Anderson Camacho Silva - CCIH
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1
Anderson Camacho Silva
Pacote de Medidas (Bundle) para prevenção de Infecção De Trato Urinário
relacionado ao Cateter Vesical de Demora - Orientação e adesão dos
profissionais de saúde sobre as medidas padronizadas:
Uma Revisão Bibliográfica
FACULDADE MÉTODO DE SÃO PAULO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO (LATO SENSU)
MBA GESTÃO EM SAÚDE E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR
São Paulo 2015
2
Anderson Camacho Silva
Pacote de Medidas (Bundle) para prevenção de Infecção De Trato Urinário
relacionado ao Cateter Vesical de Demora - Orientação e adesão dos
profissionais de saúde sobre as medidas padronizadas:
Uma Revisão Bibliográfica
São Paulo
2015
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado à Faculdade Método de São Paulo (FAMESP) , como requisito parcial para obtenção do título de Gestor do Curso de Gestão e Controle de Infecção. Orientadora:
Profª Ms Thalita Gomes do Carmo
3
Silva, Anderson Camacho
S578p Pacote de medidas (Bundle) para prevenção de infecção do trato urinário
relacionado ao cateter vesical de demora – Orientação e adesão dos profissionais
de saúde sobre as medidas padronizadas: Uma revisão bibliográfica.
[manuscrito] / Anderson Camacho Silva
31f.,enc.
Orientador: Thalita Gomes do Carmo
Monografia: Faculdade Método de São Paulo
Bibliografia: f. 25-30
1. Infecção do trato urinário 2. Cateter vesical de demora 3. Bundle I. Títu-
lo
CDU: (043.2)
4
RESUMO A infecção hospitalar (IH) constitui um dos grandes problemas enfrentados pelos profissionais de saúde e pacientes, sendo que as urinárias figuram entre as de maior incidência. O objetivo deste trabalho é descrever e discutir a utilização de barreiras de prevenção que auxiliem os profissionais no controle dos riscos de infecção durante a inserção e manipulação do cateter vesical de demora, na utilização do Bundle (PACOTE DE MEDIDAS) de prevenção de Infecção do Trato Urinário (ITU) relacionado a sonda vesical de demora. A metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica, em pesquisa nas bases de dados Lilacs, BDENF e Pubmed entre 2003 até 2015. Os resultados totalizaram 19 publicações (E01-E19) com título, autor, periódico, pais, ano, apêndice com objetivo e conclusão dos estudos. Na discussão ficou evidente que o cateter tem importante função na patogênese da Infecção do trato urinário (ITU); 80% das infecções do ITU devido à sonda vesical; Bundle é um pacote intervenções dirigidas aos pacientes com sonda vesical de demora que resulta em melhor resultado, cujo processo é composto de dois momentos: check list para passagem do CVD e auditoria de processo diário durante a manutenção do CVD. Concluiu-se que a utilização do Bundle de ITU é uma forma comprovada e eficiente de prevenção, portanto é fundamental que a instituição hospitalar amplie, difunda, treine e monitore o uso de protocolos relacionados à sondagem vesical. Considera-se relevante mencionar que esta pesquisa pode contribuir para o ensino, prática e pesquisas neste campo, propiciando maior autonomia aos enfermeiros. Descritores: Infecção do Trato Urinário. Cateter Vesical de Demora. Bundle.
ABSTRACT
The nosocomial infection (NI) is one of the major problems faced by health professionals and patients, and the urinary tract are among the most common. The objective of this study is to describe and discuss the use of preventive barriers that help professionals in controlling the risk of infection during insertion and manipulation of indwelling catheters, the use of Bundle (PACKAGE OF MEASURES) of Tract Infection prevention urinary (UTI) related to indwelling urinary catheter. The methodology used was literature review, research in databases Lilacs, BDENF Pubmed between 2003 and 2015. The results totaled 19 publications (E01-E19) with title, author, journal, country, year, appendix with objective and conclusion studies. In the discussion it became clear that the catheter has an important role in the pathogenesis of urinary tract infection (UTI); 80% of UTI infections due to urinary catheter; Bundle is a package interventions targeting patients with indwelling urinary catheter which results in better outcome, a process consists of two stages: checklist for passage of CVD and audit process during the daily maintenance of CVD. It was concluded that the use of ITU Bundle is a proven and effective means of prevention, so it is essential that the hospital expand, disseminate, train and monitor the use of urinary catheter-related protocols. It is considered important to mention that this research can contribute to teaching, practice and research in this field, providing greater autonomy to nurses. Key words: Urinary Tract Infection. Bladder catheter Delay. Bundle.
5
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................
5
2 OBJETIVO...................................................................................................
7
3 METODOLOGIA..........................................................................................
7
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................................
8
4.1 Caracterização da pré- seleção dos estudos encontrados..........................
9
4.2 Caracterização dos resultados dos estudos selecionados..........................
12
5 CONCLUSÃO..............................................................................................
24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................
25
APÊNDICE............................................................................................................. 31
6
1. INTRODUÇÃO
A infecção hospitalar (IH) constitui um dos grandes problemas enfrentados
pelos profissionais de saúde e pacientes. Os avanços tecnológicos relacionados aos
procedimentos invasivos, diagnósticos e terapêuticos, e o aparecimento de
organismos multirresistentes aos antimicrobianos usados rotineiramente na prática
hospitalar tornaram as IH um grande obstáculo encontrado nas unidades
hospitalares (OLIVEIRA; KOYNER; SILVA, 2010).
Entre as infecções hospitalares, as urinárias figuram entre as de maior
incidência, provavelmente pela freqüência da necessidade de instrumentação do
trato urinário tanto para diagnóstico quanto para drenagem de urina. Fora do
ambiente hospitalar são mais frequentes em mulheres que em homens e estão
quase sempre associadas a predisposições genéticas.
Nos idosos, pode ser esperada taxa mais alta de ocorrência tanto para
mulheres (20%) quanto para os homens (10%), nos quais existem condições de
predisposição, como uropatia obstrutiva da próstata em homens, pouco
esvaziamento da bexiga por prolapso uterino nas mulheres e procedimentos que
requerem instrumentação tanto em homens quanto em mulheres (KONEMAN,
2008).
A instrumentação vesical é o motivo de maior preocupação das equipes de
Controle de Infecções Hospitalares (SCIH) no que se refere as infecções urinárias,
pois a falha na técnica correta poderá determinar o seu desenvolvimento. O uso de
cateter vesical de demora (SVD) é comum em várias situações clínicas. A
permanência da sonda vesical aumenta em 5% o risco de aparecimento de
bacteriúria.
7
A criação das CCIH foi um marco, já que as mesmas passaram a
desempenhar dentro das instituições as funções de controle dos processos e de
educação da comunidade hospitalar no que diz respeito às infecções (SANTOS et
al, 2008).
Entretanto, apesar da formação multidisciplinar das CCIHs, grande parte da
responsabilidade tanto da prevenção quanto do controle das infecções é assumida
pelos os enfermeiros tornando-se um desafio para estes profissionais (CONCEIÇAO;
PEREIRA; MONENEGRO, 2014).
Portanto é fundamental a utilização de barreiras de prevenção que auxiliem
os profissionais no controle dos riscos de infecção durante a inserção e manipulação
do cateter, pois a ocorrência de infecção está diretamente relacionada ao aumento
da média de permanência, custos hospitalares e mortalidade, em que a utilização do
Bundle (PACOTE DE MEDIDAS) de prevenção de Infecção do Trato Urinário (ITU) é
a alternativa citada no presente trabalho.
O Bundle (pacote de medidas) para prevenção de infecção do trato urinária
por cateterismo vesical é uma boa prática de supervisão diária baseado em um
Check List de medidas, com envolvimento da equipe multiprofissional, no controle e
adesão as principais barreiras preventivas que evitam a infecção.
A equipe multiprofissional envolvida verifica diariamente nos períodos da
manhã, tarde e noite os itens a serem mencionados. Estando algum item em não
conformidade sua correção é imediata.
Este estudo torna-se relevante, considerando que, a cada dia que passa, as
Infecções Hospitalares (IH) estão crescendo consideravelmente nos hospitais e nos
estabelecimentos de saúde. Esse crescimento se dá pela evolução tecnológica dos
procedimentos diagnósticos e terapêuticos invasivos, assim como por falha no
8
processamento de instrumentais e ineficazes medidas de precaução (CORREA,
2008).
2. OBJETIVO
Descrever e discutir a utilização de barreiras de prevenção que auxiliem os
profissionais no controle dos riscos de infecção durante a inserção e manipulação
do cateter vesical de demora, na utilização do Bundle (PACOTE DE MEDIDAS) de
prevenção de Infecção do Trato Urinário (ITU) relacionado a sonda vesical de
demora, por meio de revisão bibliográfica.
3. METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica em base de dados
disponíveis on-line e textos clássicos. Esta pesquisa foi realizada nas bases de
dados eletrônicas: Lilacs, BDENF e Pubmed.
A revisão bibliográfica da literatura científica depende da localização de
estudos que atendam o objetivo da pesquisa. Houve a necessidade, portanto, da
utilização de descritores controlados indexados, ou seja, de vocábulos ou
terminologias que são padronizadas nas bases de dados eletrônicas, como PubMed
e o DesCS (Descritores em Ciências da Saúde) na base BIREME. Para esta
pesquisa houve a combinação dos descritores escolhidos e o conector booleano
AND como a estratégia de busca aplicada nas bases de dados, foram considerados
todos os descritores selecionados para a busca em todas as bases Sendo:
- PubMed: Urinary Tract Infection and Bladder catheter Delay and Bundle, 2
na Integra
- Bireme: Infecção do Trato Urinário and Cateter Vesical de Demora and
Bundle, 49 estudos sendo 17 no período solicitado (2003 até 2015) – 7 na integra e
9
9 com resumo. Excepcionalmente foi selecionado 1 do ano de 1995, devido a sua
relevância.
A pesquisa foi realizada em agosto de 2015, em periódicos, por meio da
consulta de bases de dados eletrônicas, artigos na íntegra e resumos disponíveis.
Os critérios de elegibilidade (pré-seleção) foram os artigos encontrados nas
bases de dados de 2003 á 2015 em língua portuguesa, espanhola e inglesa.
Após a leitura dos resumos dos estudos foram pré- selecionados, e seus
dados preliminares foram extraídos por meio de leitura prévia para análise de
conteúdo para a fase de selecionados.
Os estudos selecionados foram analisados pelo resumo e na íntegra (quando
necessário e disponível), e seus dados foram extraídos a partir de um formulário
previamente elaborado (Apêndice 1), contendo título, ano de publicação, periódico,
país de origem, autor, objetivo e conclusão.
A análise dos dados foi feita em 3 etapas: seleção dos estudos,
caracterização dos estudos que foram inclusos e avaliação dos estudos para
achados científicos que respondam o objetivo de pesquisa. Os estudos foram
apresentados por estatística descritiva.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os estudos foram enumerados (E01, E02, E03, E04, E05, E06, E07, E08,
E09, E10, E11, E12, E13, E14, E15, E16, E17, E18, E19) para melhor citação no
texto, realizada a tradução para a língua portuguesa, em seguida foi extraído
aspecto relevantes dos estudos e apresentados de forma descritiva.
10
4.1 Caracterização da pré-seleção dos estudos encontrados.
Nas fontes das bases eletrônicas, a partir da definição dos descritores, foram
encontrados 17 estudos na Bireme, (02) na PubMed, totalizando (19) publicações
com estes descritores, com refinamento dos critérios de inclusão e tópicos.
Na base de dados da Bireme foram pré selecionados (07) na integra e (10)
com resumos e na Base de dados Pubmed (02) na integra.
Foram selecionadas publicações de órgãos governamentais como ANVISA
(02), COREN (01) e Ministério da Saúde (02)
Após a leitura da pré seleção da base de dados PubMed foram selecionados
finalmente (02) estudos, na base de dados da Bireme (12), ANVISA (02) estudos,
COREN (01) e Ministério da Saúde (02) que seguiram para a busca dos artigos na
íntegra para análise do objetivo proposto. A seleção final está apresentada no
Quadro 1.
Quadro 1. Distribuição dos estudos selecionados e inclusos na revisão bibliográfica (Bireme, PubMed, ANVISA, COREN, Ministério da Saúde). São Paulo, 2015.
Nº Título Autor (es) Revista/ Periódico
País Ano
E01
Auditoria em unidade de terapia intensiva: vigilância de procedimentos invasivos
MICHELS, M. A.; DICK, N. R. M.; ZIMERMAN, R. A.; MALINSKY, R. R. Rev
Epidemiol Control Infect. 2013;3(1):12-16
Brasil 2013
E02
Pacotes de medidas: como avançar? Prevenção de Infecção de Trato Urinário. Superando desafios no controle de infecções: pacote de medidas e envolvimento da equipe multidisciplinar
SILVA, C. IX
Simpósio Estadual de Infecção Hospitalar, 10 maio 2012 http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/ih/pdf/9simpo12_ClaudiaVSilva.pdf
Brasil 2012
11
E03
Manual de medidas de prevenção das principais infecções hospitalares. Hospital Geral Universitário.
SILVA, S. B. R.; FONSECA, J. F. A.
Universidade de Cuiabá UNIC. https://online.unisc.br/seer/index.php/epidemiologia/article/view/2741
Brasil 2006
E04 Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde
ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/images/documentos/livros/Livro4-MedidasPrevencaoIRASaude.pdf
Brasil 2013
E05 Prevent Catheter-Associated Urinary Tract Infection.
MILLION LIVES Campalgn, Getting Started Kit:
Cambridge, MA:Institute for Healthcare Improvement; http://www.ihi.org/resources/pages/tools/howtoguidepreventvap.aspx
USA 2012
E06 Estratégias para prevenção de infecções de trato urinário relacionadas a cateter em hospitais de curta permanência
LO, E.; NICOLLE, L.; CLASSEN, D.; ARIAS, K. D.; PODGORNY, K.; ANDERSON, D. J.; BURSTIN, H.; CALFEE, D. P.; COFFIN, S. E.;
Infection Control and Hospital Epidemiology, 2008; n. 29, p. 901-994, 2008 apud APECIH. Um Compêndio de Estratégias para a Prevenção de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde em Hospitais de Cuidados Agudos, p.
USA 2008
12
49-56
E07 Manual de procedimentos médicos.
SURATT, G. 2.ed. São Paulo: Roca
Brasil 1995
E08 Cateterismo urinário: facilidades e dificuldades relacionadas à sua padronização.
MAZZO, A.; GODOY, S.; ALVES, L. M.; MENDES, I. A. C.; TREVIZAN, M. A.; RANGEL, E. M.L.
Texto & contexto-enferm. Florianópolis, v.20, n.2, , p. 333-339, abr/ jun. 2011
Brasil 2011
E09 Gerenciamento da qualidade em um serviço de enfermagem hospitalar
ROCHA, E. S. B.; TREVIZAN, M. A.
Rev Latino-am Enfermagem v. 17, n. 2, p. 240-5, mar-abr 2009.
Brasil 2009
E10 Refletindo sobre o aprendizado do papel de educador no processo de formação do enfermeiro.
FERNANDES, C.N. S.
Rev Latinoam Enfermagem, v.12, n. 4, p. 691-3, 2004.
Brasil 2004
E11 CCIH/SCIH: a enfermagem à frente da prevenção de infecções hospitalares A adesão dos profissionais de saúde e o envolvimento de pacientes e familiares nas medidas de prevenção reduzem o risco de contaminação.
COREN. SP Conselho Regional de Enfermagem
Revista Enfermagem, p. 40-44. http://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/40_ccih.pdf
Brasil 2015
E12 Avaliação emancipatória de um programa educativo do serviço de controle de infecção hospitalar.
CUCOLO, D.F.; FARIA, J. I. L.; CESARINO, C. B. .
Acta Paul Enferm, v. 20, n. 1, p. 49-54, 2007.
Brasil 2007
E13 Cateterismo Uretral: un tema para la reflexión
DIEZ, B. L.; MONTOYA, R. O.
Investigación y Educación en Enfermería - Medellín, v. XXIII, n. 2, p. 118-136, sep, 2005.
Colômbia 2005
E14 Controle de infecção hospitalar em unidade de terapia intensiva: estudo retrospectivo
ABEGG, P. T. G. M.; SILVA, L. L..
Semina: Ciências Biológicas e da Saúde,
Brasil 2011
13
Londrina, v. 32, n. 1, p. 47-58, jan./jun. 2011.
E15 Infecção hospitalar e outras complicações não-infecciosas da doença: epidemiologia, controle e tratamento.
COUTO, R. C.; PEDROSA, T. M. G.; NOGUEIRA, J. M.
3ed, Rio de Janeiro, Medsi, 2003.
Brasil 2003
E16 Inspeção dos programas de controle de infecção hospitalar dos serviços da saúde pela vigilância sanitária: diagnóstico de situação.
GIUNTA, A. P. N.; LACERDA, R. A.
Revista da Escola de Enfermagem, São Paulo, v. 40, n. 1, p. 64-70, 2006.
Brasil 2006
E17 CCIH. Portaria MS 2616/98 de 12 de maio de 1998 Regulamenta as ações de controle de infecção hospitalar no país, em substituição a Portaria MS 930 / 92.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Gabinete do Ministro .
http://www.ccih.med.br/portaria2616.html .
Brasil 2015
E18 Guia de vigilância epidemiológica /
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. –
6. ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2005.
Brasil 2005
E19 Programa de Controle de Infecção Hospitalar: problemas na implementação em hospitais do Município de São Paulo.
TURRINI, R. N. T.
Acta Paul Enfermagem. v. 17, n. 3, p. 316-24, 2004.
Brasil 2004
4.2 Caracterização dos resultados dos estudos selecionados
Nos estudos foram aplicados o instrumento de avaliação (Apêndice 1) para
análise, composto por título da publicação, o ano, o periódico de publicação bem
como o país, o nome dos autores, o objetivo dos estudos e a conclusão.
14
Relativo ao ano de publicação foi incluso: (01) do ano 1995, (01) do ano de
2003, (02) do ano de 2004, (02) do ano de 2005, (02) de 2006, (01) de 2007, (01) de
2008, (01) de 2009, (02) de 2011, (02) de 2012, (02) de 2013, (02) de 2015.
Relativo aos periódicos de publicação foi incluso 02 da Revista Latino
Americana de Enfermagem, 02 da Revista Acta Paulista de Enfermagem, 02
publicações do Ministério da Saúde, 02 livros, 01 da Revista Escola de Enfermagem,
01 da Revista Semina, 01 da Texto & Contexto, 01 da Revista Enfermagem, 01 da
Revista Epidemiologia e Controle de Infecção, 01 Simpósio do Estado de São Paulo,
1 publicação da Universidade de Cuiabá, 01 publicação da ANVISA, 01 publicação
da APECIH, 01 do Institute for Healthcare, 01 da Investigation y Educacion
Enfermaria.
O país de maior publicação foi o Brasil com 16 estudos, em segundo Estados
Unidos com 02 estudos, seguido da Columbia com 01estudo.
Quanto aos objetivos dos estudos eles foram variados nos seguintes
aspectos: Apresentação do pacote de medidas/ações para prevenção de infecção
de trato urinário; orientação e adesão dos profissionais de saúde sobre as medidas
padronizadas.
Os estudos avaliados demonstram que o cateter tem um importante papel na
patogênese da Infecção do trato urinário (ITU) que são atribuídas a sonda vesical. A
implantação de protocolos reduz essas infecções, lembrando que a inserção do
cateter urinário deve ser realizada apenas por profissionais capacitados e treinados,
com disponibilidade de materiais com técnica asséptica e manuseio correto do
cateter, o que evidencia a importância da assistência de enfermagem em relação às
eliminações urinaria, uma vez que estes desenvolvem ações que promovem a saúde
do paciente
15
O estudo E01 descreve que o cateter tem um importante papel na patogênese
da Infecção do trato urinário (ITU), uma vez que esse provoca a quebra dos
mecanismos de defesa, distendendo a uretra e bloqueando os ductos das glândulas
periuretral. Os micro-organismos podem se aderir à superfície externa do cateter e
migrar ao longo deste. A implementação de medidas de prevenção baseadas em
evidências científicas pode reduzir as infecções adquiridas no ambiente hospitalar
de forma significativa e sustentada, trazendo segurança na assistência e redução de
custos. Entre os principais meios de prevenção incluem-se a higienização de mãos,
uso das medidas de bloqueio epidemiológico quando necessário, e cuidados
específicos para cada sítio de infecção.
Conforme simpósio citado no E02, 80% das infecções do trato urinário (ITU)
são atribuídas à sonda vesical; 16% a 25% dos pacientes internados fazem uso de
sonda vesical com risco diário de desenvolver ITU que varia de 3-7% em pacientes
com sonda vesical de demora (SVD). O uso de SV por mais de 6 dias é um fator de
risco que pode ser modificado lembrando que, depois de 72 horas, bactérias estão
presentes na urina de pacientes sondados em concentrações maiores que 103 UFC
e, após 30 dias de uso de SVD com sistema fechado 100% dos pacientes apresenta
bacteriúria. 02
Bundle, conforme descreve o estudo E02, é um pacote intervenções dirigidas
aos pacientes com cateter vascular central ou ventilação mecânica ou sonda vesical
de demora que, ao serem implementadas todas juntas, resultam em melhor
resultado que quando implementadas individualmente. A Implantação do Bundle
reduz infecções do ITU associadas a sonda vesical, a partir de quatro práticas: evitar
cateter urinário desnecessário; inserção da sonda vesical com técnica asséptica;
16
manutenção do sistema segundo recomendações e revisão diária da indicação da
sonda vesical.
As medidas recomendadas para prevenção de infecção do trato urinário,
descritas no estudo E03 são: a utilização criteriosa da sondagem vesical com
manutenção do sistema de drenagem fechado; optar por medidas alternativas como
o uso de fraldas, cateterismo intermitente, cateterismo suprapúbico ou drenagem por
condom, diminuição do tempo de utilização do cateter, técnica asséptica de
cateterização e manutenção do cateter, utilizar precauções padrão durante a
realização da higiene íntima, higiene perineal rigorosa feita diariamente com água e
sabão comum e não realizar a abertura do sistema de drenagem, interrupção do
fluxo e irrigação vesicais desnecessárias. EO3
Nas práticas básicas de prevenção, segundo E04, é preciso criar e implantar
protocolos escritos de uso, inserção e manutenção do cateter; as indicações para
uso do cateter urinário são limitadas; monitorização do débito urinário em pacientes
críticos; manejo da retenção urinária aguda e obstrução; assistência para pacientes
incontinentes e com úlcera por pressão..
É preciso também, de acordo com apontamento do estudo E04: assegurar
que a inserção do cateter urinário seja realizada apenas por profissionais
capacitados e treinados; disponibilidade de materiais com técnica asséptica; sistema
de documentação em prontuário contendo as indicações do cateter, responsável
pela inserção, data e hora da inserção e retirada do cateter; anotações de
enfermagem ou prescrição médica no prontuário do paciente e em arquivo
padronizado; preferir documentação eletrônica que permita resgate das informações;
assegurar recursos tecnológicos e equipe treinada que garantam a vigilância do uso
do cateter e de suas complicações. E04
17
No que se refere ao manuseio correto do cateter: após a inserção, fixar o
cateter de modo seguro e que não permita tração ou movimentação (A-III); manter o
sistema de drenagem fechado e estéril (A-I); não desconectar o cateter ou tubo de
drenagem, exceto se a irrigação for necessária (A-I); trocar todo o sistema quando
ocorrer desconexão, quebra da técnica asséptica ou vazamento (B-III); para exame
de urina, coletar pequena amostra através de aspiração de urina com agulha estéril
após desinfecção do dispositivo de coleta (A-III): a. Levar a amostra imediatamente
ao laboratório para cultura; para coleta de grandes volumes de urina para exames
específicos (não urocultura), obtenha a amostra da bolsa coletora de forma
asséptica (IB); b. Manter o fluxo de urina desobstruído (A-II); esvaziar a bolsa
coletora regularmente, utilizando recipiente coletor individual e evitar contato do tubo
de drenagem com o recipiente coletor (A-II); manter sempre a bolsa coletora abaixo
do nível da bexiga (A-III); limpar rotineiramente o meato uretral com soluções
antissépticas é desnecessário, mas a higiene rotineira do meato é indicada (A-I); não
é necessário fechar previamente o cateter antes da sua remoção (II). E04
Outro aspecto importante é avaliar os riscos e benefícios associados com o
uso de cateter urinário: usar cateter urinário em pacientes operados somente
quando necessário, ao invés de rotineiramente (IB); evitar o uso de cateteres
urinários em pacientes para a gestão de incontinência (IB); considerar alternativas
para cateterização vesical crônica, tais como cateterismo intermitente, em pacientes
com lesão medular (II); considerar cateterismo intermitente em crianças com
mielomeningocele e bexiga neurogênica para reduzir o risco de deterioração do trato
urinário (II); minimizar o uso e duração de cateter urinário em todos os pacientes,
que possuem maior risco para infecção de trato urinário relacionado a cateter, tais
como mulheres, idosos e pacientes com imunidade comprometida (IB); minimizar o
18
uso e duração de cateter urinário em todos os pacientes, que possuem maior risco
de mortalidade, tais como os idosos e pacientes com doença grave (IB); considere o
uso de cateteres externos como uma alternativa para cateteres uretrais em
pacientes do sexo masculino cooperativos, sem retenção urinária ou obstrução do
trato urinário (II); o cateterismo intermitente é preferível a cateteres uretrais de
demora ou suprapúbica em pacientes com disfunção de esvaziamento vesical (II); se
utilizar cateterismo intermitente, realizar a intervalos regulares para evitar
hiperdistensão da bexiga (IB); no contexto de cuidados não-agudos, a utilização de
técnica limpa (não-estéril) para cateterismo é uma alternativa aceitável e mais
prática para os pacientes crônicos que necessitam de cateterismo intermitente (IA);
cateteres hidrofílicos apresentam benefícios em termos de segurança (redução de
bacteriuria e micro hematúria) e qualidade de vida para pacientes com retenção
urinária neurogênica crônica que necessitam de cateterização intermitente ( A-I);
silicone pode ser preferível a outros materiais para reduzir o risco de incrustação de
cateteres de longo prazo em pacientes cateterizados que têm obstrução frequente
(II); sistemas de sonda vesical com junções tubo-cateter preconectado, são
sugeridas para o uso (II). E04
As estratégias especiais para prevenção de ITU são indicadas para hospitais
que apresentam taxas de ITU inaceitavelmente altas apesar da implantação das
medidas básicas listadas anteriormente.
A) Implantar um programa na instituição para identificar e remover cateteres
desnecessários, utilizando lembretes ou ordens para interromper o uso e avaliar
a necessidade de remover o cateter (A-I).
1. Desenvolver e implantar política de revisão contínua, diária, da necessidade
de manutenção do cateter:
19
a. Revisar a necessidade da manutenção do cateter;
b. Lembretes padrão distribuídos no prontuário escrito ou eletrônico.
2. Implantar visita diária com médico e enfermeiro revisando a necessidade da
manutenção do cateter;
B) Desenvolver protocolo de manejo de retenção urinária no pós-operatório,
incluindo cateterização intermitente e ultrassonografia – USG de bexiga (B-I);
1. As indicações devem estar claramente estabelecidas se for utilizada USG de
bexiga e a equipe de enfermagem deve ser treinada para sua utilização;
C) Estabelecer sistema de análise e divulgação de dados sobre uso do cateter e
complicações (B-III);
1. Definir e monitorar eventos adversos além de ITU-RC, como obstrução do
cateter, remoção acidental, trauma ou reinserção após 24 horas da retirada;
2. Para melhor análise dos dados, estratificar de acordo com fatores de risco
relevantes (idade, sexo, duração, setor, doença de base). Revisar e divulgar
os resultados aos interessados em tempo hábil. E04
Por sua vez, as estratégias que não devem ser utilizadas para prevenção
a) Não utilizar rotineiramente cateter impregnado com prata ou outro
antimicrobiano (A-I); b) Não triar rotineiramente bacteriúria assintomática em pacientes
com cateter (A-II); c) Não tratar bacteriúria assintomática, exceto antes de
procedimento urológico invasivo (A-I); d) Evitar irrigação do cateter (A-I): 1. Não realizar irrigação vesical contínua com antimicrobiano como
rotina de prevenção de infecção; 2. Não utilizar instilação rotineira de soluções antissépticas ou
antimicrobiana em sacos de drenagem urinária (II); 3. Se houver previsão de obstrução, utilizar sistema fechado de
irrigação; 4. Quando houver obstrução do cateter por muco, coágulos ou outras
causas, proceder à irrigação intermitente; e) Não utilizar rotineiramente antimicrobianos sistêmicos profiláticos
(A-II); f) Não trocar cateteres rotineiramente (A-III);
20
g) Não utilizar, de rotina, lubrificantes antissépticos (II); h) Não utilizar de rotina sistemas de drenagem urinária com
mecanismos de redução de entrada bacteriana, como cartuchos de liberação de antisséptico na porta de drenagem (II). E04
O cateter vesical de demora consiste na introdução de um cateter estéril por
meio do meato uretral até a bexiga, conectado a um coletor, também estéril, como
objetivo de drenar a urina. Deve-se utilizar técnica asséptica no procedimento, a fim
de evitar infecções urinárias. Esse procedimento cabe à enfermagem, por meio do
enfermeiro, a responsabilidade de instalação dos cateteres de demora, tendo em
vista a lei n° 7498/86, na alínea m do inciso l do artigo 11 que diz: “cuidado de
enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimento de base
científica e capacidade de tomar decisões imediatas” (BRASIL. Lei n° 7498/86 25 de
junho de 1986). E07
As finalidades do cateterismo vesical de demora podem ser diagnósticas ou
terapêuticas. Mais especificamente, os objetivos desta intervenção são a obtenção
de um fluxo contínuo da diurese dos pacientes com alguma obstrução ou
incontinência, a mensuração do débito urinário em pacientes críticos, com
instabilidade hemodinâmica, irrigação vesical em pacientes no pós-operatório e a
obtenção de uma amostra de urina quando esta não pode ser obtida de forma
satisfatória. O desafio da prevenção de ITU relacionada ao cateter vesical se baseia
nos cuidados assépticos com o sistema de drenagem. As medidas são dirigidas para
prevenção do acesso de bactérias ao sistema de drenagem fechado estéril. A
medida mais simples e eficaz é evitar o uso desnecessário do cateter vesical. E13
No pacote de medidas (Bundle) para prevenção da infecção do trato urinário
relacionada ao cateter vesical o processo é composto de dois momentos: 1) Check
list para passagem do CVD (o mesmo deve ser preenchido pelo enfermeiro
21
assistencial ou enfermeiro da CCIH quando puder estar presente) e 2) Auditoria de
processo diário durante a manutenção do CVD (realizada pelo enfermeiro da CCIH
diariamente em todos os setores). E05; E06
Os critérios de inclusão são: todos os pacientes que fizerem utilização de
cateter vesical de demora sendo que, para o monitoramento durante a passagem do
cateter vesical de demora avalia-se: profissional que realizou o procedimento; uso
de EPI´s; higiene de mãos; higienização com água e sabão do períneo; presença do
kit cateterismo padronizado; técnica asséptica na abertura dos materiais; utilização
de luvas estéreis; utilização de campos estéreis; assepsia da região peri-meato e
meato uretral com clorexidina aquosa; passagem de CVD conectado ao sistema
fechado; utilização de CVD com válvula anti-refluxo; Aplicação de gel lubrificante
estéril; realização de fixação adequada. E05; E06
Para o monitoramento diário dos itens de manutenção avalia-se: Higiene das
mãos; Fixação adequada do cateter; Bolsa coletora abaixo da bexiga; Volume de
urina até 2/3 da bolsa coletora; Fluxo urinário desobstruído; Justificativa diária da
permanência do cateter. E05; E06.
A justificativa para os itens avaliados de acordo com a literatura e conforme
protocolo da CCIH: 1) Higienização das mãos: para o momento da inserção,
considerar a higienização de mãos com anti-séptico e o uso de luvas estéreis. Para
os cuidados durante a manutenção do CVD, considera-se os 5 momentos para a
realização da higiene das mãos recomendados pela OMS (conforme protocolo da
CCIH); 2) Sistema Fechado: é consenso na prevenção de ITU à utilização de
sistema de drenagem fechado estéril e com válvula anti-refluxo. O sistema de
drenagem fechado não deve ser desconectado do cateter urinário e sempre que
houver violação do sistema, todo o conjunto deverá ser trocado; 3) Fixação
22
adequada do cateter: a fixação deve ser feita de modo que não haja tração do
cateter para não lesionar a uretra do paciente. O cateter deve ser fixado no
hipogástrio no sexo masculino e na raiz da coxa para o sexo feminino (conforme
protocolo de enfermagem da instituição); 4). Bolsa coletora abaixo da bexiga: a
bolsa deve ser mantida abaixo do nível da bexiga para que a urina dreno por
gravidade; 5) Volume de urina até 2/3 da bolsa coletora: esvaziar a bolsa coletora
regularmente para que o fluxo urinário se mantenha contínuo e não haja perigo de
refluxo, sempre utilizando recipiente de coleta individualizado (seguir protocolo do
SCIH); 6) Fluxo urinário desobstruído: avaliar diariamente a presença de sedimentos
e grumos que possam comprometer o fluxo urinário, visto que a obstrução do
sistema de cateterismos vesical comprometera a drenagem da urina, favorecendo a
bacteriúria. E05; E06.
A justificativa diária para a manutenção do CVD: deve haver evidência de
prescrição diária do cateter vesical, evitando assim que o cateter mantenha-se por
tempo indeterminado. E05; E06
As infecções hospitalares são um grande problema de saúde pública e um
desafio a ser vencido. Após 25 anos da morte do presidente eleito Tancredo Neves
– que foi vítima de infecção hospitalar, depois de sofrer sete cirurgias e receber
dezenas de antibióticos – o problema ainda preocupa as instituições de saúde,
sejam estas públicas ou privadas. Dados da Associação Nacional de Biossegurança
(ANBIO) apontam que 100 mil pessoas morrem, por ano, vítimas de infecção
hospitalar. E11
A criação e o funcionamento das CCIH representam um progresso na
organização da estrutura hospitalar para a diminuição de múltiplos problemas, como
a necessidade de se reduzir e controlar taxas de infecções, o que determinou a
23
aplicação de medidas preventivas, educacionais e de controle epidemiológico, que
visam, através de um processo de conscientização coletiva, a levar as taxas de
infecção para limites aceitáveis. E14
Enquanto nos EUA e Europa o índice gira em torno de 8%, no Brasil ele varia
entre 15 e 19%, Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA),
infecção hospitalar é aquela adquirida após a internação do paciente, que se
manifesta durante a internação ou mesmo após a alta, quando estiver relacionada
com a internação ou procedimentos hospitalares. Em todo o mundo, a prevenção de
infecções hospitalares depende muito mais da instituição de saúde e de seus
trabalhadores do que dos pacientes. E11
No Brasil, após a promulgação da portaria 196/83, o Ministério da Saúde
elaborou um estudo em que foram avaliados 8.624 pacientes com mais de 24 horas
de internação, cujo tempo médio de permanência foi de 11,8 dias. O número de
pacientes com infecção hospitalar encontrado foi 1.129, com taxa de pacientes com
infecção hospitalar de 13%. Os maiores índices de infecção (18.4%) foram obtidos
em hospitais públicos e os menores (10%) em hospitais privados sem fins lucrativos.
A região Sudeste apresentou 16,4% dos casos de pacientes com quadro de infecção
hospitalar, seguida do Nordeste com 13,1%, Norte com 11,5%, Sul com 9% e Centro
Oeste com 7,2%. E14
Diante destes dados, as infecções hospitalares são apontadas como um dos
mais importantes riscos aos pacientes hospitalizados. Isso justifica a inclusão dos
índices de infecção hospitalar como um parâmetro de controle da qualidade do
serviço prestado por um hospital. E14
A taxa de prevalência de infecção hospitalar também depende da utilização
correta das técnicas de vigilância epidemiológica pelos colaboradores, dos critérios
24
de diagnósticos, capacitação dos profissionais envolvidos, e dos fatores de risco
intrínsecos e extrínsecos presentes numa determinada unidade em um determinado
tempo. No entanto, a metodologia baseada na busca ativa de casos, realizada pelas
Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), grupo especialmente treinado
em cada hospital para o controle da infecção, vem sendo apontada, na literatura
americana e inglesa, como o método de escolha para coleta de dados para infecção
hospitalar. E15; E16
Em 12 de maio de 1998, o Ministério da Saúde publicou a Portaria n° 2.616,
regulamentando a criação das CCIH. Essa Portaria define critérios para organização
das CCIH, bem como para o diagnóstico das infecções hospitalares, orientações
sobre a vigilância das infecções hospitalares, recomendações sobre a higiene das
mãos e outros temas como: o uso de germicidas, microbiologia, lavanderia e
farmácia. Ainda, segundo o Artigo 6° dessa mesma portaria, o regulamento deve ser
adotado em todo o território nacional pelas pessoas jurídicas e físicas, de direito
público e privado, envolvidas nas atividades hospitalares de assistência à saúde.
E17
Comissão de controle de Infecção Hospitalar (CCIH) diz respeito a um grupo
de profissionais da área de saúde, de nível superior, formalmente designado para,
juntamente com a direção do hospital, planejar, elaborar, implementar, manter e
avaliar o programa de controle de infecção hospitalar – um conjunto de ações
desenvolvidas com o objetivo de reduzir ao máximo possível a incidência das
infecções hospitalares. A CCIH deve ser adequada às características e
necessidades do Estabelecimento de Assistência à Saúde (EAS), sendo constituída
de membros consultores e executores. E17
25
Entre as ações que são desempenhadas pela CCIH/SCIH destacam-se as
seguintes: realização da vigilância epidemiológica para detecção de casos de
infecção hospitalar; elaboração de diretrizes para a prevenção das infecções
relacionadas à assistência à saúde, que devem sem incorporadas nas normas e
rotinas de atendimento ao paciente e serviços de apoio; elaboração de orientações
para prescrição adequada de antibióticos e implantação de ações que contribuam
para o controle de seu uso, evitando que os mesmos sejam prescritos de maneira
indevida; estabelecimento de recomendações quanto às medidas de precaução e
isolamento para pacientes com doenças transmissíveis ou portadores de bactérias
resistentes a antibióticos; oferecer apoio técnico à administração hospitalar para a
aquisição correta de materiais e equipamentos e para o planejamento adequado da
área física dos estabelecimentos de saúde. E18
Compete à Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) elaborar um
Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH), contendo ações
sistematizadas que visem a máxima redução da incidência e da gravidade das IH,
implementado pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH). E19.
Quanto a atuação do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar- SCIH o
enfermeiro assume um importante papel diante das ações no SCIH, uma vez que
dentre suas competências e habilidades, ele deve ser capaz de: planejar,
implementar e participar dos programas de formação, qualificação, a contínua e
promoção da saúde dos trabalhadores. E10
Para melhorar as tarefas ligadas ao combate das infecções hospitalares todos
são orientados, inclusive os enfermeiros, a utilizar o método conhecido como “Ciclo
de Deming” ou PDCA (Planejar, Executar, Verificar, Agir, na sigla traduzida do
inglês). Essa é uma das primeiras ferramentas gerenciais, criada na década de 1920
26
por Walter A. Shewart, e disseminada pelo mundo a partir da década de 1950 pelo
“guru do gerenciamento da qualidade” William Edward Deming. E11
A atividade, liderada pela equipe de enfermagem, tem como objetivo a
conscientização sobre a correta lavagem das mãos, considerada a medida mais
eficiente para combater infecções dentro do ambiente hospitalar. Na blitz a pessoa
higieniza as mãos com um gel específico, que faz a vez do álcool ou da água e
sabão, e em seguida, coloca as mãos em uma câmara provida de luz especial.
“Essa luz mostra as partes que não foram higienizadas da forma adequada. Desta
forma, a pessoa se conscientiza se está fazendo a limpeza das mãos corretamente
ou se precisa rever seus conceitos sobre isso”. E11
Uma importante estratégia utilizada pelos SCIH tem sido a capacitação dos
profissionais e o envolvimento dos enfermeiros, tornando-os multiplicadores das
áreas relacionadas à prevenção de IH, devido a melhor vínculo com a equipe e a
supervisão contínua. No entanto, ainda são poucos os serviços que desenvolvem
estas atividades e poucos enfermeiros têm uma visão compartilhada sobre a
importância das IH. E12
A função do enfermeiro no cateterismo urinário, conforme o estudo E08, se
destaca na assistência em relação às eliminações urinárias, desenvolvendo ações
que vão da promoção da saúde aos cuidados agudos. Nas ações voltadas à
promoção da saúde, o enfermeiro desenvolve processos de educação e atua
promovendo o balanço hídrico adequado, a prevenção de infecções do trato urinário,
os cuidados com exercícios perineais, higiene e obesidade. E08
Cerca de 10% dos pacientes hospitalizados são expostos ao cateterismo
urinário. O procedimento de inserção do cateter é estéril e sua complicação mais
freqüente é a infecção urinária. A Infecção do Trato Urinário (ITU) representa cerca
27
de 40% das infecções hospitalares e resulta em repercussão econômica, seqüelas,
complicações e danos imensuráveis à população. E08
A inserção do cateter urinário pode ainda ocasionar outras complicações,
como traumatismo uretral, dor e falso trajeto, possibilitando, quando associada a
diferentes fatores e na variância do tempo de cateterização, a instalação de infecção
em outro sítio do organismo, a litíase urinária renal e vesical, uretrite, periuroretrite e
abscesso periuroretral, divertículo uretral, fístula uretral, prostatite, epidimite, necrose
peniana e câncer de bexiga. E08
Vale ressaltar que a prevenção de complicações decorrentes da inserção de
um cateter vesical, de um modo geral, está nas mãos da enfermagem e se inicia a
partir da decisão pela cateterização, passando pela escolha do cateter, do material e
numeração ideais, inserção habilidosa, garantia de uma fixação correta, evitando
peso excessivo na bolsa de drenagem e prevenindo a retirada ou tração acidental do
mesmo. E09
5. CONCLUSÃO
Ao término desta pesquisa, considera-se que o objetivo proposto foi
alcançado, visto que foi apresentado o emprego de barreiras de prevenção que
auxiliam os profissionais no controle dos riscos de infecção durante a inserção e
manipulação do cateter vesical de demora, na utilização do Bundle (PACOTE DE
MEDIDAS) de prevenção de Infecção do Trato Urinário (ITU) relacionado a sonda
vesical de demora, por meio de revisão bibliográfica.
Evidenciou-se, a relevância da adesão de métodos preventivos implantados
por beneficiarem o controle de infecção do trato urinário, garantindo a qualidade da
assistência e segurança do paciente.
28
A utilização do Bundle de ITU é uma forma comprovada e eficiente de
prevenção, podendo auxiliar na minimização do índice de 80% das infecções do
trato urinário (ITU) atribuídas à sonda vesical.
Para tanto, algumas praticas são mencionadas: evitar cateter urinário
desnecessário utilizando lembretes ou ordens para interromper o uso e avaliar a
necessidade de remover o cateter (A-I); desenvolver protocolo de manejo de
retenção urinária no pós-operatório, incluindo cateterização intermitente e
ultrassonografia (USG) de bexiga (B-I); inserir a sonda vesical com técnica
asséptica; manter o sistema segundo recomendações; estabelecer sistema de
análise e divulgação de dados sobre uso do cateter e complicações (B-III) e revisar
diariamente a indicação da sonda vesical.
Lembrando que no processo Bundle é fundamental o check list e auditoria de
processo diário durante a manutenção do CVD.
Portanto, é de fundamental importância a participação de todos os
profissionais da área da saúde na adoção de medidas preventivas com relação às
infecções urinárias de origem hospitalar, bem como em campanhas para o uso
coerente de sonda vesical de demora ou, pelo menos, diminuição do período de seu
uso, além dos cuidados técnicos com o cateter, uma vez que este é o principal fator
de risco de infecções.
Neste contexto, a instituição hospitalar deve ampliar, difundir, treinar e
monitorar o uso de protocolos relacionados à sondagem vesical, considerando pelo
menos sua recomendação, procedimento de inserção, sistemas fechados de
drenagem, irrigação da sonda, manutenção do fluxo urinário e indicações para troca
da sonda.
29
Estudos de avaliação das ITU permitem melhor adequação da terapêutica e
evita possíveis complicações reincidências.
Finalizando, considera-se relevante mencionar que esta pesquisa não tem a
pretensão de esgotar o assunto, tampouco procurar recursos prontos para a
prevenção e controle da infecção e, sim, contribuir para o ensino, prática e
pesquisas neste campo, propiciando maior autonomia aos enfermeiros.
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32
Apêndice 1. Instrumento de coleta de dados para revisão bibliográfica dos estudos selecionados. São Paulo, 2015
Título Auditoria em unidade de terapia intensiva: vigilância de procedimentos
invasivos
Ano 2013
Periódico Epidemiol Control Infect. 2013;3(1):12-16 Pais Brasil
Autor (es) MICHELS, M. A.; DICK, N. R. M.; ZIMERMAN, R. A.; MALINSKY, R. R.
Objetivo Avaliar a aderência às medidas específicas de prevenção de IRAS em procedimentos invasivos na UTI
Conclusão A implementação de medidas de prevenção baseadas em evidências científicas pode reduzir as IRAS de forma significativa e sustentada, trazendo segurança na assistência e redução de custos. Entre os principais meios de prevenção incluem-se a higienização de mãos, uso das medidas de bloqueio epidemiológico quando necessário, e cuidados específicos para cada sítio de infecção.
Título Pacotes de medidas: como avançar? Prevenção de Infecção de Trato
Urinário. Superando desafios no controle de infecções: pacote de medidas e envolvimento da equipe multidisciplinar
Ano 2012
Periódico Simpósio Estadual de Infecção Hospitalar, 10 maio 2012 http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/ih/pdf/9simpo12_ClaudiaVSilva.pdf
Pais Brasil
Autor (es) SILVA, C. IX
Objetivo Apresentar pacote de medidas para prevenção de infecção de trato urinário
Conclusão
Título Manual de medidas de prevenção das principais infecções hospitalares. Hospital Geral Universitário.
Ano 2006
Periódico Universidade de Cuiabá UNIC. 143.107.64.15/arquivos/Manual_CCIH_2009.pdf
Pais Brasil
Autor (es) SILVA, S. B. R.; FONSECA, J. F. A.
Objetivo Orientar os profissionais de saúde sobre as medidas básicas de prevenção das infecções hospitalares através de uma padronização clara e objetiva.
Conclusão Tratam-se de medidas simples, porém essenciais, sendo de execução obrigatória na rotina de um hospital. Assim, ao facilitar sua execução, este manual deve contribuir para o contínuo aprimoramento do atendimento hospitalar.
Título Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde
Ano 2013
Periódico Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/images/documentos/livros/Livro4-
Pais Brasil
Autor (es) ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Objetivo Apresentar de maneira objetiva, concisa e prática, as medidas para a
33
prevenção e controle de infecção nos serviços de saúde, devendo estar facilmente disponível aos profissionais de saúde que atuam nestes serviços.
Conclusão A presente publicação constitui uma ferramenta influente para a segurança do paciente e qualidade em serviços de saúde, fruto de esforço conjunto de diversos Grupos de Trabalho da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, que trata das orientações básicas para a prevenção e o controle de infecção, com embasamento técnico-científico atualizado.
Título Prevent Catheter-Associated Urinary Tract Infection. Ano 2012
Periódico Cambridge, MA:Institute for Healthcare Improvement; http://www.ihi.org/resources/pages/tools/howtoguidepreventvap.aspx
Pais USA
Autor (es) Million Lives Campalgn, Getting Started Kit: Objetivo DESCREVER OS PRINCIPAIS COMPONENTES DE CUIDADOS BASEADOS EM
EVIDÊNCIAS PARA A PREVENÇÃO DE INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO
ASSOCIADAS AO USO DE CATETER, DESCREVER COMO IMPLEMENTAR ESTAS
INTERVENÇÕES E RECOMENDAR MEDIDAS PARA MEDIR A MELHORIA. Conclusão AS INSTITUIÇÕES HOSPITALARES QUEREM DIMINUIR A INCIDÊNCIA DESTA
CONDIÇÃO, E TEM ANALISADO AS PRÁTICAS DE GESTÃO CATETER
URINÁRIO. DIRETRIZES BASEADAS EM EVIDÊNCIAS ESTÃO DISPONÍVEIS, MAS
NÃO SÃO UNIVERSALMENTE SEGUIDAS, PORTANTO O ENFERMEIRO PRECISA DE
FORMAÇÃO SOBRE A PATOGÊNESE, ESSE É UM PRIMEIRO PASSO IMPORTANTE
NA PREVENÇÃO DA INFECÇÃO COMUM ASSOCIADA AOS CUIDADOS DE SAÚDE.
Título Estratégias para prevenção de infecções de trato urinário relacionadas a cateter em hospitais de curta permanência
Ano 2008
Periódico Infection Control and Hospital Epidemiology, 2008; n. 29, p. 901-994, 2008 apud APECIH. Um Compêndio de Estratégias para a Prevenção de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde em Hospitais de Cuidados Agudos, p. 49-56
Pais USA
Autor (es) LO, E.; NICOLLE, L.; CLASSEN, D.; ARIAS, K. D.; PODGORNY, K.; ANDERSON, D. J.; BURSTIN, H.; CALFEE, D. P.; COFFIN, S. E.;
Objetivo Tornar acessível em língua portuguesa revisão das práticas de maior impacto na prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS).
Conclusão Todos os tradutores são profissionais da área de saúde e todos, exceto um, estão envolvidos com prevenção e controle de IRAS na sua prática diária.
Título Manual de procedimentos médicos.
Ano 1995
Periódico 2.ed. São Paulo: Roca
Pais Brasil
Autor (es) SURATT, G. Objetivo O manual de procedimentos médicos vai de encontro à necessidade de
um compilação compreensível acerca dos procedimentos comumente realizados por médicos gerais ou especialistas.
Conclusão A descrição dos detalhes de cada passo na execução do procedimentos mostra-se valiosa para o ensino dessas técnicas a estudantes e médicos em todas as etapas de suas carreiras.
Título Cateterismo urinário: facilidades e dificuldades relacionadas à sua padronização.
34
Ano 2011
Periódico Texto & contexto-enferm. Florianópolis, v.20, n.2, abr/ jun. 2011, p. 333-339.
Pais Brasil
Autor (es) MAZZO, A.; GODOY, S.; ALVES, L. M.; MENDES, I. A. C.; TREVIZAN, M. A.; RANGEL, E. M.L.
Objetivo Verificar a existência e fatores relacionados a padronização do cateterismo urinário, em uma cidade do interior do estado de São Paulo
Conclusão Existe a necessidade de se reavaliar a padronização proposta, com discussões interdisciplinares, verificar se o proposto está sendo realizado e buscar estratégias de treinamento e ensino passíveis de aplicação.
Título Gerenciamento da qualidade em um serviço de enfermagem hospitalar
Ano 2009
Periódico Rev Latino-am Enfermagem 2009 março-abril; 17(2)
Pais Brasil
Autor (es) ROCHA, E. S. B.; TREVIZAN, M. A.
Objetivo Conhecer a opinião do enfermeiro a respeito do Gerenciamento da Qualidade implantado em um serviço hospitalar.
Conclusão Os enfermeiros consideram a filosofia da Qualidade Total como viável aos serviços sob sua responsabilidade e aceitam o desafio para romper as barreiras da tradição, passando do discurso à prática
Título Refletindo sobre o aprendizado do papel de educador no processo de formação do enfermeiro.
Ano 2004
Periódico Rev Latinoam Enfermagem, v.12, n. 4, p. 691-3, 2004.
Pais Brasil
Autor (es) FERNANDES, C. N. S.
Objetivo Destacar as características apontadas no documento Novas Diretrizes Curriculares do Curso de Graduação em Enfermagem, sobre o papel de educador na formação do enfermeiro, discutindo ainda as implicações da relação professor-aluno nesse processo.
Conclusão Nas Novas Diretrizes Curriculares do Curso de Graduação em Enfermagem, identificamos vários pontos que abordam a formação do enfermeiro como ser holístico que desempenha o papel de educador em todas as suas atuações. Por sua vez, é através de uma postura humana e competente que o professor pode ter atuação transformadora na formação de novos profissionais. O processo de aprendizagem possibilita ao indivíduo sair da rotina do conhecido e procurar novas formas de interpretações da realidade, e é exatamente através dessa perspectiva que acredita-se ser viável ao profissional enfermeiro ser capaz de transformar a realidade da saúde através da sua ação educativa.
Título CCIH/SCIH: a enfermagem à frente da prevenção de infecções hospitalares
Ano 2015
Periódico Revista Enfermagem, p. 40-44. http://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/40_ccih.pdf
Pais Brasil
Autor (es) COREN. SP Conselho Regional de Enfermagem
Objetivo A adesão dos profissionais de saúde e o envolvimento de pacientes e familiares nas medidas de prevenção reduzem o risco de contaminação
Conclusão
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Título Avaliação emancipatória de um programa educativo do serviço de controle de
infecção hospitalar.
Ano 2007
Periódico Acta Paul Enferm, v. 20, n. 1, p. 49-54, 2007.
Pais Brasil
Autor (es) CUCOLO, D.F.; FARIA, J. I. L.; CESARINO, C. B. .
Objetivo Aplicar o modelo da avaliação emancipatória para subsidiar a transformação no Programa Educativo do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar de um Hospital de Ensino.
Conclusão O estudo proporcionou envolvimento dos enfermeiros multiplicadores e subsidiou uma reflexão crítica dos profissionais com estratégias para reestruturação do programa.
Título Cateterismo Uretral: un tema para la reflexión
Ano 2005
Periódico Investigación y Educación en Enfermería - Medellín, v. XXIII, n. 2, p. 118-136, sep, 2005.
Pais Colômbia
Autor (es) DIEZ, B. L.; MONTOYA, R. O.
Objetivo Este artigo lida com cateterismo uretral prevenção inspirado e atenção integral aos indivíduos.
Conclusão Um guia técnico para o procedimento com as contribuições de outras diretrizes baseadas em evidências propostas convida também a reflexão a partir da análise dos riscos envolvidos, especialmente aqueles que lidam com infecção urinária, uma das principais causas de infecções hospitalares.
Título Controle de infecção hospitalar em unidade de terapia intensiva: estudo
retrospectivo
Ano 2011
Periódico Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 32, n. 1, p. 47-58, jan./jun. 2011.
Pais Brasil
Autor (es) ABEGG, P. T. G. M.; SILVA, L. L..
Objetivo Verificar a ocorrência de microorganismos isolados de pacientes hospitalizados durante as etapas de implantação da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) em uma Unidade de Terapia Intensiva de um hospital privado na cidade de Toledo, Paraná.
Conclusão Informação, treinamento, comprometimento e conscientização da equipe médica e colaboradores, associados ao uso diário das normas preconizadas pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar são ferramentas imprescindíveis para tornar possível a obtenção de resultados significativos e satisfatórios na diminuição dos casos de infecção hospitalar, melhorando a qualidade de assistência à saúde.
Título Infecção hospitalar e outras complicações não-infecciosas da doença:
epidemiologia, controle e tratamento.
Ano 2003
Periódico 3ed . Rio de Janeiro, Medsi, 2003.
Pais Brasil
Autor (es) COUTO, R. C.; PEDROSA, T. M. G.; NOGUEIRA, J. M.
Objetivo Oferecer informações atualizadas e completas da maneira mais prática e simples possível.
Conclusão O foco do livro é a prevenção, a epidemiologia e a terapêutica das infecções hospitalares
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Título Inspeção dos programas de controle de infecção hospitalar dos serviços
da saúde pela vigilância sanitária: diagnóstico de situação.
Ano 2006
Periódico Revista da Escola de Enfermagem, São Paulo, v. 40, n. 1, p. 64-70, 2006.
Pais Brasil
Autor (es) GIUNTA, A. P. N.; LACERDA, R. A.
Objetivo Reconhecer e comparar as condições de inspeção sanitária de Programas de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH), junto a agentes de dois Grupos Técnicos de Vigilância Sanitária.
Conclusão As principais dificuldades para a inspeção de PCIH concentram-se na insuficiência de pessoal, recursos, motivação e capacitação técnica.
Título CCIH. Portaria MS 2616/98 de 12 de maio de 1998 Regulamenta as ações de
controle de infecção hospitalar no país, em substituição a Portaria MS 930 / 92.
Ano 2015 Periódico http://www.ccih.med.br/portaria2616.html Pais Brasil Autor (es) Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro . Objetivo Regulamenta as ações de controle de infecção hospitalar no país, em
substituição a Portaria MS 930 / 92. Conclusão A Portaria tem cinco anexos com as diretrizes e normas para a prevenção e o
controle das infecções hospitalares. O anexo I trata da organização e competências do programa e da comissão de controle de infecção. No anexo II oconceito e critérios diagnósticos das infecções hospitalares; no anexo III temos orientações sobre a vigilância epidemiológica das infecções hospitalares e seus indicadores; nos anexos IV e V recomendações sobre a lavagem das mãos e outros temas como uso de germicidas, microbiologia, lavanderia e farmácia, dando ênfase à observância de publicações anteriores do Ministério da Saúde.
Título Guia de vigilância epidemiológica Guia de vigilância
epidemiológica
Ano 2005
Periódico 6. ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2005.
Pais Brasil
Autor (es) BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. –
Objetivo Orientar os profissionais de saúde por meio de informações sistematizadas sobre as ações de investigação epidemiológica e as medidas de prevenção e controle das doenças transmissíveis.
Conclusão A ampla utilização do guia contribui com seu permanente aperfeiçoamento, auxiliando o processo coletivo de construção de um sistema de vigilância em saúde capaz de responder aos desafios postos pelo complexo perfil epidemiológico da atualidade.
Título Programa de Controle de Infecção Hospitalar: problemas na implementação
em hospitais do Município de São Paulo.
Ano 2004
Periódico Acta Paul Enfermagem. 2004; 17(3): 316-24
Pais Brasil
Autor (es) TURRINI RNT. Objetivo Identificar os fatores que interferem na implementação do Programa de
Controle de Infecção Hospitalar (PCIH) Conclusão As principais estratégias mencionadas foram treinamento de pessoal,