REVISTA TRIMESTRAL JURISPRUDMA - Supremo Tribunal ...

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SUPREMO TRIBUNAL ' FEDERAL REVISTA TRIMESTRAL DE JURISPRUDMA Organizada pela Divi,raao de Jurirprudencia Vol. 45 (p. 581-874) Setembro 1968

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SUPREMO TRIBUNAL ' FEDERAL

REVISTA

TRIMESTRALDE

JURISPRUDMA

Organizada pela

Divi,raao de Jurirprudencia

Vol. 45 (p. 581-874) Setembro 1968

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

MINISTROS

LUIZ GALLOTTI (22.9.49 ), PresidenteAntonio GONQALVES DE OLIVEIRA (15.2.60), Vice-

PresidenteAntonio Carlos LAFAYETTE DE ANDRADA ( 8.11.45)VICTOR NUNES Leal (7.12.60)HERMES LIMA (26.6.43)EVANDRO LINS a Silva (4.9.63)ADALICIO Coelho NOGUEIRA (25.11.65)OSWALDO TRIGUEIRO de Albuquerque Mello (25.11.65)ALIOMAR de Andrade BALEEIRO (25 .11.65)ELOY Jose DA ROCHA ( 15.9.66)DJACI Alves FALCAO (22.2.67)ADAUCTO Lficio CARDOSO (2.3.67)

Raphael de BARROS MONTEIRO (7.7.67)THEMISTOCLES Branddo CAVALCANTI (18.10.67)Moacyr AMARAL SANTOS ( 18.10.67)Carlos THOMPSON FLORES (14.3.68)

COMISSAO DE REOIMENTO

Ministros LAFAYETTE DE ANDRADA, HERMES LIMAe EVANDRO LINS

COMISSAO DE JURISPRUDANCIA

Ministros GONcALVES DE OLIVEIRA, VICTOR NUNESe EVANDRO LINS

COMISSAO DE DOCUMENTAcAO

Ministros HERMES LIMA, ADALICIO NOGUEIRA eALIOMAR BALEEIRO

COMISSAO DE PROCEMMMTO

Ministros OSWALDO TRIGUEIRO, ELOY DA ROCHAe THEMISTOCLES CAVALCANTI

PROCURADOR OERAL DA REPUBLICA

DECIO Meirelles de MIRANDA

REVISTA TRIMESTRALDE JURISPRUDENCIA

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

REPRESENTAGEO N.° 665 - SP

(Tribunal Pleno -• Matdria Constituclonal) r7 • /;,7d? 6-^

Relator 0 Sr. Ministro A. C. Lafayette de Andrade,

Representante : Procurador-Geral dw Republica . Representado : Governadordo Estado de Sio Paulo.

Acolhe-se a Representasio pare declarer ineonstitucional a LeiPaulista n.° 44.794, de 7-5.63.

ACORDAO

Vistos, etc.

Acordam os Ministroa do SupremoTribunal Federal , em sesaio plan"ria,na conformidade do eta do julgamentoe des notas taquigrfificas , acolher aRepresentagao pare declarer inconsti-tucional a Lei Paulista n P 44.794, de7.5.65.

Brasilia , 28 de abril de 1966. -Csndido Molts Filho, Presidents. -A. C. Lafayette de Andrade, Relator.

RELATORIO

O Sr. Ministro Lafayette de An-drada : - 0 Procurador-Gera) deRepublica ofereceu a presente repre-aentagio:

"O Procurador-Gera] do Republica,no use des atribuig6es conferidas poloart. 8 .0, parfigrafo 6nico , de Consti-tuigio Federal, a na forma do L . 4.337,de 1.6 . 64, vem submeter i apreciagiodo Supremo Tribunal Federal aarguigio de inconstitucionalidade doD. 44.794, de 7.5 . 6S, do Estado deSin Paulo, pelo qual foi restabelecidoo Officio de Registro de Im6veis eAnexos do Comerca de Cafelindia.Dessa matoria a Procuradoria -Geral deRepublica tomou conhecimento atravesdo representagio arose, firmada polo

Bacharel Francisco Amaral, advogadoinacrito us O.A.H., Segio de SaoPaulo 1 .0, sob n.° 7 . 266, a qual, emresumo, diz o seguinte:

1. 0 Decreto impugnado (documen-

to n.0 3 ) restabeleceu o Oficio deRegistro de Imoveis a Anexos de Co-

marca de Cafelendia, coin evidenteafronta so principlo de independehciae harmonia dos poderes, gerantido polo

art. 7.0, VII, b, do Constituigio Fe-deral, desde qua, vereando s6bre me-t6ria de organizagio judiciiria , invadiua esfere de competincia do Poder Le-gislativo, so qual compete , por meinde lei, o trato do assunto.

2. Ofendeu-se, pole, o art. 124 doConstituigio Federal, expresso em de-terminar os principios bisicos dessaorganizagiio, entre os quail ( inc. I) odo sue inalterabilidede

. dentro de cinco anos de datado lei qua as ogtabolecant, salvoproposta motivada do Tribunal de Jus-tiga^

3. Sob invocacio do entendimentode tratadistas, o enter de repreaentagiofinds por concluir qua o decreto derestabelecimento do Qficio de Registrode Imoveis a Anexos em cause vereousobre matilria quo so pode per objetode lei a por isle as apresenta viciedo,

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de modo a racomendar -se a represen-tageo, pare que seja declarada a in-constitucionalidade apontada."

O proceaso teve assim o sou guradorGaret do Republica.

Pediram-se informagoes . Algumas

vieram a outras nio.

O gabinete do Governador do Es-tado de Sao Paulo den. a aeguinte:

"Tondo Vossa Excelencia, polo OfficionP 530-R , do 16 de setambro de 1965,recobido em 11 do corrente mss, soli-citado as informagoes do men Governno Representageo n.° 665, de SaoPaulo, em curso name eg . Tribunal eem qua a Procuradoria -Geml do Re-publics, so tomar conhecimento doRepresentacuo firm-de polo bacharelFrancisco Amaral, argti a inconstitu-cionalidede do D. 44 . 794, do 7.5.65,polo qual foi restabelecido o officio deRegistro do Im6veis a Anexos do co-

- marca de Cafel8ndia, venho confirmaras -seguintes inforarg6es ji transmiti-dos, em data do ontem , dada a pre-mencia de prazo, so Senbor DiretorGeral dose Tribunal, atraves do tele-tipo a segundo compromisso no mesmoassumido.

O art. 5.°, n.° II, do Dl. 11.664, de30.9.40, disp6e:

"Art, 50 No caso de vaga do ser-ventia ass comarcas indicsdas no artigoprecedents, corn exclusi o dos doart. 2.°, proceder-se-4:

I - ...

II - tratando-se do urn dos tabs.lionatos, restabelecer-se-i o oficio doescrivio do Juri a anexos, reeonhecen-do-so so tabeli8o remanocente odireito de optar polo cart6rio novo.

Parigrafo unico. Esta opgoo deveriuser exercida deatro dos 10 din subse-quentea A publicageo do decreto doreatabslecimento do serventia , medianterequerimento enderegado so Secretiriodo Justiga a Negddos do Interior".

0 "artigo precedents" (no caw 04.°) menciona a comarca do Cafelin-die. E o art . 2.0 nao se reports a ale,o quo imports em one ni o exduseodo disposto no art. 5 .0, item II."

Tal D1. 11.464 , do 30.9 . 40, foimentido polo art. 55 do L . 819, de31, qua 6 o Estatuto doe Ser-vidores do Justice do Estado do SinPaulo, provindo do disposigio progra-snitica do art. 9 .0 do Ato dos Dispo-sigoes Constitucionais Transit6rias doConstitulci o Estadual.

Assim, o D. 44 . 754 nada meis fezdo quo ez000tar ( fungeo constitucionaldo Poder Executivo) a norms legalcontida no art. 5.0, n9 II, doDI. 11 . 464, do 1940. Ilegal a inconsti-tucional aria o procedimento do Chefsdo Govirno se, so reverso, nio helms"o aludido decreto.

Improcede, pois, a elegagiio do quao Poder Executivo , so baixar uD. 44.794, ofendeu a competenciaconstitucional do Assembleia Legisla-tive, por aer o restabelecimento dooficio de justice possivel apeoas poiato puro daquele momma Assembleia.

R quo jai havia lei prevendo e"sserestabelecimento. E corn base nessalei, a ate per forge do one determi-nagfio, a qua foi expedido o decreto.

Por essaa meemas razees,' tambemnao foi lesionado o art. 124, n.0 I,do Carta Magna . Neda as inovou corno decreto do 1965 no organizageo ju-diciiria . A lei do 1940 6 quo previrae regulava is" restabelecimento.

Em face dos "zoos ecima expostas,dove a Representacio n.0 665, do SaoPaulo, ser julgada improcedente, porfelts de amparo legal on constitu-cional".

O governador comunica quo deter-minou ao Chafe do Escrit6rio do De-partemento Juridico do Estado de SaoPaulo, Dr. Orlando Bulcao Vienne, onma substituto, qua apusesse, em seusome, sue assinatura no referido telexenvlado.

O Procurador -Geral do Republics,Dr. Alcino do Paula Salazar, diz qua:

"Rota Procuradoria-Geral encamt-nhou so eg . Supreme Tribunal re-presentageo do advogado FranciscoAmaral arguindo a inconstitucionals-dade do D. 44.794, de 7.5.65, do

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Estedo do Sib Paulo , polo qual foirestabelecido o officio do Registro doImbveis a Anezos do Comarca doCafelfindia.

Teria sido ofendido o art. 124 .isConstituigio qua estabeleco,n

"- serio inalterbveis a divisio e aorganizagio judici¢rias , deutro de cincoanos de data do lei qua as estabelecer,salvo proposta motivada do Tribunaldo Justiga."

Dando informed os , o Sr. Governs-dot do Estado sustentou a legitimidadedo ate qua fore expedido em oxocucIodo decreto-lei estadual do 1940, cujotour eet6 a f. 7 e qua, no ponto indi-cado, disp6e:

"Art. 50 No case de vaga de se:-ventia use comatcas indicadas no artigoprecedents, corn exclusio des do ar-tigo 2°, procder-so-&.

11 - tratendo-se do urn dos tabello.natoe, restabelecer-se-i o officio deeecrivio do JSri a anezos, reconbecen-do-se ao tabeliio remanescente odireito de optar polo cart6rio n6vo".

O decreto impugnado, aludindo sodisposto no art. 5.°, item II, doDI. 11.464, de 30.9.40, dispts quaficava restebelecido o officio de Regis-tro de Imbveis a Anexos do Comarcade Cafellindia (f. 9).

O restabelecimento de um cart6rioImports sera ddvida em crisgio domemo. E inquestionavelmente gaveate depends do lei, Segundo o prescritono an. 124 do Constituigio Federal.

Nio altars co tOnnos do questio ainvocagio do decreto-lai estadual do1940. Este as refere, na disposigio in-vocada, a tabelionato, isto 6, a cart6riodo notes, enquanto qua o decreto im-pugnado, de 1965, so refers a oficiodo Registro de Imoveis.

Ocorreu, essim, a inconstitucionall-dade arguida".

E o relat6rio.

VOTO

0 Sr.Ministro Lafayette de A{drada(Relator): - Visa a Representagiose declare inconstitucional o 15. es-

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tactual 44.794, de 7.5 .65, quo rests-beleceu o officio do Registro do Imbveise Anezos do Comarca do Cafelindis.

Acolho a inconstitucionalidade ar-guide.

Teria sido ofendido o an. 124 deConstituigio Federal qua disp6e:

"... serio inalteriveis a divisio ea organizagio judiciIrias , dentin docinco anon do data de lei quo as vote.belabor, salvo proposta motiveda doTribunal de Justiga".

Dando informagOes, o Sr. Gover-nador do Estado oustentou a legitlmi-dade do eta quo f8ra expedido emexecugi o do decreto -lei estdual de1940, cujo tour "ti a f. 7 e qua,no ponto indicado , disp6e:

"Art. 5.0 No case de vaga doserventia nas comercas indicadas noartigo precdente corn exclusio dos doart. 2.01 procederse-4.

I - ...

II - tratando-se do um dos tabe-Iionatoq restabelecer-so-a o oficio doescriv-ao do J(ui a means, reconhecen-dooe ao taboliao remanescento odireito de optar polo cart6rio n8vo".

O decreto impugnado, aludindo sodisposto no art. 5.°, item II, doDl. 11 . 464, do 30.9.40, dispbs quaficava restabelecido o officio de Regis-tro do Imbveis a Anexos do Comarcede Cafeliindia (f. 9).

O restabelecimento de urn cart6rioimports am d6vido em criagio domesmo . E inqueationavelmente &seeate depends, do lei, segundo o preseritono art. 124 da Constituigio Federal.

Nio alters as tgrmos do questioa invocagio do docreto-lel estadual de1940 . Este se refers,, no disposigaoinvocada, a tabolionato, isto e, a car-t6rio de notes , enquanto qua o decretoimpugnado, do 1965 , se refers a oficiodo Registro do Imbveis".

Ense o men. veto, dando pets proce-dincia do Rp 663.

DECISAO

Como comets do ate, a deciseo fola seguinte: Acolho a reprasentagio

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pare declarar inconstitucional a LeiPaulista 44.794, de 7.5.65, 1 umni-midade.

Presidencia do E>mo. Sr. MinistroCindido Motto Filho . Relator, o Ez-colentissimo Sr. MSnistro Lafayette doAndrade . Tomaram parts no julge-mento os Esmos . Sn. Ministros Carlos

calves do Oliveira , Vilas Boas, LuisGallotti e Lafayette de Andrade. Im-pedido,, o Earno . Sr. Ministro . OsvaldoTriguelro. Licenciados , os Eamos.Sn. Ministros Ribeiro do Costa e Hab-nemann Ovimarsee . Ausente, justifi-cadamente, o Exton. Sr. M'misttoEvandro Line.

Medeiros , Aliomar Baleeiro, Prado Brasilia, 28 do abril do 1966. -Kelly, Adalicio Nogueira, Hermes Li- Alvaro Ferreira dos Santos, Vice-Dire-ma, Pedro Chaves, Victor Nunes , One- tor-Geral.

RECURSO DE MANDADO DE SEGDRAIIcA N.' 11.637 - PE(Segl r da Tul ma) 7 O3

Relator: 0 Sr. Ministro Adolicio Nogusira, f-f(.CC6 4 /0,6Recorrentes : Maria Helena do Albuquerque a outros. Recorrido: 0 Juuo,

de Direito do Comarca de Temb6.

Interpretagiodo 8 2 .° do art. 704 do C. Pr. Civil . Impossibi-lidade do vends particular de urn undue!, se urn dos conddminosdiverge dos daasaia A eoiu{io e a haste piiihlica. Rocurso ordinfrio,a qua se neQou provimento.

ACORDAO

Vistos, relatados a diseutidos istesautos, acordam os Ministros do Se-gunda Turns do Supremo TribunalFederal, no conformidadd do eta dojulgarnento a notes taquigrIficas, negarprovimento so recurso, uninimemente.

Brasilia , 12 de setembro do 1967.- Evandro Liras a Silva, Presidents.- Adalicio Nogueira, Relator.

RELATORIO

O Sr. Mims" Adalicio Noguelrar0 parecer do f. 61-62 do douta

Procuradoria-feral do Repiblica resu-me,-corn clareza, a controvinia:.

"Trate-se do nasndado do seguransacontra despacho do Jul. de Comarcado Tomb4, Pernambuco, quo inadmitiua venda particular do im6vel "Jurama", sob o fundamento de quo can doscond6minos a- impugoara.

O Tribunal de Justiga ( f. 45-48)denegou o pedido, estando o acirdioassim ementedo:..

"Constituem pressupostos essentialsi dispense do formalidade do praso

on leilio, em as tratando do vendsde coils comum - "jam todos ainteressados majores a capozes, bornassim concordso no vends particular.Basta a vontede discrepan%e do umdos condAminos , pare afastar a ezce-$ao, ensejando a observincia do ,rin-cipio geral - praga on leilao 'piblico."

Seen inatac4veis as rezues - do decidirdo venerando ac6rdio recorrido. 0art. 704, 4 2.°, do C. Pr. Civ., s6autoriza a vends particular "se nointeressadoe, sendo maiores a capozos,eonvierem no venda particular. Exige,pois, come condisio, sine qua, a con-cordincia doe interessadoo ca sue to-talidsde a nio a do simples maiorisabsolute . 0 testo 6 claro, nio com-portando dkcussio.

Palo nio provimento , face so es-

posto"

E o reletirlo.

VOTO

0 Sr. Ministro Adalicio---Nogueira(Relator ): - A questio versa acircada verdedeira interpreta48o do art. 704,$ 2.0, do C. Pr. Civil.

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Os recorrentes entondam qua, a des-paito do nio lograr-se o. asentimentouminime dos condd8minos do fazendaJarman, quo sio maiores a capon",pars a vends particular desse im6vel,oats pode realizar-se. Sucede, porem,quo um d6les impugnou a transagiopor aeon forma, o qua levou o DoutorJuiz do Direito do Camera de Tambea indeferir o pedido formulado na-queles tirmos a determiner qua oimovel fosse levado a prega p6blica.

Diz o § 2.0 do art. 704 do C. Pr.Civil:

"Dispen er-so-4 a_ formalidade depraga on leilao, se os intereeudos, sen-do majorea a captions , convierem, novenda particular".

Argumantam on recorrentes quo, sea maioria anuiu no vends particular,nio hi Como prevalecer a opiniio deum a6. Man, nio a iaso a quo sodeduz dos tirmos clams do lei. Seo sou intento Mass Save, ela o ezpres-saris, de modo a nia deizar dGvidas.

Arg(iem, einde , on recorrentes qua,so caso, se aplicariam as normas con-tides nos arts. 632, 635 e § 1.0 a 637e § 10 do C . Civil.

Miss, comp ban raciocinou o v.acordio do f. 45 -48, de quo foi relatornosso eminente colaga Ministro DjaciPalcio, antio Desembargadoi,

"aquelas normas disciplinam a des-tinagio de colas cornum , on aeja, sedove ser administmda , vendida on alu-

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discrepante. Rests , assim, a modusfaciendi, quo 6 rogulado no diplomaproces.sual civil (art. 406, $ 20, c/ca on. 704, g 2').

E verdade quo pare a aoluga'o -venda, baste a vontade de um s6con-d6mino (art 635, § 10, do C. Civil).•Entrementes, baste a discrepiAcia deurn so, pare quo nio se processe avends particular" ( f. 46).

Man, ainda concedido quo a niateriaaeja controvertida , min pods haver di-reito liquido a corto contra umasolugio, quo assents puma interpre-tagio lastreada em s6lidos argumentosjuridicos.

Nego provimento so recurso.

DECISAO

RMS 11 .637 - PE - Relator,Ministro Adalicio Nogueira . Recorren-tea Maria Helena de AlbuquerqueMontenegro a outroe (Adv. AbgarSoriano de Oliveira). Recdo . Jul. deDireito do Comma do Tambii.

Decisno: Negou-se provimento, una-nimemente.

Presidencies do Sr. Ministro -Evan-dro Line a Silva . Presentee on Se-nhores Ministros Adaucto Cardoso.Aliomar Baleeiro, Adalicio Nogueira ee o Dr. Oscar Correia Pine, Pro-curador-Garal do Rep6blica , substituto.Ausente, por eater licenciado, o SenhorMinistro Hahnemann Guimaries.

gads. Ora, no bipotese, je houve a Brasilia, 12 de setembro de 1967.deliberagio de vender de modo in- - Guy Milton Lang, Secreterio.

ERBARGOS . NO RECURSO BE MANDADO DE SEGURANCAN.' 15.786 - GB

Relator: 0 Sr. Miniatro Raphael de Barron Monteiro.

tm. 7jj'1`6,6a

Embargantes : Aparecido Cindido de Oliveira eoutros . Embargado : Institutode Apoaentadoria a Pen-Bees dos Industrierios.

Cargo do Tesoureiro. Aproveitamento . Ndo tern direito a setaproveitedo no cargo do Tesoureiro o funcionerio quo o vinhe ezer-condo a titdo precario, sumo substitute eventual do titular. Embergasde divergencia conhecidoe a rojeitados.

AC6RDAO promo Tribunal Federal, em sessao

Vistas, relatedos a discutidas gates plendria , no conformidede cam a etaautos, acordam no Ministros do Su- do julgamento a notes tequigzdficas,

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conhecer dos embargoo e rejoiti -los, aunanimidade do vetos.

Brasilia , 16 de novembro de 1967.Luis Gallotti, President.. - Ra-

phael de Barron Montdro, Relator.

RELATORIO

0 Sr. Miniatro Banos Monteiro: -0. imp.trantes Aparecido Candido doOliveira a outros postularam , atravesdo presente mandado do segurance,contra o eto do Presidente do Conse-lho Administrativo do Instituto deAposentadoria a Pensies dos Indus-triirios, qua no lhes reconheeeu 0direito it efetivaceo no cargo de Te-soureiro-ausiliar daquela autarquia.

Suatentaram , am sintese, o direitoA efetivacio pleiteada, invocando comafundamento do pedido o dispoeto naL. 3.205, de 1957, qua terie sidorevigorada pela do n .P 3.826, do 1960.

Concedida pela sentence de f. 72,a seguranca , foi esta ceased, polo eg.Tribunal Federal do Recursos, tujoac6rdio, l f. 120, tem a seguinte.meatia official:

"Cargo de Tesoureiro . Aproveita-mento. Ni o tern direito a seraproveitedo no cargo de Tesoureiro 0funcionirio quo o vinha ezercendo atitulo precirio, coma substituto even-tual do titular."

Interposto recurs ordinirio, foi istedesprovido pale eg. Terceira Turmade"ste Supremo Tribunal Federal, emacordio do qua foi relator o ilustreMinistro Hermes Lints.

Ainda irresignados, vieram os reque-rentes corn os embargo , de diverginciado f. 161 , em cujes raz6ea afirmamquo, dando m-ao forte it r. decisi(o doeg. Tribunal Federal de Rectusos, go-rou o acordio dissidio nest. Cortequanta it .sate interpretacio do art. 30d. L. 3.205, do 1957. Entre outroe,apontam as recorrsntes, Como discre-pentes a qua fizou, corn preciseo, oponto central de incidincia do desa-c6rdo nitre os julgados , aquile profe-rido no RMS 10 . 499, publicedo noD.J.U. de 13.2.62, a onde se decidiuqua:

"Se as impetrantee ocupevam,. dogoalquer forma, as func5es de Teson-reiro-amdliar tom os direitos quo re-clantavam diante de L. 3.205, de1957."

Impugnadoe os embargo,, a f. 176,opinou a douta Procuradoria-Oeral doRepfrblica pale sus rejeicio.

E o relat6rio.

VOTO

0 Sr. Ministro Barron Monteiro(Relator): - 0 simples relato deespicio demonstra a esistincia do ale-gala divergincia, polo qua, prelimi-narmects, conbefo doe embargo..

Mae, conhecendo, em as rejeito, por-quo, coma mostra a impugnacio, vema jurisprudencia dente Suprema Cortese orientando no sentido do decididopolo ac6rdio embargado.

Assim 6 que, ji agora a eg. Se-gunda Turrna, polo voto do MinistroVilas Boas, julgou qua:

"Fbncionirios admitidos a tituloprecirio nio podeaa ser conaideradosinterims. Inezistindo direito liquidoe torte, neo Cabe o mandado do aegu-ranca . Recurso ordinirio nio provido."(RMS 14.235 - Relator o Esmo. Se-nhor Ministro Viles Boas - Ac. publ.no DJ. de 18 . 5.66, p . 1.639).

Ante o exposto, rejeito, como disse,as embargos.

VOTO

0 Sr. Ministro TAemiatoclee Caval-canti: - Sr. Presidents, votando naSegundo Turme, tirca-faire, concedi omandado do seguranca. Mas, reesami-nando a questeo, depois de sessio,verifiquei quo nio devia ter concedidoe mudo do voto pare acompanbar 0eminent. Ministro Relator. Ache quopare a investidura 6 preciso ter ascondig es legais, a estas no esistem,no caso.

VOTO

0 Sr. Miniatro Adalido Nogueira:Sr. Presidents, data vacua, conheto

dos embargo, a as recebo.

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A verdado quo, do inleio, tive pen-samento contririo so ponto do vistasustentado polo ilustre advogado, dotribune; mss, num aso qua se julgouno Segunda Turme, ante-ontem, RMS17.831, mudei de opiniio , tendo emvista a jurispmde"ncia do SupremoTribunal Federal. a respeito.

Peso licence pare ler men veto, paremoztrar a rezro por qua mudei doopin5o . Dine o seguinte:

"Dou provimento so recurso, peraconceder a seguransa impetrada. Oarecorrentes, funcioniria do Ministiriodo Safsde, desempenham, no meanao,funcbes do Tesoureiro-auxiliares, pois"ezercent etribuiy6es de quitadores dasfdlhas de pagamento , distribuem che-ques a identificam os servidores a quopertencem" ( f. 81).

A jurisprudincia do Supremo Tri-bunal Federal tern emprestedo a mailample interpretecio do disposto noart. 3.0 de L. 3.205, de 15.7.57, quorose:

"Os Tesoureiros-auxiliares, Conforen-tes, Conferentes do Val6res interinos,substitutos, qua a 28.10. 54, as encon-travem exercendo os respectivos car-goo, serf o eproveitados nos vagas quovierem a ocorrer ou as criarem, epos avigincia do presents lei, nos respecttivos ceteris , reapeitado o criterio deantiguidade."

0 eminente Ministro Cendido MottoFilho, no julgamento do MS 10.449,decidiu, em case idintico , corn epoiono eg . Tribunal Pleno, consoante eetino entente, quo precede o ac6rdio rea-pectivo qua,

"Se as impetrantes ocupavam, doqualquer forma, as fung6es de Town.reiro-auxilier, tom os direitos quareclaamam diante do L. 3.205, do1957" (f. 144).

0 eminente Ministru Victor NunesLeal seguiu - lhe as meemas pagodas, nojulgamonto do RMS 14.194, ponde.rando, no curso do sea douto veto, quo"a jurisprudencis do Supremo Tribu-nal Federal repeliu a interpretaciopuramente literal das citadas leis.

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quando as aplicou a aervidores nil"no designados apressamente, mae quaexorcism fancies do Tasouraria, como,por exemplo as Caizas" (R.TJ.,32/665-668). No mesmo sentido, oeminente Ministro Evandro Line, nojulgamento do RMS 11.917, de GB(f. 145) e o eminente 11fmistro LuisGallotti, no julgamento, respectiva.mente, do RE 56.316, GB a RMS16.031, do mama procedincia (R.TJ,.32/149- 152 a 38/86-88)."

Em face dine pronunciamento, pesovane ao emineute Relator pare re-ceber as embargos, nos termos do menn6vo pronunciamento , porque confessoqua o meu voto nos embargos de quofui Relator, anteriormente, foi em son-tido diverse.

VOTO

O Sr. Ministro Victor Nunes: -Sr. Presidents, devo prestar algunsesclarecimentoe , porque foi mencio-nado caso de qua fui relator.

Ala, realmente, o precedents em quau Sr. Minietro Cendido Motto disseestarem amparados todos quanta, dequalquer forms , exercam funsgo deTesouraria (MS 10 .449, 31.10.62,R.T.J. 24/136). Mae a fine prece.dente five ocaeiio do opor, respesmsa-mente, torte reserva , so julgar o RMS17.014 ( 28.8.67). A possivel qua aemente do ac6rdio tenba ido um poucoalem do pr6pria decisio.

Sam duvida, o Tribunal tern am-pliado a enumerasio do lei, quo nioThe perece ezaustive, mae, sobretudo,pare atender a situacies aracteristias,comp a dos "caixas". Nag autarqulas,bavia "cairn", corn a funsio pr6priedo "tesoureiro" on "auxiliar de teeou-reiro". A diferenga we spouse donome.

Ylltimamente, entretanto, ten vindopedidos em quo as pretendentes aioas encontram em, tal situagio , on mer-cem funsio do Teeouraria em subs-tituisa'o eventualissima, pagando erecebendo oasionsbnents , o quo ternocorrido eti em repartisies wide nioexists o cargo do Tesoureiro, nem o

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do Auxiliar do taoureiro, comb, hfipoueoe dine, julgou o . Sr. MinistroOawaldo Trigueim, not 1! Turns.

News casos , am qua o ezercicio dofun4io so apresents, de modo precfrioon indefmido , nib tenho concedido asegmunpe . Tenhoa deferido nequelesoutros, em quo a funcio oxercida, em.bore corn outro some, seja tlpicamentede Tesouraria , comb eats mencionadono RMS 17.014.

Peso licence so eminent. MinistroAdalfcio Nogueire, quo me den a bonrado sue citasio, para acompanhar oeminent. Relator . It. ponivel quo nocase referido por S . Excie . se tratassede "miss".

0 Sr. Mfnietro Ada/icio Nodueira:- V. Excia . so referiu mesmo a"cairn".

entendia qua , se o Tesoureiro native..eocupando um cargo vago , comp substi-tuto, was nomeado, poderia nale setaproveitado . Mae no caso niio houveam do nomeasio. A rigor, atb, o exer-cicio dessa funSio a irregular.

Corn seta& conaideroSoee , mantendoas mono pronunciementos no Turma,acompanho o eminente Relator, rejei-tando oe embargo..

EXPLICAcAO

0 Sr. Ministro Adallcio Nodueira:- Sr. Presidente, mantenho o meuvoto, porque mtfi calcado noutro quaprofori, anteriormente , mas, em face dopronunciamento do eg . Tribunal Ple-no, me raservo o direito do reexaminera mat€ria oportunemente.

VOTO

0 Sr. Ministro Gongaives do 01i-vura: - Sr . Presidents , numa desultimas semen do 3.a Turn a , em casodefendido polo mesa advogado quoscabs do ocupar a tribune , votei nosentido do voto do eminante MinistroRelator . Entio, five ensejo do assi-nalar qua no Were administrative asinterproteva mais rigorosamente a leido quo no Supremo Tribunal Federal.Recordo que, no esfera administrative,nio se reconhecia o diroito, mesmoexietindo vagas as data de lei quomandava aproveitar Tesoureiroa-auxi-liares a ainda que estiveesem ocupan-do a funcio as data do vage. Fol nessesentido meu pronunciamento comoConsultor-Geral do Republica. Mesequi qo Supremo Tribunal hfi maleliberalidado . A jtffisprudencia ere noaentido de beneficiar o Tesoureiro emerercicio no date do lei, ainda quo acargo estivesse preenchido , em carterefetivo. Mes, de qualquer forms, oTribunal sempre exigiu ume nomeeciode Auxiliar do tesoureiro , que, no cargoinexiste, ainda quo comb substituto.Na esfera, administrative, estando pre-enchido o cargo, nib havis obrigaciodo AdministreSio P4blica do nomeer

lase Tesoureiro . 0 Supremo Tribunal,liberalixando a interpretacio do lei,

EXTRATO DA ATA

ERMS 15.786 - GB - Relator,Ministro Barros Monteiro . Embargan-tea, Aperecido Cindido de Oliveira eoutros (Adv. Garibaldi Celestino Fra-go). Embdo .. Instituto National dePrevidincia Social (IAPI) (Adv. LuisCarlos Alvlm Dual).

Docisio: Conhecidos, uninimemente,as embargos foram rejoitados, contrao voto do Sr. Ministro Adal'cio No-gueira . Falou pelos Embtes. o Dou-tor Garibaldi Celestino Frogs a poloEmbdo. o Doutor Oscar Correia pine,Procurador-Geral do Republics, subs-tituto.

Presidincia do Sr . Minjatro LuisGallotti . Presentes , as Srs . MinistrosMoacyr Amaral Santos, ThemistoclesCavalcanti , Raphael de Barros Mon-teiro, Adaucto Cardoso , Djaci Falcio,Eloy do Roche, Osvaldo Trigueiro,Adelicio Nogueira , Hermes Lima, Vic-tor Nunes a Goncelves do Oliveira.Ausentes, justificadomente, os SenhoresMinistros Aliomar Baleeiro, PradoKelly, Evandro Line a Lafayette doAndrade.

Brasilia, 16 de novembro de 1967.-.- Alvaro Ferreira dos Santo., Vice-Dirotor-Gerel.

R.T.J. 45 S89

RECURSO DE MANDADO DE SEGURANQA N- 17.144 - GB

(l'rimeira Tulmla) fc'9Y1. 696'250. /A ^^Relator: 0 Sr. Ministro A. C. Lafayette de Andrade.

Recorrentee : Afonso Ferrucio Veloso e outros. Recorrida: Universidade doBrasil.

Di-se, provimento eo roanso pare restabelecer a sentenps doprimeire instdncia, quo conceder o mandado do se4uranga.

AOORDAO

Vistos, relatados a discutidos osautos acima identificados, acordam osMinistros da Primeira Turma do Su-premoTribunal Federal , na conformi-dads do ate do julgamento e des notestaquigrificas , por unanimidado devotos dar provimento so recurso.

Brasilia , 10 de outubro do 1966. -A. C. Lafayette do Andrade, Presidentse Relator.

RELAT45RIO

0 Sr. Minisfro Lafayette do An-drade : - Afonso Ferrucio Veloso eoutros estudantes requereram mandadode seguranga contra deliberapio docongregareo do Faculdade National deArquitetura, quo dispis a8bre a du-plicagio do nimero de matriculas noI .a sine do curio de graduagio, esta-belecendo quo o respectivo _ preenchi-mento se deveria verificar com arealizapio do n6ve concurso do hebili-tapio . Sustentaram os impetrantes quatal deliberapio contrariava o D. 53.642,de 28 . 2.64, qua aasegurara a matriculame novas vegas am estudantee nioclassificados entre os 150 primeiroscolocados no concurso do habilitagioanterior..

tro juiz, quo concedeu a medida (fo-lhas 144-152).

A 2a Turma do Tribunal Federal doRecursoa cassou a seguranga. His ovoto do Relator, Minietro ArmandoRollemberg:

'De aua vex, a Congregapeo deFaculdede National de Arquitetura,depois de finer em 150 o numero dovagas pain a primeira sine doe curiosde graduagio all mantidoe, estabeleceuqua o respectivo preenchimento so da-ria pale forma prevista no deliberapiodo Conselho Universitirio, antes refe-rids.

Realizado a concurso de habilitapio,nio lograram os impetrantes clessifi-capao entre os 150 candidatos melhorcolocados e, por isso, foram conside-redos•reprovados.

Em 28.2 .64 baizou o Sr. Presidentsde Republica o D. 53. 642, onde dia-punha:

"Art. 1.- 0 Ministerio da Educagioa Culture providenciare junto is Uni-versidades a Escolas Superiores dopals, onde a detnarnda o justifica, enot setorea do Medicine, Engenheria,Quimica, Odontologia a Geologia, slimdo outros a qua evsntualmento dove

0 Juiz da 3! Vera do Fazenda Pu- a medida apliar-se a dupliagio de.blica de Guanabora concedou medida matriculas no primeiro ano, per mein

liminar pare garantir am impetrantes , do dupliapio de tutors , mediante a

provisiriamente, o direito de frequen - utilizagio , em horirios difarentes, de

tar as aulas (f. 52). Foram admitidos instalapoes a equipamentos existentes

divenos litisconsottes , aos quaffs o juis a do peesoal em ezercicio ou a set

estendeu a liminat concedida . Veio, contratado.

depois, a sentence de f. 121-125, quo ...... " .... *'*'*'* ..." "denegou a seguranga requerida . Desse Art . 5.° Diligenciari o Ministerio dedecisio agravaram os impetrantes e, Eduagio a Culture junto ace estabe-apoe contraminutado o recurs, foi a lecimentos de enaino, iwlados on into-sentenga denegatiria reformada por on- grantee de Univmsidades , oficiais on

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perticulares , o aproveiatmonto mailemplo poufvel dos candidatos qua tea-lizamm o vestibular on venham areelisi-lo, ainda no ano em curio.

Parigrafo 6nico. Em face do exclu-seo, polo criterio de note minima oudo materla , de ponderiveis contin-gentes do alunos me concursos dohabilitacio deste am, empenhar-se-6 aMinisterio do Uuugio a Culturejunto aos estabelecimentos qua assimprocederam , pale realizacio de novoconcurso, i be" do criteria do classi-ficac8o, tondo em vista a constituigiodo segundo turno".

Ern atenceo a tal decreto, a Con-gregaceo do Faculdade National deArquitetura deliberou slaver o ni merodo vagas no am do 1964 pare 300(trezentas ), a estabeleceu qua as novasvagas seriam prenchidas mediante arealizaceo de n6vo concurso de habili-tagio a qua es deveriam submeterinclusive os candidatos neo clessifica.

dos no concurso anterior . Este deliberecio, entendem os impetrantes quaofende direito liquido a certo it matri-

cula son concurso , assegurado noD. 53,642 mencionedo.

No nos parece quo Ihes assistsrazio em tal afirmativa . 0 referidodecreto, tendo em cont., possivelmente,a regra legal qua assegura autonomicdidetica As Universidadea , guerdou-sede estabelecer, de forms imperative, omodo polo qual seriam selecionados oscandidatos so preenchimento des vagascuja criageo autorisou , e, del, disporquo o Ministerio da Educaceo eCulture diligenciaria no saatido domais amplo aproveitamento daquelesqua baviam prestado concurso do habiIitacio ou viessem a presti-lo sindano mesmo am . Nio determinou , assim,qua tel oproveitamento se fires.. inde-pendento do qualquer exigbncia, a daiter abrangido us -rage do art. 5.°tarnbem os candidatos quo se sub-metessem a vestibular apbs a vigenciarespective.

A Faculdede Nacional do Arquite-

tura, portanto, so deliberar quo asnovas vagas seriam preenchidaz porcandidatos clessificados em n6vo con-

turbo do babilitagio , neo contrariou oD. 55.642, do 1964 . De outro lado,considerando quo, conforms se constatado documento de f. 171 dos autos, adecisao . do l? instencia , concessive deseguranga, foi suspense por 8ste Tri-bunal logo ap6a ter sido proferide, neoh8 porque considerar qua do retarda-mento do julgamento do processo posseter resultado j3 estarem os impetmntesem mein so curio em decorr8ncia dedeciseo judicial.Assim, dou provimento me t'ecursos

pore reformer a sentenga a teaser aseguranga concedida".

Daf o recurso dos impetrantes, quaem longs, raz5es procuram demonstrarquo o voto do relator no Tribunal aquo decorreu de 8rro material , porqueneo constava doe autos, ate a date dojulgamento notfcia de qua f6re refor-mado o despacho qua suspenders aseguranga concedida . Foram oferecidosdocumentos (f. 203-304), qua visamprover qua os recorrentes estio cursen-do a 2a a 38 series do Faculdade.

Opinou o Procurador-Geral matestbrmos:

"Recorre-se do v , aresto do f. 190,onion ementedo:

"Ensino - A exig8ncia do n6voconcurso de habilitacio pare o preen-chimento de vagar criadas em atengeoso disposto no D. 53. 642 neo ofendedireito dos candidatos neo classificedoeno concurso anterior".

Na conformidade de Lei de Dire-trize, a Bases de Educacio Necional(L. 4.024-61), no seu art. 14, amatricula ser6 ccncedida no conformi-dada de ordem decrescente do classi-ficagio dos habilitados, a, no caso dohaver aprovado em nimero superior solimits, de vagas fixedo pole congre-gageo, somente servo matriculados 0qua 8ste limite comportar.

Verifica-se qua os recorrentes neoforam clessifieedos , nero obtiveram se-quer a note minima exigida pareaprovagio, polo qua foram, no reali-dade, reprovados , no podendo serconsiderados excedentes.

Realmente, acentuam as inforntagoesde Faculdade Nacional de Arquiteture,

f. 88-96, verbis:

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"4,3.- Moatrando sua boa vontadede atender as wlicita$oes epondera-coos do Govimo, a Faculdade Nationaldo Arquitetura , qua neo podia a niopode matricular no 1 .0 Ano candidatosreprovados no exams de admissiio, poiso art. 8.°, $ 3", do sou Regimento,tranwrito no item 2 dates Informa-Soes, o proibe , decidiu realizer n6voconcurso de habilitagio, conform. asugestio contida no parggrafo 6nico doart. 5.° do D. 53 . 642, de 28.2.64.

4.4 - E foi contra a deciaao deCongregagio do Faculdade, qua apro-vou a realizagio do n6vo Concurso deRabilitagao, qua to Impetrantes re-quereram o mendado de seguranga,sustentando qua o D. 53.642, do28.2.64, Thee anegurou o direito ematricula, o qua a inteiremente im-procedente.

4.5 - Os Impetrantes nio sio ex-cedentes, pois neo foram aprovados noexams de admissio, mas desclawi-ficados, nio tondo condigiies pare par-ticipar do Corso de Arquitetura amo sacrificio do eficigncia do ensino.it suficiente ponderer qua a maioriedales nio conseguiu , nat proves desquatro (4) matgrias constantes do con-curso, alcangar total stuns de des (10)pontos , quando o primeiro candidatoclassificado obteve o total do 33,10pontos ( trinta a trgs pontos a dezd6cimos) (conferir dot. 3 e 4 dos au-tos)...

Face ao exposto , o recurso subexamen carece de fundemento juridico,polo quo desmerece provimento.

it o relat6rio.

VOTO

0 Sr. Ministro Lafayette do Andra-de (Relator) : - t realmente singulara situagio dos recorrentes . Em virtudede deciaOeg judiciais foram matrieula-dos no Faculdede National de Arqui-tetura a passarem a fazer o respectivocurso de graduagio, tendo atingido assegunda a terceira series . 0 voto doMinistro relator do ac6rdeo recorrido,quo li an Tribunal no relat6rio, p6sem destaque a circunstincia de quaa denegagio do seguranga neo traria

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prejuizos aoa impetraates , uma vex quafete suspense a medida concedida emprimeira instincia . 0 argumento re-vels quo se os recorrentes je eativessemem meio ao curso, talvez outm tivessesido a decisio do Tribunal Federal deRecursoa.

Realmente neo constava dos autos anoticia de qua fora reformado o des-pacho do Presidents, suspensivo dosentenga qua concedeu o writ. Essanoticia vein posteriormente, tom aapensagio do processo em qua se jul-gou o agravo dequele despacho, agravode qua foi relator o Ministro HenriqueD'Avila , cuja ementa diz:

"Concedida a segurenga pare ga-rantir a estudantes o acesso ao aminosuperior, neo a licito nem justo, jg nomeio do ano letivo a antes do julga-mento do recmao interposto do sen-tenga cancelar-thee a matricula" ( f. 134doe autos em apeaso).

Os recorrentes foram matriculadosout 1964 a jit nos encontremoe no findo one letivo de 1966 . Muitos dalesje se encontram no 3.0 ano a outrosno 2.°'

Sam duvida he objegiies de ordemdoutriniria contra a tese do sentengaqua concedeu a segurenga. A verdade,porgm, 6 qua so criou uma situagiodo fato, qua o tempo je consolidou.Em caws semelhantes , a orientagao doSupremo Tribunal tam sido no sentidsde atender a tabs situagOes cuja ex-cepcionalidede aconseiha enterer sproblema mais wb o aspeto da fina-lidede social des leis do qua de urnssevere interpretagio literal doe tertos.

Aqui estariamos cancelando neo amatricula dos recorrentes , mae tree.nos do vida universitiiria.

Ainda recentemonte, a 3.a Turmsdiste Supremo Tribunal, em ac6rdiedo lavra do Ministro Prado Kelly,decidiu, no conformidede desta ementa.no RMS 13.807:

"t do economic interne do cad.Faculdade de ensino Superior fixer,em sou regimento intern, note minimapare aprovegao de alunos.

Ocorrgncia , no espgcie, de circuns-tgncies excepcionais qua aconselham a

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inalterabilidade do situagio do fato a A tudo tendendo a corn vista nosdireito constitufda Pala concesio do precedentes a qua aludi, dou provimen-liminar. Provimento do recurso" to to recurso pare restabelecer a son-(R.T.J., 37/248). tenga do primeira instincia, quo con-

Acentuou o douto relator desse ac6r - cedeu o mandado de seguranga,

daq corn absolute propriedade a cla-rera, qua "0 use ilegitimo de uma DECISAOfaculdade legal" pode crier "urns si-tuagao de ordem prItica" a quo "as Como coasts do are, a decisio fo.conseglSncias juridicas do decisio de- a seguinte : Concederam o mandado emnegat6ria do seguranga serum muito decisio uninime.complexes, muito variadas".

Note-se quo tal decisio abria ex. Presidencia do Ezmo. Sr, Ministro

Lafayettecegiio pan urn caso is mmpendiado m do Andrade

, Relator. To-parts no julgamento os waldo

Sunula 58, do; jurisprudencia predo- lentissimos Srs. M inistrostros Oswaldominante do Supremo Tribunal. Trig e Victor Nun" ttriguiro, Victor Nubs a Lafayette

HA outros ac6rdaos deste Tribunal, do Andrade . Impedido, o Exmo. So-no mesmo sentido . RMS 14.040, do nhor Ministro Evandro Linz a Silva.13.4.65 , a RE 55 . 476, do 6 . 6.65, Ausente, por so encontrar no exercicioembos rolatadoe polo ilustre Ministro do Presid6ncia do Tribunal, o EscEvandro Line. O Senhor Ministro Vic- lentissimo Sr. Ministro Cindido Mottafor Nunes argumentou , sum dosses Filho.twos, quo as o aluno 4 aprovado vascadeiras do ano , seguinte 6 de quo es . Brasilia , 10 de outubro de 1966. -tava capacitado pare set aprovado nos Alberto Veronese Aguiar, Secretirio de

cadeiras do ano anterior. Turma.

RECURSO DE UANDADO DE SEGURANCA N: 17.322 -p SP

(Tribunal Pleno -- 1lfatdria Constitucional) sm.11

11

3'

Relator pare o ac6rdao : 0 Sr. Ministro Aliomer Baleelro. n4 ( t, 0. 6.Recorrente : Companbia Geral do Motor" do Brasil (General Motors do

Brasil S . A.). Recorrida : Prefeitura do Estancia de Sao Jose dosCampos.

Imp6sto Territorial Rural - I - Depots da Emends Corertitucional, a aliquots do impdato territorial rural pasaou a set do0/)2% por efeito do disposto no Ebtatuto da Terra (4 1.504, do30.11.64).

II A autorisagao do Estatuto da Terra psra qua a Uniioposse etribuir ew Municipios a iangamento e a arrecadngeo dearstribute deve ser interpretada restritivarnonte, ezoluiado-oo dole apossibilidado de as Profeituras adotarem alfquota outra quo Frio adaquele diploma.

III - A referencia -do D. 56.162/65 now `Tanc'ammento met basena legislegio municipal do 10.1044' dove ser entendida mnto abass do c6lculo a nio a aliquots.

AOORDAO n.° 17.322, do Estado do Sio Paulo,

Vistos e relatados ester autos de em quo a remrrente Companhia GeralRecurso de Mandado de Seguranga de Motores do Brasil S.A. (General

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Motores do Brasil S.A .) a recorridaPrafeitura do Estancia do Sin Jos6 dosCampos , decide o Supremo TribunalFederal, our sasaio plane, dar provi-mento, par maiorie de votos , de acurdocam as notes juntas.

Distrito Federal , 14 de fevereiro do1968 .- Luis Gallotti, Presidents. --Aliomar Baleeiro, Relator p/ac6rdio.

DECISAO

RMS 171322 - SP - Relator,Ministro Lrvandro Line. Recta. Cora.panhia Geral de Motores do Email(General Motors do Brasil S.A.)(Adv. Cyro Emygdio de Oliveira Ger-mano). Recda . Prefeitura do Est6nciado Sao Jos6 dos Campos (Adv. J.Leite Ribeiro).

Decisio. Remetido so TribunalPlano.

Presidencia do Sr . Ministro Even-dro Lins. Presentee as Srs. MinistrosAdaucto Cardoso, Aliomar Baleeiro,Adalicio Nogueira a o Dr. OscarCorreia Pina, Procurador-Gieral de Re-p(iblica, substituto. Ausente, justifi-cadamente , o Sr. Ministro flalrnemannGuimaraes.

Secretarie de Segundo Turma, em26 de setembro de 1967. - GuyMilton Lang, Secretfirlo.

RELATORIO

0 Sr. Ministro Evandro Lin,: - ACompanbie Geral de Motores do Brasil(General Motors do Brasil S.A.) re-quereu mandado de segurange contraato de prefeito do Sao Jos6 dos Cam-pos, alegando o segumte:

a) qua a Prefeitum langou, pareume area de terra, de quo a imps.trante 6 proprietarie, o imp6sto tern.toriel rural no base do 2 %, para oexercfcio de 1965;

b) qua, por f6rga do B.C. 10, do9.11.64, a cobranga do imp6sto ter-ritorial passou pare a Unieo Federal,sendo qua o art. 50 da L. fed. 4.504,de 30 . 11.64, fix, em 0,2% a aliquotapare cobranga do imp6sto territorialrural corn os acr6sci nos determinadosem seus parIgrafoa;

c) qua a Unieo nao providenciouem tempo a regulamentegio dessa lei,

593

mas expediu o D. fed. 56 . 462, do14.6.65, polo qual autorimu as Pre.feituraa, no exercicio de 1965, cobraremo mencionado imposto territorial cornbase no legialagiio municipal em vigorem 10 .11.64;

d) qua tal decreto 6 inconstitucional,pois se a Constituiggo Federal folalterada pale Emenda n.° 10, revogadaficou t6da a legislagao municipal rote-rents a cobranga do imposto territorial,e felece competincia a Unieo pare,por decreto ezecutivo , tranaferir pareo municipio o langemento e a cobrangad"ease imp6sto corn base am leis munt.cipais j6 revogedes ou derrogadas axis-tindo, de p6, a L. fed. 4.504, quoregale o lengemento a a cobranga dotributo.

Ilouve concessao de medida limmei,mas o juiz, julgando o feito, denegoua seguranga , por sentenga quo forconfirmada pale ag. 4.a Camara Civildo Tribunal de Algade de Sao Paulo.

Entenderam easaa decis6es qua aE.C. 10 nao era autoapliciivel a quaa Unieo nao pode proceder so langa-mento do imposto , no eexrcicio de1965, dada a complexidede dos cri-t6rios adotodos polo Estatuto do Terra(L. 4.504, de 30.11.64).

O gove"rno baixou, enteo, o D. Fe-deral 56 .462, do 14.6.65, atribuindosos municipios , no qualidade de agen-t" de pr6prie Unieo, a faculdade doprocederem aquele langamento a ar-recadegeo com base no legisla^aomunicipal em vigor em 10.11.64.

O pr6prio Estatuto do Term deu aUnieo a faculdade de etribuir eos mu-nicfpios o lengamento e a errecadagaodo imp6sto. Quarto a argiiigao de quaa aliquota do imposto, do acordo como Estatuto do Terra nao poderia ex.ceder de 0,2% sobre o valor real doterra one , entendeu o ec6rdao do Tri-bunal do Algada qua o langemento doimp6sto, com base no nova lei, somenteera possivel depois de organizado ocadastro rural e, por ease razao, 6 quohouve a transfer6ncia do langametnoa arrecadagao do tributo a competanciados municipios, cujo produto j6 ]haspertencia, por forga do pr6pria B.C.10.

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Mode entendeu o acbrdio do tra-ltunal paulista , quo se obedeceu andisposto no art . 141, § 34, do Cons-tituisao, uma vez qua nao se crioumom se aumentou imp6sto sem previaeutoriza$ao orcamenteria.

0 recurso ordinerio do parte sus-tonta qua nao are licito so PoderExecutivo Federal, por decreto, deter-minor qua o lan4amento do impostoterritorial pare o ezercicio do 1965se fizesse com base nee leis municipalsvigentes em 10.11. 64, a isso porqueum decreto ezecutivo nao pode alterar• quo hevia sido determinado pelaEmenda Constitucional a pela L. 4.504,do 30 .11.64.

A douta Procumdoria-Geral do Re-publica opine pelo nao provimento dorecurso.

E o relatorio.

VOTO

0 Sr. Ministro Evandro Line (Re-lator): - A L. 4.504, de 30 . 11.64,setabeleceu , em sou art. 58, n0 II, quoa Uniio tambem podere atribuir, poroonvenio, one Municipios, a arrecada-cao, ficando a glee garentida a utilize-jio do importiincia arrecadeda.

Como acentua o ac6rd "ao recorrido, aUniio nio pods proceder so langs-mento do imp6sto no ezercicio do1965 , dads a complezidade dos crite-rion adotedos Palo Estatum de Terra.Foi por isso quo o Presidente do Re-publica baixou o D. 56 .462, do14.6.65, o qua f6z dentro do sue am-pia competincia pare "sancioner, pro-mulgar a fazer publicar as leis asepedir decretos a regulamentos parea one fiel ezecucao", no conformidadedo art . 87, inc . 1, do Constituifeo•ntio vigente.

E certo qua o art. 50 , do Estatutodo Terre , estabelece qua "a valor be-sico do imposto sere determinado amsliquota de 0.2% sobre o valor realdo terra nue ". Mae, no caso, nao pode• Uniio, por motivos superiores, dada• complezidede do nova sisteme, lan-gar a arrecadar , ale prepria , o tributo.

Veja-se qua o art. 48, inc. I, docitedo Estatuto, concede a Unieo 0

poder do atribuir aos Esmdos a Mu-nicipios o lan4amento do imposto.Dentro death ezpressao - lanFamento- este compreendrds a fvra gao quan-titative do tributo, como assinalou compropriedade a decisio de 1.0 instincia,citando hell Lopes Meirelles. 0D. 56.462 autorizou as municipios aefetuerem o lancemento e a arrecada-fao do tributo incidente sobre as im6-veis ruraia, no ezercicio do 1965, combase no legisla$io em vigor em10.11. 64. Nao veto inconstitucionali-dade nesse Decreto, pois nao se violoua regra do an. 141. § 34, do Cons-tituicio, mesmo porque o municipiopoasula a lei criadora do imp6sto •gate estava preview em seu orSanrento.

Por eases motivos nego provimentoon recurso.

VISTA

O Sr. Ministro Aliomar BaleOiro: -Peso vista dos autos.

EXTRATO DA ATA

RMS 17.322 - SP - Relator,Ministro Evandro Line. Recte. Com-panhia Gera] de Motores do Brasil(General Motors do Brasil S.A.)(Adv. Cyro Emygdio do Oliveira Ger-mano). Reeds. Profeitura do Ins-tincia de Sin Jose dns Campos(Adv. Jorge Lairs Ribeiro).

Pediu vista o Ministro Aliomar Ba-leeiro, ap6s o voto do relator negendoprovimento so recurso . Felon, poloreco"ente , o Dr. Carlos Eduardo d•Barros Borrow.

Presidincie do Sr. Ministro LuisGallotti. Ausente , juatificadamente, •Sr. Ministro Prado Kelly.

Brasilia , 26 de outubro do 1967. --Alvaro Ferreira dos Santos, Vice-Di-retor-Geral,

VOTO

0 Sr. Ministro Aliotnar Bdeeiro: -1. Tendo a E. C. 10, do 9.11.64otransferido do competincia municipalpare a federal o imposto territorialrural , o Congresso elaborou o Estatutodo Terra (L. 4.504, do 30.11.64),qua fizou em 0,2% a aliquota reapertiva.

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For dificuldedes tecnicas e edminie-trativap de implantagao do tributo, quothe ere estranho ate all, a Presidentsdo Republica expediu o D . 56.462,do 14. 6.65, deteminando, no art 1°,qua on Municipios, " na qualidade doagentes do Unieo, poderio efetuar aIangamento e a arrecadagio do Imp6stoTerritorial Rural , corn base no legis-lagao municipal em vigor em 10.11.64e utilizer a respectivo produto comoreceita orgmnenteria."

Ate ai tudo correto, Lento main quen-to o Eatatuto do Terra autorizou onmeamo insinuou expressemente:

"I - a Unieo podere atribuir, potconvenio, son Estados a Municipios, oIangamento, ten do por base as leven-tamentos cadastrais executados e pe-ri6dicamente etualizadon."

"II - a Umao tambem podera atri-buir, par convenio, eon Municipios, aarrecadagio, ficando a ilea gerantide autilizagio do importancia arrecadada."(art. 48 , 1 e II , do L. 4.504-64).

2. Deixemos de lado a inexistenciado convenio, como eto-condiSao parea Uaiao atribuir equates vantagera, sonMunicipios.

No ceso dos autos , o Municipio deSao Jose dos Campos foi mail alemdo lei a do Decreto . Nio $e limitou alonger, arrecadar a ficar com a produ-to. S6 isso the concedeu a lei; a sbisso the poderia conceder, como s6 issoconcedeu a decreto.

O Sr. Ministro Evandro Line: -Consinta V . Excia. em qua an insistsna defese do panto de vista qua sus-tentei . A cobranga de 0,2% Wavesubordinade ao levanmmento do ca-destro de todo a territorio rural, e adecreto executive declara expressa-mente qua o municipio devie cubrarde ac6rdo corn o langamento de no-vembro de 1964 on 1965, neo merecordo been a ono , a havia lei orga-mentiirie municipal prevenda sane co-branga no base de 2% . A redugiofaits pale legislagio federal ficou con-dicionade no levanmmento cadastral.

O Sr. Ministro Aliomar Baleiro: -A E.C. 10 transferiu dos municipios

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Pam a Unieo Federal o imptsto terri-torial . On municipios imediatamenteperderam compet&ncia pare decreter eate pare arrecadai.

O Estatuto do Terra pemite entre.Lento qua, por convenio , a Unieo deaos municipios 0 langamento e e arre-cadagio, a num ciao ou noutro atribuia produto son municipios , coma, alias,este iasinuado no Constituigio.

Sao Jose doe Campos recebendo, semconvenio alias, par efeito de um do-creto, a langemento a arrecadegio, emvex de limiter-se a fazer essas duesoperecies segundo sun base de cilculo,pela aliquota federal, a 6nica qua pa.deria subsistir, a fez Palo sua aliquotaanterior , municipal, je caduca a mortar

O decreto spots-se noose lei, e a leipermits, spans delegar a langementoa a errecadagio . Nao din qua o mu.nicipio pode substituir a aliquota fe-deral pale municipal, porque, coma enotorio, as emeadas constitucionai,tmnsferiram o imposto rural pare acompetencia federal, nAo par proposi-too fiscais, ago pare obter dinheira,mas Para armar o Govern federal doum instrumento extrafiscal potente, afire de operar a refoma agrerie, parecompelir a venda on remembramento,enfim, estabelecer mna nova politicsdo terra.

O Sr. Ministro Evandro Line (Re•lator): - Para isso preciseva an-mentor a arrecadagio , a a presungaoe de qua ease arrecadagao feita polomunicipio neo ere eficiente . Pam tor.n6-la adequade eon sous fins , a Unieoincumbiu -se de faze-la, core o leventa-mento cadastml de t6des as proprie.dedes rurais . A redugao de aliquotsficou subordiaada a Use levantamento.On municipios cobravam maim pouco,tendo em vista o infimo valor do terraconstants de seus registros . Com umanova avaliagio faith polo Govern fe-deral possibilitar-se-ia a redugio doaliquota , cam a aumento des arrecada-g6es . Ume vez nio feito easeIevantamento , so havia uma solutAorazoevel, qua foi a qua o Gavernoadotou, expedindo ease decreto axe.cutivo a tranaferindo, naquele and, aos

596 R .T.J. 45

municipios, por dificuldade na realize-Fio do cadestro , a cobranfa , de ac6rdocm a legislaFio municipal.

O Sr. Ministro Oan-aido Ttigusiro:- 0 decreto revogou a L. 4.504.

O Sr. Minfstro Aliarnar Baleeiro: -Com a devida vane, parece que oargucnento prove demais e nio favo-rece a tese do eminente Relator. Emverdade, a lei federal reduziu aaliquota a urn dbcimo : 0,2% an rovesde 2%.

O St. Ministro Evandro Lips (Re-lator): - Reduziu condicionalments.Al a quo ester o problems . Consideroester nrateria do major importancia,porque isso produzire uma quads apre.cisvel no receita do pals . Enquentonio se levantar todo ease cadastro, pareatualizar o valor dessas tetras, a coinerno base de 0,2%, havers uma redutaosubstantial no arrecada£io. Consideroeste caso do msior relevancia. Achoqua a Uniio , por seus representantes,nio deu a ale a importancia qua me-recia.

O Sr. Ministro Aliomar Baleetro: -Pole veemencia do eminente Relatorvemos a importancia do cause.

O Sr. Ministro Evandro Lins (Re-lator): - E apenes o hebito do antigoadvogado . Nio veja V . Excia. nominha veemencia outro motivo quaneo seja o natural ardor na clef ass domen ponto de vista . A uma convic$aofirmada como juiz, a sobrotudo comoJuiz do C6rte Suprema, encarandotambsm o interesae publico que "titem cause.

O Sr. Ministro Aliornar Baleelro: -Nao veja V . Ercia .. no registro doveemencia urns condenacio . Rui mos-trou que a veemencia 6 necesseria sojuiz . Eu tambem, nos moue vinte ontrinta anos de vida publics, tenho lidoveemente, a no acredito qua a fun4iodo um politico - emprego a pqlavrapare user a expressio do eminente Mi-nistro Hermes Lime, no sea "mail puroe helenico sentido" - seja menos dig-no do que a de um juiz . 0 quo digo6 que os argumentos do eminente Mi-

nistro Relator nio favorecem a defesade Lase quo S. Excia - defends.

Em realidade, o imp6sto territorialrural, nests Pais como em qualqueroutro do mundo, represents uma fragiomiserfivel, infima das receitas p6blicas,e zero virgule qualquer coisa do total,num mundo em qua a riqueza...

O Sr. Ministro Gonsalves do Oli-veira : - Nio so pods corrigir atravesdo imp6sto territorial.

O Sr. Ministro Alienist Baleeiro:O que represents valor, no mundo dohoje, e a agio , & a letra de c6rnbio, 4papa(, e a riqueza mobilisria, Hero aimobilisria , muito mans a rural, quahe muito tempo ester decedents, mesmonum Pais agririo como 6 o Brasil.

O legislador federal quer , species,um instrumento pare, em certos casos,modificar e elever a aliquots , condicio-nando-a a area, para forger a divisiodo propriedade e, em outros casos,baixar a aliquots, on user - la no sentidoinverso: major aliquota quanto manora propriedade, pare forgar o remem-bramento e suprimr o miniffindio. Etudo isso ester claro no Estatuto doTerra.

O que afirmo a que, no caso con-creto, as municipios perderam parssempre a competencia pars decretar oimp6sto rural . Enquanto nio louverreforms de Constituigio, a competenciapare decretar aliquota pertence aUniio e s6 pode ser executavel poloart. 141, 9 34, do Constituicio do1946, on art . 150, 9 29, do Constituigioareal: s6 por uma lei e mediante pr.-via autorizagio or§ernentfiria . Nio ha-via isso . 0 Municipio neo poderiacobrar mais ease imp6sto . A UniioThe cedeu , e o Presidents de Republicapodia transferir, por urn decreto, auto-rizado em lei , a arrecadagio e o langa-mento a ficar com o dinheiro. Masnao eats autorizado a alteraFao doaliquota federal . Quanto a aplicaGeode aliquota anterior, extinta, mortaso insurge o recorrente, a, a meu ver,com razio.

O Sr. Ministro Evandro Lira (Re-

lator): - A aliquota federal estava

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condicionada a Use levantamento, quonao existia.

O Sr. Ministro Alienist Baleeiro: -Nao lain isso no lei , data venia.

O Sr. Ministro Evandro Liras (Re-lator): - Pretendi demonstrar isso emmen voto. Nao a so a letra do lei, e oseu espirito , tambem, qua devemosconsiderar.

Verifique V. Excia., qua fez con-sideragbes de ordem politica a filosd-fica, qua o legislador levou em convo,tombem, a fiscalizagao do Uniao quan-to a compra do terras abusivas, emmuitos municipios do Pais, por pessoasqua nao sao lavradores'ou agricultores.No case, par exemplo , a recorrente euma empresa industrial , qua comprougrende quantidade de terras no inte-rior . E e preciso qua o Pais as do-foods, tambem, atraves dos impostor,contra essa aquisiggo do tetras, quapode envolver, no futuro , ate proble-mas de soberania . Como disse V.Excia . muito bent, a transferencia decobranga do imp6sto visou a ermar oGovern do Uniao de um instrumentopara a execugio do reforms agriria.Sarin possivel fixar uma aliquote malebaixa para a cobranga do imp6sto,none vez faits a aveliagao do juste valordessas terras , qua hoje constant doscadestros a registros municipals porurn valor irris6rio, ridiculo . Na reali-dade, a aliquota de 0,2 % representariamais de 2 % dos municipios , se o valorreal de terra estivesse apurado. Asstvalor nao foi epurado . A empressteria o direito de pegat 0 ,2%, se aavaliagao tivesse sido faith polo Go-veerno Federal.

0 Sr. Mirdstro Aliomar Baleeiro: -Von terminar, Sr. Presidents. Devodizer qua se considera tmnquilo quao contribuinte tent direito de explorerequilo qua no ingleses a americanoschamam de loophole, "lacuna do lei".Se a Lei Fiscal nao previu t8das aship6teses a deixou margem pant ocontribuinte user uma forma juridicaon um neg6cio juridico mais favorivelan sou interesse de pager mans, 6licito fazer, porque a obrigagiio fiscal6 sempro or logo. Se nao eati explicito

597

quo fulano tern do pager 2%, devepager 0,2%, aliquota do Poder compe-tente quo exclui a do Poder qua deixoude set competente.

Mas, volto a leitura do men vote,qua din:

Mae Sao Joao dos Campos substituiua aliquote vigente , decretada em 0,2%70,pela sue anterior a ja caduca de 2%,exigindo 10 vanes mais do qua thef6ra outorgado.

Alega qua o D. 56.462-65 the per-mitiu tal apatite quando disse qua olangamento poderia set atribuido ansMunicipios "corn base no legislagaomunicipal em vigor a 10.11.64".

3. Ora, o decreto refere-se at abase de cadet/o, enfim, a tecnica pelaqual a aliquota do lei on vigor seraaplicada a uma situagao concrete aepreciivel lob determinado Angulo.Por exemplo, o valor locativo, o valorvenal, o custo hist6rico, o movimentobruto de produgao , etc. etc . Aliquotanao a base.

Nao estando pronto o cadastro fe-deral , o Presidents do Republica

autorizou prOvis6riamento a utilizegao

dos toscos cadastros municipals, apli-

cando-se a aliquota de 0,2% aos val6-

res neles inscritos, aegundo as leis dos

Municipois on 10.11 . 64. S6 isso. 0

Decreto regularnenter nao concerleu,

neon poderia conceder mais do quo a

Lei autorizou . Decreto nao pods afas-

tar aliquote do poder competente pare

qua prevalega aliquota derrogada do

Poder ji entio incompetents.

4. Corn a devida venia do nobreRelator, dou provimento so recurso,para qua a tributagio se reduza aos0,2% do L. fed . 4.504, unica quaregulava a poderia regular o assuntoem 1965.

VISTA

0 Sr. Ministro Oswaldo Trigueiro:- Sr. Presidents , pego vista dos au.tos.

EXTRATO DA ATA

RMS 17 . 322 - SP - Relator,Ministro Evandro Lins . Recta. Com-panhis Garet do Motores do Brasil

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(General Motors do Brasil S.A.)( Adv. Cyro Emygdio de Oliveira Ger.mono). Recde . Prefeitura de Eetinciade Sic Jose dos Campos ( Adv. Jorge'iLeite Ribeiro).

Pediu vista o Ministro Osvaldo Tri-gueiro, ep6s os votos do MinistroRelator negando provimento a doMinistro Baleeiro dando provimenroso recurso.

Presidencies do Sr . Ministro LutzGallotti Ausente, justificadamente, oSr. Ministro Adaucto Cardoso.

Brasilia, 8 de novembro de 1967.- Alvaro Ferreira dos Santos, Vice-.Diretor-Geral.

VISTA

O Sr. Ministro Osvaldo Triguerro;A E. C. 10, promulgada em 9.11.64,

transferiu pare a competincia tribu-t6ria de Uniio o Imp6sto TerritorialRural.

A I.. 4.504, de 30.11.64. no art 50,disciplinou o n6vo tributo federal, ft-xando-1he a aliquota em 0.2% s6breo valor real de terra nua. E, noart. 125, determinou qua a nova taxa-4io passasse a vigorar a partir de1.1.65.

Do aplicagio dessas normas, em con-junto, resulta qua, on iniciar-se 0exercicio de 1965, nio bevia nem po-dia male haver imp6sto territorialmunicipal . Os Municipios ii nio ti-nham competincia pare legislar arespeito, t6da a legislareo , municipalpertinente esteva derrogade , nenhumorcamento municipal podia prover earrecadacao d"ease tributo , corn baseno legislagio desaparecida.

Ocorre que, no exercicio de 1965. aUniio, aparentemente, encontrou difi-culdedes pant arrecedar o Imp6stoTerritorial Rural , dads a demoteexigida pars a elabora4io do indispen-esvel cadastro . Como soluGio deemergencie , resolveu o Govern Fe-deral, j6 no mein do exercicio de 1965pelo D. 56.462, qua 6 de 14 de junhode'sse ano - der aos Municipios, noqualidade de agentes de Uniio, a ta-culdade de naquele son fiscal -far"-

rem o lencamento e e arrecadacio doImpo"sto Territorial Rural, delegacioqua, se ficasse a isso limitada. nioeerie injuridica, considerando-se cue oproduto d "ease tributo afinal revertspare os cofres municipals . Mae o De-creto citado manda qua oa Municipioscobrem o imp6sto territorial de 1965corn base no legisla{ao municipal emvigor a 10 .11.64, isto 6, qua codeMunicipio cobre o imp6sto Pales all-quotas constants des tree on quatromil leis municipals quo dispunham s6-bra a matfiria, antes do B.C. 10

Neste ponto , nio vejo como se posseaceitar o Deaeto impugnado, quo meparece irremediivelmente discrepantedo Constitui£io a do Lei.

Na data do Decrem , o ITR em tri-buto exclusivamente federal, cuja slit.quota estava deftniuvemente ftxadaem lei federal, em trangiiiia viginciadesde 1.0 de janeiro. Perece-me det6da a evidencia que, je antic, nioera licito so Poder Executivo , por sim-ples decreto, suspender a vig6ncia donorms constitucionai , pare restabelecertemporirfamente a validade de leismunicipals de he muito peremptas.Como certamente nio the era permi-tido suspender a execucio do L. 4.504(art. 450 ), pare eutorizar o aumentodo imp6sto no maio do exercicio, jbaqui contrariando tamb6m o art 141,§ 34, do anterior Constitui4io, repro-duzido no art. 150, § 29, de atual. Sonem o Congresao tent autoridade paraaumentar impostos no curso do exer-cicio, como atrihuir-se Poder dessa eatensio so Presidents do Republics, nomero exercicio do fungio regulamen-tar?

A certo quo a L. 4.504 permits eUniio, mediante convenio , incumbir osMunicipios do langamento a de erre-cadarao do imp6sto em cause. S6breisso nio se suscita duvida , parecendo-me tambim , despicienda a formalize-£9o do convenio , desde qua a Uniiodelegue compete'ncia so Municipio e€sto eceite o encargo . 0 qua, entre-tanto, can me parece aceitbvel 6 qua,no atribuic io de lancer a arrecader,se inclua a de fixer a aliquota dotributo. quer em novas bases, quer

R.T.J. 45 599

pale restauraceo dos criterion de de-funta legislapeo municipal.

Fizar o quantum de qualquer im-posto a tributar, a tributar 6 mat6riade competencia exclustva do PoderLegislativo . 0 lanpamento, qua e aeplicapao do lei tributerie nos casosconcretos, a atribuipeo meramente ad-ministrative, qua a lei confers aoeexatores fiscais . Para efeito de lanpa-mento, a bbvio qua o fisco pods arbitraro valor de terra, atualizar ease valor,fazer a correpeo monetaria d"ease va-lor. Neo pode, ponim, modificar ataxapao, fixada polo Poder Legislativomediante lei , a sb par eats modificavel.

So dermos ratio a Municipalidadsrecorrida , o resultado prfitico do noosedecisao sera tanto on quanto para-doxal: em plane vigencia de EmendaConstitucional qua federalizou o ITR,a do Lei quo fizou ease tributo, pas.saremos a ter, neo uma aliquota uni-forme pare todo a pats , mss possi-velmente tantas aliquotas quantos seoas Municipios . Ora, a Unieo 6expressaments vedado decretar tribu-tos qua neo sejam uniformes em todoo territ6rio nacional, comp prescrevia aConstituig5o de 1946 (art. 17), ecome estabelece a do 1967 (art. 21,I).

Poder-se-6 alegar, comp ocorreu nodebate desta cause, qua a invalidadedo decreto questionado poderA tramenorme prejuizo I receita do Unieo.O receio parece-me do todo iluserio.A Unieo nada perdera, porque o pro-duto do arrecadapeo do ITR 6 inte-gralmente devolvido aoe Municipios.Os Municipios , nesta situepeo transit6.ria, tambem quase nada tam a perder,do vez que , memo corn base nos leislocais, o imposto territorial then rendiamuito pouco . De quelquer modo, oqua em definitivo as tern a cobrar dosproprletarios de terra 6 o imposto fe.deral , cuja aliquots ja tsta fixada. Seela 6 beixa a, portanto , improdutiva,a correcio doses deficiencia s6mentepods ser feita por via legislative, es-tando o Poder Executive pore lasedevidemente habilitedo.

Par estas razdes , a pedindo ventso eminente Relator, acompanho o ve-

to do Ministro Aliomar Balseiro, partder provimento on recurso.

ADITAMENTO AO VOTO

O Sr. Ministro Oswafdo Trigueiro:- Em aditamento, desejo eaclarecerqua o argumento referente an possivelprejuizo do fisco federal perdeu t6dee significapeo. Porque, de ec6rdo corno D. 59. 792, de 28 . 8.65, o lanfe-mento do imposto ja ea ts sendo feitopelt Unieo, corn base na aliquots,federal.

Par f6rpa desse diploma, a cobrangaincumbe aos Municipios , porbm as lan-pementos seo feitos polo IBRA, quocobra certa percentagem em remune-rapao do sou servipo.

EXPLICAS,.AO

O Sr. Ministro Evandro Line (Re-lator): - Neo you alongar mais 0debate, nests proceaso, embora, corna devide venie , continue plenamentaconvencido de qua ago houve ilegali-dads no decreto do Presidents, do Re-publica, porque o Eatatuto do Termpermits o estabelecimento de cony6-nfos do Unieo coon as municipios, parscobranga do imp6sto territorial rural.

Quando se diminuiu a aliquota, foine previsao de realizapao de urn ca-dastro rural, que, evidentemente, dariaa asses terras um valor muito maim,urn valor atualizado, porque 6 notbria,e ningu6m ignore, quo asses tetras as-tao avaliades on estao langadas , nos mu-nicipios , por preco vil. Quando sotransferiu o imposto Para a Unieo,havia previseo de qua ease aliquotsatenderia ea necessidades dos munici-pios, corn a etualizapao do valor dosterms.

Nan houve tempo, neo foi possivelfazer ease cadastro . A Unieo, comoo imp6sto se destinave one prbpriosmunicipios, apesar de ter par ela arre-cadado, determinou, atraves desse de-creto do Presidente do Republica, quoas municipios cobrasem , etendendo ialiquota fixada pelt lei municipal.

Nao me impressions, data venia, oargumento de qua haveria varies all-quotas nos diverse, municipios. E quaease imp6ato se destinava , ezatamentiaos pr6prios municipios.

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Ngo vi inconstitucionalidede, datavenia, nisso , porque era uma esp6cie

de convenio quo estava sendo feito

entre a Unieo e o Municipio, pareerrecadagio do imp6sto.

Assim, Sr . Presidente, pelos or-gumentos jA apresentados em votesescrito e, depois, em deabte nestePlen6rio , pogo ve"nia aos mews emi-nentes colegas quo divergiram do menponto de vista pare mentor men pro-nunciamento anterior.

VOTO

O Sr. Mirtistro Themistocle, Caval-canti: - Tambhm acompanho o emi-nente Relator, porque me parece quao Decreto impugnado visou a ninesituageo transitbria . Visou a estabe-lecer...

O Sr. Ministro Osvaldo Trigueiro:- S6bre isso nao hA duvida.

Mos suspendeu a name constitu-tional

O Sr. Ministro Aliomar Baleeiror -Isso, nao devemos admitir. A E.C.10 transferiu ease imp6sto territorialrural do competencia dos Municipiospare a do Unieo, por motivos depolitics fiscal , qua foram largamentediscutidos no 6poca.

Devido a dificuldades de ordem t6c-nice, pals rapidez dessa transferencia,a Unieo nao so sentiu babilitada afazer o processo administrative dolangamento.

Met, por lei , o Estatuto do Terra,no caso, determinou a aliquots de0,2%, e a Unieo a qua compete fixA-Ia. Fri pare isso qua o Congresso thetransferiu o imp6sto . A Unieo esta-beleceu a politico do terra, sob opressuposto de tornii -la mais acessivele todos . Enfim, a chamada "reformaagr4ria", de car4ter democrfitico.

Ora, os Municipios nao poderiam,do maneira nenhuma, nom o Presi-dente, por melhor qua f6sse one in-tengao, podia, por urn decreto , permitirqua as Municipios fixessem a cobres-sem esse tributo corn base no aliquotade 1964.

Faltava competencia a Profeituro.A Unieo no pode so demitir do sue

competencia . 0 qua se determinou foia cobranga de 0,2%, polo Municipio,de ac6rdo com a t€cnice daquele tem-po. A a (mica interpretagio razofivel.Se esse Decreto do Poder Executivovisou a permitir aos Municipios acobranga nao alfquotas de cede LeiMunicipal de 1964 , entao , o come-giiencie , como nitida a lricidamentedemonstrou o Sr. Ministro OswaldoTrigueiro, serd a de qua esse Decreto6 inconstitucional. Disso no tenhoduvida nenhuma . Nao posso crer comose posse chegar a nine solugio dife-rents, data venia.

O Sr. Ministro Osvaldo Trigueiro:- Nern semi preciso irmos a tese doinconstitucionalidade . 0 Decreto naoA vfilido, em face do lei. A Lei Fe-deral estava em vigor a partir de 1?de janeiro . Como a execugio dessa leipodia ser suspense por urn decreto nocurso dose exercicio?

O Sr. Ministro Aliornar Baloeiro: -A norms a consagradora do principiodo anualidade a esti mantida no Cons-tituicgo atual, expressamente nes mes-mas palavras , no art . 150, § 29, igualso art . 141, § 34, do anterior.

O Sr. Ministro Osvaldo Trigueiro:- A Lei qua fixou a eliquota A desetembro do 1964, determinando quapasse a vigorar a partir de janeiro de1965. 0 Decreto qua suspendeu essacobranga e, portento , suspendeu 0 exer-cicio doses norma constitutional A dojunho de 1965.

O Sr. Ministro Evandro Line (Re-lator): - Como acentuou o eminenteMinistro Themistocles Cavalcanti, eraurns situagao de emergencia.

O Sr. Ministro Oswaldo Trigueiro:- Essa e a razeo do conveniencia.

O Sr. Ministry Evandro Line (Re-lator): - Nao 6 de conveniencis, matde emergencia , porous nao foi pos-sivel, no tempo previsto.

O Sr. Ministro Aliomar Baleeiro: -Uma medida de politico fiscal naorevoga ume lei dessa natureza. Comose pods determiner qua a razaa doEstado justifique todos os atentadosa Constituigeo?

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O Sr. Ministro Evandro Line (Re-lator): - No he atentado dConstituigio.

O Sr. Ministro Aliomar Baleeiro: -A Constituigao diz qua o imposto nestePais , comp em qualquer pats policiado,depends de lei. A Constituigio diz quao imposto , al6m de set votado por umalei, necessity ser autorizado por urnorgamento , pare sue cobranga. E o quaester no art . 150, § 29, de Constituigioatuel . Entio , comp vamos romper umaregra constitutional , como vamos rom-per corn todos os principios consegra-dos e diner qua um imposto territorial,fixado Par aliquots federal , posse serfixado per eliquota jA revogada pormunicipio , qua nio tam mais compe-tencia para isso?

O Sr. Ministro Evandro Lins (Re-lator): - A pr6pria Uniio transferiuaos Municipios essa cobranga , de acor-do corn o orgamento dos Municipios.

O Sr. Ministro Aliomar Baleeiro: -Quem Pala pela Uniio pare transferirimposto e o Congresso National, a neoo Presidente do Republica. Tenhoabsolute convicgio dos motivos nobrese altos do Presidente de Republicanaquela 6poca , noose ato, .. .

O Sr. Ministro Osvaldo Trigueiro:- 0 Congresso no podia fazer o quao Presidents do Republica fez.

O Sr. Ministro Aliomar Baleeiro: -mas cometeu urn erro juridico.

Sens assessores o aconselberam mal.Pagou seu tributo a falibilidade hu-mane. E era um homem muito lucido.

O Sr. Ministro Themistocles Caval-centi: - Esse caso tern ocorridovaries vezes . Na Constituigeo de 46.na Conatituigao Transit6ria houvetransferencia de impostos.

O Sr. Ministro Aliomar Baleeiro: -A Constituigio pode fazer tudo

O Sr. Ministro Themistocles Caval-canti: - E, no entanto , houve umperiodo desigual.

Acho qua 0 imposto a municipal, 6atribuido an municipio , a voto de ac6r-do corn o eminente Relator..

601

VOTO

O Sr. Ministro Djaci Falcao: -Pego venia so eminente Relator, parsacompanhar o voto dos eminentea Mi-nistros Aliomar Baleeiro a OswaldoTrigueiro, uma vez qua , na hipotese,e de se splicer a lei federal , so invesdo texto de lei municipal, sob pena dese ter, na hipotese , violagio do or--tigo 141 , § 34, do Constituigio de 46.

VOTO

O Sr. Ministro Victor Nunes: -Tamb6m peso venia so eminente Re-lator pars acompanhar as votos dosSrs. Ministros Aliomar Baleeiro a Os-waldo Trigueiro,

A Constituigio neo preve conveniopare fixagao de aliquota de tributo.A Constituigao o qua permits a con-venio administrativo.

Portanto, a irrelevante qua a leitenha previsto o convenio . S6 o pre-viu nos termos em qua a Constituigioo admite . 0 decreto foi alem, permi-tindo aos municipios cobmr o impostnpor aliquots jA inexistente.

EXTRATO DA ATA

RMS 17 . 322 - SP - Relator,Ministro E.vandro Lins Recte. Com-panhia Geral de Motores do Brasil(General Motors do Brasil S.A.)(Adv. Cyro Emygidio de OliveiraGermano ). Recife . Prefeitura de Es-tancia de Sio Jose dos Campos (Ad-vogado Jorge Leite Ribeiro).

Deu-se provimento , contra as votosdos Ministros Relator , Amaral Santos,Barros Monteiro a Themistocles Ca-valcanti.

Presidencia do Sr . Ministro LuisGallotti . Presentes, os Srs . MinistrosMoacyr Amaral Santos , ThemistoclesCavalcanti , Raphael de Barros Mon-teiro, Adaucto Cardoso , Djaci Felcio,Eloy da Roche , Aliomar Baleeiro, Os-waldo Trigueiro , Adalicio Nogueira,Evandro Lins , Hermes Lima, VictorNunes a Gongelves de Oliveira. Li-cenciado, o Sr. Ministro Lafayette deAndrade.

Brasilia, 14 de fevereiro de 1968. -Alvaro Ferreira dos Santos, Vice-Dire-tor-Geral.

602 R.T.J. 45

RECURSO BE MANDADO BE SEGURANA N.° 18.002 - Sp

(Terceira Turma) 67yl . Y32Relator: 0 Sr. Ministro Hermes Lima. Aced. ®9 7-WRecorrente : Maria Flora dos Santos Marinho. Recorrida : Fazenda do Es-

tado de Sao Paulo.

Professdra primhria . E Ifoito writer , pare as efeitos do apo-sentadoria a disponibilidade, o tempo de servigo prestado em cots-belecimento particular registrado no Departamento de Educagio a,portanto, sob fiscalizagio . Recurso conhocido a provido.

AC6RDAO

Vistos a relatados Estes autos, scor-dem as Ministros do Supremo Tribu-nal Federal , em Terceira Turma, porunanimidade de votos, no conformida-de da are do julgamento e des no-tas taquigrificas , der provimento sorecurso.

Bras Its, 5 de abril de 1968.Gongalves do Oliveira, PresidenteHermes Lima, Relator.

RELAT6RIO

0 Sr. Ministro Hermes Lima: -Sr. Presidents, a recorrente ezerceuas fung6es de professora primildo emuma escola particular , de 25.2.26 a24.9.46 . Ease escola estava registra-da no Departamento de Educagio,era, portanto , escola prim6ria fiecali-zada . Requereu a averbagio do tem-po liquido de servigo prestado parefins de aposentadoria e disponibili-dade. Indeferido o requerimento, re-quereu seguranga , qua to, concedidapelo Tribunal de Justice de SinPaulo.

O ac6rdio recorrido din:

"Pleitear pure a simplesmente a con-tagem de tempo nio significa ezer-cfcio de um direito subjetivo.

Mas, se se entendesse o contr6rio, oescrito apresentado nao bastaria pareo fim colfmado. 0 documento do f. 8se ressente dos termos em qua foielaborado. O seu subscritor steam emface de livros a de "outros elementosencontrados" nao denunciados peloatestente".

Alega , entiio, qua nao s6 o Tribunalpaulista, mas tamb6m o Supremo Tri-bunal Federal j6 se man : festaratn so-bre o assunto, a aponta dois acdrdiosdeem Corte, RE 57.770 a 57. 370, Se-gundo on quoin nao 6 inconstitucionala lei qua manda computer pare onefeitos de disponibilidade a aposenta-doria o tempo de servigo prestado aestabolecimento de ensino particular,reconhecido on subvencionado polo Po-der Piblico (L. 6.898, de 4.9.62).

0 parecer de Procuradoria -Geral doEstado 6 a favor de recorrente ( f. 53),e tamb6m opine a douta Procuradoria-Gorel do Repfiblice polo conhecintentodo recurao a provimento do memo.

E o relat6rio.

VOTO

0 Sr. Ministro Herman Lima (Re-lator): - Sr. Pres 'dente, conhego do

recurso a the dou provimento.

A lei fizave as condigbes determinan-tea de vantagens . A recorrente preen-chia sense condig6es . No RE 57.370,de quo foi relator o emineote MinistroEvandro Lins , acentuou-se quo a Cons-tituigio do 1946 nao condicionava otempo de servigo pare efeito de dispo-nibilidade a sposentadoria a quo a

, preamgio d"ease servico fosse em repar-tigio pfiblica . 0 mesmo acontece corna Constituigio de 1967 , quo, no 9 1.°

do art . 101, repete o art. 192, doConstituigio passada . Entendo, pole,que a recorrente pode contar , pare onefeitos de aposentadoria a disponibili-dade, o tempo de servico prestado am

R.T.J. 45 603

estabelecimento particular, registradono Departamento de Educagio e, por-tanto, sob fiscalizagao.

0 Tribunal assim ji tern decidido,mandando contar tempo de aervigo nes-tas condig6es.

EXTRATO DA ATA

RMS 18 . 002 - SP - Rel., Mi-aistro Hermes Lima. Recta ., MariaFlora dos Santos Marinho (Adv., Jef-ferson do Andrade a Silva ). Recda.,

Fazenda do Estado de Sao Paulo

(Adv., Geraldo de Campos).

Decisio: Deu-se provimento. Ded-sio uninime.

Presidencia do Sr . Ministro Gongal.ves de Oliveira . Presentee A sessio MSrs. Ministros Thompson Flores, Eloyde Roche a Hermes Lima. Antonio,juatificadamente, 0 Sr. Mwistro Ama-ral Santos.

Brasilia, 5 do abril de 1968. - Al.berto Veronese Aguiar, Secretgrio.

RECURSO DE MANDADO DE SEGURAN'¢A N: 18. 075 - SP(Terceira Turma)

Relator: 0 Sr . Ministro Hermes Lima. gees'. !96.6?Recorrentes : Jurandir Teixeira do Oliveira a outros . Recorrente: Uniio

Federal.

Servidor piblico. Desvio de fangdo. Requisites . 0 vencimen-to e o do cargo em quo o funciondrio said efetiyamente inveatido.Recurso desprovido.

ACORDAO

Vistoa a relatados Sates autos, acor-dam os Ministros do Supremo Tribu-nal Federal, em Terceira Turma, porunanimidade de votos, na conformida-de de ata do julgamento a des notestaqu.grificas, negar provimento so ro-turso.

Brasilia, 5 de abril de 1968. -Gongalves do Oliveira, Presidents -Hermes Lima, Relator.

RELATORIO

O Sr. Ministro Hermes Lima: -Serviri de relat6rio o parecer do dou.to Procuradoria (f. 91):

"Pleiteiam os recorrentes , funcioni-rios em "expectativa de readeptagio",segundo alegam, Ihes seja asseguradoo direito A percepgio dos vencimentosdos cargos em quo julgam devam setreadaptados , antes mesmo do concre-tizada a readaptagio.

Sam ratio os recorrentes. A ree-daptagio a6 produz efeito ez nunc con-

seams o estabelece, taxativaments, 0art. 46 do L. 3.780-60.

Ademais, o pretenso direito A ree-daptagio no qual se fundamenta t6daa argumentagio dos recorrentes nioresultou comprovado, devidamente, noprocesao. 0 exame doe elementos dofato e a anilise dos atribuigoes ezer-cidas pelos recorrentes nio cabem, poroutro lado , no Ambito do mandado doseguranga.

O ac6rdio recorrido, so contririo doqua alegam os impetrantes , colocou-seem harmonia corn a jurisprudencia doColorado Supremo Tribunal Federal:

"Ain do classificagio de servidores,qua envolve apreciagio de nunterososelementos de fato, pare confronto dosituegio de uns a outros, nio pods seratacado por via do mandado de segu-range" (RMS 8.286 - Relator o Ex-celentissimo Sr. Ministro Victor Nu-nes Leal, in D.J. de 27. 11.61, p. 428,apenao).

Diante do exposto a roportando-nos,ainda, aos pronunciamentos do douts

604 R .T.J. 45

1 .8 Subprocuradoria-Geral da Rep6-blica, esperamos o no provimento dorecurso.

Brasilia, 23 de novembro de 1967.- A. G. Valim Teixeira, Procuradordo Republica , Aprovado: Oscar Cor-rea Pins, Procurador-Geral da Repu-blica , substituto."

3k o relaterio.

VOTO

0 Sr. Ministro Hermes Lima (Re-lator): - Nego provimento so recur-so. Os impetrantes qua se acham em

expectativa de readeptagio pretendiamperceber a diferenga entre os venci-

mentos dos cargos de que sao titularese as daqueles cujas atribuig5es alegamexercer de fato . Mas as vencimentossilo as do cargo em que o funcionerioso ache legalmente investido. 0 de-

sempenho de fato do outras atribui-

g6es depends do preenchimento de re-

quisitos que, no ambito do Adminis-trag"ao, se efetuam.

A dificil em mandado de segurancaantecipar-sea Administra$ao pares dizerque tale requisitos foram on nao pre•enchidos.

EXTRATO DA ATA

RMS 18.075 - SP - Rel., Mi-nistro Hermes Lima. Rectes ., Juran-dir Teixeira de Oliveira a outros(Adv., Jose Ramos do Freitas).Reeds., Uniso Federal.

Decisao: Negou -se provimento. Una-nime.

Presidencia do Sr. Ministro Gon-calves de Oliveira . Presentes a sessaoas Srs . Ministros Thompson Flores,Eloy do Roche a Hermes Lima. Au-sente, justificadamente, o Sr. Minis-tro Amaral Santos.

Brasilia , 5 do abril do 1968.Alberto Veronese Aguiar, Secreterio.

RECURSO DE MANDADO DP. SEGURAN QA N- 18 . 139 - SC(Terceira Turma) Q

Relator: 0 Sr . Ministro Gon4alves do Oliveira . 7 tKF / '2' `p' s+

Recorrentes : Patricia Joao , Alcebiades Jose Gabriel a Francisco do Souza.Recorrido : Instituto National de Previdencia Social.

Aposentadoria . Servidores de Instituto de Previd9ncia apo-sentados ha mais cinco anos. Aposentagao definitive . Semula 217.

Entendimento do Supremo Tribunal Federal no RMS 18.138. Au-

rflio concedido antes da Lei do Previde'ncia . Recurso provido.

AC6RDAo

Vistos, etc.

Acorda a Terceira Turma do Supre-mo Tribunal Federal, por decisao una-nime, dar provimento an recurso, emfavor de Alcebiades Jose Gabriel epor malaria de votos em rela4ao a Pa-tricio Joao a Francisco de Souza, doac8rdo com as notes taquigreficas.

Custas na forma do lei.

Brasilia, 24 do novembro de 1967.- Gongelves de Oliveira, Preaidente e

Relator.

RELATORIO

O St. Ministro Gongalves de Oli-veira: - 0 recurso a interposto porsegurados do Instituto de Previdencia,aposentados he mais de 5 anos a quepretendem se considere definitive essaaposenm9ao . 0 mandado foi dirigidocontra ate do Delegado do Institutoquo quer cassar a aposentadoria, etafaco de exams medico.O acerdao recorrido tem osta

ementa:

"Provada a recuperagio da capaci-dade laborativa do segurado em gozo

R.T.J. 45

de aposentadoria-invalidez be mais docinch anos, pods a Instituir,-ao segd-

radora cancelar the o beneficio naoconcedido em car6ter definitivo."

A Procuradoria-Geral opinou (f8-Ihas 64.65) .

R o relat6rio.

VOTO

O Sr. Ministro Gongalves do Oli-veira (Relator): - Do ac6rdo corn aSitmula 217 , dou provimento. Naopode vingar o sistema de "alto gem

• emprego" preconizado polo Institutode Previdencia criado pare amparo sotrabalhador a sues pobres families(R.T.J. 33/ 11 - RMS 16.626).

Os dispositivos do Lei Org6nica ain-da nao foram regulamentedos , no sen-tido do emperor efetivamente os segu-rados . E, enquanto no vem a regula-mentageo , a Sdmula a de ser mantidn.

A o men voto.

ADITAMENTO AO VOTO

0 Sr. Ministro Gongalves do Oli-veira ( Relator): - Fiz uma aneliseda Lei de previdencia Social a estalei nao ampara as completes o traba-Ihador, em casoa como sate.

Imaginem os eminentes colegas quaunt individuo tenha sido tuberculosoon ainda molestia mais grave a repe-lente a tenha-se curado posteriormen-te. Por acaso conseguire ale empregoout alguma empresa ? Entao, ale, quaeste em g6zo de uma aposentadoria,corn certas ventagens , passe a rece-bar operas 20% dessa aposentadoria epods ser despedido on nao conseguiremprego a Pica gem indenizagao ne-nhums.

De maneira qua a jurisprudencia doSupremo Tribunal Federal se ternorientado no sentido de defender efe-tivamente os empregados , os opererios,em casos como este, nao obstante osdispositivos posteriores, em qua, porprovocageo dos Institutos , tiraram dosi uma cargo, exclusivemente dales,pare ampararem as empregados. Soncontra o regime de "alto soon emprego".

605

Corn estas consideragiies, dou provi-mento an recurso.

VISTA

0 Sr. Ministro Eloy do Roche:Sr. Presidents, pego vista dos autos.

DECISAO

RMS 18 . 139 - SC - Rel., Mi-nistro Gongalves do Oliveira . Rectos.,Patricio Joao a outros ( Adv., Vences-lau Milton). Recdo., Instituto Na-tional do Previdencia Social (Adv.,Joaquim M . Filho).

Decisao: Depois do voto do relatordando provimento , pediu vista o Mi-nistro Eloy do Roche . Falco, polorecorrido, o Dr. Roy Rossas Nasci-mento.

Presidencia do Sr . Ministro Gongal-ves de Oliveira . Tomaram parte nojulgamento os Srs , Ministros Eloy doRoche a Prado Kelly . Licenciado, oSr. Ministro Hermes Lima.

Secretaria do Terceira Turma, em22 do setembro de 1967. - Jose Ama-ral, Secretirio.

VOTO

O Sr. Ministro Eloy da Roche: -Em atengao so entendimento assentadopolo Supremo Tribunal Federal, emreuniao pleneria , no RMS 18.138, ecorn ressalva do ponto de vista quoentao manifestei, acompanho , em par-to, o vote do eminente Ministro Re-lator, pare dar provimento an recur-so, quarto a Alcebiades Jose Gabriel.Nego provimento , em relagao a Pa-tricio Joao a Francisco de Souza, cujasaposentadorias foram concedidas de-pois do L . 3.807 , de 26 . 8.60. A fa-vor dos riltimos recorrentes , exists acircunstancia , qua, pare a solugao dorecurso , nao considero valiosa, do quao auxilio-doenga f6ra deferido anterior-mente a L. 3.807.

O Sr. Ministro Gongalves de Oli,veira (Relator): - Mantenho o menvoto, porque o auxilio -doenga foi con-

cedido antes do Lei de Previdencia.

606 R .T.J. 45

EXTRATO DA ATA

RMS 18.139 - SC - Rel., Ministro Gonsalves de Oliveira. Recta,Patricio Joao a outros (Adv., Vences-Iau Milton). Rgcdo., Instituto No.cional de Previdencia Social (Adv.,Joaquim M. Arafijo Filho).

Deciseo: Provido o recurso, sendo

qua as Ministros Eloy do Roche e

Amaral Santos negavam provimentsquanto a Patricia Joao a Francisco doSouza.

Presidencia do Sr . Ministro Gonsal-ves de Oliveira. Presentee as Srs. Mi-nistros Hermes Lime, Prado Kelly,Cloy de Roche a Amaral Santos.

Brasilia, 24 de novembro de 1967.- Jose Amaral, Secrethrio.

RECURSO DR HANDADO DS SEGURANGA N' 18.281 - GB(Printeira 1'urnla - Wab•-ria wusLitucional)

Relator: 0 Sr. Ministro Djaci Falcio.(5m, 93'

,mud. 1.2- 6.Recorrente : C. Holschers Shipping Co. Recorrido: Banco Central do Brasil.

0 Conse/ho do SUMOC constituia drgao corn poddros parsorient" a politics de c6mbio . Guardava cornpete"ncia pars baizea Instrugao n.° 202, de 20.10.60.

Inocorrencia do ceroeamento a tiberdade do profissio, benassim qua(quer forma do abuso do poder econ6r ico (arts. 114,§ 14, a 148, do Carta Politico do 1946).

ACORDAO

Vistos, relatados a discutidos estesautos . acordam os Ministros do P•i-meira Turma do Supremo TribunalFederal, no conformidade do to dojulgamento a das notes taquig76ficas,por unanimidade de soma, neger pro-vimento so recurso.

Brasilia . 29 de abril de 1968. -Lafayette do Andrade , Presidents, -Disci Faloeio, Relator.

RELAT6RIO

0 Sr. Ministro Djac) Falc3o: -

C. Holschers Shipping Co. requereumandado de seguran£a contra em doConselho do Superintendencia do Moe-de a do Cr6dito , consubstanciedo nafnstrugao n.° 202, publicada a ......20.10 . 60, a fim de qua ]he seja asse-gurado o direito de efetuar, em seasnovios. o transports de produtos deexportacao brasileira , Para os EstadosUnidos a Canad6.

Sustente qua a Instrucao m D 202,qua tomou exclusive das empr6sas de

navegafao f'liadas a Confer6ncia deFretes Brasil-Estados Unidos-Canad6, aexportasao pain asses poises 6 ilegal,pois o organ qua a ditou ( SUMOC)non guardava compet6ncia pars fez6-Io, dodo tratar-se de assunto do corn-pet6ncia do Com issao de Marinha Mer-cante . A16m disso , choca-se corn osarts . 141, § 14, a 148 , do C.F. do1946.

0 writ foi concedido no juizo doorigem . arrimado eat acordao do Tri-bunal Federal de Recursos , quo co-lheu o argumento de incompetencia daSUMOC pare estabelecer privil6gio aexciusividade no tocante so transportsde mercadorias Para o exterior (f6-Ihas 64-66 ). No entanto , em grau dorecurso, a sentence foi cassada parac6rdeo de Terceira Tura do eg.Tribunal Federal de Recursos, de la-vra do ilustre Ministro M6rcio Ri-beiro, a quo seta swim langado:

"Nao se caracteriza , a meu ver, aalegada ilegalidade qu a inconstitucio-nalidade do eto.

R.T.J. 45

A SUMOC tinha - como o atualConselho Monetario National tern -a alts finalidade do formular a poli-tics de muscle a do credito, objetivan-do o progresso economico a social doPais.

As operag6es de cambio - materiade competincia daquele - estio indis-soluvelmente ligadas a exportafiio a aimportacio de mercadorias a respecti-vos fret" e, portanto, so problems dotransports.

O Sr. Ministro do Fazenda, mrnoPresidents do Conselho do SUMOC,asa.m justifica o ato:

"Pela experiincia acumulada no tre-to dierio dos problemas do intercam-bio comercial corn o Exterior, o Go-virno verificou qua os navios carguei-ros avulsos qua, vex par outra, scannenhuma previsio Cu regularidadeaportam sos contras do exportagio,trazem main immnvenientes qua bene-ficios so esmamento do produgio. Ofe-recendo eventual , maa aleat6ria a irro-gular, capacidade do carga, tumultuaraa expedicao de bens e o mercado defret", diminuindo as possibilidadea destransportadoras normais a ofetivas,qua, pare enfrenterem was reducio,view-se compelidas a elevar sus ta-bela de fret" ou retirarem navios deslinhas permanentes , corn final prejui-sr do comercio exportador a da eco-nomia national . Em contraposicio, oservico regular, antecipadAmente pro-gramado a pontualmente mmprido, in-funde estabilidade A oferta a procurede praca nos navios , permitindo Ascompenhias de navegagio urn regimedo pregos mail baixos pare o transpor-ts. Remnhecida essa situacio, a cornfundamento na legislacio em vigor(C. F., art. 146; L. 2.145, do29.12. 53, art. 2.0; L. 1.807, de7.1.53, art. 1.°, letra a, D. 42.820,de 16 .12.57, art. 43, !3 I P; a DI.7.293, do 2.2 . 45, arts . 3P, letre h, a6.0). a Superintendencia de Moeda edo Credito (SUMOC) expediu a Ins-trucao n.° 202 , de 20 .10.60, cujositems I e V assim determinam: "I -Os produtos de exportacao brasileiradestinados aos Estados Unidos do

607

America on Canada serio tranaporte-dos, corn exclusividade , pales empri-sea de navegagio filiadas a "Conferen-cia de Fretes Brasil-Estados Umdos-Canade; V - A emissio de guias deembarque pela Fiscaliwg5o Bacteriado Banco do Brasil S .A. dependeri,alem dos demais exiginc:as em vigor,do observancia do disposto nesta Ins.trucio."

A necessidade de intervencio emsetor necesserio so controls do comer-cio de exportagio lava it conclusio,alias, do quo o Conselho, sob a presi-dencia de um Ministro do Estado,exerceu a fungio regulamentar ou nor-mative mmo urns decorrencia das al-tos atribuig6es qua the foram confia-das por lei a coma 6rgao ternim quorepresents, efetivamente, a vontade doGovarno ( f. 91).

A iste nio se poderia recusar o po-der de regulamentar, mmo melhor theaprouvesse , a exportagio de mercado-rias, o frets a o transpo i te marituno.

Por outro lado, podendo qualquerempress de navegacio ingressar, porsimples adesio, no "Conferancia deFretes", an impossivel ocorrer, no ea-pecie, a vulneragio dos preceitos doart. 141, § 14, on do art. 148 doConstituigio de 1946.

A nova condigio imposts poderia serpreenchida por qualquer interesseda e,portanto , nio a contra a liberdade doprofissio, nem imports em abuso dopoder emnomico.

Este Tome, no AgMS 23 . 416, de-cidiu quo, no expedigio de Instrugion.° 202, a SUMOC as mantivera den-tro de sues atribuic&es a nos exatoslimites de sua competancia.

Acresce, no esp6cie, quo a impetran-to C. Holschers Shipping Co.. dizen-do-se representeda par TransportesMaritimos Cacique Ltde., nio juntouaos autos o instrumento dessa repre-sentagio.

Dou, pois, provimento aos recursos

- pare cassar a segurangs " ( folhas

90-92).

A impetrante manifestou , em tempohebil, recurso ordinerio, pleiteando areforms, do ac6rdio e a concessio doseguranca, nos tarrnos as decisio do

608 R.T.J. 45

primeira instencia (f. 98.100) 0 re-

curso foi proceseado com reguisridade

(f. 163-167 a 110-112 ). A sou turno,

a Procuradoria do Rep6blica opinou

polo improvimento (f. 117).

VOTO

O Sr. Ministro Djaci Fa/ceo (Re-lator): - A Superintendencia deMoods a do Credito (SUMOC) ex-pediu a Instrugeo n? 202, do 20.10.60,estabelecendo nos itens I 0 V:

"I - Os produtos do exportagaobrasileira, destinados sea Estados Uni-dos de America on Canada serio trans-portados , com exclusividade, pelas em-pr6sas de navegageo filiadas a "Con.ferencia do Fretes Brasil -Estados Uni-dos-Canada";

V - a emissio de guias de amber.qua polo Fiscalizagio BancIria doBanco do Brasil S.A. dependera,alem dos demais exigencias em vigor,da observencia do disposto note Ins-trugeo".

0 Conselho do SUMOC, sob a Pre-sidencia do Ministro de Fazenda, era6rgio do Poder Executivo, com pode-res pare orienter a regulamentar a po-litica de cembio, baixando as neceasa-rias instrugbes , subordinadas a lei, fi-cando a sou juizo a oportunidada a con-veniencia . Para 18so estatuiu o Dl.7.293, de 2.2.45:

"Art. 1.° > cridda, diretasnente su-bordinada so Ministerio do Fazonda, aSuperintendencia do Moods a do Cre-dito, com o objetivo imediato de exer-car o controls do mercado monetario....................................

Art. 3.o Enquanto nao f6r converti.do em lei o projeto de criagao doBanco Control, a Suparintendencia doMoeda a do CrOdito incumbe as se-guintes atribuig5es:...................................

h) orientar a politics de cembio e

operag6es bancarias em geral."

Assim, so discipliner as condig6espare embarque de mercadoria para asEstados Unidos a Canada, agiu dentrodos limites do ens competencia , eis quo

as assuntos atinentes a ezportagao eimportagao de mercadorias , fetes etransportes respectivos , tern, in case,pertinencia com a politico cambial,Por law, nio maraca agasalho o argu-mento do imcompetencia do SUMOC,pare baixar a malsinada Instrugio 202.

Alega a suplicante qua ela afeta 0art. 141 , § 14, do Carta Politics do1946. Mas, sem razio . 0 principio dolivre exercicio do qualquer profisseoprende-se, em sentido estrito, too-sd-mente, a liberdade individual de pro-fisseo, a niio a liberdade do comercio,do indistria, etc.

Mesmo emprestando -1he o mais largosentido , 6 de se tamer em considers-goo qua a liberdade do profisseo naoe absolute, ficando sujeita a pressu-postas its capacidade , reclamados Palointeresse p6blico. Dat, afirmar a an-toridade informants: -

"Ora, a Instru5ao n.0 202, precise-mente, estabelece noun condig5o Peruo transports maritimo para a Americado Norte: a de qua o transportadorcumpra alguns requisitos , como regula-ridade de viagens, estabilidade de fre-tea, etc ..., integrados num instrumen-to on instituto denominado "Conferen-cis de Fretes" . E comp esclarecidoanteriormente , esse instituto, essa"Conferencia" esta aberta a t8da equalquer empress do navegagio, in-clusive a impetrante, sera outro onusqua a de, cumprir as condigoes ali es-tabelecidas polo Governo Federal" (f6-lha 54).

Inocorre, pois , a acoimada ofensa

a liberdade de profisseo.

For ultimo, nao diviso forms doabuso do poder econ6mico , resultantsdo agrupamento de emPresas com afinalidade de dominar as mercados ns-cionais , eliminando a concorrencia eaumentando erbitrariamento as lucros(art. 148 do Constituigiio de 1946).A ergiiigao do impetrante responds eautoridade informants:

"A "Conferencia de Fretes" a cria-gio do pr6prio Governo Federal, a naovisa dominar mercados , eliminar con-correncia on aumentar lucros do nin-

R.T.J. 45

guem, ma., been so contra$rio, disci-plinar as transports. pare reduzir oseu Gusto . Nio bueca dominar merca-dos, ones policie- los; nio busca elimi-nor a concorrencia , mas qua esta asprocesse sin igualdade do condigbesbesicas , pare todos os interessados, evi-tando a concorrencia desleal on desi-goal; e neo visa aumentar lucros denenhuma empress , runs, opostamente,diminuir a estabilizar no fret" marf-timos , no superior interesse do econo-mic nacional.

Voltamos a eaclarecer : a "Conferen-

cia do Freres" seta aborts a t6da equalquer empress de navegageo quo

dole queira participar; e parelelamen-te, a intervengio do Uniio Federalno domino econilmico , em defesa -lo

interesse coletivo, este prevista as

Constituigio Federal (art. 146)(f. 54-55).

A mataria , por exigir maior dilagioprobatdia, fogs, inclusive , i suma-riedade do mandado de segurenga.

609

Estes consideragoes levam-me a ne-gar provimento so rcurso.

EXTRATO DA ATA

RMS 18 . 281 - GB - Rel., Mi-nistro Djaci Faleio . Recta ., C. Hols-chers Shipping Co. (Adv., SergioGonzaga Dutra ). Recdo ., Banco Cen-tral do Brasil (Adv., Mario Dorval.lea Castello Branco) .

Decisio: Negaram provimento emdecisio unanime . Falou polo recorridoo Doutor Mario Dornelles CastelloBranco.

Prosidencia do Sr . Ministro La-fayette de Andrade . Presentee a ses-sao as Srs. Ministros Victor Nunes,Osvaldo Trigueiro , Djaci Falcao, Ra-phael de Berros Monteiro e a DoutorOscar Correia Pins Prccurador-Geralde Republica, substituto.

Brasilia , 29 do abril de 1968. -Alberto Veronese Aguiar, Secretirio.

RECURSO DE MANDADO DE SEGURAN ¢A R- 18 . 360 - SP(Segunda Turma )

t^Y,l. 73.Ci ^

Relator: 0 Sr. Ministro Evandro Lins a Silva . Act/. qg 0

Recorrente : Lokarbras Locagio de Veiculos Ltda. Recorrida : Fazenda do

Estado.

Imptsto de Circulagio do Mercadoria. Empre"sa locadora doautomdveis qua, Segundo o contrato social, tambem as dedica acompra a venda de veiculos rnotorizados. Nis se tratando de van-do esporadica, a inaplicivel so caso a jurisprudencia firmada sabrea mataria em t6mo do Imp6sto de pandas e Consignagoes. Ill-

quidez a incerteza do direito pleitaado. Recurso de mandado desegurenga neo provide.

AC6RDAO

Vistos, relatados a discutidos, as

autos acima identificados , ecordam osMinistros em Segundo Toms, no con-formidade do ate do julgamento e dosnotes taquigrificas , por unanim - dade devotos, negar provimento so recurso.

Brasilia, 22 de abril de 1968. -

Evandro Lins e Silva, Presidents a Re-

lator.

RELAT6RIO

0 Sr. Ministro Evandro Lin.: -0 mandado de seguranga foi requeridopare isentar a impetrante do pagamen-to do imp6sto de circulagio de merca-dories sabre venda de veiculos qua in-tegram o sea ativo imobilizado. sob aalegagio de qua tais veiculos nio sodestinama venda mas a locagio, sendoalienados apenes pare renovagio dofrota.

610 R.T.J. 45

A sentenga do primeira instbncia jul-gou a impetrante carecedora do agao,mas o Tribunal de Justiga negou owrit dizendo:

"Neo hi dwvida ser pacifico nadoutrina a no jurisprudencia qua oimp6sto ,fibre vendas a consignagoes,qua se assentava nos mesmos pressu-postos do impSsto de circulagio demercadories, embora nests ultimoatuando o tributo em as"mbito muitomais amplo , nee era devido nos ven-das esporidicas de coisas ou veiculosusados , de firma comercial qua se de-dicasse a outro ramo do atividede.

Isso, coma se vi de initial, a compoath repetido no agravo, a materia in-controversa.

Mss a verdade a qua, ate a senten-ge, nao provou a impetrante quaas vendas de seus veiculos f6ssem es-poridicas, nao provando ainda, o quaseria principal , tratar-se de firma ousociedade qua se dedicasse ezclusive-mente a outro canto de atividade, quanao o de vendas de veiculos.E assim, por faith de tal prove, on

saja por ausincia de demonstragio doalegado direito liquido a certo, a se-

guranga devia ser denegada , porque do

carencia evidentemente nao as tratava.Aliis, a juntando corn a sou agravo

o cantrato social de f. 4649, veto apr6pria recorrente demonstrar , a final,an inaplicavel a especie t6da aquelajurisprudencia tao reiteradamente cites,do, evidenciando ainda a inezistenciado qualquer direito liquido a certo aser resguardado , razao pela qual a se-guranga nao podia mesmo set conce-dida.

E qua, como as ve do item 3, letraa, do referido contrato social, um dosobjetos da sociedade , o primeiro ate,e a compra a Venda de tOda a qual-quer especia de veiculos motorizados(f. 46).

Assim , impossfvel afirmar-se nao serdo atividede do impetrante o comerciode venda de veiculos . Consegiiente-mente , as vendas em questeo nao pa-dem ser consideradas como transagiiasalheias so seu ramo de neg6cio, dis-pensando tal prove , como observe aagravada na sua contra-minute so re-

curso, quaisquer outros comentirios aprop6sito do assunto , quo versa ,fibrediversas a reiteradas vendas do auto-mdveis usados.

Dal, son some , o improvimento dorecurso, retificada a conclusio da sea-tenga, como inicialmente exposto" (f6-lhas 66-67).

Foi interposto recurso ordinirio des-so decisao, austentando -se, em sintese.qua a recorrente a more locadora doveiculos e . assim sendo, os veiculospor ela utilizados integrem o son ativo.fizo on imobilizado . Sustentam as ra-c6es quo a recorrente nao a comercian-te a non os veiculos por ale utilizadozsao mercadories.

0 recurso foi contra.arrazoado paleProcuradoria Fiscal do Estado e adouta Procuradoria-Geral de Repiblicaemitiu parecer pelo nio provimento dorecurso (f. 87-88).

E o relat6rio.

VOTO

0 Sr. Ministro Evandro Lins (Re-lator): - Nio hs liquidez a cartonsno direito do recorrente , pois, comoassinala o ac6rdao, encontra-se prov -do, polo contrato social, quo ale a co-merciante de veiculos motorizados emgeral.

A Procuradoria Fiscal do Estado p6sem destaque qua a recorrente, segundoas documentos de f. 11-15, vende vei-culos corn poucos mesas ou dias douso, numa inequfvoca demonstragao docomercio reiterado de voiculos.

A jurisprudencia invocada refers-se

a vende esporidica do veiculos usa-dos do firmas . comerciais on industriais

dedicades a outros ramo s de atividede.

Alem disco, as ac6rdaos citados de-cidiram out t6mo do ImpOst0 de Van-ties a Consignag6es a nao do Impostode Circulagio de Mercadorias , qua temcampo de incidencia mais amplo.

Decidir as a recorrente aluga ape-vas autom6veis ou as tambem as da-dica a vende desse veiculos. sobretudequando sate faro a afirmado por ele-mentos constantes dos autos, envolveinateria de site indagagio , qua nao

R.T.J. 45

pods ser solvida atravgs do mandadodo seguranga.

Nego provimento so recurso.

EXTRATO DA ATA

RMS 18 .360 - SP - Rel., Mi-nistro Evandro Lins. Recta ., Loiter.bris Locagio de Veiculos Ltda. (Adv.,J. E. Monteiro do Barros ). Rccda.,Fazenda do Estado (Adv., Cvrios deAlvarenga Bernardes).

611

Decisio: Negou-se provimento, ung-Ornamente.

Presidencia do Sr. Ministro Even-dro Lins a Silva . Presentee a aessious Srs . Ministros Adalicio Nogueira,Aliomar Baleeiro, Themistocles Caval-canti e o Dr . Oscar Correia Pine, Pro-curador-Geral do Rep(ablica, substitu-to. Ausente, justificadamente, o Se-nbor Ministro Adaucto Cardoso.

Brasilia, 22 do abril do 1968. -Guy Milton Lang, Secretfno.

AGRAVO DE INSTRUMENTO N- 41.927 - SPLSegcnda Turma) 9,-n

Relator: 0 Sr. Ministro Adalicio Nogueira. ewe. 222.68Agravante : Fazenda do Estado . Agravados : Cooperative Agricola de Cotia

a outra.

Apds o advento de E.G. 18, o imposto de exportaggo 6 docompetencia exclusive do Uniiio . Nio a dodo so Estado cobrar tri-buto ad valorem s6bre expedipio de gala do exportaggo, pane doincidir em bitributagio . Agravo de instrumento, a qua $e negouprovimento.

ACORDAO

Vistos, relatados a discutidos gatesautos, acordam os Ministros do SegundaTurma do Supremo Tribunal Federal,em conformldede core a eta de julga-mentos a notes taquigraficas, negarprovimento no agravo , a undnimidedede votos.

Brasilia , 23 de abril de 1968. -Evandro Lins a Silva, Presidents -Adalfcio Nogueira,, Relator.

RELATORIO

0 Sr. Ministro Adalicio Nogueira:- A agravante inconfonnou-se com oo despacho de f. 4748, quelhe inde-firiu o recurso extraordinerio, inter-p6sto com base flea Tetras a e d da per-missio constitucional contida no CartaFederal vigente , porque o V. ac6rdiorecorrido, escudado no E.C. 18, quaoutorgou g Uriiio competencia exclu-sive pare a cobranga do imposto deexportagio , impediu qua os Estados,sob color do qua tributevem etoe de

sun economia, se arrogassem a cobransado imposto ad valorem s6bre expedi&iode guias de exporta5io.

Em primeira a segunda insttncia,decidiu-se pals inconstitucionalidadedeste ultimo tributo.

A douta Procuradorie-Geral do Re-

publica opinou pain desprovimento dorecurso (f. 57).

E o relat6rio.

VOTO

U Sr. Ministro Adalfcio Nogueira(Relator): - Nego provimento soagravo. 0 imp6sto de exportaFio si-tue-se no competencia exclusive daUniio, ex vi do disposto no art. 7.°,inc. II, de E.E . 18, de 1965 ( art. 22,inciso II, do Carta Constitucional vi-gente), incidindo no pecha do incons-titucionalidado o tribute ad valoremqua o Estado de Sao Paulo pretendsarrecadar s6bre expedisio de guias deexportar,io.

Arguments o v. despacho agravado:

612 R.T.J. 45

"0 ac6rdao invocado pare confronto6 anterior a entrade em vigor do re-gime tribut6rio instituido pale E.C.18 a al6m disso nao foi indicado orepert6rio de jurisprude"ncia qua o hajapublicado, como o exige a lei " (f6-Ilia 48).

Como professa oAliomer Baleefro:

inclito Miniatro

"no sistema do Constituicao, on 0imp6sto so enquadra num dos costs docompet6ncia exclusive do Uniao, Es-tados, Municipios , segundo a enume-rafao dos arts . 22 a 26 , on 6 imp6stodo compet6ncia federal exclusive. Des-torte, do ponto de vista juridico, naopoder6 haver bitributagao constitucio-nalmente v6lida" ( Uma Introducao aCi6ncia dos Finanyas , 4.a ed., p. 292).

Nao h6, pois, comp admitirae quoo Estado as inculque a cobranca dotributo seu, pelo memo fatO.

EXTRATO DA ATA

Ag 41 . 927 - SP - Rel., Minis-tro Adalicio Nogueira . Agte ., Fazendado Estado (Adv., Evangelista G. C.Marcondes ). Agdas., Cooperative Agri-cola de Cotia a outra (Adv., Faustovon Atzingen).

Decisao : Negou-se provimento, una-

nimemente.

Presidencia do Sr. Ministro Even-dro Lins a Silva. Presentee it sessaoas Srs. M.nistros Adalicio Nogueira,Aliomar Baleeiro, Adaucto Cardoso,Themistocles Cavalcanti e o Dr. Os-car Correia Pine, Procurador-Geral doRep6blica, substituto.

Brasilia , 23 de abril do 1968. -

Guy Milton Lang, Secret6rio.

AGRAVO DE INSTRUMENTO N.° 42.674 - MG

,Segunda Tuna)

Relator: 0 Sr. Ministra Adalicio Nogueira.

f ,7n . 7'o2O

LAiS'.Q2.5. 68Agraventes : Irmeos Auler Ltda. Agravados: Adyr Alves do Campos Mar-

tins a filhos.

Inezistdncia de violas5o a de negative de vig6ncia dos arti.

gos 960 a 1.092 do C. Civ., born comp de dissidio pretoriano. Apli.

cacao so caso do Dl. 58, de 1937, pot cuidar-se do im6vel loteado.

Agravo de instnanento a quo so negou provimento.

AC6RDAO

Vistoa, relatados a d:scutidos Astes

autos, acordam os Ministros do Se-gunda Torino do Supremo TribunalFederal, por unanimidade de votos,sager provimento so agravo.

Brasilia , 23 de abril de 1968. -Evandro Lins a Silva, Presidents. -

Adalicio Nogueira, Relator.

RELAT6RIO

0 Sr. Ministro Adalicio Nogueira:- 0 r. despacho de f. 2243 infor-ma-nos, corn fidelidade , dos termos docontrov6rsie:

"Contra o aciirdio de f . 72-74, pothaver decidido qua o contrato rescin-dendo , objeto do cause, se enquadrano regime do Dl. 58, de 1937, nao sesubordinando, portanto, eon preceitosdo C6digo Civil , a parts all venc:da,manifestou , tempestivamente, o pre-sente recurso extreordinirio , corn fun-damento no art. 101, III , letras a e d,do entao Constitui5ao Federal, no or-gumento de qua aquele aresto violoufrontalmente os arts . 960 a 1.092,par6g. vnico , do C. Civ. , discrepandoabode do jur:sprudencia do SupremoTribunal a do Tribunal de Justiga deSao Paulo.

R.T.J. 45

No triduo legal, a recorrida for-mulou a expressive impugnacio do fu-lhas 92 -93, mostrando qua, in specie,o ac6rdio acima mencionado nao on-contra suporte em nenhum dos per-missivos constitucionais invocados pela

recorrente.

Cora efeito, ali nao se vulneramaqueles dispositivos do C. Civ., masapenes as entendeu quo, in cusu, ce-bis a aplicacao do D1. 58.

Consequentemente , o aresto recorri-do nao aplicou this disposic6es doC. Civ., por nao term adequacio aespecie, como facilmente so infero.

Seu procodimento nio envolve erromanifesto de direito, mas, so contrirlo,encontra sentido no citado decreto fe-deral qua discipline as vendas de im6-veis urbanos a rurais a preatac6es.

For outro lado, Para justificer adivergincia de julgados , o recorrenteapega-se a dais ac6rdaos, cujas emen-tas transcreve a f. 80 , expediente pordemais simplista, pois, "na interposi-cio do recurso extraordinerio , nao bas-te aoa recorrentee , coma decidiu aExcelsa Carte, indicarem arestos deoutros Tribunals on do Supremo Tri-bunal Federal, mas tambim deven fir-mar o ponto de diasidio jurispruden-cial, em face dos fuadamentos doac6rdio recorrido" (R.F. 141/189).

Allis, nesse sentido disp6e a S& mu-Is 291.

Impreativeis , por simples eme tas,aqu6les dois citados areatos, comaigualmente imprestivel e a certidio dointeiro toot do ac6rdio, exaredo quofoi por este pr6prio Tribunal do Mi-nas.

Afinal, as ementas deixam transpa-recer qua as respectivas decis5es naoBe relacionam com a especie em exams.

Em some, a notif :cacio pare cona-tituir o compromisserio -comprador emmore constitui inegivel acerto de de-cisio recorrida.Em face do exposto , inadmito o re-

cutso extraordinerio interposto."

E o relat6r2o.

VOTO

61,3

O Sr. Ministro Adalicio Noguetra(Relator): - Nego provimento soagravo . Nio hii infringencias e, muitomenos, recusa de vigiincia aos arti-gos 960 a 1 .092 do C. Civ., porqueso caso se splice o disposto no D1. 58,de 1937 , v:sto tratar-se do promessade venda de gleba loteada , comp beendemonstraram a sentence do primeirogran a o v . ac6rdio recorrido. Ve-sedos mesmos, been como do contrato def. 8, qua o objeto deate foi a pro-messa de venda de uma chicara situa-da no quadra 27 de "Chicaras Reu-nidas Frei Leopoldo" (Ac. de f6-1has 14-16).

For outro lado , inocorre divergen-cia do julgados, porque as apontadoscorno discrepantss d:zem respeito acompromisso de compra a venda deim6vel nio loteado , Para a rescisio dosquais nio Be fax mister a provid"enciado interpelacio o qua, no especie, naoBe verifice . V6-se, assim , quo as im-punha , na hip6tese sub judice, qua ocompromisseriocomprador f6sse cons-tituido em mora , canto , com acerto,deliberaram as decisdes impugnadas.

EXTRATO DA ATA

Ag 42 .674 - MG - Rel., Mi-

nistro Adalicio Nogueira . Agte., ]It-

mica Auler Ltde . (Adv., Gustavo de

Azevedo Branco). Agdos ., Adyr Alves

de Campos Martins a seus filbos

(Adv., Jose Chagas Harts).

Decisio: Negou-see provimento, uni-nimemente.

Presidencia do Sr . M:nistro Even-dro Lins a Silva . Presentee a sessioos Srs . Ministros Adalicio Nogueira,Aliomar Baleeiro, Adaucta Cardoso,Themistocles Cavalcanti e o Dr. Os-car Correia Pine , Procurador-Geral doRepfiblica, substituto.

Brasilia, 23 de abril de 1968. -Guy Milton Lang, Secretario.

614 R.T.J. 45.

RECURSO DE HABEAS CORPUS H.° 43.111 - SP

(Seguri a Turma) 9w° 7,-,f

Relator: 0 Sr. Ministro Adaucto Cardoso . C'/J7Gr/-r • 'v. .5'O

Recorrentes : Alberto Felipe Haddad, Luiz Felipe Haddad a Maurice AssadHaddad. Recorrido : Tribunal de Justiga de Sin Paulo.

Habeas corpus. Apropriagao indebita. Eristindo contrato decosssaeo, ainda qua aimulado, quo legitimava a propriedade quo seatribuiam or pacientes, a deciaracao de precariedade ou ilegitimidadeda poses a6 poderia ser kite no Juizo Civel. Concessio do ordem porfalls do juste cause.

ACORDAO

Vistos, etc.

Acorda a Segundo Torino do Su-premo Tribunal Federal, per decisiouninime, conceder a ordem, de ac6r-do corn as notes taquigrificas.

Custaa no forma do lei.

Brasilia, 6 de marco do 1968. -Evandro Lins a Silva, Presidents. -Adaucto Cardoso, Relator.

RELATORTO

0 Sr. Ministro Adaucto Cardoso:Aylthon Domingos Gongalves do Silvae Raul Roberto Soares de Melo, ad-vogados, impetraram habeas corpus emfavor de Alberto Felipe Haddad, LuizFelipe Haddad a Maurice Assad Had-dad, dados comp pacientes de ilegalconstrangimento per Mica do conde-nasao qua Ihes foi imposts polo Me-ritissimo Juiz de Direito do 21.a VaraCriminal de Sio Paulo . 0 primeiroteve 1 ano e 2 meses de reclusio emulta de dez cruzeiros novos; a or se-gundos, 1 ano e 1 mss de reclusio,alem de multa igual.

A acusacio contra ales feita foi ade terem se apossado de quotas de ca-Vital do sociedade pertencentes a umsell irmio falecido a qua €ste , poucosdies antes de morrer , teria simuladotransferir-lhes . A agio penal teve ori-gem em representacio do vivva a dosfilhos do morto, a cujo invent4rio nioteriam querido no pacientes lever asquotas de capital qua lhes teriam sido

confiadas, convertendo em nag6cio real,e a sou beneficio , uma transagio fin-gida.

A o relat6rio.

VOTO

0 St. Ministro Adaucto Cardoso(Relator): - A Bate o acbrdio recor-rido (f. 2346)-

"Em prol de Alberto Felipe Hed-dad, Luiz Felipe Haddad a MauriceAssad Haddad impetram os BachareisAylthon Domingoa GonFalves do Sil-va a Raul Roberto Soares do Melloordem de habeas corpus, corn o fitodo alivie-los da condena$io qua lhespeso, per apropriasio indebita, decor.rents do proceaso oriundo do 2" VaraCriminal . Ganhou o primeiro 1 anoe 2 moose de reclusio , corn multa doNCr$ 10,00, a oa demais 1 ano e 1 mssde reclusio, corn a mesma multa, paleinfra$io do art. 168 do C . Penal.Entendem or impetrantes , no entanto,quo o proceder imputadoaqueles nioconstitui crime . Jorge Felipe Haddad,irmio dos pacientes , dial antes de sermorto, no Rio de Janeiro , tranaferiu-lhes as quotas qua possuia , em socie-dads comercial , de qua todos partici-pavom . Mas, consoante consta do pageinitial, a transfere"ncia, por um moti-vo, on outro, nio representaria seniomorn subterfGgio , pare beneficiar-se asociedade . Simulada seria . No entan-to, corn o falecimento do irmiq osagraciados coat a cessio resolveram tor.nor real, em proveito pr6prio, uma

R.T.J. 45

coin qua seria , a principle, meramenteficticia . Dai o processo quo lhes foimovido, corn o- raultado scans. Aeats replicam os impetrantes, nestsfeito, dazendo qua, a ter ocorrido si-mulacao dolosa, do mama teria par-ticipado Clarice Lino Haddad. Soriaparticipants do etc. Nao , d"ele vitima.Porventura presents, nao vulneraria aeats. Sim, aos credores e o fisco. Allis,nao falecido o marido, nio havens lu-g" pare reclamo algum . E, a mu-lher, posts en sea lugar, nao sobrariaqualquer direito, assentado as ativida-de criminosa, dirigida contra temeiros.Acresce qua, assim nao fosse, depen-deria a agio penal, no especie, do re-presenteFaq face aos termos do arti-go 182 do C . Panel. Estatui o dispo-sativo: " ... abmente so procede me-diante repraentacio , as o crime pre-visto nests titulo a cometido em pre-juizo ... de irmio , legitimo on ilegiti-mo". 0 prejudicado , aqui, eerie o ir-mio, nio passando a vieva a os filhosde seus representames post mortem.E certo, apareceu a representagaq departe do Clarice Lins Haddad. Con-tudo, niuito aquem do prezo previstono art. 38 do C. Pr. Pen., je conhe-cedora a queixosa do transferencia debans, desde qua efetuada , dais andsant". Em some , por um motivo, onoutro, trancado dove ser o processomovido contra os pacientes , toman-do-se nenhuma a apenagao Thee splice.do. 0 Dr . Juiz de Diroito do 21.aVera Criminal aclareceu qua nao po-dia prestar informafoes, acerca docaso, encontrando-se o processo princi-pal, nests Tribunal , requisitado pareinatruoo de outro habeas corpus. De-pois de denegado - cuidava de me-teria prescricional - foram apensadosaos present" autos , oa do pedido an-terior, corn o acompanhamento do fei-to em cause . E o relatbrio . A acusa-Oso qua pass a6bre os pacientes, apole qual tiveram condenaFao , s6 indi-retamente onvolve a transferencia dequotas, da sociedade, de qua todos s6-cios. Fire-se em momenta posterior,quando as negeram a desfazer o ne-g6cio, qua no eerie real, tomando-otal, core locupletamento , a dano de vi6-

615

va a herdeiroa do do coins. Elsa aocorrencia , refledda do deu6ncia, quaa sentence reputou provade. Bern?Mal? Nio sere assunto a doslindar-seaqui, note ensejo, embora apensadosos autos principals . A discussio, aprop6sito , despontaria unilateral, amo indispensevel contradit6rio, nio am-do as mostras irretorquiveis , decisivasa dispense-lo. Nio se cuida, pois, deincriminar a simulada transferencia doquotas , qua atingiria o flaw a credo-res. Cogita-se de reprimir, no verdade,o comportamento subsequente de al-guns dos participes da simulagio, sotirarem dela proveito indevido, em be-neficio pr6prio . E, atingidos , corn sai-de semelhante, restavam a meeira aas sucasores do quern se impunha, emtempo, reatituidos a primitive posifao.On como se expressa a pegs initial:

slam do sonegar esclarecimen-toa devidos a deixarem a vibva Clari-ce Lins Haddad, por ai a por seus doisfilhos impeberes, no maior ignorenciado qua ocorria, protelando informag6esseguras a respeito, acabaram por trans-former equals posse preceria em defi-nitive, dando o documento como au-tentico a afirmando, os tres s6cios re-manescentes, qua haviam realmente ad-quirido as part" sociais do falecido,efetuado o pagamento devido, a quaasses quotas passaram a pertencer do-finitivamente aos demeis . Assim agin-do..." etc. Em sinteso, ease o quadrono qual se envolvem os acusados, dea-merecendo libereFio, como Be via, porvia dente procedimento sumerissimo.Nem hi do falar-se em torpeza des vi-times, conhecedora memo a mulherdo procedimento do marido. E sabido,mesmo exiatisse, a torpeza bilateral,nos crimes contra o patrim6nio, naoarreda a responsabilidade de uns, jun-tamento dos qua, dolosamente , buscama dano de outros, vantagens sub-repti-cia, enganadora . Par derredeiro, dodeixar claro arredar-se a alegada de-cad"encia, na hip6tese . Em primeiroluger, o crime nio foi cometido contrairmao . Nio mais existia , quando re-solveram os patient" a transforma-gao lh" inculcada . Nem por ser eveeap6sa, enquadre -se a vitima no qua-

616 R .T.J. 45

lidade de "irmio". Em direito penalsubstantivo , estrita sere a interpreta-gio. Ut verba sonnant . Sequer noporgio dos filhos , sobrinhos , transfor-mar-se-ia a natureza de dernanda, niocoabitando corn as agent" ( C. Pen.,art. 182, ns . II a III). Acresce quao fato delituoso nio se prenderia nun-ca a simulagio, no transferencia simu-lade des quotas . Teria origem, muitotempo ap6s, corn a intencio manifes-tada de apurar ganhos do transacio,corn prejuizo do cunhada a sobrinhosmenores . No habeas corpus, em ulti-ma anelise , nio as permitiria der des-fecho so assunto , sob todos Asses An-gulos, onde quest6es de fato, is cla-ras afloram a exame, paralelarnente aoutras, de direito . Ern recurso regu-lar, concluem , melhor tare solugio".

Voto pela conversed do julgamento

em diligincia pare juntada dos autos

do echo penal.

EXTRATO DA ATA

RHC 45 .111 - SP - Rel., Mi-nistro Adaucto Cardoso . Rectes., Al-berto Felipe Haddad, Luiz FelipeHaddad a Maurice Assad Haddad(Adv., Aylthon Domingos Gongalvesdo Silva). Recdo ., Tribunal de Jus-tica do Sio Paulo.

Decisio: Convertido o julgamentoern diligencia pare requisitar os autosoriginals . Decisio uninime.

Presidencia do Sr . Ministro Even-

dro Lins a Silva . Promotes as Senho-res Ministroa Adelicio Nogueira, Alio-mar Baleeiro, Adaucto Cardoso, The-mistocles Cavalcanti e o Dr. OscarCorreia Pine, Procurador-Geral deRepublica, substituto.

Brasilia , 13 de fevereiro de 1968.

- Guy Milton Lang, Secreterio.

RELATORIO

O Sr. Miniatro Adaucto Cardoso:Este habeas corpus estava apensado sode n.° 45 . 091 em favor dos mes-mos pacientes , ones o fundamento dfsteera a falta de justa cause pare o pro-cesso-crirno a qua respondem as pa-

cientes Alberto Felipe Haddad, LuisFelipe Haddad a Maurice Assad Had-dad. 0 outro foi denegado por estaeg. Turme a tinha como fundamentoa prescrigao do pena in concreto. Arequerimento do ilustre advogado, con-verteu-se o julgamento deste , qua or-guia a faith de juste cause, em dili-gencia, a fim de serem requiaitados asautos do Tribunal paulista.

Conforms relatei no assentada an-terior, trate-se de agio penal por apro-priagio indebita, qua teria consistidono retengio ilegitima do cotes de umasociedade oorneroial de responsabili-dads limitada , transferidas sos sbciossuperstites, simuladamente, polo s6ciopre-morto, Jorge Haddad . Este, pou-cos dies antes do her essassinado, noRio de Janeiro , teria simulado a trans-fer6ncia eos pacientes , urn dales souirmio e o outro primp, des cotas docapital qua tinha not sociedade. Aber-to o inventirio do a6cio morto , teriamas vivos se recusado a restituir as co-tae, iquele pertencentes . qua teriamlido objeto do simulagio.

He advogado promote a on reduzoa asses palavras a recapitulagio quame cumpre fazer do relat6rio anterior.

VOTO ,

0 Sr. Ministro Adaucto Cardoso(Relator): - Sr. Presidente, tudoaquilo quo o advogado , corn tanto bri-lho, desenvolveu no tribune a qua vemtambem exposto , de maneira magnifiesno memorial qua ontem recebi, estep6sto parents a Justica Paulista, emrecurso do apelagio.

A diligencia de requisicio dos autosoriginals surpreendeu o processo i ves-pare do julgamento da apelagio poloTribunal Paulista . Quardo se formu-lou equi o pedido de requisicio de"ssesautos, pars melhor instrugio do habeascorpus, nio so eaclareceu essa circuns-tancia , pare onion, extremarnente im-portents. E importante porque a ar-gumentacio oral corn qua agora sopleiteia Este habeas corpus, 6 de tallnatureza qua o Supremo Tribunal niotern o direito de supor qua ones C6rtedo Justica do categoria do Tribunal

R.T.J. 45

Paulista posse vir a desconheci-la. ADena quo as notes taquigrificas nioguardem mem6ria des vacilacies quacede um de n6s experiments quantoso deferimento on indeferimento da-quilo qua a oralmente requerido. AssimCu me justificaria, core a hesita$ioqua the em deferir a requisigio dosautos, daquilo qua ore me parece polomops urea descortesia qua o Supre-mo Tribunal Federal comete contra acompetencia normal do Tribunal deJustice de Sio Paulo. Considerada aquestio nos termos em qua ela as en-contra equacionada, o Supremo Tri-bunal Federal 6 ueado como um ins-trumento de subversio do ordem desinst"ancias . Carlo E porMm qua isso sodove a nossa sensibilidade em relacioone apelos em favor da liberdede.

O Sr. Ministro Aliomar Baleeiro:E e realidade do funcionarnento daJustice no pail, tambem.

O Sr. Ministro Adaucto Cardoso(Relator): - Em todo caso, nio po-deria deixar de anteceder men votodessas palavras qua, postal no ata, se-rio justificative para :,utros, que do-veto julgar nossos eatilos de compor-tamento. Conhecesse an a situacio onqua se encontrava o processo, em SinPaulo, As v6speras do julgamento doapelacio, a nio terie deferido o pe-dido do requisicio dos autos. Sejacomo for, as teses desenvolvidas poloimpetrante demonstram qua, ji ago-ra, so seguirmos a orientacio desta C6r-to no sentido de nio conceder o ha-beas corpus, por estar pendants o re-curso ordinfirio, o prejuizo sere dospacientes. Havers major delonga emreconhecer-se qua a detencio dales 6irrecusevelmente ilegal , por falta dejuste cause pare o processo. Reelmen-te, o ato anulivel, enquanto nio des,conatituido por sentence. produz efei-tos de ato v6lido. Efetivamente, 6irrecus6vel o Erro do processo a de sen-tence, dando como posse precaria onilegitima equals quo, s6 no Juizo Ci-vet, poderia set declarada como tat,visto como, ainda qua simulado, axis-tia um contrato de cessio quo legiti-meve a propriedade qua so atribuiam

617

as pacientes , em relacio As cotas dosociedade comercial quo mantiveramcore o s6cio felecido. A verdadeira,tamb6m, a Lase de qua o dono docoisa nio pods cometer , em relacio aela, o crime de apropriacio indbbita,e isso tudo , no men amender, da irre-cus6vel fundamentecio so pedido dehabeas corpus . Palo exposto , curnprin-do o dever priorithrio de nio retardera soltura dos pacientes , concedo a or-dem.

VOTO

O Sr. Ministro Evandro Line (Pre-sidents): - Tambem estou de acer-do core o eminente Relator. Em re-lacio aos escr6pulos manifestados porS. Excia ., quero assinalar o seguints:o Tribunal de Sio Paulo jA decagondues ordem de habeas corpus, ente-riormente , aos pacientes, de ma-noire...

O Sr. Ministro Adaucro Cardoso(Relator): - Mas sob o fundamentode qua havia recurso ordinfirio. Fo-ram Elea mais ortodoxos do qua n6s.

O Sr. Ministro Evandro Line (Pre-sidents): - ... qua o Tribunal, sorequisitar os autos , certamente, aten-deu a ease circunstincia.

O Sr. Ministro Adaucto Cardoso(Relator ): - Quero p6r a ressalvade qua, no men vom, nio atendia aessa circunstincie.

O Sr. Ministro Evandro Line (Pre-sidents): - Mae, bavendo dais habeascorpus decididos polo Tribunal doJustica de Sin Paulo, isso nos torna-rie competentes para julgar habeascorpus originbrio , on recurso de habeascorpus dequelas decis6os. Eaton doac6rdo core o eminente Relator, con-cedendo a ordem por falta do justecause pare o processo.

EXTRATO DA ATA

RHC 45. 111 - SP - Rel., Mi-nistro Adaucto Cardoso. Rectos., Al-berto Felipe Haddad, Luis FelipeHaddad a Maurice Mead Haddad(Adv., Aylthon Domingos Gonsalves

618 R.T.J. 45

do Silva). Recdo., Tribunal do Jus-tiCa de Sio Paulo.

Decisio: Concedeu-se a ordem, una-

nimemente (Falou Palos recurrent" o

Dr. Jose Guilherme Vilella).

Prosidencia do Sr. Ministro Evan-dro Lins a Silva. Presentee os Senho-

res Ministros Aliomar Beleeiro, Adauc-to Cardoso, Themistocles Cavalcanti eo Dr. Oscar Correia Pine , Procurador-Geral do Republica , substituto. Li-cenciado, o Sr. Ministro Adalicio No-gueira.

Brasilia, 6 de marro do 1968. -Guy Milton Lang, Secret4rio.

HABEAS CORPUS N' 45.140 - GB

(Primeira Tursna)

Relator: 0 Sr . Ministro Oswaldo Trigneiro.

Paciente : Jorge de Castro.

im , X29Aay- -901, 6' 6

Condenagio polo crime do art . 281 do C . Penal . Justa causepare a agio penal . Habeas corpus denegado.

AC6RDAO

Vistos, relatados a discutidos estesautos acordam os Ministros do Pri-meira Turma do Supremo TribunalFederal, no conformidade do eta dojulgamento a, das notes taquigrbficas,por maioria de votos, indeferir o pe-dido.

Brasilia , 25 de marco de 1968. -A. C. Lafayette de Andrade , Presiden-ts. - Oswaldo Trigueiro, Relator.

RELAT6RIO

0 Sr. Ministro Oswaldo Trigueiro:- 0 advogado Wilson Pinto impetrahabeas corpus em favor de Jorge deCastro, alegando:

"0 paciente foi denunciado, pelocrime do art . 281 do C . Pen.; o juiade 1.0 insti ncia absolveu-o, mas em re-curse or officio foi condenado pale re-ferida Camara a urn ano de reclusio,por trazer consigo quantidade infimade maconha . Como muito been disseo juiz do 212 Vara Criminal, em suabrilhante a respeitevel senten&a defls., "a quantidade (de maconha) 6minima a preticamente indivisivel, 0qua impossibilita qualquer des ativi-dades do art . 281 do C . Pan., de-vendo-se entender como dose bnica

destinada a use prbprio , passando,assim o fate a neo constituir crime".

E outro nio 6 o entendimento dojurisprudencia dominants a do magis-terio de criminalistas do ports de Nel-son Hungria (Comenterios so CddipoPenal vol. IX, p. 139), Heleno Fre-goso (Lipoee de Direito Penal, vol. 3,p. 702), Magalhies Noronha (Direi.to Penal, vol. 4, p. 76); - o art. 281nio pone o use pessoal de entorpe-centes.

Se a quantidade de maconha erapequenissima, indivisivel, do umauinica dose, est4 patente, qua o portspessoal de cannabis, neo as destinavaso com6rcio, porem so uso , digo a seuuse pr6prio, de qua ale neo 4 um tra-ficante.

E como a simples posse de, macu-nha nio configure ilicito penal, oacdrdeo 6 nulo, per falta de justacause, pois os elementos n61e descri-tos neo constituem um fato tipico;portanto, nio houve crime - nullumcrimen sine loge".

Solicitei informag6es, qua o ilustrePresidents do Tribunal de Justiga doGuanebara prestou pelo oficio de f6-lha 43, do qual consta o inteiro teordo sentenga absolut6ria, do parecer dorepresentante do Minist6rio P6blico,

R.T.J. 45

favorivel ao provimento do recurso orofficio, a do ac6rdio quo, reformandoequals decisio, condenou Jorge deCastro, Antonio Cavalieri a Nilza Fe-. izardo a um ano do reclusio a multade des cruseiros novos, comp incursoano art. 281 do C. Penal.

VOTO

0 Sr. Ministro Osvaldo Trigueiro(Relator): - 0 paciente foi denun-

•ciado por infragio dos arts . 218, 229,230, 228, § 1 ? e 3P, 281, 9 4?, a 288do C. Pen . (f. 7 e 9).

Absolvido em primeira instincia,veio a ser condenado pale Terceira,Camara Criminal , qua considerou pro-"do a nraterialidade do delito doart. 281 a afirmada a atividede dopaciente como aliciador.

Para reconhecer-se a glegada faitsde juste cause, seria preciso o reoxa-me do t6da a prove em qua so baseoua decisio do Tribunal de Justiga,

-Hume extensio que, a men ver, o pro-cesso do habeas corpus nao comports.

Nio me parses, prima facie, queoac6ldio impugnado seja contrfirio a•evidencia dos autos . Admitindo-se quao seja, o rem6dio processual indicado 6o de revisio , na qual , so fur o caso,poder6 corrigir-se a injustice do cone-trangimento impAsto ao paciente.

Indefiro o pedido.

619

VOTO

O Sr. Ministro Djaci Pekin: -Sr. Presidente, estou de inteiro ac6r-do corn o voto do eminente Relator,time vex qua no ficou ressalvado, noeep6cie , qua as cuidesse do um mini-mo do can arbis motive, destinado ao usepessoal do paciente . Destarte, a menver, nio as impoe a aplicacio do noosejurisprudencia.

VOTO

O Sr. Ministro Lafayette do Andre-do (Pres '.dente): - Concedo a ordem,nos termos do sentence de PrimetraInstincia.

EXTRATO DA ATA

HC 45.140 - GB - Rel., Minis-tro Oswaldo Trigueiro . Impte. WilsonPinto . Pte. Jorge de Castro.

Decisiio: Contra o voto do Presiden-ts, negaram a ordem . Felon o DoutorWilson Pinto Palo paciente.

Presid8ncia do Sr. Ministro Lafayet-de de Andrade . Presentes os Se-nhorea Ministros Victor Nunes, Osval-do Trigueiro, Djaci Falcio, Raphaelde Berros Monteiro e o Dr. Oscar Cor-reia Pina, Procurador-Geral de Repu-blica, substituto.

Brasilia , 25 de marco do 1968. -Alberto Veronese Aguiar, Secretirio.

RECURSO BE HABEAS CORPUS N.' 45.933 - GB(Terctara Turina) (9m. 7'32

Relator: 0 Sr . Ministro Hermes Lima. L4ae'S 19.6.16eRecorrente: Wilson Marcelo Aranha de Ara(jo. Recorrido: Tribunal de, Jus-

tice.

Habeas corpus. Cheque sem Iundo. Provide o recurso parsanular a sentenga, pois o cheque foi pago no curse do agio penal.

AC6RDAO

Vlstos a relatados 8stes autos, acor-dam os Ministros do Supremo Tri-bunal Federal, em Terceira Tornio,por maioria de votos, no conformidededo ata do julgemento a des notes ta-

.quigr6ficas , conceder a ordem.

Brasilia , 22 de marco de 1968.Con calves de Oliveira, PresidentsHermes Lima, Relator.

RELAT6RIO

0 Sr. Ministro Hermes Lime: -Sr. Presidents, o acdrdio qua done-

620 R.T.J. 46

you a habeas corpus requerido so Tri-

bunal de Justiga do Guanabare terna seguinte ementa:

"Cheque sem fundos - sou page-mento no curso do agio penal ] As ves-peres de sentenga , neo signifiga elimi-nagio do lesio patrimonial, qua com-preende tambem a neo fruigao do ca-pital durante certo espago de tempo,nem tampouco fez presumir inexisten-cia de fraude a data do ernissao, porparts do acusado, qua assim teria agi-

do so temer as consegflencias do cri-me" (f. 11).

Diz o impetrante, A f. 13:

"0 v. Ac6rdio divorciou-se total-

mente de hodierna jurisprudencia pre-dominante no mais alto C6rte do Jus-tiga.

O recorrente , conforme se infere nodocumento de f. 6, honrou o cheque,elidindo, dessa forma, a ilicitude cri-minal prevista no art. 171, § 2 .0, nu-mero VI, do C. Penal.

Nio houve malicia , mi-f6 on eng6dono emissio do referido cheque a ne-nhum prejuizo sofreu em seu patri-m6nio o beneficiirio".

Concedemos ainda he pouco, Re-lator o eminente Ministro AmaralSantos, a HC 45.202, qua trata domesmo assunto a no qual o chequefoi resgatado antes do denuncia. Eaqui, segundo diz a ementa do ac6r-daq foi pago no curso do agio pe-nal, As vesperas do aentenga.

O Sr. Ministro Gongalves de Oli-veira ( Presidents): - E nio haprove nos autos de qua a vitima sa-bia do inexistencia de fundos?

O Sr. Ministro Hermes Lima (Re-lator): - 0 declarante die qua a vi-time emprestou ao recorrente a im-portincia do cheque a ate hoje neorecebeu nods.

O Sr. Ministro Gongalves de Oli-veira ( Presidente): - Entio, sa-bia qua no tinha fundos.

O Sr. Ministro Hermes Lima (Re-lator): - A recants uma determi-nagao do Ministro do Fazenda, ob-servando one Bancos qua nio doveser tido maia como correntista aquele

qua emitiu cheque sem fundos. Pa-rece-me qua hoje , em todo a mundo,a tendencia 6 combater a emisaio,de cheques sem fundos, mais por me-did" administrativas do qua por me-didas penais, a nio ser quando a che-que sem fundos assume urn caster domalicia , de 16gro, de frauds. Aqui,nio he isto . 0 declarante , qua foia vitima, emprestou no recorrenteessa quantia , porque eta se encon-trove em Brasilia a precisava de di-nheiro . A sentenga tambem epens%constatou qua o cheque nio foi page.

E o relat6rio.

VOTO

O Sr. Ministro Hermes Lime (Re-lator): - Sr. Preaidente , dou pro-vimento so recurso pare anular aaentenga . Apesar de ter sido o che-que pago no curso do agio panel,entendo qua nio hi no aentengaprove nenhuma de malicia, on frau-

de. Apenas nela se diz qua o acusa-do contribuiu We molar desmorali-zagao do instituigio do cheque. Maecheque aim fundos nio a e6 saneinstituigao brasileira...

O Sr. Mini afro Eloy de Roche-- Mas cheque coin fundos 6.

O Sr. Ministro Hermes Lime (Re-lator): - ..$ nine instituigio in-ternacional . A tendencia a comba-ter o cheque sans fundos por via ad-ministrative a universal . Aqui no.Brasil hi nine providencia do Minis-tro de Fazenda , advertindo as Ban-cos pare nio aceitarem mais comocorrentistas as emitentes de chequessem fundos.A a men voto , dando provimento

an recurso.VOTO

O Sr. Ministro Thompson Flores:- Sr. Presidents , data venia doeminente Relator , nego provimentoan recurso , porque neste caso 0 che-que s6 foi pago is vesperas do sen-tenga.

VOTO

0 Sr. Ministro Amaral Santos:- Sr. Presidents, acompanho o emi-nente Relator. No caso, ha nine con-

R.T.J. 45 621

figuragio bom n :Lida do qua nao hou-ve malicia . Trata-so de urn tituloparecido com lairs, de cAmbio, ownemprestimo.

Dou provimento so recutso.

VOTO

0 Sr. Ministro Eloy do Roche:Sr. Presidents , pego venia pare

negar provimento so recurso. Admit--to a possibilidade de, a vista do exa-me des circunstincias, reconhecer ainexistencia do crime em discussi o.Mas, em habeas corpus, dificilmente-sere factivel esse exame.

VOTO

0 Sr. Ministro Gongelves do Oli-veira (Presidente): - 0 men voto,com a devida venia dos eminentesMinistros Thompson Flores a Eloy doRoche, a dando provimento so te-curso.

Como scabs de notar o eminenteMinistro Amaral Santos , o qua hou-ve foi emprestimo de dinheiro. Niohouve logro do vicious. 0 crime decheque sem fundos a estelionato econsta do cap tulo tespectivo, no C6-

171timamente , as Policies tern feitoprocesses inclusive contra os recebe-dores de cheques sera fundos. Se-gundo o Cddigo Penal , tat priticaconstitui crime: obter documentopare coagio do vitima a fim do quapague a d vida.

Dar cheque sem fundos di apenascause a multa , come esti no lei docheque, as nio hi dolo.

Acompanho , com estas considers-goes, o veto do eminerte Relator,dando provimento so recurso.

EXTRATO DA ATA

RHC 45. 333 - GB - Rel., Mi-nistro Hermes Lima. Recta . WilsonMarcelo Aranha de Araujo (Adv.Cyro Advincula do Silva). Recdo.Tribunal its Justiga.

Deciseo : Concedida a ordem, con-tra os votes dos Ministros Thomp-son Flores a Eloy do Rocha.

Presidencia do Sr . Ministro Gon-galves de Oliveira . Presentee os Se-nhores Ministros Hermes Lima, Eloydo Roche , Amaral Santos , ThompsonFlores e o Dr . Oscar Correa Pine,Procurador-Geral do Republics, subs-tituto.

.digo. Hi crime, quando hi malicia Brasilia, 22 de margo de 1968.a engano de vitima. Guy Milton Lang, Secretirio.

I

HABEAS CORPUS B' 45.408 - GB

(S?gunda Turma)

Relator: 0 Sr. Ministro Adalfcio Noguoira.

Paciente : Atila dos Santos Couto.

em- 932Md. 19.6.6?

Nulidade de sontenga condenatdria , qua fixou, pare o rau, apens maxima, sem qualquer fundamentagio. Inoportunidade do ale-gagio do prescrigio . Habeas corpus concedido em parte.

AC6RDAO

Vistos, relatados a discutidos estes

autos, acordam os Ministros de Se-gunda Turma do Supremo TribunalFederal , em.conforrnidade com a atede julgamentos a notes taquigrificas,conceder em parts o habeas corpus,it unanimidade de votes.

Brasilia, 21 de maio de 1968.Evandro Line e Silva, PresidenteAdalicio Nogueira, Relator.

RELAT6RIO

0 Sr. Ministro Adalicio Nogueira:- 0 parterre i npetrou uma ordemde habeas corpus a este eg. Supremo

622 R .T.J. 45

Tribunal Federal, alegando quo, he-vendo sido condenado I pena maxi-ma de cinco an" do reclusio e emulta de 10,00, pale pr4tica do de-lito previsto no art . 298 do C. Pen.(falsificagio de documento particular)6, contudo , primerio, hip6tese em quadevia ser condenado so m(nimo depena, on aeja urn ano de reclusio,acrescido do sexta parte, em raziodo intensidade do dole proclamadano sentenga condenat6ria.

Assim sendo , dove-se-lhe reconhe-cer o beneficio de prescrigio, umavez qua, segundo o sou entendimento,o lapse respective jd as consumou.

Conv6m eaclerecido qua o pacientehavia sido , anteriormente, condenadoa pena de quatro anos de reclusioe multa de 10,00 pale prdtica do de-lito provisto no art. 168 do C. Pen.,de cinco ands de reclusio a multade 8,00 e a de one ano de reclusioe multa do 5 ,00, pelos crimes de-finidos, respectivamente , nos ertigoe298 a 304 do memo C6digo.

Este Pretdrio Excelso, por via dehabeas corpus, anulou o processo emquestao, a que respondeu o pacien-te, a partir do citagao initial.

Renovado , aquMle, em t6rno dosfatos apontados, o juiz prolator dosentence condenat6ria reconhecou qua"o delito de epropriagio indebita esterprescrito , polo decurso de mais de oitoanos do data do deapacho de recebi-mento do denhncia e o do use de do-cumento falsificado 6 absorvido polode falsidade material, urna vez queo acusado foi tamb6m outer desteultimo" (f. 5v.).

E julgou o paciente apenas incuraono grau m6ximo do art. 298 doC. Pen., Palo que The eplicou a Penade cinco ands de reclusio, am qual-quer fundamentagio.

E o relet6rio.

VOTO

0 Sr. Ministro Adaffcio Nogueira(Relator): - Concede o habeas cor-pus, em parte , nos tirmos do vetovencido do eminente DesembargedorHamilton de Morals a Berms qua diz:

"Vencido, pois qua anulava a sen-tenga, per falter de fundamentagioquanto a quantidade do pena".

Em habeas corpus neo se pods fi-xer pena, ja qua a one rem6dio a nio.um recurso, com efeito devolutivo.

A Pena, em principio , grevita emt6mo do mddio.As agravantes a as mejorantes a,

exasperam , enquento qua se re,dos por f6rga des etenuantes legais,.e des minorantes.

Embasar a Pena maxima s6 no ar-tigo 42, sendo o r6u pritnIrio, a di-zendo quo o fez por cause der inten-sidade do dolo , rao afirmando os fa-tos dos autos qua o justifiquem, d-insuficiencie, ou falta de fundamen-tagiio".

Sem duvida nenhuma, pule 6 asentenga condenat6ria , per aus6nciaabsolute de fundamentagio a de fi--xagio de Pena-base ( Leis-so a f. Sv. ).

E carte qua o ilustre impetrante invote um ac6rdao do eminente Ministro Aliomar Baleeiro, segundo o qual,sendo o reu prim6rio, a pena doveser dosada no minims. Mas, ua men-to desse julgado, refers-se c doutoMinistro "a r6u primario , sem mans.antecedentes" (R. T.J. 42/26-28).In casu, a trama dos fatos indite.

que o paciente, neo obstante primario, neo possui bons entecedentes.Basta ver-se a intensidade dolosa do.posigio que ale assumiu , entre os seuscompanheiros , a ponto de set denun-ciado polo chine de apropragio inde-bite, que ace demais neo se atrihuiu.

Nessas condig6es concede a ordem,

em parts, pare ocular a sentence con-denat6ria, despida de qualquer justi-ficagio, proferindo-se outre, em queso observem as formalidades legais.

Ha, nests eg . Tribunal, preceden-tea qua abonam esta etitude. - Ci-te-se julgado proferido no HC 42.741,GB, Relator Ministro Victor Nunes,,em cuje ementa se diz:

"Nulidade do ac6rdio condenat6rio

per felts de fundamentagio do penaaplicada Woo do m'nimo . Precedes-tes" (R .T.J. 36/27).

Deixo de apreciar a prescrigio, per.qua neo se sobs , do entemio, oquantum de nova pena, que vai sere

R.T.J. 45

aplicada, de modo a proceder-se

eo celculo necessirio pare a consume-gio do lapse prescricional.

EXTRATO DA ATA

HC 45.408 - GB - Rel., Mi-nistro Adalicio Nogueira . Impte.Jayme Boa Vista . Pte. Atila dos San-tos Conte.

Decisiot Concedida a ordem emparts, pare anular a sentenca conde-

623

nat6ria . Decisio un&nime . Falou poloPte. o Dr. Jayme Boa Vista.

Preside"ncia do Sr. Ministro Evan-dro Lins a Silva. Presenter a see-sio os Srs. Ministros Adalicio No-gueira, Aliomar Baleeiro, AdauctoCardoso, Themistocles Cavalcanti a oDr. Oscar Correia Pine, Procurador-Geral do Republica, substitute.

Brasilia, 21 do malo do 1968. -Guy Milton Lang, Secretario.

RECUR80 DE HABEAS CORPUS H" 45.576 - PB(Segunda Turma)

Relator : 0 Sr. Ministro Evandro Line a Silva. ia'• !9.6, 6fRecorrente : Herotides Franca Pereira . Recorrido : Tribunal do Justice.

Prisao Preventive ; Aus6ncia de prove do corpo de delito. Lan-do pericial qua nio indica a canoe do stoma . Distingio entre cor-po de delito a name de corpo de delito . Necessidade de certezado crime pare a decretagio da medida . A denvncia e a queue sioadmissiveis coin a simples suspeita do crime, nzaa a coagio jurisdi-cional cautelar exige a prove de sue existencia, on corpus delicti. Aprisio preventive compulsdrie lei abolida do legislagio processuarpenal, aplicando-se imediatamente a nova lei qua a suprimiu. Re-curso do habeas corpus provido.

AC6RDAO

Vistos, relatados a discutidos osautos acima identificados acordam osMinistros, em Segunda Toms, noconformidade do eta do julgamentoe des notes taquigr6ficas , por unani-midade de votos , dar provimento sorecurso.

Brasilia, 28 de main de 1968. -Evandro Lisa a Silva, Presidents aRelator.

RELATORIO

0 Sr. Ministro Evandro Line: -0 paciente viajava do jeep cram sueesp6sa , de Campine Grande pare Na-tal. Em certa alters, do percurso 0carro caiu num agude , localizado amargem do "trade , am qua ningu6mtivesse presenciado em qua circuns-tincias ocorreu else fate . Explicou opaciente qua cochilara no direcao doveiculo a qua ease se projetara no

agude tendo lido ale, paciente , cuspi-do pare fora do jeep, antes do qua-ds. Dois pescadores qua se encontra-vam nas proximidades prestaram so-corro a vitima , retirando-a des aguese providenciando, depois , o aux'lio deurn caminhio para transporter a mu-lher do volts, para Campina Grande.

Dizem eases testtemunhas qua noopera9io do retirada do mulher dasagues do agude , o qua ocorreu cartede vinte minutes apes a queda, omarido nao prestou qualquer auxilio.Posteriormente , providenciado um ca-minhio de propriedade de um more-dor des proximidades, o paciente aju-dou a colocar o corpo nesse veiculo,levando-o de Volta pare CampineGrande, onde, no hospital , declarouqua a mulher morrera asfixiada porsubmersio , no cair dentro do jeepnas agues do agude.

0 medico de plantio no Hospitalde Pronto-Socorro de Campine Gran-

624 R.T.J. 45

de chegou a fornecer atestado de6bito aceitando esse verseo do pacien-te, qua transportou o corpo do espb-so pars a sua residencia . Foi quandocomegaram a surgir suspeitas de quao acidente fora simulado , interferindoo Delegado de Policia, a sendo o cor-po transportado pars Joao Pennon, afirn de ser feita a competente necr6p-sia.

On legistas esclarecem no laudoqua: "por determinacao do Sr. Co-ronel-Secretario do Seguranga P6bli-ca foi procedida a necr6psia do Ca-daver de Walbia Mantles Franca, tra-zido de Campine Grande por seasfamiliares , a com a permisseo desautoridades policisis daquela cidade,por neo acreditarem no verseo domorte dada pelo marido do falecida,com a finalidade de no perfcia serdeterminada a cause morris" (fb-lha 17),

On peritos fizeram inspecio interna a externa do cadaver , detidamen-te, encontrando , apenas, externamen-te urn hernatorna de forma oval, me-dindo em seu major diametro setscent metros , escoria45es no face ex-tent do brago direito a dorso do pu-nho direito a ombro direito . Nenhu-ma anormalidade foi encontrada in-temamente, no t6rax, no abd6me, eno conte6do craniano.Apds o minucioso exams realizado,

on legistas chegaram so seguinte re-sultado:

"Necr6psia sem diagn6stico".

Por ocasiao do necrtipsia foram re-tirados o estbmago a parts do figa-do do vitima pare exams toxicol6gi-co, que se realizou no Instituto deMedicine Legal de Pernambuco. Esteexams cbegou it seguinte conclusio:

"As visceras examinadas , do cada-ver de Walbia Mendes Franca, niocontem : ecido cianidrico, fenol, for-molds do, ecido salicilico, clorofcr-mio a cloral, ilcool , acetone, anfeta-mina, efedrina , derivado barbit6rico,alcal6ide, arsenico, antim6nio, chum-bo, cobra, merc6rio, bismuto".

Assim, on exames medico- legaisfeitos no cadaver de D. Walbia Men-

des Franca a nas sues visceras neorevelaram a cause mortis.

O Juiz de Direito , atendendo a re-querimento de autoridade policial, de-Craton a priseo preventive do pacien-te em despacho longamente funda-mentado ( f. 15-16 ), no qual destacaqua a hip6tese de morte por efoga-mento foi excluide pale necr6psia, es-tando , assim, desmentida a versodo acusado , pois no houve afogaman-to, o qua est6 corroborado pale pro-va testemunhal , pois as dues primei-ras pessoas chegadas no local, ime-diatamente epos a quads do jeep,informam qua o corpo "boiava debingos a bravos abertos , a tone d'a-gua", a qua "a demora entre o car-ro cair n'6gua a a retirada do corpofore apenas de uns vinta minutos".

Afirma o juiz ester convencido deque a vitima ji estava morta quandoo jeep caiu no acude . Acrescenta quao laudo tambem exclui a h)p6tesede morte por inibig5o, a qua as le-sbes encontradas no corpo do vfti-me, embors neo sirvam pare indicara cause do morte, revelam ind'ciosdo reafao do mesma contra urns si-tuagio por ela no aceita ou repe-lida polo natural instinto de defesa.

O seotido em qua o jeep deixoua plate rodoviaria a as precipitou noagua tambem desmente a verseodada pelo acusado , e a prove teste-munhal revels fatos do vide do ca-sal dando a quase cartoon de qua amarts de vitima foi fruto de urnsacao criminosa , embora o crime soravista de cartes caracteristicas demisterio . A verseo compativel com aprove dos autos e a do assassinato,sobretudo porque o acusado partiu deCampine Grande a primeira hors dodie doze a aomente As quatro hornschegou no local onde caiu o jeep,quando esse percurso aerie feito nor-malmente em 40 minutos.

Contra ease despacho de priseo pro-ventiva foi impetrada union ordern dehabeas corpus , atraves a longs a bri-lhante petigio de f. 2-14 , no qualas sustenta nio haver prova de ma-terialidade do delito , como o exigeo art. 311 do C. Pr. Pen., nemtampouco indicios veementes de au-toria.

A ordern foi denegada por maioria

de votos , pale Camara Criminal do

R.T.J. 45

Tribunal de Justice do Paraiba, as-sinalando a maioria vencedora outrascircunstencias desfavoriveis so pa-ciente, alem des referidas polo des-pacho de priseo preventive, corn ofato de qua o memo nio prestaraauxilio pare a retirada do corpo deesp6sa do agude a molhava "as per-use des calgas com as moos".

Alim disso, diz o ac6rdio qua ojeep no apresentava sinal de haversofrido qualquer virada, encontrando-so a sua marcha em "ponto-morto",e qua o paciente , logo ap6s o supos-to acidente, recomendara so pescadorAntonio Abilio do Silva qua o jeepni o f6sse retirado d'igua seen a pre.senga d"ele, a, em caso de alguimfazer indagagbes, explicasse qua a sueeapusa morrera afogada.

Ainda se diz no ac6rdio qua o pa-ciente teria declarado a uma teste-munba qua "todo o mundo tam oprazer de ficar vifivo, porim, an neotenho essa sorts", a qua o memo eraconsiiderado pessimo esp6so , a, so quaparece, tentara assassinar por duesvezes a sue mother por afogamento,nos praiaa de Cabedelo a de Tam-bau.

0 voto vencido entendeu qua seo exams periclal - a necrbpsia -nio certifies a cause do morte niiohi prove material de homicidio, e,consequentemente , neo se pode decre-tar a priseo preventive do paciente.

Quanto a autoria , entendeu o votovencido qua tudo esti no mundo

des suposigoes, que poderao on neoser confirmadas no sumirio.

A priseo preventva foi decretadacompuls6riamente , neo as tendo cogi-tado do decretagao do priseo facul-tative.- Assim, no ponto em qua so encon-tra o processo , earn nem sequer de-nfincia, o voto vencido entendeu des-necessiria a priseo do reu "que a ho-mem been conceituado no cidade, etitular de urn cart6rio e, como tat,tam officio a resid"encia certos, cir-cunstencias que o manteri o no lugardo culpa" (f. 65).

A ease decisi o foram opostos em-bargos infringentes a de nulidade, re-jeitados liminarmente polo relator.

Houve agravo desse despacho, com

625

empate no votagio quanto so souprovimento, tendo o Presidents doTribunal proferido voto de desempa-te, quando ji havia votado antes.

Opostos embargos de declaragio aease ac6rdio, foram as memos pro-vidos pare qua se admitissem os em-bargos infringentes a de nulidadequa, a final , vieram a set rejeitados.Desse ac6rd5o a qua se interpta opresents recurso ordinirio , com fun-damento no art. 114, inciso II, letraa, do Constituigi o.

Nee razoes de recurso, o imps-trante reproduz os argumentos cons-tantes de inicial, sustentando quani o exists prove do materialidade dofato, a quo os indicios de autoria neoconstituem indicios dentro do siste-mitica legal, porque ni o hb nenhumarelagio de cause a efeito antra asfatos preteritos, memo qua verdadei-ros, a qua absolutamente no o silo,a o evento qua se pretends criminoso.

Trata-se de mares conjeturas, pre-suungiies a suposig6es , qua neo sioadmitidas no lei penal a no ticnicado Direito Procesaual Penal.

it o relat6rio.

VOTO

0 Sr. Ministro Evandro Line (Re-lator): - A priseo preventiva terncomo pressuposto indeclinivel a pro-va do existencia do crime. Isto querdizer qua sem o corpo de delito nioso pode impor essa forma de coa-cio processual . 0 corpo de delito 6a pr6prio prove do existencia do cri-me qua dale surge de modo senaf-vel, a ponto de nAo subsistir qual-quer d6vida s6bre o sou cometimen-to. Para os antigos, a corpo de de-lito era a "couceira" do processopenal . Sam essa suporte neo a pos-sivel impor qualquer medida de su-pressao do liberdade individual.

S preciso qua se neo confunda oexams de corpo de delito com o pr6-prio corpo de delito.

Aquele a urn auto em qua se des-crevem as observag6es dos peritos eeats e o pr6prio crime no sue tipici-dade. 0 corpo de delito se com-prova atraves do per(cia, o laudodove registrar a existencia e a rea-lidade do pr6prio delito.

626 R.T.J. 45

Citando Escrich, o Professor JoseFrederico Marques lembra qua antesde procurar o homicide "e necessi-rio ter-se a certeza de qua so come-too o homicidio".

Portanto , a base do presecutio cri-

minis e a comprovag5o do corpo dedelito , a acrescenta o douto autor:

"A Ease investigatoria do peraecug sopenal pods ser aberta com a simplesnoticia de um evento delituoso ounoticia delicti . A den&ncia ou a quoi-xa sao admissiveis com a simples sus-pets de crime (opinio delicti).Todavia, a coa4io jurisdicional

cautelar sempre exige a prove dofato punivel ou corpus delicti" (Ele-

mentos do Direito Processual Penal,vol. I, p. 172).

De ac6rdo core a nossa legislagionom a confissio do acusado supre oexame do corpo do delito direto ouaeja, a constatacao do existencia docrime que deixa vest gio.

Permits-se o corpo de delito indi-rem, atraves de testemunhas, quandohouver impossibilidade de se realizaro exams direto por torero desapare-cido os vestigios do infragio.

Ease corpo de delito indireto sefaz por meio de prove testemunhal.Em caso de homicidio, como a 6bvio,atrav6s de pessoa que tenha assistidoso aeu cometimento.

No caso dos autos, nao as demons-trou nenhum nexo de causalidade en-tre qualquer sgio do paciente e amorte do vitima.

0 cad"ever nao apresentava les6eaquo pudessem ser causadoras do mor-

to, e o exame des v sceras nio reve-lou que a morte tivesse sido ocasio-nada pela ingestio de toxicos ou dequaisquer outras substincias.

T6das as circunstincias apontadaspolo Juiz de Direito a pale decisiorecorrida crimm urn estado de dividasabre a situa$io do paciente, que nioteria dodo explica46es satisfat6riaspars justificar o aeu procedimento

one relacio a esp6sa, nio s6 quanto

one antecedentes, referidos pelas tes-

temunhas , como tambem quanto soaeu comportamento durante a viagem.

Mae, como disse o autor do votevencido, Ludo iaeo sio conjeturas e

suposic6es qua nao estao diretamen-to ligadas a morte do mulher do pa-ciente.

Persists sempre a incerteza s6brea "existencia do crime" ou aeja, s6-bra o "corpo de delito".

Discutiu-se amplamente nos autosem tarn do alegada asfixia por sub-mersao, o qua teria sido contestadopolo laudo pericial.

No despacho de prisao preventive,o juiz assinala que o coracao do vi-time parou em sistole, so contreriodo qua ocorre nesses cows, am queo mesmo sempre pare em diistole,mole a cheio de sangue a direita ea esquerda , no ensinamento de Afri-nio Peixoto.

Acrescenta , entretanto , esse autorqua isso sucederia as os cadiveresf6asem autopsiados pouco depois deocorrer a morte, pois nao sucedendoisso, a rigidez cadaverica alters assesfatos, porque o ventr culo esquerdo,por major potencia muscular, con-trai-se fortemente , esvaziando, to-

tal ou parcialmente , o sou conteudo.(Medicine Legal, vol . I, p. 191).

Afrinio Peixoto mostra qua he ca-sos de afogamento em qua as viti-maa nao apresentam lesoes por as-fixia nom as proves da submersao,pois "o estado nervoso em quo asachavam a impressao slbita do 6guafria sabre o corpo promoveram umssincope inicial, qua se prolongou nomorte". E acrescents:

"0 fato nao a raro, a no, mesmosje vimos mais de um caso. Umam6fa, por desgostos amorosos, lan-ca-se na baia do Rio de Janeiro(1907) de bordo de uma barca avapor, dos qua lesson a travessia pareNiterdi, some-se a s6 horas depois 4que as encontra o cadaver . Nio ti-nha aparencia externa nern internedos afogados : face bronco, nenhumaespuma nos visa eereas . 0 fato he-via sido autenticado por numerosostestemunhos, o corpo fora recolhidon'egua, nio havia outros sinais demorte violenta : tratava-se de umcaso de a ncope initial , sem Iesoesde submersao , que propriamente naohouvera . JA dissemos como as im-press6es perifericas sensitivas sio ca-

R.T.J. 45

pates de urn reflexo inibit6rio doecentros bulbares . Sio as afogadosbrancos de Parrot, qua assim dis-,tingiu 6see g6nero, do comum, em

qua a asfixia , Palo sangue escuro apela congestio das part" decliveisIhes di urn colorido anegrado.

Num caso semelbante , sem come-rativos precisos , o perito, provandoaus6ncia das lesbes asfixicas gerais epeculiares it submeraio, nio poder6afirmar a exist6ncia doses, origern domarts, mas dove , excluidas outrascauses, admitir ou manifestar a pos-aibilidade do ocorr6ncia" (t. 193),(obra citada).

A incerteza on a dfivida quanta socorpo de delito nio permits a decre-tagio de prisio preventive. Este 6um ato de coario individual qua a6pode ear imposto com estrita obe-di6ncia on qua estA consignado aslei processual penal.

Nio Be demonstrou , no caso, "arealidade do conaumaFio do delito,isto 6, uma des formes do tetbestandno dicer de Jose Maria Mendez(spud Josh Frederica Marquee, obracitada, p. 169).

No caso dos autos ainda b6 outroaspecto qua dove sar censiderado. Aprisio do paciente foi decreteda com-pulsdriamente , no forma do antiga re-dagio do art . 312 do C Pr. Penal.A L. 5.349, de 3.11.67, aboliu achemada prisio preventive obrigat6-ria, e6 permitindc ease forma de me-00 pro(Nsaual como garantia do or-

627

dam publica por conveni6ncia doinstrug5o criminal on pare assegurara aplicacio do lei penal.

Como acentuou o voto vencido, opaciente 6 homem bem conceituadono cidade , titular de um cart6rio,tondo officio a reaidencia certos, po-dendo, por isso, defender-se em li-berdade.A lei processual aplica-se imedia-

tamente.

Par ease tnotivo, tamb6m , deixoude ter suporte legal c decreto deprisio preventive do paciente.Assim, dou provimento so recurso

pare conceder a ordern ros t6rmos dovoto vencido de 1. 64-55 pare anulara decreto de prisio preventive.

EXTRATO DA ATA

RHC 45.576 - PB - Rel., Mi-nistro Evandro Lins . Recta. Heroti-des France Pereira . Recdo. Tribu-nal de J u s t i 4 a. Impte. RenatoBasto.

Decisso : Deu-se provimento parecasser o decreto de prisio preventive.Decisio uninime.

Presidencia do Sr . Ministro Even-dro Line a Silva . Piesentes a sessioas Srs . Ministros Adalirio Nogueira,Aliomar Baleeiro, Adaucto Cardoso,Themiatocles Cavalcanti e o Dr. D6-cio Miranda , Procurador-Geral doRepublica.

Brasilia , 28 de main do 1968. -Guy Milton Lang, Secret6rio.

RECURSO EXTRAO1tDINARIO N.° 48.585- RJ -?-o'

Y i i T( r me urma)raq

^^Relator pare a ac6rdao : 0 Sr. Ministro Djaci Felcio. ^/" - - ° ' J'

Recorrente : Miramar Cie. National de Seguros . Recorrida: Cofrec Corin.go 8 Cie. Ltda.

A decisio recorrida fundou-se no processo /dgico de aferigio dapreva; inocorrendo dissenso de julgados.

Nio conhecimento do apilo extremo.

AC6RDAO premo Tribunal Federal, em Primei-

Vistas, relatados a discutidos estes to Tomas, no conformidade do ateautos, acordam as Ministros do Su- do julgamento a das notes taquigr6-

628 R.T.J. 45

fleas, por maioria de votos, nio co-nhecer do recurso.

Bras'lia, 4 de dezembro de 1967.- Victor Nunes Leal, Presidents, -Djaci Falcio, Relator pare o ac6r-dio.

RELATOR TO

0 Sr. Ministro Berms Monteiro:- Sr. Presidents.

A recorrente, Miramar, Cie. Na-cional de Seguros Gerais, ajuizou con-tra a recorrida vdrias ag5es pare co-brar diferengas do premios do segu-ros referentes a riscos relativos a act-dentes de trabalho, conforms verifi-cacio felts nos f6lhas do pagamen-to dos operdrios.

Acolhido o pedido em primeirainstincia , foi a decisio nesse sentidoreformada polo Primeira Camera doTribunal de Justice do Estado doRio de Janeiro, em acdrdio assimementado:

"ASio ordineria Para cobranga dediferenga de premio do seguro. Se aapelada nio fez prove de quo cum-priu encargo superior so premio doap6lice provisdria, nio pods exigir opagamento do diferenra, uma vez es-coado o prazo contratual. Apelarioprovida".

Por sua vez irresignada, vein aautora corn recurso extraordindrio def. 68 em qua, fundada nas letras ae d do anterior permissivo constitu-cional, alega violasio do art. 60 asews pardgrafos do D. 18.809, de5.6.49, aldm do divergencia corn 0julgado qua spouts.

Admitido o apelo, polo primeirades regras invocadas , subiram os au-tos, tendo a douta Procuradoria-Ge-ral do Republica opinado a final, poloconhecimento a provimento do re-curso.

A o relat6rio.

VOTO

O Sr. Ministro Burros Monteiro

(Relator): - Sr. Presidents.O parecer do ilustrada Procurado-

ria-Geral do Republica , qua mereceua aprovagio do entao Procurador-Ge-

ral, hoje Ministro Evandro Lins, 6 oseguinte, no sua parts util:

"0 ac6rd9o recorrido, no entanto,reformando a sentenga de 1.0 instan-cia, deu pale procede"ncia do acio, sobo fundamento principal de qua, niotondo a apelada feito prove de quacumpriu encargo superior to premiode ap6lice provisdria, nio pods exi-gir o pagamento do diferenga, nonevez escoado o prazo contratual. Paraa incidencia do texto transcrito, por-tanto, o acdrdao decidiu no sentidode qua o risco assumido Palo segura-dora dove ser superior so correspon-dente aos premios pagos polo segu-rado.

Tel entendimento, no entente, datavenfa, nio pods prevalecer. 0 textomencionado nio fez qualquer restri-Sio no sentido exposto na decisio oreimpugnada. 0 qua results clam dosua letra, come corn vantagem observao recorrente, 6 qua o ajustamento le-gal a contratual 6 feito corn basenos saldrios realmente pagos polo se-gurado aos sous empregados, a niosegundo no fraudulentamente decla-rados.

Ora, evidenciado qua a recorrente,- usando do direito qua the outor-ga o art. 60 retro transcrito, - ve-rificou qua a segurada nio usava doverdade no cdlculo do pagamento desous operirios, licito The era cobrarno excessos de premios apurados nee-so verificagio (§ 2.0 do art. 60).

Afirmar de modo contrdrio seriapermitir, contra as regras superioresdo Direito, qua a recorrida auferissevantagem do and-f4 earn qua agiu,encorajando this procedimentos".

De ac6rdo core asses fundamentos,qua tambdm adoto como raz6es dedecidir, conhego do recurso a the douprovimento, pare restabelecer a sen-tence de primeira instincia.

VISTA

0 Sr. Ministro Djaci Falcio: -Sr. Presidents , peso vista dos autos.

EXTRATO DA ATA

RE 48 . 535 - RJ - Rel., Mi-nistro Barros Monteiro . Recte., Mi-

R.T.J. 45

ramar, Cie . Nacional do Seguros Ge-rais (Adv. Cesar Augusto Leite).Recta. Cofres Coringa & Cie. Limi-tada (Adv. Oswaldo Sommer).

Decisio: Adiado polo pedido devista do Ministro Djaci Falcao, ap6so voto do Relator , qua conhecia dorecurso a the dava provimento.

Presid,incia do Sr . Ministro Vic-tor Nunes . Presentes os Srs . Minis-tros Oswaldo Trigueiro, Djaci Falcao,Raphael de Berms Monteiro e o Dou-tor Oscar Correia Pine , Procurador-Geral do Republica , substituto. Li-cenciado , o Sr. Ministro Lafayette deAndrade.

Brasilia, 27 de novembro do 1967.- Alberto Veronese Agviar, Secrete-rio.

VOTO

O Sr. Ministro Disci Falcio: -O ac6rdio recorrido guards a seguin-to ementa:

"Agio ordineria pare cobraaga dediferenga do premio de seguro. So aapelada nio faz prove de quo cum-priu encargo superior so premio doapblice provis6ria , no pole exigir opagamento do diferenga , uma vex es-coado o prazo contratual . Apelagsoprovide".

E no seu corpo se 19:

"Pretends a apelada cobrar diferen-gas dos premios daqueles seguros ten-do em atengio a verificagio feita nas

629

f6lhas de pagamento dos opererios doapelante".

Nao este em cause desrespeito socitedo art . 60 do D . 18.809, de5.6.45, eis qua a decisio atacada as-sentou no processo l6gico aferigao doprove . A1em disso, nao este em di-verggncia com o ac6rdio trazido aconfronto, segundo o qual:

"Este o empregador obrigado areajustar o premio de seguro de ac6r-do com os salgrios excedentes" (f6-]he 69).

Ante o exposto , com a devida ve-nia do eminente Ministro Relator,nao conhego do recurso.

EXTRATO DA ATA

RE 48.535 - RJ - Rel., Mi-nistro Banos Monteiro. Recta. Mi-ramar, Cie. Nacional de Seguros(Adv. Cesar Augusto Leite). Recor-rida: Cofres Coringa & Cie. Limi-tada (Adv. Oswaldo Sommer).

Decisio: A Turma no conheceu dorecurso, contra o voto do Relator.

Presidincia do Sr. Ministro Vic-tor Nunes. Present" os Srs. Minis-tros Oswaldo Trigueiro, Djaci Falcio,Berms Monteiro a o Dr. Oscar Cor-reia Pins, Procurador-Geral de Re-p6blica, substituto. Licenciado, o Se-nhor Ministro Lafayette de Andrade.

Brasilia, 4 de dezembro de 1967.Alberto Veronese Aguiar, Secrete-

rio.

RECDRSO EXTRAORDINARIO N.° 60.664 - RJ

(Tribunal Pleno - afateria Constitucional)

Relator : 0 Sr. Ministro Gongalves de Oliveira.

&M ,-;'.2 9t 42d .oe c. 68

Recorrente : Uniio Federal. Recorrida : Forjas Nacionais S.A. - Fornasa.

Sangio fiscal . Interpretagio do DI. 5, do 1937, quo vedava wecontribuintes o exercicio do was atividades mercantis, por estaremem debito com a Fazenda Nacional . Revogagio em face do arti-go 150, § 4.°, da Constituigio Federal. Precedents do Supremo Tri-bunal Federal (RE 63.047).

AC6RDAO do recurso a negar-]he provimento,

Vistos, etc. de ac6rdo com as notes taquigrefi-

Acorda o Supremo Tribunal Fe- cas.deral, por decisio unanime, conhecer Custas no forma de lei.

630 R. T. J. 45

Bras'lia, 14 de fevereiro do 1968.- Luiz Gallotti, Presidente -- Gon-galves de Oliveira, Relator.

RELATORIO

O Sr. Ministro Gongalves de Oli-veira: - Forjas Nacionais S.A. im-patrou mandado de seguranga contrao Delegado Fiscal do Tesouro Nacio-nal, por eta executado polo ColetorFederal de Barra Mansa , qua impe-de a impetrante de transacionar cornrepartigbes publicas do pals, ate a sa-tisfagao de debito coin a Fazenda.

A seguranga foi deferida ( f. 47),mantida a decisio polo Tribunal Fe-deral de Recursos , por maioria US-Ilia 74) .

A Uniio Federal interp6s recursoextraordinario pelas tetras a e d, ale-gando violagao do Dl. 42/37 e

Dl. 5/37, a decisio, do Supremo Tri-bunal Federal.

O Parecer do Procuradoria -Geral e

e"ste:

"0 ap6lo exceptional , a base des

letras a e d, ataca o v . accrdio dof. 64, qua enxerga incompatibilida-de entre a regra jur"dice do art. 1.°do DI. 5 , de 1937, e o preceito doart. 141, § 24, do Constituigio Fe-deral.

Assim decidindo terie o v. acordsorecorrido vulnerado disposigoes dosDl. 5/37, 42/37 a 3.336/41, aldmde divergir de arestos do SupremoTribunal Federal.

Consoante se demonstrou no pare-cer de f. 60, d patente a divergenciamitre o v. ac6rdio recorrido a as de-cis5es do Suprema Corte proferidasno RMS 1. 784 a nos RE 33.523 e36.791.

Somos, assim, polo conbecimento eprovimento do recurso".

E o relat6rio.

VOTO

0 Sr. Ministro Gongalves de Oli-

veira: - A ementa do acdrdio re-

corrido 6 esta:

"Incompatibilidade do disposto noart. 1" do Dl. 5, de 1937, corn otesta do art. 141 do Constituigao

de 1946, no qua toca as garantlas dedireitos individuais e a possibilidadedo recurso an Poder Judiciiirio, paraassegure-los".

Efetivamente, o Dl. 5 Veda oncontribuinte em ddbito corn a Fazen-da "despachar mercadorias nos AlfAn-degas on mesas de rendes, adquirirestampilhas dos impostos de consumoe vendee mercantis , nom transigir,por qualquer forma , corn a FazendaMercantil".

Alega-se qua a recorrida tern gran-de ddbito pars corn a Fazenda, ra-zoo por qua o Coletor de Barra Man-se comunica-Ihe por deterrninagio doDelegacia Fiscal a decisio daquelaDelegacia de nio poder a mesma re-corrida transacionar corn as reparti-goes publicas do pa's.

A questao do divide fiscal echa-sesub judice ( f. 9 e 10).

A Procuradoria-Geral cite, em souprol, o ac6rdao desta Corte,. Mas,em 11.5. 65 a Primeira Turma jul-gou questio idantica. A ementa doac6rdao 6 esta:

"Infragao fiscal . Cobranga do d4-bito por vias normais, inclusive atra-vds do executivo fiscal . Nio so per-mite a autoridade o bloqueio on asuspensio des atividades profissionaisdo contribuinte faltoso . Recurso ex-traordinario conhecido, snag nio pro-vido". (RE 57.235 - R.T.J.33/99).

Inclino-me, inspirado no Sumula70, pale solugao mais liberal ern lou-vor so principio do liberdade de pro-fissio, de ordem constitutional, tantomail quanta , no caso, trata-se de de-bito sub judice.

Conhego do recurso pare negar-theprovimento.

R o men voto.

VOTO

O Sr. Ministro Eloy do Roche: -Pergunto an eminente Ministro Re-lator as o recurso nio envolve ques-teo constitutional.

O Sr. Ministro Gongalves do Oli-

veira ( Relator): - Nio 6 pr6pria-mente constitutional . 0 Tribunal jajulgou caso identico. A eg. Primei-

R.T.J. 45

ra Turma decidiu questio identica,no RE 57.235, confirmando a deci-sio do Tribunal Federal de Recursos,no qual nio se arg0iu materia de or-dem constitutional. Entendo qua nopods a Fazenda proibir a pessoa depager seas tributos, porque assim elaficaria impossibilitada de trabalhar.Como vai pager o imp6sto de consu-mo, o imp6sto de vendas a consigna-c6es?

O Sr. Ministro Eloy do Roche: -Estou de ac6rdo corn a tese. Mas,nio exists lei, qua teria de ser afas-tada?

O Sr. Ministro Gongalves do Oli-veira (Relator): - E lei, mae s8-bra o assunto ji temos jurisprudencia.Entretanto, se V. Excia. ether con-veniente levar a materia so Plano,concordarei plenamente.

O Sr. Ministro Eloy do Roche: -Se f6r examinada a constitucionalida-de de lei, a questio ficari resolvida.

O Sr. Ministro Hermes Lima: -O problems oferece urns peculiarida-de, a de qua a d vida estava sub ju-dice. Essa peculiaridade a qua levou,naturalmente, o Tribunal a dizer quanio era possivel a empresa comerciaron tratar com as repartifOes.

O Sr. Ministro Eloy do Roche: -Enquanto estiver em juizo. Pergun-to so eminente Ministro Relator seS. Excia. julga qua, sem o examsdo aspecto constitucional, a questioserf resolvida.

O Sr. Ministro Hermes Lima: -Temos decidido qua, estando a ma-

teria sub judice, nio 6 possivel pena-lizar a empresa.

O Sr. Minietro Conceives de Oli-veira (Relator): - Aceito a propos-ta do eminente Ministro Eloy doRocha, no sentido de qua seja o re-curso submetido so Tribunal Plano.

DECISAO

Como consta da ata, a decisao foia seguinte: Remetido so Plano porunanimidade.

Presidencia do Exmo. Sr. Minis-tro Cendido Motto Filho. Relator, o

631

Exmo. Sr. Ministro Gonsalves deOliveira. Tomaram parts no julga-mento as Exmos. Srs. Ministros Eloyda Roche, Hermes Lime, Gonfalvesde Oliveira a Cendido Motto Filho.Licenciado, o Exmo. Sr. MinistroPrado Kelly.

Secretaria de Terceira Turma, em18 de main de 1967. - Jose Amaral,Secretirio.

RELAT6RIO

0 Sr. Ministro Conceives de Oli-veira: - 0 caso a identico so rela-tado nesta sessio, RE 63.047:

"0 despacho qua admitiu o recur-so extraordinirio a este:

"Trata-se de mandado de seguran-ca pars liberar a impetrante dos san-g6es estabelecidas polo Dl. 5, de

1937.Do ac6rdio deste Tribunal qua

manteve a sentenga concessive dowrit, a Uniio Federal recorreu ex-traordinariamente, coca fundarnentonas al peas a e d do permissivo cons-titucional.

Este Tribunal, por reiteradas ve-zes, tam se pronunciado pale incom-patibilidade antra a norma do § 4.°,do art. 141, de C.F. de 1946, alias,mantida na Carta recentemente pro-mulgada, corn o preceito do invocadoDl. 5, de 1937, qua veda aos con-tribuintes o exercicio do sues ativi-dades mercantis, par estarem em de-bito pare com a Fazenda Nacional.

Todavia, em face dos arestos doeg. Supremo Tribunal Federal, trazi-dos a confronto pale recorrente, heipor been admitir o recurso" (f. 62).A Uniio, no presente recurso ex-

traordinirio, invoca ac6rd9os desta

Alta C6rte, no RE 33.523 a .....RE 36.791.

Diz a Sumula 70, reportando-se noRE 39.933 e RMS 9.698:

It inadmissivel a interdigio deestabelecimento como main coerciti-vo pare cobranga de tributo".

A Sumula se reports a Lei de Exe-cusoes Fiscais, arts. 1.0 e 6.0 e, nocaso, o mandado de seguranga a in-terposto contra decisio administrati-va fundada no art. 1.0 do Dl. 5, de13.11.37:

632 R.T.J. 46

"Os contribuintes , responsfiveis onfiadores qua tiverem solvido seus de-bitos pare corn a Fazenda Nacional,nas repartic6es arrecadadoras compe-tent", uma vez esgotados oa prazosestabelecidos nos regulamentoa fia-cais respectivos , neo poderio deepa-char mercadorias nas Alfindegas onMesas de Rendas, adquirir estampi-Ihas dos impostos de consumo a devendas mercantis , nem transigir, porqualquer forma , corn as repartigiies;publicas do pals" (f. 43).

E o relat6rio".

VOTO

0 Sr. Ministro Gonsalves do Oli-veira (Relator): - De ac6rdo cocaa deciseo quo acaba do tomar a Ple-nirio no citado RE 63.047, conhesodo recurso, mss pare negar-)he pro-vimento.

VOTO

0 Sr. Ministro Aliomar Baleeiro:- Sr. Presidente , parece quo o re-gime do Dl. 5, indiretamente, sate-belecia o principio solve at repete,

mac a legislagio posterior revogoutudo isso , inclusive o pr6prio C6digoTributlirio Nacional, quo neo as re-fare as restrig5as daquele diploma.

Acompanho o eminente Relator.

EXTRATO DA ATA

RE 60 . 664 - RJ - Rel., Mi-nistro Gonsalves de Oliveira . Recta.Unieo Federal . Recdo . Forjas Na-cionais S . A. Furness, ( Adv. Segis-nando do Rego Alencar ). Conheci-do a neo provido . Unenime.

Presidencia do Sr . Ministro LuizGallotti. Presentee, as Sm . MinistrosMoacyr Amaral Santos , ThemistoclesCavalcanti, Raphael de Banos Mon-teiro, Adaucto Cardoso , Djaci Falcio,Eloy do Roche, Aliomar Baleeiro, Os-waldo Trigueiro, Adalicio Nogueira,Evandro Lins, Hermes Lima, VictorNunes a Gonsalves do Oliveira. Li-cenciado , o Sr. Miniatro Lafayette deAndrade.

Brasilia, 14 de fevereiro de 1968.- Alvaro Ferreira dos Santos, Vice-Diretor-Geral.

RECURSO EXTRAORD1NARI0 N.°

(Terceira Tarma)

Relator: 0 Sr . Ministro Hermes Lima.

63.671 - SP

677, 732Ac0f - /9.6 1/' 10

Recorrente : Rauno Tarkkonen. Reeorrido : Pedro Isaa Kurbhl.

Sentence proferida em artigos de liquidacio . Neste sentence as

aparon a indenisagio a quo tinha direito 0 ora recorrente . A corre-

cio do pensio alimentar em funcio do variacio do salario-minimo

abrange nio spans as reguladas pals Lei do Acidentes, mss igual-

manta as decorrentes do atos ilicitos. Recurao conhecido a provido

pare quo a pensio alimentar acompanhe as variacoes do salario-mf-

nimo.

AC6RDAO

Vistoa a relatados gates autos, acor-dam as Ministros do Supremo Tribu-nal Federal , em Terceira Turme, porunanimidade do votos, no conformi-dads de ate de julgamento a dos no-tas taquigraficas , conhecer do recur-so a dar-Ihe provimento.

Brasilia, 1.0 de marco do 1968.

- Gonsalves de Oliveira, Presidents

- Hermes Lima, Relator.

RELATORI0

0 Sr. Mini afro Hermes Lima: -

Na sentenca de f. 174, proferida em

R.T.J. 45

artigos do liquidagio, o juiz julgouprocedente... (f. 175).

"Ism p6sto, julgo procedente a li-quidagio do f. 106-107 a condenoPedro Issa Kurbhi a pager so exe-g Tents, Rauno Tarkkonen a quantiade Cr$ 22.000 (vinte a dois mil cru-zeiros) a titulo de despesas de tra-tamento, barn coma a pagar-lhe apensao mensal de Cr$ 10,212, a par-tir do 20.8.58, incidindo s8bre es-sea parcelas os juros de more, a con-tar da citagao initial . 0 executadopagar6 do now s6 vez as pensbesvencidas a os juras respectivos, eaplicare em titulos do divide p6blicafederal o capital de Cr$ 2.042.400(dole milh6es, quarenta e dole mila quatrocenme cruzeiros ), em namedo exegiente, de forma a qua propi-ciem a gate a rends mensal do ...Cr$ 10.212, enquanto viver.

Custom polo executado , ficando or-bitrado em Cr$ 40 . 000 (quarenta milcruzeiros) o salbrio de cads perito".

Apelaram ambas as partes. 0 exe-giiente pedindo a atualizagao do pan-ago corn base no salerio-minimo aural;o executedo impugnando despesasm6dicas por nio comprovadas.

O acbrdio do f. 198 deu provi-mento partial qp apglo de Pedrolava Kurbhi pare quo as despesas detratamento uio (6ssem indenizadasem dobro, toes siygelamente no mon-tente do Cr$ 11.000 antigos a negouprovimento i apelagio do RaunoTarkkonen, declarpando qua a pensionio podia ser re'justada, pois a de-cisio exegi ends :nao fixou tat crit6-rio a nio podia , portanto, ser modi-ficada on inovada . E acrescentou quoas artigoe de liquidagao nio pediram"so atualizagio.

O recurso extraordindrio 6 pale le-fra d . Alega-se qua o acbrdio antraem diverggncia corn a jurisprud"enciado Tribunal , pela qual se, vg qua "acondenagio em alimentos 6 caso ti-pico de condenagio qua pods eer fi-xade progresssivamenm " a ainda quoas decis6es qua fixam alimentos tra-mem insite a cliusula rebus sic stan-tibus.

633

O recurso foi arrazoado a contra-arrazoado.

It o relat6rio.

VOTO

O Sr. Miniatro Hermosa Lima (Re-lator): - Conhego do recurso pelaletra d pare qua a pensio , qua a ali-mentor, acompanhe as variag6es dosalerio-minimo . Foi rut sentenga doliquidagio qua se apurou a indeniza-gio a qua tinha direim o ore recor-rente . A corregao do pensio alimen-tar em fungi o das variag6es do sai6-rio-minimo abrange nio apenas as re-guladas pale Lei de Acidentes, masigualmente as decorrentes de atom ili-citos. Nio havens inovarao se a sen-tenga de liquidagio assim o determi-uasse. A atualizagio do pensio de-corre de circunstgncias inflacionlriasqua a justificam em face tanto deacidentes coma de responsabilidadepor atom ilfcitos . Dade a naturezaalimentar do pens5o, nio 6 passive!distinguir nurn caso a noutro.

A vide de lei anima-se do sentidosocial derivado das condig6e3 em quoeta atua . Exatamente por into 6 quasate C6rte j6 decidiu qua "as deci-e6es qua fixam alimentoa trazem in-site a clluaula rebus sic atantibus".(RE 53.158 - R.T.J. 35/355).

EXTRATO DA ATA

RE 63.671 - SP - Rel., Mi-nistro Hermes Lima. Recta. RaunoTarkkonen (Adv. Erik Musa). Re-,corrido: Pedro Issa Kurbhi (Adv.Cello Deb").

Decisio: Conhecido a provido.Ungnime.

Preside"ncia do Sr . Ministro Gon-galves de Oliveira. Presentee as Se-nhores Ministros Hermes Lima eEloy de Roche e o Dr . Decio Miran-da, Procurador-Geral do Republica.Ausente, justificadamente, o Sr. Mi-nistro Amaral Santos.

Brasllie, 1 .0 do margo de 1968. -Jos6 Amaral, Secretirio.

634 R.T.J. 45

RECURSO EXTRAORDINARIO N.° 63.789 - SP

(Segunda Turma)

Relator : 0 Sr. Ministro Evandro Linn a Silva.

Recorrente : Prefeitura Municipal de Sio Paulo.gorn.

, 732

Recorrido : Samuel Vaider-

Prazo . Dave set contado em ddbro pare a Fazenda, nos ere-

cutivos fiscais. Aplicagao subsidi3ria do art . 32 do C. Pr. Civil.

Recurso extraordinArio conhecido a provido.

AC6RDA0

Vistos, relatados a discutidos osautos acima identificados , acordam osMinistros do Supremo Tribunal Fe-deral , em Segundo Torino, na confor-midade do ate do julgamento a dasnotes taquigraficas , por unani.nidadede votos, conbecer a prover o recurso.

Brasilia , 29 de maio de 1968. -Evandro Lino a Silva, Presidente eRelator.

RELATORIO

O Sr. Ministro Evandro Lins (Re-lator): - A municipalidade de SaoPaulo manifestou embargos infringen-tes, em processo de executivo fiscal,no 19.0 die.

O 2.° Grupo de C5"maras Civis doTribunal de Algada julgou intempes-tivo o recurso por entender qua oDl. 960/38, embora nao haja fixadoprazo Para a oposi4"ao do embargos,nao a possivel ampliar o prazo pre-vista no art . 834 do C. Pr. Civ.,uma vez qua a lei especial uao "an.do contar em dobro oa prazos do Fa-zenda Publica.

O recurso extraordin6rio interpostodessa decisao, com fundaments naletra a , do permissivo constitutional,foi admitido polo despacho de f6-]has 165-166 , quo cite decis6es diver-gentes, do Supremo Tribunal Federal.

As partes arrazoaram.

it o relat6rio.

VOTO

O Sr. Ministro Evandro Lins (Re-lator): - A nossa jurisprudencia am-Para o recurso do Fazenda Publica.Aplica-se subsidiiiriamente a art. 32do C. Pr. Civ., nos executivos fis-cais , tendo em vista o qne as cont6mno art . 76 do D . 960/38.

Em caso identico , julgado por estaTuna em 28 . 11.67, foi assim quadecidimos (RE 62.250).

Conhefo do recurso a the dou pro-vimento, Para qua o Tribunal local,afastada a preliminar de intempesti-vidada, julgue os embargos conic, en-tender do direito.

EXTRATO DA ATA

RE 63.789 - SP - Rel., Minis-tro Evandro Lins . Recta . PrefeituraMunicipal de Sao Paulo (Adv. Lu-cia Maria Scotti de Morass ). Recdo.Samuel Vaidergorn (Adv. AdolphoDimantas).

Decisao: Conhecido a provido, una-nimemente.

Presidencia do Sr. Ministro Evan-dro Line a Silva. Presentes a sesseoas Srs . Ministros Adalicio Nogueira,Aliomar Baleeiro, Adaucto Cardoso,Themistocles Cevalcanti e o DoutorOscar Correia Pins, Procurador-Geraldo Repfiblica, substituto.

Brasilia , 29 de maio de 1968. -Guy Milton Lang, Secrethrio.

R.T.J. 45

RECURSO EXTRAORDINARIO N.• 64.590 - MG

;Seglmda Turma)

Relator: 0 Sr. Ministro Evandro Lins a Silva.

Recorrente : Cie. Mogiana do Estradas de Ferro.

635

cm, 9,3Q.mud /9. a. 6j?

Recorrido : Alfredo Lenza.

Competencia. Agao de indenizagao contra estrada de ferro.E do fdro de comarca em qua ocorreu o aoidente e a emprdsa (amagencia . Recurso extraordinario conhocido, mass nao provide.

AC6RDA,O

Vistos, relatados a discutidos osautos acima identificados , acordam asMinistros do Supremo Tribunal Fe-deral, em Segundo Turma, no con-formidade do are do julgamento edes notes taquigreficas , por unanimi-dads do votos, conhecer do recursomas The negar provimento.

Bras'lia, 29 de main do 1968. -Evandro Lins a Silva, Presidente eRelator.

RELAT6RIO

0 Sr. Ministro Evandro Lins: -0 recorrido moveu , em Conquista,agao de indenizagio contra a recor-rente, Companhia Mogiana de Estra-das de Ferro , porque um trem destaempresa atropelou a matou um novi-Iho gordo, de one propriedade. Opos-ta excegeo de incompetencia , foi re-cusada em Primeira Instancia a man-tide a decisao pelo ac6rd9o de fo-Iha 28 , nestes termos:

"Acordam as Juizes de PrimeiraCamara do Tribunal de Algada de Mi-nes Gerais negar provimento.

A rigor, a agao haveria qua serproposta em Campinas, por forga dodisposto nos arts . 133, I, e 134, doC. Pr. Civil. Se a agravante temcede a domic 'lio em Campinas, po-deria ser demandada naquela comer.ca paulista , em face do qua estabele-ce 0 art . 134 citado.

Mas, a fora do duvida qua a Mo-giana, por ser tune Companhia deEstrades do Ferro, tern agencias emmuitos lugares a em todos ales heum agents qua responds por tudoquanto digs respeito aos interesses doferrovia; nos limiter de sue adminis-

tracio. E o agente, nesse caso, umverdadeiro preposto , a so nio terialegitimidade pare receber citagio.

E, segundo o § 3.0 do art. 35 doC. Civ., "tendo a pessoa juridica dedireito privado diversos eatabeleci-mentos em lugares diferentes, codaum sera considerado domicilio pareno atos nele praticados".

Assim, pare atender a urns normado Estatuto Social a agravante foi ci-tada em sou domicilio, no cidade doCampinas , mas a agio teria de cor-rer, mesmo , no foro de Conquista,onde as deu o fato qua motivou ademands a onde os mains de provedo alegado pelas Durres seriam maisfacilmente carreados pare os autos.

Dat o presente recurso extraordina-rio, sob invocagio das letras a e d,do permissivo constitucional.

E o relatorio.

VOTO

O Sr. Ministrm Evandro Lino (Re-lator): - Conhego do recurso polodissidio jurisprudential.

A recorrente a uma companhia deeconomia mists, corn Bede estatutariano cidade de Campinas, Estado deSio Paulo, tendo agencias em diver-sas localidades, inclusive no cidadede Conquista, em cujo municipioocorreu o fate objeto do agio.

O Codigo Civil estabelece, no or-tigo 35 , as regras gerais a em seusparagrafos dispae sobre o domiciliodas pessoas juridicas de direito pri-vado, quanto a fato ocorrido em suesagencias. Nao tendo o Codigo defi-nido o verdadeiro sentido do palavra"estabelecimento", a de ser tomadaem sentido amplo, abrangendo a agin.

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cia qua a re tern na cidade onde sedeu o fato gerador do direito p leitea-do pelo recorrido.

Como diz, corn raziio , a decisio im-pugnada, foi no Municipio de Con-quista qua se deu o fato qua moti-vou a demands a onde os mains deprove alegados pelas partes seriomais fecilmente carreados pare as au-tos.

Em caso ide"ntico, do memo cida-do, a Primeira Tumta do SupremoTribunal Federal decidiu que, emagio de indenizagio contra estradasde ferro, a competente o f6ro do Co-marca em que ocorreu a acidente ea empresa tern agencies (DI. 49.098, dodo 25.6.62, Relator o eminente Minis-tro Luiz Gallotti).

Par asses motivos, conhego do re- Brasilia, 29 docurso mas Ike nego provimento. Guy Milton Lang,

EBTRADIcAO N.' 270 - LIBANO

(Tribunal Plano)

Relator: 0 Sr. Ministro Oswaldo Trigueiro.

EXTRATO DA ATA

RE 64 . 590 - MG - Rel., Mi-nistro Evandro Line . Recta . Compa-nhia Mogiana de Estradas de Ferro(Adv. J. Milton Henrique ). Recdo.Alfredo Lanza ( Adv. Jamil SalimLeme).

Decisiio : Conhecido, mas nio pro-vido, uninimemente.

Presidencia do Sr . Ministro Even-dm Line a Silva. Presentee a sessioas Sr. . Ministros Adal 'cio Nogueira,Aliomar Baleeiro , Adaucto Cardoso,Themistocles Cavalcanti e o DoutorOscar Correia Pine, Procurador-Geraldo Repfiblica , substituto.

main de 1968. -Secretirio.

A . /9.6.68Requerente: Govern do Libano. Extraditando : Joseph Beddas.

Eztradigao. Pedido do desistSncia, que se homologa.

AC6RDA0

Vistos, relatados a discutidos gatesautos, acordant as Ministros do Su-premo Tribunal Federal , em sessiopleniria , no conformidade do eta dojulgamento a des notes taquigrifices,par unaniridade de votos, homolo-gar a desistencia.

Brasilia , 23 de maio de 1968. -Luis Gallotti, Presidents - OswaldoTrigueiro, Relator.

RELAT6RI0

0 Sr. Ministro Osvaldo Trigusiro:- Em 10 de janoiro do corrente ono,a Embaixada do Libano dirigiu-sen Govern Brasileiro, por interme-dio do Ministerio des Relag6es Exte-riores, solicitando a prisio preventivede Youssef Beddas , contra quern ha-via mandedo de prisio, expedido porautoridade judicial daquele pals, onde

estava sendo scusado polo s crimes defalencia fraudulenta , estelionato a fal-sidade documental. Inforrttou ainda amissio diplomItica libanesa qua apedido de extradigio estava sendoencaminhado (f. 4).

Atendendo a essa solicitagio, aSr. Ministro do Justiga determinoua prisio de Youssef Beddas , de ec6r-do corn o art. 8.0 do DI. 394,do 28 . 4.38, dando ciencia d "ease atoso Supremo Tribunal , por Aviso de16 de janoiro (f. 1).

Par Aviso do 15 de fevereiro, edi-tado por outro do 27 do memo rags(f. 2 e 7 ), equals autoridade enca-minhou so Supremo Tribunal o pe-dido de extradigio , com as documen-tos qua o instruem, esciarecendo quao extraditando , detido pale policia deSin Paulo , estava it disposigio do Su-premo Tribunal no Hospital do Be-neficencia Portuguese , na Capital do

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Estado, no qual f6ra intemado pormotivo do sa6de.

0 pedido de extradigao estd assimformulado (f. 7):

"A Embaixada do Libano cumpri-menta o Ministerio das Relag6es Ex-teriores a tern a honra de encaminhar,corn as pages numeradas de 1 a 11(hum a onze), o pedido de extra-digio do Youssef Khalil Beddas, de-vidamente qualificado (n.° 5), indi-ciado como incurso naa penes dosarts. 689 a 692 do C. Pen . libanes(n.° 6), contra o qual foi expedido,a 15.12 . 66, mandado de priseo pre-ventive (n°. 4), distribuido so Secre-tariado-Geral do Interpol corn o corn-promisso de, uma vez efetuada a pri-seo, set prontamente apresentado sorespectivo Governo o competente pe-dido de extradigao.

A Embaixada do Libano , so agra-deter a valiosa mediagao do Ministd-rio des Relegoes Erteriores nests pe-dido do extradigao, ore formalizado,fez questeo do reiterar qua sera asse-gurada plena reciprocidade as autori-dades judiciariaa brasileiras em pedi-dos de extradigao decorrentes de ca-we semelbantes".

Corn o pedido do Governo Libanasvieram os seguintes documentos: 1)tradugeio autenticada do art. 438 doC. Pr. Pen . Libanes, qua dispoe s&bra a prescriceo do ageo penal (fo-Ihe 6 ); 2) relatorio do Procurador-Geral do Supremo Tribunal do Liba-no, "relativo as infra4;6es essenciaisatribu`das a Youssef Beddas, Segun-do o relat6rio dos perima tacnicos nocaso do fale"ncia do Intra Bank" (f&Me 10 ); 3) tradugeo do capitulo doCodigo Penal concemente aos crimesde falencia a fraude em prejuizo decredores U . 28); 4 ) trechos dos re-latorios dos peritos (f. 32 a 78); 5)c6pias de depoimentos testemunhaisprestados parents o Juiz dos Inqua-ritos ( f. 85) a dos interrogatorios devdrios acusados ( f. 183 ); 6) solicits-giio do Promotor P6blico so Juiz dosInqueritos (f. 224 ); 7) ordem do de-tengeo, expedida contra o extraditando(f. 228 ); 8) documento de quaconsta "acusageo nova", presumivel-mente do autoria do representante do

Ministdrio Publico (digo presumlvel-mente porque a copia da a assinatu-ra como ilegivel a nao traz a indica-cao funcional do signaterio) ( f. 231);9) sentenga do Tribunal de PrimeiraInstdncia de Beirute (Primeira Varn),qua decretou a falencia do IntraBank (f. 236).

Determinei o interrogatorio do ox-traditando, de acordo corn o art. 10,9 1.0, do Dl. 394 , designando pars.tanto o die 3 de margo . Pediu-seadiamento , por motivo de sa(de, oqua deferi, a vista do juatificagaoapresentada , vindo afinal o interroga-torio a realizar-se no die 17 do mee-mo mss (f. 276).

No prazo legal fol apresentada adefesa do f. 285, acompanhada dodocumentoa a pareceree de eminentesjurisconsultos.

Alega o extraditando , em sintese:a) qua o pedido niio estd acompanha-do de copia do sentence de pron6n-cia ou do priseo preventive , proferi-de por juiz competente, como exige oart. 7.° do Dl. 394; b) quo nee hiindicaciio precisa dos fates incrimina-dos; c ) qua o pedido do extradigeoatribui a Youssef Beddas a responsa-bilidade apenes por crimes fa limenta-res, cuja punibilidade estd extinta,ex vi do anulageo do sentence qua de-cretara a falencia do Infra Bank, pordeciseo do Tribunal de Apolageo deBeirute, prolatada em 20 de janeiro(f. 332).

A douta Procuradoria -Geral do Re-p6blica oficiou a f. 495, dizendo emresumo : a) qua o extraditando res-ponde a processo neo so per crimede falencia como tambem por outroscrimes previatos na lei libenesa (este-lionato a falsidade documental); b)qua, assim sendo, a procedente o pe-dido de extredigao, inesmo corn a su-perveniencia de lei reguladora do pro-cesso de liquidagao extrajudicial dosbancos , no qual se baseou o Tribunaldo Apelacao do Beirute pare reformera sentence qua decretare a falencia doIntra Bank ; c) qua o pedido setainstruldo corn copia autentica do man-dodo de priseo expedido por autori-dada judicial , o qua satisfaz as exi-gencias do lei brasileira.

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Considerando qua o pedido de ex-tradigio este satisfatoriamente ins-truido, opine a Procuradoria-Geral por

seu deferimento . Men deu so parecera seguinte conclusio:

"Quando, todavia, entenda o eg. Su-premo Tribunal qua ocorre vicio deforme, on ausencia do documento es-aencial, requeiro, deeds logo, ruin sedenegue a extredigio , man as con-verts o julgamento em diligencia, parequa o pedido seja corrigido a comple-tado no prazo improrrogevel de 45dies, findo o qual sere o processo jul-gado, definitivamente , tenha on nosido realizada a diligencia (Dl. 394,de 1938, art. 10, § 2.0)".

Em 30 de margo , alegando eaterdetido he main de 60 dies , o extra-ditando podia qua the f6sae concedi-da a liberdade vigiada (f. 465).

A ease prop6sito, esclarego qua, porAviso de 22.3.67, o Sr. Ministro deJustiga comunicou so Supremo Tribu.nal qua havia concedido liberdade vi-giada so extraditando , em obedie"nciaso preceituado no art . 9.0 do Dl. 394(f. 281 ). Posteriormente, porem,S. Excia . me comunicou haver revo-gado aquele despacho, restabelecendo,

em conseg6encia , o statu quo ante

(Aviso de 28. 3.67, a f. 459).Para o menmo efeito , o extraditan-

do impetrou habeas corpus, sob n6-mom, 44 . 119, distribudo no Sr. Mi-nistro Eloy de Roche, qua sugeriu aredistribuigio do feito so relator doextredigao, no qua foi atendido.

0 habeas corpus eats em mesa parejulgamento , podendo ser relatado apeso pronunciamento do Tribunal s6breo pedido de extredigio.

ADITAMENTO AO RELAT6RIO

0 Sr. Ministro Osvaldo Trigueiro(Relator): - Sr. Presidents, tenhoem mios petigio do advogado Ed-mundo Lins Nato, constituido poloGovern do Republica do Libano.Pede ale pare intervir no proces-

so. Junta cortidio de precedente nomesmo sentido , da qua) se verificaqua o Supremo Tribunal adm!tiu ease

intervengio.Pessoelmente, estou de ac6rdo em

qua o advogado pons, ingressar no

processo a fazer use .la palavra. Men,como $e trate de materia sabre aqual pods existir alguma duvida, sub-meto o pedido a consideragio deV. Excia., pare qua decide comoquestao de ordem on, se for o caso,consults o Tribunal a respeito.

VOTO SOBRE 0 INGRESSO DOADV. EDMUNDO LINS NETO

0 Sr. Ministro Osvaldo Trigueiro(Relator): - Sr. Presidents, o Pro-curador do Republica do Libano jun-tou certidao de precedents , ocorridoem processo relatado por V. Excia.,e em qua era requerente o Governde Austria.

Reporto-me a rase precedents pareconcordar em quo o advogado fagause do palavra.

SUSTENTAC„AO DE PARECER

0 Dr. Oscar Correa Pine (Pro-curador-Gera) de Republica): -Egregio Tribunal. Medida de assis-tencia juridica internacional, no po-litics de repressio so crime, extradi-gio e o ato pelo qual um Estado on-trega um individuo acusado de fatodelituoso, on je condenado coma, crt-minoso, a justiga de outro Estado,competente para julge-lo a puni-lo.

Esclarece Hildebrando Accioly, em

sou Manual de Direito InternacionalPdblico, 2° edigio, 1953, p. 161-2,

verbis:

"Parece qua je ninguem contestsa legitimidade do extredigio , emboraalguns autores a algumas legislag6ess6 a admitam sob condigio de reci-procidade . Entretanto, podem justifi-ce-la, pelo means , estas raz6es: a) ointeresse do justiga natural, qua exigenio posse not individuo subtrair-seas consequencias do delito qua tenhacometido; b) o dever de solidarieda-de dos Estados contra a crime; c) ointeresse dos Estados em qua, partoda a parts , a ordem social seja man-tidal as leis sejam obedecidas e ajustiga respeitada".

Em nosso pa s, a fonte do dreitointern, qua regula o instituto do ex-

tradigio, a ainda o D1. 394, de28.4.38, alem do regra juridica do

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art. 150, § 19, do C.F., de 24.1.67,qua reproduziu o art . 141, § 33, doConstituicio anterior, de 18 . 9.46, nosentido de qua "nio sera concedida aeztradicio do estrangeiro per crimeportico on do opiniio , nem em casealgum , a de brasileiro".

Preceitua 0 art. 7.° do mencionadoDl. 394, de 1938, qua o pedido dovevir acompanhado de c6pia on trasla-do aut6ntico de sentenca de condena-cio, on des decis5es de pron6ncia ouprisiu preventive, proferida par juizcompetente , paces qua deverio con-ter "a indicacio precise do Sato incri-minado, o lugar e a data em qua foicometido a c6pia dos textos de leiaplicivel ii espacie, inclusive dos re-ferentes a prescriciio do acio on dePena, bem como dodos antocedsntesnecessirios a comprovacio do identi-dade do individan reclarnada".

Restrita a defesa aos limites eate-belecidos no art . 10, in fine, doDI. 394, arguiu a extraditando a ile-galidade do pedido, par law qua, si-bre no ter lido instru'do com cdpiaou traslado autentico do decisio dopronuncia ou prisio preventive, aacio penal, polo crime de fal.enciafraudulanta, teria ficado prejudicada,sem qualquer finalidade , ji qua asentence declarat6ria de falencia doIntra Bank f8ra reformada, em se-gunda instincia, em face de super-veniincia de L. 2, de 16.1.67, ofdoc. de f. 338-41, qua disp6s s6breo regime a qua ficam submet;dos asBanos qua suspendem os pagamen-toe.

Parece-me, todavia, qua ease me-t6ria , qua podera ezcluir a acusacio,quanta so crime de fal&ncia fraudu-lenta, ni o a do eer apreciada no pe-dido de eztradicio , mas, oportuna-mente, em defesa, nos autos do acioPanel, parents a autoridade judiciirialibanesa competente.

Nio procede, alias, a alegacio. Aacid penal instaurada contra o extra-ditando neo ficou prejudicada, on semobjeto , em face do superveniencia delei nova, pole ears, em sou art. 14,atribuiu competincia a PromotoriaPublics, so Interventor on i Comis-sio Administrative para recorrer 4autoridade competente, a fim de se-

rem tornados providencias judiciariascontra as diretores a inspetores doBancos, de acdrdo com os dispositivosdo Cddigo Comercial, relatives a fa-lencla, quanto a sun responsabilidadecivil a penal.

Quanta , todevia, se acolha a tesede defesa, nem per isso , bem a dever, estara prejudicada , on sem obje-to, a acio penal , em relacio one cri-mes do esteiionato a falsidede do-cumental, pale pratica dos quais tam-bem esta sendo a extraditando proces-sado em sou pals de origem.

Alega-se, ainda , no defesa, qua opedido de extradicio so restringiu ancrime de fal6ncia fraudulenta.

Realmente . Formalizando a pedi-do, instruido com onze documentospale note n.° 3/67, do 23 de janeiro,junta, per c6pia, a f. 7, declarou aEmbaizada do L bano qua u eztradi-tando esta "indiciado como incurso usepenes doe arts . 689 a 692 do C. Pen.Libanis".

Acentue -se, todavia , qua o pedidonio dove ser entendido a considera-do isoladamente , mas em harmoniacorn as documentos qua o instruiram,todos de indiscutivel autenticidade,doe quaia, entre ilea, o mandadp doprieao, contra qua o extraditando estaeendo processedo peloa crimes do fa-lencia fraudulenta, estelionato a fal-aidade documental, figures delituosasprevistas em nossa legislacio panel.

Alega-se, tambem , na defesa, quaa pedido neo foi instruAo com c6-pia on traalado autentico de decisiode pronrincia on prieao preventive,proferida par juiz competente (DI.394, art. 7.°, cit.).

Conata, poram, dos autos per c6.pia autenticada , qua instruiu 0 pedi-do, o mandado de prisio, uma ordemdo detengio a revelia, ezpedida paleautoridade judiciaria competente, o10 Juiz dos Inquaritos perante oTribunal de Apologia de Beirute, or-dem do qual contra qua o eztradi-tando esta incurso nos arts. 689, 691,692, 693, 655 , 471 a 454 do C. Pen.libania.

Refers, so prop6sito, HildebrandoAccioly, vorbis:

"A grande malaria dos tratados con-siders como documentos essentials

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si)mente o original ou cdpia do man-dado de prisio, ou ato de processocriminal equivalents, contra o refu-giado, se eats a apenas urn acusado;e o original ou ccpia de sentengacondenat6ria, se se trata de um con-denado" (ob. cit., p. 174-5). 0destaque nio a do original.

No mesmo sentido se manifestou oeminente jurists Haroldo Valladio,considerando suficiente pare autorizare extradigio "ato em processo crimi-nal, detenninando privagio do liber-dade do extraditando" (Eatudoe doDireito Internacional Privado, 1947,p. 671).

Na inteligencia do art. 80 doL. 2.416, de 28. 6.11, segundo oqual o pedido devia vir acompanhado"do c6pia ou traslado autentico doeentenga de condenagio on do senten-ga on ato do processo criminal, ema-nado do juiz competente", decidiu oeg. Supremo Tribunal Federal, em9.5.20, no pedido de extradigio nu-mero 25, verbis:

"Em regra, a requisigio deve fun-dar em sentenga condenat6ria on dopronuncia ; mas o mandado de priaiopods justificA -la se for assinado porjuiz competente" (RJ., vol. XX,

p. 474; Rodrigo OtAvio, Dicionsriodo Direito Intarnacional Privado, 1933,p. 151).

0 mandado de prisio, expedido, emforma legal, pale autoridade judiciA-ria libanesa competente , de ac6rdocom as regras juridicas processuais vi-gentes no Estado requerente , autori-za o deferimento do pedido , pare quoo extraditando aeja processado a jul-gado, como de direito , pale Justigado seu pals de origem.

Quando, realmente, a agio penalesteja prejudicada are relagio so cri-me de falencia fraudulenta , materia,alias, a ser apreciada , oportunamente,pela autoridade judiciAria libanesacompetente , subsistiri a acusag"ao,quanto aos crimes de estelionato efaisidade documental , pelos quail tam-bem responds o extraditando.

Ex positis, estando satisfeitos os

requisitos legeis, extrinsecos a in-trinsecos, opino Palo deferimento do

extradigio.

Quando, todavia , entenda o eg. Su-premo Tribunal qua ocorre vicio doforma, on aus6ncia de documento es-sancial, requeiro, desde logo, no sodenegue a extradi$ao, mas as conver-to o julgamento em diligencia, parequa o pedido seja corrigido a com-pletado no prom improrrogiivel do45 dias, findo o qual sere o processojulgado , definitivamente , tenha on nolido realizada a diligencia (Dl. 394,de 1938, art . 10, § 2°).

VOTO

0 Sr. Ministro Osvaldo Trigueiro(Relator): - 0 pedido do priaiopreventive de Youssef Beddas, enca-

minhado pals Embaixada do Lfbanoem 10 . 1.67, atendeu so preceituadono art. 9.° do Dl. 394, segundo 0qual a requisigio , para Asse efeito,sera baseada no invocagio de senten-

ga condenat6ria , de auto de priaio emflagrante ou de mandado de prisio,sendo bastante quo indique qual a in-fragio cometida.

Mas, pare formalizar-so o pedidodo extradigio , exige a lei (art. 7.°)qua Ale seja acompanhado de c6piaou traslado autAntico do sentence docondenagio, on dos decisSes de pro-nuncia on prisio preventive , proferi-dos per juiz competente . Acrescentao preceito legal quo essas pages de-verio conter a indicagio precise dofato incriminado , o lugar e a data emqua foi cometido a c6pia dos textosdo lei aplicivel a especie.Da documentagio apresentada nio

contta pronuncia nem despacho deprisio preventive , a aim mandado dopriaio ( f. 228 ) do seguinte teor:

"Republica Libanesa - Ministeriodo Justiga - Ordem de deten4Ao arevelia emitida pelo Juiz dos InquA-ritos AthiA - N° des fSlhas: 381 -Nome a sobrenome do pessoa con-denada a detengio : Youssef KhalilBeidas . Profissio : Presidents doConselho Administrativo do IntraBank . Nacionalidade : Libanes. Clas-sificagio do crime : falAncia fraudulen-to etc. Arts.: 689, 691 , 692, 693,655, 471 a 454 do Lei Penal. Todofuncionfirio dos f6rgas armadas A in-cumbido do deter o indiv-duo acima

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citado a conduzi-lo sum demos ecan de detengio El-Ramle , podendoem caso de necessidade pedir auxilioit F6rga Armada do p6sto mais pro-ximo, a fim de executer ester ordemquo 6 executive) em todos no terri-t6rios libaneses ; o comandante dop6sto deve atender o pedido de au-xilio, Segundo us termos dos arts. 111a 113 do Lei dos Julgamentos Pe-nais. Assinatura a timbre - Assin.ilegivel".

Nesse documento di-se YoussefBeddas coma ji condenado por crimede falincia fraudulenta , o qua pare-ce ser lapso de tradugio . N6le niose diz, entretanto , por ordem de queautoridade judiciiria , on em virtudede qua sentenga on despecho, esti oextraditando sujeito a prisio qua omandado visa a tomar efetiva. Osdocumentos nude esclarecem quanto ainiciativa do pedido de prisio, se doautoridade policial on de representan-to do Ministirio P6blico, constandodo documento de acusagio a f. 224sbmente a solicitagio pertinente sointerrogat6rio dos acuaados.

Em nosso direito nio a admiss oela equival"uncle entre o despacho qua,motivadamente , decreta prisio pre-ventiva de criminoso indiciado, on jidenunciado, e o mandado que em se-guide se expede Para cumprimentodaquela decisao judicial . Se, quantoa isse ponto , o direito libanis 6 di-verse do nosso, parece-me necessirioqua essa discrepincia seja elucidada.

Por outro lado, o pedido de extra-digio, apresentado so Governo bra-sileiro em 23 .1.67, di Youssef Bed-dos como incurso apenas no crimeprevisto nos arts . 689 a 692 do C.Pen. libanis, qua e o crime de fa-16ncia . Mas nessa data, a falenciado Intra Bank ji estaria suspense,ex vi de lei promulgada a 16 daque-le m6s, a mediante sentenga do Tri-bunal de Apelagio de Beirute, quoa defuse juntou aos autos por certi-dao traduzida (f. 332).

Diante dease fato , no referido nopedido de extradigio, tenho comoimpreacindivel qua se esclarega se odireito libanis admite a aga° penalpor crime de falencia, quando esta

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haja sido suspense par decisio judi-

cial.Por todo o expoato, a deferindo a

qua requereu a douta Procuradoria-Geral do Repiblica , requerimento ra-tificado no sustentagio oral qua aca-be de fazer , converto o julgamentoem diligencia , Para qua, no prezo dequarenta a cinco dies , o Estado re-querente:

1.°) complete a documentagio exi-gida polo art . 7.° do Dl. 394, apre-sentando c6pia autenticada do decisiiojudicial qua haja concluido Palo con-denagao , prontmcia on prisio proven-tiva do extraditando;

2.0) esclarega se o extraditandoainda esti sendo processado por cri-me do fal6ncia , ou adite o pedido deextradigao, as contra o memo hou-ver sido instaurada agio penal porcrime de outra natureza.

Considerando qua o extraditando asache detido deeds 16 de janeiro, onseja, hi mais de sessenta dies -memo com o desconto do periodo deadiamento do interrogat6rio, a seupedido , a dos dial em qua operou arevogagio ordenada polo Ministro doJustiga - defiro a petigio de f6-the 465. Para mandar qua YoussefBeddas fique ern liberdade vigiada,no forma de lei a de ac6rdo corn aSdmufa 2 do Jurisprudencia Predomi-nante do Supremo Tribunal Federal.

VOTO PRELIMINAR

0 Sr. Ministro Adaucto Cardoso:- Min vejo como recusar-se an Es-tado requerente do ertradigio o di-reito de se fazer representar par ad-vogado no processo respectivo.

Ao invis de constituir isso qual-quer menoscabo a nossa soberania,significa reconhecimento dela , imp) -cito no pedido de prestagio jurisdi-cional.

De acirdo corn o relator.

VOTO S/O INGRESSO DO ADV.EDMUNDO LINS NETO

0 Sr. Ministro Djaci Falcio: -Sr. Presidents , tambim defiro a pre-tensio do ilustre advogado , porquanto

642 R .T.J. 45

neo vejo, no sue solicitageo , nenhumaofensa a principio de ordem publica.

VOTO PRELIMINAR

0 Sr. Ministro Eloy do Roche: -Sr. Presidents , o pedido de extradi-gio a forrrrulado polo Estado Estran-geiro so Gov6rno brasileiro. Reme-tido polo Ministerio des Relag6esExterior" so do Justiga, 6 por Esteapresentndo so Supremo TribunalFederal.

Pala Constituigio - art. 114, inc.1. letra g -, so Supremo TribunalFederal compete processor a julgar,originariamente, a extradigeo requisi-tada . A ester jurisdi4io , no tocenteso processo a julgamento do extradi-geo, sujeita-se o Estado estrangeiro.

Neo ha, no men entender, quebrade soberania do Libano , corn a no-meagio de advogado do sou Govern,pars acompanhar o processo parentso Supremo Tribunal Federal . Igual-monte, corn o meamo fato , nio 6 atin-gida a soberania brasileira. A losejudicial do extradigio regula-se polesnormas processuais , observado, ini-cialmente, o principio legal de qua opedido a submetido , so Supremo Tri-bunal Federal, polo Govarno Brasi-leiro . Na apresentagio do pedido, porease forma, so Poder Judiciirio, comono lose administrative , atende-se eregra de qua a solicitagio do extra-digio deve set feita , diretamente, onpor via diplomatica , so Poder Exe-cutivo, em harmonia corn a normsconstitucional de qua a Este cabs, pri-vativamente , manter relagbes corn Es-tados estrangeiros , Mas, instaurado oprocesso parents o Supremo Tribunal,neo encontro razeo, em face do Cons-tituigeo , do Dl. 394 , ou do RegimentoIntern do Tribunal, pare recusar apresenga de advogado do Estado re-querente do extradigio.

VOTO PRELIMINAR

0 Sr. Ministro Aliomar Baleeiro:- Sr. Presidents , no Urte Supremedos Estados Unidos, cujos precedentesmuitas v6zes nos inspiram , ha a fi-gura do arnicus curiae, qua se apro-xima do assistants, corn carts flexi-

bilidade, sempre qua ha situag6esComo esto.

Neo vejo nenhum inconveniente naadmissiio do edvogado do Republicado L.bano.

VOTO

0 Sr. Ministro Pedro Chaves: -Sr. Presidents , an estou nume situa-geo dificil. Depois de tantos votos,estou constrangido a manifestar a mi-nha opinieo absolutamente contrariesaquela quo ja foi manifeatada peloseminentes Ministros por uma razio,Sr. Presidents : o processo de extra-digio neo a urn processo de cortesiaentre nag5es . E a "mio longs" dojustiga qua se extends atraves defronteiras , pare deter um criminosoe sujeiti-lo a lei do local onde foipraticado o delito . De ac6rdo corn alei brasileira , o processo as divide emdues faxes: none face a administrati-va, a de potfincia a potincia, de Es-tado a Eatado, de aoberania a sobe-rania, por intermedio do Ministeriodes Relagbes Exteriores . Sate once-minha a questio pare am leito natu-ral qua e o Ministbrio do Justiga corndestino so Supremo Tribunal Fe-deral. Al ester encerrada a lose ad-ministrative , qua s6 as reabre depoisqua o Supremo Tribunal Federal con-ceder extradigio , passando pare a as-goods na qual as outrage o acusado,on criminoso , extraditando, it pot6n-cia estrange".

Eu penso , Sr. Presidents, qua nioas pode estabelecer pantos de corte-aia em relagio A soberania . A sobe-rania 6 corner a liberdade individual;livre a extreme, fora de qualquercombinagio . Neo a possivel qua aRepublica do L'bano quebra estabe-lecer no concerto des nag6es essa pra-tica de vir expontaneamente aujeitar-se a aoberania do Brasil . Quiga, Se-nhor Presidents, isso nos obrigasseamanhii a uma posigeo igual, polochamado dever de cortesia a poloprecedents . Nests questeo, Sr. Pre-sidente, eu sou radical. Ao estadoestrangeiro s6 compete intervir nofase administrative do processo de ox-tradigia no fase judicial neo. Estecompete so Supremo Tribunal Fe-deral, por f6rga do pr6pria naturezades fung6es do Supremo Tribunal Fe-

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deral 6rgeo do soberania national.Neste terreno, Sr . Presidente, a so-berania do Brasil a dam some leis sateconfiada so Supremo Tribunal. Alenio pods entrar ern ac6rdo , nio fezcontreto, nio fax concessio. Do mes-mo modo qua n6s nio podemos decli-nar do soberania dos tribunals brasi-leiros, n6s no podemos aceitar, Se-nhor Presidente , quo, por via indire-to, o Estado estrangeiro venha a de-cliner de most pr6pria , em materia dedireito p6blico international, a sub-meter-se an nosso julgamento. Quernrepresenta o Estado qua pretendsextradigio a precisamente o Ministe-rio de Justiga do Brasil , atraves deProcuradoria-Geral de Repfiblica.

Portanto , Sr. Presidents, an mevi nests constrangimento, nester posi-gio pare mint sempre desagradivelde discordar de tentoa mestree quame antecederam . Mae, o men pon-to do vista de juiz 6 esse a euno posso deizar do exp64o.

VOTO PRELIMINAR

O Sr. Ministro Victor Nunes: -Sr. Presidents, tambem acompanho,data venue, as considerag6ea do emi.nente Ministro Pedro Chaves, embo-ra a orientageo, qua o Tribunal estfiadotando, posse resultar em melhoresclarecimento dos pedidos de extra-digio e, portanto , era maior facilida.do pare oa nossoa trabalhos.

O proceaso de extradigio , por suernatureza, nio a neceasariatnente ju-dicierio . Qualquer pals pods deixe-lo no piano administrativo, no Cam-po dam relag6ea diplometicas: um go-verno pede e o outro de on nega aextradigio.

No caso do Brasil , intervem o Su-premo Tribunal , por exiggncia deConstituigao . Mas o nosso pronuncia-mento a uma prejudicial do ato -a entrega do acusado - qua outrogov6rno pede ao do Brasil. 0 Governobrasileiro nio pode atender a essepedido sem decisio favorevel do Su-premo Tribunal . Portanto , a decisiodo Supremo Tribunal, do ponto devista dam relagoes internacionais, dizrespeito exclusivamente a conduta doGoverno brasileiro ; no piano dos di-reitos individuals, diz respeito an ex-

traditando, a quern se faculta a defeaade sua liberdade . Quanto ao Estadorequerente, some relag6es sio com oGoverno brasileiro, cuja dependenciado noose decisio a urn problema dedireito intern.

Com a venia devida mom eminentescolegam qua me manifestaram em sen-tido contrerio , acompanho o vote doSr. Ministro Pedro Chaves.

VOTO S/0 INGRESSO DO ADV.EDMUNDO LINS NETO

O Sr. Miniatro Candido Motta: -Sr. Presidents , je tenho votado duesvezes, em casoa sernelhantes, cone.dendo ao advogado dos poises estran-geiros o direito de comparecer an Su-premo Tribunal Federal, porque niose trata pr6priamente de urns relagioprocessual comma a nio me trata ab-solutamente de ofensa a soberania ne-cional, mas de um processo de ea-clarecimentos, qua nos a 6ti1.

O Sr. Miniatro Pedro Chaves: -Mas, pera isto , temos a lei qua man-do instruir o pedido.

O Sr. Miniatro Cendido Motto: -De ac6rdo corn o eminente Relator,

VOTO

0 Sr. Miniatro Evandro Liner: -Sr. Presidents , se V. Excia . permi-ts antecipar o men vote, quanto adiligencia , an o farei recordando umprecedents do Supremo Tribunal Fe-deral, qua foi o do Extr. n.° 251, jul-gada em 30 . 9.63, em qua o pals re-querente era a Belgica , a de qua fuio Relator, tendo tide a honer de earacompanhado pale unanimidade doseminentes colegas presentee naquelaoportunidade . Disse on, naquele, votoqua foi adotado pelo Tribunal:

"R certo qua o g 2.° do art. 10do Lei de Extradigao disp5e:

"Quando por v cio de forme on an-sencia do documento essential o pe-dido deve ser denegado, o Tribunal,a requerimento do Procurador-Geraldo Rep6blica , podere converter o jul-gamento em diligencia pare o fim dean o pedido corrigido ou complemen-tado no prazo improrrogevel de 45

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dies , contados do sun apresentagio

so Tribunal. Findo goes preen, oprocesso seta julgado definitivamente,tenha on nao sido realizada a dili-gencia".

Como so ve dessa disposifao legal,nem o Relator , nem o Tribunal, po-den, ter a initiative de corrigir ovicio porventura existente no pedido.Essa iniciativa Cabe so Procurador-Geral do Republica , qua considerouo processo devidameute formalizedoe proferiu parecer favorivel i extra-dicao, com os elementos existentes nosautos . Neo compete so Tribunal, deofficio , promover a requisigio de do-cumento essential pare conceder opedido . Presume-se qua a solicita4aovenha encaminhada com t6das as for-malidades e todns os requisitos legaispreenchidos . Permits-se , por€m, ox-cepcionelmente , qua o Dr . Procure-dor-Geral de Republica requeira acorre rio de erro on a complementa-ceo do pedido , atravis de diligenciaqua so pode ser deferida pelo Tribu-nal. Note-se: - o proprio relatornao tern competencia , isoladamente,pare atender a qualquer requerimentoqua vise a elteracao do pedido ini-ciat. Apenas o Tribunal pode faze-lo a assim mesmo em prazo fixo aimprorrogivel.

0 processo de extradicao non eum processo comurn. Nero competeso pals requerido a instrureo do fed-to, mas o son julgamento nos termosem qua foi apresentado".

No caso, o pa s requerente apre-

sentou o pedido vos termos em quaentendeu de faze-lo (presume-se quaconhecesse a legislacio brasileira, arespeito ), Lando a Dr. Procurador-

Geral do Repobtica opinando fevora-

velmente a concessao do extradiFio,por entender qua os documentos delaconstantes leveriam a essa conclusio

fatal . Contudo, no final do son pa-

recer. disse, o ilustre chefe do M.P.,em termos vagos , o seguinte:

"Quando, todavia, entenda o eg.Supremo Tribunal qua ocorre viciode forma, on ausoncia de documento.essential, requeiro, desde logo, nao se.dengue a extradiseo , mas as con-verta o julgamento em diligencia,para qua o pedido seja corrigido e

completado no prazo improrrogivel do45 dies, findo o gvel sere o processojulgado , definitivamente , tenha on ansido realizada a diligencia (Dl. 394,de 1938, art. 10, § 2.°)".

A men ver, o Dr. Procurador-Ge-ral tem o direito de requerer a cor-receo do pedido no ponto em quoconsiderar qua houve o vicio formal,mas dove faze-lo expressamente.

O Sr. Ministro Cindido Motto: -Dove, justificadamente.

O Sr. Ministro Evandro Lim: -Se houve o alegado vicio de forma, oTribunal deferiri, on nao, o pedido.O qua entendo , data venie, a quo 0Tribunal nao pods, do of cia, tomara initiative do diligencia, porque, nocaso, no realidade , estaria tomandoprovtdencia pare regulariza5ao do pe-dido, sem requerimento do Procure-dor-Geral , dizendo qual o vicio exis-tents a qual a corre4ao pretendida.

O Sr. Ministro Oswaldo Trigueiro(Relator): - Mae o Procurador-Ge-ral foi explicito na austentacao oral.A enica falta quo ester sendo alegadai a de certidao do despacho de priseopreventiva.

O Sr. Ministro Evandro Lim: -Mae disse o proprio Procurador-Go-ral, Segundo ouvi na sua sustentagiooral a esti escrito no son parecer,qua, de acordo cost a legislagio dolibano, a priseo preventive nao a de-cretada nos termos em qua o fez alegialaceo brasileira . Ni, apenas, esaemandado de priseo, subscrito pelo juizcompetente , mandado qua S. Excia.entendo qua a suficiente para justi-ficar o pedido de extradigio.

O Sr. Ministro Oswaldo Trigueiro(Relator): - E a opinieo do Pro-curadoria-Geral; poderi an ser aminha, on a do Tribunal.

O Sr. Ministro Evandro Line: -Se essa e a opinieo do Procurador-Geral , qua esti explicitada nos autos,como, tambim, o foi polo ilustre ad-vogado do Govern do L'bano, nomesmo sentido, echo qua o Tribunalnao pode, de officio, tomar a inicia-tiva de converter o julgamento emdiligencia.

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O Sr. Mini afro Osvaldo Trigueiro(Relator): - Nio a de officio, VejaV. Excia. qua conclui man voto de-ferindo o qua foi requerido poloDr. Procurador-Geral do Republica.

O Sr. Ministro Evandro Line: -Mae determine tuna aerie de medidasqua neo esteo no parecer do Procure-dor-Geral, nio foram formuladas porAle. Lamento divergir do concluseode V. Excia ., por coerencia com ovoto pronunciado anterionnente a deacerdo corn a deciaao uninime desteTribunal.

O Sr. Ministro Osvaldo Trigueiro(Relator): - A lei preve expressa-mente . 0 qua parece nao ser de boatecnica proceesual a esperar qua oTribunal, primeiro, negue a extradi-gio, Para qua, a Procuradoria posserequerer a diligencia.

O Sr. Ministro Evandro Lins: -A Procuradoria-Geral, se entender quao processo ester incompleto , deve re-querer qua se converta o julgamentoem diligencia . 0 Tribunal deliberarAas concede, ou nio, a diligencia.Penso quo nao se pode atender a urnpedido alternativo.

O Sr. Ministro Osvaldo Trigueiro(Relator): - Pedido qua nio a in-

jur"dico, For ser da noose processua-listica.

O Sr. Ministro Evandro Line: -Como? Pois se a lei the de a oportu-nidede pare requerer a diligencia, Aledeve faze-lo. Depois se pronunciareebbre o merito.

O Sr. Ministro Osvaldo Trigueiro(Relator): - Nao podemos censurara Procuradoria-Geral por excesso dezelo. Entendeu ela, preliminarmente,qua o processo estava been instruidoe opinou pela concessao. Mas foicautelosa , em face do arguigao dodefesa , Para dizer qua, se o Tribu-nal entender quo o pedido nao esterlbrmaliuado , deade logo firs reque-ride a diligencia, na forma do lei.Fe-lo expressamente , por escrito, e oconfinnou na sustentagio oral. Naome parece, assim, quo estojamos de-cidindo or officio.

O Sr. Ministro Evandro Line: -Requereu qua o Tribunal nao dene-

gasse a extradiFao, na hipotese de en-tender qua ocorre vicio de forme.

O Sr. Ministro Osvaldo Trigueiro(Relator): - V. Excia . entendequa o Procurador-Geral so devia re-querer depois qua o Tribunal negas-so a extradigeo?

O Sr. Ministro Evandro Lins: -Deeloca pare o Tribunal a iniciativade diligencia , qua an podemos ter,com a devida venia.

O Sr. Ministro Oawaldo Trigueiro(Relator): - Como Relator, ver'fi-quei a omisaao e, diante do pedidoje feito Palo Provirador-Gervl, d =fe-ri a diligencia . Nao seria curial quao Relator ignorasae ease requeri-mento.

O Sr. Ministro Evandro Line: -Acescento a V. Excia . qua ease de-feito aparente do pedido nao me pa-rece qua fosse resin pare urea dili-gencia, porque tudo indica qua a le-gislagio do L banio nio contem dis-posigio similar a da legislacao bra-sileira, quanto so decreto de prisiopreventive , nos termos dos arts. 311e 315 do nosso C. Pr. Pen. 0 sis-tema e o similar ao mandat d'arretfrances ou no Atto di Cattura italia-no. Vamos verificar se ease documen-to, qua 4 o qua exists de acordo coma legislageo do Libano, preenche ascondigoes exigidas pale lei de extra-digao brasileira . Do contrerio, o pro-cesso de extradigio passaria a ter, noSupremo Tribunal Federal, uma faseinstrutiria , qua me parece no sercomportevel nesse tipo de processo,em qua esteo em j6go soberanias,ativa do pals requerente a passive dopals requerido . Devemos examiner opedido tal qua] foi formulado. paredeferir, on denegar , a extradigeo,aceitando, ou no, ease mandado depris&o como sendo um ato judicialcapaz de autorizar , de justificar aextradigao.

Pego perdeo a V. Excia . por ter-me alongado no justificagao , mas ape-nos quis lembrar precedents do Su-premo Tribunal Federal . Assim, an-tecipei o men voto...

O Sr. Ministro Osvaldo Trigueiro(Relator): - E o fez com o brilhohabitual.

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O Sr. Ministro Evandro Lins: -. no sentido de qua , no caso, de-

veria ser decidida a materia, inde-pendentemente do diligencia.

ESCLARECIMENTO

0 Sr. Procurador-Geral de Repu-blica (Oscar Correa Pins): - Egre-gio Tribunal. A Procuradoria-Geralopinou, em seu parecer , polo deferi-mento do extradicao, entendendo quano requisitos extrnsecos a intrinsecosestavam atendidos.

Requere ', todavia , nos termos dolei, qua se o eg. Supremo Tribunalconsiderasse qua, faltava documentoessencial, - qua, no caso , segundoalegou a defesa , seria a sentence deprisao preventiva, - nao sa donegas-so a extradicao, ones se convertesse 0julgamento em diligencia , para qua,no prazo de lei, se completasse a do-cumentacio.

Este, o esclarecimento qua enten-do de men dever prestar aos eminen-tes julgadores.

VOTO

0 So. Ministro Adaucto Cardoso:- Sr. Presidents, entendo qua naobi melindre do soberania ern j6go.O do qua se trots 6 do dever de as-sistencia internacional em mareria derepressio penal.

Em respeito A necessidade mani-festada polo eminente Ministro Re-lator, de ter melhores esclarecimen-tos s6bre o ponto em qua , segundoS. Excia ., juiz incumbido do ins-truceo do processo, he duvida rele-vents, a desee qua bouve requeri-mento formal do Procuradoria-Geraldo Rep6blica , defiro a diligencia.Eaton de ac6rdo com S. Excia.

VOTO

0 Sr. Ministro Djaci Falc5o: -Tambem defiro o pedido de diligen-cia, sobretudo s vista do qua dispoeo art . 7.° do DI. 394.

VOTO

0 Sr. Ministro Adalicio Nogueira:- Sr. Presidents, sempre votei, aqui,no sentido de qua quando o eminenteRelator prop6e unto diligencia pars

esclarecer determinados pontos, essa

diligencia seja concedida , pois aerie

indispensevel ao processo o entendi-mento do eminente Relator . No caso,j6 as precisavam , j6 se esclareceramquais os pontos quo devem ser escla-recidos.

Neste sentido e o mau voto.

VOTO

0 Sr. Ministro Eloy do Roche: -Sr. Presidente , dispoe a lei - arti-go 10, § 2.0 - qua o Procurador-Ge-ral de Rep6blica pods requergr a di-ligencia a qua o Tribunal pods con-cede-la , on nao . 0 objeto do diligen-cia serh , segundo a lei, corrigir oncomplementar o pedido. P certo, por-tanto, qua , fonnulado o pedido domodo imperfeito on incompleto, cabe,por via do diligencia , a correcio ona complementacio.

Assinalou-se, no discussio , qua re-quisito fundamental , para a extradi-cao, e a existencia de sentence conde-nat6ria, on de decisio de pronhnciaon do prisao preventiva . No caso,no se ofereceu decreto de prisaopreventive, s e n e o, exclusivamente,mandado de detencao on de prisao.O art . 7.° do DI . 394, de 28.4.38,exige se instrua o pedido com a sen-tenca on a decisao a acrescenta: "Es-tas pages deverio conter a rndicacioprecise do fato incriminado , o lugare a data em qua foi cometido, a c6-pia dos textos de lei aplicavel a es-pecie ..." No mandado judicial lidopolo Sr . Ministro Relator , a qua setraduziu cotno "ordem de demncao derevel", nao aparecem, satisfat6riamen-te, eases dodos . Incomplete a inetru-cao do pedido de extradicio , defiroa diligencia, de ac6rdo com o votodo eminente Relator.

VOTO

0 Sr. Ministro Aliomar Baleeiro:- Sr. Presidente , entendi quo 0eminente Relator deseja c6pia auten-tica do decisio , em virtude de qualfoi expedido o mandado do compa-reclmento compulsbrio de YoussefBeddas.

O Sr. Ministro Oswaldo Triguairo(Relator) : - Defiro a diligencia

R.T.J. 45

porque neo me parece qua sale ne-cessirio pedido especifico de Procura-doria-Geral do Republica , pare cum-primento do art. 7.° do DI. 394.

O Sr. Ministro Aliomar Baleeiro:- Porem , a men ver, pelo quo ouvie li, parece qua he , ainda , outras fa-lhse no processo . Nao me pude con-venter de que haja none demincia nosentido do Direito Brasileiro.

O Sr. Ministro Oswaldo Trigueiro(Relator): - Poderi haver, mas neoconsta do processo.

O Sr. Ministro A!lotnar Baleeiro:- Nio hi tons, denuncia contraYoussef Beddas . Um funcionirio po-licial, talvez ate judiciArio , podia soJuiz dos Inqueritos , acusando-o, quoAle fosse ouvido como auspeito. Pa-rece qua so podernos der a extradi-gio a quem esteja on condenado, onpronunciado, on pelo means, denun-ciado . S6 nessa hipbtese poderemosder a extradigio.

O Sr. Ministro Oswaldo Trigueiro(Relator): - A denuncia, sb, neo ebastante . E preciso que haja prisiopreventive.

O Sr. Ministro Aliomar Baleeiro:- Mae a lei estabelece , a o emi-nente Ministro Relator esclareceu duaship6teses . Pare a prisio, baste o papalquo sate of,...

O Sr. Ministro Osvaldo Trigueiro(Relator): - Para a prisao preven-tive.

O Sr. Ministro Aliornar Baleeiro:... mas pars a extradigio a lei

requer muito mais on seja urns deci-sio fundamentada.

O D1. 394, tanto quanto me so-co"e a membria , determine , tambem,qua as reproduzam o texto a os dis-positivos qua regulam quer o crime,quer o processo . Acho qua precisa-r'amos nio s6 do dispositivo do Ie-gislagao processual libanesa on do Leide Julgamentos - parece qua 6 comochamam la - qua regula a matiriadines mandados, para qua saibamos,como aqui as argumentou , se o sim-ples mandado de comparecirnentocompulsbrio pods set expedido contra

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um acusado on testemunha, no as 6algo semelhante no mandado de pri-sio preventive do legisla4ao brasi-laira . P preciso qua haja correspondencia a coincidencia des dues leis.Discutiu-se muito , nos memorials,acerca do art. 30 do C . Pr. liba-nes, qua diz que, fora daquelas prea-crigoes do C6digo , nio se dare a ex-tradlgao naquele Pais senao em vir-tude de urn tratado corn forga delei. Acho qua precisevamos tar textoautentico , conferido pelo Itamarati,dessas prescrigoes , es quais fez re-missio o art . 30 do C . Pr. liba-nes.

Destarte , Sr. Presidents, o menvoto coincide corn o do eminente Re-lator, corn o acrescimo sbbre o qual,se o Tribunal achar relevante, deli-berare.

VOTO

O Sr. Ministro Pedro Chaves: -Sr. Presidents , por varies rezoes souobrigado a dissentir, outra vex, doseminentes colegas.

O eminente Ministro Evandro Linsdeixou bem claro , Sr. Presidents,qua a iniciativa do diligencia cabsno Procurador, a s6 a Ale. Nem oRelator e nem o Tribunal podem or-denar de officio . Isto nio a urna sin-gularidade do nosso Direito ; trata-sede um direito penal international, ae lei brasileira dispoe textualmente:o pedido deve set instruido suficien-temente cbm estas a hqualas pegas.

Sr. Presidents , no processo penal,no processo civil he exigencias seme-]hentes - e a prove preconcebidapare ago" de certo rito. 0 Estadoestrangeiro nem memo pale via ad-ministrativa pods vir an Ju'zo na-tional, a sate maie alta Instincia doPals, fazer um pedido do extradigiosem cumprir , em primeiro lugar,aquelas exigincias preliminares, doproves preconcebidas . 0 Tribunalbrasileiro sb tome conhecimento dopedido de extradigao, encaminhadoatraves do Ministerio des Relag6esExteriores , por via do Ministerio doJustiga , quando o pedido contiver As-sea elenientos.

O Sr. Ministro Evandro Lins: -Nao 6 urn processo contradit6rio.

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O Sr. Ministro Pedro Chaves: -Na forms da cortesia international,cultivando boas relagbes com as pasea estrangeiroa , compreendendo a ig-norancia do Direito Nacional porparte do pals estrangeiro , entao, sefaculta so Ministerio Publico supe-rior do Republica, so Procurador-Ge-ral der Republica pad r a converssodo julgamento em diligencia, Parameihor instruSeo , nao, para julgamen-to. Agora, no caso, ocorreu isto?- Nao ocorreu . 0 eminente DoutorProcurador-Geral de Republica deu-ce p!enamente satisfeito por escrito,e ainda oralmente, nests julgamento.S. Excia . declarou qua o pedido esteformalmente perfeito , qua ha todosos requisitos exigidos pals lei pro-cessual brasileira , entretanto, con-cluiu a faculdede de propor diligen-cias qua a minha , a iniciativa qua eminha, peculiar do men cargo possodeferi-la cos eg . ju'zes, as entenderemqua o pedido nao ester been instruido.Da minha parts, no aceito ease de-licadeza do Procuradoria -Geral daRepublica, Sr. Presidente. E he,ainda, most outra circunstencia: Vos-sea Excelencias terro a esperanga detamer parte, no julgamento deste casopassados quarenta a cinco dial. Euno, Sr. Presidents . Nao tenho easeesperanga . E trouxe pare Aste Tri-bunal uma coisa qua nasceu comigo,qua nasceu na minha alma : 6 a pai-xao pets verdade, 6 o inter@-fie palsliberdade humans, principalmenteneste mundo qua hoje 6 tao pequeno,qua a urn mundo s6. Urn cidadaovein hater as portas do nosso cora-gao, entrou no nosso Pais a teve afortune de entrar milionario - di-zem, al, pelos corredores , como mi-]hares de outros entreram na miseria,trazendo apenas boa vontade a asmaos para o trabalho - nao pode-mos entroga-lo, Sr . Presidents, a urnpas estrangeiro qua vai julge-lo sobpaixao de acontecimentos locais; naopodemos afaste-lo do nossa terra, ba-tendo a porta da nossa Justiga nosua care , enxotando-o coma a urn re-probo. Sal qua estou extravasando amateria qua ester sendo discutida, masa razao 6 eats : nao voltarei a tomarparte neste julgamento , Sr. Presiden-

te. For isto estudei, polo memorialqua recebi, o merito do caso.

O Sr. Ministro Evandro Lins: -Pods ser qua V. Excia . ainda to-me parte no julgamento . Talvez Vos-sa Excelencia nao deva antecipar souvoto, por esta razao . Sao quarenta ecinco dias improrrogeveis , pals lei.Gostariamos qua V . Excia . ficasseconosco por mdo o sempre, e e corngrande pesar qua sabemos qua deixa-ra o nosso convlvio, por limits deidade.

O Sr. Ministro Pedro Chaves: -Ninguenr , Sr. Presidente, pode serprocessado por crime falimentar, nemno Brasil, nom no Libano, nom noVietna do Norte, ser haver crime defalencia, ser haver processo de fa-lencia a ser qua as autos instruam opedido dirigido a este Tribunal. Naespecie, a sentenga condenat6ria defalencia foi cassada . Tmmbem foramapontados outros artigos do C6digoPenal qua teriam sido infringidos po-lo extraditando , qua a acusado de es-croquerie, 6 acusado de frauds, 6acusado de ter sacado o dinheiro nu-ma conta secrete de pa's estrangeiroe passado , tambem, pare a sua con-to (ate parece equals policia secre-te qua tambem era numerada) urnmilhao de libras . Mas tudo isto, Se-nior Presidente, nao passe de meracogitagao . Esses crimes , esse este-lionato, ease escroquerie, Case desfal-que seriam elementos justamente docrime falimentar . Esse 6 o nosso Di-reito , ease 6 a nossa Jurisprudencia.Agora, desaparecide a falencia, desa-parece o crime falimentar . Era pre-ciao qua houvesse uma denuncia as-pecifica para cads um dosses crimes,era preciso qua houvesse um proces-so autonomo par esse estelionato, naoenquanto sejam exclusivamente ele-mentos do crime falimentar.

For isto, Sr . Presidents , sinm-meconstrangido a denegar ease diligen-cia. E nao 6 uma diligencia propos-ta polo Relator, qua os Tribunals teracolhido geralmente . Raramente, aquimesmo neste Supremo Tribunal, te-nho deferido pedido de diligenciaqua me parega absolutamente deane-cesserio. Maa, no caso , nao 6 o emi-

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nente Relator do processo, nosso ilus - Lafayette de Andrade a Luis Gal-tre colega Oswaldo Trigueiro , quern lotti . Ausentee, juatificadamente, osaugers, Mae expedients , e o Ministe- Exmos. Sn. Ministros Hahnemannrio Publico qua a formula, imperti- Guimaries a Prado Kelly . Impedido,nente a inoportunamente . o Exmo . Sr. Ministro Gongalves de

Indefire o pedido, Sr . Presidents . Oliveira.

Brasilia, 19 de abril de 1967. -VOTO Alvaro Ferreira dos Santos, Vice-Di-

0 Sr. Ministro Victor Nunes: -rotor-Geml.

Sr. Presidents, acompanho o eminen- RELATORIOto Relator, determinando a diligencia , O St. Ministro Oswaldo Trigueiro:porAm coin a ressalva de qua devem - Em 19.4.67, o Supremo Tribu-eer especificados as pontos a serem nal Federal, apreciando o pedido dosuplementados . extradigio de Joseph Besides , formu-

VOTO

0 Sr. Ministro Cdndido Motto: -Sr. Presidents, pego licenga parsacompanhar o eminente MinistroEvandro Lins . Acho qua sb o Pro-curador-Geral do Republica 6 querntern a iniciativa do diligencia a Aleaction qua o processo estava regular.Ele nio pode, Purim, pedir nma di-ligencia Para corrigir aquilo qua achouqua estava certo . AlAm do que oprocesso de extradigio se besets emdiligencias formals, qua podem sersolicitadas polo pals interessado no-vamente.

De modo qua acompanho a emi-nente Ministro Evandro Line, datavenia.

DECISAG

Como cousin do ata, a decisio foia seguinte : Ficou decidido contra asvotos dos Ministros Pedro Chaves,Victor Nunes a Lafayette de Andra-de, qua o pals requerente pode inter-vir, por men advogado . Converteu-seo julgamento em diligencia , contra asvotos dos Ministros Evandro Lins,Pedro Chaves a CAndido Motto. Una-nimemente , decidiu-se p6r o extradi-tando em liberdade vigiada.

Preside"ncia do Emma . Sr. Minis-tin Luis Gallotti . Relator, 0 Exce-lentiasimo Sr . Ministro Oswaldo Tri-gueiro . Tomaram parts no julgamon-to as Exmos. Srs. Ministros Adauc-to Cardoso, Djaci Falcao, Eloy doRoche, Aliomar Baleeiro , Oswaldo Tri-gueiro , Adalicio Nogueira , EvandroLins, Hermes Lima, Pedro Chaves,Victor Nunes, CAndido Motto Filho,

lado polo Gov6rno do Republica doL'bano, converteu o julgamento emdiligencia, Para qua 0 requerente, noprazo de quarenta a cinco dies:

1) completasse a documentagaoexigida polo art. 7.e do DI. 394,apresentando c6pia autentica do de-cisio judicial relative A condenagio,pronuncia on prisio preventive doacusado;

2) esclarecesse se o extraditandoainda estava sendo processado porcrime de falincia, on aditasse o pe-dido de extradigio, Be contra o mes-mo houvesse lido instaurada agio pe-nal por crime de outra natureza.

An mesmo tempo , considerandoqua o extraditando Be achava pr6sohi mais de sessenta dies, deferiu opedido de f. 465, pare mandar quoJoseph Beddas ficasse em liberdadevigiada, no forma do lei a de ac6rdacorn a Ster ula n .0 2.

Dessa decisio deu-se ci6ncia so Se-nhor Ministro de Justiga a so De-legado do Departamento de PoliciesFederal no Estado de Sio Paulo (f6-]has 765-768).

O Govern do Libano, por petigiode 1.0 de junho , atendeu a diligenciadeterminada polo Supremo Tribunal,juntando as documentos de f. 542-711,s6bre as qualm felon o extraditandoA f. 775, tondo a Procuradoria-Gera]de Republica reiterado parecer polodeferimento do extradigeo (f. 884).

Ocorre, porem , que, a 6 de junho,o Ministro do Justice interino comu-nicou so Supremo Tribunal quo oextraditando havia quebrado o com-promisso do liberdade vigiada, quoThe f6ra concedida (f. 772).

650 R.T.J. 45

Informado d"ease fato , solicitei soSr. Ministro do Justice , por inter`medio do Presidencia do SupremoTribunal, que determinasse as provi-dencias necessarias a capture do ex-traditando , a fim de que o presenteprocesso pudesse ser trazido a julga-mento ( f. 888).

Em data de 2 . 5.68, recebi do Se-nhor Ministro do Justiga o Aviso def. 896 , acompanhado de cipia de so-licitaSao do Ministerio des RelaSSesExteriores , do teor seguinte:

"Corn referenda so Officio DJ/533,de 21 . 6.67, tenho a honra de leverno conhecimento de V. Excia., paraon fins de direito , que a Embaixadado L'bano, por note de 29 de novem-bro ultimo , comunica a prisao, emterrit6rio suico, do cidadao libanesYoussef Khalil Beidas a solicits, amconsegiiencia , a retirada do pedido deextradigao apresentado no GovemoBrasileiro referents iiquele cidadio.

De ac6rdo, ainda, corn a note enaaprefo , cuja c6pia segue anexo, a re-ferida Missao Diplom6tica pede quatodos on documentos , originals a res-pectivas tradug6es , que instruiram oprocesso de extradigio , sejam do mes-mo desentranhados a, independente-mente de traslado , entregue no Don.tor Edmundo Line Netto , advogadoda Republica do Libano on a quernsubstabelecer on poderes que the fo-

ram conferidos pela mesma Embai-=do".

VOTO

0 Sr. Ministro Oswaldo Trigueiro(Relator): - Tendo em vista o quaconsta do relat6rio , conheco de so-licitacao do Govemo do Libano comopedido de desistencia , a voto por suahomologagao.

EXTRATO DA ATA

Extr. 270 - Libano - Rel., Mi-nistro Oswaldo Trigueiro. Regte.Govemo do Libano . Extdo. Youssef(ou Joseph ) Beddas ou Youssef Kha-lil Beidas ( Adv. Jose Frederico Mar-ques).

Decisao : Homologada a desisten-cis, uninimemente.

Presidencia do Sr . Ministro LuisGallotti . Presentee a sessio on Se-nhores Ministros Thompson Flores,Amaral Santos , Themistocles Caval-canti, Barros Monteiro , Adaucto Car-doso, Djaci Falcio, Eloy do Roche,Oswaldo Trigueiro , Adalicio Nogueira,Evandro Lins, Hermes Lima, VictorNunes a Lafayette de Andrade. Au-sente, justificadamente, o Sr. Minis-tro Aliomar Baleeiro.

Bras lia, 23 do main de 1968. -Alvaro Ferreira dos Santos, Vice-Di-retor-Geral.

REPRESENTA¢AO N.' 701 - R3

(Tribunal Pleno- Mat6ria Constitueional) ern - -732AUA- /q.G.

Relator pars o ac6rd9o : 0 Sr. Ministro Themistocles Cavalcanti.

Representante : Procurador-Geral de Republica , Representada : AssembleiaLegislativa do Estado.

R legitirna a atribuigio por Is) do pontos pare candidatos emconcurm qua hajam preenchido aortas condiyoes de ezercfcio. Naoestando provado que a aplicagao do lei exclui outros candidatos, nohe coma considers-la manifestamente inconstitucional. L. 5.145,do 13.12.65, do Rio Grande do Sul.

ACORDAO Ministros do Supremo Tribunal Fe-

Vistas, relatados a discutidos on au- deral , em Sessio Plenfiria , na confor-

tos acima identificados, acordam os midade do ate do julgamento a des

R.T.J. 45

notes taquigrificas , por maioria devotes, julgar improcedente a repro-sentagio, por nio ter sido alcangadoo quorum necessirio a declaragao doinconstitucionalidade.

Bras lia , 29 do novembro de 1967.- Lair Gailotti, Presidente - The-.miatocles Cavalcanti, Relator pare oAc6rdio.

RELAT6RIO

0 Sr. Ministro Barros Monteiro:- 0 Govemador do Estado do RioGrande do Sul, em representa(;iodatada de 8.3 . 66, dirigida on DoutorProcurador-Gera) do Republica , ergiiia inconstitucionalidade de L. est. 5.145,de 13 . 12.65, promulgeda polo Presi-dente de Assembl6ia Legislative doEstado.

Essa lei, alterando leglslagao ante-rior , determinou a aprovag o em con-

curao de candidatos quo contassemcingiienta pontos por ano do servigo,del resultando a aprovagio implicitado candidates j6 reprovados, com asupresaiio do prove seletiva , desde quatongs os candidatos tinham j6 o nu-mero minimo do pontos exigidos.

Al6m disso , adotando n6vo crit6riopare o julgamento des proves ji rea-)liizadas, alterou , rose isso, a classifica-cio de candidatoa, ji feits.

Segundo a representagio , sio gatesos preceitos constitucionais afronta-dos pale citada L . est. 5.145:

"a) vulnerou a regla inscrita noart. 186 de Constituigio Federal, .fi-bre ser obrigat6rio o concurso parea primeira investidura em cargo decarroira, como dome natureza sioaquiles criados pela L. 4.608, do27.12.63 (Documento n.° 1) expres-so na exigencia de concurso p4blico,conforms sou art. 3.0 e seguintes;

b) leeou as claras o princ pio doacessibilidade dos cargos p6blicos atonos as brasileiros , encontrado no or.edge, 184, combinado corn os arts. 186e 188 de Conatituigao Federal a re-petido no art. 201 do Constituigiodo Estado tom main rigor, tanto aquiBe exige o concurso p6blico pare to-dos as cargos , de cerreira on nio, sal-vo os quo a lei declarar de comissioou conflanga (Documento n° 5);

651

c) por fim, retroagindo pare alcan-car aituagio consumada a vigencia dolei anterior , quando manda splicer osnovos crit6rios nos concursos ji rea-lizados, tal lei afronta o mandamen-to do art. 141, § 3.01 do Constitui-gao Federal".

Ouvida, manifestou-se a AssembleiaLegislative do Estado , a f. 38-40, do-clarando qua o qua se pretendeu coma lei impugnada foi der "tratamentojunto a adequado a virios milharesde servidorea ", havendo "situagiies doordem social a human qua sio vi-lidas, tanto quanto as do ordem le-gd"

A Procuradoria-Geral do Rep6bli-ca, em parecer subscrito polo DoutorAlcino de Paula Salazar, 6 pale pro-cedencia do representagio.

E o relat6rio.

ANTECIPAcAO AO VOTO

O Sr. Ministro Barros Monteiro(Relator): - Sr. Presidente, a ob-servagao inicial do nobre advogadodeveu-se so fato seguinte : lancei o"visto" nests, processo logo nos pri-meiros dies de minha chegada ao Su-premo Tribunal Federal, realizandourns pesquisa core o fito de saber soBe interpusera algum recurso de de-cisio do eg . Tribunal de Juatiga doRio Grande do Sul , dando pela cons-titucionalidade de lei qua 6 objetodo presents representacao . Nio en-contrei nenhuma dacisio a respeito,tondo o douto advogado confirmadoqua, realmente , no Estado do RioGrande do Sul, inexistia recurso dedecisio do Tribunal qua julgou cons-titucional essa lei . Mae, em qua pesoo brilho de sua suatentageo, entendoqua ler a representagio 6 julgi-laprocedente.

VOTO

O Sr. Ministro Barron Monteiro(Relator): - Entendo qua, real-mente, no eap6cie , vulnerados foramas preceitos do anterior Lei Magna,indicados no representogio.

Ocorreu, primeiramente , infragiode regra inscrita no art . 186, vistoqua instituiu a mencionada L. 5.145,o concurao pare a primeira investi-

652 R.T.T. 45

dura em cargo de carreira em condi-g6es que excluem a apreciagio domdrito , e, ainda, o mandamento doart. 141, § 3 .°, garantia do direitoadquirido a do ato juridico perfeito,sacrificados corn a invocagio retroa-tiva.

Como p6e em destaque 0 DoutorProcurador-Geral da Republica o quahouve, no caso , em ultimo anilise,foi o provimento de cargos pole As-sembldia com a deteratinagio de umconcurso em qua sio aproveitadostodos as candidatos j6 corn certotempo de servigo , urn concurso seraapuragio de merecimento , com exclu-sio do Executivo em atribuigio quathe d precipua".

Julgo, como disse, procedente a ro-presentacio a fim de proclamar a in-constitucionalidade da lei impugnada.

); o men voto.

VOTO

0 Sr. Ministro Themistocles Ca-valcanti : - Data venia do Sr. Mi-

nistro Relator , echo quo nio viola o

principio da apuragio da capacidade

dos concursos publicos atribuir-se de-

terminados graus polo exerc'cio de

fung6es especiais , proves de capaci-

dade , realizagio de concursos no exer-

cicio de atividades especiais . 0 exer-

cicio do cargo jd constitui prova de

estagio . Pods set atribuido determi-

nado grau , polo preenchimento dosses

requisitos.

A minha divida 6 apenas a se-guinte : se ease gran atribu 'do exclui,automaticamente , apnivaggo de anticscandidatos.

O Sr. Ministro Berms Montefro(Relator): - Exclui.

O Sr. Ministro Amaral Santos: -Estavarn aprovados automaticamente.

O Sr. Ministro Osvaldo Trigue'i-ro: - Na verdade , os interinos niofizeram concurso. Foram aprovadospole lei , porque lhes atribuiu, previa-mente, um tal grau, polo qual esta-vent aprovados.

O Sr. Ministro Barrow Monteiro(Relator): - E o qua d iz o Dou-

tor Alcino de Paula Salazar:

"O qua houve no caso, em Gltimaandlise , foi o provimento de cargospale Assembldia com a determinagiode um concurso em qua sic aprovei-tados todos as candidatos ji corn cer-to tempo de servigo, um concursoseat apuragio de merecimento, cornexclusio do Executivo em atribul4ioqua Thee precipua".

0 Sr. Ministro Themisiocles Ca-valcanti: - Data venia, nio confideto a lei manifestamente inconstitucio-nal, por essa questio puramente dofate, isto d , nio ester provado quoease grau exclui outros candidates,,tanto assim , qua foram nomeados can-didatos estranhos so funcionalismo.

VOTO

0 Sr. Ministro Djaci Falcio: -Sr. Presidente, tenho comp eviden-te urn tratamento desigual entre can-didatos a um concurso . Par into, an-te a ofenaa ao proceito do art. 186,da Carta de 1946, estou de intoiroac6rdo com o eminente Relator.

VOTO

0 Sr. Ministro Aliornar Baleeiro:Sr. Presidente , acredito qua tan-

to o chamado concurso interno, emquo sio admitidos s6 os interinos,quanto as formal mascaradas, a quachegam atravds do discriminegiies, to-dos sio incompativeis corn o art. 186da Constituigio de 1946.

Acompanho o eminento Relator.

VOTO

O Sr. Ministro Evandro tins:Data venia do eminente Relator,acompanho o eminente Ministro The-mistocles Cavalcanti.

Entendo que nio houve ofenaa anenhum dos principios do art. 7.0,VII, da Constituigio de 1946.

Outras in(meras leis, no Pais, tammandado aproveitar interinos em car-gos de carreira.

Quando fui Procurador-Geral daRepublica, tive oportunidede de, pumarepresentagio do Estado da Bahia,fazer um levantamento news sentido,nio s6 no campo federal come nocampo estadual.

R.T.J. 45

Jamais o Supremo Tribunal de-.lsrou a inconstitucionalidado dessasleis . Sempre admitiu a am constitu-cionalidade sob o argumento de quoa interinidade no funfio, por urn pe-riodo dilatado, we man pruva de ofi-ciencia no servigo.

Se emm dernissiveis ad notion...

O Sr. Ministro Aliomar Baleeiro:- Mas poem son desigualdede osqua tiveram o favor de uma nomea-4io.

O Sr. Ministro Evandro Lins: -..e se nio chegaram a ser demiti-

doe, se a Administracio entendeuqua seas servicos estavam sendo uteis,nio havia ratio pare demiti-los. Ba-se aproveitamento foi feito em largeeecala, em todo o Pals.

Como acenmou o eminente Minis-tro Prado Kelly, no vigencia doConstituigio de 1946 , a jurispruden.cia do Tribunal aempre foi nesse son-tido. Acho qua todos dela estamosrocordados.

Para se declarer a inconstituciona-lidade de urns lei a preciso quo alefirs a Constituigio.

O Sr. Mini afro Oswaldo Triguei-ro: - Mas je foi no vigencia doEmenda . A Emends je pemritia a de-elaraFio do inconstitucionalidade.

O Sr. Ministro Evandro Lim: -O fundamento ainda e a Conatituiciode 1946 . A Emenda apenaa estendeuo exams do inconstitucionalidade itlegislatio federal . Mas no caso secuida de lei estadual . Nio estamosdeclarando , aqui, a inconstitucionali-dads de lei federal.

O Sr. Ministro Victor Nunes: -Quando a Emenda 16 ampliou o im-bito do representacio, masmo nos ca-sos de unions on son estodual, nor,ficou ale limitada aos princ pins doart. 7.°, n o VII.

O Sr. Mini afro Oswaldo Triguei-ro: - N6s entendemos assim.

O Sr. Ministro Aliomar Baleoiro:- Foi amplamente.

O Sr. Ministro Victor Nunes: -A Emenda referia-se a "lei on ato detestiness normative, federal, ou esta-

653

dual", mesmo fora dos cows do or-tlgo 7.°.

O Sr.* Ministro Aliomar Baleeiro:- Para we a pars online, estaduaisa federais.

O Sr. Ministro Evandre Lins: -Seguindo a jurisprudencia do Tribu-nal, no podemos , em face du Cons-tituigio de 1946, entender qua eramconstitucionaia t6das as outras leisqua regularam hip6teses semelhantes,son outros casos, a diner qua eats einconstitucional, quando ale foi edi-tada ainda no vignrcia do Carta de1946.

Assim , corn a devida venia do emi-nente Relator, acompanho o eminen-te Ministro Themistocles Cavelcanti,julgando improcedents a representa-goo.

VOTO

O Sr. Ministro Victor Nunes: -Sr. Presidents, tambem acompanhoo Sr. Ministro Themistocles Caval-canti, data venia do eminente Rela-tor.

A Constituigio rte 1946 nio exigia.obrigatoriamente , concurso de pro-vas a titulos . Ela se contentava cornalguma dessas modalidades de con-curso . No exigia sequer qua o con-curso fosse de classificagio , bastandoa prove de habilitayao ; a neste tipode prove, o exerclr-in funcional niopods deixar de sot levado em conta.

Dir-se-a qua exclui a concorrencia

de estranhos . Mn a concorrencia de

estranhos neo era exigida pale Cons-

tituiFio em todos os casos . Ficava

so criterio do legislador instituir nine

on outra des modalidades de con-

Carso.

Nossa jurisprudencia a farts noexams de causes deasa natureza.

No caw, nem a inconstitucionali-.dada a evidente , nem me parece quahaja eiva de inconstitucionalidade,em face do regime de 1946.

VOTO

O Sr. Ministro Gonyalves de Oli-veira: - Sr. Presidents , em face deConstituigio atual, Cu nio teria du-

vida em acolher a arguicio de in-constitucionalidade , porque entendoqua ale veda a romeagio de interi-

654

nos. Man, no verdade, em face doConstitui$io anterior, a efetiva4io deinterinos foi assegurada em manda-mento de ordem legislative, a o Su-premo Tribunal virias vizes teve en-sejo de manifestar-se pale constitucio-nalidade dessas nomeag6es.

Assim, peso venia no eminente Re-lator a son eminentes colegas qua oseguiram pare acompanhar o voto doeminente Ministro Tbemistocles Ca-valcanti.

VOTO

0 Sr. Ministro Prado Kelly: -Sr. Presidente, data venia do emi-nente Relator, cujos votes, em geral,sempre traduzem alto senso de jus-tice, permito-me acompanhar o emi-nette Ministro Themistocles Caval-canti, nio so pela razio apontadaper S . Excia . pars a conclusio quaindicou, on seja, a de nio se havertornado manifests a violaFio do cliu-sula constitucional , come, porque novigencia do estatuto de 1946, aplico-vel d cause, outra era a jurisprude"n-cia do Tribunal.

Citam-se acordios em sentido opos-to i arguifio de inconstitucionalidadedes leis impugnadas.

EXTRATO

Rp 731 - RStro Raphael de

RECURSO

R.T.J. 45

Rpte . Procurador-Geral de Republi-ca. Rpda . Assembleia Legislative doEstado.

Decisio: Julgou-se improcedente arepresentasio , por nio ter side alan-r,ado o quorum necesserio i decla-ra£io de inconstitucionalidade. Vote-ram per note os Ministros Relator.Amaral Santos , Djaci Falcio, AliomarBaleeiro, Osvaldo Trigueiro , AdalicioNogueira a Presidente . Votaram peltconstitucionalidade os Ministros The-mistocles Cavalcanti , Prado Kelly,Evandro Lins , Hermes Lime, VictorNunes a Gongalves de Oliveira. Im-pedido, o Sr. Ministro Eloy de Ro-cha. Falou o Dr. Angelito A. Ai-quel pale Assembleia Legislative doEstado.

Preside"ncia do Sr . Ministro LuisGallotti. Presentee , os Srs . MinistrosAmaral Santos, Themistocles Cavel-canti, Raphael de Barros Monteiro,Djaci Falcio , Aliomar Baleeiro, Os-valdo Trigueiro , Prado Kelly, Adali-cio Nogueira , Evandro Lins , HermesLima, Victor Nunes a Gongalves deOliveira . Lianciado, o Sr. MinistroLafayette de Andrade . Ausente, jus-tificadamente, o Sr. Ministro Adauc-to Cardoso

DA ATA Brasilia, 29 de novembro de 1967.Rel., Minis- - Alvaro Ferreira dos Santos, Vice-

Barros Monteiro . Diretor-Geral.

DE MANDADO DE SEGURANQA N.° 12.431 - SP(Segunda Turma) mil, X05

Relator: 0 Sr . Ministro Adalicio Nogueira . 44 , 4,Rearrente: Nacional Atletico Clube. Recorrida: Uniio Federal.

Materia complexa, envolvendo questoes de Cato, apureveis me-

diante prove, silo pode ser deslindada em mandado de seguranga.

Recurso ordindrio, a qua se negou provimento.

AC6RDAO

Vistos , relatados a discutidos istesautos, acordam as Ministros do Se-gunda Turma do Supremo Tribunal

Federal , em conformidade com a atede julgamentos a notes taquigraficas,

negar provimento ao recurso , unini-

memento.

Brasilia, 12 de setembro de 1967.

Evandro Lino e Silva, Presidente

-- Adalfcio Nogueira, Relator.

RELAT6RIO

0 Sr. Ministro Adalicio Nogueira:

- 0 parecer de f. 175-176 do dou-

R.T.J. 45 655

to Procuradoria-Geral do Rep6blica,resume a mat6ria em discuse5o:

"0 assume de presents suplica flea

reeiste ii preliminar do conhecimen-

to de mat6ria: a Recorrente slogan

comp autoridade coatora a Federa4i o

Paulista de Futebol, qua, do confor-

midade corn os most estatutos (f6-

lha 67 ) 6 mera sociedade civil corn

penonalidado juridica a patrim6nio

pr6prios . 0 reibaizamento de categoria

qua a Recorrente se diz vitima deve-

ria ter ensejado os recursos pr6prios

junto an Conselho Nacional de Des-

portos , 6rgeo do poder publico, de-

pendente do Miniat6rio de Educagio

em am face administrative a com-

posto de membros nomeadoa polo Se-

nhor Presidents de Republica -

( arts . 1- a 2.0 do Dl. 3.199).

No tocante ao ezame do m6rito,

- cam nio prospers, a incisive pre-

liminer do rile conhecimento, - so-

mos por qua neo se permits do ru-

morose contends no embito augueto

do Mandado de Seguranga . Da con-

tradi4io des proves nasceu urns ne-

bulosa discusseo qua neo possibility

an eminente Julgador do Pret6rio Su-

premo vislumbre, cm nitidez, urn di-

reito liquido a certo malferido.

Polo neo conhecimento . Se conhe-

cido, qua provido nio o seja.

Profissionais de Futebol do Estado,

sob o pretexto de qua, sendo clubs

fundador do Liga Paulista de Fu-

tebol, quo se converteu , ap6s, naque-

ls FederaFio , tern qua participar do

divisi o principal, visto quo is" di-

reito foi reconhecido a todos os fun-

dadores daquela Liga, quando do sue

constituifeo.

A seguransa foi denegada palesinstAncias locals.

Quer, agora, a impetrante , atrav6s

do presents recurso ordin6rio, ver re-

formadas aquelas decis5es.

Mas, tal no 6 poss:vel. A mat6ria

complexa, qua as ventila nestes au-

tos, envolve queat6es de fato, apur6-

veis mediante apreciapeo probat6ria,

incabiveis no esfera do mandado de

segumnFa. Para lograr o a qua as -

pira o recorrente , h6 qua equilatar-se

a sua capacidade t6cnica, "em aSio

do campo probat&io mais amplo",

come salienta a Procuradoria do Re-

p6blica, a f. 170.

Nego provimento so recurso.

DECISAO

RMS 12 .431 - SP - Rel., Mi-niatro Adalicio Nogueira . Recta. No-

clonal Ati6tico Clubs (Adv. Afonso

(lather ez). Recta . Uniio Federal.

Decisao: Negou-so provimento, una-nrmemente.

R o relat6rio.

VOTO

O Sr. Miniatro Adalicio Nogueira

(Relator): - 0 qua o recorrente pre-

tende, atrav6s de mandado de segu-

range, impetrado contra a Federa4eo

Paulista de Futebol, 6 desfazer 0 ato,

qua entende ilegal, praticado por data

ultima, qua o rebaixou de Divisso

Especial pare a Primeira Divisao de

Preaidencia do Sr. Ministro Evan-

dro Lins a Silva. Presentes os Se-

nhores Ministros Adaucto Cardoso,

Aliomar Baleeiro, Adalicio Nogueira e

o Dr. Oscar Correia Pine, Procure-

dor-Geral do Republica, substitute.

Ausente, por eater licenciado, o Se-

nhor Ministro Hahnemann Guima-

ries.

Braille, 12 do setembro do 1967.- Guy Milton Lang, Secret6rio.

656 R.T.J. 45

RECURSO DE MANDADO DE SEGURANQA N.' 15 . 621 (Ag.) - SP

(Tribunal Pleno)

Relator: 0 Sr. Ministro Evandro Lins a Silva.

&w, G3Gfix. 3,^/-61-

Remnants: ex officio, Julio dos Feitos de Fazenda Nacional (2? Vam).

Agravante: Uniio Federal. Recorridas a Agravadas : Condutores Eletri-cos Kardos "CEK" S.A. a outra.

S6mula 130: - A tare do despacho aduaneiro (art. 66do L. 3.244, do 14.8.57) continua a ser erigivel apds o D. log.14, de 25. 8.60, qua aprovou alterayoes introduzidas no AcbrdoGeral sobre Tarifas Aduaneiras a Comercio (GATT).

S6mula 131: - A tare do despacho aduaneiro (Art. 66do L. 3.244, de 14.8.57) continua a ser erigivel apds o Dl. 14,

do 25.8.60, mosmo Para as mercadorias inclufdas na vigente listsIII do Acdrdo Geral s6bre Tarifas Aduaneiras a Comercio (GATT).

AC6RDAO

Vistos , relatados a discutidos osautos acima identificados , acordam osMinistros do Supremo Tribunal Fe-deral, em Sesaio Plenaria , no confor-midade do ate do julgamento a desnotes taquigrlficas, por unanimidadede votos, der provimento aos recur-SOS.

Brasilia. 23 do setembro de 1965.- A. M. Ribeiro de Costa, Pre-aidente - Evandro Lins a Silva, Re-lator.

RELAT6RI)

O Sr. Ministro Evandro Lins: -As empresas recorridas requererammandado de seguranfa pars isentarem-se do pagamento de Taxa de Despa-cho Aduaneiro de 5%, instituida paleL. 3.244, de 14.8.57.

O Juiz de 1 .8 Inatincia concedouo writ, recorrendo ex officio, tendo aUniio tambem recorrido pare o eg.Tribunal Federal do Recursos. Estejulgou-se incompetents, remetendo osautos so Supremo Tribunal Federal.

E o relat6rio.

VOTO

0 Sr. Ministro Evandro Lins (Re-lator): - A competencia , realmente,

6 do Supremo Tribunal Federal, porse tratar de mandado de segurangarequerido core fundamento em ac3r-do intemacional firmado entre o Bra-sil a o GATT, nos termos do art. 101,II, letra b, de ConstituiSio Federal.

Conhecendo dos recursos, dou-lhesprovimento , pare cassar a decisio re-corrida, no conformidade das Ss'anules130 a 131.

DECISAO

Como conata do ata , a decisio foia seguinte : Deram provimento aosrecursos, soon diverg6ncia.

Presidencia do Exmo . Sr. Minis-tro A. M. Ribeiro do Costa. Rela-tor, o Exmo . Sr. Ministro EvandroLins a Silva . Tomaram pane no jul-gamento os Exmos . Sm. MinistrosEvandro Lins a Silva , Hermes Lima,Pedro Chaves , Victor Nunes Leal,Gongalves de Oliveira , Vilas Boas,Luis Gallotti a Lafayette de Andre-do. Licenciados, os Exmos. SenhoresMinistros Cindido Motta Filho eHahnemann Guimaries.

Brasilia, 23 de setembro de 1965.- Alvaro Ferreira dos Samoa, Vice-Diretor-Geral.

R.T.J. 45 657

E$BAROOS NO RECURSO BE IEANDADO DE SEGDRANQA N. 16.608 - RJ

(Tribunal Pleno)

Relator: 0 Sr. Ministro Adallcio Nogusira.

Embargantes : Holion Samarao Alves Costa a untrue . Embargado: Estado doRio do Janeiro.

Improcedo a alegaa{io do dirar$6ncia, quo nio as caracterizoaEmbargo. Die conhocidoo.

ACORDAO

Views, relatadoo s discutidos gets.autos, acordam os Ministros do Su-prom, Tribunal Federal , em sessioplenirla, no conformidade do ate dojulgamento a des Dotal taquigrificas,por ananimidade do votos, silo co-nhecsr dos embargo..

Brasilia, 17 do maio do 1967. -Luis Gallotti, Presidents. - AdaEcioNojueira, Relator.

RELATORIO

O Sr. Ministro Adalfcio Noguoha:- Ao v. acdrdio do f. 123, do quofoi relator o eminent. Ministro VictorNunes Leal, foram oferecidoe palmare embargantes os embargo. de 16-Iha. 125-132. quo foram admitidos 0mo impugnadoe.

13 o relatbrlo.

VOTO

O Sr. Mitdetro Adallcio Noguoira(Relator): - 0 Y. acbrdlo embar-gado, negando provimento an recursoordindtio intsrposto palm impetrantes,manteve a docisio do Colndo Tri-bunal de Justice do Rio de Janeiro,quo lbe dsnegou o mandado do sogu-ranqa requerido.

Pretendem tiles- suferir urns grati-fica{io especial con!orida sxlusiva-monte soa juizes, por force do L.eat. 5.785-63, sob o pretato do quolei anterior b de n? 5.090-62, Melanegurou igueldade do vencimentostom oe ditimos. Inadmiseivol lei aspi-rasiio. Diz muito hem o douto ac6rdioembargado:

" .. as a gratlficatio foi crisda potlei posterior it do equiparaSio, a se alei nova a declarou privative dos jui-zes, results quo o legislador nio a quisestender a outras categories, ainda quoanteriormente tivessem sec estipbndioequiparado so dos juizes ." (f. 121).

Acresce quo nio collie a divergbnciajurisprudential alegada . Os julgados

protensameote antag5nicos so recorridovieam a hipetese, em qua a Adminis-trafio nio pods revogar os sew pre-prior atoe, quando bates geram direitossubjetivos ou se referem a taros do

interpreto$io do toztos legais coll.

dente..

Nio 5 o quo so verifica , no esp6cie.

O Govbrno revogou ato liege!, qualNja o do apostilario doe titulos dosimpetrantes, por delibera{bo do DoctorProcurador-coral do Justice, ape. alei quo Ihes recusou o direito pleiteado.

Ineziste, igualmente, antagonismo dotertoa legal., cuja ezegese poesa bens-ficiar os embargantes.

O qua hi, simplesmente, 6 Duna letnova, criando urns vantagem nova, doquo nio cuidou a lei antiga.

Awns, Din sa carecterizando qual-quer divergbncia, nbo conbego dosembargo..

DECISAO

Como conts de ate, a deciebo foia seguinte : Nbo conhecidos os ember.goo. Unbnimemente.

Presidbncla do Eno. Sr. MinistroLuiz Gallotti. Relator, o Ezmo. So-nhor Ministro Adalicio Nogusira. To-nterom parts no julgamento os Ezn os.Sri. Ministros Adaucto Cardooo, Died

658 R .T.J. 4S

Falcio, Eloy do Roche, Aliomar Be-leeiro, Osvaldo Trigueiro, AdalicioNogueira , Evandro Line, Hermes Lima,Gonsalves de Oliveira, Cindido MottoFilho a Lafayette do Andrade . Ausen-tea, justificadamente, od Ermos. Se-nhores Ministros Victor Nunes e

Hahnemann Guimaries . Licenciados,co Esmos. Srs . Ministros Prado Kellye Pedro Chaves.

Brasilia, 17 do maio de 1967. -

Alvaro Ferreira dos Santos, Vice-Dire-

tor-Geral.

RECURSO DE MANDADO DE SEGURAN@A N.° 17.860 - MG b

(Tribunal Pleno - Matdria Constitucional) ten . 27

Relator: 0 Sr. Ministro Adaucto Cardoso.

Recorrente: Companhia Mineira de Alimentegio - COMA. Recorrido:Estado de Minn Gerais.

L. eat. 3.214, do 16.10.64 (Mines Gerais). Inconstitucionalidadedo item XX de sec art. 167. Mal distartando urn suced3nso doimpdsto do vendee a ooneignac6es, a chamada teee de expedientsdo Lei mineira 6 ran tributo interestadual nitido, colidindo corn aproibicio do Estatuto federativo (art. 20, n..° II).

Recurso provido pars restaurar a sentenga concessiva do segu-ranca a decretar a inconetitucionalidade do item XX do art. 167do L. 3214-64, do Mines Gerais.

ACORDAO

Vistoe, etc.

Acordam os Ministros do SupremoTribunal Federal, por decisio unenime,der provimento ao recurso, declerandoinconetitucional o item 7CX do art. 167do Lei mineira 3.214, de 16.10.64,de ac6rdo com as notes taquigrkficas.

Custas no forma do lei.

Brasilia, 22 do fevereiro de 1968.- Luis Gallotti, Presidente. -Adaucto Cardoso, Relator.

RELATORIO

0 Sr. Ministro Adaucto Cardoso: -A sentenga de f. 28-31 assim relate edecide:

'Vistas, etc,

A Companhia Mineira de Alisnen.tagio - COMA - cam sede em SioPaulo (SP) a fibrica em Verginba(MG), impetra mandado de segurangacontra ato de Diretorla do Remits doSecretaria do Finances alegando, emresumo: quo, de sue fabrics em Var-ginha, transfere pare Seo Paulo, eoutros Estados do Federagio, os pro-

dutos quo manufature , pagando o im-p6sto do vendas a consignag6es noforms de L. 4.299; quo, todavia, aL. at. 3.214, de 16.10 . 64, criou,coma now incidencia do Tara do Er-pediente, a tributa4io do 2% s6bre ovalor a tttulo de "Guia do Transfe-rencia de mercadories pare outro Es-tado, quando ni o sujeita so Imp6stos6bro Vendee a Consignac6es" a aDiretoria da Receita expediu o Avison" 22, de 8 . 12.64, ordenendo quo aref oxide gala fosse extraida pales Co-letorias a qua nio prevalecesse a notefiscal autenticada ; quo ease tare cons-titui tributo interestadual , abmente ca-bivel it Uniiio per tbrga do an. 5 .0,n? XV, letra k, do C.F. a, assim, 6ilegal a oxigencia quo Ibe vam sendofelts, a partir de LO de Janeiro Gltimo,de provis6es do Tare do Expedientopor parts, de 32.a Delegacia Regionaldo Farenda do Estado de Minas Ge-rais em cumprimento ao citado AvisouP 22, motivo polo quel solicitava oremadio herdico pars qua pudessetmnsferir sous produtos industrialize-dos de fabric em Verginha pan suessucursais , filiais, agencies a dep6sitossituados dentro do territbrio nacionel,

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mas, form do Estado do Minas Gerais.Juntou am documentos do f. 11-17."

0 art. 27 de C.F. vela "iUniio, acs Estados, no Distrito Federale am Municipioe estabelecer limits.96" so tr6fego do qualquer natures.por mein de tributoseinterestaduais onintermunicipais, reesalvada a cobrangado taxes, inclusive pedIgio, destined..exdusivamente i indenisagio des des-Pews do conatrugio , conservagio a me-}horamento de "trades".

It qua "o territ6rio nacional cona-titui uma unidade do ponto do vistaalfandeg6rfo, econnmico a comercial,nio podendo no men interior estabele-.caraa quaisquer barreiras alfandegbriason outras limitagSes so trifego, ve-dodo assim ace Estadoe , gomo ensMunicipios, cobrar, sob qualquer de-nonirugio, Impostos interestaduais, in-tormunicipais, de viagio on tranaporte,quo gnvem on perturbam a livre nit-culagio do bans on des pence. a dosvoiculos quo os transportem" (R.D.A.,77/128).

Ore, a cbamada Tam do Expedientedo 2% ad valorem Pala Guia do Tnms-fer6ncia de mercadorias nio sujeinsso Imp8sto do Vendes a Consignagbes,made pals L . 3.214, 6 verdadoiroimp6sto interestadual, subatituto doantiga Tan do Servigos do Recups-ragio Economics asses incidencia."

"...A tan tom, Como mum jurf-dica a feto gerador, a prestagao efetivado potencial de urn servigo a pecificoso contribuinto, on a compenssgiodart. I Friends P6blica per the terproporcionado , per etc on fato san,deepew tamb6m especial a mensuri-vol" (Aliomar Balosiro)."

Ora, um tributo esigido set contra-pmtagrko, quo real sobro o valor demercadorias transferidas independents-manta do qualquer beneficio eipeclel,direto on indireto, auferido Palos pro-prietirios contribuintes, on p6sto Asue disposigio, nio 6 tare , moo sim-plw imp$sto."

a. . Poder-se-is admitir a cobrangado tan de espediente pars compeareardusposis de fisalingio , on do. fame-

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cimento dam guias acobertadoras deprodutos transferidos sem o pagamentodo imp6sto do vendas a con»gnag6es,me, news canter it absolutamenteincompreensfvel a taxagio percentualebbre o valor dequeles produtos.

Exigindo a Tale do Expedients emtais condig5es o Estado, pure a aim-plesmente, tribute o comurcio ints-restadual a restringe o trifego, o quolho 6 claramente proibido polo art. 27de C. Federal,

A vista do exposto, julgo procedentso pedido a concedo a seguranga imps-trade Pan quo a Diretoria do Recettado Secretaria do Farenda do Estadodo Minas Gerais nio oxija do impe-trente a Tan do Expedients do 2%s6bre o valor des mercadorias produ-aides no Estado a transferidas parefore dale corn destine a suds filiais,sucursais, agendas on dep6sitos".

O Estado do Minas Gerais agravou.A 1.a Camara Civil do Tribunal ml-neiro teve corno arg0ida a inconetitu-cionalidade do item XX do art. 167do L. est. 3. 214, do 16 . 10.64. Eafetou o problems so Tribunal Plano,remetendo-]be as autos . 0 Tribunaldo Justice do Estado de Minas Geraisrojeitou a arg0igio do inconstituciona-lidade, vencidos We dos sous ilustresjuiros.

O ac6rdio ast6 1 f. 04.Interposto tempntivamente 0 re-

cum ordinIrio, arresoararn as partes(f. 81-93 a f. 95-97). A douta Pro-curadoria -Geral do Rep6blica opinePala decretagio do inconstitucionalidadenested termos ( f. 114-115):

"Troth-se do mandado do segmangsimpstrado contra a exigencia do "teade expedients" criada polo L. est.3.214 , do 1964, art. 167, qua disp5s,verbim:

"Ficam ecrescidu A Tabula Ii', doL. 2.655, do 8.12.62, as meguiptesincidencias do Tax. do Expedients.

XX - Guis do tranderAncia domercadorias pare outro Eotdo, quandonio sujerta no impasto do vend" a

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consigneS6s, a partir do 1 . 1.65, s6breo valor - 2%."

O v. scurdio de f. 64-78 reformoua sentence de primeira instencie con,costive do writ, ensejando a interpo-sicio do recurso sob externs.

Estemos diante do autintico tributusob o rdtulo de taxa, a incidir s6breatos do comircio nio sujeitos so im-p6sto de vends, a consignac6es -transferancia de mercadorias pen outroEstado -, coma disp6s, clararnente,a lei que a instituiu.

A sue inconstitucionalidade 6 eviden-to, frente so art. 27 do Comtituiciopomade, que vedeva ii "Uniiio. amEstados , so Distrito Federal a amMuniefpios estebslecer limitac6es ontrifego do qualquer natures por meindo tributos interestaduais on intermu-nicipeis"...".

Polo provimento do recurso".S o relat6rio.

VOTO

U Sr. Ministro Adeucto Cardoso(Relator): - Tenho como procedentea arguicio de incomtitucionalidade doitem XX do art . 167 do L. at. 3.214,de 16 . 10.64.

O art. 27 do C.F. do 1946 dis-punha:

"A vedado i Unillo, am Estados, soDistrito Federal a aos Municipios a.tebelecer limitas6es so trifego de qual-quer natureza por meld de tributosinteresteduais on intermunicipais, res-alvada a cobrancs de tans , inclusivepedigio, datinedas exclusivamente aindenizacio des despesas de constru-cio, conservacio s meihoramentos deestradas".

Na Constituicio promulgada em24.1.67 o memo principio teve ex-pressio mais on menos equivalents non.° II do art. 20:

"E vedado a Uniio, am Estados, soDistrito Federal a so* Municipios:.................................II - estabelecer limitacues so trA-

fogo, no territ6rio nacionel, de pease,on mereadorias , por rosin do tributes

interestaduais on intermunicipais, ox-coto o pedagio Para atender so Gustode vial de tramporte".

Texas do ntetistica , do expedients,do volorizecio , de recuperacio, do silo,do vigia, de fomento , etc., tim sidoas mil mascaras.0os tribunais interes-taduais a intermunicipais contra asquail o Brasil lute deeds 1821, anoem quo o Principe regents expediu adecreto do 13 de maio, revogando 0primeiro imp6sto interprovincial quoconhecemos (Pontes de Miranda, Co-montirios i Constituiseo do 1967,vol. II, p. 383).

Parece-nos qua a tare tide comaconstitucional pale ilustre rations doTribunal mineiro 6 um tributo inter-estadual nitido, colidindo com a proi-bicio do 'Estatuto federativo.

A1im doses clara colisio quo odispositivo do lei minoira fax cow aConstituicio , 6 nitido quo a cbevudatan do expedients do n.0 XX, doout. 167 do L. mt . 3.214 de MinnGerais mel disfarca urn sucedmneo doimp6sto do vendas a consignac6a.

Pare demonstri -lo baste atentarPere o fato do quo as vordadeirss`taxes do expediente", equala$ Como-mente compreendidas como incidindosAbre certos servicos de natures buro-critics, sio emolumentos quo nio stemvarier no proporcio do valor do tner-cadorie tronsitede . Mas a taxacio per-centual, como no caso dos autos, ternfgiura de substanciosa aliquota a gra-ver a transferincia territorial do mer-cadories.

0 eminent, relator, desembargadorEdisio Fernandes , di enfee so racio-cinio do Procumdoria do Estado doqua a taxa as destine so custeio defiscalizecio do trinaito do mercadoriea

Dentre os incisivos argumentos deurn doe votos vencidos no assentadaplenaris de Corte minoira , sobressaipores como melhor caracterizacio doinautenticidade date pretense ten doexpediente o do ilustre desembargadorLindolfo Paoliello:

"A tan impugnada foi crieda poloEstado, no par. custear um service

R.T.J. 45 661

qua aja peato a dnposicio do contri-buint. . Mae um servico em ben.£iciodo Estado - um servico de £iscali-ncio. Este dew sir custeado potimpostos gerais • nio por tws. Vaisa conduit quo nio sank caracterizadoo tributo como taxis " (f. 75).

E o eminents, desembargedor HortePereira, tambem vencido, colocou parea maiorie do eg . Tribunal mineirotime hipbtae embarapente, quo 6 aaguints;

-Be o Estado quo recebe a merca-doria tambim crier o eervico do fisca-limgeo do morcadoria qua entra ainstituir uma tare disse mesmo vulto,ati maior, havers ai urn definitivoembarego an comircio, forindo precei-toe do Constituicio". -

E conduit

"Os Estados, as qua produsam e asquo recebem as merosdorias, atio in-toreeeadoe no fimaliaagio diva co-mircio . A ambos fin aaseguredo opoder do tributar polo teas ad valorem(f. 76)".

Em face do exposto, dou provimentoso recureo pare rataurer a segurancaconcedida Palo sentence de 1? grau e

1[ANDADO DE SEGURANQA N' 18.169 - DY

(Tribunal Pleno)

declarer a incon,titucionalidade dotats cobrada do impetrante.

EXTRATO DA ATA

RMS 17.860 - MG - Relator,Ministro Adaucto Cardoso. Recorren-to Companhia Mineira do Alinlentaciio- COMA (Adv. Raul de Araujo Fi-lho). Recdo. Estado de Mines Gemis(Adv. Murilo Bechara).

Deciseo: Deu-ee provimento, decla-rondo inconstitucional o item 20 doart. 177 de lei mineira 3.214, do16.10.64. Decisio unanime . Votou oPresidents.

Presidincia do Sr . Mbristro 1.uizGellotti. Presentes, as Sr.. MinistrosMoacyr Amaral Santos , ThemistoclesCavalcanti, Raphael do Barron Mon-teiro, Adaucto Cardoso, Djaci Falcio,Eioy do Roche, Oawaldo Triguairo,Adalicio Nogueira , Evandro Lies, Her-ma Lima, Victor Nunes a Gongalvesdo Oliveira . Licenciado, o Sr. Mi-aistro Lafayette, de Andrade . Auante,justificadamente, o Sr, Ministro Also-mar Balaeiro.

Brasilia, 22 do fevereiro do 1968.- Alvaro Ferreira dos Santos, Vice-Diretor-Geral.

2919M. 31/ R

Relator : O Sr. Ministro Djaci Falcio .

Requerentes : Carmen Fonseca Paeans a outros . Requerido : Tribunal do Con-te do Uniio.

Os impetranta do writ vgm percebendo as dimes do Brasiliaono plena oonsonincia corn a legisiacio qua lhes 6 aplicdvei, isto 4,a L. 4.345, de 26444.

A L. 4.439, do 27.10.64, contemplou spenae as Magistrados,nanbros do Ministerio Pdbiico a do Service Juridion dos Uniio.

Inocarre nfenea a direito subjetivo dos supllanta.

AC6RDAO por unanimidade do votos , indeferir o

Vista, relatados a diseutidos Estesautos, aeordam us Ministros do Supre-mo Tribunal Federal, em seaio ple-afria, nos conformidade do eta dojalgemanto 9 dos notes taquigrificas,

mandado.

Brasilia, 14 do fevereiro de 1968.- Luiz G./lotti, President. . - DjaciFalcio, Relator.

662 R .T.J. 45

RELATORIO

0 Sr. Ministro Djaci Falceo: -Carmen Fonseca Passes a outros fun-cionarios do Tribunal de Center doUnieo impetram mandado de segu-ranca, contra ato do Exmo . Sr. Prato-dente do Tribunal de Comes do Umao,argumentando em sintese:

A L. 4.019, de 20.12 . 61, em souart. 2.°, concedeu aoe funcionarios p6-blicos com exercicio em Brasilia umadiaria calculade no base de 1/30 dosrespectivos vencimentos . Advindo asLeis sob ns . 4.069 a 4.242, de 1.6.62e 17.7. 63, respectivamente, silencia-rem quanto so criteria do celculo do-quela diaria . For ultimo , a L. 4.863,de 29 . 11.65, e o Dl. 81, de 21.12.66,qua cuidaram do aumento de venci-montos, tambem nao fizeram alusio oncelculo do mencionada vantagem.Entrementes , o Supremo Tribunal, emsessio administrative , a 2.12 . 65, elu-cidou 0 assunto , mandando proceder ocelculo, s6bre on vencimentos do leiimediatamente anterior, deduzidas asabsorg6es.

Acrescentam ainda qua as Tribunalssediados nests Capital a on 6rgios quaaqui mantem serviFo juridico delibe-rararn splicer o criterio adotado palsSupreme Corte . Contudo, foi estabe-lecida unm restri4io quanto son fun-cionarios dos reus quadros, son quaffsdeixou de, an estendido o criterio legal.Dai porque a omissio continuada, quose renove mss a mss, con stitui ofensaa direito see, passivel de corregio atra-ves do mandamus.

O pedido esta instruido com on do-cumentos do f. 8-13.

O Exmo . Sr. Ministro Presidentsdo Tribunal de Contas de Union mi-nistrou as informafoes do f. 18-20.

Palo despacho de f. 44 foi indeferidoo tardio pedido de litisconsorte ativo,manifestedo com a petigio do f. 32-33.

A dents Procuredoria-Geral do Re-publica emitlu o seguinte parecer:'

"Carmen Fonseca Passes a numero-sos outros, qualificados no impetra4io,funcionarios de Secretaria do Tribunal

do Contas do Unieo, requerem men-dodo do seguranga, contra ato do Pra-sidencia do Tribunal , postulando soThee reconhe$a o direito, liquido ecorto, a percepcio des diaries do Bra-aflia, polo criterio do lei imediatamentoanterior, nos termos do decisao admi-nistrativa proferida polo eg . SupremoTribunal Federal, em 2.12.65, no in-teligencia do art. 4.° do L. 4.439, de27.10.64.

Segundo consta dam informac6es,£. 19-20, on impetmntes vinharn perce-bendo, regularmente , a mencionadavantagem, a coda n6vo aumento devencimentos, quando entrou em vigora L. 4.345, do 26.6.64, qua, no or-tigo 13, disp6s , verbia:

"As diaries previstas an L. 4.019,do 20.12 .61, nao poderio exceder asquantias que , no correspondencia docoda navel, pedrdo , simbolo on valorde vencimento on funrao gratificade,vinham sendo percebidas pelos funcio-narks civis antes do vigencia dealsLei."

Tendo em vista esse dispositivolegal, o Tribunal de Contas , pole Re.solugio n.° 35 , de 3.7. 64, mandousplicer aos funcionarios do sus Secre-taria a Resolugio n.0 63, de 30 dejunho, do Camera dos Deputados, quo,no art. 1?, determiners passassemos novos niveis do vencimentos(L. 4.345, de 26 .6.64) a vigorarpare on funcionarios de sus Secretaria,tendo disposto, no art. 2.°:

"Ficam mantidas nos val "ores atuaisas diaries concedidas polo exercfcio emBrasilia a as diferen$as do vencimentosresultentes de parcelas absorvidas, naopodendo esceder os niveis anterioresa vigancia deata Resolucao."

Surgirem , posteriormente , a L. 4.863,de 29 . 11.65, e o Dl . 81, de 21 . 12.66.qua concederam reajustamento de ven-cimentos, mar nada dispuseram quantoso pagamento des diariaa, ficando, pois,mantida a situa4io legal anterior.

Assim, as diaides do Brasilia, a quotam direito on impetmntes (L. 4.019,do 20 . 12.61 , art. 2P), a do sendopages com base nos vencimenms fixe-

R.T.J. 45 683

dos Pala L. 4.242, do 17.7.63, em si-tuacao superior & do Procurador-Gore],Subprocuradores-Gerais a Procuradoresdo Republica, quo percobem as diiriasDorn base nos vencimentos fixados paleL. 3.414, de 20.6 . 58, ecreacidos, tfio-s6mente, dos abonos, reajustes a au-mentos previstos naa L . 351, do19.1.59 (art. 2", alines n), 3.826,do 23.11.60 (arts.-6.° ou 7.° a 9.0),e 4.069, do 11.6.62 (arts. 6.°, § 1 .0, e14).

Acentue-so quo o art. 4.0 do L. 4.439,do 27.10.64, em cue intelig6ncia re-solveu o E. Supremo Tribunal, emdecis6o administrative , devia Bar ado-tado 0 critirio doe vencimentos doLei nnediatamento anterior, nbc ternaplicacao so coon, am beneficio dosimpstrantes , segundo o entendimentoquo the deu o Pret6rio Ezcelso, pois amencionada L. 4.439 disp6s apenass6bre as vencimentos dos magistradose membros do Minist6rio P(rblico a dotervifo juridico do Uniao.

Ex pooitis, tseo havendo , no oaso,direito Gquido a certo, a raelamar aproterao do writ constitucional, opinepolo denegageo do seguranga.

Distrito Federal, 29 do setembro do1967 . - Oscar Corr&a Pins, Procure-dor-Geral do Republica, substituto."(f. 41.43).

VOTO

O Sr. Ministro Died Falcio (Re-lator): - Os impetrantes pedem quoas dimes do Brasilia sejam calculadass6bro as vencimentos do L. 4A39, do27.10. 64,. deduzidas as parcelas jeabsorvidas.

A cbamada "diiria do Brasilia",vantagem oriunda do cir:unat6ncias es-peciais a peculiaree 6 nova Capital doRepublica , prevista polo art. 60 doE.C. 3, do 8. 6.61, foi primeiramenteregulamentada pale L. 4.019, de20.12 . 61. Par ela foi instituido deter.minado crit6rio pare a feitura do cfil-culo, assim consubstanciado:

"Art. 1.0 - Os membros do Su-premo Tribunal Federal , do TribunalFederal do Recuracev do Tribunal do

Cones do Uniao, ao Procursdor, amAuditores a sos Procuradores Adjuntosdo Tribunal do Coates do Uniao 6etribuida, polo efetivo ezercicio emBrasilia, unto diiria correspondents at61/20 (um vinte avos ) de sew ven-clmentos.

Art. 2.0 - Aos funcionerias p6blicosfederais a autirquicos, polo efetivoexercicio em Brasilia 6 concedide untodiiria no base de ate 1/30 (um trintaavos) dos respectivos vencimentos.

Parigrafo unico. 0 Consultor-Geraldo Republica, o Procurador-Geral doRepublica, o 1" Subprocurador doRepublics, as Procuradores do Repu-blica lotedos can Brasilia, barn comoas Conaultorea Juridicos a as demaistnembroe do Servifo Juridico do Uniaoquo ezerpam no atual Capital do Re-publica, em canton permanente, asfunS6es do sets cargo, tamb6m perce-bereo uma diiria no base de ate 1/30(urn trinta evos) do sew venci-montos".

Ap6s estabelecer, no art . 4.°, quo asdiirias servo gradual - e obrigat6ria-mente absorvides, no redo do 30%(trinta per canto ) dos aumentos onreejustamento dos atuais vencimentos,o legisladorjstatutiu no art. 6.°:

"Para efeito do cilculo dos diiriasa quo as referenv as arts. 1.0 e 2 0, asvencimentos see am fizados peltL. 3.414, de 20 . 6.58, ecrescidos dosabonos do quo tratam o art. 2°, letsn, do L . 3.531, do 1959, e o art. 93do L. 3.780, do 12.7.60, a as arts. 6.°e 7.° do L . 3.826, do 23.11 . 60, ez-cluidas as gratificag6es on ac6sccimos".

Ocorreu qua posteriores leis do rea-justamento do vencimentos , sob nu-meros 4 .069 a 4.242 , de 11 . 6.62, e17.7.63, respectivamente, foram si-lentes no qua tango so crit6rio docilculo do mencionada ventagem.Contudo, sobreveio a L. 4.345, do26.6.64 ( institui novcs val6ros do von-cimentos pare ca servidores publicescivis do Pod" Esecutivo), a estabale-can no sou art. 13:

"As diaries previstae no L. 4.019,do 20.12.61 , silo poderio esoeder asquentias quo, no correspondmncia do

664 R .T.J. 43

cads nivel, padrio, simbolo ou valordo vencimento , on fungio gratificada,vinham sendo percebidas pales funcio-nbrios civis antes do vig6ncia datalei".

Por am vet, a L. 4.439, do 27.10.64(Fiza co vencimentos de magistrados,membros do Minist6rio P6blico a doServi4o Juridico do Uniio), assim diie-p8s em sou art. 4.°:

"As diirias previstas na L. 4.019,de 20 .12.61, polo efetivo ezercicio emBrasilia, Distrito Federal, seriio cal-culadas s6bre us vencimentos anterio-des a eats lei, deduzides as parcelasabsorvidas".

E no sou 5 1.0 estabeleceu o con-ceim de vencimentos.

Tendo em consideragio o dispostono art. 13 do L. 4.345, o Tribunalde Contas mandou aplicar am funcio-n6rios do Quadro do sus Secreteria odisposto no Resolugio n.° 63, do30.6.64, do Camaro dos Deputados,quo no art. 1? determinou quo paa-savem a vigorer para as funcionfiriosdo Secretaria do Cimara os novos ni-veia do vencimentos (L. 4.345, do26.6.64 ), a an art . 2" declarou:

"Fiam mantidas nos yidres atuaisas difirias concedidas polo ezercicio emBrasilia a as diferengas de venci-mentos resultantes de parcel's absor-vidas, nio podendo ezceder os niveisanteriores i vigincia data Reaolugio".

Surgiram, em seguida, a L. 4.863,de 29 .11.65 (Reajusta as vencimentosdos servidores civis a militares)e 0DI. 81, do 21.12. 66 (Reajusa avencimentos dos servidures civis a mi.litates do Uniio), qua node dispuseramquanto so pagamento des difirias.

Entendem os impetrantes quo o pa-gamento des dimrias nio dove serefetuedo corn base nos vencimentosfixados pale L. 4.242, de 17.7.63(como vem ocorrendo em face do or-tigo 13 de L. 4.345, de 26.6.64),mas no conformidade do disposto noart. 4.°, caput, do L. 4.439, do27.10. 64. Falece-Ihes ratio, oil quoa L. 4.439, quo serviu do suporte iresolugio administrative proferide Per

Bete Carte, a 2.12 . 65, hem aasim sodeferimento do mandedos do segurangarequeridos per integrantes do Minist6-rio P6blico a Proceradores autirquicos(sob m. 16.905 - Relator MinistroLafayette do Andrade , julgado em10.5.67; a 16.828 - Relator MinistroEloy de Roche, julgado em 7.12.67),contemplou apenas no "Magistrados,membros do Minist6rio P(iblico a doServigo Juridico do Uniio".

Consoante esti esclarecido, cuidam-se de leis distintas a qua estabeleceramdiferante crit6rio quanta so limits doc6lculo des difirias.

Desserts, nio diviso ofensa a direitosubjetivo dos peticionIrios, quo vimpercebendo as dierias de Brasilia emplena conson&ncia cam a legislaggo quoThee 6 aplic6vol . Tonto isso 6 carequo nio indicam, com precisio, o teztolegal violado.

Conquento veja na pretensio dosrequerentes urns reivindicagio, embuses do was junta melhoria do remu-nerogio, nio percebo, porbm, um di-reito assegurado por loi. Dai par quodenego o writ.

VOTO

O Sr. Ministro Amaral Santa: -Sr. Presidente, tambAm denego a so-guranga . Entendo quo a matbria 6main prdpria do urns agio declara-t6ria, do rito ordin6rio, do quo o man-dodo de seguranga . 0 assunto nio 6pars ser eraminado num simples de-bete, mas atav6s do rho normal doproeesao comum . De modo quo negoa soguranga, por felts de liquides.

VOTO

O Sr. Ministro Themistocles Caval-antf: - Tamb6m estou de acbrdocom o eminente Relator. Acho quanio h6 direito liquido a certo quo doveear fundado em lei. 0 direito subietivo,qua poderia ser arguido , devia mencio-nor o tezto legal sAbre o qual sofundou o pedido.

VOTO

O Sr. Ministro Eloy do Roche: -Fui relator dos MS 16.828 9 18.581,impetrados per membros do Miniatbrio

R,T.J. 43

P6blico Federal a do Service Juridicodo Uniio a Procuredoree do autarquipe votei pale denegasio do pedido, nainterprotasio do art . 4.° do L . 4.439,de 27.10 . 64. Corn Maio maior, inde-firo o mandado do seguransa, no caso,am quo se invoca a L. 4.345, do26.6.64.

Acompanho o vow do eminent. Mi-nistro Relator.

EXTRATO DA ATA

MS 18 . 169 - DF - Relator, Mi-nistro Djeci Falcio. Reqtes . CommFonseca Passes a outros (Adv. Gabrieldo Bittencourt Fontoura ). Reqdo. Tri-bunal do Contas do Uniio . Indeferido,univimemente . Felon o Dr. Gabriel

66$

B. Fontours, Palo requerante, e o Dou-tor Dicio Miranda, Procurador-Ge-ral do Republica.

Presidencla do Sr. Ministro LuisGallotti. Presentes os Srs. MinistrosMoacyr Amaral Santos , ThemistoclesCavalcanti, Raphael do Barron Mon-teiro, Adaucto Cardoso , Disci Falciio,Eloy do Roche , Aliomar Balesiro, Os-waldo Trigueiro, Adalicio Nogueira,Evandro Lips, Hermes Lima , VictorNunes a Gonsalves de Oliveira. Li-cenciado, o Sr. Ministro Lafayette doAndrade.

Brasilia, 14 do fevereiro do 1968.- Alvaro Ferreira doe Santos, Vice-Diretor-Gent.

RECURSO' DE MANDADO DE SEOURANTrA N.• 0 . 297 - SP

(Segunda Tunna) ^/9y/n, -7 ,3 /

Relator : 0 Sr. Ministro Aliomar Balosiro . I". //'C 4Ops

Recurrent. : Can Ricardo S.A. Importadora . Ezportadore . Recorrida:Uniio Federal.

Cl6usula do nasio mail favorecida - Mao a aetendem dsan,d done, noses a sushis imported" de Espanha as lavores allan-degdrioe do ajwfe ontro o Brasil e a Argentina pare o com*rcia dofrutas freecaa do amboe, Mile m oncionadaa

AC6RDAO

Vida . Mlatados istes autos doRecurao do Mandado do Segurangaa.° 18.297, do Estado do Sio Paulo,em quo 6 recorrente a Casa RicardoS.A Importadora a Exportadore erecrrida, a Uniio Federal, decide aSupremo Tribunal Federal , em Segun-do Turma , negar provimento so re-curio, A unanimidade , do acfirdo cornas natal pintas.

Distrito Federal, 2 do abril de 1968.Brandin Lim o Silva, Presidents.Aliom er Dalai", Relator.

RELAT6RIO

0 Sr. Minis" Aliornar Baleim: -Adoto o relat6rio de f. 37 -8, qua situaa eontrovbrsia em tbrmos clams oprecious:

°Cuida- e, no esp6cie, do mandadode eeguranga impotrado corn o objetivode afastar a exigincia do impaeto doimporta56o a ten do despacho adua-neiro sbbre noses, am6ndoa a avoids,corn caeca , qua a firma requaronteimportou do Espanha.

Alega, em resumo, quo dita impor-tagio, merci do AcArdo celebrado en-tre u Brasil a aquile pals, gore dosbenoficios do cldusula do nesio malefavorecida, eetendendo-se, destarte, Asmeroadorias espanholas qualquer van-tagem on regalia toriffiria dispensed"pelo Brasil a produtos de outra proce-dancra.

Diane, ainda, quo, tendo o Brasilcelebrado corn a Argentina Ajuete a8-bra interc6mbio do frutes, em quaficou estabelecido o regime de livre

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comircio Para mercadorias entre asquais so compreendem as qua oreimports, licito nio b qua sobre estasrecaiam os gravames adueneiros.

Nos informag6es quo Preston, sus-tenta a autoridade havida por coatoraqua nio he lugar pare a concessio dobeneficlo fiscal pretendido ,. visto nioso incluirem as amendoas , nozes eavelis, com caeca, no tabela a qua sorefers o ajuste invocado pela impe-trante,

0 MM. Dr . Juts acolheu o pedido,dando como raz6es do decidir:

a) as mercadorias importadas palerequerente incluem-se na acepgio ge-nerics "t6das as demais frutas frescas",constants de letra a, do Tratado cele-brado com a Argentina;

b) os acbrdos tarifirios qua esta-belecem disposigbes de natureza fiscalago eztensivos ace poises qua desiru-tam o tratamento de "naggo mais fa-vorecida";

c) ja ter a Diretoria das RendasAduaneires , em Circular n.° 29.142,esciarecido: "Os favores do Tratadode Com€rcio a Navegagio entre oBrasil e a Argentina, firmado em23.1.40, sio extensivos a todos osdemais poises qua assinaram a man-tem, atualmente , com o Brasil, enten-dimento concedendo reciprocamenteo tratamento incondicional a ilimitadodo "nagio mais favorecida".

Houve recurso necessirio , agravandoa Uniio.

Mantida a sentenga recorrida, subi-ram os autos a esta Instfincia Superior,opinando a Subprocuradoria-Geral doRepbblica polo indeferimento do writ,apbs argiiir a preliminar de incompe-tencia recursal desta C6rte, por sotratar do sentenga proferida a lea deAe6rdo firmedo entre o Brasil a No-,go Estrangeira."

2. 0 eg . T.F.R. concluiu per datprovfinento aos recursos pare cassara seguranga, resumindo sea entendi-mento no v. ac6rdio do f. 42, cujaementa du:

"Impbsto de importacio. Conceitodo fruto a frets - Nozes, amendoas aaveiis, como frutos quo ego, nio soincluem no tratamento tarifirio madefavorevel atribuido a importagio dofrutaa."

3. Recorre ordinariamente a impor-tadora ( f. 44-6 ), citando precedent"desta Corte em favor do isengio plei-teada. Invoca, ainde , a Sumula 89 s308.

4. Neste instincie, a douta Procure-doria-Geral do Rep(rblica so manifestsPolo nio provimento do recurso (f6-Iha 54).

L o relat6rio.

VOTO

U Sr. Ministro Alionarr Baleeiro(Relator ): - 0 v. ac6rdio Porto doque, em botenica, "frutos" nio ago amosma wise quo "frutee". Nozes,amendoas a avelgs poderiam ser fmtos,nio frutas frescos.

II - 0 ajuste alfandegerio brasilei-ru-argentine (f. 11), alias, mencionaas frutas quo teve em vista e - quoago as das erportag6es argentinas parso Brasil, em trots das frutas tropicaisdests: pera , uvas, pessego, ameize, ce-

, raja, damasco a mel"ao.

III - Os dois acbrdios citados palerecorrente se referem a aplicagio, dacliusula de "nagio mats favorecida"ties importagoee espanholas a portu-guesas que, como 6 notbrio, ago con-gineres a abrangem as mercadoriasvisadas nests pedido de seguronga.Win 6 o mesmo case do comercio entreArgentina a Brasil.

A interpretaggo do cleusula ref endsb necessariamente restritive , porquevisa a quo etas naggq so celebrer umtratado on convengio do comercio, niovenha a set ludibriada Palos favorftque, no futuro, beneficierem sew con-correntee . A concessio a Argentinafoi dada em troca de isengio parefrutas brasileiras a aquele Pais ficariaprejudicado se favores maiorm fbuom

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dodos As mamas frutas do outra pro-cadincia. E not6rio a oficialmenteconatatado quo a Argentina nio nosvends nozes, amgndoes a avelas. Nedaporde a Espanha, pole, com o Tratadomitre a Brasil e a Argentina.

IV - Nego provirnento so recurso,do ac6rdo corn o v. ac6rdio no RMS8.620, do Piano, D.J. de 25.6.62,p. 192, citado a f. 48 pelo ProcuradorDr. Gildo Ferraz, decisio quo tent aseguinte ententa:

"Tarifa Alfindeg6ria - Importa4bodo noses - Mercadoria nio incluidano ajuste internacional core a Argen-tina - Mandado de Seguran4a -

EXTRATO DA ATA

RMS 18 .297 - SP - Relator,Ministro Aliornar Baleeiro . Recta. Ca-sa Ricardo S.A. Importadore a Ez-portadora (Adv. Fernando GuerraBittencourt). Recta. Uniio Federal.

Decis-ao: Negou-se provimento, uni-nimemente,

Presidencia do Sr. Ministro Even-dro Line a Silva. Prasentes oa Se-nhores Ministros Adalicio Nogueira,Aliornar Baleeiro, Adaucto Cardoso,Themistodes Cavalcanti a o DoutofOscar Correia Pine, Procuredor-Geraldo Republica, substituto.

falta do direito liquido a certo. Dena- Brasilia , 2 de abril de 1968.gagio ." (RMS 8.620). Guy Milton Lang, Secretirio.

RECURSO EXTRAORDINARIO N.° 84.217(Seguntla Tusma)

Relator: 0 Sr. Ministro Adaliclo Nogueira.

- GB t 696vAd. .Pi- 6.67

Recorrente: Padaria Espirito Santo Ltda. Recorrido: Alberto Duarte Correa.

"E inadmisaivd o reunso aztraordinsrio, quando a dafide"nciano we fundamentagio nio pemutir a ezata oompreenaio de con-troversia" (S6mula 284). Recruso ezeraordiniirio nio conhecido.

ACORDAO

Vistoe, relatados e discutidoo gatesautos, acordem os Ministros do Se-gunda Turns do Supremo TribunalFederal; na conformidade do ate dojulgamento a dos notes taquigriflea,,por unanimidade do votos, nio conbe-cm do recurso.

Brasilia, 6 do junto de 1967. -Hshneaann Gaimarisa, Presidents. -Adalicio Noguelra, Relator.

RELATORIO

0 Sr. Ministro Adalicio Nogusira:- Trate-ea do tons incornprosinsivelado do consignacio em pagantento, .proposta pale recorrente contra o re-torrido, surpreendentemento julgadaprocedents em primeira instfincia, casereformeda polo eg. Tribunal do Jus-tiga do Guanabara, quo a teve parimprocedente.

Vein o recurs aztraordinIrio, docontezto obscuro a dificil, qua, nioan sabe come foi admitido por despa-cho sera qualquer fundamentacio.

0 parecer do douta Procuradoria-Geral de Republica, ezarado as f6-lhas 110- 111, reflete a impressed quoMe produziu a situagao dos autos:

"O recurs eatraordinIrio, produzidoa f. 79 a admitido A f. 84, em lacg-nico despacho nio fundamentado, silomaraca a considerasao qua legitima-rneate so consagra am apelos formali-zados em obedigncia as disposifoes dopermissivo constitutional . 0 arraaoadodo f. 79 silo cria convencimento doquo o decis6rio tenha melferido incisedo lei federal ou quo tenho coma su-porte a identificasio, no eau contezto,do dissidio jurisprudential , capes doavalisar o acolbimsato do apilo.

668 R.T.J. 45

O enredo do pace, confide em arti-culado confuse a tumultuoso, nio soliberta de questoes do feto a de provequa se pretends aclarar pan , so final,admitir vulnerados os arts. 4° do C.Pr. Civ. a 118, in fine, tambamde lei edjetiva civil.

Palo nio provimento."

E o relet6rio.

VOTO

O Sr. Ministro Adalicio Nogueira(Relator): - Nio be como descobrir-se, no caso, violacio de It federal ondiicrepincia pretorians corn o v. jul.gado recorrido, quo, alias, nio foi doqualquer ado comprovada. E plena-mente adequada a espicie a Samula284, qua so transcreve:

"E inadmissivel o recurso extraor-dindrio, quando a deficiencia no suafundamentacio nio permitir a exatacompreensio do controvarsia."

DECISAO

Como consta do eta, a decisio foia seguinte : A Turma, uninime, nioconheceu do recurso.

Presidencia, do Exmo. Sr. MinistroHahnemenn Guimaries . Relator, 0Exmo. Sr. Ministro Adalicio No-gueira . Tomaram parts no julgamentoos Exmos . Srs. Ministros AliomarBaleeiro, Adalicio Nogueira , EvandroLine a Hahnemenn Guimaries . Licen-

ciado, o Exxon. Sr. Ministro PedroChaves.

Brasilia, 6 do junho de 1967. -Guy Milton Lang, Secratario.

AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 37 . 592 - GB

i.Segunaa Turma)

Relator: 0 Sr. Ministro Adalicio Nogueira. ,4W # /9. /0.6Agravants : Esp6lio do Antonio Santos . Agravado: Esp6lio do Osvaldo do

Almeida Fontoura.

Lnterpolacio judicial exigfvel em casoa do vendas, a prestapoesdo bona imdveis, loteados ou nio. Aplicacio do art. 14 do DI. 58,do 10.1237 a rospectivo Rogufamento n° 3.079, do 15.9.38. Agravo

do instrumonto desprovido.

AC6RDAO

Vistas, reletados a discutidos estesautos do Agravo de Instrumento on,mere 37 . 592, de Guanaban, sendoegravante o Esp6lio de Antonio Santos,e agravado o Esp6lio de Osvaldo doAlmeida Pontoon , ecordam os Minis-ton de Segundo Turme do SupremoTribunal Federal, i unenimidads, des-prover o agravo, nos tirmos des notestaquigrificas anexas.

Brasilia , 23 do egosto do 1966. -Hahnemann Guimaries, Presidents. -Adalicio Noguoira, Relator.

RELATORIO

0 Sr. Ministro Adalicio Nogueira:- 0 case concreto, qua 6 complexo eapresenta varies faces , vem ltticidamento

resumido no Y. actirdio do f . 9v.-11,quo motivou a interposicio do recursoextraordinario, cuja denegecio originouo presents agravo do inatrumento:

"Embergos de Nulidede a Infringen-toe na Apelacio Civel a° 18.631.Im6vel vendido em prestacbes. Pactocomise6rio. 0 Colendo S.T.F. quotern a funcio constitucional de flair ainterpretacio das leis fedenis, em va-riom julgados, tam afirmado quo o pectocomise6rio expresso em as tratando deim6vel vendido a preatac6es, aindaqua nio se torte do loteamento, niodispense a interpretacio pare consti-tuir o devedor em more por ser o or-tigo 14 do D. 58 eplicavel em Wasas vendee do im6vel a prestac6es.Improcedencia dos embargos por nio

R.T.J. 45

ter o Emgto . sido interpoado on no-tificado . Relator: Daembargador Fer-nando Masimiliano . - Embargannts:Esp6lio do Antonio dos Santos. -Embargado : Esp6lio do Oawaldo doAlmeida You tours . Ac6rdio do 1.0Gropo do Cemaras Civeia.

"Vistos, reatados a discutidoo got"autos do Embargo, de Nulidade e In-fringentes no Apeagio Civel numerodemito nil seiecentos a trinta a um(18.631 ) em quo & embargante o es-p6lio do Antonio doe Santos, a em-bargado o eapblio do Oswaldo do Al-maida Fontoura . 0 asp6lio do AntonioSantos, em 9.9 . 60 notificou o eep6liodo Osvaldo do Almeida Footsore, aentregar virios apartamenma n. 709,804 a 807 do Rue Senador Dantasn.° 19, prometidos vender so memoper escritura do 21.11. 51, pare serpogo on prestag5se no press do 10once, doclarrndo qua as forma do con-tram rearJndido stave o mesmo peafaits de pagpmento do male do 3 pres-tasoas, sando cinm do apartamonto 709,quatro do apartamam 804 a taco doapartamento 807. Em 14 . 9.60, ale-gando qua o promitents-venddor es-taw crando dificuldodes ao pagamentodos pratag6a vencidas , prop6s o a-polio de Oswaldo do Almeida Fontouraag4q- do eonsignaio contra o esp6liodo Antonio dos Santos . Em 4.11.60.elegando qua o ap6lio de Osvaldo doAlmeida Fontoura nio atenden i no-tifiaclo pan outrage dos sportsmen-ton, propos o ,,polio do Antonio dinSantos contra lie agio do Reintogrsgiodo Poss . Julgando ambas as scow. aMM. Jule, Dr. Porto Carreiro do Mi-randa , no barn angsda sentence dof. 96-.104, tondo am vista a cl4uaula12 do compromisso do vends if. 7a segts . do ogio do reintegragio spen-a), considerou o devedor esbulbadore eoncluiu julgando procdento a Aciodo Reintegragao a improcedenn a acidconsignat6rio (f. 104). A eg. 60 CA-man, sendo rolatot o eminent, o doumDeambargodor X. Calmon ( f. 150),por unsnimidede, manteve a improce-dinca Is consignat6ra , pan qua nu-me outs demands , do proves maispmplao a do ofaitos minis segurw, posy

669

a controviina set deddida a aprociada.Pot maiora , dou provimento pare jul-gar improcedonto a agio reintegrat6rta,entendando quo o vendedor , qua a souver deaeja 6 ficar corn im6veis, "quevalem muito mais do quo valiam as6poa do concern , dove propor urnsagio ordiniria . Ficou vencido in rein-tegret6ra o eminent, a douto Dw-sembargedor Nelson Ribeiro Alva(f. 150v. ) corn o seguints voto:negava provimento so recurs , confir-mando, totalmente, a decisio recorrida,parts integrant, desto, acrscentando,spares, qua a rescisio , ca ap6cie, endo piano direito, ern face do consig-nado as clsusuls 12.a, rstifiada no13!, do controls do promessa do vac,do, aracterisando a denominads more -es to, quo so verifies indepsndonta-mento de quslquer interpelagio judicialou extrajudicial, am male formali-dedes, bastando o sdvento do time,dads quo dies intorpellat pro homine.Fundado nasse voto vencido, op6o aespOlio promitents-vondedor, co am-bargce do nulidado de f. 182, sut-tentando quo a improced&ncia doconsignat6rio dove importer as proco-denca do reintagrat6ra em face dopacto comiss6rio aprasso, invocando adoutrim a a jurisprudincia. Contes-rondo, alegou o ap6lio embargado quo,Segundo julgados do Colendo SupremoTribunal Federal , n tilde vends doint6vel a prestagoes , a nio oar sporesme venda dos loteados , se aplia aart. 14 do D . 58, esigindo a inter-pelegio on notifiagio , pan constituiro devedor s- mom. H6 one trineanon, era corrento entre nos, principal-mente quando a familia sofra a perchdo um chafe a we forceda a retardero pagamento des prortagiiss , morom ascompanhias lotadoras do c4usuln Isn-nines dos contratce pan pedirem aresciaio do contrato a a nintogragiodo posse, perdendo a comprador nios6 as pertain pages , comp tamb4m asbenfeitorias qua, is vises , valiarn malldo quo o terrors . Iwo ocorria memoquando o torrono stave pr3tiamentepogo, felt=do 3 ou 4 pnatogla. doValor Inflow . Pan per c6bro n seaabase do direlto, o lsgiaador, no D. 58,

670 R .T.J. 45

exigiu a intimagio do devedor para opagmento dentro do 30 dies (art. 14),nos contratos de venda de terrenos lo-teados pare pagamento em prestaS&es(D. 58, de 1937 ). Disposirao id"enticecontinha o Cbdigo Civil Frances, noart. 1.650, exigindo a notificacie mos-mo nos contratos de venda do im6veiscom pacto comiss6rio . Interpretandoa L. 649, o Colendo Supremo TribunalFederal, qua tam a funcao constitu.cional de fixer a interpretagiio the leisfederais, impressionado , talvez, corn oscontinuos pedidos de reintegracgo doposse de im6veis vendidos a prestog5esap6s o pagamento de milhares , quandofaltavam poucas a pequenas prestag6es,concluiu qua o art. 14 do D. 58 seaplica em t6das as vendas de imoveisa prestaFbes , quer tenha ou nao pactocomiss6rio (vide RE 40.957, no DJ.de 6.8 . 62, p. 208 ); ERE 47.072 --.unanime - no D.J. do 28 . 11.'63,p. 1.218, em qua mudou de vote obrilhante a iluatre Ministro Luiz Gal.lotti. - Em ambos os julgados beviescliusula resolut6ria expressa no casode faits de pagamento de certo numerodo prestat6es). No caso, nao houveinterpe!a4ao pare constituir o devedorem more . O embargante notificou-ologo pare devolver o im6vel, Cumelhor, os im6veis , virmalmente jatotalmento pagos e, por ipso, 0 proml-tente-comprador prop6s a consignat6ria.

Palos motivos expostos, acordam osJuizes do Primeiro Grupo do CemarasC(veis, por maiorie, vencidos as emi-nentes a doutoa Desembargadores Ola-vo Tostes a Julio Alberto Alvares,julgar improcedentes os embargos. -Coates no forme do lei . - Rio doJaneiro, 30 de janeiro de 1964 (Assi-nado ) Francisco Pereira do BulhoesCervalho, Presidents am voto. Fer-nando Maximiliano, Relator designado.Olavo Tastes, vencido, data venda dodouta maloria, ramble os embargos e,nos terrnos do voto vencido, restabe-lecie a sentenca de primeira instancia.

As decis6es, alien escassas , quo ort-ginam a interpelasao judicial, pare aconstituir em more , nos promesses devenda de quaisquer im6veis, meemoquando hi termo certo a foi estipulada

cliusula resolut6ria expressa, consagrou

interpretagio contra legem. - Aten-

tam contra o disposto no art. 119,parigrafo unico, do C. Civil.

O Dl. 58 reguia estritamente aspromessas de compre a venda de imb-veis ioteados. vendidos mediante oferta

6blip ca.

As disposisoea derrogat6rias do di-reito comum seo de interpretasiorestrita, nao confortando aplicafeo poranalogia ou paridade.

Julio Alberto Alveres, vencido, potsquo ramble os embargos, pare, refor.mando o v. ac6rd5o embargado,restabelecer a sentence apelada, doconformidade cm o voto vencido."

O r. despacho agravado, de f. 6 ev., i do aeguinte teor:

"Indefiro o presents recurs extra-ordin6rio. As questbes referentes amore envolvem sempre matiria do fa-to, pole 6 us prova dos autos quo 0julgador vai buscar elementos pareaceiti-la , on justifici-le. As decis0esquo s6bre a assunto ago prolatedaa, naoensejam o recroso extremo. E, no caso,a more nao chegou a per considerada,porque o v. ac6rdgo recorrido consii-derou quo pare one existencia neces-sirio eerie a interpelario judicial,exigide por lei em tbdas as causes devendee a prestag5es, de bens im6veis,sejam loteados ou nao, do ac6rdo como entendimento iterativo do eg. Su-premo Tribunal Federal . Nao hi falsr,portanto, em violagio de dispositivosde lei federal, nom em contradicao avenerandos arestos de outros Tribunais.E possfvel qug as encontrem discre-pancies, por6m, silo no quaeatfo iurisa, serie esaminado code caso concretoA lux do prove produzida."

A douta Procuradoria-Geml do Reopublica opinou . re forma do quo contra3 f. 29: (1e).

it o relatbrio.

VOTO

0 Sr. Ministro Adalicio Nogueira(Relator): - Nego provimento toagravo . A mat6ria 6 compiexa 0 do

R.T.J .45 671

corto modo, embaraca a compreensiodo controv6rsia , quo vem, par outroIsdo, envolvida on apreciagio de fame.

Entrelaganm-ee, no cast, dues agues:uma do reintegracio de posse a outrade consignacao em pagamento. 0 v.ac6rdio embargado salienta o fato nosseguintes t6rmos:

"A sentence recorrida esaminou odecidiu dues demendas: uma reintogra-t6ria de posse a uma consignatoria dopagamento . Processos apeneados. 0eep6lio do Antonio Santos maven soesp6lio do Oewaldo de Almoida Fon-toura um- ado do reintegracio deposse a respeito do im6veis , altos naCinelindia, escritum do 1951, par nioter o r6u promissirio comprador cum-prido obrigacoes contratuaie , quanto sopagamento do Preto estipulado etc.A escritura est6 nos autos , sustentan-do-so quo or vi do climate 12 fatestipulado qua , deecumprido o contrato,o vendedor poderia considerar rescindi-do o contrato an demander esecutive-msnte o pagamento do restants doProvo. Defendeu-se o comprador, ale-gando quo o vendedor searpre admi-tire relative atraeo nas pagamentos esustentando qua nio preticera esbulhoqua permitisse a reintegracio . Por onevet, a asp6lio comprador requereu aconsignat6ria . A sentence deu Palaproced€ncia do reintegrat6ria, pelt im-proced8nele do consignatbria. Dal aapologia. Iota Camara , por maioria,corn o veto vencido do Desembargador I Brasilia, 23 do ag6stoRibeiro Alves, reformon a sentence Jose Amoral Secretfirw

RECORSO EXTRAORDINARIO A' 38.064 - MT(Sogunda Turma)

quo deu pale proced6ncia do reintegra-torie, ai por unaiimidade. 0 qua avendedor pretends, so ver do malaria, edata vents do voto vencido , 6 apenesrescisio do promessa de compra avenda , a aurae 6poca em- qua, peegelopante a desenfreada inflacio mo-netiria, as val8res ImobiliArios subirame sobem aseuetadoraments.

Nio houve violacio do lei federal,senio aplicacio do diepositivos qua adocisgo recorrida julgou cabiveis ispeculiaridades do caso concreto a, noquo tango so diseidio jurisprudencial,o eg. Supremo Tribunal, em bip6teswigueis i presents , teas invocado o dis-posto no art. 14 do D. 58, de 10.12.37,e 14 do respective regulamento, De.creto 3 . 079, do 15.9.38, comp barndemonstrou o agravado,

Tudo, em sums, refuge so 8mbitoeevero do recurso estraordinfirio.

DECISAO

Como covets do ate, a decisio fata seguinte; A Tama , un&nime, negouprovimento so agravo.

Presidencia do Esmo. Sr. MinistroHabnemann Gulnraries . Relator, oEsmo. Sr. Ministro Adalicio Noguetra.Tomaram parts an julgemento as Es-colentissimos Srs. Ministros Aliom arBalaeiro, Adalicio Nogusire, PedroChaves , Vilas Boas o Hahaemann Gui-maries,

Relator : 0 Sr. Minietro Adallcio Nogueira . f7«.f7 • 9. O p,7

Recorrentes : Bento Romero a outro . Recorrido : Join Fernandes do Carvalbo.

Acio cominatdria do prestecio do oontsa Matdria do prove.Soctedade do fato. 0 v. acdrdio recorrido abode reap deoidiu a caws

em definitive. Recurso estraordinirio, do quo No se roman conh c-r+rsnto.

ACORDAO Federal, no conforenidade de eta do

do 1966. -do Turma.

Sm, 6 97

Vidos, ralatedos a diaeutidos Stec julgamento a des notes taquigr"leas,autos, aeordaws as Mlaiwas do Se- Par iwanimidade do votes , nio conhs-gunds Terms do Supremo Tribuna l car do recono.

672 R .T.J. 4S

Brasilia, 13 de junho do 1967. -Evandro Loins a Silva, Presidents, -Adalicio Nogueira, Relator.

RELATORIO

0 Sr. Ministro Adalicio Nogueira:- Recorrentes a recorrido celebraramurn contrato do parceria agricole, corn0 objetivo de qua os primeiros extrais-sem des mates do propriedade dosegundo madeiras pr8prias pare cons-trugio (cedro, peroba , piuve etc.),qua seriam trensformedas em tebues,planchies, caibros etc ., ficando assea-tado quo o recorrido fomeceria-aos*am parceiros dinheiro , mercadoria amantimentos, pare o desenvolvimentodo emprisa.

Apes o beneficiamento des medetrna,aeriam sates vendidas a oz lucros asacomodariam, segundo a forme pactua-da • constants do initial, prestadas ascontas necooserias pelos recorrentes.

Alega-se quo Bates faltaram to pro-metido, ficando a dever carte some anrecorrido , em rosin do qua late prop8scontra l1es, agio cominatAria de pres-tegio do conies , Segundo o prescritono art. 302, V, do C. Pr. Civil.

Citados, as recorrentee embargaramo pedido . A sentence de primeirainatincia julgou improcedentes os em-bergos , determinendo que se prossigano cause principal ( f. 25-26 a v. ),decisio qua foi mantide polo v. ac6r-dso de f. 48 a v.

A douta Procuradoria-Geral do Re.pfiblica opinou, i f . 63, polo nio co-nhecimento do mesmo ou, to conhocido,polo no desprovimento.

E o relat6rio.

VOTO

O Sr. Ministro Adalicio Nogueira(Relator): - Nio conhego do recursoestraordinario . A decisio recorrida,alem de baseer-se em materia pura-

mente do fato , pois qua o pedido

initial pressupoe a existlncia do umasociedede de fato, ainda No julgou a

cause no sua segunda fen.Os julgados incriminados determt-

naram qua so prossiga no feito, isto e,abrindoae am recorrentes a oportuni-dads do preetagio do contas , no formado estabelecido pelos § LP a 2.0 doart. 308 dequele C6digo.

Nio se justifica , polo, seta anteti-pagio do apIlo exceptional, de quo,como ji disse, nio conhego.

DECISAO

Conto consta do ate, a decisio foi• seguinte: A Tuna nio conheceu

do recurs , par unanimidede do votos.

PresidIncia do Emm . Sr. MinistroEvandro Lina . Relator, o Exmo. S•-nhor Ministro Adalicio Nogueira. To-maram parts no julgamento os Exmos.Sri. Ministros Aliomar Baleeiro, Ada-licio Nogueira a Evandro Lins. Au-sente, justificadamente, o Exmo. SenhorMinistro Hahnemann Guirnaries.

Dal, o presents recurso eztraordl. Brasilia, 13 do junho do 1967. --nerio. Guy Milton Long, Secretirio.

HABEAS CORPUS N. 44.294 - PE

-(i;eguiida Turmaj

Relator: 0 Sr. Ministro Adalicio Nogueira.

Patients: Urban Vitalino Filho.

Improcedo a invocagio do prescrigio baseada no S6mula 146,

porque houve in casu , recurso da acusagio. Interrupgio do lapsoprescricional, per intercorrencia do sentenga condenatdria recorrivel(art. 117, IV, do C. Penal). Habeas corpus indeferido.

ACORDAO Federal, no conformidade do ate do

Vistas, relatados a discutidos lstes julgamento e des notes taquigrificas,

autos , acordam os Ministros do Be. por unanimidads do votos , indeferir 0

gunde Turns do Supremo Tribunal pedido.

R.T.J. 45

Brasilia, 17 do ag6sto do 1967. -Evandro Line, Presidents . - AdaIIcioNogusira, Relator.

REIATORIO

0 Sr. Miniatro Adalicio Nogueira:As informac6es de f. 24-25, pro-

vindas do eminente Presidents do eg.Tribunal de Justice de Pernambuco,Des. Ribeiro do Valle, esclarecem opedido:

"0 paciente foi denunciedo em11.12. 63 parents o Juizo do 7.a Varado Capital (Privative de Delitos doTrfinsito) como incurso nos sanc6esdo art. 129, @l 6.° a 7.° c/c o art. 15,r° II, do C. Penal.

A acio penal foi devidamente pro-cessada : a •denfincia foi recebida em11.12.63, o paciente foi citado a Inter-rogado, as testemunhas foram ouvidas.Encerreda a instrucio criminal, foi opaciente condenado em 14.10. 66 polocitado juiz a pena d9 sets (7) mesasde dstencio, como incurso nos sancoesdo art. 129, $ 6.°, do C. Penal.

Inconformados com a sentenca, daleepelaram o Dr. Promotor P4blico eo paciente a este Tribunal quo, etrav€sdo one 1. C6mara Criminal, em sessiodo 24. 1.67, negou provimento a ape-lacao do paciente a deu provimento ado Miniatbrio P4blico, fixando a penaem nova (9) mesas e des (10) diesde detencio, nos termos do art. 129,

6.° a 7.0 , do C. Penal.

0 Desembargador Relator, em souvoto concluiu quo o acidente resultarade imprudeacia do paciente so dirigrurna viatura, por sinal do place oficial,com velocidade qua neo ere normal,sem a devida cautela, porque se easecautela houvesse nio terie , reelmente,ocorrido o acidente". E contim, maimadiante : "Nego provimento so recursodo Dr. Eriberto Gueiros a douprovi-mento ao recursu do Ministerio P4-blico, pare splicer so An o acriscimoprevisto no § 7.0 do art. 129 do C.Penal". Finalizando men voto, acres-centou: "Entre parenteses , you daraqui ume informacio : me one sentencativessa transitado em julgado, seriacause ate do prescrigio pare a pena

673

concrete, porquo mitre o recebimentoda denAncia e a sentonca decorrerammain de dole anon; entretanto, on nio

posso apreciar a quest o, porque a

sentence ueo trensitou em julgado.Deixaroi isto, naturalmente , I defamequo sere vigilante a apreciare 6see as-pecto do questio oportunamente".

O impetrante alega prescricio doacio penal, nos tirmos do Simnrla146, arguindo quo, a partir do do-nuncio (quo segundo dix, 6 a filtimacause interruptive do lapso prescricio-nal), ate a data do julgamento noinstancia superior (24.1.67 ), decor-reranr meis de trios once.

It o relat6rio.

VOTO

O Sr. Miniatro AdaIicio Noguelra(Relator): - Income em equivoco odouto impetrante . Inaplicevel so trioe a Sumula, qua invoca. Este s6 semisprestadia so objetivo quo ale tem. emmire, ne no houvesse , como hi, re.curso de acusacio . 0 peciente foi con-donado a 7 mesas de detencio, compincurso no art. 129 , 9 6.°, do C. Po-nal. Mas, o 6rgio do Ministerio P6-blico apelou do decisio, e a C.Instincia Superior den provimento sorecurso, pare fixer a condenacio em9 mesas do detencio , em conformidedecom o prescrito no art. 129, 9 7.°, domeemo diploma legal.

Nio he cuidar-se, pois, de prescrigio,tendo-se em vista a pena concretizadana sentence, porque bouve recurso doamusacio.

E mods, o recebimento do den4nclaneo 6, como supoe o impetrante, aultima cause interruptive de proton-dida prescricio, senio qua o 6, in caau,a sentsnca condenatbria recorrivel (ar-tigo 117, IV, do C. Pen., deeds quoo Dr. Promotor dole apelou. Desnadecisio a qua hi de fluir o n6vo pramprescricional . E tondo eido a mesmaproferida em 14.10.66, s6mento emigual data do 1968 , consumer-se-6 a ex-tincao de punibilidade , desde qua olapso prescricional a do dois aims(art. 109, VI, do C. Penal).

Indefiro a pedido.

674 R .T.J. 45

VOTO

O Sr. Ministro Aliomar Baleeiro: -Sr. Presidents, nio cheguei ainda anine conclusio Segura s6bre o assunto.

Havias stasis no caso?

O Sr. Ministro Adalicio Nogueira(Relator): - Nio toasts.

A pena esters prescrita em janeirode 1968.

O Sr. Ministro Aliomar Baleelro: -Para quern eats priso, eels mesas doem.

Meu voto, Sr . Presidente, 6 conce-dendo a ordem , em parts, pare quaseja concedido sursie, caeo se verifi-quem as condig6es legais.

O eminente Relator poderi informerse o paciente 6 primirio7

0 Sr. Ministro Adalicio Nogueira

O Sr. Mirdstro Aliomar Baleetro: -Concedo, em parte, a ordem , pare quaseja concedido sursis, moo Be verifi-quem as condigiies legais.

DECISAO

Como conta do are, a decisio foia seguinte : Negou-se a ordem , unini-memento, ressalvada a concedido deaurais, caso o paciente preencha usrequisitos legaia.

Presidencia do Erato. Sr. MinistroEvandro Una. Relator, o Exmo. Se-nhor Ministro Adalicio Nogueira. To-maram parts no julgamento os Runes.Sn. Ministros Adaucto Cardoso, Alio-mar Baleeiro, Adalicio Nogueira aEvandro Linz . Licenciado, o Elmo.Sr, Ministro Hahnemann Guimaraes.

(Relator): - Tambdm nio consta isto Brasilia, 17 do ag6sto de 1967.do proceaeo. Guy Milton Lang, Secretirio.

RECDRSO E%TRAORDINARIO N:

(Segunda Turma)

Relator: 0 Sr. Ministro Victor Nunes Leal.

45.187-GB

AV, 6 410! d•4./J 07

Recorrente : Casa F . Jorge de Oliveira "Couros" S.A. Recorrida: MassaFalida do B61sas I. M. Ind6stria a Comircio Ltde.

Faidncia. Restitdgio. Negada, porque, nio aendo a cotseirdieponivei, tot alienada antes do pedido restitutdrio. Habilitagiodo crddito. RE 56A33 (1964).

AC6RDAO

Vistos, relatados a discutidos laterautos, acordam os Ministros do Se-gunda Turma do Supremo TribunalFederal, no conformidade da ate dojulgamento a des notes taquigrificae,por unanimidade de votos, conhecer dorecurs a negar - lhe provimento.

Brasilia, 29 do outubro de 1965. -Lafayette de Andrade, Presidents. -Victor Nunes Leal, Relator.

RELAT6RIO

0 Sr. Ministro Victor Nimes: -Trata-se de restituigio, em falincia, aqual foi negada pelo Tribunal do en-tigo Distrito Federal (f. 38). A mer-

cadoria f8ra vendida a cridito eentregue nos 15 dial anteriores a fal-lincia, mss ji ffra allenada polo falido.Mandou-se habilitar o reivindicantecomo credor.

Doi o seu recurso estraordinirio(f. 41), citando julgado divergente(R. F. 94/489) a argumentando corn

as arts. 76 a 78 do L. de Falincias.

Arrazoaram as partes (f. 44.46).

VOTO

0 Sr. Ministro Victor Nunes (Re-lator): - A controvdrsia 6 beteconhecida do Tribunal. Dade a diver.genie, conbego do recurs, pordm Thesego provimento . Nio as comprovou,

R.T.J. 45 675

nam se alegou, quo a memdoria hon-vesee lido alienada ap6s o pedido dorestituigio. T6da a argumentagio doeautos indict quo can alienagio foianterior.

Reporto-me is mz5es do men votono RE 56.433 (1964), julgado quoficou com ester ementa (DJ. 24.3.65,p. 476):

"Falancia. Restituigio. Efeito dopedido. 0 an. 78, caput, do Lei doFalgncias, qua toma indisponiveis nobens do falido, on concordat6rio, parefeito do pedido restitut6rio apliweeis dues hip6teses de restituigio: coisasvmdidas a cr6dito e mime indisponi-veis. As mists disponiveis, em con-segiiancia do pedido, passam a terindisponiveis."

Resumindo: nio are caso de coisaindisponivel, met de miss vendida acrbdito, quo A via exists ao tempo

do pedido do restituigio . 0 pedidodo restituigio 6 quo a tornaria indis-ponivol, obrigando a restituigio emdinheiro.

DECISAO

Como consta de eta, a decisio fora seguinte: Em dacisio mninime, to-nheceram do recurso a The negaramprovimento.

Presidencia do Esno. Sr. MinistroLafayette do Andrade: Relator, o Ez-celentissimo Sr. Ministro Victor Nu-nee. Tomaram parts no julgamentoas Ezmos . Sre. Ministros HermesLimo, Victor Nunes, Vilas Bess, Hah-namanu Guimaries a Lafayette doAndrade.

Brasilia, 29 de outubro de 1965. -Alvaro Ferreira dos Santo., Vice-Dire-tor-Gerel.

RECDRSO ESTRAORDINARIO N.• 48.487 - SP

;Seguuda Tu1ma)

Relator : 0 Sr. Minietro Malkin Noguairs.

Recorrente : Ind6stries Paramount S.A. Recorrido : Departamento de Ea-trades do Rodagem.

Desapropriacjo indireta . Oe join, compenMt6rios firados noirdenlsagio devem oomputai-se a partir do data do pericia (Sfimule345) No qua toca a honorilriw advocaticios , nio sao euscetiveis deapreciogio, no inetaecia ercepcional. Recureo e:traordinerio conho-cide e provido, em parts.

ACORDAO

Vistos, relatados a discutidos asterautos, acordam as Ministros do Se.gentle Puma do Supremo TribunalFederal , no conformidade do eta dojulgamentos a des notes taquigrifice,,conhecer do recurso a der-lhe provi-mento, am parts, por maioria de votes.

Brasilia, 6 de junho do 1967. -Mahnemarm Gaimereie,, Presidents. -Adalrcio Nogueira, Relator.

RELATORIO

0 Sr. dllnietro Adalicio Nogueira:Trata-se do egio do indeniza{ao

proposta Palo recorrente contra o re-corrido, em qua a primeira pretendsreparagio, pale ocupagio, quo o se-gundo levou a cabo, de was glebe doterra pertencente equele, site A mar-gem da via Anchieta, em Sio Paulo.

A sentenga de primeira greu julgou,procedente a egio, ficou o (quantumde indenizagio a determinon o pegs-mento do jurw compenset6rios, deedsa data de ocupagio. 0 v. ec6rdao def. 243, den provimento percial one,recunos oficial is do its , tio-e6 paresdeclarer quo aquales juror devout cowtar-se do transito em julgado do do-ciaio.

676 R.T.J. 45

Corn o presents recurso estraordi-

nirio, o autor pretends qua os juros

em questio as calculem a partir do

ocupageq como resolveu a sentenga 0

qua as honorirlos advocaticios se es-

timem entre 10 a 20%, consoante a

Lisa usual , visto set exigus a de 3%,

em qua as instencias loceis os arbi-

traram.

A douta Procuradoria-Geral'da Re-

publica em parecer subscrito polo atual

eminente Ministro Evandro Lins, opi-

nou pelo nao conhecimento do recurso

Cu, so conhocido , polo seu desprovi-

mento.

E o relat6rio.

VOTO

O Sr. Ministro Adalicio Nogueira

(Relator): - Conhego, parcialmente,

do recurso extraordinirio a The dou

provimento , nos seguintes termos:

Os juror compensat6rios , consoante

a orientegao mais pronunciada do ju-

risprudencia, consubstancieda no Sd-

mula 345, devem set contados a partir

do peritia.

flea desconhego qua a jurispruden-

cia, anterior a SGmula, inclinava-se

Palo sua estimative , a dater do ocupa-

geo a opini5es isoladas ainda sufragam

ease tese.

Mas, o Pret6rio Excelso, so julgar-

as o RE 55 . 388 de Sea Paulo, de quo

foi relator o eminente Ministro Luis

Gallotti, essentou prestigiar o en-

tendimenEo do Sdnuda (R.T.J.

34/381.390).

Ainda recentemente , no julgamento

do RE 59.576, realizedo em 31.5.66,

de que foi relator o eminente Ministro

Viler Boss, esta eg . 2.8 Turma, e

unanimidade, adotou o mesmo ponto-de-vista. (Da Desepropriagao no Stv

promo Tribunal Federal, Jardet Noro-nha - Odalea Martins, vol. V,p. 766-769).

Admito qua, sob a presseodo cortas

peculiaridades dos casos concretos, se

posse esposer outro criterio . Mao, in

caau, esse perece-me o melhor.

Quanto a honoririos do advogado,

porem, nao conhego do recurso extra-

ordinirio . Sue fixagao nao constitui

questeo passivel do rename, atraves

do apelo excepcional . Desde quo as

instencias ordinaries as estimarerq na

base cents do 3%, g quo as circuns-

tencias do caso e a apreciageo dos

fatoa assim o impuseram.

VOTO

0 Sr. Ministro Aliomar Baleefro: -

Sr. Presidents , concedo, Beads a data

do laudo pericial . S6 nao dou os ho-

noririos do advogado , Para manter a

jurisprudencia do Tribunal.

DECISAO

Como consta do ate, a deciseo foi

a seguinte : A Turma, unanime, co.

nheceu am parts do recurso e, contra

o voto do Ministro Aliomar Baleeiro,

]he den provimento.

Presidencia do Exmo . Sr. Ministro

Habnemann Guimeraes , Relator, o

Exmo. Sr. Ministro Adalicio Noguei-

ra. Tomarem parts no julgamento as

Exmos . Srs. Ministros Aliomar Ba-

leeiro, Adalicio Nogueira a Habnemann

Guimariies . Licenciado , o Exmo. So-

nhor Miniatro Pedro Chaves. Imp'-

dido, o Exmo . Sr. Ministro Evandro

Lins.

Brasilia, 6 de junho de 1967. -

Guy Milton yang, Secretiirio.

R.T.J. 45 677

RECURSO EXTRAORDINARIO N: 57.193 - PR

(Primeira Turm*)

Relator: 0 Sr. Ministro Raphael de Barron Montano.

Recorrente : Uniio Federal. Recorrida : Fosforita Olinda S.A.

Arn̂ . -7f

Eaten as empra"sas do nuneragio isentas do page r entoo do tareadicional, mesa neo do de despacho aduanoiro. Recurso e:traordind-rro conhecido a provido, em parts.

ACORDAO

Vistos, relatados a diacutidos Estesautos, acordam os Ministros do Pri-meire Turn do Supremo TribunalFederal, em conformidade corn a atedo julgemento a notes taquigrifioss,conhecer do rocurso a dar-ibe provi-mento, em porter it unanholdede devotes.

Brasilia, 20 de fevereiro de 1968.- Victor Nurses Leal, Presidents.Raphael do Barns Monteiro, Relator.

RELAT6RIO

0 Sr. Ministro Barron Mont eke:Sr. Presidente:

Foi o recurso ertraordinerio admi-tido pelo seguinte despacho do Mi-nistro Cunha Vasconcellos Filho, en-t6o Presidents do eg . Tribunal Fe,derl do Recursos:

"Foaforita Olinda S.A. requereumandado de seguranca contra o Ins-pemr de AllAndega, objetivando a li-benrao do pagamento des texas cons-tantes dos arts. 66 do L. 3 . 244, de14.8.57, a 101 do Dl. 300, de 24.2.38,na importagio de maquinismos desti-nados As suas atividades, sob a alega-c5o de quo, como surprise de minera-Isab, estaria beueficiads emplamentepelas disposir6es do C6digo de Minas.

0 Dr. Juiz, sentenciando is fWlhas37-42, concedeu em parts a seguranfa,pars que a impetrante page ass apenasa tare do despacho aduaneiro, ficandoisents de term de 1001o offtaboledda noDl. 300, do 1938.

Houve recurso de officio a agravosde impetrante a do Uniio Federal.

A 2a Turn diets Tribunal, unini-memento, den provimento so recunode impetrante , ficando prejudicado esdenials, nos termos do ac6rdio de f8-lha 78.

Inconformada, recorreu extraordlni-riamente a Uniio Federal, is fWlhas80-82, mm base no art. 101, III, a,do C. Federal.

Adinito o presents recurso pars quea Supreme Iostincia as pronuncie acSr-

ca de isengio do pagarnento des taleson litigadas, corn referancia As em-pr6sas de minerasio, pois a mat6rie

di margem a controv6nias . Subaru asautos."

Neste instincia, opinou a douta Pro-curadorie-Geral do Republica, em ps-recer aprovado polo entio Procurador-Geral, hoje Ministro Oawaldo Triguei-

ro, Palo provimento.

E o relat6rio.

VOTO

O Sr. Ministro Barns Monteiro(Relator): - Sr. Presidents:

Merece reforma, corn efeito, o ve-nerando ac6rdio recorrido , como pro-pugna o parecer de ilustrada Procure-doria-Geral do Republica.

Alim do julgado a qua elude o Don.tor Procurador aqu8le proferido noRE 12 .433. jS decidiu o eg. Plen6rlodesta C6rte, conforme as vS do R.T.J.,36/229, em caso em quo an interesea-do a ora recorrida, Fosforita Olinda

678 R .T.J. 45

S.A., qua "podia car cobrada do em-presa do mineragio a tare do deepa-cho eduaneiro; a cabin a isengio dotars adicional."

Ante o exposto, conhego do recursoa the dou provimento parcial.

EXTRATO DA ATA

RE 57.193 - PE - Rel., Minis-tro Barros Monteiro. Recta., UniiioFederal . Recda ., Fosforita OliddaS.A. (Adv.. Clodoaldo Jose d'Anua-ciasio) .

Decisio: Dado provimento , uninf-memente. Impedido, o Sr. MinistroOsaaldo Trigueiro.

Presidencia do Sr. Ministro VictorNunes . Presentes co Srs. MinistrosDjaci Faiceo, Barron Monteiro e oDr. Oscar Correia Pine, Procurador-Geral do Rep$blica, substituto. Li-cenciado, o Sr. Ministro Lafayette deAndrada.

Brasilia, 20 de fevereiro de 1968.- Alberto Veronese Aguiar, Secre-tario.

RECURSO E%TRAORDINARIO N' 58.677 - PR 2

(Terceira Turma ) ^i„ , 6773Relator: 0 Sr. Ministro Luis Gallotti

. //°'^t.((iL 9,11- 66

Recorrente : Estado do Parana. Recorrido : Salustiano Santos Ribeiro.

Mandado do seguranpa concedido polo Tribunal do Joetipacore flagrante viola{ao do lei eatadual.

Nio poderia o Supremo Tribunal, ad por isso, corrigido o Stroem recurso ertraordinerio.

Ma, o Estado tambem invoca a Constituigio Federal, a aindadis quo, por esaa Conatituigio a pela lei federal, o mandado doaeguranga ad cab& contra ato ilegal . Ainda invoca urn prindpiocardeal do regime : o Judiciario nio pods legiabar a, an aspects,modificando a lei, quo erige vinte anon, pare direr quo bastaretrem, legislou.

Recurso estraordinerio conhecido a ptovido.

AC6RDAO

Vistos e relatados sates autos doRecurso Ertraordinario n? 58.677, doParana , em quo a recorrente o Estadodo Parana, a recorrido Salustiano San-tos Ribeiro , decide o Supremo Tri-bunal Federal, em 3.a Turma , conhe-car do recurso a der-Ihe provimento,

un6n imemente, de ac6rdo core as ro-tas juntas.

Distrito Federal, 3 de junho do1966 . - Luis Gallotti, Presidents eRelator.

RELAT6RIO

0 Sr. Ministro Luis Gallotti: -Sate o ac6rdio ( f. 32-33):

"Vietos, relatados a discutidos Satesautos de MS 32-57, do Curitiba, em

quo a Impetrante Salustiano SantosRibeiro, por sous advogados DoutoresJ. R. Vieira Netto a Eduardo itVirmond:

O impetrante , medico a funcion6riop6blico, classe "T", do Secretaria deSaUde P6blica do Estado, alegandoqua tem mais de vinte anon do servicep6blico a qua ererceu per macs dosale meses a funrio de Diretor doDepartamento de SaMde, no regime doL. 2.541, do 21.12.55 , impetra opresents mandado, contra ato do Er-celentissimo Sr. Governador do Es-tado qua the indeferiu o pedido deelevacio so pedrdo "Y", a quo sojulga cram direito, nos precisos termosdo lei mencionada.O Ermo. Sr. Governador do Es-

tado, atrav6s des InformaFoes presto-

R.T.J. 45

dma, entende quo ao impetrante faitso requisito dos vinte anon do servif,opfiblico esteduel, pare poder merecoro bmreficio legal.

A douta Procuradoria-Geral opine,preliminarmente, polo rndeferimentu doaeguran{a, polo sun interapostividadee, quanta so m6rito, polo douagagio,porque o tempo do service prestadoso Ex6rcito, embora mandado costarpare todos on oteitoa legais , nio thepode set computada pare o efeito 5a-peeial provisto na L. 2.541, j6 refe-rida.

Into p6sto:

O direito do impetrante, lace noselementos constantes doe autos, apr..yenta-se perfeitamente liquido a certo.

A L. 2.541, do 21.12.55, concediao beneficio do elevasio so padrioY, eon funcion6rios do Estado, quocontassem main do vista anon do eer-viso publico estadual a houvessemexercido, polo pram, minimo do winmews, a funcio ou rorgo de Diretor doDepartamento ou do Diretoria do Se-cretaria do Eatado.

Arguments-se quo o impetrante nosatisfas a primeira dam mencionadascondici es , pole spoons conta corn treesanos de servisoe prestadoe so Estado.nio podendo set incluido , Para obten-cio do beneficio , o tempo do servicoprestado so Ez6rcito Nacional, embo-ra mandado contar pare tonoz on ofei-toe legais . A lei edge quo o servidorcanto corn vinte anos de servigo p6-blico estaduai.

Ease interprotasio, entretanto, niome ajusta so quo vem sendo reiterada-mente decidido par isle Tribunal.

0 tempo de servigo contado paretodos on efeitos legais , edition-se eas incorpora , qualquer quo seja, fe-deral on memo preatado a outro Es.tado, ao tempo de servico p(blico es,tadual, formando corn Sate um s6 todo,um blocs 6nico , indivisivel.

E o tempo do servico prestado poloimpetranto so Ex6rcito Nacional, foi,par ac6rdio deste Tribunal a cuja c6-

679

pia so encontra we autos , mandadocanter pare todos as efnitos legais.

Assam, a is era Sate o (mica obatd-culo pare quo so impetrate MOOconcedido o benefieio do art. 1.0 deL. 2.541 , como entende o ilustre Che-fe do Poder Executivo, est6 o mesmointeiramente superado.

Por Batas raxoes a conhecendo dopedido, por ter sido ajuirado dentrodo praxo legal , Si, sue o die 17 domarco, recaiu em um domingo:

Acordam on Juixes do ribunal doJustice, em eeesio pleas , conceder asegurancs impetrada".

Houve votos veacidos (f. 33).

Recurso eztraordin6rio do Estado(alineas a, c e d).

A Procuradoria-Geral opium polo niioconhecimento, ou nio provimento (f6-Ihas 47-48).

E o relat6rio.

VOTO

O Sr. Minietro Luiz Gallotti (Re.lator): - 0 recorrido, servidor esta-dual, obtivera antes mandado de as-guranca a fim de canter tempo deserviso federal , pare ofeitos outros quonio on admitidos polo art. 192 deC. F., alil, reproduzido pela Consti-tuicio do Estado (art. 158).

Aqui, o recorrido invocou lei espe-cial, do Estado, pare obter a olevasioto padrio "Y".

O favor 6 concedido pelt L. 2.541,nos funcionirios quo contem main devinte anon do servigo publico estaduale bajam exercido , polo pram minimodo Geis mosey , a funcao ou cargo de Di-retor de Departamento ou do Dreto-ria do Secretaria do Estado.

A concessio do mandado de segu-ranca , ca esp6cie , importou flagrantoviolasio do pr6prla lei especial, poleonto exigo, pare o g8zo do favor, vin-to moo de serviso estadual e o im-petrate tithe spans treze, tondoaido somados, contra a lei, as anon doservigo federal, prestados ao Exlrcito.

680 R .T.J. 45

Mas as o Estado recorrente se limi-tasse a invocar ease lei e a Conatituisaodo Estado, o recurso eztraordinerio noteria cabimento, porque as trata dediplomas estaduais.

Entretanto , o Estado tambem love-ca o art . 192 de C .F., qua s6 permitsa some dos tempos de aervigo pisblico,federal, estadual on municipal, pareefeitos de disponibilidade a aposenta-doria.

O case 6 diferente, pare pior, dooutros qua temos julgado, vindos doParana. A lei estadual foi flagrante-mente violada. No poderiamos, so porisso, corrigir o irro, em recurso eztra-ordinario. Man o Estado tamb€m in-voca a Constituigeo Federal, a aindadiz qua, por ease Constituigeo a pelalei federal, o mandado do segurangaso cabs contra ato Regal. Ainda invo-ca um princpio cardeal do regime: oJudiciario neo pods legislar e, no ae-pacie, modificando a lei, quo ezigs

vinte anon, pan diner quo bestamtreze, legislou.

Assim, conhogo do recurso a the douprovimento, pare canner a seguranga.

VOTO0 Sr. Ministro Gongalves de Oil.

veira : - Sr. Presidents, estou deacirdo corn a conclusio do voto deV. Excia.

Polo art. 12 do Constituigeo an neo

daria concordencia $ seguranga.

O Sr. Ministro Lair Gallotti (Pre-sidents a Relator): - Pot isso 6 quofiz o acrascimo, peneando no opiniiode V. Excia.

O Sr. Ministro Gongalves do Oli•veira: - 0 art . 192 diz assim:

"Art. 192. 0 tempo de servigo pi-blico, federal, estadual on municipalcomputer-se-a integralmente pare efei..toe do disponibilidede a aposentado-sla."

Entendo qua pods a lei local esten-der a contagem pare outros efeitos,

como tern estendido , pacificamente,pan percepgeo de adicionais por tem-po de servigo a pare efeitos de esta-bilidede. A L. 505 tambem mandacontar o tempo de servigo estadual amunicipal pan efeitos do estabilidade.

O qua, a men ver, neo pods 6 nonelei federal mender touter pare todoson efeitos a assim onorer o Tesourodos Estados . Se so tratasse de nonelei estadual qua doses eases vantagensso servidor, an daria razeo. Mas, evi-dentemente , neo pods none lei s6breservi{,o militar mandar qua so contetal tempo de servigo.

O Sr. Ministro Lain Gailotti (Pre-sidents a Relator): - 0 qua o impe-tranto invocou foi urns lei estadual es-pecial; neo 6 equals comma, em quaV. Excia . so tern baseado pan admi-tir a soma do tempo federal a estadualpan todos on efeitos . He uma lei espe-cial qua dia qua aquile qua conta vinteanon de servigo estadual a por leis=ones ezerceu cargo do diretor, podsso aposentar no letra "Y". Mae, nocaso, o impetrante one, tinha aquiletempo de servigo estadual.

O Sr. Ministro Gongalves do Oh-veira : - A lei federal 6 qua mandacontar pare todos on efeitos. Entendoquo ease lei federal neo pods prevale-cer nos Eatados . A lei estadual mendscontar os vinte anon do servigo sets-dual e a parts pretends quo an adicio-ne, tambem, o tempo do servigo federal.

Por notes razoes 6 qua ecompanboo voto de V. Excia., no conclusio.

DECISAO

Como consta do are, a deciseo foia seguinte : Conhecido a provido.Uninime.

Presidsncia do Exmo . Sr. MinistroLuis Gallotti, Relator. Tomaram par-to no julgemento on Exmos . Senho-res Ministros Carlos Medsiros, PradoKelly, Hermes Lima, Gongalves do

Oliveira a Loin Gallotti.

Brasilia, 3 do junho do 1966. -Alvaro Ferreira don Santos, Vice-Dire-tor-Geral.

R.T.J. 45 681

RECURSO $STRAORDINARIO NP 59 . 390 (Ag) - SP(Tribunal Pleno)

Relator: 0 Sr. Ministro Djaci Falcio.

Agravantes: Luis Ant6nio Batista a outros.

Doi, 0 descabimento dos embargosde diverggncia, admissiveis spansquando ha divergancia no interpreta-geo do direito federal.

Nego admissio so recurso.

Aesino so advogado o praro do 15dias pare a apresentafio do inetm-mento do mandate.

Brasilia, 20.6.67. - Died Fal-tad'.

Em face dessa decuio 6 quo foimanifestado tempestivamonto o pre-cente agravo regimental.

Estd feito o relat6rio , a nio tenhovoto.

Inocorre diveraencia na interpretagao do direito federal, por-quanto os acdrdaw indicados come divergsntes prendem-se so prin-cipm generico do isonomia, on em particular, em face de rearmlocal, come e o teen do Pernambuco.

Trata-se, inclusive, do aisvigao do malaria do prove.Agravo regimental a qua se nega prouimento.

ACORDAO

Vistas, relatados a discutidos gatesautos , acordam oz Ministros do Su-premo Tribunal Federal, em sensiopleniria , no conformidade do ata dojulgamento a dam notes taquigrificas,por maioria de votos , negar Iprovi-mento so agravo.

Brasilia , 26 do outubro do 1967. -Lzds Gallott4 Presid^ento . - DjaciFalcio, Relator.

RELATORIO

O Sr. Ministro Djaci Falceo (Re-lator): - 0 advogado Carlos Odori-co Vieira Martins interpbe agravo doart. 47 do Regimento Interco so des-pacho do f . 210-1 , quo passe a ler:

"Ao quo peso o esfArgo do patrondos recorrentes, as aoordios indioa-dos no petigio retra nio configurama arguida divergfincia . A decisio dojwtiga paulista assentou no inocorrdn.cia de violagio do regra editada noart. 25 do ato des Disposig6es Tran-sit6rias do Constituigio de Sio Paulo,inclusive por nio haver uma identida-de do situagio entre oz autores a osparadigms . Ante this circunstinciese por nio me cuidar de intelig6ncia delei federal 6 qua a decisio embarga-de deisou do conhecer do recurso es-traordindrio . Os acdrdios alinhadoscomp divergentes prendem-se so prin-cipio gendrico do isonomia on emparticular, em face de regra local, como6 o trio de Pernambuco.

(fm-Awl..2g•.7:63

VISTA

O Sr. Mindstro Amaral Santos: -Sr. Presidents, pogo vista dos autos.

EXTRATO DA ATA

RE 59 . 390 - SP - Rel ., Minis-tro Djaci Falcio. Agtes., Lila Ant8-nio Batista a outros (Adv., CarlosOdorico Vieira Martins ). Pediu vista,ap6s o relatbrio, o Ministro AmaralSantos.

Presid6ncia do Sr. Ministro LuisGallotti . Ausente, justificadamente, oSr. Ministro Prado Kelly.

Brasilia, 26 de outubro do 1967. -Alvaro Ferreira dos Santos, Vice-Dirs'tor-Geral.

0

682 R .T.J. 45

VOTO

0 Sr. Ministro Amaral Santos: --Advogados do Eatado do Sin Paulomovem-lhe agio ordinfiria , pare qualhes seja estendido o regime juridico,quanto a vencimentos , em qua foramcolocados os Procuradores do Tribu-nal de Contas , do sorts, a qua as lhesassegure igual remuneresio . Funds seo pedido no art. 25 das DisposigoesTransit6rias, do Constituigio do Es-tado, de 1947, a no principio do iso-nomia inserto no art. 141, § 1.°, doC.F. do 1946.

Vencidos em primeira a segunda ins-tincia, do decisio desta interpuseramrecurso extraordinfirio corn fundamen-to no art. 101, III, letras a e d, domeama Constituigio , recurso ease quanio foi conhecido pale eg . PrimeiraTurma. A ementa do ac6rdio por sateproferido 6 a seguinte:

"E invifivel o socorro so apilo ex-cepcional quando o deslinde do ques-teo assents, em lei ordinfiria local. emface do Constituigio do Estado".

Contra ease ac6rdio ofereceram norecorrentea embergoa divergentes, nioedmitidos pale veneranda decisio def. 210, contra a qual manifestaram oagravo regimental do art. 47.

A verdade a quo desde a inicial ateo recurso extraordin6rio, a ainda nosembargos divergentes, os recorrentesassentarem sue pretensio no principiodo isonomia.

conhece os favores necessariamente dacorrentes dessa equivalencia".

A nosso ver, tambem colide corn oacbrdio, no RE 39.382, em grau doembargos, telatado pain eminento Se-nhor Ministro Victor Nunes Leal, cujaementa 6 a seguinte:

"Isonomia - 1 - Nio cabs so Po.d" Judicifirio , qua nio tern fungiiolegislative , aumentar vencimentos doservidores p6blicos, sob fundamento doisonomia (Simtula 339). 2 - Esteeounciado nio so aplica as equipara.goes de vencimentos determinadoa paleJustice pernambucana , cram fundamen-to no art. 63, § &0, do Constituigiodo Estado".

Observam cam justoza no agraven-tea que "o ac6rdio do qua foi Relatoro Exmo. Sr. Ministro Victor NunesLeal deixou barn claro qua a Juatigadeverfi garantir a aplicagio do prin,cipio de isonomia, do modo a impe-dir vencimentos dispares a funcioniriosem cargos do memo ustureca".

Reconheceado haver divergincia,quanto i inteligincia do tese do direi-to constitucional consagradora do prin.cipio do isonomia , entry o v . ac6rdioembargado a no apontados como diver-gentes, data venia do eminente Senhor.Ministro Relator , dou provimento soagravo pare quo sejam admitidos osembargoa divergentes para discussio.

VOTO

E noose particular o v. ac6rdio em-bargado colide , alem de outros, corn 0ac6rdio proferido no RE 23 . 832, doTribunal Plano, em grau de embargos,relatado polo Sr. Ministro HenriqueD'Avila, publicado no Revista Form'se, 171/140, qua, conhecendo do te-curaq decidiu:

"E certo descaber an Judicierio fixervencimentos a estabelecer equivalin-cia de proventos . Mae cumpre-1ho as-segurar a equivelincia proclamada nolei, caso em quo a justiga apenas re,

O Sr. Ministro Themistoclea Ca.vaicanti: - Corn a devida vine doeminente Ministro Amaral Santos,nego provimento so agravo , porquenio hfi questio federal.

VOTO

0 Sr. Ministro Victor Nunes:Sr. Presidents, participoi do julga-mento do Turma , em 10.4.67. Embo-ra o ac6rd-ao-padrio, citado no recur-so, tenbe sido relatado por mim. pogo

R.T.J. 45

v&nia so Sr. Ministro Amaral San-tos pare me afastar do sue conclusiio,pain motivo quo deu o Sr . MinistroDjaci Falcio.

Quern primeiro auacitou, no Tribu-nal, o problems em debate foi MestreHahnemann Guimaries . Era um cawem quo o Tribunal do Pernembuco he-via afirmado a. identidade do atribui-s6es a aplicado o principio da igual-dade, consagrado no Constituisio Es-tadual.

O Sr. Ministro Amaral Santos: -Mee aqui tambim so alega identidadedo fungi es.

O Sr. Ministro Victor Nunes: -E a Sate ponto qua quero chegar. No.caws congi neres , o Tribunal local afir-mava a igualdade des fung5es - ma-tbris do few -- e o Estado recorriaapenas polo fundamento de nio podeso Judiciario equiparar funsiies. Emtal hip6te3e, nio temos aplicado a re-gra, qua a S6 uila 339 consubetancia,porque exists lei determinando a equi-parasio, ou seja, o art . 163, § 6.0, doConstituisio do Estado, complemen-tado por lei ordinmria . E o qua as de-cidiu, por exemplo, nos Embargo!39.382 ( 1.6.64 ), D.J. 30.7.64,p. 545.

O Sr. Ministro Amaral Santos: -Isso saris merito.

O Sr. Ministro Victor Nunes: -Estou procurando esclarecer o enten-dimento quo tern predominado no Su-promo Tribunal; daqui a poucu, enun-oiarei minim conclusio.

Naqueles cases do Pernambuco, aequiperesao resultava do dispositivoconstitutional a ainda do lei ordini-rie, aendo a materia de fato - a igual-dada des funs6es - efirmada paleJustice local.

Em ounce costs, do ounce Estadoe,se a Justisa estadual negava a igual-dads de atribuisies (matbria do fato),nio conheciamos do recurso eztraordi-nirio, porque antes do aprsdar o prin,cipio do isonomia , teriamos do veri-

683

ficar o sou pressuposto do fato, isto4, qua as fung6es foasem iguais.

So a Justice local nega essa iguel-dade, corn base na prove, a alegasiode Porte am contrinio nio bast& Paraautorizar o recurw eztraordinirio. En-tio, as dealoca o problema do examsdo isonomia, quetio do principio, pareo exams des atribuigo`es, materia doprove.

Nos caws do Pernambuco, hi pou-

co referidos, a Justica local afirmava

a igualdade do atribuir6es. No caw

presents, a Justisa local negou sea

igualdade.

Data venia do Sr. Ministro AmaralSantos, acompanho o voto do SenborMinistro Themistocles Cavalcanti.

EXTRATO DA ATA

RE 59.390 - SP - (Ag. do ar-tigo 198, R.I.) - Rel., MinistroDjaci Falcio. Agree., Luis Ant6nioBatista a outros (Adv., Carlos Odo-rico Visits Martins).

Decisio: Negou-se provimento, con-tra o voto do Ministro Amaral San-ms.

Presid8ncia do Sr. Ministro LuisGallotti. Presentee; os Sr.. MinistrosMoacyr Amaral Santos , ThemistoclesCavalcanti, Djaci Falcio , Eloy do Ro-che, Aliornar Baleeiro , Oswaldo Tri-gueiro , Evandro Line, Hermes Lima eVictor Nunes. Licenciado, o Sr. Mi-nistro Lafayette do Andrade . Ausen-tea, justificadamente, to Sra . Minis-tros Adalicio Nogueira a Adaucto Car-dow.

Impedido , o Erato. Sr. MinistroRaphael de Banos Monteiro . Ausen-toe, ocasionalmente, os Exmos. Senho-ree Ministros Gonsalves do Oliveira ePrado Kelly.

Brasilia, 7 do dezembro do 1967.- Alvaro Ferreira dos Santos, Vice-Diretor-Geral.

B84 R.T.J. 45

RECURSO EXTRAORDINARIO N. 60.396 - GB G 67S i,Primeira Tunma)

Relator: O Sr. Ministro Evandro Lins a Silva . 9ua'..23,//.Recorrente : Unieo Federal. Recorrido: Luiz Marques Nato.

Apreensio de mercadoria . Po d. set l efts antes do aeroporto,de destino, quando ha suspeita do trends no importagiio. A pri.meira autoridade quo tiver conhecimento do fraud. cabe o cleverdo reprimi-la. Recurso extraordinario conh.cido a provido, par.cassar aeguranga concedida.

AC6RDAO

Vistos, relatados a discutidos no au-

tos acima identificados, acordem no

Ministros do Supremo Tribunal Fe-

deral, sum Primeira Turma, na con-

formidade do ate do julgamento a dosnotes taquigrefices , por unanimidade

do votos, conhecer do recurso a the

der provimento.

Brasilia, 8 de junho do 1966. -A. C. Lafayette de Andrade, Presi-dents. - Evandro Lies a Silva, Re-lator.

RELATORIO

O Sr. Ministro Evandro Line: --Subiu o presente recurso extraordin5-rio em virtude do provimento dodo aoAg 35. 201 (autos em apenso).

A mat6ria este resumida no deepa-cho qua negou seguimento so recursoextraordinario:

"Luiz Marques Neto impetrou man-dodo de seguranga contra eta do Se-nhor Inspetor do Alfendega do Rio deJaneiro quo determinou a apreenaeo dosue bagagem desacompanhada a trans-portada via aerea, corn destino a SaoPaulo, sob fundamento de ester a mes-ma transitando sem o respectivo vistoconsular.

0 juiz de l.a instencia concedeu aseguranga a recorreu de oficio. Agra,you a Unieo e o Tribunal Federal deRecursos, por ac6rdio de f. 43 a una'nimidade de votos de sue 2.a Turma,negou provimento a ambos os recursos.

Eis a ementa do acbrdao:

"Artigos de comercio a pare comer-cio, trazidos do Exterior, como bags-gem - Tern competSncia pare apre•ends-los a autoridede aduaneira dop6rto on aeroporto a quo se destinam

on a autoridade aduaneira do pSrtoon aeroporto em qua tentam desem-baraF6plot, introduzi-lot no Pais".

Inconformeda , a Unieo Federal ma-nifesta o extraordinerio do f. 4546,apoiado no art. 101, III , Tetra a, do.Constituigeo Federal, alegando ter ar. decisao ofendido o art. 547 daNova Consoiidagao des Alfendegas e.rode o art 18 do D. 43.024, de 1958,qua facultam o exams dos volumesem triinsito, deeds que haja dentnciaon suspeita de contrabando.

Nio admito o recurso.O ac6rdio recorrido versou mat"

de prove a de futon . Considerou o.ac6rdio neo se tratar do mercadoriascorn destine, a p&rto estrangeiro a que,pelos documentos de f. 7 -8, manifes-to o conhecimento, as ache provado,so contrerlo do quo .Toga a autorida-de coatora qua a trazida foi objeto dovisto do Consulado de Nova York.Trata -se de bagagem . A decisao e•perfeita a nao merece censure.

Denego seguimento so recurso".

O agrevo foi provido porque as mer-cadorias apreendidas se destinavam afins comerciais a estavam desacompa-nhadas de licence, cabendo d primei-re autoridade que tivesse conhecimen-to do uma frauds o dever do repri-mi-la.

Arrazoado o recurso pale Unieo, adouta Procuradoria-Geral do RepsNice opine polo sou provimento (f6-

lhas 56-57).

it o relat6rio.

VOTO0 Sr. Ministro Evandro Lira (ite-

letor): - 0 voto do relator do felt.

R.T.J. 45 685

no Tribunal . Federal do Recursos, io seguinte:,

"A impetronte trasia como bagagemmercadoria quo 96 poderia entrar noPais corn licenga do importasio. Ei-la:400 retentores do 61eo, 658 caixas cambobinas Para automdveis, 491 molaeasp rais . Eon mercedoria se dentine,va a Sio Paulo, onde naturalmente onfiscais alfandegerios estariam a postospare epreende-la. Os fiscal, do p8rtodo paseagem , porem, quiserem avengernos lucroa quo on companheiros do SinPaulo toriam corn a apreensio a lei-lio dos ertigos do oomercio e o joina quo teve qua dar mandado do so-guranca pare qua a cargo seguisse via.gem, de vez qua nio vinha consigns-do pare o Rio de Janeiro nom no Riorenters, desembarac-i -la, liberi-la.

galidade do importazao, feita a pre-tezto do quo se tratava do bagagemdesacompanhada.

A pretenseo doliquids nom carte,

solucio atravbs doguransa.

recorrido nio eranio comportandomandado de se-

As autoridades alfendegirias tinbam,como acentua a recorrente, o direitode examiner os volumes em trinsito,do ac6rdo corn o art. 547 do NovaConsolidagio des Leis do Alfindega,e corn o art. 18 do D. 43.024, de1958.

Asaim sendo, conhefo do recurso eThe dou provimento , Para cassar a se-guransa concedida.

E o men voto.

DECISAO

Nego provimento". Como consta do eta, a decisio folComo so vi, a mercadoria apreen- a seguints: Conheceram do recurso e

dida nio continha bons peeaoais, mas the deram provimento . Decisio uni-objetos a produtos destinados so co- nime.mbrcio.

Op bens apreendidoe, como recd- Presiidencia do Ermo. Sr. Ministro

nhece o acdrdio recorrido, dependiam Lafayette de Andrade . Relator, o Ex-

de licensa de importagio pare sue an. celentiuimo Sr. Ministro Evandrotrade no pain. Tratando-se de frauds, Line a Silva. Tomaram parts no jul-

competia a qualquer autoridade a no gamento on E>mos. Srs. Miniatrosrepressio. Se a irregularidade no im- Oswaldo Trigueiro , Evandro Lins, Vic-

portagio foi verificada pales autori- for Nunes Leal a Lafayette do Andre-

dades aduaneiras do Rio do Janeiro, do. Aueents, justificadaments, o Er-cabia -lhes impedir o sou prossegut- celentissimo Sr . Ministro Cindidomento. Matte Filho.. Nio vejo porque obrigar o room- Brasilia , 8 do junho dobarque do mercadoria pare Sao Pau- Alvaro Ferreira dos Santo.,to, quando. demonstrada estava a ile- tor-Geral.

aRECURSO EXTRAORDINARIO N^ 62.295 - GB

.(Primeira Turma)

Relator: 0 Sr. Ministro Oswaldo Trigueiro.

1966. -Vice-Dire-

11/.66yRecorrente : Dulce Martins Lamas . Recorrida : Eletr6nica Social, Mate-

riels E16tricos Ltda.

Sendo a locagio regida polo D. 24.150, do 20.4 . 34, o loco-ferio nio gem direito i purgasao do more, prevista as L. 1.300,do 28.12 . 50 (S(imula 123).

ACORDA0 meira Turme do Supremo Tribunal

Vistos, relatados a discutidos istes Federal , no conformidade de eta doautos, acordam os Ministros do Fri- julgamento 9 doe notes taquigrifice.,

686 R .T.J. 45

por unanimidade de votos, conhecer

do recurso a the der provimento.

Brasilia , 22 do main do 1967. -A. C. Lafayette do Andrade, Presi-dents. - Oswaldo Trigueiro, Relator.

RELAT6RIO

O Sr. Ministro Oswaldo Trigueiro:- Em agio de despejo por falter depagamento do aluguel de im6vel lo-cado pare fim comercial , proposta porDulce Martins Lamas contra Eletr6ni-ca Social , Materials Eletricos Ltda.,o juiz admitiu a purgagiio do more(f. 32).

A decisio de primeira inatancia foiconfirmada pela Primeira Camara Ci-vil do Tribunal de Algada , of acbrdaode f. 47, qua traz a seguinte ementa:

"0 direito do purgagio do more quao art. 11, § 1°, do L. 4.494, aseegura,podera ser exercido por qualquer lowcatirio de pr€dio urbane , seja a loca-geo protegida polo D . 24.150, onnio."

Nero so conformando , a locadore to-correu estraordinariamente , corn apolono art. 101, III , alineas a e d doConstituisio de 1946, alegando . ofensaso art. 1 .0, § 2°, da L . 4.494, do1964, a comprovando dissiddio jurispru-dencial corn citag6es de ac6rdios doTribunal de Justice do Ouanabara, ebem assim corn a Stimula 123 (f6-]he SO).

O recurso foi admitido polo despa-cho de f . 62, a regularmente proces-sado.

VOTO

O Sr. Ministro Oswaldo Trigueiro(Relator): - Trata-se de locagao co-mercial, renovada por cinco sons, amcontrato datado de 15.2.63 (f. 8).O pedido de despejo foi sjuizado em13.10 . 65, quer diner, no vigancia docontrato.

O ac6rd"eo julgou vblida a purgagaodo mom, ex vi do disposto no art. 11,¢ 1.°, do L . 4.494, do 25 . 11.64.

Ease preceito disp5o apenas ebbreo prazo pare a purgageo de more. EIntuitivo quo sun interpretagio esti

condicionada ao principio geral esta-belecido na mesma lei (art. 10, § 20).Palo qual as iocag5es comerciais con•tinuaram a. ser regidas polo D. 24.150.Sbmente quando neo proposta a agiorenovat6ria b quo a locagao ficariasujeita an regime do inquilinato, comaregulado na mesma L. 4.494.

Acresce qua o citado 9 2.0 - quopassara pare o regime do inquilinatoas locag6es comerciais, quando neo re-novadas - foi revogado Pala L. 4.864,de 29 . 11.65 . Pala nova redagio dadsso preceito, neo proposta a agio tone-.vat6ria, a locagio passe a ser regidaPalo C6digo Civil, case o locedor neopretenda a retomade do imbvel.

No case, edmitiu-se a purgagio domore je no vig6ncia do L. 4.864,quando a lei do inquilinato nAo maleso aplicara is locag6es comerciais quaneo houvessem sido renovadas poloprocesso pr6prio.

Do resto , a hip6tese a id"entice a doRE 61.299, julgado polo Tribunal Pla-no, quo entendeu aplicavel a mile

123, in verbis : sendo a locagio regidapolo D. 24.150, do 20.4.34, o locat&rionio tern direito it purgagio do more,prevista ne L. 1 . 300, do 28.12.50.

Palo ezposto, conhego do recurso athe dou provimento.

DECISAO

Como coasts do ate, a decisio foia seguinte : Conhecerem do recurso eThe deram provimento . Decisio uni-nime.

Presidencia do Erato . Sr. MinistroLafayette do Andrade . Relator, o Ez-colentissimo Sr. Ministro OswaldoTrigueiro. Tomaram parts no julga-mento os Ezmos. Srs . Ministros Dja-ci Falceo, Oswaldo Trigueiro a La-fayette do Andrade . Ausente, ocasio-nalrnente, o Ezmo . Sr. Ministro Vic-tor Nunes . Ausente . justificadamente,

o Ermio. Sr . Ministro Adaucto Car-doso.

Brasilia, 22 de main de 1967. -Alberto Veronese Aguiar, Secrethrio doTurma.

R.T.J. 45 687

RECORSO EXTRAORDINARIO N. 62.949 - SP

(I'runeira Turma)

Relator: 0 Sr. Ministro Raphael do Berton Montalto.

607. p 32ad- /9.6.6t

Recorente: D istribuidora Vemag S.A. - Veiculos • M6quinas Agricola..I:scorrida: Uniio Federal.

Emerto, em fatura oomarcial do importagio do automdveie,do parcels derominada handling fees , special fees on special han-dling, quo corresponds, a juros a comussoes do cr6dito aberto clan-deatinarnente no exterior, a tint do, por ease main, sex obtido cama-bio oficiat, constitui majorageo de values em faturas consular..,punivel polos D. 22.485 a 22.717, do 1933. Recurso extraordin6-rio nio conhecido.

ACORDAO

Vision, relatados e discutidos estes

autos, acordam on Ministros do Pri-meire Turma do Supremo TribunalFederal, em conformidade coon a arede julgamentos a notes taquigrbficas,mio conhecer do recurso, uninime-monte.

Brasilia, 13 de maio do 1968. -Lafayette do Andrade, Presidents. -Raphael do Barron Monteiro, Relator.

RELATORIO

O Sr. Ministro Barron Monteiro:- Sr. Presidents:

No ano do 1953 , a recorrente, a Dis-tribuidora Vemag S . A. - Veiculos• Miquinas Agricolas, antecipando-seit Fazenda National , com o objetivodo prevenir a propositura , por partsdesta, do executives fiscais para co-branga des molten discutidas nos pro-cannon no. 5.000-53 e 2 . 166.53, veina Juizo corn as pressures ag6s ordi-nirias , visando anular as decisoes ad-ministrativas naqueles processes a quoThe impuseram a obrigagio de pager asaludidas molten por infragio do nor-ms legals.

Alegou a autom quo as referidas do-eis6es administrativas nio podem sub-sist-r, pois , nio he qualquer prova doquo tenha infringido as leis do cim-bio, quer no tocant• Is £aturas consu-lors, qusr no quo tang. I suposta ma-

joragio de progos naa faturas comer-ciais relatives is importag6es felons.Sustenta quo a importagio do veiculoscorrespondent" is importincias men-cionadas processou -se pale forma legal,acompanhada a morcadoria des reapertivas faturas comercial a consular, nasquoin foram declarados o valor do mer-cadoria, o valor do frets e o valor det6da a quaiquer deepens, conforme do-claragoas quo constant des faturas co-merciais, firmadas polo fabricante dosvoiculos a pale "Cimara do Comer-do do America Latina", documentosasses visados polo Consulado Brasi-leiro.

Nio obstante o cumprimento de t8-this as formalidades legais a do voted-dads dos aludidos documontos , as agen-tos do Fisco Federal alegaram quo neefaturas consulares o comerciais rela-tives is aludidas importag5so haviamsido majorados val6ros correspondentsa Cr4 2. 004.527 ,49 ou ............US. $107,079,46 por mole do verbasdenominsdas handling tee on specialtoe on ainda special handling.

Contudo, afirma a autora , this agen-ts fiscais an estio coon a toxic, poisa verbs em qustio, denominada bandling toe on smolumento do nanejo,constitui realmente uma dspes no-csse4ria quo a mercadoria fax antsdo sax exportada , conforme declaragiofirmeda polo Camara do Comercio doAmerica Latina, motive polo qual ins-

688 R.T.J. 45

procede a alegagio do Flow quo aautora infringiu o art. 8 0 do D. 22.717,do 1933, relativo a infragio do nor-mas quanto a mengio do valor do mer-cadoria a do frets nos faturas consula-rea aasim como improcede a alegagiodo qua houve infragio do D. 22.485,de 1933. no qua concerns a majoragiodo pregoa we faturas comerciais.

E, constitui equals verbs chamadahandling fee on emolumento de mene-jo despesa neceesiria porque, nee ox-portag6es Para o Brasil hi sempre do-more nos pagamentos , por falta de di-vises, polo quo sio os fabricantes sem-pre obrigados a negociar sues exports-Oft com as underwriters on factors,tendo como despesas necessirias onlucros destes, incluidos gates lucros Pa.Ins fabricantes nos faturas consularese comercisis Bob aquile nome do han-dling fee.

Assim, conclui a autora sou petiti-rio, o prego de mercadoria em poderdo fabricante 6 um, so passo qua nomercado do exportagio 6 outro, poisseta acrescido des despesas obrigatb-ries quo o produto tam ap6a lair dofibrica; al6m do mais, nio havia, comonio hi, no Pais exportador tabela doprego Para os veiculos importadoa poleautora, de modo qua non hi base parsse afirmar qua houve majoragio rodeo-vide dos pregos nas faturas comerciaise consulares, come alega o Fisco.

Nio bavia, assim, base Para as duesdecis6es administrativas no inicio men-cionadas, polo qua deviam ambas asaa6es ser acolhidas.

Pala sentence do f. 236, qua soestende por 19 longas pigines, o flu,-tre juiz paulista, Dr. Humberto deAndrade Junqueira, ex-Presidents doTribunal do Algada a boje Desembar-gador do eg . Tribunal de Justiga deSao Paulo, julgou improcedente asdues ag6es, sendo equals decis"ao, ap6aa conversio do julgamento noticiadaa f. 337, confirmada polo eg. Tri-bunal Federal de Recursos, am ac6 -deo assim ementedo:

"Enxirto, em fatura comercial doimportag-ao de autom6veis , do panelsdenominada handling fee, special feeon special handling, quo corresponds a

juror a comiss6es do cridito abertoclandestinamente no exterior, a fimdo, por ease mein, ser obtido cimbiooficial, constitui majoragio do val6resem faturas consulates , punivel pelosD. 22.485 a 22.717, de 1933."

Ainda irresignada, manifests a auto-ra o recurao extraordinirio de f. 356,em quo, fundada nos Tetras a e d doanterior permissivo , pugna polo ine-xistincia de infragio em face de lei,nio podendo a decisio recorrida negarfi as declareg6es constntes des faturasconsulates, devidamente legalizadas adepois qua elan produziram todos osseas efeitos, com o qua violou-se a lo-tra doe arts. 38. alines a, do De-creto 22.717 , de 16 .5.33 a do art. 31,a? IV, de Constituigio. Ademais, ainfragio arguida contra a recorrentefoi julgada procedente corn base emmere suspeitas a em elementos destl-tuidos de qualquer valor probante.

Admitido o apilo em lac6nico derpacho, subiram no autos, opinando adouta Procuradoria-Geral do Rep$-blica polo seu nio provrmento.

A o rolat6rio.VOTO

O Sr. Ministro Barron Montairo

(Relator): - Sr. Presidents:

A leitura de sentenga do primeirainstincia a do voto do sminente Mi-nistro Cindido Lobo, qua serviu dosuporte so ac6rdio recorrido, convenequo nio aegou iste vigincia a lei fe-deral do ac6rdo com a restrigio hojeinscrita no litre a do art. 114, III, dovigente C. Federal.

An contririo, o qua se infere do lei-tura daquelas pages 6 qua foi princi-palmente a vista des proves canea-dos pare no autos 6 qua entenderamalas, atravis de interpretagio razoiveldos diepositivos legais apliciveis a es-picie , 6 qua so tornou a recorrente, noqualidade do importadora , passivel dopenalidade qua the foi Imposts poloFisco.

Pam asim se concluir , baits quoas leia, rapidamente, I o voto do Mi-nistro Cindido I.ibo, em am partsGtil, onde hi tamb4m referirncia aargumentagio do sentinga inferior.

R.T.J. 45

' Eis porque", die aquale ilustro Mi-nistro, "do leitura doe autos chap-se Aconclusio do quo do fato houve majora-cio do valtres nas faturas consularese cornorciais relativas is importas6esfeitee Palos apelantes . Defendem-se,por6m, as apelantes , alegando quo essaanjora$io so torna indispensdvel, seraqualquor intencio do dolo ou fraudsporque sio deepness essenciais a noees-siries antes qua as mercadorias eel'=exportadas, del resultando quo o prego6 um dado polo fabricante a outro di-versa quando na fame do ezportacio.Repels, assim, a apelante, a alegaciode quo tenha havido obten9io do cim-bio correspondents A majora9io dosprecos corm o intuito do conseguir maio-res disponibilidades no estrangeiro, sor3mbio oficial concedido polo Bancodo Brasil.

Al, por6m, a prove constants doeautos nio ampara am apelantes porquea verbs, correspondents it majoracio,estaria ligada indiscutivelmente Astransa96ee feitsa entre ela e a TheStudebaker Ezpaw Corporation nosquaffs, as factors Cu underwriters, cantosio get" comerciantn denominados po-lo, pr6prios apelantes par intervireinnaquelas oporacLee antra on ap.Lntan aa Studebaker, uma .specie assirn docominirios on de agentes , on ainda,do intervenientes nee operoc6es aludi-dos quo s6bre alas tam urns margemde lucro qua tern qua ser aditada socanto do mercadoria, explicando-seasaim sue necessiria majore96o , repito,as factors on underwriters qua tantaimportencia anumem no transacio.certamente teriam qua agar garantidosPot um contrato , par urn documentoqualquer qua as identificasse as ope-ra9io a no entanto law nio aparecewe autos a foi muito ponderamentsnlientado polo ilustre sentencianto Af. 243 . Aquelas deepens correspon-dentes A majora9-eo sin denominadaspelos comerciantes americans do han-dling fees e o Dr. Juis a quo antio,acrescenta sin sou raciocinio : "E indis-pensivel ease prow porque, se niohouvo intervencio do factors, a des,pen - handling teen - fica sew

689

qualquar justificative nos autos, acei-tandoas como veridico, pare efeito doargumenta9io , o alegado pole sumsquanta A intervengio do factors emoporaf6es do exportacio do produtosStudebaker.

Isso, an aosso ver , quer diner quanio baste a inclusio des as verbal nosfamres loan, por si $6, nio baste. Hinecessidade do rospectivo comprovantee ai 6 quo o direito do apelante ficouem deeamparo.

Qualquer opera9io qua contravenhao disposto no art. 1°, § 1 .0, do Do-creto 24 . 268, de 1934 , incorre no man.00 pravista no art. S°, Tetra b, doL. 4.182, do 1920, conforms sou ar-tigo 6.0.

Por outran palavras , as declaroc6eefalns pare obtencio do cimbio sinpunidas nio s6 Was leis brasileirascoma pelas americans., o mama acoa-tecendo corn as faturas consulares acomerciais , mas into 6 fore do duvidaquo s6 pods aer descoberto ap6s a Cho-gada des morcadorias no Emil, doac6rdo corn o quo a respeito diepoemas noses leis a regulamentos.

Como 6 6bvio a nio "capon soilustre sentenciante as certid6es pas--sadas pales Cameras de Com6rcio pro-vain tio-momenta a Origem do merce-doria porque 6 indiscutivel qua a valordoles 6 anunto qua s6 die respeito sovendedor quo exports a so compradorquo imports . A correspondencia alu-dida A f . 250 coloca a questio amsails tirmos born clews a precisos,nio socorrendo o apelante, antes, ocomprometendo sIriamente.

A sentenca , corm propriodadq afir-ma, A f. 248 : "E demais a mais corna confissio faits Palos autores de quoas despesas - handling foe - corres-pondiam nos lucros dos factors aquestio as modifica no sentido de quoa prove entio teria qua ser felta, emprimeiro lager, quanta j intervenciodo facto" nos aludidas operag5es. Eggsprova qua 6 bisica, nio s6 a autoraan fax, coma polo contririo , a proveexistente nos autos demonstra justa-mente quo foi a autora quem lancou

690 R .T.J. 45

mio de intermedi4rios pare suns ope-raF es a nio a exportadora, The Stu-debaker Corporation, como Be elegenos dues iniciais".

Eia porque, Sr. Presidents, tambbmeu, como o Dr. Juiz a quo, estou con-vencido de qua a apelante infringiuas normas legais qua disciplinam o as-sunto, atraves de o art. 55, item 6.° doD. 22.717, de 1933, em face do me-joraseo felts ass faturas emitides sassim neo convencem as raz6es ofere-cidas no recurso, polo qua mantenhoa sentenra apelada integralmente.

S. assim e, so neo se pods diner,como afirmei no inicio de meu voto,tenha o ac6rdio recorrido negado vi,genie it lei federal, e, de outra parts,descumprida foi a Sranula 291 a reepeito de possivel dissidio de jurispru-dencia, alifis vagamente insinuado pelarecorrente, a minim conclusio nio pod:ser senio no sentido do sio conbeci-mento do recurso.

E ease e o meu voto: nMo conbe odo recurso.

EXTRATO DA ATA

RE 62 .949 - SP - Rel., Minis-tro Barron Monteiro . Recte ., D:stri-buidora Vemag S.A. - Veiculos eM4quinas Agricolas (Adv., Dario deAlmeida Magalhies). Recda., UniioFederal.

Decisio: Nio conheceram, unini-moments.

Presidencia do Sr . Ministro Lafayet.te de Andrade . Presentee b sessio asSrs. Ministros Victor Nunes, DjaciFalcio a Raphael de Barros Montei-ro. Ausente, justificadamente, o Se-nhor Ministro Osvaldo Trigueiro. Au-sente, ocasionalmente , o Sr. MinistroVictor Nunes.

Brasilia, 13 de mein de 1968. -Alberto Veronese Aguiar, SecretIrio.

REPEESENTA010 N.° 706 (Ag. - Eg.) - SP ?3 /I

(Tribunal Pleno - MatBria Co istitucional) ^

Relator pare o Ac6rdio: 0 Sr. Miniatro Amaral Santos . 469', /'- b/. 6

Agravantes : Govern do Eatado de Sio Paulo a Procurador-Geral de Re-

publica.

Agravo Regimental contra Despacho do Relator quo Halo ad-rnitiu embargos infringentea . 0 art . 6.° do L . 4.337, de 1 . 6.64,.

olio toi revogado polo art. 17 de Emenda Regimental de 16.3.67,

Agravos provides.

AC6RDAO

Viatos, relatadoa a discutidos estesautos, acordam on Ministros do Su-premo Tribunal Federal , em SessioPlena, por maioria de votos, der pro-vimento son agravos , no conforrnida-do do ate do julgamento a das notestaquigr6ficas anexas.

Brasilia , 8 de novembro do 1967.- Luiz Gallotti, Presidents, - Ama-ral Santos, Relator pare o Ac6rdio.

RELATORIO

0 Sr. Ministro Victor Nunes: -A Rp 700 (3.5.67 ), R.T.J. •••...

41/571-590, foi julgada procedente,em grande pane, contra um voto, quaa acolhia em major eatensio, a beenassim contra tres outros, qua davasmpor sun procedencia in tot urn (f6-Iha 189).

No color do noticia, a imprensa di-vulgou declarag6es do Governador deSio Paulo, criticando a decisio doSupremo Tribunal. Entre outran quei-xes, S . Excia. teria dito qua foraapressado ou "sem estudo" o nossojulgamento, cujas notes taquigreficas- devo contrapor - vieram a ocuparvinte p6ginas, em dues colones, cor-po 8, do Revista Trimestral do Ju-risprudencia.

R.T.J. 45

O Sr. Ministro Luiz Gallotti dis-tribuiu, entio, a seguinte note:

"Esclarece a Presidencia do Supre-mo Tribunal Federal, a prop6sito docomenterios s6bre a decisio proferi-da em 3 do corrente no Rp 700, doEstado de Sin Paulo:

1) 0 Supremo Tribunal Federalnio "tendon a outros funcionirios asvantagens concedidas aos delegados dePolicia . A extensio foi feita poloAssembleia Legislative atraves deemendas votadas a aprovadas antes doA.I. 2. Entendeu a C6rte Supremequo nio havaria como aplicar o refe-rido Ato a emendas aprovadas antesdeele, de modo a seer atendida proibi-gio s6 inscrita no norma constitucio-nal posterior . Isto nio seria dar aesta apenas efeito imediato mas efei-to retroativo. Ora, retroativa poderiater sido a nova norma constitutional,se o quisesse. Mas quo nio o quis,prove o fato de haver eta mesma es-tatu'do qua os Estadoa teriam o pro-" de sessenta dies pare adote-la, fin-do o, qual, s6 entio, as tornaria apii-cavel tie 6rbita estadual.

2) Nos cssos em qua a Assembleiaemendou o projeto do Poder Executi-vo com ofensa aos preceitos consti-tucionais entio vigente. (aumentoado vencimentos sera pertinencia corna matbria do projeto, reestmturag5ese transferencias de cargos), o Supre-mo Tribunal nio manteve as man.dos, tondo assim concluido polo in-constitucionalidade do alto dos arti-gos do lei paulista n? 9.271, de16.3.66.

3) Se as emendas, mantidas por-quo constitucionalmente aprovadas, im-portaram excessivo aumento de venci-montos, s6mente so Poder Legislativodo Estado podere caber a revisio domateria".

Publicado o ac6rdio (f. 190) eretificada ume inexatidio material nodivulgegio (f. 195, 197, 199, 200,201), o Governo de Sio Paulo (f3-Iha 210) e a Procuradorla-Geral doRepublica (f. 355) opuseram ember-goo infringentes, os quais deixei deadmitir com este despacho (f. 384):

691

"Deixo do admitir as embargos in-fringentes de f. 210 a 355 , porqueexcluldos polo art. 17 de EmendaRegimental aprovada polo Plenbrio,no sessio do 16.3.67, no use des no-vas atribuigbes qua the confore aConstituigio vigente (art. 115, pa-r6grafo unico , letra c ). Ease emendafoi corretamente publicada no D.J.do die 17 do mesmo mes, antes dojulgamento qua ore se pretende em-bargar . Sue republicagio ulterior, porordem verbal do Presidents, visouexclusivamente a one maior divulga-gio.

Contra aquele dispositivo regimen-tal nio pods prevalecer o art. 6" doL. 4.337, do 1. 6.64. 0 Estado deSin Paulo, tambem embergante, re,forgou sue argumentegio com pare-cares dos eminentes jurisconsultosMinistro Orosimbo Nonam, Pontes deMiranda, Jose Frederico Marques,Caio Tecito a Luis EulAlio de BuonoVidigal, onde ae interprets restritiva•manta urns competencia quo o Con,gresso Conetituinte atribuin so Su-premo Tribunal, com plena conscien-cis do alcance de inovagio. Pogo ve-nia, todavia , pars adotar as rasoes doparecer qua em sentido contrerio emi-tiu o eminente Ministro Carlos Me-deiros Silva, redator do Projeto doConstituigio , inalterado no parts doqua ore nos ocupamos.

Publique-se.

Em 6 de setembro do 1967. -Victor Nunes Lea!".

Os embargantes interpuseram agra-vo regimental (f. 417, 445), qua orstrago a julgamento . Embora neo te-nhe voto , cabs-me diner so Tribu-nal, em sustentagio de despacho, potqua o mantive.

Fmndamentos do Agravo

Dos arraroados dos embargantes edos cinco pareceres de juriscunsultosem quo se ap6iam, os quaia nio siocoincident" em t6da a extenseo (f6-Ihas 263, 303 , 316, 332, 364), de-duzo tres ordens do argumentos.

Pale primeira , de natureza conati-tuclonal, o art. 115 , paregrafo Gnico,

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letra e, do C.F. de 1967 , nio auto-riza o Supremo Tribunal a suprimir,em men Regimento , recurso instituidoem lei federal . Estaria, pois, em vi-gor o art. 69 de L. 4.337, de ....1.6.64, em qua me fundaram os em-bargos.

Pale segunda , ainda qua o SupremoTribunal tivesse this poderes, a efi-cacia revocat6ria do Emenda Regi-mental de 16 . 3.67 - admitida adargumentandum - nio tetra alcan-"ado os embargos do processo de re-presentafio . A Emenda tera alters-do somente normas regimentals a nioregulars todo o processo das causesdo Supremo Tribunal. 0 citado arti-go 6.0 de L. 4.337-64 tetra, pois, es-capado it revogafio tacita, ja quoseria imprescind vel a revoge£io ex-pressa.

Finalmente, a Emenda Regimentalfore republicada em 26.6 . 67, epos ojulgamento do Rp 700. Devendo elaconsiderar-se vigente apos a republi-cario (L. de Introd., art. 1.°, § 3.°),nio poderia alcangar os embargomquestionados.

Parece-me, pare melhor ordenaciodo julgamento, qua arias quest6es de-verio ser consideradas polo Tribunalno sentido inverso de sua apresenta-cgio, pois os argumentos de mais Lon-go alcance s5 serio pertinentes, se fa-rem rejeitados os mais singelos. Arestri4io aos poderea usados pelo Su-premo Tribunal ficaria pare o fim,pois ela envolve, no caso, a arguir,-eode inconstitucionalidade do art. 17 decitada Emenda Regimental.

Republicaoo do Errands

0 argumento do republicario doEmenda Regimental 6 totalmente des-tituido de fundamento . A primeirapublicacio , no D.J . de 17.3.67, foreescorreita . A segunda , o PresidentsLuiz Gallotti a ordenou unicamentepare the dar maior divulgagio. No-mhum erro havia a corrigir na primei-Ta publica4io , qua produziu todos asaeus efeitos , psis a inexato dizer-sequa a emends , inserts no ate de ses-sio de 16 de marco, nio trazia adata de sua aprova9io , comp 6 ini-sorio notar-se quo faltou no publica-rno a assinatura do secretIrio do ses-

sio. Afinal, em qua poderia isso afe-tar o texto - corretissimo - do ar-tigo 17 do Emenda?

Ja estava, pois, em plena vigor aEmenda, cuja publicagio so fizerasem erro , quando foi julgada a Rp700. Por ela, portanto , a qua so do-via regular a admissibilidade , on no,doe embargos.

Os Embargm de L. 4.337/64

Tambam nio a onto qua a Emen-da Regimental de 16 de margo tives-se modificado apenes materia cons-tants do Regimento , deixando de forenormas legais qua nele porventuranio estivessem reproduzidas.

Certamente, equals reforma nio foitotal, maa regulou inteiramente amateria qua a motivate , on seja, acompetencia do Plenario a des Tur-man, been como as recursos cabiveisde decisoes das Turmas a do Plo-nano . E so foi votada a 16 de mar-co, no mamma dia em qua entrava emvigor a Constitui4io, por dais moti-vos: 1 .°) porque o Supremo Tribu-nal ja fazia uso, names Emenda, comonela ficou expresso, ample compete"n-cia regimental qua the outorgava oart. 115, parsgrafo {into, letra c, doConstituig5o ; 2.-) porque, em vistadam modificafoes introduzidas paleConstituicio, ere urgente regular aque-las mat€rias, pare qua nio houvessehiato entre a vigencia do Conatltuicioa a das novas normas do Regimento.

Dodos as objetivos dessa reforms,nada motorize a inferir qua ela s6visasse as normas qua ji tivessem

sido expresmemonto inscritas no Re-gimento. Nom ease conclusio emer-ge do texto do Emenda, qua eviden-cia, so primeiro relence, haver regu-lado materia nio constants do Re-

gimento, inclusive no cap^tulo dos re-gions.

Veja-se um exemplo . 0 Regimen-

to, quanto as decisoes do Plenario em

materia panel, s6 previa embargo.

nas 8f6es (...) criminals originirias"

(art. 194, I). A Emenda Regimen-tal, entretanto , admits embargos con-tra "decisio nio unanime do Plana-rio (...) qua, em recurso criminalordinario , for desfavorivel so acusa-do". Refers -se o nova texto as a96es

R.T.J. 45 693

penals contra (iovernadores a Secre-t6rios de Estado, cujo julgamento ori-ginIrio a Constituicio Federal de1967 atribuiu so Superior TribunalMilitar, corn recurso pare o Supremo(art. 122, § 2.°). Ease inciso nioconstava do projeto de Comisaio Re-visors, tendo sido incluido no oportu-nidade do votaFio, em Plenirio, perproposta do Sr. Miniatro Eloy doRoche.

Outro exemplo . Tambem nio cui-dava o Regimento do declamEio desuspensio de direitos politicos, quo 6inovagio do Conatituisio Federal de1967. Palo Emenda de 16 do mar-go, ease processo especial este men-cionado na competgncia do PlenIrio(art. 2.°, VI). 0 Esbko do Regi-mento previa embargo. , em tal caso(art. 178, I), mas a Comissio Re-visory eliminou ease parts. 0 tertoafinal aprovado polo Plan" niocontempla tail embargos.

Hie ai, na parts dos embargoa isdecis6es do Plenirio, dois exemplosdo mat6ria que, embora nao tratadano Regimento outgo vigente, foi to-davis regulada pale Emenda Regimen.tal do 16 de marco.

Como sustentar, pois, quo a Emen-ds s6 disp6s a6bre os caws do em-bargos j6 contemplados em norma re-gimental anterior, do modo a deimrdo fora os embargos do processo derepresentecio?

Poder-se-ia objetar que, nos eaem-plos indicadoe, as embargos nio es-tavern previstos em lei. A EmendaRegimental, portanto, estaria slime tosuprindo lacunas. Esse deavio do m-ciocnio j6 enfraqueceria o argumentoinitial dos embargantes, mas do qual-quer modo nio procederia.

Vejam-se, por exemplo, as casos deembargo. As decisSes des Turmas.Antes do Emenda Regimental do 16do margo, we eapreasa a L. 623 emadmitir embargos de diverggncia detais decis6ea, indepeidentemente dehaverem concluido por esta ou de talou qual modo. Sobreveio a E.C. 16,que deu status constitutional As Tm-mos. Essa reforms, nio some to in-cumbiu As Turmas, corn algumas ex-ce0es, o julgamento dos recursos domatdado de seguranSa , come tamb6m

dou categoria constitutional so recur-so de diverggncia ( correspondents aosembargos de L. 623). Mao a Const.do 1967, nio cuidando expressamen-to Besse recurso , deiaou subsistiro direito anterior. Dal reaultavaque, pals L. 623, meamo em man-dodos de seguranra, caberiarn embar-go, As decis6es des Turmas , em casode divergencia , a partir de E.C. 16.Nio obstante, a Emenda Regimentalde 16 de margo restringiu this em-bargo., embora previstos em lei, a6os admitindo quando denegat6ria adecisio.

Por mais ease exemplo fire demons-trado qua a Emenda do 16 de marcoregulou esaustivemente o cabimentodo embargos , no Supremo Tribunal,independentemente de "tar, on niio,a mat6ria contemplada no Regimen-to anterior on em norms legal.

Ocorre ainda urn argumenm maisforte. A Emenda Regimental-de ...16.3.67 regulou eraustivamente acompetgncia do Plenirio , tanto a ori-gin6rla come, a de recurso (arts. 2°so 5.0). E detemtinou, claramente,qua o Plenirio e6 julgar6 as recursosprevistos no Regimenm.

E o qua se le no art. 3.01 III, t:"Tamb6m compete so Plenirio (...)julgar, em remaso : (...) as prow sdecidido, polo Plenerio on pales Tur-mae, nos cows pmvistos nests Regi-monto". Portanto, e6 caber,, pare oPlen6rio, os embargos qua o Regi-menm preveja . E antra Isms niofiguram os embargos em procesm dorepresentagio.

Porque , entio, corn base em argu-ments qua a simples leitura de Emen-ds Regimental joga por terra , haveria-mos de ressalvar as embargoa no pro-cesso de representasio qua aquelaEmenda inequivocamente eliminou?

Soria pals relevincia on gravidadedo mat6ria? Por outra ordem de ra-ciocinio se ve6 que, sob gam aspec-to, a conclusio teria do ser em senti-do oposto.

Inezistencia do Embargo, is Decis6eaConstitucionais

Em primeiro lugar, a mat6ria sarisrelevante por onvolver arguiSio doinconstitucionalidade. Mae por Isse

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fundamento deveriam ser admissiveisas embargos , nao 96 em processo derepresentagao, mas contra ttdas asdecis6es constitucionais do SupremoTribunal. E nossa regra tradicional6 a inadmissibilidede de"sses embar-gos.

O art. 87 do Regimento, emboraemendado mais de uma vez sob on-tros aspectos, mantbm o principio dequa a decisao do Tribunal, por maio-rim absolute, sae quest6es constitu-cionais, 6 obrigatbria pars as Turmase pars o Plenbrio, ressalvado, quantoe iste, a reexame do terra, em outroprocesso. Esse fume entendimento doTribunal vein a constar de Sr mula293, como name, nao s6 pare a Su-promo, camo tambbm pare as demaisTribunais:

"Sao inadmisaiveis embargos infrin-gentes contra decisio em matbria cons-titucional submetida an plenario dosTribunals".

O meemo critbrio foi aplicado asdecis6es subsequentes, des Turmas onCimaras, como se v6 da Sdmula 455:

"Da decisio qua se seguir on jul-gamento de constitucionalidade peloTribunal Pleno, sio inadmisa veis em-bargos infringentes quanta a matbriaconstitutional".

Alem disso, a L. 4.337-64 condi-cionou as embargos a existbncia dovotos vencidos, em n6mero de trbspolo menos, o qua nao me compade-ce, em matbria constitucional, cam odisposto no art. 111 de Constituigaoem vigor (correspondente an art. 200do Constituigio de 1946 ), qua assimdisp6e:

"Samente pelo voto do melons ab-solute do sews membros poderio asTribunals declarer a inconstituciona-lidade de lei on ato do poder pu-blico".

D"essa enunciado negativo tambbmresults a regra afirmativa de qua asTribunais, per maioria absolute de vo-tos, podem declarer a inconstituciona-lidade de lei on ato do poder p6blico.

Essa exigbncia de maioria qualifi-code nao results, do presungio de in-seguranga des decisSes tomadas camvotos vencidos, porque, me assim f6s-

se, a Constituigao exigiria 2/3, 3/4ou 4/5 de votos . A rosin de ser dodispositivo 6, em primeiro lugar, apresungao de constitucionalidade desleis . Em segundo , corno inferencialogics , a considera4eo do qua urn jul-gamento contririo a ease presungionao pods provir de juizes qua repre-sented a minoria do Tribunal, embo-ra formando maioria no composigioeventual do assentada . 0 qua preo-cupou o legislador constituinte naofoi a existbncia , on nao, de votos ven-cidos, pois 6 quase inevitbvel qua ashaja no debate dos grandee teatimeconstitucionais . Ale, se preocupou emapurar o pensamento da verdadeirameiorie do Tribunal , a maioria de to-talidade dos seus membros ; mas, apu-rada ease meiorie , o legislador cons-tituinte nao exigiu urn segundo juiga-mento em obs6quio aos votos venci-dos. Se por tel rezao se devesse re-clamor dois julgamentos , por qua naoadmitir tris , on quatro, on cinco, camas quais o legislador ordinirio poderiafrustrar a declaragao de inconatitu-cionalidade des leis, isto 6, dos sewspr6prios ads?

Pais o legislador de L. 4 . 337-64,contrariando o sentido do art. 200do Constituigao entao vigente, insti-tuiu recurso de embargos , em matbriaconstitucional , somente em rezao dehaver votos vencidos , em n6mero detree, pelo mans . Foi, de resto, maiscondescendente com o Supremo Tri-bunal do qua a L. 2.271, de 22.7.54,para a qual bastaria urn voto venci-do, pare ensejar as embargos (arti-go 4.a).

Nos consequbncias priticas , essa lo-gislagao claramente subverteu o signi-ficado do art. 200 do C . F. de 1946,coma do art . 111 do Constituigaoatual , qua se contentam cam o votode maioria absolute . 0 legislador or-dinfirio, contrariando essa norms, exi-giu, no primeira decisFio, malariamais rigorosa qua a absoluta, a qualaerie atualmente de mais de 4/5, fa-zendo -se a proporgeo antra a condi-geo dos trbs votos vencidos a o nu-mero de dezesseis juizes, qua terrahoje o Supremo Tribunal . Restariaainda decidir se o n(mero de treevotos vencidos , fxado pare o total

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de onze Ministros, deverla ser man-tido na presente composicao de de-zesseis, ou se deveria ser aumentadopare guarder a proporgio.

Finalmente, Como as precau}5esdos arts . 200 de C . F. de 1946 a 111de C. F . atua] a6 se reform i do-clara4io de inconstitucionalidade, perquo estabelecer restriyoes mais rigo-roass, inclusive pare o moo em quo,rejeitada a argilGao, prevalece a pre-sungio de conetitucionalidade da lei,come a o dos autos?

Eases considerag5es evidenciam quoa relevincia do matarla , por envolverargiijSio de inconstitucionalidade, niojustifica, s6 par si, o cabimento dosembargos.

Intervenes Federal nos Eetados

Assim chegamos a outro aspecto dequestio . A relevincia especial, quojustificaria um segundo julgamento,havendo votos vencido. , cujo n6meroo legislador ordinerio poderia fixer aseu arbitrio, resultaria de sar easetipo de julgamento ulna steps doprocedimento do intervengio federalnos Estados , qua toca o came do sis-teme federativo.

Realmente , a L. 4.337/64 s6 serefers so art. 80, parfgrafo (mico, doC.F. do 1946 , correspondents so or-tigo 11 , § 1.°, letra c, de atual. Cui-do, portanto , apenas do julgamento doconstitucionalidade qua a Conatituicioorigin em condicio do interven4iofederal nos Estadoe, a nio de qual-quer decisio constitutional.

Segue-se, logo, a primeira anoma-lia. Havendo agora tambam represen-tagio de inconstitucionalidade de leifederal , os embargos 96 seriam cabt-veis no apreciario de leis on atom es-taduais , a nio de leis federais , porquea L. 4.337/64 nio den embargosneste caso, de qua nio cuidou, neon oRegimento os instituiu.

Mas, deixando isso de lado a con-siderando o problems especifico dointervengio , tambem veremos qua,mesmo Bob ease aspecto , a conclusiodeveria set pela inadmissibilidade dosembargos . As situag5es que justificama intervengio federal nos Estados -qua nao 6 s6 uma faculdade , mas amt

695

dever de Uniio, como se firmou noregime de 1891 - nio sao apenas re-levantes , me tambem , quaso sempre,situa&oes do urgencia . A propriaL. 4.337-64 o reconheceu , quandofacultou so Relator a so Tribunal die-pensar os prazos do 30 dies , pare asinforma46es , a do mais 30, pare 0parecer do Procurador-Geral (arti-go 2.°), sempre qua a decisio for "ur-gente" em ratio de "relevanto ante-resse de ordem pfiblica" (art. $°).Sao fregoentes, como sabemos palenone casulatica , as representag5es fun-dodos em conflito do podares do Es-tado, comp a o caso doe autos. Quointeraase p6blico pods haver em pro-longer, nestes autos , o conflate quaso ermou entre o Governador do SinPaulo, de um lado , e a AssembleiaLegislative e a Force PGblica East-dual de outro?

Pale natural urgencia dos represen-tag5es contra atom a normas estaduais,comp atape imprescindivel de inter-venfio federal nos ce .os previstos naConetituicio , a exigencia de um du-plo julgamento do Supremo Tribunalmoo como estrondosa contradisio. Ea nossa participa4io em tais casos,longs de trangiiilizar os asp ritos palerapidez do provimento, contribuirapare retarder a solu4ao, alongando 0roserio de anomalies qua estamos des-fiando.

Hi mais ainda . A representasio deinconstitucionalidade no caso do ar-tigo 11, § 1 .°, letra b, do C.F. (ar-tigo 8.°, paregrafo unto, do C. F.de 1946) nio a um simples processojudicial qua fique so criteria do le-gislador ordinario, no use do sue com-petencia pare regular o processo ci-vil. Ela 6 uma fase on etapa do pro-ceaso politico-juridico do intervensiofederal nos Estados . E sempre se en-tendeu, em noseo pail , desde as re-motes tentativas do Be regulamentarpor lei ordineria o art. 6 .° do Cons-tituigio de 1891 - qua as preceitos cons-titucionais esgotam a discipline dessamataria . Pies definem as atribuicoesde cede um dos Poderes no encami-nbamento do interven$io. E a partirde Const . do 1946 , a intervensiofundada em deerespeito a certos prin-c1pios constitucionais, esti subordina-

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do I previa declamgio, polo Supre-mo Tribunal, do inconstitucionalidadedo norma on ato impugnado.

A lei ordinaria, portanto , no podsreduzir as prerrogativas , quer do Exe-cutivo, quer do Judiciario, nos trimi-tes de interven4io , porque as prerro-gativas dos diversos Poddres, nessamateria , estio definidas no Constitui-gio a neo dependem de lei ordiniriapars serem exercidas, coma sempreentendeu o Supremo Tribunal, antesde L. 2.271-54. Quando a Consti-tuigio exige qua o Supremo Tribu-nal as pronuncie nesse processo, quaneo a ostritamente judiciirio, macpolitico-jur(dico, a lei neo pods imporqua o son pronunciamento sale uni.nime, on qua, nio sendo ungnime, te-nha de ser repetido.

A prerrogativa do Supremo Tribu.nal, em tal materia , neo pods ser cer-ceada per qualquer forms pets lei or-diniria. Somente o Supremo Tribu-nal, respeitados os preceitos do Cons-tituigeo, pods decidir de como doveproceder no use dessa prerrogativa.Mesmo antes do Constituigio do 1967ease materia portends so sou finicodiscernimento , nio podendo aer usur-pods por qualquer outro poder. Coma Constituigio atual, ease ponto setornou insuscetivel do qualquer dfi-vida.

Inconstitucionafidade dos Embargos

Como a questio acima discutida niofora antes suscitada , o SupremoTribunal admitiu as embargos doL. 2.271-54, durante varios anos, semqualquer reserva de sews Ministros.Mais tarde, alguns as manifestarampale inconstitucionalidade d"asses em-bargos e tambem discutiram a exi-gencia de prazo do informag6es parsqua o Procurador -Geral pudesse ajui-zar a representagio.

Nio chegou a ser declarada a in-constitucionalidade, ones, tamb6m, neohouse um provimento inequivoco doTribunal sobre a constitucionalidade,porque certas circunstincias especiaisinterferiram nos julgamentos em quaAsses tames foram propostos.De uma feita, quanto A sujeigeo

do Procurador so prazo referido, pre-

valeceu a ponderageo do Sr. Minis-tro Luiz Gallotti no sentido do quanio havia um pleito concreto no qualse pudesse argiiir a inconstitucionali-dade de lei e a representagio aindanio tinha sido oferecida . Alem disco,estaria em cause urns lei federal e aropresentageo , no regime de 1946, eraresults so direito estadual (debateno sessio de 13.1.61, referido noR.T.J. 24/4).

De outra feita, a questio do cons-titucionalidade dos embargos foraposte , quando ja interposto o recur-so. Como o Tribunal vinha acoitandotais embargos am discussio , pareceua varios doe jujzes ( entre as quaisCu, partidario do inconstitucionalida-de nessa parts) qua o problems s6podia ser solucionado mediante emen-ds regimental , qua vigorous do entgopor clients, pore se nio der tratamen-to desigual As part" (ERp 477, ...18.5.62, R.T.J. 24/1).

A despeito disso, o Sr . MinistroFlahnemann Guimaries votou pole in-constitucionalidade . Foi eats o souVeto:

"Sr. Presidents , nio conhego dosembargos, quer pale falta de legiti-magio dos embargantes pare a cause,comp demonstrou o eminente Sr. Mi-nistro Luiz Gallotti, quer per incons-titucionalidade do art. 4.0 do L. 2.271,de 22.7.54.

Fate argu¢gio do inconstitucionali-dads foi pela primeirs vex, agora, for.roulade, a me parece quo eta a in-teiramento procedente.

A indole de decisio proferida porgate Tribunal, no caso - art. 8.0,paragrafo finico do Constituigio -nio permits , evidentemente, a opo-sigio do tail embargos . Ism fare nios6 o art. 8P, paregrafo unico, como,tambem, o qua disp6e o art. 13, domesma Constituigio.

Nio a possivel qua dues vgzes de-cide o Supremo Tribunal a mesmaquestio do inconstitucionalidade. As-sim tem-se decidido, principalment-tem torn do an. 87 do RegimentoInterco.

Assim sendo, nio conhego dos em-bargos".

Do mesmo modo votou o Sr. Mi-nistro Cgndido Motto:

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"Quanto a L. 2.271, no parts re-ferents a embargos, elo 6 inconstitu-cional , porque fore de fronts a indo-le do intervengio federal expressa noConstituigio".

Rejeitou-se a argiiigio do inconstitu-cionalidade, mar nib claramente palsratio do serene constitucionais os em-barges . Estava , assim, mama on me-nos madura , nesta casa a ideia de in-constitucionalidade - on polo menosdo inconveniencia - dos embargosem representegio de inconstituciona-lidads , quando a Constituigio de 1967atribuiu so Supremo Tribunal com-petencia privative para regular, noRegimento, o processo dam causes desus competencia (art. 115 , par6gra-fo 6nico, letra c).

Prosseguimos, entio, no revisio doRegimento, quo ficara interrompidacom a expectativa do reforma judici6-ria, anunciada polo Govern logoepos a Revolugio de 1964 a s6men-to concretizads, primeiro, no E.C. 16,de 1965, depois no Constituigio de1967.

Corn a ampliagio do mom compe-tencia regimental , impunha-se voter,deeds logo, polo menos , a parts doRegiment, qua teria de entrar em vi-gor juntamente com a Constituigio,on aeja, como j6 observamos, a ma-t6ria referents a competencies doPlenirio a dam Turmas , a por via deconsegiAncia a especificagio dos re-cursos cabiveis , seja dam Turmas pareo Plen&rio , seja contra decisies doproprio Tribunal Pleno. Quanto momreeuraoe oponiveis am julgamentosdo Plenirio, o sistema do Emendaressalta de sus leiture . Em regra, aioirrecorriveis esaas decis6es. Abriu-seezcegio s6mente pare as decis6es dem-favor6veis sot acusados , nos processescriminals, a pare as proferidas emagio rescisiria (art. 17, c/c o art. 3.°,III, 0).

Os antecedentes dos embargos emrepresentagio, quo h6 pouco sume-riei, nio autorizam , de mode algum,condadr-se quo a Emenda de 16 domargo ressalvou tais embargos.

Compets"ncia Regimental do S.T.F.

Passamos, agora , h questio consti-tucional poste nests agrave . Alega-w

qua a competencie atribuida so Su-premo Tribunal, no art. 115, par6-grafo (nice, letra c, de Constituigio,de 1967, nio nos faculty dispenser re-cum previsto em lei. Teriamos rece-bido sbmente um poder normativo se-cundirio, subordinado is normas le-gals de processo. 0 principio geraldo divisio de poderes saris contrlrioA atribuigio de competencia legisla-tiva do Supremo Tribunal.

Elea argumentagio subtrai so Su-premo Tribunal a mais important,atribuigio quo 1he conforiu a reformsconstitucional do 1967, per iniciativado entbo titular do pasta do Justiga,Ministro Carlos Medeiros Silva, quoacabava do deizar eats Corte. Sum,Ezcelencia foi, a been dizer, o nosso.porta-voz perante o Ezecutivo e oCongresso Constituinte, pare introdu-zir equals norms no Constituigio.

A primeira iniciativa em tel senti-do, encaminhado so Congresso por in-term6dio do Deputado Oliveira 13ri-to, nio logram esito no E.C. 16-65,embora tivesse alcance mais restrito.O texto entio proposto am d6ste tear(Parecer n.0 25, de 1965, avulso doCongresso, V. 9): "0 Supremo Tri-bunal Federal dispore, em mu Regi-mento, sabre a observincia do suejurisprudImia a disciplinar6 a admit-sio e o processamento dos recursos epetigies quo the foram dirigidos". A61e as opuseram ilustres congressistas,qua A 6poca nio estavam suficiente-mente informados s6bro as vantagensde outorga daquela competdncia parsqua o Supremo Tribunal pudease en-contrar, por si memo, a Inn de- sunezperiencia, a wlugio dos problemasde sou adequado funcionamento, es-pecialmente quanto so son crescentsac6mulo de servigo.

A iddia win, afinal, vitoriosa, a commajor amplitude, no Constituigio de1967. 0 entio Deputado AdauctoCardoso, quo participant ativamente,do reforms constitucional, nio Cave amenor hesitagbo s6bre o alcance donova prerrogativa desta Casa. Ao vo-termos, em 16 de margo do correntoano, a Emenda Regimental queatio-node, am observagio inicial, coinci-dindo em anteriores declarag6es A im-prenea, foi nests, termos: "Tenha

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(...) ponto de vista firmado (... )no sentido de qua o dispositivo cons-titucional constitui uma verdadeim do-legagio legislative an Tribunal Pamdiscipliner o processo no Bust if""(notes taquigrificas sere revisio).

O jurisconsulto Seabra Fagundestambem foi perempt6rio , no am mag-nifico estudo s6bro 0 Fodor Judi-cierio its Constituigio do 1967 (Rev,de Dir. de Proc . Geral, GB, 1967,16/1, 9,10):

"Corn a Constituisio vigente o di-reito regimental ganha, no Supremo,proporfoes muito amplas . Passe desupletivo do legislatiio processualernanada do Congresso , a dimito prin-cipal a exclusivo no discipline dosfeitos da competencia originiria doC6rte, barn comp no recurso extraor-dinirio. (...)

O Poder Legislativo no Campo pro-cessual, hoje deferido it SuprernaC6rte por etc do Poder Constituinte,oferece um lado positivo a outro no-gativo. A C6rte, corn a experienciado trato des materias submetidas soseu exams a do quo se passe no seufuncionamento diuturno , pods, certa-mente, oferecer uma regulasio pro-cessual muito adequada a causes quoforrnarn pane importante de sue ju-risdigio. Mas a de recear qua, Forurns visio dos coisas estritamentes ju-diciirias, ale prescinda , no legislarregimentalmente, do consideracio isaspectos qua o Congresso , pale gameampla des opinioes quo o compoem,poderia vislumbrar".

Os dais pareceres emitidos, pare ocaso presents, polo Ministro CarlosMedeiros Silva sic ainda mais expres-sivos a neles ponho em relevo estaspassagens:

"Corn a delegagio inserta no arti-go 115, paregrafo 6iico, Tetra c, doC.F. vigente, o legislador ordinirioperdeu a competencia originiria pararegular "o processo a o julgamento"des Representacoes ; ela cabs , agora,exclusivamente , so Supremo TribunalFederal , no forma prevista em seuRegimento Interno , comp o fez aEmenda aprovada a publicada no D.J.de 17 .3.67, corn o prop6sito mani-festo do dar execusio so n6vo pre-

ceito constitutional (art. 115, pari-grafo unco).

"Assim, a legislatiio ordineria ante-rior a Emenda Regimental em cause,dispondo sabre "o processo e o jul-gamento dos Represente5bes", no quaso refere so cabimento , on nio deembargos, no caso de decisio, pormaioria, em processo de Representa-cio, ficou abolida Palo art. 16 damesma Emends , recentemente adota-de" (...)

"A cornpetincia qua, por minhainiciativa (Como autor do Projeto doConstituicio , nio modificado, nestsparticular , polo Congresso National),o tezto constitutional vigente outorgaso Supremo Tribunal Federal, niopods cair no vasio, ficar sere con-teudo pritico a eficaz, quando a di-nemica desse pod" exige instru-mento pr6prio pare solver as relevan-tee quest6es qua the sic submetidas;a "misaio ample " de regular o pro-cesso e o julgarnento dos feitos de suacompetencia originiria Cu de recurso(cwno acentuei no Exposi4io de Mo-tivos do Projeto de ConstituiFio, quative a honra de elaborar , coma jus-tificativa do texto qua tambem, nestsparticular , foi de minha exclusive ins-pirasio ) no pode a nio deve, no in-teresse de administracio de Justicea do salvaguarda de eficiencia dostrabalhos do Tribunal a de sou pr6-prio prest gio, softer restrigoes onamputag6es, so sabor dos convenien.ties ocasionais dos litigantes".

Argumenta-se, porem , qua asset atri-bui5io nio a adequada a natureza dosatribuig6es do Supremo Tribunal.

Em certo sentido , este foi o racio-cinio de Ruy Barbosa , no questio delimites entre as Estados do Paranie Santa Catarina . Argumentou, en-tio, coma advogsdo , qua o processo deexecu4ao em tais causas nio astavaregulado por lei, a o Tribunal nonpodia suprir a lacuna . Mas Ruy Bar-bow se apoiava no vedagio constitu-tional des delega$oes de poder:

se na ConstituiFio americana existis-se uma cliusula igual a do art. 34,n. 23, do Constituicio Brasileira, ondeas determinasse , coma nesta as deter-mine qua s6 an Congresso Nacionalcompete legislar adbre o procesao nos

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Tribunais federais, certamonto a Su-prema Corte no reivindicaria o direi-to de estabelecer , nos casos omissos,a legislarao processual" (Comentd-wine a Constituifao , coligidos per Ho-mero Pires, v. 4, P. 78). Observe-se, em primeiro lugar, qua some or-gumentagao foi desenvolvida ens epo-ca remota, quando o principio do di-visio de podires tinha sentido mailsigido em nosso direito constitucional.Basta dizer-se qua so Supremo Tri-bunal, nos seas albores, nio tinhamsido outorgadas cartes atribuigoes qua'hoje temos como elemmtares a fms-mentes : durante verios anos, era oCongresso a neo o Tribunal que con-

.cadia licence son seut Ministros e oPresidents desta Casa tomava posseperante o Presidents de Republica.

Quando o Tribunal "too o sets pri-aneiro Regimento, em 1891, houveprotesto do um dos Ministros, o Vis-conde do Sabare, qua entendia sernecessiria a aprovagio polo PoderLegislativo (Leda Boechat Rodrigues,Historic do Supremo Tribunal Fe-dotal, v. 1, p. 13; Aliomar Baleeiro,-0 Supremo Tribunal Federal, EnsOutro Desconhecido, 1967, p. 26).Predominava , portanto, no tempo emqua Roy Barbosa emitiu equals opi-niio, um concelto muito rntrito doqua Meseta as atribuigoes compat`veiscom o papal constitutional do nossa'Corte Supremo . Nio obstante, naquestio de limiter entre o Amazonase Mato Grosso, a maioria decidiu, naausincia de qualquer noon legal,quo so Relator competia designer ojuiz federal qua devesse proceder aexecugio (Direito, 112/574) LedaBoechat Rodrigues, ob. cit., 2° vol.,no prelo).

A evolugio hist6rica desta Corte,man grado as sues vicissitudes tem-porerias, foi no sentido do progressi-ve alargamento , no s6mente de suajurisdigeo comp tambem dos sews po-dares normativos . Erse evolugio atin-.giu men ponto mais alto no Consti-tuigio de 1967, e sent quebra do sis-tema nela instituido, porque o princo-rplo do divisio on separagio de pode-res neo foi espresso com 0 Memnonrigor des Constituig6es de 91, 34 e46.

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Para se diner o qua seja on niocompativel com as atribuig5es do Po-der Judicierio , especialmente do Su-premo Tribunal , 6 necesserio consi-derar, neo uno conceito doutrinfirioa priori, mas o sistema do Constitul-gio, interpretada em sets conjunto. Agame aspecto assim so refers, noparecer ji citado, o Ministro CarlosMedeiros Silva:

"Ease delegagio envolvendo mate-ria legislative, condiz, aliCs, com anova formulagio constitutional. Dofato, proibida nos textos fundamen--'tais do 1934 a 1946, a delegageo 6hoje instrumento relevante do meci-nice dos Podares a foi estendida, emparts, mom Estados (art. 188, pare-grain finico).

A per do disposto nos arts . 55, 56,57, dois outros teas do delegageomerecem ser destacados , pare a elu-cidagio da controversia , sub judice.

No art . 17, § 1°, c/c art. 45, n6-mero III, a Constituigiio delegou noSenado Federal, direta e privativa-mente, a competencia pare "legislars6bre o Distrito Federal".

Esse atribuigio ("discutir a voterprojetos do lei sobre mat6ria tribute-ria a orgamenteria , servigos pfiblicose pessoal do administrageo do Distri-to Federal", como este expl'cito noart. 17, 9 1.0) o Senado Federal ja-mais a teve, corn exclusio do outroramo do Poder Legislative - a Ci-more dos Deputados.

A outorga de poderes legislativosse fez no proprio texto constitucio-nal, sera remissio a qualquer lei,complementar on ordineria , regulanddo tel competencia.

No art . 58, inovando tamb6m emrelagio aos textos constitucionais an-terior" ( 1934 e 1946 ), a Constitui-gio vigente delegou so Prosidente doRepublica podires legislativos, noscases qua especifica, modiante "de-cretos com forga do lei"; nesse caso,o texto tend vigencia imediata, deedsa sue publicagio.A apreciagio do Congress Nacio-

nal der-so-6 a posteriori e a nio apro-vagio do decreto -lei, no prase fixa-do, importare em sue revogagio adfuturum, subsistindo no efeitos jeproduzidos.

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Do fato, a "vigencia imediata", nocam, a irreversivel em was conse-quencias, nio importando , a rejeiFiodo teato polo Congresso Nacional, noanulagaq cram efeito retroativo, dotexto publicado.

Os dois exemplos de delegafeo le-gislativa an Senado Federal a so Pro-aidente do Republica, outorgados polotexto constitucional , independents doqualquer complementacio on regula-mentasio restritiva, mostm quo a con-ferida so Supremo Tribunal Federal,nos t6rmos do art . 115, perigrafounto, nio 6 extravagante, nem cons-titui excecio indefens6vel.

Se o Senado Federal e o Presidentede Republica gozam dessa faculdade,por qua nege-la so Pretbrlo Excelso,

nos t6rrnos em quo foi concebida7"

"(...) o Senado Federal e o Pre-sidente do Republica , nos taros in-dicados, legislam, mediante delegagao,envolvendo direitos do t6da a sorts,podendo atingir direitos individuals(seguranca national, finanras pfibli-cas) .

Nio aerie l6gico admitir-se qua o6rgio m4ximo do Poder Judicierio,incumbido precipuamente de velarpale salvaguarda d6sses direitos indi-viduals, fosse posterg6-los, ou fe-ri-los, arbitririamente, inapirando-seem outros prop6sitos quo nio o into-resse publico".

For outro lado, a teas dos embar-gantes , segundo a qual a competenciaregimental death C6rte seria de natu-reze secundfiria , subordinada on su-pletiva, teria como consegiiencia iden-tificar o disposto no art . 110, II, doC.F., quo crate dos regimentos detodos os Tribunals, com o dispostono 115, parigrafo unto, letra c, qua6 exclusivo do Supremo Tribunal,como observou o Ministro CarlosMedeiros Silva . Evidentemente, niose pode supor qua ease conceituadojurists, respons.vel pale redacio do-queles textos , pudesse escorregar emtamanha inipcia.

Resundndo o exposto , Sr. Presiden-ts, mantenbo o despacho agravado:

1.0) porque a Emenda Regimentalde 16 . 3.67, ineglvocamente , s6 admi-

to embargos a decis6es do Plonerio'nos taros indicados em seu art. 17;

2.°) porque as normas de processo,incluidas em nosso Regimento, comfundamento no art. 115, paregrafounto, letra c, do Constituigio vigen-te, preponderam s6bre as normas co-lidentes do legislagio ordinfiria.

Compreendo , Sr. Presidents, a mewseminentes colegas, que o Governo doSio Paulo pretends fazer economia.Masi costa de none des mais altar.prerrogativas do Supremo Tribunal 6muito taro.

VOTO

0 Sr. Ministro Prado Kelly: -Nio eel de agravo regimental emqua se tenbam suscitado, como so sue-citam neate caso, tantas a do com-plexas quest§es do competencia a or-denaSio processsual , asaim no ventredos autos como em memoriais a pa-receres distribuidos aos ju .zee. A quo-nos toes primacialmente definir aextensio dos poderes reservados lC6rte, por nova cl6usula do Consti-tuicao, qual seja a de "estabelecer &processo e o julgamento dos feitos desue competencia originfiria on de re-curs o" (art. 115, par6grafo finico,,c), mm uma aerie de conaegil6nciasqua so refletem , por diferente modo,no julgamento deesto feito.

2. Leio aquele dispositivo compvinculado is alineas antecedentes quatambem importarn em inova4io docrit6rios. A Emenda n.° 16 demarca-ra o campo de atribuiS6es entre oPlenerio e as Turmas , cuja compo-sir,io previamente fixers; e o tertoem vigor nio s6 nos deu a faculdade de restringir on ampliar o numerodos Tunas como o de reduzir ou di-later o numero dos seus componea-tes. De minha parte, preferiria aorientacao anterior, mais consent$neacom a disciplina , on, estatuto bisico,dos brgios judicantes , j6 qua a re-forma do 1965 distinguira sibiamen-to entre o "contencioso do Constitu-tion e o "contencioso do lei federal",como tantas vezes tenho assinalado-neste recinto . Mas, de carte mane'-ra, as justifica a alteragi o, Para con-sentir-nos maior flexibilidade no fun-cionamento dos mesmos ergios s®

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ratio de imposig6es on convenienciasdo servigo forense . A fin do colimartal resultado, mmou-se tambim ex-pressa a atribuigio de adapter asnormas adjetivas aquela necessidade,sera apelar, em samelhante hip6tese,para a cooperagio de legislature, desquo so Tribunal , a sponge a file, pas-sara a incumbir , consoante oz recla-mos de experiincia , a escolha dos ins-trumentos adequados an desempenhodo sue missio . Por isso , a men ver, sothe concedeu , em cliusula adjeta ecomplementar, maim do qua ficaraeonferido , tanto a file quanto one do-mais Tribunals , no art . 110, II, domesmo pacto : "olabomr eeus regi-montos intemos a organizer os sousservigos auriliares , provendo-lhes oscargos no forma de lei".

3. Outros intirpretes, contudo, via-lumbram no alinea , on examinada,competencia diste coligio judiciiriopare ditar, coo exclusio do Parla-mento a eventual revogagio dos seusatos, Was as normas pertinentes querso julgamento , quer so procesao dosfaitoa a recursos , quo the toca jul-gar.

Se assim o entendessemoo, dita all-aea entraria em conflito coo outropreceito de Constituigio - o art 47,qua defers an Congreaso "dispor, me-dianto lei, some tides as matiriasAs competencia do Uniio" on seja,em particular, a do art. 8.°, XVII;

.b: "direito... processual". Tal pre-ceito continue a significar uma atri-buigio privative, essencial, excludentedos outro3 pode"res (como escreveuAurelino Leal do art. 34 do textodo 1891 - Teoria a Pritica doCont. Fed., vol. I, p. 496) poruma ratio consubstancial do regimepolitico.

E qua ease regime se alicerga noprincipio do "legalidade" (etpressono art. 150, $ 2P, como garantiaelementar de todos os individuos) eeats se . legitima no regra , tambimfundamental, do art. 1.0 ' § LO: "Todopoder amens do povo a em sou none.6 aercido" . Nio preciso lembrar qua,m formagio do jus s riptum, o poderdes cameras sucedou an poder do rei;e, as antes vigia em favor do mo-

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narca, a regra tout Tuft in lay at vientdo Jul a/ conm,encement, o direitocontemporineo deita razes neste afir-magio, em lingua birbara, do temposimemoriais : La ley eat le plus hauteinheritance quo Is, roy ad; car par laby it mina at Mutes sea sujets sortrule, at of In ley no fait, nul toi, atnul inheritance sere" (A. V. Dicey- Introduction to the study of thelaw of the constitution, p. 179-180).Por isso pods enfatizar modernementoDuguit (Traits de Droit Constitution-nal, vol. II): L'Etat modern., ontent qu'il adnunistre at qu'il juge noPont agfr qua conforrnim ant a la loi;it eat lie par la loi on ce sons quo seaagents administratifs of juridiction-nels no peurent faire aucun acts quino wit permnis no ordonne Per Is loi,an ce "bens qua tout acts fait en vio-lation do la loi oat nut...". Este ad-vertencia, enderegada, no memo tem-po, an Executivo a so Judiciirio, acor-do on nossa mem6ria o amino deMontesquieu (Esprit des Loin, L. XI,cap. IV): "Quando no mesma pessoaon no matron corpo de magistrados, oPoder Legislativo se confunde coo

o Executivo, nio hi liberdade, porquei de tamer quo o mesmo monercaon o mesmo Senado fage leis tirini-ces, pan executi-las tirfinicamente.Ainda silo hi liberdade, se o PoderJudiciirio nio se separa do Legislativee do Executivo. So estivesse rounidoso Legislativo, o poder atbre a vidas a liberdade dos cidadios saris arbi-trerio, pois quo o juiz aerie o legisla-dor. Se, reunido so Ezecutivo, 0 juizteria a forge de um opressor".

One, a "agio" a os "recursos" sin"direitos p6blicos subjetivos", dirigi-dos contra o Estado, pare obter a tu-tele juridic. do mesmo por sentencefavorivel (J. Ooldschmidt, Dete-cho Procesal Civil, tr. esp. do L.P.Castro, p. 96 a 398). Se spans dolei podem nascer eases direitos, ab o6rgio representativo, de qua a lei ome-n, pods exprimir a vontade popular,fonts do regra juridica a insupr.velcondigio de am etecutoriedade a desue forga coercitiva.

4. Se, em relagio so comum desleis, a "cifincia moderna se prop6e in-

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tegrar os estudos juridicos a politicos"e "examina-se urea lei sin conjunfiocorn outras a coin referenda as ins-tituig6es vigentes", como ensinaramDegni, Jandoli a Sutherland (C. Ma-ximiliano , Hormone Utica a Aplica-pio de Lei, p. 202), mais se reco-mendam o mdtodo sistemdtico e o te-leolbgico , so se depararem disposicoesconstitucionais cuja incompatibilidadejamais se presumiria . At ganhamreldvo os val6res dtico-sociais, evitan-do-se a minucia casuistica ; retomamimpdrio os grandes principios de go-verno, sobremodo os qua encorpame vitalizam a ordem democrdtica. Pri-meiro , pale permanencia de conceitosa qua se se dove a saMde, senio alongevidade dos regimes, conformsacudiu a Story (Const., $ 427): Theconstitution is not to be subject tosuch fluctuations . It is to have a fi-xed, uniform, permanent construction.It should be, so far at least as humaninfirmity will aloes, not dependentupon the passions or parties of parti-cular times, but the same yesterday,to-day, and forever. Segundo, Palorecomenda$ao preambular qua formu-laram especialistas como Black (Hand-book on the construction and inter-pretation of the laws, p. 13): A cons-titution is not to be interpreted onnarrow or technical principles, but li-beraly and on broad general of its es-tablishment ad carry out the greatprinciples of government.

To vitais sio os principios agoraavivados quo no mais alto gran dofungio judiciaria esta o negar splica-gao a normas on atos contrdrios eCarta Magna . Todavia, so defender-Ihe a autoridade hierdrquica, nem nes-se momento nos a dodo revogar for-malmente a lei defeituosa. 0 maisqua as tem permitido - pare efeitosergs omnes do julgamento do incons-titucionalidade - 6, em certos pel-ses, como no Austria a no Itilia, a de-claragio judicial do inefic6cia do lei'on, entre nos , a comunicacio so Se-nado, pare qua the suspenda a exe-cuSio no todo on em Porte (C.F.,art. 45, IV).

5. Ante o cerrado false dessas no-g6es, saltari a vista , so insistirmos em

exercitar funcio legiferante, o risco de,der cause a eventuais conflitos coin alegislature, em sacrificio do harmoniaentre pod"eras aut6nomos . Por essaharmonia velamos no Uniio (C.F.,art. 6.0), a chegamos a impb-la aosEstados-membros (art . 10, VII, d).Nela viu Sampaio Doria urea compo-nente de "seguranga juridica", o pri-meiro dos direitos humanos (Os Di-reitos do Homem, p. 573). A quadramdtica situagio nio ser amos con-duzidos se invadissemos inadvertida-mente o campo do legislature. no onethe 6 peculiar a intransferivel? Poda-mos, a certo , preencher, por vie regi-mental, as lacunas do lei, suplemen-tA-la, saner contradicbes on removerincoerencias, pare aperfeigoar a apa-relhagem do nosso of cio. No quaso refers no recurso extraordindrio,p. ex., foi o legislador ocasional (nioexistia Parlamento ) qua nos sub-ro-gou no encargo de prover a respeito(C. Pr. Civ., art. 869 ), consoanteproclamou o autor do projeto, Prof.Pedro Baptista Martins : "0 processode recurso extraordindrio divide-se emdues fases distintas : a de interposifao,prevista pelo C6digo, e a de julgemen-to, cuja regulamentaSio foi delegadapolo art . 869 so prbprio SupremoTribunal". Irregular on nio a dele-gagio assim consumada, - as Came-ras, renascidas em 1946 , nio vindica-ram sua atribuicio nesse terreno, an-tes convalidaram a desto Pretbrio(L. 3.396, do 1958, art. 7.°), qua as-

sim cobriu o claro legal coin disposi-g6es interns corporis . De anelogamaneira o Cddigo de Processo Penalreconheceu , nos habeas corpus origi-nfirios a nos recursos de decis5es de-negat6rias , a faculdade , qua assiste At

Alta C6rte, de "estabelecer regrascomplementares" (art. 667), comoas constantes do R.I . de 25.1.40(Bento de Feria, Cod. do ?roc.Pen., vol . II, p. 260 ). Tal facul-dade, qua se entrosa no sisteme desleis civic "Antiga Introd ., art. 7.0;

Dl. 4.657, de 1942 , art. 5 .0; C. Pr.

Civ., art. 114), represents gradualconquista desta Casa so longo do IRepbblica , como as were de breve

escor$o.

R.T.J. 45

O D. 848, do 1890 , prescrovem no

art. 364:

"Para regular a ordenr do servicea a distribuicio do trabalho tanto emas sessSes como no Secretaria, o Su-premo Tribunal organizes o seu re-gimento intern , em o qual podereoser punidas correcional ou di.ciplinar-mente as faltas a contraven95es dosempregados a serventuarios de justi-5a. no devendo a prisio exceder detrinta dies, e a suspensio de sessentadies".

No use dessa autorizacao a ad ins-tar do qua dispunha , Para as Casesdo Conaresso , a Constituicio do 1891(art. 18, paregrafo (nico ), o S.T.F.organizou , em 8.8 . 91, o seu regimen-to intern. Mas varias de sues dispo-sic5es foram alteradas por lei super-veniente - a do n.0 221, de 1894. quacompletou a organizacio do TustigaFederal a disp6s no art . 85: "0 Re-gimento do S.T.F. se cumprira cornas alteraswes dents lei".

Outras modificac5es (comp as dosarts. 45 . 46. 94 a 20 . 9 9 °) fnrsmobjeto dos D. 938 , de 1902 (arti-gos 10, 3° a 40). a 967, do 1903(art. 1.*).

A 28.5 . 1904, Lucio de Mendonfasugeriu amender , qua fez preceder deobservag5es de ordem geral , quantoas atribuir,6es do Corte naquela ma-teria , sustentando qua alas eram ine-rentes a fungio a nio decorriam deautorizag o legal (como a do D. 848),quo "polo use so esgotasse". E sus-tentou, quanta a superveni8ncia doL. 221:

"Nero as pode considerar revogadatal competincia , implicitamento cons-titucional, pale disposi4io do art. 85de citada L. 221 , de 1894, concilie-vel corn ela: - o regimento interno,qua o Supremo Tribunal Federal or-ganizar , on reformer, se cumprira,corn as altera56es estabelecidas na-quela lei . Tais alterar6es a qua niopoderiamos legitimamente reformer,porque sio dispoain,6es do leis de pro-cesso do justice federal , materia doexclusive competincia do CongreasoNational (C.F., art. 34, n° 23).Cumpre distinguir : hi no regimentointerno do tribunal regras processuais,

703

materia legislative , em relario a qual

emus simpler executores , a an o Tri-

bunal em 1891 p6de regularmente

mender quo entrasse logo em eze-cuFbo o regimento quo entio orga-

nizou, foi pela fmica razio de qua no

parts processual node criers , limitan-

do-se opens a consolidar disposig6esde leis vigentes ; mas he tambem noregimento interno outra Porte, cnn-

cemente a economic interne do Tr I6,bunal , a sun organizagio a discipline,materia puramente administrativa;eats a de nossa alFada , pode ser pornos soberanamente regulada , triode oualterada . Corn esta distinguo, irrecusi-vel, harmonizam-se t6dss as di-nnsi-g6es constitucionais, lapis a regula-mentares, qua ficam referidas".

0 plenario reagiu a objecio deAquino a Castro ("Parece-me mainconveniente qua quaisquer reformes... sejam Invader so conbecimento dopoder competent.") e, em sessio de1.0 de junho , aprovou a unanimidadea indicacio a as emends . de Luciado Mendonca (R.J. 26/159).

A compet6ncia supletiva no ordena-cio do processo, resaalvou-a o mesmoTribunal sob a Constituicao de 1891(e ja, o recordei no RE 57.917),corn precedents norte-americano - odo caso Fl6rida versus Ge6rgia, aoaustentar a Corte Supreme, polo vordo Taney, qua, embom o Congressotenha, arm a manor divida , o direi-to de regular o processo , cabin a mea-me C6rte, em materia de sun com-petencia , estatuir na auaencia do lei,.Para realizar or fins corn qua se theoutorgou a jurisdi9io a cumprir ordeveres qua tlpicamente the incum-biam. Legitimava ease procedimentoclausula espresso do Judiciary Actde 1789 (SeFio 17), facultando cosTribunais estabelecerem "as normasnecesserias a marcha regular dos fei-tos", contanto qua "nio contrariassemas leis dos Estados Unidos".

6. Tal entendimento as fortalece,alias , corn as cites do culto Prof. Al-fredo Buzaid, no memorial dos agra-vados ( Munro, The Government ofthe United States, p. 560; Baldwin,The American Judiciary, p. 142;W. Mc. Kinney , Federal Statutes:

704 R.T.J. 45

Annotated, vol.- XI, p. 87). Eleaconfirmam qua o poder de legislar s8-lire processo no derradeira instiinciaremanesce intogro no Congresso, oonico orgio autorizado , por isso mes-mo, a prover no materia , diretamenteon de forma indireta no delegar fun.,cio on no omitir-se.

Por um outro caminho , o rule ma-king power governa , a exato, o rito dascauses assim no Corte Supreme comonas jurisdicoes subordinadas, em ra-tio do pod" regulamentar recebidodo Permanent Process Act de 1792(R. Pound , Sources and Forms oflaw, p . 95-99, Kaplan a Greene,The Legislature 's Relation to Judi-cial Rule-Making, 65 Rarv. L. it,1951, p . 234). Mas nao so os ju-ristas europeus, comp testemunha A.Tunc (Le Systdme Constitutionnel desEtas Unis d'Amerique, vol. II, pi-ginas 303 a s.) se surpreendem, emgeral, ante Asses poderes extrajudi-ciais a vislumbrarn nAles tracos de

imperi,mn, como us dos pretores a asdos magistrados reels on medievos, se-nao ainda os fatos confirmam quo oexerc cio ordinario de this poderes seorigina de textos legislativos formais.De 1873 a 1912 , a American Bar As-sociation empenhou-se no ordenaciodo processo federal a s6 em 1922, poriniciativa do Chief-Justice Taft, seultimou o projeto unificador dos pro-cedimentos de law a de equity. Mae-Asse mesmo projeto submetia normasso Congresso , atravis de relatorio doAttorney General, dispondo qua se-7iam obrigatorias tree meses apps otarmino do sessio legislative, se oCongresso no as etendasse; e es-tatuia expressarnente a ab-rogacao dostax tos anteriores qua as contrimassem.Em 1934 Cummings perfilhou a pro-posicao a conseguiu qua a votassernnun trimestre . Usando faculdade le-gal, o Advisory Comittee, nomeadopela C6rte a composto de especialistase professores , preparou os Rules que,remetidos so Congresso em 1938 enab elterados per Ale , lograram auto-maticamente force de lei a 16 do•setembro do mesmo ano, tres mesasdepois do recesso perlamentar (U. S.Supreme Court Digest - Lawyers'sEdition).

7. Mais political do qua a Cortenotte-americana ( pois as integram, emboa parts, delegados des CAmaras), asCortes Constitucionais europeias, compas de Austria, do Alemanha, da Iti-lia, do Franca, nio se desligaram deautordade do lei, so disciplinarem ozprbprios procedimentos (Quanto AItalia, P . ex.: leis de 9 . 2.48, de .11.3.53 , de 18 . 3.58; quanto a Ale-manha : leis de 12 . 3.51 a de21.7.56 Cf . V. Rao, As delegagoeslegislativas, p. 108 a 250).

8. A aceitar, entretanto, a exegesequa prop6e o eminente Relator, cornapoio em parecer do Ministro Car-los Medeiros Silva, outras duvidas de-safiam solucao . Antes do menciona-las, observarei , apesar do autorizadodepoimento do antigo titular de Jus-tice, quo a sue juistificacio , encarni-nhada so Congresso , aludiu apenas a"misaio ampla" de regularmos "rele-vantes quest6es quanto ... A marchados processor" de nossa competencia.Nero ousou S. Excia . prevenir a le-gislature revisora do Constituicio, qua,nesses feitos , a elaboracao des normasso deslocava dale pars o Supremo, de-finitive a permanentemente. Se o ti-vesse feito, outra - quern sabe? -seria a reagio do Perlamento ; sllea-ciando os congressistas , falter so inter-prete o adjutorio dos debates qua 0levariam a identificar a mans legisle-toris, a somente aqueles dedos, coinirrecusavel primazia sobre a intencaodo proponents , as reputam vAlidospars a inteligencia do dispositivosconstitucionais (C. Maximiliano, ob.

cit., § 371 , p. 366).9. Indagacio quo reclama deslinde,

e a de saber se o art . 7.0 do Emen-ds Regimental , aprovada em marco,tinha , por si so, o cond"ao de revogar

o art. 6? do L. 4. 337, de 1964.Ora, ninguem contesta qua a com-

petencia pare revogar a lei as reserve,a fonts de onde ale promana: cujus

eat instituere, a jue eat abrogate. As-

aim nio se cuidaria , na especie, nem

de revogacio expresso, nom de rovo-

gacio ticita . Cuidar-se-ia, aim, de ins-plicabilidade de diaposicio legislativeincompativel corn norma regimental, aqua ulterior Constituicio tons dadopreval&ncia.

R.T.J. 45

De fato, exist ria incompatibilidadoantra uma a outra regral

Contra a afirmativa militant eats,ciretmstencias:

a) no modificar o regimento, a Car-to nio cogitou do embargo, qua 81ejamais previra a quo derivavam, Gnl-ca a imediatamente, de L. 4.337,dada o com8so do one vigSncia ate apresents data;

b) nio tendo ainda votado materiaregimental relative i repraentasio aqua se refers o art. 114, I, 1, de LeiMagna, neo saris de supor qua, nageneralidada do citsdo at. 7.°, tin.-se promote a Carte, a hipbtow doembarga eacepcionais so julgamentode tais muses;

c) revogado o art. 194 do Reg.S.T.F. o qual nio possuia maior &I.mace quo o teato substitutivo, conti-nuou vigento o art. 6.0 do citada L.4.337, as vi do art. 2 .0 1 2P, doLei do Introdugio.

10. Outra questio a resolver con-mrne he formalidades requeridas paraezecutoriedade do nova emenda regi-mental.

Nos pains ands as Carta Conati-tucionais vim ordenando supletivamen-to o processo dos sous feitos , as nor-max respectivas tent daignado a dataam qua comesam a vigor . Destartedisp8s, p . ex., o art . 32 dos NormaIntegrative per i giudisi devanti ailsCorte Constitutionals, bairadas poloPresidents Enrico de Nicola a16.3.56 , no conformidade do lei do11.3.53: Le presenti norms integra-tive entrano in vigor. it giorno zu-cessivo ails loro publicazione nailsGazette Ufficiale del In Republica".

Igual requisito satisfez o primeirodos news Regimentos he 76 anos(8.8.1891):

"Art. 155. Publimdo Sate Regi-ment., entmre deeds logo em are-

E, cumprindo deliberasao de24.6.1908 , o term integral do "Regi-menm Revisto" publicou-se corn as-sinatura do todos os Ministros, lansa-da a 24 . 5.1909: - Pindabiba doMattos, If. do Espirito Santo, Ribei-ro do Almeida, Joio Pedro, ManuelMurtinla, Andre Cavalcanti, Epitecio

705

Posses, Relator, Oliveira Riboiro,Guimaries Natal, Cardoso do Castro,M. Eopinola a Caputo Sareive.

Tel nio ocorreu com a emenda su-fragada em sasao plena eztreordini-ria do 16 do marco pp.. Apenas aconsignou a ata divulgada a 17, a1. 607-608 do D.J. a s6 aprovada a29 seguinte (D.J. do 30.3.67, p4-gins 731).

11. A admitir, entanto, que, ne tti-lhe de mais pr6admos antecedentes, apublicasio tenha sido regular, argu-ments o agravante qua, republicadoo term apbs 0 julgamento do Rp700, caberiam os embargos do ....L. 4.377, porquento o direito a re-"M as rage pela norms vigente sotempo do decisio.

Procedem as dues asserSBa.

A republimsio, quer de lei, quado regimento , prevelece sabre a pu-blimsio a s6 dali se the conta a vi-gincia (C. Mello, 0 Proc. no S.T.P.vol. I, p. 215).

Os motive, qua militarism pare areedi4io do terto, nio as posquiam,consoante a jurisprudencia ; mast cornoo calm Relator, no dapacho agrava-do, considers qua a "republimsio ul-terior, per ordem verbal do Prai-dente, visou exclusivamente I susmajor divulgesio ", consultei o Dieriodo Justisa a verifiquel qua, em uma0 outra publicas8es, as deparam asdiscordincias seguinta:

(Ed. de 17.3.67)

Art. 4.°, IV

"...interpretssio a erecusio doRegimento".

(Ed. de 26.6.67)

Art. CO, IV

"...intervensio a erecusio do Re-gimenm".

Art. 12, 1

"... mdidas ordinatdrim do pro-tees...."

Art 12, 1

•' .. medida ordnntalaa do procss-so..."

706 R .T.J. 45

Art. 16, III

" .. . quo, em Recurso Criminal Or-dinerio quando for desfavorivel soacusado."

Art. 16, 111

". qua, em Recurso Criminalfor desfavoravel no acusado." Da-qui chego a fecil conclusio, Sr. Pro.sidente , de qua urge reeditar , pals 2!vez, o texto votedo, pare quo sue exe-cutoriedade dispense objegio, por per-sistirem erros qua desfiguram preceitosaplicaveis.

Em rezeo do exposto, as tornou aim-plea o desfecho do questio do direitointertemporal . Em relagio a ela, rea-firmo os meus votos anteriores e, emespecial, o proferido no HC 42.953:

"As novas disposigBes tam aplicagioimmediate.

Man a doutrina, no esteira do Ron-bier (Lea cotlits des loin dana I.temps, vol . I, p. 375), temperou origor do regra Para ponderar qua quan-do a lei nova encontra fatos a relagoesje constitufdas on conformidade do leiprecedents, nao podera, earn graves ris-cos, sujeite-los decd, logo so sou do-minio on devera faze-lo corn o estabe-lecimento de carton limites on condi-One.

A cautela recomenda -se corn majorenfase na esfera do direito processual,pare a protegio do "direito adquiridoe defesa" qua subsists parents as novasorganizagues on nos termos doe seasmandamentos . E, como no materia dojur:sdigio on no ambito do lei adjetiva,as transfers incontinente aos novos 6r-gios o poder peculiar a fungio e a su-toridade p6blica, a jurisprudencia con-soante dep6e Eduardo Espinola (Lei doIntrodugio , vol. I, p . 491. § 126),elaborou criterion moderadores, comafosse, em relagio nos recursos , faze-losreger pelos dispositivos vigentes a datado sentenga a ranter comp velida aparts proceaeada on conformidade dolei anterior ; s6 a forme dos etas obe-dece it norma superveniente , exceto asesta nio cure do remedio judicjerioadotado pale antecedents, ou de ma-neira ezpressa o repete (Carlos Mani-

miliano, ob . cit., p. 279, § 238). Taldecorre, segundo salientou Gabba, desqualidades inerentes a sentence, urnsdes quaffs consists na oposigio de umremedio qualquer contra ela; ease re-medio assume o carater de ato pro-cessual imediatamente conezo corn adecisio."

12. Por estes motives a conceasavans, dou provimento an agravo pathdeterminer o processamento dos em-bargos, tempestivamente opostos.

VOTO

O Sr. Ministro Amaral Santos: -A fir do assegurar a observincia deprmcipios constitucionais, a Constitui-gio do 1946, art. B .O. pareg. fmico, dis-punha qua "o ato argindo de incons-timcmonelidade sere submetido peloProcurador-Geral de Republics soexams do Supremo Tribunal Federal,e, as esto a declarer, sera decretada ainterven$io federal".

O orgeo Judicierio, no new o Supre-mo Tribunal Federal , seria provocadoPalo Procurador-Geral do Republicapare dec idir de um conflito de inter-resses, proferindo uma sentenga decla-rat6ria quanta a inconstitucionalidadedo ato. A fungao do Supremo TribunalFederal serie , no especie, eminente.manta jurisdicional , porque destine-da a torpor uma lids , embora de na-tureza espocialissirna.

Instrumento do jurisdirio, pars oezercicio do sus fungio especi£ica, 6o processo, qua se rage per principiose leis qua constituem o direito prates.'seal. Cable a Uniio competencia pri-vativa pare legislar (C. F. do 1946,an. 5°, n. XV, a. s8bre direito pro-cessual. Entio , no linguagem diafanade Alfredo Buzaid, na sua encantadoramonografia sobre o assunto em peuta(Da Also Direta do Declaragio doInconstitucionalidade no Direito Bra-sileiro, 1958, p. 96), "bobreveio a22.7.56; a L. 2.271, quo regulou o

dispositivo constitutional citado a inati-tuiu o proceaso do arguigio de incons-titucionalidade perante o SupremoTribunal Federal".

Defendendo a Lase, corn a qual so-tamos do ac8rdo , de qua no argGigio

R.T.J. 45

do inconstitucfonalfdede se ewresta umdireito do agio , o eminents professoran vale do um argumento a qua quali-fica do "valioso". Por outro lado -escreve - o art . 4.° do L. 2.271 mi-nistra um valioso argumento em fa-vor do toss qua defendiemos. Pro-ceitua: "Aplica-se so Supremo Tribu-nal Federal o rito do procesw do man-dodo de seguranga , de cuja decisao ca-berao embargo ,, caso nio Baja unani-midade" . E acrescenta o monograns-ta, censurando a costumeira faith ast6cnica do legialador: - "Este dispo-sigao legal niio 6 certsmente urn mo-d81o de clareza a do t6cnica. 0 quoo legialador quis diner foi qua a agiointentada polo Procurador-Geral doRep4blice tam rito identico so oomandado do seguranga" (ob. cit. pa-ginaa 107-108).

Por outran palavras, o qua o pro-fessor Alfredo Buzaid ensinava era quao rite (e nos diriamos o procedimen-to) era o do mandado de seguranga,cabendo contra a decisio embargo;caw nio haje unanimidade.

Aiwa vigents a Constituigio do1946, foi ravogada a L. 2.271 pelaL. 4.337, do 1.6. 64, quo tragou ou-tran normal Para o processo do decla-ragio de incon,titucionalidade, a pre-ceituou , no art. 6 .0, qua "a6 eaberaoembargos , quo as proceesario na for-ma do legislagio em vigor, quando. nedecisio, foram trfis Cu mat, on votesdivergentes". Vale diner, o Ph der Le-gislativo , no exercic 'o do one fungio,iratituiu n6vo processo, no sentido doquo criou novas normae processuais eprocedimentais, antra equal" a quamandave respeitar o principle do ins.pugna9io dos decisoes, so case estabe,lecendo come adequado o recurw doembargos "quando, no decisao, roren,trail on male on votes divergences".

2. A Conetituigio do 1967 confir-nwu a competencia privative do UniioPara lagislar s8bre direito ptoceawal(C.F., art. 8.0, uP XVII, b). 0 po-der de legialar s6bre tal mat" cubean Congresso National cons a sangaudo Presidents do Rep6blica (art. 46)

707

0o memo a gate per delegegio doCongresso Nacional (arts. 55 a 57).

Ocorre qua a Constituigio, no aru-go 115, par6grafo 6nico, Tetra c, atri-bui so Supremo Tribunal Federal .ertabolecer "o protease e o juigamemodoe Mites do sun competentra origin6-ria ou do reaaao".

Dir-se-ia, assim, qua o Supremo Trt-bunal Federal tern compotencia parelegislar e8bre direito processuai noqua concerns ace feitos de sue compe-t8ncia originiria ou de recurso. Maelaw sane cindir o direito processual,admitindo-se qua on principios quo osistematizam, a the dio unidade cien-tifico-juridica, see desencontrassem a an,conflitassem conforms sus elaboragioan desse polo Legislative ou polo ju.diciIrio, o qua jamais passou polo pen-samento do legislador conetitu'.nte.

Certo nos parece o Prof. Buono Vi-digal so direr qua "o an. 115 do Cons-tituigio vigente nio der so SupremoTribunal Federal competfincia Paraeditor normal do direito processual, oqua seria inovar profundamente emnosso aistema constitucional". Para -fraseamos aqui o eminente ProfessorAlfredo Buzaid: o art. 115 do Cons-tituigio vigente nio 6 certamente ummodelo do clareza a do tficnioa. 0quo o par6grafo (nice do art. 115 preycrave, fie] it tradigiio constitucionalbraaileira, foi confer:r an Supremo Tri-bunal Federal, no seu Rogimento In-terco, o poder de editor normal regi-i entail, isto 6, do naturals procedi-mental.

A palavra processo, of tam o sig-nificado de procedimento. A propb-sito. pedimos licenga nos doutissimosjulgedores Pam lerlhea t6pico do mo-desto compendio de Direito Processual,qua eacrevemoa pans nossos alone.,chamando a atengio Osten pans o useinveterado a incorreto de vine pale-vra por outra:

"Chegou a ocasiio do distinguirmosprocassao a procedimento, vocibulos nalinguagem corrects, a ate mesmo emobrae especializadas, usados comp ii-n8nimos. So priticamente nio so can.

708 R.T.J. 45

sun a sinonimia, aconselba a boa tee-nica a distinsio.

Processo 6 o complezo do ativida-des qua Be desenvolvem tondo por fina-lidade a provisio jurisdicional; 6 noseunidade, um todo, e b runs diregio nomovimento .. E uma diregio no movi-mento pare a provisio jurisdicional.Mao o proceaso nit so move do mes-mu modo a com as mesmas formas emtodos os casts; a ainda no curso domesmo processo pode, nas sues diver-sae faces , mudar o modo do mover ona forms em qua 6 movido o ato. Valediner qua, albm do aspecto intrIasecodo proceaso, como diresio no movi-mento, Be oferece o sou aspecto exte-rior, como modo de mover a forma emquo 6 movido o att. Sob aquble as-pecto fala-se no processo, sob batefala-se em procedimento.

Assim, hi procedimento no proces-so. "Procedimento - escreve Cala-mandrel - indica mail propriamenteo aspecto exterior do fen6meno pro-cessual".

Exammente fine o ensinamento doJoio Mendes Junior, geralmente re-produsido pelos escritores patricios.Depois de chamar a atentio pare osufixo nominal mentum, qua se con-tem no vocabulo - procedimento, equa, "em sus derivagio etimol6gica, ex-prime as atos no modo do faze-los eno forma em qua sio feitoe". o in-signe processualista essinala clam adistinfio: "Uma miss 6 o proceaso;outs 6 o procedimento ; o proceaso auma direcio no movimento; o proc'sdi-mento 6 o modo de mover e a formsem quo 6 movido o ato". On nearoutra sintese: "O proceaso 6 o movi-mento em sue forma intrinseca; o pro-cedimento 6 gate mesmo movimentoem sua forma extrinsece , ml coma soexerce pelos nossos brgios corporals ese revels Boo nossos sentidos".

Procedimento 6, pois, o modo e aforma por quo so movem os atos noproceaso".

Somos coerentes , portanto, adotan-do, Como nosso, o ensinamento do Nre-derico Marques em 1Lddo parecer, no

qual Be vale des pr6prias palavras doMinstro Carlos Medeiros Silva:

"Esdarece, alias, a "Exposigio deMotivos" do Ministro Carlos ModeiroeSilva, qua so delegou so Supremo Tri-bunal missio ampla do regular, emseu pr6prio regimento intern, rele-ventes quest6es quanta a marcha doeproceasos do ass competa-ncia.

Foi cb o procedimento , portanto, on"a marcha dos processos ", o modus ia-ciendi dos atos quo so coordenam notinstincia atravbs de preceitos proce-dimentais, o qua ficou atribuido ao re-gimento intern . Nio as ]he outorgouo poder de legislar sabre todo o Di-reito Processual dos causes do compe-tencia do Supremo ( competincia re-cursal on origin" ). Sendo aasim,refoge do imbito dos cinones regi-mentals, tudo quanta as apresentaComo norms material-instrumental, fi-cando sob sue area normativa, too-s6as regras instrumentals sabre a mar-the dos proceaso, e a forma do julga-memm."

3. Se a palavra proceaso, no arti-go 115, paragrafo 6nico, letra c, daConstituiFio vigenm corresponds aprocedimento, modo a forma par quoas movem os atos no processo, exor-bitaria o Regimento Interno legislan-do sCbre norma tipicamente processual,nio meramente procedimental, consis-tente no inatituigio on aboligio de re-curso. Comungando precisamente omesmo pensamento Be manifesmramFrederica Marques a Bueno Vidigal,pondo late em relivo lido do Monade Aragiq extra(da de sue excelentemonografia s6bre "Embargo, do Nuli-dade a Infringentes do Julgado": "Ecurial qua os regimentos internos, eon-quanto leis materials no quo concernA ordem interne corporis dos tribunalsqua os editam, nit podem, do formsalguma, crier novas recursos , ainde quono encaminhamento do processo do re-cursos cujo modus procedondi lhes to-

nha sido confiado . Recursoa a6 as hios quo a lei prove-".

Quer diner qua o Regimento Inter-n net podia abolir o recureo do ern-

R.T.J. 45

br/w inetituldo pole L . 4.337, do1964, art. 6.°.

4. E. as verdade , nio o abonu.A emends do Regimento Interno,

publicada no D.J . do Uniio, do 17de margo ultimo, compreendendo 21artigos, dispunha no art. 17;

"Cabrio embargoa a decielo niounirame do plen(trio:

I - qua julgar procedente a agiopenal;

II - qua julgar improcedents arsvieio criminal;

III - quo julgar a agio resmsorle;IV - quo, m recurso criminal or-

dinirio, for dedavorivel ao acusado".

Al se diz tiio-eomente quo noses ca-noe caberio embargo.. Mas ado seveda qua, am outros caws, previstosem lei, caibam identicos embargo., taleo. previ tos no L . 4.337, do 1964, or-tigo 6.0.

Do aplicarem-se inteiraments as eon-clus6es do Bueno Vidigal, qua repro-duzimos como parts integrant. lenew vote:

"A admitir-se a teas quo acime re-joitamo., do instiurigio do competen-cis normative do Supremo Tribunalm matiria processual , teruuns do in-voma•, pare concluit-w pole revogaciototal on parcial do art. 194 do Reg.S.T.F. a do art. 6" do L. 4.337,a regret do Lei de Introdugio so Cb-digo Civil:

A lei posterior ravage a anteriorquando ezpressaments o declare, quan-

'do seja cote ale incompativel on quan-do regale inteiramente a materia doquo t atava a lei anterior.

Nenhuma deans bip6teses ocorreu.

A menda do 17 do margo No re-vogou ezpressamente as dots disposi-tivoo citedos. Nem sequr revogou. demaneira geral , quaisquer disposilgoesem contririo. Nio contim disposigoeeincompativeis cote as do regimento vi-gente ate entio. Tamb6m nio usoudo ezprees6es quo excluissm a vigen-cia do tarts anterior , this coma, "ad-monte cabrio ", an "nio w admitirioourros embargo.", on ainda, "ficam w-

709

primidoe at embargo. do regimento an-terior", ou equivalentes.

Finalmente, nio regulou inteirameo-to a matiria do quo tratavam as tax.too anteriores . Ao process, do repre-sentasao pare declarafa"o do inconsti-tucionalidade nio fez qualquer refe-renda. Igualmente , nio so referiu,como fazia o texto anterior, A. agiesciveis m geral ; mencionou apenae aagio rescie6ria . Contim disposigiasespecial,, qua nio podem ravager onmodificar as aepeciais anteriores, a ge-rats, quo ounce poderiam invalidar asespecialissimas quo tratam de repo.eentagio pan declaragio do inconsti-tucionalidsde.

Bete i do vor, neaas condig6as, quaa art. 17 de Emenda Regimental do 17de marco, quo nio the fez quelquer re-ferencla, silo podia ter ravogado a leianterior, quo mantinha o reeureo doembargo. I. decisiea em quo houvea-se polo mans tree votoz divergent..."

5. Cote sews consideragbes, conbrgo dos agravoe a Mae don provimentoPara admitir as embargo. pare dieNeeia.

VOTO

O Sr. Minietw Themfatodee Cavaf-canti: - 0 qua so discute nests agra-vo 6 o entendimento e a aplicagio asr dada so dispositivo do art. 115,parigrafo 6nico, a, do C.F. de 1967,qua atribui competencia ao SupremoTribunal Federal pan:

c) o proweso a o julgamento dosbites do wa competincia originirla oudo recurs,.

Fwes preceito colide, polo meansaparentmente cote o art. 8.01 incisoXVII - quo di cmpsteacla l Uniiopare legislar s6bre:

b) direito processual;

s art. 46, quo an Congress, Nacional,cote a sangio do Presidents do Repfi-blica cabs dispor mediante lei, .fibreWas as matbrias de competencie doUniio.

0 art. 115, parigrafo dinico, letra c,como preceito especial seria revoge-toria do norms geral dos arts. 5.9 e46, quando as tratar do proceew o a

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julgamento dos feitos de sue compe-

tencia.

No caso em aprego a lei processualreconhece o cabimento do um recurso,qua desconhece o Regimento Internodeste eg. Tribunal.

O dispositivo constitui inovagio doConstituigio de 1967.

Em principio compete on SupremoTribunal Federal o processamento ono andemento dos feitoa no superiorinstincia a dentro dean cImpebinciatern forge do lei.

Foi o qua decidiu este eg. Tnbu-nal corn relagio , por exempla a apli-cagio do L . 2.970, de 24 . 11.56, quoregulava o momenta em qua deveriauser do palavra o advogado.

O Supremo Tribunal , eateo, modi-ficou a lei , estabelecendo o processo dejulgamento nesta Superior Instancia,quo considerou a lei inconstitucional,por forir a tradigio do nosso direitotao barn eatudado por Castro Nunes aCosta Manso, deeds a Lei Portuguesedo 1605-

Tenho sustentado e o fiz notada-mente em um pequeno livro s6bre ocontrols de constitucionalidade qua,dentro dessa competencia as -regimen-tos dos Tribunals as colocam em post-cio hierarquicamente superior ds LeisOrdinaries.

Tratando-se, porgm, eon meteria os-tritamente processual, interessando aexting5o dos recursos , neo pgsso, datavenia, der so texto constitutional en-tendimento do largo qua permits soregimento substituir toda a lei proces-qual civil, nomdarnente quarto so ca-bimento dos recursos em segunda ins-tgncia , polo regimento interno.

Processo aqui 6 agao supletiva de le-gislagao ordineria , regulando os cases

omissoa, corrig!ndo o qua fore a ordemdo processamento dos feitos ante Su-perior Instencie.

Processo aqui, g tornado no sentidode andamento a processarnento dosfeitos em segunda instencia , a as nor-mal quo disciplinam o julgamento.

Nao me parece qua a Constituigeotenhe pretendido atribuir so SuprrnoTribunal competencia normative, mes-

mo contra a lei, regulando os cowsde recurso , revogando a legislagao pro-,:essual.

Nio posso, data venia, titer % partso direito q um recurso judicial asse-gurado por lei, momenta mediante umdispositivo regimental do entendimen-to duvidoso quanto a sua extensio ahip6ten am exams.

0 argumento de quo as trata dedelegagao constitutional tambem neome impressions . A vingar a toes doextensio do regimento a atividade pro-cessual, talvez fosse preferivel atribuirease fete so desenvolvimento do umcistema visando aumentar o poder nor-.mativo dos Tribunals, slargando Sc porvia constitutional o contefado do mate-ria considerada interne corporis.

Nao me parece data venia qua asimples justificagio do projeto cons-tiucional so se referir is novas atri-buigoes de relevantes questges quantoso funcionamento a marcha do proc s-so, posse conduzir a uma interprets-gao do vontade do conatituinte no sea-tido do atribuir-se so preceito consti-tutional, art . 115, entendimento tAoamplo.

Devo acrescentar qua gate eg. Tri-bunal ainda ruin dispos em son regi-mento sobre a matgria de represents-geo. Na sua omissio , corno neo splicer

a lei?Dou, assim, provimento one agravos

tom a devida venia do ilustre MinistroRelator, pare admitir as embargos.

VOTO

0 Sr. Ministro Djaci Falcio:Antes de Constituigao vigente BataCorte, por delegagao legislative, ja-mais acoimade de incompativel corna Carta Politics de 1946, guardavao pod" de regular o processo do re-curso extraordinerio a do conflito dejurisdigao ( arts . 869 a 146, inc. I,do C. Pr. Civil).

Sobrevindo a nova Carta , o legis-lador reservou so Supremo Tribunalcompetencia privative pare dispor so-bra o processo e o julgamento dosfeitos do sua competencia origineriaon de recurso . Cuida-se do atribui-giio de poder de legislar, i seonelhan-

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ga do quo ocorre em relagio so Pre-sidents do Republica , conwante se v8do art. 58 de Carta de 1967. 0 dou-to Seabra Fagundes , em trabalho in-titulado 0 Poder Judichirio na Cons-tituigio de 1967, publicado no Re-vista de Dirsito de Procuradoria-Ge-tal do Estado do Guanabara, vol. XVI,p6e em evidencia o poder legiferanteno imbito processual , deferido h Su-preme C6rte por ato do Poder Cons-tituinte, acentuando:

"Corn a Constituigiio vigente o direi-to regimental ganha , no Supremo,proporg6es muito amplas. Passe dowpletivo do legislagio proceesual eme-nada do Congresso, a direito princi-pal a exclusivo no discipline dos fei-toa do competincia originiria do C6r-te, been como no recurso extraordi-nirio" (p. 9).

Na verdade , o texto constitucional(art. 115, par6grafo 6nico, tetra c)6 inequ'voco. A disciplinagio do pro-ceaw a julgamento do representafiohole compete , exclusivamente, so Su-premo Tribunal.

Todavia, cuido qua merece acolhidao argumento de qua, tondo havido re-publicagio do Emenda Regimentalvoteds a 16 do marco ultimo, s6men-to a partir d8ste ato juridico os novospreceitos ganharam autoridade. Narepublicagio est6 o marco inicial desue vigincia . Outro raciocinio, datavenia, no so compadece cons a se-guranga quo a ordem juridica doveproporcionar aos aujeitos do relagioprocessual . Destarte, e I vista de quoon embargo. foram manifestado. an-tes do republicagao , quando vlgia oart. 6.0 do L. 4. 337, qua no per-mitia, devem mar processados.

Outroesim , merece agasalho o ar-gumento de qua nio houve derrogagiodo art. 6.- do invocada L. 4.337.E qua a lei nova e6 revoga a lei ea-pecial anterior quando o declare ex-pressamente, quando tray princ'pioincompativel cons a lei anterior onquando regula inteiramente a mat6-ria (@ I.- do art. 2.0 do Lei de In-trodugio so C6digo Civil). Na esp6•cis nio Be cogita , sequer, do revoga-gio ticita.

711

Betas consideragOes levam-me, datavans do eminente Relator, a provero agravo regimental , pars efeito doprocessamento dos embargos.

VOTO

O Sr. Ministro Eloy do Roche: -Sr. Presidente , o art. 115, par6gra-fo fmico, letra c, de Constituiri o, con-tern a competincia do Supremo Tri-bunal para eatabelecer , no regimentointerno, comas references , como me 14no texto, so "processo a julgamantodos feitoa de sua competincia origi-niria on de recurw".

Pogo licenga so eminente MinistroAmaral Santos , pan nio aplicar socaso sue ligio , porque entendo quaa expressio o proceaw a o julgamen-to dos feitoa, dequele diapositivo, cor-responde I qua se eacontra no C6di-go de Processo Civil , quando, no ar-tigo 1?, declare qua "o processo ci-vil a comercial, em todo o territ6riobrasileiro, roger-se-6 pot eats C6di-go, salvo o dos feitoa per file nio re•guladoe , quo constituem objeto de leiespecial".

O Sr. Miniatro Amaral Santos: -Mae an regula o Direito Processual;regula o processo.

O Sr. Miniatro Eloy do Roche: -As palavras do art. 115, parigrafof nico, letra c, de Conatituigio, sioidinticas its do art. 1.047, 9 2?, doC. Pr. Civ.: "fate C6digo regularsa admissibilidade dos recursos, aminterposigio, seu processo a flu julga-mento, sem prejuixo dos interpostosde ac6rdo cons a lei anterior". Digoisto, nio per divergir dos conceitosdoutrinirios do eminence MulattoAmaral Santos,...

O St. Ministro Amaral Santo: -O texto est6 mal redigido.

O Sr. Ministro Eloy de Roche: -...mae pare assinalar qua as pala-vns, nos disposiitivos , tam o memosentido. Deu-ee crompetencia nova,so Supremo Tribunal, para regular,normativamente , o processo a julga-mento dos feim. de one competinciaoriginiria on em gran de recurso.Modificou-se a Constituigao, qua con-fan s so Supremo Tribunal, como a

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outros Tribunals, apenas, o poder deelaborar normas regimentals , isto f,normas do funcionamento do Tribu-nal. Tenbo como certo qua se tratado normas proceosuais.

Nio ha, aqui, delegapeo de poder,mas competencia pr6pria. Disp6e oart. 6 .0, paragrafo (inico, de Consti-tuipio qua, "salvo as exceg6n previs-tee nesta Constitui4io , 6 vedado aqualquer dos Podares delegar atribui-4;6es...". Encontram-se this exce-g6es, per exemplo , nos arts. 55, 56e 57 de Constituigeo , s6bre leis de-legadas. Mas o art. 115 , paragrafonice, letra c, ao estabelecer a novaregra , ni configure delegapeo doatribuigbes. Cuida-se do competenciaprbpria, instituida na Constituigio.Valorize-se, anim, a regra.

0 ponto quo foi objeto do voto ma-gistral do eminento Ministro PradoKelly, primeiramente, a de outros vo-tos qua so the seguiram , especialmen-to o do eminente Ministro Themisto-des Cavalcanti, 6 o de qua one com-petincia , qua a Constituigio confe-riu ao Supremo Tribunal Federal, Hilopode importer no supressio do poderquo tem as outros Podares, na elabo-ragio de normas s6bre Direito Pro-ceasual . Questio 6 a do saber dopossibilidade do concorrincia, em ma-t6ria de procesaq do normas editadaspolo Supremo Tribunal Federal, noexercicio de competbncia inscrita noaludido dispositivo, a de normas ele-boradas segundo o processo legislati-vo. Nio quero anumir, no momenta,posigio, a propbsito dense aspecto, oquo a mou ver, 6 dispensivel pain asolugio do agravo.

Pareco-me necessario examinar adiscutida lei, a L. 4.337, do 1.6.64,que, em parts, consagra o meamo sis-tome de L. 2.271, de 22 .7.54. E,fore de divida, lei especial sobre apaoespecial, a agio prevista no art. 114,I, 1, do Constituigio . A lei especial,a6bre a reprosentagio por inconstitu-cionalidade, regulou o processo e o re-curse. A ado tom natureza a objetopr6prios, de maim relevbncia. Nioha simile perfeito antra o julgamen-to dessa agio a a declaragio do cons-titucionalidado, em outras ag6es quoo Supremo Tribunal aprecia . Quando

o Tribunal, em qualquer ado, pronun-cis a inconatitucionalidade , Ale o fax,pare o caw, com eficicia qua pods serestendida , desde qua haja a suspen-sio, polo Senado, do execugaq no todoon em parte, do lei ou do decreto,art. 45, IV, do Constituigao . Diver-so 6 o efeito de decisao do SupremoTribunal, on agio especial , qua acc-lhe a represontagio de inconatitucio-nalidade.

Caracterizada a competAncia do Su-premo Tribunal Federal e , ademais,ponderado o Ambito do lei especial,apresenta-so o problems, do saber soa Emenda Regimental de 16.3.67,quo foi aprovada em cumprimento doConstituipao, revogou equals lei. Dei-xo do lado a indagagio sAbre se po-dia revogar . Entendo, como os emi-nentes Ministros qua ji votaram, quonao houve revogagio . A Emends Re-gimental, aprovada no die seguinte sodo vigencia do Constituigio , visou,particularmente, a regular a campe•tincia do Tribunal Pleno a des Tur-mea. 0 eminente Ministro VictorNunes, no fundamentagio exaustivado men ponto do vista , em qua naoficou nenhum argumento am exame,lembrou a large discunao do Emen-ds Regimental . Eu mesmo tive oce-siio de oferecer varies emendas. Ten-do a Emenda regulado a competAa-cis do Pleno a dos Turmas , em aten-gio ao art. 115, paragrafo Lnico, Te-tras a e b, a ainde os recursos, niodisciplinou o processo . SAbre inonao hA a manor d6vida . A EmendadispAa quo a reforma do Regimen-to aerie ultimada posteriormente.

Exists, no Emenda Regimental, umartigo que poderia confortar a inter-pretapio do eminente Relator: 6 0art. 3.0, inc. III , letra e:

"Art. 3.0 Tamb6m compete so Ple-n6rio (C.F., art. 115, parAgrafo 6ni-co):

III - julgar, em recurso:

e) as processos decididos polo PIe-nario on pales Turmas, nos cows pre-vistos neste Regimental".

Os "casos previews neste Regimen-to" nio ago previstos no Emenda;sio os cesos previstos no Regimen-

R.T.J. 45 713

to do Supremo , nos antigas normas,quo continuum am vigor . L verdadequo, ante. d8sse dispositivo, o arti-go $ ", inc. VII, ainda relativamentei competfincia do Pleno, preceitua:

"Art. 2? Compete so PlenIrioproceesar a julgar, origini;riamente(C.F., arts. 114, I, a, b, co d, A. je 1; 115, parIgrafo finico, a o 151):

VII - a repreeentagio do Pro-curador-Geral de Rep4blica, por in-constitucionalidade de lei on em nor-mativo federal on estadual".

Mae, .e a Emenda regulou a com-pet8ncia a os rocuraos, nio regulou,emaustivamente , o process,.

0 eminente Ministro Amaral Sea-ms invocou prindpio , qua me penceadequado pare o deaate do questio, 0art. 2', 9 I?, do Lei do Introdugioto C6digo Civil: "A lei posterior re-vogs a anterior quando expronamenteo declare, quando aeja corn *Is incom-pativel on quando regule inteiramen-to a mat6ria do qua tratava a lei an-twice,.

A Emends Regimental nio regu-lou, inteiramente , a mat4ria do ..L. 4.337, qua compreende Lento oproceno como o recurso. Refers-soA lei to recur., do embargo., corn cawas prenupostos. Concluo , per iseo,quo a Emenda nio revogou aL. 4.337. Nio quaro emitir juiso,single, quanto a ponibilidade, on nio,do a disposigio regimental revoger aL. 4.337; julgo, sLmente, quo niorevogou.

Aesim, Sr . Presidents, pegs v8niaso eminence Ministro Victor Nunee,pars diesentir do despacho do SusExcelBncia, qua 6 btilhante pronun-ciamento , em matdria relevance, cornoash de interpretagio do Constitui-gio a do Regimento Interno do Supre-mo Tribunal Federal.

VOTO

0 Sr. Ministro Oswaldo Trigedro:- Eaton de scArdo corn o entendi-mento do eminence Relator , so reps-Hr a interpretagio reetritiva quo ispretends dar to art. 115 do vigen-to Conatituigio . Quenon a Site ponto,adoto co fundamenton do vote do emi-nente Ministro Djaci Falcio. Assim,

For hue fundamento , an nio deriaprovimento so agravo.

Man o segundo fundamento, a matver, merece acolhida.

Pens, qua o Supremo Tribunalpods estabelecer o processo e julga-mento doe felons de sue competSnciaorigin" . Pods, assim, dicer me minon nio sio embargAveis os ac6rdiosprolatadoe nos cams do representasio,pare efeito do declaragio do incons-tituclonalidade.

Nio me parece, entretanto, qua 0Baja feito on, polo moons, qua o hajafelt, vilidamente.

Em primeiro lugar, o Supremo Tri-bunal minds nio votou o nSvo Regi-mento, nude havendo disposto expres-memente quanto so proceseo do repro-sentagio qua, na vig8ncla do novaConstituigio , passou a ser categorlaprocessual de maior amplitude, For-quo j§ agora extensive A declaragiode inconstitucionalidade do norma dodireito federal, a nio maim apenas pareaferir a conetitucionalidade do direi-to estadual, pare fine de intervengio,como no direim anterior.

Dada a relevincia do matbria, re-solvers o Supremo Tribunal, a nutempo, me devem on nio ser admiti-doe embargoo me repreeantagoer. En-quanto nio o fixer, de maneira expli-ate entendo quo dove prevalecer anorms do art. 6? do L. 4. 4.337.

A mat6rla 6 polo mono. objeto dodfrvida atria, i vista de discutida re-publicagio do emenda regimental.Eau dOvida aconselba, no cam, interpretagio maim liberal , no nentido doadminio dos embargos.

por estas rax6es, doss provimentoam agravos.

VOTO

0 Sr. Ministro Aliomar Baleeiro:- Sr. Presidents , encaro Sete pro-blems. como daqueles quo refletem omail importante doe aspectos do Su-promo Tribunal, - o politico, nomaim nobre sentido do palavra.

Temo muito quo os pod8res rece-bidos polo Supremo Tribunal, corn aE.C. 18 a corn a Constituigio do1967, o exponham Iquelas vicissitu-des per qua tern passado, virus v8-sea, am sue hist6ru, a C6rte Supr®a

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dos Estados Unidos do America. Se-bemos qua crises gravissimas tamocorrido entre a Corte Supreme e oCongresso americano . Isso ounce hou-ve na Hist6ria do Brasil. 0 Supre-mo Tribunal neo pode queixar-se, emtempo algum , de qualquer ato ina-mistoso do Congresso. Palo contra-rio, cede vez mais a Legislativo foitransferindo atribuig6es a prerrogati-vas sues pare o Supremo Tribunal,deeds a 6poca em qua os represen-tantes do Nafeo concediam licencaaos Ministros do Supremo Tribunalate esta Constitui4eo de 1967, quanos deu o poder hoje discutido aquie permitiu equals terr "vel atribuicaodo declarer inconstitucional , em tese,won lei do Congresso , a ago apenasas leis dos Estados-Membros. Temomuito . Podera haver uma reafeo, etermos de fazer um recuo, como aCorte dos Estados Unidos tern feito.

Digo isto corn a pretica de quernmilitou, muitos anos, no Congresso eassistiu a emoseo profunda causadapor equela ac6rd5o qua declarou in-canstitucional a L. 2.970, so neo meengano, de 1956, - equals pale qualos advogados poderiam falar depoisdos votos dos relatores.

Lembro-me born qua as deputadoemais novos , os mains fogosos, preten-diem, irnediatamente , apresentar umaemends restringindo as atribuicc5es re-gimentais do Supremo Tribunal. Osmais velhos disseram: "N6s semprevivernos bean corn as velhinhos. Re-conbecemos a utilidade dos velhinhos.Para qua exagerar "sea wises?"Alias, "velhinhos do Supremo Tribu-nal" - 6 uma expresseo carinhosa,embora no tivesse sido berm com-preendida polo antecessor de VossaExcelencia, Sr. Presidente, nests CSr-te, numa carte qua me dirigiu.

0 Sr. Ministro Eloy de Roche to-cou num ponto tamb6m politico,quando disse quo isso a qua 0 meueminente anestre do Processo , Profes-sor Amaral Santos , theme "agio di-rate", ago era urna ageo direta. Eraalgo diferente . Foi sempre a ideiaqua an tive . Ease coisa de, por umprocesso de representaFeo encarai-nhado polo Procurador-Geral da Re-publica, segundo a Constituig5o de

1946, poder o Supremo Tribunal Fe-deral declarer a inconstitucionalidade,em tese, de uma lei estadual a hoje,depois do E . C. 18, uma lei federal,- pare mim neo a uma scan.

Tenho profundo respeito a humil-dads aos processualistas , comp quandoeu era deputado tinha temor a hu-mildade enormes em frente aos regi-mentalistas, os quaffs, resolvendo to-dos as casos , puxavam os precedentesdo Congresso a esmagavam qualquerde nos.

Para mim no a uma aceo , no sen-

tido classico, genuino do Direito Pro-cessual . Para mim 6 uma inatituigiode careter politico , a semelhanga doimpeachment, qua, por mais qua quei-ramos ptr dentro do Processo Penal,neo 6 proceaso penal . it nine medidapol'tica , pouco importando qua elaadote alguns dos ingredientes proces-sualistas, como ha exemplo do Direi-to Administrativo, qua se socorre derecursos do Direito Cornercial on Ci-vil, a memo coisa fazendo o Finan-ceiro em relagso so Direito Privado.

Par isso meamo qua pare mim neo6 proceaso , ja me dA urn ponto deapoio Para a minha opinieo do quo,sem restringir o alcance do art. I1S,cuja fecundidade foi aqui cristalinaa brilhantemente exposta pain emi-nente Relator, se dove conhecer doagravo a the der pmvimento.

Neo a processo. Para mini 6 algadiferente.

Hu poderia , Sr. Presidents, em t8r-no desta mat6ria , tomar mais clam oman pensamento . Mas, ja ouvimoslig5es admiraveis , do Relator, do Mi-nistro Prado Kelly, do Professor Ama-ral Santos a outros s6bre o assunto.Neo 6 isse o men prop6sito, porqueme cinjo equela regra sabia , de quo,quando houver um argumento qua nospermits dar a decisao sem chegar isconsequincias extremes, como a in-constitucionalidade , deverernos ficar naetapa preliminar.

Por fCtil qua isso parega it opinieodo erninente Relator , o argumento le-vantado pelos agravantes, - o de pu-blicagio, - a mim me impressionou.

0 Sr. Miniatro Victor Nunes (Re-lator): - V. Excia. permits? Minhaintenceo nio 6 apartear , apenas ob.

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server, suetentando meu ponto do via-

0 Sr. Ministro Aliomar Balreiro:- A fundamentafao de V. Excia.foi modeler.

O Sr. Ministro Victor Nunes (Re-lator): - ..qua a primeira publi-cagio foi feita sour nenbum 6rro.

O Sr. Ministro Aliomar Baleeiro:- Tenho a impressio qua estava sema data.

O Sr. Ministro Victor Nunes (Re-lator): - Nio. A data 6 a do ses-sio. A emends estava inserta no etade aessio.

O Sr. Ministro Alionser Baleeiro:- 0 ato nio est6 solene. Nio vias assinaturas, a data.

O Sr. Ministro Victor Nunes (Re-lator): - As outran emendas, nor-malmente, tam saido sem assinaturas,porque isso ounce foi exigido.

O Sr. Ministro Aliomar Baleeiro:- 0 ato formal de publicagio deulna norms qua tam canter proces-sual dove ser solene.

O Sr. Ministro Victor Nurses (Re-lator): - Nio tam lido norms noTribunal. A mat6ria 6 inserts noeta. Se a emends 6 proposta porum Ministro, no transcrigio do pro-posts, pode vir a aseinatura do Mi-nistro quo a prop5e . 0 normal 6 aate reprodusir o teor do emendaeprovada.

O Sr. Ministro Amoral Santo.: -Pare conhecimento geral, ter do serpublicada, pare ser Lida a conhecidaam sombre remote de divida.

O Sr. Ministro Aliomar Baleeiro:- Agora nio dove ser mais assim.No 6 male assunto interns corporia.It pan quo no advogados das panessaibam do regress com f6rga de normsprocessual.

Para mim, o argumento vale, a por61e an conhego do agravo a the douprovimento.

Tamb6m est6 implicita em minbaobservagio a resposta an eminent.Ministro Eloy do Roche, pole excep-cionelidade do mat6ria contida na re-

715

presentagio , quo pare mim 6 de ca-r6ter politico . Soria necessirio quo 0Regimento, expressamente , finesse arevogagio , we 6 qua poderia facer.Mao nio quero it at6 16.

Confesso qua todos os argumentospragmfiticos traxidos polo eminent.Relator me impressionaram . S. Excia.sabe meu pensamento a respeitodisso.

Por outro lado, acredito vantajosonests mat6ria , o Direito norte-ameri-cano, qua atribui a Corte Supremecertos pormenores de procedimento- com licenga do eminente MinistroAmoral Santos -, mas sempre ree-salvando ao Congresso diner quandocabs, on nio, o recurso aquele Tri-bunal. it o Congresso qua d6 majoron manor latitude do compet6ncia aCorte Supreme, salvo no casos decompetfincia origin".

Em resumo , Sr. Presidents, menvoto oath nos t6rmos do profe-rido polo eminent. Ministro DjaciFalcio.

VOTO

0 Sr. Ministro Adalicio Noguaira;- Sr. Presidents , cerei motto bre-ve, porque oa votos qua me precedesram, transbordaram do erudigio a bri-Iho.

Quero diser, Sr. Presidents, quaningu6m mais do quo an estima easeamplitude do podar normativo doSupremo Tribunal Federal , mas, nocow, acbo , qua o art. 17, da Emen-ds Regimental, limitu-se, spans, aregular aquilo quo bavia sido dieci-plinado polo art. 194 do Rag.S.T.F.; cuidou, exclusivamente, do-quota mat6ria . Nio podia ter aboli-do o que is disp6e no art. 6.0 doL. 4.337, de 1.6 . 64, porque eats 6aura lei especial, quo cogitou de ma-t6ria do reprosentagoes do inconstitu-cionalidade e, por consequincia, odispositivo em foco visou apenaa orecurso de embargos, nesta esfera res-trite. Tal, por6m, nio foi previstopolo art. 17, do Emenda Regiments,Este, oease artigo , ficou naquilo aque as cingiu . Mirou, previu a solu-cionou o a quo so props. E possivelquo quando no prosseguimento de ela-boragio do Regimento , as cuidar do

716 R .T.J. 45

problema do representagio, so venha,entio, a suscitar o debate em t6rnodo assunto.

Pego venia so eminent. Relatorpare dar provimento aos agravos, nost6rmos dos vows dos colegas qua meprecederam.

VOTO0 Sr. Ministro Evandro Lies: -

A inovagio do art. 115, parigrafo6nico, de Carta de 1967 reflete umatendencia qua ficara marcada noL. 3.396, de 2.6.58, cujo art. 7.°dispunha qua o recurso extraordini-rio aerie processado a julgado no Su-premo Tribunal Federal de acdrdocom o respectivo Regimento Intern.

Com base nose disposigio, poudeo Supremo Tribunal Federal estabe-lecer regras , de natureza processual,no julgamento dos recurws extraordi-nirios, inclusive aquela , constants doart. 309-A do Reg. S.T.F., quapermits julgar prejudicado o apiloepos dez anos de paralisagio do fei-to, mediante as condig5es of estabele-cidas.

A Constituigio atual ampliou opoder do Supremo Tribunal Federal,estenderdo-o a todoe on recursos deaua competfincia a sem a limitagiodo qua o Regimento an ativesse soprocesso a julgamento do felto ji che-gado a am Secretaria.

Pan o cumprimento do n6vo textoconstitucional, aprovamos a EmendaRegimental publicada no D.J. do17.3.67. Al porque criados recursosqua nio as encontram nos leis pro-cessuais a foram suprimidos outrosqua nos mesmas eram estabelecidos.Veja-se, por exemplo, o recurso deeubargos em mandado de seguranga,quando a decisio for denegatoria ebouver diverg&ncia com o Plenirio onowns Turma; em recurso criminal,quando a decisio for desfavorivel soacusado; qua julgar procedente aagio penal.

Nio hi lei processual qua concedeembargo,, nesses tirmos, em matinscriminal. A L. 1.720-B, de 3.11.52,qua alterou o art. 609 do C. Pr.Pen. so permits enbargos iufringen-tee quando a decisio deafavorivel sor6u nio tenha aide uninime.

Penes qua a Constituigio, tendoem vista us antecedentes de sue ela-boragio, lava a concluir pela proce-de"ncia do despacho agravado. Ado-to os fundamentos de brilhante, subs-tancial - e com a devida venia dosqua votaram em sentido contririo -irrespondivel sustentagio do eminenteMinistro Victor Nunes.

O Supremo Tribunal sempre reivin-dicou certas atribuigSea pare o me-lhor desempenho de suas tarefas cons-titucionais a jurisdiclonais. Essas atri-buig6es agora the foram dodos poruma Constituigio qua nio 6 ortodoxano sistena do divisio dos Poderes.Verifique-se, como diz o parecer doeminent. Ministro Carlos Medeiros,qua hi a delegagio de poderes ao Se-undo Federal pore legislar em tidesas mat6rias relacionadas corn o Dis-trito Federal a so Presidente de Re-publica pan legislar em matins quaserie, em tons, do compatfincia doCongresso National . Nio me impres-siona , pois, o argumento de qua oart. 8.0 atribui compet6ncia do Con-greaso National para legislar s6brematins processual civil, excetuando,como acentuou o eminent. MinistroDjaci Falcio, o qua consta do art. 115,parigrafo 6nico . Outra excegio 6 ades metirie, em quo o Presidentsdo Republica pode expedir decretos-leis, constant. do art. 58 do Consti-tulgio.

Com a devida venia dos qua persans em sentido contririo , nego pro-vimento aos agrevos.

VOTO

O Sr. Ministro Hermes Tama: -Sr. President., penso qua o art. 115di so Supremo Tribunal competinciapare processor o julgamento dos fei-toe de sus compet6ncia originiria ondo recurs, a qua, nessa competinciaconstitutional, a emenda so nossoRegimento 6 inteiramente vilida.

Realmente, a competfincia dadapolo Constituigio 6, a men ver, re-lative no processo, a opener de mag-nifica Ifgio qua nos dent o eminent.Ministro Amoral Santos, penes quaprocesso aqui 6 processo memo...

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O Sr. Ministro Amaral Santos: -A lei teals, quo dizer "direito proces-aual".

O Sr. Ministro Hermes Lime: -... porque procedimento, que S. Ezcia.do barn defmiu coma modo a for-me de mover o son, name sentido niopraciseva ester no Conatituigio. Apr6pria competencia regimental doTribunal poderia prover a same ne-cmaidadee , qua se refeririarn so modod. mover o processo. 0 processo,aqui, results regiments nuns compe-tincia pare crier recuraoe, conformescabs de demonstrar em eau brilhan-t• vote, stravis do exemplos ji piati-cados users Tribunal, o eminent. Mi-nistro Evandro Lins a Silva.

Entsndo tambim qua o art. 115revogou a L. 4.337, porque o pro-blems nio 6 de legialagio ordiniria.A Comtituisio inetituiu tons comps-tincla, • nio estames mail no pianod• legislagio ordiniria , em qua urnslei ordiniria 6 revogada por outra.Nio. Aqui h6 uta cotpetincia ins-tituida as Constituigio, qua posh avigorar imediatamente corn a vigin-cia delta . Logo, a mau ver, a leiseta inteiraments revogada . El• niopods conviver corn o artigo da Con•-tituigio qua den so Supremo Tribu-nal Federal a competincia pare oprocesso a julgame to dos sous fei-toe, deeds qua a palavra "proceeso",aqua, compreende o proceeso mesmoem si, a nio apenas aquiles ates su-plementaree a ordlnerioe qua fazemmover o procsaso , a qua tirnicamen-te se chamam "procedimento".

Por outro lado, como notou na sueestraordinkria suatentagio o eminent.Ministro Victor Nunes, o problemado conetitucionalldade nio pode che-gar a ter was complicagio quo o tomemale longo, mail inetivel , male com-plaso, •trav6s de embargos . Para asdeclarer urns let inconstituclonal, hiquorum especial; a quem j6 imagi-nou qua no dectanagio de none leiInconstitucional nio pone haver di-vergincia? Enibora a lei digs qua pre-en haver divergincia do polo manes3 votes (a ea estou arrependidissirnode ter concorrido pare eta), parecemats coneenntineo corn a natureza do

cause quo a declaragio de inconati-tucionalidade can posse softer a tor-ture doe embargo.. Pala sue pr6-pria colocagio , no, tirmos juridicosem qua 6 apreciada , ela representsdecieio de tal natureza qua nio de-veria ester aujeita A revisio de em-bargo,, memo havendo divergincia.Na CSrte Supremo dos Estados Uni-dos, As vises, a constitucionalidadeon inconatitucionalidade 6 declaradaper melons de um vote. Aqui ternosneceasidade de um quorum elevadopare qua a declaragio do inconstitu-clonalidade posse sea proclamada.Entendo tamb6m, Sr. Presidents, quonio hi conflito entre o art. 115 e oertigo quo d6 so Congreno Nacionaldireito de legislar s6bre direito pro-cessual . Nesse eentido, a observegiodo eminence Ministro Evandro Line6, pare mite, absolutamente proce-dente . 0 quo h6 nests ceso 6 urnscompetincia especial do Supremo noimbito des sues atribuicies judici6-rise. Ease competincia , portanto, niocolide corn a competincia dada noart. 115 da Conetituigio so Congres-so, pare legislar s6bre direito pro-cessual. Pode-se profetizar : surgirium cotillion . A possivel , mae o ape-recimento dine conflito h6 de tar re-solvido pelos mein constitucionaisnormais, polo pr6prio mecanismo po-litico a constitucional , qua a isso sedestine . 0 Tribunal nio tern comoatribuir-se a competincia do impedirqua os conflitos surjam . Os conflitospodem surgir; 6 dificil prover tudoqua acontecer6 . Evidentemente, ocampo do previsio ai fica muito li-mitado. E necessirio esperar polepritica, a fit de quo ale indique cornclareza o que pods on nio acontecer.Em resumo, Sr. Presidents, nego

provimento so agravo, pelas razies dosustentagio do erninente Relator epales razies exposta s polo eminent.Ministro Evandro Line a Siln.

VOTO

0 Sr. Ministro Gongalves do Oli-veira : - Sr. Presidents, a Coneti-tuigio deu so Supremo Tribunal Fe-deral o pover do eetabelecer no regi-mento interne, o proceeso • o julga-mento dos felons de one competincia

718 R.T.J. 45

originiria on de recursos , isto i, da-quela materia expressamente previstano Constituiseo.

Quando aqui votamos a EmendaRegimental , publicada no D.J. do17.3.67, o Tribunal nao teve ne-nhuma duvida de qua o Supremo Tri-bunal Federal poderia estabelecertale recursos qua antio disciplinou e,Como assinalou no sou douto voto oeminente Ministro Evandro Lins, as-tabeleceu recursos qua neo estavam,sequer, previatoe pale legislareo pro-cessual vigente . Assim, admitimosexpressamente embargos on mandadode seguranca , quando a legislaseo vi-gente ago previa tail embargoa. Foiuninime a decisio nesse sentido.

Para moetrar qua ease competenciafoi recebida polo Supremo Tribunal nosentido de qua Ale poderia regular nosou regimento o processo a ft recur-we do sue competencia , Sr. Presi-dents, devo assinalar qua aseim on-tendemos pacificamente . Nenhum Juizdesta Alta CSrte, entio , p6s em du-vida essa noses competencia qua aConetituigio reservou a eats eg. CSrte.

Eaton de ac6rdo rout o eminenteMinistro Eloy do Roche em qua neoas trots de urea delegasi o de pod8-roe. Neo. E note atribuig5o de po-deres , repito . A Constituirio fixouos poderos do Legislativo, do Executi-vo a os do Supremo Tribunal Fe-deral. Neese particular , dir-se-A quocabs so Congresso legislar o6bre pro-cesso civil . Mao neo cabs so Congres-so regular os processos de competen-cia do Supremo Tribunal Federal. AConstitui$io retirou do area do Le-gielativo , do lei, o processo dos mate-ties a recuraos reservados A comps-tencis Beata CSrte a as colocou noArea do Regimento Interco deste Tri-bunal.

Folgo em assim assinalar, porqueverifico qua a maioria , a quaae una-nimidade memo , do Supremo Tribu-nal Federal , comunga com gate pen-samento, a excer,Ao dos Sts. Minis-troo Prado Kelly a Amaral Santos.

O Sr. Ministro Amaral Santos: -Aliis, eu pediria licenga pare der aminba razeo . Temo qua, no future,o pr6prio legislador as transforms nut

despots . Temo qua 6 a possibilidadedo ditadura judiciiria , qua 6 a piordas ditaduraa . Temo exatamente isto.

O Sr. Ministro Gonsalves de Oli-veira: - 0 Congresso pods laserwas emends constitutional , se veri-ficar qua o Supremo Tribunal nao usebare essa atribulFgo.

O Sr. Ministro Amaral Santa: -Nos usamos bern. 0 futuro usari?E gate o problems.

O Sr. Ministro Gongalves de Oli-veira: - Este Casa a composts deeminentes juizes com nomeafio apro-vada pelo Senado Federal. Se naouser asses pod"eras com a modera4Aoe a sabedoria qua dales se eapera, oCongresso poderA estabelecer emen-do constitucional , mudando a atribui-goo qua reservou a eats Corte. Mae,no verdade, 6 inconteatevel 6 qua nosentendemos , quando discutimos o nos-so Regimento , quo one atribuipao nosera reservada com t6da a amplitude,e, assim, estabelecemos recursos, quaneo estavam previatoe no legislasiovigente, pare o Supremo TriuunalFederal. 0 caso do mandarin do so-guranra 6 expressivo.

Sr. Presidents , partindo, portanto,deata premises, verifico qua o Regi-ment, tal qua] foi diacutido , previu,quanto A competencia do Supremo Tri-bunal Federal, julgar representayao doProcurador-Geral do Republica porinconetitucionalidade de lei on atonormativo federal on estadual. Entio,o qua julgamos aqui foi time repre-aentacio . E os embargos foram pre-viatos nos arts. 16 a 17 . Todos as-bemos qua a materia processual re-voga a legislagiio anterior , a os em-bargoa no Supremo Tribunal, todosos embargos foram previstos no Re-gimento Interco . Entio, chego a con-cluai o do men voto : a qua asses em-bargos, nio eatando previatos no Re-gimento Interco do Supremo TribunalFederal, ago incabiveis , como mostrou,no sue notivel a substanciosa susten-tagAo o eminente Ministro Victor Nu-nes, com cujo pronunciamento estoudo acbrdo, negando provimento sorecurso.

R.T.J. 45

VOTO

0 Sr. Minietro Lafayette do An-drada: - Sr. Presidents, o meuponto de vista coincide corn o doeminent. Minietro Victor Nunes, cujosfundamentoa de despacho aceito pareo meu voto, negando provimento anagravo, de ac6rdo core o pronuucia-mento dos eminentes Miniatros Evan-dro Line, Hermes Lima a Gongalvesdo Oliveira.

PROCLAMAcAODO JULGAMENTO

O Sr. Ministro Luiz Gallotti (Pro-sidente): - Des anotag6es qua fiz,verifics-se o eeguinte : Independents-mente do arguigio do inconstituciona-lidade, quo s6 foi acolhida por trigMinistros, a maioria entendeu qua oRegimento nio revogou a lei; into 6,independenternente do questio de s.%bar as o Regimento podia, on nio,rovogar a lei, decidiu-se qua nio re-vogou. Assim, a questio constitucio-nal ficou superada, segundo a uormaaempre seguida , tanto pale Cbrte Su-preme dos Estados Unidos, coma porbste Tribunal ; Sempre qua a questio

719

Proclamo, entio, a decieio nestestermos: Deu-se provimento Co. agra-vos, contra os votes dos MiuistrosEvandro Lies, Hermes Lima, Goagal-ves de Oliveira a Lafayette de An-drada.

EXTRATO DA ATA

Rp 700 - (AgR8) - SP - Rel.,Minietro Victor Nunes. Agtes. Go-virno do Estado de Sio Paulo (Adv.Miguel Reels) a Procurador-Geral doRepublica. Os agravos foram provi-doe, contra os votos doe MiniatrosEvandro Lins, Hermes Lima, Gongal-ves de Oliveira a Lafayette de An-drade. Impedido, o Sr. Ministro Ra-phael de Barros Monteiro.

Presidencia do Sr. Ministro LuizGallotti. Presentee, oe Srs. MiniatrosMoacyr Amaral Santos, ThemistoclesCavalcanti, Djaci Falcio, Eloy do Ro-cha, Aliornar Balseiro, Oewaldo Tri-gueiro, Prado Kelly, Adalicio Noguei-ra, Evandro Lino, Hermes Lima, Vic-tor Nunes, Gongalves de Oliveira eLafayette do Andrade. Ausente, jus-tificadamente, o Sr. Ministro Adauc-to Cardoso.

pods ser decidida, sent qua se de- Brasilia, 8 de novembro de 1967.Clare inconstitucionalidade , nio so - Alvaro Ferreira dos Samos, Vice-time cogitar de declarer esta. Dirstor-Geral.

RECURSO DE MANDADO DE SEGURANQA N.- 18.651 - SP

(Segundo 1urma) em. beeRelator : 0 Sr. Ministro Aliomar Baleeiro . 4cFR • 4 *9. 46.,6(

Recorrente : Construtora josh Mende . Junior S.A. Recorrida : Fazenda •doEstado do Sin Paulo.

Empreiteiros do construgoee - I - 0 impdsto do vendee quoIlse pole ser ozigido dove limtar-se as valor dos materisie fornecidoo,now tJrmos de Sumula 334.

11 - Concede-as Mandado do Segnranga pare bees fit, Ii-vrando o contribuinto do vezaci os indiretas do Fisoo, a fit docornpo i-lo a pagamento do tributo inconstitucional de Lei paulistan.° 9.546, do 23 do novembro do 1966.

AGORDAO

Vistas a relatados betes autos doRecourse do Mandado do Segurangaa.a 18.551 , do Estado de Sio Paulo,

em qua 6 recorrente Construtora JoseMendes Junior S.A. a racorrida aFazenda do Estado de Sio Paulo, do-cids o Supremo Tribunal Federal, per

720 R .T.J. 45

sue Segundo Turma, un>inimemente,dar provimento so recuno , em perte,do ac6rdo corn as notes junta.

Brasilia, 1.0 do abril de 1968. -Evandro Line a Silva, Presidente. -Aliomar Baleeiro, Relator.

RELATORIO

0 Sr. Ministro Aliornar Baleeiro: -1. A r. sentence do Juiz N6bregaSales, a f. 42, concedeu aegunnca drecorrente dentre outros , pelos seguin-tee fundementoa, qua definem bent acontrovireia.

"Construtora Jose Mendes JuniorS.A. impetrou o presents mandadodo seguranca contra ato doe senhores- Coordenador do Receita a Diretordo Departamento do Receita do Se-cretaria de Fazenda do Estado de SinPaulo, corn pedido de liminar, porquetais eutoridades vim eplicando ampla-mente o preceito do art. 24 doL. 9.546, de 23 . 11.66, regulamentadopolo art. 2.0 do D. 47.302, do5.12.66, estendendo a cobranca do im-p8sto, deeds o momenta de sue sue-penseo, pale Resoluceo n° 32, de in-cide"ncia do imp8sto s8bre transac8ess8bre a atividade do construgeo civil,ate 31 . 12.66, data do revogaceo doimp8sto de vendee a coneignac5es."..................................

"A Fazenda do Estado, insatisfeitacorn a denote , neo demorou em tirare desforra a voltou i cargo , desta vesinserindo no L. 9 . 546, cujos objetivosseo inteirarnente diversos, o capciosoart.' 24 a qua visa obrigar one em-preiteiros a construtoree pagamento doimp8sto, delta vex chamado de "vendeee consignagiies" a devido no caso dofornecimento de material a s8bre ototal des operag5es."..................................

"Ainde note caso, repete -se a mee-ma situaceo quo as deu enteriormente,nos mandados de seguranga , quo livrouas empreiteiras do imp6sto s6bre tran-sac8es a poles quaffs recorremm soJudiciirio, contra a lei em tese, emface de exigencies do fisco, quo, parecobrar o tributo inconstitucional a ile-gal, forgave a apresentageo do visto

do Diretoria do Receita, pan qualquerneg6cio, des firmes, nos recebimentosde fatues, licitaceo em concorrenciese isso em t6da a qualquer reparticeopublica, autirquica on do economiamista.

A autoridade coatora, qua 6 a mes-ma do presents mandado, sbmenteapunha o visto , quando recolhido oimp6sto, coagindo a empresa a searecolbimento, aim o qual neo podiadesenvolver sues atividades.

Ease afronta so direito dos constru-toras , de mercer livremente owe ati-videdes a qua , em ultima anilise, silodispunham de ato especial a concretede autoridade, a silo ear a necessidadedo visto em sous papiis a quo depen-dia do recolbimento do tribute."..................................

Tale razoes, quo ainde perduram,pois a autoridade continua a exigir o"visto" comprobat6rio do recolhimentodo imp6sto s8bre vendee a consigna-c6es Para as construtoms , levaram-mea conhecer o writ, Como faro agora,passando a analisar a invocada in-conetitucionalidade do art. 24 doL. 9.546-66, qua fundamenta a exi-gencia fiscal, perturbadora do liveatividade do impetrante a do outrasconstrutone.

A E.C. 18 , em sou art. 25, revogouo § 34, do art . 141, de C . F., quoreunia , pan a exigencia de qualquerimp6sto, no principios de legalidade ede anualidade, donde neo ter qualquersignificado a oposiceo so lan amentodo tributo, como foi feito pale Fazendedo Estado.

O imp8sto em cause foi criado,instituido Cu tornado efetivo, palsL. 9.546, de 23 . 11.66, a regulamen-tedo polo D. 47.302, ainda do 1966,mss de dezembro.

Ore, a E.C. 18 6 do 1 . 12.65, quan-do ainda neo existia o tal imp6sto,qua teve a one exigencia legal, desdoa vigencia do L. 9.546-66.

Portanto, incide tal tributaceo nocensure do art. 26 do E.C. 18, quon6 permits a continuidede do cobrancados tributos do competencia de Unieo,

R.T.J. 4$

Satadm an Munidpios, vigentso A datado promulgaglo daquela Emends".

"A Faaanda do Eptad0. out autint icogolpe do magia, trocou o notes doimp6eto, doclarado incoatitucional, poroutro do sou elenco, embers nos pu.times evitar quo o fats, gerador con•tinuasee o meema".

2. A f. 38-9, a recorrente fez provedo quo o Municipio de Soo Paulo todoclarou impedido de processor page,Menlo do medigoo do serviga del.pot falta do "visa" do Fasenda do Es-tado. A f. 61, Babe autuageo fiscalde outra Construtora em 28 . 12.66 potfelts do pagamento do impisto dovendee do art . 24 do L. est. 9.546aobro o total dump emproitada do as-faltamento, ism 6 , sobro ezcedente dovalor don materials empregada.

3. 0 Minietirio P6blico do SioPaulo felon i f. 64 contra a seguranga,mas Cote a saguinte ma ssive:

"A protensio fasend6ria, estribadano art . 24 do L. 9.546, deeds qualimitada an valor doe materiafs, 6 le.gitime e dove set reconhocida comotal".

4. 0 v. ac6rdio do f. 7S, unAnime,cassou a seguranga , per ineristiocia deate do autoridade tendents A apliagiodo art. 24 do L. mt. 9.546 a paleconstitucionalidade dense dispueitivo,more cote a seguinte resistive:

"Sam comprovagio do qua se eatejaexigindo do impecrente imp6eto sups.rior so permitido per lei, ou seja, ind•dbete sabre o provento do traba/ln enio spaces sabre o fornecimento domaterial, nio havia qua as atender Aimpetragio do mandado de aegu-raaga".

5. Resorts a Coatrutota, & f. 83,insistindo em quo: "A a impetranteemprisa dedicada & atividade do cone-trugio civil a obtain congineres ( docs.)especificamente inacritos como contri-buintes estaduuis do denominado im-pdeto s6bre traraagaea (docs.) com•puleAriamente ozigido pal. FazendaEstadual (docs .) sob pens do nospoder licitar em concorrencia, aioobter pegamento contratual, an a-dastter. em rapartigaes pdblieas

721

(Dl. 200), ale obtar o Hibita-ea doObras, on incrigoo nos nova litresinstituido cote o I . C.M.".

6. Pronunciou-se a Proeuradoria-Ga.ral do Rep6blica, it f. 100, peltmanutengeo do v. ac6rdeo, teas cotea seguinte reserve:

"A ezprenio "total da operasbo'•h6 quo ser entendida restritaments,sto 6, do maneira a qua o imp$stonio venba a incidir sabre o rontrotodo trabalho , nos tie-eomente s6bro "ovalor dos materials empregadue", natirma do Simala 334, tamb6m trans.crita".

Segundo ins parecer, bi pendentodo julgamento do S.T .F., mail 8kites identicoe : RMS 18 . 411, 18.412,18.438, 18.490, 18.499 , 18.514 a18.558, - o quo recomanda a removesdiets so Pleno pars uma diretriz gorel.

E o relat6rio.

i VOTO

O Sr. Miniatro Aliotrar Balsefro(Relator); - I - Ease controv6miacomegou , h6 cira do 40 anos, algumtempo depois quo a Unioo, no campodo compet6ncia concorronte , decretouo impisto do vendas morantis a voioa eagi-los dos emproiteira de edifi.clue, calculando-o sabre o valor totalde obm . Algona julgados negaram easedireito to Fieco Federal , per so trotardo contrato nominado civil . Outra oconcederom , e0tendendo quo havie,subjacente, uma vends do materials.O ml do decisbea 6 vasto (p. ex., A.J. 20/270; 52/11; 60/397; R F ,83/91; 102/94; 138/11; 106/367;105/296; 108/501 etc.).

A Unieo resolves a controvirsia poloD. 2.383, do 10 . 7.40, quo equiparou,pan Maims fisaa, & comps a vendso contrato de empreitada cote forae-cimento do materials , recaindo s6bre ovalor destes c impirto discutido. Cotea Constituigio do 1934, to Estadoseguiram a totems orientagio, cost SjoPaulo protendeu cobrar sibro o valortotal de emproitada cote o false r6tulodo implsto de transagies declaredo in-constitucional polo S.T.B. a qua oSenado suspendeu dando margem as

722 R .T.J. 45

recentes Ac6rdios de 25.6.66 naNO 691, recebida corn Repreaentagioe no RMS 16 . 512. 0 assunto, eliMs,j6 estava consegrado no S6mula 334.

II - Agora, a L. est . 9.546, de23.11 . 66, tome a cargo , decretandoo imp6sto sabre o valor total de em-preimda . 0 v. ac6rdio reconhece quao tributo e6 teve a incidir sabre osmateriais, mas nags a seguran4a, por-qua, afirme , nio exists ainda eto con-creto do autoridade fiscal exigindo oGnus o valor integral dos contratos deempreitada.

Max a autorldade neo nega am pro-p6sito de cobrar o total a nemh6 duvida de qua j6 empregou meiosde coaceo indireta, quer autuando em-preiteiros, quer negando vistos sem osqusis o contribuinte no pods exercerpraticamente a profisseo, nem recebma qua ]he 6 devido por obrac publicasis Municipio , de Vniio e do pr6priolistado . No poder6 inscrever-se iguel-mente como contribuinte do n8vo im-p8sto de circular-ao de mercadories.

Por Asses motivos , dou provimento,

didas restritives a exclusio do tributono parcels excedente do valor dos me-teriais Segundo a S6mula 334 . Solugaocontr&ria realizarla urn esbulbo, por-que o contribuinte ficaria sujeito adiscutivel repetiFao (S6mula 71).

EXTRATO DA ATA

RMS 18 . 551 - SP - Relator,Ministro Aliomar Baleeiro . Recor-ronte Construtora Jos6 Mende. JuniorS.A. (Adv . Pedro Paulo de RezendePorto). Recda . Fazenda do Estado(Adv. Djalma Negreiros Penteado).

Deciseo: Deu-se provimento, emparts . Ausente, ocasionalmente, o Se-nhor Ministro Adaucto Cardoso.

PresidSncia do Sr. Ministro Evan-dro Lins a Silva . Presentee a sessaaos Sn. Ministros Adalicio Nogueira,Aliomar Beleeiro, Themistocles Caval-canti e o Dr. Oscar Correia Pine,Procured or-Geral do Republica, subs-tituto . Ausente, ocasionalmente, o Se-nhor Ministro Adaucto Cardoso.

m parts, pare conceder a seguranca Brasilia , 1.o de abril de 1968.

limitada a cessageo des aludidas me- Guy Milton Lang, Secreturio.

HABEAS CORPUS H' 44.307 - GB

(Terceira Turma)

Relator: 0 Sr. Ministro Victor Nunes Leal.

iin, , X32,,k- /9.6..6

Pacientes : Lindolfo Rodrigues Coelho, Maurilio Avelino do Oliveira • WanderCampos.

Homicidio cometido por civic convocados a prestar servico AIRf6rgas polictais qua partieiparans do rerolucio de 1964. Condenagiiopats Justiga Mititar, cilia compet6ncia Mrs decidida polo S.T.A.(HC 42.324). Apesar do oonflito partial attire 8sse iulgado do S.T.F.e a daciaio posterior do S.TMi a oonclusio d6ste 6ltimo tamb6m wfundara em outrae conddera9Ses de fat., o qua ezclui a nulidad."guide ns impetregio.

AC6RDAO

Vistos, relatados a discutidos Satesautos, acordam os Ministros do Su-premo Tribunal Federal, em sessiopleniria, no conformidade do ate dojulgamento a des notes taquigrificas,per maioria de votes, indeferir a or-down.

Brasilia 21 de junho do 1967. -Luis Gallotti, Presidente . - VictorNunes Leal, Relator.

RELATORIO

0 Sr. Ministro Victor Nunes: -Tratare de processo por )gmicidio atentative do homicidio , fatos ocorridos

R,.T.J•44

aqa Geverpador Valadecaa (MG), am1.4.64.

0 Supremo Tribunal, anteriormente,HC 42.324 (16.9.65), R.TJ. 35/63,decidiu quo a competincia pate &seproceuo we do Justice Militar. Adociseo foi tomada por cinco votoscontra tree. O fundamento prevale.cento foi quo os acusados , emboracivis, tinbam sido convocados polo Co-mandente do Policia Militar de Govor-nador Valadares, quo recebere ordemem tal santido, do Comando Revoln-cion6rio estadual. Ease convoaglo ne ofora regular, do ponto do vista das leismilivaret,, contudo, pelas.circunetinciaeem quo ale we realisou, no contexto doagio revolucion6ria , aqueles dvin soencontravem cob ordene militates.

Como alegavam a eaatencia do umaordem eipecifiea do capture das vi-times, em aujo cumprimeeto se deram

- m lams objsto do processo , o Tribunaldecidiu quo a compatincla em do Jus-tiga Militar

Para a trig votos vencidos, dosSrs. Ministros Hermes Lima, LuisGatlotti a Evandro Line, memo admi-tide a convocagio, quo fora atestadapolo General Luis Carlos Guides epolo Comandante de Policia, sou efeltosilo eerie o de colocar us pacientes,dvie, sob a juridigpo militar. Ellstertam lido convocados Pam servir AP6i1cia Militar, quo dsasmpeaha fort.t On do pollis civil; Mtn, aim, a quoterm sido poste A disposigio do os-msmdo milimr do Revolugio.

Prosssguiu a ac" penal pomnta 0Consslho Eiztraordin6rio de 4! RagiioMilner, de Juis do Fora, e m pacientssforam absolvidos pale escurtlve doart. 29, III, do C. Pen. Militar, poleo come teris sido romotido no eatritocumprrmsnto do diver legal. A de-aido foi mmada pm malaria. 0 Au-ditor foi um dos dole votoo vencidos.. Manifestado rectuso do Minist6ro

P4llico, o Superior Tribunal Militarden-the provimento . condenando as pa-ctentes , polo art. 181 , it 2.0, TV, doC. Pen. Milner, c/c as arts. Iq e'20, a 17 ones do reduslo , em ratio'do homiddio , na pewee de due, dasvithaas, e do tentative do homiddlocontra a terceira.

.723

Em face "us julgomanto, a Doa-ter Licurgo Lsite Filbo requar opresents babe;, corpus, susteotandoquo house desreepeito , per party doSuperior TribunalMilitar, a anteriordecisao do Supremo Tribunal. 0 des-respeito consistiria em haver o Tri-bunal Militar, no fundamentagio doac6rdeo, afirmado quo niio houvo con-vocagao milimr, a quo os pacientesNo so achavam sob onions militates,nem tiaham reabido ordem mlitarpare a pritia doe etas referidoe. Nom6ximo, tenant racebido ordem dopolicis, a o ac6rdiio rejoice meemo risebip6tese, dendo effete A prove tea.temunhal do qua files pr6prioe, comaoutros fazendeiros do regibo , se heviamoferecido A autoridade policial, Peruausiliar as capture . do elsmsntos snb-versivos , na regiio de Governador Va-adares . Eau regilo, Eomo as gibe,tinba side palco, niohavie muito tem-po, de: pertutbac5ee rolacionadas coina propaganda do reforms egriria.

Hivendo - dig b impstrante -one dontrodicao, nee, pods aubsistir oac6rdiio do Tribunal Militar . Em con-wgiinda, formula urns alternative.

Se os fatos, come, deddiu o TribunalMilitar, nee, reaultaram do cmnprl-menm do odens militaru, on anuna-du do queen aativeass sob juriadiclomilitar, ocrime aio eerie militar. maceomuat. Nbo se poderia, ®tbo, splicero C6digo Panel Militate a JusticeMilitar seria incompetents , cabiado ajulgamwrto A Jnetiga comma

Nio hi, contudo, um, psdido formalde nulidads do acbrdio por incom-petincis do Justice Militar.. porque. nopedido anterior (HC 42 .324), o m6-prix impstrante . 6 quo havia paitaadoa compote cia daquela Justice

0 arguments . adma aumarado. foldesanvolvldo pain denionstrar, am nr1-meiro lugar , a ofenee . do TribunalMilitar so noun julgodo ; em seaundo,a contradidio visceral do deciejo dojustice Militar, poll o sou racioe(ejateria do conduit r. ldgicemante. 60 r'e-conbecimsnto da one IncompMincis.

Conclul o impetrante polo prow-leneie da decieeo eboolut6ria.

Soliditei o parader do Proeurglor-Garai do Repfiblla,. pmqus este he-

724 R .T.J. 45

bees corpus envolve, a rigor, umpedido de natureza reciemet6ria, coma alegagio do desrespeito a julgedodo Supremo Tribunal . S. Excia. opi-nou polo indeferimento do ordem, for-mulando, afinal, Bate raciocicio: as oTribunal reconhecer a contradigio ebeen essim que as acusedoe procederamno cumprimento de ordens militates.a solugio nio poderia ser o prevaleci-mento do decisio absolut6ria do Con-selho de Justice, mais a anulagio doac6rdio do Tribunal Militar, pare Befazer outro julgamento, nos thrmos emqua se encontrava o processo, em facedo anterior decisio do Supremo Tri-bunal.

E o relat6rio.

COMPLEMENTO AO RELATORIO

0 Sr. Ministro Victor Names:ContrLriamente aos mans habitos, to-rei de procedor a leitura de algumaspages do processo, parst que o Tribunalposse fazer o necenirio confronto.

An julgar o 1W 42.324 , o Tribunalteve em vista dais documentos. 0primeiro, emanado do Tenente-CoronalPaulo Reis, Comandante do PoliciaMilitar do Governador Veladares,assim dixia:

"O Tenente-Corunel Paulo Reis de-clare quo, no qualidade de DelegedoEspecial do Policia de cidade do Go-vemador Valadaree , Estado do MinasGerais, devido a false do elementosno Destacamneto Policial , convocouexpressamente, dentce outros, no din

1.4.64, no Srs . Montilla Avelino doOliveira, Lindolpho Rodrigues Coelhoe Wander Campos, todos reservistes,durance a revolugio, pare presteremaervigos localisando a interceptandoelementos comunistas a subvereivos, econduzindo-os 3 Delegacia , em virtudedo "estado de guerre" em qua Be en-controva o Eatedo do Mines Gerais,alias expressamense declarado PaloEstrin. Sr. General Olimpio MourgoFilho, Comandente da CO R.M., acujo comando foi incorporada a Po-licia Militar do Estedo de Minas Ge-rais.

Lavras, em 9 do main de 1965. -a) Paulo Reis, Tenente-Coronet".

O segundo documento, subscrito poloGeneral Carlos Luiz Guedes , mencio-nova qua, por ordem do Comando Re-volucionario. foi autorizada a PoliciaMilitar ( de comego, secretamente, edepots de deflagrada a ravoluggo, domodo ostensivo ) a convocar os ale-memos civic qua julgasse necess4rio:

"Face so determinado no officio doreferancia , informe a V. Excia.:

Deade o die 28.3.64, tondo emvista a neceseidade do conter com it

totalidade do trope do PMMG , solici-tei, reservadamante , so Coronel JoseGeraldo do Oliveira a reuniio dotodos as sous elementos destacados emmissio policial.,

Como conseg4encia, am todos osmunicipios do Mims Gerais, aspoliclais militares deveriem ter subs-titufdos por civic armados, do prefe-re"acia com armas ngo empregadas emoperegfes do guerre.

A 31 de margo asst ordem so tornouostensive , sendo tamb4m aborto o vo-luntariado pars organizagio do bate-lh6es patri6ticos, com a recomendagiode conseguir a remiio do maior n4-mom possivel, a fin de fazer face auma Into em qua Mims, havendo to-mado a iniciativa, poderia tar docombater s6zinha.

Posteriormente, noise mesma data,o General Olimpio Mourgo Filho, Can.de 4.a RM , confirmou t8das asses or-done, inclusive oficializando , comp per-tencentes so grupamento do f&rgas Bobman comando, as tropes e e area doGovemador Valadares ( Ordem doOpemgues n? 1, de 310.300).

Citada cidade, como foco de egitaggo,deeds muito tempo era objeto de cuida-dos especiais . Pam comanda-le, dire-tamente, foi investido do emplospoderes o Cmt. do &0 B I, Cal.Paulo Reis a designada , pale mesmaordem de operagees, como subgmpa-menm late.

Coube.lhe, consegventemente, a mis-sio do executer, no Zone sob soucomando, as medides ordenadas paretodo o Estedo; no taco em analiso -particularmente:

725

Convocar no malo civil on ataneatages.julgaa sacen6rios pan suhetituira trope, j6 mobilizeds."

Dix o documento , em outra paasa.gam:

Nice pod. wfrer contatagio, cones.g6Setemente, quo poisons convocadaes credenciada polo memo Col. PauloRail, to achavam am missio plane-wants justificada polo movimentorevolucionIrio."

O vow do maioria, naquale hoboescoypu4 bsseou-se nesses dole documen-we. A malaria divergiu quanto soantido a w alcancs des mama do-cumonta.

Formande no malaria, obsorvou oSr. Ministro Pedro Chaves:

"Dionts doses informagies, echoquo o paeiente atria is ordeal desautoridadas militares, enercendo ti-pleetents um aw Polieia Militar.Room taotando prdkter ems des pas-son indlradaa coma rssponsivde peltagitagio flioeomunsita em GovemadorValdes. E justamente contra anagkgio fllocomunista 6 quo as levw-tove a revolucio."

8m mom vow, .aim me aapreaei:

"0 caw 6 poculiarissimo. Foi noeumprimento do ordens militares, betaou mal cumprida (iseo no intervalsno L momento), no cumprimww domiaio recebida do autoridade mllitar,coin objetivos militara, quo o crimea"

Do Sr. Minietro Oongalves do Oil-veim An Sans palvra:

"Taro qua nice sari jurfdico sub•master as padertes it Justice comum,am face des cireunstAncias sm quo ocrime, a daswrolon."

Fimimwte, o Sr. Ministro VileRea:

"Qovemador Valadara wmou-se,pale circ mstgncias, Bede des opera-9 es military do revolugio. Ali, um

ttlhio do policl do Mina Geraisseparate urn ataque do pouch do Es-plAto Santo, a so transformou Hume4ordadelra prase do guerre. T6dss asmedidas militate. foram tamedes. Polomonde time des vitimas, Carla Olt

Ctntba Permits, we tide Como chafeconrmista, a nova out operagio doqueue . U. ac6rdo win a informalio,o caw tomou -a muter 0 dove warJulgado pole Justice Mflitar."

Vejamos, agora, as vows do minoria.

Diane o Sr, Ministro Luis Gallotti:

"0 qua bouve foi o seguinte: assoldados do Polida Militar quo an-vam em fungio de policia civil tiveramordem do a incorporar I trope mobi-I ads a foram wbstituidos par civic.Estee nio foram incorporados d trope.".

O Sr. Ministro Evandro Lina:.

"On, no caw, nice earn policieisSlits res.: exam civic quo estevarn nodesempenbo de funsio eminentemantecivil."

O Sr. Ministro Marron Limo:

"Assim, nenhum ato praticaram asautoridada revolucionirias, convocandoroaarvistas pan integrar a trope re-gular. A autorizagio quo houve foi parsconvocar, no mein civil, elomenta wsquais we stribuiu miaio policial."

Em tab throws 6 qua a sitcom adiverg6ncia, no Julgamento do HC42.324, polo Supremo Tribunal.

Agora, peso vgnia pan in partsdo scbrdw do Superior Tribunal Mrliter, quo 6 um peace longo. Nibso relatam on antecedents do processo,quo comecaram em Govarnador Vale-dares, pois a Auditoria MiUnr aceitaraa compet8ncia do Justice comum. Co-motto o ac6rdio pequeno equivoco, somoncionar quo, no conflito do Jurisdi-gio entiio suscitado, o Supremo TH.bunal Federal havia decidido polocompetincia do Justiga camum. Nwbout iseo . Suscitado o conflito poloJule do Governador Valadares, quoaustontava one competencia , a Audi.tors Militar a reconbecou ; em nsiodine reconhecimento , o Supremo Tri-bunal julgou projudinda o confliw,sew ter afirmado quo a competinciaf6ae do Justice comum (CJ 3.019,31.5.65). Na maim. ocasiio,, man-doa-se autoar acmo habeas coypu umapetigio apcamniada pelw mterasdoe.

726 R.T.J. 45

O Sr. Ministro Evandro Lino: -A competencia do Justice Militar foireconhecida par ease habeas corpus?

O Sr. Ministro Victor Nurses (Re-lator): - Em julgamento posterior,no habeas corpus em qua fore trans-formada aquele peticio.

O Sr. Ministro Evandro Lins: -AS foram as proprios . pacientes quaimpetraram,

O Sr. Ministro Victor Nurses (Re-lator): - Sim, como je foi escla•rocido. Estou, agora , ratificando umpormenor do relat6rio do TribunalMilitar, porque, no referido conflito,o Supremo Tribunal nio chegou aconcluir pale compet6ncia de Justicecomum.

Prosseguindo no resumq o julgadodo Tribunal Militar menciona, a se-guir, a denfrncia apresentada poloPromotor Militar, em consegifencia donoose decisio no HE 42.324. Analisa,em seguide , a prove a deduz, do depoi-mento dos pr6prios pacientes, qua ocrime foi cometido corn a agravante dadissimulaSio. Voltarei ainda a 'fistsponto, porque o ac6rdio, mail adiantenele insistiu.

A seguir, diz o ac6rdtio:

"Essas confissoes" ( referindo-se aosdepoimentos dos acusados), "par iisbs, seriam suficientes pare demonistrara injustificabilidade dos crimes, aquiapurados , cos todos as requintes defrieze, jb porque no havia motivopare a eliminagio demss vidas, js par-qua, quanda fosse edmissfvel o interroses no prisio de Wilson" ( qua ficougravemente feride), "ease prisio niofora solicitada nem determinada cornrefacio a Otfivio a Augusta, quo infe•lizmente tombaram mortos , porque

- eras o pai e o irmio do Wilson.D"essa relato evidencia-se qua as acusa-dos no estavam convocados, nodia 1.4.64, nem receberam determi-napio pas efetuar prisoes, do quernquer qua fosse . 0 qua resultou pro-vado, segundo confessam as propriosacusados, 6 qua grande n6mem dofazendeiros foram oferecer-so eo Dale-gado de Polfcia pare prender seas

adversdrios, tondo as acusados escolhi-dos Wilson pare essa repres6lia. Neroestavem, portanto, no desempenho domissio militar alguma, nom . comp talpoderia set considerada a anuencia doDelegado so desejo doe fazendetrosde prender agitedores a comunistes.De outro lado , peles declaracoes dosacusados, so evidencia qua, como acen-tuado pales testemunhas , as vitimas,despreocupadamente , aguerdavam emsou lips quo as acusados dales as apro-ximassem. Dal, haver o acusado Wan-der ter conseguido deeligar a chat/do jipe des vitimas, qua s6 nesse oce-siio we, denim conta de qua a inteniiodos ecusados era criminate."

Ponderou o ac6rdio , anteriormente,quo urn doe tres componentes doequips do capture era amigo des vi.times e, per isso , conseguiram glee isaproximar do jip quo tinha o motorem funcionamsntd Um dales deeligou• chave, a nesse momenta foi dadse ord•m do prisio. E a ease epis6di•qua as refers o ac6rdio, no passagesqua acabo de let . Prossigo no leituta(f. 14):

"Completamente desarmados pro-curatam deixar o veiculo em quo atencontravam, recebendo , entio, palescastes , as disperos qua as tres acusadosrealization . Ease procedimento quo parsi e6 j6 define a personalidade dosecusados tots compridamente provado,tambbm, pelos depoimentos de D. Zal-fa do Lima Soares a de D. EunicePereira do Silva . 0 comportamentodos acusados no tern justificative.Vitoriosa a Revolugio , ofereceram-a•so Delegado , pare prender 09 64112111adversirios , aqueles quo teriam lncor-rido no sua odiosidade . Os autos deonoticia de qua as fazendeiros am Go-vernador Valadares tiveram mod"pare . odiar crrms elementos quo, inte-grados nas c6lebres reformas do base,buscavam atentar contra sues proprie-dades , Todavia, nio lhes we lfcitevitorioso o Movimento Revolucion&rio,dense situagio prevalecer-se, parsexercitar reprefilias . E as buscavamcooperar cos a poifcia , pars deterelementoe conaideredos agitadores •comunistas, nio podiem tirar a vide.

R.T.J: 45

some war n, a pretS:M do peadora pans vsada, do dues pews abso-lutamente inbantes do rude : OtIvio •Augusta, rapectivamente, psi a irmiodo" Wilson . As proves nio autoriamo reconhecimento do justificative, pro-state no art . 29, III do C. Pen.Militar, lembroda polo doutor promo-tor susbtituto, tanto nss alegafbesacrita, comp no julgamento a notr zhes do apelaSbo. Mosmo admitin-do-ee quo a , acusados tsriam recebidoordene, o quo nio ocorrou , pare pron-der comunistas e, determinadsmente,o ofsndido Wilson, nio •etava no cum-primento do dever legal , pare mere-csrom isengio do pens, so matarsm,sem qualquer ragio do vitimas, ojovm Augusto Scary a sou Pat Ot6vioScary • t•ntaram contra a vide dom ncionado Wilson. Mater porque anvitimas fugiam e no scuydos supu-nhem quo as mamas iriam entrincheirarw, evidentemouto, nio 6fundameato pare o r•conhecimouto do.qualm justificative . Aindo quo Wilsonhouvase integrado o movimento d•reformas d• base, ainda quo f6se to-munista, nao so justifiaria o pro-codimento dos acasdos. S. crimesbouvesa Wilson cametido , pod aria res-ponder sop processos respective, mss,an sofror a pens capital , como pre-tandism co acusados e, pior do quoloon, tevi-Ie a climber sea psi a sonirmio , aponao porque o acompanbe-vsm. Entende a Tribunal qua as ac',sa-dos cometeram as crime de homicidioqualificado , comp ml definido poloart. 181, " 8 2", Inc . IV, porque in-questionivelmoute agirem mediantedisslmulasio • do modo qua As vitiatesatornou impossivel qualquer defae."

Fialmente, o ac6rdio resume, amsea consideanda, a tnat6rim anterior-mente analisada . Em dois dales, maimBe expraaa:

"Considerendo quo nio to encontra-vam son nenhuma sftw4bo mititar,quoudo pratiiarem as ac5es delituosasquo anfosseram , porque nio recebe-rem ordens military a quando muitoteriam side solicitada a preotarcaoperagio a um delegsdo do poll-cis" (...);

"COW4dRY0do q" sip houvo ooe-voagio do civis, pave intagar asf6rsas revolutionaries, s ado corm quoas acuada nenhuma detsrmina4io domilitary revolucioniria recebernqcomo j(k ficou demonetrado. ..".

Como so vi, o Tribunal Militar fixurns sirie do considerag6em, afirmandoquo nio houve convoasio militar oquo nio houve ordem pare prouderquslquer des dues pens assassinsdaame tiveseo havido ordem em tel aentido,aerie apenas pars prouder Wilson, quoficou bride gravemente . Nio abbe,portanto, a ezcusativa do art. 29, III,do C. Pan. Militsr.

Complementando o relat6rio, passa proferu meu voto.

SUSTENTAcAO DR PARECER

0 Sr. Procurador-Gera t do RepublicaHaroldo Valladio : = A Pracuradorh-Gerol do RopAblia dou partner, quoo eminente Relator, resumiu, semi'nando ow fundaments do laborcorpus, mostrando quo so train do con-denaSio definitive a moetrando tem-hem o problems dos relaFSes entre Gemjulgamento a "quite outro, do SupremeTribunal quanto A competincia. Na..anterior, h6 um voto do aminanm Mi-nistro Victor Nun", dizendo:

"Fob no cumprimento do orders mi-limres , be on mal cumpridas (issonio interests no momenta ), no oum-primento de tai sio raabids doautoridade militar, cote objetivos mi-ltiares, quo o crime ocorrou."

O Superior Tribunal Militar oza-minando ea parts, d _csdiu above=title de fate, incabivol nomrocurso.

Reporto-me so parecor do Procurado-rio-Geral dodo nos autos.

VOTO

0 Sr. Mfnfetro Victor Nmse (ab-lator): - 0 ac6rd-ao do Super%MTribunal Militar, data venia, 6 contrr-dit6rio. Rests amber to ens contradisbb6 de Sal monm quo o invlide.

O acbrdio parts do premises do =inter hevido oonvousao militar do civi,nom term as pacisnme , quo sip civiss

728 R.T.J. 45

recebido qualquer ardent militar porocasiao do crime; no obstante leap,condenou eases civis polo art. 181,

2.°, inc. IV, do C. Pen. Militar,combinado corn ee sans arts. 19 a 20(tentative de bomicidio a bomicidioqualificados).

Entretanto, em face daquela pro-misse, o crime nio serie militar, nioso poderia splicer o C. Pen . Militar,nom competente aerie a Justice, Mi-liter.

Sam dfivida, o Superior TribunalMilitar estava no contingencia de jul-gar o proceeso , em grau de apelagio,porque o Supremo Tribunal afirmou acompetencia do Justice Militar (HC42.324). Mas, se equals Corte estavajungide an nosso julgamento, pare osefeitos do aceitar am pr6pria com-petAncia a splicer so caso a legislagiopenal militar , porque a Ale neo esteriaigualmente vinculada pare o efeito doconsiderar os acusados em sitwgioequipar4vel i militar, em virtude dosue convocagio - irregular, tern dfi-

vide, mat efetiva - pare servir sob ocomando local do revolugio , quo erachefiada , no Estado a no pals, paroficeie-genemis do Ex6rcito?

Este tinba sido a premises neceesA-ria do deciaio do Supremo Tribunal,e fazie corpo corn a am concluseo polocompetAncia de Justice Militar. Porqua estaria o Tribunal Militer via-culado it concluseo a neo it premises,sent a qual a conclusio nio as ezpli-earla.

E, portanto, patents a contradigaoaqui assinalada . Do tal modo ela seevidencia no ac6rdio impugnado, quasou emineute Relator, so mencionara decisio do Supremo Tribunal, trans-craven diversos trechos des nossasnotes taquigrifices , mas dos votos ven-

cidos, a neo dos vencedores.Carte on errada a noose decis-ao an-

terior, as votos vencedores a quo afundamentavam . Se o Tribunal Mi-liter se baseou not votoo vencidos --aUm de outros elementos dos autos -pare concluir qua neo houve convo-cacao a qua as pacientes no as ache-van, sob ordens miltares, tomou tromprezio de decidir precisamente aquelasquo neo prevaleceram no Supremo

Tribunal. Tendo admitido as funda-mentoe dos votos vencidos e, an mesmotempo, a conclusio do nosso julga-mento pale competAncia do JusticeMilitar, ficou manifesto a contradigeu.

Name parts, portanto, am virtudede contredigeo apontada , he conflitoentre o julgado do Supremo Tribunale o do Superior Tribunal Militar.

Cumpre ezaminar, agora , be easeconflito stings o ac6rdeo do TribunalMilitar no am integridade , on so hinele outras consiideragoes , qua possemfundamentar one concluseo , sent entrarem choque com o nosao julgamentoanterior.

Parece-me quo aim, porque nadadecidimos s6bre as circunstAncies es-pecificas em quo as passaram os fatosde quo sip acuaados os pacientes. De-cidimos sobre a sitnagio em quo filesso encontravam , par ocesiio do crime,isto A, sobre am situagio do civisconvocados , no contexto revolucionfirio,parr servir indiretemente sob o co-mando de fArce militar federal. De-cidimos quo files "tavern, so tempo,sob ordens militates, mas neo quotivessem produzido a morte de duespeasoas a tentedo contre a vide dooutra no cumprimento de urns ordemmilitar especifica.

Reconheoeu a maioria do SupremoTribunal, no julgamento anterior, eem face de documentageo qua not foitrazida ( inclusive atestados do Co-mandante local do Pol 'cia Militar ede urn dos cornandantes des f8rcesfederais rebeladas , o General CarlosLuis Goad" ), qua Also, Lando sidoconvocados pot ardent do comandorevolucionfirio em Minas Gerais tive-rem por miseio auailiar no capture doelementos considerados subversivos.Entretento, sobre as condicAes espe-cificas em clue as deram as fetes objetodo denfincia , inclusive o pormenor doqua nio haveria ordern pare prouderdoes des vitimas , justamente as quaperderem a vida, sobre nenhuma des-too circunstencias particulates Be ma-nifeetou o Supremo Tribunal, pois neoestivamos julgando a cause , mes tio-sdmente o problems de qual seria ajustiga competente pare julge-le.

RLT.J. 45

Como o Tribaasl Milker salsa meeompotincis , a splicou so saw a !e-gialsgio penal militer, nio descumpritro noeso julisdo, quo concluiu polemama forme.

Cortamente, o Tribunal Militar, nosue fundamenmtio, foi al6m do nsas-sirio, quando teceu consideracose quoas cbocem corn oz fundamentos dodecisea do Supremo Tribunal; mas,independentemente dessas consiiders-ccbes, poderia Ole ter chegado i memoconclusio, reformando a sentence doConselbo Ertreordinlrio de 4.a RegiioMiter. E quo, so docidirmos palecompatincia do Justice Militar, demodo nenhum afirmamee quo os pa-d antes agiram "no ost ito cumprimentodo diver legal" quo iii a azeasativaadotada pale decisio do primeiri ins-tincia (C. Pen. Militar, art. 220, III).

No voto quo, so tempo , prefer!, ficonlow been clam , pole assim mepressed

:

a0 caw 6 peculiarfsdmo. Pot noeumprimento de ordens militeres. beanon mall cumprides ( isw tile intereeane moments ), no -cumprimento dominis reeebida do autoridads miESr,corn objetivo. militares, quo o crime',,,mu. 11

Dlr-so-6 qua, do qualquer modo, ocontradicio do Tribunal Militar sub-sist., porgw We recuwu , espres-aemente, a alternative do ezcesso naeseacio des ordens recobidan. Easeobjecio , a men ver, nio procederla.Acertuou o Tribunal Militer quo fo-ram trrs as vltimes : no hip6towe maimfivorivel, quo aqutls Tribunal admitiuad ar)lrenrsntordren, haveria ordempan a capture do urns doles, quo f1cougravemente folds, rose vii havers talordem, nets mamo do carita pollcisl,em Macao i prisio des dues vitiatesquo vlorsm a feloeer.

Eats considerscio afasta n Dacha donulidade do ac6rdaq por dearapolto isaw decisio , porque o Supremo Tri-bunal, nio tondo analisdo mibdamentea prove, nia deacon so seems do taleporenesmrss . New lee cable so Sn-psemo Tribswl , no apreeiagio do com-pednela, maw Julio do *fie peed.Ye, cote entsnts o irapetlsnts, a jee-

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tic. Militar spreclou sal as proves, aeventual coro7io cabs an pr6prio Su-perior Tribunal Militar, polos meleeadequados, a nio so Supremo Tri-bunal, am instincia do habeas corpus.

Pelee naotivos espostos, do acdrdocorn o paracer do Procuradoria-Geral,indefiro o pedido.

ADITAMENTO AO VOTO

0 Sr. Ministro Victor Notice (Re-lator): - A men ver, o ac6rdio doJustice Militar tam urns parts vhlida,quo nio entry em choquo corn a notesdecisio, a outra parts quo corn ale soconflits, clans a manifestaments.

Muds quo o Superior Tribunal Mi-liter tines admitldo t6das as pre-miers do anterior Julgamento doSupremo Tribunal, poderia, sands.aim, ter chogado, per squelas outrasconsidencoes , i mama conclusio, re-cusando a eacusativa do otrito cum-primento do dower legal. Podsris,talva, to concluldo quo houve ox-caw, ma. Este 6 outro problems, doexams do prove, quo .gore nio no.cabs, apreclar.

O Ilugtm relator no Tribunal Mi itarimproodonou -w, fundaments, corn ancirnmstIncia am quo so den o crime,s tradusiu - at6 corn veemSncia -"to sus conviccio no sc6rdao quo II4em parts, so Tribunal. Movido poras impressio , elm foi lovado a funds-menter o ecdrdio corn toda a argu-mentos qua the parecerem v6lidoa,inclusive contrarlando , em parts, a de-ciseo do Supremo Tribunal.

Mae, repito, minds quo 64 tiveeaaaito, integralmsnte a decisio do Su-premo Tribunal, podads to chegadoso mesmo raeultado, poles outra con-sidesc69s quo adusiu.

O Sr. Minietro Goncaleea de Ofivef-re: - Ele contrarian as promisee.

O Sr. Ministro Victor Norms (Re-lator): - Entendo quo, conVarhsndoas prevoissae, contrarian , do oirto coo-de, a noes. docisio. Be a fundamen-tecio do ac6rdio do Tribunal Militartivsow fialb results A sue prisrsirepars, 6le nio poderia sr spliced* •

730 R .T.J. 45

C6digo Penal Militar. Mae Ale aceitousue competincia , em cuatprimento donossa decisio.

O Sr. Ministro Evendro Lim: -Maa nao podia deixar de aceitar. Meaplicou a decisio do Tribunal.

O Sr. Ministro Victor Nunn (Re-lator): - A men ver, certemente,nao podia deixar, tanto a noses con-clusio como as premissas. Mas fegoesta observagio suplementar: mesmoqua Ale tivesse concordedo integral-mente corn o Supremo Tribunal, po-deria entender, como entendeu, quanio hone orders pare prender duesdas vitimas , mas apenas a terceira. Asimples verificageo ( materia de pro-ve) do nao ter havido orders pareprender dues das vitimas , peen orderspoliciel, nem orders militar, poderialevi-lo a concluir pale inexistincia doexcusativa do estrito cumprimento dodever legal . Por isso, entendo qua, sohouve Arro do Tribunal Militar naapreciagio do orders, as Ale porventuraas deizou impressionar pale veeminciado vote do Relator, a propria JusticeMilitar 6 qua compete, Palos meiosadequados , fazer a corregio , a nao anSupremo Tribunal.

VOTO

O Sr. Ministro Adaucto Cardow: -Sr. Presidente, segundo pude depre-ender do lucido relatorio feito poloeminente Ministro Victor Nunes, o Su.promo Tribunal Federal reconheceu asfatos fundamentals de convocagio a doexerc (cio de fungiio militar pelos pa-cientes . E nao cornprometeu see Pon-to-de-vista sabre pormenores do prove,cujo exame competia a Justiga Militar.

O Sr. Ministro Victor Nunes (Re-lator): - So assize nao fosse, teriamosdodo o habeas corpus per felts. dejuste cause.

O Sr. Ministro Adaucto Cardoso: -Assim, % qua se dove concluir, segundoo eminente Relator, 6 qua o SuperiorTribunal Militar exerceu o poder ju-riedicional qua the foi atribuido por"to Corte a aplicou o C6digo PenalMilitar.

Tambem, como o eminente Relator,admito qua tenhe havido excesw noexercicio desaa fungio militar pars quoforam convocados os pacientes. Ism,porem, no mixirno , sere materia panrevisio pale Justiga Militar, qua 6 acompetente.

Indefiro o pedido.

VOTO

0 Sr. Mini sire Djaci Faicao: -Eaton de inteiro ecdrdo corn o emi-nente Relator, tendo em considersgio,como been resseltou S. Excia ., quo oSupremo Tribunal Federal limitou-sea dizer do competincia em face descircunstincias qua ocorriam , a vista dodois documentoe . Quanto a apreciagiado scum ou desscirto do ilicito penalimputado ace pacientes, a materia 6do estrita competincia de Justice Mi-liter.

VOTO

O Sr. Ministro Aliomar Baleeiro: -Urn esciarecimento , Sr. President.,pare o quo pogo vinia on eminenteRelator: - o acordio quo S . Excia.leu consigns quo files nao eatavam de-beixo de ordem militar.

O Sr. Ministro Victor Nunee (Re-lator): - Afirmao peremptLriamente.

O Sr. Ministro Alienar Ba/eeiro: -Ries amen urns espicie de livres ati-radores, partigieni.

O Sr. Ministro Victor Nunes (Re-lator): - 0 acordio die quo o fatedo se tereen oferecido voluntariamentepars ease capture excluiria a Win doconvocacio . Nit, me parece qua ooferecimento exclua a convocacio. Osvoluntarios , nume guerm, p . ex., des-de quo aceitos , nao tarn situagio in-ferior a dos convocados. Was oacerdio exclui a convocagio corn tentsAnfase qua use tambem dequele ar-gumento.

O Sr. Ministro Aiioaer "sake:- Sr. Presidente , estou numa dGvidamuito grander, por arse rezeo nao quotadiscutir os criterios do Tribunal Mi-liter, inclusive sabre materia do pro-ves: tivemos , hi poucos dies, asSegundo Purina - o eminent* Minis-

R:T.J. AS'.:

tro Mallow Nolueira leabta-ea -,.toes moo .m quo ma jovon des deaoitosnos oaesava em fronts do on quartel• reeolvau trogar a sentinla. Bataficou imtada . Do aoenhi. tornou apasser. A nits, ji a sentinels reinatva d• service. mas. no hors dopacer. o mesmo soldado quo no a-tava do servigo, substituiu a sentinelse mandou parer o carro. 0 moninonao obedeceu . Entio, eta atirou a fe-riu grevemente a omoplata do jovem.O Tribunal Mititar deu habeas cor-pus, alegando ma escusa do atritocumprimato do deva legal. Acreditoqua nenhum oficial mandou ether noonjovem dearmado , quo ateva, conformso Tribunal declarou em seu ac6rdio,."am brinadeira leviam."

S8bre ease miss de orders militares,sum periodo como este , de excesso documprimmta dais, acbo qua he umaeontradicio , um dofeito l6gico no ac6rdio: - 6 o defeito a quo o ilustreAdvogado ainda he pouco so referiu.

Na d6vida, Sr. Presidents, condo• ordem , span.' pan o efelto do ono-hr o julgemento

VOTO

O Sr. Mirvstro Evandro Lim: -Ful voto vencido , no habeas corpusqua daloau a compet6ncia de JustigaComum pars a Justice Militar. Adaispo do Supremo Tribunal havia doerr eumprida, uio podium pnvaleara some vencida como decisio dataC8rte. 0 Relator do feito no TribunalMilitar preferiu seguir a correnn mi-noritiris do Supremo Tribunal, netoolaideng3ea s8bre a competbncia doJustiga Para o julgammto do procaso.Mae essa considerac5es , evidente-ments, no invalidaram a pr6pria do-cisio porque, em frltima aneliee, oTribunal Mllitar julgou do ac8rdo coona Lei Penal Militar, comb determinouo Supremo Tribunal.

O Sr. Mini afro Aliomar Balsetro:- Ma contatando toda a praeo-postos lbgica.

O Sn Minidro Brads Lin: -Win mataetau . Na raiidsds, jolgos,

ft.

cumpriu a dedwa do Supremo Tri-bunal, embon o rektot tivase felt*consideragoes impertinentes.

O Sr. Miniedo Slices Bahairo. -Nao ate fundamentada.

0 Sr. Ministro Evaadro Lira: -Tais consideragba an tits nanhumarasio do ser. Podom set criticas dos-propositedas, mao a realidede a quo oTribunal cusapriu a docisio • efetuouo julgamento dos pacienta.

Foi a primeira vas quo assisti plei-tar-se, rum ceso des, naturela, quoa Justice Milner julgasse acusada dobomicidio, so inves do serem ales nor-me,mente submetidos a julgamonmPalo Tribunal do Jfiri.

A meu ver, coon a devida vino, ncoonpetancia era do Tribunal do JeriMob, nests altura, nao so podscontrsriar a dacisio tornado Palo Su-premo Tribunal Federal , a pedido despr6prios psetenta.

O maio a nest" de. fats, soberana-meot. decidids Palo Superior TribunalMtlitar. Be a patieMa comideraminjusta a decisio aodenatbria, tim orecurso adequado , do r+visio, perantso pr6prio Tribunal Militar. Nao 6 ohabeas corpus a via idWna pan corri-gir os alegada defsitos do ac6rdioimpugnado.

Acompanho o eminente Mtm.troR4 .tor.

O Sr. Miniatro Adaffcio Nodneira:- B quo o acbrdio do Tribunal Su-perior Militar 6, evidentemetna, coo-tradit6rio . As concluo&s anti. amdesacirdo coon an premiss..

O Sr. Mirdstre E4andro Lin:As contredig3a nio imports= no muminveelidade, porque se cumpriu aquiloquo o Supremo Tribunal determinou.O relst6rio do ac6rdio no SuperiorTribunal Militar far urn critic. A descisio do Supremo , crftim dsearrasoads,como demonstrou o eminente SenborMinistro Relator, . mere, isso, evidencemore, nio invalids a conclusao con-denat¢ria.

Cow a devide vista , aampanho aeminent. Sr. Miabtro Relator.

732 R .T.J. 45

DECISAO

Como consta do ate , a dedsio foia seguinte : Indeferido, contra os votosdos Ministros Aliomar Beleeiro e Ada-licio Nogueira.

Presid8ncia do Exmo. Sr . MinistroLuis Gallotti . Relator, o F.xnro. Se-nbor Ministro Victor Nunes . Tomeramparts no julgamento os Ezmos. Se-nbores Ministros Adaucto Cardoso,Djaci Falciio , Eloy do Roche , Aliomar

0

HABEAS CORPUS N.° 45.317 -

(Tereeira Turma)

Relator: 0 Sr. Ministro Eloy do Roche.

Paciente : Ronaldo Roseiro di Fazio.

Baleeiro, Adalicio Nogueim, EvandroLins, Hermes Lime, Victor Nunes,Gon$alves de Oliveira, Cindido Mottoe Lafayette do Andrade. Licenciado,o Exxon. Sr . Ministro Prado Kelly.Ausente, justificadamente, os Excelen-tissimos Srs. Ministros Osweldo Tri-gueiro a Hahnemann Guimariee.

Brasilia, 21 de junho de 1967. -

Alvaro Ferreira dos Santos, Vice-Dire-

tor-Geral.

RI

trn. IS,/.2°6.6PAS.

Classif/cacio, we sentensa do prondncia, do crime do honriddiocome doloso, polo reconhecuranto do dole eventual - Aplicafiodo art. 408 do C. Pr. Pent - Ince surdvel o oouvendpMnto doezist6ncia do crime, a qua chegou o juis, em face das proves, nioE de at deforfda a ordem, pare o finr do desclassifloar a imputacaodo homicfdio doloso, pare culposo e, oonsaquentemente, subtrair aoTribunal do JGri o julgamento, qua, por preceito oongtituceinnal,the compete.

AC6RDAO

Vistos, etc.

Acordam os Ministros do SupremoTribunal Federal, em Terceira Turma,por maioria de votos , indeferir a or-der de habeas corpus, no conformi-dada doe notes taquigrificas.

Brasilia, 3 de maio de 1968. -Gon{alves de Oliveira , Presidents. -Eloy do Roche, Relator.

RELAT6RIO

O Sr. Ministro Eloy do Roche: -Sr. Presidents , Jorge Rodrigues dosSantos impetra habeas corpus, em fa-vor de Ronaldo Ribeiro di Fazio.

O patients a outros foram pronun-clados pelo Dr. Juiz de Direito doComarca de Barra do Pirei, Estadodo Rio de Janeiro, como incuraos nosarts. 121 a 137 , par£grafo 6nico, doC. Pen., combinado, corn o art. 51.

Houve recurso estrito e o Conselho doJustice the deu provimento , em parts,pare impronunciar no co-r8us e man-ter a pronfincia do paciente, como in-curso no art. 121 do C. Panel. Asentenia e o ac6rdio admitiram aexist8ncla do dolo eventual.

Alega o impetrante quo nio se ca-racterimu o dolo eventual a quo oecbrdio descreveu um fato culposo.Ocorreu, no ato praticado polo paci-ento erro de fato. 0 impetrate cite,de inicio, ac6rdio do Supremo Tri-bunal Federal, s6bre a consideracio deprove em habeas corpus. Transcreve afundamentario do deciaio do Consethode Justiga:

No entanto, relativamente soacusado Ronaldo Roseiro di Fazio heprove de quo praticou o delito dehomicidio simples, como incurso nosancio do art. 121. Atirou contravIrias pessoas, de dentro de uma ca-mioneta, 9 atingiu mortalmente a

R.T.J 1 789

Ana. "Ainda 4uando a svento "ma-,tell the teaha side prdpriamena,abraagido polo "intsncio do agents",man lets wumiu c risen de produt3-Io, a bomicidlo 6dolour", comp socks-race, a Esposicio de Motives. Embalmo agents nio quiso se o rosultado, asu-mis o risen do produsi-lo, o quo cla-sifica o delito como doloso, es vi doinc. I, do art. 15, do C. Penal. 0dolo eventual ficou germanado so dolodireito . S. stirou pare mater ou nio,on pare amedrontar, assumiu o rieco doresultado do sou ato. Dove, portanto,responder por urn crime doloso con-soante a tarto legal. $ o dolo eventualplemamente squiparado so dolo direto,coma esclereci a jurisprudincia reman-soa aesae sontld&'.

A petiggo critics oat decisio •eeonelui:

A veneranda decisio basoaao,data rapoctu, em urns forma simplistsdo dolo, qomo so pare o nosso CbdigoPanel fbae Me, tao-s6mente, "querer oresultado" on "assumir o risco do pro-dusi-lo", dando, inclusive, a eats6ltima aspresslo signifioado morementegramatical.Pam quo Baja o dole , fa-se mister,

em prlndipio, a concorrincia de trioelemenms, a saber: a vontede cons-cients a livre, a intengio e o resultado.

It a pr6prte declslo do Tribunal, adgoons, quo reaalta : "Emborn o agent.rdo gdsaaa o rasultado, asumsiu oriaoo do produsi-lo". Esti, down, forma,recenheoide que nio bouve dole, por-qua gets e,6 exists guands bi vontadea o agents represents na sin mente oresultade , conforms salm o eminentomeals Nelson B:ungria , in Cans so C.Pert., vol . I, p. 286: "Dole 6, so mss-mo tempo, repraaeetsgie a vonad.".

Esclerecs, ainda, o venersndo sc6r-..dio: "Be atirou pea mater an nio,eu pare smdronter, asamin a nice doresultado do son ato".

Ore, pare a etistincla do dolo even.tnal 6 nsees.6rio quo o agents anointconsolentsmena , o deco do prodmirdete minado rasnkade , quo, no rsso,series a marts do vitima.

Ruts polo diapers fdtor Vein pecf-snt* nio 6 dolo, 6 aSpa . Corn isao, nio

assumin o risen do mater a vitims,quaado mwto tens aasumido o nasaldo disparo , jamais, possumdo arimaanocanii.

Alum do mass, quer no papa aeuaa-t6ria do digno representante do Ml-nist6rio P6blico, quer as antenca dopronpocia proferida polo Dr. isle aquo, quer pelt veneranda decieio pro-latada Palo Tribunal ; ad quint, coca-tata-se quo o grupo onde we encontravao patients foi, reiteradamenta , paraa-guido polo grupo de jovens do Barrado Piral, antrando am diacussio acalo-reds, proferiram palavra insultuosas,trocaram tapes, elguna dentro docarnioneta (orde as encontrava o pa-cioute) a untrue do )ado de fors, anhi prove, do quo oa do Vassoura(grupo do patients) tabam aido dodentro do vetculo embora, 6 intuitivo,tivesam revidado a insultos.Aabu, 6 de oar invocado o 6rro do

fato, conaoento as circunstiucraa quaanvolverem as acontecimentos.

Como a vi, a decisio do eg. Con-eelbo do Justiga do Poder Judiciiriodo $atado do Rio de Janeiro descreveum fatal culpeso , s, no entanto, o an-quadre em diaposigoa quo so conflitamcc= a am pr6pria narrative.

Concedendo a presents ordain, puso fim do, reformado o v. ac6rdeo,seja a infragio penal atribuida sopatients capitulada em am formaatlpose, ter6 o Eocelso Suprenw Tri-bunal Federal praticado ato do Justicee Direito".

0 pedido 6 inatruido corn eertidaesde den6ncia , do laudo do exame doarms de f6go, do sentence do primeirainatincia a do ac6rdao do Conselhodo Justice.

As inforntacoeo prestades polo amd-nente Devembargador Presidents doeg. Tribunal do Justice do Rio doJaneiro coasistirsm na remotest de c&pia daquele ac6rdio.

E a relat6rio.

VOTO

0 Sr. Miniatro Eloy do Rod.. (Re-lator): - Sr. Presidents, o impetrwteimpugns , no pedido . de babsso carpus,a asetenga do pronSicia. Do acbsdo

734 R .T.J. 4S

am o art. 408 do C. Pr. Pen., noprocesso dos crimes do compet6ncia doJfiri, "as o juiz so convener do esis-t6ncia do crime a de indicios de quao r6u seja o seu autor , pronunci&-Io-d,dando on motives de sou convenci-mento". 0 dispositivo legal foi aplica-do, tanto pelo juiz, quanto polo ac6rdiodo Conselho de Justice , qua, em re-cuno estrito, reezeminou a pronuncia.On motives do convencimento forameapostos , largamonte , nas dues ins-tSncias.

Nio so trata , equi, de condenecgo,mss, s6mente, do pronfincia , pare su-jeitar o r6u so J4ri. Nio serie possivel.an habeas corpus, ample revisgo dosentence de pronfincia, pare eubtrair ofate so Jfiri, qua, pole Constituicio, 6competente pare o julgamento doscrimes dolosoe contra a vida.

Sustenta o impetrante qua nio asconfigurou dole . 0 jurs e o Tribunalconcluiram qua houve dolo eventual,porque o patients, cos a eua acgo,assumiu o risco de produsir o resultado- C. Pen ., art. 15, I,do C. Penal.

A questio s6bre se houve, on nio,dolo, no pods set aprecieda em ha-beas corpus, cos a seems amplitudecomo o foi no sentence do pronfincia.Em case an&logo , por mim roiatadono Turma, a em quo' tamb6m as pre-tendeu discutir, em habeas corpus, aezistencia de dolo eventual, a ordemdo habeas corpus foi denegada, pervotacgo ungnime - HC 44. 053, do5.5.67.

Indefiro o pedido.

VISTA

0 Sr. Mirustro Gonsalves do Oll-veira: - Peso vista dos autos.

EXTRATO DA ATA

HC 45.317 - RJ - Relator, Mi-nistro Eloy do Roche. Impte. JorgeRodrigues dos Santos. Pte. RonaldoRoseiro di Fazio.

Decisgo : Depois do veto do Relator,negando a ordem, patio vista o Mi-nistro Presidente.

Presidfincia do Sr. Ministro Gon-calves de Oliveira . Presentes on Se-

nhores Ministroe Hennes Lima, Eloydo Roche, Thompson Flores e oDr, Oscar Correia Pine, Procurador-Geral do Repfiblica, substituto. -Ausente, justificadamente, o Sr. Mi-nistro Amoral Santos.

Brasilia, 5 de abril do 1968. -Guy Milton Lang, Secret4rio de Tur.-

VOTO

0 Sr. Ministro Gonsalves de 011-veira: - Vou pedir licence ao emi-nente Ministro Eloy de Roche paredissentir do son douto vote ' a concedera ordem.

Eaton em qua o paciente nio doveser submetido a Jfiri, men a julgamentsparents o juizo criminal.

A Constituicio reservou so lulga-menm do Tribunal do J4ri "os crimesdolosoe contra a vide" . Fats a CartaMagna maie enfirticamente do qua alegislecio ordinIrie - "crimes dolosoecontra a vide" so inv6s de "crimescontra a vida" do Titulo I, Capitol*I, do C6digo Penal.

Assim, quando a L. 263 din aft docompetSncia do Tribunal do Jfiri ecrime do art. 121 do C6digo Penal,"mater algu6m" h6 de ter em vista,ago o dole de reaultado, tons o doloofetivo, "quando o agents quer efe-tivamente o resultado", nio quando usecase de dolo eventual, "quando o agen-ts assume o risco do produzi-lo".

Certo o legislador constituinte nistomou partido nee disputes doutrini-rias s6bre dolo, para ficar submetidob lei ordiniria , de hierarquia inferior,mas, coma instrumento politico, o quaqua a Constituisgo foi sujeitar i com-pet6ncia do Jfiri to crimes de homici-dio, a saber, o agents quo mateintencionalmente a um son semelhante.A Constituicio 6 lei pare o povo. Na;pods se intrometer a ngo se intrometeem twee aced6micas , discusaSes onto-l6gicas . 0 quo o povo entende per"crimes dolows contra a vide" 6 ocrime do morte . Aseim, "meter al-gu6m" 6 assassinar determinada pes-we. Fors dal ser6 perder-se noembrenhado do teorias.

0 none C6digo Penal, 6 carte, de-fine o crime doloso "quando o agents

E-.T.J.'%

mink o resulted* an assamiu a deco doproduai-lo".

Poda.ae-i acaso esigir quo o Jfirido noses pobres comatose discs pobre• grando pals responds , coo eatidio,o quesito s6bre w o r6u quis o ra-eultado, on, maim dificil ainda , assumiuo risco do pmdusi-lo? Praticou o r6uo crime de perigo?

0 Cedigo Civil raramsnte define.Omnis dofinido periwdoso W. Nio sopods amarrar os principles , dando-lhoatagoria do ordom legislative. Soriamolhor qua o C6digo nio definiese odolo, deiando a questio aborts soarejamento do doutrina.

Vejs a hip6ts.e . Um grupo do ra-pesse, dontro do urns amlonota, brigsam outro grupo. Rivalidadee do ra-pesw. Inaulto pare ci, insulto pareIt. Quando o grupo is embers, dedentro do vsiculo sal um tiro qua foiatingir a urns passoa absolutamente ae-tranha so conflito. Me as means opatients do procurer mater qualquerdoe component.m dos rapanada adver-earia.

Foram os cinco components. do a-mioneta processados per crime de rise• do mono . 0 Tribunal absolve atodos, menos o patients.

"De inicio, 6 do an lamemar a fatesdo quo amtoo autos die noticia. Jovesde families oonceituadae , qu.r do Van-stores, quer do Earn do Pirai , algunsmanors., s.tio envolvida em "entn-seco", culminado ® homicidlo. Sonia fern o even fetal, on fame net.reds no proeesso silo teriam morecidodestaqua Todavle , 6 prsciso pM c&bra a sera rusgn, qua tanto recrimi-n em o comportamento do terms mogul,qua tim nom. pan solar o respomabi.lidado no solo do sociedads am quovivam . Quo tail aoonwcimentos niomaw. as repitam, pan tranquiiidade egiudio do dean cidadas, cujo alto go.barite int lectual 6 incontwte . D.poisdo must aniliso minucior , serves eIntonate, do prove produzide no venuedos autos , chega.a. i conclus'so doquo silo ati configondo o delito dorim. Embora o C6digo silo define ocrime do ria, vanes encmhar a se,dm nitio as "Esposicio d. Motives":

735

46 o late corporal antra Arias pee-wee". J6 no projem Alcintan Machadoamuses definido comp "a Into am quar wvolvam maim do dons pemoes". Enom Anais de La Contotjncia do Do..ssnbergadore, p. 266, decidiu-se,un*nimemente: - "Rise 6 o conflitogeneraliaado, quo surge do improvise,am pelvic concerto, entry trios ou marspossums, agindo coda qua] doe contan-doses por cents a riscs pr6prios".Dentro do direito bresileiro, at seek oconceits do rise , nio interear on an-tore, alienigenas . Rapazu do Barrado Pirai a do Vassouras entraram emdiscuwio ealorade, proferiram pals-vros inmultuomas, troaram tapes, algunsdentro de amioneta a outra do ludodo fen ; nio hl prove do quo on doVapours tenham aside do dentro dovolculo , embora , 6 intuitive , tlveesemrevidado a insults . Nio houv. Intocorporal entry as dois gropes a nioes dou pr6priamente , urn conflito gene-rallasdo. Rouvm prIvio concerto, poisos jovons do Earn pereeguiram on doVawoures . A confusio so otabol.ceuintro doss gropes carts , agindo todoscoo um objetivo comma, coda con-tends nio aglu per ants m nscopr6pris . Aaim, nio an pods enqua-del-lo w infngilo penal setabeleeidano art . 137, do diploma penal. Elmper qua o Conselho to dwpronunciou,Lando i vista prove ts.temunhal pro-dusids, isentando-oe do responwbilidadepanel, dodo qua an silo sractsrleouo crime qua lhs 6 imputado."

Mae, o ac6rdaao• resolveu pronunciaro paciente a submet&lo a Jfirl:

"No sutanto, r.Ltivamente so acuwdo Roesldo Roseiro Di Faaio hi provedo qua preticou o delito do homieidiosimple,, come incurmo no sangiio doart. 121 do C . Pawl. Attrou contraviriae possums, de dentro do camimota,s atingle smortalments a vitime . "Aindaquando o evento "mortal" silo tenhaside prapriammnts, abrangido pole "in-tengbo" do agents, ma. est. "swain oales do produsi-lo, o homicidio 6 do.low"; comp esclaroce a Bzposigio doMotivoo". Embsa o agents nio qui-awm o resultado, anumlu o risen doprodunl-lo, o quo alrifica o ds&to

736 R .T.J. 45

come doloeo, es vi do inc. I, do art 15,do C. Penal . 0 dolo eventual ficougermanado an dole direto. Se atiroupare mater on no, ou pare amen-drontar, aasumiu o nice do resultadodo aeu eta. Dave, portanto, responderpor um crime doloso consoente o textolegal. E o dolo eventual plenamenteequipamdo no dole direto, comp es-clarece a jurisprudencia remensosanesse sentido . Pare set reconhecida alegitima defesa, as few em quo asoncontra o processo, era preciso quaale se epresentasse extreme de dfividese qua sous requisitos estivessem cum-pridamente provados, a quo nio own-tem. Assim, a Tribunal do Jfiri irfidecidir do aorta do acusedo."

Como so ve, o acbrdio 6 expressoem quo o agents nio quis a resultedo,a morto do quern quer - "embers oagents silo quisesss o resultado..."

No entanto, sin a pronfincia porqueteria assumido o risco do produxi-lo,"o qua clessifica o delito come doloeo",die o arento are impugnado.

Mae, so o crime fosse doloso, todosas cinco componentes do grupo seriamco-r6us.

E Pale a ac6rd-ao em "dole even-tual", germanado no "dole direto"."So atirou pare motor on nio, die oecbrdao, on para amedrontar , continueo acordio, assumiu o risco do resultadode seu atoll.

Muito quo bem. Muito quo bempare as juristas a magistrados. Men,so juiz leigo, a pobre juredo do inte-rior pode-se 16 propor semelhantequestio pare ser reepondida corn co-nhecimento de cause?

O reu Be f6r condenado, porn Babeporque a foil 0 Jfiri, de income forma,nio entendeu been e, Swim , Como con-denar?

O direito, coma escreveu Planlol, nixvivo de abstraciien, rues, forma-se noreelidade palpitante do vide.Nio podemos, do alto do Supremo

Tribunal, permitir qua se submetarntais quest6es puramento tecnicas no

corpo de jurados, no conselbo de sen-

tenca den novas pobres comarcas.Eatio, o carte sett retirarmos eases

cases de aberratio lotus de comps-tencia do Jfiri.

Crimes dolman contra a vide serialentio, an crimes de morte, em quoo acusado quis a de fate metou do-terminada passes.

O nasso Cbdigo, do resto, sage cons-ciincia par parts do r6u de produzir amorte.

Corn efeito , an Exposicio de Motivoecom quo a Ministro Campos explicouas disposic6es do Cbdigo Penal, valendocome urns interpretacio autentic a dotexto, 14-se onto passagem, a prop6sitodo dale eventual: "E inegivel qua ar-riscar-se conscientemente a produxirum evento vale tanto quanta queri-lo" (Exposicio n.° 13, explicacio doart. 15).

Del dicer a impetracio corn irro-cusIvel acerto : "Riaco polo disperofeito nio 6 dolo, 6 culpa . Corn ismnio assumiu o riaco de mater a vitima,quando muito tens assumido o riscodo disparo, jamais , possuindo, animasnecandi.

O preprio ac6rdeo o assinalou:"Embers a agents nio quisesse o re-sultedo..."

Algum Jfiri reeponderI, acaso, quo -a reu agiu dolosamente . 0 conceitoqua a povo tem do dole 6 diverso doquo o tem as tratadistas a doutrina-dores . E a Tribunal do Jfiri, expressiodo soberania popular, dove ficar es-tranbo . a eases debates doutrinIriosPara a povo, se o acusado nio quismeter a vitima silo procedeu comdole.

O Jfiri todos as dias essim respondsPacifica, sisterahticamente , a base quasito.

Serb teimosie dos academicos, dosdoutrinadores querer aubmeter Assescases ao Tribunal do JOn. 0 corpodo jurados , sistemeticamente , 6 not6rio,cam grande conhecimento tecnico, re-jeita o quesito on quesitos do dole.On, com maior senso de justica, nagso pr6prio quesito do autorie.

Isso 6 fato quotidiano , jamais alto-redo, do comportamento do conselhode sentence, no resposta eon quesitos.

Nio sejemos mail realistes do quao rei, e a rei, aqua, 6 o Jfiri.

Vote, polo exposto , concedendo a

ordem pare anular a sentence de pro-

nfincia, a fim de set o reu processado

R.T.J. 45

• julgado parents o juiso criminal,polo Juiz do Direito do comarca, compfor de Justice a do direito , polo, amreal verdade, nao foi ale autor do"crime doloso contra a vida", come, 0entende a Constituicao , It faits espo-cialmente pare o povo, quo tern dodole, conceito barn explicito , sempreapartado, em nosso pals, dos te6ricos edoutrinedores.

Concedo a ordem, tel cnmo foi im-petrada.

CONPIRMAC,AO DE VOTO

O Sr. Ministro Eioy do Roche (Re•later): - Sr. Presidents , o voto doV. Excia . tocou em ponto quo onnio havia considerado.

Trata -se de habeas corpus impetradocontra a pronuncia . Pronunciedo porcrime doloso contra a vide, declarada.Palo sentence, a existincia do doloeventual, nao so conformou o patientss interp6s tecurso estrito. 0 Conselhodo Justice, so julgar o recurso, reco-nheceu o dolo eventual, no forms doart. 15, I, do C. Pen., porque, emboranio tiveose querido o resultado , o agen-ts assumiu o risco do produsi-lo.

Na pronfincia, o juis, do ac6rdo camo art . 408 do C. Pr. Pan., convencidodo existincia do crime a do indicioado qua o riu aeja o seu autor, devmandfi-lo a Juri. Nao pods subtrair soJuri o julgamento qua, polo art. 150,

18, do Constituisio , the compete.A conceituacao do dolo eventual,

come, V. Excia . assinalou , nao 6, am-pro, ficil . Para o pr6prio juiz togado,hi, muitas vizee, dificuldade em dis-tinguir o dole, eventual , do simplesculpa, mormante quando o am initiali licito. V. Excia . acentuou a difi.culdade quo as pods apres•ntar parsa Juri, em apreciar so houver, on nao,dolo eventual . Entondo, contudo, quenio we pods, por ass azio , retirar doJuri o julgamento de crime doloso con-tra a vide.

Quando n Conatituiceo dispoe quo"aao mantides a instituicao s a soba-mania do Jfiri, quo tors compet8nciano julgamento doe crimes dolosos con-tra a vida ", refere-se so crime dolosoquo a conceltua no dir ito positive

737

brasilairo. Oro, nenhuma dfivida hido quo as diz doloso o crime, "quandoo-agents quis o resultado, on assummo rieco do produsi-lo" - art. 15, I-.Conforms o voto do V. Excia., nosegundo forms de dole,, isto 6, quandoo agents , nao rondo querido o resultado,apenas assumiu o risco do produzi-lo,o julgamento nao ari do JOri. Pare-ce-me qua eaa interprotareo de normsconstitucional nao se harmonies corn osistema legal brasileiro.

O Sr. Ministro Gonca/vs do Oli-veira (Presidents): - Mas a Cons-tituicao fica acime des leis ordinirtas.Ela nao as subordina is leis ordinirias.

O Sr. Ministro Eioy do Roche (Re-lator): .- Evidentemente . Mac, quan-do a Constituicao se refers a "crimedoloso contra a vida", sup6e o sistemalegal brasileiro . 0 conceito do crimedoloso 6 o dess• eistema,

O Sr. Ministro Annual Santos: -Eu gostaria do lembrar a hip6te a doum choler qua, em plena Avenida SinJoao, em Sao Paulo, aiase a t6davelocidade corn sou carro a matasaalgu6m . E crime doloso'?

O Sr. Ministro Eioy do Roche (Re.lator): - Em tal hip6teae , conformsas circunstincias, poderi discutir-as8bre a o agents assumiu o risco doproduzir o resultado. Mai, naa hip6-tea, sera extremaments dificil o re-canhecimento do dolo, so invis ' desculpa.

No case dos autos, nao adoto sentendimento quo importaria em retirarde compet8ncia do Juri o julgamentodo crime doloso contra a vide , quandoo dolo Mass eventual, data venia doeminsnte Ministro Gonsalves do Oli-veira, cuja experibncia a espirito dojustica, al6m de sue culture juridica,tenbo out alto coats.

O Sr. Ministro Gongaives do Oli-voira ( Presidents): - V. Excia.tanto me sensibil sa.

o Sr. Ministro Eloy do Roche (Re-lator): - V. Excia. revels , corn fro-quIncia, quo, scions do regra formais,procure alcancar o quo as lhs augursdo justlca . Mae, aom a devida vista,

738 R .T.J. 45

receio qua, no especie, acolhido o votodo V. Excia., as vulnera a Consn-tuicio, em lugar do cumpri-la. Se aConstituicio atribui, ao J6ri, a nio sojuiz o julgamento dos crimes dolososcontra a vida, nio as poderfi loserdistincio, segundo a modalidede de do-do. Nio as treta de discussio doutri-neria, mas de pure aplicecio do normsdo direito positive.

Hi uma ponderacio fundamental,qua me lave a negar o habeas corpus,confortado Palo orientacio de V. Ex-celencia, em mais de urn caso : cuida-sede habeas corpus contra a pron(tncia.O Supremo Tribunal Federal nio podstransformer-se em terceira instincie,em relacio so despacho do pron6ncia.O juiz profere o despacho de pron6n-cia, de quo he recurso, no sentidoestrito . Em grau de recurso, o Tri-bunal exemina se Ale dove, ou nio,ser submetido so J6ri. Esti terminadaa fase de pron6ncia . Por via do he-bees corpus, nio pods pretender o pa-ciente reexame do pron6ncia, qua jieofreu a revisio de segunda instincia.Nio so a natureza do despacho depron6ncia indite a limitagio de seureexame, como, tambem, o fato doo juiz da pron6ncia diaper de elemen-toe qua , no habeas corpus, nio esteoi mio dos julgadores, especialmente,pare deslinde de questio come, a pre-sents . Assim, decidiu seta Turma, noHC 44.053 - R.T.J. 44/192-199. Nocam dos autos , o Supremo Tribunaltern em vista, exclusivemente, duespecas: a sentence de primeira instin-cia e o acbrdio qua a confirmou, jiro-nunciando o peciente como autor dehomicidio doloso.

Data venia do vote de V. Excia.,Sr. Presidents, mentenho o meu, de-denegando o habeas corpus. 0 reu,submetido so Tribunal do J6ri, ter&oportunidade de sustentar qua nab hou-ve dole eventual.

VOTO

0 Sr. Ministro Thompson Flores: -Sr. Presidente, estou de acordo como eminente Ministro Eloy do Roche,embora o brilhantismo do veto de V.Excie ., qua, de recto, refletiu sobre

muitas coisas qua an, como Presidentsdo Tribunal do Juri, por mais de dosanon, hauri.

O J6ri, realmente, em dificuldadeenorme em responder so questionarioquando a tese 6 como esaa qua scabsde ser focada, qual seja, a do doloeventual caracterizado polo risco as-sumido pelo agents (art. 15, item 1,do C. Penal). Exige por isso, do Pre-sidente do Tribunal do Juri, desvelomuito grande pare caracterizar hem oqua e o dole direto a o qua 6 o doleeventual, porque as quesitos vio earpropostos , realmente, sobre esses ques-toes,

No entento, Sr. Presidents , tats as-pectos nio me impressionam no me-mento atual , porque estamos no fasedo pron6ncia, pois, a ensejo pare quao J6ri, com equals tolerencia habitualdos brasileiros , com equals bondede,corn equele espirito de melhor compre-ensio dos fatos do vida , posse operar,se assim o entender, a desclassificacioqua o eminente Presidents, desde ji,operou.

Diz-se qua no Brasil equele qua me-ta, porque a julgedo pales juredos,recebe tratornento mais suave do quao qua fare gravemente , a ate mesmoo qua meta por culpa.

O Sr. Ministro Goncelves do Oli-veira ( Presidents): - Mas, no caseconcreto , quando o J6ri nege o dole,o julgamento continua , porem nio 6pelo J6ri, aim, pelo juiz de Direito.Este fase toda a qua procurei afestar,corn o vote qua acabei de ler.

O Sr. Ministro Thompson Flores:- Tenho qua o veto de V. Excia.tern um contetdo de forte sensibilida-de. O qua me dificulta atingir a con-clusio qua V. Excia., atingiu, sio osdois aspectos selientados pelo SenhorMinistro Eloy de Roche . De maneiraqua so pudesse subtrair - eats aerieo men desejo - do julgamento doJ6ri as crimes dolosos, contra a vida,eu subtrairia, porque echo qua o juizjulge com mais sabedorie e, tombem,tern me'hor senso de justice , so pessuqua o Tribunal do J6ri e. de ume ox-ceasiva liberalidede . Use do sabedoria

R.T.J. 45

qua The assegura a Constituigio, porvexes muitos arbitr6riamente, absolven-do em excesso . Este, a experiincia quocolhi.

Assim, cram a venia de V. Excia.,acompanho o eminente Ministro Elovde Roche.

Se o Juri quiser absolver, ale o fare,como repetidamente tem feito, negandoate a morte.

VOTO

O Sr. Ministro Hermes Lima: -Sr. Presidents , pogo licenge aos emi-nent" Ministros pare acompanhar ovoto de V. Excia.

Entendo, como V. Excie. acentuou,qua o juiz , no caso, em qua so tretado apuragdo de uma figure delituosa,complete ou obscure nos resultados quodale so podem tirar , cite melhor quall-ficado pare o julgamento . E mess:em geral, a experifincia demonstra quoo juiz julga cam mais severidade doqua o Juri comum, como referiu oeminente Ministro Thompson Flores.

O Sr. Ministro Amaral Santos: -Pego licenga pare urn aparte . Entio,vernal; der o habeas corpus pare quaeeja julgado cam maie severidade?Este a um argumento, pare mim, ca-pital.

O Sr. Ministro Conceives do Oli-veira ( Presidents): - Pego licengapare esclarecer : no caso, ficou afastado,no meu voto , o pronunciamento doTribunal do Juri, porque Bate o quomaie pode fazer em favor do rMu seredesculpe -lo do' crime doloso, porquequando 0 Juri nega o dolo - a a fezem todos as casos qua the ago subme-tidos, como gate, assim a em exemploseotidianos - o julgemento nem podecontinuer cam o juiz de Direito, a secontinue, fists do improivso , no Juri,profere sentenga...

O Sr. Ministro Thompson Flores: -Permita-me um aparte, eminente Mi-nistro Hermes Lima ? A minha expo-rigncia em Juri dessa natureza me lave6 seguinte conclusio: o Juri as comovecom um fato dente teor a logo no pii-meim quesito - "0 reu, an die tat,produxiu... 7"

0 J(iri nega.

739

O juiz mostra, realmente, quo equiloentry em conflito cam as informagoes,mas o Juri nega. 0 Juri quer absolvera, querendo absolver, abrevia ease si-tuagio, negando a autoria. 0 Juri mos-tra u seu desejo do restituir aliberdade porque ago pode compreeu-der, dos debates, qual a situagio, enthofile absolve. Lie nega, sempre, o pri-meiro quesito.

O Sr. Ministro Hermes Lima: -Hi outro aspecto qua equilibra a so-veridade do juiz: e o conhecimentomacs profundo a tecnico de questiio emqua certos espectos de.a ago melhoravaliados pelo magistrado do qua peloprbprio Juri.

Cam licenga dos eminentes Minis-trus, estou de acdrdo cam as conside-ragoea de V. Excia., Sr. Presidents,acompanhando o seu vow.

VOTO

0 Sr. Ministro Amaral Santos: -Acompanho o voto do Sr . MinistroEloy de Roche , data venia do V.Excia ., Sr. Presidents.

Entendo qua nos casos do dole even-tual devemos submeter o processo aJuri. A Constituigio fala em dolo.Nio restringe . A Lei Penal ad mitedolo direto a dolo eventual. A palavradolo, no Constituigio, abrange ambasas especies.

EXTRATO DA ATA

HC 45.317 - RJ - Relator, Mi-nistro Eloy de Roche . Impte. JorgeRudrigues dos Santos . Pte. RonaldoRosesro di Fazio.

Decisio: Negou-se a ordem contraat votos dos Ministros Presidente eHermes Lima,

Presidincia do Sr, Ministro Goo.Calves de Oliveira . Presentee 6 sessioas Srs. Ministros Hermes Lima, Eloydo Roche , Amaral Santos, ThompsonFlores a o Dr. Oscar Correia Pine,Procurador-Geral do Republica, subs-tituto.

Brasilia, 3 de main do 1968. -Guy Milton Lang, Secretirio de Tur-

740 R.T.J. 45

RECURSO EXTRAORDINARIO N' 55.641 - (I. Proc.) GB.

(Tribunal Pleno) 9yn, /o9'

t44e s-,Relator pars o acardio : 0 Sr. Ministro Evandro Line a Silva.

Recorrente : Judith Carvalho Pecego. Recorrido : Francisco Rodrigues.

Republicasio de acdrdio. Recurw extraordinario autuado equi-vocadamente quanto ao nine do recorrente a assim julgado. Repu-blicasio do acdrdao, coin a devida corresio, ante a reelamasio doparts.

AC6RDAO

Vistos, relatados a discutidos os au-tos acima identificados, acordam osMinistros do Supremo Tribunal Fe-

deral, em sessio plenaria, no confor-

midade da ate do julgamento a des

notes taquigraficas , por unanimidade

de votos, resolver determiner a repu-

blicasio do decisio, corrigida a au-

tuasio. I

Brasilia , 9 do novembro do 1966.- A. C. Lafayette de Andrade. Pre-sidente. - Evandro Line a Silva, Re-lator para o ac6rdio.

RELAT6RIO

0 Sr. Ministro Evandro Line: -Do decisio proferida polo 3.0 Grupo

de Cameras Civeis do Tribunal doJustisa do Estado de Guanabara re-correu extraordinariamente Judith Car-valho Pecego . 0 recurw foi indeferi-do, tendo havido agravo, qua foi pro-vido pela I .a Tornio, acompanhandovoto do eminente Relator. MinistroGonsalves do Oliveira.

Subindo os autos originals , a Secre-taria do Supremo Tr'''bunel Federal au-Won o recurw equivocadamente , fazen•do figurer como recorrente Mario deMagalhies Pecego, como so ve do ter-mo de Apresentesio do f. 186 a docape do processo.

Declarado impedimenta supervenien-to do Sr. Ministro Gonsalves de Oli-veira. foi o feito distribuido ao Se-ahor Ministro Pedro Chaves, permane-condo o Crro do autuasio (f. 187), eaeaim teve inicio is julgamento do

recurso, em 21.9.65 ( f. 188). 0 eml-nento relator votou pelo nio conhe-cimento' do recurso. Pedi vista dosautos a no sessio de 16 . 11.65 , profe-ri vote no aentido do conhecimento aprovimento do recurso, no quo fatacompanhado polo eminente MinlatroLutz Gallotti ( f. 194200).

O ac6rdao foi publicado no DJ.do 2.3 .66 (vide certidio do f. 204 v.).figurando no publicasio o nine doMario do Magalhies Pecego como re-corrente . Decorreu o prazo legal sominterposi4io de qualquer recurso (fa.the 204 v . ), tendo sido os autos de-volvidos ao Tribunal de origem.

Em 29.4 . 66, o recorrido ingressoucoin esta petisio , no Protocolo do Su-premo Tribunal Federal.

"Francisco Rodrigues, brasileiro, ad-vogado, residente a domiciliado no ci-dads do Rio de Jane'ro, i Rue Minis-tro Viveiros de Castro , apartamentoa.° 303 , nos autos do Recurso Extra-ordinario n? 55.641 , Primeira Turma,interposto por Judith Carvalho Pic&go, vem expor a requerer 0 aeguinte:

10, quo o suplicante , recorrido noprocesso acima no asio do reintegrasiode posse a rescisio de contrato quothe move Mario de Magalhies Pecego,de julgado proferido no Apelasio Ci-vet n.° 6.959 ( 3.° Grupo ), Guanaba-ra, recurso Cate admitido por farce doagravo do instrumento provido polodouta I .a Turma a qua foi polo supli-canto, em razees, argilida a ilegitimi-dade do parts recorrente ( Documentos1, 3, 4 0 5);

R.T.J. 45 741

20, quo on autos do recurs* deramentrada nests eg . Tribunal em 25.2.64,undo quo, a pertir denta data, paasouo suplicante , por sou procurador Dou-tor Learn Medeiros Demoro , a acom-panhar no Didrio do Justica, noticiase6bre o andamento do recurso;

3 .0, quo o edvogado do suplicantemantem assinatura de recortes do Die-rio do Justica fornecondo aquile aer-vico on Domes das porter, pars quat6das as publicac6es quo as encerreIbis sejam enviedas;

4.0, qua, opener de t6das estae vigi-lincias, foi o suplicante , no die 19 doabril do corrente ano supreendido corna existincia em we case do uma noti-ficacio, corn bore carte , do oficial dejustica do Juim do 12 ! Vera Civil,do deferimento do mandarin do reinte-gracdo de posse pare imediata deao-cupacio do apartamento em qua roai-de corn sua familia , objeto do presentsdemands ( Does . 11 a 12);

5 .0, quo estando o mandado enca-bocedo com o name do Mario do Ma-galbies Pecego, eats fato prendeu aatencio do suplicante quo sabia ter aidoJudith Carvalho Picego a recorrenteno recurso oxtraordinerio , o qua o le-vou a examiner on autos , noise par-ticular, podendo o suplicante cons-toter qua todo o julgamento proces-sou-se, orredaments , em nome de Me-rio do Magalhioi Pecego, seu marido,quo data so afastara , dude o recursodo apelacio , son defeee de toss diver-se, sendo qua o Dr. Francisco doArafijo Cunha ounce fare, ate entio,advogado de Mario do Magalhies PS-cogo a sim, de recorrente Judith Car-valho Pecego , no rocurso extreordine-rio (Doe. 2);

60, quo a reforida troca de nomvim, no processo , deeds o termo doaprosentagio de f. 186 ate 204 corna Minute a Ac6rdio publicados, tam-bem, coral o mosmo 8rro, no Mariodo Justice do 2.3.66 , publicacio setaquo aerie o main hebil do roamer oinicio do pram Pam o suplicante va-ler-so do rocurso de embargos infrin-genta do julgado, visto tar sido a de-

tisio d6ste eg . Tribunal corn o votovencido do eminence Ministro PedroChaves , digno relator (Documentos 6,7, 8, 9, a 10);

7.0, qua, por rnotivo do troca dename do recorrente, nio obteve o an-plicante comunicacio do julgado, porintermedio do escrit6rio eapecializadopare ease fim , e, memo por etc des-percebido no Dierio do Justice, dadaa falta expressa do nome do recorren-to Judith Carvalho Pecego. Sou me-rido nuns figurou nests Supremo Tri-bunal como recorrente;

8.°, qua, por tudo exposto, a estaPam requerer a V. Excia. medida re-paradora so seu direito do defesa, quafoi preterido cram o erro do publicaciono Dierio do Justice, induzindo osuplicante em erro, pedindo , por into,qua sate reparacio the seja felts, corn adevolucio do prazo pars o Recurso doembargo. Infringentes no Julgado, Pamqua Poona sinda o suplicante usar deurn direito quo the a aasegurado, qua]seja o de ple :tear a reforma do ac6rdioqua cannon um direito do suplicante, jereconhecido por dots julgadoo do Eg.Tribunal de Justice do Guanabara(Doc. 11);

9.0 Face i medida violents, a quaoite exposto o Suplicante , qual o denor, deaaposeado do apartamento abru-taments, core one familia, cam possibili-dads de reparacio do inominevel vio-lincia, a qua as irnpi e a intervenciodesse Eg . Supremo Tribunal Federal,em ratio do grave irro ocorrido ;

10, finalmente, requer a V. Excia.se digne do mender expedir officioso Tribunal de Justica de Guano-here, a firn de quo fists determine onJul" do 12.a Vera Civil a suspenaiodo execucio do V. Ac6rdio, devol-vendo-so as autos a Sees Eg . SupremoTribunal pare, no caso de sir concedidoso Suplicante a devolucio do prazo,processar-se o recurso do embargosinfringentes do julgado a seer inter-posto polo Suplicante".

0 Enron. Senhor Ministro Preaidentedespachou gone pedido : "A Secretaria".Reeordo-me quo tal peticio native em

742 R.T.J. 45

meu gab 'nete, mas fiz ver quo neo mecompetia despacha -la, a aim so relatordo feito. Passado algum tempo, vol-tou-me o aludido requerimento, tendoeu proferido, em 20-9 -66, o seguintedespacho:

"De ac6rdo com o art. 197 do Regi-mento Interco , compete so Relator dofeito, a neo so Relator pare a acdrdeo,despachar a peticeo de embargos, easefoi tambem a press qua encontrei noTribunal, a qua segui , embora me pa-reca qua as deva, oportunamente, mo-dificar a citada disposiceo regimental,no aentido do transferir pare o relator

do ac6rdao a competenc ' a pare admis-

sao dos embargos . A consideraceo doExmo. Sr. Ministro Pedro Chaves.Distrito Federal, 20 .9.66. - E.

Lins."

A f. 266, dirigiu-se o recorrido an

Exmo. Sr . Ministro Presidents, corn

esta peticeo:

"Diz Francisco Rodrigues. por seuedvogado in fine assinado, quo em29.4.66, requereu a V. Excia. the fossedevolvido o prazo pare opor embargosso acordao proferido pals antiga 1Turma no RE 55 . 641, por haver sidoint:mado do referida deciseo atravasde publicacao incorreta (a publicacao

no Dierio do Justice consignou, como

recorrente, Mario de Carvalho Pecs-

go a neo Judith Carvalho Pecego).Determinando V. Excia. qua a re-

ferida peticeo fosse presents so emi-nente Relator, houve duv!da se deve-ria ser encaminhada so Relator dofeito, eminente Ministro Pedro Cha-ves, on so Relator do ac6rdeo, emi-nente Ministro Evandro Lins a Silva.

Este 6ltimo, no r. despacho do29.9.66 , entendeu ser a competAnciado Relator do feito, eminente M!nis-tro Pedro Chaves, qua ainda neo semanifestou , por escrito, quanto so pro-blame do competencia.

Ocorre , todavia, quo S. Excia.,coma a not6rio, estfi impossibilitado.em virtude do doenca , de deapachar apeticeo quo versa materia urgente,clients, do iminencia do despejo dosuplicante.

Sendo assim, pede o requerente sedigne V. Excia . de proferir o despa-cho qua competiria so Relator do feitoou, pelo mans , de requisitar os autos

do RE 55 . 641 so Juizo do 12.' VeraCivel do Guanabara pare possibilitaro melhor exams do pretenseo do su-plicante".

O nosso preclaro Presidents determi-nou qua se requisitassem os autos eproferiu este despacho:

"Diante dos autos requisitados a fu-the 266, so Sr. Ministro EvandroLins".

Diante disso, resolvi trazer o proces-so so Tribunal , pare qua este resolves-as o incidents.

Nao he duvida qua a autuaceo dorecurso foi feita erradamente , nela fi-gurando o nome de Mario do Mage-lhaes Pecego , coma recorrente, quandodeveria figurer o nome de sue mulherJudith Carvalho Pecego.

0 nome do recorrido , poram, figu-rou certo , no autuacao a nas publics-5685. Nao s6 o nome do recorrido, mastambem o de seu advogado.

Explica-se o equivoco do Secretaria,qua neo foi perceb '. do por ocasieo dojulgamento , as fizermos um pequenohistorico do caso , tal como eats postono mou voto:

"No ford de Guanabara, Mario deMagalhees Pecego propos aceo ordinfi-ria pedindo a resciseo de urn contratode cesseo de promessa do venda doum apartamento a Francisco Rodrigues,e, cumulativamente , sua reintegraceo

no posse do imovel . Francisco Rodri-

gues, de sue vez, iniciou consignatoriade pagamento contra Mario M. Pe-cego a sua prulher . Apensados os au-tos, correram juntamente os processos,em mein so qua a ore recorrente, Dona

Judith de Carvelho Pecego , eaposa doprimeiro outor, mgressa no feito corepedido de litisconsorcio: embora neoadmitida expressamente , a represents-de, sera protesto des partes, por advo-gado proprio, no audiencia de instru-ceo a julgamento . Discords , no opor-

tunidade, do pedido do seu consorts,

R.T.J. 45

pars pleitear, nao a resci.io, me adeclaracao do nulidade piano jure doavenca, secundando-o quanto a reinte-grafio . E deu-lhe integral resin a sen-tanga do 1.a instancia , 3 f. 79, jul-gando "procedente em parts a acioordinaria movida por Mario de Ma-galhees Pecego contra Francisco Ro-drigues , por considerar sem fundamen-to juridico a rescis6ria , eis qua o con-trato 6 nulo , a deferir a reintegrat6ria,pelos fundamentos do sentence".

V.toriosa in totum, obviamente anapola a recorrente. Apelam seu ma-rido, insistindo no rescis6ria, a o sonadverserio Francisco Rodrigues. 0 6l-timo logra, entio, a reforms total desentence , julgando-se procedente a con-signat6ria a improcedentes a rescisioe a possess6ria.

Com base no voto vencido , do ilus-tre Des. Oliveira a Silva , quo nega-va provimento a ambos as recursos,Mario do Magalbies Pecego ofereceuembargo., pedindo a restauracio dosentence de 1.2 instancia.

Rejeitados no embargos , a D. Judithquern ressurge, interpondo recurs ex.traordinerio , a qua o douto Desembar-gador Oscar Ten6rio negou seguimen-to, por the parecer preclusa a materiapare a recorrente , qua nao apelara,mac, sim, o son marido".

A secretaria , em face des aches, amqua figuravam comp autores a revs,reciprocamente , Mario de MagaihieaPecego a Francisco Rodrigues, proce-deu a autuagiio, nos tirmos je es-postoe.

0 qua temos a resolver e o pedidodo f. 251-253, on seja, "a devoluciodo pram", pars o processamento do"recurso de embargos infringentes".

Neo vejo come, possamos deferir opedido. Primeiro porque a decisao doTurin. trana:tou em julgado . Segundoporque as pede praso pare a oposicaodo embargos infringentes , recurso quofoi suprimido pale Emends Constitu-cional n.e 16.

VOTO

0 Sr.. Ministro Eloy do Roche: -A primeira 'questio 6 a do saber se a

743

parts perdeu o praso pars o rentrso.A parts alega quo nio, a pedo a res-tituicao do praso, porque, na publica-cao, houve equivoco, no tocante sonome do recorrente . Naturalmente quoisso imports , ainda quo o nome certof6ase o do recortido , qua e, agora, rs-corrente . Nan as pode presumir a au-s6ncia do interesse , porque a indicaceode uma des partea saiu certa. Desdequa nurn dos nomes tenha ocorridoafro, a publicacao sere refeita , dando-se, assim, ensejo a qua a parts inter-ponha o recurso cabivel.

0 Sr. Ministro Evandro Lins: -Mas vamos facer um outro julga-mento?

O Sr. Ministro Eloy do Roche: -Neo as trata de outro julgamento, meede outra publicacao do ac6rdio, pareefeito do embargo.. Nio 6 isso?

O Sr. Ministro Victor Nunes: -O 6rro foi do publicecao do ac6rdao

on de publicaceo da pants?

O Sr. Ministro Evandro Lins: -Em nmbas.

O Sr. Mini afro Prado Kelly: -Argid-se o de autuagio.

O Sr. Ministro Eloy do Roche: -Parece-me qua se dove republicar aac6rdao, abrindo -se Is part" oportu-nidade pare no embargo.. 0 eminenteMinistro Evandro U.ns objets qua silobaveria nenhum efeito, porque, reno-vada a publicaceo, os embargo@ naomais caberiam. Mas, reaberto a era-so. a parts interpose embargo.. Hoje,ale pods, perfeitamente, interpor em-bargos de divergencia.

O Sr. Ministro Prado Kelly: -Ate de declaracao.

O Sr. Ministro Soy do Roche: -Entendo qua sera o caso do stenderso pedido, para mandar qua se reface apubl'.caceo . 0 cabimento , on nao, doembargos a problema quo, depois, orelator examiner& . Em consegaenciado defeito no publicaceo , nee se podsrecusar tenha havido prejuizo parsuma des panes, seneo pars ambss.

744 R.T.J. 45

O Sr. Ministro Evandro Lino: -Compreendo perfeitamente to altosprop6sitos de V. Excia. Mao o qua te-mos aqui a quo, realmente, he umnome qua saiu errado no publicagio.Entretanto, publicada ease deciaio,transcorreram os des dies para inter-posigio do embargos.

O Sr. Ministro Eloy do Roche: -Mas, irregularmente publicada.

O Sr. Ministro Evandro Lina; -Mas, se tivesse vindo dentro dos dezdies ... Essa decisio transitou em jul-gado.

O Sr. Ministro Eloy da Roche: -Este Tribunal tern anulado decisi es dotribunals locals por defeito dessa na-tureza, na publ:cagio . Nio podemosfazer liberalidade. com sacrificio do in-teresse des partes. Nao so cuida disso,naturalmente , mes de nio recusarpresungio do prejuizo , resultants dodefeito no publicagio, relativamettaso nome de urna des part".

O Sr. Ministro Prado Kelly: --Consinta V. Excia. Eu preferiria ou-tro caminho . A parts pede a rsstitui-giodo prazo, pare embargar . In, emverdade, opor embargos infringentes?Se entende quo nio passou em julga-do a decisio , em face do nulidade depublicagio, so entende isso, podeacudir com os embargos qua couberem,inclusive os do divergencia, e, entio,o relator tare do considers-los, pareadmitir, on nio, o sou processamento.

O Sr. Ministro Eloy do Roche: -Veja V. Excia.: poderia existir, tam-bem, do parts contreria , interesse emqualquer recurso.

O Sr. Ministro Prado Kelly: -

Podia haver interesse ate de embar-gos do declaragio . Eaton pensando emvoz site. O defeito do pedido a plei-tear restituigio do prazo . 0 que deviater sido requerido era a retificagio dapublicagio.

O Sr. Ministro Eloy do Roche: -Qua reabriria, pare as dues partes, en-sejo pare o recurso qua , acaso, cou-besse.

O Sr. Ministro Evandro Line: -O qua me parece, Sr . Presidents, 6 oseguints: a nulidade sate condicionadaso prejuizo . Na realidade, os litigan.tes, nests processo , foram Mario Ma-galhies Pecego a Francisco Rodrigues.

O Sr. Ministro Prado Kelly: -Mas, as V. Excia. we permits umaponderagio, a disposigio especial toveo fim de garantir os direitos proses.suais des partes, tanto qua incluiu,tambem, a obrigagio de coaster dopouts o nome dos advogados , etc. Foiprovidencia acauteladora dos direitosdos litigantea a dos sous procuradores.Nio vejo a preterigio dessa formali-dads como dependents do prove doprejuizo, pare decretagio do nulidadeO dano 6 sempre do presumir; amLeis hipoteses.

O Sr. Ministro Evandro Lina: -Eu disse quo trazia o feito so Tri.bunal pare me valor do experiencia ede sabedoria dos colegas, a fin dochegarmos a uma solugio...

O Sr. Ministro Prado Kelly: -N6a a qua estamos procurendo corras-ponder i benevola expectativa deV. Excia.

O Sr. Ministro Evandro Lins: -... do incidents . A mim me pareceu,com a devida vane , quo o pedido, nosternos em qua foi feito, nio deve setdeferido , porque o qua se pedo e adevolugio de urn prazo em relagio auma decisio quo transitou em julgado.T6das asses outres questoes do nulida-do, etc. nio podern set objeto do jul-gamento.

O Sr. Ministro Prado Kelly: -Exato.

O St. Ministro Luis Gallotti: -Penso qua a solugio proposta poloeminente Ministro Prado Kelly a acer-tada, porque o Tribunal assentariaque, se forem oferecidos embargos, atempestividade sere apreciada polo re-lator.

O Sr. Ministro Prado Kelly: -

0 memo, so a parts pedir devolugiodo prazo.

R.T.J. 43

O Sr. Ministro Eloy do Rocim: -Far-se-ia a devolugio do prow, emprol dam duet partee.

O Sr. Ministro Prado Kelly: -Atendendo a tal ponderagio 6 quo ad-mini a h:p6tese do a parts requerer arepublicagio, dodo o prejuizo quo w-freu corn a publicagio errada.

O Sr. Ministro Eloy de Roche: -A parts requer quo in the devolve 0promo. Parece-me, por6m, quo nioconvem quo an restitua o pram, oxclu-sivamente, a urns parts , recorrents,quando houve irro quo podor6 ter prejudicado, tamb6m , a outra.

O Sr. Ministro Aliomar Baleeiro:- 0 name do outra parts nio maiuerrado.

O Sr. Ministro Eloy de Roche: -Errado o name de uma dam parts;, asdues poderio ter aofrido prejuizo.

O Sr. Ministro Victor Nuns: -Nio corm o preao pare nenhuma damPorten.

O Sr. Ministro Evandro Line: -A republ :caFio , agora , j6 ms penceurns provide"neia ociosa, porque aletorn a finalidade do dar conhecimentoat parts.

O Sr. Ministro Alionurc Balesiro:- E ela j6 to declarou dents.

O Sr. Ministro Evandro Lim: -Zia vein aoe autos corn nine petigio.Ele j6 est6 dents do decisio. 0 quoo Tribunal pods , agora, 6, aendendo& pretentio , devolver a Prato Pamoferecer embargos . His j6 esti cleatsdo decisio. Se a Tribunal tomar a do-liberagio no sentido de devolver 0

O Sr. Mini stn Prado Kelly: -Ela est6 cleats do now publicagio de-feituosa a contra law 6 qua as insurge

O Sr. Ministro Luis Gallotti:A proliminar do tompottividads dogembargo$ dever6 tar julgada no mo-mento pr6prio , inclusive a outre par-ts tondo a diroito do pronunciar-se.Por into, considsro folio a sugestio deV. Excia.

745

O St. Minima Prado Kelly: -E urns dam hip6tssss qua tenho ad-mitido.

O Sr. Ministro Eloy do Roche: -A outra parts tar6 vista para im-

pugner as embargos , as foram admiti-dos.

O Sr. Ministro Evandro Line: -Meditei a achei qua devia submeterso Tribunal a problems a vejo quohi ponderaFSos razoIveis dos aminen-tea Srs . Ministrom Eloy do Roche sPrado Kelly. Vamos ver como in on,tebelece a malaria . 0 men pronuncia.mento foi no sentido do indeferimen-to do ' pedido. A parts tern outras,mains legais , come a nacis6ria.

O Sr. Ministro Prado Kelly: -V. Excia . indefere o pedido, mas Cuo faria, corn reesalva a parts de dia-cutir a queatio atrav6s do embargo#cabiveis, qua par venture oponha.

O Sr. Ministro Hahnemann Guima-raee: - A formula do Sr. MinistroEloy do Roche parent male simples- fax-es a rapublicagio.

O Sr. Ministro Evandro Lino: -Nao tenho nenhuma objegio a facer.

O Sr. Miniatro Eloy do Roche: -Acho quo sort a melhor solugio. Avantagem de republicagio sari a rea-bertura do prazo, igualmente, pars am-bas as Partin.

VOTO

0 Sr. Ministro Victor Nunse: -Tamb6m vote pale republicagio.

Quando an discutiu, aqui, a L. 4.094de 1962 , qua mandou incluir, na publl-cagio dos atom fortunes , pars minimdo intimagio , as names dos advogarlos,sustentei , longamente, qua seta areurns garantia pass as partes, a quafora adotada pan quo ales nio f6s-sem surpreendidas on prejudicadas paleradical presungao do conhecimento dopublicagio oficial. A pr6pria leimrado jomal oficial, pelam caracterieticasdo sua paginagio , 6 dificil s cansati-va, indusindo a frequsntes loping aequivows . A lei quit reduzir &nst in-

746 R.T.J. 45

convenientes , qua sio verdadeiro tor-mento pare as advogados , mesmo asmais vigilantes (RE 57.094, 19.3.65,R.T.J. 33/92).

Coerente corn esse ponto de vista,antendo qua a correta publicafio dosdados que identificam o processo sodestine, em garantia dos partes, aaproximar a presunsio do ciencia dociencia efetiva do ato.

Acompanho , data venia do erninenteRelator, o Sr . Ministro Eloy do Ro-che.

DECISAO

Como consta do eta, a decisio foia seguinte : Resolveram determinar arepublicaggo do decisio, corrigida aautuarao. Decisio uninime.

Presidecia do Baran. Sr . MinistroLafayette de Andrada . Relator desig-nado , o Exmo. Sr. Ministro EvandroLins a Silva. Tomaram parts no jul-gamento as Exmos . Srs. MinistrosEloy de Roche, Aliomar Baleeiro, Os-waldo Trigueiro , Prado Kelly, Ada4-cio Nogueira, Evandro L!ns a Silva,Victor Nunes Leal, Vilas Boas, LuisGallotti a Hahnemann Guimaries. Li-cenciados , as Exmos . Srs. MinistrosPedro Chaves a A. M. Ribeiro do

Costa , Presidents . Ausentes, justifica-

damente , os Exmos. Srs . MinistrosHermes Lima a Cindido Motto Filho,

Vice-Preaidente . Impedido, o EamesSr. Ministro Gongalves do Oliveira.

Brasilia, 9 de novembro de 1966.- Alvaro Ferreira doe Santos, Vice-retor-Geral.

RECURSO EXTRAORDINARIO N: 63.385 - GB

(Segunda Turma)

Relator: 0 Sr. Ministro Adaucto Cardoso.

Recorrente : Nigri & Cie. Recorrido : Elias Alex.

Locasio comercial. A0o revisional do art. 31 do D. 24.150,de 20.4.34. Aplica-ae a S6mula 180, coma formula intermedia. aprevalecer quando a pericia e a sentenga doixam do mencionrr adata do vig6ncia do n6vo valor locative.

ACORDAO

Vistas, etc.

Acorda a Segundo Turma do Supre-

mo Tribunal Federal, par deciaio uni-

nime , conhecer do recurso mas the ne-

gar provimsnnto, do ac6cdo corn as

notes taqu igrificas.

Castes no forms do lei.Brasilia , 26 de marco de 1968.

Evandro Lins a Silva. Preaidente.Adaucto Cardoso, Relator.

RELATORIO

0 Sr. Ministro Adaucto Cardoso:

- Em agio do revisio de aluguel doim6vel sujeito so regime do D. 24.150,

de 1934, a decisio recorrida (f. 78)assentou o seguinte:

1.0, data venia do entendimento doSupremo Tribunal Federal consignadono Sumula 179 , entende a CAmara quocerto 6 o decis6rio qua fixou o n6voaluguel a partir do citacio inicial.Faze-lo depender do laudo pericial 6inte: ramente aleat6rio, porque, so operito for diligente, o laudo ser6 dodologo; as for maroon , o laudo ser6 ofe-recido tardiamente . Nio podem as par-tes fixer no dependencia de maior onmanor operosidade dos louvados;

2.0, corn relogio so aluguel, d6-seprovimento so recurso pars elevar oquantum fixado polo juiz, emCr$ 150 . 000 pars Cr$ 240 . 000 tondoem vista o contrato renovando qua 6originiriamente de 1955, renovado em1960, a quo par si 96 demonstra a

R.T.J. 45

justiga do elevagio , tendo em vista adata originIria ( 1955 ) a atual e a ole-vagio do custo de vida, cow a concor-rente deavalorizagio do moods;

3.°, quanto a bonor6rios, alteradocomo foi o julgado do 1a instinc=a,pare stand" a pretensio do locador,sio on missions fixados de acordo cowa L. 4.632, em Cr$ 100.000. Custasex legs."

Manifestou o r6u recurs extraordi-n6rio pelas letras a a d do permissivoconstitutional . Nio argiliu negative dovigencia do lei , was vulneragio doart. 31 do D. 24.150, de 1934. Eapontou, come o fez a propria deci-sio recorrida , a recusa de atendimen-to i Stimuli 179. Houve impugnagiodo recurso.

L o relatorio.

VOTO

O Sr. Ministro Adaucto Cirdow(Relator): - Conhego do recurwpela letra d, manifesto qua 6 o debateem tomo do sentido de Stimula 180.

O Supremo Tribunal Federal ternadmit :do quo a Srimula 180 posse tarflexivel compreensio , conforme as pa-culiaridades de cede caw. Adotou-acomo formula interm6dia , a prevale-cer quando a pericia e a sentenga, quomelhor podem discenir a mat6ria defato , deixam de mencionar a data devigencia do novo valor locativo. Assimo entendeu o eminente Ministro LuisGallotti no RE 42.318 (D.J. de11.12. 61, apenso 452-453) a o tamaplicado outras decis6es do SupremoTribunal Federal (R.T.J. 34/214,36/213 ). Main categorica ainda foi aformula adotada pals eg. 3.a Turns,no acerd-ao do lava do eminente Mi-nistro Eloy do Roche, so julgar oAg 39. 971, de Guanabara , cuja emen-ta assim ficou redigida : "Locagio co-mercial . Agio revisional de aluguel,prev'sta no art . 31 do D. 24.150, de20.4.34. Nio contraria a jurispmden-cia do Supremo Tribunal Federal, fi-xada no S6mula 180, o ter adotado 0acordiq recorrido outro critbtdo quonio o dos laudos periciais e, per low,mandado remontar a vig6neia do novo

747

aluguel i data do citagio initial" -R.T.J. 41/205.

Em face do exposto, conhego dorecurw pela letra d e the nego provi-mento, polo o acordio recorrido earlcoin a melhor interpretagio do Sd-muln controvertida.

VISTA

0 Sr. Ministro Evandro Line: -Pego vista dos autos.

EXTRATO DA ATA

RE 63. 385 - GB - Rel., Minia-tro Adaucto Cardoso. Recte ., Nigri &Cie. (Adv., Mandel Marques do Cos-ta Braga Jon:or). Recdo., Elias Aim(Adv., Sylvio Levi Carneiro).

Docisio: Pediu vista o Presidents,apes os votos do relator a do Minis-tin Aliomar Baleeiro, quo conheciamdo recurso a the negavam provimento,e do Ministro Themistocles Cavalcanti,qua tamb6m conhecia do recurw, wasthe dava provimento.

Presidencia do Sr. Ministro Evsn-dro Lins a Silva . Presentee os Senho-res Ministros Aliomar Baleeiro , Adauc-to Cardoso, Themistocles Cavalcanti eo Dr. Oscar Correia Pine, Procurad"r-Geral de Republica , substituto . Licen-ciado . o Sr. Miniatro Adalicio No-gueira.

Brasilia, 12 do margo de 1968. -Guy Milton Lang, Secrethrio.

VOTO

O Sr. Ministro Evandro Lina (Pre-sidente): - Pedi vista destes autosporque so alegava contrariedade 2 S6.wide 180, qua mrapendiou a jurispm-dencia predominante do Supremo Tri-bunal Federal no sentido do quo, noagio revisional do art. 31 do Decreto24.150-34, o aluguel arbitredo vigoraa partir do laudo pericial . 0 eminen-te relator, Ministro Adaucto Cardoso,entendeu quo nio havia dissidio entrua decisio recorrida e a referida Sd-mula.

Examinando on autos, cheguei imesma conclusio . it quo a Sdmula

748 R .T.J. 45

pressup6e, coma a 6bvio, quo a vigan-cie do n6vo aluguel , a partir do laudoperic ial, esta condicionada A atualiza-gio do valor do mesmo aluguel, Adata de pericia . Quando o arbitraman-to 6 feito tendo em vista a data docitag5o initial , nio h6 colisio com anossa jurisprudencia predominante. Nocaso dos autos , o perito dese'npatadorrefers, no inicio do laudo , qua o au-tor pleiteou a majore,io do aluguela partir do propositura de acio (f8-Iha 46 ), e, no conclusao , qua o valorfinal do alugual , pelos crit6rios adota-dos no desenvolvimento de seu racio-cinio, "a partir de abril de 1964" -data do peticio initial - deve set deCr$ 240.000 (f. 47).

Por Asses motivos , acornpanho o votodo eminente Relator.

Sr. Ministro Relator, no sentido deconhecer do recurso max the negarprovimento.

EXTRATO DA ATA

RE 63 . 385 - GB - Rel ., Minis-tro Adaucto Cardoso. Recta ., Nigri &Cie. (Adv., Manuel Marques da Cos-ta Braga J6nior). Recdo ., Elias Alen(Adv., Sylvio Levi Cameiro),.

Decisio : Conhecido, ones no pro-vido, unanimemente , tendo o MinistroThemiatocles Cavalcanti retificado osou voto pare acompanhar o voto doRelator.

Presid6ncia do Sr. Ministro EvandroLine a Silva. Presentee os Srs. Minis-tros Adalicio Nogueira , Aliomar Bale-eiro. Adaucto Cardoso, ThemiatoclesCavalcanti e o Dr. Oscar Correia Pine,

RETIFICAQAO DE VOTO Procurador- Geral da Republica, subs-

0 Sr. Ministro Thernfatodes Cave/- tituto.

anti: - Sr. Presidents, retifico men Brasilia , 26 de marr,o de 1968. -voto anterior, acompanho o eminente Guy Milton Lang, SecretIrio.

RECLRSO EXTRAORDINARIO N.° 63.667 - BA

(Segunda Turma)

Relator: 0 Sr. Ministro ' Adaucto Cardoso.

(,-n / 13/

,r¢t4d. Sr 6, 6Recorrente : Maria de Conceir-ao Cardoso. Recorrido: Esp6lio de Chafik

Luedy.

Vistos, etc.

Algada - A L. 4.290/63 visou sujeitar A escala m6vel do sa-lArio-minima regional o recurso cabiuel, segundo o valor do cause.A regra jurisprudential do one spliagio irnediata , quando profe-ride a sentenca na am vigencia nio 6 incompativel corn a corregiode estimative do valor contemporinea do propositura de acio. E,re tat estimative era superior a dues vexes o salario-minimo antic,vigente na regiio, 6 a apelagio o recurso cabivel. Recurso nio co-nhecido.

AC6RDAO

Acorde a Segunda Torras do Supre-mo Tribunal Federal , por decisio unA-nime, nio conhecer do recurso, deac6rdo corn as notes taquigraficas.

Brasilia, 1 de abril de 1968. -Evandro Ling a Silva, PresidenteAdaucto Cardoso, Relator.

RELAT6RIO

0 Sr. Ministro Adaucto Cardoso:- Maria do Conceiido Cardoso, ale-

gendo qua vivera, deeds a idade do 14

Custas no forma do Lei. anos, em concumbinato com Chafik

R.T.J. 45

Load, moveu agio contra a eep611odeste, pleiteando contra a eapGsa a osfilhos do do cujua, participar de sueee-sio, a fins do as compactor dos serri-goa prestados so amisio a do contri-buigio quo den, durante 25 epos, iformagio do son patrim6nio.

Dan I cause o valor do corn mil cru-zeiros antigos. 0 valor do eap6lio exce-dia por6m do urn milhio. A petigioinicial foi posts son Juizo no die 8.5.61quando vigorava o art. 839 do C.Pr.Civ., o qual fixava em dois mil cruzei-roe antigas o minimo do valor do causepara embargos infringentes do julgadoe embargos de declaracao.

A sentenca do 1.0 grout, favorivelI Autora, foi proferida em 8.5.66(f. 271 verso), j6 vigento a I. 4.290,do 1963, quo alterou o valor do algada,fizando-o no equivalents a 2 v6zes osaldrio minimo regional. An tempo dopropositura do agio isse dobro equiva-lie a 7.200 cruzeiros velhoe. Na 6pocado sentenca, oxcedie j6 os 100 mil cru-seiros em quo se estimate o valor doause.

O recurio do esp6lio foi o de apsta-piio, interposto, ad autelam, no 5.° diaepos n prolagio de sentence. Coinopelacio, foi processado a teve provi-mento, segundo se v6 do ac6rdio def. 88-94, entendendo o ilustro Tri-bunal baiano, polo unanimidede desue 2.a Cimara Civil, qua inex!stiaprove do existincia do sociedade dofato alegada polo Acton antic apelada.

Inconformada, eats manifestou o pre-sents recurso oxtraordinirio, pole letraa do permissivo constitutional de Car-ta do 1946. Deu como violada a litree:preasa do art. 2 .0 do L. 4.290, do5.12.63. Houve impugnagio, slogan.do o mp6ilo recorrido qua nio ocornraa violasao de lei federal, msa apenasaye razo4vel interpretagio.

O ilustro presidents do Tribunal bai-ono admitiu o recurso por diverg6nciajurisprudencial nio invocada polo re-currents; a dim a isse prop6sito:

"a none mais site C6rte do Justicevim entendendo, invariivolmente, quo alel regulations do admissibilidade dos re-curios 6 a quo so acha em vigor notempo do prolacio do despacho on

749

sentence recorrivsl. A mail recantsroiteracio dome intorpretacio se achacontida no acordio do 31 - 10.66, amquo ela , revigorando virias dects6esanteriorea s6bre o memo assunto, res-ponds a todaa as objeg6ea formuladaspolo recorrido , decidindo quo so nio se,acham eubordinadas I reforida lei ascauses relatives so estado e I capeci-dade des peesoas, aasim comp as deci-didas contra a Fazenda Publics(R.T.J., 39/357) (f. 104 v.).

Conclui, obeservando:

"E verdade quo o recorrido, corn omemo brilbo a infortunado empenho,procure estabolecer uma equiparacioanal6gica antra o concubinato do ro-torrenm e o casamento legal a civil,pare convener do quo a agio poderiaset considerada do natureza insrenteao statue families, Cu mia, daquelasquo so acham fora do imbito do abran-gincia do L . 4.290.

Mae, elude nesse raw, o acoihimen-to do Less nio benificiaria a pretensiodo recorrido, par dois motivos not&riamente obvios: o primeiro, 6 o doquo, no presents agio, nio se fare ques-tio regida polo direito do familia, matpolo direito dos obrigagGes. Na ini.cial, em verdade, nio se pede o reco-nhecimento Cu a declaragio do exis-tincia do ostado de concubinato entrerecorrente s recorrido , mas indeniza-cio de services prestados pale primeirsso filtimo, a qua nio teriam remune-rados am vide dials. E o segundo mo-tivo, 6 o do quo , so a alegada equips-ragio vingasse, coma, do corm modo,sucedou no sentence do primeiro grau,isso sane frontalmente contririo actinterissos quo o recorrido vein defen-dendo em todo o curio do processo,ratio un:a pale qual apelou do met-me sentence" (f. 104-105).

E o rolat6rio.

♦VOTO

O Sr. Miniatro Adaucto Cardoso(Relator): - 0 tome do recurso ox-treordin6rio 6 um s6 : a admissio, con-tra a lei processual nova , do recureodo apologia, quando o abfvel title

750 R .T.J. 45

lido o do embargoa . Desde logo fixoqua nio conheco do recurso pela tetraa, eis qua nio me parece ter ocorridoa hipotese de negative de vigenc:a dolei, mas do -so sue interprotaceo. Ecerto qua ease interpretacio parece, aoprimeiro exame, colidir corn a juris-prudencia do Supremo Tribunal Fe-deral, nio so no aresto citado polodespacho do f. 104-105, como ammuitos outros.

Nio se apoia porem a recorrente nopermissivo do letra d. Quern o fez,pare admitir o extraordinirio, 6 oilustre Presidente do Tribunal baiano.

E certo qua o Supremo TribunalFederal tern dodo pale aplicacio ime-diata do L . 4.290, de 1963 , quandoproferida a sentence no sua vigencia.E mister porem qua fiquem esclareci-dos erroneas extens6es do jurisprudeu-cia invocada . Isso porque a Oriente.On desta Corte se tern destinado aprestigiar a consecucio dos objetivosdo lei a nio a frusta-la . Sobrevinda noepogeu do crise inflacioniria , sue fina-lidade foi a de sujeitar a uma escalamovel de valores - a do salario-mi-nimo - a al4ada dos recursos,

0 professor Jose Frederico Marques,em l6cido parecer sobre a mataria(f. 81-85), angina qua "o qua se deveter em vista , pare o exame do recor-ribilidade de uma sentenca , 6 o valordo cause em salarios-min `.mos, a agoaquele qua vem traduzido em cruzei-ros". E arremeta : - "Se no tempodo propositura do demands , o valorde cause neo era inferior a dois sale-rios -minimos , sere admissivel o recur-so, ainda qua, por ocasiio de senten-ce, nio alcance o valor do dues vezeso selario-minimo".

"Dir-se-i", prossegue o em'.nente ju-rista "qua ease interpretaceo nio tocoaduna cram a letre do texto legal,none vez qua este fala, de maneirabern clam, em salario-minimo vigente

no Capital do Estado . E qua , buscan-do-se o valor do cause no salario vi-gente so tempo do sentence, o quo-ciente atras mencionado sere operas,o qua resultar de divisio do estimati-ve initial do litigio, polo ealario on

vigor no momenta em quo for profe-ride a deciseo.

Ease argumento, i primeira vistaimpressionante, nio tern a menor con-sistencia, pois, se fosse aceito, acaba-riamos por ter urns escala movel corncorreceo monetaria is avessas.

Se uma pessoa, por exemplo, em de-manda a respeito de uma partida Iscereal , do valor, segundo a conjuntu-ra financeira do momento, de ..... .Cr$ 100. 000 (cam mil cruzeiros),obtern deciseo da cause , em apoca emqua o salario-minimo so tornou bemmaior, estara arriscade a nio poder re-correr so juizo ad quem , em razeo des-gas novos indices salariais . E isto sig-nifice qua aquele cereal , em lugar dosubir de preco diante do diminuiciodo poder aquisit :vo do moeda, dimi-nuiu de valor, pois quo a sentenca quos6bre ale versa, se tornou irrecorrivelem razeo do valor . Isto quer dinerqua a escala movel, no caso , em lugarde lager corn qua o objeto do litigioacompanhasse as variac6es de moeda,no razeo inverse de sou poder aquisi-tivo, ire provocar muta $eo do valorno razeo direta do d:minuicio provo-cada pelo processo inflacionirio.

Este claro qua uma interpretsceodessa natureza , do preceito contido noart. 839 do C. Pr. Civ ., a absurdere inaceitavel , a neo ser no caso doprestacio pecuniaria.

Mas a verdade a qua nem memo

interpretacio estritamente literal da-

quele texto autor :za ease entendimen-

to. Quando o art. 839, corn a nova

redasio qua ]he deu a L. 4.293, isle

em salirio-minimo vigente , ela ester

referindo-se, com o vocibulo "vigente",

so lugar onde esse salirio se ache am iivigor, a neo, a qualquer circunstencia

do caster temporal".

E conclui (f. 85):

"Interpreter, de outro modo, a Lei4.290 . constitui injustif :civel a err8-nea derrogaceo do duplo grau jurisdi-cional, de par com admitir-se a extra-vagincia de qua a escala movel posseproduzir correcio monetaria is avergas".

R.T.J. 4S

E forgoso considerar-se' ainda, twoo recorrente ( f. 108 v.), qua nio asoperou preclusio proceasual em rela-gio so valor orig:niriamente atribuidoi cause, porque, so tempo do oponi-bilidade do recurso contra a estimati-ve err6nee on insuficiente, vigia o ar-tigo 839 do C. Pr. Civ., na sue ro-dagio primitive , fixando em doffs milcruzeiros antigos o limits, albm doqual, tinha o rbu direito i apelagio.

A jurisprudencia delta C6rte niopode ear entendida no sentido de soadmitir quo o litigante seja esbulhadodo recurso quo the assegura o valor

corrigido do cause, an tempo de son-tonce, deeds quo nos autos existam

elementoo aeguros pare o reajusta-

mento.

Inconteatado quo o duplo salbrio-mi-nimo, an tempo do propositura deagio, era do 7.200 crusairos velhos equo sue corregio, por ato govemamen-tel, o elevarb i bPoca de aantenga, amale do 100 mil cruzeiros velhos, neoso pods ter coma conflitante coin ocreate citado no despacho de f. 104-105o oc6rdio recorrido, qua admitiu o recurio de epelagio porque o valor atri-buido i cause excedia a dues vbzes asaibrio-minimo de regiio i 6poca dopropositura do agio.

Nio conhego do recurso.

VOTO

O Sr. Ministro Evandro Lins (Pre-sidents): - Fago uma ressalve: chs-

go i memo conclusio do eminenteRelator, nio conhecendo do recurso;em primeiro lugar, porque a parts nio

indicou a divergincia an petigao deinterposigio do recuno extraordinbrio.

O Sr. Ministro Adaucto Cardoso(Relator): - Julguel qua devesse,tembbm . asctarecer um tame qua veinadmirivelmente tratado polo professorFrederico Marquee.

O Sr. Ministro Evandro Lies (Pre-sidents): - Quanto an pareeer doprofessor Frederica Marquee, qua foium dos fundamentos do vote do emi-nerte Relator, data venia, ale estou doacArdo. Ale b, radicalmente, coatririo

751

i noose jurisprudencia , no sentido doqua o valor de cause , as bpoca emqua foi proferida a sentenga , 6 -quadove regular o recurso.

O Sr. Ministro Adaucto Cardoso(Relator): - Mes are do dois sali-rios-minimon.

O Sr. Ministro Evandro Lim (Pro-sidente): - Quando foi proferida asentence, foi a qua V. Excia. diem.

O Sr. Ministro Adaucto Cardoso(Relator): - Quando foi proposta n

agio.

O Sr. Ministro Evandro Linn (Pre-sidents): - Mae nio 6 quando foiproposta a agio, mas quando foi pro-fer.da a sentenga.

0 Sr. Ministro Adaucto Cardoso(Relator): - V. Excia. ego fogs

iquela conclusio de quo a escala m6-vel funciona pelo av8aso.

O Sr. Ministro Evandrp Lino (Pre-sidents): - As conaiderag6es de logeferonda podem ser muito aceitiveis e

recomendiveis para o logialador, mas arealidade 6 qua , ne bpoca em qua foiproferida a sentence , a valor da causeera inferior a dole salirius-minimos.

Portanto, cable a oposigio de ember-gas infringentes a nio apelagio. In-

dico como precedentes do SupremoTribunal Federal, nesse sentido, a RE61.539, julgado em 21.11 . 66; o RE61.979 , julgado em 25.4.67; o Ag41.782, em 29 . 11.67 a mais o RE61.886 , do 5.12.66.

Tambbm nio conhego do recurs,teas por outra rezio slim do j6 indi-cade no inicio diste voto: a qua, sefoi interposta a apelagio. e o Tri-bunal dale conheceu, houve pare aparte qua agora reclema una vente-gem, pois ela foi beneficiada core aduple grau de jurisdigio, tondo sourecurs apreciado polo Tribunal Su-perior a nio polo prbprio juiz.

O Sr. Ministro Adaucto Cardoso(Relator): - 0 argumsnro do VossaExcolincia reforga a conclusio do pro-fessor Frederico Marques, visto coma,aem davida alguma, 6 o bemeficio dos

752 R .T.J. 45

partes a o melhor atendimento do in-teresse doles qua deve oriontar a Jus-tiga.

O Sr. Ministro Evandro Lins (Pre-sidente): - Finalmente , a lei, qua es-tabelece a algada, ve tamb6m o in-teresse do Justice, o sou descongestio-namento, evitando qua recursos irrele-ventes sejam submetidos a segunda ins-tancia. Infelizmente, o legislador amda neo encontrou mein de impedir quaeases recursos , qua neo via nem noTribunal de Justice, venham, direta-mente, por via de recurso eztroordi-n6rio, so Supremo Tribunal Federal.

O Sr. Ministro Aliomar Baleeiro:- No interesse do unidade do DireitoFederal.

O Sr. Ministro Evandro Lins (Pre-sidente): - R exato.

Chego A mesma conclusio do emi-nente Relator, nio conhecendo do re-

curso, embora par outros caminhos acom outra fundamentaFio.

EXTRATO DA ATA

RE 63.667 - BA - Rel., MinistroAdaucto Cardoso . Recte., Maria doConceisio Cardoso (Adv., J. A. Pe-dreire Franco de Castro). Recdo., Es-polio de Chafick Luedy (Adv.. JoseBarba Pedreire Love).

Decisao: Nio conhecido , unenine-mente.

Presidencia do Sr. Ministro Even-dro Lins a Silva. Presentes as Seasho-res Ministros Adalicio Nogueire, Alio-mar Baleeiro, Adaucto Cardoso, The-mistocles Cavalcanti e o Dr. OscarCorrea Pine, Procurador-Geral doRepublica , substituto.

Brasilia , 1 do abril do 1968. - GuyMilton Lang, SecretIrio.

AC4O RESCISORIA N.' 704 - SP

(Tribunal Pleno)

Relator We o ec6rdao : 0 Sr. Ministro Evandro Line a Silva.

Autor: Ant6nio Clemente Greve. Reu: Jose Mandel Alves.

Rescisdria . Negdcio estabelecido pare pagamento em prestacoes.Suspense a obriga4io por inadimplemento do credor, o pagamentodeveria see feito em parcelas sucessivas a neo de urns ad ves.Susperaio temporaria do erecugio do qua foi pactuado entre aspartes, levando so restabelecirnento do situagio anterior. Violafiodo letra do art . 1.092 do C. Civil . Agio rescis6ria juigada procs-dente.

AC6RDAO

Vinton, reletados a discutidos as autosacima identificados, acordam as Mi-nistros do Supremo Tribunal Federal,em Tribunal Piano, no conformidadedo are do julgemento a daa notes ta-quigrifices , por malaria de votos, jul-gar procedente a a5io rescisoria.

Brasilia, 13 do setembro do 1967.

- Luis Gallotti, Presidents . - Evan-

dro Lira a Silva. Relator p/o acbrdio.

RELATORIO

0 Sr. Miniatro Hernias Lima: - 0autor prop6s contra o reu Arid Res-cis6ria do ac6rdio proferido no RE49.793, com fundarnento no art. 798,item I , letre a, do C. Pr. Civ. a emdiversos artigos do C6digo Civil.

Tratava-se de contrato do promessade compra a venda de im6vel, emprestsgiies , quo as encontraria livre edeeembarapedo do onus. Main tattle,o comprador, ore rescindente, vein a

R.T.J. 45

tar conhecimento do quo o pr6dio es-ter gravado do hipoteca a debrouessim do pager as prestagSes . Remidaa hipoteca, exigiu o vendedor o page.mento do mom e6 ves des prestagoessusponsas, em n(moro do nova. Contraiso so insurgiu 0 promitente-compra-dor, dando-w assim origem A asio derescisio de contrato julgada improce-dente nee instincias inferiores, masprocedento em parts no recurso eztra-ordiniria.

O motor entende quo cesaados tem-poririamente os pagamentos por mo-tivo do culpa do vendedor, descabe acobranga retroativa, porque, suspense aprescripio, o praso restante desta re-come4a a correr do data em quo ter-minou a suspensio . Sofia ease 0sentido literal a implicito de norms doart. 1.092 do - C. Civil. E a letsdeese artigo quo teria sido violadapolo decisio rescindenda.

O sc6rdio do Tribunal do JuatiFaproclamara a necessidade de n6vo ajus-to entre as partes, sAbre o pagamentodo saldo.

A douta Proeuradoria, no parecerdo f. 105 argtmenta:

"Durante a euspens-ao, coda umades dates do vencimento e a impor-tincia a pager do coda was dalesintegram um todo obrigacional , parce-lado. So These ezigivel o pagamentototal dam preetag6m suspensas, terra-iaanulado, quanto & divisio do poem, odireito qua a lei concedsu an devedordo "tar a salvo do implemento con-tratual. Uma coisa nio pods sir edeizar do ser so meemo tempo: neopods uma obrigagio eer de trato su-cesivo e, simult&neamente, aglutinara sucessividade mere prestagio frnica,do consegtiincias juridical opostas itsdeeorrentse do subdiviseo ajustada. Sea more olio 6 imputivel so devedor,o pagamento global des parcel" sum-Panama importaria em atribul -la a quernnio the deu cause , pois a "mora 6 oretardamento de ezecuclo da obriga-geo" (Cl6vis, corn, an art. 995), cornsets resolve:

Art. 963. Neo havendo fato onomissio imputivel ao devedor, nioincorre Aste em mom.

753

Por conseguinte, so silo houve moreem coda prestaceo do per si, cobri-leajuntas resultarie em resuscitar , soman-do-as, moms anterior., quo perderoma eficicia".Entretanto concluiu, em lace do

divergincia interpretative, quo o pro-ceito enseja , pale nio procodgncia daagio, em face do art. 800, nflo owr-rondo assim, a esp6cie do item 1..e,letra c, do art. 798 do C. Pr. Civil.

E o relatbrio.

VOTO

O Sr. Miniatro Hermes Liar (Re-lator): - Julgo improcedente arescis6ria porque o acbrdio nio ofen-dou a lei a ainda por fundamento doSfmuda 343 quo din: "N6o cabs agiorescia6ria por ofensa a literal dispo-eigio do lei, quando a decieio rescin-donda ea tiver baseado em torte legaldo interpretagbo controvmtida nostribunals."

One, o ac6rdio rescindendo conheceudo recurso por dissidio do jurisprudAn-cia, tondo em vista alguns dos julgadosa f. 116-119 a por iso the foi dodoprovimento em part.. Naao as ofendeu,portanto, o an. 798, lets c, do C.Pr. Civil. Outra interpresgio poderiasot admitida, mas into nio implica emviolageo literal do lei. 0 ac6rdeo res-cindendo baseou-se efetivamento anconflito jurisprudencial pars doe pro-vimento, em parts, so recurso do f. 39e a interprotagio dads nio foi absurda.

VOTO

O Sr. Ministrtro Evandm Line (Re-visor): - Entendo, corn a dovidavinia, quo a decisio rescindenda con-trariou literalmente o art . 1.092 doC. Civil.

O pagamento dam prestag5es estavacondicionado it entrega do im6vel, de-nembaragado do qualquer Anus. Dessaforma o vencimento dal prestagoes ,6so deria quando satisfeita a obrigagbodo vendedor.

E 0 qua so infere de letra de pr6-pria lei: "Nos conntratos bilaterois,nenhum dos contreentes , antes documprida sua obrigagio, pods exigir oimplemento do do outro."

754 R.T.J. 45

A exceptio ram adimpleti contratus,ai contida, suspende temporariamentea execugao do quo foi pactuado entreas partes.

0 contrato estebelecia o pagamentodo divide em prestag6es , isto 6, parce-ladamente, m6s a m6s . Uma vez quaas suspendeu a execugao do contrato,sem qua a more f6sse imputavel sodevedor, as presteg5es neo se venceramdurante o prazo em qua o credor dei-xara de cumprir a sue obrigagao.

A douta Procuradoria-Geral do Re-publica , embora opinando contraria-mente a rescis6ria , per entender que,no caso, seria de aplicar -se a regrado art . 800 do C . Pr. Civ ., invoca,com inteira propriedade, o art. 963 doC. Civ.: "Nio havendo fato on emts-sio imputavel ao devedor , neo incorreEste em more."

E dai tire o ilustre procurador Ha-roldo Mauro esta concluseo : "Por con-seguinte, so no houve more em codeprestagao de per si , cobra -las juntasresultaria em ressuscitar, somandoas,^moras anteriores que perderam aeficecia."

A men ver, n"ao se trata de senteuga

injusta, on de me apreciagao de prove,on, ainda, do err6nea interpretagio do

contrato . O an. 1.092 do C. Civ.,no sue exata interpreteg5o , on seje, nosua tetra a no seu espirito, havia sidoaplicado corretamente pale deciseo doTribunal do Justiga do Sao Paulo,reformada polo acordio rescindendo.

O negocio foi estabelecido Para pa-gamento em prestag6es . Nao vejocomo exigir-se que tal pagamento de-vesse set feito de uma s6 vez, optsa suspensao do obrigagao , em virtudedo inedimplemento do credor . A culpadeste suspendeu a obrigagio do de-vedor . Cumprida a obrigagao do ven-dedor do im6vel , restabeleceu-se asituagao anterior : dai por diante de-verie o pagamento ser feito em par-colas sucessives a neo de urn jeto s6.

O acord"ao rescindendo reconhecequa houve a suspensao do exigibilidadedo obrigagio mas "a more do vende-dor teria exclusivemente o efeito desuspender o pagamento do saldo;vencidas qua as achavam t6das as pros-tag6es restantes , poderiam elas set

exigidas, uma vez qua neeta segundatentative do vendeor ja neo estavaale em more."

Suspense a exigibilidade do obriga-ga , por culpa do vendeor, essa sus-pensio acarretou a consegii6ncia deestancar a execugao do contrato. Quan-do o credor cumpriu a sue obrigagao,podendo exigir o implemento do dodevedor, restabeleceu-se a situagaoprimitive , isto e, o pagamento parce-lado do saldo do divide . A exig6nciade totalidade des prestec,6es estava emtotal desac6rdo com o preceito doart. 1.092 do C. Civil.

Julgo procedente a ac6o pare resta-belecer a deciseo do Tribunal deJustiga de Sao Paulo.

A o meu voto.

PEDIDO DE VISTA

0 Sr. Ministro Harms Monteiro: -Sr. Presidente , pego vista dos autos.

DECISAO

Como consta do eta, a deciseo foia seguinte : Podia vista o MinistroRaphael de Barron Monteiro , ap6s asvotos do Relator julgendo improce-dente a do Revisor julgando proce-dente a agio rescisoria.

Presidencia do Exxon . Sr. MinistroLuiz Gallotti. Relator , o Exton. Se-nhor Ministro Hermes Lima . Licencia-dos, as Exmos . Srs. Ministros OswaldoTrigueiro a Hahnemann Guimaraes.Ausentes , justificadamente, os Exce-lentlssimos Srs. Ministros Lafayettede Andrade a Cindido Motto Filbo.

Brasilia , 16 de ag6sto de 1967. -Alvaro Ferreira dos Santos, Vice-Dire-tor-Geral.

VOTO

0 Sr. Ministro Barrow Monteiro: -Examinei detidamente os autos, e, corea devide v6nia do Sr . Ministro Re-lator, veto com o Sr . Ministro Revisor,dando Palo procedencia do agao resci-soria.

Nao se perca de vista , no caso, emprimeiro lugar, qua neo se cogita decontrato em qua as prestagiies s 60contemporineas ( trait pour trait).

R.T.J. 45

Cuida a bipdtese de prestagoes niosimultInees realiziveis a um e6 tem-po, mae suceasives, mes a mes, condi-monado o pagamento de tais prestagoesa entrega do imdvel, livre a desem-baragado de qualquer onus.

Em tail condigbes, so a exceptio nonadrmpleti contractua foi barn argfiidapolo devedor, o promitente-comprador,corn isso suspendeuso a execuggo docontrato. E, durente o prazo de sus-pensio, dads uma das dates de venci-mento, beat comp as importencies aserem pages em cede won data., naopodiam deixar de continuer a integrarunt todo obrigacional, parcelado.

Reconhecer, pois, an credor o direitode, unto vez terminado o prazo dosuapensio , exigir, de most vez o paga-mento de todas as prestegoes, tal im-portaria nao s6 em desfigurar equalssuspenaao, comp aduz a iniciel, rues,o prbprio contrato, transmutando-o demost obrigaggo de trato sucessivo emoutra trato por trato.

A conclusao qua so impale, portauru,6 quo contreriou a decisgo rescindenda,litmalmnete, o mencionedo art. 1.092do C. Civ., nao as cuidando, comoacentuou S. Excia . o Ministro Evan-dro Lins, de sentenga injusta , porqueaquele preceito de lei civil, na oneorate interpretagio, isto e, no aua litree no am espirito, havia sido coneta-mente aplicado polo eg . Tribunal deJustige de Sao Paulo.

Julgo, por asses raz6es countadiantei , procedente a egio, acompa-nhando o voto do Sr. Ministro Revi-sor.

VOTO

0 Sr. Ministro Djaci Falca"o: -Data venia do eminente Relator, acom-panbo o Sr. Ministro Revisor, umevez quo esti patenteada a ofensa soart. 1.092, como beta ressaltou o emi-nent. Ministro Barros Montalto.

VOTO

0 Sr. Ministro Prado Kelly: -Data venia do eminent. Relator,acompanho 0 voto do Sr. MinistroRevisor.

Tratawe de interpretagao de cleu-sule adirnpleti contractus, cujos efeitoa

755

ago suspensivos des obrigag6ee pactua-das. Se admitissemos a exigibilidadedo total des prestagoes, ostariamosdesvirtuando as efeitoa do pr6pria aus-pensho, decorrento do exceptio.

VOTO

0 Sr. Ministro Victor Nunes: -Sr. Presidents, fui relator, no Turma,do acbrdao rescindendo (RE 49.793,2.4.63, D.J. 14.6.63, p. 401; emb.rejeitados, 19.8.63, D.J. 17.10.63,p. 1.023).

Embora, nesta alture do votagio,nteu pronunciamento nao alters o re-sultado, quern ponderer qua so tracede agao reacis6ria , fundada em ofensaa "literal disposigeo de lei".

Exists sent controversia doutrine-ria sobre as efeitoa do art . 1.092 doC. Civ., qua so din violado. Parauns, a more em qua o contratanteteoha incidido, quento as suas prdpriasobrigag6es, auspende apenas a exigibili-dade do obrigaggo de qua etc sejacredor. Pare outros, em tat caso, sus-pende-se o contrato, suspendese aprdpria obrigaggo, a desoe modo, ces-soda a more do credor, o contrato asrestabeleceria, mas no eatedo em quaas encontrasse antes de verificadaequals more.

A Turma se filiou a urns das cor-rentes, entendendo quo o qua as aus-pende e a exigibilidade do obrigaggo.Afastado a obsticulo, qua e a moredo credor, as obrigag5es passant a serexigiveis, nos termos em qua poderiamset exigidas , as nio houvesse a moredo credor, porque os prazos se van-ceram.

Observant as reus , em am memorial,subacrito pelos Dra . Miguel a EduardoSeabre Fagundes que, pare o acbrdiodo Tribunal de Sao Paulo, qua aTurma reformou, "havendo more deum doe contratantea, torn-se necea-aerio novo ajuste entre as parkas sdbreo pagamento do saldo do prego", en-tendimento que imports "admitir quaa exceptio do art. 1.092 do C. Civ.rescinds o contrato , a nao apenas. comonele esti disposto, auspende a exigibili-dads das obrigegbes nele pactuadas".

756 R .T.J. 45

O ac6rdio rescindendo filiou-se auma corrente interpretative , pale qualhe um hieto, niio no contrato, was noexigibilidade do obriga&iio contratade,niio ee suspendendo, portanto , os pra-zos de vencimentos des obrigagies.

Sendo, portanto , materia de inter-pretagio do lei, em terra controvertidono doutrina, neo procede, a men ver,a rescis6ria , consoante a S6mula 343.

DECISAO

AR 704 - SP - Relator, MinistroHermes Lima . Revisor, Ministro Even-dro Lins. Autor, Ant6nio Clemente

procedente a agio rescis6ria, contra osvotos dos Ministros Relator, may doRoche, Victor Nunes, Gongalves doOliveira a Lafayette do Andrada.

Presidencia do Sr. Ministro LuizGallotti . Presentee oz $rs. MinistrosRaphael do Berms Monteiro , AdaucteCardoso, Djaci Falcio, Eloy do Roche,Aliornar Baleeiro , Prado Kelly, Adali-cio Nogueira , Evendro Lins, HermesLima, Victor Nunes, Gongalves do Oli-veira, Cindido Motta Filho a Lafayettede Andrade . Licenciados os SenhoresMinistros Oswaldo Trigueiro a Hahne-mann Guimaries.

Grave ( Adv. Paulo Cesar Gontijo). Brasilia, 13 de setembro de 1967. -Reu, Jose Manoel Alves (Adv. An-. Alvaro Ferreira doe Santos, Vice•Di-t6nio de Arruda Sampaio). Julgou-se retor-Geral.

-S

RECDRSO DE MANDADO DE SEGURANQA N.' 15.164 - BA

33(Segunda Turma) 6m, F33

Relator: 0 Sr. Ministro Themistocles Cavalcanti. aqua,a,t6Recorrente: Bahia Industrial S.A. Recorrido: Governador do Estado do

Bahia.

Ala do Tribunal de Contas da Bahia do "registro" do iaeng{aofiscal. > ato do administragio ative a niio do contr6la A an apm-vagiio por docreto e+ecutivo neo constitui ate oomplexo. A revisiojudicial abrange w atom do Tribunal do Coates e o DeaetoExecutivo . Revogabilidade per vicia de orro ilegalidade. In-dustrias novas . Seu conceito . Nio provimento o rectaso.

ACORDAO

Vistos, relatados a discutidos osautos acima identificados, acordam osMinistros do Supremo Tribunal Fe-deral, em Segundo Tumsa, na con-formidade da ate do julgamento a dosnotes taquigrificas , por maioria dovotos, negar provimento so recurso.

Brasilia, 26 do margo do 1968. -Evandro Lins a Silva, Presidente. -Thenuatoclem Cavalcantii, Relator.

RELAT6RIO

0 Sr. Ministro Themistocles Caval-canti: - Contra o Govemo do Estadodo Bahia requereu a Bahia IndustrialS.A. mandado de seguranga a fim do

ser anulado, por ilegal, o D. 18.909,do 13.9.63, qua revogou o D. 18.764,qua concediratributeria.

a recorrente isengeo

0 Tribunal do Justiga por 12 votoscontra 3, indeferiu o pedido porquea impetrante jamais fizere jus a pror-rogagao do isengio pleiteada a roco-nhecimento polo decreto revogado,quer em face do nova coma do antigalegislagao, porquanto a isengio inicial-mente concedida pelo D. 15.981, as-sentara no art. 7.° do L. 571, quaconcedia asses favores a indfistrias ali-mentares a nio eo seu art. L- rele-tivos es industrias novas.

Divargiram os Srs . DesembargadoresAdalicio Nogueira, Mirabeau Coties eCl6vis Athayde.

R.T.J. 45

O Sr. Da . Adaliclo Noguoirs hojsnosso aminente colega (f. 91), con-codou a seguranga impetrada , porqueo Sr. Governed" do Estado nio podia,atrev6s do D. 18.909, anular de pianodireito urns resolugio do Tribunal doContas, a quo emprestou ezecusio oD. 18.764 . A docieao do Tribunal doContas acraacenta , foi quo registrou aisengio fiscal, em cujo g8zo as sncon-trove a impetrents . Mas fg-lo emobedidncia a preceito do L. 1 . 573, do13.12 . 61, quo the atribuiu ospecifica-mente tel competgncia . Por outro lado,a isangio, em cujo gazo se encontra arequerente constitui situagio juridicadefinitive . Entendeu o Sr. Des. Ada-licio Nogueira quo a requerente foilead, em sou direito, decorrente doum ato vglido quo jg produziu Sodasas efeitos juridicos . So, atria, 0 atede quo decorreu o direito, esti inqui-nado por qualquer v(cio on defeito, e6so Poder Judidario competia invali-d6-lo.

Interp6s-se recurso (f. 100 ), slegan-

do-se qua a resolugio do Tribunal do

Comas, qua determinou o registro dofavor fiscal atribuldo d recorrento emratio dos requisites fisadoe no art. 21do L. 1 . 573, proferida em sessio do19.3.62, teve ezecugio mediante o

D. 18.764.

O recurso foi contmriado ( f. 122),sustonando-se quo a resolugio do Tri-bunal de Coney concessive do prorro-gegio do iaongio, foi um ato bride donulidede absolute , ato ineustente, quopor isao memo, am face do am abso-lua irrelevgncia juridica , an podianom devia s" considerado Palo pod"ezecutivo.

A Procuradoria-G"al, em pareceraprovado polo Sr. Mnistro OswaldoTrigueiro, opinou polo nio provimentodo rscucso (f. 151).

PELA ORDEM

0 Sr. Ministro Alioaar Balssiro: -Bu apreciaria urns informagio do emi-nence Relator.

IA as memoriais . Os betas decor-r"am antra 1957 a 1963. Do 1959 a1960, fui Secrstfirio do Fazenda do8atado do Bahia . Hi etas quo sin do

757

competincia do Secretfrio . Nio tenhonenhuma rocordagiio do ter funcionadoem procaso em quo f8ase interessadanuma isengio vultosa a Emprgsa Ba-hia Industrial S.A., qua , na Bahia,chamamos Moinho Salvador . Acreditoqua num caso importante, como late,an nio tarts praticado um ato am quoficasse alguma recordagio . Em todocase, por medide de cautela , pogo soeminente Relator qua me informs seh4 noticia, nos autos, do qua an tenhapraticado qualquer ato administrativono caso. _

O Sr. Ministro Themistocles Caval-canti (Relator): - Nio encontrei notautos nenhum vestigio de ato do V.Ezcia.

O Sr. Ministro Aiionar Bateeiro: -Os nobres Advogadoo tim alguma no-ticia?

O Sr. Advogado do Estado do BahiaCato Tdoito: - Nio tenbo, tamb€m,noticia de qualquer intervengio do V.Ezcia.

O. Sr. Ministia Aliomsr Balesiro: -R um ato de setembro do 1960. Crainquo deizei o cargo do Secretlrio doFazenda em ag6sto, porque fui dispu-tar time eleigio no Estado da Guana-bare a sound, dads entio, o mandatodo Deputado Federal.

O Sr. Advogado do Estado do Bahia,Caio TLcito : - Data venia, o qua setaem mum ago decrees qua V . Excia.nee referendou.

O Sr. Miaietto Themistoclea Caval-canti (Relator): - Nio h4 noticia denenhum ato qua V . Ezcia. tenhapraticado.

O Sr. Ministro Aliens Balseiro: -He etas do compet6ncia do Secretriodo Fazenda . Depots, atos do Gover-nador, as pmticados quando fui souSecretirio, evidentemente , me toma-riam solidgrio com 61s.

O Sr. Ministro Adaucto Cardoso: -Estaria do apagado qua aria . irrele-vance.

VOTO

0 Sr. Ministro TibadsMeles Caval-canti ( Relator): - A controvgrsia

758 R .T.J. 45

nesses autos 6 s6bre a revogageo paleDecreto Executive n.° 18.909 de outerDecreto de n ° 18.764, quo aprovaraa deciseo do Tribunal de Contas doEstado s6bre isengao tributaria a firmarecorrente.

O Tribunal recorrido julgou legal arevogagao do primeiro decreto, enten-dendo, porem, a minoria qua era ve-lido o primeiro decreto, inclusiveporque coincidia com deciseo do Tri-bunal de Contas do Estado no mesmosentido de jure, valida.

O qua esta em questeo aqui, por-tanto, a tambem a legitimidade do atedo Tribunal do Contes, qua coincidecram o primeiro decreto concessivo daisengao.

Nao tenho d6vidas em apreciar tem-bem a legalidede do ate do Tribunalde Comes quo funcionou no caso comaurn 6rgao administrative , cujos atosestao sujeitos so contr6le jurisdicional,pois, na hip6tese praticou ato de re-gistro , aplicou isengeo , ate essencial-mente administrative.

Em relegao so Tribunal de Contas,mesmq aqueles atos qua importavamem julgamento, nunca tiveram o care-ter jurisdicional , porque , na apreciageode Castro Nunes , esse julgamento selimitava a esfera administrative.

No case em eprego o Tribunal deContas nao tinha competencia legalpara a pr6tica de ate de isengao, tondodecidido apenas polo veto de desem-pate do seu Presidents a concedendoem parts a isengeo , contra os votes dossous }blinistros efetivos.

E cerro qua a deciseo do Tribunalde Contas foi depois aprovada porDecreto itxecutivo nP 18 . 764. de

1.2.63, mas essa aprovageo nao ca-racteriza o ate administrative como ato

complexo, mas operas torn irrele-

vente a apreciagao do ate do Tribunal

de Contas , ja agora ebsorvido polo

decreto executive , qua e o ate exe-

cut6rio.Houve ef , porem, uma inversao nas

posig6es qua deveriam assumir, exe-cutive a Tribunal de Contas na apre-ciageo da isengao . 0 Tribunal emvez de examiner a legalidade daisengeo como ]he competia , isengao dacompetencia do executive , arrogou-se

a competencia pare concede-le, expe-dindo o executivo o ate executbrio daisengao concedida.

Fe-lo tambem do forma qua exce-dia, nao s6 As fungOes dos Tribunaisde Contes , mas tambem aquelas atrt-buides pale Conatituigao a Lois doEstado a C6rte financeira . 0 seu atenao poderia ser de concesseo, mas desimples registro de prorrogagao doisengeo je vigente.

Pala pr6pria Lei do Estado, o atoconcessive da isengeo neo 6 do Tri-bunal de Contas , quo rare spares afeculdade de registrar os pedidos, ca-bendo per f6rga da L . 1.573, de13.12 . 61, so poder executivo a com-petencia pare autorizar a decretar aconcesseo de isengeo de todos us im-postos estaduais.

Mas quando se refers a prorrogagao,a lei nao cogita mais da intervengaodo poder executive , dando opgao Asempresas qua fegam a prorrogagao daisengao mediante registro no Tribunaldo Contas.

Ha, portanto , dois mecanismos noLei -- primeiro a concesseo , segundoa prorrogagao. Para o primeiro 0 ex-pressa a lei quanto A necessidade deate do poder executivo concedendo aisengao, mas quanto A prorrogagao si-lencie a s6 se refers so registro doTribunal de Contas.

Mas, no caso dos autos, foi o pr6-prio poder executive, diante da per-

plexidade revelada pole deciseo doTribunal de Contas qua resolveu ex-pedir o decreto outorgativo , emboramencionando a Resolugao do Tribunal.

Dues . coisas me parecem pacificas- urns qua o Tribunal de Contas naupods ter competencia pare praticarstos da administragao qua envolvem aapreciagao de interesse a de outros ele-mentos previstos re pr6pria lei a quatranscendem des possibilidades do pr6-prio Tribunal . A sua esfera de ageo6 outra , eprecia os aspectos contebeise legais dos problemas financeiros, masneo pode penetrar no merito do ate,dos elementos intrinsecos da pr6priaisengeo fiscal.A outra a qua a prorrogagao 6 nova

concesseo . S6mente queer pode conce-der pods, autorizer a prorrogagao

R.T.J. 45

porque, em sue substincia, o ate 4 omeemo, come eerie fficil prover cornepoio em boas autoridades.

Como, pose, admitir formalidadesdiversas, autoridades diversas pare asdois atos?

Al6nt do mail, no as trata do atocomplexo, porque a exig6ncia do rcgistro nio caracteriza ease esp6cie deato.

Na Constitui£io do Belva so encon-tram entre as etos de competencia doTribunal do Coates:

"Art. 96. IV, registrar as isen£oesde impostos a tans"...

Mae Como funFio normal quo seestende tamb6m is leis da receita a dodespesa.

Poder-se-ia p6r em duvida em faceda Constituigio do Estado , de extensiode compet6ncia do Tribunal de Coniesem relacio a mat6ria.

O exame do ato complexo perdetamb6m o seu interhsse porque se oTribunal do Coates age par compe-t6ncia pr6prio , nio h6 coma exigir-sea participacao de outro poder, se de-pends de eprovacao do poder executivoter-se-ia uma inversio do competincia,dada a natureza administrative do atodo prorrogacao da isencao (Josh Cre-tela J6nior, Curse de Direito Adminia-trativo - p. 149).

Temos, alias , entendido quo a exi-gincia do Registro nio tome o etocomplexo porque o registro 6 ate decontr6le de legalidade (Noaso Cursode Direito Admirdstrativo, &a ed.,n0 250).

O ilustre advogado do recorrente,em sues brilhantes razbes do recurso,insists na qualificaSio do ato do Tri-bunal de Contas comp de simples pror-rogeceo do isencao , dando-Ihe umsentido puramente formal.

Nio entendo assim, data venia, par-qua o exeme a a concessao do registropolo Tribunal de Coates , tal como seprocedeu exige o exeme de condicoesintrinsecas , do concurso de elementosqua justifiquem on nio a concessio.Enaolve o exeme do mat6ria do fato.

It precise nio confundir o regiatrodo um cr6dito on do um contrato qua6 posterior a um ato adminiatrativo a

759

pressup6e a existfincia do cr6dito ondo ate, corn o case presente, em quao Tribunal de Coates , so registrar,Pratica um ate administrativo.

Neo sere mail o registro contr6le,seas o registro, impr6prio, porque im-ports na concessio de uma isencbo, atopr6prio do poddr administrative.

O Tribunal de Contas ficou perplexodiante das novas funcbes qua the ro-ram etribuidas porque dos pr6priostermos do lei , pouco as poderia deduzir,e a sue resolucao foi mesmo inteira-mente, a male controvertida

Efetivamente a L. 1.573, em seuart. 21, permits quo o interessado noprorrogacio do isencao fique corn "aopcao do requerer qua o registro dofavor a qua tenha direito as efetive noTribunal do Coates, polo crit6rio dalei ecima mencionada on do ac6rdocorn o art . 8°, desta lei".

A recorrente optou polo critfirio doart. 8.° de lei.

Mas requerer o ragistro nio doveenvolver ato decia6rio per si mentor.Registro do quo? 0 Tribunal de Con-tee 6 Tribunal de registro, de cr6ditos,do contratos , de atos, mss nao ternfungio executive ; examine, etas de ou-tro poder, pare registrb-lo on nio,apreciando a am legalidade , nio de-cide de motu proprio s6bre medidasadministrative..

O registro ser6 sempre de um ato,a nlio unto decisio on apreciagio deum pedido devidamente justificado.

O debate tmvado no Tribunal deCoates, a decisio tomada per desem-pate contra as pareceree do todos as6rgios de consults, a fiscalizaceo domesmo Tribunal , die barn td6la dod6vida ' na competincia daquele Tri-bunal, pare, par iniciativa pr6pria,apreciar oa motivos do prorroga4io doisencio.

Tbenicemente desaperelbado poreapreciar o pedido a constitucionalmen-to estranho aquela funcbo , o Tribunalde Contas teria, necessariamente, deaguardar urn ato executive pare efe-tuar o registro qua est6 na me com-pet6ncia.

O simples rogistro 6 conceito in-teiramento estranho so exame econcessio do pedido de iaencIo.

760 R.T.J. 45

A propria L. 1.573 o submetea um longo processo do exams a quonao fica estranho o Conselbo de De-senvolvimento Industrial . Determinemain a lei qua o Tribunal do Contasnos canoe de isengeo inicial a do pror-rogagao deve proceder a t6das asdiligencias necessgrias a informageo dopedido. A ato administrativo quo en-volve exams de conveniencia.

De qualquer forma, trata-se do de-cis'ao administrative cuja legalidadepods ser apreciada polo poder judi-ci6rio. Registro on concessao deprorrogo0o, do qualquer forme, o quaso aprecia 6 uma decisao administra-tiva, Reaolugao como 6 chemada easeesp6cie do ato administrativo.

Dir-so-& qua s6 judicialmente pods,ser anulado, porque insuscetivel derevogag6o per eutoridade administra-

tive.Mae nio 6 barn assim. 0 pedido

e dirigido contra o D. 18.909, de13.9.63, qua revogou a prorrogagaoconcodida polo D. 18.764, de 1.2.63,de acordo corn a Reaolugao do Tri-bunal de Contas no processo n.0 45-62.

Envolve-se assim, no proprio ateadministrative a decisao do Tribunalde Conies . Men, o quo deu f6rga exe-cut6ria foi o decreto revogado, rem oqual a decisao do Tribunal de Contasno eerie cumprida porque felts a aleprecisamente Sste car6ter.

Alils, o ato executorio , into 6, odecreto executive 6 de fevereiro do1963 e a Reaolugao do Tribunal doContas de merge de 1962, quase urnano antes.

Por qua um decreto executivo parep6r em vigor uma resolugeo7

A duvida assaltou on proprios au-tores do ato revogado.

Outra dGvida, a ease poderose 6 seo eto do Tribunal de Contas, quo terna forma e o conte6do do urn ate doadministrageo qua chamariamos ativa,se equipara a compet6ncia do Tribunaldo Contas, no exercicio do sue fungaoconstitucional.

Na vordade, no caso, o Tribunalassume uma fungio executive, enca-pando as sues atribuig6es de contrSlequo coloca aquSle orgeo no quadro dopoder legislativo , acompanhando a

sxecugao orgament4ria a velando paleboa aplicagao dos cr6ditos, an verificardo sua legalidade. .O eto do Tribunal do Canton *6

poderia ser considerado , dentro do sues

fung6es constitucionais so obedecesseso principio do separagao dos poderes,deixando no poder executivo as provi-

dencies de ordem administrative, con-servando apenas as suas fung6es de

fiecalizagao a de contrSle.

Tudo isso me conduz on exams am-plo do legalidade do ate executivo a doResolugao do Tribunal de Coates,como atos administrativos qua outor-gam direitos a impetrante.

O contrSle do legalidade no ternaqui barreiras constitucionais, do mo-mento qua o Tribunal do Contas agiucorn atribuig6es do poder executivo,tento assim qua ainda teve a ampar6-ls um decreto executivo.

Teria ease ato lido praticado deacordo corn a lei aplicevel7

Teriam sido on atos reforidos con-cossivos do isengeo , insuscetiveis derevisio on revogagao7

Neo me parece , data venfa, seja essaa boa doutrina, porque o ato adminis-trativo s6 6 irrevogIvel quando atingesituag6es juridicas definitivas, direitosadquiridos , man no quando contr6rioso direito on praticados por firm, vio-lencia, frauds.

Em principio, portanto, admito 0exams do D. 18.764 a consegtiente-mente tamb6m, por extensao, o atodo Tribunal de Contas.

0 exams de legislagao do Estadonos love a admitir manifesto 6rro noconcesaeo do uma isengeo qua pror-rogara a isengeo concedida poloD. 15.981, a qua se assentava no at-tigo 7.0 do L. 571 ff. 17-22), referen-to a industrias alimentares a no noart. 1.0 qua se referia a ind(striasnovas.

A propria L. est . 1.573, de 1961,procurou evitar novos favorer fiscaisaaseguredos por t6rmos de response-bilidade qua permitiu a isengeo.

A prorrogagao dos favores concedidos

o foi corn violageo do lei qua so admi-

tia pare as ind(strias novas a qua naopodia ser o ceso do recorrente.

R.T.J. 45

A recorrente sdmente so poderiabeneficiar do favorer a industries ali-menticias, maa quo ja haviam siderevogados pale L. 1.819, do 7.10.62,qua foi bem epliceda Palo D. 18.909.

Tenho como legal a revogagio doD. 18.764, porque indtvidamente con-cedida a isengio e, assim, legitimo oD. 18.909.

A deciaio recorrida one parece bernfun dada.

Em soma: considero o ate revoga-t6rio legal porque i1 prorrogagio con-cedida o foi com violegio do It quas6 a admitia Para as indfistries novas(art. 1.°, de L. 573, do 1953), quandoa lei aplicIvel so recorrente era Pamas industries alimenticies.

Exminando-se, portanto , a legali-dads do decreto impugnado, verifice-sequa She obedeceu a unto recomendagiodo L. eat. 1.819, de 7 . 10.62, cornotamb6m deu a lei mencionada a de-vide aplicagio.

E de boa doutrina o reexame dosetos administrativos polo poder judi-ciario quendo se contests a sun' legs-lidede, porque nio hi situagio juridicaadquiride contra a lei, devendo aAdministragio revogar us etas llegals.

No exams do legalidede pode tam-b6m o Judicifirio examiner on atos doTribunal de Contas, mormente quendose confundem com on do Administra-

Si°No case, heuve manifesto excesso

no seu pronunciamento , reconhecido,alias, pale metade dos seas juizesefetivos.

Nego provimento.

VOTO

O Sr. Ministro Adaucto Cardoso: -Sr. Presidents, estou de inteiro ac6r-do com o eminente Relator, per meperecer fun dads a apreciegio do S.Excia . em t8mo do incompetgncia doTribunal do Coates Pam conceder fe-vores fiscal. atrav6s de prorrogagio dosfavorer enteriores, qua o Executive ou-torgam . 0 ate em de concessio, mzioper qua ecempanho S. Excia ., negandoprovimento no recurso.

VOTOO Sr. Midst to Aliomar Baloeiro: -

Sr. Presidents, neater vinte a quatro

761

home, meditel muito s8bre gate caso,lendo memorials de ambas as partes.Nio conhego na jurisprudencia do Su-promo Tribunal Federal outro caseidSntico . E clam quo nio tive tempoPam fazer lima peagVisa mail pro.funds mas, na Revista Trimestral doJarisprudencia, nio encontrei node.Nio creio qua exists em 6poca ante-rior, Para 14 do den ou quinze anos,uma decisio, nio digo identica, masqua oferega uma semelhanga do situagioem relagio a essa competgncia quo foi[atribuida so Tribunal do Contas doBahia.

Sou dos quo entendem qua o Tri-bunal de Cantos nada mail 6 do quaum vidro de guru do Poder Legisla-tivo. Um orgi o conexo, um apgndice,um instrumento t6cnico a juridico doquo so socorro o Poder Legislative,Para examiner, em pormenor , as matesdo Poder Executivo, tamb6m do Ju-diciario, e, hoje, pale Constitui4ionova, at6 do proprio Pod" Legislativo.Seje o Tribunal de Comae no velhoestilo francgs, seja atrav6s dos or-gies unipesaoais do contr6le, comoComptroller and Auditor General dosEstados Unidos a da Inglaterm.

Repugna-me, em nosso direito, con-ceder-so no Tribunal de Contas umafungio qua 6 eminentemente do PoderExecutive: a decisio s6bre a conveni-Sncia on no de uma isengio ou pre-enchimento des condigbes legais Pamqua arse isengio seja concedide. ValePam onion o argumento , qua ainda hapouco emitiu o eminente Relator, dequa o 6rgio competente Para a pror-rogagio, no sil6ncio on no emblgiiidadedo lei, a6 pods sir o 6rgio expressa-mente competente pare conceder aisengio inicial.

Nouve urn ponto, entretanto, qua mep6s en duvida . A lei n"so 6 clam arespeito . 0 Tribunal de Contas, bemou mal, do boa-f6, contra mounds, dossous membros, entendeu qua podiapraticar o ato. Ao inv6s de registrarum ato, praticou o pr6prio em, supri-mindo urns amps a excluindo at6 apossibilidade de controls dos atos doExecutivo Pam a legalidede densconcess6es.

762 R .T.J. 45

Porim, praticando ato quo nio erade sua competincia, teve, a meu ver,uma convalidagio Palo Poder Executi-vo, em decreto de fevereiro de 1963.O Poder Executivo deu f6rga execut6-ria a decisio do Tribunal do Coates,mandando qua ela fosse cumprida abeseando-se nela . Sanou o vicio con-genito do ato do Tribunal.

Afinal, podia -se dizer qua a ordemdos fat6res - tambem em direito -nio alters o produto . Bern on mal,foi satisfeita equals condigio de pro-nunciamento do Poder Executivo,ainda qua posterior.

Todavia esse ato se fundaments nodecisio do Tribunal de Contas, quadiz: "De ac6rdo corn o quo resolve oTribunal de Contact ... etc., etc ., etc."

So tal decreto permanecesse ileso,inatingivel , tolling quaeatio.

Mae outro decreto desconstituiu oprimeiro e e contra esse qua as requero mandado de seguranga . Podia feze-lo7 Parece-me qua aim . 1-fa defeitosformals no decreto anterior, he viola-gio intrinseca de lei, segundo deixouclaro o eminente Relator, porque, poloqua S . Excia . diz a parece-me quaesti no memorial do Estado da Ba-hia, tratava-se de uma isengio pareindustries elimenticias, sob urn certoregime, e, paralelemente, havia na leium outro regime mais generoso pareas industrias chemadas de novas. Seiqua, no mandado de segurange, n5opodemos discutir quest5es de prove,mas, a meu ver , no 6 controvertidonos autos quo a indhstria no era nova.

Por acaso, Sr , Presidents, acontecequa sou baiano . Deade men tempo deestudante, existe no Bahia o Moinhodo Bahia, fundado corn capitals fran-ceses . Eu era rep6rter de jornal, comdezessete anos, quando Ale foi inaugu-redo, corn festas , discursos etc. Esaemoinho entrou lentamente em deca-de"ncia . Nio melhoraram os seus equi-pamentos . Creio qua ainda funciona,porem, sem eficiencia nom adaptagioso progresso.

Realmente , o qua o eminente advo-gado - meu colega a amigo - re-presentante des imPetrantee , alegou 6urn fato: esse moinho n6vo, MoinhoSalvador, tinha nine instalagio moder-

nissima perfeita , a nio e6 imprimiumaior sentido econ6mico a ind6stria detrigo a aproveitamento de subprodutos,mas, tambem, conseguiu exporter fa-rinha de trigs da Bahia . Digo issoporque fui Secreterio da Fazenda noBahia , a me*lembro qua as esta-tisticas registravam exportagio de trigopale Bahia.

Ora, o decreto qua convalidou adecisio do Tribunal de Contact pacepot defeitos formais e. tambem, hifalta de respeito a de conformidadecorn o qua a lei estabelece , tanto assimfoi alegado qua prorrogou one isengiointegral quando a firms je estave numperiodo degressivo do redug6es parciais.Allis, a do velho direito fiscal baiano,h5 mais de trinta anos, polo menos,deade quando an era Deputado noBahia, qua as leis fiscais determinavemuma especie de adaptagio progressivede ieengio global a uma isengio parcial,ate qua a firma entrasse no regime depagamento dos tributos. Parece-me,portanto, quo podia ser desconatituidoo decreto qua convalidou a decisio doTribunal de Contas . Hi, no jurispru-dencia do Supremo Tribunal Federal,virios casos em qua isso tern sido re-eonhecido expressamente : o Lezisle-tivo, o Executivo podem cassar sousatos com vicio de ilegalidade on nuli-dede extrinseca.

Por asses razfies , qua nio sio t6das,a adotando os fundamentos do voto doeminente Relator . nego provimento sorecurso.

VOTO

O Sr. Ministro Evandro Lira (Pre-sidente): - Von preferir ficar com 0voto do nosso eminente colega AdalicioNogueira , pronunciado no Tribunal deJustiga do Bahia . Apeser do brilhoquo todos reconhecemos no vote doeminente Relator, parece-me qua aL. 1.573 estabeleceu ume opgio socontribuinte isento de impostos.

O Sr. Ministro Aliornar Baleeiro: -Entre o regime do L. 1. 571 e o da

L. 1.573, nio tenho duvida s6breease ponto.

O Sr. Ministro Evandro Line (Pre-sidente): - On requerer o registro

R.T.J. 45 763

so Tribunal de Contas , on adotar ocriterio previsto no art. 8.°.

O Sr. Minietro Aliomar Baleeiro: -Ai a qua divirjo de V. Excia. Umavez conseguida a prorrogagio , poder-se-e optar entre o regime do L. 1.571on o de L . 1.573.

O Sr. Ministro Evandro Lins (Pre-sidente): - A demonstragio faire peloilustre advogado dos recorrentes foiconvincente, malgrado ter como adver-serio um notavel ergumentador.

Diz o art . 21 do L. 1.573:"A industria, qua tenha obtido isen-

gio no regime do legislegio anterior etenha bite jus ii prorrogagio do favorfiscal, nos termos do pericia reslizadapolo Departamento de Ind(atria a Co-mercio, ate a data do publicagio destalei, ficare com a opgio de requererquo o registro do favor's qua tenhadireito Be efetive, no Tribunal de Con-tas, Palo crit6rio de lei acima men-cionada , on de ec6rdo corn o dispostono art . 8° desta lei."

Quer diner, o contribuinte poderiarequerer so Tribunal de Counts, onuser o outro criterio , qua sera atravesdo Executivp , Para registro posterior.

O Sr. Minietro Themiatoclea Caval-canti ( Relator); - E o Tribunal deComas praticarie um ato do adminis-tragio contra expresaa dispoaigiio cons-titucional.

O Sr. Ministro Evandro Liner (Pre-sidente): - Vamos supor qua oTribunal tivesse praticado o ato ile-galmente (nio estou discutindo omerito ), porque o mesmo devesse tersido feito antes, polo Executivo, Pararegistro posterior do Tribunal de Con-tas. A realidade a qua o Executivopoderia nio ter cumprido a resolugiodo Tribunal de Coates . Qua fez oExecutivo? Op&s-se a ela? Nio, conva-lidou-a atraves de urn decreto, oD. 18.764 . Como disse o eminenteMinistro Aliomar Baleeiro, at a ordaindos fat6res nio alterou o produto. 0ato do Tribunal de Contas provocouease resultedo : Executive a Tribunalde Contest estavam acordes quanto aisengio concedida no regime do lei

anterior.

O Sr. Minietro Alionar Baleeiro: -Pof al tens convalidado . Sarin wonirregularidade, mas os fins qua a leipreviu teriam sido alcangados.

O Sr. Ministro Evandro Line (Pre-sidents): - Agora a questio seresume em saber se o Executivo, apro-vado o ato polo Tribunal de Con-tas, podia revoge-lo sponte proptia,anuli-lo. invalidi-lo, conaideri -lo ine-xistente.

T6da a materia do segunda parts dobrilhante voto do eminente Relator de.veria set objeto de agiio pr6pria Paraanular o ato do Tribunal do Contas. 0qua nio me perece certo e o ato deimperio do Poder Executivo , anulandoa isengio ja outorgada por ale a regis-trada polo Tribunal de Course . Caberiaao Poder Executivo , sob o fundamentode ilegalidede do isengio, promoverjunto so Judiciirio a anulagio do ato.Atentai Para o voto do enrinento Mi-nietro Adalicio Nogueira, qua foi van-cido no Tribunal de Justiga de Bahia,e the dou minhe adesio , com a veniados qua votararn em sentido contrario.

Por ester motivos , sucintamento ex-postos, dou provimento so recurso.

EXTRATO DA ATA

RMS 15 .164 - BA - Relator,Ministro Themistocles Cavalcanti. Re-corrente Bahia Industrial S.A. (Advo-gado Lafayette Ponds ). RecorridoGovernador do Estado do Bahia(Adv. Marcelo Duarte).

Decisao: Negou-se provimento, con-tra o voto do Presidente . Impedido, oSr. Ministro Adalicio Nogueira. Fa-laram , Palo recorrente, o Dr. LafayettePonds, e, Palo recorrido , o DoutorCaio Ticito.

Presidencia do Sr . Minietro Even-dro Lins a Silva . Presenters os Se-nhores Ministros Adalicio Nogueira,Aliomar Baleeiro , Adaucto Cardoso,Themistocles Cavalcanti e o DoutorOscar Correia Pins, Procurador-Geralde Republica, substituto.

Brasilia , 26 do margo de 1968. -Guy Milton Lang, Secrotirio.

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RECURSO DE MANDADO BE SEGDRANQA N.° 17.372 - GB

(Segurida Turma) g,, 733

Relator: 0 Sr . Ministro Evandro Lins a Silva . aa& .7, J , 6 8

Recorrente : S.A. Empresa do Viapio Aerea Rio Grandense "VARIG".Recorrido : Instituto do Aposentadoria a Pens6es dos Ferrovierios erEmpregados em Servipos Pfiblicos IAPFESP.

Aeronauts. Segura especial. As companhias do navegapio a&roa,ainda quo estrangeiras eatio obrigadaa no pagamento do tare doseguro especial do aeronauts, prevista no art . 9.° da L. 3.501, des2112.58. Recraso do Mandado do Seguranpa nio provido.

AC6RDAO

Vistos, relatados a discutidos asautos acima identificados , acordam asMinistros, em Segundo Turma, as con-formidade de ate do julgamento e dasnotes taqulgreficas, par unanimidadede votos, negar provimento so recurso.

Brasilia, 18 do junho do 1968. -Brandin Lim a Silva, Presidente eRelator. '

RELAT6RIO

0 Sr. Ministro Evandro Lim: -A S.A. Empress do Viapio A6rea RioGrandense "VARIG" requereu man-dodo de seguranpa visando a isentar-sedo seguro especial do aeronauta emrelapio is passagens abroas Pam 0orterior, instituido polo art. 9P deL. 3.501, de 21.12.58.

A segurenpa foi concedida em pri-

meira instencie, sendo cassada Palo eg.

Tribunal Federal de Recursos, porec6rdio qua tray seta ements:

"Segura do aeronauts . Ezigibilidadedo teas respective.

A tare especial de L. 3.501, pareo seguro do aeronauts , possui funda-mento legal a nio foi ercluida ondispensada."

Dessa decisio foi interposto recursoordinerio, contra-armzoado pole euter-quia,. tendo a douta Procuradoria-Geraldo Repfiblica opinado polo seu nioprovimento.

E o relat6rio.

VOTO

0 Sr. Ministro Evandro Lim (Re-lator): - A Auterquia defendeu-se

corn vantagem moatrando quo o or-

tigo 71 do L. 3.807, de 26.8.60,cria dues tease distintas, a cote de

previdencia e o seguro especial do

aeronauta, at acrescenta:

"A primeira foi criada pale L. 593,de 24 . 12.48, art. 9.°, letra c, e ae

• destina a cobrir os encargos geniisprevidenci4rios, e a- segunda pets,L. 3.501, do 21 . 12.58, a tern desti-napio eapecifica, qual seje prover dosnobs o Institute, arrecadador, para.fazer face so Gnus pesadissimo do apo-sentadoria especial do aeronauts, quo,coma as tabs , a urns categoria pro-fissional been (e merecidamente) re-munerada a ere concedida quando a'mesmo completesse 22 anos 0 meio•de v6o, de vez quo, pale referida lei,o ano de vbo do aeronauts era contadomultiplicando-se por 1,5 (art. 7.°) oseu tempo do servipo.

E o seguinte o terto do L. 3.501,.de 21 . 12.58:

"Art. 90 Pare cobrir as encargoeconseg6entes desta lei, Tice criada umetare especial do 2% (dois par canto),denominada "seguro especial do sere-made", quo incidira o6bro as toil"areas, devendo seu produto ter reco-lhido so Banco do Brasil, mensal-mente, polo empregador, ate o filtimodia do met seguinte do de atrecadapio,a credito do respective Cairn do Apo-santadoria a Pensi es , a qual compe-tirio as encargos des aposentadoriss".

R.T.J. 45

Art. 7.° Para efeito do aposenta-.doria ordinarie do aeronauts , o tempoale servigo sera multiplicado por 1,5{um a mole ), desdo quo anualmentecomplete, no sua fungio , mail da me-tade do nAmero de horea de v6o anueis.estabelecidos polo Diretoria do Aero-nautica Civil".

Ore, o Decreto executive n.° 50.928,,de 8.7 . 61 estabelece:

"Art. l.- Ficem excluidoe do in-cid6ncia do tan do previdencia astarifas do passagens agrees pare o ex-terior do Pais, vendidas pales emprisasdo nevegagio airea" ( grifamos).

Evidenteemnte qua a tana, do pro-vid8nci6 so. refers a criada paleS. 593-48 a nao tem node a ver coma taxes de seguro especial do aeronauts,qua, como visto , nao comp8e o FundoComum de Previdfincia Social, pole.d61e seta excluido polo contido noart. 71, § 1", retromencionado.

A verdade 6 qua, sob t6das as for-mas a meios , as emprisas do aviagio,,canto estrangeiras como nacionais,prdcuram escaper an recolhimento,quer na quota do previdancia , quer doseguro especial do Aeronauts.

As estrangeiras , apesar do decisio,proferida polo Tribunal Federal doRecursos no AC 14.466 ( f. 84), con-seguiram , posteriormento, atrav6s demandedas do segurenga, se isenterem,do tars do seguro do aeronauts, niotendo, entretanto , o Supremo Tribunal'Federal , aposar de algumes decisoeequa lhes foram desfavoreveis, comoa trezida & colageo por c6pia termo-'ax, referente so ROMS 15 . 992, somanifestado definitivamente, de vexqua outros recursos as encontram aindapendentes de julgamento.

As nacionais, sob a alegagio de qua.as estrangeiras nio recolhem dim teas,acheram tamb6m qua estavam isentas,e dando uma interpretagio acomodada609 seas interisses , canaeguiram amintento com a decisio do 1A instinciaore reformade.

Assim, data venia, nio dove serprovide recurso ora contra -arrazoado-porque baseado em argumentagio qua,

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em sintese, quer qua prevalega o dis-posto em Decreto do Poder Executivo,qua, al6m do mais, nao diz respeitoa mat6ria em cause, s6bre Lei Federal,votada polo Congresso Nacional a san-cionada polo Senhor Presidents daRepublica."

Na verdade nio 6 a emprisa quemcustoia a aposentadoria dos aeroneutas,

urea o usuario apenas, o quo evidenciaa iliquidez, a incerteza , do direito pos-tulado.

FBp6tese identica foi julgada palseg. 3' Torras, em 27.5. 66, tendocomo relator o eminente MinistroPrado Kelly, sendo qua a recorrenteere unia surprise estrangeira qua ale-gave sitar isenta do pagamento deten polo fato do nio empregar aero-nautes no Pais.

Apesar disso , o recurso foi denegado,como so vi do fotoc6pia de f. 163-168.

Nao vejo nenhum argumento n6vo,nem qualquer razio qua autorize mo-dificar o decidido noise precedents.Ao contrario, corn o estudo dos autos,convenci-me do total improcedenciado pedido.

Nego provimento an recurso.

EXTRATO DA ATA

RMS 17.372. - GO - Relator,Ministro Evendro Lins. Recta. S.A.Emprisa de Viagio A6roa Riogran-dense - VARIG (Adv. Mauricio Pan-no do Roche). Recdo. InstituteNacional de Previdencia Social (Ad-vogedo Raymundo Lopes Machado).

Decisio: Negou-so provimento, uni-nimemente.

Presidencia do Sr . Ministro EvandroLins a Silva . Presentee os SenhoresMinistros Adalicio Nogueira , Adauct•Cardoso, Themistocles Cavalcanti aDr. Oscar Correia Pins, Procurador-Gerel do Republica , substituto, Au-sente, justificadamente, o Sr. Ministr•Aliomarl Baleeiro.

Brasilia, 18 de junho de 1968. -Guy Milton Lang, Secretario.

766 R.T.J. 45

RECURSO DE MANDADO DE SEGDRANQA N.- 17.504 - SP

(S,;gunda Turma) Syr,, 732Relator: 0 Sr. Miniatro Aliomar Baleeiro . C.4 tt s 19s'e6 q

Recorrente : Cooperative de Consumo dos Funcionarios Pfiblicos de Sio•Joaquim do Berra . Recorrida : Fazenda do Estado de Sao Paulo.

Cooperatives de Consumo - Controversia quarto a ezigibili-dada do impdsto de transa0es do Lei paulista n.° 2.485/35 sabre.as vendas celeb adas por sociedades civis, corm dialarce do impdatode vendas a consignasoes do nio comerciantes ou de impdstofederal do solo.

ACORDAO

Vistos a relatedos estes autos deRecurso em Mandado de Segurangan° 17.504, do Estado de Sin Paulo,em que a recorrente Cooperative deConsumo dos Funcionirioa Publicos deSin Joaquim do Barre a recorrida Fe-zenda do Estado do Sio Paulo , decideo Supremo Tribunal Federal, por sueSegundo Turma , der provimento, pormaioria de votos , do acordo corn asnotes juntas.

Distrito Federal, 21 de main do1968 . - Evandro Lane a Silva, Pre-sidente . - Aliomar Baleeiro, Relator.

RELATORIO

0 Sr. Ministro Aliomar Baleeiro: -1 . A recorrente pediu seguranga contraato do Diretor do Departamento doSecretaria do Fazenda de Seo Pauloque determinou as cooperatives de con-sumo recolhessem o imp6sto de tran-sageea na base do 6,6% s6bre asoperag6es de fornecimento feitas aosseus associados.

2. 0 pedido baseia-se em qua oreferido imp6sto nio esta previsto emlei, violando o principio consagradono art. 141, § 34, do C.F. de 1946,e nos arts. 63 a 114, paragrafo finico,do Constituigio Estadual a, ainda,art. 38 do D . fed. 22 . 239, de 1932.O art. 114, paregrafo finico, do Cons-tituigio de Sin Paulo , veda a cobran-ga do tributos diretos its cooperati-vas. E o D . 22.239 as eacluiudo incidencia de impostos quo re-caem s6bre atividades mercantis.

3. 0 eg. Tribunal de Justice deSao Paulo, a f. 58, acorde tom asentence do 1.8 istencia de f. 42,,negou o pedido sob tr%,lice funds-mento : 1..0) qua o imp6sto foi criadopela L. 1.297, do 1951, cujo art, 13deu nova redagio so art. 25 doL. 2.485, de 1935; 2.°) quo se tratade tributo indireto, nio incidindo a suecobranga no vedagio do art. 114, paragrafo finico, do Constituigio Esta-dual; 3.0) qua "as cooperatives nio go-zam de isengio de impostos locais, cornfundamento no Conatituigio a nos leisfederais", conforms a jurisprudenciado eg. Supremo Tribunal Federal,.S(frmia 81.

4. A impetrante interpbs recursoordinario reportando-se As raz5ea ez-postas no petigio initial.

5. A douta Procuradoria-Geral doRepublica emitiu parecer (f. 73-76),.no sentido do nio provimento do re-curso.

L o relat6rio.

VOTO

0 Sr. Ministro Aliomar Balooiro(Relator): - I - Corn a devida ve-nia, creio quo a Sdnada 81 so distanciado melhor interpretagio do tezto cons-titucional de 1946, ji que, pelos seuspoderee implicitos , a Ulnii o poderiaisentar de impostos locais os atos eatividades necessaries aos fins cometi-dos polo Constituinte an Poder Federal,ainda qua praticados por particulares.Invoca a velha doutrina americans,desde Hamilton a Marshall, em t6mo

R.T.J. 45

de instituigoes iguais As nossas, a aco-iho-me no opinieo de Orozimbo Nonetonests Corte . 0 assunto je esta ex-presso na Constituicio de 1967.

Mae o caso pode ser resolvido inde-pendentemente dessa controversia.

II - A Ale, neo tem aplicagio oart. 114 , paregrafo (nice, da Cons-tituigio de Sid Paulo, como been ademonatraram as decisoes recorridas.Nem nutro divida tambem sobre aexiste"ncia do lei qua decretou o tributoimpugnado.

III - He, porem, a men ver, raziooutra a invalidar a exigencla do cha-mado imposto paulista de transac6essobre as contratos on neg6cios de van-dos celebradas pelas cooperatives deconaumo exclusivamente com os seusassociados.

O texto one contido no art. 25 doL. est. 2. 485, de 16 . 11.36 ( redacaode L. 1 . 297-51 , art. 13 ), qua decretao chamado "imposto de tmnsasies"sobre IocaFies de filmes, constmcoes,locagiio , reparagio de imoveis, hospe-dagem, e -

' 2.° Recaire , tambem, riteimposto sobre as vendee a consigrmgoesefetuadas no territ6rio do Estado, porsociedade civil, a qua nio estejam su-jeites so imposto sobre vendas econsignagoes a 96bre transmissio imo-bilieria inter vivos.

O Supremo Tribunal Federal je tem

fulminado de inconstitucionalidede easeimposto de transacies estranho a com-petencia dos Estados , porque nale viu

disfarces do imposto federal de salo,isto e, imposto sobre atos a instru-meatos regulados por lei federal (C.F.

do 1946, art. 15).Recta indagar -se as tel disfarce

ocorre no incidencia sobre as vendasrealizadas por sociedades civic, comoas cooperatives do tipo do recorrente.

O douto parecer do Em . Procure-

dor-Geral do Rep(blica, Dr. DecioMiranda, contests-o nos seguintes

t6picos:

"Tambem nio a de aceitar o argu-mento de qua o imposto do vendase consigneg6es , constitucionalmentevinculado a operagoes realizadas porprodutores on comercientes, nio posse

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ser substituido, on, relacio as vendasefetuadas por sociedadee civis, comoaid as cooperatives impetrantes, porimposto do denominagio outra.

Parece-nos , so raves, qua o impostode transac6es a6bre operac6es de van-dos realizadas por sociedades civis tinhaguaride no oornpete"ncia ooneorrente,do art . 21 do C. F. de 1946."IV - Data venda, divirjo. 0 im-

posto de vendas a consignacoes desConstituigies de, 1934, 1937 a 1946,tinha como fato gerador o negocio ju-ridcio do compra-e-venda de merca-dories celebrado Palos cornerciantes eprodutores, inclusive industrials.

Compra-e-venda mercantil , on a elaequiparivel, a 96 ela.

Por outras palavras , sobre as atose instrumentos juridicos regulados porlei federal reca (a o imposto de Seloda Uniao. A Constituigio de, 1946,como as dues anteriores , fez excegiodo ato juridico contido no compra evenda mercantil de comerciante a pro-dutores, para sujeita - la so so imp6stoespecifico estedual, vedando a Uniaoreclamar sale federal sobre rise ultimoneg6cio juridico.

Que fez Sao Paulo? Nio podendodecretar imposto de vendas a consig-naci as sobre negocios de neo comer-ciantes a neo produtores , usou domascara de "imp6sto do transagoes",exigindo-o des sociedades civis.

Mac isso era inconstitucional, por-que, coma ato juridico regulado poileis federais equals venda feita palecooperative de conaumo eatava sujeita(nice a exclusivamente ad salo federal.Houve, pois, no case , tipica invasiodo competancia federal pelo Estado deSin Paulo.

V - Por asses razoes, dou provi-mento so recurso.

EXTRATO DA ATA

RMS 171. 504 - SP - Relator,Ministro Aliomar Baleeiro . RecorrenteCooperative de Consumo dos Funcio-nerios P(blicos de Sio Joaquim deBarre ( Adv. Glezio Roche). Recor-ride Fazenda do Estado ( Adv. SalomioFerreira de Mousses J(nior).

768 R .T.J. 45

Decisio: Deu-se provimento, contraas votos dos Ministros ThemistoclesCavalcanti a Presidents.

Presid€ncia do Sr. Ministro Evan-dro Line a Silva. Presentes a sessao asSrs. Ministros Adalicio Nogueira,

Aliomar Baleeiro, Adaucto Cardoso,Thendstocles Cavalcanti a o DoutorOscar Correia Pine, Procurador-Gera)de Repfiblica, substituto.

Brasilia, 21 de maio de 1968. -Guy Milton Lang, Secretirio.

RECURSO DS MANDADO DE SEGDRAN9A N.' 18.595 - PR(SaguLda Turma) err, , -733

Relator: 0 Sr. Ministro Evandro Lins a Silva .W^' 1, & b 8

Recorrente : Narciso Vicente de Castro. Recorrido : Ermo. Sr. Procurador-Geral do Estado.

NFuncion(krio Pfiblico. Promotor p6blico estadual ezonerado a

pedido a readmitida Sajeisio ao regime do entrancias, ji vigents 1epoca do readmiseao. 0 aprovoitemonto hi do ser feito seen ferir odireito do aoeeeo per antigufdade dos outroo iuncionirias. Recursodo aandado do segurarga nao provido.

AC(5RDAO tificado pare 3 .e entrancia, par f6rQado mandado do seguranFa;

c) entendendo quo a ezpresseo "paretodos as efeitos legais", repetida noEstatuto dos Funcionirios PfiblicosCivic do Estado, art. 72, abrange aisensio do regime do entrencies, re-quereu so Desembargador Procurador-Geral quo mandasse faze-la constardos sous assentamentos funcionais, de-pois do ouvido o Conselbo Superior doMinistirio Pfiblico;

d) qua o Conselho, deisendo dedeferir o pedido, resolveu caber soDesembargador Procurador-Geral doEstado despachi-lo, o qua S. Excia.fez, nester t8rmos:

"A readmiasio do requerente ocor-reu em 1957 , isto i, na vigencia doregime de entrincias. Como a read-misseo equivale a nova nomeatio, se-gue-se qua o bacharel Narciso Vicen-te do Castro eati eujeito a regra. doan. 128 do C . Federal (f. 15).

e) qua, nessas condi96es, impetravaseguran9a, a fim de proteger direitoliquido a certo, do ser consideradoisento do regime de entrancies pareas efeitos do remor,6ee a promog5es.

A autoridade castors informou qua,o impetrante, promovido em 1960 a

4.a entrincia , deade, pass Apace, ati

Vistas, relatados a discutidos asautos acima identificados acordam asMinistros, em Segundo Turma , sa con-formidade de ata do julgamento a desnotes taquigrificas , per unanimidadedo votos, negar provimento so recurs.

Brasilia, 11 do junho do 1968. -

Evandro Line a Silva, Presidents eRelator.

RELATORIO

O Sr. Miniatro Evandro Line: -Narciso Vicente do Castro, PromotorPfiblico, impetrou seguransa contra at*do Desembargador Procurador-Geraldo Parani, alegando, em resume:

a) qua, tendo ingressedo na carreirado Ministirio Pfiblico em 1933, antesdo vigincia do regime do entr&nciasinstaurado pale. Constitui4eo do 1946,esonerou-se a pedido em 1947, vindoa ser readmitido em 1957, com re-cupera4ao do tempo de servi4o antonor,"pars, todos as ofeitos legais", consoanteas dizeres do ConstituiFao Estadual,8 2.0 do art. 154;

b) quo a readmissio verificou-se nocargo de Promotor de 2.a entrancia, doComarca de Toledo, posteriormente re-

R.T.J. 43 769

1965, eau nome vem figurando notquadros publicados no Di6rio da jut-tiga, am nada haver reclamado, comothe fecultava a Lei de OrganizagioJudicliria . Decaiu, aaaim, do direitode reclamar , mesmo contado o prazo docomunicagio do indeferimento, em do-zembro de 1965, pole a do margo do1966 resultou do reconsideraFio soli-citada, hip6tne prevista ua Sitmula430. No merito suetentou qua, sendoa readmissio uma nova nomeagio,uma liberalidade do administregio pu-blica, o tempo de servigo anterior s6a computado para fins do eposenta-doria, disponibilidade, adicionais a H.conga primio, conforms disp6e oart. 130 do referida Lei de Organiza-gio Judiciiria, "nio podendo servirpare qua o readmitido venha a prete-rir colegas quo nonce se afastaramde cues fung5es".

A Procuredoria-Gehl do Estadoecentuou qua o impetrante foi readmi-tido com ofensa a Constituigio Late-dual, art. 77, alines I e II, on quaisezigem o ingreaso no cargo inicial docarreira mediante concurso , e, no en-tanto, ere de livre nomeagio o cargoanteriormente ocupado polo requerente.Fate cite confundindo readmissio corereintegragio , figures juridicas nitida-mente diferengades , como as sobs, nolegislagio a no jurisprudincia.

O Tribunal de Justice conheceu dopedido "porque on autos nio permitemafirmer-se, com certesa , quando foipublicada a 6ltima lista de antiguidadedos membros do Ministerio Publico",e negou o writ, uma vez qua, silotondo sido reintegrado, me readmitido,o impetrante cite sujeito so regimede entrincias , estabelecido no art. 128do C.F ., a 77 de Estadual. Observouquo o impetranto reconheceu ease eu-bordinagio quando, readmitido em 2'entrincia, requereu segumnga pare serclassificedo em 3' (f . 35-36).

O requerente interp&a recurso ordi-nOrio, ondo reedits as rasies do inicial.Aduziu quo a retificagio pare 3' on-trancia foi ordenada corn a finalidededo atender a correspondincia com a

cargo ezercido ant" do ezoneragio.Afirma nor possuidor do direito adqui-rido, em face do art. 348 de L. 315,do 19 .12.49, de Organizagio Judicia-tie do Estado , qua, ao adoter o regimedo entrincias, rewalvou : "0 direitodos juizes a promotores publicos isvantagens inerentes so cargo, so tempode nomeagio."

0 recureo cite tras arestos do Tri-bunal do Justice do Parana, quaasseguraram a magistrados a membroedo Ministirio Publico a antiguidadepare efeito do remogio on promogioquando nomeados antes do lei quadividiu as Comarcae do Estado ementrincies.

Declare ser o promotor main antigodo interior do Estado, "podendo alus-ter-se as condig6es econbmicas do

Capitol."

Na. contra-raz6es de recurso, a Pro-motoria Gerol do Estado ressalta quoon arts . 73 a 74 do Estatuto dos Fun-cionirios Publicos Civis do Estado,vigento ao tempo do readmissio, su-bordina onto a conveniincia de Admi-nistmgio, em cargo de carreira, e itozistincia do vega preenchivel par me-recimento, o qua revels o pressupostodo evitar ofensa eon direitos de "outrosfuncionirios de meanest clans on car-reira."

A douta Procuradoria-Geral de Re-publica, reproduzindo o art. 130 deLei de Organizagio Judiciiria, opinepolo nio provimento do recurso.

A o relat6rio.

VOTO

0 Sr. Ministro Evandro Line (Re-lator): - A readmissio foi feita rn-peitando o disposto no art. 74 eparigrafo unico, do Estatuto dos Fun.cionerios Publicos Civic do Estado, quae urns repetigio dos preceitos do at-tigo 63 a parigrafo unico do Estatutodos Funcionbrios Publics Civie doUniio, a saber: respeitando a habili-tagio profissional, em cargo anterior-

770 R .T.J. 45

monte ezercido a em vaga a "serpreenchida mediante promogio pormerecimento". 0 impetranto aceitouna ocaeiio, como adequado a oficas, eate administrative, tanto quo, discor-dando do equivalencia do cargo, a vi-sando a tornar perfeito ease meemoeta, pediu seguran4a pars ear classifi-cado em 3a a nio em 2.4 entrincis.Note-se qua nio foi na esfere admi-nistrative, mae no judicial, quo alcan-cou a retificacio , momento on quo theestava aborts a oportunidade do re-clamor o diroito qua agorae pleiteia.O art. 72 do Eetatuto Estadual esteassim redigido:

"Art. 72. Readmissio 6 o ato poloqual o funciondrio, demitido Cu exo-nerado, reingressa no serviso publicosets diroito a reesarcimento de pro-juizos, assegurada , spoons, a contagemde tempo do servico on cargos ante-riores, pare todos on efeitoe legais".

Parece evidente que, no case, onefeitos legais do tempo do serviso oncargos anteriores dizem respeito soaproveitemento desse tempo no trajetodo entrincia , pois as promoc6es sefriers "de entrincia pars entrincia,por antiguidade on por merecimento"(art, 124 , IV, combinado com o ar-tigo 128 do C. Federal ). A eataconclusio tambem conduz o taste doart. 130 do Lei de Organizagio Judi-ci4ria, quo, ezplicitando eases efeitoelegais, spouse relations a aposentado-ria, a disponibilidade, on adicionais ea licence primio . 0 tempo de serviceininterrupto dos promotores qua oreadmitido encontrou on ezercicio nasentrincias, constitui direito subjetivoprotegido do violacio , qua saris a van-tagem excepcional de quern seccionasseequals continuidade, exigida em let,pars ezimir-so de obrigacoee dela de-corrontee . Na licio de ThemistoclesCavelcanti , a readmiseio so fat "semferir o diroito do acesso por antigui-dads doe outrun funcionirios . Por Lasemosmo, a readmissio deve-se der semi-pro em vega a ear preenchida permorecintento ." (0 Funciornirio Pii-blico e o eau Regime Juridioo, tomeI, p. 336).

A ressalva contida no art. 348 do

Lei de Organizacio Judiciliria do Es-

tado, segundo a qual "a divaio des

Comarcas por entrincias nio prejudi-

care o direito dos jufzee , inerentes so

cargo, so tempo do nomeacio, as

destine Iqueles qua so achavam no

esercicio dos cargos quando sobreveio

o regime de entrincias, instituido per

force do mandamento constitutional do

1946 . Ai as compreende o diroito ad-

quirido a resguardar . Nessa ocasiio, o

impetrante nio integrave o quadro do

Ministerio PGblico, nio as podendo,

portanto, cogitar de incidencia do regra

legal so tempo de am notneacio. As

decie6es judiciais citadas polo recor-

rente ( f. 39v., 40, 43 a 8) referemae a

membros do Ministerio Publico a Juf-

tes de Direito qua estavem no ezercicio

do cargo quando do advento do lei

nova.

or estes motivos , nego provimento

no 't2Qurao.

iEXTRATO DA ATA

RMS 18 . 595 - PR - Relator,

Ministro Evandro Line . Recta. Nar-

ciso Vicente de Castro ( Adv. Emilro

Indio do Brasil von Linsingen). Re-

corrido Ezam . Sr. Procurador-Geral

do Estado.

Decisio: Negou-ee provimento, uni-nimemente.

PresiidEncia do Sr. Ministro Even-dr" Line a Silva . Presentee i sessioon Srs . Ministros Adalicio Nogueira,Adaucto Cardoso, Themistocles Caval-canti e o Dr . Oscar Correia Plan,Procurador-Geral do Republica, subs-tituto. Licenciado, o Sr. MinistroAliomar Baleeiro.

Brasilia, 11 do junho do 1968. -Guy Milton Lang, Secretirio.

R.T.J. 45 771

RECURSO DE )SANDADO DE SEODRANCeA N: 18.720 - MT(Segunda Tuba) ^m.

Relator: 0 Sr. Ministro Evandro Line a Silva. /7 O 96

Recorrente: Isabel de Campos. Recorrida : Unilo Federal.

FuncionIrio p6blico . Cargo em comissao ou funsio gratificada.

A licence Para tratamento do amide nio interronepe o pram doozercicio pare o direito de continuer a porceber o vencimento docargo em amtissio ou do funpio gratificada (art. 1.° doL. 1.741/52) Reanso do mandado do seguranca provido.

ACORDAO

Vistas, relatados a discutidos osautos acima identificados , acordam osMinistros do Supremo Tribunal Fe-deral, em Segundo Turma, no confor-midade do are do julgamento a desnotes taquigreficas , por unenimidadedo votoe, der provimento no recurso.

Brasilia, 12 do junbo de 1968. -Rvandro Line e Silva, Presidents aRelator.

RELATORIO

O Sr. Ministro Evardro Lim (Re-lator): - Fundada no art. 10 deL. 1.741 , de 22 . 11.52, Isabel doCampos requereu mandado de segu-ransa, contra ate do Diretor do De-partamento do Pessoal do Mfinisteriode Fazende, alegando ter permanecidoen cargo permanents, a de provimentoem comissio durante der anos inin-terruptos , o qua ]he dave o direito deperceber o venchne to do memo cargoate ser aproveitada em outro equive-lente.

O Tribunal Federal do Recursosconfirmou a decisio de 1. instincia,qua negou a segurensa , por ac6rdboquo traz eats ementa : "Servidor civil- Aposentadoria em cargo em comis-sio - A license pare tratamento desa6de interrompe o periodo de dezands de exercicio continuo do cargo,requisito essential a concesslo do be-neficio" ( f. 53).

Move recurso ordinerio douse de•cisio, e a douta Procuradoria-Oeraldo Rep6blice opina polo eau nio

provitnento.

E o relat6rio.O Sr. MMinistro Evandro Liar (Re-

lator): - A materia de fato silo ofe-race controv6rsie . A recorrento foi

designada Para esercer funcio gra-tificada em 31.7.51, tendo lidodispensada em 1965. Durante easeperiodo, gozou 90 dies de license Pamtratamento de se6de, no periodo do7.8.57 a 4.11.57. TAda a questioeats em saber se ease interrupslq porefeito de moleetia, exclui o direito as-segurado polo art. 1.0 do L. 1.751,de 22.11.52, qua tern eta redaslo:"Art. 1.: Ao ocupante de cargo docanter permanents a de provimentoem comissio, quando efastado dale,depois de mais de des erica de esereicioininterrupto a eesegurado o direito docontinuer a percober o vencimento domesmo cargo ate ser aproveitado emoutro equivalents" (grifamos). (f6-lha 46).

A decisio recorride argumentou quoo art. 79 de L. 1.711-52 enumeraos casos nos queis, embora afastado doserviso, o funcionerio a considerado emefetivo eserc(cio, e, entre elect, nioinclui a license pare tratamento desaMde. Assim, a recorrente interrompeuo exercicio do cargo em comissio, polenio as soma o prazo posterior, a partirdo termino do license.

Embora ponderavel o ergumento,penso qua nio a one a melhor inter-pretasio do texto em exams. A li-conga Para tratamento de se6de nioretire o funcionerio do cargo qua esteexercendo. Motivo superior, indopen-dente de sue vontade, impede-omomentlneamente do comparecer iirepartisio. Para qua o servidor per-deeee o direito contemplado no lei,aerie necesserio um eto da Adminis-trasio qua o desvinculaese da funsio.Se isso nio ocorreu, continue Ale nocargo em comissio. 0 impedimeoto6 puramenta ocasional a est6 justifi-

772 R . T.J. 45

cado, do modo pleno, porque ninguem dies alusivos es licengas pars trata-e obrigado a comparecer an trabalho mento de saude, por nao serem easesse sate impossibilitado do faze -lo, por do ofetivo exercicio".motivo do comprovada enfermidede. ..................................

Esse 6 o entendimento esposedo polo "No realidade, tode a qualquer in-DASP a pals Consultoria-Geral do terpretagio sobre a L. 1.741-52,Republica . E quo o efestamento , no envolve, necessariamente, o sou aspect*hipotese, nao acarreta a perda do van- social , vale dizer, a intentio legislativecimento de funlio gratificada on do em amparar o funcionerio , gerentindo-cargo am comiaseo , o qua comprove o ]he a estabilidade financeira , isto 6,vinculo funcional , sem interrupciio . assegurando-]he aquele vencimento,Diverso e o caso de licenva especial , qua, durente certo lapso do tempo,em quo o servidor perde aquele van- percebeu, em decorrencia do comiaseocimento. Ai exists a interrupfao, por- qua exerceu " (D.0., Secao I, Porte I,qua o funcionirio 6 desligado do cargo 13.6.67, p. 6.326).em comisseo on do fungio gratificada. Pales rezoes expostes, dou provi-

O ilustre Consultor-Geral do Re- mento so recurso, pare conceder apublics, Dr. Adroaldo Mesquite do seguranga.Costa, situou o problema

em sem EXTRATO DA ATAexatos termos, em perecer recent.,aprovado polo Exmo. Sr . Presidents, RMS 18.720 - MT - Relator,

do Republica , so adoter igual enren- Ministro Evandro Line. Recte . Isabel

dimento do DASP : "Durant. o gozo do Campos (Adv. Ernesto Borges).

de licenga pare tratamento de saude Recda . Uniio Federal.

o servidor, ocupente de cargo em co- DecisSo : Deu-se provimento, unani-missio on cargo de Chefia , nio so memento.desvincula daquele cargo on daquela Presidencia do Sr. Ministro Evan-fungi o, continua n6le on nela provido, dro Line a Silva . Presentee S sesseo

a o sou titular, a nenhum decesso, os Srs . Ministros Adelicio Nogueira,

relativo a vencimento, exists . Como- Adaucto Cardoso, Themistoclee Caval.

giuentemente, nao haveria , como nio canti e o Dr. Oscar Correia Pine,he, quo se falar em interrupgio , em Procurador-Geral do Republica, subs-

tais cesos , pare a aplicaSao do bane- tituto . Licenciado, o Sr. Ministro

ficio consignado no citada lei. Embora Aliomar Baleeiro.interrupcio nao haja, concordo plena- Brasilia , 12 de junho do 1968. -mente corn o desconto no decenio , doe Guy Milton Lang, Secreteria.

RECURSO BE HABEAS CORPUS R' 43.781 - MG

(Terceira Turma )Relator: 0 Sr. Ministro Eloy do Roche .Recorrente : Joao Santana de Amorim . Recorrido : Tribunal de Justice.

Habeas corpus . Inoompet&mia do Delegado do Distrito Policial

do plantio . Flagrants silo caracterizado.Embora o local do flagrant, reap win o do Into, hi, no assn,

ezplicavio, inaprecidvel em habeas corpus.Irregularidade do auto do flagrante, see qua silo as verities,

corn seguranra, a earacterisegao do flagrante.Recurso provido, pars conceder a ordain, polo Segundo fasda-

mento.

AC6RDA0 por votagio unenime , conceder a or-Vistos etc .Acordam

os Ministros do Supremo dean, as eonformidade des note L-

Tribunal Federal, em Terceira Turma , quigrificas.

R.T.J. 45 773

Brasilia , 17 de margo do 1967. -Clndido Motta Filho, Presidents. -Eloy do Roche, Relator.

RELAT4RIO

O Sr. Mirtistro Eloy da Roche: -Sr. Presidents, Joio Santana de Amo-rim, representado por advogado, impe-trou ordem de habeas corpus, pare quaf6sse anulado auto de prisio em fla-grants.

No dia 11.6.66, trabalhava o paci-onto numa obra, quando a RidioPatrulha o deteve, Sob a acusagio doquo de mesma obra havia furtadotacos, e o conduziu it sue residencia,na qua] foram encontrados a apreen-didos equlles objetos . Os fatos ocor-reram no Beirro doe Inconfidentes,perto do Cidade Industrial, no Muni-cipio do Contagem , Comarca de Betiu,tondo sidd o paciente apresentedo aDelegacia do Polfcia do Plantio, nacidade de Belo Horizonte , quo atendiaiquele Area, porque, Segundo a Policie,naquele die, nio funcionava a repar-tigio policial local.

cipal fundamento do pedido , nio acolhoa alegagio do impetrante . 0 acbrdiorecorrido bem apreciou ease questio.Na verdade , embora o local do fla-grante nio seja o do fato, hA no caso,ezplicagio, quo ee nio pods apreclarcompridamente no habeas corpus. ADelegacia de Policia de Belo Hori-zonte, onde foi lavrado o flagrante, 6delegacia especial, quo atende, precise-mente, to plantio do t6da a circuns--crigio em cause . Seen a possibilidadedo verificar, no habeas corpus, arealidade de ezplicagio , aio haveriamotivo pare negar, sob lase aspecto, avalidade do flagrante.

O Segundo fundamento 6 de qua nicso deu nenhuma situagio de flagranteon quase flagrante. Como referi norelat6rio, o paciente esteva trabalhan-do, quando a policia o deteve a levoua sua residencia , qua era distante, eall encontrou a apreendeu os tacos,cujo furto se The atribula.

O flagrante, no caso, configurar-se-iasdmente nos tlrmos do art. 302 quadisp5e: "Art. 302. Considers-se emflagrante delito quern:

Alega o impetrante, no habeas cor-pas, dues nulidades do flagrante: 1!)incompetlncia do Delegado do DistritoPolicial de Plantio, ne cidade do BeloHorizonte, porque nio era lase o localdo fato; 2 .a) nio ceracterizagio doflagrante.

0 Dr. Juiz de Direito concedeu ohabeas corpus e recurrent de oficio. APrimeira Cimara Criminal do eg. Tri-bunal do Justiga do Estado de MinesGerais , em ecdrdio tiers fundamentado,cassou a ordem , por entender , especi-almente no tooente a competlncia desautoridade policial, quo ere vilido oflagrante . Inconformado , o impetranterecorrou.

I o relat6rio.

VOTO

0 Sr. Ministro Eby do Roche (Re-lator): - Sr. Presidente, quanto aquestio de competincie , quo 6 o prin-

..................................

IV, 6 encontrado, logo depois, coreinstrumento, armes , objetos , on pap6isqua fagam presumir ser lle autor doinfragio".

Nib se declarou, no auto do fla-grante, qual a data do furto . ApenaaSo declarou o dia do encontro dosobjetos furtados a do prisio, 11.6.66.Nio so Babe se as tame deseparecemmno dia em qua o paciente foi detido,ou anteriormente. 0 auto do flagrante,qua 6 longo, 6 totalmente omieso abase respeito.

Como a impetragao do habeas cor-pus, em primeira instincia, datava dealgum tempo, determinei , pro despa-cho, diliglncia a requisites informag6ess6bre o estado stual do processo. Easesinfor ag6es foram dadas a recebidasagora , am 11 do margo, mencionando-se qua o paciente foi interrogado e

774 R .T.J. 45

foi designada pars o dia 24 do abrilpr6zimo a audiencia de inquirigio dostestemunhas , quer da acusagio, querdo defesa.

O Dr. Juiz de Direito conceders aardent, sendo o paciente p6sto em li-bredade . Caseada a ordent polo Tribu-nal, nio houve a recapture. Hidemons no andamento do processo.Nio me pareca indicado mandar pren-der o reu, nests altura, em que hidemora do processo, tents mail quao auto de flagrante, quento me pareee,nio as apresenta regular a nao permitsquo se verifique, coin seguranga, acaracterizagio do flagrante.

dente, em liberdade, o prosseguimentodo procwo,

DECISAO

Como consta da ate, a decisio foia seguinte : Concedida a ordain nostermos do voto do Relator, h unani-midade.

Presidencia do Exxon. Sr. MinietroCzindido Motto Filho. Relator, o Ez-celentissimo Sr. Ministro Eloy doRoche. Tomaram parts no julgementooa Eanos. Srs. Ministros Eloy doRoche, Hermes Lime a Candido MattePluto. Ausente, ocasionalmente, oEmro. Sr. Ministro Prado Kelly.Ausente, por se achar no exercicio doPreside"ncia do Tribunal , a Emro. Se-

Assim, dou provimanto so recurso, nhor Ministro Gongalves de Oliveira.

pare conceder a ordain, polo Segundo Brasilia , 17 do margo de 1967. -fundamento, a fins do aguardar, o pa- Jose Amaral, Secretirio.

6RECURSO DE HABEAS CORPUS P.° 44.300 - PE

(Terceira Turrna)

Relator : 0 Sr. Ministro Eloy do Roche. Odd. S Gr 6Recorrente : Alcides Jose da Silva . Recorrido : Tribunal de Justice.

Pretensio do trancamento do agio, por Yalta de juste maskpelas raz5es aduzidas polo impotrante, incabivel em habeas corpus.

AC6RDAO

Vistos, etc.

Acordam os Ministros do SupremoTribunal Federal, em Terceira Tur-ma, por votagio unenime, negar pro-vimento so recurso, no conformidadedes notes taquigrificas.

Brasilia, 2 de junho de 1967. -Cendido Motto Filho, Presidente. -Eloy do Roche, Relator.

RELAT6RIO

O Sr. Ministro Eloy do Roche: -Sr. Presidents, o bacharel Nilson Gib-son impetrou habeas corpus so eg.Tribunal de Justiga do Estado dePernambuco, em favor de Alcides Josede Silva, sob a alegagio de qua o pa-

ciente sofre constrangimento ilegal potparts do Dr . Juiz do Direito da Ca-marca do Rio Formoso.

Ezp5e a petigio quo o paciente foidenunciado, por haver sedusido a me-nor M. L. B. 0., em ag6sto de1966. Durante a instrugio criminal,no ser tornado o depoimento do paide ofendida, late declarou, pare ea-panto do pr6prio juiz, qua a menorcontinuava virgem, embora o laudodo exame de corpo de delito registras-ae a rupture do himen. Em ratiodisso, o jolt determinou qua se pro•cedesse a n6vo dame, no Instituto deMedicine Legal. 0 segundo ezame,cujo laudo nio coasts do processo, se-nio atravis de transcrig6es partials,verificou, come no primeiro, quo amanor se achava ern estado de gravi-

R.T.J. 45 775

dez, conetatando, contudo, a integri-dade do himen.

Alega o impetrante qua o pacientesofre constrangimento ilegal, porquenio he justa cause para a agio pe-nal, uma vez quo inexiste prove dofato a eta imputado , como as concluido ezame realizado na fase de instru-Sio criminal . Por outro lado, houveprejuizo pare a defesa , sendo, por isso,nulo o processo, porque a denfmcia sefundou no laudo , qua, mais tarde, seapurou nio ser verdadeiro . Sustentao impetrante quo se trata do tunafares.

O Dr. Juiz de Direito prestou in-formagues, em quo transcreve, nospontos principals, trechos dos dole lau-dos. Foi concluida a instrusio e, nomomento des informag6ee , o processoso encontra corn o Ministerio Publico,pare alegagies finis. As Cemaras Cri-minais Reunidas do Tribunal de Jus-tice de Pernambuco, por unanimidade,denegaram a ordem.

O Relator, depois de esclarecer ofato, assiin votou : "Pretends o impe-trante quo ease defeito de pericia emqua se baseou a denimcia , opera o re-sultado de invalidar toda a instrugioreelizada . 0 men voto e no sentidode denegar a ordem . Nio enzergo 0alegado prejuizo pore a defesa, resul-tants desse equivoco da primeira pe-ride. 0 processo atendeu is ezigen-cias formais a o fats de a nova periciahaver trazido esclarecimentos qua im-porta urns retificagio do laudo pri-mitivo, nio pods produzir o efeito detornar nulo o procedimento".

O conceito de virgindade a ausenciade conjungio carnal. So isso a poss4vel sem rutura himanal, desaparece avirgindade sem rutura himenal, qua 6,sdmente, um elemento fisim qua, qua-se sampre , atesta a ezistencia de con-jungio carnal.

O crime, hoje, nio e, como era an-tigamente, de defloramento. Hoje eso do sedugio e a agio, na hipotese,e de conjungio carnal pale primeiravex mm erne manor.

Por isso, esse detalhe do divergen-cia dos dois laudos no alters a subs-tincial de hipotese criminal de quoeste sendo processado o paciente".

R o relatbrio.

VOTO

O Sr. Ministro Eloy do Rocha (Re-lator): - Sr. Presidents, nio obsten-to a divergencia entre no dois laudos,quanta a rupture do hirnen, ambosconstaram a grevidez . Ficou certo,assim, quo houve conjungio oarnaijpois qua a gravidez a comprove. 0pressuposto da virgindade do ofendi-de so deve averiguar ii vista dos ele-mentos probatbrios dos autos..

A argumentagiio , quo o impetrantedesenvolveu em torno do fats dointegridade do himen, parece irrele-vents , s6 por si.

O Sr. Ministro CAindido Mona

Filho (Presidente): - Hmmen com-

placente.

Na fundamentasio do seu voto, oSr. Des. Augusta Duque , quo presi-diu as Cameras Criminals Conjuntas,declarou:

"Tambem estou de inteiro acordocorn o voto do Relator.

Ninguem a processado sob a acusa-gio do ter rompido a membrane hime-nal do time manor a , aim, do , ter des-virginado.

O Sr. Miniatro Eloy de Roche (Re-lator): - Ensina Almolda J6nior, quoa conjunsao carnal sem rupture dohimen 6 frequents, afirma quo, antranos, ocorreria em mais de 10% dos ca-sos submetidos a pericia - LigJos deMedicine Legal, 6.a edigio, P. 299 -e di raziies desee fato, inclusive, Se-nhor Presidents, como V. Excia. refe-riu, a hip6toso predominante de com-placdncia himenal . Portents, so a in-

776 R.T.J. 45

vocada circunstincia nio afasta o cri-me 0 nio exclui a juste causa pare aa4io penal . A questio 6 do prove,quo foi produzida na instrugio.

Alega o impetrante qua, tondo a de-n6ncia se baseado no primeiro name,a defesa foi prejudicada, porque foiformulada ern face do acusa&io ampe-rada em um laudo que, depois, se ve-rificou no ser eaato . Na verdade,ease prejuizo nio ocorreu , ou, an me-nos, nio so revela no habeas corpus,porque, quando do depoimento do paide ofendida , o juiz mandou procedera nova pericia . Ademais, no processopanel , ate o fim, o reu tem faculdadedo requerer diligincia - art. 499 doC. Pr. Penal . 0 processo est6 , agora,corn o Promotor do Justice , para ale-gag6es, depois , ser6 aborts vista a do-foss.

0 Sr. Ministro Cendido Motta,Filho (Presidents): - 0 pacientoWage o fato, a conjunSio carnal.

E indiscutivel a gravidez do ofondide.Mae, nio estou analisando as proves,nem julgando qua o reu seje culpadoou inocente . A pretensio do tranca-monto do agio, por falta do justa mu.m, pales raa6es aduzidas Palo impo-trante, nio pods sor acolhida ore ha-beas corpus.

Nego provimento so recurso

DECISAO

Como consta de ate , a decisio foia seguinte: Negado provimento, a una-nimidade.

Proside"ncia do Ezmo. Sr. MinistroCandido Motto Filho . Relator, o Ez-celontiasimo Sr. Ministro Eloy do Ro-cha. Tomaram parts no julgamentoos Eanos . Srs. Ministros Eloy do Ro-cha, Hermosa Lima a Cindido MottoFilho. Liceuciado, o Esmo. Sr. Mi-nistro Prado Kelly. Ausente, justifica-damente, o Esmo . Sr. Ministro Gon-

O Sr. Ministro Eloy de Roche (Re- Salves do Oliveira.

lator): - Diz quo o fato do conjun- Brasilia , 2 do junho do 1967. -Sio carnal nio foi praticado por Ste. Jose Amaral, Secret4rio.

RECURSO DE HABEAS CORPUS N.° 45.080 - SP .7/,Sagunda Turma) rV

Relator pare o ac6rd"eo: 0 Sr. Ministro Aliomar Baleeiro . t", a /2. h . 6Recorrente : Jose Eduardo do Mortis . Recorrido : Tribunal do Alcada.

Sursis - A ezistincia do condenasio pecmtiaria nio obat, aconoessio do beneffcio.

AC6RDAO

Vistos, relatados a discutidos os au-tos acima identificados , acordam asMinistros do Supremo Tribunal Fe-deral, em Segundo Tome , na con-formidade de eta do julgarnento a desnotes taquigrificas , por maioria de vo-tos, dar provimento ao recurso.

Brasilia, 20 de fevereiro do 1968.- Evandro Lira a Silva, Presidente.- Aliomar Raleoiro, Relator pars, oac6rdiio.

RELATORIO

0 Sr. Ministro Thamfatodee Caval-canti: - Os impetrantes requerem

habeas corpus em favor do paciente,por je ter cumprido mais do metadedo pens do cinco anos a um tees a quofoi condenado polo Juiz do 4! VeraCriminal de Sin Paulo.

Alegou quo j6 sofrora, anteriormen-te, pens pecuni4ria a que, portanto,6 primario.

Quo o Conselbo Penitenciirio foi fa-vorevel a concessio do livramatoconditional.

0 Tribunal do Eatado negou o ha-beas corpus requerido cote o memoobjetivo (f. 30).

Dal o recurso ordin6rio pare oats

eg. Tribunal.

F

R.T.J. 45 777

VOTO

O Sr. Ministro Themistodee Caval-anti (Relator): - A questio consis-ts em saber is a pane pecunieria an-terior imports em reconhecer a reinci-dencia pare efeito do livramento con-dicional.

A jurisprudencia deste eg. Tribu-nal so tem. orientado no sentido favo-ravel.

VOTO

0 Sr. Ministro Aliomer Baleeiro:- Sr. Presidents, concede a ordem.

Nio 6 porque Cu tenha repugnenciapor ease sadismo penal , quo is vexespovoa o espirito de alguns do noisesjuizes, mas porque temos decidido,aqui, varias vezes , quo, em sursia, aezistencia de uma condenagio pecunia-ria nio obstava a concessio do favor.

Dou provimento so recurso.

Data venia, no me parece a melhordoutrina, porquanto nio e a naturezado pane quo caracteriza a reinciden-cia, mas apenas a ezistencia de conde-nagio anterior por crime como tal de-finido no Cedigo Penal . Como dizFrederica, Marques, "nio 6 a naturezade pens a aim a infrar,-eo penal quotorna ezistente a reincidencia definidano art . 46 do lei penal" (Tratado doDireito Penal, vol . 3.s, p. 78).

O meemo, Da Costa a Silva, p. 264.

Ora, as o impetrante 6 reincidente,nio pods eer considerado prim6rio, poi;praticou mail de um crime do meamanatures, , sendo a sua reincidencia ee-pecifia.

Primirio seria so fosse a primeiracondenagio criminal.

O art. 52 do C. Pen. so refersefetivamente i Pena do detengio onde reclusio nos casts do art. 30, § 30,pare efeito do livramento conditional,mas exige tamb6m qua o sentenciadonil Baja eofrido no Brasil ou no e -trangeiro condonagio por outro crime.

Parece-me quo nio 6 licito estabe.lacer discriminagees eatranhas aoa pre-ceitos legais a dieting6es quo corn elacolidem.

Cora apoio na opiniio do doutos co-mentadores do nos" C6digo Panel,nio aceito a tese do impetrante, con-siderando - o reincidente, o qua fez ojuiz no apliagio do pens a qua coe-rentemente deve eer apliado no livra-mento conditional.

Data vents, doe qua pensam emcontr6rio , nego provimento so reason.

VOTO

0 Sr. Ministro Adalicio Nogueira:- Sr. Presidents, tamb6m concedo,

data venia.

Acompanho essaa orientagio liberalqua a jurisprudencia , em particular,

tern tornado, a a quo se referiu 0 emi-nente Ministro Aliomar Baleeiro.

Trata-se de urns pens pecuniIria, ea reincidencia, at, no men entender,nio tern aquelas c&res vivas de gravi-dode qua teria so so tratasse do umPena de reclusbo.

VOTO

0 Sr. Miniatro Evandro Lim (Pre-sidente): - Pego vans so eminenteRelator pare acompanhar o eminenteMiniatro Aliomar Baleeiro.

EXTRATO DA ATA

RHC 45.080 - SP - Rel., Mi-nistro Themistocles Cavalcanti. Impe-trantes, Henrique Vainer a SylvestreGarreta Pmts. Recta „ Josh Eduardode Morale . Recdo., Tribunal de Al-gada.

Decisio: Deu-se provimento, contrato votos dos Ministros Relator a Adauc-to Cardoso.

Presidencia do Sr . Ministro Even-dro Line a Silva . Presentes os Senho-res Ministros Adalicio Noguoira, Alio-mar Baleeiro, Adaucto Cardoso, The-mistocles Cavalcanti e o Dr. OscarCorreia Pina, Procurador-Geral doRepublica, substituto.

Brasilia, 20 do fevereiro do 1968.- Guy Milton Lang, Secretirio.

778 R.T.J. 45

RECURSO DE HABEAS CORPUS H: 45.198 - RN(Segunda Tarma) Am , .73#

Relator : 0 Sr. Ministro Adalicio Nogueira. 4td, 1y,Jt67Recorrente: Sebastiao Paiva do Silva . Recorrido : Tribunal de Justice.

A miserabilidade do pax do ofendida podo set comprovada paroutros mains suacetiveis do suprir a auegnoia do atestado da auto-ridade policial . Recurso de habeas corpus a quo se negou provi-mento.

AC6RDAO

Vistas, relatados a discutidos esterautos, acordam as Ministros do Segun-do Turma do Supremo Tribunal Fe-deral , am conformidade com a are dejulgamento a notes taquigraficas, so-gar provimento so recuno , a unani-midade do votos.

Brasilia , 26 de marco do 1968. -Evandro Line a Silva, Presidente. -Adalicio Nogueira, Relator.

RELATORIO

O Sr. Ministro Adalicio Noguetra:- Em favor do Sebastiao Paiva doSilva, condenado pela Justice do RioGrande do Norte a pens do dois armsde reclusio , par tranagressao do arti-go 217 do C. Pen., impetrou o soupatron so eg. Tribunal do Justicadaquele Estado none ordem de habeascorpus, sob a alegacao de nulidade doprocesso, a que o memo respondou,decorrente de manifests ilegitimidadedo 6rgio do Ministdrio P6blico, quao denunciou , vista tratar-se de ofen-dide, que nio 6 miserivel a cujo palcontratou advogado pare assistir oDr. Promotor, no acusacio, o que oconduziria ao ezercicio da acio pri-vada a neo p6blica, coma ocorrou.

O C. Tribunal local denegou a im-petracao, o que motivou o presents,recurso ordinbrio, em que as reite,emas mamas alegac5es do inicial.

E o relat6rio.

VOTO

O Sr. Miniatro Adalicio Nogseira(Relator): - Efetivamente, or vi dodisposto no art. 225, § 1.°, inc. 1, doC. Pen., em crimes de natureza dode quo se trots, somente so procedemediante queira, salvo "se a vitimaon seus pais neo podem prover as des-peses do processo, am privar-se dorecursos indispens6veis a manutenciopr6pria on de familia", hip6tese emquo 6 cabivel, erclusivamente, a acaopublics.

A acao privada e, pole, a regra gorala a publica, a eacecio.

On, as certidoes de f. 7 e 8 pro-vam o seguinte: primeiro, que as palede ofendida constituiram advogadopare auziliar o promotor no desempe-nho do acusacaq o que evidencia quoales disporiam do recursos, pain mo-ver a acio privada; a segundo, quedos autos neo consta atestado do mi-serabilidade daqueles, demonstrivel,consoante preecreve o § 2? do art.. 32do C. Pr. Pen., mediante atestado doauto ado policial, em cuja c,rcuns-cricio residirem.

Nulo 6, assim, o processo, em virtu-do do ilegitimidade do 6rgio denun-ciante, porque a acio, no caso, s6 po-deria iniciar-se atrav6s do queisa.

Dou provimento so recroso, patsconceder o habeas corpus.

VISTA

0 Sr. Ministro Evandro Lira (Pre-sidents): - Peso vista dos autos.

R.T.J. 45 779

EXTRATO DA ATA

RHC 45 . 198 - RN - Rel., Mi-nistro Adalicio Nogueira . Recta., Se-basti5o Pain do Silva (Adv., JoinBatista de Sons, Gonsalves). Reodo.,Tribunal de Juetica.

Decisio: Pediu vista o Presidente,apis o voto do Relator concedendo aordain.

Presidincia do Sr . Ministro Even-dro Lins a Silva . Presentee as Senho-res Ministros Adalicio Nogueua, Alio-mar Baloeiro, Adaucto Cardoso, The-mistocles Cavalcanti e o Dr. OscarCorreia Pina , Procurador-Geral doRepublica, substitute.

C. Pr. Pen., mediante atestado doautoridade policial, em cuja clrcuns.'cricio residirem."

O ac6rd-ao recorrido traz sets emen-ta qua the resume os fundamentos:

"Habeas corpus, am denegacio.

Legitima a intervencio do Ministe-rio P6blico a vilido o processo percrime do natureza privada , quandohouve representacio do pai do oren-dida a autoridade judiciiria qua, cat-tificando-se des alias condis6es de po-breze , ordenou a instaura$o do in-qu6rito qua serviu do base A asiopenal."

Brasilia , 20 do fevereiro de 1968.- Guy Milton Lang, Secretirio.

VOTO

O Sr. Ministro Evandro Lino (Pre-sidents): - 0 eminente MinistroAdalicio Nogueira, tendo em vista odisposto no art. 225, dt 1.0, inc. I, doC. Pen., segundo o qual, nos crimescontra as costumes , sbmente so pro-cede mediante queiza, salvo se a viti-ma ou seus Pais nio puderem proveras despesas do processo, sere privar-sede recursos indispensiveis A manuten-cio pr6pria ou de familia, deu provi-mento ao presents, recurso pare anularo processo a qua responde o recorren-to par ilegitimidade do Ministirio P4-blico pare oferecer a denfincia.

Argumentou S. Excia.:

"A acio privada 6, pois, a regra ge-ral, e a p(blica , a excecio.

Ora, as certid6es de f. 7-8 provamo seguinte : primeiro, qua as pais do

' ofendida constituirem advogado Weauziliar o promotor no desempenbodo acusasio , o qua evidencia quo ileadisporiam de recursos , Para mover ascan privada ; e, Segundo, qua dos au-tos nio consra atestado de miserabi-lidade daquelea, demonstrivel, consoan-to prescreve o it 2.° do art. 32 do

A prove do pobreza a faits, geral-meats, segundo diapoe a lei corn ajuntada do atestado de autoridade po-licial em cuja circunscrisio residir oofendido (art. 32, § 2 .°, do C. Pr.Pen.), ones nio 6 ease a finica formade se prover a misembilidade do viti-ma ou de seus pals . A pobreza quaautoriza a acio do Minist6rio Pfiblicoe a quo impossibility o pagamento descastes a despesas do processo , earn quoo autor do acio panel so prive de re-cursos necessirios pare prover As des-pesas coon o pr6prio sustento a de suefamilia . O pai do ofendida 6 pobre,nos tirmos do lei, a nio pods arcarcore o Anus de lima queiza privada.

0 juiz explica , naa informas6es quaprestou so Tribunal de Justice, qua opai do ofendida , na representacio aAle dirigida , deizou expresea a ale-gacio de qua "6 reconhecidamente po-bre". Coin o deferimento desaa peti-sio, nomeando peritos pare exams decorpo do delito, so verifica qua, indi-retamente , foi feita a prove do misera-bilidade.

Nio hi hfivida qua essa prove podeset feita par mains indiretos , em qual-quer face do ado penal, desde qua an-tes do sentence.

O Ministro Orozimbo Nonato, emdecisio proferida neste Tribunal, acen-

780 R .T.J. 45

tuou quo "a prove do miserabilidade,em crimes como o do qua aqui sa tra-te, pode nio sec preconstituida: = amiserabilidade a um fato cuja proveneo results, apefias , a necessiriamente,do atestado policial , embora seja eatso mein mail comum polo qual a feita:pode fazer-se no curso do processo,atraves de testemunhas idoneas, quadeponham em tel sentido, ou mecca doquaisquer outros elementos convincen-toe".

O delegado do policia procedou soinquerito son face do despacho do Juizde Direito, qua do mesmo deu vistaso Promotor P(rblico para oferecimen-to de den6ncia.

A prove indireta do miserabilidaderesults de todo o conjunto dos elemen-tos dos autos . Em carte passagem desinformagies , o juiz abide esclarece quoo assistants do Ministerio Peblico eraprovisionado a funcionou sem oposigiodo defensor dativo a "neo recebeu ro-munerageo alguma, neat o poderia fa-zer, pole, como me disse , a familia doofendida a do pobre qua Ale fez o quapode, apenas, como caridade" (falha14 v.).

Ji decidimos qua a ausancia do ates-tado do miserabilidade nio demonstraqua a ofendida on sou representanteposse arcar corn as despesas do pro-ceaso. Outros elementoe podem ezistirnos autos indicando a pobreza de vi-time.

No HC 41.075, julgado polo Tri-bunal Plano em 2.12.64 , five oportu-nidade de diner:

"Nio destrbi a prove de pobreza nfato de tratar advogado pare acompa-nhar o processo como assistants doacusagio. A lei neo o proibe e a in-terferincia de advogado nio contradiza condigao de miserabilidade, quo e a(mica necesseria pare a intervengio doMinisterio Peblico. Ji decidiu o Su-premo Tribunal Federal qua "a cons,tituigio de advogado tambem neo 6pressuposto de ester a queizosa emcondig6es do steer com as deepens doprocesso" (HC 40. 993. julgado em

28.9.49, Relator Ministro EdgardCosta) .

Da mesniia forma decidiu o Plene-rio no HC 41.300, em 10.12.64, ea Primeira Turma no HC 43 . 278, em20.6.66.

An final do eves informagoes o juizp6e ern destaque reclamag6es verbaise escritas, recebidas contra o rscor-rente, qua zombou do tudo a de to-dos, pondo, inclusive, em eerie abaloo prestigio do Poder Judicierio local,perante o povo do jurisdigio, a, con-cluindo, din qua o paciente "foi prisoem 15 . 8.67, portando , no ocasiAo, ninepistola carregada a nine face peizeira.de 10 polegadas do eztenseo."

Corn a devida vinia do eminenterelator, penso qua os elementos dosautos neo autorizam a afirmar quo aofendida a seu pai nio sejam juridica-mente miseraveis a, por lean, nego pro-vimento an recurso.

RETIFICAQAO DE VOTO

0 Sr. Ministro Adalicio Nogueira:- Sr. Presidents, rondo-me i juris,prudancia do Supremo Tribunal Fe-deral, manifesto no voto quo VossaEzcelincia acaba do expor. Tambemnego o habeas corpus.

EXTRATO DA ATA

RHC 45 . 198 - RN - Rel., Mi-nistro Adalicio Nogueira . Recta., So-bastiio Paiva do Silva (Adv., JoinBatista do Sena Gongalves). Recdo.,Tribunal do Justiga.

Decisio : Negou-se provimento, uni-nimente, tendo o Relator rotificado seuvoto anterior.

Presidencia do Sr. Ministro EvandroLino a Silva. Presentee os SenhoresMinistros Adalicio Nogueira, AliomarBeleeiro, Adaucto Cardoso , Thomism-des Cavalcanti e o Dr. Oscar CorreiaPine, Procurador-Geral de Repfiblica,substituto.

Brasilia, 26 do margo de 1968. -Guy Milton Lang, SecretIrio.

R.T.J. 45

HABEAS CORPUS N. 45.441 - PE

(Segunda Turma)

Relator: 0 Sr. Ministro Adalicio Nogueira.

Paciente : Josh Alcyr de Carvalho.

781

em. i33494d-.;? 6F. e IF

Reiteragio do alegagio do nulidade inezistente . Portarie rati-

fieada a completada per dendncia do Ministerio Publico. Habeas

corpus donegado.

AC6RDAO

Vistos, relatados a discutidos istesautos, acordam os Ministros de Se-gunda Turma do Supremo TribunalFederal, em conformidade corn a atedo julgarnentos a notes taquigr6ficas,denegar o pedido, A unanimidede dovotes.

Brasilia, 11 de junho de 1968. -Evandro Line a Silva, Presidents. -Adalfcio Nogueira, Relator.

RELAT6RIO

0 Sr. Miniatro Adalicio Nogueira:- 0 paciente condenado i pena dotris epos , seis mean a seis dies dodetengio, por infragio dos arts. 121,69 3.c e 4.0 e 129 §8 6 .° a 7.° doC. Pan ., por sentenga do Dr. Juizdo 7.a Vera Criminal do Recife, con-firmada polo eg. Tribunal de Justi-ga local, impetrou iste habeas corpus,quo 6 o terceiro no ordem des imps-tragoes, alegando nulidade do processo,a qua respondeu , porque, do portaria,corn qua se iniciou o mesmo , em corn-formidade corn os arts . 531 a seguin-tes do C . Pr. Pen ., nio consta hou-vesse o paciente perpetrado um dosdelitos quo as the atribuiram, o doart. 129, 88 6.0 a 7.° do C. Penal.

E o relat6rio.

VOTO

0 Sr. Ministro Adalfcio Nogueira(Relator): - Este 6 o terceiro habeascorpus requerido polo paciente, ens ,

do fate criminoso, em ratio do qualfoi condenado . 0 primeiro, do nfimero44.180, foi indeferido, porque arguindo

ale cerceamento do defesa no curso doprocesso, verificou-se qua ale a teve,plena, quer no inqu6rito, atrav6s doCurador, quo the foi dodo, quer nosum6rio, atrav6s do patrono, qua cons-tituiu (f, 28 do HC 44.180, emapenso).

No Segundo, quo 6 o do n.° 44.500,arrimou-se file at mesma alegagio deausincia do defesa, qua o resguardas-se. Antes, por6m, qua Este f6sse jul-gado, ingressou, file, corn o terceiro,quo 6 o qua estamos apreciando, emquo reitera a afirmativa do quo o pro-ceaso 6 nulo, j6 agora porque, do por-taria, qua o inaugurou, nio se fez men-gio de um dos crimes qua praticara,qual aeja o do art. 129, §§ 6.° a 7.0do estatuto penal.

Sem divida, a portaria em Musa,qua 6 de 25.2.66, reface-se, species,a one dos delitos, o do art. 121, §8 3.0e 4.0 dequele C6digo, de qua resultoua morte de time das vitimas (f. 8 ev.). Mae, poucos dias ap6s, ratifican-do-a a completando-a, a denAncia doDr. Promotor P6blico, relate os fatos,no one ocorr6ncia integral, aponta asnomes das dues vitimas a In mengioeapresea de t6das as infmcoes cometi-des polo acusado (f. 10 a v.). E s6depois disco 6 qua Ale foi interrogedoe se instaurou a instrugio criminal.Admire qua, nests altura dos aconte-cimentos, j6 condenado em Was asinstincias, tendo deizado escaper ti-des as oportunidades do faze-lo, repi-

as a elegagio serOdia de nulidade doprocesso.

Nio colhe a invocagio.

Denego a ordem.

782 R .T.J. 45

EXTRATO DA ATA

HC 45.441 - PE - Rel., Minis-tro Adalicio Nogueira . Impte., Anto-nio Torreao Braz. Pte ., Jose Alcyrdo Carvalho.

Decisio: Denegada a ordem, unini-momente.

Presidencia do Sr. Ministro Even-dro Lins a Silva . Presentes it sessio

HABEAS CORPUS N .0 45.608 - RJ

( egunda Turma)

Relator: 0 Sr. Ministro Adalicio Nogueire.

Paciente : Roberto Rosemberg dos Santos.

os Srs . Ministros Adalicio Nogueira,

Adaucto Cardoso, Themistocles Caval-

canti e o Dr. Oscar Correia Pine,

Procurador-Geral do Republica, subs-

tituto. Licenciado, o Sr. Ministro

Aliomar Baleeiro.

Brasilia, 11 do junho de 1968. -

Guy Milton Lang, SecretIrio.

8m, 9733Aria, - Pr 6?

Improcedentes as nulidades apontadas na impetracio . Matiriado prove inaptecidvel no sumeriesimo do pedido. Habeas corpusdenegado.

AC6RDAO

Vistas, relatados a discutidos estesautos, acordam os Ministros do Se-gunda Turma do Supremo TribunalFederal, em conformidade com a atede julgamentos a notes taquigrificas,denegar o pedido, a unanimidade devotos.

Brasilia, 18 de junho de 1968. -Evandro Line a Silva, Presidents. -Adalicio Nogueira, Relator.

RELATORIO

0 Sr. Ministro Adalicio Nogueira:- 0 paciente condenedo a um ano equatro mesas de reclusio , como in-curso no art. 168, § 1.0, inc. III doC. Pen ., impetrou none orderin dohabeas corpus a este eg. Pretorio, so-licitando qua on se snide o processo,a qua respondou, por felts do juntacause , on so anule a decisio condone-t6roia , por infracao dos arts . 381, W,e 564, IV, do C . Pr. Pen., on, afi-nal, seja sustado o curso do acio penalate ulterior julgamento do juizo rival,reconhecida a questio prejudicial quasuscitou nos terms do art. 92 a ee-guintes do C. Pr. Penal.

Os fatos qua deram margem ao pe-dido vein perfeitamente expostos nov. acbrdio proferido polo eg. Tribu-nal de Justica do Rio de Janeiro edenegati rio do writ, qua o paciente jiThe hauls enderecado:

"Alegarn no ilustrados a dignos im-petrantes, em sintese, qua o paciente,denunciado por crime de apropriacioindebita, foi, afinal, condenado a urnano a quatro mesas de reclusaq nostermos do denuncia , ocorrendo, toda-via, qua alem de falta do justa causepare o processo , qua deve ser anuja-do ab initio nio obedeceu a sentenceAs normas legais, pois declarou o reuincurso em dispositivo legal inexisten-te, o ,quo acarreta sua nulidade. Equa, acrescentam, empregado do Its-bira Agro-Industrial S.A., o pecienterecebeu, devidamente credenciado porseta, valores consideriveis , do fregue-aes on client" dela, porem fez despe-sas a fax jus a rater , por outro lado.importincias a seu favor, o qua deviaser apurado em regular prestaceo docontgs . Para isso, teria entrado ementendimentos com a empress citada;porem, fracassados Leis entendimentoe,prop6s ale na 2.a Vera Civel de Ni-

R.T.J. as

ter6i agio de prestscio de contas con-tra a Itabira Agro-Industrial , fato quahouvera de lever, necessiriamente, asustacho do feito penal ( iniciado , ali4s,depois de ajuizada a dita aceo civet)ate qua se decidisse a prestacio decontas.

Por tudo iass , pedem no impetran-tes uma de tres soluc6es: a) anulacgodo processo penal ex radios; b) anula-cao de sentence ou c) sustacgo do a9iopanel.

Into p6sto , a tudo been ponderado:

"Entende a maioria desta CBmera- em qua pose a dome opiniho di-vergente do eminente Des. AdmarioMendonya - quo a orders impetradanbo merece ser deferida.

Quanta a falta de juste cause porno processo , par nio ter sido criminosoo procedimento do paciente, a ma-t6ria do fato, cujo deslinde exige apro-fundad ,exame des proves colhidas noprocesso, proves cujo merecimento,como 6 6bvio, neo pode caber no em-bite restrito do habeas corpus, sues ede ser apreciado no recurso pr6prio,on seja , no apelacgo.

AliIs, no sentence , fez o juiz a quoanhlise dessas proves; e, as foi juntoon injusto no decidir, 6 coisa qua nioas pode mesmo resolver nestes autosdo habeas corpus . A sentence neo re-vale qualquer ilegalidade , ante o reco-nhecimento de qual se tenha de deck-rar a sue nulidade.

Dizendo-se isto , jh se tech respon-dido a segunda pretenseo dos doutosimpetrantes . E certo qua o art. 168do C. Pen . nba tam parIgrafo 2.0.Tern um s6 par6grafo a, consegiiente-mente , terie gate de set "parigrafo frni-co", a niio 1.°, § I°, gate que, ali6s,neo define crime , man prescreve, ape-nas, o aumento qua dove sofrer a pensem determinadas circunstencias. Ocor-re, porem, qua a lei foi publicada cornfisse cochilo de redacao final, o quaneo a raseo bastante pare qua se te-nha o conteMdo do dispositivo comainexistente . Embora tom designacaoimpr6pria, a norms site em vigor. Pordemasia, considers-se qua o pacientedefendeu-se amplamente na asio pe-

783

nal contra file intentada , n"ao alegou anulidade, new sofreu qualquer prejui-so dense nulidade, se nulidade f6sse.

Quanto so terceiro prop6sito dosimpetrantes , vale notar quo a suspen-ago do curso do processo penal, nocaso do questeo civil, acaso prejudicial,sere decretada polo juiz, do officio, oua requerimento des partes , corno raseo art. 94 . Maa cumpre assinalar quaease decretasao neo 6 imperative, 6facultative: o juiz poderfi - diz o at-tigo 93 do C. Pr . Penal - suspendero curso do acao panel , "apes a inqui-ricgo dos testemunhas a realizacbo dosoutras proves de natureza urgente", eassim mesmo, an condigbes impostasno texto do ertigo em tale.

Om, no eap6cie, o patients teriealegado a existbncia do acao civil pro-Posts, porem , so qua parece, nem te-ria requerido , expressamente, a sue-penseo do cause criminal . Alien, setivesse assim procedido, a o juiz ]hetivesssee negado a pretensbo, - do des-pacho denegat6rio nem havaria recur-so (C. Pr . Pen., art. 93, 8 2°).

Mas verdado a que, na sentence,mostrou o Dr. Juiz as razbes palesquais nbo dam importancia a tal acbode prestacao de contas, qua o pacienteneo levers a frente, deixara parade emCart6rio, deavelando sous prop6sitosepenas procrastinadores do aceo penal.Ajuizada a prestaceo do contas, o pa-ciente ficam nisso; rise promovera aexpedisgo de carte precat6ria pare aGuanabam , bampouco depositors emJuizo, como ]he cumpria, o saldo doqua se confessava devedor.

Simples leitura dos dispositivos doC6digo de Processo Panel demonstra,no tocante as chamadas "quest6es pro-judiciais", a intencio do legislador nosentido de evitar maiores delongas noandamento do acio penal , pois quo dei-ze so juiz criminal marcar o prom dosuspenseo a incumbe o Minist6rio P6-blico de intervir, de pronto, na acaocivil, "pars o fim de promover-Ihe oripido andamento".

A petisbo dos impetrantes impressio'na polo habilidade cam quo foi redi-gide, honrando os talentos dos sous sig-nathrios, cujas tradicaes profissionais

784 R .T.J. 45

neo ficaram deementidas . Mao, parsinfelicidade delee, aeua argumentos, sotiveram o alto desvanecedor prestigiodesse culto, probe a magnifico magis-trado, qua o Des. Admario Mendonca,neo tiveram o condeo de convener dosue procedencia a maioria death Ca-mars.

Por tais fundamentos : acordem, pormaioria - contra o voto do Des. Ad-mario Mendonca - os integrantes doTerceira Cimara do Tribunal do Jus-tiga do Estado danger a ordem im-petrada.

R o relat6rio.

VOTO

0 Sr. Ministro Adalfcio Noguaira(Relator): - Denego a ordem impe-trade. Nio hi falta de junta causepam o processo , porque s6mente a apu-ragio dos fatos, atrav6s do subsidio desproves , quo foram produzidas, 6 qua hido rematar no responsabilidade on nio,do paciente, o qua nio b vibvel noslimites estreitos do habeas corpus.

Nio hi, tambhm, defeito conducen-to a nulidade do sentence, por viola-cio doe arts . 381, IV , a 564, IV, doC. Pr. Penal. A sentenca condenat6-ria julgou o paciente incurso no groutminimo do art . 168, § 1 .0, do C. Pen.,it pena de urn ano a quatro meses doreclusio , por ser primbrio, inclusive oacrbsc:mo de urn tbrco, previsto noinciso III daquele parigrafo , visto seto rbu empregado do firma prejudicada.Houve, por natural equivoco , omissiod"ease inciso , o qua nio alters, os fatosnern prejudice a defesa, none vez quao paciente nio contests , antes afirma,a sue condicio de preposto de mesmafirma.

Por Gltimo, no corria so juiz a obri-gagio de sustar o curso do agio panel,

quo A meramente facultative a dita-da pales circunstincias do fate, Se-gundo a prescrigio dos arts. 92 e93 do estatuto processual penal.

A r. sentence condenat6rie , apreci-ando com objetividade a hip6tese, con-tbm o seguinte trecho elucidative:"Iii realmente nos autos , prove doezistincia do urns agio do prestagio do

contea intentada polo rbu contra Its-bira Agro Industrial S.A., isto a dotsde fevereiro do mil novecentos a ses-santa a Bete, no havendo, porbm no-ticia do andamento do feito, nem dodep6sito do quilquer importincia emfavor do dita firma como se constatsa f. 63. Malgrado a afirmacio do rbude quo tinha acirto de comes a fezercorn a firma a qua prestava servigos,neo me encontra nos autos , nem per Alafoi produzido , qualquer elemento doprove qua induza a conviccio de quaefetivamente houvesse contact a seremacertadas . Neo he precedentes do con-tam jA prestadas a ineziate qualquerprove de qua a firms lesada autorizas-ee gastos em sou nome por parte doacueado, como igualmente nio so en-contram nos autos circunstincias quoautorizern a se inferir quo o r6u Memoobrigado a gastos regulates on even-tools. Al6m do mais a cobranga feitapolo polo rbu em come de firma neoera de molds a ensejar despesas vulto-sas Como malavolamente procure 610fezer-se *creditor. A agio de prastaciodo contea intentada polo rbu 6 por issomesmo none cortina de fumaca comqua procure encobrir a sue responsabi-lidade a protelar, em proveito do oneimpunidade, o andamento de agio

penal . JS b tempo de se coibir o abu-so a a desfacatez dequeles qua pro-curam, a margem do lei a dam regrasAtico-sociais, enriquecimento ilicito, emdetrimento do patrim6nio alheio. 0crime estA perfeitamente evidenciedo,por ieso neo vemos motivo de fatoe do direito pare sustar o andamentode acio penal em rosin do questio ju-dicial aventada, qua neo passe do umaficgio criada polo rbu, objetivando asue impunidede, como qA disse."

EXTRATO DA ATA

HC 45.608 - RJ - Rel., Minis-tro Adalicio Nogueira . Pte., RobertoRosemberg dos Santos . Imptes., An-tonio Jose Azovedo Pinto a outro.

Decisio: Negada a ordem, uninime-monte.

R.T.J. 4S 785

Presidencla do Sr. Ministro Evan-

dro Line a Silva. Presentee os Senho-

res Ministros Adalicio Noguoira, Adauc-

to Cardoso, Themistocles Cavalcanti e

o Dr. Oscar Correia Pine , Procurador

Geral do Rep6blica , substitute. Au-

sente, justificadamente, o Sr. MinistroAliomar Balseiro.

Brasilia, 18 do junho do 1968. -Ow+ Milton Lang, Secret6rio.

RECDRSO E%TRAORDINARI0 N . 48.441 - PE ,Q J j3

(Prtmeirn Turma) &n

Relator : 0 Sr. Ministro Raphael de Barros Monteiro.c^ . 1? 45t

Recorrente: Joaquim Celestino Pimentel. Recorrido: Benjamin BarboseMaria.

Despejo. Locador qua pretends pr6dio do sue propriedade, sinouts localidade, parrs onde pretends transient sea renidencia. Ine-plicabilidade do Sumula 80 . Recurao Eztraordinario nho conhe-cido.

ACORDAO

Vistos, relatados e discutidos esterautos, acordam a Ministros do Pri-

meira Turma do Supremo Tribunal

Federal, no conformidade do eta dojulgamento a notes taquigrfificas, a

unanimidade, neo conhocer do recurso.

Brasilia , 1 de abril de 1968. - La-

layette do Andrade, Presidente. -Raphael de Barrow Monteiro, Relator.

RELAT6RIO

0 Sr. Ministro Barron Monteiro: -Sr. Presidents.

Trata-se de acio de despejo inten-tada por Benjamin Barbosa Maria, qua,residents, no Municipio de Carping, noEstado do Pernambuco , deseja roto-mar, pare seu use, o im6vel situadono Recife, no Capital dequele Estado,locado so recorrente Joaquim Colesti-no Pimentel.

Acoihida a demands em primeirainstancia , foi a decisio nesse sentidomantida pela Segundo Camara Civildo eg. Tribunal de Justice do Es-tado, em ac6rdio assim ementado:

"0 propriet6rio qua reside on utili-ae predio pr6prio a pede outro de suepropriedade , pare own uso, em locali-dads diversa,'nio eatb obrigado a com-prover a neceasidade do pedido."

Ainda irresignado , manifestou o lo-

cat6rio vencido o recurso eztraordinfi-

rio de f . 67, admitido a f. 71 polo

entio Presidente, hoje Ministro Djaci

Falcio.

Arrazoado o apelo pelas part", subi-

ram us autos, opportuno fempore.

E o relat6rio.

VOTO

O Sr. Ministro Barra Monteiro(Relator): - Sr. Presidents.

O man vote, todavia, no conhece

do recurso , porque cuida a Surnula80 da bip6tese em qua pretende o 10-

cador manter residencia can dues 1o-

calidades diferentes.

So so trots, por6m, do transferencfado residencia, come, no case, neo tamaplicagio a aludida Sumula.

Como disse, nio conheco do recurso.

VOTO PRELIMINAR

O Sr. Ministro Victor Nunes: -Sr. Presidente, on pediria so eminen-to Relator woo informario: o autoralegou, no pedido, quo desojava trans.fork sue residenciai

O Sr. Ministro Barron Monteiro(Relator): - Sim.

786 R .T.J. 45

O Sr. Ministro Victor Nunes: -Obrigado. Tambirn rio conhego dorecurso . Em quatro on cinco decis6es,a 6ltima delta Turma, sendo an c re-lator (RE 63.822, 11.3.68), ji decidiuo Supremo Tribunal qua a S(rnula80 as refere nos :asps em qua o reto-mante pretends mentor dugs residen-cies. Quando pretends muds: sue reai-de"ncia, a necessidade , qua as presume,eati implicita no pedido. As outras de-cisoes a qua me refiro, no meemo sen-tido, ego as seguintes : RE 30.430(1965), Ag 38.566 (1966), RE 61.285(1966 ), RE 61.543 (1966).

EXTRATO DA ATA

RE 48 .441 - PE - Rel., Minis-tro Barron Monteiro . Recta ., Joaquim

Celestino Pimentel (Adv., Milton Ma-ranhao ). Recdo., Benjamin BerbosaMaria (Adv., Severino Maia).

Decisio: Nio conheceram do recur-so em decisio unenime. Impedidos, osMinistms Oswaldo Trigueiro a DjaciFalci o.

Preeidencia do Sr. Ministro La-

fayette de Andrade. Presentee os Se-

nhores Ministros Victor Nunee, Ra-

phael do Barros Monteiro e o Doutor

Oscar Correia Pins, Procurador-Geral

de Rep6blica , substituto.

Brasilia, 1 do abril de 1968. - Al-berto Veronese Aguiar, Secretirio.

RECORSO EXTRAORDINARIO N$ 52.305 - GB

(Primeira Turma)S, , 333

Relator pars. o ac6rdao: 0 Sr. Ministro Djaci Falcio, Atee , - 6. 4

Recorrente : Instituto National de Previde"ncia Social . Recorrido : FernandoPont".

O acdrdio malsinado cingiu-se a interpreter as L. 593, do24.12. 48, a 2 .752, do 10.4.56.

Nio }wove, assim, negasio do vigencia do Lei Federal, do modee propioiar o apelo derradeiro.

AC6RDAo

Vistos a relatados estes autos, acor-dam os Ministros do Supremo Tribu-nal Federal , em Primeira Turma, pormaioria de votos , na conformidade doare de julgamento a das notes taqui-grificas, no conhecer do recurso.

Brasilia, 20 de fevereiro de 1968.- Victor Nunes Leal, Presidents. -Djaci Farago, Relator pars o ecbrdio.

RELAT6RIO

0 Sr. Ministro Barron Monteiro: -Sr. Presidents.

Trata-se de mandarin de segurangirimpetrado pot Fernando Pontes con-tra o recorrente, o IAPFESP, qua theindeferiu o pedido do retomar a ser

segurado desea instituigiic , de qual sodesligara em 1934, por ni poderacurnular a aposentadoria concedidapolo meamo corn a do Tesouro , optan-do por eats 61time, qua use era meinvantajosa.

Deferido o writ em primeira instin-cia, foi a decisio nesse sentido manti-da polo eg. Tribunal Federal de Re-cursos, em acbrdio assim ementado:

"Aposentadoria d, servidor ferrovii-rio pela CAPFESP. Desconto de con-tribui96es devidas no periodo qua me-deia entre o desligamento do servicee a concesabo do beneficio".

'Mconformado mail uma vez, mani-festou o IAPFESP o recurso extraor-diririo do f. 58, admitido polo des-

R.T.J. 45

pacho de f . 61. nos seguintes termos,

em sun parts fitil:

"0 D. 26 . 778-49 estabelece queperda a condigio de segurado o quapasser a prestar servigo em crater de-finitive a empregador suj&'.o so regi-me de outra insdtuicao de p,evidan-cia, bom coma aquele que deixar deprester servigo a empregador sujeitoso regime de previdencie , per prazosuperior a 12 meses a no as valer deprerrogativa de continuer a contribuirem dobro, coma facultative.

Ora, o recorrido era segurado obri-get6rio do recorrente (IAPFESP)quando, em 1934, optou pale regime doIPASE, neo s6 deixando de sec segu-redo do recorrente , como recebeu epediu a devolugao de tudo quanto be-via contribuido a titulo de seguradoobriget6rio do recorrente . 0 desliga-mento den-se em 1933 a o recebimen-to des contribuici es je pages , em 1934.Admito o recurs".

O parecer do Procuradoria-Geral daRepublica, qua tern a abona-lo a apro-vagao do entio Procurador-Geral, hojeMinistro Evandro Line, a pale conhe-cimento a provimento do apelo.

E o relat6rio.

VOTO

0 Sr. Minis ro Barron Monteiro(Relator): - Sr. Presidents.

Verifica-se dos autos que era o re-corrido segurado obriget6rio do racer-route quando, em 1934, optou polo re-gime do IPASE. Nao a6 deisou, essim,de ser segurado do IAPFESP comotambem requereu a obteve a devolu-go de quanto havia contribuido aque-le titulo.

Arguments , pole, o recorrente:

"Em 1933 o recorrido desvinculou-se do recorrente a, per absurdo, rece-beu de volts o premio ate entio page,as contribuig6es . Vinte a eels onesspas vem pedir, administrativamenteprimeiro a no esfera judicial so depoiso ret6rno aquele regime sob o funda-mento de qua lei posterior the garan-tie aao o direito de opgio, me o di-

787

recto a dupla aposentedoria. Emqualquer hip6tese nio s6 neo se apl-caso recorrido o disposto naquele diplo-me legal como, no epoce, o seu direitoja estava prescrito pelo decurso doprezo 5 ones, dentro no qual poderiater pretendido qualquer coisa."

Como as ve, parece evidente quanegou o ac6rdio recorrido vigencia aospreceitos de lei indicados pelo recor-reute, especialmente no determiner s6-mente o pagamento dos contribuig6esatrasadas , sem lever em conta a feltsde contribuigio do empregador a, ero-de, a falta de contribuigio do periodode segurado obrigatbrio.

Em tais termos, conhego do recursoa the dou provimento.

VOTO

O Sr. Ministro Djaci Falcio: -Data venia do eminente Relator, nioconhego do rernrso it vista de que socuida de mere interpretegio de textolegal; inocorrendo negagio de vigencia,no forma prevista no Carta Politicsde 1967.

VOTO

O Sr. Ministro Osvaldo Trigueiro:- Page vane pars acompanhar o vetodo Sr . Ministro Djaci Falcio.

VOTO

0 Sr. Ministro Victor Nunes (Pro-aidente ): - Tambem pego venia, pare

nao conhecer do recurso , per se terfundado s6mente no letra a.

EXTRATO DA ATA

RE 52 . 305 - GB - Rel., Minis-tro Barros Monteiro . Recte ., Institu-to National de Previdencia Social(Adv., Helledio Toledo Mouteiro).Recdo., Fernando Pontes (Adv., Mi-rio Rebelo de Mendonga).

Decisio : Nao conhecemm , por maie-ria de votos.

Presidencia co Sr . Ministro VictorNunes . Presentee as Srs . MinistrosOswaldo Trigueiro, Djaci Falcio, Ra-phael de Barros Monteiro e o Doutor

788 R .T.J. 45

Oscar Correia Pina, Pronuador-Gera) Brasilia , 20 do fevereiro do 1968.is Republica, substitute . Licenciado, - Alberto Veronese Aguiar, Secre-• Sr. Ministro Lafayette do Andrade . t6rio.

RECORSU EXTRAORDINARIO N.° 58.118 - 81?

(Terceira Turma)

Relator: 0 Sr. Ministro Hermes Lima.

6,,,.i , 75-3_9ua! , ? if I U

Recorrente : Justice P6blica . Recorrido : Tbmsybulo Pinheiro do Albu-querque.

Dendncia contra Desembargador . Now termos do art. 79 daL. 4.117, do 27.8.62 (C6digo Brasileiro do Telecomunicagoee),oombinado corn o art . 29, 11 1.°, do L. 2.083, de 12.11.53 (Laido Imprensa), o Desembargador aposentado fora do fungio n"ten a prerrogativa, quo o ezercfcio delta the dada, do ser prooes-sado polo Supreuo Tribunal Federal. Simula 451. Recurso conho-cido a provido.

Ac6RDAO

V:stos a related" Sates autos, acor-dam oa Ministros do Supremo Tribu-sal Federal , one Terceira Tome, porunanimidade do votes , no conformida-de da eta do julgamento a des cotestaquigrificas , conhecer do recurso eiar-Ihe provimento.

Brasilia, 22 do fevereiro do 1968.- Gonsalves do Oliveira, presidents.- Hermes Lima, Relator.

RELATORIO

0 Sr. Ministro Hermes Lima: -O Tribunal de Alsada , no ac6rdio, diz• seguinte:

"0 Dr. Darcy Arruda Miranda,Juis de Direito de 3 .4 Vara Civel, dee-te Comarca do Capital, nos tgrmos doart. 79 da L. 4.117 , de 27.8.62(C6digo Brasileiro do Telecomunica-sbes ), combinado cram o art . 29, § 1.°,do L. 2 . 083, de 12 . 11.53 (Lei de Im-prensa ) solicitou o necessirio "aviw"a Procuradoria-Gera] de Justice, a fiatde qua f6sse oferecida den6ncia con-tra o Des . Thrasybulo Pinheiro de Al-buquerque, pelos fatos qua apontou nosue petisio , entre os quais, haver oreferido Desembargador se insurgidocontra tuna sua decisio , ezarada numa

peti£io initial de despejo assinadapolo aludido Desombargedor . Este, soinsurgir-w contra a decisi o do DoutorDarcy, requereu ao eg. Conselbo Su-perior da Magistrature , correiFio par-cial, onde, so inves de oferecer or-gumentos juridicos , demandou-se emofensas it peswa do Dr. Deny do At-rude Miranda, como juiz, estenden-do ace juizes em geral, do primeirainstilncia , conceitos desprimorows,como se vS de certidio qua foi ane-zada a sus petifio.

Em face do repreeeotasio do Dou-tor Darcy, o Dr. 3.0 Protector do Jus-tice oferecou denuncia contra o Do-sembargador Thrasybulo Pinheiro doAlbuquerque, fazendo constar dessapass os fatoe epontados polo DoutorDarcy a por Sets considerados despri-morows a me pessoe.

O Des. Dr. Thrasybulo do Albu-querque, em face da denfrncia, reque-reu a obteve habeas corpus deste eg.Tribunal de Alcada.

A denfmcia , porim, no foi reco-bide em face do magistrado do pri-meire inatincia haver se declared* in-competents pars, apreciar a page ini-tial.

O Dr. Promotor P6blico nio weconformou corn a decisio quo concluiupole incompetencia do Juizo, dale re.

R.T.J. 45

correndo, nos tiro os do art. 581, in.clan D, do C. Pr. Penal.

O recurso foi processado normal-monte, send*, mantido Palo magietra-do recorrido."

O ac6rdio deu pale incompetfiuciado Juizo de 1.0 Instimcia pare proces-ses Desembargador aposentado , dixen-do ser a materia do competfincia doSupremo Tribunal , Segundo o art. 101,1, letra a, de C . F. do 1946. Alegaquo a Constituirao pomade nio taxisdistincio entre Desembargador do ati-va a aposentado a quo o RegimentoInterco do Tribunal do Justica doEstado do Sao Paulo estabelece quoo Desembargador qua deixar o cargoconservari o titulo a as honras a fileinerentes, salvo coadenacio criminal.O Tribunal de justice teria equipara-do os Desembargedores aposentados sosdo ativa.

Nio so conformando con o ac6rdio,o Procurador-Geral do Justice do Es-tado interp6s recurso extraordin6riopales letres a e d do Constitui io.Alega quo o acbrdio infringiu o die-positivo constitutional 101, ben assimo correlato artigo do C6digo do Pro-cesso Panel quo atribui soe Desem-bargadores doe Tribunals do Justicados Estados , como prerrogativa defuncio . o direito de se verem proces-sor criminalmente Parente o SupremoTribunal . Arguments quo o recorridonio se encontrava mais nos funcieapor ocasiio do pritica tide Como deli-tuosa conservando do cargo spans otitulo a as hones . 0 pr6prio ec6rdioafirma qua "o Desembargador aposen-ta-se a fica sere funFio".

Ora, cessada a funcao, desaparece,portanto , a prerrogetiva quo dale de-come . Note abide owns incoogruGnciado crit6rios no ac6rdio, pole, so soSupremo coubeeee a competfincia ori-gin4rla pan o processo a julgamentodo Desembargedor aposentado, so Tri-bunal de Alcada de Sao Paulo nio ca-beria confirmar , em grau do recurs, adecisio qua repelira a dentncia equa assim teria incidido at improprie-dads de nio remoter o problems soconbecimento de arts Supreme. Als-go sinda divergfincia do ac6rdao corn

789

outras decis6es do Tribunal do Justi.ca do Estado a do Supremo . al.Invoca, finalmente, a Sdmula 451, Se-gundo a qual "a competencia especialpm prerrogativa de fungao nio se eatends so crime cometido epos a ces-sacio definitive do exercicio funcio-nal."

O recurao foi admitido por ambosox fundamentos . 0 recurso foi im-pugnado.

O parecer de douta Procuradoria 6polo provimento.

f5 o relat6rio.

VOTO

0 Sr. Ministro Herres Line (Re-lator): - Conhepo do recurso a thedou provimento . 0 recorrido foi de-nunciado so Dr. Jule do Direito doVara Auxiliar do J6A core( i.carsonee penes do art. 58, II, letra a, daL. 4.117-62, pals Procuradoria-Gerddo Justica, ap6s repraente4ao do ofen-dido. Sendo Desembargador aposenta-do fora do funcio , nio ten a prero-gative qua o exercicio data the deriado ser processado pain Supremo Tri-bunal . A mat6ria regulada no artigo101, I , letra c, do CF. de 1946, stihoje regulada prgticamente nos mes-moe tiros do art. 114. 1 tetra b,de C.F. de 1967. A Sdmulaa 451 danoses jurisprudfincia dominante niodeixa dAvida quanto d interpretededo texto constitutional de mat" onedebate.

VOTO

O Sr. Miniatro Amoral Santos: -Sr. Presidents, estou do ac8rdo corno eminente Relator a quero acrescon-tar mais: entendo quo nio poderiamesmo tar qualquer direito a Foraespecial, visto quo eerie tornar as par-tea desiguais , no processo em quo 61e,desembargedor eposentedo , participatecoma advogado.

EXTRATO DA ATA

RE 58.113 - SP - Rel., Wale'tro Hermes Lima. Recta ., Justice Pi-blica. Recdo., Thrasybulo Pinheiro doAlbuquerque (Adv., em cause prb-pria).

790 R .T.J. 45

Deciseo: Conhecido a provide. Un8- cha, Amaral Santos, Thompson Flores,nime. e o Dr. Oscar Correia Pine, Procurador-

Presidencia do Sr. Ministro Gongal- Geral do Republica, substitute.

ves de Oliveira. Presentes as Sanborn Brasilia , 22 de fevereiro de 1968.Ministros Hermes Lime, Eloy do Ro- - Guy Milton Lang, Secretirio.

RECURSO EXTRAORDINARI0 N.° 61.116 - MG

(Primeira Turma)

Relator : 0 Sr. Ministro Victor Nunes Leal. ,Arid• /4t8.6TRecorrente : Cooperative de Consumo dos Funcionirios do Banco do Bra-

ail Ltda . Recorrida : Fazenda do Estado.

Isengaq pretendida per cooperative, do raze de recuperagioecondmice de Mines, Gerais , incidente sdbre atividades sujeitas soimp6sto de vender a consignagoes . Decisio contriria do Tribunalde Justiga . Recurso fruatrado polo, no. 81, 306 a 280 de S6mula.Exam de precedentes do S.T.F.

AC6RDAO

Vistas, relatados a discutidos Batesautos , ecordam as Ministroa do Su-premo Tribunal Federal, em PrimeiraTurma no conformidade do ate dojulgamento a des notes taquigraficas,per unanimidade de votos, nao co-nhecer do recurso.

Bras lia , 12 de fevereiro de 1968.- Victor Nunes Leal, Presidente eRelator.

RELAT6RIO

0 Sr. Ministro Victor Nunes (Pre-sidente): - A Cooperative de Con-sumo dos Funcionirios do Banco doBrasil foi condenada , em executivofiscal , a pager so Estado de Minasas taxes de recuperagio econ6micae de assistencia hospitalar (adicionaldaquela ), em razio des vendas efe-tuadas em 1960, 61 a 62 (Ap.26.291, 14 . 3.66 - f . 72). Assimargumentou o Tribunal do Justiga:

"No can , ji ago exists lei isentan-do as cooperatives dos tributos lo-cais , em face do qua disp6e a Cons-tituigio Federal do 1946. Os D. fed.no. 22.239 , de 1932, a 509, de 1939,reviocradcs polo do n.- 8.401, de1945, invocadoa como pmveitosos aexecutada, perderem sus eficicia, jiqua do atual Constituigiio Federal nia

constam dispositivos qua admitem aisengao pretendida.

Inteira razao assists, a Fazenda exe-quanda, quando, per intermedio deseu representante, sustenta qua o pri-vilegio qua poderi ser vislumbradoantes de 1946, comp estatui no le-gislagio federal, pare as cooperatives,caiu core a Constituigio daquele ano,de vez quo, no discriminagio do ,en-dos, a matiria ficou expressa a ex-clusivamente do competencia esta-dual.

Del porque coube so eminente Mi-nistro Ribeiro do Costa sustentar quaa Lei Federal, qua foi oposta a Leides Cooperatives declarou spans quaeases sociedades teriam a protegao doEstado, mas node disse sobre isengio- R.F. 188/122.

A jurisprudencia predominant, noSupremo Tribunal Federal B noosesentido, canto se vB do Si mina 81,verhis: "As cooperativas nao gozamde isengao de impostos locais, corefundamento no Constituigao a nasleis federais".

TambBm Bste eg. Tribunal assimtem entendido, come se vB do ac6r-d9o proferido no Ag 9.418, do Co-mama de Santa Luzia. -

Adernais disso, no ,specie, sio co-bradas simple! taxas a nao impos-tor" (f. 72-73).

R.T.J. 45 791

A Cooperative recorreu , eztraordi-neriamente (f. 75, 85 ), pretendendoeater isenta : 1.0) em virtude do ar-tigo 38 do D. 22.232/32, bern comodos julgados do S.T. F., qua nega-ram validade a taro de recuperagaoecon5mica a de assist$neia hospitalar;2.°) em face do pr6pria legislagioestadual : art. 13 do L. est. 133, do28.12.47; art. 20, § 1 .0, do L. est.n.° 760, de 26 .10.51; art. 118, IV,do D. eat. 6.132, de 13.1.61.

A Procuradoria-Geral opinou polonio conhecimento, em face do Sumu-la 81.

VOTO

0 Sr. Miniatro Victor Nunes (Re-lator): - Em mail de um ac6rdio,o Supremo Tribunal admitiu, outro-to, a validade do isengio de impostorestaduais a municipals , concedida ascooperatives pale lei federal (D. n6-mero 22 .232, de 19 . 12.32, revigora-do pelo Dl. 581, do 1 . 8.38; a peloDl. 8.401, de 19.12.45). Vejam-se:RE 12.4'23 (4. 6.48), R .F. 120/96;RE 16.579 (4.4.52), R.F. 158/122,al6m de outros referidos em julgadosdo genero, R.F. 133/80, D.J. de14.8.52, p. 3.833, ERE 6.573(18.6.48).

Entretanto , corn o advento do re-gime de 1946 , outras decis6es , inclu-sive do Tribunal Plano, se manifes-taram em sentido contrerio, fazendoprevalecer o art. 19, IV, do Consti-tuigio s6bre aquelas leis federais:RE 29 . 026 (3 .4.56), R . F. 188/120;ERE 20 . 587 (22 . 5.56), onde se re-formou a decisgo do Turma; ......RE 27. 013 (28 .8.62), D.J. de28.11. 68, p. 1 . 211. Firmou -se, en-tio, a jurisprudencia em tal sentido,consoante a S/ntula 81 ( baseada noRE 51 . 938, ERE 48 . 121, RE 50.185,RMS 10.986): "As cooperatives neogozam de isengio de impostos locals,corn fundamento no Constituigio enas leis federais".

Por outro lado, a certo qua a taxade recuperagio econ6rnica foi decla-rada inconstitucional sob v6rios as-pectos ( por tier multiforme, no dizerdo Sr . Ministro Habnemann Guima-ries), a been assim o seu adicional,denominado taxa de assisteucia boa-

pitalar: Sfanula 144 a Res. 122, doSenado (D.O. 13.12.65, p. 12.757),apoiada no RE 36. 298 (16 . 6.61).Mas ficou ressalvada a validade dersa imposigio , quando ale pudesseconstituir adicional de tributo do com-petencia do Estado, corno 4 o casedo imp6sto de vendas a consignag6esa qua se referem os presentes autos.Neese sentido dispoe a Sumula 306:"As taxes de recuperagio econ6micae de assistencia hospitalar de MinesGerais sio legitimas, quando incidems6bre materia tributavel polo Es-tado".

Portanto, s6bre os dois aspectos fe-derais focalizados , o recurso extraor-

dinario do Cooperative esbarra em

jurisprudencia pacificada . Mencionou

ela, entretanto , em memorial distri-

buido ap6s a interposigio do recurso,qua o Tribunal de Algada de MinesGerais the reconheceu a isensio emcaso identico, tendo sido arquivado oagravo de instrumento interposto poloEstado, conforme despacho do SenhorMinistro Aliomar Baleeiro (Ag 41.014,D.J. de 19.10.67, p. 3.395). Masessa divergencia foi alegada fore doprazo de interposicio do recurso a as-senta em despacho individual.

Pods ter havido infragio, ou etaintelige"ncia,, do legislagio estadual

apontada no recurso, mas esta mata-ria escape a via extraordinaria.

Palo exposto , nio conhego do re-

curso, corn base ties Sramdas 81,

306 a 280.

EXTRATO DA ATA

RE 61 . 116 - MG - Rel., Mi-nistro Victor Nunes . Recte. Coops-native de Consumo dos Funcionariosdo Banco do Brasil I .tda (Adv. De-cio Fulg6ncio Alves de Cunha).Recda . Fazenda do Estado (Adv.Lucy de Oliveira Tales).

Decisio: Nio conheceram , unini-

memento.

Presidencia do Sr. Ministro Vic-tor Nunes . Presentes os Srs. Minixtros Oswaldo Trigueiro , Djaci Fabcio, Raphael de Barros Monteiro e oDr. Oscar Correia Pine, Procurador-

792 R .T.J. 45

Gent do Rep] bliee, substituto . Li. Breslin, 12 de fever:::ro de 1968.cenciado, o Sr . Ministro Lafayette - Alberto Veronese Aguiar, Secre-do Andrade . tIrio.

RECUBSO BXTRAORDINARIO N. 61.436 - PE

(Ptg lnda Turma)

Relator: 0 Sr. Ministro Adalicio Nogueira.

^,,, 733,4"a . ,8-6d'

Recorrente : Antonio Jos6 Pereira de Lira J6nior. Recorrida : Justiga Pb-blica.

julgamento pelo Juri. Ause"ncia des nulidades alegadas. Re-curso extraordinerio conhecido, a base de letra d, do permissi oconatitucional, mss a qua as negou provimento.

AC6RDAO

Vistos, relatados a discutidos Estesautos, acordam os Ministros de Se-gunda Torras do Supremo TribunalFederal, em conformidade corn a atedo julgamento a notes taquigrIficas,

conhecer do recurso a negar-the pro-vimento, it unanimidade de votos.

Brasilia, 4 do junbo de 1968. -Evandro Line a Silva, Presidents -Adalicio Nogueira, Relator.

RELAT6RIO

0 Sr. Ministro Adalicio Nogueira:- 0 parecer de f. 246-247 , de dou-to Procuradoria-Geral de Republicaresume, corn exatidio, a controversia:

Inconformado corn o v . ac6rdi odo f. 211-220 , Antonio Jose Pereirado Lira Junior recorreu extraordini-riamente corn arrimo nas letras a e ddo permissivo constitucional entgo vi-gente, alegando ofe ,sa nos arts. 593,M. a. do C. Pr. Pen, e § 25 doart. 141 de C.F. de 1946 , on seja,deficiincia no formulagio de quesitoe cerceemento do defese , colacionan-do, de logo, areto de outro Tribunalpare a prove do dissidio pretoriano.

Admitido seguimetto so apilo ex-tremo (f. 231-233), hnasoaram aspanes.

A deficiincia no formulacio doquesito residiria no fato do se ter per-guntado so Jfiri so "o reu praticou ofaro em defesa prbpria".

Tern o recorrente qua a perguntadeveria ser formulada do seguinteforma:

"0 reu praticou o fato em defesade sun prbpria pessoa?"

Para o recorrente , a pergunta comofoi feita € generics.

Data venia, nio tern a mail mini-ma rasio 0 recorrente.

A pergunta s6bre se o ato forepraticado em defesa prbpria 6 espe-cifica a refere-se, bbviamente, 6 into-gridade corporal do acusado.

O main a filigrana corn o desidera-to do buscar was nulidade inexis-tente.Per outro lado, inocorre, as espe-

cie, cerceio de defesa , a justificar avulneraSio do principio constitucionaldo contradit6rio.

So perguntas nio foram faiths pelodefensor do acusado 6e testemunhasouvidas em plenCrio foi porque istenio as quis laser, visto quo, paretanto, an pediu a palavra . Palo mu-nos, os autos nio dio noticia de in-deferimento do palavra so advogadodo acusado pore reinquirir testemu-nhas".

A o relatbrio.

VOTO

0 Sr. Ministro Adalicio Nogueira(Relator): - O recurso extraordini-rio funds-se nos letras a e d do nor-ma constitucional anterior . Os artivosofendidos teriam sido os do as. 593,III, a, do C. Pr. Pen., a 141, § 25,de C.F ., entio vigente.

R.T.J. 45 793

Nio lobrigamos ondo a lemon fron-tal a this dispositivos.

No qua respeita so dise(dio upon-tedo, hi, corn efeito, julgados, quaimpSem Baja ezpresso o quesito re-ferents S legitima defesa , corn a dis-criminagio do qua se trata do pr6-pria on de de outrern, bem como doqual o direito quo se quis resguardar,se o do vida, me o do propriedade, seo do hops.

Mas, in cases, no h6 como p6r-seem divida o que, efetivamente, ocor-reu.

Quando se questionou so J6ri so"o t6u praticou o fato em defesa pr6-pria", o Tribunal popular nio podiater hesitado em entender qua so tra-tave do defesa do pr6pria incolumi-dads pessoal , porque os futos do pro-cesso o esclareceram , de sobejo, s6breisso.

Trate-se, ne espicie, do um acusadoqua agrediu um camel de velhos, ser-

Como quer qua seja , a legitima do-fees alegada s6 podia ser a prbpria as6 podia visor ii integridade corporaldo riu, porque nenhum tetceiro par-ticipou do evento criminoso de cluese cuida.

Nem houve, por outro lado, qual-quer cerceamento it defesa do recor-rents, como barn acentuou a inclineProcuradoria-Geral de Republica, domodo a prejudicar o principio cons-titucional do contradit6rio.

Conhego do recurso pale letre d,inns the nego provirnento.

EXTRATO DA ATA

RE 61 .416 - PE - Rel., Mi-nistro Adalicio Nogueira . Recce. An-tonio Jose Pereira do Lira Junior(Adv. Boris Trindade). Recd,. Jus-tiga Publics.

Decisio: Conhecido, mas nio pro-

vindo-se de urn cocks, corn o qual Presidenciado Sr. Ministro Even-matou o homemse feriu a rnulher, also

dm Lines a Silva. Presentes a sessioporque os anciios reclamaram contra os Srs. Ministros

Adalicio Nogueira,o faro dole perseguir, no too , a sus Aliomar Baleeiro, Adaucto Cardoso,nets, acompanhando-a , corn o fito do

Themistocles Cavalcanti a o Dr. Os-seduzi-la . E ainda vein alegar legiti-ma defesa do pr6pria vide, oposta ii car Correia Pins, Procurador -Geral des

fragilidade de dois velhos, cujo 6ni-Rep6bliw, substitutes.

on crime consistiu son buscar amps - Brar. lia, 4 de junho do 1968. -rar a bona do sues note manor . Guy Milton Lang, Secretorio.

•RECURSO EXTRAORDIN&RIO N.° 63.054 - GB

(Segunda Turma)

Relator: 0 Sr. Ministro Adalicio Nogueira.

Jm , X33&c'.1 t.6cr

Recorrente : Estado des Guanabara . Recorrido: Josh Dias Goicher.

Agin ordinJria do reintegragio do funcionerio publico demi-lido, por infragio administrative . Absolvigao em processo crimi-nal, on que nio se apurou falta residual . Ausencia de violagiodos dispositivos legal, invocados a do dis4dio jurisprudential per-tinente . Recroso eztraordindrio do que nio se tomou conheci-mento.

ACORDAO nio tomar conhecimento do recurso, I

Visors, reletados a discutidos estesautos , acordam os Ministros do Se-gundo Turn do Supremo TribunalFederal, em conformidade corn a atedo julgamentos a notes taquigrifices,

vido, uninimemente.

unanimidade de votos.

Brasilia , 18 de junho do 1968.

Evandro Line a Silva , Presidents

Adalicio Nogueira, Relator.

794 R .T.J. 45

RELATORIO

O Sr. Ministro Adaficio Nogueira:- 0 parecer de f. 322-323 da doutaProcuradoria-Geral de Republica ex-poe, com inteira exatidaq a contro-v€rsia:

"0 Estado do Guanabara, incon-formado com o acordao prolatado paleeg. 8- Camara C:vel do Tribunalde Justiga ( f. 285 /290), recorre ex-traordineriamente, com fulcro nas Te-tras a e d do permissivo constitucio-nal, sustentando qua o mencionadoaresto toria violado os arts. 120, $ 4.-,e 50 do C. Pr. Civ. a dissentidodo jurisprudencia de outros Tribu-nais.

Alega o recorrente qua o 1.0 juizqua sentenciara no feito deveria sero competente pare o julgamento doprocesso e, ainda qua a apelagao naoMrs regularmente distribulda, potsnio poderia prevalecer a anteriormen-to realizada pare a 8 .8 Camara Ci-vel.

Afirma o recorrente, por outro ladoqua o acordio recorrido teria dissen-tido da jurisprudencia do ColendoSupremo Tribunal Federal, pois adecisio absolutoria penal nao podealterar, por si so, as conclusoes doinquerito administrativo.

Sam razao o recorrente . No julga-mento anterior decidiu a 8? CamaraCivel anular o processo , a partir dodespacho saneador , pare mandar pro-ceder a prove testernunhal , pals qualprotesters o autor . Colhida essa pro-va, teria o MM. Juiz qua julgar no-vamente o feito , quo fora anulado apartir do saneador . Assim, no se-pia o 1 .0 juiz qua deveria julgar oprocesso, pois nao iniciara ale a pro-va em audiencia , uma vez quo anula-da fora a audiencia de instrugio ejulgamento anteriormente realizada.Julgado novamente o processo, emconsequencia de decisao do mencio-nada Camara C'vel, era evidente quase encontrava ela prevents para aconclusio do julgamento qua inicia-ra. Nao houve, pois, violagao one dis-positivos legais invocados , mas suaadequada aplicagio.

Quanto so invocado dissidio juris-prudencial , entendemos qua ale ino-

cone na especie . E corto qua a Su-mula 1$ admite a punigao adminis-trativa de servidor publico , pela feltsresidual, nao compreendida no absol-vigao polo juizo criminal . No casodos autos, entretanto , tel nao ocor-re, pois o acirdio reconido acentuouqua nenhum residuo resultou compro-vado, pars justificar o convalescimen-to, no esfera administrative, de umapenalidade trio rigorosa como e a de-missao.

Somos, assim, polo nao conheci-mento do recurso e, caso contririo,polo sou nao pgrovixnento".

E o relaterio.

VOTO

O Sr. Mini at to Adaficio Nogueira(Relator): - ArgGi-se, in case, vio-lagao dos arts . 120 a 50 do C. Pr.Civ. a dissidio jurisprudencial, parejustificar a interposigio do presents.recurso extraordinirio.

Mas nao houve a pretensa vulne-ragao e, ainda mais, a negative da suevigencia . 0 juiz qua proferiu a seagunda sentenga de primeira instanciade f. 248, fe-lo no plenitude do onejurisdigao , porque havendo o v. acor-deo de f . 207 anulado a primitiveaudiencia de instrugao a julgamentoa a decisio qua as ]he seguiu, o juizanterior ji nao estava vinculado sofeito e o qua o substituiu estava emperfeitas condigoea de julgi-lo. Poroutro lado, a eg . Camara Civel quaapreciou a apelagao era, realmente, acompetente , pare tanto, visto qua foiela pr6pria qua, pronunciando aque-)a anulagaq determinou, on diligen-cia, fossem ouvidas as testemunhasdo reconido, no reabertura do instru-gio, qua ordenara . Prevents encon-trava-se, pois, a sua competencia,para ultimar o julgamento , a qua jidare inicio.Nrio se configura, igualmente, a

discrepancia pretoriana indicada.Os acird"aos apontados como diver-

gentes reportam-se a hipiteses dife-rentes ( f. 297-298 ). 0 qua dizem iquo "a decisio penal absolutiria, cal-cada on falte de proves, no excluia verificagao administrative da fallsfuncional" (f. 297).

R.T.J. 45 795

Nio foi o memo o qua decidiu ov. acordio recorrido . Na one emen-ta registra-se qua "se versou o pro-cesso criminal s6bre on memos fa-ton que serviram de base a ezonera-gio, a se nele foi declarada inezisten-to a infragio, nio pode subsistr aPena discipliner ( f. 285 ). E no cor-po do julgado ainda so consigns: "Ajurisprudencia dos tribunais , inclusivedo Supremo , vein se manifestando nosentido do independencia des juris-dig6es administrative a criminal, demodo qua a absolvigao no processocriminal ruin imports necessariamen-te no nulidade do Pena administrati-ve. Para qua tal ocorra, entretanto,e necessario qua a decisio absoluto-ria nio haja abrangido integralmenteo Wcito administrativo atribuido nofuncionerio , deixando urn residuo ad-ministrativo, capaz de justificar a pe-nalidade imposta".

0 v. aresto , pois, ateve-se so pres-crito no Sdmula 18, segundo a qual"pale falta residual , nio compreendi-da not absolvigio 'pelo juizo criminal,e admissivel a punigio administrati-va do servidor p6blico".

•RECURSO EXTRAORDINARIO N' 63.268 - NG

(Terceira Turma - Matt ria Con'stitucional)

Assim, proclamada a inezistinciade felts residual , nio he como puni-lo, administrativamente.

No conhego do recurso eatraardi-nerio.

EXTRATO DA ATA

RE 63. 054 - GB - Rel., Mi-nistro Adal'cio Nogueira . Recta. Es-tado do Guanabara (Adv. Reynaldode Mottos Reis ). Recdo . Jose DiasGollcher (Adv. Paulo Breulio Cou-tinho).

Decisio: Nio conhecido , uninime-mente . Felon polo Recdo . 0 DoumrPaulo Breulio Coutinho.

Presidencia do Sr . Ministro Even-dro Line a Silva . Presentee on Senho-res Ministros A d a l i c i o Nogueira,Adaucto Cardoso, Themistocles Ca-valcanti e o Dr. Oscar Correia PinyProcurador-Geral do Republica, subs-tituto. Ausente, justificadamente, oSr. Ministro Aliomar Baleeiro.

Brasilia, 18 de junho de 1968. -Guy Milton Lang, Secreterio.

Relator : 0 Sr. Ministro Hermes Lima.

&. 93SAv.d. :4 a° 66

Recorronte : Uniio Federal. Recorridos : Otevio Alves Ribeiro a outros.

Agin erpropriatdria . Legal a aplicagio do L. 4.686, do21.6.65, not confomildade dos seas termos . A avaliag,io do peri-to oficial datava de main de am a o case este pendants . Impro-cedencia do inconstitucionalidade arguida , seja quanto ao art. S^do A.I. 1, eels quanto eo disposto no art . 60, inciso II, do Cone-tituigio. A materia of disciplinada concern a iniciativa do presi-dente em projetos de lei que aumentem a despesa publica. Nocase em debate, a malaria relacion-se com o pagamento resal-tanto do condenegao pelo Judicidrio. Inristencia do decisio ul-tra petite. A corregio decreta-se de oficio desde qua ocorram onpressupostos legais . Recurso nio conhecido.

AC6RDAO de de ate do julgamento a des notes

Vinton a relatados estes autos,acor- taquigreficas, nio conhecer.

dean on Ministros do Supremo Tribu - Brasilia, 10 de maio de 1968. -nal Federal , em Terceira Toronto, por Gong aves do Oliveira, Presidents -unanimidade de votos , no conformida- Hermes Lima , Relator.

796 R .T.J. 45

RELAT6RIO

O Sr. Ministro Hermes Lime: -Na acao expropriatbria movida poleCentral Eletrica de Furnas S.A., as-sistida pela Unieo Federal, de areasde terras regularmente declaradas deutilidade pablica pare a construcaodo barragem a reservat6rio do UsinaEletrica de Furnas, a sentenca de f8-the 191, adotando o laudo do Assis-tente-Tecnico do expropriante, laudoqua a de 17 de janeiro , acolbeu opreco oferecido remltante do avalia-gio, preco qua, entretanto, mandouquadruplicar.

A sentenga abandonou o laudo dopanto official , qua a de 12.9.63.

Recorreu-se de of'cio . Furnas S.A.apelou . Quanto i multiplicafao dovalor por quatro porque a sentencenio a explicou nom justificou, cons-tituindo decisao ultra petits, pois nin-guem a pleiteou . Quanto a honori-rios do advogado , por no parecerjusto o arbitramento de 5% s6bre ototal des indenizafoes concedidas.

O ac6rdao de 1. 224 proven o ape-lo pare qua prevalecessem as val6reeindicados polo perito oficial a parefixer em Cr$ 5.000 por terreno ava-liado as salarios do panto oficial.

Decretou de officio , no conformida-de do L . 4.686, de 21 . 6.65, • cor-resio monetaria (art. 1.0, § 2.°).

"Decorrido prezo superior a um anoa partir de avaliacao, o juiz Cu Tri-bunal , antes do decisio final, deter-minare a corresio monetaria do valorapurado".

Mention assim qua o celculo a serefetuado em execugio atendesse edata do avaliaFio quo no caso a de13.9.63 . Como Indices de correcaomonetiria deveriam prevalecer os doConselho Nacional de Economia on,em sua faith. os do Fundatio Get6-Ito Vargas.

A Uniao recorreu extraordinaria-mente pales tetras a e d ( f. 229).Arguments qua a L. 4.686, do ....23.6.65, 6 inconstitucional porque(preticamente r-produzidos no an. 60,inciso II, do C.F.), pois sendo For-vas sociedade de economia mists emqua a Uniio 6 a maior acionista, au-

mentar-the as despesas i aumentar asdeepens de Unieo.

A. L. 4.862, de 29 . 9.65, conae-grou o principio do irretmatividade,excluindo dela sua vigencia e aniono memo principio deveria aplicar-seone processos expropriat6rios.

Finalmente, a decisao foi ultra pe-

tite so determiner a correSio mone-teria, inclusive porque nio vigia i

epoca de interpoai gio do recurso a

L. 4.686.Opine a douta Procuradoria pelo

conhecimento e provimento do recur-so reportando -se is razoes do recor-rente assinadas polo ilustre DoutorFirmino Paz, 3.0 Subprocurador-Ge-ral de Rep6blica.

L a relat6rio.

VOTO

O Sr. Ministro Hermes Lime (Re-lator): - Nao conheco do recurso.O Tribunal tern ji julgado quest6esqua envolvem a L. 4.686 a conside-redo legal sus aplicagio no conformi-dads de sous termos. Palo manstree ac6rdios nesse sentido podemser apontados : RE 62 . 221 a RE62.344, relator o eminente MinistroOsvaldo Trigueiro, respectivamenteas R.T.J. 43, p. 105 a 407. E ain-de o RE 40.224, relator o eminenteMinistro Djaci Falcio, R.T.J.43/656.

"Presents o pressuposto de fato,isto e, decurso de mais do urn an*a contar de avaliacao , o Tribunal de-terminou a corre$io moneteria do va-lor apurado . Nao se fazia mister pe-dido de corre$ao monetaria constan-to de inicial . Alias, houve obedien-cia ao mandato insito no art. &- doLei de Introdu$io so C6digo Civil, Se-gundo o qual "a lei em vigor teriefeito imediato a geral, respeitados •ato juridico perfeito, o direito adqui-rido e a wise julgada". Trats-se deregra aplicavel a cows pendentes.In cam, havia processo em curso.Portanto, sujeito a corre4io moneta-ria".

Na questio qua ore so debate, es-tou am qua o ac6rdio decidiu been.A avaliaSio do perito oficial datavado mais de ano . 0 caso esta pea-dente.

R.T.J. 45 797

A inconstitucionalidade argilida siloprocede porque, "is quanto so art. 5.0do A. 1. 1, seja quanto so disposto noart. 60, inciso A, da C.F ., a mat6riaai disciplinada concerns ii iniciativado presidents em projetos de lei quaaumentem a despesa pfiblica.No caso em debate, a materia re-

laciona-se corn pagamento resultantsdo condenacio polo JudiciIrio.

So ease pagamento onerer a Fa-zende Federal , Estadual on Munici-pal Cu as entidades do direito pfibli-co, o carninho a seguir est6 no arti-go 112, ft L° a 2.°, do C. Federal.As precat6rias resultantes des decisoesjudiciaries 6 qua servirio Para enca-minhar a solver o problema.

Quanto I irretroatividade no Perin-do anterior I vigencia do lei, nedaconsta do texto do L. 4.686 qua as-aim tent aplicacio geral a imediata.

No qua se refers a avaliario, ela6 a do laudo oficial , como esti naletra a no espfrito do art. 10 § 2 0do L. 4. 686, verbis:

"Decorrido prazo superior a umano a partir de avaliario , o juiz ono Tribunal, antes da decisio final, de-terminar6 a correrio monetfiria dovalor apurado".

Decisio ultra petite tamb6m nioexistiu. A correrio decreta-se de ofi-cio desdo quo ocorram no preasupos-tos legais.

VOTO

0 Sr. Ministro Amaral Santos: -Voto corn o Sr . Ministro Relator,muito embora reconhera qua haja ir-regularidades muito grandes nessemodo do proceder.

VOTO

0 Sr. Ministro Thompson Flores:- Senhor Presidents . Acompanho ovoto do eminente Relator.

Nio tenho corno verificado o re-formatio in pejus, em deafavor doUniio.

Se aplicada foi a correrio moneti-ria beneficiando o recorrido, reduri-de ficou al line a indenizario fizadapolo magistrado em quatro vezes ovalor fixado no pericia.

E inconstitucionalidade nio vejo nolei qua imptis correrio monetfiria corn

vista so art . 60, II, da C. Federal.Trata-se de lei geral, disciplinandomat6ria reparat6ria . E nio de Di-ploma especifico, originando compro-metimento do despesa, o qua ttinica-mente visou prevenir a Lei Maior.

VOTO

O Sr. Ministro Gonsalves do Oli-veira (Presidents): - 0 men voto 6scompanhando o do eminente Rela-tor.

Tenho qua "Be lei 6 de aplicacioimediata, segundo ale 6 ezpressa esegundo 6 ezprossa a Lei de Intro-durio an C6digo Civil . 0 TribunalFederal de Recursos pods mender es-tender o recurso sub judice a ariode deaapropriacio , para qua se farecorrerio monetfria. E ease lei niotent eiva do inconstitucionalidade,pois a Constituisio gerante a pro-priedade, salvo caso de desapropria-rio por necessidade fitil, interisse so-cial, mediante pr6via a juste indeni•zarf(o em dinheiro . A indenizario hide ser juste a stn dinheiro.

Ora, a Lei de Corregio Monet"veio tracer normas Para qua se pa-gue indenizario junta, a, como tiveensejo do assinalar , a inflario no Bra-sil 6 fato incontest6vel . 0 prero desutilidades se multiplicam no cornerde dois, trios anos , dues, quatro, dez,vinte vezes mais. Mercadorias e,principalmente , im6veis qua em 1962custavam dez mil cruzeiros, hoje,custom quinhentos . 0 aumento 6 nes-sa proporrio como 6 sabido . Foi Paraatender a urns palpitante realidadesocial qua veio a Lei de Correrio Mb-netiria . Nio era junto qua uma pes-soa perdesse seu im6vel a fosse rece-ber um valor , trios, quatro, cinco anosdepois, qua nio desse pare comprarum identico, porque o fim do indeni-zacio 6 aparelhar o expropriado aadquirir urn meamo lmbvel em outrolocal, can lugar daquele qua a Uniio,a pessoa juridica de direito pfiblicoquis, Para uma obra pfiblica. Destasorts, essa lei nio 6 inconstitucional.

E a invocacio do art. 60 da C.F.diz resppeito a criariio de cargos, au-mento de despesa, aumetto do venci-mentos de funcionirios pfiblicos, niotern =do qua ver corn a lei que per-

798 R .T.J. 45

segue indenizagio justa, prevista naConstituigio.

Com estas considerag6es, acompa-nho o voto do Sr. Ministro Rela-tor.

EXTRATO DA ATA

RE 63.268 - MG - Rel., Mi-nistro Hermes Lima. Recta. UniioFederal. Recdos. Otavio Alves Ri-beiro a outros.

Decisio: Nao conhecido. Decisiouninime.

Preside"ncia do Sr . Ministro Gon-galves de Oliveira. Presentee S ses-sao os Srs . Ministros Hermes Lima,Amaral Santos , Thompson Flores eo Dr. Oscar Correia Pins,, Procure-dor-Geral do Rep6blica , substituto.Ausente , justificadamente, o Sr. Mi-nistro Eloy da Roche.

Brasilia, 10 de maio de 1968. -

Guy Milton Lang, Secretdrio de

Turma.

0

RECURSO EXTRAORDINARIO N.° 68.835 - MG

(Primeira Turma ) 911", X33Relator : 0 Sr. Ministro Raphael de Berms Monteiro.

4ced. 77 f g?Recorrente : Cipriano Rosa Correia . Recorrida : Justiga P6blica.

Reviaio criminal . Alegageo do ser complezo a incompletequesito referente ao concurso de delitos . Inezistencia do negativede vigencia do lei federal a disaidio jurisprudoncial no compro-vado de aco"rdo com a S6mula 291 . Recurso eztraordindrio neioconbecido.

AC6RDAO

Vistos, relatados a discutidos gatesautos, acordam os Ministros de Pri-meira Turma do Supremo TribunalFederal, em conformidade corn a atade julgamentos a notes taquigrificas,neo conhecer do recurso, pot maioriade votes.

Brasilia, 29 de abril de 1968. -Lafayette do Andrade, Presidents, -Raphael de Barron Mont eke, Rela-tor.

RELATORIO

O Sr. Ministro Barns Monteiro:- Sr. Presidents:

O recorrente Cipriano Rose Cor-reia a Join Rosa Correia foram pro-nunciados corno incursos nas sangoesdo art. 121, 9 2', inciso IV, combi-nado com o art. 25 do C. Pen., pothaverem, por volts das 21 horns e30 minutos do die 18.2.60, no PragaRodoviaria do cidade de Paton de Mi-nas, agredido a assassinado, utilizan-do-se de rev6lveres a face, a Anto-nio Alves de Almeida Filho, irmio

de noiva degle recorrente a pot aledeflorada (sentenga a ac6rdio dof. 4v. a 6v.).

Submetidos a julgamento peranteo Tribunal do J6ri, foi Cipriano RosaCorreia condenado a cumprir a pensde 21 anos a um dia de reclusio (ho-micidio qualificado ), e, o segundo, ade 5 anos (homicidio simples privi-Iegiado).

Apelou o primeiro, tendo a Primei-ra Cgmara Criminal do eg . Tribunalde Justice de Minas Gerais, poloacordio de f. 9, acolhido parcialmen-te o recurso, a fim de reduzir a penaqua The foi imposts a 19 anos.

Mais tarde, quando ji cumprindoa pens na Penitenciiria de Neves,pediu Cipriano Rose Correia revisiocriminal, alegando:

a) ser complezo a incompleto oterceiro quesito do aerie, no qual sepergunta se "o reu Cipriano RosaCorreia concorreu , de qualquer modo,pare a pritica desse crime "; b) setdefeituoso o quesito referents, a cir-cunatgncia elementar , pois "nio man-

R.T.J. 45 799

cionou qual o faro on fates qua di-ficultaram a defasa do ofendido"; c)que, tratando-se de autoria incerta, de-veriam ambos os acusados ter sidocondenados pals soesma infragio onaeja, homicidio privilegiado, a que adiversidade quanto as decis5es ofen-deu o art . 26 do C . Pen., qua pres-creve a comunicabilidade dos circuns-tincias elementares.

Objetiva o requerente do revisio:

a) a anulagiio do julgamento, on,b) desclassificagao pare o art. 121,

8 1.0, do C . Pen., out ainda,c) a fizagio do nova dosagem da

pena.

Foi a revisgo indeferida pelas Ca-meras Criminais Reunidas do eg. Tri-bunal de Justice de Minas Geraispolo acord"eo de f. 10, qua raze oseguinte, no parts qua interessa sopromote julgarnento:

"0 pedido revisional formulado porCipriano Roca Correia est6 baseadoem alegagbes do nulidade qua teriamocorrido no julgamento do r6u. Ar-g0iu-se qua Cipriano f6ra acusadodo pretica de homicidio qualificado- art. 121, § 2 °, n.° IV, do C. Pen.,tendo em vista o di-Post. no t. 25do mesma lei . Atribuiu-se so r6u aco-autoria incerta . Por cause disto,o libelo e o fuesito referents so con-curso teriam grave defeito . Adotou-so a pergunta : "o r6u concorreu dequalquer modo pare a pretica do cri-me? (f. 259 ). Sustentou o peticio-nirio qua nesta redagio h6 comple-zidade a, so mesmo tempo , defici6n-cis, o que teria viciado a deliberagiodo Jori . Soria necessIrio descrever,objetivamente, o fato concursal, a fimde qua o veredito neo se construisses6bre ulna abstragio . Niio tern pro-cedencia a alegagio do requerente.Seto duvida que a descrigio do pro-cesso on meio de concurso 6 formaideal pare c quesito , a posaibilitar oregistro do base de julgarnento. Maeao h6 ulna hip6tese discutida no cau-se, date a descrigio do den(ncia.E a redagio do quesito adoteda nocaso 6 geralmente a useda nos for-mulirios de concurso em dellto. A16m

disto, redigidos os quesitos, sio elet

apresentados As partes, antes de deli-

beragio foral . Ore, corn a redagiofeita polo magiatrado concordara odefensor de Cipriano . Logo, a inad-missivel qua venha escudar one pre-tensio de anular o julgamento em re-dagio de quesito por ale aprovada,previamente" .

Inconformado , contra Goss decisiomanifestou Cipriano Rose Correia opresents recurso eztraordin§rio emque, fundado nos letras a a d do an-terior permissivo , alega quo deizou 0ac6rdio de splicer o disposto nos or-tigos 484 do C. Pr . Pen. a 25 a26 do C. Pen., divergindo , outrossitn,doe julgados qua spouts , do SupremoTribunal Federal.

Admitido o ap@lo polo despacho def. 15, aubiram os autos, epos o ofe-recimento de raz5es polo recorrentee polo Dr. Procurador-Geral do Re-publica.

0 parecer final de ilustrada Pro-curadoria-Geral de Republica 6 poloconhecimento a provirnento do re-curso.

E o relat6rio.

VOTO

O Sr. Mini afro Barros Monter',ro

(Relator): - Sr. Presidents:

Tenho pare mim que, embora re-conhecendo qua a descrigio do pro-cesso ou main de concurso 6 a formaideal pare o quesito , nio negou oac6rdio recorrido vig6ncia aos arti-gos 484 do C. Pr. Pen. 0 25 a 26do C. Pen ., so concluir qua a rede-gio do quesito adotada no caso 6 go-ralmente a usada nos formul4rios deconcurso em delito.

E, nio negou viggncia iqueles pre-ceitos do Direito Federal, de ac6rdocorn a cl&usula restrita de letra a doart. 114, III, de vigente Let Magna,diante do caeo particular dos autos.em qua s6 ocorreu ulna (mica hipo-tese de concurso discutida no cause,desde a descrigio dos fatos , feita nodenAncia.

Em tais condig6es, as nio havia ra-tio, como neo houve, pare qualquerperplezidade para os jurados, decor-route do redagio do quesito tel comofoi feita, se a condenagio do recor-

route, como adverts a impugnagio doDr. Procurador-Geral do Estado, naoreaultou do quesito impugnado, masdo resposta dada so primeiro, codese perguntou as fez o r6u, corn o re-volver, as lesoes no peseoa do vitima,bem de ver qua so apresenta incen-surivel a conclusio do v. ac6rdiorecorrido.

Despiciendo tamb6m pao 6 o ergu-mento, dos contra-raz6es, do qua, porequals forma j6 falave o libelo, quanio foi contrariado, nio as tondo tam-b6m discutido, na apologia manifesto-do, o problems de nulidade corn basenone motivo.

Bern adverts ainda a impugna$iiodo Dr. Procurador-Geral do Estadopouco importer o fato do ter sido orecorreuto condenado como autor dehomicidio qualificado a sou compa-nheiro como responsivel de homici-dio privilegiado, nio podendo ter oalcance qua se the quer der o argu-mento tirado do comunicabilidade docircunstincia elementar ( C. Pen.,art. 26 ). A respeito, impressions aargumentagio desenvolvida no itemIII do impugnatiio , A f. 32.

Finalmente, como a respeito do ale-gado dissidio jurisprudential naocumpriu o recorrente corn os preesu-

sob ease aspecto inadmissivel 6 o mcurse.

Mete nio conhego, pois, prelimi-narmente.

VOTO

0 Sr. Ministro Victor Nunes: -Sr. Presidents, Palo vans so emi-nente Relator, pare apoiar o parecerdo Procurador-Geral, a vista do jul-gamentoa do Tribunal, qua consideramnulidade insan4vel a deficiencia doquesito s6bre o mein insidioso. Datavenia, conhefo do recurso e The douprovimento.

EXTRATO DA ATA

RE 63 . 835 - MG - Rel., Mi-nistro Banos Monteiro . Recta. Ci-priano Rosa Correia (Adv. Adalber-to Ferraz). Recda. Justisa P6blica.

Decisao: Nio conheceram do re-curso contra o vote dog MinistrosVictor Nunes a Presidente quo davamprovimento pare anular o julgamento.

Prosid6ncia do Sr. Ministro La-fayette de Andrade . Presentee a see-ago on Sm . Ministros Victor Noose,Osvaldo Trigueiro , Djaci Falceo, Ra-phael de Barros Monteiro e o DoutorOscar Correia Pina, Procurador-Gera]do Republica , substituto.

postos de sua existencia , hoje consubs- Brasilia, 29 detanciados na S6mula 291, tamb6m Alberto Veronese

abril do 1968. -Aguiar, Secretirio.

RECURSO EXTRAORLINARIO N.° 64.248 - BA(Segunda Turma)

Relator: 0 Sr. Ministro Aliomar Baleeiro.

Am. 73/^kco'. /.2 .66

Recorrente : Isabel do Figueiredo Miranda . Recorrido : Claudionor Cerquei-ra Lima.

Locagio - Despejo per cossio irregular do locagiio adance do destine, do edil4cio.

AC6RDAO

Vistos a relatados ester autos deRecurso Extraordinirio n.o 64.246,do Estado da Bahia, em qua 6 re-corrente Isabel de Figueiredo Miran-da a recorrido Claudionor CerqueiraLima, decide o Supremo Tribunal

mo-

Federal, por one Segundo Turma, co-nhecer a prover o rocurso , por meio-ria de votos, do ac6rdo corn as notesjuntas.

Distrito Federal, 23 do abril do1968 . - Evandro Lins a Silva, Pro-aidente - Aliomar Baleeiro , Relator.

R.T.J. 45

RELAT6RIO

0 Sr. Ministro Aliornar Baleeiro:- 1. A proprietiria do pradio re-corre des rr. sentengas de f. 87v. e94v., qua julgou improcedente 0 des-pejo requerido contra o genro do lo-catario , nSle instalado , contra a von-tade do locadora , depois de morte dosogro. Argumentam as decis5es doDr. Join qua se tal Sarno nio eralocatario neo cabin a aceo de despe-jo, qua, alias, tambem foi pedido paledesvirtuageo do edificio residencialem loja de comarcio , sem consenti-mento do done.

2. 0 recurso foi interposto a f8-lha 99 , pale letra a, sob fundamentode violageo dos arts . 2 e 11, doL. 4.494-64. Admitiu-o o magistra-do, a f. 104.

fe o relatorio.

VOTO

O Sr. Ministro Alion,ar Baleeiro(Relator): - Em prinripio, o des-pejo a restrito a relac6es or locato.

Man, no caso dos autos, a recor-rente alega exatamente qua locou aease de Pedro Bahia e, falecido gate,o genro, ore recorrido , meteu-se emcase, qua foi subttletida a obtain paxotadaptagao a comercio, sem quo alehouvesse concordado corn uma wiseon corn outra.

O direito invocado foi, portanto, be-seado no violageo do contrato de lo-cageo . Moron o locatario , a agio po-deria sec movida so parente dale noposse do im6vel . 0 reu, alias, alegouser cessionario do locagio.

U. 0 Supremo Tribunal ja se pro-nunciou em caso anilogo , quando deuratio a proprietaria no RE 37.490(Acordio 8.8 . 58, Rel . Ministro Vi-las Boas, R.T.J. 7/702), conceder-do-]he despejo contra parents, qua fi-cara no pradio aem consentimentoexpresso enquanto o locatatio se mu-dam pars, outro.

No Acordio de 17 . 9.62, Rel. Mi-nistro Gallotti , proferido no RE 50.452.admitiu-se quo a denominacio impro-pria dada a ageo adequada neo pre-judicaria o proprietario, qua moveuposseas6ria so invas de despejo contracessionario do locatario neo autoriza-

801

do a facer a transferencia do imovelalugado (R.T.J. 23/473).

III. Dou provimento no recurso,pare qua o Dr. Juiz decide do mS-rito do pedido de despejo . Em qual-quer caso, o Dr. Juiz neo poderiacondoner a Iocadora a parties e da-nos.

VOTO PRELIMINAR

0 Sr. Ministro Themistocles Ca-valcanti : - Sr. Presidents, datavenia do eminente Relator, nio co-nhego do recurso.

VISTA

0 Sr. Ministro Evandro Line (Pre-sidente): - Pego vista dos autos.

EXTRATO DA ATA

RE 64 .246 - BA - Rel., Mi-nistro Aliomar Baleeiro . Recte. Isa-bel de Figueiredo Miranda (Adv.Fernando Mario Pires Daltro ). Recdo.Claudionor Cerqueira Lima (Adv.Join Maximiniano dos Santos).

Deciseo: Pediu vista o Presidente,epos on votos do Relator a do Minis-tro Adal"cio Nogueira , qua conheciarndo recurso a the davam provimento,e do Ministro Themistocles Caval-canti, qua dale neo conhecia.

Presidencia do Sr . Ministro Evan.dro Lins a Silva . Promotes a sesseoos Srs . Ministros Adalicio Nogueira,Aliomar Baleeiro , Themistocles Ca-valcanti e o Dr . Oscar Correia Pine,Procurador-Geral do Republica, subs-tituto . Ausente , justificadamente, oSr. Ministro Adaucto Cardoso.

Brasilia, 22 de abril de 1968. -Guy Milton Lang, Secretario.

VOTO

0 Sr. Ministro Evandro Lins (Pro-sidente): - 0 caso apresenta aspec-tos peculiares . E indubitavel a re-lageo locativa , qua esti confessadaem varies passagens de contestageo eressuma de lotion on elementos dosautos.

A legislacio do inquilinato a quarage a espacie . Neo a admitindo pareo caso, a decisio recorrida negou vi-gencia aos sous preceitos.

802 R .T.J. 45

O men voto, portanto, a de ac6r-do corn o eminente Relator.

EXTRATO DA ATA

RE 64.246 - BA - Rel., Mi-nistro Aliomar Baleeiro . Recte. Isa-bel de Figueiredo Miranda (Adv.Fernando Mario Pires Daltro).Recdo. Claudionor Cerqueira Lima(Adv. Joio Maximiniano dos San-tos) .

Decisio: Conhecido a provido con•tra o voto do Ministro Themistocles

RECURSO

Cavalcanti. Nio tomou parte no jut-gamento o Ministro Adaucto Cardo-so, por nio haver assistido so relatb-rio.

Presidencia do Sr. Ministro Even-dro Line a Silva. Presentee a sessioos Sn. Ministros Adalicio Nogueira,Aliomar Baleeiro, Adaucto Cardoso,Themistocles Cavalcanti e o DoutorOscar Correia Pine, Procurador-Geraldo Republica, substituto.

Brasilia, 23 de abril de 1968. -Guy Milton Lang, Secretirio.

(Segundo Tutma)

EXTRAORDIRARIO N.* 64.463 - RS

Relator: 0 Sr. Ministro Aliomar Baleeiro.

suns J&Z

.KI.(t^, 1 -/• b' 454

Recorrentes : Moysas Ioschpe a outros . Recorrida: Jewish Colonization As-sociation.

Responsabilidade Civil - 1 - Indenisgao do valor do ar-votes derrubadaa polo possuidor do vests Brea de qual o erceaeosabre a por&io verdida ad mensuram ficou reservado we alie-nantes, trio vines a at apurada depois do medifio a demerca-gao. Asao movida polo adquirente do sabre jaidedalcada deansarvores . Invocasao do art . 159 a defesa corn base no art. 510,ambos do C . Civil.

11 - Se as deciaoea contrarias so autor se fundaram ne apre-

ciagio dos futos, proves a cliusulae contratuais, pare concluir poloboa-fa a ineristJncia do ato ilicito , a controvaraia escape nos li-mites estreitoa do recurso eztraordinario.

ACORDAO

Vistos a relatados Bates autos de

Recurso Extraordinario n.^ 64.463, doEstado do Rio Grande do Sul, emquo sio rreconentes Moysas Ioschpee outros a recorrida Jewish Coloniza-tion Association , decide o SupremoTribunal Federal, por sue SegundoTurnai, nio conhecer, uninime, deac6rdo corn as notes juntas.

Distrito Federal, 7 de main de1968 . - Evandro Lim a Silva, Pre-sidente - Aliornar Baleeiro, Relator.

RELATORIO

Em. Presidente Baltazar G. Barbo-sa, a f. 596 do 5.0 vol. dos autos.

2. A cause, no essencial , podera serresumida no seguinte:

a) em 1874, o Presidents da Pro-v:ncia assinou titulo de legitimagiodame enorme area de 918.680,400 m2,denominada "Fazenda 4 Irmios", emfavor de David Pacheco, Bathe deCampos Gerais a outros (cert. f&Me 22, 1" vol.) us quais por si eherdeiros a venderam, em 1909, eRecorrida Jewish Colonization Asso-ciation, core asses mesmas dimensfes,pela escritura, a f. 24 (LO vol.),

O Sr. Ministro Aliomar Baleeiro: dando-lhe domino a posse do imbvel- 1. 0 recurso extraordinario, in- "pare qua do mesmo a compradoraterposto a f. 572, pelas letras a e se aposse , goze e disponha como soud, foi admitido pelo r. despacho do fica sendo...";

R.T.J. 45 803

b) a logo a seguir, consignaratn aseguinte clausula, qua vein a engen-drar a contruvirsia destes autos:

"Pelos outorgantes a pale outorga-do de comum acbrdo i dito qua fitsexcluida do venda qualquer irea ex-cedente a acime indicada a qua viera ser constatada dentro do perimetrodo fazenda constituido pale mediciodo mil, oitocentos a Wants e dole,obrigando-se os outorgantes no casode verificar-se &se ezcesso do areaa separarem-no no extremidade Nortedo fazenda s6bre a confluencia dosRios Paeso Fundo a Erechim".

Este cliusula - fol ratificada , 30 anosdepois, are carte do Recorrida soEmbafxodor Hiip6lito Aratjo, repre-

sentante de toilet os herdeiros dosvendedores;

c) a Recorrida , durante quase 50anos, foi abatendo as mates, come-condo de Sul pare Norte, e, em se-guide , medindo a retalhando a fa-zenda out sucessivas secsoes, corn oplan assentimento dos vendedoresnears operacio gradativa . Concediaa madeira a algumas serrarias qua hise instalaram , participando ela dovalor the drvores derrubadas Paredeebravamento do terreno a ser lo-teddo em pequenas glebes, conformeplanets nos autos;

d) em 1949, o Estado declarou deutilidade publics o qua viesse a so-brar do "Fazenda Quatro Irmios",are exceseo do area legitimada em1874. E as autoridades ordenorarnlevantamentos puramente altimetricosno interim de captacio de energiahidreletrica dos rips;

e) de 1956 a 1957, entram em cenano Recorrentes , porque, apurando-seji a existencla de sobra, calculadaaproximadamente, propuseram-so acomps-la. Parece que, de comeco,pensaram em faze-lo de sociedadecoon a Recorrida . Certo A qua se en.tenderam amigavelmente coon ale, quaIhes den informagoes a tambem novaratificacio do propasito de entregaran compradores tudo quanto viessea sobrar dos 916.680 .400 m2;

f) as Recorrentes cometeram logoa advogados o levantamento de fir-voro geneal6gica dos sucessores doBario de Campos Gerais, promove-ram cArca de 20 inventarios dos her-deiros falecidos e, afinal, apurada de-finitivamente qua a sobra se slave"a 96.318 . 319 m2, a adquiriram emmain de 1957 ( escritura not autos);

4) ai surge a demanda: - os Re-correntes acionam a Recorrida parequa no indenize do valor dos arvoresabatidas na area do sobra por Alesadquirida em 1957. Nio contests aJewish qua as abateu tamb&n nonorte, perto do confluencia dos rios,tanto qua, logo quando se apurou aezistAncia do sobra, interrompeu aconcesseo dada, pare ease fim, aA. Guido Petry, indenizando-o pelarescisio . Isso em 1957.

3. Feito Asse resumo , esclarecoqua ambas as partes aceitam os Is-toe em sus essencia , ones divergernquanto as intenFoes e, sobretudo,quanto As intensoes des partes na es-critura de 1909.

Para os Recorrentes , a posse dafazenda, no parts acaso excedente,fora dada apenas para medir a raiopare usufruir, pare Ales, a Recorrideji sabia quo estava cortando irvo-res na sobra, polo menus desde 1950e, nisso , sobretudo, residia sus culpa.

Para a Recorrida , foi-lhe dada, em1909, posse plena do t6da a faxenda,podendo usufrui:la, corn a units condi-cio do qua, se , afinal, se verificasse ex-rodents , este saris entregue am ven-dedores, into A, so Bario on sous her-deiros . Cortaro, pois, de boa-M, noseguranca des cliusulas qua the per-mitiarn faze-lo em tAda a fazenda, ainterromperam tanto qua souberamda existencia do sobra . Tocavam-theas irvores abatidas, como possuidorade boa-IA, - diz Ala - not tArmosdos arts. 510 a 516, do C. Civ.,tanto mais qua suportavam os encar-gos de conservacio a defesa do pos-se, medicio etc . A prdpria finali-dads colonizadora de Re pressupunhao desbravamento pare ser retalha-da a area.

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4. A r. sentenge de I.& instenciajulgou improcedente a agao, reco-nhecendo a Re a situageo dos arti-goo 160, I; 490 a 510, do C. Civ.(f. 421-30, do 4.0 vol.).

S. Confirmou-a o v. Ac6rdao dof. 477 corn a seguinte ementa:

"Nao Be comprovando dos autosqua a re tithe conhecimento de quoa Area na qua] fez cones do madei-ras nao the pertencia, nao as podsatribuir-]he a pritica de ato ilicitopelos referidos tortes".

E arguments:

"Chega-se assist a conclusao dequo havia o desconhecimento com-pleto quer de existencia de qualquersobra como principalmente de sua ex-tensao, o qua s6 foi poss'vel apurar-ae depois de terminados os trabalhosde medigao do "Fazenda Quarto Ir-maos", procedidos pela Re, a corn adernora qua o vulto do trabalho es-tava a exigir. E de se notar ademaisqua es autores nao apressaram assestrabalhos, a nern se interessaram emcolaborar corn o mesmo. Esperaramo termino do trabalho do rnedigao doFazenda a quando tiveram certeza dequo a Re nenhuma dificuldade ]henoporia porn se localizarem no Areadas sobras, procederam it sua squisi-gao, ocupando-a pouco depois".

"As testemunhas ago - assim uneni-mes no sentido do demonatrar quonao se tinha conhecimento de qual-quer sobra al6m dos referidos urn mi-]hao de metros quadrados , a depoemno sentido de informer qua logo quafoi fechado o perimetro a estabeleci-da urns linha divis6ria a re mandouparer o trabalho das serrarias , fazen-do corn qua as mesmas se retirassemdo local, eis qua haviam ultrapassa-do as terras da Fazenda do Re".

"Assim, a conclusAo a chegar-se 6qua o corte das 6rvores feito antesde realizada a condigao , nao irnplicaem responsabilidade de re, mesmoporque so depois de realizada a refe-

ride condigao suspensive , a qua nas-ceu Para os vendedores do im6vel(herdeiros do Barao de Campos Ge-rais ), o direito a as utilizer do refe-rida gleba . E de so notar ademaisqua terminados os trabalhos de me-digao, a Re fez publicar no DiarioOficial do Estado edital informandode"sae fato os possiveis interessados,barn como do existencia de time Areade excesso no confluencia dos RiosPasso Fundo a Erexim , edital easequa foi publicado am 1.10.58 (f6-Me 454).

Nao resta dfrvida. assisn qua aI.C.A. teve a atuatao incensurOvelno caso, a ponto do ate facilitar oneinteressados adquirentes des cobras, alegalizagao do alias aquisigaea, somesmo tempo em qua as desinteree-sou das dims Areas, qua poderiam tersido ate usucapidas por ale pr6pria,eis qua baseadas em escritura de1909, so foram alienadas polos van-dedores quase cingiienta anus depois".

Declarou-se vencido o nobre Des.A. A. Uflacker (f. 485 ), qua ad-mitia condominio alegado pains Re-correntes depois do initial, a qua e6term cessado corn o, fin das medi-goes . Sempre houve, - acrescenta,obrigagao do a Jewish restituir carpo,embora indeterminado no extensao.

6. Novo triunfo alcangou a Recor-rida corn o v . Ac6rdao de f. 553(declarado polo de fC 568, ambos do5.0 vol. ), qua rejeitou os embargosinfringentes do f. 497 (SP vol.).

Dentre outros fundamentos, men-ciona o v. Ac6rdao, recorrido:

"Para custeio de"sse onus a despe-sas inevitaveis, a re auferia racur-eos havidos do exploragao on vendaparcial das mesmas terras. Contraease proceder, os - primitivos donos,sucessores do Barao dos Campos Ge-rais, jamais articularam qualquerobjegao.

Os ore embargantes , so compraremos direitos a agues relativos A Fa.Benda , no area excedente, sabiam daintense exploragao do madeiras, nolocal, pois Brim, Also pr6prios, for-tes negociantes desse rams a adqui-

R.T.J. 45 805

riam eepicies abatidas nos mencio-aados terras.

No i nato, portanto, qua oe em-bargentes tenham sido ludibriados onlesados pale r6. Nio compraram osembargantes una reserve florestal,qua supunham intacta, a elm terrasdesde muito tempo destinadas a ez-tragio de madeiras".

7. Os Recorrentes inaistem em quano eatao pleiteando reapreciagio defatos, mas a corregio de "irro desubjungio on do enquadramento", ad-mitida pelo Supremo Tribunal Fe-deral nos RE 20.389 (D.J. 13.9.54,p. 3.059); 21.528 (D.J. 4.7.55,p. 2.261); R.T.J., 39/333 e 383.

Por outran palavras, o v. Ac6rd"eoteria dito qua neo 6 culpa fato qua,am direito, caracteriza a culpa.

A argumentagao 6 ezcepcionalmen-to brilhante, tents nos embargo, quan-to no recurso ezttaordinirio, hommn-do o ilustre patron do Recorrente.

Teri, sido negada vigbncia aos ar-tigos 159, 627 a 638, istes dois polocondominio qua. afinna ter existidoate ear tragada a. lithe dmanat6riado sgbra. 0 v. Acord-eo, alem donegar culpa a fato qua a caracteriza,teria negado o dover de o cond6minopartilhar es frutos a responder porilea a pelos dens. Ainda aponta osarts. 869, 870 a 875, como vulnera-dos.

8. Quanto a letra d, cite julgadosno R.T. 97/205; 87/343, - o 1"em Agravo de Instrumento, reco-mendando tolerincia na subida dorecurso estmordinirlo, pare melborname, quando ass ventilam teas, re-levents, s6bre as quais no he juris-prude"ncia do Supremo Tribunal Fe-deral a os demais s6bre a aplicagiodo art. 159 do C. Civ., quando hidolo on culpa.

E o relat6rio.

ANTECIPAcAG AG VOTO

O Sr. Ministro Aliomar Baleeiro(Relator).; - Sr.. Presidents, deizei,intencionalmente , do focalizar um as-

pecto, qua me pareceu pertinente,mas qua foi deaprezado pales partese polo principal interessado, o Esta-do do Rio Grande do Sul, qua talvestenha eido prejudicado.

Em 1874, o Presidents de Pro-vincia, baseado nun levantamentogeodesico feito dois anos antes, deuum titulo de 916 milh6es de metrosquadrados at Bario de Campos Ge-rais, true Area quase qua do toma-nho do Estado do Guanabara.

Seus herdeiros, em 1939, venderarnt6da ease ices, polo memo dimencio-namento, ressalvado o quo sobrasse efosse apurado, contanto qua fosse ti-rade no norte do confluincia dosRios Erechim a Passo Fundo.

A men ver, a sobra no pertencieaos herdeiros, mas era do Estado doRio Grande do Sul, como sucessordo "Fazenda do Impirio", depois deConstituigio de 1891. Admitindo quoeases terras neo aejam de fronteims,como terras devolutas, deveriam secdo Estado. Mae o pr6prio Eamdo,depois, desapropriou asses terms. Nioentro, por isso, nesse aspecto.

A cause 6 interessante a nos pro-porcionou urn festival de elog0inciafinense gaAcha.

VOTO

0 Sr. Mini afro Aliomer Baleeiro(Relator): - I. 0 alto padrio dodebate, nas pages doe patrons dosRecorrentes a de Recorrida, neo lo-gre destruir a realidade de qua astris decisiies contririas so fundaramem fatos, proves a interpretagio decontratos, materia insusceptivel derevisio por via de recurso eztraordi-nirio.

II. Justa on injustamente, aquelasdecis6es pertirem do posse dada, em1909, s6bre t6da a fazenda, parea Re goner a dispor, com a condiciofinica de restituir - am prazo prede-terminado - a cobra , ae esta viessea aer apurada em algum tempo.

Entendeu o v. Ac6rdio recorrido,comp se observe dos trechos - e niosaio todos - reproduzidos no relat6-

806 R .T.J. 45

rio, qua a Recorrida cortou ervoresde boa-f6, no certeza do qua o faziaam sue terra. E, mais importante,nada objeteram os vendedores, osherdeiros do Bario, em quase 50 anos,ate 1957 . Nam isso ignoravam osRecorrentes , quando ee propuserama comprar a sobra e mantiverarn con-tacto com a Recorrida , apurando aintrincada ervore geneel6gica do Be-rio, catando dezenas do herdeiros, fi-nanciando inventarios etc. etc. Nioseria possivel qua comprassern a ter-ra sem ver as serrarias a as clareirasabertas pales derrubadas . Compra-ram, pois, segundo o v. Ac6rdio, ter-ms je desnudadas do mats, ao tempo,tent qua os antecessores tivessemfeito oposi4io on reclamacio quantoso corte dos pinheiros.

Sustentam ainda as deciso-es quaease desbravamento estava previsto eautorizado polo escritura de 1909.

III. De qualquer sorte , decidindodo maneira aqui exposta, com base noapreciagio dos fatos a clsusulas docontrato, o v. Ac6rdio nio negou avigencia dos citados dispositivos. En-tendeu que nio estavanr provados ospressupostos do fato pare aplicaFiodessas disposig5es, mas aim de outras,tambern do lei federal (as dos arti-gos 160, I; 510 e 490, do C. Civil).

Quanto a tetra a, a manuten£ao dov. Ac6rdio a decisoes por ale confir-modes as benificia do Sumula 279,454 a 400.

Nio vislumbro , nos raciocinios dosdecis6es, vicio 16gice aparente, quame permita diagnosticar o alegadoerro de enquadramento dos fatos nolei.

IV. For outro lado, quanto a tetraif, a divergencia nio estfi demonstra-de, como a determine o RegimentoInterns e a Sumula 291. 0 v. Ac6r-dio nio diverge des teses dos padr6escitados, alias , are, casos nio ide"nticos.

0 rigor no admissio do recurs,pare melhor exams do materia emagravo de instrumento, nio pode sercomparado corn o da decisio do pr6-prio recurso.

Nee contests o v. Ac6rdio quadove ser indenizado o ato ilicito, re-sultante de culpa, quando he negli-gencia, on imprudencia are aSio onemissio volunteris , segundo o art. 159do C. Civil. Palo contrato a palesproves, entendeu qua nio as verifica-ram asses condiS6es do fato, pois aRecorrida tens agido comp posseirado boa-M, nos termos de contrato quathe permitia obrar de forma por quaobrou.

V. Sao eases as raz6es qua me con-duzem a nio conhecer do recurso emabediencia a S6mula, itens citados.

VOTO

O Sr. Ministro Themistocles Ca-valcanti: - Sr. Presidents nio ternsentido, aqui , qua a Constituirio vi-gente, quando se redigiu o texto re-lativamente ao recurso extraordinlrio,modificou fundamentalmente a Cons-tituicio de 1946, qua falava no "Te-tra do lei" a, mais qua isto, ampu-mu o qua havia no Emenda Cons-titucional de 1926, que falava em"aplicar,io a vigencia de lei", ficandoo texto reduzido a "vigencia da lei".

Portanto, hi urn sentido restritivono texto constitucional em vigor.

Para mim e de ac6rdo corn pensa-mento de Castro Nunes, vigencia 6 aaplicacio do lei no tempo.

Dave-se verificor se uma lei estevigente ao tempo em qua dove seraplicada , on se nio esti vigente.

De sorte que, dentro da orientarcaodo voto do eminente Relator, tam-bem acompanho S. Excia.

VOTO

O Sr. Ministro Adaucto Cardoso:- Sr. Presidents , li os dois magnifi-cos memorials apresentados pelos ad-vogados a nio consegui lobrigar, noquestio, urn problems de direito fe-deral controvertido.

Nio tenho como deixar de scompa-nhar o eminente Relator, em seu bri-Ihante voto.

VOTO

O Sr. Ministro Adalicio Nogueira:- Sr. Presidents , estou do pianoaclydo corn o voto do eminente Re-lator.

R.T.J. 45 807

Quero, porem, fazer urna brevepondemfio , porque fui norninalmentecitado polo brilhante advogado quada tribune fez a defesa de seus cons-tituintes.

Ale disse, citando um aci;rdio decuja elaboraggo participei, qua anaplicara a lei federal aos fates, des.de qua gates a justificassem , isto e,quo nio fazia tabula rasa dos fates,desde qua estes as adaptassem a nor-ma legal, aplicavel , de modo que ti-vessemos uma quaestio furls susceti-vel de legitimar apreciando em recur-so extraordingrio.

Mas o nobre advogado cimu umcaso qua teve a molar notoriedadeaqui, no Supremo Tribunal , qua foio caso "Leopoldo Heitor". A preciso,porem , distinguir : nio a considero se-melhante so de qua estamos tra-tando.

Naquele , as fates eram incontrover-sos, eram positivos a se pretendiaaplicar-Ihes uma name qua nio Ihesera pertinente.

Ora, se a sententa de primeirogrew a o acordio do apelafio Ihesaplicaram a name penal qua neo theera adequada , evidentemente haviaurn desacordo entre a norma a as fa-tos. Cabia , entio, sem dAvida, a re-cureo extraordinerio , porque era pre-cise it so encontro do norms qua seajustasse aos fatos.

Mas, no case em tela, nio. Os fa-

tes nio sio positivos a certos comp

naquele . Aqui as mesmos seo con-

traverses , seo incertos , a comecar

pale propria existencia do condom`-

nio, qua neo esti, de modo nenhum,

dernonstrada , memo porque se con-

dominio houve on havia , ale ter-se-ia

manifestado a dater do momenta emquo se verificou a cobra do Area em

lifgio , porque antes disso tgda a we

extensio pertencia a um so, estavano posse a dominio de um so. 0 con-dominio poderia surgir depois, coma

resultants de um Into futuro a in-

certo.

Par outro lado , a ponto central doquestio reside no indenizaFio polocarte de ervores , pale devasta5io,coma se disse , dos motes pertencen-tes aos herdeiros do Bario de Cam-

pos Gerais . Mas, pare lase , era pre-cise verificar-se a ocorrencia de cul-pa ou de ato ilicito . Portanto, cum-pria qua as apurassem as fates quaas demonstrassem.

O Sr. Ministro Aliomar Baleeiro( Relator): - No caso qua V. Excia.referiu, caso Leopoldo Heitor, a pro-prio acordio reconheceu uma serie defatos, em qua nos baseamos . Mas, noconclusio logica, cometeu um errode enquadramento jurdico.

O Sr. Ministro Adalicio Nogueira:- Os fates eram certos . Por conse-guinte , a norma adequada era equals,a nio outra.

Em sums a pare resumir: pelosfatos inequivocos do caso LeopoldoHeitor, teriamos de chegar a conclu-seo smite do hipotese de um latroci-nio. Entretanto , apreciando-os, aonosso ver , erradamente , a justice lo-cal entendeu qua se tratava do umaapropria$ao indebita, aliada so ho-micidio . Houve , portanto, urn erropalpevel no aplicacio do noma pe-nal aos fatos.

Na especie , data venia do brilhocom quo o eminente advogado defen-deu as interesses de sous constituin-tee, nio vemos similitude com, equalsa quo acima nos reportamos.

EXTRATO DA ATA

RE 64 . 463 - RS - Rel., Mi-nistro Aliomar Baleeiro . Rectos.Moyses Ioschpe a outros (Adv. Pau-la do Couto a Silva ). Recda. Je-wish Colonization Association (Adv.Ajadil de Lemos).

Decisio : Nio conhecido , ungnime-mente . Falaram, pelos Rectes., oDr. Almiro do Couto a Silva, e, pe-lo Recdo ., o Dr. Ajadil de Lomas.

Presidencia do Sr . Ministro Even-dro Lins a Silva . Presentee a sessioas Srs . Ministros Adalicio Nogueira,Aliomer Baleeiro, Adaucto Cardoso,Themistocles Cavalcanti a o DoutorOscar Correia Pins, Procurador-Ue-ral do Republica , substitute.

Brasilia , 7 de main de 1968. -Guy Milton Lang, Secretario.

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ACAO RESCISSRIA N.' 649 - GB 7 q

(Tribunal Pleno ) t$p . y3L

Relator: 0 Sr. Ministro Themistocles Cavalcanti.

Autor: Carlos Barbero. Reu: Estedo de Gusnabara.

4zd• 6.6r

Reecisdria. Violapio do letra do lei. Alinhamento a recuo depredio urban. Natures,. Caracterfsticae quo a diferem do deaapro-priagao . Medida do policia administrative . O obtain de poder temelementos prdprios. Improcede"ncia do ageo.

AC6RDAO

Vistos, relatados a discutidos onautos acima identificados , ecordem onMinistros do Supremo Tribunal Fe-deral, em sessio plenfiria, ne confor-midade da ate do julgamento a dasnotes tequigr6ficas, por unanimidede devotos, julgar improcedente a ageo.

Brasilia , 2 de meio de 1968. -Luiz Gallotti, Presidente . - Themis-tocles Cavalcanti, Relator.

RELATORIO

0 Sr. Ministro Themistocles Caval-oantf: - 0 eutor prop8s em 1949contra o antigo Distrito Federal umaageo de indenizagio por pardon a danosalegando qua adquirira um terreno noRua Sao Luis Gonzaga n.0 215, desa-propriado pale Prefeitum parcielmentepare execugio de projeto de alinha-mento. Qua o terreno foi edquiridopare ampliagio do seu parque industrialruns, no ocasiao de pager o imp6sto,teve conhecimento de quo o im6velsofrere recuo de 14 metros . Nao pro-testou, certo de que seria indenizado,mss nao poderia construir am o recuo.Entende qua "manifestou-se, nests oca-siao, o abuso de direito de expropriar,do Suplicada." 0 processo de avelia-gao passou a sofrer infimeras procras-tineg6es , reletendo as dificuldedes outconseguir uma juste avaliagao. Pediulucroa cessantes, o valor do terreno,perdas a danos desde 1944 a honor6-rios. 0 juiz julgou a ageo procedenteem pane pare qua f8sse pago no eutore junta indenizagao, conforme se apu-rou no execugeo . 0 Tribunal de Jus-tiga em longs decisio, julgou inteira-

manta procedente o pedido, comlucroa cessantes , danos emergent" etc.(f. 27 v.). Interp6s a entio Prefei-tura Recurso Extraordinerio quo foiprovido em parts pare reduzir a con-denegao an valor do cb5o (f. 32) apolo ac6rd5o de f . 45 foram recusadoson embargo, por unanimidade.

Foi entao proposta a presente res-cis6ria em longs petigao quo pace paleimprecisio quanto its finalidades dopedido, faltendo qualquer referencia soartigo do C6digo de Processo Civil quaThe serviria do suporte.

Afinna, entretanto, qua foram lite-ralmente contrariados on seguintesdispositivos:

I - art. 141, 6 16, do Constituigaodo 1946.

2 - art. 101, III, letra a de memoConstituigao.

3 - art. 159 do C. Civil.4 - art. 572 do mesmo C6digo.5 - art. 20 do Dl. 3.365, de 1941

(Lei de Desapropriagao).

Examine a questio do ebuso do di-reito em face de ac6rdios divergentes,afirma ter a Prefeitura preticado etailicito (art. 159 do C . Civ.) so annegar a desaproprii-lo, use indevida-mente do Recurso Extraordin6rio, poisqua o Egr6gio Tribunal nao identificouo conflito jurisprudencial . Cometeueste eg . Tribunal nulidade por consi-derar federal o D. 6.000 evidento.mente lei local. Cite finalmentejurisprudencia s6bre indenizagao poreta ilicito.

A ageo foi contestada e a douteProcuradoria-Geral do Rep6blica opinepale improcedencia do ageo.

R.T.J. 45

VOTO

O Sr. Miniatro Themiatoclea CaveYcanti (Relator): 0 pedido doAutor 6 ebundante no anelise do juris-prudencia qua procure comparar corna deciaao proferida por gste eg. Tri-bunal. 136 no colocagio de demandsevidente confusio entre Revista a Re.-ciadria porque o qua as discute sempreno pedido aio as decisies deste Tri-bunal a de outros na aplicerao dodireito em tese. Nio consegue o Autorapontar corn precisio a lei frontal-mente atingida polo ac6rdeo quo pre-tends rescindir.

O tame abordado no inicial 6 extra-memento controvertido, no Brazil a noestrangeiro - sae o recuo pare alinha-mento constitui desapropriasio on sim-ples medida de policia administrativepare execu$eo de piano mbanistico. Ajurispmdencia tern vacilado, mas, se-gundo me perece, a tendencia 6 pareestabelecer a distinsio em funSio dearea atingida polo recuo a de utiliza4ioon nio de 6rea remanescente polo pro-priet6rio. Se apeser do recuo file-apro-veita a propriedede remanescente, neohi qua faler em desepropriasio, masde more retificasio do alinhamento.Se, polo contr6rio, a area 6 totalmentoabsorvide polo Eatado on Prefeitura,hever6 desapropriafeo direta se f6r de-cretade on indireta promovida poloproprietfrio.

Em trabaiho muito bem fundamen-tado, o Procurador Raymundo Faoro(Reviata de Direito de Procvradoria-(eral do Estado da Guarrebara -13/81) examinou os aspectos constitu-cionais do problems do recuo.

A men ver a boa doutrina 6 a quoconsiders o recuo qua nio atinge subs-tancialmente a propriedede, medida dopolicia administrative a obedece a umpiano qua os franceses chamam plangeneral d'alignement a quo se definena sue execugio per urn arrete irdi-viduel d'alignement, qua constitui o ateadministrativo do recuo imp6sto a cadapmpriet6rio.

Foi bean a doutrina do ac6rdao quanio se ateve a outms filigranas.

O ac6rdao rescindendo nio se fundoutamb6m na aplicacao de lei local, por

809

grro considerado federal. Ficou beenclam, principalmente no voto do Emi-nente blinistro Vilas Boas de quefoi o conflito jurisprudencial que an-sejou o Recurso Extraordinsrio.

Quanto an abuso do poder , neo con-seguiu o Autor enquadr6-lo em preceitolegal expresso , pare justificar a rescisiodo ac6rdio que, alils, neo se deteveno tema, porque 0 sou exame trans-candle de pr6pria finalidade do Re.curso Extraordin4rio.

A verdede 6 qua os preceitos legaisinvocados como afrontados polo ac6r-d-ao rescindendo foram citados seraprop6sito pare a solucao do controvbrsiecomp as relativos f6ssem so direito deconstruir a a defesa na dasapropriacio.Nenhume norms legal foi frontalmenteferida.

Julgo improcedente a eceo.

VOTO

0 Sr. Miniatro Amaral Santos (Re-visor): - 0 autor, por via desta res-cis6ria, visa a declarario de nulidadedo v. ac6rdao do eg. Tribunal Plano,proferido em grau de embargos, a quom ache traslado por certideo a f.Propbe-na corn base no art . 798, n.° I,letra c, do C . Pr. Civ., sob o funda-mento de qua deci4iu contra literaldisposi5ao dos arts , 141, @ 16, a 101,III, a, de C.F . de 1946; 159 a 572 doC. Civ., a 20 do Dl. 3.365, de 1941.

Nao sou propenso a aceirecio dadoutrina esposade na S6mula 343, quarem: "Nao robe agio rescis6ria perclause a literal disposi gio de lei, quan-do a decisso rescindenda so tiver be.seado em texto legal de interpretaSaocontrovertida nos tribunals". Neeseparticular acompanho a liSio de BuonoVidigal (Do agao reacia6ria dos julga-dos, 1948, n0 70): "Encontram-se acede passo , no jurisprudencia doe tri-bunals , ec6rdaos que, reconhecendo noterem as julgedos rescindendos deci-dido do ac6rdo corn a interprets io doTribunal perante o qual 6 proposta arescie6ria , nio os julgam nulos por "seterem limitado a interpreter a lei".Por mail generelizeda qua esteja easejurieprudgncia, acolhida polo pr6prioSupremo Tribunal Federal, nio not pa-

810 R .T.J. 45

rece acertada . Se as divergencias de nodes, razio pale qual conhegolnterpretagao neo Masora consideradas ageo, mas a julgo improcedente.como violegeo do disposigao literal delei, somente se admitiria a rescisdrieou o recurso extraordinaario, por is"fundamento, quando o julgado rescin-dendo declarasse expressamente recusar-se a der cumprimento a determinadotesta legal . Essa limitagi(o, qua adoutirna a a jurisprudencie beni.ram, a inadmissivel . E rarissimo o casode abertamente declarer o Jobs quadeixa de cumprir uma lei . Quando, nojuizo rescindente, prevalece interpre-tagao de lei diferente do edotada polojulgado rescindendo , eats Gltimo dovemar considerado como proferido contraliteral disposigio de lei. Frequentemen-te, as violag6es de disposiga0 literal delei resultant de divergencias de inter-pretageo, as queis, em virtude do plu-ralidade de inatencies , devem serconsideradas, polo Tribunal qua porultimo examine a cause, como errrosou violacues de lei".

Todavia , reconhego qua o ac6rdeorescindendo deu razoavel inteligenciais disposigoes epontadas como contra.

do

EXTRATO DA ATA

AR 649 - GB - Relator, MinistroThemistocles Cavalcanti . Rev., Minis,tro Amoral Santos. Autor, Carlos Bar.bero (Adv. Antonio Duarte Netto).Reu, Estado do Guanebara ( Adv. Au-gusto Alberto Costa).

Decisi o : Julgou-se improcedente,unenimemente . Impedido o Sr. Mi.nistro Oswaldo Trigueiro.

Preside"ncia do Sr. Ministro LuisGallotti. Presentee i sesseo os SenhoresMinistros Lafayette de Andrade, Gon-calves do Oliveira , Victor Nunes, Her-mes Lima, Oswaldo Trigueiro, Eloy doRoche, Djoci Falcio, Adaucto Cardoso,Themistocles Cavalcanti , Amaral San-tos a Thompson Flores . Ausentes,justificadamente , os Srs . MinistrosEvandro Lins, Adalicio Nogueira, Alio-mar Baleeiro a Berms Montalto.

Brasilia, 2 de maio do 1968.Alvaro Ferreira dos Santos, Vice-Di.rotor-Geral.

RECDRSO DE MANDADO DE SEGDRANIOA N.' 17.935 - PR

(Segunda Turma)

Relator : 0 Sr. Ministro Themistocles Cavalcanti.

Recorrente : Braswey S . A. - Indfistria a Comercio . Recorrido : Estado doParana.

Fonda, a consignag6es sobre morcadorias transferidas para outroEatado pare aeram industrializadaa. Aplicagao do lei federal. ExemploAmerican . Comercio antra oa Eetedoa. Incide"ncin no lugar do ope-ragao de vends.

ACORDAO

Vistos, relatados a discutidos osautos ecima identificados , acordam osMinistroa do Supremo Tribunal Fe-deral, em Segundo Turma, no confor-midade do are do julgamento a desnotes taquigraficas, por unanimidadede votos, der provimento eo recurso.

Brasilia, 16 de abril de 1968. -

Evandro Lira a Silva, Presidents. -

Thomietodoa Cavalcanti, Relator.

RELATORIO

0 Sr. Miniatro Themistocles Cavei-canti: - A impetrante sediada em SaoPaulo, corn fundamento no art. 141,9 24, do C. F. de 1946, a nasL. fed. 1.533, do 1951, a 4.348. de1964, impetra mandado de segurangacontra o Exator de Rendas do Lon-drine, no Eatado do Parana porque,sendo industrial a mercadora adquireprodutos vegetais do regiio ( oleo bru-to de hortoli , memo= ). A referida

R.T.J. 45

exatoria exige o pagamento do im-p6sto de vendee a consignag6es a6breeases mercadories qua depois ale trans-(am pore a am industries em SinPaulo.

Quo a agio do fisco paranaense 6ilegal, embore entenda quo por setmercadorie extrativa o imp6eto 6 de-vido no local do extragio, so contra'riodo qua entendem os impetrantes quopreferem o lugar Para onde 6 transfe-ride a mercadorie.

0 juiz denegou a seguranga porqueas o produto comerciavel 6 paranaenaeo produto do imp6sto deve ear reco-thido ace cofres do Estado.

Houve recurso a o Tribunal de Jus-tiga em decisio II f. 58 , confirmou adecisio em ac6rd"ao cuja ementa 6 aseguinte (f. 58):

"E legal a cobranga do imp6sto devendas a cowignag6es , por antecipagio,polo Estado produtor, quando do re-messe do oleo pare outras unidades defederagio".

Houve recurso pare let. eg. Tri-bunal tendo a douta Procuradoria-Ge-ral do Reptblica , em longo pareceropinedo polo nio provimento dorecurso.

VOTO

0 Sr. MWatro Thentistocles Caval-canti ( Relator): - Procurei examinerseas questio com a atengio qua me-race, em face de numerosos outroaprovimento dIste eg. Tribunal, le-vando em conta as diverg6ncias qua ocaso swcitou, perticularmente no casoGlitz do P6rto Alegre )RMS 14794)e no des Industries Resegue de 61eosVegetais S.A. do Estado do Parana'( RMS 15 . 231 - R.T.J., 36/495).

Dues queet5es me parecem funda-mentais pare exams dense caso, asaber:

Qual o fato gerador do impdsto emcaws, dada, as sues peculiaridades,de ac6rdo corn as L. fed. 4.299, de1963, a 4.784, de 28.9.65?

Segundo, qual a lei aplicivel? Podsse dar efeito retroativo & L. 4.784,de 1965 , em relagio a operaglev efe-tuadae anteriormente II ova vigincia,mss a processos em curso?

811

A intromiseao de legislagvo federalno cobranga do imp6sto do- vendee econsignagiies obedece a dois objetivosprincipais: estabelecer normal quo re-gulam as operag6es mercantis quandosio interessados dois ou mais Estadosa resolver implicagbes do ordem eco-n6mica na 6rea do mais do um Estado,quando um 6 produtor a no outro serealize a operagio do compra a vendsou quando urn 6 produtor a no outroso realize a operagio de industriali-zagio do produto prim6rio.

A legislagvo federal sofreu natural-mente as transformag6es procurandomelhorar o sistema a atender am canoeverificados no aplicagio do lei.

Foi o quo ocorreu precisamente inhip6tese dos autos, em relagio a certosprodutos especificos na lei, pare osquail criou tratamento especial.

Sao os produtos agricoles, pastorison extrativos qua se desttinem a outroEatedo - on to - pare dep6sito eposterior venda ou consignagAo.

2.- - Pare serem indwtrializados,transformados em outros produtos on,como quer o C6digo Tributdrio Na-cionel, modificada a sue natureza onfinalidade.

A evolugio legislative processou-seno sentido do liberalizagio do imp6sto,

quer diner , de eliminagio do tributagio

s6bre atos on fatos estranhos a no-tureza do impIsto.

Desapereceu , asaim, com a L . 4.299,de 1963 , o art. 2°, 9 1 .0, do Dl. 915com a redagio do Dl. 1 .061, de 1939:

"Para os efeitos fiscais considera-selugar em qua se efetua a operegio(venda on consignagio ) o em qua estAsituado o estabelecimento do vendedoron consignante, seja matrix , filial, su-cursal , agincia on representante corndep6eito a sou cargo, des mercadoriasvendidas on consignadas , salvo quandoso trater de venda efetuada direta-mente polo pr6prio fabricante on pro-dutor, caso em qua o Lugar daoperaciosari aqulle em quo f6r fabricada onproduzida a mercadoria . Nos casos emque houver simples dep6sito do mer-cadories a serem negociadas Por esta-belecimentos situados em territ6rin deEstado diferante, o lugar do operagio

812 R .T.J. 45

C o lugar em qua estiver situado odep6sito do mercadoria".

O art. I.- do L. 4.299 no foiexplicito em relageo so caso explicitoa qua as referia o Dl. 915, rose disp6squa o imposto sobre' vendas a consig-nag5es a devido no lugar, em qua asefetuar a operageo, a no seu § 1.0 quoo lugar do operageo e o do lugar domercadoria no momento do vends; onconsignageo a ecrescenta:xQuando o objetivo do contrato for

produto agilcola, pecu6rio on extrativosbbre a operageo de venda on consig-naged pare fore do Eatedo incidir6 a

tributacio do Estado em qua f6r pro-duzida a coise vendida on consig-nada".

Com isto desaparecou o pagamentoantecipado do imposto no Estado pro-dolor quando a operageo de vends onconsignegeo Be verifice em outro Es-tado, salvo quando so trater de produtoegricola, pecufirio on extrativo, equando a mercadoria for transferidaPara ser vendida.

Se a lei se refers, expiicitamente afinalidade do venda, no se aplicaquando ela tiver de ser industrializada,e foi ease o objetivo de transferencla.

A L. 4.784, de 28.9.65, estabeleceunormal diversas, mss, em relageo aosprodutoa qua nos interessam , ficou oprincipio de qua o imp6sto a devidono Estado de origem.

"So a manna pessoa juridica, onassociado de cooperative , as transformPara deposito a posterior vends on con-signageo em outro Estado (art. 2.-),me, neo Para serem industrializados".

Coma so ve, a legislacio federalevoluiu, procurando um ponto do equl-librio entre as interesaes dos Estadosprodutores de mat6ria prima a no in-dustriais, mas com a permanents preo-cupeceo de nio desvirtuar a naturezado imposto.

It, entretanto, urn problems antes dotudo, de politics economica qua en-volve a aplicaceo do lei.

Foi assim tamb6m nos Estados Unl-

daa. Na observageo do Prittchet (TheAmerican Constitution, p. 281), o pro-blems do comercio entre os Estadosintaressa mans A relageo Unieo-ENa-

dos do qua a regulamentageo dosinteresaes economicos dos Eatados: 6,assim, mail uma reagio contra alaissez faire qua 6 substituido por umadiscipline des sues retagoes econ8micas.Observe mesmo Croskey (Politic andthe Constitution, vol. I) qua aexpressio interstate neo era do textsprimitivo que proferia uma forms quamelbor significasse a relageo dos inte-resses economicos - among the States,qua no traducao portuguesa pode sig-nificar a mesma cocas, mss de linguainglesa tern sentido diverso, exprimemelhor a uniio dos Estados.

A necesaidade de manter ease equi-librio 6 qua colocou a Corte Supremecomp 6rbitro dosses interesaes no aplt-

cag5o da lei federal, que, entretanto,nio podia prover todas as hipbtesez.

Black e Franckfurter desejariem quoa lei federal regulasse com mats pre-cisao a mat6ria, reagindo contra a po-sigio de Jackson (Hood V. Dumond,1949) que defendia a liherdade docom6rcio, livre de imposig5es fisceis,porque esse tinhn lido o pensementodos fundadores do regime.

A realidede, por6m, a been outra.La, comp aqui, a federacao presupoe opoder tribut4rio dos Estados cue a leifederal procure regular nequeles twosem quo exists conflito entre as Eatedos.

Iris muito longe uma anllise doproblems. Esaa tarefa j6 foi , eli4s, nauireelizada polo nosso eminente colege

Ministro Aliomar Baleeiro no pesoGlitz (RMS, in R.T.J., 36/480) a quaan acreacentaria as observagbes a oscasos mencionedoe em Rottschaeffor(on Constitution Law, ns. 164 eseguintes).

0 certo 6 a relevancia do papaldo Corte Supreme no solugeo dos pro-blemas entre as Estados em mat6riafiscal, intervengao qua seria relevente,no observageo de Corwin (on TheConstitution , f. 42) mesmo qua a leifederal f6sse mais precise.

Vamps agora its questoes juridicasqua me parecem necess6rias examiner,isto e, a saber : qual o fato gerador doimposto nee vendas a consignag8es, nocaso do L. 4.299, de 1963 , a as a Lei

R.T.J. 45

do 1965 dove ser aplicada retroativa-mente.

0 fato gerador do imp6sto 6 sompreurn fato juridico , embora intends quoaao me dove confiner o conceito deato juridico am principios do direitoprivado, mas dentro dos principios dodireito tribut6rio qua, muitas vazes, es-sobre o assunto , o importante a saber,de ordem econ6mica pare a sun con-ceituageo.

No caso, poring do impAsto de ven-des a consignac8es , neo hi controvirsiasibre a assunto , o importante 6 saber,qual o momento do incid8ncia do im-p6sto, em face do lei fiscal. Se 6 licitoexigir a antecipageo do pagamento deum imp8ato qua sb deveria incidir e8breum ato on fato a so realizar posterior-mente em outro Estado.

Teriamos, enteo, do considerar, nabmats o conceito juridico do operagiotributivel , come a qualificagao quo thedeu a lei, permitindo considerer gera-dor do imp8sto o eta da transferincia,quando elm se realize pare detsrminadofire.

Tenho como acertada ease orientagaoqua permits subordinar a urea deft-nigao legal o ato on fato gerador doimpSeto.

Foi o caso notadamente de Glitz So-ciedade An6nima ( RMS 14 . 794) quacompra cereals core o prop6sito derevend6-los em soul diferentes estabe-lecimentos, a qua torte de pager oimpbsto antecipadamente as, tivssseefetuado a operagao depots do L. 4.784,de 1965.

No caso presents, a hip6tese 6 d1-versa, porque o impetrante exports osmencionados produtos para outro Es-tado pare industrialize-los nos wasf6bricas a vends-los depois de treae-formados.

Qual, porim, a lei aplicivel, a de1963 ou a de 1965?

A lei aplicivel sere equals em vigoran tempo em qua as verificou a ope-regeo, qua, de acerdo core aquela lei,esteria sujelta o tribute.

Se, portanto, a operacao do trans-fer6ncia pars outro Estado neo eratribut6vel no momento de transferinciae aim de vends, eats ser6 a lei aplf-civel.

913

S. a lei nova criou situag8ee novas,onerando o contribuinte on fixando ou-tros crit6rios pare a incidencia fiscal,Cu alterendo o momenta em qua 6devido o tributo , neo pods esse leiretroagir atingindo fatos pretiritoa, jeconsumado mob o regime do lei ante-rior.

A lei aplicevel 6 qua determine ofato gerador do imposto , on melhor, 0fato gerador do imp6ato 6 aquile de-terminado palm lei em vigor so tempode sue aplicagio.

Se a transferancia ocorreu sob ayige"ncia do lei de 1963, esta sari alei aplicivel a neo a posterior de 1965,quo alterou substancialmente a inci-dancia do imp6sto , fazendoo recaire8bre fatos qua neo pram geradoresdo imp8sto pale lei anterior.

No caso presents, a lei aplicivel ea de 1963, n.° 4.299 , de 23 de de-zembro , qua faun incidir o imp6stoneo por ocasiao do traneferancia comao queria o DI. 915 , e a L. 4 . 784, de1965, pare dep6sito on posterior vendaou consignegio, ones, em tirmos ex-pressos, por ocesiio de vends on con-signageo do mercedoria a no lugar ondefoi feita a operagio , do venda onconsignacao para outro Estado.

A lei 6 obscure a omissa em relegaoa transferincia pare outro Estado pareeli ser vendida on tranaformada, mas6 omissa tamb6m ne doterminagio pre-cise do fato gerador do imp6sto.

Inaplicivel 6 o disposto no art. 4^de L. 4. 784, de 1965, qua manda apli-cer a lei nova am tacos dependent"de deciseo administrative on judicial.

Duvidosa a sue aplicaceo na esferaadministrative , a sun aplicageo no ju-dicial 6 de todo em todo impossivel.

Compreendo-se barn a perplexidadede alguns pare was conclusio ine-quivoca , mas a verdede 6 qua teda aL. 4.299 , do 1963, se assents em ranprincipio qua conetitui a t6nice doprepria lei - 6 a operogio de vendson consignegeo qua constimi , sem ex-cegao, o into gerador do imp8sto.

0 silancio quanto 8 operegeo dotransferencia 6 qua fez esta lei des-toar des demais , mas precisemente porinto 6 qua as dove obedecer ao prin-cfpio geral de lei, tributando eats ope-

814 R ,T.J. 45

ragiio . E, no caso, € devido o imp6stono luger onde se encontra a mercadoriano eto do venda on consignagio.

0 imp6sto nio sere devido na sim-ples trensferencia , seja pare a vends onconsignagao em outro Estado, seja notransferencia pare outro Estado, a findo all war industrializado. Se, no pri-rneiro caso ha controvgraia, neste 61-timo caso 6 Pacifica a jurisprudenciaquanto a no incidencia do imp6sto(RMS 14 .793, 14.744, 14.605, ...16.244, R.D.A. 86/71).

Dou provimento ao recurso.

EXTRATO DA ATA

corrente , Braswey S .A., Industria eComercio (Adv. Joaquim M r6 Noto).Recdo ., Estado do Parena (Adv. Da-rio Marchesini).

Deciseo : Dan-" provirnento,nimemente.

uni-

Presidencia do Sr. Ministro Even.dro Line a Silva . Presentes A seasaoos Sri . Ministros Adalicio Nogueira,Aliomar Baleeiro, Themistocles Caval-canti e o Dr . Oscar Correia Pine,Procurador-Geral da Rephblica, subs-tituto. Ausente, justificadamente, oSr. Ministro Adaucto Cardoso.

RMS 17 . 935 - PR - Relator, Brasilia, 16 de abril de 1968.Ministro Themistocles Cavalcanti . Re- Guy Milton Lang, Secreterio.

RECDRSO DE MANDADO DI; SEGDRAN ¢A N.' 18 . 777 - SP(Segunda Tulmla) £m. ?32

Relator : 0 Sr. Ministro Themistocles Cavalcanti . 4cct • e' i?. 6I

Recorrente : VEMAG - Veiculos a Mequinas Agricoles S.A. Recorrida:Uniio Federal.

Entpr6stinos corn financiarnento no exterior. Rerrasssaa de juroe:Nio tributagio par nio constituir rends tributevei,

AC6RDAO

Viatos, relatados a discutidos osautos acima identificados , acordem osMinietros do Supremo Tribunal Fe-deral, em Segundo Turma, na confor-midede do eta do julgamento a dosnotes taquigraficas , por unanimidadede votos , der provimento so recurso.

Brasilia, 21 de maio de 1968. -Evardro Linea Silva, Presidente. -Therniatocies Cavalcanti, Relator.

RELATORIO

0 Sr. Miniatro Thendstocles Cavai-canti : - Vemag S.A. - Veiculos eMequinas Agricolas requerem mandadode seguranga contra o Gerente Geralde Carteira de Cimbio do Banco doBrasil, em Sio Paulo e o DelegadoRegional do Imp6sto de Rends, quapretendem cobrar o imp6ato de rends

a o emprestimo compuls6rio s6bre ju-roe remetidos pare o exterior , corres-pondente so emprestimo qua fizeramcorn a firma fornecedora de maquinasa equipamentos pare a fabricagio demaquinas agricolas.

Entende a impetrante qua ca jurosintegram 0 prego contratado pare ofornecimento de bens no Exterior, niosio rendimentos maa entram no com-posigio do prego.

Que, alem do mais, tail emprestimosteriam sido obtidos pale CompanhiaEstrangeira em seu pr6prio pals.

Cite o ac6rdeo no RE 52. 165, pu-blicado no D.J. de 22. 8.63 a aL. 4.242, de 1963, s6bre o emprestimocompuls6rio.

Junto documentos oficiaia s6bre"Emprestimos, Creditos on Financia-mentos externos pare importagio".

R.T.J. 45 815

A autoridade informou a f. 39, dan-do a nogio exata de juros a citandoac6rdio do T.F.R. de 7.3.50, D.J.

do 18.7.50.O juiz concedeu a seguranga a f. 51,

roes o T.F.R., do ac6rdo core a emen-ta a f . 89, reformou a decisio:

"Lei do Introdugio do C6digo Civil;art. 9°, 8 2.0. Regulamento aprovadopolo D. 40.702, de 1956, arts. 4.°,97 a 125, parigrafo unico, b. L. 3.470,de 1958, art. 77. L. 4.131, do 1962,arts. 3 .° a 9°. D. 53.451, do 1964,arts. 4.°, 8.° a 19. Contrato do comprae vends de miquinas colebrado noexterior por proponents qua reside noBrasil . Repute-sq constituldo no Bra-sil 6sse contrato, cones expressa a ci-teda norms de Lei do Introducio soC6digo Civil. Financiamento feito polovendedor pare pagamento do prego. Ju-ros do capital financiador . Remessedo quantum desses juros pare o ex-terior. Eases juroe constituem rendi-mento produzido no Brasil de atividadedesenvolvida no Brasil, a remuneramcapital investido no Brasil . Estio su-jeitos so imp8sto de rends , como ex-pressam as normas acima referidas."

Houve recurso e a douta Procura-doria-Geral de Republica foi polo nioprovimento do recurso.

VOTO

O Sr. Ministro TAarnistoctes Caval-canti ( Relator ): - O voto do MinistroAmarillo Benjamin a f . 85 pretendster colocado a questio em face dolegislegio vigente, reportando-se a ou-tro mandedo do seguranga.

A legislagio aplicivel saris aL. 4.131, de 3.9 . 62, quo "disciplinea aplicagio do capital estrangeiro a asremessas do val8res pare o exterior edi outras providencias", e o set re-gulamento qua 6 o D. 53.451, de20.1.64 , todos anteriores a impetra-gio.

O art. 4.° do D. 53.451 defineempr6stimo o capital eatrangeiro quanio se integra no capital social doempreendimento econ8mico , nio parti-cipando dirotamente do eau risco.

No am ii 20, no caw especifico dosautos, define:

"o empr6stimo obtido pare squisigiodo bone no exterior , do pr6prio febri-canto on de terceiros , sera denominadofinenciamento."

No aeu art . 8° define juroecomo tAda importincia do valor fireon variivel, qua seja pago como rams-neragio de emprestimo a qualquer ti-tulo e meamo sob qualquer outradenominagio.

0 art. 9° do lei sujeita an pege-mento do imp8sto de rends a remessade juros , 0 mesmo fazendo o art. 19do regulamento,

Invocam-se contra a decisio recor-ride os ac6rd"aos proferidos em diversoacasos, notadamente no RMS 16.795(R.TJ. 37/327) qua, per sue vex, sereports a outras decisoes, notadamenteas RMS 16 . 195, 16 . 726 a Ag 37.702.

Mas, a verdede 6 qua as manuresdecisies nio so referem A legislagiocitada , mas an caw "de vendedor coinside no estrangeiro a qua nio opera nopals, tondo sido o contrato firmadono exterior, onde foram fabricadas asmercadorias."

Embora nio me haje convencido dotees des ementas em face de let ex-praise, qua define o financiamentopare aquisigio de mercadoria no ex-terior a fez incidir s8bre as juros oimp8sto de rends , cedo A consideragiode qua o imp8sto do rends s6 podeincidir s8bre as juros recebidos a nios8bre as juros pagos, qua nio consti-tuem, no realidade, rends mas deepen.

0 imp8sto em questio nio sarisdo rends mas s8bre removes, de jurorpare o exterior, hoje imp8sto s8breoperag8es de uedito , cambio, etc.

Incidiria s8bre o vendedor , mas getscore sede no exterior , onde opera, noeufere rends tributivel no Brasil.

Foi tamb6m o qua so decidiu nojulgemento dos embargos no RE52.165, sendo relator o eminente Mi-nistro Victor Nunes, julgado em 1.4.64.

Sendo aseim , no obstante as leisinvocadas a que serviram de funds-mento so ac6rdio recorrido , dou pro-vimento so recurw pare conceder aseguranga , de acerdo core a jurispru-dencia assentada em mace idAnticos.

A verdade 6 que as principios quoinformant a tributegio de juros, colide

816 R.T.J. 45

com a legislaciio especifica, quo, porisso mesmo, ngo pods prevalecer.

EXTRATO DA ATA

RMS 18 .777 - SP - Relator,Ministro Themistocles Cavalcenti. Re-corrente, VEMAG - Veiculos e Mh-quinas Agricolas S.A. (Adv. Jos6Carlos its Lima Nogueira ). Reeds.,Unigo Federal.

Deciseo : Deu-so provimento, ung-nimemente.

Presidgncia do Sr. Ministro EvandroLins a Silva. Presentes It -sessho osSrs. Ministros Adelicio Nogueire, Alio-mar Baleeiro, Adaucto Cardoso, The-mistocles Cavalcanti e o Dr. OscarCorreia Pine, Procurador-Geral doRepublica, substituto.

Brasilia, 21 do maio do 1968. -Guy Milton Long, Secreterio.

4AGRAVO DE INSTRDMENTO N' 40.236 - SP

(Terceira Turma)

Relator: 0 Sr . Ministro Eloy do Roche.

935-CS m1,Rc4. o2ldl'

Agravente : Rodovi6rio Kalil Ltda. Agravada : Tranaportes de MhquinesGonsalves Ltda.

lures compostos.- Aourdiio recorrido quo adotou a interpretaciio restritiva do

quo o art. 1.544, do C. Civ., as refers a crime, no sentido estrita-mante penal. - Interpretecio quo neo inaplicou dispositivo legalinvocado.

- Jurispruddncia, apontada polo recorrente, midge, quo niomaie corresponds a orientacio d6ste Tribunal.

- Agravo niio provide.

ACORDAG

Vistos a relatados Was autos,acordam os Ministros do Supremo Tri-bunal Federal , em Terceira Turns, pordecisio unanime, negar provimento aoagravo, de ac6rdo com as notes taqui-grhficas.

Brasilia, 5 de male do 1967. -Ca"ndido Motto Filho, Presidents. -E107 do Roche, Relator.

RELAT6RIO

0 Sr. Ministro Eloy do Roche: -A Segundo Chmara Civil do eg. Tri-bunal de Justice do Estado de SaoPaulo, por votaceo ungnime, em ac6r-dio de 9 . 8.66, confirmou sentence doprimeira inst(incia, qua julgou proce-dente ergo ordinhria de indenizaceo,por acidente de trgnstio, movida porRodovierio Kalil Ltda . contra Trans.ports de Mhquinas Gonsalves Ltda.Consideraram a sentence e o ac6rd9oqua o pedido de juros compostos naoera de ser acolhido , per isso qud o

art. 1.544, do C. Civ., cuide, two-somente, do indenizecgo decorrento deilicito de natureza estritamente penal.

Inconformada , interp6s a autora re-curso eztreordinhrio , quo o SenhorDesembargador Presidents, am ezer-cicio, do Tribunal de Justice, inde-feriu, per despacho nestes tgnnos:

"Em acao de indenizacao per aci-dente de veicula julgada procedente,menos no tocante It condenacgo de r6no verbs de juroa compostos, quo forapleiteada, o autor, Rodovihrio Ka-lil Ltda. insurgiu-se contra o ac6rdgode f. 260. confirmat6rio de decisgode primeira instfincia, manifestandode"le recurso eztraordinhrio (art. 101,III. letras a e d do C . Federal).

Alega a recorrente qua teriam aidoviolados, frontelmente , o espirito e aletra doe arts . 962 a 1 .544, do C.Civ. e, obliquamente . o art. 59 doC. Pr. Civ., estabelecendo -se a di.verggncia com ac6rdho do SupremoTribunal Federal (RF. 150/183 eJar. Mineira 2/172).

R.T.J. 45 817

Do fato de se haver dodo no ar-tigo 1.544 do C. Civil uma interpre-taCio restrita quo tern encontradodecidida apoio do jurisprudencia, noas he do induzir a violaSio dense dis-positivo legal e, tampouco do art. 962,do mesmo C6digo, qua s6 abrange orlicito civil.

A tese do ac6rdio dissidente (R.F.159/173 ) esta superada na jurispru-dencia, sendo certo que o pr6prio Su-premo Tribunal Federal ja decidiu quoa palavra "crime" contida no art 1.544,do C. Civ ., tern significado reatrito aviola4io do lei penal ( Cf. Repertdriode Jurisprude"ncla do C. Civ. - Cor-deiro Fernandes , n? 1.805).

Indefiro a petigio de f. 262."

A recorrente veio, entiq corn oagravo de instrumento . A recorrida

contraminutou a f. 27-31.

P o relat6rio.

VOTO

O Sr. Ministro Eloy do Roche (Re-lator): - Sr. Presidente, trata-se desaber, no interpretaggo do art. 1.544do C. Civ., se us juros compostoscabem, apenas , no crime, em sentidoestritamente penal , on se, tamb6m, nodelito civil.

O eminente Ministro Gongalves deOliveira foi relator designado pera oac6rdio, em que prevaleceu o enten-dimento de qua o art . 1.544 s6 sesplice so crime . Foi S . Excia. acom-panhado polo eminente Ministro Pe-dro Chaves , porque se tratave, Como

HABEAS CORPUS N .' 44.035 - 5P(Prinreita Turma)

Relator : 0 Sr. Ministro Adaucto Cardoso.

Paciente : Josh Lopes do Silva.

no presente caso, de indenizasio re-clamada contra o empregador , por etado empregado. 0 eminente MinistroEvandro Lins, relator primitivo, teveentendimento contr4rio . V. Excia.,Sr. Presidente , votou de ac6rdo corno Sr. Ministro 'Evandro Lins . 0 ac6r-dao foi proferido no RE 55 . 646, de28.9.65, R.T.J. 35/545-546.

No caso dos autos, o acfirdio recor-rido adotou a interpretacio restritivade que o art . 1.544, do C. Civ., serefere a crime , no sentido estritamentepenal . Ease interpreta4io nio impor-tou em inaplica&io do dispositivo legalinvocado . Quarto it letra d, foi apon-tada, pelo recorrente, jurisprudenciaantiga, que nio corresponds mail aorientacio deste Tribunal.

Cuida-se, aqui, de agravo de instru-mento. Nio he mender aubir o recursoextraordinario . Nego provimento onagravo.

DECISAO

Como consta do ate, a decisio foia seguinte : Negado provimento it una-nimidade.

Presidencia do Exmo . Sr. MinistroCindido Motto Filho . Relator, o Ea-celentissimo Sr. Ministro Eloy doRoche . Tomaram parte no julgamentoas Exmos . Srs. Ministros Eloy do Ro-che, Gonsalves do Oliveira a CindidoMotto Filho . Licenciado , o Erma. Se-nhor Ministro Prado Kelly . Ausente,justificadamente , o Exmo . SenhorMinistro Hermes Lima.

Brasilia, 5 de main de 19671. -Jos6 Amaral, Secretfirio.

/O.617Legitima defesa . Alegada pets defesa e riio inolufda entre on

quesitos submetidoe no Juri. Nulidade. Concede-se a ordern dohabeas corpus pars quo o paciente seja subrnetido a n6vo Jdri.

ACORDAO moire Torres, do Supremo Tribunal

Vistos, relatados e discutidos estes Federal , a unanimidede, conceder a

autos, acordam on Ministros do Pri- ordern nos termos do voto do Relator,

818 R .T.J. 45

de ac6rdo com a ate do julgamento enotes taquigraficas anexas.

Brasilia, 15 de maio de 1967. -A. C. Lafayette de Andrade, Presi-dente. - Adaucto Cardoso, Relator.

RELAT6RIO

O Sr. Miniatro Adaucto Cardoso: -Em despacho de indeferimento de re-curso extraordinirio criminal o ilustreVice-Presidente do Tribunal do Jus-tifa de Sio Paulo, assim sumaria 0caso do paciente Jose Lopes do Silvapare o qual impetra habeas corpus oadvogado Fernando Jacob:

"Jose Lopes de Silva respondeu aJfui, na Comerca de Votuporange, dees-te Estado, saindo condenado a 7 (sate)anos de reclusio , polo homicidio doBoned Ito Medeiroa do Costa. Saiu ab-solvido do tentative, quo tambem thefoi imputeda , contra a vide do JaimeMedeiros de Costa. Sbmente ale ape-Ion, alegando nulidade de julgamento,por ter sido contradit6rio o veredictmn,condenando-o a absolvendo-o. Acres-canton qua as respostas dodos aos que-sitos nio se igualavam, demonstrandofalta de habilitafio dos juredos pareo julgamento . No merito, postulou oretomo a n6vo Juri, face it inviabili-dade da deciseo apelada, adverse itprove. 0 v. ac6rdao do f. 641, repe-lides as preliminares , deu provimento,em parts, it apelegio referida, parereduzir a pens imposts a 6 (leis) anonde reclusio . Irresignado, o mesmo ape-lente recorre agora extraordlnariamente,invocando o art. 632, IV, do C. Pr.Pen. (letre d do permissivo constitu-tional). Alege nulidade de pron6nciae do julgamento referents a tentativede homicidio. Aquela, por infringir oart. 384, paragrafo 6nico, do, C. Pr.Penal. Esta, por violafso do art. 564,paragrefo 6nico, do aludido estatutolegal . Como been se demonstrou noparecer de f. 646, o recurso a de serdesde logo indeferido, dada sua mani-fests inviabilidade . 0 v. ac6rdio re-corrido nao epreciou a agora auscitadanulidade do pron(ncia. Nem afirmouqua a alegacio nio poderia ser exami-

nada por ter a pronuncia transitadoem julgado . Assim, quanto a Cate fun-damento, o apelo extremo nio podsser recebido , por falta do requisite doprequestionamento (Sdmulas 282 e356). Alias, ausente, no decisio recor-rids, ease epreciacio, os julgadostrazidos a comparafio se afiguram in-confrontaveis. Quanto so argumentoreferents a nulidede do julgamento dotentative de bomicIdio, o v, ac6rdiorecorrido sontente o arredou porque orecorrente tinhe sido ebsolvido por easeimputa9io . On, as arestos indicadoscomo dissident" nio consignem tesediscrepente . Palo exposto, denego se-guimento ao recurso do f. 643-644."

Os crimes imputados no pacienteestio descritos na denuncia traoladadade f. 9 a 9 verso:

"Erato. Sr . Doutor Juiz de Direitodo Comarca de Votuporange. - Con-te dos autos do inqu6rito policial anexo,qua em data de 11 de julho do correntoone, por volta des 8,15 horas, nofazenda Viradouro, Municipio de Va-lentim Gentil, nesta Comerce de Votu-poranga, Mario Bechelli, qualificado itf. 28, acompanhado de sons capangasJaime Medeiros de Costa, qualificadoe f. 39, Joao de Tal, sem qualifica9io,corn as caracteristicas de seer um velhomanco, Benedito Medeiros de Costa,sob o pretexto de expulsarem Jos6Lopes de Silva, qualificado a f. 12,qua o primeiro indiciado afirme seremde sou irmio Bruno Bechelli, cercama Casa em qua so encontrava Jose Lo-pes do Silva a desferem no mesmotiros de rev6lver e carabinas, resultandoem Jos6 Lopes de Silva as ferimentosdescritos nos laudos do f. 11 a 56; JoseLopes do Silva, qualificado a f. 12,quo no v6spera havia se apossado dosterras, por sus vez, desferiu tiros derev6lver em Benedito Medeiros doCosta, qua recebeu ferimentos , em con-segiie"ncis dos queis veio a falecer, Lan-do de f. 8 e em Jaime Medeiros doCosta, qua recebeu os ferimentos gravesdecritos nos laudos de f. 10 a 74.Assim agindo, M6rio Bechelli a souscapangas assalariedos Jaime Medeirosdo Costa, Joao de Tal, tentaram contra

R.T.J. 45

a vide do Jose Lopes de Silva, eisqua, iniciaram a execugio do crime dehomicidio, quo so consumou, em vir-tude de term errado a pontaria edeixado o local apes a morte do mencomperes Benedito Medeiroe do Costa.Jose Lopes do Silva praticou crime dehomicidio no pessoa do Benedito Me-deiroe de Costa a lesoes corporais gra-ves em Jaime Medeiros da Costa.Coasts qua as fatos se originaram canvirtude de ambas as partes preten-derem apossar-se des tortes em qua sedeu -o conflito, a qua em verdade ne-nhum dfiles tern direito, eis qua as re-ferides terras pertencem a ErnestoCavalim. Diante do exposto, ve-se quao indiciado Mario Bechelli agiu permotivo torpe a sews esserlas a assala-riados Jaime Medeiros do Costa a joinde Tal, mediante page a ainde usandomains qua tornavam impoasivel a de-fesa do ofendido, eis qua cercaram ateen. Por sua vex, Jose Lopes do Silva,agiu por motivo torpe. Diente do ex-postto, denuncio a V. Excia. Mfi-rio Bechelli, Jaime Medeiros de Costae Joeo de Tel come incursos nes penaado art. 121, § 2°, ince. I a IV, c.c.o art. 12, n° II, do C. Pen. a JoseLopes de Silva come incurso nee pensdo art. 121, $ 20, inc. I, e ass penesdo art. 129, $ 1.0, incs. I e II, c.c.art. 51 caput, todos do C. Pen. erequeiro qua r. a a., seta com oinquerito, se instaure o competenteprocesso panel, corn observincia dorito estabelecido para on crimes decompetencia do Tribunal do Jfiri, ci-tando-se as indiciados para todos osfins a efeitos legais, ouvindo-so, oportu-namente, as testemunhas abaixo arrola-daa. Termos em qua P. Deferimento.Votuporange, 26.10.64. (a) JoseEvan de Aradjo, Promotor de Justigaem exercicio."

A aentenga do pronuncie assim sorefers it atuagio criminosa do paci-onte:

"Existents e o delito previsto noart. 121 caput do C. Pen., imputadoso reu Jose Lopes de Silva, face nolaudo de exame necrosc6pico de f6-Ihe 11 v. Ademais, nio ficou compro-

819

veda a qualificadora prevista no § 2-0,inc. I, do C. Pen ., won vez quo minexists quelquer prove nester autos doqua eats reu tivesse agida, quandocometeu o homicidio , mediante pageon promeesa , on por outro motivotorpe . Iguelmente exists, contra o reu,homicidio tentado contra Jaime Me-deiros do Costa . Face o disposto nofi 39, art 408, do C. Pr. Pen., ina-colho it denfrncia, quanto it imputegiofelts a Jos€ Lopes do Silva , uma vanqua exists indicios ponderfiveis de quoeats tentou contra a vida do co-reuJaime. Impbeae seja pronunciadoJose Lopes do Silva, em concurso ma-terial de homicidio praticado contraBenedito Medeiroe do Costa, barn comede tentative de homicidio praticadacontra Jaime Medeiros de Costa, pamnio incoerencia no imputagio, noun vexqua o dole foi identico no agir destereu contra ambas as pessoas. Niovejo cumpridamenta proveda quelquerjustificative on dirimente em favordesse reu."

O ac6rdio do 3.a Camera Criminal,quo negou provimento it apelagio dopatients, embora de dificil leitura,pelos erros do certidao, instrui a escla-rece:

"Vistas estea autos de apelagio nft-mero 84 . 925, da comarce de Votupo-range, apelente a Justiga a apeladosMario Bechelli a Jaime MedeiroeCosta. Acordem, em Terceira CameraCriminal do Tribunal de JuJstige, poivotagio uninime, negar provimento sorecurso . Custom ex Inge. Negam aco-Ihida so recurso, em relagio aos reusore recorridos . Nome, glebe litigiose,disputada por dois interessedos, en-quento um terceiro , apontado poralguns come o verdedeiro proprietfirio,ficava de fora, apreciando os aconte-cimentos, urn daqueles, representedopelo irmio, Mario Bechelli, tratou doali colocar urn canal , a quern equinhooucom certa importincia, em dinheiro.Man o varao, corn o bolso cheio, tocoupare a Bahia, rever a term, as parentes,.segundo esclarece ume testemunha, norancho permaneceu somente a compsnheira . Ent6o, surgiu outro, por via de,

820 R.T.J. 45

um arrendente, Jose Lopes do Silva,reu a vitima nests processo . Reu porhaver morto a Benedito Medeiros doCosta . E vitima dos time de MarioBechelli a Jaime Medeiros de Costa.Jose Lopes do Silva intimou a more-dora a retiranse . Desejeva instalar-seno aludido rancho . A respeito de re-sistencia, mexime a verbal, dos im-properios, solo a mulher. Fri, porem,lever a conhecimento do fato a Jaime,qua era filho do administrador dosterms, de parts de Mario Bechelli.Este, no companhia do empregado,correu ao local, tentando desalojar on6vo posseiro . Del a qua surgiu otiroteio . Quern a iniciou, de molds aelevi-lo as consegtiencies atingidas?Alem do morte do Benedito Medeirosda Costa? Dos ferimentos de Jose Lo-pes do Silva , reu pronunciado porhomicidio a tentative de homicidio, areioragido, a quo as cuida , no momentoA den(ncie classifica a ocorrenciacomo tentative de morte, afribuindoa autoria a Mario Bechelli a Jaime

Medeiros de Costa. An primeiro negouo Juri desde logo a imputacio. E, soeegundo, depois de admiti-la, absolveuo acusado , por enxergar o crime co-metido em legitima defesa do propriapessoa . 0 Dr. Promotor com o am-paro do parecer de Procuradoria-Geraldo Justice , repute manifestementecontreria is prove a decisio objeto dorecurso . it certo, nio aparece indispu-tevel a negative de autoria , atribuidae Mario Bechelli, no hipotese. Con-tudo, tambem nio a absolute, aamender desfecho diferente , a mostraem sentido oposto . Baste atentar nosprotegonistas do conflito, qua foramdiversos, todos atirando , sera excetuermesmo Mario Bechelli . Assentar, po-rem, qua um dos tiros, qua alcancoua perms de Jose Lopes de Silva, saiude sue arms , nio depara cam alicerceinconteste . Podia originer-se de outros,disparando diversos a urn so tempo,nos vizinhancas . R certo, tambemtanto a vitima , como aeus filhos, impu-taram a autoria de um dos tiros aMario Bechelli . Ease versio , qua po-dere ser a mais adequada , nio sere,

todavia, a (pica, a excluir qualqueroutra, como as via - disparo simul-

tineo de alguns de viavel procedencia.Reconhecida polo Juri, no am opcio,no pennitire dizer qua surge manifes-tamente enfrentando as mostras produ-zides . Em seu prol desponta aquelesituacio, je delineada, de uma conkonde as projeta um verdadeiro conflito,de muitos, em lute, uns contra outros.A negative , assim, maxima quando asjurados atribuem responsabilidade aalguem , absolvido pale legitima defesa,no a daquelas a exigir reforms, a fimde qua as repite o julgamento. Ne-gam provimento em relacio a MarioBechelli . E tambem em relacio a Jai-me Medeiroa do Costa. Esse acusadoesta mesmo em melhor posicio qua ocompanheiro , Acompenheva o pal,logo derrubado, por tiros de Jose Lopesdo Silva. No The competie aferir doatividade deste, naquele instants. Dis-parando , por igual , nio so as defendia,coma defendia o pal, je cefdo, a suefrente . Portanto, o reconhecimento doJuri, do excludente, em condicoes se-melhantes, nio vein manifestamenteadverso aos elementos trazidos a exe-me. De consigner-se qua a legitimadefese era dodo a Juri a afirme-la, nosimples duvida , de quem fosse a res-ponsevel reel pelo choque armedo.Sem antecipar qualquer prejulgementodo co-reu, ate aogra escapando a pri-sio. Dessa maneira entendendo, nestsensejo, mantem o veredictum do Juri,no quo elude ass epelados. Nio seprojeta contestendo a realidade, Asclams. Algoma escora encontre nos au-tos. Autos qua espelham uma disputesobre terms, terms de domino incer-to, posse disputada A forca , coda gru-po iniciando a reacio, sem qualquercobertura judicial . tnicarnente cornevidencia plena , seria do fezer asreus retornarem a J(ri. Evidenciaqua, aqui, nio as projeta, acobertan-do um lado on outro".

Tmmbem o depoimento do co-reuJaime Medeiros do Costa , filho domorto Benedito a vitima de tentativede homicidio por qua foi condenado apaciente, & bem elucidative: "qua Be-chelli fez a manobra do jeep, deixan-do-o em posicio de safda; qua dedentro, desceram o pad do interrogedoe a Dr. Mario Bechelli; qua seu pai,

R.T.J. 45 821

quando deaceu do jeep, portava emuma dos mios um embornal , dentrodo qual, havia o seu revolver; qua noessoalho do jeep, embrulhada em umpepel, havia urns combine , de pro-priedade de seu pai, a qual, o interro-gedo desonrolou , deixando-a s6bre oassento dianteiro do jeep; qua seu psifoi no frente , sendo qua male atrasurn pouco, foi o Dr. Mario Bechelli,embos corn a intengio de faler cornJose Lopes do Silva, sobre a tal mu-dange ; qua deseja esclarecer quo Joindo tal, qua tembem estava armadafoi junto corn Bechelli , ficando noJeep, operas o interrogado, atendendorecomendagio do seu psi ; qua escla-rece outrossirn qua portava no bolsoo revolver quo no dia anterior Joio detal havia the dodo; qua, de onde ointerrogado as encontreva , notou quan-do Joae Lopes de Silva sacou de seurevolver, detonando dolt tiros contrasou psi, a gate prostrou-se so solo; quaantes, porem , sou pai deu um on doistime contra Jose Lopes do Silva; qua,diante disco, o interrogado pegou acarabine que as encontrava sobre oassento do jeep, indo tsmbgm pare olado qua estava son psi a Bechelli;qua, to tenter manobrar a carabine,ester jogou a bale qua estave no agu-Iha a a segdinte atravessou , nio saindodesks feita o tiro; qua , antic, o inter-rogado jogou a carabina de lado, so-cendo do revolver que estova no bolso,passendo a atirar ; que o interrogedoatirou contra o caminhio, tendo dodosponge dois ou trgs tiros; qua quandoo psi do interrogado caiu eo solo, oDr. Mario Bechelli saiu correndo a Joiode tal o acompenhou ; qua em seguidao interrogado recebeu urn tiro no bar-rigs, ficando por isso inutilizado; quaacredita que tenha sido atingido poroutra pessoa qua acompenhava JoseLopes do Silva ; qua ouviu logo a se-guir Joae Lopes ringer a so qua pa.race, polo ruido, barer em seu pai; quopouco depois foi desormado por JoseLopes do Silva , quando gate the tomoua carabine Jose Lopes do Si, digo,carabine qud estava so ]ado no chio;qua urn indiv"duo rnoreno, qua acom-panhava Jose Lopes do Silva, foi quernthe tomou o revolver des mina; qua

no ameagou quern quer qua seja, nemcoat o revolver a muito memos corn acarabina ; qua o tal moreno, ao titero revolver de sus rnio, bateu -lhe atresdo orelha corn o cano de uma garruchaqua trazia a mio; qua , a seguir, per-cebeu quando Jose Lopes do Silva eseu grupo partiem em diregio a asidede propriedede, nao sabendo quais ascomponentes d"ease grupo , porque souestado era grave; qua deseje esclarecermais, qua no momento qua sou psi eBechelli chegaram no case, piv6 dosacontecimentos, all as encontrave abaiana, a dual, saiu correndo, logo noinicio do tiroteio; qua nunca foi prgsoe nern processado. Node mais dissee nern the foi perguntado."

No relat6rio do delegado de policia

ha a seguinte passagem:

"Devemos selientar quo a posigaode Jose Lopes do Silva nestes autosnio a des piores , pois, so qua tudoindica a segundo sues declarag6es, foiatacedo polo bendo de Bechelli, quandose preparava pare deixar a proprie-dade, ap6s descarregar a mudanga.Neo foi We o agressor, foi o agredido edefendeu -se como pOde . A1ern do mais,esteva acompanhado de dois filhos eta-cados tambgm e a queen incumbiaproteger . Do exposto, soenos levados aafirmar que o responsavel pale quasechacina no die onze de julho p. pas-sado tenha sido o Doutor Mario Be-chelli , orientador, orgenizador do ataquecontra sou antagonists."

O impetrante clams por ngvo Jori.

Sue longs petigio, a ease prop6sito,

assim concluiu:

"No sentenga de pronuncia ore cer-tificada, o MM. Juiz disse textual-mente: `2mpSe -se seja pronunciadoJose Lopes do Silva, am concursomaterial de homicidio praticado contraBenedito Medeiros do Costa, bem comade tentativa de homicidio praticadocontra Jaime Medeiros do Costa, parenio incoergncia no imputagio, uma vezqua o dolo foi idgntico no agir destereu contra embos as pessoas."

822 R.T.J. 45

Ora, no v . ac6rdio tambem certifi-cado no incluso trasledo , qua julgou aepelagio interposta pelo MinisterioPGblico contra a absolvigio polo JGri,do co-reu Dr. Mario Bechelli, j6 amesma prevents Terceira Camara Cri-minal havia afirmado : "De consigner-sequa a legitima defesa era dodo so jfiriafirme-le, no simples duvida, de quernfosse o responsavel real pelo choquearmada. Sam entecipar qualquer pre-julgamento do ca-reu, ate agora esce-pando it prisio."

O co-reu aludido no v. ac6rdio era

exetamente o ora paciente Jose Lopes

do Silva, de modo qua a pr6pria eg.

Camera Criminal je havia consignado

qua o Tribunal do Jeri poderia reco-

nhecer a legitima defese a qualquer

dos reus . Ora, a paciente foi absolvido

de imputagao da tentative de morte,

porque foi o Juri questionado s6bre a

legitima defesa pr6pria.

No tocante eo crime de homicidio,porem, a defesa dative do pacienterequereu fosse questioneda a negativado autoria, e o JGri afirmou a autoria.

Nem poderie a JGri negar a eutoriados disparos feims pelo paciente contraas co-reus, was vez qua sate, em souinterrogat6rio em plenirio, reiterandoas pronunciementos anteriores , afirmaraquo fizera as disparos, pare defender.se a si a aos sous filhos qua o acom-panhavam. -

Results del , evidentemente, qua, asa defesa houvesse pleiteado a exclu-dente do legitima defese, o pacienteteria sido absolvido , it semelhanga doqua ocorreu corn a tentativa de homi-cidio. E isto porque as senhores ju-rados estevem cientes, atraves desentenga do pronuncia , qua a dolo dopaciente Mrs um 96 no agir contraambas as pessoae. A Gnica a lamentevelconclusio a qua Be chega , aem qual-quer restrigio a pessoa do sou dignis-simo defensor dative,

,a a de quo o

paciente este"ve mail uma ves indefesono Tribunal do JGri.

Pate Colendo Supremo Tribunal Fe-deral je decidiu, mais de uma vez, quae nomeagio de um patron detivo nioe mera formalidede processual, meaquo a advogado nomeado precise desnider esforgos visando a melhor de-fesa do patrocinado.

Face so exposto , espera o pacientequa, ante a flagrante contradigio ve-rificada no seu julgamento, absolvidodo tentative de homicidio a candenadopor homicidio, quando o dolo foi omesmo, seje o seu julgamento consi-derado nulo , a determinado qua maisuma vez comperega parents o Tribunaldo JGri de sua Comerca, a fim de earjulgado por uma forma mais consen-tanea corn o Direito."

E o relat6rio.

VOTO

O Sr. Ministro Adaucto Cardoso(Relator): - Concedo a ordem parequa a paciento seja submetido a n6voJGri, a fim de qua o Conselho deSentenga conhega a decidida materiade legitima defesa qua deixou de serquestionada , corn prejuizo evidentepars. a defesa do paciente.

DECISAO

Coma consta de are, a decisio foi

a seguinte: Concederem a ordem nos

termos do voto do Relator . Decisio

unanime.

Presidencia do Exmo , Sr. Ministro

Lafayette de Andrade. Relator, a Ex-

celentissimo Sr. Ministro Adaucto

Cardoso. Tomaram parts no julga-

mento as Exmos . Srs. Ministros

Adaucto Cardoso , Djaci Falcio, Os-

waldo Trigueiro, Victor Nunes a

Lafayette de Andrade.

Brasilia, 15 de meio de 1967. -Alberto Veronese Agaiar, Secretario doTurma.

R.T.J. 45 823

HABEAS CORPUS NP 45.135 - RR

(Tribunal Pleno )732.

Relator: 0 Sr. Ministro Adaucto Cardoso.

Paciente : Eustequio Pinto Pereira.cQ! /'?, 6.68

Denuncia. Prislo do paciente hi naus do 2 asap sem o sentoierecimento. Aasencia de informagaes do autoridade coatora Ordersconcedida pare qua o patients responds no proceoso em liberdade.

AC6RDAO

Vistas, etc.

Acordam as Ministros do SupremoTribunal Federal , par decisio unenime,conceder a ordem paw qua o pacienteresponds an processo em liberdade, doec6rdo com as notes taquigreficas.

Custas na forma de lei.

Brasilia, 21 de margo do 1968. -Luiz Gallotti, Presidente . - AdauctoCardoso, Relator.

RELAT6RIO

0 Sr. Ministro Adaucto Cardoso: -Sr. Presidents, trata-se de habeas cor-pus impetrado polo pr6prio paciente,qua alege ester preso desde o die5.7.65, canto incurso nos sangoes doart. 121, caput, do C. Penal.

Solicitei informag6es an Presidentedo Tribunal de Juatiga do Distrito Fe-deral, qua as prestou dizendo oseguinte : ( f. 7-9):

"Acusando o recebimento do Officion.0 168/R, de 12 do corrente . no qualVoase Ezcelencia solicits, informag6esPara instruir o julgamento do HC45.135, impetredo a ease Ezcelso Pre-t6rio em favor do Eustiquio PintoPereira, esclarego qua se encontra nestsTribunal tembem pendants de decisioo HC 575, impetredo pelo PromotorP6blico do Comarca de Boa Vista,Dr. Heirocerge Rodrigues Pelson, nostermos do art . 22, item XII, doDl. 6.887, de 21 . 9.44 (Lei de Organi-zagio de Juatiga doe Territ6rios) eart. 654 do C . Pr. Pen ., afirmandoo referido representante do MinisterioP6blico, no sue petigio, qua:

"Eustequio Pinto Pereira foi denun-ciado em 21 . 7.59, coma incurso nospanes do art . 121 do C. Pan., crimede homicidio preticado no pessoa doBma Silva, no die 20 . 9.58, no lugardenominado "Arimutii", nests Muni-cipio.

0 inquerito policial foi procedidoentre 9 . 4 a 1.6 . 59 a em deferimentoa representagio do eutoridade policial,teve o autor do crime a patients decre-tada em 27 . 7.59 a prisio preventive,do ac6rdo cram o art. 312 do C. Pr.Pen.; foi capturado a preso preventi-vamente, em 15 . 7.65, no PenitenciariaAgricola de Boa Vista a, desde entio,permanece no mesmo regime, a dis-posigio do Juizo do Direito do Co-mince.

Em 8.9 . 65 houve a qualificagio einterrogatcrio do reu a paciente; em17.9.65, foi marcada a audiencia peraouvir as quetro testemunhas de acusa-gio, solicitado o concurso de Policiae de Radio Difusora paw localize-las,no garimpo do "Arimuti", a oficiadopelo Cart6rio Criminal, em 19.10.65,a Delegacia de Policia do Capital, afim de localize-lac a apresente -1as paraserem ouvidas , sem efeito, porem assesmedidas, qua nio foram renovadas.

No houve, porem, o despacho derecebimento do den6ncia , a saw efeitoestao os atos processuais havidos de-pois dale, a nio foi chamado a ardento processo , a vencidos patio todos asprows para a instrugio processual, aate pare submeter-se o reu an julga-mento pelo Tribunal do Joni.

Este carecterirado , claremente, a coa-gio ieegal, nos tirmoz do disposigiolegal seguinto".

824 R .T.J. 45

2. Muito embora tenha sido o pe-dido formuledo pelo pr6prio represen-tente do Ministerio P6blico, foramsolicitadas informacoes so JuIzo deComarca, nao prestadas a epoca a ateagora, possivelmente por se haver ex-treviedo a Correspondencie , enoemi-nhada aquela Comarca atraves doDepartamento dos - Correios a Tele-grafos.

3. Recentemvnte , foi reiterado opedido de informac6es , e, novamente,em face do pedido de Vosse Exce-lencia, foi , par via telegrafice , renovadaa solicitacao.

4. Com this esclarecimentos, querocrer qua Vossa Excelencia ficara a parde impossibilidade de chegerem assues moos, com a urgencia recomen-deda, as informacoes mais atuais dequa necessity pare instruir o julga-mento do referido HC 45.135".

E o relat6rio.

VOTO

O Sr. Ministro Adaucto Cardoso(Relator): - Sr. Presidents, acreditoqua diante do quedro qua se traca nosautos, isto e, a prisio ilegal deeds 1965,a ponto de o pr6prio promotor pu-blico pedir habeas corpus am favordo preso, a a inexistencia do infor-mag5es ja solicitadas pela presidenciado Tribunal de Justica do DistritoFederal, a qua o ilustre desembargadorSouza Nato atribui a possivel axtraviode correspondencia, a situacio a de seconceder o habeas corpus.

Apesar do duplicidede de pedidos,nao tenho divida em conceder a ordempare qua o paciente responda so pro-

cesso em liberdade.

VOTO

0 Sr. Ministro Thompson Flares:- Sr. Presidents , teria alguma du-vida s6bre a questio de competencia,porque a coacio a do juiz de direito.Mas sei qua ester Corte conhece dohabeas corpus nests situacio. Se heprecedents, nests sentido, nao queromudar, porque respeito demasiado a li-berdade des criaturas . Por eats razao,acompanho o eminente Relator, con-cedendo a ordem.

VOTO

0 Sr. Ministro Amaral Santos: -Sr. Presidents, sem prejuizo do tesequo sempre hei sustentado de qua esteTribunal s6 deve decidir habeas cor-pus quando competente pare sua de-ciseo, tendo em conta qua o reu estipreso desde 1965, concedo a ordem.

VOTO

O Sr. Ministro Eloy do Roche: -Sr. Presidents, estou de ac6rdo emconhecer do pedido, pare conceder aordem, mas com urn aditamento.

Segundo as informacoes, o paciente- qua e o impetrante - encontra-sepreso be quase tree anos, sem quo ti-vesse sido denunciado . Defiro a ordem,corn a recomendacao de qua o eg.Tribunal de justice proceda a verifi-cacio des causes desse fato. Comu-mente. concede-so habeas corpus, peloreconhecimento do excesso de prazolegal. sem essa providencia . Mas, nocaso, no a passivel , a men ver , deixarde considerar o fato, qua se apresentadxtremamente anormel e, an qua pa-race, sem explicacao.

EXTRATO DA ATA

HC 45.135 - RR - Relator, Mi-nistro Adaucto Cardoso. Impte. ePte. Eustequio Pinto Pereira.

Decisio : Concedido, para quo opaciente responds an processo em li-berdade.

Presidencia do Sr . Ministro LuizGallotti , Promotes , os Srs. MinistrosThompson Flares, Amaral Santos, The-mistocles Cavalcanti , Barros Monteiro,Adaucto Cardoso , Djaci Felcio, Eloydo Roche, Oswaldo Trigueiro, EvendroLine, Hermes Lime, Victor Nunes, Gon-calves do Oliveira a Lafayette deAndrade. Licenciado, o Sr. MinistroAdalicio Nogueira . Ausente, justifica-damente, o Sr . Ministro Aliomar Ba-leeiro.

Brasilia , 21 de marco de 1968. -Alvaro Ferreira dos Santos, Vice-Di-rotor-Geral.

R.T.J. 45 825

HABEAS CORPUS H.° 45.343 - MG

(Terceira Turma)Q

X73 3

Relator: O Sr. Ministro Carlos Thompson Fl"ores.

Paciente: Arlin Paz do Silva.

Aed • 7? ' 6 a

Demora na apresentacao de laudo psiquistrico . Se a coacao

dellui de autoridade administrativa , nao contemplada no art. 114,

I, h, de C.F., dale nao conhece o Supremo Tribunal Federal.

Habeas corpus nan conhecido.

ACORDAO

Vistas , reletados a discutidos Astesautos, acordam os Ministros da Ter-ceira Tomas do Supremo Tribunal Fe-deral, no conformidade do ata dojulgamento a des notes taquigreficas,por unanimidade de votes , neo conhe-cer do pedido , determinando a remessedos autos so Tribunal de Justica doMinas Gerais.

Brasilia, 17 de maio de 1968. -Goncalves de Oliveira, Presidents. -Carlos Thompson Fl6res, Relator.

RELATGRIO

O Sr. Ministro Thompson Flores: -Impetra o paciente em seu prol ordersde habeas corpus pare qua se posseser submetido a exams psiquietrico,no qua prestes a ser submetido a jul-gamento do Juri em Montana , aguarde

em Juiz de Fora , desde' 1962, o exams

em apreco.O eminente Presidents do Tribunal

de Justica de Mines a quern soliciteiinformag6es , encaminhou as prestadaspelo Dr . Juiz de Direito do referidecomarca qua, so qua The parece, 0Tribunal de Justica je so pronunciou

em habeas corpus qua the dirigiu opaciente . E Ale esta tomando as provi-dencias pare regularizar a situecifo doreu.

E o relat6rio.

VOTO

0 Sr. Ministro Thompson Fldrea(Relator): - Tenho qua o processoesta a exigir melhores esclarecimentos.especialmente, no qua respeita so ham

boas corpus qua teria o paciente diri-gido so Tribunal de Justice.

0 men veto assim a pela diligAncia,pare quo se solicits informac6es as oTribunal Mineiro apreciou igual pe-dido do requerente , a, no case afirma-tivo, remeter a c6pie do aresto.

EXTRATO DA ATA

HC 45.343 - MG - Relator, Mi-nistro Thompson Fl"ores. Impte. ePte. AdAo Fez do Silva.

Deciseo : Convertido o julgamentoem diligencia . Unenime.

Presidencia do Sr . Ministro Gon-calves de Oliveira. Presentes a sesseo

as Srs . Ministros Eloy do Roche, Ama-ral Santos, Thompson Fl6res e o DoutorOscar Correia Pins, Procurador-Gerelde Republica, substitute. Ausente,justificadamente, o Sr. Ministro Her-mes Lima.

Brasilia, 26 do abril de 1968. -Guy Milton Lang, Secreterio de Tur-me.

RELATORIO

0 Sr. Ministro Thompson Flores:- Queixa-se o paciente qua pronun-.ciado per homicidio a prestes a sersubmetido a julgamento do Juri nocomarca de Montana foi internadopare a efeito de ser submetido a exa-me psiquifitrico , encontrando -se, on-

tanto, no Penitencieria de Juiz de Foredesde entiio , 1963 . Entendendo setilegal Asse procedimento, pads habeascorpus.

Solicitadas informacooe, prestou-aso magistrado confirmando o fim dointernamento a am Apace , estranhando

826 R.T.J. 45

o local onde as acha recolhido je be-vendo providenciado pare a remessaso ManicSmio, juntando cbpia do offi-cio. 0 eminente Presidents do Tri-bunal do Justiga esclarece qua niotransitou no Tribunal qualquer pedidodo peciente.

E o relet6rio,

VOTO

0 Sr. Ministro Thompson Floras(Relator): - A coagio qua diz softero paciente deflui mais do autoridadeadministrative qua retards a apresen-tagio do laudo, e, ademais, so quaparece , mantinha o patients no presidiode Juiz de Fore pare onde nao o on-viara o magistrado.

Em tais condig6es , nao conhego dopedido, a teor do disposto no art. 114,I, h, da C. F., determinando a remessados autos so eg . Tribunal de Justiga

de Minas Gerais pare os fins de di-reito.

E o meu voto.

EXTRATO DA ATA

HC 45.343 - MG - Rel., MinistroThompson Flares . Pte. a Impte. AdaoPaz da Silva.

Decisao: Nio conhecido, remetendo-ae o habeas corpus so Tribunal deMinas. Uninime.

Presidencia do Sr. Ministro Gongal-ves de Oliveira . Presentee I aessio asSrs. Ministros Eloy do Roche , AmaralSantos, Thompson F16res a o DoutorOscar Correia Pine, Procurador-Geraldo Republics , substituto . Ausente,justificadamente, o Sr. Ministro Her-mes Lima.

Brasilia, 17 de maio do 1968. -Guy Milton Lang, Secreterio de Turma.

EMBARGOS NO RECURSO EXTRAORDINARIO N.' 57.747 - SP

(Tribunal Pleno) 97l,, -;Z3S

47 ua'.24. X 66°Relator pare o Acurdio : 0 Sr. Ministro Themistocles Cavalcanti.

Embargabtes : Luiz Ambra a outros.

Registro de entrada do petigio no Tribunal . Felts de prove.Nao recebimento de desiata"ncia.

AC6RDAO

Vistos, relatedos a discutidos os au-tos acima identificados, acordam asMinistros do Supremo Tribunal Fe-deral, em Sessio Pleneria , na confor-midade do ate do julgamento a dosnotes taquigreficas , por maioria devotos , rejeitar as embargos.

Brasilia, 14 de fevereiro de 1968.- Luiz Gallotti, Presidents - The-mistocles Cavalcanti, Relator pare oAcbrdio.

RELAT6RIO

0 Sr. Ministro Amaral Santos: -O Dr. Luis Ambra a outros , magis-trados do Estado de Sao Paulo, ofe-receram tempestivamente embargos dedeclaragio so ac6rdio de f., tendo

a petigio de embargos sido dirigidaso Ermo. Sr. Presidents do Tribu-nal.

Alegam as embargantes:

`Preliminarmente, as suplicantes di-rigem esta petigio a V. Excia., por-qua je se aposentou o relator do caso- o Exmo . Sr. Ministro CindidoMotto Filho ; a requerem digne-seV. Excia . mandar distribuir o pre-sente recurso a um dos ilustres Mi-nistros qua integram equals Col. 3.aTurma.

2. Como as pode ver a f . 324 dosautos, em 9 do margo p . p. os supli-cantes subscreveram uma petigio de-sistindo do eau recurso extraordints-rio. Em 19 de junho foram reconhe-

R.T.J. 45

cidas por Tabeliio as assinaturas dosmesmos, e a seguir encaminhou-se talpetigio de desist6ncia a Bate Col. Su-premo Tribunal, a fim de qua fosseapreciada.

Reiniciadas as atividades do Canem ag6sto, a petigio ficou em poderdo funcionario auxiliar do Sr. Mi-nistro Motto Filho, rose, par inadver-tencia, nio veio a ser deapachadaoportunamente.

3. Ora, residindo em Sin Paulotodos os postulantes, been como manadvogado infra-assinado , nio puderamacompanhar o andamento do petigiode desistencia , qua supunham achar-se regulanente autuada.

Para surpreaa sue, no entanto, aos31 de ag6sto foi levado a julgamentoo recurso eztraordinerio, dale nio co-nhecendo a Col. Tuma.

4. A vista do ezposto, verifica-sequa em ultima anelise foi assim de-cidido um recurso quo je doizara deexistir, p6sto qua dale baviam desis-tido os recorrentes.

Dec porque interp6em os presentesembargos de declaragio, atraves dosquais pleiteiam qua essa alto C6rte,corrigindo o equivoco ocorrido, tornsera efeito o mencionado julgamentoe homologue a mum desistencia.

5. Sera duvida o remedio a adotar-se nests oportunidade sio os ember-goo do declaragio , como tern decidi-do ease Col. Supremo Tribunal emhip6teses analogas.

Assim o fez em julgamentos recen-tea, de todos conbecidoe . E tambemem cams maia antigos , coma ezempli-ficativemente sucedeu nester dais pro-cessos:

a) D.J. do Uniio de 25 .11.43,p. 4.518 - embargoa de declarageono Ag 10 .455, Rel. Ministro Oro-zimbo Nonato - Ementa : "E possi-vel, par via de embargoa do decla-ragio, retificar-se erro de fato come-tido no julgamento s6bre formaliga-

827

gio do instrumento do agravo" (Nocan, a Tuna nio conhecera do agra-va, porque do instrumento nio cons-tavam a decisio recorrida a certidaodo am intimagio es partes; observou-se depois, atraves do embargoa dedeclaragio, qua ocorrera um equivo-co, vista qua as citadas pages seachavam nos autos; a this embargos,comp vimos, foram admitidos atravesdeles so conhecendo do recurs doagravo).

b) D.J. do Uniio de 4.11.44,p. 5.107 - Rel. Ministro Jose Li-nhares - Ementa: "Ainda qua emprocesso de agravo , legitimam-se ez-cepcionalmente embargos Para demons-tragio de qua o nio conhecimento dorecurso assentou em erro material a&bra o curso de prazos".

Alias, o eminente Sambre Fagun-des ja ensinara qua "as embargoa de-clarat6rios, sendo condicionados, aninves de qualquer outro recurso, socriterio de oportunidade, podendo seradmitidos on repelidos em fungao. doezame eventual do decisio embarga-do, a visando , par outro lado, a tor-n" mais clam o sentido do sentenga,devew ser acolhidos cow largueza"(Dos Recursos Ordinarios em Mate-rim Civil, 1946, p. 483, n.0 490, note1)".

Realmente, i f. 324, se encontrauma petigio, dirigida so eminenteMinistro Relator do recurso eztraor.dinirio, datada de 9.3.67, cuja lei-tura passamos a fazer: "Nos autos doagio ordineria qua promovem contraa Fazenda do Estado de Sin Paulo,as alltores Dr. Luiz Ambra a outros,qua mate assinam corn seu advogada,vem desistir do recurso extraordina-rio qua interpuseram a f. (autos doRE 57.747), requerendo a V. Excia.dignes-e homologar a presente desis-tencia a determiner a baize do pro-cesso so eg . Tribunal do Justice deSin Paulo".

A was petigio o eininente Minie-

tro Relator langou o seguinte despa-

cho (f. 324):

828 R .T.J. 45

"A presents petiggo nao me foiapresentada e, per isso, sequer foi des-pachada . Encontrei-a s6lta nos autosap6s o julgamento . Mando-a juntarPara os devidos fins . - 11.9.67".

A f. 323 consta certidao de qua areferida petiSao foi juntada aos au-tos em 9.9.67.

O ac6rd5o embargado , proferidoem 31 . 8.67, nab conheceu do recur-so extraordinario , unanimemente.

E o relat6rio.

VOTO

do embargos declarat6rios , je tem de-cidido a questao omitida, alternando,em conseg0encia, a deciseo procla-mado anteriormente . Rests saber...

O Sr. Ministro Themistoclas Ca-valcanti: - Os advogados tinham pa-deres Para desistir?

O Sr. Ministro Amaral Santos (Re-lator ): - Sim. Alias, todoa os jui-zes assinaram a desistencia.

Recebo os embargos , Sr. Presiden-ts, pare declarer qua, em vista daomisseo, ha a contradi£ao a homolo-go a desistAncia.

O Sr. Ministro Amaral Santos(Relator): - Estou convencido, da-dos os termos do despacho de f. 324,e a autoridade moral dos embargan-tes a do advogado signetario do mes-ma, qua dita peticao de desistenciado recurso ingressou no Tribunal an-teriormente an julgamento do re-curse.

Ha contradigio manifesto entre adecisao, qua no conheceu do recur.so, e a petigio de f. 324, quo torna-va o recurso inexistente . Sendo delivre disposicao des partes desistir dorecurso, neo poderia o Tribunal, avista daquela petiraq aprecia-lo es6bre Ale pronunciar-se.

Pelee fundamentos expostos no pe-ticeo de f . 324, recebo as embargosPara declarer qua a deciseo do recur-so extraordinario se assentou em erromaterial, consistente no omisseo a ol-vido do referida peti4eo, qua se ex-traviara, a qua, assim , reconhecendoa contradifeo entre esta e a decisao,homologo a desistencia do recurso ex-traordinario.

ADITAMENTO AO VOTO

O Sr. Ministro Amaral Santos (Re-lator): - (S. Excia . finalize a lei-tura do voto).

O Sr. Ministro Victor Nunes: -Mais de uma vez o Tribunal , julgan-

O Sr. Ministro Gonsalves de Oli-veira: - Essa peti§ao, portanto, niofoi protocolada.

O Sr. Ministro Amaral Santos(Relator): - Nao foi protocolada.

O Sr. Ministro Evandro Lins: -E muito perigoso o precedents, ape-set do reapeitabilidade dos requeren-tes.

O Sr. Ministro Gongaives de Oli-veira: - He pouts Para julgamento.

O Sr. Ministro Evandro Lins: -Houve publicacso, aviso de quo oprocesso estava em pauta Para jul-gamento.

O Sr. Ministro Amaral Santos (Re-lator): - Devemos lever em contaa alta autoridade dos signaterios. Saocerca de 50 on 60 juizes.

O Sr. Ministro Victor Nunes: -Ninguem esta pondo em duvida ofato de haverern os embargantes as-sinado a peticao em tempo. 0 qua,infelizmente , neo este comprovado equa essa peti4ao tenha entrado emtempo no Tribunal. E outro pro-blame.

O Sr. Ministro Aliomar Baleeiro:Na forma regimental.

O Sr. Ministro Victor Nunes: -Os responseveis nao cuidaram des m(-

R.T.J. 45 929

nimas formalidades : nem o despachodo relator, nem o registro no proto-Colo.

O Sr. Ministro Amaral Santos (Re-lator): - A tons situagio curiosa eo espirito de justiga me lava a eatssolugio.

Quarries v€zes se reclama contra oformalismo dos processualistas. Ago-ra, 6 ezatamente o processualista quofoge do formalismo.

VOTO

O Sr. Ministro Thenvstocies Ca-valcanti: - Sr. Presidents, com adevida venia do eminente Relator,nio recebo as embargos , porque nohe prove do qua ease petigio tivesseentrado em tempo . Nio hi despa-cho do Relator, nio foi protocolada.Seria estabelecermos urn precedents,fundado spans not muito presumidae certa boa-M.

O Sr. Ministro Adaucto Cardoso:- V. Excia . permite uma interrup-gio?

Os recorrontes nio a£irmem qua otenbam feito pessoalmente . Incumbi-ram alguim do entregar a petigio.

0 Sr. Ministro Amaral Santos

(Relator): - Nio, ales afirmaramqua a entregaram no gabinete do Mi-.metro.

O Sr. Ministro Eloy do Roche: -O intermedirrio - nio a apresentou.Como ji foi assinalado , eerie perigoso

o precedents : conhecer-se, depois do

julgamento , de desistincia do recurso,sem qua a oportunidade do pedidofosse verificada pelos melee proprios,quer direr, em principio, pelo proto-colo on, no falta dale, por outro meioidoneo.

O Sr. Ministro Amaral Santos

(Relator): - Segundo os princpios,

estou corn V. Excia .; segundo os fa,

ms concretes, estou com men vote.

O Sr. Ministro Eloy da Roche: -

Pego venia so eminente Relator pare

divergir de seu veto . Indefiro os em-

bargos.

Nio seria conveniente convertermoso julgamento em diligencia , a £im deproporcionar a parts oportunidadepare esclarecer o assunto?

O Sr. Ministro Victor Nunes: -Mas como loser isso?

O Sr. Ministro Gongalves de Oli-veira : - 0 protocolo registra, ca-rimba.

O Sr. Ministro Themistocles Ca-valcanti : - Data venia do eminenteRelator, rejeito os embargos.

VOTO

O Sr. Ministro Eloy do Roche: -Sr. Presidents, nio ponho em divi-de o pedido de desistencia formuladopales recorrentes. Mas, pare conside-ragio do pedido, falta prove de suetempestividade, isto e , de apresenta-gio antes do julgamento do recurso.

EXTRATO DA ATA

RE 57.747 - (EDcI) - SP -Rel., Ministro Amaral Santos. Em-bargantes, Luiz Ambra a outros (Adv.Joio Bernardino Gonzaga ). Embda.,Fazenda do Estado (Adv. ElviroVicente Caldas Sodre). Rejeitados osembargos , contra o veto do MinistroRelator . Impedido, o Sr. MinistroRaphael de Berms Monteiro.

Presidencia do Sr . Ministro LuizGallotti . Presentes, os Srs . MinistrosMoacyr Amaral Santos, ThemistoclesCavalcanti , Adaucto Cardoso, DjaciFalcio, Eloy do Roche , Aliomar Be-leeiro, Adal cio Nogueira , EvandroLins, Hermes Lima, Victor Nunes eGongalves do Oliveira . Licenciado, 0Sr. Ministro Lafayette do Andrade.

Brasilia, 14 do fevereiro de 1968.- Alvaro Ferreira dos Santos, Vice-Diretor-Geral.

830 R .T.J. 45

RECURSO EBTRAORDINARIO N' 59.038 - DF(Terceira Turma

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yy^^ , .7& :57

^Relator: 0 Sr . Ministro Eloy da Roche. '^"'^` e°^'^o ,6Y

Recorrente : Bial Fannaceutica Ltda. Recorrida : Farbwerke Hoechst A. G.Vormals Meister Lucius 6 Bruning.

Rejeiglo de Proliminar de nulidade, polo inexistdncia de interes-se, no mandado do seguranga, do tercoin.

- Interpretaglo do doagio do mercas do indristrie a comlrcio,declarada no Dl . 8.104, do 18 . 10.45, arts. 1.0 , 2.° a 3.°, Segundoa qual, silo realizada a aquisigio, pale Fundaglo Brasil-Central, doacervo de Chimica Bayer Lida . silo se consumou a doaglo.

- Caducoa as registros de marcas, polo desuso , pale FundagloBrasil-Central, durante dais anon consecutivos, ou ertintos, pale siloprorrogagio do prazo do registro, terlo cessado, pars Aquela entida-do, so mane deade 15.5.55, os efeitos dos registros, de garantia douse exclusive dos marcas . On se dd so registro do na,rca , no regimedo Dl . 7.903, do 27.8.45, efeito aimplesmente dectarat6rio, consi.derando-ee qua a propriodade do marca, fundada no uso. preexistse sobrevive no registro; on as the confIra efeito atributivo do pro-priedade, de aorta quo, caduco on eztinto o registro, cabs a matteno domino publico; on se adote crit6rio miato; no caso, em 15 .12.57,data do D. leg . 39, comp em 3 . 7.58, data do D. 43.956, silo havia"atumis detentores" de direitos dos mamas de industria ou de co-mdreio, previstos no art . 2.°, inc . III, do Acdrdo entre o Brasil ea Republica Federal Alemi.

- lnexiste"ncia de obstacuto so ato do Govern, de restituiglodas marcae, em cumprimento so Acdrdo do 4.9 . 53, aprovado poloDecreto Legislativo de 15 . 12.57 a promulgado polo Decreto Eze-cutivo de 3.7.58.

-Irrelevdncia, Para o efeito do restituigio, do caducidade a ex-tingio dos rogistros das marcas . A caducidade ou a eztinglo dos ro-gistros silo atingiram os direitos a dep6sitos do pedidos, assegura-dos, explicitarnento, polo Ac6rdo Intemacional, quer em lace dosprincipios dos arts . 1.0 a 2.° do Aco"rdo, quer dos arts. 3.°, 6.°, 7.°,8.° a 9.°, qua conte"m regras especiais sdbre suuspensbo ou prorroga-glo de praxes.

- Consideragio de atitudes asswnidas, anteriormente eo ateimpugnado, pale sucessora do antiga titular das marcas.

- Competdncia do Agenda Especial de Defesa EcondSca, doBanco do Brasil, pare a liberagbo das marcas alembs . Aplicagio doart. 1 .° do DI . 5.661, de 12 . 7.43, como dos arts. 3.° a 4.° doDl. 6.915, do 2.10.44.

- Nbo conhecimento de recurso extraordinerio interposto com

fundamento no letra a do permissive constitutional.

AC6RDAO

Vistos, etc.

Acordam os Ministros do Supre-mo Tribunal Federal, em TerceiraTerms, For unanimidade de votes,

nao conhecer do recurso, na confar-midede das notes taquigrdficas.

Brasilia, 6 de dezembro de 1967.

- Gonsalves de Oliveira, Presidents

- Eloy on Roche, Relator.

R.T.J. 45 831

RELAT6RIO do indfistria a comercio a outros bens

O Sr. Ministro Eloy da Roche :de propriedade industrial , a bem as-

- A firma alemi I . G. Farbenin-aim seers a aquisigio, pals mamma

dustrie Aktiengesellschaft ere titular Fundsgio, de acervos doe firmas a

de dues marcas, Novalgin a Novalgi- quo as refre o decreto-lei:Art. LO As patentee de invengio,no, a primeira registrada em Berns a modelos do utilidade, desenhos ouarquivada no Brasil, no Departamen- modelos industrials , marcas de indfis-to National do Propriedade Indus- tria a do comercio , titulos de esta-trial, em 4.9.31, e a segunda regis- belecimentos , ins gnias a frases detrade Hesse Departamento , em propaganda concodidas polo Departa-15.5.40 . As marcas correspondiam a mento National de Propriedade In-produtos famrec6uticos , aqui produzi- dustrial on n61e registredos , incorpo-dos a postos 6 venda pale "Chimica rados so Patrimtnio Nacional peloBayer Ltda .", concessioneria daque- DI. 6.915, de 2.10.44, a qua te-la emprfisa . nham sido representados , controlados

No curso de Segundo Guerra Mon- on usados sob qualquer modalidade

dial, o DI . 6.915, de 2 . 10.44, pre- pelas firmas Companhia Quimica

ceituou: " Merck" Brasil S.A., a Quimica" Ltda ., Farmaco Ltda. e'Bayer

"Art. 1.° Ficam incorporados so Inatituto Behring de Terapeutica Ez-Patrim6nio National t6das as paten - perimental , ore sob regime de liqui-tea de invengio , modelos de utilida- dagio, nos t6rmos do DI. 4.166, dede, desenhos on modelos industrials , 11.3.42 , ficem doados 6 Fundagaobarn como as mamas de industria a Brasil-Central.de comercio, titulos de estabelecimen- Art. 2? 0 Banco do Brasil S.A.,too, insignias a Erases de propagan- comp agente especial do Gov6mo,de. concedidas on registradas no De- providenciare no sentido de ser fei-partamento Nacional do Propriodade to a imediata avaliagio do ativo eIndustrial, pertencentes a pessoas fi- passivo des firmas mencionadas noaims on juridicas domiciliadas no es- art. 1?, pare o efeito de aquisigio,trangeiro, efiditos de paises inimigos dos respectivos scarves pals Funda-ou com no quaffs nio mantenha o gio Brasil-Central.Brasil relag6ee diplom.ticas". Art. 30 0 Departamento Nacio-

"Art. 3.0 As patentee a marcas in. nal do Propriedade Industrial fare

corporadas so Patrimbnio Nacional , em sews livros a averbagio deste de-

no forma deste decreto-lei , ficario creto-lei pare efeito de transfer6nciasob a administragio do Banco do de propriedade dos bens ora doados".

Brasil S . A., comm agents especial do Em cumprimento so art. 39 do

Gov6rno, a qua poderi expedir licen- Dl. 8.104, foi anotada, em 27 . 11.46,

gas pare sua utilizagio , de ac6rdo no D.N . P.I., a transferfincia descore as condigaes a mediante as to- marcas pare a Fundagio Brasil-Cen-ss qua forem aprovadas pelo Go- tral - f. 258 v . No he noticia

v&no, devendo , nesses trios, dar co- de qua a donateria tenha usado, em

nhecimento do tais atos so Departs - qualquer tempo , as aludidas marcas

mento Nacional de Propriedade In- Novalgin a Novalgina.

dustrial, pare as anota0es devidas". Concluido, pals Aglncia EspecialAssim, os bens de Chimica Bayer de Defesa EconSmica do Banco do

Limitada, n6les compreendidas as Brasil - AGEDE -, o trabalho con-

marcas registradas em seu home, as- tabilistico necesserio 7, ezecugio do

aim Como as de qua era concessions- art. 2.0 do D1. 8.104 , relativamente

ria, foram incorporados no patrim6- a Chimica Bayer Ltda., foi notifica-

nio national, sendo designado , pare do, am 18.12 . 47, a Fundagio Bra-

administragio dos bens confiscados, o sit-Central, pars, dentro de trinta

Banco do Brasil S.A. dies, 'solucionar a questio. Em 2.6.48,Um ano depois, o DI. 8 104, de a AGEDE reiterou , am 6zito, o pe-

18.10 . 45, disp6s s6bre a doagio , A dido de pronunciamento do Funda-

Fundagio Brasil-Central , de marcas gio Brasil-Central - f. 87-89.

832 R .T.J. 45

Em 18 . 3.55, lavrou-se termo derestituigao do acervo a Chimica BayerLimitada - f. 89-93 . Estabeleceu-se, no clausula 13.6 que o termo en-traria em vigor quando aprovada, porDecreto, a exclusio do dita firma,como de outros , do regime de liqui-dagao, o que ocorreu com o D. 37.148,de 5.4 . 55. A clausula 12.a declarouque as bens , val6res , haveres a direi-tos, pertencentes a Chimica Bayer Li-mitada , sao no qua constant do Be-largo levantado em 33.9. 54. Naohe nos autos esse balango.

Alega a recorrente que as marcasNovalgin a Novalgina nao foram de-volvidas aquela empresa . Refers, aprop6sito, qua, por escritura de10.1.56 , Chimica Bayer Ltda. cedeue transferiu diversas marcas a Pon-tasan - Produtos Quimicos e Far-maceuticos S.A. e, entre alas, naofiguram Novalgin a Novalgina. Pon-dera a recorrida que nao foram res-titu das a Chimica Bayer Ltda., pornao pertenceram a essa empress, mas,a I.G. Farbenindustrite ; permanece-ram no patrim6nio Nacional.

A recorrida solicitou , em 4.8.55,prorrogagao do registro do marcaNovalgina , mas, em 11 . 1.57, desis-tiu do pedido - f . 273-281. En-quanto a Divisao T e c n i c a doD.N.P.I. manifestou que a prorro-gagao devia ser requerida pela Uniaoe qua , se esta nao o fez , caiu a marcaem domino peblico e, species, Comon6vo registro, poderia prosseguir opedido, a Divisao Juridica opinouqua devia ser aguardada a ratifica-gao do Ac6rdo entre o Brasil e a Ale-manha ( 1953 ). Despachou, em ...9.8.56, o Diretor-Geral: "Aguarde-sea solugao que o Govern devere daras marcas alemas incorporadas soPatrim6nio National". Ap6s a pu-blicagao do despacho , a recorrida de-sistiu do pedido de prorrogagao.

Por sua vez , a Fundagao Brasil-Central requereu, em 6.3.57, pror-rogagao de marca Novalgin . Op6s-sea recorrida, em petigao do 3.9.57,porque o pedido , oferecido fora deprazo, o qua vale dizer baseado numregistro extinto , nao podia set con-siderado prorrogagao , devendo sujei-tar-se so disposto no art. 95, n° 17,

do C6digo do Propriedade IndustrialsAssim, o pedido esbarrava no ezis-tencia do marca Novalgina , por alldepositada em 13.5.57 - f6lhas264-265. A Divisao Juridica doD.N.P.I. fof de parecer que deviaser aguardada a ratificagao do Ac6r-do assinado entre Brasil a Alemanha.G Diretor-Geral do D.N.P.I., emdespacho de 4.9.59, declarou nadahaver a deferir , am face do D. leg.39-57 - f. 263 v.

A recorrida cite parecer, de 21.8.57,do entao advogado do AGEDE, a pro-p6sito de consulta formulada pelaComissao de Constituigao a Justigado Camara dos Deputados, e6bre oProjeto de L. 2.462-A, de 7.4.57,referents a fizag"ao de prazo pare re-gistros, prorrogagSes, transferencias aaverbag6es de propriedade industrial

do Fundagao Brasil-Central . Sao des-tacados, no aludido parecer, ca se-guintes trechos (f. 45-47):

"Deseja saber a Comissao de Cons-tituigao a Justice do Camera dosDeputados - a fim de poder proferirem definitivo o seu parecer s6bre oProjeto n° 2.462-57 - as "foi cum-prido o que dispee o art. 2.° doD. 8.104, de 18 .10.45, a, em casoafirmativo , quais as conclus6es a quechegaram a quais as providencias to-modes ap6s a avaliagao".

Palo estudo feito , atraves do do-cumentagao a demais elementos ezi-bidos pale AGEDE, cheguei a con-clusao de que, por inadimplementode condigao a que estava obrigadapolo mesmo D . 8.104, nao foi can-sumada a transterencia doacervo so-cial das firmas indicadas no mencio-nada lei ( art. 1 .0) em favor do Fun-dagao Brasil-Central.

Com efeito, realizada qua foi aavaliagao pelo Banco do Brasil S.A.,foi a Fundagao devidamente notifi-code pare promover a aquisigeo da-queles acervos sociais , conforms dis-punha o art . 2.0 do Dl. 8.104, no-tificagso a qua no atendeu, apesarde reiterada , valendo salientar qua,segundo decisao do "Comissao de Re-parag6es de Guerra" entao proferi-do, foi concedido a mesma Fundagaovim prazo certo de trinta dies, am datade 5.12.47, Pere que promovesse a

R.T.J. 45

referido aquisiFeo, an quo tambemneo se dignou de atender.

Tornou-se evidente , pois, qua, de-satendendo so estipulado no D. 8.104- isto e, a one obrigagio do, aposa avaliagio , adquirir aqueles acervos- incorreu a Fundageo em renunciaso seu direito, por inadimplementodo condigio imposts no jA referidoDecreto. '

Conoco notar, ademais disso, qua,mesmo decorrido aquele prazo de 30dial estabelecido pale "Comissao doReparag6es do Guerra", ainda se pas-saram cite arms - desde 1947 ate1955 - sem qualquer diligencia deFundagio em defeaa do sou pretensodireito, ate qua, por fbrga do D. 37.148,de 5.4 . 55, resolveu o Poder Executi-vo lijrerar dos efeitos do DI . 4.166,de 11 . 3.42, as firma, estrangeirasem cause, autorisando-se entio a agen-cia Especial de Defesa Econ6mica(AGEDE), do Banco do Brasil S.A.,a proceder a devolugao dos respecti-vos acervos sociaia as ditas firmas.

E into foi cumprido, em data do1.4.55, em relagio A empress "AChimica Bayer Ltda .", conforme"Termo de Entrega" do qual pareaqui destacamos as seguintes cliusu-las, esclarecedoras do assunto : "Segun-do - Que, mail tarde, ainda combase no estado de guerra, o Gover-n Federal expediu o Dl. 8 . 104, de18.10 . 45, polo qual , dentre outrasdisposigiies , foi facultado A FundageoBrasil-Central adquirir, polo prego doaveliagic a ser entio feita polo Ban-co do Brasil S.A., o acervo do "AChimica Bayer Ltda ."; Terceira -Que o indicado Banco do Brasil So-ciedade An6nima procedeu A avalia-geo all determinada a notificou a re-ferida Fundageo, por mais de umavez, a exercer aquele direito qua thehavia sido outorgado , rpas sem exi-to, de vez qua , apesar de notificadas6bre a decisio do "Comissao de Re-parag6es de Guerra " qua the deu, em5.12.47 , o prazo de trinta dies pareas manifestar s6bre a aludida com-pro, deixou de efetive-la; Quarto -Que, nio efetivando esse direito, querdentro do prazo estabelecido, querate a presents data e, nos tarmosdo art . 1.081, n.° I, do C. Civ.,

833

estI o Govern Federal , dentre ou-tras raz6es, desobrigado do compro-misso do venda do indicado acervo Areferida Fundageo.

E de se concluir, portanto, qua oProjeta de L. 2 . 462-57, do autoria doilustre Deputado Wilson Fadul, neopode merecer tramitageo legislative,pois quo a mat6ria nele versada, onseja a do doagio feita A FundageoBrasil-Central Polo Unieo, de coercese patentee des firmas referidas noart. 1.° do Dl. 8.104 - esti supe-rada, neo so porque aquela Funda-gio deixou de adquirir as acervosqua The foram conferidos Palo Comis-aeo de Reparag6es do Guerra, mssainda porque a materia foi definiti-vamente solucionada polo D. 37.148,de 5.4 . 55, do Poder Executivo, qualiberou aqueles acervos em favor desmesmas firma,, e, sobretudo , em facedo "Ac6do" jA referido, do careterinternacional, era pendente de homo-logageo polo Congresso Nacional".

0 mesmo advogado do AGEDEemitiu, s6bre o assunto, em 31.5.60,outro parecer (f. 50):

"No expedients vindo com a CartaAGEDE/60/333 se pede main urnpronunciamento do Departamento doContencioso s6bre o assunto desmarcas qua haviam sido doadas A"Fundageo Brasil-Central ", barn comos6bre a competencia do AGEDEpare decidir sobre pedidos de libe-ragio de marces.

Cuido qua o assunto jfi foi plena-mente esclarecido , am deixar mar-gem a duvidaa , corn a decisio recen-to do Ministerio de Fazenda, de17.5.60, adotando o Parecer do Pro-curadoria do Fazenda Nacional, de-pois de jA eatudado anteriormente neos6 na AGEDE (Parecer n° 4.435,de 21 . 8.57), como no Comissao deConstituigeo a Justiga do Camara e,ultimamente, atmves des informa-g6es prestadas polo Ministerio dosRelag6es Exteriors,.

Assim , quanto A situagio dos mar-cas antes doadas A "Fundageo' (Dl.8.104, de 18.10.45 ), tornou-se tran-quila a interpretageo de quo parecouaquela doagio polo nio ctanprimen-to dos condig6es legalmente impostase 'donetiria, voltando aquela , marces

a sue situagao anterior, de vinculagaoa legislagio de guerre . Sobrevindoo ac&rdo promulgado com a D. 43.956,de 3.7.58, foi atribu do so D.N.P.I.a a AGEDE promover a devolugaodes marcas a patentes aos sous pri-mitives donos alemaes , acontecendoqua, quanto a AGEDE, par despachodeclinat6rio do Sr. Ministro do Fa-zenda, atribuiu-se-lhe a competenciapare decidir em definitivo s6bre taisdevolug&es. ); o qua se depreende doitem 4 do parecer do Ptocuradoriado Fazenda Nacional, adotado peloSr. Ministro, assim dispondo:

"Sucede, todavia , qua o Ac&rdo pro-

mulgado com o D. 43.956, citado,nao so nao deixa dr vidas quanto erestituicao dos bens a direitos quaespecifica, como aponta, claramente,

as erg"aos competentes pare promo-ve-la, ou sejam , a Departamento Na-tional de Propriedade Industrial e a

Agencia Especial de Defesa Econtmi-

ca - AGEDE. Quanto a este as-pecto, o Ministerio do Fazenda nao

esta em cause, a despeito do des-pacho exarado no Prot. n ° S.C.66.477-58, qua, no sou exato senti-

do a urn despacho meramente decli-natorio".

A Comissao de Constituicao a Jus-tice do Camara dos Deputedos opi-nou pale inconstitucionalidade do re-ferido Projeto de Lei n.° 2.462-A, do1957 - Diana do Congresso Nacio-nal, de 1 .3.58, p. 476.

Os Governos do Brasil a de Re-p6blica Federal do Alemanha firma-ram, em 4.9.53. portanto. anterior-mente so termo de 18.3.55, Ac&rdos&bre "restauracao dos direitos de pro-priedade industrial a de direitos au-torais atingidos pale Segundo GuerraMundial". 0 D. leg. 39, de 15.12.57,deu-]he aprovacao. e o D. 43.956,de 3.7.58, o promglgou.

Dispuseram as arts . 1 .0, 2.0 e 5.-do Actrdo:

"Art. 1.0 A partir do data do on-trade em vigor do presents Ac&rdo,ficario revogadas as medidas legisla-tivas adotadas polo Govemo de Re-publica dos Estados Unidos do Bra-sil em virtude de Segundo GuerraMundial a relatives aos direitos de

patentes de invengio, modelos deutilidade, desenhos ou modelos in-dustriais , marcas de indlistrias on decomercio, titulos de estabelecimento,insignias comerciais a frases de pro-paganda, existentes no Brasil emname de suditos alemaes".

"Art. 2P Os direitos a dep&sitosde pedidos de suditos alemies qua,em virtude do legislagio de guerre,estejam no data do assinatura dopresents Ac&tdo incorporados so Pa-trim6nio National, servo restitu dosno situagio de direito em qua so en-contravam no data do referida in-corporagao, aos antigos titulares ale-mies, desde qua o requeiram parentso Departamento National do Proprie-dade Industrial, dentro do prazo deum ano a center do data em qua on-trar em vigor o presents Ac&rdo amediante o pagamento de uma taxesespecial de expedients de Cr$ 203,00(duzentos cruzeir"s).

II - Transcorrido o prazo scionsestabelecido, servo considerados ex-tintos as direitos a dep&sitos de quotrata 0 presents artigo, cuja restitui-gio nao tenha siclo requerida pelosrespectivos titulares.

III - Quanto aos direitos de quatrata o art. 1.0 quo foram incorpora-dos so Patrim&nio National a pos-teriormente transferidos par doacao,o Govemo Brasileiro promoverii on-tendimentos corn as lens atuais dctentores no sentido oa obter a restitui-gso dos mesmos direitos aos seas an-tigos titulares alemaes".

Art. 5.0 Nos casos em qua a Go-vemo dos Estados Unidos do Brasilbaja concedido a terceiros o use depatentes de invencio, modelos de uti-lidade, desenhos ou modelos indus-trials, marcas de industria ou de co-mercio, titulos de estabelecimento,insignias comerciais a Erases de pro-paganda a de nacionais alemaes, essaconcessao expirare re data de rever-san do diroito so antigo titular ale-mao, respeitados, porem, em todos assous termos a condig&es as contratosde arrendamento per escritura publi-ca em vigor".

Regulando a execugio do Ac&rdo,0 Diretor-Geral do D. N. P.I. expe-

R.T.J. 45 835

din a Portaria n? 18, de 8.7.58, noqua] estabeleceu qua os pedidos deliberaceo a restituigeo de marcas se-riam encaminhados , pelo Departa-mento , a Agencia Especial de DefesaE c o h 6 m i c a do Banco do Brasil(AGEDE) "pare a respective libe-raceo" ( n.o 6) retomando no D.N.P.I."para a devida anotagao " (n.0 7)- f. 57-58.

Procedeu-se, per essa forma, comos pedidos de liberaceo a restituic5odos marcas Novalzin a Novaleina,formulados pela recorrida . em 19.5.59,tendo a AGEDE se pronunciado nes-tes termos ( f. 6Ov . a 63v.):

"A doac"a0 a qua elude o IN. 8.104,de 18 . 10.4'5 , no chegou a ser con-sumada legalmente . ante o imple-mento des condic6es all estabeleci-des, per parte de donatMria . a Fundo-gao Brasil -Central ( Prot , n.0 107.877,de 1960 , do Ministerio de Fazenda)Processo AGEDE 101 . 378, de ....1.12.59.

De acnrdo com o D. 43.956, de3 de julho de 1958 . a em face doselementos de qua dispomos , declara-mos achar-se liberada dos efeitos deleoislac5o do bltima guerre , noteda-mente do Dl . 6.915 , de 2.10.44,a marts a que elude o presente re-querimento.

Fin de Janeiro , 18 de main de1960".

A relagao des marcas alem"aes li-beradas pela AGEDE , do Banco doBrasil S . A., a que incluiu as marcasNovalgin a Novaleina - foi aprovadapolo Diretor-Geral do D.N .P.L, polo se-Sainte despacho , publicado no D.O.,Seceo III , de 28 . 5.60 - f . 66-70:"pnhiique -se a anote-se".

Consta dos autos - f. 255 - quaa recorrida requerera , em 13.5.57. oregistro do mares Novaleina, masdale desistira , em 20.6 . 61, quando oprocesso se encontrava , em grau derecurso . no Conselho de Recursos doPropriedade Industrial , °por nao maisThe interessar dito registro ". No ha,nos autos , maior esclarecimento s6-

bra esse pedido.0 pedido do recorrida . de anota-

cao do transferencia des marcas pareo sou nome , no qualidade do suces-sora de primitive titular, I . G. Far-

benindustrie A.G., foi indeferido,polo Diretor-Gera] do D.N.P.I., pordespacho de 7.3 . 62 (f. 74-75). Emgrau de recurso , foi mantido o inde-ferimento , polo Sr . Ministro do In-dustria a Com4rcio, em despacho de13.6.62 ( f. 80v.).

Contra o ato do Sr . Ministro deIndustria a Com €rcio, Farbwerke Hoe-chat Aktiengesellschaft Vormals Meis-ter Lucius & Bruning , coma suces-sora de I . G. Farbenindustrie Aktien-gesellschaft , em virtude de desmem-bramento dessa emprgsa, determinadoem 26.3 . 53, pale, Alta ComissaoAliada no Alemanha - f. 31-39 -impetrou mandado de seguranca, pe-los fundamentos aqui resumidos:

1) 0 indeferimento de transfer2n-cia nao se fundou em razao perti-nente no pedido em si, on a invocadaqualidade de sucessora , mas referia-sae no merito do liberaceo , qua, toda-via. 6 mat6ria preclusa;

2) no era llcito a Administraceo,ap6s ter ' deferido definitivamente aliberaceo des marcas , raver a cassar0 pr6prio ato, pela via obl'qua do de-negacao de transferencia;

3) a autoridade requerida incorreuem desvio de poder , pois qua visoua objetivos diversos dequeles a quese destine o poder a ela conferido;

4) o ato impugnado a nuto, porvicio de incompetencia , visto qua noMinistro de Ind Istria a Com6rciono compete decidir s6bre liberaceode marcas pertencentes a suditos doEixo , expropriadas pale legislacao deguerra a restituidas em virtude doac6rdo celebrado com a Al manha;

5) nao prevalece o fundamento doato impuenado , de qua as marcas emcause haviam sido doadas a Funda-ceo Brasil -Central, uma vez qua adoac5o nao se consumou;

6) tratava -se de done o cub nrodo.Nos tennos do art . 143 do C6dirode Propriedade Industrial , a art. 16do Rsgulamento da Industria Farma-ceutica , a transferencia de proprieda-do de marca at se podia realizar coma do respectivo estabelecimento in-dustrial;

7) deixando a Fundh0eo Brasil-Central de adquirir o acervo do Chi-mica Bayer Ltdq" no so perfez a

836 R.T.J. 45

doagio, por inadimplAncia do encar-

go on condigeo de qua dependia;

8) ainda qua a doagio se houves-se consumado , ease fato nao obsta-ria. A liberagio a rest ituigio des mar-cas a sous primitivos titulares onsous legitimos sucessores , porque aFundagio Brasil-Central, tAcitamente,concordara com isso, nao se opondoso entendimento do AGEDE de queditas marcas estavam em poder doGovern Brasileiro;

9) a restauragso dos direitos deque cuida o art. 2°, item IH, doAc6rdo Brasil -Alemanha, nao depen-de, pars se tornar velida, dos en-tendimentos all previstos ; a (micaconsegilencia qua poderia exsurgirdo felts d "eases entendimentos eraresponder o Govemo Bra?ileiro, anteo donatirio, polo ato praticado;

10) ore , a Fundagio Brasil-Cen-tral, ainda agora , node reclamou;

11) em face do art. 2.°, item I,do mencionado Acordo, qua disp6e:

"I - Os direitos a dep6sitos depedidos de suditos alemies que, emvirtude do legislagiio de guerre, este-jam, no data do assinatura do presen-to Acordo, incorporados so Patrim6-nio National , serao restitu "dos, na si-tuacio de direito em qua se encon-travam no data do referida incorpo-ragio, aos a n t i g o a. titulares ale-mies....., nao prevalece o outro fun-damento do ato impugnado , de que,nao tondo a Fundagiio explorado asmarcas , nem prorrogado os respectivosregistros , haviam elas caido no domi-nio p6blico;

12) o referido Ac6rdo foi referen-dodo polo Congresso Nacional , tendo,portanto, forge de lei , hebil pare der-roger a norms geral sabre prams eextingio de registros;

13) 0 Ministerio des RelagSes

Exteriores prestigiou a decisao do

AGEDE, liberat6ria dos marcas em

cause.

Palo despacho de f. 104, datadode 9.11.62, o Sr. Ministro CendidoLebo, a quern f6ra distribuido o fei-to no eg . Tribunal Federal de Re-cursos, deferiu a seguranga liminar,requerida no initial a no petigiio def. 102.

A autoridade requerida prestou asinformag6ea de f. 113-126.

Bial Farmaceutica Ltda., d sendo-so titular do marca Nevralgina, qua,no am opinieo , colide corn as pro-tendidas pale recorrida , pediu, em4.12.62 - f. 130-144 -, admissaocomo litisconsorte passive, entenden-do ester caracterizada, no caso, acomunhio de interesses de quo cui-da o art. 88 do C. Pr. Civil. Pug-nou a denegagao do mandado.

0 eg. Tribunal Federal de Recur-

sos, polo ac6rdio de f . 155-183, de

10.12. 62, por maioria de votos, con-cedeu a seguranga . Ficou vencido o

Sr. Ministro Amarillo Benjamin, pe-las raz6es seguintes:

a) inidoneidade do mandado doaeguranga, pare o fim colimado pelaimpetrante;

b) indeclinabilidade do convoca-gao, so pleito, de Fundagao Brasil-Central, cujos interesses fazem-na li-tisconsorte necessaria;

c) incompetencia do Tribunal Fe-deral de Recursos, por se fundar acause em Acordo international.

A aludida Bial Farmaceutica Li-mitada depositors, em 16.4.62, noD.N.P.I., pedidos de registro emeau home, des marcas Novalgin eNovalgina, por entender qua haviacaducado o direito exclusivo so usedaquelas marcas , polo decurso doprazo dos respectivos registros. Ob-teve despacho favorevel, cuja publi-cagao, porem, foi suspensa em facedo comunicagao do deferimento domandado de seguranga impetrado porFarbwerke Hoechst A. G. VormalsMeister Lucius & Brilning.

A magma Bial Farmaceutica Limi-tada ., assistants , inconformada como ac6rdio do Tribunal Federal deRecursos , interpos recurso extraordi-n4rio, com apoio no art . 101, inciso

III, letra a, do C.F. de 1946, beencomo nos arts . 2.°, 88, 93 a 334,este por extensio a n a 16 g i c a, doC. Pr. Civil. Den como vulnera-dos os arts. 26, 66 , inc. I, 67, 1.165e 1.181, do C. Civ.; 653 do C. Pr.Civ.; 138 a paregrafo, 143, 147 e§ 1", 151, do C6digo de Proprieda-do Industrial ; art. 3.0 do Dl. 6.915,

R.T.J. 45 837

do 2.10 . 44; arts . 1.° a 2° doDl. 8.104/45; D1. 5 . 878, do4.10.45; Dl. 17 . 274, de 30 . 11.44;

art. 2°, III, do Ac6rdo Brasil-A10-manna , promulgado com o D. 43.956,de 3.7 . 58 - f. 185-193.O recurso foi impugnado as f8-

lhas 197-209.

O Sr. Ministro Presidents do Tri-bunal Federal do Recursos admitiuo apelo, nestes tennos:

"A questao dirimida polo ac6rdaoe questao do direito federal, conformereconhece urn dos votos prolatados.Parece-nos, do erazne procedido noprocesso . qua o acbrdaao nao se ali-ne bern com as postuladoa de direi-to positivos invocados coma ofendi-dos, pela firma recorrente . A afirma-gao do terem , as ounces em apr8-go, lido doadas sob condigao a asterm liberado par no cumprida,pale donataria , a condigao imposts,nao nos parece muito razo vel faceo Dl. 6.915-44 a Dl. 8.104/45.Neles an he nenhuma condiFi o Itdoagao . 0 instituto do doagio lot to-cado de carte forma . Pot outro lado,a questao de caducidade , qua foi ofe-recida comp objeto de decidir, nabfoi enfrentada polo acbrdao coma de-vera.

Tais razes bastarn , so nosso ver,para justificar. o cabimento do re-curso, qua admito".

A recorrente oferecou raz6es af. 219 -242, a qua fez sponsor as do-cumentos de f. 243-282.

As raz8es do recorrida estao a f6-

Ihas 285-297.Nests Instfincia , a douta Procura-

doria-Geral do Republica opinou, pre-liminarmente, par qua se decrete anulidade do acbrdao recorrido a or-dene a intimagao de Fundagao Bra-sil-Central: as nao, quo se de" pro-vimento so recurso extraordinerio.Sao gates, em resumo, as argumen-

tos do parecer:"Avaliagao de bets, on ato de

aquisigao de bens par donat rio naoconstituem condigao , evento futuro eincerto a quo so subordinam as efei-toe do contrato (C. Civ., art. 114).Modus on encargo a determinagao

do vontade anera it manifestagao do

vontade nuclear de contrato; determi-ne ato, on into a ser real zado polopactuante ; estabelece vinculagao. Naoas inclui , pois, na categoria de encar-go avaliagao do bens.

Se a encargo e, s6 a s6, no interes-as do donatario, nao, de doadora, a"aoso he de falar em encargo.

Se se invoca inadimplemento docontrato de doagao, admits- se, neces-e6ria a logicamente , pare trnto, con-trato de doagao valido e, pois, per-feito a acabado.

Nao tam pretensao a segurangaquern nao demonstra, de logo, no ini-tial, possuir direito certo a liquido.

So he litisconsbrcio necessario uni-tario e o autor o dispense, a senten-ga, tambgm, quo admits a dispense,6 nula".

E o relatbrio.

VOTO PRELIMINAR

0 Sr. Ministro Eloy de Rocha

(Relator): - Sr. Presidents, referi,

no relatbrio, o despacho do Diretor-Geral do Departamento National dePropriedade Industrial , qua deu Lu-gar so mandado de seguranga. Von

let ease despacho , do 7.3.62, qua so

acha a f. 74-75:

"Indefiro o pedido de anotagao dotransferencia do registro internacio-

nal n° 72 . 160 (Novalgin ) a do re-

gistro n° 63 . 673 (Novalgina), emface des seguintes raz6es:

LO) Tratam-se de registros de mar-cas incluidas entre as doadas a Fun-dagao Brasil-Central polo D. 8.104,do 1945, sem qua se tenha notcia dequalquer outro ato posterior revogan-do a doagao;

2.0) Em consegiiencia do qua foifeita no D . N.P.I., coma exige oCbdigo, a competente anotagao destransferAncias valorem perante ter-ceiros (art. 144, § 1 .0), contra o quoninguem se op6s;

3.0) Tratam-se, par outro lado, domarcas doadas a Fundagao Brasil-Central em 1945, de modo qua naoestavam else incluidas entre aquelascuja restituigao foi autorizada peloart. 2° do Ac6rdo aprovado poloD. 43.956, de 1958, vista coma,

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motto antes da assinatura do Acor-do, je as dues marcas em questaonao mail estavam incorporadas soPatrimonio Nacional;

4.0) Porque, nesse caso, uma vezque desde 1945 passaram as dicesmarcas a pertencer a uma entidadede direito privado, a evidente quatreze anon depois , isto e, em 1958,nao podiam ser objeto de "libera$ao",ato gate sgmante cabivel , comp a 6b-vio, as marcas ainda aujeitas so con-tr6le do Estado,

5..e) Porque, tanto a fora de di,-vida qua as marcas em apr9go foramdefinitivamente transferidas a Fun-daSao Brasil -Central, qua eats chegoua promover perante o D.N.P.I. aprorroga5ao do registro (tgrmo nu-morn 293.757), tendo, porem, eta pro-pria, requerido mais tarde, desistgn-cia dessa prorrogag5o , corn o que, esrpontaneamente, demonstrou abrir mindos seus direitos , deixando-as so de-samparo da lei;

6.0) Porcine dos processos existen-tes no D . N.P.I. nao consta qual-quer ato emanado do entao Diretor-Gerel, autorizando a restitui$ao desmarcas em cause , comp estabelece oart. 2 .0 , item I, in fine, do Acordo;

7.0) Porque, ainda qua inexistis-sam as raz6es de direito acima ex-postas , nem por isso seria de enqua-drar-se o caso no hipctese prevista noart. 2°, item III, do Acordo, vistocomo pare Canto cumpria a requeren-te exibir a prove de ter havido o "en-tendimento" de qua fala a lei, on-tre a donataria do registro (a Fun-da$ao Brasil-Central) e a stoat pre-tendente , de condo a formalizar a res-tituifao des marcas . Nada consta po-rem do processo s6bre gate indispen-savel entendimento , inclusive a anu6n-cia obrigat6ria do Ministerio Publico,como o exige o art . 26 do C. Civ.;

8.0) Porque, finalmente , em facedo exposto , no havendo sido prorro-gados as registros , deixaram glee desubsistir par extin4ao, pain qua nadah6 qua transferir".

0 Advogado do Recorrente: -V. Excia. permits pequena observe-ceo? Parece-me qua o despacho quadeu motivo a seguranga lot o do Mi-nistro , mediante outro parecer.

O Sr. Ministro Efoy da Roche(Relator): - V. Excia . tem razaoem acentuar gsse fato. Mencionei norelat6rio que, do despacho do Dire-tor-Geral do Departamento Nationalda Propriedade Industrial - o quaoriginou a controversia -, houve re-curso, a qua o Sr . Ministro da In-dustria a Comercio negou provimento.

O Advogado da Recorrente: - Aora impetrante pediu reconsidera9aoe houve n6vo despacho.

O Sr. Ministro Eloy do Roche(Relator): - Mantido , pelo Diretor-Gerel , no pedido de reconsiderageo,o despacho denegat6rio de anota$aoda transferencia , a parte interp6s re-curso . 0 Ministro despachou: "Ne-go provimento , nos tarmos do pare-cer do Sr. Diretor-Geral de 13 .6.62".As raz6es d "esse parecer - f. 78-80- reiteram a complementam as doindeferimento de f. 74-75:

"Trata-se, em resumo, do seguinte:

a) a recorrente se considers pro-prietaria, por transfergncia , des mar-cas Novalgin a Novalgina, aquela re-gistrada no Bureau International deBerne, sob o n° 72. 160 a esta di-retamente no Brasil, sob o n .° 63.673,pertencendo ambas a I. G. Farbe-nindustrie Aktiegeselsschaft , sociedadealema, sediada em Frankfurt, Alema-nha;

b) em consegil6ncia da SegundaGuera Mundial , na qual o Brasil par-ticipou so lado dos aliados , t6das asmarcas a patentes de propriedade dossuditos alemaes, italianos a japongsesforam incorporados so PatrimonioNacional, por f6rrca do Dl. 6.915, de2.10.44;

c) a pectic dessa data , portanto,passaram as marcas a as patentes apertencer a Uniao Federal , rompen-do-se, assim , definitivamente , as vin-culos que as uniam aos seus ante-riores titulares;

d) em seguida , o Govern Brast-leiro , pelo Dl . 8.104, de 18 . 10.45,entendeu acertado doer a FundaggoBrasil-Central as patentes a marcasque haviam sido incorporadas soPatrimonio Nacional a qua antes daincorpora9ao gram representadas, con-

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troladas on usadas, sob quaisquermodalidades pelas firmas:

- Companhia Quimica Mark doBrasil S. A.;- A Quimica Bayer Ltda.;- Farmaco Ltda.;- Instituto Bhering do Terapeuti-

ca Experimental.

E no ml dessas marcas doadas fi-guravam as marcas Novalgin a No-valgina - qua sempre foram usa-das pale Quimica Bayer Ltda., doBrasil;

e) note-se qua ease D1. 8.104, de1945, disp6s no art . 2 .0, de modocategorico a positivo, qua "0 Depar-tamento Nacional do Propriedade In-dustrial fare em sews livros a aver-bagio deste decreto-lei pare efelitode transferencia dos bens on doa-dos"

f) assim efetivemente foi feito em•obediencia aquela expressa determi-nagio do lei : nos livros a registros doD. N. P.I. consta averbada a trans-fersncia das marcas em questio parao nome do Fundagio Brasil-Central;

g) passaram-se os anos tranquila-mente , durante os quais ningusmcontestou a validade do transferenciaaverbada , nem p6s em duvida a le-galidade de doagio. Palo contririo, aBayer continuou usando as marcas eassumiu compromissos de pagar aFundagio royalties pelo uso. Esta-vam as coisas noose p6 quando sur-gin o D . 43.956, de 3.7.58, apro-vando o Ac6rdo firmado antra os go-vemos do Brasil a do Alemanha Fe-deral - e pelo qual ficou resolvi-do entre os dois passes, a devolugiodas marcas a des patentee, mas -note-se bern , s6mente aquelas qua "nodata do assinatura do Acordo, aindaestivessem incorporadas so Patrimo-nio Nacional";

h) por conseguinte , a contrario sen-se, nio foi autorizada a devolugio(nem podia ser, esti claro) - dasmarcas a das patentes qua, antes doassinatura do Acordo, ja se tinhamdesligado do Patrimonio Nacional,Como, por exemplo , ocorreu com asqua foram vendidas pole AGEDE e,logicamente, com as qua foram dos-

dos, por lei especial, a FundagioBrasil-Central;

i) a tanto isso 6 verdade , tanto asmarcas a patentes doadas nio maisse encontravam no posse a dom niodo G o v e r n o Brasileiro, nem doAGEDE, qua o D. 43. 956 teve 0cuidado de. prevenir qua as marcase patentes doadas estavam numa si-tuagio especial a so podiam ser de-volvidas so o Govern Brasileiro en-trasse em entendimento com "osatuais detentores dos mesmas mar-cas" (art. 2.°, item III , do Ac6rdo);

j) al este claramente fixado o des-tino corto des marcas a patentee qua,antes do Acordo, haviam sido doadasa terceiros . Para estas , porque niopodiam ser devolvidas , o Govemo te-ria qua agir diplomaticamente, isto e,atraves de entendimentos visando ob-ter a devolugio dos atuais detentores.Eis ai tragado o caminho legal a se-guir;

1) ago estas , Sr. Ministro, as ra-zoes qua me levaram a negar a trans-ferencia das marcas em questao, por-que, estando os respectivos registrosaverbados no D.N.P.I., em virtudede lei, data venia, entendi qua me fal-tava poderes a competencia pare can-celar as averbagoes a derrogar a lei;m) devo , ainda , esclarecer qua a

propria sociedade alemi - ora re-corrente - no processo em qua foisolicitada pela Fundagio Brasil-Cen-tral a prorrogagio do registrto domarca Novalgina (termo n? 346.912)- declarou qua as opunha a essaprorrogagao porque o registro do re-ferida marca estava extinto a niomais em vigor.Em conclusao : Os recursos em

aprego nio ilidern os fundamentos do

despacho recorrido . Parece justo serconfirmada a decisao. Vossa Exce-lencia , entretanto, resolvers cram o sonhabitual espirito de justiga a eq ii-

dade".Sobre a obrigagao de pagamento de

royalties, pela Bayer, a FundagioBrasil-Central, nao se encontra, nosautos, sen5o a referencia na letra g,de"sse parecer . Alega a recorrida, emmemorial, qua a, Fundagio promoveu,em 26 . 2.57, agao para cobrar royal-ties de outra sociedade, Cia. Chimica

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Merck Brasil S.A., sem alcanFarexito . Este sociedade teria assumidoa obrigagio , em convtnio de 15.2.52.

Contra o ato do Ministro , qua con-firmou o do Diretor-Gera l do D.N.P.I.,foi impetrado o mandado.

Rejeito a preliminar , suscitada noparecer do Dr. Procurador-Geral deRepublica , de nulidade do acordiorecorrido , qua concedeu a seguranga,par falls de citacao , no mandado, doFundagao Brasil-Central . Nio se des-liga a preliminar, evidentemente, domerito do mandado.

Nan h6, entre a recorrente, BialFarmaceutica Ltda ., de urn lado, e aUniio a Fundacao Brasil-Central, deoutro, comunhao de interesses, emqua se funds 0 litisconsorcio necesse-rio. De resto , o recurso de Bial Far-maceutica Ltda . no defende inte-reese do FundaSao on do Uniao. 0interesse do Uniio , de observer aD. leg. 39 , e o D . Exec . 43.956,e oposto so do recorrente , pois qua,enquanto esta se insurge contra arestituiSio das marcas a recorrida, aUni io assumiu compromisso interna-cional - aprovado de acordo com alegislaSio nacional - de restituifio.A pretensio do recorrente nao 6 oreconhecimento de direito do Funda-g5o Brasil-Central s6bre as Marcos.Em todo o caso , se reconhecido essedireito, restaria a Uniao promover aexecugio do Acordo de 4.9 . 53, noste"rmos do art . 2.°, inc. III.

A FundaSio Brasil-Central no taminteresse nas marcas . 0 fundamentofinal do ato atacado pale recorridafoi o de qua, nio havendo sido pror-rogados as registros , deixaram alesde subsistir , par extincgo , Palo quanada hi qua transferir - f. 75 a 80.Foi essa uma das raz6es do indeferi-mento da pretensio do recorrida, nosentido de anotagio do registro emseu name.

Demonstram o desinteresse do Fun-daSao Brasil-Central alguns dos fa-tos arrolados pale recorrida:

a) no providenciou a aquisisio doacervo de "Chimica Bayer Ltda.",apesar de haver aido , reiteradamente,notificada Para quo o fizesse;

b) nio se opos a reatituicio doacervo de "Chimica Bayer", efetuada

polo Governo Federal em 1955, sobo fundamento expresso de nao haverela cumprido a condi4io prescrita noDl. 8.104;

c) jamais usou on explorou as mar-ces (nio h4 noticia de qua, em qual-quer momento , a Fundacao Brasil-Central, qua, em 27.11 . 46, obteveanotacao , em seu name, do transfe-rencia, tenha usado on explorado asmarcas;

d) concordou com o despacho doDiretor-Geral do D . N. P.I., publics-do em 1959, qua ]he indeferiu o re-querimento de prorroga4io dos regis-tros das marcas , em virtude do acor-do celebrado , a respeito , entre as Go-vemos do Brasil a do Republica Fe-deral do Alemanha;

e) no se opos a d e ci s i o doAGEDE , de 18 . 5.60, qua liberou,em favor do impetrante -recorrida, asmarcas , tambem sob o fundamentoexplicito de nao se haver consumadoa doagio, ante o inadimplemento dascondig6es a qua estave aubordinadaa donataria;

f) nao impugnou o ato do D .N.P.I.,quo mandou publicar a anotar a re-lacio das marcas liberadaa pelaAGEDE, a qua as cumpriu noD.O. de 28-5-60.

Passo aos fundamentos do recurso.A transferencia do propriedade domarca do ind6stria a comercio, nocaso, devia obedecer , em principio,a regra do art. 1C do C6digo doPropriedade Industrial . A proprieda-de do marce pods ser alienada parato inter vivos, on transferida em vir-tude de sucessao legitima on testa.mentiria, "desde qua o seja simulta-neamente com o respectivo genero deind6atria on de comercio", isto 6,com a atividado industrial on corner-cial, qua compreende as produtos onas mercadorias a qua corresponds amarce.

Corrobora essa norma o disposto noart. 16 do Dl . 20.397, de 14.1.46,Regulamento do Ind6stria Farmaceu-tica, segundo o qual : "SOmente asfarmaciuticos Cu medicos legalmentehabilitados Para exercer a industriafarmaciutica , as firmas proprietiriasde estabelecimentos instalados a li-cenciados Pam a exploragio do ind6a-

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trio farmaciutica a as fines estran-geiras devidamente habilitadas a li-cenciar especialidades farmaciuticasno Servigo Nacional do Fiscalizagiodo Medicine , poderio registrar, narepartigio competente, as marcas dofabrica pare tail produtos".

Distingue-se do trensferencia dopropriedade do marce, a autorizagiode uso, par terceiros , devidamente es-tabelecidos, mediante contmto de ex-ploragio - art. 147 do Codigo doPropriedade Industrial . No caso deautorizagio do uso, nio hi, simul-taneamente, trensferencia, polo con-cedente, do "ginero de industria onde comircio". Conforms o documen-to' de f. 245 b, Chimica Bayer Limi-tada era, em 20.9.40, relativamen-to a marce Novalgina, a 6nica con-cessionfiria do I. G. FarbeninduetrieA. G. As marcas pertenciem a eats,quer dizer, it fibrica alemi, o nio aChimica Bayer Ltda., qua, apenas, asexplorava. Ainda sendo pure conces-sioniria a Chimica Bayer Ltda., par-ts de sou acervo tinha relag-ao coma marca, necessariamente . A doagiodo Uniio, a Fundagio Brasil-Central,nio constituiu cessio de uso, mediantecontrato de exploragio de marce. Seo caso fosse de cessio de use desmarcas, pale Uniio, incidiria o or-tigo 5.0 do Acordo, qua cuida, espe-clficamente , desse ato.

A regra do art. 143, in fine, doCodigo do Propriodade industrial, nioconsubstancia encargo, como sustentoua impetrante, are recorrida . Nio tam,pois , aplicaggo , a espicie, a parts fi-nal do art. 1.166 do C. Civ., quafoi citada no discussio . Tambim nioi condigio, em sentido proprio ar-tigos 114 a 117 do C. Civ. E con-dicio iuris a pressuposto, estabeleci-do pale lei, pore o negocio jurdico.Else condicio inns podia ser afasts-do pale lei, momenta tratando-se detrensferencia feita nio par pessoa pri-vada, sendo pale Uniio, qua, depoisdo incorporar no sou patrimonio asmarcas representadas , controladas onusadas, sob qualquer modalidads, parChimica Bayer Ltda. a outras em-prises, dales fez doagio a FundagioBrasil-Central.

O Sr,, Ministro Hermes Lima: -Quer dizer quo V. Excia . ache quohouve condigio?

O Sr. Mini afro Prado Kelly: -Ease condigio derive de lei.

O Sr. Ministro Eloy do Roche(Relator): - A questio i de inter-pretagio de doagio, declarada noDl. 8.104, do 18.10.45, arts. 1 .0,2.0 a 3.°. Cumpre verificar as a leisobre a doagio insets was condiciaimis.

No tocante a trensferencia do mar-ca, i certo quo a avaliagio do ativoe passivo de A Chimica Bayer Li-mitada em medida privia do aquisi-gio do acervo delta sociedade. Aaquisigiio do acervo nio se efetuou,per omissio do Fundagio Brasil-Cen-tral - item 4P do tirmo do 18.3.55.Nao so foi lavredo esse tirmo de res-tituigio, como foi baixado o D. 37.148,de 5.4.55, qua liberou dos efeitosdo Dl. 4.166, do 1942, antra outrasfirmas, A Chimica Bayer Ltda. a dis-pis sobre a devolugio dos acervossocials . E de se indagar se a aqui-sigio do acervo era, per sun vez, pres-suposto, considerado no lei especial,do doagio des mamas . Julgou a acor-d-ao recorrido qua, nio realizada aaquisigio, pale Fundagio Brasil-Cen-tral, do acervo de Chimica BayerLtda., no as consumou a doagiodos meccas . O Dl. 8. 104 estabeleceua doagio dos mamas , com a aqui-sigio dos ecervos des emprisaa quaas exploravam, sob qualquer moda-lidade. Pala interpretagio dada, noacordio, so Dl. 8.104, ale continheurns condicio Tune, o quo as harmo-nizava com o sistema legal.

Outro ponto envolve matiria am-plamente discutide a qua se relacio-ne corn o alegado interisse de partsdo Fundagio Brasil-Central. Dispoea art. 144, § 1°, do Codigo do Pro-priedade Industrial, qua a transferin-cia on alienagio de marce so produ-ziri efeito depois de anotada noD.N.P.I. A anotagio, qua foi fei-to em 27.11.46, diz com a eficicia,nio com a existincia do transferin-cia. Mss, a Fundagio Brasil-Centraljamais usou as marcas e, slim disso,findo, em 15 . 5.55, o prazo de vig6n-

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cia do registro mais recente , a do No-valgina, nao requereu a prorrogagao.Mrs o seu pedido de prorrogagao,apresentado em 6.3 . 57, isto e, adestempo , despachou o Diretor-Geraldo D.N. P.I.: "nao he o qua defe-rir em face do D. leg . 39/57", re-ferents a restituigeo das marcas. Ca-ducos os registros das mamas, pelodesuso durante dole anos consecutivos- art. 152 do C6digo do Proprie-dads Industrial -, on extintos pelanao prorrogagao do prazo do vigen-cia - art . 151, 1.0 -, teriam cessa-do, pare a Fundagao Brasil-Central,so menus desde 15.5.55 , as efeitosdos registros, de garantia de uso ex-clusivo dos marcas - arts. 88, 89 e96 do C6digo do Propriedade Indus-trial.

On se de so registro do marca, noregime do DI. 7.903, de 27.8.45,efeito simplesmente declarat6rio dopropriedade, considerando-se quo apropriedade do marts , fundada no uso,preexiste a sobrevive so registro; onas the confira efeito atributivo dopropriedade, de sorte que , caduco onextinto o registro , caia a mares nodomino publico; on se adore crite-rio misto ; no caso, em 15 .12.57, datado D. leg . 39, como em 3.7.58,data do D. 43.956, nao havia "atuaisdetentores" de direitos das marcas doindustria on do com6rcio , previstosno art . 2 °, inc . III, do Acordo en-tre o Brasil e a Republica FederalAlema . No art. 2.°, enquanto o inc. Imandava restituir as direitos a depe.sitos que estivessem no Patrim6nioNational , o inc . III dispunha, quan-to aos direitos transferidos mediantedoagao, que o Govemo Brasileiropromoveria entendimentos cum osatuais detentores , no sentido do res-tituigao aos antigos titulares ale-maes.

O Sr. Ministro Hermes Lima: -Eminente Ministro , houve ease en-tendimento?

O Sr. Ministro Eloy do Roche(Relator): - Palos dodos do pro-cesso , nao houve.

O Sr. Ministro Hermes Lima: -Porque , no memento do Acordo, emqua se ressalvavam os bens doados...

O Sr. Ministro Eloy de Roche(Relator): - A premises qua estoulangando , serve, precisamente, a so-

lugao de"ste poblema . Nao ocorreras6 a caducidade , mas, pela nao re-novageq a extingao do registro.

O Sr. Ministro Prado Kelly: -Palo argumento de V. Excia., nohavia detentor?

O Sr. Ministro Eloy do Roche( Relator): - Inexistia detentor.

O Sr. Ministro Hermes Lime: -Mas, o problems 6 qua, no data doAcordo, a marca je estava extinta?O Acordo a de 1953. Ouvi qua urnsdas marcas se extinguiu em 1955.

O Sr. Ministro Eloy do Rocha(Relator): - V. Excia. ponderamuito bem. 0 Acordo a de 4.9.53.A 18.3. 55, deu-se a restituigao doacervo do Chimica Bayer. Portanto,ap6s o Acordo . Mas, o Ac6rdo, assi-nado no Rio de Janeiro naquela data,s6 foi aprovado pelo D. leg. de15.12.57, a promulgado pelo D. Exe-cutivo de 3.7.58 , depois do troca, emBonn , em 23.5 . 58, dos instrumentosde ratificag io. Antes do troca dosinstrumentos de ratificagao, o Ac6r-do nao entraria em vigor - art. 16.Em 1958 , nao havia os detentores aqua fez mengao a art. 2.0. Na datado celebragao do Ac6rdo, ainda naodecorrera o prazo de vigencia do re-gistro . Mas, je tinha ocorrido a ca-ducidade, polo nao uso do marca, pordois anus , a contar do transferenciaem 27.11 . 46. 0 que a certo a que,so tempo do promulgagao do Acor-do, nao mall se devia considerara anotagao do registro de 27 . 11.46,em nome do Fundagao Brasil-Cen-tral. Entao, cum quern o Govemobrasileiro promoveria, em 1957 on1958, os entendimentos referidos noart. 2 .°, inc. III? Com a FundagaoBrasil-Central , embora a caducidadeon a extingao do registro dos mar-cas?

Se, no pariodo de excegao - digoexcegao o em qua vingou a legis-lagao de guerra -, as marcas tinhamca`do no dominio publico , mas semque ningu6m as usasse a depositassepedido de registro em seu come, nodeobstava a qua a Govemo finesse a

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restitui4ao, qua a lei determinou.Sate a ponto fundamental : se estavamas marcas no dominio plblico, todospodiam use-las. Mas, se ninguem asusou a depositou pedido de registroem son nome, entio, nada se opunhano ato do Govemo , de restituig"ao, emcumprimento do Ac6rdo. Quern niopossui o registro , nom use a marca,nao tern direito , nent pretensio.

O Sr. Ministro Hermes Lima: -Mas, he o pedido de registro do BialFarmacgutica . Ease pedido foi antesdo promulgagio do Ac6rdo?

O Sr. Ministro Eloy do Roche(Relator): - Formulado, em ....19.5.59, o pedido de liberagio a res-tituigio, deferido em 18.5 . 60, fez-sea publicagio em 28.5 . 60. Quase doffsanos mais tarde , em 16.4 . 62, a re-corrente depositou pedido do regis-tro, em seu nome , das marcas Novel-gin a Novalgina , baseando-se em quea marca estava no domino piblico.

O Sr. Ministm Hermes Lima: -Quer dizer , depots do promulgagiodo Acbrdo?

O Sr. Ministro Eloy do Roche(Relator): - Depois do promulga-gio do Ac6rdo a depois de deferidas,pela Administreg$o, a liberagio a arestituigio das marcas, a favor desrecorrida.

Sio irrelevantes , pare o efeito des-sa restituigio , a caducidade a a ex-tingio dos registros das marcas. Acaducidade on extingio dos registros,polo desuso dos marcas , on pela nioprorrogagio do prazo de vigencia,nio atingiram os direitos a dep6si-tos de pedidos , assegurados , explict-tamente, pelo Ac6rdo Intemacional,quer em face dos principios dos arti-gos 1 .0 a 2.0 do Ac6rdo, quer dos or-tigos 3 .0, 6.09 7.°, 8.0 e 9°, que con-tem regress especiais s6bre suspensaoon prorrogagio de prazos . Palo arti-go 2.°, os direitos a dep6sitos de pe-didos serfo restituidos na situagio dedireito em que se encontravam nodata do incorporagio no Patrim6nioNacional . 0 desuso das marcas a odecurso do prazo, am a prorrogagiodo registro, no periodo entre a incor-poragio no Patrim6nio Nacional a a

vgiencia do Ac6rdo, nio poderiarnafetar o direito a restituigio. Nom se-ris imputivel , so antigo titular, aomissio de atos quo nio podia legal-mante praticar . Como imputar a re-corrida o desuso das marcas, on onio ter promovido a renovagio dosregistros , se ela nio poderia exercerAsses atos? Questio poderia existirs6mente diante de atual detentor dasmarcas e, ainda assim, pare o efeito,do-s6, de o Govemo promover os en-tendimentos pans a restituigio.

Nio desfavorecem a recorrida asatitudes por ela assumidas no pedido,qua ofereceu em 4.8.55 , de prorro-gagio do prazo das marcas, como nooposigio ao requerimento de Funda-gio Brasil-Central. Os dois atos,apontados como de negagio on dedesistencia , pole recorrida, de seupr6prio direito, devem ser analisados,no sua totalidade , como praticados.A Fundagio Brasil-Central pretendeu,em 6.3.57, prorrogagio do registro.Nio a conseguiu , porque o Diretor-Geral do D. N.P.I. julgou qua sedevia atender no D. leg. 39. Naoposigao, a recorrida , depois de di-zer qua o pedido, intempestivo, naopodia ser considerado porrogagaq in-vocou o disposto no art. 95, n.0 17,do C6digo de Propriedade Industrial.A recorrida assim concluiu a oposi-gao:

"Assim, tondo em vista que, emcoerencia com os mais comezinhosprincipios de Direito, nio se poderiencontrar justificative pare a apresen-tagao intempestiva de urn pedido deprorrogagio decleradamente fora doprazo (o qua vale dizer, baseado numregistro extinto), a firma suplicanteousa lembrar a V. Excia. qua opresents T. 338. 621 devere sujeitar-se a tramitagio normal a, principal-mente , ao quo disp6e o art. 95 doC6digo de Propriedade Industrial, amson inc. 17.°.

Por tal forma, a firma suplicantetern a declarer que o pedido de re-gistro pare a marca Novalgin, termo338.621 , ora oposto, de 7.3.67, es-barra no existencia do marca Noval-gina depositada nesse DepartamentoNacional do Propriedade Industrial

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em nome de opoente sob numero doT. 287. 920, do 13.5.55.

Finalmente, tendo como certo qua,a existencia dessa anterioridade, outnome de suplicante (jfi qua oT. 338. 621, como so viu, nao poleser considerado prorrogacao), fez in-dispensavel a aplicagAo do proibiS5oconstants do art . 95 a sou inc. 17do C6digo do Propriedade Industrial,a suplicante aguarda de V. Excia. opronto indeferimento do pedido co-berto polo T. 338. 621 aqui, oposto.como medida do mais clara a inao-fismfivel Justiga.

O art. 95, indicado pole recorrida,disp8e:

"Art. 95. Nao podem ser registra-dos como marca de indristria a decomercio..."

"17 - A reproducao, no todo onem parts , de marca alheia , anterior-mente registrada pans distinguir asmesmos produtos on artigos seme-Ihantes on pertencentes a genero docomercio a industria identico on afins;on a imitecao dessas marces , de modoqua posse ser induzido o comprador emerro on confusao, considerando-se exis-tente a possibilidade de &rro on con-fus5o sempre qua as diferengas entryas marcas no as evidenciem seraexams on confrontag5o".

A invocacao do art. 95, inc. 17,pals recorrida , representou a susten-tacao de direito sou.

O Sr. Ministro Prado Kelly: -Do son direito originfirio.

O Sr. Ministro Hermes Lima: -Mas, por que?

O Sr. Ministro Eloy do Roche(Relator ): - Nos despachos contrfi-rios a recorrida, examina-se, so emparts, sua oposig5o a pretensao deFundacao Brasil-Central . A recorridaalegou qua a Fundafao Brasil-Centralnao poderia obter a prorrogacao doregistro; a qua poderia ser aprecia-do o pedido, anicamente, coma den6vo registro. Mee, ease pedido eravedado polo art. 95 , inc. 17.

De sua vez a recorrida requerera,em 13.5 .67, n8vo registro de marts.0 pedido, que, do inicio, fora inde-ferido, foi , depois, concedido polo

Diretor-Geral do D.N. P.I. Houserecurso, cujo julgamento pendia doConselho de Recursos do PropriedadeIndustrial , em 20.6 . 61, quando a im-petrante desistiu do pedido. Entre-o pedido e a desistencia, f6ra pro-latado o despacho de 18. 5.60, de Ii-beracao a restitur$ao des marcas. Arecorrida declarou desistir "por naomail the interessar dito registro".Realmente , nao mais the interessava on6vo registro, quando , em outro pro-cesso, havia obtido a liberacao a res-tituigao des marcas.

Por outro lado, a mesma recorri-da, que solicitors prorrogasao do to-gistro dos marcas , em 4.8.55, mud-to antes do Fundagao Brasil-Central,desistiu , tamb4m, deste pedido. Mas,o fez, em 11.1 . 57, ap6s o despachodo Diretor-Gera( do D.N.P.I. de9.8.56, mandando aguardar a solu-Sao qua o Govern deveria dar asmarcas alemas incorporadas no Pa-trim6nio Nacional - f . 273-282. Adesistencia, nesse caso, coma no ou-tro, nao teve o sentido de renGnciede direito , que nao se presume, emprinc'pio.

0 despacho atacado no mandadode seguranga importou em anulagaodo ato de liberasao a restitnig5o. Ainterpretacao adotada polo accrdaorecorrido, no tocante a possibilidadede restituisao des marcas , a despeitode caducidade a do extin4ao dos re-gistros , nao significou inaplicacao delei federal . An inves disso, o ac6r-d-eo aplicou , corretamente , a lei quaaprovou a promulgou o Acerdo In-ternacional.

Alega-se quo o ac6rdao recorridono enfrentou o problems de caduci-dads on extincao do registro. E umequivoco. 0 eminente Relator, noTribunal Federal de Recursos, naostudio a esse aspecto . Mas, dois ou-tros votos, expressamente , o exami-naram, entendendo que ago se podiaimputar a recorrida a extincao doregistro, pela no renovacao , porquenao the cable nenhum direito, no po-riodo em qua a marts tinha sido in-corporada no Patrim6nio National.

Quanto as demais questfies: antesde tudo, a inegfivel a competencia daAGEDE, do Banco do Brasil, pare a

R.T.J. 45

liberagio des mamas . Ap6s o De-crew quo promulgou o Ac6rdo, foibaixada a Portaria n.° 18, pelo Di-rotor do D. N.P.I., regulando aexecugao do liberagio . A AGEDEmanifestou-se no sentido do libera-cio, requerida pale impetrante, Bob ofundamento de qua nio Be tinha con-surnado a doagio . 0 Diretor doD.N.P.I., recebendo a manifestagioda AGEDE, despachou : "Publique-see anote-se". Mandou publicar a re-tacio dos marcas liberadas a mandouanotar . Publicado o despacho, dalenao houve recurso . Mais tarde, quan-do se processava o pedido de trans-ferancia pare o nome do recorrida,como sucessora do antiga titular, 6qua houve o indeferimento. A com-pet6ncia do AGEDE, pare a liberagiode marca , decorre nio sb do art. 1.°do Dl. 5 .661, de 12. 7.43, mas, ain-do, dos arts . 3.0 e 4.0 do Dl. 6.915,de 2.10.44.

A Fundagio Brasil-Central nio lan-cou moo do qualquer mein pareanular, quer a restituigao do acervode Chimica Bayer Ltda . - por in-compet6ncia do agents -, quer aliberagio a restituigao des marcas. Eincabivel , no recurso extraordinfirio,a discussio s6bre a velidade a ex-tensio do t&rmo de restituigio de18.3.55 - especialmente de partsdo recorrento, qua 6 assistente no man-dado - e hem assim s6bre a libera-cao a restituigio dos marcas. Ade-mais, a Fundagio Brasil-Central naofoi nem devia ser parts no restituigFtodo acervo de Chimica Bayer Ltda.,mencionada no tarmo de 18.3.55.Principalmente, nao existia razio parequa participasse dos atos de libera-cao des marcas, ap6s 15.5.55. Con-segilentemente , nio Be compreendiaa presenga , em qualquer desses atos,do Minist6rio Publico.

0 Ac6rdo abrangeu a restituigiotanto dos direitos qua ainda estives-sem incorporados no Patrim8nio Na-cional, como dos transferidos per doa-cio - arts . 1°, 2° a inc. III -e, ainda, dos direitos que tivessemsido objeto de autorizagio do use- art. 5.0 -, embora ale ficasse nodependancia , no segundo hip6tese, deentendimentos core atuais detentores.

845

Assegurou-se am titulares de marcasa restituigao de seus direitos. Nocaso de concessio , a terceiros, do usede marcas , pare exploragio , ela ex-piraria no data do reversao do direi-to an antigo titular alemio , nos tar-mos do art . 5.° do Ac6rdo.

A qualidade de impetrante, de su-cessora de antiga titular do marca,nao foi negada pelo ato administra-tivo impugnado no mandado de se-guranga.

A revisao do ac6rd"ao, core o sim-ples reeaame do prove , nao podssec feita em recurso extraordinerio.A decisao recorrda nab deixou dosplicer qualquer dos dispositivos le-gais indicados pale recorrente.

O Sr. Ministro Hennes Lima: -Eminente Ministro , havia , como Vos-as Excel&ncia disse, urea condiciojuris, qua nao se realizou?

O Sr. Ministro Eloy do Roche(Relator): - Afirmei quo a con-digio s6 poderia ser caracterizadacomo condicio jmis, afastivel palelei.

O Sr. Ministro Prado Kelly: -Esse foi o elemento pare V . Excia.chegar i interpretagio dos atos.

O Sr. Ministro Eloy do Roche,(Relator): - 0 ac6rdio recorridodecidiu qua havia a n"ao foi cumpri-da condigio . Ease decisio nio Bereaprecia no recurso extraordin6rio.As marcas ounce sa-ram do Patrim6-nio Nacional . N5o so consumou adoagio.

O Sr. Ministro Hermes Lima: -V. Excia . chega a Been conclus5o dequa ounce sa(ram do Patrim6nioNational?

O Sr. Ministro Eloy do Roche(Relator): - Dentro do fundamen-tagio do ac6rd9o, qua se dove res-peitar no instancia extraordin6ria, asmarcas nao sairam do Patrim6nio Na-cional.

O Sr. Ministro Hermes Lima: -E, nao tendo saido do Patrim6nioNacional , o Ac6rdo poderia devolv6-las acs seus antigos titulares alemas?

r) Sr. Ministro Eloy do Roche(Relator): - late 6 o Primal"

846 R .T.J. 45

fato . Mas, se tivesse sido consumadaa doagio, teria cessado o direito daFundagao Brasil-Central , com a ca-ducidade , on core a extingao do regis-tro. Quando foi promulgado o Ac6r-do, neo havia detentor da marts,corn o qual se devesse entender oGoverns brasileiro.

O Sr. Ministro Hermes Lima: -Tambem a Bial Farmaceutica s6 re-quereu em 1962.

O Sr. Ministro Eloy da Roche(Relator): - S6mente requereu 0registro , em seu nome, a 16.4.62.Anteriormente, se opusem so dep6-sito do pedido de registro , feito palerecorrida , em 13.5.57, a de qua estavein a desistir em 1961 . Alegara arecorrente qua, sendo titular da mar-ca Nevralgina , com esta colidiam asmarcas Novalgin a Novalgina.

Em atengao an largo debate , desen-volvido pela recorrente a recorrida,pronunciei-me s6bre t6das as ques-toes ventiladas , dando so voto, certa-mente , demasiada extensao . Nao co-nhego, contudo , do recurso extraor-dinario , interposto com fundamento

na letra a do permissivo constitucio-nal, cujos pressupostos nao se con-figuram.

EXTRATO DA ATA

RE 59 . 038 - DF - Rel ., Minis-tro Eloy da Rocha. Recte. BialFarmaceutica Ltda . (Adv. Francis-co Oscar Penteado Stevenson). Re-corrida , Farbwerke Hoechst A. G.Vormals Meister Lucius & Burning(Adv. Dario de Almeida Magalh5es) .

DecisOo : Nao se conheceu . Decisaounanime . Falaram , pela recorrente, oDr. Francisco Os6rio Penteado Ste-venson ; pela recorrida , o Dr. Dariode Almeida Magalhies ; a, pale UniaoFederal , o Dr. Oscar Correa Pine,Procurador-Geral da Republica, subs-tituto.

Presidencia do Sr . Ministro Gon-galves de Oliveira . Presentee os Se-nhores Ministros Hennes Lima, Pre-do Kelly , Eloy do Roche a AmaralSantos.

Bras lia, 6 de dezembro de 1967.- Jose Amaral, Secretario.

EMBARGOS NO RECURSO EXTRAORDINARIO N.° 59.640 - SP(Tribunal Pleno)

Relator: 0 Sr . Ministro Adaucto Cardoso.

Embargente : Leozino Bernardes dos Santos . Embargados : Michel Haddad,aua mulher a outros.

Embargos - Mao prequestionada a materia do alegada diver-gencia, dales an se conhece.

ACORDAO

Vistos, etc.

Acorda o Supremo Tribunal Fe-deral, em Sessao Plenaria , por de-cisio unanime, nao conhecer dos em-bargos , de acordo corn as notes ta-quigraficas anexas.

Custas no forma da lei.

Brasilia , 31 de ag6sto de 1967. -Luis Gallotti , Presidents - Adauc-to Cardoso, Relator.

RELATORIO

0 Sr. Ministro Adaucto Cardoso:Leio o relat6rio e o voto do emi-

nente Ministro Aliomar Baleeiro:(f. 296-298).

"1. A douta sentenga de f. 185-191julgou procedente a agao em qua oRcoorrente, como locatario , quer o re-conhecimento de seu direito de pre-ferencia de adquirir o im6vel qua olocador prometeu vender an Recor-rido . Tal decisao , entretanto, foi re-

R.T:J. 45 847

formada pelo v. Ac6rdio de f. 261-264,qua julgou o Amer carecedor doagaq afirmando ser pessoal a naoreal o direito de perempgao do arti-go 9.°, do L . 3.912-61.

2. Coro fundamento nas letras a ed, do permissivo constitutional, foiinterposto o recurso de f. 266-274,admitido apenas con, fundamento noletra d . 0 despacho de f. 279-280 re-fere-se as Srimulas 282 a 356.3. 0 recurso foi brilhantemente

arrazoado (f. 282-284 ) a contra-ar-

razoado (f. 286-286v.).

E o relat6rio.

VOTO

0 Sr. Ministro Aliomar Baleeiro(Relator): - 1. A questio federalreside em saber-se se 6 de naturezareal, ou pessoal o direito de prefe-rencia assegurado pelo art. 9° daL. 3.912 - 61 so locaterio,, quando olocador pretends vender o imivel lo-code . Discutiram-na brilhantemente,nestes autos , a r. sentenga, o v. Ac6r-dao e o ilustre jurisconsulto qua in-terpds o extraordinario.2. Conhego do recurso , porque

aponta julgados discrepantes (Ac. de

3.9.63 , no RE 53 .684-SP, no D.J.,

de 14 . 11.63 , ap. 216, p . 1.172; Ag29.507 etc.).

3. Mae nego provimento quanto aoutorga compuls6ria , porque ji sepods considerar preponderante a tran-g0ila a jurisprud6ncia , qua reputepessoal , a nao real , a preferencia doart. 9.° da L. 3.912 -61 em benefi-cio do locatario.

Dentre outros , podem ser aponta-dos os seguintes vv. Ac6rdaos:24.11 . 64, no RE 57 . 459-MG , unani-me, Relator Ministro Evandro Lins,no R.T .J., 32/68; de 23.3.65, noRE 57 . 703-MG , mesmo Relator, noR.T.J. 32/44'6; de 4 . 5.65, no Ag34.706-GB, Relator Ministro Candi-do Motta , R.T.J., 33/15, de20.4.65. RE 5R.073-PE, Relater Can-dido Motta, R.TJ., 32/707; de ...9.9.65, RE 58 . 720-RS , Relator oeminente Ministro Victor Nunes Leal,R.T.J. 34/523; de 18 . 6.65, RE58.381-GB, Relator Ministro VictorNunes Leal , R.TJ. 45/ 146; de

29.10. 65, Ag 29 . 555-MG, Relator oeminente Ministro Hahnemann Gui-maraes, R.T.J. 35/565; a de 9 . 11.65,no RE 57 .710-SP, Relator MinistroC6ndido Motto , R.T.J., 36/102.4. Pede 0 Recorrente por seu fes-

tejado patrono , qua, embora nio fos-se alternative seu pedido - a trans-crigao compuls6ria de sentenga quathe reconhecesse o domino ou as per-dos a danos - the seja reconhecidaesta 6ltima solugio, ad instar do ar-tigo 75 do C . Civ. "Quem pede omais, pede o menos" - arguments.Repute inconcebivel a conclusio dov. Ac6rdao, dando-o como carecedordo agio.

Certo 6 qua o pedido podere seralternativo (C. Pr. Civ., or,. I°').Mas o art. 157 do C. Pr. Civ.,milita contra o Recorrente porque aomissao do initial, em print pio, s6em agio distinta poderi ser corrigida.

Nego provimento por isso".

Sufragado a unanimidade pale Co-lends 2 .' Turma, qua entio contouainda com a presenga dos eminentesMinistros Hahnemann G u i m a roes,Adalicio Nogueira a Vilas Boas, aoac6rdao de f . 300 foram opostos osembargos de divergencia de f6lhas301-307.

Oferece-se comp ac6rdao divergenteo qua proferiu a antiga 2 " Tome,so tempo do composigio bicameraldo S.T. F. Esse ac6rdio divergentefoi proferido no RE 58 . 083, Relatoro eminente Ministro Victor Nunes acuja ementa afirma : "implicito o pe-dido sucessivo de indenizagao no deoutorga do escritura definitive , julga-do incabivel".

Os embergos foram admitidos parediscussao a aberta vista as partes, s&o embargante arrazoou.

E o relat6rio.

VOTO

0 Sr. Ministro Adaucto Cardoso(Relator): - Ja so deferir o recur-so extraordinario acentuava o despa-cho de f . 280 qua a controv€rsia serestringia apenas so caster real oupessoal do direito de preferencia es-segurado so inelailino pale L. 3.912:

848 R.T.J. 45

... "porque o qua main Be alegou

no recurso no foi prequestionado noac6rdio racorrido (S/anulas 282 e356)".

Reelmente o ac6rdio do Tribunalpaulista deveria ter-se pronunciados6bre o minus das perdas a danos,tal como o fez o Tribunal de Minas,qua as negou ezplicitamente, no casea qua deu justa solucao o ac6rdeo di-vergente do laara do Ministro VictorNunes . A f. 308 a 310 se ve quoo ac6rdio do Tribunal mineiro jul-gou incabiveis perdas a danos n5o pe-didos no inicial . Assim houve o pre-questionamento no caso citado comodivergencia.

Neste porem o quo transparece equa o ac6rd5o contra o qual se ma-nifestou o recurse extraordinario des-provido omitiu a condenafao nas per-dos a danos, deixando de atender sominus implicito no pedido. E naoforam opoatos embargos de declare-Sao pare corrigir a felts.

Ainda qua as edote o ponto devista do ac6rdeo dodo como diver-gente a se transija com o fato donao constar do inicial o pedido su-cessivo on alternativo das perdas edanos, 6 qua se ruin pode dispenser 60 requisito do prequestienamento(Sumula 356 ). E esse neo foi aten-dido, pois foi no petisao do recursoextraordinirio, onde pale primeiravez o ore embarganto pediu qua sethe dessem perdas a danos caso se]he negasse a outorga compuls6ria doescritura de compra a venda.

Nao conhego dos embargos.

VOTO PRELIMINAR

0 Sr. Ministro Barron Monteiro:- Sr. Presidents . Tambam acom-panho o Sr. Ministro Relator, per-mitindo-me acrescentar qua os pedi-dos serao interpretados restritamentee a 6nica exco ao a respeito , segundoo disposto no art. 154 do C. Pr. Civ.,e com relagio aos juros, qua se com-preendem no principal.

Nso conhe$o, assim, dos embargos.

VOTO PRELIMINAR

0 Sr. Ministro Aliornar Balseiro:- Sr. Presidents, de lure, acho qua

a melhor solugio 6 a defendida poloembargante a apoiada polo eminenteMinistro Victor Nunes, em urn soupronunciamento . Mas, no caso, con-wants o art . 153 do C. Pr. Civ.,o pedido altemativo deveria ser ma-nifestado clara a inequivocamente.

Depois qua foi lido o relat6rio, anme lembrei been do caso . Mediteimuito s6bre o problems , quando 0relatei no Turma, a procurei fazeruma pesquisa . E uma das razoes deminhe convic4ao 6 qua o C6digo doProcesso , sempre qua pertnite pedi-dos implicitos , ale o fez de formaexpressa. Diz: "Compreendem-se osjuros...", "Compreendem-se... emtel caso...". De onde, a contrdriosense, na sistematica, por uma inter-pretapao enal6gica , he de se aceitara regra geral qua he pouco lembrouo eminente Ministro Berms Montei-ro: os pedidos se interpretam restriti-vamente.

Par asses razoes , mantenho o menvoto, polo qua nao conhero dos em-bargos.

VOTO PRELIMINAR

0 Sr. Ministro Gongalves do Oli-veira : - Palo qua depreendi dos de-bates, nao foi deferida a cominat6-ria. 0 ac6rdao foi omisso quanto Acondenacao em indenizaFao. Diz- equa o pedido neo foi formulado.

Tenho duvidas s6bre as poderia, onneo, o ac6rdio condoner em perdase danos, quando nega a adjudica4ao.

Do qualquer modo, essa mat6rianeo foi prequestionada no ac6rdio,nao rendendo ensejo, assim, a embar-gos.

Acompanho o douto voto do emi-nente Relator.

DECISAO

ERE 59.640 - SP - Relator,Ministro Adaucto Cardoso. Embte.,Leozino Bernardes dos Santos (Adv.Decio Miranda ). Embdos. MichelHaddad, we mulher a outros (Adv.Tarcisio Calazans de Araujo). Nioconhecidos os embargos. Uninime.

Presidencia do Sr . Ministro LuisGallotti. Presentes as Srs. Ministros

R.T.J. 45 849

Raphael de Berms Montalto, Adauc- two Oswaldo Trigueiro a Hahnemannto Cardoso, Djaci Falcio , Eby do Guimaries . Ausente, justificadamen-Roche, Aliornar Baleeiro, Prado Kel- to, o Sr . Ministro Evandm Line.ly, Adal .cio Nogueira , Hermes Lima,

Brasilia, 31 do ag6sto do 1967. -Victor Nunes, Goncalves do Oliveira,Cendido Motto Filho a Lafayette de Alvaro Ferreira doe Santos, Vice-Di-Andrade . Licenciados , os Srs. Minis- rotor-Geral.

EMBARGOS NO RECURSO EXTRAORDINARIO N.° 60.313 - SC(Tribunal Plena)

Relator: 0 Sr. Ministro Adaucto Cardoso.

em- -'70a

,,r sd• 30- 8, 6,2Embargantes : Octacilio Granzotto a outma . Embargado : Golin Irmios Cs Cie.

Para simple. rename do prov nio cabs recurso ntraordinirio.(S6mula 279). i

ACORDAO

Views, relatadoe a discutidos Estesautos, acordam os Ministros do Su-premo Tribunal Federal, em sessiopleniria, na conformidade do ate dojulgamento a des notes taquigreficas,por unanimidade do votos, niio conhe-cer dos embargos.

Bras-lie, 3 do main de 1967. -Lowe Gallotti, Presidents - AdauctoCardoso, Relator.

RELATORIO

0 Sr. Ministro Adaucto Cardoso:- Do preco primitivamente pactua-do no contrato de promessa de vends- Cr5 1 . 300.000 antigos , pagaramas promitentes-compradores , ore em-bargados, circa de Cr5 1.137.319, dizo ac6rdio do Tribunal de Justice deSanta Catarina, a f. 154-5. Isso emverios anos, atraves de sucessivasprorrogacbes.

"Nio so compreende, assim, quaap6s decorridos tantos anos - maisde 10 - pretendam os autores userdo clausula do arropendimento dopnmitivo contrato , depositando ape-nos, em dobro, a quantia quo diocomo realmente recebida - .......Cr5 1.04".000,00 - quando o im6-vel, memo am o antigo pinhal, estimuitissimo mail valorizado , polo de-curso do tempo, a porque a re am-pliou a desenvolveu a ind6stria all

instalada, construindo inclusive eaco.

Is e cases pars circa de 80 opme-rios.

A cieusula do arrependimento, semreseal" express , nos sucessivos edita-mentos do contrato , nio poderia, evi-dentemente subsistir, alien do pramdo um son pare qua fore pravista noajuste inicial.

Sue revogacio foi tacita, dada aatitude nio s6 tolerant. , mas, ateamistosa dos autores, importando iasoem piano assentimento quanto sostraw no pagamento do saldo deve-dor, compensado , porem, pelos juroreatipulados.

Assim, nio poderia sir a re, comofoi surpreendida polo tardio arrepen-dimento qua a decisio recorrida, afinal, acolheu.Nio pode haver tal instabilidade

nos contratos a nos neg6cios juridica-mente protegidos.

Expondo a materia s6bre a cldusu-Ia do arrepandimento, fronts so C6-digo Civil , a so Dl . 58, do 10.12.37,diz Darcy Beeson, em sue consagra-da obra Da Compra a Venda. Pro.measa a Reserve do Domino, pegi-na 196: "No falta de disposicio con-tratual estabelecendo pram pare oezercicio do jus poenitendi, iste podsverificar-se ate o momenta de - assina-tura do escriturn p6blica de comprae vends, salvo so, antes, o promi-tents-camprador on tdciiamonto, o re-nunciar".

850 R.T.J. 45

Tambem, em Ac6rdio do eg. Su-premo Tribunal Federal no ementade brihantes votos, ainda quo venci-dos, dos eminentes Ministros Lafayet-te de Andrade, Hahnemann Guima-ries, Orosimbo Nonato e Barms Bar-reto, 1e-se qua: "Esgota-se o prampare o arrependimento no pram on -ginAriamente mercado pan a escritu-ra definitive.

Ocorrendo prorrogagio d"esse pram,hA renfincia an arrependimento (inR.F. 132/102 - Ac6rdio de .....17.11.49).

For gases fundamentos , da-se provi-mento a apelagiio do re, pare refor-mando a decisio recorrida, julgar im-procedente a agio".

A Procuradoria-Geral do Estado,oficiando it f. 197, aasim opine: "Do-cidiu o Venerando Ac6rd5o recorrido,em acme, quo a cliusula contratualqua disciplinava o arrependimento despartes, f6ra renunciada , claramente,pelas prorrogagies sucessivas do con-trato preliminar de compra a venda,nao podendo , por ism mesmo, operarefeitos, depois do eacoado , hi maledo des anos, o prawn primitivo,

Corn one decisao , nao ofendeu aeg. Cimara as disposigaes literais doart. 1.088 do C. Civ., nem as nor-mas de L . fed. de 11.3.49, porquan-to apreciou a julgou, do verdade, me-teria de fato completamente diverse.Negou aos promitentes-vendedores odireito do romperem o compromismcom a simples devolugio , em d6bro,des importancias ate enffio pages;mas nio ordenou a adjudicageo com-puls6ria a tampouco declarou ser im-possivel o arrependimento discipline-do no art. 1.088 do C6digo Civil.

Tambem o conflito jurisprudencialapontado nio exists, porque oz jul-gados oferecidos A colagao nao apre-ciam casos do prorrogagoes do con-trato original , coma o far a decisiorecorrida . Esta, altos, sintoniza amelhor jurisprudencia dews ExcelsaC6rte do Justiga.

Somos, pois, do parecer quo se agoconhaga do recurao; mas, to dale to-mar conhecimento ease Auguato Pre-t6rio, sere pans confirmar a Vena-rondo Ac6rdeo recorrido".

O aditamento so voto e o ac6r-dio embargado do Ministro VictorNunes Leal ago as seguintes:

"Aqui, nio so trace pr6priamentedo agio pare outorga de escritura, masde reacisao do contrato . So a partsvier corn a agio de outorga do escri-tura, poderi surgir o problems de es-tar on nio registrada a promessa par-ticular.

O registro poderi ser promovidoantes do nova demanda, pois o 6bi-ce a esse registra , segundo so dissenos autos, era a clausula do arrepen-dimento, mas a Justice declarou es-tar essa cliusula tacitamente revoga-do. Desaparecera entio aquele im-passe, denunciado pelo recorrente, denio poder o vendedor rescindir o con-trato, nem o comprador promover aexecugio especifica".

Ementa: - Promessa do venda.Clausula de arrependimento. Tomadaineficaz pelo comportamento ulteriordes panes a pelas sucessivas refor-mas do contrato originiirio.

ACORDAO

Vistas, relatados a discutidos gatesautos, acordam os Ministros de Pri-meira Turma do Supremo TribunalFederal, no conformidade do ate dojulgamento a des notes taquigrificas,por unanimidade de votos, conhecerdo recurso, cuss negar-]he prvi-mento".

Admitidos os embargos de diver-gencia do f , 214 em diente oferecemas embargantes as seguintes julgadospare o confronto.

"Promessa de venda . ClIusula dearrependimento . Tomada ineficaz pelocomportamento ulterior des partes epelas sucessivas reformas do con-trato".

"Contrato do promessa de comprae venda de been im6vel. A cliusulade arrependimento nio permits se osubmeta A egide do chamada Lei doLoteamento . O arrependimento podeser manifestado ate o momenta delavrar-se a escritura definitive, a des-peito de haver a outra parts ji cum-prido a sus prestagao . Restituigio desarras em dbbro" (Ac. un. 3! Ca-mara Civel do 4.11.54, in RJ., anoIII, vol . 4, p. 182)".

R.T.J. 45 851

"Promew do compra a venda.Im6vel nao loteado. Arrependimento.0 arrependimento pactuado na pro-messa de compra a vends do im6-vel, nio loteado, pods an efic3smen-to manifeetado ate o momento do ta-vmr-se a escritura definitiva" (RE13.704, do 17 . 11.49, in R.F., vol.peg. 102)".

Na argumentagio de f. 222 ale-gam os embergentes quo "Em ne-nhum momenta a ore embargada, es-presaa ou ticitamente, renunciou o di-saito do arrependimento, neat tam-pouco a muito menos, as embergan-tee".

A Procuradoria-Geral opinou (f6-Iha 231).

E o relat6rio.

VOTO

0 Sr. Ministro Adaucto Cardoso(Relator) : - Entendeu a decisiodo eg . Tribunal catarinense qua doprove dos autos emergia nitida a re-n6ncia, por parte dos contratantes, ecleusula de arrependimento . Materiade fato, no sea prevalAncia se fun-dou o acbrdio embargado.

Nio conhego dos embargo..

VOTO

O Sr. Ministro Aliomar Baleeiro:Sr. Presidents, necessito de um

esclarecimento do eminente Relator.Nio este been clam, no men asp=rito,se o neg6cio juridico em questio as-tava regido on nao pelas cleusulas doDl. 58, de 1937.

O Sr. Ministro Adaucto Cardoso(Relator): - Nio.

O Sr. Ministro Aliomar Baleeiro:- Neste caso, data venia de VossaEscelSncla , conhego dos embrgos.

VOTO PRELIMINAR

0 Sr. Ministro Evandro Lim: -Sr. Presidents, a S,bmds 166 dizqua: ' E inadmissivel o arrependimen-to no compromisso do compra a van-do sujeito ao regime do DI. 58, do10.12.37".

Nao se trata do DI. 58, mas aS6mula 413 manda splicer ace "com-promisms do compra a vnda de im6-veis, ainda quo nio loteados, o di-reito h esecugio compuls6ria , quendoreunidos os requisitos legais".

Agora, nao a possivel em caso deim6vel, ainda qua nao loteado, ven-dido a prestag6es, impor a cleusulade arrependimento . A jurisprudenciado Supremo Tribunal, hoje, a paci-fica, permitindo a purgagbo da moraate o instants de propositura deagao.

O Sr. Ministro Aliomar Baleeiro:- Alias, foi alegado, polo advoga-do, - so nio me falha a mem6ria,- quo a L . 649 exclui , no aplicagiode awes regras, It cliusula de arre-pendimento . 0 Relator do ac6rdio,Sr. Ministro Victor Nunes, poderiadar uma esplicagbo.

O Sr. Ministro Victor Nunes: -- Nbo me lembro been dos pomie-nores . Tenho ideia de qua a justigalocal interpremu documentos poste-riores, firmados pelas partes , no sen-tido de qua Ales tornaram sera efeitoa cleusula de arrependimento, cons-tants do primitivo contrato. Teriahavido ren6ncia so direim do arre-pendimento . Pode ser qua Asses do-cumentos nio tenham sido interpre-tados do maneira mais adequada; mas,isso me pareceu quo era materia deprove. Se houve ren6ncia do arre-pendirnento , como decidiu a justigalocal, nao so poderia mais argumentarmm a clCusula de arrependimento.

O Sr. Ministro Adaucto Cardoso(Relator): - Mas, as renovag6eseram t6das tratadas aaustosamente, eas partes se correspondiam durante 0prazo de pagamento , qua as dilatoupor largos anon; as corrospondiarn, ha-via creditos em conta-corrente, ajus-tea de contas , e o comprador, despre-catado a de boa-f6...

O Sr. Ministro Alioaar Baleeiro:- Houve interpelagao?

O Sr. Ministro Adaucto Cardoso(Relator): - .. foi surpreendidocoat a s6bita resolugio do devedor,do depositar o dobro, pare fasr va-let oats deusula do arrependimento

852 R .T.J. 45

qua o Tribunal julgou, em face doprove, renuncievel.

0 St. Ministro Evandro Una: -Sr. Presidente, estou de acbrdo como eminente Ministro Relator, nio co-nhecendo dos embargos.

VOTO PRELIMINAR

O Sr. Mirdstro Gonpalves do Olf-veira: - Sr. Presidents, nos con-trams de compm a venda, em prin-cipio, a parts no tom direito a exe-cugio compuls6ria.

No caso, alega-se qua ela foi pac-tuads. Mas, depois, foi assinado uminstrumento entre as partes, Segundoo ac6rdio, polo qual o promitente-vendedor renunciava ii cl4usula de or-rependimento.

O recroso extraordinerio, por asiaim dizer, compreende materia defato, como decldiu a Turma.O Sr. Ministro Adaucto Cardoso

(Relator): - No houve renfnuiaexpressa, escrita. Houve atos quoconduziam ii renincia...

O Sr. Ministro Gongalves do Oli-

veira: - Na apreciagio do instru-mento, o ac6rdeo entendeu qua opromitente-vendedor havia aberto miodo direito.

0 Sr. Ministro Adaucto Cardoso(Relator): - .. tanto qua, dos ...Cr$ 1.300.000,00 antigos, qua erao prego pactuado, 0 comprador che-gou a pager Cr$ 1.137,319.

O Sr. Ministro Gongalves de Oli-veira: - Eaton de acerdo corn o emi-

nente Relator, nao conhecendo dosembargos.

RETIFICACAO DE VOTO

0 Sr. Ministro Aliomar Baleeiro:- Sr. Presidente, diante do afirma-gio do Sr . Ministro Victor Nunes,considerando os fates, quo o Tribu-nal tinha afirmado qua ocorrera arenuncia de cliusula de arrependi-mento, an tenho quo me conformarcorn a jurisprudencia, porque, ai, bmat€ria de fate . Nio podemos corri-gir a Injustiga do julgado , polo me-nos per Arse mein.

No conhego dos embargos.

DECISAO

Como consta do ate, a decisio foia seguinte : Nio foram conhecidos asembargos , uninimemente.

Presidencia do Exmo. Sr . Minis-tro Luis Gallotti . Relator : o Erce-lentissimo Sr . Ministro Adaucto Car-dose . Tomaram parts no julgamen-to as Ramos. Srs. Ministros Adauc-to Cardoso, Djaci Falcio, Eloy doRoche, Aliomar Baleeiro , Osvaldo Tri-gueiro, Adalicio Nogueira , EvandroLine, Hermes Lima, Pedro Chaves,Victor Nunes, Gongalves de Olivei-ra, C6ndido Motto Filho , HahnemannGulmaries a Lafayette de Andrade.Licenciado, o Exmo . Sr. MinistroPrado Kelly.

Brasilia, 3 do main de 1967. -Alvaro Ferreira dos Santos, Vice-Di-rotor-Geral.

RECDRSO EXTRAORDINARIO N: 60.854 - GBi(Primeira Turma) ^jl,.^/JJ a 867

Relator : O Sr. Ministro Raphael do Barros Monteiro . r^^'s a

Reconverts : Manoel Ferreira Guimaries . Recorrida : Uniio Federal.

Agao de reivindicagao de terreno circunvizinho a fortifiragiomilitar, na posse imsrnorial do Ministerio do GYterra. Requisitesindemonstrades . Motive de fato a decisio qua assents em mais doum lundamento . Aplicagio des Sfunulas 279 a 283 . Reauso er-traordinerio nao conhecido.

AC6RDAO meira Tumra do Supremo Tribunal

Vistos, relatados a discutidos ester Federal , na conformidade do ata do

autos , acordam as Ministros do Pri- julgamento a dos notes taquigreficas,

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por un

•nddade de votos, nio co-nhecerdo recurso.

Brasilia, 30 de abril de 1968. -Lafayette do Andrade, Presidents -Raphael do Barros Monteiro, Rela-tor.

RELAT6RIO

O Sr. Ministro Barron Monteiro:Sr. Presidents.

Prop6s 0 recorrento Manoel Fer-reira Guirnaries a presents agio con-tra a Uniio Federal, a firn do reivin-dicar 0 terreno inicialrnento descrito,situado no Lome, no Rio de Janeiro,que Ale alega ter adquirido, demajor porgio , do Eduardo Duvivier esus another, conforms escritura depromessa do compra a venda do13.9.40, corn tftulo definitivo de3.8.53, devidarnente tranacrito. Aduz,em favor de cue pretensio, o fatode .star o Ministerio do Guerre naposse daquele terreno, o qua vetofazendo sera direito , por isso qua jApagou a remiseio do fond I Prefei-turs do antigo Distrito Federal a ob-teve o competente alvarl pars a cons-tmgio, no local , do edificio cornapartemento, garage a ploy-groundconforms projeto aprovado polo Dapartamento de Ediffug6es . Acrescen-to nio altar o mesmo terreno compre-endido antra os qua figuram oci-me do "cote 80", e, pole, as Areareconhecida como necessiria i sega-ranga nacional, do ac6rdo corn oDI. 1.763, de 10 . 11.39, figurando,em consegffencia , entre as qua siodo dovi nio Atil particular . E, comoesiste no local a caid d'Agua a asbombes do recalque indispensiveis sofomecimento d'igua k Fortaleza doLame, ponto quo ocupando urns tes-tada do 5 metros do referido torten,recuaa-se o Ministerio do Guerra adeferir-We a posse do mesmo imovel.Cora a restitngio do terreno, podso autor perdas a danos , lucros cession.tes, honorerios advocaticios a costaena forme do lei.

Em contestagio, alegou a UniioFederal , proliminarmente, haver opos-to ezcegio de litispendincia por issoqua, anterformente, proposers urnsegio poaessuria do manuteagio quatinha por objets 0 im6vol objeto do

853

litfgio, perante o Julio do Direitode Primeira Vane de Fazenda PAbli-ca a 3.1 . 56; e, no m€rito, alegouqua o Ministerio do Guerra sempretivera o dom'nio a a posse do ter-reno qua constitui parts do urns Area,cujos titulos de propriedade ate atin-gir o do Empresa de Constmg6esCivic foram declarados nulos por son-tangs proferida polo Julio do Direitodo Primeira Vara do Fazenda PAbli-ca, eonfirmada polo Ez:celso Supre-mo Tribunal Federal, a polo ..D. 24.515, do 30.6 . 34, havendo aa Comissio Demarcadora Mists reco-nhecido qua as referidas datas detetras haviam sido adquiridas domA-fl, razio par qua as .sus adquiren-tos nio tinham ate mesrno diroito aqualquer indenizagio . Coatinuando, aUniio Federal esclareceu quo a Em-presa do Construg6es Civic chegou aimpetrar urn mandado do segurengacontra o referido diploma legal, cojowrit foi donegado polo Ezcelao Su-promo Tribunal Federal, subsistindodesserts o domino o a posse de tailtewas, em cuja Area . se encontra oim6vel em questio, cow o Ministeriodo Guerre pars fins do defese mi-litar. Em consegjiencia , constituindoo t:tulo do propriedde uma tranea-gi o felts em frauds do decis6es ju-diciais a I lei. osperava qua fosse jul-gada improcedente a agio do reivia-dicegio corn a declaragio do nulida-do do escritura pAblica do comprae venda a des qua antecoderarn I euacolebragio, ordenado-se o cancela-mento do respectiva transcrigio.

Reelisadas as prove requoridaspelas partey inclusive a pericial, pro-feriu o Dr. Juiz do Direito, a final,a sentenga de f . 194 a seguintes.Por ease decisio, foi a agio do rei-vindicagio julgde procedante pare aofeito de condenar a Uniio FederalI restituigio do imdvel, barn comoa pager ao autor danos emergontes,a serem liquidades em ezacugio. Emcon.eg0iucia, foi a agio de manuten-gio proposta pole Uniio Federal con-tra o autor Manoel Ferreira Guima-ries julgada improcedente.

Recorreu o Dr. Juiz do Direito doOfficio, apelando, tambem, ambas aspartes, tendo o eg. Tribunal Federal

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de Recursos, pelo acordio de f. 384,acolhido o primeiro recurso e a ape-login do Uniio Federal, pare o efei-to de julgar improcedente a agio doreivindicagio a procedento a agiopossessors.

0 voto do ilustre Relator, o Mi-nistro Hugo Auler, quo se estendepor 67 laudas, acha-se consubstancia-do nas seguintes ementes:

"Fortificagbes do Ezercito Nacio-nal. As areas interns a externas dosfortalezas , incluidas as circunvizi-nhangas dos fortificag6es , necessIriasit defesa militar, sompre estiveram noposse imemorial do Ministirio doGuerra , sera qualquer solugio de con-tinuidade, desde os tempos do ComaPortuguba, razio por que, mesmoqua estivessem compreendidas nasSesmarlas do antigo Senado do CA-more do Rio de Janeiro , tiveram, arespective propriedade consolidadapolo Reino de Portugal qua a trsns-mitiu i Coroa do Impario e, sucesei-vumente, a Uniio Federal. Dural,nio pfiblico Militar . 0 dominopablico militar compreende a ez-tensso radial do 15 (quints) bra-gas, contada dos ` limbos extremosdes fortificagoss, been como os terrends que, muito embom estejam naarea radial de 600 (seiscentas) bra-gas, sobre a qual incide apenas o di-reito real de servidio, bajam sido re-conbecidos como necessirioa d defe-sa militar a h seguranga nacional, des-do qua imemorialmente possuidos eutilizados pelo Ministario de Guer-ra e, definitivamente , incorporados soPatrim6nio do Uniio Federal, Inte-ligincia dos arts . 1? a 2.° doD. 24.515, do 30.6.34 . Servidio mi-litar. A legitimidade de propriedadeparticular na ettensio radial de 1320(mil, trezentos a vinte ) metros, emtorso des fortalezas , a qua determinao direito real de servidio militar,que, por sus natureaa , presmpie atitularidade do domino de um imo-vel encravado on zone de defesa na-cional, em poder de terceiro, 96bro oqual passe a recair aquile Gnus real.A ilegitimidade de propriedade par-ticular siesta qualquer ideia de ser-vid-ao pare der lugar so domino pfl-blico militar.

Comissao Demarcadora Mists. 0ato do GovGmo Provisorio qua homo-logou o Laudo do Comissio Demar-cadora Mista, criada pelo D. 24.515,de 33. 6.34, qua concluiu pelt nuli-dads todos os titulos de transferia-cia aparente do propriedade do bensdo domino pfiblico a incorporou osim6veis necess6rios a defesa militarso patrimonio nacional, oonstituiuum ato juridico perfeito qua o arti-go 18 dos Disposigoes TransitGriasdo Constituigio do 16 . 7.34, aprovou,ezcluindoo, been como os sous efei-tos, do apreciagio judicial.

Autoridade der coisa julgada mate-rial. Declarada a nulidade doe ti-tulos de transmissio aparente do pro-priedade de bens do Uniio Federal,atrav6s do sentenga proferida em pre-tfrita agio de reivindicagio, 6 opo-nivel a autoridade do coisa julgadamaterial ads terceiros que, n posi-gio do sucessores, muito embora niohajam intervindo sequels relagio dedireito pocessual , figuraram comp ad-quirentes dos mesmos bens dominiaisdo Estado. Bens Pablicos. Anterior-monte i vigincia do Cidigo Civil,em permitida a prescrigio aquisitivado bent do domino do Estado, porto quo constituissem rea extra com-mercirmr, razio por quo foi possivelit Coma do Impario a, posteriormon-te, A Uniio Federal, usucapir contrao Senado do Cimara do Rio do Ja-neiro ou a Municipalidade os ter-renos qua sempre estiveram na pos-se do Ministerio do Guerra pare finsdo defeea militar a de seguranga na-cional.

Usucapiio. Pods ser ergiida aqualquer tempo, em defesa oposta noagio de reivindicagio, a aquisigio depropriedede pale usucapiio que, umavet consolidada a invocada , se raves-to do retroatividade , reputando-soproprietario o possuidor desde o mo-menm em quo passou a Mercer aposse a nio do instants em quo ocor-reu o vencimento do prazo prescri-cional.

Alienagio a non domino. Desdequa o alienante a non domino nioobteve a legitfrnatio supervenient, re-presentada pale aquisigio posterior dodominio on pela ratificagio do legi-

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timo propriet4rio e poemidor, o do-mine continua no titularidade doveaas domdnm que, dessarte, tam odireito do manutenir-se na posse dores on do reivindic4-la de quern pre-tender usurpi-la on tenha cornetidoa usurpasio.

Inezistbncia dos Atos Juridieos. Ainexistbncia incide cobra t6das as con-vencues corn ausincia real de objeto,s6bre o ' impossivel jur "dico ou acoisa alheia, colebradas am o co-nbecimento do verae domimm, soqual assists, impreecritivelmente, odireito do arguir a inoponibilidade doneg6cio juridico aparente, cujo ins-trurnento, mesmo quo submetido ainscriyio on transcrisio, nio town c-pacidada pawn spegarr on corrigir asvicios a as deformac6a orginicas doato.

Registro P6blico . A presunsio dotitularidade do direito real, resultao-to do inscricio on de transcricio,6 tans tantum, admitindo prove emcontririo, quer so frets de adquirentede mA-M, quer se trate do adquiren-to do boa-M, pois gualquer urn de-queles atos formals nio purge o vi-cio do titulo , nom supra a faculdadedo disposicio . Interprotacio doe astigos 859 a 860 do C. Civil.

Continuidads do Registro. Niopods alegar a sou favor a presunciouric tantawn do art. 859 do C. Civ.,aquele qua obteve a transcricio dotitulo de trammnissio aparente de di-reito real sera qua Este registro imo-bili6rio reniltasse do uma cadeia cau-sal de transcric6es , no conformidadedo art. 244 do D. 4.857, de 9.11.39,corn a redacio qua the foi dada poloart. to do D. 5.318 , de 29.2.40.

Transcrisio. Inefic4cia . A trans-cricio 6 urn ato inexistente, sera a-pacidade pare produzir quaisquer efei-toe juridicos, deeds quo fundada emum titulo aparente de tranamissio dopropriedade do bens publicos cam quaa lei the permita a alienacio, pois,nesta hip6tese, a public tides do re-gistro 6 apagada pals inefici6ncia ab-solute do transcricio.

Litispendfincia. Agravo no auto doprocesso . Deeds qua a litispendbnciase destina a excluir acies para evi-tar o conflito ontre does decis6es

proferidas s6bre a mesma relacio dedireito material , mss a apensa4io dosdois processes , distribuidos so mesmoJuizo, determinou a unidade de pres-tacio jurisdicional , 6 do julgar-se pre-judicado o agravo no auto do processointerposto contra a deciaio quo nioconheceu do oxcecio".

Inconformado, recorre extraordina-riamente Manoel Ferreira Guiana-roes.

Fundado no letra a do anterior per-miasivo constitucional , alega o recor-rente haver o acbrdio reconido aten-tado contra a letra do lei federal, oDl. 1.763, do 10 . 11.39, desde quao eminente Relator, em sou veto,tudo fez pare demonstrar o "dominoe a posse imemoriais do Uniio Fe-deral" s6bre "as firms a as vizi-ahancas des fortificacbes, nelas pro-curando incluir, contra a prove dosautos, o im6vel reivindicando, con-fundindo limits de 15 braces, refe-ronte a plan domfnio, corn limitsdo 600 braces , referente a mona ser-vidio militar, corn o ignorer, ainda,o fato do as encontrar o imtvel, con-forms provado, abaixo de cota 80,fora, portanto , de Area considerada"nocerfiria a deface national", nost6rmos do citado D. 1.763.

Admitido o ap6lo polo despacho def. 401, subiram os autos , opinando, afinal, a douta Procuradoria-Geral doRep4blia polo nio conhecimento dorecurso, face so enunciado no Sdmiu-la 279.

Tenho como feito o relat6rio.

VOTG

O Sr. Ministro Barron Monteiro( Relator): - Sr. Presidents.

$ sabido quo, Na acio do reivin-diacio , dove o autor prover: 1.0) oson domino sbbre a Area reivindican-do; 2P) a poem injusta doe raw.

Na esp6cie, do leitura dos viriositem em qua se desdobra a ementado v. ac6rdio recorrido, a sintetisar,de modo preciso, o alentado voto doMinistro Hugo Auler, verifia-se quachegou S. lixcia . a conclusio quodemonstrado ficou son a non dominoa aquisicio do recorreate , nio condoinjusta , do outra perte, a posse do

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re s5bre o terreno questionado, desdeque as ireas internas a externas desfortalezas, incluidas as sues circunvi-zinhancas, sempre estiveram na posseimemorial do Ministerio do Guerra.

Como se vg, pure materia de fato,cujo reexame a vedado na instinciaextraordineria , consoante a Stimula279, invocada no parecer do doutaProcuradoria-Geral do Republica.

Assinale-se, ademais, que, em seuapilo, insurge-se o recorrente apenascontra determinados lances do votodo eminente Relator, deixando inata-cados verbs outros, postos em desta-que nos diversos items do ementa dov. a6rdio, entre outros, vd., o usu-capiio e a autoridade do coisa julgada.e esti expresso no Si mr/a 283 quo:

"E inadmissivet o recurso extraor-dinirio quando a decisio recorrida as-sents em mail do um fundamento su-ficiente e o recurso nio abrange to-dos 81es".

Ante o exposto , nao conheeo, preli-minarmente, do recurso extracrdinirio.

EXTRATO DA ATA

RE 60.854 - GB - Rel., Minis-tro Barros Monteiro. Recta. ManoelFerreira Guimaries (Adv. Laura Cowtinho Salazar). Recda. Unieo Fe-deral. ► 1

Decisio: Em decisio uninime, naoconheceram do recurso. Falararn, peloRecta., o Dr. Laura Coutinho Sale-zar, e, pale Uniio Federal, o DoutorOscar Correia Pine, Procurador-Geralde Republica, substituto.

Presidencia do Sr. Ministro La-fayette do Andrade. Presentee it ses-sao as Srs. Ministros Victor Nunes,Osvaldo Trigueiro, Djaci Falc-eo, Ra-phael de Barros Monteiro e o Dou-tor Oscar Correia Pina, Procurador-Geral da Republica, substituto.

Brarlia, 30 de abril do 1968. -Alberto Veronese Aguiar, Secretirio.

RECURSO EXTRAORDINARIO N. 01.119 - HG(Segunda Turma) 7,. 735

Relator: 0 Sr. Ministro Themistocles Cavalcanti . s .P'r+ 6T

Recorrente : Irmios Vasconcelos . Recorrida : Prefeitura Municipal de BeloHorizonte.

Tam do reinspegio do carne bovine a outran . Impdsto mu-nicipal. Nifo hi conflito com a tributacio federal . Agin fiscaliza-dora do municipio.

AC6RDAO RELAT6RIO

Vistos, relatedos a discutidos noautos acima identificados , acordam noMinistros do Supremo Tribunal Fe-deral, em Segunda Turma, no con-formidade de ate do julgamento edes notes taquigrificas , por unani-

midade do votos conhecer do recurso,mas the negar provimento.

Brasilia , 24 de abril de 1968. -Evandro Line a Silva, Presidents. -Thernistocles Cavalcanti, Relator,

O Sr. Ministro Themfstocles Caval-canti: - No despacho do ilustre

Presidente do Tribunal de Justice,recebendo o recurso, a f. 110, a ma-teria eeti be= esplanade:

"A Prefeitura Municipal de BeloHorizonte (Fazenda Municipal) ajui-zon acio executive fiscal pare co-branca do taxa de reinspecio do car-ne bovine, suing, toucinho, figado,lingoes, entradas em Belo Horizonte,provenientes de Pari do Minas, taxes

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devidas pole firma executed., notexercicios do 1957 a 1958, a coinbase no inciso V do Tabela de Pre-gas, anesada a L. 591, do 27.11.56,e apodada de inconstitucional par-que:

a) nio h6 prestagio de servigo;

b) criada do forma irregular, paranio diner clandestine , a tabela dePrague;

c) atribuindo a si pr6pria unoncompetincia de fiscelizagio sanitiria--voteriniria , quo the 6 defeso em leifederal e;

d) 0 tributo nio se ,char proviatono orgamento.

A contestagio entire o assunto emoito laudas, f. 12-23.

Saneado o processo, realized, a pe-ricia, coin perito 6nico, o piloto ree-ponde quo a Prefeitura do Belo Ho-rixonte nio dispie do tnstalagges parta reinspegio s coma nio hours pre-visio orgamentbria a conclui qua hAL. fed . 1.283, do 18.12 . 56, dispon-do s8bre o assunto a cm regulamen-to aprovado polo D. 30.961, de29.3.52, norm., ones aplicadas peltProfeitura Municipal do Belo Hori-zonte, m no Matadouro , conformsprescreve a regulmentagio de L.mun. 120, do 20 . 11.49, segio II,art. 152, a seguintes:

Pole sentenga do f. 4348, m susconclusio , julga a agio improeedente,par considerar inconstitucional a lei.

A exequents egrova, f. 49-53 asin oferecidas contra-raz8es , f. 55-56.HA o recurso or officio e o juiz, polodespacho de f. 61, mantim a de-cisio.

Em segunda inatincia , o Procuradorentite parecer, f. 65-66, considerandoo agravo de Prefeitura tardio a ex-tmpor8neo a quanta so recurso ofi-eial, reexamine o feito a conclui opi-nando pain licitude de tans munici-pal, me Palo nio provimento do re-cur, pelt falta de aparelhagm doPrefeitura a prestagio do servigo.

Sobrev6M o relat6rio , f. 67-8, Lon-go, incisive, minucioso, resume a contro-

857

vane coin seguranpa a fidedignidadepolo ac6rdio do f. 70.

A Cimino afeta no Tribunal Plenaa argiiuisio de inconatitucionalidade,Palo ac6rdo do f. 70.

0 Tribunal Piano, polo aresto def. 85-6, rejeita a arg0igio do incons-titucionalidade do inciso V de Tabelaanon & L. 591, de 27. 11.56, contraseta votos vencidos.

Contra ieae ac6rdio , quo nio aco-thou a inconatitucionalidade proclama-do em 1 a instincia , em tempo opor-tuno, 6 Palo executed, manifestadorecurso extraordinirio, f. 91-94, coinfundamento no art . 101, inc. III, le-tree a e c, de C. Federal.

Pala letra a, d r quo a longs aen-tanga reconhece a inconstitucionali-dode porque a taco nio foi cried, ex-pressamente em texto do lei, Hero totincluida em orgmento . Fare asaim, oart. 141, 0 34, do Carta Magna. Ain-do afirma que, so regularments cria-do, ofende o art . 6? de L . fed. 1.283e dace a detalbes do aresto quarto ainspegio a sue natureza 9 quo ,-sohouve prequestionmento, pois a son-tenga ficou apenas no aspecto de eu-sincia de previsio orgamentbria. Dis-corre m tome disco, f. 72.

Pala letra c, din qua se di prave-lincia a lei local a lei federal. Viiieon arts . 3.0 a CO quo dio competin-cis as secretariat do Estado a tmbbmquo a fianlizagiio sanitiria dos produ-too de origin animal 6 dita indistinta-mente, as pare produtos industrialize-dos on nio, a dai a inovagio no ac6r.dio.

Sunsets a legitimidede de lei fe-deral a cite a transcreve o art. 6.°do L. 1. 283, de 1956 , f. 92, quaproibe a duplicidade do fiscaliragio.Assevera qua a prevalincia do lei mu-nicipal i federal enseja o recurso ex-traordinirio, a ser apreciado polo Su-premo Tribunal Federal.

Impugnando o cabimento do recur-so extraordinirio, a Prefeitura do BeloHorizonte (Fazenda Pbblica Munici-pal) oferece as raa8ss de f. 96-100,

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dando, preliminarmente, os fundamen.tos do pr6prio acordio recorrido.

Pala letra c, diz quo nio chegou aentender o recurso . Naga a invasio doarea a fez sutileza de interpreter,-ao.Sustenta a constitucionalidade em lon-gos raciocinios a confronts tertos delei, f. 96-98 e, por filtimo, f. 99, res-salts qua nio as trata de bitributagioon bifiscalizafio.

Pala letra a, diz ter interpretado denova Tess de Fiscalizagio Sanitiria eTaw do Re- inspecio saniteria a negaa infra&io do art. 141, § 34, do C. Fe-deral.

Admito o apilo extreme pale tetra cdo permissive constituconal. Parece-me fora de duvida qua ocorreu a vul-neragio do Carte Magna , porque somunicipio A vedado legislar s6bre ma-teria de competencia tributiria doUniio, coma bem esclareceram os vo-tos vencidos dos eminentes Dese:nbar-badores Hel!o Costa a Harts Pereira,pronunciamentos qua constam des in-clusas notes taquigr4ficas.

Trata-se de was quaestio iuris, quadesafia a site apreciagio do InstinciaMaior a autoriza a via recursal eztra-ordinir'.a.

Don seguimento no recurso".

A douta Procuradoria-Geral daRepublica opinou polo provimento dorecurs, por set inconstitucional a tareem questio.

VOTO

0 Sr. Ministro Themistocles Carol.Conti (Relator): - A alega5io do quaa tare nio foi triads per lei nio estedemonstrada porque a L. 591, do1956, qua regulamentou a L. 120, de1949, previu expressamente a taw emquestio.

Rests a arguirio do qua se trata demateria regulada por lei federal a docompetencia do Uniio, por fdrga doart. 5.°, XV, letra a, do C.F. de1946, quando as refere 3 protesao edefesa de saude a regulamentado palaL. fed. 1.283, de 18.12.50 quo esta-belece a competencia do Ministerio de

Agricultura pare a fiscalizagio sanit4-rie dos produtos de origem animal.

Nio me parece qua ocorra a preten-dida inconstitucionalidade.

Primeiro porque, em as tratando de

tererao, no se splice o princip:o dobitributagio.

Segundo porque a Area em que epermitida a cobranga do taw nio terndelimitagio constitutional.

Terceiro porque o abate de came eo respective abastecimento esti no as-fare do competencia do Municipio, niopodendo a Uniio erercer a sue obrafiscalizadora s6bre o abastecimento docarne em todos no Municipios brasi-leiros.

Quo, sendo assim, legitima 4 a eggsfiscalizadora do Municipio e, portan-to, licita A a cobranga do uma tarecorrespondents.

A impropriedade do denominacao,por todos as motivos infeliz, tare do"reinspegio", nio modifica os termosdo questio.

Nio hi ofensa a Constituigio Fe-deral quo dove sex interpretada den-tro do realidade de am aplicagio enio spenas dos termos restritivos dosun let a.

Conhefo do recurso pela letra c, ethe nego provimento.

EXTRATO DA ATA

RE 61 . 119 - MG - Rel., Minis-tro Themistocles Cavalcanti . Recte.,Irmaos Vaaconcelos (Adv., EvendoElias Matos). Recda ., Prefeitura Mu-nicipal de Belo Horizonte (Adv., J.Milton Henrique).

Decisio : Conhecido , mas nio pro-

vide, uninimemente.

Presidencia do Sr. Ministro Evan-dro Lint a Silva . Presentes a sessioos Srs. Ministros Adalicio Nogueira,Aliomar Baleeiro , Adaucto Cardoso,Themistocles Cavalcanti e o Dr. Os-car Correia Pina, Procurador -Geral doRepublica, substituto.

Brasilia, 24 de abril de 1968. -Guy Milton Land, Secreterio.

R.T.J. 45 859

RECDRSO DXTRAORDINARIO N.° 61.190 - RJ

(Tribunal Pleno - Matdria Constitucional) SmI 773.2

Relator: 0 Sr. Ministro Carlos Thompson Flores.heals /9. 6,a

Recorrente : Unieo Federal . Recorrida ; Companhia Eletromecenica Celma.

Sangoee politicos me obrigaQ6ee fiscal,.Dude qua cornprometam a atividade profiasional do contri-

buinto, ainda qua, em debito corm a Fisco, ago inconstitrrcionaia.Aplicagao do art. 150, § 23, do C.F., ante o art. 1.° do DI. 5,

do 1937.Recurso nio conhecido.

ACORDAO

Vistos, relatedos a discutidos gatesautos, acordam os Ministros do Su-premo Tribunal Federal, em seseaopleniria, na conformidade do eta dojulgamento a das notes taquigrificas,par maioria do votos, no conhecerdo recurso.

Brasilia, 9 do maio de 1968. -Luiz Gallotti, Presidente .Thompson Flores, Relator.

RELAT6RIO

- Carlos

O Sr. Miniatro Thompson Flores:- Trata-se do conhecida nsateria, tan-tag vise. verseds nests C6rte - san-OOes politica. naa obrigagies fiacais.

2. A reeorrida, devedora de Pa-zenda Federal ficou privada de adqui-rir aelos de con umo, vendo obstruidao exercicio do sus atividade indus-trial.

Ajuizou , outgo, nundado de segu-ranga, resultendo vencedora em am-bas as instincias ordinaries.

Eztraordineriamente, r e c o r r e u aUnieo, invoando os permissivos desletras a e d do art. 101, 111, do C.F.de 1946.

0 recurso, admitido, ten regularprocessamento . 0 parecer do Procura-doria-Geral i polo canhecimento a pro-vimento.

Versando o debate terra de incons-titucionalidade, por esta razeo foi tra-zido no Plano.

E o relat6rio.

VOTO

0 Sr. Minietro Thompson Flores(Relator): - A respeito do matiriaji se formou nesta C6rte jurispru-dencia, atravas de virios julgados,dando como inconstitucional a ativi-dads fiscal que, corn as sang6es im-pastas, bloqueia a atividade profissionallicita do contribuinte.

Recentemente memo, em sessio ple-niria do 17 do abril ultimo, so serjulgado o RE 63 . 026, de Sao Paulo,do qual foi Relator o Ministro Ama-ral Santos, compacts meioria reafir-mou a tea. do inconstitudionalidade.

Embora tenha ponto de vista pro-prig dedusido em voto proferido nojulgamento rememorado , aceito a orien-tagio do Tribunal.

Em tais condigiies, tenho quo ditassang6es cooflitans cons a garantia aqua as refers o art. 150, § 23, doConstituigeo vigente, acolhendo, pois,a prejudicial de inconstitucionalidade.

Em conclueio, neo conhego do re-curoo em face dos precedemes quaderam como inconstitucionais as san-

95" E o men voto.

EXTRATO DA ATA

RE 61.190 - RJ -Rel., Minis-tro Thompson Flores. Recta., UnieoFederal. Recda., Companhia Eletro-mecenia Celma (Adv., Carlos JoseEssinger Schaefer).

Deciseo: Nio conhecido , coatra ovoto do Ministro Amaral Santos.

860 R .T.J. 45

Preside"ncia do Sr . Ministro LuisGallotti . Presentee a sessio as Senho-rea Ministros Thompson Flores, Ama-ral Santos , Themistocles Cavalcanti,Adaucto Cardoso , Djaci Falcio, Eloydo Roche , Aliomar Baleeiro , OswaldoTrigueiro , Adalicio Nogueira , EvandroLine, Hermes L`ma, Victor Nunes,

Gongalves de Oliveira a Lafayette deAndrade. Ausente, justificadamente, oSr. Ministro Raphael de Earros Mon-teiro.

Brasilia, 9 de maio de 1968. -

Alvaro Ferreira dos Santos, Vice-Dire-

tor-Geral.

RECDRSO EXTRAORDINARIO N.0 61.705 - SP

(Segunda Turma) X77, ?3.2.

Relator: 0 Sr. Ministro Themistocles Cavalcanti.1ud• j9.6.68

Recorrente: Zamprogna S.A. - Importagio, Comercio a Indastria. Re-corrido: Carmino Roggero.

Vigencia do D1. 4. Neo aplicaFao . Limits pare aumento dealuduel. Provimento pare eatabolecer teto pare alugueis.

AC6RDAO

Vistas , relatados a discutidos as au-tos acima identificedos, acordam osMinistros do Supremo Tribunal Fe-deral, am Segunda Turma , na confor-midade da eta do julgamento a desnotes taquigrafices, por unanimidadede votos , conhecer do recurso, der-Iheprovimento em parte, splicer o De-creto-lei oP 4, quanto a fizagio doteto.

Brasilia, 30 de abril de 1968. -Adaucto Lrcio Cardoso, Presidents. -Thernfstocles Cavalcanti, Relator.

RELAT6RIO

0 Sr. Ministro Thamistocles Caval-canti: - Fago man o despacho de f6-the 219, quo bem resumiu a hip6tese:

"Inconformada corn o ac6rdio qua,reformando i' senten4a de primeirainstincia, decretou a seu despejo acom:nou o eluguel arbitrado pelo Io-cador, par ester conforms as arts. 920e 1.196 do C . Civ., manifestou a lo-cat6ria recurso eztraordin6rio, consfundamento no art. 101, III , letra a,de C. Federal.

Sustenta a recorrente, qua; assim

decidindo, o acdrdio recorrido infrin-

giu os arts . 287 do C. Pr. Civ. a 3°,

paragrefo fnico, do D1 . 4, de 7 de fe-vereiro do corrente ano.

Houve impugnapio , argiiindo o re-corrido a sue inviabilidade.

0 recurso , entretanto , merece deferi-mento apenas em parte , on seja, emrelatio a fizagio do aluguel a ser pogoenquanto nio houver a outrage do im6-vel retomando.

Nio procede a alegacio do ofeasaao art. 287 do C. Pr. Civ. porquea questio do considerar a locarao dequo totem os autos como regida peloCddigo Civil a mataria qua nio com-ports mats qualquer discussio, nio sdem face da decisio proferida na agaorenovatOria intentada pale recorrente,como pale jurisprude"ncia firmeda poloSupremo antes mesmo do aparecimen-to do DI. 4, decreto Este qua colu-cionou de vez a questio.

Por cutro lado , se agiu acertada-mente o ac6rdio recorrido , 6 questiode aprec :agio do proves , como desejaa recorrente, o qua nio comporta 0recurso extraordin6rio.

Assim , pole, nio ha qua falar emofensa eo citado art. 287.

JS em relasio ao eluguel fi:ads, aquestio merece set apreciada polo Su-ptemo, parecendo mesmo ter havido aalegada infragio so art . 3..0, par6grato

R.T.J. 45 861

unico, do Dl. 4, quo ji estava em vi-gor so tempo do prolagio do ac6rdiiorecorrido a aplicIvel "nos processes emcurse", como expressamente declare oseu art. 11.

Em tail condiigSes, defiro o recurso,

qua dever6 set regularmente proces-

sado".

O ac6rdeo a do 13 . 5.66 e o DI. 4,de 7 de fevereiro do mesmo ono.

VOTO

O Sr. Minietro Themistooles Caval-canti ( Relator): - Conhego do re-curso porque, no realidade , o recursovisa a aplicagio do DI. 4.

it barn verdade que niio se negou aone viggncia mas deixou de se splicer,am mencioni-la sequer.

No m6rito, a sus apl!cagio a6 sejustifies embora opens pare estabe-lecer urn limits pare o aumento dealuguMs.

Disp6e, efetivamente , o par6gmfofinico do art. 3" do aludido Decreto--lei:

"Se, notificado , o looat4rio nio res-t tuir o pr6dio, pagar6 enquanto o ti-ver em sou poder , o aluguel qua o lo-cedor arbitrar, cujo valor meximo niopoder6, entretanto, exceder o valor da

de ac6rdo co moe indices fiezdos poloConselho National do Economia."

Ore, o arbitramento do aluguel j6foi feito, muito antes do decreto-lei.Aplico, entretanto, a lei nova ao esta-belecer o teto m6ximo pare a fixagiodo aluguel.

Dou provitnento, em parts, ebmentepars ease efeito, do estabelecer runteto pare os alugu6is arbitrados.

EXTRATO DA ATA

RE 61 . 705 - SP - Rol., Minis-tro Themistocles Cavalcanti . Recta.,Zamprogna S.A. - Importagio, Co-m6rcio a Industria (Adv., Celso F.de Queiroz Ferreira ). Recdo., Car-mino Roggero (Adv., Joaquim doSilva Pires).

Decisio: Conbeceu-se a deu-se pro-vimento em parts, splicer o Decreto--lei n.0 4, guanto h fixagio do teto.

Preside'ncia do Sr. Ministro Adauc-to L6cio Cardoso. Presents, a sessioos Srs . Ministroa Themietocles Ca-valcanti a Thompson Flores, convoca-do pare completer quormin, e o DoutorOscar Corrda Pins, Procurador-Geraldo Republica, substitute . Ausentes osSri. Ministros Evandro Lins, AdelicloNougeira a Aliomar Baleeiro.

corregio monethria do aluguel calcula- Brasilia, 30 do abril do 1968. -da a partir do inicio de"sse aluguel, Guy Milton Lang, SecretIrio.

RECURSO EXTRAORDINLRIO CRIMINAL N.' 61.906 - PA(Primeira Turma)

X33ern,Relator : 0 Sr. Ministro Raphael de Berms Monteiro .

Recorrente : Justiga P6blica . Recorrido : Joie Alves do Mote.

Apropriagio indibita. Em uma preatageo do contas do carterparticular a aimples alogageo do ume doe partes, do que, concorda,por considerd-las ezcessivas, corn as despeeas aprosentadas palsoutra, nio basta pare caracterizar o delito de apropriagio indebitado importincia quo eats dltima reteve consigo pare o respectivopagamento. Inexist6ncia do decisio in genre, man, a vista do casopatticular, revostido do caracterfaticas prdprias. Recurao oxtraor-dindrio nio conhecido.

ACORDAO meira Turma do Supremo Tribunal

Vistos, relatados a d scutidos gates Federal, no conformidade de eta doautos, acordam as Ministros do Pr1 julgamento a das notes taquigr6ficas,

862 R .T.J. 45

por unanintidade de votes, no conhe-cer do recurso.

Brasilia , 29 de abril do 1968. -Lafayette do Andrade, Presidents. -Raphael do Barros Monteiro, Relator.

F.ELAT6RIO

O Sr. Ministrq Barros Monteiro:- Sr. Presidents.

Bern resume o ac6rdio recorrido asfatos, nos seguintes termos:

"Entregando-se a rabulagem no ci-dade a comarca de Braganca onde, emjuizo a fora dale, atua nessa ativida-de, o apelanta foi procurado pelo ci-dadio Aluisio do Costa Leite, qua oencarregou do recobimento do impor-tancia de Cr$ 164. 000, devida porManoel Cust6dio do Silva, vulgo"Manu", aside do u na transacio doredes entre o credor a devedor.

Aceitando a incumbancia a no pro-p6sito de curnpri-la , o apelanta pro-curou por vdrias vizes o devedor, doquern recebeu , em parcelas, ........Cr$ 50. 000. Os restantas ...........Cr$ 114. 000, a pedido do pr6prio de-vedor , o acusado trabalhou per receberem Be16m, de urn ambulante a quemMenu, por sua vez venders as redescompradas de Aluisio do Costa Leite.Para tanto o apelanta, pessoalmente,on atrav6s de um sou irmio, SebastiaoMote, empreendeu diverse, viagens aesta capital , conseguindo recober doaludido ambulante Cr$ 32. 500 on di-nheiro a dale obtendo a devolucio do15 (quinze ) das redes negociadas, novalor de setenta a hum mil a quinhen-tea cruzeiros (Cr$ 71. 500). Somadasas dues importancias tem-se o totalde Cr$ 104.000 . 0 arnbulanto ficoua dever, elude, Cr$ 10.000.

0 apelanto , entio, charnou Aluisiodo Costa Leite pars prestar as contasdo dinheiro recebido, come de suaobrigacio , fazendo-o pale forma quase ve a f. 9 . Deduzidas as desppesesfeitas com viagens pan BelMm . fretese carretos , entregou-lhe o saldo doCr$ 84 . 700, sendo Cr$ 13.200 em di-nheiro e o restante repreoentado pelas15 redes j6 referidas , valendo ......Cr$ 71.500.

Aluisio do Costa Leite no so con-formou com essas contas e, dizendo-seludibriado a acusando o apelanta doapropriafiio ind6bita 4a importitnciacorrespondents as despesas apreaenta-daa, contra Ale formulou no DelegaciaPolicial do Braganca dando origem,assim, ao presents processo."

Denunciado, foi Joao Alves do Mots,processado, vindo, afinal, a ser conde-nado polo crime de apropriacio inde-bita, a cumprir a pens do um one doreclusio, substituida pela do detencio,mss as penes acess6rias, concedidos aAle, por6m, os beneficios do suspensiodaquela.

Inconformado, apelou Joio Alves doMote pare o eg . Tribunal do Justicedo Par6, cuja Primeira Camaro Pe-nal, pelo ac6rdeo de f . 51, per vote-cao unanime, den provimento ao re-curso, para o efeito de absolvS-lo, doac6rdo corn a seguinte ementa oficial:

"Apropriacio ind6bita. Em tunaprestecao de contas do cariter parti-cular a simples alegacio de name daspartes, de qua nio concorda , par con-sider6-las euessivas , com as despesasapresentadas pale outra , nio bastepars caracterizar o delito de apropria-cio ind6bita do importancia qua estaultima reteve consigo pare o respec-tivo pagamento. "

Irresignado , manifestou o MinistA-rio P6blieo daquele Estado o recursoeztraordin6rio de f. 53, em qua fun-dodo no letra a do anterior permissiveconstitutional , alega contrariedade aoart. 168 do C. Panel.

Admitido o apelo pelo despacho dof. 53, subinm as autos , opinando adents Procuradoria-Geral de Rep6bli-ca pelo nio conhecimento do recurso,on, so acaso conhecido Aste, pelo souprovirnento.

It o relat6rio.

VOTO

0 Sr. Ministro Banos Monteiro(Relator): - Sr. Presidents.

Beta adverts o parecer de ilustradaProcuradoria-Geral da Rop6blica o se-guinte:

R.T.J. 45

"0 v. aresto atacado nao decidiuin genera, senao quo o case particular,revestido do caracteristicas pr6prias.

Nao disse o v. julgado qua a apm-priagao indebita em geral s6 se palpa-biliza ap6s prestagao do conies emjuizo, mas quo, no caso, o delito s6 po-deria ocorrer noses circunstancia, poisqua admitindo as despesas, mas achan-do-as ezceesivas , cumpria d vitimapromover , no campo do Juizo Civil,per via do uma agao de prestagao deconies, a apuragao do seu exato mon-tante (f. 52)".

Per taia fun4'amentos, quo adotocomo raz6es do decidir , silo conhego

do recurso extraordinerio.

863

EXTRATO DA ATA

RECr 61.906 - PA - Rel., M"i-nistro Banos Montalto. Recta., Jus-tigs P6blica. Recdo., Joao Alves doMote (Adv., Otevio Sallee do Sousa).

Decisao: Nao conheceram do recur-so em docisao uninime.

Presidencia do Sr. Ministro Lafayet-to de Andrade. Presentee b sessao asSri. Ministros Victor Nunes, Osval-do Trigueiro, Djaci Falcao, Raphaelde Barros Monteiro e o Dr. OscarCorreia Pine, Procurador-Geral daRep6blica, aubstituto.

Brasilia, 29 de abril de 1968. -Alberto Veronese Aguiar, Secreterio.

RECURSO EXTRAORDINARIO N.' 61.973 - SP

(Segunda Turma)

Relator: 0 Sr. Ministro Themistocles Cavalcanti.

-733CA44ceo 77 00, 4 of

Recorrentes : Antonietta Tepermann Feffer a seu marido. Recorrido: HotelColumbia Ltda.

0 non prdprio a extensivo A sociedade de quo participa o pro-prietario . A mulher se equipara so marido pars ease ofeito. Pode,ter o proprietbrio, tambem, mais de can imdvel, antra as quais podsesco/her para a retomada. Provido a recurso.

ACORDAO

Vistos, relatados a discutidos as au-tos acima identificados , acordam asMinistros do Supremo Tribunal Fe-deral , em Segundo Turma, no confor-midade do ata do julgamento a dasnotes taquigraficas, pot unanimidadedo votes, conhecer do recurso a the darprovimento.

Brasilia, 12 de margo do 1968. -Evandm Lim a Silva, Presidente. -Themistocles Cavalcanti, Relator.

RELATORIO

0 Sr. Miniatro Themistocles Caval-canti: - Hotel Columbia Ltda. pro-p6s agao renovat6ria contra Antoniat-ta Teperman Feffer a son maridoLeon Feffer, alegando qua n locatIria

desde 1951 do predio onde as situa o

Hotel a onde o vem explorando, des-de o inicio da locagao . Que a 6ltimaprorrogagao termina em aetembro do1964.

Pleiteia nova locagao polo prego quaf6r arbitrado a vencimento fixado paresetembro do 1969.

Os reus alegam qua sao proprieta-rios das Sociedades "IndGstria de Pa-pel Leon Feffer S.A." a "Compa-nhia Suzano de Papal a Celulose" equa pretendem transferir pare o im6-vel aquelas sociedades a assim preten-dem a retomada core apoio na letra edo art . 8.0 do D. 24.IS0, de 1934, aomesmo tempo pleiteiam a revisao dovalor locative.

A contestag"ao 6, assim, alternative.

S64 R.T.J. 45

O juiz julgou a agio improcedenteporque se opoe ao pedido do ratoma-do, direito mais forte.

O Tribunal reformou a decisao putac6rdao de 25 . 6.65 porque a retoma-da 6 direito pr6prio a nio pods serinvocada em favor do dues sociedadesdo qua sio os rius acionistas. Nioexiste, no caao, use pr6prio do loea-dor maa de soc :edade de qua parti-cipa.

Determinou o Tribunal quo o juizjulgasse a cause polo mirito.

Foi interposto recurso extraordiniriocom fundamento nas tetras a, d, dopermissivo constitutional , alegando vio-lagio do letra do lei a conflito juris-prudencial.

VOTO

O Sr. Ministro Themistocles Caval-aenti (Relator): - Sinnente polo se.gundo fundamento adnitiria o recurso,a o fago tondo em vista os ac6rdiosmencionados a f. 288 a 290.

Don provimento no recurso porquea use pr6prio 6 extensive a sociedadede qua partkipa o proprletirio, o quanao deixa de ser pare use pr6prio 0fato de pretender n6le instalar socie-dade de quo 6 acionista a presidente.

O fato do ser propriedade do mu-Iher nao importa , nio s6 porque sincasados pale comunhio de bens, mssporque a exigfincia nio 6 essencial emface do jurisprudencia.

Neste sentido exists abundante ju-rispmdfincia qua atende , segundo meparece, a exigfincia primordial do re-tornado quo 6 a sinceridade do pedido(RE 56 . 696 - R .T.J. 40/430 -RE 59.925).

Conhego a dou provimento.

ADITAMENTO AO VOTO

O Sr. Ministro Themfstocles Caval-oanti ( Relator): - Quanto is obser-vag6es feitas pelo ilustre advogado do

recorrido , parece qua nao se pods exi-gir qua o proprietIrio abra min dosou direito de escolher o im6vel quomais the convenha pare transferir asociedade de qua 6 presidents. 0 fatodo ter file aunts im6veis, nao impor-ts, par si 96, em excluir a retomadano trio presents.

Asssim, conhego do recurso a Thedou provimento.

VOTO

O Sr. Ministro Aliomar Baleeiro:- Sr. Presidents, estou do acbrdo,segundo votes quo oroferi, nests Tur-ma, quo refletem t6das eases toses: usepr6prio, use pare sociedade a inexigi-bilidade do prove de necessidade.

E, as, per acaw, a recorrente esti-ver de mi-fi, pretendendo ludibriaro recorrido , hi aquela sancio quo alei prevfi : - a multa em proveito dolpcatirio a quo o juiz fixa do ,ntemao.

Conhero do recurw a the dou pro-vimento.

EXTRATO DA ATA

RE 61 . 973 - SP - Rel., Minis-tro Themistocles Cavalcanti . Rectos.,

Antonietta Tepermann Feffer a seumarido (Adv., Linneu do CamargoSchutzer). Recdo ., Hotel Columbia

Ltda. (Adv., Hon6rio Palma do Fon-

seca Jr.).

Decisio: Conhecido a provido, uni-nimemente . Falaram , polo recorrido, oDr. Virg :nio Natal Rossi , e, pelos re-correntes, o Dr. Ruben de BarrosBrizola.

Presidfincia do Sr. Ministro Even-dro Lins a Silva. Presentes as Senho-res Ministros Aliomar Baleeiro, Adauc-to Cardoso, Themistoclea Cavalcanti eo Dr. Oscar Correia Pina, Procurador-Geral do Repl(rblica, substituto. Li-cenciado, o Sr. Ministro Adalicio No-

gueira.

Brasilia , 12 de margo de 1968. -Guy Milton Lang, Secretirio.

R.T.J. 45 865

RECURSO EXTRAORDINARIO R' 62.260 SP f,mr .qSf(Terceira Turma) 9

Relator: O Sr . Ministro Hermes Lima. o' td

Recorrente : Mario Mezimo de Carvalho. Recorrida: Justice Publica.

Recurso extraordinirio criminal . Masson sem condenado an-terior pods set negado o sursis quando as antecedent" e a perso-nalidade do sentenciada detain motivo pars isso . Mas oomo regrageral. a negative do sursis deve tar por base qua a condenadotenha imp6sto pena privative do liberdade . No caso, o quo houvefoi molts anterior a isto an acarreta a negative do suspensio. Re-curso conhecido a provido.

AC6RDAOVistas a relatados gates autos, scar-

dam as Ministros do Supremo Tribu-nal Federal , em Terceira Turma, noconformidade do ate do julgamento edes notes taquigrificas , per unanimi-dads de votos, conhecer a prover orecurso.

Brasilia , 10 de main do 1968. -Gongalves do Oliveira , Presidente. -Hermes Lima, Relator.

RELAT6RIO

O Sr. Ministro Hermes Lima: -Mario Maximo de Cervalho , oficial doF6rga Publica do Eatado de Sao Paulo(capnio),. entio comandante de Ter-ceira Companhia Independents , sitiadoem Presidents Prudence , foi condenadoa seis mesas de detengio comp incursonos arts . 129,.caput (4 mesas) a 350( 2 meses ) do C. Penal.

A sentence (f. 305-314) negcu obeneficio do aurais porque o r6u agostands a requisito do- art . 57, I, doC. Pen., condenado qua foi anterior-mente ( f. 301-304 v.).

O crime de qua trata estes autosfoi cometido a 17.12 . 63, sendo a sen-tence condenat6ria de 14 . 3.66. 0cr me anterior referido (art. 147 doC. Pen .) foi praticado em 16.1.61,sendo a sentence condenat6ria de15.6.63 ( f. 301 . 303) impondo penade multa qua foi confirmada por ac6r-dio de 22.4.64.

A apelagio de f. 326-342 ago lo-grou ixito sendo confirmada por deci-sio uninime de Segunda Cimara Cri-minal do Tribunal de Algada de SicPaulo - ( f. 375.379), inclusive no qua

diz respeito a manutengio do nega-

tive do suspenseo do pens, (f. 379):

... Invoca o apelante seta acbrdiospare justificar sou pedido , procurandodemonstrar qua a condenagio anteriorpor multa ago constitui 6bice a conces-seo do beneficio de suspensio dopens . Tal tern sido realmente a orien-tagio dominants nests Tribunal a nes-ts Camara, mas sempre a exciusiva-mente quando as trate de condenagaoanterior por contravengao (qua 6 ahip6tese foealizada not julgados cita-dos pelo apelante ) a neo por crime,como no cam doe autos, a qua- neotern aplicageo a interpretagio contra-tin sensu do art59, I, parts final, doC. Penal."

Procurando apoio nee alineas a v 4,n° III do art . 101 de C . F. (Cartade 1946 ) 6 interposto recurso extra-ordinaXo , cam as raz6es de f. 382-388,objetivando a reforms do deciseo noponto qua negou o aurais.

A Procuradoria do Justiga do Estadopronuncia -se pale admiasio do recursoPalo alinea a, por nio ter sido apon-tado dissidio jurisprudencial qua justi-ficasse o permissivo de alines d (f6-lha 392).0 despacho de f. 394 -395 admits

o recurso extraordinerio pela alinea a,dizendo:

"No regime do C6digo Penal, a sue-penseo condicional do pens 6 revogadaquando o beneficiario 6 condenado"em razio do contravengeo pale qualtenha lido imposts pens privative deliberdade" (art. 59 , I, C. Pen.);quer isto signifleer qua a simplescondenagio em multa por contraveng-ao

866 R .T.J. 45

niio impede a concessio do beneficionem imports em cassacao do benefi-cio; irrecorrivelmente condenedo, pormotivo de contravencao, a pens quanao seja privative de liberdade" (arti-go 59, II, § 1 .0), a suspensao pods serrevogada on entio pode ser prorro-gado o periodo de prove (9 3.°).

Ora, se assim e, a condenacao ante-rior por contravencio, a pens. do mul-ti, nio dove servir, cpmo (mico fun-damento, Para a nio concessio do be-neficio aquele qua, pale primeira vez,e condenedo a Pena privative de liber-dade em razio de crime . A ordem rro-nolagica des condenacoes nao justif'cainterpretacio quo conflita aparentemen-to com o texto legal."

Pronunciando -se a f . 401-402, a Pro-

curadoria do Estado opine polo nonprovimento do recurso.

A douta Procuradoria aprova o na-recer de f . 406-407 qua conclui:

"Opinamos polo conhecimento a pro-vimento do apelo raro , face a jurispru.

dencia dessa Suprema Corte, quo ja

decidiu:

"Pena pecuni5ria anterior non im-pede a concessio de medida de sus-pensao do execucao decretada emprocesso posterior " (R.T. J. 34/20).

O qua se verifica a qua Foi indefe-rido o beneficio legal, isnicamente, porforce do condenacao anterior a Penapecunieria." a

E o relat6rio.

VOTO

O Sr. Ministro Hermes Lime (Re-

lator): - Conheco do recurso a ]he

dou provimento.Mesmo sera condenacao anterior

pods ser negado o sursis quando os an-tecedentes a a personalidade do sen-tenciado , os motivos a as circunetenciasdo crime nao autorizem a presuncao dequa no tornaria a delinquir (art. 57,II, do C. Panel).

Quando, entretanto, como no caso,a negative do sursis tem como untoapo'o condenacao anterior (art. 57.I), 6 de entender-se que tal condena-cao tenha imposto Pena privative deliberdade.

A pens de multa anterior nao acar-

rete a negative do suspensao.

E de acolher-se tal intorpretacaoapreciando -se q inc , I, do art. 57,juntamente com o disposto no inc. Ido art . 59; se a condenacao posteriora pena de multa nao revoga a sursis,nao nos parece comportavel o entendi-mento de qua condenacao de multaanterior o impossibilite.

VOTO

O Sr. Ministro Amoral Santos: -Sr. Presidents, sem embargo do rrda-cao do art. 59, I, do C. Pen., quapermitiria most outra interpretacio,acompanho o eminente Relator.

VOTO

O Sr. Ministro Thompson Flores:- Tambem interpreto em conjugacio,os arts . 57 a 59 do C . Pen., como afez o eminente Relator.

O art. 57 , I, atribuindo o benoficiode suspensao condicional do pena, es-tatui : "0 sentenciado nao haja sofrido,no Brasil on no estrangeiro , condone-cio per outro crime; on condenacao,no Brasil, por motivo de contraven-cad". Neese dispositivo , realmente, niohe nenhuma distincao entre multa epena privative do liberdade.

Mas o art . 59, I, quando trata dorevogacao clareia o pensamento do le-gislador a diz o seguinte : "E condone-do, por sentenca irrecorrivel em raziode crime, on de contravencap palequal tenha sido imposta pens privati-va de liberdade".

A multa, que originou a primeiracondenacao nao 6 impeditiva Para aconsecucio do beneficio do zuspensioconditional de pane.

Acompanho o eminente Relator.

VOTO

0 Sr. Ministro Gonsalves de Oli-veira ( Presidents): - Men voto tam-bem a no mesmo sentido . Assim voteirelatando virios recursos extraordine-rios nests Tribunal.

Devo assinalar que no mesma linhefoi a dec ' sao pleniria no RE 56.308de 12 . 10.64, como tambem no HC40:823, sessao de 17. 9.64 0 'emi-

R.T.J. 45

nente Ministro Eloy da Roche relatouo HC 43.731, seguindo a masons orien-tacio.

Corn eases consideracoes, invocandoa jurisprudencia, estou de ac6rdo corno eminente Relator.

EXTRATO DA ATA

RE 62 . 260 - SP - Eel., Minis-tro Hernias time. Recte ., WHOMaximo de Carvalho (Adv., Jose deSiqueira Cavalcanti). Recda ., Justice Brasilia , 10 de main de 1968. -P6blica. Guy Milton Long, Secret5rio de Turma.

RECURSO EXTRAORDINARIO R.• 62.352 - MG(Primneira Turma)

Relator : 0 Sr. Miniatro Adaucto Cardoso.

Recorrente : Ivone Soarea Chaves Faris . Recorrida: Guiomar Scores doCunha.

Inventario - Ramosio do inventariante . E cabfvel o agravodo imttumento de decisio qua nega a renasio do inventarianta,per isso qua dove sor igual o tratamento antra a decisio qua o no-mein a a qua o conserve . Recurso provido.

AC6RDAa

Vistos, relatados a discutidos Ssteaautos, acordam as Miniatros do Pri-meira Tama do Supremo TribunalFederal, no conformidade do eta dojulgamento a das notes tequ 'graficas,por unanimidade de votoa, conhecordo recurw e, por maioria , the der pro-vimento, nos termoa do veto do Re-lator.

Brasilia, 16 do main de 1967. -A. C. Lafayette de Andrade, Preei-dente . - Adaucto Cardoso, Relator.

PELAT6RIO

O Sr. Ministro Adaucto Cardoso:- 0 recorrente , em processo de in-ventario no Comerca de GovernadorValadares , pediu a remosio do inven-tavante.

O juiz indeferiu . Houve agrava deinstrumento pare o Tribunal mineiroe one Ia Climate Civet nio conhe-ceu do recurw, entendendo neo aercaw 461e .. Interposto , recurso extreor-dinario corn fundamento no Iotre ddo permiaalvo conetitvcional a por, can-

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Decisio: Conbecido a provide. De-cisio unanime.

Presidencia do Sr, Ministro Gon-salves do Oliveira. Presentes it sessaoos Sm. Ministros Hermes Lime, Ama-ral Santos, Thompson Flores a o Dou-tor Oscar Correia Pine, Procurador-Geral do Republica, substituto. Au-sente, justificadamente, o Sr. Minis-tro Eloy do Roche.

trariar a jur :sprudencia do SupremoTribunal Federal quanto a interpreta-sao do art. 842, inc. VII, do C. Pr.Civil. Dois ac6rdeos sio `razidos comoevid "encia do diseidio . Um no RE9.885 de 30 . 1.47, relator o MinistroAnibal Freire ac6rdio uninime do 1.Turma, cuja ementa no a citada pelorecorrente . E outro, do 25.7.49, noRE 15.272.

A o relat6rio.

VOTO

0 Sr. Miniatro Adaucto Cardoso(Relator): - Conheso pale Istra d,admitindo a divergancia . E dou pro-vimento pare mender qua o Tribunala quo conhesa do agravo do instru-mento a the julgue o merito. Comobern ponders Candido Naves (in LeinStarl ' ng, Inventerioa a Partilhas, 260):"nao he raxio qua justifique desigualtratamento antra a decisio qua nomelao inventar°ante a a qua o conserve".Mao conv6m aos interesses do Justisaqua fique in contreste on revisio doinatancia, superior sto do, do grandeereflews a6bre o interdase das,partes.

868 R ,T:J. 45

VOTO

0 Sr. Ministro Djaci Fa/coo: -Data venia do eminente Relator, co-nheSo do recurso a the nego provi-mento, a vista do disposigao insertsno inc . 1? do art . 842 do C. Pr.Civ., qua instituiu o agravo de instru-mento too-s6 pare a hip6tese de deci-s6es : "VII, qua nomeearm on destitui-rem inventariante , tutor, curador, tes-tamenteiro on liquidante."

Tram-se de recurso , materia do in-terpretatao restrita; havendo no emi-merafao des hip6teses qua enseiam oagravo do instrumento , o aarato limitsde ertensao desta especie do recurso.

VOTO

O Sr. Ministro Victor Nimes: -Tenho note de um julgamento do Ple-nerio, nos Embargos 42 .479 (10.4.61),its qua foi relator o Sr. Ministro Gon-calves de Oliveira , no qual mantivemosdeciseo do 1' Turns , qua mandou ad-mitir agravo de instrumento do deciseoqua manteve 0 inventariante. 0 casotinha uma peculiar'dade, porque o juizhavia reconsiderado o despacho qua

Do qualquer modo, demos o agravo,c foram lair brados no ocaeiao outrosjulgados em igual sentido

Tenho lembransa de qua, posterior-mente, decidimos em sentido contre-rio. Como nao estou documentada aiisse respeito , observe, o julgado, quaecabo de referir , a acompanho o Se-nhor Ministro Relator , pare conhecerdo recurso a dar-Ihe orwimente.

DECISAO

Como consa do are, a deciseo foia seguinte : Conheceram do tecursounanimemente e, contra os votos dosMinistros Djaci Falcao a Or aldo Tri-gueiro, derasn provimento.

Presidencia do Ezmo. Sr. MinistroLafayette de Andrada. Relator, o Ez-celentissimo Sr. Ministro Adaucto Car-doso. Tomarem parts no julgamentoos Esmos . Srd. Ministroa AdauctoCardoso, Djaci Falcao, Oswaldo Tri-gueiro, Victor Nunes a Lafayette deAndrade.

destituira o inventariante, a "to cir- Brasilia, 16 do main de 1967. -

cunstancia foi assimilada polo Relator Alberto Veronese Aguiar,.SecretAtio de

a nova nomeacao do inventarianta . Turma.

RECURSO EXTRAORDINARIO N.' 63.553 - GBT(Primeiraurma) p---/ 7 Q^ p

Relator : 0 Sr. Ministro Raphael de Barros Monteiro . flclc(47'r+ G^7

Recorrentes : 1) Instituto de Previdencia do Estado do Guanabara. 2) Es-tado do Guanabara . Recorridos : Maria de Lourdes Alves a outros.

Servidor plblico demitido ilegalrnente . Ause"ncia de preques-tionamento relatiuamente A alegagio de contrariedade so principiode irretroatividade des leis . Ilegalidade do demisseo, a tornar ca-rente do significacao a eristencia , ou the, do estabilidade . Recur"ertraordin&rio the conhecido.

AC6RDAO

Visits, relatados a d:scutidos estesautos acordam os Ministros do Pri-meria Turma do Supremo TribunalFederal, no conformidede do ate dojulgamento e dos notes taquigreficas,

-por unanimidade do votos, the conbe-ter dos recursos..

Brasilia , em 16 do abril de 1968.- Victor Nunes Leal, Presidents. -Raphael do Barros Monteiro, Relator.

RELAT6RIO

0 Sr. Minis" Raphael do BarrosMonteiro: - Sr. Presidents.

Trata-se do asao intentada per Ma-ria de Lourdes Alves a sous filhos,con-

R.T.J. 45

tre 0 Estado do Guanabara e o Insti-tuto de Previde"ncia do memo Estado,visendo a anular a demiasi o do servidorRoberto Cindido Alva, sep6so a paldos aurora, corn a -condenagio do;r6us a pager-1hes a pensio devida. apartir do sou falecimento, corn ascustas a honoriirios advocaticios.

Alega a initial quo Roberto Candi-do Alves foi demitido par abandon doservigo, ere urn psicopata, qua esliveinternado no Hospital Pedro II a foidepois transferido pare a Col6nia Ju-liano Moraine, onde, em 1949, softeno diagn6stico:

"Alcoolismo, delirium tremens, per-sonalidade paicopatica . Trabalhava odo cujus em periodos de aparente me-Ihora, mas voltava so Hospital, quen-do sobrevinham as crises, inclusive ap6sa sue demissio . Dai a ilegalidado doato demissionerio , vista tratar-se deurn dome - mental."

Contestaram os rem; a agio, suaci-tando preliminare a sustentando, domeritis, ser inatacavel o ato porque oservidor, apesar de mmsalista o nioestivel, s6 foi dispensado par abando-n de servigo, ocorrido em 1956.

E o sou falecimenta verificou-se am1961 , am quo nenhuma provid"enciafosse tomada pales ^nteressados.

A sentenga de 1. 89 a seguintes,ap6s afastar as preliminary o do as.sentar qua era o aervidor nm doslt9mental, assim as referiu i alegagiode ago set Ale estavel:

"0 fate amts de significegeo par-qua a demiss io do servidor se proces-sou sob o fundamento do abandono doaerv:go . 0 ato administrativo esti vin-culado a Asse fato quo A de ser descon-siderado, em vi. tide de so tratar doum doente mental, absolutamente in-capes, contra que .o nio se poderia im-por as sujeigBas pretendidas polo Es-tado . A one damissao 6, portanto, ile-gal. 0 Estado nio pode, ia alegar des-conhecer a situagio do saude do seuservidor porque foi advertido (fd-lbs 56 ) mas dispensou-se de averi-guar a • respeito."

Decretadar pois, a procedencia doagio, apelarem ce vencidos, mas,.s mbite, pois o ne6rdio do f . 114 negou

869

provimento aos recursos , pare -confir-mar, par taus fundamentos , `a senten-ga apelada-. Este a emente daquelejulgado:

"Funcionirio publico demitido ilegal-mente. Procedencia de agiq visandoa decretagio do nulidade do ato. Can-firmagio do sentenga apelada."

Ainda irresignados manifestaram oIrstituto de Previdencie a 0 .Estadoon Guanabara s rocuraos extraordma-rios de f . 116 a 147, admitidos polodespacho de f. 164, nos seguintes tir-mos, em sua parts util:

"0 primeiro recorrente, corn funda-mento no letra a, do art . 101, III, deC.F., sustenta ester caracterizada "ainfragio do principio constitutional doiitetroatividade des leis contido naLei de Introdugao so C6digo Civil (ar-tigos 2.° a 6.°) a no pr6pria C.F.(art. 141, § 3°), eis qua a ac6rdaorecorrido determinou qua a L. 276,do 28 .12.62, fosse aplicada retroati-vamente pare regulamentar direitosdecorrentes de urns morte ocorrida an-te da sue viginciat ' (f. 117-8).

5. 0 Estado do Guanabara , par soulado , corn amparo nay alines a a d.do permissive constitutional, alege quoa decisio recorrida vulnerou as arti-gos 188 a pardgrafo unto, a 191, in-ciao I, de C .F., alAm do se colocatem franca divergincia corn outresac6rdioa inclusive do S.T.F. ninevez quo a hip6tese dos autos A releti-va a servidor mensalista , earn a extabi-lidade assegurada pale ConstituigioFederal a cuja aposentedoria foi de-cretada pale aentenga.

6. 0 parecer do eminente Procura-dor-Geral do Justiga, Dr. ArnoldoWald, A pale admi,sio de ambos carecursoe pare possibilitar o pronuncia-mento do Colendo Supremo TribunalFederal.

7. Realmente, foi admitida a apli-agio retroativa do lei a he divcrgin-cia jurisprudencial , ume vex quo setesta do servidor mesalista, donde aconclusiq no amtido de deferir ambosas recgtsoo , nos:t&mos do parecer dof. Prossiga-se."

870 R .T.J. 45

Subindo as autos , oficiou-se no pro-cesso i douta Procuradoria-09M asRepublica , opinando no sentido do naoconhec '.mento dos recursos, on, is ace-so conhecidos istes , polo sou nio pro-vimento.

1s o relat6rio.

VOTO

O Sr. Ministro Barron Monteiro(Relator): - Sr. Presidents:

0 meu voto, entretanto , de ac6rdocorn aquile parecer , neo conhece deambos os recursos.

E qua, realmentg , acirca do alega-gio de haver o ac6rdio contrariado 0principio de irretroatividade dos leis,a ause"ncia de prequestionamento a reo-peito impede seja a matron, objeto dorecurso extraordinfirio ( tulas 282e 356).

E, sabre a argiiigio de infringiniados arts . 188 a parfigrafo (nice, a 191.I, do anterior Lei Magna , hem ponde-r, o parecer do Dr . Procurador-Geralde Republica , qua a eriatincie on nio,no caso, de estabilidade carece de sig-nificagio , por haver o ac6rdao recor-rido apreciado o julgado esp6cie unicae especial , em que a demissio do ser-vidor se processors sob o fundarrentode abandono de servigo . "Tratava-se,entretanto", prossegue o aludido pa-

RECURSO EXTRAORDINARIO N' 63.836 - RS,

(Se nd T rulna)u

recer, "de um doente mental, absolute-mente incapas, contra quern nio sopoderia impor as sujeig5ea pretendidaspelo Estado. Ao set instaurado inqu6-rito administrativo, por abandon deservigo. o on recorrido estava interns-do em estabelecimento psiquifitrico. Ademisaio era, assim, Hegel."

Ante o exposto, nio conhego, comej6 adiantei, do recurso extraordinirio.

EXTRATO DA ATA

RE 63 . 553 - GB - Rel., Minis.tro Barros Monteiro . 1° Recta., Ins-tituto de Previdincia do Estado doGuanabara (Adv., Thales Calmon doAguiar). 2.° Recte ., Estado da Gun-nabara (Adv., Reynaldo de MattosReis). Recdos ., Maria de Lourdes Al.ves a outros (Adv., Cesar A. Gon-calves Pereira).

Decisio : Nio conheceram , uninime-mente.

Presidinc`a do Sr . Ministro VictorNunes . Presentes it sessio , os Senho-res Ministros Raphael de Barros Mon-teiro, Djaci Falcio, Oswaldo Trigueiroe o Dr . Oscar Correia Pina . Procure-dor-Geral do Rep6blica , substituto.Ausente, justificadamente , o Sr. Mi-nistm Lafayette de Andrade.

Brasilia , 16 do abril do 1968. -Alberto Veronese Aguiar, 9ecretirio.

t ^^^g a

Relator: 0 Sr . Ministro Themistocles Cavalcanti.

Recorrente : Anoel Borges do Silveira . Recorrida : Prefeitura Municipal

de Soledade.

Abastecimento de carne . Compet6acia do Municfpio pars derV e concessio. Encampagio . Resciaeo do contrato. Conhecimento a

}ry"rovimento do recurso extraordinerio.

ACORDAO deral , em Segunda Turma, no confor-

Vistos, relamdos a discutidos oe au- audade do ate do julgamento a doenotes taquigrificas , pot unanimidade

tos acima identificados,. stardom os do votos, conhecer do recurso , meq the

Ministros do Supremo Tribunal Fs... negar provimento ..

R.T.J, 45

Brasilia, 7 do main do 1968. -Evandro Lim a Silva , Presidents. -Themfstocles Cavalcanti, Relator.

RELAT6RIO

0 Sr. Ministro Thernistocles Caval-canti: - 0 rernrrente prop6s acao or-dinfiria contra a Profeitura Municipaldo Soledade, postulando a rescisio docontrato realizado coat a re, Paraabastecimento de came, corn oorrlas edanos , porque a rescisio unilateral docontrato de concessio f6ra faits, unila-teralmente , o qua constitui procedi-mento ilegal do recorrida, re no acio.

Qua a autora, paro atender ilquelaconcessao, adquirira matadouro a fi-zera grandee despesas.

Qua a contrato foi de 1.1.64 e oseu prazo de trios anon.

Mae eat 6 do outubro sobrevieracadois atos, o qua liberou . a fornecimen-to e a matenca de gado e o qua res-cindiu a contrato antra o autor e ar6, qua causaram so autor prejuizodo circa do Cr$ 20. 000.000.

A r6 defendeu-se alegando quo oautor nao gastara o qua alega, quefornecia came do mfi qualidade, erafaltoso no fomecimento a qua assinoutarmo do rescisao contratual.

O autor em replica invoca a roper'cussio politico do rescisio, a qua amount f6ra decidida seat ampero eminqu6rito pare epurar a falta do tutor.

Volta a r6 a explicar qua polo con-treto , a autor jfi estava devidamentehabilitado a prestar o aervico conce-dido a possuia instalacio adequada;iuntou o tarmo de rescisio aceito poloautor (f. 43).

O juiz julgou a acio improcedentea f. 356, per nio se configurar nocaso, a concessio do servico pfiblicq

A Municipalidade atribuiu a concessio so autor own concorrencia, dopois do encampar o servico dos particulares (f. 25), dodo o son desin,ter6sse em sarvir a populacio, pollslei de 15.6.64. Na meuoa data foifeito a contrato coat a -tutor (f. 24),

871

Considerou mail a sentenca qua oautor ji era picador de, came a possuiamatadouro , so auinar a concessao.

Qua o Estedo tam o poder de re-vogar as concess6es , nio podendo ojudiciIrio examiner a conveniencia doato.

Qua nao houve prejuizo, porquetamb6m nao houve resgate, neat en-campagao.

0 Tribunal a f. 425 confirmou asentence , coca a seguinte ementa:

"Anulacio do concessio . ServicoP6bl:co. Abate a comercializacio dogado . Nan constitui service p6blicoabate a comercializacio do gado. APrefeitura Municipal nao teat compe-t6ncia Para monopolizer on concederexclusividade no abate a comerciali-zacio do gado , polo tal atividade ca-racterizaria intervencionismo no do-minio econ6mico , de exclusive compe-tincia do Uniio Federal. 0 ate admi-nistrativo eivado de nulidade, como aconcessio outorgada polo MunicipioPara fornecimento exclusivo do camepar urn particular, pods ter anuladopole pr6pria Administracio, indepen-dentemente de previo procedimentojudicial."

Deese decisio foi interposto recursextraordinfirio , coat fundaments neeletras d e c do art. 114. III, da Cons-tituicio vigents.

Tres conic base do controvirsia ju-risprudencial o ac6rdao publicado noR.D.A. 59/279.

Qua reconhece na outorga do certosserviros pelos municipios toe parti-culares o cantor de "csncessao", atri-buindo privllegio quo nio se corn.preende como monopblio.

Quo a compet6ncia pare dispor s6-bre a concessio 6 do Camera Mu-nicipal.

0 ilustre presidents do Tribunal ad-mitiu o recurso, porque a ac6rdbo def. 425 admitiu quo s,6 a Uniio podsintervir no domino econ6miro, e exis-ts ac6rdio em 'contrfirio quo permitsns Municipalidades conceder sotvico doabastee)metto de cares.

872 R .T.J. 45

VOTO

0 Sr. Ministro Themistocles Cavel-canti (Relator): - Os presentes au-tos suscitam algumas teses de direitoadministrativo, alias, mal versadas, cornafirmag&es qua egridem a doutrina fir-made em torso dosses tames.

Nao rests duvida qua pode a Mu-nicipalidade conceder servigos pabli-cos, qua The cabem explorer duetarnen-

te. Um dales 6 o abastecimento decarne a populagao, qua tern lido obje-to de estudos no Brasil a no estran-geiro, prevalecendo a doutrina de qua

se trata de servigo municipal.

Frequentemente as proprias Prefeitu-Tas tern metadouro proprio a ese-cutam diretamente o servigo.

Quanto a saber se 6 urn servigo pu-blico, tern a doutrina as firmado nosentido de fixer o conceito do servigopublico em fungao do momento, dascircunstfincias a de politics geral doentidade publico , 0 leite no Brasilja foi elevado a categoria de servigopublico e, nao raro , a extensao desseconceito se estende a outros servigoscomo o funerario , do transportes, etc.

Fez mais de cingiienta anos qua 0Professor Duguit afirmava essa relati-videde do conceito , seguido por Jeze,Blondeau, Fleiner , Bielsa a mais recen-temente por Waline a Laubadare (verNosso Corso de Direito Adnilnistrativo,8.a edigao, n. 242 a legs.)

Neo he , pois, duvida qua se iratede servigo publico, a qua o contratode f. 24 atribuiu a sua exploragao aparticular, nao como o monopolio quatern um sentido economico qua abran-ge uma atividade econ8mica , com eli-minagao de concorrancia, rnas pareuser de uma expresseo consagrada emnosso direito administrativo , cum pri-vilegio erclusivo , qua elirnina a con-correncia , nao de uma atividade eco-nomics maa de um servigo publico,como o derrronstrou exauativamente nomonografia elaborada por Rui Barbo-so em parecer Pam a CompanhiaLight and Power do Rio de Janeiro.

Caracteriza-se a concessio sb por

cause do privilegio, porque, dodo a

prazo curto de 3 ands , se enquadra-r.a melhor no simples autorizagao.

Para atribuir an actor o servigo foi"encampada" a ativid(ade particular,diz a lei municipal . Como? E quais?Nan explicam as autos, o qua luva aatribuir-se a expresseo usada, sentidoerroneo on inadequado . Encampagaopressupoe a incorporagao de urn ser-vigo so Estado. 0 quo se pretendeufoi fazer cessar a iniciativa privadePara atribuir somente so auto: a ex-ploragao do servigo.

Parece, portanto , qua a lei spansmandou atribuir a quern possuisse asinstalagoes a servigos adequados, a ex-ploragao do abastecimento de carne noMunicipio . E a lei ja vinha com en-derego certo porque, prornulgada em1.0 de junho , no mesmo dia , era assi-nado o contrato com o autor quo jaso achava em condigbes de explorar o

servigo.Mas, segundo parece, asses condi-

gooes nao exam setisfatorias , pois qua,poucos mesas depois , era rescindido ocontrato, com pleno assentimento doactor e a pedido de Comissao do Pre-gos a f. 42,

Nao ha como discutir a legalidadodo rescisao do contrato porque, comose ve polo documento do f. 43 . ale foi

realizade do comma acordo com o

autor.Como se ve, a debate judicial cai

no vazio, por falta de obieta. de mo-mento qua os tames versados no pro-

cesso nao conduzem a pretensao do

autor.0 objeto do recprso 6 se a Munici-

palidade podia der a concessiio.

A resposta a afirmativa. 0 qua

pretends o autor 6 rescindir um con-trato, com cuja rescisaa file proprio

concordou, em documento nos autos.

Se a devida indenizagao no foiobjeto do recurso porque nenhuma de-cisio mencionada se refere a questao.

Conhego a nego provimento an re-

curso.

VOTO

0 Sr. Ministro Aliomar Baleeiro:- Sr. Presidente, estou de inteiro

R.T.J. 45

acordo corn o Relator. Acho que omunicipio pods dar em concesseo oabastecimento de came, de leite, etc.,vorque, a men ver, We pods assumira distribuiceo desses alimentos essen-ctais a populacao.

Nos fins do seculo passado ate co-meco deste, houve urn movirnento, ini-c!ado no Europa, partindo do Ingle-tera, do Franca a de Italia , pare o quese chamou , no epoca , de "monopoliza-cao dos servicos publicos", qua corn-preendia neo so o abastecimento decame a de leite, mas, tembam , servi-cos funerdrios, fornecimento do poise,farmacias, etc. A materia foi objetode monografias do ponto de vista eco-n8mico, de Montemartini, a creio que,no Argentina , corn Muriati, do pontode vista juridico.

873

EXTRATO DA ATA

RE 63 . 836 - RS - Rel., Minis-tro Thernistocles Cavalcanti. Recte..Anoel Borges do Silveira (Adv., Ser-gio Amaral Bento ). Recda ., Prefei-tura Municipal de Soledade (Adv.,Trajano P6rto Cardoso).

Decisao: Conhecido, mss neo pro-vido, unenimemente.

Presidencia do Sr . Ministro Evan-dro Line a Silva . Presentes a sesseoos Srs . Ministros Adalicio Nogueira,Aliomar Baleeiro, Adaucto Cardoso,Themistocles Cavalcanti e o Dr. Os-car Correia Pins, procuradoi-Geral deRepublica, substituto.

Brasilia, 7 de maio do 1968. -Guy Milton Lang, Secretario.

INDICE ALFABETICO

A

Adm Abandon de servigo (...) Fvncionalianw . RE 63 .553 RTJ45/868

Adm Abastecimento (...) Conceasio do sorvigo pl+blico. RE 63.836RTJ 45/870

Adm Abono de permanencia (...) Magistrado . MS 15 .144 RTJ45/353

Adm Abono provis6rio (...) Foncionalismo . RE 58 .848 RTJ 45/135

Adm Abono provis6rio (...) Vantagem . RMS 11 .722 RTJ 45/79

PPn Absordo (...) Concorso de crimes . RE 63.440 RTJ 45/494

•Ct Abuso de poder econ8mico (...) Liberdade de oornercio.RMS 18.281 RTJ 45/606

PrCv Ado cominatdria. Prestagao de contas. Contrato de compra evenda. RE 63.264 RTJ 45/273

6 yrttr Agio cominatdria . Prestado de contas . Fosse do procediment.RE 38 .064 RTJ 45/671

PrCv Agio do desapropriagio ( 6mbito). RE 48 .882 RTJ 45/55

YrCv Agio do desapropriagio. Corregao monetiiria . Aplicagao em2' instencia . RE 63.329 RTJ 45/334

^PrCv Agin do dosapropriagio. Corregao monetiria. Segundo instancia.RE 63 .268 RTJ 45Z79 5, RE 63 .343 RTJ 45/490

'PtCv Agao do despe)o . Parceria agricola . RE 63 .225 RTJ 45/488

PrPn Agio penal . Crime praticado por ex-Prefeito . Prestagao de con-tas. RE 62 .502 RTJ 45/415

PrPn Ado penal pdblica. Casamento do ofendida . SGmula 388.RE 60 .266 RTJ 45/398

PrPn Agio penal publica. Representagao . Decadencia (fato n6vo).

RE 63 .705 RTJ 45/351

PrCv Ado possesdria. Excegio de domino. RE 31 .329 RTJ 45/372

PrCv Agio possesadria . Reintegrado (requisitos ). RE 62 .685 RTJ45/62

PrPn Ado privada (...) Decadencia . RE 61 .488 RTJ 45/480

ttrPz Agio p6blica. Miserabilidede (prove ). RHC 45.198 RTJ 45/778

876 'Aga-Ado - R.T.J. - 'u, DICE u ADETICO

• PrCv Agin reivindicatdria ( requisitos ). RE 60.854 RTJ 45/852

PrCv Agiio renovat6ria do locageo . Arbitramento do aluguel. Corre-gao monet&ria . RE 61 .166 RTJ 45/179

PrCv Agao rescistiria. Dec:seo denegat6ria de seguranse . Car6ncia do-

PrSTF agio. AR 725 RTJ 45/69

• PrCv Agiio rescisoria. Interpretagao contibvertida. AR 649 RTJ45/808

• PrCv Agdo rescisuria . Ofensa literala lei . AR 704 RTJ 45/752

PrCv Agao revision[ do aluguel . Arbitramento do aluguel ( vigencia)-Sunlola 180. RE 62 .624 RTJ 45/417

Adm Acesso por antig0idade (...) Ministerio Pthblico . RMS 18.595•RTJ 45/768

Trbt Acess6es (...) Imp6sto do tranamissao "inter vivos". RE 61.814RTJ 45/190

Cv Acidente de autom6vel (...) Responsabilidade civil. RE 57.505RTJ 45/115

PrCv Acidente £ermvisrio (...) Compet6ncia . ARE 64.590 RTJ45/635

TrAc Acidente do trabalho . Auzilio-doenga . Reverseo do indenizagao-RE 61. 287 RTJ 45/258

TrAc Acidente do trabalho . Condenagao iliquide . Dep6sito. RE 60.170RTJ 45/257

TrAc Acidente do trabalho . Incapacidade total Cu parcial . RE 35.570RTJ 45/331

Trbt Ag6es (...) Imp6sto de ttanamissao "cause mortis". RE 58.356RTJ 45/117

Tibt AgBes de sociedade (...) Impdsto do transm£sseo "cause mortis".RE 60 .458 RTJ 45/557

• rSTF Acdrdao. Incorregao (nome do parts). Republicagao. RE 55.641/(I. Proc.) RTJ 45/740

Adm Acrdscimo de tempo de servigo (...) Magistrado . MS 15.0601RTJ 45/138

TrPrv Acumulagao (...) Aposentadoria . RE 52 .305 RTJ 45/786

Adm Acmnulagao de cargos . Megist6rio a fungeo burocrAtica. Fe-deralizagao do Escola . Direito adquirido . RMS 17 . 038 RTJ45/214

Adm Acumulagao de cargos . M6dico (C.F. 46). RMS 17 .342 RTJ45/33

Adm Acumulaga"o do cargos . Oficial reformado do Corpo de Bombes-ros. Professor de Medicine . RMS 15 .482 RTJ 45/140

Trbt Adicional do impSsto de vendes a consignag6es . Taza do Re-caperagao Econdmica (MG). RE 61.116 RTJ 45/790

Cv Adogao . Consentimentodo adotado (tUcito). RE 60 .117 RTJ45/473

ItT.,T. -. ftinid AISAI&noo - Ado-Ape 877

Cv Adogio. Escritura p$blica. Registro civil . RE 60 .117 RTJ

45/473

Cv Adagio. Idade do adotante . Nulidade . RE 60 .117 RTJ 45/473

Cv Adogio (...) Testamento . RE 60 .087 RTJ 45/469

Cv Adquirentes de boa -f6 (...) Clausula do inalienabilidade.

RE 61.972 RTJ. 45/264

PrGr Advogadg..- Impedimento . Deputado . RMS 18 .431 RTJ 45/226

PrSTF A gado do Estado interessado (...) Extradigio . Extr 270xaj g3ioso

g TrPrv^^{-' Aeronauta. Seguro especial. Companhias estrangeiras. RMS/47;M RTJ 45/764

at nauta. Seguro especial. Empresa estrangeira. L. 3.501/58.TrprvRE 62.422 RTJ 45/408

Adm Afastamento do cargo (...) Vantagem. RMS 18.486 RTJ45/371

PrCw Agravo. Preparo. Prato. RE 54.913 RTJ 45/463

PrCv Agravo do instrumento (...) Inventdrio. RE 62.352 RTJ45/867

PrSTF Agravo regimental (...) Mandado do seguranga. SSg 87 (AgRg)RTJ 45/209

Ct Agr6nomos (...) Salario-minimo proliasional. Rp 745 RTJ 45/1TrGr

PrCv Algada (...) Valor de cause. RE 63.667 RTJ 45/748

Trbt Aliquota (...) Imp6sto territorial rural. RMS 17.322 RTJ45/592.

Trbt Aliquota (...) Tara s6bre potdncia hidrdulica . RE 61.474RTJ 45/187

Tm Alienagio anterior (...) Faldnoia. RE 45.137 RTJ 45/674

Adm Alinhamento de prddio urban. Desapropriagio. AR 649 RTJ/45/808

Adm Alinhamento de predio urbano. Poder de policia. AR 649 RTJ45/808

Adm Alteragio de parcelas do remuneragao (...) Magistrado.RMS 17.120 RTJ 45/32

^Cv Aluguel (...) Locagio. RE 61.705 RTJ 45/860

Adm Anistia (...) Funcionalismo. RMS 18.060 RTJ 45/151

Adm Anulagio (...) Ato adminiatrativo. RMS 16.608 RTJ 45/657

Adm Anulagio (...) Funcionaliamo. RE 62_290 RTJ 45/196

PrCv Apelagio. Apuragio de haveras . Avaliagio„ RE 63.480 RTJ45/349

PrPa Apelagio. Efeito suspensivo (decisio absolutbria). Confissio doacusado . RHC 44.831 RTJ 45/245

878 Ape-Arb - MT .J. - famca arwn&rico

PrCv Apelagio. Fato nova ( apreciagao ). RE 62 .431 RTJ 45/202

PrPn Apelagio . Jeri. Contrariedade A prove (reiteragio). HC 44.746RTJ 45/44

PrPn Apelagiio . Nulidade nio argiiida pale M .P. RE 59.978 RTJ45/255

PrPn Apelagio (imbito). Nulidade n9 o argiiida polo M .P. HC 44.089RTJ 45/550

PrSTF Apelagao civel (...) Embargos infringentes . AC 9.664 RTJ45/76

Adm Aplicageo aos casos pendentes (...) Desapropriagio . RE 63.329RTJ 45/334

Adm Aplicageo no recurso ordinirio (...) Desapropriagio . Ag 41.558.(AgRg) RTJ 45/39

PrCv Aplicageo em 2.a instencia (...) Agio do desapropriagio.RE 63.329 RTJ 45/334

Trbt Aplicageo no tempo . Lei tributeria . RMS 17.935 RTJ 45/818i

• TrPrvAposentadoria. Acumulagio (aposentadoria do Tesouro). RE/^52.305 RTJ 45/786

Adm Aposentadoria . Dupla aposentadoria . Ferrovierio . RE 62.699.RTJ 45/482

Adm /,•s•posentadoria compuls6ria (...) - Diplomata . MS 17.971 RTJ/J 45/448

/• TrPrv/ Aposentadoria definitive . Cancelamento . L. 3.807/60. RMS

1$'.139 RTJ 45/604

Adm ,Apreensao do mercadoria (...) Importagio . RE 60 .396 RTJ45/684

• Pn Apropriagio indebita . Coisa alheia . Transferencia do cotas so-/ciais (simulaagio ; efeitos juridicos). RHC 45.111 RTJ 45/614

Pn Apropriagio indebita (...) Prescrigiu. RHC 45.091 RTJ45/170

• Pa Apropriagio indebita . Prestagio do contas . RE 61 .906 RTJ45/861

Adm Aprovagao do Tribunal de Contaa (...) Ato administrative.RMS 15 .164 RTJ 45/756

Adm Aprove:tamento (...) Funcionalismo . ERMS 15 .786 RTJ45/585

PrCv Apuragio de haveres (...) Apelagio. RE 63.480 RTJ 45/349'

PrCv Arbitramento do aluguel (...) Agio renovatdria do locagio.RE 61 .166 RTJ 45/179

PrCv Arbitramento do aluguel (...) Agio revisional do aluguel.RE 62 .624 RTJ 45/417

Trbt Arbitramento judicial (...) Imp6sto do lucro imobiliarfoaRE 56 .850 RTJ 45/57

tTJ• - fr+urc Ar7Aakrtao ArgrAut 879

PrCv

PrSTF

Ct

CtTrGr

Cm

Arguigio do intonstitucipnelidade . Duplo gnu do jurisdigio.RMS 15 .152 RTJ 45/81

Arguicio do inconstltucionalidede (...) Reduso ordindrio-3 RMS 15.212 RTJ 45/10

Arguigio do inconstitucionalidede (...) Tribunal do Algada.Rp 746 RTJ 45/281

Arquitetoa (...) Selerio-minimo profissional . Rp 745 RTJ 45/1

Arrecadagio do bens do masse. Falencia . RE 32 .179 RTJ45/548

Ct Aspectos constitucionais (...) Tributagio . RMS 17 .322 RTJ45/592, RMS 17.860 RTJ 45/658, Ag 41.927 RTJ 45/611,RE 58 . 356 RTJ 45/117, RE 60 . 664 RTJ 45/629

PrPn Atividades eatudantis (...) Derplncia . RHC 44 .579 RTJ45/242

• AdnN/. 3ldminislrativo . Anulagio . Poder Executivo . RMS 16.60\ 45/657

Adm Ato administrativo. Aprovagio do Tribunal do Coates. Revdgagio. RMS 15.164 RTJ 45/756

PrCv Ato do autoridade (...) Mandado do seguranga . EMS 17.093RTJ 45/218, RMS 17.095 RTJ 45/28, RMS 17.373 RTJ 45/447

Adm Ato do contr6le a do administragio (...) Tribunal do Contas.RMS 15.164 RTJ 45/756

Ct Ato do Governador (...) Ato Institutional. RE 59.603 RTJ45/337

Cv Ato ilicito (...) Responsabilidade civil . RE 63 .671 RTJ45/632, RE 64 .463 RTJ 45/802

Cv Ato ilicito civil (...) Responsabilidade civil . Ag 40 .236 RTJ45/816

C; Ato Institutional . Contr6le jurisdicional . Fofmalidades es:trin-

CI

secas . RMS 17.440 RTJ 45/224

At, Institucional . Demissio do funcionario . Ato do Governador_Contr6le juridicional . RE 59 .603 RTJ 45/337

Ato do Presidents (...) Mardado do seguranga . RMS 18.375RTJ 45/328

Trbt Atualizagio do valor locativo (...) Autorisagio orgementdria.RMS 17 .169 RTJ 45/446

Trbt Aumento do capital social (...) Imposto do loom imobilidrio-RMS 17.337 RTJ 45/150

Cti Aumento do remuneregio do funciondrios (...) Podar Legisla-tivo . Rp 745 RTJ 45/1

Trbt Autargdsa C ..) Imunidade tributeria . RMS 17 .643 IZTJ45/368

PtPn Auto de flagrant. (... )- CompstincM . RIWC 43 .781 RTJ45/772

S80 Aut-Can - R.T .J. - IRDICE ALFABITICO

Cv Autom6vel (...) Compra a venda . RE 64 .291 RTJ 45/278

Adm Autom6vel (...) Importagio . RMS 18 .454 RTJ 45/453,RE 62 .949 RTJ 45/687

Trbt Autonomia (...) Direito tributerio . RE 61.814 RTJ 45/190

Ct Autonomia (...) Tribunal de Algada . Rp 746 RTJ 45/281

Autoridade administrativa (...) Compete"ncia. HC 45 .343 RTJ45/825

PrPn Autoridade administrativa (...) Habeas corpus . HC 45.343RTJ 45/825

PrPn Autoridade policial (...) Compotencia . RHC 43.781 RTJ

45/772

Adm Autorizagio (...) Concessio de servigo pGblico . RE 63.836RTJ 45/870

Trbt Autorizagio orgamenteria . Imp6sto predial . Atualizagio Ce va-]or locativo . RMS 17 .169 RTJ 45/446

Adm AutorizagSo do Tribunal de Justiga (...) Magistrado.RMS 18 .506 RTJ 45/330

TrAc Auriliodoenga (...). Acidente do trabalbo . RE 61 .287 RTJ45/258

PrCv Avaliag-ao (._.) Apelagio . RE 63 .480 RTJ 45/349

B

Adm Bagagem (...) Importagio . RMS 18 .454 RTJ 45/453

Trbt Balango (...) Imp6sto de lacro imobilierio . ERE 55 .673 RTJ

45/110

PrCv Banco do Brasil S . A. (...)" Competencia . CJ 4.628 RTJ

45/425

PrCv Beneficio patrimonial (...) Valor da cause . RE 64 .027 RTJ

45/423

Trbt Benfeitoria (...) Imp6sto de lucro imobilierio . RE 56.850

RTJ 45/57

Cv Bans p6blicos (...) Reivindicagio . RE 60 .854 RTJ 45/852

Trbt Bitributacio (...) Tare de reinspegio de came bovina.RE 61 .119 RTJ 45/856

Adm Brasileiro , naturalizado (...) Magistrado . RMS 16.312 RTJ

45/84

C

Ind Caducidade (...) Registro do marts .. RE 59 . 038 RTJ 45/830

TrPrv Cancelamento (...) Aposentadoria definitiva . RMS 18.139

RTJ 45/604

Adm Cancelamento tardio (...) Ensino superior . RMS 17.144 RTJ

45/589

s.T.J. - iNDICC ALFAB* lC0 - Cap-Cob 881

PrPn Capitulagio do delito. Den6ncia . HC 45 . 181 RTJ 45/386

PrCv Carencia de agio (...) Agio rescisdria . AR 725 RTJ 45/69PrSTF

Adm Cargo em comisaio (...) Funcionalisrno . RMS 18 . 720 RTJ45/771

PrSTF Carte rogatdria . "Exequatur". Revogagio . "Esequatur" 1.328RTJ 45/317

PrPn Casa de cust6dia (...) Madida do seguranga . HC 44 . 655 RTJ45/334

PrPn Casamento de ofendida (...) Agio penal publics . RE 60.266RTJ 45/398

Int Caen Youssef Beddas (...) E:tradigio. Extr 270 RTJ 45/636

TrGr Categories econ6micas on profissionais especificas (...) Sindi-cato . RMS 18 . 192 RTJ 45/325

PrPn Cerceamento (...) Del en . HC 44.094 RTJ 45/373

PrPn Cerceamento do defame (...) Defesa . HC 44 . 309 RTJ 45/378

Trbt Cerceamento de profissio . Sangio fiscal . RE 61.190 RTJ45/859

Cv Cosmic de use a inquilino . Telefone . RE 63 . 174 RTJ 45/418

Pn Cheque sem fundos . Pagamento (antes do demincia por ter,ceiro ). RHC 45.126 RTJ 45/50

Pn Cheque secs fundos . Pagamento antes do condenagio . HC 43.768RTJ 45/229

Pn Cheque secs fundos. Pagamento (posterior a denuncia). RHC-,-/45.333 RTJ 45/619

prPn Citagao-edital (requisitos ). HC 44 . 325 RTJ 45/460, RHC45.449 RTJ 45/103

PrCv Citagio inicial . Facts do pode"res expressos . Nulidade. RE 59.967RTJ 45/59

Cv Citagio inicial retardeda (...) Prescrigio . RE 63 . 709 RTJ45/66

PrPn Classificagio do crime. Desclassificagio. Porto a receptagio.RHC 45 . 250 RTJ 45/51

Cv Cleusula de arrependimento (...) Promesse de compra a venda.ERE 60 . 313 RTJ 45/849

Cv Cleusula de inalienabilidade . Testamento . Dispense . Adquiren-tes de boa-M . RE 61 . 972 RTJ 45/264

Trbt C14usula do Nac6o maim favorecida (...) Impdsto do imports-gao. RMS 18 . 297 RTJ 45/665

Cr Cleusula penal (limits). RE 62.434 RTJ 45/268

PrPn Co-autores (...) Habeas corpus . RHC 43.361 RTJ 45/94

Trbt Cobranga delegada so Municipio (...) Iarpdsto territorial rural.RMS 17 . 322 RTJ 45/592

882 Cod-Com - R .T.J. - INrncs ALFASETlca

PrPn Codigo de Processo Penal, art. 609 , parig . 6nico (...) Em-

bargos . HC 45.209 RTJ 45/335

Pn Coisa alheia (...) Apropriagio indebita . RHC 45.111 RTJ

45/614

Cm Coisa disponivel (...) Falencia . RE 45.137 RTJ 45/674

PrCv Coisa julgada (...) Extingio de condominio . ERE 59.658 RTJ

45/247

PrCv Coisa julgada . Mandado de seguranca . Decisio de merito. AR

725 RTJ 45/69

PrSTF Coisa julgada (...) Recurso ertraordinario. RE 62 .422 RTJ

45/408

Pn Coleta de assinaturas (...) Crime politico . RHC 44.215 RTJ

45/98

Ct Comercio exterior (...) Liberdade de comercio . RMS 18.281

RTJ 45/606

Trbt Comercio habitual (...) Impdsto do circulacio de morcadorias.

TrPrv

• PrCv

• PrPn

• PrSTF

PrPn

PrPn

PrPn

PrCv

PrPn

RMS 18.360 RTJ 45/609

Companhias estrangeiras (...) Aeronauts. RMS 17.372 RTJ

45/764

ipete"ncia . Acidente ferrovierio. Luger do acidente.64.590 RTJ 45/635

Competencia . Autoridade policial . Auto de flagrante. RH

4jo%781 RTJ 45/772

petencia. "Habeas corpus". Autoridade administrative.

' 'HC 45.343 RTJ 45/825

Competencia . "Habeas corpus". Extensio . CJ 4.673 RTJ45/428

Competencia. "Habeas corpus". Justice Militar de 2.8 instencia

(coatora). HC 44. 942 RTJ 45/48

Competencia (...) Jan . HC 45.317 RTJ 45/732

Competencia . Justice Comoro. Banco do Brasil S .A. CJ 4.628

RTJ 45/425

Competencia . Justice Federal. Competencia residual (Justiga

estadual). CJ 4.573 RTJ 45/319

PrPn Competencia . Justice Federal. Crime cometido a bordo de na-

vio. CJ 4.664 RTJ 45/427

PrCv // C,ompetencia (...) Mandado do seguranca . Rp 746 RTJ 45/281

• Adm .vCompetencia . Politica cambial . SUMOC. RMS 18.281 RT

-45/606

• PrPn Competencia. Prerrogative de fungio . Desembargador apose

tado. RE 58.113 RTJ 45/788

Adm Competencia (...) Tribunal do Contas. RMS 15.164 RTJ45/756

Ct Competencia (...) Tributagio. All 41.927 RTJ 45/611

R.T.J. - INDICE AiFAD&100 - Com-Con 883

• Ct > Competdncia legislative. Supremo Tribunal Federal. Regiment.

yIntern (normaa processuais ). Rp 700 RTJ 45/690

Trbt Competencie municipal (...) Tau de reir*pegio do carne be-vine. RE 61.119 RTJ 45/856

PrPn Competencia residual (...) Competencia . CJ 4.573 RTJ45/319

PrCv Competencia do TRT (...) Mandado de seguranga. RIVES18.375 RTJ 45/328

Trbt Competencia de Uniio (...) Impdsto de erportagio . Ag 41.927RTJ 45/611

Cv Compra a venda . Ercegio do contrato n io cumprido. AR 704RTJ 45/752

Cv Compra a vends. Reserva do domnio . Autom6vel. Registro.RE 64.291 RTJ 45/278

Conceeeio de service pdblico . Abastecimento . Munidpio. RA--"'63 6 RTJ 45/870

•Adm Concossio de service publico. Autorizacio (prazo). Rescisao.

Can

Cv

Adm

RE 63 .836 RTJ 45/870

Concordats. Restituigio em dinheiro. RE 63 .232 RTJ 45/203

Concubinos (...) Sociedade do fate. RE 58.683 RTJ 45/391

Concurs (...) Magistrado . RMS 16 .312 RTJ 45/84

• Adm Privilegio do candidato-funcionerio . L. eat. 5.14de 1965-RS . Rp 701 RTJ 45/650

Pn Concurso (...) Rapto consensual . HC 44.232 RTJ 45/40

Pn Coecurso do crimes . Estelionato a falsidade . Absorg o . RE 63.440RTJ 45/494

Pn Concurso de crimes . Prearxigio . HC 43.806 RTJ 45/235

Ct Concurao p6blico (...) Constitrrcionalidade . Rp 701 RTJ45/650

TrAc Condenagio iliquida (...) Acldento do traba ho . RE 60.170RTJ 45/257

Trbt Conferencia do bens im6veis (...) Imp6sto do Iucro imobilierio.RMS 17.337 RTJ 45/150

PrPn Confiaio do acusado (...) Apalogio. RHC 44 . 831 RTJ 45/245

Adm Congelamento (...) Funcionslismo . MS 18 . 169 RTJ 45/661

Cv C6njuges seperados (...) Pitrio poder . Ag 41 .766 RTJ 45/457

Pn Conjunrio carnal (...) Sedugio . RHC 44 . 300 RTJ 45/774

Constitudonalidade (...) Dosapropriafio. RE 63 .329 RTJCt 45/334

• Ci-_? Constitucionelidado . L. est. 5 . 145/65-RS. Concureo p6blico.Priviligio do candldato-funcionirio . Rp 701 RTJ 45/650

Ct Cr nstib'cionalidade (...) Sal4rio-minima profissional. Rp 745RTJ 45/I

884 Con-Cor - P.T.J. - fNDIC$ AIBABEfOD

Ct Constituigio estedual de 67-GB (...) Tribunal do Alcada.

Rp 746 RTJ 45/281

Trbt Conatrugio nio financiada pelo adquirente .. Imp6sto do trans-missio "inter vivoa". RE 61 . 814 RTJ 45/190

PrPn Contradigio . Decisio condenatdria . HC 44.307 RTJ 45/722

PrPn Contrariedade i prove, (...) Apelagio . HC 44 . 740 RTJ 45/44

PrCv Contrato de compra a vends (...) Agin cominatdria . RE 63.264RTJ 45/273

Trbt Contrato de financiamento (...) Impdeta do Renda. RMS18.777 RTJ 45/814

PrPn Contravengio penal (...) Juiz . RE 64 . 209 RTJ 45/496

Trprv Contribuigio previdencieria . Limiter meximo a minimo. Dl . 66/66.RE 58 . 794 RTJ 45/395

Ct Contr6le jurisdicional (...) Ato Institutional . RMS 17.440RTJ 45/224, RE 59 . 603 RTJ 45/337

Aden Contr6le jurisdicional (...) Tribunal do Contas . RMS 15.164RTJ 45/756

Prpn Convencimento de existSncia do crime (...) Pron(mcia. HC45.317 RTJ 45/732

Cv Conveniincia do locador (...) Locaga"o. RE 63 .875 RTJ 45/207

Trbt Conversio de agues . Imp6sto do s61o. RE 61 . 447 RTJ 45/260

PrSTF Conversio em dilig6ncia (...) Extradigio . Extr 270 RTJ45/636

Adm Conversio da moeda (...) Importagio . RMS 17 . 163 RTJ45/321

Trbt Conversio da moeda (...) Impdsto do aglo . RMS 17 . 242 RTJ45/363

Trbt Cooperatives (...) Imp6sto sdbre transayoes-SP. RMS 17.504

RTJ 45/766

Trbt Cooperatives (...) Isengio fiscal . RE 61 . 116 RTJ 45/790

PrPn Corpo de delito ( ...) Prisio preventiva obrigatdria. RHC45.576 RTJ 45/623

PrCv Corregio monetfiria (...) Agin de desapropriagio. RE 63.268RTJ 45/795, RE 63 . 329 RTJ 45/334, RE 63.343 RTJ 45/490

PrCv Corregio monetfria (...) Agio renovatdria da locagio. RE61.166 RTJ 45/179

Adm Corregio monet6ria (...) Desapropriagio. Ag 41 . 558 (AgRg).Ct RTJ 45/39, RE 63 .268 RTJ 45/795, RE 63 . 329 RTJ 45/334.

RE 63 . 343 RTJ 45/490

PrCv Corregio do valor (...) Valor da causa . RE 63.667 RTJ 45/748

Cv Corretagem imobilidria . Prove da intermediagio . RE 60.787RTJ 45/477

Pa Corrupgio (...) Rapto consensual . HC 44 . 232 RTJ 45/40

xT.J. - bmuz At nAaMrioo - Cri-Dec 885

Ct Criagio do municipio (...) Mradcfpio . RI 742 RTJ 45/524,Rcl 763 RTJ 45/524

PrPn Crime cometido a bordo do navio (...) Competgncia . CJ 4.664RTJ 45/76

Int Crime falimentar (...) Extradigio. Extr 270 RTJ 45/636

PrPn -'-Crime militar (...) Demincia . RHC 44 . 746 RTJ 45/165

Crime militar . Revolugio de 1964 ( caso do Governador Vala-dares-MG). Homicidio (praticado por civis convocados). HC44.307 RTJ 45/722

Pn Crime politico . Coleta de assinaturas (legalizagio do PC). RHC44.215 RTJ 45/98

PrPn Crime politico (...) Den6ncia . HC 43 . 634 RTJ 45/153

Pn Crime politico . Reorganizagio do PCB . RHC 45 . 347 RTJ45/174

PrPn Crime politico nio tipificado (...) Denuncia . RHC 44.579RTJ 45/242

PrPn Crime praticado por ex-Prefeito (...) Agin penal . RE 62.502RTJ 45/415

PrPn Crime de responsabilidade . Profeito Municipal . 'Impeachment^.Nulidade nio pronunciada (absolvigio ). RE 59 . 978 RTJ 45/255

PrPn Crime de sedugio (...) Pericia . RHC 44 . 300 RTJ 45/774

PrP¢ Crime dalrno contra a vida (...) Jdri. HC 45.317 RTJ 45/732

D

PrPn^eca

dgncia (...) Agin penal pitblica . RE 63 .705 RTJ 45/351

Decadencia. Agin Privade . Interrupgio do prezo . Feriae. RE61.488 RTJ 45/480

• PrPn Decisio condenat6ria . Contradigao. HC 44.307 RTJ 45/722

PrSTF Decisio em correigio no reclamagio . Recurso extraordinerio.RE 63 .480 RTJ 45/340

PrSTF Decisio definitive (...) Recurso extraordinerio . RE 60.266RTJ 45/398

PrCv Dec`. sio denegat6ria de seguranga (...) Agio rescisdria. AR 725PrSTF RTJ 45/69

PrCv Decisio de mgrito (...) Coisa julgada . AR 725 RTJ 45/69

PrCv Damao de Tribunal do Algada (...) Mandado de segoranga.Rp 746 RTJ 45/281

Adm Decreto 50.284/61 (...) Funcionaliaani. RE 62 .290 RTJ45/196

Trbt Decreto 56.462/65 (...) Imp6sto territorial rural . RMS 17.322RTJ 45/592

Ct Decrato 56.462 /65 (...) Tributeceo . RMS 17.322 RTJ 45/592

Ct Decreto eatadual 44 . 794/65-SP (...) Poder Judiciirio. Rp 665RTJ 45/581

886 Dec-Dee - R.T.J. - IPDIDE ALFABfTICO

Trbt Decreto legislativo 14/60 (...) Tan do despacho aduaneiro.

R'MS 15.621 RTJ 45/656

Ct Decreto-lei. Limites . RE 62.731 RTJ 45/559

Ind Decreto-lei 8 .104/45 (...) Marca de indiistria a comercio.RE 59 .038 RTJ 45/830

Adm Decreto-lei 18/61 (...) Funcionalismo . RMS 18 :060 RTJ45/151

Cv Decreto-lei 4/66 (...) Locagiio. RE 61 .705 RTJ 45/860, RE63.875 RTJ 45/207

TrPrv Decreto-lei 66/66 (...) Contribuigio previdenciaria . RE 58.794RTJ 45/395

Cv Decreto-lei 322 /67 (...) Looagio . RE 62 .731 RTJ 45/559

PrPn Defesa . Cerceamento . Intimagio pare inquirigio do testemunhas.HC 44.094 RTJ 45/373

PrPn Defesa . Cerceamento de defesa . Felts de comparecimento detestemunhas . HC 44.309 RTJ 45/378

PrPa Defesa. Estagiario . L. 4.215/63. HC 44.257 RTJ 45/374

PrPn Defici6ncia (...) jai. RE 63 .835 RTJ 45/798

Adm Delegado de Polic!a (...) Vencimento . RE 53.435 RTJ 45/552

Adm Demissio (...) Funcionalismo . RE 63 .553 RTJ 45/868

Ct Demisseo de funcionario (...) Ato Institucional . RE 59.603

RTJ 45/337

PrPn Dentncia . Capitulagio do delito . HC 45 . 181 RTJ 45/386

PrPn Dendncia . Crime politico . Inepcia . HC 43 . 634 RTJ 45/153

PrPn Denrincia. Inepcia . RE 62 . 502 RTJ 45/415

PrPn Den, ncia . Inepcia . Crime politico nio tipificado . Atividadesestudant is. RHC 44 . 579 RTJ 45/242

PIP:. Dem+ncia ( requisitos ). Crime militar . Incitamento a indiscipli-

na. RHC 44.746 RTJ 45/165

PrIn Denfincia anulada (...) Habeas corpus . RHC 43 . 361 RTJ

45/94

TrAc Dep6sito (...) Acidente do trabalho . RE 60 . 170 RTJ 45/257

PrGr Deputado (...) Advogado . RMS 18 . 431 RTJ 45/226

Cv Derrubada de arvores no area reservada (...) Responsabilidade

civil . RE 64 . 463 RTJ 45/802

P.Pn Desaforamento . Pedido posterior so julgamento . HC 45.099

RTJ 45/461

Adm Desapropriagio. Alinhamento de predio urbano . AR 649 RTJ

45/808

Adm Desapropriagio . Corregio monetaria . Aplicagio sos casos pan-

dent" . Pedido do interessado . RE 63 . 329 RTJ 45/334

CtAim

Aim

BT.J, - Irides A1FAB*TKO - Des-Dir 887

8/Deeapropriacio . Correceo monetiria . L. 4.686/65. RE 63.26/RTJ 45/795

Desapropriagiio . Corregiio monetaria . L. 4.686/65 (constituclo-nalidade ) . RE 63 . 268 RTJ 45/795, RE 63 . 329 RTJ 45/334,RE 63 . 343 RTJ 45/490

Desapropriacio. Corregio monetiria . Processo pendants. Apli-cagao no recurso ordinario . All 41 . 558 (AgRg) RTJ 45/39

Adm Desapropriageo . Indenizagio . Valor contemporineo do avalis-cao. ERE 28 .748 RTJ 45/152

PrSTF Desapropriagio (...) Recurso eztraordinirio . RE 48.487 RTJ45/675 /

• Adm Desapropriagio indireta. Juros compensat6rios . RE 48 .487 RTy45/675

PrPn Desclassificacao (...) Classificagio do crime . RHC 45.250RTJ 45/51

PrPn Desclassificagio do crime. Habeas corpus . HC 45.317 RTJ45/732

PrPn Desembergador aposentado (...) Competencia. RE 58.113RTJ 45/788

PrSTF Desistencia (...) Recurso . ERE 57 .747 RTJ 45/826

PrSTF Desistencia do pedido (...) Ertradigio . Ertr 270 RTJ 45/636

TrGr Desmembramento (...) Sindicato . RMS 18 .192 RTJ 45/325

PrSTF Despacho de admissio (...) Recurso eztraordinirio . RE 63.782RTJ 45/275

Cv Desquite (...) Testamonto. RE 60 .087 RTJ 45/469

Cv Destinageo do im6vel (...) Locagao do D. 24.150. ERE 60.649RTJ 45/401

Ind Desuso (...) Registro do marts . RE 59 .038 RTJ 45/830

Adm Desvio do fungio . Vencimento . RMS 18 .075 RTJ 45/603

Adra Diiria, do Brasilia (...) Funcionaliamo . MS 16 .828 RTJ45/438 , MS 18 .169 RTJ 45/661 , MS 18 .703 RTJ 45/34

Cm Dinbeiro de terceiros em poder do falido (...) Falencia. RE63.274 (AgRg) RTJ 45/205

Adrt Diplomado de estabelecimento oficial (...) Magisterio. Rp 676RTJ 45/498

Ct Diplomado de estabelecimento oficial (...) Principio do isono-mia. Rp 676 RTJ 45/498

Adm Diplomata. Aposentadoria compuls6ria . Idade-limite . MS 17.971

RTJ 45/448

Adm D:reito adquirido (...) Acunudagao do cargos . RMS 17.038RTJ 45/214

Ct Direito adquirido (...) Garantia do irredutibilidade do venci-mentos . RMS 16.290 RTJ 45/144

888 Dir-Eme - tr.J. - fi4nraa ArFADETICO

PrSTF Direito estrangeiro (...) Eziradiga"o. Extr 270 RTJ 45/636

Trbt Direito tributario . Autonomic . Normal de direito privado. RE

61.814 RTJ 45/190

Cv Direito de visita (...) Petrio poder . Ag 41.766 RTJ 45/457

Cv Dispense (...) Clausula do inalienabilidade . RE 61 .972 RTJ

45/264

Adm Dispense (...) Funcionalismo . RMS 16 .333 RTJ 45/433

Cv Dissolugao por morte (...) Sooiedade de fato . RE 58 .683 RTJ45/391

PrSTF Divergencia alegada tardiamente. Recurso extraordinerio. RE

61.116 RTJ 45/790

PrSTF Divergencia superada . Embargos do dvergencia . ERE 44.814RTJ 45/100

Ind Doaggo (...) Marm do industria a cornercio . RE 59 .038 RTJ

45/830

PrCv Documentos em poder da autoridade (...) Mandado de segu-range . RMS 17 .440 RTJ 45/224

Int Dornicilio. F6ro. Rentncia . "Exequatur" 1.382 RTJ 45/317

Ind Domino publico (...) Registro de rnarca . RE 59 .038 RTJ

45/830

Ad-n Dupla aposentadoria (...) Aposentadoria . RE 62 .699 RTJ

45/482

PrCv Duplo grau de jurisdigao. Argiiiceo de inconstitucionalidade.RIv1IS 15.152 RTJ 45/81

E

PrPn Efeito suspensivo ( ...) Apelagio . RHC 44.831 RTJ 45/245

A'm Efetivagao (...) Funcionalisrno . RMS 17.342, RTJ 45/33,RE 61.874 RTJ 45/262

PrPn Embargos. Processo originIrio ( neo cabimento ). C. Pr. Pen.,

art. 609 , pareg . 6nico. HC 45.209 RTJ 45/335

PrSTF Embargos do diverggncia . Divergencia superada . ERE 44.814

RTJ 45/100

PrSTF Embargos infringentes . Apelagiio civel ( cause fundada am tra-tado). AC 9.664 RTJ 45/76

PrSTF Embargos infringentes . EC 16/65. Supresseo . RE 48.383 RTJ45/105

PrSTF Embargos infringentes (...) Represontagiio de inconstitucio-nalidade . Rp 700 RTJ 45/690

PrSTF Emenda Constitutional 16/65 (...) Embargos intringentes.

RE 48 .383 RTJ 45/105

Trbt Emenda Constitucional 18/65 (...) Imp6sto predial. RMS

17.643 RTJ 45/368

R?,J, - famcz Acrae#nco - Eme-Eza 889

Trbt Emenda Constitutional 18/65 (...) Imunidade tributaria.RMS 17 . 643 RTJ 45/368

PrSTF Emenda Regimental do 16.3.67 (...) Reprosentagiio do incons-

titucionelidade . Rp 700 RTJ 45/690

Adm Emolumentos consulares (...) Importagio . RMS 17 .163 RTJ45/321

Trbt Empreitada do materials . Imp6sto do vendas a conaignag5es.

RMS 18 .551 RTJ 45/719

Trprv Empresa estrangeira (...) Aeronauta . RE 62 .422 RTJ 45/408

Trbt Empresa locadora do autom6veis (...) Impdsto de circulagio

do mercadorias . RMS 18 .360 RTJ 45/609

Trbt Empresa do mineragio (...) Imp6sto do industrias a piofissoes.RE 60 .363 RTJ 45/400

Trbt Empresa do mineragio (...) Tara do despacho aduaneiro.

RMS 17 .547 RTJ 45/367, RE 57.193 RTJ 45/677

CI Engenheiros (...) Saterio-minimo profissional . Rp 745 RTJTrOr 45/1

Adm Enquadramento (...) Funcionaliamo. RMS 16 .667 RTJ 45/89,RE 58 .848 RTJ 45/135, RE 62.290 RTJ 45/196

PrCv Enquadremento (...) M'andado do eagurange. RMS 17.095RTJ 45/28

Adm Ensino oficial (...) Magist rio . Rp 676 RTJ 45/498

as Adm Enema superior. Matricula do ezcedentes. Cancelamento tardie/( decisio judicial). RMS 17.144 RTJ 45/589

Adm Ensino superior. Punigio disciplinar a eatudante . Inqu&rito admi-nistrativo ( defesa ). RMS 17 . 093 45/218

Adm Equiparagio (...) Vantagem . RMS 16 . 608 RTJ 45/657

Adm Equiparagio a Secretirio do Estado (...) Magistrado. RE 44.092RTJ 45/158

Cv Escritura pAblica (...) Adogio. RE 60 . 117 RTJ 45/473

PrPn Escrivio (...) Impedimenta HC 45 . 144 RTJ 45/380

Adm Estabelecimento particular do ensino (...) Funcionalismo. RMS18.002 RTJ 45/602

Adm Estabilidade (...) Funcionalismu. RMS 16 . 333 RTJ 45/433,RE 59 . 627 RTJ 45/466

Adm Estado do Guanabara (...) Magistrado. RMS 18 . 506 RTJ45/330

PrPn Estegigrio (...) Defers . HC 44.257 RTJ 45/374

Adm Eatigio probat6rio (...) Funcionalis=. EAg 37 .212 RTJ 45/228

Pn Estelionato o falsidade (...) Concurso do crimes. RE 63.440RTJ 45/494

PrPn Ezame do corpo do delito. Falsificagio do documento . HC 44.099RTJ 45/239

890 Em-Fal - R.T.J. - INDICE ALBAB*rico

PrPn Exams do oorpo de delito. Perito 6nico . HC 45 . 181 RTJ 45/386

PrPn Exame pericial (... )Prato. HC 44 . 115 RTJ 45/97

PrPn Exame de prove . Habeas corpus. HC 45 . 140 RTJ 45/618

Cv Excegio de contrato no cumprido . Compra a vends. AR 704RTJ 45/752

PrCv Excegio de domino. Agin possess6ria . RE 31 . 329 RTJ 45/372

PrPn Excesso (...) Prazo. HC 44 . 115 RTJ 45/97

PrPn Excesso injustificado (...) Prazo. HC 45 . 135 RTJ 45/823

PrPn Excesso nio justificado . Prato . HC 44. 150 RTJ 45/241

PI CV EzecuFio . Pende"ncia de recurso . Provimento do recurso. Inde-nizagio. RE 62 . 374 RTJ 45/200

PrCv Executivo fiscal (...) Prazo em ddbro. RE 63 . 789 RTJ 45/634

PrSTF "Exequatur ' (...) Carta rogatdria . "Exequatur" 1.328 RTJ45/317

Adm Exoneragio (...) Funciona/ismo. E.Ag 37 . 212 RTJ 45/228

Adm Exoneragio coletiva ( ...) Funcionalismo . RE 62 .290 RTJ 45/196

PrPn Extensio (...) Competencia. CJ 4.673 RTJ 45/428

PrPn Extensio (...) Habeas corpus. RHC 43 . 361 RTJ 45/94

PrCv Ex$ingio de condondnio . Incapez interessado. Colas julgada. ERE$9.658 RTJ 45/247

• PrSTF/Eztr̂ ligao. Advogado do Estado interessado ( interven$io admix'^^sivel). Extr 270 RTJ 45/636 /

• Int /Eztradigeo. Crime imentar . Caso Youssef Beddes . Extr 270'RTJ 45/636

• PrSTF Extradiggo. Sentenga condenat6ria (prove ). Direito estrangeiroY(prove). Conversio em diligincia ( iniciativa ). Desistencia dopedido . Extr 270 RTJ 45/636

F

PrPn Facultatividede. Questao prejudicial. HC 45.608 RTJ 45/782

Cm Falencia. Arrecadagio de bens da mesas . RE 32.179 RTJ 45/548

Cm Falencia. Dinheiro de terceiros em poder do falido . Restituigio.RE 63.274 (AgRg). RTj 45/205 /

• Cm Fate"ncia. Pedido de restituigio . Coisa disponivel . Alienagio an,/terior . RE 45.137 RTJ 45/674

PrPn Falsificagao de documento . Exams de corpo de delito. HC 44.099RTJ 45/239

PrPn Falta de comperecimento de testemunhas (...) Detest HC

44.309 RTJ 45/378

Adam Felts discipliner (...) Furrcionalismo . RMS 18 .060 RTJ 45/151

PrCv Falta do poderes expressos (...) Citagio initial. RE 59.967RTJ 45/59

LT.J. - 1Nwcs ALFA9$TIOD - Far-Fun 891

Adm FarmacSutioos a quimicos (...) Fwmcionaliomo. RMS 17.153RTJ 45/546

PrCv Fases do procedimento (...) Agao oominatoria . RE 38.064RTJ 45/671

Trbt Fato gerador. Imp6sto do vendaa a oonaigreacoea . RMS 17.504RTJ 45/766

PrCv Fato n6vo (...) Apalageo . RE 62 .431 RTJ 45/202

Adm Fatura consular (...) Importagio . RE 62 .949 RTJ 45/687

PrCv Fazenda Publica (...) Prazo em d6bro. RE 63.789 RTJ 45/634

PrCv Fezenda Public. (...) Valor do cause . RE 60 .593 RTJ 45/340

Adm Federalizagio do Eacola (...) Acurnulagio do cargos. RMS17.038 RTJ 45/214

PrPn F6rias (...) Decade"ncia. RE 61 ,488 RTJ 45/480

Adm FerroviMrio (...) Aposentadoria . RE 62 . 699 RTJ 45/482

Trbt Fidsicomisso (...) Impdato do ttatwmiasio "tense mortis". RE

60.458 RTJ 45/557'

PrCv Fixagio arbitr6ria (...) Valor da cation. RE 60 . 593 RTJ 45 0,

RE 62 .817 RTJ 45/343

• 'PfrPn _ Flagrante ( caracterizagio ). RHC 43 .781 RTJ 45/77

ecA Formalidades extrinsecas (...) Ato Institutional. RMS 17.440RTJ 45/224

Int F6ro (...) Domicilio. "Exequatur" 1.328 RTJ 45/317

'Cv Fortificagio militar (...) Reivindicagio. RE 60 . 854 RTJ 45/852

Adm Fraude no importagio (...) Importagio . RE 60 . 396 RTJ 45/684

Trbt Frete (...) Impoeto do ago. RMS 17.242 RTJ 45/363

Adm Funcionoiiemo. Acumulacio . Ver bete verbite.

Adm Ftatcionefiemo . Anistia . DI. 18/61. Falta disciplinar. RMS18.060 RTJ 45/151

Adm Futcionalium. Aposentadoria . Ver Otte verbete.

•Adm Funcionalismo. Aproveitamento . Tesoureiro. Substituigio even//tual. ERMS 15 . 786 RTJ 45/585

.Adm oneliarm. Cargo em comissio . L. 1.741/52. Licenga pare/sonde . RMS ^^TJ 45/77i1

eldm Fvncionaliamo . ncuteo . Ver Otto verbete.

Adm Funcionaliamo. Demisaeo. Ver Otto verbite.

•'Adm Fttncitamliamo. Demissio. Abandon do servigo (doento mental)63.553 RTJ 45/868

•-Adm FtmciorWismo. Di6rias de Brasilia. L. 4.345/64. Congelamento./MS 18.169 RTJ 45/661

,Adm Ftmciondteaa. Dimas de Brasilia . Minist6rio Publico (Justigado Trabalho). L. 4.439/64. MS 16 .828 RTJ 45/438

Ftmcionalimro . Di&rias do Brasilia . Pessoal do Servigo Juridicodo Uniao . MS 18 .703 RTJ 45/34

892 Fun-Fun - F-T.J. - INDI a ALFAS rICO

Adm Funcionalismo . Efetivagio . Interino . L. 525-A/48. RE 61.874RTJ 45/262

Adm Funcionalismo. Efetivagio . Medico contratado (auterquia). RMS17.342 RTJ 45/33

Adm Funcionaliarno. Enquadramento . Anulegio . RE 62 . 290 RTJ45/196

Adm Funcionalimeo . Enquadramento . Procurador a u t e r q u i c o.L. 2.123 /53. L. 3 . 414/58 . RMS 16 . 667 RTJ 45/89

Adm Funcionslimro. Enquadramento ( retroativo). Abono provis6rio( dedugio). RE 58 . 848 RTJ 45/135

Adm Funcionaliamo. Eatabilidade . Dispenea (obstativa da estabili-zagao). RMS 16.333 RTJ 45/433

Adm Funcionalimp . Estabilidade . Tempo da interinidade anterior.RE 59 . 627 RTJ 45/466

Adm Funcionalismo . Exoneragao . Estegio probat6rio . Nomeagao semconcurso . F-Ag 37 . 212 RTJ 45/228

Adm Funcionalismo. Exoneragio coletiva ( interinos ). D. 50.284/61.RE 62 . 290 RTJ 45/196

Adm Funcionallismo. Farmaceuticos a quimicos ( SP). Ingresso nas.carreires . RMS 17 . 153 RTJ 45/546

Adm Funcionalianw . Giratificagao . Ver fists verbete.

Adm Funcionallimw . Promogio por merecimento . Poder Executivo (es-colha). Lei estadual ( privilegio dos participantes da FEB). RE.45.862 RTJ 45/117

Adm Funcionsliarno. Readaptagio . Vencimento ( pendencia do pro-cesso). RMS 17 .095 RTJ 45/28 /

f Adds Funcionaliamo . Rasponsabilidede administrative a cc^mtmF,( residuo ). RE 63 . 054 RTJ 45/793

Adm Funcionalianw . Tempo de servigo . Eatabalecimento particular de/ensino. L. eat . 6.898/62-SP. RMS 18 . 002 RTJ 45/602

Adm Funoionalismo. Vantagem . Ver este verbete.

Adm Funcionaliamo. Vencimento . Vet este verbete.

PrPn Fundamentagao (...) Prisio preventive ooompulsdria. RIM44.569 RTJ 45/42

PrSTF Fundamentagao deficiente . Reciaao extraordinerio. RE 34.217RTJ 45/667

PrPn Fundementagio necesseria (...) Sentenga . HNC 45.408 RTJ45/621

PrPn Fundamentagio suficiente . Sentenga. HC 43.806 RTJ 45/235

PrSTF Fundamento inatacado . Recurso extraordinerio . RE 60 .854 RTJ45/852, RE 63 .174 RTJ 45/418

Cv Fundo de comercio . Locageu do D. 24.150. RE 61.166 RTJ45/179

B.T.S. - INDEX AJFAattTIOD - Fur-Ids 893

PrPn Furto a receptagio (...) Clasaificapio do crime. RHC 45.250RTJ 45/51

G

Ct Garantia do irredutibilidade do vencimentos. Direito adquirido.Vantagem ( supressio). RMS 16 .290 RTJ 45/144

Trbt Gorgeta (...) Impdsto de vendas a corrignagoes. RMS 17.498RTJ 45/365

Adm Gratificagio (...) Vantagem. RMS 16 . 608 RTJ 45/657

Adm Gmtificagio "pro labor,' (...) Vantegem. RMS 18 .486 RTJ45/371

Adm Gratificagio do representa4io (...) Magistrado,l RE 44.092RTJ 45/158

Adm Gretificegio do tempo do servigo (...) Magistrado . MS 15.144RTJ 45/353

Cv Guards doe filhos (...) Pitrio poder. Ag 41 .766 RTJ 45/457

H

• 3Rpn Habeas corpus. Autoridade administrative (coatora ). HC 45.343RTJ 45/825

PrPn "Habeas corpus" (...) Competencia. CJ 4.673 RTJ 45/428,PrSTF HC 44.942 RTJ 45/48, HC 45.343 RTJ 45/825

• PrPn Habeas corpus. Desclassificagio do crime . HC 45.317 RTd45/732

\prpu Habeas corpus. Exams de prove . HC 45.140 RTJ 45/618

PrPn Habeas corpus. Extensio . Den(ncia anulada . Co-autores (efei-toe). RHC 43.361 RTJ 45/94

PrPn Habeas corpus. Impetragio prejudicada . Prescrigio decretada.HC 44. 239 RTJ 45/161

^• PrPn H /abeas corpus. Recurso ordinerio pendente . RHC 45.111 RTJ45

• PrSTF Habeas corpus. Reiteragio . HC 45.441 RTJ 45/781PrCv^ Rasta p6blica . Venda judicial do coin ca mum. RMS 11.637

RTJ 45/584

Pn Homicidio (...) Crime militar. HC 44.307 RTJ 45/722

PrPn Homicidio doloso (...) Pronurwia . HC 45.317 RTJ 45/732

PrSTF Honoririos advocaticios (...) Recvrso extraordinbrio. RE 48.487RTJ 45/675

I

Cv Made do adotante (...) Adogio. RE 60 .117 RTJ 45/473

Adm Idade-limite (...) Diplomat` MS 17 .971 RTJ 45/448PrPn Identidade fisica (...) Juis. RE 64 . 209 RTJ 45/496

894 Im6-Imp - R.T.J. - fNDICE ALFARETICO

Trbt Im6vel compromissado por autarquia (...) Zmp6ato predial.

RMS 17.643 RTJ 45/368

Cv Im6vel loteado (...) Prornessa do venda. Ag 42.674 RTJ 45/612.

PrPn "Impeachment ' (...) Crime de rosponsabilidade. RE 59.978

RTJ 45/255

PrGrr Impedimento (...) Advogado . RMS 18 .431 RTJ 45/226

PrPn Impedimento . Escrivio . Testemunha na cause . HC 45.144 RTJ45/380

PrPn ImpetraSeo prejudicada (...) Habeas corpus. HC 44.239 RTJ

45/161

PrCv Impetragio prejudicada (...) Mandado de seguranpa. RMS16.312 RTJ 45/84

• Adm mportapeo. Apreenaio de mercadoria . Fronde no importaggo.RE 60.396 RTJ 45/684

Adm Importageo. Autom6vel. Bagagem . RMS 18 .454 RTJ 45/453

• Adm Importageo. Autom6vel. Fatura consular (alteracio fraudulenta))/

IOKRE 62. 949 RTJ 45/687

Adm Importapso. Emolumentos consular" . Conversio do moeda.RMS 17 .163 RTJ 45/321

Trbt Importario de frutas (...) Imp6sto de importaceo. RMS 18.297

RTJ 45/665

• Trbt- lyrpdsto do circufa5io do mercadorias . Empresa locadora do au-tom6veis . Comercio habitual . RMS 18 . 360 RTJ 45/609

Trbt posto de consurno. Imp6sto indireto. Imunidede de autarquia

( e alto ). RMS 18 .286 RTJ 45/327

Trbt Imp6sto do consume. Impusto indireto. Imunidade fiscal ( efeito).

RMS 16 .627 RTJ 45/88

Trbt Imp6sto do conaumo ( ...) Impdsto do indGstriaa a profiss5es.RIMS 17.284 RTJ 45/148

• Trbt `Ihtpo"sto do exportagao. Competencia de Uniio. Tributo estadual

(expedi4io de guia ). Ag 41.927 RTJ 45/611

• Trbt Impdsto de importageo . Cl§usula do nacio meis favorecida. Im-portacao de frutes (Espanha). Tratado com a Argentina. RMS18.297 RTJ 45/665

Trbt Imp6sto de importapio. Valor do mercadoria . EMS 15.932 RTJ

45/361

Trbt Imp6sto indireto (...) Imp6sto de consumo. RMS 16 .627 RTJ45/88, RMS 18 .286 RTJ 45/327

Trbt Imp6sto de industriae a profissoes. Empresa de mineragio.

L. 4.425/64. S6mula 91. RE 60 .363 RTJ 45/400

Trbt Imp6sto do indt strias a prof issues. Movimento econ6mico. Im-p6sto do consurno ( exclusio ). RMS 17.284 RTJ 45/148

Trbt Impdstto de inddstrias a prof issues. Movimento econ6mico. Lugar

das transac6es . RMS 16 .949 RTJ 45/444

a.TJ. - INmce AIFARETIcO - Imp-Imp 895

Trbt Impdato do lucro imobilhirio. Benfeitoria. Arbitrsmento judicial.L. 3.470/58. RE 56.850 RTJ 45/57

Trbt Imp6sto do lucro imobilibrio. Conferencia de bens im6veis. Au-mento de capital social . RMS 17 .337 RTJ 45/150

Trbt Impdato do loon imobilidrio. Reserves do ano-base . Balango.ERE 55 .673 RTJ 45/110

Trbt Imp6sto predial (...) Autorizagio organenthria . RMS 17.169RTJ 45/446

Trbt Imp6sto predial. Im6vel compromissedo per autarquia (IPASE).Imunidade tributiria ( efeitos). E.C. 18/65. RMS 17 .643 RTJ_45/368

AP TImp6sto do Rands . Remease de juror so Exterior . Contrato dofinenciamento . RMS 18 .777 RTJ 45/814

Cr ^ Imp6sto de renda (...) Responaabilidade civil. RE 63.768RTJ 45/421

Imp6sto do ago. Frets, (exportagio ) . Convers5o de moeda. RMS17.242 RTJ 45/363

• TrbJ. .. Impdsto territorial rural. Aliquots. L. 4.504 /64. RMS 17.322RTJ 45/592

..Trbt Impdeto territorial rural. Cobranga delegada so Municipio.

Ct

D. 56.462/65. Aliquota. RMS 17.322 RTJ 45/592

Imp6sto territorial rural (...) Tributagio. RMS 17.322 RTJ45/592

Impdeto edbre transag6ea (SP). Cooperatives. Imp6sto de vendese consignagbes . RMS 17.504 RTJ 45/766

Trbt Imp6sto de traruadesio "cause mortis" . Agnes. Sede da sociedade.`'SGmda 435 (reexame). RE 58 .356 RTJ 45/117

Trbt Impdsto do tranamissio "cause mortis". Fideicomisso . Agnes dosociedade ( desdobramento posterior i morte do testador). RE60.458 RTJ 45/557

Ct Imp6sto de transmissio "cause mortis" (...) Tributagiio. RE58.356 RTJ 45/117

Trbt Imodsto do tranamissio "inter vivo?". Acessoee ( incidencia).

RE 61.814 RTJ 45/190

Trbt Impdsto do tranemisaio "inter vivos". Constmgio nio financiadapolo edquirente . RE 61 .814 RTJ 45/190

Trbt Imp6sto do tranmsissio "inter vivo?". Isengao (participagio naRevolugio de 32 ). Preecrigio. RE 46 . 053 RTJ 45/388

• Trb do vendee a oonsidnag6ea . Empreitada de materials.RMS 18 . 551 RTJ 45/719

.Trbt Impdeto do vendee a cornignacoes . Fato gerador . RMS 17.504RTJ 45/766

Trbt Imp6sto de vendas a consignagi es (...) Impdato adbre transag6es- SP. RMS 17.504 RTJ 45/766

896 Imp-Ii 14 P.T.J. - INDIC& A1.FABETicO

1 Trbt

Trbt

Trbt

Trbt

Trbt

Trbt

Trbt

Trbt

PrGr

Trbt

Imposto do vendas a consignagoes. Met€ria-prima . Mercadoriatransferidas a filial. L. 4.784/65. RMS 17.935 RTJ 45/810

Imp6sto do vendas a consignagoea. Prego do vends ( restaurants).Gorgeta. RMS 17.498 RTJ 45/365

Imp6ato do vend" a consigneg6es. Venda do veiculo usado. Ag41.847 RTJ 45/459, RE 62.565 RTJ 45/481

Imp6ato do selo. Conversio do ag6es . RE 61 .447 RTJ 45/260

Impostos locais (...) Isencao fiscal . RE 61 .116 RTJ 45/790

Imunidade do autarquia (...) Impoato do consume. RMS 18.286RTJ 45/327

Imunfdade tributaria . Autarquia (IPASE). E.C. 18/65. RMS17.643 RTJ 45/368

Imunidade tributeria (...) Impdsto predial. RMS 17 .643 RTJ

45/368

Imprensa (...) Intimagio. RE 63.782 RTJ 45/275

Imunidade fiscal . (...) Imp6ato de consume. RMS 16 .627 RTJ

45/88

TrAc Incapacidade total ou parcial . Acidente do trabalho. RE 35.570

RTJ 45/331

PrCv Incapaz interessado (... )Eztingio do condomfnio. ERE 59.658RTJ 45/247

PrPn Incitamento a indiscipline (...) Denuncia. RHC 44.746 RTJ45/165

Cv Inconstitucionalidade (...) Locagio. RE 62 .731 RTJ 45/559

Adm Inconstitucionalidade (...) Serventuario do Justiga. RMS 16.912RTJ 45/530

Trbt Inconstitucionalidade (...) Taza do expedients. RMS 17.860

RTJ 45/658

PrSTF Incorregio (...) Acdrdio. RE 55 .641 (I. Proc.) RTJ 45/740

Adm Indenizagio (...) Desapropriagio. ERE 28.748 RTJ 45/152

PrCv Indenizagio (...) Execugio. RE 62.374-RTJ 45/200

Cv Indenizagio (...) Responsabilidade civil. Ag 40.236 RTJ

45/816 , RE 57.505 RTJ 45/115, RE 63.671 RTJ 45/632

TrAc Indenizacio. Revisio. RE 61. 181 RTJ 45/342

PrPn Inepcia (...) Denuncia . HC 43.634 RTJ 45/143, RHC 44.579RTJ 45/242, RE 62.502 RTJ 45/415

Cv Infragio contratual (...) Locagfio. RE 64.246 RTJ 45/800

Adm Ingresso nas carreiras (...) Funcionalismo. RMS 17.153 RTJ45/546

Ct Iniciativa do alteragio (...) Poder Judicierio. Rp 665 RTJ

45/581

Ct Iniciativa legislativa (...) Poder Judicifrio. Rp 746 RTJ 45/281

Ct Iniciativa legislativa (...) Poder Legislativo. Rp 745 RTJ 45/1

RT.J. - ftmtca ALVABtIICO - Ini-J6r 897

Ct Iniciativa legislative (...) Tribuerl do Algada . Rp 746 RTj45/281

Adm Inquf Tito administrativo (...) Ensino superior. RMS 17.093RTJ 45/218

Adm Inecrigio (...) Magistrado. RMS 16 . 312 RTJ 45/84

PrCv Inscrigio em concurso (...) Mandado do ae/reranga. RM8 16.312RTJ 45/84

Adm Interino (...) Funcionallsna. RE 61 . 874 RTJ 45/262

Cv Interpelagio (...) Promensa do ooaepra a verda. Ag 37.592RTJ 45/668

PrCv Interpretagio controvertida. Aged rescisaria. AR 649 RTJ 45/808

Cv Interrupgio (...) Preserigao. RE 63 . 709 RTJ 45/66

PrPn Interrupgio do prazo (...) Decade wia. RE 61 . 488 RTJ 45/480

Prow Intervengio do terceiro . Mmrdadb do seguaanga. RE 59.038RTJ 45/830 I

PrGr Intirnegio. Imprensa, Nome dos advogados . L. 4.094/62. RE63.782 RTJ 45/275

PrPn Intimagio Pam inquirigio do tefftem-nh- Defeat HC44.094 RTJ 45/373

Pity Inventariante (...) Inventirio. RE 62 . 352 RTJ 45/867

Invent". Inventariente ( remogio). Agravo do instrumento.RE 62 . 352 RTJ 45/867

Adm Irredutibilidade do vencimentos (...) Magiatredo . MS 15.060RTJ 45/138, MS 15.144, RTJ 45/353, RMS 17.120 RTJ 45/32

Trbt Ieengio (...) Irnp6eto do tranmriaio "inter vivos". RE 46.053RTJ 45/388

♦ Trbt Isengia fiscal. Cooperatives . Impostos locals . RE 61 .116 RTJI^45/790 1

Adm Isonomia . VendmOnto. RE 59.390 (AgRg ) RTJ 45/681

1

Prpn Jul.. Idantidade f:aica. Proeesso sumirio . Contravengio penal.RE 64.209 RTJ 45/496

Adm Juizee do Justice do Trabalho (...) Madidrado. MS 15.144RTJ 45/353

Adm Juizes do Tribunal do Algada (...) Mayafrado. Rp 746 RTJ45/281

PrSTF Julgamento posterior (...) Recurso. ERE 57.747 RTJ 45/826

PrPn J6ri (...) Apefag$O. HC 44.740 RTJ 45/44 /

• -Papa Juri. Competencia. Crime doloso contra a vide (dolo eventual).HC 45.317 RTJ 45/732

^`Pir?O J6ai. Quesitos (felt.). MC 44.035 RTJ 45/817/

898 JLr-Lei - P.T.J. - izmICE ALFABtTIcO

• PrPn Juri. Quesitos . Legitima defesa . RE 61 .416 RTJ 45/792

PrPn J(zri. Quesitos . Legitime defesa putative. RE 61.479 RTJ 45/407

• Prpn Juri. Quesitos. Meio insidioso. Deficiincia . RE 63 .835 RTj'

45/798

Prpn Juri. Quesitos. PronCncia ( conformidade ). HC 45.163 RTJ

45/384

Adm Juros compensat6rios. Desapropriayiio indireta . RE 48.487RTJ 45/675

Cv Juros compostos (...) Raponsabilidade civil. Ag 40.236 RTJ45/816

PrCv Justice Comum (...) Competencies. CJ 4.628 RTJ 45/425

PrPn Justica Federal (...) Competencia . CJ 4.573 RTJ 45/319,CJ 4.664 RTJ 45/427

PrPn Justice Militar de 1a instiincia (...) Competencies. 1W 44.942

RTJ 45/48

Adm Justice Trabaibista (...) Madietrado. MS 15 .060 RTJ 45/138

PrPn

PrPn

L

Legitima defesa (...) Juri. RE 61 .416 RTJ 45/792

Legitima defesa putative ( ...) Juri. RE 61 .479 RTJ 45/407

Trbt Lei 2.281/40, art. 9? (...) Tare aebre potencia hidraulice.

RE 61.474 RTJ 45/187

Adm Lei 525-A/48 (...) Funcionaliamo. RE 61 .874 RTJ 45/262

Adm Lei 1.741/52 (...) Funciona/iamo. RMS 18 .720 RTJ 45/771

Adm Lei 2.123/53 (...) F'mcionalisna . RMS 16 .667 RTJ 45/89

Adm Lei 3.205/57 (...) Tesomeiro. ERMS 15 .911 RTJ 45/26

Adm Lei 3.414/58 (...) Funcionaliamo . RMS 16.667 RTJ 45/89

Trbt Lei 3.470/58 (...) Imp6sto do luau in obilierio. RE 56.850RTJ 45/57

TrPrv Lei 3.501/58 (...) Aeronauta . RE 62 .422 RTJ 45/408

Adm Lei 3.531/59 (...) Vantagem. RMS 11.722 RTJ 45/79

Adm Lei 3.754/60 (...) Magistrado. RMS 18.506 RTJ 45/330

TrPrv Lei 3. 807/60 (...) Apoeentadoria definitive . RMS 18.139 RTJ

45/604

Adm Lei 4.069/62 (...) Vantagem RMS 16.290 RTJ 45/144

PrGr Lei 4. 094/62 (...) Intirnacio. RE 63.782 RTJ 45/275

PrPn Lei 4. 215/63 (...) Defame. HC 44.257 RTJ 45/374

prOv Lei 4.215/63 (...) Valor da auras. RE 64 .027 RTJ 45/423

PrCv Lai 4.290/63 (...) Valor da cevea. RE 63 .667 RTJ 45/748

PrSTF Lei 4.337/64 (...) Representagio do inconstitucionalidade.

' Rp 700 RTJ 45/690

LT.J. - NDICB ALFABETICO - Lei-Lei 899

Adm Lei 4.345/64 (...) Puncionaliavn . MS 18 .169 RTJ 45/661

Trbt Lei 4.425/64 (...) Impdsto do induetrias a proiiseoas. RE 60.363RTJ 45/400

Trbt Lei 4.425/64 (...) Tana do deepacho aduaneiro. RMS 17.547RTJ 45/367

Adm Lei 4.439 /64 (...) Funcionslismo. MS 16 .828 RTJ 45/438

Adm Lei 4.439/64 (...) Megistrado. MS 15 .060 RTJ 45/138, MS15.144 RTJ 45/353

Trbt Lei 4.504/64 (...) ImpBato territorial rural. RMS 17 .322 RTJ45/592

Adm Lei 4.686/65 (...) Deaapropria£io. RE 63.268 RTJ 45/795,Ct RE 63.329 RTJ 45/334, RE 63 .343 RTJ 45/490

Trbt Lei 4.784/65 (...) Impdato de vandal a oorrignacoo . RMS17.935 RTJ 45/810

Cv Lei 4.864/65 (...) Zocacio do D. 24.150. RE 62 .295 RTJ45/685

TrG. Lei 5.194/66 (...) Sa/irio-m nimo pro!iedoral. Rp 745RTJ 45/1

PrPn Lei 5.349/67 (...) Priaao preventive obrigatdria . RHC 45.576RTJ 45/623

Adam Lei estadual (...) Funciora/iamo. RE 45 . 862 RTJ 45/117

Adm Lei estadual 6 . 898/62-SP (...) Funcionalisn o. RMS 18.002RTJ 45/602

Trbt Lei estadual 3.214/64-MG (...) Tara de arpediente. RMS17.860 RTJ 45/658

Ct Lei estadual 3 . 214/64-MG (...) Tributagio . RMS 17.860RTJ 45/658

Adm Lei estadual 8 . 101/64 (...) Principle da iaowmia. RMS 16.912Ct RTJ 45/530

Adm Lei estadual 8.101 /64 (...) Serventuirio da Justice. RMS16.912 RTJ 45/530

Adm Lei estadual 5.145/65-RS (...) Conwaeo. Rp 701 RTJ 45/650

Ct Lei estadual 5.145/65-RS (...) Conatitucionalidade. Rp 701RTJ 45/650

Ct Lei inconstitucional (...) Poder Executive. RMS 15 .212 RTJ45/10

Adm Lei Local (...) Vantagem. RE 58 .677 RTJ 45/678

PrSTF Lei local a lei federal (...) Recureo extraordirario. RE 58.677RTJ 45/678

Adm Lei peaoal (...) Principle da isonoo'ra. RMS 16.912 RTJCt 45/530

0 Trbt Lai tributiria . Aplicegeo no tempo. RMS 17.935 RTJ 45/810

900 Let-LOC - R.T.J. - INDICE ALFAB$TICO

PrSTF Letra a (...) Recurso e:traordinerio. RE 52.305 RTJ 45/786,

Ct

RE 61 . 705 RTJ 45/860, RE 62.422 RTJ 45 /408, RE 64.463RTJ 45/802

Liberdade do oomercio . Comercio exterior . Transportador ex-clusivo. Abuso de poder econ6mico . RMS 18 . 281 RTJ 45/606

Trbt Liberdade de comercio (...) Sanpiio fiscal . RE 60 . 664 RTJ

45/629

Adm Licence pare saMde (...) Fmnioneliemo. RMS 18.720RTJ 45/771

Ct Limit" . Decreto-lei . RE 62 . 731 RTJ 45/559

TrPrv Limites mdximo a minimo (...) Contribuigiio previdenciaia.RE 58.794 RTJ 45/395

• Cv Looepao, Aluguel ( limits). Dl. 4/66. RE 61 . 705 RTJ 45/860

Cv Locacao. Dl. 322/67. Inconstitucionalidade . RE 62 . 731 RTJ45/559

Cv Looapao. Obrigacues do locaterio . Quitacio ample do locador.

RE 62 . 041 RTJ 45/267

Cv Locapao. Retomada . Conveniencia do locador . Dl. 4/66. RE

63.875 RTJ 45/207

• Cv Locacao. Retomada . Infracio contratual (cessio irregular de/

locacio). RE 64 . 246 RTJ 45/800

Cv Locaca"o. Retomada . Necessidede . Transferincia do residencia.RE 61 . 898 RTJ 45/194

Cv Locapio. Retomada . Reforma (meior capacidade de utilizacio).

RE 49 . 603 RTJ 45/551

Cv Locapio. Retomada . Sinceridade ( preauncio). RE 64.167RTJ 45/277

• Cv Locacio . Retomada . Uso prbprio . Sociedade. RE 61.973/RTJ 45/863

Cv Locacio . Retomada . Uso prbprio . Necessidade (prow). RE63.182 RTJ 45/270

Cv Locapio. Retomada . Uso pr6prio . Necessidade presumida. RE

61.209 RTJ 45/186

• Cv Locaca"o. Retomada . Use prbprio . Transferencia de residencie.RE 48 . 441 RTJ 45/785

Cv Locacio de autombvel (...) Responsabilidade civil . RE 63.562RTJ 45/65

Cv Locacio do D. 24 .150. Fundo do comercio . RE 61.166RTJ 45/179

• Cv L.ocapifo do D. 24150 . Purgagio de more. L. 4.864 /65. RE62.295 RTJ 45/685

Cv Locapio do D. 24.150. Retomada . Sinceridade . Sociedede emconatituicio . RE 61 . 166 RTJ 45/179

Cv Locacio do D. 24 . 150. Revisio do Auguel . Vigencia (pericia).

RE 63 . 161 RTJ 45/64

R.LJ. - /NmcE ALFADETICO - Loc-Man 901

• Cv Loeasio do D. 74150. Revisio do aluguel. Vigencia do aluguelrevisto. RE 63 . 385 RTJ 45/746

Cv L.ocacio do D. 24.150. Teatro . Retomada pare use pr6prio. Des-tinagio do im6vel . ERE 60.649 RTJ 45/401

PrCv Luger do ecidente (...) Compete"ncia. RE 64 . 590 RTJ 45/635

Trbt Luger des transagoes (...) Imiodato do industriso a profiss6es.RMS 16.949 RTJ 45/444

M

Adm Magisterio . Ensino oficial ( Gb). Diplomado de estabelecimentooficial ( ingresso ). Rp 676 RTJ 45/498

Adm Magisterio a fungiio burocritica (...) Aammlacio do cargos.RMS 17.038 RTJ 45/214

Ct Magisterio oficial (...) Prinoipio do isononda . Rp 676 RTJ; 45/498

Adm Magfstrado. Concurso . Inscrigiio . Brasileiro naturalizedo. RMS16.312 RTJ 45/84

Adm Magisttado. Equiperagiio a Secretgrio do Eatado . Gratificageo dorepresentagio . RE 44 . 092 RTJ 45/158

Adm Magiatrado. Estado de Guanabara. L. 3.754/60. Remocio dejuiz do direito . Autorizagio do Tribunal de Justice . RMS 18.506RTJ 45/330

Adm Magistrado . Irredutibilidade do vencimentos . Alteragiio do par-celas da remunerageo . RMS 17 . 120 RTJ 45/32

Adm Magiatrado. Juizes de Justiga do Trabalbo . Abono de perme-nencia . Lei 4 . 439/64 . MS 15 . 144 RTJ 45/353

Adm Magfatrado. Juizes de Justiga do Trabalho . Gratificacio dotempo do servico . Irredutibilidade do vencimento. L. 4.439/64.MS 15 . 144 RTJ 45/353

Adm Magiatrado. Juizes da Justice do Trabalho . Nivel universitftrio.L. 4.439/64. MS 15 . 144 RTJ 45/353

Adm Magistrado . Justiga Trabalhista . Acrescimo do tempo do servigo.L. 4.439/64. Irredutibilidade do vencimentos . MS 15.060RTJ 45/138

Adm Magiatrado. Promogio . Juizes do Tribunal do Algada (Gb).Rp 746 RTJ 45/281

Adm Magistrado. Rembgio (criterios). Tribunal do Alcada (Gb).Rp 746 RTJ 45/281

PrCv Mandado do aeguranga . Ato do autoridede . Enquadramento.RMS 17 . 095 RTJ 45/28

PrCv Merdedo do seguranga . Ato do autoridade . Punigeo dixipliner.RMS 17 . 093 RTJ 45/218

PrCv Mandado do soguranga . Ato do autoridede . Readaptegio. RMS17.373 RTJ 45/447

902 Man-Mis - R.T.J. - fNDICE ALFABeTICO

PrCv Mandado de seguranga (...) Coin julgada. AR 725 RTJ 45/69

PrCv Mandado do saguranga . Competencia . Decisio de Tribunal doAlgada (Gb). Rp 746 RTJ 45/281

PrCv Mandado do saguranga . Competencia do TRT. Ato do Prasi-dente . RMS 18 . 375 RTJ 45/328

PrCv Mandado do seguranga . Documentos em poder de autoridade.Requisigio des certid6es . RMS 17 . 440 RTJ 45/224

PrCv Mandado de seguranga . Impetragio prejudicada . Inscrigio emconcurso ( reprovagio ). RMS 16 . 312 RTJ 45/84 /

• PrCv Mandado do seguranga . Intervengio do terceiro . RE 59.031YRTJ 45/830 /

• PrCv Mandado do seguranga . Materia do prove . RMS 12 .431 RTJ!45/654

PrCv Mandado do segiaanga. Prazo . RE 61 .139 RTJ 45/479

PrSTF Mandado do seguranga (...) Recurso ordin6rio . RMS 15.212RTJ 45/10

PrSTF Mandado de seguranga . Suspensio do liminar. Agravo regimental.SSg 87 ( AgRg ) RTJ 45/209

PrPn Manic&mio judiciirio (...) Medida do seguranga . HC 44.655RTJ 45/334

0 Ind Marco do irduatria a conrercio . Doagio . Dl. 8. 104/45. Rll359.038 RTJ 45/830

Trbt Materia-prima (...) Impdsto do vendas a oonaignagoes. RMS17.935 RTJ 45/810

PrCv Materia do prove . Mandado do segurange . RMLS 12.431 RTJ45/654

PrSTF Materia n5o ventilada no ac6rdio (...) Recurso eztraordinario.RE 63 . 782. RTJ 45/275

Adm Matricula de ezcedentes (...) Ensino superior . RMS 17.14'4RTJ 45/589

Adm Medico (...) Acumulagio do cargos . RMS 17 . 342 RTJ 45/33

Adm Medico contratedo (...) Funcionalismo . RMS 17 . 342 RTJ45/33

PrPn Medida do seguranga . Casa de cust6dia . Manicumio judicierio.HC 44. 655 RTJ 45/334

PrPn Meio insidioso (...) Juri. RE 63 . 835 RTJ 45/798

Trbt Mercadorias transferidas a filial (...) Impostos do vendee econsignagoes . RMS 17 . 935 RTJ 45/810

Adm Ministerio Publico (...) Funcionalismo . MS 16 . 828 RTJ45/438

• Adm Ministerio Publico . Readmissio de Promotor . Regime do en-trancias . Acesso pot antigiiidade (prejuizo ). RMS 18.595RTJ 45/768

PrPn Miserabilidade (...) Agio publics . RMC 45 .198 RTJ 45/778

RTJ. baa A[.vaeh'tao - Mis-Nul 903

PrPn Miserabilidade . Prove . HC 45. 181 RTJ 45/386

Pn Momento consumativo (...) Prescrigb . RHC 45 .091 RTJ45/170

Cy Mora ( ...) Promesaa do compra a vanda . Ag 37.592 RTJ45/668, Ag 42.674 RTJ 45/612

Trbt Movimento econimtico (...) Impdsto do ird6strias a protis-s6es . RMS 16 .949 RTJ 45/444 RMS 17.284 RTJ 45/148

Pn Multa anterior d condenagio . Stasis . RHC 45.080 RTJ 45/776

Adm Municipio (. , .) Concesgio do servigo p6blico . RE 63.836RTJ 45/870

Ct Municipio. Criagio de municipio ( SP). Plebiscito . Rcl 742RTJ 45/524, Rd 763 RTJ 45/524

N

Cv Necessidado (...) Locagio. RE 61.898 RTJ 45/194, RE63.182 RTJ 45/270

Cv Necessidade presumida (...) Locagiio . RE 61 .209 RTJ 45/186

PrSTF Negagio de vigencia (...) Recurso eztraordinbrio . RE 52.305RTJ 45/786, RE 61.705 RTJ 45/860, RE 62.422 RTJ 45/408,RE 64.463 RTJ 45/802

PrSTF Negative do vigencia. Rectaso eztraordinirio . RE 63.875 RTJ45/207

Adm N(vel universitIrio (...) Magistrado . MS 15 . 144 RTJ 45/353

PrGr Nome doe advogados (...) Intimagiio . RE 63.782 RTJ 45/275

Adm Nomeagio sem concurso (...) Fuacionaliamo . EAg. 37.212RTJ 45/228

Trbt Notmas de direito privado (...) Direito tributirio . RE 61.814RTJ 45/190

Ct Normas processuais (...) Supremo Tribunal Federal. Rp 700RTJ 45/690

Cm Note pronvss6ria . Vinculagio a contrato de empreitada. RE46.760 RTJ 45/52

Cv Notificagiio necessbria (...) Promessa do venda . Ag 42.674RTJ 45/612

Cv Nulidade (...) Adogiio . RE 60 . 117 RTJ 45/473

PrCy Nulidade (...) Citagio inicial . RE 59 . 967 RTJ 45/59

PrPn Nulidade nio argiiida polo M . P. Apelagio . HC 44 . 089 RTJ45/550, RE 59 . 978 RTJ 45/255

PrPn Nulidade no pronunciada (...) Crime do responsabilidade.RE 59 . 978 RTJ 45/255

904 Obr-Per - R.T.J. - 1NDICz ALPAB$TICo

0

Cv Obrigagao . Principal a acessoria (regime delta ). RE 46.760RTJ 45/52

Cv Obrigag6es do locatario (...) Locagito . RE 62 .041 RTJ 45/267

PrCv Ofensa literal a lei. Aggo reecisdria . AR 704 RTJ 45/752

Adm Oficial reformado do Corpo de Bombeiros (...) Acumufafiode cargos . RMS 15 .482 RTJ 45/140

PrSTF Oportunidade do recurso (...) Recurso ordindrio . RMS 15.212RTJ 45/10

Ct Organizaciio judiciaries (...) Poder Judjcidrio . Rp 665 RTJ45/581

Ct Organizagao de Secretaria (...) Tribunal de Algada. Rp 746RTJ 45/281

P

Cv Pacto oomissdrio ( vedasiio ). RE 63.128 RTJ 45/484

Pn Pagamento (...) Cheque sem fundoa . RHC 45.126 RTJ 45/50,RHC 45.333 RTJ 45/619

Pn Pagamento antes do condenasiio . Cheque sem fundos . HC 43.768

RTJ 45/229

PrCv Parceria agricola . Afiio do despejo . RE 63 . 225 RTJ 45/488

Adm Participa}ao em arrecadaceo (...) Vantagem . RMS 16.290RTJ 45/144

Cv Patrio poder . Guarda dos filhos . Conjuges separados. Direitode visits . Ag 41.766 RTJ 45/457

PrPn Peculato a estelionato (...) Prisio preventive compu/sdria.RHC 44 . 569 RTJ 45/42

Adm Pedido do interessado (...) Desapropriagiio . RE 63 .329 RTJ45/334

PrPn Pedido posterior so julgamento . Doseforamento . HC 45.099RTJ 45/461

Cm Pedido de restituigio (...) Fa/encia . RE 45 .137 RTJ 45/674

PrPa Pena-base (...) Sentenga condenatdria . HC 44.361 RTJ 45/332

Pn Pena concrete (...) Preacriyao . HC 44.294 RTJ 45/672

PrPn Pena maxima (...) Sentenca . HC 45.408 RTJ 45/621

Pn Pena pecuniaria . Sursis . RE 62 .260 RTJ 45/865

PrCv Pendencia de recurso (...) Execurao . RE 62 .374 RTJ 45/200Cv Pensi o reajustavel (...) Responsabilidade civil . RE 63.768

RTJ 45/421

• PrPn Pericia . Crime de sedus$o Prejuizo pars o rau . RHC 44.300RTJ 45/774

PrPn Perito {into . Exame do Corpo do delito . HC 45.181 RTJ 45/386

atJ. - Tamar AI.nAthncO - Pee-Pre 905

Adm Pesaoal do Ministirio do Fazenda (...) Vantagem . RMS 16.290RTJ 45/144

Adm Peswal do Service Juridice do Unii o (...) Funcionaliamo.MS 18 . 703 RTJ 45/34

Ct Plebiscite (...) Municllpio . Rcl 742 RTJ 45/524, Rcl 763RTJ 45/524

Ct Poder do emenda. Poder Legislative . RMS 15 . 152 RTJ 45/81,RMS 15 . 212 RTJ 45/10

Adm Poder Executive (...) Ato administrativo. RMS 16 . 608 RTJ45/657

Adm Poder Executivo (...) Funcionaiiamo . RE 45 . 862 RTJ 45/117

Ct Pod" Executive. Lei inconetitucional ( deacumprimento). RMS15.212 RTJ 45/10

Poder Judiciirio . Organizagao judiciiria . Iniciativa do altera-gio. D. est. 44 . 794/65-SP ( inconstitucionalidade). Rp 665RTJ 45/581

Ct Pod" Judiciario. Vencimento de magiatrado. Iniciativa legis-lative . Rp 746 RTJ 45/281

Ct Poder Legislative . Iniciativa legislative . Aumento de remu-neragao do funcionirios . Rp 745 RTJ 45/1

Ct Poder Legialativo. Poder do monde . RMS 15 . 152 RTJ 45/81,RMS 15.212 RTJ 45/10 /

Adm Poder do policia . Alinlramento do pridio urbane . AR 649 RTJ/45/808

Adm Politico cambial (...) Competincia . RMS 18 . 281 RTJ 45/606

PrCv Prazo (...) Agra" . RE 54 . 913 RTJ 45/463

PrPn Pram. Exceaw . Exams pericial ( justificagio ). HC 44.115RTJ 45/97

• PrPn Pram. Excesw ne o justificado . HC 44 . 150 RTJ 45/241, HC45.135 RTJ 45/823

PrCv Pram . Mandado de seg"anga . RE 61 . 139 RTJ 45/479

• PrCv Prazo em ddbro . Fazenda Publics . Executivo fiscal. RE 63.789RTJ 45/634

Trbt Prego de venda (...) Impbsto de vendas a consignagoes. RMS17.498 RTJ 45/365

PrPn Prefeito Municipal (...) Crime do responsabilidade . RE 59.978RTJ 45/255

PrPn Preju4zo pare o rim (...) PeuJcia . RHC 44.300 RTJ 45/774

PrCv Preparo (...) Agravo . RE 54 . 913 RTJ 45/463

PrSTF Prequestionamento . Recurao extraordinsio . ERE 59 . 640 RTj45/846, RE 62 . 422 RTJ 45 /408, RE 63.782 RTJ 45/275

PrPn Prerrogativa de fungiio (...) Competencia . RE 58.113 RTJ45/788

Pn Ptescrigeo . Apropriageo indibita . Momenta conaumativo. RHC45.091 RTJ 45/170

906 Pre-Pro - R.T.J. - INDICE ALFAafTICO

Pn Prescriyao . Concurso do crimes. HC 43 . 806 RTJ 45/235

Trbt Prescricio (...) Imp6sto do trammissio "inter vivod'. RE46.053 RTJ 45/388

Cy Prescrisao . Interrupcio . Citafao inicial retardada . RE 63.709RTJ 45/66

• Pa Prescriyio . Pena concrete . Recurso do acusa4io . HC 44.294/

RTJ 45/672

PrPn PrescriFio decretada (...) "Habeas corpus". HC 44 . 239 RTJ45/161

PrCv Prestagao do contas (...) Agio cominatoria . RE 38.064 RTJ

45/671 , RE 63 . 264 RTJ 45/273

PrPn PrestaFio do contas (...) A{,io penal . RE 62 . 502 RTJ 45/415

Pn Prestacio do contas . Apropriagio indebita . RE 61 . 906 RTJ

45/861

Cv Principal a acess6ria (...) Obrigagio . RE 46.760 RTJ 45/52

Ct Princepio do isonomia . Magisterio oficial ( GB). Diplomado de

estabelecimento oficial . Rp 676 RTJ 45/498

Adm Principio do isonomia. Serventia de justica . Lei pessoel.

Ct L. est . 8.101/64 (SP). RMS 16 . 912 RTJ 45/530

Adm Prioridade do provimento (...) Serventuario do Juetiva. RMS16.912 RTJ 45/530

PrPn Prisio preventive compulsdria . Peculate a estelionato . Funda-

mentacio . RHC 44 . 569 RTJ 45/42

PrPn Priseo preventive obrigatdria . Corpo do delito . L. 5.349/67(aplicagio imediata ). RHC 45 . 576 RTJ 45/623

Adm Privilegio do candidato-funcion > rio (...) Concurso. Rp 701

RTJ 45/650

Ct Privilegio do candidate-funcion6rio (...) Constitucionalidade.Rp 701 RTJ 45/650

PrPn Processo originerio (...) Embargo. . HC 45 . 209 RTJ 45/335

Mon Processo pendente (...) Desapropriayeo . Ag 41. 558 (AgRg).

RTJ 45/39

PrPn Procosso sum4rio (...) Juiz. RE 64 . 209 RTJ 45/496

Adm Procurador auterquico (...) Funcionaliemo . RMS 16 .667 RTJ

45/89

Adm Professor de Medicine (...) Acumulayio do cargos. RMS15.482 RTJ 45/140

Proibi4io de advogar (...) Vencimento . RE 53 .435 RTJ

45/552

Cv Promema de compra a venda . Cliusula de arrependimento. Re3n6ncia . ERE 60 .313 RTJ 45/849

Cy Promessa do compra a vends . More . Interpelario. Ag 37.592

RTJ 45/668

R.T.J. - INDR$ ALPAE*TICO - Pro-Rec 907

IM Cv Promesm de verda . Tm6vel loteado . More. Notificagao neces/saris . Ag 42.674 RTJ 45/612

Adm Promocao (...) Magistrado. Rp 746 RTJ 45/281

Adm Promog o por merecimeto (...) Funcionalismo . RE 45.862RTJ 45/117

PrPn Prondncia . Homic(dio doloso . Convencimento da exist6ncia do/crime. HC 45 .317 RTJ 45/732

PrPn Pron(rncia (...) Jari. HC 45.163 RTJ 45/384

PrSTF Protocolo da peticiio (...) Recurso . ERE 57 .747 RTJ 45/826

PrPn , Prove. Miserabilidade . HC 45 . 181 RTJ 45/386

Cv Prove da interrnediacao . Corretagem imobilisria . RE 60.787RTJ 45/477

Adm Proventos (...) Vantagem . RMS 11 . 722 RTJ 45/79

PrCv Provimento do Rcurso (...) Execufio . RE 62 .374 RTJ45/200

PrOv Puni4eo discipliner (...) Mandado do seguranfa. RMS 17.093RTJ 45/218

Aden Puni4eo discipliner a estudante (...) Encino superior. RMS17.093 RTJ 45/218

Cv Purgaceo de more (...) Locapeo do D. 24 . 150. RE 62.295RTJ 45/685

Q

PrPn Quesitos ( ...) Jars. HC 44.035 RTJ 45/817, HC 45.163RTJ 45/384, RE 61.416 RTJ 45/ 792, RE 61 .479 RTJ 45/407,RE 63 .835 RTJ 45/798

PrPn Questio Prejudicial . Facultatividade . HC 45.608 RTJ 45/782/

Cv Quitagiio ample do locador (...) Locagao . RE 62 .041 RTJ45/267

R

Pa Rapto consensusl . Corrupsio. Concurso . HC 44.232 RTJ 45/40

Adm Readaptetfio (...) Funcionalismo . RMS 17.095 RTJ 45/28

PrOv Readaptasi o (...) Mandado do seguranra. RMS 17.373 RTJ45/447

Readmissao de Promotor (...) Ministerio Pablico. RMS18.595 RTJ 45/768

TrAc Reajustamento do premio. Seguin. RE 48.535 RTJ 45/627

• PrSTF Recurso. Desist&,cia . Julgamento posterior. Protocolo da pewtigio (felts ). ERE 57.747 RTJ 45/826

Pa Recurso da ecusagio (...) Prescrigio. HC 44.294 RTJ 45/672

Prey Recurso cabivel (...) Valor da causa. RE 62 .817 RTJ 45/343

PrOv Recurso "ox officio' (...).Valor da mum . RE 60.593 RTJ45/340

908 Rec-Reg - RT.j. - frmlce ALFnBETico

PrSTF

PrSTF

PrSTF

PrSTF

• PrSTF

• PrSTF

• PrSTF

PrSTF

PrSTF

Recurso extraordinerio . Decisio em correigio no reclamaggo.RE 63 .480 RTJ 45/349

Recurso extraordinario . Decisio definitiva (mirito do cause).RE 60 .266 RTJ 45/398

Recurso extraordinsrio . DesapropriaFio. Honorerios advocati-/cios. RE 48 .487 RTJ 45/675

Recurso extraordinsrio . Despacho de admissio (efeito). RE63.782 RTJ 45/275 /

Recurso ertraordinario . Divergencia alegada tardiamente. RE/61.116 RTJ 45/790

Recurso extraordinario . Fundamentagio deficiente . RE 34.21RTJ 45/667

Recurso ertraordinario. Fundamento inatacado . RE 60.854RTJ 45/852, RE 63.174 RTJ 45/418

Recurso extraordinario . Lei local a lei federal ( duple violacio)RE 58 .677 RTJ 45/678

Recurso estraordinerio . Letra a. Negagio de vigincia. RE/52.305 RTJ 45/786, RE 61 .705 RTJ 45/860, RE 62 .422 RTJ45/408, RE 64 .463 RTJ 45/802

PrSTF Recurso ertraordinirio . Negative de vigencia. RE 63 .875 RTJ45/207

• PrSTF Recurso ertraordinerio. Prequestionamento . ERE 59.64D RT45/846

PrSTF Recurso extraordinario . Prequestionamento . Coisa julgada.RE 62 .422 RTJ 45/408

PrSTF Recurso extraordinerio . Prequestionamento . Materia nio venti-lada no ac6rdao. RE 63 .782 RTJ 45/275

PrSTF Recurso ordinerio . Mandado de seguranga. Argiiisio do incons-titucionalidade (decisio pleneria ). Oportunidade do recurso.RMS 15 .212 RTJ 44/10

PrPn Recurso ordinario pendente . Habeas corpus . RHC 45. 111 RTJ45/614

Cv Reforma (...) LocaFao . RE 49 .603 RTJ 45/551

Adm Regime do entrancias (...) Ministerio Pdblico. RMS 18.595RTJ 45/768

Ct Regimento Interno (...) Competencia legislative. Rp 700RTJ 45/690

Ct Regimento Interno (...) Supremo Tribunal Federal. Rp 700

RTJ 45/690

Cv Registro (...) Compra a vends . RE 64 .291 RTJ 45/278

Cv Registro civil (...) Adogao . RE 60 .117 RTJ 45/473 //

1 Ind Registro internacional do moron . Transferencia . RE 59.038RTJ 45/830

Adm Registro do isenpio fiscal (...) Tribunal de Contas. RMS

15.164 RTJ 45/756

RT.J. - lrema ALFAE§TrcO - Reg,Res 909

f

r Ind Regiatro do manna . Caducidade . Desuso . Domino p6blico. RE-59.038 RTJ 45/830

PrCv Reintegragio (...) Agio posaess6ria . RE 62.685 RTJ 45/62

PrSTF Reitera{ao. Habeas corpus . HC 45.441 RTJ 45/781

>. Cv Reivmdicayio . Bens p6blicos . Fortificagio militar (area viznha). RE 60.854 RTJ 45/852

Trbt Remeasa de juros no Exterior (...) Imp6sto do Rends. RMS18.777 RTJ 45/814

Adm Remogio (...) Magistrado . Rp 746 RTJ 45/281

Adm Remogio de juiz do direito (...) Magietrado . RMS 18.506RTJ 45/330

Int Renuncia (...) Domicilio . "Exequatur" 1.328 RTJ 45/317

Cv Ren6ncia (...) Promessa do compra a vends . ERE 60.313RTJ 45/849

Pn Reorganizacao do PCB. Crime Politico . RHC 45.347 RTJ45/174

PrPn Representegio (...) Agio penal p6blics. RE 63 .705 RTJ45/351

as PrSTF Representagiio do inconstitucionalidade . Embargos infringentes.L. 4.337/64. Emend. Regimental do 16 .3.67. Rp 700 RTJ45/690

PrSTF Republicagio (...) Acdrdio. RE 55 .641 (I. Proc.) RTJ45/740

Adm Rescisio (...) Concessio do aervigo priblico . RE 63.836 RTJ45/870

Adm Responsabilidade administrative a criminal (...) Puncionalis-mo. RE 63 .054 RTJ 45/793

Cv Reaponsabilidade civil . Acidente de autom6vel . Indenizagio.Salario-minimo . RE 57 . 505 RTJ 45/115

as Cv Responsabilidade civil . Ato ilicito . Indenzagio ( varilvelo salIrio-minimo). RE 63 . 671 RTJ 45/632

`VY

a Cv Responaabilidade civil. Ate ilicite civil. Indenizagio. Juroacompostos . Ag 40.236 RTJ 45/816

• Cv Responsabilidade civil. Ate ilicito. Venda ad mensmam. Der-rubada de trvores na area reservada . RE 64 .463 RTJ 45/8

Cv Responsabilidade civil . Locagio do autom6vel . Responeabilida-do solideria do locadora . RE 63 . 562 RTJ 45/65

Cv Reoponsabilidade civil. Pensio reajustivel . Imp6sto do rends.RE 63 .768 RTJ 45/421

Cv Reeponsabilidede solideria do locadora (...) Responsabilidadecivil . RE 63 .562 RTJ 45/65

PrCv Requisigio des certidoes (...) Mendado do aeguranga. RMS17.440 RTJ 45/224

Cv Reserve do domino (...) Compra a verda . RE 64 .291 RTJ45/278

910 Res-Seg - is.T.J. - fxotce ArFABIxrtm

Trbt Reservas do ano-base (...) Impdsto do lucro imobili£rio. ERE55.673 RTJ 45/110

Cm Restituigio (...) Faldncia . RE 63.274 ( AgRg) RTJ 45/205

Cm Restituigio em dinheiro . Concordata . RE 63 .232 RTJ 45/203

Cv Retomada (...) Locagio . RE 48 .441 RTJ 45/785, RE 49.603RTJ 45/551, RE 61 .209 RTJ 45/186, RE 61 .898 RTJ 45/194,RE 61 .973 RTJ 45/ 863, RE 63.182 RTJ 45/270, RE 63.875RTJ 45/207, RE 64.167 RTJ 45/277, RE 64 .246 RTJ 45/800

Cv Retomada (...) Locagao do D. 24.150. RE 61.166 RTJ45/179

Cv Retomada pare use pr6prio (...) Locagao do D. 24.150.

ERE 60 .649 RTJ 45/401

TrAc Reversao da indenizagio (...) Acidente do trabalho . RE 61.287RTJ 45/258

TrAc Revisio. Indenizageo . RE 61 .181 RTJ 45/342

Cv Revisio do aluguel (...) Locagio do D. 24.150. ERE 63.161RTJ 45/64, RE 63 .385 RTJ 45/746

Adm Revogagio (...) Ato administrativo . RMS 15 .164 RTJ 45/756

PrSTF Revogagio (...) Carta rogatdria . "Exequatur" 1.328 RTJ45/317

Cy Revogagio (...) Testamento . RE 60.087 RTJ 45/469

Pn Revolugio do 1964 (...) Crime militar . HC 44.307 RTJ45/722

S

Cv Sa14rio-minimo (...) Responsebilidade civil . RE 57 . 505 RTJ45/115

Ct SaMrio-minimo professional . Engenheiros . Arquitetos . Agr6no-mos. Constitucionalidade . Rp 745 RTJ 45/1

TrGr Salbrio-rninimo professional . Engenheiros. Arquitetos . Agrbno-mos. L. 5 . 194/66 . Rp 745 RTJ 45/1

A Trbt Sangio fiscal . Cerceamento do profissio. RE 61.190 RT45/859

Trbt Sancio fiscal . Liberdade do comercio (restrigio ). RE 60.664RTJ 45/629

Trbt Sede do sociedade (...) Imp6sto do transmissio "cause mortid'.RE 58 . 356 RTJ 45/117

• Pn Seducio. Conjungiio carnal (prove ). RHC 44 . 300 RTJ 45/774 I-Z

PrCv Segundo instincia (...) Ace o do desapropriagAo . RE 63.268RTJ 45/795, RE 63 . 343 RTJ 45/490

Ct Seguranca national (conceito ). RE 62 .731 RTJ 45/559

• TrAc Seguro . Reajustamento do premio . RE 48 . 535 RTJ 45/627

TrPrv Segura especial (...) Aeronauta . RMS 17.372 RTJ 45/764,RE 62 . 422 RTJ 45/408

sa.J. - fNDCS ALFAsfrnCO - San-Sue 911

PrPn Santa" . Fundamentagio suficiente . HC 43 . 806 RTJ 45/235

• PrPn Sentenga . Pena maxima . Fundementagio necessiria . HC 45.408RTJ 45/621

PrSTJ Sentence condenat6ria (...) Eztradigio . Extr 270 RTJ 45/636

PrPn Sentence condenat6ria . Pena-base (nulidade ). HC 44 . 361 RTJ45/332

Adm Serventia de justiga (...) Prindipio da isonomia . RMS 16.912Ct RTJ 45/530

Adm Serventuario da Justiga (SP). Prioridade do provimento.L. est . 8.101/64 (SP). Incoustitucionalidade . RMS 16.912RTJ 45/530

• Ads Servigo pdblico (conceito). RE 63.836 RTJ 45/870/

Cv Sinceridade (...) Locagio. RE 64 . 167 RTJ 45/277

Cv Sinceridade (...) Locagio do D. 24 . 150. RE 61.166 RTJ45/179

TrGr Sindicato . Categories econ6micas ou profissionais espedficas.Deamembramento . RMS 18 . 192 RTJ 45/325

Cv Sociedade (...) Locagio. RE 61 . 973 RTJ 45/863

Cv Sociedade em constituigio (...) Locagio do D. 24.150. RE61.166 RTJ 45/179

Cv Sociedade do Into . Concubine . Dissolugio per morte. RE58.683 RTJ 45/391

Ads Substituigio eventual (...) Funcionaliemo . ERMS 15.786RTJ 45/585

Ads Substitute eventual (...) Teaovroiro . ERMS 15.911 RTJ45/26

Ads SUMOC (...) Competencia . RMS 18 . 281 RTJ 45/606

Trbt SGmula 91 (...) Impdsto do indvistrias a pro!iaa6es . RE 60.36$RTJ 45/400

PrCv Samula 180 (...) Agio revisional do aluguel. RE 62.624RTJ 45/417

PrPn Sdmula 388 (...) Agao penal pdblica . RE 60.266 RTJ 45/398

Trbt Svmula 435 (...) Imp6sto do tranamissio "cause mortis". RE58.356 RTJ 45/117

Ct Supremo Tribunal Federal (...) Competencia legislative. Rp700 RTJ 45/690

• Ct Supremo Tribunal Federal . Regimento Interco. Normas processuais . Rp 700 RTJ 45/690

PrSTF Supressio (...) Embargos inlringentes . RE 48 . 383 RTJ45/105 /f

• Pn Sursis. Multa anterior A condenagio . RHC 45 . 080 RTJ 45/776

• Pn Susie . Pena peeunieria . RE 62.260 RTJ 45/865/

PrSTF Suspensio de liminar (...) Mandado do segurange. SSg St(AgRg) RTJ 45/209

912 Tax-Tra - R.T.J. - fNDICE ALFABtTICO

• Trbt

Trbt

as Trbt

• Trbt

T

Taza do despacho aduaneiro . D. leg . 14/60. RMS 15.621,/RTJ 45/656

Tara de despacho aduaneiro. Empresa de mineragio . L. 4.425/64.RMS 17.547 RTJ 45/367

Taza de deapacho aduanneiro . Emprgsas de mineragio ( incide"n-cia). RE 57.193 RTJ 45/677

Tare de expedients . L est. 3.214/64-MG. Inconstituciolidade . RMS 17.860 RTJ 45/658

Ct Tan de expediente (...) Tributagiio . :RMS 17 . 860 RTJ45/658

Trbt Tara aobro potencia hidraulica . Aliquota ( fixagi(o anal). Lei2.281 /40, art. 9 .°. RE 61 . 474 RTJ 45/187 -

• Trbt Taza do Recuperagio Economics (MG). Adicional do importo de vendas a consignag6es. RE 61.116 RTJ 45/790

• Trbt Taza de reinspegio de carne bovina . Bitributagio . Competepcia municipal . RE 61 . 119 RTJ 45/856

Cv Teatro (...) Locagio do D . 24.150 . ERE 60 . 649 RTJ 45/401

Cv Telefone . Cessio do usu a inquilino . RE 63 . 174 RTJ 45/418

Adm Tempo do interinidade anterior (...) Funcionaliamo. RE 59.627RTJ 45/466

Ada, Tempo do servigo (...) Funcionaliarno. RMS 18 . 002 RTJ45/602

Adm Tempo de servigo (...) Vantagern. RE 58.677 RTJ 45/678

Adm Tesoureiro (...) Funcionaliarno. ERMS 15.786 RTJ 45/585

Adm Tosoureiro. Substituto eventual. L. 3.205/57. ERMS 15.911RTJ 45/26

Cv Testamento (...) Clausula do inalienabilidade. RE 61.972RTJ 45/264

Cv Testamento. Revogagio. Desquite. Adogio. RE 60.087 RTJ45/469

PrPn Testemunha na cause (...) Impedimento. HC 45.144 RTJ45/380

Int Transferencia. Registro internacionei do marca. RE 59.038RTJ 45/830

Pn Transferencia de crates sociais (...) Apropriagio indebita. RHC

45.111 RTJ 45/614

Cy Transferencia do residencia (...) Locagio. RE 48.441 RTJ45/785, RE 61.898 RTJ 45/194

Ct Transportador exclusivo (...) Liberdade de comercio. RMS18.281 RTJ 45/606

Trbt Tratado corn a Argentina (...) Impdsto de importagiio. RMS18.297 RTJ 45/665

R.T.J. - fNDICE AISAE*TICO - Tiff-Van 913

Ct Tribunal de Algada . Autonomia . Organizageo do Secretaria.Iniciativa legislative . Rp 746 RTJ 45/281

Ct Tribunal de Algada. Conatituigio estadual de 67 (GB). Ar-g0igao de inconstitucionalidade . Rp 746 RTJ 45/281

Adm Tribunal de Alrada (...) Magiatrado . Rp 746 RTJ 45/281

dp Adm Tribunal de Contas. Ato de contrule e do administrageo. Cotr6le jurisdicional. RMS 15 .164 RTJ 45/756

4+ Adm Tribunal de Contas . Competencia . Registro do isengio fiscal.RMS 15.164 RTJ 45/756

0 Ct Tributagio. Aspectos constitucionais . RE 60.664 RTJ 45/629

Ct Tributagio. Aspectos constitucionais . Competencia . Ag 41.927RTJ 45/611

• Ct Tributagio. Aspectos constitucionais . Imp6sto territorial rural.D. 56.462/65 (inconstitucionalidade parcial ). RMS 17.32RTJ 45/592

0 Ct Tributageo. Aspectos constitucionais . Taxa de expedientsL. eat. 3.214/64-MG. RMS 17 .860 RTJ 45/658

Ct Tributa4io. Imp6sto de transmissao " cause mortis". Aspectosconstitucionais. RE 58 .356 RTJ 45/117

Trbt Tributo estadual (. . •) Impdsto do ezportagio. Ag 41.927RTJ 45/611

uCv Uso pr6prio ( ...) Locagio. RE 48 .441 RTJ 45 /785, RE

61,209 RTJ 45/ 186, RE 61 .973 RTJ 45/863, RE 63 .182 RTJ45/270

V 1• PrCv Valor de causa . Algada. I. 4.290/63. Corregio do valor. RF/

63.667 RTJ 45/748

PrCv Valor do cause . Beneficio patrimonial ( equivalencia). Lei4.215/63. RE 64.027 RTJ 45/423

PrCv Valor do cause . Fixagao arbitreria. Valor do condenagio. Fa-zenda P6blica. Recurso "ex officio". RE 60.593 RTJ 45/340

PrCv Valor do cause . Fixagio arbitreria. Valor do condenagao. Re-curso cabivel . RE 62.817 RTJ 45/343

PrCv Valor do condenagio (...) Valor do cause. RE 60.593 RTJ45/340, RE 62.817 RTJ 45/343

Adm Valor contemporeneo do avaliagao (...) Desapropriagio. ERE28.748 RTJ 45/152

Trbt Valor de mercadoria. Impdsto do importagio . RMIS 15.932RTJ 45/361

Adm Vantagem . Abono provis6rio. L. 3.531/ 59. Proventos (cal-; culo). RMS 11.722 RTJ 45/79

914 Van-Vin - R.T.J. - iNDICE ALFABETICO

♦ Adm Vantagem . Equiparacao . Gratificagao ( posterior a lei equipa-

radora ). RMS 16 . 608 RTJ 45/657

Ct Vantagem (...) Garantia de irreduiibilidade de vencimentos.RMS 16 . 290 RTJ 45/144

Adm Vantagem . Gratificacao "pro labore". Afastamento do cargo( perch ). RMS 18 . 486 RTJ 45/371

Adm Vantagem . Participagio em arrecadacio . Pessoal do Ministerioda Fazenda . L. 4.069/62. RMS 16.290 RTJ 45/144

Adm Vantagem . Tempo do servigo (prestado a outra entidade). Leilocal. RE 58 .677 RTJ 45/678

Adm Venumento . Delegado de Policia (SP). Proibicao de advogar.RE 53.435 RTJ 45/552 ^^

a Adm Vencimento . Desvio de funcio . RMS 18 .075 RTJ 45/60.

Adm Vencimento (...) Funcionaliamo . RMS 17.095 RTJ 45/28

6 Adm Vencimento , Isonomia. RE 59.390 (AgRg) RTJ 45/681/

Ct Vencimento de magistrado (...) Poder Judiciario. Rp 746RTJ 45/281

Cv Venda "ad mensuram" (...) Responsabilidade civil. RE 64.463RTJ 45/802

• PrCv Venda judicial de coisa comum. Hasta publica RMS 11.637/RTJ 45/584

Trbt Venda de veiculo usado . Imposto de vendas e consigna56es.Ag 41.847 RTJ 45/459, RE 62 .565 RTJ 45/481

Cv Vigincia (...) Locagio do D. 24.150. RE 63.161 RTJ 45,/64

Cv V igencia do aluguel revisto (...) Locagio do D. 24.150.

RE 63 .385 RTJ 45/746

Cm Vinculagio a contrato de empreitada . Nota promissoria. RE46.760 RTJ 45/52

61

,Q,oe

o^

INDICE NUM9RICO(DO VOLUME)

Vol./PAg.

87 /(SSg) ( AgRg) .. 45(209

270_ (Extr) ........... 45/636

649-(AR) ............ 45/808

665 -(Rp) ............ 45/581

676, (Rp) ............ 45/498

700 .(Rp) ............ 45/690

701 ,(RP) ............ 45/650

704, (AR) ............ 45/752

725 , (AR) ............ 45/69

-742/ (Rcl) ........... 45/524

745 V(Rp) ............ 45/1

746, (Rp) ............ 45/281

763 /(Rcl) ............ 45/524

1.328 A("Exequatur ") CAR 45,1317

4.573, (CJ) 45/319

4.628 , (CJ) ............ 45/425

4.664 , (CJ) ............ 45/427

4.673 /(CJ) ............ 45/428

9.664 S(AC) ............ 45/76

11.637 A RMS) .......... 45/584

11.722. (RMS) .......... 45/79

12.431 , (RMS) .......... 45/654

15.060 , (MS) ............ 45/138

15.144 , ( MS) ............ 45/353

15. 152 i (RMS) .......... 45/81

15.164 /( RMS) .......... 45/756

15.212 /(RMS) .......... 45/10

Vol. /Pag.

15.482 ^(R'MS) .......... 45/140

15.621 ( RMS) .......... 45/656

15.786 ' (ERMS ) ......... 45; 585

15.911 ,(ERMS) ......... 45/26

15.932 , (RMS) .......... 45/361

16.290_ (RMS) .......... 45/144

16.312 /(RMS) .......... 45/84

16.333 . (RMS) .......... 45/433

16.608&( RMS) .......... 45/657

16.627 '( RMS) .......... 45/88

16.667. (RMS) .......... 45,89

16.828, (MS) 45/438

16.912 (RMS) .......... 45/530

16.949 ,(RMS) .......... 45/444

17.038 i (RMS) .......... 45/214

17.093, ( RMS) .......... 45/218

17.095 /(RMS) .......... 45/28

17.120, (RMS) .......... 45/32

17.144 /(RMS) 45/589

17.153 / (RMS) .......... 45/546

17.163, (RMS) .......... 45/321

17.169/ (RMS) .......... 45/446

17.242 , (RMS) .......... 45/363

17.284 /(RMS) .......... 45/148

17.322 ARMS) 45/592

17.337/( RMS) .......... 45/150

416 ffNDICE NUMERICO

' Vol./Peg . Vol./Peg.

17.347 ( RMS) .......... 45 /33 37 . 2\12/(EAg) ........... 45/228

17.372 / (RMS) .......... 45/764 37.542 /(Ag) ............ 45/668

17.373 / (RMS) 45 /447 38 . 064 /.(RE) ............ 45/671

17.440 / (RMS) .......... 45 /224 40 . 236/(Ag) .....q....... 45/816

17.498 , (RMS) .......... 45 /365 41 . 558.,(Ag-AgRg ) 45,39

17.504 . (RMS) .......... 45 /7yb.- 41.766 /(Ag) ............ 45/457

17.547, (RMS) .......... 15/367 41 . 847, (Ag) ............ 45/459

17.643 /(RMS) .......... 45 /368 41 . 927,(Ag) ............ 45/611

17.860 , (RMS) .......... 45 / 658,,, 42 . 674 /(Ag) ............ 45/612

17.935 . (RMS) .......... 45 /810. 43 . 361.- (R'HC) .......... 45/94

17,971 , (MS) 45 /448 43 . 634.(HC) ............ 45/153

18.002 /(RMS) .......... 45/6 43. 768,(HC) ............ 45/229

18.060/ (RMS) .......... 45 / 151 43 . 781, (RHC) .......... 45/772

18.075 / (RMS) .......... 45 /601 43 . 806, (HC) ............ 45/235

18.139 /(RMS) .......... 45 44 . 035 _ ( HC) ............ 45/817

18.169 , (MS) ............ 45/661 44.089, (HC) ............ 45/556

18.192 . (RMS) .......... 45 /325 44 . 092 /(RE) ............ 45/158

18.281 1 ( RMS) .......... 45 /60 44 . 094 /(HC) ............ 45/373

18.286 , (RMS) .......... 45 /327 44 . 099 /(HC) ............ 45/239

18.297/ (RMS) .......... 45 /665 44 . 115 , (HC) ............ 45/97

18.360 , (RMS) .......... 45 /609 44 . 150 /(HC) ............ 45/241

18.375, (RMS) .......... 45 /328 44 . 215.(RHC ) .......... 45/98

18.431 / (RMS) .......... 45 /226 44 . 232. (HC) ............ 45/40

18.454 , (RMS) .......... 45 /453 44 . 239 / (HC) ............ 45/161

18.486, ( RMS) .......... 45/371 44 . 257 /(HC) ............ 45!374

18.506, ( RMS) .......... 45 /330 44 . 294 /(HC) ............ 43/672

18.551 . (RMS) .......... 45 /719 "44. 300/(RHC) .......... 45/774

18.595, ( RMS) .......... 45/761' 44 . 307 , (HC) ............ 45/722

18.703 /(MS) ............ 45 /34 44 . 309 /(HC) ............ 45/378

18.720, ( RMS) .......... 45 /771 44 . 325 ' ( HC) ............ 45/460

18.777 / (RMS) .......... 45 /814 44 .. 361. (HC) ............ 45/332

28.748 /(ERE) .......... 45/152 44 . 569,- (RHC) .......... 45/42

31.329 , (RE) ............ 45/372 44 . 579, (RHC) .......... 45/242

32.179 , (RE) ............ 45 /548 44 . 655/ (HC) ........... 45/334

34.217 , (RE) ............ 45 /667 44 . 740, (HC) ........... 45/44

35.570 , (RE) ............ 45 /331 44 . 746/ (RHC) .......... 45/165

bMCa Nu, imC0 417

Vol. /Peg. Vol./Peg.

44.814.--(ERE) .......... 45/100 53.435. (RE) ............ 45/552

44.831 /(RHC) .......... 45/245 54.913 A( RE) ........... 45/463

44.942 , (HC) ........... 45/48 55.641 -(RE4 t ...... 45/740

45.080 /(RHC) .......... 45/776 55.673 .( ERE) .......... 45/110

45.091 . (RHC) 45/170 56.850 ., (RE) ........... 45/57

45.099, ( HC) ........... 45/461 57.193 .( RE) ............ 45/677

45.111: ( RHC) .......... 45/614 57.505 / (RE) ............ 45/115

45,126 , ( RHC) .......... 45/50 57.747, (ERE) .......... 45/826

45.135 , ( HC) ........... 45/823 58.113 /( RE) ............ 45/788

45.137 , (RE) ........... 45/674 58.356 ( RE) ........... 45/117

45.140/(HC) ............ 45/618 58.677 , (RE) ............ 45/678

45.144 (HC) ........... 45/380 58.683 / (RE) ............ 45/391

45.163 /(HC) ........... 45/384 58.794 . (RE) ............ 45/395

45.181 , (HC) ........... 45/386 58.848,- (RE) ............ 45/135

45.198, (RHC) .......... 45/778 59.038, ( RE) ............ 45/830

45.209 /( HC) ............ 45/335 59.390 / (RE-AgRg) ...... 45/681

45.250 .' (RHC) .......... 45/51 59.603 .(RE) ............ 45/337

45.317 / (HC) ........... 45/732 59.627 , (RE) ........... 45/466

45.333 /( RH'C) .......... 45/619 59.640, (ERE) .......... 45/846

45.343, (HC) ........... 45/825 59.658 /(ERIE) .......... 45/247

45.347 / (RHC) .......... 45/174 59.967, ( RE,) ............ 45/59

45.408 , (HC) ............ 45/621 59.978/ (RE) ........... 45/255

45.441 4 (HC) ........... 45/781 60.087 / (RE) ............ 45/469

45.449 /( RHC) .......... 45/103 60.117 /(RE) ............ 45/473

45.576, (RHC) .......... 45/623 60.170 , (RE) ............ 45/257

45.608 /(HC) ........... 45/782 60.266 / (RE) ............ 45/398

45.862 , (RE) ........... 45/117 60.313 , (ERE) .......... 45/849

46.053 , (RE) ........... 45/388 60.363 / (RE) ............ 45/40046.760, (RE) 45/52 60.396 , (RE) ............ 451684

48.383 / (RE) ............ 45/105 60.458 , (RE) ........... 45/557

48.441 , ( RE) ............ 45/785 60.593, (RE) ............ 45/340

48.487 , (RE) ............ 45/675 60.649, (ERE) .......... 45/401

48.535 : (RE) 45/627 60.664 ((RE) ........... 45/629

48.882 , (RE) ........... 45/55 60.787 / (RE) ........... 45/477

49.603, (RE) ........... 45/551 60.854 /(RE) ............ 45/852

52.305/(RE•) ............ 45/786 61.116 /(RE) 45/790

918

61. 119 i (RE) ...........

61.139- ( RE) ............

61.166 ,(RE) ...........

61.181 - (RE) ..........

61.190 / (RE) ...........

61.209 / (RE) ..........

61.287. (RE) ...........

61.416,(RE) ...........

61.447 (RE) ...........

61.474/(RE) ..........

61.479 /(RE) ...........

61.488/(RE) ...........

61.705. (RE) ...........

61.814 (RE) ...........

61.874, ( RE) ...........

61.898 . (RE) ...........

61.906 , (RE) ...........

61.972 , (RE) ...........

61.973 '' (RE) ..........

62.041 , (RE) ...........

62.260 ,(RE) ...........

62.290 ,(RE) .........

62.295, (RE) ...........

62.352, (RE) ...........

62.374 /(RE) ...........

62.422 i( RE) .........

62.431 i (RE) ...........

62.434, (RE) ...........

62.502 '(RE) ...........

62.565 / ( RE) ...........

62.624, (RE) .........

62.685 /(RE) ...........

62.699 /(RE) ..........

62.731 - (RE) ...........

62,817 , ( RE) ...........

INDICE NUM$R1C0

Vol. /Pig.

45/856

45/479

45/179

45/342

45/859

45/186

45/258

45/792

45/260

45/187

45/407

45/480

45/863

45/190

45/262

45/194

45/861

45/264

45/863

45/267

45/865

4'5196

45/685

45/867

45'20t

45/408

45/202

45/268

45/415

45/481

45/417

45/62

45/482

45/559

45/343

Vol./ PGg.

62.949 , (RE) ........... 45/687

63.054 /(RE) ........... 45/793

63.128 / ( RE) ........... 45/484

63.161 /(RE) ........... 45/64

63.174 , (RE) 45/418

63.182 /(RE) ........... 45/270

63.225 / (RE) ........... 45/488

63.232 , (RE) ........... 45/203

63.264, (RE) ....... .. 45/273

63.268 , (RE) ........... 45/795

63.274 (RE-AgRg) ...... 45/205

63.329, (RE) ........... 45;334

63.343 / (RE) ........... 45/490

63.385 /(RE) .......... 45/746

63.440 , (RE) ........... 45/494

63.480 . (RE) ........... 45/349

63.553, ( RE) ........ .. 45/868

63.562 ' (RE) ...... .... 45/65

63.667 / (RE) ........... 45/748

63.671 / (RE) .......... 45/632

63.705 1 (RE) ... ....... 45/251

63.709e (RE) . ......... 45/66

63.768 of (RE) ... ....... 45,'421

63.782 /( RE) ........ 45/275

63.789, (RE) ........... 45/634

63.835, (RE) 45/798

63.836( (RE) 45/870

63.875 / (RE) ........... 45,'207

64.027, (RE) ........... 45423

64.167/ (RE) ........... 45/277

64.209 , (RE) ........ .. 45,1496

64.246, (RE) ........... 45/800

64.291/ (RE) ........... 45/278

64.4631 (RE) ........... 45/802

64.590 , (RE) ........... 45/635