Breve Historial da Educação Especial

30
Breve Historial da Educação Especial O começo da Educação Especial data do séc.XVIII, antes deste século, as crianças com impedimentos eram negligenciadas, rejeitadas, ignoradas. Fazia-se a prática de infanticídio ou exorcismo (morto). A partir do séc. XVIII surge a educação especial como quem diz. Nos finais do séc. XVII e no começo do séc. XVIII, estes eram conservados em orfanatos, manicomios, prisões e em outros tipos de instituições. Podiam viver mas não tinham direito a educação. No princípio do séc. XIX começa o periodo da institucionalização especializada para as pessoas portadoras de deficiências. É nesta altura que surge a educação especial, com o cristianismo. Começa- se a proteger as crianças portadoras de deficiência. As primeiras escolas eram feitas fora das populações em lugares isolados porque ainda se tinha a concepção de estas crianças estavam carregadas de espiritos maleficos e como tal o portador de deficiência era um perigo para a sociedade. As primeiras escolas especiais que surgiram ao longo do séc.XIX eram para crianças cegas e surdas e mais tarde para as crianças com problemas de impedimentos mentais. E no séc.XX começa o inicio da obrigatoriedade e expansão da escolarização de educação básica. Antes as crianças eram ensinadas coisas muito simples. Doscente: Dengua 1

Transcript of Breve Historial da Educação Especial

Breve Historial da Educação Especial

O começo da Educação Especial data do séc.XVIII, antes deste

século, as crianças com impedimentos eram negligenciadas,

rejeitadas, ignoradas. Fazia-se a prática de infanticídio ou

exorcismo (morto). A partir do séc. XVIII surge a educação

especial como quem diz.

Nos finais do séc. XVII e no começo do séc. XVIII, estes eram

conservados em orfanatos, manicomios, prisões e em outros tipos

de instituições. Podiam viver mas não tinham direito a educação.

No princípio do séc. XIX começa o periodo da institucionalização

especializada para as pessoas portadoras de deficiências. É nesta

altura que surge a educação especial, com o cristianismo. Começa-

se a proteger as crianças portadoras de deficiência. As primeiras

escolas eram feitas fora das populações em lugares isolados

porque ainda se tinha a concepção de estas crianças estavam

carregadas de espiritos maleficos e como tal o portador de

deficiência era um perigo para a sociedade.

As primeiras escolas especiais que surgiram ao longo do séc.XIX

eram para crianças cegas e surdas e mais tarde para as crianças

com problemas de impedimentos mentais.

E no séc.XX começa o inicio da obrigatoriedade e expansão da

escolarização de educação básica. Antes as crianças eram

ensinadas coisas muito simples.

Doscente: Dengua 1

A partir desta fase começa a existir a pedagogia, organização dos

programas de ensino para estas crianças. Esta pedagogia tinha que

se enquadrar em níveis de capacidades intelectuais.

São criadas etiquetas e rótulos para destinguir as crianças com

impedimentos de aprendizagem, a partir dai surgem as classes

especiais.

Os grupos considerados por alguns autores são crianças, sendo

cegas, impedimentos mentais, paralisias cerebrais são a sua

categorização.

Outros autores preferem estabelecer três quadros de

desenvolvimento.

KIRK e GALLAGHER na sua obra desenharam quatro estádios de

desenvolvimento das atitudes em relação as crianças excepcionais.

História da Educação Especial

Dividimos esta abordagem histórica em três épocas: uma primeira,

que poderemos considerar como a pré-histórica da Educação

Especial; uma segunda, aquela em que surge a Educação Especial

entendida como o cuidado com a assistência, e por vezes também

com a educação prestada a um certo número de pessoas e

caracterizada por decorrer em situações e ambientes separados da

educação regular; uma última etapa, muito recente em que nos

encontramos actualmente, com tendências que nos levam a supor uma

nova abordagem do conceito e da pratica da educação especial.

Doscente: Dengua 2

1º Era pré-cristã; esta época é caracterizada pela ignorãncia e

rejeição do indivíduo deficiente. Nesta época era normal o

infanticidio quando se observavam anormalidades nas crianças.

2º Era cristã; durante a idade média a igreja condenou o

infanticidio, mas por outro lado, acalentou a ideia de atribuir

causa sobrenaturais as anormalidades de que padeciam as pessoas.

Considerou-as possuidas pelo demónio e outros espiritos maléficos

e submetia-as a práticas de exorcismo.

No séc. XVII e XVIII os deficientes mentais eram internados em

orfanatos, manicómios, prisões e outros tipos de instituições

estatais. Ali ficavam junto dos delequentes, velhos, pobres...

indiscriminadamente.

3º Era das instituições; finais do séc.XVIII e principios do

séc.XIX surge a educação especial propriamente dita, caracteriza-

se em cuidados e assistência as pessoas portadoras de

deficiência, elas passaram a ter o direito a educação regular,

esta época era também caracterizada pela institucionalização

especializada das pessoas portadoras de deficiência.

A primeira escola pública para surdas foi criada pelo Abade

Charles Michel (1712-1789) em 1755 tendo-se rapidamente

convertido no Instituto Nacional de surdomudos.

Em 1784, Valentin Hany criou em Paris um Instituto para crianças

cegas. Entre os seus alunos encontrava-se Louis Braille (1806-

Doscente: Dengua 3

1852), que viria mas tarde a criar o famoso sistema de leitura e

escrita conhecido precisamente por sistema Braille.

A sociedade toma consciência da necessidade de prestar apoio a

este tipo de pessoas embora esse apoio se revestisse, a princípio

de um carácter mais assistencial do que educativo.

Impera a ideia de que era preciso proteger a pessoa normal da não

normal ou seja, esta última era considerada como um perigo para a

sociedade. Nesta era também separa-se o deficiente, segrega-se,

descrimina-se.

Abrem escolas fora das povoações, argumentava-se que o campo lhes

proporcionaria uma vida saudável e alegre.

Educação Especial

Termo restrito carregado de multiplas conotações

pejorativas;

Afasta-se dos alunos/as consideradas normais;

Tem implicações educativas de carácter marginal, segregador;

Pressupõe uma etiologia estreitamente pessoal das

dificuldades de aprendizagem e / ou desenvolvimento.

Faz referência aos PEI partindo de um esquema curricular

especial.

Necessidades Educativas Especiais

Doscente: Dengua 4

Termo mais amplo, geral e propicio para a integração

escolar. Não é nada pejorativo para o aluno;

As NEE referem-se às necessidades educativas do aluno/a e,

portanto, englobam o termo E.E.

Admite como origem das dificuldades de aprendizagem e/ou

desenvolvimento, uma causa pessoal, escolar ou social;

As suas implicações educativas têm um carácter marcadamente

positivo;

Referem-se ao curriculo normal e as adaptações curriculares

individualizadas que partem do esquema curricular normal.

Estádio de desenvolvimento das atitudes em relação as crianças

excepcionais

1º Estádio

Estes consideraram o primeiro estádio de desenvolvimento a pré-

cristã. Nesta era as crianças eram negligenciadas ou maltradas.

2º Estádio

Começa na época de difusão do cristianismo onde eles diziam que

todo ser humano tem direito a vida.

3º Estádio

Doscente: Dengua 5

Corresponde ao séc. XVIII e XIX quando surgem as primeiras

instituições para fornecer uma educação separada das outras

crianças.

4º Estádio

Corresponde a última metade do séc.XX, a era de uma maior

abertura no processo de aprendizagem ou direito a uma educação

para melhor integração a sociedade. A Constituição da República

de Moçambique (1990), concede as pessoas portadoras de

deficiências, um gozo pleno e igual dos direitos e deveres em

relação a todos os cidadãos.

Diz a lei fundamental que é garantido (a) a todo cidadão:

A igualdade perante a lei e o gozo dos mesmos direitos e

deveres, independentemente da côr, raça, sexo, origem

étnica, lugar de nascimento, religião, grau de instrução,

posição social, estado civil dos pais ou profissão (Art.66);

A igualdade entre o homem e a mulher perante a lei e em

todos os dominios da vida política, económica, social e

cultural (Art.67);

O gozo pleno dos direitos e deveres consignados, para as

pessoas portadoras de deficiências com excepção daquelas

cujo exercicio ou cumprimento para os quais estejam

inacpacitados (Art.68);

Doscente: Dengua 6

O direito e o dever ao tarbalho, à educação fisica e ao

desporto e a assistência médica e sanitária (Art.88, 93, e

94).

A Lei nº. 6/92, de 06 de Maio, sobre o Sistema Nacional de

Educação (SNE), através do Ensino Especial, cujo objectivo é “...

Proporcionar uma formação em todos graus de ensino e a capacitação vocacional que

permita a integração destas crianças e jovens em escolas regulares, na sociedade e na

vida laboral...” (Boletim da República, 104-11:1992), assegura a

escolarização de crianças e jovens com necessidades educativas

especiais.

A Resolução nº. 8/95, de 11 de Outubro sobre a Politica Nacional

de Educação (1995), aprovado pelo governo na área de Educação

Especial, estabelece as seguintes medidas estratégicas para a

escolarização de crianças e jovens com NEE:

Promoção do princípio de integração através da

sensibilização e mobilização de escolas regulares e

comunidades para o programa de educação especial integrado.

Formação de professores de apoio itinerantes, fornecimento

de materiais de ensino e equipamento e concepção de planos

de estudo flexiveis...” (pp.180)

O termo pessoa portador de deficiência tem sido habitualmente

empregue para se fazer referência a todo indivíduo que possui uma

insuficiência orgânica ou mental (congenita ou adquirida).

Doscente: Dengua 7

A necessidade da mudança de atitudes e de comportamentos em

relação à pessoa portadora de deficiências tem provocado uma

evolução na terminologia e nas práticas de atendimento

(reabilitação, escolarização e orientação vocacional) para a não

exclusão da participação sócio-cultural deste grupo populacional

que numa abordagem pedagógica, é desigando como portador de

necessidades educativas especiais.

Segundo a UNESCO (06:1994), o termo “ necessidades educativas

especiais” refere-se a todas as crianças e jovens cujas

necessidades se relacionam com deficiências ou dificuldades de

aprendizagem” no processo da sua escolarização, originadas por

factores diversos de natureza sócio-económica, sócio-cultural e

psico-orgânica, ou seja, “crianças com deficiências ou

sobredotadas, crianças da rua ou crianças que trabalham, crianças

de populações remotas ou nómadas, crianças de minorias

linguisticas, étnicas ou culturais e crianças de áreas ou grupos

desfavorecidos ou marginais”.

Estatisticamente, existem poucos registos informativos confiáveis

sobre prevalência de pessoas portadoras de deficiência na

população moçambicana. As referências desponiveis são de carácter

universal e segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-

se que uma em cada dez crianças, é portadora de deficiência

(UNICEF, 1980).

Doscente: Dengua 8

Em Moçambique, os problemas de atendimento colocados a este grupo

populacional minoritário são semelhantes aos da maioria dos

paises em desenvolvimento, determinados por factores histórico-

culturais, politico-ideológico e sócio-económicos. É assim que a

maior parte de crianças e jovens com necessidades educativas

especiais destes paises nasce e cresce privada de um convivio

desejável com o meio contextual no qual está integrada, o que a

dificulta de exercer o seu direito de acesso `a aprendizagem

básica e de cidadania.

Torna-se inadiável, dentro do quadro actual de atendimento ao

portador de deficiências, mudar as práticas profissionais e

instituições vocacionadas de um sistema assistencialista para

emancipatório considerando as seguintes premissas:

O abandono do enfoque individual a favor do familiar e/ ou

comunitário;

O respeito pelas caracteristicas, necessidades e ritmos de

desenvolvimento, socialização, comunicação e aprendizagem do

portador de deficiências;

A convicção de que o portador de deficiência possui

capacidades latentes de socialização, comunicação e

aprendizagem.

A formulação e o ajustamento da actual legislação, onde se julgar

necessário, e o reconhecimento e sistematização das práticas e

Doscente: Dengua 9

experiências formais e informais de atendimento ao portador de

deficiências, devem constituir instrumentos de garantia da

participação social cada vez melhor da criança e do jovem com

necessidades especiais no seu contexto de vida, em cumprimento

das Declarações dos Direitos do Homem e de Educação Para Todos,

equacionadas pela Declaração Mundial de Salamanca, sobre

Necessidades Educativas Especiais: acesso e qualidade, promovida

internacionalmente pela UNESCO.

Abordagem Actual da Educação Especial

A Declaração de Salamanca, define principios, política e prática

na área da escolarização de pessoas com necessidades educativas

especiais, salientando que cada individuo tem:

direito à educação e deve ter oportunidades de conseguir e

manter um nivel aceitável de aprendizagem;

caracteristicas, interesses, capacidades e necessidades de

aprendizagem que lhe são próprias.

Deste modo:

Os sistemas de educação devem ser planeados e os programas

educacionais implementados, tendo também em vista as

necessidades de aprendizagem dos alunos com as necessidades

educativas especiais

Doscente: Dengua 10

As escolas, guiando-se pela abordagem inclusiva, devem ser

os meios mais capazes para combater as atitudes

discriminatórias dos actuais sistemas de ensino, visando

atingir-se a meta de uma educação para todos.

A proposta de Educação Inclusiva coloca ao actual sistema

educativo moçambicano inúmeros desafios pois, implica

necessariamente que sejam introduzidas mudanças que favoreçam a:

expansão do acesso escolar;

melhoria da qualidade de ensino;

Por outro lado, a visão inclusiva exige dos dirigentes e lideres,

técnicos e administrativos, profissionais e paraprofissionais da

Educação Especial em particular, e da sociedade em geral, uma

mudança de atitude em relação às politicas, estratégias e

práticas:

Sócio-pedagógica-culturais;

de planificação e gestão dos curícula;

de formação de professores;

de organização, administração e gestão institucional;

de participação familiar e comunitário

Sob o lema “ Combater a Exclusão, Renovar a Escola” o Ministério

da Educação (MINED), através do Plano Estratégico perspectiva,

Doscente: Dengua 11

para os proximos cinco anos, desenvolver experimentalmente acções

de escolarização de crianças e jovens com necessidades educativas

especiais nas Escolas Primárias Regulares, tecnicamente

designadas por Escolas Inclusivas.

A dinâmica a ser impressa no desenvolvimento das escoals

inclusivas implica a redefinição do grupo-alvo e a mudança do

paradigma da educação especial, do tradicional e individual para

o sistémico e curricular.

Dentro deste quadro o projecto irá beneficiar crianças e jovens

em idade de escola, de ambos sexos, portadores de:

Deficiência visual;

Deficiência auditiva;

Deficiência mental;

Deficiência fisico-motora;

Disturbios de aprendizagem;

Disturbios emocionais;

Problemas de comportamento;

Traumas de guerra/violência;

Altas capacidades/habilidades;

Excepcionalidade

Doscente: Dengua 12

A questão de educação para todas resultou na ideia de declaração

de 1948 segundo a qual todas têm direito a educação incluindo

aquelas que tem deficiência. Para algumas crianças excepcionais

são aquelas que têm problemas na aprendizagem. Também são

consideradas excepcionais que apresentam talentos pouco comuns. A

criança típica que apresenta desvios das normas é excepcional.

O termo excepcionalidade tanto pode designar a portadora de

deficiência, talentosas ou aquela que desviam da norma. Podemos

ainda encontrar uma outra contradição: criança excepcional é

aquela que se difere das outras pelas suas capacidades

sensoriais, fisicas ou motoras, intelectuais ou mentais,

capacidades afectivas, cognitivas, capacidades volutivas, de

comunicação, capacidades multiplas, capacidades comportamentais.

Na perspectiva actual uma criança excepcional é aquela que se

difere da tipica ou “normal” por suas capacidades sensoriais, por

suas caracteristicas mentais, difere-se da tipica por seu

comportamento social pelas suas capacidades neuro-motoras ou

fisicas, pelas suas capacidades de comunicação e também pelas

suas capacidades múltiplas.

Estas diferenças devem ser suficientemente notaveis ao ponto de

requerer a modificação das práticas escolares ou então necessitar

de serviços de necessidades educativas especiais para possibiltar

o desenvolvimento das suas capacidades até ao limite máximo. A

criança é educacionalmente excepcional quando o desvio do seu

Doscente: Dengua 13

comportamento atinge um tipo ou um grau que requere providencia

pedagógicas desnecessárias para a maioria das crianças.

Para fins didácticos normalmente as crianças são agrupadas com

caracteristicas semelhantes, isto é, as crianças excepcionais são

com frequência agrupadas para facilitar a comunicaçào entre os

profissionais.

É comum encontrar-se as seguintes classificações

1- Desvios mentais, incluindo crianças que são:

a) Intelectualmente superiores- os super dotados

b) Lentas quanto a capacidade de aprendizagem mentalmente

retardadas;

2- Difeciências sensoriais incluindo as crianças com:

a) Deficiências auditivas

b) Deficiências visuais

3- Desordens de comunicação incluindo crianças com:

a) Distúrbios de aprendizagem

b) Deficiências de fala e linguagem

4- Desordens de comportamento incluindo as crianças com:

a) Desturbio emocional

b) Desajustamento socialDoscente: Dengua 14

5- Deficiências múltiplas e graves, incluindo várias

combinações

a) Paralesia cerebral e retardamento mental

b) Surdez e cegueira

c) Deficiências fisicas e intelectuais graves, etc.

Esta classificação faz-se considerando que as dificuldades

semelhantes, mesmo terminadas por causas diferentes implicam

necessidades semelhantes.

Objecto de estudo e objectivos da cadeira de Necessidades

educativas Especiais

Os objectos de estudo da disciplina de Necessidades Educativas

Especiais são crianças e jovens com desvios no desenvolvimento

sensorio motor e psicossocial que interfere na aprendizagem.

Objectivos das NEE

Educar esse grupo de acordo com as suas capacidades e

necessidades;

Estudar as melhores formas de atende-las;

Doscente: Dengua 15

Munir os futuros profissionais de educação de conteúdos

capaz de facilitar a comunicação com o grupo alvo.

Formar integralmente a personalidade da criança com NEE

Estudar as tendências de desenvolvimento e as perpectivas de

EE

Desenvolver ao máximo as capacidades de cada aluno de acordo

com as suas potencialidades indiviuais, sobre a base de um

trabalho correctivo-compensatório e educativo.

Corrigir e compensar as deficiências, assim como a

integraçào do indivíduo na vida sócio-profissional, tendo em

conta as suas possibilidades e capacidades.

Principios das NEE

Princípio da influência educativa-correctiva

Princípio de correcção e compensação

Princípio de atenção precoce das crianças com NEE

Princípio da influência terapeutica multilateral

Princípio da necessidade de partir dum diagnóstico confiavel

e científico.

Tipos de NEE

Doscente: Dengua 16

Deficiência visual, auditiva, mental

Deficiência fisico motora

Distúrbios de aprendizagem

Distúrbios emocionais

Impedimento oral e escrito

Problemas de comportamento

Altas capacidades/habilidades

Importância do estudo das NEE

Ajuda a situar o aluno em relação as respostas educativas,

isto é, deve-se responder ou/ e orientar o aluno com NEE (o que

se deve dar? O que se deve fazer para melhor orientar o aluno c/

NEE)

Ajuda numa melhor elaboração e planificação dum plano

interventivo actualizado para responder com eficácia as NEE.

Permite tomar decisões sobre as adaptações curriculares à

aplicar.

Adaptações são todos elementos que modificam ou provém num

determinado curriculo.

Educação Especial- processo de desenvolvimento global das

potencialidades de portadores de deficiência de condutas tipicas

Doscente: Dengua 17

e de altas habilidades e que abrange os diferentes niveis e graus

do sistema de ensino. Fundamenta-se em referências teóricas e

práticas, compativeis com as necessidades especificas do seu

alunado. O processo deve ser integral, fluindo desde a

estimulação essencial até aos graus superiores de ensino.

Sob o enfoque sistêmico, a educação especial integra o sistema

educacional vigente, identificando-se com a sua finalidade que é

a de formar cidadãos conscientes e participativos.

Alunado da Educação Especial- é constituido por educandos que

requerem recursos pedagógicos e metodologias educacionais

específicas. Genericamente chamados de necessidades educativas

especiais, classificam-se: portadores de deficiência (visual,

auditiva, mental, fisica e múltipla) portadores de conduta

tipicas (problemas de conduta decorrentes de sindromes de quadros

psicologicos ou neurológicos que acarretam atrasos no

desenvolvimento e prejuizos no relacionamento social) e os de

altas habilidades ( com notavel desempenho e elevada

potencialidade em aspecto académicos, intelectuais, psicomotores/

e ou artisticos).

Pessoa Portadora de Deficiência- é a que apresenta, em comparação

com maioria das pessoas, significativas diferenças fisicas

sensoriais ou intelectuais, decorrentes de factores inatos e/ ou

adquiridos, de carácter permanente e que acarretam dificuldades

em sua interação com o meio fisico e social.

Doscente: Dengua 18

Pessoa Portadora de Necessidades Especias- é a que, por

apresentar, em carácter permanente ou temporário, alguma

deficiência fisica, sensorial, cognitiva, múltipla, ou que é

portadora de condutas tipicas ou ainda de altas habilidades,

necessita de recursos especiais para superar ou minimizar suas

dificuldades.

Aluno com necessidades educativas especiais- é aquele que por

apresentar dificuldades maiores que as dos demais alunos no

dominio das aprendizagens curriculares correspondentes a sua

idade (seja por causas internas, por dificuldades ou carências do

contexto sociofamiliar, seja pela inadequação metodologica e

didáctica, ou por história de insucessos em suas aprendizagens),

necessita para superar ou minimizar tais dificuldades de

adaptações para o acesso fisico (remoção de barreiras

arquitetônicas) e/ou de adaptações curriculares significativas,

em várias áreas do curriculo.

Modalidades de atendimento educacional- são alternativas de

procedimentos didácticos especificos e adequados as necessidades

educativas do alunado da educação especial, e que implicavam

espaços fisicos, recursos humanos e materiais diferenciados. Ex:

escola especial, oficina pedagógica, classe comum, sala de

recursos, ensino com professor itinerante, classe hospitalar,

atendimento domiciliar, centro integrado de educação especial.

Doscente: Dengua 19

Potencialidade – predisposição latente no individuo que, a partir

de estimulação interna ou externa, se desenvolve ou se

aperfeiçoa, transformando-se em capacidade de produzir.

Incapacidade - impossibilidade temporária ou permanente de

executar determinadas tarefas, como decorrência de deficiências

que interferem nas actividades funcionais do individuo. Também

podemos definir como uma limitação de um dado individuo que

restringe ou impede a interação social que é normal para um

indivíduo daquela idade.

Desvantagem- um impedimento sofrido por um dado individuo

resultante de uma deficiência ou incapacidade que lhe limita o

desempenho de uma actividade normal para ele sem barreiras

impostas pela sociedade.

Correcção- é um acto de retificar ou corrigir uma deficiência ou

dificuldade de aprendizagem com intuito de se tornar normal,

através de técnicas e métodos.

Compensação- é a possibilidade de substituir uma deficiência

desenvolvendo uma outra habilidade, ou para outra intacta.

Inclusão- inserir as crianças portadoras de NEE no sistema

regular de ensino, com as ditas “normais”.

Segregação- é um processo que consiste em separar as crianças

deficientes das não deficiêntes.

Doscente: Dengua 20

Exclusão- quando a criança deficiênte não tem acesso ao ensino

regular.

Impedimento- é qualquer perda ou anormalidade tempóraria

definitiva, e progressiva de fisiologica e ou anatomica. Pode se

encontrar na escrita e oralidade.

Reabilitação – conjunto de medidas de natureza médica, social,

educativa e profissional para preparar ou integrar o individuo,

com o objectivo de que ele alcance o maior nivel possivel de sua

capacidade ou potencialidade.

Integração- processo dinamico de participação das pessoas num

contexto relacional, legitimando sua interação nos grupos

sociais. A integração implica reciprocidade.

Integração escolar- processo gradual e dinamico que pode tomar

distintas formas, segundo as necessidades e habilidades dos

alunos. A integração educativa (escolar) se refere ao processo de

educar-ensinar juntos a crianças com e sem necessidades

especiais, durante uma parte ou na totalidade do tempo de sua

permanência.

Normalização – principio que representa a base filosófica

ideológica da integração. Não se trata de normalizar as pessoas,

mas de normalizar o contexto em que se desenvolvem, ou seja,

oferecer aos portadores de necessidades especiais modos e

condições de vida diária ao mais parecidos possivel às formas e

Doscente: Dengua 21

condições de vida do resto da sociedade. Isso implica a adaptação

dos meios e das condições de vida às necessidades dos individuos

portadores de deficiências, condutas tipicas e de altas

habilidades.

Antes considerava-se que a cauasa da dificuldade de um aluno

estava apenas dentro dele; hoje considera-se que a escola tem

também parte da culpa, na medida em que não se adapta as

necessidades dessa criança.

O conceito de necessidade educativa especial, tal como o

apresenta a nova lei, é um conceito chave. Considera-se que a

criança necessita de educação especial se tiver alguma

dificuldade de aprendizagem que requeira uma medida educativa

especial.

O conceito de dificuldade de aprendizagem é relativo surge quando

um aluno tem uma dificuldade de aprendizagem significativamente

maior do que a maioria dos alunos da sua idade, ou sofre de

incapacidade que o impede de utilizar ou lhe dificulta o uso das

instalações educativas geralmente utilizadas pelos seus

companheiros.

As nessidades educativas especiais são previstas para aqueles

alunos que precisam ao longo da sua escolaridade de diversas

ajudas pedagógicas de tipo humano, técnico ou material, com

objectivo de assegurar a consecusão dos fins gerais da educação.

Doscente: Dengua 22

O conceito de necessidades educativas está relacionado com as

ajudas pedagógicas ou serviços educativos que determinados alunos

possam precisar ao longo da sua escolarização para conseguir o

máximo crescimento pessoal e social.

Uma escola para todos: a integração escolar

O modelo da escola para todos pressupõe uma mudança de estrutura

e de atitudes e a abertura à comunidade; deve mudar o estilo de

trabalho de alguns professores que deverão reconhecer que cada

criança é diferente das outras, tem as suas proprias necessidades

especificas e progride de acordo com as suas possibilidades.

Pressupostos para o êxito da integração

a) Formação de Professores : devem adquirir novas competências

de ensino e treinadas em técnicas de integração para melhor

darem respostas as NEE das crianças. Assim, os resultados da

integração serao eficazes.

b) Preparação do aluno : deve-se preparar a criança as

exigências académicas e de conduta globais da classe

regular, isto para que a integração seja bem sucedida.

c) Treinar para adquirir competências e aptidões sociais que os

ajudam a funcionar com sucesso na classe regular.

Doscente: Dengua 23

Deve-se ter em conta as relações positivas que se vai

desenvolver com os alunos (colegas) ditos ou considerados

“normais”, pois é um factor determinante e fundamental para

o êxito da integração.

d) Interação entre educadores : deve-se estimular os professores

para união de esforços e para que haja trocas de experiência

com intuito de desenvolver programas de integração que

satisfaçam as necessidades educativas das crianças.

e) Programas de integração ; antes dever-se-à integrar a criança

numa classe regular e observa-se para que seja feita

posteriormente um programa eficaz e depois determina-se à um

ambiente educacional apropriado.

f) Tecnologias de informação e comunicação ;

A ESCOLA ACTUAL NO PROCESSO DE INTEGRAÇÃO

Adaptações curriculares para crianças com necessidades educativas

especiais

São muitos autores que escreveram sobre esta temática entre eles,

César Coll, Gimeneo Sacristan, J. Kemmmis e outros. Nesta

perspectiva a nossa reflexão está virada a pensar numa adaptação

curricular para crianças portadora de deficiências nas condições

Doscente: Dengua 24

do projecto da UNESCO “Escolas Inclusivas”. Etimologicamente

entende-se por curriculo “ uma carreira ou curso”. O conceito

curriculo vitae, é a carreira da vida.

Do ponto de vista da pedagogia se denomina curriculo ao conjunto

de estudos e práticas destinadas a que o aluno desenvolva

plenamente suas capacidades.

O curriculo é a expressão e a concretização do plano cultural que

uma instituição escolar faz para dentro de determinadas condições

que matizam este projecto.

Adaptações curriculares: são modificações que se realizam em

objectivos, conteúdos, critérios, procedimentos da avaliação e

metodologias para atender as diferenças individuais dos alunos.

Nas adaptações curriculares deve se ter em conta.

Proporcionar maior participação dos alunos com necessidades

educativas especiais no curriculo ordinário.

Tornar possivel que os alunos nestas condições alcancem os

objectivos de cada etapa educativa através de um curriculo

adequado às suas necessidades especificas.

Resposta educativa aos alunos com necessidades educativas

especiais.

Tendo em conta o curriculo oficial a escola, faz uma análise

correspondente à sua realidade e às condições próprias do meio em

Doscente: Dengua 25

que se encontra situada. Posteriormente a mesma análise se faz em

diferentes etapas ou ciclos e para cada classe.

Adaptações de acesso ao curriculo e adaptações curriculares

A resposta as necessidades educativas especiais, não se deve

buscar fora do curriculo ordinário, senão a partir de ajustes que

se fazem a este curriculo permite corrigir ou compensar as

dificuldades na aprendizagem dos alunos, por outro lado logram

que as instituições ordinárias estejam em disposição de

proporcionar esta ajada, para que não seja necessário segregar

estes alunos.

Adaptações de acesso ao curriculo: são modificações ou previsões

de recursos especiais, materiais ou de comunicação que vão

facilitar que alguns alunos com necessidades educativas

especiais, possam estar vinculados ao curriculo ordinário ou ao

curriculo adaptado.

Adaptações curriculares: modificação que se realizam desde a

programação de objectivos, conteúdos, metodologias, critérios,

procedimentos de ensino e de avaliação para às diferenças

individuais, que podem ser significativas e não significativas.

Significativas: modificações que se realizam em diferentes

elementos de programação que implicam a eliminação de alguns

conteúdos básicos do curriculo ordinário.

Doscente: Dengua 26

Não significativas: modificação que se realizam em diferentes

elementos da programação desenhadas para todos alunos de uma aula

ou de um ciclo para responder às diferenças individuais, mas que

não afectam os conteúdos básicos do curriculo oficial. Podem ser

aplicadas a qualquer aluno, independentemente de ser ou não

portador de deficiência.

Exemplo, se está previsto no programa de Geografia da 6ª classe

dar 20 rios de Moçambique para alunos nestas condições apenas dou

10 rios mais importantes e aqueles que estão na área onde o aluno

vive.

Critérios para as adaptações curriculares

Partir sempre de uma análise detalhada e profunda do aluno

através de um diagnóstico exaustivo e da análise do contexto em

que se vai levar a cabo o processo de ensino-aprendizagem.

1. Partir do curriculo oficial.

2. Fazer com que as adaptações curriculares afastem o aluno das

exigências comuns, a observar:

a) Adaptações de acesso ao curriculo;

b) Adaptações de como ensinar e avaliar;

c) Adaptações de quando ensinar e avaliar, combinado os critérios

da realidade e de êxito.

Estilos de aprendizagem, aspectos a ter em conta.

Doscente: Dengua 27

Condições fisico-ambientais;

Respostas e preferência dos alunos;

Necessidades educativas e potencialidades;

Nivel de concentração;

Disposição de enfrentar uma responsabilidade;

Estado de ânimo;

Estratégia que utiliza para resolver problemas;

Satisfação ou não pelo trabalho que realiza.

Possíveis decisões em função de alunos com Necessidades

Educativas Especiais

Como ensinar (estratégias)?

Introduzir e utilizar na prática quotidiano o sistema de

comunicação para os alunos com necesidades educativas

especiais;

Seleccionar para todas as aulas as técnicas e estratégias

que sendo especialmente benéficas para alunos com

necessidades educativas especiais, sejam úteis também para

todos;

Potenciar o uso de técnicas e estratégias favoráveis à

experiência directa, reflexão e à expressão;

Doscente: Dengua 28

Ter em conta na apresentação dos conteúdos aqueles canais de

informação que sejam mais adequados para os alunos;

Utilizar estratégias para centrar a atenção da turma;

Estabalecer momentos de troca de opiniões e de experiências

entre os alunos sobre a matéria a leccionar;

Oferecer aos alunos com necessidades educativas especiais,

uma explicação mais clara sobre as caracteristicas das

actividades a realizar.

Grupo

Combinar grupos heterogéneos com outros de carácter mais

homogéneo;

Aproveitar as actividades do grupo para melhorar a clima e a

relação entre os alunos;

Utilizar os grupos mais espontâneos para melhorar as

relações entre os mesmos.

Matérias

Seleccionar matérias que podem ser utilizadas para todos os

alunos;

Adaptar as matérias do programa oficial;

Doscente: Dengua 29

Situar as matérias de forma que favoreçam a aprendizagem dos

alunos;

Informar aos alunos o material que existe na sala de aula,

incluindo o específico para os alunos com necessidades

educativas especiais, e a sua utilidade.

Espaços e tempo

Descobrir adequadamente o espaço para compensar as

dificuldades de determinados alunos;

Reduzir o ruído na sala de aula;

Assegurar uma iluminação adequada;

Fazer um horário de aulas tendo em conta os momentos de

apoio que os alunos necessitam em termos de níveis de ajuda;

Reduzir a quantidade de alunos por turma

Como avaliar?

Utilizar diversos instrumentos e procedimentos para avaliar,

partindo sempre da potencialidade dos alunos;

Elaborar as provas e instrumentos adequados à realidade dos

alunos.

Doscente: Dengua 30