Dafne Duani Pereira da Silva - Univali

84
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR Curso de Engenharia Ambiental CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DOS PRINCIPAIS AFLUENTES DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CAMBORIÚ (SC) Ac: Dafne Duani Pereira da Silva Orientador: Paulo Ricardo Schwingel, Dr. Itajaí, dezembro/2015

Transcript of Dafne Duani Pereira da Silva - Univali

U N I V E R S I D AD E D O V AL E D O I T AJ AÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS

DA TERRA E DO MAR Curso de Engenharia Ambiental

CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DOS PRINCIPAIS AFLUENTES DA

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CAMBORIÚ (SC)

Ac: Dafne Duani Pereira da Silva

Orientador: Paulo Ricardo Schwingel, Dr.

Itajaí, dezembro/2015

U N I V E R S I D AD E D O V AL E D O I T AJ AÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS

DA TERRA E DO MAR Curso de Engenharia Ambiental

CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DOS PRINCIPAIS AFLUENTES DA

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CAMBORIÚ (SC)

Dafne Duani Pereira da Silva

Monografia apresentada à banca examinadora do Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia Ambiental como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Ambiental.

Itajaí, dezembro/2015

i

DEDICATÓRIA

Aos meus pais, Eduardo e Maria

Antonieta, e ao meu irmão Renan

Raul.

ii

AGRADECIMENTOS

Em cinco anos de curso, diversas pessoas foram de grande importância para a

minha formação, tanto acadêmica, quanto para a vida. Durante este período, muitas foram

aquelas que permaneceram ao meu lado dando suporte até a etapa final, resultando no

presente trabalho.

Agradeço ao meu professor orientador, Paulo Ricardo Schwingel, pelas horas de

conversa e aprendizado, não apenas sobre assuntos pertinentes a este trabalho, mas

também aos diversos temas que ajudaram na minha trajetória acadêmica até aqui e que

serão sempre lembrados.

Aos grandes amigos que me acompanham desde sempre, ou àqueles em que a

amizade foi construída ao longo destes últimos anos. Amigos que me aturaram e fizeram

dos meus dias algo muito melhor, pelo simples fato de estarem ali presentes.

À minha família, pelo entusiasmo em relação à minha escolha e por sempre me

incentivar de forma carinhosa.

Por fim, às pessoas mais importantes na minha vida, meus pais, Eduardo e Maria

Antonieta, e ao meu irmão, Renan. Agradeço por me proporcionarem uma educação

excelente, incentivarem minhas escolhas e ideias, por me apoiarem em momentos difíceis,

compreenderem a minha ausência nestes últimos meses e, finalmente, pelo ambiente de

afeto e imenso amor onde cresci e me tornei quem sou hoje.

iii

RESUMO

A Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú localiza-se nos municípios de Camboriú e Balneário

Camboriú (SC), possui cerca de 40 km de extensão e drena uma área de aproximadamente

200 km². O presente trabalho teve como objetivo realizar a caracterização ambiental dos

principais afluentes da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC). Para isso foram

identificadas mudanças no uso e ocupação do solo ocorridas entre 1986 e 2010 através da

utilização de imagens de satélite. Também foi aplicado o protocolo de avaliação rápida do

ambiente, sendo verificados os parâmetros: substrato de fundo, complexidade do hábitat,

qualidade dos remansos, estabilidade dos barrancos, proteção vegetal dos barrancos,

cobertura vegetal das margens, qualidade vegetal das margens e presença de mata ciliar.

Ainda, foram determinadas as variações sazonais de parâmetros físico-químicos e

biológicos da água superficial, em diferentes áreas da bacia hidrográfica. As variáveis físico-

químicas e biológicas da água foram registradas in situ. Os parâmetros registrados em

campo foram a temperatura da água, potencial hidrogeniônico, oxigênio dissolvido,

condutividade, salinidade e turbidez. Estas variáveis foram registradas utilizando os

equipamentos: termômetro, pHmetro, oxímetro, multianalisador portátil e turbidímetro,

devidamente calibrados. A demanda bioquímica de oxigênio (DBO) foi registrada no

laboratório de microbiologia aplicada (LAMA) da UNIVALI. As mudanças no uso e ocupação

do solo mostraram rápido avanço da urbanização, passando de 9% em 1986, para 21% em

2010. Com relação à mata ciliar, foi verificado que regiões altas da bacia hidrográfica

apresentaram melhores resultados, fato que apresentou similaridade com a integridade

ambiental dos trechos de cursos d’água estudados. Quanto aos parâmetros físico-químicos,

os resultados demonstraram que as áreas urbanizadas encontram-se em qualidade inferior

às áreas naturais. Porém, em comparação com estudos realizados na mesma bacia, foi

observada redução na qualidade de alguns parâmetros nas áreas naturais.

Palavras-chaves: recursos hídricos, uso do solo, bacia hidrográfica.

iv

ABSTRACT

The watershed of the Camboriú River is located in the cities of Camboriú and Balneário

Camboriú (SC), with approximately 40 kilometer in length, draining an area of 200 km². This

paper aimed to environmentally characterize the main tributaries of The Camboriú River

Basin (SC). Therefore changes in occupation and land use between 1986 and 2010 were

identified through the use of satellite imagery. Also the rapid environmental assessment

protocol was applied, using the following parameters: bottom substrate, habitat complexity,

backwaters quality, stability of banks, vegetative protection, vegetative cover, vegetative

quality and riparian vegetation presence. Furthermore, variations of physicochemical and

biological parameters of superficial water were defined in different areas of the watershed.

The physicochemical and biological variables of water were recorded in situ. The parameters

recorded in field were water temperature, hydrogenionic potential, dissolved oxygen,

conductivity, salinity and turbidity. These variables were recorded using the calibrated

equipments: thermometer, pHmeter, oximeter, portable multi analyzer and turbidimeter. The

biochemical oxygen demand (BOD) was recorded in the Applied Microbiology Laboratory of

UNIVALI. The changes in occupation and land use showed rapid urbanization, rising from

9% in 1986 to 21% in 2010. Regarding the riparian forest, higher regions of the watershed

showed better results, a similar fact found on the environmental integrity of the stream

stretches studied. As for the physicochemical parameters, the results showed that the quality

of the urbanized areas of the watershed are worse than the natural regions. However, in

comparison to studies performed in the same basin, it was observed a reduction of the

quality in some parameters recorded in natural areas.

Keywords: water resources, land use, watershed.

v

SUMÁRIO

Dedicatória ............................................................................................................................. i

Agradecimentos ..................................................................................................................... ii

Resumo ................................................................................................................................. iii

Abstract ................................................................................................................................ iv

Sumário ................................................................................................................................. v

Lista de Figuras .................................................................................................................... vi

Lista de Tabelas .................................................................................................................. viii

1 Introdução ....................................................................................................................... 1

1.1 Objetivos ................................................................................................................. 4

1.1.1 Geral ................................................................................................................ 4

1.1.2 Específicos ....................................................................................................... 4

2 Fundamentação Teórica ................................................................................................. 5

2.1 Importância da mata ciliar ........................................................................................ 5

2.2 Efeitos das características físico-químicas da água ................................................. 6

2.3 Legislação ambiental associada aos recursos hídricos superficiais ......................... 7

2.4 Protocolos de avaliação rápida de integridade ambiental ........................................ 9

2.5 Efeitos do uso e ocupação do solo sobre a qualidade dos recursos hídricos ......... 10

3 Metodologia .................................................................................................................. 12

3.1 Área de estudo ...................................................................................................... 12

3.2 Identificação das mudanças no uso e ocupação do solo ....................................... 12

3.3 Análise da mata ciliar ............................................................................................. 13

3.4 Aplicação do protocolo de avaliação rápida de integridade ambiental ................... 15

3.5 Análises físico-químicas e biológicas ..................................................................... 15

4 Resultados e Discussão ............................................................................................... 17

4.1 Mudanças no uso e ocupação do solo ................................................................... 17

4.2 Análise da mata ciliar ............................................................................................. 23

4.3 Análise da integridade ambiental ........................................................................... 28

4.4 Análises físico-químicas e biológicas ..................................................................... 30

5 Considerações Finais ................................................................................................... 38

6 Referências .................................................................................................................. 39

Apêndices ............................................................................................................................ 44

Anexos ................................................................................................................................ 72

vi

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC) e localização dos pontos

amostrais. ............................................................................................................................ 12

Figura 2 - Localização das quatro regiões na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC). .... 14

Figura 3- Mapa de uso e ocupação do solo na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC), no

ano de 1986. ........................................................................................................................ 19

Figura 4 - Mapa de uso e ocupação do solo na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC), no

ano de 1993. ........................................................................................................................ 19

Figura 5 - Mapa de uso e ocupação do solo na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC), no

ano de 1999. ........................................................................................................................ 20

Figura 6 - Mapa de uso e ocupação do solo na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC), no

ano de 2004. ........................................................................................................................ 20

Figura 7 - Mapa de uso e ocupação do solo na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC), no

ano de 2006. ........................................................................................................................ 21

Figura 8 - Mapa de uso e ocupação do solo na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC), no

ano de 2010. ........................................................................................................................ 21

Figura 9 - Área ocupada por cada classe de uso do solo na (a) região do Rio Camboriú, (b)

região do Rio Pequeno, (c) região do Rio do Braço e (d) região do Rio dos Macacos, Bacia

Hidrográfica do Rio Camboriú (SC). ..................................................................................... 22

Figura 10 - Estado (a) e presença (b) da mata ciliar na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú

(SC). .................................................................................................................................... 23

Figura 11 - Mapa contendo a situação da mata ciliar na região do Rio Camboriú, na Bacia

Hidrográfica do Rio Camboriú (SC). ..................................................................................... 26

Figura 12 - Mapa contendo a situação da mata ciliar na região do Rio Pequeno, na Bacia

Hidrográfica do Rio Camboriú (SC). ..................................................................................... 26

Figura 13 - Mapa contendo a situação da mata ciliar na região do Rio do Braço, na Bacia

Hidrográfica do Rio Camboriú (SC). ..................................................................................... 27

Figura 14 - Mapa contendo a situação da mata ciliar na região do Rio dos Macacos, na

Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC). ........................................................................... 27

Figura 15 - Mapa da integridade ambiental na região do Rio Pequeno, na Bacia Hidrográfica

do Rio Camboriú (SC). ......................................................................................................... 29

vii

Figura 16 - Mapa da integridade ambiental na região do Rio do Braço, na Bacia

Hidrográfica do Rio Camboriú (SC). ..................................................................................... 29

Figura 17 - Mapa da integridade ambiental da região do Rio dos Macacos, na Bacia

Hidrográfica do Rio Camboriú (SC). ..................................................................................... 30

Figura 18 - Temperatura da água em 10 pontos amostrais na Bacia Hidrográfica do Rio

Camboriú (SC), de dezembro de 2014 a setembro de 2015. ............................................... 31

Figura 19 - Condutividade da água em 6 pontos amostrais, sem influência da salinidade, na

Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC), de dezembro de 2014 a setembro de 2015. ...... 32

Figura 20 - Condutividade da água em 6 pontos amostrais, com influência da salinidade, na

Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC), de dezembro de 2014 a setembro de 2015. ...... 32

Figura 21 - Concentração de oxigênio dissolvido em 10 pontos amostrais na Bacia

Hidrográfica do Rio Camboriú (SC), de dezembro de 2014 a setembro de 2015. ................ 34

Figura 22 - Demanda bioquímica de oxigênio (DBO) em 10 pontos amostrais na Bacia

Hidrográfica do Rio Camboriú (SC), de dezembro de 2014 a setembro de 2015. ................ 35

Figura 23 - Valores de pH da água em 10 pontos amostrais na Bacia Hidrográfica do Rio

Camboriú (SC), de dezembro de 2014 a setembro de 2015. ............................................... 36

Figura 24 - Turbidez da água em 10 pontos amostrais na Bacia Hidrográfica do Rio

Camboriú (SC), de dezembro de 2014 a setembro de 2015. ............................................... 37

viii

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Classificação da presença da mata ciliar para trechos de rio baseado em

diferentes intervalos de pontuações. .................................................................................... 14

Tabela 2 - Classificação do estado da mata ciliar para trechos de rio baseado em diferentes

intervalos de pontuações. .................................................................................................... 14

Tabela 3 – Classificação da integridade ambiental para trechos de rio baseado em diferentes

intervalos de pontuações. .................................................................................................... 15

Tabela 4 - Localização dos pontos amostrais na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC)

para análises físico-químicas e biológicas. .......................................................................... 16

Tabela 5 – Porcentagem de ocupação de cada classe, para o período entre 1986-2010, na

Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC). ........................................................................... 22

1

1 INTRODUÇÃO

Os rios e seus tributários são os ecossistemas aquáticos mais afetados pelas

inúmeras atividades humanas. Especialmente os localizados nas regiões costeiras

encontram-se associados ao crescimento industrial e urbano desordenado, com severas

consequências a qualidade do meio ambiente (TUNDISI; TUNDISI, 2008). A contaminação

dos corpos hídricos pelas atividades antropogênicas reduz o potencial econômico das

águas, além de restringir o aproveitamento para lazer e recreação e apresentar risco à

saúde da população (URBAN; SCHWINGEL, 2001).

A Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú, no âmbito estadual, está inserida na região

hidrográfica RH7 - Vale do Itajaí, localizada nos municípios de Camboriú e Balneário

Camboriú, Estado de Santa Catarina (SANTA CATARINA, 2008a). A Bacia Hidrográfica do

Rio Camboriú é composta pelos rios Camboriú, Gavião, Braço, Canoas, Ribeirão do Salto,

Ribeirão dos Macacos e Pequeno. A Bacia drena uma área de aproximadamente 200 km² e

tem uma extensão de 40 km (EPAGRI, 1999). Segundo Epagri (1999), o clima da região da

bacia hidrográfica do Rio Camboriú é classificado como subtropical úmido (Cfa), com verão

e inverno bem definidos e ocorrência de chuvas em todos os meses do ano. A temperatura

média anual da bacia fica entre 19ºC e 20°C, e a precipitação média anual é de 1600 mm

(EPAGRI, 1999). Os meses de verão, além de serem os mais quentes, são os de maior

ocorrência de chuvas. Entretanto, em épocas de estiagem a agricultura e o abastecimento

da população são prejudicados, como ocorreu no verão de 2014.

A Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú, segundo Veiga et al. (1992), faz parte da

região C (Litoral Norte e Vale do Itajaí), que apresenta grande variação nos índices de

erosividade ao longo do ano, sendo o período entre janeiro e março os de maior erosão. O

preparo da terra para cultivo deve ser realizado com cautela nesta época do ano, mas

durante todo o ano o manejo do solo deve ser realizado de maneira eficiente, de forma a

evitar o assoreamento dos mananciais. Os meses de primavera, entre setembro e

dezembro, apresentam índices médios de erosividade e os meses de abril a agosto os

percentuais mais baixos.

Neste contexto, a Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú apresenta um processo

acelerado de crescimento populacional, de acordo com o censo demográfico do IBGE

(2010), que mostra que do ano de 2010 a 2014 a população de Camboriú e Balneário

Camboriú aumentou de 62.361 habitantes para 72.261 e de 108.809 para 124.557

habitantes, respectivamente. O aumento populacional associado à falta de planejamento e

infraestrutura, como drenagem urbana, tratamento de esgoto, aterro sanitário, aterro para

resíduos da construção civil, conservação e recuperação da mata ciliar, conservação das

encostas, entre outros fatores, gera diversos problemas ambientais aos municípios e à bacia

2

hidrográfica em si. Na área rural da bacia o crescimento populacional é menor, contudo,

esta também vem sendo degradada com o manuseio inadequado de áreas de plantio

(GRANEMANN, 2014).

Segundo Urban (2008), apesar da qualidade ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio

Camboriú ser considerada razoável, de acordo com parâmetros físico-químicos, estado da

mata ciliar, condições hidrológicas e morfológicas, a mesma vem sofrendo com a

degradação ambiental provocada pela expansão de áreas cultivadas (principalmente a

rizicultura), mineração, exploração de madeiras para as carvoarias e pastagens para o gado.

Além disso, um estudo de Urban e Schwingel (2001) verificou que 1/3 das nascentes da

Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú encontram-se com sinais de degradação,

comprometendo a qualidade dos corpos d’água em toda a sua extensão.

Segundo Padilha (2013), apesar da bacia hidrográfica ainda apresentar, em sua

maioria, floresta e cobertura vegetal em estágio inicial, o crescimento populacional de forma

aglomerada representa risco ao ambiente, devido à exploração concentrada dos recursos

naturais. A autora destaca também que as Áreas de Preservação Permanente (APP) das

margens dos cursos d’água estão mais preservadas nas regiões a montante da bacia,

sendo que mais de 50% das APP apresentam outros usos, sem cobertura florestal. A

captação de água para o abastecimento público é o maior uso empregado à Bacia

Hidrográfica do Rio Camboriú, dessa forma, ambos os municípios pertencentes à bacia

dependem da boa qualidade dos seus afluentes para garantir a saúde da população, o

desenvolvimento agropecuário e socioeconômico. Assim, é necessário diagnosticar e

dimensionar as condições atuais e mudanças no uso e ocupação do solo e as

consequências sobre a qualidade dos recursos hídricos que a Bacia Hidrográfica do Rio

Camboriú vem sofrendo, especialmente nas APP dos afluentes que compõem a bacia,

possibilitando estabelecer políticas públicas para conservação e recuperação do

ecossistema, tanto terrestre como aquático.

A caracterização ambiental dos rios e ambientes adjacentes é uma etapa importante

de um futuro processo de planejamento e zoneamento da Bacia Hidrográfica do Rio

Camboriú, avaliando as condições ambientais de diferentes áreas deste ambiente. As

mudanças temporais no ecossistema aquático devem ser medidas e avaliadas para

estabelecer ações associadas à sustentabilidade ambiental da região. Além disso, Leal

(2012) mostra que as bacias hidrográficas na região litoral centro-norte do Estado de Santa

Catarina têm sua qualidade ameaçada devido à pressão antropogênica, resultado da

urbanização nas áreas de matas ciliares, lançamento de efluentes sem tratamento,

pastagens (pecuária) e retificação dos cursos de água. A autora mostra também a

necessidade de análises periódicas destas bacias para medir continuidade, ou não, dos

processos de degradação ambiental.

3

Em adição, estudo de Granemann (2011) na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú

revela que a disponibilidade hídrica, estabelecida pelos critérios das legislações para

outorga de direito de uso de recursos hídricos catarinenses, mostra que a demanda

qualitativa já não é factível de ser atendida no cenário atual. O estudo mostra também que o

limite para atender a demanda quantitativa está entre os anos de 2024 e 2033, necessitando

assim, maiores conhecimentos da bacia para estabelecer estratégias futuras. Neste

contexto, destaca-se a necessidade de identificar, verificar e analisar o uso do solo, o estado

da mata ciliar nas APP e a qualidade da água dos afluentes que compõem a Bacia

Hidrográfica do Rio Camboriú, respectivamente, as quais exercem função chave na

manutenção da qualidade do ambiente e biodiversidade.

4

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Geral

Realizar a caracterização ambiental dos principais afluentes que compõem a Bacia

Hidrográfica do Rio Camboriú (SC).

1.1.2 Específicos

a) Identificar mudanças na ocupação do solo ocorridas na Bacia Hidrográfica do Rio

Camboriú (SC) nas últimas três décadas;

b) verificar a situação da mata ciliar nas áreas de preservação permanente dos principais

afluentes da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú;

c) aplicar o protocolo de avaliação rápida de integridade ambiental para os principais

afluentes da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú;

d) analisar variações sazonais e espaciais de parâmetros físico-químicos e biológicos da

água em diferentes áreas de contribuição da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú.

5

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 IMPORTÂNCIA DA MATA CILIAR

A mata ciliar desempenha diversas funções, seja para o ambiente aquático a qual

margeia, seja para a fauna e flora, ou ainda às águas subterrâneas. Dentre as principais

funções da mata ciliar está a hidrológica, exercida através de processos como: a) geração

de escoamento direto, aumentando a vazão dos rios na ocorrência de precipitação; b)

quantidade de água, considerando a capacidade da mesma em reter a água e abastecer os

rios em épocas de estiagem (ELMORE; BESCHTA, 1987); c) qualidade da água, que é

mantida pela capacidade da mata ciliar em filtrar os nutrientes carreados no escoamento

superficial das áreas terrestres; d) ciclagem de nutrientes, proporcionada pela filtragem

realizada pela mata ciliar; e e) interação direta com o ecossistema aquático, através da

estabilização das margens, deposição de matéria orgânica e sombreamento do curso

d’água (LIMA; ZAKIA, 2000; GREGORY et al., 1991). Além disso, há a função ecológica das

matas ciliares, através do fornecimento de troncos e sedimentos que proporcionam abrigo à

fauna aquática, dispersão de sementes, e servindo de corredor ecológico aos animais

terrestres (LIMA; ZAKIA, 2000).

A mata ciliar fornece proteção aos cursos d’água por ser um ecótono entre o

ambiente terrestre e o aquático. As zonas ripárias fornecem abrigo para a biota, pela

deposição de detritos (galhos, troncos, folhas), auxiliam na estabilização das margens pelas

raízes das árvores, filtragem dos sedimentos carreados no escoamento superficial e

armazenamento de água no solo, de forma a abastecer o lençol freático e o curso d’água

em épocas de menor pluviosidade (ELMORE; BESCHTA, 1987; LIMA; ZAKIA, 2000;

LACERDA; FIGUEIREDO, 2009). Elmore e Beschta (1987) citam as funções das zonas

ripárias degradadas e recuperadas, sendo estas inversamente proporcionais, ou seja,

enquanto nas áreas de boa qualidade de vegetação há regulação da temperatura pelo

fornecimento de sombra à superfície do rio, em áreas degradadas isto não ocorre. O mesmo

é observado em relação à diversidade biológica, estabilização dos barrancos, erosão das

margens, habitat, alimento e, por fim, reserva de água da chuva. Apesar do conhecimento

sobre a importância das matas ciliares, estas vêm sendo reduzidas com o avanço

populacional.

A atividade agrícola, retirada de madeira, abertura de estradas e construções alteram

a mata ciliar, afetando direta e indiretamente a integridade dos recursos hídricos adjacentes

(MORING et al., 1985). Uma das características observadas após a retirada da mata ciliar é

o aumento da temperatura do curso d’água, decorrente do aumento da incidência solar,

acarretando na diminuição da concentração de oxigênio dissolvido na água (MISERENDINO

6

et al., 2011; BREN, 1993). Além dos fatores mencionados anteriormente, Bren (1993) cita

ainda que a descarga de sedimentos, lançamento de efluentes, introdução de espécies

exóticas e a modificação da vegetação podem causar a degradação da zona ripária.

Os processos de degradação ambiental devem ser analisados continuamente para

dimensionar a eficácia das ações de conservação. Em estudo de Leal (2012), sobre as

bacias dos rios Iriri e Gravatá (SC), litoral centro-norte catarinense, foi revelado que projetos

de recuperação e conservação destes ecossistemas não apresentaram efetividade. Esse

fato alerta para a necessidade de revisão de políticas públicas para a região na qual

também está inserida a Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú. Assim, a caracterização

ambiental dos rios e áreas adjacentes é uma etapa importante no processo de

planejamento, manejo e zoneamento das bacias hidrográficas (BREN, 1993; ESTEVES,

2010; TUNDISI; TUNDISI, 2008).

2.2 EFEITOS DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DA ÁGUA

A temperatura é de extrema importância e influencia diretamente sobre a

solubilidade dos gases na água, além de servir como mecanismo de seleção para a biota

aquática (VON SPERLIN, 2007; SCHÄFER, 1984; WETZEL; LIKENS, 2000). O aumento da

temperatura diminui a solubilidade de gases, como o oxigênio dissolvido. Isto ocorre, pois

com calor mais intenso, o metabolismo dos organismos presentes na água tende a

aumentar, fazendo com que a demanda por oxigênio dissolvido cresça (SCHÄFER, 1984). O

autor cita ainda que na situação contrária, em temperaturas mais baixas, ocorre o inverso e

são registradas maiores concentrações de oxigênio dissolvido na água.

As águas continentais apresentam grande amplitude de salinidade, por serem

influenciadas por fatores como escoamento das áreas de entorno, intemperismo e erosão de

rochas, precipitação atmosférica, atividades antropogênicas e evaporação (ESTEVES, 2010;

WETZEL, 1983). Além disso, a salinidade altera a solubilidade de oxigênio dissolvido na

água, que reduz conforme a concentração de sais aumenta (WETZEL, 1983). Esta

influência não é tão acentuada quanto à provocada pela temperatura, mas também pode

causar alteração nas medições.

A concentração de íons no ambiente, ou seja, a salinidade do meio aumenta a

condutividade elétrica. Segundo Esteves (2010), além da salinidade, a temperatura e o pH

também influenciam a condutividade elétrica, especialmente em locais onde o pH é menor

que 5, ou maior que 9. Através da condutividade, pode-se identificar informações sobre o

meio, como a presença de fontes poluidoras, diferenças geoquímicas, processos de

produção primária e decomposição no ambiente aquático (ESTEVES, 2010).

O oxigênio dissolvido é o mais importante parâmetro de qualidade das águas. A

partir dos valores medidos em corpos d’água obtêm-se informações sobre processos

7

biológicos e bioquímicos do ecossistema (WETZEL, 1983; WETZEL; LIKENS, 2000). A

concentração de oxigênio disponível no ambiente, como mencionado anteriormente, é

alterada pela temperatura e pela salinidade, afetando diretamente a vida de organismos

aeróbios (VON SPERLING, 2007). O oxigênio dissolvido na água provém principalmente de

trocas gasosas entre água/ar, e através da fotossíntese (ESTEVES, 2010; VON SPERLING,

2007). Por outro lado, a estabilização de matéria orgânica, a respiração de organismos

aquáticos e a oxidação de íons o consomem, diminuindo sua concentração no meio

(ESTEVES, 2010; VON SPERLING, 2007). Segundo Von Sperling (2007), peixes mais

exigentes não sobrevivem em ambientes com concentração de oxigênio dissolvido entre 4-5

mg/l, e em locais onde esta é inferior a 2 mg/l, a ictiofauna é praticamente inexistente.

A demanda bioquímica de oxigênio (DBO) é a quantidade de oxigênio consumido

durante a estabilização de matéria orgânica pelas bactérias (CETESB, 2009). Segundo Von

Sperling (2007), a presença de matéria orgânica na água é o maior problema de poluição,

sendo a principal forma de consumo e diminuição do oxigênio dissolvido nos corpos d’água.

A presença de matéria orgânica no meio pode ser de origem natural ou antropogênica,

sendo esta oriunda principalmente de lançamento de esgotos doméstico e industrial na

água, sem o devido tratamento (VON SPERLING, 2007).

O pH pode ser alterado de forma natural, através da carstificação, absorção de

gases da atmosfera, oxidação de matéria orgânica, fotossíntese, salinidade e a chuva, ou

ainda por atividades antropogênicas, como despejos doméstico e industrial (VON

SPERLING, 2007; ESTEVES, 2010). Os diversos fatores que influenciam os valores de pH

fazem deste um parâmetro de difícil interpretação, mas de grande importância ambiental

(ESTEVES, 2010). O autor cita ainda que em águas continentais, comumente são

registrados valores de pH entre 6 e 8, contudo a Resolução CONAMA nº357/2005

estabelece para águas doces – classe 2 o intervalo aceitável entre 6 e 9 (BRASIL, 2005).

Segundo Wetzel e Likens (2000) e Esteves (2010), a turbidez é causada pela

presença de matéria orgânica e inorgânica suspensa ou, em menor escala, dissolvida na

água como silte, argila, detritos, fitoplâncton e bactérias. O aumento da turbidez faz com que

a radiação solar seja dispersa e absorvida, não transmitida, aumentando a temperatura da

água (WETZEL; LIKENS, 2000).

2.3 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL ASSOCIADA AOS RECURSOS HÍDRICOS

SUPERFICIAIS

No ano de 1934, foi instituído o decreto nº 24.643 com o Código de Águas, a primeira

legislação ambiental voltada a recursos hídricos no Brasil, que cita a propriedade sobre as

águas, seja pela União, os Estados, os Municípios, ou ainda, por particulares (BRASIL,

8

1934). Conforme mencionado no decreto, a instituição deste foi necessária considerando

que a legislação da época não atendia as necessidades e interesses da coletividade

nacional, incentivando a utilização industrial das águas, inclusive para aproveitamento

energético. Desde então, várias leis, decretos e resoluções associadas aos recursos

hídricos foram instituídas. O Código Florestal de 1965, apesar de não ser direcionado

exclusivamente aos cursos d’água, cria as Áreas de Preservação Permanente (APP) e

estabelece distâncias mínimas a serem respeitadas das margens dos mananciais e

nascentes, de forma a garantir sua qualidade, sendo este substituído posteriormente pela lei

nº12. 651 de 2012 (BRASIL, 1965).

Além do Código Florestal, a lei nº 6.938 de 1981, que dispõe sobre a Política

Nacional do Meio Ambiente (PNMA), trata, no seu Art. 9, sobre os instrumentos da PNMA,

dentre estes o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental e o zoneamento

ambiental (BRASIL, 1981). O zoneamento é abordado por Muñoz-Espinosa (2000), que

menciona o fato de que a ordenação territorial e a gestão dos recursos hídricos devem ser

observadas de forma conjunta. O Plano Diretor do Município contém o zoneamento e

embora as margens dos rios sejam estabelecidas como áreas de preservação permanente,

tanto pelo Plano, quanto pelas legislações ambientais, o que se observa é a ocupação

irregular destas áreas sem controle dos municípios (MUÑOZ-ESPINOSA, 2000).

A preocupação com o meio ambiente é crescente, por conta disto, diversas

conferências internacionais foram realizadas buscando discutir sobre as questões

ambientais e possíveis soluções. Em 1992, houve a Conferência das Nações Unidas para o

Desenvolvimento e Meio Ambiente, em Dublin, como evento preparatório para a posterior

Conferência a ser realizada no Rio de Janeiro (CNUMAD-RIO92). A partir desta conferência,

foram estabelecidos quatro princípios, dentre os quais é reconhecido o valor econômico da

água, sua vulnerabilidade e condição finita (MUÑOZ-ESPINOSA, 2000). Segundo o autor, a

Lei das Águas nº 9.433/1997 possui objetivos, diretrizes, princípios e instrumentos em

concordância com os resultados obtidos na Conferência de Dublin e na CNUMAD- RIO92. A

Lei das Águas instituiu a Política e o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos

Hídricos, tendo como fator importante a gestão participativa do Poder Público, dos usuários

e da comunidade (BRASIL, 1997). Além disso, tal lei estabelece a bacia hidrográfica como

unidade de gestão, e introduz o objetivo de desenvolvimento sustentável ao buscar garantir

às futuras gerações disponibilidade hídrica com qualidade para os usos demandados

(BRASIL, 1997).

Compondo as legislações ambientais, estão as resoluções do Conselho Nacional do

Meio Ambiente (CONAMA), dentre elas a de nº 357/2005 que dispõe sobre a classificação

dos recursos hídricos quanto aos usos preponderantes, e estabelece padrões de qualidade

das águas e lançamentos de efluentes (BRASIL, 2005). De acordo com o Art. 42 da

9

resolução Conama nº 357/2005, rios de água doce e salobra que não possuem

enquadramento quanto aos usos preponderantes devem ser considerados como classes 2 e

1, respectivamente (BRASIL, 2005).

2.4 PROTOCOLOS DE AVALIAÇÃO RÁPIDA DE INTEGRIDADE AMBIENTAL

Na década de 80, nos Estados Unidos, percebeu-se a necessidade de elaborar

técnicas de pesquisa biológica de baixo custo, devido à falta de recursos para o

monitoramento e avaliação dos cursos d’água (BARBOUR et al., 1999). Segundo os

autores, a falta de dados ambientais para a tomada de decisões importantes era geral em

todo o país. Dessa forma, era crucial o desenvolvimento de uma técnica capaz de coletar,

analisar e interpretar dados ambientais de maneira rápida, facilitando a gestão e

possibilitando à elaboração de ações para controle e/ou mitigação de impactos. Os

protocolos de avaliação rápida apresentavam os seguintes fundamentos (BARBOUR et al.,

1999): a) procedimentos para pesquisa biológica ao mesmo tempo com validade científica e

custo/benefício; b) dar provisão para múltiplas investigações no local; c) obtenção rápida de

resultados para medidas de gestão; d) resultados facilmente entendidos para a prática da

gestão e para o público; e e) procedimentos benéficos ao meio ambiente.

O primeiro documento contendo um protocolo de avaliação de organismos aquáticos

e da qualidade dos recursos hídricos foi elaborado por Plafkin et al. (1989). Os protocolos de

avaliação rápida fazem uma avaliação integrada, comparando habitat, como a estrutura

física e regime de fluxo, com medidas biológicas baseadas em condições pré-estabelecidas

como referência (PLAFKIN et al., 1989). Segundo os autores, o entendimento das relações

entre o habitat e o potencial biológico permite diferenciar os impactos sobre a qualidade da

água dos efeitos sobre o local, fazendo com que as ações de controle estejam direcionadas

para as fontes de impactos mais importantes.

Protocolos de avaliação rápida do ambiente foram aplicados em diversos lugares do

Brasil, como no Parque Nacional da Serra do Cipó (MG) e no Parque Nacional da Bocaina

(RJ) por Callisto et al. (2002), na bacia do Rio Itajaí-Mirim por Minatti-Ferreira e Beaumord

(2004; 2006), em Guapimirim (RJ) por Buss e Borges (2008), em Ipameri (GO) por Firmino

et al. (2011), na região do Arenito Caiuá (PR) por Cionek et al. (2011) e no Rio do Braço

(Camboriú) por Silva (2013). A caracterização de um ambiente requer mais do que apenas

os parâmetros físico-químicos da água, sendo necessário considerar também parâmetros

físicos do habitat. Exemplo disso são os atributos escolhidos por Minatti-Ferreira e

Beaumord (2004), que incluem substrato de fundo, complexidade do habitat submerso,

qualidade dos remansos, estabilidade e proteção dos barrancos e proteção vegetal das

margens, uma vez que estes são cruciais para a sobrevivência da biota. A aplicação deste

método de avaliação do ambiente não substitui outros, mas complementa na determinação

10

da integridade ambiental do meio, além de servir como importante instrumento de

educação ambiental a ser aplicado junto à comunidade (MINATTI-FERREIRA; BEAUMORD,

2006).

2.5 EFEITOS DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO SOBRE A QUALIDADE DOS

RECURSOS HÍDRICOS

O crescimento populacional, o desenvolvimento econômico e das cidades, aumento

no número de indústrias e as atividades agrícolas provocam alterações no meio ambiente

podendo chegar até ao nível de degradação. Tal degradação é observada na retirada de

vegetação em planícies, morrarias e zonas ripárias, despejo inadequado de resíduos

sólidos, lançamento de efluentes sem o devido tratamento e utilização de agrotóxicos e

pesticidas, prejudicando principalmente os recursos hídricos. Tais atividades causam

diversas complicações para o ecossistema aquático, incluindo a eutrofização, que é um

processo natural, mas que pode ser acentuado artificialmente (ESTEVES, 2010). Esteves

(2010) cita ainda, que a eutrofização artificial é considerada poluição, devido ao

empobrecimento ao qual o ecossistema é submetido, resultando no fato de que apenas

organismos pouco exigentes sobrevivem em ambientes com tais características (PRIMACK;

RODRIGUES, 2001).

O uso do solo afeta a qualidade ambiental do ecossistema aquático, como

demonstrado no estudo de Miserendino et al. (2011), onde as atividades antropogênicas nas

áreas urbanas como despejo de efluentes, canalização de rios e desmatamento, são as que

mais afetam negativamente o meio aquático. As áreas cultivadas também apresentam riscos

à mata ciliar e aos cursos d’água. Necessitam-se grandes quantidades de água em alguns

tipos de cultura, como o arroz, altamente presente na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú.

Sendo assim, é comum encontrar vastas áreas de plantação próximas a cursos d’água,

normalmente sem a presença de mata ciliar. Um dos riscos gerados por esta atividade é a

utilização de agentes químicos (fertilizantes, agrotóxicos e inseticidas) que auxiliam no

cultivo de alimentos, diminuindo os prejuízos causados por pragas e insetos.

A proximidade das áreas agrícolas com os rios, e a ausência de vegetação nas

margens faz com que, na ocorrência de chuva e escoamento superficial, tais agentes

químicos não encontrem barreiras e cheguem livremente até os cursos d’água, sendo

transportados à jusante da bacia hidrográfica. Alguns organismos presentes no meio filtram

grande quantidade de água durante a alimentação, acabando por armazenar os compostos

no seu organismo (PRIMACK; RODRIGUES, 2001). Segundo Primack e Rodrigues (2001),

o problema não se limita apenas aos organismos aquáticos, pois substâncias presentes nos

agrotóxicos e fertilizantes foram encontradas em animais do topo da rede trófica,

11

demonstrando que estes agentes são bioacumulativos, passando por toda a cadeia e

apresentando maior concentração no último elemento desta.

Diversos estudos e.g. Luz (2009), Campos et al. (2011), Donadio et al. (2005),

Poleto et al. (2010), Santos e Hernandez (2013), Vanzela et al. (2010), demonstram que o

uso e ocupação do solo representado pela ocupação urbana, rural e alguns tipos de cultivo

possuem correlação positiva com a má qualidade dos recursos hídricos. No estudo de Luz

(2009) realizado na Bacia do Rio Ipitanga (BA), os parâmetros de qualidade da água: pH,

oxigênio dissolvido, sulfeto, DBO, amônia, nitrito, fósforo total, coliformes termotolerantes,

clorofila a, fenóis, ferro solúvel e manganês total apresentaram valores em não

conformidade com a Resolução CONAMA nº 357/2005, sendo que estes foram influenciados

pelas atividades agropecuárias, supressão da vegetação, lançamento de efluentes e

resíduos sólidos e a urbanização.

O desmatamento, a ocupação por moradias urbanas e rurais, e algumas áreas de

cultivo são os usos do solo que mais influenciam os recursos hídricos, seja na sua

qualidade, ou ainda, na sua quantidade (VANZELA et al., 2010). Segundo os autores, o

aumento no escoamento superficial, que ocorre devido a estes usos, é um dos fatores de

modificação na qualidade da água, uma vez que os sólidos são carreados para o interior dos

mananciais. Quanto à quantidade de água disponível, é observada a diminuição da vazão

dos corpos d’água, causada pela diminuição ou eliminação da permeabilidade do solo, ou a

sua compactação, reduzindo a infiltração de água no terreno (VANZELA et al., 2010;

SANTOS; HERNANDEZ, 2013; TUCCI, 2002).

Urban (2008) observa que a degradação ambiental na Bacia Hidrográfica do Rio

Camboriú manifesta-se nos recursos hídricos, no solo e na cobertura vegetal, causando

alterações na paisagem natural, urbana, peri-urbana e rural. O extrativismo vegetal é

praticado na área da bacia acarretando danos ao ecossistema e, consequentemente, à

hidrografia. O desmatamento também traz grandes prejuízos, pois modifica o tempo de

permanência da água na bacia através da diminuição da permeabilidade do solo. Com isso,

acelera o processo erosivo, deixando o solo desprotegido e exposto à ação dos agentes

erosivos (OLIVEIRA, 2000), provocando o assoreamento nas calhas dos rios e córregos e

aumentando as áreas de alagamento. Antunes et al. (2007), analisando a composição e

diversidade do fitoplâncton na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú, mostram que a mesmas

refletem o uso do solo na área adjacente. As assembleias fitoplanctônicas foram associadas

à ação antropogênica na região, podendo separá-las como urbanas, peri-urbanas, rurais e

em condição natural.

12

3 METODOLOGIA

3.1 ÁREA DE ESTUDO

A área de estudo compreende a região ocupada pela Bacia Hidrográfica do Rio

Camboriú, localizada nos municípios de Camboriú e Balneário Camboriú, litoral centro-norte

do Estado de Santa Catarina (Figura 1).

Figura 1 - Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC) e localização dos pontos amostrais.

3.2 IDENTIFICAÇÃO DAS MUDANÇAS NO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

A evolução das mudanças no uso e ocupação do solo ocorridas na Bacia

Hidrográfica do Rio Camboriú nas últimas três décadas foi estudada com base em imagens

do satélite Landsat 5 disponibilizadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Os anos utilizados na análise foram escolhidos considerando a disponibilidade e visibilidade

das imagens do satélite para a área de estudo, sendo eles 1986, 1993, 1999, 2004, 2006 e

2010.

A ocupação do solo foi classificada em agricultura (onde predomina a cultura de

arroz irrigado), área urbana, área natural (presença de vegetação em estágio médio e

avançado), pasto/vegetação rasteira e espelho d’água, a partir de fotointerpretação

13

utilizando o software ArcGis 10.0. A escolha dos usos considerou a qualidade das

imagens de satélite, fazendo com que classes, como áreas de reflorestamento, fossem de

difícil interpretação. A partir desta análise foi possível verificar o avanço do uso do solo na

área de abrangência da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú no período estudado. Os

resultados da evolução percentual da ocupação do solo foram analisados através de

estatística descritiva e na forma de mapas.

3.3 ANÁLISE DA MATA CILIAR

Para determinar a condição em que se encontra a mata ciliar dos afluentes da Bacia

Hidrográfica do Rio Camboriú foram aplicadas as metodologias propostas por Leal (2012),

Minatti-Ferreira e Beaumord (2006) e Cionek et al. (2011), através da utilização das imagens

aéreas obtidas pelo Governo do Estado de Santa Catarina, do levantamento

fotogeorreferenciado realizado por Comitê Camboriú (2013) e de visitas a campo. As

metodologias são baseadas na determinação da qualidade do ambiente através da

aplicação de um protocolo utilizando parâmetros voltados exclusivamente para a mata ciliar.

Para tanto, foram realizadas seis saídas de campo entre os meses de junho e agosto, onde

foram avaliados 171 pontos da Bacia Hidrográfica, distribuídos em quatro regiões, sendo

elas: Rio Camboriú, Rio Pequeno, Rio do Braço e Rio dos Macacos (Figura 2). Foram

analisados 13 trechos na região do Rio Camboriú, 28 no Rio Pequeno, 72 no Rio do Braço e

58 no Rio dos Macacos. A escolha dos pontos amostrais foi baseada nos seguintes

aspectos: a) abrangerem todas as áreas de contribuição hídrica da bacia hidrográfica; b)

localização e acesso, procurando-se compreender de forma mais ampla possível a bacia

hidrográfica, incluindo áreas urbanas, peri-urbanas, rurais e naturais; e c) terem sido

registrados fotograficamente por Comitê Camboriú (2013).

Para a classificação da mata ciliar foram considerados os parâmetros presença e

estado (Apêndice A). Foram definidos 5 intervalos de classificação para o parâmetro

presença e 4 para o estado da mata ciliar (Tabelas 1 e 2), sendo os resultados analisados

separadamente por parâmetro. A presença da mata ciliar foi quantificada através do

software ArcGis 10.0, onde as margens dos rios foram plotadas de acordo com as distâncias

previstas no Código Florestal de 2012, sem considerar o disposto sobre as áreas

consolidadas até 22 de julho de 2008, devido a sua difícil identificação (BRASIL, 2012).

Dessa forma, foi possível identificar a presença da mata ciliar dentro dos limites impostos na

legislação, através da aerofotogrametria da bacia hidrográfica, e classificar a área conforme

a metodologia de Leal (2012). A avaliação em cada ponto foi realizada separadamente para

as margens esquerda e direita, montante e jusante, com notas variando de zero a 4. Ao

final, os valores foram somados, chegando-se à classificação de cada trecho, conforme os

14

intervalos apresentados na Tabela 1. Para determinar o estado da mata ciliar, foi

considerada a qualidade vegetal das margens, cobertura vegetal das margens, proteção

vegetal dos barrancos e estabilidade dos barrancos (Apêndice A), com notas variando de

zero a 10. Da mesma forma que realizado para a presença, os valores obtidos para o estado

da mata ciliar foram somados, chegando à classificação apresentada na Tabela 2.

Tabela 1 - Classificação da presença da mata ciliar para trechos de rio baseado em diferentes intervalos de pontuações.

Classificação Intervalo

Inexistente 0

Péssima 1-4

Regular 5-8

Boa 9-12

Ótima 13-16

Tabela 2 - Classificação do estado da mata ciliar para trechos de rio baseado em diferentes intervalos de pontuações.

Classificação Intervalo

Péssima 0-40

Regular 41-80

Boa 81-120

Ótima 121-160

Figura 2 - Localização das quatro regiões na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC).

15

3.4 APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO RÁPIDA DE INTEGRIDADE

AMBIENTAL

O Protocolo de Avaliação Rápida (PAR) do ambiente foi baseado no modelo

simplificado de Minatti-Ferreira e Beaumord (2006), que consiste na observação in loco do

ambiente para análise de diferentes parâmetros, através de um sistema de pontuação, que

ao final irá qualificar o ambiente, variando de situação ótima a péssima. O PAR inclui os

parâmetros substrato de fundo, complexidade do hábitat e qualidade dos remansos

(Apêndice B). Através das visitas a campo e com o auxílio do levantamento

fotogeorreferenciado disponibilizado pelo Comitê Camboriú, foi determinada a integridade

ambiental dos afluentes da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú. O PAR foi aplicado em seis

visitas a campo, no mesmo momento da análise da mata ciliar, entre os meses de junho e

agosto, onde foram avaliados 171 pontos. Entretanto, as regiões à jusante da bacia não

podem ser avaliadas da mesma forma que as áreas à montante, uma vez que ambas

possuem características distintas. Sendo assim, os pontos localizados na região potamal da

bacia hidrográfica foram desconsiderados na análise final, resultando em 54 pontos

amostrais analisados (15 na região do Rio Pequeno, 27 no Rio do Braço e 12 no Rio dos

Macacos). Da mesma maneira que a análise da mata ciliar, as pontuações atribuídas aos

parâmetros substrato de fundo, complexidade do hábitat e qualidade dos remansos foram

somadas, obtendo a pontuação e respectiva classificação apresentadas na Tabela 3.

Tabela 3 – Classificação da integridade ambiental para trechos de rio baseado em diferentes intervalos de pontuações.

Classificação Intervalo

Péssima 0-30

Regular 31-60

Boa 61-90

Ótima 91-120

3.5 ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS

As variáveis físico-químicas e biológicas da água foram registradas no período de

dezembro de 2014 a setembro de 2015, em 10 pontos amostrais distribuídos pela Bacia

Hidrográfica do Rio Camboriú (Figura 1; Tabela 4). Os parâmetros registrados em campo

foram: temperatura da água (ºC), potencial hidrogeniônico (pH), oxigênio dissolvido (mg/l),

condutividade (mS/cm), salinidade (%) e turbidez (NTU). Estas variáveis foram registradas

utilizando termômetro, pHmetro, oxímetro, multianalisador portátil e turbidímetro,

16

devidamente calibrados. Para a medição da demanda bioquímica de oxigênio (DBO)

foram coletados 1000 ml de água em cada ponto amostral, em garrafas plásticas

acondicionadas em isopor com gelo. Posteriormente, as amostras foram transferidas aos

frascos de DBO, para a leitura da concentração inicial de oxigênio dissolvido. Em seguida,

os frascos foram armazenados em ambiente com temperatura controlada em 20ºC, isolados

de luminosidade, por cinco dias no Laboratório de Microbiologia Aplicada (LAMA) da

UNIVALI. Por fim, a concentração final de oxigênio foi medida, sendo obtido o valor de DBO

através da diferença entre a concentração final e inicial. O procedimento foi realizado em

triplicata. Os dados foram agrupados por datas e pontos amostrais para a verificação de

variações espaço-temporais dos mesmos e os resultados comparados com as conclusões

apresentadas no trabalho de Urban (2008).

Tabela 4 - Localização dos pontos amostrais na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC) para análises físico-químicas e biológicas.

Ponto amostral Localização Lat./Long. Nome do ponto Área

1 27°00’7,62’’ S

Rio Camboriú Urbana 48°37’6,41’’W

2 27°00’5,56’’ S

Ribeirão Peroba Urbana 48°38’7,69’’ W

3 27°01’2,23’’ S

Rio Camboriú Peri-urbana 48°39’4,52’’ W

4 27°01’4,38’’ S

Rio Pequeno Peri-urbana 48°38’4,75’’ W

5 27°05’3,63’’ S

Rio Camboriú Rural 48°41’5,80’’ W

6 27°07’2,30’’ S

Ribeirão dos Macacos

Natural 48°41’9,77’’ W

7 27°07’3,63’’ S

Rio do Salto Natural 48°43’1,37’’ W

8 27°06’9,73’’ S

Louro Natural 48°44’9,50’’ W

9 27°06’3,68’’ S

Rio Gavião Natural 48°46’3,95’’ W

10 27°03’4,14’’ S

Rio do Braço Rural 48°42’2,43’’ W

17

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 MUDANÇAS NO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

A classificação do uso e ocupação do solo possibilitou visualizar, de forma mais

clara, a distribuição e quantificação das áreas urbana, agrícola, natural e pasto/vegetação

rasteira na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (Figuras 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9; Tabela 5).

Apesar de ainda ser a classe de maior representatividade na bacia, a área natural foi a que

apresentou maior redução percentual, chegando a quase 10% entre 1986 e 1993 (Figuras 3,

4 e 9; Tabela 5). O difícil acesso a essas áreas, caracterizadas pela existência de morrarias,

faz com que boa parte de sua extensão seja mantida, embora a ocupação urbana também

tenha avançado nessas regiões, principalmente a partir de 2004. No ano de 2006 as áreas

naturais voltaram a crescer em locais antes ocupados por pasto/vegetação rasteira, fato que

pode estar associado a vegetação em fase de regeneração e ao plantio de eucalipto

(Eucalyptus sp.). A região do Rio Pequeno é a que apresentou maior redução de cobertura

vegetal ao longo do período 1986-2010, alcançando 15% (Figura 9b; Apêndice C). A menor

área natural foi identificada na região do Rio Camboriú, com uma redução de cerca de 14%

no período estudado.

A área ocupada por pasto/vegetação rasteira cresceu mais de 8% entre 1986 e 1993,

inclusive nas zonas altas da bacia hidrográfica, i.e. regiões do Rio do Braço e Rio dos

Macacos. A retirada de vegetação nativa para a plantação de eucalipto ou ocupação de

gado nestas regiões foi observada em visitas a campo. Esta classe apresenta grande

variação de área na bacia, sendo substituída por diferentes usos do solo ao longo do tempo.

Apesar do aumento da ocupação do solo por pasto/vegetação rasteira nas quatro áreas

entre os anos de 1993 e 2004, o período seguinte, entre 2006 e 2010, apresentou redução

desta classe (Figura 9).

A área urbana cresceu de 9% para 10% no período 1986-1999, alcançando 21% da

ocupação do solo em 2010, fazendo desta a classe de maior crescimento na bacia

hidrográfica. O aumento das áreas urbanas foi mais expressivo nas regiões do Rio

Camboriú e Rio Pequeno, onde se observou gradativo adensamento da mancha urbana

(Figuras 9a e 9b). A região do Rio Pequeno, assim como a dos Macacos, possui áreas de

morraria onde também foram registradas novas manchas de ocupação urbana, inclusive

próximas às nascentes. No caso do Rio Pequeno, a área urbana passou de 11% em 1986

para 34% em 2010, o maior crescimento relativo na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú.

Por outro lado, as regiões do Rio do Braço e do Rio dos Macacos foram as de menor

ocupação urbana, embora sua extensão tenha dobrado entre 2006 e 2010 na região dos

Macacos (Figuras 7 e 8).

18

Em geral, as áreas agrícolas se mantiveram estáveis ao longo do período,

apresentando queda a partir do ano de 2004 (Figuras 6 e 9). A agricultura está situada em

maior parte na região do Rio dos Macacos, onde foi observado um aumento entre os anos

de 1993 e 2006, seguido de uma redução em 2010. Além disso, entre 1986 e 2006 havia

mais áreas agrícolas do que urbanas nesta região, sendo que a situação foi invertida em

2010. O mesmo foi verificado na região do Rio do Braço, com uma agricultura representativa

até o ano de 2004, sendo substituída pela ocupação urbana a partir de 2006. Os dados

revelaram também que a região do Rio Camboriú foi pouco ocupada por áreas agrícolas,

representando menos de 1% até 2006, não sendo mais registrada em 2010.

O aumento da área natural, em ambientes expostos a fatores estressores, pode estar

associado à plantação de eucaliptos, fato observado em campo e também mencionado nos

estudos de Urban (2008) e Padilha (2013), que verificou a existência de uma área de cerca

de 6 km² ocupada por espécies exóticas. Em adição, recente estudo de Granemann (2014)

destacou que a monocultura de eucalipto ocupa aproximadamente 14% da área da bacia. O

presente estudo considerou tanto a vegetação nativa quanto a exótica como área natural,

devido a dificuldade de diferenciar tais manchas pela imagem de satélite, podendo provocar

erros na classificação. Entretanto, o método utilizado mostrou-se confiável, pois o resultado

obtido para o ano de 1999 é igual ao apresentado por Epagri (1999), que registrou 63% da

área da bacia hidrográfica coberta por floresta nativa.

19

Figura 3- Mapa de uso e ocupação do solo na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC), no ano de 1986.

Figura 4 - Mapa de uso e ocupação do solo na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC), no ano de 1993.

20

Figura 5 - Mapa de uso e ocupação do solo na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC), no ano de 1999.

Figura 6 - Mapa de uso e ocupação do solo na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC), no ano de 2004.

21

Figura 7 - Mapa de uso e ocupação do solo na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC), no ano de 2006.

Figura 8 - Mapa de uso e ocupação do solo na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC), no ano de 2010.

22

Tabela 5 – Porcentagem de ocupação de cada classe, para o período entre 1986-2010, na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC).

Classe Ano/ocupação (%)

1986 1993 1999 2004 2006 2010

Área Urbana 9,43 10,19 10,49 13,53 17,50 21,18

Área Natural 73,72 64,30 62,88 59,23 67,65 63,38

Pasto/rasteira 13,40 21,42 23,62 22,71 10,63 11,84

Agricultura 1,97 2,57 2,51 4,07 3,77 3,23

Espelho d'água 0,40 0,65 0,50 0,45 0,45 0,37

Sem classificação 1,09 0,87 0,00 0,00 0,00 0,00

Figura 9 - Área ocupada por cada classe de uso do solo na (a) região do Rio Camboriú, (b) região do Rio Pequeno, (c) região do Rio do Braço e (d) região do Rio dos Macacos, Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC).

23

4.2 ANÁLISE DA MATA CILIAR

Em relação ao estado e presença da mata ciliar, os resultados para a Bacia

Hidrográfica do Rio Camboriú mostram que aproximadamente 65% dos trechos estudados

estão em condições péssimas ou regulares (Figura 10). Em apenas 13% dos trechos

avaliados a mata ciliar foi classificada em estado ótimo, sendo que em relação a presença

17% estão nesta categoria. Estes dados evidenciam que o rio Camboriú e seus afluentes

encontram-se em desconformidade com o Código Florestal Brasileiro (2012), considerando

que a classificação ótima diz respeito às margens 100% cobertas por vegetação, ou seja,

quando a área de preservação permanente (APP) está sendo mantida.

Figura 10 - Estado (a) e presença (b) da mata ciliar na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC).

A área denominada Rio Camboriú apresenta o pior estado de mata ciliar, onde

apenas 23% da vegetação existente está em boas condições (Figura 11). Os trechos que

compõem a região são predominantemente ocupados por atividades antropogênicas, sendo

encontradas margens concretadas em diversos pontos. Este fato faz com que a estabilidade

dos barrancos, um dos parâmetros constituintes do estado da mata ciliar, tenha obtido

classificação péssima nestes trechos, devido a descaracterização do ambiente natural. Com

relação à presença da mata ciliar, o Rio Camboriú também apresentou os piores resultados,

com 61% dos trechos classificados como péssimos e 8% onde não há vegetação (Figura

11).

A região do Rio Pequeno encontra-se em melhor estado de mata ciliar, sendo

registradas 39% das áreas em boas condições e 14% em ótimas (Figura 12). Houve mais

registros de classificações boas e ótimas nos trechos a montante, próximos as morrarias,

sendo que na zona baixa nenhum trecho obteve a melhor classificação para o estado.

Quanto à análise individual dos parâmetros do estado da mata ciliar, foi observado que a

qualidade vegetal das margens recebeu as piores pontuações, com 64% dos trechos

24

classificados como péssimos ou regulares. A região também apresentou as melhores

notas no parâmetro presença da mata ciliar, chegando a 43% dos trechos com classificação

boa ou ótima. Porém, assim como na região do Rio Camboriú, foram registrados trechos de

inexistência de mata ciliar no Rio Pequeno, chegando a 4%. As classificações ótimas e boas

para a presença concentraram-se nas zonas altas da região, não sendo registrados trechos

com tais classificações nas partes baixas.

O Rio do Braço foi a região com maior número de pontos amostrais, localizados em

grande parte nas áreas altas da bacia hidrográfica. Aproximadamente 60% dos trechos

desta região foram classificados em estado regular ou péssimo (Figura 13). Quanto à

presença, os resultados são ainda piores, sendo registrados 43% dos trechos em péssimas

condições. Novamente os trechos melhor classificados encontram-se à montante, sendo

registrados 12 dos 72 pontos em ótimas condições, tanto para o estado quanto para a

presença da mata ciliar. Da mesma maneira, 6 trechos da zona baixa apresentaram

classificação péssima para ambos os parâmetros.

A região do Rio dos Macacos, quanto ao estado da mata ciliar, apresentou 10% dos

trechos com classificação péssima e 52% como regular (Figura 14). Tais resultados são

similares aos obtidos para a região do Rio Camboriú, porém, o Rio dos Macacos está

localizado em áreas mais altas da bacia hidrográfica, onde deveria ser esperado melhores

pontuações para a mata ciliar. Apenas quatro trechos receberam classificação ótima quanto

ao estado, o que mostra que a zona ripária desta região está ameaçada. Quanto a presença

da mata ciliar, os resultados mostram que 66% dos trechos estão classificados como

péssimo ou regular. Informações mais detalhadas sobre estado e presença da mata ciliar

nas quatro áreas estudadas podem ser observadas no Apêndice D.

De maneira geral, os resultados mostraram que mesmo em regiões altas a bacia

hidrográfica vem sofrendo com a ocupação antropogênica, fato este que pode afetar

diretamente a qualidade dos cursos d’água desde as zonas ritrais. Exemplo disso são as

áreas do Rio do Braço e Rio dos Macacos, cujas margens estão ocupadas em parte pela

cultura do arroz irrigado. Com a análise individual dos parâmetros que compõem o estado

da mata ciliar (qualidade e cobertura vegetal das margens, proteção vegetal e estabilidade

dos barrancos) foi averiguado que a qualidade vegetal apresentou as piores classificações,

em todas as regiões da bacia. Isto indica que mesmo em pontos onde há existência de

mata, estas são, em maioria, representadas por vegetação exótica associada à presença de

impactos antropogênicos, ou ainda pastagem e ocupação urbana. Em toda a extensão da

bacia são encontrados trechos com presença de Brachiaria sp. às margens dos cursos

d’água, fazendo com que a classificação seja ruim com relação ao parâmetro estado da

mata ciliar. Segundo estudo de Padilha (2013), as áreas de pastagem/vegetação em estágio

inicial somam aproximadamente 25% do total da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú.

25

O parâmetro qualidade vegetal das margens também foi avaliado em outros rios

por Minatti-Ferreira e Beaumord (2004), Cionek et al. (2011) e Rodrigues et al. (2008). Na

região do Arenito Caiuá (PR), em quatro dos cinco trechos avaliados por Cionek et al.

(2011), as margens apresentaram piores pontuações para a qualidade vegetal. O mesmo foi

verificado por Rodrigues et al. (2008) na região de Ouro Preto (MG), onde o estado de

conservação da vegetação do entorno recebeu notas mais baixas, inclusive em trechos de

alto curso. Os resultados apresentados pelos autores são similares ao registrado na Bacia

Hidrográfica do Rio Camboriú, o que mostra que as zonas ripárias, mesmo que classificadas

em boas condições, são representadas, em grande parte, por espécies exóticas. Rodrigues

et al. (2008) também revela que as áreas de baixo curso apresentam, em sua maioria,

condições regulares e péssimas. Tal situação também foi registrada por Minatti-Ferreira e

Beaumord (2004), com destaque para a Sub-bacia do Rio da Limeira (Itajaí, SC), que possui

características semelhantes às regiões do Rio do Braço e Rio dos Macacos, onde há cultura

do arroz irrigado. O fato das regiões planas concentrarem maior número de atividades

antropogênicas reflete diretamente nos resultados obtidos para a situação da mata ciliar da

Bacia do Rio Camboriú, bem como da Sub-bacia do Rio da Limeira (MINATTI-FERREIRA;

BEAUMORD, 2004) e da região de Ouro Preto (MG) (RODRIGUES et al., 2008).

A situação da mata ciliar encontrada na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú

preocupa, uma vez que a sua importância vai além da vegetação que a compõe e da biota

associada a este ecossistema. A qualidade dos cursos d’água e da bacia hidrográfica

depende da saúde da zona ripária, que provê sombra, nutrientes, estabilização das

margens, dentre outras funções que garantem boas condições aos ecossistemas aquáticos

(DEBANO; SCHMIDT, 1989). A presença da mata ciliar, parâmetro pior classificado para a

bacia, apresentou redução durante o período de visitas a campo. Trechos avaliados no

presente estudo tiveram redução da cobertura vegetal entre janeiro e setembro de 2015,

período em que foram realizados registros fotográficos dos pontos amostrais para análise de

parâmetros físico-químicos. Isto demonstra a vulnerabilidade deste ecossistema e a

velocidade que o mesmo é modificado por ações antropogênicas.

26

Figura 11 - Mapa contendo a situação da mata ciliar na região do Rio Camboriú, na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC).

Figura 12 - Mapa contendo a situação da mata ciliar na região do Rio Pequeno, na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC).

27

Figura 13 - Mapa contendo a situação da mata ciliar na região do Rio do Braço, na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC).

Figura 14 - Mapa contendo a situação da mata ciliar na região do Rio dos Macacos, na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC).

28

4.3 ANÁLISE DA INTEGRIDADE AMBIENTAL

A análise da integridade ambiental dos principais afluentes da Bacia Hidrográfica do

Rio Camboriú foi realizada exclusivamente para riachos da área ritral, sendo assim, a região

do Rio Camboriú e trechos de baixo curso não foram considerados. Dos 171 trechos com

análise de mata ciliar, em 54 pontos foi verificada a integridade ambiental (Figuras 15, 16 e

17), pois a descrição dos parâmetros se aplica exclusivamente a esses pontos. Em

aproximadamente 60% dos trechos avaliados foram obtidas classificações boas ou ótimas

(Apêndice E). Os resultados obtidos para a mata ciliar e integridade ambiental foram

distintos, o que pode estar associado a localização e número de trechos analisados.

Diferentemente do que foi averiguado com relação à mata ciliar, a região do Rio

Pequeno apresentou as piores condições com relação à integridade ambiental. Dos trechos

avaliados, 60% foram classificados em condições péssimas ou regulares (Figura 15). A

região do Rio dos Macacos obteve resultados semelhantes ao Rio Pequeno, registrando

50% das áreas classificadas como péssimas ou regulares (Figura 17). Estas categorias

somam 26% para a região do Rio do Braço, local com predomínio de trechos classificados

em estado bom (30%) e ótimo (44%) (Figura 16). Em geral, parâmetros da integridade

ambiental como o substrato de fundo e a complexidade do habitat apresentaram

características similares, propiciando para a biota alimento e refúgio (MINATTI-FERREIRA;

BEAUMORD, 2006).

A situação da mata ciliar encontrada em trechos de alto curso mostrou que em áreas

conservadas, a integridade ambiental dos riachos foi melhor classificada. Isto comprova que

a qualidade da zona ripária reflete diretamente sobre a integridade dos ecossistemas

aquáticos, tema abordado por diversos autores (DEBANO; SCHMIDT, 1989; ELMORE;

BESCHTA, 1987; LIMA; ZAKIA, 2000). Embora os trechos de baixo curso não tenham sido

avaliados quanto à integridade ambiental, a relação existente entre as condições da zona

ripária e os cursos d’água pode ser indicativo de má qualidade nestes locais, onde foram

registradas péssimas condições de mata ciliar.

29

Figura 15 - Mapa da integridade ambiental na região do Rio Pequeno, na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC).

Figura 16 - Mapa da integridade ambiental na região do Rio do Braço, na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC).

30

Figura 17 - Mapa da integridade ambiental da região do Rio dos Macacos, na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC).

4.4 ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS

Para as análises físico-químicas e biológicas foram realizadas nove saídas de campo

entre os meses de dezembro de 2014 e setembro de 2015, em dez pontos amostrais

distribuídos pela Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (Figura 1; Apêndice G). As saídas

ocorreram em semanas com pouca ou nenhuma ocorrência de chuva, devido a interferência

da precipitação sobre os resultados. Por esta razão, nos meses de maio e outubro de 2015

não foram realizadas análises. A ordem de visita dos pontos amostrais foi realizada sempre

na sequência #1, #2, #3, #4, #10, #9, #8, #7, #6, #5, no período matutino.

A temperatura da água seguiu um padrão em todos os pontos amostrais, variando

conforme a época do ano (Figura 18). O mês de dezembro apresentou as maiores

temperaturas, enquanto em agosto foram obtidos os menores registros, variando entre 16°C

e 28,5°C (Apêndice F). Em geral, os pontos localizados nas áreas naturais (#6, #7, #8 e #9)

apresentaram os menores valores de temperatura, devido, principalmente, a maior cobertura

vegetal nas margens. Estudo realizado por Urban (2008) apresentou o mês de agosto como

o mais frio, com média de temperatura igual a 16,2°C no ano de 2005. Embora a menor

temperatura do presente estudo tenha sido registrada em agosto, a menor média foi

31

observada no mês de junho, com 17,7°C. A temperatura máxima média chegou a 25,9°C

no mês de dezembro, enquanto que Urban (2008) registrou 25°C em março.

Figura 18 - Temperatura da água em 10 pontos amostrais na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC), de dezembro de 2014 a setembro de 2015.

A condutividade foi dividida entre os pontos que não sofrem efeito da salinidade (#5,

#6, #7, #8, #9 e #10) e os que sofrem (#1, #2, #3 e #4). Os pontos não influenciados pela

salinidade variaram de 0,035 mS/cm (#9, julho/2015) a 0,1 mS/cm (#5, janeiro/2015) (Figura

19; Apêndice F). Os pontos #6 e #9 apresentaram condutividade similar, assim como os

pontos #7, #8 e #10. Por outro lado, o #5, localizado em área rural, apresentou valores

superiores aos demais pontos. Tal resultado difere do obtido por Urban (2008), onde os

maiores valores de condutividade foram registrados no #8. Segundo Brigante et al. (2003),

em geral, maiores índices de condutividade são apresentados em ambientes poluídos,

devido ao aumento do conteúdo mineral, o que pode explicar os valores registrados no #5,

local de atividade agrícola, pouca cobertura vegetal nas margens e próximo à estrada. Além

disso, Esteves (2010) cita que o pH e a temperatura influenciam a condutividade elétrica,

especialmente em locais com pH inferior a 5 e superior a 9. Quanto aos pontos influenciados

pela salinidade, a variação foi de 0,122 mS/cm (#3, setembro/2015) a 36,8 mS/cm (#1,

julho/2015) (Figura 20). O maior valor observado no #1 tem relação com a salinidade

registrada em julho, que alcançou 23,4. Este ponto apresentou aumento no valor médio de

condutividade em relação ao estudo realizado por Urban (2008), passando de 15,87 mS/cm

15

17

19

21

23

25

27

29

Dez Jan Fev Mar Abr Jun Jul Ago Set

Tem

pe

ratu

ra d

a ág

ua

(°C

)

Mês

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

32

para 20,4 mS/cm. Os demais pontos (#2, #3 e #4) também sofrem influência de maré,

porém registraram valores inferiores a 10,3 mS/cm.

Figura 19 - Condutividade da água em 6 pontos amostrais, sem influência da salinidade, na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC), de dezembro de 2014 a setembro de 2015.

Figura 20 - Condutividade da água em 6 pontos amostrais, com influência da salinidade, na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC), de dezembro de 2014 a setembro de 2015.

0

0,02

0,04

0,06

0,08

0,1

0,12

Dez Jan Fev Mar Abr Jun Jul Ago Set

Co

nd

uti

vid

ade

(m

S/cm

)

Mês

5

6

7

8

9

10

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Dez Jan Fev Mar Abr Jun Jul Ago Set

Co

nd

uti

vid

ade

(m

S/cm

)

Mês

1

2

3

4

33

A concentração de oxigênio dissolvido (OD) variou entre 0,22 mg/l (#2,

março/2015) e 11,7 mg/l (#9, agosto/2015), resultados presentes na Figura 21. Do ponto #5

ao #10 foram observadas características semelhantes, no aumento e redução da

concentração, com picos registrados no mês de agosto e mínimas em fevereiro (Apêndice

F). Em fevereiro e setembro foram registrados valores baixos de OD nos dez pontos

amostrais. Os pontos #1, #2 e #4 apresentaram os menores valores de OD, sendo que o #2,

localizado no Rio Peroba, encontra-se nas piores condições, com média igual a 2,37 mg/l.

Por outro lado, o #9 na Limeira registrou a maior média de oxigênio dissolvido com 7,49

mg/l. Urban (2008) registrou os mesmos resultados quanto aos pontos em estado melhor

(áreas rurais e naturais) e pior (áreas urbanas e peri-urbanas).

A Resolução CERH nº001/2008 descreve que corpos d’água que não possuem

enquadramento proposto pelo Plano de Bacia devem adotar a classificação disposta na

Resolução CONAMA n°357/2005 (SANTA CATARINA, 2008b; BRASIL, 2005). Nesta

resolução consta que para cursos de água doce, sem enquadramento definido, deve-se

considerar classe 2, enquanto que para águas salobras será adotada classe 1. Os pontos

amostrais #1, #2 e #3, por apresentarem salinidade média superior a 0,5%, são

classificados como águas salobras. Os demais pontos, de #4 a #10, são classificados como

cursos de água doce. Tanto para águas doces classe 2, quanto para águas salobras classe

1, a concentração mínima de oxigênio dissolvido exigida pela resolução é de 5 mg/l. Dessa

forma, os pontos amostrais #1, #2 e #4 encontram-se em desconformidade com a

legislação. Quanto à época de amostragem, os meses de janeiro, fevereiro e setembro

também estiveram abaixo da concentração mínima exigida. A diminuição da concentração

de OD nos meses de verão pode estar relacionada ao aumento da temperatura da água,

quando a atividade microbiológica é maior, havendo maior consumo de oxigênio. Além

disso, neste período o despejo de carga orgânica nos cursos d’água aumenta

consideravelmente, devido ao acréscimo populacional no município de Balneário Camboriú.

As baixas concentrações de oxigênio dissolvido registradas em alguns pontos

amostrais da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú podem representar risco para a ictiofauna

destes cursos d’água. Segundo Von Sperling (2007), espécies de peixes mais exigentes não

conseguem sobreviver em ambientes com concentração de OD entre 4-5 mg/l, sendo que

em locais onde esta é inferior a 2 mg/l, e.g. ponto amostral #2, a ictiofauna é praticamente

inexistente.

34

Figura 21 - Concentração de oxigênio dissolvido em 10 pontos amostrais na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC), de dezembro de 2014 a setembro de 2015.

A demanda bioquímica de oxigênio (DBO) variou de 0,14 mg/l (#2, janeiro/2015) a

8,37 mg/l (#2, fevereiro/2015), apresentando comportamento semelhante para os pontos

amostrais de #5 a #10 (Figura 22; Apêndice F). O valor mínimo registrado no ponto #2 foi

devido à concentração inicial de oxigênio dissolvido ter sido inferior a 0,26 mg/l, ou seja, não

havia disponibilidade de OD no ambiente no mês de janeiro. O Rio Peroba (#2) se destaca

novamente como o ponto de pior qualidade da água, com DBO médio de 5,07 mg/l. Os

pontos localizados nas zonas urbana (#1 e #2) e peri-urbana (#3 e #4) registraram os

maiores valores de DBO. Os meses de dezembro e janeiro apresentaram as maiores

concentrações de DBO, provavelmente devido ao aumento populacional e,

consequentemente, da descarga de efluente nos rios. Em vários locais da bacia hidrográfica

foram observadas tubulações de esgoto direcionadas aos cursos d’água, fato que aumenta

a matéria orgânica no ambiente, sendo necessário maior consumo de oxigênio para a sua

degradação (Apêndice G). Durante o período amostral, valores de DBO superiores ao

máximo permitido, de 5mg/l presente na Resolução Conama n°357/2005, foram registrados

pelo menos uma vez para cada ponto amostral analisado.

0

2

4

6

8

10

12

14

Dez Jan Fev Mar Abr Jun Jul Ago Set

Oxi

gên

io d

isso

lvid

o(m

g/l)

Mês

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

35

Figura 22 - Demanda bioquímica de oxigênio (DBO) em 10 pontos amostrais na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC), de dezembro de 2014 a setembro de 2015.

Os valores de pH variaram de 3,24 (#10, fevereiro/2015) a 9,45 (#4, março/2015),

não sendo registrado padrão definido para os resultados encontrados (Figura 23; Apêndice

F). Em quatro meses de amostragem (dezembro, janeiro, fevereiro e julho) foram

registrados valores de pH médio inferior ao mínimo exigido pela Conama n°357/2005 para

águas doces (6 a 9) e águas salobras (6,5 a 8,5). Quanto aos pontos amostrais, apenas o

#3 teve registro inferior a 6,5. Foi observado que os valores de pH apresentaram redução

em relação ao verificado por Urban (2008), onde o mínimo registrado foi de 6,4. Além disso,

o autor destacou a redução do pH do período de 2001/2002 para 2005/2006. Isto demonstra

que os cursos d’água da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú veem apresentando perfil mais

ácido ao longo dos anos. Esteves (2010) cita que o pH pode ser influenciado por diversos

fatores, dificultando a sua interpretação. Um destes fatores é o lançamento de efluentes

domésticos, verificado em toda a extensão da bacia de estudo, podendo explicar os

menores índices de pH registrados, principalmente na época de veraneio. A salinidade

também influencia os valores de pH, fato mencionado por Urban (2008) e verificado no

presente estudo, onde os maiores resultados foram registrados nos pontos #1 e #2, áreas

salobras.

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

9,00

Dez Jan Fev Mar Abr Jun Jul Ago Set

DB

O (

mg/

l)

Mês

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

36

Figura 23 - Valores de pH da água em 10 pontos amostrais na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC), de dezembro de 2014 a setembro de 2015.

A turbidez apresentou grande variação, tanto temporalmente quanto espacialmente

(Figura 24). Os valores variaram entre 1,49 NTU (#9, junho/2015) e 161 NTU (#3,

julho/2015) (Apêndice F). Os pontos #2 e #3, localizados em áreas mais urbanizadas,

registraram os maiores valores, relacionados principalmente com o lançamento de efluente

doméstico sem tratamento. Além do despejo de esgoto, a pouca cobertura vegetal nas

margens do Rio Peroba (#2) pode influenciar diretamente a turbidez da água. Os meses de

julho e setembro apresentaram os maiores valores de turbidez, tendo forte influência do

ponto amostral #3. Os índices de precipitação acumulada nas 72 horas anteriores às

campanhas amostrais não justificam os resultados de turbidez obtidos nos meses de julho e

setembro, uma vez que não houve chuva neste período (Anexo A). Os pontos #6, #8 e #9

apresentaram os menores resultados para o parâmetro. Urban (2008) também registrou

melhores resultados para os pontos #8 e #9, destacando a ocupação das margens por

vegetação em bom estado de conservação, fato que contribui para a proteção dos cursos

d’água.

3

4

5

6

7

8

9

10

Dez Jan Fev Mar Abr Jun Jul Ago Set

pH

Mês

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

37

Figura 24 - Turbidez da água em 10 pontos amostrais na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC), de dezembro de 2014 a setembro de 2015.

Em geral, os pontos amostrais localizados nas áreas naturais apresentaram melhor

qualidade dos cursos d’água. Quanto ao estado e presença da mata ciliar, foi verificado que

pontos com classificações regulares e péssimas (#2 e #4) apresentaram valores ruins para

os parâmetros de qualidade dos cursos d’água analisados. Da mesma maneira, os pontos

com mata conservada no entorno apresentaram os melhores resultados, principalmente

para a concentração de oxigênio dissolvido. Além disso, a ocupação do solo também pode

influenciar os parâmetros físico-químicos e biológicos, especialmente em áreas muito

urbanizadas, como é o caso dos pontos #1, #2, #3 e #4.

Em comparação com o estudo de Urban (2008), foram observadas diferenças para

os parâmetros oxigênio dissolvido e turbidez, conforme os pontos amostrais. Com relação

ao oxigênio dissolvido, foi observado que as áreas rurais (#5 e #10) e naturais (#6, #7, #8 e

#9) registraram redução na concentração média. Por outro lado, os pontos localizados nas

áreas urbana (#1 e #2) e peri-urbana (#3 e #4) apresentaram aumento nas concentrações

médias. Quanto à turbidez, houve aumento dos índices nos pontos #7, #8 e #9. Tais

resultados demonstram que no horizonte de dez anos entre o presente estudo e o realizado

por Urban (2008), houve diminuição da qualidade da água nos pontos localizados nas áreas

naturais, para os parâmetros citados anteriormente.

0

10

20

30

40

50

60

70

Dez Jan Fev Mar Abr Jun Jul Ago Set

Turb

ide

z (N

TU)

Mês

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

38

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir dos resultados obtidos no presente estudo para a Bacia Hidrográfica do Rio

Camboriú (SC), referentes às mudanças no uso e ocupação do solo, mata ciliar, integridade

ambiental e parâmetros físico-químicos e biológicos, pode-se concluir que:

a) A área urbana da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú cresceu cerca de 125% entre os

anos de 1986 e 2010, por outro lado a área natural diminuiu aproximadamente 15% no

mesmo período;

b) a mata ciliar do rio Camboriú e seus afluentes encontra-se em desconformidade com o

Código Florestal Brasileiro;

c) a classificação do estado e presença da mata ciliar revela diferenças para as quatro

regiões estudadas na Bacia Hidrográfica;

d) os trechos de baixo curso encontram-se em pior qualidade de mata ciliar;

e) existe relação entre a situação da mata ciliar e a qualidade dos cursos d’água;

f) todos os pontos amostrais apresentaram ao menos um parâmetro em desconformidade

com a Resolução Conama n°357/2005 nos nove meses de análises;

g) comparando o presente estudo com os realizados por Urban (2008), incluindo os

períodos 2001-2002 e 2005-2006, ficou constatada uma contínua redução da concentração

de oxigênio dissolvido na água, nas áreas rurais e naturais, e dos valores de pH, na

totalidade da bacia hidrográfica;

h) houve aumento nos valores de condutividade elétrica e temperatura média da água em

relação ao estudo de Urban (2008).

A partir das conclusões obtidas neste estudo, recomenda-se:

a) Recuperação das matas ciliares, principalmente nas áreas altas da Bacia Hidrográfica do

Rio Camboriú, de forma a melhorar a qualidade dos recursos hídricos até a foz;

b) monitorar a qualidade ambiental da bacia continuamente, pois apenas dessa forma pode-

se verificar processos de degradação;

c) implantação de sistema de coleta e tratamento de esgoto no município de Camboriú;

d) necessidade urgente da elaboração de um Plano de Recursos Hídricos para a Bacia

Hidrográfica do Rio Camboriú, principal instrumento da Política Nacional de Recursos

Hídricos (Lei nº 9433/1997);

e) manter atualizados os mapas de uso e ocupação do solo, para identificar mudanças

espaciais e temporais na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú.

39

6 REFERÊNCIAS

ANTUNES, A.; SCHWINGEL, P.R.; BURLIGA, A.L.M.; URBAN, S.R. Composição do

fitoplâncton na bacia hidrográfica do rio Camboriú (SC Brasil) durante o verão de 2005.

Braz. J. Aquat. Sci. Technol., v.11, n.2, p.33-43, 2007.

BARBOUR, M.T.; GERRITSEN, J.; SNYDER, B.D.; STRIBLING, J.B. Rapid bioassessment

protocols for use in stream and wadeable rivers: Periphyton, Benthic

Macroinvertebrates and Fish. 2.ed. U.S. Washington: Environmental Protection Agency,

1999.

BRASIL. Conselho Nacional de Meio Ambiente. Resolução nº 357 de 17 de março de

2005. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu

enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes,

e dá outras providências.

BRASIL. Decreto nº 24.643 de 10 de julho de 1934. Decreta o Código de Águas.

BRASIL. Lei nº 12.651 de 25 de maio de 2012. Novo Código Florestal Brasileiro.

BRASIL. Lei nº 4.771 de 15 de setembro de 1965. Institui o Código Florestal revogado pela

Lei nº 12.651 de 2012.

BRASIL. Lei nº 6.938 de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio

Ambiente.

BRASIL. Lei nº 9.433 de 8 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de Recursos

Hídricos e cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

BREN, L.J. Riparian zone, stream, and floodplain issues: a review. Journal of Hidrology,

n.150, p.277-299, 1993.

BRIGANTE, J.; ESPÍNDOLA, E.L.G.; POVINELLI, J.; NOGUEIRA, A.M. Caracterização

física, química e biológica da água do rio Mogi-Guaçu. In: BRIGANTE, J.; ESPÍNDOLA,

E.L.G. Limnologia fluvial: um estudo no rio Mogi-Guaçu. São Carlos: RiMa, p.55-76,

2003.

BUSS, D.F.; BORGES, E.L. Application of rapid bioassessment protocols (RBP) for benthic

macroinvertebrates in Brazil: comparison between Sampling Techniques and Mesh Sizes.

Neotropical Entomology. v.37, n.3, p.288-295, 2008.

CALLISTO, M.; FERREIRA, W.R.; MORENO, P.; GOULART, M.; PETRUCIO,M. Aplicação

de um protocolo de avaliação rápida da diversidade de habitats em atividades de ensino e

pesquisa (MG-RJ). Acta Limnol. Bras. v.14, n.1, p.91-98, 2002.

40

CAMPOS, K.B.G; RAMIRES, I.; PAULA, S.M. Influência do uso e ocupação do solo nos

recursos hídricos de quatro córregos na região de Caarapó – MS. Revista de Ciências

Ambientais, Canoas, v.5, n.2, p.77-92, 2011.

CETESB. Relatório de qualidade das águas interiores do estado de São Paulo 2008.

São Paulo: Cetesb, 513p., 2009.

CIONEK, V. de M.; BEAUMORD, A. C.; BENEDITO, E. Protocolo de avaliação rápida do

ambiente para riachos inseridos na região do Arenito Caiuá – Noroeste do Paraná. Maringá:

Eduem, Coleção Fundamentum, n. 72, 47p., 2011.

COMITÊ CAMBORIÚ. Levantamento Fotogeorreferenciado dos afluentes do rio

Camboriú (SC). Relatório Técnico. Camboriú, SC, 2013.

DEBANO, L.F.; SCHMIDT, L.J. Improving southwestern riparian areas through

watershed management. Gen. Tech. Rep. RM-182. Fort Collins, CO: U.S. Department of

Agriculture, Forest Service, Rocky Mountain Forest and Range Experiment Station. 33 p.

1989.

DONADIO, N.M.M.; GALBIATTI, J.A.; PAULA, R.C. Qualidade da água de nascentes com

diferentes usos do solo na Bacia Hidrográfica do Córrego Rico, São Paulo, Brasil. Eng.

Agríc., Jaboticabal, v.25, n.1, p.115-125, 2005.

ELMORE, W.; BESCHTA, R.L. Riparian Areas: Perceptions in Management. Rangelands,

v.9; n.6, p.260-265, 1987.

EPAGRI. Inventário das Terras da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú. Florianópolis.

1999.

ESTEVES, F. de A. Fundamentos de limnologia. 2.ed. Rio de Janeiro: Interciência, 602p.,

2010.

FIRMINO, P.F.; MALAFAIA, G.; RODRIGUES, A.S.L. Diagnóstico da integridade ambiental

de trechos de rios localizados no município de Ipameri, sudeste do Estado de Goiás, através

de um protocolo de avaliação rápida. Braz. J. Aquat. Scl. Technol. v.15, n.2, p.1-12, 2011.

GRANEMANN, A. R. B. Determinação do limite temporal e populacional do uso dos

recursos hídricos na bacia hidrográfica do rio Camboriú – SC, Brasil. 75f. Monografia

(Graduação em Engenharia Ambiental), Universidade do Vale do Itajaí. Itajaí, 2011.

GRANEMANN, A.R.B. Estudo das áreas de preservação permanente dos afluentes da

Bacia Hidrográfica Do Rio Camboriú (SC) frente a legislação vigente. 29f. Monografia

(Especialização em Direito Ambiental), Universidade do Vale do Itajaí. Itajaí, 2014.

GREGORY, S.V.; SWANSON, F.J.; MCKEE, W.A.; CUMMINS, K.W. An ecosystem

perspective of riparian zones. Focus on links between land and water. BioScience, v.41;

n.8, p.540-550, 1991.

41

IBGE. Censo Demográfico 2010. Disponível em:

<http://cidades.ibge.gov.br/xtras/home>. Acesso em: 26 de setembro de 2014.

INMET. Instituto Nacional de Meteorologia. Estações automáticas – gráficos. Disponível

em: <http://www.inmet.gov.br/ >. Acesso em: 11 de novembro de 2015.

LACERDA, D.M.A.; FIGUEIREDO, P.S. Restauração de matas ciliares do rio Mearim no

município de Barra do Corda – MA: seleção de espécies e comparação de metodologias de

reflorestamento. Acta Amazônica, v.39; n.2, p. 295-304. 2009.

LEAL, K. P. Bacias hidrográficas dos rios Gravatá e Irirí, municípios de Navegantes e

Penha (SC): caracterização ambiental e recomendações para orientar políticas

públicas. 69f. Monografia (Graduação em Engenharia Ambiental), Universidade do Vale do

Itajaí. Itajaí, 2012.

LIMA, W. P.; ZAKIA M. J. B. Hidrologia de matas ciliares. In: RODRIGUES; R.R.; LEITÃO

FILHO; H. F. (Ed.) Matas ciliares: conservação e recuperação. 2.ed. São Paulo: Editora da

Universidade de São Paulo, p.33-43, 2000.

LUZ, C.N. Uso e ocupação do solo e os impactos na qualidade dos recursos hídricos

superficiais da Bacia do Rio Ipitanga. 103f. Dissertação (Mestrado em Engenharia

Ambiental Urbana), Universidade Federal da Bahia. Salvador, 2009.

MINATTI-FERREIRA, D. D.; BEAUMORD, A. C. Adequação de um protocolo de avaliação

rápida de integridade ambiental para ecossistemas de rios e riachos: Aspectos físicos.

Revista Saúde e Ambiente, v.7, n.1, p.39-47, 2006.

MINATTI-FERREIRA, D. D.; BEAUMORD, A.C. Avaliação rápida de integridade ambiental

das sub-bacias do rio Itajaí-Mirim no município de Brusque, SC. Revista Saúde e

Ambiente, v. 5, n. 2, p.21-27, 2004.

MISERENDINO, M.L.; CASAUX, R.; ARCHANGELSKY, M.; DI PRINZIO, C.Y.; BRAND, C.;

KUTSCHKER, A.M. Assessing land-use effects on water quality, in-stream habitat, riparian

ecosystems and biodiversity in Patagonian northwest streams. Science of the Total

Environment, v.409, p. 612-624, 2011.

MORING, J.R.; GARMAN, G.C.; MULLEN, D.M. The value of riparian zones for protecting

aquatic systems: general concerns and recent studies in Maine. North American Riparian

Conference, Tucson, Arizona, p.315-319, 1985.

MUÑOZ-ESPINOSA, H.R. Razões para um debate sobre as interfaces da gestão dos

recursos hídricos no contexto da lei de Águas de 1997. IN: MUÑOZ-ESPINOSA, H.R. (org).

Interfaces da gestão de recursos hídricos: desafios da lei de águas de 1997. 2. ed.

Brasília, DF: Secretaria de Recursos Hídricos, 2000.

42

OLIVEIRA Jr., U. D. Subsídios para uma proposta metodológica para capacitação de

recursos humanos para gestão participativa de bacias hidrográficas: estudo de caso do

Comitê Camboriú - SC. 97f. Monografia (Especialização em Gestão Ambiental),

Universidade do Vale do Itajaí. Itajaí, 2000.

PADILHA, L. R. Modelagem da qualidade da água na bacia hidrográfica do rio

Camboriú, SC: Subsídios à gestão integrada dos Recursos Hídricos. 87f. Monografia

(Graduação em Engenharia Ambiental), Universidade do Vale do Itajaí. Itajaí, 2013.

PLAFKIN, J.L.; BARBOUR, M.T.; PORTER, K.D.; GROSS, S.K.; HUGHES, R.M. Rapid

bioassessment protocols for use in stream and rivers: Benthic macroinvertebrates

and fish. Washington: Environmental Protection Agency, 1989.

POLETO, C.; CARVALHO, S.L.; MATSUMOTO, T. Avaliação da qualidade da água de uma

microbacia hidrográfica no município de Ilha Solteira (SP). Holos Environment, v.10, p.95-

110, 2010.

PRIMACK, R.B.; RODRIGUES, E. Biologia da conservação. Londrina: E. Rodrigues, 2001.

RODRIGUES, A.S.L.; MALAFAIA, G.; CASTRO, P.T.A. Avaliação ambiental de trechos de

rios na região de Ouro Preto – MG através de um protocolo de avaliação rápida. REA –

Revista de estudos ambientais, v.10, n.1, p.74-83, 2008.

SANTA CATARINA. Coletânea de legislação de recursos hídricos de Santa Catarina.

2ºEd. Florianópolis: SDS e DRHI, 2008a.

SANTA CATARINA. Conselho Estadual de Recursos Hídricos. Resolução n° 001 de 21 de

julho de 2008b. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água de Santa Catarina e dá

outras providências.

SANTOS, G.O.; HERNANDEZ, F.B.T. Uso do solo e monitoramento dos recursos hídricos

no córrego do Ipê, Ilha Solteira, SP. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e

Ambiental, v.17, n.1, p.60-68, 2013.

SCHÄFER, A. Fundamentos de ecologia e biogeografia das águas continentais. Porto

Alegre: Ed. Da Universidade, UFRGS, 1984.

SILVA, A. N. Influência da integridade do habitat físico sobre a composição e

abundância da ictiofauna dos rios Braço, Canhanduba e Itapocú (SC). 53f. Monografia

(Graduação em Oceanografia), Universidade do Vale do Itajaí. Itajaí, 2013.

TUCCI, C.E.M. Impactos da variabilidade climática e o uso do solo nos recursos hídricos. In:

Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas – Câmara Temática de Recursos Hídricos,

Brasília, 2002.

TUNDISI, J. G.; TUNDISI, T. M. Limnologia. São Paulo: Oficina de Textos, 2008.

43

URBAN, S. R. Uso do solo na bacia hidrográfica do rio Camboriú (SC) e sua

influência sobre a qualidade da água. 66f. Dissertação (Mestrado em Ciência e

Tecnologia Ambiental), Universidade do Vale do Itajaí. Itajaí, 2008.

URBAN, S. R.; SCHWINGEL, P. R. Levantamento das nascentes da bacia hidrográfica do

Rio Camboriú. Anais VII Seminário Integrado de Iniciação Científica. Blumenau: Ed

FURB, pág. 165, 2001.

VANZELA, L.S.; HERNANDEZ, F.B.T.; FRANCO, R.A.M. Influência do uso e ocupação do

solo nos recursos hídricos do córrego Três Barras, Marinópolis. Revista Brasileira de

Engenharia Agrícola e Ambiental, v.14, p.55-64, 2010.

VEIGA, M.; MASSIGNAM, A.M.; WILDNER, L. P. Potencial erosivo das chuvas no Estado de

Santa Catarina. Agropecuária Catarinense, v.5, n.2, 1992.

VON SPERLING, M. Estudos e modelagem da qualidade da água de rios. Belo

Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental; Universidade Federal de

Minas Gerais, 2007.

WETZEL, R.G. Limnology: 2nd. ed. Saunders College, 1983.

WETZEL, R.G.; LIKENS, G.E. Limnological analyses: 3rd.ed. New York: Springer-Verlag,

2000.

APÊNDICES

APÊNDICE A Definição e pontuação da presença da mata ciliar para os rios da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC), de acordo com as dimensões estabelecidas pelo Código Florestal Brasileiro (Lei nº 12.651 de 25/05/2012), adaptado de Leal (2012).

Presença da mata ciliar

CATEGORIAS

EXCELENTE BOA REGULAR PÉSSIMA INEXISTENTE

100% da Mata

Ciliar Presente

75% da Mata

Ciliar Presente

50% da Mata

Ciliar Presente

25% da Mata

Ciliar Presente

Mata Ciliar

Inexistente

ME 4 3 2 1 0

MD 4 3 2 1 0

Definição da qualidade vegetal das margens para os rios da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC) (LEAL, 2012).

Qualidade vegetal das margens

CATEGORIAS

ÓTIMA BOA REGULAR PÉSSIMA

A vegetação do

entorno é composta

por espécies nativas

em bom estado de

conservação,

conforme sua

fitofisionomia.

A vegetação é

composta não só por

espécies nativas,

mas também por

espécies exóticas,

contudo

apresentando bom

estado de

conservação, com

mínima evidência de

impactos antrópicos.

Presença nítida de

vegetação exótica e

pouco resquício de

vegetação nativa

associada à

presença de

impactos antrópicos.

Podendo apresentar

pastagem ou

ocupação urbana.

A vegetação do

entorno é

praticamente

inexistente devido,

principalmente, a

retirada da

vegetação nativa

para uso da madeira,

instalação de

moradias e

construção de

estradas.

ME 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0

MD 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Definição da cobertura vegetal das margens para os rios da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC), adaptado de Minatti-Ferreira e Beaumord (2006).

Cobertura vegetal das margens

CATEGORIAS

ÓTIMA BOA REGULAR PÉSSIMA

Vegetação com

várias alturas

provendo uma

mistura de sombras

e luzes para a

superfície da água.

Vegetação

descontinuada provê

áreas de

sombreamento

alternadas com

áreas de exposição

completa.

Pouco

sombreamento, mais

de 50% da superfície

da água é totalmente

exposta à luz solar.

Superfície da água é

exposta totalmente à

luz solar,

praticamente o dia

todo.

ME 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0

MD 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0

Definição da proteção vegetal dos barrancos dos rios da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC) (MINATTI-FERREIRA; BEAUMORD, 2006).

Proteção vegetal dos barrancos

CATEGORIAS

ÓTIMA BOA REGULAR PÉSSIMA

Mais de 80% das

superfícies do

barranco são

cobertas por

vegetação, ou lajes

de pedras, ou outras

estruturas estáveis.

De 50 a 80% das

superfícies do

barranco são

cobertas por

vegetação, pedras e

outras estruturas de

grande porte.

De 25 a 50% das

superfícies do

barranco são

cobertas por

vegetação e demais

estruturas, com focos

representativos de

ocupação antrópica

para fins agrícolas,

pastoris e/ou

urbanos. Em caso de

impactos urbanos, a

pontuação é menor.

Menos de 25% das

superfícies do

barranco são

cobertas por

vegetação e demais

estruturas.

ME 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0

MD 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Definição da estabilidade dos barrancos dos rios da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC) (MINATTI-FERREIRA; BEAUMORD, 2006; CIONEK et al., 2011).

Estabilidade dos barrancos

CATEGORIAS

ÓTIMA BOA REGULAR PÉSSIMA

Trechos com

ocorrência mínima

de processos

erosivos, presença

de vegetação

preservada e densa

dando sustentação

ao solo,

apresentando até

10% de sua

extensão com

pequenos sinais de

perda de massas de

solo.

Deslizamentos raros

ou pouco frequentes,

sendo a maioria

sanada. Baixo

potencial para

futuros

deslizamentos.

Processos erosivos

alcançam de 31% a

65% do trecho, com

exposição de raízes,

presença mínima de

vegetação e

consequente

susceptibilidade aos

efeitos de chuvas

fortes, com

movimentação clara

e abundante de

massas de solo,

limitando a sucessão

vegetacional.

Frequentes ou

grandes

deslizamentos, com

ausência ou

presença mínima de

vegetação.

Barrancos instáveis

que contribuem para

aumentar a carga de

sedimentos para

dentro dos corpos de

água. As margens

estão revestidas de

cimento ou

sustentadas por

gabiões, ou qualquer

outra alteração

ME 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0

MD 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0

APÊNDICE B

Definição de substrato de fundo dos rios da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC) (MINATTI-FERREIRA; BEAUMORD, 2006).

Substrato de Fundo

CATEGORIAS

ÓTIMA BOA REGULAR PÉSSIMA

Mais de 60% do fundo

é de cascalho, seixos

rolados. Mistura

quase heterogênea de

classes de tamanho

do substrato.

De 30 a 60% do

fundo é coberto por

seixos rolados.

Substrato pode ser

dominado por

estruturas de um só

tamanho.

De 10 a 30% do

fundo é composto

por material de

maior porte. Silte e

areia representam

de 70 a 90% do

fundo.

Substrato

dominado por silte

e areia. Cascalho e

pedras de maior

porte representam

menos do que 10%

da cobertura.

20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0

Definição de complexidade do habitat dos rios da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC) (MINATTI-FERREIRA; BEAUMORD, 2006).

Complexidade do habitat. Estruturas: troncos, galhos, seixos rolados, vegetação aquática e barrancos submersos

CATEGORIAS

ÓTIMA BOA REGULAR PÉSSIMA

Vários tipos e

tamanhos de

estruturas formando

um habitat altamente

diversificado.

Os tipos e tamanhos

das estruturas são

menores, porém

fornecem uma

cobertura adequada.

Habitat dominado

por somente um ou

dois componentes

estruturais. A

cobertura é

limitada.

Habitat monótono

com pouca

diversificação. Silte

e areia dominam e

reduzem a

complexidade do

habitat.

20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Definição da qualidade dos remansos dos rios da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC) (MINATTI-FERREIRA; BEAUMORD, 2006).

Qualidade dos remansos

CATEGORIAS

ÓTIMA BOA REGULAR PÉSSIMA

25% dos remansos

são tão largos ou mais

largos que a largura

média do rio e

possuem

profundidade maior do

que 1 m.

Menos de 5% dos

remansos são mais

profundos que 1

metro e mais largos

do que a largura

média do rio. A

maioria dos

remansos é menor

que a largura média

do rio e tem

profundidade menor

que 1 m.

Menos de 1% dos

remansos são

mais profundos

que 1 m e mais

largos do que a

largura média do

rio. Os remansos,

quando presentes,

podem ser muito

fundos ou muito

rasos.

A maioria dos

remansos é

pequena e rasa ou

ausente.

20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0

APÊNDICE C

Área e porcentagem de ocupação de cada classe de uso do solo nas quatro regiões da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC) nos anos de estudo.

Região Classe Ano

1986 1993 1999 2004 2006 2010

Rio Camboriú

Área Urbana km 12,26 13,00 13,55 15,04 15,96 18,09

% 40,21 42,57 44,38 49,04 52,23 59,21

Área Natural km 14,38 10,81 11,22 10,22 12,42 10,18

% 47,16 35,40 36,75 33,32 40,64 33,32

Pasto/rasteira km 2,90 5,51 4,99 4,81 1,63 1,94

% 9,51 18,04 16,34 15,68 5,33 6,35

Agricultura km 0,17 0,01 0,21 0,08 0,16 -

% 0,56 0,03 0,69 0,26 0,52 -

Espelho d'água km 0,56 0,99 0,56 0,52 0,39 0,34

% 1,84 3,24 1,83 1,70 1,28 1,11

Sem classificação km 0,22 0,22 - - - -

% 0,72 0,72 - - - -

Rio Pequeno

Área Urbana km 4,43 5,25 6,24 8,10 11,19 13,67

% 11,24 13,16 15,64 20,31 28,05 34,27

Área Natural km 28,27 22,78 22,21 20,95 24,90 22,49

% 71,75 57,09 55,65 52,52 62,41 56,38

Pasto/rasteira km 5,89 10,90 10,92 10,30 3,11 3,54

% 14,95 27,32 27,36 25,82 7,79 8,87

Agricultura km 0,21 0,38 0,34 0,35 0,53 0,03

% 0,53 0,95 0,85 0,88 1,33 0,08

Espelho d'água km 0,18 0,32 0,20 0,19 0,17 0,16

% 0,46 0,80 0,50 0,48 0,43 0,40

Sem classificação km 0,42 0,27 - - - -

% 1,07 0,68 - - - -

Rio do Braço

Área Urbana km 0,92 0,59 0,27 1,59 3,91 4,31

% 1,33 0,85 0,39 2,29 5,65 6,23

Área Natural km 58,26 52,94 51,23 48,54 53,20 52,79

% 84,06 76,44 74,03 69,93 76,83 76,29

Pasto/rasteira km 8,25 13,68 15,84 16,35 8,99 9,64

% 11,90 19,75 22,89 23,56 12,98 13,93

Agricultura km 1,50 1,77 1,76 2,82 3,03 2,35

% 2,16 2,56 2,54 4,06 4,38 3,40

Espelho d'água km - - 0,10 0,11 0,11 0,11

% - - 0,14 0,16 0,16 0,16

Sem classificação km 0,38 0,28 - - - -

% 0,55 0,40 - - - -

Rio dos Macacos

Área Urbana km 1,70 2,05 1,40 2,98 4,52 7,25

% 2,65 3,17 2,16 4,61 6,99 11,21

Área Natural km 48,84 45,18 43,82 41,50 46,80 44,01

% 76,11 69,84 67,75 64,16 72,36 68,06

Pasto/rasteira km 10,39 13,78 16,59 15,06 7,89 9,13

% 16,19 21,30 25,65 23,28 12,20 14,12

Agricultura km 2,16 3,10 2,82 5,08 5,32 4,23

% 3,37 4,79 4,36 7,85 8,23 6,54

Espelho d'água km - 0,02 0,05 0,06 0,15 0,04

% - 0,03 0,08 0,09 0,23 0,06

Sem classificação km 1,08 0,56 - - - -

% 1,68 0,87 - - - -

APÊNDICE D

Pontuações atribuídas a cada ponto amostral para os parâmetros de análise da situação da mata ciliar da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC).

Pto Estabilidade barrancos Proteção vegetal Cobertura vegetal Qualidade vegetal

Total Classificação Presença

Total Classificação ME MD JE JD ME MD JE JD ME MD JE JD ME MD JE JD ME MD JE JD

C1 8 8 8 8 4 8 3 2 1 1 1 1 4 5 3 2 67 Regular 2 3 2 4 11 Boa

C2 1 1 1 1 1 3 2 2 6 5 6 5 3 2 2 2 43 Regular 0 0 0 0 0 Inexistente

C3 1 1 1 1 3 3 2 2 4 4 6 5 3 3 2 2 43 Regular 0 1 0 1 2 Péssima

C4 8 8 8 8 8 8 7 7 7 7 6 7 7 7 7 5 115 Boa 1 1 1 1 4 Péssima

C5 8 2 8 2 6 6 5 4 3 3 5 5 5 6 5 3 76 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

C6 3 3 8 8 5 5 5 5 3 2 2 3 1 1 4 6 64 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

C7 1 1 1 1 5 5 5 5 2 2 2 2 1 2 1 2 38 Péssima 3 1 3 1 8 Regular

C8 3 3 3 3 5 5 5 5 2 2 2 2 1 2 2 1 46 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

C9 2 2 8 6 5 5 5 5 3 3 3 3 3 3 3 4 63 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

C10 8 8 5 5 3 3 3 3 38 Péssima 1 1 0 0 2 Péssima

C11 6 1 8 6 5 1 5 5 3 2 3 3 3 1 3 3 58 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

C12 9 9 7 5 9 7 5 2 5 3 3 3 7 5 4 4 87 Boa 1 2 3 2 8 Regular

C13 9 9 8 8 8 4 8 4 5 3 5 3 8 6 8 3 99 Boa 2 2 2 1 7 Regular

P2 6 4 8 8 5 3 7 7 2 2 5 5 4 3 6 7 82 Boa 1 1 1 1 4 Péssima

P3 8 7 5 4 6 4 4 3 6 5 5 4 6 3 4 2 76 Regular 1 1 2 1 5 Regular

P4 5 5 5 3 4 3 4 3 3 3 3 3 3 3 4 3 57 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

P5 4 2 4 2 3 2 3 1 21 Péssima 0 0 1 1 2 Péssima

P6 8 5 8 8 3 3 3 4 2 2 2 2 3 3 3 3 62 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

P7 9 8 9 7 7 5 6 5 7 7 7 6 8 7 4 3 105 Boa 1 1 1 1 4 Péssima

P8 7 7 8 8 7 7 7 7 2 2 5 5 3 3 5 5 88 Boa 1 1 1 1 4 Péssima

P10 8 7 8 8 9 9 8 8 9 9 5 5 7 7 3 3 113 Boa 3 1 2 1 7 Regular

P11 8 7 7 7 9 8 8 8 8 8 8 8 6 6 6 6 118 Boa 1 1 1 1 4 Péssima

Pto Estabilidade barrancos Proteção vegetal Cobertura vegetal Qualidade vegetal

Total Classificação Presença

Total Classificação ME MD JE JD ME MD JE JD ME MD JE JD ME MD JE JD ME MD JE JD

P13 5 5 3 3 5 5 4 4 5 5 1 1 3 3 2 2 56 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

P14 3 3 5 5 4 4 6 6 3 3 3 3 2 2 2 2 56 Regular 2 2 1 1 6 Regular

P15 8 6 6 8 8 6 6 8 8 3 5 6 6 3 4 4 95 Boa 1 1 2 1 5 Regular

P16 0 8 0 6 0 7 0 7 0 4 0 4 0 3 0 3 42 Regular 0 0 1 1 2 Péssima

P17 0 2 2 0 0 3 3 0 0 2 2 0 0 1 1 0 16 Péssima 0 0 0 0 0 Inexistente

P18 7 4 4 5 6 4 5 5 6 6 5 7 3 3 3 3 76 Regular 2 2 3 3 10 Boa

P19 4 4 4 0 9 7 8 0 9 7 6 0 9 4 8 0 79 Regular 3 1 3 2 9 Boa

P20 3 3 3 3 5 5 6 6 4 4 7 7 3 3 3 3 68 Regular 3 4 1 2 10 Boa

P22 8 8 8 8 8 8 8 8 4 4 7 7 4 4 4 4 102 Boa 3 4 1 2 10 Boa

P23 8 8 8 8 7 7 8 8 4 4 8 8 3 3 8 8 108 Boa 3 3 4 4 14 Ótima

P24 8 10 8 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 156 Ótima 3 4 3 4 14 Ótima

P25 10 7 8 8 10 8 8 9 10 9 8 8 10 9 9 9 140 Ótima 3 3 3 3 12 Boa

P26 6 6 6 6 10 10 10 10 10 10 10 10 8 8 8 8 136 Ótima 2 4 3 3 12 Boa

P27 4 4 5 5 7 5 7 7 6 5 5 6 6 3 6 6 87 Boa 4 2 4 4 14 Ótima

P28 1 1 1 1 3 3 3 3 2 2 2 2 1 1 1 1 28 Péssima 1 1 4 2 8 Regular

P29 7 7 7 7 7 7 7 7 8 8 8 8 7 7 7 7 116 Boa 3 3 1 1 8 Regular

P30 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 7 7 7 7 124 Ótima 4 4 3 3 14 Ótima

P31 7 7 7 7 7 7 7 7 6 6 6 6 3 3 3 3 92 Boa 4 2 4 2 12 Boa

P32 6 3 3 3 6 3 3 3 3 3 2 2 3 3 2 2 50 Regular 4 3 4 2 13 Ótima

B1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Péssima 1 0 1 0 2 Péssima

B2 0 0 2 0 0 0 5 0 0 0 6 0 0 0 5 0 18 Péssima 1 1 1 1 4 Péssima

B3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Péssima 1 1 1 1 4 Péssima

B4 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 20 Péssima 2 2 1 1 6 Regular

B6 6 6 6 6 6 6 6 6 3 3 3 3 2 2 2 2 68 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

B7 5 5 5 5 3 3 3 3 3 3 3 3 2 2 2 2 52 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

Pto Estabilidade barrancos Proteção vegetal Cobertura vegetal Qualidade vegetal

Total Classificação Presença

Total Classificação ME MD JE JD ME MD JE JD ME MD JE JD ME MD JE JD ME MD JE JD

B8 8 6 9 9 5 5 9 9 5 5 6 6 3 5 7 7 104 Boa 1 2 1 2 6 Regular

B9 7 7 7 7 6 6 6 6 5 5 5 5 3 3 3 3 84 Boa 1 1 1 1 4 Péssima

B10 7 2 7 3 6 1 6 3 4 1 4 1 3 1 3 2 54 Regular 0 2 0 2 4 Péssima

B11 4 5 3 5 5 6 5 6 2 5 2 5 2 5 2 5 67 Regular 1 2 1 1 5 Regular

B12 4 5 3 5 5 6 5 6 2 5 2 5 2 5 2 5 67 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

B13 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 16 Péssima 1 1 1 1 4 Péssima

B14 1 1 1 1 3 3 3 3 2 2 2 2 1 1 1 1 28 Péssima 1 1 1 1 4 Péssima

B15 5 5 2 2 1 1 1 1 18 Péssima 1 1 1 1 4 Péssima

B16 7 7 7 7 5 5 5 5 3 3 3 3 2 2 2 2 68 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

B24 4 4 5 5 4 4 4 4 3 3 3 3 2 2 2 2 54 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

B25 4 8 4 8 5 4 5 4 5 3 5 3 3 3 3 3 70 Regular 3 2 2 1 8 Regular

B26 5 5 5 5 5 4 5 4 3 3 3 3 2 2 2 2 58 Regular 4 4 4 4 16 Ótima

B27 6 6 6 6 6 6 6 6 3 3 3 3 2 2 2 2 68 Regular 1 1 1 4 7 Regular

B28 3 2 3 2 3 4 3 3 4 4 6 6 2 2 2 2 51 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

B29 1 1 1 1 2 2 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 29 Péssima 2 2 2 2 8 Regular

B30 5 5 5 5 3 3 3 3 2 2 2 2 2 2 2 2 48 Regular 1 1 2 1 5 Regular

B35 8 8 8 8 6 6 4 4 6 6 4 4 4 4 3 3 86 Boa 1 1 1 1 4 Péssima

B37 6 6 6 6 5 5 5 5 3 3 3 3 2 2 2 2 64 Regular 1 1 1 2 5 Regular

B38 6 6 6 6 6 6 6 6 4 4 4 4 1 1 1 1 68 Regular 1 2 1 1 5 Regular

B39 6 6 7 7 7 7 7 7 3 3 3 3 2 2 2 2 74 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

B40 8 8 8 8 8 8 8 8 4 4 4 4 3 3 3 3 92 Boa 1 1 1 1 4 Péssima

B41 5 7 7 4 8 8 8 8 3 3 3 3 3 3 3 3 79 Regular 1 1 1 3 6 Regular

B42 6 6 6 6 6 6 6 6 4 4 4 4 2 2 2 2 72 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

B43 9 9 9 9 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 132 Ótima 3 3 3 3 12 Boa

B45 6 6 6 6 4 4 4 4 3 3 3 3 2 2 2 2 60 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

Pto Estabilidade barrancos Proteção vegetal Cobertura vegetal Qualidade vegetal

Total Classificação Presença

Total Classificação ME MD JE JD ME MD JE JD ME MD JE JD ME MD JE JD ME MD JE JD

B46 3 3 4 4 4 4 3 3 2 2 2 2 4 4 3 3 50 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

B47 6 6 6 6 6 6 6 6 3 3 3 3 2 2 2 2 68 Regular 1 1 2 2 6 Regular

B49 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 9 9 9 9 156 Ótima 4 4 3 4 15 Ótima

B50 7 7 7 7 7 7 7 7 2 2 2 2 3 3 3 3 76 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

B51 5 5 6 2 9 9 6 3 8 8 6 3 8 8 5 3 94 Boa 1 2 1 2 6 Regular

B53 4 4 2 2 3 3 3 2 2 2 2 2 3 3 2 2 41 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

B54 3 3 6 4 5 5 6 6 2 2 2 2 2 2 3 3 56 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

B55 6 6 6 6 5 5 5 5 4 4 5 5 3 3 3 3 74 Regular 4 3 4 4 15 Ótima

B56 7 9 6 10 9 9 10 8 9 9 9 8 9 9 10 8 139 Ótima 2 3 3 4 12 Boa

B57 8 9 9 9 9 9 9 9 8 8 8 8 8 8 8 8 135 Ótima 3 2 4 2 11 Boa

B58 8 8 9 9 8 8 9 9 9 9 9 9 8 8 9 9 138 Ótima 4 4 4 4 16 Ótima

B59 8 8 9 9 8 8 9 9 7 7 9 9 7 7 9 9 132 Ótima 4 4 4 4 16 Ótima

B60 3 3 3 3 4 4 4 4 2 2 2 2 2 2 2 2 44 Regular 2 2 1 1 6 Regular

B61 8 8 8 8 9 9 9 9 9 9 9 9 8 8 8 8 136 Ótima 4 4 3 4 15 Ótima

B62 6 6 4 3 9 9 9 9 9 9 9 9 8 8 8 8 123 Ótima 3 4 3 4 14 Ótima

B64 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 8 8 142 Ótima 4 4 3 4 15 Ótima

B65 10 5 10 5 10 7 10 7 9 8 9 7 10 8 10 7 132 Ótima 4 4 3 4 15 Ótima

B66 8 8 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 8 8 9 9 140 Ótima 4 4 4 4 16 Ótima

B67 7 5 8 8 5 7 8 9 3 3 9 9 2 2 8 8 101 Boa 4 3 3 3 13 Ótima

B68 8 8 6 6 7 8 5 5 8 8 3 3 7 8 2 2 94 Boa 4 4 4 4 16 Ótima

B69 4 4 2 2 8 8 3 3 8 8 6 6 8 8 4 4 86 Boa 4 4 4 4 16 Ótima

B70 7 7 2 2 9 9 9 9 8 8 8 8 8 8 8 8 118 Boa 4 4 4 4 16 Ótima

B71 10 10 9 9 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 158 Ótima 4 4 4 4 16 Ótima

B72 7 7 7 7 6 6 6 6 3 3 3 3 3 3 3 3 76 Regular 2 1 2 1 6 Regular

B73 6 6 6 6 6 7 6 7 3 4 3 4 2 2 2 2 72 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

Pto Estabilidade barrancos Proteção vegetal Cobertura vegetal Qualidade vegetal

Total Classificação Presença

Total Classificação ME MD JE JD ME MD JE JD ME MD JE JD ME MD JE JD ME MD JE JD

B74 6 6 6 6 7 7 7 7 3 3 3 3 2 2 2 2 72 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

B75 7 7 7 7 7 7 7 7 3 3 3 3 2 2 2 2 76 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

B76 9 9 10 10 7 7 7 7 6 6 8 8 4 3 7 7 115 Boa 2 3 3 3 11 Boa

B77 8 8 5 5 8 8 7 7 6 6 3 3 5 5 2 2 88 Boa 2 1 1 1 5 Regular

B78 5 5 7 7 4 4 6 6 2 2 2 2 1 1 2 2 58 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

B79 8 8 8 8 6 6 6 6 2 2 2 2 3 3 3 3 76 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

B80 4 4 4 4 6 6 6 6 6 6 6 6 3 3 3 3 76 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

B81 8 8 2 1 7 7 2 1 5 5 2 1 4 4 2 2 61 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

B82 8 8 8 8 7 7 7 7 4 4 4 4 2 2 2 2 84 Boa 1 1 1 1 4 Péssima

B83 8 8 8 8 8 8 8 8 4 4 4 4 3 3 3 3 92 Boa 1 3 4 4 12 Boa

B85 8 8 8 8 9 9 8 8 9 9 8 8 9 9 8 8 134 Ótima 4 4 4 4 16 Ótima

B86 9 8 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 157 Ótima 4 4 4 4 16 Ótima

B87 8 8 8 8 7 7 7 7 3 3 3 3 3 3 3 3 84 Boa 2 1 2 3 8 Regular

B88 8 8 8 8 7 7 7 7 5 5 5 5 2 2 2 2 88 Boa 1 4 1 1 7 Regular

B89 7 7 7 7 7 7 7 7 3 3 3 3 2 2 2 2 76 Regular 4 4 4 4 16 Ótima

B90 9 8 9 8 9 9 9 9 9 9 9 9 9 8 9 8 140 Ótima 4 4 4 1 13 Ótima

M2 2 2 2 2 4 4 4 4 3 3 3 3 2 2 2 2 44 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

M3 6 6 5 5 6 6 6 6 5 5 5 5 3 3 3 3 78 Regular 1 2 1 1 5 Regular

M4 5 5 5 5 4 4 4 4 2 2 2 2 2 2 2 2 52 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

M5 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 32 Péssima 4 1 4 1 10 Boa

M6 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 32 Péssima 4 1 4 1 10 Boa

M7 2 5 2 5 2 7 2 7 2 4 2 4 2 4 2 4 56 Regular 3 1 3 1 8 Regular

M8 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 6 6 2 2 100 Boa 1 1 1 1 4 Péssima

M9 3 3 7 7 6 6 7 7 2 2 2 2 2 2 3 3 64 Regular 2 1 3 4 10 Boa

M10 3 3 3 3 5 5 5 5 2 2 2 2 2 2 2 2 48 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

Pto Estabilidade barrancos Proteção vegetal Cobertura vegetal Qualidade vegetal

Total Classificação Presença

Total Classificação ME MD JE JD ME MD JE JD ME MD JE JD ME MD JE JD ME MD JE JD

M11 3 3 0 0 5 5 0 0 3 3 0 0 2 2 0 0 26 Péssima 0 1 1 1 3 Péssima

M12 5 3 5 5 7 7 7 7 3 3 7 7 3 3 4 4 80 Regular 1 1 3 1 6 Regular

M13 3 3 3 3 3 3 4 4 2 2 2 2 2 2 2 2 42 Regular 0 1 1 2 4 Péssima

M14 5 5 5 3 7 7 7 7 7 7 3 3 2 2 2 2 74 Regular 1 1 1 0 3 Péssima

M15 5 8 5 5 9 9 9 9 9 9 2 2 9 9 3 3 105 Boa 3 3 1 1 8 Regular

M16 7 7 7 7 7 7 7 7 3 3 3 3 3 3 3 3 80 Regular 3 2 1 1 7 Regular

M17 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 3 3 4 4 3 3 90 Boa 4 2 1 1 8 Regular

M18 2 2 7 7 7 7 7 7 3 3 7 7 3 3 3 3 78 Regular 4 4 1 3 12 Boa

M19 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 3 3 3 3 3 3 88 Boa 3 4 2 2 11 Boa

M20 4 4 4 4 5 5 5 5 3 3 3 3 3 3 3 3 60 Regular 2 1 1 1 5 Regular

M21 2 2 4 4 4 4 4 4 2 2 3 3 2 2 2 2 46 Regular 2 1 3 3 9 Boa

M22 3 3 3 3 7 7 4 4 7 7 3 3 6 6 2 2 70 Regular 4 3 2 1 10 Boa

M23 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 160 Ótima 4 4 4 4 16 Ótima

M26 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 32 Péssima 1 1 1 1 4 Péssima

M29 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 48 Regular 1 1 3 2 7 Regular

M32 1 1 1 1 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 20 Péssima 4 4 1 1 10 Boa

M33 6 6 1 1 8 8 1 1 9 9 1 1 8 8 1 1 70 Regular 2 1 1 1 5 Regular

M34 3 3 2 2 8 8 2 2 8 8 1 1 6 6 1 1 62 Regular 3 3 1 1 8 Regular

M36 7 7 7 7 6 6 6 6 3 3 3 3 2 2 2 2 72 Regular 3 1 1 1 6 Regular

M37 4 6 3 6 8 8 8 8 7 7 7 7 5 5 5 5 99 Boa 1 2 3 3 9 Boa

M39 7 7 7 7 6 6 6 6 1 1 1 1 1 1 1 1 60 Regular 1 1 2 1 5 Regular

M40 3 3 3 2 3 3 6 6 1 1 5 5 1 1 3 3 49 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

M41 3 3 2 2 7 7 7 7 2 2 2 2 2 2 2 2 54 Regular 1 0 1 0 2 Péssima

M42 5 5 5 5 6 6 6 6 2 2 2 2 3 3 3 3 64 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

M43 3 3 4 4 5 5 5 5 2 2 2 2 3 3 3 3 54 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

Pto Estabilidade barrancos Proteção vegetal Cobertura vegetal Qualidade vegetal

Total Classificação Presença

Total Classificação ME MD JE JD ME MD JE JD ME MD JE JD ME MD JE JD ME MD JE JD

M44 5 5 7 7 7 7 7 7 5 5 5 5 4 4 4 4 88 Boa 4 4 3 3 14 Ótima

M45 4 4 4 4 6 6 6 6 2 2 2 2 3 3 3 3 60 Regular 1 1 0 1 3 Péssima

M46 8 8 8 7 8 9 8 8 5 9 4 4 3 7 3 3 102 Boa 1 3 2 1 7 Regular

M47 8 8 8 8 8 8 8 8 3 3 4 4 3 3 3 3 90 Boa 1 1 1 4 7 Regular

M48 7 7 7 7 7 7 7 7 3 3 3 3 2 2 2 2 76 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

M49 5 5 4 4 7 7 7 7 6 6 7 7 5 5 6 6 94 Boa 2 1 1 1 5 Regular

M50 8 8 8 8 8 8 8 8 3 3 3 3 3 3 3 3 88 Boa 1 2 3 4 10 Boa

M52 0 0 3 3 0 0 3 3 0 0 3 3 0 0 3 3 24 Péssima 4 3 1 1 9 Boa

M53 6 6 8 8 7 7 7 7 3 3 3 3 3 3 3 3 80 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

M54 7 7 7 7 7 7 7 7 5 5 4 4 3 3 3 3 86 Boa 2 1 1 1 5 Regular

M55 8 8 7 6 9 9 8 8 9 9 7 6 9 9 8 8 128 Ótima 4 4 4 1 13 Ótima

M56 7 7 7 7 7 7 7 7 3 3 3 3 3 3 3 3 80 Regular 4 1 4 3 12 Boa

M59 7 7 7 7 8 8 7 7 5 5 3 3 4 4 3 3 88 Boa 1 1 1 1 4 Péssima

M60 7 7 7 7 7 7 7 7 3 3 3 3 3 3 3 3 80 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

M61 4 7 7 7 7 7 7 7 4 4 4 4 3 3 3 3 81 Boa 1 2 1 1 5 Regular

M62 6 6 7 7 8 8 7 7 4 4 3 3 3 3 3 3 82 Boa 4 1 1 2 8 Regular

M63 8 8 8 8 7 7 8 8 3 3 4 4 3 3 5 5 92 Boa 4 1 2 4 11 Boa

M64 7 8 7 7 7 7 7 7 6 6 3 3 4 4 3 3 89 Boa 2 3 2 3 10 Boa

M66 8 8 9 9 7 7 9 9 3 3 9 9 4 4 9 9 116 Boa 3 2 4 4 13 Ótima

M67 7 7 7 7 7 7 7 7 3 3 3 3 2 2 2 2 76 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

M68 3 3 3 3 6 6 6 6 3 3 5 5 4 4 3 3 66 Regular 1 1 1 1 4 Péssima

M69 10 9 10 9 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 158 Ótima 4 4 3 4 15 Ótima

M70 10 10 10 10 10 10 10 10 8 9 8 9 8 8 9 9 148 Ótima 1 3 4 4 12 Boa

M71 8 8 8 8 8 9 8 8 4 9 5 5 5 9 6 6 114 Boa 1 3 1 3 8 Regular

ME= Montante esquerda; MD= Montante direita; JE= Jusante esquerda; JD= jusante direita

APÊNDICE E

Pontuações atribuídas a cada ponto amostral para os parâmetros de integridade ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC).

Pto Substrato de fundo Complexidade habitat Qualidade remansos

Total Classificação M J M J M J

P11 3 3 3 3 3 3 18 Péssima

P18 4 4 4 4 4 4 24 Péssima

P19 11 11 11 11 4 4 52 Regular

P20 11 11 11 11 6 6 56 Regular

P22 11 11 11 11 4 4 52 Regular

P23 18 18 18 18 16 16 104 Ótima

P24 20 20 20 20 16 16 112 Ótima

P25 20 20 20 20 20 16 116 Ótima

P26 16 20 16 20 14 14 100 Ótima

P27 18 18 18 18 11 11 94 Ótima

P28 7 7 7 7 4 4 36 Regular

P29 10 10 10 10 4 4 48 Regular

P30 16 16 16 16 7 7 78 Boa

P31 3 3 3 3 3 3 18 Péssima

P32 7 7 7 7 3 3 34 Regular

B11 11 10 10 10 10 10 61 Boa

B12 11 10 10 10 10 10 61 Boa

B41 7 7 7 7 5 5 38 Regular

B43 10 10 15 15 13 13 76 Boa

B46 10 10 9 9 3 3 44 Regular

B49 20 20 20 20 15 15 110 Ótima

B51 15 15 15 15 15 15 90 Boa

B56 18 18 18 18 18 18 108 Ótima

B57 19 19 19 19 19 19 114 Ótima

B58 19 19 19 19 19 19 114 Ótima

B59 19 19 19 19 19 19 114 Ótima

B61 17 17 17 17 17 14 99 Ótima

B62 13 13 13 13 5 6 63 Boa

B64 18 18 18 18 18 18 108 Ótima

B65 19 18 19 18 19 18 111 Ótima

B66 15 17 15 18 15 16 96 Ótima

B68 10 10 11 11 7 7 56 Regular

B69 4 3 5 5 2 2 21 Péssima

B70 3 3 5 5 2 2 20 Péssima

B71 20 20 20 20 20 20 120 Ótima

B76 16 16 17 17 17 17 100 Ótima

B77 13 9 15 9 13 9 68 Boa

B79 11 11 11 11 10 10 64 Boa

B83 11 11 11 11 7 7 58 Regular

Pto Substrato de fundo Complexidade habitat Qualidade remansos

Total Classificação M J M J M J

B85 10 10 12 12 7 7 58 Regular

B86 20 20 20 20 18 19 117 Ótima

B90 15 15 15 15 7 7 74 Boa

M3 9 9 7 7 4 4 40 Regular

M12 3 3 3 3 3 3 18 Péssima

M15 15 11 16 11 15 11 79 Boa

M23 11 18 11 16 7 3 66 Boa

M46 4 10 4 10 4 6 38 Regular

M55 12 4 12 4 10 3 45 Regular

M63 3 3 3 3 3 3 18 Péssima

M64 14 9 14 7 13 3 60 Regular

M66 14 15 14 15 13 14 85 Boa

M69 20 20 20 20 18 18 116 Ótima

M70 20 20 20 20 20 20 120 Ótima

M71 19 19 18 18 15 16 105 Ótima

M= Montante; J= Jusante

APÊNDICE F

Temperatura da água (°C) em dez pontos amostrais na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC), de dezembro de 2014 a setembro de 2015.

Pontos amostrais

Mês/Ano 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Média

Dez/14 28,5 27,2 28 26,2 26,6 24,3 25,4 22,9 23,3 26,3 25,87

Jan/15 27,9 27,3 27,7 25,8 26,8 24,6 25 23,4 23,0 25,6 25,71

Fev/15 25,0 24,8 24,3 24,7 26,3 23,3 23,9 22,1 22,2 23,8 24,04

Mar/15 25,8 25,0 24,9 24,6 25,7 23,9 23,9 22,1 21,9 23,2 24,1

Abr/15 22,8 21,6 20,5 20,6 20,5 18,6 19,8 18,8 18,3 19,7 20,12

Jun/15 18,2 19,0 17,4 18,0 18,2 17,1 17,6 17,1 16,6 17,4 17,66

Jul/15 21,1 20,2 19,6 19,0 19,6 17,3 18,1 17,5 17,1 18,0 18,75

Ago/15 21,2 20,0 18,9 18,0 17,7 16,3 17,2 16,4 16,0 17,2 17,89

Set/15 23,6 23,5 24,0 22,3 23,2 21,6 22,2 20,6 20,8 22,7 22,45

Média 23,8 23,2 22,8 22,1 22,7 20,8 21,5 20,1 19,9 21,5

Condutividade elétrica (mS/cm) em seis pontos amostrais, sem influência da maré, na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC), de dezembro de 2014 a setembro de 2015.

Pontos amostrais

Mês/Ano 5 6 7 8 9 10 Média

Dez/14 0,093 0,05 0,07 0,07 0,05 0,068 0,067

Jan/15 0,100 0,05 0,071 0,067 0,046 0,068 0,067

Fev/15 0,092 0,045 0,069 0,061 0,044 0,066 0,063

Mar/15 0,092 0,046 0,066 0,064 0,045 0,067 0,063

Abr/15 0,081 0,042 0,062 0,061 0,045 0,065 0,059

Jun/15 0,065 0,043 0,06 0,057 0,042 0,054 0,054

Jul/15 0,081 0,044 0,051 0,057 0,035 0,061 0,055

Ago/15 0,084 0,046 0,067 0,042 0,045 0,067 0,059

Set/15 0,087 0,046 0,068 0,059 0,043 0,066 0,062

Média 0,086 0,046 0,065 0,060 0,044 0,065

Condutividade elétrica (mS/cm) em quatro pontos amostrais, com influência da maré, na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC), de dezembro de 2014 a setembro de 2015.

Pontos amostrais

Mês/Ano 1 2 3 4 Média

Dez/14 30 10,3 9,4 0,292 12,498

Jan/15 15,9 2,61 3,12 0,249 5,470

Fev/15 6,44 0,324 0,126 0,207 1,774

Mar/15 21 2,84 4,97 0,28 7,273

Abr/15 30,8 6,77 1,08 0,217 9,717

Jun/15 9,46 1,82 0,483 0,191 2,989

Jul/15 36,8 0,254 0,194 0,158 9,352

Ago/15 15 0,641 0,327 0,212 4,045

Set/15 18,2 1,23 0,122 0,205 4,939

Média 20,40 2,977 2,202 0,223

Oxigênio dissolvido (mg/l) em dez pontos amostrais na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC), de dezembro de 2014 a setembro de 2015.

Pontos amostrais Mês/Ano 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Média

Dez/14 6,54 5,22 6,22 5,89 4,65 5,87 6,08 7,14 7,50 6,20 6,13

Jan/15 4,15 8,17 8,35 0,80 3,28 4,01 4,15 5,15 5,31 4,91 4,83

Fev/15 0,83 0,85 3,06 2,40 1,96 2,43 2,45 3,11 3,27 3,45 2,38

Mar/15 0,90 0,22 5,00 4,00 8,40 11,1 9,60 10,4 10,2 9,30 6,91

Abr/15 1,53 1,12 7,84 2,22 4,83 7,35 6,64 8,03 8,57 7,55 5,57

Jun/15 6,34 0,88 8,60 5,60 7,26 8,97 8,15 8,50 9,40 8,17 7,19

Jul/15 3,81 2,37 7,71 4,70 4,07 5,00 5,40 6,26 7,58 7,80 5,47

Ago/15 1,43 1,60 7,40 3,26 9,30 10,93 8,83 10,62 11,7 10,7 7,58

Set/15 1,72 0,92 4,30 2,41 2,95 3,33 3,51 3,70 3,90 4,53 3,13

Média 3,03 2,37 6,50 3,48 5,19 6,55 6,09 6,99 7,49 6,96

Demanda bioquímica de oxigênio (DBO) (mg/l) em dez pontos amostrais na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC), de dezembro de 2014 a setembro de 2015.

Pontos amostrais

Mês/Ano 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Média

Dez/14 6,36 1,43 7,34 6,52 4,19 4,51 4,47 5,25 4,98 4,26 4,93

Jan/15 6,45 0,14 6,33 7,55 5,62 5,76 5,06 5,54 5,88 6,03 5,44

Fev/15 2,76 8,37 2,91 3,56 1,04 1,18 1,24 0,99 1,11 1,28 2,44

Mar/15 3,54 5,91 5,16 5,68 1,60 1,32 1,72 1,28 1,40 1,91 2,95

Abr/15 1,86 2,74 1,32 3,41 1,23 1,06 1,17 0,81 0,93 1,02 1,56

Jun/15 1,33 4,85 1,60 1,90 0,68 0,71 0,99 1,14 1,21 1,47 1,59

Jul/15 2,18 7,64 2,71 4,30 1,01 1,06 1,28 1,75 1,21 2,40 2,55

Ago/15 2,11 7,63 7,73 5,28 1,74 0,74 0,85 0,97 0,92 1,18 2,91

Set/15 2,33 6,95 3,99 3,65 0,91 0,57 0,72 0,51 0,41 1,11 2,11

Média 3,21 5,07 4,34 4,65 2,00 1,88 1,94 2,03 2,01 2,30

Potencial hidrogeniônico (pH) em dez pontos amostrais na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC), de dezembro de 2014 a setembro de 2015.

Pontos amostrais Mês/Ano 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Média

Dez/14 7,46 7,67 5,08 4,97 5,27 5,27 4,93 5,77 5,61 4,83 5,69

Jan/15 8,90 7,81 5,03 5,25 5,34 5,07 5,6 5,06 6,09 5,16 5,93

Fev/15 7,41 4,42 3,70 8,45 5,38 7,65 5,29 3,82 3,86 3,24 5,32

Mar/15 9,19 6,63 7,35 9,45 5,20 8,42 6,3 5,50 5,23 7,51 7,08

Abr/15 7,60 8,03 6,41 6,30 6,74 5,59 5,92 6,70 6,14 6,42 6,59

Jun/15 7,06 7,20 6,72 7,22 5,95 6,18 6,13 7,07 6,61 5,26 6,54

Jul/15 6,13 7,31 3,38 4,11 5,86 6,77 6,00 6,50 7,23 5,03 5,83

Ago/15 6,75 6,75 6,35 5,12 8,32 8,37 7,78 8,01 8,26 6,01 7,17

Set/15 8,23 8,35 8,43 8,00 8,22 8,43 8,12 8,29 8,30 8,45 8,28

Média 7,64 7,13 5,83 6,54 6,25 6,86 6,23 6,30 6,37 5,77

Turbidez (NTU) em dez pontos amostrais na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC), de dezembro de 2014 a setembro de 2015.

Pontos amostrais

Mês/Ano 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Média

Dez/14 6,82 20,17 17,93 10,22 5,50 4,16 13,20 1,74 2,32 7,86 8,99

Jan/15 2,89 31,82 12,77 11,73 5,75 3,42 11,30 3,14 2,90 9,53 9,53

Fev/15 30,36 14,18 24,82 23,01 1,52 6,04 6,85 6,76 2,23 11,86 12,76

Mar/15 7,72 24,35 13,23 10,45 5,46 3,19 10,35 3,21 2,15 7,96 8,81

Abr/15 4,83 13,31 15,37 8,70 5,63 3,32 5,83 2,36 2,90 11,42 7,37

Jun/15 8,37 27,74 22,76 17,29 12,27 2,33 11,78 3,56 1,49 8,01 11,56

Jul/15 14,25 24,5 161,00 11,77 11,66 3,06 12,11 3,73 3,86 15,26 26,12

Ago/15 5,17 41,99 37,17 12,98 20,88 1,65 11,19 2,93 6,52 17,21 15,77

Set/15 20,68 38,97 68,00 16,05 15,33 4,65 21,59 7,62 6,81 28,57 22,83

Média 11,23 26,34 41,45 13,58 9,33 3,54 11,58 3,89 3,46 13,08

Salinidade (%) em quatro pontos amostrais na Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC), de dezembro de 2014 a setembro de 2015.

Pontos amostrais

Mês/Ano 1 2 3 4 Média

Dez/14 17,40 5,80 5,30 0,10 7,15

Jan/15 9,40 1,20 1,40 0,00 3,00

Fev/15 3,40 0,10 0,00 0,00 0,88

Mar/15 11,70 1,30 2,60 0,10 3,93

Abr/15 19,00 3,06 0,50 0,00 5,64

Jun/15 5,30 0,80 0,20 0,00 1,58

Jul/15 23,40 0,10 0,00 0,00 5,88

Ago/15 7,40 0,20 0,10 0,00 1,93

Set/15 10,80 0,50 0,00 0,00 2,83

Média 11,98 1,45 1,12 0,02

APÊNDICE G

Vista montante do ponto amostral #1 localizado no Rio Camboriú, nas coordenadas S - 27°00’7,62’’ W - 48°37’6,41’’, Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC).

Vista jusante do ponto amostral #1 localizado no Rio Camboriú, nas coordenadas S - 27°00’7,62’’ W - 48°37’6,41’’, Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC).

Vista montante do ponto amostral #2 localizado no Rio Peroba, nas coordenadas S - 27°00’5,56’’ W - 48°38’7,69’’, Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC).

Margem estabilizada por gabiões, banco de areia e canalização de esgoto no ponto amostral #2 localizado no Rio Peroba, nas coordenadas S - 27°00’5,56’’ W - 48°38’7,69’’, Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC).

Vista montante do ponto amostral #3 localizado no Rio Camboriú, nas coordenadas S - 27°01’2,23’’ W - 48°39’4,52’’, Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC).

Plantio de mudas na margem direita do ponto amostral #3 localizado no Rio Camboriú, nas coordenadas S - 27°01’2,23’’ W - 48°39’4,52’’, Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC).

Vista montante do ponto amostral #4 localizado no Rio Pequeno, nas coordenadas S - 27°01’4,38’’ W - 48°38’4,75’’, Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC).

Plantio de mudas na margem direita do ponto amostral #4 localizado no Rio Pequeno, nas coordenadas S - 27°01’4,38’’ W - 48°38’4,75’’, Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC).

Vista montante do ponto amostral #5 localizado no Rio Camboriú, nas coordenadas S - 27°05’3,63’’ W - 48°41’5,80’’, Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC).

Vista jusante do ponto amostral #5 localizado no Rio Camboriú, nas coordenadas S - 27°05’3,63’’ W - 48°41’5,80’’, Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC).

Vista montante do ponto amostral #6 localizado no Ribeirão dos Macacos, nas coordenadas S - 27°07’2,30’’ W - 48°41’9,77’’, Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC).

Vista jusante do ponto amostral #6 localizado no Ribeirão dos Macacos, nas coordenadas S - 27°07’2,30’’ W - 48°41’9,77’’, Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC).

Vista montante do ponto amostral #7 localizado no Rio do Salto, nas coordenadas S - 27°07’3,63’’ W - 48°43’1,37’’, Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC).

Vista jusante do ponto amostral #7 localizado no Rio do Salto, nas coordenadas S - 27°07’3,63’’ W - 48°43’1,37’’, Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC).

Vista montante do ponto amostral #8 localizado no Louro, nas coordenadas S - 27°06’9,73’’ W - 48°44’9,50’’, Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC) em janeiro de 2015. Presença de mata ciliar fechada sobre o riacho.

Vista montante do ponto amostral #8 localizado no Louro, nas coordenadas S - 27°06’9,73’’ W - 48°44’9,50’’, Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC) em setembro de 2015. Mata ciliar menos presente, abertura de clareiras.

Vista montante do ponto amostral #9 localizado no Rio do Gavião, nas coordenadas S - 27°06’3,68’’ W - 48°46’3,95’’, Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC).

Vista jusante do ponto amostral #9 localizado no Rio do Gavião, nas coordenadas S - 27°06’3,68’’ W - 48°46’3,95’’, Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC).

Vista montante do ponto amostral #10 localizado no Rio do Braço, nas coordenadas S - 27°03’4,14’’ W - 48°42’2,43’’, Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC). Presença de gado na margem.

Vista jusante do ponto amostral #10 localizado no Rio do Braço, nas coordenadas S - 27°03’4,14’’ W - 48°42’2,43’’, Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú (SC).

ANEXOS

ANEXO A

Precipitação acumulada de 72 horas antes das coletas. Fonte: INMET, 2015.

Data Precipitação

(mm)

11/12/2014 8

27/01/2015 2

25/02/2015 21

26/03/2015 1

30/04/2015 7

26/06/2015 2

30/07/2015 -

02/09/2015 12

24/09/2015 -