Tempo: imtáyol, comchuvas ocasionais, —Temp.: rm declínio.Ventos: sul. fracos. —Visib.: moderada. Mí«xima: 116,6. Minuiiii:10.6. (Mais det. na ].apág. do Cnd. de Cltiia.) Rio de Janeiro — Têrça-íeira, 12 de novembro de 1968 m 1

Ano LXXVIII — N.o 185 tí m$

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J. A. JORNAL DO BRASIL -

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Ao despedir.-se da Rainha, no Galeão, Laily Russell, mulher do Emb. John Russell, foi a única a Jazer-lhe reverência completa

Aumento de Nixon vê Johnson e admite quedomservidores .e iestá em 22% paz seja leita antes da posse

O aumento do funcionalismo íe-deral deverá ser fixado em 22c,,média dos reajustes dêste ano nasempresas privadas, segundo infor-mações exira-oficia.is do Ministériodo Planejamento, mas o Ministroda Fazenda, Sr. Delfim Neto, afir-mou ontem que nada está esta-bc-Iecido c que não tratará do assim-to no despacho de amanhã com oPresidente.

Na área militar, os oficiais rece-beriam bem um reajustamento de30^ a partir de janeiro: "é melhordo que nada", afirmaram.

Os juizes do Trabalho de SãoPaulo continuam lutando por 100r,.aumento e estão contando com oapoio do Ministro da Justiça, Sr.Gama e Silva, que prometeu deíen-der este índice amanhã junto aoMarechal Costa e Silva. (Página 7)

Crise podeadiar vindade Eshkol

O Primeiro-Ministro israelenseLevi Eshkol poderá adiar para mar-ço de 1969 a viagem aos EstadosUnidos. Brasil, Argentina e Chile,marcada para c próximo mès, sc-gundo informaram círculos governa-mentais em Jerusalém, em conse-quència da situação delicada noOriente Médio.

O Chanceler de Israel, Abba¦pban, acusou o Cairo de haverndonado as negociações em No-

va Iorque para, com isso, obstruiras gestões do mediador cia ONU,Gunnar Jarring, quando elas po-diam começar a apresentar resul-tados. O Chanceler egípcio, Mah-moud Riad, de volta de viagem aoCairo, afirmou, porém, que a Mis-são Jarring está em impasse. (Pág. 9)

Richard Nixon encon-trou-se ontem com o Presi-dente Lyndon Johnson pelaprimeira vez desde sua elei-ção e. ao deixar a Casa Bran-ca, declarou que se poderãoconseguir "importantes pro-gressos para a paz no Viet-name" antes mesmo de suaposse, a 20 de janeiro.

Acredita-se em Washing-ton que o Presidente eleitodesempenhará, papel ativenas negociações de Paris atéassumir o poder.

No encontro da CasaBranca, Nixon e Johnson

discutiram também questõesrelativas à transmissão docargo, mas o assunto princi-pai íoi o problema do Viet-name. O Governo desmen-tiu que Johnson cogite man-ter uma conferência com li-deres soviéticos antes de aca-bar seu mandato.

Ontem à tarde, RichardNixon — que viera direta-mente de seu descanso naFlórida para Washington —foi para Nova Iorque, onderesidirá até janeiro. SeuVice-Presidente, Spiro Ag-

new, partiu para Porto Rico,em férias de oito dias.

O Governo do Iémen ref u-tou oficialmente as acusaçõesdos Estados Unidos a trêsiemenitas detidos como au-tores de um complot contraRichard Nixon. A acusação— diz o Iémen — foi forja-da para influenciar a opiniãopública em favor de Israel.Em Washington, os serviçossecretos apuram se há liga-ção entre os iemenitas pre-sos e o assassino de RobertKennedy, Sirhan. (Pág. 12)

Hanói abre fogo pela primeiravez desde fim dos bombardeios

A artilharia comunistainstalada nas proximidadesda Zona Desmilitarizadaabriu fogo ontem contra po-sições sul-vietnamitas pelaprimeira vez desde a suspen-são dos bombardeios contrao Vietname do Norte. Nosataques morreram quatrofuzileiros navais dos EstadosUnidos e 41 ficaram feridos.

Os ataques foram revida-dos pela aviação e artilharianorte-americanas, que atin-giram posições norte-vietna-mitas na metade sul da fai-

xa desmilitarizada, de dezquilômetros de largura. Osnorte-vietnamitas transpor-taram peças de artilharia empleno dia, aproveitando-se dasuspensão dos bombardeios.

O Embaixador do Vietnã-me do Sul em Paris, PhamDang Lam, conferenciou comdiplomatas da Embaixadanorte-americana, tentando,aparentemente sem resulta-do, solucionar as divergên-cias para a paz. Os repre-sentantes dos norte-vietna-mitas passaram o dia estu-

dando as últimas informa-ções diplomáticas de Hanói eSaigon.

Em Washington, um dosprincipais conselheiros daPresidência, Walt Rostow,declarou confiar na partici-pação de Saigon nas nego-ciações ampliadas de paz emParis. Afirmou que a paz de-pende da garantia da neu-tralidade do Vietname, dasegurança da Zona Desmili-tarizada e da retirada detropas estrangeiras do terri-tório sul-vietnamita. (Pág. 8)

Bêbados Paulo VI exige fidelidade epõem fogo emengraxate condena reformas excessivas

Manaus (Correspondente)' —Um grupo de bêbados derramouuma garrafa de álcool nas cos-tas de iun engraxate de 12 anose ateou fogo. Os bêbados tenta-ram fugir em um carro, masforam presos e recolhidos à pe-nitenciária, e, ao serem inter-pelados pela atitude, responde-ram que "estávamos brincando."

O menino saiu correndo aosgritos por uma avenida do bair-ro da Cachoeirinha. nesta capi-tal, com a roupa e o chapéu emchamas, sendo socorrido pelospopulares e levado às pressaspara o pronto-socorro, onde deuentrada com queimaduras deprimeiro e segundo graus.

O Papa Paulo VI exigiuontem dos católicos fidelida-de absoluta à Igreja, reafir-mou a necessidade de obe-diência e condenou as refor-mas excessivas que dãomais importância aos objeti-vos humanos que "à comu-nhão com Deus."

Seu pronunciamento, feitono Vaticano a 40 frades emonges, coincidiu com o ini-cio em Washington de 20dias de r e u n i õ e s de maisde 200 cardeais, arcebispose bispos norte-americanos.Eles estudam a forma de res-

tabelecer a autoridade pas-toral na Igreja dos EstadosUnidos.

Ao defender as "estrutu-ras indispensáveis", PauloVI disse que os católicos nãodevem seguir "uma Igrejaimaginária que cada umpossa conceber, mas a Igre-ja Católica tal como ela é,com seus propósitos, suasleis, seus meios de salva-ção."— A Igreja não só autori-za as reformas como insisteque cias sejam realizadas —afirmou o Papa, advertindo

Rainha finda "Premier5? de

visita e vai Praga punea o Chile resistênciapar

Depois de ouvir os hinosda Inglaterra e do Brasil euma salva de 21 tiros, aRainha Elisabete II, acompa-nhada do Príncipe Philip,embarcou ontem no Aeropor-to Militar do Galeão, rumoao Chile, segunda etapa dcsua visita à América Latina.O Presidente Costa e Silva,diversos ministros e o corpodiplomático foram apresen-tar-lhes despedidas.

Quando retornar do Chi-le, na segunda-feira, a Rai-nha fará escala em Recife,pernoitando no Britânia. Aescala não terá caráter devisita, pois o protocolo proí-be que a soberana visite duasvezes o mesmo país. Assim,ficou sem efeito o convite quelhe fêz o Ministro Mário An-dreazza para que ela venhainaugurar a ponte Rio—Ni-terói. (Pág. 7 e Caderno B)

Arena buscasua definiçãosobre Márcio

Os membros da Executiva da.Arena pretendem solicitar ao Sena-dor Daniel Krieger, assim que èleretorne do Rio Grande do Sul, umareunião do órgão, para definir a po-sição do Partido sobre o caso Már-cio Moreira Alves, em vista da di-vergéncia entre o Presidente da Re-pública e o presidente do Partidogovernista.

O Deputado Gilberto Azevedoparte hoje para Porto Alegre. Levarelatório a respeito das tendênciasgerais da Arena, em relação á li-cença para processar o deputado ca-rioca. O líder do Governo na Cama-ra, Sr. Geruldo Freire, i-onsidera doseu dever lutar pela concessão dalicença, e informa que as sondagenssão agora "mais positivas". iPági-na 3, Coluna tio Castello, página 4,e Coisas da Política, página 6j

ICM obrigaE. do Rio arever divisa

O imposto sobre circulaçãode mercadorias que será pagopor duas fábricas de cimento po-dera abrir uma disputa sôbrc li-mites entre o.s Municípios deCordeiro e Cantagalo, no Estadodo Rio, porque, em 15 dias, asfábricas, instaladas numa re-gião de calcário, pagarão deICM o que arrecada cada umadas prefeituras em dois anos.

Ontem, a Câmara de Ve-readores de Cordeiro autorizouo Prefeito Vagner Vieitas a re-querer à Assembléia Legislativado Estado do Rio a retificaçãodc seus limites com o Munici-pio de Cantagalo. (Página 13)

Verm ino se emMinas mala60 mil reses

porém que "certas tendên-cias, surgidas em algumasordens religiosas, não estãode acordo com o processo deatualização realizado peloVaticano."

Cinco mil católicos norte-americanos reuniram-se noúltimo domingo, em Wa-shington, para protestarcontra a punição que o Car-deal Patrik 0'Boyle resolveuimpor a vários sacerdotesque discordaram da EncícíicaHumanae Vitae, sobre o con-trôle da natalidade. (Pág.ll),

O Primeiro-Ministro tche-co, Oldrich Cernik, condenouontem as manifestações an-ti-soviéticas ocorridas cmPraga e prometeu reprimircom energia os "grupos ir-responsáveis." O Governoteme que os protestos se re-

pitam na próxima quinta-feira, quando o pleno do Co-mitê Central irá reunir-se.

A reunião do Comitê Cen-trai do PC tcheco coincidirácom o Dia do Estudante,acreditando-se que a adoçãode medidas impopulares pro-voque novas manifestaçõesestudantis. A União Soviéti-ca continua pressionando osdirigentes de Praga contranovas ações dos "inimigos

do socialismo." (Página 2)

URSS lançaZond-6

A doença apareceu em maioe se intensificou em agosto: ho-je, a broncopneumonia verriil-nótica já matou mais de 60 milcabeças de gado bovino na re-gião norte do vale do Mucuri,em Minas Gerais, e ameaça ex-terminar todo o rebanho de cor-te, porque os criadores somenteagora souberam da existênciade veterinários.

O maior receio dos técnicosda Secretaria dc Agricultura éque a resistência dos íazendei-ros aos vermífugos permita àdoença atingir o Município deCarlos Chagas, onde está amaior concentração de gadnbovino do pais. (Página 15)

rumo a LuaO.s observatórios de Bochum, na

Alemanha, e Jodrell Bank, na Grã-Bretanha, acompanharam ontem apartida rumo à Lua de uma cosmo-nave automática soviética, a Zond-6.A Agência Tass não deu detalhessóbre o vôo que, segundo cientistasocidentais, poderá incluir uma oumais voltas ao satélite antes do rt-gresso, previsto para o dia 16.

Os Estados Unidos anunciarãoamanhã sua decisão de lançar aApolo-8 no dia 21 de dezembro, pa-ra uma viagem tripulada de ida evolta, à Lua. Os tripulantes, FrankBorman, Jim Lovell e Bill Anders,poderão entrar em órbita lunar oupassar dez dias cm vôo orbital ter-restre a 6 400 quilômetros. (Pág. 9)

ia acusaMarighela deroubar IPEG

O ex-Dcpuiado Carlos Marigbe-la. constituinte em 1946, foi apon-lado ontem pela polícia cariocacomo o chefe da quadrilha queroubou NCrS 123 milhões do carro-pagador do IPEG, na semana pas-sada. Marighela, dissidente do Par-tido Comunista Brasileiro porapoiar as guerrilhas, foi denun-ciado pelo estudante Paulo CésarMonteiro Ribeiro, preso no DOPS.

A polícia confirmou s. participa-çáo do ex-Deputado no assalto aolocalizar fragmentos ca-bonizadosde duas malas do IPEG numa casade veraneio em Pedra de Guarati-ba, pertencente a Maria MagalhãesMonteiro, amante de Marighela emãe do estudante Paulo César. Asautoridades policiais consideram"uma questão de horas" a prisãodo ex-Deputado comunista. (Pág. 201

Rio enfrentainsetos comnovas armas

Os laccrdlnhas enfrentarão apartir desta manhã um novo tipo deinseticida, desenvolvido pelo Estadoe aprovado em laboratório, que éabsorvido pela folha do ficits e pos-sa a circular na seiva que serve tlealimento aos insetos — exterminan-do-os.

A primeira experiência contra.os cientificamente chamados de Gy-narkethrips sicorum será realizadano Campo dc Santana, durante 15nias. e se obtiver êxito será esten-dida a todos os fieus da cidade.

A campanha contra os lacerdl-nhas mobiliza dois órgãos da Sur-san: Divisão dc Combate aos Mos-quilos, do Departamento de Sanca-mento, e Departamento dc Parques.

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OTAN estuda alterações no Crise abalasistema defensivo das a economianações da Europa Ocidental de Praga SCtC jornalistas Ocidentais

Dirigentes tchecos expulsam

Bruxelas (UPI-JB) — A Organização do Tratadodo Atlântico Norte estuda a criação de um nôvo or-ganismo para a defesa da Europa, dando aos países-membros europeus maior voz e voto nas decisões.

A proposta foi apresentada pelo presidente daComissão Politica da Assembléia da OTAN, o demo-crata-cristão alemão Erik Blumenfeld, ao iniciar-seontem, em Bruxelas, o periodo de cinco sessões daAssembléia, que examinará a situação da Organiza-ção em face da invasão soviética da Tcheco-Eslová-quia. Erik Blumenfeld destaca em seu relatório queo nóvo organismo "generalizaria a produção e o pro-visionamento de armamentos para os aliados euro-peus dos Estados Unidos."

De Gaulle rezou contritamente em Notre Dame

França relembra o fim ciaPrimeira Guerra Mundial commissa e desfiles militares

Paris (AFP-UPI-JB) — Foi comemorado ontemem toda a França, com missa, atos cívicos e desfilesmilitares, o cinqüentenário do Armistício de 1913.No segundo dia das comemorações, Charles DeGaulle. com seu uniforme de General, presidiu naCatedral de Notre Dame uma missa para os mortosoficiada pelo Arcebispo de Paris, monsenhor Marty.As cerimônias culminaram com desfile militar nobairro popular de Vincennes.

RECORDAÇÃO

O desfile começou com apassagem de gendarmes fran-ceses ostentando os uniformesque usaram os soldados daGuerra de 1914. Delegados mi-litares de todos o.s países quelutaram na Primeira GuorraMundial ao lado da Françatambém estavam presentes nodesfile, destacando-se as uni-dades iugoslavas, italianas, in-glêsas. escocesas e norte-ame-ricarias.

E.u outras cidades francesascomo Verdun. Estrasburgo eMulhouse também foram orga-nlzadas paradas militares.

Os ativistas estudantis fran-ceses, que ameaçam uma grevenacional para. amanhã, lança-ram a seguinte palavra de or-dem: "Fazer com que o U denovembro não se.ia a homena-gem a uma guerra imperialis-ta. mas sim um tributo à me-mória de Gilles Tautin". estu-dante tombado nos distúrbiosde junho último.

GARANTIA

O Presidente da Assem-bléia. o islandês Mathia.sMathiesen, assinalou que onóvo organismo ficaria den-tro da estrutura da OTAN.uma vez que nos EstadosUnidos se calcula que a Eu-ropa deveria contribuir maispara .sua própria defesa.Advertiu, porém, que "os

membros menores e maisdébeis da Aliança necessi-tarão de firmes garantiasde que, ao aumentar suasnormas políticas e de defe-sa, não corram o risco deuma correspondente redu-ção de responsabilidade nor-te-americana para com aOTAN em conjunto."

Frisou que a ocupação so-viética da Tcheco-Eslováquiafoi "uma dolorosa recorda-cão do rí.sco que ameaçapelo lado oriental" e que"muitas caras ilusões sôbreo dissua.sivo foram destrui-das." Acrescentou que. "não

obstante, não devemos aban-dòiiar o objetivo de alcan-

çar genuínos melhoramen-tos em nossas relações coma União Soviética."

MAIS VIGILÂNCIA

O Secretário-G eral daOTAN, Manlio Brosio. daItália, declarou por sua vezque a invasão da Tcheco-Eslováquia significa que o.sEstados Unidos elevem man-ter sua presença militar naEuropa "por um periodoainda indeterminado." É sa-Iientou que os paises-mem-bros precisam aumentar suavigilância e preparação bé-lica, embora isso "não devaconstituir motivo de pânicoou corrida armamentista."

Disse ainda que a situaçãocriada com os acontecimen-tos da Tcheco-Eslováquia"nào é uma volta à épocada guerra fria." E acresceu-tou que os países-membros"não devem deixar dúvidasà União Soviética sóbre suadeterminação de preservar avida e a liberdade" de Ber-lim Ocidental.

Praga (UPI-JB) — O Minis-tro do Planejamento da Tche-

. co-Eslováquia, Frantisek Via-sak, afirmou que a intervençãomilitar soviética e a. reduçãodo comércio exterior prejudica-ram seriamente a economia daTcheco-Eslováquia, segundo aAgência tle Noticias CTK.

Vlasak, analisando a situa-ção econômica do país em reu-nião do Gabinete, informou queo.s planos econômicos para 19G9terão tle ser reformulados, poisa.s metas fixadas para 1968 nãoforam atingidas em virtude dasituação politica.

Repúblicana Áustriafaz 50 anos

Viena (UPI-JBl — A Repú-tlica da Áustria comemora ho-je seu cinqüentenário de exis-tência. constituindo-se n u m a&.;s democracias mais sadiasentre os pequenos paises daEuropa tío após-guerra. O nas-cimento dá Áustria como Esta-do foi próslàmádq pela A-ísem-bléia Nacional Provisória, a 12de novembro de 1918, em meioao caos (te derrota da PrimeiraGuerra Mundial.

A partir de então, a Áustriasobreviveu à inflação, criseseconômicas, guerras civis, ane-xação pela Alemanha de Hitlere a um período de dez anos deocupação por quatro potências,depois da guerra. Atualmente,superadas as crises, o pais vol-ta a desfrutar de respeitávelsituação no concerto europeu.

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pomos um tigre no seu cano?..

tombem estamosincentivando o moderno jornalismo

SÍaÍHÍ5£Íi?; iJffcfai jaSj^affi 111 j I Í|)|ffi^ " ~ l m.vZ.Z.'. ;;:;:;::Tríirrr_!iíi jj <^B ¦¦

JSa verdade fazemos as duas coisas ao mesmo tempo.Pois também promovemos o Prêmio Esso de Jorna-lismo e o Seminário Esso dc Jornalismo -para in-ccnüvar os profissionais ãa Imprensa.Desde 1955jáforam premiados mais de 13Ujornaüs-tas, nas categorias dc Reportagem, Fotografia., Tra-

balho Esportivo, Informação Econômica, Injorma-ção Cientifica e Equipe. Iniciado em 1966, o Semi-nürio Esso de Jornalismo vem cri-ando oportunidades de aperfeiçoa-mado para profissionais e estu-dantes de jornalismo dc lodo o pais.

fêssoj

Praga (AFP-UPI-JB) — OGoverno da Tcheco-Eslováquiaexpulsou sete jornalistas oci-dentais, alegando que exerciama profissão .sem o visto oficial.Cinco dentre eles, todos empre-gados em empresas jornalisti-cas norte-americanas, que esti-veram detidos na última sex-ta-feira, foram obrigados adeixar a Tcheco-Eslováquia an-tes da meia-noite de ontem.

Por outro lado. a disputa en-ire conservadores (comunis-'tas tcheco-eslovacos pró-sovlé-ticos! e liberais (partidáriosdas reformas preconizadas porAlexander Dubcek. primeiro-secretário do PC da- Tcheco-Eslováquia) recrudesce ás vés-peras de um nóvo pleno doPartido Comunista. Enquantose indicava que a. revista se-ntanal Politika — órgão teó-rico do Partido favorável aosliberais — teria sua circula-ção suspensa, a exemplo de ou-tro semanário, o Repórter, ojornal Praee, porta-voz dos sin-dicatos tcheco-eslovacos ini-ciou intenso ataque contra o"dogmatismo dos veteranos co-munista conservadores.

EXPULSÃO

Seis dos sete jornalistas ex-pulsos da Tcheco-Eslováquiasão cidadãos da Alemanha Oci-dental: Heinz Wieseler, foto-grafo da UPI, Eddie Reichert,fotógrafo da AP. Joe Oexle eHanne.s Peshke. cine-grafisíasda cadeia de televisão NBC,e Haje Spierre e Rolf Starke.da televisão de Francoforte.David Mazel, repórter da UPI,é o único americano do grupo.

Os jornalistas receberam or-dem para deixar o pais antes

Sim, o nosso negócio é petróleo, mas vamos um pouco além.

tía meia-noite de ontem. Ma-zel e Wieseler sairam de ma-nhã tíe Praga, com destino aAlemanha Ocidental, passandopelo pasto de controle deGmund.

OS PRÓS E OS CONTRAS

Seguindo-se ao episódio emque trabalhadores irados agre-tíiram a golpss de gunrda-chu-va comunistas pró-sovièiicos,que cm reunião com um Ge-neral da URSS aplaudiram aIntervenção militar no pais, ojornal sindicalista Prace de-nunciou "energicamente os pro-pósitos de impor ao PC umapolítica dogmática e sectáriatal como a preconizada pelareunião dos veteranos comu-nistas do Bairro de Liben nodia 9 de novembro, presididapor Jodas, Kope e outros."

O Prace diz que está con-vencido "de que a maturidadepolitica do Partido e do povonáo permitirá a sociedade su-cumbir aos ataques dc um mo-vimento sectário, ruidoso, maspouco importante."

Em Praga, circulou ainda anotícia de que dois notórios"conservadores" serão nomea-dos para a direção da rádio etelevisão tcheca. Miroslav Kar-ny. ex-redator-ohefe do Svo-boda (diário do PC da BoêmiaCentral) no tempo de AntoninNovotliy, iria para a. direção daRádio, e Jan Fojtik, ex-edito-rialista do Rude Pravo, serianomeado para a televisão.Ambos foram demitidos deseus cargos em janeiro, quandoDubcek assumiu a direção doPC. Também, di^ia-se que arevista literária Listy seria co-locada fora de circulação. ^_

"Os acontecimentos da Tbhe-co-Eslováquia afetaram pro-fundamente os sentimentos dopovo, reforçando sua unidadee capacitando-o para uma evo-lução cívica e moral mais am-pia", afirmou o Papa PauloVI a uma delegação católicatcheco-eslovaca que o visitoucm Roma.

O monsenhor Frantlser To-massek, que dirigiu a delega-çáo tcheca, afirmou que o Papase mostrou muito interessadona situação da Tcheco-Eslová-quia e fêz votos para que a re»íorma constitucional que criouo Estado Federal produza qimelhores efeitos.

RETIRADA

. A maior parte das tropastcheco-eslovacas acarretouengarrafamento de tráfego nairodovias tchecas, áo se retirarem direção à Alemanha Orien-tal. no fim de semana.

Informantes diplomáticos, emParis, dizem que Moscou emMins negociações com Praga,fêz questão de reter o podersóbre a determinação do nú-mero de soldados que ficarão"acantonados provisoriamente''em solo. tcheco-eslovaco. Háindícios de que originàriamente oKremlin pretende deixar 70 milsoviéticos na Tcheco-Eslová-quia, mas êste número poderásubir para 90 mil de acordocom a tensão politica.

Por outro lado, desmentiu-se a existência tíe desertoressoviéticos em Estocolmo. Se-gundo os esclarecimentos apre-sentados, os asilados são cida-dãos tchecos, que fugiram dopais através da Áustria.

Gomulka condena influênciaburguesa nos PCs do Ocidente

. Varsóvia e Roma (AFP-UPI-JBi — Wladislaw Go-mulka, líder do PC polonês,advertiu os Partidos Comunis-tas ocidentais que se opu.se-ram à intervenção militar naTcheco-Eslováquia « Um infor-me distribuído no V Congres-so do PC polonês, iniciado on-tem de manhã, condena o "en-xêrto de conteúdos da demoíra-cia burguesa no organismo dademocracia socialista."

Ao discursai' perante 1 7(14delegados ao V Congresso e re-presentantes de 37 Partidas Co-munistas de outros países, Go-mulka afirmou que náo "é pos-sivel nem justo" que tentemimpor suas idéias aos PartidosComunista que detêm o poderno Leste europeu. O primeiro-secretário tío PC polonês ado-

tou ainda uma atitude militan-te cm favor da invasão daTcheco-Eslováquia, pois visava"a terminar a furiosa reaçãodo capitalismo."

Gomulka disse que "os PCsocidentais podem ter suas táti-cas e estratégias particulares,mas não podem exigir a seusPartidas irmãos no poder queadaptem sua linha politica ados Partidos ocidentais, poisisso significaria uma deforma-çáo revisionista do socialismo."

O discurso do primeiio-secre-tário do PC polonês durou cin-co horas. Gomulka voltou a de-tender a Intervenção em vá-rias partes da alocucão, decla-rando que ela foi ditada por"razões de Estado." Citou ain-da as cifras do progresso indus-trial da Polônia, afirmando que

a produção aumentou de 50''»no setor da indústria e 64% nosetor agricola.

PCI VAI A MOSCOU

Uma delegação do PartidoComunista Italiano, chefiadapor Enrico Berlimguer. partiuontem com destino a Moscou,onde discutirá com os dirigen-tes soviéticos os problemas in-temacionais do comunismo.

Sabe-se que o PCI mantém-se firme na condenação da in-tervenção á Tcheco-Eslováquia,apoiando Alexander Dubcek, »também não modificou sua po-sição contrária á reunião dePCs de todo mundo, cuja fasepreparatória deverá ser reto-mada em Budapeste nas próxi-mas semanas.

Por que os polonesesjustificam a invasão

Nunq I'ciosoEspecial para o JB

O V Coiiprcsso íio Partido Operário Polo-nes tComunhta) começa com uma alocucão dcWladislav Gomulka que, além de jazer umaprestação tle conlas das realizações da* econo-mia polonesa desde o último Congresso emÍ964. reafirma a sua posição frente à invasãoarmada das tropas do Pacto de Varsóvia ao so-lo da Tcheco-Eslováquia.

Durante cinco longas horas o Premier ;jo/o-nes tentou convencer aos I 764 delegados e ás 37delegações estrangeiras de que a intervenção foifeita* paru preservar a pureza da doutrina co-¦munista afirmando que condenava o "enxerto

áos conteúdos da democracia burguesa no or-ganismo da democracia socialista."

Se recuarmos quatro anos na história vere-mos o mesmo orador afirmando que "na dou-trina marxista-leninista o POP não buscou fór-mulas acabadas, mas sim métodos que lhe pro-porcionaram aquilatar corretamente a situaçãopolítica do povo polaco e determinar as tarefasreclamadas pela classe operária c por toda anação polonesa. "E, adiante, que "u vitória doPOP foi que tornou possível coligar corre-tamente os objetivos nacionais com a luta pe-Ia liberdade e pela emancipação social."

Essa última parte da afirmuçáo se parecebastante com as jalas de Dubcek, nos dias queantecederam a invasão dc seu pais.

Os tempos agora sáo outros e vale a penarecordarmos o que acontecia na Polônia nos me-ses que antecederam o Congresso de 1964.

Nos jins de 1963 houve uma onda de grc-ves rápidas em todo o pais culminando comuma em que milhares de enfermeiras invadi-ram o Ministério da Saúde, exigindo aumentossalariais sob a alegação de que seus salários, naocasião, não davam absolutamente para viver.A demonstração acabou com a prisão de 120 en-fermeiras. Quase ao mesmo tempo houve váriasdisputas enlre operários e dirigentes partidáriosem numerosas fábricas da Silésia e da CostaBáltica. Uma manifestação realizada pelos ope-rários da Usina* de Cegielski só foi dispersadadepois que a policia usou gás lacrimogêneoRecordemos que foram os operários dc Ce-gielski que lideraram as sangrentas demonstra-ções para conseguir "pão e liberdade" em Poz-nan, em 1956.

A mais dramática manifestação joi a dosoperários da fábrica de automóveis de Zeran —subúrbio dc Varsóvia — conhecida como a ma-nijesiação dos "descalços." Essa jortna ãe pro-testo joi repetida, na ocasião do IV Congresso.por um grupo de estudantes universitários.

Depois de tudo isso havia ainda várias jac-ções lutando pelo poder, e os lideres pareciam*mais interessados em manter as suas posiçõesdo que em servir à classe operária e. ao pais.Gomulka, aproveitou-se disto, e lançou-se comiuma flataforma nacionalista que possibilitou aexclusão dc membros do antigo Part-do Co-munista Polonês, IKPPI e. lideres de tendência

liberal de muita proeminência tais como Edward.Gierck e Wladislav Matwin.

\a verdade, o Partido Unificado OperárioPolonês, nome sob o qual é conhecido desdedezembro de 19*18, nunca foi e nunca pretendeuser um Partido unido.

mim total de um m.ilháo e quinhentos milmembros cm que apareciam elementos da ala

' esquerda do socialismo, radicais do Partidocamponês, integrantes do movienio ántinazistae de um grupo de simpatizantes da linha risMoscou, havia apenas '20 000 comunistas orto-doxos.

Expurgos internos, intrigas pessoais, acusa-ções de desvios ideológicos e luta entre as di-versas facções caracterizaram a história doPartido durante) a era stalinista. Quando Go-mulka ascendeu ao poder, depois das já /aladasmanifestações sangrentas de 1956. uma de suasmetas era a de restaurar pelo menos a aparên-cia ãe ordem no seio do Partido. Isso só lhe seriapossível se contasse com o apoio dos tanquesrussos. Levou três anos (1956 a 1959) para co-locar o sua própria gente no Politburo. De-pois disto é que começou a verdadeira luta.Cinco longos anos joram necessários para neu-trulizar o Grupo Liberal. Começou por acusa-los de revisionistas (1957) conseguindo aca-bar com sua injluènoia cm. 1962.

A luta entre jacções é levada agora a umclímax por dois novos fatores: a solução de al-guns problemas econômicos (desde o Congressode 1964 houve um aumento de 50i:a em equipa-mentos técnicos e ãe 64rí na produção agrícola)e a jaüa de confiança dc Gomulka nos inte-lectuais. Os seguintes grupos podem ser obser-vados no Comitê Central: o grupo pró-Gomulka.o grupo Pulami. a facção Natalin, os liberais e osguerrilheiros.

O grupo pro-Gomulka não tem qualquerprograma político e durante os anos que suce-deram a 1956 esteve bastante ligado à facçãoliberal, mas, iiltimamente — Vide caso Tcheco-Eslováquia — tem-se tornado cada ves maisinclinado a aceitar os argumentos daqueles qur.advogam medidas enérgicas. Os três lugares-tenentes de Gomulka são Zenon Glisko — queentrou para o Partido em 1933 e é hoje secre-tário do Comitê Central - Edward Ochab —-

que entrou para o Partido em 1929 e também ésecretário do CC — e Ignacy Loga-Sowinski —

que entrou para o Partido em 1932 e preside aUnião dc Sindicatos dos Trabalhadores.

Enquanto mantém-se jirme com a políticaforte que gerou a invasão da Tcheco-Eslováquia,proclamada por seu lider na abertura do pre-sente Congresso, deve observar apreensiva a idade Enrico Dcrlinguer — membro do CC do Par-tido Comunista Italiano — acompanhado dc va-rios lideres do mesmo Partido, para discutir,em Moscou, a nova politica do comunismo in-ternacional. O dirigente italiano, pouco antesde sua partida, anunciou que continuava sofi-dário com a politica liberal de Dubcek.

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Jornal do Brasil, têrçà-íeifá, 12-11-63, l.o Cad. — 3

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^ovêrno não Líder do Governoquar forçar ^^ Comissãoprorrogação

Dirigentes do Congresso ne-gani que o Governo pretende-rin forçar a prorrogação da.sessão legislativa, com o enviodc mensagem sobre o aumentode vencimentos do íuriclonaíiB-mo. a fim de que a Câmara vo-tasse este ano o pedido de li-cença contra o Sr. Márcio Al-ves.

A mensagem é esperada nodia ÍG ou no dia 18, e a sessãolegislativa se encerra no dia 30.Pondera-se. no entanto, queeste tipo de projeto sempre éexaminado com rapidez e que,além disso, o Congresso teráagora o maior interesse em vo-tar com presteza o aumento,pois será isso fator de arrefeci-mento da wise no âmbito mi-lUar.

PRAZO

De acordo com a Constituição,o Congresso dispõe de 45 diasde prazo para deliberar sobreas matérias propostas pelo Go-vérno. Mas não seria precisomais de uma semana para quediscutisse e votasse o aumentodos servidores públicos.

Bonifácio cMarinho vão dCosta e Silva

Brasília (Sucursall — Ospresidentes da Câmara e rioSenado deverão se avistar como Presidente da República pa-ra uma conversa sóbre a crise,com o objetivo de examinaridéias para o encaminhamentode solução politica.

Segundo informação colhidaem fonte hábil, o encontro dosSrs. José Bonifácio e GilbertoMarinho com o Marechal Cos-ta e Silva seria realizado ama-nhã.

ARTICULAÇÃO

O Deputado José Bonifácionegou que, juntamente com opresidente do Senado, tenhaqualquer encontro marcado como Chefe do Governo, mas ad-mitiu que está sendo articula-da essa conversa.

A articulação teve inicio há,poucos dias. na Guanabara.Sabe-se que dirigentes politi-cos procuraram os presidentesda Câmara e do Senado, aosquais formularam apelo paraque tentassem abrir entendi-mentos políticos no mais altonível, em busca de uma saidapara a crise,

VOTO ANTECIPADO

A Deputada Júlia Steimbruchantecipou ontem, da tribuna daCâmara, seu voto no caso doprocesso contra o DeputadoMárcio Moreira Alves, mani-festando-se "frontalmeníe con-traria" à concessão da licença,pois isso seria o início de um"longo processo punitivo."

A deputada fluminense íêzum retrospecto sobre imuni-dades parlamentares, remon-tando á sua instituição na In-glaterra, e assinalou que noBrasil elas foram reconhecidasdesde a Constituição de 1824 e"foram revigoradas pela atualCarta Magna que, inspiradanos antecedentes liberais dasdemais Cartas, declara no Ar-tigo 34 que "os deputados e se-nadores são invioláveis no exer-cicio do mandato por suas opi-niões, palavras e votos."

PARALELO

O Deputado Paes de Andra-de, do MDB cearense, disse que"os quo acham que o que ébom para os Eitados Unidos ébom para o Brasil, devem lem-brar-se de que o povo ameri-cano acaba de eleger, pelo vetosecreto e direto, o novo Pre-sidente."

Assinala o parlamentar queenquanto o candidato derrota-do. Hubert Humphrey. e os li-deres do Partido Democrata sãoco.ividados a um entehdlmetitjem torno dos problemas deseu povo, a fim de salvar a na-ção americana do ódio do ra-dicalismo, aqui no """-,! aOposição é tratada como "ini-mico interno."

Dnar propõedisciplinae garantia

Belo Horizonte (Sucursal) —O Deputado Dnar Mendes(Arena) revelou ontem que oprojeto de sua autoria, tratari-do da "disciplina narlamen-tar**, visa tão-somente a ga-rantir a "integra independèn-cia do parlamentar."

Para êle, o projeto pode seconstituir numa fórmula dere-solver o atual impasse político.Por isso deseja que o projetoseja amplamente discutido edebatido em todas as áreas"pois o único poder que podepunir os parlamentares quan-do exercem suas funções nore-cinto da Câmara é o próprioPoder Legislativo."

O REMÉDIO

Disse o Sr. Dnar Mendes quea inviolabilidade do mandatoparlamentar está garantida noArtigo 34, caput, da Consti-de real." O Sr. Dnar Mendeslembra que "contra os exces-sos, as Injúrias, assacadas datribuna pelo parlamentar exis-te apenas um remédio, qual se-ja o de sujeitar o parlamentar,pela correção dos excessos ouabusos, ao poder disciplinarprevisto nos Repimfntos, con-íorme oa ensinamentos dos es-tudiosos da maioria do pais edo exterior.

pode dar a licençaBrasilia (Sucursal) — Na opinião do lider do Go-

verno cm exercício, Deputado Geraldo Freire, as pers-pectivas na Comissão de Justiça da Câmara "não sãodas piores", na votação do pedido de licença para pro-cessar o Deputado Márcio Moreira Alves, opinião tam-bém externada pelo vice-líder Flávio Marcílio.

Lembrou que a Arena possui 21 membros e o MDBapenas dez, e será muito dificil ã Comissão rejeitaro pedido, calculando que no máximo cinco votos daArena sejam contrários à concessão. Com relação ávotação r.o plenário, o Sr. Geraldo Freire mostra-seotimista, dizendo que as sondagens "são mais posi-tivas."

QUESTÃO POLÍTICA

O líder esclareceu que o Governo deixou o Partidoà vontade no caso Márcio Alves, mas estando à fren-te da bancada, na ausência do Sr. Ernani Sátiro, en-tende ser do seu dever lutar para que a licença seja'*concedida.

Não acreditamos que o MDB, Partido que res-psito e considero como legitimo representante daOposição em nosso pais, vá acompanhar alguns cincoou seis que desejam pôr fogo no circo. Nâo esperamosque o MDB faça provocações. É legitimo, no .entanto,que o MDB use todos os recursos regimentais para de-fender um de seus membros, por isso não desejamosapressar o processo.

O Sr- Geraldo Freire classifica a votação no pie-nário de "questão política", dai as manifestações quetem feito, de apoio ao pedido para processar o Sr.Márcio Moreira Alves.

DECISÃO ÊSTE MÉS

Espera o líder que o pedido de licença seja vo-tado na Comissão de Justiça ainda èste mês, reba-tendo possíveis manobras protelatórias que a Oposi-ção pretenda utilizar. Admite o Sr. Geraldo Freire queo MDB peça vistas do parecer do Sr. Lauro Leitão,mas a Arena não permitirá que, além disso, a Oposi-cão queira que a defesa do Sr. Márcio Moreira Alvesseja publicada, juntamente com o parecer do relator.

Pelo que se informa, o parecer não será con-clusivo, mas apenas expositivo. Se assim acontecer,não vejo razões para se pedir a publicação de umparecer nestas condições. Além disso, não é regimen-tal pedir-se ainda a publicação da defesa do acusado.A defesa interesse ao relator, para preparar seu re-latório, e por isso será entregue ao Sr. Lauro Leitãotrês dias ante? da reunião, marcada para o dia 21.

Afirmou, ainda, que se o MDB fizer manobrasprotelatóriac, a Arena terá também condições de ma-nobrar para anular aqueles expedientes, "inclusive pe-dindo que a tramitação do processo seja feita em re-gime de urgência urgentíssima."

CONVOCAÇÃO EXTRA

O Sr. Geraldo Freire é de epinião que o Governonão pretende convocar ou patrocinar a convocaçãoextraordinária do Congresso, a partir de 1.° de de-zembro, só para votar o pedido de licença para pro-cessar o Sr. Márcio Moreira Alves. No que diz respeitoao requerimento elaborado pelo Deputado Paulo Freire(Arena-MG), de convocação do Congresso para o pe-riodo de 20 de janeiro a 21 de fevereiro, disse que aliderança está alheia à questão.

Áos que pediram orientação, recomendamosque não assinassem, mas também não procuramos osdeputados para pedir-lhes que não o fizessem. É uma,questão pessoal de cada um- O ponto-de-vista da li-derança é de que deve partir do Govêmo a convoca-ção extraordinária, se ela se fizer necessária. Se aArena convocasse o Congresso, sem qualquer anorma-lidade no pais, estaria dando uma prova de descon-fiança ao Governo; se tal iniciativa partisse do MDB,seria" uma provocação. Mas partindo de deputados dosdois Partidos, sem responsabilidade de liderança, na-da podemos fazer.

Ainda esta semana o Sr. Paulo Freire deverá en-caminhar o requerimento à Mesa da Câmara, convo-cando o Congresso extraordinariamente, entre 20 dejaneiro a 21 de fevereiro e, nesse período, segundo ovice-líder Geraldo Freire,' o pedido de licença paraprocessar o Sr. Márcio Moreira Alves deverá ser vota-du pela Câmara.

Volla da Rainha nãotraz crise, diz Gama

São Paulo (Sucursal) — O Ministro Gama e Silva opi-nou ontem que a volto da Rainha Elisabete II não provo-cará qualquer alteração no panorama político brasileiro.

O Sr. Gama e Silva, que voltou a Brasília, após passaro fim dc semana em São Paulo, disse que "não há nenhummotivo para se falar em aguçamento da crise com o re-fcvesso da Rainha, pois o pais caminha na mais absolutanormalidade."

CRISE RETORNA

Belo Horizonte (Sucursal) — O Deputado padre Josédc Sousa Nobre, do MDB mineiro, declarou ontem, nestacapital, que, com o regresso da Rainha Elisabete, reacen-de-se a crise brasileira.

ELEIÇÃO NA OABASSEMBLÉIA PARA ESCOLHA

DE UMA

CHAPA INDEPENDENTEA Comissão Coordenadora convida

todos os advogados inscritos na OAB-GB.a comparecerem na Soc. Cândido Mendes— Salão Nobre, hoje dia 12 de novembro,às 1 9 horas.

Armistícioé lembradocom flores

O 50° aniversário do Armis-ticlo que deu fim à I GuerraMundial foi comemorado on-tom no Rio com a colocação doflores nas estátuas do Rei Al-berto, Almirante Pedro Fron-tin, no Monumento dos Praci-nhas e nos túmulos dos mari-nheiros franceses, portuguesese brasileiros, no Cemitério SãoJoão Batista

Representantes das Associa-ções do Ex-Combatentes Fran-cesa, Polonesa, Inglesa c Por-tuguèsa, junto com membros,do Conselho Nacional de Ex-Combatentes do Br-,si 1 e doClube dos Veteranos das Cam-panhas da Itália, participaramdas solenidades, encerradascom jantar na Maison deFrance.

A CERIMÔNIA

Representantes do ConselhoNacional de Associações de Ex-Combatentes do Brasil inicia-ram às 8h30m as solenidadescom a colocação de flores jun-to a estátua do Rei Alberto, daBélgica; De Ipanema, os ex-combatentes foram ao Leblon,onde prestaram homenagem aoAlmirante Pedro Frontin, jun-to ã sua estátua, na AvenidaDelfim Moreira Em seguida,dirigiram-se ao Monumento dosPracinhas, para a cerimoniaprincipal.

A presidente da Associaçãodc Ex-Combatentes Francesa,Sra. Giscle D'Epenoux, (oiquem colocou a coroa de floresno Monumento dos Pracinhas,enquanto a banda de músicada Polícia do Exército tocavaa Marcha dos Cônsules. Hou-ve também uma missa, nomausoléu, celebrada pelo padreNoé, integrante da FEB.

Às 11 horas, a Sra. GiseleD'Epenoux acompanhada porrepresentantes das Associaçõesde Ex-Combatentes Belga, Sr..Roger Degovsin; Inglesa, Sr.Roger Calleja; Portuguesa, Sr.Pinto Ferreira Guimarães, eda Polonesa. Sr. Pavel Klewils,foi ao Cemitério São João Ba-tista visitar os túmulos dos ma-rinheiros portuguesas, france-ses e brasileiros mortos duran-te a I Guerra Mundial.

Leia Editorial "AÚltima das Guerras"

iminar doprefeito éconfirmada

Niterói (Sucursall — O pre-sidente do Tribunal de Justiça,desembargador Moacir BragaLand, confirmou ontem a limi-nar concedida pelo juiz Antô-nio Sampaio Peres cm manda-do de segurança impetradopelo Prefeito de Itaperuna, Sr.Orlando Tavares.

A decisão firma, no entenderde juristas fluminenses, jurls-prudência em torno da crisepolítica de Itaperuna, aguar-dando-se que a justiça localvolte a reintegrar o prefeito,que recorreu do segundo im-pcachmenl decretado pela Câ-mara Municipal.

DEMORAO julgamento do segundo

mandado de segurança do Sr.Orlando Tavares poderá de-morar um pouco, porque o jüilAntônio Sampaio Peres, pro-movido para a Vara de Fami-lia de Campos, já nâo poderámais apreciá-lo. Seu substituto,Sr. Geraldo da Costa Batista,ainda nâo assumiu o posto.

Comissão de11 vê queixaanti-Negrão

Em votação secreta, a As-sembléia Legislativa deverá es-colher hoje 11 deputados —oito do MDB e três da Arena— que constituirão a Comis-são Especial destinada a rela-tar o processo da representa-ção movida pela Deputada Li-gia Lessa Bastos contra o Go-vernador Negrão de Lima.

Até ontem o Governador nãoenviara à Assembléia sua de-fesa. mas a presidência daCasa toma tdôas as providên-cias de ordem burocrática, eos líderes da maioria e do Go-vérno estão em contato comsuas bancadas, para que a dis-cussão da matéria ocorra nomenor prazo possivel, aindaque a comissão disponha de 20dias para dar parecer.

Aleixo discorda da frase de Comércio

ANTECIPE SEU ANÚNCIOO JORNAL DO BRASIL circulará no dia 15 de novembro

e também com suas edições normais dos dias 16, sábadose 17, domingo.

Na sexta-feira, em virtude do feriado,-o serviço de re-cepção de anúncios funcionará em regime de plantão, sò-mente na Sede e nas Agências de Copacabana, Tijuca, Méier,Penha e Cascadura, no horário de 8,30 às 17 horas.

No sábado o expediente será normal, isto é, de 8 às 11horas nas Agências e de 8 às 12 horas na Sede. (P

Passarinho sobre CongressoBrasília (Sucursall — O presidente do Con-

gresso Nacional, Sr. Pedro Aleixo, disse ontemquo não concorda com a frase do Ministro doTrabalho, Sr. Jarbas Passarinho, segundo a qualo Congresso "é um clube fechado."

Antes, porém, advertiu que preferia náocomentar a frase, até porque desconhecia ocontexto em que ela foi pronunciada e tambémtendo cm vista que, embora provocado pela im-prensa, um pronunciamento seu a respeito po-deria ser tomado como produto de sua* própriainiciativa, o que em absoluto corresponderia árealidade.PRONUN CIAMENTO

Segundo o Sr. Pedro Aleixo, em determi-nados momentos, certos assuntou são impróprios

como objeto de declarações â imprensa, por par-te de quem, como èle, ocupa a chefia de umdos podéres da República. Lembrou que, napresidência do Congresso, poderia a qualquerinstante ser convocado a pronunciar-se oficial-mente sobre temas daquele tipo, como, porexemplo, em resposta a uma questão de ordemformulada por qualquer dos congressistas. Enão seria próprio fazé-lo por antecipação.

— Não penso que o Congresso Nacional se-ja um clube fechado — afirmou o Sr. PedroAleixo, diante da insistência do repórter. —Tanto nâo penso quanto não o disse, não o digoc não o diria.

Parlamentares apontam man gostoMuitos parlamentares não alcançaram o

sentido e os objetivos das declarações do Mi-nistro Jarbas Passarinho chamando o Congres-so de "clube feohado mais gostoso deste país",encarando-as como piada, mas piada de maugosto.

Na Oposição nào falta quem atribua ao Mi-nistro a intenção de contribuir para uma cam-panha de desmoralização do Poder Legislativo,mas na bancada do Partido cficial alguns, co-mo o Sr. ultimo de Carvalho, dizem que "tudonão passa de uma tirada espirltuosa."

O parlamentar mineiro, que foi até bempouco um dos vice-lideres do Governo na Cá-mara, considera o Sr. Jarbas Passarinho "omais lúcido e o melhor homem déste Governoporque, num setor cheio de problemas como osindical, sua ação tem assegurado tranqüilfela-de ao país."

— Comparável a èle — epina o Sr. ultimode Carvalho — só o Chanceler Magalhães Pin-to, responsável por outro setor delicado da ad-ministração, onde igualmente não tém surgidoproblemas para o Presidente da República.

Mário Piva exige interpelaçãoO vice-líder do MDB, Deputado Mário Piva,

protestou contra as declarações do Ministrodo Trabalho; chamando-o de shoiv-man e de"Lecnel Brizola sofisticado". Per íim, exigiuque a Mesa da Câmara interpele o Ministro.

— O Podei- Executivo deve ser mais fe-chado e gostoso que o Congresso. Isto porquepermite a um homem que- não sabe levar comseriedade os negócios de sua Pasta provocarespetáculos histriônicos, como êsse que ofereceuá Câmara Americana de Comércio, e que pro-vocou num empresário americano o seguintecomentário: "Foi o maior show que tivemos" —disse o Sr. Mário Piva,

REQUERIMENTO

O Sr. Mário Piva encaminhou à presidênciada Câmara o seguinte requerimento, para queseja interpelado o coronel Jarbas Passarinho:

"Tendo em vista o noticiário do JORNALDO BRASIL, página 3, 1." caderno, da edição

de 9 do corrente mès, segundo o qual o coronelJarbas Passarinho, Ministro do Trabalho e se-nador da Rc-pública, teria feito declaraçõesinjuriosas ao Congresso Nacional , perante osmembros da Câmara Americana de Comércio,solicito a V. Exa. sejam requeridas as seguin-tes informações do Sr. Ministro do Trabalho.

— Se S. Exa. pode fornecer à Mesa. daCâmara a integra de sua palestra, que, de acór-do com o noticiário, durou mais de uma hora;

— Se é verdade que S. Exa. considerao Congresso Naocional "o clube fechado maisgesteso do país";

— Se é êsse, efetivamente, o conceito deS. Exa. sóbre o Congresso Nacional, para oqual foi eleito pelo voto direto do povo;

— Finalmente, quais os motivos que le-varam S. Exa. a emitir, perante representantesestrangeiros, como membro do Govêmo, con-ceitos injuriosos sóbre o Congresso Nacional."

Ministro defende-se das críticasO Ministro Jarbas Passarinho lamentou as

criticas formuladas contra èle pelo presidenteda Associação Comercial do Distrito Federal,que o acusou de ser contra Brasilia.

Para o Ministro, tudo nasceu do "equívoco"de jornalistas que cobriram sua conferência ãCâmara Americana do Comércio, em Sâo Pau-lo.

IMAGEM LITERÁRIA

— Graciliano Ramos não é a mesma coisaque Jorge Amado — garantiu o Ministro, uti-lízando a imagem para sua defesa. "Os repor-

teres apanharam frases da minha conferência,não viram o todo."

— Não vou falar das excelências de Brasi-lia quando verifico que nela ainda há defeitos.Sou um defensor da cidade e prova disso é queaqui passo a maior parte do tempo.

O secretário particular do Sr. Jarbas Pas-sarinho abriu então uma pasta e mostrou umgráfico onde constava que éle passou, desde oinício do ano, 158 dias em Brasília, 82 no Rio,13 em São Paulo e 16 em Belém.

O Ministro é paraense, mas seu secretárioexplicou que a maior parte dos 16 dias passadosem Belém, o íoram quando o Governo Federallá se instalou.

de Brasíliaprotesta

Em ofício encaminhado on-lem ao Ministro do Trabalho,a Associação Comercial de Bra-silia protestou contra declara-ções do Sr. Jarbas Passarinho,que. "falando para empresáriosestrangeiros, se preocupou emcriticar de maneira tão irônicauma das maiores obras arquite-tônicas do mundo."

Assinado pelo presidente daAssociação Comercial, Sr. IldeuValadares, o oficio contestaitem por item as críticos queo Ministro do Trabalho féz, pe-rante a Câmara Americana deComércio, em São Paulo, sobrea construção de Brasilia, seucusto e seu funcionamento co-mo capital.

CUSTO E ALUGUEL

Contestando o custo da novacapital, o ofício lembra ao Ml-nistro Jarbas Passarinho que"¦até dezembro de 1962, êste ha-via atingido apenas 63 milhõesde cruzeiros novos, e não umtrilhão de cruzeiros velhos,conforme afirma V. Ex.a."Acrescenta ainda que "o atualGoverno vai gastar mais de 400milhões de cruzeiros novos coma ponte Rio—Niterói e ninguémde bom senso poderá negar suautilidade, embora ela não possaser comparada a Brasilia comofator de interesse nacional."

Com referência ao fato de ofuncionalismo não poder pagar¦aluguel, "lembramos a V. Ex.1,que o locador é o próprio Go-vêrno a que serve o ilustre pa-tricio, que está fazendo espe-culação imobiliária em Brasiliae remunera mal aos seus ser-vldores" — diz o oficio.

TESTEMUNHO DEPARAENSE

Quanto às afirmações do Mi-nistro Jarbas Passarinho deque existem três capitais, "a dedireito", que é Brasilia, "a defato", que é o Rio, e o avião deonde éle se vê obrigado a des-pachar, a Associação Comer-ciai lembra que "o próprio Pre-sidente Costa e Silva despachanormalmente no Palácio doPlanalto."

Acrescenta ainda oficio que"a respeito da falta de comu-nicações cem o resto do pais,lembramos a V. Ex.a que esta-mos ligados não somente àsimportantes cidades brasileiras,mas também com os principaispaises amigos, por telefone,micro-ondas, teletipo, radiofo-to e telef oto. Sóbre a contri-buição de Bras , para a inte-graçáo nacional, rogamos otestemunho de V. Ex.a., comoparaense que é, para afirmarque a região amazônica foi umadas mais beneficiadas pela no-va capital que propiciou a cons-trução da rodovia Belém—Bra-silia."

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Executiva da Arenachamada a definir-seBrasília (Sucursal) — Uma reunião da.

Executiva Nacional da Arena para definir aposição do Partido em jace dos pedidos ãe li-cença para processar os Deputados MárcioMoreira Alves e Hermano Alves será solicita-ãa ao Senador Daniel Krieger tão logo èle re-gresse a Brasília.

Partem os membros da Executiva decidi-dos a pedir a reunião do jato de que há umadivergência de opiniões entre o Presidente daRepública, apoiado pela Arena, e o próprio pre-sidente da Arena. Tal divergência deverá serexaminada pelo órgão de comando partidárioa fim de que se fixe tuna linha de conduta aser recomendada à bancada de deputados, coi-sa que se afigura tanto mais necessária quan-to, estando o lider Ernani Sátiro ausente porenfermidade, o colégio de vice-líderes se achadividido.

A recomendação ãa Executiva Nacional daArena não obrigará os deputados a votar nesseou naquele sentido, seja por ser o voto emquestão um voto de consciência, seja por setratar de escrutínio secreto. No entanto, poli-ticamente, o Partido não deveria omitir-se emassunio do qual poderão resultar tôáas as con-seqüências para a classe política e para as ins-tituições nacionais.

Entende-se igualmente que a posição dopresidente da Arena, Senaáor Daniel Krieger,produziu reações favoráveis e desfavoráveis queo Partido deve tirar a limpo, seja para retirardela o aspecto de um pronunciamento parti-dário seja para lhe dar oficialmente èsse ca-ráter.

O Governo provavelmente se oporá à rea-lização ãa reunião da Executiva Nacional, como temor de que o órgão de direção arenista optepela posição áo Senador Daniel Krieger, cons-tituindo-se sua decisão em fator áe alicerça-mento dos que, na Arena, resistem às pressõesoficiais em favor da concessão áa licença. Opróprio Senador Krieger, que deu caráter pes-soai à sua manifestação, tanto que a fêz emdocumento reservado dirigido ao PresidenteCosta e Silva, terá seus escrúpulos em promo-ver a convocação para evitar que se pense pre-tenda èle mobilizar a direção partidária ao seulado contra a orientação governamental. Se opedido fôr, no enta nio, apoiado em situaçãoregimental irrecusável, só lhe restará aten-dê-lo.

Quanio às disposições da Câmara, conti-nuam a variar os prognósticos conforme a tem-peratura produzida pelas pressões. Ontem, ha-via relativo otimismo com indícios de que emalguns Estados as secções da Arena se defi-nem, embora não o revelem de público, pelanegativa da licença. Alegava-se, por outro la-do, uma tal ou qual rearticulação dos gruposudenistas que constituem a principal base are-nista no sentido de examinar os riscos que seimporão ao regime com a entrega de devu-tados à repressão militar.

Sabe-se, no entanto, que as secções âa Are-na âa Bahia e de Minas Gerais constituem asbases principais âas esperanças áo Governo,tal a fidelidaâe ãe baianos e mineiros à orien-tação áo Palácio áo Planalto. Na Bahia, vota-riam pela licença pelo menos IS âos 25 depu-tados arenistas. Em Minas, o Governo perde-ria no máximo uns dez por cento dos seusdeputados, pois ai se conjugam no mesmo sen-tido as recomendações do governador, de doisMinistros de Eslado e âo Vice-Presidente daRepública, todos convencidos de que, no caso,não cabe o exame de questões jurídicas masde um nítido quadro politico.

Prosseguem por outro lado esforços juntoao Presidente da República para que encon'reafinal uma solução política que impeça o con-fronto entre o Congresso e as Forças Armadasou entre o Supremo Tribunal Federal e os mi-litares, ambas as alternativas tidas como dra-máticas para o futuro das instituições e dopais.

O que é bom para o Governo

Contam antigos auxiliares áo PresidenteJuscelino Kubitschek que, tôda vez que lhe eraproposta uma decisão, êle perguntava: "Isso ébom para mim?" Sua decisão quase sempredependia da resposta do assessor.

Lembrando èsse jato, um deputado do Go-vêrno dizia ontem que sua impressão, no mo-mento, é a de que o Marechal Costa e Silvaainda não sabe o que é bom para seu Govêr-no. Talvez não faça perguntas, mas certamen-te âeveria fazê-las.

Re jor ma ministerial

Uma parte substancial do conselho poli-tico do Governo voltou a advogar junto aoPresidente a conveniência de uma reforma mi-nisterial ainda êste ano. O Presidente exami-na, apreensivo, as sugestões. Por éle não semudaria nada. Mas já se inclinaria a admitira necessidade de trocar pelo menos ãe Minis-iro da Justiça, coisa que se revela com cuida-do, pois a divulgação da tendência presiden-ciai poderá provocar uma revisão dessa mesmatendência.

O problema, é claro, é do Presidente.

O discjirso de Adolfo

O Deputado Adolfo de Oliveira irá à Tri-buna amanhã para um exame âa politica mi-litar, com ênfase na política de segurança. Es-tá êle atualizando, dia a dia, sua estatísticados atentados, com a qual pretende defendera tese de que, quanto mais aumenta a ênfasena política ãe segurança, mais cresce a inse-gurança no país.

Quem conversa política

O Deputado Virgílio Távora ê dos quemais conversam política hoje em dia em Bra-sília.

Carlos Castello Branco

UM BOM MOTIVOmmmmÊmmmm

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STM nega ordemde habeas-corpusa Darci Ribeiro

Entre o Sr. Nestor Jost e o Sr. Hão Menegheüi, o Governador gaúcho promove- uma inauguração

Cinco mil homens garantem odia 15 em São Paulopleito do

São Paulo (Sucursal) — O esquemade segurança para as eleições de sexta-feira já está preparado e deverá contarcom mf.is de cinco mil homens.

O Secretário de Segurança, Sr. HeliLopes Meireles, designou 67 oficiais daForça Pública para respon derem, no pe-riodo eleitoral, pelas delegacias de poli-cia nos municípios que estão sem delega-do.

SEGtTRANÇA

Nos trabalhos de apuração na capi-lai — no Pavilhão du Bienal, no Ibira-puera — o esquema de segurança das ur-

O Superior Tribunal Militar,contra os votos dos MinistrosFi UEiredo Cos.a,' í_i or-re.. Armando Perdi'-' PeriBeviláqua, negou o habeas-cor-pus em favor do ex-chele doGabinete Civil da Presidênciada República, professor DarciRibeiro.

Foi acolhido, assim, o man-dado de prisão expedido peioGeneral Ramiro Tavares Gon-çalves, com base no Artigo 156do Código de Justiça Militar,seb o fundamento de que oacusado "praticou crime contraa administração militar."PRELIMINAR

O Minist.ro João Mendes, re-lator da matéria, ao negar aordem, declarou que a prisãoera. legal porque o paoli_tn.beinfringiu a Lei de SegurançaNacional e o Código Penal Mi-litar. Deixou, entretanto, de es-clarecer quais as crimes ou in-díoios de crime atribuídos aoprofessor Darci Ribeiro, o quemotivou uma preliminar doMinistro Peri Beviláqua, nosentido de que os autos baixas-sem em diligencia para que oGeneral Ramiro Tavares Gon-çalves esclarecesse qual o cri-

me praticado pelo impetrante.Após vários deba.t... a preli-minar caiu contra quatrovoto,.. ,

Posta a mataria em votação,o Ministro Figueiredo Costademonstrou que não é legal aprisão com base no Artigo 156do Código da Justiça Militarem relação a civis, sem queantes seja esclarecido o delitopraticado contra a administra-ção militar, no caso do pa-ciente.

O Ministro Peri Barválifluaao votar, declarou*. "Ninguémpode ser preso por veneta ousimples arbítrio. Estamos ven-do êste i»als ameaçado pelaprepotência militar. Neste ha-foeas-cc.Vnii-», trata-se de rancidadão que regressa ã pátriacom medo da violência, pedin-do proteção das leis atravésdos tribunais, confiante nosjuizes brasileiros."

O advogado Wilson Mirzafêz a sustentáçtjo oral da de-íesa. funcionando lü acusa-cão o Procurador-Geral da Jus-tiçi Militar, Sr. Nèison Baroo-sa Sampaio. O Sr. Wilson Mir-za viaja, hoje, para Brasília, afim de recorrer da decisão aoSupremo Tribunal Federal.

nas é composto por 600 homens, que se-rão comandados pelo tenente-coronelPaulo Marques Pereira, comandante doCorpo de Bombeiros- Os 600 homens doesquema, dfe segurança na apuração per-tehoem ã Radicpati*.-r.ha. cavalaria, tro-pa de choque e bombeiros, com a cola-boração da Gu.irda Civil e da PoüoiaTem .nina.

CONVOCAÇAO

Preocupados com o desinteresse po-pular pelas eleições municipais, os can-didatos do.s dois Partidos estão utllizan-do os últimos dias em que é permitida a

propaganda eleitoral para convocar oseleitores a comparecer em massa ás ur-nas.

Informados de que o número de vo-tos nulos e cm branco poderá atingir in-dices jamais registrados, os oradores quese apresentam no rádio e na televisãoesforçam-se muito mais para conseguirque os eleitores votem do que própria-mente para que inscrevam seus nomesnas cédulas. Estão em condições de vo-tar. segundo o Tribunal Regional Eleito-ral, 5 583 796 eleitores em todo o Estado,2 017 630 dos quais na capital.

Peracchi impulsiona arenislaSPòrlo Alegre (Sucursali — O Gover-

nador Peracchi Barcelos tem sido o maiorcnbo eleitoral dos candidatos da Arenaàs eleições do dia 15. Aproveitou todosas seus fins de semana para percorrermunicípios e qualquer inauguração foimotivo para expor as diretrizes do seuPartido.

O MDB íem sido muito comedido,principalmente em manifestações públi-cas. Durante a atual campanha visandocargos municipais, apenas em poucos mu-nicipios foram registrados alguns comi-cios, sem muita expressividade.

PSICODÉLICO

O Governador aproventou as suas vi-sitas ao interior — que alguns acreditamjá seja de preparação à Vice-Presidênciada República — para trabalhar pelaArena e também para lançar sementesà sucessão estadual, fazendo-se «compa-nhar de figuras de projeção e até do Sr.Nestor Jost, apontado como um de seusprováveis sucessores.

No entanto, as motivações para oseleitores são muito poucas. Escassas sãoas faixas, os cartazes, a propaganda, anão ser no horário radiofônico obrigató-rio. De um modo geral, pobres são tam-

bim as plataformas apresentadas pelosdiversos candidatos.

Em termos de publicidade, dois can-didatos ganhariam em originalidade: umcandidato á prefeito em Lajeado, que vai

para a roça des colonos capinar enquan-to. seu vice fala com o dono da terra; «um candidato a vereador de Ncvo Ham-burgo, que deu á sua cádipb.-nliã o slogan

'"Vóíe em Cacareco, o candidato psi-codélico."

CANDIDATO PRESO

Por estar distribuindo, em seu comi-té eleitoral, enxadas, pás e leite em pódo Instituto Gaúcho de Reforma Agrária

do qual é funcionário — foi detidosábado o candidato a prefeito de Tôr-res, pela Arena, Sr. Cleo Biasi.

A detenção foi feita pelo juiz MauroFischtner Pereira, que surpreendeu o can-didato distribuindo os instrumentos agri-colas, e o enquadrou no Artigo 299 doCódigo Eleitoral, que trata de crimes decorrupção.

DEPOIMENTOS

Juntamente com o Sr. Cleo Biasi, fo-ram detidos o candidato a vice-prefeito,

Sr. Osvaldo Cardoso, e mais 34 pessoasque se encontravam no local e cujos de-

poimentos foram tomados. O Sr. Biasié administrador dos núcleos agrícolas soba jurisdição do Instituto Gaúcho de Rc-forma Agrária, em Torres, e é acusadode haver tentado aliciar eleitores presen-teando-lhes cem enxadas, igual númerode pás e cinco quilos de leite em pó. quea administração do órgão remetera se-mana passada para distribuição entreagricultores necessitados, como o faz pc-rlodlcamente,

IARA EM COMÍCIO

A Deputada Iara Vargas (MDB), daAssembléia Legislativa da Guanabara,transitou por Porto Alegre, com destinoa Sáo Borja, onde participará hoje decomício com que o MDB encerra sua cam-panha eleitoral.

Além da sobrinha de Getúlio Vargas,o comício terá a presença do primo doex-Presidente Goulart, o Deputado esta-duai Marcilio Goulart Loureiro, do MDB,A eleição em São Borja se limita á re-novação da Câmara de Vereadores, dadaa hvlusão do Município em área d» se-gurança nacional, mas o MDB se esforçapor alcançar ali um triunfo expressivo.

Hospital e escola médicaem São Paulo ameaçados defechar por falta de verba

São Paulo (Sucursal) — O único centro de pes-quisas médicas da Organização Mundial de Saúdena América do Sul está ameaçado de fechamentocom a suspensão de atividades do Hospital São Pau-lo e da Escola Paulista de Medicina, devido a uincorte de verbas do Govêmo federal de NCrS 5 mi-Ihões para NCrS 1 700 000.00.

Para o presidente interino da ex-UEE, estudan-te Paulo de Tarso, a crise da Esccla Paulista de Me-dicina constitui nova tentativa do Governo de es-tabelecer condições para a criação de fundações quedirijam as universidades brasileiras, "dentro do es-pirito do acordo MEC-USAID." Explicou que em tó-das as universidades federais está havendo um cortede verbas para impedir um perfeito funcionamentodos cursos e "abrir caminho para a instituição doensino pago."ATENDIMENTOSSUSPENSOS

Desde o dia 8 de outubro úl-Umo o Hospital São Paulo vematendendo apenas doentes emca-as de extrema urgência e ostO pacientes que pagam peloa: i ndimento, deixando de pres-tar assistência a mais de 10mil pessoas durante èsse perío-d-.. No mesmo dia, a congre-gaç&O da Escola Paulista de¦Medicina aprovou a suspensãodss aulas, uma vez que o ensi-no de clinica dependia do Hos-pitai São Paulo. Agora, os 780alunos da faculdade estãoameaçados de perder o ano le-tivo.

Durante todo o ano os estu-dantes realizaram i n ú m e rasgreves de protesto contra a fal-ta de meios para o perfeito'uiicionamento da escola e doHospital, nâo conseguindo cem-pletar os 180 dias de aulas exi-ílidos por lei.

— A Escola Paulista de Me-dicina sempre passou por mui-

ias crises, mas esta c a pior datodas, afirmou o diretor da [a-culdade, professor Nilceu dcCastro.

Fundada por um grupo demédicos professores de SáoPaulo, a escola funcionou atélü.6 como instituição parti-cular. quando se tornou a únicaescola superior federal do Es-tado. O hospital pertence à So-ciedade Paulista para o De-senvolvimento da Medicina, re-cube uma subvenção estadualpara o leito-dia e uma verbario Governo federal para a suautilização como meio de ensino.Apesar de tudo isso, sempre te-ve problemas de verbas.

Há uma semana os pais dealunos da faculdade organiza-ram uma comissão com o obje-tive de conseguirem o restabe-leeimento das verbas pedidas,assegurar a continuidade dasaulas por meio de condi-ções mínimas de funcionamen-to e o atendimento dos 100 milindigentes que procuram o Hos-pitai São Paulo.

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MOINHO FLUMINENSE S.A.INDÚSTRIAS GERAISAVISO AOS ACIONISTAS

Temos a satisfação de comunicar aos SenhoresAcionistas que a Assembléia Geral Ordinária, reali-zada em 24 de outubro de 19Ó8, deliberou a distri-buição de um dividendo de 10% (dez por cento) sô-bre o capital social que figurou no Balanço Geral em30-6-1968.

O pagamento desses dividendos será efetuadodiariamente, exceto aos sábados, na sede social àAvenida Presidente Vargas n.° 409, 8.° andar, das9 às 11 horas e de 14 às 16 horas, a partir do dia11 de novembro de 1968 e obedecendo à seguinteescala:

a) — Quaisquer ações apresentadas por Ban-cos e Fundos de Investimentos: terças equintas-feiras;

b) — Titulares de ações nominativas: terças equintas-feiras;

c) — Demais possuidores de açòes ao portador;segundas, quartas e sextas-feiras.

Os dividendos de ações nominativas e ao por-tador, deverão sofrer os descontos na fonte, deter-minados pelo Regulamento do Imposto de Renda.

Os titulares das ações nominativas deverãotambém apresentai" os respectivos documentos deidentidade e, quando representados por procurado-res, o competente instrumento de mandato.

Rio de Janeiro, 5 de novembro de 1968.

MOINHO FLUMINENSE S.A. INDÚSTRIAS GERAIS(a) Alfredo Augusto Rodrigues Ferreira

Diretor-Presidente

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Jornal do Brasil, terça-feira, 12-11-68, 1.9 Cad. — 5

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Polícia admite que coronelmatou Nair, secretária domédico Hildebrando Marinho1

Quarenta e oito horas após a morte da secreta-ria do Sr. Hildebrando Marinho, secretário de Saúdeda Guanabara, Sra. Nair Rodrigues Soares, a poli-cia não tem muitas pistas para elucidar o crime, mascolocou no rol dos suspeitos o coronel do Exército,Afonso Vicente Vieira Ferreira, que estava com amulher na hora do assassinato.

Nair Rodrigues Soares estava em companhia docoronel, na noite de sábado, quando levou um tiroacima do ouvido esquerdo. Ambos estavam no Gor-dini do coronel, que apontou dois assaltantes comoos autores do crime. A polícia acredita estar às vol-tas com nôvo caso Bentes: em 1962, o coronel Bentesmatou uma mulher no Mirante Dona Marta e de-pois disse que foram vítimas de bandidos.

nervosas e não podem perse-guir os ladrões.

Em segundo lugar, o peritoAbelardo constatou que o dis-paro íoi feito pelo lado esquer-do — onde estava o coronel.Dificilmente alguém, atirandodo lado de fora, Iria acertaruma pessoa na têmpora, prin-cipalmente se a vitima estavadentro de um Gordini, que éum carro baixo. Neste caso, ohomem que atirou teria de seabaixar muito para fezer o rlis-paro.

POUCO INTERESSE

PERÍCIA DIRÁ TUDO

Outro detalhe que está cha-mando a atenção das autorida-des é o fato de o coronel Afon-so Vicente Ferreira haver ditoque depois atirara contra osassaltantes. Ninguém na praçaonde ocorreu o crime ouviu dis-paros fortes, que seriam, no ca-«o. da pistola 45 do coronel.

Os detectives Gavalda e Clau-dionor, da 19.a DD, irão esperarapenas o laudo pericinl para ou-vir o coronel e moradores dasproximidades.

Logo após o crime, o militaríoi ouvido pelo comissário Guia,a quem negou qualquer roman-cc com a mulher. Acentuouque conversava sempre comNair Rodrigues Soares, masapenas para resolver um pro-blema de seu sobrinho, que écabo do Exército.

VERSÃO FANTASIOSA

Para a policia, a versão docoronel é um tanto fantasiosa.Em primeiro lugar, se os ban-diclos tivessem de matar al-guém no carro o visado seriaéle — por ser homem e estararmado — e nunca sua acom-panhante. Para os assaltantes,matar mulher nada significa,pois elas nestas ocasiões sãosempre acometidas de crises

Ataulfo ciarácurso sobreágua nos EUA'

O presidente da Cedag, Sr.Ataulfo Coutinho, viajou paraos Estados Unidos, onde daráconsultoria especializada à Or-S-.inizaçáo Pana mericana deSaúde sobre problemas de ad-ministração de serviços deágua. O Sr. Ataulfo Coutinho,foi convidado pela OrganizaçãoPanamericana de Saúde, e du-rante sua ausência, responderápela presidência da Cedag oengenheiro Rossauro Marlanoda Siiva, diretor de Planos cObras da empresa.

NÃO ERAACUSADA

O delegado Eros de MouraEsteves, titular da Delegaciade' Defraudações, negou ontemque Nair Rodrigues Soares fôs-se aeu- da no inquérito Ins-taurado por êle para apurardesvio de documentos na Se-cretaria de Saúde, onde ela erasecretária particular do Sr.Hildebrando Marinho.

Acentuou o delegado que osdois acusados eram o médicoLuis de Sousa Aguiar, ex-dire-tor do Hospital Sousa Aguiar.e a funcionária Aríete Félix. dogabinete do Sr. HildebrandoMarinho. Amoos fjram apon-tados como autores da vendade alimentos congelados, e porIsso tinham sido apontados emum inquérito administrativo.

Estado levaasfalto aossubúrbios

A Sursan iniciou ontem asobras do plano de pavimenta-ção dos subúrbios com 'a pre-paração da base de quatroruas: Couto e Ingui, na Pe-nha e Otranto e Avenida Me-riti, em Vigário Geral.

As quatro ruas fazem parteda primeira concorrência, novalor de NCrS 7,8 milhões, pa-ra pavimentação e asíaltamen-to de 60 quilômetros de ruasna Penha e Vigário Geral.Mais cinco concorrências se-rão realizadas para deixar as-faltadas todas as ruas do su-búrbio até 1971.

Departamento de Parquesvai plantar palmeirasnovas na Rua Paissandu

O Departamento de Parques da Sursan vaiplantar na próxima semana, novas palmeiras de on-de foram derrubadas, na Rua Paissandu e em outrospontos da cidade, menos na Avenida Presidente Var-gas, onde o replantio não teria êxito, porque o terre-no, impregnado de óleo, perdeu sua capacidade fer-tilizante.

Informou-se ainda que será iniciada, em dezem-bro, a recuperação da Praça Santos Dumont, de-fronte ao Jóquei Clube, que terá fonte luminosa,playgrounds, novas áreas gramadas e arborizadas,estacionamento para 250 carros e o seu nível eleva-do em 40 centímetros, para evitar inundações duran-te as chuvas.INAUGURAÇÃO

Em dezembro, será inaugura-dü a Praça Nossa Senhora Au-xiliadora, em frente ao Está-dio do Flamengo, com doisplay-grounds e uma área re-baixada, no centro, que se des-tinará a projeções de cinema ereuniões cívicas. Terá a praçaáreas de lazer, ajardinadas,para adultos c proteções late-rais, para evitar o contato dascrianças com as r.uas do gran-de movimento de tráfego.

Também em dezembro, terão

Início as obras de urbanizaçãoda Avenida Radial-Oeste, des-de a Praça da Bandeira até orio Maracanã, com o plantiode palmeiras e «rborização bai-xa no canteiro central, e de ar-borização alta ao longo de to-do o muro da Central do Bra-sil, que assim ficará encoberto.

Outra obra que ficará con-oluída em dezembro é a da re-cuperação da Praça EdmundoBittencourt, no Bairro Peixoto,onde estão sendo remodeladosos jardins e toda a parte en-saibrada.

Governador fixa prazospara pagar imposto prediale territorial em 1969

O Governador Negrão de Lima assinou decreto fixando osprazos para pagamento dos impostos predial e territorial, em1969, c nos próximos dias a Csdag marcará prazos para paga-mentos das tarifas de água e a Sursan os prazos para pagamentodas taxas sobre terrenos. \

O pagamento do imposto sobre serviços terá os prazos fixa-dos pela Secretaria de Finanças e as taxas sobre veículos e deconservação e pavimentação de vias públicas no Estado serão co-bradas em janeiro e fevereiro do próximo ano.PREDIAL E TERRITORIAL

È a seguinte a tabela com os prazos para pagamento dorimpostos predial e territorial:

lll

n.° final 1.» quota 2." quota 3.* quota 4.* quotadia/mês' dia/mês dia/mês dia/mês

6/5 23/6 11/8 30/9

12/5 27/6 18/8 6/10

16/5 2/7 22/8 13/10

21/5 7/7 26/8 17/10

26/5 11/7 1/9 21/10

30/5 16/7 5/9 27/10

4/6 21/7 9/9 31/10

»/8 28/7 16/» 6/11

IM l/l 22/9 11 /ll

10 18/6 «/8 26/9 17/11

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Pontos ficaram inúteis emCopacabana porque ônibussó param, onde acham melhor

A quase totalidade dos ônibus que circulam por <Copacabana deixou de respeitar os pontos existentesna Avenida Nossa Senhora de Copacabana, destina-dos à parada daqueles que se dirigem à própria zona'sul, à zona norte, ao centro e aos subúrbios.

Sempre em alta velocidade, eles ultrapassam uns ,aos outros e recolhem passageiro em qualquer pon-to, o mesmo fazendo com aqueles aue desejam saltar.As discussões com os motoristas, por isso, são cada'vez mais freqüentes. |

Cerca de 50 pessoas compareceram ao leilão do acervo da massa falida do Banco Itabira, em Copacabana

O DESRESPEITOPelo menos oito ônibus des-

respeitaram ontem, entre 16 elGh25m os pontos de parada daAvenida Nossa Sentida de Co-pacabana, em frente ao HotelSavoi.

O ônibus 48 070 (Estrada deFerro—Copacabana, linha 132)parou numa placa de zona nor-te, quando a certa seria cen-tro; o 55 029 (Grajaú—Leblon,linha 434) recolheu passageirosnum ponto do subúrbio; o37 537 (Glóuia—Leblon, linha571) recolheu passageiro forade qualquer ponto; o 16 574(Fátima—Jardim de Alá, linha126) fêz o mesmo num pontodestinado à Zona Sul; na mes-ma placa, parou logo depois o29 024 (Jacaré—Jardim de Alá,linha 474); o 30 001 (Muda—Copacabana, linha 413) parounum ponto do centro; o 18 086

(Estrada de Ferro—Copacaba-na, linha 122) c o 16 504 (Vidi-gal—Mourisco, linha 521) dei-xaram de parar em seus pon-tos para náo perderem o sinalaberto, embora passageiros fi-zessem sinal.

No Aterro, por volta das 17horas, o ônibus 29 028, da li-nha 474 (Jacaré—Jardim deAlá) atravessou-o em toda asua extensão pela pista central.

O.s táxis também têm desres-peitado sucessivamente a dc-terminação do Departamentode Trânsito que, na AvenidaNossa Senhora de Copacabana,proibiu a parada do lado di-reito.

Na busca de passageiros deônibus, é comum eles deixaremo lado esquerdo, aumentandoainda mais a confusão provo-cada pel» grande concentraçãode ônibus naquela avenida.

Desidratação matou mais 2crianças e os hospitaisatenderam 28 casos graves

Duas meninas morreram ontem no Rio, vítimasde desidratação, e os hospitais atenderam a 255crianças desidratadas, 28 das quais em estado grave,embora a temperatura declinasse durante o dia, emconseqüência da chegada de uma frente fria.

Ana Lúcia dos Reis, de dois meses, residente naRua Bela Vista, n.° 193, casa 30, no Engenho Nôvo,e Silvana Gomes de Lana, de sete meses, Rua Caiatu-ba, n.° 135, em Jacarepaguá, foram as crianças mor-tas por desidratação. Em Niterói foram registradosontem 34 casos, todos sem gravidade.

Contrato de locação doBanco Itabira é arrematadopelo proprietário da loja

O próprio dono da loja onde funcionava o BancoItabira, fechado em 1965, quando houve o estouro doCarne Fartura, foi quem arrematou por NCrS82 500,00 o contrato de locação do imóvel, durante oleilão autorizado pelo juiz da 14.a Vara Cível.

Por uma distração, o proprietário da loja, Sr.Monteiro de Castro, deixou de comprar num só lan-ce o contrato e as 133 peças que constituíam o acêr-vo da massa falida por NCrS 129 mil. Por isso as pe-cas tiveram de ser leiloadas uma a uma.

KM BELO HORIZONTE

Também em Belo Horizontea desidratação matou duas cri-ancas, no fim da semana quepassou, e foram atendidos 390outros casos, no Hospital SálvioNunes e no Pavilhão DalcaA;.tvedo.

A Câmara de Vereadores deBelo Horizonte observou ontemo funcionamento do PavilhãoDalca Azevedo, que os vereado-ios acham nâo ter condiçõespara atender bem aos desidra-tados, inclusive por falta de en-íer meiras.

Hoje, será iniciada em BeloHorizonte uma campanha dsvacinação antivariólica, duran-te 45 dias, com o emprego da20 ejetores a ar comprimido,que vacinam 800 pessoas pornora. Os postos »erão instala-

dus em locais acessíveis à po-pulação e serão percorridos 11grupos escolares por dia pelosv.-.cinadores. Médicos da Orga-nização Mundial da Saúde e doMinistério da Saúde vão coor-denàr a campanha em BeloHorizonte. Depois, a vacinaçãoserá feita no interior do Esta-do, em três frentes: Zona daMata, norte dc Minas e Trián-galo Mineiro.

CHUVAS NO RIO

O Escritório de Meteorologiaprevê para hoje, no Rio, tem-po instável, com chuvas ocasio-nais. A temperatui* deverámanter-se em declínio. A máxi-ma de ontem foi registrada emB.mgu, com 30.6 graus, e aminima no Alto da Boa Vista,com 19.6 graus,

O LEILÃO

Com a presença de mais de50 pessoas na Rua Barata Ri-b?irc;. 672. o leiloeiro SebastiãoLemos iniciou às 14h30m, deontem o leilão de todo o acer-vo do ex-banco, cem a assis-tência do Curador de MassasFalidas, Sr. Mozar Matos.

Por pouco o leilão deixou deresumir-.se num único lance, senão fora a distração do Sr.Monteiro de Castro, que dei-xou de aceitar a oferta de tu-do por NCrs 129 mil, adquirin-do apenas o contrato de loca-ção da loja. Os móveis e aten-silios que poderiam ter sidovendidos por NCrS 53 mil, fo-ram oferecidos separadamente,já que ninguém fêz oferta úni-ca.

Das 183 peças existentes, 40eram máquinas de escrever, de

contabilidade e de somar, entreoutras.

Segundo o sindico da.s Mas-sas Falidas, General DurvalCoelho, o dinheiro a ser arre-cado do leilão de ontem, maisa venda da metade de um ter-reno na Rua Barata Ribeiro, eo depósito em juize de NCrS200 mil, dará apenas para in-denizar os credores 10% do quese habilitaram.

Os diretores do Banco Ita-bira estáo desaparecidos atéhoje, embora haja prisão pre-ventiva decretada contra doisdeles: o Sr. Vájyfcr Melo Via-na e o húngaro Peter Kelle-men, acusado de estelionato emvários processos, que se encon-tra preso no Paraguai, aguar-dando a sua extradição para oBrasil, se assim a justiça pa-raguaia decidir.

Duas linhas de ônibus daCTC param para que obrasno Túnel Velho prossigam

As linhas de ônibus da CTC n.° E-5 (Passeio—Bairro do Peixoto), de tróleis, e n.° 170 (Rodoviária—Jardim de Alá), motor a diesel, pararam à zero horade hoje para permitir o prosseguimento das obras de ,duplicação de vias no Túnel Velho.

As duas linhas serão substituídas pela n.° 171(Rodoviária-São João Batista-Circular), com ônibusdiesel, que atenderão aos moradores de Botafogo, es-pecialmente das Ruas General Polidoro, Real Gran-deza e São João Batista, que mais utilizavam osônibus da CTC no bairro.ITINERÁRIO

A nova linha Rodoviária—SãoJoão Batista, circular, obedece-rá ao seguinte itinerário: PraçaMarechal Hermes, Rua GeneralLuis Mendes de Morais, Aveni-da Francisco Bicalho (mudan-do de pista na altura da RuaIdalin-a Serra), Avenidas Presi-dente Vargas, Rio Branco eBeira-Mar. Praia do Flamengo,Avenida Osvaldo Cruz, Praiade Botafogo, Ruas Visconde deOuro Preto, Bambina, São Cie-mente, Real Grandeza, Vclun-tórios da Pá;ria, São João Ba-tista, General Polidoro * Pas-

sagem, Praia de Botafogo,Praia do Flamengo, AvenidasPresidente Antônio Carlos, Ruasda Misercórdia e 1." de Março,Avenida Presidente Vargas. RuaProfessor Pereira Reis, Aveni-da Cidade de Lima e PraçaMarechal Hermes.

A nova linha operará comuma frota de 12 veículos e opreço unitário da passagem foifixado em NCrS 0,20. A CTCinformou que as linhas com iti-nerário através do Túnel Velhosó serão restabelecidas dentrode seis meses, quando termina-rão as obras de duplicação'.

SORRISO SAUDÁVEL

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Policia foi chamada paragarantir troca de cheiewwDepartamento de Trânsito

Dois agentes do DOPS garantiram ontem a pos-se do Sr. Geraldo Pena Firme, na Divisão de Enge-nharia do Departamento de Trânsito, porque o Sr.João Córner negava-se a passar o cargo enquantosua demissão não fosse publicada no Boletim Interno.

O Sr. João Comer não reconheceu a ordem detransmissão de cargo, assinada pelo secretário deSegurança, tal como fizera na sexta-feira o Sr. SílvioRibeiro, afastando da chefia de gabinete do Departa-mento de Trânsito.

Junto ao concurso A Criança Sorriso será feita uma campanha sobre a importância ãa fluoretação dos dentes

A FORÇA

Diante da recusa, o coman-dante Celso Franco deu novaordem e pediu que os doisagentes policiais escoltassem oSr. Gerardo Pena Firme. Sou-be-se extra-oflcialmente que oengenheiro João Córner chegoua receber ordem de prisão, re-laxada mais tarde a pedido dopróprio diretor do Departamen-to de Trânsito.

Funcionários do Departamen-to de Trânsito comentavam on.

tem o possivel o.fastamento dochefe do policiamento, Sr. Pc-dro Nunes, do chefe da fisca-lização, Sr. Djalma Pinto Ser-rahoj e do supervisor do Ser-ví';0 de Guias e Infrações, Sr.José Gomes Soares.

Para seus cargos, deverão sernomeados os Srs. Pedro de Oli-veira, Vítor Magalhães e Aris-tides da Silva Cardoso, todosindicados pelo comandante Cel-so Franco ao Secretário de Se-gurança, General Luis de Fran-ça Oliveira.

A TÍTULO PRECÁRIO

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Eliminatóriapara sorrisoteve choro

O Viaduto <lc S'w Cristóvão, que estêise no iminência df ruir e está sendo reforçado pela Sursati,será entregue a„ tráfego mi o final desta semana, mas somente para veículos leves. Mesmo depoisde recuperado, êle terá apenas dois anos mais de existência, pois será demolido tão logo sejam con-cluidas a* Obras do Viaduto de Mangueira, que a Sursan iniciará em janeiro de ÍW. O nôvo lia-duto substituirá, com vantagens, a velha Ponte de São Cristóvão, que cedera seu lugar a uma grandepraçn defronte da Quinta da Boa Vista

Muito choro e olhares des-confiados marcaram a terceiraeliminatória do concurso ACriança Sorriso realizada on-tem, no Hospital dos Servido-res do Estado. Mais de oitentacrianças já foram selecionadaspara a fase final, no próximodia 2.

Através da escolha de umacriança-padrão, o concurso pre-tende criar a mentalidade an-ticárie e mostrar a necessida-de de fluoretação das águasnos grandes centros urbanos.Será realizada, paralelamenteao concurso, uma campanhaesclarecedora da importânciada fluoretação tópica (aplica-da diretamente nos dentes),durante a idade de crescimento.

No oitavo ano de existência,a Semana Anticárie elege hátrês anos a Criança Sorriso.Para o médico Leopoldo Fer-reira, do Serviço Odontológicodo Hospital dos Servidores doEstado, "a escolha de umacriança-padrão funciona comoestimulo para a campanha emque estamos empenhados."

As inscrições aind» podemser feitas nos dias 18 e 25 denovembro, porém estão condi-cionadas à perfeita condiçãodos dentes da criança,

Governo decide amanhãa forma de nomear 200escreventes de cartório

A dificuldade surgida entre o Executivo estaduale a Corregedoria da Justiça, no caso da nomeação de200 escreventes de cartórios, iserá removida amanhãcom a divulgação da solução para o caso, que estásendo estudado por um representante da Secretariade Justiça e um da Administração.

Ontem mesmo, os dois representantes começa-ram a trabalhar, instalados numa sala contígua aogabinete do Governador Negrão de Lima. À tarde, odesembargador Elmano Cruz esteve no Palácio Gua-nabara e, à saída, declarou que há urgência para anomeação dos escreventes, o que precisa ser feitoaté o fim dêste mês.MENSAGEM RETIDA

Na semana passada, o de-sembargador Elmano Cruz pro-testou contra a retenção, peloGoverno estadual, da mensa-gem da Corregedoria da Justi-ça à Assembléia Legislativapropondo a criação de 200 car-gos de escrevente para os car-tórios oficializados do Estado.

A Secretaria sem Pasta, en-carregada de elaborar e enca-minhar as mensagens do Exe-cutivo à Assembléia, afirmounão ter, nos seus arquivos, pro-

tocolado qualquer indicação, daCorregedoria de Justiça pedin-do a criação dos cargos, nemhavia lá qualquer mensagemsobre o assunto, a não ser umanteprojeto, propondo a cria-ção dessas funções, que inte-ressava a um deputado.

No encontro com o Desem-bargador Elmano Cruz, porém,o Governador Negrão de Limadeterminou que um estudo fôs-se feito por representantes daSecretaria de Justiça e daSecretaria dc Administração,pondo fim à dificuldade.

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Cartas.dosleitores"""Vigarista pxploracrianças"

Há ura vigarista solto pclnsruas do Río há anos e nin-gVm toma uma providencia.Mas chegou a hora do basta!Agora o marginal está expio-rando crianças. Sai com umpobre grupo de orfãozinhos ino-contes, obriga-os despudorada-mente a cantar sob um sol de40 graus em Ouvidor, GonçalvesDias. Avenida e adjacínclas,que suo seus pontos prediletos,enquanto recolhe dinheiro degente ingênua ou incapaz deraciocinai'. E nem se peja degritar para quem quiser ouvir:"As crianças cantam, eu pe-ço." Ou seja, em outras pala-vros: as crianças trabalham,suam, sc expõem ao ridículo,se sacrificam, eu levo o di-nheiro. Onde está o nosso Jui-zado de Menores que não proi-be espetáculo tão degradante?Onde está a nossa policia, tãopronta para coibir movimentosestudantis e outras subversões,que não averigua a vida pre-gressa dêsse cidadão que sub-verte a ordem das coisas? Deque Igreja será êsse tal IrmãoPedro? Não creio que da Ca-tólica, que já não é tão atrasa-da assim e não se passa maispara coisas dêsse tipo: ela ago-ra está realmente interessadana promoção humana, e nãonessa verdadeira antipromoçãocriminosa que êsse Irmão.Pe-dró faz. Aliás. Irmão de que,de que ordem, de que Igreja?É preciso esclarecer com ur-gincia quem é êsse exploradorde menores.

Aliás, èsse "Irmão" ido seupróprio bolso?) é useiro e ve-zeiro em aparecer nos progra-mas mais cafajestes das TVs

,e pedir dinheiro para "as mi-nhàa criancinhas." Surge nãose sabe de onde, admitido não sesabe porquê, pede, pede, pede,vai emoora e volta para pedirna .iemana seguinte, fi urgenteque o Rio investigue cuidadosa-mente quem é êsse cidadão queanda solto pelas ruas e estúdiosde TV da cidade, explorandomenores, maltratando-os aosol, viciando-os em pedir di-nheiro. Irmão Pedro precisa éde que a Polícia e o Juiz deMenores investiguem direiti-nho seu caso. Padre é que êlenão é.

"Emanuel (le Castro — HuaSão Salvador, 90, apto. 904 —Laranjeiras, Kio."

"Nossa Olimpíada''¦ "No momento em que o JOR-NAL DO BRASIL publicava Oeditorial Nossa Olimpíada (dia?9-10), para inculpar "os reito-ros das universidades mais im-portantes de estarem pressio-nando o Governo para climi-Dcuem as federações universitá-nas", acabávamos de realizar anossa I Olimpíada da Ilha Uni-YfTsiiaria, como primeiro pas-so para o soerguimento do es-porte entre os nossos estudan-t6S, visto considerá-lo como"instrumento essencial da edu-cação universitária."

O trecho aspeado, ao fim doperíodo anterior, reproduz aspalavras do Reitor na soleni-dade inaugural do certame.Acresce que as palavras corres-pundem neste caso não apenasà enunciaçãó de uma aprecia-çio ou julgamento in abstrato,ruas a uma politica administra-tira,, e educacional, praticadapeja Reitoria da UFRJ.»O esporte universitário está

recebendo, da atual adminis-tnçao universitária, atenção ecarinho especiais, no que con-virgem á consciência da suaimportância educativa é o gos-to. pelo espetáculo esportivo,naturais de um professor queS; ao mesmo tempo, um anti-go desportista.

Mas não tem ficado restritaao campo da UFRJ a ação dat>'.:a Reitoria. As competiçõesorganizadas pela FAE, estranhaà sua jurisdição, foram presti-g.adas cora a presença pessoald') Reitor. Isto sem falar daajuda financeira prestada paraque universitários cariocas pu-dessem disputar em salvadoros Jogos Universitários, o quejá havia sido feito anterior-mente, por ocasião dos JogosUniversitários Sul-Americanos,realizados no Paraguai.

Com relação á ConferênciaBrasileira de Desportos Uni-versitários, pelo seu caráter na-cjonal. nâo tem qualquer tratocu implicância com a Reitoria,órgfeo local.

Raimundo Moniz de Aragão— Reitor da Universidade Fe-dnral rln pio dc Janeiro."O Brasil de boje"

"Depois da quartelada de3Ò64, a confusão, que era geral,cenúnua geral. Cito deis fates:

No dia 17 de outubro, de Co-pacabana, passei um telegrama

• n." 2:l8"i para Macuco, a 240quilômetros do Rio. Pedia queno dia 22 me "esperasse a con-dução de minha fazenda. Aochegar, tive mesmo de alugar

; um automóvel, porque o tele-grama só chegou no dia 23. Ed zer-se que há no DCT umpunhado de militares, íazendoo' que mais aspiram: fugir dos(Jüartéis para "pôr ordem" nasippartições civis.¦ A agência do DCT em Ma-

, tijuco, como um sem número dequtras, fecha para almoço dasM âs 13 horas, apssar de disporde três funcionários. Logo, nãoliá cUstribvíção per estafeta.Baqueie horário, a agente podeser encontrada cm scu armari-itho, Sla aiega que íua eclegav,ive áí licença e em plena r.tl-yidaãe cemo pre-feísôra de es-ooia pública.

Mo dia 31 de outubro, um(íos diretores da cooperativa deMacuco entregou-me as notifi-cações de impostos do IBRA.Essas notificações, emitidas a40-7-C8. foram entregues peloÍBRA àquela cooperativa exa-tamente no dia em que expira-vi o prazo para o primeiro pa-gamento sem multa. Com essauutra prova de irresponsabili-oado, vou ter de pagar multa• de NCrS 45.43.

* Jorge de .Moraes Grey — pro-fessor catedrático da UFEG eda UFKJ — Rio."

NAL BD A QTT Coisas da Política

Diretor-Presidente:C. Pereira Carneiro

Rio, 12 de novembro de 1968Diretores:

jl. F. do Nascimento BritoJosé Sette Câmara

Edttor-Chefe:Alberto Dincs

Rainha e RepúblicaFesta acabada, músicos a pé. Depois que

partiu a Rainba da Inglaterra, seria de tôda con-veniência que o Governo brasileiro se desse con-ta de que ainda temos mais de cinqüenta dias

para agir êsle ano. A República não pode viverdo adiamento indefinido de suas dificuldades,

porque a capacidade buniana de esperar tem umlimite, além do qual muda cm desespero.

já vai para dois anos que o Brasil se apre-senta imutável, tanto no seu Ministério como nosargumentos de uma falta geral dc assuntos. Ootimismo de certo setor governamental não foicapaz de operar o milagre da anestesia coletiva.Afinal, o gradualismo do combate à inflaçãomostrou nesta uma capacidade de sobrevivênciamuito maior do que a capacidade do consumidorem privar-se indefinidamente.

O Governo procura, através de palavras,compensar seu retraimcnlo político com o exer-cício de uma atividade administrativa que é merarotina. Afinal, construir estradas, lançar pedrasfundamentais, entregar escolas ou inaugurarobras, exclusivamente, não atestam o progressode um país, mas apenas a consolidação de umesforço anterior. O Brasil já cbegou à idade das

grandes opções, que por sinal deviam ter sidofeitas antes, mas da qual não poderemos fugir

permanentemente. A primeira delas, aliás, é no

que se refere à iniciativa privada, cada vez maislimitada a uma faixa que o estatismo comprimede tôdas as formas.

A administração que é encargo do Governodeve refletir decisões eminentemente políticas,mas não é o que estamos assistindo nos últimostempos. Daí porque há uma supervalorização darotina, a que a opinião pública não confere im-

portância e cuja única utilidade é fazer a felici-dade dos imbuídos de horror sagrado às defini-

ções e devoção exagerada ao bom-inocismo.Por que o medo de fazer política? Se é pelo

receio de que as áreas de sustentação militar do

projeto revolucionário brasileiro venham a ma-nifestar desagrado, o engano é mais extenso do

que se considerado apenas produto do desprepa-ro e da falta de vontade. Pois, afinal, manifestardescontentamento, seja nas ruas, seja em memo-rial, é também exercício de atividade política,tinia democracia não nasce da estrutura quetenha no papel, mas de seu exercício: portanto,a política é o único meio de implementar umregime democrático.

Êste Governo, que aceitou sua incumbênciaem 67, até boje não providenciou para que a de-mocracia se cumpra integralmente, não apenas

pelo que foi poupado do quadro anterior a 64,mas naquilo que. a nova Constituição pode ofere-cer de viabilidade à continuidade revolucionária,

que demanda a abertura e não o estreitamentode oportunidades políticas. Atender ao que é as-

piração nacional não foi jamais ceder a pressões,c mesmo que o desejo da maioria fosse umaforma de pressionar, nada mais legítimo nemdemocrático do que cumprir o desejo da maioria.

A Última das GuerrasNas comemorações dos cinqüenta anos de

conclusão do Armistício, que pôs fim à 1 GuerraMundial, houve farta publicação de documenta-rio evocativo do acontecimento. Contemplandoas velhas fotografias povoadas de gentes ajaeza-das com as roupagens do fim da belle époque,ressuscitadas boje pelo exolismo hippy, dos ca-lhambéqües vetustos antepassados dos nossos au-tomóveis, ninguém pode deixar de meditar sobrea fantástica metamorfose do mundo nesses últi-mos cinqüenta anos. Como tudo mudou desde

que as rivalidades entre os grandes gabinetes eu-ropeus, entre a dupla coroa dos Habsburgos e aRússia dos czares, e a ambição das potências daEuropa na disputa pelos despojos do "'Homem

Doente do Bósforo", levaram ao desencadeamen-to do maior conflito que a história da humanida-de havia alé então registrado. Tudo mudou, me-nos a disposição do homem em resolver pela vio-lência, pela destruição das vidas humanas seusproblemas políticos.

A chamada "Grande Guerra" foi solenemen-te proclamada pelos estadistas que fizeram a paz,Clemenceau, Lloyd George, Wilson, como a últi-ma das guerras. As macabras estatísticas dos mi-Ihões e milhões de vidas perdidas pareciam terfeito da guerra uma coisa definitivamente proscri-ta da história contemporânea. Dessa disposição deconstruir a paz definitiva nasceu a Liga das Na-ções, primeira experiência de organização juridi-ca dos Estados. A Liga já nasceu enfraquecida ecomprometida pela falta do apoio americano. Ossenadores americanos apegados às velhas doutri-nas do "esplêndido isolacionismo" negaram a Wil-son a autorização para a ratificação do Pacto da

Liga das Nações. Debilitado por êsse vício de ori-

gem e logo contestado e desafiado pelas ditadu-ras arrogantes de Mussolini e Hitler, o mecanis-mo da Liga esboroou-se ante as crescentes amea-

ças de uma tempestade de violências. A II Guer-ra Mundial foi a multiplicação dos horrores e dadevastação que o mundo presenciou no período1914-1918. Trouxe ainda de acréscimo um des-medido espetáculo que desvendou ao mundo tôdaa capacidade para o mal que pode abrigar o co-ração humano; as atrocidades cometidas nos cam-

pos de concentração, a destruição sistemática ecientífica de seis milhões de judeus indefesos, su-

plantou tôdas as desgraças da Grande Guerra. Aofindar a II Guerra Mundial, de nôvo o mundoacordou pára um alvoroço de esperanças de paz.Surgiu a Organização das Nações Unidas, commelhores condições de viabilidade, por isto queapoiada e integrada por tôdas as grandes potên-cias. Mas o momento de euforia, que permitiua conclusão da Carta das Nações Unidas, durou

pouco. Foi sucedido por longos anos de uma

guerra surda, de um choque permanente de imen-sos impérios ideológicos em luta. A guerra frianem sempre foi tão fria assim. Suez, Coréia,Oriente Médio, Vietname são nomes que recor-dam lutas amargas em que milhares e milharesde vidas se perderam.

A bipolarizacão das forças mundiais no.s doiscolossos nucleares nos assegurou pelo menos a pazprecária e ameaçadora do equilíbrio do terior.Hoje será difícil que qualquer dos lados se animea começar nova guerra. Porque há a consciênciageneralizada de que esta, sim, será a última dasguerras. Não sobrará ninguém para fazer outra.

Milagre Modesto"Cinqüenta lixeiros da Prefeitura de São

Paulo, que há vinte dias eram completamenteanalfabetos, já podem hoje ler, de modo rápidoe razoavelmente bem, numerosas palavras e fra-ses inteiras. (...) Não se trata de coisa inteira-mente nova. O orientador do curso para os lixei-ros já leve, antes dessa experiência, a oportuni-dade de alfabetizar, a suas expensas e por suainiciativa, mais de dez mil pessoas."

O trecho enlre aspas é de O Eslado dc SãoPaulo de domingo. Trata-se, lá, de uma experi-ência de ensino por mélodo subliminar, apoiadoem iun invento do mineiro Geraldo de PaulaBarros, da Faculdade de Medicina de Belo Hori-zonte. Ele próprio orienta o curso para lixeirose 50 escolas de São Paulo vão enveredar pelomesmo caminho, com o objetivo de alfabetizarde 100 a 150 mil indivíduos por ano.

Também anteontem, domingo, o padre sale-siano Tiago de Almeida explicou ao JORNALDO BRASIL, em Brasília, como funciona scumétodo de alfabetização em onze horas. O mc-todo tanto serve para crianças como para adultose resulta num aproveitamento de 95 por cento.Padre Tiago não advoga para o seu método ne-nlninia originalidade fundamental, mas, a poderde estudar oulros métodos, conseguiu acelerar operíodo tia alfabetização. Depois de 30 horas deensino, os alunos estão em condições de estudarnormalmente em níveis de terceiro e quarto anoprimários. Nenhum Governo estadual — e nemo Ministério da Educação naturalmente — de-monslrou interesse pelo seu sistema, apesar dos

1 200 alunos que padre Tiago alfabetizou em seismeses do ano corrente. Avistou-se com o Presi-dente da República em junho, mas até agora nãoteve notícias de interesse oficial.

Cotejamos as matérias dos dois jornais pairademonstrar como existem vários métodos para arápida erradicação do analfabetismo no Brasil.Há oulros, porque a idéia está no ar no mundointeiro. Isto significa que o fato de ainda seranalfabeta a metade da população brasileira éum crime que brada aos céus.

E no entanto o atual Governo, com sua me-lancólica performance de realizações, poderiafacilmente passar à História como uma adminis-tração merecedora do maior respeito se se lan-casse à alfabetização maciça do povo. Os meto-dos estão aí. Citamos apenas dois pela coincidemcia de serem divulgados no mesmo dia nas duasgrandes cidades do Brasil. Outros já foram apli-cados, no Rio Grande do Norte e em Pernainbu-co. O êxito tem coroado todos. O milagre da alfa-betização rápida pode ser transformado numarotina, quando o Governo assim o desejar. Oúnico ingrediente que é preciso acrescentar aobom funcionamento da operação é uni pouco deinteresse, de fervor, de amor ao povo e ao Brasil.

Será pedir muito? A exigência mínima, ocurso de admissão do Brasil ao concerto das na-ções sérias do mundo, é alfabetizar o povo. Aadoção de um, dc dois, de vários métodos emfecunda concorrência realizará êsse modesto efi..í-daniental milagre. Será pedir demais ao Governo?

Líder já pode informar

que resultado pede açãoEnquanto ninguém re-

toma a iniciativa de de-flagrar a tensão, o que es-tá em curso desde a se-mana passada, é o cre-denciamento do líãer emexercício da Arena na Cã-mara, para transmitir de-vidamente o ponto-de-vis-ta fixado pelos vice-líde-res da Maioria para a eta-pa em andamento: só amobilização de tôdas aspeças poderá acionar comêxito a engrenagem, naconcessão da licença pa-ra ser processado o Depu-tado Márcio Alves.

O Deputado GeraldoFreire foi autorizado nareunião de quinta-feiraem Brasília a transmitiro recado a quem interes-sar jyossa, já que a avalia-ção das disposições levouos responsáveis pelo fun-cionamento ãa Maioria aconstatar a necessidadeda coordenação políticapor parte do^próprio Go-vêrno.

A decisão terá portantoãe ser tomada fora doâmbito parlamentar, deonde deverá partir tam-bém o esforço de sensibi-lizar e ajustar os setorescapazes de dar cumpri-mento á ordem, impossi-vel de ser cumprida se fi-car ao sabor das flutua-ções.

Sem a coordenação po-litica, através dos instru-mentos políticos que sãoda alçada ão Executivo, alicença não passará. NaComissão ãe Justiça aArena tem vinte e um re-presentantes e, destes,apenas 4 até agora deci-diram-se a votar a favorda concessão da licença.Basta que seis resistampara, somados aos 10 âoMDB, a licença ser ne-gada ali.

De certa forma, inte-ressa aos políticos que adecisão primeira, na Co-missão de Justiça, sejapela negativa em conce-

der a licença, a fim deque paire sobre a frontedos representantes do po-vo a aura de defensoresde princípios. Ao plenárioincumbirá a decisão poli-tica, que poderá ser favo-rável à licença, desde po-rém que o Governo se dis-ponha a agir com deter-minação política, semconfiar a sorte da ques-tao aos azares do merca-do político.

A coordenação doapoio, orientada politica-mente, oferece maiormargem de segurança doque o retraimento gover-namental, que abre flan-co às pressões exercidaspelos centros de descon-tentamento, localiza-dos de7itro do sistema re-volucionário, porém des-tituídos de meios ãe per-suasão convencionais.

Prazos \

O Congresso encerrano fim deste mês seu, pe-riodo de trabalhos relati-vos a 68. A Oposição, quetem traâicionalmente ainiciativa âe propor seufuncionamento extraorâi-nário durante o reces-so parlamentar, êsteano não cogita do assun-to, já que seu interesse éoutro. O esfriamento daatmosfera política virá aseu favor.

O Governo não teriaconâições ãe propor aprorrogação ãòs traba-lhos parlamentares, por15 âias em ãezembro,apenas para fazer andaro peâiáo âe licença con-trá o Deputaáo do MDB.Há um motivo que favo-rece a prorrogação, em-bora o tempo não seja su-ficiente para levar a ou-tra matéria à âecisão. E'o envio âa mensagem âeaumento âe vencimentosáos serviâores civis e mi-litares, para ser aprova-

da ainda êste ano e vigo-rar em 69.

Na segunda quinzenade dezembro, o Congres-so entrará em recesso e,mesmo que venha a serconvocado para um pe-ríoão extraorâinário, a 15de janeiro, os dois primei-ros meses do ano são deférias âo Supremo Tribu-nal Feãeral, que paralisasuas ativiáaães a 20 ãeãezembro.

O ponto âe ebulição re-gistrado no inicio âo epi-sódio para a cassação âosâireitos políticos âoDeputaáo Márcio Alvesnão se registrará nova-mente tão cedo. O casoserá mantido em banho-maria enquanto são cogi-tadas fórmulas para ate-nuar os pontos ãe fricçãoentre o poder convencia-nal e o poder real.

Sobre Krieger

Na opinião ãe um poli-tico que atua ãentro âosquaãros convencionais, oSenador Dinarte Mariz(Arena—Rio Grande do

Norte), o ponto-de-vistamanifestado pelo Sena-dor Daniel Krieger emcarta ao Presideizte ãaRepública, sobre a inicia-tiva âe privar o DeputaáoMárcio Alves ãe âireitospolíticos, é exclusivamen-te pessoal. Não envolve,portanto, o presiâente âaArena nem o líãer âo Go-vêrno no Senaão.

O Senaãor Daniel Krie-ger está debruçado sóbrea campanha eleitoral nosmunicípios do Rio Gran-de do Sul, mas ainda as-sim não se âesligou âoexercício âa liâerança ãoPartião. Tanto assim quehoje pela manhã o Depu-tado Gilberto Azevedo vaia Pôrto Alegre, para ou-vi-lo e informá-lo a res-peito ão paciente.

A reforma agrária, a ciência e a tecnologiaL. G. Nascimento Silva

Um mundo que se urba-niza com enorme rapidez eum mundo cuja populaçãoestá em explosão desorde-nada deveria sugerir aoBrasil uma orientação evi-dente quanto à sua políticaeconômica: a modernizaçãoda agricultura e da pecuá-ria. Produzir os alimentosque estas novas condiçõesda vida humana estão a exi-gir parece ser um dos ca-mlnhos do desenvolvimentodas nações que tèm abun-dáncia de terras e de bra-ços menos qualificados. OBrasil é um extenso paiscom variedade de solos e declimas e deveria achar naagricultura um desemboca-douro natural para suasíôrças econômicas.

O problema agrário é hojeessencialmente um proble-ma de técnica. O mundo vi-ve uma situação paradoxal:as nações mais adiantadasindustrialmente são tambémas mais desenvolvidas agra-riamente, enquanto as na-ções em esforço de desenvol-vimento são também asmenos capazes de produ-zir os alimentos de quenecessitam. Isso porqueas técnicas agrícolas quepraticam são ainda astradicionais e rotineiras. OsEstados Unidos, que são ho-je um pais dito de "culturaurbana" e um pais Indus-trial por excelência, conse-guem ter excedentes agri-colas que se convertem atéem problemas financeiros.Trigo, milho, leite, aves sãoprodutos americanos cònsu-midos por seus milhões dehabitantes e, além disso,ainda exportados para asqtiatro partes do mundo. Noentanto, o número de pes-soas que se ocupam da pro-dução agrícola declinou: erade 12 a 13 milhões em 1918;hoje é de 6,5 a 7,5 milhões.Como explicar êste fenòme-no? Só a técnica o pode fa-zer e um dado basta parafornecer uma explicaçãosatisfatória: o consumo denitrogênio, que era de 200mll toneladas em 1938, pas-sou a ser de 2 milhões hojeem dia. O uso de fertilizan-tes, a irrigação e a seleçãode sementes explicam o mi-lagre aparente.

No Brasil nós nos preocu-pamos em demasia com oaspecto político em torno dareforma agrária e poucocom os aspectos ligados àprodução e à produtividadeagrícolas. Ora, o de que setrata é de transferir o eixodo problema da proprieda-tle para a produção. Predo-mina ainda, entre nós, a ên-fase proprietarista, valendoas fazendas mais por suaextensão do que pelo quedelas pode retirar o homemcomo frutos da terra.

O Estatuto da Terra já seconstituiu numa tentativapara instituir a tributaçãocomo instrumento de reali-zação de uma política agra-ria. O imposto passou a va-riar, para mais ou para me-nos, de acordo com o apro-veitamento que o proprietá-rio ou arrendatário dê à ter-ra e às benfeitorias que nelaintroduza. Não basta, porém,êsse estatuto legal para con-verter o tipo de exploraçãoagrária do Brasil. E' preci-so que se mantenha um pia-nejamento lúcido, um pro-grama agrário definido euma execução inflexível,através de estímulos, princi-palmente credlticlos e fis-cais.

Em primeiro lugar umapolítica de crédito e finan-ceira firmada com clareza edivulgada amplamente. Issoenvolve a fixação de preçosmínimos e seu rigoroso epontual cumprimento, alia-dos a facilidades de créditoproporcionais às possibilida-des de cada produtor. E' ex-traordinário o efeito queuma orientação uniformede sustentação de preços ge-ra no melo agrário. O pro-dutor vive isolado, longe dosmercados. Conhece em de-masia a ganância dos inter-medianos, a imperfeição dosistema de distribuição dosprodutos agrícolas, as flu-tuações do mercado. Se ès-te se estabiliza, através dafixação de preços assegura-dos e previamente divulga-dos, reduz-se considerável-mente a álea do agricultor.

Mas não basta isso; preci-samos ainda incentivar aprodutividade através de

três aspectos indispensáveis:a irrigação, a mecanizaçãoe a seleção e distribuição desementes. São medidas quenão podem ser tomadaspelos agricultores isolada-mente, pois que estão forade sua ação pessoal, depen-dendo de soluções coletivase gerais, que só os governosou a ação cooperativa con-seguem impor. São impres-sionantes os índices de nos-so atraso quanto à adoçãodessas medidas de moderni-zação agrícola, mesmo emcomparação com paises deescasso d e s e n v o lvimentoeconômico. Nossa área ir-rigada é diminuta. Êsse éum programa a que se deve-ria dar prioridade absolutapelas profundas transforma-ções que gerará em territó-rios até agora improdutivosou de produtividade escas-sa, e pelo indiscutível re-equilíbrio que criará entreáreas até agora de desigualaproveitamento, beneficiamdo populações que lutamdenodadamente contra umsolo árido e inóspito.

O mundo atual assistiu àlibertação política da maio-ria das nações colonizadas.Mas essa liberação não sefêz acompanhar de moder-nização das técnicas agri-colas. Por isso, não produ-zem os alimentos de que ne-cessitam e são dependentesde sua importação. Êsse éum dos mais graves proble-mas de nossa época: os pai-ses desenvolvidos devem sapreocupar em fornecer aoseconomicamente atrasadosos recursos financeiros etécnicos para modernizarsuas agriculturas. Pois. co-mo acentua Tibor Mende emsuas Reflexões Sobre a His-tória dc Hoje "o problemaalimentar tornou-se um ele-mento estratégico pleno deconseqüências geopoliticas.Assim, a posse de excedentesde trigo ou arroz poderá daruma potência comparável àdas próprias armas atômi-cas." E' necessário pôr cò-bro a êsse verdadeiro para-doxo e tornar a produção dealimentos uma possibilidadepara os paises que dispõemde braços e de terras férteis.Êsse é um inelutável cami-nho para o Brasil.

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Jornal do Brasil, têrça-felrà, 12-11-88, 1.° Cad.

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— Enfim sós!(cliargc tle LAX)

Elisabete II deixa o Brasil e viajapara o Chile após visita de 10 dias

Governo procura meios paraum aumento superior a 15%

O diretor do DASP, Sr. Belmiro Siqueira,e técnicos do Ministério do Planejamento co-meçaram ontem a procurar recursos financei-tos que propiciem um aumento superior a 15%para o funcionalismo federal.

A fim de estabelecer o percentual dri au-mento, os técnicos farão um levantamento donúmero real de servidores públicos e seus ven-cimentos, o que só poderá ser concluído no fi-nal do mês, quando os órgãos das adminis-trações direta e indireta mandarem suas fó-lhas de pagamento.

POSSIBILIDADES

Segundo fonte do Ministério do Planeja-mento, o Governo não quer incorrer no mes-mo erro dêste ano, quando o aumento conce-dido ao funcionalismo, de 20','r, veio a repre-sentar, realmente, 42?;, no Orçamento da União.

As informações mais fundamentadas fi-xam o nóvo aumento em 22',r, índice que re-presenta a média dos aumentos concedidos pe-las empresas privadas neste periodo.

Informou-se ainda no Ministério do Pia-nejamento que os contratados do serviço pú-blico terão direito ao 13." salário, mas não re-ceberão aumento tão grande quanto o dos efe-tivcs.

O Ministro da Fazenda, Sr. Delfim Neto,afirmou que não há ainda nada de concretoem torno do aumento do funcionalismo e queno despacho com o Presidente Costa e Silva,amanhã, não tocará no assunte

¦Grande parte dos militares recebeu bem anoticia — náo oficial — de que o aumento devencimentos do funcionalismo será efetivado emjaneiro. Classificaram a medida como "umgrande passo do Governo" e ressaltaram que"embera 30% sejam pouco é melhor do quenada."

Afirmaram ainda que "o Presidente Cos-la e Silva sabe que os militares lutam comgrandes dificuldades e que há bastante temposeus vencimentos, como os dos funcionários ci-vis, estão afastados da realidade nacional."

OPORTUNO

O presidente da Confederação das Associa-ções Comerciais do Brasil, Sr. Antônio Carlosdo Amaral Osório, considera oportuno que o Go-vérno conceda um aumento de vencimentos acsfuncionários civis e militares, mas não discutequal deverá ser o percentual "por desconhecer,no momento, a reivindicação dos servidores."

— Ninguém pode negar, a esta altura anecesisdade de noves niveis de vencimentos,quando os números analisados pelos técinicoscomprovam que está sendo cada vez menor opoder aquisitivo do povo brasileiro, recenhecen-do-se, no entanto, que o sacrifício de hoje nãoserá inútil — ressalvou.

O Sr. Antônio Carlos do Amaral Osóriochamou a atenção para necessidade de o Go-vérno manter a política salarial, "para evitarque o país volte ao descalabro de uma infla-ção galopante ou mesmo que saia do ritmocontrolado de agora."

A Rainha Elisabete II e oPríncipe Philip se despediramontem do Rio, depois de umav i s 11 a, de dez dias ao Brasil,embarcando no Aeroporto Mili-tar do Galeão com destino aoChile, segundo pais a ser visi-tado pela soberana britânica.

Elisabete chegou ao Galeãoàs 9h50m, sendo recebida nopentão pelo Presidente Costa eSilva, D. Iolanda, o MinistroMagalhães Pinto e senhora.Dirigiu-se para o pátio fron-teiriço à pérgula, onde se des-pediu das autoridades presen-tes, entre elas os diplomatas dospaíses da Comunidade Britàni-ca, o Governador Negrão de Li-ma e D. Jaime de Barros Câ-mara.

DESPEDIDASI.

Após ouvir a execução doshinos da Inglaterra e Brasil esalva de 21 tiros, a Rainha Eli-sabete passou em r c vi s t a aguarda de honra — formadapor um batalhão misto compôs-to de companhias, da Aeronáu-tica, do Exército e da Marinha— acompanhada pelo major-aviador Murilo Santos, da FAB.Ao mesmo tempo, o PríncipePhilip fazia o mesmo percurso,por detrás da guarda de honra.

Com um vestido lilás claro,chapéu roxo com lacinho atrás,c complementos gelo, a RainhaElisabete era a única mulherque nâo segurava o chapéu,apesar do vento forte.

À entrada do avião da RealForça Aérea a Rainha Elisabe-te e o Príncipe Philip cumpri-mentaram o Presidente Costa eSilva, D. Iolanda, o Embaixa-dor britânico e Lady Russell,Georgíaha Russell, MinistroMagalhães Pinto e senhora, ochefe do Cerimonial do Itama-rati, Embaixador Carlos Jacin-to de Barros c o chefe do Ceri-monial da Presidência, Sr. LuísHorácio Lacerda.

A única sem chapéu eraGeorgiana Russell e quem fêza reverência mais acentuada

íoi sua mãe Lad;; Russell. Do-na Iolanda Costa e Silva esta-va de vestido marrom, muitocavado, e chapéu largo bran-co com bolinhas marrons.

Ao embarque de Elisabete IIcompareceram ainda os Mi-nlstros militares, o Ministrodos Transportes, coronel Má-rio Andreazza, o Ministro daIndústria e do Comércio, Ge-neral Macedo Soares c o Em-baixador do Brasil em Lon-dres, Sr. Sérgio Correia daCosta.

Com acenos para os que ssencontravam no aeroporto,Elisabete II c o Duque deEdimburgo se despediram e en-tiraram no avião.

MENSAGEM

De bordo do VC-10, em via-gem para Santiago, a Sobera-na inglesa enviou a seguintemensagem ao Presidente Costae Silva:"Ao ensejo- de nossa partidado Rio de Janeiro, esta manhã,envio em nome de meu maridoe em meu próprio os nossosmais sinceros agradecimentosa Vossa Exoelência e ao povobrasileiro, pela grande gentile-za e hospitalidade que demons-traram para conosco, desdenossa chegada a vosso grandepais.

Desfrutamos com prazer to-dos os momentos do interes-sante e variado programa quenos íoi preparado e ficamosprofundamente impressionadospor tudo que pudemos ver emBrasilia e em outras famosascidades que visitamos. Tam-pouco nos esqueceremos jamaisda calorosa acolhida que nosíoi prestada pelo povo brasi-

-leiro.Os laços entre nossas nações

sâo firmes c duradouros e aoenviar a Vossa Excelênciameus mais ardorosos votos pa-ra a contínua prosperidade doBrasil, rogo fervorosamente queesta amizade possa crescercom solidez cada vez maior pa-ra o permanente benefício denossos dois países."

PEQVENO ACIDENTE

Magalhães vê relaçõesentrarem em nova fase

Mauro tjuer Estado dando 40% a IodosO Deputado Mauro Werneck. (Arena) apre-

sentará emenda ao projeto que concede 25% deaumento, em duas parcelas, ao funcionalismoestadual, a partir de 1969, a fim de que o per-centual seja elevado para 40',;, o mesmo pro-posto pelo Governo para a Policia Militar.

Informou o Deputado que procura ainda amelhor forma de propor a emenda, pois a ma-teria está em discussão nas comissões técnicasda Assembléia. Esclareceu que pretende melho-rar o aumento dos civis não apenas para igua-lá-lo ao da Policia Militar, mas porque êle"pouco significa diante da elevação do custo devida."

A mensagem do Governador Negrão de Lt-ma propondo o aumento de 25% — 15% em ja-

neiro e 10% em julho — foi aprovada ontempela Comissão de Justiça, de acordo com relato-rio do Deputado Couto de Sousa (MDB) .

Hoje a matéria deverá ser examinada pelaComissão de Finanças para ser levada a plena-rio ainda esta semana.

Pretende o Deputado Mauro Werneck que oaumento de 40'.;- proposto para soldadas, cabose sargentos da PM seja extensivo aos demaissetores da própria Policia Militar, ao Corpo dcBombeiros e ao pessoal civil do Estado. O pro-bls-ma é conseguir a aprovação de sua emendaantes da votação do Orçamento, prevista para odia 28.

O Ministro Magalhães Pintoafirmoií entem que a visita daRainha Elisabete II "abre umanova era na história'd-as rela-çoes entre os duas nações ami-gas, em todos os campos."

O Chanceler brasileiro acen-iuou ter-lhe a Rainha confe.s-sado que ficou encanto, da como Brasil e com o entusiasmo e•carinho que lhe foram dispen-sades durante os dias que pas-sou no pais. a convite do Go-vérno brasileiro.

— O Itamarati — disse oMinistro — não poupou esfor-ços para permitir à soberanada Grã-Bretanha uma visãoautêntica da pujante realidadebrasileira. Esses esforços fo-ram amplamente compensados,

pois estou certo de que a Rai-nha ficou encantada com oBrasil, do qual leva uma re-corriação indelével. Mas o sig-nificado da visita não se esgo-ta nesta impressão, que nos foiconfessada pela Rainha Elisa-bete e que muito nos desvane-ce. Abre-se, também, uma. no-va era na história das rela-ções entre as duas nações ami-gas, em todos os campos. Agrande publicidade em tornoda visita, em todo o mundo cespecialmente ná Grã-Breta-nha, mostrará melhor a Naçãoque somos e as possibilidadesaqui existentes para o incre-mento do comércio, turismo erelações culturais anglo-bra-siláiras."

Rainha em Recife vaidormir no "Britania"

Juizes do Trabalho aguardam 100%São Pa»/o (Sucursal) — Os juizes do Tra-

balho de São Paulo aguardam com expectati-va a reunião do Ministro Gama e Silva com oPresidente da República, amanhã, quando serádiscutido o -problema do aumento de seus ven-cimentos.

Antes de seguir para Brasília, o Ministroda Justiça disse ser favorável a um aumentode 100'.; para esses magistrados e que já apre-sentaria um projeto nesse sentido, depois redu-zido a 40% pelos Ministérios da Fazenda e doPlanejamento. O Sr. Gama e Silva disse quesustentará, nessa reunião, a necessidade de seconceder um aumento de 100',; e lembrou que aúltima palavra será dada pelo Marechal Costae Silva

No Tribunal Regional do Trabalho o am-biente é de grande expecativa diante do empe-

nho do Ministro Gama e Silva. A maioria dosjuizes acredita que o Marechal Costa e Silvadará o aumento de 100'.;- porque "além de serjusto, equiparando-nos com os demais setoresda Magistratura federal, que já receberam êsseaumento, setores do Governo temem que a rea-çáo de alguns juizes, trabalhando sob protesto,possa redundar em julgamentos favoráveis aostrabalhadores, principalmente no caso de acõr-dos salariais superiores aos oficiais.

— Certamente o Presidente da Repúblicaficará sensibilizado ao saber que um juiz subs-tituto ganha apenas NCrç 950.00 e um titularrecebe NCrS 1 100,00, menos, portanto, do quequalquer chefe de departamento jurídico de umagrande empresa particular — lembrou um juiz.

Têxteis paulistas vão proporSáo Paulo (Sucursal) — Os têxteis pau-

listas, que iniciaram a sua campanha salarialreivindicando 52S de aumento, decidiram on-tem. em assembléia-geral, propor um reajustede 35',; na reunião conciliatória do TRT.

No caso de náo chegarem a um acordo como.s empregadores, os têxteis decidiram que acei-tarão o índice de reajuste salarial a ser fixa-do pelo TRT, que supõem chegue a 30%, "cm-bora o custo de vida tenha se elevado em 52',;."

ULTIMA CONCESSÃO

Durante a assembléia, parte dos oradores,a maioria integrados nas chamadas "minoriasradicais de esquerda", frisou a necessidade dea categoria não aceitar mn aumento menor do

que 35',<, culpando ainda o Sindicato pelos con-tinuos rebaixamentos dos índices de reajuste sa-larial da classe.

A deflagração de uma greve ficou restritaentão â possibilidade de que o TRT conceda umaumento inferior a 30%, porque tanto o Sindi-cato quanto a oposição consideram "ridículos"o indice patronal de 26% e os 23% fixados pe-la política salarial do Governo.

Os dirigentes sindicais estão apreensivoscom a possibilidade de o TRT acolher o recursoda Procuradoria Regional do Trabalho contrao registro de acordos superiores ao indice má-ximo permitido pelo Governo. Segundo o pre-sidente de um sindicato, "as minorias radicaisficariam fortalecidas e colocariam em cheque apolitica seguida pelo Ministério do Trabalho."

Governo fixa novos coeficientesBrasília (Sucursal) — O Presidente Costa e

Silva fixou ontem os novos coeficientes, aplica-veis aos salários dos meses correspondentes, pa-ra os acordos coletivos de trabalho ou decisõesda Justiça do Trabalho, cuja vigência termineeste mês.

Para reconstituição dos salários reais mê-dios dos últimos 24 meses, serão utilizados os«guintes coeficientes:

Agosto de 1967 Setembro de 1967 .Outubro de 1967 ..Novembro de 1967Dezembro de 19C7 .

Mès Coeficiente

Dezembro de 1966 1,51Janeiro de 1967 1,45Fevereiro de 1967 1,43Março de 1967 1,39Abril de 1967 1,35Maio de 1967 1.31Junho de 1967 1,30Julho de 1967 1,27

Janeiro de 1968 lFevereiro de 1968 1Março de 1968 lAbril de 1968 1Maio de 1968 1Junho de 1968 1Julho de 1968 iAgosto de 1968 lSetembro de 1968 lOutubro de 1968 i

26,25,23,22,21181615

,121006,05,03,02.00

O salário real médio será a média «.ritme-tica dos valores obtidos pela aplicação dos coe-ficientes acima aos salários dos meses corres-pondentes.

Quando retornar do Chile,na próxima semana, a RainhaElisabete II pernoitará no iateBritania. que estará ancoradooio Recife, embarcando na ma-nl-ã de terça-feira para a In-glaterra. Esta será" a últimavez que a soberana, enquantoreinar, pisará em solo brasilei-ro.

A informação é do chefe doCerimonial do Palácio Guana-tara, Secretário Leal Barbosa,que revelou ser proibido; peloprotocolo britânico, que a Rai-nha visite o mesmo pais duasvezes. A passagem de Elisabe-te II, ma próxima semana, porRecife, não terá caráter oficial.

BALANÇO

Achando a Rainha "uma dásmulheres mais fascinantes quejá conheceu em toda sua vidade diplomata, o principal ele-mento de ligação entre os vi-sitantes e o Palácio Guanaba-ra afirmou que Elisabete IIdeixou o Brasil surpreendidacem o grau de desenvolvimentoque aqui encontrol, "principal-mente cm São Paulo e no Rio."

- Por todas os lugares endepassou, Elisabete II, só tinhauma expressão: "fascinante."Ao contrário dos comentáriosde alguns jornais, e da Impres-são que se tinha antes de co-nhecê-la pessoalmente, ela éuma mulher simrales, que gostatias coisas simples e que de-testa afetação. .Em nenhummomento ela sc dirigiu a al-guém, mesmo que fosse um sú-dito, secn usar de nieigúice ousem utilizar <t expressão "poríavor." Jamais se aproveitoudo fato de ser Rainha paraíazer exigências. Extremamcn-te cansada como estava já nosúltimos dias, sempre soube con-servar a serenidade no rosto,demonstrando boa vontade pa-ra este ou aquele programa.

VANTAGENS

Segundo o cheíc de Cerimo-nial do Palácio Guanabara, avisita da Rainha, "pelo menos1)0 Rio", ocorreu sem qualquerincidente, "e as gafes não fo-'ram tantas nem com a grávida-de que alguns jornais quiseramfazer crer."-

As vantagens da visita daRainha foram muitas para al-guns Estados: ruas foram as-faltadas, obras aceleradas, jar-

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?MísâSámki-:.ÂMÈ!tor,&- -Telhas ãe uma seção âo Galeão caíram quanão o VC-10 ligou as turbinas

Chilenos não pouparam aplausosSantiago do Chile (AFP-JB)

— A população da capital chi-lena aplaudiu em todo o traje-to, do aeroporto ao centro dacidade, a Rainha Elisabete IIe o Duque de Edimburgo,que iniciaram ontem sua visitaoficial de sete dias ao Chile.

A soberana desembarcou noAeroporto de Pudahuel às 14h30m, hora local, sendo recebi-da,' pelo Presidente EduardoFrei, Elisabete II ficará dois diasem Santiago, seguindo depoispara Valparaiso e posterior-mente para o lago Villarica.nosul do pais, onde passará ofim de semana. Domingo vol-tara a Santiago, começando a

InglesesLondres (Dc Robert, Dervel

Evans, especial para o JB) —A imprensa e a televisão in-glèsas, que comumente não dãomaior importância âs viagensda família real. estão analisan-do ,em profundidade os motivosque levaram a Rainha Elisa-bete e o Príncipe Philip a vi-sitar o Brasil e o Chile.

Os dois paises, pouco conhe-cidos da geração britânica dopós-guerra, são consideradosárea de influência dos EstadosUnidos, mas vão lentamente setornando familiares aos inglê-ses, principalmente graças àsvisitas da família real, ao e.s-porte e ao crescimento de suaseconomias.

viagem de regresso a Londresna segunda-feira,

RECEPÇÃO

As ruas do trajeto da co-mitiva real, do aeroporto àPraça da Constituição, onde cs-tá o Hotel Carrera Hilton, quehospedará a soberana, estavamembandeiradas e cheias da gen-te. Elisabete n, ao lado do Pre-sidente Eduardo Frei, teve queíazer mais de metade do per-curso em pé, acenando para amultidão, que a certa alturareteve o carro oficial, enquan-to caiam confetes do alto dosedifícios.

A soberana foi declaradahóspede oficial da cidade, aochegar à Praca da Constitui-

ção, onde era aguardada por 15mil pessoas. Depois de ser sau-dada pelo Prefeito de Santia-go, Miguel Fernández, que re-..cordou os laços de amizade quesempre uniram Chile e Ingla-terra, Elisabete n pronunciouum breve discurso. Frisou queo Palácio Real de St. Jamestinha o mesmo nome da cida-de e lamentou o incêndio que,destruiu, no mês passado, o Pa-lácio Cousino. tradicionalmen-te reservado aos chefes de Es-tado que visitam a capital chi-lena.

À noite, a Rainha e o Prin-cipe Philip foram homenagea-dos com um banquete, peloPresidente Eduardo do Frei.noPalácio da Moeda, sede,do Go-vêrno chileno.

comentam com destacpie

dins melhorados, cidades maislimpas, segundo comentário deoutros diplomatas que tambémtrabalharam na visita de Elisa-bete II ao Brasil.

Para o secretário Lael Bar-bosa, o Príncipe Philip foi omais curioso dos dois visitantes.Por diversas vezes perdia-se desua mulher porque ficava fa-zendo perguntas, fora do pro-tooolo, às pesoas a quem iasendo apresentado.

Como desportista, fêz váriasperguntas sôbre o iatismo bra-sileiro. No jogo cariocas e pau-listas foi o mais interessado,fazendo tôda sorte de indaga-ções sôbre a atuaçáo do.s joga-dores.

A Rainha Elisabete deixou o 'Brasil conhecendo alguma coisasôbre a artj brasileira. Todos-03 presentes que ganhou, cie ummodo geral, eram típicos e re-presentavam bem o pais quevisitava.

Quando deixar o Chile, nasegunda-feira, ela desembarca-rá no Aeroporto de Guarara-pes, em Recife, de onde seguirápara o Britania, que continuaancorado em águas brasileiras!Pernoitará a bordo e na ma-nhã do dia seguinte seguirá de ,avião para a Inglaterra Seráa última vez que ela pisarásolo brasileiro, já qué o preto-eclo não permite que cia visiteo mesmo pais duas vezes. Suapassagem por Recife não será'oficial, mas o Governador NiloCoelho deverá esperá-la no ae-roporto

Com isso, o convite do Mi-nistro dos Transport.s, Sr.Má-rio Andreazza, para que a Rai-nha inaugure em 1971 a ponteRio—Niterói, fica anulado Omáximo que Elisabete II pude-rá fazer é enviar um represen-tante oficial.

ONÇAS EMBARCARAM

As duas onças,— Aisita eMarquês de Gu. rá — que oPrefeito de Brasília, Sr. VadjóGomide, deu de presente àRai-nha Elisabete II, quando desua visita à capital federal, se-guiram ontem para Londres,em avião da British UnitedAirways.

Os dois animais chegarão ho-je à tarde ã capital britânica,onde serão desembarcados noAeroporto de Gatwick. O casalde onças foi uma retribuiçãopelos cisnes reais que a Rainhaenviou ao zôo de Brasília.

INTERESSECRESCENTE

O jornal Guardian, em co-mentário. acentuou que o in-terêsse dos britânicos pelo Bra-sil e Chile é menor do que ode muitos países, entre êlesItália, Japão, Alemanha Oci-dental e até mesmo União So-viética. Tudo isso, salienta ojornal, e o resultado de "umalonga e tenaz campanha rea-lizada por vários Embaixado-res que serviram no continen-tc". o que chegou agora a seuclímax na primeira visita fei-ta à região por um monarcainglês reinante.

O Financial Times, em seueditorial a respeito da visitada Rainha, comenta, contudo,que "o processo deixa aindamuito a desejar" porque náoíoram apreciadas, em profun-didade, as razões pelas quaisas relações com a América La-tina são importantes. O mes-mo jornal observa que têmcorta procedência as queixasd:s latino-americanos no sen-tido de que o restante do mun-do continua tão ignorante desuas condições a ponto denutrir "a surpreendente creu-ça de que se trata dc umcontinente >à espera de scr li-berado pelos herdeiros espiri-tuais de Che Guevara." Natu-

ralmente. êste não é o caso,acrescenta o Financial Times,•'pois se trata de uma regiãoque necessita de maciço invés-timento liara solução de seusformidáveis problemas."

Um tanto surpreendente, pa-ra um jornal conservador, oFinancial Times vai adiante,afirmando com franqueza que"a América Latina é uma áreadominada pelos Estados Uni-dos — pelo poder norte-ame-ricano, pela riqueza norte-ame-ricana, pelo que é geralmente'considerado como a arrogânciae insensibilidade norte-ameri-canas. O dominio norte-ameri-cano é tão grande que o res-sentimento que isto despertaconstitui uma séria ameaça àestabilidade. A Europa Ociden-tal, inclusive a Inglaterra, for-falecendo 'a amizade tradicio-nal que já possui cem a Amé-rica Latina, poderá ajudar arestaurar o equilíbrio."

CRÍTICA

Hugh 0'Shauglinessy, e.scrc-vendo no New Statcman, tocaém alguns dos pontos que di-íicultam uma melhor compre-ensão recíproca entre a In-glaterra e a América Latina.A imagem da Inglaterra comoum pais da aristocracia, datradição do pólo e dos alfaia-tes elegantes, que é ainda man-tida por muita gente da Amé-rica do Sul, está ultrapassada,diz èle. O povo da Inglaterra,por sua vez — acrescenta —recebe impressões incompletas arespeito da América Latina,que geralmente ohegam nosleitores via Nova Iorque. Êlecritica o The Times por pè»si-ma cobertura das noticias la-tíno-americanas, a Reuter, aagência de noticias inglesa, pe-la deficiência no trato dosacontecimentos políticos e eco-nômicos, e por sua preferén-cia por notícias sensacionaistais como "o ônibus precipi-tou-se no abismo na Colôm-bia." A cadeia de televisão in-glssa, afirma 0'3haughnessy,

produz, realmente, filmes exce-lentes a respeito da AméricaLatina, mas parece não com-preender que o continente ébastante grande para permitira exibição de tais filmes, men-salmente, ao invés de uma vez.por ano.

Empolgado, talvez, por seuinteresse e entusiasmo por tu-do quanto diz respeito à Amé-rica Latina, êle provàvelmen-te se excede nas críticas. A di-ficuldade é. de fato, mais pro-funda, e dimana da falta desuficiente interesse públiconum pais, onde estas media sedigladiam numa terrível com-petição. O Times e o FinancialTimes publicaram suplementosespeciais sóbre o Brasil e oChile a propósito da visita realaos dois países; o apoio publi-citário foi diminuto, mas aqualidade do texto teve al-to gabarito, refletindo o apa-recimento nas universidadesInglesas de uma nova geraçãode acadêmicos, que se especia-lizaram nos assuntos latino-americanos.

PRESSÃO

A BBC foi submetida a certapressão por parte do Ministé-rio do Exterior no sentido dedar uma cobertura compatívelà visita da Rainha. Foi per-suadida a enviar uma equipee a transmitir programas gra-vados no Rio e Brasilia.

O banquete e os discursos emBrasilia tiveram boa recepção,apesar da atração rival, repre-sentada pelas eleições norte-americanas. Mas a obsessão daBBC pelas favelas do Rio per-siste, e ficou patente que Ri-chard Baker, o comentaristada televisão, ao sobrevoar a ci-dade na manhã da chegada daRainha, ficou um tanto frus- .trado porque a neblina toldavaa visão da câmara de um fe-nômeno que, nos últimos dezanos, tem sido apresentado aopúblico, como uma das maisconhecidas curiosidades do Bra-sil.

ANÚNCIO

Mais Rainha no ''Caderno B"

O JORNAL DO BRASIL circulará no dia 15 de novembroe também com suas edições- normais dos dias 16, sábado,e 17, domingo.

Na sexta-feira, em virtude do feriado, o serviço de re-cepçáo de anúncios funcionará em regime de plantão, sò-menle na Sede e nas Agências de Copacabana, Tijuca, Méief,Penha e Cascadura, no horário de 8,30 às 17 horas.

No sábado o expediente será normal, isto é, de 8 às 11horas nas Agências e de 8 às 12 horas na Sede. (P

i

a — *•* Cad-. Jornal «5o Brasil, tSrça-felrav' 12-11-68

Vietãtame

A suspensão dos bombardeios ao Vietname do Norteenvolveu uma intricada rede de negociações que nãoexcluiu a participação de Moscou. 0 grande logradoda história, Van Thieu, entretanto, parece decidido avingar-se do ardil que êle mesmo acusou os negocia-dores de terem armado. E seu impasse com Wmhing-ton e Hanói continua adiando a solução da guerra.

HSaigon (UPI-APP-JBl — Pela primeira vezdesde que entrou em vigor a cessação dos bom-bardelos contra o Vietname do Norte, os comu-nistas dispararam ontem sóbre posições aliadas

«o euI da Zona Desmilitarizada.Durante três horas, uma bateria antiaéreae outra lança-foguetes atacaram os fuzileiros na-vais dos Estados Unidos, matando 4 e ferindooutros 41. O.s americanos contra-atacaram des-traindo dez fortifica çôes e uma posição antifo-

guete norte-vietnamita. além de causarem um in-cêndio numa segunda base inimiga.LOCALIZAÇÃO

Aviões dc reconhecimento e unidades de ter-ra avistaram o deslocamento de forças comunis-tas a um quilômetro da Zona DesmilitarizadaLogo depois, os aparelhos de combate entraramten ação destruindo pelo menos dez casamatas.A artilharia norte-vietnamita empregou pe-caa tie 75 milímetros e foguetes de 122 milímetrospara- atacar uma posição dos fuzileiros navais emU>n Thien e dois acampamentos vizinhos. Tam-

anoi reinicia ataques ao V ietname do Sul

Logo depois das 6 horas da manhã deterça-íeira, 29 de outubro, um dos asses-sores mais chegados do Presidente Johnsonsam da Casa Branca com um humor exce-lente."Eu me regozijava — diria èle mais tarde— em pensar que depois de tantos meses nósconseguimos finalmente chegar a um acordocom Hanoi que nos permitiria trilhar o ca-mmho da paz."Depois que êle e outros assessores forampara casa dormir, 0 staff do Presidente John-son começou a planejar o seu aparecimentona televisão nesta mesma noite, para anun-ciar que os Estados Unidos e o Vietname dobul tmham estabelecido um acordo com oVietname do Norte. Os aliados poderiam sus-pender o bombardeio ao Vietname do Nortee Johnson poderia pedir, em troca, o inicioda ampliação das conversações de paz em Pa-ris; e a concordância de Hanói em não abusarda zona desmilitarizada, ou bombardear ascidades do Vietname do Sul. Os ataques con-tra o Vietname do Norte poderiam ser sus-

pensos na manhã do dia seguinte, 30 de ou-iubro, e as conversações, a que estariam pre-sentes tanto Saigon quanto a Frente Nacio-nal de Libertação poderiam ser iniciadas noala 2 de novembro, num sábado. Em Saigono Embaixador Ellsworth Bunker foi informa-do de que. no dia 29 de outubro, numa reu-n:ao na Casa Branca, o General Creighton WAbrams, comandante-geral dos Estados Uni-dos no Vietname, tinha recomendado a con-tinuação dos acordos feitos secretamente, du-rante as três semanas anteriores.

exigências_ Bunker também foi informado de que aúnica coisa pendente era o consentimentoÍinal do Presidente Nguyen Van Thieu doVietname do Sul, ao comunicado conjunto queoevena ser feito 12 horas mais tarde. "Bira-

ker nos disse que Thieu tinha concordado comu plano em sua essência", declarou uma fontegovernamental, "e por isso não esperamos ne-nhum problema de última hora." Cerca de7 horas da manhã, porém, Bunker informouque Thieu poderia não concordar com o co-municado conjunto. Thieu disse primeiro quenao teve tempo bastante para preparar umadelegação para o inicio das conversações nodia 2 de novembro, mas depois suas objeçõesfie estenderam ate, finalmente, a declaraçãotíe que nao haveria pàíttctoaçãó dos sul-viet-namitas, a menos que o Vietname do Nortedeclarasse publicamente que a Frente Nacio-nal de Libertação, braço pciitico do Vietcongnao era uma entidade independente.

A recusa do Vietname do Sul em parUci-par do acordo obrigou o Presidente Johnsona adiar seu discurso para a noite de 31 deoutubro, criando uma divisão aberta entreWashington e Saigon. A crise entre os doisaliados era inesperada. Altas autoridades .doGoverno tiveram duras palavras para com oslideres de Saigon, e nesta capital, muitos viet-namitas transformaram a crise numa cam-panha nacionalista contra os Estados UnidosEm Paris, os negociadores norte-vietnamitasmarcavam, felizes, alguns pontos em favor desua propaganda, aparecendo como a partemais conciliatória, enquanto, ao mesmo tem-po, buscavam ampliar o vácuo entre Saigone Washington. Como os funcionários ameri-canos contaram a história em Saigon e emWashington, eles estabeleceram sólidos acôr-dos, nada menos do qué quatro vezes, e ossul-vietnamitas concordaram, entre outrascoisas, em apoiar os Estados Unidos na sus-pensão do bombardeio ao Vietname do Norte,e enviar uma delegação de paz a Paris paraestabelecer negociações às quais estariampresentes tanto os norte-vietnamitas quantoos representantes da Frente Nacional de Li-bertação.

As dúvidasNa versão sul-vietnamita, houve acordo,as vezes, mas em cada vez. um exame maisatento revelava que o acordo não se estendiaas objeções que os americanos insistiam emver superadas. Por que, se sempre houve acôr-dc. o Presidente Thieu declarou que o Presi-dente Johnson agiu "unilateralmente", aosuspender o bombardeio ao Vietname do Nor-te? Per que sc recusou a participar das ne-

gociaçoes de paz em Paris, num pronuncia-mento quê teve repercussões internacionais eprovocou um adiamento indefinido nas nego-ciações de paz? Thieu estava constantemen-te quebrando sua palavra e mudando a posi-çao? Ou será que a Embaixada americana viunos acordos mais do que existia na realidade?Estariam, os vietnamitas "fazendo hora", na

bém um acampamento das forças sul-vietnami-tas foi atingido.Fontes militares de Da Nang revelaram que osnorte-vietnamitas se aproveitaram da trégua nosbombardeios para transportarem até a fronteira,em plena luz do dia, canhões de grande calibre.Nas plantações de Xuam Loc, artilheiros daFrente Nacionai- da Libertação bombardearam,com obtises de morteiro, o acampamento de tro-

pas especiais de Long Hai, ferindo dez pessoas.Na província de Tay Long, junto ao Cambo-ja, a atividade militar intensificou-se súbita-inente nas ultimas 24 horas. Combates violentosentre unidades blindadas norte-americanas e tro-pas norte-vietnamitas e vietcongs se sucederamdurante todo dia de ontem.Importantes forças inimigas, calculadas emquatro divisões, estavam concentradas na zonafronteiriça com o Camboja. Alguns vietcongs ten-taram cruzar a linha divisória, mas foram força-dos pelas forças norte-americanas de Tay Ninh,Binh _ Long e Phuoc Long a permanecerem emterritório sul-vietnamita.Uma lancha de desembarque norte-americana

explodiu, ao ser alcançada em cheio por um pro-jetil norte-vietnamita, perto da Base de DongHa, ao sul da Zona Desmilitarizada.Outra embarcação dos Estados Unidos foi da-nificada em conseqüência do fogo norte-vietna-

mita. Os dois impactos se verificaram quando asunidades navais patrulhavam o Rio Cua Viet,utilizado pelos estadunidenses para abastecimentoda base logística de Dong Ha.O médico David Serson, especialista brasilei-ro em cirurgia plástica de renome mundial, che-

gou domingo a Saigon para uma troca de Infor-mações com seus colegas vietnamitas.O cirurgião, que dirige em São Paulo umaclinica de cirurgia plástica, permanecerá cercade 10 dias no Vietname do Sul, onde fará umasérie de conferências sóbre a técnica brasileira

para o tratamento de primeira urgência. Acom-panha-o em sua viagem o encarregado dos ne-gócios da Embaixada do Brasil em Saigon, Ro-gério Corção Braga.AVISO

O Chefe do Estado Maior do Exército do Ar

norte-americano, General J. P. McConnell, adver-tiu ontem o povo norte-americano contra um ex-cessivo otimismo criado ante a possibilidade dorestabelecimento da paz no Vietname.Ao representar o Presidente Lyndon Johnson

numa solenidade realizada no Cemitério Nacionalde Arlington, o militar avisou que "a cessação dashostilidades poderia significar outra coisa diferen-te do que o término da agressão comunista e doscombates norte-americanos em Ultramar."

O General McConnell, recém-chegado de umaviagem ao Sudeste asiático, acredita, apesar detudo, que a paz pode ser restabelecida no Vietna-me, mas lembrou: "Necessita-se ainda de muitotempo e de duros combates autos que consigamosajudar a população do Vietname do Sul a resta-belecer a paz e a segurança do pais, destruídaspela guerra."

Um dos principais conselheiros do PresidenteJohnson, Walt S. Rostow. declarou domingo queconfiava em que o Governo de Saigon participedas negociações de paz de Paris.

Falando pela televisão, Rostow citou três con-

Como os EUA suspenderam os bombardeios aéreos

dições necessárias para lograr uma paz duradourano Sudeste asiático:1 — A garantia da neutralidade do Vietname;2-A segurança da Zcna Desmilitarizada e 3 —A retirada dc tropas estrangeiras do Vietname doSul, tanto norte-vietnamitas como norte-ameri-canas.Rostow declarou que o Governo do PresidenteNixon herdará uma situação mundial muito me-lhor que a existente quando o Presidente Kennedyassumiu o Governo.Naquela época, lembrou, a política japonesaera caótica, a da Coréia havia sido enfraquecida

por um Governo inseguro, e a da Indonésia eraditada por elementos comunistas.O Governo sueco anunciou que não pensa emreconhecer o Vietname do Norte num futuro pró-ximo, mas que deixou .. porta aberta para umamodificação de politica, no futuro.A Chancelaria rejeitou um pedido do Comitêfeueco pelo Vietname, que pedia o restabelecimentode relações diplomáticas entre Estocolmo e Hanói

esperança de que Richard Nixon pudesse ven-cer as eleições presidenciais, mostrando-semais simpático às suas posições do que o Pre-sidente Johnson?E o que motivou os norte-amevjcarios

quo aurante anos declararam que não con-contariam com nada, até que os Estados Uni-dos suspendessem "incondicionalmente" obombardeio, a subitamente mostrar no iniciodo outono que estavam querendo modificarsuas exigências e tirar as negociações de pazde Paris do ponto morto? A procura da res-

posta foi até o fim de maio, quando as ne-gociaçoes preliminares em Paris tiveram iní-cio. entre americanos e norte-vietnamitas OEmbaixador Averell Harriman, chefe dos re-presentantes americanos, foi instruído, entãoa dizer aos norte-vietnamitas que os EstadosUnidos estavam dispostos a suspender o bom-bardem, se o Vietname do Norte não tifassédisso nenhuma vantagem militar, e se entras-se prontamente em sérias discussões Duran-te toda a primavera e o verão, houve reuniõesesporádicas entre o Embaixador Bunker e oGoverno de Saigon, nas quais se examinavamos desenvolvimentos das conversações de Pa-ris. Observadores em Saigon notaram que nãohouve nenhum sério desentendimento em re-lação às propostas americanas, porque a maiorparte das soluções parecia ser puramente lú-pote tica.

Gene Roberts, SaigonHedrick Smiih. ParisBai-titird Gwerlzmah, Washingtondo New York Times

CondiçõesOs sul-vietnamitas estavam convencidosde que o Vietname do Norte não tinha inten-

çoes de negociar seriamente, e esta opiniãoera reforçada pelos relatórios de Washingtonde que os deis lados em Paris pareciam e!starfalando do passado. Mas enquanto Saigon des-cansava na crença de que as conversações deParis seriam, em última análise, infrutíferas,os Estados Unidos persistiram na procura de'uma formula que pudesse resolver o impasseFinalmente, encontrou-se uma fórmula, logosubmetida ao Vietname do Norte. Em sinte-se: o Presidente, simplesmente, não poderiamanter a cessação do bombardeio ao Vietna-rne do Norte, a menos que isto significasse pa-ra êle, para o povo americano, e para os nos-sos aliados, um autêntico passo em direção àpaz. A cessação do bombardeio não poderiaser mantida, se houvesse abusos na Zona Des-milltarizada, ou se os. vietcongs e os norte-vietnamitas atacassem as cidades. O Vietna-me do Norte também tinha que concordarprontamente em realizar sérias discussões po-liticis que incluiriam o Govêmo do Vietnamedo Sul.

S%

Jchnscn disse a Harriman, no dia 17 desetembro, e a Cyrus R. Vance, segundo repre-sentante americano, no dia 3 de outubro, queessp, era, de fato, a posição. Enquanto isso, emParis, os negociadores americanos começa-ram, no final de maio e início de junho' amanter conversações secretas com o lado nor-te-vietnamita, além dos encontros fartamentedivulgados do Hotel Majestie.O primeiro contato se deu entre WilliamJ. Jorden c Nguyen Thanh Le, porta-vozesdas delegações americana e norte-vietnamita.Logo depois, houve um encontro entre o co-ronel Ha Van Lau, o segundo representantede Hanoi, e o representante americano CyrusVance. Algumas vezes, as sesões eram aumen-taaas para incluir praticamente todos os mem-bros das duas delegações- Ambas as delega-çoes tomaram cuidadosas medidas para sal-vaguardar o caráter sigiloso das reuniões Fo-ram usacos diversos locais, quase todos nossubúrbios de Paris. Os dois lados se encomtra-ram em diferentes horas do dia, algumas vê-zes bem cedo, de manhã, outras vezes tardeda noite. Os americanos andavam em carro*particulares ou alugados, de preferência à<=lnnousines da embaixada.

_ Do ponto-de-vista americano, Xuan Thuynao e o mais importante, negociador norte-vietnamita, mas sim Le Duc Tho. revolucio-nano de o7 anos, membro do Politburo doPartido Lao Dong (Comunista) do Vietnamedo Norte. Harriman instintivamente se sen-tiu atraído por éle. Os negociadores ameri-canos sao de opinião de que êle é um homemcie inteligência e de autoridade. Fontes auto-nzadas de Washington coseram que os norte-vietnamitas em Paris começaram a se inte-ressar nela fórmula americana nor volta de9 de outubro, mas aparentemente o encontroprincipal so se deu, segundo fontes parisien-ses, no dia 12 de outubro quando Le DucTho fez a Harriman a pergunta fundamental-iriam os Estados Unidos susnender os bombarldeios ao Vietname do Norte, se Hanói con-

cordasse com a participação do Governo sul-vietnamita nas conversações?

Ponto críticoTodas as fontes em Washington, Saigon e

Paris concordam em que êste foi o pontocritico. Tho deixou Paris, dois dias depois,parando em Moscou e em Pequim, em dire-ção a Hanói. Enquanto isso, o Govêmo John-son examinava atentamente as medidas paraestabelecer um acordo, tanto com Hanói quan-to com Saigon, em termos de suspensão ónbombardeio. Fontes de Washington disseramque Harriman declarou a Le Duc Tho queteria de haver algum entendimento sóbre aZona Desmilitarizada, sóbre as cidades, e sò-bre a expansão das conversações.

Disse também que iria submeter a ma-teria à apreciação de Washington. Johnson,então, enviou mensagens ao Embaixador Bun-ker e ao General Abrams, perguntando-lhesse estavam de acordo em instruir Harrimanna busca de um entendimento com Hanói,tomando por base a fórmula obtida prévia-mente.Êles responderam conjuntamente, numtelegrama assinado por Funker. que dizia: "Eue o General Abrams interpretamos o inter-câmbio com Hanói come uma clara indicaçãode que Hanói está pronta para uma táticasubstituição do campo de batalha pela mesade conferências. Concordamos com as instru-ções a Harriman e a Vance."

Bunker foi. então, instruído a manter oPresidente Thieu informado dos últimosacontecimentos. No dia 13 de outubro, do-mingo, Bunker e Thieu reuniram-se secre-tamente — a primeira de, pelo menos, 18sessões que os dois homens teriam nos pró-ximos 20 dias. Segundo alguns diplomatasligados à Embaixada americana, Thieu fêzperguntas sobre o andamento das reuniões,tendo Bunker conseguido respostas satisfa-tórias, obtendo assim o "consentimento" doPresidente. Na segunda-feira, dia 14, às 13h30m. o Presidente Johnson reuniu-se com to-dos os chefes de gabinete. Os assessores, de-pois de receber informes pormenorizados doSecretário de Estado. Dean Rusk, e do Se-cretário de Defesa, Clark M. Clifford. concor-daram unanimemente. Todos o.s paises alia-dos que contribuíram com tropas, Coréia doSul, Tailândia, Filipinas, Austrália e Nova Ze-lândia, também concordaram.

municacoesCom todo êste apoio, Johnson solicitou a

Harriman que mostrasse a fórmula a Hanói,o que aconteceu no dia 10 de outubro.

Porque o Vietname do Sul insistiu em quequeria apenas "um dia" intermediário entre asuspensão dos bombardeios e o início dasconversações, Harriman pediu aos norte-viet-namitas que concordassem com tal proposta.Foi também no dia 16 de outubro que surgi-ram os primeiros problemas com o Vietnamedo Sul, e as fontes em Saigon acreditam quea maior parte das hostilidades foi causadapela velocidade das comunicações. Neste dia,uma mensagem da Casa Branca chegava an-tes do anoitecer à Embaixada."Washington está sempre esquecendo adiferença de tempo", resmungava um funcio-nário americano em Saigon. "Eles se esque-cem de que quando são 5 e meia da tardeem Washington, são 4 e meia da manhã aqui."Nesta hora, a Casa Branca queria obter o"consentimento" de Thieu imediatamente, emum comunicado conjunto que seria reveladoao público, caso Hanói aceitasse a proposta.A mensagem dizia "imediatamente" e, as-sim, Bunker respondeu imediatamente. Cha-mou o Presidente Thieu por volta de 6h damanhã e combinou uma reunião para 6h05n..O comunicado conjunto, segundo alguns di-plomatas que o viram, era um documento la-cônico. Anunciava que os Estados Unidos es-tavam suspendendo o bombardeio sóbre o Viet-name do Norte. Dizia também que "sérias ediretas" conversações de paz estavam paraser efetuadas prontamente em Paris, entre oVietname do Norte, o Vietname do Sul e osEstados Unidos.

FNL de foraO comunicado não fêz nenhuma mençãoa Frente Nacional de Libertação, embora —

de acordo com os sul-vietnamitas e os ame-ricanos — estivesse "subentendido" que aFrente poderia também estar presente.O problema, conforme disseram mais tar-de americanos e sul-vietnamitas, não era sa-ber se a Frente iria participar, mas como de-veria fazê-lo.

Diplomatas ligados à Embaixada Ameri-cana disseram, porém, que isso não era mais

um problema, quando Bunker deixou o Pa-lácio Presidencial, depois da primeira reuniãopela manhã. Disseram que èle conseguiu oconsentimento de Thieu sobre o comunicadoe que incentivou o Presidente a informar seuConselho de Segurança Nacional e os lidereslegislativos sobre a possibilidade de uma "ru-tura" que poderia conduzir à suspensão dobombardeio e a "sérias" conversações de paz.Funcionários sul-vietnamitas respondem, poroutro lado, que Thieu concordou apenas emapresentar o comunicado conjunto ao Con-selho. Disseram que o comunicado foi olhadocomo sendo "apenas um esboço". Mas exata-mente quando os rumores de uma rutura co-meçaram a circular pelo resto do mundo.' Ha-nói começou a pôr obstáculos. Ao invés dereunir-se no dia posterior à suspensão do bom-bardeio, Hanói quis um adiamento de váriassemanas.

URSS em cenaLogo depois, Hanói indicou que queriaum comunicado no qual os Estados Unidosaceitassem o conceito de que a susoensão dobombardeio era incondicional. Mais ou me-nos nesta época, o Governo soviético foi tra-zido às discussões. Dean Rusk encontrou-se

diversas vezes com o Embaixador Anatoly F.Dobrinin para explicar a situação. Finalmen-te, no dia 27 de outubro, domingo, Washing-ton recebeu garantias de Hanói de que a pro-pesta americana seria aceita. Fontes pari-sienses declararam que, nos momentos criti-cos, nas negociações secretas, cada parte di-zia sua posição clara e lentamente, a fim deque a outra pudesse tomar notas precisasFontes de Washington disseram que se insis-tiu junto a Hanói e a Moscou nara saber setinham compreendido integralmente o quesignificavam os termos americanos para asuspensão dos bombarde/.os.

Para se certificar de que tudo estava emordem, Johnson convocou o General Abrams,no dia 27 de outubro. O General se encontroucom Johnson por volta de 2h30m do dia 29de outubro, e reafirmou seu apoio à saispen-são do bombardeio. Bunker recebeu a incum-bência de encontrar-se com Thieu novamen-te, e conseguir seu apoio ao comunicado con-junto. Em Saigon, contudo, o Governo sul-vietnamita estava manifestando seu mal-es-tar quanto ao que poderia acontecer em Paris,quando a suspensão do bombardeio fosseanunciada. Os sul-vietnamitas levantaram osproblemas de como se deve proceder, nestecaso. Tais problemas incluíam os seguintes:os delegados da Frente Nacional de Libertaçãoreceberiam permissão de sentar-se como umgrupo? A Frente teria permissão para trazersua bandeira à sala de conferência? E os sul-vietnamitas poderiam trazer a sua? Os sul-vietnamitas poderiam ter um nome na pia-ca, que indique Vietname do Sul? E a Frente,teria seu nome excluído da placa? A posi-ção de Bunker era dc que o melhor serianão haver bandeiras nem nomes cm placa pa-ra ninguém na sala de conferência. Cadalado da mesa poderia fazer os seus própriosarranjos.

RepresentatividadeFuncionários sul-vietnamitas dizem ago-

ra que élcs estavam tentando evitar que pu-desse haver conversações diretas entre o Go-vêrno de Saigon e a delegação da Frente.Em suma, Saigon queria falar com Hanói, enão com a Frente. A resposta do Embaixa-dor é que os Estados Unidos e o Vietname doSul podiam evitar estas implicações, tratan-do a Frente simplesmente como um represen-tante de Hanói. Depois de muitos contatos en-tre Washington e Saigon, Bunker e o Embai-xador substituto Samuel Berger voltaram aver Thieu e seus conselheiros com um nôvoesboço de comunicado. Eis alguns trechos: "Osdois Presidentes chegaram a esta decisão co-mum porque têm boas razões para crer queo Vietname do Norte os acompanhará na de-sescalada da guerra e que a delegação doVietname do Norte dará início a diretas esérias conversações com a delegação da Re-pública do Vietname (do Sul) e dos EstadosUnidos.

"Os dois Presidentes querem deixar bemclaro que a República do Vietname e os Es-tados Unidos não reconhecerão a Frente deLibertação Nacional coi/.o uma entidade sepa-rada do Vietname do Norte." Como achou aEmbaixada, isto não compromete o Vietnamedo Norte com coisa nenhuma e, assim nãoreabriu a proposta que acabara de ser acei-ta por Hanói. Também não impediu que a

Frente comparecesse -à reunião como uma "en-tidade separada." Disse simplesmente que osEstados Unidos não a reconheceriam como talFontes bem situadas disseram que não lia-via motivo para desentendimentos. Mas ossul-vietnamitas agora dizem que eles vêemHanói e os EUA engajados em uma conver-saçao triangular, barrando a presença da FNLcomo uma entidade separada.

Os sul-vietnamitas" estavam satisfeitos"Segunda-feira foi o dia mais feliz detoclos os dias — declarou um funcionário;todo mundo está feliz."A notícia chegou de Washington na ou-tra tarde, sobre o fim do imnasse com Ha-noi e pedindo a presença do Sul em um co-municado conjunto que anunciaria as conver-saçoes, a serem iniciadas em 2 de novembro.

EnganandoMas Thieu disse que seu Vice-Presidente

Cao Ky. que deveria ser o chefe da delegaçãoem Paris, necessitava de mais tempo. Wash-uigfcon informou que o discurso presidencialsena adiado por um dia. Então, uma nova cseria crise ocorreu. Thieu recebeu uma men-sagem na qual Pham Dang Lam, seu prin-cipal observador em Paris, informava que êletinha conversado com Harriman e estavaconvencido de que os norte-americanos esta-vam enganando o.s sul-vietnamitas. Êle di*seque Harriman lhe havia afirmado que os nor-te-vietnamitas não tinham concordado comnada além de deixar o Vietname do Sul par-ticipar das conversações.

Thieu e Ky acusaram iradamente a Bun-ker e Berger de logro. Bunker deixou o pa-lácio a lh e voltou com uma mensagem doPresidente Johnson. Dizia que Johnson nâosabia o que Lam estava informando, mas queos EUA apoiavam Bunker e estavam com apalavra empenhada.

Do ponto-de-vista americano, os sul-viet-namitas estavam mais impressionados com oteor da mensagem de Lam do que com seuspontos substantivos, e fontes diplomáticasdisseram que o Vietname do Sul sabia que aúnica concessão de Hanói foi a presença doGovêmo de Saigon em Paris. Em um sentido,cies disseram, o comunicado conjunto era aabertura e o Vietname do Sul sabia disto.Por causa da reação, um nòvo adiamentofoi dado ao anúncio da pausa nos bombardeios,de 30 de outubro à tarde do dia 31. Fontesde Washington disseram que Hanói não pro-vocou nenhum problema com o atraso dasuspensão do bombardeio, mas em Paris in-formou-se que os norte-vietnamitas expres-caram irritação.

Em Saigon, os nervos afloraram-se comas conversações apressadas. Em certo mo-mento, dizem informantes sul-vietnamitasThieu perguntou a Berger, que estava pres-sionado pelo apoio sul-vietnamita, se êle era"um representante de Hanói."

Thieu irrita EUAOs americanos ficaram irados quando-hieu então exigiu que todas as velhas fór-mulas fossem rasgadas em favor de uma de-claração de que Hanói não poderia usar "de

as una" para colocar a Frente Nacional de-Libertação de lado como uma "entidade sepa-rada. Também exigiu que as conversaçõesde Paris entrassem em "uma fase completa-mente nova" e que Hanói desse "garantiasfirmes e inequívocas" de que não parlamen-taria diretamente com o Vietname do Sul.Tudo isto era inaceitável para o Embai-xador dos EUA, que disse que as exigênciassabotariam as possibilidades das negociações.Do ponto-de-vista dos sul-vietnamitas —embora eles jamais o dissessem abertamente,a não ser mais tarcie — a administração deJohnson deixava de lado uma oportunidadepara vencer a guerra, em um esforço naraeleger o Vice-Presidente Hubert Humphrey,através de uma dramática suspensão dosbombardeios, a poucos dias das eleições. Thieudisse que Hanói estava entrando em acordosimplesmente porque suas tropas vinham re-cuando sistematicamente, desde o Tet.

Para alguns americanos, os sul-vietna-mi tas estavam tentando sabotar as negocia-ções na esperança de que Nixon ganharia aseleições e que seria mais simpático aos seuspontos-de-vista.

Em sua última entrevista com Thieu,Bunker não conseguiu chegar a um enten-dimento. Thieu pediu nôvo adiamento. "Étarde demais", redarguiu Bunker."No principio, a coisa foi muito agrada-vel — comentou um diplomata — mas, nolinal, transformou-se em um jogo para' verquem cederia primeiro. Ambas pensavam queo outro recuaria. Mas nenhum' dos dois re-cuou."

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Israel diz que Egito nãoquis conversações de paz

Jornal dn Brasil, térça-teira, 12-11-0.-, 1." Cad.

Nações Unidas, Cairo (AFP-UPI-JB1 — OChanceler de Israel, Abba Eban, acusou ontemo Governo egípcio de procurar impedir acordosda paz no Oriente Médio c de ter abandonadoas conversações com o mediador da ONU. Gun-nar Jarrlrig, quando podiam ter inicio os con-tates entre os dois países.

No Cairo, o Chanceler egípcio MahmoudRiad informou ao Gabinete egípcio, na primei-ra reunião realizada após seu retomo de NovaIorque, que as gestões de Jarring para a pa-cUicaçáo do Oriente Médio chegaram a umImpasse total. Riad propôs em seguida medi-das a serem tomadas após encerrada a tenta-tiva dc conciliação, segundo o órgão oficiosoAl Ahram.

DIALOGO

O Chanceler israelense Abba Eban afirmouontem que a partida dc Nova Iorque do Chan-celer eyípcio Mahmoud Riad significava aban-donar o projeto de paz apresentado pelo me-riiador da ONU, no momento em que surgiauma possibilidade cie diálogo.

Israel, afirmou Eban, foi o autor, até ago-ra. de todas as iniciativas a favor de um diá-logo israelense-árabe, ao passo que os árabesem nada contribuíram.

Apesar da .partida do representante egíp-cio, ressaltou Eban, Israel continua disposto acooperar com a missão Jarring e a enviar seusrepresentantes a qualquer lugar, em prei da pa-cificação.

Concluiu o Chanceler israelense afirmandoque a política egípcia continua, aparentemen-tc. baseada no principio de não admitir nego-ciações. reconhecimento ou paz. Nesta base, na-da sc pode concluir.

Após ouvir a exposição de Mahmoud Riad,segundo Al Ahram, o Gabinete egípcio passoua discutir em detalhe as medidas a serem to-madas em conseqüência a um fracasso da mis-são Jarring e abordou a recente criação damilícia popular egípcia e os programas acele-rados de defesa civil.

Em Beirute cerca de três mil estudantesrealizaram uma manifestação ds apoio aos "co-mandos" árabes antiisraelensos, cm frentes à.sede do Governo libanês, e entraram em con-ílito com a policia quando esta impediu querealizassem um desfile até às Embaixadas daJordânia e da República Árabe Unida.

Os policiais, equipados com capacetes deaço, empregaram bombas lacrimogêneas paradissolver os manifestantes, que os atacavam compedradas.

COMBATE

Forças jordanianas e israelenses travaramontem um combate de artilharia através dorio Jordão, sem que houvesse baixas de qual-qusr des lados. Porta-vozes militares jordlan a-nos informaram que dois aviões a jato israc-lenses participaram do incidente, lançando bom-bas incendiadas na região de Bakura,

Em Jerusalém um porta-voz cio Governoisraelense disse que as tropas jordanianas abri-ram fogo com bazucas e morteiros, contra umapa-f.ivíha israelense a sudeste do kibbuitz deAihclot-Yaaccv, às 5h00 GMT imeia noite dedemingo, em Brasília).

Segundo os informantes jordanianos, umahora após êsse tiroteio inicial, outras forma-ções israelenses abriram fogo contra tropas jor-danianas no norte do Jordão, travando-se nóvocombate de 40 minutos, igualmente sem qucocorressem baixas.

Eshkol deve adiar vinda ao BrasilJerusalém (APP-JB) — A delicada situa-

cão politica reinante no Oriente Médio poderálevar o Primeiro-Ministro israelense Levi Eshkola adiar para o próximo ano sua visita oficialno Brasil, informaram ontem círculos chegadosà Presidência do Conselho.

A viagem do Premier, prevista para de-zembro, seria adiada para o segundo trimes-tre de 1969. segundo os informantes. Como oroteiro inclui Washington. Buenos Aires e San-tiago. o adiamento permitiria a Eshkol entre-vistar-se com Richard Nixon já empossado naPresidência dos Estados Unidos.

Os meios políticos israelenses atribuíam on-tem dois outros motivos principais para umadecisão de adiamento. O primeiro é o dc quenas próximas semanas o Governo israelense dc-verá tomar, provavelmente, importantes deci-sões sóbre as perspectivas de paz com o mun-do árabe c a participação de Eshkol será im-prescindivel.

Em segundo lugar, as divergências existen-tes no seio do próprio Governo de Israel a res-peito do conflito árabe-israelense tornam ne-cessaria sua presença, na opinião dos infor-mantes.

Hussein da Jordâniaestá entre dois fogos tio Neiv York Times

Amã — Hussein. o Rei jordaniano, enfren-ta uma das mais difíceis decisões de sua vidaporque suas tentativas para chegar a um acôr-da negociado com Israel falharam e porque e.stásendo fortemente pressionado internamente.

Numa rerente entrevista, o Mcnarca revê-lou que logo depois da volta do seu Chanceler,Abdel M-onem Rifai, que está em Nova Iorque,o caminho que lhe restará seguir será o daescalada militar.

PACIFISTA

Sendo um facifista por natureza — comoo foi seu avó Rei Abdullah assassinado poramar a paz logo depois da primeira guerra en-tre árabes e israelenses — a opção a ser se-guicla transforma-se numa tragédia para Hus-sein.

O Monarca de 33 anos de idade tem leva-do uma vida melodramática. Já escapou damorte doze vezes e sua carreira tem sido umconstante passeio na corda bamba entre a de-íesa do regime e a revolução. Sempre fiel aoseu conceito de honra, Hussein tenta a sobre-vivência.

A mais difícil característica da decisão cn-frentada pelo Rei é a que diz respeito ao con-flito interno com cs grupos de comandos quealimentam uma espécie de guerra particularcom Israel, fazendo base em solo jordaniano e,cm menor grau, do território de outras naçõesárabes.

Hussein nunca desejou a existência dessesgrupos em seu reino. Antes de junho de 1967,Hussein já tinha grandemente restringido asatividades do Exército de Libertação da Pales-tina de Ahmed Shukairy que, quando eclodiua guerra, pouco contribuiu a náo ser fazendomuito barulho. O Rei via a entidade e o seucomandante como um intolerável desafio à suaautoridade.

SABOTAGEM

Porém terminada a guerra de junho, Hus-sein fei incapaz de opor-se à pressão pcpularque via como muita simpatia essas organiza-ções militares. O Exército e as forças de se-gurança faziam vista grossa enquanto os ter-roristas realizaram incursões centra Israel.

Operando fora da lei, os comandos se agru-param em dua; grandes organizações. Al Fatah,que é a maior e o Exército de Libertação daPalestina, além de outras entidades menores.Constantemente necessitando de dinheiro, al-gumas dessas organizações vêm fazendo cam-panha para angariar fundos junto ao povo.

Suas atividades estão próximas ao bandi-tismo. O .grupo denominado Katach al Nasr, porexemplo, apedrejou recentemente a Embaixa-da americana em Amã e retirou do mastro abandeira dos Estados Unidos.

Quando os agentes de segurança jordania-nos prenderam o líder e mais 70 membros daorganização Al Nasr, o grupo revidou, captu-rando e maltrantando quatro membros de umapatrulha militar. Quando as forças de segu-rança apertaram o cerco em torno do quartel-general do grupo, seus componentes espalha-ram-se pela capital, fomentando desordens. Agrita era no sentido de que o Governo estavasuprimindo as organizações de comando. Mui-tos acreditaram na história e promoveram ma-nlíestações em favor da Al Nasr.

A rádio da organização Al Fatah acusou oRei e seu Governo dc empregar a Al Nasr pa-ra provocar incidentes destinados a dar ao Go-vérno um pretexto para esmagar os comandos.

Infelizmente para Hussein, estas acusaçõesmerecem amplo crédito na Jordânia e no mun-do árabe. A maioria do povo suspeitava de queo Rei não tolerava os comandos, chegando mes-mo a desprezá-los.

Hu,;sein contra-atacou alegando que o AlNasr eram agentes de Israel; Mas isto não eli-minou a necessidade de resolver uma séria cri-se de confiança entre êle e o público.

A suspensão das conversações entre os ára-bes e israelenses, nas Nações Unidas é. desteponto-de-vista, fortuito. Dará oportunidade aoRei de declarar, convincentemente, que não es-tá realizando negociações, diretas ou indiretas,com Israel.

A próxima medida clc Hussein talvez sejaescolher como Premier a Wasfi Tal, o autor deum plano de converter a Jordânia num Es-tado de Comandos. As operações de comandosofreriam uma escalada dentro de uma estru-tura de total mobilização, convocação de rc-servistas e fortalecimento da defesa civil-

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Nave russa lançada ontemcontorna a Lua dia 16 e

depois regressa à TerraMoscou, Bochum, Jodrell Bank, Londres (AFP-

UPI-JB) — A União Soviética lançou ontem, comêxito, a cosmonave automática Zond-6, que deve-rá contornar a Lua e retornar à Terra no dia 16,amarando a leste de Madagascar, no oceano lh-dico.

A Agência Tass informa que a Zond-6 "foicolocada em sua atual trajetória, a partir de umaórbita intermediária, como satélite artificial daTerra. A estação automática segue a trajetória devôo predeterminada e os cientistas mantêm comvòo pre-determinada e os cientistas mantêm comela permanente contato pelo rádio." Estes foramos únicos detalhes divulgados sobre a nova expe-riência espacial, não tendo sido revelado o pro-grama do vôo, como é usual nas experiências so-viéticas. Acredita-se, entretanto, que a missão danave seja similar à cumprida pela Zond-5.OBJETIVOS

A agência Tass expôs brevemente que "o propósito dolançamento é realizar explorações científicas em tomo datrajetória do vôo e em lugares próximos à Lua, bem como sub-meter à. prova os Instrumentos e sistemas de bordo da es-ta op.o "

O diretor do Observatório Espacial dc Jodrell Bank, SirBernard Lovell. acredita que a experiência de recuperação daZcnd«5 nâo satisfez completamente os soviéticos, que deseja-riam repetir a manobra durante os exercícios da Zond-6. Afir-mou ainda ()ue "se o prineipal objetivo íõr a pesquisa não tri-pulada, poderemos então esperar que nas vizinhanças da Luaseja exercido algum tipo de controle como, por exemplo, o deentrar em órbita antes do regresso á Terra."

Dificultadoacesso daChina à ONU

Nações Unidas lUPI-AFP-JBi — Treze paises ocidentaisapresentaram projeto de reso-lução á Assembléia das NaçõesUnidas, estabelecendo maioriadc dois terços cm vez de maio-ria simples para o ingresso daChina Comunista na ONU.

Entre os países signatáriosdo projeto estão Brasil, Bolivia,Colômbia, Nicarágua e EstadosUnidos. O projeto se destina,segundo os observadores, a im-pedir novamente a admissão daChina Continental nas NaçõesUnidas. Êsse mesmo processovem sendo utilizado desde 1960-

Ao mesmo tempo e comoiguahnente acontece todos osanos, 15 paises socialistas eneutralistas apresentaram ou-tro projeto de resolução para"restituir à República da chi-na todos os seus direitos e re-conhecer os representantes le-gítimos da China nas NaçõesUnidas." O projeto pede a ex-pulsão dos representantes daChina nacionalista. Nos anosanteriores, essa iniciativa nãorecebeu sequer maioria simplesde votos.

Cientista a n u n ç i aque eletrônicosserão niais baratos

Nova Iorque <UPI-JBi — O cientista e in-ventor nsrtc-nmericano Stanford Ovshinskyanunciou, ontem, uma descoberta que permitirá,no futuro, a produção de aparelhos eletrônicoscem materiais mais simples e econômicos que.os transistores.

Essa descoberta foi descrita no último nú-mero da 1'hi/sical Rcvieui Lctlcrs, órgão oficialcia Sociedade de Física dos Estados Ünidos* cs-clarecendo-se que os novos aparelhos terãoconsideravelmente reduzidos o custo e o tair.a-nho. Poderão ser fabricadas computadores dcmesa para uso doméstico, es:ciar e burocrático,aparelhos de televi=ão .planos, sem tubos, quepoíem ser colocados na parede.

EMPRESA

O cientista explica que cs m-.iteriais'vitreossão a me rf os (estrutura atômica desordenada)e têm propriedades elétricas diferentes das dosmateriais ciiistaíincs, mas são atómicamer.íe si-métricos em relação aos utilizados nos atuaistransistores.

Revelou-se que èle fundou uma empresapara desenvolver os ccr.õu tores vítreos de suainvenção — a Energy Converslor Devices —que conta cem o. participação dc 10 peritos emeletrônica e é destinada a acelerar a aplicaçãode sua de;ccberla. Ovshinsky recebeu, no mêspassado, o Prêmio Diesel, da Associação Alemãde Inventores.

ANAE não sabese Apolo-8 sobemesmo em dezembro

Washington, Bochum (AFP-JBi — ThomasO. Paine chefe da agõnehi espacial ANAE,dará amanhã, em entrevis.a á imprensa, se acápsula Apolo-8 será realmente lançada no dia21 de dezembro, conforme havia sido divulgado.

Círculos chegados aos dirigentes da ANAEacham que há muitas possibilidades de quetrês pilotos gravitem em torno do satélite ter-resiré r.a véspera do Natal. Walter Schirra,comandante da Aipolo-7, declarou que "a ANAEconfirmará que seu próximo vôo espacial tri-pulado terá como objeíivo uma volta em tornoda Lua."

ALTERNATIVAS

A ida da Apolo-8 até as proximidades daLua e seu regresso á Terra exigirão cerca dc70 horas de vóo em cada direção.

Anunciou-se oficialmente que, se os tripu-Jantes da Apolo-8, Frank Berman, Jim Lovelle Bill Anders, não realizarem, na época do Na-tal cerca de dez revoluções em torno da Lua,poderiami limitar-se a sobrevoar parte da mes-ma, antes de voltar á Terra, ou efetuar umvôo orbital de ciez dias, elevanclo-se a uma al-titude de 6 400 metros. O Observatório de Bo-chum anuiftiiou que íoram capitadas fotogra-fias retransmitidas pelo satélite meteorológiconorte-americano ATS-3.

Carlos Lleras dizlia TV como estáa situação no país

Bogotá (UPI-JB) — O Presidente CarlosLleras Restrepo fará, hoje e amanhã, atravésde uma cadeia nacional de rádio e televisão,três discursos para analisar a situação politicada Colômbia e os efeitos internacionais da ofen-sa comercial que o seu Governo promove atual-mente.

O Presidente dará conta á nação da.s con-seqüências da derrota que sofreram no Congres-so as reformas constitucionais que propôs há27 meses. Abordará a importância dessas refor-mas e anunciará sua intenção de promover ummovimento nacional para conseguir a aprova-çâo das mesmas.

COMÉRCIO

A ofensiva comercial começou na semanapassada com uma conferência de cinco dias en-tre os embaixadores colombianos nos países an-dinos (Bolívia, Chile, Equador, Peru e Venezue-la). Nessa oportunidade, os embaixadores revi-saram com o Chanceler colombiano, Alfonso Lo-pez Mechelsen. e com o próprio Presidente apcíição dia Colômbia na integração sul-regienale na Associação Latino-Americana de Livre Co-mércio (ALALC).

Por sua vez, os embaixadores colombianosna Europa têm marcada para dentro de 15dias, em Bonn, uma reunião sob a direção dosecretário-geral do Ministério da» RelaçõesExteriores, Jorge Cavellier, para estudar umprograma destinado a melhorar as relações daColômbia cem o Mercado Ccmum Europeu. Pes-teriormente, em data ainda não determinada,haverá nova reunião, na Cidade do México ouem São Jcsé, des embaixadores colombianos nospaíses-membros do Mercado Comum Centro-Americano.

TOM ENÉRGICO

Acredita-se que o Presidente Lleras Res-trepo usará de energia em seus discursos, paraforçar uma melhoria nas relações entre o Exe-cutivo e o Legislativo, as quais têm estado ten-sas nos últimos meses, e para exigir dos Par-tidos Liberal e Conservador Unionista, inte-grantes da coalizão governante da Frente Na-cional, maior disciplina indispensável ao su-cesso das iniciativas governamentais no Con-gresso.

A derrota das reformas constitucionais naprimeira comissão do Senado, na semana pas-sada, resultou principalmente da rebeldia detrês senadores liberais ao vetarem contra oprojeto. Observadores comentam que o propó-sito do Presidente de pronunciar três discursosconsecutivos revela sua preocupação pela sorteda coalizão governante, ultimamente abaladapor ccnfi.tcs internos.

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10 — 1.° Cad-, Jornal do Brasil, terça-feira, 12-11-88

Informe í GENTE NOVA

O Lorde r a tecnologia

Uma importante personalidade poli-ica gue integrava a comitiva da liai-

nha e que para muitos passou desaper-çebiãa íoi Lorde Shalson. Ministro daTecnologia da Inglaterra. Certo é quc doBrasil êle. não leva boas recordações emmatéria dc tecnologia: no Recife faltousimplesmente lm, em Brasília c. SãoPaulo pifaram os microfones cm que aRainha devia falar. E o carro do Prin-cipe engulçou em São Paulo, tendo queser empurrado pelo pessoal da segurança.

Segundo murmúrios existentes nacomitiva da Rainha, Lorde Shalson èforte candidato a Primeiro-Ministro daInglaterra, no futuro.

O General e as aposta,.

No momento, há um tópico que éassunto obrigatório de todas as conver-sas em todos os círculos-, o cia perma-nência ou não do General Lira Tavaresnc Ministério do Exército. Como é detodos sabido, o General Lira cal na com-pttlsória no final dêste ano. Na bolsa dascotações politicas. 80.. da.s apostas in-dicam que o General Lira continuaráno Ministério do Exército.

Entretanto, as informações disponí-veis são de que o Presidente Costa eSilva ainda não tocou no assunto como General Lira Tavares.

MeNtiamara c a Baliifi

O Sr. Robert, McNamara, presidentedo Banco Mundial, parece que realmen-te levou para os Estados Unidos umaforte impressão do que se está fazendoe. o que se pode realizar ainda na Bahia,em matéria de industrialização e no se-tor educacional. O Governador Luís Via-na Pilho, que retorna hoje a Salvadoríoi informado de que nos próximos dia.sirá à Bahia um Grupo da FundaçãoFord para estudar a possibilidade de co-laborar com o programa educacionalbaiano. Os técnicos da Fundação Fordvão a Salvador atendendo a uma reco-mendação especial que lhes foi dirigidapelo presidente do Banco Mundial.

Bônus e estádioO Secretário de Planejamento do

Ceará esteve, por seis vezes consecuti-vas, no gabinete do Ministro da Fazen-da, tentando obter uma coisa que, nomomento pelo menos, parece inviável.£ que o Ceará projeta construir em For-taleza o maior estádio de futebol doNordeste. Para transformar em realida-de êsse sonho o Governo cearense cogitacie emitir bônus.

O projeto cearense chegou no mo-mento em que o Governo federal, pre-ocupado com as pressões inflacionárias,resolveu dar um basta nas emissões detitulos dos Estados.

Prudência de mineiro

O Governador Israel Pinheiro diri-gia-se para a cidade de Itamarandiba,no interior de Minas, quando notou aausência, no avião, do Prefeito SousaLima, de Belo Horizonte. Indagou aum deputado estadual, integrante dacomitiva, por que o Prefeito não tinhacomparecido, e obteve a seguinte expli-cação:

Éle não veio porque podem pen-sar que já está em campanha para oGoverno do Estado.

Resposta calma e franca do Gover-nador Israel Pinheiro:

Bobagem, todo mundo sabe disso.

Orçamento e corte

No Orçamento para 1969, que o Con-gresso Nacional aprovou na semana quefindou, vários deputados fizeram apro-var emendas num total estimado emNCrs 260 milhões. O Governo entendeque essas emendas são inconstitucio-nais, porque elevam despesas. Os depu-tados, de olho em 70, fizeram váriasprodigalidades, destinando verbas paraestradas, pontes,- obras de saneamentonos municípios em que tém interesses adefender. Como o Presidente da Repú-blica não pode vetar, porque nesse casoseria obrigado a condenar todo o Ane-xo, a solução será o corte. Todas as ver-bas que os deputados fizeram incluir noOrçamento entrarão no corte, porque os260 milhões de cruzeiros novos que uti-lizaram pertenciam ao Fundo de Reser-va que o Governo dispõe para fazerfrente ao aumento de vencimentos dofuncionalismo civil e militar.

Aliás, quem é administrador que seprepare: ainda por causa do aumentodo funcionalismo, o Orçamento do pró-ximo ano vai ser bem podado. Os cor-tadores oficiais já estão de machado namão, prontos para a degola.

Pai merio e o discurso

O escritor Mário Palmério, quc nopróximo dia 22 toma posse na Aca-demia Brasileira de Letras, no fim de.semana que passou leu para um grupode amigos o discurso de 37 laudas quefará, após ser saudado pelo acadêmicoCândido Mota Filho, O discurso, quearrancou lágrimas da viúva de Guima-rães Rosa, foi elogiado por Pedro Bloch,Franklin de Oliveira e outros escritoresque já o leram. Nesse discurso, MárioPalmério traça o perfil do escritor e fazvárias referências aos pèrsbnàgOTis do-minantes dos romances de GuimarãesRosa. O trabalho é de tal vulto que aAcademia Brasileira de Letras resolveuimprimi-lo para distribuir por váriospaises.

O fardão com que Mário Palmériotomará posse custou NCrS 4 500,00 e íoiconfeccionado com dinheiro arrecadadoem subscrição popular em Monte Car-melo, cidade natal do escritor. Anterior-mente, Mário Palmério havia recusadoas ofertas do Governo de Minas e dacidade de Uberaba, que desejavam tam-bém lhe dar o fardão de acadêmico.

Aumento da magistratura

É possível que ainda esta semana oGoverno envie ao Congresso o projetode aumento dos vencimentos da magis-tra tura. Ficou decidido que o aumentoserá mesmo da ordem de 50%. O Go-vêrno ficou sensibilizado notadamentecom a situação dos juizes federais, quepercebem em torno de NCrS 900,00.

O tapete e- a RainhaAo embarcar ontem para o Chile, a

Rainha Elisabete comentou com LadyRussell que nunca havia pisado um ta-pète tão comprido como o que foi colo-cado, pelo Cerimonial do Palácio Gua-nabara, no aeroporto do Galeão. O ta-pète ia da porta do aeroporto até o lo-cal onde estacionou o avião, medindocerca de 275 metros.

Parecia até o tapete do Aladim; sofaltava mesmo voar.

Reforma no ar

Os parlamentares que nreste fim desemana estiveram no Rio vieram deBrasilia conscientes de que existem noar mais do que indícios de que o Govêr-no se prepara para fazer um remaneja-mento ministerial. Todos, entretanto, depronto f»zem uma recomendação: nãocomecem a noticiar a reforma, porquese os jornais passarem a falar no assun-to o Presidente da República torna semefeito essa sua disposição.

A gota e o Ministro

O Ministro Delfim Neto escandali-zou o pessoal do Itamarati na festa daRainha em Brasilia. É que o Ministroda Fazenda compareceu à recepção comum pequeno furo no sapato. O Minis-tro não fèz isso por desleixo ou por os-tentação.

O Ministro da Fazenda sofre degota.

O P 'mcipe e o naufrágioNo sábado, a lancha do Britãnia le-

vava o Príncipe Philip para o iate, de-pois do almoço que o Governador Ne-grão de Lima ofereceu no Museu de Ar-te Moderna. A lancha ia a grande ve-locidade, na altura da boca da barra,quando cruzou com vários pingüins,que disputavam uma regata eliminató-ria para o sul-americano. A velocida-de da lancha fêz naufragar um pingüim— por sinal, o mais frágil dos veleiros.-O Príncipe determinou que a lancha re-tornasse para atender ao náufrago, quedelicadamente recusou a ajuda.

Chegando ao Britãnia, o Príncipe,ainda preocupado com o destino do jo-vem iatista que naufragara, ordenou quea lancha voltasse ao local em que opingüim virará. No entanto, a ajudanão era mais necessária, pois uma outraembarcação, esta do Serviço de Salva-mento, já havia socorrido o náufrago.

Lance-livro

0 O Deputado Lopo Coelho aguarda ape-nas que a Justiça Eleitoral lhe envie o livrode inscrição partidária para receber no Par-tido, solenemente, cs Srs. Mário Andreazza,Armando Falcão e Moniz Aragão.O O casal Maria Amélia Cesário AlvimHolanda-Sérgio Buarque de Holanda estáno Rto. Vieram para o 70." aniversário da avódo compositor Chico Buarque. Aliás, o paido compositor passeava domingo em Ipa-¦nema de bermuda estampada. Visitou na RuaNascimento e Silva um escritor amigo e naRua Garcia D'Avila esteve vendo, demora-damente, um teto de luz de 1700, com pin-turas da histórica cidade mineira de Con-ceição do Mato Dentro.O Silvio Caldas já decidiu que não vai e.s-tioar sua temporada na Sucata, apesar dosucesso que vem obtendo. Diz o cantor quase ainda é um garoto de cabelos brancos,tudo se deve a que acorda às cinco da ma-nhã, monta num trator e deita tambémcedo. Não quer mais saber de boêmia pro-fissional.0 A Cchab vai promover um campeona-to dc natação exclusivamente para os favela-das. Será no próximo dia lõ. -

O tradutor do discurso com que o Go-vernador Negrão de Lima saudou a RainhaElisabete íoi o Sr. Rachid Caram, assessordo seu Gabinete. Caram, que fala seis idio-mas, tem cursos em Cambridgc. na Sor-bonne e em Beirute.

João Kubitschek, primo-irmão do ex-Presidente Kubitschek, inscreveu-se na Are.na de Minas. Vai ser candidato a deputadofederal.

Ao contrário do que andam dizendo, oarquiteto Marcos Vasconcelos não vai maisíazer sociedade com o arquiteto Sérgio Ber-nandes no escritório de arquitetura em NovaIorque. Marcos íoi até lá, mas sentiu que t"cabeça continua girando em torno de Ipa-nema e adjacências."

0 Desabafo do superintendente da Sunab,Enaldo Cravo Peixoto: "No Brasil, para sevender carne de carneiro é necessário fazercampanha. Na Inglaterra, o negócio é táoelegante que na sexta-feira, ã noite, a Rai-nha Elisabete ofereceu jantar ao Presidentecom carne de carneiro."

_> A Deputada Ligia Doutel de Andradeviajou para Santa Catarina, a fim de par-ticipar da campanha eleitoral. Na bagagem,levou 15 gravações de discursos quc fèz naCâmara saudando a Rainha.0 Está no Rio o presidente da Federaçãodas Associações Rurais de Minas, Josafá Ma-cedo. Veio tentar se avistar com o MinistroPassarinho.O O Deputado Taneredo Neves acaba deretornar da ONU. •9 O ex-Deputado e professor Oscar DiasCorreia está contente com a receptividadeque vem tendo, em vários círculos, o seu li-vro A Constituição de lflG". É um trabalhode análise crítica da Constituição.

A pedido do Jorginho Guinle, AfraninhoNabuco e outros, Sérgio Cavalcanti decidiulançar, aos domingos, o jantar dançante doNew Jirau, evidentemente com música baixa.O Na Galeria de Arte do Copacabana Pa-lace será inaugurada hoje uma exposição deminiquadros de 13 famosos pintores brasi-leiros. Milton da Costa, Scliar, ManabuMa.bc e Genaro de Carvalho são alguns dosexpositores.

O delegado regional do Trabalho, Her-culano Carneiro, promove, no momento, umasemana de estudos c conferências destina-da ao aperfeiçoamento das lideranças sin-dicais. A abertura íoi ontem, com uma con-ferência de Herculano Carneiro.

O Ministro Delfim Neto almoçou ontemcom o Governador Negrão de Lima. Presen-te, também, Carlos Alberto Vieira, presiden-te do BEG.

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Dez artistas americanos exibem sua arte no MAM

MAM exibe a pintura e aescultura dos modernosartistas norte-americanos

O Museu de Arte Moderna inaugurou ontem aExposição Novas Tendências, que reúne pintores eescultores modernos dos Estados Unidos. A seleçãodas obras — exclusivamente sobre a figura huma-na — coube à professora Constance Perkins, do Oc-cidental College, Los Angeles.

A exposição é promovida pelo International ArtProgram do National College of Fine Arts, que or-ganiza mostras e bienais internacionais. A atual jáesteve em Buenos Aires e será levada a outros paísesda América Latina e talvez à Europa.

ARTE BRASILEIRA

Figura sorridente, de meia-idade, tentando comunicar-éeatravés de sorrisos e gestos, aSra. Constance Perkins diz quoa arte brasileira é cxcithiff, portentar caminhos próprios, seminfluências externas.

— Creio que dentro de unscinco anos a corrente brasileirade artes plásticas estará com-pletamente definida, com suascaracterísticas próprias. Sei quehá multas dificuldades, masgostaria que os brasileiros sea 'iresentassem com freqüênciamaior nos Estados Unidos —afirma a Sra. Constance Perkins.

DIFERENÇA

A Sra. Constance Perkinselogiou a idéia de freiras de ar-

te em praça pública, tal comoa realizada na semana passadana Praça Saens Pena, na Tlju-ca.

— Verifiquei que, aqui, as iel-ras contam com a participaçãode artistas verdadeiros e nãoapenas de pintores e fim desemana, como nos Estados Uni-dos.

Paralelamente ã exposição depinturas e esculturas, que temo patrocínio da Embaixada nor-te-americana, o Museu de Ar-te Moderna exibirá os filmesexperimentais americanos doundcrgroum! cinema, cujo ob-.letivo é fugir ás tendências demassificação, própria do cine-ma comercial dos Estados Uni-dos.

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O Estado de S. Paulo "ganha

Prêmio Esso de Jornalismoe JB vence a fase regional

Os repórteres Vital Bataglia e Hedil Vale Jr.conquistaram o Prêmio Esso de Jornalismo com areportagem, Juiz, Ladrão e Herói, publicada na edi-ção esportiva de O Estado de São Paulo. Gildávio Ri-beiro, do JORNAL DO BRASIL, ganhou o prêmio re-gional, com a reportagem Os Menores Estivadores doMundo.

A comissão julgadora do Prêmio Esso dêste anofoi composta pelos jornalistas José-Itamar de Freitas,de Enciclopédia Bloch e Pais e Filhos; Flávio de Bri-to, de Ò Pais; Mauro Mota, do Diário de Pernambu-co; Alessandro Porro, de Realidade; e Antônio Mar-cos Pimenta, da Folha da Tarde.O RESULTADO

A reportagem vencedorado Prêmio Esso de Jornalis-mo deu a Hedil Vale Jr. eVital Bataglia uma passa-gem de ida e volta a NovaIorque, NCrS 3 mil e ajudade custo dc 300 dólares(NCrS 1 100,00).

1. Prêmio Esso de Foto-grafia — De Repente, a Vio-lência, de Gil Passarelli, daFolha de São P?ulo;

2. Prêmio Esso de Infor-mação Econômica — O Pro-gresso do Nordeste c a Difi-cil Vez de José, de Jorge Ne-to, do Jornal do Comercio,de Recife;

3. Prêmio Esso de Equipe— Primeiro Transplante dcCoração na América do Sul,do Jornal da Tarde, de SãoPaulo;

4. Prêmio Esso de Repor-tagem — Eles Estão com Fo-me, de Eurico Andrade, deRealidade;

5. Prêmio Esso de Infor-mação Cientifica — De queMorre o Brasil, de José Ha-milton Ribeiro, de Realida-de.

Como vencedores regio-nais foram contempladospela comissão julgadoracom prêmios no valor de ...NCrS 700 os seguintestrabalhos:

Grupo 1 — Os Menores

Estivadores do Mundo, deGildávio Ribeiro, do JOR-NAL DO BRASIL;

Grupo 2 — Futebol, Vida,Paixão e Morte de um Povo,de Jorge Faria, do Diário daTarde, de Belo Horizonte;

Grupo 4 — 1.» c 2.» Tem-po, fotografia de Edson Jan-sen, de O Estatlo do Paraná,Curitiba.

Também foram concedi-das menções honrosas aosseguintes trabalhos: As Seislioras do Protesto, da equi-pe de Fatos c Fotos; UmCego Tira Carteira dc Moto-rista, reportagem de Domin-gos Meireles, da revistaQuatro Rodas, e O Ultimo

Salto, fotografia de NéisonElias, da Última Hora, deSão Paulo.

CONCORRENTES

Do concurso dêste anoparticiparam 340 trabalhos,oriundos de todos os pontosdo Brasil e relacionados comas diversas categorias con-correntes, o maior total járegistrado nos 12 anos deexistência do Prêmio Esso.

Os vencedores dêste anoreceberão seus prêmios clu-rante o almoço anual deconfraternização da im-prensa, que será realizadona primeira quinzena de de-zernbro.

Mestre equatoriano estudao barroco brasileiro paracotejá-lo com o de seu país

O estilo barroco brasileiro está sendo pesquisadopelo'professor Leonardo Tejada, catedrático de Teo-ria da Arte da Faculdade de Belas-Artes de Quito. Êlejá visitou Minas Gerais e o seu próximo campo de

pesquisas será a Bahia.A finalidade do trabalho é preparar um estudo

comparativo entre o barroco brasileiro e o equato-riano, cuja diferença essencial é o caráter pom-poso daquele estilo de arte em seu país.COMPARAÇÃO

O professor Leonardo Tejadaobservou em Minas Gerais queas obras do Aleijadinho dife-rem bastante do barroco daigreja da Companhia de Jesusem Quito.

— No templo, há imponência,autoridade c majestade. EmCongonhas, eu reparei que osespaços abertos dão impressãomais humana e acolhedora —afirmou o Sr. Leonardo Tejada.

Além dessa pesquisa, o cate-drátlco equatoriano observaráo sistema das escolas brasilei-ras de belas-artes, visitará osmuseus de arte, arqueologia efolclore, estudará a legislaçãoreferente ao patrimônio histó-rico brasileiro c, finalmente, o

trabalho desenvolvido pelo res-pectivo departamento.

Subdiretor da Escola de Be-las Artes, o Sr. Leonardo Te-jada veio ao Brasil em missãocultural do Governo de seupaís. Além de ensinar Teoriae História da Arte e na Fa-culdade de Arquitetura e Ur-banismo da Universidade Cen-tral de Quito, êle é membro daCasa de Cultura Equatoriana,sóclo-fundador e ex-diretor doInstituto Equatoriano de Foi-elore e membro da SociedadeEquatoriana de Arqueologia.

Paralelamente ás atividadesprofissionais de arquiteto, o pro-fessor Leonardo Tejada pintae realiza trabalhos em madel-ra, coni a colaboração de seusirmãos.

SUCATA APRESENTA6 Últimos dias

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nAcompanhado pelo regional de CANHOTO

Diariamente à meia-noite e trintaReservas: 27-3589

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iteroí teráI.a Feira doLivro dia 22

Niterói (Sucursal) — A plan-ta da 1." Feira Oficial do Livronesta capital será entregue, no»próximos dias, á Prefeitura, pa-ra a montagem de até 25 bar-raças, formando um X no Jar-dim São João.

A Associação Brasileira do Ll-vro, confirmou que a Feira, co-memorativa do 3G5.° aniversá-rio de Niterói, será realizadade 22 rio corrente ao dia 31de dezembro, funcionando de 9às 22 horas. As barracas flumi-nenses e cariocas ficarão ali-nhadas separadamente, ocupan-do a área margeada pelas RuasVisconde de Itaboral, São João,Visconde do Uruguai e São Pe-dro.

DECRETO

Duas feiras foram já pro-movidas pela ABL em Niterói,mas a próxima será a primei-ra a ter caráter oficial, con-forme decreto assinado peloPrefeito Emílio Abunahman,em 9 de janeiro dêste ano.

Pelo decreto, "participarão dafeira as livrarias de Niterói eas filiadas á Associação Brasi-leira do Livro, legalmente cons-tituidas, e que se inscreverãosomente com uma barraca, in-transferivel no periodo de suarealização."

édicospreparameleições

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A fim de organizar a cha-pa definitiva que concorre-rá às eleições para a direto-ria da Sociedade de Mediei-na e Cirurgia do Rio de Ja-neiro, o Movimento MédicoIndependente Renova-dor (MMIR) convoca a cias-

- se médica para uma reu-nião amanhã, às 20 horas,na sede do Sindicato dosMédicos do Rio de Janeiro.

Os nomes que serão apre-sentados para a composiçãoda chapa, foram prévia-mente escolhidos nos diver-sos locais de trabalho, entassembléias, realizadas des-de o início dêste mês.

Municipal vêportuguesesdo Folclore

O conjunto de dança e can-to Folclore, de Portugal, íêzontem sua estréia no TeatroMunicipal, na temporada, bra-slleira de comemoração ao cen-temário da fundação do Clu-be Ginástico Português.

Tendo sido criado em 1959para marcar a presença damúsica portuguesa num res-taurante do antigo Conventoda Trindade, o conjunto trans-formou-se, rapidamente, numagrande atração turística e ga-nhou popularidade internado-nal em apresentações por maisde 10 paises europeus. Além deexibição no Rio, os integran-tes de Folclore estarão em Pôr-to Alegre, Curitiba, São Paulo,Salvador, Recife, Fortaleza,Belém, Manaus, Niterói e Pe-trópoli.s.

Os integrantes de Folclore,no Rio, apresentarão danças ecanções de diversas regiões dePortugal, do Minho, Tejo, Al-garve, Trás-os-Montes, BeiraAlta c Beira Baixa, as serena-tas de Coimbra, os fados c asmarchas de Lisboa.

Seu gruno de solistas tem Lí-dia Ribeiro. Arminda Vidal,Ada de Castro, Américo Lima,Fernando Guerra, José Nobre-ga. e Fernando Ribeiro, alémde bailarinos e músicos. Eles jáse exibiram, entre outras, paraplatéias da Espanha, Alemã-nha. França, Bélgica, Holanda,Suécia, Dinamarca, Suíça eMônaco.

Campanha daCriança jáfêz sorteio

A Campanha Nacional daCriança já realizou o sorteio doselo sábado, no programa Fes-ta do Bolinha, transmitida pelaTV Rio.

Na ocasião, foram premia-dos os seguintes bilhetes: l.°prêmio, 6G7 252; 2o prêmio,1 100 922; 3." prêmio, 603 282,4.°prêmio, 295 470; 5.° prêmio, ..292 034.

Informa a Campanha que osprêmios estão á disposição dosganhadores, na sua sede —Avenida Franklin Roosevelt, 23,4.° andar.

Guia deCivismo temjulgadores

Sob a presidência do Gene-ral Moacir Araújo Lopes, foiinstalada ontem, no Ministérioda Educação e Cultura, a co-missão julgadora do ConcursoNacional do Guia rie Civismo,composta pelos Srs. Loivaldode Oliveira, Válter Poyares,Jurandir Lodi, Rui Cunha •Artur Paupério.

Estão inscritos no concurso30 trabalhos, vindos de váriosEstados. Tem.chamado a atcn-ção da comissão julgadora ospseudônimos usados pelos can-didatos. Do Rio, por exemplo,existem trabalhos apresentadospor Sonho Brasileiro, Acaica-Malasantu e Paié-Guaçu.

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.Tomai do Brasil, terça', feira, 12-11-08, l.° Cad. — H

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Nos caminhos dc Stanley — IV c última

A EDUCAÇÃOEM TANZÂNIA

Prof. Cândido Mendes

Dar Es Salaam é hoje centro me-trepolitano cujas novas construçõesurbanas, em franca expansão, denotama amola reorientação das estruturas so-ciais e politicas do país. O orgulho arqui-tetónico da cidade não é um novo centrocívico ou um nôvo palácio presidencial.Mas o extraordinário campus da Univer-sity College da África Oriental, que alitem uma de suas três sedes ios outros seencontrando em Entebe, no Uganda, e emN-irobi, no Quênia), Levantado com oauxilio de diversas dotações internae'o-nais. mormente americanas, o campus íolconstruído de uma só vez: largos dormi-tórios. auditórios amolo.., explorando, in-clu.ive, novos materiais, como os telha-cies de cobre vindo de Zâmbia, jogo arro-jàdo de jardins ponteados pelas residên-cias individuais dos professores e da ad-ministração, construções na escala capas;de comportar o esforço universitário dacapital pelas próximas décadas. Rigor dearquitetura adequada ao trópico, p den-tro dos rationaies da mais moderna ex-periência do campus dos Estados Unidos,ou das novas universidades inglesas. Po-pulação universitária ainda pequena, cer-ca de 1 500 alunos, mas identificando aconsciência permanente da prioridade doesforço da educação no desenvolvimento.Não basta salientar os 19% do orcamen-to dedicados ã educado.

O dístico na sala do "Principal" daUniversidade é peremptório: "A não uti-li_ação, em prol da coletividade, do co-nhecimento haurido na universidade éverdadeira traição nacional." A gratui-dac-e irrestrita do ensino superior temuma contrapartida: os formados deve"o,' -rante cinco anes. exercer suas profis-•-Tes nos cargos e nas regiões determina-dos pelo Governo. Ao enfatizar a prima-z7i do esforço educacional e rematá-la naUniversidade, o Governo da Tanzânia —d!zia-me o "Principal" — quer sobretudoassegurar uma mentalidade cosmopolita

• novos quadros docentes de Dar Es Sa-m. Sento-se a preocupação dequeles

dirigentes de fazer da capital da Tan-zània centro de irradiação de um novoestilo de cultura africano que, crescendoerm o sucesso do regime econômico e po-lítico de Nyerere, venha a se transfor-mar na a ima da área mais próspera daÁfrica Negra. "Até hoje. entretanto —continuava aciuéie dirigente universitá-rio — apenas uma área tem ficado ãmargem da nossa convocação. E esta éa América Latina." Era justamente paraatender a este reclamo que visitávamosaquele campus e entrávamos em negocia-ção que pudesse fazer de uma universidadeprivada brasileira a primeira que pudes-se manter às margens do oceano ín-dico uma tradição de cultura e dlexperiências c o m p a r ad as de desen-volvimento de significação crescente paraa aproximação, direta e sem intermedia-rios metropolitanos, dos povos subdesen-volvidos.

Das Es Salaan, poria ile umnôvo cosmopolitismo

A preocupação ccm o cosmopolitismo,aliás, daquele campus surgido todo arma-do, como Minerva, de um só golpe, nasdunas qüe cercam a baia de Dar Es Sa-laam, emana necessariamente das especia-líssimas condições sociológicas da capitalda antiga Tanganica. A cidade relativa-mente recente, dissociada no périplo dosgrandes portos de arribação da navega-ção portuguesa, no Índico: Mombaça,Kliwa — Dar Es Salaam, literalmente,' a"porta do mar", cm svvahili — se trans-formou no nôvo e moderno pento de con-vergência das migrações das três cu.tu-ras que compõem o centro político e ad-ministrativo do pais. Impressiona justa-mente, na cidade, incaracteristica na suaarquitetura — talvez justamente pela im-possibilidade de se vincar uma influen-cia preponderante — o influxo maome-tano trazido dos sultões de Zanzibar; ainfluência das altas culturas asiáticas, cs-pccialment- indu c persa; a recente pene-tração ocidental. Esta última em duas le-vas: a alemã, até o fim da PrimeiraGuerra Mundial, e a britânica, até o con-quista da independência, em 1963. Aqui_ ali, ao lado da língua de mar que for-ma a enseada de Dar Es Salaam — cida-de essencialmente cromática, de um ver-de nôvo, faiscado nos corais e nas areiasimensas do Indico — estão os esforçosde arquitetura tropical, da colonizaçãogermânica abortada. Casas-fortim, fe-chada.. no térreo e alargadas em alpén-dres, fugindo, em terraços, do prumo dasruas. Mas o próprio centro uvbano nãochegou a ss delinear. Não há um sentido,nem um jogo de eixos vertebrando a ci-dade-

Contrasta ai com a maior parte dascapitais do continente negro. Tal desar-

ticulação não é sequer remediada por al-guns pontos notáveis ou por monumen-tos. Fica na retina apenas o contrapon-to entre a silhueta distante, do Sky Li-ne da Universidade, e a cór do porto: asdocas marcadas pelos lingotes arroxea-dos, de cobre nôvo, exportado em massada Zâmbia. Dar Es Salaam é, neste sen-tido, pela sua via férrea que a liga a Lu-saka, a jugular da vida econômica daantiga Rcdésia do Norte. Por ai mesmosente-se cada vez mais a nova reorienta-ção que assume o Governo de Nyerere,no sentido de desconfinar-se do quadroda antiga África Oriental e da estrita co-operação com seus' vizinhos, o Quênia e oUganda.

O . ..aliili. instrumentodc penetração cultura]

Há que sublinhar, por exemplo, ocuidado emprestado ao cultivo da linguaswahili, que vem justamente sendo co-ordenado como o inglês das línguas afri-canas. Em poucos países se terá tantoordenado como o inglês das línguas afri-tiva ã do colonizador quanto no regimede Nyerere. Tiraram por aí todo o par-tido da capacidade de irradiação de umidioma altamente funcional e singelo,parco de vocabulário e fácil de cons-trução.

Aponta-se a capacidade de aglutina-ção lingüística como um dos elementospreponderantes da destribalização e daunificação nacional da Tanzânia. Mas oswahili. brotando do ímpeto daquela no-va nacionalidade, já grassa mais além.Vai atravessar o Zambeze e já procuraros foros da "língua franca" no próprioMoçambique, cuja parte setentrional tem-no muito mais como língua nativa do queo português. O mais importante é a con-seqüência déste fato sóbre a formaçãodas novas lideranças destas áreas limi-trofes, enquanto efetivamente venhamcada vez mais a se colocar sob a irradia-ção déste nôvo centro cultural autônomoe dinâmico da África Negra.Dificuldadese esperanças

Na África do fim da década das rea-ções em cadeia de sua independência po-litica, os tanzanianos não escondem, acontenção de sua conversa, numa modés-tia altaneira. a plena consciência da es-pecificidade do seu caso. Adotando o mo-dêlo socialista, ao arrepio do resto daÁfrica Oriental, foram bastante longe nes-ta senda, chegando inclusive a "passar oRubicon" da nacionalização do sistemabancário. Mantém a clássica politica deassistência internacional, múltipla e con-corrente: o chofer de táxi mostra comorgulho, na mesma estrada, a fábrica detecidos montada, pelos chineses, a uni-versidade construída pelos americanos eingleses, a contribuição soviética para asede do edificio da juventude do Partidoilominante.

Os governantes não escondem as di-íiculdades que os aguardam. Valorizamtodas as possíveis fontes de recurso que,inclusive, suponham a intensificação deum alto padrão de relações com o mun-do ocidental. A maior fonte autônoma dedivisas já é hoje o turismo, e o Go-vèrno de Dar Es Salaam procura, nestesentido, emular a.s vantagens e a or-ganização do México, como beneficiáriodo lazer americano e europeu. E isto es-pecialmente nas extraordinárias reservasde caça da região de Arusha, Ngorogoroe Serengeti. Tal só faz. entretanto, de-menstrar a alta pragmaticidade do re-gime e a sua capacidade dc não enjeitarqualquer fonte de recursos que lhe per-mita a construção do seu projeto histó-rico. O capital básico, entretanto, conti-nua a ser a riqueza de sua liderança, e,nela, a especificidade da Tanzânia é aci-ma de tudo a cle ter Nyerere trilhado o ca-minho inverso ao de lideranças mai.s im-peiuosas e individualísticas da recenteaurora africana. Neste sentido, toda con-versa aprofundada sôbre o futuro daTanzânia e de seu sonho de socialismodemocrático, acaba inelutàvelmente sobas características do Presidente e um con-fronto com seus êmulos. E, mesmo den-tro do culto às figuras tutelares da Áfri-ca Oriental, e dentro deles, a irrestritaadmiração por Kenyatta — a quem todaessa parcela da África atribui o papel-chave na conquista de sua inc.vpendência— sente-se o desafogo e a segurança dostanzanianos. Decorrem de ter "Julius",como é carinhosamente chamado pelosseus companheiros de Governo, oràtica-mente metade da idade do patriarca domonte Quênia, e cle ser isto. pois, a me-lhor garantia, quiçá, de a Tanzânia po-der vincar profundamente a marca desua experiência no atual panorama afri-cano.

Papa adverte aoscatólicos contra

perigo da reformaCidade do Vaticano (AFP-UPI-JB) — O Papa Pau-

lo VI adVertiu ontem energicamente aos católicos nosentido de que não devem seguir "uma Igreja imagina-ria que cada um possa conceber, mas sim à Igreja Ca-tólica tal como ela é."

O discurso de Paulo VI reflete sua preocupação comcertas "tendências modernas" de algumas ordens reli-giosas e ccm a crise de obediência surgida na Igrejadepois da enciclica papal sôbre o controle da natalidade.

REFORMAS

O Papa salientou que os católicos devem ser leaisà Igreja "como Cristo a quis e estabeleceu com os _eusoojetivos, suas leis, seus meios de salvação e suas es-'truturas indispensáveis-"

"Não vos estamos pedindo tctal e generosa fidelidadeà Igreja", disse Paulo VI durante uma audiência con-cedida a 400 frades e monges, acrescentando que "al-gumas formas da vida religiosa são realmente o frutode um sistema histórico ou geográfico que hoje se tor-nou antiquado." Por sua vez, o Papa declarou que nãose_ opõe às reformas: "Fazer as reformas necessáriasnão somente não é inconveniente, cemo freqüentementec vantajoso."

Por outro lado, Paulo VI pediu aos frades e mon-ges que se oponham às tendências modernas que con-cedem aos objetivos humanos prioridade sôbre "a co-mimhão com Deus e os ritos sacramentais e litúrgicos.Os objetivos humanos são valiosos, mas devem ser sem-pre subordinados a objetivos humanes primários eapropriados."

Da audiência participaram dirigentes dos benediti-nos, da ccngiegação do Esoirito Santo e irmãos maris-tas, que se encontram em Roma para assistir a seusrespectivos capítulos gerais.

Bispos americanosabrem Conferência

.V_.shii.gton (AFP-UPI-JB) — Mais de 200 car-d.ais, arcebispos e bispos iniciaram ontem a Conferen-cia Nacional de Bispos Católicos dos Estados Unidos,num momento em que se agrava a crise de obediênciano clero norte-americano.

Cerca de cinco mil católicos, na tarde do últimodomingo em Washington, se reuniram para manifes-tar seu apoio a vários sacerdotes punidos pelo CardealPatrick 0'Boyle por discordarem da orientação papalna questão do controle da natalidade.Da reunião participaram 54 sacerdotes e o Sena-

dor I_. ;;ene McCàrthy que afirmou que as posições dossacerdotes presentes eram aceitas "por quase todas asoutras Igrejas cristãs." Entretanto, McCàrthy acres-centou: "Não estou aqui para anunciar a formação deum terceiro partido poiitico nem a de uma segundaIgreja Católica."

O reverendo Jim Corrigan, presidente da Associa-çâo de Padres de Washington, destacou a necessidadede reformas na Igreja para dar aos padres e leigos au-toridade para influir nas suas decisões, no discursomais aplaudido pelo público. Corrigan falou em nomedos 40 religiosos da diocese de Washington punidos pe-do Cardeal 0'Boyle. Por sua vez, o padre Donald Clark,vigário de uma paróquia do gueto neg.ro de Detroit,aiirmou que a assembléia presente tem a responsabili-dade de defender a posição dos negros e dos padresinjustiçados.

Os participantes decidiram entregar à ConferênciaNacional dos Bispos Católicos dos Estados Unidos umasubscrição contendo mais de dez mil assinaturas, pe-dindo ao alto clero norte-americano que encontre umasolução para o problema do controle da natalidade a-fim de que a Igreja retorne à paz e à unidade.

Em seu discurso, o reverendo Jim Corrigan pediuà Conferência dos Bispos Católicos do.s EUA que estu-de o papel da consciência no problema do controle danatalidade, a objeção da consciência seletiva, o proble-ma dos jovens cristãos — "que querem crer em Cristomas que não encontram nenhum sentido na institui-çáo de sua Igreja" — o problema dos direitos do ho-mem e o problema da proteção contra a arbitrariedadedos administradores eclesiásticos.

Corrigan afirmou que a Igreja Católica está "con-fusa" e que "séculos de pressões" deixaram sua marcasóbre ela. "É a Igreja que salvou almas, mas que, fre-freqüentemente, não salvou as pessoas." O reverencioacrescentou que uma nova Igreja, reformada, deveriapraticar a "comunicação e não a não comunicação."

Porlngiiêses pedempor padre punido

Lisboa (UPI-JB) — Trezentos católicos realizaramuma manifestação em frente ao edificio do Patriarca-do de Lisboa para protestar contra o afastamento dopadre José da Felicidade Alves de suas funções na pa-róquia de -Belém.

O padre Alvos foi destituído na última quinta-feira,depois de quatro meses de deliberações da comissão no-meada pelo cardeal de Lisboa, Manuel Gonçalves Ce-rejeira, para investigar seu comportamento e opiniõesa respeito da doutrina cristã.

Os manifestantes tentaram uma entrevista com ocardeal de Lisboa, que no entanto se recusou a atende-los. Depois de três horas e meia de espera, o grupoguardou um minuto de silêncio, orou e constituiu umacomissão paia tentar novamente um encontro com ocardeal Cerejeira.

A comissão também nào foi recebida, conseguindoapenas entregar uma solicitação ao secretário do car-deal, padre José Rccha. O documento pede ao cardealque reconsidere o seu ate de destituição do padre Alves,que já anunciou sua decisão de rocorrer ao Vaticano.

A manifestação ocorreu tranqüilamente e não hou-ve necessidade de intervenção policial-

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KossiguinrecebeMcNamara

Moscou (UPI-AFP-JB) —O Primeiro-Ministro soviéti-co, Alexei Kossigui-i, e oex-Secretário de Defesa do.sEstados Unidos e atual pre-sidente do Banco Mundial,Robert McNamara, entrevis-taram-se, ontem, no Krem-lin, durante uma hora e 45minutos, não se revelando oassunto examinado.

A noticia foi dada pelaAgência Tass, que chamouMcNamara cle "um destaca-do líder americano." Obser-vadores admitiram, todavia,que o ex-Secretário de De-fesa norte-americano teriasido portador de uma men-sagem do Presidente Lyn-don Johnson sôbre o Viet-name ou o Oriente Médio.

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12 — 1.° Cad-, Jornal do Brasil, terça-feira, 12-11-68

Polícia americanaapura ligação entreSirhan e iemenitas

Guerra uoOriente

NÔVO DEFENSOR Radiofolo UPI

Jfova Iorque 1 AFP-UPI-JB)— O serviço secrcio norte-ame-ricano está procurando apurarse há ligação entre o jorda-niano Sirhan Sirhan. assaísi-no do Senador Rcbert Kenne-dy, c os três Iemenitas detidossábado, acusados de tramarcontra a vida dc Richard Ni-xon.

Os acusados ganham modes-tos salários, mas faziam via-gens freqüentes a Los Angeles,onde vivia Sirhan. fato queprovocou as especulações daimprensa.

SIGILO

A policia de Brooklin, ondeestão detidos os t-rès iemenitas,mantém estrito sigilo sobre ocaso. Sabe-se apena.s que os do-cumentos em árabe encontra-dos em seu apartamento es-tão sendo traduzidos.

O motivo apontado para ocomplot é a posição de Nixonno conflito do Oriente Médio,favorável a Israel. Julga mes-mo que, achande-se em estadode guerra com os árabes, o Go-vérno de Telaviv deveria serfortalecido para manter o equi-librio do poder na região.

O Embaixador do Iémen naONU, Mohsin Alaini, informouque nem Ahmad Rageh Na-mer nem seus dois filhos, Hus-sein e Abdo, estão inscritos noconsulado local do Iémen. Jul-ga o Embaixador tratar-se deuma trama contra os três

acusados, que estariam sendovitimas dc algum inimigo.

IMPRENSA

No Cairo, o jornal semi-ofi-oial 4! Ahram comenta o com-jjloí como um "caso estranho epcuco claro." A seu ver, "a ex-plonição do caso pela propa-ganda sionista tem por fiinsuscitar sentimentos hostis con-tra os árabes entre o povo dosEstados Unidos." Afirma queos, detalhes permitem suspeitartratar-se de um caso forjadoe destaca que, ultimamente, Ni-xon náo féz qualquer declara-ção sobre a crise no OrienteMédio.

Também os jornaisses adotam a tese daração sionista." Emiparte, porém, a imprensa ára-be limitou-se o publicar osdespachas das agências estran-geiras, sem comentar o caso.

.41 Bdyràk disse: "A mano-bra dos sionistas têm por obje-tivo deteriorar as relações en-tre os Estadas Unidos e o mun-do árabe, dopois da eleição donovo Presidente norte-ameri-cano. Os sionistas já quiseramexplorar em seu proveito o as-sassínio do Senador RobertKennedy. Tentam agora fazercom que se esqueça que os ju-deus norte-americanos nãoapoiavam Nixon."

No Jaryãa também se ressal-ta "a probabilidade de complotpreparado por elementos sio-nistas para desacreditar a cau-sa árabe."

llbane-"conspi-grande

Nixon e Johnsontraçam políticapara o Vietname

\V a s h i n g to n (AFP-UPI-NYT-JB) — O Presidente elei-to dos Estados Unidos, RichardNixon, se reuniu ontem com oPresidente Johnson na CasaBranca para discutirem o pro-blema do Vietname e traçaremuma política comum sobre asnegociações de paz.

fi a primeira reunião de Ni-xon com Johnson, desde queeleito Presidente, terça-feirapassada. A entrevista se deuapós o almoço, ao qual esti-veram presentes também asmulheres de ambos.ENCONTRO

Segundo o Secretário de Im-prensa da Casa Branca, Geor-ge Christian, Nixon deverá serinformado por Johnson de tô-das as questões relacionadas aseu cargo. O primeiro encon-tro, como os demais, se realizouem caráter secreto."Este é o dia do armistício"— disse Christian, ao ser inda-gado se haveria um comunica-do ao final da rçunião. Dentrodo tema central Vietname, de-verá ficar decidido agora se Nl-xon passará a orientar asamais negociações de Paris,antes de tomar posse cio cargoem 20 de janeiro.POSIÇÃO

Até o momento, Nixon apoioua posição mantida por Johnson

nas negociações, Inclusive asuspensão dos bombardeios aoVietname do Norte, mas deli-beradamente absteve-se de par-ticulares seus pontos-de-vis-ta, limitando-se a declaraçõesgeneralizadas sobre o conflito.

'Temos um presidente de ca-da vez" — alega, à guisa deexplicação. Mas, segundo seusassessores mais próximos, issonão significa que Nixon pre-tenda não se envolver na po-lítica externa dos Estados Uni-dos durante o periodo de trans-missão do poder, ou tenha ex-cluido a possibilidade de assu-mir um papel politico nas dis-cussões sobre o Vietname.

DIFERENÇA

A situação agora — dizem —é totalmente diferente de 1960,quando o presidente eleito,John Kennedy, recusou a ofer-ta do Presidente Elsenhowerpara participar em decisõescruciais de politica externa, co-mo o rompimento de relaçõescom Cuba.

A participação imediata deNixon nas negociações sóbre o-Vietname podem ajudar a re-eolver um conflito que, de ou-tra forma, se transformaria emcarga pesada para seu própriogoverno.

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Uma das preocupações deNixon em seu primeiro encon-tro com os lideres soviéticoscm 1969 será o problema doOriente Médio. Em alguns dos.seus discursos, antes e depoisrias eleições, o novo Presiden-te teve o cuidado de não falarem termos de guerra fria arespeito da União Soviética,mas admite que as Forças Ar-madas americanas e russas têmestado a uma distância bastan-te perigosa e que é possível re-duzir a tensão conseguindo queelas se afastem um pouco.Num recente artigo sobre osgrandes problemas que Nixonterá de enfrentar, o jornalistaJames Reston. do New YorkTimes, escreveu:

Nixon está muito preo-cupado com o confronto entreMoscou e Washington em vistada controvérsia árabe-israelen-se. Comenta-se que êle gosta-ria de minimizar os perigosnesta região, através de nego-ciações pessoais com os líderessoviéticos.

O PODER DEFENSIVO

Para Nixon, o equilíbrio mi-litar com a União Soviéticanão é suficiente. Quer mantera imagem de que os EstadosUnidos continuam sendo a sen-tinela solitária da liberdade, adisso num dos discursos:

Se os Estados Unidos fôs-sem arrancados do mapa mun-dial, o resto do mundo iria vi-ver sob o temor constante.

Para manter esta vigilânciano Oriente Médio, êle incluiuuma promessa na sua platafor-ma política:Para conter a ajuda sovié-tica ãs nações árabes e acrescente ameaça a Israel,os republicanos prometem umaajuda equivalente a Israel, taiscomo aviões supersônicos.

A estratégia que pretendeempregar, tanto no OrienteMédio como no resto do mundobaseia-se no que êle chama de"poderes defensivos" — isto é,os "Estados não comunistas quenão têm ambições territoriaisem relação a outros Estados."Tais poderes devem manteruma nít ida supremaciamilitar sóbre os "poderes ofen-sivos" — ou seja, a União So-viética e a China comunista —até que se torne evidente quesuas tendências agressivas te-nham sido dominadas-

James Reston acrescenta que"éste principio é tam' hn apli-cado a Israel, pois Nixon achaque èste país deve ser ajudadoa manter sua superioridade mi-litar sobre os Estados árabes."

No dia 15 de maio dêste ano,em campanha eleitoral. Nixonafirmou que "o mais urgentepara a América é não permitirque a balança do poder venhaa pender em favor dos militan-tes Estados árabes empenha-dos em nova guerra. Para queisto não aconteça, os EstadosUnidos devem providenciar pa-ra que a força militar de Israeljamais possa ser nivelada pelados árabes militantes, pois istoconvidaria a uma guerra devingança, cujas conseqüênciasnão poderíamos prever em tô-da a sua gravidade e que deveser evitada a qualquer custo."

Sobre a situação do Ori-ente Médio, acho que Israel eos Estados árabes poderão che-gar a um motlus vivrndi e quopoderá ser evitado outro con-flito Julgo também que oequilíbrio das forças deve aliser mantido.

Presidente daColômbia vaia Washington

Bogotá, Miami (AFP-JBi —O matutino El Siglo, de Bogo-tá, informou ontem que Ri-chard Nixon convidou o Pre-sidente Carlos Heras para visi-ter os Estados Unidos cm ini-cios de 1969.

A viagem, segundo o jornal,sc relacionaria a uma eventualconferência de cúpula iníera-mericana, convocada por Ni-xon.

COOPERAÇÃO

Uim grupo dc congressistasnorte-americanos assegurouontem ao Ministro MagalhãesPinto que a mudança de ad-ministração não deverá influir,substancialmente, na coopera-ção dos Estados Unidos cem asnctções latino-americanas.

O grupo, constituído por doissenadores e três deputados,compõe o Comitê de Estudosdo Congresso, que realiza umaviagem de observação pelaAmérica Latina. Acompanha-dos do Embaixador John Tut-hill, os congressistas foram re-cebidos pelo chanceler ontem àtarde, no Itamarati, com quempalestraram durante 16 minu-tos.

Do Comitê de Estudos fazparte o Senador Charles Hal-leck, Republicano de Indiana,que é o líder do Partido no Se-mado dos Estados Unidos e de-verá ter posição destacada du-rente a administração do Pre-sidente Richard Nixcn. O ou-tro Senador é o Sr. PerterHady, democrata de Virgínia.Os Deputados são os republi-canos William L. Diekensen(Alabama) e Alexander Pimio(Nova Iorque) e Otis G. Tyk,democrata também de NovaIorque.

Percy Forman (direita) substituirá Arthur Banes na defesa de Ray, assassino de Luther King

Earl Ray muda de advogado eo julgamento pode ser adiado

Memphis, Tennessee (UPI-AFP-JB)— James Earl Ray, acusado de assassi-nio do pastor Martin Luther King, de-cidiu ontem mudar de advogado. 24 ho-ras antes de começar seu julgamento.

O nôvo patrono de Ray, Percy Fore-man, deverá hoje pedir ao presidente daCorte, juiz Preston Battle, que o pro-cesso seja adiado. Ao que parece, surgi-ram sérias divergências entre Ray c seuantigo advogado Arthur J. Hanes sò-bre a condução da defesa.

EM AÇÃO

Percy Foreman, qve se tornou cé-lebre ao defender famosos delinqüentesnorte-americanos, encontra-se em Mem-phis para encarregar-se da defesa deseu cliente, em substituição a Hanes queera patrono de Ray desde 13 de junho.

Em um comunicado oficial entreguea uma centena de jornalistas reunidosna sala de imprensa da prisão do con-dado de Shelby, onde Ray deverá serjulgado, o xerife William Morris revê-lou: "Percy Foreman, advogado do Te-xas, apresentou-se ontem ante às auto-ridades da prisão do condado de Shel-by. em companhia de John Ray e deJerry Ray, irmão de James Earl Ray esolicitou permissão para conversar como detido.

A permissão lhe foi concedida e,durante a entrevista, adotaram-se cer-tas decisões e, entre elas, o envio deuma carta ao advogado Arthur Hanes,assinada por James Earl Ray.

Nela se diz em substância que JamesEarl Ray tem a intenção de renunciaraos serviços do advogado Hanes, que eraajudado por seu filho e contratar osserviços de um nôvo defensor, que seráassistido por um advogado do Estadode Tennessee".

O xerife William Morris disse tam-bém que o advogado Foreman anuncia-ra-lhe que pedirá hoje ao presidente daCorte, juiz Preston Battle, que o proces-so seja adiado.

POSIÇÃO

Ao que parece, surgiram sérias di-vergèncias entre Hanes e Ray sóbre aforma de levar a cabo a defesa désteúltimo.

Pouco depois da declaração do xe-rife anunciando a troca de advogados,Hanes afirmou à imprensa que estariapresente á abertura do processo hoje eque se absteria de defender Ray, poisrecusava-se a "defender um cliente re-calcltrante."

Hanes. ex-agente do FBI e ex-Pre-feito de Birmingham, Alabama, revelou

que tivera todo o tempo necessário parapreparar a defesa de Ray e que a deci-são dêste o surpreendera enormemente.

FORTALECIMENTO

Interrogado pelo jornal Press-Similarporque decidira defender Ray. Foremanrespondeu: "Pelo Direito Constitucional,um homem é inocente até que sua cul-pa seja provada." O nôvo patrono deRay negou-se a comentar quanto irá re-ceber pela defesa.

Os observadores acreditam que a de-fesa se fortalece sensivelmente com anomeação de Foreman, que já livrou dacadeira elétrica centenas de clientes. Seutriunfo mais recente foi a absolvição deCandice Mossler e seu sobrinho MelvinLane Powers, acusados de matar o es-poso da ré.

As autoridades tomaram as mais ri-gorosas medidas de segurança na histó-ria judicial norte-americana para pre-venir-se contra qualquer ação semelhan-te a que vitimou Lee Oswald.

Os 100 quarteirões da Rua Washing-ton onde estáo situados o Tribunal e aprisão onde está detido Ray, em umacela de paredes de aço, vigiada perma-nentemente pela tçlevisão, foram inter-ditados totalmente ao trânsito a partirde ontem.

Ale ução dos EUApassa aos tribunais

Robert P. Heydu Christian Science Monitor

A partir de hoje muito da atençãodos norte-americanos será desviadí. pa-ra os tribunais. Começa em Memphis,Tennessee. o primeiro de dois julgamen-tos, ambos envolvendo o assassinio dehomens públicos proeminentes. JamesEarl Ray se sentará no banco dos-réus,para responder uma acusação rio Es-taclo de Tennessee de assassinio rio Re-verendo Martin Luther King Jr.

King foi morto em Memphis, nodia 4 de abril de 1968. Ali se encontra-va para liderar manifestações em apoioda greve de operários da indústria desanitários, predominantemente negros,que reivindicavam salários mais altose melhores condições de trabalho.

Em princípios de dezembro, o se-gundo julgamento ocorrerá em Los An-geles. Sirhan Bishara Sirhan é o reu,também acusado pelo Estado, de terassassinado o Senador Robert Kennedyem junho, na noite de sua vitória nasprévias de Nova Iorque.

O tribunal rie Memphis será presi-dido pelo juiz da Corte Criminal W. Pres-ton BLiitt-le. Êle está determinado à im-pedir que o julgamento se transformeem espetáculo circense e a fazer comquie a culpa ou inecência de Ray sejadeterminada no tribunal e não em de-elarações antes do julgamento.

Assim sondo, o juiz Battle baixouuma ordem que, entre outras coisas, li-mita severamente a formulação de de-elarações por pessoas envolvidas no jul-gamento. Um dos objetivos é restringiro alarde da imprensa.

CENSURA

A 19 de julho, o juiz Battle orde-nou:"Todos os advogados participantesdêste caso, seus assistentes, colaborado-res, membros de sua equipe, Investiga-

dores e funcionários sob sua supervi-são e controle estão proibidos de con-ceder entrevistas com fins publicltá-rios e rie fazer declarações extrajudl-ciais sobre éste caso, a partir destadata até o dia em que o vereedito fôrformulado, em tribunal aberto."

Com base nessa ordem, o juizBattle sentenciou quatro pessoas acusa-das de terem-na violado, mas poste-riormente suspendeu a sentença. Doissão jornalistas, o terceiro o ex-advoga-do de Ray, Arthur Hanes, c o quartoum investigador de Hanes.

O.s jornalistas apelaram. Hanesqueixou-se de que os funcionários doDepartamento de Justiça podem dis-CUtlr o caso sem serem citados.

O Nashvillc Tennsssean informou,há duas semanas, que Ray revelará quelhe prometeram dc USS 12 mil a USS15 mll para despistar a polícia dos ver-darieiros assassinos e tornar-se a atra-ção da maior caçada humana da his-tória.

O biógrafo de Ray, William Brad-ford Huie, diz que o homem acusado damorte de King foi tentado a deixar seurefúgio no Canadá, meses antes do as-sassínio, pela oferta de USS 12 mil afim de cumprir uma misteriosa missãoem Birmingham, Alabama.

BUSCAS

A violência negra, em represália àmorte de King, eclodiu na mesma noitee por algumas noites consecutivas cmnumerosas cidades norte-americanas. ODepartamento de Justiça, com base emrelatórios de 76 cidades, informa que 46pessoas morreram, 2 561 ficaram feridase 21 271 foram detidas.

A polícia imediatamente descreveuo crime: King foi morto de um ba-nheiro público situado atrás de uma

oasa perto da Rua Lorraine. Acredita-se que o criminoso tenha deixado a ca-sa por uma porta da frente, descarre-gado a arma ali perto e fugido.

Eíforços surpreendentes foram fei-tos para capturar o assassino. Logo abusc-a se transformava numa caçada in-ternacional. Rapidamente criou-se ateoria de uma possível conspiração en-volvendo dois ou mais Partido.í. O cri-minoso teria escapado num Mustangbranco.

CERCO

No momento da fuga — cerca de25 minutos após o disparo — o rádioda policia começou a divulgar noticiasda caçada ao Mustang. As informaçõesforam colhidas de um estudante, quecaptara a faixa de onda do rádio riapolícia. Posteriormente, soube-se quetal caçada jamai? ocorreu.

A 17 de abril, o FBI acusou EricStarvo Galt de ter conspirado com ou-tra pessoa — o nome não foi divulga-do — para violar os direitos civis deLuther King. A seguir, a polícia deMemphis o acusou de assassinio. A caça-da se estreitara, então, a um suspeitoespecifico.

A 19 de abril, o FBI informou queo suspeito era, na verdade, James EarlRay, prisioneiro que escapara da pri-são estadual do Missouri, na cidade deJeffersoii, em 23 de abril de 1967. Aidentificação se fêz através do métodode impressões digitais.

Depois de uma intensa caçada, Rayfoi detido em Londres, em 8 de junho.Antes teria estado em Lisboa e Toron-to. Charles Q. Ste.phens, quem se acre-dita, tenha testemunhado o crime, foipreso a 22 de junho. Protestou c, a 21de agosto, ganhou a liberdade.

orte deups é

mistérioChicago (UPI-JB) — A

polícia confessou ontem quetem poucos indícios sobre oassassinato do ReverendoCharles Billups mas indicouque o auxiliar do falecido li-der negro Martin LutherKing poderia ter sido mor-to durante uma tentativa deroubo.

Agentes da Brigada deHomicídios não detiveram,até o momento, suspeito ai-gum no caso de Blllups,cujo corpo foi encontrado nointerior de seu automóvelfechado e estacionado emárea ao sul de Chicago.

PISTA

A polícia revelou que acarteira e o relógio do pas-tor batista desapareceram.A viúva de Billups informouaos agentes que seu maridocostumava levar consigograndes somas de dinheiro,mas a polícia não encontroLidinheiro algum ou documen-tos de identidade junto aocorpo.

O Reverendo Billups, di-retor de uma cadeia de lo-jas de comestíveis, chefiavaem Alabama o MovimentoCristão pró-Direitos Huma-nos, constituído depois quea legislatura estadual tor-nou ilegal a Associação Na-cional para o Progresso daGente de Cõr.

O lider cívico veio paraChicago em 1963, chamadopor King que lhe confiotium dos postos de direção nomovimento que encabeçouno Sul dos Estados Unidos.

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Rio de Janeiro, 11 de outubro de 1968Fernando Milton Guimarães

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12 — 1.° Cad-, Jorria. do Brasil, têrça-tclra, 12-11-68 — SEGUNDO CLTCHft _

Nixon e Johnsontraçam política

"A ALEGRIA DÕ ELEITO Racliofolo UPI

para o VietnameWashington (APP-UPT-

NYT-JBi — O Presidente elei-to dos Estados Unidos, RichardNixon, se reuniu ontem com oPresidente Johnson na CasaBranca para discutirem o pro-blema do Vietname e traçaremuma politica comum sobre assogociações de paz.

i: a primeira reunião de Ni-xon com Johnson, desde queeleito Presidente, terça-feirapassada. A entrevista se deuapós o almoço, ao qual estl-veram presentes também asmulheres de ambos-ENCONTRO

Segundo o Secretário de Im-prensa da Casa Branca, Geor-ge Christian, Nixon deverá serinformado por Johnson de tò-das a.s questões relacionadas aseu cargo. O primeiro encon-tro, como os demais, se realizouem caráter secreto.

"Êste é o dia do armistício"— disse Christian, ao ser inda-gado se haveria um comunica-do ao ílnal da reunião. Dentrodo tema central Vietname, de-verá íicar decidido agora se Ni-xon passará a orientar asatuais negociações de Paris,antes de tomar posse do cargocm 20 de janeiro.POSIÇÃO

Até o momento. Nixon apoioua posição mantida por Johnson

nas negociações, inclusive asuspensão dos bombardeios aoVietname do Norte, mas deli-beradamente absteve-se de par-ticulares seus pontos-de-vis-ta, limitando-se a declaraçõesgeneralizadas sóbre o conflito.

"Temos um presidente de ca-da vez" — alega, à guisa deexplicação. Mas, segundo seusassessores mais próximos, issonão significa que Nixon pre-tenda não se envolver na po-litica externa dos Estados Uni-dos durante o período de trans-missão do poder, ou tenha ex-c-luído a possibilidade de assu-mir um papel político nas dis-cussôes sôbre o Vietname.

DIFERENÇA

A situação agora — dizem —é totalmente diferente de 1960,quando o presidente eleito,John Kennedy, recusou a ofer-ta do Presidente Eisenhowerpara participar em decisõescruciais de política externa, co-mc o rompimento de relaçõescom Cuba.

A participação imediata deNixon nas negociações sóbre oVietname podem ajudar a re-solver um conflito que, de ou-tra forma, se transformaria emcarga pesada para seu própriogoverno.

Polícia americanaapura ligação entreSirhan e iemenitas

Nova Iorque (AFP-UPI-JB)— O serviço secreto norte-ame-ricano está procurando apurarse há ligação entre o jorda-niano Sirhan Sirhan, assassi-no do Senador Robert Kenne-dy, e os três iemenitas detidossábado, acusados de tramarcontra a vida de Richard Ni-xon.

Os acusados ganham modes-tos salários, mas faziam via-gens freqüentes a Los Angeles,onde vivia Sirhan. fato quopre-vecou a_ especulações daimprensa.

SIGILO

A polícia de Brooklin, ondeestão detidos os três iemenitas,mantém estrito sigilo sóbre ocaso. Sabe-se apenas que os do-cumentos em árabe encontra-dos em seu apartamento es-tão sendo traduzidos.

O motivo apontado para ocomplo! é a posição de Nixonno conflito do Oriente Médio,favorável a Israel. Julga mes-mo que, achando-se em estadode guerra com os árabes, o Go-vêrno de Telaviv deveria serfortalecido para manter o equi-líbrio do poder na região.

O Embaixador do Iémen naONU, Mohsin Alaini, informouque nem Ahmad Rageh Na-mer nem seus dois filhos, Hus-sein e Abdo, estão inscritos noconsulado local do Iémen. Jul-ga o Embaixador tratar-se deuma trama contra os três

acusados, que estariam sendovitimas de algum inimigo.

IMPRENSA

No Cairo, o jornal semi-oíi-ciai Al Ahram comenta o com-plot como um "caso estranho «pcuco claro." A seu ver, "a ex-plorr-ção do caso pela propa-ganda sionista tem por fimsuscitar sentimentos hostis con-tra os árabes entre o povo dosEstados Unidas." Afirma queos detalhes permitem suspeitartratar-se de um caso forjadoe destaca que, ultimamente, Ni-xon não fêz qualquer declara-ção sôbre a crise no OrienteMédio.

Também os jornais libane-ses adotam a tese da "conspi-ração sionista." Em grandeiparte, porém, a imprensa ára-be limitou-se a publicar osdespachos das agências estran-gèiras, sem comentar o caso.

Al Bayrak disse: "A mano-bra dos sionistas têm por obje-tivo deteriorar as relações en-ti"e os Estados Unidos e o mun-do árabe, depois da eleição donõvo Presidente norte-ameri-cano. Os sionistas já quiseramexplorar em seu proveito o as-sassinio do Senador RobertKennedy. Tentam agora fazercom que se esqueça que os ju-deus norte-americanos nãoapoiavam Nixon."

No Jaryda também se ressal-ta "a probabilidade de complotpreparado por elementos sio-nistas para desacreditar a cau-sa árabe."

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Guerra noOrientepreocupa

Departamentode Pesquisa

O.Presidente eleito dos EUA, Richard Nixon, sorri ao lado dp Presidente Johnson, na Casa Branca

Earl Ray de advogado e

o julgamento pode ser adiado

Uma das preocupações deNixon cm seu primeiro encon-tro com os lideres soviéticosem 1909 será o problema doOriente Médio. Em alguns dosseus discursos, antes e depoisdas eleições, o novo Presiden-te teve o cuidado de não falarem termos de guerra fria arespeito da União Soviética,mas admite que as Forças Ar-madas americanas e russas têmestado a uma distancia bastari-te perigosa e que é possível rc-duzir a tensão conseguindo quecias se afastem um pouco.Num recente artigo sóbre osgrandes problemas que Nixonterá de enfrentar, o jornalistaJames Reston, do New YorkTimes,, escreveu:

— Nixon está muito preo-cupado'com- o confronto entreMoscou e Washington em vistada controvérsia árabe-israelcn-se. Comenta-se que êle gosta-ria de minimizar os perigosnesta região, através de nego-ciações pessoais com os líderessoviéticos.

O PODER DEFENSIVO

muda

Mcmphis, Tennessee (UPI-AFP-JB)— James Earl Ray, acusado de assassi-nio do pastor Martin Luther King, de-cidiu ontem mudar de advogado, 24 ho-ras antes de começar seu julgamento.

O nõvo patrono de Ray. Percy Forc-man. deverá hoje pedir ao presidente daCorte, juiz Preston Battle, que o pro-cesso seja adiado. Ao que parece, surgi-ram sérias divergências entre Ray e seuantigo advogado Arthur J. Hanes só-bre a condução da defesa.

EM AÇÃO

Percy Foreman, q__ se tornou cé-lebre ao'defender famosos delinqüentesnorte-americanos, encontra-se em Mem-phis para encarregar-se da defesa deseu cliente, em substituição a Hanes queera patrono de Ray desde 13 de junho.

Em um comunicado oficial entreguea uma centena de jornalistas reunidosna sala de imprensa da prisão do con-dado de Shelby, onde Ray deverá serjulgado, o xerife William Morris revê-lou: '"Percy Foreman, advogado do Te-xas, apresentou-se ontem ante às auto-ridades da prisão do condado de Shel-by, em companhia de John Ray e deJerry Ray, irmão de Jajpes Earl Ray esolicitou permissão para conversar como detido.

A permissão lhe foi concedida e,durante a entrevista, adotaram-se cer-tas decisões e, entre elas, o envio deuma carta ao advogado Arthur Hanes,assinada por James Earl Ray.

Nela se diz em substância que JamesEarl Ray tem a intenção de renunciaraos serviços do advogado Hanes, que eraajudado por seu filho e contratar osserviços de um nõvo defensor, que seráassistido por um advogado do Estadode Tennessee".

O xerife William Morris disse tam-bém que o advogado Foreman anuncia-ra-lhe que pedirá hoje ao presidente daCorte, juiz Preston Battle, que o proces-so seja adiado,

POSIÇÃO

Ao que parece, surgiram sérias di-vergênclas entre Hanes e Ray sóbre aforma de levar a cabo a defesa dêsteúltimo.

Pauco depois da declaração do xe-rife anunciando a treca de advogados.Hanes afirmou à imprensa que estariapresente á abertura do processo hoje eque se abstevia de defender Ray, poisrecusava-se a "defender um cliente re-calcitrante."

Hanes, ex-agente do FBI e ex-Pre-feito de Birmingham, Alabama, revelou

que tivera todo o tempo necessário parapreparar a defesa de Ray e que a deci-são dêste o surpreendera enormemente.

FORTALECIMENTO

Interrogado pelo jornal Press-Similarporque decidira defender Ray, Foremanrespondeu: "Pelo Direito Constitucional,um homem é inocente até que sua cul-pa seja provada." O nõvo patrono daRay negou-se a comentar quanto irá re-ceber pela defesa.

Os observadores acreditam que a de-fesa se fortalece sensivelmente com anomeação de Foreman, que já livrou dacadeira elétrica centenas de clientes. Seutriunfo mais recente foi a absolvição deCandtce Mosíler e seu sobrinho MelvinLane Powers, acusados de matar o es-poso da ré.

As autoridades tomaram as mais ri-gorosas medidas de segurança na histó-ria judicial norte-americana para pre-venir-se contra qualquer ação semelhan-te a que vitimou Lee Oswald.

Os 100 quarteirões da Rua Washlng-ton onde estão situados o Tribunal e aprisão onde está detido Ray, em umacela de paredes de aço, vigiada perma-nentemente pela televisão, foram inter-ditados totalmente ao trânsito a partirde ontem.

Atenção dos EUApassa aos tribunais

Robert P. Heydo Christian Science Monitor

A partir de hoje muito da atençãodos norte-americanos será desviaris. pa-ra os tribunais. Começa em Memphis,Tennessee, o primeiro de dois julgamen-tes, ambos envolvendo o assassínio dehomens públicos preeminentes. JamesEarl Ray se sentará no banco dos réus,para responder uma acusação rio Es-tado de Tennessee de assassínio do Re-verendo Martin Luther King Jr.

King foi morto em Memphis, nodia 4 de abril de 1968. Ali se encontra-va para liderar manifestações em apoioda greve de operários da indústria desanitários, predominantemente negros,que reivindicavam salários mais altose melhores condições de trabalho.

Em princípios de dezembro, o se-gundo julgamento ocorrerá em Los An-geles. Sirhan Bishara Sirhan é o réu,também acusado pelo Estado, de terassassinado o Senador Robert Kennedyem junho, na noite de sua vitória nasprévias de Nova Iorque.

O tribunal de Memphis será presl-dido pelo juiz da Corte Criminal W. Pres-ton Buttle. Ele está determinado a im-pedir que o julgamento se transformeem espetáculo circense e a fazer com(juie a culpa ou inocência de Ray sejadeterminada no tribunal e não em de-Dlarações antes do julgamento.

Assim sendo, o juiz Battle baixouuma ordem que, entre outras coisas, li-mita severamente a formulação de de-clarações por pessoas envolvidas no jul-gamento. Um dos objetivos é restringiro alarde da imprensa.

CENSURA

A 19 de julho, o juiz Battle orde-nou:"Todos os advogados participantesdêste caso, seus assistentes, colaborado-res, membros de sua equipe, investiga-

dores e funcionários sob sua supervi-são e controle estão proibidos de con-ceder entrevistas com fins publlcitá-rios e de fazer declarações extrajudi-ciais sôbre êste caso, a partir destadata até o dia em que o vereedito íorformulado, cm tribunal aberto."

Com bane nessa ordem, o juizBattle sentenciou quatro pessoas acusa-das de terem-na violado, mas poste-dormente suspendeu a sentença. Doissão jornalistas, o terceiro o ex-advoga-do de Ray, Arthur Hanes, e o quartoum investigador de Hanes.

Os jornalistas apelaram. Hanesqueixou-se de que os funcionários doDepartamento de Justiça podem dis-cutir o caso sem serem citados.

O NashvUíe Tcnn.ssean informou,há duas semanas, que Ray revelará quelhe prometeram de USS 12 mil a USS15 mil para despistar a polícia dos ver-dadeiros assassines e tornar-se a atra-ção da maior caçada humana da his-tória.

O biógrafo de Ray, William Brad-ford Hüie, diz que o homem acusado damorte de King foi tentado a deixar seurefúgio no Canadá, meses antes do as-sassinio, pela oferta de USS 12 mil afim de cumprir tuna misteriosa missãoem Birmingham, Alabama.

BUSCAS

A violência negra, em represália àmorte de King, eclodiu na mesma noitee per algumas noites consecutivas cmnumerosas cidades norte-americanas. ODccartamento de Justiça, com base emrelatórios de 76 cidades, informa que 46pessoas morreram, 2 561 ficaram feridase 21271 foram detidas.

A polícia imediatamente descreveuo crime: King foi morto de um ba-nheiro público situado atrás de uma

casa perto da Rua Lorraine. Acredita-se que o criminoso tenha deixado a ca-sa por uma porta da frente, descarre-gado a arma aii perto e fugido.

Esforços surpreendentes foram fei-tos para capturar o assassino. Logo abusca se transformava muna caçada in-ternacional. Rapidamente criou-se ateoria de uma passível conspiração en-volvendo dois ou mais Partidos. O cri-minoso teria escapado num Mustangbranco.

CERCO

No momento da fuga — cerca de25 minutos após o disparo — o rádioda polícia começou a divulgar noticiasda caçada ao Mustang. As informaçõesforam colhidas de um estudante, quecaptara a faixa de onda do rádio dapolicia. Posteriormente, soube-se quetal caçada jamais ocorreu.

A 17 de abril, o FBI acusou EricStarvo Galt de ter conspirado com ou-tra pessoa — o nome não foi divulga-do — para violai" os direitos civis deLuther King. A seguir, a policia deMemphis o acusou de assassínio. A caça-da se estreitara, então, a um suspeitoespecífico.

A 19 de abril, o FBI Informou queo suspeito era, na verdade, James EarlRay, prisioneiro que escapara da pri-são estadual do Missouri, na cidade deJefferson, em 23 de abril de 1967. AIdentificação se fêz através do métodode impressões digitais.

Depois de uma intensa caçada, Rayfoi detido em Londres, em 8 de junho.Antes teria estado em Lisboa e Toron-to. Charles Q. Stophens, quem se acre-dita tenha testemunhado o crime, foipreso a 22 de junho. Protestou e, a 21de agosto, ganhou a liberdade.

Para Nixon, o equilíbrio mi-litar com a União Soviéticanão é suficiente. Quer mantera imagem de que os EstadosUnidos continuam sendo a sen-tinela solitária da liberdade, edisse num dos discursos:

Se os Estados Unidos fós-sem arrancados do mapa mun-dial, o resto do mundo iria vi-ver sob o temor constante.

Para manter esta vigilânciano Oriente Médio, êle incluiuuma promessa na sua platafor-ma politica:Para conter a ajuda sovié-tica às nações árabes e acrescente ameaça a Israel,os republicanos prometem umaajuda equivalente a Israel, taiscomo aviões supersônicos.

A estratégia que pretendeempregar, tanto no OrienteMédio como no resto rio mundobaseia-se no que êle chama de"poderes defensivos" — isto é,os "Estados não comunistas quenão têm ambições territoriaiscm relação a outros Estados."Tais poderes devem manteruma nítida supremaciamilitar sobre os "poderes ofen-sivos" — ou seja, a União So-viética e a China comunista. —até que se torne evidente quesuas tendências agressivas te-nham sido dominadas-

James Reston acrescenta que"êste princípio é tam m apli-cado a Israel, pois Nixon achaque êste país deve ser ajudadoa manter sua superioridade mi-litar sobre os Estados árabes."

No dia 15 de maio dêste ano,em campanha eleitoral, Nixonafirmou que "o mais urgentepara a América é não permitirque a balança do poder venhaa pender em favor dos militan-tes Estados árabes empenha-dos em nova guerra. Para queisto não aconteça, os EstadosUnidos devem providenciar pa-ra que a força militar de Israeljamais possa ser nivelada pelados árabes militantes, pois istoconvidarií, a uma guerra devingança, cujas conseqüênciasnão poderíamos prever em tó-da a sua gravidade e que deveser evitada a qualquer custo."

— Sôbre a situação do Ori-ente Médio, acho que Israel eos Estados árabes poderão che-gar a um íuotlus vivencH e quepoderá ser evitado outro con-flito. Julgo também que oequilíbrio das forças deve altser mantido.

Morte de>s é

mistérioChicago (UPI-JB) — A

policia confessou ontem quetem poucos indícios sóbre oassassinato do ReverencioCharles Blllups mas indicouque o auxiliar do falecido li-der negro Martin LutherKing poderia ter sido mor-to durante uma tentativa deroubo.

Agentes da Brigada deHomicídios não detiveram,até o momento, suspeito al-gum no cnso de Billups,cujo corpo foi encontrado nointerior de seu automóvelfechado e estacionado emárea ao sul de Chicago.

PISTA

A policia revelou que acarteira e o relógio do pas-tor batista desapareceram.A viúva de Billups informouaos agentes que seu maridocostumava levar consigograndes somas de dinheiro,mas a polícia não encontroudinheiro algum ou documen-tos de identidade junto aocorpo.

O Reverendo Billups, di-retor de uma cadeia de lo-jas de comestíveis, chefiavaem Alabama o MovimentoCristão pró-Direitos Huma-nos, constituído depois quea legislatura estadual tor-nou ilegal a Associação Na-cional para o Progresso daGente de Cõr.

O líder cívico veio paraChicago em 1963, chamado

por King que lhe confiouuni dos postos de direção no

movimento que encabeçouno Sul dos Estados Unidos.

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Bogotá. Miami (AFP-JB) —O ínaL-.itino El Sigla, de Bogo-tá, informou ontem que Ri-chard Nixon convidou o Pre-sidente Carlos lleras para visi-ter os Estacios Unidos em ini-cios de 1959.

A viagem, segundo o jornal,se relacionaria a uma eventualconferência de cúpula intera-merleana, convocada por Ni-xon.

Um grupo de congressistasnort e-americanos assegurouontem ao Ministro MagalhãesPinto que a mudança de ad-ministração não deverá influir,substancialmente, na coopera-ção dos Estados Unidos ocm asnações latino-americanas.

O grupo, constituído por doissenadores e três deputados,compõe o Comitê de Estudosdo Congresso, que realiza umaviagem de observação pelaAmérica Latina.

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Montevidéu — ÍAFP-JB. —

O Presidente Jorge PachecoAreco decretou ontem o fecha-mento do vespertino Extra, portempo indeterminado, por pu-blicar uma carta assinada porcapitães e tenentes do Exércitocontra o Governo.

Os oficiais se solidarizaramcom a carta do General LiberSeregni, substituído no coman-do da principal guarnição dopais por ter manifestado "dis-

crepàncias" com o Governo. Oscapitães e tenentes criticaramrudemente a orientação politi-ca e sócio-econòmica imnrimi-da por Areco, a quem acusamde "dividir as Forças Arma-das."

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Jornal do Brasil, terça-feira, 12-H-flíJ, l.» Cad. — 13

Tribunal de Contas apuraráextravio nas remessas dedinheiro no DCT de Natal

Brasília (Sucursal) — O Tribunal de Contas daUnião comunicou ao Ministro das Comunicações, Sr.Carlos Simas, que realizará uma auditoria externana agência do DCT em Natal, para apurar desvio nasremessas de dinheiro, denunciado pela imprensa.

A decisão do Tribunal poderá, dentro da suadeterminação de realizar inspeções financeiras paraverificação de irregularidades, vir a ser estendida aoutras agências do DCT, ainda que estas primeirastenham caráter principalmente normativo.RECUSA

O delegado regional do Tri-bunal, no Rio Grande do Nor-te, após tomar conhecimento doproblema, solicitou ao respon-nível pela agência que, emcumprimento do Artigo 84, doDecreto-Lei 200, lhe forneces-se todas as informações sôbrc olato, inclusive as providenciassobre tomadas de contas.

O DCT, através do delegadosubstituto, recusou-se a pies-tar qualquer informação, ale-gando que caberia à Policia Fe-deral apurar as irregularida-des, caso tivessem havido, e nãoao TCU. Argumentou ainda —

numa distinção que surpreen-deu aos Ministros do TCU —que o dinheiro desviado nãoera público, mas sim do públi-co,

O Ministro-Audltor CarllndoHugueney. em seu parecer sò-bre o assunto, disse que cabeà União a responsabilidade porêste dinheiro, já que o DCTpaga todos os desvios. DestaÍorma, o TCU não somente tema necessária competência, co-mo deve exercer a devida fis-ealizaçáo, realizando, inclusive,uma auditoria externa, o quefoi aprovado pelo plenário doórgão.

Cordeiro pedirá fixaçãode limites para não perderimpostos para Cantagalo

Niterói (Sucursal) — A Câmara de Vereadoresde Cordeiro autorizou ontem o prefeito do munici-pio a requerer à Assembléia Legislativa do Estadoa retificação de seus limites com o município de Can-tagalo, abrangendo uma área com grandes reservasde calcáreo.

O prefeito Vágner Vieitas vai abrir uma novadisputa de terras, principalmente para obter para omunicípio a localização em seu território de duasfábricas de. cimento, que se instalarão em dois anos,pagando de imposto sobre circulação de mercadorias,em 15 dias, o que arrecada em dois anos uma prefei-tura. Vereadores e habitantes de Cordeiro estarão emNiterói quando o prefeito apresentar o requerimentoà Assembléia.POR UM RIACHO

A disputa entre os dois mu-nioípios se prende á denomi-nação de um riacho, o Vai dePalmas, pois desde que seja fi-xado o seu curso não haverádúvidas sobre a questão. Cadamunicípio, com farta documen-tação, quer provar que o ria-cho beneficia seu território ena região pode surgir mais umcontestado, à semelhança do

existente entre Minas e Espí-rito Santo.

O.s dois municípios não que-riam abrir a questão, pois ti-nham certeza de que a terraera sua. O prefeito VagnerVieitas foi autorizado, contu-do, a representar à Assembléiacontro "a imperfeita e incem-pleta descrição dos limites domunicípio, constante do textodo Artigo 6.°, do Decreto-Lein.° 1055, de 31/12/43, que criouo município de Cordeiro."

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Aos Senhores Acionistas é concedido, na forma da lei o prazode 30 dias, a contar da data da publicação dêste Aviso no DiárioOficial do Estado da Guanabara, para exercício do Direito de Pre-ferência na subscrição das novas ações, na proporção de uma açãonova para cada duas ações antigas.

Rio de Janeiro, 8 de novembro de 1968.

(a.) Francisco Pinto Jr. — PresidenteEduardo Kersten — Diretor Superintendente <p

Escola de Enfermagem estáameaçada de despejo paravirar gabinete de ministro

A direção da Escola de Enfermagem AlfredoPinto, na Praia Vermelha, procura neutralizar a rea-ção dos seus 200 alunos à intenção, em curso no Mi-nistério da Saúde, de despejar a escola para ali ins-talar o gabinete do Ministro e a secretaria-geral,além de outros órgãos de assessoramento.

O Gabinete vem mantendo rigoroso sigilo emtorno do assunto, mas segundo informações de fun-cionários ligados ao Ministro Leonel Miranda já estáconcluido o ato de despejo, aguardando-se apenas queseja efetivada a transferência da Escola para a júris-dição do MEC, em obediência à reforma universitária.COMPLOT

Informaram que desde o ini-cio do ano já constava dos pia-nos do Ministro Leonel Miran-da manter um gabinete no Rio,com a transferencia do núcleocentral do Ministério para Bra-silia até meados do ano pró-ximo. Para tanto — revelaram— o Departamento Nacional deSaúde, órgão a que está subor-'dinada a Escola Alfredo Pinto,cortou as verbas destinadas àconclusão do anexo da escola,que obrigaria mais dez sa-las de aula e vários dormitó-rios para as alunas internas,pois as atuais instalações nãocomportariam o aumento devagas que se verificará cmlüíiü.

Até ontem, tanto os mem-bros do Diretório AcadêmicoJúlio Manfredini, que repre-senta o corpo discente, quantoos próprios alunos desconhe-ciam a intenção do Ministérioda Saúde cm despejá-los.

A vice-diretora, D. Déa Araú-jo, informou que a direção temevitado inclusive convocar areunião da Congregação, a fimde discutir o problema e tomaruma posição, pois com essa reu-nião os alunos tomariam conhe-'cimento do que o Ministério pre-tende e poderiam "colocar emmá situação a direção da es-cola, já que está subordinadahierarquicamente ao DNS."

— Nós não recebemos nenhu-ma comunicação oficial do pro-jeto do Ministério da Saúde,mas todos os professores e nos-sos funcionários sabem da exis-tência do plano de desapro-priação, para ser instalado aquio Gabinete do Ministro daSaúde, Estamos aguardando acomunicação oficial para assu-mirmos uma posição.

No gabiente do Ministro daSaúde o clima é também deapreensão, pois a maioria dosfuncionários tomou conheci-mento da intenção do Ministé-íio em mudar seu Gabinetepara a Escola de Enfermagem.Os funcionários mantém-se re-

Presidenteabre a Rio—Petrópolis

Com seus 44.3 quilômetroscompletamente restaurados, arodovia Rio—Petrópolis seráentregue ao tráfego no próxi-mo dia 15. Na cerimônia deabertura estará presente o Pre-sidente Costa e Silva, o Minis-tro Mário Andreazza. e os Go-vernadores Negrão de Lima eJeremias Fontes.

A solenidade terá inicio às 9horas no km 0. onde o diretor-geral do DNER, Sr. Eliseu Re-sende, recebera o Presidente daRepública e demais autorida-des. Após a abertura, a comi-tiva seguirá até Pelrópolis.

Em Petrópolis, no salão no-bre da Universidade Católica,estará aberta uma exposiçãosóbre as atividades do Govêr-no federal, no seter dos Trans-portes.

servados. pois revelaram quepor ordem pessoal do MinistroLeonel Miranda foi proibidaqualquer informação sóbre oassunto.

Adiantaram que pelo plano,além do Gabinete do Ministroseriam transferidos a Secreta-ria-Geral, o Departamento Ju-ridico e a Assessoria de Im-prensa.FUTURO INCERTO

Os 200 alunos da escola, em-bora não saibam do iminentedespejo, temem pelo íutüro.poísacham que se fôr efetivada atransferência da escola para oMinistério da Educação o Mi-nistério da Saúde "lavará asmãos" e os deixará entregue a,própria sorte.

— É sabido — disse um alu-no — que o MEC já enfrentagrande dificuldade em supriras verbas para a manutençãode professores das escolas su-periores. Com mais uma e ogrande dlspendio que tem anossa, será muito difícil que oMEC construa novas instalaçõespara nós e que mantenha omesmo nível de ensino.

A Escola de Enfermagem Al-fredo Pinto, uma dns mais an-ligas da especialidade na Amé-rica Latina, foi criada em se-tembro de 1890 e reorganizadapelo Decreto-Lei n.° 204. de 27de fevereiro de 1967. Ministraatualmente três cursos: o deAuxiliar de Enfermagem, com64 alunos; o de graduação emEnfermagem, com 65 alunos, eo de pós-graduação em Obste-trícla e Psiquiatria, com qua-tro alunos. Possui modernasinstalações, incluindo-se amplose confortáveis dormitórios paraos alunos internos, cozinha comcapacidade para fornecimentode 500 refeições diárias, biblio-teca, laboratórios e 12 salas deaula equipadas e aparelhadas.O atual prédio, fruto de umaluta de mais de 70 anos, foiinaugurado em 25 de abril de1906, pelo então Presidente Cas-telo Branco.

Ligação Rio—D. de Caxiasestá ameaçada

Niterói (Sucursal) — A liga-ção entre Duque de Caxias e aGuanabara, via Vigário Geral,que permite o escoamento degrande parte da produção in-dustrial da Baixada Fluminen-se, poderá ser interditada aotráfego, por falta de conser-vação.

A informação foi dada peloPrefeito de Caxias, Sr. Moacirdo Carmo, depois de um en-contro com o Governador Je-reniias Pontes, em .Niteróiquando reivindicou do DER arestauração imediata da estra-cia, ameaçada de entrar cm co-lapso. O Governador ficou dese avistar com o Sr. Negrão dcLima. a fim de debaterem aquestão das despesas com arestauração da ponte sóbre arodovia, em Vigário Geral.

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Estado do Rio vai fazerexperiência com aerobarcoem percursos de turismo

Niterói (Sucursal) — Depende apenas de licençada Cacex, já requerida pelo Govêrno fluminense,'achegada ao Estado do Rio de um aerobarco italianopara experiências de ligação turística para Manga-ratiba, Ilha Grande, Angra dos Reis, Parati.

O secretário de Comunicações e Transportes, Sr.Saramago Pinheiro, informou que o aerobarco, doEstaleiro Rodrigues, da Itália, ficará em experiên-cia durante seis meses e, caso sua rentabilidade fôrcomprovada, o Govêrno formará uma empresa deeconomia mista para explorar o nôvo tipo de trans-porte, ficando com 51% das ações e reservando os49% restantes para o Estaleiro Rodrigues.

FNBEM faz convênio paradar ajuda aos índios docentro-norte de M. Grosso

Os índios da região centro-norte de Mato Grossoreceberão assistência da Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor — FNBEM — através de convênio deajuda financeira que a entidade assinou com a Mis-são Anehieta para a execução de um programa depromoção humana entre os índios da região.

O convênio terá a duração de seis meses, ao fimdos quais a Missão Anehieta deverá apresentar àFundação Nacional do Bem-Estar do Menor um rela-tório geral dos resultados obtidos e com sugestõesde novos planos a serem desenvolvidos.

CUSTO E TURISMOPelos entendimentos que

manteve com os representantesdo Estaleiro Rodrigues, no Bra-sil, o Secretário de Comunica-ções revelou que um aerobar-

'co, em condições de transpor-tar de 70 a 80 pessoas, custaráUSS 280 mll, que eqüivale,aproximadamente, a NCrS 800mll. 0 aerobarco pode desen-volver uma velocidade horáriade 70 km.

Segundo o Sr. Saramago Pi-nheiro, se a experiência dercerto, o Governo, depois de im-plantar regularmente uma li-nha de aerobarco, pretendeunir, através dessa embarcação,

todas as cidades turísticas dolitoral fluminense a Niterói eao Rio. O aerobarco cedidopara experiência, além do cir-culto do sul do Estado, fun-cionará, também, como pontede ligação entre a capital liu-mlnente, o Rio de Janeiro eCabo Prio

O Secretário de Comunica-ções afirmou que "o aerobar-co não será implantado, casoa experiência aprove, comomeio de solução para o trans-porte marítimo do sul do Es-tado, principalmente na liga-ção Parati—Angra dos Reis,porque o iiorier aquisitivo daregião é baixo."

uri começou seleçãoao Festival de Brasíliado Cinema Brasileiro

Brasília (Sucursal) — O júri de seleção do IVFestival de Brasília do Cinema Brasileiro começouontem pela manhã a selecionar os oito longa-metra-gens e os oito curta-metragens de 35 mm, que parti-ciparão da fase final do certame, entre 25 de novem-bro e 2 de dezembro.

Vinte longa-metragens e 16 curta-metragens es-tão sendo examinados pelo júri de seleção, formandopor Alex Viani, Flávio Werneck, Reinaldo Dias Fer-reira, Geraldo Sobral Rocha e Rogério Costa Ro-drigues.

A AJUDA

A FNBEM, no prestar auxilioà Missão Anehieta, segue suadiretriz de levar e implantar apolitica do bem-estar do menorem todo o pais, estendendo-atambém aos indios e a seus íi-lhns. Dentro do plano há aintrodução de equipamentosagrícolas, a instalação ae novamoenda de cana para a fabrl-cação de açúcar e rapadura, aaquisição de uma resplgadeirasemi-íiutomática para ampliara capacidade de produção daserraria que já existe, e a aqui-sição de uma embarcação mo-torizada paro facilitar aos ín-dios o acesso a lugares distan-tes.

A Missão Anehieta, fundadaem 1930 pela Companhia daJesus, tem como objetivo prin-cipal preservar o que resta dapopulação Indígena da regiãocentro-norte do Mato Grossoe suas atividades se estendem auma área de 354 459 quilome-tros quadrados, onde são man-tidos asilos para velhos, semi-nários menores, internatos pa-ra curso primário, escolas pri-márias, j a r d 1 n s-de-infáncia,hospitais e ambulatórios.

A Missão reúne 25 padres je-suitas, 40 irmãs das ordens daDivina Providência e da Ima-culada, e dois técnicos. Suasede é na cidade de Utlariti,onde vivem cerca de 300 pes-soas, inclusive 100 menores denove tribos.

Flubem recolhe 300menores em Niterói

CONCORRENTESSão os seguintes os filmes de

longa metragem que estão ins-critos: Antes o Verão, de Ger-son Tavares; As Amorosas, deVálter Hugo Khouri; O BravoGuerreiro, de Gustavo Dahl; OBandido da Luz Vermelha, deRogério Sganzerla; Capitu, dePaulo César Saraceni; Copaca-bana me Engana, de AntônioCarlos Fontoura; O Diabo Mo-ra no Sangue, de Cecil Thiré;Fome de Amor, de Nelson Pe-reira dos Santos: Como Vai,Vai Bem?, de Alberto Salva,Carlos Mamyrano, Daniel Chi-torynni, Carlos Abreu Valquí-ria Salva e Paulo Veríssimo; OHomem quc Comprou o Mun-do, de Eduardo Coutinho; AsLibertinas, de Antônio Lima;Lance Maior, de Sílvio Back;O Massacre no Super-Mcroado,de J. B.| Tanko; Os Marginais,de Carlos Pratos e Moisés Ken-dler; A Noite do Meu Bem, deJece Valadão; Sete Faces de

Um Cafajeste, de Jece Vala-dão; O Tesouro de Z,ap;\la, deAdolfo Chadler; Os Viciados,de Brás Chediack; A Vida Pro-visória, de Maurício GomesLeite; e A Virgem Prometida,de Ibero Cavalcanti.

Os curta-metragens inscritassão: Blá...Blá...Blá..., deEvandro de Almeida Mauro;Chico, Retrato em Troto eBranco, de Flávio Moreira daCosta; Cordiais Saudações, deGilberto Santeiro; Ensaio deKlaus Schell; O Enfeitiçado.de Luís Carlos Lacerda deFreitas; Fantasia para Ator eTV, de Paulo Alberto Monteiro;Folia do Divino, de Eliseu Vis-conti; Jaguar, de David Neves;e sete outros de I. Rozemberg:O Artesanato no Nordeste,Belo Horizonte, Capital da Be-Ieza e do Progresso, a EnergiaNuoleaer, Bota do Progresso,Tiradentes, Inspiração de Mi-nas Gerais, A Vor. do Silêncioe Coisas do Brasil.

Niterói (Sucursal) — A Fun-dação Fluminense do Bem-Es-tar do Mencr (Flubem) já re-colheu 300 menores nas ruasda capital, encaminhando-ospara uma triagem no ShopingCenter, ao lado da Estação dasBarcas.

Ali as crianças recebem ali-mentação servida pela PolíciaMilitar, c na triagem já feita,150 foram entregues aos pais,permanecendo os demais sob acustódia da Flubem, que asencaminhará a .cinco institui-ções de amparo, na capital emunicípios de Interior.

EDUCAÇÃO

A Flubem é dirigida pelaprimeira dama do Estado, Do-na Nilda Fontes, que conside-ra a educação dos responsáveis

pelos menores que perambulampelas ruas uma das formas daatacar o problema. Com estafinalidade, assistentes sociaisque trabalham no órgão vãoprocurar, nos próximos seismeses, os pais dos menores re-colhidos, para realizar, comeles, um trabalho de profun-didade.

Dona Nilda Fontes acreditaque uma das formas de resol-ver o problema é o fortaleci-mento da família. A Flubem jácontrola duas instituições decaridade em Niterói, uma emBarra do Pirai, além do Ara-ruama e Conceição de Macabu.Um problema enfrentado é afalta de verbas (no próximoano o orçamento estadual te-rá dotações especificas) e otrabalho vem sendo feito comdoações particulares.

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MATRIZ: Rua Conselheiro Crispiniano, 317 — São PauloAGÊNCIA: Avenida Rio Branco, 123 — Rio de Janeiro

Capital e Reservas NCr$ 15.553.822,97Carta de Autorização n° A-l.825/66 de 29-9-66 - C.G.C. - Inscr. n.° 60.664.844

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente: J. Adhemar de Almeida Prado

Adolpho d» Oliveira FrancoCasimiro Anlonto RiboiroConslantino cir. Campos FragaEduardo Caio da Silva PradoEduardo Mário da Silva RamosE-nii Günther lipkauFerdínando Matarano

Fernando Machado PortellaGastão Eduardo de Bueno VidiçjalJ. M. Pinheiro NotoJoão Augusto Calmon du Pin e AlmeidaJorgo Bjptista da SilvaJorge Wallace SimonsrnJosé Mario Cardoso de Almeida

José Pereira Fernandeslucas Nogueira Garcezlueion Marc MoserMiguel RoaloPedro Paula Leila de BarroíRuy do Castro MagalhãesWilton Pam de Almeida Filha

BALANCETE EM 05 DE NOVEMBRO DE 1968

ATIVO

A - DISPONÍVEL

Bancos Conta de Movimento 3.970.210,14Em Outro; Espécies 150,18 3.976.300,32

tt - REALIZÁVEL

Banco Central do Brasil - Dec. lei 4595/64 .... 800.000,00Títulos Descontados 319.6.10,10lltuios de Conta Própria 15.440,89Dev. p/ Reso. Cambiais 133,64Dev. p/ Resp. Cambiais c/ Correção 79.953.469,07Dev. p/ Refinanciamento FINAME 1.082.175,75Empréstimos c/ Correção Monetária 1.633.852,50Empréstimos ] ,000.000,00Repaise de Obrigações eni Moeda Estrangeira —

Res. 63 9.542.745,25Outros Créditos 2.836.526,82Agências no País 746.803,50Imóveis p/ Uso Futuro ].426.327,81

99.357,130,33Titulos • Valores Mobiliários

Ações e Debéntures 3.508.008,52Outros Valores 8.462.400,59 H<1.327.539,44

C - IMOBILIZADO

Edifício de Uso do Banco 1.379.476,33Móveis e Utensílios 383.452,00Material de Expediente 115.469,56Reavaliação do Ativo Imobilizado — Lei 4357 de

16-764 334.026,02Instalações 35.847,83 2.248.271,74

D - RESULTADOS PENDENTES

Impostos 232.242,05Despesas Gerais e Outras Contas 1.521.459,95 1.753.702,00

E - CONTAS DE COMPENSAÇÃO

Ações Caucionadas 615,00Cobrança por Conta de Terceiros 279.810,86Valores em Garantia 121.923.956,48Outras Contas 2.423.929,8!Fundo de Investimento FINASA - 157 6,471.343,25 131.099.655,40

250.405.528.9C

PASSIVO

F - NAO EXIGIVEL

Capital 7.500.000,00

Aumento de Capital 375.000,00 7.875.000,00

Fundo de Reserva Legal 675.742,11Fundo de Previsão .1.320.000,00Fundo de Amortização do Ativo 63,739,50Fundo de Indenizações Trabalhistas — tti 4357

de 16-7-64 6.831,33Correção Monetária do Ativo - Lei 4357 de

16-7-64 298.901,41Outras Reservas 2.307.382,00Fundo de Reserva p/ Aumento de Capital —

Dec.-Lei 238/67 6.226,62 15.553.822,97

G - EXIGIVEL

Títulos Cambiais 21.400,00Títulos Cambiais c/Correção 83.149.322,19Refinanciamento FINAME 1.080.707,52Dep. a Prazo Fixo c/ Correção 2.095.330,83Obrigações em Moeda Estrangeira Resolução 63 9.712.500,00Outros Créditos 1.655.102,32Agências no País 1,229.832,02Dividendos a Pagar 236,61 98.944.431,4»

H - RESULTADOS PENDENTES

Contas de Resultados 4.607.619,04

1 - CONTAS DE COMPENSAÇÃO

Caução da Diretoria 615,00Credores por Títulos em Cobrança 279.810,86Depôs, de Valores em Garantia 121.923.956,48Outras Contas 2.423.929,81Depositantes do Fundo de Investimento FINASA

- 157 6.471.343,25 131.099.655,40

250.405.528,90

5ào Paulo, 6 de novembro de 1968

< (a) Gaslão Eduardo de Bueno Vidigal — Presidente! (a) Jorge Wallace Simonsen - Více-Presidenli

; la) Wilton Paes de Almeida Filho — Vice-Presidente¦ (a) Casimiro Antônio Ribeiro — Vice-President» Executivo(a) Lucas Nogueira Garcez — Superintendente(a) Pedro Pauta Leile de Barres — Diretor Executivo(a) Jost Mario Cardoso de Almeida — Diretor Executivo

(») Celestino Aguiar dc SouzaTécnico em Contabilidade

CRC. SP., n.o 30.849

SEGUNDO CLICHÊ Jornal dy Brasil, terça-feira. 12-11-68, 1." Cad. — 13

¦íH5

íV:'

Tribunal de Contas apuraráextravio nas remessas dedinheiro no DCT de Natal

Brasília (Sucursal) — O Tribunal de Contas daunião comunicou ao Ministro das Comunicações, Sr.Carlos Simas, que realizará uma auditoria externana agência do DCT em Natal, para apurar desvio nasremessas de dinheiro, denunciado pela imprensa.

A decisão do Tribunal poderá, dentro da sua:determinação de realizar inspeções financeiras paraverificação de irregularidades, vir a ser estendida aoutras agências do DCT, ainda que estas primeirasteahaffi caráter principalmente normativo.

numa distinção que surpreen-deu aos Ministros do TCU —que o dinheiro desviado nãoora público, mas sim do públi-

PARTICIPAÇÃO

i

RECUSA

O delegado regional do Tri-bunal, no Rio Grande do Nor-te, após tomar conhecimento doproblema, solicitou ao respon-rável pela agência que, . emcumprimento do Artigo 84, doDecreto-Lei 200. lhe forneces-

_ V» todas as informações sóbre oíato, inclusive as providênciassobre tomadas de contas.

O DCT, através do delegadosubstituto, recusou-se a pres-tar qualquer informação, ale-gando que caberia á Policia Fo-deral apurar n.s irregularida-des, caso tivessem havido, e nãoao TCU. Argumentou ainda —

O Ministro-Auditor CarlindoHugueney, em seu parecer só-bre o assunto, disse que cabeá União a responsabilidade porêste dinheiro, já que o DCTpaga todos os desvios. Destaíorma, o TCU não somente tema necessária competência, co-mo deve exercer a devida fis-calizaçáo, realizando, inclusive,uma auditoria externa, o quefoi aprovado pelo plenário doórgáo.

Cordeiro pedirá fixaçãode limites para não perderimpostos para Cantagalo

Niterói (Sucursal) — A Câmara de Vereadoresde Cordeiro autorizou ontem o prefeito do municí-pio a requerer à Assembléia Legislativa do Estadoa retificação de seus limites com o município de Can-tagalo, abrangendo uma área com grandes reservasde calcáreo.

O prefeito Vagner Vieitas vai abrir uma novadisputa de terras, principalmente para obter para omunicípio a localização em seu território de duasfábricas de cimento, que se instalarão em dois anos,pagando de imposto sóbre circulação de mercadorias,em 15 dias, o que arrecada em dois anos uma prefei-tura. Vereadores e habitantes de Cordeiro estarão emNiterói quando o prefeito apresentar o requerimentoà Assembléia.POR UM RIACHO

A disputa entre os dois mu-nicípios se prende á denomi-nação de um riacho, o Vai dePalmas, pois desde que seja íi-xado o seu curso não haverádúvidas sóbre a questão. Cadamunicípio, com farta documen-tação, quer provar que o ria-cho beneficia seu território ena região pode surgir mais umcontestado, à semelhança do

existente entre Minas e Espí-rito Santo.

O.s dois municípios não que-riam abrir a questão, pois ti-nham certeza de que a terraera sua. O prefeito VagnerVieitas foi Autorizado, contu-do, a representar à Assembléiacontra "a imperfeita e incem-pleta descrição dos limites domunicipio, constante do textodo Artigo 6.°, do Decreto-Lein.° 1055, de 31/12/43. que criouo municipio de Cordeiro."

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AVISO AOS ACIONISTASAvisamos aos Senhores Adonistis que, por decisão da Assem-

bléia Geral Extraordinária, realizada -nesta dala, será aumentado ocapital social da Empresa, de. NCr$ 2.000.000,00 para NCrS 3.000.000,00, mediante .émíssío e subscrição em dinheiro de500.000 ações ordinárias e 500.000 ações preferenciais, cada umado valor de NCr$ 1,00.

As ações do aumento de capital deverão ser integralizadas doseguinte modo:

a) 50% do valor subscrito, no ato da subscrição, para o dc-vido recolhimento ao Barco. Central do Brasil;

b) os restantes 50%, no frazo de 30 dias após a homo-logaçao peio Banco Centra do Brasil dos atos referentes aoaumento de capital.

Aos Senhores Acionistas é corcedido, na forma da lei o prazocie 30 dias, a contar da data.da Publicação deste Aviso no DiárioOficial do Estado da Guanabara, para exercício do Direito de Pre-ferência na subscrição das novas *;ões, na proporção de uma açãonova para cada duas açóes antiga,.

Rio éc Janeiro, 8 dc novembro de 1968.

(a.) Francisco Pinto Jr. — PruidenteEduardo Kersten 7- Direbr Superintendente (P

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Júri começou seleçãoao Festival de Brasília

O público aplaudiu com entusiasmo as candidatas

Representante do Fluminenseé eleita Senhorita Rio-68em festa oue o eçaú

Ângela Catrambi, representante cio Fluminense,foi eleita às 2hl0m de hoje, Senhorita Rio-68. em íes-ta que superlotou o Canecão e reuniu candidatas de41 clubes cariocas. Ângela recebeu a faixa de Mar-garete Medeiros, Senhorita Rio-67, sob intensosaplausos do público.

Nadja Winitskowski, do Grajaú Tênis Clube fi-cou com o 2.° lugar, enquanto que Vera Casali, doMonte Libano, íoi a terceira colocada. A SenhoritaRio recebeu como prêmios passagem de ida e voltaao Japão e ainda NCrS 5 mil em dinheiro, oferecidospela Secretaria de Turismo da Guanabara.

Marinheiro, Clube dos Oficiaisda Vila Militar, Country Tiju-ca. Magnatas, Monie Libano,América, Clube Federal, VilaIsabel, Botafogo, Renascença,Ginástico Português e Radar.

Miss Simpatia, escolhida po-las 41 concorrentes, íoi a Srta.Sônia Maria Bahia, represen-tante do Olaria, que recebeu oprêmio de NCrS 1 mil, ofereci-do pelas confecções Du Pont.

São os seguintes prêmios: 1.°lugar — passagem de ida evolta ao Japão, oferecida pelaagencia Irmãos Cupello c NCrS5 mil oferecidos pela Secretariade Turismo; 2.° lugar — duaspassagens para Buenos Aires,oferecidas pela Agência IrmãosCupello e NCrS 3 mil ofereci-dos pela Secretaria de Turismoe 3.° lugar — duas passagenspara Salvador da agência Ir-mãos Cupello e NCrS 2 mil emdinheiro.

Quatro manequins dos maiosCatalina desfilaram no final dafesta, enquanto o.ue MargareteMedeiros, Senhorita Rio, ver-são 67 e atualmente repórterda TV Globo, apresentou suasdespedidas muito emocionada,agradecendo a "todo grandeRio pelo apoio e carinho comque me tratou neste periodo —o mais feliz de minha vida."Logo depois Margarete paisoua faixa a Senhorita Rio, ver-.são 68.

ESCOLHA DIFÍCIL

O desfile iniciou às 22h30m,e as mais aplaudidas foram ascandidatas Angela BaumgartCatramby, do Fluminense, Ve-ra Casali, do Monte Libano,Jenine Gonçalves Coutinho, doClube Federal. Liliam MariaPadovani. do Botafogo e Tã-nia Maria Camilo, do' Ginásti-co Português.

A primeira apresentação das41 concorrentes foi feita émconjunto, com traje esporte.Conjuntos de blusa e calça evestidos bem esportivos foramusados pelas concorrentes. Odesfile individual — tambémcom roupa esportiva — indi-cou as preferências do público.Em seguida as 41 concorrentesdesfilaram com vestido de bai-le — primeiro em conjunto e

depois individualmente.

O JÜRI

O júri íoi composto pelo Sr.Levi Neves (presidente), atrizIonã Magalhães, cantora Eiia-na Pitliman, jornalista CarlosMeneses, Srta. Marlene Paiva,cronista Carlos Swan, modistaMaria Augusta, jornalista Jus-tino Martins e o artista piás-tico Adir Botelho. O presiden-te não teve direito a voto.

Os jurados anunciaram osnomes das 15 finalistas, queíoram as representantes doGrajaú. Fluminense, Casa do

dizemos com quemandamospara que você saibaquem somos...

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llBrasilia (Sucursal) — O júri de seleção do IV

Festival de Brasília do Cinema Brasileiro começouontem pela manhã a selecionar os oito longa-mctra-gens e os oito curta-metragens de 35 mm, que parti-ciparão da fase final do certame, entre 25 de novem-bro e 2 de dezembro.

Vinte longa-metragens e 16 curta-metragens es-tão sendo examinados pelo júri de seleção, formandopor Alex Viani, Flávio Werneck, Reinaldo Dias Fer-reira, Geraldo Sobral Rocha e Rogério Costa Ro-drigues.CONCORRENTES

São os seguintes os filmes delonga metragem que estão Ins-critos: Antes o Verão, de Ger-son Tavares; As Amorosas, deVálter Hugo Khouri; O BravoGuerreiro, de Gustavo Dahl; OBandido da Luz Vermelha, deRogério Sganzerla; Capitu, dePaulo César Saraceni; Copaica-bana me Engana, de AntônioCarlos Fontoura; O Diabo nio-ra no Sangue, de Cecil Thiré;Fome de Amor, de Nelson Pe-reira dos Santos; Como Vai,Vai Bem?, de Alberto Salva,Carlos Mamyrano, Daniel Chi-toryarii, Carlos Abreu Valqui-ria Salva e Paulo Veríssimo; OHomem que Comprou o Mun-do, de Eduardo Coutinho; AsLibertinas, de Antônio Lima;Lance Maior, de Silvio Back;O Massacre no Supcr-Meroado,de J. B.| Tanko; Os Marginais,de Carla? Prates e Moisés Ken-dler; A Noite do Meu Bem, deJece Viladão; Sete Faces de

Um Cafajeste, de Jece Vala-dão; O Tesouro de Zapala, deAdolfo Chadlerj Os Viciados,cie Brás Chediack; A Vida Pro-visória, de Maurício GemesLeite-, e A Virgem Prometida,de Iberê Cavalcanti.

Os curta-metragens Inscritossão: Blá...Blá...B!á..., deEvandro de Almeida Mauro;Chico, Retrato cm Preto cBl-anco, de Flávio Moroira daCesta; Cordiais Saudações, deGilberto Santeiro; Ensaio deKlaus Sohell; O Enfcilioado,de Luís Carlos Lacerda deFreitas; Fantasia para Ator eTV, de Paulo Alberto Monteiro;Folia do Divino, de Elissu Vis-conti; Jaguar, de David Neves;e sete outros de I. Rozemberg:O Artesanato no Nordeste,Belo Horizonte, Capital da Be-leza c do Progresso, a EnergiaNucleaçr, Rota do Progresso,Tiradentes, Inspiração de Mi-nas Gerais, A Voz do Silencioe Coisas do Brasil.

vai íazer

Escola, de Enfermagem estáameaçada de despejo paravirar gabinete de minislro

oA direção da Escola de Enfermagem Alfredo

Pinto, na Praia Vermelha, procura neutralizar a rea-ção dos seus 200 alunos à intenção, em curso no Mi-nistério da Saúde, de despejar a escola para ali ins-talar o gabinete do Ministro e a secretaria-geral,além de outros órgãos de assessoramento.

O Gabinete vem mantendo rigoroso sigilo emtorno do assunto, mas segundo informações de fun-cionários ligados ao Ministro Leonel Miranda já estáconcluído o ato de despejo, aguardando-se apenas queseja efetivada a transferência da Escola para a júris-dição do MEC, em obediência à reforma universitária.

experiência com aer arcoem percursos de turismo

Niterói (Sucursal) —> Depende apenas de licençada Cacex, já requerida pelo Governo fluminense, achegada ao' Estado do Rio de um aerobarco italianopara experiências de ligação turística para Manga-ratiba, Ilha Grande, Angra dos Reis, Parati.

O secretário de Comunicações e Transportes, Sr.Saramago Pinheiro, informou que o aerobarco, doEstaleiro Rodrigues, da Itália, ficará em experiên-cia durante seis meses e, caso sua rentabilidade fôrcomprovada, o Governo formará uma empresa deeconomia mista para explorar o nôvo tipo de trans-porte, ficando com 51% das ações e reservando os49% restantes para o Estaleiro Rodrigues.

COMPLOT

Informaram que desde o Iní-cio do ano já constava dos pia-nos do Ministro Leonel Miran-da manter um gabinete no Rio,com a transferência do núcleocentral do Ministério para Bra-silia até meados do ano pró-ximo. Para tanto — revelaram— o Departamento Nacional deSaúde, órg.io a que está subor-dinada a Escola Alfredo Pinto,conou as verbas destinadas àconclusão do anexo da escola,que obrigaria mais dez sa-las de aula e vários dormitó-rios para as alunas Internas,pois as atuais instalações nãocomportariam o aumento devagas que se verificará em1969.

Até ontem, tanto os mem-bros do Diretório AcadêmicoJúlio Manfredini, que repre-senta o corpo discente, quantoos próprios alunos desconhe-ciam a intenção do Ministérioda Saúde em despejá-los.

A vice-diretora, D. Déa Araú-jo, informou que a direçáo temevitado inclusive convocar areunião da Congregação, a fimde discutir o problema e tomaruma posição, pois com essa reu-nião os alunos tomariam conhe-cimento do que o Ministério pre-tende e poderiam -colocar emmá situação a direção da es-cola. já que está subordinadahierarquicamente ao DNS."

— Nós não recebemos nenhu-ma comunicação oíiciai do pro-jeto do Ministério da Saúde,mas todos os professores e nos-sos funcionários sabem da exis-tência do plano de desapro-priação, para ser instalado aquio Gabinete do Ministro daSaúde. Estamos aguardando acomunicação oficial para assu-mirmos uma posição.

No gabiente do Ministro daSaúde o clima é também, de

apreensão, pois a maioria dosfuncionários tomou conheci-mento da intenção do Ministé-lio em mudar seu Gabinetepara a Escola de Enfermagem,Os funcionários mantém-se re-servados, pois revelaram quepor ordem pessoal do MinistroLeonel Miranda foi proibidaqualquer informação sõbrc oassunto.

Adiantaram que pelo plano,além do Gabinete do Ministroseriam transferidos a Secreta-ria-Geral, o Departamento Ju-rídico e a Assessoria de Im-prensa.FUTURO INCERTO

Os 200 alunos da escola, em-bora não saibam do iminentedoipejo, temem pelo futuro.poisacham que se fôr efetivada a,transferência tia escola para oMinistério da Educação o Mi-nistério da Saúde "lavará asmãos" e os deixará entregue à,própria sorte.

— É sabido — disse um alu-no — que o MEC já enfrentagrande dificuldade em supriras verbas para a manutençãode professores das escolas su-periores. Com mais uma e ogrande dispèndio que tem anossa, será muito difícil que oMEC construa novas instalaçõespara nós e que mantenha omesmo nivel de ensino.

A Escola de Enfermagem Al-íredo Pinto, uma drs mais an-tigas da especialidade na Amé-rica Latina, foi criada em se-tembro de 1890 e reorganizadapelo Decreto-Lei n.° 204, de 27de fevereiro de 1967. Ministraatualmente três cursos: o d£Auxiliar de Enfermagem, com64 alunos; o de graduação emEnfermagem, cem 65 alunos, eo de pós-graduação em Obste-trícia e Psiquiatria, com qua-tro alunos.

CUSTO E TURISMOPelos entendimentos que

manteve com os representantesdo Estaleiro Rodrigues, no Bra-sil, o Secretário de Comunica-çôes revelou que um aerobar-co, em condições de transpor-tar de 70 a 80 pessoas, custaráUSS 280 mil, que eqüivale,aproximadamente, a NCrS 800mil. 0 aerobarco pode desen-volver uma velocidade horáriade 70 km.

Segundo o Sr. Saramago Pi-nheiro, se a experiência dercerto, o Governo, depois de im-plantar regularmente uma 11-nha de aerobarco, pretendeunir, através dessa embarcação,

tôdas as cidades turísticas dolitoral fluminense a Niterói eao Rio. O aerobarco cedidopara experiência, além do cir-cuito do sul do Estado, fun-cionará, também, como pontede ligação entre a capital flu-minente, o Rio de Janeiro cCabo Frio.

O Secretário de Comunica-ções afirmou que "o aerobar-co não será implantado, casoa experiência aprove, comomeio de solução para o trans-porte marítimo do sul do Es-tado, principalmente na liga-ção Parati—Angra dos Reis,porque o poder aquisitivo daregião é baixo."

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visitando 11 cidades européiasc duas no Oriente Média,

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Partida a 6 de janeiro.

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Pre;idcnlc: J. Adhemar de Almeida Pródo

60.664.844

Adolpho de Oüvaira FrancoCasimiro Antônio RibeiroConstantino do Campos Frag»Eduardo Caio da Silva PradoEduardo Mário da Silva RamosErnst Gunther lipl<auFerdinando Mntaraiio

Fernando Machado PortellaGastão Eduiirdo de Bueno Vidigal

J. M. Pinheiro NoloJoào Augusto Calmon du Pin o AlmeidaJcrgo Baptista dn Silva ,Jorge Wallace SimonsenJoso Mario Cardoso de Almeida

José Pereira FernandesLucas Nogueira GarcezLucien Marc MoscrMiguel RealePedro Paula Leite de Barroí

Ruy do Caslro MagalhãesWiiton Paes de Almeida Filht

BALANCETE EM 05 DE NOVEMBRO DE 1968

ATIVO

A - DISPONIVEt

B.-íkos Conta de Movimento 3.976.210,!JEm Outr« Espéciei II0,IB 3.976.360,32

B - REALIZÁVEL

Bmco Central do Brasil - Dec. Lei 4595/64 .... 800.000,00iilulos Das:;ntados 319.64i,10líluloi dc Conta Própria 15.440,89Dev. pl Reso. Cambia.s 13^,64Dev. pl Resp. Cambiais cl Correção 79.953.469,07Dev. pl Ref;nanciamenlo FINAME 1,0E2.175,75Empréstimos c/ Correção Monetária 1.633.862,50Empréstimos 1.000.000,00Repasse de Obrigações em Moeda Estrangeira —

Ros. 63 9.542.745,25Outros Credites 2.336.526,82Agências no País 7«16.803,50Imóveis pl Uso Futuro 1.426.327,81

99.357.130,33Títulos e Valores Mobiliárioi

Ações e Debêntures 3.508.008,52Outros Valores 8.462.400,59 111.327.539,44

C - IMOBILIZADO

Edilicio de Uso do Banco 1.379.476,33Móveis e Utensílios 383.452.00Material de Expediente 115.469.56Reavaliação do Ativo Imobilizado - Lei 4357 de

16-7-64 334.025,02Instalações 35.847,83 2.248.271.74

D - RESULTADOS PENDENTES

Impostos 232.2 42,05Despesas Gerais e Outras Contas 1.521.459,95 1.753.702,00

E - CONTAS DE COMPENSAÇÃO

Ações Caucionadas Cobrança por Conta de Terceiros ....Valores em GarantiaOutras Ccnt3sFundo de Investimento FINASA - 157

615,00279.810.86

121.923.956,482.423.929,816.471.343,25 131.099.655,40

250.405.528,90

PASSIVO

F - NAO EXIGIVEL

Capital 7.500.000,00Aumento de Capital 375.000,00 7.875.000,00

Fundo de Reserva Legal 675.742,11

Fundo de,Previsão ....' 4.320.000.COFundo de Amortização do Ativo 63.739,50

Fundo de Indenizações Trabalhistas - Lei 4357

de 16-7-64 6.831,33Correção Monetária do Ativo — lei 4357 de

167-64 298.901.41Oulras Reservas' 2.307.382,00Fundo de Reserva p/ Aumento de Capital —

Dec.-Lei 238/67 6.226,62 '

15.553.822,97

G - EXIGIVEL

iilulos Cambiais 21.400,00Titulos Cambiais c/ Correção 83.149.322,19Refinanciamento FÍNAME 1.080.707,52Dep. a Prazo Fixo c/ Correção 2.095.330,83

Obrigações cm Moeda Estrangeira Resolução 63 9.712.500,00

Outros Créditos 1.655.102,32Agências no Pais 1.229.832,02Dividendos a Pagar _ü6^ 98¦9i,4¦',:),•'*9

H - RESULTADOS PENDENTES

Contas de Resultados 4.807.619,04

i - CONTAS DE COMPENSAÇÃO

Caução da Diretoria 615,00Credores por Títulos em Cobrança 279.810,86Depôs, de Valores em Garantia 121.923.956,48Outras Contas 2.423.929,61Depositantes do Fundo de Investimento FINASA

- 157 6.471.343,25 131.099.655,40

250.405.528,90

São Paulo, 6 dc novembro dc 1968

(a) Gastáo Eduardo de Bueno Vidigal - Presidenl.(a) Jorge Wallace Simonsen - Vice-Prosidenl.lal Wiiton Paes de Almeida Filho - Vice-P,esid.nt.(a| Casimiro Antônio Ribeiro - Vice-President. Executivo(a| Lucas Nogueira Garcez - SuperintendenteIa) Pedro Paula Leite de Barros - Diretor Executivoía) José Mírio Cardoso de Almeida - Direlor Executiva ü.

(a) Celestino Aguiar de Souza -Técnico cm Contabilidade

CRC. SP., n.o 30.849

14 — 1." Cad-, .Tomai do Bra.sil, terça-feira, 12-11 68

Aviões aindautilizam

Juiz reconhece testamentodc Paulo Bittencourt na

adioperador posse do "Correio da Manha"

PARTICIPAÇÃO

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. "C-Zi

Os aviões que decolaram doRio no dia de ontem tinhamem sua tripulação radiopem-dores, pois <\ circular odo daDiretoria de Aeronáutica Ci-vil (DAC). que faculta o exer-cicio da função pelos pilotos,ainda não foi aplicada.

A circular deveria entrar emvisor no dia i.° dêste mês,mas foi adiada p-ara ontem.Apesar disso, todas as tripula-ções decolaram completas,acreriitando-sc que as emprê-sas de aviação comercial estu-ciam a repercussão da medidaentre cs tripulantes .antes decolocá-la em execução.

REPUDIO

Os radioperadores e os de-mais integrantes das tripula-ções de vôo têm posição fron-talmente contrária á clrovlarda DAC. Afirmam que a me- .dida, alem de íeduzir a segu-rança de vôo, pois o piloto, emcaso de emergência, dificilmen-to poderá ocupar-se do telégra-fo nara entrar em contato coma terra, implicará o desem-prêgó de, aproximadamente,700 trabalhadores que integrama classe.

De um modo geral, os aeronáu-tas consideram que a substitui-ção do rádio pelo telégrafo e aeliminação do radieperador doquadro de tripulantes é um sé-rio risco para a vida dos pas-sageiros das empresas de trans-porte aéreo.

Explicam que mesmo o sis-tema de comunicação por rá-dio ainda é deficiente no Bra-sil e que várias vezes, apesarcie o equipamento dos aviõesser ultramodcrno, não é pos-sivel o estabelecimento de con-tato com a terra.

A validade do testamento do jornalista PauloBittencourt foi reconhecida ontem pelo juiz da 2.aVara de órfãos e Sucessões, e, em conseqüência, ojornal Correio da Manhã continuará pertencendo àSra. Niomar Moniz Sodré Bittencourt.

Numa longa sentença, de 30 laudas datilogra-fadas, o juiz decidiu que a ação da filha de PauloBittencourt, Sra. Sibil Bittencourt, deveria ser jul-gada improcedente, uma vez que não conseguiu pro-var que o testamento de seu pai fora assinado contraa vontade, nem que estivesse êle enfermo à épocada assinatura,TESTAMENTO

Em 17 de fevereiro de 1961,o jornalista Paulo Bittencourtcompareceu ao Consulado doBrasil, em Roma, onde fêz tes-tamento. legande. à Sr." Nio-mar Moniz Sodré Bittencourto controle acionário do jornalde sua propriedade.

Logo após a morte de Pau-lo Bittencourt, sua filha Sibilingressou com ação ordináriana 2.» Vara de órfãos e Su-cessões visando à anulação dotestamento, alegando que seupai fora coagido a assinar odocumento.

A ação levou vários anos pa-ra ser julgada, pois fei neces-sário ouvir testemunhas na Eu-ropa, o que dificultou seu an-damento. Finalmente, êste anorealizou-se a audiência de jul-gamento, na qual muitas ou-tras testemunhas foram ouvi-das sóbre a alegação da Sr.»Sibil Bittencourt. Todas, porém,foram unânimes em afirmarque o ex-diretor do Correio daManhã, além de estar plena-mente capaz de fazer testa-mento, era um homem de per-sonalidade marcante, que nãose deixaria coagir no momen-to de testar.

Boa Esperança sob ameaçade romper como Orós se nãofizerem obras com urgência

ÁEC elegeLuizantpresidente

O comerciário Luizant MaltaRoma foi eleito ontem, na cha-pa azul, presidente do Sindi-oato dos Empregados no Co-mércio. obtendo 3 877 votos,enquanto a chapa verde con-seguia 2 422 votos.

A eleição teve 15 urnas co-locadas nos bairros e três ur-nas ambulantes, que tiveramos votos contados à noite. Adiretoria da AEC eleita é aseguinte: presidente, LuizantMatta Roma; vice-presidente,Raul Pereira Cones; l.° secre-tário, Hugo Fernandes; 2° sc-cretário, Valdemar Fernandes;tesoureiro, Oto Severino Perei-ra; e diretor social, HumbertoNeves.

Minas fazSemana doAleijadinho

Belo Horizonte i Sucursal) —A cidade de Ouro Preto prepa-rou uma semana de festas pa-ra comemorar, a partir deamanhã, os 154 anos da mortedo Aleijadinho.

A Semana do Aleijadinho tc-rá conferências, concertos co-rais e sinfônicos e será encer-rada no dia 18, com a inau-guração de um museu conten-do obras de Antônio FranciscoLisboa, no porão da matriz deNossa Senhora da Conceição deAntônio Dias, onde o escultorloi' enterrado.

Fortaleza (Correspondente) — A barragem deBoa Esperança, que está sendo construída no Piauípoderá repetir no próximo mês a tragédia do açudeOros no Ceará, segundo advertiu ontem o presiden-te da Cohebe, major César Cais.Explicou o major Cais que importantes obrasdevem ser realizadas até o dia 15 do próximo mêssob pena de a barragem arrombar sob o peso daságuas do rio Parnaiba. Tais obras, segundo êle po-clerao deixar de ser feitas tendo em vista a carênciatotal de recursos, pois o Governo cortou 50% do or-S^T1™ da Cohebe Para êste ano, o qual passou deNCrS 50 milhões para NCrS 25 milhões.O PROBLEMA

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Disse o major Cais que emdezembro o rio Parnaiba de-verá ter uma vasão de cercade mil metros cúbicos por se-gundo. o que não poderá serescoado pelos túneis recente-mente abertos, e que permitemo desvio do rio para a cens-trução da grandiosa barra-gem.

Boa Esperança deverá ser aredenção do Nordeste Ociden-tal — Maranhão e Piauí acumulando cinco bilhões demeiros cúbicos de água e iriun-dando a.s cidades de Nova lor-que e Guadalupe, cujas fami-lias estão sende paulatinamen-te transferidas para uma novacidade: Boa Esperança, quesurge a dois quilômetros daobra.

O General Backer revelou os planos ãe expansão ãa Sperry Raná do Brasil

Grupo para a delimitaçãodas áreas indígenas chegadesfalcado a Pôrto Alegre

Pôrto Aleare (Sucursal) — Desfalcado de seisde seus membros e lutando com falta de verbas, en-contra-se nesta cidade o grupo de trabalho intermi-nisterial encarregado de propor medidas de prontaexecução visando a delimitação definitiva das áreasindígenas e dos parques nacionais.

De um total de nove componentes, somente trêsintegrantes do GT vieram a Pôrto Alegre: o Sr. LuísGuimarães Lima, o coronel Válter Gomes e o Sr. Os-valdo Almeida, representantes dos Ministérios da Jus-tiça, Exército e Agricultura, pois os demais não obti-veram recursos • para viajar.FALTA DE VERBAS

Sperry Rand instala-se noBrasil para expandir aRemington Rand e a Univae

O vice-presidente internacional da Sperry RandCorporation, General David H. Backer, anunciou on-tem a instalação no Brasil da Sperry Rand do Bra-sil S.A., durante coquetel que ofereceu no «Copaca-bana Palace a industriais e empresários.A Sperry Rand do Brasil vai operar inicialmente

com duas divisões comerciais e industriais: a Re-mington Rand, à qual ficará afeta a Divisão de Má-quinas e Sistemas para Escritórios, e a Univac, coma Divisão de Computadores Eletrônicos.

O coronel Válter Gomes afir-mou que os trabalhos do GTestáo prejudicados pela faliade verbas, pois o decreto queo criou nâo lhe consignou ne-nhuma dotação específica. Amaior dificuldade dos membrosdo GT é com o deslocamentoaté os postos indígenas, poiscontam apenas com auxílio daFAB, mas náo têm diárias parahospedagem tt alimentação.

Contudo, o GT iniciou ontemseus trabalhos no Sul, ouvindoo chefe da 7.» Inspetoria daFundação Nacional do Índio,Sr. João Alves Ribas, e visi-tando o Governador PeracchiBarcelos, o Secretário de Agri-cultura do Estado, Sr. LucianoMac-hado, e o delegado regionaldo Instituto Brasileiro do De-senvolvimento Florestal, Gene-ral Odacir Tim.

FUSÃO

A empresa íoi formada em1955 pela consolidação da Spcr-ry Corporation e da Reming-ton Rand Inc., figurando hojeentre as 50 indústrias norte-americanas de maior fatura-mento. Ela tem 23 fábricas nosEstados Unidos e 15 em outrospaíses, empregando cerca de100 mil pessoas.

A Sperry Rand pretende de-senvolver-se passo a passo como desenvolvimento do Brasil.Por isso, está aprovado um in-vestimenta para a expansão dafábrica no Rio, cujo primeirofruto será a máquina de escre-ver — afirmou o General DavidH. Backer.

A importância do Brasilhoje em dia e seu extraordiná-rio desenvolvimento levaram-

COSTA CAVALCANTI NA AEG

nos a trazer para aqui a orga-nização. que a Remington Randrepresentou até então — acres-centou o vice-presidente inter-nacional da empresa.

EXPANSÃO

Os produtos da Sperry Randservem a variados campos deatividades. De suas fábricassaem produtos espaciais, bar-beadores elétricos, máquinas deescritório, sistemas de proces-samentos de dados, máquinaspara a lavoura, bombas hidráu-licas, motores, equipamentoseletrônicos para a aviação e amarinha comercial.

Compareceram à recepção deontem, entre outros, o majorAlcio Costa e Silva, represen-tante pessoal do Presidente daRepública, e o Sr. John Devi-ne, diretor do Banco de Boston,

Sursan vaialfabetizaroperários

A exemplo de São Paulo, on-de a Prefeitura alfabetizou 50garis, a Sursan deverá estudar,na próxima reunião do Con-selho Diretor, um convênio coma Secretaria de Educação parainiciar uma campanha de alfa-betização dos seus operários emdiversos departamentos.

A idéia foi muito bem recebi-da pelo diretor do Departamen-to de Limpeza Urbana, Sr. Ro-berto Castilho, pois "ela pode-rá ser adotada no DLU para opessoal antigo, porque os no-vos garis, de acordo com a Lelde Diretrizes e Bases, só estãosendo admitidos no órgão pro-vando que tem o curso prima-rio."

CONVÊNIOS

A alfabetização de operáriosjá vem sendo feita por algunsórgãos estaduais, entre êies aCedag, através de convênioscom a Secretaria de Educação.Diretores da Sursan acham quea erradicação do analfabetis-mo "além de ser uma medidade caráter humano c social,traduz-se em beneficio para opróprio Estado, com o aprimo-ramento cultural dos seus tra-balhadores."

Leia Editorial"Milagre Modesto"

uerque diz (jue apenas"os liomeiizinhos da classemédia" são contra correção

Depois de defender a manutenção da correçãomonetária nos empréstimos para aquisição de casaprópria, o Ministro do Interior, General Afonso deAlbuquerque Lima, afirmou ontem que "a grita todacontra o programa parte dos homenzinhos da classemédia, que almejam morar em Cooacabana, de fren-te para o mar, em apartamentos de trés ou quatroquartos."

Bem humorado, citando o padre Hélder Câmarae o economista Celso Furtado, entre outros, o Minis-tro do Interior abriu o ciclo de conferências sôbreRacionalização do Trinòmio Homem-Terra-Água, noClube de Engenharia, falando quase duas horas' sõ-bre o que representa o Ministério do Interior no atualGoverno.

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Tendo em vista a próxima implantação de uma usina atômica no Brasil, o Ministro defeiS'1

Sr- ?S,a

Ca,valca"»' visitou o Centro de Pesquisas Nucleares da AEG- TELEFUNKEN, em Grosswelzheim, na República Federal da Alemanha. No flagranteo ministro, acompanhado do Dr. Léo Amaral Penna, diretor da Eletrobrás, examina asmodernas instalações de pesquisa daquele grupo industrial.'

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VISÃO GLOBAL

Depois de se referir às pre-senças do Marechal Juarez Tá-vora, do Embaixador dc Israel,Sr. I. Harkari, e de represen-tantes da Petrobrás. da Süde-ne. do DNOS o da Sudèsül en-tre os que assistiam á confe-rencia, o General AlbuquerqueLima disse que iria dar umavisão geral das atividades deseu Ministério, "o que estariaem perfeita relação com o te-ma da conferência."

Apontando para um gráfi-co, o Ministro disse que a pri-meira das missões fundamen-tais do Ministério é a que tra-ta do desenvolvimento regional,acrescentando que ao assumira Pasta o único exemplo queexisita era o da Sudene, sen-do iniciada logo depois a for-mação da Sudam.

— Apesar das críticas de queestávamos criando várias Sude-nes pelo Brasil, incentivamos acriação de organismos para pia-nejar o desenvolvimento de ca-da região geo-econômica, den-tro, é claro, de suas caracteris-ticas.

Referiu-se a seguir a um li-vro que recebeu do Embaixa-dor Bilac Pinto, mostrando quea França está agora começai--do a se regionalizar, depois dever a importância de dar ás de-cisões um caráter regional.Pensam também os franceses,'segundo o livro, em fazer osseus próximos orçamentos emlermos de região, e não maissetorial, "o que é uma boa idéiapara ser aplicada aqui."OLHO NA AMAZÔNIA

O Ministro falou em segui-da sôbre a Amazônia, cuja árearepresenta 52% do total do país,enquanto a população repre-senta apenas 3.7r;. Afirmou quedesde que assumiu o Ministé-rio passou a defender o conceito (dc que é preciso olhar para aAmazônia, apesar dos nossospequenos recursos.

— Esta consciência — disse— hoje já está firmada, com adivisão da região, segundo apolitica de desenvolvimento esegurança aplicada pelo Govêr-no. nas áreas ocidental e ori-ental. A segunda, por possuiruma infra-estrutura própria,vem recebendo o maior mir n-ro dos projetos de desenvolvi-mento feitos para a área. ca-bendo ao Governo a responsa-

bilidade pela zona ocidental,em termos mais de segurançae de criação da infra-estruturanecessária.

Referiu-se ' também ao de-creto do Presidente Costa e Sil-va fixando em 28 meses o pra-zo para a construção de umarede de telecomunicações, li-gando a Amazônia ao resto dopais e ao exterior, e aos ins-trumentos de ação na área — aSudam e a Superintendênciada Zona Franca de Manaus.

O Ministro defendeu tambéma Zona Franca, afirmando queem apenas um ano a arreca-dacão do Amazonas dobrou emvirtude do crescimento do co-mércio, e que se as criticasatuais são baseadas no exces-so de contrabando o problemaé aumentar a fiscalização.

Salientou que as Forças Ar-madas estão dando plena co-bertura à ação de ocupação daAmazônia e que c intenção doGoverno colocar lá oito ou dezunidades do Exército, ou mer.-mo criar o V Exército, segundoafirmação do Presidente Costae Silva.

NORDESTE COLORIDODepois de elogiar a Sudene,

'afirmando que ela conseguiumudar a mental idade do povoda região, o Ministro Albuquer-que. Lima acrescentou: "Pedi-mos a Deus para que o Go-vèrno, através da «ção de ai-gum dos seus Ministros, quepode ser até cu, não atrapalheo desenvolvimento do Nordes-te. "

Foi exibido a seguir um fil-me colorido sebre o Nordeste,ao final do qua! o General co-mentou que aquele' otimismotcdo nâo significava que tudoia b?n_ na região, pois intime-ros problemas ainda precisamser solucionados, prineipalmen-te os relacionados á Agricul-tura.

Por último, o General Albu-querque Lima discorreu a res-peito do programa nacional dehabitação, afirmando que 360mil casas estão sendo construi-das no Brasil atualmente, 70r'_das quais para as pessoas derencia mais baixa.

— Somente os homenzinhosda classe média estão gritandocontra o .plano. Mas êste serámantido, quer vá bem ou vámal, porque uma volta ao pas-sado é que não permitiremosjamais.

Delfim promete suspendere rever multas cobradasaos produtores de cinema

O Ministro Delfim Neto disse ontem aos proprie-tanos de empresas cinematográficas que o procura-ram para protestar contra a cobrança do imposto só-bre produtos industrializados que vai mandar rever esuspender as multas, até que seja feito um acordocom o Sindicato.Os produtores cinematográficos disseram ao Mi-nistro da Fazenda que o IPI está sendo cobrado sô-bre o custo, renda e serviços de laboratórios o quesurpreendeu o Sr. Delfim Neto, levando-o a expli-car: "Ha um equivoco total, pois o IPI deve ser co-brado de uma só vez e apenas sôbre o custo do filme."

SURPRESA

O presidente do SindicatoNacional das Indústrias Cine-matográficas, Sr. Aluisio LeiteGarcia, disse que "toda a cate-goria profissional foi surpreen-dida há dois meses com umaintensa fiscalização do IPI. quenos foi cobrado na razão dc8<". sôbre as receitas dos fil-mes brasileiros."

A Lei que criou í) imposto éa n.« 5 368, de 1.° de dezembrode 1967 c, segundo o Sr. AluisioLeite Garcia, a indústria cine-matográfica estava isenta dessatributação. Depois dc recebe-rem uma série de multas osempresários resolveram recor-rer ao Ministro da Fazenca, afim clc encontrar uma soUçãopara o caso-

De terno azul, camisa bran-ca. gravata verde com listrasvermelhas e sapato preto, cujo

pé direito estava com um furoredondo para não incomodar oseu calo. o Ministro Delfim Nc-to ouviu os argumentos dos in-dustriais e se declarou surprê-so com a situação. Resolveu oproblema rapidamente, man-dando suspender as multas eciando ordens a um assessorpara estudar o assunto, jun-tamente com a diretoria doSindicato.

Ao final ria reunião, os em-presários pediram a extinçãodo IPI para as suas atividades,alegando que a indústria cine-matográfica brasileira ainda cincipiente, náo podendo supor-tar mais èsse ônus, Apesar deafirmarem que já um prece-dente para o fato — o caso dosmadeireiros e dos livreiros —os empresários receberam doMinistro a resposta de que"isso eu não posso fazer, poistodos tém de pagar imposto."

Conversível: Carga combomba ou cartuchoEm 7 lindas córes da modaNas casas do ramo emtodo o Brasil

Sunab fixará 5.n-íeira ospreços das cestas de Natalem reunião com varejistas

Os preços das cestas de Natal serão fixados quin-ta-feira em reunião de reoresentantes dos varejistasfiliados à Campanha de Defesa da Economia Popu-lar com o Superintendente Nacional de Abastecimen-to, Sr. Enaldo Cravo Peixoto.Pretendem os varejistas propor os preços cie NCrS13,00 e NCrS 20,00 para a cesta popular. Segundo aSunab, é quase certo que se adotem os mesmos pre-ços do ano passado, promovida uma correção de 15','correspondente à elevação do custo de vicia

VAREJISTA DA APOIO

Sugerida pelo Ministério daAgricultura e patrocinada porD. lolanda Costa e Silva, acampanha das cestas natalinasrecebeu o apoio dos varejistas.Amplo entrosamento entre aSunab. a Cadcp, a Cobal, aCibrazém c outros órgãos doMinistério ria Agricultura as-segurará redução dos preços

dos gêneros alimentícios noperiodo de festas.

No ano passado, ao preço deNCrS 14.90. a Sunab promoveua venda de cestas com doisquilos dc castanhas portuguê-sas, uni quilo de nozes. 250gramas de avelãs. 250 gramasde amêndoas, 400 gramas depassas, meio-quilo rie figos cuma garrafa de champanhanacional.

Jornal do Brasil, terça-feira, 12-11-68, 1.° Cad. — 15

Verminose em Minasmata 60 mil resesem seis municípios

José A rantes e Valdemar SabinoSucursal de Belo Horizonte

Teófilo Oloni — A populaçãodo Norte do vale do Mucuriestá com medo. O cheiro deoame podre das 60 mil cabeçasde gado bovino mortes pelaepidemia de verminose pairaem seis municípios, onde a do-enca ameaça exterminar iodo

o rebanho de corte.a taoncó-pnsumonia verml-

nó.V. provocaí-s 'V.o vermeDictiocaulus viviparos, é com-batida ha duas semanas porveterinários e outros técnicosda Secretaria de Agricultura,cm tentativa de isolar a regiãoe evitar que a epidemia atin-Ja o município de Carlos Cha-pas — a maior concentraçãode gado bovino do país.

ATRASO

De nada adiantará còmba-ter só verme, porque a causada epidemia é o atraso da po-pulaçfio rura! ie mesmo a ur-bana), o primitivismo ainda é atécnica loca! da criação de ga-do e o íatalismo é o traçomarcante em tôda a região.Náo acreditam em mais nada.Só em Deus e nele esperam me-lhorar suas condições de vida.Na semana passada morreu aprimeira criança na cidade deMachacalis atropelada por umveículo. O povo se aglomeroue o motorista continuou seutrajeto calmamente, fazendo 30quilòmertos por hora, como senada tivesse ocorrido.

Completamente abandonadapelos podêres públicos, a regiãode Machacalis, Águas Formo-sas. Pavão. Bertópolis, Ambu-ratiba e Pampa, no norte doVale do Mucuri i Nordeste deMinas Gerais), somente agoraconheceu veterinários e oulrostécnicos. O trabalho que aequipe do Departamento rieProdução Animal da Secreta-ria da Agricultura está reali-zando é árduo Para conven-cer um fazendeiro de que só-mente com vermifugo poderásalvar seu rebanho, o veteriná-rio leva às vezes até um diacie muita conversa, argumentose experiências no seu gado. Ofazendeiro, sem conhecer asmodernas técnicas de trata-mento do gado, dificilmenteaceita qualquer alteração nosseus métodos de criação Umdeles, um pouco mais evoluído,assim definiu a situação:

"Somos autênticos gigolõs danatureza. Por comodismo, vi-vemos com base na lei da na-tureza."

Mesmo dentro deste primíti-vismo, a equipe de veterináriosjá aplicou o vermifugo em cêr-ca de 50 mil cabeças de gadobovino, em apenas duas se-manas.

A CAUSA

Embora seja a maior regiãoprodutora de gado bovim parao corte, a pecuária é insipida eas fazendas se encontram nosmoldes rudimentares de expio-vação. O gado é solto nos pas-tos c quem cuida dele é a na-tureza. A falta de orientação,o desconhecimento dos métodosmodernos de criação e mesmoa resistência à técnica são ascausas principais da epidemiade verminose na região, ondeexistem cerca de 550 mil cabe-ças de gado bovino.

A divisão de pasto deve serfeita na base de quatro a cincocabeças de gado por alqueire,mas os fazendeiros chegam acolocar oito a dez cabeças Éo superpastoreiro. Náo existeo descanso do pasto Antes dappidemia (as primeiras mortesocorreram em maio passado) aspastos sofreram umn praga, co-nhecida na região por Besouri-nho JK, que ataca o capim, su-gando sua seiva. Alér.i disso,

apareceu um surto de berne co-mo nunca havia ocorrido an-tes. O gado, para se defenderda mosca portadora do berne,se reúne num local do pasto epassa a abanar o rabo, todosquase ao mesmo tempo. Mesmoassim a mosca consegue pica-Ins. Qunndo não suporta mnis,o rebanho estoura para outrolocal do pasto, onde torna a seaglomerar. Nesta situação o rc-banho não tem condições dese alimentar, tornando-se frneoe esgotando-se fisicamente.

Com a entrada do calo, c boi,subalimentado e com o corpotomado dc bernes (porque ofazendeiro não os limpa), é ohabitai, natural do verme. Èlepenetra em seu intestino e pro-lifera. Numa segunda fase eleatinge os órgãos respiratórios.O boi fica sem condições de.respirar normalmente, perde afome e se esgota, depois que éleeni. dificilmente se levanta.

Isto é o que está ocorrendona região norte do vale do Mu-curi, onde já morreram cêrcatie CO mil cabeças de gado bo-vino em pouco mnis de quatromeses.

RESISTÊNCIA

Antônio Ramiro, um dos maisantigas fazendeiros da regiãodos Machacalis, já perdeu 1 700cabeças de gado bovino, porquenão acredita que "o poder dovermifugo seja maior cio que odesejo de Dons". Hoje, vivetriste, doente e desanimado, àespera de que sou rebanho se-ja exterminado pela vontadedivina, para então começar tu-do de nôvo.

Somente agora, 39 anos de-pois de ter chegado à região,éle ficou snbendo que existemhomens especializados no tra-tamento dos animais.

É um velho forte. Seu aspec-to rude, pele trigueira, semuma única ruga no rosto oumesmo um cabelo branco, es-condem uma vida dedicada ex-clusivamente ao trabalho e ummistério de como conseguiu so-breviver em região táo rústica.

Chegou a Machacalis no dia4 de setembro de 1929, "semum mil réis no bolso, mas comcoragem e muita disposição pa-ra trabalhar."

— Na época, aqui tudo eraposse (as terras eram dos pos-seiros e índio). A jun tei algumdinheirinho e comprei algumasterras e passei a criar gado ea plantar alguma coisa. Caseie a mulher viveu comigo oitoanos. A de hoje vive comigo há40 nnos. Daqui de casa até on-de a vista da gente vê, tudo fotlimpo e preparado por essesdois braços. Enfrentei índios,enfrentei a natureza e conse-gui vencer. Meus filhos estãotodos criados.

Sua casa, construída de adô-be, náo possui instalações sani-tárias, água encanada, nemenergia elétrica. A madeira foiretirada a. machado das matasda fazenda. Se Antônio Rami-ro vendesse cinco bois poderialevar energia elétrica até suacasa, para ter um pouco mnisde conforto. Mas, acostumadoà vida primitiva que sempre le-vou, éle prefere ter em seuquarto de dormir um cofre deaço de um metro e meio de al-tura a possuir uma geladeira.

ATRASO

Das três mil cabeças de gadobovino (custam hoje cêrca deNCrS 750 mil), que compunhamseu rebanho, Antônio Ramirojá perdeu 1 700- Do restante,pelo menos 300 não poderão sersalvas, porque a doença jáatingiu a um estágio em que arés subnlimentada, não supor-tara a reação do vermifugo.

UM PELE QUE CANTATtMolo JB-Url

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o uminetise sugereà Petrobrás ajuda do SA7/

v;;: para apurar venda, de açõesNiterói (Sucursal) — O Deputado João Rodri-

gues de Oliveira apresentou ontem requerimentode informações na Assembléia em que indaga à Pe-trobrás porque ela não pede a colaboração do SNIpara apurar se a venda de ações da empresa, empoder das prefeituras, envolve interesses estrangeiros*.

No requerimento, o representante da Oposiçãofluminense justifica que "as prefeituras, como a deCampos, que vai trocar 371 mil ações da Petrobráspor dois tratores, estão aviltando o preço de papéisaltamente rentáveis e despertando, ao mesmo tempo,um clima de expectativa entre pequenos acionistasda empresa estatal de petróleo."

Dono do curió Pele, prêmio JB no torneio de Brasília, recebe a taça que coube ao 2.° colocado

PROTESTOO Sr. João Rodrigues de Oli-

veira considerou criminosa avenda ou troca das ações daPetrobrás, que as prefeiturasdetêm, assinalando ontem, aoencaminhar o seu requerimen-to de informações, que "o Pre-feito de Campos, Sr. José Car-los Vieira Barbosa, poderia ad-quirir tratores com a própriareceita da municipalidade, poiso dinheiro eslá sobrando desdeo advento do ICM."

Num telegrama que dirigiuao presidente da Câmara fe-deral, o representante da Opo-sição do Estado do Rio pede à.CPI do Congresso que investi-ga a desnacionalização da in-dústria brasileira que se dete-nha no exame da venda dasações da Petrobrás, pelas Pre-feituras, sempre à Comav"porque cremos que há um for-te interesse estrangeiro emjogo."

Rodovia Araxá-Franca seráentregue ao tráfego no mêsde dezembro tôda asfaltada

Belo Horizonte (Sucursal) — O DepartamentoEstadual de Estradas de Rodagem informa que en-.regará ao tráfego, em dezembro, a Rodovia Araxá-Franca, completamente asfaltada.

Ligando Minas e São Paulo, a estrada é — se-gundo o DER-MG — de grande importância eco-nômica, por facilitar o acesso de turistas do Sul dopaís à estância balneária de Barreiro em Araxá,além de melhorar o escoamento dos produtos do altoParanaíba, para os centros consumidores paulistas.

Dois paulistas - "Guev 9?

BENEFÍCIOS

A estrada cuja pavimentaçãoestá sendo concluída, tem 94quilômetros de extensão. Servediretamente aos municípios deAraxá. Sacramento, Conquistae' Tapira, em Minas, além deinúmeras cidades do norte deSáo Paulo.

As obras terraplanagem, quemovimentaram 2.8 milhões demetros cúbicos de terra, custa-ram NCrS 9 milhões ao DER-MG, enquanto os serviços densfaltamento ficaram em NCrS8 milhões. Foram construídasoito pontes, totalizando 380metros de obras de arte.

Dos 94 quilômetros de pa-

vimentação asfàltica, 41 qui-iòmetros foram realizados poradministração direta do DER-MG, ficando o restante a car-go de duas firmas empreitei-ras.

Através dessa rodovia, querecebeu o nome de Assis Chn-teubriand, será escoada a pro-dução do alto Paranaíba. em du-manda do mercado consumidorde São Paulo. Também serãobeneficiadas as 13 mil tonela-das de café produzidas pelosmunicípios mineiros de Araxá,Campos Altos e São Gotardo.Na nova rodovia, os minériosde zinco e nióbio, de Araxá,terão melhor acesso à exporta-ção através do pôrto de Santos.

D. Vicente Scherer citaEvangelho para condenaro direito de propriedade

Porto Alegre (Sucursal) — Em resposta aoDeputado federal Carlos Quintela, da Arena flumi-nense, o Arcebispo D. Vicente Scherer disse ontemque "engana-se quem espera encontrar no Evan-gelho e no ensino da Igreja a justificativa do atualregime de propriedade."O Arcebispo de Pôrto Alegre fora acusado peloparlamentar fluminense de estar fazendo pregaçãoesquerdista no meio rural gaúcho, lançando empre-gados contra empregadores. O prelado disse que as-sim como rejeita o comunismo, que transfere tódapropriedade ao Estado, não aceita um sistema quecoloca quase todos os bens nas mãos de felizes mi-norias.SEM MAGOA

Acentuou o Arcebispo dePôrto Alegre que não íicou ma-goado com as críticas do par-lamentar pela mesma razãopor que não se irrita quando ochamam de conservador.

— Condeno o verballsmo va-go e inócuo de pretensos refor-madores, que se limitam aacirrar os ânimos dos margi-balizados, sem apontar medidasconcretas para criar uma or-dem social e econômica mais

justa — disse D. Vicente Sche-rer.

Depois de se congratular como deputado pelo fato de defen-der o direito da propriedade —"como cu também o faço" —afirmou que todo o empenhoserá feito no sentido de mu-dança das atuais estruturas,que visa a assegurar o mesmodireito a uma minoria que na-da tem e que nunca terá, "ca-so as coisas continuem comovíio andando."

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217 Anências distribuídas nos 'eguintes Estados: Sáo Psulo

Gòitão Eduardo de Bueno Vidigal Vasco P. leitão da Cunha

RESUMO DO BALANCETE EM 5 DE NOVEMBRO DE 1968

ATIVO

NCRS NCRS

42.458.281,62291.376.533,34

Outros Créditos

Banco Central — Recolhimento Com-Pulsório 62.617.872.90

Agencias c Correspondentes 170.988.198,61Outras Contas 31.007.724,78 264.613.796,29

Em Caixa e depositado no Banco do Brasil S.A.Empréstimos

Valores e BensTítulos á ordem do Banco CenlralOutros valores e Bens

21.951.214,546.375.665,90 28.326.880,44

PASSIVO

NCRÍNCR$Copilal 27.500.000,00Aumento de CapitalRese'v**! 39.668.540,44 67.168.540,44

Imobilizado 50.902.380,43Resultado Pendente 16.21J. 127 92Contas de Compensação 279.390.70151

973.282.701,55

Deoósit05 384.219.095,40

Outras Exigibilidades e Obrigações

Redescontos: Refinanciamentos 16.806.916,79Funagri-Funfertll 2.321.136 19Agências e Correspondentes 163.155.189,20Ordens de Pagamento e Outros Créditos 30.055.077^76 212.338.319 94

Resultado Pondenie 30.166.044,26Contas dc Compensação 279.390.70151

973.282.701,55

(a) Gas!<k> Eduardo de Bueno Vidigal(ll Márcio da Costa Bueno

(«) Oswakio Moreüi

(a Rufe*nt óptea

fs) Joio Gustavo Haenel

Ca) Luiz dt Paula figueira

São Paulo, 8 de novembro de 1968Diretor PresidenteDiretor Vice-Presidente

í- D; reterei-Ge ren tei Ul Edmundo Aricns, Pheliop- laurito(Contador C.R.C.' 12.442)

'arae "Louquinho" - vencem otorneio de bicudos e curiós

Brasilia (Sucursal) — Cêrca de 10 mil pessoasassistiram, na manhã de domingo, ao IV TorneioBrasiliense de Canto de Bicudos e Curiós, que pre-miou o curió Guevara e o bicudo Louquinho, ambosde São Paulo.

Concorreram ao torneio, 101 bicudos e 92 curiós,sendo que 11 candidatos foram desclassificados porchegaram fora da hora. Pele, o curió brasiliense me-lhor classificado, recebeu a Taça JORNAL DOBRASIL, depois de emitir 218 cantadas na últimameia hora.

Delegado do Trabalho dizaos dirigentes sindicaiscomo exercer a liderança

OS MELHORES

Nas duas categorias, foi aseguinte a classificação final,para os três primeiros lugares:Bicudos: 1." — Louquinho, deSão Paulo, com 298 cantadas;2." — Garjarin, de Uberlândia,277 cantadas; e 3.° — Carreiro,de Brasilia, 255 Curiós: 1.° Guevara, de São Paulo, com 239cantadas; 2." — Pele. dc Brasilia, 218 cantadas e 3.° — Cavei-rinha, tambim de Brasilia, com190 cantadas.

Destacaram-se, ainda, os bi-cudos Ringo. Imperador, Mar-telo, Sapateiro e Universitário.Entre os curiós, apareceramcom bom destaque Xeri/c, Pre-sidente, Tutu, Rajá e lè-Iè-Iê.

O torneio foi uma grande vi-tória para os criadores paulis-tas, que além de ganharem nasduas categorias, fizeram bonsnegócios, comprando e venden-do pássaros, em transações quechegaram a milhões de cruzei-

res antigos. Minas Gerais, nocómputo geral, ficou em segun-do lugar entre os primeirosquinze classificados, em cadacategoria

O Departamento de Turismoda Prefeitura do Distrito Fe-deral, como nos anos anterio-res, não ofereceu qualquer pré-mio em dinheiro aos concor-rentes, que receberam apenastaças e diplomas.PRESENÇA NOVA

Pala primeira vez, participoudo torneio o Sr. Eduardo Ber-ges da Costa Pilho, figura co-nhecida dos meios desportivos,como campeão brasileiro de ti-ro ao prato, inscrevendo váriosconcorrentes, entre êies Zaricoe Xangô, ambos agraciados comtaças.

A participação do Sr. Borgesda Costa Filho — segundo ospassarinheiros de Brasília —eleva bastante o nivel dc qual-quer competição desportiva.

O delegado Regional do Trabalho na Guanaba-ra, Sr. Herculano Carneiro, falando ontem para di-rigentes sindicais, afirmou que "o líder precisa tercondições e conhecimentos para assumir atitudes cor-retas, ainda que não sejam as mais simpáticas, tendoem vista o interesse público."

Abrindo o Curso Contemporâneo de LiderançaSindical, promovido pela Delegacia Regional do Tra-balho, o Sr. Herculano Carneiro, disse que "cabe aosdirigentes sindicais uma parcela considerável no es-forco nacional, buscando acelerar o desenvolvimentodentro de princípios democráticos" e explicou que "ocurso tem a finalidade de servir aos dirigentes sin-dicais com espírito de discussão aberta, para deci-soes justas."ATUALIZAÇÃO

Cerca de 20 representantes detrabalhadores compareceram ãpalestra de abertura do curso,promovido pela Delegacia Re-gional rio Trabalho. Explicou oSr. Herculano Carneiro que "a

democracia é por natureza ir-requieta e dinâmica c a autali-zação de conhecimentos é umimperativo do próprio processodemocrático."

— Este curso — disse èle —visa dar aos dirigentes sindi-cais da Guanabara uma vi-são de alguns problemas oidéias que interessam ao sin-dicalismo, ao desenvolvimentoe à paz social.

Afirmou o delegado que "vl-

vemos uma época de ousadia etransformação, onde o avançotecnológico é o fato mais im-portante e, Dor isso mesmo, osdirigentes do poder público ouprivado devem estar preparadospara orientar essa transforma-ção, procurando colocar-se an-tes des acontecimentos, tendoem vista o interesse público,que é o objetivo principal da-queles que lutam pela demo-cracia.

O curso prosseguirá amanhãcom uma palestra do Sr. Mau-ricio Cibulare.s sobre o tema OPapel da Bolsa de Valores noMercado de Capitais, às 18 ho-ras, no auditório da DRT.

Quem cuidada suasaúde

Cadastro Gera! de CcntribuinteInscrição n.» 61.065.421

_/8sagrffljflft3BKv?i_B_M |tf*-**ffjV_&18M&« 3

á^ JÍ" A Família -juntamente com oMédico, a IndústriaFarmacêutica,

as'Farmácias, o Governoos Hospitais-

forma o'quechamamos"A Equipe da Saúde".

¦__.

._.*.__£-. .

E é bem capaz de não saber disso*Quando alguém da sua íamilia está doente, quem êa primeira pessoa a se preocupar? Você.Na hora em que é necessária a internação em umhospital, quem providencia? Você.Depois da consulia médica, quem procura a farmáciapara adquirir o medicamento? Você.Quando o Governo realiza campanhas de profilaxia,quem leva as crianças para serem vacinadas? Você.Viu como você está intimamente ligada à''Equipe da Saúde"?É que saúde é trabalho de equipe. E você, o Governo,a Indústria Farmacêutica, o Médico e a Farmáciafazem parte dessa equipe.E talvez você nunca tenha se lembrado disso...

[JUma divulgação daASSOCIAÇÃO BRASILEIRADA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA i_

1(? r- 1.° Caí-, Jornal do Brasil, têrça-felra, 12-11-8»

Prova de Português para exame deadmissão no Pedro II será sábado

Os 8 500 candidatos às 800 vagasdo exame dc admissão ao ginásio doExternato Pedro n farão no próximoíábado a primeira prova — Português— nue já tem horário marcado; às 10e às 15 horas, conforme o número dainscrição.

Na área cki ensino estadual, conti-miam abertas até o dia 21 as inseri-çôes para os exames de admissão nos72 ginásios da rede, com as provas deMatemática e Português marcadas pa-ra cs diias 5 e 18 de dezembro. O totalc de 16 704 vagas, entre os cursos dim--no e noturno, o último aceitando ins-crições dos candidatos nascidos até oano dc 1954 e o primeiro dos nascidosentre 1955 e 1958.

NO PEDRO II

Os editais de chamada já sc en-contram afixados nas seções do Cole-gio Pedro II — no Ccmpo de São Cris-tóvão. Rua Marechà' Floriano, Largodo Humaitá, Rua São Francisco Xa-vier e Rua Barão de B~m Retiroconvocando os alunos para a prova dePortuguês. Ainda náo foram marca-das as datas para a realização dasprovas de Matemática, Geografia doBrasi! e História do Brasil.

Tôdas as prevas são eliminatórias,sendo que para Português é exigida aneta minima -I e para as demais 3.£ de 5 a média global mínima a serobtida. Os candidatos deverão se apre-sentar nes locais até meia hora ante3da realhação da prova, munidos de ca-neta esferográfica ca lápis-tinía e orespectivo cartão de inscrição. Não se-rá permitido o ingresso depois da ho-ra marcada.

Segundo ainda o edital dc convo-cação, não haverá segunda chamadapara as provas, e a revisão só será efe-tuada mediante apresentação ria cópiaíc;o".fática da prova, a ser apresenta-dr -'.8 hores depois da afixação do re-BUítado nos q-adres des estabelecimcn-tos.

Segundo a Secretaria de Educação,os candidatos ao exame de admissãonos ginásios estaduais deverão apre-sentar, além do formulário oficial deinscrição, preenchido pelo candidatoou seu responsável, a certidão do re-gistro civil, com firma reconhecida, oufotocópia autenticada — que será de-volvida no ato da inscrição, e dois re-tratos 3x4.

As provas, de Português c Mate-mática seráo eliminatórias, e o candi-dato deverá obter nota igual ou supe-rior a 50 em cada uma delas. A cha-mada dos candidatos será feita por umedital a ser fixado nas portarias dasunidades, com antecedência mínima de48 horas.

Como no Pedro II, não haverá pro-vas de segunda chamada. Se o candi-dato não concordar com o julgamen-to da prova, êle or seu responsávelpodem requerer revisão a ser feita emdata já marcada.

EXAME DE SAÜDE

Uma vez aprovados nas provas eclassificados dentro dc número de va-gas do estabelecimento onde presta-ram o exame, os candidatos serão aln-da submetidos a um exame de saúde,que tem caráter eliminatório. Vencidaestá última barreira, os candidatos sc-rão matriculados de acordo com a cias-sificação obtida e dentro do númerode vagas fixado para cada unidade deensino.

A zona sul, com 13 ginásios esta-duais. dispõe ide 2 561 vagas; o Centroe Santa Teresa, 990, com quatro g'-násios: Tijuca, Vila Isabel, Andarai eGrajau têm 4 130 vagas em 13 estabe-lecimentes; os subúrbios da Centraldispõem de 5 625 vagas em 26 ginásios;e São Cristóvão, Leopoldina e Ilha doGovernador, no<; 16 ginásios dispõemdc 3 398 vagas.

Professora quer atualizaçãoA professora Norma Cunha 0;ó-

rio, coordenadora do programa MEC-INEP-UNICEF-UNFSCO, disse ontemque o aspecto mais Importante daOperaçSo-EcccJa é o da reformulaçãoe atualização do currículo primário,paralelamente ao aumento de escolar!-zaçao da população dos sete a 14 anos.

Revelou que estive recentementecm vários Estados do norte e cons-talou que, também lá, a evasão e repe-lência — principalmente no 1.° anoprimário — é um dos mais sérios pro-blemas. Disse que muito dos aspertosnegativos do ensino primário brasilei-

ro está ligado à exigência feita àscrianças, superior á sua capacidade deaprendizado,

DISPARIDADE

Com base nos estudos já realiza-dos pelo Instituto Nacional de EstudosPedagógicos, afirmou que "na maioriados países econômico e culturalmentedesenvolvidos, a duração da escola pri-mária é de seis a cito anos, e, no quese refere à duração, do cur.-:o, em ho-ras, êle é de duai, a três vêz;s maiordo que no Brasil.

Gama vê situação áe RománO Ministro da Justiça, Sr. Gama

c Silva, está revisando e analisando oprcoesso de naturalização do proles-sor espanhol Ricardo Román Blr.n-co, naturalizado no dia 4 de outubroem decreto coletivo do Presidente Cos-ta e Silva, segundo informou ontemfonte do seu Gabinete.

O processo de naturalização doprcfssscr Román Blanco. que só SEriaconcluído após a expedição do certi-ficado legal, está sendo submetido anovos estudos em virtude do processocriminal que foi movido pelo presi-dente da Câmara, Sr. José Bonifácio,e instaurado na 4.a Vara Criminal,em Brasília.

A naturalização do professor Ro-mon Blanco foi admitida pelo próprioGoverno como descuido porque o pro-fessor ainda náo tinha sua situaçãoesclarecida em diversas acusações que

lhe vinham sendo feitas. Antes dissoo Sr. R.cmán Bla,noo tinha sido ex-pulso pela congregação da Universi-dade de São Paulo ná época em qu<>o Ministro Gama c Silva era o reitorem exercício.

Logo após o episódio da invasãoda Universidade de Brasília, feita pe-la Polícia Militar e por agentes doDOPS, e onde inúmeros estudantes eparlamentares foram espancados, oprofessor Blanco fèz criticas violentasaos membros do Congresso, por crlti-carem, da tribuna, o episódio da in-vasão- O professor disse que "os par-lamentares não tinham idoneidademoral nem compostura para comentarc defender a agressão."

Em virtude disso o Deputado JoséBonifácio moveu processo que se en-contra na 4." Vara Criminal.

Tarso falará sobre verba

F. liana pede curso intensoDurante mais de uma hora uma

oomi.isào de oito alunos do CclégioEstadual Ferreira Viana esteve ontemreunida com o diretor do Dsparta-mento de Educação Média da Secre-taria de Educação, reivindicando um3.° ano científico mais intenso, visan-do cs exames vestibulares.

O turno da noite do colégio fêzna semana passada uma greve de trêsdias por causa do mau estado das insltalações sanitárias tía unidade, já con-seriadas. Os professores estão agoraeiabcrando um programa de Inten-sificação do 3." ano científico que de-verá ser entregue em janeiro à Sscreitaria.

IMPOSSIBILIDADE

Segundo o diretor do Departa-mento, professor João Pedro de Oli-veira, "nós não podemos prepararoficialmente o.s nossos alunos para ovestibular, mas o diretor da unidadepode fazer um curso especial, se as-sim quiser e tiver professores sufici-entes", pois "de cada três alunos nos-sos, apenas um a unge a faculdade."

Os estudantes argumentaram en-

tao que sem que houvesse um au-mento de professores na escola, nadapoderia ser feito.

— Quan.o a isto não posso fazernada. Desde 1965 já foram feitos qua-tro concursos para professor do Fí-sica, por exemplo, ccm 40 vagas a se-rem preenchidas, e somente oito ouneve passaram. Não se consegue nin-guém. Dizem que é porque professordo Estado ganha pouco — afirmou oprofessor João Pedro.

Disse o diretor do Departamentoque já havia incluído no orçamento,para o ano que vem. uma quantia des-tina da a pagar horas extras aos pro-íes-sôres.

A respeito da retirada das mate-rias de Química, Fisica e Descritiva do1." ano cientifico -- tida para cs alu-nos ccmo prejudicial — afirmou oprofessor que "o Secretário já nomeouuma comissão para estudar a rees-truturação do currículo, pois o atualrealmente já não corresponde ã rea-lidade. Após o parecer do Secretárioserá encaminhado ao Conselho Esta-dual de Educação, que tem competen-cia legal para efetuar a mudança."

Brasilia (Sucursal) — A rejeiçãopelo Tribunal de Contos da União dasexplicações do Ministério da EducaçãosCbre os gastos com o I Congresso Na-cional de Ensino Superior, que não serealizou, não foi comentada peio ins-pr.or-geral de Finanças do MEC, quepreferiu deixar a tarefa para o Minis-tro Tarso Dutra, que chega hoje ouamanhã a Brasilia.

No entanto, fontes do gabinete doMinistro ria Educação afirmaram queo Ministério e o Sr. Tarso Dutra náopodem ser responsabilizados pelas ir-regularidades constatadas pelo Tribu-nal de Contas. Disseram que o res-pensável é o cx-dretor de Ensino Su-perior. Sr. Epílogo de Campos, que jáestaria respondendo na Justiça porelas.

Defendendo o Ministério da Edu-cação e o Sr. Tarso Dutra, as fontesafirmaram que a providência que ea-beria ao Ministro adotar, diante dasirregularidades, foi assumida; exonc-ração do Sr. Epílogo de Campos da

Diretoria do Ensino Superior do MECe encaminhamento da questão à Jus-tiça,

O Tribunal de Contas da União,não aceitou as explicações do MEC arespeito de NCrs 240 mil pagos à fir-ma que supervisionaria o Congresso,náo realizado, c que ocorreria em Pc-trópolis. Caberá à Inspetoria-Geral deFinanças do Ministério dar novas ex-plieações até o final desta semana,quando o Tribunal de Contas, se com-provar as irregularidades, deverá en-caminhar uma representação contra osacusados junto às Justiças federal ecriminal.

O inspetcr-geral de Finanças doMinistério da Educação, Sr. VicenteRodrigues, para recusar explicações sô-bre a questão com o Tribunal de Con-tas da União, citou uma portaria bai-xada pelo Ministro Tarso Dutra, emmarço passado, regulando "a presta-ção de declarações à imprensa por ti-tulares c servidores do MEC."

UFF adia vestibular de nôvo

Reprovados não terão exameO diretor da Divisão de EnsinoNormal da Secretaria de Educação,

professor Aitemir Pais, disse ontemque "está fora de cogitações" a rea-lização de nova prova de Matemática,apesar de a anterior ter eliminado5 316 dos 6 551 candidatos à,s 1302vagas.

Disse ainda que "o concurso paraas vagas no ensino normal vai prós-seguir normalmente", e revelou que"o elevado índice de reprovações de-monstra a má qualidade do ensinoministrado nos ginásios, pois de acôr-

do com uma análise feita em compu-tadores. cerca de 50r;. dos reprovadoso foram nas questões consideradasmais fáceis."

^dianteu, no entanto, que "ua hi-póte.-'e de, na,s próximas provas, con-tinuarem a se registrar índices tão al-tos como o registrado na prova deMatemática, poderá ser levado a efei-to um nôvo concurso." Disse, porém,que essa possibilidade é remota, umavez que os índices de aprovação de-verão melhorar.

Niterói (Sucursal) — A aberturadas inscrições para o vestibular naUniversidade Federal Fluminense, quehavia sido transferida para ontem, foiadiada novamente, desta vez sem datamarcada.

A explicação da reitoria é que nãofoi publicad) aineta nu Diário Oficialda União o edital correspondente aonôvo estatuto da UFF, c que as hrs-crições só poderão ser abertas apósesta publicação, por determinação doGoverno federal.

O Departamento de Ensino e Pes-quisas da Reitoria da UFF acha quecom a transferência sinc die da apre-sentacão dos vestibulandos, é quasecerto ter ficado prejudicado todo o

esquema preparado para os exames dehabilitação á UFF, que deveriam seriniciados a 3 de janeiro de 1969.

Pela reforma universitária, a Uni-versidade Federal Fluminense aumentade 13 para 20 o número de unidades,que funcionarão distribuídas em qua-tro centros: Estudos Gerais. EstudosSociais Aplicados, Centro Tecnológicoe Ciências Médicas.

A Universidade Católica dc Petró-polis está estudando a encampação rioColégio Sion, daquela cidade, que pas-sara a funcionar como seu colégio uni-versitário. A UCP pretende promovera integração do Colégio Sion com seuscursos superiores, embora conservandoos cursos dc grau médio do cstabele-cimento, fundado cm 1891.

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CONTAS DE COMPENSAÇÃO

Caução da Diretoria Tilulcs em Cobrança (Deposittites de Vaióres em Garantia Depcsitcites de Títulos e Vai. em Custódia

1.295.765,7523.853,51

80,009.691.149,75

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160.COS.432,72

3.196.663,53

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1.319.619,26

167.053.283,95

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AOAIBERTO GUIMARÃES DE QUEIROZDVefc Pre:'de^ e

AlBERTO BOECHATDiretor

São Paulo, 05 dt ncvenibre d«ANTÔNIO CARIOS OE PAULA MACHADO

D-reter SuperintendentePERCY PIMENTEL

Diretor

1968

GILBERTO LEITE DE BARROÍDlrerçr Gere-ií»

CLÁUDIO CORTEIContador CRCso - 16.J36

CAIO DE PAULA MACHADODirercr Gerente

JOÃO REY ORTIZ FILHOteonemista CREPsp 9C9

Estudantes deixam Forte deItaip li e vão para delegacia

Sao Paulo (Sucursal) — Os nove estudantespresos no Forte de Itaipu, em Santos, foram re-movidos para delegacias de polícia de São Pau-lo, sem qualquer comunicação ao juiz da 2a. Au-ditoria, Sr. Arilton da Cunha Henriques, emboraestejam à disposição da Justiça Militar.

A transferência, sem aviso prévio à Audito-ria militar, foi classificada ontem pelo advogadoAldo Lins e Silva como "fato absurdo e insólito,porque o juiz é responsável pelos presos." O Sr.Arilton Henriques estava esperando ontem comu-nicaçso da autoridade — que afirmou ignorarqual é — responsável pela remoção.TRANSFERÊNCIA

Os líderes estudantis presos íoram transportados no do-mlngó parn as delegacias distritais de Vila Mariana e. Pinhei-rns. Em Vila Mariana estão Vladimir Palmeira, Luis Travas-sos, Antônio Guilherme Ribas e José Dirceu; om Pinheiros,Marco Aurélio Ribeiro, Luis Raul da Maia Maeljacio, FranklinMartins, Válter Cover e Omar Laino

Segundo o comandante do forte de Itaipu, tenente-corcnelAntônio Erasmo Dias, a transferencia foi foiça a pedido doSnore.tário de Segurança Pública, Sr Hsli Lope:; Meireles. Oadvogado Lins e Silva, entretanto, afirmou ontem qüe difícil-mente o c-.mandante do Forte atenderia a raia ordem que nãofosse de seus superiores, "como acontece com os militares. "

Foram detidas em Ibiúna 712 pessoas: 12 se revelaram jor-nallstas e três foram depc's identificadas ccmo agentes peli-ciais infiltrados. As restantes 694 foram enquadradas na Leide Segurança Nacional c estão sendo processadas, entre elaso médico argentino Juan Antcnio Sancler. Dessas 694 71 f<ve-ram prisãa preventiva decretada, mas apenas 33 estão presasenire as quais o argentino — que tem um processo separado— e 22 sao mantidas na Casa de Detenção. A única mnlrrHelenira Resende, está no presidio feminino.

O ARGENTINO

O médico argentino, enquadrado também no Artigo 36 daLei de Segurança Nacional (proibição ao funcionamento de en-tidades ilegais, como a ex-UNE), compareceu ontem peranteo Conselho Permanente de Justiça Militar cia 2." Auditoriapara ser qualificado Estava com uniforme de presidiário e ca-brios aparados curtos, o que provocou estranheza ao advogadoargentino Alejandro Teitelbaum. que está em São Paulo fiaraacompanhar o caso. Explicou que, na Argentina, mesmo ospresos comuns, quando levados a juizo, vão vestidas normal-mente.

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O MONTEPIO COOPERATMSTA DOBRASIL - MONTECOOPER, comunicaàs entidades cooperativistas de todoo Brasil, ao público em geral e aosseus associados que, segundo odisposto nos artigos 103 e 104 deseu Estatuto, terminará a 31 dedezembro próximo o período duranteo qual está sendo permitido, emcaráter excepcional, o ingresso deassociados com até 61 (sessentae um) anos de idade.Comunica, outrossim, que, a partirdo dia I." de novembro de 1968,o PECÚLIO de que trata o.Capitulo II,- Seçào IV do Regulamento de seuDepartamento de Previdência passaráa ser PAGO EM DOBRO, nos casosde morte por acidente, sem qualqueralteração da contribuiçáo mensal.

Porto Alegre, outubro de 1968.

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES:

A diretoria

Av. Rio Branco, 52 - 3.° andar - tels: 43-0336 - 43-6555

i

Brasília (Sucursal i — Cercatle 2 800 estudantes da Univer-sirlade de Brasilia votarão ama-nhã para escolher as novas di-retorias da Federação dos Es-tudantes da UB e de 11 dire-tórios acadêmicos.

Duas chapas, • oficializadaspela reitoria, concorrem nopleito para a PEUB: a Nova lI^EUB, lançada por um gru- jpo dissidente, e a Unidade eAção, apoiada por HonestinoGuimarães. Ambas represen-tam, nos seus programas poli-ticos, o.s dois grupos que lutampelo controle da extinta UNE.

OS CANDIDATOS )

José Antônio Pratcs. do cur-so dc Arquitetura, é o candi-dato da Nova FEUB, e defen-de a centralização da luta domovimento estudantil nas uni-versidades contra a politicaeducacional do Governo. Parapresidente da extinta UNE Jo-sé Antônio apoia o presidentecia extinta UEE de São Paulo,José Dirceu, que se encontrapreso desde o Congresso da ex-tinta UNE em Ibiúna.

Carlos Teixeira, da Unidadee Ação, defende o relaciona-mento do movimento estudan-til com a luta dos operários eíaz severas criticas ao fracas-sado Congresso da extintaUNE, acusando Vladimir Pai-meira e seu grupo de "assumi-rem uma posição conciliatóriacom r ditadura." A" chapa éapoiada por Honestino Guima-rães, que não se encontra emBrasilia, pois viajou sábadoliltimo para participar do con-senho nacional da extintaUNE.

As eleições para os diretóriosacadêmicos estão praticamentedefinidas, pois em seis deleshouve entendimentos e os cs-tudantes vão votar em chapasúnicas. Os estudantes que náo 4votarem estarão sujeitos a pe-nalidades impostas pela Reito-ria da UB e pela FEUB.

Vestibulandosprotestarãocontra exame

Os candidatos aos examesvestibulares do próximo anodeverão realizar até fins dêste,mès uma manifestação públi-ca de protesto contra o "exa- •me-arròcho", o a partir da pró- jxima somana seráo iniciadasas reuniões da comissão que icoordena o movimento.

O secuhdarista que deu a In-formação afirmou que "os edi- ,tais até agora publicados pe-las faculdades náo atendem às'reivindicações dos estudantes,.nem quanto ao número de va- :gas, nem quanto as condições."-"Disse ainda que "esta ínsatis-Xação vai levar às ruas a maio-''ria dos 25 mil candidatas tiosvestibulares."

Jornal do Brasil, terça-feira, 12-11-68, 1.° Cad. — 17

Por dentro do negócioERA DO MILHÃO — A produção de aço cm lingotes eslá dc-cldldamcnte na era dp milhão. A Companhia Siderúrgica deVolta Redonda informa que, ao findar o mê.s de outubro,quando produziu 124 Í158 toneladas, já passou da marca de ummilhão dc toneladas de lingotes dc aço cm sua produçãoacumulada dc janeiro a outubro do corrente, produção 14%superior à clc Igual periodo do ano passado, totalizando ...1 0!H) ti!)!) toneladas.

A Cia. Siderúrgica Paulista — Cosipa — por seu turno,deverá estar produzindo, nos próximos trcs anos, um milhãodc toneladas dc lingotes dc aco. í: o que informa o seu presi-dente, engenheiro Mário Lòpos Leão. llssc aumento da produ-ção faz parte da primeira fase do plano Siderúrgico nacional,(lite se concluirá cm 1071 e também do aumento das neces--«idades do mercado. Durante a vigência da segunda fase, aCosipa produzirá, segundo as estimativas, dois milhões dctoneladas dc aço. Ate o final do mês de outubro a Cosipa fa-turou NCrS 181 21!) 88:!,00.CRÉDITO DIRETO — A Associação Comercial de Minas di-rigiu oficio ao Banco Central advertindo que os princípios docredito direto ao consumidor não tem sido obedecidos conve-nlentementé. Segundo denúncia apurada por uma comissãode economia e finanças, o financiamento ao consumidor temsiclo feito em desacordo com as instruções baixadas pelo Ban-co Central, além de ser viável somente com a exibição danota fiscal-NÕVO ALENTO — Por autorização expressa da Presidênciada República, uma das maiores firmas empreiteiras cariocasrecebeu há dias uma verba de NCrS 2(10 milhões, a fim dc qüepudesse assumir o controle acionário dc três outras do mesmoramo: uma no Paraná, uma cm Santa Catarina e outra noKio Cirande do Sul. Ao que se sabe, a solicitação da verba foifeita pelo Ministro Mário Andreazza, ma sprovocada única cexclusivamente pelo estado financeiro da empresa carioca, queestava nu eminência dc pedir concordata. Absorvendo emprê-sas pequenas, mas de alto conceito e crédito, a firma cariocaterá agora condições dc contrair novos empréstimos c saldarseus compromissos mais imediatos.TRANSMISSÃO— O Sr. Nei Garcia Sotelo transmitirá amanhão cargo de presidente da Companhia de Navegação LóideBrasileiro ao Almirante Jonas Correia da Costa. Conhecidopelo seu riforismo, a indicação do Almirante Jonas para oLóide é tida como uma tentativa do Governo de tornar maisrígido o comportamento da sua politica de fretes.SOLÚVEL — A Companhia Industrial de Café Solúvel, dcPetrópolis. embarcará na quinta-feira uma partida de 10 miltoneladas de café industrializado para a Rússia- Tôda a quan-tidade será enviada cm Iatinhas dc 250 gramas, com rótulo emrusso, c representa uma tentativa da empresa em diversificaro seu mercado tradicionalmente exportador para os EstadosUnidos, a granel.EXPRESSAS — A Bolsa de Valores do Rio de Janeiro emcolaboração com H. Stern-Joalheiros. na sua campanha deesclarecimento da opinião pública, está convidando para a pa-lestra do Sr. Ivã Pedro de Martins sóbre o tema O que oinvestidor deve saber, a realizar-se no dia 19 de novembro,ès 18 lioras. na Avenida Rio Branco. 173-U.".

Com início previsto para o próximo dia 18 e a duração dequatro semanas, será promovido pelo Centro de Treinamentoe Pesquisa para o Desenvolvimento Econômico — Cendee —órgão do Ministério do Planejamento, mais um curso sóbreOrçamento-Programa. destinado, desta vez, a funcionário daCaixa Econômica Federal do Rio de Janeiro.

A Eletrobrás concedeu financiamento de NCrS 7 728 292.00à Sociedade Anônima de Eletrificação da Paraíba tSaelpai,empresa a que está associada, para a realização de reformase instlações de novas redes de distribuição e linhas de trans-missão, que permitirão a eletrificação de todo o Estado daParaíba até 1970.

A diretoria da Carboclcro S. A. Indústrias Químicas home-nagepu ontem, com um coquetel no São Paulo Clube, em SãoPaulo, os Srs. Raymond F. Neves, o presidente da DiamondShamrock Corporation. Daniel Peierkin Jr.. presidente daMortcn International Ltda.. o professor Vitorio de Nora e oEmbaixador Válter Moreira Sales.

Apresentando um rendimento de 500 mil metros cúbicosdc material dragado, a Cia. Brasileira de Dragagem, empresade economia mista criada pelo Governo federal, em abril de1907. mantêm em atividade todo o seu equipamento realizan-do um programa de atendimento ao DNPVM e a outras enti-dades governamentais.

A diretoria rio Banco do Brasil aprovou os projetos deconstrução dos edifícios destinados a instalar as agências deLa Paz, na Bolivia, e Assunção, no Paraguai. .

Governo dá autorizaçãopara 11 novas sociedadesde crédito imobiliário

Onze novas vagas para a instalação de socie-dades de crédito imobiliário foram criadas pelo Con-selho Monetário Nacional, sendo a decisão ontemdivulgada pelo Banco Central, através do Comunica-do GEMEC n.° 11.

Guanabara e São Paulo não se incluem entreas localidades sedes das instituições a serem autori-zadas. O Comunicado define a distribuição nacionaldas instituições e fixa o capital mínimo de cada uma,orientando os interessados quanto aos critérios paraaceitação de solicitações.ONZE VAGAS

"A Gerência de Mercado de Ca-pitais do Bnnco Central do Bra-.sil comunica aos Interessados que,com base no •; 1.° do Artigo 20dn Lei n.o 4 864, dc 29-11-65, oConselho Monetário Nacional ds-cídiu criar 11 (onze) vapas pavainstalação dc Sociedades de Cré-dito Imobiliário, distribuídas dasesulnie forma entre as regiõescm rjue o Banco Nacional da Ha-bitnçSo dividiu o território na-cional pnra fins da atuação dasunidades integrantes do SistemaFinanceiro dn Habitação:

1.» Região (Amazonas, Para.Acre, Roraima e Amapá) 2 (duas-*Kocledades com sedes e agenciasna própria reptfto; 2.* Região(Piauí, Maranhão e D^arú), 2

(duas sociedades com sedes eagências na própria regifto: 4." Re-gião (Sergipe c Bahia), 1 (uma)sociedade com sede em Salvadore agência nu própria região; ,r).aRegião (Minaí Gerais. Goiás, Dis-trito Federal e Espirito Santo) 2(duas) sociedades com sede, umaem Belo Horizonte c uma em Vi-tória, e agências na própria re-gião; 6.» Região (Guanabara e Es-tado do Rio de Janeiro) 1 (uma)sociedade com sede em Niterói eagencia no Enacto do Rto de Ja-neiro: 7.a Região (São Paulo. Ma-to Grosso e Rondônia I 1 (uma)sociedade com sede e agência noEstado dc Mato Grosso ou. Terri-tório de Rondônia; 8.° Região (Pa-raná, Santa Ctarina e Rto Gran-de do Sul) 2 (duas) sociedadescom sedes e agências nos Eòta-dos do Paraná e Santa Catarina.2. A distribuição das agências, deque trata o Item precedente, será,feita por Uvre escolha das socleda-des interessadas, dentre as praçaseleitas pelo Banco Nacional da Ha-bitação no âmbito das respectivasregiões, obedecido o critério deprioridade fixado no item 5abaixo.3. As sociedades postulantes de-verão comprovar a capacidade téc-nica e experiência dos seus diri-gentes no ramo Imobiliário que oscapacite à gestão dêste tipo deinstituição financeira.4. A comprovação de que tratao item anterior será íeita peran-te o Banco Nacional da Habitaçãoque expedirá certificado válidoUnicamente pura instruir o pedidode autorização formulado a esteBancj) Central, nos termos do pre-sente Comunicado, vedada qual-quer menção ao referido documen-to, para outros fins.5. Consideradas prloritàrlamtntcas propostas apresentadas por so-cledades constituídas por empre-sários radicados na própria região,as autorizações serão concedidas,dentro do número de vagas cons-

tante do Item 1, àquelas socleda-des que, preenchidas as condiçõesacima especificadas e atendidastodas as demais disposições regu-Inmontares atin entes ã matéria,possuam maior capital registrado,ou que façam malcr proposta defixação de capital, comprovado naforma do item 6, estabelecidas,para ta! aferição, ns importânciasmínimas de:

NCrS 300 030,00 (trezentos milcruzeiros novos) pura as 1,H e 2,nregiões; NCrt 400 000,00 (quatro-centos mil cruzeiros novos) paraa 4.» região; NCrS 700 000.00 (se-tecentos mil cruzeiros novos) pa-ra as 5.», 7.a e 8.a regiões; e NCrS1 000 000.00 (hum milhão de cru-zeiros novos) para a 6.11 região.6. As propostas serão encaml-n lindas ii Oeréncia de Mercado deCapitais (Praça Pio X n.lf 7 —9,° andar — Rio de Janeiro —GD), em envelope lacrado, noprazo improrrogável de 45 (qua-renta e cinco) dlas, a contar dadata dêste Comunicado, Instruídoscom o certificado de que tratao item 4 acima e cheque, sacadocontra o Banco do Brasil S. A.,a íavor do Bnnco Central do Brasil,e pagável na praça do Rlo de Ja-neiro (GB), de valor equivalentea SOrí;, no mínimo, do capital de-cl arado.

— A ocorrência de empate jmnúmero superior ao das vagasoferecidas, apurada na forma pre-vista no item 5 déste Comunica-tio, será solucionada mediante arecepção durante 5 (cinco) dlas,somente daquelas postulantes co-locadas em igualdade de sltuaçãn.de novas propostas de fixação decapital, comprovada na forma doItem 6.

— Para preenchimento das va-gas de que trata a presente am-pliação, não serão aceitos pedi-dos de criação de Carteira de Crf-dito Imobiliário nas Sociedades doCrédito, Financiamento e Investi-mentos. admittndo-se somente a.expedição de cartas-patentes pavaSociedades de Crédito Imobiliário.

!> — Poderão ser credenciadospelo Banco Central, mediante re-querimento. nos termos do Art.30 do Decreto-Lei n.° 70, dc 21 denovembro tle 1966, como agentesfiduclários, o Instituto de Resje-guros do Brasil e as seguintes Ins-tltuições financeiras:

ai bancos comerciais; b) socie-dades de crédito e financiamento;c) oalxas econômicas; d) bancosprivados de investimento ou dedesenvolvimento e bancos oflciatt;e) sociedades de crédito imobiliá-rio; e f) associações de poupançae empréstimo.

10 — Fica revogada. «. Circula n°79, de 10-3-67."

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Ol

Dirigente dos empreiteiroscritica falta de inversõesoficiais ria infra-estrutura

O presidente da Associação Brasileira de Em-preiteiros de Obras Públicas, ABEOP, Sr. FernandoPetrucci Conceição, disse oniem que os empreiteirosda Guanabara têm capacidade técnica para construiro que existe em obras, capacidade econômica — poistêm financiado através de créditos às diversas admi-nistrações — mas "não têm conseguido fazer-se ouvirpelos responsáveis pela política de investimentos."

Para o dirigente dos empreiteiros, "sabemos queé vontade dos governantes fazer o máximo de obraspelo minimo de recursos, porém não se pode esperarque essa intenção ofusque a realidade econômica na-cional e por uma vantagem pecuniária setorial se des-trua tôda uma atividade empresarial que fica semprecondicionada ao dono do mercado" — o Governo.

Siderurgia m i n e i ra perdena competição com usinasde Tubarão e da Guanabara

Belo Horizonte (Sucursal) — A Açominas —Aços de Minas Gerais S.A. — perde terreno na com-petição com as novas usinas anunciadas para o lito-ral capixaba e carioca.

Esta afirmação foi feita ontem, da tribuna daAssembléia Legislativa mineira, pelo Deputado JoséRaimundo da Silva (MDB) ao focalizar o problemada siderurgia em Minas, comentando o procedimentodos deputados da Arena, que rejeitaram a taxa de de-senvolvimento metalúrgico, que proporcionaria re-cursos para a implantação da Açominas.EXEMPLO CARIOCA

PROBLEMA

Na opinião do Sr. FernandoPetrucci Conceição, "quando aliguéni está se afogando e gritarpor socorro, é inútil argumentarque. nadando dois metros àírente. conseguirá tomar pé.Corre-se o risco de omissão di-ante do afogamento — o que,depende das circunstâncias, écrime previsto em lei." Depnis deacrescentar que os empreiteiroscariocas estão se afogando, odirigente cia ABEOP afirmou queeles foram levados a essa situa-ção não por sua íalta de habi-lidade em nadar, mas dei idoàs correntezas que os envolve-ram."

Historiando a situação, o Sr.Fernando Petrucci Conceiçãodisse que num pais onde a eco-nomia é primordialmente esta-tlzada, é èle quem comanda ofluxo dessas águas. A Guana-bara — explicou — é o Estadoque tem concentrado o maiorvolume de obras públicas rea-

llzadas, considerando a relaçãode sua áreapopulação com qui-lómetros e metros quadrados.

Estas obras, segundo éle. fo-ram realizadas por firmas aquinascidas . que aqui se desen-volveram construindo esse fabu-loso patrimônio do Estado. Coma transformação do Distrito Fe-deral em Estado da Gunnaba-ra, houve uma nova necessida-de de obras de implantação,principalmente pela indispensa-bilidade da reestruturação des-ta nova unidade federativa.

Depois de acentuar que comas medidas tomadas passou anova unidade a arrecadar,cori-tro NCrS 18,5 milhões em 1959,NCrS 1.8 bilhão previsto para1969, o Sr. Fernando PetrucciConceição disse que não obs-tante essa belíssima posição dereceita para o Estado, a inicia-tiva privada e o poder aquisi-tivo do seu povo sofreram umenfraquecimento da ordem de100 para 18 (considerando 1959como 100),

Criticando os seus colegasmineiros, o Sr. José Raimundoda Silva afirmou que enquan-to em nosso Estado, os parla-mentares da maioria traba-Iham contra os interesses deMinas, os deputados cariocasdão prova de espírito público,tomando justamente medidasdiametralmente opostas. Semqualquer restrição, a Assem-bléia Legislativa da Guanaba-ra aprovou projeto de lei queautoriza o Sr. Negrão de Limaa sancionar lei que permitiráao Governo daquele Estadosubscrever ações até o valor deNCrS 2,5 milhões da Sosigua,através da Copeg.

— Temos de reconhecer —frisou èle — que o projeto daAçominas perde terreno nacompetição com as novas usi-nas anunciadas para o litoralcapixaba (Tubarão) e cario-ca (CosigTia), as quais contamcom o integral apoio dos go-

vernos e do povo daquelas uni-dades da federação.

ARTIFICIAIS

Fazendo uma análise daapossibilidades das três novasusinas siderúrgicas disse o Sr.José Raimundo da Silva que"nota-se logo que a Guanabarae o Espírito Santo estão hi-tando por usinas artificiais.Esses estados tomam comoexemplo nações que exportamminérios e, por este motivo, vi-ram-se obrigadas a levar suainovas siderúrgicas para a orlamarítima. Mas o caso brasilei-ro é diametralmente oposto."

Assevera o deputado mineiroque, "além de programaremusinas com as minérios de Mi-nas Gerais, a Guanabara e oEspirito Santo não dispõem deenergia elétrica capaz de acio-nar gigantescas usinas c per-mitir expansões nas época*oportunas. O abastecimento deenergia elétrica daqueles esta-dos está na dapjndència dequilowatts de quilômetros pro-duzidos em Minas."

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Tocíos os caminhos conduzemao Banco de Boston

Quando se quer alcançar bons nego-cios, o Banco de Boston abre sempre orumo certo.

Tão certo quanlo o prestigio da Cons-truções e Comércio Camargo Corrêa S.A.,a maior empresa do gênero no Brasil euma das maiores do mundo.

Entre os bancos com que opera, lò-gicamente incluiu aquele que é interna-cional, com um toque bem brasileiro: oBanco de Boston.

Naturalmente uma grande firma utiliza-se de todos os serviços de um grande ban-co: desde o simples Contas Correntes atéo complexo financiamento de escala inter-nacional.

Quanto ao encarregado de obras queestá na foto, suas exigências bancárias sâobem mais simples. Recebe, no entanto,tratamento igualmente atencioso por parte•"io Banco de Boston, onde movimenta seu

dinheiro, paga suas contas de luz, gás eimpostos municipais. Ê o Sr. José Pinto.Tem cinco filhos e trabalha para aCamargo Corrêa há 20 anos.

Veja como são as coisas. A grande fir-ma e seu colaborador têm a mesma exi-ciência em matéria de serviço bancário.Fizeram a mesma escolha.

A mesma que você, por certo, vai íazer.

J784>ijt>

BANCO de"BOSTONThe Firsl National Bank of Boslon

Um Banco Tradicional, Uma Tradição de Progresso

RIO DE JANEIRO » SÂO PAULO • CAMPINAS • SANTOS

li-, — 1," uai, juuiai do tíiiu-il, terça-Ieira, 12-11-68

Projetos brasileiros parareforma agi ária poderão terrecursos do Banco Mundial

A possibilidade de o Banco Mundial vir a financiarprojetos integrados para a reforma agrária no Brasil,foi levantada durante reunião, ontem, entre umamissão daquele órgão e da Organização de Agricul-tura e Alimentação das Nações Unidas — FAO —com representantes dos Ministérios da Agricultura,Interior, Planejamento, Fazenda e Relações Exte-riores.

Durante as conversações de ontem ficou decididoque, realmente, será dada maior ênfase a projetosque visem o desenvolvimento do Nordeste brasileiro e,para uma melhor apreciação da necessidade de aplica-çáo dos planos do Governo para a região, os membrosda missão deverão manter durante 25 dias, viagensde contato com técnicos da Superintendência de De-senvolvimento do Nordeste — Sudene.CONHECIMENTO

A missão do Banco Mundiale da PAO que chegou no úl-timo domingo ao Brasil é uma,continuação dos contatos ini-ciados quando da visita dopresidente do BIRD. Sr. Ro-bert McNamara, no último mésao Brasil. Os seus objetivosprincipais são o avaliamentode projetos brasileiros de irri-gação. pecuária de corte e pia-nejamento ao nivel de fazenda.

Ontem, primeiro dia das reu-niões que manterão com téc-nicos brasileiros especializadosnos vários assuntos, os repre-sentantes da missão travaramconhecimento com os planosque o Governo federal já temelaborados em cada um daque-les setores, tendo sido aventa-da a hipótese de vir o BancoMundial e financiar projetosque tivessem por objetivo a di-namização c a implantaçãoefetiva da reforma agrária noBrasil. Para tal, ficou marca-da uma reunião a se realizaramanhã no IBRA. quandocom a presença do interven-tor naquela repartição, Gene-ral Luis Carlos Tourino, seráoobservadas e debatidas as pos-sibilidades.

A missão que é chefiada pe-lo Sr. G.P. Brichambaut con-ta com a participação de umespecialista em irrigação. Sr.K. E Snelson; de um especia-lista em pecuária, Sr. P. Brum.

by: com um economista agri-cola, Sr. D. F. Watt; e comnm analista financeiro, Sr, M.Ballesteros.

PROGRAMAA reunião mantida, ontem,

foi realizada no Escritório Téc-nico de Agricultura, tendo co-mo representante do Ministé-rio da Agricultura o Sr. LuisReinaldo Zanon: polo Minis-tério do Interior o Sr. DalmoLeme Pragana, secretário-geraldaquele órgão; c pelo Ministé-rio tio Planejamento o Sr. Ro-berto Araújo. Na parte da tar-de a missão esteve em conta-tos com o diretor do BancoCentral, Sr. Ari Burgher.

Para hoje, está prevista umareunião no Ministério do In-terior, que contará com a pre-sença do representante daque-la pasta e do Ministério daAgricultura, presumindo-se que.serão tratados especialmenteos projetos relativos à irri-gação.

Finalmente, amanhã, a mis-são estará no Instituto Brasi-leiro de Reforma Agrária, afim de verificar as possibili-dades de colaborar com a im-plantação do sistema no Bra-sil, devendo tomar conheci-mento do que já sc está fa-zendo nesse sentido. Deverãoainda viajar para o Nordeste,onde passarão cerca de 25dias, rumando inicialmente pa-ra Recife.

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Preocupação na Europaem compelir com os EUA

John /./. tee,do A'eru Yorl: Tinics

Londres — Fala-se muito na Europa acerca da ne-cessidade de fusões internacionais pura formar corpo-ratões européia., fortes o bastante para competir comos gigantes dos Estados Unidos. Mas quase não há pro-aramas neste sentido. Por isso é que a oferta da Fiatãa Itália, à Cilrocn. da Franca, para construir um im-perio automobilístico europeu gerou tal excitamento Maso nacionalismo industrial é ainda um problema macio-nal que domina a lógica econômica.

O veto do Presidente De Gaulle à compra, pela Fiatdc um setor efetivamente importante da companhiafrancesa e então um retrocesso no conceito de integra-cao industrial da Europa. De Gaulle disse que assimagia "para manter a independência de uma companhiaindustrial francesa muito grande."

Mas Dc Gaulle <\ão está sozinho em matéria dc na-cionalismo.

O NACIONALISMO EUROPEU

A Alemanha Ocidental tem mantido vigilância sóbreas tentativas da maior companhia francesa, de petró-leo. Compagnie Française de Pétroles, no sentido de seapossar rio maior combinado dc petróleo e carvão daAlemanha, a Gelsenkirchner Bergwerke.

Considerações nacionais também interferiram nasmanobras da ENI. a companhia dc petróleo do Governoda Itália, e da IRI. a companhia de monopólio estatalitaliano, para adquirir o controle do maior combinadoitaliano de produtos químicos, a Monteca-lini Edison.

Entretanto, cm produtos farmacêuticos, uma áreaque não é considerada tão seiisível quanto as de petróleo,ou automóveis, alguma integração, pelo menos indireta-mente, está a caminho. A Farbwerv Vmehst, uma dastrês maiores companhias químicas alemãs, comprou22% das ações indiretas da segunda colocada das maio-res companhias farmacêuticas da França, a Houssel-Vclaf, ao comprar uma cota de 40% de uma sociedadefrancesa.

A comunidade econômica européia, ou Mercado Co-mum, tensionava, entre outras coisas, facilitar fusõesentre companhias na França. Alemanha, Itália, Bélgica,Luxemburgo e nos Paises-Baixos.

Mas a única fusão internacional dc alguma impor-tancia foi a consolidação de ações fotográficas entre aAlemanha e a Bélgica, cm 1904, na Aç/fa-Gevaert paraenfrentar o desafio da Eastman Kodak. Mas, mesmo aAgfa-Gevaert mantém uma personalidade dúbia e estáfaltando uma integração total.

Os precedentes europeus para fusões internacionaisdatam de 1009, com a associação anglo-holandesa daRoyal Dutch, a maior corporação, atualmente, fora dosEstados Unidos. A segunda das maiores é a Unilever,também resultante dc uma associação anglo-holandesaem 1929.

OBSTÁCULOS

Os maiores obstáculos a tais combinados reside narelutância de Governos em abrir mão do controle na-cional de indústrias-chaves. Há sempre o temor de quedecisões corporativas tomadas pela Fiat, em Turim, porexemplo, possam afetar adversamente as operações daCitroen, na França-

O ressentimento canadense com o dominio norte-americano de sua reestruturação industrial reflete lalpreocupação.

Na Europa, um problema a mais é a falta dc leide corporação européia eficiente para tornar mais fáceisas fusões internacionais. Fórum realizadas negociaçõespreparatórias em Bruxelas, a Jim de racionalizar o pro-blema dc conflitos de exigências legais nacionais. Mastem havido poucos progressos, mais pela insistência fran-cesa de que a. nova lei não deve ler um caráter supra-nacional.

Enquanto a Europa se aflige com o problema, irô-nicamente as corporações norte-americanas têm sido no-iàvelmente bem sucedidas, apossando-sc de companhiaseuropéias e explorando as vantagens do Mercado Comummelhor que os europeus.

JFOTOS JÈB ONTEM

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mmmT'Em 1895, o Legislativo Municipal joiinstalado tio prédio da -foto, de Arqui-

tètura Gótica, anteriormente ocupadapela Escola Municipal de São José. Namesmo terreno, onde outrora estava oConvento da Ajuda, erguesse hoje aninai Câmara dos Deputados projetadapor Heitor de Melo c decorada porEliseu Visconti.

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aros europeus

O Ministro das Minas e Ener-gia, coronel Costa Cavalcanti,afirmou ontem em Bonn que"o Brasil observa com atençãoo esforço da Europa visando nodesenvolvimento da indústriaSiderúrgica e está disposto a co-laborar com o seu êxito, dú;-pondo de tõda-s as condiçõespara suprir o mercado europeuda matéria-prima necessária.*'

Através de telegrama, o Mi-nistro comunicou que acolhe-ré com satisfação os investi-mentos alemães na siderurgiabrasileira e oue isto abrirá no-vas perspectivas não só paranós como também para os pai-ses do Mercado Comum Euro-peu. O Ministro Costa Cavai-canti revelou ser objetivo doBrasil exportar em grandequantidade, atacando todas asfaixas da produção siderúrgica,a começar pelo minério bruto,seguindo-se o classificado, o fi-no, a pelota, o lingote, o gusa,o bloco, o perfil e as chapas.

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Compra3,6753.421428,770020,92499

•1.039520,07:«tó0,738670,85.070,0058980,4.17700,51043

Venda3,703,463208,348180,9331-;1,018240,0739280,745550,3017»0,0059570,492870,51877

Coroa Sueoa . 0,7090!)Xelim Austr. 0,141671Escudo Port. 0,127522PesutA NominalPeso Argent. 0,009535Peso Urug. Nominal

TAXAS DO MANUAL

MoedaDólar Dólar Canad.Llbru Eolfvar Sólis Coroa Dltiam.

Compra3.67J3.338,60 •0,780,0700,47

0,715760,1444830.130240

Nominal0,011581

Nominal

Venda3,703.508,900,320,0873,50

BeiraFranc.Suíço

Coroa auce»Xelim . Esou.do . ...Fiorim . ...FrancoFrancoFrancoGuaraniEand LiraPeseta Peso Argent.Peco BoiPeso Colomb.Poso Mexia .Peso Urug. ...

0,630,310,120,980.0680.660,840,02334,450,09100,05150,01020,210,170,280,013

HIO DE JANEIRO - O mercado de açõesapresentou-se em baixa ontem, cem umdeclínio cie 3,7 pontos no IBV, oue se fi-xou em 200,3 pontes-. Também o vclum»d; negócios foi inferior ao du última ecx-

BOLSAS DE VALORESfca-fcilua. Nesoclak.m-.5B 611 ações no mon.tinte de NCrs 785 mil. Da. ciue compõemo IBV, apenas uma subiu, is oairam e 3mio foram negociadas. As mais nis_;ccla-das: Petrobrás, Brahma. Doeis de Sintas

0,730,391,051,050.07J0,750,8730,0295,300,9330,0560.0110,310,250.330,013

Dooepas3,9);

11-11-686630

média s. n. dos títulos particulares na bolsa do kio du janeiro08-M-63

67410-1-11-68

650123-10-68

6695

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Dala

Novembro dc 19674042

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0331080807300704C33130080!2!l29-39-

lll-lll-07-107-

H-GS-.10-63111-631/1-68

-11-58-C9-68

1-68-111-63<1.1 -58¦110-63¦C9-63¦M-68¦11-08¦13-63-10-6310-6310-63M-63'111-63llll-68M-68

Valor da Cota Clt. Distribuição Valor do Fundo

Sta1 ?M318 <0M) 74 842 093,943.61 28-06-68 (0,20) 2 m .mM1.4 29-06-68 (0,10) a ,162 743.93°.'J7 oi-io-68 (0,002) -\ ut.<y>irn5,73 28-06-68 (0,32) li. 57«_ 475.881.85 29-12-67 (0.02, 71 fi78,g60.94 30,10-67 (0,02) 37 Mhs31,15 .11-03-68 (0,03) J. 893 293,70í'í? 2 2]8 6g,,'75!'.; 9 990 204,45„~? 873 170,86.7™ 1 557 657.68".24 30-09-68 (0.03) 2 3611 182 "•!13.843 28-02-63 (0,70) 2 663 2C4.'Ío2.0.r7 Setam.-63 (0.050) m 351 62,1 00[.646 Junho-68 (0,120) 13 677 644,00,'.„ 1 550 073.04M2 18-04-68 (0,08) l.l 630 884,640AM 13-09-68 (0.018) m so. 939 "50..49 30-09-63 (0,03) l 36(1 796Í721,185 30-09-63 (0,09) 5 516 502,93

Açòes Cot. Quan-Itlédia tidade

"•ÇOES DE CIAS.DIVERSAS

ALPARGATAS ....AMERICA FABRILANT. PAULISTAARTES GRAF. G.

DE SOUSA ARNO, C 41 ARNO, C/42 B. DO BRASIL.!B. DE CREDITO

REAL BELGO-MINEIRA .B R A H M A, Pref.,Ex/Dlv

BRAHMA, Ord.,Ex/Dlv

BRAS. DE E. ELÉ-TRICA. Ex Dir. .

BRAS. DE ROUPASCBUM CARIOCA INDUS-

TRIAL, Pref

1,750,231.05

1.040,740,738,24

1,000,48

1,58

0,600,480.21

0,55

6 10010 90015 600

12003 COO

26 5007 430

3 00014 800

60 300

9 200

14 90013003 000

300

A voes Cot. Quan-Média tidade

CARIOCA TNDUS-TRIAL, Ord. . . .

CIMENTO ARATUCIMENTO I T A U,

X' r c I .. Ex/Dlv.Ant .*

I D. DE SANTOS . .D. ISABEL. Pref.D. ISABEL, Ord.DUCAL ROUPASEDITORA JOSÉ

OLÍMPIO. Pref.,Nom., Endossável,Ex/Dlv

ESTRELA, Ord. ...P. E LUZ DE 11.

GERAIS F. E LUZ DO PA-

RANÁ HIME. PreiHIME, OrdIMP. MERCANTIL,Nom

KIBON, Ex/Bon. .'.

Ações Cot. Quan-Média tidade Açües

O.503,70

3,300,970 850',760,90

1.221,30

100200

20039 40014 700

4001 000

2 000300

0,56 1 000

0.680,300,29

1,002,30

3 700000700

100._ 200

LOJAS AMERICA-NAS, Novas ....

t.O.IAS AMERICA-NAS, Ant

MUS BLA. Ord.,Novas, Ex/Dlv. ..

MESBLA, Ord.,Ex/Dlv

MESBLA, Pref.,Novas

M E S B L A, Ord.,Novas

MESBLA, PrefMESBLA. OrdM. FLUMINENSE .M. SANTISTA ....P. DE F. E LUZPETROBRÁS. Pref.PETROBRÁS. Ord.PRED. SANEAMEN-

TO R. JANEIROREF. UNIÃO, Pref.,

Ex, Div

Cot. Quan-Média t i cl a ci o

REF. UNIÃO. Ord.3.42 3600 Ex Dlv

SAMITRI 3,50 14 700 S. CRUZ. C/Div. ..

S. CRUZ, Ex Div.1.00 1000 S. AMÉRICA TER.

MAR. E ACIDEN-1.00 16 181 TES, Ord.. Nom.

SIDER. NACIONAL,1.03 10700 Port

V. RIO DOCE, Port.',Ex Bon

WHITE MARTINSWILLYS. Pref. ..

1.200,523.022,95

2 50016 000

22 4264 400

1.54 1 900

0.70 1 000

1,021.041,030.951.2B0,731,230 31

10 20022 20012 300

2 000600

15 99053 170

128 192

0.18

2,783,880.51

TÍTULOSDOS ESTADOS

(GUANABARA)

, „ .'-EI H 0.851 0j0 i LEI 303 0 84T. PROGRESSIVOS 63o!oO

1.10 621 IDEM 028,00

11 8003 2008 100

862252

115

São Paulo (Sucm'£-nl) — Iniciandoos pregões de títulos da semana, o mer-cado continuou ontem firme com as co-tações em ascendência, apesar do movi-mento negociado ter sido inferior ao vc-rifleado nn última sessüo. O indice Bo-vespa acusou uma nlta de 2,1 Jxmtos (maial.-T"r), fl.xando-se em 181,1. Das compa-nhlaa eme o compõem. 12 subiram, 7 bai-xaram e 8 permaneceram estáveis. O vo-

Nova Iorque fUPI-JB) — Nfio fun-cionou ontem a Bolsa dc Vnlôres de No-va Iorque, que antecipou de quarta-fei-

Londres (UPI-JB) — Resumo da ses-afio clc ontem da Bolsa de Valores deLqridres: Indústrias — alta de um xelimc seis pence nas ações da Glaxo: outrasempresas com altas Iguais ou superiores

lume de negócios atingiu a cifra de NCrS777 883. a quantidade de 343 137 titulos ea realização de 215 operações. Ações quemais subiram: Amo, preferenciais, cupfio41 (mais 5.2); Arno, preferenciais, cupfio42 (mnis 3,9); Cimento Itaú, preferenciaisclasse B, antlgns (mais 2.8); Durntex. pre-ferenciais, cupfio 18 (mnis 5,3); Estréia,preferenciais, cupfio 54 (mais 12,8); In-dústrins Vilares, preferenciais, classe B,

INOVA IORQUEia o feriado bolsista destinado aos tra-

balhos internos dos corretores. O próxi-

novas (mnis 2.91; Klbon. ex-bonlficuçfto(mais 3,3); Melhoramentos tlc São Paulo(mnls 5.6); Petrobrás, preferenciais (mai»8.5); Petróleo União, ordinárias (mais 4,8).As que mais baixaram: Aços Vilares, pre-ferenciais, classe A (menos 2,9); Brasmo-tor, preferenciais, cupno 8 (menos 3,6);Fundição Tupi (menos 1,9); Vale do RioDoce (menos 3,5); Willys

cupâo 30 (menos 3,6).preferenciais,

LONDRESa um xelim foram Dunlop. Beecham,Rank e Bowater. Bancos — Irregulares.Seguros — em altn. Títulos do Governo— pouca procura. Petróleo — destaquepnra a British Petroleum e a Royal Dutcii

mo feriado para este fim serA no pró-.imo dia 20.

Shell. Minas — ouro sul-africanas está-veis. Australianas cm alta.O ouro foi vendido a 39.50 dólarcinorte-americanos a onça na sessüo de on-tem do mercado livre de Londres.

CAFE—RIO — O mercado de café dispo-nível continuou ontem sustentado, como tipo 7, saíra 1008-09. mantendo-se nopreço de NCrS 8,00 por 10 quilos. Fechoucalmo,

MERCADORIASAÇÚCAR—RIO — Mercado firme c Inal-terado, tendo chegado 2 500 sacos proc-'-dentes do Estndo do_ Rio c snído 10 000.Ficaram em estoque 22 972 sacos.

ALGODÃO—RIO - O mercado de algo-dão cm rama funcionou calmo e estável.De São Paulo vieram 258 fardos e cieMinas Gerais 146. Foram embarcados 330fardos e a existência é dc 1 047.

SW&A^&ín tSSS T™^ lUS

TÇa9 dD Rl0' S&° P-'ío' M° **»«•. Besundo dadev.(Convênio M. A./CONTAP/USAID.ETA). ^"«"«ua, Departamento Econômico - Serviço de Informação de Mercado ABrfcolI

lotações do dia 11-11-68

V lt O I) UTOS GUANAH.U1A

ARROZ (Sc. 60 quilos) .Amarelão Especial Agulha Especial ..'.'.,,]Blue-Rose Especial ._!.'.'.!....!!

FEIJÃO (Sc. 60 quilos) Jalo Preto ttMulatinho .'..'.".'.. 1!

'

FARINHA DE MANDIOCA (50 quilos)Fina e Grossa

OVOS (Cx. 30 dz.) . ..Grande Médio

AVES (p/ quilo)Vivas

mercado estável41.00 n 46.003-1,00 a 41.0035.00 a 36,50

mercado estável38.00 a 40,0022,00 a 22.5034.00 r. 35,00

mercado c-tável10,50 a 12,00

mercado eetãvel32,00 a 33,0030,00 r 31,00

SAO PAULO

MILHO (Sc. 60 quilos)Amarelo mesclado Amarelo Hibndo

BATATA (Sc. 60 quilos)Comum 1."- ,,Comum Especial

x

TOMATE .Cx. 25 quilos)Extra Especial

LIMÃO (Cx.)Galego . .

BOVINOS (Oarrae p/quilo)Traseiro Düantelro

mercado estável10,00 10,5011,00 12,00

mercaido estável6.00 7.00

10.00 12.00

ni.eroa.do íYico5.00 6.003,00 5,00

mercado estável30.00 50,00

mercado estável2,201,50

mercado estável41,30 a 48.5035.00 a 33.0033.80 a 36.00

mercado firme40,00 a 42.8021.50 a 23,8030,50 a 33,50

mercado firme10,00 a 12,50

mercado estável30.00 a 33,0027.00 a 30,00

mercado estável1.50 a 1,60

meroado firme10.30 a 10,4510,40 a 10,70

mercado estável4.C0 a 12,005.00 a 16,00

mercado fraco7,00 a 8,505.00 a 7,C0

meroado fnaco15,00 a 45,00

MINAS

PEIXES p/ quilo

CavallnhaNumeradoBadejo

meroado estável48,00 a 49.0042,00 a 45,00

X X X

mercado eitável43.00 a 46,0021,00 a 30,00

X X X

mercado estável12,00 a 13,00

mercado estável31,00 a 33,0029,00 a 31,00

mercado estável1,60

mercado estável10,0010,00

mercado estável9.C0 n 10.00

10,00 » 12.00

meroado Jraooxxx

mercado estável145.00 150.00

mercado eitivel1.70

c Arno. Registraram as maiores baixas:America Fabril (— 4,21; Vaie do Rio-portador (— 4.2); Brasileira d' Rou-

s (— 4.0); Petrobrás-prefeienciaiõ (_Bi.ahma-preferenciaís (— 3,0),

COTAÇÕES DO PESCADO - UIO DE JANEIRO — GBO-l 1) Batata . ,l .24 Enchova .J.82 Ccrvlna .

0.790.530.44

GaroupaPesoadinha A. MarCastanha

0„>20,730,47

GosteCamarfio VG

0.314,99

Camarão 7 Barba 0.97

Jornnl do Brasil, lérça-folra, 12-11-68. l.° Cad. — 19

Osório querloja abertaaos sábados

Energia elétrica

O Funcionamento do comer-nio aos .-.abados foi defendidoontem pelo presidente da Con-federação das Associações Co-merciais do Brasil, Sr Antô-nio Cr.vlos do Amaral Osório,deoois de considerar Incense-qüeníe o projeto do Deputadoestadual Carvalho Neto. que cs-tabeleee apenas 40 horas porsemana para a abertura das ca-sas comerciais

Na sua opinião, somente nazona norte, na zona sul c nazona rural é que o comérciofuncionará normalmente, umavez que a tendência natural éde as casas comerciais do cen-tro da cidade, pouco a pouco,diminuírem o seu funcionamento "pois, já na manhã dossábados é pouco o movimentodas lo.iss."

DOMINGOS

Com relação à abertura docomércio nos dias de domingo,o Sr Antônio Carlos do Ama-ral Osório prefere que continuefechado, alegando que "ainda¦não estamos preparados paraum funcionamento comercialininterrupto, como existe cmoutros paises do mundo", ci-tando, entre eles, o Japão.

Entende, também, que a le-gislnção sôbre o funcionamen-to do comércio deveria ser maisliberal, achando que "abrir ou,não a loja é um problema doseu proprietário " Explicou,em seguida, que as casas inte-ressadas cm funcionamento ex-traordinário "poderiam contra-tar novos empregados."

BNDE esperasugestõesde bancos

O presidente do Banco Na-cional de Desenvolvimento Eco-nômico, Sr. Jaime Magrassi deSá. assegurou ao presidente doSindicato do.s Banco-, Sr. Teó-filo dc Azevedo Santos queaguardará, para exame, a su-gestão do Sindicato no senti-do de a rede bancária privadaparticipar do financiamento decapital dc giro ao setor indus-(trial.

Na sua exposição de motivaso Sr. Teófilo Azeredo Santosdeixou claro que as condiçõesc tipos de financiamentos se-riam, antecipadamente, estabe-lecidos pelo BNDE, a fim deser implementada a política emboa hora introduzida em nos-so sistema financeiro, que re-clama alteração de métodostradicionais que, baseados empreceitos do passado, desaten-dem às exigências do presente.

TRANSMISSÃO A, \2? 3 "\ \

T0TAL N, r"'*^ \1( *w V"""" 1nc*NCr$ milhõo, OUTROS 484

2484 GERAÇÃO V186fè& lOO.Oik^.^ 7'8 *

DISTRIBUIÇÃO WÊjr / Z

4f ^N. *""" ' <°^X

Os investimentos no setor dc energiaelétrica deverão alcançar no trienio 19tiS.'70,NCrS d 186 milhões. Sua distribuição entreas várias esferas que contribuem para suaformação indica que. nuquele periodo. oGoverno federal, incluída a Eletrobrás, par-tipará com 42,6',',, dos gastos, enquanto osGovernos estaduais contribuirão com 47,2%e o setor privado com apenas 10,2%. Oprograma prioritário do setor público (fe-deral mais estadual) mantém-se prática-mente constante no trienio, enquanto o sc-

tor privado apresenta vma tendência nlti-damente decrescente. O consumo de ener-gia elétrica deverá evoluir de 2S.6 milhõesde mWh. em 1967. para um valor compre-endido entre 3S.6 ou 40.4 milhões de tiiWli,cm 1970. dependendo do ritmo do cresci-mento econômico do pais. Estas projeçõesrepresentam laxas de incremento anualmédio da procura que variam âe 10.5% a11%, enquanto no período 1960 66 a taxa dcaumento verificado foi de 7,2% ao ano.

Governo controla preços dovarejo nas grandes cidades

As margens de lucro cem que está ope-rando o comércio das principais cidades dopais serão examinadas por inspetores doConselho Interministerial de Preços. A de-cisão foi tomada ontem em reunião tío se-cretário-executivo do CIP, Sr. Chateau-briahd Bandeira Diniz, o superintendenteda Sunab, Sr. Enaldo Cravo Peixoto, eo Ministro Delfim Neto

O.s inspetores foram selecionados espe-cialmente pelos Srs. Chateaubriand Ban-deira Diniz e Enaldo Cravo Peixoto e re-ceberão uma identificação dos dois órgãos—- CIP e Sunab — credenclando-os para olevantamento, que será feito com o con-fronto dos preços de venda do comérciocom as suas notas fiscais de compra.

PEEÇOS DO COMÉRCIO

A comparação permitirá a aplicação daResolução n.° 10 da Conep. que determinaque o comércio não poderá aumentar suamargem de lucro acima da média verifica-da nos dois biênios anteriores e que conti-nua em vigor porque o Conselho Intermi-nisterial tíe Preços ratificou todas as reso-luções da Conep.

Segundo o.s técnicos do CIP, o levanta-mento, além de evidenciar os abusos quepoderiam estar sendo feitos na comerciali-zação de alguns produtos, possibilitarámaior eficiência nos trabalhos de acompa-nhamento de custos desenvolvidos peloConselho.

Dessa íorma. o Conselho Interministe-rial de Preços completa o circuito para ocontrole total das principais atividades eco-nômlcaS, cobrindo, agora, além do setor daprodução, o setor da comercialização. Alémdas indústrias básicas que estarão sob ocontrole do CIP, entra agora o comércio eos técnicos estudam a possibilidade de che-car também o comportamento preços/custosdo setor de serviços.

Estas medidas fazem parte de um am-pio esquema de entrosamento de todos osórgãos governamentais para controlar aevolução dos preços e evitar altas sem cor-respondéncia nos custos de produção. OCIP adotará medidas punitivas para os in-tratores com corte do crédito e perda d<_incentivos fiscais.

nefeio e nova diplomaciatrazem o Canadá ao Brasil

Ntwttio SpinolaEditor dc E bono min <l<» í íí

Km 1954 o Canadá concentrava nocampo 24,8% do total da mão-de-obraocupada no pais. mas dois unos atrás êssequadro já havia* mudado radicalmente: em1966. apenas 7,4% da mão-de-obra eslavaocupada na agricultura, c o setor de ser.viços nesse mesmo periodo passou para oprimeiro plano.

Aonde vai o Canadá agora? A missãoáe alto nível enviada à América Latina eque hoje chega ao Brasil seguramente Ira-rá respostas às indagações em torno dessepaís, mas parece óbvio que o Canadá seesforça por ir além das geleiras do norte eda economia de pleno consumo dos EUA,sua granãe fronteira ao sul.

Nos próximos dias, segundo injorma-ram o Ministério das Relações Exteriorese a Embaixada do Brasil em Otawa, estaráno Canadá o Ministro das Minas e Energia,Costa Cavalcanti. As gestões em torno daviabilidade áe vir ao Brasil a adotar a mes-ma tecnologia empregada em Douglas Pointe agora em Pickering para a construção,aqui. da primeira usina atômica, encon-tram-se sem dúvida em primeiro plano.

A questão c: — leremos alguma coisaa aprender com o Canadá? E o quê? Oboom nas exportações de minérios, umaagricultura altamente mecanizada mas so-bretudo o avanço do país do Sr. Trudcautios domínios áa ciência e da tecnologiasão, sem dúvida, qualquer coisa* a levarem conta.

Os reatores de Pickering, por exemplo,projetados para usar urânio natural, apre-sentam custos mais baixos que todos osexistentes hoje em funcionamento, e oje-recem ao Brasil a possibilidade imediatade ingressar no campo atômico sem ter queimportar urânio enriquecido.

Pickering, o nóvo complexo atômico ca-nadense que aproveitará a tecnologia de-senvolvida aqui em Douglas Point. ondefunciona um reator experimental com ape-nas 200 megawats, deverá fornecer energiaa custos competitivos à região altamenteindustrializada dos arredores de Toronto.Quando completa, a nova usina nuclearcanadense deverá operar liberando um po-tencial de 2 mil megawats c o ritmo acele-rado das obras permite prever a entradaem funcionamento das primeiras unidadesjá a partir de 1971.

Modelos semelhantes aos implantadosem Douglas Point e Pickering estáo sendodesenvolvidos pelo Canadá na Ásia. em con-vènio de assistência técnica com os Go-vernor áa Índia e do Paquistão. Em Ra-jasthun, na índia, implãnta-sè agora umausina nuclear sóbre o mesmo modelo deDouglas Point com potencial de 400 me-gawats.

índia como Paquistão desejam pôr umpé imediatamente no domínio do átomo, e

as planta:; projetadas para usar urânio na-tural com água pesada como moderador ex-clucin todos os problemas do tipo de comoou onde obter o urânio enriquecido, só uces-sivel às nações já com grande avanço nosclor nuclear.

CIÊNCIA E TECNOLOGIA

O Canadá emprega anualmente 1 bi-lhão de* dólares no desenvolvimento daciência e da tecnologia. Êsse pais não está,contudo, satisfeito com os resultados obti-dos e toma jror modelo us nações allamcn-tc industrializadas.

Segundo u V Exposição Anual do Con-selho Econômico, no fim da última guerracerca de 60 a 100% da mão-de-obra cana-dense estava ocupada nas indústrias dcbens e 40% apenas nas indústrias de ser-viços. No curso dos últimos vinte anos, aeconomia se. transformou ao ponto de queatualmente a proporção da mão-de-obraocupada nus 'indústrias de serviços eleva-se a cerca dc 60%. invertendo, portanto, oquadro do imediato pós-guerra.

Na agricultura, o emprego sofreu umabaixa pronunciada, o que se deve ti in-tradução de modernas tecnologias, em par-te paru reduzir custos, e em parte porquea população rural foi normalmente atrai-da para os empregos que surgiram naáreu urbana.

A V Exposição Anual do Conselho Eco-nômico faz aqui uma advertência impor-tante. Refere-se à concepção corrente en-tre os estrangeiros ou mesmo entre os ca-nadenses sôbre quais as principais fontesde crescimento de economia local.

Versões comuns encontram na rique-za em recursos naturais e na crescente ca-pucidade de transformar matérias-primase exportar produtos semimanujaturadosos pólos mais dinâmicos da economia. Osfatos não corroboram essas opiniões, dho Conselho, mencionando o rápido aumen-to das indústrias de serviços.

Vma política firmemente orientada nosentido de desenvolver os setores superioresda indústria é posta em prática, e isso sereflete naturalmente na estrutura das ex-portações do pais. Entre 1952 e 1966 o Ca-nada aumentou em 14,5% as suas exporta-ções dc automóveis e em 8,7% as exporta-ções dc material destinado à indústria ue-ronúutka. O aumento obtido nas exporta-ções de produtos químicos atingiu 6,lr'c e10.8r.'<> a mais foram exportados em múqui-nas por éste pais.

Dc longa data as exportações de pro-dutos manufaturados suplantaram as ex-portações de minérios, mas é também ver-dade que durante, muito tempo os mine-rios foram o ponto alto do comercio exte-rior canadense.

yi^ssao vem paraativar relações

Para umi vl.«í.f" '¦ •'Is cilas ao Bra-sil che^a esta tarde ao Rio a m'río mi-j.'5Ícr'al can. . vem examinarc:m as autoridades brasileiras a aproxi-niaçfiò màlbr entre Bra?ll e Canadá, nosempes ¦piliticcs. econômico e tecnolt'jl-co.

Qur tro ¦ Ministros Integram a missão,fato que os observadores diplomáticosconsideram significativo para apressar oInteresse de Ottav/a em ámnliàr suas re-lrçõcs cem o Brasil, Hoje chegam os Ml-nlr.rcs das Minas e Energia John JaahesGreen. o Secretário dc Estado Gerad Pel-lr.tier e o M/otòJtro sem paíia Otto lang.No domingo chegará o Ministro dos Ne-guetos Estrangeiros Mitchel Sharp, quechefia a missão.

PROGRAMAÇÃO

A missão cananclen.se será recebida noGaleão pelo Ministro da Indústria e Co-mércCo e o Secretário-Geral de PoliticaEx erior do Itamarati- A chegada, cmavião especial da Air Canadá, está pre-vista para as 16 horas e os visitantes fi-carão hospedados no Hotel Glória.

Na quarta-feira, às 12 horas, os Mi-nistros canadenses visitarão o Sr. Maga-Ihães Pinto, no Itamarati, iniciando-se,logo em seguida, a série de conversaçõesentre os dois paises. A.s 13 horas dessemesmo dia. os canadenses serão homeria-geados com um almoço no Itamarati e naparte da tarde os Grupos de TrabalhoBnsil-Canadâ prosseguirão o exame dos.pontos da agenda das conversações.

Às 17 horas da quarta-feira os Minis-tros canadenses visitarão o GovernadorNegrão de Lima, no Palácio Guanabara.O Estado tía Guanabara oferecerá, no dia15. um passeio pela baía aos membros damissão canadense.

VISITAS

Na quinta-feira, enquanto prossegui-rão as conversações em nivel técnico, noItamarati, os Ministros canadenses de-positarão uma coroa de flores no Túmulodo Soldado Desconhecido (10 horas) e emseguida visitarão o Ministro interino daEducação, o Ministro da Indústria e doComércio e o Ministro interino das Minase Energia. Às 17 horas, os Ministros doCanadá concederão uma entrevista cole-tiva na ABI.

O programa dc sábado prevê um al-moco no Jóquei Clube, seguido da disputatío Grande Prêmio Missão MinisterialCanadense e, no domingo, uma ida aoMaracanã para assistir à partida Vascox Flamengo. No domingo pela manhãchegará ao Rio o Ministro Mitchel Sharp.

EM BRASÍLIA

Ne segunda-feira a missão canadenseirá a Brasília, onde se avistará com oPresidente da República e visitará o Vice-Presidente da República, o.s presidentesda.s duas Casas tío Congresso e do Supre-mo Tribunal Federal. Concederão tam-bém uma entrevista coletiva em Brasi-lia e retornarão ao Rio na noite do mes-mo dia.

Na manhã dc terça-feira, dia 19. amissão ministerial canadense viajará pa-ra o México, em prosseguimento ao seugiro por diversos paises da América La-,,tina.

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do país na relação entrecapital ik reservas

e depósitos.(mas não fazemos alarde disso)

É natural que nos orgulhemos da relação que mantemos enlre capital líquido e depósitos. Afinal, um bancodeve ter sempre uma boa base de capital e reservas, servindo de margem adicional de proteção aos seusdepositantes. Mas, na realidade, o que conta em um banco de primeira classe, o que torna os serviços com-pletos, eficientes e corteses — è a alma do banco, a sua gente, o seu pessoal. Orgulhamo-nos de possuir umaequipe tão boa„grande parte da qual há muitos anos está conosco.Dedicamos,' com prioridade, substanciaisesforços e recursos a uma sempre melhor seleção, preparação e promoção do elemento humano, visando aestabelecer bases sólidas para a presente expansão e para os desafios do futuro. Isto 'garante

que o BancoLar Brasileiro — agora um banco comercial conhecido por suas inovações — poderá continuar prestando -ser-viços que fogem à rotina', realizando um trabalho cada vez mais criativo, na canalização de financiamento paraas atividades produtivas. Ao mesmo tempo, a sempre melhor qualidade de nossa administração intermediáriaresultará num continuado aumento de nossa própria produtividade, que se. traduz em melhores salários paraos componentes de nossa equipe e em sempre menores taxas e preços para o público.

Ha futuro em aer cliente da BANCO LAR BRASILEIRO S/A AKUJa ia THE CHASE MANHATTAN BANK. N.A.

Corri • putMpitlQ dp D.j>t«k-W..r«..r<1. ¦>-•..?.. Unk.AG

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Eoncador se escondeu após matar um PM e ver dois companheiros mortos

) resiste até a gáspara permanecer em bueiro

Cercado por mais de 200policiais, um marginal até

o momento apenas conheci-do por Roneador, continuaescondido desde a madruga-(ia de ontem numa galeriade esgoto da Rua ManuelReis. em Caxias, tendo sidoimiteis todos os esforços dasautoridades para desento-cá-lo.

Bombas de gás lacrimo-gène.o, fumaça de descargade veiculos e até água fer-vendo da Companhia TJsi-nas Nacionais — localizadanas proximidades — já ío-ram despejados cm grandequantidade no.s dois buei-ros do quarteirão onde Rou-catlor entrou após um as-salto frustrado, no qualmorreram três pessoas,

CAÇADA

Policiais que se ayentu-raram a entrar, também, nagaleria, confirmaram que omarginal ainda está vivo oempunhando duas pistolascalibre 45: O bandido estádesesperade e não acreditaque os policiais lhe deixarão.sair com vida, dai sua dis-posição de continuar resis-tindo.

No assalto, num bar daRua Manuel Reis, houvereação por parte das viti-mas e morreu crivado de

AVISO RELIGIOSO

Ao Menino Jesus dePraga e a Sto.

AntônioAgradeço as graças alcançadas.

MARIA LUIZA

S. SebastiãoAgradeço grande graça

epeço que nos proteja

ANNA AZEVEDO

N. S. da CabeçaAgradeço importantíssima graca

peço que nos abençoeANNA AZEVEDO

Ao Menino Jesusde Praga

balas o sargento reformadoGastão Antelo, da PoliciaMilitar carioca. Um cabo do6.° Batalhão da PM, deCaxias, ficou ferido e o ti-roteio atraiu numerosos ou-tros policiais daquele quar-tel, sediado, também, nasproximidades.

O tiroteio recrudesceu eapós alguns minutos os PMsconseguiram matar um dosassaltantes. Luis Carlos Ven-tura, que resistia no interiordo bar com a arma do pró-prio sargento assassinado. Otiroteio continuou e um se-gundo marginal foi mortopela policia. Era José Àfon-so Portes Filho, o Zequinha,que conseguiu, entretanto,cobrir a fuga momentâneade Roncador, o chefe daquadrilha.

Roncador infiltrou-se nagaleria através de um valãoao lado do bar assaltado. Oquarto integrante da yangquis acompanhá-lo mas nãoconseguiu, caindo com tirosde metralhadora nas costas.É éle, José Carlos de Olivei-ra, morador na Estrada deBotafogo, em Acari. que me-dicado no hospital GetúlioVargas, íoi autuado em Ca-xins.

Jcsé Carlos disse que Ron-cador e .seus comparsas mor-tos eram todos da Guana-

bara, de onde saíram, do-mingo, com um carro rou-bado, o Volkswagen GB ..4-18-28, que acharam naRua Senador Furtado, noMaracanã. Era intenção dobando efetuar vários assai-tos a estabelecimentos ro-merciais da Baixada Flumi-nense, porém foram inf eli-zes logo no primeiro crime.

O BUEIRO

A Polícia Militar, sob ocomando do major Homero,disse que atirou mais de 100bombas ü? gás dentro dosbueiros. Também rajadas demetralhadoras foram dispa-radas no interior da galeria,sendo frustradas, também,as tentativas de fazer omarginal sair sob a promes-sa de que sua vida seria res-peitada.

À tarde, quando tambémpela ação da água quente oassaltante continuava se re-cusando a sair, a policiainundou a galeria com mo-nóxido de carbono expelidopelos canos de descarga detrês jipes colocados nos trésbueiros do quarteirão ondeo bandido se entocou. A ope-ração-fumaça durou 30 mi-nutos, não se sabendo se omarginal morreu por enve-nenamento.

.aiios Alfredo Maia de CastroMISSA DE 7.° DIA)

Scarlett Maia de Castro e filha, agradecemsensibilizadas as manifestações de pesar ecarinho recebidas por ocasião do falecimen-lo de seu querido esposo e pai CARLOS

ALFREDO e convidam os parentes e amigos para as-sistirem à Missa de 7.° Dia que mandam celebrar emsufrágio de sua alma, amanhã, quarta-feira, dia 13, às11,30 horas, no altar-mor da Igreja da Candelária'.

i_ía_v,a_

aa<_deço um» graça alcançadaLUIZ

À Sta. Marthaagradeço uma graça alcançada

YEDDA ROCHA

Carlos Alfredo Maia de Castro(MISSA DE 7." DIA)

Aloysio Muniz Freire, senhora e filhos, Arnaldo Brenhac senhora, Humberto Cerruti, Juan Llerena e senhora,Cirlos Bezerra dc Miranda e senhora, Luiz Afonso Al-vares Oleio e senhor., Jorge Mendiondo e senhora,Cirlola Beatriz Guedes, Giíka Serzedello Machado, Berla

Luciano Fal.oni e senhora (ausentes), João Victor de Alen-castro Guimarães e senhora, Armin Bernhardl e senhora, RobertoSingcry . senhora e Justo José Carab-nllo e senhora, convidam paraa missa que será rezada pela alma de seu grande amigo CARLOSALFREDO, amanhã, quarta-feira, dia 13, às Ilh30m, na Igreja daCandelária. ,p

jd§BLeitchic.

Carlos Alfredo Maia de Castro(MISSA DE 7.° DIA)

|p Cariocar Veículos S.A., por seu Diretori__|pi e Funcionários, convidam seus clientes

ÜÈ e amigos para assistirem a Missa queserá rezada em sufrágio da alma de seu esti-mado Diretor Sr. CARLOS ALFREDO MAIA DECASTRO, amanhã, quarta-feira, dia 13, às 11,30horas, na Igreia da Candelária. (P

Polícia de S. Bernardo achaque a bomba da lagoa nadatem a ver com terrorismo

_ São Paulo (Sucursal) — As investigações dapolicia de São Bernardo sóbre as duas bombas en-contradas no domingo por um operário da Usina deAsfalto Sortino — a explosão de uma delas arran-cou-lhe um dos braços e íeriu-o gravemente na re-gião abdominal — prosseguem, mas as autoridadeslocais acreditam que elas pertençam ao Quartel doExército, distante 500 metros do local em que fo-ram encontradas.

Acrescentam que "durante um exercício de trei-namento as duas bombas caíram íora do quartel ecremos que ninguém iria deixá-las, propositadamen-le, num local como èste, perto de uma lagoa e des-campado." Dois inquéritos foram instalados: um pe-lo Ex-ército e outro pela delegacia local.

Polícia confirma Marighelano assalto à carro do IPEG

ACHADO EXPLOSIVOO operário Manuel Flrmino

Viana, de 33 ..mos, pretj-hdiàtomar banho ha lagoa nos íun-dos da usina de asfalto cm que¦trabalha. Ao chegar, encon-trou um objeto metálico, quesegundo <is autoridades só cx-plodiu porque Manuel deve teracionado, sem querer, o dispo-

sltlvò que faz a bomba, expio-dir'.

A primeira pessoa a çbco».'-rê-lo foi seu colega de trabalhoCicero Leandro da Silv,., que,minutos antes, recusara o con-vite de Manuel para dar ummergulho na lagoa. A outrabomba, desarmada, estava bempróxima da que explodiu.

São Paulo não esclarece56 atentados e assaltos

São Paulo (Sucursal) — Qua-tro meses após o inicio cias pri-soes, não teve ainda qualquerdesfecho a história dos 3.atentados terroristas e 22 as-

salta? a bancos, cujas investi-gações cessaram no mesmoinstante em que a.s autoridadespoliciais resolveram optar pelosilêncio.

+DANIEL GOMES

(MISSA DE 30.° DIA)Funcionários do D.P.I. da S.S.A., convidampara a missa que mandam celebrar por al-ma de seu ex-Diretor na Catedral, às 9 ho-

ras do dia 12 dêste. Obrigado.

LYDIA DA SILVA MACHADO(MISSA DE 7.° DIA)

José Carlos da Silva Machado e familia convidamseus parentes e amigos para a missa em sufrágioda alma de sua queridíssima progenitora, sogra eavó, que farão rezar hoje, dia 12, na Igreja de

da Conceição e Boa Morte às 11 horas.

+N. S.

LICEU FRANCO BRASILEIROA Direção do Liceu Franco Brasileiro con-

vida seus ex e atuais alunos e suas famílias, pro-fessóres e ex-professôres para a missa que man-dará celebrar dia 13, às 10,30 na Matriz daGlória, no Largo do Machado, por ocasião do53.° ANIVERSÁRIO de fundação e comunicaque, por motivo de força maior, o coquetel de:onfraternização de ex-alunos e professores serárealizado, èste ano, no dia 25 de novembroàs 1 8 horas.

LUIGI STRIXINO(7.° DIA)

Palmina Del Ponte e filho, Gian BattistaStrixino, as irmãs Lina e Ketty Strixino Pa-reto e filhos e famílias e demais parentes

na Itália, agradecem sensibilizados as manifestaçõesde pesar recebidas por ocasião do falecimento doseu querido esposo, pai, irmão e tio e convidam osparentes e amigos para a missa de 7.° dia que serácelebrada quinta-feira dia 14 às 9,30 horas na Igrejade Santa Cecília e São Pio X na Rua Álvaro Ramos385 — Botafogo.

LISBOA CASTRO(MISSA DE 7.° DIA)

Sua família agradece, comovida, as ma-nifestaçòes de solidariedade recebidaspor ocasião do falecimento e convida

para a missa de 7.° dia, a ser celebrada na quin-ta-feira, dia 14, às 9 horas, na Matriz de SãoPaulo Apóstolo (Rua Barão de Ipanema).

__r*

A localização dc fragmentoscarbonizados de duas malas doTPEC; confirmou ontem para a30." Delagacia que realmente oex-Deputado Carlos Marighela,dissidente do Partido Comuriis-ta Brasileiro, foi o mentor daquadrilha que assaltou, na se-mana passada, um carro-paga-dor daquele instituto de previ-dencla em Bento Ribeiro.

O que .sobrou das malas, on-de estavam os NCrS 123 milroubados do carro-pagador', foiachado pelo delegado NewtonRocha no quintal de uma casade veraneio de Pedra de Gua-ratiba. onde Marighela estevevários dias em companhia deuma loura de nome Sílvia, jus-tamente a mulher que partici-pou dc assaltos a quase 10 ban-cos de São Paulo.CONFIRMAÇÃO

A presença da loura durantea trama do assalto ao IPEG foia parte mais importante do nõ-vo depoimento do estudantePaulo Cisar Monteiro Bezerra,ainda preso no DOPS, e queconfessou, também, sua cum-plicidade com o ex-deputado,

A casa de Pedra de Guarati-ba — numa via subalterna daEstrada do Magarça — é mo-radia esporádica da mãe do es-tudante. a coniadora MariaMagalhães Monteiro, que per-manece foragida. Segundo ain-da o estudante Paulo César,sua mãe, que trabalhou noIPEG, sabia, igualmente, doplano do assalto, tendo favo-recido inclusive a fuga • do ex-deputado comunista, de quemera amante.

SIGILO

Perdura em torno das invés-tigações um absoluto sigilo, sa-bendo-se, entretanto, que os no-mes de vários outros implica-dos no roubo já são do conhe-cimento da policia, que inten-sificou as diligências, baseadana denúncia de que Marighelae alguns comparsas estavam es-condidos numa localidade pró-ximo a Barra Mansa.

As investigações, das quaisparticipam também agentes doDOPS, do Serviço Secreto doExército e cia Policia de SãoPaulo —- estes convencidos deque Marighela foi o cérebro damaioria dos assaltos a bancose carros-pagadp.es naquela ca-pitai. Da tal loura Silvia, aPolícia ainda nada sabe deconcreto, a náo ser que elatambém integre o tal movi-mento político extremista queesta.la tentando conseguir, comos assaltos, fundos para o sus-tento de campanha subversivade âmbito nacional.

O ESTUDANTE

Ate as últimas horas da noi-te de ontem, a Polícia, sob de-terminação do Secretário deSegurança, General Luís deFrança Oliveira, ainda hão ha-via apresentado o jovem Pau-lo César Monteiro Bezerra àimprensa. Dizem oue o estu-dante permanece sob um trau-ma nervoso e quase nada maispode falar em beneficio das di-ligèncias.

A pista para a identificaçãoda quadrilha surgiu no auto-móvel de Paulo César, o Volks-wagen GB 19-55-78, que serviua Marighela no recolhimento dodinheiro do carro-pagador doIPEG. Um .sargento da PoliciaMilUir, Ivã Alves Fernandes,testemunhou o transpasse dos

0 RABINAT0 E A DIRETORIA DAASSOCIAÇÃO RELIGIOSA ISRAELITA

DO RIO DE JANEIROconvidam tóda a comunidade para o ato cívico-religioso em memória do Judaísmo Alemão, sa-crificado nos dias funestos no mês de Novem-bro de 1938,

TERÇA-FEIRA, DIA 12 DE NOVEMBROÀS 20,30 HORAS

na Sinagoga, à Rua General Severiano 170.Serão oradores na solenidade:O Representante do Governo do Estado

de Israel;Deputado Dr. F. Gama Lima Filho;O representante da nova geração, Harry

Zuckermann;Grão-Rabino Dr. H. Lemle.

RAIMUNDO XAVIER FERNANDES(DEPUTADO FEDERAL)

Sua esposa, filhos, irmãos e sobrinhosagradecem as manifestações de pesarenviadas por ocasião de seu falecimento

e convidam os parentes e amigos para a missade sétimo dia que será celebrada hoje dia 12,às 1 lh, na Catedral Metropolitana agradecendoaos que comparecerem a êste ato religioso.

milhões pnrn o Volks, na RuaTrairi, ainda cm Bento Ribei-ro, e o nervosismo do rapazchamou a atenção do militar,que até então não sabia do as-salto

O PLÁSTICO

Ainda na Rua Trairi, ondeviu o estudante em companhiado homem que só se sabe serMarighela, o sargento notou umestranho piá.tico com as leirasG e T no pára-brisas do auto-móvel. A descrição do mesmocarro, mais tarde, pelo rádio,féz o sargento relacioná-lo como assalto, acontecendo, eni.ão,uma nova casualidade: o po-licial viu mais uma vez o au-tomovel e o estudante em Ma-durelra, num pôsto de gasolina.

Preso, Pauio César, qus estu-da para o vestibular de medi-cina no Curso Miguel, Coulo.negou a princípio qualquer li-gação com os ladrões, contes-sando, depois, que sabia de tu-do, e que, quando o sargentoo Iocalizcn, Marighela estavanas proximidades e fugiu.

Disse, o estudante que co-nh-cia Marighela há longo'tempo, c que ainda na sema-n.t passada, foi por èle chama-do para ajudá-lo "num nego-cio que renderia milhões".Acrescentou Paulo César quenão sabia. d. fato, qual o tipodo negóoio, muito embora ti-ves.se conhecimento que o ex-deputado, cassado em 1947. fôs-se mentor dos planos d; a.ssal-tes para fomento de guerrilhasno Brasil.

MILHÕES

Pelo que disse ainda o estu-dante, os tais assaltos tinham

objetivo de amealhar NCrSmilhão para financiamento

do movimento subversivo. Pelasua participação — conformealega — Paulo César iria rece-ber NCrS 5 mil. Conta, ainda,que não teve tempo de a,pa-nhar o dinheiro: Outros dadosfonecidos por éle:

— no dia do assalto aliou-se a Miraghela pela manhã,bem cedo, indo com èle. noautomóvel, até a Rua Trairi,onde passou a aguardar, ain-da com o ex-deputado ao lado,a chegada, do carro-pagadorcom o resto da quadrilha;

— estava nervoso quandoo carro do IPEG chegou diri-gido por um da quadrilha eescoltado por um outro Volkspérola, onde viajavam maistrês assaltantes;

—- o dinheiro, em duas ma-las, foi transferido para seuVolks e levado por Miragihelaatté a casa de veraneio, onde foiretirado das malas e embru-lhado em jornais.

A PRISÃO

Ainda nc- depoimento dePaulo César consta que Mari-ghela não lhe disse quanto orcubo havia rendido. Já á noi-te, depois de permanecerem seinteirando do êxito do assaltoatravés de noticiários radiofó-nicos, o dinheiro foi escondido,as malas foram queimadas eambos saíram no mesmo Volks,cujas placas estiveram cober-tas quando do roubo.

Pouco antes da prisão, pró-ximo á Estrada do Portela, oex-deputado saltou e disse aoestudante que ia visitar umamigo rapidamente. Paulo Cé-sar aproveitou para abastecero veiculo e acabou preso.

A confissão de estudante, aquem a Policia aponta, tam-bém, como "adepto comunista",

foi feita somente oito horasapós sua prisão, o que rendeutempo de sobra para á fuga desua mãe e do ex-deputado. Vi-zinhos da casa de Pedra dcGuaratiba informaram que ain-da na sexta-feira, cerca das22 horas — duas após a prisãodo estudante — Marighele, "umhomem estranho", voltou detáxi e saiu lego dape-is sobra-çando dois embrulhos: era o di-nheiro.

LIVROS SUBVERSIVOS

A casa de Guaratiba foi alu-gada pela mãe de Paulo Césarno mês retrasado, por sugestãodo próprio Mariguela, que, se-gundo ainda a policia, desejavainstalar, ali, seu QG de guer-rilheiros. Na casa as autorida-dc.s encontraram, além dos frag-mentos das malas, um espana-dor tque estava também nocarro-pagador) e vários livrosconsiderados subversivos, entreeles alguns sóbre técnica deguerrilha, de orientação chi-nesa.

Também na casa de Paulocr.:.ir, na Rua Bom Pastor, naTijuca. de onde, aliás, sua mãedesapareceu, a policia arreca-dou mais materiais considera-dos subversivos. Foi estabeleci-da uma ligação de Maria Ma-galhães Monteiro com os assai-tantes, ficando configurado, poroutro lado. que a mulher eratambém amante de Mariguela.

LOURA MISTERIOSA

Sóbre a loura, Paulo Césarne;'cu saber qualquer outro de-talhe que possibilitasse suaidentificação completa. Adian-teu, apenas, que a mulher, mui-to bonita, era também amantedo .ex-deputado, e que pernoi-tara com êle durante tóda asemana retrasada na casa deGuaratiba.

Esclareceu Paulo César queSilvia foi-lhe apresentada comosendo a loura misteriosa pro-curada pela policia paulista co-mo participante de vários assai-tos. Ficaram amigos, mas ío-ram raras as vezes em quemantiveram conversas mais in-timas sobre os movimentos aque estavam ligados.

Quando dos assaltos em SãoPaulo, Sílvia sempre conduziauma metralhadora calibre 45 edemonstrava alguma ascendeu-cia moral sobre os demais.

OUTROS CASOS

O delegado Newton Rochadisse ontem que suas investiga-ções confirmaram, práticamen-te, que a mesma quadrilha deCarlos Marighela foi responsa-vel pelo assalto ao Banco Ul-tramarino Brasileiro, de Copa-cabana, e que os quadrilheirostambém tentaram assaltar aagência do Banco do Estacloda Guanabara, ainda em Ben-to Ribeiro.

Afirmou o delegado que aprisão de Marighela "é ques-tão de horas", não havendo dú-vidas soore os motivos politicosem torno dos assaltas. Um dosassaltantes vem se apresentan-do como soldado da Policia Mi-litar carioca. A quadrilha estábem armada e a polícia, adrni-te uma séria resistência quan-do da lo"alizaçáo do chefe Ma-rigliela.

Finalizando, o delegado disseque, pela extensão do que foiapurado, as investigações pas-saram todas á esfera da Poli-cia Política, que estabelece arelação de Marighela com ou-tros denunciados ou suspeitos,cujos nomes estão sendo man-tidos em sigilo.

Advogado üiz <{iie liouvc coacaoO advogado Celso Nascimen-

to acusou ontem a policia decoagir o estudante Paulo CésarMonteiro Bezerra para conse-g-uir uma confissão que o incri-mine no as.salto ao carro pa-gador do IPEG.

Adiantou que cm virtude donão fornecimento de informa-ções por parte do delegado Ma-nuel Vijarino, do DOPS. o juizda 20.r- Vara Criminal não pó-de despachar o pedido dc ha-bcas-corpus em favor do estu-dante.

INVASÃO

Disse que a policia, mediantecoação fisica, conseguiu quePaulo César incriminasse o ex-Deputado Carlos Mariguela,"com o qual não tem qualquerligação", além de admitir suaparticipação no roubo do canopagado!.

Informou também que ontempela manhã a polícia invadiua residência da Sra. Maria Ma-galhães Monteiro, mãe de Pau-lo César, na R-.:a Bom Pastor,mas que nada de anormal foiencontrado que pudesse incri-minar seu constituinte.

Admitiu que o próprio Secre-tário de Segurança, GeneralLuís de França Oliveira, che-fiou outra diligência à outracasa da Sra. Maria MagalhãesMonteiro, na Pedra de Guará-tiba. Esta cnsa foi alugada porum capitão reformado do Exér-cito.HABEAS

O prnzo para o fernecimen-to de informações à 20." VaraCriminal expirou c:item às 13horas e somente por isto é queo juiz Luna não deu despacho«o pedido.

Ontem á tarde, para ser ane-xndo ao pedido de habeas-cor-

pus, deu entrada um pedidopara que o estudante fossesubmetido a exame de corpodelito para que se prove sehouve ou não coação fisicapara conseguir sua confissão.

OUTRO PRílSO

Thenard Capurro Manso, o-Vitorio, residente na Rua LoboJúnior, j 739. onde pessui umacasa de vencia de peças deautomóveis, foi preso na tardede ontem, cemo um dos sus-peitos no assalto à camioneta-do IPEG, em Bento Ribeiro.

Tcnúrio, que possui váriascnl radas na polícia, inclusivecomo ladrão de automóveis,quando os policiais se aproxi-maram tíe sua casa comercial,tentou fugir numa Kombi, sen-do baleado na coxa. Depois demedicado no Hospital GelúlioVargas, foi levado para a 22."-Delegacia Distrital, a fim deprestar depoimento.

DR. J. FERNANDO CARNFJRO(FALECIMENTO)

Maria de Menezes Carneiro, Joan Audrey Mary Carneiro e fi-Ihos, Vva. Francisco Olympio de Oliveira, Esther Menezes deOliveira, João Crisóstomo de Oliveira, Elisa de Oliveira, Dica

Vianna de Oliveira, Henrique Sérgio Ribas, senhora e filhos, NildoAguiar, senhora e filho, Caio A. Domingues, Sra. e filhos, Paulo M.Carneiro e família, Heitor Marcai e família, Mirone Marcai Domingues,Simone Carneiro Marcai, Maria Celeste Carneiro Marcai e demais pa-rentes comunicam, com profundo pesar, o falecimento de seu queridofilho, marido, pai, sobrinho e primo Fernando, ocorrido ontem em Pôr-to Alegre e convidam para a Missa de corpo presente que será ceie-brada hoje, terça-feira, às 16,00 horas, na Capela Dom Pedro de Al-cântara da Reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na PraiaVermelha, de onde seguirá o féretro para o Cemitério de São João Ba-tista, portão principal. (P

AGENCIA DO

JORNAL DO BRASIL Rua Plíniode Oliveira44-MDas 8,30 às17,30 horas

Sábados:Das 8 Às.1 hora*

Jornal dn Brasil, tèíça-félíai 12-11-68. l.° Cad. — 21

RITMO DE CAMPEÃ Sir Ivor ganhoupáreo nos EUA. de100 mil dólares

Core jada, apontada no Rio Grande áo Sul como superior a. Light Romu, ganhador na Gávea, cruzou o disco de chegada, à frente áe Walaâ no Grande Prêmio

Tamovo demonstrou grandeforma ao passar 2 040 em2ml8s com final muito bom

Tamoyo trabalhou de forma expressiva para amelhor prova da tarde de domingo, passando os 2 040

, em 2ml8s, com a milha final em lm46s, mostrandoque sua forma é perfeita.

Para a reunião de sexta-feira, demonstrando quevai reaparecer em perfeito estado de treinamento, apequenina Boria passou 1 400 em lm31s, atuando emTima turma bastante desfalcada. Trabalho muitobom, ainda, foi o de Soleil du Matin que percorreu1 500 metros em lm39s. com sobras.

Boria

Irerê — C. R. Carvalho —1 400 em lm33s. Botia — J. Pin-to — 1 400 em _m31s4!5. Nnr-dósio — R. Penido — 1 200 emlm_9s. Mifalali — M. Alves —1 500 em lm_2s2 5. Tamoyo —A. Ricardo — 2 040 em 2ml8s

- IfiOO em lm4_s. Soleil duMatin — D. Santos — 1 500 emlm39s. Adatis — J. Pinto —1 300 em lra26s, Pó de Arroz --P. Maia — 1 600 em lm._5s. Ja-.bum — A. Ricardo — 1 400 emlm3.s.

— D. P, Graça — 1 500 emltn.Os: Rei David — G. Fran-co —- 1 500 em lm3.s 2/5; Ca-dénero — A Reis — 1 300 emlm29s: Natchèz — J. B. Pau-lielo — 1 400 cm lm37s; ElMalak — A. Neri — 2 040 em21ml8s 2 5 — 1 600 em lm47s 2rõ: Itararé — L. Correia

- 1 400 em lm 37s 2/5; Ibe-rian — ... Pinheiro — 1 300 em1 m25s 1/5.

F 11 r\ lowcr

Nb< lulu

Vogarlna — L. Correia000 em lm08s. Naldinho —

A. Ramos — 1400 em lm37s5. Nhô Jota — J. Sousa —

1300 em lm23s, Galopade —D. Mufioz — 1300 em lm26s15. Invitation — J. Machado— 1 000 em lm08s. Tajar — J.Brizola — 2 040 em 2ml9s2!5 —1 600 em lm_8s2|5. Totian — J.Marinho —- 1 200 em Im26s2!5.Amazonas — .]. Pedro TV —1 000 em ImOOs.

Just NowJust Now — F. Estives —-400 em Im32s2|5. Braddock —

J Pedro F. — 1 300 em lm26s.Fais?o -- A. Ramos — 1 000 emimn__. industan — P. Alves —

040 em 2m28sl 5 — 1 000 emIm53s3'5. GuadalQuevlr -¦- S.

M. Cruz — 1 300 em lm27sn 5.Icati'i — J. Machado — 1000em lm0õs_'_. Dr. Didi — J.Queirós — 1400 em Im36s2...Halnada -- J. Brizola — 1 000em lm06s. Itabira — S. Fran-cr — 1300 em Im24s2 5. Co-modoro — J. Queirós — 1 300em lm25s.

InsanoPredicador — F. Estêves

1300 em lm26sl 5: Baboli-na — J- Pinto — 1 400 em lm-3Gs: Cativante — A. Mareai

1200 em lm23s; Squnlo —J. Queirós — 1300 em Ím28s;Plinoipe Ricardo — D. F. Gra-ça — 1300 em l_n26s; Io — D.Moreira — 1300 em lm29s; ln-dia Moema — B. Santos —1 000 em lml3s; Inti — J. Bri-zola — 1 400 em lm37s: Insa-no — D. Mufioz — 1300 emIm26s3 ...

FiriiifBenfeitora — J. Queirós —

1 .00 em Iml9s4 5: Ondata —M. Alves — 1 400 em lm32s2/5;Icho — P. Lima — 1000 emlm06s: Premier — J. Gil —1300 em Im27s2 5; Firme —D. Munoz — 1 200 em lml7s;Rubem K. — M. Alves — 1 200tm lm23s; April Love — J.Gil — 1 200 em Iml7s2 '5; —Seta Errada; D. Gosik — J.Peciro F. — 1000 em lm0Gs2 5;

Seta Errada; ZYZ 22 — M.Alves — 1300 em lm27s; Alen-•tejo — J. Queirós — 1 300 emIm26s2. 5; Last Year — A. Mar-t}al — 1000 em lmlSs; Fan-tnsma Voador — E. Marinho-- 1200 em Iml9s3 5: El Via-mor — M. Hévia — 1 200 emlml.s. Bangazal <J. Queirós)e" Quickmatch iA. Hodecker)

1 300 em lm26s; Boucheroníj. Portilho) e Hal Truz 'A.Hodecker) — 1200 em lm20s;

. 'iJ-aty (C. R. Carvalho e Far-jjado <A. Lins) — 1 000 em' lm-06s: D. Risco >J. Gil e Far-ínam (L. Carvalho) — 1300 emln_2_s2/5; Jarucê (F- Estêvesi<í Juparanã iJ. Machadoi —1.300 em lm24s2/5.

i'ItararéSercin — D. Santos — 1 300

em lm 29s; Jujuca — J. Borja— 1.400 em lm34s 3'5; urbany

Bonofé — P. Alves — 1 300em lm27s 4 ;.; Goiás — P. Al-ves — 1 300 em lm26s: FairyPlower — O. Palermo — 1 200èm lml7s 2/5; Zé Boneco —J. Quintanilha — 1 500 emlm38s; Predominante — L.Carvalho — 1 300 em lm2ôs;Dabula — .1. M. Santos —1 200 em lm20s; Bully — J.Queirós — l 400 em Imbls; Ur-danela — L. Correia —- 1 400

r em lm31s: Amor Brujo — M.Alves — 1 500 em lm37s.

PopuJaireücrigio — A. Ramos — 1 000

em ImOã. : Adracne — J. Gar-cia — 1 400 em lm 32_ 3 5;Aviso Prévio — ,1. Pinto —1 600 em lmõls; Harpaga —J. Silva — 1 400 em lm37s;Omarim — D. S. Santana —1 400 em lm33s 3 5; Hálimo —A. Santos — 1 400 em lm3Cs;Fair Diviko — A. Marcai —1 300 em lm31s; Populaire —P. Alves — 2 040 em 2m 17s 2/5- 1 600 em lm45s 2/5: Útil —J. Machado — 1 400 emlm33s 3/5.

Kl CentauroRealve iJ. Barbosa t — 1200

em lml7„2 5 Dark Vlking — B.Santos — 1000 em ImOãs. Ad-vérbio — J. Ramos — 1000 emImOõ.s. El Centauro — J. B.Paulielo — 1 600 em Im.Os. Se-cret Love — J. Pedro P.° —1 200 em lm24s. Usco — D. Ne-io — 1 300 ern lm27s. Júlio -—D. P. Silva — 1 400 em lm34s1... Lara — J. Pedro F." — 1 200em Im24s2õ. Jelena — J. Quei-rós — 1 '.'00 em Im22s2 5.

Y i.-iiiin

fi

White Hunter — S. Silva —1 500 em lm44s. Este — A. Ra-jos — 1400 em Im33s2õ. Gui-néu — J. Pedro F.° — 1 200 emIm21s2j5. Hoborfc — J. Reis —1 300 em lm25s. Hariolo — H.Ferreira — 1400 em lm 41_.Yasmin — J. Moita — 1 300 em1 tii23v Feitio de Oração — D.P. Silva — 2 040 em 2m20s2 5 —1 000 em Im46s3 5. Izonzo —- B.Santos — 1 000 cm lm07_. Be-nii ona — J. Reis — 1400 emlm32s 2 5.

ÂniasisAmasis — F. Estêves — 1 600

em lm 43.3 õ. Fabico — S. M.Cruz — 1 200 em lmlü. 2 5. lton

J. Pedro F.° — 2 Ò40 em2m21s - 1 600. em lm48s. Mi-nha Gatinha — R. Carmo —1500 em lm42s. Beívedere —A. M. Caminha — 1200 enílml3__5. Guropé — A. Ramos

1 400 em Im33s4 o. Don Re-bimba — C. R. Carvalho —1400 em Im3õ3. Esterel - J.B! Paulielo — 1400 em lm32s.Luhica — D. Santos — 1400em Im35s2,5.

jogrmCadipò tj. Reis) e Cadican

(J. Tinoco) — 1200 em Imite4 5. Juanina iF. Estévest cJouvence (J. Mashadoi — 1 200em lml7s. Imp_rator tD. Mu-nozi e índigo- 'F. Estêves) —1 400 em lm30.3 5. Jogral (APinheiro) e Falstaíf (L. Cor-reiai — 1G00 em Im44s2 5. Ka-rajana (P. Alves) e Bovoline'A. Alves) — 1500 em lm37sl 5.

IResultados dos Concursos

BOLO DE 7 PONTOS

7 vencedores; rateios NCr$ 4 042,04

BETTING DUPLO367 vencedores; rateios NCrS 20,85

Cotejada, tordilha gaúcha,levanta GP Bento Gonçalvesna 12" vitória de campanha,

Porto Alegre (Sucursal) — A égua Corejada, decriação e propriedade de Breno Caldas, completou adécima terceira apresentação de sua campanha, com12 vitórias, ao vencer o GP Bento Gonçalves, no per-curso de 3 000 metros.

Na sua única derrota, foi prejudicada na parti-da, mas mesmo assim ainda formou a dupla, obtendoa segunda colocação. Os prêmios se elevam a NCrS43 875.00, sendo que 10 vitórias estão incluídas nacategoria clássica.PERIPÉCIAS

Logo após a partida do GPBento Gonçalves, realizado do-mingo. no hipódromo de Cris-tal. o competidor Astro Grandetropeçou, derrubando o jóquei,e acabou prejudicando as de-mais durante o percurso, intei-ramente desgovernado Ba roucorreu na dianteira, até o par-tidor na milha, quando tentouparar, jogando-se para fora,chocando-se com Benedito eCorejada. que corriam nos pos-tas imediata?. Corejada as=us-tou-se eom a ocorrência, atra-sando-se bastante, mas na retaoposta, retomou o seu ritmo decorrida, saindo em perseguição

rie Barou, alcançando-o na al-tura dos 700 metros finais. Nareta. Corejada consolidou o tri-tinto, cli._tanciando-.se dos ad-vérsárlos, enquanto Walad atro-pelava para obter o segundolugar, com o cavalo paulistaKíiir Archer em terceiro, nafrente de King Twist, Beneditoe Astro Grande.

A vencedora, filha de Elpe-nor e Estupenda, por Estoc, 6o-briu as 3 000 metros do percur-so em 3ml5s3/5, longe do re-corde ainda em pocter do pare-Iheiro argentino Vizcaino. com3ml3s. O jóquei da ganhadorafoi Omar Batisia e o treina-mento de Ervandil Lopes.

Light Romu demonstra forçano GPDerby Clube ganhandoem 2000 metros na aramao

Light Romu, cavalo gaúcho, filho de Lightsen eRonda Musical, foi o vencedor do Grande PrêmioDerby Clube, assinalando para a distância de 2 000metros o tempo de 2m01s 4 5, na pista de grama leve.

O pilotado de J. Pedro F.° seguiu tranquilamcn-te o tram de John Dory e, já na entrada da reta íinal.dominava sem esforço o adversário, para ganhar commuita facilidade. Otona. atropelando forte nos me-tros finais, acabou na dupla, porém sem ameaçarLight Romu.RESULTADOS:l.° PAREO — 1600 METROS

1.° Burlesqué, J. Queirós.2." Inédia, A. Santos.Vencedor (5i 0.41 — dupla

(14) 0.27 — placês (5) 0.16 —(1) 0.12 — Treinador PauloMorgado — Tempo lm37s.

2.» PAREO 1 000 METROS1.° Poreigner, D. Santcs.2.° Happy New Year, J. Moita.Vencedor (5) 0.38 — dupla

(23) 1,26 — placês (5) 0,28 —(4) 2,12 — Treinador JoãoAraújo — Tempo 58sl/5.

3.° PAREO - 1 600 METROS1." Cobiçada, L. Santos.2.° Bom Destino, A. Ramos.Vencedor (6) 0,40 — dupla

(23) 0.51 — placês (6) 0,29 —(3i 0,34 — Treinador ValdemarPioto — Tempo lm36s.

4." PAREO — 1 «00 METROS

1.° Franco, A. Santos.2.u Mastro, L. Santos.Vencedor 8i 0,82 — dupla

(44) 1,95 — placês (8) 0,46 —t7i 0,27 — Treinador Nelson Pi-res — Tempo lm30s2/5.

5.° PAREO — 1 000 METROS1." Inana, J. Machado.2." Umauá, J. Gil.Vencedor (71 0.47 — dupla

(13i 0,34 — placês (7) 0,28 —2i 0.2C — Treinador MarianoSales — Tempo 59s4/5,

6.° PAREO — 2 000 METROSGP DERBY CLUB

1." LigUi Romu. J. Pedro F.°2.° Otona, D. Garcia.Vencedor (6i 0,45 — dupla

(34) 0,52 — placês (6) 0.21 —9t 0.24 — Treinador ZilmarGuedes — Tempo 2m01_4/5.

Alazão

PEDIGREE- 1965 — R. G. Sul

GüinsborougiiHyperion

to Setave3 Ouhodo..-* Bu-rhan

Queen Christ-iiiaMolly Apare

PharosSig-nal-Ligiht

To EnsoleiléeSensltiveLansdowne

Silver Betáy_ ______ Salmon Fly

Son-In-Lawio Ruston Pasha

Cos-< Don JoséCopyrightAnapa

En Guardiã

Salmon Tirou.Beer —

Black Panthcr¦n Luz Branca Saíeíy Firsl

(£ Luz OlaraLumiére

CAMPANHALigth Romu, recordista gaú-

cho das 2 200 metros, obteve asua primeira vitória clássica noDerby Clube, na segunda apre-sentação, pois anteriormente,íora o sexto colocado no GP Li.neu de Paula Machado, ganhoper Nermaus. Seus re&ponsá-veis esperam inscrevê-lo noDerby Paulista, dia 1.° de dc-zembro e GP Ramirez. emMontevidéu, em janeiro.7.° PÁREO — 1 600 METROS

l.° King Richard. J. Queirós.2." Jatobá, J. Machado.

Vencedor < 11 0,29 — dupla(13) 0.32 — placês (1) 0.25 —(7) 0.40 — Treinador DarciCascas — Tempo lm36â.

8.° PAREO — 1 200 METROS

1." Diabinbo, M. Alves.2.° Dunhill, D. Neto.Vencedor (1) 0.28 — dupla

(12) 0,15 — placês (1) 0,11 —(2) 0,11 — Treinador MárioMendes — Tempo lml5s.

Movimento geral de apostas:NCrt 452 403,55.

Cavalos da categoria dehandicap foram inscritosdomingo no melhor páreo

Mooklin, Égis, Tajar, Tamoyo, Icatu, Estibordoe Urbany, parelheiros situados na turma de handicapdo turfe carioca, foram inscritos nos 2 200 metrosda reunião de domingo.

A Comissão organizou oito páreos para a corridade sábado, sendo quatro na pista de grama e os de-mais na areia. Para completar o programa, o recebi-mento das inscrições de domingo continuam abertasna Gávea, até às 9 horas de hoje.

Ins.ençoes:

1 — 1 200 — NCrS 1 800.00Talonière 54. Blue Signa 1

54, Estamura 54, Guarapari 54.Miscãndia 51, Groelãndia 58,Diamelita 54 e Avec Vous 53.•___ _ i 500 — NCrS 2 200 00 —Souviens-Toi 54, Belicoso 54,loiò 5i, Sãndalo 58. Quick-match 58, Beívedere 58, Hie1,.58. El Tornado 58. Froth 58 eHariolo 58.

3 — 1 300 — NCrS 2 200 —Prova especial — Flcra Masca-rada 52. Velvetta 53, Praieira56. Happy Spring 62, Randona55. Fairy Flower 59 e Ben.eito-ra 58.

-1 — (Gramar _ i 400 —NCrS 2 200,00 — Foreisner 54.Omarim 54. Hálimo 58, ZYS.2 54, Irerê 58 Nigó 54 e Irará-ré 58.

5 — (Grama) - 1 40(1 -NCrS 3 200,00 — Útil 56, Nat-Clvez 56, Bovoline 56, Jaboran-di 56, lambo 56, Barrabás 56.

fi — t Gramai — 1 400 —NCrS 3 200.00 — Bonitona 54.cadirly 54. Jelena 54, Vogarlna?ú. Beverly 54, Lara 58, Nolin-ka 54, Adracne 54 e Jarucê 58.

— (Grama) — 1 400i .CrS 3 200.00 — Jujuca 58. En-tiylde 54, Apa 54 Happy WéekEnd 54, Laka Linda 54, Tinana54, Sohen 58. Afortunada 54 eMiss Cadir 54.

— l 000 — NCrS 3 200.0(1Napoleão 56. Jiu-Jitsu 56, Fi-

l.tlo 56. Oásis D'Or. 56, lota16, Itan 56. Fonfonello 56, Pret-tv-Boy 56, Príncipe Ricardo 56,íchó 56 e Imir 56.

DOMINGO

A — 1 300 — NCrS 2 200.00Gay Horse 58. Beívedere 58

Braddock

Oútonal 68, Squalo 58. Campei-ro 58. Happy New Year 58, He-tjklo 58, Usco 58. Alentejo 58e Maninl 54.

B — 1 400 — NCrS 3 200.00Paguei 56. El Bambu 56, Jin-

go 56. Jálio 56. Ajaccio 56,Banghazal 56. Capeta 56, Pre-mier 56, Acorillis 56 e Jactmin56.

C — 1 400 — NCrS 3 200.00Hobort 56. Jaburu 56 Pre-

dicador 56, Soleil du Matin 56,Preclaro 56 e Bully 56.

D - 1 400 — NCrS 2 200.0UHarpaga 54, Ésula 54, Onda-

ta 54, Cadilon 58, Intacta 54,Rema 54, Aranée 54, Maus 58e Urdanela 54,

E — (Areia) — 1 200 — NCrS800,00 — Setúbal 58. Q. G.

56. Fantasma Voador 54, Bou-cheron 57, Hal-Truz 57. Violen-to 55. Guarujá 57. Seu Nené 58,Cativante 54, Galho 54, Sorri-sn 57, Nosso Amigo 58, Dunhill54 e Town 54.

F — (Areia) — 2 200 — NCrS200,00 — Mooklin 54, Egis 55.

Tajar 59, Tamoyo 54, Icatu 57Estibordo 59 e Urbany 56.

Estão chamados:ai — 1 600 metros — NCrS400.00 — Animais nacionais

de 6 anos e mais idade ganha-dores até NCrS 10 000.00 em 1."lugar no pais;

b) — 1 200 metros — NCr.200,00 — Éguas nacionais de

4 anos sem mais de uma vitó-ria no país:

d — 1 300 metros — NCrS1 400,00 — Animais nacionaisde 6 anos e mais ganhadoresaté NCrS 6 500.00 em 1." lu-g_r no pais.

As inscrições serão recebidashoje dia 12, no Hipódromo tina secretaria da Comissão deCorridas ate as 9 horas.

Laurel, Maryland (UPI-JB) — Sir Ivor, pôtroamericano, representan-do a Irlanda, ganhou on-tem o Grande PrêmioWashington D. C. Inter-national, na direção dojóquei inglês Lester Pig-gott.

O potro atropelou vio-lentamente nos últimosmetros da competição, li-vrando três quartos decorpos sobre Czar Ale-xandre, que irônicamen-te representou os EstadosUnidos, embora nascidona Irlanda. Sir Ivor le-vantou prêmios no valorde 100 mil dólares, NCrS375 mil e foi o favoritodo Grande Prêmio, ampa-rado pela vitória no Der-by de Epsom.

O DESENROLAR

O cavalo japonês Take-shiba liderou o lote decompetidores nos primei-ros metros do páreo, atéa entrada da reta final,quando Czar Alexandre eFort Marcy, ganhador daprova no' ano passado,passaram a lutar cabeçacom cabeça. Outros com-pelidores, os franceses,Petrone. La Lagune eCarmarthen, fizerammenção de ameaçar asposições dos ponteiros,mas não chegaram aigualar a sua linha, en-quanto mais distanteLester Piggott procuravamelhorar a posição deSir Ivor. O jóquei inglêsperdeu terreno ao pro-curar uma passagem pa-ra seu pilotado, até que

mostracnicatec

Braddock, inscrito no ter-ceiro páreo da corrida dc ama-nhã à noite na Gávea, tem amarca de lm 26s para os 1 300metros, muito fácil, na direçãodo freio José Pedro P.°,

Laço. demonstrando agoramuitos progressos na sua for-ma técnica, impressionou osobservadores cem uma parti-da de 360 metros em 21s 1/5,arrematando com muita ação.Rangel Carmo que. o conduziuneste exercício, ficou satisfei-to com as melhoras do seu pi-lotado.LAÇO

Laço (R. Carmo), subindoaté pouco mais dos trezentose sessenta, virou e registrou21s 1/5 os 360. deixando mui-to boa impressão e Estouro(J. Marinho) o quilômetro emlm 06s 2/5. com algumas re-servas e antecipando o seuapronto assinalou 38s, semdespeitar muito interesse.FLORZINHA

La Troncha iJ. Barbosa)náo se empregou neste floreiode lm 09s o quilômetro. MariaLi?.a <C. R. Carvalho) me-lhorou para lm 08s 1/5, comalgum rigor. Hiawatha (A.Santo.';) baixou para lm 07s2/5, com sobras. Nogueira (H.Vasconcelos) tem para igualdistânbia, a marca de lm 07s,um pouco ajustada e Florzi-nha (M. Alves) o quilômetrocm lm 06s 2.5, com grandefacilidade.BRADDOCK

Braddock iJ. Pedro F.°) os300 em lm 26s, com muita

facilidade e um pouco afasta-tio da cerca e Don Rebimba(A. Ramos) as 1400 em lm35s, com sobras. Mocani tF.Estêves) desceu a reta enf 40s

5, suavemente. Querosene(R. Penido), na reta opostamelhorou a marca para 35s,correndo muito. Tulinha (M.Hévia) realizou um carreirãode lm 26s os 1200. No apron-to, mais exigido, marcou 37s25, agradando muito. Cadê-nero (A. Reis) os 1 300 em lm29s, à vontade.

Telefone p/22-1818e faça umaassinatura ^w.

doJORNAL DO BRASIL

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Datilografiae

TaquigrafiaCOPACABANA: Rua Mi-guel Lemos, 44 - 56.1508.

MÉIER: R. Dr. Pache deFaria, 45 - 49-0091.

®OLARIA: Rua Uranos,1 440 - 30-4089.

•CENTRO: R. Sete de Se-tembro, 59 - 22-0970.

•CASTELO: R. México, 11!- 22-0813.

®SEDE: Av. Erasmo Braga,299 - 22-0970.

(P

irrompeu entre os doiscavalos americanos, queainda lutavam bastantejunto à grade de dentro.

A pista excessivamentepesada em conseqüênciada chuva e das nevadasdos últimos dias, e poristo o tempo de Sir Ivorpara a milha e meia foide 2m27sl/5, consideradoum dos piores da histó-ria da prova internacio-nal. O recorde ainda per-tence a Kelso desde 1964,com 2m23s4/5.

O ganhador pertence aRaymond Guest, que íoiEmbaixador dos EstadosUnidos na Irlanda. SirIvor rateou 5,80, 3,40 é2,60 dólares por pule de;dois dólares.

COLOCAÇÕES

Czar Alexandre, segun-do colocado, devolveu3,20 dólares de placê eFort Marcy, 2,80. O trei-nador argentino AngelPena foi o responsávelpor Czar Alexandre, queobteve o segundo lugarno Photochart. Chega-ram a seguir, os france-ses Carmarthen, La La-gune e Petrone, o argen-tino Azincourt e o japo-nês Takeshiba.

Não foram apresenta-dos o brasileiro Sabinus,que não foi embarcado, eo potro peruano Traste-vere, que levantou oitoprovas em nove apresen-tações, no hipódromo deMonterrico, em Lima, Pe-ru, mas que não conse-guiu ser embarcado pordificuldade de documen-tação.

Comissãosuspendeu3 jóqueis

A Comissão de Corri-das do Jóquei Clube sus-pendeu os jóqueis DanielSantos e Benedito San-tos, até o dia 17 do cor-rente mês, por delitos deraia, nos páreos em quemontaram Venuziana eMillionaire.

O aprendiz de quartacategoria, José Barbosa,também foi punido peloórgão controlador dascarreiras, pelo uso do chi-cote no dorso de Pitis,que é proibido aos profis-sionais de quarta cate-goria.

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22 — l.° Cad-, Jornal tío Brasil, ÍS^-íèír»; _2-ii-fis """^i

O FIM DA FESTA >. •': . i. .- "

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'* 7':x77tfá7Sfá7y_.7. ' Y;il Y'

_4 Rainha ãisse que só conhecia Peié ãc nome, gostou áe vê-lo pessoalmente e sc mostrou feliz por lhe entregar a Taça

Cariocas jogarammelhor mas faltou

a conversou com

calma para venceiA absoluta íalta cle sorte

o cle. tranqüilidade nas fina-lizações íoram as principaiscausas da derrota dos cario-cas para os paulistas, por 3a 2. domingo à tarde, no Ma-racanã, perante a RainhaElisabete, da Inglaterra, que

i assistiu impassível a um dosjogos mais vibrantes, dosúltimos tempos.

A seleção carioca íoi umaequipe mais coordenada e

muito mais perigosa, sobre-tudo no segundo tempo,quando voltou disposta atudo, perdendo gols incri-veis e sendo ainda prejudi-cada por uma péssima ar-bitragem cle Armando Mar-quês. Abel, Peié e Carlos Al-berto (de pênalti) marca-ram para os paulistas, en-quanto Roberto e Paulo Cé-sar Ide pênalti) fizeram osgols cariocas.

BOA RECEPÇÃOTemendo a.s vaias com

que parte da torcida costu-ma receber os visitantesilustres, os alto-falantes doMaracanã não anunciarama chegada da Rainha Elisa-bete. As 16h55m, a soberanada Inglaterra chegou à Tri-buna de Honra, enfeitadacom flores e coberta de fo-tógrafos e repórteres, sendorecebida delirantemente pe-lo público, cujos aplausosaumentaram de intensida-de quando Elisabete levari-tou a mão esquerda emagradecimento.

A curiosidade era geral;mesmo aqueles que faziamum ar de desinteresse não

resistiram, o do ato de per-dor a pose para subir pelascadeiras, tomando as pesi-ções mais estranhas, foiquestão de segundos. Cadaum procurava a melhor lo-calização. O ex-diretor defutebol do Flamengo, FlávioSoares de Moura, passou emdesabalada carreira pelasescadas da tribuna de im-prensa, pisando nos nés deum repórter, que reclamou.A resposta foi imediata:

— Desculpe, amigo, mascom que cara entrarei emcasa se não puder dizer aminha familia que eu não via Rainha?

RESULTADO INJUSTOO jogo começava. O pri-

meiro tempo já pertenceraaos cariocas, apesar de aoíinal o placar apresentar 2a 1 em íavor da seleção deSão Paulo. Apresentando umfutebol mais vibrante, em-bora um tanto intranquilo,sobretudo no momento definalizar para o gol, o timedo Rio perdeu inúmeraschances, ao contrário do ad-versário, que, das poucasopor tunidades que teve.aproveitou duas. A primei-ra, aos 6 minutos, numa fa-lha da defesa, que deixouPeié parar a bola dentro daárea e dar oara Abel mar-car. A defesa carioca falhounovamente aos 40 minutos.Rildo cruzou para a área,entrando Peié sozinho, to-cando para as redes, semchance para Féllx. Aos 43minutos, Nado cruzou da di-reita. Picasso pulou mal, so-brando a bola para Roberto,na pequena área, só tendoo trabalho de encostar o pépara dentro.

Se a seleção carioca tives-se um pouco mais de sortee calma no segundo tempo,poderia até ter chegado aum escore alto. Mas isso nãoaconteceu, e apesar dos ata-quês seguidos e perigosos,

que a defesa paulista nãosabia cemo neutralizar, o ti-me do Rio acabou por sofrero terceiro gol, aos 20 minu-tos. num pênalti cobradopor Carlqs Alberto, depois dcuma entrada de Brito emToninho, que o juiz inter-pretou como falta.

Desanimados, os cariocasdecresceram de produção,conseguindo mais um gol aoíinal da partida, por inter-médio de Paulo César, co-brando um pênalti de Car-los Alberto no ponteiro. Ozagueiro reclamou da mar-cação e foi expulso.

As duas equipes jogaramassim: Cariocas — Félix,Moreira. Brito, LeónidasiLuís Alberto) e Eberval;Carlos Roberto e Gérson(Jaime): Nado (Wilton),Jairzinho, Roberto (Nei) ePaulo César. Paulistas — Pi-casso, Carlos Alberto, Juran-dir, Dias e Rildo; Clodoal-do (Dudu) e Rivelino (Ade-mir da Guia); Paulo Borges(Eurico). Toninho, Peié (Lei-vinha) e Abel (Edu). A ren-da somou NCrS 326 720,25.

Ao final, Peié e Gérsoníoram cumprimentados pelaRainha, na tribuna de hon-ra, que entregou ao primei-ro um troféu pela vitória, eao segundo uma medalha.

na hora de entregarPele, com o mesmo calção

do jogo. sujo, mas de camisalimpa, e Gérson — com todoo uniforme limpo — entra-ram pela esquerda da tribu-na de honra do Maracanãno mesmo momento em quea Rainha Elisabete. levan-lando-se da cadeira, desciapela direita.

Majestade, êste é o jo-gador Peié. famoso mundial-mente — assim Laci Soares,Chefe do Cerimonial do Pa-lácio Guanabara, fêz a apre-sentação.

Rainha:Ah, eu sei. Já o conhe-

ço de nome e me sinto mui-to feliz em cumprimentá-lo.

Majestade, êste é Gér-son, também famoso, joga-dor da seleção brasileira.

Rainha:Sinto-me igualmente

jeliz em cumprimentá-lo.Gostei muito da atuaçãodele.

O presidente da CBD_ Sr.João Havelange, segurava,e:om as duas mãos, a Taçade Prata tf cila de encomen-da em Lisboa l e fazia posepara os fotógrafos, tirando-lhes a visão do encontro daRainha com Peié. Aos gritos,numa confusão tremenda, osfotógrafos e cinegrafistas,pediam:

Sai da frenle, Havelan-ge. Dá a taça pra Rainha!

DESPERDÍCIO

O Príncipe Philip e o Mi-nistro Magalhães Pinto, queestavam á distância, deramum passo à frente e tiraramainda mais a visão dos joio-grafos. Gritos:

Príncipe, ei, Príncipe,afasta. Pinto, sai daí Pinto.

Gérson se colocou um pou-co atrás de Peié, meio triste,de cabeça baixa. A Rainhaolhava para Peié.

Diz para ela que esioumuilo emocionado por terparticipado de um jogo quecontou com a sua presença— pediit Peié ao intérprete.

Rainha:Diga para éle que o jc-

licidade é minha!Os fotógrafos, aos gritos:

Havelange. ci. Havelan-ge. dá a Taça pra ela, dá aTaça pra ela!

Perturbado com os grilos,o presidente da CBD entre-gou a Taça de Prata para aRainha Elisabete. O proto-colo estava quebrado. A Taçaposou nas mãos da Rainhae ela quase a deixa cair, porpouco não perde o equilíbrio.Finalmente, respirou fundoe sem perder a dignidade,tôda sorrisos para Pele,agüentou firme, entregou aTaça. a Peié.

Estou muito feliz porentregar a você esla Taça.Achei o jogo muito bom e

üea íaça__>

gostei da sua participação —disse.

Peié. meio encabulado, malpôde balbuciar "muito obri-gado."

Aos gritos, os fotógrafos,gesticulando:

— Rainha, ei, Rainha, ficado lado dele.

Elisabete 11, com os olhos,perguntou ao intérprete oque os fotógrafos estavampedindo. E enquanto Peiéerguia a pesada taça acimada cabeça, ela deu um pas-so à esquerda c se colocou,sorrindo, ao lado dele.

Depois, acenou para as 120in.il pessoas que, de pé noestádio, a aplaudiam agitan-do bandeiras dos seus clu-bes, e caminhou, pela direi-ta. no rumo do salão nobre,pura inaugurar a placa co-memorativa da sua passa-gem pelo Maracanã, ondecom visível interesse acom-panhou. quase sem desviaros olhos do campo (ora uti-lizando-se dos óculos, orade binóculos) todos os lan-ces do jogo entre as sele-ções do Rio c de São Paulo,torcendo discretamente pe.los cariocas.

Durante o jugo, três vezesa Rainha Elisabete Ií, daInglaterra, bateu palmas: nogol de Toninho, no gol dePele, no gol de Roberto. Pa-rece náo ter gostado dosgols de pênalti.

¦«s lutaram multo mas não souberam

EUA vencemíndia naTaça Davis

San Juan, Porto Rico (UPI-JB) — A equipe de tênisdos Estados Unidos classi fi-cou-se para jogar contra aAustrália a final da TaçaDavis, no mès que vem, aoeliminar nesta cidade a ln-dia, com a vitória de ArthurAshe sobre RamanathanKrishnan por 6-1, 6-3 e 6-3,dando a seu pais o terceiroe decisivo ponto.

No primeiro dia da sériemelhor de cinco, EstadosUnidos e Índia empatarampor lal, com Ashe vencen-do a Prenjit Lall por 6-2, 5-7, 6-2 e 6-4 e Krishnan aClark Graebner por 7-5, 4-6, 6-2 e 6-1. Na partida dedupla, realizada no domin-go, os norte-americanos BobLutz e Stan Smith marca-ram o segundo ponto paraseu pais com a vitória sóbreRamanathan Krishnan-Jai-deep Mukerjea por 6-2, 6-3o 6-2. Ashe garantiu a cias-slficação dos Estados Uni-dos na primeira simples deontem, embora ainda fal-tasse o Jogo entre Graebnerx Prenjit Lall.

TORNEIO BONIFÁCIO

O Campeonato de TênisJosé Bonifácio de Castro,organizado pela FederaçãoCarioca, prossegue hoje comjogos nas quadras da AABB,Fluminense, Flamengo, Le-me e Clube Naval.

A programação é a se-guinte: na AABB — às 17horas — James R. x BrenoMascarenhas Filho, AndréaCabral de Meneses x Patri-cia Sharp: à.s 18 horas —Jack Servera ou Renato Cl-to x Fernando Hoffmann,Angela Aíonso x Marise Her-manny; às 19 horas — Sil-vio Carneiro da Cunha-Dal-vo Muniz x Rocir Silveira-J.Jacobovski, Vlamir-A. San-tos x Ivo Lipiani-HaroldoSilva: às 20 horas — CarlosCerqueira ou Guilherme Vi-anna x Joseph Van Brychou Ricardo Barcinski, KejellRingsot-h x Augusto LobàoSantos.

No Fluminense: às 18 ho-ras — Nadja Ribeiro Sá xLuci Assis. No Leme: às 20horas — Fernando Marroigou Ari Abuz x Aran Boghos-sian. No Clube Naval: às 17horas — Cláudio Finnebergx Sérgio Bezerra da Silva;às 18 horas — Esther Bane-gas x Laís Silva. No Fia-mengo: às 19 horas —- Den-nis Cross-Antònio Villena xRenato Moreira-M. Podt-sche.

Náutico

is carwc aproveitar as oportunidades

ispensajogadores

Recife (Sucursal) — Adiretoria do Náutico decidiurescindir o contrato de vá-rios jogadores, entre éiesLadeira, Jardel, Rato, Car-doso e Ede, numa tentativade reformar o seu departa-mento de futebol antes ain-da do final do Torneio Go-mes Pedrosa.

Para o pai-de-santo Edu,entretanto, a má campanhado Náutico deve-se ao fatode vários jogadores não te-rem cumprido as promessasque fizeram e por isso estãosendo castigados. Zé Car-los e Lourival, do Vasco,são uns dos poucos que fi-carão no clube.

AS DISPENSAS

Ladeira viajará de voltapara São Paulo, apresen-tando-se ao Guarani, quepossui o seu passe, após tercolaborado na campanhaem que o Náutico sagrou-se vice-campeão brasileiroe hexacampeão pemambu-bano.

Os outros jogadores quetiveram seus contratos res-cindidos são os seguintes:Jardel, ex-jogador do Flu-minense, do Rio, Rato e Ede,que jogavam pelo DeportivoPortuguês, da Venezuela,Cardoso, do Racing, da Ar-gentina, e Evaldo, do Amé-rica, de Natal.

CONTUSÕES

O apoiador Zé Carlos,contratado recentemente, eo zagueiro Lourival, queainda pertence ao Vasco,permanecerão no clube, jáque vêm realizando boasexibições no time titular. Amaioria dos jogadores dis-pensados sagraram-se hexa-campeões.

O maior problema do Náu-tico, no momento, porém, éo grande número de joga-dores que estão entreguesao departamento médico,entre eles o zagueiro-cen-trai Mauro, o quarto-za-gueiro Fraga, o lateral Cló-vis, que formaram a defesatitular junto o goleiro Lulae o lateral Gena durantemuito tempo.

O apoiador Ivã, que par-ticipou de todos os seiscampeonatos, também estácontundido e sua volta estáprevista para depois do Go-mes Pedrosa.

Torcida maranhense tentalinchar delegação do Piauíem atitude de represália

São Luis (do Correspondente) — Em represáliaaós incidentes anteriores em Teresina, os torcedoresmaranhenses tentaram linchar a delegação do Piauí,depois do jogo contra o Ferroviário — que terminoucom o placar de 4 a 0 para o time da casa.

Durante a partida, a torcida apedrejou os joga-dores visitantes, a ponto de o goleiro ter de jogar emcima da linha da grande área, enquanto os pontasatuavam pelo meio do campo, pois o policiamentoostensivo não era suficiente para conter a fúriados torcedores.ANTECEDENTES

As manifestações cle hostili-cinde foram Iniciadas em Tc-resina contra os jogadores ecentenas de torcedores do MotoClube, quando êste foi jogai*.em setembro último, contra oPinuí, e repetidas quando oMoto Clube voltou para jogarcontra o mesmo adversáriopela Taça Norte-Nordeste.

Terminada a partida dc on-tem. cs populares quebraram acamioneta do cbefe da delega-ção do Piaui e se aglomeraramem frente aos portões do está-dio, na tentativa de linchá-loaà saida. A polícia agiu com

energia e foi necessária a in-tervenção do Corpo dc Bombel-ros, que lançou jatos cle águacontra os manifestantes, resul-t.i ndo muitos ferimentos cmpoliciais e populares.

O.s piauienses só consegui-ram deixar o estádio por voltadas 20 li. fortemente protegidospela polícia. Por causa dessesincidentes, criou-se um impas-se para cs outros jogos da Taça.Norte-Nordeste, já que o.s clu-bes maranhenses se recusam ajogar em Teresina e os piaui-enses não concordam em vol- -itar a jogar em São Luis.

Presidente do Atléticopoderá serYOtO aa a

Belo Horizonte (Sucursal) — O íuturo presiden-te do Atlético Mineiro deverá ser escolhido em eleiçãodireta,, com a participação de todos os torcedores doclube, segundo a idéia lançada por D. Serafim Fer-nandes e que poderá reviver nesta capital a mobili-zação de tôda uma cidade como numa eleição paragovernador.

A inovação, inédita em clubes de futebol, serácolocada em discussão amanhã à noite, durante areunião do Conselho Deliberativo do clube para votarp nôvo estatuto, que prevê ainda o aumento dosconselheiros de sessenta para duzentos, todos elesescolhidos entre pessoas de maior representatividadeentre os torcedores.

A popularidade do Atléticolevou o Bi.?po Auxiliar dc Be-lo Horizonte, D. Serafim Fer-nandes cle Araújo, a pensar naparticipação direta, do povo naescolha do presidente do clu-be. Ainda não se sabe ao certoqual a receptividade que aidéia terá na reunião de ama-nhã entre os conselheiros, masjá é tranqüilo que ela contacom o apoio da torcida e. se fôraprovada, Belo Horizonte po-derá ter no ano que vem amesma mobilização de eleiçõesdo passado para prefeito, go-vernador e presidente.

Qualquer pessoa, independeu-te de sua profissão ou codi-cão social, poderá pela primei-ra vez na história do futeboltomar parte do conselho deli-berative* do Atlético. D. Será-fira Fernandes quer o aumen-to do número de conselheirosde 60 para 200, exatamente pa-ra dar chance ao acesso popu-lar dentro do clube, buscandoassim uma liderança auténti-

ca, condizente com o prestígiodo Atlético em Minas.O VOTO

Se fôr aceita a emenda deD. Serafim Fernandes, será es-tudada a maneira do torcedorparticipar da eleição, pois seela fosse franqueada a qualquerpessoa, os torcedores de outrosclubes poderiam comparecer eperturbar a eleição. Assim,existem duas hipóteses para ocaso. na primeira, o Atléticoreduziria muilo os preços desuas mensalidades, facilitando à.bolsa popular para que qual-quer um pudesse ser sócio doclube, e assim, para votar,bastaria apresentar a carteiri-nha do clube. A segunda hi-pótese prevê um recenseamen-to que apontasse com seguran-ça o númoro de atleticanos,que só em Belo Horizonte deveser mais da metade da popu-lação. Identificado como umreal torcedor, o atleticano rece-béria algum comprovante quolhe permitiria votar na escolhado presidente.

T r e i ii o do Ati é t ico éà noite coni Democra la

O Atlético acenou um jogotreino com o Democrata, deSete Lagoas, hoje à noite noEstádio Independência, comopreparativo para a partida clesábado contra o Bangu, peloTorneio Gomes Pedrosa.

O técnico Y u s t r i c h insistiujunto à diretoria pela realiza-ção do jogo treino, pois quercorrigir as falhas da nova cciui-pe que formou para enfrentaro time carioca. Revelou queainda acredita na classificaçãodo Atlético no grupo B do Tor-neio.

O AUSENTE

No treino de ontem a novida-de foi a presença cle Cincune-gui, depois de ficar retido noUruguai durante uma semana,alegando como motivo o máutempo reinante em Montevidéu.O jogador se apresentou ao téc-nico dentro cle um clima tenso,dado ao rigor e exigência dedisciplina do último.

As explicações de Cincuneguideixaram Y u 8 tri Cll satisfeito,mas antes êle explicou que"aqui todos os jogadores sãoiguais e tem os mesmos direi-tos e obrigações."

Agora, na equipe do Atléticosó falta um jogador: DjalmaDias, em torno do qual circula-rnm noticias diversas durantetôda a semana.

A RAZÃOO presidente Carlos Alberto

Naves esclareceu que das co-

Brasileiroé o segundeno ciclismo

jv/oníeridcií iafp-upi-JB*— O brasileiro Luis Carlos Fló-res classificou-se em segundolugar, ganhando n medalha dcprata, no Campeonato Mundialde Ciclismo Amador em Estra-da. disputado domingo últimonesta capital, que marcou avitória do italiano VittorioMarcelli.

A classificação foi a seguin-te: 1.°) Vittorio Marcelli, 5hOm 34s: 2.°. Luis Carlos Fló-res, mesmo tempo: 3.°i ErikPetterson (Suécia), mesmotempo: 4.°i Martin CochiseRodrigues i Colômbia >, mesmotenipo; 5.°.i Mogens Frey tDi-namnrea). 5h04m22s 6.°i Flá-vio Martin (Itália), 5h05m22s; 7.°) Verneg Blaudzuu (Di-maonarca). 5h Oõm 22s.

municações que chegaram aoclube, dando conta do para-deiro do jogador, somente uma,realmente, está certa: DjalmaDias encontra-se no Rio ein fa-se de recuperação no Hospitaldas Clinicas de um acidenteautomobilístico. Anunciou seu .regresso a Belo Horizonte para 'amanhã, mns o técnico Yus-trich manifestou .anteriormen-te o desejo de conversar com ojogador antes de sua reintegra-cão ao plantei.

O TREINO

O coletivo de ontem no Atlé-tico foi o mais leve desde queYtistrich assumiu o cargo detécnico. O forte calor e o jogo- vtreino de hoje à noite contrao Democrata fizeram com queos jogadores fossem dispensa-dos mais cedo, mas a ordemé para aguardar o jogo contrao Bangu sem qualquer excesso

O ponta-de-lança Laci deve-rá jogar pelo menos um tempohoje à noite, pois Yustrich quervé-lo o mais breve possível na'equipe titular. Domingo, napartida amistosa do misto do >Atlético contra o São Bentode Itapecerica, Laci marcou ogol da vitória c por isto aumen-tou o seu prestígio e cotação.O time que deverá iniciar o jí-go cle hoje é Mussula, Humbcr-to, Grapete, Normandes e Cin-cunegui; Amauri e Vanderlei,Ronaldo. Vaguinho, Fioti (La-ei) Tião. ,-

Reinoso ganhahipismo emNova Iorque -,

Nova Iorque (UPI-JB) — Oglnete brasileiro José ReinosoFernandes, montando Cantai,ganhou anteontem à noite «.Taça Pcnsilvânia. que fèz par-tc do Torneio Internacional deHipismo, que está sendo dispu-tado no Macison Square Gar-den, nesta cidade.

Com esta vitória, obtida pe-rante cerca de dez mil espec-tadores. Reinoso elevou o Bra-sil ao terceiro lugar da compe-tição, tornando-se séria amea-ça á Grã-Bretanha, que ocupan segunda colocação. NélsonPessoa Filho cometeu quatro 'faltas e ficou em sétimo lugar.

o

Mário Gonzáhz SOLENIDADE FINAL' H8f" ',* -fW

ganhou no Gáveatítulo do Aberto

_¦ .*v.-.^_^

O profissional brasileiroMário Gonzalez conquistoudomingo, nos links de SãoConrado, o título do I Cam-peonato Aberto do GáveaGolfe Clube, aumentando,na última rodada, de umpara dois strokes — 281 a283 — a diferença para Jai-me Gonzalez, seu filho maismoço e golfista amador,grande sensação atual dogolfe no Rio de Janeiro.

Jaime Gonzalez — que

logo após cumprir os últi-mos 18 buracos foi corren-do para o Maracanã, assis-tir ao jogo da Rainha —superou por seis tacadas osescores obtidos por concei-tuaclos profissionais comoDave Thomas e Peter Allis,que ficaram verdadeiramen-te impressionados com asua atuação, em se tratandode um garoto de apenas 14anos.

OUEM VENCEUMário Gonzalez, que já

está em Roma para dispu-tar o Campeonato Mundial— antiga Taça Canadá —foi o vencedor entre os pro-fissionais, embora náo te-nha conseguido um resulta-do de acordo com as suaspossibilidades, pois 281 taça-das para 72 buracos signi-ficavam nove acima do pardo campo.

Na categoria scratch, Jai-me Gonzalez deu um verda-deiro show de golfe, pois"teve

uma vantagem de 17tacadas sóbre o segundo co-

locado, por nova coineidên-cia, seu irmão Mário Gonzá-Íez Filho. Na categoria dezero a nove, a vitória ficoupara José Luís Osório de Al-meida Filho, seguido de Gus-tavo Notari. Na de 10 a 15,melhorando seus escores emcada rodada, o vencedor íoiPaulo Smith de Vasconcelose, finalmente, na categoriade 16 a 22, o campeão foiRicardo Albuquerque Mayer,que completou boa atuaçãocom um excelente resultadona rodada decisiva.

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Depois de enfrentar seu filho Jaime no campo, Mário Gonzalez recebe o prêmio pela sua vitória

BOM COMEÇOí ¦' ¦¦ •íKi—j.j.v-v;.:;;;^:.-— .,...,...,.,... ,.,.v: „,.,:.,.... (.............-.

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RESULTADOS GERAIS

*

Campeonato Aberto: 1.° —Mário Gonzalez (71-68-71-71), 281 tacadas; 2.° — Jai-me Gonzalez (72-69-70-72),283: 3.° — Empatados", DaveThomas (73-71-71-71) e Pe-ter Allis (73-78-65-73), 289;5.° — Luis Carlos Pinto (73-73-72-731, 291; 6." — Cami-lo Júnior 176-68-77-75!. 296;7.0 _ Empatados, Humber-to Rocha (72-76-79-73) eMário Gonzalez Filho < 74-73-75-78). 300: 9.ü — Empa-tados, José Maria GonzalezFilho (74-74-74-79) e Dou-glas Macfarlane (76-70-71-84), 301 tacadas.

Profissionais: 1." — MárioGonzalez (71-68-71-711, 281tacadas; 2.° — Empatados,Dave Thomas 173-71-71-74)e Peter Allis (73-78-65-73),Í39; 4.0 _ Luis Carlos Pin-1o (73-73-72-73), 291; 5.° —Camilo Júnior (76-68-77-75),296; 6.° — Humberto Rocha(72-76-79-73), 300; 7.°

' —

José Maria Gonzalez Filho(74-74-74-79), 301; 8.° — A.

D. Lima (79-74-74-77), 304;9.° — Hector Vigna (78-72-77-78), 305 e 10.° — Raimun-do Coelho (73-78-79-763, 306tacadas.

Amadores scratch: 1.° —Jaime Gonzalez (72-69-70-721- 283 tacadas; 2,° — Má-rio Gonzalez Filho (74-73-75-78), 300; 3.° — DouglasMacfarlane 176-70-71-84),301; 4.° — Ronald Gentry(75-80-77-70), 302; 5.°— BobFalkenburg (74-74-80-75),303; 6.° — Lew Leis (77-78-77-75), 307; 7.° — Sílvio Pin-to-Freire (72-74-83-84), 313;8.° — Romi Carvalho (80-81-74-81), 316; 6.° — VálterRatto (76-87-79-75), 317 e10.° — Carlinhos MoreiraFilho (74-78-81-85), 318.

Categoria de zero a nove—- 1.° José Luis Osório deAlmeida Filho (74-69-72-70),285 tacadas net; 2.° Gusta-vo Notari (73-68-75-711,287;3.° Romi Carvalho (73-74-76-74). 288; 4.° empatados,Douglas Canedo (69-70-72-78), Fritz Bosseljon (78-72-70-69) e Válter Ratto (69-80-72-68), 289; 7.° empata-dos, Ronald Gentry (72-77-74-67) e Osvaldo Porto Pires(69-69-79-73), 290; 9.° em-patados, Lew Leis (73-74-73-71) e Jorge Ferraz (75-71-66-79), 291.

Categoria de 10 a 15 —1.° Paulo Smith de Vascon-celos (73-70-69-68). 280; 2°Luis Alcivar (68-67-69-77),281; 3.° Paulo Antunes Ri-beiro (70-69-72-71), 282; 4.°G. W. Reed (72-73-74-71),290; 5.° Caio Sila (71-80-73-67i, 291; 6.° José AugustoDuarte Fiães (71-76-74-71),292; 7.° Mário Guimarães(69-71-76-77), 293; 8° F.Ravndal (71-76-74-73), 294;9.° Hélio Barki (69-70-80-76), 295 tacadas net.

Categoria de 16 a 22 — 1.°Ricardo Albuquerque Mayer(66-77-68-62), 273 tacadasnet; 2° H. Penfield (64-73-66-74), 277: 3.° Miguel Faria(69-67-72-721, 280; 4.° em-patados, Nelson Mota (75-69-74-69) c Nilo Gomes deLemos (79-69-68-71), 287;6.° Paulo Valdemar Falcão(76-74-69-74), 293; 7.° R. L.Harmon (73-69-72-80), 294;8.° R, Osborne (84-69-69-75) f296; 9.° H. Buffallo (74-69-75-79), 297 « 10.° D. Cerquei-ra (77-78-66-79), 300 tacadasnet.

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Jaime Gonzalez cumpriu a sua melhor atuação e por pouco não derrotou seu pai no Aberto do Gávea

PLAYER CAMPEÃOSidnei, Austrália (UPI-

JB) — O golfista profissio-nal Gary Player conquistoudóhiingo o titulo de cam-peão do Wills Masters Tour-nament ao derrotar PeterTownsend no segundo bu-racò de um sud. en-tleath-playoff, pois haviam cum-prido os 72 buracos regula-mentares com o mesmo es-core de 277 tacadas. O nor-te-americano Gay Brewerfoi o terceiro colocado.

Os resultados do WillsMasters foram estes: 1.° —Gary Player (69-70-66-72),277 tacadas; 2.° — PeterTownsend (69-65-74-69),277;3.° — Gay Brewer (67-70-73-68), 278; 4." — Empata-dos, Ted Bali 175-72-65-71),Peter Thomson (68-75-71-69i e Kel Nagle (71-71-69-72), 283; 6.° — Empatados,Válter Godfrey (71-70-70-74) e Graham Marsh (75-72-73-65), 285 tacadas.

Em cada 36 paisde família brasileiros,

•ja ace )

TREVINO VENCEUHonolulu, Havaí (UPI-JB)

— O norte-americano LeeTrevino sagrou-se domingo,no campo do Waialae Coun-try' Club, campeão do Ha-vaiian Intarnational Opencom o escore de 272 taça-das — 16 abaixo do par —o qu_ lhe deu a vantagemde dois strokes sóbre seucompatriota George

'Archer,

que obteve a segunda colo-cação. Trevino ganhou 25mil dólares de prêmio.

Dos 25 mil dólares. Tre-vino doou 10 mil para aconta bancária do filho dofalecido profissional TedMakalena, seu grande ami-go e companheiro nos tor-neios do circuito norte-ame-ricano. Ted Makalena mor-reu em setembro último,afogado em Walkiki, e Lee"Trevino considerava quasecomo um compromisso dehonra a sua vitória em Ho-nolulu.

ETRAS-CÂMB!?

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Jornal do Brasil, terça-f.ira, 12-11-68, 1." Cad, — 23

1918-1968

i~ Na grande área,.Armando Nogueira

O jogo da Rainha, domingo, a meu ver,devia ter acabado 3 a 3. O time dos cariocasnivelou-se e até superou o dos paulistas, du-rante minutos consideráveis da partida. Nosegundo tempo, os paulistas, com Ademir emcampo, frearam demais o jogo, fazendo fute-boi defensivo, embora sempre vistoso.

Quando, em quatro ou cinco lances, vi Edua socorrer a defesa, chutando bola a córner,lembrei-me da entrevista do treinador Anto-ninho, do Santos, dizendo que a seleção paulis-ta ia jogar em formação 4-2-4 que, para êle, éo mellny sistema e único que se devia adotarna seleção brasileira.

Um técnico com opiniões ligeiramente in-sensatas esse do Santos.

UM CONSELHO: CHEGADE CONSELHEIROS

O Sr. Paulo Machado de Carvalho, que põetanto fervor na campanha de 70, deve pôr,também, uma dose de bom senso e outra deenergia para resolver o problema da comissãoque, às vésperas da Copa do Mundo, está maisgrave que antes de 66.

Depois de revelar aqui o mal-estar do ves-tiário brasileiro no jogo com a FIFA, quandoos três conselheiros deixaram o técnico semplatéia para suas instruções, chega-me tam-bém de boa fonte a informação de que o con-selheiro Zagalo pretende demitir-se da função,ainda esta semana, convencido da inutilidadede seu papel, pois, segundo êle, Aimoré Morei-ra não da confiança de consultar nenhum dostrês assessores.

Zagalo está pensando pedir demissão aoSr. Paulo cle Carvalho no dia do jogo da sele-ção, em Curitiba.

Se o Sr. Paulo cle Carvalho não se impres-siona com as verdades reveladas por esta co-luna, há de impressionar-se ao menos com asdeclarações atribuídas pelo jornal ao jogadorNatal. Natal confessou que, no carro, a cami-nho do estádio, Aimoré recomendava-lhe quejogasse avançado. Poucos minutos antes dojogo, o conselheiro Brandão recomendava-lheque jogasse recuado.

Tenho a impressão de que, pela experien-cia cle alguns dias, o Sr. Paulo cle Caralho ficaobrigado a rever o seu plano: a sigla pode atéser mantida mas a assessoria de Aimoré, nomínimo deve ser substituída por nomes daabsoluta confiança do técnico. Ou então, quemsabe, convenha trocar o próprio técnico?

* * *O NÔVO PELE

Há qualquer coisa diferente nas relaçõesentre Pele e a bola. No jogo da. FIFA e, do-mingo, no São Paulo 3 x 2. observei cuida-dosamente, interessado em saber se o proble-ma era físico. Acheio-o um pouco enfraque-cido de arranque, talvez esteja gordo ou demúsculos cansados. Está o nosso Pele perdeu-do a explosão: aquela primeira de Porsche, po-sitívamente, êle não tem mostrado, há algumtempo. Consciente disso, na certa, c que Pelecomeça a apurar o novo papel de ficar fazendolançamentos à meia distância para a penetra-ção dos atacantes.

A meu ver, Pele vai se tornando agora, dcfato, o centro da circunferência dc sua equipe.Daqui por diante, êle estará em condições, in-clusive, de criar novas concepções para o jogoáe futebol, tal como fèz, em tempos recentes,o extraordinário Di Stefano.

Aos 30 anos, em plena Copa do Mundo,Pele poderá ser a expressão mais alta do fute-boi de reflexão — o que será sem dúvida, umprivilégio da seleção brasileira.

BOLAS DE PRIMEIRA — O Coritiba,clube que recebe amanhã a seleção nacional,é hoje uma potência do futebol profissional:tem 68 mil sócios, cada um, pagando cincocruzeiros novo por mês. Só aí, sem contar abilheteria do time, o Coritiba fatura mais que80 por cento dos grandes clubes do Rio e deSão Paulo. • O Sr. João Havelange, que esta-va com a mosca azul da presidência da FIFA,desistiu de candidatar-se, comunicando, inclu-sive sua decisão ao próprio Stanley Rous, queé candidato à reeleição. • O Sr. MendonçaFalcão deve estar vivendo uma semana de ro-sas: a coisa que êle mais desejava era umavitória paulista contra os cariocas para minara arrogância do seu colega Otávio Pinto Gui-marães. • Aos clubes de caixa baixa: vem porai o técnico argentino Pizzuti, do Racing, como objetivo de observar e contratar pelo menosum atacante. O primeiro da lista chegara aser Silva, do Fia, mas, o preço (300 milhões)e a idade (mais de 30) desestimularam o Ra-cing que, agora, passou a pensar em outrosnomes, a começar por Tupãzinho e Jairzinho.Esse Jair, disseram Perfumo e Marzolini,quando jogaram pela FIFA, resolveria o pro-blema do ataque do Racing." • Uma cam-panha do professor Brito e Cunha que pre-cisa ser vitoriosa: tornar a educação física ma-teria obrigatória nas escolas primárias daGuanabara.

Picasso contundido dará lugar Félix ertoJogadores reclamam dalinha-dura de Brandão

Curitiba — Ontem ã noi-tc, além do cansaço, os jo-fiadores reclamam da linha-dura imposta pelo súpervi-sor Osvaldo Brandão na di-reção do selecionado. Amaioria acha que, numa si-tuação como a atual, em quetodos estão à beira da esta-ía. por causa da sucessãode jogos, o melhor seria dei-xá-los eom um pouco maisde liberdade.

Paulo Henrique c um dosque mais reclamam e a preo-cupação maior dos jogado-res é encontrar um interva-lo para ficarem junto comsuas famílias. Os do Botafo-go, por exemplo, seguirãodiretamente de Curitiba pa-ra Belo Horizonte, onde jo-gàrão pelo Roberto GomesPedrosa. Jairzinho e Gérson,no entanto, terão um perío-do de férias cedido pelo clu-be. que reconhece a má con-dição física de ambos.

Apesar de tudo isso. osjogadores não perdem opor-tunldade quando se apresen-ta o momento propicio pa-ra brincadeira. Dias. porexemplo, quando todos sepreparavam no hotel parasair e almoçar, disse a Peleque fosse sozinho na frentecomprar uma revista no la-do oposto, a fim de despis-

xíTíO e

tar o grande número depessoas que estavam espe-rando na porta da frente.

O interesse cm torno dapartida por parte dos tor-cedores paranaenses é mui-to grande, principalmentepor causa da oportunidadede rever Pele, que não jogacm Curitiba desde 1958. Dasúltimas vezes que o Santosse apresentou na capital doParaná — inclusive na últi-ma, quando íoi derrotadopelo Coritiba por 3 a 2 —atuou desfalcado do seumais famoso jogador. j

É certo que o técnico Ai- !more Moreira pretende uti- :lizar o lateral-esquerdo Ni-lo, do Coritiba, emprestadoao Atlético para o GomesPedrosa, pelo menos duran-te o segundo tempo da par-tida de amanhã. Isto servirápara êle observar o jogadore também para atrair atorcida local ao estádio.

A venda antecipada deingressos tem sido bem mo-vimentada. O.s locais nume-rados cobertos são vendidosa NCrS 20,00 e os descober-tos a NCr$ 15,00. Os ingres-sos populares, para as loca-lidades atrás dos gols, estãosendo vendidos a NCrS 8,00,mas dão direito ao sorteiode um automóvel.

gou com otsaplausos da torcida

Em frente ao Lorde Hotel-cerca de 800 pessoas aguar-davam a chegada dos jo-gadores da seleção brasilei-ra, que com o auxílio de po-liciais puderam descer li-vremente do ônibus especial.Pele, Rivelino e Nilo. late-ral-esquerdo do Atlético Pa-ranaense, foram os maisaplaudidos. Nilo, natural-mente, ficou emocionadoquando os torcedores come-çaram a gritar seu nomeem coro, agradeceu comacenos e logo depois se jun-tou aos outros.

Depois de subirem aosapartamentos para troca-rem de roupa, o.s jogadorestornaram a tomar o ônibuse se dirigiram para o res-taurante La Pasquale, si-tuado no centro da cidade,num parque junto ao Jar-dim Zoológico, onde almoça-ram, pois o Lorde Hotelnão possui restaurante pró-prio. Após o almoço, esque-cendo-se um pouco do can-saco da viagem, os jogado-res divertiram-se por algunsinstantes atirando migalhas

de pão para os peixes de umriacho que contorna o par-que.

DESCRÉDITO

A partida da seleção bra-sileira em Curitiba está sen-do apontada como o jogodo ano no Paraná, e to-dos os torcedores acreditamnuma vitória do Coritiba,devido ao cansaço dos joga-dores da CBD e ao bom pre-paro fisico apresentado porseus adversários. A Tribunatln Paraná diz que o Coriti-ba deverá vencer, porqueninguém acredita numa se-leção "formada em cimados joelhos, com os carto-las usando e abusando dapolítica, sem sequer teremdado tempo a um treina-mento razoável."

Outro fator que ajuda oclube local é, segundo osdirigentes e torcedores deCuritiba, que os seus jo-gadores estão descansados,pois não atuam desde o fi-nal do Campeonato Para-naense.

Coritiba mostra quetem boa íorma física

O Coritiba fèz um treinode conjunto, ontem à tar-de, no seu campo, prepa-rando-se para a partida dcamanhã contra a seleçãobrasileira, quando deverápromover a estréia dc Ri-naldo, Passarinho. CarlosAlberto e Ismael, recente-mente contratados.

O técnico Francisco Sar-lo, contudo, ainda está in-deciso quanto à formaçãoda equipe paranaense, pre-ferindo aguardar o treinorecreativo desta tarde paradar a palavra final. No co-letivo de ontem, que durouduas hora.s, a equipe mos-trou acima de tudo um bompreparo fisico. deixando otreinador confiante numaboa partida amanhã.

RINALDO AGRADA

Os titulares venceram osreservas por 5 a 0, com golsde Passarinho (2), Kosilck(2) e Krieger, deixandoFrancisco Sario satisfeitocom a movimentação dotreino. Os times formaramassim: titulares — CarvalhoÍJoel), Deleu, Roderlei, Ni-co e Ismael; Rossi e Rinal-do; Passarinho, Krieger, Ko-silek e Carlos Alberto. Re-servas — Joel (Carvalho),Marinho. Berto, Antoninhoe Reis; Lucas e Hugo; Vál-ter, Servílio, Paulo Vecchioe Edson.

Rinaldo, comprado ao Pai-meiras por NCrs 50 mil, foiuma das melhores figurasdo treino. Atuando no meiode campo, êle tanto fazia otrabalho de armação comobloqueava com sucesso osataques adversários. Deu ex-celentes passes em profun-didade, inclusive para umgol de Passarinho e outrode Krieger, em duas joga-das Inteligentes, cobrindo adefesa reserva e deixandoos atacantes írente à fren-te com o goleiro.

Ismael, ex-jogador doSantos e do Fluminense, ePassarinho, que jogou anopassado pelo Flamengo,também treinaram satisfa-tòriamente e têm a presen-ça garantida contra a sele-ção brasileira.

TREINO DECIDE

Hoje à farde, haverá ape-nas um treino recreativo,com bate-bola e exercíciosleves, no ginásio do clube,já que a seleção estaráocupando o campo no mes-mo momento. Logo após, otreinador escalará a equipepara a partida de amanhã etodos partirão para a con-centração do Hotel Clímax,

As dúvidas do treinadorpara escalar sua equipeprendem-se sobretudo à li-nha de zagueiros, que nãotem-se mostrado muito se-gura nas coberturas. No co-letivo clc ontem, FranciscoSario chamou seguidamentea atenção dos defensores, eapesar dos titulares não tc-rem sofrido gols, êle não fi-cou muito satisfeito.

TROCA DE CAMISAS

O Cori|iba entrará emcampo, amanhã, vestindoseu uniforme costumeiro:calção branco e camisa ver-de. Logo depois que receberas faixas de campeão, o ti-me vestirá o uniforme daFederação Paranaense, queé de camisa verde e brancaem listras.

A torcida local está divi-dida e em dúvida sóbre paraqual dos dois irá torceramanhã à tarde, dando aimpressão de que o Coritibacontará apenas com a suatorcida, recaindo sôbre a se-leção a preferência das de-mais. O interesse pelo jogoé dos maiores, esperando-serecorde de renda no Es-tado.

UM CAISDIDATO SEGUNDO CLICHÊ

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IHB___a_>-_; ífe;__»â___lí_____j__Í$SH_____i-v%.p^> 4 '&___¦________§O goleiro Alberto, o primeiro ãa fila, poãe ser escalaão para o jogo ãe amanhã

Clubes lançamMedrado Diaspara a FCF

Quatro clubes —• Vasco,América, Olaria e São Cris-tóvão, que deverão contarcom o apoio do Bonsucesso,Madureira e Portuguesa —se reunirão hoje para lan-çar a candidatura do Sr.Medrado Dias á presidênciada Federação Carioca deFutebol e firmar posição afavor do voto unitário e deque o campeonato cariocado ano que vem seja dispu-tado por doze clubes no tur-Jio e returno.

Na assembléia de ontem,os clubes aprovaram porunanimidade o calendáriopara 1969. que é o seguiu;e:janeiro e fevereiro reser/a-dos para excursões, inician-do-se no dia 1.° de marçoo campeonato carioca, queterminará no dia 29 dc ju-nho. No periodo dc 1.° demarço a 12 dc julho será ocampeonato infanto-juvenil.O prazo para a preparaçãoe jogos no exterior da se-leção brasileira nas elimi-natórias para a Copa doMundo irá de 1.° de julho a17 de agosto, sendo que aTaça Guanabara tambémserá disputada na meamaocasião, de 4 dc julho a 17de agosto, quando tambémse realizará o Torneio Lou-rival Lorenzi, de 5 de julhoa 3 de agosto.

O periodo de 21 a 31 deagosto fica reservado paraas partidas, no Brasil, daseliminatórias para a Copado Mundo. De 1.° de setem-bro a 14 rie dezembro será oTorneio Roberto Gomes Pe-d rosa, c também o Norte-Nordeste e Centro-Sul.

EUA derrotamBermudaspelo mundial

Hamilton, Bermudas (UPI-JBj — Os Estados Unidosvenceram as Bermudas por2 a 0 em partida realizadanesta cidade e que valeu pe-las eliminatórias para a Co-pa do Mundo de 1970 noMéxico.

Os dois gols da seleçãonorte-a m e ri can a forammarcados na fase iniciai, oprimeiro aos oito minutos,por intermédio de Cann,contra, ao tentar desviarum forte chute do atacan-te Miliar. O segundo gol foiaos 41 minutos, quando Wil-lian Roy aproveitou de ca-beca a cobrança de um cór-ner.

O vencedor da série dosEstados Unidos e das Ber-mudas, que inclui tambémo Canadá, disputará contrao vencedor da série entreHaiti e Guatemala uma va-ga para a Copa no México.

Vasco reiniciou treinos cjá tem dois problemas parao jogo contra o Fluminense

O Vasco reiniciou ontem seus treinamentos, de-pois da folga no Torneio Roberto Gomes Pedrosa, ejá tem dois problemas para a partida do próximodomingo contra o Fluminense: Bougieux e Alcir.

Bougieux deixou ontem a Casa de Saúde SãoMiguel, onde extraiu as amigdalas, e está com o pè-so muito abaixo do normal. Nesta semana, o jogadorfará um regime de superalimentação, com o nutri-cionista Julcídio Sampaio, para ver se recupera opeso.ALCIR NAOMELHOROU

Quanto a Alcir. o jogadorainda, sente a contusão nu par-te posterior da perna direita eos médicos Otávio Martins eLuis Leão vão intensificar seutratamento para coloca-lo emcondições de jegar no domingo.

Por outro lado, os jogadoresBenetti, Adilson e Antoninho,que se acidentaram num dc-sastre rie automóvel na sema-na passaria, treinaram ontemnormalmente. Os três vão ti-rar os pontos rios ferimentosque sofreram na próxima quin-ta-feira e poderão ser escala-rios contra o Fluminense.

Eberval e Nado, que atuarampela seleção carioca, foram dis-pensados rio treino de ontem e

só se apresentam hoje. Pattli-nho realizou um individual eum bate bola especial para osgoleiros, no total de (50 minutosrie treino.

Para hoje, o técnico progra-mou novo individual e realiza-rã os ^coletivos amanhã e sex-ta-feira, iniciando logo em se-guida a concentração. Pauli-nho argumentou que a parali-zação do Torneio Roberto Go-mes Pedrosa foi útil a sua equi-pe, pois a maioria dos jogado-res estava cansada.

O Vasco está tentando pro-gramar seu jogo contra o Ba-nia, que foi adiado por causadas fortes chuvas que caíramem Salvador, para o riia 2 dedezembro, no mesmo local. ACBD, porem, ainda não se de-cidiu sobre isso.

Cruzeiro intensifica seustreinos pois acha jogocontra o Botafogo decisivo

Belo Horizonte (Sucursal) — O Cruzeiro inten-sificóu ontem os treinamentos com demorada práti-ca de ginástica especial, e anuncia para hoje um co-letivo de duas horas, julgando a partida de sexta-feira contra o Botafogo como decisiva às suas aspi-rações de classificação no Torneio Gomes Pedrosa.

O técnico Orlando Fantoni teme que Tostão,Dirceu Lopes, Zé Carlos e Natal, sejam utilizados nojogo da seleção brasileira, amanhã, em Curitiba, e seapresentem desgastados ao clube na quinta-feira.Piazza, os juvenis Ricardo, Petronilho, Gilberto e Pa-lhinha estão de sobreaviso para possíveis substi-tuições.NOVO ESFORÇO

O preparador físico do Crurzeiro, Paulo Benigno, exigiuontem rios jogadores esforço do-brado no cumprimento da gi-nástica especial que durou qua-se tôda a manhã. O treina-mento foi por setor, com osgoleiros merecendo maior aten-cão. Participaram todos os ti-tuíaros e reservas, exceto Pro-copio, operado. Marco Antônio,com fratura no braço, e os qua-tro mineiros que servem à sc-leção brasileira — Tostão, Dir-ceu Lopes, Zé Carlos c Natal.

Orlando Fantoni fèz uma pre.leção pedindo uma vitória sò-bre o Botafogo na sexta-feira,pois considera a partiria comodecisiva às aspirações do clubeno grupo A rio Torneio GomesPedrosa. Explicou que a inten-sificação dos treinos visa aprt-morar a forma dos jogadores,dando-lhes condições efetivas dechegar num dos primeiros luga-rcs ao linal rias eliminatórias dotomrio.O TEMOR

Hoje haverá pela manhã umcoletivo de duas horas no cam-

po do Itau, na Cidade In-dustrial. Amanhã um individualencerrará os preparativos pa-ra o jogo contra o Botafogo,ocorrendo, em seguida a con-centração na "toca da rapo-sa." No sábado os jogadoresnão ganharão folga, qualquerque seja o resultado rio jogo dodia anterior, porque domingoo Cruzeiro terá novo compro-misso pelo Torneio contra aPortuguesa de Desportos. Umai'evisáo médica definirá o timeque no periodo rie 48 lioras jo-garã duas vezes.

A possibilidade de Tostão,Dirceu Lopes, Zé Carlos e Na-tal serem lançados no jogo daseleção brasileira amanhã emCuritiba aumentou os proble-mas de Orlando Fantoni. Otécnico teme que os jogadoresretornem cansados a Belo Ho-rizonte na quinta-feira véspe-ra do jogo contra o Botafogo.Por isto, convocou Piazza e ojjuvenis Petronilho, Ricardo,Palhinha e Gilberto- Para »coletivo de hoje, anunciandoinclusive as suas presenças naregra três no jogo contra oBo-tafogo.

Milton Cosia Carvalho <- Ronald TJisobàlâ.Enviados especiais rio .11$

Curitiba — A seleção bra-sileira está praticamente es-calada para enfrentar a pa-ranaense, amanhã à noite,com Félix ou Alberto nogol, já que Picasso está aoscuidados do Sr. Lidio Toledoc náo tem condições de jô-go-

Picasso sofreu um cortefundo no braço esquerdo,durante a partida entrepaulistas e cariocas, domin-go. e o médico da seleçãoteve de dar um ponto nolocal atingido. Moreira quei-xa-se de dores na perna di-réitá e, mesmo acreditandoque seja uma simples càim-bra, ficará de íora.

A delegação chegou on-tem às 13h30m.

TÉCNICO AGUARDA

Aimoré Moreira, porém,nâo quer escalar a seleção

em definitivo, antes da re-visão médica marcada parahoje de manhã. O técnicodisse que, em principio, gos-taria de mandar a campoa mesma equipe que inicioua partida com a FIFA. Acontusão de Picasso afastaessa hipótese, de modo quedeverá entrar Félix em seulugar ou, talvez, Alberto.

Tudo depende, certa-mente, do que disser o Li-dio Toledo.

Sôbre o lançamento deNilo na lateral esquerda, Ai-more comenta:

É uma boa pedida, masnão quero escalá-lo de sai-da. Poderiam pensar que,sendo Nilo daqui, do Paraná,eu estivesse cedendo a pres-soes regionalistas. Se èleentrar, deverá ser no segun-do tempo.

Os jogadores passaram to-do o dia dc ontem repou-sando no hotel e só sairampara as refeições. Um li-geiro treino recreativo foiprogramado para esta ma-nhã, no Estádio Dorival deBrito, e o passeio inicial-mente previsto para hoje,cm Paranaguá, foi vetadopelos dirigentes.

— Para isso, eles teriam.de viajar, indo de trem evoltando de ônibus — expli-cou Aimoré Moreira.

Dependendo, portanto, darevisão médica, a seleçãobrasileira deverá enfrentara paranaense com a seguin-te formação inicial: Félixou Alberto, Carlos Alberto,Jurandir, Dias e Everaldo;Gérson e Rivelino; PauloBorges, Jairzinho, Pele ePaulo César.

Crítica aborrece Aimoréque não fala da seleção

Quem quiser saber dealguma coisa da seleção,pergunte aos críticos, poiseu não falo mais nada. Nãodou escalação, nem sistematático a ser empregado —disse Aimoré Moreira ontemno Aeroporto Santos Du-mont, minutos antes do em-barque da seleção brasileirapara Curitiba.

O treinador se mostravairritado com as críticas quetem recebido, e sempre aolado dc Osvaldo Brandão,que não o deixou sozinhodurante todo o tempo emque permaneceu no Aeropor-to, falava bem alto que ago-ra não abrirá mais a boca.Enquanto isto. os jogadoresdiziam que não viam utili-dade em fazer esta partidano Paraná, e queriam saberquando será paga a diferen-ça de NCrs 400,00 que falta,para completar NCrS 1 mildo prêmio pela vitória con-tra a seleção da FIFA.

NÃO FALA SÔBRESELEÇÃO

O treinador logo que che-gou ao Aeroporto SantosDumont. procurou ficar sem-pre ao lado dos dirigentesAntônio do Passo e Agatir-no da Silva Gomes. Quandolhe faziam perguntas sóbreo Ume brasileiro, Aimorérespondia logo que sóbre se-leção não fala mais.

Quando vocês quiseremsaber alguma coisa sôbre aseleção — disse — pergun-tem aos críticos. Eles sabemde tudo, desde os sistemastáticos até o time que vaijogar. Em boca fechada nãoentra, mosca.

Aimoré não assistiu àpartida entre as seleções doRio e São Paulo, pois che-

A RECEPÇÃO:>¦¦¦:<•<¦ ¦<-. ::.v*í* -.::^:-

fiou de Taubaté às IS ho-ras de domingo, indo dire-tamente para as Paineiras.

Não quis ver esta par-tida pois conheço tudo sò-bre os jogadores — conti-nuou — c só fiquei sabendodo resultado quando eleschegaram na concentração,assim, mesmo porque elescomentaram, já que nemperguntei.

COMO SEMPRE

Cercado de crianças, Pe-lé a lodo instante procura-va saber se o presidente daCBD já havia chegado. Mo-zart Di Giorgio se aproxi-mou de onde o jogador es-lava c chamou-o para umcanto. Brito que passavapor perto falou alto para osoutros ouvirem.

Como é, os homens jáfalaram sôbre o bicho pro-metido?

Logo depois da conversareservada com Mozart, Pe-lé voltou para o meio dosjogadores c sentado num dosbancos do aeroporto falou,que "a conversa não é sô-bre o prêmio, pois o que a.rapaziada quer é dispensa."

Os jogadores deixaramcom Carlos Alberto a in-cumbencia de apanhar orestante do prêmio pela vi-tória contra a seleção daFIFA. O capitão do timedisse que logo após a parti-da em Curitiba receberá odinheiro conforme foi pro-metido pelo presidente âaCBD.

CORRIGINDO OS ERROS

Everaldo e Alberto, quechegaram, ?io domingo àtarde, disseram que assisti-

ram os videos-tapes das¦partidas contra as seleçõesdo México e da FIFA e quepuderam ver onde erraram.

Na próxima oportuni.dade que eu tiver — disseEveraldo — sairei apoiandomais. pois fiquei muito fo-ra de minha característicae prejudicado em jogar semapoiar. Observei também,que em. três vezes eu esta-va com a bola dominada enão e?ico?ifrei ninguém pa-ra passar a bola. tendo quetocá-la para o lado.

O meu erro — falou.Alberto — foi o de não tersaido mais do gol, mas istoé por causa do costume dejogar no Grêmio, que atua,retrancuclo e não permiteque o goleiro saia para nãose confundir com os za-gueiros.

A seleção, que ficou hos-pedada no Lorde Hotel, emCuritiba, fará apenas um,treino leve na tarde dc ho-je. no Estádio Belfort Du-arte.

COMENTÁRIO GERAL

Antes do embarque, osjogadores brincaram muitocom Pele c Gérson que cum-primentaram. a Rainha Eli-sabete, da Inglaterra.

O negão está com tudo— falou Brito — ganhou ojogo, o bicho e ainda cum-primento da Rainha. Aliás,ela conseguiu, o impossível,que era fazer o Gérson jo-gar de barba feita.

Zagalo e Evaristo ficarampor longo tempo conversan-do a sós num canto, e oscomentários entre os joga-dores cra dc que "a Cosenavão vai durar."

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A seleção chegou a Curitiba e na porta do Hotel Lord os torcedores o esperava

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Alto, louro, elegante, um sorri-so constante, um olhar delicado, aten-to. A primeira impressão que se tem,quando se lhe é apresentado, é deque uma pergunta curiosa virá. Masem geral é um comentário mordaz,irônico mesmo. Essa é a imagem com-posta do Príncipe Philip após as des-pedidas do casal real ao Brasil.

Por que não estariam os soldadosdentro do palácio, na recepção emBrasília, contendo os convidados ávi-dos de ver a Rainha? Se o general te-ria ganho na guerra as condecoraçõesque tinha ao peito. O que fazia omarido de uma bailarina enquantoesta dançava? Quem sabe o Presi-dente não começaria também a pin-tar, como o fêz Grauben depois dossetenta anos. Todas estas indagaçõeso Príncipe Philip deixou no ar, amaioria delas — essas e inúmeras ou-trás — ficando sem respostas. A sur-presa do comentário, ou da pergun-ta inesperada, tirou de muitas de nos-sas autoridades o espírito para umaresposta imediata. Aqueles que re-solveram passar o recibo, nos últimosdias dos visitantes entre nós, já crês-cente sua fama de mordaz e irônico,não foram traduzidos pelos diploma-tas que serviam de intérpretes — umaquestão de diplomacia, de a todo ocusto manter as boas relações entreos dois países.

A Rainha, sóbria, discreta, umjeito conservador no vestir, no pen-tear, faz com que a figura do Princi-pe Consorte sobressaia ainda maismarcante. Êle foi acusado até de pia-

dista e indiscreto. Os comentáriosmostram a dificuldade de muita gen-te em entender como duas pessoastão diferentes podem conviver. É pos-sível que ela admita tudo isso? Podeum homem tão charmoso, tão moder-no, gostar de uma figura tão tradicio-nalista? O casal já se foi e os brasilei-ros ficaram com suas conclusões decada um: a Rainha afável, sorridente,conquistando mesmo sem muita bele-za ou elegância, de qualquer fator emcomum com o mundo nôvo; um Prin-cipe surpreendente, dando o que fa-lar, sem medo de deixar atrás de sifarto material para que uma imagemsua possa ser composta.

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Alguns momentos de entusias-mo: tanto um como o outro pa-reciam bater palmas com vontade di-ante da escola de samba na sacadana Embaixada inglesa. Numa recep-ção no late Clube a Rainha não es-condia vigiar com os olhos o marido.E a chegada em Brasília, quando fo-ram apresentados a um ministro como braço na tipóia, o comentário decada um, tão diverso um do outro:— O senhor sofreu um acidente?, oda Rainha. — O senhor está saindode uma briga?, o do príncipe. Osaspectos opostos de cada um, aí es-tão definidos. E também quem sabeos dois aspectos que caracterizam aInglaterra de hoje, aquela que venerauma instituição milenar e aquela quederruba as tradições, que implanta onôvo, a extravagância de uma King'sRoad.

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JORNAL DO BRASIL ; j RIO DE JANEIROn TERÇA-FEIRA, 12 DE NOVEMBRO DE 1968

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CENTRO:Rua Uruguaiana, 5Rua Uruguaiana, 105/107Rua do Ouvidor, 137Rua da Alfândega, 118

COPACABANA:Rua Raimundo Correia, 15/19

TIJUCO:Rua Conde de Bonfim, 377

IPANEMA:Rua Visconde de Pirajá, 4-B

ABERTAS ATÉ ÀS 22 HORAS

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PAGINA 2 D JORNAL DO BRASIL [.] RIO DE JANEIRO D TERÇA-FEIRA, 12 DE NOVEMBRO DE 1968 D CADERNO fo

TENDÊNCIAS NOVAS DA FIGURA HUMANAARTES PLÁSTICAS | WALMIR AYALA

Tendo a figura humana eseus atributos como denomina-dor comum, os Estados. Unidosnos enviam uma exposição emque as novas tendências da ex-pressão plástica são denuncia-das. Estas novas tendências domaior centro de criação artisti-ca do mundo atual

'coincidemauspiciosamente com uma sériede descobertas e percursos rea-lizados aqui — e esta coincidên-cia não ocorre num plano estri-to de linguagem copiável, masde percepção dos mesmos moti-vos: o surrealismo, o grotesco, aanatomia (especialmente inte-rior), o erotismo, etc. Constan-ce Perkins teve a felicidade deescolher a figura humana comovértebra de sua mostra, e ad-verte que esta vitrina cle novastendências não é absolutamen-te definitiva. Posição honesta ealtamente humanista aindamais quando se sabe, como sesabe, que o outro lado do pro-blema é o império da matériapela matéria, esta paixão dopa-da pelos chamados novos mate-riais, e que concentram o artis-ta num desligamento de tudo oque não seja forma pura, vir-tuosismo tecnológico, espetáculoeletrônico, monumentalidade e

robotização. Precisamos reas-sumir a figura, esteja onde es-tiver, deformada sob quaisquerterrores, cingida, esmagada, ex-plosiva e resistente, e é isto oque esta mostra nos traz, comtodos os sinais de um ambientecontraditório e poderoso, quenão deixa de especular sobre atransitoriedade e o sangue.

ELENCO

Diz Constance Perkins emsua apresentação: "Em geralexiste uma sensibilidade paracom o concreto: uma rebeliãocontra a metafísica e o velhoexistencialismo e uma tendên-cia no sentido da afirmação la-cònica". Acusa também a insis-tência num barroquismo tão emvoga, e uma insistência no ano-nimato. Temos visto por aquitambém todos estes caminhos,e intrigados especialmente poresta tendência ao anonimato dopersonagem, a fuga do retratoúnico, em direção ao molde, aofantasma múltiplo, ao coletivoem cuja estandardização des-ponta uma nova dinâmica dografismo que, ao mesmo tempoque anula o homem, advoga ahumanidade. Muitas vezes éste

drama pungente da solidão e dodesacerto humanos está impli-cito na ausência da figura os-tensivamente substituída neloobjeto de seu uso (vide Stephànvon Huene nesta mostra ameri-cana).

Vamos ao elenco, por ordemalfabética: Aldo Cas a nova("Fascinam-me os fenômenosdo nascimento, do crescimentoe da recriação inerentes a essasformas férteis, acho-as expres-soes mais positivas da vida") —juntura e fusão movem seu ges-to, massas pesadas e incorruptí-veis, o macho e a fêmea, umaespécie de forma imantada epulsante; Enrique Castro Cid("A idéia não é converter o ho-mem num robô, mas sim fa-zer com que èle se sinta livreem um mundo de máquinas")numa linha de advertênciaque tem profundos pontos decontato com certas pesquisas doorgânico em artistas nossos co-mo Farnese, Ana Bela Geiger;George Cohen ("Talvez eu pre-cise achar de nôvo as figuras")o ser estilhaçado, mas nãotão invisível que não interfiracom seu espectro vigilante, en-tre formas que como chapas deluz se transpassam numa verti-

gem cle sutil dinamismo; RobertCremean ("Arte, por outras pa-lavras, é anarquia espiritual, a-social e sem palavras, umaameaça a todo e qualquer ma-nifesto cultural. Fluxo inter-no") — processo de rebeldia eanarquismo representado emnobre c equilibrada figuração;Frank Gallo ("Ponho minhaobra a salvo de julgamentos es-táticos. Para mim, as posturasda figura humana são poten-cialmente expressivas") — umabanalidade expressiva, deforma-da conforme a obstinação do an-tibelo deste artista enraivecido.Raiva, sim, num mundo de fa-cilidades e bom gosto; RobertHansen ("A visão mística, lon-ge de ser rara e limitada aossantos e eremitas, acredito queseja a mais comum e acessíveldas experiências, exigindo, non-tudo, alto grau de atenção, umadevoção difícil de ser aplicadaem uma era vertiginosa e ator-mentada") — Lester Johnson("Quero formas que não fluam'facilmente demais, porém quetenham tensões") — a frontali-dade e o delineamento vigoroso,num contraponto da rigidez dapostura com a diluição da su-perfície; Robert A. Nelson ("A

CÉU VERDE, COM NEBULOSIDADETEATRO YAN MICHALSKI

Não há como negar coragem aos Ar-tistas Associados, que iniciam suas ativida-des com um texto pesado c difícil, semqualquer concessão ao comerciálismo rei-nante.

Pesado c difícil não quer, automática-mente, dizer bom. Em O Céu È Verde, ojovem autor inglês Brian Gear coloca emdiscussão um problema que, sem ser ori-ginal. possui indiscutível carga de interês-se intelectual: a luta que dois empederni-dos ateus travam contra dois representan-tes da religião, em torno de um menino dequatorze anos, sobre quem cada uma dasduas facções procura firmar a sua ascen-dência. O tema daria margem a um debaterespeitável, mas faltam a

"Brian Gear qua-se tòdas as qualificações para levar sua ta-

refa a bom termo: qualificações de ordemdramatúrgica, de profundidade intelectual,e até mesmo de honestidade no debate.

Ordem dramatúrgica: a peca começa,de maneira razoavelmente promissora, co-mo uma obra cle teatro do absurdo: os es-tranhos tipos dos dois tutores do adolescen-te, a esquisitíssima vida que eles levamnuma casa não menos esquisita, as suas in-iindáveis discussões sobre assunlos total-mente desligados da realidade cotidiana clequalquer indivíduo normal — ei-nos leva-dos inconfundivelmente para uma pistabeckettiana e colocados na presença de umVladimir e cle um Estragou resignados eaburgue.sados, que não esperam mais o seuGodot, mas continuam procurando afastarqualquer reflexão sobre a sua própria mi-serável condição, através de passatemposbaseados com convenções que eles mesmoscriaram. Aos poucos, porém, o autor mos-tra-se desinteressado ou incapaz cle sus-tentar êsse caminho, e resvala para um me-lodrama realista, banal e antiquado, fa-zendo com que os personagens percam seuar misterioso e estranho; e quanto menosestranhos, mais implausíveis, artificiais efalsos eles se tornam. De um sub-Beckettpassamos a um sub-Priestlev — uma mu-dança, evidentemente, bem pouco recomen-dável.

Profundidade intelectual: O Céu ÊVerde é uma peça de tese, uma peça de dc-

bate — mas o autor foge quase por com-pleto cle uma discussão intelectual, e colo-ca o conflito predominantemente no nívelde um bate-boca dirigido por motivaçõesemocionais. Em vão procuraríamos qual-quei argumento nóvo, pessoal, uma contri-buição de alguma originalidade para o éter-no debate sobre a existência cle Deus: tudonão passa cle frases feitas, que parecem re-tiradas cle dois primários catecismos. umcatólico e outro ateu, O fato de que os ar-gumentos das duas partes se dirigem a umadolescente, e portanto precisam adaptar-seà sua capacidade de compreensão, forneceuin bom pretexto lógico para êsse primaris-mo dos argumentos, mas não o torna me-nos desagradável. E a profusão verbal coma qual Brian Gear lança sobre as nossascabeças a sua chuva cle chavões agravamuito a situação.

Honestidade no debate: a atitude fac-ciosa do autor dilui cle saída a densidadepotencial da discussão. Sem querer entrarno mérito dessa discussão, é evidente queela só poderia estabelecer-se em termos dra-màticamente válidos se o autor desse aosdois lados uma força de convicção aproxi-madamente igual. Mas o seu padre e a suatia beata são tão imbecis e malvados, e osseus dois ateus tão superiores, bonzinhos einteligentes (embora seus argumentos se-jam, como já disse, extremamente surra-dos) que o debate se trava desde o iníciocom cartas marcadas. Gear precisariaaprender com o seu compatriota GrahamGreene — um autor católico cujos persona-gens ateus são sempre humanos e cheios deboas razões — o dom da imparcialidade, in-dispensável nesse tipo cle peças, e sem oqual até mesmo o ponto-de-vista que o au-tor pretende defender — no caso, um ateis-mo livre cle quaisquer preconceitos — per-de tôda a sua força de impacto.REALISMO SEM MISTÉRIO

José Renato abafou as sugestões deteatro do absurdo contidas na primeiraparte do texto, e empostou seu espetáculonum clima quase uniformejnente realista,ganhando assim uma certa unidade detom que falta à peça, mas desperdiçando

justamente aquilo que o texto tem cle maisinteressante, e sublinhando aquilo que êletem de mais banal. Sem o halo de mistério,de excentricidade. O Céu Ê Verde se reduz!na sua versão carioca, a um dramalhão es-quemático e ingênuo, com fugazes cenas desuperficial tensão dramática no segundoato, quando o jovem objeto da disputa fazcom que a balança da decisão se incline su-cessivãmente para cada um dos dois lados.

Dentro dessa empostação tímida e ba-nal, José Renato conseguiu impor, no inte-rior muito sugestivamente criado pelo cenó-grafo Anísio Medeiros, uma vivência razoa-velmente plausível: as marcações são natu-rais e fluentes, existe a sugestão cie umcerto clima, o nível médio das interpreta-ções é a rigor aceitável: mas seria necessá-rio muito mais do que isso para projetar oespetáculo para além das fronteiras do su-perficial que o próprio texto lhe impõe, epara impedir o tédio de se instalar nopalco.

O desempenho mais minucioso e inte-ressante é o de Sebastião Vasconcelos,cuja composição física é um tanto óbvia,mas cuja interiorizàção e riqueza de inten-ções — mesmo nas cenas em que êle nãose encontra no centro da ação — são res-ponsáveis por alguns momentos bastantetocantes. Luís Linhares atua com a forcae a sinceridade que lhe conhecemos, numtrabalho competente mas pouco criativo,que não acrescenta nada de nôvo à sua car-reira. O jovem Antônio Dresjean dá contado seu recado, com uma presença físicamuito adequada ao personagem, c comuma bonita sinceridade; a

"julgar pelaamostra, o juvenil ator tem um bom futu-

ro pela frente, precisando porém cuidardesde já da sua dicção, ainda muito confu-sa. José Maria Monteiro não transmitenunca a cruel e destruidora vivência dopadre Quinn, e constrói o personagem nabase de uma quase caricatura, que desequi-libra ainda mais o já em si desigual debateentre os dois campos em conflito. E Bea-triz Veiga acrescenta uma dose suplemen-tar de falsidade e dureza a um personagemjá em si insuportavelmente falso e esque-mático.

RELIGIÃOCATECISMO FRANCÊS

MARTINS ALONSO

Dois são os catecismos que, já agora,suscitam discussões nos. meios católicos daEuropa, o dos holandeses, que teve sòmen-te duas edições, a do país de origem e a daInglaterra e Estados Unidos, ambas contes-tadas porque não atenderam às correçõespropostas pela comissão de cardeais' deRoma, e o dos franceses que entrou a cir-cular no mès de outubro.

O catecismo holandês está em pontomorto. Depois das críticas severas e atémesmo censuras que sofreu, não foi edita-do ainda em nenhum outro pais. Mas, oelaborado por padres e catequistas france-ses foi bem recebido e pouco contestado. Éum manual ilustrado, mas não é o únicodivulgado para tôda a França, eis que o in-tu ito dos seus autores foi atender à situa-cão pastoral de cada comunidade a queêle se dirige.

Assim, existem cinco e depois serãosete os manuais que corresponderão às se-guintes divisões: crianças vivendo nummeio pluralista, no plano social ou cultu-ral, e tendo já recebido uma iniciação cris-tã; crianças dos meios urbanos pouco cris-tãos, mas tendo iá feito uma experiênciada vida cristã: crianças de meios descris-tianizados cie grandes cidades que jamaisreceberam qualquer formação cristã: crian-cas dos meios rurais onde subsistem tra-dições cristãs; crianças de meios de culturasimples, tendo poucos meios de expressão,crianças com deficiência intelectual ligei-ra e as que tenham sofrido atraso escolarrelevante; crianças do meio rural descris-tianizado e do meio urbano em setor mis-sionério.

Cada diocese escolhe um ou vários dès-ses manuais e cada paróquia ou escola ado-ta um manual escolhido pela diocese. O ca-

tecismo não propõe um ensino decompon-do as verdades religiosas em partes suces-sivas, como verdades a crer, mandamentosa cumprir, sacramentos a receber, mas pro-picia às crianças uma visão sintética dafé católica centrada sobre o o plano divi-no da salvação em Cristo. Todo o ensino éparte da Palavra de Deus, iniciando os alu-nos na leitura cia Bíblia, e parte da vidaconcreta cia criança, ensino que é distri-buído segundo um programa que corres-ponde ao desenvolvimento do ano litúrgi-co. O plano procura interessar os paiscomo primeiro? educadores religiosos cleseus filhos e inúmeros deles, não pratican-tes. segundo as observações e pesquisas, jádemonstram interesse na participação quelhes é solicitada.

Contudo, o catecismo francês não es-capou à crítica. Sabe-se que houve protes-tos e várias cartas foram enviadas a Romadenunciando a obra como nociva. Fala-sede omissões, assim como da forma de ana-Usar o pecado original, conquanto hajamos autores dos manuais determinado quetais assuntos serão tratados nos manuaisem preparação que se editarão daqui a doisou três anos.

Recorda-se que iá no comêco do ano,reavivando uma campanha iniciada há dezanos. certos meios promoveram uma reaçãopublicitária contra as pesquisas catequéti-cas do Centro Nacional do Ensino Religiosoe. come tal campanha envolve a responsa-bilidade a Confer ncia Episcopal Francesaque aprovou a elaboração do catecismoveio ao debate o Cardeal Lefebvre, presi-ciente da Conferência, e declarou que taiscríticas acusam erros contra a fé católicae mutilações na doutrina, feitas pelo cate-cismo de curso médio, adotado pela Assem-

bléia Plenária do Episcopado. Todavia,acentua o prelado, tais ataques, que pede-riam perturbar a consciência dos cristãos,são destituídos de verdade. Apoiando-se sò-bre citações fora do contexto, isolando talou qual expressão das outras expressõescomplemeníares, extrapolando de formaindevida, essa campanha desnatura o sen-tido e a mensagem daquele documentocatequético.

Se, pois, o catecismo holandês não en-controu defensores arraigados, porque algu-ma coisa no livro o impede de ser admitidono mundo católico, os manuais da Françaestão amparados pela hierarquia e já es-tão sendo adotados de forma obrigatóriacom resultados positivos, sobretudo no tra-balho missionário."HUMANISMO SOVIÉTICO. MITOOU REALIDADE?"

A Agir editou êste livro de grande in-terésse e indiscutível atualidade, de autoriado Pe. ülisse Floridi e numa tradução cleGama Scardini. Esta obra do Pe. Floridiconhecedor profundo da língua e da almarussas, poderia ser definida como uma res-posta à pergunta: qual a realidade que seesconde atrás do mito comunista? Comaquelas qualidades, o autor não teve di-ficuldade em seguir tôda a produção edito-rial soviética, como também penetrar ecompreender a alma russa em suas com-plexidades e contradições. O livro do Pe.Floridi é uma resposta objetiva e documen-tada. Suas páginas analisam fatos e pes-soas e informam sobre a vida da Igreja naRússia, noutras épocas e nos dias atuais.É preciso ler ésse livro para se entender arealidade soviética.

nostalgia e o heroísmo que co-brem ao mesmo tempo figurasdo bem e do mal, encontradasno passado, formam o clima deonde evolui a minha obra") —a pesada panorâmica da sátiranum artista que narra a defor-mação instruída de seus devidossuportes e simetrias; PhilipPearlstein ("Procurei salvar-medo naufrágio de cem anos cle dis-torção da visão realista do ar-tista, por um desafio enganosoe um emprêgo da litografia, porum academicismo convenciona-lizado, e pela subserviência amodas abstratas, um meio depintar representações") — ste-phan von Huene ("Por meio deminha obra ilumino relaçõesmentais, na esperança de tor-ná-las acessíveis a todos. Espe-ro que as pessoas compreendamque essas expressões tambémexistem nelas") — sem dúvidao mais chocante deste elenco desubversivos da essência, o gro-tesco, o utilizável repugnante,neste nôvo dadaísta.

Éste grupo, estas propostas,sobretudo o importante enfoquede uma oficina de inquietaçãoe matéria-prima, é o que pode-remos visitar a partir cle ama-nhã no Museu de Arte Moderna.

DISCOSMÚSICA RENZO

MASSARANI

Apesar do.s complexos proble-mas antimusicais da nossa vidamusical, nestes dias estão apare-tendo sintomas bastante consola-dores. O Madrigal da Bahia, a Mu-sikantiga de São Paulo, o Coral daUniversidade de Juiz de Fora —que acabam de visitar-nos — osCursos ele Verão de Teresópolis cCuritiba, significam que a músicateima em continuar com ativida-des que se poderão tornar preci-osos celeiros para o futuro: tam-bém para a.s ameaçadas institui-ções culturais e artísticas da Bela-cap que, aliás, não deixa de terseus próprios celeiros num punha-dc, de ótimo.? compositores e in-térpretes. de críticos preocupadosc corajosos, e de entidades da se-riedade cle uma Associação cleCanto Coral.

Particularmente promeledora esignificativa, agora, é a iniciativada editora paulista Abril Culturalque inicia o lançamento bimensalcie discos numa tiragem como pos-sivelmente nenhum outro país al-cançou no campo da música declasse. Cada disco é completadopor um fascículo de 12 páginas,em lindíssima veste editorial, noqual a figura e a obra de ca'acompositor são apresentadas clemaneira clara, simples, compreen-.sivel também ao leigo, mas longecios amadorismos e das besteirascíe mod... Cada disco e cada fas-ciculo serão postos a venda nasbancas de jornais do Brasil, aopreço de NCrS 5,00, isto é, fican-cio ao alcance dos mais humildes.Trata-se então de uma coberturatotal que penetrará até nos recan-tos mais afastados, oferecendo apossibilidade real de compreendere amar a música. O primeirorúmero é completado também perum folheto dando conselhos prt.-ticos sóbre como cuidar dos dis-cos, e por um suplemento com timresumo de história da música,uma descrição da orquestra sirifô-nica moderna, e um dicionário dostermos musicais mais usados. Nãoserá de se estranhar se a inicia-tiva inédita repercutirá tambémno fabrico e no barateamento dosaparelhos gramofõnicos e num fe-cundo retorno das nossas ótimasgravadoras... profissionais, que nosúltimos anos tinham quase aban-donado o campo da música cleclasse.

A série do.s Grandes Composi-tores da Música Universal anun-cia, para os próximos lançamen-tos, obras-primas de Bach. Vivai-di. Mozart, Beethoven, Chopin edo Tchaikovsky que hoje aparececom o Concerto n.° 1 para Pianoc Orquestra; continuará pontual-mente cada 14 dias, oferecendopouco a pouco uma discoteca am-pia e variada que já pensa numLP coral-sinfònico cle obras bra-sileiras de padre Jo.sé Mauricio, eque não esquecerá os contempo-ràneos.

Ê particularmente agradávelimaginar a enorme penetração po-pular destes discos (popular, semdemagogias e interesses criidos)mas é também importante cons-tatar desde já que tais publica-ções interessarão igualmente aosdi.scófilos mais exigentes e apare-lhados. O lado técnico da grava-(;ão, com efeito, é mesmo perfei-to, devido aos cuidados da RCAVictor: e o lado propriamente ar-tistico conta com dois excelenteselementos vienenses — o pianistaFriedrich Wuehrer e o regenteHeinrich Hollreiser — e com a Or-questra Sinfônica Pró-Música deViena.

Por ocasião do lançamento noRio, sábado passado, o maestroNeschling, o pianista Klein e a Or-ouestra Sinfônica Nacional apre-sentaram na Sala Cecilia Meirc-les o tal Concerto tantas vezes re-petido. mas que por uma vez su-blinhou uma vitória da músicaentre nós: para a alegria de po-bres e ricos, jovens e velhos.

PANORAMA

DA MUSICA

SALA CECÍLIA MEIRELES —A Sala está organizando scujprimeiros programas da tempo-rada dc 19fi!), que terão lugar noidias 11 e 18 dc abril. Serão de-dicados, respectivamente aoMessias de Haendel e a duasobras-primas dc Igor Straivins-ky: Sinfonia dos Salmos e —cm primeira execução no Rio —Oedlpus-Rex em forma dc ora-tório; participarão a Associaçãodc Canto Coral, sob a guia ileCléofe Person dc Matos, c, comtôda probabilidade, o inesquecí-vel soprano inglês Heather Har-per que os cariocas acabam deaplaudir no recente Judas Ma-cabeus. — Na espera, hoje ter-ça-feira, às 21 horas, o pianistaargentino Cláudio Everson daráum recital cujo programa com-preende Fantasia Cromática eFuga dc Bach, Variações Sériasde Mcndelssohn, Carnaval deSchumann, Lenda do Caboclode Vila-Lòbos, Un Sospiro cleLis/.t c um Scherzo dc Chopin.— Dia 13, ãs 21 horas, ConjuntoMúsica Antiga da Rádio MEC,apresentado pelo Instituto Cul-tural Rrasil-Alemanha. — DiaIS, às 21 horas, recital da pia-nista Ivete Magdaleno.

O BALLET AFRICANO DA GUI-NÈ — O Teatro anuncia novas moda-lidades na apresentação dos costumesdo baile carnavalesco, do maior inte-rêsse musical e artístico. Na espera, nasemana em curso, teremos uma répli-ca de Cavallcria e Pagliacci com omaestro De Bruno (não confirmadaainda). Sexta-feira, terá lugar o pri-meiro de uma série de seis únicos es-petáculos do célebre Ballet Africanoda Guiné, que tanto êxito alcançounos anos passados e que continua soba direção artística, de Keita Foreba;a manifestação terá lugar às 21 horas.Os outros espetáculos desta Compa-nhia serão realizados sábado, dia 16,e nos dias 18, 19 e 20, sempre às 21horas, e 17 às 16 horas. — Foi anun-ciado (mas ainda sem confirmação)que a recita do Barbeiro de Sevilha, deRossini. 1 antas vezes adiada, terá lu-gar sábado próximo às 16 horas, apre-sentado pela Salb.

OSB — Também no Teatro Mu-nicipal, sábado dia 16 às 22 horas (enão mais dia 10 às 21 horas, comoanteriormente anunciado) terá lu-gar o tão discutido concerto Karab-tchewsky — arranjos, com obras e so-los de A. C. Jobim: o programa écompletado por duns obras, de Tchai-kovsky e Bartók.

CONCERTO DE ORG/_ — AAcademia cle Santa Cecília realizaráno dia 17 próximo, às 21 horas, naIgreja Cristo Redentor à Rua das La-ranjeiras, 519, um concerto do Ilustreorganista Ângelo Camin. que tocaráobras de William Byrd, Antônio Ca-bezón, Sebastian Aguilera cle Heredia,Samuel Scheidt, Michelangelo Rossi,Jean-François Dandrieu. DietrichBuxtehucle. Camargo Guarnieri eJean-Langlais.

FESTIVAL VILA-LÒBOS — Dia14, no Auditório Pandiá Calógeras, úl-tima das três palestras Poetas Talamde Vila-Lòbos." — Dia 17 missa emmemória do IX Aniversário do desa-parecímento do maestro — Dia 18, às20h30m, no Auditório MEC, BereniceM.negale e M. L. Cruz Lopes em Ci-randas e Serestas. — Dia 19, às 21horas, na Cecilia Meireles, Saglaard,Jacovino, Stephany, Dauelsberg, Nardi,Improta. Botelho e Devos em músicade câmara. — Dia 20, às 21 horas,sempre na Cecília Meireles, recital Es-tréia. — Dia 21, às 21 horas, no Pa-lácio de Cultura, lançamento dos dis-cos Duos e Cirandas. — Dia 22, às 21horas, no Teatro Municipal, Eleazarcle Carvalho, Klein e OTM num pro-grama ainda não comunicado. — Efinalmente dia 24, às 10 horas, (TVGlobo e Rádio MEC) Orquestra Sinfô-nica Nacional e maestro Bocchino emVidapura.

IIBCE — O Cóm do IIBCE,regido pelo maestro Morelcn-baum, realizará dia 23 às 21 horasno .Municipal um concerto cujoprograma compreende o Mote-to n.° 6 dc Bach, mais obras deHaydn. José Mauricio. Bloch,Vila-Lôbos, Mignone, Morelen-baum, Jacoby c cantos folclóri-cos iidiches c hebraicos.

ANTON WEBERN ¦ Conformenoticia a Embaixada austríaca no Rio,em 13 de janeiro próximo a Radiodi-fusão da Alemanha Ocidental trans-mitirá pela primeira vez, no âmbito doprograma Musik der Zeit, duas com-posições desconhecidas de Anton We-bem. A orquestra Die Reibc, dirigidapelo maestro Cerha, apresentará asduas: Drci Lieder fuer Gcsang uudOrchcster, e Stuecke fuer Orchestcr.

NOTICIAS DE PORTUGAL — AAcademia de Música de Santa Cecilia,da cidade de Lisboa, passou a ser con-siderada estabelecimento oficial deensino, por aquele Ministério da Edu-cação. Simultaneamente, foram fixa-dos e aprovados os novos programasde estudo.

AURÉLIO M. MILLOS — Lem-bram-se do magnífico coreógrafohúngaro ao qual o Brasil deve suaprimeira grande companhia de baila-dos? Por decreto do Presidente ciaRepública Austríaca, o artista — queatualmente chefia o corpo cle baile daópera de Roma — recebeu a láureaHonoris Causa da Universidade deViena.

BAILADOS ERÓTICOS — O jor-nal soviuico Oktyabr acusou os co-reógrafos do seu país de alterarem obailado clássico a ponto de torná-loerótico. O jornal lembra certo diálogoentre o coreógrafo Moisseiev ? o Mi-nistro da Cultura Ekaterina Furtsevasôbrc o abstratismo e o erotismo da-queles espetáculos: "... a sexualidadenão é coisa abstrata...", teria afir-mado Moisseiev: e o Ministro tóriarespondido: "... não acho graça ne-nhuma nessa afirmação..."

R.M.

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CADERNO ? JORNAL DO BRASIL D RIO DE JANEIRO D TERÇA-FEIRA, 12 DE NOVEMBRO DE 1968 D PÁGINA 3

PANORAMA

DO CINEMAFESTIVAL DE BRASÍLIA - Já sc

encontram Inscritos para o IV Festi-vai de Brasilia do Cinema Brasileiroos longa-metragens Bandido da LuzVermelha < com direção de RogérioSganzela), A Noite dc Meu Bem (JeccValadão), Os Viciados (Braz Che-dlakj! A'ida Provisória (Mauricio Go-mes Leite), Copacabana, me Engana(Antônio Carlos Fontoura), O Ho-mem que Comprou o Mundo (Eduar-do Coutinho), Capitu (Paulo CésarSaraceni), Sete Faces de Um Cafa-jeste (Jece Valadão) e O.s Marginais,de Moisés Kendlér c Carlos Prates.No setor de curta-metragens já estãoInscritos: Jaguar, clc David Neves,Ensaio iKlaus Scheel), Cantadores eTrovadorcs .{Evandro de AlmeidaMauro), Folia do Divino (Eliseu Cava-leiro). Chico, Retraio em Freto eBranco (Flávio Moreira da Costa), AEnergia Nuclear, O Artesanato doNordeste, Tiradentes, inspiração deMinas Gerais, Voz do Silêncio, Rotado Progresso e Belo Horizonte, Capi-tal do Progresso, de I. Rozemberg.

O júri de seleção do IV Festivalde Brasília do Cinema Brasileiro seráconstituído por Alex Vianny, FlávioVerneck, Reinaldo Dias Ferreira, Ge-raldo Sobral Rocha, Rogério Costa Ro-drigues (coordenador técnico), e pelosrepresentantes da Secretaria de Edu-cação e Cultura e da Universidade deBrasilia. A seleção teve inicio ontempela manhã, e o júri entregará a rela-ção dos oito longa-metragens e dos oi-to curtas, classificados para os pré-mios do Festival de Brasilia do Cine-ma Brasileiro.

Maiores iníorm;.çôes com a Coor-denação de Imprensa

IV Festival dc Brasília do CinemaBrasileiro

Caixa Postal 701 — Tel. 2-774-! —

Brasilia i Distrito Federal i

CURSO — Dentro da séria de cur-sos cie cinema organizados pela Se-cretaria de Educação c Cultura, coma colaboração da Cinemateca cio

sii\ MAM, foi iniciado ontem um cursode cinema em Santa Cruz, no CineFátima Hgreja de N. S. da Concei-ção), que se prolongará até o dia 22.As aulas, ministradas pelo critico Wil-son Cunha, serão acompanhadas cieprojeções de filmes cedidos pela Ci-nemateca do MAM, sempre no hora-rio das 16 h.

NA NOVA FIGURAÇÃO AME-RICANA: O CINEMA DE "UN-DERGROUND"

Paralelamente à exposiçãoplástica Nova Figuração Ameri-cana programada pclo Museu deArte Moderna a partir de hoje,a Cinemateca organizou um pro-grama composto por filmes cur-tos realizados na faixa do un-derground, com obras dc JonasMekas, Emsliwiller e Vander-beeck, entre outros. Éste pio-programa será apresentado dià-riamente às 18h30m no audito-rio da Cinemateca até o dia 1G(sábado) e incluirá os seguintestítulos:

1. THANATOPSIS, de Ed Em-sliwiller, 1962. Experimentodc lirismo visual através dajunção de imagens estáticasc móveis.

2. THE GRATEFUL DEAD, dcRobert Nelson, 19G7. Emprê-go de efeitos psicodélinôs nocinema, através da filmagemdc números musicais doconjunto, dc rock-and-roll,The Grateful Dcad.

3. SEE. SAW, SEEMS, de StanVanderbeck, 19G5. Fortemnh- ytc surrealista, este íilme éum exemplo cia técnica dcVandcrbeek no cinema deanimação: a transformaçãocontinua de um objeto in-determinado,

1. OFF-ON, dc Scott Bartlctt,dc 19G7. Côrcs, formas e ino-vimentos cm busca de usíiasíntese cinematográfica.

5. CASTRO STREET, de BruceBaillic, 1966. De acordo como autor, trata-se de uni fil-mc inspirado por liçóes deErik Satic e realizado "emforma de uma rua, com lo-dos os elementos visuais esonoros de uma rua que li-vesse um dc sius lados cmbranco-e-prèto e o outro emcóres, simbolizando os ele-mentos feminino c mascu-lino".

G. CIRCUS NOTEBOOK de Jo-nas Mekas, 1966. A virluosi-dade técnica rie um dosprincipais nomes do NewAmerican Cinema, comple-tamente montado na pró-nria câmara.

M..

TRES DIAS NA VIDA DE CARLINHOS OLIVEIRAQuinta-feira, 7 de novembro —

Carlinhos Oliveira acordou bem dispôs-to, coisa que lhe acontece freqüente-mente, seja qual fôr a quantidade de ál-cool ingerida na véspera. Enquanto esco-vava os dentes (esses dentes que umdentista espera há cerca de dois anos),examinou o seu rosto roído por uma bar-ba ruiva e desordenada, seus olhos inje-tados, sua calvície que parecia estar per-dendo a batalha para os cabelos.

O seu espírito nos últimos diasavistara-se à respiração de Norman Mai-ler, conforme essa respiração se oferecenos Degraus do Pentágono.' Carlinhos es-tava alegre; suicidara-se mais uma vezna quarta-feira e iria suicidar-se muitasoutras vezes, enquanto estivesse vivo. És-se homenzinho magro, êsse emaranhadode contradições e possibilidades mal ar-ticulaãas conseguira, em 196S, subir mais

um degrau na escada do seu destino. Derepórter passara a cronista, de cronistaa escritor, e de escritor a personalidade,ou celebridade. Quer dizer: podia final-mente dar-se ao luxo de ser éle mesmo,em qualquer lugar ou circunstância. Pa-ra completar sua existência faltava ago-ra apenas um degrau — o tempo, a con-qitista do tempo integral para si mesmoe para as páginas em branco que se agi-tavam em sev espírito desde os nove anosde idade.

Em seus planos imediatos, o maisimportante e urgente era conduzir às úl-limas conseqüências o falo (incontestá-vel) de ser uma celebridade no Rio de Ja-neiro, e não apenas ali. Falara sobre issoa Chico Buarque de Holanda, na varan-da do António's, e recebera em troca es-ta síntese: "Você" dissera Chico, "esládisjwsto a entrar na roda-viva." Era a

pura verdade. Carlinhos tinha sido convi-dado e aceitara participar do programado Chacrinha-, ao lado de Linda Batista.Era preciso (pensava êle) projetar a suaimagem em todas as mentes, de tal mo-do que no ano seguinte o aceitassem emsi mesmo, tal camo nós aceitamos a oni-presença da Coca-Cola; da mesma for-ma como Chacrinha é Chacrinha,Ibraim Sued é lbraim Sued e assimpor diante. Queria, em suma, alcançar odireito de dizer: "Profissão — CarlinhosOliveira."

Depois de quebrar o jejum com águamineral, chá e um pedaço dc pão dormi-do, ei-lo que avança contra a claridade,no calor do meio-dia. Tudo indica que es-sa quinta-feira será um dia iqual aos ou-tros. Carlinhos irá de táxi aié a Rua Se-tr de Setembro, tomará um cafezinho noPalhêta, escreverá uma crônica na re-

darão do Caderno B, almoçará no Escon-didinho c, finalmente, entre a necessi-dade de cumprir o seu dever profissionalna Editora Expressão e Cultura e man-dar o dever para o inferno, Carlinhos es-colherá a última atitude. Meia hora de-pois poderemos encontrá-lo no Antônio's,com a vontade quebrada: — êle, a suadose de uísque, a sua descomunal pregui-ça, a saudade de um futuro inalcançável,feito de silêncio e tempo integral — êsseconvento a céu aberto em. que vivem osartistas dos paises adiantados, e no qualnenhum escritor brasileiro, a não serJorge Amado, teve a ventura ãe entrar.

... Mas nessa, tarde èle abriu umenvelope, c o dia ficou diferente. (Con-tinua)

JOSÉ CARLOS OLIVEIRA

.1 bordo do Britãnia: Embaixador<lc Portugal e Senhora Fragoso

A BORDO DO"BRITÃNIA"

O menu do jantar .servido abordo do Britãnia foi tipicamenteinglês — como era de se esperar:sopa de ervilha gelada, mais ge-latina de carneiro e sorvete dcmonta. Depois, durante a recep-ção, garçons passaram salgadi-nhos: vol au vent de salsichas, ba-tatas fritas de pacote e pedaci-nhos de lingüiça frita. Ao .som damúsica de Beatles, foram passadastambém bandejas de drinks': co-pos cheios de uísque até a borda,com apenas uma pedra de gelodentro icomo é o costume na In-glaterra).

O jantar do Britãnia decorreunum silêncio algo constrangedor:c. que poucos eram os convidadosoue falavam língua estrangeira —inglês ou francês.

Foi durante a recepção doBritãnia que aconteceu esta con-versa: alguém oerguntou a LadyRose Baring, dama de companhiada Rainha, se não achava Geor-giana Russell uma moça encanta-dora. Lady Rose Baring, muitobritánicamente, respondeu: "Ela ébem mais carioca do que uma jo-vem tipicamente inglesa."

Ao final da noite, a pessoamais contente com a festa era oEmbaixador Carlos Jacinto deBarros, que descobriu, feliz, seremo.s talheres de sua casa (encomen-dados em Londres, há anos atrás)exatamente iguais aos usados nojantar do navio real.

Também ao final da noite,Elisabete II, saidos os seus convi-ciados, distraiu-se, antes de ir dor-mir. ouvindo o long-play de MariaLúcia Godói cantando poemas(musicados) de Manuel Bandeira.Depois de Maria Lúcia, a Rainhaainda pós na vitrola o disco deCarmem Miranda e o outro, demúsicas de Noel Rosa, enviadospelo Governador Negrão cie Lima.

PICADINHO

A tendência cia moda clc ves-tidos longos, em São Paulo, festada Rainha: a Rastro vestiu ZildaTeles Ferreira com gaze còr de pés-sego, vestido plissado: e lone Pi-nheiro da Fonseca com tecido pra-teado e cinto de strass.9 A Parafernália vestiu muitagente moça que foi ao Palácio dosBandeirantes. Vestidos de crepe,corte à inglesa, decotes em pontacom botão de strass na frente ouentão com vestidos tipo djellaba,de tecido autêntico marroquino epeitilho enfeitado cie pequenos cs-pelhós.

Dizem que é free way a pistaque sai do trevo dos estudantes eparte cm direção à Presidente Var-gas. No entanto, defronte da BaseAérea existe um sinal luminosoque, quando acionado, interrompeo trânsito por três minutos.

Foi Manolo, do Antonio's, quem

O GRANDEDESFILE

Quando desceu do ItamaratiExecutivo, à porta da varanda doIate Clube, na noite de sábado,vinda da festa da Embaixada daInglaterra em direção à lanchaque a esperava para deixá-la noBritãnia, Elisabete II mostrava umsorriso satisfeito, do grande con-tc-ntamento. É que, num balançofinal de sua passagem pelo Brasil,o desfile dos 500 figurantes deMangueira, nos jardins da Embai-xada, foi um dos espetáculos qurmais a agradaram, além do pas-seio a cavalo na fazenda dos Me-lão, em-Campinas, c da visita rá-pida a Recife — cidade que, elr.confidenciou aos amigos, a fasci-nou especialmente.

Enquanto que Baden Powe;tocou em meio a um burburinhique dificultava a sua audição -muitos dos convidados à festa dEmbaixada não tiveram a delic::deza de parar, por alguns minuteapenas, a conversa — Eliane Pitman e sobretudo o desfile de sairba empolgaram a Rainha.

A recepção foi das mais biIhantes realizadas na semana pa:sada, em honra da soberana br;tânica: o cenário da Embaixadapor si só, é um espetáculo ã partiseus jardins, profusamente ilnminados; seus salões, decoradrem tons de bege, e mais a orque.sIra de oficiais ingleses que vieranno Britãnia (e que tocou valsa,vienenses parte da noite) serviampara formar um cenário perfeitopara filme de Sissi, a Imperatriz.

Elisabete II, segundo comen- !lários da turma do sereno, que sepostou de um lado e de outro daSão Clemente, naquela noite "es-tava vestida clc Rainha": pareciasaida da libra ou de um sêlo in-giès, usando, com uma majestadeimpressionante, ti ar a, vestidobranco, capa do arminho.

O desfile dc belas mulheres,belos vestidos — discretos, de'grande classe, ao contrário dos:*exibidos em Brasilia e São Paulo,carregados de ostensivos bordados

dava gosto de se ver. As casa-cas, melhores ainda que as usa-'das pelos paulistas: mais adequa- ;das ao tamanho de cada figura;masculina ¦— só que várias casa-cas íoram decoradas com conde- jcorações falsas, adquiridas com!certeza na Rua Senador Dantas, o ;que nos faz sugerir: para a.s pró-!ximas recepções do gênero, aluguea sua casaca no Roilas e compre, asua condecoração na loja R.

Casais de giande categoria: oEmbaixador Leitão da Cunha esenhora: o Governador Sodré e se-nhora. A mulhei mais linda dafesta, Ana Luisa Capanema, comvestido de crepe verde-íorte, dcMary Angélica, estilo império (dcmangas curtas). Dentre as maiselegantes, Míriam Galotti (de gaseroxo-batata e fita de cetim damesma cór sustentando os cabelosicitos; Lourdes Catão, com casa-co de plumas brancas, TeresinhaMuniz Freire, de branco, etiquetaJoão Miranda. As mais sensacio-nais jóias, de Carmem MayrinkVeiga, um festival de brilhantes,rubis, esmeraldas e safiras, cm co-lar e brincos antigos.

serviu clc valei dc chambre a Car-linhos Oliveira, vestindo-o es--meradamente para a festa da Em-baixada. Aliás, a saida de Carli-nhos, encasacado, do Antônio'»,íoi triunfal, com Tom Jobim c Chi-co Buarque levando-o até o carroque foi apanhá-lo.

Muito se comentou a recusade Di Cavalcanti c de Cinco Buar-que aos convites que lhes foramfeitos para a festa de sábado e pa-ra o almoço do MAM.

Aincia Rainha: em Salvador,Elisabete virou-se para cumpri-mentar especialmente um popularque lhe gritou: "Dona Queen!"

Uma da comitiva real: ao serindagada o que tinha achado doBrasil, uma das damas respondeu:"Uma selva onde as pessoas pare-cem enxames dc abelhas."

Um pequeno vexame na fa-zenda Eudóxia, de Campinas: odono da casa percorreu-a. junto àRainha, de máquina fotográfica atiracolo, fazendo fotos sem parar.

EUkÇA <#* zonu sul 27-9797CUPIM Jf®> zona morte 28-9797

JMlariu

Baden toca; a Rainha ouve; Lady Ailiki Russel ajeita oscabelos; o Príncipe, num dos raros momentos de seriedade

Eles sujam o tapete.

coisas, lazei•5pp na cama, chateiam

berram, gritam, são mallão obedeceu, sobemô alguns detestam banho.

barulho,as visitas,

•oos moveis,

de novembroconta o drama das mulheres

que adorariamteresse problema.

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A MANEIRACARIOCA

Um clima tipicamente ca-rioca — apesar de a manhãestar nublada e o Rio nãose mostrar com sua fisio-nomia de verão — formou-se no Museu de Arte Mo-derna, em seu restaurante,durante o almoço que o Go-vernador da Guanabara eDona Ema ofereceram ãRainha. É que o chefe doCerimonial do Palácio, di-plomata Lael Soares Barbo-sa, é especialista em orga-nizar reuniões e recepçõesque ganham um cunho defesta caracteristicamentecarioca. Os vestidos das con-vidadas eram de cores for-tes e luminosas: verde-li-mão, rosados, amarelos. Oschapéus, de palha, grandese estivais. A paisagem ge-ral. alegre, descontraída, ex-fcrovertlda.

As três mulheres maisalinhadas que estavam noalmoço íoram Guiomar Ma-galhães (de vestido côr detabaco e chapéu de palhabege) ; Roslta Tomás Lopes,a jornalista (de tailleur echapéu de palha bakou, o.sdois amarelões); e MariaBetánia, a cantora, queveio de São Paulo especial-mente para participar doalmoço, vestida por Clodo-vil, com tailleur de xan-tungue bege claro, écharpemarrom e chapéu de palhagrossa, bege amarelado.

Carmem Teresinha May-rink Veiga e Glorinha Suedapareceram vestidas iguais:com vestido-túnica branco,um modelo copiado da úl-tima coleção de Sain-Lau-rent. Carmem, um turban- •te estampado de marinho ebranco, ficou sentada aolado de Silvio Caldas — eo Deputado Renato Archer,olhando-os, comentou:"Gostaria de saber qual omeio de comunicação queos dois escolheram para umpapo tão animado." É queCarmem e o seresteiro nãopararam um minuto deconversar.

Uma senhora b ai an a,sentada à mesa de Betánia,comentava baixinho: "Desobremesa, acho que a Ra-inha gastaria muito mais sepudesse experimentar umaboa cocada puxa-puxa daBahia." Felizmente, a Ra-inha comeu mousse de mo-rango de sobremesa.

Dona Ema Negrão dc Li-ma não usou chapéu, no ai-moço do MAM: foi a únicasenhora brasileira a estarcom Elisabete II de cabeçadescoberta, por necessidadeprotocolar — era ela, afinala dona da casa, no Museu.

• wtRN.

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DEDETIZAÇÃO

52-5555

OS CHOPNICS« Nada como um copo depois do outro... depois do outro... de cerveja SKOL._ . - ... v—i r~ 1 _.___. .- .„... I r í

Q OUDE VOCb VAI <

("COM ÊSSE ROUPÃO, J7~r LULA? y-—<.

OUVI DIZER QUE A RAINHAVAI CONDECORAR UMCARIOCA COM A ORPEM

—r DO BANHO~V^^SE EU FOR oESCOLHIDO:JA' ESTOUPREVENIDO.~r O NOSSO AMIfiO AQUI

POPE PARECER UMIDIOTA, PODE FALARCOMO UM IDIOTA •>

MAS NÂO SE ENGANE...

,.ELE 0 REALMENTEUM IDIOTA.'

isí' rú . k/& ___tK*—*_.

DA

Cada jogada consistiaem destruir quantos co-pinhos quisesse, desdeque fossem de uma mes-ma fila. Inclusive a filainteira. E perdia o jogoquam ficasse com o últi-mo copinho.

Mas o que deixou per-plexa a turma de espec-tadores era que o chinêsganhava sempre que da-va a primeira jogada.Parecia que garantia avitória com uma certasaída.

Puxa, chinês é fo-go — disse uma morenade biquíni.

Que nada! É sorte— respondeu um garoto.

Haverá, realmente,leitor, uma saida que ga-ranta a vitória? Em ca-so afirmativo, diga-nosqual é.

Existe sim, essa joga-da inicial. É a retiradacio primeiro copinho, oque encabeça todos.Analisemos a razão dis-so:

O leitor observa que hácertas formações finaisque confundem o adver-sário. Se, por exemplo,você conseguir deixarpara êle duas filas comdois copos em cada, vocêganha na certa. Olhe só:

Se êle tirar um montede uma fila, você tira osdois da outra. Caso tireos dois, você destrói ape-nas um. De qualquerforma, sobrará o últimopara éle, o que o faz per-der.

Além desta formação,que representaremos por(2,2), há também a for-mação (1,1.1), isto é,três filas com um ele-mento em cada uma:

O 0.0

Êle destrói um copo evocê um outro. E êleperde.

Bem, essas são duasformações finais que der-rotam o adversário. Háaquelas que devem ante-cedê-las. Vamos escreve-las:

(3,3), (4,4), (1,2,3),(1,4.5), (2,2,3,3) e ....(2,2,4.4)

Para qualquer jogadaque êle faça, tendo-seuma dessas seis forma-ções, você pode conduziro jogo àquelas duas for-mações finais.

Mas, por que ganha-mos, se retiramos, logo desaída, o copinho de ci-ma?

Muito simples. Para ca-da uma das 14 jogadassubseqüentes que êle po-de'á fazer, você tem umaque o enquadrará numadas seis formações men-cionadas.

Se, por exemplo, êletirar um copo da segun-da fila, você destrói to-dos os três da terceirafila. Enquadra-o, assim,na formação (1,4,5). Ca-so tire os dois, você con-segue também deixar(1,4,5) para êle. Basta ti-rar dois da terceira fila.Se êle preferir retirarum da terceira fila, vocêdestrói um da quinta. Aformação (2,2,4,4), comojá dissemos, confunde oparceiro.

Continuando essa aná-lise. o leitor concluirá,facilmente, o que afir-mamos.

Convém lembrar queessa é, pelo menos, umasaída. Haverá outras?

f*rb* -

PÁGINA 4 D JORNAL DO BRASIL ? RIO DE JANEIRO D TERÇA-FEIRA, 12 DE NOVEMBRO DE 1968 D CADERNO fo

O JOGODO CHINÊSA MATEMÁTICA DO FATO

VICTOR CHIRITY

Praia de Copacabana,domingo passado. Umjoguinho praticado naareia entre um america-no e uivi chinês desper-tou a curiosidade dos ba-nhistas.

O jogo era assim:Construíam 15 copi-!

nhos de areia em forma-ção trianguíar: primeiroum, depois dois, na ter-ceira fila eram três, naseguinte quatro e, final-mente, cinco copinhosna quii.ua fila,. Assim:

O JOGO DODIA-A-DIA

Voei te considera um leitor bam Informado? Esli•m dia com is noticias? Procura então rosolvcr ostestei abaixo, pu.p__r._doi a partir das matérias quao JORNAL DO BRASIL publicou na semana passada.

Bmfíffi IaaaaW:'' . :'^«MB

HraH __________________$" -:-'?^M

HH, r .j-sSêíék1) Herbert Hoover (1929-1933)

;2) Franklin D. Roosevelt (1933-1945)

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mm4) Diuight D. Eisenhower (1953-1961)

;

B___________n_w^^^^v^_________l_____í^____^ ___^_______f ¦¦¦wfi__ffl8í_í3_w' '•'FF' «SS__í_3w5Í- ¦-5^ÊrraS:^cSÍ-3ê' '

3) Harry S. Truman (1945-1953);

O FATOAs eleições norte-americanas

disputadas por três candidatos —um republicano, um democrata eum independente — chegaramaos resultados finais com a vitó-

ria de Richard Nixon. Vence umrepublicano, depois de dois perío-dos presidenciais em que o poderesteve nas mãos dos democratas.

Da relação de ex-Presidentes nor-te-americanos, identifique a quepartido pertencem (republicanoou democrata).

O MUNDO1) O delegado sul-vietnamita à

conferência de Paris recebeu do Pre-sidente do Vietname dn Sul novasinstruções para o reinicio das conver-sacões. As instruções — que podemsignificar mudança de atitude doGoverno de Van Thieu — foram da-das horas depois de o Presidente reu-nir-se com o Embaixador norte-ame-ricano. Elsworth Bunker. A atitudedo Govêmo sul-vietnamita é de:

a> não aceitar a participação dovietcong

o) exigir a cessação dos bom-bardeios ao seu território

c) não participar da conferên-cia para exigir dos EstadosUnidos maior quantidade dearmamento para seu Exer-cito.

2.i Morreram pelo menos trêspéssofcs quando forças policiais dis-pararam centra manifestantes doPartido Popular do ex-Ministro dasRelações Exteriores. Ali Bhuto, líderoposicionista paquistanês. As mani-festações foram realizadas na capitaldo Paquistão:

a) Karaçhlb) Rawalpinãic) Peshawar

31 O Presidente eleito RichardNixon estabeleceu uma série de con-

sultas de alto nível para preparar seuGoverno. Conferenciou ccm o Embai-xador Henry Cabot Lodge sobre a sl-tuação européia e programou uma vl-sita ao líder republicano do Senado eao presidente do Partido Republicano,Nixon, ao tomar posse dia 20 de ja-neiro tomar-se-á o:

a) 30° Presidente dos EstadosUnidos

b) 3fí.° Presidente dos EstadosUn idos

c) 37." Presidente dos EstadosUnidos

4) Os 40 padres bascos queocupam há alguns dias o Semináriode Derio, na Diocese de Bilbao, distri-buíram panfletos nas ruas, exigindoo imediato afastamento do bispo DomPablo Guroide a quem acusam de"muito ligado ao capitalismo e ao re-gime do Generalíssimo franco.'' Acrise das relações entre o Estado e aIgreja espanhola começou há poucosanos, pois a Igreja era uma forca deapoio do Governo Franco, desde t:Guerra Civil de.

a) 1039b> 1936C) 193S

5) O comandante da organiza-çâo terrorista árabe Al-Patah denim-ciou a existência de um plano de Is-

rael para atacar a Jordânia. A orga-rüzáção afirmou que o General Mo.sheDayan, e mais 80 oficiais visitaramna última semana as pontes de Al-lenby e Príncipe Abdullah. na rèplãode Jerico. Disseram que foram vistas,ainda, na área "grandes ccJúnos detarpues pesados."-O General MosheDayan ocupa no Governo israelense ocargo de:

a) Primeiro-Ministrobi Ministro das Relações Exte-

rioresct Ministro da Dejesa

61 "Esta operação é parte deum programa- de sabotagem contra oregime facista que domina a Grécia.A Olympic Airways pertence ao mi-lionário Onassis, que ajuda os coro-néis usurpadores a explorar o povohelênicq." Trecho de um folheto dis-tribuido em Roma pela organizaçãodo Comando Internacional pró-Gré-cia, que tomou, por algumas horasum avião da Olympic Airways. En-quanto isto o casal Onassis prosseguesua viagem pelo litoral grego, depoisdo repúdio da Igreja Católica ao ca-samento e a aprovação da religiãode Onassis:

a) Islamismob I Ortodoxac) Metodista

O PAIS11 Duas grandes fortificações

que já defenderam o Rio de invasõesestrangeiras estão completamenteabandonados, na entrada da baia daGuanabara. O Porte Velho, com maisde 350 anos, ligou-se à história da ci-dade, por localizar-se no ponto exatoonde o fundador da cidade ergueu suaprimeira fortificação. O fundador dacidade foi:

a) Mem de Sãb) Estãcio de Sác) Duarte da Costa

2) Clóvis Stenzel disseque reco-nhece o Comando de Caça aos Comu-nistas e a Sociedade de Defesa da Tra-diçãc, Familia e Propriedade como"excelentes instrumentos de comeateà Infiltração comunista." Afirmouainda que, só não participa do CCC"por não ter compleição fisica paraatuar." Clóvis Stenzel é:

a) Deputado Federalbl Deputado Estadualc) Senador

3) O Congresso Nacional apro-vou o substitutivo da comissão mista

ao projeto do Governo sobre censurade obras teatrais e cinematográficase^que também cria o Conselho Supe-rTor de Censura. O nrojeto que àe°a-gradou a grande parte da classe artis-tica estabelece, como ponto básico, quea Censura será:

a) feita paralelamente à reali-zação da obra

b.) estabelecida a partir de crí-tários comuns dos artistas ecensores

c) apenas classificatória comressalvas sobre aspectos sub-versívos

4) O cirurgião Dr. Edson Teixei-ra será requisitado para servir na Se-cretaria de Ciência e Tecnologia. De-verá chefiar o Departamento de Pes-quisa Médica da Secretaria, represen-tando também junto a ela a Secreta-ria de Saúde. Dr. Edson Teixeira rea-lizou:

a) o primeiro transplante car-diaco do Rio

b) a descoberta de um soro con-tra a rejeição na fase pós-

operalôria dos transplantescardíacos

c) o primeiro transplante depãncreas no Brasil

5) O Deputado Rafael de Almei-da Magalhães referindo-se ao PlanoEstratégico do Governo, que estudoucomo membro da comissão partidária,disse que "êle permitirá a continuaçãode todos os elementos de tensão so-ciai no pais e agravará os nossos pro-blemas, ao invés de encaminhar umasolução." O Plano Estratégico do Go-vêrno estabelece:

a> um programa prioritário para.o desenvolvimento econômicoglobal

b) programa especifico da admi-nistração federal para assun-tos de educação

cl programa para rever os con-ceitos de segurança nacional

RESPOSTAS*oup3i|qnd«y (f -titnawQ (_ -ejcuouj

-•0 (C ¦oue3||_|it<ia>| (l :01VJ O '«ji '(» '(C »(I*l !$!W O '<& aCf fcíí- Jí.p «lí* «U :OQNnw o

ELEIÇÕESNOSEUAA ESCRITA NO JORNAL

JOAO MUNIZ DE SOUZA

Nas páginas de nossosjornais dedicadas ao no-ticiário internacional otema principal da sema-na foi, sem dúvida, o piei-to eleitoral nos EstadosUnidos da América. Fo-ram eleições gerais: paraPresidente da República,Governos estaduais, Se-nado e Câmara dosDeputados. Esta últimachamada' por muitos deCâmara de Representan-tes, numa tradução dire-ta e apressada de Houseof Representativos. O r a,representai i v e, emboraqueira dizer também re-presenta tivo, represen-tante, a verdade é q u eneste caso sua melhorcorrespondência em por-tuguês é deputado, que érepresentative também.O mais correto, como sevê, deve ser Câmara dosDeputados, porque, afi-nal, Câmara de Repre-sentantes também é oSenado.

Não se pode esquecerque, em termos de lin-guas, e muito especial-mente no inglês, as apa-rências também e n g a -nam. Assim como presen-tly não quer dizer pre-sentemente e sim logo,em breve, daí a pouco,a c t u a 11 y não signifi-ca atualmente e sim real-mente, na realidade, naverdade. Atualmente é atpresent, riówadays.

Library não é livraria,como pode parecer à pri-meira vista; é biblioteca.Livraria é book-shop,book-storc. E se mais es-paço houvesse, teríamosaqui uma lista intermi-nàvel de termos seme-lhantes.

Outro vício comum quese pratica entre nós, enotadamente com maiorfreqüência nos jornais, éo de chamarmos a tudoque se relaciona com osEstados Unidos, de ame-ricano. Povo americano,indústria americana, eco-nomia americana, elei-ções americanas, etc, etc.Ora, americanos somostodos nós, naturais dasAméricas — do Sul, Cen-trai e do Norte.

Para os naturais dosEstados Unidos da Amé-rica, os gentílicos pró-prios são norte-america-nos ou americanos donorte, conquanto os nas-ciclos no Canadá e no Mé-xico também possam as-sim ser designados. Masestes preferem canaden-ses e mexicanos que, naverdade, melhor os dis-tingue. Emprega-se tam-bém, embora raramente,mas de forma correta, ogentílico estadunidensepara o nascido nos EUA.Ianque, que a rigor de-veria designar apenas ohabitante do Estado deNova Inglaterra, vai sen-do empregado, por exten-são, para todos os norte-americanos.

Alguns jornais, preo-cupados com o destinopolítico de Lyndon John-son assim que deixar apresidência, disseram queo sucessor de John Kcn-nedy na Casa Branca"pretende candidatar-seà senatória pelo Texas."

Senatória é pronúnciaestropiada que se vai tor-nando corrente em subs-tituição à senatorià, pa-roxítona, que é a pronun-cia correta. Deve-se dis-tinguir entre o substan-tivo senatorià, paroxíto-no, nome de cargo, decarreira, mandato de se-nador, pois que, como to-dos os nomes abstratos,deve ter acento na vogaii: senatorià. artilharia,alforria, joalheria, etc.Assim, Johnson poderáser candidato à senato-ria. Já o adjetivo, relati-vo à função, é proparoxí-tono: c a r g' o sena tório,obrig ações senatórias,gratificações senatórias.Em resumo: senatorià éo nome da função, dacarreira; senatória é oadjetivo que irá qualifi-car tudo que fôr relativoà primeira.

PANORAMADO TEATRO

CLÁUDIO C. CASTRO SERA GALI-l.-EU — O Teatro Oficina já tem o pro-tagonlsta da sua montagem cie GalileuGalilei, de Bréchfc, que está sendo aguar-dado com excepcional Interesse: o papel-título será vivido pelo excelente ator ediretor Cláudio Correia e Castro, queacaba de dar por encerrada a sua tare-fa em Curitiba, onde durante mais decinco anos dirigiu o Teatro de Comédiadc Paraná. Para a sua volta ao eixo Rio—São Paulo, Cláudio Correia e Castro di-ficllmehtè poderia ter esperado umaoportunidade mais espetacular, e umaresponsabilidade mais pesada. Em outrospapéis importantes, á frente do numero-so elenco, estão presentes Cecilia Rabe-lc, Ítala Nancii. Antônio Pedro, Fernan-dc Peixoto, Flávio São Tiago, Otávio Au-gusto, ót.nn Bastos, Renato Dobal, Re-nato Machado (de volta de um estagiona BBC de Londres), Renato Borghi eFernando Rabelo. O espetáculo está sen-do dirigido por José Celso Martinez Cor-rela, o discutido e talentoso encenadorde Pequenos Burgueses, Andorra, O Reidai Vela e Roda-Viva, assistido por An-tónio Pedro c Bete Chacba, Joel de Car-valho é o cenógrafo e figurinista de Ga-lileu Galilei. A música original de HanaBlsler será usada no espetáculo, porémadaptada por Caetano Veloso e RogérioDuprat. O espetáculo do Oficina estrea-rá em São Paulo em dezembro, numacurta temporada patrocinada pela Co-missão Estadual de Teatro. A seguir. Ga-lileu passará uma parte do verão no Rio,no Teatro Nõvo, onde tem estréia mar-cada para 5 rie janeiro. Em março, oOficina voltará a São Paulo, para atemporada oficial de Galileu na sua casade espetáculos da Rua Jaceguai.

NO FESTIVAL AMADOR — Salvouma sempre possível mudança de pro-grama, o Festival Brasileiro de TeatroAmador promovido pela Associação deTeatro Amador entrará esta noite na suaíase interestadual, com a estréia, noTeatro Nacional de Comédia, de Prome-teu Acorrentado, de Esquilo, pelo Teatrocie Picadeiro, do Recife. O texto de lis-quilo foi adaptado pela própria equipe,c a trilha sonora compõe-se de trechosda Missa Luba c da Missa Crcoula. Fer-nando Pinto é o diretor e figurinista doespetáculo, que está pintando como umdos mais interessantes do Festival. Pro-meteu Acorrentado está com suas apre-sentações marcadas para hoje. amanhã equinta-feira, à.s 21 horas, no Tealro Na-cional de Comédia.

IRMÃ CONTINUA MAIS UMA SE-MANA — Como era fácil de se prever,não era para valer a menção última se-mana colocada, na semana passada, nosanúncios de Irmã la Louee. A comédiamusical dirigida e produzida por Antôniodc Cabo e protagonizada por TeresaAmaló e Cécil Thiré prosseguirá no Tea-tro João Caetano até o próximo domin-go. numa temporada popular com pre-ços a partir de três cruzeiros novos.

CADASTRO TEATRAL — O Sc-tor de Planejamento do ServiçoNacional de Teatro, desejandoatualizar o cadastro ile casas de es-pctáculos do pais, solicita aos res-ponsáveis que preencham e devol-vam o questionário que lhes foidistribuído, contendo os principaisdados técnicos das instalações dosseus teatros. Como um cadastro• atualizado, o SNT poderá atender apedidos dc informações que lhe sãodirigidos por companhias interes-sadas em temporadas pelo interiordo pais.

BÔLSAS-DE-ESTUDO — O SNTconcedeu bõl.sas-de-estudo a alunos de di-versas escolas de teatro, entre as quais oConservatório Nacional de Teatro, a Es-cola de Arte Dramática de São Paulo ea Escola Martins Pena. A tesouraria doSNT já está efetuando o pagamento dasbolsas. Sinal dos tempos: as bólsas-de-estudo relativas ao ano letivo de 1968 e.s-tâo sendo pagas no último més disse anoletivo; os alunos que dependiam dessasbolsas para poder estudar jâ tiveramlompo de morrer de fome ou de abando-nar os estudos, entre março e novembro I

NOVA REVISTA SÓBRE ESPETA-CULCS — Acabamos de receber o pri-meiro número de Temário dos Espeta-culos c Negócios, revista editada pelaEditora Temário. A publicação é dedica-da essencialmente a problemas da indús-tria cinematográfica, ma.s aborda tam-bém relacionados com o teatro.

TEATRO NA ESCOLA — O Grêmiocio Colégio Franco-Brasilciro apresentouna semana passada um espetáculo com-posto de Aquele que Diz Sim. Aqueleque Diz Não, dc Brecht, e Aula de Canto,de Frygyes Karinthy. Direção de Ores-tes Alves.

DAS ARTESEDITORA VOZES — Por outro

lado, uma das surpresas da repre-sentação nacional da Bienal é a co-leção de capas executadas por Ro-gério Duarte para a Editora Vozes,que passa á primeira linha da com-petição gráfica no país. Realmente,os livros da Editora Vozes estãosendo os mais belamente apresen-lados nestes últimos meses, dandoa esta editora, que já tinha umaexcelente penetração e possibillda-de de expansão, aquele envoltórioindispensável á confirmação de umacategoria adulta r profissional. Ocparabéns a Vozes c Rogério Duarte.

TENREIRO FALA — A respeito daausência dc Joaquim Toureiro na Bienalcie Desenho Industrial, a que nos referi-mos antes, colhemos um brevíssimo dc-poimento com êste criador de móveis, eque transcrevemos aqui: "Acho que todoeste movimento da Escola Superior deDesenho Industrial c da Bienal traz deraiz um equivoco, o dc que artesanato éobsoleto. Ora, toda a indústria está ba-seada no artesanato, o protótipo é arte-sana to. A indústria e o artesanto são pia-nificações e o desenho industrial podeservir a uma como ao outro. Na criaçãode mobiliário o modelo pode ser dirigidoás massas ou não. Isto acontece aliás coma indústria automobilística, nem por issosc tira o valor às diversas categorias.Acho que tenho feito um trabalho apre-eiável neste campo e vejo outros valoresserem homenageados, mais ou menos an-tigos como eu, enquanto em volta de mimreina o mais perfeito silencio. Por quê?Se fôsse uma mostra apenas dc jovensexpressões eu não me importaria. Aliás éde estranhar o comportamento da ESDIem relação a mim: jamais recebi umconvite para uma reunião, para uma ex-posição, para o que quer que seja, o quefaz supor que se trate de mais um pro-cesso de politicagem e interesse pessoais,que nada têm a ver com os verdadeirosvalores, sua história e realidade," Regis-tramos e apoiamos a reclamação de Joa-quim Tenreiro.

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PRESENTES ESTRANGEIROSSOMENTE

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Para as noivas, que costu-rrrm fazor listas, e para aque-l-s que já estão querendo su-

Sertões para o Natal, H. Sternf.tabcu de inaugurar, em sualoja no Centro, um salão de pre-sentes importados. Desde oscristais Lalique, Kosta e Daumfl t é às porcelanas Rosenthal,V/edgwood e Fustenberg. O en-derêço é Avenida Rio Branco,173/5.° andar, e o funciona-mento é das 9 às 18 horas.

). CORTINAS

ULTRAPRÃTICAS

Se você está decorando asua casa ou apartamento e ain-da não pensou nas cortinas, va-le a pena saber que a Diwantoxacabou de Iantar umas em po-lyester alemão — etiqueta Trevi-ra — que podem ser lavadassom perigo cie deformar, secamrapidamente e, além do mais,dispensam o ferro de passar.

PETRÓLEO A SERVIÇODA MODA

Não é nem fazenda nem pa-pe!, mas um derivado do pe-tróleo, o material que a LR Mo-clr; está agora usando paraconfeccionar vestidos leves, bi-

qnínis e saídas-de-praia, tudocom estampa graúda e em cô-res quentes. O endereço é Ave-nida Copacabana, 709/607, te-lefone 36-7755.

"BOUTIQUE" O SOL

A obra social Sol Leste Um,' que se interessa em difundir o

artesanato de pessoas necessita-das, acabou de abrir uma novaboutique, na Avenida Copaca-bana, 487. Lá, pode-se encon-trar redes, borlas para cortinaem lã e barbante, almofadas e

panneaux em tapeçaria — ês-tes numa base cie NCr$ 250,00— além de peças em couro tra-balhado, ágata e vidro colorido.

A HORA DO ARTESANATO

Criada com o objetivo dc

promover o desenvolvimento doartesanato, a Cooperativa deProdução Artesanal da Guana-bara já tem 50 associadas, quetrabalham em pintura, flores,

i cerâmica, tapeçaria, bordado rcouro. Por enquanto, cada umatrabalha em sua casa, mas a par-tir de dezembro a Cooperativaterá sede e cursos diversos para aquelss que têm jeito parrtrabúihos manuais, mas ninei:não aprenderam sua técnica. Sevocê — e o convite se estendeaos homens — quiser ser sóciada Cooperativa, a jóia é deNCr$ 10,00. Maiores informa-

ções podem ser obtidas na RuiSnddock de Sá, 119.

CADERNO fp ? JORNAL DO BRASIL D RIO DE JANEIRO D TERÇA-FEIRA, 12 DE NOVEMBRO DE 1968 D PÁG.;:A5

GILDA CHATAIGNIER

GUILHERME GUIMARÃES EM NOITE DE GRANDE GALA' ANÔNIMOS VAO EXPOR

Se você pinta por hobby,

poderá participar da VII Expo-sição dos Anônimos, organiza-da pela Galeria Ge3d, e queapresentará trabalhos de pintu-ra, escultura, desenho e artesdecorativas, de atiistas conheci-dos ou não, no mais completoanonimato, é claro. Os interes-sad.os podem se inscrever até 10de dezembro, mediante o paga-mento da taxa de inscrição

(NCr$ 10,00). No dia 16 domesmo mês termina o prazo pa-ra entrega das obras, e no dia18, tem início a exposição queIrá até 31 de dezembro. Maio-res informações podem ser da-

das na Rua Siqueira Campos,18-A, onde funciona a Gead.

PASmímjÊWMSiiMáim

Nem muito nem pouco brilho. Nemextravagância nem sobriedade demais.Há dois meses Guilherme Guimarães vi-nha quebrando a cabeça para idealizara gosto os 17 modelos a èle encomenda-dos para o baile oferecido à Rainha naEmbaixada Britânica, sábado. E em seuatelier, onde o preto predomina nas pa-vedes forradas de camurça, no sofá e nasalmofadas imitando pele de zebra, êleficou até o finzinho de sexta-feira dandoos últimos retoques nos longos que iriamao baile mais comentado dos últimostempos.

— Leão é meu signo, por isso tenhopreferência pelo amarelo. Mas não é só

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roao aplicado, cortereto, mangas 3/4 edecote rente ao pes-coco, o vestido foiusado pela Sra. Min.Leonel Miranda

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O outro modelo usado pela Sra.Nascimento Silva é reto, semmangas e pouco decotado. Odetalhe fica no decote e nabarra — aplicações e bordados

por isso. O amarelo é a côr que melhorvai com a mulher de pele bronzeada,como a de Bia Lerena, para quem fiz umlongo desta cõr.

Para quem não tem pele assim tãomorena, Guilherme aconselha o roxo. Fêzum para Míriam Galotti. Mas em mate-ria de detalhes, cortes e complementos,não tem preferências — "porque cadamulher tem o seu gênero, o seu tipo e euprocuro sempre não interferir."

— Aliás, uma das vantagens da altacostura é a gente poder criar o modelode acordo com o gosto e o tipo de íiadruma.

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Gaze amarela, um ombrosó, uma manga só — combeirada de p l u mas ecintura alta marcada porum rolotê foi o modelousado por Glorinha Sued

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Para combinar com. a pele morena dcBia Lerena, Guilherme idealizou omodelo em gaze branca, costas 7iuas elaço atrás terminando em tiras combouclés de plumas nas extremidades

Com isso, éle quis dizer que é inimi-go número um do prét-à-porter — "que,por sinal, não tem nada a ver com altacostura."

— Se Cardin resolveu industrializarsua moda para dar a todas as mulheresa oportunidade de serem elegantes, êle sevulgarizou. Porque um artista quandoresolve industrializar sua arte deixa deser artista.

Por isso o forte de Guilherme são osvestidos para coquetel e os longos hábil-lcs. Por isso êle acha Valentino o costu-reiro da atualidade — mas também citacomo bons Galanos, Norman Harell, Gi-

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Babi) Monteirode C a r valhousou o longobranco com piu-mas e barrarebordada

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Para Míriam Gallotti. que estáesperando bebê, um longo roxocom pala cortada na linha dobusto e ampla saia enviesada.Por baixo, um fourreau sequinho

venchy e St.-Laurent. Por isso èle temum fraco pela organza, pelo matelassé,pela musselina e quase que só utiliza ma-terial estrangeiro — "a indústria nacio-nal é praticamente inexistente paramim." E por isso êle foi o mais solicitadono Rio para criar obras-primas a seremexibidas pelas elegantes de nossa socie-dade à soberana inglesa. Prova disso éo longo em musselina verde-água, plissa-do e drapejado, encomendado pela Em-baixatriz Hortênsia Nascimento Silva(acompanhante oficial de Elisabete II)que levou 25 metros de roda e exigiu trêssemanas de trabalho.

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Guilherme fêz o vestido da SenhoraEmbaixador Nascimento Silva. Apala sem alças é curta, terminandologo abaixo do busto de onde sai asaia plissada. Uma estola debruadade plumas acompanha o modelo

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De camisa esporte, cansado e com asala de espera cheia de clientes,Guilherme ainda deu um conselhinho àselegantes: usem luvas; sem elas amulher não está completamente vestida

PAGINA 6 ? JORNAL DO BRASIL ü RIO DE JANEIRO

PERGUNTE AO JOÃOD TERÇA-

CIÊNCIA

Onde surgiu a Ciência?Os primeiros esboços da Ciõn-cia surgiram com a unidade eas regras do medida, a arltmé-tica elementar do antliío Egito,

e com a astronomia da Babi-lónia. Tais rudimentos surgem,também, na física dos Jônios.A teoria mecanicista de Leuclpoe Demõcriio. a teoria dos mime-i*o.s e a acústica de Pltágoras,alem da Geometria de Euoli-des c outros estudos de -sábiosgregos, demonstram a existên-cia de uma orientação cienti-íica positiva na antigüidade.

USINA ELÉTRICA

Onde foi instalada a pri-meira usina elétrica do mundo?

Poi em Nova Iorque, em 188Ü.O inventor norte-americanofidison íoi quem a construiu.Sua corrente era fornecida poruni dínamo diretamente ligadoa uma máquina a vapor. O pro-jeto dessa usina, um ano antes,

em 1(181, esteve exposto cm Pa-ris, na Exposição Internacionaldc Eletricidade.

SORBONNE

Quantos alunos (cm a Sor-bonne?

A Universidade dp Paris,mundialmente conhecida comoSorbõnne, tem hoje 50 mll alu-nos. Entretanto, quando o cò-nego Pierre Sorbon — dc ondevem seu nome — pediu ao ReiLuís IX um pedaço dc terrapara instalar uma casa de es-tudos, a área da margem cs-querda do Rio Sena abrigavaapenas 23 estudantes de Teo-logia. isso foi em 1257. Mas sò-mente três séculos depois.* gra-ças ao Cardeal de Richelieu, aSorbõnne veio receber outrascateclras, além da Teologia:História. Ciência, GeografiaHumana c Religião.

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"O GUARANI"

Quando foi levada à caia, noTcatt-o Seu Ila, a ópera O Gua-rani?

Em 19 de março de 1870quando Carlos Gomes tinha 34anos de idade. O sucesso foiconsiderado estrondoso, mas ocompositor brasileiro já era co-nhecido da platéia de Milão,graças ao sucesso das comédiasmusicais intituladas Sc Sa Min-ga c Nclla Luna.

PELE

Qual o clube que recusou opasse dc Pele?

Foi o Esporte Clube Recife,em novembro de 1957. Pele ti-nha, na época, 16 anos. O íatoocorreu quando o clube pei--nambucano pediu ao Santosque lhe emprestasse dois joga-dores, um deles atacante. A di-

retoria do clube santista deci-diu mandar Pclé e Ciro, porquatro meses. Dias depois, oclube pernambucano enviou umtelegrama ao Santos, no.s sc-guintes termos: "Pele náo in-teressa. Embarquem Ciro." Umano mais tarde, em Estocolmo,

o jovem mineiro, com 17 anos,sagrava-se campeão mundial ese consagrava no futebol.

CONFÚCIO/SÓCRATES

Confúcio e Sócrates tém ponlos-dc-vista em comum?

Estudos recentes demonstramo fato, sem pretender afirmarter havido influência entre am-bos os pensadores, que viveramno mesmo século, porém, bas-tante distanciados. Tanto paraSócrates quanto para Confúcio,o princípio fundamental é ojusto meio. Também se admiteuma correspondência entre aafirmativa de Sócrates, que di-zia "nada sei", com o quedisse Confúcio: "Sou um difun-didor e não um criador de dou-trinas." Ambos evitam falar naProvidência, nos espíritos e nosfenômenos estranhos, Além dis-so, observaram-se semelhançasna forma em que os ensina-mentos de Sócrates e Confúcioforam registrados.

FEIRA, 12 DE NOVEMBRO * DE 1968 D CADERNO fo

um íilmc eletrizanie!Ue um crime pavoroso c sem sen//i/o!~<^^

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Estas pergunta!, foram Teitaspor ouvintes da ItADIO JOR-NAL HO BRASIL, ao programaPergunte ao João. Os leitoresque desejarem alguma infor-mação sóbre assunto de inte-rêsse gerai devem mandar suacarta para a RADIO JORNALBO BRASIL, programa Per-gunte ao João, Dept." de Ra-diojornalismo, Av. Rio Branco,110, 3.» andar.

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b D JORNAL DO BRASIL D RIO DE JANEIRO D TERÇA-FEIRA, 12 DE NOVEMBRO DE 1968 D PÁGINA 7

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Folias), de Mircea Alexandresco aHenri Torram. Painel documentáriode acontecimentos políticos, so-ciais e mundanos do período1917-1930, utilizando trechos dafilmei de cinematecas oficiais ¦particulares. Leão de Ouro no Fes-tival de Veneza, 1961. Paissandu:Uh, lóh, 18h, .0h, _2h. (Livra).

O DIABO í MEU SÓCIO (Bedaii.lad), de Stanley Donen. Comédia.Com Raquel Welch, Peter Cook,Dudlsy Moore, Eleanor Bron.D.luxe Color/Pariavlilon. Palácio,leblon a America: Uh, 16h, 18h,20h, 22h^JI8 anos).SINFONÍÁ PARA UM MASSACRE{Francas), de Jacques Deray.Membros de ums organização cri-minesa entram em conflito. ComMichel Auciair, Claude Dauphin,José C-iovanni, Mlchole Mercier,Daniela Rocca, Jean Rochefcrt.Tiiuca: 13h 20m, 15h 30m, 17h-lOm, 19h 50m, 22h. Rax: Uh50m, 17h, I9h lOm, 2lh 20m. (Uano:).

A PRIMEIRA NOITE DE UM HO-MEM (Tha Graduale), de Mike Ni-chols. A iniciado amorosa de umlov-m universitário que não sabeo que vai (azei ccm seu diploma.Premiada ccm o Oscar. Com o es-treante Dustin Hoffman. Ane Ban-croft, Katharine Ross. Tecnicolor/Panavision. Veneza: Uh, lóhI8h, 20h. 22h.OS ANOS LOUCOS (La, Anni-i

DOIS NA LONA (Brasileiro), deCarlos Alberto de Sousa Barros.Comédia com Ted Boy Marino (datelevisão) no papel de um lula-dor de cafeh. Também no elencoRenato Aragão, Anabela, Suei!Franco. Leila Santos, Milton Vilare o garoto João Carlos. Pl_„(desde lOh da manhã), Condor-Co-pacabana, Ricamar, Olinda, Kelly,Mascote, Regência, São Pedro,Rosa (Nilópolis), Rais. (10 anos).OS SETE DO TEXAS (f"síit"_~~d,|Taxes), dc J. R. Marchem.Western de produçáo ítalo-cspa-nhola. Com Paul Plaget, GloriaMilland. Astaca, Flórida, Art-Pa.licio.Tiiuca, Art-Paláeio-Máier, Art-Palácio-Madureire: ]4h, lóh, 18hMhL_«h._(U_anos).NAO MEREÇO VOCÍ~(No~s7nOe_no di Ta), de Ettore Fizzarotti.Romântico-muiiCil. Com GianniMorandi, Laura Efrilcian. Riviera(Livrei.

REAPRESENTAÇÕES"HOMEM" SEM RUMO (Man W-lheul a Star), de King Vidor.Western legitimo. Com Kirk Dou-glas, Jeanne Crain, Claire Trevor,William Campbell. Tecnicolor. Ce-pitólio, Copacabana, Carioca: Uh,lóh, 18h, 20h, 22h. (U anos).

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CONTINUAÇÕESANTES O VERÃO (Brasileiro) deGerson Tavares. Um drama daamor c mistério baseado no ro-mance de Carlos Heitor Cony.Com Jardel Filho, Norma Bengell,Mário Brasini, Hugo Carvana, Cil-da Grilo, Paulo Gracindo. Vitória,Uh, I5h 40,-n, 17h 20m, 19h, 20h40m, 22h 20m. (18 anos).

à ESTRÍulStar), de~"~Robarl V.-i.». A carreira da atriz GerlrudeLawrence nos palcos da Broadway• de Londres, com músicas deJimmy van Heuian, Sammy Cahn.George í. Ira Gershwin, Noel Co-ward, Cole Portar. Com Julia An-drewi, Michael Graig, Daniel íAas-sey. Versão em 70 mm. llsluxeColor. Roxy: 13h 20m, lóh,18h 40m, 21h 20m. (10 anos).

O CIREBRO DE UM BILHÃO DEDÓLARES (Billion Dollar Brain),d« Ken Russell. Nova aventura doagente secreto Harry Palmer, cria.do por Len Daighton. Com Mi-chael Ceine, Karl Malden, Françoi-se Dorléac, Oskar Homolka, EdBegley. Sí» iul, (tJí,d. ]/)h) _Madri: lóh, 18h, 20h, 22h. SantiAlice: ISh. I7h, 19h, 21h. (18anes).

DJANOO, O MATADOR (L'UltlmoKiller), de Joseph Warren. Western« italiana, com Georg« Ea;tni5n,Anthony Ghldra, Dana Ghia.Tecnicolor/ Tecniscope Festival,Marrocos, Bruni.Copacabana, Bruni-Ipanema, Britãnia, Engenho deDantro, Bruni-Graiau, Alfa, Penhe.(U anos).

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21h I5m; sáb., 20h 15 m t 22hI5m; vesp., 5a. 17h a dom., 18h.O JARDJM DAS~CÉREJEÍRÃSromédia de um mundo em trans-formação, d« Anton Tchecov. Uma...zenda que i o símbolo de umpessado e de uma mentalidade,pnsa das mios de uma família.vistocráíica para as da burgue-ria. Inauguração de uma nova ca-_;. de espetáculo» e de uma com-p.niva cujo núcleo respondia peloantigo Teatro do Rio. Dir. de IvãAlbuquerque. Com Vanda Lacerda,Hélio Ari, Vera Garlel, RubensCorreia, Leila Ribeiro, CarlosEduardo Dolabella e outros. Vea-tro Ipanema, Rua Prudentt de Mo-rais, 824-A (47-9794); da 4a. acom., 21h30m; vesp. dom., ISh.O CÉU I VERDE - Drama~dõ~ãü"-tor Inalei Brian Gedr, lançado emLondres em 1963, e no qua! acrítica inVêío viu influências deBe_!:i_K e Icnescn. Espetáculoinaugural da companhia ArtistasAssociados. Dir. de José Renato.Com Luís Linhares, Sebastião Va»-concelos, Beatriz Veiga, José Ma-ria Monteiro, Antônio Dresjean.Serrador, Rua Sen. Dantas, 13 -(32-8531); 21 h 15m; sáb. 20h e22h I5m; vesp., 5a., lóh e dom.,18h.

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RádioREPÓRTER JB - 6h30m - 8h30m

9h30m - 10h30m - llh30m14h30m - 15h30m - lóh30m17h30m - 20h30m - 23h30m0h30m.

MÚSICA TAMBYM^~NOÍICrA~-lOh - llh - 121l - 13h - 14h

I5h - 21h.VOCI Ê QUEM~"SA_E~^9Ír'-17h - 2lh.PERGUNTE-A7)^ÕXo~-riTh05Íiàs_12h.PRIMEIRA CIASSE - ijh 05m -Rapsódia Romena n. 1, de Enesco* Stciliana, de Bach * Dança dosSet» Véus, da ópera Salomé, deR. Strauss * Andanta (2.° mov.)da Sinfonia n. 94 (Surpresa), emSol Menor, de Haydn * Rapsódiapara Saxofone • Orquestra, de

Debussy * La Peregrinación, deA. Ramirez *"" 22K 05m - Con-certo n. 10 em SÍ Menor, de Vi-vatdí " Improviso n. 1, em FéMenor, Opus 142, da Schubert "

Assim Falava Zaratustra, de R.Strauts.

MúsicaCLÁUDIO EVERSON - pianista,Hoie, is 21h, na Sala Cecília Mei-reles.

CONJUNTO MÚSICA ANTIGA -Amanhã, às 21h, na Sala CecíliaMeireles,

BALLET AFRICANO - ttx'i_ji\r7,as 21h, no Taatro Municipal.

CursosINICIAÇÃO MUSICAI paracrianças de 4 a 8 anoi. Av.N. S. Copacabana, 435.LEITURA DÍNÀMÍCÃ - Prof. An-tônio Carlos Franco de Sé. NoCentre Brasileira da Estudos In-tornacionais.

TEORIA NA COMUNICAÇÃO LITE.RARIA — professor Eduardo Por-tela. No Colégio do Brasil, à RuaGago Coutinho, Al.c ürsITd É~cüÍT u ra!raIíFeTr㣠AMERICANA - No dia 13 denovembro, o professor Aluísio deAlencar Pinto prosseguirá comSemelhanças * Correlações entre aMúsica Popular do Brasil • dosEstados Unidos. Dia 27 de no-vembro, o Dr. Martin Ackerman,com Mudanças Sociais not Esta-dos Unidos. No salão do 2.° an-dar do Instituto Brasil-EstadosUnidos. Av. Copacabana, ó°0.OS- FOLGUEDOS POPULARES -professora Dulce Marlins lamas,no Conservatório Brasileiro deMúsica. Inscrições na Av. GraçaAranha, 57, 12." andar.QUÊ f JORNALISMO?.--, cursoprogramado por Gean Maria Bit-lencourt. De segunda a sexta-fei-ra, das 18 às 19 horas, num totalde 12 conferências. A partir dodia 18 dc novembro, na ABI.lEITURA-, £ ESCRITA; - pelr pro.fessora Laíi Figueiró. Método mo-derno que visa assegurar aos alu-noi o aprendizado rápido voltadopara a música popular brasileira.

Na Escola Brasileira de Música Po-pular, do Mumu da Imagem « doSom. Aos sábados, às 15h, comduração dupla, A partir do dia9 de novembro.PINTURA IIVRF. - pintura, mõ-dela gem, fantoches, dramatizaçãopara criança dc três a dez enos.Dirigido pelas professoras MíriamKogan e Rute Strauss. Telefone25-6835.

CURSO, Di CINEMA EM.HIOIE-^NÔPOLIS - Promovido pelo Servi-ço de Cínoma Educativo ¦ Cultu-ral do Dsoartamento de Cultura.No Colíglo Estadual Clóvis Men-teiro, Av. Democráticos, n. 271,Higienópolis. Às 15h, a partir dodia 11. O cineasta convidado pa-ra dar o curso é Paulo César Sa-

CURSO DE CINEMA EM COPACA^BANA — No Colégio EstadualPedro Alvares Cabral (Rua Re-pública do Peru, 104), às 14h 30m.Do dia 12 a 26 de ndvembro. Asaulas serãn dadas por José CarlosAvellar

CURSO DE CINEMA NA TIJUCA— No Instituto de Educação. De19 a 29, ás lóh 30m. Ãs aulas«rão dadas pelo crítico WilsonCunha.

CURSO DE CINEMA : EM STA.CRUZ - No Cine Fátima (IgrejaN. S.» da Conceição) - de 11 a22 d« novembro, às 16 horas. Asaulas serão dadas pelo criticoWilson Cunha.

Artes PlásticasHELENICE - Xilogravura - Clubedos Dacoradorat (Av. Copacabana,1 100) - Apresentação de CarlosCavalcanti.SIMAS - pintura na Galeria Oead- Siqueira Campos, 18-A.

HERALDO PEDREIRA - deaenhos* pastel — Galeria Micunaíma.

ARTUR AZEVEDO - no Teatro Gi-nástíco. Sob o patrocínio da SBAI- do 5NT.ABAJURÍS~prNTÃDÕS - expc.i".Ção de abajures pintados por Cor-nélio Cruz, na Arredamenlo, noccblon. Rua Ataulfo de Paiva n »386-A.

ANTÔNIO MAIA - pintura - Ga-binei» de Aría Botafogo (Bar.cinski) — Pinheiro Guimarães. 71(46-1294).

MÍRIAM SAMBURSKI - pintura naGalaria Goeldi - Prudente da Mo-reis, 129 - (47-9371) - apresen.teção de Mário Barata.

RENATO AIMEIDA - pinturaapreientada per Edson Mota -Galeria Escada - Av. GeneralSan Martin 1 219 - (27-4470).

SILVA COSTA - Encãustica, apre-xntacão de Wladimir Alves deíuura — Rua Toneleroí, 356 -'37-5917).

TERESA SIMÕES - pintura, 07-leria do Copacabana Pilace (AvCopacabana, 291) - 57-1818.MÁRCIA RAPOSO - pintuTT-^Galarie Deion - Av. Copacabana,i 133 - loja 12.

»spéctõíTda cultürTtcheco.ESLOVACA — um resumo das ar-tes plásticas antiga e contempo-rânea da Tcheco-Eslováquia, assimcomo de tuas beleias naturais. NoMuaeu do Alt» Moderna,HUGO RODRIGO OTÁVIO -Fotografia, na Galaria GEA (Ba-rao de Ipanema, 59). Apresenta-Cão de José Paulo.StROIO DE PAULA - OeaenhSír.a Galeria Giro (Francisco Sa, 35,"Ia 201). Apresentação da Harrylaus.GIOVANNI - pintura do primili-vo Gicvanni. na Cantil, Rua Con-de de Bonfim, 645-A.ROBERTO MORICONI,- Na Peti-te Galeria (Praça General Osó-

rio) a Máquina 1, InstrumentoDinâmico Visual, de Roberto Mo-riconi - apresentação de ValmirAyale.FLEUR COWLES - Pintora e escí-fora americana radicada em Lon-drís — Galeria Bonino (Barata Ri-btiro, 578) - .presentacõo de H.-. Sérgio Correia da Costa.DESENHO INDUSTRIAL r No Mu.seu de Arte Modernt, exposiçãoda I Bienal Internacional de Ce-senho Industrial.GEORGE IUIS -; Pintura. na Oa-lerie Domui (Aníbal de Mondença,n.o 81-B) - Apresentação de An-tônio Bento.

ZILLA MARS - Pinturas no Gal.pio, Rua General Polidoro, 179.

GRAVURAS - Nl ÕãTeTíi dõMuseu Histórico Nacional, gravu-rai de Ana Lúcio c Jarval.

TENDÍNCIAS NOVAS - coletivade arte contemporânea americana,nc Museu de Arte Moderna -Aterro.

AUEEN MEEKER _ N_ GaladaMonlmartre Jorge (São Clemente,n.o 72), pinturas de Aileen Moe-kar. Paisagens do Rio de Ja-neiro.IAPONI - A~MwidTlÃvínTdãRio Branco n.o 156, ioja 104), ex-posição de óleo com temas defolguedos populares do Nordes-le, do pintor laponl -___^_MARGARIDA ÍÃMEGÃO - Fxpí-sição de desenho e pintura daartista portuguesa Margarida Ta-megão. No Centro de Turismo dePortugal, Rua Santa Luzia, 827.XXII SALÃO DE SOCIEDADE"BÕSARTISTAS NACIONAIS - Mais de500 quadros. No Ministério dtEducafío e Cultura.MADY - Pinluras na Maia Pi-taca. Rua General Osório, ]]9.

COLETIVA - Mini-Quadros, de Al.demir Martins, Scliar, Frank Schaef.fer, Jenner Augusto, Wakabaiashl,Milton Dacosta, Manabu Mabe, en-tre outrot, na Galeria do Copaca-bana_Palaca, Av, Copacabana 291.ALFREDO MUCCI - pintor da SãoPaulo, nn Galerii Voltaico [BarateRibeiro 810 - sobreloja).

ARTISTAS INGLESES - no MusiUda Imagem o do Som, a exposição,O Rio de Janeiro Visto por Artis*tas Ingleses do Século Pissado.Av. Marechsl Ancora, 1.

NEWTON RESENDE - exposiçãode pintura, na Galaria Relevo.Aprcientação de Jacob Klintowirt- Copacabana, 252.

MONTEZ MAGNO - exposição,na Galeria do Instituto Brasll-Ebtados Unidos - (Av. Copacabana,690, 2.o andar],

DOIS PINTORES - na Galerial^»(B.-.rata Ribeiro 630), exposição depintura dc Nei Tecídio * HiramNei.

MuseusMUSEU DOS TEATROS - t-dosi.çao permanente. Documentáriosóbre artistas e atividades tas-trais, incluindo indumentária usa-da em óperas _ peças. SalãoAssírio, no Teatro Municipal. En-trada peta Av. Rio Branco. Dcsegunda a sexta-feira, das 13 às17 horas. Entrada franca.

MUSEU DA CIDADE - Relíquias-Siítóricas e curiosidades referen-les à fundação da Cidade do Riode Janeiro. - Parque da Cidade(Te'efone 47-0357). - Horário delOh 30m às 17 horas, exceto arsegundas. Entrada franca.

müséü~dã~ímã~gIm__"do~ SOM— Mais de 100 mil fotografias,discos e gravações rara». - Ar-quivo completo do Almirante —Praça Marechal Âncora, ao ladoda Igreja Nossa Senhora de Bon-sucesso. — Horário das 12 às19 horas, exceto às segundas.

MUSEU DO BANCO DO BRASIL- Avenida Presidente Vargas,328 (esquina de Rio Branco),3a. exposição temporária, come-moratlva do V centenário danascimento do descobridor doBrasil, apresentando, grande ex-Dressivo documentário sóbre Ca-bral e aua época, moeda»circulantes nos reinados de D.loão II, D. Manuel I, D. JoãoM e D. Sebaitião. Entrada fran-ca, de segunda a sexta-feira, d»oh 40pn às 17 horas. Para visitasde grupos de colegiais combinaroelo telefone 43-5372.

MUSEU DA REPÚBLICA - AntigoPaiôcio do Governo, eté a mu-dança da Capital para Brasília.Recordações de mais de 70 anosde vida republicana. Rua do Ca-tete i/n (tei. 25-4302). morárioside terça a sexta, das 12 às IBh,sábados e domingos, das 15h às18h. Fechado à: segundas-feiras.FUNDAÇÃO RAIMUNDO OTONIOE CASTRO MAIA - Peças e ob-,'etos de arte - vasos, estátuas,cerâmica, painéis d» azulejos por-tugueses — acervo, destacando-seaquarela de Debret. Estrada doAçude, 764 — Alto da Boa Vista.Aberlo de tírça à sábado, das"*jlh

ãs 18h e nos domingos dasllh às 18h.

Bibliotecas

MUSEU DA ACADEMIA NACIO-NAL DE MEDICINA - Exoosiçãopermanente de objetos que per-.enceram a grandes vultos da Mi-dicína Brasileira, medalhão come-morativo, peças outras de curo,orata, bronze e cobre, bem comotítulos, ofícios, cartas e manus-critos outros. Aberto às quintas-feiras, das 14 às 18 horas - Av.General Justo, 365, 9.° andar.

MUSEU NACIONAL DE BELAS.ARIES — Acervo de obras pgeio-nais r estrangeiras. Do períodocolonial aos nossos dins. Saio Vis-coníi, a Primeira Missa, de VítorMeireles, Taunay, Bernsrdellí. Pin-tura, escultura, desenho e artergráficas, mobiliário e objetos dearte em geral. Galerias perma-nente!: estrangeiras e brasileiras.Galeria de exposições têmpora-rias - Av. Rio Branco n.° 199.Hor.: de terça a sexta das 12 àt21 horas; sábados e domingos,das 15 às 18 horas. Fechado àssegundas-feiras.

BIBLIOTECA DO TRIBUNAL DEJUSTIÇA - Epeciallzadu em Di.reito. Rua Dom Manuel, 29. 3.°(31-1068;. Diariamente, de segun-da _ lexta-feira, das 9h às 17h30m. Franqueada ao público..BIBLIOTECA CÃ_ÍRO~ÃLVEr""-Avenida Treze de Maio, 23-D -Tel. 52-9B65. Horirio 9 àr 22h.— Fechadu aos sábados.BIBLIOTECA NACIONAL - A_venida Rio Branco n. 219 (22-0021).Horáriop 10 ás 22 horas. Para oselão de leitura, exige-se entãodc consulta. Informações na por-tam.

BIBLIOTECA REGIONAL DE BOTA.FOGO - Rua FarSni n. 3-B -(Tel. 26-2445) - Horáriop 8h 30màs 21 horns. Fechada aos sábados.BÍBÍIÕTECÃ^ÉSTADIjÃL - A~v7ífí-da Preiidente Vargas, 1 261 (tel.23-1176). Horário; 8 às 20 horas.Fechada aos sábado:.BIBLIOTECA DO CLUBE' DCÍÍS-DE"CORADORES - Sobre arle enigeral. Av. N. Sra. de Copacaba-na, 1 108, sala l. Aberta diáriamente no horário de 14h às IBh.8ÍBÍiÕTÍCÃ REGIONAL D~Õ~RÍOCOMPRIDO -- Rue Hliddock Lobon.o 163 -- Telefono 28-5178. -Horáriop 8 às 21 horas. Fechadaaos sábados.bTbTtõte~ca^6gTõnàT^"copa.CABANA - Avenida Copacaba-na n.o 702, 3.° andar. Telefone37-8607 - Aberta até as 21 ho-ras.

BÍBlToTECÀ^EUCLIiJES DA CUNHA*- Rub da lmpren-.a, '.6, 4.° an-

dar. Telefone 42-650" . Horárioi9Js IBh.BIBLIÕTIÍCA~~'REGIONAr~DA~PE~.NHA - Ru., Uranos n.o 1326(30.6713). Hororio: 12 às 18 ho.ras. Fechada aos sábado:,.

BIBLIOTECA REGIONAL DE CAM.PO GRANDE . Av. Cesário títMelo, 1117 - Tcl. 201. Horáriosi6 às 21h 30m. - Bibi. de a_ullos.

- 9 às 18 horas - Bibl. infantil.Fechada acs sábado:.

BIBLIOTECA REGIONAL. DE: SAÍÍ:TA CRUZ - Rua Marlim Francis.co, 8-A - Horáriop 8 às 17 30ir.Fechada aos 3ábados.

Parquese JardinsJARDIM BOTÂNICO - Fundadoírri 1308 por D. João VI, possuicerca de sete mil espécies de va-..etais, numa irea dc 5£0 0^0metros quadrados — Rua JardimBotânico, 920. (Tel. 27-5806) -tforário das 9 às 17h 30m, d*«-riamente'. Entrada: NCrS 1,00.

PARQUE DA CIDADE - Üm dõ-mais belos e pitorescos. Princí-pai atração: o Museu da Cidade— Estrad.i Santa Marinha, Gé-.ea - (27-3061). Horário da»

9 às 17h 30m, diariamente.QUINTA DÃ~BÕÀ VISÍÃ~"~Ãn-tiga chácara pertencente aos lm-peradores D. Pedro I e D. PedroII. Entrada por São Cristóvão.

O que há para ver no mundoPARISCINEMABARBARELLA - em sete cinemasdé Paris, o filme estrelado porJane Fonda e David Hemmings. Ahistória, magnificamente filmadapor CliiuíJe Renoir, conta a mis-s.io Barbarei lü-Fond;. enviadada Terra para a Galáxia, a fim deencontrar um cientista terrestre

que enlouqueceu, o único possuidorde um nôvo raio motol.

TEATROAMÉRICA, HURRAH - de JeanOsude Van Itallie, numa troou-ção de Manuel Barbera. Três pe-ças curtas, vinculadas ao espíritode não conformismo. No elencoi_ destacam Arturo Maly, HelenaTrilel:, Walter Santa Ana e Car-los Moreno. Na Sala Plantaa.

NOVA IORQUE

BUENOS AIRESCINEMAAMBICIONES D_ DÓS PISCARA!— um filmt' inglês com Lyn Red*gr&ve e Ritn Tushingham, duas

provincianas do norte que cha-gam a Londres. Segundo a críti-ca, "um espetáculo francamentemoderno."

TEATROLOVERS - com Peler Lind Hayes.Duas peças de um ato: Wínners,dois jovens que planejam seucasamento que acaba não se rea-jizando. Lovers ê uma comédiiirônica sóbre as relações amoro-sas de um casal de meia-idade.

HER FIRST ROMAN - com RiTchard Kiley e lis Leslie Ugganis.No Lunt-Fontanne. Um musicalbaseado na peça de Bernard Shaw,Caesar and Cleopatra.HAIR - um show descrito comoum musica! selvagem destinado achocar as platéias. Na Broadway.

A Agência Méier recebesexta-feira, até as 22 horas,

seu classificado de domingo.

Dias da Cruz, 74 Loja B

':«¦"»!

4 7_o?.ra da tribuna

A homenagem do esporte

O que o Brasil tinha de me-lhor poliu e lustrou para ofere-cer às mãos da Rainha, ao olharda Rainha, à sua real memória.E o que talvez não fosse tão me-ritóri-o foi melhorado para a oca-sião, embrulhado para presen-te.

Oferecemos céu e sol, osmais tropicais possíveis dentrodas chances meteorológicas.Oferecemos nosso melhor fute-boi, e para cumprimentar a Rai-nha enviamos nosso Rei no seuestádio cheio de súditos. E maisreis oferecemos, os de veludo elantejoula, os reis do ritmo, mes-tres de nossa melhor escola.,Mangueira se curvava ante aRainha, mas certamente, no re-condito da longa saia, ElisabeteII obedecia à soberania do ritmo,marcando o tempo com o pé.:Oferecemos frutos e flores numsurpreendente verão tropical

que se alastrava em sucos, co-midas, sorvetes, decorações. Eoferecemos a simplicidade de

pequenos deslizes no protoco-lo recém-apreendido, testemu-nho de nosso natural encanta-mento frente a uma realidadetão vizinha do conto, tão pró-xima a desaparecer.

O avlauso popular,

EMHONRAA SUAMAJESTADE

^ **' ' '' ^* n$â0-

^^mmmktm:.c^.à:... ¦:,..,..,A festa, ão samba

!: ¦'.'. ' '¦",'.i«''_w,(t_^vv '.-v'"¦-, /-\ V'%';t__8_F ¦¦"' -__í__6_____-iíV-g§Mí_i_Í:-^__P^-J-B-_d_5_____Í__S___c^_i":TOiffi^ffiS^iwiffiv ---''^i^n^nK''' ¦ -¦ ¦'¦ - íSs..": -v':''.v '••'.¦ *"¦ : T_Sxí_íP^^^^^!^^^^í^^!s5ííí55íi.^ -í'¦"¦"¦,—¦ ¦ ¦'--

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O encontro da realeza

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JORNALDOBRASIL Rio de Janeiro — Têrça-Feira, 12-11-68 Parte inseparável do Jornal

AVISO — A lirjlit informa que hoie, terça-feira,

faltará luz em vários logradouros de Ricardo de Al.

buquerque (lubúrbio de Central), enlre 7 c 17 horat.

Amanhã faltar íenergia em algumas rua» de Campo

Grande c no Estado do Rio.

fee's " C°mPrá e venda - Imóveis - Compra e venda - Imóveis - Compra e venda - Imóveis - Compra e venda

ÍNDICE

PAGINASIMÓVEIS . COMPRA E VENDA t a 3IMÓVEIS - ALUGUEL 3 e 4UTILIDADES 5ANIMAIS E AGRICULTURA ... 5OPORT. E NEGÓCIOS 6MÁQUINAS - MATERIAIS ... 6ENSINO E ARTES 6DIVERSOS 6SERVIÇOS PROF. DIVERSOS . 6EMPREGOS 7 e 8PROFISSIONAIS LIBERAIS . 8VEÍCULOS - EMBARCAÇÕES- ESPORTES 8 a 10

* * *Cruzadas 2Sociais 2Falecimentos 2Agenda 3Militares 4Ensino g

Trabalho a

AGÊNCIAS DE CLASSIFICADOS

CENTROSede - Avenida Rio Branco, 112 - Terreo.Lapa — Avenida Mem de 5á, n.° 147Rodoviária _ Estsção Rodoviária Nôvo Rio, 2.°, loia 205Sao Boria - Av. Rio Branco, 277 - loia E - Edif. S. Borja

ZONA SULBotafogo - Praia de Botafoqo, 400 - SEARSCopacabana - Av. N. S. de Copacabana, 610 - G. Ritzflamengo - Rua Marquês dc Abrantes, 26 - Loia EPosto 5 - Av. N. S. do Copacabana, 1 100 - Loia EIpanema - Rua Visccnde de Piraiá, 61I-C

ZONA NORTEPraça da Bandeira _ P. da Bandeira, 109Campo Grand. - Av. Cesario de Melo, I 549 - Ag. daGuandu VeículosCascadura - Av. Suburbana, 10 136 - largo CascaduraMadureira - Estrada do Portela, 29 - Loia EMoier - Rua Dias da Cruz, 74 - loja BPenh» - Rua Plínio de Oliveira, 44 - Loia MSao Cristóvão - Rua Sio Luis Gonzaga, 119-CIi|uca - RLa General Rocca, BOI - Loia F

ESTADO DO RIODuque de Caxias - Rua José de Alvarenga, 379Niterói _ Av. Amaral Peixolo, 116, grupos 703 e 704 -

Telefones: 5509 e 2-1730Nova Iguaçu - Av. Governador Amaral Peixoto, 34 -

LO|fl 12

HORÁRIO

flhinl5 Átyhíü dí J0RN^ D0 BRASIL '""cionem dasünjum as I7h30m de segunda a rexta-feira e de Bh às llhaos sábados.

AN0NCIOS PARA DOMINGOAs agências do JORNAL DO BRASIL, no Méier (RuaDias da Cruz 74 - Lo|a B), Copacabana (Av. N S. d.Copacabana 610, Galeria Ritz), Tiiuca (Rue Gen. Rocca, 801

7» '»¦ Fí'.Bo'af°go (Praia de Botafogo, 400 - SEARS), Sede(Av. R,o Branco, 112 - Térreo) e Rodoviária (Estação Rode-v,í„, Novo Rio 2.0, Loja 205), ficam abertas a, sextas fetras ate as 22 horas para receber anúncioi para domingo.

MAPA DO TEMPO - JB "

Acfí4L^«r.51N6T1CA D0 MAPA D0 ESCRITÓRIO DI ME-TEOROLOGIA INTERPRETADA PELO JB - frente fria sôbre"""'' atingindo o litoral da Guanabara com forte nebulo-ndadc e retornando para o sul pelo interior como frentequente, atingindo os Estados do Rio, São Paulo e Paranáe peneirando no sul de Mato Grosso. Massa polar da reta-guarda d« frenie fria com centro de 1018 milibarei sôbre oUruguai c parle sul do Rio Grande do Sul. Anticiclone tropi-calcem cenlro de 1016 milibares sôbre o oceano Atlântico.

NO RIO

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INSTÁVELMÁXIMA: 30.6MÍNIMA: 19.6

TEMPERATURAE TEMPONOS ESTADOS

O SOL

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Amazonas — Acra — Pará —Tempo nublado - Pancadasesparsas no periodo. Temp.:estável.Maranhão — Piauí — Ceara —Rio Granda do Norte — Pa*raíba — Pernambuco — Ala'goas Tempc nublado —Pancadas n:. período. Temp.;estável.Sargip» — Bahia - Tempobom com nebulosidade. Temp.cm elevação.Minas Gerais — Tempo nubla-do, passando a instável compancadas. Temp.: estável, de-clinando após.Espírito Santo — Tempo nu-biado — Chuva ocasional. —"Temp.:

estável.Rio d* Janeiro — Guanabara— Tampo instável. Chuvasocasionais. Temp.: em declínio.Goiás — Tempo nublado compancadas no período. Temp.:estável.Mato Grosso — Tempo insta-vel com trovoadas no sul doEstado. Temp.: em declíniono sul do Estado.Sào Psulo — Paraná — Tem-po instável — Trovoadas nointer,cr. Temp.: em declínio.Santa Catarina — Tempo nu-blade no litoral e instávelcom trovoadas no interior. —Temp.: em declínio.Rto Grande do Sul — Tem-po bom com nebulosidade. —Temp.: em declínio, elevan-do-se após.

NASC. - 5h03mOCASO - 18h09m

A LUA

' CHEIAOOS VENTOS

Í%SUL

FRACOS

AS MARÉS

vwJaaa

PREAMAR:7h50m/0,8rn e !9hO5m/0,8m

BAIXA-MAR:2h45m/0,3m e 15h45m/0,6m

TEMPO NO MUNDO (UPI-JB)Temperaturas máximas de ontem e previsão do tempo parahoie nas cidades seguintes: Buenos Airei, 23°1, sol; San-tiago, 1901, bom; Montevidéu, 17°. claro; Lima, 20"5, en-coberto; Bogotá, 1703, nublado; Caracas, 27", nublado; Mé-xico, 14°, nublado; San Juan, PR, 31°, nublado; Kingston(Jamaica), 31", nublado; Port-of-Spain (Trinidad). 30°, nuble-do; Nova Iorque, 6U, encoberto; Miami, 27°, nublado; Chie*go, 3o, nublado; Los Angeles, 31°, nublado; Londres, 10*rnublado; Paris, 10», encoberto; Berlim, 7o, encoberto; Mo»-cou, 7°, nublado; Roma, 17°, sol; Lisboa, I8°5, sol; Mon-treal, 4», sol; Quebec, 3o, nublado; Tóquio, 17°, sol.

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?i?lf*!?Am? ~ A Afis°«aÇão Medica do Esta-cio cia Guanabara, empossou, cm ato solene on-tem, a nova diretoria e Conselho Deliberativoeleitos para o biênio 1909-1970. - o Centro

'déEstudos do Hospital do Andarai empossou sua no-va diretoria, presidida pela Dra. Laurinda Aguiarde Castro Meneses.

FESTA - O Colégio Batista está convidando seusalunos e ex-alunos e suas familias para a grandefesta de confraternização que realizará no próxi-mo dia lo. Da programação a iniciar-se às 8h30-nconstam varias competições esportivas com outroscolégios e ex-alunos, solenidade cívica com desfi-le dos atletas e show musica! cios alunos. Partealta do programa será o almóco rie confraterniza-„ção de professores e ex-alunos para o qual estãosendo recebidas inscrições pelo telefone '48-30GO;Durante todo o dia haverá barracas de comidas. e bebidas regionais, prendas com leilões, visandotudo á obtenção de recursos para a futura Uni-versidade, já em fase de organização.

COMEMORAÇÃO - o Ministro Jarbas Passari-nho. do Trabalho, presidirá a solenidade comemo-rativa dos 25 anos de vigência da Consolidarãodos Leis do Trabalho, ás 17 horas de hoje no Au-ditorio Salgado Filho, 6° andar do Palácio doTrabalho, nn Guanabara.

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TEMPO — Previsão do tempo até o dia 13 na re-gião salineira fluminense: tempo nublado, sujeitoa instabilidade ocasional, melhorando no fim doperiodo. Condições de evaporação regulares. Rc-gião salineira nordestina: tempo nublado. Condi-ções de evaporação regulares.

PAGAMENTOS — O Banco do Estado da Guana-bara creditará hoje, através de suas 35 agênciasmetropolitanas o.s vencimentos dos servidores doEstado, lote 05: Companhia Telefônica Brasileira(zona rural); Diretoriad a Despesa Pública — apo-sentados do 6.° dia e DER — lote 05.

FESTIVAL — o Jacarepagua Tênis Clube anun-ciará amanhã, ás 21 horas, em sua sede, as 20composições finalistas do I Festival clc MúsicaBrasileira Interclubesd a Guanabara.

prú-.\rte — Bólsas-de-estudo para piano serãodistribuídas no XIX Curso Internacional de Fé-rias da Pró-Arte. em janeiro de 19S9, em Teresó-polis. Inscrições na Rua México, 74, telefone .22-1076.

FUNDAÇÃO — Foi fundada na cidade de SãoJosé do Calçado, no Espírito Santo, a Associarãode Assistência aos Presos Dona Mulatinha.

CONGRESSO — A Associação do Ministério Pú-blico Fluminense realiza de 20 a 24, em Teresó-polis, o II Congresso do Ministério Público Flu-minense.

CONFERÊNCIA — Em continuação ao curso deAlto Nivel para Secretárias, na Fundação Lown-des. fará- conferência no dia 14, o prof. VálterPolares, sôbre o tema A Ciência e a Técnica dasRelações Públicas e o cScrctariado.

DEBATE — Desafia da América Latina, de Ro-bert Kennedy. e Grito da Consciência, de MartimLuther King, são as obras que o Grupo de Histó-ria c Geografia da PUC vem. no momento, pondoem debate. O local das reuniões tem sido o gabi-nere de estudos do Departamento de História eGeografia.

BOLSAS — A Casa do Estudante do Brasil con-cedeu 30 bólsas-de-cstudos, em dinheiro, a univer-sitários matriculados cm estabelecimentos de en-sino superior da Guanabara. Foram concedidasa candidatos sem recursos financeiros para con-olusão de seus estudos, após seleção prévia.

DEPOSITANTES — Os depositnntes do Banco doBrasil, no próximo ano, poderão descontar seuscheques em qualquer das suas 660 agências espa-lhadas pelo país. As empresas de crédito, que de-s"'"-cm. poderão estender a seus clientes êssesserviços. de«de que participem, por convênio, como Banco cio Brasil, de Cartão de Garantia ed Che-ques.

RELIGIÃO — A Secretaria clc Educação c Cultu-ra do Estacio da Guanabara e a Divisão de Edu-cação "e.Mglosa promoverão o I Congresso deEducação Religiosa da Guanabara, no Instituto deEducação, de 25 a 29 de novembro. A.s palestrase as teses estão a cargo de padres católicos, pas-tores protestantes e rabinos, visando a livre esco-lha da religião entre os estudantes de escola pri-mâria e ensino médio da rede oficial da Guana-bara. As inscrições poderão ser feitas à Av. Eras-mo Braga. 118. 10.° andar, Divisão de EducaçáoReligiosa da SED ou na sede dos Distritos Edu-cacionais de cada bairro.

ALFABETIZAÇÃO — Na .Associação Comercial eIndustrial da Zona Sul (Rua Siqueira Campos,nr 32), hoje, às 18 horas, a Inauguração dc uninovo curso de Alfabetização Funcional dc Adul-tos.

ELEITORES — O Tribunal Regional Eleitoral daGuanabara solicita que os eleitores dos Estadosde Alagoas. Amazonas. Maranhão, Paraíba, Para-na, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Gran-de do Sul, Santa Catarina ou Sáo Paulo, em trân-sito na Guanabara ou que não tenham aindatransferido os respectivos titulos para esta Cir-cunscriçáo, compareçam, no dia 15 de novembro,entre 8 e 17 horas, munidos dos aludidos titulosde eleitores, a qualquer dos postos situados nosseguintes endereços: Rua Primeiro de Março n.°42. Centro; Rua Miguel Lemos n.° 997, Copaca-bana; Rua Carvalho de Sousa n.° 274, Madurei-ra e Rua Santa Fé n.° 50, Méier, a fim de rece-berem a necessária ressalva, com quc possam jus-llficar a sua ausência nos pleitos das localidadesem que forem eleitores.

MEDICINA — A Associação Brasileira de Ncuro-Psiquiatria Infantil, Capitulo Regional da Gua-nabara. realiza amanhã, à.s 18 horas, emsua sede, na Rua Sorocaba n.° 464, a décimaquarta sessão cientifica, para a qual convida mé-dicos, psicólogos, professores e demais técnicos quecuidam de excepcionais. A ordem do dia cons-tara do seguinte tema: Toxoplasmose congênita:Aspectos clínicos e Imunológicos — Dr. MoacirCordovil e Dr. Isnard Teixeira... — A Associa-ção Médica, Odontològica e Farmacêutica de SãoCristóvão, promoverá em sua sede. Campo S. Cris-tóvão n.° 402. à.s 20 horas, do dia 21, as eleiçõesda nova diretoria, Conselho Deliberativo e Comis-são Fiscal para o biênio 1969-70. As chapas pa-ra as eleições poclnu ser apresentadas até o dia14 no mesmo local.

DECRETOS — O Presidente da República assi-nou os seguintes decretos: — declarando de uti-lidade pública a Casa de Saúde Campinas. _ comsede em Campinas — Sáo Paulo; — autorizandoo Serviço do Patrimônio da União a aceitar adoação simples que faz a Prefeitura Municipalde Caacamabará — Paraná de uma área de ter-reno com 8 000 m2. situada na Rua Marques La-deira. Vila Rubim, naquele município; — cedendoa Companhia Paulista de Estradas de Ferro uma,faixa de terra, ocupada pelos silvicolas, corres-pondente a 140 644 m2, encravada na área doposto indígena Capitão Iakri; no município dcAvai. Estado de Sáo Paulo, com a finalidade deconstrução de um trecho da variante ferroviáriaBauru—Garça; — designando o professor JennerJosé de Araújo, do Governo do Estado de MinasGerais, para integrar o Corpo Permanente da Es-cola Superior de Guerra.

QUARTETOS — A Radio Ministério da Educaçãoc Cultura vai apresentar, amanhã, às 17h'20m,mais um programa do ciclo dos Quartetos deBecthoveii, redigido por Ademar Nóbrega e coor-denado por Arnaldo Estréia. Serão apresentadosu Quarteto n.° 3 em ré maior, opus 18 n.° 3. pre-cedido do Quarteto em lá, de Tartini. A inter-pretação estará a cargo do Quarteto de Budapeste,co.n Joseph Roisman e Alexander Schneider, vio-linos; Boris Kroyt, viola e Mischa Schneider, vio-lcnceiò.

VE'" .O — Os chamados Cursos de Verão volta-rêo a ser ministrados pelo Departamento de Psi-coiegia da Universidade Católica. O próximo cursojà sc encontra em fase de coordenação, e serãointroduzidas inovações no currículo, a titulo ex-perimental, éste ano com a inclusão da cadeiradc Psicologia Matemática.

CONVITE — O Museu de História Marechal Ron-don convida seus patronos-associados c todos in-teressados na alfabetizaçác, a assistirem a inau-guração dc mais um de seus cursos gratuitos dealfabetização funcional de adultos na sede gen-tilmente cedida pela Acisul, em Copacabana —Rua Siqueira Campos, 32 (sobrado), às 18 horasde hoje, com a presença do pessoas gradas, cola-boiando com o Movimento..Brasileiro de Alfabc-tização (Mobral). Enrada.franc*.

4 - CLASSIFICADOS - l0,n»| áe Brasil, 3.«.f.l„, 1 2-11-68

itaresEXÉRCITONOMEAÇOLS — Foram nomeados o coronel Irtobai-denbcrg. para integrar o Corpo Permanente deescola Superior de Guerra e o seu colega, coronelJurandir Loureiro Acióll, para servir no Núcleo deComando da Zona de Defesa do Atlântico.BOLETIM — O Estabelecimento Pandia Calogerasja está distribuindo o Boletim Informativo de Pre-ços de artigos expostos à venda nos seus arma-zoijs e supermercados, a vigorar no corrente mêsde novembro.

IMPRESSO — Encontra-se à disposição dos asso-ciados do Montepio da Família Militar, impressoversando sóbre Reajustamento de Mensalidades,de todos aqueles que pertencem aos seguintes pia-nos: Pensão — De I a VI. Aposentadoria — DeI a V. Educacional — De I a V. Ficam avisadosque os prazos quanto a decisões dos associados ex-pira em 31 de dezembro vindouro.

CURSO — Funcionará na Escola de Veterinária doExercito, no ano de 1969, o Curso de Formação dcSargentos Enfermeiros Veterinários. O pedido deinscrição é feito mediante requerimento do inte-ressado, dirigido ao cmte. daquela Escola, que devedar entrada na corporação onde serve, e encaml-nhado diretamente à Escola, devidamente infor-modo. Os requerimentos são isentos de selo.TIRO — O 1.° Grupo de Canhões 90 Antiaéreos le-vara a efeito de 11 a 15 do corrente, exercicio detiro real contra alvo rebocado, no horário de 9as 11 e das 14,30 ás 16,30, nos limites do Campo deTiro: Direito — Pontal de Sernambetiba — Esquer-do — Ilha do Meio. Dirigirá os exercícios o coro-nei comandante Ulisses de Albuquerque Rebuá. Ostiros atingirão a uma distância de 11 milhas ma-rítimas.

JURAMENTO — O comandante do 1.» Batalhão deGuardas, da Guarnição de S. Cristóvão, escolheua data histórica de 15 de Novembro para a ceri-mónia de Juramento à Bandeira dos jovens cons-criíos incorporados em seu efetivo no corrente ano.Para a mesma, foi organizado um programa festi-vo, do qual consta, recepção aos convidados às19.:30m: juramento ã Bandeira, ás 20 horas, se-gu.cio de demonstrações pelo Esquadrão do Impe-rador, Ordem Unida, Banda de Música. EducaçãoFísica e Alarme. Por fim, será oferecido aos con-vidados um jantar dançante. Traje: militares: 3-D .(túnica branca, calça cinza, gravata vert.; Civis:passeio completo. O cmt. Gilberto da Costa Pe-reira, com os seus oficiais e demais àuxiliares,convidou altas autoridades civis e militares e ía-miliares para o maior brilho da cerimônia.

MARINHAVOLUNTÁRIO — Estão abertas até 2 de dezem-bro, de segunda a sexta-feira, no Quartel de Ma-rinheiros, Avenida Brasil 11498, das 8 às llMOm,inscrições de voluntários para a Marinha de Guer-ra. Os candidatos deverão ter idade entre 17 e24 anos, curso primário completo e apresentar aseguinte documentação: ai certidão de idade; b)documento comprobatório da situação militar; c).dois retratos 3x4; dl declaração de bom compor-tamento se ex-militar, e e) pagamento de taxa novalor de NCrS 1,29. Os aprovados serão incorpora-dos na graduação de Grumete e após um curso detrês meses serão promovidos à graduação de Ma-rinheiros. podendo fazer carreira normal até a gra-duação de subofieial e através concurso atingir ooficialato. As inscrições encontram-se abertas,também, em Minas Gerais, no Batalhão Escola daPolícia Militar, no Espírito Santo, na Escola deAprendizes Marinheiros e, em Friburgo, no Sanató-rio Naval.

ESQUADRÃO — Com a finalidade de contribuirpara maior segurança de navegação na região doParcel de Abrolhos, o Esquadrão de Minagem eVarredura realizará uma varredura na profundi-dade de oito metros em um canal de aproxima-damente 30 milhas de extensão por 1 milha delargura, localizado a oeste do referido Parcel.Nesta operação, tomarão parte os navios varredo-res Javari, Jutaí, Juruá e Juruena e mais o naviohidrográfico Sirius, que prestará apoio logístico aosnavios varredores, bem como realizará a navega-ção de precisão necessária ao desenvolvimento davarredura, utilizando o processo do Raydist. Estae a quarta missão desta natureza que o Esquadrãorealizará, tendo feito anteriormente varredura docanal de Sáo Sebastião, canal de acesso ao termi-nal de óleo na Baia de Guanabara e canal parapassagem de navios pelo váo maior da futura ponteRio—Niterói.

TAMANDARÉ — Por ocasião das próximas festivi-dades da Semana da Marinha, os radioamadorespertencentes a esta corporação, conhecidos pelasigla, MB, se incorporarão a e.~tas festividades fa-zendo realizar o seu 10." Concurso Almirante Mar-quês de Tamandaré entre os radioamadores, ra-dioamadoras e radioescutas brasileiros. A Comissãode Concursos resolveu ampliar o número de seusprêmios, quer para os pertencentes à Marinha, querpara os radioamadores e radioescutas partici-pantes, tornando assim mais interessante, a dispu-ta dêsse certame; além dos prêmios habituais, ospartlcipantes/MB ou não pertencentes a esta cor-poração, contarão com dois transmissores DeltaGeloso 310.1, como prêmio aos radiomadores quemelhor se colocarem, apresentando o maior nume-ro de pontos, independente de classe. Um dostransmissores, oferecido pelo Ministro da Marinha,será disputado pelos radioamadores.MB e o ou-tro transmissor, oferecido pela Delta SociedadeAnônima, de Sáo Paulo, através do Almirante Di-retor da Diretoria de Eletrônica da Marinha, pa-ra sei' disputado pelos participantes não perten-centes à Marinha. Além dos prêmios, Taça Cru-zador Tamandaré, medalhas, prêmio Cruzador Ta-mandaré, oferecido aos primeiros colocados nosEstados, temos mais: Diretoria de Armamento daMarinha, Escola Naval. Instituto de Pesquisas daMarinha. Fábrica de Torpedos da Marinha, Esco-la de Guerra Naval, Arsenal de Marinha do Riode Janeiro. 1." Distrito Naval, Agena Indústria Ele-tronica Limitada, sendo êste destinado ao radio-escuta que melhor se classificar no concurso. AComissão conta com mais outros oferecimentos deprêmios, aumentando o interesse dos participan-tes. Este ano será outorgado o Diploma de Hon-ra aos radioamadores que completarem dez anosde participação. No concurso, que terá lugar nosdias 7 e 8 de dezembro próximo, a Marinha contacom a valiosa participação dos radioamadores emgeral.

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Informaçõc

AERONÁUTICAMÉDICOS — O Diretor-Geral de Saúde da Aero-náutica, maj.-brig.-méd. Geraldo Cesário Alvimproferiu, no auditório do Hospital Central da Ae-ronáutica, a aula inaugural do Curso de Medi-cina Aero-Espacial, destinado a preparar novosmédicos para o Serviço de Saúde da Aeronáutica.O curso terá a duração doseis meses e obedecea direção do cel.-méd. Duilio Barroso Beltrão c asaulas são realizadas no próprio hospital, após oseu término, são promovidos ao posto de l.°s-te-nentes-médicos. A nova turma de 2.°s-tenentes-médicos estagiários é a seguinte: Alberto Salame,Acir Júlio Magnoni. Adelci Ribeiro. Aldemir Bílla-qui, Antônio Moreira, Apulcu Brum Rego Vieira,Carlos Alberto Mundim, Carlos Harle. £dson Viei-ra Lopes, Eduardo Gelmires ria Silva Negráo, Fer-nando Leitão Alves da Cunha, Francisco Rosenne-lio de Carvalho, Getúlio Homobono Paes de An-drade, Hamilton da Costa Cardoso, Hamilton LealAlexandre, Hélio Heldo Roscoe, José Américo deAlbuquerque Montenegro, José Erlich, José Este-ves de Amorim, Marcelo Toscano de Lucena Ca-valcànti, Osmar Francisco de Araújo Rego, Ro-berto Romero Pereira dos Santos, Samuel AntônioRaffo Constant, Sinal Andrade dos Santos. VítorLeonardo da Silva Chaves, Válter Essinger Car-neiro e Valdir da Cruz Loureiro Júnior.

MOVIMENTAÇÃO — O Diretor-Geral do Pessoalda Aeronáutica classificou, no Estado-Maior daAeronáutica, o cel.-av. Protásio de Oliveira; e, naInspetoria Geral da Aeronáutica, o cel.-av. Saulode Matos Macedo, e, transferiu, para o Núcleo dc'Parque de Aeronáutica de Lagoa Santa, o cap.capelão Bartoiomeu Mendes, do Destacamento Pre-cursor da Escola de Aeronáutica; para o HospitalCentral da Aeronáutica, o 1.° tente.-méd. VálterEscarlate, da Base Aérea rio Galeão; e, para, oQG da la. Zona Aérea, o maj.-av. Ulisses PintoCorreia Neto, na Base Aérea do Galeão.

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.um mil cada. Os trabalhos premiados serão pu-bllcados no Jornal das Letras, ficando a critérioda comissão julgadora, que ainda será indicadaa concessão de menções especiais e honrosasSIMPÓSIO SOITRE NUTRIÇÃO - O Instituto deNutrição da UFRJ comunica que será realizado,no dia 14, às 14 horas, no Largo da Misericórdia,n.° 24, 2." andar, um simpósio sôbre GordurasAlimentares, com a participação dos professoresManuel José de Sousa Dantas; Arai Tariuna Riosde Magalhães; Dílson Catar Kamel c Lieselote Or-nelas.

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Artigo l.O; A Sociedade passará a ter a seguinte deno-minação: "Sociedade

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Par. 1.° do art. 29: a anuidade passará a ser igual a 25%do Salário Minimo Regional, aumentada a eventualtração para NCr$ 1,00 (hum cruzeiro novo).

A presente Assembléia Geral, realizar-se-á no dia 4 dedezembro de 1968, as 20 horas, em primeira convocação eas 2\ horas em segunda e última convocação, com qualquernumero na Sede d. Sociedade de Medicina . Cirurgia, na Av.Mem de Sá, 197.

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Ht ",Sl0!° Cl° Trab«U» 0 Previdência So-ciai. distribuirá 120 mil bòlsas-de-esludo, no erisl-nc médio, para trabalhadores sindicalizados, seusíilhos e dependentes, em 1989, Este número deverásei ampliado, graças aos convênios que serão ela-tarados entre o PEBE e as Cooperativas Sindicaisinicialmente com a execução dc um plano piloto,na Guanabara c Baixada Fluminense. As infor-maçocs sao do Sr. Armando de Brito,do Conselho Diretor do PEBE.

Marechal FlorianoCaxiav

presidente

DINAMISMO — Ao serem aprovadas as instru-çoes para a concessão de bolsas, no exercício de1909. algumas novidades foram instituídas tendoem vista, especialmente, a dinamizarão das ativi-dades do PBEE. Assim, a renovação das bolsasconcedidas, em 1968, será automática, bastandoapenas aos interessados fazerem o preenchimen-tr da declaração de matrícula. Por outro lado, aleleçào estará a cargo dos próprios sindicatos.Quarent mil bolsas serão distribuídas, preferen-cialmente entr. os associados que náo participam,ainda, do Programa, que são em número de 500novos inscritos. As bolsas serão concedidas ao.sque estejam em condições de se matricularem emqualquer série do 1.° ou 2.» ciclo (ginasial ou cole-giali. dos ramos secundário, comercial, industrial,normal e agrícola, obedecendo ao critério de se-leção dentre os interessados, tendo em conta nãosó a situação econômica, bem como o grau deaproveitamento escolar e a natureza dos cursos.RENOVAÇÃO — Segundo as instruções do PEBE,somente serão renovadas, em 1969. bolsas conce-didas em 1968, cm que consta o nome do bolsistada declaração coletiva de matricula para êste ano,apresentada no formulário próprio, cujo modeloacompanha as instruções. A declaração coletiva de

, matricula será preenchida, inicialmente, pelo Sin-dicato, no que concerne ao número de ordem nalistagem, nome do respectivo bolsista, e, poste-riormente. complementada pelo colégio. Em segui-da, será encaminhada ao PEBE. Serão renovadasar, bolsas concedidas a dependentes de trabalhador,sindicalizado falecido, desde que o Sindicato comu-nique ao PEBE o nome do nôvo responsável e façaa prova do óbito do associado. Náo seráo renova-das as coisas de alguns repetentes_A critério dossindicatos náo serão encaminhadas à renovaçãobolsas de associados que tenham deixado de com-parecer a pelo menos 50'; das assembléias reali-zadas pela entidade. Não serão renovadas nemconcedidas bolsas aos candidatos que: m estive-ram inscritos por si próprios ou através de cole-gios, em qualquer outro programa de bolsas; b) nãotenham aplicado a importância recebida no eus-teio da anuidade o.i em gastos escolares.NOVAS BOLSAS — Os sindicatos que se inscreve-rem ao PEBE. segundo o prazo fixado na Resolução1'68 e dilatado até a presente data, observadas asdemais condições previstas nas mesmas instruções,usufruirão o direito a bôlsas-cíe-estudo, em 1969.Portanto, é necessário que o sindicato tenha sehabilitado previamente, isto é, em 1968; e proce-da a s-'eção prévia, dentro da quota de bolsas quelhe fôr destinada, dos candidatos em condições dereceber o benefício. Os documentos enviados aoPEBE nào precisam de firme reconhecida, assu-mindo os signatários total responsabilidade.PAGAMENTOS - As bolsas seráo pagas em duasparcelas, correspondendo cada uma a 50''r do va-lor total, nos meses de junho e julho de 1969 ejaneiro e fevereiro dc 1970. Foram mantidos osvalores das bolsas e o zoneamento,Estados, vigentes em 1968.

CALENDÁRIO — As atividades do PEBE, em 1969obedecerão ao seguinte calendário: a) Divulga-çáo das Instruções do PEBE para 1969, a partirde 15-XI-68. bi 1-1-69 a 31-1-69 - Inscrição nosSindicatos de novos candidatos à bolsa, ci 1-2-69a 15-2-69 — Seleção dos candidatos à bolsa (novosinscritos) pelos Sindicatos, dentro da cota de bôl-sas fixada para cada Sindicato, dl 16-2-69 ã15-3-69 - Ent.-ega pelos Sindicatos dos Formula-rios de Habilitação aos novos candidatos que fo-ram selecionados. Devolução desses formulários epreenchimento das declarações de matrículas dosbolsistas em renovação, inclusive pelo colégio noqual o estudante se matriculou. e> 16-3-69 à15-4-69 - Envio pelos Sindicatos ao PEBE dosFormulários de Habilitaça de novos bolsistas eda.s Declarações Coletivas de Matricula (DM) dosbolsistas em renovação, f) 16-4-69 à 31-5-69 —Período para análise, no PEBE. dos formuláriose Declaração de Matricula (DM) enviadas pelosSindicatos. II - Prazo para que os bolsistas apre-sentem ao Sindicato, que as manterá em seu po-der até o pagamento da primeira parcela a De-claração Individual de Freqüência (DF 1)' relatlva ao período do inicio do ano letivo até 3o' c!pmaio, inclusive, g) 1-6-69 à 31-7-69 - Remessapelo PEBE das ordens de pagamento da 1 « par-cela de 1969 aos Sindicatos, devendo as entidadesefetuarem o pagamento apenas aos bolsistas queapresentaram as Declarações de(DF 1). hi 1-8-69

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rnl^f írenova^ e novos bolsistas): 1)16-12-69 a 31-1-70 - Exame das Declarações dcFreqüência pel , PEBE. m) 3-1-70Pagamento ria 2.» parcela de 1969.ANIVERSÁRIO - O Ministro do Trabalho * Prc-vldência Social. Senador Jarbas Passarinho prc-tídirá solenidade alusiva ao 25.» aniversário daconsolidação das Leis rio Trabalho, a qual estft.Prevista para às 17 horas do próximo dia lo noauditório do Palácio do Trabalho. A .solenidadeestá sendo organizada pela Comissão Permanenteoe Direito Social.

UDER NOVA IORQCE _ Hyman Blumberg,Um dos fundadores do Sindicato Unido dos Tra-balhadorès na Indústria do Vestuário íACWA) eum de seus lideres desde 1916, faleceu, em mea-cios rie outubro, com a idade de 82 anos. Suaenfermidade o impediu de comparecer _ „eiaPrimeira ,„ em 54 ano.^ - à convenção do sindi-cato , calada em junho, na cidade de MiamiFlonda. Apesa, de sua ausência, o.s delegados vo-taram em seu nome para continuar como vice-Pie Idente executivo da entidade, o que foi confir-"«do, mais tarde, por um referendo reatadoentre os membros do sindicato; Blumberg ocupavaeste

^argo desde 1946. Nascido na Lituânia. Zl

frnn a ,7 Vd0 Pa,'a °s Estados u»id0« ^1890. Aos 12 anos deixou o colégio para trabalharcomo fabricante de bólsas pm BalUmorp '

teide tornou-se um organizador sindical e aos -4anos, era eleito para seu primeiro cargo' dentroor um smdieato. Setenta e cinco por cento dalojas de roupas de homens de Baltimore organi-^aram-se

sob .u* liderada, w. um pioneiro iun-Tüo IrZ

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