intenção de macular a sua reputação e, por conseguinte, a sua marca, nem se pode atribuir-lhe a força de impedir um patrocínio master.

A veiculação da imagem não possui conteúdo ofensivo direto do clube, daí porque dela não resulta in re ipsa o dano que pretende ver configurado o autor. No tocante à alegação de utilização indevida e não autorizada da marca do apelante, impõe-se afirmar que, em que pese o artigo 87 da Lei 9615/1998 conceder propriedade exclusiva dos símbolos e da denominação: a denominação e os símbolos de entidade de administração do desporto ou prática desportiva, bem como o nome ou apelido desportivo do atleta profissional, são de propriedade exclusiva dos mesmos, contando com a proteção legal, válida para todo o território nacional, por tempo indeterminado, sem necessidade de registro ou averbação no órgão competente, a menção em programas televisivos e outras mídias é plenamente aceita, desde que a reprodução em si não seja o objetivo principal da obra nova e que não prejudique a exploração normal da obra reproduzida nem cause um prejuízo injustificado aos legítimos interesses dos autores”.

7. Nesse contexto, não há falar em afronta à Súmula Vinculante 10, uma vez que não houve afastamento do art. 87 da Lei 9.615/1998, em razão de sua incompatibilidade com o texto constitucional.

8. Destaco, por fim, não ser possível conferir à reclamação a natureza de sucedâneo recursal ou de meio ensejador do reexame do conteúdo do ato reclamado, tampouco instrumento de uniformização.

9. Ante o exposto, forte no no art. 21, § 1º, do RISTF, nego seguimento à presente reclamação, restando prejudicado o exame do pedido liminar.

Brasília, 25 de maio de 2018. Publique-se.

Ministra Rosa Weber Relatora

RECLAMAÇÃO 30.469 (1404)ORIGEM : 30469 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : ODIVALDO VIEIRA DA SILVAADV.(A/S) : FRANCISCO MARTINS DE SOUZA NETO (325389/SP)RECLDO.(A/S) : PRIMEIRA TURMA CÍVEL E CRIMINAL DO COLÉGIO

RECURSAL DE VOTUPORANGAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : SUPERINTENDENCIA DE AGUA, ESGOTOS E MEIO

AMBIENTE DE VOTUPORANGAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: Vistos.Cuida-se de reclamação constitucional, com pedido de liminar,

ajuizada por ODIVALDO VIEIRA DA SILVA em face de decisão proferida pelo PRIMEIRA TURMA CÍVEL E CRIMINAL DO COLÉGIO RECURSAL DE VOTUPORANGA/SP, que teria usurpado a competência do Supremo Tribunal Federal para conhecer e julgar agravo interposto contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário.

O reclamante narra que interpôs recurso extraordinário, ao qual foi negado seguimento com fundamento na Súmula nº 636/STF e na inexistência de repercussão geral, assim entendido pela autoridade julgadora.

Assim, o reclamante aduz que manejou recurso de agravo em recurso extraordinário (art. 1.042 do CPC) em face à referida decisão, o qual foi convertido em agravo interno para julgamento pela autoridade reclamada, configurando-se, por conseguinte, a usurpação da competência deste STF para julgar o agravo interposto.

Dessa perspectiva, aduz, in verbis, que:“Da referida decisão foi interposto Agravo de Instrumento em face de

decisão denegatória de Recurso Extraordinário, sendo intimada a Reclamada SAEV Ambiental para apresentação de contraminuta. Ato contínuo houve redistribuição dos autos nos termos da Resolução nº 754/2016 do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, sendo convertido o Agravo de Instrumento em Agravo Interno, formando-se nova Turma Julgadora para Julgamento do Recurso Extraordinário o que é manifestamente inconstitucional e inadmissível.”.

Requer que deferido o pedido liminar para suspender a execução do acórdão impugnado até o julgamento final do mérito da presente reclamação.

No mérito, pleiteia que seja julgada procedente a presente reclamação para cassar a decisão proferida no Processo nº 1004873-81.2017.8.26.0664, avocando-se os autos para julgamento pelo Supremo Tribunal Federal.

Postula, ainda, a concessão do benefício da justiça gratuita. É o relatório. Decido. Preliminarmente, defiro o pedido de justiça gratuita, nos termos do

art. 98 e ss. do CPC/2015 c/c o art. 62 do RISTF.Por atribuição constitucional, presta-se a reclamação para preservar a

competência do STF e garantir a autoridade das decisões deste Tribunal (art. 102, inciso I, alínea l, CF/88), bem como para resguardar a correta aplicação das súmulas vinculantes (art. 103-A, § 3º, CF/88).

No caso, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo certificou o trânsito em julgado do Processo nº 1004873-81.2017.8.26.0664 na data de 10/5/18 (conforme informação obtida em consulta ao site do TJSP).

O conhecimento da presente ação constitucional – cujo protocolo data de 11/5/18, conforme “recibo de petição eletrônica” juntado aos autos – esbarra no óbice da Súmula nº 734/STF, assim redigida:

“Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal”.

O entendimento firmado sob a égide do CPC/73 é corroborado pelo novel diploma processual introduzido pela Lei nº 13.105/2015 (CPC/2015), o qual dispõe:

“Art. 988. (...)§ 5º É inadmissível a reclamação:I – proposta após o trânsito em julgado da decisão reclamada;”Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE

RESTABELECIMENTO DO DEBATE SOBRE QUESTÃO COM DECISÃO TRANSITADA EM JULGADO. SÚMULA N. 734 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (Rcl nº 22.385/SP-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 25/2/16).

“CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. RECLAMAÇÃO. AJUIZAMENTO CONTRA DECISÃO JÁ TRANSITADA EM JULGADO. NÃO CABIMENTO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 734 DESTA CORTE. RECLAMAÇÃO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO” (Rcl nº 17.811/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe de 20/8/14).

“AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. COMPETÊNCIA. DECISÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO QUE SUPOSTAMENTE DESRESPEITA A DECISÃO DESTE SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NA ADI 3.395-MC. TRÂNSITO EM JULGADO (SÚMULA 734). Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que, segundo se alega, teria desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal. Ante a irrecorribilidade da decisão no âmbito da Justiça do Trabalho, deveria o agravante ter se utilizado da reclamação constitucional quando proferido o primeiro acórdão que tratou do tema relativo à competência para julgar a ação. Agravo regimental a que se nega provimento” (Rcl nº 9.892/SE-AgR, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 4/6/12).

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM RECLAMAÇÃO CONHECIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO AJUIZADA APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO DA DECISÃO RECLAMADA. DESCABIMENTO. 1. Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha desrespeitado decisão desta Corte (Súmula 734/STF). 2. Embargos de declaração conhecidos como agravo regimental, a que se nega provimento”(Rcl nº 22.020/PE-ED, Rel. Min. Roberto Barroso, Primeira Turma, DJe de 25/2/2016).

Ante o exposto, nego seguimento à reclamação, nos termos do artigo 21, § 1º, do RISTF,prejudicado o pedido liminar.

Publique-se. Int..Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro DIAS TOFFOLI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 305

RelatorDocumento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 30.514 (1405)ORIGEM : 30514 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : LUGONO ADDAE PAIXAOADV.(A/S) : PAULO JOSE DO CARMO (99991/MG) E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 2° VARA CRIMINAL DA COMARCA

DE VITÓRIAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO. AUSÊNCIA DE ALEGAÇÃO DE HIPÓTESE AUTORIZADORA DE CABIMENTO DA RECLAMAÇÃO. SUCEDÂNEO RECURSAL. NEGATIVA DE SEGUIMENTO.

Vistos etc.Trata-se de reclamação constitucional, com pedido de liminar,

fundada nos arts. 102, I, “l”, da Constituição Federal; e 156 a 162 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ajuizada por Lugono Addae Paixao contra ato do Juiz de Direito da 2° Vara Criminal da Comarca de Vitória/ES, que supostamente teria violado os arts. 5º, XXXIV, da Constituição Federal.

O Reclamante aponta, em síntese, “afronta e desrespeito a várias decisões deste Egrégio Supremo Tribunal Federal e dos demais Tribunais Pátrios”. Requer, em medida liminar e no mérito, “seja considerado o excesso de prazo na formação da culpa e expedido o alvará de soltura”.

É o relatório.Decido.A via estreita da reclamação constitucional (arts. 102, I, l, e 103-A, §

3º, da Constituição da República) pressupõe a ocorrência de usurpação de competência originária do Supremo Tribunal Federal, a desobediência a súmula vinculante ou o descumprimento de decisão desta Corte proferida no exercício de controle abstrato de constitucionalidade ou em controle difuso, desde que pertinente, nesta última hipótese, à mesma relação jurídica e às mesmas partes.

Quanto às hipóteses de cabimento da reclamação, ressalto que a “eficácia diferenciada, naturalmente expansiva, das decisões do Supremo Tribunal Federal, não autoriza, porém, que qualquer ato contrário a seus precedentes, imputável a qualquer juízo, obtenha reparação direta por meio de reclamação à Corte” (Rcl 9.592/DF, Rel. Min. Cezar Peluso, DJe 27.4.2010).

Há que examinar, portanto, a presença de uma dessas hipóteses, e com rigor, sob pena de desvirtuamento do instituto.

Dentro dessa moldura, inexistente indicação de afronta à súmula vinculante, de desrespeito à decisão desta Suprema Corte proferida em sede de controle concentrado de constitucionalidade ou, ainda, de usurpação de sua competência, não se amolda a espécie nas hipóteses de cabimento da reclamação.

Ademais, o Reclamante pretende, nesta via processual, dar efeito de recurso à reclamação constitucional, para ter revisado o ato reclamado. Não é possível, todavia, conferir à reclamação a natureza de sucedâneo recursal ou de meio viabilizador do reexame do conteúdo do ato reclamado. Nesse sentido, confira-se:

“(…) É que a reclamação – constitucionalmente vocacionada a cumprir a dupla função a que alude o art. 102, I, “l”, da Carta Política (RTJ 134/1033) – não se qualifica como sucedâneo recursal nem configura instrumento viabilizador do reexame do conteúdo do ato reclamado, eis que tal finalidade revela-se estranha à destinação constitucional subjacente à instituição dessa medida processual, consoante adverte a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal: “CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. RECLAMAÇÃO: NÃO É SUCEDÂNEO DE RECURSO OU DE AÇÃO RESCISÓRIA. I. – A reclamação não pode ser utilizada como sucedâneo de recurso ou de ação rescisória. II. – Reclamação não conhecida.” (RTJ 168/718, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, Pleno – grifei) “Não cabe reclamação destinada a invalidar decisão de outro Tribunal, que haja porventura divergido da jurisprudência do Supremo Tribunal, firmada no julgamento de causa diferente, mesmo em se tratando de controvérsias de porte constitucional. Também não é a reclamação instrumento idôneo de uniformização de jurisprudência, tampouco sucedâneo de recurso ou rescisória, não utilizados tempestivamente pelas partes.” (Rcl 724-AgR/ES, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI, Pleno – grifei)

(…) Sendo assim, pelas razões expostas, e acolhendo, ainda, o parecer

da douta Procuradoria-Geral da República, cujos fundamentos adoto como razão de decidir, valendo-me, para tanto, da técnica da motivação “per relationem” (AI 825.520-AgR-ED/SP – ARE 791.637-AgR/DF – Rcl 3.430/RN – Rcl 6.425/SP – Rcl 6.955/RO, v.g.), nego seguimento à presente reclamação. Arquivem-se os presentes autos.” (Rcl 20.906/PR, Rel. Min. Celso de Mello, DJe 02.9.2015)

“DIREITO PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO. SÚMULA VINCULANTE 14. INDEFERIMENTO DE DILIGÊNCIAS PROTELATÓRIAS. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal

Federal não admite a reclamação constitucional “quando utilizada como sucedâneo da ação rescisória ou de recurso” (Rcl 18.111-AgR, Rel. Min. Luiz Fux). Nessa linha: Rcl 16.798-AgR, Rel. Min. Celso de Mello. 2. A decisão reclamada não indeferiu a vista dos autos, pelo contrário, ressaltou que “há amplo e irrestrito acesso ao material proveniente da interceptação telefônica”. 3. A reiteração dos argumentos trazidos pelo agravante na inicial da impetração não é suficiente para modificar a decisão agravada (HC 115.560-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli). 4. Agravo regimental a que se nega provimento.” (Rcl 21001-AgR/MG, Rel. Min. Roberto Barroso, 1ª Turma, DJe 12.8.2015)

Ante o exposto, nego seguimento à presente Reclamação (art. 21, §1º, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECLAMAÇÃO 30.536 (1406)ORIGEM : 30536 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : JOAO APARECIDO DE FARIAADV.(A/S) : FRANCISCO MARTINS DE SOUZA NETO (325389/SP)RECLDO.(A/S) : SEGUNDA TURMA CÍVEL E CRIMINAL DO COLÉGIO

RECURSAL DA 17ª CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA DA COMARCA DE VOTUPORANGA

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : SUPERINTENDENCIA DE AGUA, ESGOTOS E MEIO

AMBIENTE DE VOTUPORANGAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL. ALEGADA USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DESTE SUPREMO TRIBUNAL. COMPROVAÇÃO. JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE QUE AVANÇA O JUÍZO DE MÉRITO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCEDÊNCIA.

Vistos etc.1. Trata-se de reclamação constitucional, com pedido de liminar,

fundada no artigo 988 e seguintes do Código de Processo Civil e no artigo 156 e seguintes do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ajuizada por João Aparecido de Faria contra ato do Colégio Recursal da 17ª Circunscrição Judiciária da Comarca de Votuporanga/SP, que supostamente teria usurpado a competência deste Supremo Tribunal para julgar agravo contra despacho de inadmissibilidade de recurso extraordinário no Processo nº 1004844-31.2017.8.26.0664.

2. Narra o reclamante a interposição de recurso extraordinário contra acórdão que negou provimento a seu recurso inominado mantendo os fundamentos da sentença. Ao recurso extraordinário foi negado seguimento sob o fundamento de incidência da Súmula 636 do Supremo Tribunal Federal, além da circunstância de não existir repercussão geral no tema versado, pois envolveria apenas interesses das partes litigiosas.

3. Contra a decisão denegatória do recurso extraordinário interpôs o agravo do art. 1.042 do CPC, o qual foi convertido em agravo interno e em seguida, desprovido pela Turma Recursal.

4. Requer, o benefício da justiça gratuita, a concessão de medida liminar para suspender a ação até julgamento final da reclamação e, no mérito, seja esta julgada procedente para cassar a decisão reclamada, com o prosseguimento do agravo em recurso extraordinário interposto.

5. Deixo de intimar a autoridade reclamada, por considerar que o processo está suficientemente instruído. Igualmente, dispenso a intimação da Procuradora-Geral da República, em razão do caráter repetitivo do litígio.

É o relatório. Decido.1. Considerada a afirmação do reclamante acerca da inviabilidade de

custear as despesas processuais sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família, concedo o benefício da assistência judiciária gratuita, nos termos do art. 98 do CPC/2015.

2. No caso em referência, a autoridade a quo negou admissibilidade ao recurso extraordinário pelos seguintes fundamentos:

“[...]Não prospera o recurso extremo. Incidente, à espécie, a Súmula 636:

“Não cabe Recurso Extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida.”

Finalmente, cumpre ressaltar que não se verifica, no caso dos autos, a alegada repercussão geral, já que o direito em litígio envolve unicamente os interesses das próprias partes. Dessa forma, ausente o requisito previsto no art. 102, §3º, da Constituição Federal”.

3. De leitura da decisão agravada, denota-se que o Juízo reclamado concluiu, sem apontamento de qualquer precedente deste Supremo Tribunal, que a matéria veiculada no recurso extraordinário da parte ora reclamante carecia de repercussão geral.

4. O Plenário do Supremo Tribunal Federal já enfrentou a temática relacionada à competência para analisar a preliminar de repercussão geral e posicionou-se no seguinte sentido:

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 306

“[...] a verificação da existência de demonstração formal e fundamentada da repercussão geral das questões discutidas no recurso extraordinário pode fazer-se tanto na origem quanto no Supremo Tribunal Federal, cabendo exclusivamente a este Tribunal, no entanto, a decisão sobre a efetiva existência da repercussão geral” (AI nº 664.567/RS-QO, Rel. Min Sepúlveda Pertence, Tribunal Pleno, Ata nº 40/2007, publicada no DJ de 6/9/2007 - destaquei).

5. Embora o citado entendimento tenha se firmado sob a égide do Código de Processo Civil de 1973, plenamente aplicável ao atual regramento processual, CPC/2015.

6. Ao proceder à análise dos requisitos constitucionais, a saber, a efetiva existência ou não de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos do processo, tenho por ultrapassado pelo Presidente da Turma Recursal os limites da competência conferida ao órgão a quo quando da realização do primeiro juízo de admissibilidade de recurso extraordinário, a configurar usurpação de competência desta Suprema Corte.

7. Ademais, como emerge da decisão reclamada, a inadmissibilidade do recurso extraordinário não se ampara em paradigma de repercussão geral decidido pelo Supremo Tribunal Federal.

8. À falta de precedente de repercussão geral apto a obstaculizar a admissibilidade do extraordinário, não há exigência de observância da regra do § 2º do art. 1.030 do CPC/2015, que prevê o manejo de agravo interno. Desse modo, não poderia o Colégio Recursal ter convertido o agravo em recurso extraordinário em agravo interno.

9. Na espécie, o regramento aplicável é o § 1º do art. 1.030 do CPC/2015, dispositivo que remete ao seu art. 1.042, consignando o cabimento do agravo em recurso extraordinário. Eis o teor do do referido dispositivo:

Art. 1.042. Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos. (destaquei)

10. Verificada teratologia na aplicação da sistemática da repercussão geral para negar seguimento a recurso da competência desta Suprema Corte, entendo que houve usurpação da competência do STF para julgar o recurso de agravo do art. 1.042 do CPC.

11. A propósito do tema, cito precedente de relatoria do Min. Dias Toffoli, na Segunda Turma:

“Direito Constitucional e Direito Processual Civil. Agravo interposto contra despacho de inadmissibilidade de recurso extraordinário sem remissão à sistemática da repercussão geral. Usurpação da competência do Supremo Tribunal Federal. Reclamação procedente. Princípios da celeridade processual e da eficiência da prestação jurisdicional. Agravo do art. 1.042 do CPC julgado com dispensa do envio dos autos ao STF.

1. Subsiste a competência do STF para julgar recurso de agravo interposto contra despacho de inadmissibilidade de recurso extraordinário sem remissão à sistemática da repercussão geral (art. 1.042 do CPC).

2. Ausência de interesse do reclamante/agravante, em recorrer da decisão que julgou procedente a reclamação constitucional, estando, ademais, exauridos os efeitos do julgado com a análise do agravo do art. 1.042 do CPC/2015 no caso concreto. Direito Constitucional e Direito Processual do Trabalho. Recurso extraordinário interposto sem o esgotamento da instância recursal ordinária. Súmula nº 281/STF. Agravo regimental não provido. 1. Recurso extraordinário não admitido pela Corte de origem com fundamento na Súmula nº 281/STF. 2. Cabimento de recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho contra decisão de Corte Regional proferida no exercício de sua competência originária (art. 895, II, CLT). Ausência de competência do STF para julgar recurso extraordinário interposto antes do esgotamento das instâncias ordinárias.

3. Agravo regimental a que se nega provimento, com aplicação de multa do § 4º do art. 1.021 do CPC”. (DJe 12.05.2017 - destaquei)

12. Em reclamações sobre questão análoga à ora em exame, reconheceu-se a usurpação de competência deste Supremo Tribunal. Cito exemplificativamente os seguintes julgados monocráticos: Reclamações 29.723, 29.747, 29,763, 29.772 e 29.773, todas de relatoria do Min. Ricardo Lewandowski; e as Reclamações 29.724, 29.729, 29.734, 29.745, 29.759 e 29.771, de relatoria do Min. Dias Toffoli.

13. Pelo exposto, forte nos artigos 21, § 1°, e 161, parágrafo único, ambos do RISTF, julgo procedente a reclamação, a fim de determinar o processamento do recurso extraordinário com agravo no Processo nº 1004844-31.2017.8.26.0664, em trâmite no Colégio Recursal da 17ª Circunscrição Judiciária da Comarca de Votuporanga/SP.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECLAMAÇÃO 30.551 (1407)ORIGEM : 30551 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : ITAMAR LEONIDAS MARTINS PASCHOAL

ADV.(A/S) : ITAMAR LEONIDAS PINTO PASCHOAL (27291/SP)RECLDO.(A/S) : LUIZ AUGUSTO WINTHER REBELLO JUNIORADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

DECISÃO: Trata-se de reclamação na qual se busca a liberação imediata de “honorários, para socorrer Itamar da tragédia que se abateu sobre sua vida depois de 46 anos de OAB”.

Sendo esse o quadro, passo a apreciar, inicialmente, questões de índole formal por mim constatadas na presente causa.

E, ao fazê-lo, observo, desde logo, que a parte ora reclamante não efetivou o necessário preparo, deixando de recolher o valor pertinente às custas processuais que são devidas em sede de reclamação (Resolução STF nº 609/2018).

Esse fato constituiu objeto de apontamento no “Termo de Recebimento e Autuação” lavrado pela Coordenadoria de Processamento Inicial da Secretaria Judiciária do Supremo Tribunal Federal (documento eletrônico nº 03).

Impor-se-ia, desse modo, a determinação para que a parte reclamante promovesse o recolhimento em questão, sob pena de extinção deste processo (CPC, art. 321 e parágrafo único).

Constato, de outro lado, que o Advogado subscritor da petição inicial não dispõe, nestes autos, do necessário instrumento de mandato judicial legitimador do ajuizamento, em nome da parte autora, desta reclamação (CPC, art. 104, “caput”).

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, em situações como a ora em exame, tem exigido que se produza, nos autos da ação reclamatória, um novo e específico instrumento de mandato judicial (Rcl 3.649/DF, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – Rcl 5.293/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – Rcl 20.830/RO, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – Rcl 22.450/RS, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – Rcl 23.199/PR, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – Rcl 23.230-MC/RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

Presente referido contexto, revelar-se-ia pertinente a intimação da parte reclamante para a regularização da sua representação processual, sob pena de extinção do processo, sem resolução de mérito (CPC, art. 76, § 1º, inciso I, c/c o art. 485, inciso IV).

Deixo de ordenar, no entanto, as providências acima referidas, considerada a absoluta inadmissibilidade da presente reclamação.

Como se sabe, a reclamação, qualquer que seja a natureza que se lhe atribua – ação (PONTES DE MIRANDA, “Comentários ao Código de Processo Civil”, tomo V/384, Forense), recurso ou sucedâneo recursal (MOACYR AMARAL SANTOS, RTJ 56/546-548; ALCIDES DE MENDONÇA LIMA, “O Poder Judiciário e a Nova Constituição”, p. 80, 1989, Aide), remédio incomum (OROSIMBO NONATO, “apud” Cordeiro de Mello, “O Processo no Supremo Tribunal Federal”, vol. 1/280), incidente processual (MONIZ DE ARAGÃO, “A Correição Parcial”, p. 110, 1969), medida de direito processual constitucional (JOSÉ FREDERICO MARQUES, “Manual de Direito Processual Civil”, vol. 03, 2ª parte, p. 199, item n. 653, 9ª ed., 1987, Saraiva) ou medida processual de caráter excepcional (RTJ 112/518-522, Rel. Min. DJACI FALCÃO) –, configura instrumento de extração constitucional (CF, arts. 102, I, “l”, e 103-A, § 3º), não obstante a origem pretoriana de sua criação (RTJ 112/504), revestida de múltiplas funções, tal como revelado por precedentes desta Corte (RTJ 134/1033, v.g.) e definido pelo novo Código de Processo Civil (art. 988), as quais, em síntese, compreendem (a) a preservação da competência global do Supremo Tribunal Federal, (b) a restauração da autoridade das decisões proferidas por esta Corte Suprema e (c) a garantia de observância da jurisprudência vinculante deste Tribunal Supremo (tanto a decorrente de enunciado sumular vinculante quanto a resultante dos julgamentos da Corte em sede de controle normativo abstrato), além de atuar como expressivo meio vocacionado a fazer prevalecer os acórdãos deste Tribunal proferidos em incidentes de assunção de competência.

Para legitimar-se o acesso à via reclamatória, no entanto, torna-se necessário que, de maneira efetiva, demonstre-se a existência de desrespeito a decisão desta Suprema Corte com efeito vinculante (ou, então, indique-se decisão emanada do Supremo Tribunal Federal em processo no qual haja intervindo a parte reclamante), ou comprove-se ocorrência de usurpação da competência deste Tribunal, ou, ainda, aponte-se situação de transgressão a súmula vinculante desta Corte Suprema.

A análise destes autos evidencia, contudo, que a parte ora reclamante não invocou, sequer mencionou, qualquer das situações que venho de referir, o que torna inviável, em consequência, a instauração deste processo reclamatório.

Desse modo, em virtude de não se caracterizar, no caso, nenhuma das hipóteses legitimadoras do acesso ao instrumento processual da reclamação, cumpre reconhecer, presentes tais considerações, a sua inadmissibilidade, pois – insista-se – somente se justifica a utilização desse remédio constitucional nas estritas hipóteses definidas nos arts. 102, inciso I, “l”, e 103-A, § 3º, da Constituição da República e no art. 988, incisos I a IV, do CPC.

Impende enfatizar, finalmente, em face da ausência, na espécie, dos pressupostos que poderiam legitimar o ajuizamento da reclamação, que este instrumento reclamatório não pode ser utilizado como um (inadmissível) atalho processual destinado a permitir, por razões de caráter

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 307

meramente pragmático, a submissão imediata do litígio ao exame direto desta Suprema Corte.

É que a reclamação não se qualifica como sucedâneo recursal, nem configura instrumento viabilizador do reexame do conteúdo do ato reclamado, nem traduz meio de uniformização de jurisprudência, eis que tais finalidades revelam-se estranhas à destinação subjacente a essa medida processual, consoante adverte a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal:

“CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. RECLAMAÇÃO: NÃO É SUCEDÂNEO DE RECURSO OU DE AÇÃO RESCISÓRIA.

I. – A reclamação não pode ser utilizada como sucedâneo de recurso ou de ação rescisória.

II. – Reclamação não conhecida.”(RTJ 168/718, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, Pleno – grifei)“Não cabe reclamação destinada a invalidar decisão de outro

Tribunal, que haja porventura divergido da jurisprudência do Supremo Tribunal, firmada no julgamento de causa diferente, mesmo em se tratando de controvérsias de porte constitucional.

Também não é a reclamação instrumento idôneo de uniformização de jurisprudência, tampouco sucedâneo de recurso ou rescisória, não utilizados tempestivamente pelas partes.”

(Rcl 724-AgR/ES, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI, Pleno – grifei)“O despacho acoimado de ofender a autoridade da decisão do

Supremo Tribunal Federal negou seguimento, por razões processuais suficientes, ao recurso ordinário interposto contra acórdão em mandado de segurança. Por esse fundamento não é cabível reclamação, eis que a decisão da Corte Maior não cuida da matéria.

.......................................................................................................A reclamação não pode servir de sucedâneo de recursos e ações

cabíveis, como decidiu esse Plenário nas Rcl Ag.Rg. 1852, relator Maurício Corrêa, e Rcl Ag.Rg. 724, rel. Min. Octavio Gallotti. (…).”

(Rcl 1.591/RN, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Pleno – grifei)“AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. AFRONTA À DECISÃO

PROFERIDA NA ADI 1662-SP. INEXISTÊNCIA. AUSÊNCIA DE IDENTIDADE OU SIMILITUDE DE OBJETOS ENTRE O ATO IMPUGNADO E A EXEGESE DADA PELO TRIBUNAL.

.......................................................................................................A questão da responsabilidade do Estado pelas dívidas da instituição

financeira estatal revela tema afeto ao processo de execução que tramita na Justiça do Trabalho, não guardando pertinência com o objeto da presente ação. A reclamação não pode servir de sucedâneo de outros recursos ou ações cabíveis.”

(Rcl 1.852-AgR/RN, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA, Pleno – grifei)“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM RECLAMAÇÃO.

CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. AUSÊNCIA DE ARGUMENTOS NOVOS. RECLAMAÇÃO UTILIZADA COMO SUCEDÂNEO RECURSAL. INEXISTÊNCIA DE AFRONTA AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO.

.......................................................................................................3. O instituto da Reclamação não se presta para substituir recurso

específico que a legislação tenha posto à disposição do jurisdicionado irresignado com a decisão judicial proferida pelo juízo ‘a quo’.

.......................................................................................................5. Agravo regimental não provido.”(Rcl 5.465-ED/ES, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Pleno – grifei)“AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. A RECLAMAÇÃO

NÃO É SUCEDÂNEO DE RECURSO PRÓPRIO. RECURSO IMPROVIDO.I – A reclamação constitucional não pode ser utilizada como

sucedâneo de recurso próprio para conferir eficácia à jurisdição invocada nos autos da decisão de mérito.

.......................................................................................................III – Reclamação improcedente.IV – Agravo regimental improvido.”(Rcl 5.684-AgR/PE, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Pleno –

grifei)“(…) – O remédio constitucional da reclamação não pode ser

utilizado como um (inadmissível) atalho processual destinado a permitir, por razões de caráter meramente pragmático, a submissão imediata do litígio ao exame direto do Supremo Tribunal Federal. Precedentes. (…).”

(Rcl 6.534-AgR/MA, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Pleno)Sendo assim, e em face da inocorrência de qualquer de seus

pressupostos legitimadores, não conheço, por inadmissível, da presente reclamação (CPC, art. 932, VIII, c/c o RISTF, art. 21, § 1º).

Arquivem-se estes autos.Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECLAMAÇÃO 30.582 (1408)ORIGEM : 30582 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECLTE.(S) : GRACIELE MOREIRA DA SILVA

ADV.(A/S) : CELSO SOARES GUEDES FILHO (45383/MG)RECLDO.(A/S) : TERCEIRA TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS

ESPECIAIS FEDERAIS DO ESTADO DE MINAS GERAIS

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRECLDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO. DIREITO PREVIDENCIÁRIO. DEFICIENTE. BENEFÍCIO DE AMPARO SOCIAL. TRÂNSITO EM JULGADO DA DECISÃO RECLAMADA. INADMISSIBILIDADE DA RECLAMAÇÃO COMO SUCEDÂNEO DE AÇÃO RESCISÓRIA. PRECEDENTES. ARTIGO 988, § 5º, I, DO CPC, COMBINADO COM A SÚMULA 734 DO STF. RECLAMAÇÃO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO.

Decisão: Trata-se de reclamação ajuizada por GRACIELE MOREIRA DA SILVA contra decisão da 3ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais de Minas Gerais e do Instituto Nacional da Seguridade Social - INSS, sob alegação de erro de direito quanto à valoração da prova técnico-pericial-médica que atestou a incapacidade física da autora em grau médio.

A reclamante argumenta, em suma, que não tem como prover à própria mantença, por laborar com dificuldade, diante da ausência completa de uma de suas mãos.

Sustenta que encontra-se incapaz para o trabalho laboral, devendo ser enquadrada como deficiente para fins de recebimento de benefício de prestação social continuada.

Requer, ao final, a procedência da reclamação para que seja declarada a existência de relação jurídica autorizadora da concessão do benefício social, com efeitos retroativos, bem como seja condenado o INSS a implantar o benefício no prazo de 72 (setenta e duas) horas.

É o relatório. DECIDO.Ab initio, constato, de plano, a ocorrência de fato capaz de obstar o

seguimento da reclamatória. Da análise da movimentação processual do processo principal

(0005135-69.2013.4.01.3816), verifica-se que a decisão ora hostilizada transitou em julgado na data de 7/6/2017, enquanto a presente reclamação foi proposta somente em 22/5/2018, conforme recibo de petição eletrônica desta Suprema Corte (Petição 31.164/2018).

À luz do art. 988, § 5º, I, do Código de Processo Civil, é inadmissível a reclamação proposta após o trânsito em julgado da decisão reclamada.

Essa orientação já havia sido consolidada nesta Corte por meio da Súmula 734 do STF: “Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal”.

Nesse sentido: DECISÃO RECLAMADA QUE TRANSITOU EM JULGADO -

OCORRÊNCIA DO FENÔMENO DA RES JUDICATA - INVIABILIDADE DA VIA RECLAMATÓRIA - RECLAMAÇÃO DE QUE NÃO SE CONHECE. A EXISTÊNCIA DE COISA JULGADA IMPEDE A UTILIZAÇÃO DA VIA RECLAMATÓRIA. - Não cabe reclamação, quando a decisão por ela impugnada já transitou em julgado, eis que esse meio de preservação da competência do Supremo Tribunal Federal e de reafirmação da autoridade decisória de seus pronunciamentos - embora revestido de natureza constitucional (CF, art. 102, I, 'e') - não se qualifica como sucedâneo processual da ação rescisória. - A inocorrência do trânsito em julgado da decisão impugnada em sede reclamatória constitui pressuposto negativo de admissibilidade da própria reclamação, que não pode ser utilizada contra ato judicial que se tornou irrecorrível. (Rcl 1.438-QO, Rel. Min. Celso de Mello, Plenário, DJ 22.11.2002 - grifei)

RECLAMAÇÃO ALEGADO DESRESPEITO À AUTORIDADE DE DECISÃO PROFERIDA, PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, EM SEDE DE FISCALIZAÇÃO ABSTRATA. ATO JUDICIAL, OBJETO DA RECLAMAÇÃO, JÁ TRANSITADO EM JULGADO. AJUIZAMENTO DA RECLAMAÇÃO EM MOMENTO POSTERIOR AO TRÂNSITO EM JULGADO DA DECISÃO EMANADA DO E. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL. INCIDÊNCIA, NA ESPÉCIE, DE OBSTÁCULO FUNDADO NA SÚMULA 734/STF E NO ART. 988, § 5º, INCISO I, DO CPC/15. INADMISSIBILIDADE DA RECLAMAÇÃO COMO SUCEDÂNEO DA AÇÃO RESCISÓRIA, DE RECURSOS OU DE AÇÕES JUDICIAIS EM GERAL. EXTINÇÃO DO PROCESSO DE RECLAMAÇÃO. PRECEDENTES. RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. (Rcl 24.091-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Celso de Mello, DJe 20/10/2016 - grifei)

Nesse passo, a inocorrência do trânsito em julgado da decisão reclamada assume indiscutível relevo de ordem formal no exame dos pressupostos de constituição e de desenvolvimento da relação processual decorrente da instauração da via reclamatória (Rcl. 20.743-MC, Rel. Min. Celso de Mello, DJe de 22/10/2015).

Ex positis, NEGO SEGUIMENTO a esta reclamação, nos termos do art. 932, VIII, do Código de Processo Civil/2015, combinado com o art. 161, parágrafo único, do Regimento Interno do STF.

Publique-se. Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro Luiz Fux Relator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 308

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 30.631 (1409)ORIGEM : 30631 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECLTE.(S) : MAILSON SILVAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO

MARANHÃORECLTE.(S) : EDILSON PINTO SILVAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO

MARANHÃORECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DA COMARCA DE VIANAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO. PENAL E PROCESSO PENAL. SUSCITADA VULNERAÇÃO AO ENUNCIADO Nº 56 DA SÚMULA VINCULANTE. LIMINAR INDEFERIDA.

DECISÃO: Trata-se de reclamação, com pedido de liminar, proposta contra ato do Juiz de Direito da 1ª Vara da Comarca de Viana/MA, sob a alegação de afronta ao enunciado nº 56 da Súmula Vinculante do Supremo Tribunal Federal, consubstanciada na indevida constrição dos reclamantes em estabelecimento prisional incompatível com o respectivo regime de cumprimento de pena.

Narra a petição inicial que “os apenados nomeados [se] encontram cumprindo pena na Unidade de Ressocialização de Viana-MA em desconformidade com os parâmetros estabelecidos no mencionado acórdão paradigma. A unidade supracitada acautela, atualmente, presos provisórios, definitivos em regime fechado e semiaberto. Todos sem separação por regime de cumprimento de pena definitiva ou mesmo presos provisórios ou definitivos”, bem como que “há na UPRViana 11 (onze) pessoas2 cumprindo prisão definitiva em regime semiaberto. Estas estão dividias entre as celas 03, 04 e 06. Ocorre que juntamente com estes nas citadas celas há presos provisórios e presos em regime fechado”. Afirma, “no que tange [à] não separação entre presos condenados e definitivos bem como o grave estado de superlotação das celas da referida UPRViana, a não separação entre condenados que cumprem pena em regime semiaberto dos presos provisório e que cumprem pena em regime fechado viola a autoridade da SV 56 STF e dos parâmetros estabelecidos no recurso extraordinário (RE) 641320”. Informa, ainda, que nas execuções penais “nº 15792013” e “nº 0037680-93.2017.8.10.1125”, determinou-se a progressão de regime dos apenados para o semiaberto, contudo, os reeducandos continuariam constritos com presos que cumprem pena em regime mais gravoso. Pontua que “a unidade opera acima de sua capacidade. Possui atualmente 119 (cento e dezenove) presos, número em muito superior ao ideal para uma unidade de pequeno porte, como se afere da informação disponível no site da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado do Maranhão”.

A parte autora aduz, ainda, que “no caso em testilha o estabelecimento prisional não está adequado a Lei de Execuções Penais, para o cumprimento de pena no regime semiaberto. Primeiro não é uma colônia agrícola ou industrial. Segundo, nele estão inseridos presos provisórios, definitivos em regime fechado, semiaberto, sem separação de presos por cela conforme natureza da prisão e regime de cumprimento de pena e sem possibilidade de haver essa separação”. Entende ser necessário “o reconhecimento de que os mencionados cidadãos cumprem pena em condições mais gravosas que as determinadas nos processos de execução que lhe reconheceram o direito a cumprir pena em regime semiaberto eis que não há na unidade prisional em que estão custodiados a mínima separação entre presos provisórios e definitivos e, com muito menos rigor, presos definitivos que cumprem pena em regime aberto e semiaberto”.

Ao final, formula pedido principal nos seguintes termos, in verbis:“Ante o exposto, requer: a) Que sejam requisitadas informações do Juiz da Vara de Execução

Penal de Viana/MA, que as prestará no prazo de 10 (dez) dias, como de direito, bem como a intimação do Ministério Público para oferecer parecer.

b) Que seja concedida a medida Liminar arguida. c) Que se julgue procedente a presente Reclamação, cassando as

decisões mencionadas para determinar a aplicação da SV 56 STF nos referidos casos, com a adoção de uma das soluções criativas previstas no RE 641.320.”

É o relatório. DECIDO.Não vislumbro, da análise perfunctória dos autos, os requisitos

ensejadores para o deferimento da liminar.A reclamação, por expressa determinação constitucional, destina-se a

preservar a competência desta Suprema Corte e a garantir a autoridade de suas decisões, ex vi do artigo 102, I, l, além de salvaguardar a estrita observância de preceito constante em enunciado de Súmula Vinculante, nos termos do artigo 103-A, § 3º, ambos da Constituição Federal. A propósito, a jurisprudência desta Suprema Corte fixou diversas condições para a utilização da via reclamatória, de sorte a evitar o uso promíscuo do referido instrumento processual. Disso resulta: i) a impossibilidade de utilização per saltum da reclamação, suprimindo graus de jurisdição; ii) a impossibilidade de se proceder a um elastério hermenêutico da competência desta Corte, por estar

definida em rol numerus clausus; e iii) a observância da estrita aderência da controvérsia contida no ato reclamado e o conteúdo dos acórdãos desta Suprema Corte apontados como paradigma.

Pretendeu o legislador evitar que a reclamação fosse utilizada de forma indiscriminada e para finalidades que não são adequadas à sua previsão constitucional. Nesse sentido, esta Corte já assentou que “a reclamação, vocacionada a cumprir a dupla função a que alude o art. 102, I, l, da Carta Política (RTJ 134/1033), não se qualifica como sucedâneo recursal nem configura instrumento viabilizador do reexame do conteúdo do ato reclamado, eis que tal finalidade revela-se estranha à destinação constitucional subjacente à instituição dessa medida processual” (Rcl 4.381-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno, DJe de 05/08/2011).

Desta sorte, não se vislumbra, primo oculi, o fumus boni iuris necessário ao deferimento da medida cautelar.

Ex positis , INDEFIRO o pedido de liminar. Requisitem-se informações pormenorizadas à autoridade reclamada.Após, dê-se vista dos autos ao Ministério Público Federal para

elaboração de parecer. Publique-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 30.642 (1410)ORIGEM : 30642 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECLTE.(S) : CARIM JORGE MELEM NETOADV.(A/S) : CARIM JORGE MELEM NETO (13789/PA)RECLDO.(A/S) : DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL DA CIDADE DE MONTE

ALEGRE/PAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO. PENAL E PROCESSO PENAL. ENUNCIADO Nº 14 DA SÚMULA VINCULANTE. ALEGADA VEDAÇÃO DE ACESSO PELA DEFESA AOS AUTOS DE INVESTIGAÇÃO FORA DAS BALIZAS FIXADAS PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. SUSCITADA VULNERAÇÃO AO ENUNCIADO Nº 14 DA SÚMULA VINCULANTE. LIMINAR INDEFERIDA.

DECISÃO: Trata-se de reclamação, com pedido de liminar, proposta contra ato do Delegado de Polícia Civil da Cidade de Monte Alegre/PA, sob a alegação de afronta ao enunciado nº 14 da Súmula Vinculante do Supremo Tribunal Federal, consubstanciada na indevida vedação de acesso, pela defesa do reclamante, a autos de inquérito policial, em violação a entendimento desta Suprema Corte.

Narra a petição inicial que a autoridade reclamada teria negado pedido de vista aos autos de procedimento investigatório.

A parte autora aduz que “o inquérito não tramita sob segredo de justiça”. Entende que “o advogado tem assegurado na lei o direito de examinar autos de qualquer natureza sem procuração, ressalvados, nesta hipótese, apenas os que estejam sob sigilo (o que não é o caso). Com procuração do interessado (investigado, representado ou acusado), porém, o acesso é pleno, mesmo na hipótese do decreto de segredo de justiça, seja qual for o nome que a este se dê (neste caso o Reclamante está habilitado nos autos, portanto, com poderes para tanto)”. Afirma, ainda, que “a douta Autoridade Reclamada está a violar o que é seu direito líquido e certo, eis que, enquanto profissionais da advocacia, tem garantidas, na Lei Fundamental e no ordenamento jurídico ordinário, franquias relativas ao seu livre exercício, ela que é função pública essencial à jurisdição, e atinentes ao direito de examinar e de copiar autos (artigo 7º, inciso XIII, da Lei Federal no 8.906/94)”.

Ao final, formula pedido principal nos seguintes termos, in verbis:“Ante todo o exposto, requer o julgamento, em sede de liminar, initio

litis e inaudita altera pars, da presente Reclamação Constitucional para que seja determinado ao Nobre Delegado de Polícia Civil da Cidade de Monte Alegre/PA, localizada à Avenida Presidente Kennedy, s/n, Bairro Cidade Alta, Monte Alegre/PA, CEP. 68220-000, para dar ao Reclamante livre acesso/vista aos autos do Inquérito Policial (sem número) no qual consta como indiciados REGIVALDO CAIRES BORGES e DANUSIA BATISTA DA SILVA, com fulcro na Súmula Vinculante nº 14. Requer ainda:

a) a requisição de informações da autoridade a quem foi imputada a prática do ato impugnado, qual seja, ao Nobre Delegado de Polícia Civil da Cidade de Monte Alegre/PA;

b) seja dada vista ao Excelentíssimo Senhor representante do Ministério Público Federal;

c) ao final, que seja julgada totalmente procedente a presente Reclamação, para se garantir a observância de Súmula Vinculante deste Egrégio Tribunal, ratificado a liminar deferida anteriormente, para que o Reclamado dê ao Reclamante acesso e vista nos autos do Inquérito Policial em tela.”

É o relatório. DECIDO.Não vislumbro, da análise perfunctória dos autos, os requisitos

ensejadores para o deferimento da liminar.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 309

A reclamação, por expressa determinação constitucional, destina-se a preservar a competência desta Suprema Corte e a garantir a autoridade de suas decisões, ex vi do artigo 102, I, l, além de salvaguardar a estrita observância de preceito constante em enunciado de Súmula Vinculante, nos termos do artigo 103-A, § 3º, ambos da Constituição Federal. A propósito, a jurisprudência desta Suprema Corte fixou diversas condições para a utilização da via reclamatória, de sorte a evitar o uso promíscuo do referido instrumento processual. Disso resulta: i) a impossibilidade de utilização per saltum da reclamação, suprimindo graus de jurisdição; ii) a impossibilidade de se proceder a um elastério hermenêutico da competência desta Corte, por estar definida em rol numerus clausus; e iii) a observância da estrita aderência da controvérsia contida no ato reclamado e o conteúdo dos acórdãos desta Suprema Corte apontados como paradigma.

Pretendeu o legislador evitar que a reclamação fosse utilizada de forma indiscriminada e para finalidades que não são adequadas à sua previsão constitucional. Nesse sentido, esta Corte já assentou que “a reclamação, vocacionada a cumprir a dupla função a que alude o art. 102, I, l, da Carta Política (RTJ 134/1033), não se qualifica como sucedâneo recursal nem configura instrumento viabilizador do reexame do conteúdo do ato reclamado, eis que tal finalidade revela-se estranha à destinação constitucional subjacente à instituição dessa medida processual” (Rcl 4.381-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno, DJe de 05/08/2011).

Desta sorte, não se vislumbra, primo oculi, o fumus boni iuris necessário ao deferimento da medida cautelar.

Ex positis , INDEFIRO o pedido de liminar. Requisitem-se informações à autoridade reclamada. Após, dê-se vista

dos autos ao Ministério Público Federal para elaboração de parecer. Publique-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 30.644 (1411)ORIGEM : 30644 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECLTE.(S) : JSL S/A.ADV.(A/S) : LEONARDO OURIQUE JUNG (99169/RS) E

OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 11ª VARA DO TRABALHO DE

CURITIBAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : ADIR FRANCISCO ROCHAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO. CONSTITUCIONAL. RELAÇÕES DECORRENTES DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS. LEI 11.442/2007. TRANSPORTE AUTÔNOMO DE CARGAS. ALEGAÇÃO DE AFRONTA À AUTORIDADE DA DECISÃO DESTA SUPREMA CORTE PROFERIDA NA ADC 48-MC. DEFERIMENTO DA LIMINAR.

Decisão: Trata-se de reclamação, com pedido de liminar, ajuizada por JSL S/A, contra decisão do Juízo da Décima Primeira Vara do Trabalho de Curitiba, nos autos do processo nº 0000340-80.2013.5.09.0011, para garantia da autoridade da decisão desta Suprema Corte proferida na ADC 48-MC.

Extrai-se da decisão reclamada, in verbis:“Considerando a discordância do exequente e por se tratar de título

executivo transitado em julgado, rejeito o pedido de suspensão do feito”Alega a reclamante que é demandada em processo trabalhista em

que se discute o reconhecimento de vínculo de emprego em ação proposta por prestador de serviços autônomo.

Sustenta que o Juízo reclamado não suspendeu a tramitação da execução trabalhista, incorrendo em ofensa à determinação constante na decisão proferida na ADC 48-MC.

Requer, liminarmente, a concessão da tutela antecipada para determinar a suspensão do processo nº 0000340-80.2013.5.09.0011, até a decisão final desta reclamação. No mérito, postula a procedência do pedido para “declarar nulo o julgamento proferido pelo juízo reclamado no processo de origem Nº 0000340-80.2013.5.09.0011, mandando-se desentranhar dos autos a sentença proferida, assim como a determinação de suspensão do processo de origem até que a ADC 48 seja definitivamente julgada. ”

É o relatório. Decido. Antes de examinar se, de fato, há desobediência à decisão proferida

nos autos da ADC 48-MC, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe 1º/2/2018, é preciso esclarecer o que ela dispõe. O aludido julgado recebeu a seguinte ementa:

“DIREITO DO TRABALHO. MEDIDA CAUTELAR EM AÇÃO DECLARATÓRIA DA CONSTITUCIONALIDADE. TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS. TERCEIRIZAÇÃO DA ATIVIDADE-FIM. MEDIDA CAUTELAR DEFERIDA.

1. A Lei nº 11.442/2007 (i) regulamentou a contratação de transportadores autônomos de carga por proprietários de carga e por empresas transportadoras de carga; (ii) autorizou a terceirização da atividade-fim pelas empresas transportadoras; e (iii) afastou a configuração de vínculo de emprego nessa hipótese.

2. É legítima a terceirização das atividades-fim de uma empresa. A Constituição Federal não impõe uma única forma de estruturar a produção. Ao contrário, o princípio constitucional da livre iniciativa garante aos agentes econômicos liberdade para eleger suas estratégias empresariais dentro do marco vigente (CF/1988, art. 170).

3. A proteção constitucional ao trabalho não impõe que toda e qualquer prestação remunerada de serviços configure relação de emprego (CF/1988, art. 7º).

4. A persistência de decisões judiciais contraditórias, após tantos anos de vigência da Lei 11.442/2007, reforça a presença de perigo de dano de difícil reparação e gera grave insegurança jurídica, em prejuízo a todas as partes que integram a relação contratual de transporte autônomo de carga.

5. Verossimilhança do direito e perigo da demora demonstrados. Medida cautelar deferida”.

Com efeito, o Ministro Roberto Barroso deferiu a cautelar para determinar a imediata suspensão de todos os feitos que envolvam a aplicação dos artigos 1º, caput, 2º, §§ 1º e 2º, 4º, §§ 1º e 2º, e 5º, caput, da Lei 11.442/2007.

Da análise dos autos, verifica-se que a pretensão deduzida pelo autor da demanda de origem envolve a desconstituição de contrato celebrado com fundamento na Lei nº 11.442/2007, para fins de reconhecimento de vínculo de natureza trabalhista entre os contratantes.

O julgamento daquela demanda pressupõe que se discuta a aplicação do art. 5º, caput, da Lei nº 11.442/2007, de acordo com o qual “as relações decorrentes do contrato de transporte de cargas de que trata o art. 4º desta Lei são sempre de natureza comercial, não ensejando, em nenhuma hipótese, a caracterização de vínculo de emprego”.

Por essa razão, a decisão cautelar proferida nos autos da ADC 48-MC abarca o caso concreto.

In casu, tendo sido o Juízo reclamado informado a respeito da medida cautelar deferida na ADC 48, conforme demonstrado pela parte interessada, o pedido de suspensão foi indeferido.

A ordem de suspensão contida na decisão proferida por esta Corte torna-se vinculativa a partir da comunicação aos Tribunais brasileiros o que, conforme se extrai do andamento processual da ADC 48, foi comunicado ao Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, em 9/3/2018, por meio do Ofício 3854/2018, antes, portanto, da apreciação do pedido de suspensão do feito requerido pela reclamante.

Este fato indica possível afronta à autoridade de decisão desta Corte dotada de efeitos vinculantes e com eficácia erga omnes.

Em recentes decisões, foram deferidas medidas liminares para determinar a suspensão dos processos que envolvam a aplicação da decisão contida na ADC 48-MC. Cito: Rcl. 29.925-MC, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe de 23/3/2018; Rcl. 29.832-MC, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe de 1º/3/2018.

Ex positis, por entender que os argumentos da reclamante são plausíveis, defiro a medida liminar, com fundamento no art. 989, II, do CPC, para suspender os efeitos da decisão reclamada e a tramitação do processo nº 0000340-80.2013.5.09.0011, em trâmite na 11ª Vara do Trabalho de Curitiba, até o julgamento definitivo desta reclamação.

Solicitem-se informações e notifique-se acerca do inteiro teor desta decisão (art. 989, I, do CPC).

Ato contínuo, cite-se o beneficiário do decisum impugnado para a apresentação de contestação (art. 989, III, do CPC).

Após, abra-se vista dos autos ao Procurador-Geral da República (art. 991 do CPC).

Publique-se. Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 30.655 (1412)ORIGEM : 30655 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : MARCELO DE SOUZA MARINSADV.(A/S) : TIAGO DE LIMA SANTOS REID (214802/RJ)RECLDO.(A/S) : DELEGADO DE POLÍCIA DA 146ª DELEGACIA DE

POLÍCIA DO RIO DE JANEIROADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSBENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

DESPACHO: Vistos.Cuida-se de reclamação constitucional, com pedido de liminar,

ajuizada por Marcelo de Souza Marins, contra ato do Delegado de Polícia da 146ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro, que teria negado aplicação ao enunciado da Súmula Vinculante nº 14.

Decido.Nos termos do art. 157 do Regimento Interno desta Suprema Corte,

solicitem-se informações à autoridade reclamada, a respeito do quanto alegado na inicial, cuja cópia deverá acompanhar a missiva.

Publique-se.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 310

Brasília, 28 de maio de 2018.Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 152.264 (1413)ORIGEM : 381852 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : EMERSON ANDRE MENDES DE OLIVEIRAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAISRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Trata-se de recurso ordinário em habeas corpus, com pedido de liminar, interposto por Emerson Andre Mendes de Oliveira, representado neste ato pela Defensoria Pública da União, contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça que negou provimento ao agravo regimental no HC 381.252/MG.

O Recorrente foi condenado à pena de 6 (seis) anos e 4 (quatro) meses de reclusão, em regime inicial fechado, pela prática dos crimes de roubo duplamente majorado e de associação criminosa, tipificados nos arts. 157, § 2º, I e II, e 288, ambos do Código Penal.

Em sede de apelação, o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais deu provimento parcial ao recurso defensivo para redimensionar a pena para 5 (cinco) anos e 4 (meses) de reclusão, em regime inicial semiaberto, pela prática do crime de roubo majorado, tipificado no art. 157, § 2º, I, do Código Penal.

Submetida, então, a questão ao Superior Tribunal de Justiça, que não conheceu do HC 381.252/MG. Ato contínuo, manejado agravo regimental, não provido pela Corte Superior.

No presente recurso ordinário, sustenta a Defesa, em síntese, a ilegalidade da condenação, porquanto “fundada exclusivamente em provas colhidas da fase inquisitorial”. Requer, em medida liminar e no mérito, a anulação do édito condenatório.

Em 23.3.2018, indeferi o pedido de liminar. Sobreveio parecer do Ministério Público Federal da lavra do

Subprocurador-Geral da República Juliano Baiocchi Villa-Verde de Carvalho, pelo não provimento do recurso.

É o relatório. Decido. Extraio do acórdão recorrido: “AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. ROUBO

CIRCUNSTANCIADO. ALEGADA CONDENAÇÃO COM FUNDAMENTO APENAS NOS ELEMENTOS INDICIÁRIOS. AFRONTA AO ART. 155 DO CPP. NÃO CONFIGURAÇÃO. INSTRUÇÃO DEFICIENTE DO WRIT. ÓBICE PARA A VERIFICAÇÃO DA SUPOSTA ILEGALIDADE. PRETENSA ABSOLVIÇÃO. INVIABILIDADE NA VIA ESTREITA DO HABEAS CORPUS. INEXISTÊNCIA DE NOVOS ARGUMENTOS APTOS A DESCONSTITUIR A DECISÃO IMPUGNADA. AGRAVO DESPROVIDO.

I - A doutrina e a jurisprudência entendem que o habeas corpus, por constituir ação mandamental cuja principal característica é a sumariedade, não possui fase instrutória, vale dizer, "a inicial deve vir acompanhada de prova documental pré-constituída, que propicie o exame, pelo juiz ou tribunal, dos fatos caracterizadores do constrangimento ou ameaça, bem como de sua ilegalidade, pois ao impetrante incumbe o ônus da prova" (GRINOVER, A.P.; FILHO, A. M. G.; FERNANDES, A.S. Recursos no Processo Penal, ed. Revista dos Tribunais, 2011 p. 298).

II - A deficiente instrução impede a compreensão da controvérsia e a verificação da suposta ilegalidade, consubstanciada em condenação baseada apenas nos elementos do inquérito. O vício não restou sanado com a interposição deste agravo, notadamente quando ficou assentado que o acórdão encaminhado pelo eg. Tribunal de origem diz respeito a ação penal diversa e o agravante não apresentou qualquer outro documento com o recurso.

III - Destaque-se, ademais, que nos termos da jurisprudência pacífica desta Corte Superior de Justiça, a análise do pleito absolutório por insuficiência probatória demanda amplo revolvimento da matéria fático-probatória, procedimento que é incompatível com a estreita via do habeas corpus.

IV - No presente agravo regimental não se aduziu qualquer argumento novo e apto a ensejar a alteração da decisão agravada, devendo ser mantida por seus próprios fundamentos.

Agravo regimental desprovido.” Conforme destacado pelo Superior Tribunal de Justiça, ‘a deficiente

instrução impede a compreensão da controvérsia e a verificação da suposta ilegalidade, consubstanciada em condenação baseada apenas nos elementos do inquérito. O vício não restou sanado com a interposição deste agravo, notadamente quando ficou assentado que o acórdão encaminhado pelo eg. Tribunal de origem diz respeito a ação penal diversa e o agravante não apresentou qualquer outro documento com o recurso’.

Nesse contexto, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme

no sentido de inadmitir o conhecimento de habeas corpus, não instruídos os autos com as peças necessárias à confirmação da efetiva ocorrência do constrangimento ilegal (HC 114.020/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 26.6.2013; HC 113.516/PR, Rel. Min. Cezar Peluso, 2ª Turma, DJe 05.6.2012; HC 101.400/AM, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 29.8.2011; HC 98.791/ES, Rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 01.02.2011; HC 100.994/SP, Rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, DJe 06.8.2010; HC 99.655/PE, Rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, DJe 11.6.2010; e HC 97.368/SP, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe 14.8.2009).

Por outro lado, na hipótese, para concluir em sentido diverso da condenação dos pacientes por insuficiência probatória, imprescindíveis o reexame e a valoração de fatos e provas, para o que não se presta a via eleita. Com efeito, esta Suprema Corte já assentou que “A ação de habeas corpus – de caráter sumaríssimo – constitui remédio processual inadequado, quando ajuizada com objetivo (a) de promover a análise aprofundada da prova penal, (b) de efetuar o reexame do conjunto probatório regularmente produzido, (c) de provocar a reapreciação da matéria de fato e (d) de proceder à revalorização dos elementos indiciários e/ou coligidos no procedimento penal” (HC 92.887/GO, Rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, DJe 19.12.2012). No mesmo diapasão: ‘O habeas corpus não comporta reexame de fatos e provas para chegar-se à absolvição, consoante remansosa jurisprudência desta Corte’ (HC 124.479/MG, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 11.12.2014); e ‘para concluir de forma diversa do assentado nas instâncias antecedentes e restabelecer a decisão de absolvição do Recorrente, seria necessário o reexame de fatos e provas para averiguar se esta decisão primeira no sentido da absolvição do Recorrente seria ou não contrária à prova dos autos, ao que não se presta o recurso ordinário em habeas corpus’ (RHC 132.321/PE, Rel. Min. Cármen Lúcia, 2ª Turma, DJe 01.3.2016).

Anoto, por fim, que à míngua de pronunciamento judicial conclusivo pela Corte anterior quanto à tese defensiva de condenação baseada somente nas provas colhidas em inquérito policial, inviável a análise do writ pelo Supremo Tribunal Federal, sob pena de indevida supressão de instância. Cito, nessa linha, precedentes: HC 134.957-AgR/MG, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 24.02.2017; RHC 136.311/RJ, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, DJe 21.02.2017; RHC 133.974/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, 2ª Turma, DJe 03.3.2017; e HC 136.452-ED/DF, de minha relatoria, 1ª Turma, DJe 10.02.2017.

Ante o exposto, nego seguimento ao presente recurso ordinário em habeas corpus (art. 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa Weber Relatora

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 153.940 (1414)ORIGEM : 153940 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : PEDRO SANTOS RIPPERADV.(A/S) : ILCELENE VALENTE BOTTARI (051081/RJ) E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: Trata-se de recurso ordinário em “habeas corpus” interposto contra decisão que, emanada do E. Superior Tribunal de Justiça, acha-se consubstanciada em acórdão assim ementado:

“’HABEAS CORPUS’ SUBSTITUTIVO DE RECURSO PRÓPRIO. NÃO CABIMENTO. DESCAMINHO. CAUSA DE AUMENTO DE PENA PREVISTA NO § 3.º DO ART. 334 DO CÓDIGO PENAL. TRANSPORTE AÉREO. VOO REGULAR. CABIMENTO. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA. NÃO OCORRÊNCIA. ‘HABEAS CORPUS’ NÃO CONHECIDO.

1. Diante da hipótese de ‘habeas corpus’ substitutivo de recurso próprio, a impetração sequer deveria ser conhecida, segundo orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal e do próprio Superior Tribunal de Justiça. Contudo, considerando as alegações expostas na inicial, razoável a análise do feito para verificar a existência de eventual constrangimento ilegal que justifique a concessão da ordem de ofício.

2. A causa de aumento prevista no art. 334, § 3º, do CP é aplicável para o transporte aéreo, não se limitando a voos clandestinos. Precedentes.

3. Tendo em vista a pena máxima cominada para o delito [de] descaminho praticado em transporte aéreo, qual seja, 8 (oito) anos, o prazo prescricional é de 12 (doze) anos, nos termos do art. 109, inciso III, do Código Penal.

4. Dessa forma, verifica-se que não houve o transcurso de mais de 12 (doze) anos entre a data dos fatos denunciados, 9 e 5 de outubro de 2007, e do recebimento da peça acusatória, 7 de outubro de 2016, último marco interruptivo da prescrição até o momento.

‘Habeas corpus’ não conhecido.”(HC 405.348/BA, Rel. Min. JOEL ILAN PACIORNIK – grifei)Busca-se, nesta sede recursal, “(…) seja declarada a extinção da

punibilidade de PEDRO RIPPER pela ocorrência da prescrição da pretensão

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punitiva estatal da pena abstratamente cominada ao crime de descaminho, com fulcro nos artigos 107, inciso IV, e 109, inciso IV, ambos do Código Penal”.

A parte ora recorrente alega, em síntese, para justificar sua pretensão, o que se segue:

“(...) o paciente está sendo processado pela suposta prática de crime de descaminho que teria se consumado há quase 10 (dez) anos (e-STJ, fls. 345/479), prosseguindo-se com a ação penal única e exclusivamente em função da controvertida incidência da causa de aumento do artigo 334, § 3º, do Código Penal.

A pena prevista para o delito em exame varia entre 1 (um) e 4 (quatro) anos, prescrevendo, portanto, em no máximo 8 (oito) anos, lapso já alcançado entre a data dos fatos narrados pela denúncia (outubro de 2007) e seu efetivo recebimento (outubro de 2016).

O § 3º do dispositivo mencionado prevê que a pena desse crime se aplicará em dobro quando praticado em ‘transporte aéreo’, o que significa dizer, para utilizar a pena máxima prevista em lei, que o prazo prescricional da figura aumentada passaria a ser de 12 (doze) anos.

A figura em questão, no entanto, deve ter aplicação restrita para hipóteses de transporte aéreo clandestino, não podendo incidir no caso dos autos uma vez reconhecido que as mercadorias passaram regularmente pelo procedimento aduaneiro.” (grifei)

O Ministério Público Federal, em pronunciamento da lavra da ilustre Subprocuradora-Geral da República Dra. CLÁUDIA SAMPAIO MARQUES, opinou pelo não provimento deste recurso ordinário em “habeas corpus”, fazendo-o em parecer que está assim ementado:

“DESCAMINHO MAJORADO (ART. 334, § 3º, DO CP). AFASTAMENTO DA CAUSA DE AUMENTO. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE COM BASE NA PRESCRIÇÃO. INVIABILIDADE. PRESCRIÇÃO NÃO CONFIGURADA. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE NA ESPÉCIE. PARECER PELO DESPROVIMENTO DO RECURSO ORDINÁRIO.” (grifei)

Sendo esse o contexto, passo a apreciar a postulação recursal ora deduzida. E, ao fazê-lo, entendo assistir razão à douta Procuradoria-Geral da República.

É que o preceito insculpido no § 3º do art. 334 do Código Penal não distingue, para efeito de incidência da causa especial de aumento de pena nele prevista, entre transporte clandestino ou regular, bastando que o crime seja praticado em transporte aéreo.

Esse específico aspecto da controvérsia foi exposto em pronunciamento da lavra da ilustre Subprocuradora-Geral da República Dra. CLÁUDIA SAMPAIO MARQUES, do qual destaco, por extremamente relevante, o seguinte fragmento:

"6. (…) a literalidade do dispositivo é clara o suficiente ao estabelecer que a causa de aumento em questão (§ 3º, art. 334, CP) deve incidir nas hipóteses em que o crime ‘é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial’, computando-se a pena em dobro.

7. No caso específico de uso do transporte aéreo para a prática do crime, pouco importa se tal meio de transporte é clandestino ou regular (voo de carreira), uma vez que a lei não faz essa diferenciação, não cabe ao intérprete distinguir onde a lei não distingue. Conforme bem acentuou a Procuradoria Regional da República da 1ª Região a respeito da norma inscrita no § 3º do art. 334, CP, ‘Busca-se como previsão de aumento especial de pena rigor na punição de condutas que possibilitem maior extensão e rapidez na perpetração do ilícito. E é justamente o que ocorre no uso do transporte aéreo’ (e-STJ, fls. 526/527).” (grifei)

Impõe-se ressaltar, por relevante, que o entendimento exposto na presente decisão foi destacado em recentíssima decisão proferida no HC 147.725/DF, Rel. Min. EDSON FACHIN, em contexto assemelhado ao que emerge deste processo:

“Como se vê, a lei penal incriminadora não exige qualquer característica do transporte aéreo, descabendo reputar como ilegal ou abusiva, por si só, a decisão que se limita a não aplicar distinção que a lei não previu.

É que, embora a interpretação articulada pela defesa seja plausível, contando, inclusive, com suporte doutrinário, é certo que o ‘habeas corpus’ tem como destinação constitucional o combate a atos ilegais ou que representem abuso de poder, circunstâncias não preenchidas no caso em apreço.

Ademais, trata-se de matéria eminentemente infraconstitucional, de modo que, em tal cenário, deve ser prestigiada, salvo equívocos evidentes, a atuação do Superior Tribunal de Justiça, órgão ao qual a CRFB atribui o papel de uniformizar e estabilizar a interpretação da lei federal.“ (grifei)

Vê-se, de outro lado, precisamente em virtude da correta aplicação em dobro da pena cominada em abstrato ao crime de descaminho, que não se consumou, na espécie, a extinção da punibilidade do ora recorrente, em face da ausência, no caso, da prescrição da pretensão punitiva do Estado.

Sendo assim, pelas razões expostas, e acolhendo, ainda, os fundamentos do parecer da douta Procuradoria-Geral da República, nego provimento ao presente recurso ordinário em “habeas corpus”, restando prejudicado, em consequência, o exame do pleito de sustentação oral formulado pela parte ora recorrente.

2. Devolvam-se estes autos ao E. Superior Tribunal de Justiça.Publique-se.

Brasília, 28 de maio de 2018.Ministro CELSO DE MELLO

Relator

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 155.830 (1415)ORIGEM : 155830 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MARANHÃORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : KAIO HENRIQUE BASTOS MENDONCAADV.(A/S) : LUÍS CARLOS ALENCAR DE BESSA (CE014126/)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

MARANHÃORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Vistos etc.Trata-se de recurso ordinário em habeas corpus, com pedido de

liminar, interposto por Kaio Henrique Bastos Mendonça, contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça que negou provimento ao RHC 85.739/MA.

Extraio do acórdão recorrido:“PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. TRIBUNAL DO JÚRI.

(1) NULIDADE. INTIMAÇÃO POR EDITAL PARA SESSÃO PLENÁRIA. NÃO ESGOTAMENTO DOS MEIOS PROCESSUAIS PARA LOCALIZAÇÃO DO RÉU. TESE NÃO APRECIADA PELAS INSTÂNCIAS DE ORIGEM. RÉU FORAGIDO. ESGOTAMENTO PRESUMIDO. (2) NULIDADE. INOBSERVÂNCIA DO INTERREGNO MÍNIMO LEGAL ENTRE A INTIMAÇÃO POR EDITAL E A REALIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA. NULIDADE DE ALGIBEIRA OU DE BOLSO. VIOLAÇÃO DA BOA-FÉ PROCESSUAL. PRECLUSÃO TEMPORAL. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DO PREJUÍZO. PRINCÍPIO DO PAS DE NULLITÉ SANS GRIEF. RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

1. Diante da confusão terminológica formada em torno das hipóteses de citação para responder aos termos da ação penal e intimação para sessão de julgamento perante o tribunal popular, a tese acerca do não esgotamento dos meios processuais para localização do réu, foragido e intimado por edital para sessão plenária, não restou devidamente enfrentada pelas instâncias de origem, a indicar indevida supressão de instância. Não obstante, certo é que, uma vez foragido, o esgotamento dos meios para localização do acusado se presume, porquanto, em caso contrário, a consequência natural seria a imediata recaptura e recolhimento do apenado ao cárcere. Precedente.

2. Conquanto não adimplido o lapso de 15 (quinze) dias entre a publicação do edital de intimação e a audiência aprazada, no caso concreto, o padrão de conduta adotado pela defesa técnica violou a boa-fé processual (nulidade de algibeira ou de bolso), havendo ainda a preclusão temporal da matéria (vício não alegado em momento oportuno). Devidamente intimado da data da realização da sessão do júri, o patrono constituído não se manifestou sobre o vício em petição apresentada seis dias antes da referida audiência, tampouco sustentou tal protesto em plenário, somente aventando a suposta mácula após o julgamento desfavorável aos interesses de seu assistido.

3. Ademais, a defesa não logrou êxito na comprovação do alegado prejuízo decorrente da inobservância do procedimento previsto, tendo somente suscitado genericamente a matéria, mostrando-se inviável, pois, o reconhecimento de qualquer nulidade processual, em atenção ao princípio do pas de nullité sans grief.

4. Recurso a que se nega provimento.”Neste recurso ordinário, a Defesa sustenta, em síntese, a ocorrência

de nulidade processual dada a falta de intimação para defesa oral, a realização de Júri antes do transcurso do lapso temporal fixado no edital e a citação por edital sem esgotar os meios para localizar o Recorrente. Requer, em medida liminar e no mérito, o reconhecimento das nulidades e a realização de um novo julgamento.

É o relatório.Decido.Ressalto que, para fins de apreciação do pedido de medida liminar, é

necessário avaliar se o acórdão atacado teve o condão de caracterizar patente constrangimento ilegal.

Ao exame dos autos, verifico que o acórdão proferido pela Corte Superior se encontra fundamentado, apontando as razões de seu convencimento para rechaçar a tese defensiva.

Em análise de cognição sumária, não detecto a presença dos pressupostos autorizadores da concessão da medida liminar com o imediato reconhecimento das nulidades apontadas pela Defesa.

Ante o exposto, indefiro o pedido de liminar. Vista ao Ministério Público Federal para manifestação.Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 155.881 (1416)ORIGEM : 155881 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUX

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 312

RECTE.(S) : CLAYTON GOTTELIB MOIZESPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOS

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL. DETRAÇÃO. PLEITO PELA APLICABILIDADE DE DETRAÇÃO FUNDAMENTADO NO CUMPRIMENTO DE PENA ANTERIOR.

- Seguimento negado, com esteio no artigo 21, § 1º do RISTF. Prejudicado o exame do pedido de liminar.

- Ciência ao Ministério Público Federal. DECISÃO: Trata-se de recurso ordinário em habeas corpus interposto

contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça, HC nº 392.007, cuja ementa possui o seguinte teor:

“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DECISÃO QUE DENEGOU A ORDEM. EXECUÇÃO. DETRAÇÃO. INVIABILIDADE. PERÍODO CONSIDERADO COMO EFETIVO CUMPRIMENTO DE PENA POR DELITO POSTERIOR.

1. As razões reunidas na insurgência são incapazes de infirmar o entendimento assentado na decisão agravada, no sentido de que o período de prisão cautelar submetido já foi computado como efetivo cumprimento de pena para fins da extinção da punibilidade. Logo, incabível sua utilização novamente para fins de detração em outra execução penal.

2. Agravo regimental improvido.” Colhe-se dos autos que o paciente esteve preso provisoriamente no

período de 24/6/2009 a 11/1/2010 pela prática do delito tipificado no artigo 33 da Lei n. 11.343/2006, Processo nº 2009.01.1.092003-3. No entanto, no momento da sentença, a conduta foi desclassificada para o artigo 28 da Lei nº 11.343/06 e o Juízo de piso entendeu que, diante do período em que o réu permaneceu segregado a título cautelar, a pena já havia sido cumprida, extinguindo o feito.

No bojo do processo nº 2012.01.1.024886-8, a defesa requereu ao Juízo da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal a detração do citado período de segregação cautelar, o que foi indeferido em 14/9/2016.

Irresignada, a defesa recorreu, tendo sido o agravo em execução penal desprovido nos seguintes termos, in verbis:

“RECURSO DE AGRAVO. DETRAÇÃO PENAL REQUISITOS. NÃO PREENCHIMENTO. RECURSO NÃO PROVIDO. A jurisprudência pátria admite a aplicação do instituto da detração penal em processos distintos, sendo, necessário, contudo, o preenchimento simultâneo de três requisitos: a) que o tempo de prisão que se pretende detrair se refira à prisão processual; b) que a sanção a ser detraída decorra de delito cometido em data anterior à referida custódia cautelar e c) que o processo no qual o requerente tenha ficado preso cautelarmente tenha resultado em sua absolvição ou tenha declarado extinta a punibilidade do crime correspondente sem o reconhecimento prévio da culpa do acusado. Assim, embora o Juiz sentenciante tenha declarado a extinção da punibilidade, em razão do período de prisão cautelar cumprido pelo denunciado, foi previamente reconhecida sua culpa e declarado o acusado como incurso no art. 28 da lei 11.343/2006, não preenchendo, portanto, o último requisito supramencionado.”

Em face dessa decisão, a defesa impetrou habeas corpus perante a Corte de a quo, sem contudo, lograr êxito.

No presente recurso ordinário em habeas corpus, a defesa alega, em síntese, a ocorrência de constrangimento ilegal, porquanto “no caso presente, encontra-se satisfeito o pressuposto da anterioridade, porquanto a conduta que resultou na execução de que se pretende decotar o montante da prisão cautelar ocorreu em momento anterior à prisão cautelar no novo processo”. Argumenta que “a doutrina francamente majoritária permite o cômputo da prisão cautelar realizado quanto a processo e infração penal diversos, com a condição de que a sanção penal de que se pretende decotar o interregno em questão advenha em razão da prática de fato-crime anterior ao da constrição encetada” e questiona “como se poderia consentir com a negativa de tal aproveitamento no caso presente, quando a situação alocada é muito mais evidente, porquanto o apenado cumpriu mais de 6 meses de privação de liberdade, em situação análoga ao regime fechado, quando, na realidade, não se lhe poderia, sequer impor qualquer medida corporal, devendo cumprir, no máximo, cinco meses de prestação de serviços à comunidade”.

Ao final, formula pedido nos seguintes termos, in verbis:“Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente

recurso, a fim de ser reformado o acórdão malferido para conceder, in totum, a ordem de habeas corpus ao Paciente, a fim de determinar ao Juízo da Execução a detração em relação ao tempo de recolhimento cautelar a que foi submetido o Paciente nos autos n° 2009.01.1.092003-3.”

Em contrarrazões recursais, o Ministério Público se manifestou pelo desprovimento do recurso.

A Procuradoria-Geral da República, em parecer, opinou pelo não provimento da irresignação recursal.

É o relatório. DECIDO. Não merece prosperar a irresignação. In casu, inexiste excepcionalidade que permita a concessão da ordem

de ofício ante a ausência de teratologia na decisão atacada, flagrante ilegalidade ou abuso de poder. Por oportuno, transcrevo a fundamentação da

decisão do Superior Tribunal de Justiça, naquilo que interessa, in verbis: “Embora possam parecer razoáveis os argumentos apresentados no

agravo regimental, para mim, não foram suficientes para infirmar a fundamentação da decisão agravada. Confira-se o inteiro teor do decisum (fls. 83/86):

[...] Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de Clayton Gottelib Moizes, sem pedido liminar, indicando como autoridade coatora o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.

Consta dos autos que o paciente esteve preso provisoriamente no período de 24/6/2009 a 11/1/2010 pela prática do delito tipificado no art. 33 da Lei n. 11.343/2006 (Processo n. 2009.01.1.092003-3). No entanto, a conduta foi desclassificada para consumo e o Juízo de piso entendeu que, diante do período em que o réu permaneceu segregado a título cautelar, a pena já havia sido cumprida e extinguiu o feito (fls. 27/28).

No Processo n. 2012.01.1.024886-8, a defesa requereu ao Juízo da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal a detração do citado período de segregação cautelar, o que foi indeferido em 14/9/2016 (fl. 33).

Contra essa decisão, interpôs-se o Agravo de Execução Penal n. 2016.00.2.048933-6, ao qual o Tribunal a quo negou provimento, consoante a seguinte ementa (fl. 57):

RECURSO DE AGRAVO. DETRAÇÃO PENAL REQUISITOS. NÃO PREENCHIMENTO. RECURSO NÃO PROVIDO. A jurisprudência pátria admite a aplicação do instituto da detração penal em processos distintos, sendo, necessário, contudo, o preenchimento simultâneo de três requisitos: a) que o tempo de prisão que se pretende detrair se refira à prisão processual; b) que a sanção a ser detraída decorra de delito cometido em data anterior à referida custódia cautelar e c) que o processo no qual o requerente tenha ficado preso cautelarmente tenha resultado em sua absolvição ou tenha declarado extinta a punibilidade do crime correspondente sem o reconhecimento prévio da culpa do acusado.

Assim, embora o Juiz sentenciante tenha declarado a extinção da punibilidade, em razão do período de prisão cautelar cumprido pelo denunciado, foi previamente reconhecida sua culpa e declarado o acusado como incurso no art. 28 da lei 11.343/2006, não preenchendo, portanto, o último requisito supramencionado.

Daí o presente habeas corpus, em que a Defensoria Pública pugna pela detração do período em que o paciente ficou preso preventivamente em processo diverso daquele referente à condenação em execução.

Ouvido, o Ministério Público Federal opinou nos termos do parecer assim resumido (fl. 76):

EMENTA: HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO PENAL. PEDIDO DE DETRAÇÃO DO TEMPO DE PRISÃO EM PROCESSO DISTINTO. IMPOSSIBILIDADE. DESCLASSIFICAÇÃO DA CONDUTA DE TRÁFICO DE DROGAS PARA USO. PENA EXTINTA COM FUNDAMENTO NO PERÍODO DE SEGREGAÇÃO. BIS IN IDEM.. AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. PELO NÃO CONHECIMENTO. PELA DENEGAÇÃO DA ORDEM. É o relatório. Estou de acordo com esta manifestação do Subprocurador-Geral da República Marcelo Muscogliati (fls. 79/80 – grifo nosso):

[…] 11. Pois bem. A princípio cumpre consignar que, embora não haja

previsão expressa nesse sentido, pacificou-se tanto no âmbito do Supremo Tribunal Federal como no Superior Tribunal de Justiça, o entendimento de que pode haver detração do tempo de prisão processual cumprida em processos distintos desde que tenha ocorrido: (i) a extinção da punibilidade ou absolvição no processo em que ocorreu a prisão; e, (ii) que o delito pelo qual o réu esteja cumprindo pena tenha sido praticado antes da prisão provisória ocorrida em outro processo, a fim de evitar que o condenado crie uma espécie de conta-corrente com o Estado.

12. No caso em questão, segundo consta das decisões proferidas pelas instâncias de piso, o segundo requisito estaria preenchido, pois o período de prisão provisória a ser utilizado para fins de detração seria posterior aos fatos pelos quais o paciente cumpre pena.

13. Todavia, o mesmo não se verifica quanto ao primeiro requisito, já que o paciente não foi absolvido, mas teve sua conduta desclassificada e, principalmente, o período em que cumpriu a medida cautelar foi justamente a motivação da extinção da punibilidade. A toda evidência, considerar o mesmo fator para fins de detração implicaria em indevido bis in idem, de modo que inexiste constrangimento ilegal das decisões impetradas.

Realmente, a situação do paciente não se enquadra em nenhuma das hipóteses em que está autorizada a detração. Afinal, ele não foi absolvido no outro processo, e a extinção da punibilidade deu-se porque reconhecido o tempo de prisão como efetivo cumprimento da pena.

Como anotado no acórdão impugnado, embora o Juiz sentenciante tenha declarado a extinção da punibilidade, em razão do período de prisão cautelar cumprido pelo denunciado, foi previamente reconhecida sua culpa e declarado o acusado como incurso no art 28 da lei 11.343/2006, não preenchendo, portanto, o último requisito supramencionado (fl. 57).

Bem ressaltou a Corte de origem que o período de prisão cautelar submetido naqueles autos já foi computado como efetivo cumprimento de pena para fins da extinção da punibilidade. Portanto, incabível sua utilização novamente para fins de detração em outra execução penal (fl. 63).

Ante o exposto, com base no parecer, denego a ordem (art. 34, XX, do RISTJ). […]

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 313

Bem ou mal, o fato é que o tempo de prisão cautelar do agravante já foi computado em seu benefício.”

Deveras, a detração da pena está prevista no artigo 42 do Código Penal, in verbis:

“art. 42 Computam-se, na pena privativa de liberdade e na medida de segurança, o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e o de internação em qualquer dos estabelecimentos referidos no artigo anterior.”

A respeito do tema, este Tribunal, no julgamento do HC nº 93.979, rel. Min. Cármen Lúcia, DJ de 20/06/2008, fixou o entendimento de que não cabe descontar na pena imposta pela prática de crime posterior o tempo de prisão provisória pelo cometimento de crime anterior e do qual resultou absolvição, sob pena de creditar-se um bônus para que o réu desconte na pena resultante de condenação futura, consoante se vê da ementa do julgado:

“HABEAS CORPUS. DETRAÇÃO PENAL. CÔMPUTO DO PERÍODO DE PRISÃO ANTERIOR À PRÁTICA DE NOVO CRIME: IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. HABEAS CORPUS INDEFERIDO.

1. Firme a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal no sentido de que ‘não é possível creditar-se ao réu qualquer tempo de encarceramento anterior à prática do crime que deu origem a condenação atual’ (RHC 61.195, Rel. Min. Francisco Rezek, DJ 23.9.1983).

2. Não pode o Paciente valer-se do período em que esteve custodiado – e posteriormente absolvido – para fins de detração da pena de crime cometido em período posterior.

3. Habeas Corpus indeferido.”A propósito, rememoro o debate instaurado no referido julgamento:“O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (PRESIDENTE) – Aquele

que delinque não fica com crédito para ver compensado, em termos de custódia, considerada nova prática criminosa.

Evidentemente, a detração pressupõe período de custódia após o cometimento do crime e ligado a este. Claro, não confundo essa visão com a problemática alusiva ao tempo máximo em que o cidadão pode ficar preso.

Não. Pretende-se a detração, levando-se em conta a pena ligada a crime anterior. Evidentemente, não há o direito, a não ser que se parta para o denominado ‘Direito Alternativo’.

A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (RELATORA) – Apenas como curiosidade, interessou-me o assunto; anotei a jurisprudência de aproximadamente onze tribunais: todos seguem o Supremo Tribunal, menos o Tribunal do Rio Grande do Sul.

O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (PRESIDENTE) – Custo até a perceber que se tenha feito tamanha confusão entre o instituto da detração e o instituto da permanência máxima da cadeia. Pode ser perquirido o período máximo, levando em conta o tempo alusivo a crime anterior praticado pelo condenado no processo subsequente, observado o § 2º do artigo 75 do Código Penal.

O EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO MENEZES DIREITO.Só para poder entender, porque a questão é até interessante. Quer

dizer, então vamos admitir que uma pessoa mate outra e seja condenada a trinta anos de cadeia. Quer dizer, se matar uma outra e já tiver trinta anos, ele não vai mais ser condenado?

O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (PRESIDENTE) – Ministro, não foi isso que disse. Por gentileza, perceba o alcance do meu voto. Não junto períodos distintos, intercalados pelo espaço de tempo em que a pessoa esteve em liberdade. Assento que, de forma contínua, não se pode ficar sob a custódia do Estado por mais de trinta anos. De forma intercalada, pode-se, desde que tenha idade para cumprir a pena e continue vivo.

A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (RELATORA) – A tese, no caso, é de que os artigos 42 do Código Penal e 111 da Lei de Execuções Penais não vedariam a possibilidade de detração em processos distintos.

O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (PRESIDENTE) – Não cabe detração. É algo diverso. A detração seria uma compensação. Quer dizer, alguém, após haver cumprido pena, ficaria com um crédito a ser considerado, posteriormente, no caso de um outro crime. O passo mostra-se demasiadamente largo.

A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (RELATORA) – Compensação é a palavra certa. Imagine que alguém, depois de haver cumprido um período de pena, seja absolvido e tenha ficado preso um ou dois meses preventivamente. Ele teria, então, um crédito com o Estado? Quer dizer, já sabe que pode delinquir, porque, por dois meses, não ficará preso?

O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (PRESIDENTE) – E, absolvido, pode ingressar contra o Estado, visando a indenização.

A SENHOR MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (RELATORA) – Encontrei apenas uma menção no Direito norte-americano, no qual não se pode ser condenado pelo mesmo fato duas vezes. Então, se uma pessoa for condenada por matar alguém, e depois descobre que não foi ela, se viesse a matar efetivamente, ela não seria mais julgada. Quer dizer, é um sistema completamente diferente.”

No mesmo sentido:“RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO DA

PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE. DETRAÇÃO PENAL. AUSÊNCIA DE NEXO PROCESSUAL. PRISÃO CAUTELAR ANTERIOR AOS FATOS ENSEJADORES DA CONDENAÇÃO CRIMINAL. IMPOSSIBILIDADE DE SE CRIAR UM 'BANCO DE HORAS DE PRISÃO OU CRÉDITO DE PENA'. RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. A detração (desconto da

reprimenda penal) constitui importante instrumento de controle da legalidade da execução das penas privativas de liberdade. Isso por competir ao Juízo das Execuções Criminais decidir sobre o cômputo, na pena finalmente imposta, do tempo da prisão provisória eventualmente cumprida pelo agente. 2. A norma do art. 42 do Código Penal recebe da jurisprudência dos tribunais brasileiros uma leitura mais alargada para admitir a detração do período de prisão provisória, mesmo naqueles casos em que não se estabelece um vínculo causal entre o motivo da prisão cautelar e o fato ensejador da condenação. Isto naquelas situações fáticas em que o delito pelo qual o agente se acha condenado for anterior à prisão provisória (ou cautelar) em processo que resultar na absolvição do réu. 3. Não se pode descontar da pena do paciente o período de prisão cautelar por fatos anteriores aos delitos ensejadores da condenação criminal. Com o que se evita a constituição de verdadeiros ‘bancos de pena’ ou ‘créditos’ passíveis de futura aplicabilidade. 4. Recurso ordinário a que se nega provimento.” (RHC 110.576, Segunda Turma, Rel. Min. Ayres Britto, DJe de 26/06/2012)

Destarte, é possível antever a existência de requisitos para que se possibilite a detração em processos diversos, quais sejam: i) ausência de juízo condenatório em relação ao fato investigado no processo gerador do tempo a ser detraído ou extinção da pena correlata à um juízo negativo de culpabilidade; e ii) cometimento do novo delito cujo tempo de constrição da liberdade se pretende detrair antes da segregação cautelar do réu pelo primeiro crime.

In casu, restou consignado que “segundo consta das decisões proferidas pelas instâncias de piso, o segundo requisito estaria preenchido, pois o período de prisão provisória a ser utilizado para fins de detração seria posterior aos fatos pelos quais o paciente cumpre pena”, contudo, não houve um juízo absolutório, tampouco a extinção da punibilidade impossibilitou o reconhecimento da prática de crime pelo paciente.

Com efeito, vislumbro, na hipótese sub examine, a presença de aspectos impeditivos da incidência do entendimento sufragado pela jurisprudência desta Corte.

Primeiramente, no processo em que se busca a detratação tem-se crime cometido em data posterior à data do encarceramento inicial (indexação eletrônica - Volume 2, p.7) – O Processo nº 086726320128070015 (2012.01.1.024886-8) apura fato praticado no dia 07/07/2011, restando desatendido o primeiro requisito acima disposto, demais disso, inicialmente imputou-se ao paciente a conduta tipificada no artigo 33 da Lei nº 11.343/06 e, no momento da sentença, o órgão julgador competente desclassificou a conduta para o tipo previsto no artigo 28 do mesmo diploma legislativo, tendo sido condenado o réu. Contudo, à luz da situação concreta, o magistrado de piso declarou a extinção da punibilidade, porquanto, “o acusado já se sujeitou a gravame muito maior do que aquele a que estaria sujeito acaso fosse condenado pela prática do crime que efetivamente cometeu, ao qual não é cominado pena privativa de liberdade”. Desta sorte, o decreto extintivo da punibilidade decorreu do tempo em que o paciente esteve indevidamente encarcerado e não em razão de uma das hipóteses do artigo 107 do Código Penal.

Logo, não prosperam os argumentos defensivos no sentido de que não houve aproveitamento do lapso temporal de constrição indevida da liberdade, de modo que o segundo requisito também não restou adimplido, bem como de que estaria “satisfeito o pressuposto da anterioridade, porquanto a conduta que resultou na execução de que se pretende decotar o montante da prisão cautelar ocorreu em momento anterior à prisão cautelar no novo processo”, quanto a esse último argumento, a situação exigida pela construção pretoriana é justamente a oposta, qual seja a de crime cometido em momento anterior à segregação cautelar, justamente para se evitar o sistema de creditamento de tempo.

No ponto, cabe referir que é irrelevante a ausência de previsão, no preceito secundário do tipo previsto no artigo 28 da Lei nº 11.343/06, de pena privativa de liberdade, mercê de a detração para ser aplicável em processos distintos, ter como um de seus pressupostos lógico-jurídicos a privação indevida da liberdade do indivíduo, a qual foi considerada pelo juízo sentenciante ao extinguir a pena.

Portanto, não cabe descontar na pena do crime posterior o tempo de prisão cautelar resultante da prática de crime anterior se houve um juízo condenatório, máxime se considerado que o reconhecimento dessa possibilidade resultaria em uma espécie de bônus em favor do réu, ou seja, em um crédito contra o Estado, e, potencialmente, representaria a impunidade de posteriores infrações penais.

Por fim, ante a pertinência de suas alegações, cumpre transcrever trecho do parecer elaborado pela Procuradoria-Geral da República, in verbis:

“5. No caso, busca-se a detração da prisão provisória cumprida de 24.06.2009 a 11.01.2010, relativa a crime anterior (autos 2009.01.1.092003-3) para aplicação na pena de crime posterior (autos 2012.01.1.024886-8), ocorrido em 07.07.2011 (conta de liquidação, e-STF-fls. 35-36).

6. A detração está disciplinada no art. 42 do Código Penal: ‘Computam-se, na pena privativa de liberdade e na medida de segurança, o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e o de internação em qualquer dos estabelecimentos referidos no artigo anterior’.

7. O Juízo da Vara de Execuções Penais não reconheceu a detração nos autos 2012.01.1.024886-8, quanto ao período de recolhimento relativo aos autos 2009.01.1.092003-3, asseverando que ‘o período de recolhimento

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foi considerado como causa de extinção da punibilidade relativamente à desclassificação para a conduta do art. 28 da Lei 11.343/06, não preenche o requisito do art. 42 do CP, tal como entende o e. TJDFT (por todos, 20160020010044RAG)’.

8. Verifica-se que o magistrado sentenciante naqueles autos nº 2009.01.1.092003-3, desclassificou a conduta do crime do art. 33 para o art. 28, ambos da Lei 11.343/2006 e extinguiu a punibilidade, consignando que ‘o acusado já se sujeitou a gravame muito maior do que aquele a que estaria sujeito acaso fosse condenado pela prática do crime que efetivamente cometeu, ao qual não é cominado pena privativa de liberdade’

[…]10. A defesa faz confusão ao afirmar que o pressuposto da

anterioridade foi atendido 'porquanto a conduta que resultou na execução de que se pretende decotar o montante da prisão cautelar ocorreu em momento anterior à prisão cautelar no novo processo'. Em verdade, o pressuposto exige justamente o contrário, ou seja, que o desconto seja de tempo de prisão provisória por crime posterior, ao que se quer aplicar a detração, a fim de não se criar uma 'conta-corrente' delinquencial”.

Portanto, diante da inexistência de teratologia ou flagrante ilegalidade no julgamento realizado, não se cuida de hipótese de concessão da ordem.

Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao writ, com esteio no artigo 21, § 1º, do RISTF. Prejudicado o exame do pedido de liminar.

Dê-se ciência ao Ministério Público Federal. Publique-se. Int..Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUXRelator

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RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 156.246 (1417)ORIGEM : 156246 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : JOSE ROBERIO BATISTA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : JOSE MAURICIO VASCONCELOS COQUEIRO

(10439/BA, 56282/DF) E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA

BAHIARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: Trata-se de recurso ordinário em “habeas corpus” interposto contra decisão que, emanada do E. Superior Tribunal de Justiça, restou consubstanciada em acórdão assim ementado:

“’HABEAS CORPUS’. CRIME DE DISPENSA OU INEXIGIBILIDADE ILEGAL DE LICITAÇÃO E DE RESPONSABILIDADE DE PREFEITO (ART. 89 DA LEI N. 8.666/1993 E ART. 1º, II, DO DECRETO-LEI N. 201/1967, C/C O ART. 70 DO CP). CONTRATAÇÃO DE ATRAÇÕES ARTÍSTICAS (BANDAS DE MÚSICA E CANTORES) SEM LICITAÇÃO PARA OS FESTEJOS JUNINOS (ANO DE 2007) DO MUNICÍPIO DE EUNÁPOLIS/BA. AJUSTE PRÉVIO ENTRE O GESTOR MUNICIPAL E O REPRESENTANTE LEGAL DA EMPRESA J A J PRODUÇÕES E EVENTOS LTDA. MONOPÓLIO DAS CONTRATAÇÕES. CONCESSÃO DE EXCLUSIVIDADE, COM RESTRIÇÕES TEMPORAIS E ESPACIAIS. MERO INTERMEDIÁRIO E NÃO EMPRESÁRIO DOS ARTISTAS. PREJUÍZOS AOS COFRES PÚBLICOS. ONERAÇÃO EM 30%. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. EXCEPCIONALIDADE. FALTA DE JUSTA CAUSA PARA A PERSECUÇÃO. ATIPICIDADE, CAUSA EXTINTIVA DA PUNIBILIDADE OU AUSÊNCIA DE INDÍCIOS DE AUTORIA OU PROVA DA MATERIALIDADE DO DELITO. HIPÓTESES NÃO CONFIGURADAS. INÉPCIA DA DENÚNCIA. FATOS ADEQUADAMENTE NARRADOS. DESCRIÇÃO SUFICIENTE DA CONDUTA DELITUOSA. ATENDIMENTO AOS REQUISITOS LEGAIS. EXERCÍCIO DA AMPLA DEFESA. POSSIBILIDADE. INDÍCIOS DE MATERIALIDADE E AUTORIA. JUSTA CAUSA. ABSORÇÃO DO CRIME PREVISTO NO ART. 89 DA LEI N. 8.666/1993 PELO DELITO TIPIFICADO NO ART. 1º, II, DO DECRETO-LEI N. 201/1967. BENS JURÍDICOS TUTELADOS DISTINTOS. NECESSIDADE DE REVOLVIMENTO DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL AUSENTE.

1. O trancamento de ação penal é medida excepcional, só admitida quando ficar provada, inequivocamente, sem necessidade de exame valorativo do conjunto fático ou probatório, a atipicidade da conduta, a ocorrência de causa extintiva da punibilidade ou, ainda, a ausência de indícios de autoria ou de prova da materialidade do delito.

2. É afastada a inépcia quando a denúncia preencher os requisitos do art. 41 do Código de Processo Penal, com a individualização das condutas, descrição dos fatos e classificação dos crimes, de forma suficiente a dar início à persecução penal na via judicial e garantir o pleno exercício da defesa ao acusado.

3. ‘In casu’, a peça acusatória traz apontamentos que descrevem a participação do gestor municipal denunciado: a) procedimento de inexigibilidade consubstanciado em uma fraude para mascarar contratação feita ao arrepio da lei, já que o segundo denunciado (Jairo) jamais figurou

como ‘empresário exclusivo’ das atrações artísticas (bandas e cantores), mas sim como ‘mero intermediário’, que celebrou contratos tidos como de ‘exclusividade’, mas que assim não podem ser considerados, visto que firmados com ‘restrições temporais e espaciais’ – por certo tempo de duração e com a finalidade específica de apresentação naquele município (festejos juninos de 2007) –; b) algumas das atrações artísticas (Grupo Mastruz com Leite, Saia Rodada, Aviões do Forró, Calypso e Asas Livres) contemplaram a concessão de ‘exclusividade’ por ‘um dia’ apenas, qual seja, aquele da apresentação em Eunápolis/BA, de modo a demonstrar a existência de ajuste prévio entre os denunciados, com o único propósito de participação no processo de dispensa de licitação; c) o valor do contrato posteriormente celebrado culminou exatamente com o montante constante da anterior estimativa de despesa determinada pelo gestor municipal (R$ 997.000,00), no momento de abertura do processo administrativo de inexigibilidade, endossando, assim, mais uma vez, o ajuste prévio entre o paciente e o segundo denunciado (representante da empresa J A J Produções e Eventos Ltda.); d) ausência de justificativa para o preço do contrato, quando da homologação pelo primeiro denunciado – ora paciente – do referido procedimento, alcançando vultosa cifra (ausência de indicação de parâmetro ou explicação que permita aferir como se chegou àquele montante e qual o valor correspondente a cada uma das bandas ou de cada artista contratado), com oneração em 30% (fl. 423); e e) depoimentos de alguns empresários de bandas e artistas contratados que evidenciam a existência de um ajuste prévio entre o gestor municipal – ora paciente – e o representante legal da empresa J A J PRODUÇÕES E EVENTOS LTDA (fl. 422), ao afirmarem que: ‘para aquela apresentação o declarante firmou um contrato pessoal com o Prefeito Municipal, Senhor Robério, e, depois, formalizou o contrato com uma empresa de uma pessoa conhecida pelo apelido de TEA; que o declarante pediu ao Prefeito que lhe ajudasse, contratando sua Banda; e o Prefeito mandou, então, que procurasse TEA, que era a pessoa que estava organizando o evento; que TEA não tinha exclusividade da Banda ‘Legião do Forró’, mas o declarante concedeu-lhe uma ‘carta de exclusividade’, pois era ele quem estava organizando o evento festivo; que o declarante, ao conceder a carta de exclusividade, já sabia que se destinava à apresentação em Eunápolis [...]’ (Jorge Costa Ferreira) e ‘o referido músico se apresentou no São Pedro de 2007, no Município de Eunápolis; que o contrato foi firmado através de uma empresa de uma pessoa conhecida por TEA; que, na oportunidade em que concedeu a carta de exclusividade à empresa J A J PRODUÇÕES E EVENTOS, já sabia que seria para se apresentar no Pedrão de Eunápolis ...’ (Gabriel Luiz da Cruz Júnior).

4. Esta Corte Superior já rechaçou a alegada absorção do crime descrito no art. 89 da Lei n. 8.666/1993 pelo ilícito previsto no art. 1º, I, do Decreto-Lei n. 201/1967, tendo consignado que não há subsunção entre os crimes em comento, cujos bens jurídicos tutelados são distintos, não se podendo afirmar que o primeiro seria meio necessário para o último. Ademais, o exame da pretensão demandaria o estudo aprofundado do conjunto probatório produzido no feito, providência que é inadmissível na via estreita do ‘habeas corpus’.

5. Ordem denegada.”(HC 261.766/BA, Rel. Min. SEBASTIÃO REIS JÚNIOR – grifei)Busca-se, em síntese, na presente sede recursal, “(...) o

trancamento da Ação Penal Originária nº 0001760-57.2009.805.0000-0, em curso perante a Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, com fulcro no art. 648, inc. I, do CPP”.

O Ministério Público Federal, em pronunciamento da lavra da ilustre Subprocuradora-Geral da República Dra. CLÁUDIA SAMPAIO MARQUES, opinou pelo não provimento deste recurso ordinário em “habeas corpus” em parecer assim ementado:

“RECURSO ORDINÁRIO EM ‘HABEAS CORPUS’. PREFEITO. CRIME DE RESPONSABILIDADE (ARTIGO 1º, INCISO II, DO DECRETO-LEI N. 201/67) E DE INEXIGIBILIDADE INDEVIDA DE LICITAÇÃO. CONTRATAÇÃO IRREGULAR. PLEITO DE TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL POR AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA E INÉPCIA DA DENÚNCIA. REQUISITOS DO ART. 41 DO CPP DEVIDAMENTE OBSERVADOS. INDÍCIOS SUFICIENTES DE AUTORIA E MATERIALIDADE DELITIVA. DESCRIÇÃO DO DOLO ESPECÍFICO. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE. NECESSIDADE DE MELHOR ESCLARECIMENTO DOS FATOS. IMPOSSIBILIDADE DE REVOLVIMENTO PROBATÓRIO EM SEDE DE ‘HABEAS CORPUS’. PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO. INOCORRÊNCIA. BENS JURÍDICOS TUTELADOS DIVERSOS. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO. PARECER PELO DESPROVIMENTO DO RECURSO.” (grifei)

Sendo esse o contexto, passo a analisar o pleito em causa. E, ao fazê-lo, entendo não assistir razão à parte recorrente, pois os fundamentos que dão suporte ao acórdão ora impugnado ajustam-se, com integral fidelidade, à orientação jurisprudencial firmada por esta Suprema Corte.

Como se sabe, a denúncia que contiver todos os elementos essenciais à adequada configuração típica do delito e que atender, integralmente, às exigências de ordem formal impostas pelo art. 41 do CPP não apresentará o vício da inépcia, pois permitirá ao réu a exata compreensão dos fatos expostos na peça acusatória, sem qualquer comprometimento ou limitação ao pleno exercício do direito de defesa.

O exame dos autos permite reconhecer, consideradas as premissas que venho de mencionar, que o E. Superior Tribunal de Justiça, ao apreciar

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esse ponto específico da impetração, deixou evidenciado, sem qualquer dúvida, que a peça acusatória ora questionada contém os elementos mínimos exigidos pelo art. 41 do CPP.

Não vislumbro, bem por isso, a ocorrência, na espécie, do vício de inépcia da denúncia, pois a peça acusatória, que observou a regra imperativa inscrita no art. 41 do CPP, descreve, de maneira adequada, todos os “essentialia delicti”, com as respectivas circunstâncias de tempo, de lugar, de pessoas e de modo de execução, revelando-se, portanto, processualmente apta e juridicamente idônea.

Isso significa que a inicial acusatória em causa ajusta-se ao magistério jurisprudencial prevalecente nesta Suprema Corte (HC 83.266/MT, Red. p/ o acórdão Min. JOAQUIM BARBOSA – RHC 90.376/RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.):

“1. Não é inepta a denúncia que, apesar de sucinta, descreve fatos enquadráveis no artigo 14 da Lei n. 6.368/76, atendendo a forma estabelecida no artigo 41 do Código de Processo Penal, além de estar instruída com documentos, tudo a possibilitar a ampla defesa.”

(HC 86.755/RJ, Rel. Min. EROS GRAU – grifei)“3. A descrição dos fatos cumpriu, satisfatoriamente, o comando

normativo contido no art. 41 do Código de Processo Penal, estabelecendo a correlação entre a conduta do paciente e a imputação da prática do crime de quadrilha.”

(HC 98.157/RJ, Rel. Min. ELLEN GRACIE – grifei) Acolho, de outro lado, como razão de decidir, além dos fundamentos

expostos na presente decisão, também aqueles em que se apoia, quanto ao mérito, o pronunciamento da douta Procuradoria-Geral da República – notadamente quanto à alegada ausência de justa causa para a persecução penal –, em parecer do qual se destaca a seguinte passagem:

“18. Assim, o que emerge dos autos não é a inépcia ou a falta de justa causa para a ação penal, mas, sim, um feixe de elementos conducentes à ocorrência dos crimes relatados na denúncia, em princípio perpetrado pelo recorrente e o sócio da empresa contratada indevidamente, sendo imprescindível ao deslinde da controvérsia a remessa do feito à amplitude própria da instrução criminal, onde será viável um maior aclaramento dos graves fatos mediante cotejo de provas.

19. No mais, cumpre ressaltar que as questões referentes à ausência de dolo e a inexistência de ilegalidade do procedimento licitatório dependem de ampla incursão fático-probatória, não sendo objeto de análise nesta via processual.” (grifei)

Ao adotar, como razão de decidir, os fundamentos em que se apoia a manifestação da douta Procuradoria-Geral da República, valho-me, para tanto, da técnica da motivação “per relationem”, cuja legitimidade constitucional tem sido amplamente reconhecida por esta Corte (AI 738.982- -AgR/PR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – AI 813.692-AgR/RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 28.677-MC/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 28.989-MC/PR, Rel. Min. CELSO DE MELLO – RE 172.292/SP, Rel. Min. MOREIRA ALVES, v.g.).

Com efeito, o Supremo Tribunal Federal, pronunciando-se a propósito da técnica da motivação por referência ou por remissão, reconheceu-a compatível com o que dispõe o art. 93, inciso IX, da Constituição da República, como resulta de diversos precedentes firmados por esta Suprema Corte (HC 54.513/DF, Rel. Min. MOREIRA ALVES – RE 37.879/MG, Rel. Min. LUIZ GALLOTTI – RE 49.074/MA, Rel. Min. LUIZ GALLOTTI):

“Reveste-se de plena legitimidade jurídico-constitucional a utilização, pelo Poder Judiciário, da técnica da motivação ‘per relationem’, que se mostra compatível com o que dispõe o art. 93, IX, da Constituição da República. A remissão feita pelo magistrado – referindo-se, expressamente, aos fundamentos (de fato e/ou de direito) que deram suporte a anterior decisão (ou, então, a pareceres do Ministério Público, ou, ainda, a informações prestadas por órgão apontado como coator) – constitui meio apto a promover a formal incorporação, ao ato decisório, da motivação a que o juiz se reportou como razão de decidir. Precedentes.”

(AI 825.520-AgR-ED/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Cabe registrar, nesse contexto, conforme diretriz jurisprudencial

estabelecida por esta Corte, que a simples instauração de “persecutio criminis” não constitui, só por si, situação caracterizadora de injusto constrangimento (RTJ 78/138 – RTJ 181/1039-1040, v.g.), notadamente quando iniciada por denúncia consubstanciadora de descrição fática cujos elementos ajustem-se, ao menos em tese, ao tipo penal:

“EXTINÇÃO ANÔMALA DO PROCESSO PENAL. INDAGAÇÃO PROBATÓRIA EM TORNO DOS ELEMENTOS INSTRUTÓRIOS. SUPOSTA AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA PARA A AÇÃO PENAL. EXISTÊNCIA, NO CASO, DE DADOS PROBATÓRIOS MÍNIMOS, FUNDADOS EM BASE EMPÍRICA IDÔNEA. CONTROVÉRSIA QUE, ADEMAIS, IMPLICA EXAME APROFUNDADO DE FATOS E CONFRONTO ANALÍTICO DE MATÉRIA ESSENCIALMENTE PROBATÓRIA. INVIABILIDADE NA VIA SUMARÍSSIMA DO ‘HABEAS CORPUS’. PEDIDO INDEFERIDO.”

(HC 122.856/CE, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Impende assinalar, ainda, que o reconhecimento da ausência de

justa causa para a persecução penal, embora cabível em sede de “habeas corpus”, reveste-se de caráter excepcional. É que, para tal revelar-se possível, impõe-se inexistir qualquer situação de iliquidez ou de dúvida objetiva quanto aos fatos subjacentes à acusação penal.

Registre-se, neste ponto, que não se revela adequado proceder, em sede de “habeas corpus”, a indagações de caráter eminentemente probatório, especialmente quando se busca discutir elementos fáticos subjacentes à causa penal.

No caso, o E. Superior Tribunal de Justiça, no acórdão ora impugnado, destacou, precisamente, a ausência da necessária liquidez dos fatos essenciais à corroboração das alegações deduzidas na impetração:

“A acusação é de burla da licitação, com prejuízos aos cofres públicos, denotando a increpação a vontade, livre e consciente, de assim agir. Se a tipificação dos fatos descritos está correta e se houve, realmente, um crime ou os crimes (meio e fim) imputados (art. 89 da Lei n. 8.666/1993 e art. 1º, II, do Decreto-Lei n. 201/1967), somente a instrução probatória poderá dizer. Nesse momento, não vejo como, no âmbito restrito da via eleita, afirmar, categoricamente, que não há conduta penal ilícita e que, portanto, não há justa causa para a ação penal. Precipitado seria, nesta fase, o trancamento da ação penal instaurada.” (grifei)

Não se pode desconhecer, consideradas as razões expostas pelo E. Superior Tribunal de Justiça, que a ocorrência de iliquidez em relação aos fatos alegados na impetração basta, por si só, para inviabilizar a utilização adequada da ação de “habeas corpus”, remédio processual que não admite dilação probatória, nem permite o exame aprofundado de matéria fática, nem comporta a análise valorativa de elementos de prova produzidos no curso do processo penal de conhecimento (RTJ 110/555 – RTJ 129/1199 – RTJ 136/1221 – RTJ 163/650-651 – RTJ 165/877-878 – RTJ 186/237, v.g.):

“A ação de ‘habeas corpus’ constitui remédio processual inadequado, quando ajuizada com objetivo (a) de promover a análise da prova penal, (b) de efetuar o reexame do conjunto probatório regularmente produzido, (c) de provocar a reapreciação da matéria de fato e (d) de proceder à revalorização dos elementos instrutórios coligidos no processo penal de conhecimento. Precedentes.”

(RTJ 195/486, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Cumpre acentuar, também, na linha de reiterados pronunciamentos

desta Suprema Corte (RT 594/458 – RT 747/597 – RT 749/565 – RT 753/507, v.g.), que, “Em sede de ‘habeas corpus’, só é possível trancar ação penal em situações especiais, como nos casos em que é evidente e inafastável a negativa de autoria, quando o fato narrado não constitui crime, sequer em tese, e em situações similares, onde pode ser dispensada a instrução criminal para a constatação de tais fatos (…)” (RT 742/533, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA – grifei).

Essa orientação – não custa enfatizar – tem o prestigioso beneplácito de JULIO FABBRINI MIRABETE (“Código de Processo Penal Interpretado”, p. 1.426/1.427, 7ª ed., 2000, Atlas), cuja autorizada lição, no tema, adverte:

“Também somente se justifica a concessão de ‘habeas corpus’, por falta de justa causa para a ação penal, quando é ela evidente, ou seja, quando a ilegalidade é evidenciada pela simples exposição dos fatos, com o reconhecimento de que há imputação de fato atípico ou da ausência de qualquer elemento indiciário que fundamente a acusação (…). Há constrangimento ilegal quando o fato imputado não constitui, em tese, ilícito penal, ou quando há elementos inequívocos, sem discrepâncias, de que o agente atuou sob uma causa excludente da ilicitude. Não se pode, todavia, pela via estreita do ‘mandamus’, trancar ação penal quando seu reconhecimento exigir um exame aprofundado e valorativo da prova dos autos.” (grifei)

Em suma: tenho para mim que os fundamentos subjacentes ao acórdão ora impugnado ajustam-se aos estritos critérios que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal consagrou nas matérias em exame.

Sendo assim, em face das razões expostas, e acolhendo, ainda, os fundamentos do parecer da douta Procuradoria-Geral da República, nego provimento ao presente recurso ordinário em “habeas corpus”.

2. Devolvam-se estes autos ao E. Superior Tribunal de Justiça.Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 156.518 (1418)ORIGEM : 156518 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : DOUGLAS GABRIEL SILVA ARAGAOADV.(A/S) : LEANDRO LOURENCO DE CAMARGO (213736/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Trata-se de recurso ordinário em habeas corpus, com pedido de liminar, interposto por Douglas Gabriel Silva Aragao, contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça que negou provimento ao agravo regimental no 430.244/SP.

Em 28.10.2017, o Recorrente foi preso em flagrante pela suposta prática do crime de roubo majorado, tipificado no art. 157, § 2º, II do Código Penal. O magistrado de primeiro grau converteu o flagrante em prisão preventiva e, ato contínuo, indeferiu o pedido de liberdade provisória.

Irresignada, a Defesa impetrou habeas corpus perante o Tribunal de

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Justiça do Estado de São Paulo, que indeferiu a liminar. Submetida a questão à apreciação do Superior Tribunal de Justiça no

HC 430.244/SP, o Ministro Reynaldo Soares de Camargo, via decisão monocrática, indeferiu liminarmente o writ. Ato contínuo, interposto agravo regimental, não provido pela Corte Superior.

No presente recurso ordinário, a Defesa alega, em síntese, falta de fundamentação idônea da prisão preventiva e ausência dos requisitos autorizadores da segregação cautelar. Sustenta a possibilidade de medidas cautelares diversas da prisão. Requer, em medida liminar e no mérito, a expedição do competente alvará de soltura.

É o relatório.Decido.Extraio do acórdão recorrido:“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. INCIDÊNCIA DA

SÚMULA 691/STF. AUSÊNCIA DE TERATOLOGIA. EXCEPCIONALIDADE NÃO DEMONSTRADA. SUPERVENIÊNCIA DO JULGAMENTO DO MÉRITO DO WRIT ORIGINÁRIO. PREJUDICIALIDADE. PRECEDENTES. RECURSO DESPROVIDO.

1. Inviável, em princípio, a impetração de habeas corpus contra decisão que denega pedido liminar em writ impetrado na origem, sob pena de se configurar indevida supressão de instância (Súmula 691/STF), ressalvadas as decisões teratológicas ou com deficiência de fundamentação, o que não ocorre na hipótese.

2. O julgamento do mérito do mandamus originário torna prejudicado o pedido calcado na suposta ausência de fundamentação da decisão que indeferiu o pleito emergencial. Precedentes.

3. Agravo regimental desprovido.”O acórdão recorrido está em consonância com a jurisprudência desta

Suprema Corte no sentido de que “Não se conhece de habeas corpus impetrado contra indeferimento de liminar por Relator em habeas corpus requerido a Tribunal Superior. Súmula 691. Óbice superável apenas em hipótese de teratologia” (HC 147.891-AgR/DF, de minha relatoria, 1ª Turma, DJe 17.11.2017).

Ainda que a compreensão expressa em tal verbete sumular seja abrandada em alguns julgamentos desta Suprema Corte em hipóteses excepcionais, de flagrante ilegalidade, teratologia ou abuso de poder, por não ser o caso dos autos, segundo o Superior Tribunal de Justiça, indeferido liminarmente o writ e negado provimento ao respectivo agravo.

Nesse prisma, a Corte Superior ressaltou que “não se constata a ilegalidade propalada, porquanto a prisão preventiva foi decretada, tendo em vista os indícios de autoria que emergiram do flagrante, bem como em razão da gravidade concreta da conduta".

Além disso, à míngua de pronunciamento judicial conclusivo pela Corte Superior quanto à tese defensiva de revogação da prisão preventiva, inviável a análise do writ pelo Supremo Tribunal Federal, sob pena de indevida supressão de instância. Cito, nessa linha, precedentes: HC 134.957-AgR/MG, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 24.02.2017; RHC 136.311/RJ, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, DJe 21.02.2017; RHC 133.974/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, 2ª Turma, DJe 03.3.2017; e HC 136.452-ED/DF, de minha relatoria, 1ª Turma, DJe 10.02.2017.

Por outro lado, em consulta ao sítio eletrônico do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, verifico que, em 11.01.2018, sobreveio julgamento do mérito no HC 2222063-11.2017.8.26.0000, denegando a ordem.

A superveniência de decisão de mérito exarada pela Corte Estadual passou a constituir o novo título, a desafiar nova impetração no Superior Tribunal de Justiça. Nesse contexto, a jurisprudência desta Suprema Corte é no sentido de que “a superveniência do julgamento do mérito do habeas corpus impetrado no tribunal de segundo grau prejudica a análise da impetração” (HC 123.431/RJ, Rel. p/ acórdão Min. Roberto Barroso, 1ª Turma, DJe 06.02.2015).

Ante o exposto, nego seguimento ao presente recurso ordinário em habeas corpus (art. 21, § 1º, RISTF).

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 156.591 (1419)ORIGEM : 156591 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : THIAGO ANTUNES DE MOURAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA

CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SANTA CATARINA

DECISÃO: Trata-se de recurso ordinário em “habeas corpus” impetrado contra decisão que, emanada do E. Superior Tribunal de Justiça, acha-se consubstanciada em acórdão assim ementado:

“PENAL. ‘HABEAS CORPUS' SUBSTITUTIVO DE RECURSO

PRÓPRIO. INADEQUAÇÃO. TRÁFICO DE DROGAS. EXASPERAÇÃO DA PENA-BASE. MAUS ANTECEDENTES. CONDENAÇÃO ALCANÇADA PELO TEMPO DEPURADOR. FUNDAMENTO VÁLIDO. RECONHECIMENTO DA ATENUANTE DA CONFISSÃO ESPONTÂNEA. POSSE PARA USO PRÓPRIO. NÃO CABIMENTO. AUSÊNCIA DE MANIFESTA ILEGALIDADE. ‘WRIT’ NÃO CONHECIDO.

1. Esta Corte e o Supremo Tribunal Federal pacificaram orientação no sentido de que não cabe ‘habeas corpus’ substitutivo do recurso legalmente previsto para a hipótese, impondo-se o não conhecimento da impetração, salvo quando constatada a existência de flagrante ilegalidade no ato judicial impugnado a justificar a concessão da ordem, de ofício.

2. A individualização da pena é uma atividade em que o julgador está vinculado a parâmetros abstratamente cominados pela lei, sendo-lhe permitido, entretanto, atuar discricionariamente na escolha da sanção penal aplicável ao caso concreto, após o exame percuciente dos elementos do delito, e em decisão motivada. Dessarte, ressalvadas as hipóteses de manifesta ilegalidade ou arbitrariedade, é inadmissível às Cortes Superiores a revisão dos critérios adotados na dosimetria da pena.

3. Hipótese em que a pena-base foi exasperada em 10 meses de reclusão com fundamento nos maus antecedentes do paciente, o que não se mostra desproporcional, tendo em vista as penas mínima e máxima do delito de tráfico de drogas (5 a 15 anos) e a preponderância de circunstância do art. 42 da Lei de Drogas.

4. A jurisprudência desta Corte é reiterada no sentido de que, para a configuração dos maus antecedentes, a análise das condenações anteriores não está limitada ao período depurador quinquenal, previsto no art. 64, I, do CP, tendo em vista a adoção pelo Código Penal do Sistema da Perpetuidade. Precedentes.

5. A confissão espontânea do sentenciado por delito de tráfico de drogas de que é mero usuário não induz a incidência da atenuante prevista no art. 65, III, ‘d’, do Código Penal. Pleito de compensação com a agravante de reincidência prejudicado. Precedentes.

6. ‘Habeas corpus’ não conhecido.”(HC 430.172/SC, Rel. Min. RIBEIRO DANTAS – grifei)Busca-se, nesta sede recursal, “(...) seja afastada a avaliação

negativa dos antecedentes e reconhecida a confissão espontânea como circunstância atenuante (...)”.

O Ministério Público Federal, em pronunciamento da lavra do ilustre Subprocurador-Geral da República Dr. JULIANO BAIOCCHI VILLA-VERDE DE CARVALHO, opinou pelo não provimento deste recurso ordinário em “habeas corpus”.

Sendo esse o contexto, passo a apreciar a causa ora em julgamento. E, ao fazê-lo, entendo assistir razão, em parte, ao ora recorrente.

Examino, inicialmente, o pleito relacionado à pretendida incidência da atenuante da confissão espontânea (art. 65, III, “d”, do Código Penal) em favor do recorrente.

Verifico, com base nos documentos que instruem o presente recurso, que o ora recorrente, em nenhum momento da persecução penal, confessou a prática delituosa a ele imputada no acórdão condenatório (tráfico de entorpecentes), limitando-se a sustentar a destinação para consumo pessoal das drogas apreendidas sob seu poder, circunstância que, caso existente, configuraria delito distinto, previsto no art. 28 da Lei nº 11.343/2006.

Vale transcrever, neste ponto, por oportuno, fragmento da sentença proferida pelo Juízo de Direito da 2ª Vara Criminal da comarca de Chapecó/SC, que assim examinou esse específico aspecto da controvérsia:

“Interrogado sobre os fatos pela Autoridade Policial, o réu não admitiu a autoria do crime de tráfico, tendo apenas confirmado que a droga foi encontrada pelos agentes prisionais em seu corpo (…).

…...................................................................................................Quando novamente interrogado, agora pelo Juízo e na presença

do Ministério Público e da defesa, o acusado permaneceu negando a prática do crime de tráfico ilícito de entorpecentes, tendo apenas confirmado ser usuário de drogas. Tal versão, contudo, não merece guarida jurisdicional, uma vez que se encontra isolada e destoante dos demais elementos de prova amealhados ao processo.” (grifei)

Vê-se, portanto, que o fato de o recorrente afirmar que possuía a droga para consumo, e não para o tráfico, afasta a aplicabilidade, ao caso, da atenuante da confissão espontânea.

Esse entendimento tem o beneplácito da jurisprudência firmada por esta Suprema Corte em casos similares ao ora versado neste processo (HC 71.903/RJ, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA – HC 73.075/SP, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA – HC 118.375/PR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – HC 135.345/SC, Rel. Min. TEORI ZAVASCKI – RHC 113.681/MG, Rel. Min. LUIZ FUX, v.g.):

“ATENUANTE DA CONFISSÃO ESPONTÂNEA: INAPLICABILIDADE AO RÉU ACUSADO POR TRÁFICO QUE CONFESSA PORTAR A DROGA PARA USO PRÓPRIO. DESCLASSIFICAÇÃO DO CRIME PARA USO DE ENTORPECENTES: NECESSIDADE, NO PONTO, DE PROFUNDO REVOLVIMENTO DE FATOS E PROVAS, AO QUE NÃO SE PRESTA O ‘HABEAS CORPUS’. ORDEM DENEGADA.

1. Firme é a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal no sentido de que não se aplica a atenuante da confissão espontânea para

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 317

efeito de redução da pena se o réu, denunciado por tráfico de droga, confessa que a portava apenas para uso próprio. Neste sentido, dentre outros, ‘Habeas Corpus’ n. 73.075, Rel. Ministro Maurício Corrêa, DJ 12.3.1996; 71.903, Rel. Ministro Néri da Silveira, DJ 9.8.1996. Para a incidência da atenuante genérica da confissão espontânea, faz-se imprescindível que o Paciente tenha confessado a traficância: situação não havida na espécie.

…...................................................................................................3. Ordem denegada.”(HC 94.295/SP, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – grifei)“’HABEAS CORPUS’. PENAL. TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS.

CONFISSÃO ESPONTÂNEA NÃO CONFIGURADA. CONFISSÃO DE FATO DIVERSO DO DA CONDENAÇÃO. PRISÃO EM FLAGRANTE. IMPOSSIBILIDADE DE INCIDÊNCIA DO ART. 65, III, ‘D’, DO CÓDIGO PENAL. INVIABILIDADE DE REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO NA VIA DO ‘HABEAS CORPUS’ PARA AFASTAR O QUE DECIDIDO NA AÇÃO PENAL. ORDEM DENEGADA.

I – Pelo que se verifica dos documentos que acompanham a inicial, especialmente da sentença condenatória, o único fato confessado pelo paciente foi a posse da droga, a qual teria sido adquirida para consumo próprio. Em nenhum momento foi admitida a prática do delito de tráfico, crime efetivamente comprovado na ação penal.

…...................................................................................................III – Ao contrário do que afirma a impetrante, não se trata de

confissão parcial, mas de confissão de fato diverso, não comprovado durante a instrução criminal, o que impossibilita a incidência da atenuante genérica de confissão espontânea, prevista no art. 65, III, ‘d’, do Código Penal. Precedente.

…...................................................................................................VI – Ordem denegada.”(HC 108.148/MS, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – grifei)De outro lado, quanto ao alegado constrangimento ilegal em razão

da valorização negativa, como maus antecedentes, de condenações definitivas anteriores, assiste razão ao recorrente, eis que se verifica a ocorrência, na espécie, da situação aludida no art. 64, I, do Código Penal, que consagra a impropriamente denominada “prescrição da reincidência”.

Com efeito, decorrido o período de 5 (cinco) anos referido na norma legal em questão, não há como reconhecer nem como admitir que continuem a subsistir, residualmente, contra o réu os efeitos negativos resultantes de condenações anteriores. Em face disso, mostrar-se-á ilegal qualquer valoração desfavorável, em relação ao acusado, que repercuta, de modo gravoso, na operação de dosimetria penal, tal como sucedeu no caso ora em exame.

É por essa razão que a colenda Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal tem advertido que, “Decorridos mais de 5 anos desde a extinção da pena da condenação anterior (CP, art. 64, I), não é possível alargar a interpretação de modo a permitir o reconhecimento dos maus antecedentes” (HC 110.191/RJ, Rel. Min. GILMAR MENDES – grifei). No mesmo sentido: HC 125.586/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – HC 126.315/SP, Rel. Min. GILMAR MENDES – HC 130.500/RJ, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – HC 133.077/SP, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – HC 138.802/SP, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, v.g.:

“’HABEAS CORPUS’. CONSTITUCIONAL. PENAL. CONDENAÇÃO TRANSITADA EM JULGADO HÁ MAIS DE CINCO ANOS. IMPOSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO PARA CARACTERIZAÇÃO DE MAUS ANTECEDENTES. ORDEM CONCEDIDA.

1. Condenação transitada em julgado há mais de cinco anos utilizada nas instâncias antecedentes para consideração da circunstância judicial dos antecedentes como desfavorável e majoração da pena-base. Impossibilidade. Precedentes.

2. Ordem concedida.”(HC 131.720/RJ, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – grifei) Cabe registrar, por oportuno, que essa mesma orientação tem sido

observada pela colenda Primeira Turma desta Suprema Corte (RHC 118.977/MS, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, v.g.):

“‘Habeas corpus’. Tráfico de entorpecentes. Dosimetria. Fixação da pena-base acima do mínimo legal em decorrência de maus antecedentes. Condenações extintas há mais de cinco anos. Pretensão à aplicação do disposto no inciso I do art. 64 do Código Penal. Admissibilidade. Precedente. ‘Writ’ extinto. Ordem concedida de ofício.

1. Impetração dirigida contra decisão singular não submetida ao crivo do colegiado competente por intermédio de agravo regimental, o que configura o não exaurimento da instância antecedente, impossibilitando o conhecimento do ‘writ’. Precedentes.

2. Quando o paciente não pode ser considerado reincidente, diante do transcurso de lapso temporal superior a cinco anos, conforme previsto no art. 64, I, do Código Penal, a existência de condenações anteriores não caracteriza maus antecedentes. Precedentes.

3. ‘Writ’ extinto. Ordem concedida de ofício.”(HC 119.200/PR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – grifei) Cumpre ressaltar, ainda, que eminentes doutrinadores perfilham

igual entendimento (AMILTON BUENO DE CARVALHO e SALO DE CARVALHO, “Aplicação da Pena e Garantismo” p. 52, 3ª ed., 2004, Lumen Juris; CELSO DELMANTO, ROBERTO DELMANTO, ROBERTO DELMANTO

JÚNIOR e FÁBIO M. DE ALMEIDA DELMANTO, “Código Penal Comentado”, p. 274, 8ª ed., 2010, Saraiva; CEZAR ROBERTO BITENCOURT, “Código Penal Comentado”, p. 297, item n. 11, 8ª ed., 2014, Saraiva; JOSÉ ANTONIO PAGANELLA BOSCHI, “Das Penas e seus Critérios de Aplicação”, p. 168, 6ª ed., 2000, Livraria do Advogado; LEONARDO MASSUD, “Da Pena e sua Fixação”, p. 157/159, 2009, DPJ; JUAREZ CIRINO DOS SANTOS, “Direito Penal – Parte Geral”, p. 521, item n. 1.1, “b”, 4ª ed., 2010, Conceito Editorial), valendo destacar, por extremamente relevante, a lição de PAULO QUEIROZ (“Direito Penal – Parte Geral”, p. 342/343, 4ª ed., 2008, Lumen Juris):

“Como vimos, autores há que entendem que, retomando a condição de primário, em razão do decurso do prazo de cinco [anos] sem praticar novo delito, poder-se-á, não obstante, usar tal condenação como maus antecedentes. Também aqui, no entanto, há clara ofensa ao princípio da legalidade, pois, se, com o decurso do prazo, cessa a reincidência, principal forma de maus antecedentes, ela não pode ser aproveitada para outros fins, frustrando a finalidade da lei, até porque o acessório (maus antecedentes) deve seguir a sorte do principal (a reincidência). Mais: os maus antecedentes acabariam assumindo caráter perpétuo.” (grifei)

Sendo assim, e em face das razões expostas, dou parcial provimento ao presente recurso ordinário, para determinar ao Juízo da 2ª Vara Criminal da comarca de Chapecó/SC (Ação Penal nº 0004203- -20.2014.8.24.0018) que, mantida a condenação penal ora questionada na presente sede processual, proceda a nova individualização da pena do ora recorrente, excluindo a caracterização como maus antecedentes de condenações penais anteriores já atingidas pelo decurso do quinquênio a que se refere o art. 64, inciso I, do CP.

Comunique-se, com urgência, encaminhando-se cópia da presente decisão ao E. Superior Tribunal de Justiça (HC 430.172/SC), ao E. Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina (Apelação Criminal nº 0004203- -20.2014.8.24.0018) e ao Juízo da 2ª Vara Criminal da comarca de Chapecó/SC (Ação Penal nº 0004203-20.2014.8.24.0018).

2. Devolvam-se estes autos ao E. Superior Tribunal de Justiça.Publique-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 156.843 (1420)ORIGEM : 156843 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MARANHÃORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : VAN BASTEN MATOS SILVAADV.(A/S) : RAIMUNDO NONATO ASSUNCAO LEMOS FILHO

(11142/MA) E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Trata-se de recurso ordinário em habeas corpus, com pedido de liminar, interposto por Van Basten Matos Silva, contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça que negou provimento ao agravo regimental no HC 435.526/MA.

O Recorrente foi denunciado pela prática, em tese, do crime de furto qualificado na forma tentada e consumada, tipificado no art. 155, § 1º, § 4º, II c/c art. 14, II e 155, § 4º, II, do Código Penal, respectivamente.

Irresignada, a Defesa impetrou habeas corpus perante o Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, que, via decisão monocrática da lavra do Desembargador Vicente de Paula, indeferiu a liminar.

Submetida a questão à apreciação do Superior Tribunal de Justiça no HC 435.526/MA, o Ministro Felix Fischer, via decisão monocrática, indeferiu liminarmente o writ forte no enunciado da Súmula 691. Ato contínuo, interposto agravo regimental não provido pela Corte Superior.

No presente recurso ordinário, a Defesa alega, em síntese, falta de justa causa para deflagração da ação penal em razão da “inexistência de dolo eventual e de nexo causal entre ação e resultado”. Requer, em medida liminar, a suspensão da ação penal na origem. No mérito, pugna pelo trancamento da “ação penal nº 8907-15.2017.8.10.001, em trâmite na 2ª Vara Criminal da Comarca de São Luís-Maranhão”.

É o relatório.Decido.Extraio do acórdão recorrido:“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. PROCESSUAL

PENAL. LIMINAR INDEFERIDA NO WRIT IMPETRADO NA ORIGEM. SUPERAÇÃO DO ENUNCIADO N. 691 DA SÚMULA DO STF. IMPOSSIBILIDADE. ILEGALIDADE OU TERATOLOGIA NA DECISÃO. INOCORRÊNCIA. TRANCAMENTO DE AÇÃO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.

I - Não se admite, em princípio, a impetração de habeas corpus contra decisão que denega pedido liminar em sede de writ impetrado na origem, sob pena de se configurar indevida supressão de instância (enunciado 691, da Súmula do STF), ressalvadas as decisões teratológicas ou com deficiência de fundamentação.

II - No caso, o agravante alega que não há indícios mínimos de autoria a embasar o recebimento de denúncia, e pede o trancamento da ação

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 318

penal. Ocorre que ao indeferir o pedido liminar, o i. Desembargador Relator do writ consignou "a existência de provas de suporte probatório mínimo de autoria e materialidade delitiva, registrando, na oportunidade, a presença dos requisitos autorizadores para a deflagração da ação penal" (fl. 166).

III - Não se verifica, portanto, a ocorrência de flagrante ilegalidade capaz de determinar o conhecimento da impetração, em afronta ao disposto na Súmula 691 do STF.

Agravo regimental desprovido.”O acórdão recorrido está em consonância com a jurisprudência desta

Suprema Corte no sentido de que “Não se conhece de habeas corpus impetrado contra indeferimento de liminar por Relator em habeas corpus requerido a Tribunal Superior. Súmula 691. Óbice superável apenas em hipótese de teratologia” (HC 147.891-AgR/DF, de minha relatoria, 1ª Turma, DJe 17.11.2017).

Ainda que a compreensão expressa em tal verbete sumular seja abrandada em alguns julgamentos desta Suprema Corte em hipóteses excepcionais, de flagrante ilegalidade, teratologia ou abuso de poder, por não ser o caso dos autos, segundo o Superior Tribunal de Justiça, indeferido liminarmente o writ e negado provimento ao respectivo agravo.

Nesse prisma, a Corte Superior ressaltou “que ao indeferir o pedido liminar, o i. Desembargador Relator do writ consignou "a existência de provas de suporte probatório mínimo de autoria e materialidade delitiva, registrando, na oportunidade, a presença dos requisitos autorizadores para a deflagração da ação penal".

Por outro lado, à míngua de pronunciamento judicial conclusivo pela Corte Superior quanto à tese defensiva de falta de justa causa para deflagração da ação penal, inviável a análise do writ pelo Supremo Tribunal Federal, sob pena de indevida supressão de instância. Cito, nessa linha, precedentes: HC 134.957-AgR/MG, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 24.02.2017; RHC 136.311/RJ, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, DJe 21.02.2017; RHC 133.974/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, 2ª Turma, DJe 03.3.2017; e HC 136.452-ED/DF, de minha relatoria, 1ª Turma, DJe 10.02.2017.

Ante o exposto, nego seguimento ao presente recurso ordinário em habeas corpus (art. 21, § 1º, RISTF).

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 157.227 (1421)ORIGEM : 157227 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : LEANDRO ROZA COELHOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MATO GROSSO DO SUL

DECISÃO: Vistos.Recurso ordinário em habeas corpus interposto por Leandro Roza

Coelho, contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que não conheceu do HC nº 429.977/MS, Relator o Ministro Joel Ilan Paciornick.

Alega o recorrente, em suma, que sua condenação pretérita, já alcançada pelo prazo depurador de 5 (cinco) anos (CP, art. 64, inciso I), foi sopesada negativamente como maus antecedentes na dosimetria da sua pena.

Para a defesa, “os maus antecedentes levados em consideração pelo julgador

singular deverão ser decotados da primeira fase da dosimetria da pena, pois a condenação pretérita considerada foi alcançada pelo período depurador de 5 (cinco) anos, razão pela qual não poderá ser valorada como reincidência e, consequentemente, como maus antecedentes”.

Requer-se o provimento do recurso para que, concedida a ordem de habeas corpus, seja

“decotada da primeira fase dosimétrica da pena do Recorrente a circunstância negativa referente aos maus antecedentes, eis que fora considerada condenação transitada em julgado há mais de 05 (cinco) anos, já alcançada pelo período depurador”.

Instado a se manifestar, a Procuradoria-Geral da República, em parecer de lavra do Dr. Juliano Baiocchi Villa-Verde de Carvalho, opinou pelo não provimento do recurso.

É o relatório.Decido. Narra a defesa que o recorrente“foi condenado à pena de 06 (seis) anos de reclusão, no regime inicial

fechado e pagamento de 600 (seiscentos) dias-multa, pelo crime previsto no artigo 33, caput, da Lei nº 11.343/2006.

Inconformada com a r. sentença, a defesa ingressou com Apelação

Criminal pugnando a (1) desclassificação do delito de tráfico de drogas para a conduta prevista no art. 28 da Lei n. 11.343/2006, e, alternativamente, (2) a redução da pena aplicada uma vez que a moduladora do artigo 59 referente aos antecedentes foi negativada com fundamento em decisão que extrapola o período depurador, (3) o reconhecimento e aplicação da causa de diminuição de pena prevista no § 4º, da Lei n. 11.343/06, (4) a alteração do regime inicial para cumprimento de pena e a (5) substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.

O v. acórdão proferido pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul, por maioria, deu parcial provimento ao recurso, para modificar o regime inicial do cumprimento da pena, vencido o relator, que dava provimento em maior extensão para neutralizar a moduladora referente aos antecedentes, cuja ementa segue transcrita

E M E N T A – APELAÇÃO CRIMINAL – TRÁFICO DE DROGAS (ART. 33, "CAPUT" DA LEI 11343/06) – PEDIDO DE DESCLASSIFICAÇÃO PARA O ART. 28 (USO PESSOAL) OU ART. 33, §3º (OFERECIMENTO EVENTUAL E GRATUITA A TERCEIRO) AMBOS DA LEI DE DROGAS – IMPOSSIBILIDADE – PEDIDO DE RECONHECIMENTO DO TRÁFICO PRIVILEGIADO – NÃO INCIDÊNCIA – DEDICAÇÃO A ATIVIDADE CRIMINOSA – PLEITO DE REDUÇÃO DA PENA-BASE COM AFASTAMENTO DOS MAUS ANTECEDENTES – INCABÍVEL – CONDENAÇÕES ALCANÇADAS PELO QUINQUÊNIO DEPURADOR CARACTERIZA MAUS ANTECEDENTES – PEDIDO DE ABRANDAMENTO DO REGIME PRISIONAL – POSSIBILIDADE – SUBSTITUIÇÃO DA PENA – inviabilidade – recurso PARCIALMENTE PROVIDO.

As provas nos autos mostram-se suficientes para ensejar a condenação do agente pelo delito de tráfico de drogas, previsto no art. 33, ‘caput’, da Lei 11343/06, não havendo que se falar em desclassificação para o consumo pessoal (art. 28) e/ou oferecimento eventual e gratuito a terceiro (art.33, §3º)

Não é cabível a aplicação da causa especial de diminuição de pena do art. 33, § 4º, da Lei de Drogas pois as provas evidenciam que o agente dedica-se a atividade criminosa de forma reiterada e habitual.

Ainda que condenações anteriores transitadas em julgado não possam servir para caracterizar a reincidência ante a regra da ‘temporariedade da reincidência’, elas são hábeis a configurar maus antecedentes.

Fixada pena inferior a oito anos e sendo o agente primário e com circunstâncias judiciais favoráveis, o regime inicial de cumprimento da pena deve ser o semiaberto, nos termos do art. 33,§2º, ‘b’, do CP.

Descabida a substituição da pena, por não preenchidos os requisitos do artigo 44 do CP, pois a pena aplicada é superior a 4 anos.

(…)Em razão do voto do relator, Sr. Des. Manoel Mendes Carli, que dava

parcial provimento ao recurso de apelação, foi interposto Embargos Infringentes, tendo sido proferido Acórdão pela 1ª Seção Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul que, novamente por maioria, negou provimento ao recurso, cuja ementa segue transcrita:

E M E N T A – EMBARGOS INFRINGENTES EM APELAÇÃO CRIMINAL – PRETENSÃO DE AFASTAMENTO DA MODULADORA DOS MAUS ANTECEDENTES – REGISTRO ATINGIDO PELO PRAZO DEPURADOR DE 05 ANOS QUE PODE SER UTILIZADO PARA A NEGATIVAÇÃO DOS ANTECEDENTES CRIMINAIS – POSSIBILIDADE – RECURSO IMPROVIDO.

É assente na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça que os registros atingidos pelo prazo depurador quinquenal, malgrado não possam configurar a reincidência, podem ser utilizados para o reconhecimento dos maus antecedentes na primeira fase da dosimetria.

Mantida a valoração negativa dos antecedentes criminais.Com o parecer, embargos rejeitados.(…)O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul manteve a valoração

negativa dos maus antecedentes entendendo que, ‘mesmo ultrapassado o lapso temporal de cinco anos, a condenação anterior transitada em julgado pode ser considerada como maus antecedentes, nos termos do art. 59 do CP.

Por essa razão, foi impetrado Habeas Corpus para que seja concedida a ordem para reformar a r. decisão proferida pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, com o fim de afastar da pena-base a circunstância judicial negativa dos antecedentes, uma vez que, a pena considerada pelo órgão colegiado teve extinta a punibilidade em 12/04/2010, ou seja, há quase 08 (oito) anos, e, por isso, dentro do período depurador para valorar negativamente os maus antecedentes.

A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, ao julgar mencionado Habeas Corpus, por unanimidade, entendeu por seu não conhecimento (...)” (fls. 392 a 394 – grifos do autor).

Transcrevo o teor do acórdão recorrido:“HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO.

DESCABIMENTO. TRÁFICO DE DROGAS. DOSIMETRIA. PENA-BASE ACIMA DO MÍNIMO. MAUS ANTECEDENTES. PERÍODO DEPURADOR DE 5 ANOS (ART. 64, I, DO CÓDIGO PENAL). FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO. WRIT NÃO CONHECIDO.

1. Em consonância com a orientação jurisprudencial da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal – STF, esta Corte não admite habeas

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 319

corpus substitutivo de recurso próprio, sem prejuízo da concessão da ordem, de ofício, se existir flagrante ilegalidade na liberdade de locomoção do paciente.

2. A condenação anterior do réu, alcançada pelo período depurador de 5 anos, previsto no art. 64, I, do Código Penal, pode ser considerada como mau antecedente. Precedentes.

Habeas corpus não conhecido” (fl. 378 - grifos do autor).Essa é a razão pela qual se insurge o recorrente.Há plausibilidade jurídica na pretensão defensiva, uma vez que o

Superior Tribunal de Justiça acabou por decidir contrariamente ao entendimento da Corte ao assentar que condenação anterior do recorrente, alcançada pelo prazo depurador de 5 (cinco) anos (CP, art. 64, inciso I), não impede a configuração de maus antecedentes.

Cito precedentes do Supremo Tribunal Federal sobre o tema:“[Q]uando o paciente não pode ser considerado reincidente, diante do

transcurso de lapso temporal superior a cinco anos, conforme previsto no art. 64, I, do Código Penal, a existência de condenações anteriores não caracteriza maus antecedentes” (HC nº 119.200/PR, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe 12/3/14);

“Habeas corpus. 2. Homicídio qualificado-privilegiado. Condenação. 3. Aumento da pena em sede de recurso especial. Entendimento no sentido de que o período depurador de 5 anos estabelecido pelo art. 64, I, do CP, refere-se à reincidência, mas, com relação ao registro de antecedentes, esses prolongam-se no tempo, devendo ser considerados como circunstâncias judiciais em desfavor do réu. 4. Registro de uma condenação anterior, por contravenção (dirigir sem habilitação), transitada em julgado em 28.6.1979. Decorridos mais de 5 anos desde a extinção da pena da condenação anterior (CP, art. 64, I), não é possível alargar a interpretação de modo a permitir o reconhecimento dos maus antecedentes. Aplicação do princípio da razoabilidade. 5. Ordem concedida para restabelecer a decisão proferida pelo TJ/RJ nos autos da Apelação n. 2006.050.02054, que manteve a pena-base fixada pelo Juiz-Presidente do Tribunal do Júri e, assim, reconheceu a prescrição da pretensão executória” (HC nº 110.191/RJ, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe 6/5/13 – grifos nossos).

Destaco, ainda, de minha relatoria, o RHC nº 118.977/MS, Primeira Turma, DJe de 4/4/14; e o HC nº132.600/ES, Segunda Turma, DJe de 30/5/16.

Não se ignora que a questão relativa à valoração de antecedentes decorrentes de penas já extintas há mais de 5 (cinco) anos, para fins de exasperação da pena-base, teve sua repercussão geral reconhecida (RE nº 593.818/SC-RG, de relatoria do Ministro Roberto Barroso), não tendo, contudo, sido ainda devidamente debatida no Plenário da Corte.

Entretanto, não há impedimento para prosseguir com o julgamento deste feito, diante da existência dos inúmeros precedentes que já se formaram na Corte em um mesmo sentido a respeito da matéria.

Diante desse quadro, considerando que o tema em discussão é objeto de jurisprudência pacificada no Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 192, caput, c/c o art. 312, caput, ambos do Regimento Interno da Corte, dou provimento ao recurso para conceder a ordem de habeas corpus no sentido de afastar a valoração negativa do vetor maus antecedentes, determinado ao juízo de origem que adote as providências necessárias quanto ao refazimento da dosimetria da pena privativa de liberdade imposta ao recorrente.

Publique-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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RECURSOS

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.113.832 (1422)ORIGEM : MS - 18217 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : JOSE FERREIRA MACIELADV.(A/S) : MARCELO PIRES TORREAO (19848/DF)

AGRAVO INTERNO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. ANISTIADO POLÍTICO. EFEITOS FINANCEIROS RETROATIVOS. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA. MATÉRIAS SUBMETIDAS AO REGIME DA REPERCUSSÃO GERAL. TEMA 394. RE 553.710-ED. RECONSIDERAÇÃO DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO INTERNO PREJUDICADO. DEVOLUÇÃO DO FEITO À ORIGEM (ARTIGO 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO RISTF).

DECISÃO: Trata-se de agravo interno interposto pela UNIÃO contra decisão de minha relatoria, assim ementada:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. ANISTIADO POLÍTICO. EFEITOS FINANCEIROS RETROATIVOS. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA. ACÓRDÃO EM HARMONIA COM O ENTENDIMENTO DESTA SUPREMA CORTE. PRECEDENTE. RE 553.710. TEMA 394 DA REPERCUSSÃO GERAL.

RECURSO DESPROVIDO.”Inconformada com a decisão supra, a parte agravante interpõe o

presente recurso, alegando, em síntese:“II - DA NECESSIDADE DE SOBRESTAMENTO DO FEITO.

PREJUDICIALIDADE AO CASO DO JULGAMENTO DO RE 817.338-RG(...)Há, portanto, evidente relação de prejudicialidade entre o julgamento

do RE 817.338-RG e o mérito do presente mandado de segurança, haja vista que o provimento daquele terá o condão de permitir à Administração Pública Federal a anulação das portarias de anistia e, em consequência, tornar sem efeito qualquer decisão anterior em sentido contrário, obstando-se o pagamento de prestações mensais e/ou retroativas (como as aqui requeridas).

(...)III - DA IMPOSSIBILIDADE DE CONDENAÇÃO EM JUROS DE

MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA NA VIA MANDAMENTAL (QUESTÃO PENDENTE NO RE 553.710-RG)

(...)Tanto é verdade que, no bojo do RE nº 553.710-RG, foram opostos

embargos de declaração pela Associação Brasileira de Anistiados Políticos - ABAP, ‘com o objetivo de que seja sanada a obscuridade demonstrada, se determinar expressamente o acréscimo de correção monetária e de juros de mora aos valores retroativos previstos nas respectivas portarias de anistia’.

Nesse mesmo viés, o anistiado impetrante naquele processo paradigma, Gilson de Azevedo Souto, opôs aclaratórios com idêntico objeto, ‘a fim de que a tese fixada por esse C. STF determine que o valor reconhecido na portaria anistiadora, e que deve ser pago pela administração pública, sofra a incidência de correção monetária e de juros de mora legais’.” (Doc. 7, fls. 4, 7-9)

A parte agravada, instada a se manifestar, alega a impossibilidade de sobrestar o recurso com fundamento no RE 817.338 e requer o desprovimento do agravo interno (Doc. 10).

É o relatório. DECIDO.Melhor análise dos autos revela a necessidade de RECONSIDERAR

a decisão agravada, tornando-a sem efeito, a fim de determinar a devolução do feito à origem.

Ab initio, observo não ser o caso de sobrestamento do recurso pelo Tema 839 (RE 817.338), pois não se discute, nestes autos, a possibilidade de revogação da portaria concessiva de anistia. Pretende-se, isso sim, o cumprimento do ato administrativo não revogado ou anulado pela Administração e que, por isso mesmo, é plenamente exigível, conforme tese fixada pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 553.710, leading case do Tema 394:

“1) Reconhecido o direito à anistia política, a falta de cumprimento de requisição ou determinação de providências por parte da União, por intermédio do órgão competente, no prazo previsto nos arts. 12, § 4º, e 18, caput e parágrafo único, da Lei nº 10.599/02, caracteriza ilegalidade e violação de direito líquido e certo.”

In casu, a matéria versada no recurso extraordinário foi submetida por esta Corte ao regime da repercussão geral (Tema 394, RE 553.710, Rel. Min. Dias Toffoli) e aguarda julgamento de embargos de declaração opostos ao acórdão de mérito, nos quais se alega omissão quanto à possibilidade de inclusão dos juros de mora e da correção monetária sobre os valores reconhecidos no julgamento de mandado de segurança.

Ex positis, RECONSIDERO a decisão ora agravada, julgo PREJUDICADO o agravo interno e, com fundamento no artigo 328, parágrafo único, do RISTF (na redação da Emenda Regimental 21/2007), determino a DEVOLUÇÃO do feito à origem.

Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUXRelator

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AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.914 (1423)ORIGEM : PROC - 70029479292 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : REGINA ROSSI DE LIMA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : WALDIR DE OLIVEIRA MOREIRA (43863/RS) E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo de instrumento. Aplicada a sistemática da repercussão geral e devolvido o recurso à origem para os fins do art. 543-B do CPC/1973 (sistemática atualmente positivada nos arts. 1.036 a 1.040 do CPC/2015, considerado o RE 633.843, retornam os autos a esta Suprema Corte, com a informação de que a questão em exame é distinta da veiculada no citado paradigma.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 320

Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 1º, II, III e IV, e 37, caput, X e XV, da Constituição Federal.

É o relatório.Decido.Preenchidos os pressupostos extrínsecos.Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

Não há falar em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto, no caso, a suposta violação somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional local apontada no apelo extremo, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Aplicação da Súmula 280/STF: “Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário”. Nesse sentido: ARE 650.574-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 28.9.2011; ARE 647.735-AgR/SP, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 27.6.2012; e AI 768.732-ED, Rel. Min. Roberto Barroso, 1ª Turma, DJe 11.11.2014, cuja ementa transcrevo:

“EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. LEI ESTADUAL Nº 10.588/1995. DESCONTOS RELATIVOS AOS SERVIDORES ATIVOS. PRETENSO DESVIO DE FINALIDADE DOS RECURSOS. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO CONSTITUCIONAL IMEDIATA. A tese de que houve desvio de finalidade na destinação dos recursos arrecadados por meio do recolhimento da contribuição previdenciária em questão demandaria o reexame do acervo probatório constante dos autos e da legislação infraconstitucional pertinente, providência vedada nesta fase processual (Súmulas 279 e 280/STF). Embargos de declaração recebidos como agravo regimental a que se nega provimento.”

Por conseguinte, não merece processamento o apelo extremo, ausente ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 829.449 (1424)ORIGEM : AC - 2009213337 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : JORNAL DO DIA EMPRESA JORNALÍSTICA E EDITORA

LTDAADV.(A/S) : ALEX PEREIRA ALCANTARA (4140/SE)AGTE.(S) : RITA DE CÁSSIA OLIVEIRA PINTOAGDO.(A/S) : JOÃO ALVES FILHOADV.(A/S) : ELIANE REIS DE MELO DE MEJIAS (3295/SE)

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL ADMITIDA — MATÉRIA IDÊNTICA —

BAIXA À ORIGEM.1. Afasto o sobrestamento anteriormente determinado.2. O Supremo, no recurso extraordinário nº 1.075.412/PE, concluiu

pela repercussão geral do tema relativo à liberdade de expressão e ao direito à indenização por danos morais, devidos em razão da publicação de matéria jornalística na qual se imputa prática de ato ilícito a determinada pessoa.

3. Ante o quadro, ressalvada a óptica pessoal e considerado o fato de o recurso veicular a mesma matéria, havendo a intimação do acórdão de origem ocorrido posteriormente à data em que iniciada a vigência do sistema da repercussão geral, bem como presente o objetivo maior do instituto – evitar que o Supremo, em prejuízo dos trabalhos, tenha o tempo tomado com questões repetidas –, determino a devolução dos autos ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Faço-o com fundamento no artigo 328, parágrafo único, do Regimento Interno deste Tribunal, para os efeitos do artigo 543-B do Código de Processo Civil de 1973.

4. Publiquem.Brasília, 21 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 857.974 (1425)ORIGEM : APCRIM - 30742220119210000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA MILITAR ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULAGDO.(A/S) : MARCELO SILVA SANTOS

ADV.(A/S) : FÁBIO CÉSAR RODRIGUES SILVEIRA (34049/RS) E OUTRO(A/S)

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, manejado agravo de instrumento o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul. Na minuta, sustenta que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta ao art. 125, § 5º, da Constituição Federal.

Alega, o agravante, que, em se tratando de crime de dano praticado por policial militar contra civil, a competência para o julgamento da ação seria do Juízo singular militar, nos termos do art. 125, § 5º, da Lei Maior.

Na origem, a Corte a quo anulou o processo penal ab initio por incompetência absoluta do juízo monocrático para processar e julgar o crime descrito no art. 259, caput, do Código Penal Militar, praticado contra civil, ao entendimento de que a competência descrita no preceito constitucional se restringe aos crimes contra a pessoa, não abrangendo o crime de dano, contra o patrimônio.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. O Tribunal de Justiça Militar do Estado do Rio Grande do Sul julgou a

controvérsia em decisão cuja ementa reproduzo:“Crime de dano. Art. 259, caput, do CPPM. Sentença condenatória

exarada monocraticamente pelo juízo a quo. A competência do Juiz de Direito do Juízo Militar, fixada no § 5° do art. 125 da Constituição Federal, introduzido pela Emenda Constitucional nº 45/2004, é para processar e julgar os crimes previstos no Título IV do Livro I do CPM, quando cometidos contra civil - pessoa, bem jurídico tutelado pela norma penal militar. Por se tratar de delito contra o patrimônio, compete ao Conselho julgar os autos, e não ao juízo monocrático. Precedentes desta Corte nesse sentido. Decretação de nulidade do processo por incompetência do juízo monocrático. Decisão unânime.”

Assiste razão ao recorrente. O entendimento adotado no acórdão recorrido diverge da

jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, no sentido da competência dos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes militares cometidos contra civis, a teor do art. 125, § 5º, da Lei Maior. Nesse sentido:

“’HABEAS CORPUS’ – CRIME MILITAR COMETIDO POR POLICIAL MILITAR CONTRA CIVIL – JUIZ DE DIREITO DO JUÍZO MILITAR ESTADUAL (CF, art. 125, § 5º, acrescido pela EC nº 45/2004) – COMPETÊNCIA MONOCRÁTICA DO MAGISTRADO TOGADO – AUSÊNCIA DE PREVISÃO, NO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL MILITAR, DE RITO PROCEDIMENTAL REFERENTE AO JUÍZO SINGULAR – APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DA LEGISLAÇÃO PROCESSUAL PENAL COMUM (CPPM, ART. 3º, “a”) – LEGITIMIDADE – ALEGADA NULIDADE POR CERCEAMENTO DE DEFESA EM FACE DA AUSÊNCIA DE OPORTUNIDADE PARA OFERECIMENTO DE ALEGAÇÕES ORAIS – INEXISTÊNCIA – FASE RITUAL CUJA APLICAÇÃO RESTRINGE-SE AO JULGAMENTO PERANTE ÓRGÃO COLEGIADO (CONSELHO DE JUSTIÇA) – NÃO COMPROVAÇÃO, ADEMAIS, DE PREJUÍZO À DEFESA DO RÉU – “PAS DE NULLITÉ SANS GRIEF” – PEDIDO INDEFERIDO.” (HC 93.076, Rel. Min. Celso De Mello, 2ª Turma, DJe 30.10.2014)

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INDEFERIMENTO DE DILIGÊNCIA PROBATÓRIA. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ART. 5º, LV, DA CONSTITUIÇÃO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. ALEGADA CONTRARIEDADE AO ART. 5º, LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO. OFENSA REFLEXA. VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA CF. INOCORRÊNCIA. ACÓRDÃO RECORRIDO DEVIDAMENTE FUNDAMENTADO. MATÉRIA QUE ENVOLVE A NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. ALEGADA OFENSA AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. SÚMULA 636 DO STF. ART. 125, § 5º, DA CF. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DE DIREITO DA JUSTIÇA MILITAR PARA PROCESSAR E JULGAR, SINGULARMENTE, AS AÇÕES JUDICIAIS CONTRA ATOS DISCIPLINARES. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. I - Os Ministros desta Corte, no ARE 639.228-RG/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso, manifestaram-se pela inexistência de repercussão geral da controvérsia acerca da violação dos princípios da ampla defesa e do contraditório, nos casos de indeferimento de diligência probatória, por se tratar de matéria restrita ao âmbito processual. II - Este Tribunal firmou orientação no sentido de ser inadmissível, em regra, a interposição de recurso extraordinário para discutir matéria relacionada à ofensa aos princípios constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da prestação jurisdicional, quando a verificação dessa alegação depender de exame prévio de legislação infraconstitucional, por configurar situação de ofensa reflexa ao texto constitucional. Precedentes. III – Não há contrariedade ao art. 93, IX, da Lei Maior quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Precedentes. IV – Inviável em recurso extraordinário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos. Incidência da Súmula 279 do STF. V – O Tribunal entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade ao princípio da legalidade quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 321

636 do STF). Precedentes. VI - O art. 125, § 5º, da Constituição Federal determina que “compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares”, nada dispondo acerca do julgamento dessas ações pelo colegiado. Precedentes. VII - Agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE 807.231-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, DJe 05.6.2014)

“HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR. ESTELIONATO. MILITAR FARDADO. DOCUMENTO MILITAR FALSIFICADO. LUGAR SUJEITO À ADMINISTRAÇÃO CASTRENSE. A prática de crime de estelionato por militar contra civil em local sujeito à administração castrense e com emprego de nota de empenho falsa em nome da Marinha caracteriza conduta apta a causar dano, ainda que indireto, à credibilidade e à imagem das Forças Armadas, atraindo a competência da Justiça Militar. Ordem denegada.” (HC 113.177, da minha lavra, 1ª Turma, DJe 27.11.2012)

Ante o exposto, forte nos artigos 932, VIII, do CPC/2015 e 21, §§ 1º e 2º, do RISTF dou provimento ao agravo de instrumento para, provido o recurso extraordinário, reconhecer a competência dos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes militares cometidos contra civis, a teor do art. 125, § 5º, da Lei Maior.

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 867.962 (1426)ORIGEM : 10701061659184003 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : MARILIA PALMERIO ASSUMPCAOAGTE.(S) : FERNANDINO JOSE DE ASSUMPCAOADV.(A/S) : HUMBERTO THEODORO JUNIOR (7133/MG,

5894/A/MT, 406626/SP)AGDO.(A/S) : MARCELO PALMERIOAGDO.(A/S) : VERA MARIA MARQUEZ PALMERIOAGDO.(A/S) : CECILIA ARANTES PALMERIOAGDO.(A/S) : SOCIEDADE EDUCACIONAL UBERABENSEADV.(A/S) : SILVIO MENDONCA FILHO (97617/MG)

DECISÃO : Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário.A decisão agravada está correta e alinhada aos precedentes firmados

por esta Corte.Diante do exposto, com base no art. 932, IV e VIII, do CPC/2015 e no

art. 21, § 1º, do RI/STF, nego provimento recurso. Nos termos do art. 85, § 11, do CPC/2015, fica majorado em 25% o valor da verba honorária fixada anteriormente, observados os limites legais do art. 85, §§ 2º e 3º, do CPC/2015.

Publique-se. Brasília, 14 de maio de 2018.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 983.531

(1427)

ORIGEM : 686965 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOEMBTE.(S) : PAULO HENRIQUE DOS SANTOS AMORIMADV.(A/S) : MARIA ELIZABETH QUEIJO (114166/SP)ADV.(A/S) : CARMEN MANSANO DA COSTA BARROS FILHA

(01875/A/DF, 41099/RJ)ADV.(A/S) : EDUARDO MEDALJON ZYNGER (157274/SP)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOSINTDO.(A/S) : HERALDO PEREIRA DE CARVALHOADV.(A/S) : DANIEL SOARES ALVARENGA DE MACEDO

(36042/DF)ADV.(A/S) : VERA LUCIA SANTANA ARAUJO (05204/DF)

DESPACHO : 1. A embargante requer a retirada do feito do julgamento em ambiente

eletrônico, diante da alegada relevância da matéria em questão. 2. O pedido de destaque, quando as listas eram apresentadas na

Turma, visava a dar conhecimento mais detalhado aos demais Ministros da matéria em discussão. Na nova sistemática, a decisão recorrida e a proposta de nova decisão, bem como as peças processuais, ficam à disposição de todos os Ministros, no próprio ambiente virtual. Diante disso, somente por exceção se justifica o destaque da matéria.

3. No caso presente, as questões suscitadas não justificam o deferimento do pedido de destaque.

4. Diante do exposto, indefiro o pedido. Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

Documento assinado digitalmente

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 822.957 (1428)ORIGEM : AC - 5182625 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBEREMBTE.(S) : LUIZ ANTONIO FLEURY FILHOADV.(A/S) : MANOEL GIÁCOMO BIFULCO (26684/SP)ADV.(A/S) : ARTHUR LIMA GUEDES (18073/DF)ADV.(A/S) : ANTONIO HENRIQUE MEDEIROS COUTINHO (034308/

DF)ADV.(A/S) : GILBERTO MENDES CALASANS GOMES (0043391/DF)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOEMBDO.(A/S) : ORESTES QUÉRCIAADV.(A/S) : LUIS EDUARDO MENEZES SERRA NETTO

(109316/SP) E OUTRO(A/S)

D E S P A C H OIntime-se para os fins do art. 1.023, § 2º, do CPC de 2015,

observado, se o caso, o prazo em dobro (arts. 180, 183, 186 e 229 do CPC de 2015).

Decorrido o prazo legal, com ou sem manifestação, voltem-me conclusos.

À Secretaria Judiciária.Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.040.810

(1429)

ORIGEM : 00077588720138190028 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESEMBTE.(S) : EUSEBIO FERNANDES DAS NEVES FILHOADV.(A/S) : MARCOS VIDIGAL DE FREITAS CRISSIUMA

(130730/RJ)ADV.(A/S) : PAULO GOMES RANGEL NETO (181957/RJ)EMBDO.(A/S) : MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRO

Decisão: Trata-se de embargos de declaração opostos contra decisão que deu provimento ao recurso extraordinário. Destaco trecho do julgado:

Verifico que a defesa solicitou adiamento da sessão de julgamento, já que pretendia realizar sustentação oral, mas estaria ausente na data aprazada, em razão de participação em outro julgamento, este perante o Superior Tribunal de Justiça. (eDOC 11, p. 28)

Muito embora o eminente relator tenha deferido o pedido e determinado a retirada de pauta, o julgamento aconteceu sem que da sessão participasse o defensor do agravante. (eDOC 11, p. 34-35)

Evidente, portanto, a nulidade da sessão de julgamento, porque realizada apesar do deferimento prévio de adiamento da sessão, a requerimento de defensor que pretendia realizar sustentação oral, configurando-se, assim, cerceamento de defesa.

Equipara-se o presente caso à falta de intimação da defesa para participação em sessão de julgamento, amplamente reconhecida pelos tribunais pátrios como causa de nulidade. Neste sentido, no âmbito desta Corte, RHC 117029/RS, Rel. Ministro Dias Toffoli, Dje 29.01.2016; Ext 1388 ED/DF, Rel. Ministra Cármen Lúcia, Dje 14.09.2015; RHC 116691/RS, Rel.Ministra Rosa Weber, Dje 01.08.2014.

Por fim, destaco o teor do art. 564, III, l, do Código de Processo Penal, que fulmina de nulidade a sessão de julgamento quando ausente a acusação ou a defesa. Trata-se, aliás, de causa de nulidade absoluta, sendo desnecessária a demonstração do prejuízo, não se aplicando à espécie, portanto, o princípio pas des nullités sans grief.

Ante o exposto, declaro nula a sessão de julgamento da apelação (eDOC 11. p. 35), para que outra seja realizada, com a prévia intimação da defesa, a fim de que se oportunize a sua participação, inclusive com a respectiva sustentação oral.

Nas razões recursais, alega-se a ocorrência de omissão quanto ao pedido de declaração de suspeição da Quarta Câmara do Tribunal de Justiça

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 322

do Rio de Janeiro.Requer-se, assim, seja a omissão sanada, a fim de que se modifique

o julgado, para determinar a redistribuição do feito a outra Câmara.É o breve relatório.Decido.Os embargos de declaração são cabíveis para sanar a ocorrência de

omissão, contradição, obscuridade ou erro material da decisão embargada (art. 1.022 do NCPC). No presente caso, constato a omissão apontada.

Com efeito, nas razões do recurso extraordinário, o embargante formula pedido para que fosse declarada a suspeição da Câmara.

Na espécie, o embargante alega que o fato de já ter a Câmara externado seu entendimento, na ocasião do primeiro julgamento, torná-la-ia suspeita para realizar um novo.

No ponto, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é pacífica no sentido de afastar alegação de parcialidade fundada em meras conjecturas e abstrações sobre o interesse e conduta do magistrado (AO 1046, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Pleno, DJ 22.4.2007; AO 1017, Rel. Min. Ellen Gracie, Pleno, DJ 20.10.2003; AO-QO 959/RR, rel. Min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 2.5.2003).

Ressalte-se que a participação de julgador em decisão anterior no feito, ainda que o acórdão originário tenha sido eventualmente anulado, não implica suspeição ou impedimento na apreciação seguinte. A propósito confira-se o seguinte precedente:

“EXCEÇÕES DE SUSPEIÇÃO OPOSTAS EM FACE DA MAIORIA DOS DESEMBARGADORES DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO GROSSO. AÇÃO PENAL ORIGINÁRIA. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ALEGAÇÃO DE IMPEDIMENTO OU SUSPEIÇÃO DE MAGISTRADOS QUE PARTICIPARAM DE JULGAMENTO POSTERIORMENTE ANULADO PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. NOVO JULGAMENTO DA AÇÃO PENAL ORIGINÁRIA. MAGISTRADOS QUE SE OPÕEM ÀS ARGÜIÇÕES DE SUSPEIÇÃO E IMPEDIMENTO. NECESSIDADE DE JULGAMENTO DAS EXCEÇÕES PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. INEXISTÊNCIA DE PARCIALIDADE DOS EXCEPTOS. REJEIÇÃO DAS EXCEÇÕES OPOSTAS. 1. A competência prevista no art. 102, I, n, da Constituição Federal se firma, apenas e tão-somente, quando os impedimentos ou as suspeições dos membros do Tribunal de origem tenham sido reconhecidos, expressamente, nas exceções correspondentes, pelos próprios magistrados em relação aos quais são invocados; ou quando o Supremo Tribunal Federal, ao julgar as exceções, após esses magistrados as terem rejeitado, reconhecer situação configuradora de impedimento ou de suspeição, hipótese em que competirá à Suprema Corte julgar, originariamente, o processo principal. 2. Alegação de impedimento e suspeição dos magistrados que participaram do julgamento anulado pelo STJ. 3. Não se pode afirmar que há interesse dos magistrados no novo julgamento e que eles já possuam convicção formada em relação ao que é imputado ao excipiente pelo simples fato de terem participado do primeiro julgamento, posteriormente anulado pelo Superior Tribunal de Justiça. 4. Impossibilidade de inferir-se a parcialidade de magistrados somente porque proferiram decisões em desfavor do excipiente. 5. A prática de atos judiciais, tal como retratados, insere-se nos poderes do magistrado quanto à condução regular e normal do processo. 6. A imparcialidade e a isenção da conduta funcional de magistrados não se alteram em razão de julgamento proferido. 7. Inocorrência de impedimento e de suspeição dos Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso. 8. Exceções de suspeição rejeitadas.” (AO 1517/MT, Rel. Min. Ellen Gracie, Pleno, DJe 27.11.2008)

Ante o exposto, acolho os embargos para sanar a omissão apontada, sem, contudo, imprimir efeito modificativo à decisão embargada. (art. 620 do CPP).

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Gilmar MendesRelator

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EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.101.026

(1430)

ORIGEM : PROC - 00042468020164036330 - TRF3 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESEMBTE.(S) : MARISA TERESINHA ROLLI SCAPUCCINADV.(A/S) : ANDERSON MARCOS SILVA (218069/SP)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Trata-se de embargos de declaração opostos contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário com agravo, com fundamento na jurisprudência desta Corte (eDOC 55).

Em suas razões, a parte embargante sustenta a omissão da decisão embargada quanto a aplicabilidade no caso do tema 616 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o RG-RE 639.856, de minha relatoria, DJe 11.12.2012.

Intimada, a parte embargada não apresentou contrarrazões (eDOC

61).É o breve relatório.Decido.Os embargos de declaração são cabíveis para sanar a ocorrência de

omissão, contradição, obscuridade ou erro material da decisão embargada (art. 1.022 do CPC). No presente caso, não se verifica nenhuma dessas hipóteses.

Com efeito, os embargos de declaração não constituem meio processual cabível para reforma do julgado, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, ora não vislumbradas.

Nesse sentido, confira-se a jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal: AI-AgR-ED 808.362, Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 24.2.2011; e AI-AgR-ED 674.130, Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 22.2.2011.

No tocante à alegada omissão quanto à aplicabilidade no caso do tema 616 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o RG-RE 639.856, de minha relatoria, DJe 11.12.2012, observo não assistir razão à parte embargante. Isso porque, no citado paradigma, o que se põe à discussão é a incidência do fator previdenciário sobre os benefícios concedidos com base na regra de transição estabelecida pelo art. 9º, da EC n. 20/98. Nesse sentido, eis trecho do voto de minha relatoria em que reconheci a repercussão geral do tema:

“A recorrente alega não estar discutindo a constitucionalidade, em si, do art. 2º da Lei 9.876/99, o qual foi objeto do citado acórdão desta Corte, mas apenas a interpretação das regras de transição trazidas pela EC 20/98 (art. 9º), a fim de se perquirir a viabilidade constitucional da incidência do fator previdenciário (Lei 9.876/99), em substituição às referidas normas de transição.

(...)Nesse sentido, cumpre a esta Corte deslindar a questão

constitucional suscitada e decidir se deve incidir o fator previdenciário (Lei 9.876/99) ou as regras de transição trazidas pela EC 20/98 aos benefícios concedidos a segurados filiados ao Regime Geral até 16.12.98, manifestando-se, assim, sobre a possibilidade de a nova legislação regular de modo distinto a concessão de benefícios aos segurados na referida situação”.

No caso concreto, verifico que o Tribunal de origem decidiu a questão dos autos tão somente com arrimo em legislação infraconstitucional (Lei n. 8.213/91 e Lei n. 9.876/99). Confira-se, a propósito, o seguinte trecho do acórdão impugnado:

“A regra de transição prevista no art. 3º da Lei nº 9.786/99 é aplicável aos que estavam filiados ao regime previdenciário quando de sua entrada em vigor, hipótese dos autos.

Não há previsão legal, portanto que permita o acolhimento do pedido da parte autora. As disposições do art. 29 da Lei nº 8213, alterado pela Lei nº 9.876/99 somente se aplicam, em principio aos recolhimentos vertidos após sua entrada em vigor, ante o princípio da preservação da segurança jurídica. A retroação a julho de 1994, por si, já é benéfica à parte autora, a sistemática até então vigente previa a correção apenas dos 36 últimos salários, sem aproveitamento apenas dos 80% mais elevados.” (eDOC 36, p. 1-2)

Assim, na medida em que a discussão dos autos se cinge à análise de matéria de índole eminentemente infraconstitucional, não há como conceber o acolhimento dos embargos de declaração para se reconhecer na espécie a aplicabilidade do tema 616 da sistemática da repercussão geral.

Ante o exposto, rejeito os embargos de declaração (art. 1024, §2º, do CPC).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.364

(1431)

ORIGEM : AREsp - RI003ANTB0000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : ERICK CRISTIANO DA SILVAADV.(A/S) : WILLIAM FERNANDES CHAVES (236257/SP)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. INOCORRÊNCIA DE ERRO MATERIAL. MANIFESTO INTUITO PROTELATÓRIO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO DESPROVIDOS.

DECISÃO: Trata-se de embargos de declaração, opostos por ERICK CRISTIANO DA SILVA, contra decisão de minha relatoria assim ementada:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIME DE RECEPTAÇÃO QUALIFICADA. ARTIGO 180, § 1º, DO CÓDIGO PENAL. CRIME DE POSSE DE MUNIÇÃO DE USO RESTRITO. ARTIGO 16 DA LEI 10.826/2003. CONTAGEM CONTÍNUA DO

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PRAZO EM MATÉRIA PENAL. ARTIGO 798 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. APELO EXTREMO INTEMPESTIVO. AGRAVO DESPROVIDO.”

Em suas razões, a parte embargante argumenta, em breve síntese, que “o Ilustre MINISTRO RELATOR, deixou omisso, por não fundamentar que a decisão recorrida ‘deixou de observar o regime fixado equivocadamente ao manter o regime inicial semiaberto para o cumprimento da pena, ao passo que o correto seria o regime aberto, na medida em que manteve a pena fixada pela r. sentença, que não considerou favoráveis ao embargante todas as circunstâncias”. (Doc. 5, fl. 2)

É o relatório. DECIDO.Não merece acolhida a pretensão da parte embargante.Ab initio, pontuo que os embargos de declaração opostos contra

decisão do relator serão decididos monocraticamente, nos termos do artigo 1.024, § 2º, do CPC/2015, in verbis: “Quando os embargos de declaração forem opostos contra decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal, o órgão prolator da decisão embargada decidi-los-á monocraticamente”.

Os embargos de declaração somente são cabíveis quando houver, na decisão judicial, ambiguidade, obscuridade, contradição ou omissão, consoante dispõe o artigo 619 do CPP.

In casu, a decisão hostilizada, ao contrário do alegado pelo recorrente, enfrentou os argumentos trazidos nas razões recursais, ao assentar que: o recurso extraordinário é intempestivo, uma vez que foi interposto em 23/10/2017 (doc. 1, fl. 345), após decorridos os 15 (quinze) dias corridos para a sua interposição, consoante previsto no artigo 798 do Código de Processo Penal, haja vista que não se aplicam ao processo penal as regras processuais cíveis estabelecidas no artigo 219 do Código de Processo Civil de 2015, que definiu a contagem dos prazos em dias úteis.

Demais disso, ainda que fosse possível a superação desse óbice, ainda assim o apelo não merece guarida, tendo em vista que é inviável qualquer análise no que tange ao regime de cumprimento de pena, conforme alegado pela parte recorrente.

Isto pois, a verificação dos critérios para dosimetria da pena demanda análise aprofundada do conjunto fático-probatório dos autos.

Não se revela cognoscível, em sede de recurso extraordinário, a insurgência que tem como escopo o incursionamento no contexto fático–probatório engendrado nos autos, porquanto referida pretensão não se amolda à estreita via do apelo extremo, cujo conteúdo se restringe à discussão eminentemente de direito, face ao óbice erigido pela Súmula 279 do STF. Nesse sentido, colacionam-se os seguintes julgados:

“AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, XLVI e XLVIII, DA MAGNA CARTA. PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA. REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DA REPRIMENDA. TEMAS SITUADOS NO CONTEXTO NORMATIVO INFRACONSTITUCIONAL. INVIABILIDADE DE REEXAME PROBATÓRIO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO STF.

1. Nos termos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a alegação de afronta ao princípio da individualização das penas configura matéria situada no contexto normativo infraconstitucional, de forma que as ofensas à Constituição indicadas no recurso extraordinário são meramente indiretas (ou mediatas), o que inviabiliza o conhecimento do referido apelo. Precedentes.

2. Há precedentes de ambas as Turmas desta Corte no sentido de que a revisão dos critérios utilizados para a fixação do regime inicial de cumprimento da pena exige o incursionamento nos fatos e provas concernentes à causa, o que encontra óbice na Súmula 279 do STF.

3. Agravo interno a que se nega provimento.” (ARE 1.055.410-AgR, Rel. Min. Alexandre de Moraes, Primeira Turma, DJe de 21/11/2017, grifei)

“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Direito Penal Eleitoral. 3. Corrupção eleitoral e formação de quadrilha. 4. Suposta violação aos princípios da inafastabilidade da jurisdição, ampla defesa, contraditório e devido processo legal. Ofensa aos dispositivos apontados, caso existente, ocorreria de forma reflexa. Precedentes. 5. Autoria e materialidade. Necessidade de revolvimento do acervo fático-probatório. Incidência da Súmula 279. 6. Dosimetria da pena. Ausência de ilegalidade. A jurisprudência desta Suprema Corte entende que a dosimetria da pena submete-se a certa discricionariedade judicial. Cabe às instâncias ordinárias, mais próximas dos fatos e das provas, fixar as penas. Aos tribunais superiores, no exame da dosimetria das penas, em grau recursal, compete somente o controle da legalidade e da constitucionalidade dos critérios empregados, com a correção apenas de eventuais decisões teratológicas e arbitrárias, que violem frontalmente dispositivo constitucional, o que não vislumbro no caso em deslinde. 7. Agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE 938.357-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 14/6/2016)

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PENAL. ROUBO. DOSIMETRIA DA PENA. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL). OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (ARE 822.459-AgR,Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 2/12/2010)

“PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ALEGADA OFENSA AO ART. 5º, XLVI, DA CF. OFENSA

REFLEXA. SÚMULA 283 DO STF. REEXAME DE PROVA. SÚMULA 279 DO STF. INCIDÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I - A jurisprudência da Corte é no sentido de que a alegada violação ao art. 5º, XLVI da Constituição, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar prévia análise de legislação processual ordinária. Precedentes. II - Com a negativa de provimento ao recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça, os fundamentos infraconstitucionais que amparam o acórdão recorrido tornaram-se definitivos (Súmula 283 do STF). III - Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. IV - Agravo regimental improvido.” (AI 772.308 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe de 13/8/2010)

Sob esse enfoque, ressoa inequívoca a vocação para o insucesso do apelo extremo, por força do óbice intransponível do referido verbete sumular, que veda a esta Suprema Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática.

Por oportuno, vale destacar preciosa lição de Roberto Rosas sobre a Súmula 279 do STF:

“Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão de fato e questão de direito. A questão de fato consiste em verificar se existem as circunstâncias com base nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar existentes determinados fatos concretos.

A questão de direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições de Direito Processual, 2ª ed., v. I/175).

Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados como provados (RT 275/884 e 226/583). Já se refere a matéria de fato quando a decisão assenta no processo de livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o recurso extraordinário quando o acórdão recorrido deu determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se pretende atribuir aos mesmos fatos outra configuração, quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ 46/821). No processo penal, a verificação entre a qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666).

A Súmula 279 é peremptória: ‘Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário’. Não se vislumbraria a existência da questão federal motivadora do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Não se confunda com o critério legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65)(Pestana de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2ª ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383). V. Súmula STJ-7.” (Direito Sumular. São Paulo: Malheiros, 2012, 14ª Edição, p. 137-138)

Nesse contexto, não se verifica nenhuma das hipóteses ensejadoras dos embargos de declaração, eis que a decisão embargada, não tendo partido de premissas equivocadas, apreciou as questões suscitadas no recurso extraordinário de maneira clara e coerente, em consonância com a jurisprudência pertinente.

Nesse sentido, destaco os seguintes julgados: ARE 912.914-AgR-ED, Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe de 6/4/2016; RE 626.504-AgR-ED, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 8/4/2016; ARE 911.793-AgR-ED, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 8/4/2016; ARE 860.500-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Segunda Turma, DJe de 15/12/2015; ARE 884.171-AgR-ED, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 4/3/2016; ARE 650.428-AgR-ED, Rel. Min. Teori Zavascki, Segunda Turma, DJe de 11/4/2016; ARE 896.834-AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, Primeira Turma, DJe de 1º/2/2016; ARE 928.545-AgR-ED, Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 8/4/2016; ARE 823.947-AgR-ED, Rel. Min. Edson Fachin, Primeira Turma DJe de 11/4/2016; e ARE 918.843-AgR-ED, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 15/4/2016.

Ademais, saliente-se que os restritos limites dos embargos de declaração não permitem rejulgamento da causa. O efeito modificativo ora pretendido somente é possível em hipóteses excepcionais e desde que comprovada a existência de obscuridade, de contradição, de omissão ou de erro material no julgado, o que não ocorre no caso sub examine, pelas razões acima delineadas. Nesse sentido:

“EMBARGOS DECLARATÓRIOS - ACÓRDÃO - INEXISTÊNCIA DE VÍCIO - DESPROVIMENTO. Uma vez voltados os embargos declaratórios ao simples rejulgamento de certa matéria, inexistindo, no acórdão proferido, qualquer dos vícios que os respaldam - omissão, contradição e obscuridade -, impõe-se o desprovimento.” (RE 812.827-AgR-ED, Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJ de 26/3/2015)

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - INOCORRÊNCIA DE CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU OMISSÃO - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

- Os embargos de declaração destinam-se, precipuamente, a desfazer obscuridades, a afastar contradições e a suprir omissões que eventualmente se registrem no acórdão proferido pelo Tribunal. A inocorrência dos pressupostos de embargabilidade, a que se refere o art. 535 do CPC, autoriza a rejeição dos embargos de declaração, por inadmissíveis.” (ARE 835.081-AgR-ED, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 324

Turma, DJ de 25/3/2015, grifos originais)Ex positis, DESPROVEJO os embargos de declaração.Publique-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUXRelator

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EMB.INFR. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.101.960

(1432)

ORIGEM : AREsp - 852937 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOEMBTE.(S) : E.Â.P.D.ADV.(A/S) : ALEX KLAIC (61287/RS)ADV.(A/S) : ITAGUACI JOSE MEIRELLES CORREA (17287/RS)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: Trata-se de embargos infringentes contra acórdão da Primeira Turma

deste Tribunal assim ementando: “DIREITO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO

EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ALEGAÇÃO DE INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. CONTROVÉRSIA DECIDIDA COM BASE NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E NO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA 279/STF. DILIGÊNCIA PROBATÓRIA. INDEFERIMENTO. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO.

1. Quanto à discussão sobre a incompetência da Justiça Federal, para chegar a conclusão diversa do acórdão recorrido, imprescindíveis seriam a análise da legislação infraconstitucional pertinente e uma nova apreciação dos fatos e do material probatório constante dos autos (Súmula 279/STF), procedimentos inviáveis em recurso extraordinário. Precedente.

2. O entendimento adotado pelo acórdão recorrido está alinhado com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) no sentido de que, definida, pela imputação, a competência da Justiça Federal para o processo e o julgamento de crime estadual e federal, em razão da conexão ou continência, a absolvição posterior pelo crime federal não enseja incompetência superveniente, em observância à regra expressa do artigo 81 do Código de Processo Penal e ao princípio da perpetuatio jurisdicionis (HC 112.574, Relª. Minª. Rosa Weber).

3. Por ausência de questão constitucional, o STF rejeitou preliminar de repercussão geral relativa à controvérsia sobre suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal (ARE 748.371-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes - Tema 660).

4. Quanto às alegações de que não há nenhum elemento nos autos que indique a grave ameaça, passível de caracterizar eventual extorsão e de que a decisão ora agravada não se manifestou sobre a não valoração das operacionais positivas do artigo 59 do CP, que viriam em benefício ao réu, para chegar a conclusão diversa do acórdão recorrido, imprescindíveis seriam a análise da legislação infraconstitucional pertinente e uma nova apreciação dos fatos e do material probatório constante dos autos (Súmula 279/STF), procedimentos inviáveis em recurso extraordinário.

5. O STF já assentou a ausência de repercussão geral da questão relativa à obrigatoriedade de observância das garantias constitucionais do processo ante o indeferimento, pelo juiz, de determinada diligência probatória. Nessa linha, veja-se o ARE 639.228-RG, julgado sob a relatoria do Ministro Cezar Peluso.

6. A decisão está devidamente fundamentada, embora em sentido contrário aos interesses da parte agravante.

7. Agravo interno a que se nega provimento.”A parte embargante reitera os argumentos trazidos na petição do

recurso de agravo interno. É o relatório. Decido. Os embargos infringentes são assim previstos no art. 333 do

Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal: “Art. 333. Cabem embargos infringentes à decisão não unânime do

Plenário ou da Turma: I que julgar procedente a ação penal; II que julgar improcedente a revisão criminal; III que julgar a ação rescisória; IV que julgar a representação de inconstitucionalidade; V que, em recurso criminal ordinário, for desfavorável ao acusado. Parágrafo único. O cabimento dos embargos, em decisão do

Plenário, depende da existência, no mínimo, de quatro votos divergentes, salvo nos casos de julgamento criminal em sessão secreta.”

No caso, a hipótese em exame não se enquadra em nenhum dos incisos do art. 333 do RI/STF, por se cuidar de embargos infringentes em agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. A propósito, veja-se a ementa do AI 828.792-AgR-EI, Rel. Min. Ricardo Lewandowski:

“PENAL. EMBARGOS INFRINGENTES NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO QUESTIONADA QUE NÃO SE

INSERE NAS HIPÓTESES DO ART. 333 DO RISTF. REITERADA JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE. EMBARGOS NÃO CONHECIDOS.

I Entre as hipóteses de cabimento deste recurso, elencadas no art. 333 do Regimento Interno do STF, não se inserem as decisões não unânimes proferidas pelo Plenário ou pela Turma, que negam provimento a agravos regimentais interpostos em agravos de instrumento criminais.

II Embargos infringentes não conhecidos. Diante do manifesto descabimento dos embargos infringentes em

exame, nego seguimento ao recurso (RI/STF, art. 21, § 1º). Publique-se. Brasília, 21 de maio de 2018.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

EMB.INFR. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 868.904

(1433)

ORIGEM : MS - 701140274179 - TJMG - TURMA RECURSAL DE UBERABA - 2ª TURMA

PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBEREMBTE.(S) : RAIMUNDO JOSÉ DOS REIS FILHOADV.(A/S) : RAIMUNDO JOSÉ DOS REIS FILHO (122581/MG)EMBDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Vistos etc.Contra a decisão por mim proferida, pela qual, forte no art. 21, § 1º,

do RISTF, negado seguimento ao recurso extraordinário com agravo, maneja embargos infringentes Raimundo José dos Reis Filho. Aparelhado o recurso na afronta ao art. 5º, XXXV, da Constituição Federal. Negado seguimento ao agravo ante a ausência de apresentação da preliminar formal e fundamentada de repercussão geral da matéria constitucional suscitada.

É o relatório.Decido.Os embargos infringentes não merecem conhecimento, manejados

contra decisão monocrática do relator.Não cabem embargos infringentes contra decisão monocrática do

relator, a teor do art. 333 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, in verbis:

“Art. 333. Cabem embargos infringentes à decisão não unânime do Plenário ou da Turma.

I – que julgar procedente a ação penal;II – que julgar improcedente a revisão criminal;III – que julgar a ação rescisória;IV – que julgar a representação de inconstitucionalidade;V – que, em recurso criminal ordinário, for desfavorável ao acusado.”Na esteira da jurisprudência consolidada por esta Suprema Corte,

não se mostram admissíveis embargos infringentes contra decisão monocrática do relator, inexistente previsão entre aquelas enunciadas, taxativamente, em rol exaustivo (‘numerus clausus’), no art. 333 do RISTF. Nesse sentido, os julgados seguintes:

“EMBARGOS INFRINGENTES NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. INCABÍVEIS EMBARGOS INFRINGENTES OPOSTOS CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA. ART. 333 DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO NÃO CONHECIDO.” (ARE 726985 EI, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe 16-04-2013)

“AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS INFRINGENTES NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA EXTRADIÇÃO. ARTIGO 333 DO REGIMENTO INTERNO DESTE STF. NÃO CABIMENTO. 1. Na dicção do art. 333 do Regimento Interno desta Suprema Corte, “Cabem embargos infringentes à decisão não unânime do Plenário ou da Turma: I – que julgar procedente a ação penal; II – que julgar improcedente a revisão criminal; III – que julgar a ação rescisória; IV – que julgar a representação de inconstitucionalidade; e V – que, em recurso criminal ordinário, for desfavorável ao acusado”. 2. Na esteira da jurisprudência consolidada por esta Suprema Corte, “não se mostram admissíveis embargos infringentes contra decisão majoritária do Plenário (ou das Turmas) do Supremo Tribunal Federal, se tal decisão vem a ser proferida em causa diversa daquelas enunciadas, taxativamente, em rol exaustivo (‘numerus clausus’), no art. 333 do RISTF” (HC 88.247-AgR-AgR/RJ, Rel. Min. Celso de Mello, Plenário, DJe 20.11.2009). 3. Agravo regimental conhecido e não provido.” (Ext 1244 ED-EI-AgR, da minha lavra, Tribunal Pleno, DJe 18.4.2017)

“Agravo regimental nos embargos infringentes no habeas corpus. Não cabimento. Ausência de previsão legal. Precedentes. Regimental não provido. 1. Revelam-se manifestamente incabíveis os embargos infringentes opostos contra julgado de Turma ou de Plenário em sede de habeas corpus, tendo em vista a falta de previsão regimental. 2. Agravo regimental não provido.” (HC 108.261-EIAgR/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, Plenário, DJe 13.4.2012).

“RECURSO - EMBARGOS INFRINGENTES - CABIMENTO. A regência regimental dos embargos infringentes - artigo 333 do Diploma Interno do Supremo Tribunal Federal – afasta-lhes a pertinência quando direcionados contra ato de relator alusivo ao julgamento de agravo interposto em fase à decisão denegatória do trânsito do extraordinário. A manifestação de

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 325

inconformismo há de se fazer via regimental” (AI 166.810 EI-AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, Segunda Turma, DJ 23.2.1996).

Não conheço do recurso (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 22 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 501.823 (1434)ORIGEM : AC - 70011490901 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULRECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SANTA MARIAADV.(A/S) : PEDRINHO ANTONIO BORTOLUZZI (29230/RS)RECDO.(A/S) : CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE SANTA

MARIAADV.(A/S) : TIAGO FERNÁNDEZ ROBINSON

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INVIABILIDADE –NEGATIVA DE SEGUIMENTO.1. Afasto a suspensão anteriormente determinada. 2. O Tribunal de origem, confirmando o entendimento do Juízo,

assentou a natureza indenizatória e eventual das verbas para uso de aparelho telefônico e de veículo particular para exercício de mandato parlamentar, considerada a Resolução nº 10/2003 da Câmara Municipal de Santa Maria.

No extraordinário, interposto com alegada base na alínea “a” do permissivo constitucional, o recorrente aponta ofensa aos artigos 29, inciso VI, 37, incisos X e XI, e 39, § 4º, da Constituição Federal. Diz reservar-se à lei em sentido estrito o aumento do subsídio ou a instituição de vantagens remuneratórias. Articula com a impossibilidade de percepção, pelo detentor de mandato eletivo, de verba não incluída na parcela única denominada subsídio.

O Pleno, no recurso extraordinário nº 650.898, de minha relatoria, julgado sob a sistemática da repercussão geral, com acórdão publicado no Diário da Justiça de 24 de agosto de 2017, apreciou a constitucionalidade do artigo 4º da Lei nº 1.929/2008 do Município de Alecrim/RS – a prever o pagamento, ao Chefe do Executivo local, do valor mensal de R$ 2.200,00, sem indicar os fatos a ensejarem o ressarcimento do agente político. Assentou a incompatibilidade do regime de subsídio com o recebimento de outras parcelas remuneratórias de natureza mensal, ainda que alegadamente indenizatórias. Na oportunidade, fiz ver:

A natureza indenizatória, típica das diárias e das ajudas de custo, não pode ser usada como mero rótulo, a servir de pretexto para burlar a fórmula constitucional do subsídio. A vaga alusão ao caráter reparatório da parcela no montante de R$ 2.200,00, presente o artigo 4º da Lei nº 1.929/08, não deixa dúvidas de que a parcela traduz, na essência, como ressaltou o Tribunal de origem, verdadeira verba de representação, cujo pagamento é expressamente vedado pelo § 4º do artigo 39.

No tocante à natureza da verba estipulada na Resolução nº 10/2003 da Câmara Municipal de Santa Maria, colho do acórdão recorrido o seguinte trecho:

As cotas de telefone e combustível, como assenta a d. sentença, não têm cunho remuneratório; têm, sim, nítido caráter indenizatório. Tanto menos hão de ser consideradas como ajuda de custo “uma vez que não são pagas aos vereadores, mas sim disponibilizadas para que, na hipótese de entenderem necessárias ao desempenho do mandato, utilizem a verba até o valor máximo previsto na Resolução (sentença – fl. 416). Por isso não atentam contra o disposto no inciso VI, art. 29 da Constituição Federal.

Declarada, pelo Tribunal de origem, a natureza indenizatória e eventual da verba em questão – a possibilitar a cumulação com a parcela única do subsídio, conforme jurisprudência do Supremo –, somente por meio da análise do quadro fático seria dado concluir de forma diversa, o que é vedado em sede extraordinária.

A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, procedida, na maioria das vezes, mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional a partir da moldura fática delineada soberanamente pelo Colegiado de origem, das premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o verbete nº 279 da Súmula do Supremo: :

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. 3. Nego seguimento ao extraordinário. 4. Publiquem.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 576.052 (1435)ORIGEM : AC - 2396749 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁ

RELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO PARANÁ - ASSOJEPARADV.(A/S) : ANTENOR DEMETERCO NETO (28234/PR)RECDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

DECISÃOTrata-se de Recurso Extraordinário interposto em face de acórdão

proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná.No apelo extremo, interposto com amparo no art. 102, III, da

Constituição Federal, a parte recorrente sustenta que houve ofensa a dispositivos constitucionais.

É o relatório. Decido. O fundamento, tanto do acórdão, como da sentença, é a

impossibilidade jurídica do pedido, na forma do art. 267, VI, do Código de Processo Civil de 1973.

Trata-se de matéria infraconstitucional, insuscetível de análise na sede recursal extraordinária.

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, NEGO SEGUIMENTO AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

Publique-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro ALEXANDRE DE MORAESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 581.359 (1436)ORIGEM : AC - 8366763 - 1º TRIBUNAL DE ALCADAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : TEX AUTO POSTO LTDAADV.(A/S) : EMILIA DE FÁTIMA FERREIRA GALVÃO DIASRECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

DECISÃOTrata-se de Recurso Extraordinário interposto contra acórdão do

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, em que a parte recorrente, amparando-se no art. 102, III, “a” e “c” da Constituição Federal, postula a reforma da decisão impugnada sob o argumento de que houve violação aos artigos 105, III, “b”; 155, I, “a” e “b”; 156, II e III, da Constituição Federal e 34 do ADCT.

Instado a se manifestar, o Ministério Público opinou pelo desprovimento do apelo (fls. 324 a 330, Vol. 2)

É o relatório. Decido.A jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL vem rejeitando

as teses colocadas no presente apelo extremo. Nesse sentido, citem-se os seguintes precedentes:

“PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA A ARGUMENTO DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 284/STF. PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. FUNDAMENTAÇÃO INSUFICIENTE. ÔNUS DA RECORRENTE. IMPOSTO SOBRE VENDAS A VAREJO DE COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS E GASOSOS (IVVC). INSTITUIÇÃO. DESNECESSIDADE DE LEI COMPLEMENTAR. PRECEDENTES. LEI 1.182/89 DO MUNICÍPIO DE PAULÍNIA. LOCAL DA OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR NAS DENOMINADAS ‘VENDAS DOMICILIARES’. ESTABELECIMENTO VENDEDOR. CONSTITUCIONALIDADE. 1. Segundo a remansosa jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, era desnecessária a edição de lei complementar federal para a instituição do IVVC, uma vez que o art. 34, § 1º, do ADCT determinou a vigência imediata do art. 156, III, da CF/88. Precedentes: RE 140.612, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, Tribunal Pleno, DJ de 8/3/2002; RE 254.893-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 30/4/2010; AI 554.827-AgR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, DJe de 1/3/2011; AI 633.316-AgR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de 16/3/2012. 2. Não se verifica qualquer inconstitucionalidade na definição, pela Lei Municipal 1.182/89 de Paulínia, do local de ocorrência do fato gerador como ‘o estabelecimento vendedor, permanente ou temporário, inclusive o veículo utilizado nas chamadas vendas domiciliares’ (art. 3º da Lei Municipal 1.182/89), uma vez que, quanto ao IVVC, a Constituição Federal limitou-se a (a) conferir aos Municípios a competência tributária para institui-lo (art. 156, III, da CF/88, na redação original); (b) reservar à lei complementar a fixação de suas alíquotas máximas (art. 156, § 4º, I, da CF/88); (c) determinar a vigência imediata do dispositivo normativo que previu a exação (art. 34, § 1º, do ADCT); e (d) estabelecer sua alíquota máxima (art. 34, § 7º, do ADCT). 3. Agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE 745.630-AgR, Rel. Min. TEORI ZAVASCKI, Segunda Turma, DJe de 14/9/2015)

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. ALEGADA IMPOSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. DEFICIÊNCIA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 326

DAS RAZÕES RECURSAIS POR GENÉRICAS E INESPECÍFICAS. SÚMULAS 356 E 284/STF. IMPROCEDÊNCIA. 1. A matéria constitucional versada no recurso extraordinário foi prequestionada. Em sentido semelhante, é possível compreender a controvérsia constitucional posta ao crivo da Corte. Ausência dos vícios formais elencados. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE VENDA DE COMBUSTÍVEIS A VAREJO. IVVC. VALIDADE. 2. Segundo orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal, é desnecessária a prévia existência de lei complementar de normas gerais em matéria tributária como condição para instituição do IVVC. 3. Ainda segundo esta Corte, o tributo só poderia ‘ser cobrado nas vendas feitas pelos revendedores (Postos de Gasolina, etc.) aos consumidores finais’ (RE 140.612, rel. min. Sydney Sanches, RTJ 181/264). Em sentido diverso, o acórdão recorrido afastou a validade da regra-matriz de incidência tributária, sem distinguir entre as operações de venda a varejo das operações de grande monta aos consumidores. 4. O IVVC e o ICMS são tributos diversos, com regras-matrizes próprias, de modo que não se configura ‘duplicidade de fatos geradores’. Agravo regimental ao qual se nega provimento.” (RE 254.893-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 30/4/2010)

O acórdão recorrido não divergiu desse entendimento, razão pela qual merece ser mantido.

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, NEGO SEGUIMENTO AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

Não se aplica o art. 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015, tendo em vista que o julgado recorrido foi publicado antes da vigência da nova codificação processual.

Publique-se. Brasília, 21 de maio de 2018.

Ministro ALEXANDRE DE MORAESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 582.451 (1437)ORIGEM : AC - 3273615000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : MARI ELISA BUFFALOADV.(A/S) : IZABEL AZEVEDO (132784/SP)ADV.(A/S) : GUSTAVO CORTÊS DE LIMA (10969/DF)

DECISÃOTrata-se de Recurso Extraordinário interposto em face de acórdão

proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado (fl. 76):

“Reexame necessário – Alçada – Não conhecimento Servidora Pública Estadual – Reformulação do critério de cálculo referente à incorporação de décimos conforme dispõe o art. 133 da C. Estadual através da Lei Complementar n. 836/97 – Retroatividade – Inadmissibilidade face ao que dispõem os arts. 5º, XXXVI e 37, XV, ambos da C. Federal – Ação julgada parcialmente procedente – Sentença mantida – Recurso improvido.”

Nas razões recursais, com amparo no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, o recorrente aponta violação ao art. 37, II, da CF/88.

É o relatório. Decido.A irresignação não merece prosperar. Por sua exatidão, adoto como

razões de decidir os fundamentos apresentados pelo ilustre Min. ROBERTO BARROSO, por ocasião do exame do AI 855.754 (DJe de 5/2/2015):

“DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado (fls. 334):

‘SERVIDORES PÚBLICOS - Inativos - Magistério - Vantagens do artigo 133, da Constituição Estadual, na forma anterior à vigência da Lei Complementar n° 836/97 - Admissibilidade - Incorporação aos subsídios do aludido benefício, na forma regulamentada pelo Decreto Estadual n° 35.200/92 - Redução clara e nominal dos proventos, em virtude da retroatividade da Lei Complementar n° 836/97, o que é inadmissível, pelo conteúdo do artigo 5°, XXXVI, da Constituição da República - Direito assegurado - Inexistência de violação ao artigo 37, II, da CF. - Declaração de inconstitucionalidade apenas incidenter tantum pelo STF - Sentença de improcedência reformada - Recurso provido, nos termos do acórdão.’

O recurso extraordinário busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação ao art. 37, II, da Constituição. Sustenta, em síntese, ser inconstitucional o recebimento do benefício instituído pelo art. 133 da Constituição do Estado de São Paulo, uma vez que permite a incorporação de remuneração percebida em desvio de função.

O recurso extraordinário não deve ser provido. De início, ressalta-se que, ao contrário do alegado pela parte recorrente, no julgamento do RE 219.934-ED, o Plenário desta Corte assentou que a declaração de inconstitucionalidade do art. 133 da Constituição Paulista restringia-se à expressão ‘a qualquer título’. Veja-se a ementa do julgado:

‘CONCURSO PÚBLICO. RESSALVA. NOMEAÇÃO PARA CARGO

EM COMISSÃO. DÉCIMOS DA DIFERENÇA ENTRE REMUNERAÇÃO DO CARGO DE QUE SEJA TITULAR O SERVIDOR E DO CARGO EM FUNÇÃO OCUPADO. INCONSTITUCIONALIDADE. 1. A Constituição Federal prevê, em seu art. 37, II, in fine, a ressalva à possibilidade de "nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação", como exceção à exigência de concurso público. Inconstitucional o permissivo constitucional estadual apenas na parte em que permite a incorporação "a qualquer título" de décimos da diferença entre a remuneração do cargo de que seja titular e a do cargo ou função que venha a exercer. A generalização ofende o princípio democrático que rege o acesso aos cargos públicos. 2. Ao Supremo Tribunal Federal, como guardião maior da Constituição, incumbe declarar a inconstitucionalidade de lei, sempre que esta se verificar, ainda que ex officio, em razão do controle difuso, independente de pedido expresso da parte. 3. O Ministério Público atuou, no caso concreto. Não há vício de procedimento sustentado. 4. Embargos da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo e do Estado de São Paulo acolhidos em parte, para limitar a declaração de inconstitucionalidade dos art. 133 da Constituição e 19 do se ADCT, tão só, à expressão, "a qualquer título", constante do primeiro dispositivo. Rejeitados, os do servidor, por não demonstrada a existência da alegada omissão e por seu manifesto propósito infringente.’

Ademais, para dissentir do acórdão recorrido e concluir se, no caso, seria devida a incorporação pleiteada pela parte recorrida, seria necessária a análise da legislação local pertinente (Decreto estadual nº 35.200/1992 e Lei Complementar nº 836/1997), além do reexame dos fatos e do material probatório constante dos autos. Nessas condições, incidem as Súmulas 279 e 280/STF. No mesmo sentido, confiram-se as seguintes decisões monocráticas: RE 598.418, Rel. Min. Ricardo Lewandowski; RE 461.494- AgR, Rel.ª Min.ª Cármem Lúcia.

Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, II, b, do CPC e no art. 21, § 1º, do RI/STF, conheço do agravo e nego seguimento ao recurso extraordinário. ”

Vejam-se, também, as seguintes decisões monocráticas proferidas nos seguintes processos: ARE 1.018.053 (Rel. Min. DIAS TOFFOLI, DJe de 6/4/2017); e AI 643.554 (Rel. Min ELLEN GRACIE, DJe de 1º/2/2011).

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, NEGO SEGUIMENTO AO RECURSO.

Não se aplica o art. 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015, tendo em vista que o julgado recorrido foi publicado antes da vigência da nova codificação processual.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro ALEXANDRE DE MORAESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 585.858 (1438)ORIGEM : AMS - 200251010157998 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : TELELISTAS (REGIÃO 1) LTDARECTE.(S) : TELELISTAS (REGIÃO 2) LTDAADV.(A/S) : CHRISTIANE PANTOJA (15372/DF)ADV.(A/S) : CARLOS ROBERTO SIQUEIRA CASTRO (169709A/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃOTrata-se de Recursos Extraordinários interpostos em face de acórdão

proferido pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região, assim ementado (fl. 229, Vol .2):

“EMENTA. DENÚNCIA ESPONTÂNEA. ART. 138 DO CTN. PARCELAMENTO DO DÉBITO TRIBUTÁRIO. MULTA MORATÓRIA. TAXA SELIC. PRINCÍPIO DA EQUIDADE.

1. O instituto da denúncia espontânea visa estimular o contribuinte a comunicar ao Fisco a prática de infração tributária e a regularização dessa situação através do pagamento do tributo e dos juros de mora, antes de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização relacionados com a infração, eximindo-a da multa moratória (art. 138, caput e parágrafo único, do CTN).

2. Não beneficia, portanto, o contribuinte que paga com atraso tributo sujeito a lançamento por homologação, por ele já declarado.

3. Em caso do pedido de parcelamento do débito, é inaplicável o instituto da denúncia espontânea, pois não há pagamento integral da dívida e extinção da obrigação tributária, o que se dará apenas ao final do procedimento.

4. A incidência da Taxa SELIC é a concretização do princípio da equidade no direito tributário, na medida em que tal índice também é aplicado nas ações de compensação e de repetição de indébito tributário.

5. Apelações improvidas.”Tanto no apelo extremo interposto por Telelistas (Região 1) Ltda.

como no extraordinário apresentado por Telelistas (Região 2) Ltda., foram alegadas violações aos arts. 5º, 150, I, 192, § 3º, da CF/88.

É o relatório. Decido.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 327

Os recursos extraordinários somente serão conhecidos e julgados, quando essenciais e relevantes as questões constitucionais a serem analisadas, sendo imprescindível ao recorrente, em sua petição de interposição de recurso, a apresentação formal e motivada da repercussão geral que demonstre, perante o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a existência de acentuado interesse geral na solução das questões constitucionais discutidas no processo, que transcenda a defesa puramente de interesses subjetivos e particulares.

A obrigação do recorrente de apresentar formal e motivadamente a preliminar de repercussão geral que demonstre, sob o ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, a relevância da questão constitucional debatida que ultrapasse os interesses subjetivos da causa, conforme exigência constitucional, legal e regimental (art. 102, § 3º, da CF/88, c/c art. 1.035, § 2º, do Código de Processo Civil de 2015 e art. 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), não se confunde com meras invocações, desacompanhadas de sólidos fundamentos e de demonstração dos requisitos no caso concreto, de que (a) o tema controvertido é portador de ampla repercussão e de suma importância para o cenário econômico, político, social ou jurídico; (b) a matéria não interessa única e simplesmente às partes envolvidas na lide; ou, ainda, de que (c) a jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL é incontroversa no tocante à causa debatida, entre outras alegações de igual patamar argumentativo (ARE 691.595-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/2/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/2/2013; ARE 696.263-AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/2/2013; AI 717.821-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/8/2012).

Não havendo demonstração fundamentada da presença de repercussão geral, incabível o seguimento do Recurso Extraordinário.

Ademais, ainda que superado esse grave óbice, no que diz respeito à denúncia espontânea, a jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL vem rejeitando as teses colocadas nos presentes Recursos Extraordinários. Nesse sentido, confiram-se os seguintes julgados:

“DIREITO TRIBUTÁRIO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO CPC/2015. DEPÓSITO JUDICIAL. DENÚNCIA ESPONTÂNEA. ISONOMIA. ART. 138 DO CTN. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA NÃO VIABILIZA O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ALEGAÇÃO DE OFENSA AOS ARTS. 5º, XXXV, LIV e LV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. REELABORAÇÃO DA MOLDURA FÁTICA. PROCEDIMENTO VEDADO NA INSTÂNCIA EXTRAORDINÁRIA. AGRAVO MANEJADO SOB A VIGÊNCIA DO CPC/2015. 1. A controvérsia, a teor do já asseverado na decisão guerreada, não alcança estatura constitucional. Não há falar em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais. Compreensão diversa demandaria prévia análise da legislação infraconstitucional aplicada à espécie, bem como a reelaboração da moldura fática, a tornar oblíqua e reflexa eventual ofensa à Constituição, insuscetível, como tal, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência desta Suprema Corte. 2. As razões do agravo interno não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à ausência de ofensa a preceito da Constituição da República. 3. Ausente condenação anterior em honorários, inaplicável o art. 85, § 11, do CPC/2015. 4. Agravo interno conhecido e não provido.”(ARE 1.032.453-AgR, Rel. Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe de 14/11/2017)

“DIREITO TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. DENÚNCIA ESPONTÂNEA. PAGAMENTO PARCELADO. EXCLUSÃO DOS JUROS DE MORA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE PROVAS. DESCABIMENTO. 1. Hipótese em que a resolução da controvérsia demandaria a análise de legislação infraconstitucional e o reexame do conjunto fático-probatório dos autos (Súmula 279/STF), procedimentos inviáveis nesta fase recursal. Precedentes. 2. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 807.614-AgR, Rel. Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, DJe de 12/2/2016)

“Agravo regimental no agravo de instrumento. 2. Direito Tributário. 3. Denúncia espontânea. Multa moratória. 4. Ofensa constitucional reflexa. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 787.240-AgR, Rel. Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, DJe de 22/5/2012)

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. DENÚNCIA ESPONTÂNEA. PARCELAMENTO. 1. NECESSIDADE DO REEXAME DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO CONJUNTO PROBATÓRIO. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2. INEXISTÊNCIA DE ELEMENTOS PARA AFERIR O CARÁTER CONFISCATÓRIO DA MULTA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (AI 853.078-AgR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, DJe de 14/3/2012)

Por fim, o Tribunal de origem não divergiu do entendimento firmado pelo Plenário desta CORTE, quando do julgamento RE 582.461-RG (Rel. Min. GILMAR MENDES, Tema 214), sob a sistemática da repercussão geral, no sentido de que é legítima a utilização, por lei, da taxa SELIC como índice de atualização de débitos tributários. Confira-se a ementa do precedente:

“1. Recurso extraordinário. Repercussão geral. 2. Taxa Selic.

Incidência para atualização de débitos tributários. Legitimidade. Inexistência de violação aos princípios da legalidade e da anterioridade. Necessidade de adoção de critério isonômico. No julgamento da ADI 2.214, Rel. Min. Maurício Corrêa, Tribunal Pleno, DJ 19.4.2002, ao apreciar o tema, esta Corte assentou que a medida traduz rigorosa igualdade de tratamento entre contribuinte e fisco e que não se trata de imposição tributária. 3. ICMS. Inclusão do montante do tributo em sua própria base de cálculo. Constitucionalidade. Precedentes. A base de cálculo do ICMS, definida como o valor da operação da circulação de mercadorias (art. 155, II, da CF/1988, c/c arts. 2º, I, e 8º, I, da LC 87/1996), inclui o próprio montante do ICMS incidente, pois ele faz parte da importância paga pelo comprador e recebida pelo vendedor na operação. A Emenda Constitucional nº 33, de 2001, inseriu a alínea “i” no inciso XII do § 2º do art. 155 da Constituição Federal, para fazer constar que cabe à lei complementar “fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço”. Ora, se o texto dispõe que o ICMS deve ser calculado com o montante do imposto inserido em sua própria base de cálculo também na importação de bens, naturalmente a interpretação que há de ser feita é que o imposto já era calculado dessa forma em relação às operações internas. Com a alteração constitucional a Lei Complementar ficou autorizada a dar tratamento isonômico na determinação da base de cálculo entre as operações ou prestações internas com as importações do exterior, de modo que o ICMS será calculado "por dentro" em ambos os casos. 4. Multa moratória. Patamar de 20%. Razoabilidade. Inexistência de efeito confiscatório. Precedentes. A aplicação da multa moratória tem o objetivo de sancionar o contribuinte que não cumpre suas obrigações tributárias, prestigiando a conduta daqueles que pagam em dia seus tributos aos cofres públicos. Assim, para que a multa moratória cumpra sua função de desencorajar a elisão fiscal, de um lado não pode ser pífia, mas, de outro, não pode ter um importe que lhe confira característica confiscatória, inviabilizando inclusive o recolhimento de futuros tributos. O acórdão recorrido encontra amparo na jurisprudência desta Suprema Corte, segundo a qual não é confiscatória a multa moratória no importe de 20% (vinte por cento). 5. Recurso extraordinário a que se nega provimento.”(RE 582.461, Rel. Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, DJe de 18/8/2011)

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, NEGO SEGUIMENTO AOS RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS.

Não se aplica o art. 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015, tendo em vista que não houve fixação de honorários advocatícios nas instâncias de origem.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro ALEXANDRE DE MORAESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 588.501 (1439)ORIGEM : AC - 2560345600 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE

MEDICINA DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : ALTAIR MACHADO LOBOADV.(A/S) : MARIA DO CARMO LEITE DE MORAES PRADO (32741/

SP)

DECISÃOTrata-se de Recurso Extraordinário interposto em face de acórdão

proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado (fl. 119):

“SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL – Procurador autárquico – Inativo – Manutenção da participação na verba honorária concedida por legislação estadual anterior – LC nºs 93/74 e 724/93 – Vantagem que não pode ser suprimida por diploma de hierarquia inferior – Efeitos da declaração de inconstitucionalidade do art. 101 da CE – Respeito a direito adquirido – Precedentes – Ação improcedente – Recurso provido.”

Nas razões recursais, com amparo no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, o recorrente aponta violação aos arts. 37, XIII, da CF/88 e 17 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

Intimada a se manifestar, a Procuradoria-Geral da República opina pelo não conhecimento do apelo (fls. 185-188).

É o relatório. Decido.A irresignação não merece prosperar. Por sua exatidão, adoto como

razões de decidir os fundamentos apresentados pela ilustre Min. CÁRMEN LÚCIA, por ocasião do exame do AI 695.204 (DJe de 26/9/2012):

“1. Agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso inadmitido foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:

“PROCURADOR AUTÁRQUICO. Inativos. Cessação dos descontos

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 328

efetuados nos proventos, relativos ao Regime de Advocacia Pública e Honorários Advocatícios. ADMISSIBILIDADE. Efeito ‘ex tunc’ não autorizado pelo ordenamento jurídico. A supressão da expressão ‘vencimentos, vantagens’ do art. 101 da Constituição Estadual, resultado de ADIN, não tem o condão de invalidar legislação anterior, atingindo direito adquirido que não decorreu da norma inconstitucional. Aplicação da L.C. 827/97 que ofende, também, o princípio da seguridade social, que, estabelece irredutibilidade dos benefícios. Preliminares rejeitadas, provido o recurso para conceder a segurança” (fl. 81).

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados (fl. 94).2. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento de que a

ofensa à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta (fls. 132 e 133).3. O Agravante afirma que o Tribunal de origem teria contrariado o art.

37, inc. XIII, da Constituição da República, e o art. 17 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT).

Assevera que “cuida-se de mandado de segurança impetrado por Procuradores Autárquicos aposentados, visando o reconhecimento da inaplicabilidade da LC 827/97, com restabelecimento da denominada ‘verba honorária’ paga por força das LC 93/74 e 724/93 e suprimida a partir da edição do Decreto nº 41.227/96” (fl. 100).

Sustenta que “havendo norma da Constituição Federal que impede a existência de legislação que promova a vinculação de remuneração de pessoal do serviço público, não poderia ter o legislador constituinte estadual estabelecido em norma da Constituição do Estado mandamento diverso do existente no âmbito nacional” (fl. 107).

Pondera que “a LC 827/97, portanto, veio para resolver a necessidade de adequação do sistema retribuitório do[s] Procuradores Autárquicos aos cânones Constitucionais estabelecidos (…) Decorreu da decisão do Supremo Tribunal Federal de considerar inconstitucional a vinculação remuneratória estabelecida pela Constituição do Estado na redação original de seu artigo 101” (fl. 118).

Aponta que “o ato da Administração de adequar a remuneração dos Procuradores das Autarquias ao que dita a Constituição encontra respaldo inequívoco no artigo 17, do ADCT, não havendo qualquer vício a maculá-lo” (fl. 119).

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. Razão jurídica não assiste ao Agravante.5. O Desembargador Relator Oliveira Santos afirmou que:“No mérito, com razão os apelantes.Os vencimentos e proventos dos Procuradores Autárquicos foram

fixados pela Lei Complementar 93/74. Vantagem concedida por lei só poderia ser suprimida por outra lei, daí a edição da Lei Complementar n. 827/97, contra a qual se insurgem os impetrantes seja porque determina retroação dos seus efeitos, seja porque atinge direito adquirido com aposentação ocorrida antes de sua vigência.

Modificar a forma anterior de cálculo dos proventos dos Procuradores aposentados, de modo a reduzi-los, com a aplicação da Lei Complementar n. 827/97, implicaria em ferir frontalmente o disposto no art. 194, par. Único, IV, da Constituição Federal, que estabelece, como princípio da seguridade social, a irredutibilidade dos benefícios” (fl. 83).

6. No julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 1.434, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, este Supremo Tribunal Federal declarou a inconstitucionalidade formal da expressão “vencimentos, vantagens” contida no art. 101 da Constituição de São Paulo, sem examinar as consequências dessa declaração sobre os proventos dos procuradores aposentados, pois dependente da interpretação de outras normas infraconstitucionais:

“Servidor público: remuneração: equiparação, por norma constitucional estadual, de Procuradores Autárquicos e Procuradores do Estado, em vencimentos e vantagens: inconstitucionalidade formal e material.

I. Processo legislativo: modelo federal: inciativa legislativa reservada: aplicabilidade, em termos, ao poder constituinte dos Estados-membros.

1. As regras básicas do processo legislativo federal são de absorção compulsória pelos Estados-membros em tudo aquilo que diga respeito – como ocorre às que enumeram casos de iniciativa legislativa reservada – ao princípio fundamental de independência e harmonia dos poderes, como delineado na Constituição da República.

2. Essa orientação – malgrado circunscrita em princípio ao regime dos poderes constituídos do Estado-membro – é de aplicar-se em termos ao poder constituinte local, quando seu trato na Constituição estadual traduza fraude ou obstrução antecipada ao jogo, na legislação ordinária, das regras básicas do processo legislativo, a exemplo da área de iniciativa reservada do executivo ou do judiciário: é o que se dá quando se eleva ao nível constitucional do Estado-membro assuntos miúdos do regime jurídico dos servidores públicos, sem correspondência no modelo constitucional federal, como sucede, na espécie, com a equiparação em vencimentos e vantagens dos membros de uma carreira – a dos Procuradores Autárquicos – aos de outra – a dos Procuradores do Estado: é matéria atinente ao regime jurídico de servidores públicos, a ser tratada por lei de iniciativa reservada ao Chefe do Poder Executivo (CF, art. 61, § 1º, II, c).

3. O princípio da irredutibilidade de vencimentos não inibe a declaração de inconstitucionalidade da norma de equiparação questionada, cuja invalidade, de resto, não alcança por si só a identidade da remuneração das carreiras consideradas, na medida em que, como se afirma, decorre ela

de leis válidas anteriores que a ambas hajam atribuído os mesmos vencimentos. (DJ 25.2.2000 - grifei)

Portanto, o novo exame da decisão impugnada exigiria a análise prévia da legislação infraconstitucional aplicada à espécie (Leis Complementares Estadual n. 93/1974, 724/1993, e 827/1997 e Decreto Estadual n. 41.227/1996). Assim, a alegada contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCURADOR AUTÁRQUICO. ESTADO DE SÃO PAULO. PROVENTOS. REDUÇÃO. DIREITO LOCAL. SÚMULA Nº 280 DO STF. PRECEDENTE. 1. No julgamento da ADIn 1434, esta Corte entendeu que a inconstitucionalidade do art. 101 da Constituição do Estado de São Paulo não acarreta a automática redução de proventos ou vencimentos que tinham por fundamento legislação anterior. Acórdão recorrido que, com base em interpretação de direito local, entendeu haver o direito líquido e certo do ora agravante de não ter seus proventos reduzidos. Incidência da súmula nº 280 do STF. 2. Agravo improvido” (AI 456.356-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ 1º.7.2005).

“1. Procuradores autárquicos de São Paulo: regime de remuneração de inativos: supressão de verba relativa a honorários advocatícios por ato do Chefe do Executivo. Recurso extraordinário: descabimento: controvérsia que demanda interpretação de legislação infraconstitucional (…) inviável no recurso extraordinário” (AI 591.041-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 7.12.2006).

Ainda, em caso idêntico ao presente, as seguintes decisões monocráticas: Agravo de Instrumento n. 591.566, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe 13.12.2011; Recurso Extraordinário n. 556.647, Relator o Ministro Cézar Peluso, DJe 5.3.2010.

Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”.

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, NEGO SEGUIMENTO AO RECURSO.

Não se aplica o art. 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015, tendo em vista que o julgado recorrido foi publicado antes da vigência da nova codificação processual.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro ALEXANDRE DE MORAESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 621.484 (1440)ORIGEM : AC - 200800140860 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE MAGÉPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MAGÉRECDO.(A/S) : TELMA DA ROCHA SOUTTOADV.(A/S) : KELLY MARTINS RAMOS (111395/RJ) E OUTRO(A/S)

DECISÃOTrata-se de Recurso Extraordinário interposto em face de acórdão

proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, assim ementado (fl. 85):

“Constitucional. Mandado de segurança. Município de Magé. Servidor público municipal contratado pelo regime celetista antes da Constituição Federal de 1988. Lei Municipal nº 1.263/96 que alterou o art. 1º da Lei 1.054/91 e determinou que em seu § 1º constasse que os servidores municipais admitidos até 4 de outubro de 1988 tivessem seus empregos transformados em cargos públicos, por enquadramento automático. Lei nº 1263/96 considerada constitucional pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro na Representação de Constitucionalidade nº 21/97. Recurso desprovido”

Nas razões recursais, com amparo no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, o recorrente aponta violação aos arts. 5º, II, LXXIII, 37, caput, e II, da CF/88.

É o relatório. Decido.A irresignação não merece prosperar. Por sua exatidão, adoto como

razões de decidir os fundamentos apresentados pela ilustre Min. ROSA WEBBER, por ocasião do exame do AI 855.754 (DJe de 7/5/2013):

“Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo de instrumento. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 5º, I, LXXIII, e 37, caput e II, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 329

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo de instrumento.

O entendimento adotado no acórdão recorrido não diverge da jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal no sentido da necessidade de instauração de processo administrativo em que sejam assegurados o contraditório e a ampla defesa, razão pela qual não se divisa a alegada ofensa aos dispositivos constitucionais suscitados. Nesse sentido: RE 435.196-AgR/CE, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 30.10.2012; RE 594.040-AgR/SP, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe 23.4.2010; e AI 837.212-AgR/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe 27.8.2012, verbis:

‘Agravo regimental no recurso extraordinário. Servidor público. Nulidade da nomeação. Demissão. Princípios do contraditório e da ampla defesa. Observância. Necessidade. Reexame da legislação local e dos fatos e das provas dos autos Impossibilidade. Precedentes. 1. O entendimento desta Corte está consolidado no sentido de que qualquer ato da Administração Pública que repercuta no campo dos interesses individuais do cidadão deverá ser precedido de prévio procedimento administrativo no qual se assegure ao interessado o efetivo exercício do direito ao contraditório e à ampla defesa. 2. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame da legislação infraconstitucional local e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 280 e 279/STF. 3. Agravo regimental não provido.’

‘AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO NÃO ESTÁVEL. DEMISSÃO. NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DE CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA. I - A demissão de servidor público, mesmo que não estável, deve ser precedida por processo administrativo, em que sejam assegurados o contraditório e a ampla defesa. Precedentes. II - Agravo regimental não provido.’

‘Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Direito Administrativo. 3. Agravo regimental não atacou fundamento da decisão agravada. Incidência da Súmula 287. 4. Demissão de servidor público não estável. Necessidade de instauração de procedimento administrativo, assegurados o contraditório e a ampla defesa. Precedentes do STF. 5. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 6. Agravo regimental a que se nega provimento.’

Colho, ainda, o AI 828.644/RJ, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 06.3.2012, verbis:

‘Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que não admitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, cuja ementa possui o seguinte teor:

‘SERVIDOR PÚBLICO. Município de Magé. Nomeação Sem Concurso Público. Conversão Regime Estatutário. Demissão. Reintegração. A Lei nº 1.054/91 do Município de Magé, com a redação conferida pela Lei nº 1.263/96, ao estabelecer o Regime Jurídico Único de seus servidores e adotar o regime estatutário, transformou o emprego da servidora em cargo público, assegurando-lhe os direitos daí decorrentes. Lei Municipal declarada constitucional pelo Órgão Especial do TJRJ, na RI nº 21/97. Necessidade de sentença judicial ou processo administrativo em que se assegure a ampla defesa para sua demissão. Desprovimento do recurso de agravo.’ (Grifei - fls. 106).

O ora agravante alega ofensa ao disposto nos arts. 5º, II e LXXIII; e 37, caput, II, da Constituição Federal. Afirma, em síntese, que ’demissão se inscreve no poder-dever de auto-tutela da Administração Pública’ (fls. 144).

É o relatório. Decido.Este Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 594.296 (rel. min.

Dias Toffoli), no qual fora reconhecida a repercussão geral da questão constitucional, assim decidiu:

‘Em conclusão de julgamento, o Plenário desproveu recurso extraordinário em que questionada a legalidade de decisão administrativa por meio da qual foram cancelados 4 qüinqüênios anteriormente concedidos a servidora pública e determinada a devolução dos valores percebidos indevidamente. O ente federativo sustentava que atuara com fundamento no poder de autotutela da Administração Pública e aludia à desnecessidade, na hipótese, de abertura de qualquer procedimento, ou mesmo de concessão de prazo de defesa à interessada, de modo que, após a consumação do ato administrativo, a esta incumbiria recorrer ao Poder Judiciário v. Informativo 638. Afirmou-se que, a partir da CF/88, foi erigido à condição de garantia constitucional do cidadão, quer se encontre na posição de litigante, em processo judicial, quer seja mero interessado, o direito ao contraditório e à ampla defesa. Asseverou-se que, a partir de então, qualquer ato da Administração Pública capaz de repercutir sobre a esfera de interesses do cidadão deveria ser precedido de procedimento em que se assegurasse, ao interessado, o efetivo exercício dessas garantias. RE 594296/MG, rel. Min. Dias Toffoli, 21.9.2011.’ (Informativo 641, de 28.09.2011; grifei).

Desse entendimento não divergiu o acórdão recorrido. Do exposto, nego seguimento ao agravo.’

Não há, portanto, como assegurar trânsito ao extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput). ”Vejam-se, também, as seguintes decisões monocráticas proferidas

nos seguintes processos: RE 630.922 (Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, DJe de 5/8/2014); ARE 744.245 (Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJe de 22/8/2013); e AI 828.644 (Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, DJe de 6/3/2012.

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, NEGO SEGUIMENTO AO RECURSO.

Não se aplica o art. 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015, tendo em vista que não houve fixação de honorários advocatícios nas instâncias de origem.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro ALEXANDRE DE MORAESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 634.694 (1441)ORIGEM : EDRR - 949200106302000 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : DÉCIMO TERCEIRO CARTÓRIO DE REGISTRO DE

IMÓVEIS DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PEDRO LOPES RAMOS (7481/DF) E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESPÓLIO DE OSWALDO RAMIL JÚNIORADV.(A/S) : ELAINE PEREIRA CAVALCANTE (164643/SP) E

OUTRO(A/S)

DECISÃOTrata-se de Recurso Extraordinário interposto em face de acórdão

proferido pelo Tribunal Superior do Trabalho .No apelo extremo, interposto com amparo no art. 102, III, da

Constituição Federal, a parte recorrente sustenta que houve ofensa a normas constitucionais.

É o relatório. Decido. Os recursos extraordinários somente serão conhecidos e julgados,

quando essenciais e relevantes as questões constitucionais a serem analisadas, sendo imprescindível ao recorrente, em sua petição de interposição de recurso, a apresentação formal e motivada da repercussão geral que demonstre, perante o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a existência de acentuado interesse geral na solução das questões constitucionais discutidas no processo, que transcenda a defesa puramente de interesses subjetivos e particulares.

A obrigação do recorrente de apresentar formal e motivadamente a preliminar de repercussão geral que demonstre, sob o ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, a relevância da questão constitucional debatida que ultrapasse os interesses subjetivos da causa, conforme exigência constitucional, legal e regimental (art. 102, § 3º, da CF/88, c/c art. 1.035, § 2º, do Código de Processo Civil de 2015 e art. 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), não se confunde com meras invocações, desacompanhadas de sólidos fundamentos e de demonstração dos requisitos no caso concreto, de que (a) o tema controvertido é portador de ampla repercussão e de suma importância para o cenário econômico, político, social ou jurídico; (b) a matéria não interessa única e simplesmente às partes envolvidas na lide; ou, ainda, de que (c) a jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL é incontroversa no tocante à causa debatida, entre outras alegações de igual patamar argumentativo (ARE 691.595-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/2/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/2/2013; ARE 696.263-AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/2/2013; AI 717.821-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/8/2012).

Não havendo demonstração fundamentada da presença de repercussão geral, incabível o seguimento do Recurso Extraordinário.

Ademais, o SUPREMO não vem conhecendo de recursos com semelhante teor. Nesse sentido:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. EMPREGADO DE CARTÓRIO EXTRAJUDICIAL. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DA LEGISLAÇÃO LOCAL. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE FATOS E PROVAS. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. A discussão acerca da aplicação da legislação trabalhista aos empregados de cartórios extrajudiciais está restrita ao âmbito infraconstitucional e à análise da legislação local. 2. Agravo regimental a que se nega provimento.(RE 634985 AgR, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Primeira Turma, DJe 08-03-2016) “

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, NEGO SEGUIMENTO AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro ALEXANDRE DE MORAES

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 330

RelatorDocumento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 664.543 (1442)ORIGEM : MS - 00003799720118030000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : AMAPÁRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : ESTADO DO AMAPÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAPÁRECDO.(A/S) : B2W - COMPANHIA GLOBAL DO VAREJOADV.(A/S) : SERGIO BERMUDES (RJ17587/)

DECISÃOTrata-se de Recurso Extraordinário interposto em face de acórdão

proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amapá.No apelo extremo, interposto com amparo no art. 102, III, da

Constituição Federal, a parte recorrente sustenta que houve ofensa a norma constitucionais.

É o relatório. Decido. O acórdão recorrido harmoniza-se com a jurisprudência desta

CORTE. Nesse sentido:“Ementa: CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE

OPERAÇÕES DE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO E DE TRANSPORTE INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL (ICMS). PRELIMINAR. PERTINÊNCIA TEMÁTICA. PRESENÇA DE RELAÇÃO LÓGICA ENTRE OS FINS INSTITUCIONAIS DAS REQUERENTES E A QUESTÃO DE FUNDO VERSADA NOS AUTOS. PROTOCOLO ICMS Nº 21/2011. ATO NORMATIVO DOTADO DE GENERALIDADE, ABSTRAÇÃO E AUTONOMIA. MÉRITO. COBRANÇA NAS OPERAÇÕES INTERESTADUAIS PELO ESTADO DE DESTINO NAS HIPÓTESES EM QUE OS CONSUMIDORES FINAIS NÃO SE AFIGUREM COMO CONTRIBUINTES DO TRIBUTO. INCONSTITUCIONALIDADE. HIPÓTESE DE BITRIBUTAÇÃO (CRFB/88, ART. 155, § 2º, VII, B). OFENSA AO PRINCÍPIO DO NÃO CONFISCO (CRFB/88, ART. 150, IV). ULTRAJE À LIBERDADE DE TRÁFEGO DE BENS E PESSOAS (CRFB/88, ART. 150, V). VEDAÇÃO À COGNOMINADA GUERRA FISCAL (CRFB/88, ART. 155, § 2º, VI). AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE JULGADA PROCEDENTE. MODULAÇÃO DOS EFEITOS A PARTIR DO DEFERIMENTO DA CONCESSÃO DA MEDIDA LIMINAR, RESSALVADAS AS AÇÕES JÁ AJUIZADAS. 1. A Confederação Nacional do Comércio - CNC e a Confederação Nacional da Indústria - CNI, à luz dos seus fins institucionais, são partes legítimas para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade que impugna o Protocolo ICMS nº 21, ex vi do art. 103, IX, da Lei Fundamental de 1988, posto representarem, em âmbito nacional, os direitos e interesses de seus associados. 2. A modificação da sistemática jurídico-constitucional relativa ao ICMS, inaugurando novo regime incidente sobre a esfera jurídica dos integrantes das classes representadas nacionalmente pelas entidades arguentes, faz exsurgir a relação lógica entre os fins institucionais a que se destinam a CNC/CNI e a questão de fundo versada no Protocolo adversado e a fortiori a denominada pertinência temática (Precedentes: ADI 4.364/SC, Plenário, Rel. Min. Dias Toffoli, DJ.: 16.05.2011; ADI 4.033/DF, Plenário, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJ.: 07.02.2011; ADI 1.918/ES-MC, Plenário, Rel. Min. Maurício Corrêa, DJ.: 19.02.1999; ADI 1.003-DF, Plenário, Rel. Min. Celso de Mello, DJ.: 10.09.1999; ADI-MC 1.332/RJ, Plenário, Rel. Min. Sydney Sanches, DJ.: 06.12.1995). 3. O Protocolo ICMS nº 21/2011 revela-se apto para figurar como objeto do controle concentrado de constitucionalidade, porquanto dotado de generalidade, abstração e autonomia (Precedentes da Corte: ADI 3.691, Plenário, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ.: 09.05.2008; ADI 2.321, Plenário, Rel. Min. Celso de Mello, DJ.: 10.06.2005; ADI 1.372, Plenário, Rel. Min. Celso de Mello, DJ.: 03.04.2009). 4. Os Protocolos são adotados para regulamentar a prestação de assistência mútua no campo da fiscalização de tributos e permuta de informações, na forma do artigo 199 do Código Tributário Nacional, e explicitado pelo artigo 38 do Regimento Interno do CONFAZ (Convênio nº 138/1997). Aos Convênios atribuiu-se competência para delimitar hipóteses de concessões de isenções, benefícios e incentivos fiscais, nos moldes do artigo 155, § 2º, XII, g, da CRFB/1988 e da Lei Complementar nº 21/1975, hipóteses inaplicáveis in casu. 5. O ICMS incidente na aquisição decorrente de operação interestadual e por meio não presencial (internet, telemarketing, showroom) por consumidor final não contribuinte do tributo não pode ter regime jurídico fixado por Estados-membros não favorecidos, sob pena de contrariar o arquétipo constitucional delineado pelos arts. 155, § 2º, inciso VII, b, e 150, IV e V, da CRFB/88. 6. A alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte do ICMS, é devida à unidade federada de origem, e não à destinatária, máxime porque regime tributário diverso enseja odiosa hipótese de bitributação, em que os signatários do protocolo invadem competência própria daquelas unidades federadas (de origem da mercadoria ou bem) que constitucionalmente têm o direito de constar como sujeitos ativos da relação tributária quando da venda de bens ou serviços a consumidor final não contribuinte localizado em outra unidade da Federação. 7. O princípio do não confisco, que encerra direito fundamental do contribuinte, resta violado em seu núcleo essencial em face da sistemática adotada no cognominado

Protocolo ICMS nº 21/2011, que legitima a aplicação da alíquota interna do ICMS na unidade federada de origem da mercadoria ou bem, procedimento correto e apropriado, bem como a exigência de novo percentual, a diferença entre a alíquota interestadual e a alíquota interna, a título também de ICMS, na unidade destinatária, quando o destinatário final não for contribuinte do respectivo tributo. 8. O tráfego de pessoas e bens, consagrado como princípio constitucional tributário (CRFB/88, art. 150, V), subjaz infringido pelo ônus tributário inaugurado pelo Protocolo ICMS nº 21/2011 nas denominadas operações não presenciais e interestaduais. 9. A substituição tributária, em geral, e, especificamente para frente, somente pode ser veiculada por meio de Lei Complementar, a teor do art. 155, § 2º, XII, alínea b, da CRFB/88. In casu, o protocolo hostilizado, ao determinar que o estabelecimento remetente é o responsável pela retenção e recolhimento do ICMS em favor da unidade federada destinatária vulnera a exigência de lei em sentido formal (CRFB/88, art. 150, § 7º) para instituir uma nova modalidade de substituição. 10. Os Estados membros, diante de um cenário que lhes seja desfavorável, não detém competência constitucional para instituir novas regras de cobrança de ICMS, em confronto com a repartição constitucional estabelecida. 11. A engenharia tributária do ICMS foi chancelada por esta Suprema Corte na ADI 4565/PI-MC, da qual foi relator o Ministro Joaquim Barbosa, assim sintetizada: a) Operações interestaduais cuja mercadoria é destinada a consumidor final contribuinte do imposto: o estado de origem aplica a alíquota interestadual, e o estado de destino aplica a diferença entre a alíquota interna e a alíquota interestadual, propiciando, portanto, tributação concomitante, ou partilha simultânea do tributo; Vale dizer: ambos os Estados cobram o tributo, nas proporções já indicadas; b) Operações interestaduais cuja mercadoria é destinada a consumidor final não-contribuinte: apenas o estado de origem cobra o tributo, com a aplicação da alíquota interna; c) Operações interestaduais cuja mercadoria é destinada a quem não é consumidor final: apenas o estado de origem cobra o tributo, com a aplicação da alíquota interestadual; d) Operação envolvendo combustíveis e lubrificantes, há inversão: a competência para cobrança é do estado de destino da mercadoria, e não do estado de origem. 12. A Constituição, diversamente do que fora estabelecido no Protocolo ICMS nº 21/2011, dispõe categoricamente que a aplicação da alíquota interestadual só tem lugar quando o consumidor final localizado em outro Estado for contribuinte do imposto, a teor do art. 155, § 2º, inciso VII, alínea g, da CRFB/88. É dizer: outorga-se ao Estado de origem, via de regra, a cobrança da exação nas operações interestaduais, excetuando os casos em que as operações envolverem combustíveis e lubrificantes que ficarão a cargo do Estado de destino. 13. Os imperativos constitucionais relativos ao ICMS se impõem como instrumentos de preservação da higidez do pacto federativo, et pour cause, o fato de tratar-se de imposto estadual não confere aos Estados membros a prerrogativa de instituir, sponte sua, novas regras para a cobrança do imposto, desconsiderando o altiplano constitucional. 14. O Pacto Federativo e a Separação de Poderes, erigidos como limites materiais pelo constituinte originário, restam ultrajados pelo Protocolo nº 21/2011, tanto sob o ângulo formal quanto material, ao criar um cenário de guerra fiscal difícil de ser equacionado, impondo ao Plenário desta Suprema Corte o dever de expungi-lo do ordenamento jurídico pátrio. 15. Ação direta de inconstitucionalidade julgada PROCEDENTE. Modulação dos efeitos a partir do deferimento da concessão da medida liminar, ressalvadas as ações já ajuizadas.(ADI 4628, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Tribunal Pleno, DJe 24-11-2014) “

E ainda:“Ementa: DIREITO TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROTOCOLO CONFAZ Nº 21/2011. INCONSTITUCIONALIDADE. ACÓRDÃO RECORRIDO QUE NÃO DIVERGE DA JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE. PRECEDENTES. EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 87/2015. ALEGAÇÃO DE CONSTITUCIONALIDADE SUPERVENIENTE. IMPOSSIBILIDADE. 1. No julgamento da ADI 4.628, o Plenário da Suprema Corte assentou que o Protocolo Confaz nº 21 subverteu o arquétipo constitucional do ICMS, na medida em que estabeleceu novas regras para a cobrança do imposto que destoam dos parâmetros fixados pela Carta. 2. A conclusão do Tribunal de origem não diverge da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. 3. O advento da Emenda Constitucional nº 87/2015 não tornou constitucional o Protocolo Confaz nº 21/2011. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal não admite o fenômeno da constitucionalidade superveniente. Por essa razão, o referido ato normativo, que nasceu inconstitucional, deve ser considerado nulo perante a norma constitucional que vigorava à época de sua edição. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.(ARE 683849 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, DJe 29-09-2016) “

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, NEGO SEGUIMENTO AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

Publique-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro ALEXANDRE DE MORAESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 683.933 (1443)ORIGEM : AC - 10027030147022001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 331

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE BETIMPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BETIMRECDO.(A/S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : SACHA CALMON NAVARRO COÊLHO (9007/MG)

DECISÃOTrata-se de Recurso Extraordinário interposto em face de acórdão

proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, assim ementado (fl. 381, Vol. 2):

“EMENTA: TRIBUTÁRIO – ISSQN – CONCESSIONÁRIA DE TELEFONIA – TRANSFERÊNCIA POR ELA (CONCESSIONÁRIA) DE VALORES DEVIDOS À EDITORA DE LISTAS TELEFÔNICAS – MERA INTERMEDIAÇÃO – INOCORRÊNCIA DE FATO GERADOR – NÃO INCIDÊNCIA DO TRIBUTO – ‘BIS IN IDEM’. O tributo – ISSQN – só pode incidir sobre anúncios, isto é, venda de publicidade, e não sobre posterior transferência (repasse) pela concessionária de serviços de telefonia, dos valores que cabem à sua editora (delas, listas), por não ser essa transferência considerada serviço, nem fato gerador, para fins de incidência tributária, e sim mera intermediação, sob pena de ‘bis in idem’”.

Nas razões recursais, com amparo no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, o recorrente aponta violação ao art. 156, III, ‘a’, da CF/88.

Intimada a se manifestar, a Procuradoria-Geral da República opina pelo não conhecimento do recurso (fls. 517-520).

É o relatório. Decido.A irresignação não merece prosperar. Por sua exatidão, adoto como

razões de decidir os fundamentos apresentados pelo ilustre Min. JOAQUIM BARBOSA, por ocasião do exame do AI 841.936 (DJe de 5/12/2011):

“DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição federal) interposto de acórdão, prolatado pelo Superior Tribunal de Justiça, que concluiu pela não incidência do ISSQN sobre atividades-meio para a exploração da atividade de telecomunicações, bem como sobre a cobrança pela edição de publicidade em listas telefônicas.

Alega-se violação do disposto nos arts. 155, II, e 156, III, da Constituição federal.

O recurso não merece seguimento.Verifico que a alegada ofensa ao art. 156, III, da Constituição federal

não foi ventilada no acórdão recorrido e também não foi objeto de embargos de declaração. Falta-lhe, pois, o indispensável prequestionamento (Súmulas 282 e 356/STF).

Ademais, a análise da validade da incidência do ISSQN sobre as atividades em questão demandaria, no caso, o prévio exame do quadro fático-jurídico-infraconstitucional, pois se controverte sobre a própria caracterização das referidas atividades como serviços autônomos prestados a terceiro. Portanto, eventual ofensa à Constituição federal perpetrada pelo acórdão recorrido seria meramente indireta ou reflexa, insuscetível, portanto, de conhecimento na via estreita do recurso extraordinário (Súmulas 279, 454 e 636/STF).

Do exposto, nego seguimento ao presente agravo.”Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno

do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, NEGO SEGUIMENTO AO RECURSO. Não se aplica o art. 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015,

tendo em vista que o julgado recorrido foi publicado antes da vigência da nova codificação processual.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro ALEXANDRE DE MORAESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 767.276 (1444)ORIGEM : PROC - 71003851771 - TJRS - 1ª TURMA RECURSAL

DA FAZENDA PÚBLICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : JOVANI ZAMBANADV.(A/S) : MARÍLIA PINHEIRO MACHADO BUCHABQUI

(11748/RS) E OUTRO(A/S)

DECISÃO RECONSIDERAÇÃO. REPERCUSSÃO GERAL ADMITIDA – MATÉRIA IDÊNTICA –

BAIXA À ORIGEM. 1. Afasto a suspensão anteriormente determinada e a decisão de 23

de setembro de 2013.2. O Tribunal, no Recurso Extraordinário nº 766.304/RS, da minha

relatoria, concluiu pela repercussão geral do tema relativo à controvérsia

acerca da possibilidade de, esgotado o prazo de validade do concurso público, propor-se ação objetivando o reconhecimento do direito à nomeação.

3. Ante o quadro, considerado o fato de o recurso veicular a mesma matéria, havendo a intimação do acórdão impugnado ocorrido posteriormente à data em que iniciada a vigência do sistema da repercussão geral, bem como presente o objetivo maior do instituto evitar que o Supremo, em prejuízo dos trabalhos, tenha o tempo tomado com questões repetidas -, determino a devolução do processo à origem. Faço-o com fundamento no artigo 328, parágrafo único, do Regimento Interno desta Corte, para os efeitos do artigo 543-B do Código de Processo Civil de 1973.

4. Declaro o prejuízo do agravo interno (petição nº 50.147/2013).5. Publiquem.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 768.405 (1445)ORIGEM : PROC - 71003987294 - TJRS - 1ª TURMA RECURSAL

DA FAZENDA PÚBLICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : ENILDA SARAIVA JUCHEMADV.(A/S) : ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS (18970/BA,

05939/DF, 385604/SP) E OUTRO(A/S)

DECISÃO RECONSIDERAÇÃO. REPERCUSSÃO GERAL ADMITIDA – MATÉRIA IDÊNTICA –

BAIXA À ORIGEM. 1. Afasto a suspensão anteriormente determinada e a decisão de 24

de setembro de 2013.2. O Tribunal, no Recurso Extraordinário nº 766.304/RS, da minha

relatoria, concluiu pela repercussão geral do tema relativo à controvérsia acerca da possibilidade de, esgotado o prazo de validade do concurso público, propor-se ação objetivando o reconhecimento do direito à nomeação.

3. Ante o quadro, considerado o fato de o recurso veicular a mesma matéria, havendo a intimação do acórdão impugnado ocorrido posteriormente à data em que iniciada a vigência do sistema da repercussão geral, bem como presente o objetivo maior do instituto evitar que o Supremo, em prejuízo dos trabalhos, tenha o tempo tomado com questões repetidas -, determino a devolução do processo à origem. Faço-o com fundamento no artigo 328, parágrafo único, do Regimento Interno desta Corte, para os efeitos do artigo 543-B do Código de Processo Civil de 1973.

4. Declaro o prejuízo do agravo interno (petição nº 51.930/2013).5. Publiquem.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 768.413 (1446)ORIGEM : PROC - 71003898533 - TJRS - 1ª TURMA RECURSAL

DA FAZENDA PÚBLICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : PATRICIA FORTES ALVESADV.(A/S) : ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS (18970/BA,

05939/DF, 385604/SP) E OUTRO(A/S)

DECISÃO RECONSIDERAÇÃO. REPERCUSSÃO GERAL ADMITIDA – MATÉRIA IDÊNTICA –

BAIXA À ORIGEM. 1. Afasto a suspensão anteriormente determinada e a decisão de 26

de novembro de 2013.2. O Tribunal, no Recurso Extraordinário nº 766.304/RS, da minha

relatoria, concluiu pela repercussão geral do tema relativo à controvérsia acerca da possibilidade de, esgotado o prazo de validade do concurso público, propor-se ação objetivando o reconhecimento do direito à nomeação.

3. Ante o quadro, considerado o fato de o recurso veicular a mesma matéria, havendo a intimação do acórdão impugnado ocorrido posteriormente à data em que iniciada a vigência do sistema da repercussão geral, bem como presente o objetivo maior do instituto evitar que o Supremo, em prejuízo dos trabalhos, tenha o tempo tomado com questões repetidas -, determino a devolução do processo à origem. Faço-o com fundamento no artigo 328, parágrafo único, do Regimento Interno desta Corte, para os efeitos do artigo 543-B do Código de Processo Civil de 1973.

4. Declaro o prejuízo do agravo interno (petição nº 63.349/2013).5. Publiquem.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 332

Brasília, 25 de maio de 2018. Ministro MARCO AURÉLIO

Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 777.293 (1447)ORIGEM : AI - 00775274820118260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : MUNICIPIO DE SAO BERNARDO DO CAMPOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

BERNARDO DO CAMPORECDO.(A/S) : SIDNEY COPPINI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : VALDIR JOSÉ SOARES FERREIRA (28231/SP) E

OUTRO(A/S)

DECISÃOTrata-se de Recurso Extraordinário interposto em face de acórdão

proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.No apelo extremo, interposto com amparo no art. 102, III, “a” da

Constituição Federal, a parte recorrente aponta ofensa a dispositivos constitucionais.

É o relatório. Decido. Quanto ao mérito recursal, verifica-se que, no julgamento do Tema

132 (RE 590.751, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI), a seguinte tese de repercussão geral foi consolidada por este SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL:

“O art. 78 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias possui a mesma mens legis que o art. 33 desse Ato, razão pela qual, uma vez calculado o precatório pelo valor real do débito, acrescido de juros legais, não há mais falar em incidência desses nas parcelas anuais, iguais e sucessivas em que é fracionado, desde que adimplidas a tempo e corrigidas monetariamente.”

Ocorre que o acórdão recorrido adotou entendimento diametralmente oposto, ao decidir pela incidência de juros moratórios e compensatórios nas parcelas anuais do débito.

Diante do exposto, com base no art. 21, §§ 1º e 2º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, conheço do Recurso Extraordinário para dar-lhe provimento, determinando a exclusão dos juros compensatórios e moratórios sobre as parcelas adimplidas a tempo e corrigidas monetariamente, nos termos da tese de repercussão geral do Tema 132 (RE 590.751, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI).

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro ALEXANDRE DE MORAESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 783.918 (1448)ORIGEM : AC - 200485000029000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : ESTADO DE SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPEINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE ARACAJUPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ARACAJU

DECISÃO REPERCUSSÃO GERAL ADMITIDA – MATÉRIA IDÊNTICA –

BAIXA À ORIGEM. 1. Afasto o sobrestamento antes determinado.2. O Supremo, no recurso extraordinário nº 605.533/MG, assentou a

repercussão geral do tema relativo à legitimidade do Ministério Público para formalizar ação civil pública com objetivo de compelir entes federados a entregar medicamentos a pessoas necessitadas. Já no recurso extraordinário nº 855.178/SE, concluiu pela repercussão geral da matéria pertinente à responsabilidade solidária dos entes federados para figurar no polo passivo de demanda que versa sobre prestação de assistência à saúde.

3. Ante o quadro, considerado o fato de o recurso veicular mesma matéria, tendo a intimação do acórdão impugnado ocorrido posteriormente à data em que iniciada a vigência do sistema da repercussão geral, bem como presente o objetivo maior do instituto evitar que o Supremo, em prejuízo dos trabalhos, tenha o tempo tomado com questões repetidas, determino a devolução do processo à origem. Faço-o com fundamento no artigo 328, parágrafo único, do Regimento Interno deste Tribunal, para os efeitos do artigo 543-B do Código de Processo Civil de 1973, vigente à época.

4. Publiquem.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 793.852 (1449)ORIGEM : ADI - 00818892520138260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : PREFEITO DO MUNICÍPIO DE JUNDIAÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE JUNDIAÍRECDO.(A/S) : CÂMARA MUNICIPAL DE JUNDIAÍADV.(A/S) : RONALDO SALLES VIEIRA (85061/SP) E OUTRO(A/S)

DECISÃOTrata-se de Recurso Extraordinário interposto em face de acórdão

proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.No apelo extremo, interposto com amparo no art. 102, III, da

Constituição Federal, a parte recorrente sustenta que houve ofensa a dispositivos constitucionais.

É o relatório. Decido. Os recursos extraordinários somente serão conhecidos e julgados,

quando essenciais e relevantes as questões constitucionais a serem analisadas, sendo imprescindível ao recorrente, em sua petição de interposição de recurso, a apresentação formal e motivada da repercussão geral que demonstre, perante o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a existência de acentuado interesse geral na solução das questões constitucionais discutidas no processo, que transcenda a defesa puramente de interesses subjetivos e particulares.

A obrigação do recorrente de apresentar formal e motivadamente a preliminar de repercussão geral que demonstre, sob o ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, a relevância da questão constitucional debatida que ultrapasse os interesses subjetivos da causa, conforme exigência constitucional, legal e regimental (art. 102, § 3º, da CF/88, c/c art. 1.035, § 2º, do Código de Processo Civil de 2015 e art. 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), não se confunde com meras invocações, desacompanhadas de sólidos fundamentos e de demonstração dos requisitos no caso concreto, de que (a) o tema controvertido é portador de ampla repercussão e de suma importância para o cenário econômico, político, social ou jurídico; (b) a matéria não interessa única e simplesmente às partes envolvidas na lide; ou, ainda, de que (c) a jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL é incontroversa no tocante à causa debatida, entre outras alegações de igual patamar argumentativo (ARE 691.595-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/2/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/2/2013; ARE 696.263-AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/2/2013; AI 717.821-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/8/2012).

Não havendo demonstração fundamentada da presença de repercussão geral, incabível o seguimento do Recurso Extraordinário.

Ademais, as teses recursais vão de encontro à jurisprudência consolidada desta CORTE. Nesse sentido:

“Recurso extraordinário com agravo. Repercussão geral. 2. Ação Direta de Inconstitucionalidade estadual. Lei 5.616/2013, do Município do Rio de Janeiro. Instalação de câmeras de monitoramento em escolas e cercanias. 3. Inconstitucionalidade formal. Vício de iniciativa. Competência privativa do Poder Executivo municipal. Não ocorrência. Não usurpa a competência privativa do chefe do Poder Executivo lei que, embora crie despesa para a Administração Pública, não trata da sua estrutura ou da atribuição de seus órgãos nem do regime jurídico de servidores públicos. 4. Repercussão geral reconhecida com reafirmação da jurisprudência desta Corte. 5. Recurso extraordinário provido.(ARE 878911 RG, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, DJe-217 DIVULG 10-10-2016 PUBLIC 11-10-2016)”

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, NEGO SEGUIMENTO AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

Publique-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro ALEXANDRE DE MORAESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 798.776 (1450)ORIGEM : AC - 200883000110084 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE TAQUARITINGA DO NORTEADV.(A/S) : MARCELO TRAJANO ALVES BARROS (001236A/PE) E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MOACIR ALFREDO GUIMARÃES NETO (20563/PE)

DESPACHOO Plenário do Supremo Tribunal Federal, no RE 770.149 (Rel. Min.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 333

MARCO AURÉLIO, Tema 743), examinou a repercussão geral da questão constitucional debatida neste recurso.

Embora o presente caso concreto não exiba exatamente o mesmo perfil fático do referido precedente, os fundamentos que o Plenário adotará seguramente influenciarão a solução deste processo.

Assim, com fundamento no art. 1.036 e seguintes do Código de Processo Civil de 2015 e no art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do STF, determino a devolução dos autos ao Juízo de origem para que aguarde a decisão do Supremo no precedente.

Publique-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro ALEXANDRE DE MORAESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 861.115 (1451)ORIGEM : PROC - 20090020137360 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA

ADMINISTRAÇÃO DIRETA, AUTARQUIAS, FUNDAÇÕES E TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL - SINDIRETA - DF

ADV.(A/S) : MARCONI MEDEIROS MARQUES DE OLIVEIRA (23360/DF) E OUTRO(A/S)

RECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : OS MESMOS

(Petição nº 30595/2018)DESPACHO: Mantenho o sobrestamento dos presentes autos.À Secretaria para providências.Publique-se.Brasília, 22 de maio de 2018.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 936.638 (1452)ORIGEM : 50039304320114047101 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : ANA PAULA CALCAGNO DOS SANTOSINTDO.(A/S) : CAMILA TELEMBERG SELLINTDO.(A/S) : JEAN CARLOS DOS SANTOSINTDO.(A/S) : KELLY DA COSTA MACHADOINTDO.(A/S) : MURILO ANDERSON PEREIRAINTDO.(A/S) : JULIANA GARCIA HACKEBARTINTDO.(A/S) : PRISCILA RODRIGUES SIMOESINTDO.(A/S) : RAQUEL VITOLA RIEGERINTDO.(A/S) : FELIPE CARVALHO DE SOUZAADV.(A/S) : EMERSON DOS SANTOS OLIVEIRA (47224/RS)

DECISÃOTrata-se de Recurso Extraordinário interposto em face de acórdão do

Tribunal Regional Federal da 4ª Região, assim ementado (fl. 1, Doc. 7):“AÇÃO CIVIL PÚBLICA. PROCESSO SELETIVO PARA SERVIÇO

MILITAR VOLUNTÁRIO.Descabe ao Judiciário fixar qual o melhor critério e tipos de prova a

serem adotadas em processos seletivos, não havendo, por si só, nulidade ou subjetividade capaz de invalidar a realização de entrevista”.

No apelo extremo, interposto com amparo no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, o recorrente sustenta que o julgado ofendeu o art. 37, caput e inciso II, da CF/88.

É o relatório. Decido. Os recursos extraordinários somente serão conhecidos e julgados,

quando essenciais e relevantes as questões constitucionais a serem analisadas, sendo imprescindível ao recorrente, em sua petição de interposição de recurso, a apresentação formal e motivada da repercussão geral que demonstre, perante o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a existência de acentuado interesse geral na solução das questões constitucionais discutidas no processo, que transcenda a defesa puramente de interesses subjetivos e particulares.

A obrigação do recorrente de apresentar formal e motivadamente a preliminar de repercussão geral que demonstre, sob o ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, a relevância da questão constitucional debatida que ultrapasse os interesses subjetivos da causa, conforme exigência constitucional, legal e regimental (art. 102, § 3º, da CF/88, c/c art. 1.035, § 2º, do Código de Processo Civil de 2015 e art. 327, § 1º, do

Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), não se confunde com meras invocações, desacompanhadas de sólidos fundamentos e de demonstração dos requisitos no caso concreto, de que (a) o tema controvertido é portador de ampla repercussão e de suma importância para o cenário econômico, político, social ou jurídico; (b) a matéria não interessa única e simplesmente às partes envolvidas na lide; ou, ainda, de que (c) a jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL é incontroversa no tocante à causa debatida, entre outras alegações de igual patamar argumentativo (ARE 691.595-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/2/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/2/2013; ARE 696.263-AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/2/2013; AI 717.821-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/8/2012).

Não havendo demonstração fundamentada da presença de repercussão geral, incabível o seguimento do Recurso Extraordinário.

Ademais, para acolher o recurso, seria necessário avaliar se (a) todos os requisitos necessários para a contratação temporária foram cumpridos, e (b) se as provas respeitaram, ou não, critérios objetivos.

Sendo assim, o acolhimento do recurso passa necessariamente pela revisão de fatos da causa. Incide, portanto, o óbice da Súmula 279 desta CORTE: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, NEGO SEGUIMENTO AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

Não se aplica o art. 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015, tendo em vista que não houve fixação de honorários advocatícios nas instâncias de origem.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro ALEXANDRE DE MORAESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 966.581 (1453)ORIGEM : 50008408020144047114 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ILGA CORDADV.(A/S) : DORACI PEDRO MARQUETTO (16168/RS)

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Aparelhado o recurso na violação do art. 5º, XXXVI, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

Ao Julgamento do RE 626.489, Rel. Min. Roberto Barroso, Tribunal Pleno, DJe 23.9.2014, este Supremo Tribunal Federal assentou que o prazo decadencial de dez anos, instituído pela Medida Provisória 1.523, de 28.06.1997, tem como termo inicial o dia 1º de agosto de 1997, incidindo, inclusive, sobre benefícios concedidos anteriormente à sua vigência, verbis:

"RECURSO EXTRAODINÁRIO. DIREITO PREVIDENCIÁRIO. REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (RGPS). REVISÃO DO ATO DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO. DECADÊNCIA. 1. O direito à previdência social constitui direito fundamental e, uma vez implementados os pressupostos de sua aquisição, não deve ser afetado pelo decurso do tempo. Como consequência, inexiste prazo decadencial para a concessão inicial do benefício previdenciário. 2. É legítima, todavia, a instituição de prazo decadencial de dez anos para a revisão de benefício já concedido, com fundamento no princípio da segurança jurídica, no interesse em evitar a eternização dos litígios e na busca de equilíbrio financeiro e atuarial para o sistema previdenciário. 3. O prazo decadencial de dez anos, instituído pela Medida Provisória 1.523, de 28.06.1997, tem como termo inicial o dia 1º de agosto de 1997, por força de disposição nela expressamente prevista. Tal regra incide, inclusive, sobre benefícios concedidos anteriormente, sem que isso importe em retroatividade vedada pela Constituição. 4. Inexiste direito adquirido a regime jurídico não sujeito a decadência. 5. Recurso extraordinário conhecido e provido.”

Na hipótese em apreço, entretanto, o Tribunal de origem consignou: “[...] O que ocorre é que, no caso concreto, os marcos temporais não

admitem a caracterização da decadência. A Medida Provisória nº 201, de 23/07/2004, convertida na Lei nº 10.999/2004, declarou o direito de os segurados terem seus benefícios recalculados consoante requerido na presente ação. Desse modo, o prazo decadencial somente teve início com a edição da Medida Provisória mencionada.”

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 334

Ajuizada a ação em 2008 objetivando o recálculo do benefício com fundamento da Medida Provisória nº 201/2004, convertida na Lei 10.999/2004, não ultrapassado o prazo decadencial de dez anos, instituído pela Medida Provisória 1.523, de 28.06.1997. Nesse contexto, o entendimento adotado no acórdão recorrido não diverge da jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal, razão pela qual não se divisa a alegada ofensa aos dispositivos constitucionais suscitados.

Noutro giro, versando a controvérsia acerca do direito à revisão de benefício com base na Medida Provisória 201/2004 (Lei 10.999/2004), e não sobre a revisão do ato de concessão de benefício, a suposta afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, na espécie, somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional aplicável, bem como do revolvimento do quadro fático delineado, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:

“Trata-se de recurso extraordinário interposto em face de acórdão da 3ª Turma Recursal do Rio Grande do Sul, que, em juízo de retratação, entendeu ser a matéria versada nos autos diferente da que julgada no RE 626.489 (Tema 313 da Repercussão Geral) sobre prazo decadencial e concluiu (e-DOC 54, p. 1) : “Contudo, entende este Colegiado que o prazo decadencial de revisão de benefícios mediante consideração do IRSM de fevereiro de 1994 apresenta peculiaridade a ser considerada. (…) Contudo, o Executivo reconheceu a ilegalidade do proceder da administração que deixou de aplicar índice de correção do salário-de-contribuição no mês de fevereiro/94 no cálculo dos benefícios previdenciários deferidos a partir de março/94. Tanto assim que foi publicada inicialmente a MP 201/2004, posteriormente convertida da Lei 10.999/2004, reconhecendo o direito pleiteado nesta ação. Assim, independente de o segurado ter requerido esta revisão em juízo apenas em período posterior, a verdade é que já havia adquirido o direito a ela, pouco importando quando passou a exercer sua prerrogativa. (...)” No recurso extraordinário, interposto com base no art. 102, III, “a”, do permissivo constitucional, aponta-se ofensa ao artigo 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal. Nas razões recursais, sustenta-se a existência de decadência em relação à revisão do benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, uma vez que o acórdão resolveu o conflito de leis no tempo de forma equivocada. É o relatório. Decido. A irresignação não merece prosperar. Observa-se que eventual divergência em relação ao entendimento adotado pelo juízo a quo demandaria a análise da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Medida Provisória 201/2004) e do conjunto fático-probatório, o que não autoriza o acesso à via extraordinária, incidindo no caso, a Súmula 279 do STF. Ressalta-se, ainda, que o Supremo Tribunal Federal já assentou a inexistência da repercussão geral quando a alegada ofensa aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório, da legalidade e dos limites da coisa julgada é debatida sob a ótica infraconstitucional. (ARE-RG 748.371, da relatoria do Min. Gilmar Mendes, DJe 1º.08.2013, Tema 660 da sistemática da RG). Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados: AI-AgR 848.332, de relatoria do Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 24.04.2012, e ARE-AgR-ED 736.780, de relatoria do Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 22.05.2015. Ante o exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário, nos termos do artigo 21, §1º, RISTF. Publique-se. Brasília, 29 de março de 2016.” (RE 954677, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, DJe 01/04/2016)

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. ÍNDICES DE REAJUSTE DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. PRESERVAÇÃO DO VALOR REAL. REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA: MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE OFENSA CONSTITUCIONAL DIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. Relatório 1. Agravo nos autos principais contra inadmissão de recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, als. a e b, da Constituição da República contra acórdão da Segunda Turma Recursal da Seção Judiciária do Rio Grande do Sul. No voto condutor do julgado recorrido, o Juiz Federal Relator afirmou: “Objetiva a parte autora a aplicação do índice integral do IRSM referente a fevereiro de 1994 na correção monetária dos salários-de-contribuição do período básico de cálculo relativo à sua aposentadoria integral. Oportuno trazer à baila o entendimento do TRF da 4ª Região relativamente aos efeitos da MP nº 201, de 23/07/2004, posteriormente convertida na Lei nº 10.999/2004. Tradicionalmente, o instituto da decadência não poderia ser suspenso ou interrompido. Entretanto, a inovação legislativa que determinou a recomposição do prejuízo relativo à incidência do IRSM de fevereiro/1994 sobre os salários-de-contribuição possibilitou uma nova oportunidade de revisão para os segurados, cujo prazo é contado a partir do reconhecimento do direito por meio da Lei nº 10.999, de 15/12/2004, que autorizou a referida revisão. (…) Por fim, não há motivo para a parte ré suscitar decadência, uma vez que o próprio INSS vem efetivando tais revisões administrativamente (…) Assim, não há falar em decadência. (…) Administrativamente, a parte autora teve concedido benefício de aposentadoria por tempo de contribuição proporcional, em relação à qual já havia sido devidamente aplicado o IRSM. Posteriormente, a parte autora teve sua aposentadoria por tempo de contribuição proporcional alterada para integral, por meio de revisão efetuada judicialmente. Agora, neste feito, a parte autora postula o pagamento das diferenças decorrentes da aplicação do IRSM devidas em virtude da revisão do benefício de aposentadoria por tempo de

serviço proporcional em integral: (…) Ocorre que a aposentadoria proporcional do autor foi revisada e convertida em aposentadoria integral por meio da ação judicial n° 2000.71.12.000627-7, que transitou em julgado em 18/04/2005 (evento 1 - OUT8). Destarte, impõe-se reconhecer a inexistência de parcelas prescritas. (…) O voto é por negar provimento ao recurso da parte ré e dar provimento ao recurso da parte autora, afastando a ocorrência de decadência e prescrição, mantendo a sentença por seus próprios fundamentos quanto às demais questões” (doc. 19). Os embargos de declaração opostos foram rejeitados. 2. No recurso extraordinário, o Agravante alega contrariados os arts. 5º, incs. XXXV e XXXVI, 201, § 1º e § 3º, e 202 Constituição da República, asseverando que “a Turma Recursal desconsiderou que a modificação legislativa e que o índice de 39,67% do IRSM de fevereiro de 1994 somente seria aplicado a partir de 01/03/1994. Portanto, correspondia ele, na realidade ao índice aplicável ao mês de março, e não de fevereiro. A MP 434 modificou a sistemática jurídica: o índice de 39,67%, que se referia a março, somente seria recebido pelo aposentado em abril, que deveria sobreviver com ele até maio” (doc. 24). Argumenta “deve[r] a nova lei ser aplicada às situações pendentes, sob pena de afronta ao princípio da reserva legal dos arts. 201, §3º e 202, caput. Forçoso concluir ainda pela inexistência de direito adquirido, não havendo nada que impeça a aplicabilidade da nova norma” (doc. 24). 3. Na decisão agravada, adotou-se como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a circunstância de a contrariedade à Constituição da República, se ocorrida, ser indireta. Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO. 4. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário com Agravo n. 888.938-RG, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, este Supremo Tribunal Federal assentou inexistir repercussão geral da questão discutida nestes autos:

‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO. ÍNDICE DE REAJUSTE. MATÉRIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. I – A controvérsia relativa ao índice de reajuste aplicável aos benefícios previdenciários, de modo a preservar o seu valor real, está restrita ao âmbito infraconstitucional. II – O exame da questão constitucional não prescinde da prévia análise de normas infraconstitucionais, o que afasta a possibilidade de reconhecimento do requisito constitucional da repercussão geral. III – Repercussão geral inexistente’ (DJe 29. 6.2015).

Declarada a ausência de repercussão geral, os recursos extraordinários e agravos suscitando a mesma questão constitucional devem ter o seu seguimento negado pelos respectivos relatores, conforme o art. 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. Nada há a prover quanto às alegações do Agravante. 5. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal). Publique-se. Brasília, 23 de março de 2016.” (ARE 955718, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, DJ 31/03/2016)

"AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. MP 1.523/1997. PRAZO DECADENCIAL. INCIDÊNCIA. SÚMULAS 282 E 356. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. I – Na ausência de prequestionamento da matéria constitucional, incidem as Súmulas 282 e 356 do STF. II – A revisão dos benefícios previdenciários após a edição da Medida Provisória n° 1.523/97 possui controvérsia eminentemente infraconstitucional, configurando apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal. Precedentes. III - Ao julgar o RE 626.489-RG/SE, Rel. Min. Roberto Barroso, o Plenário fixou entendimento no sentido de que o prazo decadencial de dez anos, instituído pela MP 1.523/1997, incide, inclusive, sobre benefícios concedidos antes de sua vigência, sem que isso importe em retroatividade vedada pela Constituição. IV – Agravo regimental a que se nega provimento.” (RE 786803 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, 2ª Turma, DJe 27-05-2014)

“Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão assim ementado, no que interessa: “PREVIDENCIÁRIO. APLICAÇÃO DO IRSM DE FEVEREIRO/94. PERCENTUAL DE 39,67%. RECURSO IMPROVIDO. 01. Cuida-se de recurso do INSS contra sentença que julgou procedente pedido de revisão de benefício para aplicação do IRSM referente a fevereiro de 1994. 02. Alega o INSS, em síntese, que deve ser aplicado ao caso a decadência prevista no art. 103 da lei 8.213/91. 03. Ocorre que a lei 10.999/2004 expressamente autorizou a revisão dos benefícios previdenciários concedidos com data de início posterior a fevereiro de 1994, não havendo que se falar em consumação do prazo decadencial do art. 103 da lei 8.213/91. A hipótese de previsão legal para a revisão do benefício afasta a incidência do disposto no art. 103 da lei 8.213/91, conforme orientação da própria Instrução Normativa IN/PRES 45/2010. In verbis: (...)”. (eDOC 20, p. 1) No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, inciso III, alínea a, da Constituição Federal, sustenta-se violação dos artigos 5º, caput, XXXVI; e 201, caput e § 1º, do texto constitucional. Aponta-se que “a data de início da relação jurídica só é relevante quando já há prazo decadencial ou prescricional vigendo, se a data de início da relação jurídica é anterior à introdução do prazo decadencial ou prescricional, o prazo começa a fluir quando a norma se torna vigente” (eDOC 28, p. 27) É o relatório. Decido. A irresignação não merece prosperar. O Tribunal de origem entendeu pela não consumação do prazo decadencial com base na Instrução Normativa 45/2010 e nas Leis 10.999/2004 e 8.213/91. Assim, a matéria debatida na origem restringe-se ao âmbito

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 335

infraconstitucional, de modo que a ofensa à Constituição, se existente, seria reflexa ou indireta, o que inviabiliza o processamento do presente recurso. Quanto ao tema, confiram-se os seguintes julgados:

‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. DECADÊNCIA. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LEI Nº 9.528/97. OFENSA REFLEXA. PRECEDENTE. 1. A decadência, quando controversa sua incidência, demanda a análise da legislação infraconstitucional, o que acarreta uma violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal e torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedente: AI Nº 708.897-AgR, Relatora Ministra Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 20/11/2012. 2. In casu, o acórdão recorrido negou provimento ao recurso inominado, mantendo a sentença por seus próprios fundamentos, que julgou improcedente o pedido de revisão de benefício previdenciário, acolhendo a arguição de decadência. 3. Agravo regimental DESPROVIDO.’ (ARE 685.033-AgR/RS, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 10.9.2013)

‘Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Revisão de benefício previdenciário. Decadência. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas da causa. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 2. Agravo regimental não provido.’ (ARE 678.899-AgR/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 06.5.2013)

‘EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DA RENDA MENSAL. DECADÊNCIA. ALEGADA CONTRARIEDADE AO ART. 5º, INC. XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.’ (ARE 687.106-ED/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 14.02.2013)

Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC). Publique-se. Brasília, 30 de junho de 2015.” (ARE 848631, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, DJe 04/08/2015)

Por conseguinte, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 18 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 983.241 (1454)ORIGEM : 200805000357584 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 5ª REGIAOPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : WILSON FERREIRA PINNA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCOS JOSE SANTOS MEIRA (6481A/AL, 35560/BA,

20005/DF, 17374-A/PB, 17374/PE, 226031/SP)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO — PREJUÍZO — PERDA DE

OBJETO. 1. O Superior Tribunal de Justiça deu provimento ao recurso especial

simultaneamente interposto. A decisão prolatada substituiu, consoante o disposto artigo 1.008 do Código de Processo Civil, a formalizada pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, a qual, assim, não mais subsiste.

2. O quadro é de molde a concluir-se pela perda do objeto do recurso extraordinário. Declaro-o prejudicado.

3. Publiquem.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.044.182 (1455)ORIGEM : AP - 00047206120158270000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO TOCANTINSPROCED. : TOCANTINSRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : LIDIA PAULA VIEIRA BARROSPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO

TOCANTINSRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO TOCANTINSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

TOCANTINS

DECISÃO REPERCUSSÃO GERAL ADMITIDA – MATÉRIA IDÊNTICA –

BAIXA À ORIGEM.

1. Afasto o sobrestamento antes determinado.2. O Supremo, no recurso extraordinário nº 670.422/RS, relator o

ministro Dias Toffoli, concluiu pela repercussão geral do tema relativo à necessidade ou não de realização de cirurgia de redesignação sexual para a alteração do sexo no registro civil.

Encontra-se ainda pendente de exame, no Supremo, a ação direta de inconstitucionalidade nº 4.275, de minha relatoria, cujo objeto versa a interpretação conforme a Constituição Federal ao 58, da Lei 6.015/72, no que direciona à possibilidade de mudança de sexo e prenome, por transexuais, no registro civil, independentemente da realização de cirurgia de transgenitalização.

3. Ante o quadro, considerado o fato de o recurso veicular mesma matéria, tendo a intimação do acórdão impugnado ocorrido posteriormente à data em que iniciada a vigência do sistema da repercussão geral, bem como presente o objetivo maior do instituto evitar que o Supremo, em prejuízo dos trabalhos, tenha o tempo tomado com questões repetidas, determino a devolução do processo à origem. Faço-o com fundamento no artigo 328, parágrafo único, do Regimento Interno deste Tribunal, para os efeitos do artigo 1.036 do Código de Processo Civil de 2015.

4. Publiquem.Brasília, 22 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.065.564 (1456)ORIGEM : 3918848920158090000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

GOIÁSRECDO.(A/S) : WASHINGTON DA SILVA MELOADV.(A/S) : ROSANGELA MAGALHAES DE ALMEIDA (10590/GO)ADV.(A/S) : LARISSA XAVIER DE LIMA (35673/GO)ADV.(A/S) : TAIANE ROBERTA RODRIGUES (34582/GO)

DESPACHO: O presente recurso extraordinário impugna acórdão do Tribunal de

Justiça de Goiás, proferido em habeas corpus, buscando restabelecer a medida cautelar determinada pelo Juízo da Vara Criminal da Comarca de Posse/GO, em 24.05.2012 (eDOC 01, p. 125/128), nos autos da ação penal 201201745963.

Considerando o transcurso de tempo entre a interposição do recurso extraordinário e o seu registro nesta Corte, a indicar possível perda do objeto recursal, oficie-se ao Juízo de primeiro grau, a fim de que informe acerca do andamento processual da referida ação penal.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.071.710 (1457)ORIGEM : CJF - 50059864720144047100 - TURMA NACIONAL DE

UNIFORMIZAÇÃO DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : SAMUEL SANTOS DE SOUZA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : GLENIO LUIS OHLWEILER FERREIRA (23021/RS,

328901/SP)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário em que se busca a desconstituição de julgado que reconheceu a possibilidade de pagamento da da Gratificação de Desempenho de Atividade da Seguridade Social do Trabalho – GDASST e da Gratificação de Desempenho da Carreira da Saúde e do Trabalho - GDPST à pensionista de ex-servidor inativo nos mesmos patamares do servidor ativo, até que se promova a avalia ão individual de desempenho.

A matéria discutida nesses autos já foi objeto de análise por esta Corte em processo que tratava de gratificação de natureza similar. Ao apreciar o RE 1052570 RG, Rel. Min. Alexandre de Morais, DJe 6.3.2018, sob a sistemática da repercussão geral, Tema 983, o Plenário desta Corte reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada e, no mérito, reafirmou a jurisprudência dominante sobre a matéria versada no recurso. O acórdão restou assim ementado:

“CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. GRATIFICAÇÕES FEDERAIS DE DESEMPENHO. TERMO FINAL DO PAGAMENTO EQUIPARADO ENTRE ATIVOS E INATIVOS. REDUÇÃO DO VALOR PAGO AOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS E PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS.

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1. Revelam especial relevância, na forma do art. 102, § 3º, da Constituição, duas questões concernentes às chamadas gratificações federais de desempenho: (I) qual o exato momento em que as gratificações deixam de ter feição genérica e assumem o caráter pro labore faciendo , legitimando o pagamento diferenciado entre servidores ativos e inativos; (II) a redução do valor pago aos aposentados e pensionistas, decorrente da supressão, total ou parcial, da gratificação, ofende, ou não, o princípio da irredutibilidade de vencimentos.

2. Reafirma-se a jurisprudência dominante desta Corte nos termos da seguinte tese de repercussão geral: (I) O termo inicial do pagamento diferenciado das gratificações de desempenho entre servidores ativos e inativos é o da data da homologação do resultado das avaliações, após a conclusão do primeiro ciclo; (II) A redução, após a homologação do resultado das avaliações, do valor da gratificação de desempenho paga aos inativos e pensionistas não configura ofensa ao princípio da irredutibilidade de vencimentos.

3. Essas diretrizes aplicam-se a todas as gratificações federais de desempenho que exibem perfil normativo semelhante ao da Gratificação de Desempenho da Carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho (GDPST), discutida nestes autos. A título meramente exemplificativo, citam-se: Gratificação de Desempenho de Atividade do Seguro Social - GDASS; Gratificação de Desempenho de Atividade de Apoio Técnico-Administrativo à Polícia Rodoviária Federal GDATPRF; Gratificação de Desempenho de Atividade Médico-Pericial - GDAMP; Gratificação de Desempenho de Atividade de Perícia Médica Previdenciária - GDAPMP; Gratificação de Desempenho de Atividade Técnica de Fiscalização Agropecuária GDATFA; Gratificação de Efetivo Desempenho em Regulação - GEDR; Gratificação de Desempenho do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo GDPGPE; Gratificação de Desempenho de Atividade Previdenciária - GDAP ; Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Administrativa - GDATA; Gratificação de Desempenho de Atividade Fazendária - GDAFAZ.

4. Repercussão geral da matéria reconhecida, nos termos do art. 1.035 do CPC. Jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL reafirmada, nos termos do art. 323-A do Regimento Interno.”

Ante o exposto, determino a remessa dos autos ao Tribunal de origem para adequação ao disposto no art. 1.036 do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328 do RISTF.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro EDSON FACHIN Relator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.080.116 (1458)ORIGEM : RE - 000104584201380100050000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO ACREPROCED. : ACRERELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ESTADO DO ACREPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ACRERECDO.(A/S) : HAROLDO BEZERRA DE MELOADV.(A/S) : RODOLFO MEIRA ROESSING (A1125/AM, 2147-A/AP,

012719/PA)ADV.(A/S) : FERNANDO TADEU PIERRO (2438/AC, 159204/SP)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário com agravo remetido ao Tribunal de Justiça do Acre para que se cumprisse o disposto no art. 1.036 do CPC, uma vez que a controvérsia suscitada no extraordinário estaria representada na sistemática de repercussão geral pelo tema 666 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o RE-RG 669.069, rel. Min. Teori Zavascki, DJe 26.8.2013. (eDOC 11)

Encaminhados os autos ao Tribunal de origem, sua Vice-Presidência entendeu que a discussão não se amoldaria ao paradigma indicado, sob as seguintes ponderações:

“Consoante se extrai desse acórdão (Embargos de Declaração no Recurso Extraordinário n.º 669069), é possível constatar que o Supremo Tribunal Federal se limitou a aplicar a prescrição quinquenal aos ilícitos civis decorrentes de acidente de trânsito.

A hipótese dos autos, todavia, diz respeito à restituição de valores que foram percebidos por servidor afastado do trabalho com ônus para o Estado do Acre para realizar curso e que não retornou ao serviço para cumprir Termo de Compromisso firmado antes do afastamento. (...)

Com isso, a não aplicação do Recurso Extraordinário n.º 669.069 ao presente caso se dá em razão do distinguishing existente nos autos, uma vez que o Supremo Tribunal Federal indicou, de forma expressa, que o tema julgado se limitou às hipóteses de ilícito civil decorrente de acidentes de trânsito, cabendo à corte máxima dirimir sobre a aplicabilidade da prescrição quinquenal em situação como a da espécie, cuja natureza do ato ilícito decorre da ação administrativa do ente público”. (eDOC 15, p. 3)

Decido.Verifico, após detida análise, que a vinculação ao precedente

indicado está correta.O acórdão recorrido traz a seguinte ementa:“MANDADO DE SEGURANÇA. PROCESSO ADMINISTRATIVO

DESTINADO AO RESSARCIMENTO AO ERÁRIO. NATUREZA DIVERSA DA IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. OCORRÊNCIA. 1. A pretensão de ressarcimento ao erário diversa da decorrente de ato de improbidade sujeita-se ao prazo de prescrição quinquenal. Precedentes STJ e TRF 1ª Região. 2. Segurança concedida”.

A leitura do voto condutor permite concluir que o pedido de ressarcimento ao erário decorreria do descumprimento de termo de compromisso, pelo qual o recorrido devolveria a remuneração percebida, enquanto em licença, em parcela única, se não retornasse ao serviço ao fim do período de afastamento. (eDOC 6, p. 77)

Por outro lado, ao julgar o RE-RG 669.069, paradigma do tema 666 do Plenário Virtual, este Tribunal fixou a seguinte tese:

“É prescritível a ação de reparação de danos à Fazenda Pública decorrente de ilícito civil”.

Dessarte, não assiste razão ao Tribunal de origem ao afirmar que a prescritibilidade estaria circunscrita “às hipóteses de ilícito civil decorrente de acidentes de trânsito”. Pelo contrário, foi proclamado que a pretensão da Fazenda Pública de reparação de danos, decorrentes de ilícitos civis em geral - como o decorrente do inadimplemento de avença -, submete-se ao prazo prescricional.

Diante do exposto, determino a imediata remessa dos autos ao Tribunal de origem para que observe o disposto no art. 1.036 do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.088.174 (1459)ORIGEM : 00124151720134036183 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : EDMIR CALDEIRAADV.(A/S) : ANIS SLEIMAN (18454/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto em face de acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, assim ementado (eDOC 1, p. 111):

“PREVIDENCIÁRIO. PROCESSO CIVIL. RECÁLCULO DA RENDA MENSAL INICIAL. EMENDAS CONSTITUCIONAIS 20/98 E 41/2003. BENEFÍCIO ANTERIOR À CR 1988. I - Para haver vantagem financeira com a majoração dos tetos previstos nas Emendas Constitucionais 20/98 e 41/2003, é de rigor que o benefício do segurado tenha sido limitado ao teto máximo de pagamento previsto na legislação previdenciária à época da publicação das Emendas citadas. II - No caso em comento, o benefício titularizado pelo autor foi concedido em 31.12.1985, ou seja, anteriormente ao advento da Constituição da República de 1988, de modo que não há que se cogitar da aplicação das disposições contidas nas Emendas Constitucionais n° 20/1998 e 41/2003. III - Apelação da parte autora improvida”.

Os embargos de declaração foram rejeitados (eDOC 1, p. 123).No recurso extraordinário interposto com fundamento no artigo 102,

III, “a”, do permissivo constitucional, apontou-se ofensa aos artigos 14 da Emenda Constitucional 20/1998 e 5º da Emenda Constitucional 41/2003 e ao artigo 5º, caput, da Constituição Federal.

Nas razões recursais, alega-se, em suma, que não há restrição quanto à data do início do benefício, sendo que, ainda que anterior a 05/10/1988, há a aplicação dos novos tetos instituídos pelas Emendas Constitucionais 20/1998 e 41/2003.

A Vice-Presidência oportunizou à Turma Julgadora a adequação da fundamentação ou manutenção da decisão aos termos do Tema 76 desta Corte, cujo acórdão paradigma é o RE 564.354, conforme preceitua o art. 1040, II, do CPC (eDOC 1, p. 173-176).

O Tribunal manteve a decisão anterior, consoante os seguintes fundamentos (eDOC 1, p. 178-181):

“A discussão posta em análise gira em torno da possibilidade de consideração, no reajuste do benefício do autor, dos tetos máximos previstos nas Emendas Constitucionais n° 20/98 e 41/03.

Com efeito, assinalo que hodiernamente tal questão não merece maiores considerações, uma vez que o Egrégio Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 564.354/SE, de relatoria da Ministra Cármen Lúcia, realizado em 08.09.2010, na forma do art. 543-B do CPC de 1973 (atual artigo 1.039 do CPC de 2015), assentou entendimento no sentido da possibilidade de adoção dos aludidos tetos nos reajustes dos benefícios previdenciários (...).

No entanto, de rigor salientar que no aludido decisum não foi afastada a aplicação dos tetos previstos na Lei n. 8.213/91 (arts. 33 e 41-A, § 1º), porquanto tão somente foi firmado entendimento no sentido de que os tetos previstos nas Emendas 20/98 e 41/2003 têm aplicação imediata sobre os benefícios em manutenção, por meio da readequação dos valores dos benefícios limitados aos tetos previstos na legislação ordinária aos novos

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 337

valores fixados na norma constitucional (...). Assim, para haver vantagem financeira com a majoração dos tetos

previstos nas Emendas Constitucionais 20/98 e 41/2003, é de rigor que o benefício do segurado tenha sido limitado ao teto máximo de pagamento previsto na legislação previdenciária à época da publicação das Emendas citadas.

Ocorre que, no caso dos autos, o benefício do autor foi concedido anteriormente ao advento da Constituição da República de 1988.

Desse modo, não se aplicam os efeitos do julgamento do Recurso Extraordinário 564354/SE, realizado na forma do artigo 543-B do Código de Processo Civil de 1973.

Portanto, não se nota qualquer contraste entre o julgamento proferido por esta 10ª Turma e a orientação do STF, restando afastada a possibilidade de retratação”.

O recorrente reiterou o recurso extraordinário (eDOC 1, p. 186-187).Em seguida, admitiu-se o processamento do apelo extremo (eDOC 1,

p. 192-194). É o relatório. Decido. Inicialmente, verifico que a controvérsia dos autos não diverge do que

decidido no RE-RG 564.354, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 15.02.2011.Em detida análise das razões de decidir do citado paradigma,

constata-se que o Plenário reconheceu a repercussão do tema e, no mérito, concluiu não violar a Constituição Federal a aplicação imediata, aos benefícios em manutenção, dos novos tetos dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social alterados pelas Emendas Constitucionais 20/98 e 41/03. Confira-se a ementa:

“DIREITOS CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. ALTERAÇÃO NO TETO DOS BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA. REFLEXOS NOS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS ANTES DA ALTERAÇÃO. EMENDAS CONSTITUCIONAIS N. 20/1998 E 41/2003. DIREITO INTERTEMPORAL: ATO JURÍDICO PERFEITO. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DA LEI INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE OFENSA AO PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DAS LEIS. RECURSO EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Há pelo menos duas situações jurídicas em que a atuação do Supremo Tribunal Federal como guardião da Constituição da República demanda interpretação da legislação infraconstitucional: a primeira respeita ao exercício do controle de constitucionalidade das normas, pois não se declara a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma lei sem antes entendê-la; a segunda, que se dá na espécie, decorre da garantia constitucional da proteção ao ato jurídico perfeito contra lei superveniente, pois a solução de controvérsia sob essa perspectiva pressupõe sejam interpretadas as leis postas em conflito e determinados os seus alcances para se dizer da existência ou ausência da retroatividade constitucionalmente vedada. 2. Não ofende o ato jurídico perfeito a aplicação imediata do art. 14 da Emenda Constitucional n. 20/1998 e do art. 5º da Emenda Constitucional n. 41/2003 aos benefícios previdenciários limitados a teto do regime geral de previdência estabelecido antes da vigência dessas normas, de modo a que passem a observar o novo teto constitucional. 3. Negado provimento ao recurso extraordinário.”

Observa-se que o Supremo não colocou limites temporais relacionados à data de início do benefício, razão pela qual o entendimento do STF no julgamento do RE 564.354 deve ser aplicado independentemente da data de início do benefício.

Como bem assentou o Ministro Teori Zavascki no julgamento do ARE 915.305, “em momento algum esta Corte limitou a aplicação do entendimento aos benefícios previdenciários concedidos na vigência da Lei 8.213/91. Na verdade, o único requisito para a aplicação dos novos tetos aos benefícios concedidos anteriormente à sua vigência é que o salário de benefício tenha sofrido, à época de sua concessão, diminuição em razão da incidência do limitador previdenciário então vigente” (DJe de 24.11.2015).

A propósito do tema, cito os seguintes julgados:“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

PREVIDENCIÁRIO. RGPS. REVISÃO DE BENEFÍCIO. TEMA 76 DA REPERCUSSÃO GERAL. BENEFÍCIO CONCEDIDO ANTES DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. IRRELEVÂNCIA. 1. Verifico que a tese do apelo extremo se conforma adequadamente com o que restou julgado no RE-RG 564.354, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 15.02.2011, não havendo que se falar em limites temporais relacionados à data de início do benefício. 2. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 959.061-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 17.10.2016).

“AGRAVO INTERNO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. ALTERAÇÃO NO TETO DOS BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA. TEMA 76 DA REPERCUSSÃO GERAL. REFLEXOS NOS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS ANTES DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO” (RE 1.084.438-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 12.04.2018).

No mesmo sentido, confiram-se, ainda, as decisões monocráticas proferidas no RE 1.043.770, Rel. Min. Celso de Mello, DJe 09.06.2017 e RE 1.099.527, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 14.02.2018.

Embora, em sede de manutenção da decisão, o Tribunal de origem tenha assentado que o acórdão combatido não destoa do Tema 76 desta Corte, já que a improcedência do pedido não estaria respaldada na limitação temporal, certo é que a decisão estabelece a promulgação da Constituição de

1988 como marco temporal impeditivo para que a forma de cálculo seja mais benéfica ao autor, o que, em última instância, impõe uma restrição com base em critério temporal, contrariando o entendimento desta Corte.

Ante o exposto, dou provimento ao recurso, com base no art. 932, IV, b, do CPC e 21, § 2º, do RISTF, para assentar a necessidade de submissão dos benefícios previdenciários em exame aos limites previstos no art. 14 da Emenda Constitucional nº 20/1998 e no art. 5º da Emenda Constitucional nº 41/2003.

Invertidos os ônus de sucumbência (e-DOC 1, fl. 84).Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.098.411 (1460)ORIGEM : 00016723220138260408 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : M.A.S.ADV.(A/S) : MARILDA TREGUES DE SOUZA SABBATINE

(279359/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, M.A.S.É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

Verificam-se ausentes, nas razões do extraordinário, a indicação do dispositivo constitucional autorizador de sua interposição, além da indicação precisa do preceito constitucional que teria sido violado.

Resta desatendido o art. 321 do RISTF, bem como aplicável a Súmula 284/STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia.” Nesse sentido:

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. DISPOSITIVO AUTORIZADOR DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INDICAÇÃO. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ART. 5º, LV, DA CONSTITUIÇÃO. OFENSA REFLEXA. RECURSO PROTELATÓRIO. MULTA. AGRAVO IMPROVIDO

I – A indicação correta do dispositivo constitucional autorizador do recurso extraordinário - artigo, inciso e alínea – é requisito indispensável ao seu conhecimento, a teor do art. 321 do RISTF e da pacífica jurisprudência do Tribunal.

II - Este Tribunal tem decidido no sentido de que o indeferimento de diligência probatória, tida por desnecessária pelo juízo a quo, não viola os princípios do contraditório e da ampla defesa. Precedentes.

III – Recurso protelatório. Aplicação de multa.IV - Agravo regimental improvido.” (AI 723.595-AgR, Rel. Min. Ricardo

Lewandowski, 1ª Turma, DJe 26.6.2009)“CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL

EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INDICAÇÃO DO DISPOSITIVO AUTORIZADOR. AUSÊNCIA. ART. 321 DO RISTF. CONCURSO PÚBLICO. LIMITE DE IDADE FIXADO EM EDITAL E DECRETO ESTADUAL: IMPOSSIBILIDADE.

1. A indicação correta do dispositivo constitucional autorizador do recurso extraordinário – artigo, inciso e alínea – é requisito indispensável ao seu conhecimento, nos termos do art. 321 do RISTF e da pacífica jurisprudência do Tribunal.

2. O Supremo Tribunal Federal fixou entendimento de que a exigência de limite de idade em concurso público deve estar prevista em lei formal, não suprindo esta exigência a previsão em edital ou Decreto Estadual.

3. Agravo regimental improvido.” (AI 804.624-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, DJe 22.10.2010)

“DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL COM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DOS DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS TIDOS POR VIOLADOS. SÚMULA 284/STF. CONTROVÉRSIA DECIDIDA COM BASE NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E NO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA 279/STF. OFENSA AO ART. 102, III, C E D, DA CONSTITUIÇÃO. SÚMULA 284/STF.

1. O recurso é inadmissível, tendo em vista que o recorrente não indicou os dispositivos constitucionais supostamente violados pelo acórdão recorrido. Nessas condições, incide a Súmula 284/STF.

2. De qualquer forma, para chegar a conclusão diversa do acórdão

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 338

recorrido, imprescindível seria a análise da legislação infraconstitucional pertinente e uma nova apreciação dos fatos e do material probatório constante dos autos (Súmula 279/STF), procedimentos inviáveis em recurso extraordinário.

3. O recorrente não indicou as razões pelas quais caberia o recurso extraordinário pelas alíneas c e d do dispositivo constitucional autorizador. Nessas condições, aplica-se a Súmula 284/STF.

4. Agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE 952.448-AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, 1ª Turma, DJe 10.8.2016)

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. FALTA DE INDICAÇÃO DO DISPOSITIVO CONSTITUCIONAL PRETENSAMENTE CONTRARIADO PELO TRIBUNAL DE ORIGEM. SÚMULA N. 284 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (ARE 890.656-AgR, Rel. Min. Cármem Lúcia, 2ª Turma, DJe 17.8.2015)

Ainda que não se ressentisse o recurso quanto à inobservância dos pressupostos acima, melhor sorte não colheria, porquanto também ausente no recurso extraordinário, interposto de acórdão cuja publicação se deu na vigência do CPC/2015, demonstração da existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada. O preenchimento desse requisito demanda a demonstração da relevância da matéria constitucional do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos do processo (art. 1.035, §§ 1º e 2º, do CPC/2015).

A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que a ausência da demonstração acarreta a inadmissibilidade do recurso extraordinário. Nesse sentido, cito o RE 569.476-AgR/SC, Rel. Min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, unânime, DJE de 25.4.2008, cujo acórdão está assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL SUSCITADA. PRELIMINAR FORMAL E FUNDAMENTADA. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO. ART. 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. Inobservância ao que disposto no artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, que exige a apresentação de preliminar sobre a repercussão geral na petição de recurso extraordinário, significando a demonstração da existência de questões constitucionais relevantes sob o ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos das partes. A ausência dessa preliminar na petição de interposição permite que a Presidência do Supremo Tribunal Federal negue, liminarmente, o processamento do recurso extraordinário, bem como do agravo de instrumento interposto contra a decisão que o inadmitiu na origem (13, V, c , e 327, caput e § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal). Cuida-se de novo requisito de admissibilidade que se traduz em verdadeiro ônus conferido ao recorrente pelo legislador, instituído com o objetivo de tornar mais célere a prestação jurisdicional almejada. O simples fato de haver outros recursos extraordinários sobrestados, aguardando a conclusão do julgamento de ação direta de inconstitucionalidade, não exime o recorrente de demonstrar o cabimento do recurso interposto. Agravo regimental desprovido.”

Ressalto que a ausência da demonstração de repercussão geral nas razões do recurso extraordinário não pode ser suprida em momento posterior, alcançada pelo manto da preclusão consumativa.

Por conseguinte, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.098.412 (1461)ORIGEM : 01124494220078240023 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SANTA

CATARINA - IPREVADV.(A/S) : ADRIANA ADRIANO SCHMITT (15314/SC)RECDO.(A/S) : SARA RAQUEL SARRAFF METZ LINO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : DARCI MANOEL GONCALVES (603/SC)

DECISÃO1. Em 20.3.2018, o Ministro Edson Fachin submeteu ao exame desta

presidência a análise de necessidade de redistribuição do presente recurso extraordinário:

“Despacho: Trata-se de recurso extraordinário em face de acórdão da Segunda Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina assim ementado (eDOC 1, p. 100):

“APELAÇÃO CÍVEL EM MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. PENSÃO POR MORTE. ABONOS INSITUÍDOS PELAS LEIS N. 13.187/04 E 13.617/05. POSSIBILIDADE DE EXTENSÃO DO BENEFÍCIO AOS PENSIONISTAS. PARIDADE DOS VENCIMENTOS PERCEBIDOS PELOS SERVIDORES EM ATIVIDADE. CONCESSÃO DA ORDEM QUE SE IMPÕE. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO.

‘Com o restabelecimento pela Emenda Constitucional n. 47/2005 da paridade entre os vencimentos percebidos pelos servidores da ativa e os proventos da inatividade, não tem mais relevância apurar se a aposentadoria se deu antes ou depois do advento da Emenda Constitucional n. 41/2003. Aos inativos são estendidos ‘quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade’ (EC n. 47/2005, art. 2º e EC n. 41/2003, arts. 6º e 7º’ (In: Mandado de Segurança n.º 2006.032451-3, da Capital, rel. Des. Luiz Cézar Medeiros, julgado em 11.10.2006).”

Os embargos de declaração foram rejeitados. No recurso extraordinário, com fundamento no artigo 102, III, a , do

permissivo constitucional, aponta-se ofensa ao art. 40, §§ 7º e 8º, da Carta da República.

Da análise dos autos, depreendo que, após a admissão desse extraordinário na origem, foi registrado sob o número 625.545/SC e distribuído ao I. Min. Luiz Fux, que determinou a devolução dos autos à origem, nos termos do art. 328, parágrafo único, do RISTF, em virtude da inclusão do RE 603.580 na sistemática da repercussão geral (Tema 396) (eDOC 2, pp. 67-70).

Com o julgamento do mérito do paradigma acima mencionado, os autos foram remetidos à Câmara de origem, que manteve o acórdão recorrido (eDOC 2, pp. 89-94 e 109-116).

Na sequência, o recurso extraordinário admitido na origem (eDOC 3, p. 5) foi a mim distribuído (eDOC 4).

Diante do exposto, determino a remessa dos autos à Presidência para análise de possível prevenção, nos termos do art. 69 do RISTF, considerada a anterior distribuição do feito ao I. Min. Luiz Fux.”

2. A espécie vertente revela situação jurídica ensejadora da prevenção suscitada, nos termos do art. 69, caput, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

3. Pelo exposto, nos termos da manifestação do ministro Edson Fachin, determino a redistribuição deste recurso ao ministro Luiz Fux.

À Secretaria Judiciária para providências.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra CÁRMEN LÚCIAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.104.426 (1462)ORIGEM : 40320752220138260114 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : JOSE ANTONIO DE VASCONCELOS LEALADV.(A/S) : JOSE ARTUR DOS SANTOS LEAL (120443/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto em face do acórdão da 5ª Turma da Fazenda Pública do Colégio Recursal Central do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado (eDOC 1, p. 78):

“Manutenção por seus próprios fundamentos – Suspensão dos vencimentos durante prisão preventiva – Investigador da Polícia Civil – Art. 70, da Lei 10.261/08 – Não prestação de serviços durante o período de prisão – Recurso não provido – Sentença mantida.”

No recurso extraordinário, com fundamento no art. 102, III, a, do permissivo constitucional, aponta-se ofensa aos arts. 5º, LV e LVII; e 37, VI, da Constituição Federal.

As contrarrazões ao recurso extraordinário foram apresentadas (eDOC 1, p. 98-103).

A Presidência do Colégio Recursal do TJ/SP admitiu o recurso (eDOC 1, p. 104-106).

É o relatório. Decido. O recurso deve ser provido, tendo em vista que a decisão proferida

pelo Tribunal de origem contraria a jurisprudência desta Corte, uma vez que a suspensão de pagamento, na hipótese, é ilegal em vista das referidas faltas ao serviço decorrentes da prisão preventiva, pois atenta contra o princípio da irredutibilidade dos vencimentos do servidor público. Confiram-se, a propósito, os seguintes acórdãos:

“ART. 2º DA LEI ESTADUAL 2.364/61 DO ESTADO DE MINAS GERAIS, QUE DEU NOVA REDAÇÃO À LEI ESTADUAL 869/52, AUTORIZANDO A REDUÇÃO DE VENCIMENTOS DE SERVIDORES PÚBLICOS PROCESSADOS CRIMINALMENTE. DISPOSITIVO NÃO-RECEPCIONADO PELA CONSTITUIÇÃO DE 1988. AFRONTA AOS PRINCÍPIOS DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA E DA IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS. RECURSO IMPROVIDO.

I - A redução de vencimentos de servidores públicos processados criminalmente colide com o disposto nos arts. 5º, LVII, e 37, XV, da Constituição, que abrigam, respectivamente, os princípios da presunção de inocência e da irredutibilidade de vencimentos.

II - Norma estadual não-recepcionada pela atual Carta Magna, sendo irrelevante a previsão que nela se contém de devolução dos valores descontados em caso de absolvição.

III - Impossibilidade de pronunciamento desta Corte sobre a retenção da Gratificação de Estímulo à Produção Individual - GEPI, cuja natureza não foi discutida pelo tribunal a quo, visto implicar vedado exame de normas

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 339

infraconstitucionais em sede de RE. IV - Recurso extraordinário conhecido em parte e, na parte

conhecida, improvido.” (RE 482.006, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Tribunal Pleno, DJe de 14.12.2007).

“Servidor público preso preventivamente. Descontos nos proventos. Ilegalidade. Precedentes. 1. A jurisprudência da Corte fixou entendimento no sentido de que o fato de o servidor público estar preso preventivamente não legitima a Administração a proceder a descontos em seus proventos. 2. Agravo regimental não provido.” (RE 705174 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 23.10.2013).

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) - POLICIAL CIVIL - PRISÃO CAUTELAR - REDUÇÃO DOS VENCIMENTOS IMPOSSIBILIDADE - VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA E DA IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS (CF, ART. 5º, INCISO LVII, E ART. 37, INCISO XV) - RECURSO IMPROVIDO.” (ARE 715658-AgR, Relator Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 05.09.2013).

A decisão manifestada no acórdão recorrido, portanto, não está alinhada ao entendimento firmado nesta Corte.

Ante o exposto, dou provimento ao recurso extraordinário para afastar a suspensão dos vencimentos do recorrente no período decorrente da prisão preventiva, nos termos do art. 932, V, b, c/c art. 21, § 2º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.111.033 (1463)ORIGEM : REsp - 50326888720144040000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : GLEISON SACHETRECTE.(S) : ODAIR JOSE BALESTRINADV.(A/S) : GABRIEL PAULI FADEL (7889/RS)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DESPACHO: A petição protocolada, nesta Corte, sob n º 16617/2018, que consubstancia desistência recursal, acha-se subscrita por quem não dispõe de poderes especiais de representação judicial da parte ora recorrente.

Regularize, pois, as partes ora recorrentes sua representação judicial, produzindo, nestes autos, instrumento de mandato judicial, com outorga de poder especial, para os fins a que se refere a petição mencionada. Prazo: 05 (cinco) dias.

Publique-se.Brasília, 15 de maio de 2018.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.112.193 (1464)ORIGEM : REsp - 00009397020094020000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : CHL DESENVOLVIMENTO IMOBILIARIO S.A.RECDO.(A/S) : PDG REALTY S/A EMPREENDIMENTOS E

PARTICIPACOESADV.(A/S) : MARCELO ROBERTO DE CARVALHO FERRO

(58049/RJ, 181070/SP)ADV.(A/S) : PEDRO IVO JOURDAN GOMES BOBSIN (147491/RJ)ADV.(A/S) : ANDRE SILVA SEABRA (127166/RJ, 355617/SP)

DECISÃO: O presente recurso extraordinário foi interposto pelo Ministério Público Federal contra acórdão que, proferido pelo E. Tribunal Regional Federal da 2ª Região, está assim ementado:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO CIVIL PÚBLICA – ALIENAÇÃO DE BENS PÚBLICOS SOB JURISDIÇÃO DO EXÉRCITO – DECISÃO LIMINAR DETERMINANDO QUE AS AGRAVANTES, RÉS NA AÇÃO CIVIL PÚBLICA, FAÇAM CONSTAR NAS PROPAGANDAS DE EMPREENDIMENTO IMOBILIÁRIO QUE A ALIENAÇÃO DO TERRENO ENCONTRA-SE SUB JUDICE – SENTENÇA QUE EXTINGUE O FEITO, SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, RELATIVAMENTE ÀS AGRAVANTES, POR CONTA DE SUA ILEGITIMIDADE PASSIVA ‘AD CAUSAM’.

I – Agravo de Instrumento interposto contra decisão que determina que as Recorrentes façam constar, nas propagandas veiculadas para venda de unidades de seu empreendimento imobiliário, que a alienação do terreno encontra-se ‘sub judice’.

II – Juridicamente incogitável a manutenção de um gravame que recai sobre pessoas que, por força de sentença, deixaram de figurar como parte na demanda.

III – Agravo interno desprovido.”A parte ora recorrente, ao deduzir o apelo extremo em questão,

sustentou que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República.

Sendo esse o contexto, passo a examinar a postulação recursal em causa. E, ao fazê-lo, observo a ocorrência, na espécie, de hipótese configuradora de perda superveniente de objeto.

É que, conforme noticiado ao E. Superior Tribunal de Justiça em parecer do Ministério Público Federal (fls. 707/710), “comprovado o distrato do empreendimento imobiliário “Villa dos Girassóis” com os promitentes adquirentes, bem como a rescisão da escritura de compra e venda desses imóveis, mediante restituição do preço pago, o que determina a ilegitimidade passiva ad causam das empresas Recorridas, resta prejudicado o presente recurso em razão da perda superveniente de seu objeto”.

A ocorrência de tal fato assume relevo processual, eis que faz instaurar, na espécie, situação de prejudicialidade, apta a gerar a extinção deste processo em face da superveniente perda de seu objeto, não mais subsistindo, de outro lado, o interesse processual da parte ora recorrente.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, não conheço do recurso extraordinário, por achar-se prejudicado (CPC, art. 932, III).

Não incide, no caso em exame, o que prescreve o art. 85, § 11, do CPC, ante a ausência de condenação em verba honorária na origem.

Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.116.363 (1465)ORIGEM : SEC - 14914 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : J.M.G.ADV.(A/S) : ARTUR GARRASTAZU GOMES FERREIRA (185918/RJ,

14877/RS, 388403/SP)RECDO.(A/S) : C.D.G.ADV.(A/S) : GERSON SALUSSE BORGES (26704/RS, 16208/SC)

Petição/STF 24.585/2018: DECISÃO Trata-se de Agravo Interno contra decisão que negou seguimento ao

Recurso Extraordinário sob os argumentos de que (a) mostra-se deficiente a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional; e (b) incidem os óbices das Súmulas 284 e 279 do STF.

É o relatório. Decido. O recurso é manifestamente inoportuno e incabível, considerando o

trânsito em julgado da decisão recorrida, razão pela qual o INDEFIRO. Certifique-se o trânsito em julgado e baixem os autos à origem. Após, publique-se. Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministro ALEXANDRE DE MORAES Relator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.122.716 (1466)ORIGEM : REsp - 50524544420154047000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : TCP PARTICIPACOES S.A. E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSEF AZULAY NETO (168848/RJ)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: O presente recurso extraordinário foi interposto por TCP Participações S.A. e outro(a/s) contra acórdão que, confirmado em sede de embargos de declaração pelo E. Tribunal Regional Federal da 4ª Região, está assim ementado:

“TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. PIS E COFINS. RECEITAS FINANCEIRAS. DECRETO Nº 8.426/2015. RESTABELECIMENTO DAS ALÍQUOTAS DO PIS/COFINS. POSSIBILIDADE. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. AUSÊNCIA DE OFENSA.

1. O art. 27, parágrafo 2º da Lei nº 10.865/2004 autorizou que o Poder Executivo reduzisse e restabelecesse as alíquotas do PIS/COFINS sobre as receitas financeiras auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime não cumulativo.

2. O reestabelecimento da alíquota realizado por intermédio do Decreto 8.426/2015 não interferiu nos elementos essenciais do tributo, não inovou na ordem jurídica porque as alíquotas já estavam fixadas na lei. Não há, portanto, no caso, ofensa ao princípio da legalidade previsto no art. 150, I, da Constituição Federal.”

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 340

A parte ora recorrente, ao deduzir o apelo extremo em questão, sustentou que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República.

Sendo esse o contexto, passo a examinar a postulação recursal em causa. E, ao fazê-lo, observo que o Plenário do Supremo Tribunal Federal, em sessões realizadas por meio eletrônico, apreciando o RE 986.296-RG/PR e o ARE 790.928-RG/PE, posteriormente substituídos, respectivamente, pelos RE 1.043.313-RG/PR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI (Tema nº 939/RG), e RE 841.979-RG/PE, Rel. Min. LUIZ FUX (Tema nº 756/RG), reconheceu existente a repercussão geral das questões constitucionais neles suscitadas, que coincidem, em todos os seus aspectos, com as controvérsias jurídicas versadas na presente causa.

Os temas objetos dos recursos extraordinários representativos das mencionadas controvérsias jurídicas, passíveis de se reproduzirem em múltiplos feitos, referem-se, respectivamente, à “Possibilidade de as alíquotas da contribuição ao PIS e da COFINS serem reduzidas e restabelecidas por regulamento infralegal, nos termos do art. 27, § 2º, da Lei nº 10.865/2004”, e ao “Alcance do art. 195, § 12, da Constituição federal, que prevê a aplicação do princípio da não-cumulatividade à Contribuição ao PIS e à COFINS”.

Isso significa que se impõe, quanto aos Temas nºs 939/RG e 756/RG, nos termos do art. 328 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem.

Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.122.976 (1467)ORIGEM : 10024082808197001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ANDERSON ALEXANDER XAVIER ALVES LEITEPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MINAS

GERAISRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

DECISÃO: O E. Superior Tribunal de Justiça reconheceu a extinção da punibilidade da parte ora recorrente, em virtude da ocorrência, na espécie, de prescrição da pretensão punitiva do Estado.

Com o trânsito em julgado dessa decisão, resulta sem objeto o presente recurso extraordinário.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, não conheço do presente recurso extraordinário, por achar-se prejudicado (CPC, art. 932, III).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.125.088 (1468)ORIGEM : 05193246220154058100 - TRF5 - CE - 2ª TURMA

RECURSAL - CEARÁPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ANDRE LUIZ CAVALCANTI SILVEIRAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃOTrata-se de Recurso Extraordinário interposto em face de acórdão

proferido pela Segunda Turma Recursal da Seção Judiciária do Ceará.No apelo extremo, interposto com amparo no art. 102, III, a , da

Constituição Federal, a parte recorrente sustenta que houve violação aos seguintes dispositivos constitucionais: arts. 2º; 5º, II; 37, caput; 39, § 4º; 93, I; 102, I, a ; e 169, caput, e I, e II.

É o relatório. Decido. Os recursos extraordinários somente serão conhecidos e julgados,

quando essenciais e relevantes as questões constitucionais a serem analisadas, sendo imprescindível ao recorrente, em sua petição de interposição de recurso, a apresentação formal e motivada da repercussão geral que demonstre, perante o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a existência de acentuado interesse geral na solução das questões constitucionais discutidas no processo, que transcenda a defesa puramente de interesses subjetivos e particulares.

A obrigação do recorrente de apresentar formal e motivadamente a preliminar de repercussão geral que demonstre, sob o ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, a relevância da questão constitucional debatida que ultrapasse os interesses subjetivos da causa, conforme

exigência constitucional, legal e regimental (art. 102, § 3º, da CF/88, c/c art. 1.035, § 2º, do Código de Processo Civil de 2015 e art. 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), não se confunde com meras invocações, desacompanhadas de sólidos fundamentos e de demonstração dos requisitos no caso concreto, de que (a) o tema controvertido é portador de ampla repercussão e de suma importância para o cenário econômico, político, social ou jurídico; (b) a matéria não interessa única e simplesmente às partes envolvidas na lide; ou, ainda, de que (c) a jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL é incontroversa no tocante à causa debatida, entre outras alegações de igual patamar argumentativo (ARE 691.595-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/2/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/2/2013; ARE 696.263-AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/2/2013; AI 717.821-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/8/2012).

Não havendo demonstração fundamentada da presença de repercussão geral, incabível o seguimento do Recurso Extraordinário.

No que diz respeito à violação do art. 169, caput, I e II, da CF/88, o Juízo de origem não analisou a questão constitucional veiculada, não tendo sido esgotados todos os mecanismos ordinários de discussão, INEXISTINDO, portanto, o NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO EXPLÍCITO, que pressupõe o debate e a decisão prévios sobre o tema jurígeno constitucional versado no recurso. Incidência das Súmulas 282 (É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada) e 356 (O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento), ambas desta CORTE SUPREMA.

De outro lado, em relação à ofensa aos arts. 5º, II, e 37, caput, da Constituição Federal, aplica-se neste caso a restrição da Súmula 636/STF: Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida.

Quanto ao mais, por sua exatidão, trago à colação as palavras do ilustre Min. LUIZ FUX em caso análogo (ARE 1.048.283, DJe de 12/9/2017):

“Quanto ao mais, em que pese o Plenário deste Tribunal, no julgamento da AO 1.569-QO, Rel. Min. Marco Aurélio, ter definido a competência originária desta Corte para julgar a matéria referente ao pagamento do benefício de ajuda de custo para despesas de transporte e mudança (artigo 65, I, da Lei Complementar 35/1979) aos magistrados federais, o Pleno do Supremo Tribunal Federal, em momento posterior (1º/8/2011), no julgamento da Rcl 2.136-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, DJe de 29/9/2011, veio a reafirmar a jurisprudência que desautoriza a pretensão ora em exame, in verbis:

‘RECLAMAÇÃO – INADMISSIBILIDADE – FUNÇÃO CONSTITUCIONAL DO INSTRUMENTO RECLAMATÓRIO (RTJ 134/1033 - RTJ 166/785) - AUSÊNCIA DOS PRESSUPOSTOS QUE AUTORIZAM A SUA UTILIZAÇÃO - REQUISITOS LEGITIMADORES DA INCIDÊNCIA DO ART. 102, I, N, DA CONSTITUIÇÃO – INOCORRÊNCIA - INVIABILIDADE DA ARGÜIÇÃO, EM CARÁTER GENÉRICO, DO IMPEDIMENTO E/OU SUSPEIÇÃO DE TODOS OS DESEMBARGADORES DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA - PRESSUPOSTOS INERENTES AO IMPEDIMENTO E/OU À SUSPEIÇÃO DEVEM SER APRECIADOS, EM PRINCÍPIO, PELO TRIBUNAL COMPETENTE PARA O JULGAMENTO DA CAUSA - PRECEDENTES - LITÍGIO QUE, ADEMAIS, NÃO CONCERNE A INTERESSE ESPECÍFICO E EXCLUSIVO DA MAGISTRATURA - EXISTÊNCIA, NA ESPÉCIE, DE CONTROVÉRSIA QUE ENVOLVE VANTAGENS E DIREITOS COMUNS À PRÓPRIA MAGISTRATURA E AO MINISTÉRIO PÚBLICO - COMUNHÃO DE INTERESSES CUJA EXISTÊNCIA EXCLUI A APLICABILIDADE DA REGRA DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA ESPECIAL (CF, ART. 102, I, N) – PRECEDENTES - CONSEQÜENTE INEXISTÊNCIA DE SITUAÇÃO CARACTERIZADORA DE USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - DECISÃO QUE NEGA SEGUIMENTO AO PROCESSO DE RECLAMAÇÃO - IMPUGNAÇÃO RECURSAL - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.’

No julgamento da referida Rcl 2.136-AgR, restou consignado no voto do Relator:

‘O benefício em referência - analisado na perspectiva do estatuto jurídico pertinente à Magistratura - não tem qualquer conotação de natureza corporativo-institucional, pois, segundo o próprio reclamante (fls. 51), é também titularizado pelos membros do Ministério Público, não se restringindo, por isso mesmo, apenas aos agentes vinculados à carreira judiciária.’

Dessa forma, se os interesses, direitos ou vantagens constituírem situações comuns a outras categorias funcionais, descaracterizar-se-á a hipótese especial de competência originária do Supremo Tribunal Federal instituída pela Constituição da República.

Nesse sentido, cito vários outros precedentes recentes de ambas as Turmas desta Suprema Corte, em que este entendimento foi reafirmado: AO 1.809-AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe de 2/2/2015; Rcl 16.817-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 5/2/2015; Rcl 16.409-AgR, Rel. Min. Teori Zavascki, Segunda Turma, DJe de 10/2/2015; e AO 1.893-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 17/9/2014, cuja ementa abaixo transcrevo:

‘AGRAVO REGIMENTAL NA AÇÃO ORIGINÁRIA. AJUDA DE CUSTO EM RAZÃO DE REMOÇÃO. MAGISTRATURA. INCOMPETÊNCIA DO STF

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 341

PARA JULGAMENTO DA AÇÃO. COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO STF SOMENTE NAS HIPÓTESES DE INTERESSE ESPECÍFICO E EXCLUSIVO DA MAGISTRATURA. MANUTENÇÃO DA DECISÃO AGRAVADA PELOS SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA SEGUIMENTO.

1. A competência originária do Supremo Tribunal Federal para o julgamento das demandas que alcancem o interesse de todos os membros da magistratura, nos termos do art. 102, I, n, apenas se configura se os direitos ou vantagens em debate sejam específicos e exclusivos da carreira.

2. Precedentes: Rcl 2.136-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, DJe de 15/08/2011, Rcl 16.817, Rel. Min. Celso de Mello, DJe 29/4/2014; Rcl 16.409-AgR, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe 11/2/2014; Rcl 16.815-MC, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe 9/12/2013; Rcl 16.971, Rel. Min. Rosa Weber, DJe 3/2/2014; e AO 1.809, Rel. Min. Marco Aurélio, DJe 4/11/2013. 3. Agravo regimental desprovido.’

Dessa forma, o acórdão recorrido não diverge da jurisprudência desta Corte no sentido de que o Supremo Tribunal Federal não é originariamente competente para julgar demandas em que apenas alguns magistrados pleiteiam o pagamento de ajuda de custo em razão de sua posse em domicílio diverso daquele em que residiam antes do ingresso na carreira.

Ressalte-se, também, que a controvérsia quanto à prescrição não dá ensejo ao cabimento de recurso extraordinário, por situar-se no âmbito infraconstitucional. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal, decorrente da análise de malferimento de dispositivos infraconstitucionais, torna inadmissível o recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se:

‘EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. MILITARES. REAJUSTE DE 28,86%. PRESCRIÇÃO DECRETADA NA ORIGEM. DISCUSSÃO SOBRE EVENTUAL RENÚNCIA. DECRETO N. 20.910/1932. ANÁLISE DE MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.’ (ARE 661.242-ED, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 14/3/2012)

‘AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. HORAS EXTRAS. PRESCRIÇÃO TRABALHISTA. AUSÊNCIA DE MATÉRIA CONSTITUCIONAL. O Supremo Tribunal Federal já assentou a ausência de repercussão geral da questão relativa à aplicação da prescrição total ou parcial em processo trabalhista, por restringir-se a tema infraconstitucional (ARE 697.514, Rel. Min Gilmar Mendes). O exame do recurso extraordinário revela que a hipótese envolve alegadas violações à legislação infraconstitucional, sem que se discuta o seu sentido à luz da constituição. Agravo regimental a que se nega provimento.’ (ARE 669.063-AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, Primeira Turma, DJe de 6/12/2013)

“DIREITO PREVIDENCIÁRIO. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. PREVIDÊNCIA PRIVADA. PRESCRIÇÃO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA NÃO VIABILIZA O MANEJO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 21.5.2012. As razões do agravo regimental não são aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere ao âmbito infraconstitucional do debate, a inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário. O exame da alegada ofensa aos arts. 5º, caput, e 7º, XXIX, da Constituição Federal dependeria de prévia análise da legislação infraconstitucional aplicada à espécie, o que refoge à competência jurisdicional extraordinária, prevista no art. 102 da Constituição Federal. Agravo regimental conhecido e não provido.’ (ARE 741.688-AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 22/10/2013)

Assevere-se, ainda, que os princípios da ampla defesa, do contraditório (artigo 5º, LV), do devido processo legal (artigo 5º, LIV) e os limites da coisa julgada (artigo 5º, XXXVI), quando debatidos sob a ótica infraconstitucional, não revelam repercussão geral apta a tornar o apelo extremo admissível, consoante decidido pelo Plenário Virtual do STF, na análise do ARE 748.371, da Relatoria do Ministro Gilmar Mendes, DJe de 1º/8/2013, Tema 660, conforme se pode destacar do seguinte trecho do referido julgado:

‘Ante o exposto, manifesto-me pela rejeição da repercussão geral do tema relativo à suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal, quando o julgamento da causa depender de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais.’

Quanto à alegação de ofensa ao artigo 5°, XXXV, da Constituição Federal, melhor sorte não assiste à parte agravante, tendo em vista que da análise dos autos é possível observar que a parte se valeu dos meios recursais cabíveis e teve a jurisdição devidamente prestada por decisões fundamentadas, embora contrárias aos seus interesses. Assim, não resta caracterizada a negativa de prestação jurisdicional. Nesse sentido, ARE 740.877-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 4/6/2013, o qual possui a seguinte ementa:

‘Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Administrativo. 3. Alegação de ausência de prestação jurisdicional. Decisão fundamentada, embora contrária aos interesses da parte, não configura negativa de prestação jurisdicional. Precedente: AI-QO-RG 791.292 de minha relatoria, DJe 13.8.2010. 4. Afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, se dependente do reexame prévio de

normas infraconstitucionais, configura ofensa reflexa à Constituição Federal, o que inviabiliza o processamento do recurso extraordinário. 5. Alegação de ofensa ao princípio da legalidade. Enunciado 636 da Súmula desta Corte. 6. Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão recorrida. 7. Agravo regimental a que se nega provimento.’

Demais disso, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que não viola o princípio da separação dos poderes o exame da legalidade e abusividade dos atos administrativos pelo Poder Judiciário. Seguindo esse entendimento, transcrevo julgados de ambas as Turmas desta Corte:

‘AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES. NÃO OCORRÊNCIA. SÚMULA 279/STF. Hipótese em que, para dissentir da conclusão firmada pelo Tribunal de origem, seria necessário reexaminar os fatos e provas constantes dos autos, o que é vedado em recurso extraordinário. Incidência da Súmula 279/STF. É firme no Supremo Tribunal Federal o entendimento de que não afronta o princípio da separação dos Poderes o controle exercido pelo Poder Judiciário sobre atos administrativos tidos por abusivos ou ilegais. Precedentes. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. Agravo regimental a que se nega provimento.’ (AI 410.544-AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, Primeira Turma, DJe de 17/3/2015)

‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE OFENSA AO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DE PODERES. ADMINISTRATIVO. LICITAÇÃO. IMPOSIÇÃO DE PENALIDADE. NECESSIDADE DE REEXAME DO ACERVO PROBATÓRIO DOS AUTOS. SUMÚLA 279 DO STF. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. I – O exame pelo Poder Judiciário de ato administrativo tido por ilegal ou abusivo não viola o princípio da separação dos poderes. II – Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo Tribunal de origem, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. III – Agravo regimental a que se nega provimento.’ (ARE 813.742-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 15/8/2014)

De outro lado, para divergir das razões do acórdão ora recorrido seria necessário o reexame da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei Complementar 35/1979 – LOMAN, Lei 5.010/1966, Lei 8.112/1990), o que se revela inviável em sede de recurso extraordinário, por configurar ofensa indireta à Constituição Federal. Nesse sentido:

‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. MAGISTRADO. MUDANÇA DE DOMICÍLIO EM RAZÃO DA POSSE NO CARGO. AJUDA DE CUSTO. FUNDAMENTO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.’ (RE 790.215-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 12/3/2014)

No que diz respeito à alegação de ofensa ao princípio da legalidade, a jurisprudência desta Suprema Corte se consolidou no sentido de que ‘não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida’ (Súmula 636 do STF).

Relativamente à alegada violação ao artigo 93, IX, da Constituição Federal, o Supremo Tribunal Federal firmou jurisprudência no sentido de que a decisão judicial tem que ser fundamentada, ainda que sucintamente, sendo prescindível que o decisum se funde na tese suscitada pela parte. Nesse sentido: AI 791.292-QO-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe de 13/8/2010.

Por fim, observo que o presente agravo foi interposto sob a égide da nova lei processual, o que conduziria à aplicação de sucumbência recursal. Nada obstante, por não ter havido condenação ao pagamento de honorários advocatícios no Tribunal a quo, fica impossibilitada a sua majoração, nos termos do artigo 85, § 11, do CPC/2015.

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 932, VIII, do CPC/2015 c/c o artigo 21, § 1º, do RISTF.” (grifos no original)

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, NEGO SEGUIMENTO AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

Não se aplica o art. 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015, tendo em vista que não houve fixação de honorários advocatícios nas instâncias de origem.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro ALEXANDRE DE MORAESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.127.667 (1469)ORIGEM : 03229681420158240023 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MARIA DORCELINA MACHADOADV.(A/S) : ALINE FRUETT MACHADO (62191/RS)ADV.(A/S) : DANIELE CESCA TAMAGNO (164348/RJ, 60896/RS,

43379/SC)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 342

RECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA - IPREV

ADV.(A/S) : MARCELO DE OLIVEIRA GANZO (29961/SC)

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, Maria Dorcelina Machado. Aparelhado o recurso na afronta ao art. 40, §§ 2º, 7º e 8º, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

Não há falar em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto, no caso, a suposta ofensa somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional local apontada no apelo extremo, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Aplicação da Súmula 280/STF: “Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário”. Nesse sentido: ARE 650.574-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 28.9.2011; ARE 647.735-AgR/SP, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 27.6.2012; e RE 1.056.223-AgR/SC, da minha lavra, 1ª Turma, DJe 21-11-2017, cuja ementa transcrevo:

“DIREITO ADMINISTRATIVO. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. MILITAR ESTADUAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO CPC/2015. INTEGRALIDADE. LEIS COMPLEMENTARES ESTADUAIS 412/2008 E 614/2013. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA NÃO VIABILIZA O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REELABORAÇÃO DA MOLDURA FÁTICA. PROCEDIMENTO VEDADO NA INSTÂNCIA EXTRAORDINÁRIA. AGRAVO MANEJADO SOB A VIGÊNCIA DO CPC/2015. 1. Obstada a análise da suposta afronta aos preceitos constitucionais invocados, porquanto dependeria de prévia análise da legislação infraconstitucional aplicada à espécie, procedimento que refoge à competência jurisdicional extraordinária desta Corte Suprema, a teor do art. 102 da Magna Carta. 2. As razões do agravo não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à ausência de ofensa a preceito da Constituição da República. 3. Ausente condenação anterior em honorários, inaplicável o art. 85, § 11, do CPC/2015. 4. Agravo interno conhecido e não provido.”

Por conseguinte, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.128.290 (1470)ORIGEM : 50076696120104047100 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECTE.(S) : ODETE TEREZINHA SCHERER CONSTANTEADV.(A/S) : MARLENE DE OLIVEIRA ERNEST (37795/RS)RECDO.(A/S) : OS MESMOS

Vistos etc.A matéria restou submetida ao Plenário Virtual para análise quanto à

existência de repercussão geral no RE 661.256 RG, verbis:"EMENTA: CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. § 2º do ART. 18

DA LEI 8.213/91. DESAPOSENTAÇÃO. RENÚNCIA A BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA. UTILIZAÇÃO DO TEMPO DE SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO QUE FUNDAMENTOU A PRESTAÇÃO PREVIDENCIÁRIA ORIGINÁRIA. OBTENÇÃO DE BENEFÍCIO MAIS VANTAJOSO. MATÉRIA EM DISCUSSÃO NO RE 381.367, DA RELATORIA DO MINISTRO MARCO AURÉLIO. PRESENÇA DA REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL DISCUTIDA. Possui repercussão geral a questão constitucional alusiva à possibilidade de renúncia a benefício de aposentadoria, com a utilização do tempo se serviço/contribuição que fundamentou a prestação previdenciária originária ”

O art. 328 do RISTF autoriza a devolução dos recursos extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais ou Turmas Recursais de origem para os fins previstos nos arts. 1.036 a 1.040 do CPC/2015.

Devolvam-se os autos à Corte de origem.Publique-se.Brasília, 21 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.128.866 (1471)ORIGEM : 00182552320168270000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO TOCANTINSPROCED. : TOCANTINSRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : FRANCISCA RODRIGUES DO NASCIMENTOADV.(A/S) : VIVIANE MENDES BRAGA (2264/TO)RECDO.(A/S) : ESTADO DO TOCANTINSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO TOCANTINSRECDO.(A/S) : EDUCON-SOCIEDADE DE EDUCACAO CONTINUADA

LTDAADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO ARRUDA (80253/PR)

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, Francisca Rodrigues do Nascimento. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 206, IV, e 242 da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

Não há falar em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto, no caso, a suposta ofensa somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional local apontada no apelo extremo (Lei Estadual 1.160/2000), o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Aplicação da Súmula 280/STF: “Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário”. Nesse sentido:

“E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS INSCRITOS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - RECURSO IMPROVIDO. - A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.” (AI 760346 AgR, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, julgado em 29/06/2010, DJe-149 DIVULG 12-08-2010 PUBLIC 13-08-2010 EMENT VOL-02410-04 PP-00793)

Por conseguinte, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.128.931 (1472)ORIGEM : 990101279193 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ELIAS SANTANA CHAGASADV.(A/S) : CONSTANTINO PIFFER JUNIOR (31115/SP)

Vistos etc. Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado de

São Paulo maneja recurso extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 24, IV, 98, § 2º, e 145, II, da Constituição Federal. Sustenta isenção do recolhimento do porte de remessa e retorno, uma vez que essa verba se insere no conceito de preparo recursal.

A matéria debatida, em síntese, diz com saber se é exigível de pessoa jurídica de direito público, pertencente à estrutura orgânica da União, o recolhimento de porte de remessa e de retorno, quando aquela litiga na condição de Fazenda Pública na Justiça Estadual.

Admitido o recurso na origem, subiram os autos. É o relatório. Decido.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 343

Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos veiculados no extraordinário,

concluo assistir razão ao recorrente. A Corte de origem manteve o acórdão que não conheceu da apelação

da autarquia ao fundamento de que caracterizada a deserção, uma vez que não recolhido o pagamento da despesa do porte de remessa e retorno de autos. O acórdão recebeu a seguinte ementa:

"ACIDENTÁRIA — Autos devolvidos para a turma julgadora para eventual adequação da fundamentação e/ou manutenção da decisão, diante de entendimento adotado pelo Superior Tribunal de Justiça acerca de não ser exigível do INSS o depósito prévio do preparo, bem como pelo Supremo Tribunal Federal no sentido de estar a autarquia isenta do pagamento da despesa com porte de remessa e de retorno, em sede de recursos especial e extraordinário processados no regime dos arts. 543-C e 543-B do CPC/1973, respectivamente (art. 1.040, inciso 11, do novo CPC) — Lei Estadual que estabelece distinção entre a taxa judiciária na espécie e a despesa com o porte de remessa e de retorno — Caso em que o art. 27 do CPC/1973 não abrange o recolhimento de valor que se insere entre os requisitos de admissibilidade dos recursos — Acórdão mantido.”

O entendimento adotado no acórdão recorrido diverge da jurisprudência firmada neste Supremo Tribunal Federal . Ao julgamento do RE 594.116, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, DJe 05.4.2016, processado segundo a sistemática da repercussão geral, esta Suprema Corte firmou a Tese de que: " Aplica-se o § 1º do art. 511 do Código de Processo Civil para dispensa de porte de remessa e retorno ao exonerar o seu respectivo recolhimento por parte do INSS . O acórdão está assim ementado:

"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM REPERCUSSÃO GERAL. DIREITO TRIBUTÁRIO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. TAXA JUDICIÁRIA. PREPARO RECURSAL. PORTE DE REMESSA E RETORNO. ISENÇÃO. INSS. JUSTIÇA ESTADUAL. 1. A despesa com porte de remessa e retorno não se enquadra no conceito de taxa judiciária, uma vez que as custas dos serviços forenses se dividem em taxa judiciária e custas em sentido estrito. Precedente: AI-ED 309.883, de relatoria do Ministro Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 14.06.2002. 2. O porte de remessa e retorno é típica despesa de um serviço postal, prestado por empresa pública monopolística e, assim, remunerado mediante tarifas ou preço público. Precedente: AI-QO 351.360, de relatoria do Ministro Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 07.06.2002. 3. O art. 511 do Código de Processo Civil dispensa o recolhimento dessa despesa processual por parte do INSS, pois se trata de norma válida editada pela União, a quem compete dispor sobre as receitas públicas oriundas da prestação do serviço público postal. 4. A lei estadual, ora impugnada, apenas reproduziu o entendimento esposado no próprio CPC de que as despesas com o porte de remessa e retorno não se incluem no gênero taxa judiciária, de modo que não há vício de inconstitucionalidade no particular. 5. Verifica-se que o art. 2º, parágrafo único, II, in fine, da Lei paulista 11.608/2003, é inconstitucional, uma vez que o Conselho Superior da Magistratura, como órgão de nível estadual, não possui competência para tratar das despesas com o porte de remessa e retorno. Declaração incidental de inconstitucionalidade da expressão cujo valor será estabelecido por ato do Conselho Superior da Magistratura. 6. Recurso extraordinário a que se dá provimento, para cassar o acórdão recorrido e determinar o processamento da apelação no Tribunal de origem. (RE 594.116, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, Repercussão Geral Mérito, DJe 05-04-2016)

Por seu turno, na esteira da jurisprudência desta Suprema Corte, a existência de precedentes firmados pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal autoriza o julgamento imediato de causas que versem o mesmo tema, consoante se denota dos seguintes julgados:

“Embargos de declaração no recurso extraordinário com agravo. Conversão dos embargos declaratórios em agravo regimental. Previdenciário. Benefício. Revisão. Repercussão geral. Inexistência. Precedente do Plenário. Falta de publicação. Aplicação. Possibilidade. Precedentes. 1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 2. A existência de precedente firmado pelo Tribunal Pleno desta Corte autoriza o julgamento imediato de causas que versem sobre a mesma matéria, independentemente da publicação ou do trânsito em julgado do paradigma. 3. Ausência de repercussão geral do tema relativo à adoção, para fins de revisão de renda mensal de benefício previdenciário, dos mesmos índices aplicados para o reajuste do teto do salário-de-contribuição, relativamente aos meses de junho/99 e maio/04, haja vista a necessidade do exame da legislação infraconstitucional. 4. Agravo regimental não provido.” (ARE 686.607-ED/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 03.12.2012).

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE DECISÃO MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. REVISÃO DA RENDA MENSAL DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. ADOÇÃO DOS MESMOS ÍNDICES APLICADOS PARA O REAJUSTE DO TETO DO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO. PORTARIA 5.188/1999. DECRETO 5.061/2004. EMENDAS CONSTITUCIONAIS 20/1998 E 41/2003. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. QUESTÃO INFRACONSTITUCIONAL. EXISTÊNCIA DE PRECEDENTE FIRMADO PELO PLENÁRIO DO STF. POSSIBILIDADE DE JULGAMENTO IMEDIATO. AGRAVO IMPROVIDO. I Os Ministros desta Corte, no ARE 685.029- RG/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, manifestaram-se pela inexistência de repercussão geral da controvérsia acerca da possibilidade de adoção, para fins de revisão da renda mensal de benefício previdenciário, dos mesmos índices aplicados para o reajuste do

teto do salário-de-contribuição, relativamente aos meses de junho de 1999 (Portaria 5.188/1999) e maio de 2004 (Decreto 5.061/2004), conforme disposto nas Emendas Constitucionais 20/1998 e 41/2003, por entenderem que a discussão tem natureza infraconstitucional, decisão que vale para todos os recursos sobre matéria idêntica. II A existência de precedente firmado pelo Plenário desta Corte autoriza o julgamento imediato de causas que versem sobre o mesmo tema, independentemente da publicação ou do trânsito em julgado do leading case . Precedentes. III Agravo regimental improvido” (ARE 707.863-ED/RS, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, DJe 20.11.2012)

Ante o exposto, forte no art. 21, § 1º, do RISTF, dou provimento ao recurso extraordinário para cassar o acórdão recorrido e determinar o processamento da apelação no Tribunal de origem, consoante entendimento firmado no julgamento do RE 594.116, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, DJe 05.4.2016.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.129.049 (1473)ORIGEM : REsp - 50425425720144047000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ASSOCIACAO DOS SERVIDORES DO INCRA NO

ESTADO DO PARANA - ASSINCRA/PRADV.(A/S) : JACEGUAY FEUERSCHUETTE DE LAURINDO RIBAS

(45439/PE, 04395/PR)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – SERVIDOR PÚBLICO –

APOSENTADORIA PROPORCIONAL – PROPORCIONALIDADE NO CÁLCULO DE GRATIFICAÇÃO – MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL.

GRATIFICAÇÃO – PARIDADE – TERMO FINAL – PRECEDENTE DO PLENO – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.

1. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região confirmou o entendimento do Juízo quanto à procedência do pedido de recebimento de gratificação, aludindo à inexistência de distinção quanto ao tipo de aposentadoria – integral ou proporcional. No extraordinário, o recorrente alega violados os artigos 5º, inciso LV, 40, § 1º, inciso III, e 93, inciso IX, da Constituição Federal. Argui a nulidade da decisão por negativa de prestação jurisdicional. Aponta a ausência de generalidade da rubrica. Ressalta inexistir afronta ao princípio da isonomia. Tece comentários sobre a limitação temporal. Argumenta com a impossibilidade de o Poder Judiciário conceder aumentos remuneratórios a servidores. Afirma a necessidade do pagamento da gratificação em fração equivalente à proporcionalidade da aposentadoria.

2. De início, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses com solução na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.

No mais, a recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, procedida, na maioria das vezes, mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional a partir da moldura fática delineada soberanamente pelo Colegiado de origem, das premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o verbete nº 279 da Súmula do Supremo:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.Colho do acórdão recorrido o seguinte trecho:A eventual proporcionalidade dos proventos de aposentadoria da

parte exequente não reflete no pagamento das gratificações em discussão, uma vez que a Constituição Federal e a lei instituidora da vantagem não autorizam distinção alguma entre os servidores aposentados com proventos integrais e proporcionais. Não cabe ao intérprete fazer tal distinção, para reduzir o valor da gratificação legalmente instituído, levando em conta ainda que não se trata de vantagem calculada sobre o vencimento básico do servidor.

Eis a decisão proferida nos embargos declaratórios:O Plenário do STF, no julgamento do RE 662.406, firmou tese, dotada

de repercussão geral, de que 'o termo inicial do pagamento diferenciado das gratificações de desempenho entre servidores ativos e inativos é o da data da homologação do resultado das avaliações após a conclusão do primeiro ciclo de avaliações, não podendo a administração retroagir os efeitos financeiros à data anterior.' Nesse sentido os seguintes julgados da Suprema Corte:

[..]Com base no entendimento acima esposado, conclui-se que o termo

final do valor executado deve ser a data de homologação dos resultados do 1º ciclo de avaliação da GDARA. Por conseguinte, em respeito ao disposto no

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 344

título executivo, tenho que o pagamento da gratificação com base em 100 pontos para os inativos deve se limitar a 30/04/2012.

As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

Acresce que o Supremo, no recurso extraordinário nº 808.997/RS, da relatoria do ministro Luiz Fux, assentou a inexistência de repercussão geral do tema relativo à forma de cálculo das gratificações dos servidores públicos, beneficiários de aposentadoria proporcional.

De resto, o Tribunal, no recurso extraordinário nº 662.406/AL, relatado no Pleno pelo ministro Teori Zavascki, sob a sistemática da repercussão geral, assim decidiu:

DIREITO ADMINISTRATIVO. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE TÉCNICA DE FISCALIZAÇÃO AGROPECUÁRIA - GDATFA. TERMO FINAL DO DIREITO À PARIDADE REMUNERATÓRIA ENTRE SERVIDORES ATIVOS E INATIVOS. DATA DA REALIZAÇÃO DA AVALIAÇÃO DO PRIMEIRO CICLO.

1. O termo inicial do pagamento diferenciado das gratificações de desempenho entre servidores ativos e inativos é o da data da homologação do resultado das avaliações, após a conclusão do primeiro ciclo de avaliações, não podendo a Administração retroagir os efeitos financeiros a data anterior.

2. É ilegítima, portanto, nesse ponto, a Portaria MAPA 1.031/2010, que retroagiu os efeitos financeiros da Gratificação de Desempenho de Atividade Técnica de Fiscalização Agropecuária - GDAFTA ao início do ciclo avaliativo.

3. Recurso extraordinário conhecido e não provido.3. Ante o quadro, nego seguimento ao extraordinário. 4. Publiquem. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.129.095 (1474)ORIGEM : REsp - 00092303620134050000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ESPÓLIO DE WALDEMAR DIAS DE SÁADV.(A/S) : MARCIO DANTAS DE ARAUJO (3718/RN)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário em face de acórdão do TRF da 4ª Região, assim ementado:

“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. DESAPROPRIAÇÃO PARA FINS DE REFORMA AGRÁRIA. TDA COMPLEMENTAR. PRAZO DE RESGATE. DEDUÇÃO DO TEMPO DECORRIDO ENTRE A DATA DO DEPÓSITO INICIAL E A DO SEU LANÇAMENTO. POSSIBILIDADE”. (eDOC 1, p. 87)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal, aponta-se violação ao art. 184, caput e § 4º, do texto constitucional.

Nas razões recursais, alega-se, em síntese, não ser possível a emissão de TDAs com data retroativa. (eDOC 1, p. 126)

É o relatório.Decido.Inicialmente, verifico que o presente recurso submete-se ao regime

jurídico do Código de Processo Civil de 1973, tendo em vista que impugna decisão publicada em data anterior a 17.3.2016.

A irresignação não merece prosperar.O Tribunal de origem, ao examinar a espécie dos autos, não

determinou a expedição de títulos com data anterior à da emissão, mas apenas estatuiu que seu prazo de resgaste, contando da emissão, seria de vinte anos menos o tempo transcorrido desde o depósito inicial. Nesse sentido, extrai-se o seguinte trecho do acórdão impugnado:

“Com efeito, o prazo de resgate dos TDAs complementares, expedidos para pagamento da diferença apurada entre o preço da terra nua fixado na sentença e o valor inicialmente ofertado, deve ser apurado deduzindo-se o tempo decorrido entre a data do depósito inicial - que viabilizou a imissão na posse - e a do seu lançamento, sob pena de ofensa ao art. 184 da Constituição Federal, que prevê indenização prévia em títulos da dívida agrária resgatáveis no prazo máximo de até vinte anos”. (eDOC 1, p. 84)

Verifico que a jurisprudência desta Corte já se consolidou no sentido de que a controvérsia quanto ao prazo de resgate de títulos da dívida agrária ou ao seu termo inicial não decorre de interpretação direta de norma constitucional, devendo antes apoiar-se na regulamentação de âmbito legal, o que inviabiliza o processamento do presente recurso.

Nesse sentido, trago precedentes de ambas Turmas deste Tribunal:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. INÍCIO

DE PRAZO DE RESGATE DE TÍTULOS DA DÍVIDA AGRÁRIA. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO

INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO”. (AI 820632 AgR-segundo, rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 26.5.2011)

“Agravo regimental no recurso extraordinário. Administrativo. Desapropriação. Reforma agrária. Justa indenização. Prazo para resgate de TDA’S. Termo inicial. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Inadmissível em recurso extraordinário a análise da legislação infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 2. Agravo regimental não provido”. (RE 605440 AgR, rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 11.11.2011)

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. OFENSA REFLEXA À CF/88. INADMISSIBILIDADE. 1. O acórdão de origem, a partir da interpretação da Lei 8.629/93, considerou válida a emissão de TDA com data em que o preço foi oferecido, devendo o prazo para resgate ser contado da data do depósito. 2. É inadmissível o recurso extraordinário no qual, a pretexto de ofensa a dispositivos constitucionais, pretende-se a exegese de legislação ordinária. Ofensa à Constituição meramente reflexa ou indireta, de exame inviável nesta sede recursal. 3. Agravo regimental improvido”. (RE 337081 AgR, rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ 24.6.2005)

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (art. 932, IV, a, do NCPC c/c art. 21, §1º, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.129.210 (1475)ORIGEM : 10022365920168260417 - TJSP - COLÉGIO RECURSAL

- 26ª CJ - ASSISPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREVPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : NORIVAL DOS SANTOS FERREIRAADV.(A/S) : JAMES EUZEBIO PEDRO JUNIOR (104445/SP)

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, São Paulo Previdência (SPPREV). Aparelhado o recurso na afronta ao art. 40, §§ 1º, 3º, 8º e 17, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

As instâncias ordinárias decidiram a questão com fundamento na legislação infraconstitucional aplicável à espécie, razão pela qual, consideradas as circunstâncias jurídico-normativas da decisão recorrida, reputo inocorrente afronta ao art. 40, §§ 1º, 3º, 8º e 17, da Constituição da República. Nesse sentido:

“Ementa: AGRAVO INTERNO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. POLICIAL CIVIL. APOSENTADORIA ESPECIAL. LEI COMPLEMENTAR 51/1985. POSSIBILIDADE. RE 567.110. TEMA 26. INTEGRALIDADE E PARIDADE. NECESSIDADE DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL E DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. RECURSO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA. INAPLICABILIDADE DO ARTIGO 85, § 11, DO CPC/2015. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO.” (ARE 1098111 AgR, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 04/04/2018, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-073 DIVULG 16-04-2018 PUBLIC 17-04-2018)

“EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Previdenciário. Aposentadoria especial. Lei Complementar 51/85. Cumulação dos requisitos tempo de contribuição e idade mínima. Exigência. Impossibilidade. Paridade e integralidade. Preenchimento dos requisitos. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Fatos e provas. Reexame. Impossibilidade. Precedentes. 1. A jurisprudência da Corte firmou o entendimento de não ser necessária a cumulação dos requisitos tempo de contribuição e idade mínima para efeito de concessão de aposentadoria especial, como no caso dos policiais. 2. Não se presta o recurso extraordinário para a análise da legislação infraconstitucional, tampouco para o reexame do conjunto fático- probatório da causa. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 3. Agravo regimental não provido. 4. Majoração da verba honorária em valor equivalente a 10% (dez por cento) do total daquela já fixada (art. 85, §§ 2º, 3º e 11, do CPC), observada a eventual concessão do benefício da gratuidade da justiça.” (ARE 1066419 AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 345

Segunda Turma, julgado em 02/03/2018, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-052 DIVULG 16-03-2018 PUBLIC 19-03-2018)

Por conseguinte, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 21 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.129.626 (1476)ORIGEM : 91125755620048260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : GENI ALVESPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, Geni Alves. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 37, § 6º, e 5º, XLIX, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

O exame de eventual ofensa aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal.

Ademais, o Tribunal de origem lastreou-se na prova produzida para firmar seu convencimento acerca da existência, na espécie, do nexo de causalidade necessário à responsabilização pelos danos sofridos pela parte agravada.

Nesse contexto, somente mediante o revolvimento do quadro fático delineado seria possível aferir a ocorrência de eventual afronta ao preceito constitucional invocado no apelo extremo (art. 37, § 6º, da CF/88). Inadmissível, pois, o recurso extraordinário, em face do óbice da Súmula 279/STF, segundo a qual para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. Nesse sentido: AI 839.590-AgR/RJ, Rel. Ministro Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 07.8.2012; AI 810.613-AgR/RJ, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe 1º.02.2011; e AI 727.483-AgR/RJ, Rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, DJe 13.11.2010, assim ementados:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO. ARTIGO 37, § 6º, DA CF. DANO MORAL. TERCEIRO NÃO-USUÁRIO DO SERVIÇO. QUANTUM INDENIZATÓRIO. ANÁLISE DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CARREADO AOS AUTOS. SÚMULA 279 DESTA CORTE. 1. A Súmula 279/STF dispõe verbis : Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. 2. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. (...) 4. Agravo regimental a que se nega provimento.”

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ART. 37, § 6° DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - A apreciação do recurso extraordinário, no que concerne à alegada ofensa ao art. 37, § 6°, da Constituição, encontra óbice na Súmula 279 do STF. Precedentes do STF. II - Agravo regimental improvido.”

“CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE SUBJETIVA DO ESTADO. OMISSÃO. FALTA DE CONSERVAÇÃO DE VIA PÚBLICA. DANOS MATERIAIS E MORAIS. QUEDA EM BUEIRO ABERTO. ART. 37, § 6º, CF/88. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. 1. Em sede de recurso extraordinário não é permitido inovar com argumentos não abordados pelo acórdão recorrido. Ausência do necessário prequestionamento (Súmula STF 282). 2. Incidência da Súmula STF 279 para alterar conclusão do Tribunal de origem, que se limitou a aferir a responsabilidade subjetiva do município por ato omissivo específico, nos termos da teoria do faute du service . 3. Agravo regimental improvido.”

Por conseguinte, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o

recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.130.573 (1477)ORIGEM : PROC - 00030995620108250001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPEPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ESTADO DE SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPERECDO.(A/S) : JOSE OLIVEIRA DE JESUSADV.(A/S) : JOAO ALBERTO SANTOS DE OLIVEIRA (3216/SE)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe, ementado nos seguintes termos:

“APELAÇÃ CÍVEL – AÇÃO ORDINÁRIA DE REVISÃO DE PROVENTOS – ADICIONAIS PROVISÓRIO DE ATIVIDADE, DESEMPENHO E ETAPA ALIMENTAR – VANTAGENS DE NATUREZA GERAL – PAGAMENTO INDISTINTO – EXTENSÃO AOS INATIVOS E PENSIONISTAS – ART. 40 § 8º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL – MANUTENÇÃO DA SENTENÇA- RAZÕES DO RECURSO EM CONFRONTO COM JURISPRUDÊNCIA UNÂNIME DESTA CORTE – NEGATIVA DE SEGUIMENTO – INTELIGÊNCIA DO ART. 557, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.” (eDOC 4)

Desta decisão foram interpostos agravo regimental que restaram assim ementados:

“AGRAVO REGIMENTAL EM APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO ORDINÁRIA DE REVISÃO DE PROVENTOS – ADICIONAIS PROVISÓRIO DE ATIVIDADE, DESEMPENHO E ETAPA ALIMENTAR – VANTAGENS DE NATUREZA GERAL – PAGAMENTO INDISTINTO – EXTENÇÃO AOS INATIVOS E PENSIONISTAS – ART. 40, § 8º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL – NEGATIVA DE SEGUIMENTO A APELAÇÃO CÍVEL – DECISÃO RESPALDADA NO ARTIGO 557 DO CPC – PRERROGATIVA DO RELATOR QUANDO CARACTERIZADAA SITUAÇÃO LEGAL – RAZÕES DO RECURSO EM CONFRONTO COM JURISPRUDÊNCI AUNÂNIME DESTA CORTE DE JUSTIÇA – RECURSO IMPROVIDO – DECISÃO UNÂNIME.” (eDOC 7, p. 2)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, aponta-se violação aos arts. 37, caput, 40, § 8º, do texto constitucional.

Nas razões recursais, alega-se que o adicional de etapa alimentar possui natureza indenizatória e, por isso mesmo, não pode ser estendido aos militares inativos. (eDOC 9)

Decido. Com razão o recorrente.O acórdão recorrido está em confronto com a jurisprudência deste

Tribunal que, em casos idênticos, tem entendido pela impossibilidade de sua extensão aos militares inativos, em função da natureza indenizatória da gratificação etapa alimentar. Neste sentido cito de minha relatoria o RE 411.998-AgR, assim ementado:

“Recurso extraordinário. 2. Adicional de etapa alimentar. Extensão aos militares inativos. Impossibilidade. Verba de natureza indenizatória. Inexistência de caráter genérico. 3. Recurso extraordinário conhecido e provido.” (RE 411.99-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJ de 10.2.2006)

Nesse mesmo sentido, cito ainda as seguintes decisões monocráticas: RE 909.182/SE, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 1.2.2018; RE 1.011.792/SE, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 5.12.2016; RE 629.411-AgR/SE, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe 23.5.2016; RE 917.134/SE, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 30.3.2016; RE 902.499/SE, Rel. Min. Teori Zavascki, 29.2.2016; RE 934.371/SE, Rel. Min. Celso de Mello, DJe 15.2.2016; e AI 598.949-AgR/SE, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 1.8.2013.

Ante o exposto, dou provimento ao recurso, para excluir da condenação a parcela referente ao Adicional de Etapa Alimentar. (art. 932, IV, do NCPC c/c art. 21, §1º, do RISTF) invertidos os ônus de sucumbência.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.131.267 (1478)ORIGEM : 00089831020154013100 - TRF1 - PA/AP - 2ª TURMA

RECURSALPROCED. : AMAPÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : RAIMUNDO DE LIMA BRITO FILHOADV.(A/S) : VERA CARLA NELSON CRUZ SILVEIRA (19640/DF)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 346

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS

LEGAIS – INVIABILIDADE – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.1. O Colegiado de origem confirmou o entendimento do Juízo quanto

à improcedência do pedido de majoração do auxílio moradia recebido por policial militar do ex-território federal do Amapá, aludindo à inexistência de previsão legal. No extraordinário, o recorrente alega violados os artigos 5º, cabeça, incisos II e LIV, da Constituição Federal, 31 da Emenda Constitucional nº 19/98 e 1º e 3º da Emenda Constitucional nº 79/14. Diz contrariados os princípios da legalidade e do devido processo legal. Discorre sobre o tema de fundo, insistindo no direito à verba pleiteada.

2. Colho de decisão recorrida o seguinte trecho:2. No caso em tela, a Lei nº 10.486/2002 dispõe, em seu art. 2°,

sobre os direitos pecuniários em acréscimo à remuneração a que tem direito os policiais militares do Distrito Federal. É certo que tais vantagens estendem-se aos policiais do ex-território do Amapá, conforme previsto no art. 65 da referida lei, corroborado pelo art. 31 da EC nº 19/1998, alterada pela EC. N° 79/2014.

3. Entretanto, no caso do auxílio moradia, previsto no art. 2°, I, f, seus valores foram especificados na tabela III do anexo IV (art. 3°, XIV da Lei nº 10.486/2002), sendo incabível sua majoração aos policiais militares do ex-território Federal do Amapá através de Decreto do Governo do Distrito Federal.

4. Destarte, para majoração do auxílio-moradia recebido pelos policiais militares do Amapá, necessária a produção de lei em sentido formal, eis que os valores foram fixados na própria lei nº 10.486/2002 em seu anexo IV.

À toda evidência, acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

O Supremo, no recurso extraordinário com agravo nº 870.776/RJ, da relatoria do ministro Teori Zavascki, concluiu não ter repercussão geral o tema concernente à paridade remuneratória entre militares inativos e pensionistas do antigo e do atual Distrito Federal. Eis o teor da ementa do acórdão:

PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. POLICIAIS MILITARES INATIVOS DO ANTIGO DISTRITO FEDERAL E SEUS PENSIONISTAS. PARIDADE REMUNERATÓRIA COM OS MILITARES DO ATUAL DISTRITO FEDERAL. LEI 10.486/02 E DECRETO 28.371/07. MATÉRIA

INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. 1. A controvérsia relativa à paridade remuneratória entre os militares

do antigo e do atual Distrito Federal, fundada na interpretação da Lei 10.486/02 e do Decreto 28.371/07, é de natureza infraconstitucional.

2. É cabível a atribuição dos efeitos da declaração de ausência de repercussão geral quando não há matéria constitucional a ser apreciada ou quando eventual ofensa à Carta Magna ocorra de forma indireta ou reflexa (RE 584.608 RG, Min. ELLEN GRACIE, DJe de 13/03/2009).

3. Ausência de repercussão geral da questão suscitada, nos termos do art. 543-A do CPC.

3. Nego seguimento ao extraordinário. Considerada a fixação em dos honorários advocatícios no patamar de 10% sobre o valor da causa, majoro os honorários recursais em 5%, nos termos do artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015.

4. Publiquem.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.131.645 (1479)ORIGEM : 92569095220058260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : LILIA BATORI DE TOLEDO VALLE E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RICARDO LUIZ MARCAL FERREIRA (111366/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – AUSÊNCIA DE

ENQUADRAMENTO NO PERMISSIVO – NEGATIVA DE SEGUIMENTO. 1. Eis a síntese do acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do

Estado de São Paulo:PROCURADORES DE ESTADO – Verba honorária – Pretensão de

não se submeterem ao sub-teto salarial fixado pela GPG 108/93 – Inadmissibilidade - A resolução foi editada em observância à Constituição Federal e à Lei Estadual 6.995/90 – Adicionais temporais – Reconhecimento da prescrição quinquenal.

Recurso improvido.No extraordinário, os recorrentes alegam violação dos artigos 37,

incisos XI e XII, e 135 da Constituição Federal. Aludem ao princípio da reserva

legal em matéria de fixação ou limitação de vencimentos. Apontam a inconstitucionalidade da Resolução GPG 108. Dizem inexistir fundamento para a vinculação remuneratória entre os cargos de Procurador do Estado e membros magistratura e do Ministério Público. Afirmam terem sido os adicionais temporais cortados em decorrência da contenção dos honorários. Sustentam não ser admissível a aplicação do teto sobre vantagens pessoais.

2. A decisão recorrida está em consonância com a orientação firmada pelo Pleno no recurso extraordinário nº 417.200/SP, de minha relatoria, julgado em 24 de junho de 2010. Eis a ementa do acórdão:

REMUNERAÇÃO – SERVIDOR DO EXECUTIVO ESTADUAL – TETO – EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 19/98 – EFICÁCIA PROJETADA NO TEMPO – ARTIGO 37, INCISO XI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, NA REDAÇÃO PRIMITIVA – SUBSISTÊNCIA DO TETO REVELADO PELA REMUNERAÇÃO DE SECRETÁRIO DE ESTADO. A eficácia do inciso XI do artigo 37 da Constituição Federal, na redação decorrente da Emenda Constitucional nº 19/98, ficou jungida à fixação, por lei de iniciativa conjunta do Presidente da República, do Presidente do Supremo, do Presidente da Câmara e do Presidente do Senado, do subsídio, persistindo a vigência do texto primitivo da Carta, no que contemplado o teto por Poder, consideradas as esferas federal e estadual.

Há ainda pronunciamentos da Primeira Turma do Supremo, nos quais analisada a situação própria dos Procuradores do Estado de São Paulo, como, por exemplo, o agravo regimental no agravo de instrumento nº 500.054/SP, relatora ministra Cármen Lúcia:

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DE PROCURADOR DO ESTADO. CARÁTER GERAL: INCLUSÃO NO TETO REMUNERATÓRIO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

3. Nego seguimento ao extraordinário. Considerada a fixação em sentença dos honorários advocatícios em 10% sobre o valor da causa, majoro os honorários recursais em 5%, consoante o artigo 85, § 11, do citado diploma legal.

4. Publiquem.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.131.823 (1480)ORIGEM : PROC - 50062866520174047112 - TRF4 - RS - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : VINÍCIO LUIZ MORIADV.(A/S) : ERNANI PERES DOS SANTOS (69922/RS)

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, a União. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 2º, 5º, II, 37, caput, 150, I, 145, § 1º, e 150, § 6º, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

Quanto à alegada violação do art. 2º da Lei Fundamental, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é no sentido de que o exame da legalidade dos atos administrativos pelo Poder Judiciário não viola o princípio da separação de Poderes. Nesse sentido, cito o RE 417.408-AgR/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJE de 26.4.2012; e o ARE 655.080-AgR/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJE de 09.9.2012, assim ementado:

“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Direito Administrativo. 3. Concurso público. 4. Controle judicial dos atos administrativos quando eivados de ilegalidade ou abuso de poder. Possibilidade. Ausência de violação ao princípio da separação de Poderes. Precedentes do STF. 5. Discussão acerca da existência de ilegalidade e quanto à apreciação do preenchimento dos requisitos legais, pela agravada, para investidura no cargo público de magistério estadual. Necessário reexame do conjunto fático-probatório da legislação infraconstitucional e do edital que rege o certame. Providências vedadas pelas Súmulas 279, 280 e 454. Precedentes. 6. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 7. Agravo regimental a que se nega provimento.”

Na esteira da Súmula 636/STF: “Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida”.

As instâncias ordinárias decidiram a questão com fundamento na legislação infraconstitucional aplicável à espécie, razão pela qual,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 347

consideradas as circunstâncias jurídico-normativas da decisão recorrida, reputo inocorrente afronta aos arts. 150, I, 145, § 1º, e 150, § 6º, da Constituição da República. Nesse sentido:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais. AGRAVO - ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.” (ARE 932948 AgR, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado em 29/03/2016, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-077 DIVULG 20-04-2016 PUBLIC 22-04-2016)

“EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. Tributário. IRPF. Complementação de aposentadoria. Entidade de previdência privada. Leis nºs 7.713/88 e 9.250/95. Ofensa reflexa. Precedentes. 1. A afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 2. Esta Corte firmou entendimento no sentido de que a controvérsia acerca da incidência do imposto de renda sobre contribuições recolhidas para planos de previdência privada, conforme disposto nas Leis nºs 7.713/88 e 9.250/95, insere-se no âmbito infraconstitucional. 3. Agravo regimental não provido.” (AI 834236 AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 27/11/2012, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-248 DIVULG 18-12-2012 PUBLIC 19-12-2012)

Por conseguinte, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 21 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.132.190 (1481)ORIGEM : REsp - 200981000022985 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : CEARÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : COMPEX INDUSTRIA E COMERCIO DE PESCA E

EXPORTACAO LTDAADV.(A/S) : FRANCISCA MANUELA PESSOA SANTANA (12097/CE)

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, a União. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 150, I, §6°, e 153, §3°, II, da Constituição da República.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

As instâncias ordinárias decidiram a questão com fundamento na legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei 9.363/1996), razão pela qual, consideradas as circunstâncias jurídico-normativas da decisão recorrida, reputo inocorrente afronta arts. 150, I, §6°, e 153, §3°, II, da Constituição da República. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDIÁRIO COM AGRAVO. DIREITO TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS – IPI. CRÉDITO PRESUMIDO. INCENTIVO FISCAL. BASE DE CÁLCULO. COMPOSIÇÃO. LEI 9.363/1996. ENERGIA ELÉTRICA E COMBUSTÍVEL. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA DE SIMILITUDE COM TEMA DA REPERCUSSÃO GERAL. 1. A discussão sobre a possibilidade de inclusão dos valores relativos a energia elétrica e combustível na base de cálculo do crédito presumido de IPI, à luz da Lei federal 9.363/1996, cinge-se ao âmbito infraconstitucional. 2. A parte Agravante não se desincumbiu do ônus do prequestionamento de matéria constitucional, porquanto se depreende da apelação litígio de índole estritamente legal, assim como não houve embargos de declaração para a satisfação desse pressuposto de admissibilidade recursal. Regência do CPC/1973. 3. Não se versa acerca do conceito constitucional de receita bruta nesta demanda, de modo que a integração de incentivos fiscais na base de cálculo das contribuição ao PIS e COFINS não é temática posta no presente feito. Tema 504 (RE-RG 593.544, de relatoria atual do Ministro Luís Roberto Barroso). 4. Agravo regimental a que se nega provimento, com aplicação de multa, nos termos do art. 1.021, § 4º, do CPC.” (ARE 1033318 AgR, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 11/12/2017, PROCESSO

ELETRÔNICO DJe-292 DIVULG 18-12-2017 PUBLIC 19-12-2017.)“DIREITO TRIBUTÁRIO. IPI. RECEITAS DE EXPORTAÇÃO DE

PRODUTOS NÃO TRIBUTADOS NA BASE DE CÁLCULO DO CRÉDITO PRESUMIDO DO IPI. EXCLUSÃO. INSTRUÇÃO NORMATIVA. SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL. LEI Nº 9.430/1995. ANÁLISE DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO CPC/1973. EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO VIABILIZA O MANEJO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 102 DA LEI MAIOR. AGRAVO MANEJADO SOB A VIGÊNCIA DO CPC/2015. 1. A controvérsia, a teor do já asseverado na decisão guerreada, não alcança estatura constitucional. Não há falar em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais. Compreensão diversa demandaria a análise da legislação infraconstitucional encampada na decisão da Corte de origem, a tornar oblíqua e reflexa eventual ofensa à Constituição, insuscetível, como tal, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência desta Suprema Corte. 2. As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada. 3. Em se tratando de mandado de segurança, inaplicável o art. 85, § 11, do CPC/2015. 4. Agravo regimental conhecido e não provido, com aplicação da penalidade prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015, calculada à razão de 1% (um por cento) sobre o valor atualizado da causa.” (RE 952534 AgR, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 04/10/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-239 DIVULG 09-11-2016 PUBLIC 10-11-2016.)

Por conseguinte, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.132.506 (1482)ORIGEM : PROC - 50229241520174047100 - TRF4 - RS - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : EVA MARIA MACEDOADV.(A/S) : LUIZ EDUARDO COSTA SCHMIDT (34501/RS)

DECISÃO: A parte ora recorrente, ao deduzir o presente recurso extraordinário, sustentou que o acórdão confirmado em sede de embargos de declaração pela 5ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Rio Grande do Sul teria transgredido os preceitos inscritos nos arts. 2º, 5º, II, 37, “caput”, 145, § 1º, e 150, I e § 6º, todos da Constituição da República.

Passo a examinar a postulação recursal em causa. E, ao fazê-lo, observo que a suposta ofensa ao texto constitucional, caso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria – para que se configurasse – a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário.

Com efeito, o acórdão impugnado em sede recursal extraordinária, ao decidir a controvérsia jurídica objeto deste processo, dirimiu a questão com fundamento em legislação infraconstitucional (Leis nºs 9.250/95, 9.532/97 e Lei Complementar nº 109/2001), o que torna incognoscível o apelo extremo.

Convém observar, ainda, que incide, na espécie, o enunciado constante da Súmula 279/STF, que assim dispõe:

“Para simples reexame de prova, não cabe recurso extraordinário.” (grifei)

É que, para se acolher o pleito deduzido em sede recursal extraordinária, tornar-se-ia necessário o reexame dos fatos e das provas constantes dos autos, circunstância essa que obsta, como acima observado, o próprio conhecimento do apelo extremo, em face do que se contém na Súmula 279/STF.

A mera análise do acórdão recorrido torna evidente que o órgão judiciário de origem, ao proferir a decisão questionada, fundamentou as suas conclusões em dispositivos de ordem meramente legal e em aspectos fático- -probatórios:

“De fato, a legislação pátria estabelece que as contribuições para as entidades de previdência privada domiciliadas no país são despesas dedutíveis da base de cálculo do imposto de renda, até o limite de 12% (doze por cento) do total dos rendimentos computados na determinação de tal base de cálculo:

LEI Nº 9.250, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1995:Art. 8º A base de cálculo do imposto devido no ano- -calendário será

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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a diferença entre as somas:I – de todos os rendimentos percebidos durante o ano-calendário,

exceto os isentos, os não-tributáveis, os tributáveis exclusivamente na fonte e os sujeitos à tributação definitiva;

II – das deduções relativas:(...)e) às contribuições para as entidades de previdência privada

domiciliadas no País, cujo ônus tenha sido do contribuinte, destinadas a custear benefícios complementares assemelhados aos da Previdência Social;

LEI Nº 9.532, DE 10 DE DEZEMBRO DE 1997:Art. 11. As deduções relativas às contribuições para entidades de

previdência privada, a que se refere a alínea e do inciso II do art. 8º da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, e às contribuições para o Fundo de Aposentadoria Programada Individual – Fapi, a que se refere a Lei nº 9.477, de 24 de julho de 1997, cujo ônus seja da própria pessoa física, ficam condicionadas ao recolhimento, também, de contribuições para o regime geral de previdência social ou, quando for o caso, para regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargo efetivo da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, observada a contribuição mínima, e limitadas a 12% (doze por cento) do total dos rendimentos computados na determinação da base de cálculo do imposto devido na declaração de rendimentos. (Redação dada pela Lei nº 10.887, de 2004)

A previsão legal decorre de opção legislativa de se tributar o valor que será recebido posteriormente a título de benefício, ao invés da contribuição destinada à formação da reserva matemática. O modelo adotado nem sempre foi esse, conforme referido no Recurso Especial 1.086.492/PR, julgado pelo Superior Tribunal de Justiça em 13/10/2010, sob a sistemática dos recursos repetitivos:

.......................................................................................................Ressalto que ambos os modelos são legítimos. O que não se pode

admitir é a incidência de imposto de renda tanto no momento da contribuição para a formação da reserva matemática quanto no da percepção do benefício, pois configuraria bis in idem. Nesse sentido, volto a citar o Recurso Especial 1.086.492/PR:

.......................................................................................................Deste julgado, resultou a Súmula 556 do STJ, ‘in verbis’: 'É indevida

a incidência de imposto de renda sobre o valor da complementação de aposentadoria pago por entidade de previdência privada e em relação ao resgate de contribuições recolhidas para referidas entidades patrocinadoras no período de 1º/1/1989 a 31/12/1995, em razão da isenção concedida pelo art. 6º, VII, ‘b’, da Lei n. 7.713/1988, na redação anterior à que lhe foi dada pela Lei n. 9.250/1995.'

Destaco ainda que o Superior Tribunal de Justiça já decidiu que o imposto de renda deve incidir sobre a totalidade dos rendimentos recebidos de entidades de previdência privada, admitindo-se a dedução da base de cálculo das contribuições vertidas à entidade, respeitado o limite de 12%:

.......................................................................................................Trata-se, portanto, de quantia que não visa à formação de reserva

matemática, mas à mera recomposição da parcela que foi perdida. Em verdade, configura, por via transversa, redução temporária do benefício percebido, já que a simples redução de valores é vedada pelo art. 21, § 2º, da LC 109/2001.

Reforça esse entendimento o fato de a contribuição extraordinária ser descontada na folha de pagamento do benefício, de modo que o assistido não possui disponibilidade econômica nem jurídica do numerário.

Por todo o exposto, afigura-se evidente que a quantia paga à Fundação Banrisul de Seguridade Social a título de contribuição extraordinária instituída em razão de déficit do plano não configura acréscimo patrimonial, de modo que os contribuintes possuem direito à dedução do valor correlato da base de cálculo do imposto de renda.”

Vê-se, portanto, que a pretensão deduzida no apelo extremo pela parte recorrente revela-se processualmente inviável.

Impende ressaltar, por relevante, que o entendimento exposto na presente decisão tem sido observado em julgamentos proferidos no âmbito desta Suprema Corte (RE 1.097.548/RS, Rel. Min. LUIZ FUX – RE 1.110.073/RS, Rel. Min. GILMAR MENDES – RE 1.115.849/RS, Rel. Min. ALEXANDRE DE MORAES – RE 1.119.091/RS, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – RE 1.131.670/RS, Rel. Min. ROBERTO BARROSO, v.g.).

Impõe-se referir, finalmente, que a parte ora recorrente, ao deduzir o recurso extraordinário em questão, também invocou, como fundamento do apelo extremo, a cláusula inscrita no art. 102, III, “b”, da Constituição da República.

Ocorre, no entanto, que a análise do acórdão evidencia que, no caso, não houve qualquer declaração de inconstitucionalidade de diploma legislativo ou de ato normativo a ele equivalente, em clara demonstração de que se revela impertinente, na espécie, a fundamentação com que a parte ora recorrente pretendeu justificar a interposição do apelo extremo.

É que o recurso extraordinário, quando interposto com apoio no art. 102, III, “b”, da Carta Política, supõe a existência de acórdão que haja declarado “a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal”, observado, quanto a esse pronunciamento, o postulado inscrito no art. 97 da Constituição, exceto se já houver, quanto ao “thema decidendum”, anterior declaração plenária reconhecendo a ilegitimidade constitucional do ato emanado do Poder Público (RTJ 166/1033-1035).

Vê-se, portanto, em face da própria ausência de declaração de inconstitucionalidade, efetivamente inexistente na espécie, que se mostra inadequada a referência feita à alínea “b” do inciso III do art. 102 da Constituição, que foi expressamente invocada, pela parte ora recorrente, como suporte legitimador do recurso extraordinário por ela deduzido.

Torna-se forçoso concluir, desse modo, que se revela insuscetível de conhecimento o presente apelo extremo, cabendo ressaltar, por necessário, que esse entendimento tem prevalecido na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, cujas decisões, na matéria, acentuam a inviabilidade processual do recurso extraordinário, quando, interposto com fundamento no art. 102, III, “b”, da Carta Política, impugna, como no caso, decisão que não declarou a inconstitucionalidade dos diplomas normativos questionados (AI 245.602/PB, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – AI 388.344/RJ, Rel. Min. ELLEN GRACIE – RE 292.811/SP, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, v.g.):

“Recurso extraordinário: cabimento: art. 102, III, ‘b’, da Constituição.

A decisão impugnável pelo RE, ‘b’, é a que se fundamenta, formalmente, em declaração de inconstitucionalidade de tratado ou lei federal, feita em conformidade com o disposto no art. 97, da Constituição.”

(RTJ 161/661-662, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – grifei) Em suma: o acórdão questionado em sede recursal extraordinária

não pode viabilizar a interposição de apelo extremo, deduzido com apoio na alínea “b” do inciso III do art. 102 da Constituição da República, pois – não custa enfatizar – o órgão judiciário de origem, ao decidir a controvérsia, não pronunciou, no caso ora em exame, qualquer declaração de inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo a ela equiparado.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, não conheço do recurso extraordinário, por manifestamente inadmissível (CPC, art. 932, III).

Não incide, neste caso, o que prescreve o art. 85, § 11, do CPC, ante a ausência de condenação em verba honorária na origem.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.132.897 (1483)ORIGEM : AREsp - 200703990354196 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : PATRICIO OSCAR KELLYADV.(A/S) : HUMBERTO NEGRIZOLLI (80153/SP)

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Aparelhado o recurso na afronta ao art. 67, §§ 3º e 11, da Constituição da República.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

A matéria constitucional versada no art. 67, §§ 3º e 11, da Lei Maior não foi analisada pelas instâncias ordinárias, tampouco opostos embargos de declaração para satisfazer o requisito do prequestionamento. Aplicável, na hipótese, o entendimento jurisprudencial vertido nas Súmulas 282 e 356/STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão suscitada” e “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento”. Nesse sentido, o AI 743.256-AgR/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 08.3.2012 e o AI 827.894-AgR/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, unânime, DJe 07.11.2011, cuja ementa transcrevo:

"RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PREQUESTIONAMENTO – CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas razões recursais, inviabilizado fica o entendimento sobre a violência ao preceito evocado pelo recorrente. AGRAVO ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé".

Por conseguinte, não merece seguimento o recurso extraordinário,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 349

consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 21 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.132.906 (1484)ORIGEM : 00035400320108010002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO ACREPROCED. : ACRERELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ALTEMIR RESENDE FERREIRAADV.(A/S) : JONATHAN XAVIER DONADONI (3390/AC)ADV.(A/S) : JOAO TOTA SOARES DE FIGUEIREDO FILHO

(2787/AC)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ACREPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

ACRE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PENAL E PROCESSO PENAL. CRIME DO ARTIGO 273 DO CÓDIGO PENAL. ALEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. TRANSNACIONALIDADE DA CONDUTA. RAZÕES RECURSAIS DISSOCIADAS DOS FUNDAMENTOS DO ACÓRDÃO RECORRIDO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284 DO STF. RECURSO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário, manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão que assentou, verbis:

“RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. PLEITO MINISTERIAL. RESTABELECIMENTO DA COMPETÊNCIA À JUSTIÇA ESTADUAL. CRIME DO ART. 273, DO CP. POSSIBILIDADE. CONDENAÇÃO NOS DITAMES DA LEI DE DROGAS. INVIABILIDADE. PROVIDÊNCIA INERENTE AO JUÍZO PRIMEVO. PROVIMENTO PARCIAL.

1. Em se tratando de crime previsto no Art. 273, do Código Penal, não há que se falar em crime de contrabando, sendo portanto a competência fixada à Justiça Estadual.

2. A competência somente se deslocaria à Justiça Federal acaso restasse caracterizado crime de contrabando, o que não se configurou no presente caso.

3. O julgamento da lide é encargo da instância singela, conquanto não deve haver supressão de instância.

4. Recurso provido”. (Doc. 4, fl. 372) Não foram opostos embargos de declaração. Nas razões do apelo extremo, sustenta preliminar de repercussão

geral e, no mérito, aponta violação ao artigo 109, IV, da Constituição Federal. Aduz, em síntese, que “a procedência Paraguaia do medicamento

Eroxil é suficiente para atrair a competência federal, mesmo quando em discussão o tipo do art. 273 do CP” (doc. 5, fl. 11).

É o relatório. DECIDO.O recurso não merece prosperar.O acórdão recorrido deu parcial provimento ao recurso do Ministério

Público do Estado do Acre assim dispondo: “quanto à alegação de que se trata de crime de contrabando, atraindo

a competência para a Justiça Federal, não comungo com o entendimento monocrático, porquanto extrai-se dos autos que os medicamentos estavam expostos à venda no estabelecimento comercial, tendo sido apreendidos por força de procedimento policial e fiscalização da ANVISA, não restando dúvidas de que a conduta se subsume ao tipo previsto no Art. 273, §1° e §1°-B, incisos I, II, III, IV, V e VI, do Código Penal” (doc. 4, fl. 376).

Nada obstante, nas razões do recurso extraordinário, a parte recorrente não ataca esse fundamento do acórdão recorrido, limitando-se a tecer considerações sobre a transnacionalidade da conduta criminosa.

Assim, verifico que as razões do apelo extremo estão dissociadas dos fundamentos do acórdão impugnado, o que caracteriza a deficiência na sua fundamentação. Essa deficiência faz incidir o óbice da Súmula 284 do STF, in verbis: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia”.

Por oportuno, vale destacar preciosa lição de Roberto Rosas sobre a Súmula 284 do STF, na qual faz referência à Súmula 287 do STF:

“Qualquer recurso deve ter fundamentação razoável para que o juiz possa apreciá-lo (RE 78.873, RTJ 76/814; 70.143, RTJ 77/467). Ver Súmula 287.” (Direito Sumular. São Paulo: Malheiros, 2012, 14ª Edição, p. 140)

Ex positis, DESPROVEJO o recurso, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.133.362 (1485)ORIGEM : REsp - 00014333920128260157 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ARGINA FERREIRA DA COSTA SANTOSADV.(A/S) : ADEILDO HELIODORO DOS SANTOS (184259/SP)

DECISÃO PREPARO — PORTE DE REMESSA E RETORNO — AUTARQUIA

FEDERAL — ISENÇÃO — JUSTIÇA ESTADUAL — PRECEDENTE DO PLENÁRIO – RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDO.

1. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo julgou em dissonância com a jurisprudência do Supremo. O Tribunal, no recurso extraordinário nº 594.116/SP, relatado no Pleno pelo ministro Edson Fachin, sob a óptica da repercussão geral, acórdão publicado no Diário da Justiça de 4 de abril de 2016, assentou estar o Instituto Nacional do Seguro Social isento do recolhimento relativo às despesas de porte de remessa e retorno, considerado o previsto no § 1º do artigo 511 do Código de Processo Civil de 1973. Na ocasião, votei vencido.

Confiram a síntese do pronunciamento formalizado: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM REPERCUSSÃO GERAL.

DIREITO TRIBUTÁRIO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. TAXA JUDICIÁRIA. PREPARO RECURSAL. PORTE DE REMESSA E RETORNO. ISENÇÃO. INSS. JUSTIÇA ESTADUAL.

1. A despesa com porte de remessa e retorno não se enquadra no conceito de taxa judiciária, uma vez que as custas dos serviços forenses se dividem em taxa judiciária e custas em sentido estrito. Precedente: AI-ED 309.883, de relatoria do Ministro Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 14.06.2002.

2. O porte de remessa e retorno é típica despesa de um serviço postal, prestado por empresa pública monopolística e, assim, remunerado mediante tarifas ou preço público. Precedente: AI-QO 351.360, de relatoria do Ministro Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 07.06.2002.

3. O art. 511 do Código de Processo Civil dispensa o recolhimento dessa despesa processual por parte do INSS, pois se trata de norma válida editada pela União, a quem compete dispor sobre as receitas públicas oriundas da prestação do serviço público postal.

4. A lei estadual, ora impugnada, apenas reproduziu o entendimento esposado no próprio CPC de que as despesas com o porte de remessa e retorno não se incluem no gênero taxa judiciária, de modo que não há vício de inconstitucionalidade no particular.

5. Verifica-se que o art. 2º, parágrafo único, II, in fine, da Lei paulista 11.608/2003, é inconstitucional, uma vez que o Conselho Superior da Magistratura, como órgão de nível estadual, não possui competência para tratar das despesas com o porte de remessa e retorno. Declaração incidental de inconstitucionalidade da expressão cujo valor será estabelecido por ato do Conselho Superior da Magistratura.

6. Recurso extraordinário a que se dá provimento, para cassar o acórdão recorrido e determinar o processamento da apelação no Tribunal de origem.

3. Conheço do extraordinário e o provejo para, reformando o acórdão recorrido, determinar ao Colegiado de origem que prossiga no julgamento da apelação, afastada a deserção.

4. Publiquem.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.133.380 (1486)ORIGEM : REsp - 00428517420118260000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : EURITA GONCALVES E SILVAADV.(A/S) : JOSE BEZERRA DOS REIS (15046/SP)

DECISÃO PREPARO — PORTE DE REMESSA E RETORNO — AUTARQUIA

FEDERAL — ISENÇÃO — JUSTIÇA ESTADUAL — PRECEDENTE DO PLENÁRIO – RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDO.

1. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo julgou em dissonância com a jurisprudência do Supremo. O Tribunal, no recurso extraordinário nº 594.116/SP, relatado no Pleno pelo ministro Edson Fachin, sob a óptica da repercussão geral, acórdão publicado no Diário da Justiça de 4 de abril de 2016, assentou estar o Instituto Nacional do Seguro Social isento do recolhimento relativo às despesas de porte de remessa e retorno, considerado o previsto no § 1º do artigo 511 do Código de Processo Civil de 1973. Na ocasião, votei vencido.

Confiram a síntese do pronunciamento formalizado: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM REPERCUSSÃO GERAL.

DIREITO TRIBUTÁRIO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. TAXA JUDICIÁRIA.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 350

PREPARO RECURSAL. PORTE DE REMESSA E RETORNO. ISENÇÃO. INSS. JUSTIÇA ESTADUAL.

1. A despesa com porte de remessa e retorno não se enquadra no conceito de taxa judiciária, uma vez que as custas dos serviços forenses se dividem em taxa judiciária e custas em sentido estrito. Precedente: AI-ED 309.883, de relatoria do Ministro Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 14.06.2002.

2. O porte de remessa e retorno é típica despesa de um serviço postal, prestado por empresa pública monopolística e, assim, remunerado mediante tarifas ou preço público. Precedente: AI-QO 351.360, de relatoria do Ministro Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 07.06.2002.

3. O art. 511 do Código de Processo Civil dispensa o recolhimento dessa despesa processual por parte do INSS, pois se trata de norma válida editada pela União, a quem compete dispor sobre as receitas públicas oriundas da prestação do serviço público postal.

4. A lei estadual, ora impugnada, apenas reproduziu o entendimento esposado no próprio CPC de que as despesas com o porte de remessa e retorno não se incluem no gênero taxa judiciária, de modo que não há vício de inconstitucionalidade no particular.

5. Verifica-se que o art. 2º, parágrafo único, II, in fine, da Lei paulista 11.608/2003, é inconstitucional, uma vez que o Conselho Superior da Magistratura, como órgão de nível estadual, não possui competência para tratar das despesas com o porte de remessa e retorno. Declaração incidental de inconstitucionalidade da expressão cujo valor será estabelecido por ato do Conselho Superior da Magistratura.

6. Recurso extraordinário a que se dá provimento, para cassar o acórdão recorrido e determinar o processamento da apelação no Tribunal de origem.

3. Conheço do extraordinário e o provejo para, reformando o acórdão recorrido, determinar ao Colegiado de origem que prossiga no julgamento do agravo de instrumento, afastada a deserção.

4. Publiquem.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.133.986 (1487)ORIGEM : REsp - 10461070401892003 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAISRECDO.(A/S) : MIRIAM SILVA PRADOADV.(A/S) : GILBERHT FREITAS MAGALHAES (116008/MG)RECDO.(A/S) : JAIME MARCIO DE CARVALHOADV.(A/S) : DATIVA - ROSEMAR NASCIMENTO SILVA NIQUINI

(125465/MG)

Decisão: Verifico que o Ministro Joel Ilan Parcionik, do Superior Tribunal de Justiça, deu provimento ao recurso especial interposto paralelamente a este recurso extraordinário. (eDOC 5, p. 301 e eDOC 5, p. 457).

Contra a referida decisão, não foi interposto qualquer recurso, motivo por que transitou em julgado em 21.5.2018 (eDOC 5, p. 468)

Ante o exposto, julgo prejudicado o presente recurso, por perda superveniente do objeto (artigo 21, inciso IX, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro Gilmar MendesRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.499 (1488)ORIGEM : REsp - 50033329620104047110 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : CARLOS MONKSADV.(A/S) : EDUARDO RIOS PINTO RIBEIRO (73368/RS)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário em que se discute sobre: i) a possibilidade de reconhecimento da exposição ao agente nocivo eletricidade, para fins de contagem de tempo de atividade especial, com vistas à obtenção de aposentadoria, após a edição do Decreto 2.172/97; ii) o reconhecimento de períodos como de laboro em condições especiais para conversão em tempo comum após a alteração promovida pela Lei 9.032/1995; iii) bem como proveu o recurso do INSS no ponto alusivo a juros moratórios.

O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do ARE 906.569, de minha relatoria, entendeu pela inexistência de repercussão geral da controvérsia acerca da avaliação dos critérios para caracterização da

especialidade do labor e a possibilidade de conversão de tempo de serviço (Tema 852). Na oportunidade, a ementa restou assim redigida:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM REPERCUSSÃO GERAL. DIREITO PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. CONVERSÃO DO TEMPO DE SERVIÇO. CARACTERIZAÇÃO DA ESPECIALIDADE DO LABOR. ARTIGOS 57 E 58 DA LEI 8.213/91. 1. A avaliação judicial de critérios para a caracterização da especialidade do labor, para fins de reconhecimento de aposentadoria especial ou de conversão de tempo de serviço, conforme previsão dos artigos 57 e 58 da Lei 8.213/91, é controvérsia que não apresenta repercussão geral, o que inviabiliza o processamento do recurso extraordinário, nos termos do art. 543-A, §5º, do Código de Processo Civil. 2. O juízo acerca da especialidade do labor depende necessariamente da análise fático-probatória, em concreto, de diversos fatores, tais como o reconhecimento de atividades e agentes nocivos à saúde ou à integridade física do segurado; a comprovação de efetiva exposição aos referidos agentes e atividades; apreciação jurisdicional de laudos periciais e demais elementos probatórios; e a permanência, não ocasional nem intermitente, do exercício de trabalho em condições especiais. Logo, eventual divergência ao entendimento adotado pelo Tribunal de origem, em relação à caracterização da especialidade do trabalho, demandaria o reexame de fatos e provas e o da legislação infraconstitucional aplicável à espécie. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.”

Ademais, verifica-se que quanto a conversão de tempo especial em comum, esta Corte, ao apreciar o RE-RG 1.029.723, de minha relatoria, tema 943, reconheceu a inexistência de repercussão geral da questão a envolver a possibilidade de conversão do tempo de serviço comum para especial, mediante a aplicação do fator 0,71 de conversão, nas hipóteses em que o trabalho fora prestado em período anterior à Lei nº 9.032/1995, para fins de concessão de aposentadoria especial com data de início posterior a essa legislação, por não se tratar de matéria constitucional. O acórdão restou assim ementado:

RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. NÃO CARACTERIZAÇÃO. PREVIDENCIÁRIO. CONVERSÃO DO TEMPO COMUM PARA ESPECIAL. TRABALHO PRESTADO EM PERÍODO ANTERIOR À LEI 9.032/1995. LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

A seu turno, a controvérsia relativa aos juros moratórios cinge-se ao tema 810 da sistemática da repercussão geral, cujo recurso-paradigma é o RE-RG 870.947, de relatoria do Ministro Luiz Fux, DJe 20.9.2017, assim ementado:

“DIREITO CONSTITUCIONAL. REGIME DE ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA E JUROS MORATÓRIOS INCIDENTE SOBRE CONDENAÇÕES JUDICIAIS DA FAZENDA PÚBLICA. ART. 1º-F DA LEI Nº 9.494/97 COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 11.960/09. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DA UTILIZAÇÃO DO ÍNDICE DE REMUNERAÇÃO DA CADERNETA DE POUPANÇA COMO CRITÉRIO DE CORREÇÃO MONETÁRIA. VIOLAÇÃO AO DIREITO FUNDAMENTAL DE PROPRIEDADE (CRFB, ART. 5º, XXII). INADEQUAÇÃO MANIFESTA ENTRE MEIOS E FINS. INCONSTITUCIONALIDADE DA UTILIZAÇÃO DO RENDIMENTO DA CADERNETA DE POUPANÇA COMO ÍNDICE DEFINIDOR DOS JUROS MORATÓRIOS DE CONDENAÇÕES IMPOSTAS À FAZENDA PÚBLICA, QUANDO ORIUNDAS DE RELAÇÕES JURÍDICO-TRIBUTÁRIAS. DISCRIMINAÇÃO ARBITRÁRIA E VIOLAÇÃO À ISONOMIA ENTRE DEVEDOR PÚBLICO E DEVEDOR PRIVADO (CRFB, ART. 5º, CAPUT ). RECURSO EXTRAORDINÁRIO PARCIALMENTE PROVIDO. 1. O princípio constitucional da isonomia (CRFB, art. 5º, caput), no seu núcleo essencial, revela que o art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina os juros moratórios aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos oriundos de relação jurídico-tributária, os quais devem observar os mesmos juros de mora pelos quais a Fazenda Pública remunera seu crédito; nas hipóteses de relação jurídica diversa da tributária, a fixação dos juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é constitucional, permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto legal supramencionado. 2. O direito fundamental de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII) repugna o disposto no art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, porquanto a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança não se qualifica como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inidônea a promover os fins a que se destina. 3. A correção monetária tem como escopo preservar o poder aquisitivo da moeda diante da sua desvalorização nominal provocada pela inflação. É que a moeda fiduciária, enquanto instrumento de troca, só tem valor na medida em que capaz de ser transformada em bens e serviços. A inflação, por representar o aumento persistente e generalizado do nível de preços, distorce, no tempo, a correspondência entre valores real e nominal (cf. MANKIW, N.G. Macroeconomia. Rio de Janeiro, LTC 2010, p. 94; DORNBUSH, R.; FISCHER, S. e STARTZ, R. Macroeconomia. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 2009, p. 10; BLANCHARD, O. Macroeconomia. São Paulo: Prentice Hall, 2006, p. 29). 4. A correção monetária e a inflação, posto fenômenos econômicos conexos, exigem, por imperativo de adequação lógica, que os instrumentos destinados a realizar a primeira sejam capazes de capturar a segunda, razão pela qual os índices de correção monetária devem consubstanciar autênticos índices de preços. 5. Recurso extraordinário parcialmente provido.”

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 351

Ante o exposto, determino a remessa dos autos ao Tribunal de origem para adequação à sistemática da repercussão geral, nos termos do art. 1.036 do CPC combinado com o art. 328 do RISTF.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.735 (1489)ORIGEM : 01747537120128060001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO CEARÁPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : M.S.C.P.ADV.(A/S) : FRANCISCO CARLOS NASCIMENTO DE SOUSA (9641/

CE)RECDO.(A/S) : J.G.F.P.PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ

DECISÃOTrata-se de Recurso Extraordinário interposto em face de acórdão

proferido pela 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará.No apelo extremo, interposto com amparo no art. 102, III, da

Constituição Federal, a parte recorrente sustenta que houve violação aos artigos 1º, III; 5º, XXII, XXXVI e 37, caput, todos da Constituição.

É o relatório. Decido. Os recursos extraordinários somente serão conhecidos e julgados,

quando essenciais e relevantes as questões constitucionais a serem analisadas, sendo imprescindível ao recorrente, em sua petição de interposição de recurso, a apresentação formal e motivada da repercussão geral que demonstre, perante o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a existência de acentuado interesse geral na solução das questões constitucionais discutidas no processo, que transcenda a defesa puramente de interesses subjetivos e particulares.

A obrigação do recorrente de apresentar formal e motivadamente a preliminar de repercussão geral que demonstre, sob o ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, a relevância da questão constitucional debatida que ultrapasse os interesses subjetivos da causa, conforme exigência constitucional, legal e regimental (art. 102, § 3º, da CF/88, c/c art. 1.035, § 2º, do Código de Processo Civil de 2015 e art. 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), não se confunde com meras invocações, desacompanhadas de sólidos fundamentos e de demonstração dos requisitos no caso concreto, de que (a) o tema controvertido é portador de ampla repercussão e de suma importância para o cenário econômico, político, social ou jurídico; (b) a matéria não interessa única e simplesmente às partes envolvidas na lide; ou, ainda, de que (c) a jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL é incontroversa no tocante à causa debatida, entre outras alegações de igual patamar argumentativo (ARE 691.595-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/2/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/2/2013; ARE 696.263-AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/2/2013; AI 717.821-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/8/2012).

Não havendo demonstração fundamentada da presença de repercussão geral, incabível o seguimento do Recurso Extraordinário.

Ademais, na presente hipótese, o Juízo de origem não analisou a questão constitucional veiculada, não tendo sido esgotados todos os mecanismos ordinários de discussão, INEXISTINDO, portanto, o NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO EXPLÍCITO, que pressupõe o debate e a decisão prévios sobre o tema jurígeno constitucional versado no recurso. Incidência das Súmulas 282 (É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada) e 356 (O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento), ambas desta CORTE SUPREMA.

Não bastassem esses graves óbices, o apelo extraordinário não teria chances de êxito quanto à alegação de afronta ao artigo 5º, XXXVI, pois esta CORTE, no julgamento do ARE 748.371-RG/MT (Rel. Min. GILMAR MENDES, Tema 660), rejeitou a repercussão geral da alegada violação ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito, à coisa julgada ou aos princípios da legalidade, do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal, quando se mostrar imprescindível o exame de normas de natureza infraconstitucional.

Em relação à ofensa ao art. 37, caput, da Constituição Federal, aplica-se neste caso a restrição da Súmula 636/STF: Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida.

Efetivamente, o Tribunal de origem, com base nas circunstâncias fáticas e probatórias dos autos e na legislação ordinária pertinente (Código Civil/1916 e Código Civil/2002), declarou a partilha do imóvel em litígio entre os ex-cônjuges. (Vol. 6)

Trata-se, portanto, de matéria situada no contexto normativo

infraconstitucional, de forma que as ofensas indicadas à Constituição seriam meramente indiretas (ou mediatas), o que inviabiliza o conhecimento do referido apelo.

Por fim, a argumentação recursal traz versão dos fatos diversa da exposta no acórdão, de modo que o acolhimento do recurso passa necessariamente pela revisão das provas. Incide, portanto, o óbice da Súmula 279 desta CORTE: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, NEGO SEGUIMENTO AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

Não se aplica o art. 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015, tendo em vista que o julgado recorrido foi publicado antes da vigência da nova codificação processual.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro ALEXANDRE DE MORAESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.892 (1490)ORIGEM : REsp - 50044555320154047208 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : BELL VALLEY DISTRIBUIDORA LTDAADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO DE SOUZA JUNIOR (79481A/RS,

12294/SC)ADV.(A/S) : EDUARDO ROSA FRANCO (55310/RS, 45261/SC)

Vistos etc.Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem, maneja recurso

extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei Maior, a União. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 5º, LIV e LV, 93, IX, e 237 da Constituição Federal.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos adotados pelo Tribunal de origem,

por ocasião do julgamento do apelo veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões veiculadas no extraordinário, concluo que nada colhe o recurso.

Da leitura dos fundamentos do acórdão prolatado na origem, constato explicitados os motivos de decidir, a afastar o vício da nulidade por negativa de prestação jurisdicional arguido. Destaco que, no âmbito técnico-processual, o grau de correção do juízo de valor emitido na origem não se confunde com vício ao primado da fundamentação, notadamente consabido que a disparidade entre o resultado do julgamento e a expectativa da parte não sugestiona lesão à norma do texto republicano. Colho precedente desta Suprema Corte na matéria, julgado segundo a sistemática da repercussão geral:

“Questão de ordem. Agravo de Instrumento. Conversão em recurso extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3° e 4°). 2. Alegação de ofensa aos incisos XXXV e LX do art. 5º e ao inciso IX do art. 93 da Constituição Federal. Inocorrência. 3. O art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão. 4. Questão de ordem acolhida para reconhecer a repercussão geral, reafirmar a jurisprudência do Tribunal, negar provimento ao recurso e autorizar a adoção dos procedimentos relacionados à repercussão geral.” (AI 791.292-QO-RG, Relator Ministro Gilmar Mendes, Plenário Virtual, DJe 13.8.2010).

Verifico que no julgamento do RE 748.371-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, Pleno, DJe 1º.8.2013, decidiu-se pela inexistência de repercussão geral da matéria relacionada à alegação de violação dos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa quando o julgamento da causa depender de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais, cuja ementa transcrevo:

“Alegação de cerceamento do direito de defesa. Tema relativo à suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal. Julgamento da causa dependente de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais. Rejeição da repercussão geral.”

Ademais, o entendimento adotado no acórdão recorrido não diverge da jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal, razão pela qual não se divisa a alegada ofensa aos dispositivos constitucionais suscitados. Nesse sentido:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REPERCUSSÃO GERAL. REAFIRMAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. DIREITO TRIBUTÁRIO E DIREITO PROCESSUAL CIVIL. CLÁUSULA DA RESERVA DE PLENÁRIO. ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL PLENO DO STF. RESTRIÇÕES IMPOSTAS PELO ESTADO. LIVRE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 352

EXERCÍCIO DA ATIVIDADE ECONÔMICA OU PROFISSIONAL. MEIO DE COBRANÇA INDIRETA DE TRIBUTOS. 1. A jurisprudência pacífica desta Corte, agora reafirmada em sede de repercussão geral, entende que é desnecessária a submissão de demanda judicial à regra da reserva de plenário na hipótese em que a decisão judicial estiver fundada em jurisprudência do Plenário do Supremo Tribunal Federal ou em Súmula deste Tribunal, nos termos dos arts. 97 da Constituição Federal, e 481, parágrafo único, do CPC. 2. O Supremo Tribunal Federal tem reiteradamente entendido que é inconstitucional restrição imposta pelo Estado ao livre exercício de atividade econômica ou profissional, quanto aquelas forem utilizadas como meio de cobrança indireta de tributos. 3. Agravo nos próprios autos conhecido para negar seguimento ao recurso extraordinário, reconhecida a inconstitucionalidade, incidental e com os efeitos da repercussão geral, do inciso III do §1º do artigo 219 da Lei 6.763/75 do Estado de Minas Gerais.” (ARE 914045 RG, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em 15/10/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-232 DIVULG 18-11-2015 PUBLIC 19-11-2015 - destaquei)

Por conseguinte, não merece seguimento o recurso extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.013 (1491)ORIGEM : REsp - 200651010027026 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MILLS ESTRUTURAS E SERVICOS DE ENGENHARIA

S/AADV.(A/S) : EUNYCE PORCHAT SECCO FAVERET (081841/RJ,

259937/SP)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Verifico que os assuntos versados no recurso extraordinário correspondem aos temas 339, 660 e 684 da sistemática da repercussão geral, cujos paradigmas são: o AI-QO-RG 791.292, de minha relatoria, DJe 13.8.2010; ARE-RG 748.371, de minha relatoria, DJe 1.8.2013; e RE-RG 659.412, Rel. Min. Marco Aurélio, DJe 29.10.2013. Assim, determino a devolução dos autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 1.036 do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Gilmar MendesRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.827 (1492)ORIGEM : AC - 00298164120118260002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : GLOBO COMUNICAÇÕES E PARTICIPAÇÕES S/AADV.(A/S) : GUSTAVO BINENBOJM (0083152/RJ) E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DECISÃOTrata-se de Agravo em Recurso Extraordinário contra acórdão

proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo assim ementado (fl. 25, Vol. 2):

“Infração administrativa. Art. 254 do ECA. Exibição de filme em horário incompatível com a classificação indicativa. Portaria 1220/07 do Ministério da Justiça que estabelece a classificação indicativa de programas e obras audiovisuais, assim como o horário adequado para sua exibição. Classificação que não importa em censura. Recurso improvido.”

No apelo extremo, interposto com amparo no art. 102, III, da Constituição Federal, a parte recorrente aponta violação aos artigos 5º, IX, 21, XVI, e 220 da CF/88.

É o relatório. Decido.O Supremo Tribunal Federal reconheceu a inconstitucionalidade da

expressão “em horário diverso do autorizado”, instituída pelo art. 254 da Lei nº 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente), na Ação Direta de Inconstitucionalidade 2.404, sob relatoria do Min. DIAS TOFFOLI. Confira-se a ementa do julgado:

“Ação direta de inconstitucionalidade. Expressão ‘em horário diverso do autorizado’, contida no art. 254 da Lei nº 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente). Classificação indicativa. Expressão que tipifica como

infração administrativa a transmissão, via rádio ou televisão, de programação em horário diverso do autorizado, com pena de multa e suspensão da programação da emissora por até dois dias, no caso de reincidência. Ofensa aos arts. 5º, inciso IX; 21, inciso XVI; e 220, caput e parágrafos, da Constituição Federal. Inconstitucionalidade. 1. A própria Constituição da República delineou as regras de sopesamento entre os valores da liberdade de expressão dos meios de comunicação e da proteção da criança e do adolescente. Apesar da garantia constitucional da liberdade de expressão, livre de censura ou licença, a própria Carta de 1988 conferiu à União, com exclusividade, no art. 21, inciso XVI, o desempenho da atividade material de ‘exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão’. A Constituição Federal estabeleceu mecanismo apto a oferecer aos telespectadores das diversões públicas e de programas de rádio e televisão as indicações, as informações e as recomendações necessárias acerca do conteúdo veiculado. É o sistema de classificação indicativa esse ponto de equilíbrio tênue, e ao mesmo tempo tenso, adotado pela Carta da República para compatibilizar esses dois axiomas, velando pela integridade das crianças e dos adolescentes sem deixar de lado a preocupação com a garantia da liberdade de expressão. 2. A classificação dos produtos audiovisuais busca esclarecer, informar, indicar aos pais a existência de conteúdo inadequado para as crianças e os adolescentes. O exercício da liberdade de programação pelas emissoras impede que a exibição de determinado espetáculo dependa de ação estatal prévia. A submissão ao Ministério da Justiça ocorre, exclusivamente, para que a União exerça sua competência administrativa prevista no inciso XVI do art. 21 da Constituição, qual seja, classificar, para efeito indicativo, as diversões públicas e os programas de rádio e televisão, o que não se confunde com autorização. Entretanto, essa atividade não pode ser confundida com um ato de licença, nem confere poder à União para determinar que a exibição da programação somente se dê nos horários determinados pelo Ministério da Justiça, de forma a caracterizar uma imposição, e não uma recomendação. Não há horário autorizado, mas horário recomendado. Esse caráter autorizativo, vinculativo e compulsório conferido pela norma questionada ao sistema de classificação, data venia, não se harmoniza com os arts. 5º, IX; 21, inciso XVI; e 220, § 3º, I, da Constituição da República. 3. Permanece o dever das emissoras de rádio e de televisão de exibir ao público o aviso de classificação etária, antes e no decorrer da veiculação do conteúdo, regra essa prevista no parágrafo único do art. 76 do ECA, sendo seu descumprimento tipificado como infração administrativa pelo art. 254, ora questionado (não sendo essa parte objeto de impugnação). Essa, sim, é uma importante área de atuação do Estado. É importante que se faça, portanto, um apelo aos órgãos competentes para que reforcem a necessidade de exibição destacada da informação sobre a faixa etária especificada, no início e durante a exibição da programação, e em intervalos de tempo não muito distantes (a cada quinze minutos, por exemplo), inclusive, quanto às chamadas da programação, de forma que as crianças e os adolescentes não sejam estimulados a assistir programas inadequados para sua faixa etária. Deve o Estado, ainda, conferir maior publicidade aos avisos de classificação, bem como desenvolver programas educativos acerca do sistema de classificação indicativa, divulgando, para toda a sociedade, a importância de se fazer uma escolha refletida acerca da programação ofertada ao público infanto-juvenil. 4. Sempre será possível a responsabilização judicial das emissoras de radiodifusão por abusos ou eventuais danos à integridade das crianças e dos adolescentes, levando-se em conta, inclusive, a recomendação do Ministério da Justiça quanto aos horários em que a referida programação se mostre inadequada. Afinal, a Constituição Federal também atribuiu à lei federal a competência para ‘estabelecer meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem de programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto no art. 221’ (art. 220, § 3º, II, CF/88). 5. Ação direta julgada procedente, com a declaração de inconstitucionalidade da expressão ‘em horário diverso do autorizado’ contida no art. 254 da Lei nº 8.069/90.” (ADI 2.404, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, DJe de 1/8/2017)

No mesmo sentido, citem-se, ainda, as seguintes decisões monocráticas: AI 667.946/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, DJe de 14/3/2018; e RE 633.888/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, DJe de 1º/12/2016.

Desse entendimento divergiu o acórdão recorrido, razão pela qual deve ser reformado.

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, CONHEÇO DO AGRAVO E DOU PROVIMENTO AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO PARA JULGAR IMPROCEDENTE O PEDIDO FORMULADO NA INICIAL.

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro ALEXANDRE DE MORAESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.291 (1493)ORIGEM : AC - 20110111683829 - TJDFT - 1ª TURMA RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : JURACI MARIANO DE OLIVEIRAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 353

DISTRITO FEDERALADV.(A/S) : JAMES CORRÊA CALDAS (13649/DF) E OUTRO(A/S)

DECISÃO RECONSIDERAÇÃO. REPERCUSSÃO GERAL ADMITIDA – MATÉRIA IDÊNTICA –

BAIXA À ORIGEM.1. Afasto a suspensão anteriormente determinada e a decisão de 30

de outubro de 2013.2. O Supremo, no recurso extraordinário com agravo nº 662.186/MG,

relator ministro Luiz Fux, reconheceu a existência de repercussão geral do tema relativo à possibilidade, ou não, de exercício do poder de polícia por particulares – no caso, aplicação de multas de trânsito por sociedade de economia mista –, à luz do disposto nos artigos 24 da Lei nº 9.503/1997 e 30 da Constituição Federal.

3. Ante o quadro, considerado o fato de o recurso veicular a mesma matéria, havendo a intimação do acórdão impugnado ocorrido posteriormente à data em que iniciada a vigência do sistema da repercussão geral, bem como presente o objetivo maior do instituto evitar que o Supremo, em prejuízo dos trabalhos, tenha o tempo tomado com questões repetidas -, determino a devolução do processo à origem. Faço-o com fundamento no artigo 328, parágrafo único, do Regimento Interno desta Corte, para os efeitos do artigo 543-B do Código de Processo Civil de 1973.

4. Declaro o prejuízo do agravo interno.5. Publiquem.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 783.944 (1494)ORIGEM : AC - 06419363 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO PARANÁPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : ANAMARIA BATISTA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : EGON BOCKMANN MOREIRA (14376/PR)ADV.(A/S) : HELOISA CONRADO CAGGIANO (52483/PR)ADV.(A/S) : BERNARDO STROBEL GUIMARÃES (32838/PR) E

OUTRO(A/S)RECTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁRECDO.(A/S) : OS MESMOS

DECISÃOTrata-se de Agravo do ESTADO DO PARANÁ contra decisão que

inadmitiu Recurso Extraordinário interposto em face de acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, assim ementado (fls. 93-94, vol. 3):

“APELAÇÃO CÍVEL E REEXAME NECESSÁRIO. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA DA AÇÃO. VERBA DE REPRESENTAÇÃO. INSURGÊNCIA DOS AUTORES QUANTO A QUESTÕES SECUNDÁRIAS.

APELAÇÃO CÍVEL DOS AUTORES: PLEITO PARA CUMPRIMENTO IMEDIATO DA ORDEM DE INCORPORAÇÃO À REMUNERAÇÃO BASE DOS AUTORES DA VERBA DE REPRESENTAÇÃO, PARA CÁLCULO SOBRE OS ADICIONAIS POR TEMPO DE SERVIÇO. IMPOSSIBILIDADE. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA. EXEGESE DO ART. 7º, §§ 2º E 5º, DA LEI Nº 12.016/2009. AINDA, NÃO DEMONSTRAÇÃO DO PERIGO NA DEMORA. LIMINAR CORRETAMENTE INDEFERIDA. MARCO INICIAL DOS JUROS DE MORA. IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DA SÚMULA 54 DO STJ. VALORES DE CUNHO EMINENTEMENTE SALARIAL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. MAJORAÇÃO. INTELIGÊNCIA DO ART. 20, §§ 3º E 4º DO CPC. RECURSO DE APELAÇÃO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.

REEXAME NECESSÁRIO: SENTENÇA ALTERADA EM SEDE DE REEXAME NO TOCANTE AOS JUROS DE MORA. APLICAÇÃO DO ART. 1º-F DA LEI Nº 9.494/97. JUROS DE MORA DE 6% AO ANO DESDE A CITAÇÃO ATÉ A VIGÊNCIA DA LEI Nº 11.960/09, A PARTIR DA QUAL SE APLICA, PARA CORREÇÃO E JUROS, SOMENTE OS ÍNDICES OFICIAIS DE REMUNERAÇÃO BÁSICA E JUROS APLICADOS À CADERNETA DE POUPANÇA. REEXAME NECESSÁRIO CONHECIDO E SENTENÇA ALTERADA EM PARTE MÍNIMA.”

No apelo extremo, alega-se, com amparo no art. 102, III, a, da Constituição Federal, que o acórdão recorrido violou o art. 37, XIV, da Carta Magna.

É o relatório. Decido. Os recursos extraordinários somente serão conhecidos e julgados,

quando essenciais e relevantes as questões constitucionais a serem analisadas, sendo imprescindível ao recorrente, em sua petição de interposição de recurso, a apresentação formal e motivada da repercussão geral que demonstre, perante o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a existência de acentuado interesse geral na solução das questões constitucionais discutidas no processo, que transcenda a defesa puramente de interesses subjetivos e particulares.

A obrigação do recorrente de apresentar formal e motivadamente a

preliminar de repercussão geral que demonstre, sob o ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, a relevância da questão constitucional debatida que ultrapasse os interesses subjetivos da causa, conforme exigência constitucional, legal e regimental (art. 102, § 3º, da CF/88, c/c art. 1.035, § 2º, do Código de Processo Civil de 2015 e art. 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), não se confunde com meras invocações, desacompanhadas de sólidos fundamentos e de demonstração dos requisitos no caso concreto, de que (a) o tema controvertido é portador de ampla repercussão e de suma importância para o cenário econômico, político, social ou jurídico; (b) a matéria não interessa única e simplesmente às partes envolvidas na lide; ou, ainda, de que (c) a jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL é incontroversa no tocante à causa debatida, entre outras alegações de igual patamar argumentativo (ARE 691.595-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/2/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/2/2013; ARE 696.263-AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/2/2013; AI 717.821-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/8/2012).

Não havendo demonstração fundamentada da presença de repercussão geral, incabível o seguimento do Recurso Extraordinário.

Ademais, o Tribunal de origem, com base na legislação ordinária pertinente (Decreto Estadual 5.045/1990) e no contexto fático-probatório dos autos, manteve a sentença que julgou procedente o pedido inicial, no sentido de declarar a integração da verba de representação ao vencimento-base dos recorridos, bem como a incorporação no cálculo do adicional por tempo de serviço.

A solução dessa controvérsia, portanto, demanda a interpretação de legislação local e do contexto fático-probatório dos autos, medidas incabíveis nesta sede recursal, conforme consubstanciado nas Súmulas 280/STF (Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário) e 279/STF (Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário).

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, NEGO SEGUIMENTO AO AGRAVO DO ESTADO DO PARANÁ.

Não se aplica o art. 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015, tendo em vista que o julgado recorrido foi publicado antes da vigência da nova codificação processual.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro ALEXANDRE DE MORAESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 783.944 (1495)ORIGEM : AC - 06419363 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO PARANÁPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : ANAMARIA BATISTA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : EGON BOCKMANN MOREIRA (14376/PR)ADV.(A/S) : HELOISA CONRADO CAGGIANO (52483/PR)ADV.(A/S) : BERNARDO STROBEL GUIMARÃES (32838/PR) E

OUTRO(A/S)RECTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁRECDO.(A/S) : OS MESMOS

DECISÃOTrata-se de Agravo de ANAMARIA BATISTA E OUTROS contra

decisão que inadmitiu Recurso Extraordinário interposto em face de acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, assim ementado (fls. 93-94, Vol. 3):

“APELAÇÃO CÍVEL E REEXAME NECESSÁRIO. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA DA AÇÃO. VERBA DE REPRESENTAÇÃO. INSURGÊNCIA DOS AUTORES QUANTO A QUESTÕES SECUNDÁRIAS.

APELAÇÃO CÍVEL DOS AUTORES: PLEITO PARA CUMPRIMENTO IMEDIATO DA ORDEM DE INCORPORAÇÃO À REMUNERAÇÃO BASE DOS AUTORES DA VERBA DE REPRESENTAÇÃO, PARA CÁLCULO SOBRE OS ADICIONAIS POR TEMPO DE SERVIÇO. IMPOSSIBILIDADE. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA. EXEGESE DO ART. 7º, §§ 2º E 5º, DA LEI Nº 12.016/2009. AINDA, NÃO DEMONSTRAÇÃO DO PERIGO NA DEMORA. LIMINAR CORRETAMENTE INDEFERIDA. MARCO INICIAL DOS JUROS DE MORA. IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DA SÚMULA 54 DO STJ. VALORES DE CUNHO EMINENTEMENTE SALARIAL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. MAJORAÇÃO. INTELIGÊNCIA DO ART. 20, §§ 3º E 4º DO CPC. RECURSO DE APELAÇÃO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.

REEXAME NECESSÁRIO: SENTENÇA ALTERADA EM SEDE DE REEXAME NO TOCANTE AOS JUROS DE MORA. APLICAÇÃO DO ART. 1º-F DA LEI Nº 9.494/97. JUROS DE MORA DE 6% AO ANO DESDE A CITAÇÃO ATÉ A VIGÊNCIA DA LEI Nº 11.960/09, A PARTIR DA QUAL SE APLICA, PARA CORREÇÃO E JUROS, SOMENTE OS ÍNDICES OFICIAIS DE REMUNERAÇÃO BÁSICA E JUROS APLICADOS À CADERNETA DE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 354

POUPANÇA. REEXAME NECESSÁRIO CONHECIDO E SENTENÇA ALTERADA EM PARTE MÍNIMA.”

No apelo extremo, alega-se, com amparo no art. 102, III, a, da Constituição Federal, que o acórdão recorrido violou o art. 5º, caput, da Carta Magna.

É o relatório. Decido. Os recursos extraordinários somente serão conhecidos e julgados,

quando essenciais e relevantes as questões constitucionais a serem analisadas, sendo imprescindível ao recorrente, em sua petição de interposição de recurso, a apresentação formal e motivada da repercussão geral que demonstre, perante o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a existência de acentuado interesse geral na solução das questões constitucionais discutidas no processo, que transcenda a defesa puramente de interesses subjetivos e particulares.

A obrigação do recorrente de apresentar formal e motivadamente a preliminar de repercussão geral que demonstre, sob o ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, a relevância da questão constitucional debatida que ultrapasse os interesses subjetivos da causa, conforme exigência constitucional, legal e regimental (art. 102, § 3º, da CF/88, c/c art. 1.035, § 2º, do Código de Processo Civil de 2015 e art. 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), não se confunde com meras invocações, desacompanhadas de sólidos fundamentos e de demonstração dos requisitos no caso concreto, de que (a) o tema controvertido é portador de ampla repercussão e de suma importância para o cenário econômico, político, social ou jurídico; (b) a matéria não interessa única e simplesmente às partes envolvidas na lide; ou, ainda, de que (c) a jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL é incontroversa no tocante à causa debatida, entre outras alegações de igual patamar argumentativo (ARE 691.595-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/2/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/2/2013; ARE 696.263-AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/2/2013; AI 717.821-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/8/2012).

Não havendo demonstração fundamentada da presença de repercussão geral, incabível o seguimento do Recurso Extraordinário.

Mesmo que superado esse grave óbice, na presente hipótese, o Juízo de origem não analisou a questão constitucional veiculada, não tendo sido esgotados todos os mecanismos ordinários de discussão, INEXISTINDO, portanto, o NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO EXPLÍCITO, que pressupõe o debate e a decisão prévios sobre o tema jurígeno constitucional versado no recurso. Incidência das Súmulas 282 (É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada) e 356 (O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento), ambas desta CORTE SUPREMA.

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, NEGO SEGUIMENTO AO AGRAVO DE ANAMARIA BATISTA E OUTROS.

Não se aplica o art. 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015, tendo em vista que o julgado recorrido foi publicado antes da vigência da nova codificação processual.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro ALEXANDRE DE MORAESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 824.272 (1496)ORIGEM : AC - 200134000015034 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES FEDERAIS

AUTÁRQUICOS NOS ENTES DE FORMAÇÃO, PROMOÇÃO E FISCALIZAÇÃO DA POLÍTICA DA MOEDA- SINAL

ADV.(A/S) : ULISSES RIEDEL DE RESENDE (00000968/DF) E OUTRO(A/S)

RECDO.(A/S) : BANCO CENTRAL DO BRASIL - BACENADV.(A/S) : FERNANDO JOSÉ SAKAYO DE OLIVEIRA

(00020068/DF) E OUTRO(A/S)

DECISÃOTrata-se de Agravo contra decisão que inadmitiu Recurso

Extraordinário interposto em face de acórdão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

No apelo extremo, interposto com amparo no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, a parte recorrente sustenta que o julgado ofendeu os arts. 5º, XXXVI, 37, X, da CF/88.

É o relatório. Decido. Os recursos extraordinários somente serão conhecidos e julgados,

quando essenciais e relevantes as questões constitucionais a serem analisadas, sendo imprescindível ao recorrente, em sua petição de interposição de recurso, a apresentação formal e motivada da repercussão

geral que demonstre, perante o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a existência de acentuado interesse geral na solução das questões constitucionais discutidas no processo, que transcenda a defesa puramente de interesses subjetivos e particulares.

A obrigação do recorrente de apresentar formal e motivadamente a preliminar de repercussão geral que demonstre, sob o ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, a relevância da questão constitucional debatida que ultrapasse os interesses subjetivos da causa, conforme exigência constitucional, legal e regimental (art. 102, § 3º, da CF/88, c/c art. 1.035, § 2º, do Código de Processo Civil de 2015 e art. 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), não se confunde com meras invocações, desacompanhadas de sólidos fundamentos e de demonstração dos requisitos no caso concreto, de que (a) o tema controvertido é portador de ampla repercussão e de suma importância para o cenário econômico, político, social ou jurídico; (b) a matéria não interessa única e simplesmente às partes envolvidas na lide; ou, ainda, de que (c) a jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL é incontroversa no tocante à causa debatida, entre outras alegações de igual patamar argumentativo (ARE 691.595-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/2/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/2/2013; ARE 696.263-AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/2/2013; AI 717.821-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/8/2012).

Não havendo demonstração fundamentada da presença de repercussão geral, incabível o seguimento do Recurso Extraordinário.

Quanto à alegação de afronta 5º, XXXVI, da CF/88, o apelo extraordinário não tem chances de êxito, pois esta CORTE, no julgamento do ARE 748.371-RG/MT (Rel. Min. GILMAR MENDES, Tema 660), rejeitou a repercussão geral da alegada violação ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito, à coisa julgada ou aos princípios da legalidade, do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal, quando se mostrar imprescindível o exame de normas de natureza infraconstitucional.

Ademais, o Tribunal de origem, por meio da análise e interpretação da legislação infraconstitucional de regência e do contexto fático dos autos julgou improcedente ação rescisória ajuizada com o objetivo desconstituir acórdão que negou pedido de condenação do BACEN ao pagamento e à incorporação do reajuste de 28,86% sobre os vencimentos de seus servidores.

De fato, a presente controvérsia possui natureza infraconstitucional, de forma que as ofensas indicadas à Constituição seriam meramente indiretas (ou mediatas), o que inviabiliza o conhecimento do Recurso Extraordinário, além de demandar o revolvimento do conteúdo probatório constante dos autos, providência igualmente vedada nesta sede recursal nos termos da orientação prevista no Enunciado 279/STF (Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário).

Nesse sentido: “Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Direito

Administrativo. Reajuste de 28,86%. Controvérsia sobre o enquadramento dos servidores do BACEN. Necessidade de reexame do conjunto fático-probatório. Impossibilidade em sede de recurso extraordinário. Enunciado 279 da Súmula desta Corte. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.” (RE 752.075-AgR, Rel. Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, DJe 9/11/2015).

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, NEGO SEGUIMENTO AO AGRAVO.

Não se aplica o art. 85, § 11, do CPC/2015, tendo em vista que o julgado recorrido foi publicado antes da vigência da nova codificação processual.

Publique-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

MINISTRO ALEXANDRE DE MORAESRELATOR

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 835.894 (1497)ORIGEM : APCRIM - 351620097010101 - SUPERIOR TRIBUNAL

MILITARPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ANA MARIA LEAL ALMEIDAADV.(A/S) : CARLOS NICODEMOS OLIVEIRA SILVA (0075208/RJ,

0075208/RJ) E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO MILITARPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta aos princípios do juiz natural, da culpabilidade, da presunção de inocência, da razoabilidade, da proporcionalidade, da subsidiariedade, dignidade da pessoa humana, do devido processo legal e da reserva legal.

É o relatório. Decido.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 355

Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

O exame de eventual ofensa aos preceitos constitucionais invocados no apelo extremo demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie (Código Penal Militar e Código de Processo Penal Militar), de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal (v.g.: Inviável em recurso extraordinário o exame de ofensa reflexa à Constituição Federal e a análise de legislação infraconstitucional RE 660.186 AgR/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 14.02.2012; Os princípios da legalidade, o do devido processo legal, o da ampla defesa e do contraditório, bem como a verificação dos limites da coisa julgada e da motivação das decisões judiciais, quando a verificação da violação dos mesmos depende de reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária RE 642.408 AgR/SP, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 14.02.2012; Alegada afronta ao art. 5º, XXXVI, XL, LIV e lV, da Constituição da República ARE 738.398 AgR/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, 2ª Turma, DJe 28.6.2013).

Verifico, ainda, que no julgamento do RE 748.371-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, Pleno, DJe 1º.8.2013, esta Suprema Corte decidiu pela inexistência de repercussão geral da matéria relacionada à alegação de violação dos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, verbis:

“Alegação de cerceamento do direito de defesa. Tema relativo à suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal. Julgamento da causa dependente de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais. Rejeição da repercussão geral.”

Por seu turno, a análise efetuada pelo Tribunal a quo enfrentou o conjunto probatório para firmar seu convencimento, razão pela qual aferir a ocorrência de eventual afronta aos preceitos constitucionais invocados no apelo extremo exigiria o revolvimento do quadro fático delineado, procedimento vedado em sede extraordinária. Aplicação da Súmula 279/STF: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.” Nesse sentido: ARE 893.283-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe 24.8.2015; e ARE 969.273-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 10.8.2016, cuja ementa transcrevo:

“PENAL E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. OFENSA REFLEXA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. A alegada ofensa aos incisos I, XXII, XXIX, XXXV, LIV e LV do art. 5º da CRFB reclama reexame da legislação infraconstitucional aplicável à espécie, impossível na via do recurso extraordinário, por configurar ofensa indireta à Constituição Federal. 2. Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário (Enunciado 279 da Súmula do STF). A pretensão de revisão das razões que ensejaram a rejeição da queixa crime, principalmente no que toca à decadência, reclama revisão de fatos e provas, inviável na via estreita do recurso extraordinário. 3. Agravo regimental desprovido.”

Por conseguinte, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 935.150 (1498)ORIGEM : 12472416 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : CARLOS FERNANDO BALDUINORECTE.(S) : EDIVALDO CAETANO ALVESADV.(A/S) : JEFERSON MARTINS LEITE (49082/PR)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PARANÁ

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta ao art. 5º, LV e LVII, da Constituição Federal.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir

adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

O exame de eventual ofensa ao princípio da presunção de inocência, do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal (v.g.: Inviável em recurso extraordinário o exame de ofensa reflexa à Constituição Federal e a análise de legislação infraconstitucional RE 660.186 AgR/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 14.02.2012; Os princípios da legalidade, o do devido processo legal, o da ampla defesa e do contraditório, bem como a verificação dos limites da coisa julgada e da motivação das decisões judiciais, quando a verificação da violação dos mesmos depende de reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária RE 642.408 AgR/SP, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 14.02.2012; Alegada afronta ao art. 5º, XXXVI e XL, LIV e lV, da Constituição da República ARE 738.398 AgR/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, 2ª Turma, DJe 28.6.2013).

Verifico, ainda, que no julgamento do RE 748.371-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, Pleno, DJe 1º.8.2013, esta Suprema Corte decidiu pela inexistência de repercussão geral da matéria relacionada à alegação de violação dos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, verbis:

“Alegação de cerceamento do direito de defesa. Tema relativo à suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal. Julgamento da causa dependente de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais. Rejeição da repercussão geral.”

Por seu turno, a análise efetuada pelo Tribunal a quo enfrentou o conjunto probatório para firmar seu convencimento, razão pela qual aferir a ocorrência de eventual afronta aos preceitos constitucionais invocados no apelo extremo exigiria o revolvimento do quadro fático delineado, procedimento vedado em sede extraordinária. Aplicação da Súmula 279/STF: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.” Nesse sentido: ARE 893.283-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe 24.8.2015; e ARE 969.273-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 10.8.2016, cuja ementa transcrevo:

“PENAL E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. OFENSA REFLEXA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. A alegada ofensa aos incisos I, XXII, XXIX, XXXV, LIV e LV do art. 5º da CRFB reclama reexame da legislação infraconstitucional aplicável à espécie, impossível na via do recurso extraordinário, por configurar ofensa indireta à Constituição Federal. 2. Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário (Enunciado 279 da Súmula do STF). A pretensão de revisão das razões que ensejaram a rejeição da queixa crime, principalmente no que toca à decadência, reclama revisão de fatos e provas, inviável na via estreita do recurso extraordinário. 3. Agravo regimental desprovido.”

Por conseguinte, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 974.910 (1499)ORIGEM : 70031026594 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : HSBC BANK BRASIL S.A. - BANCO MULTIPLOADV.(A/S) : GABRIEL LOPES MOREIRA (RS057313/)ADV.(A/S) : LUIZ HENRIQUE CABANELLOS SCHUH (35858/PR,

18673/RS, 15592/SC, 355052/SP)RECDO.(A/S) : MARCIEL ALOIS LUTZADV.(A/S) : PAULODIR JOSE ZANETTE (10833/RS)

Decisão: Trata-se de agravo em recurso extraordinário remetido ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, para que se cumprisse o disposto no art. 1.036 do Código de Processo Civil, uma vez que a controvérsia suscitada no extraordinário estaria representada na sistemática de repercussão geral, tema 33, cujo paradigma é o RE-RG 592.377, Rel. Min. Marco Aurélio, DJe 20.3.2015.

Verifico que a discussão que motiva o recurso extraordinário, tanto no processo paradigma RE-RG 592.377, Rel. Min. Marco Aurélio, DJe 20.3.2015, quanto nos presentes autos, diz respeito a possibilidade de capitalização de juros com periodicidade inferior a um ano, nas operações realizadas pelas instituições bancárias.

O TJRS remeteu novamente o recurso a esta Corte ao argumento de que a matéria tratada no apelo extraordinário não estaria prequestionada. (eDOC 8).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 356

Registre-se que, na hipótese de o recurso extraordinário versar sobre tema para o qual o STF reconheceu a existência de repercussão geral, como é o caso em questão (RE-RG 592.377), esta Corte Constitucional não tem a função de reapreciar reiteradamente recursos repetitivos.

Assim, permitir que um recurso devolvido à origem seja reapreciado por este Tribunal significa desconsiderar todos os esforços até então empregados por esta Corte para que se efetive o regime da repercussão geral. Em outras palavras, significa desnaturar a própria finalidade do instituto.

Diante do exposto, determino a imediata remessa dos autos ao Tribunal de origem para que observe o disposto no art. 1.036 do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.025.579 (1500)ORIGEM : PROC - 00173513020138190000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : ANDRE LUIZ TEIXEIRA DE ANDRADE E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CAROLINE PACHECO RAMOS FERNANDEZ

(132825/MG, 133524/RJ)

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário interposto em face de acórdão assim ementado:

“AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA. DECISÃO MONOCRÁTICA QUE CONCEDEU A SEGURANÇA, NOS TERMOS DO ARTIGO 557, CAPUT DO CPC. NÃO ASSISTE RAZÃO AO RECORRENTE. DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. IMPETRANTES APROVADOS EM OUTRO CONCURSO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. AFASTAMENTO PARA REALIZAÇÃO DE CURSO DE FORMAÇÃO DO CONCURSO PÚBLICO DE INSPETOR DE POLÍCIA DE 6ª CLASSE. O CURSO DE FORMAÇÃO É ETAPA DO CONCURSO PÚBLICO, POSSUINDO A MESMA NATUREZA DE QUALQUER OUTRA PROVA DE CONHECIMENTO, RAZÃO PELA QUAL O AFASTAMENTO DO SERVIDOR DEVE SER COM REMUNERAÇÃO. APLICABILIDADE DOS ART. 11, X, C/C ART. 20 E 21, TODOS DO DECRETO-LEI N° 220/1975. PRECEDENTES JURISPRUDENCES. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.” (pág. 217 do documento eletrônico 1).

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, ofensa aos arts. 2°, caput; 37, XVI e XII; e 61, § 1º, II, a, da mesma Carta.

A pretensão recursal não merece acolhida.Consta no voto condutor do acórdão recorrido:“[...]De início, cumpre assinalar que, em verdade, o curso de formação

consiste em uma etapa do concurso público e tem natureza jurídica de prova de habilitação. O objetivo desta avaliação é, em última análise, verificar se o candidato possui aptidão para o exercício das funções.

Assim, se o curso de formação tem a mesma natureza de qualquer outra prova de conhecimento, não há razão plausível para que a Administração Pública deixe de observar o disposto no art. 11, X do DL 220/75. Colaciono o dispositivo legal:

[…]O referido afastamento deve ser remunerado, uma vez que o Estatuto

dos Servidores Civis do Estado do Rio de Janeiro elenca, de forma taxativa, as hipóteses em que o servidor deixará de perceber, ainda que parcialmente, sua remuneração. Assim dispõem os arts. 20 e 21 do diploma legal supracitado:

[…]Não é despiciendo assinalar que durante o Curso de Formação

Profissional o candidato perceberá bolsa-auxílio em valor correspondente a 80% (oitenta por cento) do valor do vencimento da classe inicial do cargo, sem incidência de descontos previdenciários e, não configura relação empregatícia ou vínculo estatutário, conforme se depreende do item 15.3 do edital (folhas 50).

A aludida bolsa sequer tem natureza de remuneração. Aliás, a remuneração do servidor policial do Estado do Rio de Janeiro é composta de vencimento e das seguintes vantagens: adicional de atividade perigosa, adicional por tempo de serviço, gratificação de habilitação profissional e gratificação de atividade técnico-científica de nível superior, conforme preceitua o art. 6o da Lei 3.586/2001.

[...]”O Tribunal de origem decidiu a questão posta nos autos com

fundamento na interpretação da legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Assim, para dissentir do acórdão impugnado e verificar a procedência dos argumentos consignados no apelo extremo, seria necessário o reexame

do conjunto fático-probatório dos autos, o que é vedado pela Súmula 279/STF, e das normas infraconstitucionais pertinentes ao caso (Súmula 280/STF), sendo certo que eventual ofensa à Constituição seria apenas indireta. Nesse sentido:

“DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AFASTAMENTO PARA PARTICIPAR DE CURSO DE FORMAÇÃO DE CONCURSO DE ÓRGÃO ESTADUAL DIVERSO. AUSÊNCIA DE MATÉRIA CONSTITUCIONAL. DESCABIMENTO. 1. Hipótese em que para dissentir do entendimento do Tribunal de origem seria imprescindível nova apreciação dos fatos e do material probatório constantes dos autos, bem como o reexame da legislação infraconstitucional aplicada ao caso. Incidência das Súmulas 279 e 280/STF. Precedentes. 2. Em se tratando especificamente de supostas ofensas ao princípio da legalidade, o que se pode discutir nesta sede, em linha de princípio, é o eventual descumprimento da própria reserva legal, ou seja, da exigência de que determinada matéria seja disciplinada por lei e não por ato secundário. Não é disso que se trata nos autos. A hipótese, portanto, atrai a incidência da Súmula 636/STF. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE 833.370/RO-AgR, Rel. Min. Roberto Barroso).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. POLICIAL CIVIL. AFASTAMENTO PARA PARTICIPAÇÃO EM CURSO DE FORMAÇÃO DE PAPILOSCOPISTA. LEI N. 8.112/90. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (AI 670.932/DF-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia).

Isso posto, nego seguimento ao recurso (art. 21, § 1°, do RISTF).Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministro Ricardo LewandowskiRelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.048.681 (1501)ORIGEM : 03471316020128050001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : BAHIARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : FUNDACAO ASSISTENCIAL DOS SERVIDORES DO

MINISTERIO DA FAZENDAADV.(A/S) : NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES (3600/AC,

9395A/AL, A598/AM, 1551-A/AP, 24290/BA, 16599-A/CE, 25136/DF, 15111/ES, 27024/GO, 9348-A/MA, 107878/MG, 13043-A/MS, 11065/A/MT, 15201-A/PA, 128341-A/PB, 00922/PE, 8202/PI, 30916/PR, 136118/RJ, 725-A/RN, 4875/RO, 372-A/RR, 80025A/RS, 23729/SC, 484A/SE, 128341/SP, 4.923-A/TO)

RECDO.(A/S) : ANA RITA DE JESUS SOUZA RAMOS LOPESADV.(A/S) : CANDICE SANTANA FERNANDES (21693/BA)

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 5º, II, XXXV e XXXVI, e 196 da Constituição Federal.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

O Tribunal de origem inadmitiu o apelo extremo, considerado inexistente, ante a ausência de assinatura do advogado subscritor.

Assiste razão à Presidência do Tribunal de origem. Não consta a assinatura do patrono da parte recorrente, conforme certificado na fl. 557.

Ressalto inviável a possibilidade de saneamento nos termos do CPC/2015, arguida nas razões do agravo, porquanto interposto o extraordinário em 15.3.2016, quando ainda vigente o Código de Processo Civil de 1973.

Restou desatendido, no caso, pressuposto genérico de admissibilidade, vício que não se traduz em mera irregularidade do ato processual praticado, de todo inviável, na instância extraordinária, converter o feito em diligência, nos moldes preconizados pelo art. 13 do CPC/73. Nessa linha, colho precedentes:

“DIREITO CONSTITUCIONAL, TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. RECEITAS ORIUNDAS DE EXPORTAÇÃO. ARTIGO 149, § 2º, I, DA CF. IMUNIDADE. CSLL E CPMF. NÃO EXTENSÃO AGRAVO REGIMENTAL. AUSÊNCIA DE ASSINATURA DA PETIÇÃO. NÃO CONHECIMENTO. 1. A ausência de assinatura do advogado na petição de agravo regimental não é mera irregularidade sanável, mas defeito que acarreta a inexistência do ato processual de interposição do recurso. Precedentes: ‘EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO. AUSÊNCIA DE ASSINATURA DO ADVOGADO NA PETIÇÃO RECURSAL. INEXISTÊNCIA DO PRÓPRIO ATO PROCESSUAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 357

DE INTERPOSIÇÃO DO RECURSO. RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.’ (RE 581.429-AgR-ED/SP, Relator o Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 16.03.2011) ‘PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ASSINATURA DO ADVOGADO NA PEÇA DE INTERPOSIÇÃO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA. CONVERSÃO EM DILIGÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I – A jurisprudência da Suprema Corte orienta-se no sentido de que não se conhece de recurso sem a assinatura do advogado. II - Esta Corte não admite a conversão do processo em diligência, possibilitando à parte sanar o vício. III - Agravo regimental improvido.’ (AI 558.463/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 09.11.07). 2. Agravo regimental não conhecido.” (RE 470.885-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, julgado em 14.6.2011, DJe 1º.8.2011) .

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO - AUSÊNCIA DE ASSINATURA DO ADVOGADO NA PETIÇÃO RECURSAL INEXISTÊNCIA DO PRÓPRIO ATO PROCESSUAL DE INTERPOSIÇÃO DO RECURSO RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.” (RE 581.429-AgR-ED, Rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, julgado em 15.02.2011, DJe 16.3.2011).

“Agravo regimental no agravo de instrumento. Recurso sem assinatura. Inexistente. Precedentes. 1. É pacífica a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de considerar inexistente o recurso sem a assinatura do advogado. 2. Agravo regimental não conhecido.” (AI 711.953-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, julgado em 31.8.2010, DJe 14.02.2011).

“1. RECURSO. Agravo de instrumento. Alegação de ofensa à Constituição. Comprovação de ausência de prejudicialidade. Recurso conhecido. Provada a existência de matéria constitucional autônoma, deve o recurso ser conhecido, presentes os demais requisitos de admissibilidade. 2. RECURSO. Agravo regimental. Inadmissibilidade. Assinatura do advogado. Falta. Recurso inexistente. Agravo regimental não provido. A falta de assinatura do advogado na petição de recurso não é mera irregularidade sanável, mas defeito que lhe acarreta inexistência.” (AI 648.037-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, 2ª Turma, julgado em 29.9.2009, DJe 29.10.2009).

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO SEM ASSINATURA DO ADVOGADO: INEXISTÊNCIA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (RE 509.453-ED, Rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, julgado em 26.5.2009, DJe 1º.7.2009).

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ASSINATURA DO ADVOGADO NA PEÇA DE INTERPOSIÇÃO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA. CONVERSÃO EM DILIGÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I - A jurisprudência da Suprema Corte orienta-se no sentido de que não se conhece de recurso sem a assinatura do advogado. II - Esta Corte não admite a conversão do processo em diligência, possibilitando à parte sanar o vício. III - Agravo regimental improvido.” (AI 558.463-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, julgado em 16.10.2007, DJ 09.11.2007)

Por conseguinte, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.051.367 (1502)ORIGEM : 994093400151 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : NUCLEO DE INFORMACAO E COORDENACAO DO

PONTO BR - NIC .BRADV.(A/S) : VICENTE COELHO ARAUJO (13134/DF, 166076/RJ,

304476/SP)ADV.(A/S) : MARCOS DRUMMOND MALVAR (26942/DF, 353428/SP)RECDO.(A/S) : JAN STRUIVINGADV.(A/S) : GENY MARTINEZ FREIRE (55895/SP)ADV.(A/S) : CLEDINEY BOEIRA DA SILVA (52051/PR)RECDO.(A/S) : RONALDO CARDONETTIADV.(A/S) : ARTUR GABRIEL FERREIRA (29141/PR)RECDO.(A/S) : JORNAL FOLHA DO BACACHERI LTDA - MEADV.(A/S) : MARCOS LUIZ MASKOW (22814/PR)

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 5º, IV, V e X, e 220 da Constituição Federal.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos.

Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

Transcrevo o inteiro teor da ementa do acórdão (fl.1075) objeto da insurgência manifestada no apelo extremo:

“RESPONSABILIDADE CIVIL. Ofensa a honrado autor causada por textos ofensivos contidos em sites e e-mail. Cerceamento de defesa Inocorrência. Dano moral Afastamento Necessidade de harmonização entre a garantia à inviolabilidade da honra e do direito de livre manifestação do pensamento e da informação Aplicação dos art. 5º, IV, IX, X, XIV e 220, § 1º, da CF Interesse público que deve prevalecer sobre o particular. Denúncias que deram início a procedimentos judiciais visando à apuração da veracidade dos fatos. Prejuízo moral afastado Sentença de improcedência mantida Recurso desprovido.”

Não prospera o recurso pelo prisma dos arts. 5º, IV, V e X, e 220 da Constituição da República. Ao julgamento do ARE 739382 RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 03.05.2013, esta Suprema Corte decidiu pela inexistência de repercussão geral da matéria relacionada à responsabilidade civil por danos morais em razão de ofensa à imagem. O acórdão está assim ementado:

“Recurso Extraordinário com agravo. 2. Dano moral. 3. Liberdade de expressão. 4.Crítica contundente. 5. Discussão não ultrapassa o interesse subjetivo das partes. 6. Não compete ao Supremo Tribunal Federal revolver a matéria fática para verificar a ocorrência de dano à imagem ou à honra, a não ser em situações excepcionais, nas quais se verifique esvaziamento do direito a imagem e, portanto, ofensa constitucional direta. 7. Ausência de repercussão geral da questão suscitada. 8. Recurso extraordinário não conhecido.” (ARE 739382 RG, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, julgado em 23/05/2013, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-103 DIVULG 31-05-2013 PUBLIC 03-06-2013 )

O Tribunal de origem, na hipótese em apreço, lastreou-se na prova produzida para firmar seu convencimento, razão pela qual a aferição da ocorrência de eventual afronta aos preceitos constitucionais invocados no apelo extremo exigiria o revolvimento do quadro fático delineado, procedimento vedado em sede extraordinária. Aplicação da Súmula nº 279/STF: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.

Quanto à interposição do apelo extremo pelo permissivo da alínea “c” do art. 102, III, da CF/88, também não se mostra cabível o recurso, deixando o Tribunal de origem de julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição Federal. Colho como precedentes o RE 633.421-AgR/MS, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, unânime, DJe 12.4.2011; e o RE 597.003-AgR/RJ, 2ª Turma, Rel. Min. Eros Grau, unânime, DJe 29.5.2009.

Por conseguinte, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.059.470 (1503)ORIGEM : AREsp - 20160020387766AGS - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : RAFAEL SGANZERLA DURAND (3594/AC, 10132A/AL,

A737/AM, 1873-A/AP, 26552/BA, 24217-A/CE, 27474/DF, 15112/ES, 28610/GO, 10348-A/MA, 131512/MG, 14924-A/MS, 12208/A/MT, 16637-A/PA, 211648-A/PB, 01301/PE, 8204-A/PI, 42761/PR, 144852/RJ, 856-A/RN, 4872/RO, 387-A/RR, 80026A/RS, 30932/SC, 642A/SE, 211648/SP, 4925/TO)

RECDO.(A/S) : ESPÓLIO DE NORBERTO FLEITHRECDO.(A/S) : ISOLDE KUSTER FLEITHRECDO.(A/S) : ROSANA DORLE KASTENRECDO.(A/S) : ROBERTO DINO FLEITHRECDO.(A/S) : ROGERIO DIRCEU FLEITHADV.(A/S) : JOSE DANTAS LOUREIRO NETO (39908/DF, 01564/PE,

14243/PR, 211000/RJ, 38446/SC, 264779/SP)ADV.(A/S) : VALERIA CRISTINA PEREIRA MIRANDA (26169/DF)

DECISÃOTrata-se de Agravo contra decisão que inadmitiu Recurso

Extraordinário interposto em face de acórdão proferido pela 1ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.

No apelo extremo, alega-se, com amparo no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, violação ao artigo 5º, incisos XXI, LIV e LV da Magna Carta.

A decisão agravada tem por fundamento ausência de prequestionamento (súmulas 282 e 356 do STF).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 358

No Agravo, a parte agravante sustenta, em síntese, que houve prequestionamento implícito da matéria. No mais, repisa as alegações de mérito do recurso extraordinário.

É o relatório. Decido. Os recursos extraordinários somente serão conhecidos e julgados,

quando essenciais e relevantes as questões constitucionais a serem analisadas, sendo imprescindível ao recorrente, em sua petição de interposição de recurso, a apresentação formal e motivada da repercussão geral que demonstre, perante o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a existência de acentuado interesse geral na solução das questões constitucionais discutidas no processo, que transcenda a defesa puramente de interesses subjetivos e particulares.

A obrigação do recorrente de apresentar formal e motivadamente a preliminar de repercussão geral que demonstre, sob o ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, a relevância da questão constitucional debatida que ultrapasse os interesses subjetivos da causa, conforme exigência constitucional, legal e regimental (art. 102, § 3º, da CF/88, c/c art. 1.035, § 2º, do Código de Processo Civil de 2015 e art. 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), não se confunde com meras invocações, desacompanhadas de sólidos fundamentos e de demonstração dos requisitos no caso concreto, de que (a) o tema controvertido é portador de ampla repercussão e de suma importância para o cenário econômico, político, social ou jurídico; (b) a matéria não interessa única e simplesmente às partes envolvidas na lide; ou, ainda, de que (c) a jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL é incontroversa no tocante à causa debatida, entre outras alegações de igual patamar argumentativo (ARE 691.595-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/2/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/2/2013; ARE 696.263-AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/2/2013; AI 717.821-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/8/2012).

Não havendo demonstração fundamentada da presença de repercussão geral, incabível o seguimento do Recurso Extraordinário.

Na presente hipótese, o Juízo de origem não analisou a questão relacionada à legitimidade das partes, não tendo sido esgotados todos os mecanismos ordinários de discussão, INEXISTINDO, portanto, o NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO EXPLÍCITO, que pressupõe o debate e a decisão prévios sobre o tema jurígeno constitucional versado no recurso. Incidência das Súmulas 282 (É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada) e 356 (O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento), ambas desta CORTE SUPREMA.

Quanto à alegação de afronta à ampla defesa, ao contraditório e ao devido processo legal, o apelo extraordinário não tem chances de êxito, pois esta CORTE, no julgamento do ARE 748.371-RG/MT (Rel. Min. GILMAR MENDES, Tema 660), rejeitou a repercussão geral da alegada violação ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito, à coisa julgada ou aos princípios da legalidade, do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal, quando se mostrar imprescindível o exame de normas de natureza infraconstitucional.

Quanto à insurgência acerca do termo inicial dos juros de mora, trata-se de matéria situada no contexto normativo infraconstitucional, de forma que as ofensas à Constituição são meramente indiretas (ou mediatas), o que inviabiliza o conhecimento do referido apelo. A propósito, confira-se os seguintes precedentes:

“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Juros de mora. Termo inicial. Matéria infraconstitucional. 3. Afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, se dependente do reexame prévio de normas infraconstitucionais, traduz ofensa reflexa à Constituição Federal. ARE-RG 748.371. Tema 660. 4. Valor fixado a título de danos morais. Matéria infraconstitucional. ARE-RG 743.771, Tema 655. 5. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 6. Agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE 902843 AgR / SP, Rel. Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, Dje. 13-10-2015)

EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Juros de mora. Termo inicial. Prequestionamento. Ausência. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Precedentes. 1. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. 2. O recurso extraordinário não se presta para a análise de legislação infraconstitucional. Incidência da Súmula nº 636/STF. 3. Agravo regimental não provido. (ARE 778968 AgR / SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, Dje. 19-02-2014).

No tocante ao prazo prescricional, o Plenário do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, no ARE 750.489-RG (Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe de 2/10/2013, Tema 673), afastou a repercussão geral da matéria, prolatando a seguinte tese:

“A questão do prazo prescricional aplicável às execuções individuais de sentença proferida em ação coletiva já transitada em julgado tem natureza infraconstitucional e a ela atribuem-se os efeitos da ausência de repercussão geral, nos termos do precedente fixado no RE 584.608, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe 13/3/2009”.

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno

do Supremo Tribunal Federal, NEGO SEGUIMENTO AO AGRAVO.Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro ALEXANDRE DE MORAESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.063.961 (1504)ORIGEM : ARE - 00174802620138260037 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : V.S.P.PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é a decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que deu parcial provimento à apelação da defesa (eDOC.1, p. 185).

No recurso extraordinário, interposto com base no art. 102, III, “a”, do permissivo constitucional, aponta violação aos arts. 3º, 5º, caput, XLVI, LVI, §§ 1º e 2º, 170, caput, todos da CF, e artigos 1.1 c/c 7.2, 7.3, 25.1, 29 e 30 da CADH.

Sustenta, em síntese, a inconstitucionalidade do preceito secundário do §2º do art. 184 do Código Penal por ofensa à isonomia e à proporcionalidade.

A Presidência da Seção Criminal do TJSP inadmitiu o recurso por deficiência de fundamentação (Súmula 284, STF).

É o relatório. Decido.Observo, inicialmente, que o agravante não impugna especificamente

os termos da decisão recorrida. O TJSP inadmitiu o recurso por deficiência de fundamentação caracterizada pela ausência de indicação do dispositivo constitucional supostamente violado. Na insurgência, o recorrente apenas afirma genericamente a adequação de sua pretensão recursal e a não pretensão de revaloração de provas. Dessa forma, como o agravante deixa de impugnar o fundamento da decisão de inadmissão do apelo extremo, o agravo não merece conhecimento, conforme entendimento consagrado na Súmula 287 do STF.

Ainda que superado o óbice de conhecimento do agravo, verifico a ausência de demonstração fundamentada da repercussão geral no recurso extraordinário, pressuposto de admissibilidade, nos termos do disposto no art. 1.035, § 2º, do CPC.

Esta Corte, no julgamento do AI-QO 664.567, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Plenário, DJ 06.09.2007, decidiu que o requisito formal da repercussão geral será exigido quando a intimação do acórdão recorrido for posterior a 03.05.2007, data da publicação da Emenda Regimental 21 do STF, o que ocorre no presente caso.

A referência à repercussão geral encontra-se dissociada da pretensão recursal, porque apenas trata da relevância jurídica e social de tema não discutido nos autos (garantia da inviolabilidade de domicílio).

Dessa forma, além da ausência de demonstração da repercussão geral das questões debatidas, tem aplicação o entendimento consagrado na Súmula 284 do STF.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso, nos termos do art. 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.066.707 (1505)ORIGEM : 01795817920148190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : ALICE PEREIRA DE SOUSA REPRESENTADA POR

CARLOS HENRIQUE RODRIGUES DE SOUSAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é a decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto em face de acórdão da Primeira Turma Recursal Fazendária do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (eDOC 5, p. 1), que manteve sentença, a qual julgou parcialmente procedente o pedido da parte recorrida e está assim fundamentada (eDOC 3, p. 1):

“O direito à saúde é garantido pela Constituição Federal, em seu art.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 359

196, privilegiando-se o acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação: ‘Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação’.

Todos os entes federativos, por atribuição concorrente, devem fomentar a prestação de serviços e produtos que importem em garantir a saúde dos cidadãos, tudo em obediência ao disposto na Lei nº 8.080/90, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.

Promover o bem estar de todos é obrigação constitucional do Estado, incluindo-se a saúde.

Na espécie, o autor possui plano de saúde privado, o que não exclui a responsabilidade subsidiária dos entes federativos, a qual persiste no caso em tela.

A responsabilidade pelo pagamento das despesas médicas é exclusiva de plano de saúde, se houver, ou dos entes estatais. No entanto, não é cabível discutir, na presente demanda, o ressarcimento por danos materiais sofridos pela pessoa jurídica de direito privado. Não há fundamento jurídico, ainda, para formulação de pedido contraposto.

Portanto, não há como se acolher o pedido (contraposto) para compensação das despesas médicas que foi obrigado a desembolsar”

No recurso extraordinário, com fundamento no art. 102, III, “a”, do permissivo constitucional, aponta-se ofensa aos arts. 5º, caput; 37, caput e 197, da Constituição Federal.

Nas razões recursais, sustenta-se, em suma, que (eDOC 8, p. 6-7):“A decisão recorrida, ao determinar que o Estado arque com

despesas de internação em unidade particular de saúde, viola o artigo 5° da CRFB, por afrontar a isonomia no fornecimento e implementação das políticas públicas de saúde. Considerando-se que a efetivação do direito à saúde da recorrida é plenamente possível com a atuação do Estado - através dos hospitais de que o próprio SUS dispõe para o tratamento da enfermidade em questão - e levando-se em conta o princípio da reserva do possível, a internação da paciente em tela na rede pública significa justamente garantir que a utilização dos limitados recursos da medicina social respeite o princípio da isonomia insculpido do art. 5° da Constituição Federal, bem como atenda ao critério da razoabilidade.

Vale lembrar, ainda, o teor do art. 197 da Carta Magna. Tal dispositivo estabelece que cabe ao Poder Público dispor sobre a regulamentação, fiscalização e controle das ações e serviços de saúde nos termos da lei, reforçando a lógica que inspira o princípio da legalidade administrativa consagrado no art. 37, caput, da Constituição Federal.

Ao determinar o emprego de verbas públicas para custear tratamento em unidade particular e, consequentemente, alterar o devido financiamento das ações e serviços de saúde, o Poder Judiciário está violando tais dispositivos constitucionais”.

A 3ª Vice-Presidência do TJ/RJ inadmitiu o recurso extraordinário com base na Súmula 279 do STF (eDOC 12, p. 1-5).

É o relatório. Decido.A irresignação não merece prosperar.Como se depreende da fundamentação da decisão acima transcrita,

eventual divergência em relação ao entendimento adotado pela Turma de origem demandaria o reexame de fatos e provas, o que inviabiliza o processamento do apelo extremo, tendo em vista a vedação contida na Súmula 279 do STF. Nesse sentido:

“DIREITO ADMINISTRATIVO. DIREITO À SAÚDE. INTERNAÇÃO HOSPITALAR. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO CPC/2015. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA NÃO VIABILIZA O MANEJO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REELABORAÇÃO DA MOLDURA FÁTICA. PROCEDIMENTO VEDADO NA INSTÂNCIA EXTRAORDINÁRIA. AGRAVO MANEJADO SOB A VIGÊNCIA DO CPC/2015 (...)”(ARE 1.041.029-AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 06.09.2017).

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. NECESSIDADE DE INTERVENÇÃO CIRÚRGICA. GRAVIDADE E URGÊNCIA. INEXISTÊNCIA DE VAGA IMEDIATA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE. REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO EM HOSPITAL PARTICULAR. RESSARCIMENTO. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. Precedentes. II Agravo regimental improvido.” (ARE 677.280-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 05.12.12).

“(...) 3. A verificação acerca da necessidade de tratamento médico-hospitalar em hospital particular em razão da inexistência de vaga imediata na rede pública, inevitavelmente, demanda o reexame do conjunto fático-probatório da causa, para o que não se presta o recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279/STF. 4. Agravo regimental não provido” (ARE 850.973-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Segunda Turma, DJe 20.10.2015).

Aponto, ainda, as seguintes decisões monocrática: ARE 1.113.645, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 05.04.2018; ARE 1.040.988, Rel. Min.

Alexandre de Moraes, DJe 13.12.2007 e ARE 1.096.576, de minha relatoria, DJe 19.12.2017.

Além disso, é entendimento sumulado desta Corte que “Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida” (Súmula 636 do STF).

Ante o exposto, nego provimento ao recurso, nos termos do art. 932, IV, “a” e “b”, do Código de Processo Civil.

Nos termos do art. 85, § 11, do CPC, majoro em 1/4 (um quarto) os honorários fixados anteriormente, devendo ser observados os limites dos §§ 2º e 3º do mesmo dispositivo.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2017.

Ministro EDSON FACHINRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.083.750 (1506)ORIGEM : 20160110916959 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : RAFAEL SGANZERLA DURAND (3594/AC, 10132A/AL,

A737/AM, 1873-A/AP, 26552/BA, 24217-A/CE, 27474/DF, 15112/ES, 28610/GO, 10348-A/MA, 131512/MG, 14924-A/MS, 12208/A/MT, 16637-A/PA, 211648-A/PB, 01301/PE, 8204-A/PI, 42761/PR, 144852/RJ, 856-A/RN, 4872/RO, 387-A/RR, 80026A/RS, 30932/SC, 642A/SE, 211648/SP, 4925/TO)

RECDO.(A/S) : ABRAHAO MENEZES DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JUCIARA HELENA CRISTINA DE SOUZA BARROS

(29778/DF)

DECISÃO: Trata-se recurso extraordinário com agravo remetido ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, para que se cumprisse o disposto no art. 1.036 do CPC, uma vez que a controvérsia suscitada no apelo extremo estaria representada no tema 499 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o RE-RG 612.043, Rel. Min. Marco Aurélio, DJe 8.3.2012. (eDOC 18)

O Tribunal de origem, ao apreciar o tema indicado, reencaminhou os autos a esta Corte ao fundamento de que a questão debatida não se amoldaria ao citado paradigma. (eDOC 20)

Após detida análise do caso, verifico que, de fato, a matéria veiculada pela decisão impugnada difere-se do citado paradigma.

Desse modo, torno sem efeito a devolução constante do eDOC 18 e passo à apreciação do recurso.

Cuida-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão da 1ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, ementado no relevante:

“PROCESSUAL CIVIL, DIREITO ECONÔMICO E DO CONSUMIDOR. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. EXECUÇÃO INDIVIDUAL. DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS. OBJETO. ATIVOS DEPOSITADOS EM CADERNETA DE POUPANÇA. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS ORIGINÁRIOS DO ‘PLANO VERÃO’. DIFERENÇAS. RECONHECIMENTO. PAGAMENTO. PEDIDO. ACOLHIMENTO. COISA JULGADA. EFICÁCIA ERGA OMNES. LEGITIMIDADE. EXEQUENTE DOMICILIADO FORA DO TERRITÓRIO ABRANGIDO PELO DECIDIDO. ILEGITIMIDADE. INTEGRAÇÃO AO QUADRO DE ASSOCIADOS DA ENTIDADE QUE PROMOVERA A AÇÃO COLETIVA. PLANOS ECONÔMICOS POSTERIORES. INCLUSÃO DE ÍNDICES DE CORREÇÃO PROVENIENTES DE EXPURGOS SUBSEQUENTES EM FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. JUROS MORATÓRIOS. EXECUÇÃO INDIVIDUAL. MORA EX PERSONA. TERMO INICIAL. MULTA PROCESSUAL. INCIDÊNCIA. QUESTÕES JÁ DECIDIDAS. PRECLUSÃO. REEXAME. IMPOSSIBILIDADE. PRESERVAÇÃO. EFICÁCIA PRECLUSIVA. QUESTÕES PRÓPRIAS DO INCIDENTE DE IMPUGNAÇÃO. AVIAMENTO E RESOLUÇÃO. REPRISAMENTO EM SEDE DE APELAÇÃO FORMULADA EM FACE DE SENTENÇA QUE HOMOLOGA OS CÁLCULOS APRESENTADOS PELA CONTADORIA JUDICIAL E EXTINGUE O EXECUTIVO. INVIABILIDADE. (...)” (eDOC 10, p. 57-58)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal, aponta-se violação ao art. 5º, XXI, do texto constitucional.

Nas razões recursais, alega-se a ilegitimidade ativa dos recorridos para promover o cumprimento de sentença de título judicial formado em ação civil pública promovida por associação, na medida em que não associados à época do ajuizamento da causa.

É o relatório.Decido. O recurso não merece prosperar. Preliminarmente, verifico que o Tribunal de origem, com base nas

provas dos autos, consignou que a questão suscitada no extraordinário já foi objeto de juízo anterior, tomado em caráter definitivo. Nesse sentido, extrai-se

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 360

o seguinte trecho do acórdão impugnado: “Há de ser ressaltado, inclusive, que a questão ora devolvida a

reexame acerca da ilegitimidade dos exequentes sequer guarda correlação com a decisão derradeira prolatada nos autos, que se restringira à homologação dos cálculos apresentados pela Contadoria Judicial.

O que se infere dos autos, em verdade, é que o executado reprisa questão que restara acastelada pelo manto da preclusão, à medida que analisada e resolvida anteriormente, não se afigurando legítima a sua renovação nesta sede recursal. E isso se afirma precisamente porque, conforme se apreende da simples leitura dos autos, a questão relativa à ilegitimidade ativa dos exequentes restara resolvida de forma definitiva, não podendo ser conhecida, novamente, como pretende o executado.

Consoante se extrai dos documentos coligidos aos autos, aviado o cumprimento de sentença, o executado ofertara impugnação, aventando, dentre outras questões, a incidência de honorários advocatícios na fase executiva, a incidência de multa processual, o termo inicial de incidência dos juros de mora, a legitimidade ativa dos poupadores e a agregação ao débito exequendo de expurgos posteriores, que restaram resolvidas com definitividade. Conseguintemente, porquanto já resolvidas, as matérias e questões que foram formuladas pelo executado na impugnação, não podem ser revolvidas, sob pena de ofensa à segurança jurídica e desconsideração do devido processo legal.” (eDOC 11, p. 65-66)

Desse modo, reapreciar a questão suscitada no extraordinário implicaria violação à coisa julgada, o que demonstra a inviabilidade do processamento do presente recurso.

Ademais, divergir do entendimento firmado na decisão impugnada demandaria o revolvimento do acervo fático-probatório, providência inviável no âmbito do recurso extraordinário. Nesses termos, incide no caso a Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.

Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes: “DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO EM RECURSO

EXTRAORDINÁRIO. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULAS 279 E 454/STF. 1. Para dissentir da conclusão do Tribunal de origem, seria necessária a análise do conjunto fático-probatório, da legislação infraconstitucional, bem como das cláusulas editalícias, o que afasta o cabimento do recurso extraordinário (Súmulas 279 e 454/STF). 2. Inaplicável o art. 85, § 11, do CPC/2015, uma vez que não é cabível, na hipótese, condenação em honorários advocatícios (art. 25 Lei nº 12.016/2009 e Súmula 512/STF). 3. Agravo interno a que se nega provimento.” (RE 973218 AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, Primeira Turma, DJe 19.12.2016)

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO STF. INDENIZAÇÃO. DANO MORAL. NECESSIDADE DE REEXAME DO ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO, COM APLICAÇÃO DE MULTA. I – Ausência de prequestionamento das questões constitucionais suscitadas. Incidência das Súmulas 282 e 356 do STF. II – Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo Tribunal de origem, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. III – Agravo regimental a que se nega provimento, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4° do CPC.” (ARE 989154 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 24.11.2016)

Ainda que assim não o fosse, o apelo continuaria não merecendo acolhimento. Isso porque esta Corte, ao apreciar o tema veiculado no extraordinário, reconheceu a inexistência de repercussão geral da questão. Eis a ementa do acórdão:

“PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. EXECUÇÃO DE SENTENÇA CONDENATÓRIA GENÉRICA PROFERIDA EM AÇÃO CIVIL PÚBLICA AJUIZADA POR ASSOCIAÇÃO. LEGITIMIDADE ATIVA. LIMITES DA COISA JULGADA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. 1. A presente demanda consiste em execução individual de sentença proferida em ação civil pública. O recurso extraordinário suscita a ilegitimidade ativa dos exequentes, ao argumento de que não deram autorização individual e específica à associação autora da demanda coletiva para os representarem no processo de conhecimento, tampouco demonstraram sua condição de associados. Alega-se ofensa ao art. 5º, XXI e XXXVI, da Constituição, bem como ao precedente do Plenário do Supremo Tribunal Federal formado no julgamento do RE 573.232/SC. 2. Ocorre que, conforme atestaram as instâncias ordinárias, no dispositivo da sentença condenatória genérica proferida no processo de conhecimento desta ação civil pública, constou expressamente sua aplicabilidade a todos os poupadores do Estado de Santa Catarina. Assim, o fundamento da legitimidade ativa para a execução, no caso, dispensa exame sobre a necessidade de autorização das associações para a representação de seus associados. Em verdade, o que está em jogo é questão sobre limites da coisa julgada, matéria de natureza infraconstitucional cuja repercussão geral, inclusive, já foi rejeitada por esta Corte em outra oportunidade (ARE 748.371-RG, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJe de 1º/8/2013). 3. Outrossim, ao tratar dos limites subjetivos de sentença condenatória genérica proferida nos autos de ação civil pública ajuizada por associação, o Tribunal de origem valeu-se de disposições da Lei 7.347/85 e do Código de Defesa do Consumidor, cujo exame é inviável em recurso extraordinário. 4. É cabível a atribuição dos efeitos da declaração de ausência

de repercussão geral quando não há matéria constitucional a ser apreciada ou quando eventual ofensa à Carta Magna ocorra de forma indireta ou reflexa (RE 584.608-RG, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJe de 13/3/2009). 5. Ausência de repercussão geral da questão suscitada, nos termos do art. 543-A do CPC.” (ARE 901963 RG, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe 16.9.2015)

Ante o exposto, torno sem efeito a devolução constante do eDOC 18, nego seguimento ao recurso (art. 932, VIII, do CPC, c/c art. 21, §1º, do RISTF) e, tendo em vista o disposto no art. 85, § 11, do CPC, majoro, em 10%, o valor da verba honorária fixada anteriormente em desfavor do Recorrente, observados os limites previstos nos §§ 2º e 3º do referido dispositivo, ressalvada a eventual concessão do benefício da justiça gratuita. .

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.084.269 (1507)ORIGEM : PROC - 21838786920158260000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : BRANDALI MARIA DE FARIAS GARCIAADV.(A/S) : ANA CRISTINA DE MOURA (134361/SP)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INVIABILIDADE – AGRAVO DESPROVIDO.1. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo confirmou o

entendimento do Juízo quanto à inexistência do direito ao reajuste salarial relativo a fevereiro de 1995 a servidor que ingressou no cargo em data posterior. No extraordinário cujo trânsito busca alcançar, a recorrente alega violação do artigo 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal. Argui a afronta a coisa julgada material. Alude ao princípio da isonomia.

1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, procedida, na maioria das vezes, mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional a partir da moldura fática delineada soberanamente pelo Colegiado de origem, das premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o verbete nº 279 da Súmula do Supremo:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. 2. Colho do acórdão recorrido o seguinte trecho:O próprio acordão ressalva que “o direito ao reajuste atinge aqueles

que se encontravam em exercício na data da concessão do reajuste; os que ingressaram posteriormente foram admitidos tendo por base os salários então vigentes” (fl. 43).

Assentou o Colegiado de origem a inexistência de violação a coisa julgada, porquanto a situação da recorrente não se enquadra na alcançada pelo título executivo. Ora, somente pela análise do quadro fático seria dado concluir de forma diversa ao assentado pelo Colegiado de origem, o que é vedado em sede extraordinária.

3. Conheço deste agravo e o desprovejo.4. Publiquem.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.087.830 (1508)ORIGEM : AREsp - 00074233320108260625 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : CONSTROEM-AGREGADOS DE CONCRETO E

PAVIMENTACAO LTDA.ADV.(A/S) : LUIZ RODOLFO CABRAL (168499/SP)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO – DESPROVIMENTO DO AGRAVO.

1. Atentem para o decidido na origem. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, confirmando o entendimento do Juízo, assentou, observada a legislação de regência, a não incidência do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS sobre fornecimento de produto preparado para atender especificação de obra determinada. Concluiu pela aplicação de juros da mora sobre o valor da condenação desde a citação válida. No extraordinário, cujo trânsito busca alcançar, o recorrente alega violados os artigos 100, § 1º, e 155, § 2º, inciso IX, alínea “b”, da Constituição Federal e 78 dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias. Aduz

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 361

consubstanciada a incidência do imposto estadual em caso. Articula com a circulação física e a necessidade de industrialização da massa asfáltica. Diz da não incidência de juros da mora entre a data do início da execução e a data do efetivo pagamento.

2. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.Colho do acórdão recorrido o seguinte trecho:Com efeito, a prova pericial realizada nos autos deixou claro que o

chamado "concreto betuminoso usinado à quente — CBUQ" e mistura semelhante ao concreto de construção civil (mistura de agregados e ligantes), concluindo pela inexistência de qualquer modificação na natureza química dos materiais misturados (fls. 395/422).

Esclareceu o expert que o CBUQ "Não se trata de produto diverso de matéria prima. Quanto à sua produção o CMUQ é misturado nos tanques da usina de asfalto através de caminhões tambor rotativo na presença de calor devidamente calculado corrigindo em seu traço necessário cuja finalização se dá através do resfriamento até a obra. Quanto a indagação se há processo industrial, não ocorre, a própria pelo fato de não haver transformação das matérias primas." Ainda, ressaltou que "Não é em qualquer obra, pois o seu fornecimento é vinculado a um contrato de empreitada, pois é produzido e calculado de acordo com um projeto de engenharia especifico. Quanto à sua comercialização, partindo da premissa que a comercialização envolve atividade mercantil, através da compra e revenda de uma mercadoria, o CBUQ não se enquadra na hipótese de comercialização e sim, na prestação de serviços." (fl. 418).

No mais, no contrato social consta que a atividade explorada pela sociedade é de prestação de serviços de mistura, preparação e aplicação de agregados para concreto asfáltico e pavimentação, comércio de materiais para a construção civil (fl. 39).

Nesse diapasão, levando-se em conta a qualificação técnica especial, a hipótese é similar ao fornecimento de concreto, questão já enfrentada pelo STJ, que editou a Súmula 167:

[…].No mais, quanto ao inconformismo da apelante, no que concerne ao

o termo inicial para a incidência dos juros moratórios sobre os valores decorrentes de condenação, esta perfaz a partir da data da citação válida, em conformidade como exarada em decisão monocrática.

As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em síntese, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar-se a viabilidade do recurso.

Acresce revelar o acórdão impugnado interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

A par deste aspecto, na espécie, padece o recurso da ausência do prequestionamento.

Atentem não para o apego à literalidade do verbete nº 356 da Súmula do Supremo, mas para a razão de ser do prequestionamento e, mais ainda, para o teor do verbete nº 282 da referida Súmula. O instituto do prequestionamento significa o debate e a decisão prévios do tema jurídico constante das razões apresentadas. Se o ato impugnado nada contém sobre o que versado no recurso, descabe assentar o enquadramento deste no permissivo constitucional. Assim concluiu o Supremo no julgamento do agravo regimental no agravo de instrumento nº 541.696-6/DF, de que fui relator, com acórdão publicado no Diário da Justiça de 24 de fevereiro de 2006, resumido na seguinte ementa:

RECURSO EXTRAORDINÁRIO PREQUESTIONAMENTO CONFIGURAÇÃO RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou entendimento explícito a respeito do fato jurígeno veiculado nas razões recursais, inviabilizada fica a conclusão sobre a violência ao preceito evocado pelo recorrente.

No caso, o que sustentado não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Não houve a interposição de embargos declaratórios, nem debate e decisão prévios sobre o termo inicial da incidência de juros moratórios quanto ao regime de precatórios. Frise-se, por oportuno, que a parte recorrente não arguiu o vício de procedimento.

3. Conheço do agravo e o desprovejo.4. Publiquem.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.089.602 (1509)ORIGEM : ARE - 1940004020005020027 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ELETROPAULO METROPOLITANA ELETRICIDADE DE

SAO PAULO S.A.ADV.(A/S) : LYCURGO LEITE NETO (01530/A/DF, 018268/RJ)RECDO.(A/S) : DJAIR DE SOUZA DIASADV.(A/S) : LEANDRO MELONI (212864/RJ, 30746/SP)

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 5º, XXXVI, e 7º, XXVI, da Constituição Federal.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

O Tribunal de origem inadmitiu o apelo extremo considerada a necessidade de revolvimento do acervo probatório dos autos, consoante excerto:

“Verifica-se que a egrégia Turma assinalou que a particularidade da existência de cláusula coletiva estabelecendo expressamente que a adesão dos empregados ao PDV acarretava a quitação ampla de todas as parcelas objeto do contrato de trabalho não fora abarcada pelas razões do recurso de revista e, portanto, o caso dos autos não se amoldava à hipótese dirimida em Repercussão Geral pelo Supremo Tribunal Federal (RE nº 590.415/SC).

Ressaltada a distinção atinente ao fato de que “o Regional não noticia a existência de norma coletiva que regula a instituição do PDV” e, na medida da apreciação cabível aos contornos fáticos da matéria, conclui-se que o recurso encontra óbice intransponível na Súmula nº 279 do STF.”

Deixou a parte agravante de impugnar os óbices opostos pela Presidência da Corte de origem ao trânsito do recurso extraordinário, relativos à observância do impedimento preceituado na Súmula 279/STF, em desalinho com a exigência contida no inciso III do art. 932 do CPC/2015, verbis:

“Art. 932. Incumbe ao relator:[...]III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não

tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida;” (destaquei)

Aplicável, na hipótese, o entendimento jurisprudencial vertido na Súmula 287/STF: “Nega-se provimento ao agravo, quando a deficiência na sua fundamentação, ou na do recurso extraordinário, não permitir a exata compreensão da controvérsia”. Nesse sentido: ARE 645.366-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 12.4.2012; ARE 665.547-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 06.3.2012; AI 805.701-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 23.4.2012; RMS 30.366-AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, 1ª Turma, DJe 16.8.2016; e ARE 974.823-AgR, Rel. Min. Teori Zavascki, 2ª Turma, DJe 08.9.2016, cuja ementa transcrevo:

“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INADMISSÃO DO APELO EXTREMO PELA ORIGEM. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA AOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. ART. 932, III, DO CPC/2015. 1. A decisão do Juízo a quo que obsta a subida de recurso extraordinário pode ser atacada por agravo (art. 1.042 do CPC/2015), o qual deve impugnar especificamente, de forma individualizada, todos os argumentos por si sós suficientes para manter a inadmissão, sob pena de não conhecimento (art. 932, III, do CPC/2015). 2. Agravo regimental a que se nega provimento.”

Ainda que não se ressentisse o agravo quanto ao pressuposto, melhor sorte não colheria o extraordinário, porquanto assentado no acórdão recorrido a ausência de discussão sobre norma coletiva ou cláusulas de acordo relativas a Plano de Demissão Voluntária - PDV. Compreensão diversa do entendimento adotado pelo Tribunal de origem demandaria a análise prévia da legislação infraconstitucional aplicável, bem como o revolvimento da moldura fática delineada na decisão recorrida, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Aplicação das Súmulas 279 e 454/STF.

Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Precedentes:

“EMENTA: AGRAVO INTERNO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRABALHISTA. AUMENTO DA JORNADA DE TRABALHO DE SERVIDORES PÚBLICOS SEM ALTERAÇÃO DA RESPECTIVA REMUNERAÇÃO. REDUÇÃO SALARIAL. AUSÊNCIA DE PREVISÃO EM NORMA COLETIVA. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO–PROBATÓRIO CARREADO AOS AUTOS E DE CLÁUSULAS DO ACORDO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 454 DO STF. JUROS DE MORA. VIOLAÇÃO AO

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 362

PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. MATÉRIA COM REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA PELO PLENÁRIO DO STF NO ARE 748.371. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. INOCORRÊNCIA. REITERADA REJEIÇÃO DOS ARGUMENTOS EXPENDIDOS PELA PARTE NAS SEDES RECURSAIS ANTERIORES. MANIFESTO INTUITO PROTELATÓRIO. MULTA DO ARTIGO 1.021, § 4º, DO CPC/2015. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO.” (RE 892.288-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 07.5.2018)

“ EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DO FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA. INTEGRAÇÃO DE NORMA COLETIVA A CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 518.632-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJe 01.02.2012)

Por conseguinte, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 21 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.089.924 (1510)ORIGEM : ARE - 1534002220095020007 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : AMIL ASSISTENCIA MEDICA INTERNACIONAL S.A.ADV.(A/S) : ANTÔNIO LOPES MUNIZ (39006/SP)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Trata-se de petição (72.823/2017, de 1º.12.2017) requerendo a concessão de efeito suspensivo ativo ao recurso extraordinário, sustentando que a controvérsia nele versada corresponderia à do tema 725 do Plenário Virtual. (eDOC 55)

Registro que em 29.11.2017 fora proferida decisão monocrática negando seguimento ao recurso extraordinário com agravo, sem reconhecer sua vinculação à controvérsia do tema citado (eDOC 54). Não consta dos autos a interposição de qualquer recurso contra tal decisão, de modo que se deve entender haver ela transitado em julgado.

Nesses termos, nada há a prover quanto ao pedido de efeito suspensivo, visto que o recurso teve seguimento negado, por decisão transitada em julgado.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.090.119 (1511)ORIGEM : ARE - 1568005020035020461 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : VOLKSWAGEN DO BRASIL INDUSTRIA DE VEICULOS

AUTOMOTORES LTDAADV.(A/S) : GERALDO BARALDI JUNIOR (39101/DF, 110191/RJ,

95246/SP)RECDO.(A/S) : PAULO CORREIA LIMAADV.(A/S) : SANDRA MARIA ESTEFAM JORGE (58937/SP)

Decisão: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal Superior do Trabalho, ementado nos seguintes termos:

“RECURSO DE REVISTA. PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO. OBEDIÊNCIA AOS REQUISITOS DO ART. 896, § 6.°, DA CLT. PEDIDO DE DIFERENÇAS DA MULTA DE 40% DO FGTS. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. QUITAÇÃO MEDIANTE ADESÃO A PDV. IMPOSSIBILIDADE. CONTRARIEDADE À SÚMULA N.° 330 DO TST. RECURSO PROVIDO. Considera-se contrariada a Súmula nº 330, do TST, quando a decisão regional, verificando que o Autor aderiu a PDV instituído pela empresa, reputa quitadas as diferenças da multa de 40% do FGTS decorrentes dos expurgos inflacionários, tendo em vista que a se trata de parcela que não foi expressamente consignada no recibo rescisório. Recurso de Revista conhecido e provido“. (eDOC 36)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal, aponta-se violação ao artigo 5º, XXXVI, do texto constitucional.

Nas razões recursais, alega-se que houve adesão ao Plano de Demissão Voluntária, razão pela qual não persiste o direito de pleitear verbas

do extinto contrato de trabalho. (eDOC 38, p. 5-13)A Vice-Presidência do Tribunal Superior do Trabalho devolveu os

autos à Turma para eventual juízo de retratação (eDOC 48), tendo sido este recusado, nos seguintes termos:

“RECURSO DE REVISTA. APELO APRECIADO ANTERIORMENTE POR ESTA TURMA. DEVOLUÇÃO PARA EVENTUAL EXERCÍCIO DE JUÍZO DE RETRATAÇÃO. ARTIGO 1.040, II, do CPC/2015. ADESÃO AO PDV. QUITAÇÃO. EFEITOS. MANUTENÇÃO DA DECISÃO ANTERIORMENTE PROFERIDA. Foi reconhecida a repercussão geral (Tema 152) quanto à validade e ao alcance da adesão ao PDV, nos casos específicos em que há acordo coletivo regulando a instituição do Plano, desde que haja norma expressa prevendo a quitação ampla e irrestrita de todas as parcelas objeto do contrato de emprego. O caso dos autos, no entanto, não se amolda à decisão proferida pelo STF. Isso porque o Regional não noticia a existência de norma coletiva regulando a instituição do PDV. A Reclamada, seja nas contrarrazões ao Recurso de Revista, seja no Recurso Extraordinário, nada dispôs sobre tais matérias, limitando-se a questionar a afronta ao ato jurídico perfeito e ao princípio da legalidade sob a alegação de não ter sido respeitada a regular quitação do contrato de trabalho do Autor. Em casos como o dos autos, reitere-se, em que não há discussão sobre a existência de norma coletiva regulando a instituição do PDV, ou, ainda, quando não há menção sobre o teor das cláusulas constantes do acordo, o entendimento que tem se firmando nesta Corte é de que permanece hígida a redação a OJ n.º 270 da SBDI-1 do TST. Precedentes. Inviabilizado o exercício do Juízo de Retratação de que trata o artigo 1.040, II, do CPC/2015, fica mantida a decisão proferida quando da primeira apreciação do Recurso de Revista. Determina-se o retorno dos autos à Vice-Presidência desta Corte, para que prossiga no encaminhamento do andamento do processo, como entender de direito.” (eDOC 54)

É o relatório.Decido.O Tribunal de origem, após examinar o conjunto probatório dos autos,

limitou os efeitos da quitação de acordo firmado por ocasião da adesão ao Programa de Demissão Voluntária, em razão da ausência de demonstração da existência de norma coletiva regulando a instituição do referido programa. Nesse sentido, extrai-se o seguinte trecho do acórdão do Tribunal Superior do Trabalho:

“Ressalto que a Reclamada, ao apresentar suas contrarrazões ao Recurso de Revista, nada dispôs sobre a existência de norma coletiva regulando a instituição do PDV, razão pela qual não há como examinar a controvérsia sob o enfoque da decisão proferida pelo STF, no julgamento do RE-590-415/SC.”(eDOC 54, p. 6)

Assim, divergir desse entendimento demandaria o revolvimento do acervo fático-probatório, providência inviável no âmbito do recurso extraordinário. Nesses termos, incide no caso a Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.

Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes sobre temas correlatos:

“Agravo regimental no agravo de instrumento. Plano de Demissão Voluntária. Transação extrajudicial. Ofensa reflexa. Reexame de provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. A afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 2. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e de fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 3. Agravo regimental não provido”. (AI 818.749 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 7.5.2013)

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CIVIL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. PLANO DE DESLIGAMENTO VOLUNTÁRIO PDV. VÍCIO DE CONSENTIMENTO: COAÇÃO. REINTEGRAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO”. (ARE 841607 AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe 15.12.2014)

Nessa mesma linha, registro ainda decisão monocrática de minha lavra no ARE 1.090.045/SP, DJe 21.2.2018.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (artigo 932, VIII, do CPC, c/c art. 21, §1º, do RISTF) e, tendo em vista a ausência de fixação de honorários pela origem, deixo de aplicar o disposto no §11 do art. 85 do CPC.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Gilmar MendesRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.101.899 (1512)ORIGEM : 00569143620064036182 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : UNIÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 363

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : TECPLAST ENGENHARIA DE PLASTICOS LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INTERPRETAÇÃO – INVIABILIDADE – AGRAVO DESPROVIDO.

1. O Tribunal Regional Federal da 3ª Região confirmou o entendimento do Juízo quanto à ausência de demonstração da responsabilidade solidária dos sócios da empresa executada por débito fiscal, de acordo com a legislação de regência. No extraordinário cujo trânsito busca alcançar, a recorrente afirma a violação dos artigos 5º, incisos XXII e LIV, 7º, inciso III, 97 da Constituição Federal e o verbete vinculante nº 10 da Súmula do Supremo. Aduz a inobservância da cláusula da reserva de plenário no afastamento da incidência do artigo artigo 8º do Decreto-Lei 1.736/1979. Sustenta a possibilidade de aplicação da responsabilidade solidária tributária passiva, sem benefício de ordem, de sócio da empresa devedora, na forma do artigo 124, inciso II, do Código Tributário Nacional.

2. De início, quanto a evocação do artigo 97 da Lei Fundamental, no que direciona a atuação do Tribunal Pleno ou do órgão especial que lhe faça as vezes. Tem-se que a Corte de origem não incorreu em erro de procedimento. Limitou-se a examinar a controvérsia à luz da legislação de regência. Descabe confundir declaração de inconstitucionalidade de norma com simples interpretação da lei, à luz do caso concreto.

A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. Colho do acórdão recorrido o seguinte trecho: Considerando que as razões ventiladas no presente recurso são

incapazes de infirmar a decisão impugnada, vez que fundada em precedentes do STJ, submeto o seu teor à apreciação deste colegiado, nos seguintes termos:

"Trata-se de apelação em face da sentença que extinguiu a presente execução fiscal, sem julgamento de mérito, por ausência de condições da ação, em razão da falência da empresa executada, sem condenação em custas e honorários advocatícios. Em suas razões de apelação, sustenta a União Federal que a decisão merece reforma, isso porque, com o encerramento da falência sem a quitação da dívida exequenda, a execução deve ser redirecionada aos sócios como responsáveis tributários. nos termos do artigo 13 da Lei n. 8.620/93, então vigente, e artigo 124, inciso g do Código Tributário Nacional e com base no artigo 8° do Decreto-Lei 1.736/79. É o breve relatório. Decido. A questão comporta julgamento monocrático, nos termos do artigo 557, capuz, do Código de Processo Civil. Provada a dissolução regular da executada, pela falência, não há falar-se em redirecionamento automático da execução aos seus sócios sem prova, pela credora, de que estes agiram com excesso de poderes ou infração à lei ou contrato, ou seja, em gestão fraudulenta com intuito de lesar o credor tributário deliberadamente, à luz dos pressupostos de que trata o artigo 135, inciso II, do Código Tributário Nacional. Não há nos autos demonstração, neste sentido, por parte do Fisco. A respeito:

[…].Por seu turno, no tocante à responsabilidade solidária prevista no

Decreto-Lei n° 1.736/79, importa ressaltar que a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é uníssona no sentido de estabelecer que a sua interpretação deve ser feita em consonância com as disposições do artigo 135 do Código Tribunal Nacional, consoante elucidam as ementas abaixo colacionadas:

[…].No julgamento monocrático do recurso, com fundamento no artigo

557 do Código de Processo Civil, não houve o afastamento do artigo 8° do Decreto-Lei nº 1.736/79 c/c o artigo 124 do CTN, apenas foi decidido que a responsabilidade solidária deve ser interpretada em consonância com o artigo, l35, inciso “m”, do Código Tributário Nacional.

À toda evidência, as razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos à decisão atacada, buscando-se, em última análise, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

Acresce revelar o acórdão impugnado interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

3. Conheço do agravo e o desprovejo. 4. Publiquem.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.103.997 (1513)ORIGEM : 80008556320168050001 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SALVADORPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SALVADORRECDO.(A/S) : ELIANA BATISTA DOS SANTOSADV.(A/S) : JERONIMO LUIZ PLACIDO DE MESQUITA (20541/BA)

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é a decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto em face de acórdão de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado (eDOC 2, p. 96):

“RECURSO INOMINADO. JUIZADO ESPECIAL. FAZENDA PÚBLICA. DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. CARREIRA DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE E COMBATE ÀS ENDEMIAS. SISTEMA REMUNERATÓRIO E BENEFÍCIOS DIFERENCIADOS. INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL DO ARTIGO 15 DA LEI 7.955/2011. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA ISONOMIA CARACTERIZADO. AUSÊNCIA DE RAZÕES PARA O DISCRÍMEN PREVISTO NA LEGISLAÇÃO MUNICIPAL. SÚMULA VINCULANTE 88 DO STF. NÃO INCIDÊNCIA. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO.”

Os embargos de declaração foram rejeitados (eDOC 2, p. 107).No recurso extraordinário, com fundamento no art. 102, III, a, do

permissivo constitucional, aponta-se violação ao disposto nos arts. 5º e 169, § 1º, da Constituição da República.

Nas razões recursais pertinentes à demonstração de existência de repercussão geral, sustenta-se, em síntese que (eDOC 2, p. 141-142):

“O recorrente demonstra, de plano, que a questão trazida à apreciação deste Supremo Tribunal ostenta a repercussão geral que autoriza a admissibilidade do apelo extremo.

Isso porque a matéria sob discussão ofende a princípios constitucionais da máxima grandeza, que resvala, inclusive, na própria autonomia municipal para fixar o calendário escolar das creches infantis, ferindo o princípio da separação dos poderes e outros tantos aqui suscitados.

Aqui está posta em jogo não só o princípio da Separação dos Poderes, da Isonomia e violação a Súmula Vinculante .

O Acórdão proferido pela E. Turma do Juizado Especial da Fazenda Pública do Estado da Bahia entendeu que compete ao Poder Judiciário interferir na esfera discricionária do Poder Executivo, imprimindo-lhe obrigação não imposta em Lei.

Sob a mesma premissa assistencialista hipotética conjectural, Já existem diversas ações que versam sobre a mesma matéria no Poder Judiciário, envolvendo toda a categoria a que pertence a Recorrida.”

É o relatório. Decido. A competência recursal do Supremo Tribunal Federal, fixada nos

termos do art. 102, III, da Constituição Federal foi objeto de relevante alteração constitucional. A reforma promovida pela Emenda Constitucional 45/2004 incluiu o §3º no art. 102 do texto, estabelecendo, como requisito de admissibilidade do recurso extraordinário, a demonstração da repercussão geral das questões constitucionais debatidas no caso, in verbis :

“No recurso extraordinário, o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros.”

A remissão feita à regulamentação legal permitiu ao Poder Legislativo, por meio da Lei 11.418/2006, alterar o então vigente Código de Processo Civil para disciplinar a preliminar. Nos termos de seu art. 543-A, § 1º, a repercussão geral foi definida como a demonstração de que há em determinado processo questões que ultrapassem os interesses subjetivos da causa.

A definição legal do instituto introduz, no ordenamento positivo nacional, um conceito que, na experiência comparada, tem sido destinado para a definição funcional de precedentes:

As decisões podem ser precedentes apenas na medida em que elas são concebidas para se firmarem sobre bases de justificação; porque essas bases de justificação, de acordo com um modelo racional e discursivo de justificação, não podem ficar confinadas a um caso particular. Elas devem ficar disponíveis para aplicação analógica em casos análogos, seja por um simples salto intuitivo de raciocínio analógico ou (de forma mais plausível) por um processo mais reflexivo que universaliza as bases de justificação e as testa em face de fatos similares em casos posteriores.

(MACCORMICK, Neil; SUMMERS, Robert S. Interpreting precedents: a comparative study . London: Dartmouth, 1997, p. 543, tradução livre).

Com a mesma compreensão, Luiz Guilherme Marinoni, em pioneira obra sobre o tema, sustentou que a decisão desta Corte nos casos de repercussão geral espraia-se para além do caso concreto, constituindo a sua ratio decidendi , motivo de vinculação tanto para o próprio Supremo Tribunal Federal (vinculação horizontal) como, potencialmente, para os demais órgãos jurisdicionais (vinculação vertical) (MARINONI, Luiz Guilherme. Repercussão geral no recurso extraordinário. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007, p. 79).

As alterações processuais promovidas pelo novo Código de Processo

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 364

Civil mantiveram os contornos da repercussão geral já delineados pela Lei 11.418. O novo diploma legal, no entanto, ao explicitar a compreensão da definição de precedentes, fixou balizas relevantes para examinar os argumentos que permitam ultrapassar os interesses subjetivos da causa.

O art. 927 do Código de Processo Civil dispõe que serão observados os enunciados de súmulas vinculantes, as decisões desta Corte em controle concentrado de constitucionalidade, os acórdãos em julgamento de recursos extraordinários repetitivos e os enunciados das súmulas do Supremo Tribunal Federal.

Poder-se-ia aduzir, em interpretação literal, que a observância obrigatória das decisões desta Corte não se estende aos recursos extraordinários que fogem do regime do art. 1.036 do CPC. No entanto, a interpretação sistemática do Código exige que se leve em conta que, caso tenha a repercussão geral reconhecida, o efeito consequente é a suspensão de todos os processos pendentes e em trâmite em todo o território nacional (art. 1.035, § 5º, do diploma processual). Ademais, a contrariedade com súmula ou jurisprudência dominante implica presunção de repercussão geral (art. 1.035, § 3º, do CPC). Se a repercussão geral visa uniformizar a compreensão do direito, obrigação que atinge a todo o Poder Judiciário (art. 926 do CPC), então a estabilização, a integridade e a coerência, que têm na repercussão geral presumida importante garantia de uniformidade, devem, necessariamente, também atingir as decisões proferidas nos demais recursos extraordinários.

Por isso, é possível afirmar que, na missão institucional definida pelo constituinte e pelo legislador ao Supremo Tribunal Federal, compete-lhe, no âmbito de sua competência recursal, promover a unidade do Direito brasileiro tanto de maneira retrospectiva quanto prospectivamente (MARINONI, Luiz Guilherme. Repercussão geral no recurso extraordinário. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007, p. 79).

Tal unidade impõe, como o exige o Código, a juízes e tribunais o dever de observar as decisões do Supremo Tribunal Federal. Isso porque positivou o Código de Processo Civil verdadeiro sistema obrigatório de precedentes que naturalmente decorreria da hierarquização do Judiciário e da função da Corte Suprema. Observe-se, no entanto, que essa obrigatoriedade não se traduz por vinculação obrigatória. Juízes e tribunais, ainda que decidam com base na jurisprudência dominante dos Tribunais Superiores, têm o dever de motivação, conforme exige o disposto no art. 489, § 1º, do CPC. Dessa forma, devem demonstrar por que o precedente invocado é aplicável ao caso concreto, ou, inversamente, por que se deve realizar uma distinção ou superação do precedente neste mesmo caso concreto. Noutras palavras, o sistema de precedentes explicitado pelo Código de Processo Civil apenas impôs relevante ônus argumentativo a juízes e tribunais quando julgam os casos que assomam a seus órgãos.

Esse ônus argumentativo impõe a este Supremo Tribunal Federal um dever de cautela a fim de permitir efetivo diálogo exigido pelo sistema de precedentes. Esse diálogo está na base do sistema de precedentes e é, precisamente, o que permite uniformizar a jurisprudência nacional. Não se pode confundir a mera decisão em sede recursal com o conceito uniformizador do precedente. Há, por isso, um elemento crítico na decisão que se torna precedente. Como afirmou Geoffrey Marshall, a perspectiva crítica sobre um precedente sugere que o que o torna vinculante é a regra exigida de uma adequada avaliação do direito e dos fatos (MARSHALL, Georffrey. What is binding in a precedent. In: MACCORMICK, Neil; SUMMERS, Robert S. Interpreting precedents: a comparative study . London: Dartmouth, 1997, p. 503-504, tradução livre).

É precisamente essa a função cumprida pelo instituto da repercussão geral, isto é, viabilizar o adequado juízo sobre os fatos examinados no caso concreto e a interpretação do direito dada pelas instâncias inferiores, de forma a permitir replicar, por analogia, aos casos que lhe forem análogos, a solução jurídica acolhida pelo Supremo Tribunal Federal.

Frise-se que, ante a inércia do Poder Judiciário, a viabilização do juízo crítico em sede de repercussão geral é promovida pelas partes. Trata-se, com efeito, de etapa do recurso que impõe às partes o dever de fundamentação específica. Na linha de diversos precedentes desta Corte a ausência dessa arguição (AI-QO 664.567, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Plenário, DJ 6.9.2007) ou sua inadequada fundamentação (ARE 858.726-AgR, Rel. Min. Luís Roberto Barroso, Primeira Turma, DJe 16.03.2015; RE 762.114-AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 10.08.2015) inviabiliza o conhecimento do recurso interposto perante o Supremo Tribunal Federal.

No que tange ao conteúdo de tal demonstração, deve-se reconhecer no sistema de precedentes positivado pelo Código indeclinável diretriz interpretativa, a partir da teleologia do instituto. Tal perspectiva funcionalista permite reconhecer, de antemão, que dificilmente supre a exigência de fundamentação a mera asserção sobre erro no exame das premissas fáticas ou a aplicação indevida de norma jurídica nitidamente redigida.

Tampouco devem ser admitidas como razões suficientes para o exame da repercussão geral normas que possam ser depreendidas analogamente de casos análogos já julgados pelo Tribunal, sem que em face deles seja feita a devida distinção ou superação, a permitir que o Tribunal possa examinar a conveniência de realização de audiências públicas ou de autorizar a participação de terceiros para rediscutir a tese (art. 927, § 2º, do CPC). Encontraria dificuldades, outrossim, a repercussão suscitada a partir de lei local sem que se demonstre sua transcendência, especialmente a todo o

território nacional. Em vista dos parâmetros fixados pelo art. 1.035, § 1º, do Código de

Processo Civil, é possível assentar, ainda, que dificilmente ostentaria repercussão geral a questão econômica que não apresente dados suficientes para estimar a relação de causalidade entre a decisão requerida e o impacto econômico ou financeiro potencialmente causado. Afigura-se improvável, também, o conhecimento de questão social que sequer apresente titularidade difusa ou coletiva. No que tange à questão político-institucional, tem poucas chances de atender ao ônus de fundamentação a arguição de repercussão geral que deixe de demonstrar pertinência relativamente aos órgãos que integram a alta organização do Estado ou das pessoas jurídicas de direito público que compõem a Federação. Finalmente, dificilmente daria margem ao exame da repercussão geral a questão jurídica arguida que não faça o cotejamento entre a decisão recorrida e a interpretação dada por outros órgãos jurisdicionais ou que não saliente possíveis consequências advindas da adoção pelo Supremo Tribunal Federal do entendimento postulado em sede recursal nos demais órgãos integrantes do Poder Judiciário. Alternativamente, também dificilmente atenderia ao ônus de fundamentação jurídica a arguição que não condiga com uma insuficiente proteção normativa ou interpretativa de um direito fundamental.

Registre-se, por fim, que o dever de fundamentação vinculada é ônus que incumbe às partes e somente a elas. Pode o Supremo admitir recurso extraordinário entendendo relevante e transcendente a questão debatida por fundamento constitucional diverso daquele alvitrado pelo recorrente (MARINONI, Luiz Guilherme. Repercussão geral no recurso extraordinário. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007, p. 42). Essa faculdade, em verdade um poder-dever pelo qual a Corte cumpre sua função constitucional, depende, no entanto, para que seja adequadamente exercida, que as partes demonstrem minudentemente as razões pelas quais o Supremo Tribunal Federal deve criar um precedente daquele determinado caso concreto.

Não cabe, aqui, invocar o dever de colaboração para exigir da Corte a explicitação das razões pelas quais as partes em casos concretos deixaram de cumprir o ônus da fundamentação da repercussão geral. Em casos tais, o que se estaria a postular era que o próprio Relator suprisse o vício processual. Em decorrência do sistema de precedentes, recém-positivado pelo Código de Processo Civil, é necessário que o Supremo Tribunal Federal, no desempenho de sua competência recursal, aja com prudência, a fim de estabilizar, de forma íntegra e coerente, a jurisprudência constitucional.

Por não ter se desvencilhado do ônus de fundamentar necessária e suficientemente a repercussão geral suscitada, com fulcro no art. 102, § 3º, da Constituição Federal e no art. 932, III, do CPC, deixo de conhecer do recurso extraordinário com agravo.

Nos termos do art. 85, § 11, do CPC, majoro em ¼ (um quarto) os honorários fixados anteriormente, devendo ser observados os limites dos §§ 2º e 3º do mesmo dispositivo, ressalvada a gratuidade de justiça.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.104.414 (1514)ORIGEM : AREsp - 5386365 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : COMPANHIA BRASILEIRA DE BEBIDASADV.(A/S) : ANTONIO AUGUSTO DELLA CORTE DA ROSA (57802/

PR, 75672/RS, 329432/SP)

DECISÃOAGRAVO – MINUTA – DESCOMPASSO – AGRAVO DESPROVIDO.1. Há flagrante descompasso entre o ato com que se negou

seguimento ao extraordinário e o teor da minuta deste agravo. O Presidente da Seção de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo consignou os óbices previstos no verbete nº 279 da Súmula do Supremo.

O agravante limitou-se a tecer considerações sobre o tema de fundo. A ausência de impugnação específica dos fundamentos da decisão agravada configura irregularidade formal, porquanto a repetição das razões do extraordinário não tem o condão de afastar a motivação apresentada pelo juízo primeiro de admissibilidade.

2. Conheço deste agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.105.179 (1515)ORIGEM : PROC - 50438274220154047100 - TRF4 - RS - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SUL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 365

RELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : PAULO REGUS GRIMALDIADV.(A/S) : JEFERSON LUIS DA SILVA CARVALHO (80375/RS)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DO AGRAVO.

1. Atentem para o decidido na origem. O Colegiado de origem, confirmando o entendimento do Juízo, reconheceu, observada a legislação de regência, a interrupção do prazo prescricional do indébito tributário. No extraordinário, cujo trânsito busca alcançar, a recorrente alega violado o artigo 146, inciso III, alínea “b”, da Constituição Federal. Afirma ser a interrupção da prescrição tributária por meio de medida cautelar em repetição de indébito fiscal tema que exige regulação mediante lei complementar.

2. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.Colho do acórdão recorrido o seguinte trecho:Por fim, consoante jurisprudência do STJ, o termo inicial do recomeço

do prazo prescricional interrompido é o último ato do protesto judicial. Nesse sentido:

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL. TERMO INICIAL DA PRESCRIÇÃO. ÚLTIMO ATO PRATICADO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. NÃO OCORRÊNCIA. VIOLAÇÃO DOS ARTS. 165 E 458, II, DO CPC. INOCORRÊNCIA.FUNDAMENTAÇÃO. AUSENTE. DEFICIENTE. SÚMULA 284/STF.DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL. COTEJO ANALÍTICO E SIMILITUDE FÁTICA. AUSÊNCIA. 1.Ausentes os vícios do art. 535 do CPC, rejeitam-se os embargos de declaração. 2.Devidamente analisadas e discutidas as questões de mérito, e fundamentado corretamente o acórdão recorrido, de modo a esgotar a prestação jurisdicional, não há que se falar em violação dos arts. 165 e 458, II, do CPC. 3.A ausência de fundamentação ou a sua deficiência importa no não conhecimento do recurso quanto ao tema. 4.No caso de protesto interruptivo de prescrição, só recomeça a contar da data do último ato praticado no processo. 5.O dissídio jurisprudencial deve ser comprovado mediante o cotejo analítico entre acórdãos que versem sobre situações fáticas idênticas. 6. Agravo não provido. (AgRg no AREsp 326.331/PR, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 18/03/2014, DJe 24/03/2014)

AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE COBRANÇA. SOBREESTADIA DE CONTÊINER. PRESCRIÇÃO. INTERRUPÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. 1.- O entendimento do Tribunal de origem está em harmonia com a orientação desta Corte que entende que o prazo prescricional recomeça a correr da data do último ato do processo cautelar interruptivo (art. 202, parágrafo único, do Código Civil). Súmula 83/STJ. 2.- Agravo Regimental improvido. (AgRg nos EDcl no AREsp 343.155/SP, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 22/10/2013, DJe 13/11/2013) No caso dos autos, o efetivo recolhimento ocorreu em 07/2009 (1-DARF15).

Assim, o prazo de 05 anos para o pedido de restituição conta-se a partir de 31.12.2009.

O protesto interruptivo de prescrição n.º 5068433-08.2013.4.04.7100 foi proposto na segunda metade do prazo prescricional; porém, entre o último ato do protesto e a data da distribuição da presente ação decorreu menos de dois anos e meio. Logo, não se operou a prescrição no caso.

As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em síntese, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar-se a viabilidade do recurso.

Acresce revelar o acórdão impugnado interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

2. Conheço do agravo e o desprovejo. Considerada a fixação em sentença dos honorários advocatícios em 10% sobre o valor da condenação, majoro os honorários recursais no patamar de mais 5% do valor da condenação, consoante o artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015.

3. Publiquem.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.105.432 (1516)

ORIGEM : 00405741920088080024 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTORECDO.(A/S) : ROSALITE BERMUDES PEREIRAADV.(A/S) : BIANCA MONTENEGRO VALENTIM (12044/ES)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – LEGISLAÇÃO LOCAL –

INTERPRETAÇÃO – INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DO AGRAVO.1. O Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo confirmou o

entendimento do Juízo quanto ao pagamento das custas pelo Estado, considerado o trâmite do processo em vara não oficializada, nos temos da legislação de regência. No extraordinário cujo trânsito busca alcançar, o recorrente alega a inconstitucionalidade do § 1º do artigo 20 da Lei Estadual nº 9.974/13. Argui a violação do artigo 31 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Afirma a impossibilidade de cartório judicial não estatal gerar despesa à Fazenda Pública.

2. Colho do acórdão recorrido o seguinte trecho:Em primeiro lugar, destaco que este e. Tribunal de Justiça possui

entendimento consolidado coerente ao julgamento de origem, no sentido de que prevalece a prescrição do §1°, do art. 20, da Lei Estadual n° 9.974/2013, de maneira que, na hipótese de o feito tramitar em serventia não oficializada, os Estados e Autarquias sucumbentes responderão pelas custas processuais.

Assim, considerando que a demanda foi processada em vara não oficializada, permanece hígida a decisão do juízo de origem.

Da leitura do acórdão impugnado mediante o extraordinário depreende-se, a mais não poder, ter o Tribunal de origem julgado a apelação a partir de interpretação conferida a normas locais. Procedeu à análise da Lei estadual n° 9.974/2013. Ora, a controvérsia sobre o alcance de lei local não viabiliza, conforme sedimentado pela jurisprudência - verbete nº 280 da Súmula: Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário -, o acesso ao Supremo. Está- se diante de caso cujo desfecho final fica no âmbito do próprio Tribunal de Justiça.

3. Conheço do agravo e o desprovejo. Considerada a fixação em sentença dos honorários advocatícios no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais), fixo os honorários recursais no patamar de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) nos termos do artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015.

4. Publiquem.Brasília, 25 de março de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.105.514 (1517)ORIGEM : AREsp - 10240137320158260405 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : CRISMERE GADELHA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : OZIAR DE SOUZA (137432/SP)

DECISÃOAGRAVO — MINUTA — DESCOMPASSO — NÃO

CONHECIMENTO. 1. Há flagrante descompasso entre o ato com que se negou

seguimento ao extraordinário e o teor da minuta deste agravo. Ao não admitir o recurso, o Colegiado de origem aludiu ausência de prequestionamento da matéria constitucional. O agravante limitou-se a reiterar os argumentos veiculados quanto ao tema de fundo, deixando de atacar o óbice versado na decisão agravada. A ausência de impugnação específica das premissas da decisão agravada configura irregularidade formal, na medida em que não tem o condão de afastar a fundamentação apresentada pelo juízo de admissibilidade.

2. No Pleno surgiu o enfoque segundo o qual o artigo 932, parágrafo único, do Código de Processo Civil de 2015 não alcança situação jurídica em que razões ou minuta recursais surjam incompletas ou deficientes.

3. Ressalvado o entendimento pessoal, não conheço do agravo.4. Publiquem.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.105.810 (1518)ORIGEM : PROC - 50540262620154047100 - TRF4 - RS - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 366

RECDO.(A/S) : ALSENO DA SILVEIRA GATTELLIADV.(A/S) : JEFERSON LUIS DA SILVA CARVALHO (80375/RS)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DO AGRAVO.

1. Atentem para o decidido na origem. O Colegiado de origem, confirmando o entendimento do Juízo, reconheceu, observada a legislação de regência, a interrupção do prazo prescricional do indébito tributário. No extraordinário, cujo trânsito busca alcançar, o recorrente alega violado o artigo 146, inciso III, alínea “b”, da Constituição Federal. Afirma ser a interrupção da prescrição tributária por meio de medida cautelar em repetição de indébito fiscal tema que exige regulação mediante lei complementar.

2. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.Colho do acórdão recorrido o seguinte trecho:Sobre a utilização da medida cautelar de protesto como causa

interruptiva da prescrição decidiu o TRF4R, nos autos do AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5024133- 18.2013.404.0000/RS, Rel. Des. Fed. Otávio Roberto Pamplona, DE 18.12.2013, que como 'o prazo para a repetição de indébito tem caráter prescricional, e não decadencial, é possível admitir que a Medida Cautelar de protesto, manejada pelo ora agravante, pode servir para o fim colimado (interrupção da prescrição).'

Da mesma forma, já se pronunciou o Superior Tribunal de Justiça: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. INTERRUPÇÃO DA

PRESCRIÇÃO PARA A AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO POR MEDIDA CAUTELAR DE PROTESTO JUDICIAL DO ART. 867, DO CPC. POSSIBILIDADE. ARTS. 108, 165, CAPUT, E 173, PARÁGRAFO ÚNICO II, DO CTN. MARCO INTERRUPTIVO DO ART. 219, §1º, DO CPC. IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DOS ARTIGOS 3º E 4º DA LEI COMPLEMENTAR N. 118/2005 ÀS AÇÕES CAUTELARES DE PROTESTO JUDICIAL AJUIZADAS EM E ANTES DE 08.06.2005. 1. O Código Tributário Nacional, se não prevê expressamente a ação cautelar de protesto para o contribuinte, parte do pressuposto de sua existência e possibilidade, ao disciplinar no seu art. 165, caput, que tanto o pedido administrativo de repetição de indébito quanto a ação para a repetição de indébito independem de prévio protesto. 2. O fato de o art. 165, do CTN mencionar o protesto significa que ele é uma faculdade posta ao contribuinte, que a fazenda pública não pode exigir o protesto como condição da repetição. Em resgate histórico, observo que a inserção do dispositivo no CTN, inclusive, foi feita em razão de existir anteriormente a sua vigência interpretação fazendária no sentido de que o protesto judicial do contribuinte (na época feito na forma do art. 720, do CPC/39 - Decreto-Lei n. 1.608/39) era obrigatório para ressalvar seus direitos quando do pagamento que entendeu indevido (cf. Aliomar Baleeiro in Direito Tributário Brasileiro, 11ª ed. Rio de Janeiro, Forense: 2000, p. 877). 3. Quanto à força interruptiva da prescrição pelo protesto feito pelo contribuinte, aplica-se, por analogia permitida pelo art. 108, I, do CTN, o disposto no art. 174, parágrafo único, II, que admite o protesto judicial como forma de interromper a prescrição para a cobrança do crédito tributário. 4. Em se tratando o CTN de norma geral, o seu complemento se dá com a identificação precisa do marco interruptivo da prescrição que é feito por norma específica e conformadora dos direitos processuais, qual seja o art. 219, §1º, do CPC e os dispositivos pertinentes que regulam a ação cautelar de protesto (arts. 867 a 873, do CPC), como toda e qualquer ação judicial. 5. Com relação à vigência dos arts. 3º e 4º da Lei Complementar n. 118/2002, a interpretação do RE n. 566.621/RS, julgado em repercussão geral pelo STF, e do recurso representativo da controvérsia REsp 1.269.570/MG, proveniente deste STJ, leva à conclusão que o ajuizamento da ação de protesto em e antes de 08.06.2005 dá a todas as parcelas referentes aos dez anos anteriores à interrupção da prescrição (tese dos 5+5 então vigente) o tratamento de parcela única fazendo um só o termo inicial do prazo prescricional para a repetição de indébito desse conjunto de parcelas, termo que é fixado na data do ajuizamento da ação de protesto. 6. Caso concreto em que o ajuizamento da ação de protesto judicial pelo contribuinte se deu em 08.06.2005 (um dia antes da vigência da Lei Complementar n. 118/2005). Sendo assim, houve a interrupção da prescrição de todas as parcelas dos dez anos antecedentes (tese dos 5+5 então vigente), de modo a resguardar todos os pagamentos efetuados a partir de 08.06.1995. Desta forma, a subsequente ação de repetição de indébito ajuizada no dia seguinte em 09.06.2005 poderia abarcar todas as parcelas referentes aos créditos tributários extintos nos últimos 5 (cinco) anos, incluindose aí todas as parcelas referentes à mencionada ação cautelar de protesto judicial cuja citação se deu dentro desses mesmos 5 (cinco) anos. 7. Recurso especial não provido. (RESP 201201272829, MAURO CAMPBELL MARQUES, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE DATA:29/04/2013 ..DTPB:.)

Assim, a prescrição, como causa extintiva do crédito tributário, encontra disciplina no artigo 174, do Código Tributário Nacional, verbis:

[…].Por outro lado, tratando-se de prescrição contra a Fazenda Pública,

aplicam-se os arts. 8º e 9º do Decreto 20.910/32, ou seja, pode ser interrompida uma vez, recomeçando o prazo a correr pela metade. Nesse sentido:

PROCESSUAL CIVIL, ADMINISTRATIVO E TRIBUTÁRIO. CRÉDITO-PRÊMIO DE IPI. PRESCRIÇÃO. PROTESTO JUDICIAL. INTERRUPÇÃO. INTELIGÊNCIA DOS ARTS. 1º, 8º E 9º DO DECRETO 20.910/1932. 1. O STJ possui entendimento no sentido de que o prazo prescricional referente ao aproveitamento do crédito-prêmio de IPI é de cinco anos contados da aquisição do direito, nos termos do Decreto 20.910/1932. 2. Hipótese que se diferencia da restituição de tributo indevidamente recolhido (art. 168, I, do CTN), pois se trata de pedido relativo a benefício fiscal não reconhecido pelo Fisco a ser creditado pelo interessado. 3. O regime jurídico da prescrição deve ser analisado à luz do Decreto 20.910/1932, que prevê a possibilidade de interrupção por uma única vez, recomeçando o lapso temporal a correr pela metade. 4. Ajuizou-se medida cautelar de protesto judicial interruptivo da prescrição (art. 867 do CPC; c/c o art. 202, II, do Código Civil), tendo sido citada a recorrente em 6.12.1984. A ação declaratória que originou o presente recurso foi ajuizada em 9.11.1987, isto é, após o transcurso de mais de dois anos e meio do ato interruptivo. Prescrição reconhecida. 5. Recurso Especial provido.' (REsp 335.942/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 01/10/2009, DJe 09/10/2009) - grifei.

[…].Assim, o prazo de 05 anos para o pedido de restituição conta-se a

partir de 31.12.2009. O protesto interruptivo de prescrição n.º 50609606820134047100 foi

proposto na segunda metade do prazo prescricional; porém, entre o último ato do protesto e a data da distribuição da presente ação decorreu menos de dois anos e meio. Logo, não se operou a prescrição no caso.

As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em síntese, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar-se a viabilidade do recurso.

Acresce revelar o acórdão impugnado interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

2. Conheço do agravo e o desprovejo. Considerada a fixação em sentença dos honorários advocatícios em 10% sobre o valor da condenação, majoro os honorários recursais no patamar de mais 5% do valor da condenação, consoante o artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015.

3. Publiquem.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.106.304 (1519)ORIGEM : 14042970220168120000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO MATO GROSSO DO SULPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE CAMPO

GRANDE - MSADV.(A/S) : LUIZ GUSTAVO MARTINS ARAUJO LAZZARI

(14415/MS)RECDO.(A/S) : SINDICATO DE HOTÉIS, RESTAURANTES, BARES E

SIMILARES DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SULADV.(A/S) : RENATA GONCALVES PIMENTEL (11980/MS)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – PROCESSO OBJETIVO –

ACÓRDÃO – FUNDAMENTOS – ARTICULAÇÃO – AUSÊNCIA – VERBETE Nº 283 DA SÚMULA DO SUPREMO – AGRAVO – DESPROVIMENTO.

1. O Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul julgou procedente pedido formalizado em processo objetivo para declarar inconstitucional a Lei nº 5.602/2015 do Município de Campo Grande. Eis a síntese do acórdão recorrido:

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE – INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI DO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE EM FACE DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL – LEI QUE ESTIPULA OBRIGATORIEDADE DE DESCONTO PARA PESSOA QUE REALIZARAM CIRURGIA BARIÁTRICA – INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL E MATERIAL – COMPETÊNCIA DA UNIÃO PARA LEGISLAR SOBRE DIREITO COMERCIAL E RELAÇÃO DE CONSUMO – VIOLAÇÃO A DIVERSOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS – INCONSTITUCIONALIDADE DECLARADA – PEDIDO JULGADO PROCEDENTE.

1. A Lei n. 5.602, de 12.8.2015, do Município de Campo Grande, MS, que dispõe sobre a obrigatoriedade de concessão de desconto e/ou meia porção para pessoas que realizaram cirurgias bariátricas ou qualquer outra gastroplastia em restaurantes que menciona e dá outras providências, encontra-se em desconformidade com a Constituição do Estado de Mato

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 367

Grosso do Sul, por inconstitucionalidade formal e violação aos princípios da livre iniciativa e do livre exercício da atividade econômica.

2. Referida lei, além de violar os princípios federativo, da livre iniciativa e da razoabilidade, usurpa a competência da União para legislar sobre direito comercial (art. 22, inciso I) e sobre relação de consumo (art. 24, inciso V, ambos da Constituição Federal).

3. Igualmente, viola o artigo 30, inciso I, da Constituição Federal, principalmente quando se nota que a questão referente à situação especial das pessoas submetidas à cirurgia bariátrica é de ordem geral, devendo eventual disciplina sobre o assunto ter abrangência nacional ou regional.

4. Pedido procedente. Inconstitucionalidade declarada.No extraordinário cujo trânsito busca alcançar, a recorrente aponta

violado o artigo 30, inciso I, da Constituição Federal. Sustenta a constitucionalidade da norma glosada, a qual versa, consoante afirma, matéria inserida no âmbito da competência legislativa municipal, considerado interesse predominantemente local.

2. O Colegiado de origem, no acórdão recorrido, a par de assentar usurpação da competência da União para legislar sobre Direito Comercial e relações de consumo – artigos 22, inciso I, e 24, inciso V, da Constituição Federal –, concluiu, sob o ângulo material, a incompatibilidade, com a Constituição estadual, da Lei municipal nº 5.602/2015, ante ofensa aos princípios da razoabilidade e da livre iniciativa no exercício da atividade econômica.

Colho do pronunciamento atacado o seguinte trecho: [...]Da mesma forma, além da citada inconstitucionalidade formal, há que

se destacar que a lei municipal acaba por violar o princípio da livre iniciativa e o livre exercício da atividade econômica a pretexto de se promover incentivo às pessoas que foram submetidas à cirurgia bariátrica, porquanto concede um benefício que será suportado pelos proprietários dos estabelecimentos comerciais e não pelo ente federativo instituidor da obrigação.

Em sendo assim, não se afigura razoável que, a pretexto de favorecer determinada categoria de pessoas, se imponha às empresas privadas restrições ao seu comércio, passando inadvertidamente a ingerir no domínio econômico, comprometendo o livre exercício da atividade econômica. Nesse passo, ao impor a obrigação aos restaurantes e similares de conceder descontos ou meia porção às pessoas que tenham sido submetidas à cirurgia bariátrica, a lei municipal rechaçada acaba por restringir o direito de propriedade dos donos dos estabelecimentos comerciais, a quem incumbe deliberar acerca da sua gestão.

Nas razões recursais, deixou-se de impugnar fundamento suficiente utilizado para declarar a inconstitucionalidade da Lei questionada, no que identificada afronta aos princípios da livre iniciativa e da razoabilidade. Surge pertinente o verbete nº 283 da Súmula do Supremo:

É inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles.

3. Conheço do agravo e o desprovejo. 4. Publiquem.Brasília, 21 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.108.253 (1520)ORIGEM : 20140170661 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : R.M.C. E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RUI BARROS LEAL FARIAS (16411/CE)ADV.(A/S) : MIGUEL ROCHA NASSER HISSA (15469/CE)RECDO.(A/S) : F.U.D.ADV.(A/S) : VANESSA DE SOUZA BEZERRA (11362/RN)

Decisão: Verifico que o Superior Tribunal de Justiça deu provimento ao Recurso Especial n. 1.658.903/RN, rel. Min. Maria Isabel Gallotti (eDOC 12, p. 48), interposto concomitantemente ao recurso extraordinário (eDOC 11, p. 33). Essa decisão transitou em julgado em 8 de fevereiro de 2018 (eDOC 12, p. 53).

Ante o exposto, ante a perda superveniente do objeto, julgo prejudicado o presente recurso (RISTF, art. 21, IX).

Intime-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.114.875 (1521)ORIGEM : AREsp - 00082146920108260053 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : TIM CELULAR S.A.ADV.(A/S) : SACHA CALMON NAVARRO COELHO (9007/MG,

112794/RJ, 249347/SP)

ADV.(A/S) : ANDRE MENDES MOREIRA (20107/DF, 87017/MG, 126363/RJ, 250627/SP)

RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ementado nos seguintes termos:

“AÇÃO DECLARATÓRIA – TRIBUTÁRIO. Estorno de créditos de ICMS oriundos da comercialização de produtos industrializados com a Zona Franca de Manaus. Honorários de advogado adequadamente arbitrados por equidade. Recursos não providos”. (eDOC 4, p. 85)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal, aponta-se violação ao artigo 155, §2º, X, a, do texto constitucional. (eDOC 4, p. 163)

Nas razões recursais, alega-se ser devido o creditamento de ICMS, tendo em vista que ao contribuinte que comercializa produtos acabados com a Zona Franca de Manaus deve ser dado o mesmo tratamento conferido ao contribuinte exportador, a quem se garante o aproveitamento de créditos ainda que não haja incidência do referido tributo. (eDOC 5, p. 1)

É o relatório.Decido.A irresignação não merece prosperar.O Tribunal de origem, ao examinar as normas e legislação

infraconstitucionais aplicáveis à espécie (Regulamento do ICMS do Estado) e o conjunto probatório constante dos autos, consignou ter havido creditamento equivocado de ICMS em razão da entrada de aparelhos celulares na Zona Franca de Manaus cuja fabricação foi realizada por terceiros; e, por consequência, ser devido o estorno de créditos relativos às matérias-primas e material secundário e embalagens utilizadas quando da manufatura desses aparelhos. Nesse sentido, extrai-se o seguinte trecho do acórdão impugnado:

“Nota-se no presente caso que a Administração Tributária do Estado de São Paulo, quando da autuação, objeto da presente demanda e consequente recurso, não está a questionar se a empresa autuada possui ou não direito à isenção prevista para o caso de comercialização com a Zona de Manaus.

O ponto central da autuação decorre da falta de estorno de créditos de ICMS referente a matérias primas e material secundário e embalagens utilizados quando da fabricação desses produtos, nos termos da legislação vigente. Mais especificamente, está-se a exigir o estorno de créditos de ICMS em razão de aparelhos celulares enviados à Zona Franca de Manaus pela empresa/apelante.

O creditamento, neste caso, mostra-se equivocado, uma vez que, apesar de os aparelhos celulares serem produtos industrializados, foram fabricados por terceiros.

Neste ponto reside a afronta à legislação estadual, ensejadora da autuação objeto da demanda, bem como fundamento para a manutenção da r. Sentença.

É que o art. 14 das Disposições Transitórias do RICMS/SP dispõe (...).

Neste sentido, correta a r. sentença que dispõe claramente: ‘(...) No caso em questão, a autora apenas comercializava com a

Zona Franca de Manaus produtos já industrializados, uma vez que estes foram produzidos por terceiros. Inaplicável, portanto, o dispositivo estadual supramencionado, uma vez que a autora deixou de preencher os requisitos legais para manutenção dos créditos. (...)’” (eDOC 4, p. 88-90) (Grifei)

Diante disso, registro que o recorrente destacou em suas razões que “o Fisco não põe em dúvida a efetiva entrada dos produtos na Zona Franca e tampouco contesta a não-incidência que beneficia as operações interestaduais destinadas àquela área. Tudo o que sustenta é que, por se tratar de produtos acabados -e não de matéria-prima ou de material secundário para o fabrico ou embalagem de mercadorias na zona incentivada – caso seria de estorno dos créditos pela sua entrada no estabelecimento paulista remetente.” (eDOC 4, p. 159).

Todavia, conforme se depreende do excerto da decisão do Tribunal a quo, a determinação de estorno decorre não do fato de serem as mercadorias comercializados com a Zona Franca produtos acabados/industrializados, mas sim do fato de terem sido produzidos por terceiros. Assim, o recorrente não preenche os requisitos para fazer jus ao aproveitamento de créditos.

Dito isso, verifica-se que a matéria debatida no acórdão recorrido restringe-se ao âmbito infraconstitucional, de modo que a ofensa à Constituição, se existente, seria reflexa ou indireta, o que inviabiliza o processamento do presente recurso.

Além disso, divergir do entendimento firmado pelo Tribunal de origem demandaria o revolvimento do acervo fático-probatório, providência inviável no âmbito do recurso extraordinário. Nesses termos, incide no caso a Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.

Confiram-se, a propósito da índole infraconstitucional da controvérsia, os seguintes precedentes em casos similares:

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. ANÁLISE DE NORMA PROCESSUAL ORDINÁRIA. OFENSA INDIRETA. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. (...)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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III Faz-se necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que inviabiliza o recurso extraordinário, a teor da Súmula 279 do STF, para chegar à conclusão quanto à ausência ou não de demonstração das operações que poderiam ensejar o creditamento do ICMS. IV Agravo regimental a que se nega provimento”. (AI 657.946-AgR-Segundo, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 10.6.2014).

“TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CREDITAMENTO DO ICMS. SACOLAS PLÁSTICAS PERSONALIZADAS. NECESSÁRIA ANÁLISE DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA STF 279. 1. O Tribunal de origem decidiu a causa fundamentando-se na análise do conjunto fático-probatório dos autos. Assim, a revisão do entendimento firmado pelo acórdão recorrido esbarra no óbice da Súmula STF 279. 2. Agravo regimental a que se nega provimento”. (AI 779.314-AgR/RS, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 6.5.2011)

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. ICMS. INADIMPLÊNCIA DO CONSUMIDOR FINAL. ALEGADO DIREITO AO CREDITAMENTO DO ICMS PAGO. MANDADO DE SEGURANÇA. HIPÓTESES DE CABIMENTO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282 DO STF. (...) 3. A questão referente ao cabimento do mandado de segurança e das regras de creditamento do ICMS são matérias cuja solução depende do exame das normas infraconstitucionais de regência (in casu, a já revogada lei 1.533/51 e a LC 87/96), eventual ofensa à Constituição é indireta ou reflexa, o que não dá ensejo ao processamento do apelo extremo. Precedentes: AI 800.074-RG, Pleno, Rel. Min. Gilmar Mendes, Dje de 06.12.10 e AI 817.801-ED, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, Dje de 26.04.11. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 750.994-AgR/SP, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 13.9.2011)

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (art. 932, VIII, do NCPC c/c art. 21, §1º, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Gilmar MendesRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.115.205 (1522)ORIGEM : 05123051620174058300 - TRF5 - PE - 2ª TURMA

RECURSALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARLUZIA MARIA LUCENA DOS SANTOSADV.(A/S) : FABIANO PARENTE DE CARVALHO (21061/PE)

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é a decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto em face de acórdão da Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais de Pernambuco, que assentou (eDOC 18, p. 4-5):

“Por fim, tendo em vista já ter sido a matéria decidida pelos demais membros desta 2ª TRPE, e para evitar maiores delongas, o Juiz Federal Frederico Koehler ressalva seu entendimento pessoal no sentido manifestado pelo STF no julgamento do RE 870.947/SE, em 20/09/2017, para que os atrasados fossem atualizados monetariamente segundo o IPCA-E, e os juros moratórios, segundo a remuneração da caderneta de poupança, na forma do art. 1º-F, da Lei nº 9.494/97 com a redação dada pela lei nº 11.960/09.

Por fim, quanto aos consectários legais, os membros desta 2ª TRPE, inicialmente, haviam concordado, com a ressalva do Juiz Federal Frederico Koehler, em manter o entendimento de que continuava sendo aplicável o art. 1º-F da Lei nº 9.494/1997, com a redação dada pela Lei nº 11.960/2009, até que seja julgado o RE 870.947/SE, com repercussão geral reconhecida, em que será discutido o regime de atualização monetária e juros moratórios incidente sobre condenações judiciais da Fazenda Pública (Tema 810-STF).

Contudo, a partir da primeira sessão de dezembro de 2017, passa-se a adotar o novo posicionamento do STF sobre o tema no julgamento do RE 870.947/SE, em 20/09/2017, isto é, para que os atrasados sejam atualizados monetariamente segundo o IPCA-E, e os juros moratórios, segundo a remuneração da caderneta de poupança, na forma do art. 1º-F, da Lei nº 9.494/97 com a redação dada pela lei nº 11.960/09.”

De plano, verifica-se que a controvérsia em exame, referente à validade da correção monetária e dos juros moratórios incidentes sobre as condenações impostas à Fazenda Pública, conforme previstos no art. 1º-F da Lei 9.494/1997, com a redação dada pela Lei 11.960/2009 cinge-se ao Tema 810 da sistemática da repercussão geral, relativo ao RE 870.947, Rel. Min. Luiz Fux, Tribunal Pleno, DJe 20.11.2017. Ao apreciar a matéria, o Supremo Tribunal fixou as seguintes teses:

“I - O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina os juros moratórios aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos oriundos de relação jurídico-tributária, aos quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da isonomia (CRFB, art. 5º,

caput); quanto às condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a fixação dos juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é constitucional, permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da Lei nº 9.494/97 com a redação dada pela Lei nº 11.960/09;

II - O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inidônea a promover os fins a que se destina.”

Ante o exposto, determino a remessa dos autos ao Tribunal de origem para adequação ao disposto no art. 1.036 do Código de Processo Civil, combinado com o art. 328 do RISTF.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.115.672 (1523)ORIGEM : 01036466620144025101 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO:Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário.A decisão agravada está correta e alinhada aos precedentes firmados

por esta Corte.Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego

seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 21 de maio de 2018.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.117.015 (1524)ORIGEM : PROC - 00049856520154013801 - TRF1 - MG - TURMA

RECURSAL FEDERAL DE JUIZ DE FORAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : AFONSO DE PAULA FRANKADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: O presente agravo foi interposto pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS contra decisão que negou trânsito ao apelo extremo por ele deduzido, no qual sustentou que o acórdão proferido pela 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Subseção de Juiz de Fora/MG teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República.

Cumpre ressaltar, desde logo, que o recurso extraordinário em questão revela-se insuscetível de conhecimento, eis que incide, na espécie, o enunciado constante da Súmula 279/STF, que assim dispõe:

“Para simples reexame de prova, não cabe recurso extraordinário.” (grifei)

Com efeito, para se acolher o pleito deduzido em sede recursal extraordinária, tornar-se-ia necessário o reexame dos fatos e das provas constantes dos autos, circunstância essa que obsta, como acima observado, o próprio conhecimento do apelo extremo, em face do que se contém na Súmula 279/STF.

A mera análise do acórdão recorrido demonstra que o órgão judiciário de origem, ao proferir a decisão questionada, sustentou as suas conclusões em aspectos fático-probatórios:

“7. Os PPP's de fls. 10/12 e 16 informam que o autor esteve submetido ao agente ruído nos períodos de 03/05/1977 a 14/05/1981 e 01/06/1984 a 16/05/1986 nas intensidades de, respectivamente, 91 dB e 91,2 dB.

Infere-se que há caracterização de insalubridade nos períodos citados, porquanto os níveis ultrapassaram o limite normativo de 80 dB.

8. Presunção ‘juris tantum’ de veracidade dos dados contidos nos formulários e perfil profissiográfico previdenciário, pelo que deve ser considerada a habitualidade da submissão do segurado aos agentes nocivos neles descritos. Precedentes do TRF-1ª Região (v.g. AC nº 0003713-66.2011.4.01.3901/PA). Ademais, de acordo com a Súmula nº 49 da TNU, ‘para o reconhecimento de condição especial de trabalho antes de 29/04/1995, a exposição a agentes noviços à saúde ou à integridade física

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 369

não precisa ocorrer de forma permanente’.9. Presume-se a verdade dos dados contidos no PPP de fl. 16 e na

declaração de fl. 17, no sentido que o seu signatário exercia o encargo de síndico dativo da massa falida da empresa Engesa Química S/A, pelo constituía ônus do INSS promover diligências, ele próprio, já no âmbito administrativo, a fim de afastar tal presunção.”

Vê-se, portanto, que a pretensão deduzida pela parte ora agravante revela-se processualmente inviável, pois o recurso extraordinário não permite que se reexaminem, nele, em face de seu estrito âmbito temático, questões de fato ou aspectos de índole probatória (RTJ 161/992 – RTJ 186/703), ainda mais quando tais circunstâncias, como sucede na espécie, se mostram condicionantes da própria resolução da controvérsia jurídica, tal como enfatizado no acórdão recorrido, cujo pronunciamento sobre matéria de fato reveste-se de inteira soberania (RTJ 152/612 – RTJ 153/1019 – RTJ 158/693, v.g.).

Cabe referir, de outro lado, no tocante à aplicação do art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, na redação dada pela Lei nº 11.960/2009, que o Plenário do Supremo Tribunal Federal, após reconhecer a existência de repercussão geral da questão constitucional ora igualmente versada na presente causa, julgou o RE 870.947/SE, Rel. Min. LUIZ FUX, nele fixando tese assim consubstanciada:

“1) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina os juros moratórios aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos oriundos de relação jurídico-tributária, aos quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da isonomia (CRFB, art. 5º, ‘caput’); quanto às condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a fixação dos juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é constitucional, permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da Lei nº 9.494/97 com a redação dada pela Lei nº 11.960/09; e 2) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inidônea a promover os fins a que se destina.” (grifei)

O exame da presente causa evidencia que o acórdão questionado em sede recursal extraordinária ajusta-se, no ponto, à orientação jurisprudencial que esta Suprema Corte firmou na análise da matéria em referência.

Sendo assim, e em face das razões expostas, ao apreciar o presente agravo, não conheço do recurso extraordinário a que ele se refere, por ser este manifestamente inadmissível (CPC, art. 932, III).

Majoro, ainda, em 10% (dez por cento), nos termos do art. 85, § 11, do CPC, a verba honorária anteriormente arbitrada nestes autos, observados os limites estabelecidos nos §§ 2º e 3º desse mesmo art. 85 do referido estatuto processual civil e considerada a orientação que culminou por prevalecer no Plenário desta Suprema Corte no julgamento da AO 2.063-AgR/CE, Red. p/ o acórdão Min. LUIZ FUX.

Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.117.823 (1525)ORIGEM : AREsp - 00347727520128140301 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁPROCED. : PARÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO DE GESTAO PREVIDENCIARIA DO

ESTADO DO PARAADV.(A/S) : SIMONE FERREIRA LOBAO MOREIRA (011300/PA)RECDO.(A/S) : SUZETE DA CONCEICAO MOURA LIMAADV.(A/S) : ANA CLAUDIA CORDEIRO DE ABDORAL LOPES (7901/

PA)

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 37, XIV, 40, § 2º, e 195, § 5º, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

A matéria constitucional versada nos arts. 37, XIV, e 195, § 5º, da Lei Maior não foi analisada pelas instâncias ordinárias, tampouco mencionada

nos embargos de declaração opostos. Aplicável, na hipótese, o entendimento jurisprudencial vertido nas Súmulas 282 e 356/STF: “é inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão suscitada” e “o ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento”. Nesse sentido, o AI 743.256-AgR/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 08.3.2012; e o AI 827.894-AgR/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, unânime, DJe 07.11.2011, cuja ementa transcrevo:

"RECURSO EXTRAORDINÁRIO prequestionamento CONFIGURAÇÃO RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas razões recursais, inviabilizado fica o entendimento sobre a violência ao preceito evocado pelo recorrente. AGRAVO ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé."

De mais a mais, não há falar em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto, no caso, a suposta violação somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional local apontada no apelo extremo, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Aplicação da Súmula 280/STF: “Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário”. Nesse sentido: ARE 650.574-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 28.9.2011; ARE 647.735-AgR/SP, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 27.6.2012; e RE 1.056.223-AgR/SC, da minha lavra, 1ª Turma, DJe 21.11.2017, cuja ementa transcrevo:

“DIREITO ADMINISTRATIVO. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. MILITAR ESTADUAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO CPC/2015. INTEGRALIDADE. LEIS COMPLEMENTARES ESTADUAIS 412/2008 E 614/2013. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA NÃO VIABILIZA O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REELABORAÇÃO DA MOLDURA FÁTICA. PROCEDIMENTO VEDADO NA INSTÂNCIA EXTRAORDINÁRIA. AGRAVO MANEJADO SOB A VIGÊNCIA DO CPC/2015. 1. Obstada a análise da suposta afronta aos preceitos constitucionais invocados, porquanto dependeria de prévia análise da legislação infraconstitucional aplicada à espécie, procedimento que refoge à competência jurisdicional extraordinária desta Corte Suprema, a teor do art. 102 da Magna Carta. 2. As razões do agravo não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à ausência de ofensa a preceito da Constituição da República. 3. Ausente condenação anterior em honorários, inaplicável o art. 85, § 11, do CPC/2015. 4. Agravo interno conhecido e não provido.”

Por conseguinte, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.119.379 (1526)ORIGEM : AREsp - 00269354820088260309 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : JOSE FERNANDES DA SILVAADV.(A/S) : JUCELINO SILVEIRA NETO (259346/SP)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE JUNDIAÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE JUNDIAÍ

DECISÃORECURSO – COMPETÊNCIA DE TRIBUNAL DIVERSO.1. Contra a decisão de inadmissão do recurso extraordinário

formalizou-se agravo interno. Confira–se à folha e-STJ 700 a 711. Não há recurso pendente de apreciação pelo Supremo.

2. Remeta–se o processo ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, procedendo-se ao cancelamento da autuação ocorrida.

3. Publique–se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 370

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.119.820 (1527)ORIGEM : AREsp - 08047369020144058300 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : REIVAN DE CASTRO SA BARRETOADV.(A/S) : SERGIO SILVIO GOMES ALVES (06101/PE)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é a decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto em face de acórdão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, assim ementado (eDOC 1, p. 123 - Grifei):

“ADMINISTRATIVO. PENSÃO ESPECIAL DE EX-COMBATENTE. FILHA MAIOR. REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DA PENSÃO ESPECIAL CONSTANTES DO ART. 30, DA LEI Nº 4.242/1963. NÃO COMPROVAÇÃO DA INCAPCIDADE E DO ESTADO DE MISERABILIDADE. AUSÊNCIA DO DIREITO AO BENEFÍCIO PRETENDIDO.

1. Apelação da sentença que julgou improcedente o pedido, por entender que tendo o óbito do ex-combatente instituidor ocorrido em 22/11/1974, a Lei nº 8.059/90, publicada muitos anos depois, não poderia alcançar os sucessores do de cujus, e que a Administração teria incorrido em equívoco ao conceder a pensão à viúva, porquanto, à época do óbito, estava em vigor a Lei nº 5.315/67 c/c a Lei nº 4.242/63, para fins de pensão a ex-combatente de litoral, que não estabelecia direito aos herdeiros, e se tratava de benefício intransferível e inacumulável.

2. No caso sob exame, o falecimento do instituidor da pensão ocorreu em 22/11/1974, portanto, sob a égide da Lei nº 4.242/63, na sistemática da Lei nº 3.765/60, e na vigência da Lei nº 5.315/67, que, regulamentando o art. 178, da Constituição do Brasil de 1967, dispôs sobre os ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial.

3. O art. 30, da Lei nº 4.242/63, instituiu uma pensão com base no soldo de Segundo-Sargento (art. 26, da Lei nº 3.765/60) tão-somente para aqueles ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial que se encontrassem incapacitados, sem prover os próprios meios de subsistência e que não recebessem qualquer importância do erário público.

4. Os requisitos mencionados encontram-se perfeitamente delineados pelo STJ, conforme os seguintes precedentes: AgRg no REsp 891.387/RJ, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 01/04/2014, DJe 14/04/2014; AgRg no REsp 1377373/SC, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 20/03/2014, DJe 27/03/2014 e AgRg no AREsp 353.705/RJ, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 17/10/2013, DJe 25/10/2013.

5. A Autora, na condição de filha do ex-combatente, não apresentou quaisquer provas que demonstrasse a incapacidade ou a ausência de condições de prover os próprios meios de subsistência, ao contrário, a Demandante é Servidora Pública Municipal.

6. Não comprovado o preenchimento dos requisitos necessários ao recebimento da pensão pretendida, à luz do disposto no art. 30, da Lei nº 4.242/63, a Autora não faz jus ao benefício pretendido.

7. Apelação da Autora improvida.O Supremo Tribunal Federal, no julgamento ARE 821.296, da Rel.

Min. Roberto Barroso, entendeu pela inexistência de repercussão geral na controvérsia acerca da análise do preenchimento dos requisitos para concessão de benefício previdenciário (Tema 766). Na oportunidade, a ementa restou assim redigida:

“PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA. VERIFICAÇÃO DOS REQUISITOS PARA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. 1. Hipótese em que o acórdão recorrido consigna a ausência dos requisitos necessários à concessão do auxílio-doença. 2. Discussão que envolve matéria infraconstitucional, além de exigir o revolvimento da matéria fática (Súmula 279/STF). 3. Inexistência de repercussão geral.”

Ante o exposto, determino a remessa dos autos ao Tribunal de origem para adequação ao disposto no artigo 1.036 do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328 do RISTF.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.120.356 (1528)ORIGEM : AREsp - 00123705720128260562 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : MUNICIPIO DE SANTOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTOSADV.(A/S) : NICE APARECIDA DE SOUZA MOREIRA (107554/SP)RECDO.(A/S) : IVANEI PINTO DE MELLOADV.(A/S) : FERNANDO JOSE FIGUEIREDO ROCHA (129404/SP)ADV.(A/S) : GYSELE GOMES DE CARVALHO MURARO

(257659/SP)

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é a decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado (eDOC 1, p. 108):

“APELAÇÃO – Ação ordinária – Servidor Público do Município de Santos – Base de cálculo da gratificação por serviço extraordinário – Pretensão de incidência sobre a remuneração integral – Sentença de improcedência – Reforma que se impõe – Gratificação prevista na Constituição Federal (art. 7º, XVI), em disposição aplicável aos servidores públicos (CF, art. 39, §2º) – Cálculo que deve ser feito com base na remuneração do serviço normal, valor que não corresponde somente ao padrão de vencimentos, mas à retribuição habitual do servidor, excluídas apenas as vantagens eventuais ou transitórias – Precedentes – Recurso provido”.

Os embargos declaratórios opostos restaram rejeitados (eDOC 1, p. 125).

No recurso extraordinário, com fundamento no art. 102, III, “a”, do permissivo constitucional, aponta-se ofensa aos art. 2º, 5º, I, 30, 37, XIV, e 97, todos da Constituição da República.

Nas razões recursais, sustenta-se, que “prevendo a norma municipal o cálculo da gratificação, “sobre o vencimento base do servidor”, decidindo o v. Acórdão pela utilização de base de cálculo diversa, clara a afronta à autonomia municipal e a ingerência do Judiciário em assunto de competência do Executivo, em evidente afronta aos artigos 30 e 2º da Constituição da República, vez que ao Poder Executivo Municipal, compete regular a forma de concessão e pagamento de vantagens aos servidores públicos municipais” (eDOC 1, p. 144).

Alega-se, ainda, que “Quanto ao adicional tem-se pela impossibilidade de se efetuar o pagamento utilizando simplesmente o vencimento total do cargo por expressa vedação constitucional (artigo 37, inciso XIV da Carta Magna0 e também municipal (art. 154, § 1º do Estatuto dos Funcionários Públicos do Município de Santos)” (e-DOC 1, p. 145).

A Presidência da Seção de Direito Público do TJ/SP inadmitiu o recurso extraordinário por entender que não ficou evidenciado o suposto maltrato à norma constitucional enunciada (eDOC 1, p. 203).

É o relatório. Decido. A irresignação não merece prosperar.Inicialmente, verifica-se que o Tribunal de origem assim asseverou

(eDOC 1, p. 110-111): “Nesse sentido, embora respeitadas as posições divergentes, não

tenho dúvidas de que, ao se referir à remuneração pelo serviço normal, a Constituição está se reportando, no caso dos servidores públicos, à totalidade de seus ganhos mensais habituais, de modo que devem ser desprezados, apenas, aqueles valores que o servidor recebe eventual e transitoriamente.

Precisamente esse foi o fundamento invocado pelo Colendo Órgão Especial para declarar a inconstitucionalidade da Lei Complementar n. 350/99 do Município de Santos, que determinava que o cômputos das horas extras dos servidores municipais fosse realizado apenas sobre o “vencimento-base”, e não sobre sua remuneração (englobando gratificações temporais e percentual do PCCS).

Como se depreende dos fundamentos que constam do acórdão recorrido, eventual divergência em relação ao entendimento adotado pelo juízo a quo demandaria o reexame de fatos e provas e o exame da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei Complementar Municipal nº 350/1999). Dessa forma, resta demonstrado a não ocorrência de ofensa constitucional direta, o que inviabiliza o processamento do apelo extremo, além da vedação contida nas Súmulas 279 e 280 do STF. Nesse sentido, confira-se os seguintes precedentes:

“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Servidor público municipal. Regime de turnos (12/36). Horas extras. Percepção. Discussão. Legislação local. Ofensa reflexa. Precedentes. 1. Não se abre a via do recurso extraordinário para a análise de matéria ínsita ao plano normativo local. Incidência da Súmula nº 280/STF. 2. Agravo regimental não provido.” (ARE 894.086-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Segunda Turma, DJe 3/9/2015).

“ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA. POLICIAIS CIVIS DO ESTADO DE MINAS GERAIS. REGIME DE PLANTÃO. ADICIONAL NOTURNO. LEIS ESTADUAIS DELEGADAS 42/00 E 45/00 E LEI ESTADUAL 10.745/92. MATÉRIA RESTRITA À ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO LOCAL. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO” (RE nº 601.630/MG-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 1º/8/11).

Ante o exposto, nego provimento ao agravo, nos termos do art. 21, §1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.120.605 (1529)ORIGEM : 00633904820164025154 - TRF2 - RJ - TURMA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 371

RECURSALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : DENISE SILVA DANTASADV.(A/S) : NEUDI FERNANDES (25051/PR, 48889/SC, 403852/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é a decisão da Vice-Gestor das Turmas Recursais da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, que não admitiu recurso extraordinário.

Destaco os seguintes trechos da decisão agravada (eDOC 1, p. 191):“3. A matéria discutida neste processo, conforme decisão do Supremo

Tribunal Federal, no Recurso Extraordinário 1.029.608, refere-se à legislação infraconstitucional, com ofensa reflexa à Constituição Federal, de modo que não foi reconhecida a repercussão geral de tal matéria:

‘PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO DE PROFESSOR. FATOR PREVIDENCIÁRIO. INCIDÊNCIA. PRECEDENTES. LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. (RE 1.029.608 RG, Relator Ministro Edson Fachin, julgado em 24/8/2017, DJe-195, divulgado em 30/8/2017, publicado em 31/8/2017)’.

4. Assim, nego seguimento ao recurso extraordinário interposto, na forma do art. 1.030, I, a, do Código de Processo Civil (Lei 13.105/2015, com as alterações decorrentes da Lei 13.256/2016).

É o relatório. Decido.A irresignação não merece prosperar.Na espécie, verifica-se que o juízo de origem inadmitiu o apelo

extremo com fundamento na alínea a do inciso I do art. 1.030 do CPC. De acordo com o § 2º do mencionado artigo, a decisão agravada seria impugnável por agravo interno no âmbito do próprio Tribunal a quo.

“Art. 1.030 ... (…)§ 2º - Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III caberá

agravo interno, nos termos do art. 1.021.”Assim, o presente recurso (eDOC 1, p. 194-221), revela-se incabível. Ante o exposto, não conheço do agravo, nos termos dos arts. 932, III,

do CPC e 21, § 1º, do RISTF.Nos termos do art. 85, § 11, do CPC, majoro em 1/4 (um quarto) os

honorários fixados anteriormente, devendo ser observados os limites dos §§ 2º e 3º do mesmo dispositivo e a suspensão da exigibilidade por ser a parte beneficiária da justiça gratuita (eDOC 1, p. 91).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.120.643 (1530)ORIGEM : 03109713920078040001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO AMAZONASPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : CARLOS ALBERTO SOUZA DA SILVAADV.(A/S) : JOSE CARLOS VALIM (2095/AM)RECDO.(A/S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS

DESPACHOPROCESSO ELETRÔNICO – AUSÊNCIA DE PEÇA – DILIGÊNCIA.1. À Secretaria Judiciária, para solicitar ao Juízo de origem a remessa

de cópia do recurso extraordinário, porquanto a peça não se encontra no processo.

2. Publiquem.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.121.370 (1531)ORIGEM : PROC - 00332750520154036301 - TRF3 - TURMA

RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ANA MARIA ALVES JACOBINOADV.(A/S) : JAIME JOSE SUZIN (108631/SP)

DECISÃO: O presente agravo foi interposto pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS contra decisão que negou trânsito ao apelo extremo por ele deduzido, no qual sustentou que o acórdão proferido pela Sétima Turma Recursal do Juizado Especial Federal Cível da Terceira Região – Seção Judiciária de São Paulo teria transgredido os preceitos inscritos nos

arts. 195, § 5º, e 201, “caput” e § 1º, da Constituição da República.Cumpre ressaltar, desde logo, que o Supremo Tribunal Federal,

apreciando a ocorrência, ou não, de controvérsia alegadamente impregnada de transcendência, entendeu destituída de repercussão geral a questão suscitada no ARE 906.569-RG/PE, Rel. Min. EDSON FACHIN, por tratar-se de litígio referente à matéria infraconstitucional e decidido à luz dos fatos e das provas existentes nos autos, fazendo-o, em decisão assim ementada:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM REPERCUSSÃO GERAL. DIREITO PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. CONVERSÃO DO TEMPO DE SERVIÇO. CARACTERIZAÇÃO DA ESPECIALIDADE DO LABOR. ARTIGOS 57 E 58 DA LEI Nº 8.213/91.

1. A avaliação judicial de critérios para a caracterização da especialidade do labor, para fins de reconhecimento de aposentadoria especial ou de conversão de tempo de serviço, conforme previsão dos artigos 57 e 58 da Lei nº 8.213/91, é controvérsia que não apresenta repercussão geral, o que inviabiliza o processamento do recurso extraordinário, nos termos do art. 543-A, § 5º, do Código de Processo Civil.

2. O juízo acerca da especialidade do labor depende necessariamente da análise fático-probatória, em concreto, de diversos fatores, tais como o reconhecimento de atividades e agentes nocivos à saúde ou à integridade física do segurado; a comprovação de efetiva exposição aos referidos agentes e atividades; apreciação jurisdicional de laudos periciais e demais elementos probatórios; e a permanência, não ocasional nem intermitente, do exercício de trabalho em condições especiais. Logo, eventual divergência ao entendimento adotado pelo Tribunal de origem, em relação à caracterização da especialidade do trabalho, demandaria o reexame de fatos e provas e o da legislação infraconstitucional aplicável à espécie.

INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.”O não atendimento desse pré-requisito de admissibilidade recursal,

considerado o que dispõe o art. 322 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário interposto pela parte ora agravante.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, ao apreciar o presente agravo, não conheço do recurso extraordinário a que ele se refere, por ser este manifestamente inadmissível (CPC, art. 932, III).

Majoro, ainda, em 10% (dez por cento), nos termos do art. 85, § 11, do CPC, a verba honorária anteriormente arbitrada nestes autos, observados os limites estabelecidos nos §§ 2º e 3º desse mesmo art. 85 do referido estatuto processual civil e considerada a orientação que culminou por prevalecer no Plenário desta Suprema Corte no julgamento da AO 2.063-AgR/CE, Red. p/ o acórdão Min. LUIZ FUX.

Assinalo, para efeito de mero registro, que fiquei vencido no julgamento ora mencionado, pois entendia que a ausência de contrarrazões recursais, por não implicar “trabalho adicional”, desautorizava a majoração da verba honorária.

Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.121.635 (1532)ORIGEM : AREsp - 200983000059332 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : VIDEOTEIPE PRODUCOES LTDA - MEADV.(A/S) : DAVID FERNANDES DA SILVA (15459/PE)ADV.(A/S) : JOSE NELSON VILELA BARBOSA FILHO (16302/PE)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DO AGRAVO.

1. Atentem para o decidido na origem. O Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, confirmando o entendimento do Juízo, assentou ausente a demonstração de vício na Certidão de Dívida Ativa – CDA executada, observada a legislação de regência. No recurso extraordinário cujo trânsito busca alcançar, a recorrente alega violados os artigos 5º, incisos LIV e LV, e 195 da Constituição Federal. Argui contrariedade aos princípios da ampla defesa e do contraditório ante o indeferimento, pela Corte de local, de pedido de produção de prova pericial. Articula quanto a desconsideração da exclusão da receita de terceiros na base de cálculo das contribuições para o PIS e a COFINS.

2. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 372

Colho do acórdão recorrido o seguinte trecho:Nada obstante, entendo que a sentença deve ser mantida. A

alegação de cerceamento de defesa cai por terra quando se percebe que a empresa embargante não juntou aos autos qualquer início de prova que fosse capaz de indicar que parte da receita seria destinada a terceiros, a teor do art. 333, I do CPC.

Ademais, os arts. 202 do CTN e 2º, § 5º da Lei 6.830/80 preconizam que a inscrição da dívida ativa somente gera presunção de liquidez e certeza na medida vem que contenha todas as exigências legais, inclusive, a indicação da natureza do débito e sua fundamentação legal, bem como a forma de cálculo de juros e de correção monetária. In casu, a CDA preenche os requisitos do art. 2º, § 5º, II e III da Lei 6.830/80. Meras alegações não são suficientes para ilidir sua presunção de liquidez e certeza.

Registre-se que a CDA goza de presunção relativa de certeza quanto à sua existência e liquidez, presunção essa que só pode ser elidida por prova robusta e inequívoca, capaz de convencer o julgador quanto à nulidade do título. Ora, como no presente caso, a apelante não se incumbiu do ônus da prova, objetivando desconstituir o título executivo, há de ser mantida a sentença, porquanto o mero requerimento de realização de perícia não afasta a veracidade das provas colhidas nos autos, suficientes para o convencimento do Julgador (fls. 226).

A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, procedida, na maioria das vezes, mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional a partir da moldura fática delineada soberanamente pelo Colegiado de origem, das premissas constantes do acórdão impugnado.

Acresce revelar o acórdão impugnado interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

Alfim, vale consignar que o Tribunal, no recurso extraordinário com agravo nº 748.371/MT, consignando a natureza infraconstitucional da matéria, entendeu não ter repercussão geral o tema relativo à suposta violação ao devido processo legal – contraditório e ampla defesa – quando o julgamento da causa depender de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais

3. Conheço do agravo e o desprovejo.4. Publiquem.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.121.695 (1533)ORIGEM : AREsp - 1270605104 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO PARANÁPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ACYR SANTO GUADAGNIN E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JONAS BORGES (30534/PR, 47370/SC)RECDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁRECDO.(A/S) : PARANAPREVIDENCIAADV.(A/S) : FABIANE CARVALHO TEXEIRA (69002/PR)

DECISÃO: Vistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão da Sétima Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, assim ementado:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO – PREVIDENCIÁRIO – SUPERVENIÊNCIA DA LEI Nº 17.435/2012 – ARTIGOS 8, § 1º E 26 E PARÁGRAFO ÚNICO – ESTADO DO PARANÁ ÚNICO RESPONSÁVEL PELO ADIMPLEMENTO DE EXECUÇÕES DECORRENTES DAS AÇÕES EM ANDAMENTO E FUTURAS E DÍVIDAS PRETÉRITAS – ÓRGÃO ESPECIAL QUE JÁ SE MANIFESTOU SOBRE A NECESSIDADE DE APLICAÇÃO DO REFERIDO DISPOSITIVO NAS EXECUÇÕES EM ANDAMENTO EM FACE DO PARANAPREVIDÊNCIA – NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DO RITO DO ART. 730 - RECURSO DESPROVIDO”.

Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.Alega-se, no apelo extremo interposto com fundamento nas alíneas

“a” e “c” do permissivo constitucional, violação dos artigos 5º, inciso XXXVI, 22, inciso I, e 100 da Constituição Federal.

Decido.A jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que as

alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO

IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes” (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).

No mais, colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido a seguinte fundamentação:

“Quanto ao tema debatido, note-se que, em 21 de Dezembro de 2012, foi publicada a Lei Estadual º 17.435/2012, trazendo dois artigos que merecem serem citados para a análise do feito:

Art. 8º Os Fundos Públicos de Natureza Previdenciária, constituídos por esta Lei, atenderão exclusivamente ao pagamento dos respectivos benefícios previdenciários.

§ 1º Cabe aos Poderes ou Órgãos do Estado que administram orçamento próprio a responsabilidade pelo pagamento das respectivas dívidas pretéritas ou diferenças que decorram de decisões administrativas ou judiciais.

Art. 26. O Estado do Paraná e a PARANAPREVIDÊNCIA devem figurar como litisconsortes em todos os processos judiciais que digam respeito à concessão, manutenção e revisão de benefícios previdenciários custeados pelos Fundos Públicos de Natureza Previdenciária.

Parágrafo único. Dada a natureza pública dos Fundos de Natureza Previdenciária, o Estado do Paraná será o responsável direto pelo adimplemento de execuções decorrentes das ações em andamento e futuras a que se referem este artigo, nos termos do art. 100 da Constituição Federal.

O Órgão Especial ao analisar tal lei no Incidente de Declaração de Inconstitucionalidade (IncDInc 990709-3/02) entendeu pela constitucionalidade dos referidos artigos.

(…). Portanto, o PARANAPREVIDENCIA não é responsável pelo

pagamento, não podendo figurar, assim, no polo passivo desta execução, por força do parágrafo único do artigo 26 da Lei Estadual nº 17.435/2012.

Considerando os fundamentos expostos, entendo por bem NEGAR PROVIMENTO ao presente recurso, nos termos da fundamentação supra”.

Nessa conformidade, verifica-se que o Tribunal de origem decidiu a lide amparado na legislação infraconstitucional pertinente (Lei nº 17.435/12). Assim, a afronta aos dispositivos constitucionais suscitados no recurso extraordinário seria, se ocorresse, indireta ou reflexa, o que é insuficiente para amparar o apelo extremo.

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO MATÉRIA LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio a alcançar-se exame de controvérsia equacionada sob o ângulo estritamente legal. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PRESTAÇÃO JURISDICIONAL DEVIDO PROCESSO LEGAL. Se, de um lado, é possível ter-se situação concreta em que transgredido o devido processo legal a ponto de se enquadrar o recurso extraordinário no permissivo que lhe é próprio, de outro, descabe confundir a ausência de aperfeiçoamento da prestação jurisdicional com a entrega de forma contrária aos interesses do recorrente. AGRAVO ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé” (AI n° 740.083/GO-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Marco Aurélio , DJe de 10/2/11).

“PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. NORMAS PROCESSUAIS. OFENSA REFLEXA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280. AGRAVO IMPROVIDO. I - Ausência de prequestionamento das questões constitucionais suscitadas. Incidência das Súmulas 282 e 356 do STF. II - O acórdão recorrido decidiu a questão com base em normas processuais, sendo pacífico na jurisprudência desta Corte o não cabimento de recurso extraordinário sob alegação de má interpretação, aplicação ou inobservância dessas normas. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. III - Para se chegar ao exame da alegada ofensa à Constituição, faz-se necessário analisar normas infraconstitucionais locais, o que inviabiliza o extraordinário, a teor da Súmula 280 do STF. IV - Agravo regimental improvido” (AI nº 631.775/AL-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski , DJe de 13/3/09).

Nesse mesmo sentido, anotem-se as seguintes decisões monocráticas que também tratam especificamente do tema versado nos presente autos: ARE nº 1.026.420/PR, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 3/3/17; ARE nº 1.092.677/PR, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 15/2/18; RE nº 1.063.695/PR, Relator o Ministro Roberto Barroso, DJe de 25/8/17; e ARE nº 979.536/PR, Relator o Ministro Edson Fachin, DJe de 4/11/16.

Registre-se, outrossim, que não procede o apelo pela alínea “c” do permissivo constitucional, haja vista que o acórdão atacado não julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. Manifestamente incabível, portanto, o recurso extraordinário, também nesse ponto. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO COM BASE NAS ALÍNEAS C E D DO INCISO III DO ART. 102 DA CONSTITUIÇÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 373

FEDERAL. INOCORRÊNCIA DE CONFLITO DE COMPETÊNCIA LEGISLATIVA. AGRAVO IMPROVIDO.

I - O acórdão recorrido não julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição. Incabível, portanto, o recurso pela alínea c do art. 102, III, da Constituição.

II - A admissão do recurso extraordinário pela alínea d do inciso III do art. 102 da Constituição Federal pressupõe a ocorrência de conflito de competência legislativa entre os entes da Federação. Dessa forma, é incabível o apelo extremo, fundado no aludido dispositivo, cuja pretensão seja provocar o reexame da interpretação de norma infraconstitucional conferida pelo Juízo de origem.

III - Agravo regimental improvido” (AI nº 769.919/RS AgR-segundo, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski , DJe de 27/9/11).

Ressalte-se, por fim, que não se aplica ao caso dos autos a majoração dos honorários prevista no artigo 85, § 11, do novo Código de Processo Civil, uma vez que não houve o arbitramento de honorários sucumbenciais pela Corte de origem.

Ante o exposto, nos termos do artigo 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao recurso.

Publique-se. Brasília, 14 de maio de 2018.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.121.777 (1534)ORIGEM : AREsp - 916112015 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO MATO GROSSOPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSORECDO.(A/S) : ELZA ALVES DOS SANTOSRECDO.(A/S) : MARCIA MODESTO DOS REISRECDO.(A/S) : RENATA APARECIDA DE SOUZAADV.(A/S) : RUTE DE LAET E SOARES (6119/O/MT)

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é a decisão que, em juízo de admissibilidade, aplicou o artigo 1.030, I, b, do Código de Processo Civil, por entender que a controvérsia dos autos é idêntica à versada no recurso-paradigma RE-RG561.836, tema 5, do Supremo Tribunal Federal (eDOC 4, p. 68-72).

De plano, verifica-se que contra a decisão de não admissão do apelo extremo foi interposto agravo, tal como previsto no art. 1.042 do Código de Processo Civil. Entretanto, ante a declaração de inadmissibilidade do recurso extraordinário, era cabível o agravo interno para o órgão colegiado competente.

Ademais, impende registrar que não se admite a fungibilidade do recurso em agravo interno no caso de erro grosseiro, o que ocorre na espécie. Nesse sentido, veja-se a ementa do seguinte julgado:

“AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DECISÃO DO TRIBUNAL A QUO QUE APLICA A SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL (ART. 543-B DO CPC). DESCABIMENTO DO AGRAVO PREVISTO NO ART. 544 DO CPC. CABIMENTO DE AGRAVO REGIMENTAL (OU INTERNO) PARA A ORIGEM. IMPOSSIBILIDADE DE CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL.ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO APÓS 19.11.2009 . É pacífico o entendimento desta Corte de que, por não se cuidar de juízo negativo de admissibilidade de recurso extraordinário, não é cabível o agravo previsto no art. 544 do Código de Processo Civil, para atacar decisão de Presidente de Tribunal ou Turma Recursal de origem que aplique a sistemática da repercussão geral . A parte que queira impugnar decisão monocrática de Presidente de Tribunal ou de Turma Recursal de origem, proferida nos termos do art. 543-B do CPC, deve fazê-lo por meio de agravo regimental (ou interno) . Inaplicável a conversão do presente recurso em agravo regimental a ser apreciado pela origem, já que a jurisprudência desta Corte já fixou entendimento de que após 19.11.2009, data em que julgado o AI 760.358-QO, a interposição do agravo previsto no art. 544 do CPC configura erro grosseiro. Agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE 761.661 AgR, Rel. Min. PRESIDENTE, Plenário, DJe 29.4.2014 Grifos originais)

Ante o exposto, não conheço do agravo, nos termos do artigo 932, III, do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.121.866 (1535)ORIGEM : 71007056476 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EDSON FACHIN

RECTE.(S) : CASSIO EDUARDO GROVERMANNADV.(A/S) : RAIMUNDO KLEBER XAVIER (6549/RS)ADV.(A/S) : SAMARA XAVIER GOMES (48385/RS)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é a decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto em face de acórdão da Primeira Turma Recursal Provisória da Fazenda Pública dos Juizados Especiais Cíveis do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, assim ementado (eDOC 1, p. 113):

“RECURSO INOMINADO. PRIMEIRA TURMA RECURSAL PROVISÓRIA DA FAZENDA PÚBLICA. AÇÃO ORDINÁRIA. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS. ALEGAÇÃO DE NULIDADES E DE INEXISTÊNCIA DE EMERGENCIALIDADE. PLEITO DE PAGAMENTOS DE FGTS. IMPOSSIBILIDADE. A CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA, POR TEMPO DETERMINADO, A FIM DE ATENDER À NECESSIDADE TEMPORÁRIA DE EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO, ESTÁ PREVISTA NO ART. 37, IX, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, SE REVESTE DE NATUREZA ADMINISTRATIVA, INEXISTINDO INCIDÊNCIA À HIPÓTESE DO REGRAMENTO INERENTE À LEGISLAÇÃO CELETISTA. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA CONFIRMADA NA FORMA DO ARTIGO 46 DA LEI 9.099/95. RECURSO NÃO PROVIDO.”

No recurso extraordinário, com fundamento no art. 102, III, a, do permissivo constitucional, aponta-se ofensa aos arts. 1º, IV; 5º, XXXVI; 7º, V, VI e X; 37, caput; e 39, § 1º, I e III; da Constituição Federal.

Nas razões recursais, sustenta-se, em suma, ser devido o pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço aos servidores contratados que tiveram sucessivas renovações de contrato, o que enseja o reconhecimento do vínculo empregatício (DOC 1, p. 132).

A 1ª Vice-Presidência do TJ/RS negou seguimento ao recurso, quanto ao Tema 660 do STF, e quanto as questões remanescentes inadmitiu o recurso, em virtude de incidir na hipótese as Súmulas 279, 280 e 636 do STF (eDOC 1, p. 165-173).

É o relatório. Decido. A irresignação não merece prosperar. Verifica-se que o Tribunal de origem, quando do julgamento do

recurso inominado, assim asseverou (eDOC 1, p. 117): “A relação funcional entre o autor e o Estado é de natureza estatutária

e não celetista, porque foi contratado para ocupar o cargo de Professor (vínculo 01).

O contrato temporário de trabalho emergencial é regulado pelas regras próprias do regime administrativo. E em sendo assim, atenta ao que dispõe o artigo 37, caput, e ao inciso IX da Constituição Federal.”

Como se depreende desses fundamentos, eventual divergência em relação ao entendimento adotado pelo juízo a quo demandaria o reexame de fatos e provas constantes dos autos, o que inviabiliza o processamento do apelo extremo, tendo em vista a vedação contida na Súmula 279 do STF. Nesse sentido:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA. EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO. ACÓRDÃO FUNDAMENTADO NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E NO CONJUNTO PROBATÓRIO. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (RE 765.306-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma).

“RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Depósitos de FGTS. Condenação. Alegação de ofensa ao art. 37, II, § 2º, da Constituição Federal. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não provido. Aplicação da súmula 279. Não cabe recurso extraordinário que teria por objeto alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, e, muito menos, de reexame de provas.” (AI 546.752-AgR, Rel. Min. Cézar Peluso, Primeira Turma).

Ademais, em relação ao citado RE 596.478 (Tema 191), de relatoria da Min. Ellen Gracie, referente à sistemática da repercussão geral, observa-se que os casos não guardam semelhanças entre si, porquanto a hipótese de incidência do referido Tema 191 abrange os casos de contrato declarado nulo, situação diversa da narrada nos presentes autos, em que não foi reconhecida a nulidade da contratação.

Ante o exposto, nego provimento ao recurso, nos termos do art. 932, IV, a, do CPC, e majoro em ¼ (um quarto) a verba honorária fixada anteriormente, devendo ser observados os limites dos §§ 2º e 3º do artigo 85, §11, do Código de Processo Civil, ressalvada a gratuidade de justiça.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.122.439 (1536)ORIGEM : 2124620166140039 - TRIBUNAL SUPERIOR

ELEITORAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 374

PROCED. : PARÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : FRANCISCO EUDES LOPES RODRIGUESADV.(A/S) : MARILDA DE PAULA SILVEIRA (33954/DF, 90211/MG)RECDO.(A/S) : COLIGAÇÃO MAIS TRABALHO COM CERTEZAADV.(A/S) : ANDRE RAMY PEREIRA BASSALO (007930/PA)RECDO.(A/S) : COLIGAÇÃO JUNTOS VENCEREMOSADV.(A/S) : RODRIGO TERRA CYRINEU (55451/DF, 16169/O/MT)INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DO AGRAVO.

1. O Tribunal Superior Eleitoral confirmou o entendimento da Corte regional quanto à comprovação de irregularidades em licitações e na aplicação dos recursos públicos da administração municipal sob a gestão do recorrente, assentando a legalidade da negativa de registro da candidatura pretendida. No extraordinário, cujo trânsito busca alcançar, o recorrente alega violado o artigo 31, § 2º, da Constituição Federal. Discorre sobre o previsto no artigo 10, inciso I, alínea “g”, da Lei Complementar nº 64/90. Articula com a anulação dos Decretos nº 4/2012 e nº 3/2013.

2. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, procedida, na maioria das vezes, mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional a partir da moldura fática delineada soberanamente pelo Colegiado de origem, das premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o verbete nº 279 da Súmula do Supremo:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.Colho do acórdão recorrido o seguinte trecho:Na espécie, as contas do recorrente referentes aos exercícios de

2005 e 2006, relativas ao período em que chefiou o Executivo municipal de Tomé-Açu/PA, foram desaprovadas pela Câmara Municipal por meio dos Decretos 4/2012 e 2/2013, em discordância com o Tribunal de Contas dos Municípios, que proferiu pareceres pela aprovação (exercício de 2005) e pela aprovação com ressalvas (exercício de 2006).

Posteriormente, em 2014, a Câmara Municipal acatou pedido de retratação do recorrente e aprovou suas contas, revogando as disposições em contrário.

[…].O principal argumento a ser examinado no presente processo

consiste nos efeitos, para fins do exame da configuração da inelegibilidade da alínea g do inciso I do art. 1°da LC 64/90, dos Decretos Legislativos 2/2014 e 3/2014, que aprovaram as contas do recorrente, tornando sem efeito os Decretos Legislativos 4/2012 e 2/2013, no bojo dos quais haviam sido desaprovadas aquelas contas.

Rememoro que, no caso, os decretos editados em 2013, que culminaram na rejeição das contas relativas aos exercícios de 2005 e 2006, foram submetidos ao crivo do Poder Judiciário.

[…].Assim, apesar das alegações do recorrido, ficou incontroverso e

judicialmente decidido que os decretos de rejeição de contas foram editados sem nenhum vício ou violação às garantias fundamentais do prefeito municipal.

Por sua vez, a Corte de origem assentou que a revogação dos referidos decretos decorreu unicamente a partir dos critérios de oportunidade e conveniência.

[…].A partir desse quadro, constata-se que a situação dos autos

realmente revela situação em que não houve propriamente anulação da deliberação anterior, mas novo julgamento das contas pelo órgão legislativo, sem que se apontasse razão jurídica suficiente para que isso ocorresse.

[…].Entretanto, o tema relativo à revogação não foi aprofundado, devido à

ausência de elementos, no aresto recorrido, acerca da natureza do ato praticado pela Câmara Municipal, se anulatório ou revogatório, o que impediu o exame em sede de recurso especial

[…].Porém, o acórdão regional, em extensa análise da prova, demonstra

que o parecer do Tribunal de Contas foi rejeitado a partir de sólidos fundamentos apresentados pelos órgãos de assessoramento da Câmara Municipal. Aliás, o próprio Tribunal de Contas também é um órgão de assessoramento, a teor do que dispõe a Constituição da República.

[…].No caso, consoante demonstrado no acórdão regional, a Câmara

Municipal enfrentou as irregularidades que foram desconsideradas pelo parecer do Tribunal de Contas, de forma fundamentada e lastreada nos pareceres da Comissão de Orçamento e Finanças da Casa Legislativa municipal, que, ao contrário da manifestação do TCM, opinou pela rejeição das contas da prefeitura.

[…].A Câmara Municipal analisou profundamente as questões e deliberou

a partir de elementos fáticos e jurídicos que foram consolidados pelos órgãos

de assessoramento. Vale destacar que a principal irregularidade diz respeito aos sucessivos fracionamentos de processos licitatórios, que foram afastados pelo Tribunal de Contas, sob o argumento que as compras individualmente consideradas não ultrapassavam o limite de R$ 8.000,00.

Em contrapartida, no parecer da Comissão de Finanças e Orçamento, consignou-se que "limite de R$ 8.000,00 se refere a uma única operação de dispensa de licitação, não se aplicando a diversas operações de compras de um mesmo objeto, portanto, o fracionamento é absolutamente irregular e fere de morte o princípio da legalidade, atingindo, por certo, o princípio da moralidade, princípios pelos quais a administração pública não pode olvidar da aplicação correta da Lei de Licitações. A justificativa do TCM/PA é inadmissível, porque não encontra eco em qualquer disposição normativa; doutrinária; ou jurisdicional, já que o art. 23 da Lei de Licitações é claro ao vedar o fracionamento da licitação para o fim de classificá-la em outra modalidade, como nas situações dos autos aonde o fracionamento veio para mascarar a dispensa de licitação fraudulenta ou excluir a possibilidade de licitação, fato gravíssimo" (fI. 786).

Além da questão relativa ao fracionamento da licitação, que tem sido admitida como vício apto a gerar a inelegibilidade apontada, o acórdão regional revela que, "resumidamente, dentre outras irregularidades de menor envergadura, foram apontados os seguintes vícios: a) não apropriação dos encargos patronais; b) descumprimento do art. 212 da Constituição Federal, pois foi aplicado somente 19,59% na educação; c) ausência e fracionamento de licitações; d) abertura de crédito suplementar sem autorização legislativa; e) descumprimento do art. 77 dos ADCT, com aplicação de apenas 12,54% em saúde no exercício financeiro" (fl. 782).

As irregularidades apontadas, portanto, não se resumiram ao fracionamento das aquisições, em desrespeito às regras da Lei de Licitações. Outros vícios, de igual ou superior gravidade, também foram considerados pela Câmara Municipal a partir de análise fundamentada das questões inerentes e do posicionamento da Corte de Contas, que ficou rejeitado.

[…].Os argumentos do recorrido relativos à não caracterização de tais

vícios não podem ser examinados sem nova incursão no acervo fático-probatório dos autos, ainda que tais argumentos possam ser considerados sérios quando, por exemplo, se afirma que a observância dos limites de gastos com a educação e a saúde teria sido confirmada pelo Tribunal de Contas.

Entretanto, a argumentação sobre o mérito das irregularidades apresentada nas contrarrazões parte de elementos que não estão registrados no acórdão recorrido, e não foram opostos embargos de declaração na origem. Assim, não há como a matéria ser reexaminada por esta Corte, a teor do que dispõe a Súmula 24 deste Tribunal.

Diante dessas razões, observa-se que a decisão recorrida está em consonância com a orientação desta Corte, seja quanto à impossibilidade de se considerar, para efeito do, afastamento da inelegibilidade, a revogação por critério meramente político, de conveniência ou oportunidade, dos decretos que rejeitaram, de forma fundamentada, as contas do prefeito, seja quanto à insanabilidade dos vícios apurados que configuram atos dolosos de improbidade administrativa, aptos a atrair a inelegibilidade da alínea g do inciso I do art. 10 da LC 64/90.

As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em síntese, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar-se a viabilidade do recurso.

Acresce revelar o acórdão impugnado interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

No caso, o que sustentado não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Apesar da interposição de embargos declaratórios, não houve debate e decisão prévios sobre o artigo 31, § 2º, da Carta Maior.

3. Conheço do agravo e o desprovejo. Deixo de fixar os honorários recursais previstos no artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015, por tratar-se de extraordinário formalizado no curso de processo cujo rito os exclua.

4. Publiquem. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.122.624 (1537)ORIGEM : AREsp - 00096013820078260114 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ENGESEL EQUIPAMENTOS DE SEGURANCA LTDAADV.(A/S) : MARCELO VIDA DA SILVA (38202/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: Verifico que o assunto versado no recurso extraordinário corresponde ao tema 660 da sistemática da repercussão geral, cujo

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 375

paradigma é o ARE-RG 748.371, de minha relatoria, DJe 1º.8.2013. Assim, determino a devolução dos autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 1.036 do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.123.960 (1538)ORIGEM : CC - 137635 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ANA PAULA VIEIRA DE MORAESADV.(A/S) : ITIBERE PEDROSO (13448/RS)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONOMICA FEDERALADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JOAO BATISTA ROCHAADV.(A/S) : GUSTAVO BERNARDI (44154/RS)

DECISÃO:Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário.A decisão agravada está correta e alinhada aos precedentes firmados

por esta Corte.Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego

seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 14 de maio de 2018.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.124.198 (1539)ORIGEM : 21258028620148260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : RAFAEL SGANZERLA DURAND (3594/AC, 10132A/AL,

A737/AM, 1873-A/AP, 26552/BA, 24217-A/CE, 27474/DF, 15112/ES, 28610/GO, 10348-A/MA, 131512/MG, 14924-A/MS, 12208/A/MT, 16637-A/PA, 211648-A/PB, 01301/PE, 8204-A/PI, 42761/PR, 144852/RJ, 856-A/RN, 4872/RO, 387-A/RR, 80026A/RS, 30932/SC, 642A/SE, 211648/SP, 4925/TO)

RECDO.(A/S) : DECIO JOSE DURANADV.(A/S) : NOBUAKI HARA (15895-A/MS, 84539/SP)

DECISÃO: Verifico que os assuntos versados no recurso extraordinário correspondem aos temas 715 e 848 da sistemática da repercussão geral, cujos paradigmas são, respectivamente, o ARE-RG 796.473, de minha relatoria, DJe 21.10.2014; e o ARE-RG 901.963, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe 16.9.2015. Assim, determino a devolução dos autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 1.036 do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.124.584 (1540)ORIGEM : 06071328320168010070 - TJAC - 2ª TURMA RECURSAL

- RIO BRANCOPROCED. : ACRERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : FRANCISCO DAS CHAGAS SOUZAADV.(A/S) : MARCIO BEZERRA CHAVES (3198/AC)RECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDENCIA DO ESTADO DO ACREADV.(A/S) : PRISCILA CUNHA ROCHA LOPES (2928/AC)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – LEGISLAÇÃO LOCAL –

INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DO AGRAVO.1. Atentem para o decidido na origem. A Turma Recursal local,

confirmando o entendimento do Juízo, assentou, observada a legislação de regência, a exigibilidade de contribuição para a previdência estadual de servidor público militar reformado. No extraordinário, cujo trânsito busca alcançar, o recorrente alega violados os artigos 40, § 20, 42, § 1º e § 2º, e 142, § 3º, inciso X, da Constituição Federal. Aduz a ausência de lei estadual específica para definir o regime próprio de previdência dos servidores públicos militares estaduais. Articula com a falta de previsão legal quanto à exigibilidade da contribuição previdenciária em caso.

2. À toda evidência, da leitura do acórdão impugnado mediante o extraordinário depreende-se, a mais não poder, ter o Colegiado de origem

julgado a apelação a partir de interpretação conferida ao artigo 17, § 4º, da Lei Complementar estadual nº 154/05. A controvérsia sobre o alcance de norma local não viabiliza, conforme sedimentado pela jurisprudência – Verbete nº 280 da Súmula: Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário –, o acesso ao Supremo. Está-se diante de caso cujo desfecho fica no âmbito da própria Turma Recursal.

3. Conheço do agravo e o desprovejo. Deixo de majorar os honorários recursais previstos no artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015, considerada a fixação de referida verba, pelo Tribunal local, no patamar limite de 20% do valor da causa.

4. Publiquem.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.124.994 (1541)ORIGEM : 7896220115150101 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : FUNDACAO MUNICIPAL DE ENSINO SUPERIOR DE

MARILIAADV.(A/S) : ALBERTO ROSELLI SOBRINHO (64885/SP)RECTE.(S) : FACULDADE DE MEDICINA DE MARILIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : ISABEL DA CONCEICAO TELES DOS SANTOSADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO PEIXOTO GUIMARAES

(134031/SP)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – CONTROVÉRSIA SOBRE

CABIMENTO DE RECURSO DA COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO – IMPROPRIEDADE – AGRAVO DESPROVIDO.

1. O Tribunal Superior do Trabalho negou provimento a agravo interposto contra decisão negativa de seguimento ao recurso de revista aludindo, em síntese, à respectiva inviabilidade. No extraordinário cujo trânsito busca alcançar, o recorrente alega a violação dos artigos 2º, 5º, inciso II, 22, inciso XXVII, e 37, incisos II e XXI, da Constituição Federal. Discorre sobre o tema de fundo, afirmando contrariados os princípios da legalidade, da harmonia e independência entre os poderes.

2. Uma vez em jogo controvérsia sobre cabimento de recurso da competência de Corte diversa, a via do extraordinário só é aberta quando o acórdão proferido revela tese contrária a texto da Carta da República. Isso não ocorreu na espécie.

Colho da decisão recorrida os seguintes trechos:A decisão do egrégio Tribunal Regional está em consonância com o

entendimento da egrégia SBDI-1 desta Corte, no sentido de que, em hipóteses como a dos autos, em que as diferenças salariais são deferidas com base em norma estadual, cujos dispositivos indicam a aplicabilidade dos índices aplicados pelo CRUESP - Conselho de Reitores das Universidades do Estado de São Paulo -, não há falar violação direta e literal dos dispositivos da Constituição Federal indicados, ante a necessidade da análise prévia da legislação estadual, o que não se adequa às hipóteses de admissibilidade do recurso de revista previstas no artigo 896, "c", da CLT.

Em momento algum, foi adotado entendimento conflitante com a Constituição Federal. A alegação de ofensa ao Diploma Maior apenas visa a deslocar o processo ao Supremo, mostrando-se de todo imprópria.

A par desse aspecto, no recurso extraordinário nº 598.365/MG, relatado pelo ministro Ayres Britto, o denominado Plenário Virtual, assentando a natureza infraconstitucional da matéria, concluiu pela inexistência de repercussão geral do tema relativo ao cabimento de recursos da competência dos demais tribunais.

3. Conheço do agravo e o desprovejo. 4. Publiquem.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.125.447 (1542)ORIGEM : AREsp - 201351020009906 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : AEROLEO TAXI AEREO S/AADV.(A/S) : BRUNO ZARONI DE FRANCISCO (115794/RJ,

256183/SP)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, cujo trecho da ementa transcrevo:

“TRIBUTÁRIO. IPI. REGIME ADUANEIRO DE ADMISSÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 376

TEMPORÁRIA. AERONAVE IMPORTADA. INCIDÊNCIA DE IPI PROPORCIONAL AO TEMPO DE PERMANÊNCIA DO BEM EM TERRITÓRIO NACIONAL (…)”. (eDOC 4, p. 2)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal, aponta-se violação aos arts. 5º, II e § 2º; 146, III, a; 150, I; 153, caput, § § 1º e 3º, II; e 154, I, do texto constitucional.

Nas razões recursais, alega-se que o acórdão recorrido violou o princípio da não cumulatividade, em razão de se tratar de importação para uso próprio de não contribuinte e que, portanto, não teria como se creditar o IPI pago por ocasião da devolução do bem.

Além disso, sustenta-se ser indispensável que se observe o tratamento nacional do Decreto 1.355/1994, que deve ser isonômico para os bens nacionais e estrangeiros.

Sob essa ótica, aduz-se que, ao negar aplicação do referido decreto, o Tribunal de origem violou os princípios da legalidade e da isonomia.

Por fim, aduz-se a inconstitucionalidade do art. 79 da Lei 9.430/1996, por entender que a norma estaria sujeita à reserva de lei complementar.

É o relatório. Decido. A irresignação não merece prosperar. O Tribunal de origem, ao examinar a legislação infraconstitucional

aplicável à espécie (Código Tributário Nacional e Lei 9.430/1996) e o conjunto probatório constante dos autos, consignou a ocorrência do fato gerador do imposto e a legalidade da exação. Nesse sentido, extrai-se o seguinte trecho do acórdão impugnado:

“O imposto sobre produtos industrializados, previsto no art. 153, §3º, I, da Constituição Federal, disciplinado nos artigos 46 a 51 do CTN, tem como um dos seus fatos geradores o desembaraço aduaneiro de bens de procedência estrangeira (art. 46, I), sendo irrelevante o tipo de contrato formalizado entre as partes para a entrada do bem no País, se a título de compra e venda ou arrendamento.

A ausência de transferência da propriedade do bem e a temporaneidade da permanência não implicam a inexistência de hipótese de incidência tributária, tendo em vista que o inciso I do art. 46 do CTN menciona como aspecto material do IPI apenas o desembaraço aduaneiro do bem industrializado.

Por sua vez, o contribuinte do imposto é o importador ou quem a lei a ele equiparar (art. 151, I, do CTN), seja pessoa física ou jurídica, comerciante, industrial ou prestador de serviços.

Não há violação dos artigos 146, III, “a”, e 154, I, da CF, eis que os elementos que compõem a obrigação tributária estão previstos nos artigos 46 a 51 do CTN, que tem status de lei complementar.

O Superior Tribunal de Justiça tem entendimento firmado no sentido de que o fato gerador do IPI incidente sobre mercadoria importada é o desembaraço aduaneiro (art. 46, I, do CTN), ainda que ocorra apenas a utilização temporária do bem,e que incide o IPI na importação, mesmo que o importador não seja industrial, circunstância não exigida no art. 51, I, do CTN.

[…] Ao contrário do alegado pela apelante, o artigo 79 da Lei nº 9.430/96 não criou novo tributo, visto que se refere especificamente aos “impostos incidentes na importação”, apenas veiculou um benefício fiscal para o contribuinte, com redução na base de cálculo do IPI, estabelecendo uma proporcionalidade do valor devido em função do tempo de permanência no país, ao invés de realizar a cobrança integral do imposto, não violando, assim, o princípio da reserva de lei complementar.

[…] O fato de inexistir uma operação sucessiva que permita o abatimento do valor pago na importação não acarreta a não incidência tributária”. (eDOC 3, p. 22-30)

Assim, verifica-se que a matéria debatida pelo Tribunal de origem restringe-se ao âmbito infraconstitucional, de modo que a ofensa à Constituição, se existente, seria reflexa ou indireta, o que inviabiliza o processamento do presente recurso.

Nesse sentido, trago precedentes de ambas Turmas deste Tribunal: “DIREITO TRIBUTÁRIO. IPI. ARRENDAMENTO OPERACIONAL.

FATO GERADOR. DESEMBARAÇO ADUANEIRO. ADMISSÃO TEMPORÁRIA DE AERONAVE. INAPLICABILIDADE DA EXCEÇÃO PREVISTA NO ART. 37, II, A, DO DECRETO 4.544/2002, ART. 79 DA LEI 9.430/1996. EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO VIABILIZA O MANEJO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 102 DA LEI MAIOR. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 20.8.2013. 1. A controvérsia, a teor do já asseverado na decisão guerreada, não alcança estatura constitucional. Não há falar em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais. Compreender de modo diverso exigiria a análise da legislação infraconstitucional encampada na decisão da Corte de origem, a tornar oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, como tal, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Desatendida a exigência do art. 102, III, a, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência desta Suprema Corte. 2. As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada. 3. Agravo regimental conhecido e não provido” (ARE 939.122 AgR, rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 12.4.2016).

“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Direito Tributário. 3. Incidência de Imposto de Importação e Imposto sobre Produtos Industrializados (II e IPI). Arrendamento operacional. Importação pelo regime de admissão temporária. Art. 79 da Lei 9.430/96. 4. O Tribunal de origem

solucionou a controvérsia com base na interpretação e aplicação da legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa à Constituição Federal. Precedentes. 5. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 6. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 781.339 AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 23.9.2015).

Além disso, ressalto que é entendimento sumulado desta Corte que não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida. (Súmula 636 do STF).

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (artigo 932, VIII, do CPC, c/c art. 21, §1º, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.125.774 (1543)ORIGEM : PROC - 01609005020085070003 - TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHOPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MARIA GORETTI BEZERRA PINHEIROADV.(A/S) : JOSE EYMARD LOGUERCIO (01441/A/DF, 52504A/GO,

103250/SP)RECDO.(A/S) : BANCO BRADESCO SAADV.(A/S) : VICTOR RUSSOMANO JUNIOR (03609/DF)ADV.(A/S) : MOZART VICTOR RUSSOMANO NETO (29340/DF,

47576A/GO, 162844/MG)

Decisão: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão da Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ementado nos seguintes termos:

“RECURSO DE EMBARGOS REGIDO PELA LEI Nº 11.496/2007. SUCESSÃO DO BANCO DO ESTADO DO CEARÁ PELO BANCO BRADESCO S.A. - DECRETO ESTADUAL Nº 21.325/91. O Estado do Ceará, ao criar uma obrigação mediante decreto, exorbitou da sua condição de acionista controlador, sobrepondo-se aos órgãos de administração da sociedade anônima. Verifica-se que o Decreto Estadual nº 21.325/1991 viola preceitos da Lei nº 6.404/76, na medida em que usurpou poderes que a referida lei expressamente atribuiu ao conselho de administração e à diretoria da sociedade anônima, configurando um abuso de poder do acionista controlador. Assim, o Decreto Estadual nº 21.325/91 é ilegal, razão pela qual suas disposições não se incorporaram ao contrato de trabalho da reclamante. Nesse sentido, é o entendimento adotado pelo Tribunal Pleno desta Corte, por maioria de votos, quando do julgamento do processo TST-E-ED-RR-44600-87.2008.5.07.0008, em 25/08/2015, ainda pendente de publicação. Recurso de embargos conhecido e provido.” (eDOC 28, p. 1)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal, aponta-se violação aos arts. 5º, XXXVI; 7º, caput; 37, caput e II; e 173, § 1º, do texto constitucional.

Nas razões recursais, alega-se que na época em que firmado o contrato de trabalho o Decreto Estadual n. 21.325/91 estava em vigor e previa que a dispensa do empregado deveria ser motivada.

Sob essa ótica, aduz-se que por prever condição mais benéfica ao trabalhador, tal disposição se incorporou aos contratos de trabalho firmados durante sua vigência.

Além disso, sustenta-se que a sucessão do empregador não tem o condão de afastar a incorporação desse benefício, sob pena de violação ao postulado do direito adquirido.

Por fim, afirma-se, ainda, que a motivação para a dispensa é necessária quando se trata de contratação mediante concurso público.

É o relatório.Decido. O recurso não merece prosperar. O Tribunal de origem, ao examinar tanto a legislação local aplicável à

espécie (Decreto Estadual n. 21.325/91), quanto a legislação infraconstitucional (Consolidação das Leis do Trabalho, Código Civil de 1916, Lei nº 6.404/1976), bem como o conjunto probatório constante dos autos, consignou que o Decreto Estadual n. 21.325/91 é ilegal e, portanto, não se incorpora ao contrato de trabalho. Nesse sentido, extrai-se o seguinte trecho do acórdão impugnado:

“Conforme se verifica do acórdão embargado, a reclamante foi inicialmente contratado pelo Banco do Estado do Ceará (sociedade de economia mista) no período de vigência do Decreto Estadual nº 21.325/91, que exigia que os atos de dispensa de empregados fossem motivados, tendo sido, posteriormente, transferido, em razão de sucessão de empregador, para o Banco Bradesco S.A. (empresa privada), no qual veio a ser dispensado sem justa causa quando não mais se encontrava em vigor o referido diploma legislativo.

[...]As sociedades de economia mista se sujeitam ao regime próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 377

Nesse passo, entendo que o Estado (no caso o Estado do Ceará), mesmo sendo o titular da maioria das ações da sociedade de economia mista não lhe pode, por meio de decreto, ditar normas, as quais, muitas vezes, se transmudam em obrigação contratual.

Primeiro, porque o artigo 20 do Código Civil de 1916, o qual vigorava na época em que expedido o Decreto Estadual nº 21.325/1991, dispunha que as pessoas jurídicas têm existência distinta da existência dos seus membros.

Segundo, porquanto a sociedade, como pessoa jurídica, somente atua validamente mediante atos praticados pelos seus órgãos de administração previstos nos estatutos ou na lei. No caso das sociedades anônimas, a Lei nº 6.404/1976, conhecida como Lei das Sociedades Anônimas, que também rege tais sociedades sob controle estatal, preceitua, em seu artigo 138 que o conselho de administração e a diretoria são os seus órgãos de gestão. Ademais, o artigo 139 da referida lei, expressamente, dispõe que: “As atribuições e poderes conferidos por lei aos órgãos de administração não podem ser outorgados a outro órgão, criado por lei ou pelo estatuto”.

[...]Assim, diante dos referidos preceitos legais, conclui-se que o Estado do Ceará, ao criar uma obrigação mediante decreto, exorbitou da sua condição de acionista controlador, sobrepondo-se aos órgãos de administração da sociedade anônima.

Verifica-se que o Decreto Estadual nº 21.325/1991 viola preceitos da Lei nº 6.404/76, na medida em que usurpou poderes que a referida lei expressamente atribuiu ao conselho de administração e à diretoria da sociedade anônima, configurando um abuso de poder do acionista controlador.

[…] Aliás, esse foi o entendimento adotado pelo Tribunal Pleno desta Corte, por maioria de votos, quando do julgamento do processo TST-E-ED-RR-44600-87.2008.5.07.0008, em 25/08/2015, ainda pendente de publicação, no qual ficou como redator designado o Ministro João Oreste Dalazen.” (eDOC 28, p. 10-12)

Assim, verifica-se que a matéria debatida no acórdão recorrido restringe-se ao âmbito da legislação local, de modo que a ofensa à Constituição, se existente, seria reflexa ou indireta, o que inviabiliza o processamento do presente recurso. Além disso, divergir do entendimento firmado pelo tribunal de origem demandaria o revolvimento do acervo fático-probatório. Nesses termos, incidem no caso as Súmulas 280 e 279 do STF.

Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes: "Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2.

Aplicação do Decreto estadual 21.325/91. 3. Discussão de índole infraconstitucional. Ofensa reflexa à Constituição Federal. 4. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 5. Agravo regimental a que se nega provimento." (ARE 661339 AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 15.04.2013)

"AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. EMPREGADO DE EMPRESA DE ECONOMIA MISTA. DISPENSA IMOTIVADA. DECRETO ESTADUAL 21.325/91. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO LOCAL. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 280 DO STF. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSOS DA COMPETÊNCIA DE OUTROS TRIBUNAIS. 1. A questão alusiva ao cabimento de recursos da competência de outros tribunais se restringe ao âmbito infraconstitucional. Precedente: RE 598.365-RG, Rel. Min. Ayres Britto, DJe de 25/03/2010. 2. O direito local acaso violado por decisão judicial não autoriza a interposição de recurso extraordinário. Precedentes: AI n. 649.653-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, Dje de 12.09 . 2011 e AI n. 682.356-AgR, Primeira Turma. Dje de 14.09.2011). 3. Agravo regimental desprovido." (ARE 669053 AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe 24.05.2012)

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REEXAME DE INTERPRETAÇÃO DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS FEDERAIS E LOCAIS. OFENSA REFLEXA. SÚMULA 280 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I A verificação da alegada ofensa ao texto constitucional envolve o reexame da interpretação dada pelo juízo a quo à legislação infraconstitucional, federal e local, aplicável ao caso. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta, além de incidir, na espécie, a Súmula 280 do STF. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. II - Agravo regimental improvido” (RE-AgR 602.293, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda turma, DJe 29.9.2011)

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (artigo 932, VIII, do CPC, c/c art. 21, §1º, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.126.082 (1544)ORIGEM : 05213560620164058100 - TRF5 - CE - 3ª TURMA

RECURSAL - CEARÁPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MANOEL DUARTE NETO

ADV.(A/S) : ANTHONIA SUHYANNE SOUSA E SILVA (32614/CE)

DECISÃO : Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário.A decisão agravada está correta e alinhada aos precedentes firmados

por esta Corte.Diante do exposto, com base no art. 932, IV e VIII, do CPC/2015 e no

art. 21, § 1º, do RI/STF, nego provimento recurso. Nos termos do art. 85, § 11, do CPC/2015, fica majorado em 25% o valor da verba honorária fixada anteriormente, observados os limites legais do art. 85, §§ 2º e 3º, do CPC/2015.

Publique-se. Brasília, 14 de maio de 2018.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.126.394 (1545)ORIGEM : AREsp - 50194991020134047200 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : LUIZ CARLOS KLOSTER FILHOADV.(A/S) : GISELE LEMOS KRAVCHYCHYN (52057/PR, 18200/SC,

356A/SE)ADV.(A/S) : ANA CAROLINA ZANATTA OLSEN (23111/SC)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL INADMITIDA – APOSENTADORIA –

SALÁRIO DE BENEFÍCIO – PERÍODO A SER CONSIDERADO – ARTIGOS 202 DA CARTA MAIOR E 29 DA LEI Nº 8.213/91, NA REDAÇÃO PRIMITIVA – RETROATIVIDADE LIMITADA AOS 48 MESES – MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL – AGRAVO DESPROVIDO.

1. O Tribunal, no agravo de instrumento nº 843.287/RS, relatado pelo ministro Cezar Peluso, assentando a natureza infraconstitucional da matéria, concluiu não ter repercussão geral o tema relativo à possibilidade de renunciar-se aos salários de contribuição de menor expressão econômica, considerando-se o período de 48 meses previsto no artigo 29 da Lei nº 8.213/91, na redação primitiva.

2. Ressalvada a óptica pessoal, conheço do agravo e o desprovejo. 3. Publiquem. Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.126.666 (1546)ORIGEM : RMS - 49582 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : JAIR PAULO KREIN E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JORGE DA SILVA GIULIAN (39108/PR)RECDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INVIABILIDADE – DECISÃO QUE

NÃO SE MOSTRA DE ÚLTIMA INSTÂNCIA – ARTIGO 102, INCISO III, DA CARTA FEDERAL – AGRAVO DESPROVIDO.

1. Na espécie, não se tem recurso extraordinário contra pronunciamento judicial de única ou última instância. A decisão atacada foi proferida pelo relator de sorteio no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, não tendo sido esgotada a via recursal.

Assim, o extraordinário não se enquadra no permissivo do inciso III do artigo 102 da Constituição Federal, que estabelece a competência do Supremo para examinar, mediante o citado recurso, as causas decididas em única ou última instância, quando o pronunciamento recorrido contrariar dispositivo constitucional, declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal ou, ainda, julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Carta da República. Decisões interlocutórias não podem ser atacadas, na via direta, mediante o extraordinário – artigo 542, § 3º, do Código de Processo Civil.

2. Conheço deste agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.126.844 (1547)ORIGEM : 06077052420168010070 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO ACREPROCED. : ACRERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 378

RECTE.(S) : VALBERTO KENNEDY DIOGENESADV.(A/S) : MARCIO BEZERRA CHAVES (3198/AC)RECDO.(A/S) : ACREPREVIDÊNCIA - INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA

DO ESTADO DO ACREADV.(A/S) : MARIA LIBERDADE MOREIRA MORAIS CHAVES (4185/

AC)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – LEGISLAÇÃO LOCAL –

INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DO AGRAVO.1. Atentem para o decidido na origem. A Turma Recursal local,

confirmando o entendimento do Juízo, assentou, observada a legislação de regência, a exigibilidade de contribuição para a previdência estadual de servidor público militar reformado. No extraordinário, cujo trânsito busca alcançar, o recorrente alega violados os artigos 40, § 20, 42, § 1º e § 2º, e 142, § 3º, inciso X, da Constituição Federal. Aduz a ausência de lei estadual específica para definir o regime próprio de previdência dos servidores públicos militares estaduais. Articula com a falta de previsão legal quanto à exigibilidade da contribuição previdenciária em caso.

2. À toda evidência, da leitura do acórdão impugnado mediante o extraordinário depreende-se, a mais não poder, ter o Colegiado de origem julgado a apelação a partir de interpretação conferida ao artigo 17, § 4º, da Lei Complementar estadual nº 154/05. A controvérsia sobre o alcance de norma local não viabiliza, conforme sedimentado pela jurisprudência – Verbete nº 280 da Súmula: Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário –, o acesso ao Supremo. Está-se diante de caso cujo desfecho fica no âmbito da própria Turma Recursal.

3. Conheço do agravo e o desprovejo.4. Publiquem.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.126.895 (1548)ORIGEM : 20020099110658 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : JOCELIO JAIRO VIEIRARECTE.(S) : BENEDITO JOSE DA NOBREGA VASCONCELOSRECTE.(S) : ALFREDO DA NÓBREGA VASCONCELOSADV.(A/S) : JOCELIO JAIRO VIEIRA (34247/DF, 5672/PB)ADV.(A/S) : BENEDITO JOSE DA NOBREGA VASCONCELOS (5679/

PB)RECDO.(A/S) : CLAUDIA EVANGELINA CHIANCA FERREIRA DE

FRANCAADV.(A/S) : EUGENIO GONCALVES DA NOBREGA (8028/PB)ADV.(A/S) : ANNA RENATA LEMOS DE LIMA (12555/PB)INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA

PARAÍBA

DECISÃO: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão proferido pela 1ª Turma Recursal Mista da Paraíba, ementado nos seguintes termos:

"ACORDA A EGRÉGIA 1ª TURMA RECURSAL MISTA DA COMARCA DA CAPITAL, CONHECER DA APELAÇÃO E, EM CONFORMIDADE COM O PARECER DA PROMOTORA QUE OPINOU EM SESSÃO, CONFORME PARECER MINISTERIAL EM ANEXO, POR UNANIMIDADE DE VOTOS, NEGAR PROVIMENTO, À APELAÇÃO PARA MANTER A DECISÃO DO EVENTO 39, NOS TERMOS DO FUNDAMENTADO VOTO ORAL DO RELATOR(A). Satisfatoriamente fundamentada e motivada com indicações a presente Súmula, servirá ela como Acórdão, lógico-sistemática e teleologicamente observados e aplicados os princípios da celeridade, da informalidade, da racionalidade, da eficácia, da razoabilidade, atenta a Turma ao disposto. imprescindível do art. 93, IX, da CRFB. Decisão transcrita e publicada em sessão, obedecendo o que giza o Enunciado 85 do FONAJE - ‘O Prazo para recorrer da decisão de Turma Recursal fluirá da data do julgamento’, c/c 9 artigo 19 - ‘As intimações serão feitas na forma prevista para citação, ou por qualquer outro meio idôneo de, comunicação‘ e ‘§ 1° - Dos atos praticados na audiência, considerar-se-ão desde logo cientes as partes’ e, art. 45 - ‘As partes serão intimadas. da data da sessão de julgamento’, ambos da Lei 9.099/95, e ainda, em consonância com a Lei 11.419/2006”. (eDOC 3, p. 44)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, a, do permissivo constitucional, afirma-se que o acórdão recorrido viola os artigos 5º, inciso LV; e 93, inciso IX, da Constituição Federal. (eDOC 3, p. 63)

Nas razões recursais, os recorrentes alegam terem sido processados no Juizado Especial Criminal, e que, ao reconhecer a incompetência, o Juízo determinou a remessa dos autos à vara comum.

Irresignada, a defesa interpôs recurso inominado à Turma Recursal, ao qual se negou provimento “nos termos do voto oral do relator”.

Os recorrentes pedem o provimento do presente recurso, para cassar o acórdão, ante a ausência de fundamentação.

Nesta Corte, a defesa atravessou uma petição, por meio da qual requer o reconhecimento da prescrição. (eDOC 7)

A Procuradoria-Geral da República opinou pelo deferimento do pedido. (eDOC 13)

É o relatório.Decido.Têm razão os recorrentes.Na espécie, o crime de calúnia, consubstanciado na apresentação de

exceção de suspeição, foi supostamente praticado em 14.11.2008 (eDOC 1, p. 21)

A pena máxima em abstrato a esse tipo penal é de 2 anos e 8 meses de detenção, e o prazo prescricional de 8 anos (artigo 109, inciso IV, do CP).

Até a presente data, a queixa não foi recebida, motivo por que se operou a prescrição.

Ante o exposto, julgo extinta a punibilidade dos agravantes pela ocorrência da prescrição. (artigo 61 do CPP)

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.126.918 (1549)ORIGEM : PROC - 0330168552017 - TJMG - TURMA RECURSAL

DE GOVERNADOR VALADARES - 1ª TURMAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : ALTHO EMPREENDIMENTOS E CONSTRUCOES LTDAADV.(A/S) : FRANCISCO SHIMABUKURO JUNIOR (65526/MG)ADV.(A/S) : DIEGO DE FREITAS DANTAS (118435/MG)RECDO.(A/S) : ANA MARTA ALVESADV.(A/S) : MARCOS MARCIANO DA LUZ (116696/MG)

DECISÃOTrata-se de Agravo contra decisão que inadmitiu Recurso

Extraordinário interposto em face de acórdão proferido por Turma Recursal de Juizado Especial.

No apelo extremo, interposto com amparo no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, a parte recorrente sustenta que o julgado ofendeu dispositivos da CF/88.

É o relatório. Decido. Os recursos extraordinários somente serão conhecidos e julgados,

quando essenciais e relevantes as questões constitucionais a serem analisadas, sendo imprescindível ao recorrente, em sua petição de interposição de recurso, a apresentação formal e motivada da repercussão geral, que demonstre, perante o Supremo Tribunal Federal, a existência de acentuado interesse geral na solução das questões constitucionais discutidas no processo, que transcenda a defesa puramente de interesses subjetivos e particulares.

A obrigação do recorrente em apresentar formal e motivadamente a preliminar de repercussão geral, que demonstre sob o ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, a relevância da questão constitucional debatida que ultrapasse os interesses subjetivos da causa, conforme exigência constitucional e legal (art. 102, § 3º, da CF/88, c/c art. 1.035, § 2º, do CPC/2015), não se confunde com meras invocações desacompanhadas de sólidos fundamentos no sentido de que o tema controvertido é portador de ampla repercussão e de suma importância para o cenário econômico, político, social ou jurídico, ou que não interessa única e simplesmente às partes envolvidas na lide, muito menos ainda divagações de que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é incontroversa no tocante à causa debatida, entre outras de igual patamar argumentativo (ARE 691.595-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/2/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/2/2013; ARE 696.263-AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/2/2013; AI 717.821-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/8/2012.

Não havendo demonstração fundamentada da presença de repercussão geral, incabível o seguimento do recurso extraordinário.

Ademais, o SUPREMO não vem conhecendo de recursos com o mesmo perfil do ora analisado. Nesse sentido:

“Ementa: PROCESSUAL CIVIL. DEMANDA PROPOSTA PERANTE OS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS DA LEI 9.099/95. CONTROVÉRSIA NATURALMENTE DECORRENTE DE RELAÇÃO DE DIREITO PRIVADO, REVESTIDA DE SIMPLICIDADE FÁTICA E JURÍDICA, COM PRONTA SOLUÇÃO NA INSTÂNCIA ORDINÁRIA. EXCEPCIONALIDADE DE REPERCUSSÃO GERAL ENSEJADORA DE ACESSO À INSTÂNCIA EXTRAORDINÁRIA. 1. Como é da própria essência e natureza dos Juizados Especiais Cíveis Estaduais previstos na Lei 9.099/95, as causas de sua competência decorrem de controvérsias fundadas em relações de direito privado, revestidas de simplicidade fática e jurídica, ensejando pronta solução na instância ordinária. Apenas excepcionalmente essas causas são resolvidas mediante aplicação direta de preceitos normativos constitucionais. E mesmo quando isso ocorre, são incomuns e improváveis as situações em que a questão constitucional debatida contenha o requisito da repercussão geral de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 379

que tratam o art. 102, § 3º, da Constituição, os arts. 543-A e 543-B do Código de Processo Civil e o art. 322 e seguinte do Regimento Interno do STF. 2. Por isso mesmo, os recursos extraordinários interpostos em causas processadas perante os Juizados Especiais Cíveis da Lei 9.099/95 somente podem ser admitidos quando (a) for demonstrado o prequestionamento de matéria constitucional envolvida diretamente na demanda e (b) o requisito da repercussão geral estiver justificado com indicação detalhada das circunstâncias concretas e dos dados objetivos que evidenciem, no caso examinado, a relevância econômica, política, social ou jurídica. 3. À falta dessa adequada justificação, aplicam-se ao recurso extraordinário interposto nas causas de Juizados Especiais Estaduais Cíveis da Lei 9.099/95 os efeitos da ausência de repercussão geral, nos termos do art. 543-A do CPC.(ARE 835833 RG, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, julgado em 19/03/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-059 DIVULG 25-03-2015 PUBLIC 26-03-2015)“

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, NEGO SEGUIMENTO AO AGRAVO.

Publique-se. Brasília, 15 de maio de 2018.

Ministro ALEXANDRE DE MORAESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.127.044 (1550)ORIGEM : 20120782075 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : PAULO ROBERTO GONCALVESADV.(A/S) : JOSE SERGIO DA SILVA CRISTOVAM (16298/SC)RECDO.(A/S) : JOARES CARLOS PONTICELLI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : GLEY FERNANDO SAGAZ (3147/SC)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – AGRAVO DESPROVIDO.

1. O Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina confirmou o entendimento do Juízo quanto à procedência do pedido de anulação do Decreto estadual nº 1.366/2004, mediante o qual foi anistiado agente público. No extraordinário cujo trânsito pretende alcançar, o recorrente aponta a violação dos artigos 5º, incisos XXXV e LXXIII, da Constituição Federal. Argui a nulidade do acórdão recorrido por negativa de prestação jurisdicional. Discorre sobre o não preenchimento dos requisitos para a propositura da ação popular. Argumenta com a legalidade do Decreto de anistia.

2. De início, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses com solução na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.

No mais, a recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, procedida, na maioria das vezes, mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional a partir da moldura fática delineada soberanamente pelo Colegiado de origem, das premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o verbete nº 279 da Súmula do Supremo:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.Colho do acórdão recorrido os seguintes trechos:O art. 2° da Lei n. 4.717/65 (Lei que regula a ação popular) enumera

e conceitua em seu próprio texto sobre os atos que devem ser considerados nulos:

[…]Já o terceiro requisito da ação popular consiste na lesividade do ato

ao patrimônio público. No caso em comento, não há controvérsia quanto ao fato de que o

réu Paulo Roberto Gonçalves, servidor efetivo integrante do Magistério Público do Estado de Santa Catarina, que estava respondendo a processo administrativo por falta disciplinar consistente de inassiduidade reiterada, foi beneficiado com a "anistia" concedida pelo Governador da época, o demandado Luiz Henri e da Silveira, por meio do Decreto Estadual n. 1.366, de 23 de janeiro de 2004, que assim dispôs:

[…]Tal decreto é ilegal e lesivo à moralidade administrativa. Conforme

analisado anteriormente, além de o réu Paulo Roberto Gonçalves obter "anistia" quanto às faltas disciplinares que praticou, foi anulado o "ato condenatório constante do Processo Administrativo Disciplinar n. 3.153/037".

É importante assinalar que o referido "ato condenatório constante do Processo Administrativo Disciplinar n. 3.153/037" ainda não tinha sido praticado, uma vez que, não obstante o relatório da Comissão Processante concluir pela necessidade de aplicação da pena de demissão, até hoje não houve decisão de parte da autoridade competente que deve ser aquela que

tem poder de nomear servidor. Pela análise das provas documentais colacionadas ao processo, a

ilegalidade do Decreto de "anistia" reside nos motivos que ensejaram a sua edição.

[…]A Comissão de Processo Administrativo Disciplinar, incumbida de

apresentar o Relatório Conclusivo do processo (fls. 298/325), propôs na parte conclusiva do relatório que o servidor deveria ser demitido "por inassiduidade intermitente (por ter sido computado 91 (noventa e uma) faltas injustificadas), em cumprimento ao art. 167, Item II, § 1°, da Lei n. 6.844, de 29 de julho de 1986, bem como incompatibilizá-lo para com o serviço público estadual por 08 (oito) anos, face às circunstâncias agravantes, tais como a premeditação, quando apresentou atestado fornecido pela EBB. Deodoro de Concórdia, com suspeito de ter sido sem o devido suporte legal; (caso a ser apurado em outro procedimento investigativo); continuação por estar atualmente em total inassiduidade desde maio/2003 e o cometimento de ilícito quando desrespeitou a autoridade da Diretora da EBB. Dante Mosconi em não cumprir as normas a que estava sujeito, tais como assinar habitualmente o livro ponto e se afastar de sua lotação sem expressa autorização da autoridade competente para participar de atividade sindical (art. 21 § 3°, da Lei n. 6.745/85 c/c art. 219, da Lei n. 6.844/86)" (fls. 322-323).

Entretanto, o Governador do Estado, mesmo tendo ciência do parecer conclusivo devidamente fundamentado pela Comissão Processante, resolveu "anistiar" o servidor público e anular o ato condenatório constante do Processo Administrativo Disciplinar n. 3153/037, sob a fundamentação de que o servidor possuía estabilidade sindical, com base no art. 8°, inciso VIII da Constituição Federal de 1988.

Todavia, os autos estão a demonstrar que o motivo apresentado pelo réu Luiz Henrique da Silveira no Decreto Estadual n. 1.366/2004 para afastar a demissão do servidor público, não pode ser considerado válido, isso porque não se verifica a existência de prova hábil a corroborar a existência de estabilidade sindical para o servidor Paulo Roberto Gonçalves, que fosse capaz de impedir a aplicação de penalidade administrativa em razão da prática de falta disciplinar grave.

[…]No processo administrativo disciplinar foi apurada a falta grave do

servidor Paulo Roberto Gonçalves, que faltou ao trabalho por 91 (noventa e um) dias intermitentes, além de, em muitos dias, chegar atrasado e sair antes de findo o expediente, daí porque poderia ser apenado com demissão.

[…]Da dicção do artigo supracitado, não há dúvida de que é assegurado

ao servidor público estadual efetivo o direito à sua liberação para exercício de mandato eletivo em diretoria de entidade sindical, sem prejuízo de sua situação funcional, bem como faculta respectivo direito (licença especial) para o servidor desde que este obtenha autorização devidamente expressa pela autoridade do órgão a que estiver vinculado.

Entretanto, no caso em comento, o servidor Paulo Roberto Gonçalves não comprovou que tivesse a referida autorização para afastamento no ano de 2001, tampouco se denota dos autos que efetuou respectivo pedido ao órgão competente para que pudesse obter a licença naquele ano, porquanto os documentos de fls. 364-365 demonstram que o réu apenas gozou de licença especial no período de 06.08.2000 a 02.10.2000, a partir de quando ela foi cancelada por ele já ser detentor de licença para frequentar curso de pós-graduação. Aliás, em momento algum o servidor alegou possuir a referida licença para exercício de mandato sindical.

As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

De resto, o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

3. Conheço do agravo e o desprovejo. 4. Publiquem.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.127.262 (1551)ORIGEM : 06000489420178010070 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : ACRERELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : RUBEMILSON BATISTA DA SILVAADV.(A/S) : MARCIO BEZERRA CHAVES (3198/AC)RECDO.(A/S) : ACREPREVIDÊNCIA - INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA

DO ESTADO DO ACREADV.(A/S) : MARIA LIBERDADE MOREIRA MORAIS CHAVES (4185/

AC)

DECISÃOTrata-se de Agravo contra decisão que inadmitiu Recurso

Extraordinário interposto em face de acórdão da 1ª Turma Recursal dos

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 380

Juizados Especiais do Tribunal de Justiça do Estado do Acre.No apelo extremo, interposto com amparo no art. 102, III, “a”, da

Constituição Federal, a parte recorrente sustenta, em síntese, que o julgado ofendeu os arts. 40, § 20; 42, §§ 1º e 2º; 142, § 3º, X, da Carta Magna.

É o relatório. Decido. Os recursos extraordinários somente serão conhecidos e julgados,

quando essenciais e relevantes as questões constitucionais a serem analisadas, sendo imprescindível ao recorrente, em sua petição de interposição de recurso, a apresentação formal e motivada da repercussão geral que demonstre, perante o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a existência de acentuado interesse geral na solução das questões constitucionais discutidas no processo, que transcenda a defesa puramente de interesses subjetivos e particulares.

A obrigação do recorrente de apresentar formal e motivadamente a preliminar de repercussão geral que demonstre, sob o ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, a relevância da questão constitucional debatida que ultrapasse os interesses subjetivos da causa, conforme exigência constitucional e legal (art. 102, § 3º, da CF/88, c/c art. 1.035, § 2º, do Código de Processo Civil de 2015), não se confunde com meras invocações, desacompanhadas de sólidos fundamentos e de demonstração dos requisitos no caso concreto, de que (a) o tema controvertido é portador de ampla repercussão e de suma importância para o cenário econômico, político, social ou jurídico; (b) a matéria não interessa única e simplesmente às partes envolvidas na lide; ou, ainda, de que (c) a jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL é incontroversa no tocante à causa debatida, entre outras alegações de igual patamar argumentativo (ARE 691.595-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/2/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/2/2013; ARE 696.263-AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/2/2013; AI 717.821-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/8/2012).

Não havendo demonstração fundamentada da presença de repercussão geral, incabível o seguimento do Recurso Extraordinário.

Ademais, o Juízo de origem, ao apreciar a questão, concluiu, essencialmente com base na legislação local (Lei Complementar Estadual 154/2005), incidir contribuição previdenciária sobre proventos de militar inativo do Estado.

A solução da controvérsia, portanto, depende da análise de legislação local, medida vedada nesta sede recursal, conforme consubstanciado na Súmula 280/STF (Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário). Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL 954/2003. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. SÚMULA 280/STF. Não se mostra viável dissentir da conclusão assentada pelo acórdão recorrido sem que seja analisada a legislação infraconstitucional pertinente. Nessas condições, a hipótese atrai a incidência da Súmula 280/STF. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 740.398-AgR, Rel. Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, DJe de 5/3/2015)

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA DISCIPLINADA PELA LEI COMPLEMENTAR 954/03 DO ESTADO DE SÃO PAULO. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL E DE DIREITO LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. I – É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica rever interpretação da legislação infraconstitucional local que fundamenta a decisão a quo. Incidência da Súmula 280 do STF. II – Agravo regimental a que se nega provimento.” (RE 698.262-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 15/8/2014)

Confiram-se, ainda, as seguintes decisões monocráticas em casos idênticos a este: ARE 1.126.146, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJe de 4/5/2018; e ARE 1.126.548, Rel. Min. ROBERTO BARROSO, DJe de 4/5/2018.

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, NEGO SEGUIMENTO AO AGRAVO.

Fixam-se honorários advocatícios adicionais equivalentes a 10% (dez por cento) do valor a esse título arbitrado nas instâncias ordinárias (Código de Processo Civil de 2015, art. 85, § 11).

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

MINISTRO ALEXANDRE DE MORAESRELATOR

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.127.439 (1552)ORIGEM : AREsp - 00199657920128260248 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREVPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : DENNER PEREIRA (227881/SP)RECDO.(A/S) : RODRIGO DE SOUZA BOCCIA

ADV.(A/S) : CLEBER EGIDIO ANDRADE BANDEIRA (172446/SP)

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é a decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto em face do acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado (eDOC 2, p. 24):

“PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO. Neto. Pretensão ao cancelamento da pensão que o requerido recebe em virtude do falecimento do avô, ex-contribuinte de extinta autarquia estadual.

1. Ocorrência de decadência administrativa, a teor do disposto no art. 10 da Lei Estadual n° 10.177/98, que prevê ser decenal o prazo que a Administração Pública dispõe para rever seus atos quando eivados de nulidade.

2. Benefício que deve observar as leis vigentes ao tempo do óbito do segurado. No caso, a Lei Estadual n° 180/78. 3. Ação julgada improcedente. Recurso improvido”.

Os embargos de declaração foram rejeitados (e-DOC 2, p. 42). No recurso extraordinário, com fundamento no art. 102, III, “a” e “d”,

do permissivo constitucional, aponta-se ofensa aos artigos 24, XII, § 4º; e 42, § 2º, da Constituição Federal.

Nas razões recursais, sustenta-se, em suma, que a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrária, motivo pelo qual o acórdão recorrido preteriu a aplicação da Lei Federal 9.717/1998 em relação à Lei Complementar Estadual 180/78 e Lei Estadual 10.177/1998 em detrimento da Lei Federal 10.406/2002 (Código Civil).

A Presidência da Seção de Direito Público do TJ/SP inadmitiu o recurso, em virtude da incidência da Súmula 280 do STF.

É o relatório. Decido.O Tribunal de origem negou provimento ao recurso de apelação sob

os seguintes fundamentos:“1. Reza o art. 10 da Lei Estadual n° 10.177/98, que regula o

processo administrativo no âmbito da Administração Pública Estadual: Artigo 10 - A Administração anulará seus atos inválidos, de ofício ou

por provocação de pessoa interessada, salvo quando: I - ultrapassado o prazo de 10 (dez) anos contado de sua produção; II - da irregularidade não resultar qualquer prejuízo; III - forem passíveis de convalidação.O dispositivo versa especificamente sobre o exercício da autotutela

do poder público no âmbito da Administração Estadual, motivo pelo qual prevalece sobre a lei que rege o tema em âmbito federal.

Disso resulta que, em 19.12.2012, quando distribuída a ação (f. 2), a decadência administrativa já fulminara a pretensão da Administração à revisão do ato que concedeu o benefício da pensão à ré no ano de 1999 (f. 21). (eDOC 2. p. 26).

(…)No presente caso, o óbito deu-se em 28 de outubro de 1999 (f. 17);

antes, portanto da promulgação da Lei Complementar 1.012/2007, de 6 de julho de 2007, que alterou o rol de beneficiários obrigatórios dos servidores estaduais, sem, contudo, retirar do ordenamento jurídico, ainda que tacitamente, a norma dos artigos 152 e 153 da LC 180/78. (eDOC 2, p. 28).

(…)A Lei Complementar no 180/ 78, vigente à época do óbito, em seu

art. 153, possibilita, ao contribuinte sem filhos com direito à pensão, instituir beneficiários parentes até o segundo grau, se incapazes ou inválidos:

Artigo 153 —Poderá o contribuinte sem filhos com direito à pensão, instituir beneficiários parentes até 2.° (segundo) grau, se forem incapazes ou inválidos, ressalvado, na razão da metade, o direito que competir ao seu cônjuge.

Parágrafo único Na hipótese deste artigo, aplicar-se -á o disposto nos 55 2ºe 3º, do artigo 147, § 3º do artigo 150 e § 7.°, do artigo anterior (e-DOC 2p, 29).

Sendo assim, constata-se que eventual divergência em relação ao entendimento adotado pelo acórdão impugnado demandaria o exame da legislação local (Lei Complementar Estadual 180/1978, Lei Estadual 10.177/1998 e Lei Complementar Estadual 1.013/2007) e a incursão nos fatos e provas dos autos, o que inviabiliza o processamento do apelo extremo, tendo em vista a vedação contida nas Súmulas 280 e 279 do STF.

Na mesma linha, observa-se que o Tribunal de origem assentou seu entendimento também com base em norma infraconstitucional (Lei Federal nº 9.717/98), o que do mesmo modo inviabiliza o processamento do apelo extremo, por caracterizar eventual ofensa reflexa ao texto constitucional.

Sobre o tema: “DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. PENSÃO POR

MORTE. EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO ENSEJA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO LOCAL. APLICAÇÃO DA SÚMULA 280/STF. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 28.11.2014. 1. As razões do agravo regimental não são aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere ao óbice da Súmula 280 do STF, a inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário. 2. A suposta ofensa aos postulados constitucionais invocados no apelo extremo somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, como tal, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. 3. Agravo regimental conhecido e não provido.” (ARE

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 381

877.864-AgR, Min. Rel. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 11.06.2015). Especificamente sobre as referidas leis, cito os precedentes: ARE

967.724, Rel. Min. Celso de Mello, DJe 29.06.2011; ARE 964.122, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe 09.06.2016.

Por fim, ressalta-se que o acórdão recorrido não julgou válida lei local contestada em face de lei federal, o que não enseja a interposição do apelo extremo com base na alínea “d” do permissivo constitucional.

Ante o exposto, nego provimento ao agravo, nos termos dos artigo 21, §1º, RISTF.

Nos termos do artigo 85, § 11, CPC, majoro em ¼ (um quarto) a verba honorária fixada anteriormente, devendo ser observados os limites dos §§ 2º e 3º do mesmo dispositivo.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.127.511 (1553)ORIGEM : AREsp - 50318495720174040000 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : DIPLOMATA S/A INDUSTRIAL E COMERCIALADV.(A/S) : CARLOS JOSE DAL PIVA (20693/PR, 2053/RO,

46.497A/RS, 19203/SC, 178262/SP)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DO AGRAVO.

1. Atentem para o decidido na origem. O Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, confirmando o entendimento do Juízo, assentou ausente a demonstração de vício na Certidão de Dívida Ativa – CDA executada, observada a legislação de regência. Concluiu pela a legalidade da multa, juros da mora e encargos presentes no título executivo fiscal. Decidiu pela legalidade da multa de 20% em razão de lançamento de imposto não informado. No extraordinário cujo trânsito busca alcançar, a recorrente alega violados os artigos 5º, incisos II, da Constituição Federal. Aduz a contrariedade ao princípio da legalidade, ante a ausência de indicação do permissivo legal, da forma de cálculo das correção monetária e dos juros da mora, resultando na incerteza da quantia exigida no título executivo. Sustenta inobservância ao artigo 202 do Código Tributário Nacional e ao artigo 2º, § 5º, inciso II, da Lei nº 6.830/80.

2. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.Colho do acórdão recorrido o seguinte trecho:A Certidão de Dívida Ativa, ao indicar os fundamentos legais

referentes ao débito exequendo, viabiliza ao executado o conhecimento da dívida, sua origem, sua natureza e a forma de calcular os encargos presentes, atendendo, assim, aos seus requisitos legais. Igualmente, a ausência do demonstrativo de débito não gera a nulidade, porquanto não é requisito legal da CDA.

Assim, não tendo o recorrente logrado êxito em comprovar suas alegações, a certidão de dívida ativa e a execução permanecem hígidas, sendo aplicável ao caso o art. 204, com seu parágrafo único, do CTN, verbis:

Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída. Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite.

Disposição de igual teor também está prevista no art. 3º, parágrafo único, da Lei nº 6.830/80. Cabendo o ônus da prova à parte executada, que não juntou documentos comprovando a inexigibilidade, a incerteza ou a iliquidez da CDA, resta mantido o título executivo e incólume a execução dela decorrente, inexistindo nulidade a ser declarada.

[…].Logo, ausente prova inequívoca de irregularidades nas CDAs que

embasam a execução, não merece acolhida o presente agravo de instrumento, no ponto.

As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em síntese, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar-se a viabilidade do recurso.

Acresce revelar o acórdão impugnado interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a

análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

3. Conheço do agravo e o desprovejo.4. Publiquem.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.127.544 (1554)ORIGEM : 07057034920178070018 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : NILZA DE FREITAS CARVALHOADV.(A/S) : REGINALDO DE OLIVEIRA SILVA (25480/DF,

199077/RJ)ADV.(A/S) : MURILLO DOS SANTOS NUCCI (24022/DF, 199213/RJ)RECDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é a decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto em face do acórdão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, assim ementado (eDOC 4, p. 35):

“JUIZADOS ESPECIAIS DA FAZENDA PÚBLICA. CONCURSO PÚBLICO. ANULAÇÃO DE QUESTÃO. PRESCRIÇÃO ANUAL RECONHECIDA. APLICAÇÃO DA LEI Nº 7.515/86. PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE.SENTENÇA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.

1. Cuida-se de recurso interposto pela parte autora contra a sentença que reconheceu a prescrição, nos termos do art. 1º da Lei nº 7.515/86.

2. Requer a recorrente a anulação da sentença sob o argumento de que o prazo prescricional aplicável ao caso é o quinquenal, previsto no art. 1º da Lei 20.190/32, contado a partir do término da validade do concurso (junho/2018).

3. Na hipótese em contexto a demanda visa a anulação da questão nº 42 da prova objetiva do concurso público vinculado ao Edital nº 01-SEAP/SEE/2013, para o cargo de Professor de Educação Básica.

4. O documento de id. 2108328, apresentado aos autos pela autora, demonstra que o resultado final do concurso foi homologado no dia 02 de junho de 2014 e publicado no dia 03 de junho de 2014.

5. Conforme a previsão do art. 1º da Lei nº 7.515/86: “O direito de ação contra quaisquer atos relativos a concursos para provimento de cargos e empregos na Administração Direta do Distrito Federal e nas suas Autarquias prescreve em 1 (um) ano, a contar da data em que for publicada a homologação do resultado final.

6. Incabível, portanto, a aplicação do prazo prescricional disposto na Lei nº 20.190/32 ao caso, em decorrência do princípio da especialidade.

7. Ademais, a contagem do prazo prescricional a partir do final da validade do certame contraria o dispositivo legal aplicável à situação.

8. Assim, não merece reforma a sentença que realizou o julgamento antecipado do mérito, na forma do art. 355, I, do Novo Código de Processo Civil, e reconheceu a prescrição.

9. Nesse sentido: “O direito de ação contra quaisquer atos relativos a concursos para provimento de cargos e empregos na Administração Direta do Distrito Federal e nas suas Autarquias prescreve em 1 ano, a contar da publicação da homologação do resultado final, conforme artigo 1º da Lei 7.515/1986. Inaplicável o prazo previsto no artigo 1º do Decreto 20.910/1932, em decorrência do princípio da especialidade”. (Acórdão n.1031800, 20160111222784 APC, Relator: CESAR LOYOLA 2ª TURMA CÍVEL, Data de Julgamento: 12/07/2017, Publicado no DJE: 19/07/2017. Pág.: 265-272).

10. Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida por seus próprios fundamentos.

11. Condenada a parte recorrente ao pagamento das custas processuais, observado o art. 98, § 3º, do CPC. Sem condenação ao pagamento de honorários advocatícios ante a ausência de contrarrazões.

12. A súmula de julgamento servirá como acórdão, conforme regra do art. 46 da Lei 9.099/95.”.

Os embargos de declaração foram rejeitados (eDOC 4 ; p.67).No recurso extraordinário, com fundamento no art. 102, III, “a”, do

permissivo constitucional, aponta-se a não recepção do art. 1º da Lei 7.515/1986 pela Constituição Federal, já que o art. 22, I da Carta da república estabelece a competência privativa da União para legislar sobre direito civil. Defende, então, que a prescrição a que deve ser aplicada ao cado é a da Lei 20.910/1932. Alega-se, ainda, ofensa ao art.37,III, da Constituição Federal.

Nas razões recursais, sustenta-se, em suma, que o prazo dado ao particular deve ser o mesmo prazo de 5 (cinco) anos (Lei 9.784/1999) dado à Administração para rever os seus atos, em homenagem ao princípio da igualdade.

A Presidência do TJ/DFT inadmitiu o recurso, em virtude de incidir na hipótese a Súmulas 279 do STF e porque a ofensa, no caso, seria reflexa.

É o relatório. Decido.A irresignação não merece prosperar. Verifica-se que o Tribunal de origem assim asseverou: “... 4. O documento de id. 2108328, apresentado aos autos pela

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 382

autora, demonstra que o resultado final do concurso foi homologado no dia 02 de junho de 2014 e publicado no dia 03 de junho de 2014. 5. Conforme a previsão do art. 1º da Lei nº 7.515/86: “O direito de ação contra quaisquer atos relativos a concursos para provimento de cargos e empregos na Administração Direta do Distrito Federal e nas suas Autarquias prescreve em 1 (um) ano, a contar da data em que for publicada a homologação do resultado final. 6. Incabível, portanto, a aplicação do prazo prescricional disposto na Lei nº 20.190/32 ao caso, em decorrência do princípio da especialidade.”

Sendo assim, constata-se que eventual divergência em relação ao entendimento adotado pelo juízo a quo demandaria a análise da legislação local infraconstitucional aplicável à espécie (Lei Distrital 7.515/86), o que inviabiliza o processamento do apelo extremo, nos termos da vedação contida na Súmula 280 do STF.

Ante o exposto, nego provimento ao recurso, nos termos do art. 932, IV, a, do CPC.

Nos termos do art. 85, § 11, majoro em ¼ (um quarto) os honorários fixados anteriormente, devendo ser observados os limites dos §§ 2º e 3º do mesmo dispositivo, ressalvada a gratuidade de justiça.

Publique-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.127.642 (1555)ORIGEM : PROC - 00350502720118152001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBAPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBARECDO.(A/S) : MARIA DO CEU FERREIRA DE MELO QUEIROZADV.(A/S) : FRANCISCO DE ASSIS GALDINO (11594/PB)

DECISÃO:Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário.A decisão agravada está correta e alinhada aos precedentes firmados

por esta Corte.Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego

seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 14 de maio de 2018.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.127.756 (1556)ORIGEM : 00504213720138260002 - SUPERIOR TRIBUNAL DE

JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : BERNARDO ROMITTIADV.(A/S) : CELSO SANCHEZ VILARDI (174344/RJ, 120797/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Decisão: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo, ementado nos seguintes termos:

“Recurso em sentido estrito — HOMICIDIO SIMPLES Preliminar - Na decisão de pronúncia, o juiz sentenciante não é obrigado a se manifestar sobre todas as teses expostas pelas partes. Até porque, o magistrado deve ser cauteloso ao pronunciar o acusado, expondo somente os motivos de seu convencimento acerca da materialidade do delito e dos indícios de autoria. Mérito - Réu que conduzia veículo em embriagado, em alta velocidade e na contramão de direção, vindo a ceifar a vida da vítima - Desclassificação — Impossibilidade — Existência de indícios suficientes de autoria e prova da materialidade quanto ao homicídio - Na dúvida, mesmo quanto ao "animus necandi', de rigor remete-se o exame do caso para o Conselho de Sentença, não sendo demais lembrar que na fase da pronúncia vigora o princípio do “in dubio pro societate". o Preliminares rejeitadas. Recurso desprovido.” (eDOC 8, p. 107)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea a, da Constituição Federal, aponta-se violação ao art. 5º, XXXIX, XXXVII, XXXVIII, alínea "d" e LIII, do texto constitucional. (eDOC 10, p. 79)

Nas razões recursais, o recorrente alega que o Tribunal de origem deturpou o conceito de dolo com a finalidade de levar à apreciação do Tribunal do Júri um homicídio decorrente de acidente automobilístico, de forma automática, sem a verificação mínima do ânimo do agente, com base única e exclusiva na conjugação entre as circunstâncias velocidade excessiva, embriaguez e posicionamento na via — que em si apenas

qualificam o crime culposo do art. 302 do CTB —, em evidente violação aos princípios da legalidade e do juiz natural. (eDOC 10, p. 79)

Aduz-se que o Recorrente acabou pronunciado como incurso no artigo 121, caput, do CP, na modalidade dolo eventual, porque, segundo a i. Magistrada de piso, a conjugação da suposta embriaguez, com eventual alta velocidade e posicionamento incorreto na via seriam indicativos suficientes de que BERNARDO teria assumido assumiu o risco de produzir o resultado morte. (eDOC 10, p. 91)

Requer-se o provimento do presente recurso, a fim de que o crime seja desclassificado para homicídio culposo, com consequente subtração da competência do Tribunal do Júri.

É o relatório.Decido.Não assiste razão ao agravante.Verifico que o Tribunal de origem, com base na prova dos autos,

consignou que havia fortes indícios da presença do dolo do agravante e que a análise sobre sua ausência seria competência do Tribunal do Júri. No sentido, destaco trecho do acórdão:

No mérito, melhor sorte não está reservada ao É recorrente. Consta da denúncia que, no dia 17 de julho de 2013, por volta das 23:45hs, na Rua lubatinga, n. 389, Vila Andrade, nesta Capital, BERNARDO ROMITTI dirigia o veículo VW/Jetta, quando, em alta velocidade e na contramão da via, em estado de embriaguez, assumiu o risco de produzir o evento morte, e ceifou a vida da vítima Fábio Antonio 2 R Heide. Segundo a exordial acusatória, na data dos fatos, a vítima conduzia sua motocicleta Honda/Lead, pela Rua lubatinga, no sentido da Av. Giovani Gronchi, quando o indiciado, em alta velocidade, alcoolizado e sem habilitação para dirigir, trafegando na mesma via pública, invadiu a pista contrária e abalroou a motocicleta, lançando a vítima a uma distância aproximada de 80 metros do local do crime. Ainda que, após o crime, BERNARDO colocou a cabeça para fora do automóvel e observou todo o resultado de sua conduta, empreendendo fuga imediata do local. (eDOC 8, p. 111-112)

[...]Por outro lado, existem indícios da ocorrência do chamado dolo

eventual, caracterizado quando o agente não quis diretamente a realização do tipo, mas aceita ou assume o risco da produção do resultado, agindo indiferente a ele. (eDOC 9, p. 5)

[…]Inviável, desta forma, a desclassificação para o delito previsto no art.

302, § 20, da Lei 9.503/97, uma vez que o d. magistrado somente desclassifica a infração penal, em caso de cristalina certeza quanto à ocorrência de crime diverso daqueles previstos nos artigos 121 a 127, do Estatuto Repressivo. (eDOC 9 p. 7)

Desse modo, ao contrário do que alega o agravante, a decisão de pronúncia não se baseou apenas no fato de ter ele dirigido o veículo embriagado, na contramão de direção e em alta velocidade, para concluir, automaticamente, que teria ele agido com dolo.

Seguramente, nesta atual fase histórica do Direito Penal, não há margem para transformar irresponsabilidade em dolo e presumi-lo.

Todavia, conquanto seja remotamente possível que um condutor dirija embriagado, na contramão de direção, em alta velocidade e confie que nada aconteça, esse não é o caso dos autos, conforme bem registrado pelo Tribunal de origem.

Assim, presentes os fortes indícios de que o agravante agiu com dolo, compete ao Tribunal do Júri a análise da tese de desclassificação para o homicídio culposo.

Confira-se, nesse sentido:“HABEAS CORPUS. AÇÃO PENAL. HOMICÍDIO NA DIREÇÃO DE

VEÍCULO AUTOMOTOR. DENÚNCIA POR HOMICÍDIO DOLOSO. EMBRIAGUEZ AO VOLANTE. PRETENSÃO DE DESCLASSIFICAÇÃO PARA DELITO CULPOSO. EXAME DO ELEMENTO SUBJETIVO. ANÁLISE DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. INVIABILIDADE DA VIA. NECESSIDADE DE ENFRENTAMENTO INICIAL PELO JUÍZO COMPETENTE. TRIBUNAL DO JÚRI. ORDEM DENEGADA. 1. Apresentada denúncia por homicídio na condução de veículo automotor, na modalidade de dolo eventual, havendo indícios mínimos que apontem para o elemento subjetivo descrito, tal qual a embriaguez ao volante, a alta velocidade e o acesso à via pela contramão, não há que se falar em imediata desclassificação para crime culposo antes da análise a ser perquirida pelo Conselho de Sentença do Tribunal do Júri. 2. O enfrentamento acerca do elemento subjetivo do delito de homicídio demanda profunda análise fático-probatória, o que, nessa medida, é inalcançável em sede de habeas corpus . 3. Ordem denegada, revogando-se a liminar anteriormente deferida.” (HC 121.654, Relator para o acórdão Min. Edson Fachin, Primeira Turma, DJe 19.10.2016 - grifei)

‘No processo penal, a verificação entre a qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso extraordinário.” (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666).

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (artigo 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro Gilmar Mendes

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 383

RelatorDocumento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.127.930 (1557)ORIGEM : 70065830861 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MARCI DOS SANTOSPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SULRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

Decisão: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, ementado nos seguintes termos:

“APELAÇÃO CRIME. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO. FURTO SIMPLES. ABSOLVIÇÃO. ATIPICIDADE DA CONDUTA. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE. SENTENÇA REFORMADA.

A aplicação do princípio da insignificância alcança a proposição de descriminalizar condutas que, inobstante formalmente típicas, não atingem de modo socialmente relevante os bens protegidos pelo Ordenamento Jurídico. Exigência de que o fato seja de mínima ofensividade e desprovido de periculosidade social, que possua reduzido grau de reprovabilidade e que a lesão provocada seja manifestamente inexpressiva. A causa supralegal de exclusão da tipicidade não se subsume a fatos onde o valor da res represente aproximadamente 16% (dezesseis por cento) do salário mínimo da época do fato e o denunciado registre imersão na senda delitiva. Ausência de mérito subjetivo à benesse que igualmente determina o afastamento do decreto absolutório prolatado pelo juízo de Primeiro Grau.

Materialidade e autoria demonstradas. O acervo probatório revela a materialidade e a autoria do furto

descrito na denúncia, demonstrando que o acusado subtraiu coisa móvel pertencente à vítima. Prolação do édito condenatório.

EXCLUDENTE DE CULPABILIDADE PELA EMBRIAGUEZ NÃO CARACTERIZADA.

Com a adoção da teoria da actio libera in causa pelo Código Penal, a embriaguez voluntária ou preordenada não pode ser utilizada em favor do réu.

Contexto probatório que não indica a existência de ebriez acidental, inviabilizando a incidência da causa excludente da culpabilidade ou minorante da pena nos termos dos §§1º e 2º do artigo 28 do Estatuto Repressivo.

DOSIMETRIA.Apenamentos fixados em 01 (um) ano e 04 (quatro) meses de

reclusão, no regime inicial semiaberto, e 12 (doze) dias-multa à razão unitária mínima. Reparação cível estabelecida em R$ 80,00 (oitenta reais), em atenção ao que determina regra disposta no artigo 387, inciso IV, do CPP.

APELAÇÃO MINISTERIAL PROVIDA.” (eDOC 2, p. 64)Na espécie, o recorrente foi denunciado por ter furtado uma garrafa

térmica no valor de R$ 80,00. (eDOC 1, p. 3)O Juízo de primeiro grau o absolveu, tendo a acusação interposto

apelação, à qual o Tribunal deu provimento para condenar o agravante à pena de 1 ano e 4 meses de reclusão, em regime inicial semiaberto, além de condená-lo a reparar a vítima.

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea a, da Constituição Federal, aponta-se violação ao art. 5º, LV e LIV, do texto constitucional. (eDOC 2, p. 106)

Nas razões recursais, alega-se, em síntese, que o agravante foi condenado à reparação civil, sem que, da denúncia, houvesse pedido da acusação nesse sentido. (eDOC 2, p. 107)

É o breve relatório.Decido.De pronto, registro que a matéria acerca da violação ao princípio da

correlação não foi debatida pelo Tribunal de origem, de modo que se mostra ausente o requisito do prequestionamento, o que inviabiliza o processamento do presente recurso. Incide, no caso, a Súmula 356 desta Corte.

Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes:Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Direito

Penal e Processo Penal. 3. Crime contra a liberdade sexual (art. 213 c/c art. 214 do Código Penal). 4. Ausência de prequestionamento, incidência das súmulas 282 e 356. 5. Suposta violação aos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa e da presunção de inocência. A ofensa aos dispositivos apontados, caso existente, ocorreria de forma reflexa. Precedentes. 6. Autoria e materialidade. Necessidade de revolvimento do acervo fático-probatório. Incidência da Súmula 279. 7. Agravo regimental a que se nega provimento. (ARE-AgR 948.438, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 23.9.2016 grifei)

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA CRIMINAL. OFENSA REFLEXA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. FUNDAMENTAÇÃO LÍCITA E CONCRETA. PRECEDENTES. DESPROVIMENTO DO AGRAVO.

1. As razões recursais trazem questões cuja análise implica reexame

de fatos e provas, o que é vedado pela Súmula 279 desta Corte.2. As alegadas ofensas à Constituição Federal demandam o exame

prévio de legislação infraconstitucional, no caso, o Código Penal e a Lei 10.684/2003, de modo que eventual ofensa ao texto constitucional, acaso demonstrada, seria meramente reflexa.

3. A matéria constitucional suscitada não foi ventilada no acórdão recorrido, o que torna inadmissível o recurso extraordinário. Súmula 282/STF.

4. O acórdão condenatório que contenha fundamentação lícita e baseada em dados concretos não autoriza que se declare sua nulidade com base no art. 93, IX, da Constituição da República.

5. Agravo regimental desprovido (AI-AgR 649.400/SP-Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turm.a, DJe 29.4.11 grifei)

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (art. 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro Gilmar MendesRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.128.067 (1558)ORIGEM : AREsp - 199901000209036 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MARCO ANTONIO TOLEDO CARDOSORECTE.(S) : FRANCISCO FERNANDES QUADRAADV.(A/S) : JOELSON COSTA DIAS (10441/DF, 157690/MG)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS

LEGAIS – INVIABILIDADE – AGRAVO DESPROVIDO.1. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região, reformando o

entendimento do Juízo, julgou improcedente o pedido de incorporação, por servidor público estatutário, de quintos em razão do exercício de função em empresa pública. No extraordinário cujo trânsito pretende alcançar, o recorrente aponta a violação dos artigos 5º e 37, cabeça e inciso XIX, da Constituição Federal. Entende contrariado o princípio da isonomia. Discorre sobre o direito à incorporação do benefício pleitado.

2. Colho do acórdão recorrido o seguinte trecho:O cerne da questão posta em debate diz respeito à possibilidade de

servidor público federal estatutário, cedido para ter exercício de cargo em comissão/função de direção, chefia ou assessoramento em entidades privadas vinculadas à administração — empresas públicas e sociedades de economia mista — ter assegurado o direito à incorporação a título de quintos do perlo1 o respectivo.

A propósito, anota-se que a Lei n. 8.911/94 regula o direito à incorporação de quinto is, incorporação esta prevista no art. 62, da Lei n. 8.112/90, sendo que ambas se aplicam, tão-somente, aos servidores da Administração Federal direta, autárquica e fundacional, os quais devem, portanto, ser considerados gomo beneficiários da norma de regência, encontrando-se todos submetidos ao mesmo regime jurídico único. Cumpre ressaltar, por outro lado, que os dispositivos legais concernentes ao instituto da incorporação de parcelas da remuneração de funções comissionadas visam à garantia da reciprocidade de tratamento ao servidor investido em cargo ou função comissionada. Assim, se um servidor da União é cedido para 'ocupar cargo em comissão em empresa pública federal, a incorporação de quintos correspondente seria viável caso a recíproca fosse também verdadeira, ou seja, se um empregado da empresa pública pudesse incorporar a mesma vantagem pelo exercício de cargo em comissão junto à União o que, sabe-se, não é possível, uma vez que o instituto da incorporação de quintos não se aplica aos empregados de empresas públicas, regidos I pela legislação trabalhista (CLT), nos termos do disposto no art. 173, §1°, inciso ll, da Constituição Federal de 1988.

Nessa linha de raciocínio, cumpre lembrar que a Lei n. 6.732/79, que regulava o instituto da incorporação de quintos, pão se destinava aos empregados de empresas públicas, haja vista estes não serem servidores públicos, sobre não terem sido transpostos para o regime jurídico único dos servidores públicos; federais - Lei n. 8.112/90 -, permanecendo sob o regime

O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando o acesso a este Tribunal. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise recurso que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nº 282 e 356 da Súmula do Supremo.

3. Conheço do agravo e o desprovejo.4. Publiquem.Brasília, 24 de maio de 2018.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 384

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.128.212 (1559)ORIGEM : 70061566816 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : GERFISSON PORFIRIO GOMES MONCAOADV.(A/S) : ROBERTA MORAES DE VASCONCELOS (39686/RS)RECDO.(A/S) : BANCO SAFRA S AADV.(A/S) : MAURICIO SCANDELARI MILCZEWSKI (A932/AM,

33400/BA, 34780/DF, 32688/GO, 131445/MG, 15027-A/MS, 14793/A/MT, 19391-A/PA, 01584/PE, 52885/PR, 170101/RJ, 838-A/RN, 70520A/RS, 25166/SC, 304382/SP)

DECISÃO:Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento ao

recurso extraordinário. A decisão agravada está correta e alinhada aos precedentes firmados

por esta Corte. Diante do exposto, com base no art. 932, IV e VIII, c/c o art. 1.042, §

5º, do CPC/2015, e no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego provimento ao recurso. Nos termos do art. 85, § 11, do CPC/2015, fica majorado em 25% o valor da verba honorária fixada anteriormente, observados os limites legais do art. 85, §§ 2º e 3º, do CPC/2015. Tal verba, contudo, fica com sua exigibilidade suspensa em razão do deferimento da assistência judiciária gratuita ao agravante, nos termos do art. 98, § 3º, do CPC/2015.

Publique-se. Brasília, 14 de maio de 2018.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.128.420 (1560)ORIGEM : 06077043920168010070 - TJAC - 1ª TURMA RECURSAL

- RIO BRANCOPROCED. : ACRERELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MOISES ANTONIO SILVAADV.(A/S) : MARCIO BEZERRA CHAVES (3198/AC)RECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO ACRE -

ACREPREVIDÊNCIARECDO.(A/S) : MARIA LIBERDADE MOREIRA MORAIS CHAVES

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 40, § 20, 42, §§ 1º e 2º, e 142, § 3º, X, da Constituição Federal.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

As razões do recurso não se mostram aptas a infirmar os fundamentos do acórdão recorrido, ensejando o entendimento jurisprudencial vertido nas Súmulas 283 e 284/STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles” e “É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia”.

Ainda que não se ressentisse o recurso quanto aos pressupostos melhor sorte não colheria, porquanto compreensão diversa do entendimento adotado pelo Tribunal de origem demandaria a análise prévia da legislação infraconstitucional aplicável, bem como o revolvimento da moldura fática delineada no acórdão recorrido, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Aplicação da Súmula 280/STF: “Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário”.

Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Precedentes:

“DIREITO ADMINISTRATIVO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO CPC/2015. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. GRATIFICAÇÃO POR EXERCÍCIO DE FUNÇÃO. INCORPORAÇÃO. LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL 39/2002. ALEGAÇÃO DE OFENSA AOS ARTS. 40, § 20, 42, § 1º, e 142, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULA 280/STF. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA NÃO VIABILIZA O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REELABORAÇÃO DA MOLDURA

FÁTICA. PROCEDIMENTO VEDADO NA INSTÂNCIA EXTRAORDINÁRIA. AGRAVO MANEJADO SOB A VIGÊNCIA DO CPC/2015.

1. Obstada a análise da suposta afronta aos preceitos constitucionais invocados, porquanto dependeria de prévia análise da legislação infraconstitucional aplicada à espécie, procedimento que refoge à competência jurisdicional extraordinária desta Corte Suprema, a teor do art. 102 da Magna Carta.

2. As razões do agravo não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

3. Majoração em 10% (dez por cento) dos honorários anteriormente fixados, obedecidos os limites previstos no artigo 85, §§ 2º, 3º e 11, do CPC/2015, ressalvada eventual concessão do benefício da gratuidade da Justiça.

4. Agravo interno conhecido e não provido, com aplicação da penalidade prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015, calculada à razão de 1% (um por cento) sobre o valor atualizado da causa.” (ARE 1086161-AgR, de minha lavra, 1ª Turma, DJe 25.4.2018)

“EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Administrativo. Servidor público. Gratificação por exercício de função. Legislação local. Ofensa reflexa. Fatos e provas. Reexame. Impossibilidade. Precedentes. 1. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise de legislação local e o reexame do conjunto fático-probatório da causa. Incidência das Súmulas nºs 280 e 279/STF. 2. Agravo regimental não provido. 3. Majoração da verba honorária em valor equivalente a 10% (dez por cento) do total daquela já fixada (art. 85, §§ 2º, 3º e 11, do CPC), observada a eventual concessão do benefício da gratuidade da justiça.” (ARE 971127 AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Segunda Turma, julgado em 02/09/2016, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-212 DIVULG 04-10-2016 PUBLIC 05-10-2016.)

“EMENTA: AGRAVO INTERNO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. PENSÃO POR MORTE. POLICIAL MILITAR. PARIDADE E INTEGRALIDADE. NECESSIDADE DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CARREADO AOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 279 DO STF. RECURSO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA. INAPLICABILIDADE DO ARTIGO 85, § 11, DO CPC/2015. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO.” (RE 1056051-AGR, REL. MIN. LUIZ FUX, 1ª TURMA, DJE 19.12.2017)

“Ementa: PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. FUNDAMENTAÇÃO INSUFICIENTE. ÔNUS DO RECORRENTE. PARIDADE REMUNERATÓRIA ENTRE OS MILITARES DO ANTIGO E DO ATUAL DISTRITO FEDERAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL (ARE 870.776, DE MINHA RELATORIA, TEMA 803).

AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.” (ARE 862.047-AgR, Rel. Min. Teori Zavascki, 2ª Turma, DJe 12.5.2015)

Por conseguinte, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 21 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.128.422 (1561)ORIGEM : 06076991720168010070 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : ACRERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : CARLOS ALBERTO PAIVA LEITEADV.(A/S) : MARCIO BEZERRA CHAVES (3198/AC)RECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO ACRE -

ACREPREVIDÊNCIAADV.(A/S) : MARIA LIBERDADE MOREIRA MORAIS CHAVES (4185/

AC)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – LEGISLAÇÃO LOCAL –

INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DO AGRAVO.1. Atentem para o decidido na origem. A Turma Recursal local,

confirmando o entendimento do Juízo, assentou, observada a legislação de regência, a exigibilidade de contribuição para a previdência estadual de servidor público militar reformado. No extraordinário, cujo trânsito busca alcançar, o recorrente aponta violados os artigos 40, § 20, 42, § 1º e § 2º, e 142, § 3º, inciso X, da Constituição Federal. Aduz a ausência de lei estadual específica a definir o regime próprio de previdência dos servidores públicos militares estaduais. Articula com a falta de previsão legal quanto à exigibilidade da contribuição previdenciária em caso.

2. À toda evidência, da leitura do acórdão impugnado mediante o

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 385

extraordinário depreende-se, a mais não poder, ter o Colegiado de origem julgado a apelação a partir de interpretação conferida ao artigo 17, § 4º, da Lei Complementar estadual nº 154/05. A controvérsia sobre o alcance de norma local não viabiliza, conforme sedimentado pela jurisprudência – Verbete nº 280 da Súmula: Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário –, o acesso ao Supremo. Está-se diante de caso cujo desfecho fica no âmbito da própria Turma Recursal.

3. Conheço do agravo e o desprovejo. Considerada a fixação em sentença dos honorários advocatícios em 10% sobre o valor da condenação, majoro os honorários recursais no patamar de mais 5% do valor da condenação, consoante o artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015. Tendo a parte agravante litigado sob o pálio da assistência judiciária gratuita, arcará com o ônus dos honorários caso ocorra a recuperação do poder aquisitivo no prazo de cinco anos.

4. Publiquem.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.128.467 (1562)ORIGEM : 00454100520128260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : LUIZ CARLOS MIRANDA ROCHA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIA CLAUDIA CANALE (121188/SP)RECDO.(A/S) : ASSOCIACAO PAULISTA DE MEDICINAADV.(A/S) : FRANCINE CURTOLO ACAYABA DE TOLEDO (185480/

SP)INTDO.(A/S) : ASSOCIACAO BRASILEIRA DE MEDICINA DE

TRAFEGOADV.(A/S) : PRISCILA CALADO CORREA NETTO (166600/SP)ADV.(A/S) : OSCAVO CORDEIRO CORREA NETTO (44856/SP)INTDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ementado nos seguintes termos:

“Repetição de indébito. Taxa estadual de assistência aos médicos, instituída pela Lei Estadual n. 610/50, revogada pela Lei Estadual n. 12.497/06. Exigência sobre a forma de "selo médico" aposto nos atestados de saúde requeridos por candidatos à emissão ou renovação de CNH. Ilegitimidade passiva da corre ABRAMET. Ausência de vínculo com a exação. Taxa costumeiramente repassada aos candidatos que suportavam o ônus do tributo. Precedentes desta Câmara. Ação improcedente. Recursos providos”. (eDOC 7, p. 83)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, a e c, da Constituição Federal, aponta-se violação ao art. 149, § 1º, do texto constitucional, e à jurisprudência desta Corte.

Nas razões recursais, alega-se, em síntese, a impossibilidade da cobrança da taxa denominada “selo médico” na medida em que inexistiria suporte legal a permitir a exigência do tributo.

Sustenta-se, ainda, a incompetência do ente legislativo estadual para instituir contribuição social no interesse das categorias profissionais ante a ausência de norma constitucional permissiva.

Decido. O recurso não merece prosperar. No caso, verifico que o Tribunal de origem, ao examinar a legislação

local aplicável à espécie (Leis Estaduais n.s 610/50 e 12.497/06) e o conjunto probatório constante dos autos, consignou inexistir comprovação de que o ônus do recolhimento da taxa impugnada teria sido suportado pelos recorrentes, fato que obstaria o acolhimento da pretensão de repetição de indébito. Nesse sentido, extrai-se o seguinte trecho do acórdão impugnado:

“Desse modo , revogada a Lei Estadual no 610/50 , todas as cobranças posteriores se mostraram indevidas, o que não implica necessariamente que a pretensão dos autores deva ser acolhida.

Entende esta 10a Câmara de Direito Público que ‘Ainda que se reconheça que revogação expressa da lei instituidora de um tributo tem como efeito direto a inexigibilidade dos créditos respectivos, todavia, no caso dos autos, não houve comprovação de que o ônus referente ao pagamento do selo médico tenha sido suportado pelos autores. (...)’

Assim sendo , merece reforma a r. sentença proferida pelo juízo a quo, para extinguir o processo sem julgamento de mérito no tocante à corre Associação Brasileira de Medicina de Tráfego — ABRAMET, nos termos do art. 267, VI, do CPC e para reconhecer a improcedência do pedido contra a APM, conforme fundamentação exposta.” (eDOC 7, p. 86)

Assim, verifica-se que a matéria debatida no acórdão recorrido restringe-se ao âmbito da legislação local, de modo que a ofensa à Constituição, se existente, seria reflexa ou indireta, o que inviabiliza o processamento do presente recurso. Além disso, divergir do entendimento firmado pelo tribunal de origem demandaria o revolvimento do acervo fático-probatório. Nesses termos, incidem no caso as Súmulas 280 e 279 do STF.

A propósito, confira-se o seguinte julgado desta Corte:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. TAXA DE CONSERVAÇÃO DE VIAS E LOGRADOUROS PÚBLICOS. INCONSTITUCIONALIDADE. TAXAS DE LIMPEZA PÚBLICA DOMICILIAR E DE MANUTENÇÃO DA REDE DE ÁGUA E ESGOTO. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO LOCAL E DO REEXAME DE FATOS E PROVAS (SÚMULAS 279 E 280 D0 SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL). AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (AI 653547 AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 23.10.2009)

Cito, no mesmo sentido, o seguinte precedente: ARE 1.078.202/SP, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 29.9.2017.

Por fim, no tocante à divergência jurisprudencial suscitada pela parte reclamante. observo que tal hipótese não se presta a justificar o apelo extremo, na medida em que não está prevista entre as possibilidades de cabimento fixadas no art. 102, III, da Constituição Federal.

Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes: “Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Recurso

extraordinário. Petição que não indica o permissivo constitucional. Descabimento. Precedentes. 3. Artigo 322 do RISTF, redação anterior à Constituição Federal de 1988. Não cabe recurso extraordinário na hipótese de divergência jurisprudencial. Competência do Superior Tribunal de Justiça. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 639794 AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 28.3.2008)

“CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL. NÃO-CABIMENTO. SÚMULA 284-STF. QUESTÃO CONSTITUCIONAL: INDICAÇÃO EXPRESSA. I. - A divergência jurisprudencial não se inclui entre as hipóteses de cabimento do recurso extraordinário previstas no art. 102, III, alíneas a, b e c, da Constituição Federal. Incide, no caso, a Súmula 284-STF. II. - O recurso extraordinário é inviável se a questão constitucional não é posta com clareza, com a indicação expressa das normas constitucionais que se dizem ofendidas. III. - Agravo não provido.” (AI 505375 AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 20.5.2005)

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (art. 932, VIII, do NCPC c/c art. 21, §1º, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.128.479 (1563)ORIGEM : PROC - 00576305020134013700 - TRF1 - MA - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : JOSE DE OLIVEIRA SOUZAADV.(A/S) : JOSE DO EGITO FIGUEIREDO BARBOSA (1984/PI)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Verifico que o presente recurso não impugna todos os fundamentos em que se apoia o ato decisório ora questionado.

É que a parte agravante, ao insurgir-se contra a decisão que não admitiu o apelo extremo por ela interposto, deixou de ilidir todos os fundamentos jurídicos em que se assentou o ato decisório proferido pelo órgão judiciário de origem, abstendo-se de impugnar a incidência do óbice previsto na Súmula 281/STF.

A ausência de impugnação abrangente de todos os fundamentos nos quais se assenta a decisão recorrida significa que a parte agravante, ao assim proceder, descumpriu típica obrigação processual que lhe incumbia atender, pois, como se sabe, impõe-se ao recorrente afastar, pontualmente, cada uma das razões invocadas como suporte do ato decisório recorrido (AI 238.454-AgR/SC, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

Não constitui demasia assinalar que o descumprimento desse dever jurídico – ausência de impugnação de cada um dos fundamentos em que se apoia o ato decisório agravado – conduz, nos termos da orientação jurisprudencial firmada por esta Suprema Corte, ao reconhecimento da inadmissibilidade do agravo interposto (RTJ 126/864 – RTJ 133/485 – RTJ 145/940 – RTJ 146/320):

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO – DECISÃO QUE NEGA SEGUIMENTO AO APELO EXTREMO – INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO QUE NÃO IMPUGNA AS RAZÕES DESSE ATO DECISÓRIO (…).

– Impõe-se, à parte recorrente, quando da interposição do agravo de instrumento, a obrigação processual de impugnar todas as razões em que se assentou a decisão veiculadora do juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário. Precedentes.”

(AI 428.795-AgR/RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Não se desconhece que o ordenamento normativo, informado pela

teoria geral dos recursos, erige à condição de pressuposto essencial (e, portanto, indispensável) inerente às modalidades recursais a obrigação, que é indeclinável, da parte recorrente de expor as razões de fato (quando cabíveis) e de direito viabilizadoras da reforma ou da invalidação da decisão recorrida.

É tão significativo esse específico pressuposto recursal de índole

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 386

objetiva que, desatendido pela parte recorrente, produz, como inevitável efeito consequencial, a própria incognoscibilidade do meio recursal utilizado.

Cabe insistir, pois, que se impõe a quem recorre, como indeclinável dever processual, o ônus da impugnação especificada, sem o que se tornará inviável o conhecimento do recurso interposto.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, não conheço do presente agravo, por não impugnados, especificadamente, todos os fundamentos da decisão agravada (CPC, art. 932, III, “in fine”).

Não incide, neste caso, o que prescreve o art. 85, § 11, do CPC, ante a ausência de condenação em verba honorária na origem.

Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.128.715 (1564)ORIGEM : RHC - 69913 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ROMEU TUMA JUNIORADV.(A/S) : DAVID CURY NETO (307075/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : JOSE EDUARDO ELIAS ROMAOADV.(A/S) : ANDRE DUTRA DOREA AVILA DA SILVA (24383/DF)ADV.(A/S) : ROSENELY DUTRA DE DOREA (46409/BA, 44249/DF)

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta ao art. 5º, LIV e LV, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

A Corte de origem decidiu a controvérsia em acórdão assim ementado:

"PENAL. PROCESSUAL PENAL. RECURSO EM HABEAS CORPUS. QUEIXA-CRIME. CALÚNIA E DIFAMAÇÃO QUALIFICADAS. ALEGADA DECADÊNCIA. NÃO COMPROVAÇÃO. ART. 156 DO CPP. AFRONTA AO PRINCÍPIO DA INDIVISIBILIDADE. COAUTORIA NÃO COMPROVADA. MATÉRIA QUE EXIGE APROFUNDADO EXAME DO ACERVO FÁTICO PROBATÓRIO. INVIABILIDADE NO WRIT. CERCEAMENTO DE DEFESA. NÃO CONFIGURADO. AUSÊNCIA DE PREJUÍZO. RECURSO NÃO PROVIDO. I - Ao oferecer a queixa-crime o querelante comprovou que somente tomou conhecimento do conteúdo da publicação na data em que a adquiriu em uma livraria, o que é suficiente para o exame do dies a quo do prazo decadencial. II - Nos termos do art. 156 do CPP, a prova da alegação incumbe a quem a fizer, notadamente, a prova de fato extintivo da punibilidade que aproveita a Defesa, como é o caso dos autos, no que concerne à alegação de decadência. Não há que se falar, portanto, em inversão do ônus da prova. III - As instâncias ordinárias concluíram que não ficou configurada afronta ao princípio da indivisibilidade, porquanto não restou comprovada a alegada coautoria. Assentaram que o nome que consta da capa dos autos é de jornalista que somente colheu as informações do querelado para a confecção do livro. Modificar o entendimento das instâncias ordinárias nesse sentido demandaria aprofundado exame do acervo fático-probatório, providência inviável na estreita via do habeas corpus e do seu recurso ordinário. IV - Não há que se falar em nulidade quando se afere que o recorrente foi intimado para se manifestar antes do recebimento da denúncia, oportunidade na qual arguiu preliminares devidamente analisadas pelo Juízo de 1º Grau, exercendo de maneira ampla o seu direito de Defesa. Tem aplicação o disposto no art. 523 do CPP, segundo o qual a alegação de nulidade exige a prova do prejuízo, o que não ocorreu no caso dos autos. V - A alegação contida em petição posterior à interposição do recurso, de que depoimentos colhidos no curso da instrução comprovariam a decadência e a tese de coautoria, não foram objeto de apreciação pela eg. Corte de origem, o que impede seu exame por este Superior Tribunal de Justiça, sob pena de supressão de instância. Recurso conhecido e não provido.”

O exame de eventual ofensa aos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal (v.g.: Inviável em recurso extraordinário o exame de ofensa reflexa à Constituição Federal e a análise de legislação infraconstitucional RE 660.186 AgR/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 14.02.2012; Os princípios da legalidade, o do devido processo legal, o da ampla defesa e do contraditório, bem como a verificação dos

limites da coisa julgada e da motivação das decisões judiciais, quando a verificação da violação dos mesmos depende de reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária RE 642.408 AgR/SP, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 14.02.2012; Alegada afronta ao art. 5º, incs. XXXVI e XL, LIV e lV, da Constituição da República ARE 738.398 AgR/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, 2ª Turma, DJe 28.6.2013).

Verifico, ainda, que no julgamento do RE 748.371-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, Pleno, DJe 1º.8.2013, esta Suprema Corte decidiu pela inexistência de repercussão geral da matéria relacionada à alegação de violação dos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, verbis:

“Alegação de cerceamento do direito de defesa. Tema relativo à suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal. Julgamento da causa dependente de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais. Rejeição da repercussão geral.”

Por seu turno, a análise efetuada pelo Tribunal a quo enfrentou o conjunto probatório para firmar seu convencimento, razão pela qual aferir a ocorrência de eventual afronta aos preceitos constitucionais invocados no apelo extremo exigiria o revolvimento do quadro fático delineado, procedimento vedado em sede extraordinária. Aplicação da Súmula 279/STF: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. Nesse sentido: ARE 893.283-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe 24.8.2015; e ARE 969.273-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 10.8.2016, cuja ementa transcrevo:

“PENAL E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. OFENSA REFLEXA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. A alegada ofensa aos incisos I, XXII, XXIX, XXXV, LIV e LV do art. 5º da CRFB reclama reexame da legislação infraconstitucional aplicável à espécie, impossível na via do recurso extraordinário, por configurar ofensa indireta à Constituição Federal. 2. Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário (Enunciado 279 da Súmula do STF). A pretensão de revisão das razões que ensejaram a rejeição da queixa crime, principalmente no que toca à decadência, reclama revisão de fatos e provas, inviável na via estreita do recurso extraordinário. 3. Agravo regimental desprovido.”

Por conseguinte, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.128.872 (1565)ORIGEM : PROC - 54084235720138090051 - TJGO - 2ª TURMA

RECURSAL DA 1ª REGIÃO - GOIÂNIAPROCED. : GOIÁSRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : LUIS GUSTAVO PINHEIRO ALVESADV.(A/S) : SANDRO DE ABREU SANTOS (39136/DF, 28253/GO)RECDO.(A/S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta ao art. 37, caput, I, II e IV, da Constituição Federal.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

O Tribunal de origem, na hipótese em apreço, lastreou-se na prova produzida para firmar seu convencimento, razão pela qual a aferição da ocorrência de eventual afronta aos preceitos constitucionais invocados no apelo extremo exigiria o revolvimento do quadro fático delineado, procedimento vedado em sede extraordinária. Aplicação da Súmula nº 279/STF: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. APROVAÇÃO FORA DO NÚMERO DE VAGAS DO EDITAL. ALEGADO DIREITO À NOMEAÇÃO: SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E AUSÊNCIA DE OFENSA CONSTITUCIONAL DIRETA. MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (ARE 1096931-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Pleno, DJe

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 387

18.4.2018)“SEGUNDO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO

EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. APROVAÇÃO FORA DO NÚMERO DE VAGAS PREVISTAS NO EDITAL. ANÁLISE DE CLÁUSULAS EDITALÍCIAS E DO CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO CARREADO AOS AUTOS. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM O SEGUIMENTO DO APELO EXTREMO. REEXAME DE FATOS E PROVAS. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 454 DO STF. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF). 2. As cláusulas contratuais ou editalícias e a verificação de suas validades encerram reexame de norma infraconstitucional, insuscetível de discussão via recurso extraordinário, incidindo, in casu, o óbice da súmula 454 do STF, verbis: Simples interpretação de cláusulas contratuais não dá lugar a recurso extraordinário. Precedentes: RE 599.127-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ayres Britto, Dje de 04/03/11, e AI 829.036-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, Dje de 24/03/11. 3. A verificação de violação ao princípio da legalidade, quando a sua aferição pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais, revela ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. Precedentes: AI n. 629.342-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 07.05.2010, e RE n. 561.980-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 08.04.2011. 4. A Súmula 279/STF dispõe verbis: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. 5. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 6. In casu, o acórdão recorrido assentou: “Mandado de Segurança. Concurso Público para assistente social. Candidata classificada além do número de vagas inicialmente oferecidas. Desistência de candidata aprovada. Abertura de vacância entre as vagas oferecidas. Direito subjetivo à nomeação da impetrante classificada imediatamente após o número de vagas oferecidas. Necessidade de preenchimento das vagas demonstradas pela Administração. Perda da discricionariedade do ato de nomeação. Concessão da segurança.” 7. Agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE 711925-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 06.5.2013)

Por conseguinte, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.025 (1566)ORIGEM : AREsp - 30012253220138260201 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MUNICIPIO DE GARCAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE GARÇARECTE.(S) : INSTITUTO DE APOSENTADORIA E PENSÃO DOS

SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE GARÇAADV.(A/S) : DANIEL MESQUITA DE ARAUJO (313948/SP)RECDO.(A/S) : ALICE KIMOTO YAMAOTOADV.(A/S) : DOUGLAS JOSE JORGE (156727/SP)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

LEGISLAÇÃO LOCAL – INTERPRETAÇÃO – AGRAVO DESPROVIDO. 1. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, reformando o

entendimento do Juízo, afastou a prescrição quinquenal e julgou procedente o pedido de concessão de pensão, observada a paridade. No extraordinário cujo trânsito busca alcançar, o recorrente alega a violação dos artigos 2º, 5º cabeça e inciso II, 30, inciso I, 37, inciso XIII, e 40, cabeça e § 2º e § 4º, da Constituição Federal. Diz contrariado o verbete nº 339 da Súmula do Supremo. Entende feridos os princípios da separação dos Poderes e da legalidade. Aponta a impossibilidade de o Poder Judiciário conceder aumento de vencimento aos servidores sob fundamento de isonomia. Afirma incabível a equiparação, porquanto o cargo paradigma jamais foi exercido pelo servidor falecido.

2. De início, quanto à evocação do enquadramento do extraordinário na alínea “c” do inciso III do artigo 102 da Carta Federal, percebe-se o equívoco do garante, uma vez que não se declarou a validade de lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado no exame de processo da competência da Corte.

No mais, a recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada

por simples revisão do que decidido, procedida, na maioria das vezes, mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional a partir da moldura fática delineada soberanamente pelo Colegiado de origem, das premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o verbete nº 279 da Súmula do Supremo:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. Colho do acórdão recorrido os seguintes trechos: O referido ex-servidor foi aposentado como Chefe da Diretoria de

Educação, Cultura, Assistência Social e Saúde Pública, ref. 12, pelo Decreto Municipal n° 3.454/87 (fls. 214), mas, posteriormente, por força do Decreto Municipal no 9.689, de 30/07/1997 (fls. 75), considerando a Lei Municipal n° 3.174/97, foi adaptado com efeitos retroativos a 01/05/1997, nos termos do art. 21, §1°, da Lei Municipal n° 3.008/95, com a redação da Lei Municipal n° 3.174/97, com proventos mensais e integrais, na referência C-07, adicional de quinquênio 35% (trinta e cinco por cento), gratificação universitária de 20% (vinte por cento) e sexta-parte.

Ora, a referência C-07, na qual ficou estabilizada a aposentadoria do ex-servidor, por força do art. 21, § 1º da Lei n° 3.008/95, na redação da Lei n° 3.174/97, é aquela correspondente ao cargo de provimento em comissão de Secretário, conforme o Anexo II da Lei no 3.008/95 (fls. 91).

Assim, nada obstante aposentado em cargo de provimento efetivo, ante a adaptação promovida por lei, fixou-se como elo necessário ao paradigma remuneratório da aposentadoria, a apontada equivalência aos subsídios dos Secretários Municipais.

E, agora, ante a pensão por morte em favor da autora, forçoso reconhecer, em favor dela, a paridade com os subsídios do cargo de Secretário Municipal, e, daí, o erro da municipalidade em não promover a elevação desta pensão nos mesmos valores em que foram elevados os subsídios dos Secretários, isto é, referência C-07, conforme as leis municipais destacada no julgado monocrático.

Despiciendo, assim, afirmar que a aposentadoria se deu em cargo efetivo, não podendo seguir o padrão remuneratório de paridade com o cargo comissionado, pois foi nele, na referência C-07, que se deu a adaptação e, nisso, não há ofensa à norma jurídica alguma, quer legal, quer constitucional. Afinal, está adaptação, por consequência de lei, deve ser projetada para a pensão.

Ademais, observe-se que a morte do ex-servidor ocorreu em 1992, o que afasta, por si, a alegação de instituição da pensão após a EC 41/2003.

Enfim, sob qualquer ângulo, os argumentos do apelante não vingam. O que importa é que há, no caso, incidência da norma constitucional

da paridade (art. 40 , § 80 , CF), que tem, na legislação local, para a pensionista, expressa determinação de equivalência com a referência C-07, que é do cargo de Secretário Municipal.

Afronta ao princípio de legalidade, pois, seria não observar tal paridade, não havendo na r. sentença sinal algum de ofensa ao tal princípio.

As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos à decisão atacada, buscando-se, em última análise, a reapreciação dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, da leitura do pronunciamento impugnado mediante o extraordinário depreende-se ter o Tribunal de origem julgado a apelação a partir de interpretação conferida às Leis municipais nº 3.174/97 e nº 3.816/04. A controvérsia sobre o alcance de norma local não viabiliza, conforme sedimentado pela jurisprudência verbete nº 280 da Súmula: Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário , o acesso ao Supremo. Está-se diante de caso cujo desfecho fica no âmbito do próprio Tribunal de Justiça.

De resto, o sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento, esbarrando nos verbetes nº 282 e 356 da Súmula dessa Corte.

3. Conheço do agravo interposto pelo Município de Garça e o desprovejo. Considerada a fixação na origem dos honorários advocatícios em 10% sobre o calor da causa, majoro os honorários recursais em 5%, nos termos do artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015.

4. Publiquem.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.025 (1567)ORIGEM : AREsp - 30012253220138260201 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MUNICIPIO DE GARCAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE GARÇARECTE.(S) : INSTITUTO DE APOSENTADORIA E PENSÃO DOS

SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE GARÇAADV.(A/S) : DANIEL MESQUITA DE ARAUJO (313948/SP)RECDO.(A/S) : ALICE KIMOTO YAMAOTOADV.(A/S) : DOUGLAS JOSE JORGE (156727/SP)

DECISÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 388

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA – LEGISLAÇÃO LOCAL – INTERPRETAÇÃO – AGRAVO DESPROVIDO.

1. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo reformou o entendimento do Juízo quanto à improcedência do pedido para afastar a prescrição quinquenal e assegurar o direito de dependente de servidor público municipal falecido ao recebimento da pensão, observada a paridade. No extraordinário cujo trânsito busca alcançar, o recorrente alega a violação dos artigos 2º, 30, inciso I, 37, inciso XIII, e 40, § 8º, da Constituição Federal. Diz contrariado o verbete vinculante nº 37 da Súmula do Supremo. Entende ferido o princípio da separação dos Poderes. Aponta a impossibilidade de o Poder Judiciário conceder aumento de vencimento aos servidores sob fundamento de isonomia. Alude à prescrição do direito, nos termos do Decreto nº 20.910/32. Afirma não ser possível a equiparação, porquanto o cargo paradigma utilizado jamais foi exercido pelo servidor falecido.

2. De início, quanto à evocação do enquadramento do extraordinário na alínea c do inciso III do artigo 102 da Carta Federal, percebe-se o equívoco do garante, uma vez que não se declarou a validade de lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado no exame de processo da competência da Corte.

No mais, a recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, procedida, na maioria das vezes, mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional a partir da moldura fática delineada soberanamente pelo Colegiado de origem, das premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o verbete nº 279 da Súmula do Supremo:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. Colho do acórdão recorrido os seguintes trechos: Prescrição de fundo de direito, outrossim, não há. Em sede de

pagamentos mensais de pensão por morte, a ilegalidade se renova a cada pagamento feito em descompasso com a lei, havendo, tão somente, prescrição das parcelas abarcadas pelo lustro quinquenal anterior à propositura da ação.

[…]O referido ex-servidor foi aposentado como Chefe da Diretoria de

Educação, Cultura, Assistência Social e Saúde Pública, ref. 12, pelo Decreto Municipal n° 3.454/87 (fls. 214), mas, posteriormente, por força do Decreto Municipal no 9.689, de 30/07/1997 (fls. 75), considerando a Lei Municipal n° 3.174/97, foi adaptado com efeitos retroativos a 01/05/1997, nos termos do art. 21, §1°, da Lei Municipal n° 3.008/95, com a redação da Lei Municipal n° 3.174/97, com proventos mensais e integrais, na referência C-07, adicional de quinquênio 35% (trinta e cinco por cento), gratificação universitária de 20% (vinte por cento) e sexta-parte.

Ora, a referência C-07, na qual ficou estabilizada a aposentadoria do ex-servidor, por força do art. 21, § 1º da Lei n° 3.008/95, na redação da Lei n° 3.174/97, é aquela correspondente ao cargo de provimento em comissão de Secretário, conforme o Anexo II da Lei no 3.008/95 (fls. 91).

Assim, nada obstante aposentado em cargo de provimento efetivo, ante a adaptação promovida por lei, fixou-se como elo necessário ao paradigma remuneratório da aposentadoria, a apontada equivalência aos subsídios dos Secretários Municipais.

E, agora, ante a pensão por morte em favor da autora, forçoso reconhecer, em favor dela, a paridade com os subsídios do cargo de Secretário Municipal, e, daí, o erro da municipalidade em não promover a elevação desta pensão nos mesmos valores em que foram elevados os subsídios dos Secretários, isto é, referência C-07, conforme as leis municipais destacada no julgado monocrático.

Despiciendo, assim, afirmar que a aposentadoria se deu em cargo efetivo, não podendo seguir o padrão remuneratório de paridade com o cargo comissionado, pois foi nele, na referência C-07, que se deu a adaptação e, nisso, não há ofensa à norma jurídica alguma, quer legal, quer constitucional. Afinal, está adaptação, por consequência de lei, deve ser projetada para a pensão.

Ademais, observe-se que a morte do ex-servidor ocorreu em 1992, o que afasta, por si, a alegação de instituição da pensão após a EC 41/2003.

Enfim, sob qualquer ângulo, os argumentos do apelante não vingam. O que importa é que há, no caso, incidência da norma constitucional

da paridade (art. 40 , § 80 , CF), que tem, na legislação local, para a pensionista, expressa determinação de equivalência com a referência C-07, que é do cargo de Secretário Municipal.

Afronta ao princípio de legalidade, pois, seria não observar tal paridade, não havendo na r. sentença sinal algum de ofensa ao tal princípio.

As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos à decisão atacada, buscando-se, em última análise, a reapreciação dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, da leitura do pronunciamento impugnado mediante o extraordinário depreende-se ter o Tribunal de origem julgado a apelação a partir de interpretação conferida às Leis municipais nº 3.174/97 e nº 3.816/04. A controvérsia sobre o alcance de norma local não viabiliza, conforme sedimentado pela jurisprudência verbete nº 280 da Súmula: Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário , o acesso ao Supremo. Está-se diante de caso cujo desfecho fica no âmbito do próprio Tribunal de Justiça.

De resto, o sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento, esbarrando nos verbetes nº 282 e 356 da Súmula dessa Corte.

3. Conheço do agravo interposto pelo Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Servidores Públicos do Município de Garça e o desprovejo. Considerada a fixação na origem dos honorários advocatícios em 10% sobre o calor da causa, majoro os honorários recursais em 5%, nos termos do artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015.

4. Publiquem.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.112 (1568)ORIGEM : AREsp - 0010160006184 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE RORAIMAPROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ROBERTO MELO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : JOSE VANDERI MAIA (716/RR)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE RORAIMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

RORAIMA

Decisão: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça de Roraima, ementado nos seguintes termos:

“APELAÇÃO CRIMINAL - ROUBO CIRCUNSTANCIADO E ADULTERAÇÃO DE SINAL IDENTIFICADOR DE VEÍCULO AUTOMOTOR (ARTS. 157, § 2.º, I E II, E 311, CAPUT, AMBOS DO CP) - PLEITO DE ABSOLVIÇÃO - INVIABILIDADE - MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS - PENA CORRETAMENTE FIXADA - SENTENÇA MANTIDA - RECURSO DESPROVIDO.” (eDOC 5, p. 5)

No recurso extraordinário, não se aponta em que permissivo se pautou a sua interposição, tampouco indicou os artigos da Constituição Federal violados. (eDOC 5, p. 64-88)

Nas razões recursais, o recorrente alega que o Tribunal de origem violou o princípio da presunção de inocência e requer que esta Corte reanalise todo a estrutura probatória dos autos.

É o relatório.Decido.Sem qualquer razão o recorrente.Inicialmente, verifico que o recorrente não apontou, nas razões de

seu recurso, quais os dispositivos constitucionais violados.Registre-se que é necessária, para a admissão do recurso

extraordinário, a demonstração efetiva de ofensa à Constituição Federal, o que não ocorreu no caso dos autos, motivo pelo qual incide o obstáculo da Súmula 284 do STF.

Nesse sentido, confiram-se os seguintes precedentes:“DIREITO PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO

INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO CPC/1973. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DOS DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS SUPOSTAMENTE VIOLADOS. SÚMULA Nº 284 DO STF. MAJORAÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. AUSÊNCIA DE CONTRAMINUTA. IRRELEVÂNCIA. PRECEDENTES. AGRAVO MANEJADO SOB A VIGÊNCIA DO CPC/2015. 1. As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada. Ausente a indicação de dispositivo constitucional a amparar a insurgência do recorrente. Incidência da Súmula nº 284/STF. 2. Majoração em 10% (dez por cento) dos honorários anteriormente fixados, obedecidos os limites previstos no artigo 85, §§ 2º, 3º e 11, do CPC/2015, ressalvada eventual concessão do benefício da gratuidade da Justiça. Precedentes: ARE 964.347-AgR, Redator p/ Acórdão Min. Roberto Barroso, 1ª Turma, DJe 25.10.2016, ARE 971774 AgR, Red. p/ Acórdão Min. Edson Fachin, 1ª Turma, DJe 19.10.2016. 3. Agravo regimental conhecido e não provido, com aplicação da penalidade prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015, calculada à razão de 1% (um por cento) sobre o valor atualizado da causa.” (ARE-AgR 972.999/MT, Redatora para o acórdão Ministra Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 25.4.2017 grifei)

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INTERPOSIÇÃO EM 30.5.2016. DIREITO ADMINISTRATIVO. DETRAN. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DOS DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS VIOLADOS. SÚMULA 284 . DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI FEDERAL. ART. 102, III, b . NÃO OCORRÊNCIA. 1. A ausência de indicação dos dispositivos constitucionais que teriam sido violados atrai a incidência da Súmula 284 do STF . 2. A interposição de recurso extraordinário com base no art. 102, III, b, da Constituição, demanda o reconhecimento formal da inconstitucionalidade de tratado ou lei federal pelo plenário ou órgão especial do Tribunal de origem. 3. Agravo regimental a que se nega provimento, com majoração de honorários advocatícios, com base no art. 85, § 11, do CPC, e aplicação de multa, nos termos do art. 1.021, § 4º, do CPC.” (ARE-AgR 956463, Rel. Min. Edson Fachin, Segunda Turma, DJe 16.3.2017 grifei)

Não bastasse o obstáculo imposto pela Súmula 284, não há matéria

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 389

constitucional prequestionada no presente recurso, razão por que seu processamento se esbarra nas súmulas 282 e 356 desta Corte.

Inclusive, o próprio recorrente assume que, se houvesse prequestionamento, ele seria meramente implícito, o que não é admitido pela jurisprudência deste Supremo Tribunal.

Mais a mais, quanto ao mérito, verifico que o Tribunal de origem, com base nas provas dos autos, consignou estarem, de forma incontestável e clara, comprovadas a ocorrência dos fatos denunciados e a autoria, referentes ao art. 157, § 2º, incisos I e II, além do art. 311 do Código Penal. Nesse sentido, extrai-se o seguinte trecho do acórdão impugnado:

“A autoria do roubo circunstanciado (CP, art. 157, § 2.º, I e II) está comprovada sobretudo pelas declarações da vítima Douglas Araújo Lima, que, em juízo, reconheceu o apelante Roberto Melo de Oliveira como um dos envolvidos no assalto ocorrido no dia 14/03/2015, por volta das 03:00h da madrugada, no Auto Posto Rodão, localizado na BR-174. De acordo com o ofendido, que trabalhava como frentista, o réu estava na direção do veículo, acompanhado de dois outros elementos, que o ameaçaram com uma faca e subtraíram a importância de R$ 260,00 (duzentos e sessenta reais).

[…]Quanto à autoria do crime de adulteração de sinal identificador de

veículo automotor (CP, art. 311, caput), esta também recai na pessoa do apelante, pois, conforme as declarações dos policiais rodoviários federais Célio Oliveira Carçalto e Gibson Barros de Sousa, eles já tinham a informação da ocorrência de um roubo no Auto Posto Rodão e, durante um patrulhamento, localizaram o automóvel utilizado na prática delitiva, na posse do acusado, cuja placa estava levantada e adulterada com fita isolante, de NAJ 7871 para NAO 7877 (CD-ROM, fls. 158/159). Com efeito, o Auto de Apresentação e Apreensão de fl. 32 indica a apreensão dos seguintes objetos: "1. (um) veículo FIAT SIENA, VERMELHO, PLACA NAJ 7871, com chave; 2. (um) invólucro plástico transparente, contendo em seu interior, uma substância entorpecente aparentando ser pasta de cocaína; 3. (três) pedaços de fita plástica na cor preta’.” (eDOC 5, 1-3)

Assim, observa-se que o recorrente intenta demonstrar sua inocência, mediante afastamento do entendimento fixado pelas instâncias precedentes, com fundamento no acervo probatório dos autos. Todavia, inviável o conhecimento da pretensão nesses termos, porquanto a reanálise de toda a instrução probatória, para a dedução das alegações do recorrente, é vedada no âmbito do recurso extraordinário, tendo em vista o disposto na Súmula 279 do STF.

Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes:“Agravo regimental em agravo interposto nos próprios autos do

recurso extraordinário. 2. Penal e Processo Penal. Crime do art. 303 do CTB. Alegação de violação ao artigo 5º, incisos II e LVII, da Constituição Federal. Incidência do Enunciado 279 da Súmula do STF. Precedentes. 3. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE-AgR 737.330/MG, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 10.6.2013)

“Agravo regimental no agravo de instrumento. Matéria criminal. Ofensa reflexa. Reapreciação de fatos e provas. Precedentes. 1. Nos termos da jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, a afronta aos princípios da ampla defesa e do contraditório, entre outros, quando necessita, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura, apenas, ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal e, por isso, não abre passagem ao recurso extraordinário. 2. Não é possível, em sede de recurso extraordinário, reexaminar fatos e provas, a teor do que dispõe a Súmula nº 279/STF. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento.” (AI-AgR 815.316/MS, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 9.4.2012)

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (art. 21, § 1º, RISTF).Publique-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro Gilmar MendesRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.349 (1569)ORIGEM : AREsp - 00006726920158260620 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MUNICIPIO DE TAQUARITUBAADV.(A/S) : AMANDA APARECIDA DA COSTA PEDROSO OLIVEIRA

(302888/SP)RECDO.(A/S) : PAMELA ROMANO ALCANTARA DE AZEVEDO

ZAMARIOLIADV.(A/S) : RAUL FERREIRA FOGACA (55539/SP)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO — LEGISLAÇÃO LOCAL —

INTERPRETAÇÃO — INVIABILIDADE — AGRAVO DESPROVIDO.1. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, reformando o

entendimento do Juízo, julgou procedentes os pedidos de reenquadramento na carreira e pagamento de consectários, aludindo à legislação de regência. No extraordinário cujo trânsito busca alcançar, o recorrente aponta violados os artigos 37, inciso X, e 169 da Constituição Federal. Diz ter o Colegiado

interpretado de forma equivocada a situação, devendo prevalecer o entendimento lançado na sentença.

2. Colho da decisão recorrida o seguinte trecho:Quanto à remuneração apontada, a Lei Complementar 124/2010

(fls.25/35), que dispõe sobre o Estatuto, Plano de Carreira, Vencimentos e Salários dos integrantes do Quando do Magistério do Município de Taquarituba, dispõe em seus artigos 28 e 70 que os docentes que ingressassem nos cargos de Professor I ou III e que comprovassem ser portadores de diplomas teriam jornada de trabalho calculada com base no nível I, da tabela 2, das escalas de vencimentos, ou seja, R$1.457,65, e não o valor apontado em edital: R$1.325,14 (fls. 33,34,11).

Nesse sentido, em 19/09/2013, foi publicado o Decreto 271/2013 (fls.64/67) para determinar o reenquadramento do cargo de Professor III, determinando que "ao ingressarem no serviço público-municipal deverão ser enquadrados na Tabela II, nível I, ;em conformidade com a .alínea "b" do artigo 28 e artigo 70 da Lei Complementar 124/210".

[…]Observa-se que o Decreto nº 271/2013 enquadrou os vencimentos do

cargo de Professor III na Tabela II, nível I, em conformidade com a alínea "b" do artigo 28 e artigo 70 da Lei Complementar 124/210, corrigindo o erro material do edital do concurso público nº 01/2010.

Dessa forma, a autora faz jus à retribuição calculada com base no nível I, da Tabela 2, desde seu ingresso na rede municipal de ensino (01/04/2011).

Da leitura do acórdão impugnado mediante o extraordinário depreende-se, a mais não poder, ter o Tribunal de origem julgado a apelação a partir de análise conferida a normas locais. Procedeu à interpretação da Lei Complementar municipal nº 124/10 e do Decreto municipal nº 271/13. Ora, a controvérsia sobre o alcance de lei local não viabiliza, conforme sedimentado pela jurisprudência - Verbete nº 280 da Súmula: Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário -, o acesso ao Supremo. Está-se diante de caso cujo desfecho final fica no âmbito do próprio Tribunal de Justiça.

3. Conheço do agravo e o desprovejo. Fixo os honorários recursais no patamar de 5% sobre o valor da causa, nos termos do artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015.

4. Publiquem.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.616 (1570)ORIGEM : 03327870720178130024 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : LUCAS DEFELIPPE GUERRAADV.(A/S) : MARCIO AUGUSTUS FIRPI (61457/MG)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

DECISÃO: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão da Turma Recursal de Jurisdição Exclusiva de Belo Horizonte, Betim e Contagem, sem ementa, nos seguintes termos:

“Vistos,Nos termos dos artigos 38 e 46 da Lei n. 9.099 de 1995, fica

dispensado o relatório.Cuida-se de denúncia contra LUCAS DEFELIPPE GUERRA pela

prática do crime previsto no 328 do CP - "Usurpar o exercício de função pública"

A sentença julgou extinta a punibilidade do autor do fato, pela prescrição da pretensão punitiva, com fulcro no art. 107, IV do CP, conforme f. 62.

Posteriormente, às f. 67, foi determinada a restituição do valor pago a título de fiança, a teor do disposto no art. 337 do CPP e, indeferido o pedido quanto à exclusão de dados do presente feito dos registros do instituto de identificação criminal.

Inconformado, o recorrente, apresentou o presente recurso, em face da decisão de f. 67, para que seja determinada exclusão dos registros do recorrente junto ao instituto de identificação criminal.

Verifico que o recorrente se insurge, na verdade, não contra a sentença de extinção da punibilidade, mas sim em face da decisão interlocutória de f. 67, para a qual, nos termos do que dispõe o artigo 42 da Lei 9.099/95, não há recurso.

Nestes termos, entendo que o recurso não pode ser acolhido, por não ser próprio.

Sem condenação em custas e honorários”. (eDOC 1, p 129)No recurso extraordinário, interposto com fundamento no artigo 102,

III, a, da Constituição Federal, aponta-se afronta ao princípio do “duplo grau” de jurisdição. (eDOC 1, p. 141-143).

Sustenta-se que “a decisão hostilizada na apelação e dirigida à Turma Recursal tem natureza de decisão com força de definitiva. Negou-se a prestação jurisdicional, o acesso a Justiça e ocorreu lesão ao princípio

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 390

constitucional do duplo grau de jurisdição”. (eDOC 1, p. 143)Requer seja provido o presente recurso extraordinário para

determinar que a Turma Recursal enfrente o mérito recursal.É o relatório.Decido.Verifico que a Turma Recursal não conheceu do recurso apresentado

pela defesa (eDOC 1, p. 110-113) sob o argumento de que não haveria, nos termos do artigo 42 da Lei 9.099/95, recurso cabível, daquela que consideraram ser uma decisão interlocutória.

Segundo consta dos autos, o recorrente foi denunciado pela suposta prática do crime previsto no art. 328 do Código Penal.

Inicialmente processado no âmbito da justiça comum, após verificação de que o delito seria de menor potencial ofensivo, a competência foi descolada ao juizado especial criminal. (eDOC 1, p. 61)

Com base em manifestação do parquet estadual (eDOC 1, p. 59), o juízo declarou extinta sua punibilidade, ante a prescrição da pretensão punitiva (art. 107, IV do CP), não tendo se pronunciado, nesse momento, acerca de suas consequências, que quanto ao caso se referia a devolução do valor que havia sido pago a título de fiança. (eDOC 1, p. 96)

Assim a defesa provoca manifestação acrescentando ao pedido de devolução do valor pago a título de fiança, o de que fossem excluídos dos registros de identificação, as informações sobre os fatos que ensejaram o oferecimento da denúncia.

Ao receber o referido pedido, o juízo defere a devolução do valor da fiança e indefere a exclusão dos registros do fato ocorrido. (eDOC 1, p. 104-105)

Dessa decisão, a defesa interpõe recuso “inominado” à Turma Recursal, que sob os argumentos retro expostos, não conhece do recurso por não haver previsão na legislação do juizado especial.

Ao meu ver, o entendimento da Turma Recursal deve ser revisto, uma vez que a decisão tida por interlocutória, na realidade foi uma decisão complementar à anteriormente proferida, visto que a devolução da fiança paga se daria em decorrência natural àquela que extinguiu sua punibilidade por prescrição.

Tendo sido omissa a primeira decisão, quanto à devolução do valor da fiança, fazia-se necessária a complementação do julgado, tendo sido esta suscitada pela defesa.

Assim, independentemente do mérito da questão posta, no que diz respeito à exclusão ou não de seu registro no sistema de identificação, assiste razão à defesa, uma vez que a negativa em se conhecer do recurso interposto, impede o acesso à jurisdição, ferindo o princípio da ampla defesa.

Ante o exposto, dou provimento ao recurso extraordinário, para determinar que a Turma Recursal conheça e julgue o mérito do recurso apresentado. (art. 21 do RISTF)

Publique-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.674 (1571)ORIGEM : REsp - 1681815 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : D.V.A.D.ADV.(A/S) : LEANDRO CAPATTI (321449/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Superior Tribunal de Justiça, maneja-se agravo. Obstado o seguimento do extraordinário, na origem, com fundamento na Súmula 281/STF.

Na minuta, a agravante limita-se a repisar a tese de mérito desenvolvida nas razões do recurso extraordinário.

É o relatório.Decido.Reproduzo o teor da decisão denegatória de seguimento do recurso

extraordinário, exarada na origem:“(...) Da análise dos autos, observa-se que o recurso extraordinário foi

interposto contra decisão monocrática, sem que fosse apresentado agravo interno para esgotamento da instância, sendo incabível, nesses casos, o apelo extremo, o qual é destinado ao julgamento das causas decididas em única ou última instância nos termos do art. 102, inciso III, alínea "a", da Constituição da República. (...)” (e-STJ Fl.302)

Nada colhe o agravo, não exauridos os recursos cabíveis nas instâncias ordinárias.

Aplicável, na hipótese, o entendimento jurisprudencial vertido na Súmula 281/STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando couber na justiça de origem, recurso ordinário da decisão impugnada”. Nesse sentido: AI 672.658-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 21.11.2008; RE 572.470-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 23.8.2011; AI 816.831-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 30.11.2010; e ARE 656.132-

AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 16.11.2011, cuja ementa transcrevo:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. DECISÃO IMPUGNADA. MONOCRÁTICA. AUSÊNCIA DE ESGOTAMENTO DA VIA RECURSAL ORDINÁRIA. SÚMULA 281 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO.

I – Recurso extraordinário interposto contra decisão monocrática em embargos de declaração. Não esgotamento da via recursal ordinária (Súmula 281 do STF).

II – Agravo regimental improvido.”Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 21 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.701 (1572)ORIGEM : 201203990092008 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : JOSE LUCIANO DA SILVAADV.(A/S) : ADELCIO CARLOS MIOLA (122246/SP)ADV.(A/S) : JUCENIR BELINO ZANATTA (125881/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Verifico que o presente recurso não impugna os fundamentos em que se apoia o ato decisório ora questionado.

É que a parte agravante, ao insurgir-se contra a decisão que não admitiu o apelo extremo por ela interposto, deixou de ilidir os fundamentos jurídicos em que se assentou o ato decisório proferido pelo Tribunal “a quo”, abstendo-se de impugnar a incidência dos óbices previstos nas Súmulas 283/STF e 284/STF.

A ausência de impugnação abrangente de todos os fundamentos nos quais se assenta a decisão recorrida significa que a parte agravante, ao assim proceder, descumpriu típica obrigação processual que lhe incumbia atender, pois, como se sabe, impõe-se ao recorrente afastar, pontualmente, cada uma das razões invocadas como suporte do ato decisório recorrido (AI 238.454-AgR/SC, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

Não constitui demasia assinalar que o descumprimento desse dever jurídico – ausência de impugnação de cada um dos fundamentos em que se apoia o ato decisório agravado – conduz, nos termos da orientação jurisprudencial firmada por esta Suprema Corte, ao reconhecimento da inadmissibilidade do agravo interposto (RTJ 126/864 – RTJ 133/485 – RTJ 145/940 – RTJ 146/320):

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO – DECISÃO QUE NEGA SEGUIMENTO AO APELO EXTREMO – INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO QUE NÃO IMPUGNA AS RAZÕES DESSE ATO DECISÓRIO (…).

– Impõe-se, à parte recorrente, quando da interposição do agravo de instrumento, a obrigação processual de impugnar todas as razões em que se assentou a decisão veiculadora do juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário. Precedentes.”

(AI 428.795-AgR/RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Não se desconhece que o ordenamento normativo, informado pela

teoria geral dos recursos, erige à condição de pressuposto essencial (e, portanto, indispensável) inerente às modalidades recursais a obrigação, que é indeclinável, da parte recorrente de expor as razões de fato (quando cabíveis) e de direito viabilizadoras da reforma ou da invalidação da decisão recorrida.

É tão significativo esse específico pressuposto recursal de índole objetiva que, desatendido pela parte recorrente, produz, como inevitável efeito consequencial, a própria incognoscibilidade do meio recursal utilizado.

Cabe insistir, pois, que se impõe a quem recorre, como indeclinável dever processual, o ônus da impugnação especificada, sem o que se tornará inviável o conhecimento do recurso interposto.

Nesse contexto, torna-se insuficiente a mera renovação, em sede de agravo, das razões invocadas como fundamento do recurso extraordinário, que, deduzido pela parte agravante, veio a sofrer juízo negativo de admissibilidade na instância “a quo”. Inadmitido o apelo extremo, incumbe, ao recorrente, questionar todos os motivos que conduziram a Presidência do Tribunal de jurisdição inferior a negar processamento ao recurso extraordinário.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, não conheço do presente agravo, por não impugnados, especificadamente, os fundamentos da decisão agravada (CPC, art. 932, III, “in fine”).

Não incide, neste caso, o que prescreve o art. 85, § 11, do CPC, ante a ausência de condenação em verba honorária na origem.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro CELSO DE MELLORelator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 391

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.750 (1573)ORIGEM : AREsp - 201524559307 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : CONTINENTE SUPERMERCADOS LTDAADV.(A/S) : ALEXANDRE BRANDAO GOMES (72155/RJ)RECTE.(S) : ERLY TOLENTINOADV.(A/S) : CHRISTIANE SIMOES MENESCAL CARNEIRO (75199/

RJ)RECDO.(A/S) : BRASCAN IMOBILIÁRIA INCORPORAÇÕES S/AADV.(A/S) : RENATA COELHO DA ROCHA VIANA (167686/RJ)

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, maneja agravo Continente Supermercados Ltda. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na violação do art. 5º, XXII, XXX, XXXV e XXXVI, e 93, IX, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

Da leitura dos fundamentos do acórdão prolatado na origem, constato explicitados os motivos de decidir, a afastar o vício da nulidade por negativa de prestação jurisdicional arguido. Destaco que, no âmbito técnico-processual, o grau de correção do juízo de valor emitido na origem não se confunde com vício ao primado da fundamentação, notadamente consabido que a disparidade entre o resultado do julgamento e a expectativa da parte não sugestiona lesão à norma do texto republicano. Colho precedente desta Suprema Corte na matéria, julgado segundo a sistemática da repercussão geral:

“Questão de ordem. Agravo de Instrumento. Conversão em recurso extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3° e 4°). 2. Alegação de ofensa aos incisos XXXV e LX do art. 5º e ao inciso IX do art. 93 da Constituição Federal. Inocorrência. 3. O art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão. 4. Questão de ordem acolhida para reconhecer a repercussão geral, reafirmar a jurisprudência do Tribunal, negar provimento ao recurso e autorizar a adoção dos procedimentos relacionados à repercussão geral.” (AI 791.292-QO-RG, Relator Ministro Gilmar Mendes, Plenário Virtual, DJe 13.8.2010)

O exame de eventual ofensa aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, consagradores dos princípios da legalidade, da inafastabilidade da prestação jurisdicional, da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada, bem como ao princípio da propriedade (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal, verbis:

"Recurso extraordinário representativo da controvérsia. Aplicação retroativa de lei mais benéfica às infrações de trânsito. Exegese das normas de trânsito. Interpretação realizada à luz das normas do Código Brasileiro de Trânsito revogado e do vigente. Matéria eminentemente infraconstitucional. Ausência de repercussão geral. 1. Não apresenta repercussão geral o recurso extraordinário que discute efeitos de normas de trânsito revogadoras e revogadas. 2. É pacífica a jurisprudência da Corte no sentido de que os conceitos dos institutos do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada não se encontram na Constituição Federal, senão na legislação ordinária, mais especificamente na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. 3. Ausência de repercussão geral.” (RE 657.871-RG, Rel. Min. Dias Toffoli, Pleno, DJe 17.11.2014)

“PREVIDENCIÁRIO. REAJUSTE DE BENEFÍCIOS. ÍNDICES DE CORREÇÃO MONETÁRIA RELATIVOS AOS ANOS DE 1997, 1999, 2000, 2001, 2002 E 2003. CONSTITUCIONALIDADE. PERCENTUAIS SUPERIORES AO ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR (INPC). REPERCUSSÃO GERAL CONFIGURADA. REAFIRMAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA. 1. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 376.846, rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 02-04-2004, afastou a alegação de inconstitucionalidade das normas que fixaram os índices de correção monetária de benefícios previdenciários empregados nos reajustes relativos aos anos de 1997, 1999, 2000 e 2001, que foram de um modo geral superiores ao INPC e observaram os comandos normativos de regência. 2. Tratando-se de situações semelhantes, os mesmos fundamentos são inteiramente aplicáveis aos índices de reajuste relativos aos anos de 2002 e 2003. 3. Incabível, em recurso extraordinário, apreciar violação ao art. 5º, XXXV e XXXVI, da Constituição Federal, que pressupõe intermediário exame e aplicação das normas infraconstitucionais pertinentes (AI 796.905-AgR/PE, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 21.5.2012; AI 622.814-AgR/PR,

Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de 08.3.2012; ARE 642.062-AgR/RJ, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe de 19.8.2011). 4. Agravo a que se conhece para, desde logo, negar seguimento ao recurso extraordinário, com o reconhecimento da repercussão geral do tema e a reafirmação da jurisprudência sobre a matéria.” (ARE 808.107-RG, Rel. Min. Teori Zavascki, Pleno, DJe 1º.8.2014)

“Alegação de cerceamento do direito de defesa. Tema relativo à suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal. Julgamento da causa dependente de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais. Rejeição da repercussão geral.” (ARE 748.371-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, Pleno, DJe 1º.8.2013)

"RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, XXII, XXIII, XXIV, LIV e LV, da Constituição Federal. Violações dependentes de reexame prévio de normas inferiores. Ofensa constitucional indireta. Matéria fática. Súmula 279. Agravo regimental não provido. É pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, e, muito menos, de reexame de provas" (AI 495.880-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, 1ª Turma, DJ 05.8.2005).

"TRABALHISTA. ACÓRDÃO QUE NÃO ADMITIU RECURSO DE REVISTA, INTERPOSTO PARA AFASTAR PENHORA SOBRE BENS ALIENADOS FIDUCIARIAMENTE EM GARANTIA DE FINANCIAMENTO POR MEIO DE CÉDULA DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO. DECRETO-LEI 413/69 E LEI 4.728/65. ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, II, XXII, XXXV E XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Questão insuscetível de ser apreciada senão por via da legislação infraconstitucional que fundamentou o acórdão, procedimento inviável em sede de recurso extraordinário, onde não cabe a aferição de ofensa reflexa e indireta à Carta Magna. Recurso não conhecido" (RE 153.781/DF, Rel. Min. Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ 02.02.2001).

Por conseguinte, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 21 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.750 (1574)ORIGEM : AREsp - 201524559307 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : CONTINENTE SUPERMERCADOS LTDAADV.(A/S) : ALEXANDRE BRANDAO GOMES (72155/RJ)RECTE.(S) : ERLY TOLENTINOADV.(A/S) : CHRISTIANE SIMOES MENESCAL CARNEIRO (75199/

RJ)RECDO.(A/S) : BRASCAN IMOBILIÁRIA INCORPORAÇÕES S/AADV.(A/S) : RENATA COELHO DA ROCHA VIANA (167686/RJ)

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, maneja agravo Erly Tolentino. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na violação dos arts. 5º, LIV e LV, e 93, IX, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

Da leitura dos fundamentos do acórdão prolatado na origem, constato explicitados os motivos de decidir, a afastar o vício da nulidade por negativa de prestação jurisdicional arguido. Destaco que, no âmbito técnico-processual, o grau de correção do juízo de valor emitido na origem não se confunde com vício ao primado da fundamentação, notadamente consabido que a disparidade entre o resultado do julgamento e a expectativa da parte não sugestiona lesão à norma do texto republicano. Colho precedente desta Suprema Corte na matéria, julgado segundo a sistemática da repercussão geral:

“Questão de ordem. Agravo de Instrumento. Conversão em recurso extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3° e 4°). 2. Alegação de ofensa aos incisos XXXV e LX do art. 5º e ao inciso IX do art. 93 da Constituição Federal. Inocorrência. 3. O art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão. 4. Questão de ordem acolhida para reconhecer a repercussão geral, reafirmar a jurisprudência do

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 392

Tribunal, negar provimento ao recurso e autorizar a adoção dos procedimentos relacionados à repercussão geral.” (AI 791.292-QO-RG, Relator Ministro Gilmar Mendes, Plenário Virtual, DJe 13.8.2010)

O exame de eventual ofensa aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, consagradores dos princípios da proteção ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal, verbis:

“Alegação de cerceamento do direito de defesa. Tema relativo à suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal. Julgamento da causa dependente de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais. Rejeição da repercussão geral.” (ARE 748.371-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, Pleno, DJe 1º.8.2013)

Por conseguinte, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 21 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.758 (1575)ORIGEM : AREsp - 00110438920124013801 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : FREDERICO MÁRCIO ARBEXADV.(A/S) : ADRIANA CONCEICAO GUERRA DA SILVEIRA (48150/

DF)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: Verifico que o assunto versado no recurso extraordinário (ofensa ao artigo 93, inciso IX, da CF) corresponde ao tema 339 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o AI-QO-RG 791.292/PE, de minha relatoria, DJe 13.8.2010.

Ante o exposto, determino a devolução dos autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no artigo 1.036 do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro Gilmar MendesRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.860 (1576)ORIGEM : AREsp - 01118396120068260053 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : JULIANE VANESSA CAMARGO DE LIMA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANA CRISTINA DE MOURA (134361/SP)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 5º, XXXVI, e 37, XV, da Constituição Federal.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

O exame de eventual ofensa aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, consagradores dos princípios da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, verbis:

"Recurso extraordinário representativo da controvérsia. Aplicação retroativa de lei mais benéfica às infrações de trânsito. Exegese das normas de trânsito. Interpretação realizada à luz das normas do Código Brasileiro de

Trânsito revogado e do vigente. Matéria eminentemente infraconstitucional. Ausência de repercussão geral. 1. Não apresenta repercussão geral o recurso extraordinário que discute efeitos de normas de trânsito revogadoras e revogadas. 2. É pacífica a jurisprudência da Corte no sentido de que os conceitos dos institutos do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada não se encontram na Constituição Federal, senão na legislação ordinária, mais especificamente na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. 3. Ausência de repercussão geral.” (RE 657.871-RG, Rel. Min. Dias Toffoli, Pleno, DJe 17.11.2014)

Não há falar em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto, no caso, a suposta ofensa somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional local apontada no apelo extremo (Leis Municipais 10.668/88 e 10.722/89), o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal. Aplicação da Súmula 280/STF: “Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário”. Nesse sentido:

“Ementa: ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. REAJUSTES DE VENCIMENTOS. ÍNDICES APLICÁVEIS. COMPENSAÇÕES E COMPLEMENTAÇÕES DE REAJUSTES. NECESSIDADE DE EXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. LEIS 10.688/1988, 10.722/1989, 11.722/1995 E 12.397/1997. PORTARIAS 256/1994 E 261/1994. DECRETOS 35.932/1996, 36.249/1996, 36.559/1996 E 36.769/1997. SÚMULA 280 DO STF. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.” (RE 632767 RG, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, julgado em 24/03/2011, DJe-065 DIVULG 05-04-2011 PUBLIC 06-04-2011 EMENT VOL-02497-02 PP-00356 )

Por conseguinte, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 21 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.915 (1577)ORIGEM : RHC - 83308 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : FUNDACAO NACIONAL DO INDIOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DECISÃO: O recurso extraordinário a que se refere o presente agravo foi interposto pela Fundação Nacional do Índio contra acórdão que, confirmado em sede de embargos de declaração pelo E. Superior Tribunal de Justiça, esta assim ementado:

“RECURSO EM ‘HABEAS CORPUS’. ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA, EXTORSÃO E AMEAÇA. PRISÃO PREVENTIVA. RECORRENTES APONTADOS COMO LÍDERES. INDIVIDUALIZAÇÃO REALIZADA. MOTIVAÇÃO. ELEMENTOS CONCRETOS APTOS A EVIDENCIAR EFETIVO RISCO À INSTRUÇÃO CRIMINAL, À APLICAÇÃO DA LEI PENAL E À ORDEM PÚBLICA. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE.

1. Havendo a individualização das condutas dos réus, identificados como líderes da organização criminosa, e tendo sido demonstrada, com elementos concretos, a necessidade da prisão para garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal e por conveniência da instrução criminal, afasta-se a alegação de constrangimento ilegal.

2. Hipótese em que a manutenção da prisão cautelar se justifica não só em razão da posição de liderança dos recorrentes, mas também pela existência de depoimentos dando conta das ameaças sofridas por testemunhas, da reiteração delitiva de um deles e da condição de foragido dos demais.

3. Recurso em ‘habeas corpus‘ improvido.”O apelo extremo em análise não se revela viável, eis que, em

situações assemelhadas à destes autos, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, em reiterados pronunciamentos, tem assinalado não caber recurso extraordinário contra decisões (a) que deferem, ou não, provimentos liminares ou (b) que concedem, ou não, a antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional, pelo fato de tais atos decisórios – precisamente porque apenas fundados na verossimilhança das alegações ou na mera plausibilidade jurídica da pretensão deduzida – não veicularem qualquer juízo conclusivo de constitucionalidade, deixando de ajustar-se, em consequência, às hipóteses consubstanciadas no art. 102, III, da Constituição.

Cabe assinalar, por necessário, que ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal já firmaram entendimento no sentido de que o ato decisório – que apenas examina a ocorrência do “periculum in mora” e a relevância

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 393

jurídica da pretensão deduzida pelo autor – não traduz manifestação jurisdicional conclusiva em torno da procedência, ou não, dos fundamentos jurídicos alegados pela parte interessada, inviabilizando, desse modo, a utilização do recurso extraordinário, ante a ausência de contrariedade a qualquer dispositivo constitucional, ainda que o provimento de índole cautelar possa, eventualmente, revestir-se de caráter satisfativo (AI 269.395/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO – RE 226.471/RO, Rel. Min. ILMAR GALVÃO – RE 232.068- -AgR/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO – RE 234.153/PE, Rel. Min. MOREIRA ALVES – RE 239.874-AgR/SP, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA – RE 272.194/AL, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, v.g.):

“RE – DEMANDA CAUTELAR – LIMINAR. A liminar concedida em demanda cautelar, objeto de confirmação no julgamento de agravo de instrumento, não é impugnável mediante recurso extraordinário.”

(AI 245.703-AgR/SP, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – grifei)“Agravo regimental. Não cabimento de recurso extraordinário

contra acórdão que defere liminar por entender que ocorrem os requisitos do ‘fumus boni iuris’ e do ‘periculum in mora’.

– Em se tratando de acórdão que deu provimento a agravo para deferir a liminar pleiteada por entender que havia o ‘fumus boni iuris’ e o ‘periculum in mora’, o que o aresto afirmou, com referência ao primeiro desses requisitos, foi que os fundamentos jurídicos (no caso, constitucionais) do mandado de segurança eram relevantes, o que, evidentemente, não é manifestação conclusiva da procedência deles para ocorrer a hipótese de cabimento do recurso extraordinário pela letra ‘a’ do inciso III do artigo 102 da Constituição (que é a dos autos) que exige, necessariamente, decisão que haja desrespeitado dispositivo constitucional, por negar-lhe vigência ou por tê-lo interpretado erroneamente ao aplicá-lo ou ao deixar de aplicá-lo.

Agravo a que se nega provimento.”(AI 252.382-AgR/PE, Rel. Min. MOREIRA ALVES – grifei)“RE: cabimento: decisão cautelar, desde que definitiva: conseqüente

inadmissibilidade contra acórdão que, em agravo, confirma liminar, a qual, podendo ser revogada a qualquer tempo pela instância a quo, é insuscetível de ensejar o cabimento do recurso extraordinário, não por ser interlocutória, mas sim por não ser definitiva.”

(RE 263.038/PE, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – grifei)Cumpre referir, ainda, no sentido da presente decisão, a

existência de julgamento emanado da colenda Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, cujo entendimento, sobre a matéria ora em análise, reiterou a diretriz jurisprudencial que se vem de mencionar, advertindo – mesmo tratando-se de hipótese de tutela antecipatória – não se revelar cabível a interposição de recurso extraordinário, por inocorrente, em tal situação, “manifestação conclusiva” sobre matéria de índole constitucional (RE 315.052/SP, Rel. Min. MOREIRA ALVES).

Não se pode perder de perspectiva, na apreciação da presente causa, que o entendimento jurisprudencial ora referido sempre prevaleceu no Supremo Tribunal Federal, cuja orientação, na matéria, ao admitir a possibilidade de interposição de recurso extraordinário contra decisão interlocutória, tem enfatizado a necessidade de tal ato decisório revelar-se definitivo (RTJ 17-18/114, Rel. Min. VICTOR NUNES – RTJ 31/322, Rel. Min. EVANDRO LINS):

“(…) O recurso extraordinário é admissível de decisão de caráter interlocutório, quando ela configura uma questão federal, encerrada definitivamente nas instâncias locais.”

(RTJ 41/153, Rel. Min. HERMES LIMA – grifei)Impende destacar, neste ponto, que essa orientação acha-se

presentemente sumulada por esta Corte, como resulta claro da Súmula 735 do Supremo Tribunal Federal, cuja formulação possui o seguinte conteúdo:

“Não cabe recurso extraordinário contra acórdão que defere medida liminar.” (grifei)

É importante referir, finalmente, que o tema concernente à alegada transgressão ao preceito inscrito no art. 109, XI, da Constituição não se acha devidamente prequestionado.

E, como se sabe, ausente o indispensável prequestionamento da matéria constitucional, que não se admite implícito (RTJ 125/1368 – RTJ 131/1391 – RTJ 144/300 – RTJ 153/989), incidem as Súmulas 282 e 356 desta Corte (RTJ 159/977).

Não ventilada, no acórdão recorrido, a matéria constitucional suscitada pelo recorrente, deixa de configurar-se, tecnicamente, o prequestionamento do tema, necessário ao conhecimento do recurso extraordinário.

A configuração jurídica do prequestionamento – que traduz elemento indispensável ao conhecimento do recurso extraordinário – decorre da oportuna formulação, em momento procedimentalmente adequado, do tema de direito constitucional positivo. Mais do que a satisfação dessa exigência, impõe-se que a matéria questionada tenha sido explicitamente ventilada na decisão recorrida (RTJ 98/754 – RTJ 116/451). Sem o cumulativo atendimento desses pressupostos, além de outros igualmente imprescindíveis, não se viabiliza o acesso à via recursal extraordinária, consoante tem proclamado a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (RTJ 159/977).

Sendo assim, e em face das razões expostas, ao apreciar o presente agravo, não conheço do recurso extraordinário a que ele se refere, por ser este manifestamente inadmissível (CPC, art. 932, III).

Publique-se.Brasília, 18 de maio de 2018.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.999 (1578)ORIGEM : 10103964620158260114 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : MARA SUELI ANHE SILVAADV.(A/S) : ANTONIO JOSE BOLDRIN (118385/SP)ADV.(A/S) : WILSON JOSE LOPES (101843/SP)

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 37 e 40, § 5º, da Constituição Federal.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

Não há falar em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto, no caso, a suposta ofensa somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional local apontada no apelo extremo, bem como o revolvimento do conjunto fático delineado, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Aplicação das Súmulas 279 e 280/STF: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário” e “Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário”. Nesse sentido:

“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Direito Administrativo. 3. Servidora Pública. 4. Aposentadoria especial. 5. Cômputo de licença para tratamento de saúde como tempo de efetivo serviço. Súmulas 280 e 279 do STF. Precedentes. Necessidade de reexame do conjunto fático-probatório e legislação local. 5. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 6. Agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE 1066008 AgR, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 05/02/2018, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-069 DIVULG 10-04-2018 PUBLIC 11-04-2018)

Por conseguinte, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 18 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.112 (1579)ORIGEM : AREsp - 00340462920118260196 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : JOSÉ RUBENS PERANI SOARESADV.(A/S) : PIERPAOLO CRUZ BOTTINI (25350/DF, 163657/SP)ADV.(A/S) : IGOR SANT ANNA TAMASAUSKAS (25399/DF, 173163/

SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DECISÃO: O recurso extraordinário a que se refere o presente agravo foi interposto por José Rubens Perani Soares contra acórdão que, confirmado em sede de embargos de declaração pelo E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, está assim ementado:

“Apelação Criminal — Estupro de vulnerável — A Defesa requer, preliminarmente, o reconhecimento das nulidades dos atos investigatórios presididos pelo Ministério Público e desentranhamento de documentos; a declaração de nulidade dos atos de investigação produzidos de GAECO; a declaração de nulidade dos atos processuais, por ter sido, a investigação lastreada em denúncia anônima e elementos não constantes nos autos, em manifesta violação ao contraditório e à ampla defesa, ou, ao menos, a anulação dos referidos autos e a juntada das tratativas referidas no ofício de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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fls. 9, para correto início da persecução penal; a declaração de nulidade dos atos processuais subsequentes à juntada de documentos fls. 313/320, pela ausência de manifestação prévia da defesa, além na nulidade da oitiva das testemunhas Elisa Rosa e Naiara Cristina Rosa Araújo como do juízo, diante da ofensa flagrante ao princípio do contraditório, ampla defesa e ao devido processo legal; a declaração de nulidade da oitiva de todas as testemunhas, por manifesta afronta ao art. 212, CPP, bem como ao devido processo legal, à ampla defesa e ao contraditório; a declaração de nulidade de oitiva de testemunhas de defesa, diante do cerceamento de defesa no indeferimento de perguntas a elas proferidas durante audiências de instrução. Impossibilidade. Preliminares rejeitadas. Pleiteia a Defesa, ainda, o encaminhamento dos autos a 1ª Vara Criminal da Comarca de Franca, a fim de que os depoimentos constantes apenas em áudio sejam transcritos, em respeito ao disposto no Provimento nº 886/2004, do Conselho Superior da Magistratura, bem como na jurisprudência – Incabível. O art. 405, § 2º, do CPP dispõe que no caso de registro por meio audiovisual será encaminhado às partes cópia do registro original, sem necessidade de transcrição. Rejeitadas as preliminares – No mérito, pugna absolvição com relação ao (estupro de vulnerável da menor N.M.F.), por insuficiência probatória, a fim de assegurar a garantia da presunção de inocência, e pela atipicidade dos fatos, com base nos artigo 5º, inciso LVII, da CF e artigo 386, incisos III e VII, do CPP. Incabível. Prova da materialidade e autoria devidamente comprovadas. Requer, também, absolvição com relação ao (estupro de vulnerável do menor E.M.C.), com fundamento no artigo 386, inciso III do CPP (manifesta atipicidade dos fatos), e não no artigo 386, inciso VII, do CPP (insuficiência probatória), como consta na r. sentença – Inviável – A absolvição no caso decorre de insuficiência probatória em razão de dúvida quanto ao animo do agente – Subsidiariamente, requer a conversão do julgamento em diligência para que se determine a suspensão do feito, até comunicação de apreciação da conduta do apelante pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo, caso não se entenda o pedido anterior, ao menos, a conversão do julgamento em diligência, para que se oficie o Citado Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo questionando-se o resultado da sindicância instaurada sobre os fatos objeto desta ação penal, por se tratar de questão prejudicial ao deslinde da ação penal, nos termos do artigo 93, do CPP – Desnecessidade. A esfera criminal e a administrativa são independentes – Por fim, pugna a manutenção da liberdade provisória, caso se entenda pela de manutenção da condenação do réu, ate seu trânsito em julgado – Inadmissibilidade – Apelo não provido.

Recurso Ministerial pretendendo a condenação do réu pelo delito praticado contra a vítima (...) – Inviável – Conjunto probatório insuficiente para o decreto condenatório – Dúvida que leva a declaração do ‘non liguet’. Pleiteia, ainda, seja majorada a pena-base fixada ao réu por ocasião da condenação pela prática do delito contra a menor N.M.F, em pelo menos 1/3 (um terço) devendo ser consideradas, entre outras, a elevadíssima reprovabilidade da conduta do agente, observando que a ação do acusado era reiterada, tanto que os profissionais da área de enfermagem foram uníssonos em asseverar a especial vigilância em torno do acusado, bem como fazendo incidir, na segunda fase da dosimetria, a agravante prevista no art. 61, inciso II, alíneas ‘c’ e ‘g’, do Código Penal. Possibilidade. Penas que devem ser readequadas. Recurso ministerial provido em parte.”

A parte ora agravante, ao deduzir o apelo extremo em questão, sustentou que o Tribunal “a quo” teria transgredido os preceitos inscritos nos arts. 5º, IV, XLVI, LIII, LIV, LV e LVI, 93, IX, 129 e 144, § 4º, todos da Constituição da República.

Sendo esse o contexto, passo a examinar a postulação recursal em causa. E, ao fazê-lo, observo que o recurso extraordinário revela-se insuscetível de conhecimento.

Cumpre ressaltar, desde logo, no tocante às alegadas violações ao art. 5º, XLVI, LIV e LV, da Constituição Federal, que o Supremo Tribunal Federal, apreciando a ocorrência, ou não, de controvérsias alegadamente impregnadas de transcendência, entendeu destituídas de repercussão geral as questões suscitadas no AI 742.460-RG/RJ e no ARE 639.228-RG/RJ, ambos de Relatoria do Ministro CEZAR PELUSO, fazendo-o em decisões assim ementadas:

“RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do Código Penal. Fixação da pena-base. Fundamentação. Questão da ofensa aos princípios constitucionais da individualização da pena e da fundamentação das decisões judiciais. Inocorrência. Matéria infraconstitucional. Ausência de repercussão geral. Agravo de instrumento não conhecido. Não apresenta repercussão geral o recurso extraordinário que verse sobre a questão da valoração das circunstâncias judiciais previstas no art. 59, do Código Penal, na fundamentação da fixação da pena-base pelo juízo sentenciante, porque se trata de matéria infraconstitucional.”

“RECURSO. Agravo convertido em Extraordinário. Inadmissibilidade deste. Produção de provas. Processo judicial. Indeferimento. Contraditório e ampla defesa. Tema infraconstitucional. Precedentes. Ausência de repercussão geral. Recurso extraordinário não conhecido. Não apresenta repercussão geral recurso extraordinário que, tendo por objeto a obrigatoriedade de observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa, nos casos de indeferimento de pedido de produção de provas em processo judicial, versa sobre tema infraconstitucional.”

O não atendimento desse pré-requisito de admissibilidade recursal,

considerado o que dispõe o art. 322 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, inviabiliza o conhecimento, no ponto, do recurso extraordinário interposto pela parte ora agravante.

Com efeito, o Supremo Tribunal Federal recusará o apelo extremo sempre que se registrar hipótese, como sucede na espécie, na qual a controvérsia jurídica não se qualifique como tema revestido de repercussão geral.

A rejeição, em causas anteriores (AI 742.460-RG/RJ e ARE 639.228- -RG/RJ), do pretendido reconhecimento da existência de repercussão geral referente ao mesmo litígio ora renovado nesta sede recursal impede que se conheça do recurso extraordinário no ponto, mesmo porque a repercussão geral supõe, necessariamente, apelo extremo cognoscível, situação de todo inocorrente no caso, eis que o julgamento da causa em análise depende de prévio exame concernente à aplicação de diplomas infraconstitucionais, a evidenciar, quando muito, a ocorrência de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição.

Cumpre destacar, por oportuno, o que dispõe o art. 326 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, que veicula regra no sentido de que as decisões que proclamam inexistente a repercussão geral, como aquelas proferidas nos AI 742.460-RG/RJ e ARE 639.228-RG/RJ, a que anteriormente aludi (em tudo aplicável ao presente caso), vale “para todos os recursos sobre questão idêntica”, tal como tem advertido o Plenário desta Corte Suprema (RE 659.109-RG- -ED/BA, Rel. Min. LUIZ FUX), motivo pelo qual se mostra evidente a inadmissibilidade, no ponto, do recurso extraordinário em causa.

Impõe-se observar, ainda, no tocante à alegada violação aos arts. 129 e 144, § 4º, da Constituição Federal, que o Plenário do Supremo Tribunal Federal, após reconhecer a existência de repercussão geral da questão constitucional igualmente versada na presente causa, julgou o RE 593.727/MG, Red. p/ o acórdão Min. GILMAR MENDES, nele proferindo decisão consubstanciada em acórdão assim ementado:

“Repercussão geral. Recurso extraordinário representativo da controvérsia. Constitucional. Separação dos poderes. Penal e processual penal. Poderes de investigação do Ministério Público.

…...................................................................................................4. Questão constitucional com repercussão geral. Poderes de

investigação do Ministério Público. Os artigos 5º, incisos LIV e LV, 129, incisos III e VIII, e 144, inciso IV, § 4º, da Constituição Federal, não tornam a investigação criminal exclusividade da polícia, nem afastam os poderes de investigação do Ministério Público. Fixada, em repercussão geral, tese assim sumulada: ‘O Ministério Público dispõe de competência para promover, por autoridade própria, e por prazo razoável, investigações de natureza penal, desde que respeitados os direitos e garantias que assistem a qualquer indiciado ou a qualquer pessoa sob investigação do Estado, observadas, sempre, por seus agentes, as hipóteses de reserva constitucional de jurisdição e, também, as prerrogativas profissionais de que se acham investidos, em nosso País, os Advogados (Lei 8.906/94, artigo 7º, notadamente os incisos I, II, III, XI, XIII, XIV e XIX), sem prejuízo da possibilidade – sempre presente no Estado democrático de Direito – do permanente controle jurisdicional dos atos, necessariamente documentados (Súmula Vinculante 14), praticados pelos membros dessa instituição’. Maioria.”

O exame da presente causa evidencia que o acórdão impugnado em sede recursal extraordinária ajusta-se à diretriz jurisprudencial que esta Suprema Corte firmou na matéria em referência.

Cumpre ressaltar, por relevante, que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem enfatizado, a propósito da questão pertinente à transgressão constitucional indireta, que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, do devido processo legal, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações caracterizadoras de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, hipóteses em que também não se revelará admissível o recurso extraordinário (AI 165.054/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO – AI 174.473/MG, Rel. Min. CELSO DE MELLO – AI 182.811/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO – AI 188.762-AgR/PR, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – AI 587.873-AgR/RS, Rel. Min. EROS GRAU – AI 610.626-AgR/RJ, Rel. Min. CEZAR PELUSO – AI 618.795-AgR/RS, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – AI 687.304-AgR/PR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – AI 701.567-AgR/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – AI 748.884-AgR/SP, Rel. Min. LUIZ FUX – AI 832.987-AgR/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – RE 236.333/DF, Red. p/ o acórdão Min. NELSON JOBIM – RE 599.512-AgR/SC, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, v.g.).

Cabe assinalar a propósito da alegada violação ao art. 5º, incisos LIV e LV, da Constituição, que a orientação jurisprudencial emanada desta Suprema Corte, firmada na análise desse particular aspecto no qual se fundamenta o recurso extraordinário em causa, tem salientado, considerado o princípio do devido processo legal (neste compreendida a cláusula inerente à plenitude de defesa), que a suposta ofensa ao texto constitucional, caso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria – para que se configurasse – a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal.

Daí revelar-se inteiramente ajustável, ao caso ora em exame, o entendimento jurisprudencial desta Corte Suprema, no sentido de que “O

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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devido processo legal – CF, art. 5º, LV – exerce-se de conformidade com a lei” (AI 192.995-AgR/PE, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – grifei), razão pela qual a alegação de desrespeito à cláusula do devido processo legal, por traduzir transgressão “indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais” (AI 215.885-AgR/SP, Rel. Min. MOREIRA ALVES – AI 414.167/RS, Rel. Min. CEZAR PELUSO – RE 257.533-AgR/RS, Rel. Min. CARLOS VELLOSO), não autoriza o acesso à via recursal extraordinária:

“’DUE PROCESS OF LAW’ E PRINCÍPIO DA LEGALIDADE.– A garantia do devido processo legal exerce-se em conformidade

com o que dispõe a lei, de tal modo que eventual desvio do ato decisório configurará, quando muito, situação tipificadora de conflito de mera legalidade, apto a desautorizar a utilização do recurso extraordinário. Precedentes.”

(RTJ 189/336-337, Rel. Min. CELSO DE MELLO)“– Alegação de ofensa ao devido processo legal: C.F., art. 5º, LV:

se ofensa tivesse havido, seria ela indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal.”

(AI 427.186-AgR/DF, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – grifei)“Inviável o processamento do extraordinário para debater matéria

infraconstitucional, sob o argumento de violação ao disposto nos incisos LIV e LV do artigo 5º da Constituição.

Agravo regimental improvido.”(AI 447.774-AgR/CE, Rel. Min. ELLEN GRACIE – grifei)Nem se alegue, neste ponto, que a suposta transgressão ao

ordenamento legal – derivada da interpretação que lhe deu o órgão judiciário “a quo” – teria importado em desrespeito ao princípio constitucional da legalidade.

Não se pode desconsiderar, quanto a tal postulado, a orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal, cuja jurisprudência vem proclamando, a propósito desse tema, que o procedimento hermenêutico do Tribunal inferior – quando examina o quadro normativo positivado pelo Estado e dele extrai a interpretação dos diversos diplomas legais que o compõem, para, em razão da inteligência e do sentido exegético que lhes der, obter os elementos necessários à exata composição da lide – não transgride, diretamente, o princípio da legalidade (AI 161.396-AgR/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO – AI 192.995-AgR/PE, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – AI 307.711/PA, Rel. Min. CELSO DE MELLO).

É por essa razão – ausência de conflito imediato com o texto da Constituição – que a jurisprudência desta Corte vem enfatizando que “A boa ou má interpretação de norma infraconstitucional não enseja o recurso extraordinário, sob color de ofensa ao princípio da legalidade (CF, art. 5º, II)” (RTJ 144/962, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – grifei):

“A alegação de ofensa ao princípio da legalidade, inscrito no art. 5º, II, da Constituição da República, não autoriza, só por si, o acesso à via recursal extraordinária, pelo fato de tal alegação tornar indispensável, para efeito de sua constatação, o exame prévio do ordenamento positivo de caráter infraconstitucional, dando ensejo, em tal situação, à possibilidade de reconhecimento de hipótese de mera transgressão indireta ao texto da Carta Política. Precedentes.”

(RTJ 189/336-337, Rel. Min. CELSO DE MELLO)“E é pacífica a jurisprudência do S.T.F., no sentido de não admitir,

em R.E., alegação de ofensa indireta à Constituição Federal, por má interpretação de normas infraconstitucionais, como as trabalhistas e processuais (...).”

(AI 153.310-AgR/RS, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – grifei)Não foi por outro motivo que o eminente Ministro MOREIRA ALVES,

Relator, ao apreciar o tema pertinente ao postulado da legalidade, em conexão com o emprego do recurso extraordinário, assim se pronunciou:

“A alegação de ofensa ao artigo 5º, II, da Constituição, por implicar o exame prévio da legislação infraconstitucional, é alegação de infringência indireta ou reflexa à Carta Magna, não dando margem, assim, ao cabimento do recurso extraordinário.”

(AI 339.607/MG, Rel. Min. MOREIRA ALVES – grifei)Cumpre acentuar, por relevante, que essa orientação acha-se

presentemente sumulada por esta Corte, como resulta claro da Súmula 636 do Supremo Tribunal Federal, cuja formulação possui o seguinte conteúdo:

“Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida.” (grifei)

Desse modo, considerados os aspectos que venho de referir, o fato é que a postulação recursal, no ponto, encontra obstáculo de ordem técnica na jurisprudência firmada pelo Supremo Tribunal Federal, consoante resulta claro de decisão, que, emanada desta Corte, reflete, com absoluta fidelidade, o entendimento jurisprudencial prevalecente no âmbito do Tribunal:

“Inviável o processamento do extraordinário para debater matéria infraconstitucional, sob o argumento de violação ao disposto nos artigos 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV e 93, IX da Constituição.

Agravo regimental improvido.”(AI 437.201-AgR/SP, Rel. Min. ELLEN GRACIE – grifei)É importante referir, de outro lado, no tocante à alegada

transgressão ao art. 5º, IV e LIII, da Constituição Federal, que a suposta

ofensa ao texto constitucional, caso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria – para que se configurasse – a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912 , Rel. Min. SYDNEY SANCHES – RTJ 132/455 , Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna- se inviável o trânsito do recurso extraordinário.

Com efeito, o acórdão impugnado em sede recursal extraordinária, ao decidir a controvérsia jurídica objeto deste processo, dirimiu a questão com fundamento em legislação infraconstitucional, circunstância esta que obsta o próprio conhecimento do apelo extremo.

Cumpre assinalar, ainda, no tocante à questão relativa à violação ao art. 5º, LVI, da Constituição Federal, que não se revela cabível proceder, em sede recursal extraordinária, a indagações de caráter eminentemente probatório, especialmente quando se busca discutir elementos fáticos subjacentes à causa penal.

No caso, a verificação da procedência, ou não, das alegações deduzidas pela parte recorrente implicará necessário reexame de fatos e de provas, o que não se admite na sede excepcional do apelo extremo.

Essa pretensão sofre as restrições inerentes ao recurso extraordinário, em cujo âmbito não se reexaminam fatos e provas, circunstância essa que faz incidir, na espécie, a Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.

Não custa enfatizar, consoante adverte o magistério da doutrina (ADA PELLEGRINI GRINOVER, ANTONIO MAGALHÃES GOMES FILHO e ANTONIO SCARANCE FERNANDES, “Recursos no Processo Penal”, p. 269/270, item n. 176, 1996, RT), que o reexame dos fatos e das provas constitui tema estranho ao âmbito de atuação do recurso extraordinário (Súmula 279/STF), ainda que se cuide, como no caso, de matéria de índole penal.

A mera análise do acórdão recorrido demonstra que o E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, no julgamento da apelação, sustentou as suas conclusões em dispositivos de ordem meramente legal e em aspectos fático-probatórios:

“Consta da denúncia que, no dia 25 de maio de 2010, na condição de médico anestesista, no Hospital São Joaquim, José Rubens Perani Soares, praticou ato libidinoso no menor E.M.C. de 06 anos de idade, que não podia oferecer resistência. O menor ali estava para ser operada das amigdalas e adenoides, pelo médico otorrinolaringologista Carlos Eduardo Martins Barcelos, quando o acusado, sem luvas, sob o pretexto de que a família da criança lhe havia solicitado que olhasse a fimose do paciente, passou, sem a utilização de luvas, aproveitando que a vítima estava anestesiada, em absoluta vulnerabilidade, a manipular o pênis do menor, puxando a pele para cima e para baixo, tendo sido o ato presenciado pela circulante (espécie de auxiliar de enfermagem), Geovana Gonçalves Moura.

.......................................................................................................Quanto à preliminar de reconhecimento das nulidades dos atos

investigatórios presididos pelo Ministério Público e violação do princípio do ‘Promotor Natural’, temos que a atuação dos membros do Ministério Público através do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado – GAECO encontra-se devidamente facultada pelo Ato Normativo nº 620 da Procuradoria Geral de Justiça, aliada a Resolução nº 13 do Conselho Nacional do Ministério Público, de modo que, agindo em função do interesse público, ilegalidade não há a ser reconhecida, não se observou a figura do acusador de exceção, o poder investigativo do Ministério Público é originário, sendo ele o titular para propositura da ação penal.

.......................................................................................................Quanto à preliminar de nulidade dos atos processuais em razão da

investigação ter sido iniciada por denúncia anônima, melhor sorte não socorre o acusado.

Como sabido, a denúncia anônima é admitida em nosso ordenamento jurídico e não pode ser considerada ilícita. Por outro lado, ao contrário do que tenta demonstrar a combativa defesa, a exordial acusatória foi devidamente instruída, obedecendo aos critérios dispostos no art. 41, do CPP, de forma que não há que se falar em violação ao princípio do contraditório e da ampla defesa.

.......................................................................................................Não há nulidade a ser reconhecida quanto aos atos processuais

subsequentes, pois, os antecedentes são válidos. Com relação à juntada pelo Ministério Público dos depoimentos de Elisa Rosa e Naiara Cristina Rosa de Araújo, as depoentes foram ouvidas como testemunhas do Juízo, sendo a Defesa devidamente cientificada, sendo possibilitado o exercício da ampla defesa e do contraditório. Ademais, realizado pedido perante o juízo singular, o mesmo foi indeferido de forma fundamentada, a questão resta preclusa. As testemunhas referidas compareceram espontaneamente ao GAECO, relatando que por volta do ano de 1988 foram vítimas de condutas praticadas pelo acusado e em virtude de suas origens humildes não noticiaram os fatos; as condutas relatadas por tais testemunhas foram atingidas pela decadência, contudo, demonstram que os fatos imputados ao acusado não são isolados, mas sim, um ‘modus operandi’ do réu.

Insta salientar que, sendo o Juiz o destinatário das provas, pode e deve determinar todas as diligências que lhe parecerem convenientes à busca da verdade real e formação de seu convencimento.

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 396

.......................................................................................................Quanto à preliminar de declaração de nulidade da oitiva de todas as

testemunhas por afronta ao art. 212, do CPP, por inversão na ordem de perguntas da Defesa, tal pedido encontra-se precluso, uma vez que não alegado em momento oportuno. De outro modo, não restou comprovado prejuízo algum para o exercício da ampla defesa e do contraditório, vingando o princípio ‘pas de nulittè sans grief’.”

Impõe-se registrar, finalmente, no que se refere à alegada transgressão ao postulado constitucional que impõe, ao Poder Judiciário, o dever de motivar suas decisões (CF, art. 93, IX), que o Supremo Tribunal Federal – embora sempre enfatizando a imprescindibilidade da observância dessa imposição da Carta Política (RTJ 170/627-628) – não confere, a tal prescrição constitucional, o alcance que lhe pretende dar a parte ora recorrente, pois, na realidade, segundo entendimento firmado por esta própria Corte, “O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional” (RTJ 150/269, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – grifei).

Vale ter presente, a propósito do sentido que esta Corte tem dado à cláusula inscrita no inciso IX do art. 93 da Constituição, que os precedentes deste Tribunal desautorizam a abordagem hermenêutica feita pela parte ora agravante, como se dessume de diversos julgados (AI 529.105-AgR/CE, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – AI 637.301-AgR/GO, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – AI 731.527-AgR/RJ, Rel. Min. GILMAR MENDES – AI 838.209-AgR/MA, Rel. Min. GILMAR MENDES – AI 840.788-AgR/SC, Rel. Min. LUIZ FUX – AI 842.316-AgR/RJ, Rel. Min. LUIZ FUX – RE 327.143-AgR/ PE , Rel. Min. CARLOS VELLOSO, v.g.), notadamente daquele, emanado do Plenário do Supremo Tribunal Federal, em que se acolheu questão de ordem para reafirmar essa mesma jurisprudência no sentido que venho de expor:

“Questão de ordem. Agravo de Instrumento. Conversão em recurso extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3º e 4º). 2. Alegação de ofensa aos incisos XXXV e LX do art. 5º e ao inciso IX do art. 93 da Constituição Federal. Inocorrência. 3. O art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão. 4. Questão de ordem acolhida para reconhecer a repercussão geral, reafirmar a jurisprudência do Tribunal, negar provimento ao recurso e autorizar a adoção dos procedimentos relacionados à repercussão geral.”

(AI 791.292-QO-RG/PE, Rel. Min. GILMAR MENDES – grifei)Sendo assim, e em face das razões expostas, ao apreciar o

presente agravo, não conheço do recurso extraordinário a que ele se refere, por ser este manifestamente inadmissível (CPC, art. 932, III).

2. Em face da decisão por mim proferida na Pet 4.848/DF, de que fui Relator, e com apoio nas razões dela constantes (DJe nº 251/2010, publicado em 01/02/2011), determino a reautuação deste recurso, em ordem a que não mais prevaleça o regime de sigilo.

Enfatizo, por necessário, que a cláusula de sigilo imposta pelo art. 234-B do Código Penal incide sobre o processo penal de natureza condenatória “em que se apuram crimes” contra a dignidade sexual, assim tipificados na legislação repressiva (CP, arts. 213 a 234).

A “ratio” subjacente a essa previsão legal – que excepcionalmente impõe a nota de sigilo aos procedimentos de persecução penal – tem por única finalidade proteger a vítima dos delitos em questão e neutralizar os efeitos negativos decorrentes do estrépito judiciário motivado pela instauração da “persecutio criminis”, preservando, desse modo, a intimidade e a honra do ofendido.

Vale destacar, por oportuno, no sentido que venho de expor, a correta observação de JULIO FABBRINI MIRABETE e de RENATO N. FABBRINI (“Código Penal Interpretado”, p. 1.463, item n. 234-B.1, 7ª ed., 2011, Atlas):

“O dispositivo visa proteger a vítima das consequências do ‘strepitus judicii’. Embora a regra geral seja a da publicidade dos atos processuais, a Constituição Federal admite o sigilo necessário à defesa da intimidade (art. 5º, LX) e o Código de Processo Penal autoriza a decretação do segredo de justiça para a preservação da intimidade, vida privada, honra e imagem do ofendido (art. 201, § 6º). Nos crimes sexuais, além do dano decorrente da própria infração, havia de suportar a vítima, via de regra, também os malefícios da exposição pública de sua intimidade decorrente da instauração do processo penal. Com essa finalidade, a lei estabeleceu, em relação a esses delitos, como regra obrigatória, o segredo de justiça. (…) Embora se refira a lei somente ao processo, o sigilo deve alcançar o inquérito policial, incumbindo à autoridade e ao juiz a adoção nos autos das providências necessárias à preservação da intimidade da vítima.” (grifei)

Desse modo, torna-se inaplicável, exceto quanto aos dados de qualificação da vítima, a regra inscrita no art. 234-B do Código Penal, pois o agente do fato delituoso, nos casos de crimes contra a dignidade sexual, não é o destinatário dessa especial norma de proteção.

Por tal razão, impõe-se a reautuação acima ordenada, excluindo-se, unicamente, quando for o caso, o nome da vítima.

3. À Secretaria Judiciária para promover a retificação da autuação.

Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.214 (1580)ORIGEM : 70052688363 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : JOSE CARLOS FERNANDES E FERNANDES

LORENZINIADV.(A/S) : JOSE CARLOS FERNANDES E FERNANDES

LORENZINI (1491-A/RJ, 80861A/RS, 61202/SP)RECDO.(A/S) : ANTONIO CARLOS FONSECA VENDRAMEADV.(A/S) : GUILHERME RODRIGUES ABRAO (65754/RS, 400343/

SP)ADV.(A/S) : MARCELO MACHADO BERTOLUCI (36581/RS, 400352/

SP)ADV.(A/S) : MARCELO CAETANO GUAZZELLI PERUCHIN

(36579/RS, 400351/SP)ADV.(A/S) : VITOR ANTONIO GUAZZELLI PERUCHIN (48386/RS,

400363/SP)INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 5º, XXXV e XL, e 133 da Lei Maior.

É o relatório.Decido.Preenchidos os pressupostos extrínsecos.Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

A matéria constitucional versada no recurso extraordinário não foi analisada pelas instâncias ordinárias, para satisfazer o requisito do prequestionamento. Aplicável, na hipótese, o entendimento jurisprudencial vertido na Súmula 282/STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão suscitada”. Nesse sentido, o AI 743.256-AgR/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 08.3.2012 e o AI 827.894-AgR/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, unânime, DJe 07.11.2011, cuja ementa transcrevo:

"RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PREQUESTIONAMENTO – CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas razões recursais, inviabilizado fica o entendimento sobre a violência ao preceito evocado pelo recorrente. AGRAVO ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé."

Verifico que a análise efetuada pelo Tribunal a quo enfrentou o conjunto probatório para firmar seu convencimento, razão pela qual aferir a ocorrência de eventual afronta aos preceitos constitucionais invocados no apelo extremo exigiria o revolvimento do quadro fático delineado, procedimento vedado em sede extraordinária. Aplicação da Súmula 279/STF: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.” Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONTROVÉRSIA DECIDIDA COM BASE NO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA 279/STF. O recorrente limita-se a postular uma nova apreciação dos fatos e do material probatório constante dos autos. Nessas condições, a hipótese atrai a incidência da Súmula 279/STF. Agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE 800369 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 19/08/2014, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-170 DIVULG 02-09-2014 PUBLIC 03-09-2014)

"RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais. AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 397

ônus decorrente da litigância de má-fé.” (AI 744656 AgR, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado em 21/08/2012, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-174 DIVULG 03-09-2012 PUBLIC 04-09-2012)

Assim, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 21 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.222 (1581)ORIGEM : 00039960520098190028 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ALCIONE SILVEIRA DE SOUZAADV.(A/S) : MAX ARAUJO MARQUES (195844/RJ)ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO LUBE JUNIOR (145807/RJ)RECDO.(A/S) : MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRO

Decisão: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, assim ementado:

“RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. Júri. Rebelião. Homicídios tentados e consumados, lesões corporais, arrebatamento de presos, motim de presos, dano ao patrimônio público, incêndio e formação de quadrilha. Decisão de pronúncia. Alegação de inexistência de provas mínimas acerca da autoria. Materialidade dos delitos devidamente comprovada. Verifica-se a presença de indícios bastantes de autoria a autorizar um juízo de admissibilidade positivo, restando ao Tribunal do Júri, juízo natural da causa, apreciar os elementos coligidos ao feito a fim de decidir acerca da responsabilidade criminal do recorrente. Nessa fase processual vigora o princípio in dubio pro societate, que deve ser observado sob pena de usurpação da competência do Conselho de Sentença. Recurso desprovido.” (eDOC 42, p. 51)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea a, da Constituição Federal, aponta-se violação ao artigo 5º, XXXVIII, d, do texto constitucional. (eDOC 43, p. 18)

Sustenta-se que a sentença de impronúncia não usurpa a competência do Tribunal do Júri e que o Tribunal de origem deu interpretação equivocada ao texto constitucional.

Pleiteia-se a anulação do acórdão recorrido, para que seja determinada a impronúncia do agravante. (eDOC 46, p. 26)

É o relatório.Decido.O recurso não merece prosperar.Na espécie, constata-se que o Tribunal a quo, com base no acervo

fático-probatório produzido nos autos, não verificou ilegalidade manifesta a ensejar a reforma da decisão de pronúncia e que há fortes indícios de autoria, circunstância suficiente para deixar a cargo do Tribunal do Júri a análise da tese defensiva. A propósito, confiram-se os seguintes trechos do acórdão recorrido:

“Assim, verifica-se a presença de indícios suficientes a autorizar um juízo de admissibilidade positivo da acusação.

No ponto, cumpre aqui ressaltar que a Constituição Federal reservou ao Tribunal do Júri a competência para julgamento dos crimes dolosos contra a vida. Ao Juízo singular coube tão somente a pronúncia, que representa mero juízo de admissibilidade da acusação, para o qual basta a prova da materialidade da infração penal e a existência de indícios suficientes da autoria, a teor do disposto no artigo 408 do Código de Processo Penal. A prova plena de autoria e das circunstâncias do crime não pode, portanto, ser exigida no juízo provisório, devendo a controvérsia ser dirimida pelo Tribunal do Júri, juízo natural da causa, que decidirá acerca da culpabilidade do acusado e da existência de provas suficientes para a sua condenação.” (eDOC 42, p. 62)

No caso específico, o agravante sustenta que o entendimento firmado pelo Tribunal a quo viola a Constituição Federal, porquanto a sentença de impronúncia não usurpa a competência do Tribunal do Júri.

Uma coisa nada tem a ver com a outra.O Tribunal de origem apenas registrou que, quando presentes

indícios de autoria, apenas o Tribunal do Júri pode decidir sobre a tese defensiva e tal entendimento converge com a jurisprudência desta Corte.

Neste sentido, cito precedentes:“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM

AGRAVO. PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIME DE HOMICÍDIO QUALIFICADO. ARTIGO 121, § 2º, I E IV, DO CÓDIGO PENAL. CRIME DE CORRUPÇÃO DE TESTEMUNHA. ARTIGO 343, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CÓDIGO PENAL. DECISÃO DE PRONÚNCIA. INDÍCIOS MÍNIMOS DE

AUTORIA. NECESSIDADE DE REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 279 DO STF. DECISÃO DE PRONÚNCIA. FUNDAMENTAÇÃO. PRECEDENTES. VIOLAÇÃO AO ARTIGO 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO. INEXISTÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.” (ARE-AgR 1.053.002/DF, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 31.10.2017)

“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Pleito de absolvição por legítima defesa. Tese defensiva afastada pelo Tribunal a quo. Necessidade de submissão do acusado a julgamento pelo Júri. 3. Alegação de ausência de indícios de autoria e materialidade para a pronúncia. 4. Inocorrência. Mero inconformismo do recorrente, que objetiva sua absolvição mediante o revolvimento fático-probatório. Incidência do Enunciado 279 da Súmula do STF. 5. Agravo regimental a que se nega provimento. (ARE-AgR 804.388/RJ, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 13.5.2014)

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (artigo 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro Gilmar MendesRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.225 (1582)ORIGEM : 70072233943 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : VERA LUCIA FLECKADV.(A/S) : FELIPE LAZZARI DA SILVEIRA (78132/RS)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo , maneja-se agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão.

É o relatório.Decido.Não consta no recurso extraordinário, interposto de acórdão cuja

publicação se deu após a Emenda Regimental nº 21, de 30.4.2007, preliminar formal e fundamentada de repercussão geral. O preenchimento desse requisito demanda a demonstração, em tópico destacado, da relevância econômica, política, social ou jurídica da questão constitucional suscitada, a ultrapassar os interesses subjetivos das partes (art. 543-A, § 1º, do CPC).

A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que a ausência da preliminar acarreta a inadmissibilidade do recurso extraordinário. Nesse sentido, cito o RE 569.476-AgR/SC, rel. Min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, unânime, DJe 25.04.2008, cujo acórdão está assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL SUSCITADA. PRELIMINAR FORMAL E FUNDAMENTADA. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO. ART. 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. Inobservância ao que disposto no artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, que exige a apresentação de preliminar sobre a repercussão geral na petição de recurso extraordinário, significando a demonstração da existência de questões constitucionais relevantes sob o ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos das partes. A ausência dessa preliminar na petição de interposição permite que a Presidência do Supremo Tribunal Federal negue, liminarmente, o processamento do recurso extraordinário, bem como do agravo de instrumento interposto contra a decisão que o inadmitiu na origem (13, V, c , e 327, caput e § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal). Cuida-se de novo requisito de admissibilidade que se traduz em verdadeiro ônus conferido ao recorrente pelo legislador, instituído com o objetivo de tornar mais célere a prestação jurisdicional almejada. O simples fato de haver outros recursos extraordinários sobrestados, aguardando a conclusão do julgamento de ação direta de inconstitucionalidade, não exime o recorrente de demonstrar o cabimento do recurso interposto. Agravo regimental desprovido.”

Ressalto que a ausência da preliminar formal de repercussão geral nas razões do recurso extraordinário não pode ser suprida por meio de posterior veiculação nas razões do agravo, alcançada pelo manto da preclusão consumativa.

Por conseguinte, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 21 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 398

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.275 (1583)ORIGEM : AREsp - 10139016820148260053 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : ANTONIO LOPES DA SILVAADV.(A/S) : CELSO CARLOS FERNANDES (77270/SP)ADV.(A/S) : MARIA CRISTINA DE MELO (63927/SP)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DO AGRAVO.

1. Atentem para o decidido na origem. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, confirmando o entendimento do Juízo, assentou ser a base de cálculo do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis – ITBI o valor da arrematação do bem em hasta pública, assim como definiu ser o fato gerador do imposto aperfeiçoado no momento do registro da transmissão do imóvel, observada a legislação de regência. No recurso extraordinário, cujo trânsito busca alcançar, o recorrente alega violado o artigo 156, inciso II, da Constituição Federal. Aduz ser a base de cálculo do ITBI o valor venal do imóvel, exigível desde a arrematação em hasta pública.

2. O Tribunal de origem asseverou a incidência do ITBI tendo por base de cálculo o valor da arrematação do bem em hasta pública, reconhecendo a exigibilidade do imposto a partir do registro da transmissão do imóvel.

O acórdão impugnado revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. Colho do ato atacado os seguintes trechos:

Quanto ao ITBI se vê: Art. 38. A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou

direitos transmitidos.[…].O valor de mercado é um valor que se altera no tempo, assim a

questão que se precisa responder para se definir o correto valor venal seria o valor venal de qual momento se deve usar.

O Código Tributário Nacional responde essa questão quando trata do lançamento, ocasião em que o Fisco determina a matéria tributável, ou seja, a base de cálculo, como se vê no art. 142. ITBI e valor

Logo em seguida estabelece o Código: Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato

gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. [...]

§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por períodos certos de tempo, desde que a respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido. (grifo nosso)

[…] Na hipótese de hasta pública, a jurisprudência do STJ e desta C.

Câmara é pacífica no sentido de que o preço da arrematação (e não o da avaliação) reflete o valor venal do imóvel e, portanto, deve ser adotado como base de cálculo do ITBI:

[…]Em que pese o entendimento de que a demonstração do valor

monetário concreto da base de cálculo do ITBI depende de perícia, e que o rito do mandado de segurança não pode ser utilizado para tal discussão, no caso dos autos o impetrante demonstrou o valor da arrematação do bem, conforme auto de arrematação (fls. 19).

Assim, o valor a ser utilizado como base de cálculo do ITBI em casos de hasta pública é o valor da arrematação.

[…] À mercê de articulação sobre a violência à Constituição Federal,

pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Lei Maior.

Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do extraordinário quanto ao artigo 156, inciso II, da Constituição Federal não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento, esbarrando nos verbetes nº 282 e 356 da Súmula do Supremo.

3. Conheço do agravo e o desprovejo.4. Publiquem.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.287 (1584)ORIGEM : AREsp - 201051010127474 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : AMAURY FERREIRA DA ROCHA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : HERBERT MEDEIROS SAMPAIO (101253/RJ)

RECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : FERNANDA VALADARES DE OLIVEIRA (178822/RJ)

DECISÃO: Verifico que os assuntos versados no recurso extraordinário correspondem aos temas 249, 339, 424 e 660 da sistemática da repercussão geral, cujos paradigmas são, respectivamente, o RE-RG 627.109, Rel. Min. Dias Tofolli, Dje 12.02.2010; o AI-QO-RG 791.292, DJe 13.8.2010; ARE-RG 639.228, DJe 31.8.2010; e o ARE-RG 748.371, DJe 1º.8.2013. Assim, determino a devolução dos autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 1.036 do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Gilmar Mendes Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.544 (1585)ORIGEM : AREsp - 0815051832015812000150003 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SULPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ADEMIR CRISTALDO GUEDES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RACHEL DE PAULA MAGRINI (8673/MS)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SUL

DECISÃO: O recurso extraordinário a que se refere o presente agravo foi interposto contra acórdão que, proferido pelo E. Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul, está assim ementado:

“RECURSO DE APELAÇÃO – DECLARATÓRIA – CRIAÇÃO DE NOVAS VAGAS PARA SARGENTOS DA POLÍCIA MILITAR EM CONCURSO POSTERIOR – PEDIDO DE CONVOCAÇÃO PARA O CURSO DE FORMAÇÃO COM FUNDAMENTO NA PRETERIÇÃO DE DIREITO E INTERPRETAÇÃO EQUIVOCADA DA CLÁUSULA DE BARREIRA – IMPROCEDÊNCIA MANTIDA.

A cláusula de barreira, prevista com frequência nos editais dos concursos, limita a quantidade de candidatos a serem convocados para as próximas etapas, mesmo os que tenham eventualmente atingido a pontuação mínima prevista no edital. Por isso, o candidato de concurso anterior não classificado dentro do número de vagas para ser convocado às demais etapas obrigatórias não pode exigir, com fundamento na preterição de direito, sua convocação para o curso de formação de 3º Sargento da Polícia Militar de outro concurso posterior, muito menos o direito de ser promovido.

Recurso não provido.”A parte ora agravante, ao deduzir o apelo extremo em questão,

sustentou que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República.

Sendo esse o contexto, passo a examinar a postulação recursal em causa. E, ao fazê-lo, observo que incidem, na espécie, os enunciados constantes das Súmulas 279/STF e 454/STF, que assim dispõem:

“Para simples reexame de prova, não cabe recurso extraordinário.” (grifei)

“Simples interpretação de cláusulas contratuais não dá lugar a recurso extraordinário.” (grifei)

É que, para se acolher o pleito deduzido em sede recursal extraordinária, tornar-se-ia necessário o reexame dos fatos e das provas constantes dos autos e a interpretação de cláusula de edital, circunstâncias essas que obstam, como acima observado, o próprio conhecimento do apelo extremo, em face do que se contém nas Súmulas 279/STF e 454/STF.

A mera análise do acórdão recorrido torna evidente que o Tribunal “a quo”, ao proferir a decisão questionada, apoiou as suas conclusões em aspectos fático-probatórios e em interpretação de cláusula de edital:

“De acordo com as provas produzidas, em especial a cópia do diário oficial n. 8.448 (f. 87/133), o autor/apelante melhor classificado no concurso em discussão nessa demanda ficou na 207ª colocação e o pior obteve apenas a 1.401ª colocação.

Nos termos da cláusula 6.22.4 (f. 89), somente os candidatos aprovados até 3 (três) vezes o número de vagas previstas no edital seriam convocados para as demais fases do concurso, ou seja, os candidatos classificados até 120ª colocação. Já a cláusula 6.22.4.1 do edital, estabelece a eliminação automática dos candidatos classificados além dessa colocação.

Em razão dessa cláusula de barreira, consistente na limitação do número de candidatos convocados para as demais fases, os autores/apelantes foram eliminados automaticamente do concurso, motivo pelo qual não participaram do exame de saúde e do curso de formação, etapas essenciais para aprovação final, por possuírem caráter eliminatório e classificatório.

Em outras palavras, mesmo com aproveitamento igual ou superior a 50% do cômputo geral da prova, conforme exigência mínima prevista na cláusula 6.22.1 do edital, os autores/apelantes foram eliminados automaticamente do concurso e não foram convocados para as demais etapas obrigatórias, por terem se classificado bem além da 120ª colocação.

Por isso, os autores/apelantes não podem exigir, com fundamento na

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 399

preterição de direito, a convocação para curso de formação de 3º Sargento da Polícia Militar de concurso posterior, muito menos a promoção, por não ser ilegal ou abusiva a cláusula de barreira. Pelo contrário, a cláusula de barreira é bastante comum nos concursos públicos atuais, inclusive os da magistratura, e é um instrumento bastante eficaz na escolha dos melhores candidatos, por isso encontra amparo jurídico nos princípios da impessoalidade, da moralidade, da eficiência, da isonomia e da boa administração.

…..................................................................................................Além disso, ao contrário do afirmado nas razões recursais, já se

encerrou a validade do resultado final do processo seletivo realizado no ano de 2013, visto que, conforme dispõe o item 13.3 (f. 91), o certame tinha prazo de validade de 60 (sessenta) dias, contados a partir da data de matrícula no curso de formação.

Não há irregularidade ou ilegalidade na cláusula do edital que fixa o termo inicial de validade do certame a partir da data de matrícula no curso de formação. Isso porque, nos termos ao artigo 37, inciso III, da Constituição Federal, o prazo de validade dos concursos será de até 2 anos, prorrogáveis uma vez, por igual período. Ou seja, cuida-se de ato discricionário da administração escolher o tempo de validade do concurso, desde que não extrapole 2 (dois) anos, bem como o termo inicial da contagem deste prazo.

Não se pode esquecer, outrossim, que foram disponibilizadas 40 vagas no processo seletivo realizado no ano de 2013 e mais 28 vagas no processo interno regido pelo edital 1/2014/SAD/SEJUSP/PMM3/PMMS, insuficientes para alcançar a classificação do autor/apelante melhor classificado (207ª colocação).”

Impende registrar, por necessário, que o entendimento exposto na presente decisão tem sido observado em julgamentos proferidos no âmbito desta Suprema Corte (AI 835.757-AgR/RJ, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – ARE 1.039.710-AgR/SP, Rel. Min. ROSA WEBER – ARE 1.112.869/MS, Rel. Min. EDSON FACHIN, v.g.).

Vê-se, portanto, que a pretensão deduzida no apelo extremo pela parte recorrente revela-se processualmente inviável.

Cabe acentuar, finalmente, que não se demonstrou, considerada a hipótese prevista no art. 102, III, “c”, da Carta Política, que o acórdão recorrido tenha julgado válida lei local em face da Constituição da República.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, ao apreciar o presente agravo, não conheço do recurso extraordinário a que ele se refere, por ser este manifestamente inadmissível (CPC, art. 932, III).

Majoro, ainda, em 10% (dez por cento), nos termos do art. 85, § 11, do CPC, a verba honorária anteriormente arbitrada nestes autos, observados os limites estabelecidos nos §§ 2º e 3º desse mesmo art. 85 do referido estatuto processual civil e considerada a orientação que culminou por prevalecer no Plenário desta Suprema Corte no julgamento da AO 2.063- -AgR/CE, Red. p/ o acórdão Min. LUIZ FUX.

Se a parte vencida, eventualmente, for beneficiária da gratuidade, não se exonerará ela, em virtude de tal condição, da responsabilidade pelas despesas processuais e pela verba honorária decorrentes de sua sucumbência (CPC, art. 98, § 2º), ressalvando-se-lhe, no entanto, quanto a tais encargos financeiros, a aplicabilidade do que se contém no § 3º do art. 98 desse mesmo estatuto processual civil.

Publique-se.Brasília, 21 de maio de 2018.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.713 (1586)ORIGEM : AREsp - 00034520520138260053 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ADRIANA LUCHS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUIZ ALBERTO DA SILVA (109176/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : DANIELLE GONCALVES PINHEIRO (226424/SP)

DECISÃO: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ementado nos seguintes termos:

“DIREITO ADMINISTRATIVO – AÇÃO ORDINÁRIA — PESQUISADOR CIENTÍFICO — INSTITUIÇÃO DE PESQUISA — EQUIPARAÇÃO DE VENCIMENTOS — PESQUISADOR UNIVERSITÁRIO E DOCENTES - DESCABIMENTO — As atividades de pesquisador científico de Instituto ou Secretaria Estadual, por sua natureza, não guardam similitude com atividades de docentes e/ou de pesquisador científico de Universidades, de sorte que, sua equiparação, é indevida e vedada por ordem constitucional — Benefício indeferido - Inteligência da CF/1988, art. 37 XIII — Súmula 339, do Supremo Tribunal Federal — Precedentes desta Egrégia Corte — Decisão que julgou a ação improcedente mantida — NEGA-SE PROVIMENTO AO RECURSO.” (eDOC 1, p. 247)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, “a”, “c” e “d”, da Constituição Federal, aponta-se violação aos arts. 5º, caput, LV, 37, X, 39, § 4º, 93, IX, do texto constitucional.

Nas razões recursais, alega-se que “ o acórdão ora hostilizado, ao declarar a improcedência do pedido de equiparação dos vencimentos dos pesquisadores Científicos com os seus próprios pares que já obtiveram sentença favorável e já se encontram recebendo seus novos vencimentos e ainda, negando vigência à lei adjetiva discorrida ao longo da discussão , garantindo-lhes a revisão geral anual de vencimentos com supedâneo no artigo 37, inciso X, da Constituição Federal, mantido pela EC 19/1998, negando a correção dos vencimentos, se mostra terrivelmente injusto, fere de morte o direito isonômico garantido na Constituição federal.” (eDOC 1, p. 288)

Decido. O recurso não merece prosperar. Inicialmente, anoto que o acórdão recorrido não declarou

inconstitucionalidade de tratado ou lei federal, nem julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição Federal. Desse modo, incabível a interposição do recurso extraordinário com fundamento nas alíneas “b” e “c” do inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

Destaco, ademais, que a jurisprudência reiterada desta Corte firmou-se no sentido de não caber interposição de recurso extraordinário com fundamento na alínea “d” do inciso III do art. 102 da Constituição Federal, quando a Corte de origem não tenha julgado válida lei local contestada em face de lei federal, de modo a ensejar conflito legislativo federativo.

Assim, não conheço do recurso interposto com fundamento no art. 102, III, “c” e “d”, da Constituição Federal

afasto a suposta nulidade de omissão e deficiência na fundamentação do acórdão recorrido, por entender que é pacífico o entendimento desta Corte no sentido de ser desnecessário o enfrentamento específico de todos os argumentos trazidos pelo recorrente. Assim, não há que se falar em negativa de prestação jurisdicional.

Ademais, ressalte-se que esta Corte reconheceu a repercussão geral da questão constitucional acima discutida, no tema 339, nos seguintes termos:

“Questão de ordem. Agravo de Instrumento. Conversão em recurso extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3º e 4º). 2. Alegação de ofensa aos incisos XXXV e LX do art. 5º e ao inciso IX do art. 93 da Constituição Federal. Inocorrência. 3. O art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão . 4. Questão de ordem acolhida para reconhecer a repercussão geral, reafirmar a jurisprudência do Tribunal, negar provimento ao recurso e autorizar a adoção dos procedimentos relacionados à repercussão geral” (grifei) (AI-QO-RG 791.292, de minha relatoria, DJe 13.8.2010).

Na espécie, o Tribunal de origem apreciou as questões suscitadas, fundamentando-as de modo suficiente a demonstrar as razões objetivas do convencimento do julgador. A prestação jurisdicional foi concedida nos termos da legislação vigente, apesar de ter sido a conclusão contrária aos interesses da parte recorrente.

Quanto à alegada ofensa ao art. 5º, incisos LIV e LV, da Constituição Federal, é firme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de que a afronta aos princípios constitucionais do contraditório, da ampla defesa, do devido processo legal, e dos limites da coisa julgada, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, configura ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, o que inviabiliza o prosseguimento do recurso extraordinário. A repercussão geral dessa matéria foi rejeitada no julgamento do ARE 748.371 RG, de minha relatoria, tema 660 da sistemática da repercussão geral, assim ementado:

“Alegação de cerceamento do direito de defesa. Tema relativo à suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal. Julgamento da causa dependente de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais. Rejeição da repercussão geral”.

Quanto à questão remanescente verifico que o Tribunal de origem, ao examinar a legislação local aplicável à espécie (Lei Complementar 727/1993 do Estado de São Paulo), consignou que não é devida a equiparação dos Pesquisadores Científicos com os Docentes Universitário, uma vez que não existe previsão legal.

Assim, verifica-se que a matéria debatida no acórdão recorrido restringe-se ao âmbito da legislação local, de modo que a ofensa à Constituição, se existente, seria reflexa ou indireta, o que inviabiliza o processamento do presente recurso. Além disso, divergir do entendimento firmado pelo tribunal de origem demandaria o revolvimento do acervo fático-probatório. Nesses termos, incide no caso a Súmula 280 do STF.

Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes: “Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Direito

Administrativo. Servidor público. Equiparação de remuneração entre pesquisadores científicos e docentes universitários com base na isonomia. Impossibilidade. 3. Interpretação das leis complementares 727/1993 e 859/1999 do Estado de São Paulo. Ofensa reflexa à Constituição Federal. Súmula 280. 4. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 5. Agravo regimental a que se nega provimento. (ARE 1.011.942-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 4.5.2017)

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. EQUIPARAÇÃO DE VENCIMENTOS. LEIS COMPLEMENTARES ESTADUAIS NS. 727/93 E 859/99. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO LOCAL. OFENSA

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 400

CONSTITUCIONAL INDIRETA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. (AI 741.844-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 19.6.2009)

No mesmo sentido: o AI 837.763/SP, rel. Min. Rosa Weber, DJe 4.3.2013; o AI 740.465/SP, rel. Min. Ricardo Lewandowski, Dje 27.4.2012; e o AI 698.830/SP, rel. Min. Joaquim Barbosa, Dje 23.3.2011.

Ainda que assim não fosse, a pretensão encontra óbice na Súmula Vinculante 37, segundo a qual “Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia”. Destaco julgados:

“DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDOR PÚBLICO. PISO SALARIAL. EXTENSÃO. ISONOMIA. SÚMULA VINCULANTE Nº 37. VINCULAÇÃO. SALÁRIO MÍNIMO. SÚMULA VINCULANTE Nº 4. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido da impossibilidade de o Poder Judiciário, sob o fundamento da isonomia, aumentar vencimentos de servidores públicos. Incidência da Súmula Vinculante nº 37. 2. O entendimento desta Corte é no sentido de que o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado. Incidência da Súmula Vinculante nº 4. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 768.938 AgR, rel. Min. Roberto Barroso, Primeira Turma, DJe 15.2.2016)

“REMUNERAÇÃO FUNCIONAL – REAJUSTE – PRETENDIDA EXTENSÃO JURISDICIONAL, A SERVIDOR PRETERIDO, DE DETERMINADA VANTAGEM PECUNIÁRIA – INADMISSIBILIDADE – RESERVA DE LEI E POSTULADO DA SEPARAÇÃO DE PODERES – SÚMULA VINCULANTE Nº 37 – APLICABILIDADE AO CASO – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.” (ARE 806.463 AgR, rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 12.5.2015).

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (art. 932, IV, do NCPC c/c art. 21, §1º, do RISTF) e, tendo em vista tratar-se de mandado de segurança na origem, deixo de aplicar o disposto no § 11 do art. 85 do CPC, em virtude do art. 25 da Lei 12.016/2009.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.730 (1587)ORIGEM : 00041648820108080024 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : HERCULES ALVES DE SOUZA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSE GERALDO NUNES FILHO (12739/ES)ADV.(A/S) : LILIAN MAGESKI ALMEIDA (10602/ES)RECDO.(A/S) : ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTO

DECISÃO: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, ementado nos seguintes termos:

“ADMINISTRATIVO. RECURSOS. APELAÇÃO CÍVEL. CONCURSO PÚBLICO. TESTE FÍSICO. REQUISITOS CUMULATIVOS. PONTUAÇÃO INDIVIDUAL E GERAL. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. 1. De acordo com o item 7.2 do edital (fl. 30), os candidatos passariam por exame de aptidão física, de caráter eliminatório, consistente em testes de barra, flexão abdominal e corrida de doze minutos, cada um valendo de zero a quatro pontos, de acordo com o desempenho. 2. Ademais, na forma do item 7.9, o candidato seria considerado apto caso obtivesse a pontuação mínima de nove pontos, desde que alcançasse ao menos dois pontos em cada teste individual. 3. Dessa forma, não há que se falar em requisitos alternativos, uma vez que a exigência do edital é de que o candidato conseguisse a pontuação individual mínima de dois pontos em cada teste, além de pontuação geral, nos três exames, de no mínimo nove pontos, sendo, portanto, requisitos cumulativos. 4. Diante disso, pelo fato dos apelantes só terem preenchido a pontuação mínima nos testes de forma individual, não alcançando o mínimo geral de nove pontos, não há como se acolher a pretensão autoral.” (eDOC 2, p.55)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, alínea “a”, da Constituição Federal, aponta-se violação aos arts. 5º, II; e 37, caput, I, do texto constitucional.

Nas razões recursais, alega-se, em síntese, violação aos princípios da legalidade, eficiência, acessibilidade à função pública, proporcionalidade e razoabilidade. Aduz ainda, que os autores apresentam plena capacidade para exercício da função, uma vez que atingiram as notas mínimas exigidas no edital do concurso para o teste de aptidão física.

Decido. O recurso não merece prosperar. O Tribunal de origem, ao examinar o conjunto probatório constante

dos autos, bem como ao interpretar cláusulas contidas em edital, consignou que os autores não fazem jus à reintegração ao certame da SEJUS. Nesse

sentido, extrai-se o seguinte trecho do acórdão impugnado: “Diante disso, pelo fato dos apelantes só terem preenchido a

pontuação mínima nos testes de forma individual, não alcançando o mínimo geral de nove pontos, não há como se acolher a pretensão autoral.” (eDOC 2, p.57)

Assim, divergir do entendimento firmado pelo tribunal de origem demandaria o reexame do acervo fático-probatório e das mencionadas cláusulas contratuais, providência inviável no âmbito do recurso extraordinário. Nesses termos, incidem no caso as Súmulas 279 e 454 do Supremo Tribunal Federal.

Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes: “DIREITO ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO.

REELABORAÇÃO DA MOLDURA FÁTICA. SÚMULAS 279 E 454 DO STF. SUPOSTA OFENSA AO ART. 109, I, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO CPC/2015. EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO VIABILIZA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 102 DA LEI MAIOR. AGRAVO MANEJADO SOB A VIGÊNCIA DO CPC/2015. 1. A controvérsia, a teor do já asseverado na decisão guerreada, não alcança estatura constitucional. Não há falar em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais. Compreensão diversa demandaria a análise da legislação infraconstitucional encampada na decisão da Corte de origem, a tornar oblíqua e reflexa eventual ofensa à Constituição, insuscetível, como tal, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência desta Suprema Corte. 2. As razões do agravo interno não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada. 3. Majoração em 10% (dez por cento) dos honorários advocatícios anteriormente fixados, obedecidos os limites previstos no art. 85, §§ 2º, 3º e 11, do CPC/2015, ressalvada eventual concessão do benefício da gratuidade da Justiça. 4. Agravo interno conhecido e não provido, com aplicação da penalidade prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015, calculada à razão de 1% (um por cento) sobre o valor atualizado da causa.” (ARE-AgR 1104.939, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 10.5.2018)

“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Direito Administrativo. 3. Concurso público. Direito à nomeação. Criação de novas vagas durante o período de validade. 4. Necessidade de reexame do acervo fático-probatório e de interpretação das cláusulas do edital. Impossibilidade. Súmulas 279 e 454. Precedentes. 5. Impossibilidade de se avaliar as possibilidades financeiras do ente público em recurso extraordinário. 6. Agravo regimental a que se nega provimento, tendo em vista tratar-se de mandado de segurança na origem, deixo de aplicar o disposto no § 11 do art. 85 do CPC, em virtude do art. 25 da Lei 12.016/2009.” (RE-AgR 1058.909, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 10.5.2018)

“AGRAVO INTERNO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. REVOGAÇÃO DE EDITAL. ALTERAÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO DA CANDIDATA. DIREITO À NOMEAÇÃO. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO–PROBATÓRIO CARREADO AOS AUTOS E DE CLÁUSULAS EDITALÍCIAS. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 454 DO STF. OFENSA AO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES. INOCORRÊNCIA. REITERADA REJEIÇÃO DOS ARGUMENTOS EXPENDIDOS PELA PARTE NAS SEDES RECURSAIS ANTERIORES. MANIFESTO INTUITO PROTELATÓRIO. MULTA DO ARTIGO 1.021, § 4º, DO CPC/2015. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO.” (ARE-AgR 1091.006, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 7.5.2018)

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (art. 932, VIII, do NCPC c/c art. 21, §1º, do RISTF) e, tendo em vista o disposto no art. 85, § 11, do CPC, majoro, em 10%, o valor da verba honorária fixada anteriormente, observados os limites previstos nos §§ 2º e 3º do referido dispositivo, ressalvada a eventual concessão do benefício da justiça gratuita.

Publique-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.772 (1588)ORIGEM : AREsp - 00000603520138260028 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREVPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : JOAO VITOR NOGUEIRA BARBOZAADV.(A/S) : ANA CAROLINA SOARES COSTA (314277/SP)

DECISÃO: O recurso extraordinário a que se refere o presente agravo foi interposto por São Paulo Previdência – SPPREV contra acórdão que, proferido pelo E. Tribunal de Justiça local, está assim ementado:

“RECURSOS DE APELAÇÃO E ADESIVO – AÇÃO DE PROCEDIMENTO ORDINÁRIO – DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PRETENSÃO À ANULAÇÃO DE ATO ADMINISTRATIVO – BENEFÍCIO DE PENSÃO POR MORTE – NETO – IMPOSSIBILIDADE. 1. O prazo para a invalidação de atos administrativos é de 10 anos, nos termos do disposto no artigo 10, I, da Lei Estadual nº 10.177/98. 2. Transcurso do lapso decenal,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 401

impossibilitando a anulação do ato administrativo concessivo do benefício, para preservar o direito adquirido e o princípio da segurança jurídica. 3. No mérito, propriamente dito, trata-se de benefício concedido, na forma da legislação vigente à época do óbito da instituidora, servidora pública. 4. Restabelecimento do benefício e a restituição, inclusive, de parcelas abrangidas pela antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional. 5. Correção monetária, desde o inadimplemento, de acordo com o IPCA. 6. Juros de mora de 1% ao mês, até a publicação da Medida Provisória nº 2.180-35, que acrescentou o artigo 1º-F à Lei Federal nº 9.494/97 e, após, 0,5% ao mês, a partir de 28 de abril de 2.001, desde a citação. 7. Ação de procedimento ordinário, julgada procedente, em Primeiro Grau. 8. Sentença, reformada. 9. Ação, julgada improcedente. 10. Recurso adesivo, apresentado pela parte ré, provido. 11. Recurso de apelação, oferecido pela parte autora, prejudicado.”

A parte ora agravante, ao deduzir o apelo extremo em questão, sustentou que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República.

Sendo esse o contexto, passo a examinar a postulação recursal em causa. E, ao fazê-lo, observo que a suposta ofensa ao texto constitucional, caso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria – para que se configurasse – a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário.

Com efeito, o acórdão impugnado em sede recursal extraordinária, ao decidir a controvérsia jurídica objeto deste processo, dirimiu a questão com fundamento em legislação infraconstitucional (Leis nºs 8.213/91 e 9.717/98), o que torna incognoscível o apelo extremo.

Cabe enfatizar, ainda, que incide, na espécie, o enunciado constante da Súmula 280/STF, que assim dispõe:

“Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário.” (grifei)É que a questão ora em exame foi decidida com base no direito local

(Leis Complementares estaduais nºs 180/78 e 1.012/2007 e Lei estadual 10.117/98), sem qualquer repercussão direta no plano normativo da Constituição da República, configurando, por isso mesmo, situação que inviabiliza, por completo, por efeito do que dispõe a Súmula 280/STF, a possibilidade de utilização do recurso extraordinário.

A mera análise do acórdão recorrido torna evidente que o Tribunal “a quo”, ao proferir a decisão questionada, fundamentou as suas conclusões em dispositivos de ordem meramente legal e em interpretação de direito local:

“Inicialmente, a despeito do entendimento manifestado na origem, tem-se que, nos termos do artigo 10, I, da Lei Estadual 10.177/98, a Administração Pública anulará atos inválidos, de ofício, ou mediante provocação do interessado, salvo, quando ultrapassado o prazo de 10 anos. E, o referido dispositivo legal tem o objetivo de preservar o direito adquirido e a observância do princípio da segurança jurídica.

Assim, no caso concreto, é inquestionável a ocorrência de decadência, com fundamento no diploma legal acima mencionado, tendo em vista o transcurso do decênio legal entre a concessão do benefício e a invalidação do respectivo ato administrativo.

Na sequência, ainda que superada a matéria prejudicial, enfrenta-se o mérito da lide.

No mérito, propriamente dito, o direito à concessão do benefício de pensão por morte é definido na legislação que estiver em vigor na data do óbito do respectivo instituidor. E mais, na hipótese em apreço, verifica-se que o benefício foi concedido sob a égide da Lei Complementar Estadual nº 180/78.

A alegação principal da parte autora é no sentido de que, com a edição da Lei Federal nº 9.717/98, os Regimes Próprios de Previdência Social dos Servidores Públicos da União, Estados e Municípios, não mais poderiam conceder benefícios distintos daqueles previstos na Lei Federal nº 8.213/91.

De outra parte, quanto ao rol de beneficiários, no Estado de São Paulo, é relevante consignar que a restrição somente foi introduzida com a edição da LCE nº 1.012/07.

Ademais, consta dos autos que o óbito da servidora, instituidora do referido benefício, ocorreu anteriormente à vigência da LCE nº 1.012/07, que alterou o sistema previdenciário público. Desta forma, em atenção ao princípio ‘tempus regit actum’, verifica-se que não há irregularidade passível de correção, no que se refere à concessão do benefício de pensão por morte em favor da parte ré, com fundamento no artigo 152 da LCE nº 180/78.”

Impõe-se observar, por relevante, que o entendimento exposto na presente decisão tem sido observado em julgamentos proferidos no âmbito desta Suprema Corte (ARE 951.994/SP, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – ARE 1.111.971/SP, Rel. Min. LUIZ FUX – ARE 1.115.269/SP, Rel. Min. EDSON FACHIN – ARE 1.123.005/SP, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – RE 999.410/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

Cumpre registrar, finalmente, que não se demonstrou, considerada a hipótese prevista no art. 102, III, “d”, da Carta Política, que a decisão recorrida tenha julgado válida lei local em face de lei federal.

Sendo assim, e tendo em considerações as razões expostas, ao apreciar o presente agravo, não conheço do recurso extraordinário a que ele se refere, por ser este manifestamente inadmissível (CPC, art. 932, III).

Majoro, ainda, em 10% (dez por cento), nos termos do art. 85, § 11,

do CPC, a verba honorária anteriormente arbitrada nestes autos, observados os limites estabelecidos nos §§ 2º e 3º desse mesmo art. 85 do referido estatuto processual civil e considerada a orientação que culminou por prevalecer no Plenário desta Suprema Corte no julgamento da AO 2.063- -AgR/CE, Red. p/ o acórdão Min. LUIZ FUX.

Publique-se.Brasília, 21 de maio de 2018.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.887 (1589)ORIGEM : 40031274620138260510 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : FUNDACAO MUNICIPAL DE SAUDE DE RIO CLAROADV.(A/S) : ANTONIO ALBERTO PRADA VANCINI (323821/SP)RECDO.(A/S) : ALBERTO DE ALMEIDA JUNIORADV.(A/S) : DAVID CHRISTOFOLETTI NETO (158929/SP)

DECISÃO: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ementado nos seguintes termos:

“Apelação e reexame necessário – Servidor público municipal – Pretensão ao recebimento de progressão funcional de 2% ao ano incidente sobre a remuneração, com o respectivo pagamento das diferenças – Sentença de procedência – Gratificação de progressão funcional por tempo de serviço que deve ser calculado sobre os vencimentos e todas as vantagens pecuniárias pagas ao servidor, salvo as de caráter eventual – Inteligência do art. 18 da Lei Municipal nº 2.784/95, com a redação dada pela Lei Complementar Municipal nº 05/02 – Inocorrência de ‘efeito repique’ - Precedentes desta E. Corte – Aplicação da Lei Federal nº 11.960/09, nos termos do quanto decidido pelo E. STF – Recurso desprovido e reexame necessário parcialmente provido” (eDOC 2, p. 150)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, alínea “a”, da Constituição Federal, aponta-se violação ao art. 37, inciso XIV, do texto constitucional.

Nas razões recursais, alega-se haver lei revogadora daquela em que se funda o pleito da exordial, motivo pelo qual deve ser extinta a ação por ausência de interesse processual.

Aduz-se, ademais, que o reconhecimento do direito a perceber progressão funcional sobre a totalidade dos vencimentos gera efeito cascata. Ademais, sustenta-se violação ao princípio da legalidade.

Pugna-se pelo provimento do recurso para que seja reformado o acórdão recorrido.

Decido. O recurso não merece prosperar. O Tribunal de origem, ao examinar a legislação local aplicável à

espécie 2.784/95 e o conjunto probatório constante dos autos, consignou que ao autor é conferido o direito de progressão funcional durante a vigência da referida Lei Municipal e Lei Complementar Municipal nº 5/2002. Nesse sentido, extrai-se o seguinte trecho do acórdão impugnado:

“Desta feita, deve ser mantida a r. Sentença na parte em que condena a requerida a proceder ao cálculo dos valores devidos ao autor a título de progressão funcional por tempo de serviço, com base na remuneração auferida, com o pagamento dos atrasados a partir da migração para o regime estatutário (30.7.2008 – fls. 168), respeitada a prescrição quinquenal e o quanto disposto no art. 18, § 2º, da Lei Municipal 2.784/95.” (eDOC 2 p.156)

Assim, verifica-se que a matéria debatida no acórdão recorrido restringe-se ao âmbito da legislação local, de modo que a ofensa à Constituição, se existente, seria reflexa ou indireta, o que inviabiliza o processamento do presente recurso. Além disso, divergir do entendimento firmado pelo tribunal de origem demandaria o revolvimento do acervo fático-probatório. Nesses termos, incidem no caso as Súmulas 280 e 279 do STF.

Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM

AGRAVO. RECURSO INTERPOSTO EM 07.02.2017. SERVIDOR PÚBLICO. PROGRESSÃO FUNCIONAL. LEI Nº 35/2002. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO LOCAL. OFENSA INDIRETA. SÚMULA 280/STF. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 279/STF. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que chegou o Tribunal de origem, quanto à possibilidade de concessão de progressão funcional horizontal à recorrida, seria necessário o reexame dos fatos e provas, além da legislação municipal aplicável à espécie. Incidência das Súmulas 279 e 280 do STF. Precedentes. 2. Agravo regimental a que se nega provimento, com previsão de aplicação da multa prevista no art. 1.021, §4º, CPC. Verba honorária majorada em ¼, nos termos do art. 85, §§ 2º, 3º e 11, CPC.” (ARE-AgR 1.016.057, Rel. Min. Edson Fachin, Segunda Turma, DJe 17.5.2017)

“AGRAVO INTERNO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. PROGRESSÃO DE CARREIRA. SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. NECESSIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO STF.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 402

PRECEDENTES. RECURSO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. APLICAÇÃO DE NOVA SUCUMBÊNCIA. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO.” (ARE-AgR 877.539, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 14.3.2017)

Ademais, ressalta-se que esta Corte entende não ser cabível a interposição de recurso extraordinário por contrariedade ao princípio da legalidade, quando a verificação da ofensa envolver a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF).

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (art. 932, VIII, do CPC, c/c art. 21, §1º, do RISTF) e, tendo em vista o disposto no art. 85, § 11, do CPC, majoro, em 10%, o valor da verba honorária fixada anteriormente, observados os limites previstos nos §§ 2º e 3º do referido dispositivo, ressalvada a eventual concessão do benefício da justiça gratuita.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.933 (1590)ORIGEM : 00017192320148160190 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁRECDO.(A/S) : CLAUDIA CRISTINA MAEBARA KIMURAADV.(A/S) : MARIO HENRIQUE ALBERTON (30358/PR)

Vistos etc.A matéria restou submetida ao Plenário Virtual para análise quanto à

existência de repercussão geral no RE 724.347-RG.O art. 328 do RISTF autoriza a devolução dos recursos

extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais ou Turmas Recursais de origem para os fins previstos nos arts. 1.036 a 1.040 do CPC/2015.

Devolvam-se os autos à Corte de origem. Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.996 (1591)ORIGEM : AREsp - 00408493520128260053 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : MARIA ELOISE MOMESSO DE OLIVEIRA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CASSIA MARTUCCI MELILLO BERTOZO (211735/SP)ADV.(A/S) : LARISSA BORETTI MORESSI (188752/SP)

Decisão: Trata-se de agravo cujo objeto é a decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado (eDOC 2, p. 98):

“SERVIDORES PÚBLICOS ESTADUAIS ATIVOS – ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO (QUINQUÊNIO) —BASE DE CÃLCULO —Incidência sobre o padrão acrescido das vantagens incorporadas — Exclusão dos adicionais de função e das gratificações de natureza transitória —Sucumbência recíproca. Recurso de apelação parcialmente provido.”

No recurso extraordinário, com fundamento no artigo 102, III, a , do permissivo constitucional, aduz-se ofensa aos artigos 37, XIV; e 97 da Constituição Federal.

Nas razões recursais sustenta-se, em suma, que “os recorridos não têm direito à incidência pretendida, uma vez que a base de cálculo do benefício em discussão é definida em lei ordinária, sendo matéria de competência do Exmo. Sr. Governador do Estado de São Paulo, cingindo-se a norma constitucional a fixar o tempo de aquisição dessa vantagem.” (eDOC 2, p. 116).

O Supremo Tribunal Federal já se manifestou sobre o tema discutido nestes autos.

No julgamento do RE-RG 764.332, de relatoria do Ministro Joaquim Barbosa, DJe 21.3.2014 (Tema 702), o Supremo Tribunal Federal reconheceu a inexistência de repercussão geral da matéria discutida nestes autos, referente à base de cálculo do adicional por tempo de serviço (quinquênio) de servidores públicos. Na oportunidade, a ementa restou assim redigida:

“ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. QUINQUÊNIO. INCIDÊNCIA SOBRE OS VENCIMENTOS INTEGRAIS, INCLUINDO OS ADICIONAIS E AS GRATIFICAÇÕES REPUTADOS COMO DE NATUREZA PERMANENTE. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO ESTADUAL. MATÉRIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. ATRIBUIÇÃO

DOS EFEITOS DA AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO NÃO CONHECIDO.”

Ante o exposto, determino a remessa dos autos ao Tribunal de origem para adequação ao disposto no art. 1.036 do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328 do RISTF.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Edson Fachin Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.100 (1592)ORIGEM : 20040010836702 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ABRIL COMUNICAÇÕES S/ARECTE.(S) : ROBERTO CIVITAADV.(A/S) : ALEXANDRE FIDALGO (172650/SP)RECDO.(A/S) : FERNANDO AFFONSO COLLOR DE MELLOADV.(A/S) : JOSE DOMINGOS TEIXEIRA NETO (18734/RJ)INTDO.(A/S) : PAULO FERNANDO DA COSTA LACERDAADV.(A/S) : MARCUS FLAVIO HORTA CALDEIRA (13418/DF)

DECISÃO: Verifico que o assunto versado no recurso extraordinário corresponde tema 657 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o ARE-RG 739.382, de minha relatoria, DJe 3.6.2013. Assim, determino a devolução dos autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 1.036 do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.112 (1593)ORIGEM : AREsp - 200434000099090 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : SILVIO ESTEVES COUTINHOADV.(A/S) : DORIVAN MATIAS TELES (00688/A/DF, 5449/GO)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : MARIA SOCORRO RODRIGUES SILVAADV.(A/S) : MARCIA MARIA ARAUJO CAIRES (19760/DF)

DECISÃO: O recurso extraordinário a que se refere o presente agravo foi interposto por Sílvio Esteves Coutinho contra acórdão que, confirmado em sede de embargos de declaração pelo E. Tribunal Regional Federal da 1ª Região, está assim ementado:

“ADMINISTRATIVO. AÇÃO DE IMPROBIDADE. FREQUÊNCIA DE SERVIDOR PÚBLICO, CUMPRINDO PENA, EM REGIME FECHADO, ATESTADA POR SERVIDOR RESPONSÁVEL PELA FOLHA DE FREQUÊNCIA. PERÍODO EM QUE TAMBÉM O NOMEOU PARA FUNÇÃO E RECEBIMENTO DE HORA EXTRA. VERBAS RECEBIDAS PELO RÉU. ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA CONFIGURADOS. OCORRÊNCIA DE ENRIQUECIMENTO ILÍCITO, DANO AO ERÁRIO E OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. ATOS DE IMPROBIDADE IMPUTADOS À RÉ, CHEFE DE GABINETE DO PFL, INCONFIGURADO. AUSÊNCIA DE ELEMENTOS DE PROVA A DEMONSTRAR A EXISTÊNCIA DE DOLO NA CONDUTA DA RÉ.

1. O ato tido como ímprobo, além de ser um ato ilegal, é um ato de desonestidade do agente público para com a Administração Pública, onde o dolo ou a culpa grave, evidenciadora da má-fé, e indispensável para a configuração do ato de improbidade, fato que, em relação ao réu, ficou devidamente demonstrado pelo conjunto probatório.

2. A conduta omissiva da ré que deixou de controlar e supervisionar os atos praticados pelo réu, não enseja, por si só, sem a demonstração de dolo ou má-fé, a condenação por ato de improbidade administrativa.

3. Multa civil reduzida, em observância ao princípio da proporcionalidade.

4. Apelação do réu parcialmente provida.5. Apelação da ré provida.6. Apelação do Ministério Público Federal prejudicada.”A parte ora recorrente, ao deduzir o apelo extremo em questão,

sustentou que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República.

Sendo esse o contexto, passo a examinar a postulação recursal em causa. E, ao fazê-lo, observo que o Supremo Tribunal Federal, apreciando a ocorrência, ou não, de controvérsia alegadamente impregnada de transcendência, entendeu destituída de repercussão geral a questão

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 403

suscitada no ARE 748.371-RG/MT, Rel. Min. GILMAR MENDES, por tratar-se de litígio referente a matéria infraconstitucional, fazendo-o em decisão assim ementada:

“Alegação de cerceamento do direito de defesa. Tema relativo à suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal. Julgamento da causa dependente de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais. Rejeição da repercussão geral.”

O não atendimento desse pré-requisito de admissibilidade recursal, considerado o que dispõe o art. 322 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, inviabiliza o conhecimento, no ponto, do recurso extraordinário interposto pela parte ora recorrente.

Cabe registrar, de outro lado, que o recurso extraordinário revela-se insuscetível de conhecimento, eis que incide, na espécie, o enunciado constante da Súmula 279/STF, que assim dispõe:

“Para simples reexame de prova, não cabe recurso extraordinário.” (grifei)

É que, para se acolher o pleito deduzido em sede recursal extraordinária, tornar-se-ia necessário o reexame dos fatos e das provas constantes dos autos, circunstância essa que obsta, como acima observado, o próprio conhecimento do apelo extremo, em face do que se contém na Súmula 279/STF.

A mera análise do acórdão recorrido torna evidente que o E. Tribunal Regional Federal da 1ª Região, ao proferir a decisão questionada, fundamentou as suas conclusões em aspectos fático-probatórios:

“A alegação de cerceamento de defesa, no entanto, não procede.Com efeito, verifica-se dos autos que não houve indeferimento da

oitiva da testemunha Kléber Alcoforado Lacerda. Na verdade, diante da impossibilidade de intimação da referida testemunha (certidão de fl. 945), o juízo singular determinou ao réu apelante que providenciasse o comparecimento da testemunha por ele indicada a fim de que fosse ouvida em audiência designada (fl. 946). Todavia, essa providência não foi tomada pelo apelante, havendo a sua defesa, na audiência, requerido, então, pedido de prazo para a substituição da testemunha Kléber, o que foi indeferido pela magistrada ao entendimento de que o processo já estava devidamente instruído.

Essas as razões do indeferimento da substituição da testemunha:…...................................................................................................No caso, a magistrada, considerando que as provas eram suficientes

para o julgamento da causa, nada mais fez do que decidir sobre as provas necessárias a instrução do processo, conforme estabelece o art. 130 do Código de Processo Civil: 'Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias à instrução do processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias.'

Ademais, o réu não demonstrou em suas razões a existência de qualquer prejuízo ou, ainda, a indispensabilidade da substituição da testemunha para eventual esclarecimento de algum fato.

Preliminar rejeitada.Mérito.…...................................................................................................Com efeito, a juíza decidiu a causa fundamentando sua sentença

com apoio em elementos de prova que demonstram a ocorrência de ato de improbidade administrativa praticado pelo réu. Esses elementos constam de procedimentos administrativos (processos administrativos disciplinares do Senado Federal, Tomada de Contas Especial do Senado Federal, Relatoria de Auditoria de Tomada de Contas Especial do Senado Federal - Auditoria n. 001 e Tomada de Contas Especiais do Tribunal de Conta da União), apontados na fundamentação da sentença, todos submetidos ao crivo do contraditório e à ampla defesa nestes autos, de que não se desincumbiu o réu de infirmá-los.

Verifico, do contexto probatório, ter ficado devidamente comprovado que o réu Sílvio Esteves Coutinho, servidor do quadro do Senado Federal, na condição de superior hierárquico, atestou a frequência do seu irmão ao trabalho, também servidor do Senado Federal, João Paulo Esteves Coutinho, em folha individual de frequência, no período de 06/12/1991 a abril de 1993, quando este estava cumprindo pena em regime fechado no Núcleo de Custódia de Brasília (Fazenda Papuda), por condenação em crime de latrocínio.

As provas carreadas aos autos também demonstram que o fato continuou a ocorrer, quando a lotação de seu irmão, João Paulo, foi alterada para o Gabinete do Senador Joel de Holanda, onde, a partir de então, a frequência do servidor passou a ser atestada por ofícios, assinados pela ré Maria do Socorro Rodrigues Silva, e seu substituto, o réu Sílvio Esteves Coutinho, situação que perdurou até março do ano de 1996.

Além de atestar falsamente a frequência do servidor João Paulo Esteves Coutinho perante o Senado Federal, outras iniciativas fraudulentas foram tomadas e levadas adiante pelo réu Sílvio Esteves Coutinho, conforme bem destacou o Ministério Público Federal em suas contrarrazões:

…...................................................................................................Na hipótese vertente, não resta dúvida de ter o réu agido de forma

dolosa, onde, com a sua conduta, praticou atos de improbidade administrativa que importam enriquecimento ilícito (art. 9º), que causam prejuízo ao erário (art. 10) e que atentam contra os princípios da Administração Pública (art. 11), todos da Lei n. 8.429/92, não se vislumbrando das razões de reforma,

apresentadas pelo réu, elementos a infirmarem os fundamentos da sentença que bem demonstrou a conduta ímproba por ele perpetrada.”

Vê-se, portanto, que a pretensão deduzida pela parte agravante revela-se processualmente inviável, pois o apelo extremo não permite que se reexaminem, nele, em face de seu estrito âmbito temático, questões de fato ou aspectos de índole probatória (RTJ 161/992 – RTJ 186/703), ainda mais quando tais circunstâncias, como sucede na espécie, mostram-se condicionantes da própria resolução da controvérsia jurídica, tal como enfatizado no acórdão recorrido, cujo pronunciamento sobre matéria de fato reveste-se de inteira soberania (RTJ 152/612 – RTJ 153/1019 – RTJ 158/693, v.g.).

Sendo assim, e em face das razões expostas, ao apreciar o presente agravo, não conheço do recurso extraordinário a que ele se refere, por ser este manifestamente inadmissível (CPC, art. 932, III).

Não incide, neste caso, o que prescreve o art. 85, § 11, do CPC/15, por tratar-se de recurso deduzido contra decisão publicada sob a égide do CPC/73.

Publique-se.Brasília, 21 de maio de 2018.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.218 (1594)ORIGEM : AREsp - 50597891320124047100 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MICROTEL SERVICOS DE TELEMARKETING LTDAADV.(A/S) : MOZARTH BIELECKI WIERZCHOWSKI (81403/RS)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão da 2ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, ementado nos seguintes termos:

“TRIBUTÁRIO. MULTA MORATÓRIA. JUROS DE MORA. CUMULAÇÃO. POSSIBILIDADE. ENCARGO LEGAL. LEGALIDADE E CONSTITUCIONALIDADE. 1. Considerando-se que os juros decorrem da demora no pagamento e a multa é devida em razão do descumprimento da obrigação por parte do contribuinte, possível a sua cumulação, nos termos da Súmula n.º 209 do extinto TFR. 2. A Corte Especial deste Tribunal rejeitou incidente de Arguição de Inconstitucionalidade na AC nº 2004.70.08.001295-0/PR, julgada em 24/09/2009, sedimentando a constitucionalidade do encargo legal previsto no Decreto-Lei nº 1.025/69. 3. Sentença de improcedência mantida.” (eDOC 89)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, aponta-se violação aos arts. 5º, LV; 39, § 4º; 145, §§ 1º e 2º; e 150, IV, do texto constitucional, e ao art. 25 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

Nas razões recursais, alega-se que a cobrança cumulada de multa e juros moratórios, em razão do recolhimento de tributo a destempo, afrontaria os princípios constitucionais do não confisco e da capacidade contributiva.

Sustenta-se, ainda, a inconstitucionalidade do encargo legal previsto pelo Decreto-Lei n. 1.025/69 e posteriormente pela Lei n. 7.711/88, além da violação à garantia constitucional à ampla defesa e ao contraditório, na medida em que sua inserção no crédito tributário se daria apenas no momento da inscrição em dívida ativa.

Decido. O recurso não merece prosperar. Inicialmente, quanto à alegada ofensa aos princípios do devido

processo legal, da ampla defesa e do contraditório, observo que o Supremo Tribunal Federal já apreciou essa matéria no ARE-RG 748.371 (tema 660), de minha relatoria. Nessa oportunidade, esta Corte rejeitou a repercussão geral, tendo em vista a natureza infraconstitucional da questão quando a solução depender da prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais, o que inviabiliza o prosseguimento do recurso extraordinário nesse ponto.

Além disso, verifico que a matéria referente à aplicabilidade do encargo legal restringe-se ao âmbito infraconstitucional, de modo que a ofensa à Constituição, se existente, seria reflexa ou indireta, o que inviabiliza o processamento do presente recurso. Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes:

“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Prequestionamento. Ausência. Encargo legal previsto no Decreto-lei nº 1.025/69. Infraconstitucional. 1. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. 2. A discussão acerca do encargo legal previsto no Decreto-Lei n° 1.025/69 paira no âmbito infraconstitucional, sendo que eventual ofensa ao texto constitucional seria meramente reflexa. 3. Agravo regimental não provido. Não se aplica ao caso dos autos a majoração dos honorários prevista no art. 85, § 11, do novo Código de Processo Civil, uma vez que não houve apresentação de contrarrazões.” (ARE 953589 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Segunda Turma, DJe 15.2.2017)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 404

“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Tributário. 3. Embargos à execução fiscal. 4. Encargo legal do Decreto-Lei 1.025/69. Matéria infraconstitucional. 5. Cobrança de PIS. 6. Mero inconformismo que objetiva revolvimento fático-probatório. Incidência da Súmula 279. Precedentes. 7. Agravo regimental a que se nega provimento.” (RE 671683 AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 18.10.2016)

Cabe ressaltar ainda que esta Corte, no julgamento do RE 582.461 (tema 214), paradigma da repercussão geral, fixou entendimento de que a multa praticada na base de 20% (vinte por cento) não possui caráter confiscatório. Eis trecho da ementa do citado paradigma:

“4. Multa moratória. Patamar de 20%. Razoabilidade. Inexistência de efeito confiscatório. Precedentes. A aplicação da multa moratória tem o objetivo de sancionar o contribuinte que não cumpre suas obrigações tributárias, prestigiando a conduta daqueles que pagam em dia seus tributos aos cofres públicos. Assim, para que a multa moratória cumpra sua função de desencorajar a elisão fiscal, de um lado não pode ser pífia, mas, de outro, não pode ter um importe que lhe confira característica confiscatória, inviabilizando inclusive o recolhimento de futuros tributos. O acórdão recorrido encontra amparo na jurisprudência desta Suprema Corte, segundo a qual não é confiscatória a multa moratória no importe de 20% (vinte por cento). 5. Recurso extraordinário a que se nega provimento”.

Nesses termos, na medida em que razoável a multa aplicada na espécie, não há como prevalecer a argumentação da parte recorrente no sentido de que a incidência cumulada de juros implicaria violação aos princípios do não confisco e da capacidade contributiva.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (art. 932, VIII, do NCPC c/c art. 21, §1º, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.244 (1595)ORIGEM : 20161610062254 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : GISELLE ROCHA FERREIRAADV.(A/S) : ASDRUBAL NASCIMENTO LIMA NETO (31401/DF)RECDO.(A/S) : LUIZ REGINALDO ALMEIDA FLEURY CURADOADV.(A/S) : SAMARA SOUSA CAVALCANTE (54420/DF)ADV.(A/S) : ALEXANDRE DE MELO CARVALHO (35428/DF)INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOS

Decisão: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão da 2ª Turma Recursal do Distrito Federal e Territórios. (eDOC 2, p. 50)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal, aponta-se violação aos arts. 1º, III; e 5º, X, LIV e LV, do texto constitucional. (eDOC 2, p. 64)

Nas razões recursais, alega-se, em síntese, que a decisão de rejeição da queixa violou a Constituição Federal, porquanto teria posto termo, prematuramente, ao andamento do feito, em afronta ao princípio do devido processo legal.

Aduz-se que a Constituição Federal tutela a honra e a imagem da recorrente, o que bastaria para o recebimento da queixa.

Decido.Sem qualquer razão o recorrente.Inicialmente, quanto à alegada ofensa ao princípio do devido

processo legal, registro que esta Corte já apreciou essa matéria por meio da sistemática da repercussão geral, tema 660, cujo paradigma é o ARE-RG 748.371, de minha relatoria, DJe 1º.8.2013, oportunidade em que se rejeitou a repercussão geral da questão, nos casos em que a alegação de violação aos referidos incisos depender de prévia análise da legislação infraconstitucional.

No caso, verifico que o Tribunal de origem, com base nas provas dos autos, consignou que as expressões ditas permaneceram no terreno da crítica e não constituem um relevante penal. Nesse sentido, extrai-se o seguinte trecho do acórdão impugnado:

“III. Para caracterizar a conduta típica descrita pela parte querelante, se faz necessária a demonstração inequívoca do animus doloso específico com que teria agido a parte querelada, de difamar a reputação da parte querelante, o que não se verifica nos autos. IV. As críticas lançadas ao desempenho de quem decide atuar na liderança, organização e comando de um condomínio, por si só, não tem o condão de difamar a honra objetiva da parte supostamente ofendida. Se as palavras proferidas não atingem a dignidade e o decoro, o elemento subjetivo de ofender não se aperfeiçoa. V. Conforme a prova juntada (transcrições das conversas via aplicativo em grupo de moradores de condomínio fls. 12/14), muito bem analisada pela sentença combatida, os termos utilizados nas mensagens não têm o animus de denegrir a honra da querelante e sim criticar sua postura como síndica

do condomínio. Precedente entre a parte querelante recorrente e outro condômino sobre o mesmo grupo de mensagens: (Acórdão n.994865, 20161610061549APJ, Relator: EDILSON ENEDINO DAS CHAGAS 2ª TURMA RECURSAL, Data de Julgamento: 15/02/2017, Publicado no DJE: 17/02/2017. Pág.: 554/557). VI. Correta a sentença que, sob a fundamentação de inexistência do dolo de difamar, rejeitou a queixa-crime, com base no artigo 395, I, do CPP e determinou o arquivamento dos autos.” (eDOC 2, p. 50-51 - grifei)

Para discordar do Tribunal de origem e averiguar se as palavras ditas constituem um ilícito penal, seria necessária a incursão no conjunto fático-probatório dos autos, providência inviável no âmbito do recurso extraordinário. Incide, no caso, a Súmula 279 desta Corte.

Confira-se, a propósito, o seguinte precedente:“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM

AGRAVO. DIREITO PENAL. CALÚNIA, DIFAMAÇÃO E INJÚRIA. REJEIÇÃO DE QUEIXA-CRIME. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE: SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, INC. LV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (ARE-AgR 934.581/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe 16.2.2016)

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (art. 21, § 1º, RISTF).Publique-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro Gilmar MendesRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.256 (1596)ORIGEM : 10426644520158260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ESTADO DE SAO PAULORECTE.(S) : SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREVPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : ANA MARIA RODRIGUES PINTOADV.(A/S) : MARIA CRISTINA GALLO (131397/SP)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO —AUSÊNCIA DE

ENQUADRAMENTO NO PERMISSIVO CONSTITUCIONAL — AGRAVO DESPROVIDO.

1. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo confirmou o entendimento do Juízo quanto à concessão da segurança no tocante à aposentadoria especial de servidor público do magistério. No extraordinário cujo trânsito pretende alcançar, o recorrente aponta a violação do artigo 40, § 1º, inciso III, alínea a, § 5º, da Constituição Federal. Discorre sobre o tema de fundo, alegando a divergência do acórdão recorrido com o decidido na ação direta de inconstitucionalidade nº 3.772, tendo como diverso o quadro fático lançado pelo Colegiado de origem.

2. A decisão recorrida está em consonância com o entendimento do Supremo. Confiram a ementa da ação direta de inconstitucionalidade nº 3.772/DF:

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE MANEJADA CONTRA O ART. 1º DA LEI FEDERAL 11.301/2006, QUE ACRESCENTOU O § 2º AO ART. 67 DA LEI 9.394/1996. CARREIRA DE MAGISTÉRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL PARA OS EXERCENTES DE FUNÇÕES DE DIREÇÃO, COORDENAÇÃO E ASSESSORAMENTO PEDAGÓGICO. ALEGADA OFENSA AOS ARTS. 40, § 5º, E 201, § 8º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INOCORRÊNCIA. AÇÃO JULGADA PARCIALMENTE PROCEDENTE, COM INTERPRETAÇÃO CONFORME. I - A função de magistério não se circunscreve apenas ao trabalho em sala de aula, abrangendo também a preparação de aulas, a correção de provas, o atendimento aos pais e alunos, a coordenação e o assessoramento pedagógico e, ainda, a direção de unidade escolar. II - As funções de direção, coordenação e assessoramento pedagógico integram a carreira do magistério, desde que exercidos, em estabelecimentos de ensino básico, por professores de carreira, excluídos os especialistas em educação, fazendo jus aqueles que as desempenham ao regime especial de aposentadoria estabelecido nos arts. 40, § 5º, e 201, § 8º, da Constituição Federal. III - Ação direta julgada parcialmente procedente, com interpretação conforme, nos termos supra(ação direta de inconstitucionalidade nº 3.772, relatada pelo ministro Ricardo Lewandowski, no Tribunal Pleno, publicada no Diário de Justiça eletrônico de 29 de outubro de 2009).

Decidiu a Corte de origem a partir de premissas fáticas, a esta altura inafastáveis. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado.

3. Conheço do agravo e o desprovejo.4. Publiquem.Brasília, 24 de maio de 2018.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 405

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.272 (1597)ORIGEM : 10490101220158260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : TADAO MATSUOKA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RICARDO FALLEIROS LEBRAO (126465/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: O recurso extraordinário a que se refere o presente agravo foi interposto por Tadão Matsuoka e outro(a/s) contra acórdão que, proferido pelo E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, está assim ementado:

“Ação ordinária. Servidores públicos estaduais. Pretensão ao recálculo dos décimos previstos no art. 133 da Constituição Estadual. Inclusão na base de cálculo de todas as vantagens percebidas. Inadmissibilidade. Inteligência do Decreto Estadual nº 35.200/92. Sentença de improcedência. Recurso não provido.”

A parte ora agravante, ao deduzir o apelo extremo em questão, sustentou que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República.

Sendo esse o contexto, passo a examinar a postulação recursal em causa. E, ao fazê-lo, observo que o recurso extraordinário revela-se insuscetível de conhecimento, eis que incide, na espécie, o enunciado constante da Súmula 280/STF, que assim dispõe:

“Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário.” (grifei)É que a questão ora em exame foi decidida com base no direito local

(Constituição do Estado de São Paulo e Decreto estadual nº 35.200/92), sem qualquer repercussão direta no plano normativo da Constituição da República, configurando, por isso mesmo, situação que inviabiliza, por completo, por efeito do que dispõe a Súmula 280/STF, a possibilidade de utilização do recurso extraordinário.

A mera análise do acórdão recorrido torna evidente que o E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ao proferir a decisão questionada, fundamentou as suas conclusões em interpretação de direito local:

“Pretendem os autores, servidores públicos estaduais, a condenação da ré a proceder ao recálculo dos décimos do art. 133 da Constituição do Estado de São Paulo, considerando como base de cálculo o salário-base e todas as vantagens percebidas.

Prevê o art. 133, da Constituição do Estado de São Paulo:…...................................................................................................O Decreto Estadual nº 35.200/92, dispõe sobre a aplicação do art.

133, da Constituição do Estado de São Paulo, estabelecendo:…...................................................................................................Ressalte-se que a declaração de inconstitucionalidade em relação ao

art. 133 da Constituição do Estado de São Paulo proferida no REsp 219.934-2 limitou-se à expressão ‘a qualquer título’, suspensa a eficácia da referida expressão pala Resolução nº 51/05 do Senado Federal, nos termos do art. 52, X, da CF, já excluída do texto acima transcrito.

A legislação colacionada determina que a verba ‘art. 133 CE – dif. Vencimentos’ seja composta pela diferença entre os vencimentos do cargo que titulariza o servidor e do cargo ou função que ele ocupa, de maior remuneração, excluídas do cálculo quaisquer vantagens pecuniárias.

Não se verifica qualquer ilegalidade no Decreto Estadual nº 35.200/92, que não restringe direitos, apenas esclarece a forma de cálculo dos décimos, o que não foi determinado pela Constituição Estadual.”

Impõe-se registrar, por relevante, que o entendimento exposto na presente decisão tem sido observado em julgamentos proferidos no âmbito desta Suprema Corte (AI 749.859/SP, Rel. Min. ROSA WEBER – ARE 1.115.056/SP, Rel. Min. LUIZ FUX):

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. DIREITO À INCORPORAÇÃO DE DÉCIMOS. AFASTAMENTO DO CARGO PÚBLICO PARA EXERCER CARGOS SOB O REGIME CELETISTA. MATÉRIA REGULADA POR NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS LOCAIS. ART. 133 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO REGULAMENTADA PELO DECRETO 35.200/92. SÚMULA 280 DO STF. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO AO DIREITO ADQUIRIDO. INVIABILIDADE DE EXAME EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

1. A ofensa ao direito local não viabiliza o apelo extremo.2. Deveras, a controvérsia foi decidida à luz de interpretação de lei

local, revelando-se incabível a insurgência recursal extraordinária para rediscussão da matéria (Súmula 280/STF: ‘Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário’).

3. O direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, quando objeto de verificação de cada caso concreto acerca da ocorrência ou não de violação, não desafiam a instância extraordinária, posto implicar análise de matéria infraconstitucional. Precedentes: AI 135.632-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 3.9.99, AI 551.002-AgR, Relator o Ministro Carlos

Velloso, DJ de 16.12.05 e AI 791.023-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Dje de 14/02/11, e ARE 662.575-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 6.3.2012

4. ‘In casu’, o acórdão recorrido assentou: ‘MANDADO DE SEGURANÇA – Aplicação do art. 133 da Constituição Estadual – Servidor afastado – Novos vínculos perante empresas públicas, sob outro regime de trabalho – Inaplicabilidade da norma que garante estabilidade financeira – Recurso não provido’.

5. Agravo regimental desprovido.”(AI 743.008-AgR/SP, Rel. Min. LUIZ FUX) (grifei)É importante referir, finalmente, que não se demonstrou,

considerada a hipótese prevista no art. 102, III, “c”, da Carta Política, que o acórdão recorrido tenha julgado válida lei local em face da Constituição da República.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, ao apreciar o presente agravo, não conheço do recurso extraordinário a que ele se refere, por ser este manifestamente inadmissível (CPC, art. 932, III).

Majoro, ainda, em 10% (dez por cento), nos termos do art. 85, § 11, do CPC, a verba honorária anteriormente arbitrada nestes autos, observados os limites estabelecidos nos §§ 2º e 3º desse mesmo art. 85 do referido estatuto processual civil e considerada a orientação que culminou por prevalecer no Plenário desta Suprema Corte no julgamento da AO 2.063- -AgR/CE, Red. p/ o acórdão Min. LUIZ FUX.

Se a parte vencida, eventualmente, for beneficiária da gratuidade, não se exonerará ela, em virtude de tal condição, da responsabilidade pelas despesas processuais e pela verba honorária decorrentes de sua sucumbência (CPC, art. 98, § 2º), ressalvando-se-lhe, no entanto, quanto a tais encargos financeiros, a aplicabilidade do que se contém no § 3º do art. 98 desse mesmo estatuto processual civil.

Publique-se.Brasília, 21 de maio de 2018.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.291 (1598)ORIGEM : 20436714920178260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : DIMAS PETER E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARINA AIDAR DE BARROS FAGUNDES (222025/SP)

DECISÃO: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo ementado nos seguintes termos:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. ATO JUDICIAL IMPUGNADO. EXPEDIÇÃO DE ADITAMENTO PARA PAGAMENTO DE VALOR REMANESCENTE AO PRECATÓRIO ORIGINAL. EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. SALDO REMANESCENTE DE PRECATÓRIO SUBMETIDO AO REGIME ESPECIAL DE PAGAMENTO. Constatado o pagamento parcial de precatório submetido a regime especial, o cumprimento da obrigação remanescente derivada de erro de cálculo depende apenas da expedição de ofício ao DEPRE comunicando o valor da diferença residual. A expedição de novo precatório estimularia a desídia do devedor e postergaria, ainda mais, o cumprimento da obrigação. Necessidade de preservação do precatório original e da manutenção da ordem cronológica de credores. Precedentes deste Tribunal de Justiça. A Declaração de Inconstitucionalidade do Regime Especial para pagamento de crédito de precatórios no bojo da ADI 4.357-DF não prejudica o pagamento do crédito remanescente diante da determinação de continuidade dos pagamentos de precatórios na sistemática vigente no regime especial até ulterior pronunciamento da Suprema Corte. Decisão mantida. NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO.“ (eDOC 2, p. 107)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, aponta-se violação ao art. 100, §8º, do texto constitucional, e ao art. 97, §15, do ADCT.

Nas razões recursais, alega-se, em síntese, a necessidade de expedição de novo precatório para o pagamento de quantia suplementar. (eDOC 2, p. 116)

É o relatório. Decido. O recurso não merece prosperar. Verifico que o Tribunal de origem decidiu o caso concreto observando

a orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADI 2.924/SP, de relatoria do Ministro Carlos Velloso.

Nessa ocasião, a Corte entendeu que não se exclui da sistemática do precatório o pagamento de valores complementares, salvo as hipóteses de erro material, inexatidão aritmética ou substituição de índices aplicáveis ao caso. Transcrevo abaixo a ementa do referido julgado:

“CONSTITUCIONAL. PRECATÓRIO. CRÉDITO COMPLEMENTAR: NOVO PRECATÓRIO. Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, inciso V do art. 336. CF, art. 100. Interpretação conforme sem redução do texto. I. - Dispõe o inciso V do art. 336 do Regimento Interno do

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 406

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que para pagamentos complementares serão utilizados os mesmos precatórios satisfeitos parcialmente até o seu integral cumprimento. Interpretação conforme, sem redução do texto, para o fim de ficar assentado que pagamentos complementares, referidos no citado preceito regimental, são somente aqueles decorrentes de erro material e inexatidão aritmética, contidos no precatório original, bem assim da substituição, por força de lei, do índice aplicado. II. - ADI julgada procedente, em parte.” (DJe 6.9.2007)

Cito, ainda, os seguintes precedentes no mesmo sentido:DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO EM RECURSO

EXTRAORDINÁRIO. PRECATÓRIO COMPLEMENTAR. INSUFICIÊNCIA DE PAGAMENTO EM RAZÃO DA MORA. IMPOSSIBILIDADE. 1. O Supremo Tribunal Federal assentou que não se exclui da sistemática do precatório o pagamento de valores complementares ao precatório satisfeito parcialmente, salvo as hipóteses de erro material, inexatidão aritmética ou substituição de índices aplicáveis ao caso. Precedentes. 2. Inaplicável o art. 85, § 11, do CPC/2015, uma vez que não houve prévia fixação de honorários advocatícios de sucumbência. 3. Agravo interno a que se nega provimento. (RE-AgR 1065437, Rel. Min. Roberto Barroso, Primeira Turma, DJe 15.12.2017 - grifei)

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL. FINANCEIRO. PRECATÓRIOS. COMPLEMENTAÇÃO DE PRECATÓRIO ORIGINAL. NÃO CONFIGURAÇÃO DAS HIPÓTESES PERMISSIVAS. NECESSIDADE DE EXPEDIÇÃO DE NOVO PRECATÓRIO. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. I – A complementação de precatório original apenas pode ocorrer em três hipóteses: a) erro material; b) inexatidão aritmética; c) substituição do índice aplicado ao caso, por força normativa. ADI 2.024/SP, Rel. Min. Carlos Velloso. II – A não verificação de uma das hipóteses permissivas enseja a expedição de novo precatório, observada a vedação do § 8º do art. 100 da CF/1988. III – Agravo regimental a que se nega provimento. (ARE-AgR 722.803, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 15.8.2014)

Verifico que dessa orientação não divergiu o Tribunal de Justiça, ao assentar ser possível a expedição de ofício requisitório complementar considerando que, na hipótese dos autos, a insuficiência dos depósitos decorre de erros aritméticos no cálculo da correção monetária. (eDOC 2. p. 111)

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (art. 932, VIII, do NCPC c/c art. 21, §1º, do RISTF) e, tendo em vista a ausência de fixação de honorários pela origem, deixo de aplicar o disposto no §11 do art. 85 do CPC.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Gilmar MendesRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.475 (1599)ORIGEM : AREsp - 201151010192847 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - SEÇÃO DO

ESTADO DO RIO DE JANEIROADV.(A/S) : GUILHERME PERES DE OLIVEIRA (147553/RJ)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta ao art. 133 da Constituição da República e à Súmula Vinculante n° 14.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

As instâncias ordinárias decidiram a questão com fundamento na legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei n° 8.906/1994), razão pela qual, consideradas as circunstâncias jurídico-normativas da decisão recorrida, reputo inocorrente afronta ao art. 133 da Constituição da República, tampouco contrariedade à Súmula Vinculante n° 14. Nesse sentido:

“DIREITO DO TRABALHO E ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REDUÇÃO DE JORNADA. ADVOGADO PÚBLICO. APLICAÇÃO DA LEI Nº 8.906/1994. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. 1. A resolução da controvérsia demanda uma nova análise da legislação local aplicada à espécie, providência vedada neste momento processual. 2. 2. Inaplicável o art. 85, § 11, do CPC, uma vez que não houve prévia fixação de honorários advocatícios de sucumbência. 3.

Agravo interno a que se nega provimento.” (RE 600936 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 16/03/2018, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-065 DIVULG 05-04-2018 PUBLIC 06-04-2018.)

“AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO. SUSPENSÃO DEFERIDA PELO PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. ALEGADA USURPAÇÃO DA COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. MATÉRIA DECIDIDA COM BASE NO ESTATUTO DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. AUSÊNCIA DE MATÉRIA CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (Rcl 26211 AgR, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA (Presidente), Tribunal Pleno, julgado em 02/03/2018, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-049 DIVULG 13-03-2018 PUBLIC 14-03-2018.)

Quanto à interposição do apelo extremo pelo permissivo da alínea “c” do art. 102, III, da CF/88, também não se mostra cabível o recurso, deixando o Tribunal de origem de julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição Federal. Colho como precedentes o RE 633.421-AgR/MS, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, unânime, DJe 12.4.2011; e o RE 597.003-AgR/RJ, 2ª Turma, Rel. Min. Eros Grau, unânime, DJe 29.5.2009, verbis:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. POLICIAL MILITAR. PROMOÇÃO. LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL N. 53/1990. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. INADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO PELAS ALÍNEAS C E D DO INC. III DO ART. 102 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

(…)1. A controvérsia foi decidida com fundamento na legislação local.

Incidência da Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal.2. Acórdão recorrido que não julgou válida lei ou ato de governo local

contestado em face da Constituição, tampouco julgou válida lei local contestada em face de lei federal. Inviabilidade da admissão do recurso extraordinário interposto com fundamento nas alíneas “c” e “d” do artigo 102, III, da Constituição.

3. Agravo regimental a que se nega provimento.”Por conseguinte, não merece processamento o apelo extremo,

consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.766 (1600)ORIGEM : REsp - 00009373820078050264 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : IVAN PEREIRA DE SOUSAADV.(A/S) : MILTON JORDAO DE FREITAS PINHEIRO GOMES

(17939/BA)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA

BAHIA

Decisão: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal de Justiça da Bahia (eDOC 17, p. 1)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal, aponta-se violação aos arts. 5º, XXXVIII, XXXIX, XLVI, e 93, IX, do texto constitucional. (eDOC 18, p. 49)

Nas razões recursais, alega-se, em síntese, que o feito deveria ser desaforado, tendo em vista a ocorrência de tumultos durante a sessão de julgamento no Tribunal do Júri e que a decisão que dosou a pena carece de fundamentação.

É o relatório.Decido.Não assiste razão ao recorrente.Inicialmente, registro que o agravante não aponta corretamente os

dispositivos constitucionais violados, sobretudo porque os incisos XXXVIII e XLVI se completam com as alíneas, sem as quais não é possível compreender qual a pretensão recursal.

Registre-se que é necessária, para a admissão do recurso extraordinário, a demonstração efetiva de ofensa à Constituição Federal, o que não ocorreu no caso dos autos, motivo pelo qual incide o obstáculo da Súmula 284 do STF.

Ainda que superado o obstáculo da Súmula 284, verifico que a matéria não foi debatida no acórdão recorrido, motivo por que a reputo como não prequestionada, inclusive porque não constou das razões da apelação.

Apenas nesta Corte o agravante requer o desaforamento do feito, numa cristalina inovação recursal. Incide, no caso, a Súmula 282 desta Corte.

A oposição de embargos de declaração, com o fito de prequestionar a

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 407

matéria, é imprestável, se tal matéria não constou das razões do recurso principal, sobretudo porque não há omissão de ponto sobre o qual não se requereu que houvesse pronunciamento.

Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes:“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Direito

Penal e Processo Penal. 3. Crime contra a liberdade sexual (art. 213 c/c art. 214 do Código Penal). 4. Ausência de prequestionamento, incidência das súmulas 282 e 356. 5. Suposta violação aos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa e da presunção de inocência. A ofensa aos dispositivos apontados, caso existente, ocorreria de forma reflexa. Precedentes. 6. Autoria e materialidade. Necessidade de revolvimento do acervo fático-probatório. Incidência da Súmula 279. 7. Agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE-AgR 948.438, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 23.9.2016)

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA CRIMINAL. OFENSA REFLEXA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. FUNDAMENTAÇÃO LÍCITA E CONCRETA. PRECEDENTES. DESPROVIMENTO DO AGRAVO.

1. As razões recursais trazem questões cuja análise implica reexame de fatos e provas, o que é vedado pela Súmula 279 desta Corte.

2. As alegadas ofensas à Constituição Federal demandam o exame prévio de legislação infraconstitucional, no caso, o Código Penal e a Lei 10.684/2003, de modo que eventual ofensa ao texto constitucional, acaso demonstrada, seria meramente reflexa.

3. A matéria constitucional suscitada não foi ventilada no acórdão recorrido, o que torna inadmissível o recurso extraordinário. Súmula 282/STF.

4. O acórdão condenatório que contenha fundamentação lícita e baseada em dados concretos não autoriza que se declare sua nulidade com base no art. 93, IX, da Constituição da República.

5. Agravo regimental desprovido.” (AI-AgR 649.400/SP-Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 29.4.11)

Em relação à alegada ofensa ao art. 93, IX, melhor sorte não socorre o agravante.

Isso porque a decisão se encontra perfeitamente fundamentada, notadamente no ponto em que afasta o redutor pela confissão, exatamente porque, com ela, o agravante em nada contribuiu para o deslinde do feito. (eDOC 17, p. 8)

Ademais, nos autos do AI 791.292, de minha relatoria, DJe 12.8.2010, firmou-se o entendimento, na sistemática de repercussão geral, que referido dispositivo exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (artigo 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro Gilmar MendesRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.877 (1601)ORIGEM : AREsp - 00073206420148260664 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : JOAO CARLOS GOMES LOPESRECDO.(A/S) : REGINA TOYOMI NAGATA LOPESADV.(A/S) : FERNANDA DA SILVA SANTANA (294909/SP)

DECISÃOAGRAVO — MINUTA — DESCOMPASSO — NÃO

CONHECIMENTO. 1. Há flagrante descompasso entre o ato com que se negou

seguimento ao extraordinário e o teor da minuta deste agravo. Ao não admitir o recurso, o Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo apontou a ausência de prequestionamento e a necessidade de interpretação de normas legais. O agravante limitou-se a discorrer sobre o tema de fundo, afirmando violado o artigo 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal. A ausência de impugnação específica dos fundamentos da decisão agravada configura irregularidade formal, porquanto a reiteração das razões do extraordinário não tem o condão de afastar a motivação apresentada pelo juízo primeiro de admissibilidade.

2. No Pleno surgiu o enfoque segundo o qual o artigo 932, parágrafo único do Código de Processo Civil de 2015 não alcança situação jurídica em que razões ou minuta recursais surjam incompletas ou deficientes.

3. Ressalvado o entendimento pessoal, não conheço do agravo. 4. Publiquem. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.052 (1602)ORIGEM : PROC - 00291390920084013700 - TJMA - 2ª TURMA

RECURSAL - SÃO LUIZPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : JADELINE MARTINS GONCALVES CASTELLO

BRANCOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. IMPOSTO DE RENDA. BASE DE CÁLCULO. AUXÍLIO PRÉ-ESCOLAR (AUXÍLIO-CRECHE). INTERPRETAÇÃO DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS EM SEDE EXTRAORDINÁRIA. INVIABILIDADE. PRECEDENTES. AGRAVO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. AUSÊNCIA DE CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS NO JUÍZO RECORRIDO. IMPOSSIBILIDADE DE MAJORAÇÃO NESTA SEDE RECURSAL. ARTIGO 85, § 11, DO CPC/2015. AGRAVO DESPROVIDO.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos (Doc. 1, p. 125) objetivando a reforma de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (Doc. 1, p. 108), manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão (Doc. 1, p. 87) que assentou, in verbis:

“JUIZADO ESPECIAL FEDERAL. TRIBUTÁRIO. AUXÍLIO PRÉ-ESCOLAR PAGO A SERVIDORES PÚBLICOS DO PODER JUDICIÁRIO FEDERAL. VERBA INDENIZATÓRIA. NÃO INCIDÊNCIA DO IMPOSTO DE RENDA. RECURSO NÃO PROVIDO.”

Os embargos de declaração opostos foram desprovidos (Doc. 1, p. 102).

Nas razões do apelo extremo, a União sustentou preliminar de repercussão geral e, no mérito, apontou violação aos artigos 2º, 146, III, b, 150, § 6º, e 153, III e § 2º, I, da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário, por entender que a análise da matéria demandaria a interpretação de normas infraconstitucionais (Doc. 1, p. 118).

É o relatório. DECIDO.A irresignação não merece prosperar.A controvérsia a respeito da natureza jurídica dos valores recebidos a

título de auxílios educacionais, para fins de incidência do imposto de renda, demanda a interpretação da legislação infraconstitucional de regência, de forma que eventual ofensa à Constituição Federal seria meramente indireta e reflexa. A matéria, portanto, é insuscetível de exame na via estreita do recurso extraordinário. No mesmo sentido, trago à colação os seguintes julgados:

“PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ESTADO DE SANTA CATARINA. SERVIDORES PÚBLICOS. HORAS DE SOBREAVISO. INCIDÊNCIA DE IMPOSTO DE RENDA. NATUREZA DA VERBA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

1. A controvérsia relativa à incidência do Imposto de Renda sobre a importância paga a título de horas de sobreaviso é de natureza infraconstitucional, já que o caráter indenizatório da verba foi decidido pelo Tribunal de origem à luz da legislação estadual pertinente, não havendo, portanto, matéria constitucional a ser analisada.

2. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que é ônus do recorrente a demonstração formal e fundamentada de repercussão geral da matéria constitucional versada no recurso extraordinário, com indicação específica das circunstâncias reais que evidenciem, no caso concreto, a relevância econômica, política, social ou jurídica. No presente caso, a alegação de repercussão geral não está acompanhada de fundamentação nos moldes exigidos pela jurisprudência desta Corte.

3. A teor do art. 102, III, a , da Constituição, fundamento da interposição do presente recurso extraordinário, não cabe invocar nesse apelo a violação a norma infraconstitucional, razão pela qual não se conhece a alegada violação aos arts. 43, I e II, do CTN, 45, II, e 638, do Decreto 3.000/99.

4. É cabível a atribuição dos efeitos da declaração de ausência de repercussão geral quando não há matéria constitucional a ser apreciada ou quando eventual ofensa à Constituição Federal se dê de forma indireta ou reflexa (RE 584.608 RG, Min. ELLEN GRACIE, Pleno, DJe de 13/03/2009).

5. Ausência de repercussão geral da questão suscitada, nos termos do art. 543-A do CPC.” (ARE 802.082-RG, Rel. Min. Teori Zavascki, Plenário, DJe de 29/04/2014, Tema 720)

“TRIBUTÁRIO. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE COMBATE E CONTROLE DE ENDEMIAS GACEN. NATUREZA JURÍDICA. IMPOSTO DE RENDA. INCIDÊNCIA. MATÉRIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. ATRIBUIÇÃO DOS EFEITOS DA AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.” (ARE 784.854-RG, Rel. Min. Presidente, Plenário, DJe de 20/10/2014, Tema 729)

“TRIBUTÁRIO E CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INCIDÊNCIA DE IMPOSTO DE RENDA SOBRE O ABONO DE PERMANÊNCIA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL (ART. 543-A DO CPC).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 408

1. A controvérsia a respeito da incidência do imposto de renda sobre as verbas percebidas a título de abono de permanência é de natureza infraconstitucional, não havendo, portanto, matéria constitucional a ser analisada (ARE 665800 AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe de 20/08/2013; ARE 691857 AgR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, DJe 19/09/2012; ARE 662017 AgR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de 03/08/2012; ARE 646358 AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 15/05/2012).

2. É cabível a atribuição dos efeitos da declaração de ausência de repercussão geral quando não há matéria constitucional a ser apreciada ou quando eventual ofensa à Constituição Federal se dê de forma indireta ou reflexa (RE 584.608 RG, Min. ELLEN GRACIE, Pleno, DJe de 13/03/2009).

3. Ausência de repercussão geral da questão suscitada, nos termos do art. 543-A do CPC.” (RE 688.001-RG, Rel. Min. Teori Zavascki, Plenário, DJe de 18/11/2013, Tema 677)

“RECURSO. Extraordinário. Incognoscibilidade. Rescisão de contrato de trabalho. Verbas rescisórias. Natureza jurídica. Definição para fins de incidência de Imposto de Renda. Matéria infraconstitucional. Ausência de repercussão geral. Agravo de instrumento não conhecido. Não apresenta repercussão geral o recurso extraordinário que, tendo por objeto a definição da natureza jurídica de verbas rescisórias (salarial ou indenizatória), para fins de incidência de Imposto de Renda, versa sobre matéria infraconstitucional.” (AI 705.941-RG, Rel. Min. Cezar Peluso, Plenário, DJe de 23/4/2010, Tema 236)

“AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. IMPOSTO DE RENDA. CONVERSÃO DE LICENÇA-PRÊMIO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I -- A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que a controvérsia acerca da incidência do imposto de renda sobre importâncias recebidas a título de conversão de licenças-prêmio em pecúnia demanda a análise de normas infraconstitucionais. A afronta à Constituição, se ocorrente seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Precedentes.

II -- Agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE 727.022-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 23/6/2014)

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. INCIDÊNCIA DE IMPOSTO DE RENDA SOBRE O TERÇO DE FÉRIAS. NATUREZA JURÍDICA DA VERBA TRABALHISTA. OFENSA INDIRETA. LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. PRECEDENTES. AGRAVO IMPROVIDO.

I - A jurisprudência do STF está firmada no sentido de que a discussão a respeito do caráter indenizatório ou não de verba, para fins de incidência de imposto de renda, situa-se em âmbito infraconstitucional.

II - Agravo regimental improvido.” (RE 609.701-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe de 11/11/2010)

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. INCIDÊNCIA DE IMPOSTO DE RENDA SOBRE VERBAS INDENIZATÓRIAS. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (RE 597.564-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 14/8/2009)

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. IMPOSTO DE RENDA. INCIDÊNCIA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL.

1. Para dissentir-se do acórdão impugnado quanto ao caráter da verba percebida -- indenizatória ou remuneratória -- seria necessária a análise da legislação infraconstitucional que disciplina a espécie.

Agravo regimental a que se nega provimento.” (RE 344.021-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe de 1º/8/2008)

“Imposto de Renda. 13º Salário. Questão de incidência desse imposto na fonte. - Inexistência de violação dos §§ 4º e 36 do artigo 153 da Emenda Constitucional nº 1/69 que, segundo o recorrente, acarretaria a nulidade do acórdão recorrido. - A alegada ofensa aos arts. 153, § 2º, e 23, § 1º, ambos da Emenda Constitucional nº 1/69, é meramente reflexa, pois, para se chegar a ela, mister será o exame da legislação infraconstitucional. E em se tratando de ofensa reflexa a textos constitucionais não cabe recurso extraordinário. Recurso extraordinário não conhecido.” (RE 117.703, Rel. Min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ de 8/9/1995)

Por fim, observo que o presente agravo foi interposto sob a égide da lei processual de 2015, o que conduziria à aplicação de sucumbência recursal. Nada obstante, por não ter havido condenação ao pagamento de honorários advocatícios no Tribunal a quo, fica impossibilitada a sua majoração, nos termos do artigo 85, § 11, do CPC/2015.

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 932, VIII, do CPC/2015 c/c o artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.559 (1603)ORIGEM : AREsp - 20866636 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE GOIÁSPROCED. : GOIÁS

RELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ELCIO PEREIRA MENDESADV.(A/S) : WENDER DA COSTA OLIVEIRA (25895/GO)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

GOIÁS

DECISÃO: Verifico que o presente recurso não impugna o único fundamento em que se apoia o ato decisório ora questionado.

É que a parte agravante, ao insurgir-se contra a decisão que não admitiu o apelo extremo por ela interposto, deixou de ilidir o único fundamento jurídico em que se assentou o ato decisório proferido pelo Tribunal “a quo”, abstendo-se de impugnar a ausência de demostração, em capítulo autônomo, formal e fundamentado, da repercussão geral da questão constitucional suscitada.

A ausência de impugnação abrangente de todos os fundamentos nos quais se assenta a decisão recorrida significa que a parte agravante, ao assim proceder, descumpriu típica obrigação processual que lhe incumbia atender, pois, como se sabe, impõe-se ao recorrente afastar, pontualmente, cada uma das razões invocadas como suporte do ato decisório recorrido (AI 238.454-AgR/SC, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

Não constitui demasia assinalar que o descumprimento desse dever jurídico – ausência de impugnação de cada um dos fundamentos em que se apoia o ato decisório agravado – conduz, nos termos da orientação jurisprudencial firmada por esta Suprema Corte, ao reconhecimento da inadmissibilidade do agravo interposto (RTJ 126/864 – RTJ 133/485 – RTJ 145/940 – RTJ 146/320):

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO – DECISÃO QUE NEGA SEGUIMENTO AO APELO EXTREMO – INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO QUE NÃO IMPUGNA AS RAZÕES DESSE ATO DECISÓRIO (…).

– Impõe-se, à parte recorrente, quando da interposição do agravo de instrumento, a obrigação processual de impugnar todas as razões em que se assentou a decisão veiculadora do juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário. Precedentes.”

(AI 428.795-AgR/RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Os precedentes que venho de referir guardam inteira pertinência

com a legislação processual que se achava em vigor no momento em que ocorrida a publicação do ato ora questionado (“tempus regit actum”), que impunha à parte recorrente o dever processual da impugnação especificada das deliberações judiciais, sob pena de não conhecimento do recurso interposto.

Não se desconhece que o ordenamento normativo, informado pela teoria geral dos recursos, erige à condição de pressuposto essencial (e, portanto, indispensável) inerente às modalidades recursais a obrigação, que é indeclinável, da parte recorrente de expor as razões de fato (quando cabíveis) e de direito viabilizadoras da reforma ou da invalidação da decisão recorrida.

É tão significativo esse específico pressuposto recursal de índole objetiva que, desatendido pela parte recorrente, produz, como inevitável efeito consequencial, a própria incognoscibilidade do meio recursal utilizado.

Cabe insistir, pois, que se impõe a quem recorre, como indeclinável dever processual, o ônus da impugnação especificada, sem o que se tornará inviável o conhecimento do recurso interposto.

Sendo assim, e em face das razões expostas, não conheço do presente agravo, por não impugnado, especificadamente, o único fundamento da decisão agravada (CPC, art. 932, III, “in fine”).

Publique-se.Brasília, 22 de maio de 2018.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.634 (1604)ORIGEM : REsp - 00054854220094047105 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : DIMAGEM CLINICA DE DIAGNOSTICO POR IMAGEM

LTDAADV.(A/S) : NEY SILVEIRA GOMES FILHO (26839/RS)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão da 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, ementado nos seguintes termos:

“TRIBUTARIO. MANDADO DE SEGURANÇA. IMPOSTO DE RENDA DAS PESSOAS JURÍDICAS. LEI Nº 9.249, 1995. SERVIÇO HOSPITALAR. CONCEITUAÇÃO. ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL. ALTERAÇÃO. A expressão "serviços hospitalares" contida na Lei nº 9245, de 1995, abrange serviços prestados por pessoas jurídicas que tenham como atividade ligadas diretamente à promoção da saúde, sem que haja obrigatoriedade de manutenção de estrutura que permita internações, excluídas as consultas médicas. Não tendo a impetrante comprovado que preenche os requisitos da

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 409

Lei nº 11727, de 2008, incabível a impetração de mandado de segurança para garantir o enquadramento de acordo com este comando legislativo.” (eDOC 2, p. 98)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, aponta-se violação aos arts. 6º, caput; 150, II; e 196, caput, do texto constitucional (eDOC 2, p. 150-171).

Nas razões recursais, alega-se, em síntese, incorreção da decisão recorrida na medida em que teria aplicado na espécie legislação infraconstitucional que restringiria o alcance da base de cálculo reduzida para o recolhimento de Contribuição Social sobre o Lucro líquido (CSLL) e Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ).

É o relatório.Decido. A irresignação não merece prosperar. Preliminarmente, destaco que o que se coloca à apreciação desta

Corte não é a aferição da extensão do conceito de “serviços hospitalares” para fins de obtenção do benefício de recolhimento da CSLL e do IRPJ com base de cálculo reduzida, matéria que teve sua repercussão geral rejeitada no julgamento do AI-RG 803.140, de minha relatoria, DJe 1º.6.2011, tema 353 da sistemática da repercussão geral, assim ementado:

Tributário. 2.Exceção prevista no artigo 15, §1º, inciso III, alínea “a”, da Lei 9.249/95, que prescreve os sujeitos passivos da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) com bases de cálculo, respectivamente, de 12% e de 8% sobre receita bruta. Definição de serviços hospitalares e afins. 3. Discussão que se circunscreve ao âmbito normativo infraconstitucional, bem como que demanda o reexame dos aspectos fático-probatórios subjacentes aos requisitos do enquadramento pretendido. 4. Ausência de contencioso constitucional. Repercussão geral rejeitada.

No caso, a controvérsia cinge-se à análise dos requisitos pessoais previstos pela Lei n. 11.727/08 para o fim de enquadramento da atividade do contribuinte. Quanto à matéria, observo que o Tribunal de origem, ao examinar a citada legislação infraconstitucional e o conjunto probatório constante dos autos, consignou que a parte recorrente não preencheria as condições estabelecidas na norma de regência uma vez que não estaria organizada na forma de uma sociedade empresária e nem atenderia às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. Nesse sentido, extrai-se o seguinte trecho do acórdão impugnado:

“A Lei n.º 11.727/08 expressamente incluiu os serviços de auxílio diagnóstico e terapia, patologia clínica, imagenologia, anatomia patológica e citopatologia, medicina nuclear e análises e patologias clínicas e outros na mesma categoria dos serviços hospitalares. Por outro lado, introduziu novas exigências para que seja aplicada a alíquota prevista para esta categoria, dispondo "que a prestadora destes serviços seja organizada sob a forma de sociedade empresária e atenda às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa’.

O presente mandado de segurança foi ajuizado em 11 de setembro de 2009, portanto na vigência da Lei 11.727/08, que ocorreu em janeiro de 2009, conforme consta do artigo 41, VI, desta lei.

A partir desta data, não tem mais relevância a discussão a respeito da abrangência da expressão "serviços hospitalares", mas passa a ser condição para integrar tal categoria a organização sob a forma de sociedade empresária e o atendimento às normas da Anvisa. No caso, a impetrante constituiu-se como sociedade simples, conforme consta do artigo 3º do Contrato Social (fl. 29)

(...)No caso, a impetrante não comprovou tratar-se de sociedade

empresária nem de atender às normas da ANVISA. Não tendo apresentado prova de que se trata de sociedade empresária e de que atende às normas da ANVISA, incabível o mandado de segurança para garantir o enquadramento, porquanto exige prova pré-constituída. Fica ressalvado o direito de fazer tal prova nas vias ordinárias.” (eDOC 2, p. 93-94)

Assim, verifica-se que a matéria debatida no acórdão recorrido restringe-se ao âmbito infraconstitucional, de modo que a ofensa à Constituição, se existente, seria reflexa ou indireta, o que inviabiliza o processamento do presente recurso.

Além disso, divergir do entendimento firmado pelo Tribunal de origem demandaria o revolvimento do acervo fático-probatório, providência inviável no âmbito do recurso extraordinário. Nesses termos, incide no caso a Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.

Confira-se, a propósito, o seguinte precedente: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1.

PROCESSUAL CIVIL. NÃO SUBSTITUIÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO. 2. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA JURÍDICA - IRPJ E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO - CSLL. COMPROVAÇÃO DOS REQUISITOS LEGAIS. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. O não provimento do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça não substitui o acórdão proferido pelo Tribunal de origem, conforme dispõe o art. 512 do Código de Processo Civil. Precedentes. 2. Tributário. Imposto de Renda de Pessoa Jurídica e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. Comprovação dos requisitos exigidos para que empresa prestadora de serviços hospitalares tenha a redução da base de cálculo do imposto. Impossibilidade de reexame

de provas (Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal) e da análise da legislação infraconstitucional.” (RE 600123 AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 23.10.2009)

Cito, no mesmo sentido, os seguintes precedentes: RE 1.009.109, Rel. Min. Edson Fachin, DJe 17.4.2018; RE 990.385, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 15.9.2016; RE 949.278 ED, Rel. Min. Edson Fachin, DJe 28.3.2016; RE 927.547 ED-segundos, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe 29.9.2017.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (art. 932, VIII, do NCPC c/c art. 21, §1º, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.671 (1605)ORIGEM : 00041091820148260115 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : RENATO SILVA DOS SANTOSADV.(A/S) : ALBERTO DE LIMA VEIGA (186816/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

EMENTA: É incognoscível recurso extraordinário cuja petição de interposição não tenha demonstrado, prévia, necessária e fundamentadamente, a repercussão geral da questão constitucional suscitada. O descumprimento, pela parte recorrente, dessa obrigação processual imposta pelo art. 1.035, § 2º, do CPC torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes do Supremo Tribunal Federal. Recurso extraordinário não conhecido.

DECISÃO: Cumpre observar, desde logo, que a parte ora recorrente não cumpriu o ônus processual de proceder à demonstração formal e fundamentada, no recurso extraordinário que deduziu, da repercussão geral das questões constitucionais.

É importante registrar, segundo decidido no julgamento do AI 664.567-QO/RS, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Pleno, que o Presidente do Tribunal recorrido, no exercício do controle prévio de admissibilidade recursal, dispõe de competência para verificar, se o recorrente procedeu, ou não, à demonstração formal e fundamentada, no recurso extraordinário interposto, da repercussão geral das questões discutidas.

Essa visão do tema – que bem reflete a diretriz jurisprudencial firmada por esta Suprema Corte – foi exposta, de modo claro, por GLAUCO GUMERATO RAMOS (“Repercussão Geral na Teoria dos Recursos. Juízo de Admissibilidade. Algumas Observações”, “in” Revista Nacional de Direito e Jurisprudência nº 84, ano 7, dezembro/2006, p. 53), em lição na qual reconhece assistir, ao Presidente do Tribunal “a quo”, competência para examinar, em sede de controle prévio de admissibilidade, a verificação da demonstração formal e fundamentada, da repercussão geral, só não lhe competindo o poder – que cabe, exclusivamente, ao Supremo Tribunal Federal (art. 1.035, § 2º, do CPC) – de decidir sobre a efetiva existência, no caso, da repercussão geral.

Esse mesmo entendimento é perfilhado por GUILHERME BEUX NASSIF AZEM (“A Súmula 126 do STJ e o Instituto da Repercussão Geral”, p. 91/95, item n. 2, “in” “Revista Jurídica” nº 358, agosto de 2007) e CARLOS AUGUSTO DE ASSIS (“Repercussão Geral como Requisito de Admissibilidade do Recurso Extraordinário – Lei 11.418/2006”, p. 32/46, item V, “in” “Revista Dialética de Direito Processual” nº 54, setembro 2007).

É claro que o juízo prévio de admissibilidade do recurso extraordinário, a ser exercido, em um primeiro momento, pela Presidência do Tribunal recorrido, não se confunde com o reconhecimento de que a matéria arguida no apelo extremo possui, ou não, relevância do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, pois, quanto a esse aspecto, somente o Supremo Tribunal Federal dispõe de competência para apreciar, em cada caso, a existência, ou não, da repercussão geral.

O exame dos presentes autos evidencia que a parte ora recorrente, ao interpor o recurso extraordinário, não demonstrou (art. 1.035, § 2º, do CPC), a existência, na espécie, da repercussão geral, o que torna incognoscível, de plano, o recurso em questão.

Com efeito, o Código de Processo Civil/15, ao dispor sobre a demonstração, por parte do recorrente, da existência de repercussão geral, determina que a petição recursal extraordinária assim o faça.

A consequência processual resultante da inobservância dessa determinação legal traduz-se na inadmissão do recurso, consoante prescreve, de modo expresso, o art. 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal:

“Art. 327. A Presidência do Tribunal recusará recursos que não apresentem preliminar formal e fundamentada de repercussão geral (…).

§ 1º Igual competência exercerá o(a) Relator(a) sorteado(a), quando o recurso não tiver sido liminarmente recusado pela Presidência.” (grifei)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 410

É importante assinalar, ainda, que não se pode sequer cogitar, no que concerne a tal pré-requisito de admissibilidade do recurso extraordinário, da ocorrência “de demonstração implícita” da repercussão geral do tema constitucional suscitado (RE 569.476-AgR/SC, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Pleno).

É por isso que o Supremo Tribunal Federal tem enfatizado caber “à parte recorrente demonstrar, de forma expressa e acessível, as circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário”, sob pena de a ausência (ou, até mesmo, a deficiência) da fundamentação inviabilizar o apelo extremo interposto (RE 611.023- -AgR/RJ, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, v.g.).

Vê-se, portanto, que o descumprimento, pela parte recorrente, dessa obrigação processual imposta pelo art. 1.035, § 2º, do CPC torna inadmissível o apelo extremo, como reiteradamente tem advertido a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, inclusive aquela emanada de seu E. Plenário (ARE 663.637-AgR-QO/MG, Rel. Min. AYRES BRITTO – RE 569.476-AgR/SC, Rel. Min. ELLEN GRACIE, v.g.), cujas decisões têm destacado a absoluta indispensabilidade dessa demonstração (AI 667.027/PI, Rel. Min. CELSO DE MELLO – RE 559.059/AC, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – RE 565.119/MG, Rel. Min. MENEZES DIREITO – RE 566.728/BA, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – RE 611.023-AgR/RJ, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, v.g.):

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – EMENDA REGIMENTAL Nº 21/2007 (STF) – INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO EM DATA POSTERIOR A 03/05/2007 – EXIGÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO FORMAL E FUNDAMENTADA, EM CAPÍTULO AUTÔNOMO, NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO, DA REPERCUSSÃO GERAL DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS – INOCORRÊNCIA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

– A repercussão geral, nos termos em que instituída pela Constituição e regulamentada em sede legal (Lei nº 11.418/2006), constitui pré-requisito de admissibilidade do recurso extraordinário, cuja cognição, pelo Supremo Tribunal Federal, depende, para além da constatação dos pressupostos recursais que lhe são inerentes, do reconhecimento da existência de controvérsia constitucional impregnada de alta e relevante transcendência política, econômica, social ou jurídica, que ultrapasse, por efeito de sua própria natureza, os interesses meramente subjetivos em discussão na causa.

– Incumbe, desse modo, à parte recorrente, quando intimada do acórdão recorrido em data posterior à publicação da Emenda Regimental nº 21/2007 (03/05/2007), a obrigação de proceder, em capítulo autônomo, à prévia demonstração, formal e fundamentada, no recurso extraordinário interposto, da repercussão geral das questões constitucionais discutidas, sob pena de incognoscibilidade do apelo extremo. Precedente.

– Assiste, ao Presidente do Tribunal recorrido, competência para examinar, em sede de controle prévio de admissibilidade do recurso extraordinário, a demonstração formal e fundamentada, em capítulo autônomo, da repercussão geral, só não lhe competindo o poder – que cabe, exclusivamente, ao Supremo Tribunal Federal (CPC, art. 543-A, § 2º) – de decidir sobre a efetiva existência, ou não, em cada caso, da repercussão geral suscitada. Doutrina. Precedentes.”

(ARE 710.927-AgR/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO) Sendo assim, e em face das razões expostas, ao apreciar o

presente agravo, não conheço do recurso extraordinário a que ele se refere, por ser este manifestamente inadmissível (CPC, art. 932, III).

Publique-se.Brasília, 22 de maio de 2018.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.892 (1606)ORIGEM : 21372747920178260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : CAMARA MUNICIPAL DE SAO BERNARDO DO CAMPOADV.(A/S) : JULIANA SARETTA VERISSIMO (259174/SP)RECDO.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DESPACHO: Abra-se vista à Procuradoria-Geral da República, para se manifestar sobre o mérito do Recurso Extraordinário.

Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.947 (1607)ORIGEM : 00010433120128260590 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULO

RELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : CLAUDIONOR RODRIGUES DOS SANTOSADV.(A/S) : DATIVO - FRANCISCO SIMÕES PACHECO SAVOIA

(OAB 306475/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Vistos etc. Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo , maneja-se agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão.

É o relatório. Decido. Não consta no recurso extraordinário, interposto de acórdão cuja

publicação se deu após a Emenda Regimental nº 21, de 30.4.2007, preliminar formal e fundamentada de repercussão geral. O preenchimento desse requisito demanda a demonstração, em tópico destacado, da relevância econômica, política, social ou jurídica da questão constitucional suscitada, a ultrapassar os interesses subjetivos das partes (art. 543-A, § 1º, do CPC).

A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que a ausência da preliminar acarreta a inadmissibilidade do recurso extraordinário. Nesse sentido, cito o RE 569.476-AgR/SC, rel. Min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, unânime, DJe 25.04.2008, cujo acórdão está assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL SUSCITADA. PRELIMINAR FORMAL E FUNDAMENTADA. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO. ART. 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. Inobservância ao que disposto no artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, que exige a apresentação de preliminar sobre a repercussão geral na petição de recurso extraordinário, significando a demonstração da existência de questões constitucionais relevantes sob o ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos das partes. A ausência dessa preliminar na petição de interposição permite que a Presidência do Supremo Tribunal Federal negue, liminarmente, o processamento do recurso extraordinário, bem como do agravo de instrumento interposto contra a decisão que o inadmitiu na origem (13, V, c , e 327, caput e § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal). Cuida-se de novo requisito de admissibilidade que se traduz em verdadeiro ônus conferido ao recorrente pelo legislador, instituído com o objetivo de tornar mais célere a prestação jurisdicional almejada. O simples fato de haver outros recursos extraordinários sobrestados, aguardando a conclusão do julgamento de ação direta de inconstitucionalidade, não exime o recorrente de demonstrar o cabimento do recurso interposto. Agravo regimental desprovido.”

Ressalto que a ausência da preliminar formal de repercussão geral nas razões do recurso extraordinário não pode ser suprida por meio de posterior veiculação nas razões do agravo, alcançada pelo manto da preclusão consumativa.

Por conseguinte, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF). Publique-se. Brasília, 21 de maio de 2018.

Ministra Rosa Weber Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.961 (1608)ORIGEM : AREsp - 00003468620118050183 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MARC RENES OLIVEIRA DE SOUZAADV.(A/S) : FRANCINADSON DANTAS DOS SANTOS (27486/BA)RECTE.(S) : RAIMUNDO ALVES DA COSTAADV.(A/S) : DANIEL WANDERLEY ESBERARD (39669/BA)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA

BAHIA

Vistos etc. Contra o juízo negativo de admissibilidade dos recursos

extraordinários, exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foram manejados agravos. Nas minutas, sustenta-se que os recursos reúnem todos os requisitos para sua admissão. Aparelhados na afronta aos arts. 5º, LIV, LV, LVI e 93, IX, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos das decisões denegatórias de

seguimento dos recursos extraordinários, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento dos

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 411

recursos veiculados na instância ordinária, concluo que nada colhem os agravos.

Constato explicitados os motivos de decidir, a afastar o vício da nulidade por negativa de prestação jurisdicional arguido. Destaco que, no âmbito técnico-processual, o grau de correção do juízo de valor emitido na origem não se confunde com vício ao primado da fundamentação, notadamente consabido que a disparidade entre o resultado do julgamento e a expectativa da parte não sugestiona lesão à norma do texto republicano. Colho precedente desta Suprema Corte na matéria, julgado segundo a sistemática da repercussão geral:

“Questão de ordem. Agravo de Instrumento. Conversão em recurso extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3° e 4°). 2. Alegação de ofensa aos incisos XXXV e LX do art. 5º e ao inciso IX do art. 93 da Constituição Federal. Inocorrência. 3. O art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão. 4. Questão de ordem acolhida para reconhecer a repercussão geral, reafirmar a jurisprudência do Tribunal, negar provimento ao recurso e autorizar a adoção dos procedimentos relacionados à repercussão geral.” (AI 791.292-QO-RG, Relator Ministro Gilmar Mendes, Plenário Virtual, DJe 13.8.2010)

Verifico que a análise efetuada pelo Tribunal a quo enfrentou o conjunto probatório para firmar seu convencimento, razão pela qual aferir a ocorrência de eventual afronta aos preceitos constitucionais invocados nos apelos extremos exigiria o revolvimento do quadro fático delineado, procedimento vedado em sede extraordinária. Aplicação da Súmula 279/STF: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.” Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONTROVÉRSIA DECIDIDA COM BASE NO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA 279/STF. O recorrente limita-se a postular uma nova apreciação dos fatos e do material probatório constante dos autos. Nessas condições, a hipótese atrai a incidência da Súmula 279/STF. Agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE 800369 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 19/08/2014, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-170 DIVULG 02-09-2014 PUBLIC 03-09-2014)

"RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais. AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.” (AI 744656 AgR, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado em 21/08/2012, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-174 DIVULG 03-09-2012 PUBLIC 04-09-2012)

Ressalto que o exame de eventual ofensa aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:

"PENAL E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. OFENSA REFLEXA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. A alegada ofensa aos incisos I, XXII, XXIX, XXXV, LIV e LV do art. 5º da CRFB reclama reexame da legislação infraconstitucional aplicável à espécie, impossível na via do recurso extraordinário, por configurar ofensa indireta à Constituição Federal. 2. Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário (Enunciado 279 da Súmula do STF). A pretensão de revisão das razões que ensejaram a rejeição da queixa crime, principalmente no que toca à decadência, reclama revisão de fatos e provas, inviável na via estreita do recurso extraordinário. 3. Agravo regimental desprovido.” (ARE 969.273-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 10.8.2016)

Ademais, no julgamento do RE 748.371-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, Pleno, DJe 1º.8.2013, decidiu-se pela inocorrência de repercussão geral da matéria relacionada à alegação de violação dos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa quando o julgamento da causa depender de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais, cuja ementa transcrevo:

“Alegação de cerceamento do direito de defesa. Tema relativo à suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal. Julgamento da causa dependente de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais. Rejeição da repercussão geral.”

Assim, não merecem processamento os apelos extremos, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou os recursos, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento aos recursos (art. 21, § 1º, do RISTF). Publique-se. Brasília, 18 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.069 (1609)ORIGEM : 21699620220148260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MARITUCS ALIMENTOS LIMITADA.ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO RIBEIRO DE ARRUDA (133149/SP)ADV.(A/S) : ROGERIO AUGUSTO CAMPOS PAIVA (184537/RJ,

175156/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO:Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário.A decisão agravada está correta e alinhada aos precedentes firmados

por esta Corte.Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego

seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 21 de maio de 2018.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.151 (1610)ORIGEM : 70019927334 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : LEONARDO FLORISBAL DE AGUIAR EPP - EPPADV.(A/S) : ANDREIA MINUZZI FACCIN (36414/RS)ADV.(A/S) : BRUNA ROLIM FERNANDES (97502/RS)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃO: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, ementado nos seguintes termos:

“APELAÇÃO CÍVEL. TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. COMPENSAÇÃO DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS COM PRECATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. AUTORIZAÇÃO PARA IMPRESSÃO DE NOTAS FISCAIS. CONDIÇÕE IMPOSTAS PELO FISCO. DESCABIMENTO. 1. É impossível admitir-se em mandado de segurança a compensação de créditos tributários com precatórios do IPERGS, porquanto tal exige análise mais aprofundada sobre a titularidade, liquidez e valor dos créditos, o que se torna inviável em sede de cognição sumária. 2. O condicionar a autorização para impressão de notas fiscais ao cumprimento de exigência feitas pelo Fisco é ato que cria embaraços à atividade do comércio e atinge o direito líquido e certo do cidadão de exercer atividade remunerada. Apelação parcialmente provida”. (eDOC 10, p. 1)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, aponta-se violação aos arts. 5º, LXIX e 93, IX, do texto constitucional, bem como ao art. 78, §2º, do ADCT.

Nas razões recursais, defende-se o direito de compensar débitos tributários relativos ao não-recolhimento do ICMS com os créditos oriundos de precatório do IPERGS.

É o breve relatório. Decido. O recurso não merece prosperar. Inicialmente, ressalto que, na espécie, o Tribunal de origem apreciou

as questões suscitadas, fundamentando-as de modo suficiente a demonstrar as razões objetivas do convencimento do julgador. A prestação jurisdicional foi concedida nos termos da legislação vigente, apesar de ter sido a conclusão contrária aos interesses do recorrente. Portanto, não prospera a alegação de nulidade do acórdão por falta de fundamentação ou violação à inafastabilidade jurisdicional (tema 339 da repercussão geral).

Quanto ao mérito propriamente dito, o Tribunal de origem, ao examinar a legislação infraconstitucional aplicável à espécie (o Código Tributário Nacional e a Lei n. 11.475/00), consignou a impossibilidade de se admitir, pela via do mandado de segurança, a compensação de créditos tributários com precatórios do IPERGS. Nesse sentido, extrai-se o seguinte trecho do acórdão impugnado:

“Tenho que não assiste razão ao apelante no referente a pretendida compensação do débito fiscal com débito do IPERGS, representado por valores relativos a precatório.

Isso porque, embora haja previsão legal para tanto (artigo 170, do CTN e 134 da Lei nº 11.475/00), nenhuma referência faz a lei quanto à possibilidade de se compensarem créditos de natureza diversa. Ou seja, o credor, de um lago, é o Estado, e o devedor, de outro lado, é uma autarquia previdenciária que tem autonomia administrativa e financeira.

Ademais, a referida compensação exige análise mais aprofundada sobre a titularidade, liquidez e valor dos créditos, o que se torna inviável em

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 412

mandado de segurança, sede de cognição sumária.” (eDOC 10, p. 7)Assim, verifica-se que a matéria debatida pelo tribunal de origem

restringe-se ao âmbito infraconstitucional, de modo que a ofensa à Constituição, se existente, seria reflexa ou indireta, o que inviabiliza o processamento do presente recurso.

Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes: “Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Tributário.

Precatório. Compensação. Créditos e débitos titularizados por entes de natureza distinta. Distrito Federal e autarquia. Matéria de índole infraconstitucional. Ofensa reflexa. Precedentes. Agravo regimental desprovido.” (ARE-AgR 868.960, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 19.5.2016)

“DIREITO TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PRECATÓRIO. DÉBITO. ICMS. COMPENSAÇÃO. NATUREZA JURÍDICA DIVERSA. CARÁTER INFRACONSTITUCIONAL DA CONTROVÉRSIA. 1. A jurisprudência deste Supremo Tribunal é firme no sentido de que é infraconstitucional o litígio relativo à compensação de crédito tributário com precatórios devidos por ente jurídico de natureza distinta. 2. Agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE-AgR 905.093, Rel. Min. Roberto Barroso, Primeira Turma, DJe 7.4.2016)

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (artigo 932, VIII, do CPC, c/c art. 21, §1º, do RISTF) e, tendo em vista tratar-se de mandado de segurança na origem, deixo de aplicar o disposto no § 11 do art. 85 do CPC, em virtude do art. 25 da Lei 12.016/2009.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Gilmar MendesRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.222 (1611)ORIGEM : 4130718120158090024 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE GOIÁSPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : JAMILE DA SILVA BEZERRARECTE.(S) : ALDO COSTA PEREIRAADV.(A/S) : WELDER DE ASSIS MIRANDA (28384/GO)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

GOIÁS

DECISÃO: Verifico que o presente recurso não impugna o único fundamento em que se apoia o ato decisório ora questionado.

É que a parte agravante, ao insurgir-se contra a decisão que não admitiu o apelo extremo por ela interposto, deixou de ilidir o único fundamento jurídico em que se assentou o ato decisório proferido pelo Tribunal “a quo”, abstendo-se de impugnar a ausência de demostração, em capítulo autônomo, formal e fundamentado, da repercussão geral da questão constitucional suscitada.

A ausência de impugnação abrangente de todos os fundamentos nos quais se assenta a decisão recorrida significa que a parte agravante, ao assim proceder, descumpriu típica obrigação processual que lhe incumbia atender, pois, como se sabe, impõe-se ao recorrente afastar, pontualmente, cada uma das razões invocadas como suporte do ato decisório recorrido (AI 238.454-AgR/SC, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

Não constitui demasia assinalar que o descumprimento desse dever jurídico – ausência de impugnação de cada um dos fundamentos em que se apoia o ato decisório agravado – conduz, nos termos da orientação jurisprudencial firmada por esta Suprema Corte, ao reconhecimento da inadmissibilidade do agravo interposto (RTJ 126/864 – RTJ 133/485 – RTJ 145/940 – RTJ 146/320):

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO – DECISÃO QUE NEGA SEGUIMENTO AO APELO EXTREMO – INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO QUE NÃO IMPUGNA AS RAZÕES DESSE ATO DECISÓRIO (…).

– Impõe-se, à parte recorrente, quando da interposição do agravo de instrumento, a obrigação processual de impugnar todas as razões em que se assentou a decisão veiculadora do juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário. Precedentes.”

(AI 428.795-AgR/RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Os precedentes que venho de referir guardam inteira pertinência

com a legislação processual que se achava em vigor no momento em que ocorrida a publicação do ato ora questionado (“tempus regit actum”), que impunha à parte recorrente o dever processual da impugnação especificada das deliberações judiciais, sob pena de não conhecimento do recurso interposto.

Não se desconhece que o ordenamento normativo, informado pela teoria geral dos recursos, erige à condição de pressuposto essencial (e, portanto, indispensável) inerente às modalidades recursais a obrigação, que é indeclinável, da parte recorrente de expor as razões de fato (quando cabíveis) e de direito viabilizadoras da reforma ou da invalidação da decisão recorrida.

É tão significativo esse específico pressuposto recursal de índole objetiva que, desatendido pela parte recorrente, produz, como inevitável

efeito consequencial, a própria incognoscibilidade do meio recursal utilizado.

Cabe insistir, pois, que se impõe a quem recorre, como indeclinável dever processual, o ônus da impugnação especificada, sem o que se tornará inviável o conhecimento do recurso interposto.

Sendo assim, e em face das razões expostas, não conheço do presente agravo, por não impugnado, especificadamente, o único fundamento da decisão agravada (CPC, art. 932, III, “in fine”).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.244 (1612)ORIGEM : 20150185407 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ALVIO BRUM DA SILVAADV.(A/S) : RODRIGO TADEU PIMENTA DE OLIVEIRA (16752/SC)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA

CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SANTA CATARINA

DECISÃO: O E. Superior Tribunal de Justiça reconheceu a extinção da punibilidade da parte ora recorrente, em virtude da ocorrência, na espécie, de prescrição da pretensão punitiva do Estado.

Com o trânsito em julgado dessa decisão, resulta sem objeto o recurso extraordinário a que se refere o presente agravo.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, ao apreciar o presente agravo, não conheço do recurso extraordinário a que ele se refere, por achar-se este prejudicado (CPC, art. 932, III).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.296 (1613)ORIGEM : 00003649120168260363 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : HENRIQUE MIGUELADV.(A/S) : GUSTAVO ANTONIO TAVARES DO AMARAL

(238654/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Vistos etc. Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta ao art. 5º, XLVI e LVII, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

Verifico que a análise efetuada pelo Tribunal a quo enfrentou o conjunto probatório para firmar seu convencimento, razão pela qual aferir a ocorrência de eventual afronta aos preceitos constitucionais invocados no apelo extremo exigiria o revolvimento do quadro fático delineado, procedimento vedado em sede extraordinária. Aplicação da Súmula 279/STF: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.” Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONTROVÉRSIA DECIDIDA COM BASE NO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA 279/STF. O recorrente limita-se a postular uma nova apreciação dos fatos e do material probatório constante dos autos. Nessas condições, a hipótese atrai a incidência da Súmula 279/STF. Agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE 800369 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 19/08/2014, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-170 DIVULG 02-09-2014 PUBLIC 03-09-2014)

"RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais. AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 413

no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.” (AI 744656 AgR, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado em 21/08/2012, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-174 DIVULG 03-09-2012 PUBLIC 04-09-2012)

O exame de eventual ofensa ao preceito constitucional indicado nas razões recursais (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:

"PENAL E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. OFENSA REFLEXA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. A alegada ofensa aos incisos I, XXII, XXIX, XXXV, LIV e LV do art. 5º da CRFB reclama reexame da legislação infraconstitucional aplicável à espécie, impossível na via do recurso extraordinário, por configurar ofensa indireta à Constituição Federal. 2. Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário (Enunciado 279 da Súmula do STF). A pretensão de revisão das razões que ensejaram a rejeição da queixa crime, principalmente no que toca à decadência, reclama revisão de fatos e provas, inviável na via estreita do recurso extraordinário. 3. Agravo regimental desprovido.” (ARE 969.273-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 10.8.2016)

Acresço que esta Suprema Corte já se manifestou pela inexistência de repercussão geral da matéria relativa à valoração das circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do Código Penal na fundamentação da fixação da pena-base pelo juízo sentenciante no AI 742.460-RG/RJ:

“RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do Código Penal. Fixação da pena-base. Fundamentação. Questão da ofensa aos princípios constitucionais da individualização da pena e da fundamentação das decisões judiciais. Inocorrência. Matéria infraconstitucional. Ausência de repercussão geral. Agravo de instrumento não conhecido. Não apresenta repercussão geral o recurso extraordinário que verse sobre a questão da valoração das circunstâncias judiciais previstas no art. 59, do Código Penal, na fundamentação da fixação da pena-base pelo juízo sentenciante, porque se trata de matéria infraconstitucional.” (AI 742460 RG, Relator(a): Min. Cezar Peluso, DJe 25.9.2009)

Assim, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso (art. 21, § 1º, do RISTF). Publique-se. Brasília, 18 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.342 (1614)ORIGEM : 201201111668613 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ALEX EMANUEL LANDIM LEITEADV.(A/S) : VERONICA DIAS LINS (28051/DF, 36524/GO)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOS

Vistos etc. Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta ao art. 5º, XLVI, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

O exame de eventual ofensa ao preceito constitucional indicado nas razões recursais (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:

"PENAL E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. OFENSA REFLEXA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. A alegada ofensa aos incisos I, XXII, XXIX, XXXV, LIV e LV do art. 5º da CRFB reclama reexame da legislação infraconstitucional aplicável à espécie, impossível na via do recurso extraordinário, por configurar ofensa indireta à Constituição Federal. 2. Para simples reexame de prova não cabe recurso

extraordinário (Enunciado 279 da Súmula do STF). A pretensão de revisão das razões que ensejaram a rejeição da queixa crime, principalmente no que toca à decadência, reclama revisão de fatos e provas, inviável na via estreita do recurso extraordinário. 3. Agravo regimental desprovido.” (ARE 969.273-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 10.8.2016)

Acresço que esta Suprema Corte já se manifestou pela inexistência de repercussão geral da matéria relativa à valoração das circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do Código Penal na fundamentação da fixação da pena-base pelo juízo sentenciante no AI 742.460-RG/RJ:

“RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do Código Penal. Fixação da pena-base. Fundamentação. Questão da ofensa aos princípios constitucionais da individualização da pena e da fundamentação das decisões judiciais. Inocorrência. Matéria infraconstitucional. Ausência de repercussão geral. Agravo de instrumento não conhecido. Não apresenta repercussão geral o recurso extraordinário que verse sobre a questão da valoração das circunstâncias judiciais previstas no art. 59, do Código Penal, na fundamentação da fixação da pena-base pelo juízo sentenciante, porque se trata de matéria infraconstitucional.” (AI 742460 RG, Relator(a): Min. Cezar Peluso, DJe 25.9.2009)

Assim, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso (art. 21, § 1º, do RISTF). Publique-se. Brasília, 18 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.348 (1615)ORIGEM : AREsp - 201724700783 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ANDREIA MARCOVITCHADV.(A/S) : SANDRO RODRIGUES DE SOUZA (141689/SP)ADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO DE MELO LOURES (98517/MG)RECDO.(A/S) : MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRO

Vistos etc. Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta ao art. 5º, LVII, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

Verifico que a análise efetuada pelo Tribunal a quo enfrentou o conjunto probatório para firmar seu convencimento, razão pela qual aferir a ocorrência de eventual afronta aos preceitos constitucionais invocados no apelo extremo exigiria o revolvimento do quadro fático delineado, procedimento vedado em sede extraordinária. Aplicação da Súmula 279/STF: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.” Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONTROVÉRSIA DECIDIDA COM BASE NO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA 279/STF. O recorrente limita-se a postular uma nova apreciação dos fatos e do material probatório constante dos autos. Nessas condições, a hipótese atrai a incidência da Súmula 279/STF. Agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE 800369 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 19/08/2014, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-170 DIVULG 02-09-2014 PUBLIC 03-09-2014)

"RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais. AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.” (AI 744656 AgR, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado em 21/08/2012, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-174 DIVULG 03-09-2012 PUBLIC 04-09-2012)

O exame de eventual ofensa ao preceito constitucional indicado nas razões recursais (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 414

do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:

"PENAL E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. OFENSA REFLEXA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. A alegada ofensa aos incisos I, XXII, XXIX, XXXV, LIV e LV do art. 5º da CRFB reclama reexame da legislação infraconstitucional aplicável à espécie, impossível na via do recurso extraordinário, por configurar ofensa indireta à Constituição Federal. 2. Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário (Enunciado 279 da Súmula do STF). A pretensão de revisão das razões que ensejaram a rejeição da queixa crime, principalmente no que toca à decadência, reclama revisão de fatos e provas, inviável na via estreita do recurso extraordinário. 3. Agravo regimental desprovido.” (ARE 969.273-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 10.8.2016)

Assim, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso (art. 21, § 1º, do RISTF). Publique-se. Brasília, 18 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.367 (1616)ORIGEM : 3632336320118090040 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE GOIÁSPROCED. : GOIÁSRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : HUGO FLAVIO GUIMARAES NASCIMENTORECTE.(S) : DANILO CANDIDO MENDESADV.(A/S) : WELLINGTON DE JESUS FERREIRA (7107/GO,

154/TO)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

GOIÁS

Vistos etc. Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo , maneja-se agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão.

É o relatório. Decido. Não consta no recurso extraordinário, interposto de acórdão cuja

publicação se deu após a Emenda Regimental nº 21, de 30.4.2007, preliminar formal e fundamentada de repercussão geral. O preenchimento desse requisito demanda a demonstração, em tópico destacado, da relevância econômica, política, social ou jurídica da questão constitucional suscitada, a ultrapassar os interesses subjetivos das partes (art. 543-A, § 1º, do CPC).

A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que a ausência da preliminar acarreta a inadmissibilidade do recurso extraordinário. Nesse sentido, cito o RE 569.476-AgR/SC, rel. Min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, unânime, DJe 25.04.2008, cujo acórdão está assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL SUSCITADA. PRELIMINAR FORMAL E FUNDAMENTADA. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO. ART. 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. Inobservância ao que disposto no artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, que exige a apresentação de preliminar sobre a repercussão geral na petição de recurso extraordinário, significando a demonstração da existência de questões constitucionais relevantes sob o ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos das partes. A ausência dessa preliminar na petição de interposição permite que a Presidência do Supremo Tribunal Federal negue, liminarmente, o processamento do recurso extraordinário, bem como do agravo de instrumento interposto contra a decisão que o inadmitiu na origem (13, V, c , e 327, caput e § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal). Cuida-se de novo requisito de admissibilidade que se traduz em verdadeiro ônus conferido ao recorrente pelo legislador, instituído com o objetivo de tornar mais célere a prestação jurisdicional almejada. O simples fato de haver outros recursos extraordinários sobrestados, aguardando a conclusão do julgamento de ação direta de inconstitucionalidade, não exime o recorrente de demonstrar o cabimento do recurso interposto. Agravo regimental desprovido.”

Ressalto que a ausência da preliminar formal de repercussão geral nas razões do recurso extraordinário não pode ser suprida por meio de posterior veiculação nas razões do agravo, alcançada pelo manto da preclusão consumativa.

Por conseguinte, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF). Publique-se.

Brasília, 18 de maio de 2018. Ministra Rosa Weber

Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.412 (1617)ORIGEM : 00037256819998260604 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEMPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : ANTONIO BASSO SOBRINHORECDO.(A/S) : NEUZA LANATTI BASSOADV.(A/S) : JOSE CARLOS PEDRONI (62265/SP)ADV.(A/S) : ODECIO BELOZO (62511/SP)

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário, interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado:

“Apelação – Desapropriação indireta em fase de execução – Pretensão à devolução de valores supostamente pagos a maior – Impossibilidade – Preclusão lógica – Executado que no momento oportuno optou por não opor embargos à execução e que posteriormente requereu a extinção do processo nos termos do art. 794, inciso I, do Código de Processo Civil – Aceitação dos cálculos dos exequentes que é logicamente incompatível com o interesse recursal – Coisa julgada material que impede a rediscussão do valor – Precedentes jurisprudenciais desta Corte – Sentença mantida – Apelo a que se nega provimento.”

O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal. A parte recorrente alega violação ao art. 78 do ADCT e ao art. 100, § 5º, da Constituição, bem como à Súmula Vinculante 17.

O recurso extraordinário é inadmissível. Isso porque o Tribunal de origem assentou:

“[...] Depreende-se dos autos que após o trânsito em julgado do v.

Acórdão proferido na fase de conhecimento (fls. 312) os Apelados apresentaram seus cálculos de liquidação (fls. 315/316). Devidamente intimado, o Apelante expressamente optou por não opor embargos à execução (fls. 333). Diante disso, os Apelados requereram a expedição do competente Ofício Requisitório, o que foi deferido pelo magistrado de primeiro grau (fls. 335/336). Em seguida, o Apelante requereu a extinção da execução por sentença, nos termos do art. 794, inciso I, do Código de Processo Civil (fls. 377), o que foi atendido pelo juiz a quo (fls. 439).

Verifica-se que a discussão do valor depositado não deve ser permitida nos autos em razão da nítida ocorrência de preclusão lógica. No momento oportuno para que o Apelante se manifestasse sobre os cálculos apresentados pelos Apelados, optou por não apresentar embargos à execução, tendo posteriormente requerido a extinção do processo, o que foi atendido pelo magistrado de primeiro grau. Diante da incompatibilidade lógica em se aceitar os cálculos e requerer a extinção da execução, e depois se insurgir contra o valor depositado, é que a r. sentença deve ser integralmente mantida.

Ademais, a execução teve por base os critérios definidos na fase de conhecimento, que já se encontram agasalhados pelo manto da coisa julgada material, o que impede a rediscussão dos valores pagos aos Apelados, sob pena de ofensa ao princípio da segurança jurídica.”

Esses são fundamentos autônomos e suficientes para a manutenção do julgado, que não foram atacados no recurso extraordinário. Houve recurso especial quanto à matéria, não provido e já transitado em julgado. Nessas condições, aplica-se a Súmula 283/STF.

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.437 (1618)ORIGEM : 20150910190434 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : MARCOS ANTONIO ALVES DO NASCIMENTOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOS

DECISÃO: O recurso extraordinário a que se refere o presente agravo foi deduzido com desrespeito frontal à norma inscrita no art. 321 do RISTF, que impõe, à parte recorrente, no ato de interposição do apelo extremo, o dever de indicar, dentre os preceitos constantes da Carta Política,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 415

aquele que teria sido violado.A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, bem por isso,

firmou-se no sentido de proclamar a incognoscibilidade do recurso extraordinário, sempre que a petição que o veicular não aludir ao preceito da Constituição alegadamente vulnerado pela decisão recorrida (AI 204.561-AgR/SP, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA – AI 220.204- -AgR/RS, Rel. Min. MOREIRA ALVES – AI 230.446-AgR/SC, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA – AI 245.643-AgR/DF, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA – AI 306.606-AgR/SP, Rel. Min. NELSON JOBIM, v.g.).

Sendo assim, e em face das razões expostas, ao apreciar o presente agravo, não conheço do recurso extraordinário a que ele se refere, por ser este manifestamente inadmissível (CPC, art. 932, III).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.579 (1619)ORIGEM : 1395761 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MARIA LUCIA DA SILVA RAMALHORECTE.(S) : NILSON PAULO DA SILVAADV.(A/S) : CELINA KAZUKO FUJIOKA MOLOGNI (09393/PR)RECDO.(A/S) : JOSMAR CANDIDO DA FONSECARECDO.(A/S) : NILCE MARIA MILANO FONSECAADV.(A/S) : DOUGLAS ALEXANDRE DE SOUZA (68711/PR)

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 5º, XXII e XXIII, 6º, 170, III, 182, § 4º, e 183 da Constituição Federal.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

A matéria constitucional versada no recurso extraordinário não foi analisada pela instância a quo, tampouco ventilada em embargos de declaração para satisfazer o requisito do prequestionamento. Aplicável, na hipótese, o entendimento jurisprudencial vertido nas Súmulas 282 e 356/STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão suscitada” e “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento”. Nesse sentido, o AI 743.256-AgR/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 08.3.2012 e o AI 827.894-AgR/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, unânime, DJe 07.11.2011, cuja ementa transcrevo:

"RECURSO EXTRAORDINÁRIO prequestionamento CONFIGURAÇÃO RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas razões recursais, inviabilizado fica o entendimento sobre a violência ao preceito evocado pelo recorrente. AGRAVO ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé."

Ademais, as razões do recurso não se mostram aptas a infirmar os fundamentos do acórdão recorrido, ensejando o entendimento jurisprudencial vertido nas Súmulas 283 e 284/STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles” e “É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia”.

Ainda que não se ressentisse o recurso quanto aos pressupostos, melhor sorte não colheria, porquanto o Tribunal de origem, na hipótese em apreço, lastreou-se no conjunto probatório e na legislação infraconstitucional para firmar seu convencimento. Compreensão diversa do entendimento adotado demandaria o exame prévio da lei ordinária, bem como a reelaboração da moldura fática delineada no acórdão de origem, a tornar oblíqua e reflexa eventual ofensa à Constituição, insuscetível, como tal, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Aplicação da Súmula 279/STF: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.

Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO: SÚMULA 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AÇÃO POSSESSÓRIA. REINTEGRAÇÃO. COMPROVAÇÃO DA POSSE: SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. VERBA HONORÁRIA MAJORADA EM 1%, PERCENTUAL QUE SE SOMA AO FIXADO NA ORIGEM, OBEDECIDOS OS LIMITES DOS §§ 2º, 3º E 11 DO ART. 85 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, RESSALVADA EVENTUAL CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA, E MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (ARE 1089660-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Presidente, Tribunal Pleno, DJe 25.4.2018)

Por conseguinte, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.688 (1620)ORIGEM : AREsp - 00357331020168030001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAPÁPROCED. : AMAPÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : GEILSON SANTOS CHAGASADV.(A/S) : ASTOR NUNES BARROS (1559-A/AP, 248044/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO AMAPÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

AMAPÁ

Decisão: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Amapá, assim ementado:

“RECURSO EM SENTIDO ESTRITO - JÚRI - SENTENÇA DE PRONÚNCIA - JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE DA DENÚNCIA - IMPRONÚNCIA - TAXATIVIDADE DO ART. 414 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL - ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA - TAXATIVIDADE DO ART. 415 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL - DIRIMENTES QUE DEVEM RESULTAR ESTREMES DE DÚVIDAS - INOCORRÊNCIA - SUBMISSÃO DOS RÉUS AO JÚRI POPULAR - RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. 1) A decisão de pronúncia constitui mero juízo de admissibilidade da denúncia fundada em suspeita, não se exigindo certeza quanto à acusação, bastando que o juiz se convença da materialidade do crime e de indícios de que o acusado seja seu autor, elementos suficientes para encaminhar o julgamento ao Tribunal do Júri, juízo natural dos crimes contra a vida, em nosso País. 2) Não demonstrada, de forma incontroversa e estreme de dúvida, a ocorrência de quaisquer das hipóteses que autorizam a impronúncia ou a absolvição sumária (arts. 414 e 415 do Código de Processo Penal), prevalece a decisão que reconhece a competência do Tribunal Popular para o debate e julgamento da causa. 3) Recurso conhecido e desprovido.” (eDOC 2, p. 56)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea a, da Constituição Federal, aponta-se violação ao art. 5º, LIV, LV e LVII, do texto constitucional. (eDOC 2, p. 78)

É o relatório.Decido.O recurso não merece prosperar.Inicialmente, ressalto que o Tribunal de origem, quanto à ofensa ao

art. 5º, LV, da CF, inadmitiu o recurso extraordinário interposto, aplicando-lhe o tema 660 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é ARE-RG 748.371/MT, DJe 1º.8.2013, de minha relatoria. (eDOC 2, p. 23-25)

O Plenário deste Tribunal decidiu não ser cabível recurso ao Supremo Tribunal Federal contra a aplicação do procedimento da repercussão geral nas instâncias de origem. Transcrevo a ementa do AI-QO 760.358/SE, de minha relatoria, DJe 19.2.2010.

Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental. 1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral. 2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação. 3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida. 4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 416

Ademais, quanto à ofensa aos demais incisos, o agravante lhes fez referência de modo genérico, sem aduzir em que consistiria a alegada violação. Incide, no caso, a Súmula 284 do STF.

Em verdade, verifico que o agravante quer mesmo fazer desta Corte mais uma instância ordinária, para se ver livre da sentença de pronúncia, porquanto não vislumbro ofensa alguma à Constituição Federal, a reclamar atuação do Supremo Tribunal Federal.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (artigo 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro Gilmar MendesRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.689 (1621)ORIGEM : 10056102359009001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : GEISA ROSIGNOLI NEIVAADV.(A/S) : GEISA ROSIGNOLI NEIVA (86603/MG)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE BARBACENAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

BARBACENA

DECISÃO: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão da 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, ementado nos seguintes termos:

“REEXAME NECESSÁRIO DE OFÍCIO E RECURSO VOLUNTÁRIO. COBRANÇA. AGENTE POLÍTICO. SUBSÍDIO. RECONVENÇÃO. POSSIBILIDADE. EFETIVA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. PAGAMENTO. PROVA DA QUITAÇÃO. INEXISTÊNCIA. DÉCIMO TERCEIRO E FÉRIAS. VERBAS INDEVIDAS. REGRAMENTO REMUNERATÓRIO PRÓPRIO. HONORÁRIOS FIXADOS EM FAVOR DO PODER PÚBLICO. DIREITO PARTICULAR DO PROCURADOR. AUSÊNCIA . RESTITUIÇÃO DEVIDA DESCONTADA A CONTRAPRESTAÇÃO PELOS SERVIÇOS.

- É possível a oposição de reconvenção nos autos da ação de cobrança, mormente quando a lide principal e o pedido reconvencional se originam de uma mesma relação jurídica e situação fática envolvendo as partes, de modo que se mostra legítima a reconvenção nos autos da ação de cobrança de valores envolvendo procurados público que teria se apropriado de honorários de sucumbência fixados em favor da Municipalidade.

- O § 4º do artigo 39, da Constituição da República dispõe que os Secretários Municipais, cargo equiparado ao de Advogado-Geral, serão remunerados mediante subsídios fixados em parcela única. Assim, uma vez incontroversa a prestação dos serviços e, não comprovada a quitação de tais verbas, impõe-se a condenação do Município no pagamento dos subsídios relativo ao período inadimplido.

- Somente na existência de legislação local podem-se estender aos agentes políticos os benefícios das verbas garantidas aos trabalhadores em geral, não se aplicando à espécie, pelo menos no período em que exercia cargo de agente político, a tese de que os direitos sociais devem ser concedidos aos servidores ocupantes de cargo comissionado.

- Os honorários advocatícios fixados em favor do Poder Público, em regra, constituem verba pública e integram o seu patrimônio, não podendo ser considerados direitos particulares dos advogados públicos, havendo possibilidade de que os honorários sejam pagos diretamente aos procuradores públicos, quando existir legislação municipal que assim preveja.

- Constatando-se que a procuradora municipal recebeu honorários sucumbenciais devidos ao Município, impõe-se a restituição, descontada a parcela efetivamente devida à causídica pelos serviços comprovadamente prestados.” (eDOC 1, p. 263)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, alínea “a”, da Constituição Federal, aponta-se violação aos arts. 30, I e 84, IV, do texto constitucional.

Nas razões recursais, alega-se a legalidade dos honorários sucumbenciais recebidos. Ademais, aponta que a ausência de decreto regulamentador não representa óbice ao percebimento dos referidos honorários.

Decido. O recurso não merece prosperar. O Tribunal de origem, ao examinar a legislação local aplicável à

espécie (Lei Delegada Municipal 08/2005) e o conjunto probatório constante dos autos, consignou que à autora não faz jus ao recebimento de honorários advocatícios, ante a ausência de decreto municipal que os regulamente. Nesse sentido, extrai-se o seguinte trecho do acórdão impugnado:

“ A demandante sustenta ter agido em conformidade com a legislação local que prevê que os “integrantes dos quadros da AGM farão jus a honorários advocatícios de sucumbência, na forma a ser regulada por Decreto Municipal” (Lei Delegada nº 08/2005) (fl. 138). Permissa vênia, a alegação não merece prosperar, uma vez que dita legislação relegou a forma de recebimento destes honorários a Decreto Municipal, o qual o Município de

Barbacena afirma não existir, e a apelada nada comprova em contrário.” (eDOC 1, p. 272)

Assim, verifica-se que a matéria debatida no acórdão recorrido restringe-se ao âmbito da legislação local, de modo que a ofensa à Constituição, se existente, seria reflexa ou indireta, o que inviabiliza o processamento do presente recurso. Além disso, divergir do entendimento firmado pelo tribunal de origem demandaria o revolvimento do acervo fático-probatório. Nesses termos, incidem no caso as Súmulas 280 e 279 do STF.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (art. 932, VIII, do NCPC c/c art. 21, §1º, do RISTF) e, tendo em vista o disposto no art. 85, § 11, do CPC, majoro, em 10%, o valor da verba honorária fixada anteriormente, observados os limites previstos nos §§ 2º e 3º do referido dispositivo, ressalvada a eventual concessão do benefício da justiça gratuita.

Publique-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.734 (1622)ORIGEM : PROC - 50743925220164047100 - TRF4 - RS - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : LEANDRO IOSCHPE ZIMERMANADV.(A/S) : AIRTON BOMBARDELI RIELLA (66012/RS)

DECISÃO REPERCUSSÃO GERAL ADMITIDA – MATÉRIA IDÊNTICA –

BAIXA À ORIGEM. 1. O Tribunal, no Recurso Extraordinário nº 593.068/SC, da relatoria

do ministro Luís Roberto Barroso, concluiu pela repercussão geral do tema relativo à incidência de contribuição previdenciária sobre parcelas de natureza transitória percebidas por servidor sob o ângulo do caráter indenizatório ou remuneratório das verbas. O que for decidido no paradigma poderá alcançar a controvérsia versada neste processo, no que envolvido o tributo devido pela empresa contribuinte.

2. Ante o quadro, considerado o fato de o recurso veicular a mesma matéria, havendo a intimação do acórdão impugnado ocorrido posteriormente à data em que iniciada a vigência do sistema da repercussão geral, bem como presente o objetivo maior do instituto – evitar que o Tribunal, em prejuízo dos trabalhos, tenha o tempo tomado com questões repetidas –, determino a devolução do processo à origem. Faço-o com fundamento no artigo 328, parágrafo único, do Regimento Interno, para os efeitos do artigo 1.036 do Código de Processo Civil.

3. Publiquem.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.740 (1623)ORIGEM : 00012185520108080021 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE GUARAPARIPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

GUARAPARIRECDO.(A/S) : EVERALDO MARTINS FONSECA REPRESENTADO

POR MARCIONILIA MARTINS FONSECAADV.(A/S) : ALEX FRANCISCO DE LIMA CABRAL (8497/ES)

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 1º, 2º, 37, XXI, 165, 167 e 196 da Constituição Federal.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

Transcrevo o inteiro teor da ementa do acórdão (fl.437) objeto da insurgência manifestada no apelo extremo:

“ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL - AGRAVO INOMINADO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER - INTERNAÇÃO PARA DEPENDENTE QUÍMICO - DIREITO À SAÚDE - DISCORDÂNCIA DA PARTE COM O JULGADO - INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE -

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 417

FINALIDADE - REEXAME DA MATÉRIA. 1. O Poder Público tem obrigação de fornecer tratamento a paciente necessitado. 2. A saúde é direito de todos e dever do Poder Público, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação, consoante determina a Constituição da República (art. 196). 3. Os vícios sujeitos à correção através dos embargos de declaração devem ser objetivos e não relacionados à justiça ou injustiça do decisum, posto que tais questões encontram-se diretamente ligadas ao direito subjetivo da parte. 4. Verificando-se que as matérias suscitadas foram devidamente tratadas pela decisão embargada, não merece acolhimento a pretensão de serem apreciados, um a um, de forma explícita, os dispositivos normativos suscitados pelo(a) Embargante, tendo em vista que as Cortes Superiores aceitam o prequestionamento implícito. 5. Nega-se provimento a agravo interposto com fundamento no art. 557,§ 1º, do Código de Processo Civil, quando a decisão monocrática hostilizada tiver sido prolatada nos termos do mesmo art. 557, caput, do Estatuto Processual Civil.”

Quanto à alegada violação do art. 2º da Lei Fundamental, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é no sentido de que o exame da legalidade dos atos administrativos pelo Poder Judiciário não viola o princípio da separação de Poderes. Nesse sentido, cito o RE 417.408-AgR/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJE de 26.4.2012; e o ARE 655.080-AgR/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJE de 09.9.2012, assim ementado:

“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Direito Administrativo. 3. Concurso público. 4. Controle judicial dos atos administrativos quando eivados de ilegalidade ou abuso de poder. Possibilidade. Ausência de violação ao princípio da separação de Poderes. Precedentes do STF. 5. Discussão acerca da existência de ilegalidade e quanto à apreciação do preenchimento dos requisitos legais, pela agravada, para investidura no cargo público de magistério estadual. Necessário reexame do conjunto fático-probatório da legislação infraconstitucional e do edital que rege o certame. Providências vedadas pelas Súmulas 279, 280 e 454. Precedentes. 6. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 7. Agravo regimental a que se nega provimento.”

O entendimento adotado no acórdão recorrido não diverge da jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal, razão pela qual não se divisa a alegada ofensa aos dispositivos constitucionais suscitados. Nesse sentido:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. DIREITO À SAÚDE. TRATAMENTO MÉDICO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DOS ENTES FEDERADOS. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. REAFIRMAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. O tratamento médico adequado aos necessitados se insere no rol dos deveres do Estado, porquanto responsabilidade solidária dos entes federados. O polo passivo pode ser composto por qualquer um deles, isoladamente, ou conjuntamente.” (RE 855178 RG, Relator(a): Min. LUIZ FUX, julgado em 05/03/2015, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-050 DIVULG 13-03-2015 PUBLIC 16-03-2015 )

“EMENTA DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. DIREITO À SAÚDE. TRATAMENTO MÉDICO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DOS ENTES FEDERADOS. CONSONÂNCIA DA DECISÃO RECORRIDA COM A JURISPRUDÊNCIA CRISTALIZADA NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. REAFIRMAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA EM REPERCUSSÃO GERAL - RE 855.178-RG/PE, REL. MIN. LUIZ FUX. RECURSO EXTRAORDINÁRIO QUE NÃO MERECE TRÂNSITO. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 28.3.2015. 1. Esta Suprema Corte, ao julgamento do RE 855.178-RG/PE, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 16.3.2015, submetido à sistemática da repercussão geral, reafirmou a jurisprudência no sentido da responsabilidade solidária dos entes federados pelo dever de prestar assistência à saúde, destacando que o polo passivo da ação pode ser composto por qualquer um deles, isoladamente, ou conjuntamente. 2. O entendimento adotado pela Corte de origem, nos moldes do assinalado na decisão agravada, não diverge da jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal. 3. A existência de precedente firmado pelo Plenário desta Corte autoriza o julgamento imediato de causas que versem sobre o mesmo tema, independentemente da publicação ou do trânsito em julgado do paradigma. Precedentes. 4. As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada. 5. Agravo regimental conhecido e não provido.” (RE 933857 AgR, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 16/02/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-048 DIVULG 14-03-2016 PUBLIC 15-03-2016)

Por conseguinte, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.744 (1624)

ORIGEM : AREsp - 201400001021153 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : SOCIEDADE EDUCACIONAL GONCALENSE LTDA -

EPPADV.(A/S) : JEFFERSON RAMOS RIBEIRO (79978/RJ, 341173/SP)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO : Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão da Quarta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, assim ementado:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. POSSIBILIDADE DE APRECIAÇÃO DA MATÉRIA ALEGADA EM EXCEÇÃO DE PRÉ- EXECUTIVIDADE.NULIDADE DA CDA. NÃO COMPROVAÇÃO.

1. A exceção de pré-executividade é servil à suscitação de questões que devam ser conhecidas de ofício pelo juiz, como as atinentes à liquidez do título executivo, os pressupostos processuais e as condições da ação executiva.

2. Quanto à nulidade da certidão de dívida ativa, alegada pela requerente, convém destacar que a certeza e liquidez, bem como a exigibilidade, são requisitos indispensáveis à execução de qualquer crédito, nos termos do artigo 586 do CPC. Trata-se de elementos individualizadores do direito a que o título executivo se refere.

3. A certidão de dívida ativa é um título executivo extrajudicial que goza de presunção de certeza e liquidez. Tal presunção, contudo, é relativa, admitindo prova em contrário.

Essa prova deve ser cabal, capaz de convencer, por si, acerca da ausência de certeza ou liquidez na certidão de dívida ativa. Não pode haver margem para a dúvida.

4. Dessa forma, para excluir a certeza, o executado deverá provar, cabalmente, a inexistência do fato gerador da dívida tributária, ou os fatos ensejadores da decadência do direito ao lançamento, ou a omissão, no procedimento administrativo de constituição do crédito, tributário ou não, de sua origem.

5. In casu, não se verifica prova inequívoca capaz de fulminar a presunção relativa de liquidez e certeza que goza a CDA.

6. Agravo de instrumento não provido”.O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição

Federal. A parte recorrente alega violação ao art. 5º, LIV e LV, da CF. Sustenta que as certidões de dívida ativa devem ser consideradas nulas, em razão de vícios de forma.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob os seguintes fundamentos:

“[...]A eventual violação da Constituição Federal, se ocorrente, seria

indireta ou reflexa, o que não autoriza o cabimento de recurso extraordinário, devendo incidir, na espécie, mutatis mutandis, o enunciado da Súmula nº 636 do STF, segundo o qual ‘não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida’.

Com efeito, em sede de Recurso Extraordinário, não se aprecia matéria de lei federal nem mesmo quando esta regulamenta ou dá aplicabilidade a dispositivo constitucional.

Isto porque, desde o advento da vigente Constituição Federal, a tal espécie de recurso ficaram reservadas questões diretamente relacionadas àquela.

[…]Ante o exposto, inadmito o recurso”.A pretensão recursal não merece prosperar. A decisão agravada está

alinhada aos precedentes judiciais firmados pelo Supremo Tribunal Federal. A matéria debatida no acórdão recorrido restringe-se ao âmbito infraconstitucional, de modo que a ofensa à Constituição Federal, se existisse, seria meramente indireta ou reflexa. Confiram-se os seguintes julgados:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. EXECUÇÃO FISCAL. PROCESSO ADMINISTRATIVO. NECESSIDADE DE INTIMAÇÃO OU NOTIFICAÇÃO. CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA. VALIDADE. REQUISITOS. ANÁLISE DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. INCURCIONAMENTO NO CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA Nº 279 DO STF. PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA, DO CONTRADITÓRIO E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. MATÉRIA COM REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA PELO PLENÁRIO DO STF NO ARE 748.371. CONTROVÉRSIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.” (ARE 933.085-AgR, Rel. Min. Luiz Fux)

“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Tributário. CDA. Alegada existência de nulidade. Apontada ofensa ao art. 5º, LV, da CF/88. Infraconstitucional. 1. A afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório, dos limites da coisa julgada

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 418

ou da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal. 2. Agravo regimental não provido. Majoração da verba honorária em valor equivalente a 10% (dez por cento) do total daquela já fixada (art. 85, §§ 2º, 3º e 11, do CPC), observada a eventual concessão do benefício da gratuidade da justiça.” (ARE 988.971-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli)

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.745 (1625)ORIGEM : 00003344520158120019 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO MATO GROSSO DO SULPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : PEDRO PAULO DE LIMA PEREIRAADV.(A/S) : OTAVIO RIBEIRO MARINHO (217365/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MATO GROSSO DO SUL

DECISÃO: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul. (eDOC 4, p. 57)

Consta dos autos que o recorrente foi condenado à pena de 9 anos de reclusão e pagamento de 900 dias-multa, em regime inicial fechado, pela prática do delito previsto no artigo 33, caput, combinado com o artigo 40, inciso V, da Lei 11.343/2006 (tráfico interestadual de drogas). (eDOC 3, p. 17)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “a”, da Constituição Federal, aponta-se violação ao artigo 5º, inciso XLVI, do texto constitucional. (eDOC 5, p. 88)

Nas razões recursais, alega-se que a imposição do regime inicial fechado viola o princípio da individualização da pena, razão por que deve ser ele alterado.

É o relatório.Decido.O recurso não merece prosperar.No caso, a imposição do regime inicial fechado decorreu de mera

observância à determinação legal, porquanto a pena fixada teria sido superior a 8 (oito) anos (artigo 33, § 2º, alínea a, CP).

Não há se falar nem mesmo em regime inicial mais severo, exatamente porque o regime inicial fechado é obrigatório aos condenados à pena superior a 8 anos, caso do agravante.

Desse modo, a controvérsia foi decidida à luz da legislação infraconstitucional, de modo que a ofensa à Constituição Federal, se houvesse, seria reflexa ou indireta, o que inviabiliza o processamento do presente recurso.

Ainda assim, se fosse o caso de fixação de regime mais gravoso, a jurisprudência desta Corte tem fixado o entendimento de que não há violação ao texto constitucional, quando há motivação idônea nesse sentido, como constato que houve no presente caso.

Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes:“RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. ROUBO

TRIPLAMENTE CIRCUNSTANCIADO. DOSIMETRIA DA PENA. FRAÇÃO SUPERIOR AO MÍNIMO LEGAL. REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DE PENA MAIS GRAVOSO. POSSIBILIDADE. MOTIVAÇÃO IDÔNEA.

1. A dosimetria da pena submete-se a certa discricionariedade judicial. O Código Penal não estabelece rígidos esquemas matemáticos ou regras absolutamente objetivas para a fixação da pena. Cabe às instâncias ordinárias, mais próximas dos fatos e das provas, fixar as penas. Às Cortes Superiores, no exame da dosimetria das penas em grau recursal, compete o controle da legalidade e da constitucionalidade dos critérios empregados, bem como a correção de eventuais discrepâncias, se gritantes ou arbitrárias, nas frações de aumento ou diminuição adotadas pelas instâncias anteriores.

2. Pertinente à dosimetria da pena, encontra-se a aplicação das causas de aumento do art. 157, § 2º, incisos I, II e V, do Código Penal. Justificada a fixação da majorante além do mínimo legal em razão das circunstâncias concretas do fato e não apenas no número de majorantes.

3. A fixação do regime inicial de cumprimento da pena não está condicionada somente ao quantum da reprimenda, mas também ao exame das circunstâncias judiciais. Não se verifica constrangimento ilegal no regime fechado estabelecido quando há motivação idônea, fundamentada na gravidade concreta da conduta. Precedentes. 4. Recurso ordinário em habeas corpus a que se nega provimento”. (RHC 114.965, Primeira Turma, Rel. Min. Rosa Weber, DJe 27.6.2013)

“RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. PENAL. RÉU

CONDENADO PELO CRIME DE ROUBO QUALIFICADO. PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE DE 5 ANOS E 4 MESES DE RECLUSÃO. REGIME INICIAL FECHADO. POSSIBILIDADE. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DESFAVORÁVEIS. ART. 59 DO CÓDIGO PENAL. CIRCUNSTÂNCIAS DO DELITO. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. PRECEDENTES. RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

I - O art. 33, § 3º, do Código Penal determina ao juiz sentenciante que, assim como no procedimento de fixação da pena, observe os critérios definidos no art. 59 do Código Penal no momento da determinação do regime inicial de cumprimento da reprimenda.

II - No presente caso, a fixação do regime fechado para o início do cumprimento da pena está em conformidade com a Súmula 719 desta Corte, que estabelece que a imposição de regime mais gravoso do que a pena permite deve vir acompanhada da devida fundamentação, tal como ocorreu.

III - A Corte local optou pela fixação do regime inicial fechado em razão da gravidade concreta das circunstâncias que envolveram o delito, bem como da periculosidade revelada por essa prática. Tais fundamentos autorizam a imposição do regime prisional mais gravoso. IV - Recurso ordinário em habeas corpus ao qual se nega provimento”. (RHC 118.194/SP, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 3.2.2014).

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (artigo 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro Gilmar MendesRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.770 (1626)ORIGEM : 00062503220154020000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : LABORATORIOS MEDICOS DR ELIEL FIGUEIREDO

LTDAADV.(A/S) : MARCOS SILVERIO DE CARVALHO (138122/RJ)ADV.(A/S) : RENATA PASSOS BERFORD GUARANA

VASCONCELLOS (36465/DF, 44218/PE, 112211/RJ, 363923/SP)

RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO : Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão da Quarta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, assim ementado:

“PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO INTERNO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

I - Trata-se de agravo interno oposto por LABORATÓRIOS MÉDICOS DR ELIEL FIGUEIREDO LTDA, em face da decisão que, monocraticamente, negou provimento aos embargos de declaração.

II - A agravante alega que a decisão não observou questionamentos pontuais levantados no agravo. Aduz que não havendo ferramentas de trabalho suficientes para gerar lucro, certamente a empresa ficará incapacitada de exercer suas atividades e fechará suas portas. Afirma que o suposto crédito tributário está sendo cobrado de forma amplamente discricionária e ilegal, faltando argumentos que possam dispor de forma clara, a regra aduzida como infringida para sua apuração. Argumenta que deve prevalecer o Princípio da Proporcionalidade no presente caso, pois a empresa não poderá ser penalizada por uma execução descabida, infundada e inaceitável, pois sempre norteou seus atos dentro dos parâmetros da lisura e boa-fé.

III- No presente caso, foi negado seguimento ao agravo de instrumento tendo em vista que houve divergência entre os fundamentos jurídicos e a decisão apontada como agravada, vez que a agravante insurge-se contra a certidão de dívida ativa, alegando sua nulidade, ao passo que a decisão agravada trazida aos autos diz respeito ao deferimento da penhora, em razão da rescisão do parcelamento. Interpostos Embargos de Declaração, estes foram julgados improcedentes, monocraticamente.

IV - Interposto o presente agravo interno, mais uma vez a parte agravante equivoca-se em seu recurso. A parte recorrente não impugnou as razões que levaram ao entendimento monocrático de improcedência dos embargos de declaração.

V - As razões da agravante não se mostram suficientes a ensejar a modificação da r. Decisão que negou seguimento ao recurso, devendo ser mantida por seus próprios e jurídicos fundamentos.

VI – Agravo interno a que se nega provimento”.O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição

Federal. A parte recorrente alega violação ao art. 5º, II, da CF, bem como aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade. Sustenta que: (i) o princípio da menor onerosidade determina que, sendo necessária a penhora, esta deve ocorrer de maneira menos gravosa para o executado; (ii) o requerimento formulado pela parte recorrente está devidamente amparado pela legislação aplicável, não merecendo ser rejeitado.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 419

A decisão agravada negou seguimento ao recurso sob os seguintes fundamentos:

“[…]Diante deste panorama, eventual violação reflexa e oblíqua da

Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário, devendo incidir, na espécie, mutatis mutandis, o enunciado das Súmulas 636 e 638/STF.

Além disso, observa-se que o acórdão recorrido entendeu que a agravante, ora recorrente, não impugnou as razões que levaram ao entendimento monocrático de improcedência dos embargos de declaração em sede de agravo de instrumento. Vale destacar que a ausência de impugnação dos fundamentos medulares da decisão objurgada atrai a incidência do verbete n° 182, da Súmula do STJ, bem como do verbete n° 283, da Súmula do STF”.

A pretensão recursal não merece prosperar. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 598.365, concluiu pela ausência de repercussão geral do tema relativo a pressupostos de admissibilidade de recursos da competência de outros tribunais. A ofensa à Constituição, se existisse, seria meramente indireta ou reflexa. No mesmo sentido, confira-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSO DA COMPETÊNCIA DE TRIBUNAL DIVERSO. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. FATO GERADOR. PRÉVIA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (ARE 855.132-AgR, Relª. Minª. Cármen Lúcia)

Quanto ao mérito, a pretensão também não merece acolhida. A controvérsia sobre os requisitos para efetivação da penhora on line é de índole infraconstitucional. Nesse sentido, vejam-se os julgados:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA ON LINE. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (ARE 642.119-AgR, Relª. Minª. Cármen Lúcia)

“DIREITO PROCESSUAL CIVIL. POSSIBILIDADE DE PENHORA ON LINE. NECESSIDADE DE PRÉVIA ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL NÃO CONFIGURADA. O Tribunal a quo tratou apenas de matéria referente à possibilidade de penhora on line. O exame das alegadas ofensas a dispositivos constitucionais dependeria de prévia análise da legislação infraconstitucional que disciplina a matéria. Precedentes. Negativa de prestação jurisdicional não configurada. O artigo 93, IX, da Constituição Federal exige que o órgão jurisdicional explicite as razões do seu convencimento, ainda que sucintamente. Agravo regimental conhecido e não provido.” (AI 830.805-AgR, Relª. Minª. Rosa Weber)

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se.Brasília, 23 de maio de 2018.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.794 (1627)ORIGEM : AREsp - 201500000065475 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : RECOMEÇO CONVERTEDORA DE GÁS LTDA.ADV.(A/S) : RENATA PASSOS BERFORD GUARANA

VASCONCELLOS (36465/DF, 44218/PE, 112211/RJ, 363923/SP)

RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, ementado nos seguintes termos:

“TRIBUTÁRIO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA SOBRE FATURAMENTO. POSSIBILIDADE. PERCENTUAL DE 5% RAZOÁVEL E PROPORCIONAL. PRECENTES. 1. Trata-se de agravo de instrumento, com pedido de efeito suspensivo, interposto por RECOMEÇO CONVERTEDORA DE GÁS LTDA., contra decisão proferida pelo Juízo da 12ª Vara Federal de Execução Fiscal - Seção Judiciária do Rio de Janeiro, nos autos da execução fiscal nº 2012.51.01.017293-2, que deferiu o pedido de penhora em percentual sobre o faturamento da empresa. 2. Aduz a agravante que o juízo de primeira instância não só escolheu o meio mais gravoso para a empresa, como também ignorou o fato de que tal penhora pode fazer com que a empresa passe a ter ainda mais dificuldades para manter suas atividades. Afirma que a decisão agravada viola os princípios da preservação da empresa, da boa-fé do contribuinte, e da proporcionalidade. 3. É admitida a

penhora sobre o faturamento da empresa, em casos excepcionais, desde que preenchidos alguns requisitos, como a comprovação de inexistência de outros bens penhoráveis, e a fixação de percentual que não inviabilize a continuidade das atividades da executada. Precedentes do STJ. 4. Deve ser relevado o art. 620, do CPC, atentando-se para que o princípio da execução é o da utilidade para o credor, mas também o da menor onerosidade para o devedor. 5. Aceitável, de modo a não inviabilizar a atividade empresarial, a fixação do percentual de 5% (cinco por cento) sobre o faturamento mensal da empresa, em concordância com o que vem decidindo o Superior Tribunal de Justiça. 6. Agravo de instrumento improvido. Agravo interno não conhecido”. (eDOC 1, p. 71)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, aponta-se violação aos arts. 5º, II e 37 do texto constitucional.

Nas razões recursais, alega-se, em síntese, que a penhora de parte do rendimento da empresa fere o princípio da menor onerosidade.

Por fim, aduz-se violação aos princípios da legalidade, da preservação da empresa e da proporcionalidade.

É o relatório.Decido. A irresignação não merece prosperar. O Tribunal de origem, ao examinar a legislação infraconstitucional

aplicável à espécie (Código de Processo Civil e Lei de Execuções Fiscais) e o conjunto probatório constante dos autos, consignou pela possibilidade de penhorar percentual do faturamento da empresa executada. Nesse sentido, extrai-se o seguinte trecho do acórdão impugnado:

“A questão em foco gira acerca da possibilidade de se penhorar percentual sobre o faturamento da empresa executada. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é assente quanto à possibilidade de a penhora recair, em caráter excepcional, sobre o faturamento da empresa, desde que observadas, cumulativamente, as condições previstas na legislação processual (arts. 655-A, § 3º, do CPC) e o percentual fixado não torne inviável o exercício da atividade empresarial. É admitida pelos Tribunais, de forma excepcional, desde que, cumulativamente, o devedor não possua bens ou, se os tiver, sejam esses de difícil execução ou insuficientes a saldar o crédito demandado; haja indicação de administrador, esquema de pagamento, conforme determinam os artigos 678 e 719 do CPC, e que o percentual fixado sobre o faturamento da empresa não torne inviável o exercício da atividade empresarial. Não é ela sinônimo de penhora sobre dinheiro - opção privilegiada dos arts. 11 da LEF e 655 do CPC, naturalmente por ser o bem com maior liquidez possível. (...) No entanto, a regra de que a execução deve se dar pelo modo menos gravoso para o executado, não pode deixar de atender ao interesse do exeqüente. Noutro dizer, o princípio da menor onerosidade para o executado não pode servir de subterfúgio para o não pagamento das dívidas, nem para que se aceite o depósito de valores ínfimos. Na hipótese vertida, verifica-se que houve tentativas mal-sucedidas de localizar bens penhoráveis da empresa executada. Além disso, a UNIÃO FEDERAL/FAZENDA NACIONAL requereu a efetivação da penhora on line pelo sistema BACENJUD, a qual também restou infrutífera. Parece-me razoável que, após as diversas diligências efetuadas pela Fazenda Pública no sentido de localizar bens suficientes para garantir a execução fiscal em questão, seja determinada, nesse momento, a penhora sobre o faturamento bruto mensal da empresa, diversamente do que ficou consignado na decisão proferida pelo Juízo a quo. Assim, deve ser deferido o pedido da União Federal de penhora sobre o faturamento mensal da empresa como tentativa derradeira de obtenção de bens penhoráveis necessários para garantir a demanda executiva fiscal.” (eDOC 1, p. 65-68)

Assim, verifica-se que a matéria debatida no acórdão recorrido restringe-se ao âmbito infraconstitucional, de modo que a ofensa à Constituição, se existente, seria reflexa ou indireta, o que inviabiliza o processamento do presente recurso.

Além disso, divergir do entendimento firmado pelo Tribunal de origem demandaria o revolvimento do acervo fático-probatório, providência inviável no âmbito do recurso extraordinário. Nesses termos, incide no caso a Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.

Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes: “AGRAVO INTERNO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM

AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. ACÓRDÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. MATÉRIA SURGIDA ORIGINARIAMENTE NO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL. DESCABIMENTO DO RECURSO. PRECEDENTES. DEVIDO PROCESSO LEGAL. PENHORA SOBRE FATURAMENTO DA EMPRESA. MATÉRIAS QUE EXIGEM O EXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. PRECEDENTES. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO.” (ARE 940.572 AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 13.9.2016)

“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Processual civil. Penhora de faturamento de empresa. 3. Alegação de negativa de prestação jurisdicional. Decisão fundamentada, apesar de contrária aos interesses da parte. AI-QO-RG 791.292. 4. Matéria infraconstitucional. Ofensa reflexa. Precedentes. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 760.882 AgR, de minha relatoria, DJe 8.5.2012)

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (art. 932, VIII, do NCPC c/c art. 21, §1º, do RISTF).

Publique-se.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 420

Brasília, 23 de maio de 2018.Ministro GILMAR MENDES

RelatorDocumento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.009 (1628)ORIGEM : 99420820128160069 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : OTAIR MOREIRARECTE.(S) : MARINA LAERCIA MIOTTORECTE.(S) : JOAO BUSCHRECTE.(S) : IOLANDA SANTOS OLIVEIRARECTE.(S) : GENI AGUIAR DE SOUZARECTE.(S) : EVENY DO NASCIMENTO PEREIRAADV.(A/S) : CRISAINE MIRANDA GRESPAN (17224-A/MS,

46133/PR)RECDO.(A/S) : PARANA BANCO S/AADV.(A/S) : MILTON LUIZ CLEVE KUSTER (46138/BA, 54462/DF,

28906/ES, 48887A/GO, 175126/MG, 19890-A/MS, 01883/PE, 07919/PR, 169089/RJ, 17605/SC, 281612/SP)

DECISÃO: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná assim ementado:

“Civil e Processo Civil. Ação revisional de contrato. Contrato de empréstimo consignado. 1. Taxas e tarifas, honorários extrajudiciais, cláusulas do inadimplemento (juros remuneratórios acrescidos de juros moratórios, multa contratual e comissão de permanência). Matérias não alegadas em primeiro grau. Inovação recursal. Não conhecimento. 2. Aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor. Ausência de interesse recursal. 3. Parcelas fixas. Inexistência de capitalização de juros no período de normalidade do contrato. Observância do Princípio da Boa-Fé Objetiva. 1. As matérias não suscitadas e debatidas em 1º grau de jurisdição não podem ser apreciadas pelo Tribunal na esfera de seu conhecimento recursal, sob pena de ofensa ao princípio do duplo grau de jurisdição e ao princípio da adstrição (art. 128 do CPC). 2. Inexiste interesse recursal quando o autor pleiteia a reforma daquilo que a sentença lhe concedeu, atendendo ao pedido inicial. 3. Nos contratos de empréstimo com prazo fixo, onde o consumidor aceita o valor das parcelas fixas preestabelecidas, não é possível a alteração dos juros ou de sua forma de incidência, em observância ao princípio da boa-fé contratual (art. 422 do Código Civil). Apelação Cível parcialmente conhecida, e na parte conhecida, não provida”. (eDOC 3, p. 185)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, aponta-se violação ao 192 do texto constitucional. Alega-se a inconstitucionalidade do art. 5º da Medida Provisória n. 2.170.

É o breve relatório.Decido.O recurso não merece prosperar.O Tribunal de origem verificou a conformidade do caso ao tema 33 da

sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é RE 592.377, de relatoria do Ministro Marco Aurélio, redator do acórdão o Ministro Teori Zavascki, DJe 20.3.2015. (eDOC 4, p. 107)

Inicialmente, registro que o Supremo Tribunal Federal, no julgamento do AI-QO 760.358, de minha relatoria, DJe 18.2.2010, firmou sua jurisprudência no sentido de não ser cabível recurso para esta Corte contra a aplicação do procedimento da repercussão geral nas instâncias de origem. Transcrevo a seguir a ementa desse julgado:

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental. 1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3o do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral. 2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação. 3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida. 4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem.”

Nessa oportunidade, a Suprema Corte consignou ainda a tese segundo a qual, com o novo modelo de controle difuso de constitucionalidade, instituído pela Emenda Constitucional n. 45, compete aos tribunais de origem adequar aos casos individuais os entendimentos firmados pelo Supremo Tribunal Federal no leading case. Dessa forma, contra a decisão que aplica a sistemática da repercussão geral caberia agravo interno na origem.

Nesses termos, o Novo Código de Processo Civil, que entrou em vigor em 18.3.2016, confirmando essa jurisprudência, assentou que o recurso

cabível contra a aplicação da sistemática da repercussão geral pelo Tribunal de origem é o agravo interno (art. 1.030, § 2º). Eis a redação desse dispositivo:

“Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá:

I negar seguimento:a) a recurso extraordinário que discuta questão constitucional à qual o

Supremo Tribunal Federal não tenha reconhecido a existência de repercussão geral ou a recurso extraordinário interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal exarado no regime de repercussão geral;

b) a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos repetitivos;

(…)III sobrestar o recurso que versar sobre controvérsia de caráter

repetitivo ainda não decidida pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça, conforme se trate de matéria constitucional ou infraconstitucional;

(…)§ 2 º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III caberá

agravo interno, nos termos do art. 1.021.”Com efeito, o artigo 1.042 do NCPC (art. 544 do CPC/1973) prevê o

cabimento do agravo nos próprios autos somente contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, com a ressalva dos casos em que a inadmissão fundar-se na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos.

Assim, não é cabível o agravo nos próprios autos contra decisão que aplica a sistemática da repercussão geral na origem.

Ante o exposto, não conheço do agravo, por incabível.Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Gilmar MendesRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.064 (1629)ORIGEM : AREsp - 10168788620148260100 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : ARLINDO SALVATIERRAADV.(A/S) : MARIA TERESA FERREIRA DA SILVA (215055/SP)RECDO.(A/S) : FUNDACAO SAUDE ITAUADV.(A/S) : RAFAEL BARROSO FONTELLES (41762/DF,

179539/MG, 119910/RJ, 105204A/RS, 327331/SP)RECDO.(A/S) : CENTRAL NACIONAL UNIMED - COOPERATIVA

CENTRALADV.(A/S) : MARCIO ANTONIO EBRAM VILELA (112922/SP)

DECISÃOTrata-se de Agravo contra decisão que inadmitiu Recurso

Extraordinário interposto em face de acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo assim ementado (fl. 87, Vol. 3):

“PLANO DE SAÚDE. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. I. Nulidade. Falta de fundamentação. Inocorrência. Provimento adotado que enfrenta os fundamentos do pedido declinado pelo autor. Atendendo ao postulado do artigo 93, inciso IX, da CF, e à regra do artigo 489 do CPC/15. II. Ilegitimidade ad causam da corré Fundação Saúde Itaú. Reconhecimento. Preservação. Inexistência de indicações, na causa de pedir ou elementos documentais, da pertinência subjetiva da entidade à relação processual tratada. Plano de saúde usufruído pelo autor que era mantido estritamente pela corré Central Unimed, em contrato direto elaborado pela ex-empregadora do consumidor, sem qualquer interferência da entidade apontada. III. Manutenção do autor e sua dependente como beneficiários do plano de saúde administrado pela corré Unimed, nas mesmas condições que usufruía antes da rescisão do contrato de trabalho. Imposição de assunção da integralidade do prêmio securitário. Regra do artigo 31 da Lei 9.656/98. Inexistência de evidência de que da irrazoabilidade do custo do seguro por beneficiário (R$ 735,70). Montante que se mostra razoável, ante os preços praticados no mercado, sobretudo em se considerando o perfil dos usuários no caso concreto.

SENTENÇA PRESERVADA. APELO DESPROVIDO.”No apelo extremo, alega-se, com amparo no art. 102, III, “a”, da

Constituição Federal, violação ao artigo 1º, inciso III da Constituição.A decisão agravada tem por fundamento a ausência de

prequestionamento (Súmula 282/STF).No Agravo, a parte agravante sustenta, em síntese, que cumpriu o

requisito do prequestionamento. No mais, repisa as alegações de mérito do Recurso Extraordinário.

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 421

É o relatório. Decido. Os recursos extraordinários somente serão conhecidos e julgados,

quando essenciais e relevantes as questões constitucionais a serem analisadas, sendo imprescindível ao recorrente, em sua petição de interposição de recurso, a apresentação formal e motivada da repercussão geral que demonstre, perante o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a existência de acentuado interesse geral na solução das questões constitucionais discutidas no processo, que transcenda a defesa puramente de interesses subjetivos e particulares.

A obrigação do recorrente de apresentar formal e motivadamente a preliminar de repercussão geral que demonstre, sob o ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, a relevância da questão constitucional debatida que ultrapasse os interesses subjetivos da causa, conforme exigência constitucional, legal e regimental (art. 102, § 3º, da CF/88, c/c art. 1.035, § 2º, do Código de Processo Civil de 2015 e art. 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), não se confunde com meras invocações, desacompanhadas de sólidos fundamentos e de demonstração dos requisitos no caso concreto, de que (a) o tema controvertido é portador de ampla repercussão e de suma importância para o cenário econômico, político, social ou jurídico; (b) a matéria não interessa única e simplesmente às partes envolvidas na lide; ou, ainda, de que (c) a jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL é incontroversa no tocante à causa debatida, entre outras alegações de igual patamar argumentativo (ARE 691.595-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/2/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/2/2013; ARE 696.263-AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/2/2013; AI 717.821-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/8/2012).

Não havendo demonstração fundamentada da presença de repercussão geral, incabível o seguimento do Recurso Extraordinário.

Ademais, na presente hipótese, o Juízo de origem não analisou a questão constitucional veiculada, não tendo sido esgotados todos os mecanismos ordinários de discussão, INEXISTINDO, portanto, o NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO EXPLÍCITO, que pressupõe o debate e a decisão prévios sobre o tema jurígeno constitucional versado no recurso. Incidência das Súmulas 282 (É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada) e 356 (O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento), ambas desta CORTE SUPREMA.

Efetivamente, o Tribunal de origem, com base nas circunstâncias fáticas e probatórias dos autos, bem como na legislação ordinária pertinente (Lei 9.656/98 e Resolução Normativa 279/2011), ratificou a sentença que julgou improcedente o pedido sob os seguintes fundamentos (fls. 2-3, Vol. 4):

“Incontroverso, nos autos, que o apelante trabalhou para a sociedade Banco Itaú S/A por mais de 30 anos, entre 09.07.1981 e 25.04.2013 (fls. 16), momento no qual seu contrato foi rescindido, depois inclusive de obtenção de benefício de aposentadoria, que se deu em 01.08.2012 (fl. 66).

Indiscutido, ademais, que as contribuições ao plano de saúde eram feitas pela empresa empregadora ou descontadas em folha de pagamento durante a eficácia do contrato de trabalho, ou seja, por mais de dez anos.

Aplica-se, pois, à espécie, o disposto no artigo 31 da Lei 9.656/98, segundo o qual ‘Ao aposentado que contribuir para produtos de que tratam o inciso I e o § 1º do art. 1º desta lei, em decorrência de vínculo empregatício, pelo prazo mínimo de dez anos, é assegurado o direito de manutenção como beneficiário, nas mesmas condições de cobertura assistencial de que gozava quando da vigência do contrato de trabalho, desde que assuma o seu pagamento integral’.

Imperiosa, pois, a manutenção do apelante e de seus dependentes nas mesmas condições do seguro usufruído, desde que continue arcando com as mensalidades devidas.

(...)No caso em tela, todavia, não há nada a evidenciar que a apelada

descumpriu a regra relatada: diante da manutenção do vínculo securitário do apelante após a aposentadoria, cumpre-lhe arcar com a totalidade do dispêndio, de modo que quota-parte adimplida enquanto empregado que correspondia de 2% a 4% da remuneração, a depender do número de dependentes (fl. 26) deve ser somada ao quinhão de responsabilidade patronal.

Em sendo assim, a apontada majoração de 842% refere-se, em suma, ao fato de que, ulteriormente à extinção do vínculo laboral, o recorrente deve adimplir a totalidade do prêmio securitário, cessando o subsídio do empregador.

A partir de tais parâmetros de compreensão, revela-se como descabida a pretensão do apelante em ver imposto prêmio securitário de R$ 367,85, não sendo demais ressaltar que o prêmio exigido pela apelada CENTRAL UNIMED para cada segurado (R$ 735,70 fl. 02) revela-se compatível aos praticados no seio do setor de mercado dos planos de saúde, sobretudo em se considerando o perfil dos beneficiários no caso concreto.”

Trata-se, portanto, de matéria situada no contexto normativo infraconstitucional, de forma que as ofensas indicadas à Constituição seriam meramente indiretas (ou mediatas), o que inviabiliza o conhecimento do referido apelo.

Mesmo que fosse possível superar todos esses graves óbices, a

argumentação recursal traz versão dos fatos diversa da exposta no acórdão, de modo que o acolhimento do recurso passa necessariamente pela revisão das provas. Incide, portanto, o óbice da Súmula 279 desta CORTE: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, NEGO SEGUIMENTO AO AGRAVO.

Fixam-se honorários advocatícios adicionais equivalentes a 10% (dez por cento) do valor a esse título arbitrado nas instâncias ordinárias (Código de Processo Civil de 2015, art. 85, § 11).

Publique-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro ALEXANDRE DE MORAESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.133 (1630)ORIGEM : 14007877820168120000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO MATO GROSSO DO SULPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : EMCORSUL EMPRESA DE CONSULTORIA E

REPRESENTACOES SUL LTDA - MEADV.(A/S) : ANA PAULA IUNG DE LIMA (9413/MS)RECDO.(A/S) : VALE S.A.RECDO.(A/S) : MINERAÇÃO CORUMBAENSE REUNIDA S/AADV.(A/S) : GUSTAVO ROMANOWSKI PEREIRA (7460/MS)

Decisão: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul, ementado nos seguintes termos:

“EMENTA – AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA – CLÁUSULA DE ELEIÇÃO DE FORO – ALEGADA ABUSIVIDADE CONTRATUAL POR HIPOSSUFIENCIA DA PARTE E POR SER O CONTRATO DE ADESÃO – NÃO CARACTERIZADA – CONTRATO DE GRANDE MONTA – INEXISTÊNCIA DE VULNERABILIDADE DA CONTRATADA – RECURSO PROVIDO. 1) não há de se falar em abusividade de cláusula de eleição de foro por alegada vulnerabilidade de uma das partes quando o contrato é milionário. 2) Do mesmo modo, não existe abusividade somente pelo fato de o contrato ser de adesão, uma vez que, não sendo o contrato de caráter obrigatório, a parte dispõe da opção de não contratar. Em contratando, e não havendo qualquer vício que inquine o consentimento da parte, deve obediência aos termos da avença. 3) Recurso a que se dá provimento para declarar válida e eficaz a cláusula contratual de eleição de foro.” (eDOC 5, p. 8)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, aponta-se violação ao art. 5º, XXXV, LXXIV e LV, do texto constitucional.

Nas razões recursais, alega-se, em síntese, a invalidade da cláusula de foro de eleição em razão da hipossuficiência da parte recorrente. Nesse sentido, sustenta-se violação aos princípios da inafastabilidade da jurisdição, do contraditório e da ampla defesa.

Decido. O recurso não merece prosperar. No caso, verifico que o Tribunal de origem, ao examinar o conjunto

probatório constante dos autos, bem como interpretar cláusulas contidas no contrato de empreitada com fornecimento de materiais, consignou pela inexistência de abusividade na cláusula de eleição de foro. Nesse sentido, extrai-se o seguinte trecho do acórdão impugnado:

“A alegação da Agravada, de que seria hipossuficiente em relação às Agravantes e que, por isso, não pode se submeter a foro de eleição contido em cláusula de contrato de adesão, é desprovida de fundamento. Isso porque o simples fato de as duas Recorrentes serem mineradoras de grande porte e renome internacional, e a Recorrida ser microempresa, não induz hipossuficiência apta a derrogar cláusula contratual ao qual a parte aderiu voluntariamente. A alegação é descaracterizada pela simples análise do valor envolvido no contrato, de mais de dez milhões de reais (R$12.595.957,99 – f.34), e também pela vultosa quantia reivindicada na lide, que ultrapassa a soma de R$26.000.000,00 (vinte e seis milhões). Tais importâncias permitem concluir, por si só,a capacidade das partes, inclusive da Agravada. Fosse o contrário, a própria Recorrida não se prestaria a assinar contrato de tão grande vulto, e nem as Agravantes aceitariam que empresa desqualificada ou com insuficiência de recursos lhe prestasse serviços de tão grande monta. Dessa forma, não há se falar em hipossuficiência ou vulnerabilidade da Recorrida que importe em nulidade de cláusula contratual, ou interpretação de cláusula em seu benefício, em detrimento do que expressamente pactuado pelas partes. A outra questão aduzida pela Recorrida, de que o contrato seria de adesão e que, por tal razão, não pôde discutir qualquer das cláusulas, inclusive a de foro de eleição, também não merece guarida. É que não se trata de contrato obrigatório, a que uma das partes se vê obrigada a assinar, como é o caso, por exemplo, de serviço público essencial (tais como água, energia elétrica, etc.). Na hipótese, vige o princípio da liberdade contratual, em que as partes podem ou não contratar para prestar ou para que seja prestado determinado serviço, ou não. Se a Agravada não tinha condições de cumprir o contratado ou arcar com alguma das consequências previstas nas disposições

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 422

contratuais (como o foro de eleição), tinha a seu dispor uma opção muito singela: não contratar. Como o fez, deve arcar com as consequências de sua livre escolha, uma vez que, além de se tratar de contrato entre particulares, não há qualquer evidência de qualquer dos vícios do consentimento que possam vir a invalidar a cláusula de eleição discutida nos autos. Não há, portanto, a propalada abusividade contratual no que se refere ao foro de eleição, razão pela qual não vislumbro qualquer nulidade do contrato nesse ponto.” (eDOC 5, p. 11)

Assim, divergir do entendimento firmado pelo tribunal de origem demandaria o reexame do acervo fático-probatório e das mencionadas cláusulas contratuais, providência inviável no âmbito do recurso extraordinário. Nesses termos, incidem no caso as Súmulas 279 e 454 do Supremo Tribunal Federal.

Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes: “DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. CONTRATO

INTERNACIONAL. FORO DE ELEIÇÃO CONTRATUAL – LONDRES. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO CPC/1973. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 5º, XXXV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA NÃO VIABILIZA O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO MANEJADO SOB A VIGÊNCIA DO CPC/2015. 1. O exame da alegada ofensa ao art. 5º, XXXV, da Lei Maior, observada a estreita moldura com que devolvida a matéria à apreciação desta Suprema Corte, dependeria de prévia análise da legislação infraconstitucional aplicada à espécie, o que refoge à competência jurisdicional extraordinária prevista no art. 102 da Magna Carta. 2. As razões do agravo não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à ausência de ofensa a preceito da Constituição da República. 3. Majoração em 10% (dez por cento) dos honorários anteriormente fixados, obedecidos os limites previstos no artigo 85, §§ 2º, 3º e 11, do CPC/2015, ressalvada eventual concessão do benefício da gratuidade da Justiça. 4. Agravo interno conhecido e não provido, com aplicação da penalidade prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015, calculada à razão de 1% (um por cento) sobre o valor atualizado da causa.” (AI 776.563 AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Rosa Weber, DJe 12.04.2018)

“Agravo regimental no recurso extraordinário. Processual Civil. Lei nº 6.729/79. Convenção da marca. Eleição de foro. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Precedentes. 1. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional. Incidência da Súmula nº 636/STF. 2. Agravo regimental não provido. 3. Inaplicável o art. 85, § 11, do CPC, pois não houve prévia fixação de honorários advocatícios na causa.” (RE 1017816 AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 12.05.2017)

“AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. OFENSA CONSTITUCIONAL REFLEXA. REAPRECIAÇÃO DE PROVAS. INADMISSIBILIDADE. SÚMULA 279 DO STF. 1. Tendo o acórdão recorrido solucionado as questões a si postas com base em preceitos de ordem infraconstitucional, não há espaço para a admissão do Recurso Extraordinário, que supõe matéria constitucional prequestionada explicitamente. 2. O acolhimento do apelo passa necessariamente pela revisão das provas. Incide, portanto, o óbice da Súmula 279 desta CORTE (Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário). 3. Agravo Interno a que se nega provimento. Fixam-se honorários advocatícios adicionais equivalentes a 10% (dez por cento) do valor a esse título arbitrado nas instâncias ordinárias (Código de Processo Civil de 2015, art. 85, § 11), já considerada, nesse montante global, a elevação efetuada na decisão anterior (CPC/2015, art. 85, § 11).” (ARE 1.048.469 AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Alexandre de Moraes, DJe 06.03.2018)

Por fim, no que se refere à alegada violação aos princípios do devido processo legal e do contraditório, bem como da inafastabilidade da jurisdição, aplicam-se aos casos os entendimentos fixados, respectivamente, no ARE-RG 748.371 (de minha relatoria, tema 660) e no RE-RG 956.302 (Rel. Min. Edson Fachin, DJe 16.6.2016, tema 895). Nessas oportunidades, esta Corte rejeitou a repercussão geral dos temas relativos às supostas violações, quando o julgamento da causa depender de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (art. 932, VIII, do NCPC c/c art. 21, §1º, do RISTF)e, tendo em vista a ausência de fixação de honorários pela origem, deixo de aplicar o disposto no §11 do art. 85 do CPC.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.139 (1631)ORIGEM : AREsp - 00000120320138260602 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : SAO PAULO PREVIDENCIA - SPPREVPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : SELMA LUCIA LEITE RAMOS

ADV.(A/S) : JUREMA FERREIRA DA SILVA BIAZZIM (62727/SP)

DECISÃO: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ementado nos seguintes termos:

“Apelação e reexame necessário — Ação anulatória de ato administrativo de concessão de pensão por morte — Filha solteira de policial militar falecido — Improcedência — Inconformismo — Prescrição quinquenal — Aplicação extensiva da regra insculpida no Decreto n° 20.910/32 e Decreto-lei n° 4.597142 — Precedentes desta C. Câmara — Recurso e reexame necessário desprovidos.” (eDOC 1, p. 104)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, alíneas “a” e “d”, da Constituição Federal, aponta-se violação ao art. 5º, XXXV e LV, do texto constitucional.

Nas razões recursais, alega-se violação ao princípio do devido processo legal, tendo em vista a aplicação do prazo prescricional a que se refere a Lei Estadual 10.177/98, que por sua vez foi julgada válida em detrimento do atual Código de Processo Civil. Aduz, ainda, que o benefício de pensão por morte não encontra correspondência na Lei Federal 9.717.98.

Decido. A irresignação não merece prosperar. A irresignação não merece prosperar.O Tribunal de origem, ao examinar a Lei Estadual 10.177/1998,

legislação local aplicável à espécie, consignou que o recorrente decaíra do direito de rever o seu próprio ato de concessão da pensão por morte. Nesse sentido, extrai-se o seguinte trecho do acórdão impugnado:

“Cumpre advertir, nesse passo, que a lei citada, 'que regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Estadual’, prevê expressamente que o prazo para a Administração anular (não revogar atos válidos) seus atos inválidos de ofício ou por provocação do interessado é de dez anos, aqui aplicável por analogia.

Destarte, não se pode perder de vista que o benefício sub judice foi concedido à apelada, conforme asseverado, em virtude do falecimento de sua avó, em 29 de setembro de 1999. Assim, o ato administrativo em questão foi porduzido emm período superior a dez anos, considerando-se que o ajuizamento da presente ação anulatória se deu em 07 de janeiro de 2013 e, portanto, fulminado o direito da Administração de revisão da pensão paga à requerida, quer segundo seu poder de autotutela, quer judicialmente, razão porque imperativa a mantença da r. Sentença recorrida”. (eDOC 1, p. 102)

Assim, verifica-se que a matéria debatida pelo Tribunal de origem restringe-se ao âmbito da legislação local, de modo que a ofensa à Constituição, se existente, seria reflexa ou indireta, o que inviabiliza o processamento do presente recurso. Nesses termos, incide no caso a Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal.

Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes:“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM

AGRAVO. RECURSO INTERPOSTO EM 25.02.2016. REVISÃO DE PENSÃO POR MORTE. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS INVOCADAS. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. REEXAME. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 280/STF. 1. As questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário não foram objeto de debate no acórdão recorrido, o qual se limitou à análise de legislação local para reconhecer a decadência do direito à revisão do benefício de pensão por morte. Óbice das Súmulas 282 e 356 do STF. 2. Nos termos da orientação sedimentada na Súmula 280 do STF, não cabe recurso extraordinário quando a verificação da alegada ofensa à Constituição Federal depende de análise prévia da legislação infraconstitucional pertinente à matéria em discussão. 3. Agravo regimental a que se nega provimento”. (ARE 913.077 AgR, rel. Min. Edson Fachin, Primeira Turma, DJe 7.10.2016)

“DIREITO ADMINISTRATIVO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. MILITAR. PENSÃO POR MORTE À FILHA SOLTEIRA, MAIOR DE 21 ANOS. LEIS NºS 9.717/1998 E 8.213/1991. PRESCRIÇÃO. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. SÚMULA 279/STF. PRECEDENTES. 1. Hipótese em que para dissentir do acórdão recorrido com relação ao prazo prescricional seriam necessários o reexame dos fatos e do material probatório constantes dos autos, bem como a análise da legislação infraconstitucional pertinente, procedimentos inviáveis em sede de recurso extraordinário. Precedentes. 2. Ademais, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a ausência de repercussão geral quanto ao mérito da controvérsia (RE 610.220-RG, Rel. Min. Ellen Gracie). 3. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental a que se nega provimento”. (ARE 872.431 ED, rel. Min. Roberto Barroso, Primeira Turma, DJe 21.5.2015)

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (art. 932, VIII, do CPC, c/c art. 21, §1º, do RISTF) e, tendo em vista o disposto no art. 85, § 11, do CPC, majoro, em 10%, o valor da verba honorária fixada anteriormente, observados os limites previstos nos §§ 2º e 3º do referido dispositivo, ressalvada a eventual concessão do benefício da justiça gratuita.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 423

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.170 (1632)ORIGEM : AREsp - 00023474020138050000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SALVADORPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SALVADORRECDO.(A/S) : ASSOCIACAO RECREATIVA CULTURAL E

CARNAVALESCA BLOCO PAPA LEGUASADV.(A/S) : JOSE SOARES FERREIRA ARAS NETO (15665/BA)

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia.

O recurso está prejudicado. O presente recurso foi interposto contra acórdão proferido em agravo de instrumento. Conforme informações constantes na página eletrônica do Tribunal de origem, foi proferida decisão de mérito nos autos principais, motivo por que não há como deixar de reconhecer o prejuízo do presente recurso pela perda superveniente do seu objeto.

Diante do exposto, com base no art. 21, IX do RI/STF, julgo prejudicado o recurso.

Publique-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.171 (1633)ORIGEM : AREsp - 00000211020138260102 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREVPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : MARIA IZABELLA MAGALHÃES MARUCO

REPRESENTADA POR JOSÉ WILSON MARUCO SANTOS

ADV.(A/S) : FABIO ROCHA CARDOSO (199968/SP)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO — MATÉRIA FÁTICA –

LEGISLAÇÃO LOCAL — INTERPRETAÇÃO — INVIABILIDADE — AGRAVO DESPROVIDO.

1. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, reformando o entendimento do Juízo, julgou procedente o pedido de restabelecimento de pensão por morte. No extraordinário cujo trânsito busca alcançar, a recorrente aponta violado o artigo 24, inciso XII, § 4º, da Constituição Federal. Afirma a vedação legal de concessão de benefício diverso daqueles previstos no regime próprio de previdência social. Alega modificações na legislação de regência, sustentando a aplicabilidade da Lei nº 9.717/98.

2. De início, quanto à evocação do enquadramento do extraordinário na alínea “d” do inciso III do artigo 102 da Carta Federal, percebe-se o equívoco da recorrente, uma vez que não se declarou a validade de lei local contestada em face de lei federal.

No mais, a recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, procedida, na maioria das vezes, mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional a partir da moldura fática delineada soberanamente pelo Colegiado de origem, das premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o verbete nº 279 da Súmula do Supremo:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.Colho a síntese do acórdão recorrido:Apelação Cível — Previdenciário — Pensão por morte — Pretensão

voltada à anulação — Incabível a pretensão de invalidar ato administrativo do ato concessivo do benefício, ante a ocorrência de prescrição administrativa (art. 10 da Lei Estadual nº 10.177/98) — Benefício concedido nos termos do artigo 153 da LC Estadual nº 180/1978, antes da vigência da LC Estadual nº 1.012/2007 — O benefício previdenciário é regido pela lei em vigor à data do óbito — Inteligência da Súmula 340 do STJ — Precedentes deste E. Tribunal de Justiça — Inocorrência de ofensa ao artigo 5º da Lei Federal n° 9.717/98, que não limitou o rol de beneficiários da pensão por morte — Direito à manutenção do benefício, até que complete 21 anos de idade ou, se universitária, até 25 anos — Precedentes desta Corte. Recurso provido.

As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos à decisão atacada, buscando-se, em última análise, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

Da leitura do acórdão impugnado mediante o extraordinário depreende-se ter o Tribunal de origem julgado a apelação a partir de interpretação conferida a normas locais. Procedeu à interpretação das Leis complementares estaduais nº 180/1978 e nº 1.012/2007 e Lei estadual nº 10.177/98. Ora, a controvérsia sobre o alcance de lei local não viabiliza,

conforme sedimentado pela jurisprudência - Verbete nº 280 da Súmula: Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário -, o acesso ao Supremo. Está-se diante de caso cujo desfecho final fica no âmbito do próprio Tribunal de Justiça.

3. Conheço do agravo e o desprovejo. 4. Publiquem.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.220 (1634)ORIGEM : AREsp - 201061060033478 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : GUARANI S.A.ADV.(A/S) : EDUARDO LEMOS PRADO DE CARVALHO (82776/PR,

190259/RJ, 192989/SP)ADV.(A/S) : RICARDO LEMOS PRADO DE CARVALHO (257793/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO : Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário.A decisão agravada está correta e alinhada aos precedentes firmados

por esta Corte.Diante do exposto, com base no art. 932, IV e VIII, do CPC/2015 e no

art. 21, § 1º, do RI/STF, nego provimento recurso. Nos termos do art. 85, § 11, do CPC/2015, fica majorado em 25% o valor da verba honorária fixada anteriormente, observados os limites legais do art. 85, §§ 2º e 3º, do CPC/2015.

Publique-se. Brasília, 21 de maio de 2018.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.252 (1635)ORIGEM : 05112250620154058100 - TRF5 - CE - 1ª TURMA

RECURSAL - CEARÁPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : EDMIR RODRIGUES DA SILVAADV.(A/S) : JOSE LEITE DE CARVALHO NETO (26083/CE)

DECISÃO : Trata-se de agravo cujo objeto é decisão que negou seguimento a

recurso extraordinário.A decisão agravada está correta e alinhada aos precedentes firmados

por esta Corte.Diante do exposto, com base no art. 932, IV e VIII, do CPC/2015 e no

art. 21, § 1º, do RI/STF, nego provimento recurso. Nos termos do art. 85, § 11, do CPC/2015, fica majorado em 25% o valor da verba honorária fixada anteriormente, observados os limites legais do art. 85, §§ 2º e 3º, do CPC/2015.

Publique-se. Brasília, 21 de maio de 2018.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.332 (1636)ORIGEM : 10123602920168260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : SERVICO NACIONAL DE APRENDIZAGEM

COMERCIAL SENACADV.(A/S) : ROBERTO MOREIRA DA SILVA LIMA (00884/A/DF,

214520/RJ, 19993/SP)

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário interposto em face de acórdão assim ementado:

“REEXAME NECESSÁRIO – Mandado de Segurança – IPVA – Imunidade tributária – Entidade educacional, sem fins lucrativos – Reconhecimento da imunidade tributária que é de rigor – Incidência do artigo 150, inciso VI, alínea c, da Constituição Federal – Segurança concedida – Sentença mantida – Reexame necessário não acolhido” (pág. 17 do documento eletrônico 2).

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se, em suma, ofensa aos arts. 5°, LXIX, e 150, VI, c, e § 4°; da mesma Carta, ao

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 424

argumento de que o contribuinte não teria comprovado o preenchimento dos pressupostos legais necessários ao gozo da imunidade tributária das entidades de assistência social sem fins lucrativos. Sustentou-se, ainda, que o recorrido não teria se desincumbido do ônus de provar que os bens sobre os quais se aplicou a imunidade tributária seriam vinculados às suas finalidades essenciais.

A pretensão recursal não merece acolhida. Preliminarmente, observo que o art. 150, § 4°, da Constituição não foi

devidamente prequestionado. Assim, como tem consignado este Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. Nesse sentido, destaco o RE 750.142-AgR/ES, da relatoria do Min. Edson Fachin:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA. JUSTIÇA FEDERAL. SÚMULA 517 DO STF.

1. O recurso extraordinário esbarra nos óbices previstos nas Súmulas 282 e 356 do STF, por ausência de prequestionamento e não oposição de embargos declaratórios.

2. A competência é da Justiça Federal quando a União intervém como assistente nos casos envolvendo sociedades de economia mista.

3. Agravo regimental a que se nega provimento” (grifei).Além disso, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo

Tribunal de origem, quanto à constatação do preenchimento dos requisitos legais necessários ao reconhecimento da imunidade tributária em questão e quanto à comprovação da vinculação do imóvel às finalidades essenciais da entidade, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279/STF, bem como seria imprescindível a interpretação da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Código Tributário Nacional), sendo certo que eventual ofensa à Constituição seria meramente indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, destaco o julgamento do ARE 985.156-AgR/RJ, de relatoria do Ministro Luiz Fux, cuja ementa transcrevo a seguir:

“AGRAVO INTERNO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. IPTU. IMUNIDADE. ART. 150, VI, C, DA CF. ENTIDADE EDUCACIONAL OU DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. CARACTERIZAÇÃO. ATENDIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS. DESTINAÇÃO DO PATRIMÔNIO, RENDA OU SERVIÇOS. RELAÇÃO COM AS FINALIDADES ESSENCIAIS DO ENTE IMUNE. ART. 150, § 4º, DA CF. ANÁLISE DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. INCURCIONAMENTO NO CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA Nº 279 DO STF. PRESUNÇÃO DE DESTINAÇÃO DO PATRIMÔNIO, DA RENDA E DOS SERVIÇOS ÀS FINALIDADES ESSENCIAIS DAS ENTIDADES IMUNES. DEVER DO FISCO DE PROVAR EVENTUAL DESVIO DE FINALIDADE. REITERADA REJEIÇÃO DOS ARGUMENTOS EXPENDIDOS PELA PARTE NAS SEDES RECURSAIS ANTERIORES. MANIFESTO INTUITO PROTELATÓRIO. APLICAÇÃO DA MULTA DO ARTIGO 1.021, § 4º, DO CPC. AGRAVO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. APLICAÇÃO DA NOVA SUCUMBÊNCIA RECURSAL. ARTIGO 85, §§ 2º, 3º E 11, DO CPC/2015. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO” (grifei).

Além disso, cumpre ressaltar que esta Corte possui entendimento firmado no sentido de que o afastamento da imunidade só pode ocorrer mediante a constituição de prova em contrário produzida pela administração tributária, uma vez que as entidades imunes gozam da presunção de que seu patrimônio, renda e serviços são destinados às suas finalidades essenciais. Nesse sentido, destaco julgados de ambas as Turmas deste Tribunal cujas ementas seguem transcritas:

“AGRAVO INTERNO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. IPTU. IMUNIDADE. ART. 150, VI, C, DA CF. ENTIDADE EDUCACIONAL OU DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. CARACTERIZAÇÃO. ATENDIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS. DESTINAÇÃO DO PATRIMÔNIO, RENDA OU SERVIÇOS. RELAÇÃO COM AS FINALIDADES ESSENCIAIS DO ENTE IMUNE. ART. 150, § 4º, DA CF. ANÁLISE DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. INCURCIONAMENTO NO CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA Nº 279 DO STF. PRESUNÇÃO DE DESTINAÇÃO DO PATRIMÔNIO, DA RENDA E DOS SERVIÇOS ÀS FINALIDADES ESSENCIAIS DAS ENTIDADES IMUNES. DEVER DO FISCO DE PROVAR EVENTUAL DESVIO DE FINALIDADE. REITERADA REJEIÇÃO DOS ARGUMENTOS EXPENDIDOS PELA PARTE NAS SEDES RECURSAIS ANTERIORES. AGRAVO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. APLICAÇÃO DA NOVA SUCUMBÊNCIA RECURSAL. ARTIGO 85, §§ 8º E 11, DO CPC/2015. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO” (ARE 977.799-AgR/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, grifei).

“Segundo agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Imunidade. Artigo 150, VI, c, CF. ITBI. Corte de competência. Destinação do imóvel adquirido. Presunção que milita em favor da entidade imune. Ônus da prova. Inversão.

1. No caso do ITBI, a destinação do imóvel às finalidades essenciais da entidade deve ser pressuposta, sob pena de não haver imunidade para esse tributo.

2. Caso já tenha sido deferido o status de imune ao contribuinte,

as presunções sobre o enquadramento originalmente conferido ao imóvel devem militar a seu favor. O afastamento dessa imunidade só pode ocorrer mediante a constituição de prova em contrário produzida pela administração tributária.

3. Agravo regimental não provido” (ARE 759.601-AgR-segundo/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, Segunda Turma, grifei).

Com essa mesma orientação, cito as seguintes decisões, entre outras: ARE 985.156-AgR/RJ e ARE 823.685/SP, Rel. Min. Luiz Fux; RE 385.091/DF, ARE 758.289-AgR/RJ e AI 746.263-AgR-ED/MG, Rel. Min. Dias Toffoli; ARE 987.420/SP, de minha relatoria.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (art. 21, § 1°, do RISTF). Sem honorários (Súmula 512/STF).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro Ricardo LewandowskiRelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.421 (1637)ORIGEM : 30116371020138260302 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MARIA INES THIAGO HERNANDESADV.(A/S) : RONALDO MARCELO BARBAROSSA (203434/SP)ADV.(A/S) : LEONARDO VINICIUS POLLI FERREIRA (258195/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Decisão: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. (eDOC 3, p. 45)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea a, da Constituição Federal, aponta-se violação ao artigo 5º, inciso LV, do texto constitucional. (eDOC 3, p. 74)

Nas razões recursais, aduz-se que o acórdão teria violado o princípio da ampla defesa, razão por que requer-se o provimento do presente recurso, a fim de determinar a absolvição do recorrente.

É o relatório.Decido.O recurso não merece prosperar.Inicialmente, ressalto que o Tribunal de origem inadmitiu o recurso

extraordinário interposto, aplicando-lhe o tema 660 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é ARE-RG 748.371/MT, DJe 1º.8.2013, de minha relatoria. (eDOC 3, p. 105)

O Plenário deste Tribunal decidiu não ser cabível recurso ao Supremo Tribunal Federal contra a aplicação do procedimento da repercussão geral nas instâncias de origem. Transcrevo a ementa do AI-QO 760.358/SE, de minha relatoria, DJe 19.2.2010:

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental. 1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral. 2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação. 3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida. 4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem”.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (artigo 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro Gilmar MendesRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.442 (1638)ORIGEM : 13477951 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : WALTER RIBEIRO DE OLIVEIRA JUNIORADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO ZORNIG FILHO (27936/PR)RECDO.(A/S) : PETROLEO BRASILEIRO S A PETROBRASADV.(A/S) : BLAS GOMM FILHO (04919/PR)ADV.(A/S) : ANA LUCIA FRANCA (20941/PR)ADV.(A/S) : CANDIDO FERREIRA DA CUNHA LOBO (49659/RJ)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 425

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário interposto em face de acórdão assim ementado:

“EMENTA: 1) DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CAUTELAR DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS JULGADA PROCEDENTE. DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA A INSTRUÇÃO DA AÇÃO PRINCIPAL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CABIMENTO. PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE. MANUTENÇÃO DO VALOR ARBITRADO.

a) Em processo cautelar preparatório de exibição de documentos, onde se constata que os documentos juntados pela Apelante foram necessários para instruir a ação principal, possibilitando que o direito invocado pelo Apelado pudesse ser analisado, não há que se falar em ausência da causa de pedir.

b) Nas cautelares de exibição de documentos, havendo resistência quanto ao fornecimento da documentação solicitada, são cabíveis honorários advocatícios.

c) O valor atribuído a título de honorários foi fixado de forma equitativa, levando em consideração a qualidade do trabalho realizado pelo Advogado, o tempo exigido para o serviço e o elevado grau de zelo do profissional.

2) DIREITO ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. CARGO DE ADVOGADO JÚNIOR DA PETRÓLEO BRASILEIRO S/A – PETROBRÁS. RETORNO DO TELEGRAMA EM RAZÃO DE AUSÊNCIA. CONVOCAÇÃO DO MESMO CANDIDATO POR MEIO TELEFÔNICO. POSSIBILIDADE. LEGALIDADE NA CONVOCAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE MOTIVOS PARA A CONVOCAÇÃO DE CANDIDATO POSTERIOR.

a) Não há irregularidade na convocação de candidato via contato telefônico se ele não foi encontrado por meio de telegrama em razão de ‘ausência’.

b) Edital que não previa a forma de convocação, mas apenas que o candidato deveria manter seus dados atualizados, o que foi feito pelo candidato classificado na 14ª posição.

c) Diante da legalidade da convocação e contratação do 14º colocado no concurso, não existe o direito à contratação do Apelante, posto que foi convocado apenas na condição de ‘suplente’, além de se encontrar fora das vagas indicadas no Edital.

3) APELAÇÕES CÍVEIS AS QUAIS SE NEGA PROVIMENTO” (págs. 129-131 do documento eletrônico 6).

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, violação ao art. 5°, II; e 37, II, da mesma Carta.

A pretensão recursal não merece acolhida. Isso porque o recorrente, apesar de afirmar a existência de

repercussão geral no recurso extraordinário, não demonstrou as razões pelas quais entende que a questão constitucional aqui versada seria relevante, sob o ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, e ultrapassaria os interesses subjetivos da causa. A mera alegação de existência do requisito, desprovida de fundamentação adequada que demonstre seu efetivo preenchimento, não satisfaz a exigência prevista no art. 1035, § 2º, do CPC e no art. 327, § 1º, do RISTF. Nesse sentido, transcrevo ementas de julgados de ambas as Turmas desta Corte:

“DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMPROBIDADE. ADMINISTRATIVO. AUSÊNCIA DE PRELIMINAR FUNDAMENTADA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. EXIGÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO. LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA 279/STF. 1. A parte recorrente não apresentou mínima fundamentação quanto à repercussão geral das questões constitucionais discutidas, limitando-se a fazer observações genéricas sobre o tema. A peça de recurso, portanto, não atende ao disposto no art. 543-A, § 2º, do CPC. Precedente. 2. A solução da controvérsia demanda a análise da legislação infraconstitucional pertinente e uma nova reapreciação dos fatos e do material probatório constante dos autos (Súmula 279/STF), o que é inviável nesta fase recursal. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 814.690-AgR/RS, Rel. Min. Roberto Barroso, Primeira Turma).

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – EMENDA REGIMENTAL Nº 21/2007 (STF) – INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO EM DATA POSTERIOR A 03/05/2007 – EXIGÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO FORMAL E FUNDAMENTADA, EM CAPÍTULO AUTÔNOMO, NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO, DA REPERCUSSÃO GERAL DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS – INOCORRÊNCIA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. – A repercussão geral, nos termos em que instituída pela Constituição e regulamentada em sede legal (Lei nº 11.418/2006), constitui pré-requisito de admissibilidade do recurso extraordinário, cuja cognição, pelo Supremo Tribunal Federal, depende, para além da constatação dos pressupostos recursais que lhe são inerentes, do reconhecimento da existência de controvérsia constitucional impregnada de alta e relevante transcendência política, econômica, social ou jurídica, que ultrapasse, por efeito de sua própria natureza, os interesses meramente subjetivos em discussão na causa. – Incumbe, desse modo, à parte recorrente, quando intimada do acórdão recorrido em data posterior à publicação da Emenda Regimental nº 21/2007, a obrigação de proceder, em capítulo autônomo, à prévia demonstração, formal e fundamentada, no recurso extraordinário interposto, da repercussão geral das questões constitucionais discutidas, sob pena de incognoscibilidade do apelo extremo. Precedente. – Assiste, ao Presidente do Tribunal recorrido, competência para examinar, em sede de controle prévio de admissibilidade do recurso

extraordinário, a demonstração formal e fundamentada, em capítulo autônomo, da repercussão geral, só não lhe competindo o poder – que cabe, exclusivamente, ao Supremo Tribunal Federal (CPC, art. 543-A, § 2º) – de decidir sobre a efetiva existência, ou não, em cada caso, da repercussão geral suscitada. Doutrina. Precedentes” (ARE 934.591-AgR/BA, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma).

Isso posto, nego seguimento ao recurso (art. 21, § 1º, do RISTF). Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro Ricardo LewandowskiRelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.506 (1639)ORIGEM : AREsp - 30057904020128260309 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREVPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : GIOVANA DEL MASSO SILVEIRAADV.(A/S) : ANDREA DE ALMEIDA GUIMARAES (106781/SP)

DECISÃO: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo, assim ementado:

“Pensão por morte —Invalidação do ato que concedeu pensão por morte a beneficiário instituído por declaração de vontade (neta) — Pensão concedida em 2001 e ação proposta em 2013 — Prescrição configurada — Recurso não provido”. (eDOC 2, p. 30)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, a e d, da Constituição Federal, aponta-se violação aos arts. 22, I; e 24, XII e § 4º, do texto constitucional.

Nas razões recursais, sustenta-se que após o prazo decenal para anulação administrativa de benefícios concedidos em contrariedade ao direito, a Administração ainda pode se socorrer do Judiciário para sanar a ilegalidade. (eDOC 2, p. 63)

Aduz-se que o prazo prescricional para buscar a anulação do ato em juízo é o geral do Código Civil, anteriormente de vinte e depois de dez anos (arts. 177 e 205), que ainda não teria se escoado na espécie.

Afirma-se, então, que o Tribunal de origem teria aplicado lei local em detrimento de lei federal, uma vez que aplicou a Lei Estadual 10.177/1998 em detrimento do Código Civil.

No mérito, argui-se que com a vigência da Lei Federal 9.717/1998 tornaram-se ineficazes as disposições da Lei Estadual 180/1978 que beneficiariam a recorrida.

Afirma-se que, como não há previsão no Regime Geral de Previdência Social para pensão por morte a beneficiário instituído, não poderia mais a legislação estadual conceder tal benefício. (eDOC 2, p. 51)

Conclui-se que, também neste ponto, o Tribunal de origem teria julgado válida lei local contestada em face de lei federal, uma vez que aplicou a Lei Estadual nº 452/1974 em detrimento da Lei Federal nº 9.717/98.

É o relatório.Decido.A irresignação não merece prosperar.O Tribunal de origem, ao examinar a Lei Estadual 10.177/1998,

legislação local aplicável à espécie, consignou que o recorrente decaíra do direito de rever a concessão da pensão por morte. Nesse sentido, extrai-se o seguinte trecho do acórdão impugnado:

“Desse modo, fixado o prazo de dez anos para que seja reconhecida a ocorrência da decadência e/ou prescrição em relação à invalidação do ato administrativo, adoto o entendimento no sentido de que o marco inicial para a contagem do prazo decenal estabelecido pela Lei Estadual 10.177/98 é, em conformidade com o disposto no artigo 145 da Lei n° 180/78, a data do falecimento do contribuinte, e deve levar em consideração a análise de cada caso concreto.

Feitas tais considerações passo a análise do caso concreto.A pensão foi concedida a Giovana Del Masso Silveira (nascida em

22.04.1994 — f. 18) em 01.10.2001, na condição de beneficiário instituído por declaração de vontade (neta). A ação para anulação do ato de concessão de pensão por morte foi proposta em 24.01.2013, ou seja, quando decorridos mais de 12 (doze) anos de sua concessão, de modo que se constata a ocorrência da prescrição/decadência, o que impede a Administração de rever o ato de concessão do beneficio”. (eDOC 2, p. 34)

Assim, verifica-se que a matéria debatida pelo Tribunal de origem restringe-se ao âmbito da legislação local, de modo que a ofensa à Constituição, se existente, seria reflexa ou indireta, o que inviabiliza o processamento do presente recurso. Nesses termos, incide no caso a Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal.

Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes:“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM

AGRAVO. RECURSO INTERPOSTO EM 25.02.2016. REVISÃO DE PENSÃO POR MORTE. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS INVOCADAS. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. REEXAME. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 280/STF. 1. As questões

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 426

constitucionais invocadas no recurso extraordinário não foram objeto de debate no acórdão recorrido, o qual se limitou à análise de legislação local para reconhecer a decadência do direito à revisão do benefício de pensão por morte. Óbice das Súmulas 282 e 356 do STF. 2. Nos termos da orientação sedimentada na Súmula 280 do STF, não cabe recurso extraordinário quando a verificação da alegada ofensa à Constituição Federal depende de análise prévia da legislação infraconstitucional pertinente à matéria em discussão. 3. Agravo regimental a que se nega provimento”. (ARE 913077 AgR, rel. Min. Edson Fachin, Primeira Turma, DJe 7.10.2016)

“DIREITO ADMINISTRATIVO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. MILITAR. PENSÃO POR MORTE À FILHA SOLTEIRA, MAIOR DE 21 ANOS. LEIS NºS 9.717/1998 E 8.213/1991. PRESCRIÇÃO. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. SÚMULA 279/STF. PRECEDENTES. 1. Hipótese em que para dissentir do acórdão recorrido com relação ao prazo prescricional seriam necessários o reexame dos fatos e do material probatório constantes dos autos, bem como a análise da legislação infraconstitucional pertinente, procedimentos inviáveis em sede de recurso extraordinário. Precedentes. 2. Ademais, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a ausência de repercussão geral quanto ao mérito da controvérsia (RE 610.220-RG, Rel. Min. Ellen Gracie). 3. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental a que se nega provimento”. (ARE 872431 ED, rel. Min. Roberto Barroso, Primeira Turma, DJe 21.5.2015)

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (art. 932, VIII, do CPC, c/c art. 21, §1º, do RISTF) e, tendo em vista o disposto no art. 85, § 11, do CPC, majoro, em 10%, o valor da verba honorária fixada anteriormente, observados os limites previstos nos §§ 2º e 3º do referido dispositivo, ressalvada a eventual concessão do benefício da justiça gratuita.

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.539 (1640)ORIGEM : AREsp - 20120110115760AGS - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : ATRIUM & TAO EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

LTDAADV.(A/S) : FLAVIA NOGUEIRA DE SIQUEIRA CAMPOS (20332/DF)RECDO.(A/S) : ENOQUE PEREIRA DE SOUSA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CARLOS FREDERICO DE FARIA PEREIRA (15468/DF)

DECISÃOTrata-se de Agravo contra decisão que inadmitiu Recurso

Extraordinário interposto em face de acórdão proferido pela 2ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.

No apelo extremo, interposto com amparo no art. 102, III, da Constituição Federal, a parte recorrente sustenta que houve violação aos artigos 5º, II, LIV, LV; 93, IX; 183, §3º e 191, parágrafo único, todos da Constituição.

É o relatório. Decido. Os recursos extraordinários somente serão conhecidos e julgados,

quando essenciais e relevantes as questões constitucionais a serem analisadas, sendo imprescindível ao recorrente, em sua petição de interposição de recurso, a apresentação formal e motivada da repercussão geral que demonstre, perante o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a existência de acentuado interesse geral na solução das questões constitucionais discutidas no processo, que transcenda a defesa puramente de interesses subjetivos e particulares.

A obrigação do recorrente de apresentar formal e motivadamente a preliminar de repercussão geral que demonstre, sob o ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, a relevância da questão constitucional debatida que ultrapasse os interesses subjetivos da causa, conforme exigência constitucional, legal e regimental (art. 102, § 3º, da CF/88, c/c art. 1.035, § 2º, do Código de Processo Civil de 2015 e art. 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), não se confunde com meras invocações, desacompanhadas de sólidos fundamentos e de demonstração dos requisitos no caso concreto, de que (a) o tema controvertido é portador de ampla repercussão e de suma importância para o cenário econômico, político, social ou jurídico; (b) a matéria não interessa única e simplesmente às partes envolvidas na lide; ou, ainda, de que (c) a jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL é incontroversa no tocante à causa debatida, entre outras alegações de igual patamar argumentativo (ARE 691.595-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/2/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/2/2013; ARE 696.263-AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/2/2013; AI 717.821-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/8/2012).

Não havendo demonstração fundamentada da presença de repercussão geral, incabível o seguimento do Recurso Extraordinário.

Quanto à alegação de afronta ao princípio do contraditório, da ampla

defesa e do devido processo legal, o apelo extraordinário não tem chances de êxito, pois esta CORTE, no julgamento do ARE 748.371-RG/MT (Rel. Min. GILMAR MENDES, Tema 660), rejeitou a repercussão geral da alegada violação ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito, à coisa julgada ou aos princípios da legalidade, do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal, quando se mostrar imprescindível o exame de normas de natureza infraconstitucional.

Em relação à ofensa ao princípio da legalidade, aplica-se neste caso a restrição da Súmula 636/STF: Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida.

Ademais, não merecem ser acolhidas as razões da parte recorrente. Em relação à suscitada ofensa ao art. 93, IX, da Carta Magna, o Juízo de origem não destoou do entendimento firmado por esta CORTE no julgamento do AI 791.292-QO-RG/PE (Rel. Min. GILMAR MENDES, Tema 339).

Nessa oportunidade, o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL assentou que o inciso IX do art. 93 da Constituição Federal de 1988 “exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão”.

No caso em apreço, a fundamentação do acórdão recorrido alinha-se às diretrizes desse precedente.

Adite-se que o Tribunal de origem, com base nas circunstâncias fáticas e probatórias dos autos, bem como na legislação de regência (art. 1.238 do Código Civil), ratificou sentença que reconheceu direito à usucapião extraordinária. A propósito, cita-se ementa (e-STJ, fl. 301, Vol. 3):

“APELAÇÕES CÍVEIS. DIREITO CIVIL. AÇÃO DE USUCAPIÃO E AÇÃO REIVINDICATÓRIA. GLEBA G-3 DA FAZENDA "BREJO" OU "TORTO". PRESCRIÇÃO AQUISITIVA. RECONHECIMENTO. IMÓVEL EM COMUNHÃO PRO DIVISO ENTRE EMPRESA PÚBLICA DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA DO DISTRITO FEDERAL E PARTICULARES. REGISTRO IMOBILIÁRIO. INDIVIDUALIZAÇÃO. EXISTÊNCIA. LOTE SITUADO EM ÁREA IRREGULAR. ÓBICE À PRETENSÃO DECLARATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA. ART. 1.238 DO CÓDIGO CIVIL. REQUISITOS. EXISTÊNCIA. REGISTRO DA SENTENÇA. CARTÓRIO DE IMÓVEIS. EFEITO SECUNDÁRIO. RECURSOS DESPROVIDOS. 1 - Infere-se do cotejo dos elementos de convicção que guarnecem os autos que o imóvel ocupado pelos apelados se situa em terras particulares que sempre foram dotadas de registro imobiliário individualizado e nas quais havia comunhão de direitos, representada por condomínio pro diviso estabelecido com empresa pública integrante da Administração Pública Indireta do Distrito Federal (Companhia Imobiliária de Brasília – TERRACAP). 2 - Diante de tal situação de fato, se mostra inteiramente plausível a aquisição originária da propriedade pelos particulares mediante a prescrição aquisitiva declarada em seu favor, vez que devidamente preenchidos os requisitos legais constantes no art. 1.238 do Código Civil, segundo o qual "aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis". 3 - O fato de que o imóvel usucapiendo se situa em área irregular, estando, pois, pendente de regularização registral, não podendo representar um óbice à declaração da usucapião, uma vez que tal instituto representa uma das formas originárias de aquisição da propriedade, havendo um contato direito da pessoa com a coisa, sem qualquer intermediação pessoal. 4 - O registro da sentença que reconheceu o direito à propriedade, no Cartório de Registro de Imóveis, constitui efeito secundário da declaração de usucapião e não requisito prévio à sua configuração. 5 - Apelações desprovidas.”

Trata-se, portanto, de matéria situada no contexto normativo infraconstitucional, de forma que as ofensas à Constituição são meramente indiretas (ou mediatas), o que inviabiliza o conhecimento do referido apelo.

Por fim, mesmo que fosse possível superar todos esses graves óbices, a argumentação recursal traz versão dos fatos diversa da exposta no acórdão, de modo que o acolhimento do recurso passa necessariamente pela revisão das provas. Incide, portanto, o óbice da Súmula 279 desta CORTE: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, NEGO SEGUIMENTO AO AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro ALEXANDRE DE MORAESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.551 (1641)ORIGEM : AREsp - 00000806120138260663 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREVPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : GISELE APARECIDA DE OLIVEIRA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 427

ADV.(A/S) : CRISTIANE SCUDELER VIOLINO (142792/SP)

DECISÃO: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ementado nos seguintes termos:

“PENSIONISTA DE SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL - invalidação de ato administrativo de concessão da pensão — Decurso de lapso temporal superior a 10 anos — Prescrição administrativa consumada — Sentença de improcedência confirmada — Recurso de apelação desprovido.” (eDOC 1 p. 111)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, “a” e “d”, da Constituição Federal, aponta-se violação aos arts. 5°, XXXV; 22, I; 24, XII, § 4°, do texto constitucional.

Nas razões recursais, alega-se alega-se que o Tribunal de origem julgou válida lei local contestada em face de lei federal, uma vez que aplicou a Lei Complementar Estadual 180/1978 e a Lei 10.177/98 do Estado de São Paulo em detrimento da Lei Federal nº 9.717/98.

Decido. O recurso não merece prosperar. O Tribunal de origem, ao examinar a legislação local aplicável à

espécie (Lei 10.177/98 do Estado de São Paulo), consignou que o ato que concedeu a pensão por morte não pode ser revisto uma vez que a Administração tem o prazo de 10 anos para a invalidação. Nesse sentido, extrai-se o seguinte trecho do acórdão impugnado:

“A Lei Estadual 10.177/98 estabeleceu o prazo de 10 anos para a Administração rever seus atos.

A pensão por morte foi concedida à ré em 28/02/01 e a ação anulatória do.ato só foi distribuída em 15/01/13. Contando-se o prazo de dez (10) anos do ato de concessão da pensão, a prescrição administrativa se deu em fevereiro/11, não se podendo aceitar o pedido de invalidação. Portanto, não há como não reconhecer o que se denomina de prescrição administrativa — que somente não ocorreria se comprovada a má-fé da ré, que não éxiste e sequer foi alegada pela autora —, posto que a invalidação do ato administrativo foi pleiteada depois de transcorridos mais de dois lustros, quando já consumada a prescrição.” (eDOC 1 p. 112)

Assim, verifica-se que a matéria debatida pelo tribunal de origem restringe-se ao âmbito da legislação local, de modo que a ofensa à Constituição, se existente, seria reflexa ou indireta, o que inviabiliza o processamento do presente recurso. Nesses termos, incide no caso a Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal.

Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes: “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM

AGRAVO. RECURSO INTERPOSTO EM 25.02.2016. REVISÃO DE PENSÃO POR MORTE. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS INVOCADAS. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. REEXAME. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 280/STF. 1. As questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário não foram objeto de debate no acórdão recorrido, o qual se limitou à análise de legislação local para reconhecer a decadência do direito à revisão do benefício de pensão por morte. Óbice das Súmulas 282 e 356 do STF. 2. Nos termos da orientação sedimentada na Súmula 280 do STF, não cabe recurso extraordinário quando a verificação da alegada ofensa à Constituição Federal depende de análise prévia da legislação infraconstitucional pertinente à matéria em discussão. 3. Agravo regimental a que se nega provimento”. (ARE 913077 AgR, rel. Min. Edson Fachin, Primeira Turma, DJe 7.10.2016)

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PENSIONISTAS DA FEPASA. REVISÃO DE PENSÃO. ACÓRDÃO FUNDAMENTADO NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA N. 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AUSÊNCIA DE OFENSA CONSTITUCIONAL DIRETA. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DEPROVAS E DE CLÁUSULAS DE CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO: SÚMULAS NS. 279 E 454 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (ARE 917.936, Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe 23.2.2016)

Registro, igualmente, que ainda que fosse possível superar tal óbice, o acórdão recorrido está em consonância com a jurisprudência desta Corte, que reconhece a decadência do direito de rever os benefícios previdenciários, ainda que concedidos em desacordo com as normas legais. Confira-se o tema 658 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o RE-RG 626.489 , rel. Min. Roberto Barroso, DJe 23.9.2014, cuja ementa transcrevo:

“RECURSO EXTRAODINÁRIO. DIREITO PREVIDENCIÁRIO. REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (RGPS). REVISÃO DO ATO DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO. DECADÊNCIA. 1. O direito à previdência social constitui direito fundamental e, uma vez implementados os pressupostos de sua aquisição, não deve ser afetado pelo decurso do tempo. Como consequência, inexiste prazo decadencial para a concessão inicial do benefício previdenciário. 2. É legítima, todavia, a instituição de prazo decadencial de dez anos para a revisão de benefício já concedido, com fundamento no princípio da segurança jurídica, no interesse em evitar a eternização dos litígios e na busca de equilíbrio financeiro e atuarial para o sistema previdenciário. 3. O prazo decadencial de dez anos, instituído pela Medida Provisória 1.523, de 28.06.1997, tem como termo inicial o dia 1º de agosto de 1997, por força de disposição nela expressamente prevista. Tal regra incide, inclusive, sobre benefícios concedidos anteriormente, sem que

isso importe em retroatividade vedada pela Constituição. 4. Inexiste direito adquirido a regime jurídico não sujeito a decadência. 5. Recurso extraordinário conhecido e provido”.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (art. 932, VIII, do CPC, c/c art. 21, §1º, do RISTF) e, tendo em vista o disposto no art. 85, § 11, do CPC, majoro, em 10%, o valor da verba honorária fixada anteriormente, observados os limites previstos nos §§ 2º e 3º do referido dispositivo, ressalvada a eventual concessão do benefício da justiça gratuita.

Publique-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.556 (1642)ORIGEM : AREsp - 00092687620138260114 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ELEONORA APARECIDA COELHO FERREIRA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO DE OLIVEIRA (135531/SP)RECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDENCIA SOCIAL DO MUNICIPIO

DE CAMPINAS - CAMPREVPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAMPINASADV.(A/S) : ANDRE LUIS PIMENTEL LUDERS (134054/SP)

DECISÃO: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ementado nos seguintes termos:

“Ação ordinária. Servidores públicos municipais de Campinas aposentados. Novo enquadramento com o advento da LM 12.985/07 que dispôs sobre o plano de cargos, carreiras e vencimentos dos servidores do Município. Pretensão ao pagamento dos proventos conforme a carga horária da época da inatividade, 40 horas semanais. Inadmissibilidade. Redução da jornada para 36 horas semanais pela LM 10.567/00. LM 12.985/07 que prevê somente jornadas de 30 ou 36 horas semanais. Inexistência de direito adquirido a regime jurídico. Ausência de ofensa à irredutibilidade de vencimentos. Precedentes. Sentença de improcedência. Recurso não provido.” (eDOC 5, p. 94)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, alíneas “a” e “c”, da Constituição Federal, aponta-se violação aos arts. 37, XV e 40, §7º, do texto constitucional.

Nas razões recursais, alega-se, em síntese, violação aos princípios da irredutibilidade dos vencimentos e da paridade, vez que a redução da jornada de trabalho dos servidores inativos implicou em redução salarial indireta de seus proventos de aposentadoria. Aduz, ainda, ofensa à tese firmada pelo STF no ARE 660.010, objeto de Repercussão Geral (tema 514).

Decido. A irresignação não merece prosperar. Após detida análise dos autos, observo que o assunto versado no

apelo extremo não corresponde ao tema 514 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o ARE 660.010, Rel. Min. Dias Toffoli, Tribunal Pleno, DJe 9.2.2015, como alegado pelos recorrentes.

Isso porque, no caso dos autos, não houve redução salarial, e no citado paradigma, esta Corte firmou entendimento no sentido que violam o princípio da irredutibilidade de vencimentos a ampliação de jornada de trabalho sem a respectiva alteração da remuneração do servidor, bem como a redução da jornada de trabalho com adequação dos vencimentos à nova carga horária.

A esse respeito, confira-se a propósito a ementa do referido paradigma:

“Recurso extraordinário. Repercussão geral reconhecida. Servidor público. Odontologistas da rede pública. Aumento da jornada de trabalho sem a correspondente retribuição remuneratória. Desrespeito ao princípio constitucional da irredutibilidade de vencimentos. 1. O assunto corresponde ao Tema nº 514 da Gestão por Temas da Repercussão Geral do portal do Supremo Tribunal Federal na internet e está assim descrito: “aumento da carga horária de servidores públicos, por meio de norma estadual, sem a devida contraprestação remuneratória”. 2. Conforme a reiterada jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, não tem o servidor público direito adquirido a regime jurídico remuneratório, exceto se da alteração legal decorrer redução de seus rendimentos, que é a hipótese dos autos. 3. A violação da garantia da irredutibilidade de vencimentos pressupõe a redução direta dos estipêndios funcionais pela diminuição pura e simples do valor nominal do total da remuneração ou pelo decréscimo do valor do salário-hora, seja pela redução da jornada de trabalho com adequação dos vencimentos à nova carga horária, seja pelo aumento da jornada de trabalho sem a correspondente retribuição remuneratória. 4. Não há divergência, nos autos, quanto ao fato de que os odontologistas da rede pública vinham exercendo jornada de trabalho de 20 horas semanais, em respeito às regras que incidiam quando das suas respectivas investiduras, tendo sido compelidos, pelo Decreto estadual nº 4.345/2005 do Paraná, a cumprir jornada de 40 horas semanais sem acréscimo remuneratório e, ainda, sob pena de virem a sofrer as sanções

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previstas na Lei estadual nº 6.174/70. 5. No caso, houve inegável redução de vencimentos, tendo em vista a ausência de previsão de pagamento pelo aumento da carga horária de trabalho, o que se mostra inadmissível, em razão do disposto no art. 37, inciso XV, da Constituição Federal. 6. Recurso extraordinário provido para se declarar a parcial inconstitucionalidade do § 1º do art. 1º do Decreto estadual nº 4.345, de 14 de fevereiro de 2005, do Estado do Paraná, sem redução do texto, e, diante da necessidade de que sejam apreciados os demais pleitos formulados na exordial, para se determinar que nova sentença seja prolatada após a produção de provas que foi requerida pelas partes. 7. Reafirmada a jurisprudência da Corte e fixadas as seguintes teses jurídicas: i) a ampliação de jornada de trabalho sem alteração da remuneração do servidor consiste em violação da regra constitucional da irredutibilidade de vencimentos; ii) no caso concreto, o § 1º do art. 1º do Decreto estadual nº 4.345, de 14 de fevereiro de 2005, do Estado do Paraná não se aplica aos servidores elencados em seu caput que, antes de sua edição, estavam legitimamente submetidos a carga horária semanal inferior a quarenta horas.”

Ademais, a jurisprudência desta Corte é firme no sentido que não há direito adquirido à regime jurídico, assegurada a irredutibilidade de vencimentos.

A repercussão geral da matéria foi reconhecida no julgamento do RE 563.965, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 20.3.2009, correspondente ao tema 41 da sistemática da repercussão geral, assim ementado:

“DIREITOS CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. ESTABILIDADE FINANCEIRA. MODIFICAÇÃO DE FORMA DE CÁLCULO DA REMUNERAÇÃO. OFENSA À GARANTIA CONSTITUCIONAL DA IRREDUTIBILIDADE DA REMUNERAÇÃO: AUSÊNCIA. JURISPRUDÊNCIA. LEI COMPLEMENTAR N. 203/2001 DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: CONSTITUCIONALIDADE. 1. O Supremo Tribunal Federal pacificou a sua jurisprudência sobre a constitucionalidade do instituto da estabilidade financeira e sobre a ausência de direito adquirido a regime jurídico. 2. Nesta linha, a Lei Complementar n. 203/2001, do Estado do Rio Grande do Norte, no ponto que alterou a forma de cálculo de gratificações e, conseqüentemente, a composição da remuneração de servidores públicos, não ofende a Constituição da República de 1988, por dar cumprimento ao princípio da irredutibilidade da remuneração. 3. Recurso extraordinário ao qual se nega provimento.”

Quanto ao mérito, verifico que o Tribunal de origem, ao examinar a legislação local aplicável à espécie (Leis Municipais 10.567/00 e 12.985/07) e o conjunto probatório constante dos autos, consignou que a redução na jornada não reduziu os vencimentos dos servidores inativos. Nesse sentido, extrai-se o seguinte trecho do acórdão impugnado:

“A Lei Municipal nº 10.567/00 reduziu a jornada máxima de trabalho dos servidores que percebem vencimentos sob a forma de mensalistas, titulares de cargo ou de emprego permanente, para 36 horas semanais, a partir de 1º de julho de 2000. Apesar da redução na jornada, os servidores ativos e inativos não sofreram redução de vencimentos.” (eDOC 5, p. 95)

Assim, verifica-se que a matéria debatida no acórdão recorrido restringe-se ao âmbito da legislação local, de modo que a ofensa à Constituição, se existente, seria reflexa ou indireta, o que inviabiliza o processamento do presente recurso. Além disso, divergir do entendimento firmado pelo tribunal de origem demandaria o revolvimento do acervo fático-probatório. Nesses termos, incidem no caso as Súmulas 280 e 279 do STF.

Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes: “DIREITO DO TRABALHO E ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO

EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REDUÇÃO DE JORNADA. ADVOGADO PÚBLICO. APLICAÇÃO DA LEI Nº 8.906/1994. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. 1. A resolução da controvérsia demanda uma nova análise da legislação local aplicada à espécia, providência vedada neste momento processual. 2. 2. Inaplicável o art. 85, § 11, do CPC, uma vez que não houve prévia fixação de honorários advocatícios de sucumbência. 3. Agravo interno a que se nega provimento.” (RE-AgR 600.936, Rel. Min. Roberto Barroso, Primeira Turma, DJe 6.4.2018)

“ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. SERVIDORA PÚBLICA INATIVA. APOSENTADORIA NO CARGO DE PROFESSORA, COM CARGA HORÁRIA DE 40 HORAS. ALTERAÇÃO DO REGIME DO MAGISTÉRIO ESTADUAL E POSTERIOR REENQUADRAMENTO NO CARGO DE PROFESSOR, COM CARGA HORÁRIA DE 30 HORAS. OCORRÊNCIA DE DECESSO REMUNERATÓRIO. REEXAME DE FATOS E PROVAS (SÚMULA 279/STF). MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. 1. A controvérsia diz respeito à diminuição de proventos de servidora inativa, aposentada no cargo de professora com carga horária de 40 horas, em decorrência da alteração do regime do magistério estadual do Rio Grande do Norte e posterior enquadramento da parte no cargo de professor com carga horária de 30 horas. 2. O Tribunal de origem decidiu que a alteração de regime não preservou o montante global do estipêndio até então percebido pela parte, tendo ocorrido redução de caráter pecuniário. O acolhimento da tese recursal, nesse ponto, demandaria a reapreciação do conjunto fático-probatório dos autos (Súmula 279/STF) e a análise da legislação infraconstitucional aplicável (Lei Complementar Estadual 322/06), de modo que eventual ofensa à Constituição Federal seria meramente indireta. 3. É cabível a atribuição dos efeitos da declaração de ausência de repercussão geral quando não há matéria constitucional a ser apreciada ou quando

eventual ofensa à Carta Magna ocorra de forma indireta ou reflexa (RE 584.608 RG, Min. ELLEN GRACIE, DJe de 13/3/2009). 4. Ausência de repercussão geral da questão suscitada, nos termos do art. 543-A do CPC.” (ARE-AgR 881.383, Rel. Min. Teori Zavascki, Tribunal Pleno, DJe 21.5.2015)

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (art. 932, VIII, do NCPC c/c art. 21, §1º, do RISTF) e, tendo em vista o disposto no art. 85, § 11, do CPC, majoro, em 10%, o valor da verba honorária fixada anteriormente, observados os limites previstos nos §§ 2º e 3º do referido dispositivo, ressalvada a eventual concessão do benefício da justiça gratuita.

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.638 (1643)ORIGEM : AREsp - 201161130037320 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ESPÓLIO DE LINDOLPHO PIO DE CARVALHO DIASADV.(A/S) : SILVIO LUIZ DE COSTA (25221/DF, 1658A/MG,

19758/PR, 54189A/RS, 5218/SC, 245959/SP)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, ementado nos seguintes termos:

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO LEGAL. ARTIGO 557, § 1º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. SALÁRIO EDUCAÇÃO. PRODUTOR RURAL PESSOA FÍSICA. CULTIVO DE CANA DE AÇUCAR EM DIVERSOS MUNICÍPIOS. APELAÇÃO JULGADA MONOCRATICAMENTE. RECURSO DESPROVIDO. 1. O artigo 557 do Código de Processo Civil autoriza o julgamento monocrático de qualquer recurso - e também da remessa oficial, nos termos da Súmula nº 253 do C. STJ - desde que sobre o tema recorrido exista jurisprudência dominante dos Tribunais Superiores e do respectivo Tribunal. É o caso dos autos. 2. O produtor rural pessoa física não se enquadra no conceito de "empresa", para fins de incidência do salário-educação. 3. No caso específico dos autos, a parte autora encontra-se cadastrada na Receita Federal como "contribuinte individual", mas tem amplas atividades de criação de gado para abate em municípios do Mato Grosso, de produtor de soja e de cultivo de cana de açúcar em diversos municípios de São Paulo, apresentando CNPJ da matriz e detentora de várias filiais. 4. De acordo com o art. 15 da Lei nº 9.424/96, regulamentado pelo Decreto 3.142/99, posteriormente sucedido pelo Decreto 6.003/2006, a contribuição para o Salário-Educação é devida pelas empresas, assim entendidas as firmas individuais ou sociedades que assumam o risco de atividade econômica, urbana ou rural, com fins lucrativos ou não. Se o espólio autor estende suas atividades por múltiplos municípios de dois Estados, com diversidade de empreendimentos lucrativos e rentáveis do setor de agronegócios, possuindo diversidade de estabelecimentos mercantis (matriz e filiais), não pode ser tratado como um singelo produtor rural pessoa física. Assim, há de se admitir que a parte impetrante está, por expressa previsão legal, equiparada à empresa e, por tal razão, sujeita ao recolhimento da contribuição ao Salário-Educação. 5. Inexistência de elementos novos capazes de modificar o entendimento adotado por este Relator no momento em que proferida a decisão monocrática. 6. Agravo legal improvido”. (eDOC 5, p. 80-81)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal, aponta-se violação aos arts. 5º, caput; 150, II; e 212, §5º, do texto constitucional. (eDOC 5, p. 163 e 191)

Nas razões recursais, alega-se equívoco do acórdão recorrido ao corroborar a exigência da contribuição de salário-educação de empregador rural pessoa física, tendo em vista que, embora esteja inscrito no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), não pode ser confundido com empresa para tal fim.

Nesse sentido, argumenta-se que o Decreto n. 53.259/2008, que deu nova redação ao artigo 140, I, h, do Regulamento do ICMS do Estado de São Paulo teria tornado obrigatório aos produtores rurais informar o número de CNPJ, sob pena de não conseguir emitir notas fiscais relativas a operações de venda. (eDOC 5, p. 166, 184 e 186)

Decido. A irresignação não merece prosperar. Inicialmente, no que tange à alegação de obrigatoriedade no Estado

de São Paulo de inscrição no CNPJ para que seja possível emissão de nota fiscal, observo a deficiência do recurso extraordinário, tendo em vista a ausência de impugnação específica dos fundamentos da decisão recorrida, no âmbito da qual não houve debate acerca dessa questão.

Incide, portanto, na espécie, a Súmula 284 do STF. Nesse sentido, cito os seguintes precedentes:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ANISTIA. MILITAR EXPULSO COM BASE NA LEGISLAÇÃO DISCIPLINAR ORDINÁRIA. SÚMULAS 284 E 674/STF. PRECEDENTES. As

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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razões apresentadas no recurso extraordinário estão dissociadas dos fundamentos do acórdão que impugnou. Nessas condições, a hipótese atrai a incidência da Súmula 284/STF. A decisão proferida pelo Tribunal de origem está alinhada com a jurisprudência desta Corte consolidada na Súmula 674/STF: A anistia prevista no art. 8º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias não alcançam os militares expulsos com base em legislação disciplinar ordinária, ainda que em razão de atos praticados por motivação política. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. Agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE-AgR 833.932, Rel. Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, DJe 18.11.2014)

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. COMPETÊNCIA JURISDICIONAL. SERVIDOR PÚBLICO. DEFINIÇÃO DO REGIME JURÍDICO DA RELAÇÃO DE TRABALHO (CELETISTA OU ESTATUTÁRIO). RAZÕES RECURSAIS DISSOCIADAS DO JULGADO RECORRIDO. SÚMULA 284 DO STF. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. SÚMULA 279. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.” (RE-AgR 575.933, Rel. Min. TEORI ZAVASCKI, Segunda Turma, DJe 13.2.2014)

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DE TODOS OS FUNDAMENTOS SUFICIENTES DA DECISÃO RECORRIDA. SÚMULA 284 DO STF. REAPRECIAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LOCAIS. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 280 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I Aplicável a Súmula 284 desta Corte quando persiste na decisão recorrida fundamento suficiente para sua manutenção que não foi atacado no recurso extraordinário. II Inviável o recurso extraordinário quando sua apreciação demanda reexame, por esta Corte, da legislação infraconstitucional local aplicável à espécie. Incidência da Súmula 280 do STF. III Agravo regimental improvido.” (RE 569.131-AgR/MG, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 26.6.2013)

Ainda que superado esse óbice, observo que o Tribunal de origem, ao examinar a legislação e normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie (Lei 9.424/1996 e Decreto 3.142/1999), bem como o conjunto probatório constante dos autos, consignou que o autor, embora castrado como contribuinte individual na Receita Federal, apresenta CNPJ e possui amplas atividades como produtor em municípios do Mato Grosso e de São Paulo, o que faz com que ele seja equiparado à empresa para fins de contribuição de salário-educação. Nesse sentido, extrai-se o seguinte trecho do acórdão impugnado:

“No caso específico dos autos, a parte autora encontra-se cadastrada na Receita Federal como ‘contribuinte individual’ como demonstram os documentos de fls. 30/1563, mas tem amplas atividades de criação de gado para abate em municípios do Mato Grosso, de produtor de soja e de cultivo de cana de açúcar em diversos municípios de São Paulo, apresentando CNPJ da matriz e detentora de várias filiais.

Ora, de acordo com o art. 15 da Lei nº 9.424/96, regulamentado pelo Decreto 3.142/99, posteriormente sucedido pelo Decreto 6.003/2006, a contribuição para o Salário-Educação é devida pelas empresas, assim entendidas as firmas individuais ou sociedades que assumam o risco de atividade econômica, urbana ou rural, com fins lucrativos ou não.

Se o espólio autor estende suas atividades por múltiplos municípios de dois Estados, com diversidade de empreendimentos lucrativos e rentáveis do setor de agronegócios, possuindo diversidade de estabelecimentos mercantis (matriz e filiais), não pode ser tratado como um singelo produtor rural pessoa física.

Assim, há de se admitir que a parte impetrante está, por expressa previsão legal, equiparada à empresa e, por tal razão, sujeita ao recolhimento da contribuição ao Salário-Educação”. (eDOC 5, p. 78-79)

Assim, verifica-se que a matéria debatida no acórdão recorrido restringe-se ao âmbito infraconstitucional, de modo que a ofensa à Constituição, se existente, seria reflexa ou indireta, o que inviabiliza o processamento do presente recurso.

Além disso, divergir do entendimento firmado pelo Tribunal de origem demandaria o revolvimento do acervo fático-probatório, providência inviável no âmbito do recurso extraordinário. Nesses termos, incide no caso a Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.

Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes: “DIREITO TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL. SALÁRIO-

EDUCAÇÃO. INCIDÊNCIA SOBRE VALORES PAGOS A TRABALHADORES PORTUÁRIOS AVULSOS. EVENTUAL OFENSA REFLEXA NÃO VIABILIZA O MANEJO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 102 DA LEI MAIOR. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 21.8.2012. A controvérsia, a teor do que já asseverado na decisão guerreada, não alcança estatura constitucional. Não há falar, nesse compasso, em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto compreender de modo diverso exigiria análise da legislação infraconstitucional encampada na decisão prolatada pela Corte de origem, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Desatendida a exigência do art. 102, III, a, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência desta Corte. As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada. Agravo regimental conhecido e não provido.” (ARE-AgR 85.784, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 19.2.2015)

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DO SALÁRIO-EDUCAÇÃO. CONCEITO DE

EMPRESA. LEIS 9.424/1996 E 9.766/1998. ENTIDADES FILANTRÓPICAS. NÃO-COMPROVAÇÃO. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pela instância judicante de origem demandaria o reexame da legislação ordinária aplicada à espécie, bem como a análise dos fatos e provas constantes dos autos. Providências vedadas neste momento processual. 2. Incidência da Súmula 283/STF, ante o trânsito em julgado da matéria infraconstitucional de que se valeu o Tribunal recorrido para a solução da causa. Matéria que é suficiente para a manutenção da decisão recorrida. 3. Agravo regimental desprovido.”(RE 607446 AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Segunda Turma, DJe 18.08.2011)

Ademais, esta Corte entendeu pela ausência de repercussão geral de matéria relacionada à controvérsia dos autos relativa à incidência de contribuição do salário-educação sobre a folha de salário do produtor rural pessoa física no Tema 910 da sistemática de repercussão geral, cujo processo paradigma é o ARE-RG 979.764, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJe 13.9.2016.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (art. 932, VIII, do NCPC c/c art. 21, §1º, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Gilmar MendesRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.662 (1644)ORIGEM : 00262037720084036182 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : ASSOCIACAO DAS FAMILIAS PARA A UNIFICACAO E

PAZ MUNDIALADV.(A/S) : INES AMBROSIO (240300/SP)ADV.(A/S) : AIRES GONCALVES (19580/DF, 1342/MS)

DECISÃOTrata-se de Agravo contra decisão que inadmitiu Recurso

Extraordinário interposto em face de acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região.

No apelo extremo, interposto com amparo no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, a parte recorrente sustenta que o julgado ofendeu dispositivos constitucionais, pois as atividades desenvolvidas pela Associação recorrida não envolvem serviços de assistência social e, por isso, não estão abrangidas pela imunidade constitucional.

É o relatório. Decido. Os recursos extraordinários somente serão conhecidos e julgados,

quando essenciais e relevantes as questões constitucionais a serem analisadas, sendo imprescindível ao recorrente, em sua petição de interposição de recurso, a apresentação formal e motivada da repercussão geral que demonstre, perante o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a existência de acentuado interesse geral na solução das questões constitucionais discutidas no processo, que transcenda a defesa puramente de interesses subjetivos e particulares.

A obrigação do recorrente de apresentar formal e motivadamente a preliminar de repercussão geral que demonstre, sob o ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, a relevância da questão constitucional debatida que ultrapasse os interesses subjetivos da causa, conforme exigência constitucional, legal e regimental (art. 102, § 3º, da CF/88, c/c art. 1.035, § 2º, do Código de Processo Civil de 2015 e art. 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), não se confunde com meras invocações, desacompanhadas de sólidos fundamentos e de demonstração dos requisitos no caso concreto, de que (a) o tema controvertido é portador de ampla repercussão e de suma importância para o cenário econômico, político, social ou jurídico; (b) a matéria não interessa única e simplesmente às partes envolvidas na lide; ou, ainda, de que (c) a jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL é incontroversa no tocante à causa debatida, entre outras alegações de igual patamar argumentativo (ARE 691.595-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/2/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/2/2013; ARE 696.263-AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/2/2013; AI 717.821-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/8/2012).

Não havendo demonstração fundamentada da presença de repercussão geral, incabível o seguimento do Recurso Extraordinário.

Efetivamente, o Tribunal de origem, com base no Código de Processo Civil, negou provimento a agravo legal interposto pela União, ao fundamento de que a recorrente não demonstrou que a decisão recorrida estava em desacordo com a jurisprudência dominante sobre a matéria. A propósito, veja-se a ementa do julgado (e-STJ, fl. 723):

“DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO LEGAL (ART. 557, § 1º, DO CPC). ÔNUS DE DEMONSTRAR A INCOMPATIBILIDADE DA DECISÃO RECORRIDA COM A JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE. 1. O agravo legal deve ter por fundamento a inexistência da invocada jurisprudência dominante

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 430

e não a discussão do mérito. 2. A adoção, pelo relator, da jurisprudência dominante de tribunal é medida de celeridade processual. 3. Agravo a que se nega provimento.”

Verifica-se, portanto, que a matéria arguida pela recorrente sequer foi analisada no julgado atacado, o que faz incidir, no caso, os óbices das Súmulas 283 (É inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles) e 284 (É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia), ambas do STF.

Mesmo que fosse possível superar todos esses graves óbices, a análise da pretensão recursal, na forma como fora colocada pela recorrente, demandaria o revolvimento do conteúdo probatório dos autos, de modo que o acolhimento do recurso passa necessariamente pela revisão das provas. Incide, portanto, o óbice da Súmula 279 desta CORTE: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, NEGO SEGUIMENTO AO AGRAVO.

Fixam-se honorários advocatícios adicionais equivalentes a 10% (dez por cento) do valor a esse título arbitrado nas instâncias ordinárias (Código de Processo Civil de 2015, art. 85, § 11).

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

MINISTRO ALEXANDRE DE MORAESRELATOR

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.760 (1645)ORIGEM : 10142061720158260506 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREVPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : NICOLAS MARIOTTO SESSLERADV.(A/S) : FABIANA BUCCI BIAGINI (99886/SP)

DECISÃOTrata-se de Agravo contra decisão da instância de origem que

inadmitiu Recurso Extraordinário interposto em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

No apelo extremo, interposto com amparo no art. 102, III, “a” e “d”, da Constituição Federal, a parte recorrente aponta ofensa a dispositivos constitucionais, sustentando, entre outros argumentos, que o Tribunal de origem, ao assegurar o recebimento da pensão por morte ao recorrido com base na Lei Estadual 180/1978, afastou o disposto no art. 5º da Lei Federal 9.717/1998, norma que veda aos Estados membros a concessão de benefícios previdenciários diversos daqueles previstos no Regime Geral de Previdência Social. (fls. 125/126)

É o relatório. Decido.Os Recursos Extraordinários somente serão conhecidos e julgados,

quando essenciais e relevantes as questões constitucionais a serem analisadas, sendo imprescindível ao recorrente, em sua petição de interposição de recurso, a apresentação formal e motivada da repercussão geral que demonstre, perante o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a existência de acentuado interesse geral na solução das questões constitucionais discutidas no processo, que transcenda a defesa puramente de interesses subjetivos e particulares.

A obrigação do recorrente de apresentar formal e motivadamente a preliminar de repercussão geral que demonstre, sob o ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, a relevância da questão constitucional debatida que ultrapasse os interesses subjetivos da causa, conforme exigência constitucional e legal (art. 102, § 3º, da CF/88, c/c art. 1.035, § 2º, do Código de Processo Civil de 2015), não se confunde com meras invocações, desacompanhadas de sólidos fundamentos e de demonstração dos requisitos no caso concreto, de que (a) o tema controvertido é portador de ampla repercussão e de suma importância para o cenário econômico, político, social ou jurídico; (b) a matéria não interessa única e simplesmente às partes envolvidas na lide; ou, ainda, de que (c) a jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL é incontroversa no tocante à causa debatida, entre outras alegações de igual patamar argumentativo (ARE 691.595-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/2/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/2/2013; ARE 696.263-AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/2/2013; AI 717.821-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/8/2012).

Não havendo demonstração fundamentada da presença de repercussão geral, incabível o seguimento do Recurso Extraordinário.

Ademais, o Tribunal a quo, ao negar provimento à apelação da São Paulo Previdência – SPPREV, reconheceu a prescrição do direito da recorrente de anular o ato que concedeu o benefício previdenciário, uma vez que já houvera transcorrido mais de cinco anos da violação do suposto direito, prazo superior ao previsto no Decreto 20.910/1932. Ainda, quanto ao benefício previdenciário, decidiu que o mesmo teria se consolidado nos

termos da Lei Estadual nº. 180/78, ou seja, em data anterior à vigência da Lei Complementar Estadual nº. 1.012/07, de modo que o autor faz jus “à concessão do restabelecimento da pensão” (fl. 106)

Trata-se, portanto, de matéria situada no contexto normativo infraconstitucional, de forma que as ofensas indicadas à Constituição seriam meramente indiretas (ou mediatas), o que inviabiliza o conhecimento do referido apelo.

Mesmo que fosse possível superar todos esses graves óbices, a argumentação recursal traz versão dos fatos diversa da exposta no acórdão, de modo que o acolhimento do recurso passa necessariamente pela revisão das provas. Incide, portanto, o óbice da Súmula 279 desta CORTE: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.

Nesse sentido, confiram-se precedentes de ambas as Turmas desta CORTE:

“DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDOR PÚBLICO. PRESCRIÇÃO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. DESCABIMENTO. 1. A discussão acerca do prazo prescricional pautado no Decreto nº 20.910/1932 se restringe ao âmbito infraconstitucional. Precedentes. 2. Existência de fundamento infraconstitucional suficiente para manutenção do acórdão recorrido (Súmula 283/STF). 3. Agravo interno a que se nega provimento, com aplicação da multa prevista no art. 557, § 2º, do CPC/1973.” (AI 838.326-AgR, Rel. Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, DJe de 17/5/2017)

“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Administrativo. Prescrição. Decreto-Lei 20.910/32. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Fatos e provas. Reexame. Impossibilidade. Precedentes. 1. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 2. Agravo regimental não provido.” (ARE 938.349-AgR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Segunda Turma, DJe de 11/5/2016)

Por fim, inadmissível o conhecimento do recurso extraordinário pela alínea d do inciso III do art. 102 da CF/88, haja vista não se verificar, no caso, a hipótese elencada nesse permissivo constitucional.

Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, NEGO SEGUIMENTO AO AGRAVO.

Não se aplica o art. 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015, tendo em vista que não houve fixação de honorários advocatícios nas instâncias de origem.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

MINISTRO ALEXANDRE DE MORAESRELATOR

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.951 (1646)ORIGEM : AREsp - 200337000069980 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. EDSON FACHINRECTE.(S) : FUNDACAO UNIVERSIDADE FEDERAL DO

MARANHAOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JOSE MARIA RAMOS MARTINSADV.(A/S) : GUTEMBERG SOARES CARNEIRO (5775/MA)

DECISÃO: Trata-se agravo cujo objeto é a decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto em face de acórdão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, assim ementado (eDOC 1, p. 113):

“PREVIDENCIÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. VANTAGEM PESSOAL. TETO REMUNERATÓRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. SENTENÇA. TRANSITO EM JULGADO. PROCEDÊNCIA PARCIAL. EFEITO PATRIMONIAL PRETÉRITO. AÇÃO DE COBRANÇA. CABIMENTO. SENTENÇA MANTIDA.

1. A fixação do teto remuneratório pela Emenda n. 19/98 deveria ser feita mediante lei regulamentadora que não chegou a ser produzida.

2. A exclusão da parcela do art. 193 da Lei n. 8.112/90 para efeito do teto remuneratório foi declarada em sentença proferida em mandado de segurança que favoreceu o autor.

3. A presente ação busca apenas os efeitos pretéritos da citada decisão. Cabimento. Limitação á vantagem pessoal expressamente nomeada na sentença.

4. Apelação da Universidade do Maranhão não provida. Sentença mantida.”

Verifica-se que o Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE-RG 609.381, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe 11.12.2014 (Tema 480), reconheceu a existência de repercussão geral da matéria constitucional e concluiu ser de eficácia imediata o teto de retribuição estabelecido pela Emenda Constitucional 41/2003, bem como decidiu que “Os valores que ultrapassam os limites pré-estabelecidos para cada nível federativo na Constituição Federal constituem excesso cujo pagamento não pode ser reclamado com amparo na garantia da irredutibilidade de vencimentos”. Na oportunidade, a ementa restou assim redigida:

“CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. TETO DE RETRIBUIÇÃO.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 431

EMENDA CONSTITUCIONAL 41/03. EFICÁCIA IMEDIATA DOS LIMITES MÁXIMOS NELA FIXADOS. EXCESSOS. PERCEPÇÃO NÃO RESPALDADA PELA GARANTIA DA IRREDUTIBILIDADE. 1. O teto de retribuição estabelecido pela Emenda Constitucional 41/03 possui eficácia imediata, submetendo às referências de valor máximo nele discriminadas todas as verbas de natureza remuneratória percebidas pelos servidores públicos da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, ainda que adquiridas de acordo com regime legal anterior. 2. A observância da norma de teto de retribuição representa verdadeira condição de legitimidade para o pagamento das remunerações no serviço público. Os valores que ultrapassam os limites pré-estabelecidos para cada nível federativo na Constituição Federal constituem excesso cujo pagamento não pode ser reclamado com amparo na garantia da irredutibilidade de vencimentos. 3. A incidência da garantia constitucional da irredutibilidade exige a presença cumulativa de pelo menos dois requisitos: (a) que o padrão remuneratório nominal tenha sido obtido conforme o direito, e não de maneira ilícita, ainda que por equívoco da Administração Pública; e (b) que o padrão remuneratório nominal esteja compreendido dentro do limite máximo pré-definido pela Constituição Federal. O pagamento de remunerações superiores aos tetos de retribuição de cada um dos níveis federativos traduz exemplo de violação qualificada do texto constitucional. 4. Recurso extraordinário provido.”

Ante o exposto, determino a remessa dos autos ao Tribunal de origem para adequação ao disposto no art. 1.036 do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328 do RISTF.

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro EDSON FACHINRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.994 (1647)ORIGEM : AREsp - 90000219720088260014 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : GIULINI ADOLFOMER INDUSTRIAS QUIMICAS LTDA.ADV.(A/S) : MARCELO SILVA MASSUKADO (11502/DF, 186010/SP)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo assim ementado, no relevante:

“APELAÇÃO - EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL - ICMS - INDUSTRIALIZAÇÃO SOB ENCOMENDA - FUNGICIDA AGRÍCOLA” (eDOC 3, p. 2)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, aponta-se violação aos arts. 5º, XXXV, LIV e LV; 93, IX; e 155, § 2º, I e II, do texto constitucional (eDOC 3, p. 39-61).

Nas razões recursais, alega-se, em síntese, incorreção da decisão recorrida na medida em que teria desconsiderado na espécie isenção prevista no RICMS para os fungicidas agrícolas.

Sustenta-se, ainda, falta de fundamentação do acórdão recorrido, bem como violação à inafastabilidade jurisdicional e aos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa.

É o relatório.Decido. O recurso não merece prosperar. Preliminarmente, ressalto que, na espécie, o Tribunal de origem

apreciou as questões suscitadas, fundamentando-as de modo suficiente a demonstrar as razões objetivas do convencimento do julgador. A prestação jurisdicional foi concedida nos termos da legislação vigente, apesar de ter sido a conclusão contrária aos interesses do recorrente. Portanto, não prospera a alegação de nulidade do acórdão por falta de fundamentação ou violação à inafastabilidade jurisdicional.

Quanto à alegada ofensa aos direitos constitucionais ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa, é firme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de que a afronta a esses princípios, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, configura ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, o que inviabiliza o prosseguimento do recurso extraordinário. A repercussão geral da matéria foi rejeitada no julgamento do ARE 748.371 RG, de minha relatoria, DJe 1º.8.2013, tema 660 da sistemática da repercussão geral, assim ementado:

“Alegação de cerceamento do direito de defesa. Tema relativo à suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal. Julgamento da causa dependente de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais. Rejeição da repercussão geral”.

No tocante ao tema de fundo, verifico que o Tribunal de origem, ao examinar a legislação local aplicável à espécie (Regulamento do ICMS), consignou a não incidência da isenção no caso porquanto trataria a hipótese dos autos de processo de industrialização para o qual não haveria previsão de exclusão do crédito tributário. Nesse sentido, extrai-se o seguinte trecho do acórdão impugnado:

“Para o deslinde da controvérsia aqui estabelecida, imprescindível perquirir se o processo de industrialização sob encomenda de fungicida destinado à agropecuária está abrangido pela isenção tributária prevista no art. 41, do Anexo I, do RICMS, dispensando-se o recolhimento do ICMS incidente sobre os valores relativos à mão-de-obra empregada e ao insumo agregado à matéria-prima original?

A resposta é negativa. (...)Consideradas estas premissas normativas, note-se que, na hipótese

sub examine, a empresa-embargada recebeu de terceiro a sucata de cobre (metal) para industrialização sob encomenda e, embora tenha recolhido o ICMS incidente sobre o valor dos insumos agregados à matéria-prima (R$ 70.194,88), deixou de fazê- lo quanto ao montante da mão-de-obra aplicada na industrialização de seus produtos (R$ 499.329,00), sustentando, para tanto, que se trataria de operação isenta de ICMS, na forma do art. 8º cc. art. 41, do Anexo I, do RICMS.

(...)Sem razão, contudo. Isso porque, como bem delineado pela Fazenda

Estadual (fl. 314), em ratificação ao voto seguido pela maioria da 4ª Câmara Extraordinária do Tribunal de Impostos e Taxas, o processo de industrialização de fungicida, isto é, a materialização do produto não está compreendida na hipótese de isenção descrita na norma do art. 41, do Anexo I, do RICMS.

Antes, apenas dispensa-se o recolhimento com relação àquelas operações econômicas em que há verdadeira circulação econômica do fungicida (insumo), já perfeito e acabado, com destinação específica para utilização na agropecuária.” (eDOC 3, p. 6-9) (grifos do original)

Assim, verifica-se que a matéria debatida pelo tribunal de origem restringe-se ao âmbito da legislação local, de modo que a ofensa à Constituição, se existente, seria reflexa ou indireta, o que inviabiliza o processamento do presente recurso. Nesses termos, incide no caso a Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal.

Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes: “Regimental. ICMS. Isenção fiscal. Creditamento do imposto. Não

cumulatividade. Prova da efetivação da isenção. Exigências contidas em decreto. Comprovação. Reexame de legislação local e das provas dos autos. Súmulas nºs 279 e 280 do STF. 1. O acórdão recorrido dirimiu a controvérsia com base na legislação local aplicável à espécie e no conjunto fático-probatório constante dos autos. Inadmissível o recurso extraordinário, dado que eventual ofensa à Constituição seria apenas indireta ou reflexa. Incidência, das Súmulas nºs 279 e 280 do STF. 2. Agravo regimental não provido.” (AI 720665 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 8.9.2011)

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. ICMS. CRÉDITOS. APROVEITAMENTO. ISENÇÃO. REGULAMENTO E RESTRIÇÃO. LEI ESTADUAL 8.820/1989 E DECRETO ESTADUAL 37.699/1997. MANUTENÇÃO DOS FUNDAMENTOS INFRACONSTITUCIONAIS DO ACÓRDÃO RECORRIDO. SÚMULA 283 DO STF. INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. I – Nas hipóteses em que o acórdão recorrido se assenta em fundamento infraconstitucional suficiente e este se torna imodificável, caso destes autos, este Tribunal tem entendido pela inviabilidade do apelo extremo, com base na aplicação da Súmula 283 do STF. Precedentes. II – É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica rever a interpretação de legislação infraconstitucional local que fundamenta a decisão a quo. Incidência da Súmula 280 desta Corte. Precedentes. III – Agravo regimental a que se nega provimento.” (RE 811800 AgR, Rel.Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 15.8.2014)

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (art. 932, VIII, do CPC, c/c art. 21, §1º, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.008 (1648)ORIGEM : REsp - RI001435N0000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : CARLOS ROBERTO DANTASADV.(A/S) : DANILO VIDILLI ALVES PEREIRA (234528/SP)RECTE.(S) : EDNA BORGES PEIXOTOADV.(A/S) : ROSELLE ADRIANE SOGLIO (177840/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Vistos etc. Contra o juízo negativo de admissibilidade dos recursos

extraordinários, exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foram manejados agravos por Carlos Roberto Dantas e por Edna Borges Peixoto. Nas minutas,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 432

sustenta-se que os recursos extraordinários reúnem todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso de Carlos Roberto Dantas na afronta ao art. 5º, LIV, LV e LVII, da Lei Maior. De sua vez, a recorrente Edna Borges Peixoto, assistente de acusação, sustenta afronta ao art. 5º, XXXVIII, “d” e LVI, da Constituição.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos das decisões denegatórias de

seguimento dos recursos extraordinários, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhem os agravos.

Verifico que a análise efetuada pelo Tribunal a quo enfrentou o conjunto probatório para firmar seu convencimento, razão pela qual aferir a ocorrência de eventual afronta aos preceitos constitucionais invocados nos apelos extremos exigiria o revolvimento do quadro fático delineado, procedimento vedado em sede extraordinária. Aplicação da Súmula 279/STF: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONTROVÉRSIA DECIDIDA COM BASE NO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA 279/STF. O recorrente limita-se a postular uma nova apreciação dos fatos e do material probatório constante dos autos. Nessas condições, a hipótese atrai a incidência da Súmula 279/STF. Agravo regimental a que se nega provimento.” (ARE 800369 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 19/08/2014, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-170 DIVULG 02-09-2014 PUBLIC 03-09-2014.)

"RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais. AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.” (AI 744656 AgR, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado em 21/08/2012, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-174 DIVULG 03-09-2012 PUBLIC 04-09-2012.)

Ressalto que o exame de eventual ofensa aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:

"PENAL E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. OFENSA REFLEXA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. A alegada ofensa aos incisos I, XXII, XXIX, XXXV, LIV e LV do art. 5º da CRFB reclama reexame da legislação infraconstitucional aplicável à espécie, impossível na via do recurso extraordinário, por configurar ofensa indireta à Constituição Federal. 2. Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário (Enunciado 279 da Súmula do STF). A pretensão de revisão das razões que ensejaram a rejeição da queixa crime, principalmente no que toca à decadência, reclama revisão de fatos e provas, inviável na via estreita do recurso extraordinário. 3. Agravo regimental desprovido.” (ARE 969.273-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 10.8.2016.)

Ademais, no julgamento do RE 748.371-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, Pleno, DJe 1º.8.2013, decidiu-se pela inocorrência de repercussão geral da matéria relacionada à alegação de violação dos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa quando o julgamento da causa depender de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais, cuja ementa transcrevo:

“Alegação de cerceamento do direito de defesa. Tema relativo à suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal. Julgamento da causa dependente de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais. Rejeição da repercussão geral.”

Assim, não merecem processamento os apelos extremos, consoante também se denota dos fundamentos das decisões que desafiaram os recursos, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento aos recursos (art. 21, § 1º, do RISTF). Publique-se. Brasília, 28 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.048 (1649)ORIGEM : 70071357073 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : GUILHERME DOS SANTOS DE MOURAADV.(A/S) : FLAVIO LUIS ALGARVE (25733/RS)

RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Decisão: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, que, da ementa, destaco a parte que mais importa:

“APELAÇÕES CRIMINAIS. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO. EXTORSÃO, receptação e roubo majorado pelo emprego de arma e pelo concurso de pessoas. PRELIMINAR DE NULIDADE POR VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO ACUSATÓRIO NÃO RECONHECIDA. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 212 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. SISTEMA ACUSATÓRIO de feição mista. O Código de Processo Penal brasileiro em vigor, (enquanto não se lhe declare, no todo ou em parte, desconforme com a Constituição), tem feição mista, ou, poder-se-ía dizer, “acusatória-inquisitória”. A tanto é bastante apontar a existência do inquérito policial, de natureza inquisitorial por excelência, e verificar, em juízo, as várias possibilidades de iniciativa probatória entregues ao juiz pelo legislador, nada obstante verifique-se, a cada alteração legislativa, a introdução na legislação processual penal de instrumentos de caráter marcadamente acusatório.

Partindo-se da concepção até agora predominante no sistema continental europeu, onde o direito brasileiro tem sua gênese, de que a investigação da verdade no processo penal tem raiz no Estado Democrático de Direito (Rechtsstaatsprinzip), e de que somente com a sindicância da verdade (materielle Wahrheit) pode o princípio da culpabilidade (Schuldprinzip) ser realizado, é corolário lógico e jurídico de que compete ao legislador das normas processuais penais, atento às normas (e limites de interpretação consagrada) constitucionais, a tarefa de traçar o modelo de processo penal aplicável no território nacional, seja ele aproximado do denominado modelo acusatório puro do sistema anglo-americano, do acusatório moderado, nos moldes do italiano atual, ou na formatação do alemão (em que vige o denominado Amtsaufklärungsprinzip), ou mesmo outro a ser eventualmente formatado dentro da exclusiva experiência jurídica brasileira a ser revelado.

Sob tal enfoque, em atenção ao momento atual do processo penal no Brasil, embora a nova técnica não tenha sido estritamente aplicada, não deve ser declarada a nulidade do ato pelo fato de a iniciativa da inquirição em audiência ter partido do juiz se foi preservado o equilíbrio processual entre a acusação e a defesa, isto é, se foram assegurados concretamente o contraditório e a ampla defesa.

Nesta senda, toma vulto a regra do artigo 563 do Código de Processo Penal que reza que “nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa”. Ou seja, não é recomendável a decretação de nulidade de ato processual pela mera inobservância da forma se ele produziu o resultado pretendido, isto é, dentro de padrões em correspondência com a lei em vigor.” (eDOC 8, p. 6)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea a, da Constituição Federal, aponta-se violação aos artigos 5º, XI, LIII, LIV, LV e LVII; e 129, I, do texto constitucional. (eDOC 8, p. 120)

Nas razões recursais, alega-se, em síntese, que houve violação ao sistema acusatório, porquanto teria o magistrado, presidente da audiência, produzido provas no sentido de prejudicar o agravante, fazendo as vezes da acusação.

Sustenta-se que o Juízo alterou o procedimento estabelecido no artigo 212 do CPP e inquiriu as testemunhas antes das partes.

É o breve relatório.Decido.Inicialmente, verifico que a magistrada consignou que o Código de

Processo Penal não veda a formulação de perguntas pelo julgador primeiro e que não se pode fazer dele mero espectador da coleta de provas. (eDOC 6, p. 15)

No entanto, registro que a Primeira Turma desta Corte, no recente julgamento do habeas corpus (HC) 111815, assentou que, na audiência de instrução e julgamento, o juiz deve observar o disposto no artigo 212 do CPP, a fim de que, primeiramente, as partes interroguem as testemunhas, podendo o magistrado formular perguntas apenas quando algum esclarecimento for necessário. Transcrevo a ementa:

“HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIME DE HOMICÍDIO. ARTIGO 121 DO CÓDIGO PENAL. PLEITO PELA REVOGAÇÃO DA CUSTÓDIA PREVENTIVA. ALEGAÇÃO DE NULIDADES. ORDEM DEFERIDA PARCIALMENTE PARA DECLARAR INSUBSISTENTE A OITIVA DAS TESTEMUNHAS.” (HC 111.815/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, Redator p/ o acórdão Min. Luiz Fuz, Primeira Turma, DJe 14.2.2018)

Ocorre que, tal como o uso de algemas em audiência, a desobediência ao artigo 212 do CPP se trata de nulidade meramente relativa e que não foi suscitada no momento oportuno, razão por que operou-se a preclusão. Também não houve demonstração da ocorrência de prejuízo.

Ademais, o Pleno do STF julgou o ARE-RG 748.371 de minha relatoria, DJe 1º.8.2013, processo-paradigma correspondente ao tema 660 da sistemática da repercussão geral, que restou assim ementado:

“Alegação de cerceamento do direito de defesa. Tema relativo à

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 433

suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal. Julgamento da causa dependente de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais. Rejeição da repercussão geral.”

No caso, o extraordinário tem como violados justamente os princípios do contraditório e da ampla defesa, em face do artigo 212 do CPP, o que inviabiliza seu processamento.

Ademais, divergir do entendimento adotado pelo TJRS demandaria o revolvimento do acervo fático-probatório, providência inviável no âmbito do recurso extraordinário. Nesses termos, incide no caso a Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (artigo 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Gilmar MendesRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.062 (1650)ORIGEM : 10024061501441001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : PEDRO ALVES GUIMARAESRECTE.(S) : ANDRE LUIZ CURY LINSADV.(A/S) : EDUARDO BELLI PEREIRA DE SOUZA (48700/MG)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

Decisão: No caso, verifica-se, na petição de recurso extraordinário (eDOC 2, p. 382), a ausência de preliminar formal de repercussão geral, pressuposto de admissibilidade do recurso (artigo 1.035, § 2º, do NCPC).

Esta Corte, no julgamento do AI-QO 664.567/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Plenário, DJ 6.9.2007, decidiu que o requisito formal da repercussão geral será exigido quando a intimação do acórdão recorrido for posterior a 3.5.2007, data da publicação da Emenda Regimental 21 do STF, situação aplicável ao presente caso.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (art. 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro Gilmar MendesRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.113 (1651)ORIGEM : AREsp - 200103000275246 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JOSE NIVALDO STAFUSAADV.(A/S) : FERNANDO NETO CASTELO (99471/SP)

DECISÃO: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, ementado nos seguintes termos:

“AÇÃO RESCISÓRIA. PREVIDENCIÁRIO. VIOLAÇÃO LITERAL DE DISPOSIÇÃO DE LEI. RECONHECIMENTO DE TEMPO DE SERVIÇO DE TRABALHADOR RURAL. CERTIDÃO PARA USO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. CONTAGEM RECÍPROCA. EXIGÊNCIA DE PRÉVIA INDENIZAÇÃO PELO INSS. DESCABIMENTO. PRECEDENTES DO STF. Se a certidão é destinada à defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal, é dever-poder do INSS providenciar sua expedição. CF, art. 5º, XXXIV. Apenas o regime instituidor do benefício tem legitimidade para exigir indenização de que trata o art. 96, IV, da L. 8.213/91, no momento da compensação financeira com o regime de origem. Precedentes do STF. Viola o art. 201, §9º, da Constituição Federal de 1988, a decisão que desobriga da indenização, se o tempo certificado for utilizado na obtenção de benefício próprio. Preliminar rejeitada. Ação rescisória procedente e ação originária parcialmente procedente.“ (eDOC 7, p. 10)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, aponta-se violação aos arts. 5º, XXXIV, “b”; e 201, §9º, do texto constitucional.

Nas razões recursais, o INSS alega a necessidade de reforma do acórdão recorrido diante da inviabilidade de emissão de certidão de tempo de serviço rural, para fins de contagem recíproca de tempo de serviço, tendo em vista a inexistência de contribuições previdenciárias relativas ao período pretendido.

É o breve relatório. Decido.

O recurso não merece prosperar.O Tribunal de origem, ao examinar a legislação infraconstitucional

aplicável à espécie (art. 94,§2º da Lei 8.213/91; art. 21 da Lei 8.212/91 e Lei 9.796/99) reconheceu o tempo de serviço rural e determinou a expedição da certidão de contagem recíproca, sem prejuízo de constar que a utilização do tempo certificado, para fins de aposentadoria em regime diverso do geral, poderá gerar indenização das contribuições correspondentes. Nesse sentido, extrai-se o seguinte trecho do acórdão impugnado:

“Aliás, pondo uma pá de cal nessa questão, cumpre ter em mente que, na hipótese vertente, a autarquia não pode se opor a expedir a certidão de contagem recíproca, em alegando faltar a indenização das contribuições correspondentes ao período reconhecido.

Em sendo o caso de servidor público, quem pode se opor é o regime instituidor do benefício, nos termos do artigo 4º da L. 9.796/99, isto porque a contagem recíproca é direito assegurado pela Constituição, independentemente de compensação financeira entre os regimes de previdência social, e pode nem sequer se concretizar se por algum motivo o servidor não utilizar a certidão.” (eDOC 6, p. 174-175)

Assim, verifica-se que a matéria debatida no acórdão recorrido restringe-se ao âmbito infraconstitucional, de modo que a ofensa à Constituição, se existente, seria reflexa ou indireta, o que inviabiliza o processamento do presente recurso.

Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes:“AGRAVO REGIMENTAL. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA.

TEMPO DE SERVIÇO. CONTAGEM RECÍPROCA. ATIVIDADE RURAL. OFENSA REFLEXA. A presente controvérsia foi decidida à luz do art. 55, § 2º, da Lei nº 8.213/91. No caso concreto, a ofensa, se existente, dar-se-ia de forma meramente reflexa ao texto constitucional. Precedentes: RE 324.039-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; RE 299.550, Rel. Min. Carlos Velloso; e RE 297.130, Rel. Min. Néri da Silveira. Agravo regimental a que se nega provimento.” (RE-AgR 317.105, Rel. Min. Carlos Britto, Primeira Turma, DJe 3.12.2004)

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. TRABALHADOR RURAL. TEMPO DE SERVIÇO. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. CONTRARRAZÕES APRESENTADAS. VERBA HONORÁRIA MAJORADA EM 1%, PERCENTUAL O QUAL SE SOMA AO FIXADO NA ORIGEM, OBEDECIDOS OS LIMITES DO ART. 85, § 2º, § 3º E § 11, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL/2015, COM A RESSALVA DE EVENTUAL CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (ARE 954701- AgR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe 17.6.2016)

Cito ainda o seguinte julgado monocrático: ARE 1.031.764, de relatoria do Ministro Marco Aurélio, DJe 23.3.2017.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (art. 932, VIII, do NCPC c/c art. 21, §1º, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 24 de maio de 2018.

Ministro Gilmar MendesRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.445 (1652)ORIGEM : PROC - 00445372320148250001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPEPROCED. : SERGIPERELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MATEUS NASCIMENTO SANTOSPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE

SERGIPERECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SERGIPE

Vistos etc. Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta ao art. 5º, XLVI, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

O exame de eventual ofensa ao preceito constitucional indicado nas razões recursais (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:

"PENAL E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. OFENSA REFLEXA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. A alegada ofensa aos incisos I, XXII, XXIX, XXXV, LIV e LV do art. 5º da CRFB reclama reexame da legislação infraconstitucional aplicável à espécie, impossível na via do recurso extraordinário, por configurar ofensa indireta à Constituição Federal. 2. Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário (Enunciado 279 da Súmula do STF). A pretensão de revisão das razões que ensejaram a rejeição da queixa crime, principalmente no que toca à decadência, reclama revisão de fatos e provas, inviável na via estreita do recurso extraordinário. 3. Agravo regimental desprovido.” (ARE 969.273-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 10.8.2016.)

Acresço que esta Suprema Corte já se manifestou pela inexistência de repercussão geral da matéria relativa à valoração das circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do Código Penal na fundamentação da fixação da pena-base pelo juízo sentenciante no AI 742.460-RG/RJ:

“RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do Código Penal. Fixação da pena-base. Fundamentação. Questão da ofensa aos princípios constitucionais da individualização da pena e da fundamentação das decisões judiciais. Inocorrência. Matéria infraconstitucional. Ausência de repercussão geral. Agravo de instrumento não conhecido. Não apresenta repercussão geral o recurso extraordinário que verse sobre a questão da valoração das circunstâncias judiciais previstas no art. 59, do Código Penal, na fundamentação da fixação da pena-base pelo juízo sentenciante, porque se trata de matéria infraconstitucional.” (AI 742460 RG, Relator(a): Min. Cezar Peluso, DJe 25.9.2009.)

Assim, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao recurso (art. 21, § 1º, do RISTF). Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.519 (1653)ORIGEM : 00040625920128260068 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : VICTOR HUGO HOMRICHADV.(A/S) : CASEMIRO NARBUTIS FILHO (96993/SP)RECDO.(A/S) : ADRIANA CHAVES BORGES HAUTEKEURADV.(A/S) : ANDRE BOIANI E AZEVEDO (146347/SP)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Decisão: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo. (eDOC 4, p. 12)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea a, da Constituição Federal, aponta-se violação aos artigos 5º, incisos LIV e LV; e 93, inciso IX, do texto constitucional. (eDOC 4, p. 75)

É o relatório.Decido.O recurso não merece prosperar.Inicialmente, ressalto que o Tribunal de origem inadmitiu parte do

recurso extraordinário interposto, aplicando-lhe o tema 660 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o ARE-RG 748.371/MT, de minha relatoria, DJe 1º.8.2013. (eDOC 5, p. 25-26)

O Plenário deste Tribunal decidiu não ser cabível recurso ao Supremo Tribunal Federal contra a aplicação do procedimento da repercussão geral nas instâncias de origem. Transcrevo a ementa do AI-QO 760.358/SE, de minha relatoria, DJe 19.2.2010:

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental. 1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral. 2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação. 3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida. 4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem”.

Em relação à alegada ofensa ao artigo 93, inciso IX, da CF, melhor sorte não socorre o agravante.

Isso porque, nos autos do AI 791.292, de minha relatoria, DJe 13.8.2010, firmou-se o entendimento, na sistemática de repercussão geral, que referido dispositivo exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (artigo 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se. Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministro Gilmar MendesRelator

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Processos com Despachos Idênticos:RELATORA: MIN. ROSA WEBER

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 778.888 (1654)ORIGEM : AC - 530508 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª

REGIAOPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : JACAÚNA DECORAÇÕES COMÉRCIO DE MÓVEIS E

REPRESENTAÇÕES LTDAADV.(A/S) : IZABELLA NASCIMENTO CARNEIRO DOS SANTOS

(32957/PE) E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

D E S P A C H OIntime-se para os fins do art. 1.021, § 2º, do CPC de 2015,

observado, se o caso, o prazo em dobro (arts. 180, 183, 186 e 229 do CPC de 2015).

Decorrido o prazo legal, com ou sem manifestação, voltem-me conclusos.

À Secretaria Judiciária.Publique-se.Brasília, 25 de maio de 2018.

Ministra Rosa WeberRelatora

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.106.661 (1655)ORIGEM : 13258 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª

REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : MUNICIPIO DE CARNAIBAADV.(A/S) : MOACIR ALFREDO GUIMARAES NETO (20609/BA,

23657-A/CE, 20563/PE)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 1654

ATOS ORDINATÓRIOS

Intimações para manifestação

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.114.138

(1656)

ORIGEM : 20130110349257 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : JUSTINA FERREIRA DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : REGINALDO DE OLIVEIRA SILVA (25480/DF,

199077/RJ)ADV.(A/S) : MURILLO DOS SANTOS NUCCI (24022/DF, 199213/RJ)AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

Nos termos do art. 1º, inciso XI, da Resolução 478/2011, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte agravada, na forma do art. 1.021, § 2º, do Código de Processo Civil.

Brasília, 28 de maio de 2018.Secretaria Judiciária

AG.REG. NA PETIÇÃO 7.575 (1657)ORIGEM : 7575 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : OSVALDO REINERSADV.(A/S) : RAFAEL RODRIGO FEISTEL (10749/B/MT)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 435

AGDO.(A/S) : CORREGEDOR NACIONAL DE JUSTICAPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Nos termos do art. 1º, inciso XI, da Resolução 478/2011, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte agravada, na forma do art. 1.021, § 2º, do Código de Processo Civil.

Brasília, 28 de maio de 2018.Secretaria Judiciária

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 888.090 (1658)ORIGEM : AC - 5596555900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : EDITORA ABRIL S/AADV.(A/S) : FÁBIO ROSAS (131524/SP) E OUTRO(A/S)

Nos termos do art. 1º, inciso XI, da Resolução 478/2011, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte agravada, na forma do art. 1.021, § 2º, do Código de Processo Civil.

Brasília, 28 de maio de 2018.Secretaria Judiciária

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 933.148 (1659)ORIGEM : 50112348220144047200 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. EDSON FACHINAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : MATERIAIS DE CONSTRUCAO BRASIL SUL LTDAADV.(A/S) : RENE RIBEIRO MADALOSSO (67108/RS)

Nos termos do art. 1º, inciso XI, da Resolução 478/2011, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte agravada, na forma do art. 1.021, § 2º, do Código de Processo Civil.

Brasília, 28 de maio de 2018.Secretaria Judiciária

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.126.245 (1660)ORIGEM : AREsp - 200851010038150 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : HELIA FERREIRA DO VALLEADV.(A/S) : DARLENE BELLO DA SILVA (115075/RJ)ADV.(A/S) : ANGELO BELLO BUTRUS (115379/RJ)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

Nos termos do art. 1º, inciso XI, da Resolução 478/2011, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte agravada, na forma do art. 1.021, § 2º, do Código de Processo Civil.

Brasília, 28 de maio de 2018.Secretaria Judiciária

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.090.048

(1661)

ORIGEM : ARE - 2049413120025020463 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : VOLKSWAGEN DO BRASIL INDUSTRIA DE VEICULOS

AUTOMOTORES LTDAADV.(A/S) : ANA CRISTINA GRAU GAMELEIRA WERNECK (88982/

RJ)AGDO.(A/S) : MARCOS PEDRO DA COSTAADV.(A/S) : PAULO HENRIQUE DE OLIVEIRA (71635/MG,

43442/PR, 195660/RJ, 136460/SP)ADV.(A/S) : AGAMENON MARTINS DE OLIVEIRA (54922/BA,

123024/MG, 43862/PR, 43862A/PR, 156088/RJ, 99424/SP)

Nos termos do art. 1º, inciso XI, da Resolução 478/2011, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte agravada, na forma do art. 1.021, § 2º, do Código de Processo Civil.

Brasília, 28 de maio de 2018.Secretaria Judiciária

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.119.355

(1662)

ORIGEM : 10145120242337002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE JUIZ DE FORAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE JUIZ DE

FORAADV.(A/S) : WEDERSON ADVINCULA SIQUEIRA (102533/MG)ADV.(A/S) : MARCOS EZEQUIEL DE MOURA LIMA (136164/MG)AGDO.(A/S) : VALERIA VALENTE BORGESPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MINAS

GERAIS

Nos termos do art. 1º, inciso XI, da Resolução 478/2011, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte agravada, na forma do art. 1.021, § 2º, do Código de Processo Civil.

Brasília, 28 de maio de 2018.Secretaria Judiciária

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.119.768

(1663)

ORIGEM : 00142845820114025101 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ARLETE VALERIA DAVID BRAGAADV.(A/S) : LINDINER DE CASTRO COELHO (166727/RJ)ADV.(A/S) : MEDSON COUTINHO RODRIGUES FILHO (145963/RJ)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Nos termos do art. 1º, inciso XI, da Resolução 478/2011, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte agravada, na forma do art. 1.021, § 2º, do Código de Processo Civil.

Brasília, 28 de maio de 2018.Secretaria Judiciária

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.120.908

(1664)

ORIGEM : 20160110230516 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESAGTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALAGDO.(A/S) : RAFAELA GAMA DA CRUZ REPRESENTADA POR

AURIDEIA DA SILVA GAMAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

Nos termos do art. 1º, inciso XI, da Resolução 478/2011, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte agravada, na forma do art. 1.021, § 2º, do Código de Processo Civil.

Brasília, 28 de maio de 2018.Secretaria Judiciária

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.124.486

(1665)

ORIGEM : 109291620145180054 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : GOIÁSRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : CELG DISTRIBUICAO S.A. - CELG DADV.(A/S) : PAULO ROBERTO IVO DE REZENDE (9362/GO)ADV.(A/S) : EDMAR ANTONIO ALVES FILHO (31312/GO)AGDO.(A/S) : ELIEZER TOMAZ PEREIRAADV.(A/S) : THIAGO ROMER DE OLIVEIRA SILVA (32342/GO)

Nos termos do art. 1º, inciso XI, da Resolução 478/2011, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte agravada, na forma do art. 1.021, § 2º, do Código de Processo Civil.

Brasília, 28 de maio de 2018.Secretaria Judiciária

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.125.856

(1666)

ORIGEM : AREsp - 10158292620148260224 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO HABITACIONAL

E URBANO DO ESTADO DE SÃO PAULO - CDHUADV.(A/S) : JOAO ANTONIO BUENO E SOUZA (166291/SP)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 436

AGDO.(A/S) : EMPRESA JORNALISTICA FOLHA METROPOLITANA LTDA

ADV.(A/S) : JONATHAS MONTEIRO GUIMARAES (262243/SP)

Nos termos do art. 1º, inciso XI, da Resolução 478/2011, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte agravada, na forma do art. 1.021, § 2º, do Código de Processo Civil.

Brasília, 28 de maio de 2018.Secretaria Judiciária

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.125.923

(1667)

ORIGEM : PROC - 01603004220075180008 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : GOIÁSRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : FABIO NEY PEREIRA MATOSADV.(A/S) : GIZELI COSTA D ABADIA NUNES DE SOUSA

(17351/GO)AGDO.(A/S) : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E

TELÉGRAFOS - ECTADV.(A/S) : CARLOS MENDES DA SILVEIRA CUNHA (36292/SC)AGDO.(A/S) : BANCO BRADESCO SAADV.(A/S) : MOZART VICTOR RUSSOMANO NETO (29340/DF,

47576A/GO, 162844/MG)

Nos termos do art. 1º, inciso XI, da Resolução 478/2011, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte agravada, na forma do art. 1.021, § 2º, do Código de Processo Civil.

Brasília, 28 de maio de 2018.Secretaria Judiciária

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.125.983

(1668)

ORIGEM : PROC - 01208001720085180013 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : GOIÁSRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : FRANCISCA OZORIO DA SILVAADV.(A/S) : GIZELI COSTA D ABADIA NUNES DE SOUSA

(17351/GO)ADV.(A/S) : MIKELLY JULIE COSTA D ABADIA (23332/GO)AGDO.(A/S) : BANCO BRADESCO SAADV.(A/S) : VICTOR RUSSOMANO JUNIOR (03609/DF)ADV.(A/S) : MOZART VICTOR RUSSOMANO NETO (29340/DF,

47576A/GO, 162844/MG)AGDO.(A/S) : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E

TELÉGRAFOS - ECTADV.(A/S) : CARLOS MENDES DA SILVEIRA CUNHA (36292/SC)

Nos termos do art. 1º, inciso XI, da Resolução 478/2011, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte agravada, na forma do art. 1.021, § 2º, do Código de Processo Civil.

Brasília, 28 de maio de 2018.Secretaria Judiciária

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.126.603

(1669)

ORIGEM : 00014005320114036108 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ZANCHETTA ALIMENTOS LTDAADV.(A/S) : JOSE ORIVALDO PERES JUNIOR (89794/SP)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Nos termos do art. 1º, inciso XI, da Resolução 478/2011, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte agravada, na forma do art. 1.021, § 2º, do Código de Processo Civil.

Brasília, 28 de maio de 2018.Secretaria Judiciária

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.598

(1670)

ORIGEM : 07000258720168070018 - TJDFT - 3ª TURMA RECURSAL

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : IVAN CLEBER TAVARES DE OLIVEIRAADV.(A/S) : ULISSES BORGES DE RESENDE (04595/DF)AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALAGDO.(A/S) : IBFC - INSTITUTO BRASILEIRO DE FORMACAO E

CAPACITACAOADV.(A/S) : RICARDO RIBAS DA COSTA BERLOFFA (185064/SP)

Nos termos do art. 1º, inciso XI, da Resolução 478/2011, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte agravada, na forma do art. 1.021, § 2º, do Código de Processo Civil.

Brasília, 28 de maio de 2018.Secretaria Judiciária

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.089.337

(1671)

ORIGEM : 08007466320154058201 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIAO

PROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALEMBDO.(A/S) : TESS INDUSTRIA E COMERCIO LTDAADV.(A/S) : LUCIANA LOUREIRO TERRINHA PALMA DE JORGE

(97734/RJ)

De ordem, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte embargada, na forma do art. 1023, §2º, do Código de Processo Civil.

Brasília, 28 de maio de 2018.Secretaria Judiciária

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 895.868

(1672)

ORIGEM : AC - 200200116921 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EDSON FACHINEMBTE.(S) : SADA TRANSPORTES E ARMAZENAGENS LTDAADV.(A/S) : DÉCIO FREIRE (2255A/RJ) E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : SPA - SHIPPING OPERADORES PORTUÁRIOS LTDAADV.(A/S) : PEDRO OTAVIO PEREIRA (140418/RJ) E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MULTI-CAR RIO TERMINAL DE VEÍCULOS S/AADV.(A/S) : SERGIO BERMUDES (017587/RJ) E OUTRO(A/S)

De ordem, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte embargada, na forma do art. 1023, §2º, do Código de Processo Civil.

Brasília, 28 de maio de 2018.Secretaria Judiciária

EMB.DECL. EM MANDADO DE SEGURANÇA 34.677 (1673)ORIGEM : 01170620147 - TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EDSON FACHINEMBTE.(S) : ASSOCIACAO NACIONAL DOS SERVIDORES DA

PREVIDENCIA E DA SEGURIDADE SOCIALADV.(A/S) : JULIA MEZZOMO DE SOUZA (48898/DF) E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANTONIO TORREAO BRAZ FILHO (09930/DF, 154525/

MG)EMBDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

De ordem, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte embargada, na forma do art. 1023, §2º, do Código de Processo Civil.

Brasília, 28 de maio de 2018.Secretaria Judiciária

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.121.319 (1674)ORIGEM : PROC - 50009201020154047114 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EDSON FACHINEMBTE.(S) : SEARA ALIMENTOS LTDAADV.(A/S) : FABIO AUGUSTO CHILO (221616/SP)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

De ordem, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte embargada, na forma do art. 1023, §2º, do Código de Processo Civil.

Brasília, 28 de maio de 2018.Secretaria Judiciária

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.492

(1675)

ORIGEM : 10024080627870001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : EUZEBIO LUZ DE OLIVEIRA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 437

ADV.(A/S) : GIOVANNI CHARLES PARAIZO (105420/MG)EMBDO.(A/S) : ITAU SEGUROS S/AEMBDO.(A/S) : UNIBANCO AIG SEGUROS S/AADV.(A/S) : ANTONIO CHAVES ABDALLA (12648A/AL, A1126/AM,

44697/BA, 30742-A/CE, 19032/DF, 21608/ES, 21677/GO, 13568-A/MA, 66493/MG, 17379-A/MS, 17571/A/MT, 26064-A/PA, 20703-A/PB, 01661/PE, 166811/RJ, 40612/SC, 299487/SP, 5969-A/TO)

De ordem, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte embargada, na forma do art. 1023, §2º, do Código de Processo Civil.

Brasília, 28 de maio de 2018.Secretaria Judiciária

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.215

(1676)

ORIGEM : 00010059320124036183 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : NATALINO PEREIRA DOS SANTOSADV.(A/S) : FERNANDO FERNANDES (85520/SP)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

De ordem, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte embargada, na forma do art. 1023, §2º, do Código de Processo Civil.

Brasília, 28 de maio de 2018.Secretaria Judiciária

EMB.DECL. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 35.713

(1677)

ORIGEM : 23506 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESEMBTE.(S) : ANA MARIA DE OLIVEIRA RIBEIROADV.(A/S) : BRUNO FILIPE DE OLIVEIRA RIBEIRO (187086/RJ)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

De ordem, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte embargada, na forma do art. 1023, §2º, do Código de Processo Civil.

Brasília, 28 de maio de 2018.Secretaria Judiciária

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.129

(1678)

ORIGEM : AREsp - 10024142489756005 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : JOSE MARCELO DE PAULA LOUREIROADV.(A/S) : HUMBERTO ACCIOLY DOMINGUES (113265/MG)ADV.(A/S) : RICARDO DA SILVEIRA GONCALVES SANTOS

(160037/MG)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Nos termos do art. 1º, inciso XI, da Resolução 478/2011, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte agravada, na forma do art. 1.021, § 2º, do Código de Processo Civil.

Brasília, 29 de maio de 2018.Secretaria Judiciária

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.327

(1679)

ORIGEM : 00007031420164036316 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : SEBASTIAO TENORIO CAVALCANTEADV.(A/S) : CATIA CRISTINE ANDRADE ALVES (101438/MG,

199327/SP)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

De ordem, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte embargada, na forma do art. 1023, §2º, do Código de Processo Civil.

Brasília, 29 de maio de 2018.Secretaria Judiciária

ATOS ORDINATÓRIOS

Processos convertidos para o meio eletrônico

Certifico que os presentes autos físicos foram convertidos para o meio eletrônico nos termos da Resolução 574/2016-STF:

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.637 (1680)ORIGEM : MS - 200534000265204 - JUIZ FEDERAL DA 1ª REGIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DE RORAIMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RORAIMARÉU(É)(S) : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.650 (1681)ORIGEM : PROC - 19226142010 - JUIZ FEDERAL DA 1ª REGIÃOPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DO PARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁRÉU(É)(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 265.003 (1682)ORIGEM : AC - 27010522 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : CARLOS HORITAADVDOS. : JOSÉ HENRIQUE FORTES MUNIZ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 572.609 (1683)ORIGEM : AC - 70010409118 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : ANTÔNIO RENATO WACHHOLZ DE ÁVILA E OUTRO(A/

S)ADV.(A/S) : EISLER ROSA CAVADA (40196/RS) E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PELOTASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR GERAL DO MUNICÍPO DE PELOTAS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 581.359 (1684)ORIGEM : AC - 8366763 - 1º TRIBUNAL DE ALCADAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : TEX AUTO POSTO LTDAADV.(A/S) : EMILIA DE FÁTIMA FERREIRA GALVÃO DIASRECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 970.823 (1685)ORIGEM : 70059703397 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : CARLOS ALBERTO DA SILVA CORVELLO E OUTRO(A/

S)ADV.(A/S) : LEONARDO SOUSA FARIAS (26682/ES, 23894-A/PB,

205769/RJ, 87452/RS)ADV.(A/S) : LETICIA DE CARVALHO MIGUEL (26577/ES, 92720/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.294 (1686)ORIGEM : AC - 7173285800 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ALEXANDRE DE MORAESRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULORECDO.(A/S) : MARIA DE LOURDES MARQUES MELO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO GOULART GUERBACH (85068/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 969.758 (1687)ORIGEM : 70061646360 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : AGUAS MINERAIS SARANDI LTDA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 438

ADV.(A/S) : JULIANO BRITO (55628/RS)ADV.(A/S) : LILIANE POMPERMAIER (54587/RS)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Eu, IRON MESSIAS DE OLIVEIRA, Coordenador de Apoio Técnico, conferi. PATRÍCIA PEREIRA DE MOURA MARTINS, Secretária Judiciária.

Brasília, 28 de maio de 2018.

ÍNDICE DE PESQUISA

(RISTF, art. 82 e seu § 5º)

NOME DO ADVOGADO (OU PARTE, QUANDO NÃO HOUVER ADVOGADO)

YURI OLIVEIRA ARLEO (43522/BA) (700)A.A.P.(296) (296)A.C.B. (1322)A.P.S. (1317)ABRIL COMUNICAÇÕES S/A (1592)ACACIA MARIA SANTOS DA SILVA (524)ADAILTON FREIRE CAMPELO (11515/CE)(1164) (1165)ADAIR RODRIGUES CHAVEIRO (01307/A/DF, 10414/GO) (270)ADALBERTO JACOB FERREIRA (128398/SP) (538)ADALMIR CAPARROS FAGÁ (1223)ADEILDO HELIODORO DOS SANTOS (184259/SP) (1485)ADEILDO NUNES (08914/PE) E OUTRO(A/S) (316)ADELAR CUPSINSKI (40422/DF) E OUTRO(A/S) (1209)ADELCIO CARLOS MIOLA (122246/SP) (1572)ADEMAR DE BARROS BICALHO (226)ADEMAR RIGUEIRA NETO (11308/PE) E OUTRO(A/S) (301)ADEMIR RAFAEL DOS SANTOS (324242/SP) (558)ADEMIR SOUZA E SILVA (77291/SP, SP077291/) (1057)ADENILSON DA SILVA ANDRADE (524)ADENOALDA DOS SANTOS AQUINO (524)ADILSON ROBERTO SIMOES DE CARVALHO (78766/SP) (686)ADILSON VIEIRA MACABU FILHO (135678/RJ) (1127)ADJANE SILVA SOUZA (524)ADRIANA ADRIANO SCHMITT (15314/SC) (1461)ADRIANA CAVALCANTI MAGALHAES (4736/RN) (774)ADRIANA CONCEICAO GUERRA DA SILVEIRA (48150/DF) (1575)ADRIANA DE LOURDES ANCELMO (083846/RJ) (169)ADRIANA DE LUCA CARVALHO (148)ADRIANA DE SABOYA GOLDBERG (148)ADRIANA KEHDI (148)ADRIANA SERRANO CAVASSANI (43212/BA, 134254/MG, 19458-A/MS, 181414/RJ, 899-A/RN, 44194-A/SC, 196162/SP, 7225-A/TO)

(203)

ADRIANO DE AZEVEDO ARAUJO (13179/B/MT) (638)ADRIANO HAGEMANN (41886/RS) (89)ADRIANO MARCOS SANTOS PEREIRA (59787/RS) (560)ADRIANO MONTE PESSOA (29146/PR, 002709-A/RJ) (273)ADRIANO MORAES XAVIER (36)ADRIANO PROCOPIO DE SOUZA (188301/SP)(9) (1088)ADRIANO SOARES MENEZES (30)ADRIELY APARECIDA CEZARETO (20054/O/MT) (795)ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO(1) (2) (2) (52) (62) (64) (66) (67) (70) (71)(72) (73) (74) (75) (76) (86) (103) (107) (120) (139)(145) (148) (174) (229) (264) (268) (293) (357) (357) (357)(358) (358) (358) (360) (361) (385) (389) (421) (428) (446)(451) (469) (486) (495) (498) (500) (504) (541) (548) (567)(680) (696) (715) (716) (767) (816) (820) (820) (821) (823)(826) (826) (826) (826) (827) (828) (829) (829) (829) (830)(832) (833) (833) (833) (834) (835) (835) (835) (836) (836)(837) (838) (846) (854) (858) (875) (875) (875) (875) (876)(877) (878) (879) (880) (881) (882) (883) (884) (885) (889)(895) (902) (920) (931) (947) (947) (948) (948) (949) (950)(950) (955) (958) (959) (983) (998) (1033) (1054) (1054) (1097)(1102) (1123) (1132) (1181) (1186) (1187) (1188) (1189) (1192) (1192)(1193) (1193) (1194) (1194) (1195) (1195) (1198) (1208) (1355) (1355)(1355) (1356) (1356) (1356) (1357) (1357) (1357) (1358) (1358) (1358)(1359) (1360) (1362) (1363) (1363) (1364) (1365) (1379) (1387) (1395)(1422) (1448) (1452) (1454) (1457) (1463) (1468) (1478) (1510) (1523)(1527) (1558) (1593) (1657) (1660) (1663) (1673) (1677) (1681)ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS(177) (388) (456) (633) (635) (707) (830) (901) (908) (936)

(1174) (1433) (1678)AES SUL DISTRIBUIDORA GAUCHA DE ENERGIA S/A (447)AFONSO HENRIQUE CORDEIRO ARAUJO MAIA (43632/BA) (802)AFONSO LUCIANO GOMES AMANCIO JUNIOR (34653/DF) (945)AGAMENON MARTINS DE OLIVEIRA (54922/BA, 123024/MG, 43862/PR, 43862A/PR, 156088/RJ, 99424/SP)

(1661)

AGENOR JULIANI (725)AGNALDO BORGES RAMOS JUNIOR (011634/PA) (969)ÁGUIA BRANCA LOGÍSTICA S/A (979)AGUINALDO SANTOS DIAS (524)AILTON COELHO ALVES (05722/DF) (1359)AIRES GONCALVES (19580/DF, 1342/MS) (1644)AIRLENE DE SOUZA ELIAS (326972/SP)(452) (742)AIRTON BOMBARDELI RIELLA (66012/RS) (1622)AIRTON CAMILO LEITE MUNHOZ (65444/SP) (171)AIRTON TEIXEIRA DE SOUZA (41523/PR) (467)ALAN HUMBERTO JORGE (329181/SP) (839)ALBERTO AFFONSO FERREIRA MARQUES DA TRINDADE (24422/PE)

(466)

ALBERTO CAVALCANTI VITORIO FILHO (44804/DF) (287)ALBERTO DE LIMA VEIGA (186816/SP) (1605)ALBERTO DE SENNA SANTOS (21220/DF, 411079/SP) (643)ALBERTO FERNANDES PEREIRA FILHO (107908/MG, 77167/PR, 067874/RJ, 308317/SP)

(902)

ALBERTO ROSELLI SOBRINHO (64885/SP)(178) (179) (180) (183) (185) (1541)ALCIVAN MENDES DE MOURA (328)ALDO BELUSSO (52091/RS) (115)ALDO BONATTO FILHO (12746/SC) (1006)ALEKSON AZEVEDO MONTEIRO (5539/PB) (947)ALENCAR LEITE AGNER (10419/PR) (552)ALESANDRA KUHNEN (43352/SC) (247)ALESSANDRA HELOISA GONZALEZ COELHO (148)ALESSANDRA MARA GUTSCHOV CAMPOS (186394/SP) (180)ALESSANDRA MARTINS GONCALVES JIRARDI (320762/SP) (1172)ALESSANDRO BERNARDES TEIXEIRA (157171/MG) (905)ALESSANDRO SILVERIO (27158/PR) E OUTRO(A/S)(1046) (1386)ALEX ALESSANDRO WASHINGTON DELFINO ALBUQUERQUE DA SILVA (264123/SP)

(1284)

ALEX FERREIRA BORRALHO (9296/MA) (1204)ALEX FRANCISCO DE LIMA CABRAL (8497/ES) (1623)ALEX KLAIC (61287/RS) (1432)ALEX LUIZ RAMALHO (1310)ALEX PEREIRA ALCANTARA (4140/SE) (1424)ALEX SANDRO SOMMARIVA (12016/SC) (1147)ALEX TONATTO DA SILVA (58082/RS) (496)ALEXANDRA CESAR DE SOUZA MENDES MARTINS (166929/MG) (223)ALEXANDRA DOS SANTOS FRIGOTTO (152507/RJ, 281282/SP) (169)ALEXANDRE ALCINO DE BARROS (220468/SP) (779)ALEXANDRE ALVES DE GODOY (157322/SP) (210)ALEXANDRE AUGUSTO CAMPOS GAGLIARDI PIMAZZONI (153161/SP)

(170)

ALEXANDRE AUGUSTO FORCINITTI VALERA (A972/AM, 24127/BA, 22697/GO, 96442/MG, 11325-A/MS, 10368/A/MT, 13253-A/PA, 140741-A/PB, 01677/PE, 59572/PR, 883-A/RN, 32682/SC, 140741/SP, 3407-A/TO)

(441)

ALEXANDRE BRANDAO GOMES (72155/RJ)(1573) (1574)ALEXANDRE DA ROCHA (164334/RJ) (1180)ALEXANDRE DA SILVA TENORIO (165)ALEXANDRE DANTAS FRONZAGLIA (8198-A/PI, 181924/RJ, 101471/SP)

(1008)

ALEXANDRE DE MELO CARVALHO (35428/DF) (1595)ALEXANDRE DE MENDONCA WALD (01505/A/DF, 1242A/MG, 057808/RJ, 107872/SP)

(285)

ALEXANDRE DE OLIVEIRA RIBEIRO FILHO (234073/SP) (415)ALEXANDRE ESPINOLA CATRAMBY (102375/RJ, 382926/SP)(617) (619) (622) (623)ALEXANDRE FIDALGO (172650/SP) (1592)ALEXANDRE LATUFE CARNEVALE TUFAILE (31089/GO, 105894/MG, 164516/SP)

(236)

ALEXANDRE LONGO (831)ALEXANDRE NAOKI NISHIOKA (138909/SP) (285)ALEXANDRE NASSAR LOPES (122732/MG, 116817/SP) (259)ALEXANDRE PASCHOA MONTEIRO (1347)ALEXANDRE PIGOZZI BRAVO (56355/PR, 207267/SP) (725)ALEXANDRE RAMOS ANTUNES (157164/SP) (1056)ALEXANDRE REINOL DA SILVA (103952/RJ, 78113A/RS)(357) (358) (407)ALEXANDRE SINIGALLIA CAMILO PINTO (26957-A/PA, 131587/SP) E OUTRO(A/S)

(1300)

ALEXANDRE VIEIRA DE QUEIROZ (0018976/DF, 18976/DF) E (1043)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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OUTRO(A/S)ALEXANDRE VIEIRA DE QUEIROZ (18976/DF) E OUTRO(A/S) (1241)ALEXSANDRO NASSIF (70842/PR) (31)ALEXSANDRO OLIVEIRA MATOS (520)ALFREDO MELLO MAGALHAES (99028/RJ) (761)ALICE GABRIELE DE ALMEIDA BARBOSA (157362/MG) (557)ALICE VITORIA FAZENDEIRO DE OLIVEIRA LEITE (148)ALICIO DE PADUA MELO (63371/SP) (459)ALINE FRUETT MACHADO (62191/RS) (1469)ALINE OLIVEIRA MACEDO DE ABREU (8051/AM) (395)ALINE VIEIRA ZANESCO (267047/SP) (414)ALISON MAX MELO E SILVA (7580/RN) (512)ALISSON MACIEL FRANCO (1259)ALLISSON TIAGO BRITTO DA SILVA (1076)ALMIR CAPARROS FAGÁ (1223)ALMIR NERES DE SOUZA (1235)ALVARO ROSARIO VELLOSO DE CARVALHO (163523/RJ) (380)ALVARO SERGIO WEILER JUNIOR (36652/RS) (126)ALVINO PADUA MERIZIO (7834/ES) (250)ALYSON LUIZ TEIXEIRA PEREIRA (977)ALYSSON WENDELL VASCONCELOS DE ANDRADE LIMA (19759/PE)

(1124)

AMANCIO HONORATO LOPES (774)AMANDA APARECIDA DA COSTA PEDROSO OLIVEIRA (302888/SP)(534) (1569)AMILCAR TOME FRANCISCO (1226)AMPLA ENERGIA E SERVICOS S.A. (447)ANA AMELIA CARDOSO DOS SANTOS (524)ANA CAROLINA DINIZ DE MATOS (135963/MG) (1176)ANA CAROLINA SOARES COSTA (314277/SP) (1588)ANA CAROLINA ZANATTA OLSEN (23111/SC) (1545)ANA CLAUDIA CORDEIRO DE ABDORAL LOPES (7901/PA) (1525)ANA CLAUDIA COSTA VALADARES MORAIS (299237/SP) (103)ANA CLEIDE ALEXANDRE GOMES (8721/PB) (548)ANA CRISTINA BALTAZAR DA SILVEIRA (520)ANA CRISTINA CARDIA PETRA (139185/RJ) (902)ANA CRISTINA DE MOURA (134361/SP)(1507) (1576)ANA CRISTINA GRAU GAMELEIRA WERNECK (88982/RJ) (1661)ANA DARC DE AQUINO (524)ANA FLAVIA CHRISTOFOLETTI DE TOLEDO (228976/SP) (1137)ANA FLAVIA YARID GERALDO (301240/SP) (1059)ANA HELENA DOS SANTOS (524)ANA IZABEL JORDAO DE FREITAS PINHEIRO GOMES (19168/BA, 01431/PE)

(495)

ANA KAROLINA CLETO DE SOUSA (19134/ES) (530)ANA LETICIA LEITE DA SILVA BEZERRA (22998/CE)(1164) (1165)ANA LIDIA SANTOS DE LEAO (347257/SP) E OUTRO(A/S) (1250)ANA LIGIA MARQUES CARTA (344900/SP) (584)ANA LUCIA CONCEICAO (170238/MG, 147166/SP) (1282)ANA LUCIA FRANCA (20941/PR)(197) (1638)ANA LUCIA ZEDNIK (171)ANA LUISA BREGA DE ALMEIDA (148)ANA LUISA ULLMANN DICK (35962/DF, 134111/MG, 29560/RS) (1079)ANA LUIZA BROCHADO SARAIVA MARTINS (6644/DF) (955)ANA MARIA FRANCO (15576/BA) (82)ANA MARIA IZOLAN (79218/RS) (113)ANA PAULA CALCAGNO DOS SANTOS (1452)ANA PAULA IUNG DE LIMA (9413/MS) (1630)ANA PAULA MONTEIRO DA SILVA (102082/RJ) (1347)ANA PAULA SANDOVAL SANTOS (125950/SP) (222)ANA PAULA TEODORO FALEIROS (186034/SP) (518)ANA RAQUEL ALVES DE ASSIS (0095212/MG) (832)ANA TEREZA BASILIO (22646/DF, 74802/RJ, 253532/SP) (281)ANDERSON COELHO PEREIRA (96606/MG) (263)ANDERSON DIEGO CANDIDO DA SILVA (37770/PE) (303)ANDERSON ELISIO CHALITA DE SOUZA (76686/PR, 086093/RJ, 77183A/RS)

(773)

ANDERSON JOSE BITTENCOURT (48143/PR) (1080)ANDERSON MARCOS SILVA (218069/SP) (1430)ANDERSON MARTINELLI (317)ANDERSON MORAES PORTES DE OLIVEIRA (109667/MG) (809)ANDERSON POMINI (53739/DF, 299786/SP)(475) (480) (1129) (1134)ANDERSON WAGNER MARCONI (35325/PR) (284)ANDRE ALENCAR PORTO (0025103/DF) E OUTRO(A/S) (1360)ANDRE ANDRADE VIZ (1536A/MG, 057863/RJ, 403038/SP) (1081)ANDRE BERTUOL BERGAMASCHI (50427/RS) (130)ANDRE BOIANI E AZEVEDO (146347/SP)(555) (1653)ANDRE COLACO CABRAL (242737/SP) (282)ANDRE DA SILVA BORGES (47)

ANDRÉ DE CAMARGO ALMEIDA (224103/SP) (1030)ANDRE DE OLIVEIRA GODOY ILHA (15198/SC)(93) (95)ANDRE DUTRA DOREA AVILA DA SILVA (24383/DF) (1564)ANDRE EDUARDO HEINIG (28532/SC) E OUTRO(A/S) (348)ANDRE FELIPE CORDEIRO BRAGA (17301/CE) E OUTRO(A/S) (312)ANDRE JOSE DE PAULA JUNIOR (377953/SP) E OUTRO(A/S) (1243)ANDRE LUIS CERINO DA FONSECA (225178/SP) (1022)ANDRE LUIS CERINO DA FONSECA (225178/SP) E OUTRO(A/S) (309)ANDRE LUIS LOBO BLINI (14402-A/MS, 272028/SP) (1161)ANDRE LUIS PIMENTEL LUDERS (134054/SP) (1642)ANDRE LUIS RODRIGUES DE ANDRADE (1238)ANDRE LUIS SOARES ABREU (73190/RS) (147)ANDRE LUIZ CAZE DOS SANTOS (25992/PE) (804)ANDRE LUIZ PINTO (56674/BA, 94551/MG, 13673/SC) (146)ANDRE LUIZ TEIXEIRA PERDIZ PINHEIRO (183805/SP) (665)ANDRE MENDES MOREIRA (20107/DF, 87017/MG, 126363/RJ, 250627/SP)

(1521)

ANDRE PERECMANIS (109187/RJ) E OUTRO(A/S) (327)ANDRE RAMY PEREIRA BASSALO (007930/PA) (1536)ANDRE RICARDO DE OLIVEIRA (172851/SP) (732)ANDRE SILVA SEABRA (127166/RJ, 355617/SP) (1464)ANDRE TISCHLER ELLWANGER DE ARAUJO (84276/RS) (891)ANDREA BAHR GOMES (21525/PR) (685)ANDREA BUENO MAGNANI (34211/BA, 18136/DF, 183528/SP) (91)ANDREA CHELMINSKY TEIXEIRA LAGAZZI ALONSO (126357/SP) (925)ANDREA DE ALMEIDA GUIMARAES (106781/SP) (1639)ANDREA GEISA PASSOS TRABUCO (41069/BA) E OUTRO(A/S) (1254)ANDREA MARIA DA SILVA GARCIA (152315/SP) (547)ANDREA RODRIGUES ROSSI (18405/GO) (1160)ANDREIA ARAUJO MUNEMASSA (54748/DF, 147841/MG, 25388-A/PB, 093156/RJ, 491-A/RN)

(138)

ANDREIA CARDOSO DO NASCIMENTO (1232)ANDREIA MINUZZI FACCIN (36414/RS)(455) (1610)ANDREIK KELTON GONÇALVES(594) (594)ANDRESSA SILVA MAIA(305) (1342)ANDRESSA TRIBECK FERREIRA TOMAZ (15764/SC) (963)ANDREY DE SOUZA COSTA (1233)ANGELA CRISTINA PEREIRA COSTA (655)ANGELA LUCIA GUERHALDT CRUZ (119745/SP) (713)ANGELA MACEDO MENEZES DE ARAUJO (44591/DF) (279)ANGELA MAGDA SOARES VERISSIMO (71470/MG) (1151)ANGELA MAGDA SOARES VERISSIMO (71470/MG) E OUTRO(A/S) (1151)ANGELA SPESIALI AROEIRA (1257)ANGELA TAVARES DE CASTRO BITTENCOURT (160232/RJ) (268)ANGELO ALBERTO FONTES PARRA (171)ANGELO APARECIDO BIAZI (95422/SP) (911)ANGELO BELLO BUTRUS (115379/RJ) (1660)ANGELO STADTER PIMENTA (91492/MG, 203355/SP) (1170)ANIS SLEIMAN (18454/SP) (1459)ANNA EDINA DE NOGUEIRA CARVALHO (95731/MG) (1176)ANNA MARIA LUCCHESI CARVALHO (1318)ANNA RENATA LEMOS DE LIMA (12555/PB) (1548)ANNE DANIELLE CAVALCANTE DE MEDEIROS (13523/RN) (118)ANSELMO BISPO DOS SANTOS NETO (520)ANTENOR DEMETERCO NETO (28234/PR) (1435)ANTHONIA SUHYANNE SOUSA E SILVA (32614/CE) (1544)ANTONIO ALBERTO PRADA VANCINI (323821/SP) (1589)ANTONIO AUGUSTO DELLA CORTE DA ROSA (57802/PR, 75672/RS, 329432/SP)

(1514)

ANTONIO AUGUSTO REBELLO REIS (118816/RJ, 214036/SP) (659)ANTONIO AUGUSTO TORREZAN PEREIRA BRAZ (229751/SP) (769)ANTONIO BASSO SOBRINHO (1617)ANTONIO BRAGANCA RETTO (17661/SP) (191)ANTONIO CARLOS DA COSTA (171)ANTONIO CARLOS FERREIRA DE ARAUJO (27564/DF, 166004/SP) (1194)ANTONIO CARLOS FIGUEIREDO (171)ANTONIO CARLOS LOPES (33670/SP) (110)ANTÔNIO CARLOS MENDES (28436/SP) E OUTRO(A/S) (1114)ANTONIO CARLOS POMPEU BARBOSA (1270)ANTONIO CARLOS RODRIGUES (302)ANTONIO CARLOS THIESEN (25744/SC) (247)ANTONIO CHAVES ABDALLA (12648A/AL, A1126/AM, 44697/BA, 30742-A/CE, 19032/DF, 21608/ES, 21677/GO, 13568-A/MA, 66493/MG, 17379-A/MS, 17571/A/MT, 26064-A/PA, 20703-A/PB, 01661/PE, 166811/RJ, 40612/SC, 299487/SP, 5969-A/TO)

(1675)

ANTÔNIO CLETO GOMES (0005864/CE) E OUTRO(A/S) (974)ANTONIO COSME SANTOS DE JESUS (520)ANTONIO DE OLIVEIRA BRAGA FILHO (170277/SP) (675)ANTONIO ELMO GOMES QUEIROZ (43988/DF, 23878/PE, 339206/SP)

(201)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 440

ANTONIO FERNANDO COSTA PIRES FILHO (148)ANTONIO GUILHERME FERRAZOLLI BELTRAMI (205480/SP) (679)ANTONIO HAMILTON DE CASTRO ANDRADE JUNIOR (71797/SP) (559)ANTONIO HENRIQUE MEDEIROS COUTINHO (034308/DF) (1428)ANTONIO JOSE BOLDRIN (118385/SP) (1578)ANTONIO JOSE PEREIRA DE SOUZA (6639/ES) (529)ANTONIO JOSE SAMPAIO DOS SANTOS (2341/SE) (542)ANTÔNIO LOPES MUNIZ (39006/SP) (1510)ANTONIO LOURENCO DA SILVA (094429/RJ) E OUTRO(A/S) (1201)ANTONIO LOURO (1175)ANTONIO MARIO SANT ANNA BIANCHI (47170/RS, 32271/SC) (1146)ANTONIO NABOR AREIAS BULHOES (1109/AL, 1465-A/DF, 2251-A/RJ) E OUTRO(A/S)(289) (339)ANTONIO PEDRO LOVATO (139278/SP) (257)ANTONIO RAMOS VIANNA JUNIOR (20102/ES) (505)ANTONIO RICARDO DA SILVA (1302)ANTONIO ROBERTO DE OLIVEIRA (384)ANTONIO RUIZ FILHO (80425/SP) (1347)ANTONIO TORREAO BRAZ FILHO (09930/DF, 154525/MG) (1673)ANTONIO VALMOR JUNKES (23414/PR) (856)APARECIDA CLAUDINEIA DE SIQUEIRA SILVA (181088/SP) (254)APARECIDA FRANCISCA MACHADO RUBIO GEROMEL (171)APARECIDA ROZANGELA DOS SANTOS (304)ARIANA APARECIDA OLIVEIRA INÁCIO (1326)ARIANE BARRETO DA CUNHA DE SOUZA (167284/RJ) (264)ARIANE DE SOUZA MONARO (13094/B/MT) (672)ARIOSVALDO MENDES RUFINO (38325/SC) (801)ARISTEU YASSUO TAKAHASHI (1160)ARISTIDES JUNQUEIRA ALVARENGA (0012500/DF) E OUTRO(A/S) (1053)ARIVALDO RESENDE DE CASTRO JUNIOR (109163/MG) E OUTRO(A/S)

(936)

ARLINDO SANTATO (658)ARMANDO AUGUSTO SCANAVEZ (60388/SP) (1072)ARMANDO GUIMARAES DE ALMEIDA NETO (73556/RJ, 159346/SP) (169)ARMANDO SOUTELLO CORDEIRO (2151/PA) E OUTRO(A/S)(1044) (1045)ARNALDO UBATUBA DE FARIA LUIZ (76499/RS) (283)ARNOLDO WALD FILHO (1496-A/DF, 58789/RJ, 111491/SP) (169)ARTHUR AUGUSTO CAMPOS FREIRE (266329/SP) (1019)ARTHUR DE CASTILHO NETO (846A/DF) (821)ARTHUR JORGE SANTOS (134769/SP) (276)ARTHUR LIMA GUEDES (18073/DF) (1428)ARTUR GABRIEL FERREIRA (29141/PR) (1502)ARTUR GARRASTAZU GOMES FERREIRA (185918/RJ, 14877/RS, 388403/SP)

(1465)

ARTUR MONTEIRO ARAUJO (42062/BA) (927)ARYSTOBULO DE OLIVEIRA FREITAS (36864/DF, 30772/GO, 215485/RJ, 82329/SP)

(478)

ASDRUBAL NASCIMENTO LIMA NETO (31401/DF) (1595)ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SANTA CATARINA (1190)ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO (819)ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO MARANHÃO (1197)ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (1191)ASTOR NUNES BARROS (1559-A/AP, 248044/SP) (1620)AUREA CORREIA DE ANDRADE (93657/SP) (1107)AURY CELSO LIMA LOPES JUNIOR (58251/DF, 31549/RS)(1158) (1159)AURY CELSO LIMA LOPES JUNIOR (58251/DF, 31549/RS) E OUTRO(A/S)

(1274)

AUTOPORT TRANSPORTES DE VEICULOS LTDA. (979)AUTOPORT TRANSPORTES E LOGISTICA LTDA. (979)AYRTON DE SOUZA (19780/SC) (616)BALTIMORE S/A (1214)BANDEIRANTE ENERGIA S/A (447)BARBARA LOPES BINDELI (43535/BA) (928)BEATRIZ DA SILVA COSTA DE SOUZA (116555/RJ) E OUTRO(A/S)(37) (297)BENEDICTO CELSO BENICIO (133843/RJ, 20047/SP) (471)BENEDITO JOSE DA NOBREGA VASCONCELOS (1548)BENEDITO JOSE DA NOBREGA VASCONCELOS (5679/PB) (1548)BENICIO PINTO PESSANHA JUNIOR (114885/RJ) (1403)BENTO OLIVEIRA SILVA (157851/RJ, 88888/SP) (517)BERNARDO MENICUCCI GROSSI (97774/MG) E OUTRO(A/S)(1377) (1396)BERNARDO PESSOA DE OLIVEIRA (155123/MG) (196)BERNARDO RABELO BRUTO DA COSTA (33666/PE) (798)BERNARDO STROBEL GUIMARÃES (32838/PR) E OUTRO(A/S)(1494) (1495)BIANCA MONTENEGRO VALENTIM (12044/ES) (1516)BIANCA TAVARES ARAGÃO (1303)BLAS GOMM FILHO (04919/PR)(197) (1638)BOPIL BORRACHA E PLASTICO INDUSTRIAL LTDA (155)

BORIS MARQUES DA TRINDADE (2032-A/PB, 02032/PE, 994-A/RN) (466)BORIS MARQUES DA TRINDADE (2032-A/PB, 02032/PE, 994-A/RN) E OUTRO(A/S)

(324)

BRENDA RESENDE COUTO DOS SANTOS (28402/DF) E OUTRO(A/S)

(1383)

BRENDALI TABILE FURLAN (61812/RS, 28292/SC) (571)BRUNA DE MELLO (247593/SP) (1119)BRUNA PAMELA LOTUFO (353823/SP) (906)BRUNA QUINTILIANO DE OLIVEIRA (279912/SP) (154)BRUNA ROLIM FERNANDES (97502/RS)(455) (1610)BRUNO AZEVEDO ALVES PEREIRA (274563/SP) (642)BRUNO BORGES ZORTEA (59092/RS) (753)BRUNO CORREA DA SILVA (176282/MG) (33)BRUNO FILIPE DE OLIVEIRA RIBEIRO (187086/RJ) (1677)BRUNO GUEDES VITÓRIA (1230)BRUNO GUSTAVO PAES LEME CORDEIRO (312474/SP) (711)BRUNO IRION COLETTO (79274/RS) (825)BRUNO MACHADO DE ALMEIDA (1297)BRUNO MOREIRA KOWALSKI (45024/DF, 155769/MG, 271899/SP) (849)BRUNO NASCIMENTO DE MENDONCA (21449/BA)(709) (755) (756) (803)BRUNO NUNES MORAES (22224/BA)(1064) (1065)BRUNO PELLE RODRIGUES (319717/SP) (452)BRUNO TEIXEIRA GONZALEZ (22456-A/MS, 274566/SP)(262) (272)BRUNO TITARA DE ANDRADE (10386/AL) (750)BRUNO YAMAOKA POPPI (253824/SP) (711)BRUNO ZARONI DE FRANCISCO (115794/RJ, 256183/SP) (1542)CAHUE ALONSO TALARICO (214190/SP) (727)CAINÃ MARÇAL NUNES(608) (608)CAMARA MUNICIPAL DE NATAL (118)CAMILA CORREA TEIXEIRA (12291/PA) (431)CAMILA DE ALCANTARA RICO (39688/SC) (174)CAMILA GARCIA CUSCHNIR (244495/SP) (1347)CAMILA MONTEIRO BERGAMO (201343/SP) (204)CAMILA NEVES MENDONCA MEIRA (15818/MS) (163)CAMILA PERISSINI BRUZZESE (212496/SP) (521)CAMILA TELEMBERG SELL (1452)CANDICE SANTANA FERNANDES (21693/BA) (1501)CANDIDO ANTONIO DE SOUZA FILHO (81754/MG) (196)CANDIDO FERREIRA DA CUNHA LOBO (49659/RJ)(197) (1638)CARIM JORGE MELEM NETO (13789/PA)(370) (1410)CARLA APARECIDA ALVES DE OLIVEIRA (105190/MG, 367105/SP)(235) (482) (483) (656) (699) (717) (719) (720) (721) (722)(723) (724) (740) (741) (766) (770) (771) (777) (787) (788)(792) (794)CARLA DAYANY DA LUZ DE ABREU (7038/AM) E OUTRO(A/S) (1156)CARLA MARIA MELLO LIMA MARATA (112107/SP) (450)CARLA TURCZYN BERLAND (194959/SP) (222)CARLOS ADROALDO RAMOS COVIZZI (40869/SP) (457)CARLOS ALBERTO BEZERRA DE QUEIROZ FILHO (26727/PE) (466)CARLOS ALBERTO BOECHAT RANGEL (064900/RJ) (111)CARLOS ALBERTO DE SOUSA SANTOS (260933/SP)(228) (553)CARLOS ALBERTO DE SOUZA JUNIOR (79481A/RS, 12294/SC)(123) (1490)CARLOS ALBERTO FARRACHA DE CASTRO (20812/PR, 183213/RJ, 42777/SC, 364857/SP) E OUTRO(A/S)

(1214)

CARLOS ALBERTO GOULART GUERBACH (85068/SP) (1686)CARLOS ALBERTO LUBE JUNIOR (145807/RJ) (1581)CARLOS ALBERTO LUNELLI (32562/RS) (546)CARLOS ALBERTO PACIANOTTO JUNIOR (214264/SP)(751) (752)CARLOS ALBERTO RIBEIRO DE ARRUDA (133149/SP) (1609)CARLOS ALEXANDRE BARBOSA DOS SANTOS (1231)CARLOS ALEXANDRE DANIEL SANCHEZ (31597/PE) (216)CARLOS ALEXANDRE GUIMARAES PESSOA (80572/RJ, 288595/SP)

(1118)

CARLOS AUGUSTO DE ALMEIDA RAMOS (339)CARLOS AUGUSTUS MAUA (202587/SP)(736) (1178)CARLOS CESAR COLMAN (135583/SP) (465)CARLOS CESAR GAMBA (171)CARLOS EDUARDO BOICA MARCONDES DE MOURA (138628/SP) (460)CARLOS EDUARDO DE OLIVEIRA (135531/SP)(580) (1642)CARLOS EDUARDO PEIXOTO GUIMARAES (134031/SP)(179) (180) (183) (1541)CARLOS EDUARDO SILVA E SOUZA (19723/DF, 7216/O/MT, 37481/ (655)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 441

PR)CARLOS FERNANDO BALDUINO (1498)CARLOS FREDERICO DE FARIA PEREIRA (15468/DF) (1640)CARLOS GOMES DE FIGUEIREDO NETO (081286/RJ) (169)CARLOS GUILHERME MACEDO PAGIOLA CORDEIRO (0016203/ES)

(1229)

CARLOS HENRIQUE BRANDÃO NOVAES (520)CARLOS HENRIQUE RICARDO SOARES (326153/SP) (540)CARLOS HENRIQUE SILVA DE OLIVEIRA (32)CARLOS JOSE DAL PIVA (20693/PR, 2053/RO, 46.497A/RS, 19203/SC, 178262/SP)

(1553)

CARLOS KAUFFMANN (123841/SP) (1347)CARLOS MAGNO GONZAGA CARDOSO (1575/ES) (1128)CARLOS MARCOS COLONNESE (1347)CARLOS MENDES DA SILVEIRA CUNHA (36292/SC)(1667) (1668)CARLOS NICODEMOS OLIVEIRA SILVA (0075208/RJ, 0075208/RJ) E OUTRO(A/S)

(1497)

CARLOS PEREIRA DA SILVA (398)CARLOS ROBERTO DA SILVA (203071/SP) (746)CARLOS ROBERTO DE ALENCAR (118347/SP) (561)CARLOS ROBERTO DE SOUSA (8693/SE) (127)CARLOS ROBERTO MICELLI (39102/SP) (1212)CARLOS ROBERTO SIQUEIRA CASTRO (169709A/SP) (1438)CARLOS ROGERIO PENHA FREIRE (1387)CARLOS VICTOR PAIXAO XIMENES (165369/RJ) (622)CARLOS VICTOR PAIXÃO XIMENES (RJ165369/) (621)CARMEN MANSANO DA COSTA BARROS FILHA (01875/A/DF, 41099/RJ)

(1427)

CAROLINA DAVOGLIO DE ARRUDA (16501/B/MT, 29208-A/PB) (527)CAROLINA VILAS BOAS NOGUEIRA (171072/MG, 104337A/RS, 300653/SP)

(697)

CAROLINE HAESBAERT DE PAIVA (56671/RS) (571)CAROLINE MARQUES RODRIGUES (104260/MG) (729)CAROLINE PACHECO RAMOS FERNANDEZ (132825/MG, 133524/RJ)

(1500)

CAROLINE PACHECO RAMOS FERNANDEZ (133524/RJ) (1039)CARREFOUR COMÉRCIO E INDÚSTRIA LTDA (689)CASEMIRO NARBUTIS FILHO (96993/SP)(555) (1653)CASSEMIRO DE MEIRA GARCIA (17655-A/MS, 42137/PR) (695)CASSIA MARTUCCI MELILLO BERTOZO (211735/SP) (1591)CASSIUS VINICIUS LANA DE VASCONCELOS (105698/MG) (1140)CATARINA NETO DE ARAUJO (208460/SP) (502)CATIA CRISTINE ANDRADE ALVES (101438/MG, 199327/SP)(592) (1679)CATIA REGINA DE SOUZA BOHNKE (28497/BA, 18315/SC, 750A/SE)(135) (144)CAUBI PEREIRA GOMES (346648/SP) (1314)CAYO MARCUS NORONHA DE ALMEIDA FERNANDES (117599/MG)

(263)

CEB DISTRIBUICAO S.A. (447)CECILIA ARANTES PALMERIO (1426)CELESC DISTRIBUICAO S.A (447)CELG DISTRIBUICAO S.A. - CELG D (447)CELIA REGINA DE LIMA (148)CELINA KAZUKO FUJIOKA MOLOGNI (09393/PR) (1619)CELMO MÁRCIO DE ASSIS PEREIRA (61991/SP) (1167)CELSO CARLOS FERNANDES (77270/SP) (1583)CELSO LUIS DIAS CALIXTO (12195/GO) (873)CELSO SANCHEZ VILARDI (174344/RJ, 120797/SP)(415) (1556)CELSO SOARES GUEDES FILHO (45383/MG) (1408)CELSO SOUZA COUTO (520)CENTRAIS ELETRICAS DE RONDONIA SA CERON (447)CENTRAIS ELETRICAS DO PARA S.A. - CELPA (447)CERSEF EMPREITEIRA DE OBRAS LTDA - ME (384)CESAR AZIM (4302/CE) (933)CESAR CASTELLUCCI LIMA (22369/SC) E OUTRO(A/S) (39)CESAR JULIAN FRANÇA (326)CHARLES DE OLIVEIRA RODRIGUES (1315)CHARLES THIAGO PEREIRA DA SILVA (1331)CHEILA CRISTINA SCHMITZ (00032810/SC) E OUTRO(A/S) (1067)CHERYL BERNO (122725/RJ) (1191)CHILDERICO JOSE FERNANDES (006013/PA) (1005)CHL DESENVOLVIMENTO IMOBILIARIO S.A. (1464)CHRISTIAN GERALDO RODRIGUES (1309)CHRISTIAN RICHARD AMARAL DE OLIVEIRA (40530/GO) E OUTRO(A/S)

(1220)

CHRISTIANE PANTOJA (15372/DF) (1438)CHRISTIANE SIMOES MENESCAL CARNEIRO (75199/RJ)(1573) (1574)CHRISTIANE TORTURELLO (176823/SP) (209)CHRISTIANO OLIVEIRA PRATES (78008/MG) (767)

CHRISTIANO PEREIRA DA SILVA (174740/SP) (172)CICERA JOSEFÁ ARAÚJO DE SOUSA (344)CICERO ALMEIDA OLIVEIRA (42304/BA)(861) (863)CICERO GOMES LAGE (15001/GO) (270)CICERO JOSE DE JESUS ASSUNCAO (61256/SP) (479)CICERO SALUM DO AMARAL LINCOLN (319219/SP) E OUTRO(A/S)(10) (21) (1317) (1321) (1333) (1337)CID VIEIRA DE SOUZA FILHO (58271/SP) E OUTRO(A/S) (1380)CILEY MARIA ALONSO TALARICO (727)CINTIA SOUZA PEREIRA (270)CIRLENE CRISTINA DELGADO (88338/PR, 154099/SP) (899)CIRO REGINATO FARIA (331281/SP) (285)CLARICE PEREIRA PINTO (173)CLARICE PEREIRA PINTO (14610/DF) (173)CLAUDETE FRANCO SALIM (346)CLAUDIA CRISTINA NUNES NOBREGA (10859/DF, 13695/GO, 127984/RJ)

(173)

CLAUDIA HELENA FUSO CAMARGO (186727/SP) (425)CLAUDIA PEREIRA QUINTINO (23357/GO) (734)CLAUDIA ROBERTA GONZALEZ LEMOS DE PAIVA (3654/RN) (136)CLAUDIA SANTELLI MESTIERI (148)CLAUDIA SANTORO (155426/SP) (521)CLAUDIO ADÃO ALVES DE OLIVEIRA SILVA(596) (596)CLAUDIO CIRIACO CIRINO (19573/GO) (873)CLAUDIO EVANDRO STEFANO (28512/PR) (281)CLAUDIO MELO DA SILVA (282523/SP) (749)CLAUDIO MERTEN (15647/RS, 42226/SC, 86366/SP) (531)CLAUDIO ROBERTO DIAS(603) (603)CLAUDIO YOSHIHITO NAKAMOTO (169001/SP)(413) (425)CLAUDIONOR VIEIRA BAUS (192560/SP) (509)CLEBER EGIDIO ANDRADE BANDEIRA (172446/SP) (1552)CLEBER MARQUES REIS (47894/DF, 75413/RJ)(644) (761)CLEBERSON ALVES DA SILVA (1122)CLEDINEY BOEIRA DA SILVA (52051/PR) (1502)CLEIDE SIQUEIRA PEREIRA (96027/SP) (683)CLEIDE TALARICO DIAS (727)CLELIA CONSUELO BASTIDAS DE PRINCE (51068/BA, 29082/SC, 163569/SP)

(577)

CLEOMAR ANTONIO DE SOUZA (298)CLEONICE LOURENCO RODRIGUES DA SILVA (19808/DF) (1079)CLEUDIMAR DE CARVALHO SILVA (9445/MA) (544)CLOVIS MARCIO DE AZEVEDO SILVA (65284/SP) (149)CLOVIS TALARICO (727)COMPANHIA BRASILEIRA DE SEGUROS E PREVIDÊNCIA (1104)COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO DA BAHIA COELBA (447)COMPANHIA ENERGETICA DE ALAGOAS - CEAL (447)COMPANHIA ENERGETICA DE PERNAMBUCO (447)COMPANHIA ENERGETICA DO CEARA (447)COMPANHIA ENERGETICA DO PIAUI (447)COMPANHIA ENERGETICA DO RIO GRANDE DO NORTE COSERN (447)COMPANHIA ESTADUAL DE DISTRIBUICAO DE ENERGIA ELETRICA - CEEE-D

(447)

COMPANHIA NACIONAL DE ENERGIA ELETRICA (447)COMPANHIA PAULISTA DE FORCA E LUZ (447)COMPANHIA PIRATININGA DE FORCA E LUZ (447)CONFEDERACAO NACIONAL DO COMERCIO DE BENS, SERVICOS E TURISMO - CNC

(169)

CONGRESSO NACIONAL (1198)CONRADO ALMEIDA CORREA GONTIJO (47457/DF, 305292/SP) E OUTRO(A/S)

(315)

CONSTANTINO PIFFER JUNIOR (31115/SP) (1472)CRISAINE MIRANDA GRESPAN (17224-A/MS, 46133/PR)(458) (1628)CRISLANE OLIVEIRA DA SILVA (1290)CRISTIANE APARECIDA LEANDRO (262599/SP) (651)CRISTIANE CAVALHEIRO RODRIGUES TORRES (16539/DF) (1120)CRISTIANE GEWEHR (19288/SC) (965)CRISTIANE GUIDORIZZI SANCHEZ CHELLI (118582/SP) (573)CRISTIANE LEMES DA ROSA DE SOUZA (43231/SC)(886) (1066)CRISTIANE ROMANO FARHAT FERRAZ (29323/BA, 01503/A/DF, 103868/MG, 123771/SP)

(382)

CRISTIANE SAYURI OSHIMA (148)CRISTIANE SCUDELER VIOLINO (142792/SP) (1641)CRISTIANO BRITO ALVES MEIRA (16764/DF, 407076/SP) (1193)CRISTIANO DE SOUZA MAZETO (148760/SP) (1040)CRISTIANO MIRANDA PRADO (5794/SE)(542) (543)CRISTIANO ZANIN MARTINS (0172730/SP) (1203)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 442

CRISTIANO ZANIN MARTINS (32190/DF, 153599/RJ, 172730/SP)(169) (1093) (1096) (1135)CRISTINA ALVAREZ MARTINEZ GERONA (197342/SP) E OUTRO(A/S)

(1098)

CRISTINA CARVALHO NADER (148)CRISTINA LIFCZYNSKI PEREIRA (34295/RS)(611) (614)CRISTOPHER LACOURT LOUREIRO (1229)CUSTODIO AMARO ROGE (93094/SP) (104)CYLIS SOUZA (541)CYLL FARNEY FERNANDES CARELLI (179432/SP) (257)CYNTHIA AMARO MAMEDE MADUREIRA (137705/MG) (775)D.P.G. (1308)DAIANE DAGMAR JORGE (39)DAIANE FRAGA DE MATTOS (65321/RS) (423)DAISSON SILVA PORTANOVA (9057-A/MA, 01343/PE, 119774/RJ, 25037/RS, 30898/SC, 186927/SP)(97) (99) (417)DALCIR FROLDI JUNIOR (171)DALDI SOUZA FREITAS SANTOS FILHO (157542/RJ) (689)DANFRIS MIRANDA DO NASCIMENTO SEABRA (1284)DANIEL CALAZANS PALOMINO TEIXEIRA (42391/DF, 128887/MG, 385575/SP) E OUTRO(A/S)

(819)

DANIEL CAMPOS GUIMARÃES DA CUNHA (0155549/RJ) (976)DANIEL DAS NEVES GOMES (94005/RS) (461)DANIEL DE MAGALHAES PIMENTA (0098643/MG) E OUTRO(A/S) (1027)DANIEL GERBER (47827/DF, 39879/RS) E OUTRO(A/S) (331)DANIEL HENRIQUE MOTA DA COSTA (238982/SP)(452) (745)DANIEL LEON BIALSKI (125000/SP) E OUTRO(A/S)(1089) (1329)DANIEL LUZ (357144/SP)(480) (1134)DANIEL MESQUITA DE ARAUJO (313948/SP)(1566) (1567)DANIEL MOURA MARINHO (5825/PI) (952)DANIEL OLIVEIRA MATOS (106346A/RS, 47202/SC, 315236/SP) (1059)DANIEL PEGORARO (171)DANIEL RICARDO DAVI SOUSA (94229/MG) (1152)DANIEL ROBERTO DE SOUZA (289297/SP) (562)DANIEL SALVIATO (279233/SP) (646)DANIEL SOARES ALVARENGA DE MACEDO (36042/DF) (1427)DANIEL WANDERLEY ESBERARD (39669/BA) (1608)DANIELA CRISTINA MIGUEL BRUZARROSCO (327963/SP) (502)DANIELA DOS SANTOS NETO (532)DANIELA DUTRA SOARES (202531/SP) (921)DANIELA GUITTI GIANELLINI (205266/SP) (786)DANIELA RAMOS DE OLIVEIRA DOS SANTOS (109764/MG) (707)DANIELE CESCA TAMAGNO (164348/RJ, 60896/RS, 43379/SC) (1469)DANIELE CRISTINA MORALES (341164/SP) (573)DANIELLA ZAGARI GONCALVES (28473/BA, 181728/RJ, 77140A/RS, 116343/SP)

(382)

DANIELLE GONCALVES PINHEIRO (226424/SP) (1586)DANILO AKIO KOTO (260971/SP) (475)DANILO AUGUSTO DA SILVA (323623/SP) (217)DANILO BITTENCOURT COELHO (28783/SC) E OUTRO(A/S) (1382)DANILO GIUBERTI FILHO (12144/MA) (544)DANILO KNIJNIK (47828/DF, 34445/RS, 407746/SP) (386)DANILO MONTEIRO DE CASTRO (200994/SP) (967)DANILO MORAIS DOS SANTOS (50898/DF) (1195)DANILO ROSA MARQUES (311)DANILO VIDILLI ALVES PEREIRA (234528/SP)(244) (1648)DANTON ILYUSHIN BASTOS (35297/PR) (498)DANUBIA SOUTO DE FARIA COSTA (29843/DF, 167342/RJ, 316351/SP)(617) (619) (620) (623) (626)DARA BEATRIZ EFROMOVICH (222)DARCI MANOEL GONCALVES (603/SC) (1461)DARCIO JOSE DA MOTA (27457/ES, 69585/PR, 210492/RJ, 67669/SP)(684) (850)DARIO SERGIO RODRIGUES DA SILVA (56437/PR, 163807/SP) (128)DARLENE BELLO DA SILVA (115075/RJ) (1660)DARLI JEOVÁ DO AMARAL (02899/MG) (1069)DATIVA - ROSEMAR NASCIMENTO SILVA NIQUINI (125465/MG) (1487)DATIVO - FRANCISCO SIMÕES PACHECO SAVOIA (OAB 306475/SP)

(1607)

DAVI ANDRE COSTA SILVA (82558/RS)(1158) (1159)DAVI CUNHA REIS DE OLIVEIRA (171)DAVID CHRISTOFOLETTI NETO (158929/SP) (1589)DAVID CURY NETO (307075/SP) (1564)DAVID FERNANDES DA SILVA (15459/PE) (1532)DAVID GONCALVES DE ANDRADE SILVA (29006/DF, 52334/MG, 214976/RJ, 160031/SP)

(277) (430)DAVID MARTINS (351104/SP) (28)DEBORA DE ARAUJO HAMAD YOUSSEF (251419/SP) (521)DEBORA LETICIA OLIVEIRA VIDAL (6224/O/MT) (961)DÉBORAH MORAES DE SÁ (223945/SP) (1030)DECIO ANTONIO ERPEN (49151/RS)(876) (879)DÉCIO ANTÔNIO ERPEN (49151/RS) (1196)DECIO ANTONIO ERPEN (49151/RS) E OUTRO(A/S)(823) (828) (877) (878) (880) (881) (882) (883) (884) (885)DÉCIO FREIRE (2255A/RJ) E OUTRO(A/S) (1672)DECIO NASCIMENTO (20523/SP) (683)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL(437) (851) (865) (985) (1416) (1493) (1618) (1664)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE ALAGOAS (192)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO(162) (193) (366)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL(6) (585) (1421)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS(388) (409) (591) (1467) (1662)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO (1125)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO(11) (225) (343) (402) (403) (404) (406) (536) (676) (737)(1226) (1326) (1334) (1345) (1385) (1476) (1504)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE(535) (1652)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS (68)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ (1489)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO(14) (308) (354) (530)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃO(81) (81) (1409) (1409)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ (242)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO(1347) (1370) (1505)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(131) (1557)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO TOCANTINS (1455)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL(4) (29) (36) (50) (78) (120) (165) (298) (304) (318)(342) (346) (351) (355) (379) (486) (500) (582) (650) (942)(972) (975) (977) (978) (1021) (1075) (1206) (1210) (1218) (1219)(1222) (1227) (1231) (1240) (1246) (1275) (1292) (1299) (1328) (1395)(1413) (1419)DELMO BARBOSA DE SANTANA (520)DENIS WILLIAN NUNES DA SILVA GOMES(599) (599)DENISE ALVES DE MIRANDA BENTO (21789/GO) (1009)DENISE DUARTE CARDOSO LORENTZIADIS (148)DENIZE DE SOUZA CARVALHO DO VAL (64737/SP) (897)DENIZE DE SOUZA CARVALHO DO VAL (64737/SP) E OUTRO(A/S) (1121)DENNER PEREIRA (227881/SP) (1552)DENYS CHIPPNIK BALTADUONIS (283876/SP)(907) (909)DEOSDETE MESSIAS DOS SANTOS (725)DEUSDETE GONÇALVES SOUZA (973)DIANA PEREZ RIOS (22371/BA) (520)DIANA VALERIA LUCENA GARCIA (148)DIB ELIAS FILHO (7209/PA) (1279)DIEGO ALVES MOREIRA DA SILVA (376599/SP) (1022)DIEGO BRIDI (236017/SP) (890)DIEGO DE FREITAS DANTAS (118435/MG) (1549)DIEGO DUARTE GONZALEZ (91820/RS) (461)DIEGO FILIPE FUSCHI (292389/SP) (320)DIEGO HENRIQUE TERRA(595) (595)DIEGO IGOR CONCHESKI(42) (1340)DIEGO NATANAEL SILVA (169223/MG) E OUTRO(A/S) (1173)DIEGO PISANI BENTO DA SILVA (1146)DIEGO SOARES PEREIRA (11940A/AL, 34123/DF) (648)DIEGO TAMARU (339940/SP) (810)DILMA VANA ROUSSEFF (1083)DILSON TEIXEIRA VIANA (17)DIMAS BENJAMIN DE FREITAS GUARNIERI (171)DINADIR ROSA DE JESUS FÁBIO (1224)DINO ARAÚJO DE ANDRADE (20182/DF) (1383)DIOGO BRITO DE FIGUEIREDO (5195/SE) (271)DIOGO DANTAS OLIVEIRA (5433/SE)(255) (867)DIOGO DE AZEVEDO TRINDADE (11270/PA) (1005)DIOGO DUARTE DE LIMA (10)DIOGO MORADOR BRASIL (63428/RS) (761)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 443

DIOGO RUDGE MALAN (57228/DF, 098788/RJ) (468)DIOGO VENITE (332421/SP) (842)DION NORBERT DE OLIVEIRA (106241/RS) (835)DIRCE RODRIGUES DE SOUZA (148)DIRCEU ALVES DE CAMARGO (171)DISTRITO FEDERAL (1037)DJALMA FERNANDES DE SOUZA (113345/MG) (557)DORACI PEDRO MARQUETTO (16168/RS) (1453)DORIVAN MATIAS TELES (00688/A/DF, 5449/GO) (1593)DOUGLAS ALEXANDRE DE SOUZA (68711/PR) (1619)DOUGLAS CLASEN (18419/SC) (124)DOUGLAS DANTAS MORETI (43126/PR) (214)DOUGLAS JOSE JORGE (156727/SP)(1566) (1567)DOUGLAS MOISES QUINTILIANO (27)DULCE RAMOS TERRA RODRIGUES (658)DULCINEIA FRANCO DE JEZUS (658)DULCINEIA ISRAEL COSTA (41417/PR, 18415/SC)(864) (869)DURVALDO RAMOS VARANDAS DE CARVALHO NETO (0005550/RN) E OUTRO(A/S)

(328)

DUST TECNOLOGIA EM LIMPEZA LTDA (779)EDCRIS CEZAR BARBOSA BELO (31106/PE) (797)EDEILDO RANGEL SANTOS (520)EDEMILTON ALVES PEREIRA (152947/RJ) (631)ÉDER DONIZETE CAMPOS GUIMARÃES (1333)EDER RICARDO FIOR (55579/DF) E OUTRO(A/S)(1200) (1252) (1253) (1255)EDERSON GOMES GUBERT (33958/SC) (929)EDGLY DUTRA BARBOSA (312)EDILASIR ALTINA DE ARAÚJO AFONSECA (1272)EDILENO DE LIMA PEREIRA (322)EDISON FREITAS DE SIQUEIRA (23016/BA, 2074-A/DF, 28659/GO, 92047/MG, 10305/A/MT, 47098/PR, 2541-A/RJ, 22136/RS, 22281/SC, 172838/SP)

(503)

EDISON JOSE LOURENCO (160749/SP) (551)EDIVALDO TAVARES DOS SANTOS (104134/SP) (1133)EDMAR ANTONIO ALVES FILHO (31312/GO)(1384) (1665)EDMAR DE OLIVEIRA NABARRO (8875/MA) (853)EDNEI SABINO DA COSTA (44460/PR) (214)EDSON ALFREDO MARTINS SMANIOTTO (33510/DF) (279)EDSON DANIEL RAMOS (21514/PB) E OUTRO(A/S) (1357)EDSON DANIEL RAMOS FILHO (24049/PB) E OUTRO(A/S)(1355) (1356)EDSON DO NASCIMENTO(587) (587)EDSON GIROTO(314) (1343)EDSON LUIZ DOS SANTOS (148)EDSON NOVAES DE OLIVEIRA (541)EDUARDO ALEXANDRE COSTA CORREA (5211/MA) (1387)EDUARDO ARRIEIRO ELIAS (30108/DF, 96410/MG) (430)EDUARDO AUGUSTO DE OLIVEIRA RAMIRES (17959/DF, 127660/MG, 17239/SC, 69219/SP) E OUTRO(A/S)

(849)

EDUARDO AVOLIO BONUMA (176693/SP) (904)EDUARDO BELLI PEREIRA DE SOUZA (48700/MG)(258) (1650)EDUARDO CASSEB(35) (1339)EDUARDO HENRIQUE FLORES FERREIRA (128665/MG)(1309) (1315)EDUARDO LEMOS PRADO DE CARVALHO (82776/PR, 190259/RJ, 192989/SP)

(1634)

EDUARDO LUIS DURANTE MIGUEL (32229/GO, 212529/SP, 3881-A/TO)

(1391)

EDUARDO MARCANTONIO LIZARELLI (167016/MG, 143667/RJ, 152776/SP)

(1112)

EDUARDO MEDALJON ZYNGER (157274/SP) (1427)EDUARDO RIOS PINTO RIBEIRO (73368/RS) (1488)EDUARDO ROOS ELBL (45552/PR) (539)EDUARDO ROSA FRANCO (55310/RS, 45261/SC)(123) (1490)EDUARDO SOARES BRANDAO (113737/SP) (948)EDUARDO TAVOLASSI (303414/SP) E OUTRO(A/S) (336)EDUARDO VITAL CHAVES (55334/BA, 53637/DF, 134020/MG, 43568/PE, 73379/PR, 181103/RJ, 38283/SC, 257874/SP)

(266)

EDVALDO VIEIRA DE ALENCAR (15518/BA) (857)EFRAIM FIDELIS RODRIGUES (112531/SP) (826)EGINARDO DE MELO ROLIM FILHO (17062/CE) (253)EGON BOCKMANN MOREIRA (14376/PR)(1494) (1495)EISENHOWER DIAS MARIANO (056550/RJ) (624)EISLER ROSA CAVADA (40196/RS) E OUTRO(A/S) (1683)

ELAINE PEREIRA CAVALCANTE (164643/SP) E OUTRO(A/S) (1441)ELAINE PERPETUA SANCHES SILVA (131577/SP) (714)ELCIMAR SERAFIM DE SOUZA (9849/MS) (760)ELCIONE APARECIDA CARDOSO (66682/MG) (1151)ELEKTRO ELETRICIDADE E SERVICOS S/A (447)ELENICE MARIA FERREIRA (176755/SP) (199)ELENIR XAVIER COSTA (725)ELETROPAULO METROPOLITANA ELETRICIDADE DE SAO PAULO S.A.

(447)

ELEUDI NARCISO DA SILVA (21684/MS) (249)ELIANA DA COSTA LOURENÇO (1197)ELIANA LUCIA FERREIRA (115638/SP) (199)ELIANE REIS DE MELO DE MEJIAS (3295/SE) (1424)ELIAS CIDRAL (9689/SC) (368)ELIAS MARQUES DE MEDEIROS NETO (196655/SP) (1137)ELIAS VENÂNCIO DOS SANTOS(602) (602)ELIAS VITALINO CIPRIANO DE SOUSA (4769/PI) (1074)ELIEL ALEXANDRE DOS SANTOS (43)ELIETE DE SOUZA COLARES (3847/PA) (359)ELIETE MARIA ZUPPI BALISTA (171)ELIEZER PEREIRA MARTINS (168735/SP)(845) (941)ELIFAZ GONÇALVES DE LEMOS (19)ELIONALDO GONCALVES MONTEIRO (984)ELIONE VARGAS GUIMARAES JUNIOR (1237)ELISANGELA MARIA DE LIMA (1273)ELISEU LEMOS PADILHA (1352)ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLICIO (17009/PE) (189)ELIZABETH TAVARES CARREIRA (258116/SP) (737)ELIZAEL VIEIRA DE BARROS (337)ELLEN CRISTIANE JORGE (19821/DF) (443)ELOY PILAR DE PAULA (541)ELTON BARBOSA DA SILVA (34669/DF) (508)ELVIS ROGERIO DA SILVA LOPES (8)ELZA ALVES DOS SANTOS (1534)ELZA MARIA DA CUNHA FERRAZ (324397/SP) (563)EMANUELA MARIA LEITE BEZERRA CAMPELO (15499/CE)(219) (1164) (1165)EMERSON DAVIS LEONIDAS GOMES (08385/PE) E OUTRO(A/S) (940)EMERSON DOS SANTOS OLIVEIRA (47224/RS) (1452)EMERSON NUNES DA SILVA (1282)EMILIA DE FÁTIMA FERREIRA GALVÃO DIAS(1436) (1684)EMIR CARLOS GONCALVES (683)EMMANUEL LUIZ AVELAR DE AZEVEDO (91051/MG) (1004)EMPRESA ELETRICA BRAGANTINA S A (447)EMPRESA GESTORA DE ATIVOS - EMGEA (165)ENEIDA DE VARGAS E BERNARDES (12342/GO, 135811/SP) (694)ENERGISA BORBOREMA - DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A (447)ENERGISA MATO GROSSO - DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A. (447)ENERGISA MATO GROSSO DO SUL - DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A.

(447)

ENERGISA MINAS GERAIS - DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A. (447)ENERGISA PARAIBA - DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A (447)ENERGISA SERGIPE - DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A (447)ENERGISA TOCANTINS DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A. (447)ENOS DA SILVA ALVES (129279/SP) (238)ENRICO DA CUNHA CORREA (22693/DF, 4518/RN) (957)ERALDO AURELIO RODRIGUES FRANZESE (42501/SP) (1138)ERALDO LACERDA JUNIOR (95876/MG, 00957/PE, 30437/PR, 170894/RJ, 1316-A/RN, 57773A/RS, 15701/SC, 191385/SP)(239) (428)ERALDO PORDEUS SILVA (17852/PB) E OUTRO(A/S) (1242)ERENILDO MIRANDA DA SILVA (321)ERIBERTO FERREIRA LEITE (1242)ERIC MARQUES REGADAS (273508/SP) (1175)ERIK DOS SANTOS LANATTI (1320)ERNANI PERES DOS SANTOS (69922/RS) (1480)ERNESTO GONCALO CAVALCANTI (15468/PE) E OUTRO(A/S) (338)EROS BELIN DE MOURA CORDEIRO (29036/PR) (685)ERYKA FARIAS DE NEGRI (18966/BA, 13372/DF) (1058)ESPÍRITO SANTO CENTRAIS ELÉTRICAS S/A - ESCELSA (447)ESPÓLIO DE IDAVINO OLIVEIRA DE SOUZA (552)ESPÓLIO DE MIRENIO MORADO LUTTERBACH (902)ESPÓLIO DE NORBERTO FLEITH (1503)ESTADO DE SAO PAULO (1596)ESTADO DE SERGIPE (526)ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (463)ESTEFANIA ALBERTINI DE QUEIROZ (148)ESTEFÂNIA VIVEIROS (011694/DF) (982)ESTEVAM MARTINS DA COSTA NETTO (13461/PB) (900)ESTEVAN LUIS BERTACINI MARINO (237271/SP)(460) (540)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 444

ETTORE DALBONI DA CUNHA (005063-D/RJ) (763)EUGENIO GONCALVES DA NOBREGA (8028/PB) (1548)EUNYCE PORCHAT SECCO FAVERET (081841/RJ, 259937/SP)(137) (993) (1491)EURIVALDO NEVES BEZERRA (096471/RJ) (251)EUSTAQUIO SOARES DA CRUZ (510)EUTROPIO ARAUJO SILVA (648)EVANDRO BORGES DA SILVA (59359/RS) (753)EVANDRO CESAR ALEXANDRE DOS SANTOS (13431/B/MT) (527)EVANDRO GARCIA (1505A/MG, 146317/SP) (807)EVANDRO JOSE LAGO (32307/BA, 23560-A/CE, 39930/DF, 20468/ES, 127418/MG, 01253/PE, 66926/PR, 136516/RJ, 529A/RN, 12679/SC, 700A/SE, 214055/SP)

(231)

EVANDRO ROCINSKI DOS SANTOS (306)EVELISE HADLICH (9280/SC) (694)EVERALDO SEGURA (184343/SP) (1177)EVERTON BENTO LUIZ (1077)EWERTON MARTINS DOS SANTOS (DF038582/) (1373)FABIANA BUCCI BIAGINI (99886/SP)(208) (1645)FABIANA SA DE FRANCA (1387)FABIANE CARVALHO TEXEIRA (69002/PR) (1533)FABIANO APARECIDO POPOVIX (1313)FABIANO FREIRE FEITOSA (3173/SE) (990)FABIANO MATOS DA SILVA (13585/SC)(613) (616)FABIANO PARENTE DE CARVALHO (21061/PE) (1522)FABIANO PROCOPIO DE FREITAS (78298/MG) (718)FABIO APARECIDO DONISETI ALVES (224723/SP) (698)FABIO AUGUSTO CHILO (221616/SP) (1674)FÁBIO CÉSAR RODRIGUES SILVEIRA (34049/RS) E OUTRO(A/S) (1425)FABIO CHEMIN GADENS (50744/PR) (859)FABIO CORREA RIBEIRO (25019/BA, 35029/DF, 33152/GO, 6215/O/MT, 353A/SE)

(526)

FABIO DE MAGALHAES FURLAN (6679/SC) (105)FABIO DE OLIVEIRA ALVAREZ (124925/RJ) (264)FABIO FARIAS CAMPISTA (97573/RJ) (447)FABIO FLORES PROENCA (37438/RS) (708)FABIO GUIMARAES HAGGSTRAM (58623/RS) (982)FABIO HENRIQUE MARTINS(295) (295)FABIO JOSE OLIVEIRA MAGRO (133923/SP) (280)FABIO LOUSADA GOUVEA (142662/SP) (449)FABIO LUIZ PEREIRA DA SILVA (116848/MG, 165403/SP) (1119)FÁBIO MARTINS DE ANDRADE (28991A/DF) E OUTRO(A/S) (1061)FABIO MARTINS RIBEIRO (A449/AM, 19295/DF) (433)FABIO NUNES ARRUDA CAMPOS (171)FABIO PLANTULLI (130798/SP) (506)FABIO RESENDE LEAL (196006/SP) (266)FABIO ROBERTO KAMPMANN (31674/PR, 13335/SC) (1101)FABIO ROBERTO MOREIRA (187513/SP) (909)FABIO ROCHA CARDOSO (199968/SP) (1633)FABIO ROGERIO DONADON COSTA (338153/SP)(1295) (1323)FÁBIO ROSAS (131524/SP) E OUTRO(A/S) (1658)FABIOLA DA ROCHA LEAL DE LIMA (55028/BA, 61386/PR, 207108/RJ, 376421/SP)

(160)

FABRICIA FERNANDES RIBEIRO (19972/CE) (399)FABRÍCIO NASSIMBENI VARGAS (108400/MG) (1230)FABRICIO ZIR BOTHOME (39892/BA, 35174/DF, 33697/GO, 12674-A/MA, 132856/MG, 13849-A/MS, 15543-A/MT, 19031-A/PB, 01786/PE, 10846/PI, 50020/PR, 170756/RJ, 1012-A/RN, 44277/RS, 21419/SC, 800A/SE, 337368/SP)(435) (1100)FABRICIO ZIR BOTHOME (44277/RS, 21419/SC) (1117)FACULDADE DE MEDICINA DE MARILIA (178)FAHD DIB JUNIOR (225274/SP)(333) (1344)FAISSAL YUNES JUNIOR (129312/SP) (999)FARLEY JUNEO DELTRUDES SANTOS OU FARLEY JÚNIOR DOS SANTOS

(1075)

FAUSTINO ANTONIO DA SILVA NETO (6707/O/MT) (1325)FEDERACAO DO COMERCIO DE BENS, SERVICOS E TURISMO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

(169)

FELIPE AMARAL SALES (269127/SP) E OUTRO(A/S) (1024)FELIPE DE ALMEIDA MOTTA (0078013/RS) (1078)FELIPE DE ALMEIDA MOTTA (78013/RS) (970)FELIPE DE SOUZA SILVA (5771/SE)(673) (674)FELIPE DE VASCONCELOS SOARES MONTENEGRO MATTOS (23409/DF)

(855)

FELIPE HENRIQUE DE SOUZA SILVA(605) (605)FELIPE LAZZARI DA SILVEIRA (78132/RS) (1582)

FELIPE LEGRAZIE EZABELLA (182591/SP) (912)FELIPE MONNERAT SOLON DE PONTES RODRIGUES (29025/DF, 147325/RJ)

(996)

FELIPE NANINI NOGUEIRA (356679/SP) (16)FELIPE SANTOS CORREA (53078/DF) (827)FELISBERTO EGG DE RESENDE (50328/MG) (908)FELLIP STEFFENS (28958/SC) (1010)FERDINANDO RIBEIRO NOBRE (132295/RJ) (157)FERNANDA CARRARO (194638/SP) (154)FERNANDA DA SILVA SANTANA (294909/SP) (1601)FERNANDA GONCALVES BRAGA MARANHAO (22172/PE) (201)FERNANDA RIU UBACH CASTELLO GARCIA (4438/RN) (118)FERNANDA SPOTO ANGELI VELOSO (204509/SP) (204)FERNANDA VALADARES DE OLIVEIRA (178822/RJ) (1584)FERNANDES FERREIRA DOS SANTOS (41818/DF) (156)FERNANDO AUGUSTO KOZASINSKI (296066/SP) (727)FERNANDO CAVALHEIRO MARTINS (191972/SP) (506)FERNANDO CEZAR VERNALHA GUIMARAES (20738/PR, 43381-A/SC, 388423/SP)

(1363)

FERNANDO CLEM (1296)FERNANDO FERNANDES (85520/SP) (1676)FERNANDO GABRIEL NAMI FILHO (209080/SP) (310)FERNANDO GARCIA CARVALHO DO AMARAL (152005/SP) (2)FERNANDO JOSE DA COSTA (155943/SP) E OUTRO(A/S) (1207)FERNANDO JOSE FIGUEIREDO ROCHA (129404/SP)(507) (1528)FERNANDO JOSÉ SAKAYO DE OLIVEIRA (00020068/DF) E OUTRO(A/S)

(1496)

FERNANDO LOGANS BENTO FRAGA PONTES (7061/SE) (574)FERNANDO LUIZ BUARQUE DE LACERDA FILHO (17821/PE) (248)FERNANDO NETO CASTELO (99471/SP)(275) (1651)FERNANDO ORMASTRONI NUNES (38978/SC, 265316/SP) (1080)FERNANDO SOARES DE LUCENA (973)FERNANDO SOTTO MAIOR CARDOSO (21623/SC, 373643/SP) (1100)FERNANDO TADEU PIERRO (2438/AC, 159204/SP) (1458)FILIPE CAIO BATISTA CARVALHO (2675/RO) (957)FILIPE CARRA RICHTER (234393/SP) (233)FINDER'S FRANCHISING E PARTICIPAÇÕES LTDA (779)FLAVIA ALMEIDA MOURA DI LATELLA (109730/MG) (905)FLAVIA DA CAMARA SABINO PINHO MARINHO (7309/RN) (1052)FLAVIA NOGUEIRA DE SIQUEIRA CAMPOS (20332/DF) (1640)FLAVIA OLIVEIRA MARTINS (34983/DF) (868)FLAVIA PEREIRA AMARAL MOREIRA (133287/MG) (815)FLAVIO APARECIDO SOATO (145286/SP) (26)FLAVIO AUGUSTO VALERIO FERNANDES (209083/SP)(751) (752)FLÁVIO HENRIQUE BENTO RODRIGUES(593) (593)FLAVIO HENRIQUE GARCIA SCROCCHIO(314) (1343)FLÁVIO HENRIQUE UNES PEREIRA E OUTRO(A/S) (1225)FLAVIO JOAO DE CRESCENZO (17308/SP) (994)FLAVIO LUCIO RODRIGUES (48)FLAVIO LUIS ALGARVE (25733/RS)(256) (1649)FLAVIO MANZATTO (139525/SP) (459)FLAVIO MARQUES ALVES (82120/SP) (490)FLAVIO MASCHIETTO (53802/BA, 47899/DF, 49336A/GO, 23646/A/MT, 25145-A/PA, 147024/SP)

(444)

FLAVIO MIRZA MADURO (57306/DF, 104104/RJ) (468)FLAVIO OLIMPIO DE AZEVEDO (118748/RJ, 34248/SP)(254) (441)FLAVIO RENATO DE QUEIROZ (243916/SP) (684)FLORENCE DE ALMEIDA PEREIRA (153881/MG) (1112)FRANCINADSON DANTAS DOS SANTOS (27486/BA) (1608)FRANCINE CURTOLO ACAYABA DE TOLEDO (185480/SP) (1562)FRANCIS CAMPOS BORDAS (02222/A/DF, 29219/RS) (89)FRANCISCA DE FATIMA MUNIZ BORGES (1332)FRANCISCA MANUELA PESSOA SANTANA (12097/CE) (1481)FRANCISCA SOUSA DA SILVA (774)FRANCISCO ANTENOR DA SILVA JUNIOR (185676/RJ) (829)FRANCISCO ANTONIO FRAGATA JUNIOR (A663/AM, 1179A/BA, 26668-A/CE, 99853/MG, 24846-A/PB, 01226/PE, 48835/PR, 002437-A/RJ, 69584A/RS, 553A/SE, 39768/SP)

(259)

FRANCISCO CARDOSO DOS SANTOS (520)FRANCISCO CARLOS NASCIMENTO DE SOUSA (9641/CE) (1489)FRANCISCO DAIVIO LIMA BRAGA (1281)FRANCISCO DAVI TEIXEIRA OSORIO (29210/CE) (892)FRANCISCO DE ASSIS GALDINO (11594/PB) (1555)FRANCISCO DE ASSIS PEREIRA (12982/SP) (1167)FRANCISCO ELIAS SILVESTRE (0018145/PR) (1076)FRANCISCO HAKUJI SIOIA (90387/SP) (510)FRANCISCO MARTINS DE SOUZA NETO (325389/SP)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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(1400) (1401) (1402) (1404) (1406)FRANCISCO OLIMPIO DA PAZ (1041)FRANCISCO ROGERIO DEL CORSI CAMPOS (29649/MG) E OUTRO(A/S)

(27)

FRANCISCO SHIMABUKURO JUNIOR (65526/MG) (1549)FRANCISCO SILVINO TAVARES (24288/SP) (152)FRANCISCO TELES DE MENDONCA NETO (7201/SE) (532)FRANCISCO VALDEMIZIO ACIOLY GUEDES (12068/CE) (981)FRANCO ALVES SABINO (21438/BA)(1064) (1065)FRANCO MAURO RUSSO BRUGIONI (173624/SP) (906)FRANK ROMUALDO RECHE MACIEL (63514/PR) (143)FREDERICO CARLOS BINDERL GASPAR DE MIRANDA (26007/BA) (844)FREDERICO DA SILVEIRA BARBOSA (156389/SP) (955)FREDERICO DONATI BARBOSA (17825/DF) E OUTRO(A/S) (1352)FREDERICO GUILHERME DIAS SANCHES (128604/RJ) (237)FREDERICO NERES DO AMARAL BEZERRA (354)G.G.S. (14)G.L.E. (308)GABRIEL ANDRADE DE SANTANA (37411/BA) (1307)GABRIEL DE OLIVEIRA CARVALHO (34788/BA) (818)GABRIEL DORNELLES MARCOLIN (87350/PR, 76643/RS, 29966/SC)

(122)

GABRIEL LOPES MOREIRA (RS057313/) (1499)GABRIEL PAULI FADEL (7889/RS) (1463)GABRIEL PIMENTA MOTA (135110/RJ) (680)GABRIEL QUINTAO COIMBRA (12857/ES) E OUTRO(A/S) (1235)GABRIEL SERRA DE LARA ROCHA (189359/RJ) (620)GABRIELA ROLLEMBERG DE ALENCAR (25157/DF, 47143A/GO) E OUTRO(A/S)

(951)

GAMIL FOPPEL EL HIRECHE (0017828/BA) E OUTRO(A/S) (1354)GAUDIO RIBEIRO DE PAULA (49080/DF, 383639/SP) (52)GEANCARLLO MELO DANTAS (7052/RN) (117)GEISA ROSIGNOLI NEIVA (86603/MG) (1621)GELDES RONAN GONCALVES (274622/SP) (793)GENAILDE CARDOSO SANTOS OLIVEIRA (299)GENI AGUIAR DE SOUZA(458) (1628)GENI GOMES RIBEIRO DE LIMA (136695/SP) (637)GENILSON DONIZETE BATISTA (1249)GENY MARTINEZ FREIRE (55895/SP) (1502)GEORGE SALOMAO LEITE (10072/PB) (833)GERALDO BARALDI JUNIOR (39101/DF, 110191/RJ, 95246/SP) (1511)GERALDO CABRAL ROLA FILHO(25) (1338)GERALDO CARLOS DE OLIVEIRA (4032/O/MT) (390)GERALDO DE ALMEIDA SÁ (3735/PB) (1211)GERALDO FERNANDES JORDAO (171)GERALDO SOARES DE OLIVEIRA JUNIOR (197086/SP) (221)GERMANO CÉSAR DE OLIVEIRA CARDOSO (28493/DF) E OUTRO(A/S)

(1094)

GERSON GARCIA CERVANTES (146169/SP) (154)GERSON LUCCHESI BRITO DE OLIVEIRA (85053/RJ) (715)GERSON SALUSSE BORGES (26704/RS, 16208/SC) (1465)GIANI CRISTINA AMORIM (21575/PR) (1055)GIANI CRISTINA AMORIM (21575/PR) E OUTRO(A/S) (1055)GILBERHT FREITAS MAGALHAES (116008/MG) (1487)GILBERTO ANTONIO LUIZ (13880-A/MS, 76663/SP) (1085)GILBERTO MENDES CALASANS GOMES (0043391/DF) (1428)GILBERTO SAMPAIO VILA NOVA DE CARVALHO (2829/SE) (532)GILDASIO RODRIGUES DA SILVA JUNIOR (16154/BA) (648)GILMANNY MELO DE QUEIROZ (22648/BA) (862)GILMAR CANDIDO DA SILVA (45545/GO) E OUTRO(A/S) (322)GILMAR DE JESUS PEREIRA (344468/SP) (477)GIORGIA ENRIETTI BIN BOCHENEK (31232/GO, 141896/MG, 01186/PE, 25334/PR, 159734/RJ, 364859/SP)

(725)

GIOVANA CARLA FONSECA GALOTI (145859/SP) (181)GIOVANA MICHELIN LETTI (13570-A/MS, 50113/PR, 174977/RJ, 44303/RS, 21422/SC)(435) (1100) (1117)GIOVANI BITTENCOURT SANTANA (87487/RS) (1143)GIOVANI BORTOLINI (58747/RS) (1168)GIOVANI DE OLIVEIRA SERAFINI (19567/PR) (478)GIOVANNI CHARLES PARAIZO (105420/MG) (1675)GISELA CRISTINA FAGGION BARBIERI TORREZAN (279975/SP) (1137)GISELE LEMOS KRAVCHYCHYN (52057/PR, 18200/SC, 356A/SE) (1545)GISELE RABELO MACHADO (1277)GISELE STUDART LOPES (786)GISELLE VALENCA DE MEDEIROS (17828/PE) (817)GIULIANO GUERREIRO (279977/SP) (714)GIULLIANO IVO BATISTA RAMOS (163600/SP)(262) (272)GIUSEPPE PECORARI MELOTTI (00136165/RJ) (1104)GIZELI COSTA D ABADIA NUNES DE SOUSA (17351/GO)

(1667) (1668)GLAUBER BEZ (261538/SP) (24)GLAUCIA BARBOSA LOPES (28070/DF) (438)GLAUCO MARCELO MARQUES (153291/SP)(178) (185)GLEIDMILSON DA SILVA BERTOLDI (21938-A/MS, 283043/SP) (1313)GLEISON MACHADO SCHUTZ (62206/RS) (381)GLEISON SACHET (1463)GLENIO LUIS OHLWEILER FERREIRA (23021/RS, 328901/SP) (1457)GLENNYLSON LEAL SOUSA (5889/PI) (1116)GLEY FERNANDO SAGAZ (3147/SC) (1550)GOODLUCK NGOZI UMAHI (29)GOVERNADOR DO ESTADO DE GOIÁS (935)GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO (819)GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (1191)GOVERNO DA ARGENTINA (1210)GOVERNO DA ESPANHA (1220)GOVERNO DA ITÁLIA (1219)GOVERNO DE ISRAEL (1221)GRAZIELI LEAL MORAES (1311)GRAZIELLE SEGER PFAU (15860/SC) (1109)GRECIO SILVESTRE DE CASTRO (36573/SP, 229-A/TO) (1079)GREICE MILANESE SONEGO OSORIO (15200/SC) (1073)GUILHERME CARNEIRO DE SANTANA (18)GUILHERME COELHO COLEN (64576/MG) E OUTRO(A/S) (1228)GUILHERME DE CARVALHO (52668/DF, 97333/MG, 229461/SP) (579)GUILHERME FONTES ORNELAS (20908/ES) (530)GUILHERME GIBERTONI ANSELMO (239075/SP) (13)GUILHERME GUISSONE MARTINS (332861/SP) E OUTRO(A/S) (1259)GUILHERME HENRIQUE DA SILVA RODRIGUES (310)GUILHERME LUIZ DA VEIGA PADUANO (146097/RJ) (569)GUILHERME PERES DE OLIVEIRA (147553/RJ) (1599)GUILHERME RODOLFO FELTRIN (41397/SC) E OUTRO(A/S) (57)GUILHERME RODRIGUES ABRAO (65754/RS, 400343/SP) (1580)GUILHERME SANTIN MARTINI (309)GUSTAVO AMATO PISSINI (3438/AC, A899/AM, 1768-A/AP, 32089/DF, 31075/GO, 9698-A/MA, 12473-A/MS, 13842/A/MT, 15763-A/PA, 53304/PR, 4567/RO, 354-A/RR, 261030/SP, 4694-A/TO)(457) (642)GUSTAVO ANTONIO TAVARES DO AMARAL (238654/SP) (1613)GUSTAVO ATILIO DE OLIVEIRA COIMBRA (13)GUSTAVO BARROSO TAPARELLI (43583/PE, 199535/RJ, 234419/SP)

(161)

GUSTAVO BERNARDI (44154/RS) (1538)GUSTAVO BINENBOJM (0083152/RJ) E OUTRO(A/S) (1492)GUSTAVO CORTÊS DE LIMA (10969/DF) (1437)GUSTAVO DE FREITAS CAVALCANTI COSTA (20183/PE) (201)GUSTAVO DE QUEIROZ BEZERRA CAVALCANTI (16104/PE) (504)GUSTAVO DIAS FERREIRA (51045/PR) (1018)GUSTAVO GONCALVES GOMES (A1058/AM, 39054/GO, 146101/MG, 20666-A/PA, 64926/PR, 121350/RJ, 6230/RO, 266894/SP)

(442)

GUSTAVO HENRIQUE CAPUTO BASTOS (7383/DF) (1348)GUSTAVO HENRIQUE COSMO (323)GUSTAVO HENRIQUE LINHARES DIAS (18257/DF) (541)GUSTAVO NEVES ROCHA (RS081392/) (1032)GUSTAVO QUITETE DE SOUZA (0120498/RJ) E OUTRO(A/S) (836)GUSTAVO ROMANOWSKI PEREIRA (7460/MS) (1630)GUSTAVO TEIXEIRA DE CARVALHO (106176/MG) (633)GUSTAVO VINICIUS ALMEIDA DE OLIVEIRA (389620/SP) (43)GUTEMBERG SOARES CARNEIRO (5775/MA)(232) (1646)GUTIERRE SANTOS MORAIS (43806/DF) (287)GYSELE GOMES DE CARVALHO MURARO (257659/SP)(507) (1528)HAIALA ALBERTO OLIVEIRA (98420/MG) (1152)HALLEY LINO DE SOUZA (54730/RS) (816)HAMILTON CAVIOLLA FILHO (171)HAYMON WILLEMANN (170071/MG, 31247/SC) (590)HEBERT LIMA ARAUJO (185648/SP) (1137)HECTOR RIBEIRO FREITAS (DF022909/) (1348)HELBERT ALENCAR NUNES GARCIA (98015/MG) (678)HELCIO HONDA (28054/DF, 90389/SP) (140)HELDER MASSAAKI KANAMARU (41075/BA, 43221/DF, 28387/ES, 50936A/GO, 17954-A/MA, 177464/MG, 21956-A/MS, 23581/A/MT, 25849-A/PA, 43585/PE, 17161/PI, 41240/PR, 138426/RJ, 1262-A/RN, 9500/RO, 67301A/RS, 48768-A/SC, 111887/SP, 8274-A/TO)

(686)

HELDER MOREIRA DE NOVAES (37877/BA) (803)HELIO JACINTO PEREIRA (270)HELOISA CONRADO CAGGIANO (52483/PR)(1494) (1495)HELOIZA MEROTO DE LUCA (323775/SP) (764)HENRIQUE SCHLEDER DA SILVA (78796/RS) (493)HERBERT MEDEIROS SAMPAIO (101253/RJ) (1584)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 446

HERIK MOREIRA SANTANA(343) (1345)HERMANN SCHAICH IV (35114/PR)(511) (549) (856)HERMENEGILDO VIEIRA DA SILVA (6943/MS) (109)HEVERSON RODRIGO RIBEIRO BESSA(37) (297)HOMAR CAIS (16650/SP) (148)HOMERO SILLES (68842/SP)(32) (1322)HORACIO LUIZ AUGUSTO DA FONSECA (33562/SP) (1103)HORINO JOAQUIM DO CARMO (4233/SE) (990)HUGO FLAVIO GUIMARAES NASCIMENTO (1616)HUGO HELLENBERG SCALDAFERRI ZIEGLER (81327/MG) (767)HUGO LEONARDO DUQUE BACELAR (17062/DF, 373477/SP) (1393)HUGO VASCONCELOS LOULA (48360/BA) (700)HUMBERTO ACCIOLY DOMINGUES (113265/MG) (1678)HUMBERTO MARCIAL FONSECA (55867/MG) (400)HUMBERTO MARQUES DE JESUS (182194/SP) (276)HUMBERTO NEGRIZOLLI (80153/SP) (1483)HUMBERTO PARRO NETO (171)HUMBERTO THEODORO JUNIOR (7133/MG, 5894/A/MT, 406626/SP)

(1426)

IAGO QUEIROZ BANTIM (49968/BA) (757)IANY PATRICIA DOS SANTOS RANGEL (35262/DF) (443)ICATU SEGUROS S/A (1104)IDALINO BATISTA DA SILVA (1329)IEDA TOME DE SOUZA AGUIAR (96573/RJ) (1182)IGOR GARBOIS FERNANDES RIBEIRO (178475/RJ, 385306/SP) (169)IGOR GOYA RAMOS (371952/SP) (478)IGOR LIMA COUY (94658/MG) (1016)IGOR PINHEIRO COUTINHO (25242/CE)(1164) (1165)IGOR SANT ANNA TAMASAUSKAS (25399/DF, 173163/SP) (1579)IGOR SANTANA FELIX DA SILVA (7)IGOR SUASSUNA LACERDA DE VASCONCELOS (47398/DF) (827)ILCELENE VALENTE BOTTARI (051081/RJ) E OUTRO(A/S) (1414)ILMA CRISTINA BASTOS SANTOS ALAGOAS (523)ILMA DO NASCIMENTO DOS SANTOS (523)IMILIA DE SOUZA (36024/RS, 38681-A/SC)(629) (666)INAIA BRITTO DE ALMEIDA (148)INALDO BEZERRA SILVA JUNIOR (27458/ES, 69587/PR, 210435/RJ, 132994/SP)(684) (850)INDIRA GODEIRO DA SILVA RAMOS (669)INES AMBROSIO (240300/SP) (1644)INES LEMOS ROSA (21711/RS) (392)INGRID SANTOS TERRA (13894/ES, 181480/RJ) (855)INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO ACRE - ACREPREVIDÊNCIA

(1560)

IOLANDA SANTOS OLIVEIRA(458) (1628)IOMAR BATISTA DO AMARAL (520)IONETE DA CRUZ SANTOS (520)IRACIUDA CORREIA SILVA SANTOS (523)IRAN DE OLIVEIRA FERREIRA (520)ISAAC MINICHILLO DE ARAUJO (94357/SP) (1020)ISABEL CRISTINA TRAPP FERREIRA (22998/RS)(97) (99) (394) (417)ISABELA CARVALHO NASCIMENTO (148)ISABELA SEIXAS SALUM (148)ISABELLA SGUERRA VITA (171)ISAIAS MENDES (251815/SP) (1163)ISIDORO PEDRO AVI (140426/SP) (847)ISLMADO RODRIGUES BARACHO FILHO (1307)ISOLDE KUSTER FLEITH (1503)ISRAEL MINICHILLO DE ARAUJO (92712/SP) (1234)ITAGUACI JOSE MEIRELLES CORREA (17287/RS) (1432)ITALO ORSINE MATOS (106673/MG) (846)ITALO ROSENDO (357251/SP) (810)ITAMAR LEONIDAS PINTO PASCHOAL (27291/SP) (1407)ITAU SEGUROS S/A (1675)ITIBERE PEDROSO (13448/RS) (1538)IVAIR MARTINS DOS SANTOS (105/TO) (796)IVALDO JOSE BEZERRA JUNIOR (338)IVAN DE ALMEIDA SALES DE OLIVEIRA (272107/SP) (260)IVAN FIRMINO SANTIAGO DA SILVA (91254/RJ) E OUTRO(A/S) (1237)IVAN MARCOS DA SILVA (305039/SP) E OUTRO(A/S) (1320)IVAN RYS (148)IVANILDO SILVA DA COSTA (10823-B/MS) (446)IVANIZE TAVARES PIMENTA (4562/DF) (950)IVES GANDRA DA SILVA MARTINS (SP011178/) (1106)IZA DE NOVAIS BARRETO (055647/RJ) (1364)

IZABEL AZEVEDO (132784/SP) (1437)IZABEL CHRISTINA MOMESSO (171)IZABEL CRISTINA RAMOS DE OLIVEIRA (163051/MG, 107931/SP) (1059)IZABELA DOS SANTOS SILVA (350)IZABELLA NASCIMENTO CARNEIRO DOS SANTOS (32957/PE) E OUTRO(A/S)

(1654)

IZABETE BATAGLION SCHENATTO (24333/RS) (422)J. R. LOTEADORA E INCORPORADORA S/S LTDA (384)JACEGUAY FEUERSCHUETTE DE LAURINDO RIBAS (45439/PE, 04395/PR)

(1473)

JACIANA DA SILVA OLIVEIRA LIMA (16786/PB) (416)JACINTA DE SOUZA LIMA PEREIRA (774)JACIRA SANTOS DE ARAUJO (523)JACKSON DI DOMENICO (18493/DF, 22245/GO) E OUTRO(A/S) (1145)JACOB BOIMEL (38521/SP) (808)JACQUELINE AGUIAR DE SOUSA (4043/MA) (853)JACQUELINE CARNEIRO DA GRACA (148)JADILMA NASCIMENTO DE CASTRO SANTOS (10278/PE) (992)JAILTON DE JESUS SOUZA (1244)JAILTON ZANON DA SILVEIRA (44279/DF, 77366/RJ) (855)JAIME DANIEL MIRANDA (698)JAIME JOSE SUZIN (108631/SP) (1531)JAIME LUIZ LEITE (SC10239/) (1062)JAIR CARLOS DE SOUZA (27058/SC) (23)JAIR REGIS NOGUEIRA (774)JAIRO ANDRADE DE MIRANDA (3923/BA) (918)JAIRO ANDRADE DE MIRANDA (3923/BA) E OUTRO(A/S) (1049)JAMES CORRÊA CALDAS (13649/DF) E OUTRO(A/S) (1493)JAMES EUZEBIO PEDRO JUNIOR (104445/SP) (1475)JAMES WALKER NEVES CORREA JUNIOR (079016/RJ) E OUTRO(A/S)

(325)

JAMILE DA SILVA BEZERRA (1611)JAMILE JOAZEIRO QUEIROZ (48144/BA) (520)JAMOL ANDERSON FERREIRA DE MELLO (226577/SP) (1042)JAN PRZEWODOWSKI MONTENEGRO DE SOUZA (114580/MG, 77166/PR, 083445/RJ, 308321/SP)

(902)

JANAÍNA DA CONCEIÇÃO GOMES DOS SANTOS SILVA (1347)JANAÍNA DE LOURDES RODRIGUES MARTINI (92966/SP) E OUTRO(A/S)

(1205)

JANETE MARIA ZIMMERMANN (54404/RS) (121)JANINE FERNANDA FANUCCHI DE ALMEIDA MELO (113808/MG) (1086)JANINE MENELLI CARDOSO (148)JANISSE INES GASPAROTTO (36482/RS) (710)JARBAS FILHO DE LACERDA (88641/MG) (926)JARDEL NAZARIO (044297/RJ) (773)JARDEL SILVA DE MACEDO JUNIOR (320)JEAN ALBERTO LUSCHER CASTRO (1253)JEAN CARLOS DOS SANTOS (1452)JEAN KELVER GARCIA VIEIRA (334572/SP) (141)JEFERSON LUIS DA SILVA CARVALHO (80375/RS)(1515) (1518)JEFERSON MARTINS LEITE (49082/PR) (1498)JEFERSON RODRIGUES DA SILVA (651)JEFFERSON AMAURI DE SIQUEIRA (57142/PR) (1087)JEFFERSON BEZERRA ALVES DA SILVA (319)JEFFERSON RAMOS RIBEIRO (79978/RJ, 341173/SP)(920) (1624)JELIMAR VICENTE SALVADOR (140969/SP) (212)JENNER SILVERIO JACULI (157983/MG) (456)JERIZE TERCIANO DE ALMEIDA (6739/ES) (164)JERONIMO LUIZ PLACIDO DE MESQUITA (20541/BA)(700) (701) (702) (704) (705) (706) (1513)JESUS CARLOS DE BRITO (725)JOANA CORREA MORAIS (625)JOAO ALBERTO SANTOS DE OLIVEIRA (3216/SE) (1477)JOAO ANDRE SALES RODRIGUES (54460/BA, 19186-A/PB, 19186/PE, 202910/RJ, 1142-A/RN, 709A/SE, 384554/SP)

(969)

JOAO ANTONIO BUENO E SOUZA (166291/SP) (1666)JOAO AUGUSTO ROSA CARACIOLO (303)JOÃO BATISTA DE LIMA RESENDE (1368890/) (1369)JOAO BATISTA DO SANTOS (698)JOAO BOSCO DA SILVA (11491/PE) (997)JOAO BUSCH(458) (1628)JOAO CARLOS CAMPANINI (258168/SP)(919) (1149)JOAO CARLOS DA SILVA (128970/MG, 271944/SP) (633)JOÃO CARLOS DA SILVA (17501/PE) (1036)JOAO CARLOS DE LIMA JUNIOR (19646-A/MS, 20497/A/MT, 77768/PR, 148033/RJ, 142452/SP)

(473)

JOAO CARLOS DE SOUSA FREITAS JUNIOR (239623/SP) (735)JOAO CARLOS DUARTE DE TOLEDO (205372/SP) (779)JOAO CARLOS GOMES LOPES (1601)JOAO CLAUDIO MEDEIROS FERNANDES (49494/RS) (731)

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 447

JOÃO DÁCIO ROLIM (76921/SP) E OUTRO(A/S) (960)JOAO DOS SANTOS CARMO (160412/RJ) (517)JOAO EVANGELISTA PEREIRA DE ARAUJO (5205/PI) (220)JOAO FERNANDO BALDASSARRI SGARBI (261042/SP) (448)JOAO FERNANDO BUENO DE PASSOS (6949/GO) (481)JOAO JOAQUIM MARTINELLI (01805/A/DF, 1796A/MG, 15429-A/MS, 01723/PE, 25430/PR, 139475/RJ, 45.071A/RS, 3210/SC, 175215/SP)(962) (1031)JOÃO JUNIOR BONFIM RAMOS(600) (600)JOAO LUIZ JUNTOLLI (69339/MG, 20550-A/PB) (373)JOAO MACIEL DE LIMA NETO (193386/SP) (34)JOAO MARCELLO TRAMUJAS BASSANEZE (20856/PR) (132)JOAO MARCELO LIMA PEDROSA (12511/CE) (572)JOÃO MOACIR CORREIA DE ANDRADE (17981/SC) (1048)JOAO OSVALDO BADARI ZINSLY RODRIGUES (52023/PR, 158063/RJ, 279999/SP)(90) (92) (94) (96) (102) (391) (609) (610) (612) (615)(618)JOAO PAULO ABREU (332644/SP) (813)JOAO PAULO MACIEL DE ARAUJO (268637/SP) E OUTRO(A/S) (1213)JOAO PINTO DE SOUSA (815)JOAO QUINTINO DE MOURA NETO (4483/SE) (543)JOAO TOTA SOARES DE FIGUEIREDO FILHO (2787/AC) (1484)JOÃO VICENTE DA CUNHA REGATTIERI (128924/RJ) E OUTRO(A/S)

(978)

JOAQUIM MIRO (15181/PR, 24159/SC) (281)JOCELIO JAIRO VIEIRA (1548)JOCELIO JAIRO VIEIRA (34247/DF, 5672/PB) (1548)JOCENILDA APARECIDA CORDEIRO (55784/PR) (408)JOCINEIDE MARIA DE SOUSA RAMOS (4152/AM, 7744-A/MA) (811)JOELSON COSTA DIAS (10441/DF, 157690/MG)(979) (1558)JOHNY ALVES GARCIA (366)JOHRANN FRITZEN NOGUEIRA (74322/PR) (47)JONAS BORGES (30534/PR, 47370/SC) (1533)JONATA ELIAS MENA (300799/SP) (742)JONATAS GOETTEN DE SOUZA (24480/SC, 360029/SP) (966)JONATHAN XAVIER DONADONI (3390/AC) (1484)JONATHAS MATOS DE SANTANA (520)JONATHAS MONTEIRO GUIMARAES (262243/SP) (1666)JONES JERONIMO DA SILVA (15)JONES MARCIO CORDEIRO (171)JONNE CARLOS DE SOUZA OLIVEIRA (19642/GO) (393)JORGE DA SILVA GIULIAN (39108/PR) (1546)JORGE DOS SANTOS VICENTE JUNIOR (119744/RJ) (273)JORGE JUNIO NASCIMENTO DAMIAO (115397/MG) (177)JORGE LUIS DA SILVA (8506/ES) E OUTRO(A/S)(360) (1365)JORGE LUIZ ALVES DE CASTRO (069337/RJ) (497)JORGE LUIZ GOMES COITINHO (24906/RS) (392)JORGE MIGUEL NETO (108799/MG) (1152)JORGE NESTOR MARGARIDA (3288/SC) (124)JORGE OCTAVIO LAVOCAT GALVAO (23437/DF) (401)JOSE ADAILAN MOTA ARAUJO (38609/BA) (756)JOSE ADELMARIO PINHEIRO FILHO (1252)JOSE ALBERTO COUTO MACIEL (00513/DF) (444)JOSE ALFREDO BORGES (21350/MG) E OUTRO(A/S) (820)JOSE ALFREDO LUIZ JORGE (24281/SP) (1166)JOSE ALIPIO SILVA DE LIMA (7413/PA) (566)JOSE ANDRADE MARTINS (541)JOSE ANISIO TORRES BARRETO (1234/SE) (533)JOSE ANTENOR NOGUEIRA DA ROCHA (55352/BA, 78085/PR, 173773/SP)

(890)

JOSE ANTENOR SARAIVA (18335-A/CE, 2507/RN) (206)JOSE ANTONIO BALIEIRO LIMA (103745/SP) (1003)JOSE ANTONIO BRISOLLA (171)JOSE ANTONIO DA SILVA (725)JOSE ANTONIO DA SILVA NETO (291866/SP) (703)JOSE ANTONIO DOS REIS CHAGAS (32666/MG) (263)JOSE APARECIDO DA SILVA (47581/PR, 103219A/RS) (1097)JOSE ARTUR DOS SANTOS LEAL (120443/SP) (1462)JOSE AUGUSTO DE ARAUJO LEAL (073710/RJ, 58194A/RS, 137397/SP)

(620)

JOSE AUGUSTO PEREGRINO FERREIRA (2077/SC) (1117)JOSE BATISTA DE SOUZA (934)JOSE BAZILIO TEIXEIRA MARCAL (235319/SP) (413)JOSE BEZERRA DOS REIS (15046/SP) (1486)JOSE CARLOS FARIA (26298/PR) (1060)JOSE CARLOS FERNANDES E FERNANDES LORENZINI (1491-A/RJ, 80861A/RS, 61202/SP)

(1580)

JOSE CARLOS IZIDRO MACHADO (19983/DF) (696)JOSE CARLOS MONTEIRO COSTA SEGUNDO (28552/BA) (754)JOSE CARLOS NUNES DOS SANTOS (115964/RJ) (268)

JOSE CARLOS PEDRONI (62265/SP) (1617)JOSÉ CARLOS ROMÃO (26)JOSE CARLOS VALIM (2095/AM) (1530)JOSE CLAUDIO DOS SANTOS (5640/SE) (299)JOSE DANTAS LOUREIRO NETO (39908/DF, 01564/PE, 14243/PR, 211000/RJ, 38446/SC, 264779/SP)

(1503)

JOSE DE PONTES VIEIRA JUNIOR (075771/RJ) (447)JOSE DO EGITO FIGUEIREDO BARBOSA (1984/PI) (1563)JOSE DOMINGOS TEIXEIRA NETO (18734/RJ) (1592)JOSE DOS SANTOS SODRE (245531/SP) (944)JOSE DUARTE SANTANA (12447/RN) (512)JOSE EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO (3399/AC, 9559A/AL, A684/AM, 1717-A/AP, 30609/BA, 22910-A/CE, 32032/DF, 17667/ES, 30792/GO, 9588-A/MA, 124150/MG, 14007-A/MS, 13604/A/MT, 15733-A/PA, 126504-A/PB, 01190A/PE, 7198/PI, 54553/PR, 126358/RJ, 744-A/RN, 4570/RO, 349-A/RR, 78691A/RS, 29417/SC, 567A/SE, 126504/SP, 4574-A/TO)(673) (674)JOSE EDUARDO TAVANTI JUNIOR (299907/SP) (619)JOSE EYMARD LOGUERCIO (01441/A/DF, 52504A/GO, 103250/SP)(159) (1011) (1012) (1013) (1014) (1150) (1543)JOSE FIRMINO DA SILVA (8349/GO) (556)JOSE GERALDO ARAUJO MALAQUIAS (18434/DF, 46065/MG) (508)JOSE GERALDO NUNES FILHO (12739/ES) (1587)JOSÉ GOMES PINHEIRO (36636/SP) (973)JOSE GONCALVES DE LIMA NETO (347191/SP) (807)JOSE GUALBERTO DE ASSIS (43226/SP) (349)JOSE GUILHERME CARNEIRO QUEIROZ (42527/BA, 36442/DF, 28339/ES, 47971A/GO, 149515/MG, 21958-A/MS, 22230/A/MT, 42972/PE, 83030/PR, 165506/RJ, 105914A/RS, 48778/SC, 163613/SP)

(754)

JOSE HAILTON LAGES DIANA JUNIOR (39951/DF) (108)JOSE HENRIQUE COELHO (163121/RJ, 132186/SP) (442)JOSÉ HENRIQUE FORTES MUNIZ (1682)JOSE HOMERO SARAIVA CAMARA FILHO (843B/BA) (520)JOSE JOSENETTE SARAIVA DA CRUZ (249275/SP) (1285)JOSE KLEBER DOS SANTOS NECO (10312/RN) (288)JOSE LAZARO APARECIDO CRUPE (105019/SP) (658)JOSE LEITE DE CARVALHO NETO (26083/CE) (1635)JOSE LOURENCO (815)JOSÉ LUEDSOMBERGUE GOMES DA SILVA (319)JOSE LUIS MENDES DE OLIVEIRA LIMA (107106/SP) E OUTRO(A/S)

(22)

JOSE LUIS STEPHANI (100704/SP) (1293)JOSE LUIS WAGNER (1235-A/AP, 17183/DF, 18061/PR, 125216/RJ, 18097/RS, 15111/SC)

(1195)

JOSE LUIZ DO CARMO CHAVES (391623/SP) (1303)JOSÉ MANUEL GOMES LEONARDO (1218)JOSÉ MARCELO CIPRIANO CARDOSO (316)JOSÉ MARIA ARNT FERNÁNDEZ (42406/RS) E OUTRO(A/S) (1154)JOSÉ MARIA DE SOUZA RAMOS - OAB 16559/MT (743)JOSE MAURICIO VASCONCELOS COQUEIRO (10439/BA, 56282/DF) E OUTRO(A/S)

(1417)

JOSE NELSON VILELA BARBOSA FILHO (16302/PE) (1532)JOSE NICODEMOS DE ARAUJO JUNIOR (A1097/AM, 49970/DF, 18270-A/MS, 20258/A/MT, 6792/RN, 710A/SE, 5803-A/TO)(205) (207)JOSE ORIVALDO PERES JUNIOR (89794/SP) (1669)JOSE OSVALDO MOREIRA (55316/MG) (809)JOSE PAULINO DE JESUS (716)JOSE PAULO AMALFI (95989/SP) (657)JOSE PEDRO SAID JUNIOR (125337/SP) E OUTRO(A/S) (1281)JOSE RICARDO BIAZZO SIMON (127708/SP) (448)JOSÉ ROBERTO FIGUEIREDO SANTORO E OUTRO(S) (DF005008/) E OUTRO(A/S)

(1353)

JOSE ROBERTO PIRAJA RAMOS NOVAES (146429/SP) (1007)JOSE ROGERIO CRUZ E TUCCI (53416/SP) (786)JOSE ROLLEMBERG LEITE NETO (23656/DF, 2603/SE) (1375)JOSE SERGIO DA SILVA CRISTOVAM (16298/SC) (1550)JOSE SIDNEI DA ROCHA (253324/SP)(1122) (1122)JOSE SILVESTRE DA SILVA (61855/SP) (453)JOSE SOARES FERREIRA ARAS NETO (15665/BA) (1632)JOSE SOUZA PIRES (9755/BA) (696)JOSE TARCISIO DE MELO (17129/MA)(362) (1398)JOSE TEODORO ALVES (12547/PR) (1101)JOSE VALERIANO DE SOUZA FONTOURA (6277/MS, 6277-A/PB)(314) (1343)JOSE VANDERI MAIA (716/RR) (1568)JOSE VIRGILIO CASTELO BRANCO ROCHA FILHO (30742/PR) (1101)JOSE VIRGILIO CASTELO BRANCO ROCHA NETO (30225/PR) (1101)JOSE WAGNER MATIAS DE MELO (17785/CE) (487)JOSE WELLINGTON PORTO (72583/SP) (194)JOSEANE ROALE DE OLIVEIRA (128087/RJ) (522)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 448

JOSEF AZULAY NETO (168848/RJ) (1466)JOSEPH ROBERT TERRELL ALVES DA SILVA (212269/SP)(736) (1178)JOSIANE POPOLO DELL AQUA ZANARDO (103992/SP) (778)JOSILMA BATISTA SARAIVA (11997/DF, 27503/GO) (1123)JOSMAR CANDIDO DA FONSECA (1619)JOSNEL TEIXEIRA DANTAS (148452/SP) (665)JOSUE CORREA FERNANDES (04420/PR) (1101)JOYCE CHRISTIANE REGINATO (56770/PR, 376423/SP) (384)JOYCE CORREIA DE SOUZA (329357/SP) (1122)JUCELINO SILVEIRA NETO (259346/SP) (1526)JUCENIR BELINO ZANATTA (125881/SP)(550) (1572)JUCIARA HELENA CRISTINA DE SOUZA BARROS (29778/DF)(439) (1506)JUCIMAR PEREIRA(351) (355)JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ANGRA DOS REIS

(1201)

JUIZ DE DIREITO DA 1° VARA CRIMINAL DA COMARCA DE BARRA FUNDA

(596)

JUIZ DE DIREITO DA 2° VARA CRIMINAL DA COMARCA BARRA FUNDA

(596)

JUIZ DE DIREITO DA 6ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE JOÃO PESSOA

(1211)

JUIZ DE DIREITO DA SEGUNDA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE UMUARAMA

(1076)

JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÃO CRIMINAL DA COMARCA DE SOROCABA

(587)

JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÃO CRIMINAL DA COMARCA DE CONTAGEM

(593)

JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÃO CRIMINAL DA COMARCA DE SOROCABA

(608)

JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA DE TAUBATÉ

(599)

JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA DE BIRITIBA MIRIM

(598)

JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÕES PENAIS DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO

(586)

JUIZ DO TRABALHO DA 30ª VARA DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE/RS

(1095)

JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA FEDERAL DE CURITIBA(1248) (1254)JUIZ FEDERAL DA 13° VARA FEDERAL DA COMARCA DE CURITIBA

(1083)

JUIZ FEDERAL DA 1ª VARA FEDERAL DE PONTA GROSSA (831)JUÍZA DE DIREITO DA 5ª VARA DAS EXECUÇÕES CRIMINAIS DE SÃO PAULO

(1367)

JUÍZA FEDERAL DA 4ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO

(1077)

JULIA MEZZOMO DE SOUZA (48898/DF) E OUTRO(A/S) (1673)JULIANA CANAAN ALMEIDA DUARTE MOREIRA (119870/SP) (434)JULIANA CARNEIRO MARTINS DE MENEZES (21567/DF) E OUTRO(A/S)

(55)

JULIANA DE CASSIA BENTO BORBA (77817/MG) (887)JULIANA FERNANDES DE ARAUJO (23114/BA) (860)JULIANA GARCIA HACKEBART (1452)JULIANA RODRIGUES GOUVEIA LOURENCO (44910/GO) (125)JULIANA SARETTA VERISSIMO (259174/SP) (1606)JULIANNA ALAVER PEIXOTO BRESSANE (234291/SP) (425)JULIANO AMARAL (119617/SP) (1082)JULIANO BRITO (55628/RS) (1687)JULIO ALBERTO WITZLER DIAZ (62899/RS) (731)JULIO CARLOS SAMPAIO NETO (17866/CE, 16503/A/MT) (469)JULIO CESAR BORGES DE RESENDE (08583/DF, 26744/GO) (843)JULIO CESAR CASARI (148)JULIO CESAR GOULART LANES (9340A/AL, 22398/BA, 21994-A/CE, 29745/DF, 17664/ES, 30401/GO, 119130/MG, 13449-A/MS, 13329/A/MT, 46648-A/PB, 01088/PE, 43861/PR, 156273/RJ, 712-A/RN, 4365/RO, 46648/RS, 24166/SC, 519A/SE, 285224/SP)

(731)

JULIO CESAR SOUZA VIEIRA (1274)JULIO CEZAR COITINHO JUNIOR (58835/RS) (412)JUNIOR ANTONIO SOLDATELLI (45000/RS) (410)JUREMA FERREIRA DA SILVA BIAZZIM (62727/SP) (1631)JUSCELINO JOSUE PIRES HELENO (120963/MG) (554)JUSSARA DA SILVA HEIS (57117/RS) (424)JUVENAL EVARISTO CORREIA JUNIOR (229554/SP) (1399)KAREN MICHELLE STEFANI (294800/SP) (187)KARLA CECILIA LUCIANO PINTO (3442/ES) (1128)KARLA REZENDE DE ALMEIDA (182120/RJ) (1305)KATIA VALVERDE JUNQUEIRA (049997/RJ) (773)KAUE DIAS DOS SANTOS (205690/RJ) (763)KAZIA FERNANDES PALANOWSKI (14271/SC) (1123)KÁZIA FERNANDES PALANOWSKI (14271/SC) (958)

KEILA CATARINA DE PAULA (1325)KELLY DA COSTA MACHADO (1452)KELLY GERBIANY MARTARELLO (28611/PR, 30751/SC, 367108/SP) (140)KELLY MARTINS RAMOS (111395/RJ) E OUTRO(A/S) (1440)KELLY REGINA ABOLIS (251311/SP) (185)KELSON DAMASCENO DE OLIVEIRA (27609/GO, 4534/TO) (1009)KERGINALDO MARQUES DA SILVA (317273/SP) (1178)L.R.O.C. (24)LAMARX MENDES COSTA (7692/AL)(398) (1361)LARAH PARAIZO DANTAS FONTES (7430/SE) (574)LARISSA BORETTI MORESSI (188752/SP) (1591)LARISSA XAVIER DE LIMA (35673/GO) (1456)LAURO JOSE BALLOCK (11513/SC) (124)LEANDRO ALVARENGA MIRANDA (261061/SP) (1199)LEANDRO ANGELO SILVA LIMA (261062/SP) (765)LEANDRO BARATA SILVA BRASIL (32078/DF, 162366/RJ, 36575/RS) (761)LEANDRO BERTAO LOIOLA (1281)LEANDRO CAPATTI (321449/SP) (1571)LEANDRO DE AZEVEDO BEMVENUTI (59893/RS) (126)LEANDRO DORCAS GATES (1299)LEANDRO GUEDES DE OLIVEIRA (354597/SP) (703)LEANDRO LOURENCO DE CAMARGO (213736/SP) (1418)LEANDRO MARTINHO LEITE (217423/RJ, 174082/SP) E OUTRO(A/S)

(60)

LEANDRO MELONI (212864/RJ, 30746/SP) (1509)LEANDRO PIRES NEVES (288317/SP) (551)LEANDRO PRATES VIANA (352)LEANDRO VICENTE SILVA (38858/BA, 31312-A/CE, 38750/GO, 144615/MG, 01532/PE, 150943/RJ, 326620/SP)

(748)

LEILA APARECIDA MARTINS (199)LELIO JOSE CRESPIM (162757/SP) (1175)LELIVALDO DAMASCENO DE SANTANA (520)LENNON DUTRA VASQUES (307)LEO FOLETTO (419)LEODI IRANI ALTMANN (1168)LEONARDO ALMEIDA COSTAMILAN (92800/RS) (1078)LEONARDO ARRUDA MUNHOZ (173273/SP) (171)LEONARDO DA SILVA OLIVEIRA (148792/RJ)(229) (854) (931) (932)LEONARDO DE CAMARGO MARTINS (33105/PR) (384)LEONARDO DE CARVALHO BARBOZA (116636/RJ)(107) (1033)LEONARDO DE JESUS DA SILVA FERREIRA GOMES (582)LEONARDO FARINHA GOULART (55510/DF, 110851/MG, 213213/RJ, 396591/SP)

(815)

LEONARDO FAUSTINO LIMA (123287/RJ) E OUTRO(A/S)(1187) (1188)LEONARDO GOES RODRIGUES (344041/SP) (77)LEONARDO GUIMARAES BORGES (39104/GO, 96681/MG) (1112)LEONARDO ISAAC YAROCHEWSKY (47898/MG) E OUTRO(A/S)(353) (1346)LEONARDO JOSE SANTANA (26687/ES, 40189/GO, 104617/MG) (1174)LEONARDO LAPORTA COSTA (179039/SP) (893)LEONARDO MELO SEPULVEDA (7506/BA) (234)LEONARDO OURIQUE JUNG (99169/RS) E OUTRO(A/S)(372) (1411)LEONARDO POLONI SANCHES (158795/SP) (713)LEONARDO REINALDO DUARTE (35220/SC) (870)LEONARDO RODRIGUES CALDAS (113756/RJ) (193)LEONARDO RODRIGUES LACERDA (13178/ES) (1017)LEONARDO SICA (146104/SP) E OUTRO(A/S) (1347)LEONARDO SOUSA FARIAS (26682/ES, 23894-A/PB, 205769/RJ, 87452/RS)

(1685)

LEONARDO TEIXEIRA FREIRE (87781/PR, 72094/RS) (389)LEONARDO VELLO DE MAGALHAES (7057/ES) E OUTRO(A/S)(1034) (1038)LEONARDO VINICIUS POLLI FERREIRA (258195/SP) (1637)LEONES DA SILVA (38)LEOVEGILDO MARCIO SILVA MASCARENHAS (18528/BA) (709)LESTER PIRES CARDOSO (51188/RS) (392)LETICIA ALVES ROCHA (1271)LETICIA APARECIDA ZAFALON OLIVEIRA (199)LETICIA DE CARVALHO MIGUEL (26577/ES, 92720/RS) (1685)LETICIA FRANCIELI DA COSTA GOMES DE SOUZA (13)LIA SCHOLZE (1289)LIANDRO DOS SANTOS TAVARES (22011/GO, 8382/A/MT) (1171)LICIA MARIA TEIXEIRA OSORIO (21473/CE) (892)LIGIA APARECIDA SIGIANI PASCOTE (115661/SP)(639) (640) (641) (780) (781) (782) (783) (784) (785) (789)(791)LILIAN CLAUDIA JORGE (190256/SP)(44) (1341)LILIAN DE MELO SANTOS (523)

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 449

LILIAN MAGESKI ALMEIDA (10602/ES) (1587)LILIAN PENKAL (43230/PR, 47722/SC) (661)LILIAN REGINA ALVELLAN SALES (199)LILIAN SABIAO BASTIDAS (199)LILIANA APARECIDA NASCIMENTO GOMES DE LIMA (199)LILIANA DEL VALLE AZEVEDO (199)LILIANE MENEZES SOUZA (140617/MG) (557)LILIANE POMPERMAIER (54587/RS) (1687)LINCOLN DEL BIANCO DE MENEZES CARVALHO (235857/SP) (1327)LINCOLN FERREIRA DALBONI (114505/RJ) (763)LINCON LUIZ ARAUJO DE SOUZA(588) (588)LINDALVA MOREIRA GUERRA (523)LINDINER DE CASTRO COELHO (166727/RJ) (1663)LINDINETI DOS SANTOS BENTO (199)LISANE MORAES DE OLIVEIRA (43862/RS) (866)LISETE CARVALHO (199)LISLEI MOREIRA BATISTA (22849/ES) (380)LISSA MOREIRA MARQUES (35307/DF, 413701/SP) (279)LIVIA AMORIM MAGALHAES (28344/PE) (814)LORENCO JORGE OPPERMANN (71607/RS) (87)LORINE SANCHES VIEIRA (17818/MS, 352844/SP) (1050)LOTEADORA NOVA YORK EIRELI (384)LOURDES VALERIA GOMES CATALAN (82591/SP) (519)LUANA DA PAZ BRITO SILVA (291815/SP) (579)LUANA MARQUES DE ALBUQUERQUE (DF046620/) (1108)LUCAS DE OLIVEIRA RIDAO (714)LUCAS FERREIRA FARINASSI (320695/SP) (489)LUCAS HELLENBERG SCALDAFERRI ZIEGLER (78020/MG) (767)LUCAS MENDONCA VIEIRA (42575/GO) (924)LUCAS PRUDENCIO DA SILVA (582)LUCAS SANTOS PEREIRA DA SILVA(601) (601)LUCIA APARECIDA FRANCA DA SILVA (199)LUCIANA CADORE FOLETTO (66944/RS) (419)LUCIANA CHRISTINA GUIMARAES LOSSIO (15410/DF) (1363)LUCIANA CRISTINA FERREIRA (106210/RJ) (292)LUCIANA INES RAMBO (1879-A/AP, 22732/DF, 52887/RS) (150)LUCIANA LOUREIRO TERRINHA PALMA DE JORGE (97734/RJ) (1671)LUCIANA MONTESANTI (136804/SP) (454)LUCIANA SANTOS CERQUEIRA (523)LUCIANA TRUDA BOAZ (24370/RS) (1146)LUCIANE BARROS DE SOUZA (4.789/AM) (811)LUCIANE VEZZARO IZIDORO FIALHO (199)LUCIANO ANDRADE PINHEIRO (15184/CE) (1348)LUCIANO DE ALENCAR MARQUES (4214/PI) (1041)LUCIANO GOMES DE FARIAS (21107/GO) (939)LUCIANO LEITE DE PAULA (202890/SP) (1238)LUCIANO MALAGODI CIAMBELLI (488)LUCIANO QUINTANILHA DE ALMEIDA (186825/SP)(252) (415)LUCIETE LOPES ROCHA (1269)LUCILEIDE CRISTINA DOS SANTOS (523)LUCILIA MARIA DE FREITAS (199)LUCIMEIRE GOMES DE OLIVEIRA BERNARDO (199)LÚCIO ADOLFO DA SILVA (56397/MG) (1210)LUCIO FERNANDES FURTADO (65084/RS) (147)LUCIO MOOG ELY (65941/RS) (668)LUCIO SOARES LEITE (288006/SP) (872)LUCKY EMEKE NWANTI (50)LUIS AMÉLIO GOMES FERREIRA (334)LUIS AUGUSTO JUVENAZZO (186023/SP) (726)LUÍS CARLOS ALENCAR DE BESSA (CE014126/) (1415)LUIS CLAUDIO GERHARDT STEGLICH (59579/RS) (762)LUIS DONISETI TOMAZ (1293)LUIS EDUARDO MENEZES SERRA NETTO (109316/SP) E OUTRO(A/S)

(1428)

LUIS FABIO MING DE CAMARGO (1024)LUIS FERNANDO DE PAULA (229564/SP) (1330)LUIS FERNANDO JUSTINO CARREIRO FARIA (142443/RJ) (652)LUIS FERNANDO SILVA (9582/SC) (1123)LUIS GUSTAVO FERREIRA RIBEIRO LOPES (36846/PR) (1130)LUIS JUSTINIANO HAIEK FERNANDES (002193A/DF, 119324/SP) (849)LUIS MAXIMILIANO LEAL TELESCA MOTA (14848/DF) (86)LUIS ROBERTO MONFRIN (228693/SP) (198)LUIS ROGERIO RAMOS DA LUZ (85314/SP) (460)LUIZ ALBERTO DA SILVA (109176/SP) (1586)LUIZ ALBERTO MUNHOZ (199)LUIZ ANTONIO BETTIOL (06558/DF, 237748/SP) (1120)LUIZ ANTÔNIO DA SILVA(606) (606)LUIZ ANTONIO GALDINO (199)LUIZ ANTONIO RAMOS FERREIRA (199)LUIZ ANTONIO SANTOS (346533/SP) (290)

LUIZ ARMANDO CEDRO VILAS BOAS JUNIOR (9952/BA)(799) (800)LUIZ CARLOS AMORIM ROBORTELLA (33156/GO, 16230/PI, 76380/PR, 25027/SP)

(636)

LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA (176939/SP) E OUTRO(A/S) (317)LUIZ CARLOS MOTA JUNIOR (337648/SP)(5) (1331)LUIZ CARLOS SILVEIRA PEREIRA JUNIOR (1286)LUIZ CARLOS TEIXEIRA COSTA (199)LUIZ EDUARDO COSTA SCHMIDT (34501/RS)(628) (1482)LUIZ EDUARDO DE ALMEIDA SANTOS KUNTZ (307123/SP) E OUTRO(A/S)(35) (1339)LUIZ EDUARDO RODRIGUES GREENHALGH (38555/SP) (989)LUIZ FERNANDO ARRUDA (80253/PR) (1471)LUIZ FERNANDO BRAILA (199)LUIZ FERNANDO CASAGRANDE PEREIRA (27375/GO, 22076/PR, 43617-A/SC, 388261/SP)(1101) (1363)LUIZ FERNANDO DE MELO LOURES (98517/MG) (1615)LUIZ FERNANDO MARQUES GOMES DE OLIVEIRA (242824/SP) (332)LUIZ FERNANDO MARTINS DE MELO(589) (589)LUIZ FERNANDO RUCK CASSIANO (228126/SP) (476)LUIZ FERNANDO ZORNIG FILHO (27936/PR)(197) (980) (1638)LUIZ FRANCISCO ANTUNES DE LIMA (1386)LUIZ GUEDES DA LUZ NETO (11005/PB) (949)LUIZ GUILHERME FERREIRA (5)LUIZ GUSTAVO ANTONIO SILVA BICHARA (SP303020/) (1106)LUIZ GUSTAVO CAPITANI E SILVA REIMANN (67643/RS) (463)LUIZ GUSTAVO MARTINS ARAUJO LAZZARI (14415/MS) (1519)LUIZ GUSTAVO UCHOA DE ALMEIDA (18997/PE) (817)LUIZ GUSTAVO VICENTE PENNA (201063/SP) E OUTRO(A/S) (1244)LUIZ HENRIQUE ANTUNES LACAZ (199)LUIZ HENRIQUE CABANELLOS SCHUH (35858/PR, 18673/RS, 15592/SC, 355052/SP)

(1499)

LUIZ HENRIQUE DE CARVALHO (199)LUIZ HENRIQUE FERREIRA (199)LUIZ HENRIQUE NASCIMENTO SOUSA (199)LUIZ INACIO LULA DA SILVA(1250) (1251) (1254) (1255) (1256) (1257) (1258) (1260) (1261) (1262)(1263) (1264) (1265) (1266) (1267) (1268) (1269) (1270) (1271) (1272)(1273) (1276) (1277) (1278) (1283) (1287) (1288) (1289) (1290) (1291)(1298) (1318)LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA(1083) (1248) (1279)LUIZ JORGE JÚNIOR(44) (1341)LUIZ LINDBERGH FARIAS FILHO (1347)LUIZ LOPES (199)LUIZ NAKAHARADA JUNIOR (44648/DF, 217191/RJ, 163284/SP) (1000)LUIZ PEDRO DE SOUZA (199)LUIZ RICARDO DE CASTRO GUERRA (17598-A/PB, 17598/PE, 703A/SE)

(969)

LUIZ ROBERTO BUZOLIN JUNIOR (236866/SP) (514)LUIZ ROBERTO DE CARVALHO (199)LUIZ ROBERTO PEROBA BARBOSA (21360/DF, 21659/ES, 129738/RJ, 130824/SP)

(184)

LUIZ RODOLFO CABRAL (168499/SP) (1508)LUIZ RODRIGUES WAMBIER (38828/DF, 15265-A/MA, 14469/A/MT, 43605/PE, 07295/PR, 181232/RJ, 66123A/RS, 23516/SC, 291479/SP)

(389)

LUIZ SERGIO PINHEIRO FILHO (012948/PA) E OUTRO(A/S) (364)LUIZA HELENA SIQUEIRA (148)LUIZA MARIA GARCEZ BASTOS BRITO (25026/BA) (234)LUIZA PRADO CAMARGO (73252/PR) (522)LUZIMAR BARRETO DE FRANCA JUNIOR (161674/SP) (181)LYCURGO LEITE NETO (01530/A/DF, 018268/RJ)(644) (644) (1509)LYLIANA BASTOS FERRAZ (733)M.M.M. (49)M.M.R. (1327)MAFUZ ANTONIO ABRAO (07151/PR) (1101)MAGNO ISRAEL MIRANDA SILVA (26125/BA, 32898/DF) E OUTRO(A/S)

(1233)

MAICOM ARNALDO NILES (25698/SC) (1142)MAICON DE SIMONE SOUZA (348)MAICON FERNANDES DAMASIO (31)MAIRA DE MELO TEIXEIRA (32806/MG) (377)MANOEL ABILIO LOPES (29431/CE) (350)MANOEL ABILIO LOPES (29431/CE) E OUTRO(A/S) (344)MANOEL GIÁCOMO BIFULCO (26684/SP) (1428)MANOEL RODRIGUES LOURENCO FILHO (208128/SP) (1389)MANOEL RODRIGUES LOURENÇO FILHO (208128/SP) (839)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 450

MANOEL SILVA DO CARMO (520)MANOEL WAGNER GABRIEL GOMES (332811/SP) (502)MANOELA MARTINS SANTOS (162422/RJ) (1084)MANUEL DAS NEVES RODRIGUES (62577/SP) (637)MANUEL DE FREITAS CAVALCANTE JUNIOR (A1176/AM, 20060/BA, 20335-A/CE, 33745/DF, 22278/PE, 927-A/RN)(1064) (1065)MANUELA ROSA DE CASTILHO (20884/PR) (1101)MARA REJANE ALVES ROCHA (1268)MARCEL DOS REIS FERNANDES (4940/RO) (1077)MARCELA SANTOS JORGE (156735/MG) (223)MARCELE FERNANDES DIAS (80540/MG) (223)MARCELLE DE ANDRADE LOMBARDI (250090/SP) (476)MARCELLO KOVALSKI BALTA (354611/SP) (563)MARCELLO MACEDO REBLIN (6435/SC) (1139)MARCELO ALVES MICARONI (171)MARCELO AUGUSTO DE ALMEIDA (171)MARCELO AUGUSTO RODRIGUES DE LEMOS (94933/RS)(42) (1340)MARCELO AZEVEDO LEONESSA (171)MARCELO BESTETTI GRUN (520)MARCELO BOTELHO PUPO (182344/SP) (440)MARCELO CAETANO GUAZZELLI PERUCHIN (36579/RS, 400351/SP)

(1580)

MARCELO DE MOURA SOUZA (12529/DF) (401)MARCELO DE OLIVEIRA GANZO (29961/SC) (1469)MARCELO FELIPE DA COSTA (300634/SP) (657)MARCELO FELLER (296848/SP) (1319)MARCELO GATTI REIS LOBO (37857/DF, 111891/SP) (158)MARCELO HENRIQUE SCHIAVINI SALOMAO (35876/DF, 43546/PR) E OUTRO(A/S)

(1051)

MARCELO ISPER RODRIGUES (171)MARCELO ISSAMU HIGASHIYAMA (59551/PR) (367)MARCELO KINTZEL GRACIANO (21457/PR) (1324)MARCELO KREISNER (66323/RS, 361410/SP) (133)MARCELO LUIZ AVILA DE BESSA (12330/DF, 1565A/MG) E OUTRO(A/S)

(302)

MARCELO MACHADO BERTOLUCI (36581/RS, 400352/SP) (1580)MARCELO MENDONCA SALGADO (492)MARCELO MOREIRA MARQUES (171)MARCELO OTHON PEREIRA (148)MARCELO PALMERIO (1426)MARCELO PELEGRINI BARBOSA (41774/DF, 199877/SP) (224)MARCELO PIRES TORREAO (19848/DF) (1422)MARCELO ROBERTO DE CARVALHO FERRO (58049/RJ, 181070/SP)

(1464)

MARCELO SALLES DE MENDONCA (17476/BA)(709) (755) (756) (802) (803)MARCELO SILVA MASSUKADO (11502/DF, 186010/SP)(241) (1647)MARCELO SILVA MASSUKADO (186010A/SP) E OUTRO(A/S) (1114)MARCELO TOLEDO MATUOKA (288345/SP) (280)MARCELO TOSTES DE CASTRO MAIA (38829/DF, 20699/ES, 63440/MG, 01730/PE, 173524/RJ, 40341-A/SC, 295551/SP)

(905)

MARCELO TRAJANO ALVES BARROS (001236A/PE) E OUTRO(A/S) (1450)MARCELO VIDA DA SILVA (38202/SP) (1537)MARCIA DE FREITAS SILVA (218917/SP) (890)MÁRCIA ELIANA OLÍMPIO PEREIRA (1267)MARCIA MARIA ARAUJO CAIRES (19760/DF) (1593)MARCIA MODESTO DOS REIS (1534)MARCILIO SILVA MENDES (333802/SP) (1381)MARCIO ADRIANO PINHEIRO (30303/PR) (499)MARCIO ANTONIO EBRAM VILELA (112922/SP) (1629)MARCIO ANTONIO MARQUES DE ALMEIDA E OUTRO(A/S) (1256)MARCIO AUGUSTO RIBEIRO CAVALCANTE (12359/CE) (1090)MARCIO AUGUSTUS FIRPI (61457/MG) (1570)MARCIO BEZERRA CHAVES (3198/AC)(1540) (1547) (1551) (1560) (1561)MÁRCIO CEZAR DA SILVA(12) (1335)MARCIO DANTAS DE ARAUJO (3718/RN) (1474)MARCIO LOCKS FILHO (11208/SC) (1123)MÁRCIO LOCKS FILHO (11208/SC) E OUTRO(A/S) (958)MARCIO LUIZ BLAZIUS (31478/PR, 356106/SP) (429)MARCIO LUIZ TEIXEIRA (13596/SC) (174)MARCIO MACHADO MORAIS (45604/RS) (1179)MARCIO RAMOS ALANBERT RODRIGUES (1237)MARCIO RODRIGO FRIZZO (33150/PR, 356107/SP) (429)MARCIO SILVA COELHO (45683/SP) (545)MARCIO VIEIRA SOUTO COSTA FERREIRA (36464/DF, 177504/MG, 59384/RJ, 64481A/RS, 150585/SP)

(1127)

MARCO ALFREDO MEJIA (29095/RS) E OUTRO(A/S) (1283)MARCO ANTONIO ARANTES DE PAIVA (72035/SP) (1306)MARCO ANTÔNIO ARANTES DE PAIVA (72035/SP) (1367)

MARCO ANTÔNIO CAMACHO SEAS (318)MARCO ANTONIO DO NASCIMENTO (108934/RJ) (53)MARCO ANTONIO FERREIRA DA SILVA (65843/SP) (261)MARCO ANTONIO TOLEDO CARDOSO (1558)MARCO AUGUSTO DE ARGENTON E QUEIROZ (55402/PR, 163741/SP)

(444)

MARCO AURÉLIO BALLEN (4994/MT) (955)MARCO AURELIO MESTRE MEDEIROS (15401/O/MT) (527)MARCO AURELIO MIRANDA (45)MARCO AURÉLIO SAYÃO CORRÊA (327)MARCONI MEDEIROS MARQUES DE OLIVEIRA (23360/DF) E OUTRO(A/S)(1037) (1451)MARCOS ANTÔNIO DONADON (1225)MARCOS ANTONIO INACIO DA SILVA (13892A/AL, 29933/BA, 20417-A/CE, 51948/DF, 9503-A/MA, 4007/PB, 00573/PE, 199239/RJ, 560-A/RN)(129) (396) (472) (528) (667)MARCOS ANTONIO PAVANI DE ANDRADE (142764/SP) (888)MARCOS AURELIO SANTIAGO BRAGA (6393/RN) E OUTRO(A/S)(25) (1338)MARCOS CAMPOS DIAS PAYAO (96057/SP) (213)MARCOS CESAR VIEIRA (274680/SP) (280)MARCOS DA SILVA AMARAL (125343/SP) (224)MARCOS DRUMMOND MALVAR (26942/DF, 353428/SP) (1502)MARCOS EDUARDO FAES EBERHARDT (56544/RS)(1158) (1159) (1162) (1202)MARCOS ERNANI SENGER (40434/RS) (230)MARCOS EZEQUIEL DE MOURA LIMA (136164/MG)(400) (903) (1027) (1662)MARCOS GERALDO BALDINI (72276/MG) (80)MARCOS JOSE ANTONIO PEREIRA (725)MARCOS JOSE BERNARDELLI (73750/SP) (454)MARCOS JOSE SANTOS MEIRA (6481A/AL, 35560/BA, 20005/DF, 17374-A/PB, 17374/PE, 226031/SP)

(1454)

MARCOS LUIZ MASKOW (22814/PR) (1502)MARCOS MARCIANO DA LUZ (116696/MG) (1549)MARCOS POLO BRASIL DOS SANTOS (877A/MG, 062374/RJ) (565)MARCOS SILVERIO DE CARVALHO (138122/RJ)(578) (663) (671) (693) (728) (738) (739) (744) (806) (1626)MARCOS VIDIGAL DE FREITAS CRISSIUMA (130730/RJ) (1429)MARCOS VIDIGAL DE FREITAS CRISSIUMA (130730/RJ) E OUTRO(A/S)

(1217)

MARCOS VINICIO JORGE DE FREITAS (75284/SP) (1133)MARCOS VINICIUS JOSE CAETANO (1151)MARCUS ABRAHAM (148)MARCUS ELY SOARES DOS REIS (35120-A/CE, 26375/ES, 164553/MG, 21722-A/PB, 01956/PE, 20777/PR, 204306/RJ, 1188-A/RN, 304381/SP)(240) (286)MARCUS FLAVIO HORTA CALDEIRA (13418/DF)(844) (1592)MARCUS VINICIUS DOS SANTOS MINGARDI (279351/SP) (575)MARCUS VINICIUS GUERREIRO DE CARLOS (184896/SP) (907)MARCUS VINICIUS LOPES ROCHA (520)MARCUS VINICIUS MULLER BORGES (30072/SC)(963) (965) (971)MARCUS VINICIUS THOMAZ SEIXAS (228902/SP) (1298)MARIA AGLAIR DE ABREU (774)MARIA APARECIDA DIAS PEREIRA NARBUTIS (77001/SP) (387)MARIA APARECIDA FONSECA DO AMARAL (492)MARIA APARECIDA MIRANDA TERRIGNO (531A/ES, 059297/RJ, 356042/SP)

(1128)

MARIA BENEDITA LOPES ROCHA (1266)MARIA BERNADETE STETER (171)MARIA CECILIA MARTINO GOMES CONDE (506)MARIA CELIA ALVARES DE AZEVEDO NETA (8768/SE) (532)MARIA CLAUDIA BUCCHIANERI PINHEIRO (25341/DF) (951)MARIA CLAUDIA BUCCHIANERI PINHEIRO (25341/DF) E OUTRO(A/S)

(951)

MARIA CLAUDIA CANALE (121188/SP)(848) (1562)MARIA CRISTINA DA COSTA FONSECA (14974/DF) (1113)MARIA CRISTINA DE MELO (63927/SP) (1583)MARIA CRISTINA GALLO (131397/SP) (1596)MARIA DE FATIMA CHAVES GAY (127335/SP)(665) (921)MARIA DE FATIMA LOPES ROCHA (1265)MARIA DE FATIMA OLIVEIRA (122913/RJ) (497)MARIA DE FATIMA SOUZA DA SILVA (774)MARIA DO CARMO LEITE DE MORAES PRADO (32741/SP) (1439)MARIA DO ROSÁRIO DA SILVA (1378)MARIA EDUARDA FERREIRA RIBEIRO DO VALLE GARCIA (49457D SP)

(103)

MARIA ELIZABETH QUEIJO (114166/SP) (1427)MARIA ELOISA DO NASCIMENTO (123178/SP) (904)MARIA EMILIA FERREIRA GUIMARAES MAYNART RABELO (841)

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STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 451

(2234/SE)MARIA EMILIA GONCALVES DE RUEDA (13788A/AL, 55149/BA, 30148-A/CE, 56712/DF, 51288/GO, 17846-A/MA, 187291/MG, 20261-A/PB, 23748/PE, 16086/PI, 77158/PR, 203064/RJ, 1064-A/RN, 367886/SP)

(725)

MARIA FERNANDA DE OLIVEIRA LARCIPRETE (114089/MG) (1112)MARIA FLORIZE ALBUQUERQUE SILVA (798)MARIA HELOISA SOUZA DE ALBUQUERQUE GONCALVES (1288)MARIA HERMINIA LOPES ROCHA (1264)MARIA JOSE GIANNELLA CATALDI (66808/SP) (647)MARIA LETICIA ABDO JORGE (191600/SP) (1166)MARIA LIBERDADE MOREIRA MORAIS CHAVES (1560)MARIA LIBERDADE MOREIRA MORAIS CHAVES (4185/AC)(1547) (1551) (1561)MARIA LIGIA PEREIRA SILVA (75237/SP) (934)MARIA LUCIA DA SILVA RAMALHO (1619)MARIA LUZ DA SILVA FERNANDES (625)MARIA REGINA DANTAS DE ALCANTARA (148)MARIA SALETE DE OLIVEIRA SUCENA (148)MARIA SOLANGE GOMES NUNES FAGGION (295713/SP) (698)MARIA SONIA GOMES HOLANDA MELO (512)MARIA TERESA FERREIRA DA SILVA (215055/SP) (1629)MARIA TEREZA HUNGARO ADARME (241690/SP) (758)MARIANA FREIRE DE ANDRADE (26499/BA) (759)MARIANA JORGE TODARO (201455/SP) (345)MARIANE MARIANO DE OLIVEIRA D ORNELLAS(314) (1343)MARILANE PEREIRA PACHECO LENTZ (15571/SC) (930)MARILDA DE PAULA SILVEIRA (33954/DF, 90211/MG) (1536)MARILDA TREGUES DE SOUZA SABBATINE (279359/SP) (1460)MARILENA DALLEDONE CAVALCANTE (1251)MARILIA PALMERIO ASSUMPCAO (1426)MARÍLIA PINHEIRO MACHADO BUCHABQUI (11748/RS) E OUTRO(A/S)

(1444)

MARILIA SUZETE SANTOS DA MOTTA (1236)MARINA AIDAR DE BARROS FAGUNDES (222025/SP) (1598)MARINA EMILIA BARUFFI VALENTE (163740/MG, 109631/SP) (1059)MARINA FRANCO MENDONCA (160179/RJ, 287598/SP) E OUTRO(A/S)

(1312)

MARINA LAERCIA MIOTTO(458) (1628)MARINA MENDES MARTINS (40767/SC) (247)MARINA RODRIGUES DA CUNHA BARRETO VIANNA (27722/DF) (922)MARINALVA CARVALHO ALENCAR (1387)MARINES DALLEDONE RIBEIRO (1263)MARIO BANDEIRA GUIMARAES NETO (26926/PE) (1002)MÁRIO BARBOSA VILLAS BOAS (RJ117369/) (1223)MARIO FRANCISCO BARBOSA (49884/PR) (49)MARIO HENRIQUE ALBERTON (30358/PR) (1590)MARIO RANGEL CAMARA (179603/SP) (625)MARISA MARGARETE DASCENZI (182540/SP) (470)MARLENE ANTONIETA ARAGAO DE MASCARENHAS PASSOS (541)MARLENE DE OLIVEIRA ERNEST (37795/RS) (1470)MARLON ANTONIO FONTANA (195093/SP) (460)MARLUCIA OLIVEIRA SANTOS (345)MARLUCIO LUSTOSA BONFIM (16619/DF) (983)MARLYSE BOMFIM ADAO (35881/DF, 20182/GO)(106) (924)MARTA NASSAR CRUZ (10161/PA) (431)MARUZAN ALVES DE MACEDO (41134/MG) E OUTRO(A/S)(12) (1335)MARY SIMONE REIS(353) (1346)MATEUS PORTO (53019/RS) (1236)MATHEUS DE OLIVEIRA COSTA (41)MATHEUS VIEIRA (23)MATHIAS WALDER LOBATO (174079/MG) (17)MATTHAUS HENRIQUE DE GOIS FERREIRA (10235/RN) (138)MATTIA FIERRO (48460/SC) (306)MAURICIO DE FIGUEIREDO CORREA DA VEIGA (55433/BA, 21934/DF, 109016/RJ)(893) (992)MAURICIO DE LIRIO ESPINACO (205914/SP) (776)MAURÍCIO GRANADEIRO GUIMARÃES (26341/SP) (1113)MAURÍCIO MENDONÇA DE HOLANDA (9)MAURICIO RODRIGUES CAJADO (1025)MAURICIO SCANDELARI MILCZEWSKI (A932/AM, 33400/BA, 34780/DF, 32688/GO, 131445/MG, 15027-A/MS, 14793/A/MT, 19391-A/PA, 01584/PE, 52885/PR, 170101/RJ, 838-A/RN, 70520A/RS, 25166/SC, 304382/SP)

(1559)

MAURICIO SOUZA BOCHNIA (10599/PR) (552)MAURO ABDON GABRIEL (0082725/RJ) (1181)MAURO ABDON GABRIEL (082725/RJ) (268)MAURO ATUI NETO (266971/SP)

(18) (19) (20) (1286) (1296) (1301) (1304) (1336)MAURO BORGES LOCH (18152/DF, 66815A/RS) (89)MAURO EVANDO GUIMARAES (204341/SP)(15) (1302)MAURO FERREIRA DE MELO (242123/SP)(436) (914)MAURO FERREIRA DE MELO JUNIOR (363014/SP) (494)MAURO JOSE DA SILVA JAEGER (14178/RS)(970) (1078)MAURO SÉRGIO RODRIGUES (111643/SP) E OUTRO(A/S) (1047)MAURO SÉRGIO SANTOS DA SILVA (330)MAX ARAUJO MARQUES (195844/RJ) (1581)MAX FONTES (096740/RJ) E OUTRO(A/S) (1115)MEDSON COUTINHO RODRIGUES FILHO (145963/RJ) (1663)MEIRE APARECIDA DE AMORIM (19673/DF) E OUTRO(A/S) (1383)MELAINE CHANTAL MEDEIROS ROUGE (104771/RJ) (383)MESSIAS TADEU DE OLIVEIRA BENTO FALLEIROS (250793/SP) (1157)MICHELE CRISTINA FELIPE SIQUEIRA (34729/BA, 102468/MG, 312716/SP)(246) (653) (654) (662) (681) (682) (687) (688) (691) (766)(768)MICHELLE DA SILVA (168093/RJ) (1181)MICHELLE FELIX BARCELLOS DE ALVARENGA (177721/RJ) (1316)MICHELLINE CANGUCU IWAMOTO VISCONDE (18877/DF) E OUTRO(A/S)

(361)

MIGUEL APARECIDO SEGOBIA (725)MIGUEL ARCANJO DA CRUZ SILVA (31778/RS) (747)MIGUEL CALMON MARATA (116451/SP) (450)MIGUEL DALADIER BARROS (5833/MA) (853)MIGUEL ROCHA NASSER HISSA (15469/CE) (1520)MIKELLY JULIE COSTA D ABADIA (23332/GO) (1668)MILENA GILA FONTES (25510/BA)(857) (860) (861) (862) (863) (927) (928)MILENA PIRAGINE (3939/AC, 11639A/AL, A912/AM, 2399-A/AP, 38857/BA, 28128-A/CE, 40427/DF, 21455/ES, 37223/GO, 12240-A/MA, 144673/MG, 17018-A/MS, 17210/A/MT, 19386-A/PA, 18514-A/PB, 01570/PE, 10202/PI, 66452/PR, 180116/RJ, 976-A/RN, 5783/RO, 445-A/RR, 89811A/RS, 36524/SC, 764A/SE, 178962/SP, 5694/TO)(254) (441)MILENE CRISTINA GIMENES (331515/SP) (632)MILTON DE ANDRADE RODRIGUES (96231/SP) (645)MILTON DOS SANTOS LEMOS DA COSTA (1387)MILTON FLAVIO DE ALMEIDA CAMARGO LAUTENSCHLAGER (165691/RJ, 162676/SP)

(440)

MILTON JORDAO DE FREITAS PINHEIRO GOMES (17939/BA) (1600)MILTON LUIZ CLEVE KUSTER (46138/BA, 54462/DF, 28906/ES, 48887A/GO, 175126/MG, 19890-A/MS, 01883/PE, 07919/PR, 169089/RJ, 17605/SC, 281612/SP)(458) (1628)MILTON OCTACILO GRUPPI (191)MILTON PASTICK FUJINO (19040/PE) (997)MILTON RICARDO LUSO CALADO (5108/MA) (1387)MIRNA CASTELLO GOMES FRANCA (148)MIRNA DIMENSTEIN (19043/PE) (817)MOACIR ALFREDO GUIMARÃES NETO (20563/PE) (1450)MOACIR ALFREDO GUIMARAES NETO (20609/BA, 23657-A/CE, 20563/PE)

(1655)

MOACIR EUFRASIO DO NASCIMENTO (774)MOACIR RODRIGUES XAVIER (25301/DF) (984)MOISES ELIAS PEREIRA (67363/MG) (635)MONIA ROBERTA SPAULONCI PARRA (147135/SP) (432)MONICA MARTINS VELAZCO CORREA (55829/RS) (116)MOZART VICTOR RUSSOMANO NETO (29340/DF, 47576A/GO, 162844/MG)(1011) (1012) (1013) (1543) (1667) (1668)MOZARTH BIELECKI WIERZCHOWSKI (81403/RS) (1594)MUNICÍPIO DE MOGI DAS CRUZES (1030)MURILLO DOS SANTOS NUCCI (24022/DF, 199213/RJ)(1554) (1656)MURILO ANDERSON PEREIRA (1452)NABOR MIGUEL PIRES (25083/SC) E OUTRO(A/S) (340)NADIR APARECIDO SEGANTINI (1222)NAIR FURTADO RIBEIRO (625)NÃO INDICADO(56) (57) (58) (60) (61) (63) (65) (68) (69) (77)(80) (81) (82) (83) (84) (85) (86) (364) (365) (366)(367) (368) (369) (370) (371) (374) (375) (376) (377) (378)(379) (590) (1096) (1385) (1386) (1390) (1393) (1394) (1396) (1397)(1398) (1399) (1405) (1407) (1408) (1409) (1410) (1412)NARA SILVA DE ALMEIDA (285764/SP) (252)NATALIA MARIA MARTINS DE RESENDE (77883/MG) (554)NATALIO JOSE DE SOUZA (725)NATAN BARROS DE ASSIS E SILVA (33)NATAN TERTULIANO ROSSI (367484/SP)(7) (8)NATANIEL INÁCIO PORTO CHAVES

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 452

(597) (597)NAYARA DA SILVA BITENCOURT (151896/MG) (263)NAYARA ISABELLA EFROMOVICH (222)NAYRA MARTINS VILALBA (14047/MS, 20190/A/MT) (760)NEDIMAR DE PAIVA GADELHA JÚNIOR (1241)NEDSON JAIRO RODRIGUES MARCON (97408/RS) (1358)NEI CALDERON (1059A/BA, 33485-A/CE, 24363/DF, 44132/GO, 98730/MG, 15115-A/MS, 00812/PE, 12379/PI, 002693-A/RJ, 1162-A/RN, 56626A/RS, 905A/SE, 114904/SP)

(225)

NEIDE BORTOLO TAKAHASHI (1160)NEILSON CAMPOS BASTOS (520)NELIO ROBERTO SEIDL MACHADO (23532/RJ) E OUTRO(A/S) (1347)NELSON BARBOZA (541)NELSON CAMARA (15751/SP)(167) (772)NELSON ROLAND DOS SANTOS (853)NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES (3600/AC, 9395A/AL, 598/AM, A598/AM, 1551-A/AP, 24290/BA, 16599-A/CE, 25136/DF, 15111/ES, 27024/GO, 9348-A/MA, 107878/MG, 13043-A/MS, 11065/A/MT, 15201-A/PA, 128341-A/PB, 922-A/PE, 8202/PI, 30916/PR, 136118/RJ, 725-A/RN, 4875/RO, 372-A/RR, 80025A/RS, 23729/SC, 484A/SE, 128341/SP, 4.923-A/TO) E OUTRO(A/S)

(1370)

NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES (3600/AC, 9395A/AL, A598/AM, 1551-A/AP, 24290/BA, 16599-A/CE, 25136/DF, 15111/ES, 27024/GO, 9348-A/MA, 107878/MG, 13043-A/MS, 11065/A/MT, 15201-A/PA, 128341-A/PB, 00922/PE, 8202/PI, 30916/PR, 136118/RJ, 725-A/RN, 4875/RO, 372-A/RR, 80025A/RS, 23729/SC, 484A/SE, 128341/SP, 4.923-A/TO)(153) (255) (1501)NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES (3600/AC, 9395A/AL, A598/AM, 1551-A/AP, 24290/BA, 16599-A/CE, 25136/DF, 15111/ES, 27024/GO, 9348-A/MA, 107878/MG, 13043-A/MS, 11065/A/MT, 15201-A/PA, 128341-A/PB, 00922/PE, 8202/PI, 30916/PR, 136118/RJ, 725-A/RN, 4875/RO, 372-A/RR, 80025A/RS, 23729/SC, 484A/SE, 128341/SP, 4.923-A/TO) E OUTRO(A/S)

(1095)

NELVANDO CARDOSO DA SILVA (1227)NEUCI CIRILO DA SILVA (106508/SP) (519)NEUDI FERNANDES (25051/PR, 48889/SC, 403852/SP) (1529)NEUSA MARIA FARIA DA SILVA (8851/MS) (109)NEWTON DORESTE BAPTISTA (6277/RJ) E OUTRO(A/S) (874)NEWTON NOBEL SOBREIRA VITA (10204/PB) (421)NEY SILVEIRA GOMES FILHO (26839/RS)(175) (1604)NICE APARECIDA DE SOUZA MOREIRA (107554/SP) (1528)NICHOLAS STULZER KLEIN (340)NICOLAU ACHCAR SANTOS JUNIOR (91986/MG) E OUTRO(A/S) (1248)NILTON ANTONIO DE ALMEIDA MAIA (67460/RJ) (902)NILTON DOS SANTOS CATHALA (1240)NILTON RIBEIRO LANDI (52748/DF, 28811/SP) (850)NILTON VILARINHO DE FREITAS (128949/SP) (485)NILZA DIAS PEREIRA HESPANHOLO (117860/SP) (1119)NIOBE MARIA RODRIGUES DA CUNHA (1262)NIZIA VANO SOARES (148098/MG, 71825/SP) (119)NOBUAKI HARA (15895-A/MS, 84539/SP) (1539)NORBERTO BARUFFALDI (7983/RS) (627)NORMA MARIA DE SOUZA FERNANDES MARTINS (8890/SC) (694)NUBIA LEMOS GUASTI (12077/ES) (922)O.J.P. (342)OCTAVIO TEIXEIRA BRILHANTE USTRA (196524/SP) (501)ODAIR SANCHES DA CRUZ (52773/SP) (904)ODECIO BELOZO (62511/SP) (1617)OFELIA MARIA SCHURKIM (179672/SP) (1103)OKSANDRO OSDIVAL GONCALVES (30212/DF, 24590/PR, 219095/RJ, 15321/SC, 411775/SP)

(522)

OLGA NUNES GUILHERME (625)OLIR MARINO SAVARIS (24397/PR, 7514/SC) (426)OLIVIO GIROTTO NETO (29117/GO, 109909/MG) (1152)ONDINA TEIXEIRA DE ALMEIDA (625)ORLANDO DE ANDRADE VILLAR (155100/RJ) (569)ORLANDO MACHADO DA SILVA JUNIOR (155360/SP) (460)ORLANDO MOSCHEN (121128/SP) (190)OS MESMOS(109) (174) (446) (469) (1451) (1470) (1494) (1495)OSCAR ARACATY ROCHA DE LIMA (324)OSCAVO CORDEIRO CORREA NETTO (44856/SP) (1562)OSMAR MENDES PAIXAO CORTES (15553/DF, 27284/GO, 164494/MG, 21572-A/MS, 75879/PR, 184565/RJ, 310314/SP)

(1144)

OSNI SILVA (1274)OSVALDO JOSÉ DUNCKE (34143/SC) (307)OSWALDO PINHEIRO RIBEIRO JUNIOR (16275/DF) E OUTRO(A/S) (1207)OSWALDO SANT ANNA (10905/SP, 0010905/SP) E OUTRO(A/S) (953)OTAIR MOREIRA(458) (1628)OTÁVILA ALVES PEREIRA DE GUSMÃO (03326/GO) (935)OTAVIO ALVES FORTE (21490/GO) (106)

OTAVIO RIBEIRO MARINHO (217365/SP) (1625)OZIAR DE SOUZA (137432/SP) (1517)PABLO FELIPE SILVA (168765/SP) (917)PALOMA GURGEL DE OLIVEIRA CERQUEIRA (37186-A/CE, 9654/RN)

(30)

PALOMA GURGEL DE OLIVEIRA CERQUEIRA (37186-A/CE, 9654/RN) E OUTRO(A/S)

(1184)

PATRICIA DOS SANTOS FERREIRA (18442/ES) (323)PATRICIA HENRIQUES RIBEIRO (65610/MG) E OUTRO(A/S) (300)PATRICIA HERREIRO (256128/SP) (943)PATRICIA MARA DOS SANTOS (148)PATRICIA MARIA DA SILVA OLIVEIRA (109326/RJ, 131725/SP) (934)PATRICIA MARIA VILLA LHACER (149919/SP) (938)PATRICIA MIRANDA CENTENO AMARAL (54917/DF, 24190/GO)(58) (376) (858) (1009)PATRICIA REIS NEVES BEZERRA (83102/RJ, 171636/SP) (251)PATRICIA VAIRAO CARELLI VIEIRA (69386/RJ) (854)PATRICIA VALÉRIA ANDRADE DE OLIVEIRA (327)PAULA DE CASTRO FERRAZ (359260/SP) (564)PAULO ABBEHUSEN JUNIOR (28568/BA)(757) (799) (800)PAULO AFONSO DA SILVA (98603/MG) (1362)PAULO ALVES ESTEVES (15193/SP) (786)PAULO ANTONIO SAID (146938/SP) (1122)PAULO BISKUP DE AQUINO (331)PAULO BRUNO GONÇALVES (332)PAULO CESAR BARBOSA PIMENTEL (9165/CE) (840)PAULO CESAR MARTINS (83530/SP) (513)PAULO CESAR SALOMAO FILHO (129234/RJ) (169)PAULO CESAR SILVA SANTANA (1328)PAULO CESAR TEIXEIRA JUNIOR (333120/SP) (509)PAULO CEZAR PINHEIRO CARNEIRO (24469/DF, 20200/RJ, 78009A/RS, 299023/SP)

(380)

PAULO CUNHA DE FIGUEIREDO TORRES (101572/SP) E OUTRO(A/S)

(953)

PAULO EDUARDO BORGES GOMES (170425/RJ) E OUTRO(A/S) (976)PAULO EDUARDO CALGARO (39523/PR) (186)PAULO EDUARDO PRADO (11819A/AL, A917/AM, 33407/BA, 24314-A/CE, 34599/DF, 32791/GO, 131369/MG, 15026-A/MS, 16940/A/MT, 19175-A/PA, 18600-A/PB, 01335/PE, 10204/PI, 58335/PR, 168325/RJ, 982-A/RN, 4881/RO, 434-A/RR, 82065A/RS, 182951/SP, 4873/TO)(804) (894)PAULO EDUARDO RIBEIRO SOARES (35409/DF, 59013/PR, 155523/SP) E OUTRO(A/S)

(1155)

PAULO EMILIO DERENUSSON (87526/MG) (903)PAULO GILBERTO PAZ DE BRUM (294401/SP) (513)PAULO GOMES RANGEL NETO (181957/RJ) (1429)PAULO HENRIQUE DE OLIVEIRA (71635/MG, 43442/PR, 195660/RJ, 136460/SP)(636) (1661)PAULO HENRIQUE DE OLIVEIRA SILVA (129977/MG) (17)PAULO HENRIQUE GASPAR DA SILVA (17412/O/MT) (664)PAULO HENRIQUE QUEIROZ PEREIRA DOS SANTOS (43499/DF) (868)PAULO JORGE ANDRADE TRINCHAO (163465/SP) (56)PAULO JOSE DO CARMO (99991/MG) E OUTRO(A/S) (1405)PAULO MACHADO JUNIOR (45520/PR) (549)PAULO NAPOLEAO GONCALVES QUEZADO (3183/CE) E OUTRO(A/S)

(63)

PAULO RENATO FERRAZ NASCIMENTO (138990/SP) (519)PAULO RENATO SMANIOTTO (20215/DF) (279)PAULO ROBERTO INÁCIO DE SOUSA(586) (586)PAULO ROBERTO INACIO DE SOUZA(604) (604)PAULO ROBERTO IVO DE REZENDE (9362/GO) (1665)PAULO ROBERTO LOUBACK (75828/MG) (775)PAULO ROBERTO MACHADO BORGES (17129/GO) (805)PAULO ROBERTO NOLETO DA PENHA (162400/MG) (369)PAULO ROBERTO RIBAS LOUREIRO (1229)PAULO ROBERTO SANGOI (22567/RS) E OUTRO(A/S) (85)PAULO ROBERTO VIGNA (40542/DF, 29174/GO, 127513/MG, 21418-A/MS, 26218-A/PA, 00819/PE, 16660/PI, 155658/RJ, 76950A/RS, 43962/SC, 173477/SP)

(515)

PAULO ROGERIO COMPIAN CARVALHO (217672/SP)(311) (313)PAULO SERGIO DE ALMEIDA GODOY (75225/SP) (1249)PAULO SÉRGIO DE ARAÚJO E SILVA FABIÃO (128763/RJ) E OUTRO(A/S)

(1115)

PAULO SERGIO PASSOS URANO DE CARVALHO (12842/CE) (824)PAULO SERGIO SEVERIANO (184460/SP) (291)PAULO SERGIO VAZ DE ARRUDA (315)PAULO TELES DA SILVA (4945/CE) (215)PAULO VICTOR DIOTTI VICTORIANO (12801/MS) (335)PAULO VINICIUS NASCIMENTO FIGUEIREDO (132642/RJ) (245)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 453

PAULO VINICIUS SILVA GORAIB (158029/SP) (490)PAULODIR JOSE ZANETTE (10833/RS) (1499)PEDRINHO ANTONIO BORTOLUZZI (29230/RS) (1434)PEDRO ALVES GUIMARAES(258) (1650)PEDRO DE ALBUQUERQUE E SÁ (185608/RJ) E OUTRO(A/S) (1232)PEDRO DE QUEIROZ CORDOVA SANTOS (A730/AM, 13903/SC) (105)PEDRO FELIZARDO DE ALENCAR (2394/RO) E OUTRO(A/S) (1388)PEDRO FLORIANO DE OLIVEIRA MAGALHAES (62260/RS) (218)PEDRO HENRIQUE BRAZ SIQUEIRA (37996/DF, 326721/SP) (1091)PEDRO HENRIQUE SOUZA DE ALBUQUERQUE GONCALVES (1287)PEDRO IVO JOURDAN GOMES BOBSIN (147491/RJ) (1464)PEDRO LEONEL PINTO DE CARVALHO (417/MA) (202)PEDRO LOPES RAMOS (7481/DF) E OUTRO(A/S) (1441)PEDRO MELCHIOR DE MÉLO BARROS(1350) (1351)PEDRO OTAVIO PEREIRA (140418/RJ) E OUTRO(A/S) (1672)PEDRO ROCHA NUNES (24604/BA) (894)PERSIO THOMAZ FERREIRA ROSA (38515/DF, 183463/SP) (1183)PETERSON MEDEIROS DE OLIVEIRA (32412/BA, 16231/SC) (801)PHELIPE DE MONCLAYR POLETE CALAZANS SALIM (9093/ES) (98)PIERPAOLO CRUZ BOTTINI (25350/DF, 163657/SP) (1579)PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (1086)PLT EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS EIRELI (384)PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (832)PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL (832)PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA(323) (343) (1172) (1244) (1333) (1345)PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (1086)PRISCILA CALADO CORREA NETTO (166600/SP) (1562)PRISCILA CARDOSO CASTREGINI (207333/SP) (521)PRISCILA CUNHA ROCHA LOPES (2928/AC) (1540)PRISCILA RODRIGUES SIMOES (1452)PROCURADOR GERAL DO MUNICIPIO DE TIMON (61)PROCURADOR GERAL DO MUNICÍPO DE PELOTAS (1683)PROCURADOR-GERAL (491)PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL(98) (113) (114) (123) (127) (132) (137) (140) (142) (147)(153) (155) (157) (161) (172) (175) (182) (184) (201) (233)(277) (285) (381) (382) (384) (408) (414) (418) (419) (423)(429) (430) (503) (522) (546) (578) (627) (628) (644) (663)(671) (693) (728) (738) (739) (744) (761) (762) (778) (806)(812) (886) (917) (960) (962) (966) (999) (1029) (1031) (1032)(1036) (1051) (1060) (1061) (1062) (1063) (1064) (1065) (1066) (1067)(1068) (1069) (1070) (1071) (1072) (1079) (1099) (1104) (1109) (1137)(1154) (1155) (1438) (1450) (1466) (1480) (1481) (1482) (1490) (1491)(1512) (1515) (1518) (1532) (1542) (1553) (1563) (1594) (1602) (1604)(1622) (1624) (1626) (1627) (1643) (1644) (1654) (1655) (1659) (1669)(1671) (1674)PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA(3) (88) (109) (139) (145) (174) (186) (188) (198) (224)(243) (257) (265) (289) (290) (291) (356) (363) (385) (392)(401) (409) (446) (460) (466) (467) (468) (512) (540) (566)(582) (583) (584) (585) (889) (972) (975) (977) (980) (1018)(1019) (1020) (1034) (1038) (1040) (1043) (1053) (1083) (1093) (1102)(1135) (1153) (1168) (1184) (1185) (1203) (1206) (1207) (1210) (1218)(1220) (1221) (1348) (1349) (1350) (1351) (1352) (1353) (1354) (1413)(1414) (1415) (1417) (1418) (1419) (1420) (1421) (1432) (1448) (1452)(1463) (1464) (1497) (1523) (1536) (1564) (1571) (1575) (1593)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS(279) (287) (508) (516) (896) (984) (1035) (1145) (1366) (1416)(1427) (1595) (1614) (1618)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA(818) (1417) (1600) (1608)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA(986) (1548)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS(393) (556) (935) (1456) (1603) (1611) (1616)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO GROSSO

(390)

PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL(109) (168) (249) (446) (585) (988) (991) (1421) (1625)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS(226) (258) (263) (1004) (1016) (1151) (1207) (1224) (1368) (1413)(1467) (1487) (1570) (1650)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

(248)

PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE RORAIMA(1092) (1568)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA(124) (582) (1006) (1048) (1147) (1386) (1419) (1612)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(141) (176) (198) (217) (224) (243) (244) (252) (402) (403)(404) (406) (415) (448) (464) (465) (485) (490) (555) (562)(568) (581) (659) (786) (793) (849) (911) (973) (1015) (1019)(1047) (1057) (1122) (1136) (1149) (1161) (1163) (1166) (1175) (1428)(1431) (1460) (1492) (1504) (1556) (1579) (1605) (1606) (1607) (1613)(1637) (1648) (1653) (1686)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPE(420) (525) (535) (1652)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ACRE (1484)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAPÁ (1620)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS (1156)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ(219) (572) (1164) (1165)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO(529) (530) (995) (1017)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO (1415)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ (566)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ(242) (284) (1018) (1498)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ (220)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO(143) (427) (497) (978) (1347) (1429) (1581) (1615)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE(118) (288) (774)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(131) (256) (412) (491) (493) (496) (499) (560) (668) (1158)(1159) (1162) (1371) (1425) (1434) (1557) (1577) (1580) (1582) (1649)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO TOCANTINS (1455)PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL(108) (437) (843) (851) (865) (868) (896) (968) (985) (1037)(1451) (1554) (1656) (1664) (1670)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA(1) (200) (520) (690)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA(120) (900) (986) (1189) (1555)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOAS(397) (398)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS(106) (151) (166) (269) (481) (1171) (1565)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO(638) (664) (672) (730) (743) (795) (961) (1534)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL(446) (988) (1585)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO(189) (216) (798) (997) (1002) (1111) (1124) (1125) (1126)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIA(838) (957) (1208) (1388)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RORAIMA (1680)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA(105) (435) (864) (869) (870) (871) (929) (930) (1010) (1105)(1139) (1142) (1190)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO(59) (167) (170) (171) (178) (180) (183) (187) (203) (208)(209) (210) (211) (212) (213) (221) (222) (228) (238) (241)(282) (387) (405) (436) (449) (450) (464) (470) (476) (488)(489) (494) (501) (502) (510) (513) (514) (536) (537) (558)(561) (564) (573) (575) (577) (625) (632) (634) (646) (649)(651) (657) (658) (746) (751) (752) (765) (769) (772) (786)(813) (842) (845) (848) (852) (872) (897) (906) (914) (919)(925) (954) (967) (989) (1000) (1007) (1042) (1107) (1121) (1144)(1157) (1175) (1177) (1191) (1213) (1379) (1381) (1437) (1439) (1462)(1475) (1476) (1479) (1508) (1517) (1521) (1537) (1541) (1552) (1562)(1578) (1586) (1588) (1591) (1596) (1597) (1598) (1601) (1609) (1617)(1631) (1633) (1636) (1639) (1641) (1645) (1647) (1658) (1682)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE(420) (523) (524) (525) (526) (867) (1375) (1448) (1477)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ACRE(964) (1458)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAPÁ(1195) (1442)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS (1530)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ(215) (253) (267) (399) (487) (824) (981)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO(505) (979) (995) (1516) (1587)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃO(544) (1186)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁ(1044) (1045) (1681)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ(274) (385) (389) (511) (539) (549) (889) (1028) (1101) (1130)(1435) (1494) (1495) (1533) (1546) (1590)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 454

PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍ(952) (1041) (1074) (1116) (1148) (1187) (1188)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO(292) (471) (500) (569) (874) (910) (932) (956) (978) (993)(1127) (1182) (1500) (1505) (1599) (1660)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE(660) (996)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(218) (455) (463) (491) (496) (571) (668) (747) (801) (825)(866) (891) (937) (1001) (1110) (1143) (1169) (1179) (1196) (1372)(1423) (1444) (1445) (1446) (1535) (1610) (1685) (1687)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO TOCANTINS (1471)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DA ESTÂNCIA BALNEÁRIA DE UBATUBA

(479)

PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE IGARAÇU DO TIETÊ

(432)

PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DA SERRA (250)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ALCÂNTARA (88)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ARACAJU(533) (1448)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ARAGUAÍNA (796)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BARBACENA (1621)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BARUERI (477)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELÉM (1374)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE(223) (832) (887) (1140)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BETIM (1443)PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE BRUMADINHO (678)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAMARAGIBE (1390)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAMPINAS(580) (1642)PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE CAMPINAS (749)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CÂNDIDO RODRIGUES (1082)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CARAGUATATUBA (1376)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CONSELHEIRO LAFAIETE

(263)

PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CUIABÁ (162)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE DIADEMA(912) (994)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS (1382)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA (974)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE GARÇA(1566) (1567)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE GUARAPARI (1623)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE GUARUJÁ (1103)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE GUARULHOS (1008)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE HORTOLÂNDIA (915)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE IGARASSU (472)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ITAJAÍ (411)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ITAPETININGA(65) (84)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ITAPEVI(475) (480) (1129)PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE ITAPEVI (1134)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ITAPORANGA D'AJUDA (543)PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE ITATIBA (987)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE JACAREÍ (260)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE JATAÍ (125)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA (120)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE JUIZ DE FORA (1662)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE JUNDIAÍ(413) (1449) (1526)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE JUNDIAI (425)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE LAGES (670)PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE LIMEIRA (888)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE LIMEIRA (1391)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE LINS (465)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MACAPÁ (1195)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MACEIÓ (192)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MAGÉ (1440)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MANAUS (395)PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE MARILIA (462)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MARTINÓPOLIS (713)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MOGI DAS CRUZES (1030)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MOGI GUAÇU (1205)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PASSO FUNDO (710)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PEDRO CANÁRIO (922)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PELOTAS (1392)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PIRACICABA(204) (703) (1141)PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE POMPEU (926)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE (531)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE EPITÁCIO

(916)

PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE

(181)

PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE QUEDAS DO IGUAÇU (1101)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SALVADOR(700) (701) (702) (704) (705) (706) (1513) (1632)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTA VITÓRIA DO PALMAR

(392)

PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉ(199) (521) (1098)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTOS(104) (1528)PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE SANTOS (507)PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE SAO BERNARDO DO CAMPO

(559)

PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO(83) (568) (1447)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO CARLOS (1131)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO GONÇALO (407)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO JOAQUIM DA BARRA

(1026)

PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO MIGUEL DO PASSA QUATRO(365) (371)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO(158) (176) (190) (261) (440) (473) (474) (515) (536) (553)(570) (711) (718) (764) (808) (913) (923) (1003) (1436) (1507)(1514) (1576) (1583) (1684)PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE SOROCABA (745)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SOROCABA(452) (810)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TIMON (1378)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE UNIÃO DA VITÓRIA (1101)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE VOLTA REDONDA (763)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE VOTUPORANGA (272)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO(237) (500) (1115) (1180)PROCURADOR-GERAL FEDERAL(4) (78) (87) (89) (90) (91) (92) (93) (94) (95)(96) (97) (99) (100) (101) (102) (103) (110) (111) (112)(115) (116) (117) (119) (121) (122) (128) (129) (130) (133)(134) (135) (136) (138) (144) (146) (149) (150) (150) (150)(152) (160) (163) (164) (195) (205) (206) (207) (227) (230)(231) (232) (235) (236) (239) (240) (245) (246) (250) (251)(265) (275) (283) (286) (383) (386) (391) (394) (396) (410)(416) (417) (422) (424) (426) (445) (453) (482) (483) (484)(505) (528) (545) (547) (550) (551) (554) (565) (576) (579)(592) (609) (610) (611) (612) (613) (614) (615) (616) (618)(624) (629) (630) (631) (639) (640) (641) (645) (647) (650)(652) (653) (654) (656) (661) (662) (666) (667) (675) (681)(682) (687) (688) (691) (692) (699) (712) (717) (719) (720)(721) (722) (723) (724) (732) (740) (741) (748) (750) (759)(766) (768) (770) (771) (776) (777) (780) (781) (782) (783)(784) (785) (787) (788) (789) (790) (791) (792) (794) (797)(841) (847) (892) (920) (933) (958) (1028) (1039) (1049) (1056)(1058) (1073) (1081) (1094) (1102) (1106) (1108) (1123) (1186) (1408)(1430) (1453) (1459) (1470) (1472) (1473) (1474) (1483) (1485) (1486)(1488) (1522) (1524) (1529) (1531) (1544) (1545) (1572) (1577) (1634)(1635) (1646) (1651) (1676) (1679) (1680)PROCURADORA-GERAL DA REPÚBLICA (1195)R.A. (300)R.S.P. (329)RACHEL DE PAULA MAGRINI (8673/MS) (1585)RACHEL ROSANA DE JESUS PORTELA GIROTO(314) (1343)RACHID NOREDIM MUNAUER (86558B/RS) (1311)RAFAEL AUGUSTO DE CONTI (249808/SP) (1131)RAFAEL BARROSO FONTELLES (119910/RJ) E OUTRO(A/S) (1054)RAFAEL BARROSO FONTELLES (41762/DF, 179539/MG, 119910/RJ, 105204A/RS, 327331/SP)

(1629)

RAFAEL BERED (50779/RS) (692)RAFAEL CERONI SUCCI (266979/SP) E OUTRO(A/S) (1192)RAFAEL CRISPINO VIANNA (82409/PR) (695)RAFAEL DA CAS MAFFINI (25953/DF, 44404/RS) E OUTRO(A/S) (1110)RAFAEL DA CRUZ LAURIA (5716/AM) (433)RAFAEL DA SILVA FARIA (170872/RJ) E OUTRO(A/S) (1216)RAFAEL DE ALENCAR ARARIPE CARNEIRO (25120/DF, 409584/SP, 4958/TO)

(827)

RAFAEL DE ALENCAR ARARIPE CARNEIRO (25120/DF, 409584/SP, 4958/TO) E OUTRO(A/S)

(363)

RAFAEL DE MENDONCA PEREIRA CUNHA (144928/MG) (45)RAFAEL EVANDRO FACHINELLO (39007/SC) (837)RAFAEL FARIAS CAVALCANTE (23994/CE, 19760-A/PB, 11079/PI) (892)RAFAEL JONATAN MARCATTO (42275/BA, 42766/PR, 19917/SC, 141237/SP)

(577)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 455

RAFAEL LINO DA FONSECA (121465/MG) (17)RAFAEL MALLMANN (34940/DF, 168816/RJ, 51454/RS, 307489/SP) (937)RAFAEL MARTINEZ VEIGA (24637/BA)(709) (755) (756) (802) (803)RAFAEL MEDEIROS (35715/SC) (1142)RAFAEL MORTARI LOTFI (236623/SP)(751) (752)RAFAEL PONTES DE MIRANDA ALVES (33260/PE) (1111)RAFAEL RIBAS DE MARIA (309894/SP)(69) (1394)RAFAEL RODRIGO FEISTEL (10749/B/MT) (1657)RAFAEL SGANZERLA DURAND (3594/AC, 10132A/AL, A737/AM, 1873-A/AP, 26552/BA, 24217-A/CE, 27474/DF, 15112/ES, 28610/GO, 10348-A/MA, 131512/MG, 14924-A/MS, 12208/A/MT, 16637-A/PA, 211648-A/PB, 01301/PE, 8204-A/PI, 42761/PR, 144852/RJ, 856-A/RN, 4872/RO, 387-A/RR, 80026A/RS, 30932/SC, 642A/SE, 211648/SP, 4925/TO)(156) (439) (1503) (1506) (1539)RAFAEL URBANO (0276132/SP) (1030)RAFAEL ZOTTIS LUCIO (78234/RS)(1158) (1159)RAFAELA LEONCIO ALMEIDA SILVA (33045/PE) (814)RAFAELA SOUZA TANURI MEIRELLES (26124/BA) (844)RAIMUNDO DE SOUZA GOMES (323124/SP) (834)RAIMUNDO DE SOUZA MEDEIROS JUNIOR (13005/PE) (1126)RAIMUNDO IDELFONSO DE LIMA (20526/CE) (712)RAIMUNDO JOSÉ DOS REIS FILHO (122581/MG) (1433)RAIMUNDO KLEBER XAVIER (6549/RS) (1535)RAIMUNDO NONATO ASSUNCAO LEMOS FILHO (11142/MA) E OUTRO(A/S)

(1420)

RAIMUNDO SILVA JUNIOR (520)RAMILTON DOS SANTOS ALVES COUTINHO (679)RAMONA - SERVICOS DE FERRO LTDA - EPP (806)RAPHAEL BARROS ANDRADE LIMA (306529/SP) (987)RAPHAEL DE ALMEIDA TRIPODI (268319/SP) (278)RAPHAEL FRANCALACCI SCHAMBECK LUZ (23400/SC) (1100)RAPHAEL SALATINO PALOMARES (334693/SP) (405)RAPHAEL URBANETTO PERES (79652/RS) (1239)RAPHAELA AMARAL ALVES (35333/BA) (928)RAPHAELLE SIQUEIRA NOBREGA INTERAMINENSE (40392/DF) (1059)RAQUEL CRISTINA RIBEIRO NOVAIS (1250/A/DF, 117881/MG, 002306-A/RJ, 77143A/RS, 76649/SP)

(382)

RAQUEL DAS NEVES RAFAEL (352651/SP) (405)RAQUEL DE JESUS SILVA REBELLO (28880/PR) (1276)RAQUEL DE JESUS SILVA REBELLO (28880/PR) E OUTRO(A/S) (1278)RAQUEL SPEZIALI AROEIRA MARQUES DOS SANTOS (1258)RAQUEL VITOLA RIEGER (1452)RAUL FERREIRA FOGACA (55539/SP)(534) (1569)RAUL SOARES GOMES (336)RAUPH APARECIDO RAMOS COSTA (A1121/AM, 139204/SP) (1153)REGINALDO DE OLIVEIRA SILVA (25480/DF, 199077/RJ)(1554) (1656)REGINALDO DO NASCIMENTO(1294) (1294)REGINALDO GARCIA (1292)REGINALDO GONSALVES DE OLIVEIRA (84233/PR) (1080)REGIS ELENO FONTANA (A654/AM, 29199/DF, 58441/PR, 27389/RS, 25014/SC, 266450/SP)

(982)

REINALDO LUIS TADEU RONDINA MANDALITI (00257220/SP) (894)REINALDO LUIS TADEU RONDINA MANDALITI (257220/SP) (898)REINALDO SANTOS DE ALMEIDA JUNIOR (54600/PR, 173089/RJ) (143)REJANE CLEIA SOUZA E COSTA (774)RELATOR DA RCL Nº 30.313 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL(314) (1343)RELATOR DO ARESP Nº 1.036.205 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(329)

RELATOR DO ARESP Nº 1.053.455 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(299)

RELATOR DO ARESP Nº 1.075.077 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1236)

RELATOR DO ARESP Nº 1.139.453 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1326)

RELATOR DO ARESP Nº 605.654 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1022)

RELATOR DO ARESP Nº 846.649 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1084)

RELATOR DO ARESP Nº 876.761 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA(11) (1334)RELATOR DO HC 434.420 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (38)RELATOR DO HC N.º 449.713 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1301)

RELATOR DO HC N° 392.576 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(295)

RELATOR DO HC N° 396.012 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE (1294)

JUSTIÇARELATOR DO HC N° 400.574 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(296)

RELATOR DO HC N° 447.960 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1297)

RELATOR DO HC Nº 299.094 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1222)

RELATOR DO HC Nº 317.036 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(334)

RELATOR DO HC Nº 335.329 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1224)

RELATOR DO HC Nº 336.733 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1230)

RELATOR DO HC Nº 371.732 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(9)

RELATOR DO HC Nº 387.880 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1274)

RELATOR DO HC Nº 396.549 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(30)

RELATOR DO HC Nº 396.713 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1280)

RELATOR DO HC Nº 402.826 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(348)

RELATOR DO HC Nº 406.863 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1025)

RELATOR DO HC Nº 414.404 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1235)

RELATOR DO HC Nº 414.584 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(10)

RELATOR DO HC Nº 418.951 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1083)

RELATOR DO HC Nº 418.979 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1023)

RELATOR DO HC Nº 419.188 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(939)

RELATOR DO HC Nº 419.697 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1321)

RELATOR DO HC Nº 421.357 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(332)

RELATOR DO HC Nº 422.415 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(945)

RELATOR DO HC Nº 424.399 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA(21) (1337)RELATOR DO HC Nº 424.886 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(46)

RELATOR DO HC Nº 425.689 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1232)

RELATOR DO HC Nº 428.414 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA(37) (297)RELATOR DO HC Nº 428.569 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(340)

RELATOR DO HC Nº 429.089 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1243)

RELATOR DO HC Nº 429.536 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(322)

RELATOR DO HC Nº 434.550 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(344)

RELATOR DO HC Nº 436.130 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1249)

RELATOR DO HC Nº 437.647 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(306)

RELATOR DO HC Nº 441.006 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(943)

RELATOR DO HC Nº 441.712 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(309)

RELATOR DO HC Nº 441.908 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA(333) (1344)RELATOR DO HC Nº 443.035 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(32)

RELATOR DO HC Nº 445.144 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(312)

RELATOR DO HC Nº 445.611 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(946)

RELATOR DO HC Nº 445.814 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1200)

RELATOR DO HC Nº 445.819 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1253)

RELATOR DO HC Nº 445.825 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1255)

RELATOR DO HC Nº 445.885 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(23)

RELATOR DO HC Nº 446.021 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1283)

RELATOR DO HC Nº 446.693 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE (1307)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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JUSTIÇARELATOR DO HC Nº 447.262 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1313)

RELATOR DO HC Nº 447.310 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1281)

RELATOR DO HC Nº 447.581 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(5)

RELATOR DO HC Nº 447.660 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1322)

RELATOR DO HC Nº 447.761 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1285)

RELATOR DO HC Nº 448.214 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(316)

RELATOR DO HC Nº 448.399 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(26)

RELATOR DO HC Nº 448.414 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(48)

RELATOR DO HC Nº 448.633 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(34)

RELATOR DO HC Nº 448.742 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1320)

RELATOR DO HC Nº 448.747 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1312)

RELATOR DO HC Nº 448.752 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1314)

RELATOR DO HC Nº 448.833 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1284)

RELATOR DO HC Nº 448.926 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(310)

RELATOR DO HC Nº 448.947 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(27)

RELATOR DO HC Nº 448028 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1282)

RELATOR DO HC Nº 449.028 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1306)

RELATOR DO HC Nº 449.160 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(24)

RELATOR DO HC Nº 449.261 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1316)

RELATOR DO HC Nº 449.316 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1310)

RELATOR DO HC Nº 449.352 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(31)

RELATOR DO HC Nº 449.422 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(315)

RELATOR DO HC Nº 449.433 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1332)

RELATOR DO HC Nº 449.434 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1305)

RELATOR DO HC Nº 449.697 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1323)

RELATOR DO HC Nº 449.711 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1286)

RELATOR DO HC Nº 449.712 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1296)

RELATOR DO HC Nº 449.756 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1303)

RELATOR DO HC Nº 449.768 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1300)

RELATOR DO HC Nº 449.793 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(22)

RELATOR DO HC Nº 449.838 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1315)

RELATOR DO HC Nº 449.865 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1309)

RELATOR DO HC Nº 449.959 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1311)

RELATOR DO HC Nº 450.011 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(7)

RELATOR DO HC Nº 450.036 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1308)

RELATOR DO HC Nº 450.198 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1317)

RELATOR DO HC Nº 450.275 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1302)

RELATOR DO HC Nº 450.286 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(15)

RELATOR DO HC Nº 450.380 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(16)

RELATOR DO HC Nº 450.385 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1304)

RELATOR DO HC Nº 450.406 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1327)

RELATOR DO HC Nº 450.414 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE (40)

JUSTIÇARELATOR DO HC Nº 450.417 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(330)

RELATOR DO HC Nº 450.468 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA(42) (1340)RELATOR DO HC Nº 450.570 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(33)

RELATOR DO HC Nº 450.585 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(311)

RELATOR DO HC Nº 450.676 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(321)

RELATOR DO HC Nº 450.711 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(8)

RELATOR DO HC Nº 450.833 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA(44) (1341)RELATOR DO HC Nº 450.840 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(328)

RELATOR DO HC Nº 450.855 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(18)

RELATOR DO HC Nº 450.857 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA(20) (1336)RELATOR DO HC Nº 450.858 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(19)

RELATOR DO HC Nº 450.929 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(337)

RELATOR DO HC Nº 450.954 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(300)

RELATOR DO HC Nº 450.972 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(347)

RELATOR DO HC Nº 451.073 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(320)

RELATOR DO HC Nº 451.411 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(338)

RELATOR DO RECURSO ESPECIAL Nº 1.538.389 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(324)

RELATOR DO RESP Nº 1.480.168 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(331)

RELATOR DO RESP Nº 1.544.073 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(944)

RELATOR DO RHC Nº 84.391 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(49)

RELATOR DO RHC Nº 85.933 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(350)

RELATOR DO RHC Nº 89.367 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1089)

RELATOR DO RHC Nº 92.406 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1233)

RELATOR DO RHC Nº 94.317 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(47)

RELATOR DO RHC Nº 95.583 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1202)

RELATOR DO RHC Nº 96.608 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1325)

RELATOR DO RHC Nº 98.194 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA(353) (1346)RELATORA DO HC Nº 438.050 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(1238)

RELATORA DO HC Nº 451.171 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(336)

RENAN APARECIDO DA ROCHA (313)RENAN ARAUJO MACHADO (33481/DF) E OUTRO(A/S) (329)RENATA BARBOSA LACERDA (7402/MS) (964)RENATA COELHO DA ROCHA VIANA (167686/RJ)(1573) (1574)RENATA DE FREITAS MARTINS (204137/SP) (1183)RENATA FERNANDES NEVES (114876/MG) (635)RENATA FIORI PUCCETTI (131777/SP) (448)RENATA GONCALVES PIMENTEL (11980/MS) (1519)RENATA LIGIA TANGANELLI PIOTTO (148)RENATA MONTALVAO DE AZEVEDO CARRERA (6225/SE) (271)RENATA PASSOS BERFORD GUARANA VASCONCELLOS (36465/DF, 44218/PE, 112211/RJ, 363923/SP)(578) (663) (728) (738) (744) (806) (812) (1626) (1627)RENATA PEREIRA SANTO (189663/SP) (517)RENATA SIQUEIRA SEIXAS (65843/PR) (478)RENATA SOARES SILVA (141886/MG) (1152)RENATA SONODA PIMENTEL (17762/DF)(1064) (1065) (1070)RENATA SONODA PIMENTEL (19084/PE) (1063)RENATA VALERIA PINHO CASALE COHEN (225847/SP) (276)RENATO BERNARDES CAMPOS (184472/SP) (413)RENATO BORGES BARROS (19275/DF) (983)RENATO CARDOSO DE ALMEIDA ANDRADE (10517/PR) (174)RENATO DA CUNHA OLIVEIRA (151851/MG) (557)

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RENATO FONTANA TEIXEIRA (333803/SP) (521)RENATO GOMES DE AZEVEDO (283127/SP)(669) (758)RENATO GUILHERME MACHADO NUNES (162694/SP) (114)RENATO LUIZ OTTONI GUEDES (13054/PR) (408)RENATO SERGIO BABY (11276/SC) (567)RENATO SODERO UNGARETTI (154016/SP) (238)RENATO VIDAL DE LIMA (235460/SP) (538)RENE RIBEIRO MADALOSSO (67108/RS) (1659)RENILDA MARIA SANTOS LOPES (1387)REYNALDO CUNHA (61632/SP) (104)RICARDO ALMEIDA DE ARAUJO (221286/SP) (1397)RICARDO BRITO COSTA (173508/SP) (478)RICARDO CANALE GANDELIN (240668/SP) (703)RICARDO CARRILHO CHAMARELI TERRAZ (253445/SP) (211)RICARDO CESAR SANTANA LIMA (520)RICARDO DA SILVEIRA GONCALVES SANTOS (160037/MG) (1678)RICARDO DA SILVEIRA GONCALVES SANTOS (160037/MG) E OUTRO(A/S)

(901)

RICARDO DE MENEZES DIAS (164061/SP) (570)RICARDO DE SOUSA RAMOS (1261)RICARDO DI MARZO VITORINO (1300)RICARDO FALLEIROS LEBRAO (126465/SP)(649) (1597)RICARDO FERNANDES MAGALHÃES DA SILVEIRA (087849/RJ, 252061/SP) E OUTRO(A/S)

(956)

RICARDO FERNANDES MAGALHAES DA SILVEIRA (87849/RJ, 252061/SP)

(1169)

RICARDO FREITAS QUEIROZ (32471/GO) (805)RICARDO IBELLI (139227/SP) (852)RICARDO JORGE VELLOSO (163471/SP)(474) (913) (1141)RICARDO LEMOS PRADO DE CARVALHO (257793/SP) (1634)RICARDO LOPES RIBEIRO (129486/SP) (679)RICARDO LUIZ FERREIRA (1083)RICARDO LUIZ MARCAL FERREIRA (111366/SP) (1479)RICARDO MADRONA SAES (140202/SP) (779)RICARDO MARTINEZ (149028/SP) (490)RICARDO MAURICIO NOGUEIRA E SILVA (30235/BA) (79)RICARDO RIBAS DA COSTA BERLOFFA (185064/SP) (1670)RICARDO RIBEIRO SANTANA (1234)RICARDO SALVADOR CRUPI (276848/SP) (658)RICARDO SOUZA PEREIRA (1185)RICARDO VIANA MAZULO (2783/PI) (1148)RICARDO VIANA RAMOS FERNANDEZ (00028681/RJ) E OUTRO(A/S)

(1039)

RICARDO ZACHARSKI JUNIOR (160053/RJ) (522)RIO GRANDE ENERGIA SA (447)RITA DE CÁSSIA OLIVEIRA PINTO (1424)RITA DE CASSIA SERRA NEGRA (147067/SP) (733)RITA MARIA MOTA SANTIAGO (38586/MG) (226)ROBERTA GOIS DE ANDRADE (4138/SE)(523) (524)ROBERTA MORAES DE VASCONCELOS (39686/RS) (1559)ROBERTO BARROSO MOURA (7388/RN) (660)ROBERTO BERNARDI BACCARAT (299479/SP) (194)ROBERTO BOQUETTI JUNIOR (301)ROBERTO CARLOS COSTA SANTOS (1387)ROBERTO CHARLES DE MENEZES DIAS (0007823/MA) (1207)ROBERTO DARLEY (541)ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS (18970/BA, 05939/DF, 385604/SP)(91) (100)ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS (18970/BA, 05939/DF, 385604/SP) E OUTRO(A/S)(1445) (1446)ROBERTO DI MARZO VITORINO (1300)ROBERTO DINO FLEITH (1503)ROBERTO FERNANDO CORREA JUNIOR (1300)ROBERTO FIUZA DA SILVA (520)ROBERTO GILSON RAIMUNDO FILHO (18558/PE) (451)ROBERTO GONCALVES (325)ROBERTO INÁCIO BARBOSA FILHO (227362/SP) (1026)ROBERTO LEONEL BOMFIM (50136/DF) (443)ROBERTO MOREIRA DA SILVA LIMA (00884/A/DF, 214520/RJ, 19993/SP)

(1636)

ROBERTO NAVES DE ASSUNCAO (53715/DF, 6765/GO) (270)ROBERTO PEREIRA DA SILVA(11) (1334)ROBERTO PEREIRA DE ARAUJO (304363/SP) (1134)ROBERTO TADEU RUBINI (131876/SP) (697)ROBERTO TIMONER (156828/SP) (1007)ROBERTO WYPYCH JUNIOR (19416/DF, 09134/PR) (1028)ROBERTTO LEMOS E CORREIA (7672/BA) (520)ROBSON APARECIDO DE ALMEIDA (347)

ROBSON TIAGO DE MEDEIROS SINHORETTI (1285)RODOLFO AUGUSTO FERNANDES (12660/MA) E OUTRO(A/S) (334)RODOLFO DE LIMA GROPEN (22049/DF, 53069/MG, 0053069/MG, 136196/RJ, 125316/SP)

(1068)

RODOLFO MEIRA ROESSING (A1125/AM, 2147-A/AP, 012719/PA) (1458)RODRIGO ANDOLFO DE OLIVEIRA (230956/SP) E OUTRO(A/S) (374)RODRIGO BIAGIONI (209989/SP) (48)RODRIGO BIEZUS (36244/PR, 42974/SC, 373491/SP) (389)RODRIGO CAMARGO RODRIGUES (1314)RODRIGO CESAR BELARMINO (41058/PR) (553)RODRIGO CORREA GODOY (196109/SP)(40) (321)RODRIGO DALCIN RODRIGUES (46049/RS) (1198)RODRIGO DE SA GIAROLA (173531/SP) (184)RODRIGO FERRARO MASCARIN (152133/SP) (953)RODRIGO FONSECA ALVES DE ANDRADE (3572/RN) (996)RODRIGO FRANCISCO SILVA (300846/SP) (987)RODRIGO GARROSSINO FREIRE (1243)RODRIGO GONCALVES LIMA DE MATTOS (150239/RJ) (622)RODRIGO JORGE ABDUCH (314540/SP) (630)RODRIGO JOSE DOS SANTOS (121290/MG) (223)RODRIGO MOURA COELHO DA PALMA (44219/PE, 98041/RJ) (264)RODRIGO PEREIRA DIAS SANTOS (1246)RODRIGO RANGEL MARANHÃO (22372/PE) E OUTRO(A/S) (959)RODRIGO SILVA SOUZA(20) (1336)RODRIGO STUDART LOPES (786)RODRIGO TADEU PIMENTA DE OLIVEIRA (16752/SC) (1612)RODRIGO TERRA CYRINEU (55451/DF, 16169/O/MT) (1536)RODRIGO ZAMPOLI PEREIRA (302569/SP) (1023)ROGER DE SOUZA KAWANO (1280)ROGERIO ALTOBELLI ANTUNES (172265/SP)(413) (425)ROGERIO AUGUSTO CAMPOS PAIVA (184537/RJ, 175156/SP) (1609)ROGERIO AZZI SILVA(1158) (1159)ROGERIO CANGUSSU DANTAS CACHICHI (148)ROGERIO CRISPIM PITUCO (89617/RS) (218)ROGERIO DE MENEZES CORIGLIANO (139495/SP) (634)ROGERIO LUIS ADOLFO CURY (5004/AC, 34252/DF, 186605/SP) E OUTRO(A/S)

(946)

ROGERIO NEMETI (208529/SP) (991)ROMEU MARQUES DE CARVALHO (101595/SP) (726)ROMULO CESAR DE CARVALHO LOURENCO (265717/SP) (551)RONALDO COSTALUNGA GOTUZZO (51983/RS) E OUTRO(A/S) (1001)RONALDO FERREIRA MARINHO (18225-B/PA) (41)RONALDO GONCALVES PORFIRIO (5873/SE) (898)RONALDO MARCELO BARBAROSSA (203434/SP) (1637)RONALDO RAYES (118043/MG, 21563-A/MS, 43630/PE, 147949/RJ, 48588-A/SC, 114521/SP)

(266)

RONALDO SALLES VIEIRA (85061/SP) E OUTRO(A/S) (1449)RONALISON SANTOS DA SILVA (1304)RONY HAMOUI (22)ROQUE RIBEIRO DOS SANTOS JUNIOR (89472/SP) (484)ROSA FELICIA DE MOURA RODRIGUES (774)ROSA MARIA BRAGAIA (217404/SP) (537)ROSA MARIA MATTOS E SILVA (1291)ROSA MARINA TRISTAO RODRIGUES LONGO (49655/PR) (831)ROSANA DORLE KASTEN (1503)ROSANA SILVA DE SOUZA (6)ROSANGELA MAGALHAES DE ALMEIDA (10590/GO) (1456)ROSELAINE SANTOS DA MOTTA (1236)ROSELI CACHOEIRA SESTREM (37112/PR, 6654/SC) (1105)ROSELLE ADRIANE SOGLIO (177840/SP)(244) (1648)ROSENELY DUTRA DE DOREA (46409/BA, 44249/DF) (1564)ROSIMERI FERNANDES DE LIMA (1305)RUAN GALIARDO CAMBRUZZI (20336/SC) (871)RUBENS VARGAS FILHO (1323)RÚBIO EDUARDO GEISSMANN (25518A/PR, 45073A/RS, 10708/SC) E OUTRO(A/S)

(1154)

RUDI MEIRA CASSEL (22256/DF, 165498/MG, 170271/RJ, 49862A/RS)(875) (910)RUDIMAR ROQUE SPANHOLO (34000/RS, 44083/SC) (247)RUI BARROS LEAL FARIAS (16411/CE) (1520)RUI SERGIO GOMES DE ROSIS JUNIOR (279714/SP) (736)RUTE DE LAET E SOARES (6119/O/MT) (1534)RUY JOSE DA SILVA (15048/GO) (734)SACHA CALMON NAVARRO COÊLHO (9007/MG) (1443)SACHA CALMON NAVARRO COELHO (9007/MG, 112794/RJ, 249347/SP)

(1521)

SALVADOR MELAO BURIOLA (459)SAMARA DE PAULA LORASCHI (1247)SAMARA SOUSA CAVALCANTE (54420/DF) (1595)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 458

SAMARA XAVIER GOMES (48385/RS) (1535)SAMIR IBRAHIM MOYA ABDALLAH (80503/PR)(305) (1342)SAMUEL RAMOS VENANCIO (389762/SP) (445)SAMUEL RIBEIRO DE CAMARGO (1321)SAMUEL STEVYSON SANTANA (16)SANDRA MARIA ESTEFAM JORGE (58937/SP)(1029) (1511)SANDRA MELISSA DE MEDEIROS SILVA (75661B/RS) (101)SANDRA REGINA DE ASSIS (278878/SP) (112)SANDRA REGINA RODRIGUES (189086/SP) (445)SANDRIGO ALVES DE BRITO GOMES (131300/RJ) (427)SANDRO BRANDI ADAO (148)SANDRO DE ABREU SANTOS (39136/DF, 28253/GO)(106) (166) (924) (1565)SANDRO GUARAGNI (78594/RS) E OUTRO(A/S) (38)SANDRO LUCENA ROSA (45229/GO) (269)SANDRO LUIZ MARQUES DOS SANTOS (1295)SANDRO NUNES DE LIMA (24693/DF) (1160)SANDRO RODRIGUES DE SOUZA (141689/SP) (1615)SANTIAGO ANDRE SCHUNCK (235199/SP) (1015)SANTINO FERREIRA(598) (598)SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREV(171) (436) (502) (658) (746)SAULO RONDON GAHYVA (13216/MT) E OUTRO(A/S) (3)SCHEILA FRENA KOHLER (15496/SC) (142)SCHEILA MARA WEILLER ANTUNES DE LIMA (1386)SEBASTIAO BESSA DIAS (541)SEBASTIAO CARLOS BASTOS FERRAZ (733)SEBASTIAO DE PAULA XAVIER NETO (68093/SP) (266)SEBASTIAO ZIMERMAN (098858/RJ) (677)SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ(1044) (1045)SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS(52) (53) (55) (55) (55) (56) (57) (58) (59) (59)(59) (59) (59) (59) (59) (59) (59) (59) (59) (59)(59) (59) (59) (59) (59) (59) (59) (59) (59) (60)(61) (62) (62) (63) (64) (64) (64) (64) (65) (66)(66) (67) (67) (68) (69) (70) (70) (70) (70) (70)(70) (70) (70) (70) (70) (70) (71) (71) (71) (71)(71) (71) (71) (71) (71) (71) (71) (72) (72) (73)(73) (73) (73) (73) (73) (74) (74) (74) (74) (74)(75) (75) (76) (76) (76) (76) (76) (77) (78) (79)(79) (80) (81) (82) (83) (84) (85) (274) (293) (293)(293) (293) (293) (293) (293) (293) (293) (355) (356) (359)(362) (362) (364) (365) (366) (367) (368) (369) (370) (371)(372) (372) (373) (373) (374) (375) (376) (377) (377) (378)(379) (388) (388) (563) (573) (590) (591) (655) (677) (689)(708) (818) (822) (840) (859) (890) (934) (953) (954) (954)(1090) (1092) (1092) (1092) (1092) (1092) (1092) (1092) (1092) (1092)(1092) (1092) (1092) (1092) (1092) (1094) (1095) (1097) (1167) (1199)(1199) (1205) (1209) (1212) (1213) (1279) (1349) (1361) (1362) (1368)(1368) (1369) (1370) (1371) (1371) (1372) (1372) (1373) (1373) (1374)(1374) (1375) (1376) (1376) (1377) (1377) (1377) (1378) (1379) (1379)(1380) (1380) (1380) (1380) (1380) (1380) (1380) (1380) (1380) (1380)(1380) (1380) (1380) (1380) (1380) (1380) (1380) (1381) (1382) (1383)(1384) (1385) (1387) (1387) (1387) (1387) (1387) (1387) (1387) (1387)(1387) (1387) (1387) (1387) (1387) (1388) (1389) (1389) (1390) (1390)(1391) (1392) (1392) (1392) (1393) (1394) (1394) (1394) (1395) (1396)(1396) (1396) (1397) (1398) (1398) (1399) (1400) (1400) (1401) (1401)(1402) (1402) (1403) (1403) (1404) (1404) (1405) (1406) (1406) (1407)(1408) (1409) (1410) (1411) (1411) (1412) (1468) (1512) (1524) (1538)(1602)SERGIO BATISTA HENRICHS (18459/PR) (1221)SERGIO BERMUDES (017587/RJ) E OUTRO(A/S) (1672)SERGIO BERMUDES (RJ17587/) (1442)SERGIO CASTRO DOS SANTOS FILHO (520)SERGIO DA CUNHA BARROS (9359A/AL, 22024/BA) (648)SERGIO DE ARAGON FERREIRA (12804/PR) (859)SERGIO DE OLIVEIRA CELESTINO (111951/SP) (227)SERGIO FARINA FILHO (01412/A/DF, 2009/RJ, 64893A/RS, 75410/SP)

(184)

SERGIO FERREIRA TAMANINI (0026350/DF) (1145)SÉRGIO JOSÉ BAETA GOMES (1228)SERGIO LIMA PORTELLA (520)SERGIO MARCELO ANDRADE JUZENAS (8973/MS) (168)SERGIO ROSARIO MORAES E SILVA (22368/SP) (735)SERGIO SILVIO GOMES ALVES (06101/PE) (1527)SERGIO STEFANO SIMOES (185077/SP) (191)SERGIO VALLETTA BELFORT (197959/SP) (141)SERGIO WESLEI DA CUNHA (222209/SP) (583)SERVICO SOCIAL DO COMERCIO SESC (169)SIDNEI RODRIGUES DE OLIVEIRA (171)

SIDNEI TURCZYN (186275/RJ, 51631/SP) (222)SIDNEY EFROMOVICH (222)SILAS RODRIGUES DOS SANTOS (365295/SP) (1308)SILVANA RUBIM KAGEYAMA (117054/SP) (181)SILVIA ALEGRETTI (19920/DF) (902)SILVIO LUIS FERRARI (658)SILVIO LUIZ DE COSTA (25221/DF, 1658A/MG, 19758/PR, 54189A/RS, 5218/SC, 245959/SP)

(1643)

SILVIO MENDONCA FILHO (97617/MG) (1426)SIMOES SCHWARTZ (541)SIMONE DE ARAUJO ALONSO (1306)SIMONE FERREIRA LOBAO MOREIRA (011300/PA) (1525)SIMONE KELLY MENDES (1238)SIMONE NERI (11170/BA, 355060/SP) (918)SIMONE PEREIRA DE CASTRO (148)SINDICATO DOS SERVIDORES MUNICIPAIS DE MACAPÁ (1195)SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS EM EDUCAÇÃO NO AMAPÁ - SINSEPEAP/AP

(1195)

SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS CIVIS DO ESTADO DO AMAPÁ-SINDSEP

(1195)

SIRLENE DE ALMEIDA BRITTO (513)SOB SIGILO(51) (51) (51) (54) (54) (294) (294)SOLANGE COSTA LARANGEIRA (78437/SP) (434)SOUSA FREITAS ADVOGADOS ASSOCIADOS. - ME (735)STEPHANIE DE OLIVEIRA DANTAS (335817/SP) (899)SUELI APARECIDA MARTIM (46)SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA(39) (1234) (1252)SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA(6) (12) (13) (14) (17) (25) (28) (29) (35) (41)(43) (45) (50) (298) (301) (303) (304) (305) (307) (308)(313) (317) (318) (319) (325) (326) (327) (335) (339) (341)(342) (345) (346) (351) (352) (938) (940) (941) (942) (1021)(1024) (1046) (1050) (1052) (1075) (1085) (1087) (1088) (1173) (1201)(1223) (1225) (1226) (1227) (1228) (1229) (1231) (1237) (1239) (1240)(1241) (1242) (1245) (1247) (1259) (1275) (1292) (1293) (1295) (1299)(1319) (1324) (1329) (1330) (1331) (1335) (1338) (1339) (1342)SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR(36) (1246) (1328)SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL(1250) (1251) (1256) (1257) (1258) (1260) (1261) (1262) (1263) (1264)(1265) (1266) (1267) (1268) (1269) (1270) (1271) (1272) (1273) (1276)(1277) (1278) (1287) (1288) (1289) (1290) (1291) (1298) (1318)SUYANE PRISCILA JANSEN COSTA SIQUEIRA (79533/PR) (969)SYLVANA FERRAZ BONINI (733)TACIO DI PAULA ALMEIDA NEVES (9114/ES) (922)TAIANE ROBERTA RODRIGUES (34582/GO) (1456)TAISE MACHADO MELO (21749/GO) (1160)TALITA FERNANDES DE OLIVEIRA (176743/MG) (263)TAM TRANSPORTES AEREOS REGIONAIS SA (1120)TANIA PACHECO FERNANDEZ (27043/RJ) (716)TANIA REGINA PEREIRA (32873/PR, 7987/SC) (761)TARCISIO XAVIER PEREIRA (144450/RJ) (790)TASSO BATALHA BARROCA (51556/MG, 01836/PE, 12221/PI, 165960/RJ, 106020A/RS, 386161/SP)

(1170)

TATHIANA DE CARVALHO COSTA (119367/RJ) E OUTRO(A/S) (1215)TATIANA BATISTA DE SOUZA (103912/RJ)(998) (1132)TATIANA GRECHI (9936/MS, 38022/PR) (418)TATIANA MIGUEL RIBEIRO (162957/MG, 209396/SP) (1059)TAYSSA HERMONT OZON DA SILVA (50520/PR) (576)TELELISTAS (REGIÃO 1) LTDA (1438)TELSON LUÍS CAVALCANTE FERREIRA (0028294/DF) E OUTRO(A/S)

(1211)

TEODOSIO PINTO FURTADO (A1094/AM, 7587/SC) (411)THAIS DE MELLO LACROUX (183762/SP) (686)THAIS DE VASCONCELLOS COSTA (197845/RJ) (341)THAIS DE VILHENA MORAES SILVA (221501/SP) (506)THAIS FOLGOSI FRANCOSO (211705/SP) (182)THAUAN GUILHERME GONCALVES MOREIRA (1316)THEUAN CARVALHO GOMES DA SILVA (343446/SP) (1280)THIAGO APPOLINARIO BELEM (322257/SP) (259)THIAGO CARLOS DE BARROS(12) (1335)THIAGO CASTRO COSTA LOUREIRO (38139/DF) (516)THIAGO CATTEM CONTE (341)THIAGO COSTA SERRA NUNES (198650/RJ) (107)THIAGO MEIRA BITTENCOURT SIQUEIRA RAMIREZ DOS SANTOS (170953/RJ)

(854)

THIAGO MORAES (29241/GO) (151)THIAGO MORAIS ALMEIDA VILAR (16396/CE) (155)THIAGO PANSSONATO DA SILVA (270593/SP) (462)THIAGO ROMER DE OLIVEIRA SILVA (32342/GO) (1665)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 459

THIAGO SILVA PEREIRA (305741/SP) (278)THIAGO TOMMASI MARINHO (272004/SP) (475)THOMAZ URIAS ALVES DE SOUZA(333) (1344)THYAGO LUIS BARRETO MENDES BRAGA (11907/PB) (120)THYENES DE OLIVEIRA CHAGAS CORRÊA (5114/MA) (1387)TIAGO ALBERTO DOS SANTOS(607) (607)TIAGO DA SILVA SOARES (33545/BA) (803)TIAGO DE LIMA SANTOS REID (214802/RJ) (1412)TIAGO FERNÁNDEZ ROBINSON (1434)TIAGO GOMES DE CARVALHO PINTO (71905/MG) (226)TIAGO LEARDINI BELLUCCI (333564/SP) (347)TIAGO SIQUEIRA MOTA (84914/MG) E OUTRO(A/S) (591)TOCHUKWU KINGSLEY GODWIN (29)TOMÁS CARLOS CRHAK (779)TRIBUNAL DE JUSTICA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

(1366)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS (595)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO(349) (602) (607)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ (APELAÇÃO CÍVEL Nº 06.002504-2)

(952)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (1201)TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO (1026)TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO (1254)TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (354)TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (302)TULIO AUGUSTO TAYANO AFONSO (202686/SP) (1138)TULIO CESAR DE MELO SILVA (130406/MG) (1151)ULISSES BORGES DE RESENDE (04595/DF) (1670)ULISSES RIEDEL DE RESENDE (00000968/DF) E OUTRO(A/S) (1496)ULISSES RIEDEL DE RESENDE (00968/DF) (108)ULLYSSES PROCHASKA LEMOS (31168/SC)(105) (971)UYSER JOSE DOS SANTOS NAVARRO (34)VAGNER MENDES BERNARDO (182225/SP) (786)VALDENEI FIGUEIREDO ORFAO (41732/SP) (923)VALDENIR CUSTODIO DE OLIVEIRA (1324)VALDIR JOSÉ SOARES FERREIRA (28231/SP) E OUTRO(A/S) (1447)VALDIR MARQUES DA ROSA (59248/RS) (134)VALDIR MENDES VIEIRA (725)VALDIR SCHERER (3720/O/MT, 73524/PR) (730)VALE S.A. (1630)VALERIA COTA MARTINS PERDIGAO (63290/MG) (729)VALERIA CRISTINA PEREIRA MIRANDA (26169/DF) (1503)VALERIA GIRAO BORGES (1260)VALERIA ZOTELLI (170846/RJ, 117183/SP) (979)VALERIANO ODAIR AREVALO GARCIA (335)VALERIO ALVARENGA MONTEIRO DE CASTRO (13398/DF, 155530/MG, 207614/RJ, 364866/SP)

(968)

VALTER AUGUSTO KAMINSKI (46554/RS) E OUTRO(A/S) (1247)VALTER BRITO DIAS (2373/AL, 500-A/SE) (397)VALTER DOS SANTOS CRUZ (349)VALTER MOREIRA DA COSTA JUNIOR (273022/SP) (1136)VANDA GOMES DA SILVA ANDRADE (267306/SP) (669)VANDER LUIZ DOS SANTOS LOUBET (1185)VANDERSON TADEU NASCIMENTO OLIVEIRA (179854/SP) (915)VANESSA DAS NEVES PICOUTO (34728/PR) (186)VANESSA DE ANDRADE PINTO (253141/SP) (518)VANESSA DE SOUZA BEZERRA (11362/RN) (1520)VANESSA FERNANDES FIGUEIRA RODRIGUES (173012/RJ, 325761/SP)

(447)

VANESSA NOBELL GARCIA SANTANA (148)VANESSA PALOMANES SANCHES (124364/RJ) (237)VANESSA PEREIRA RODRIGUES DOMENE (1187A/BA, 28120/DF, 158120/SP)

(473)

VANESSA REGIANINI SCHMITZ MENEGOTTO (30245/SC) (670)VANGUARDA COMPANHIA DE SEGUROS GERAIS (1104)VANUSIA DOS SANTOS RAMOS (26818/DF) (438)VARA DE EXECUÇÃO CRIMINAL DA COMARCA DE ARAÇATUBA (607)VARA DE EXECUÇÃO CRIMINAL DA COMARCA DE PRESIDENTE PRUDENTE

(607)

VARA DE EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA DE PRESIDENTE PRUDENTE

(603)

VARA DE EXECUÇÕES PENAIS DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO

(604)

VARTEVAL VIEIRA DE CARVALHO (16260/GO) (188)VENNA PIRES BRAGA (45003/BA) (928)VERA CARLA NELSON CRUZ SILVEIRA (19640/DF) (1478)VERA LUCIA SANTANA ARAUJO (05204/DF) (1427)VERA MARIA MARQUEZ PALMERIO (1426)VERA TEREZINHA BISSOLI GOMES (658)VERONICA DIAS LINS (28051/DF, 36524/GO) (1614)

VIACAO AGUIA BRANCA S A (979)VICE-PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (1254)VICENTE COELHO ARAUJO (13134/DF, 166076/RJ, 304476/SP) (1502)VICENTE DE PAULA DARIENZO FILHO(21) (1337)VICTOR HUGO ANUVALE RODRIGUES (331639/SP)(326) (330) (337) (352)VICTOR RUSSOMANO JUNIOR (03609/DF)(159) (1011) (1012) (1014) (1150) (1543) (1668)VICTOR SANDOVAL MATTAR (300022/SP) (1157)VICTOR SOARES DA SILVA CEREJA (168314/RJ) (902)VILMA APARECIDA DA SILVA MORAES (209)VILMAR LOURENCO (33559/RS, 38701-A/SC) (629)VILSON ANTONIO MACHADO (64664/RS) (1118)VINICIUS BORGES MESCHICK DA SILVA (184079/MG)(378) (1332)VINICIUS BRUNO MONTEIRO DA SILVA (28)VINICIUS DE SOUZA MIRANDA (1275)VINICIUS MARCELO BORGES (11722/SC)(963) (965) (971)VINICIUS PINHEIRO DE SANT ANNA (7213/ES) (895)VINICIUS VILELA DOS SANTOS (19526-A/MS, 298280/SP) (916)VIRGINIA MARIA LIMA BEZERRA (09879/CE) (267)VIRGINIA PACHECO LESSA (57401/RS)(1158) (1159)VITAL DE ANDRADE NETO (82150/SP) (243)VITOR ANTONIO GUAZZELLI PERUCHIN (48386/RS, 400363/SP) (1580)VITOR CARVALHO PORTO (27291/DF) E OUTRO(A/S) (1035)VITOR CUSTODIO TAVARES GOMES (100151/SP) (676)VITOR DA COSTA E SILVA FONSECA (5173/SE) (643)VITOR E SILVA MARQUES (112969/MG) (492)VITOR LOTOSKI (08815/PR, 2897/SC) (1101)VITOR PACZEK MACHADO (97603/RS)(1158) (1159)VITOR TEDDE DE CARVALHO (245678/SP) (460)VITOR YURI ANTUNES MACIEL (22411/PE) (165)VIVIANE ALVES BOLIVAR (1319)VIVIANE MENDES BRAGA (2264/TO) (1471)VLADER TEIXEIRA GONCALVES (155871/MG) (226)VLADIA VIANA REGIS (91121/RJ) (761)VLADIMIR CAMARGO DE ALMEIDA (45558/RS) (410)WAGNER AUGUSTO DE OLIVEIRA (61191/MG) (557)WAGNER DOS SANTOS LENDINES (197529/SP) (278)WAGNER FERNANDO SAFE (35865/MG) (815)WAGNER GALLERANI (171)WAGNER JULIO MAGALHAES FERREIRA (137326/RJ) (822)WAGNER LUIS PIERINI (171)WAGNER MENDONCA BOSQUE (97614/MG) (492)WAGNER RENI DE SENA MEDRADO (24253/BA) (755)WAGNER SERPA JUNIOR (232382/SP) (1000)WAGNER SILVEIRA DA ROCHA (123042/SP) E OUTRO(A/S) (1071)WAGNER VELOSO MARTINS (37160/BA, 25053-A/PB)(200) (690)WALDENES BARBOSA DA SILVA (1249/AP) (1348)WALDENIR XAVIER DE OLIVEIRA (2017/RN) (118)WALDIR DE OLIVEIRA MOREIRA (43863/RS) E OUTRO(A/S) (1423)WALLACE ALVES OLIVEIRA (8553/MA) (202)WALLACE MENDES ANDRADE (1312)WALNY DE CAMARGO GOMES (8094/SP) (733)WANDERSON MARCELLO MOREIRA DE LIMA (64140/MG) (557)WASHINGTON DA CAMARA RIBEIRO (1330)WEDERSON ADVINCULA SIQUEIRA (102533/MG)(903) (1027) (1662)WEDERSON ADVINCULA SIQUEIRA (54245/DF, 102533/MG) (400)WELDER DE ASSIS MIRANDA (28384/GO) (1611)WELLINGTON DE JESUS FERREIRA (7107/GO, 154/TO) (1616)WELLINGTON JOSE DE AQUINO (528)WELLINGTON MOREIRA FRANCO (1352)WELTON CARLOS DE CASTRO (25442/SP) (281)WENDER DA COSTA OLIVEIRA (25895/GO) (1603)WERTHER BOTELHO SPAGNOL (53275/MG) E OUTRO(A/S) (1099)WESLEI DOS SANTOS(1245) (1245)WILBER TAVARES DE FARIAS (243329/SP) (265)WILDON TEIXEIRA DOS REIS (520)WILDSON DOS SANTOS CORREIA (520)WILLER TOMAZ DE SOUZA (22715/CE, 32023/DF, 22134/ES) E OUTRO(A/S)

(1204)

WILLEY LOPES SUCASAS (148022/SP) (581)WILLEY LOPES SUCASAS (148022/SP) E OUTRO(A/S) (46)WILLIAM FAGUNDES FERREIRA (1239)WILLIAM FERNANDES CHAVES (236257/SP)(319) (1431)WILSON FERREIRA BARBOSA (40)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 460

WILSON JOSE LOPES (101843/SP) (1578)WILSON MACIEL (228505/SP) (1297)WILSON MIGUEL (99858/SP) (195)WILSON ROBERTO MARIANO DE OLIVEIRA(314) (1343)WLADMIR DE OLIVEIRA BRITO (133674/SP) E OUTRO(A/S) (375)YGOR PEREIRA VERAS (1301)ZANONE MANUEL DE OLIVEIRA JUNIOR (70042/MG, 18514-A/PA) (1310)ZELYR XAVIER CAPUTO (541)

PETIÇÃO AVULSA/PROTOCOLO/CLASSE E NÚMERO DO PROCESSO

AÇÃO CAUTELAR 4.322 (1185)AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.637 (1680)AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.650 (1681)AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 2.830 (1186)AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 3.095 (1188)AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 3.129 (1)AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.027 (2)AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.704 (1190)AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 5.094 (1191)AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 5.885 (1192)AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 5.892 (1193)AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 5.893 (1194)AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 5.935 (1195)AÇÃO ORIGINÁRIA 2.353 (292)AÇÃO PENAL 1.028 (3)AÇÃO RESCISÓRIA 2.486 (1196)AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.426 (836)AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 34.702 (947)AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 35.251 (948)AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 35.483 (949)AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 35.493 (950)AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 35.581 (827)AG.REG. NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.834 (830)AG.REG. NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.265 (819)AG.REG. NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.272 (1197)AG.REG. NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.384 (1198)AG.REG. NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 5.757 (820)AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.341 (886)AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.452 (821)AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.602 (874)AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.634 (822)AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.684 (823)AG.REG. NA PETIÇÃO 6.160 (1203)AG.REG. NA PETIÇÃO 7.417 (1204)AG.REG. NA PETIÇÃO 7.487 (837)AG.REG. NA PETIÇÃO 7.575 (1657)AG.REG. NA PETIÇÃO 7.614 (951)AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 8.573 (952)AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 20.043 (1090)AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 22.012 (1091)AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 23.515 (1092)AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 24.290 (953)AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 24.619 (1093)AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.148 (1094)AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.770 (1095)AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 28.020 (1097)AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 28.407 (954)AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 28.632 (1205)AG.REG. NO HABEAS CORPUS 152.089 (1172)AG.REG. NO HABEAS CORPUS 152.394 (1083)AG.REG. NO HABEAS CORPUS 153.550 (1173)AG.REG. NO HABEAS CORPUS 154.299 (938)AG.REG. NO HABEAS CORPUS 154.651 (939)AG.REG. NO HABEAS CORPUS 154.906 (940)AG.REG. NO HABEAS CORPUS 155.037 (1084)AG.REG. NO HABEAS CORPUS 155.055 (941)AG.REG. NO HABEAS CORPUS 155.181 (1085)AG.REG. NO HABEAS CORPUS 155.204 (1086)AG.REG. NO HABEAS CORPUS 155.230 (1087)AG.REG. NO HABEAS CORPUS 155.282 (1088)AG.REG. NO HABEAS CORPUS 155.410 (942)AG.REG. NO HABEAS CORPUS 155.682 (1089)AG.REG. NO HABEAS CORPUS 155.934 (943)AG.REG. NO HABEAS CORPUS 155.971 (944)AG.REG. NO HABEAS CORPUS 156.030 (1200)AG.REG. NO HABEAS CORPUS 156.106 (945)AG.REG. NO HABEAS CORPUS 156.160 (946)AG.REG. NO HABEAS CORPUS 156.624 (1201)AG.REG. NO HABEAS CORPUS 156.663 (1202)AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 4.443 (832)

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1.052.181AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.053.749

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1.107.917AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.108.819

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AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.125.239

(1145)

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.125.411

(1011)

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.125.531

(1146)

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.125.856

(1666)

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.125.864

(1012)

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.125.869

(1013)

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.125.923

(1667)

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.125.970

(1014)

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.125.983

(1668)

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.126.502

(1147)

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.126.603

(1669)

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.126.664

(1148)

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.127.387

(1149)

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.127.410

(1015)

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.127.443

(1150)

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.127.463

(1151)

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.128.246

(1152)

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.128.668

(1016)

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.831

(1017)

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.875

(1153)

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.141

(1018)

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.418

(1019)

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.598

(1670)

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.129

(1678)

AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 133.042

(1206)

AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 150.664

(1020)

AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 151.730

(1184)

AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 155.360

(1207)

AG.REG. NOS EMB.DECL. NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 5.345

(1199)

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.036.919

(934)

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 155.497 (831)AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 636.130

(935)

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.095.673

(1078)

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 753.320

(936)

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.005.243

(937)

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.044.088

(887)

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.069.168

(888)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.096.283

(1080)

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.114.138

(1656)

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.118.192

(1081)

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.120.473

(1082)

AG.REG. NOS EMB.DIV. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.030.561

(824)

AG.REG. NOS EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 986.333

(825)

AG.REG. NOS SEGUNDOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.014.497

(1079)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 814.914 (1423)AGRAVO DE INSTRUMENTO 829.449 (1424)AGRAVO DE INSTRUMENTO 851.181 (4)AGRAVO DE INSTRUMENTO 857.974 (1425)AGRAVO DE INSTRUMENTO 867.962 (1426)ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL 519

(293)

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA NA AÇÃO CAUTELAR 3.079 (1208)EMB.DECL. EM MANDADO DE SEGURANÇA 26.387 (1054)EMB.DECL. EM MANDADO DE SEGURANÇA 34.677 (1673)EMB.DECL. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.686 (1209)EMB.DECL. NA EXTRADIÇÃO 1.270 (1210)EMB.DECL. NA RECLAMAÇÃO 13.306 (1211)EMB.DECL. NA RECLAMAÇÃO 26.656 (1212)EMB.DECL. NA RECLAMAÇÃO 28.569 (1213)EMB.DECL. NA RECLAMAÇÃO 29.255 (1214)EMB.DECL. NO AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 35.471 (829)EMB.DECL. NO AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 35.522 (840)EMB.DECL. NO AG.REG. NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 2.240 (838)EMB.DECL. NO AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.647 (877)EMB.DECL. NO AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.641 (876)EMB.DECL. NO AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.656 (880)EMB.DECL. NO AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.657 (881)EMB.DECL. NO AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.651 (879)EMB.DECL. NO AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.650 (878)EMB.DECL. NO AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.659 (882)EMB.DECL. NO AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.665 (885)EMB.DECL. NO AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.661 (884)EMB.DECL. NO AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.660 (883)EMB.DECL. NO AG.REG. NA AÇÃO RESCISÓRIA 2.671 (828)EMB.DECL. NO AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 29.513 (1026)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 983.531

(1427)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 825.325 (1154)EMB.DECL. NO AG.REG. NO HABEAS CORPUS 142.374 (1021)EMB.DECL. NO AG.REG. NO HABEAS CORPUS 148.079 (1022)EMB.DECL. NO AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.169 (1023)EMB.DECL. NO AG.REG. NO HABEAS CORPUS 152.685 (1024)EMB.DECL. NO AG.REG. NO HABEAS CORPUS 153.037 (1025)EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 556.705

(1155)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 950.317

(1027)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 984.293

(1028)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 984.419

(1029)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.040.563

(1030)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.041.965

(1031)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.063.967

(1032)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.075.537

(1033)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.088.923

(1156)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.089.337

(1671)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 839.787

(1034)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 869.136

(1035)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 869.522

(1036)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 871.189

(1038)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 881.858

(1039)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM (1040)

AGRAVO 895.269EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 981.605

(933)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.034.193

(1157)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.046.609

(1041)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.047.419

(1159)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.083.556

(872)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.092.913

(1160)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.094.587

(873)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.096.009

(1161)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.106.933

(1042)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.108.624

(1162)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.109.149

(1163)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.110.893

(1165)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 122.095

(1043)

EMB.DECL. NO AG.REG. NOS EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 921.540

(839)

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 822.957 (1428)EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 128.542 (1052)EMB.DECL. NO INQUÉRITO 4.141 (1053)EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 700.052 (1055)EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.004.132 (1056)EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.121.319 (1674)EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.691

(1057)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 970.482

(1058)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.040.810

(1429)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.044.143

(1059)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.101.026

(1430)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.112.245

(1060)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.118.574

(592)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.127.541

(1171)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.492

(1675)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.215

(1676)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.327

(1679)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.364

(1431)

EMB.DECL. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 35.713

(1677)

EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 870.420

(1037)

EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.047.419

(1158)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 805.729

(1045)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO HABEAS CORPUS 144.503

(1046)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.045.217

(1166)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 646.890

(1167)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 777.072

(1048)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 830.500

(1049)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 895.868

(1672)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 150.842 (1050)EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 899.095

(1051)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.121.294

(1170)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.001.472

(1168)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.047.725

(1169)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOSEGUNDO JULGAMENTO NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 668.870

(1047)

EMB.INFR. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.101.960

(1432)

EMB.INFR. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 868.904

(1433)

EXTENSÃO NA MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 156.755 (1215)EXTRADIÇÃO 1.233 (1218)EXTRADIÇÃO 1.261 (1219)EXTRADIÇÃO 1.511 (1220)EXTRADIÇÃO 1.520 (1221)EXTRADIÇÃO 1.547 (294)HABEAS CORPUS 117.021 (1075)HABEAS CORPUS 118.591 (1076)HABEAS CORPUS 119.537 (1077)HABEAS CORPUS 124.761 (1222)HABEAS CORPUS 132.123 (1223)HABEAS CORPUS 132.198 (1224)HABEAS CORPUS 133.053 (1225)HABEAS CORPUS 135.361 (1226)HABEAS CORPUS 135.470 (1227)HABEAS CORPUS 135.869 (1228)HABEAS CORPUS 136.115 (1229)HABEAS CORPUS 136.947 (1230)HABEAS CORPUS 149.254 (1231)HABEAS CORPUS 150.839 (1232)HABEAS CORPUS 151.603 (1233)HABEAS CORPUS 153.162 (1237)HABEAS CORPUS 154.096 (1238)HABEAS CORPUS 154.605 (1239)HABEAS CORPUS 154.826 (1242)HABEAS CORPUS 154.891 (1243)HABEAS CORPUS 155.102 (1244)HABEAS CORPUS 155.171 (1245)HABEAS CORPUS 155.289 (1247)HABEAS CORPUS 155.595 (1248)HABEAS CORPUS 155.786 (1249)HABEAS CORPUS 155.927 (1250)HABEAS CORPUS 155.982 (1251)HABEAS CORPUS 156.048 (1252)HABEAS CORPUS 156.100 (1253)HABEAS CORPUS 156.215 (1254)HABEAS CORPUS 156.248 (1255)HABEAS CORPUS 156.335 (1256)HABEAS CORPUS 156.349 (1257)HABEAS CORPUS 156.419 (1258)HABEAS CORPUS 156.559 (1261)HABEAS CORPUS 156.558 (1260)HABEAS CORPUS 156.566 (1268)HABEAS CORPUS 156.565 (1267)HABEAS CORPUS 156.564 (1266)HABEAS CORPUS 156.563 (1265)HABEAS CORPUS 156.569 (1271)HABEAS CORPUS 156.568 (1270)HABEAS CORPUS 156.567 (1269)HABEAS CORPUS 156.561 (1263)HABEAS CORPUS 156.562 (1264)HABEAS CORPUS 156.560 (1262)HABEAS CORPUS 156.570 (1272)HABEAS CORPUS 156.571 (1273)HABEAS CORPUS 156.597 (1274)HABEAS CORPUS 156.687 (1276)HABEAS CORPUS 156.714 (1277)HABEAS CORPUS 156.758 (1278)HABEAS CORPUS 156.793 (1279)HABEAS CORPUS 156.826 (1280)HABEAS CORPUS 157.062 (1283)HABEAS CORPUS 157.074 (1284)HABEAS CORPUS 157.080 (1285)HABEAS CORPUS 157.126 (1289)HABEAS CORPUS 157.127 (1290)HABEAS CORPUS 157.128 (1291)HABEAS CORPUS 157.124 (1287)HABEAS CORPUS 157.125 (1288)HABEAS CORPUS 157.145 (1293)HABEAS CORPUS 157.143 (1292)HABEAS CORPUS 157.161 (1294)HABEAS CORPUS 157.179 (1295)HABEAS CORPUS 157.194 (1296)HABEAS CORPUS 157.208 (1298)

HABEAS CORPUS 157.209 (1299)HABEAS CORPUS 157.205 (1297)HABEAS CORPUS 157.225 (1300)HABEAS CORPUS 157.241 (1301)HABEAS CORPUS 157.246 (1302)HABEAS CORPUS 157.255 (1304)HABEAS CORPUS 157.257 (1305)HABEAS CORPUS 157.266 (1307)HABEAS CORPUS 157.265 (1306)HABEAS CORPUS 157.272 (1309)HABEAS CORPUS 157.275 (1311)HABEAS CORPUS 157.274 (1310)HABEAS CORPUS 157.270 (1308)HABEAS CORPUS 157.286 (1315)HABEAS CORPUS 157.283 (1314)HABEAS CORPUS 157.280 (1313)HABEAS CORPUS 157.287 (1316)HABEAS CORPUS 157.292 (1317)HABEAS CORPUS 157.307 (1320)HABEAS CORPUS 157.300 (1318)HABEAS CORPUS 157.312 (1321)HABEAS CORPUS 157.336 (1323)HABEAS CORPUS 157.332 (1322)HABEAS CORPUS 157.348 (1327)HABEAS CORPUS 157.349 (1328)HABEAS CORPUS 157.342 (1325)HABEAS CORPUS 157.344 (1326)HABEAS CORPUS 157.340 (1324)HABEAS CORPUS 157.358 (6)HABEAS CORPUS 157.359 (1330)HABEAS CORPUS 157.356 (5)HABEAS CORPUS 157.355 (1329)HABEAS CORPUS 157.367 (8)HABEAS CORPUS 157.366 (7)HABEAS CORPUS 157.370 (1331)HABEAS CORPUS 157.372 (1332)HABEAS CORPUS 157.380 (295)HABEAS CORPUS 157.389 (593)HABEAS CORPUS 157.386 (296)HABEAS CORPUS 157.390 (594)HABEAS CORPUS 157.392 (1333)HABEAS CORPUS 157.391 (595)HABEAS CORPUS 157.397 (9)HABEAS CORPUS 157.398 (10)HABEAS CORPUS 157.399(11) (1334)HABEAS CORPUS 157.400(12) (1335)HABEAS CORPUS 157.402 (14)HABEAS CORPUS 157.401 (13)HABEAS CORPUS 157.404 (16)HABEAS CORPUS 157.403 (15)HABEAS CORPUS 157.406 (18)HABEAS CORPUS 157.405 (17)HABEAS CORPUS 157.408(20) (1336)HABEAS CORPUS 157.407 (19)HABEAS CORPUS 157.409(21) (1337)HABEAS CORPUS 157.415 (27)HABEAS CORPUS 157.414 (26)HABEAS CORPUS 157.413 (25)HABEAS CORPUS 157.412 (24)HABEAS CORPUS 157.411 (23)HABEAS CORPUS 157.410 (22)HABEAS CORPUS 157.419 (31)HABEAS CORPUS 157.418 (30)HABEAS CORPUS 157.417 (29)HABEAS CORPUS 157.416 (28)HABEAS CORPUS 157.424 (36)HABEAS CORPUS 157.423(35) (1339)HABEAS CORPUS 157.426 (297)HABEAS CORPUS 157.425 (37)HABEAS CORPUS 157.420 (32)HABEAS CORPUS 157.422 (34)HABEAS CORPUS 157.421 (33)HABEAS CORPUS 157.428 (39)HABEAS CORPUS 157.427 (38)HABEAS CORPUS 157.429 (40)HABEAS CORPUS 157.438 (48)HABEAS CORPUS 157.439 (298)HABEAS CORPUS 157.432 (43)HABEAS CORPUS 157.430 (41)

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HABEAS CORPUS 157.431(42) (1340)HABEAS CORPUS 157.436 (46)HABEAS CORPUS 157.437 (47)HABEAS CORPUS 157.434 (44)HABEAS CORPUS 157.435 (45)HABEAS CORPUS 157.440 (299)HABEAS CORPUS 157.449 (600)HABEAS CORPUS 157.441 (49)HABEAS CORPUS 157.442 (50)HABEAS CORPUS 157.443 (586)HABEAS CORPUS 157.444 (596)HABEAS CORPUS 157.445 (597)HABEAS CORPUS 157.446 (587)HABEAS CORPUS 157.447 (598)HABEAS CORPUS 157.448 (599)HABEAS CORPUS 157.451 (601)HABEAS CORPUS 157.450 (588)HABEAS CORPUS 157.458 (607)HABEAS CORPUS 157.456 (605)HABEAS CORPUS 157.457 (606)HABEAS CORPUS 157.454 (589)HABEAS CORPUS 157.455 (604)HABEAS CORPUS 157.452 (602)HABEAS CORPUS 157.453 (603)HABEAS CORPUS 157.460 (608)HABEAS CORPUS 157.461 (300)HABEAS CORPUS 157.467 (302)HABEAS CORPUS 157.468 (303)HABEAS CORPUS 157.469 (304)HABEAS CORPUS 157.466 (301)HABEAS CORPUS 157.479(314) (1343)HABEAS CORPUS 157.478 (313)HABEAS CORPUS 157.475 (310)HABEAS CORPUS 157.474 (309)HABEAS CORPUS 157.477 (312)HABEAS CORPUS 157.476 (311)HABEAS CORPUS 157.470(305) (1342)HABEAS CORPUS 157.471 (306)HABEAS CORPUS 157.472 (307)HABEAS CORPUS 157.473 (308)HABEAS CORPUS 157.489 (324)HABEAS CORPUS 157.488 (323)HABEAS CORPUS 157.487 (322)HABEAS CORPUS 157.486 (321)HABEAS CORPUS 157.485 (320)HABEAS CORPUS 157.483 (318)HABEAS CORPUS 157.484 (319)HABEAS CORPUS 157.481 (316)HABEAS CORPUS 157.482 (317)HABEAS CORPUS 157.480 (315)HABEAS CORPUS 157.497 (332)HABEAS CORPUS 157.496 (331)HABEAS CORPUS 157.499 (334)HABEAS CORPUS 157.498 (333)HABEAS CORPUS 157.490 (325)HABEAS CORPUS 157.491 (326)HABEAS CORPUS 157.492 (327)HABEAS CORPUS 157.493 (328)HABEAS CORPUS 157.494 (329)HABEAS CORPUS 157.495 (330)HABEAS CORPUS 157.502 (337)HABEAS CORPUS 157.503 (338)HABEAS CORPUS 157.500 (335)HABEAS CORPUS 157.501 (336)HABEAS CORPUS 157.508 (343)HABEAS CORPUS 157.509 (344)HABEAS CORPUS 157.506 (341)HABEAS CORPUS 157.507 (342)HABEAS CORPUS 157.504 (339)HABEAS CORPUS 157.505 (340)HABEAS CORPUS 157.510 (345)HABEAS CORPUS 157.514 (349)HABEAS CORPUS 157.513 (348)HABEAS CORPUS 157.512 (347)HABEAS CORPUS 157.511 (346)HABEAS CORPUS 157.529 (350)HABEAS CORPUS 157.534 (355)HABEAS CORPUS 157.533 (354)HABEAS CORPUS 157.532(353) (1346)HABEAS CORPUS 157.531 (352)

HABEAS CORPUS 157.530 (351)INQUÉRITO 3.124 (1347)INQUÉRITO 3.529 (1348)INQUÉRITO 4.056 (1349)INQUÉRITO 4.082 (1350)INQUÉRITO 4.094 (1351)INQUÉRITO 4.462 (1352)INQUÉRITO 4.518 (1353)INQUÉRITO 4.668 (1354)INQUÉRITO 4.713 (51)INQUÉRITO 4.712 (356)MANDADO DE INJUNÇÃO 6.847 (1356)MANDADO DE INJUNÇÃO 6.845 (1355)MANDADO DE INJUNÇÃO 6.868 (1357)MANDADO DE INJUNÇÃO 6.902 (1358)MANDADO DE INJUNÇÃO 6.929 (358)MANDADO DE INJUNÇÃO 6.928 (357)MANDADO DE SEGURANÇA 26.398 (1359)MANDADO DE SEGURANÇA 33.862 (1360)MANDADO DE SEGURANÇA 35.528 (1361)MANDADO DE SEGURANÇA 35.546 (1362)MANDADO DE SEGURANÇA 35.661 (1363)MANDADO DE SEGURANÇA 35.722 (1364)MANDADO DE SEGURANÇA 35.736 (361)MANDADO DE SEGURANÇA 35.737 (362)MANDADO DE SEGURANÇA 35.734 (359)MANDADO DE SEGURANÇA 35.735(360) (1365)MANDADO DE SEGURANÇA 35.733 (52)MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 3.128 (1189)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 30.135 (1394)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 30.631 (1409)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 30.642 (1410)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 30.644 (1411)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 151.643 (1234)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 151.927 (1235)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 152.451 (1236)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 154.635 (1240)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 154.691 (1241)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 155.288 (1246)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 156.467 (1259)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 156.598 (1275)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 156.872 (1281)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 156.990 (1282)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 157.088 (1286)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 157.249 (1303)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 157.279 (1312)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 157.306 (1319)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 157.413 (1338)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 157.434 (1341)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 157.498 (1344)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 157.508 (1345)PETIÇÃO 7.655 (363)PETIÇÃO 7.654 (53)PRISÃO PREVENTIVA PARA EXTRADIÇÃO 864 (54)QUARTA EXTENSÃO NA MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 156.755

(1216)

QUINTA EXTENSÃO NA MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 156.755

(1217)

RECLAMAÇÃO 12.968 (1366)RECLAMAÇÃO 15.989 (1367)RECLAMAÇÃO 16.635 (1368)RECLAMAÇÃO 17.775 (1369)RECLAMAÇÃO 22.873 (1370)RECLAMAÇÃO 23.082 (1371)RECLAMAÇÃO 24.662 (1372)RECLAMAÇÃO 25.760 (1373)RECLAMAÇÃO 26.910 (1374)RECLAMAÇÃO 26.928 (1375)RECLAMAÇÃO 27.069 (1376)RECLAMAÇÃO 27.167 (1377)RECLAMAÇÃO 27.244 (1378)RECLAMAÇÃO 27.431 (1379)RECLAMAÇÃO 27.898 (1380)RECLAMAÇÃO 27.996 (1381)RECLAMAÇÃO 28.324 (1382)RECLAMAÇÃO 28.906 (1383)RECLAMAÇÃO 29.093 (1384)RECLAMAÇÃO 29.553 (1385)RECLAMAÇÃO 29.579 (1386)RECLAMAÇÃO 29.597 (1387)RECLAMAÇÃO 29.720 (1388)RECLAMAÇÃO 29.810 (1389)RECLAMAÇÃO 29.956 (1390)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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RECLAMAÇÃO 30.038 (1391)RECLAMAÇÃO 30.067 (1392)RECLAMAÇÃO 30.131 (1393)RECLAMAÇÃO 30.210 (1395)RECLAMAÇÃO 30.284 (1396)RECLAMAÇÃO 30.298 (1397)RECLAMAÇÃO 30.378 (1399)RECLAMAÇÃO 30.375 (1398)RECLAMAÇÃO 30.403 (1400)RECLAMAÇÃO 30.408 (1401)RECLAMAÇÃO 30.415 (1402)RECLAMAÇÃO 30.425 (1403)RECLAMAÇÃO 30.469 (1404)RECLAMAÇÃO 30.499 (590)RECLAMAÇÃO 30.514 (1405)RECLAMAÇÃO 30.536 (1406)RECLAMAÇÃO 30.551 (1407)RECLAMAÇÃO 30.567 (55)RECLAMAÇÃO 30.582 (1408)RECLAMAÇÃO 30.594 (56)RECLAMAÇÃO 30.609 (60)RECLAMAÇÃO 30.608 (59)RECLAMAÇÃO 30.607 (58)RECLAMAÇÃO 30.606 (57)RECLAMAÇÃO 30.616 (67)RECLAMAÇÃO 30.617 (68)RECLAMAÇÃO 30.618 (69)RECLAMAÇÃO 30.619 (70)RECLAMAÇÃO 30.611 (62)RECLAMAÇÃO 30.610 (61)RECLAMAÇÃO 30.613 (64)RECLAMAÇÃO 30.612 (63)RECLAMAÇÃO 30.615 (66)RECLAMAÇÃO 30.614 (65)RECLAMAÇÃO 30.629 (79)RECLAMAÇÃO 30.627 (77)RECLAMAÇÃO 30.628 (78)RECLAMAÇÃO 30.622 (72)RECLAMAÇÃO 30.621 (364)RECLAMAÇÃO 30.620 (71)RECLAMAÇÃO 30.626 (76)RECLAMAÇÃO 30.625 (75)RECLAMAÇÃO 30.624 (74)RECLAMAÇÃO 30.623 (73)RECLAMAÇÃO 30.638 (366)RECLAMAÇÃO 30.639 (367)RECLAMAÇÃO 30.635 (85)RECLAMAÇÃO 30.634 (84)RECLAMAÇÃO 30.637 (365)RECLAMAÇÃO 30.636 (86)RECLAMAÇÃO 30.631 (81)RECLAMAÇÃO 30.630 (80)RECLAMAÇÃO 30.633 (83)RECLAMAÇÃO 30.632 (82)RECLAMAÇÃO 30.649 (377)RECLAMAÇÃO 30.640 (368)RECLAMAÇÃO 30.648 (376)RECLAMAÇÃO 30.647 (375)RECLAMAÇÃO 30.646 (374)RECLAMAÇÃO 30.645 (373)RECLAMAÇÃO 30.644 (372)RECLAMAÇÃO 30.643 (371)RECLAMAÇÃO 30.642 (370)RECLAMAÇÃO 30.641 (369)RECLAMAÇÃO 30.655 (1412)RECLAMAÇÃO 30.650 (378)RECLAMAÇÃO 30.651 (379)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 265.003 (1682)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 501.823 (1434)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 572.609 (1683)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 576.052 (1435)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 581.359(1436) (1684)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 582.451 (1437)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 585.858 (1438)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 588.501 (1439)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 621.484 (1440)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 634.694 (1441)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 664.543 (1442)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 683.933 (1443)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 767.276 (1444)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 768.405 (1445)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 768.413 (1446)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 777.293 (1447)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 783.918 (1448)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 793.852 (1449)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 798.776 (1450)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 861.115 (1451)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 936.638 (1452)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 965.646 (380)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 966.581 (1453)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 970.351 (381)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 970.823 (1685)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 983.241 (1454)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.011.775 (87)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.044.182 (1455)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.065.564 (1456)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.071.710 (1457)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.080.116 (1458)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.088.174 (1459)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.091.077 (88)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.098.411 (1460)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.098.412 (1461)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.102.195 (382)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.104.426 (1462)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.107.712 (383)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.111.033 (1463)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.112.193 (1464)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.115.510 (384)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.116.363 (1465)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.122.716 (1466)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.122.976 (1467)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.125.088 (1468)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.125.785 (609)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.125.852 (610)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.125.854 (611)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.125.861 (612)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.125.875 (614)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.125.874 (613)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.125.905 (615)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.126.027 (616)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.126.310 (617)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.126.629 (89)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.126.707 (90)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.126.743 (91)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.126.760 (618)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.126.786 (92)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.126.793 (93)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.126.983 (94)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.127.002 (95)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.127.011 (96)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.127.034 (97)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.127.071 (98)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.127.084 (99)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.127.094 (100)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.127.100 (101)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.127.101 (102)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.127.667 (1469)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.128.252 (103)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.128.290 (1470)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.128.544 (619)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.128.784 (620)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.128.798 (621)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.128.799 (622)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.128.800 (623)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.128.866 (1471)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.128.897 (104)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.128.931 (1472)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.129.049 (1473)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.129.050 (105)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.129.095 (1474)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.129.210 (1475)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.129.440 (385)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.129.626 (1476)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.129.877 (386)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.129.934 (106)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.130.195 (387)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.130.239 (624)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.130.573 (1477)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.130.889 (625)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.131.267 (1478)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.131.363 (626)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.131.372 (627)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.131.376 (628)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.131.383 (629)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.131.434 (630)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.131.645 (1479)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.131.823 (1480)

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.132.190 (1481)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.132.506 (1482)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.132.745 (631)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.132.897 (1483)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.132.901 (388)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.132.906 (1484)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.133.333 (107)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.133.362 (1485)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.133.380 (1486)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.133.436 (108)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.133.444 (109)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.133.812 (110)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.133.986 (1487)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.032 (111)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.197 (389)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.386 (632)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.407 (112)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.499 (1488)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.500 (113)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.517 (114)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.521 (115)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.543 (116)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.568 (117)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.735 (1489)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.832 (118)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.858 (119)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.866 (120)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.862 (390)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.872 (122)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.871 (121)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.892(123) (1490)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.904 (124)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.929 (127)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.928 (126)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.925 (125)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.932 (128)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.957 (129)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.968 (130)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.974 (131)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.980 (132)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.134.986 (133)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.004 (135)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.005 (136)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.002 (134)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.013(137) (1491)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.024 (391)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.037 (392)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.030 (138)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.068 (139)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.077 (393)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.083 (140)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.096 (394)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.097 (395)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.107 (141)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.129 (143)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.124 (142)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.136 (146)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.138 (147)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.131 (396)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.133 (145)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.132 (144)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.152 (397)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.169 (398)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.182 (399)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.219 (400)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.251 (401)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.266 (402)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.275 (403)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.280 (404)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.293 (405)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.304 (407)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.300 (406)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.314 (408)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.332 (409)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.339 (410)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.348 (411)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.352 (413)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.354 (414)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.351 (412)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.364 (415)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.388 (416)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.395 (417)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.417 (418)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.424 (419)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.449 (421)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.441 (420)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.463 (423)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.461 (422)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.488 (424)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.494 (425)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.496 (426)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.524 (428)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.521 (427)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.549 (429)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.564 (430)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.612 (148)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.621 (149)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.635 (150)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.640 (151)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.695 (152)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.711 (431)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.719 (153)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.720 (432)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.956 (433)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.989 (435)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.988 (434)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.993 (436)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.135.998 (437)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 653.294 (1686)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.827 (1492)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.291 (1493)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 783.944(1494) (1495)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 824.272 (1496)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 835.894 (1497)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 935.150 (1498)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 969.758 (1687)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 974.910 (1499)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.010.991 (154)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.018.697 (633)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.025.579 (1500)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.025.725 (155)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.048.681 (1501)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.051.367 (1502)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.059.470 (1503)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.061.757 (634)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.063.961 (1504)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.066.707 (1505)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.076.283 (635)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.083.750 (1506)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.084.269 (1507)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.087.830 (1508)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.088.338 (156)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.089.602 (1509)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.089.924 (1510)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.089.932 (636)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.090.119 (1511)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.091.334 (637)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.099.712 (438)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.101.899 (1512)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.103.997 (1513)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.104.414 (1514)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.105.179 (1515)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.105.432 (1516)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.105.514 (1517)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.105.810 (1518)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.106.304 (1519)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.107.829 (439)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.108.253 (1520)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.114.875 (1521)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.115.205 (1522)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.115.653 (157)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.115.672 (1523)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.117.015 (1524)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.117.823 (1525)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.119.379 (1526)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.119.820 (1527)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.120.356 (1528)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.120.401 (158)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.120.605 (1529)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.120.635 (440)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.120.643 (1530)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.121.370 (1531)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.121.635 (1532)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.121.695 (1533)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.121.777 (1534)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.121.866 (1535)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.122.439 (1536)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.122.624 (1537)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.123.444 (441)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.123.801 (442)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.123.960 (1538)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.124.198 (1539)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.124.584 (1540)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.124.699 (443)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.124.692 (159)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.124.994 (1541)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.124.996 (444)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.125.447 (1542)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.125.774 (1543)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.125.945 (638)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.126.082 (1544)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.126.333 (160)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.126.386 (161)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.126.394 (1545)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.126.666 (1546)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.126.844 (1547)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.126.895 (1548)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.126.918 (1549)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.127.044 (1550)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.127.262 (1551)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.127.275 (162)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.127.439 (1552)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.127.511 (1553)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.127.544 (1554)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.127.642 (1555)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.127.756 (1556)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.127.918 (163)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.127.920 (164)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.127.930 (1557)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.128.067 (1558)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.128.119 (639)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.128.140 (640)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.128.185 (445)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.128.212 (1559)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.128.341 (641)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.128.344 (165)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.128.420 (1560)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.128.422 (1561)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.128.467 (1562)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.128.479 (1563)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.128.715 (1564)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.128.791 (446)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.128.872(166) (1565)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.025(1566) (1567)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.112 (1568)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.178 (167)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.329 (168)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.349 (1569)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.414 (169)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.616 (1570)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.652 (447)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.674 (1571)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.701 (1572)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.751 (448)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.750(1573) (1574)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.758 (1575)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.854 (449)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.860 (1576)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.915 (1577)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.129.999 (1578)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.054 (642)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.112 (1579)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.145 (450)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.200 (451)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.214 (1580)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.222 (1581)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.225 (1582)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.275 (1583)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.287 (1584)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.544 (1585)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.612 (643)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.713 (1586)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.730 (1587)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.752 (644)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.772 (1588)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.887 (1589)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.933 (1590)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.130.996 (1591)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.100 (1592)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.112 (1593)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.172 (645)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.218 (1594)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.244 (1595)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.256 (1596)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.272 (1597)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.291 (1598)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.333 (646)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.351 (452)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.475 (1599)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.702 (647)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.759 (170)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.766 (1600)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.762 (648)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.851 (453)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.877 (1601)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.938 (171)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.932 (649)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.953 (650)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.963 (172)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.131.972 (651)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.032 (652)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.052 (1602)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.070 (173)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.120 (653)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.131 (454)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.152 (654)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.188 (655)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.262 (656)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.332 (657)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.399 (658)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.423 (659)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.449 (660)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.502 (661)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.524 (662)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.559 (1603)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.599 (663)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.627 (174)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.632 (664)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.634(175) (1604)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.641 (176)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.671 (1605)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.700 (665)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.892 (1606)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.935 (177)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.947 (1607)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.132.961 (1608)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.058 (666)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.069 (1609)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.082 (667)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.142 (668)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.150 (669)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.151(455) (1610)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.162 (670)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.163 (456)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.188 (178)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.194 (181)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.193 (180)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.192 (671)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.191 (179)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.198 (672)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.199 (182)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.222 (1611)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.244 (1612)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.240 (673)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.299 (674)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.296 (1613)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.312 (675)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.348 (1615)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.342 (1614)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.367 (1616)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.376 (183)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.390 (676)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.412 (1617)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.437 (1618)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.435 (677)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.462 (678)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.531 (679)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.532 (680)

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.559 (681)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.562 (682)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.577 (683)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.579 (1619)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.589 (686)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.587 (685)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.586 (684)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.606 (687)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.610 (688)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.615 (689)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.649 (690)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.688 (1620)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.689 (1621)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.680 (691)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.690 (692)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.692 (693)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.699 (694)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.701 (695)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.706 (696)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.729 (697)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.734 (1622)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.747 (184)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.740 (1623)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.744 (1624)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.745 (1625)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.762 (698)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.770 (1626)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.794 (1627)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.806 (699)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.810 (185)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.877 (701)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.872 (700)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.886 (704)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.881 (702)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.882 (703)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.895 (706)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.894 (705)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.902 (707)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.909 (708)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.912 (709)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.913 (710)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.928 (713)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.922 (712)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.920 (711)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.933 (714)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.975 (715)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.989 (716)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.999 (722)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.998 (721)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.995 (720)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.993 (718)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.994 (719)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.133.991 (717)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.002 (724)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.001 (723)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.005 (457)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.009(458) (1628)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.012 (725)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.018 (726)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.015 (186)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.029 (727)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.064 (1629)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.062 (459)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.074 (728)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.087 (187)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.082 (729)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.092 (730)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.104 (731)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.110 (188)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.111 (732)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.115 (733)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.135 (460)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.133 (1630)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.139 (1631)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.131 (734)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.142 (735)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.140 (461)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.162 (736)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.170 (1632)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.171 (1633)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.188 (738)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.189 (739)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.182 (737)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.208 (741)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.207 (740)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.214 (743)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.212 (742)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.226 (189)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.222 (744)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.220 (1634)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.252 (1635)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.263 (190)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.270 (745)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.275 (746)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.287 (747)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.289 (748)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.295 (191)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.290 (749)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.291 (750)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.297 (462)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.298 (751)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.300 (192)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.310 (752)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.317 (753)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.332 (1636)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.363 (754)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.368 (755)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.372 (756)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.385 (193)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.388 (463)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.381 (757)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.417 (759)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.412 (758)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.427 (760)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.429 (195)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.424 (194)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.421 (1637)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.430 (761)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.436 (196)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.440 (464)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.442(197) (1638)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.454 (762)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.453 (465)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.462 (764)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.460 (763)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.476 (767)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.470 (765)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.472 (766)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.489 (769)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.482 (768)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.490 (770)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.492 (771)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.506 (1639)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.514 (772)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.511 (198)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.529 (199)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.534 (466)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.533 (773)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.539 (1640)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.550 (774)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.551 (1641)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.556 (1642)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.562 (775)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.579 (777)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.578 (776)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.576 (468)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.571 (467)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.589 (778)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.605 (201)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.602 (200)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.601 (779)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.622 (781)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.620 (780)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.625 (783)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.624 (782)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.632 (784)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.634 (785)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.638 (1643)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.637 (786)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.640 (787)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.642 (788)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.652 (790)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.650 (789)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.669 (791)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.662 (1644)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.663 (469)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.673 (793)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.674 (794)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.672 (792)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.689 (795)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.690 (796)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.737 (202)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.748 (470)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.746 (204)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.742 (203)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.740 (797)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.757 (207)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.752 (205)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.755 (206)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.767 (211)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.762 (209)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.760(208) (1645)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.764 (210)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.772 (212)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.773 (213)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.782 (798)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.791 (799)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.796 (214)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.802 (800)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.815 (801)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.818 (803)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.817 (802)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.813 (215)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.819 (216)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.827 (218)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.825 (217)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.822 (804)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.887 (471)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.889 (219)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.899 (476)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.896 (475)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.895 (474)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.894 (473)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.893 (472)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.908 (479)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.900 (477)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.901 (220)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.903 (478)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.916 (481)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.917 (225)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.914 (223)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.915 (224)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.912 (222)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.910 (480)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.911 (221)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.921 (226)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.936 (805)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.938 (228)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.935 (227)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.948 (231)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.944 (230)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.943 (229)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.951(232) (1646)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.953 (234)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.952 (233)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.955 (235)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.964 (236)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.977 (238)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.979 (239)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.975 (237)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.984 (240)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.999 (482)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.994(241) (1647)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.995 (242)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.134.996 (243)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.008(244) (1648)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.007 (807)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.001 (483)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.006 (806)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.016 (484)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.012 (247)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.010 (245)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.011 (246)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.018 (808)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.026 (250)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.028 (485)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.022 (248)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.023 (249)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.033 (251)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.036 (252)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.042 (253)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.043 (254)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.045 (255)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.048(256) (1649)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.069 (260)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.061 (257)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.062(258) (1650)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.063 (259)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.064 (809)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.076 (263)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.079 (265)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.078 (264)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.070 (261)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.074 (262)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.072 (810)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.084 (267)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.085 (268)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.086 (269)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.081 (266)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.082 (811)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.092 (271)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.091 (270)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.099 (812)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.103 (273)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.102 (272)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.105 (274)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.104 (813)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.114 (276)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.113(275) (1651)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.120 (277)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.123 (278)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.127 (279)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.128 (280)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.139 (283)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.137 (282)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.135 (486)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.134 (281)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.140 (284)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.146 (286)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.147 (287)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.145 (285)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.153 (288)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.164 (487)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.168 (488)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.177 (489)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.188 (491)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.185 (490)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.209 (492)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.229 (494)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.225 (493)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.279 (814)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.278 (495)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.281 (496)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.307 (498)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.303 (497)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.325 (500)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.324 (499)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.336 (503)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.333 (501)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.334 (502)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.338 (504)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.347 (507)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.341 (505)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.342 (506)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.349 (508)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.350 (815)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.362 (509)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.363 (510)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.365 (511)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.379 (516)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.375 (515)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.373 (514)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.370 (512)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.371 (513)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.385 (519)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.383 (518)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.381 (517)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14913784

STF - DJe nº 107/2018 Divulgação: terça-feira, 29 de maio de 2018 Publicação: quarta-feira, 30 de maio de 2018 471

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.393 (521)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.394 (522)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.390 (520)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.398 (523)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.406 (526)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.403 (524)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.404 (525)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.419 (528)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.415 (527)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.428 (530)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.425 (529)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.434 (531)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.437 (532)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.438 (533)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.445(535) (1652)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.444 (534)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.459 (539)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.456 (537)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.457 (538)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.454 (536)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.466 (540)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.468 (541)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.473 (543)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.479 (545)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.476 (544)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.471 (542)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.485 (547)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.486 (548)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.489 (549)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.481 (546)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.493 (816)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.498 (550)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.503 (551)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.512 (552)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.513 (553)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.517 (554)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.519(555) (1653)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.522 (557)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.523 (558)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.520 (556)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.539 (562)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.535 (560)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.538 (561)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.532 (559)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.548 (568)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.547 (567)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.546 (566)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.545 (565)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.543 (564)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.542 (563)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.557 (571)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.559 (572)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.553 (569)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.556 (570)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.568 (574)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.563 (573)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.577 (578)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.575 (577)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.573 (576)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.572 (575)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.579 (579)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.581 (580)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.601 (581)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.135.957 (817)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 152.264 (1413)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 153.940 (1414)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 155.830 (1415)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 155.881 (1416)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 156.246 (1417)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 156.518 (1418)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 156.591 (1419)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 156.843 (1420)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 157.227 (1421)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 157.396 (291)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 157.395 (290)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 157.394 (289)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 157.465 (585)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 157.463 (583)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 157.464 (584)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 157.462 (582)SEGUNDO AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 27.229 (1096)SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 330.582 (1061)

SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 362.057 (1062)SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 388.542 (1063)SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 411.000 (1064)SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 412.130 (1065)SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 442.996 (1067)SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 461.802 (1068)SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 476.138 (1069)SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 485.556 (1070)SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 488.746 (955)SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 524.575 (1071)SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 545.163 (1072)SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 897.925 (1099)SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 659.116

(1113)

SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 873.804

(1115)

SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.078.038

(987)

SEGUNDOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.110.893

(1164)

SEGUNDOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 805.729

(1044)

SUSPENSÃO DE TUTELA PROVISÓRIA 35 (818)SUSPENSÃO DE TUTELA PROVISÓRIA 54 (591)TUTELA PROVISÓRIA NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 3.095 (1187)

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