APOSTILA – ORIENTAÇÃO PARA A 2ª. FASE DO EXAME DE ORDEM

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APOSTILA – ORIENTAÇÃO PARA A 2ª. FASE DO EXAME DE ORDEM, CONFORME O PROVIMENTO 136/0AB. Na prova prático-profissional é permitida, exclusivamente, a consulta à legislação sem qualquer anotação ou comentário. Não é permitido o uso de material didático, tais como Manuais, Livros de Doutrina, sendo também vedado o uso de apostilas ou material que possua modelos de peças práticas. 1 - Fique atento à leitura do problema proposto e à fase processual que se encontra. Você deve utilizar somente os dados fornecidos pelo problema, sem acrescentar algo alheio ao enunciado. Não assine a peça e nem forneça quaisquer outros dados pessoais. 2 - Reserve cerca de 3 hs para a peça prático-profissional e cerca de 25 minutos para cada questão, quando sua prova tiver tempo de duração de 5 horas. 3 - Antes de iniciar a elaboração da peça realize um pequeno rascunho, contendo um esquema do que vai ser produzido, ou seja, anote qual a peça, para quem vai ser encaminhada, qual a tese, qual o pedido etc. Após, inicie a feitura da peça. 4 - Durante a elaboração da peça e questões não utilize palavras repetidas. Cuidado para não repetir a mesma palavra no início de parágrafos próximos, como também no mesmo parágrafo. 5 - Cuidado com os erros de grafia, acentuação e português. Eles podem levar à reprovação. 6 - Na prova prático-profissional, os examinadores avaliarão o raciocínio jurídico, a fundamentação e sua consistência, a capacidade de interpretação e exposição, a correção gramatical e a técnica profissional demonstrada. 7 – A procura dos temas nos Códigos deve ser feita a partir do índice alfabético remissivo. Isto agiliza sua procura e, conseqüentemente, o tempo de prova será melhor aproveitado.

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APOSTILA – ORIENTAÇÃO PARA A 2ª. FASE DO EXAME DE ORDEM,CONFORME O PROVIMENTO 136/0AB.

Na prova prático-profissional é permitida, exclusivamente, aconsulta à legislação sem qualquer anotação ou comentário. Não épermitido o uso de material didático, tais como Manuais, Livrosde Doutrina, sendo também vedado o uso de apostilas ou materialque possua modelos de peças práticas.

1 - Fique atento à leitura do problema proposto e à faseprocessual que se encontra. Você deve utilizar somente os dadosfornecidos pelo problema, sem acrescentar algo alheio aoenunciado. Não assine a peça e nem forneça quaisquer outrosdados pessoais.

2 - Reserve cerca de 3 hs para a peça prático-profissional ecerca de 25 minutos para cada questão, quando sua prova tivertempo de duração de 5 horas.

3 - Antes de iniciar a elaboração da peça realize um pequenorascunho, contendo um esquema do que vai ser produzido, ou seja,anote qual a peça, para quem vai ser encaminhada, qual a tese,qual o pedido etc. Após, inicie a feitura da peça.

4 - Durante a elaboração da peça e questões não utilize palavrasrepetidas. Cuidado para não repetir a mesma palavra no início deparágrafos próximos, como também no mesmo parágrafo.

5 - Cuidado com os erros de grafia, acentuação e português. Elespodem levar à reprovação.

6 - Na prova prático-profissional, os examinadores avaliarão oraciocínio jurídico, a fundamentação e sua consistência, acapacidade de interpretação e exposição, a correção gramatical ea técnica profissional demonstrada.

7 – A procura dos temas nos Códigos deve ser feita a partir doíndice alfabético remissivo. Isto agiliza sua procura e,conseqüentemente, o tempo de prova será melhor aproveitado.

8 – Cada parágrafo feito deve ser analisado para que não restenenhum erro, como também para que o parágrafo seguinte não sejarepetição do anterior.

9 – A letra apresentada pelo candidato deve ser legível, poispoderá correr o risco do examinador não entendê-la ou até mesmointerpretá-la de modo diverso do que está realmente escrito.

10 – As questões devem ser respondidas desde as primeiraslinhas, e de forma objetiva, indo ao cerne das questões.

11 – O Candidato deve iniciar a prova com a elaboração da peçaprofissional e, em seguida responder as questões.

12 – Importante lembrar que o examinador fará a correção daprova analisando a conduta de um profissional. Portanto, o usode técnica profissional é imprescindível (boas frases, bonsparágrafos, comentários técnicos e adequados para o caso).

13 – O candidato deve utilizar de raciocínio jurídico, amparadopor doutrina, jurisprudência e Súmulas do STJ e STF.

LIBERDADE PROVISÓRIA

Observações Preliminares sobre a peça: “É uma peça comumenteutilizada no meio jurídico que visa colocar em liberdadeindivíduo primário ou tecnicamente primário, com bonsantecedentes, residência e emprego fixos”.

Fundamentos Legais

Artigo 5º, inciso LXVI da Constituição Federalcombinado com o artigo 310, parágrafo único, do Código deProcesso Penal.

Endereçamento

Essa peça é encaminhada a 1ª instância (a um Juiz de Direito ou Juiz Federal competente).

Denominação do postulanteO indivíduo que ingressa – via procurador - com o

pedido de liberdade provisória recebe a denominação deREQUERENTE.

PrazoDiferentemente de outras peças usadas na esfera

penal, a liberdade provisória não possui momento oportuno paraser requerida, podendo ser feita tanto em fase de inquéritopolicial como durante a instrução – após o ajuizamento da açãopenal.

HipóteseNecessário frisar que essa peça é utilizada em casos

em que haja prisão legal provisória, obrigando o acusado avincular–se a certas exigências, assegurando sua presença nosatos processuais.

FormaCompõe– se de uma única peça, instruída com

documentos, quais sejam: certidão de antecedentes criminais,comprovante de residência e de trabalho, dentre outros.

Observações imprescindíveisSão três os requsitos: primariedade, bons

antecedentes e ausência dos motivos autorizadores da prisãopreventiva.

É uma peça onde não se adentra no mérito, poréminstruída por documentos.

Casos práticos

A – O indivíduo foi autuado em flagrante delito, éprimário.

B – Tício, preso em flagrante, é primário, reside nodistrito da culpa e possui emprego.

Modelo prático

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ____ VaraCriminal da Comarca de ____, Estado de São Paulo,(pular 1 linha)

Processo nº ___/___.(pular 8 linhas)

_____, qualificado nos autos daprisão em flagrante em epígrafe, via de seu advogado que estasubscreve (procuração inclusa), vem, respeitosamente, à presençade Vossa Excelência, requerer LIBERDADE PROVISÓRIA com fulcro noartigo 5º, inciso LXVI, da Constituição Federal, c.c. o artigo310, parágrafo único do Código de Processo Penal, expondo o quesegue:

(pular 1 linha)DA PRISÃO EM FLAGRANTE (DOS FATOS):

(pular 1 linha)O requerente foi preso em flagrante

delito, por infringir o dispositivo legal do artigo ____ do________________, relatando o auto de prisão em flagranteque:____________________________ (fatos)

(pular 1 linha)INFORMAÇÕES QUE PRESTA O REQUERENTE SOBRE SUA VIDA

PREGRESSA:(pular 1 linha)1 – possui residência fixa (doc. 1).2 – primário (doc. 2).3 – trabalha licitamente (doc. 3).(pular 1 linha)REQUERIMENTO:(pular 1 linha)Presentes, no caso em tela, os requisitos

autorizadores da Liberdade Provisória e ausentes motivos paramanutenção da custódia cautelar, requer a Vossa Excelência,após a oitiva do representante do “Parquet”, a concessão dopedido, expedindo – se o competente alvará de soltura e demaisformalidades inerentes ao ato.

(pular 1 linha)P. deferimento.(pular 2 linhas)Local e data.(pular 2 linhas)Advogado_____________________ O . A . B ./ S. P. nº______________

CASOS REFERENTES À MATÉRIA:

1 – Mévia, em conjunto com alguns colegas, acham por bem

subtrair objetos que se encontravam no interior de um caminhão.

Neste mesmo momento chegam policiais e os surpreendem. Todos

confessam para o delegado diante duas testemunhas, lavrado o

flagrante, os delituosos são conduzidos ao cárcere. Mévia é

primária e reside com seus genitores.

Questão: Como advogado de Mévia, adote a medida cabível para sua

soltura.

2 – G, em companhia de três amigos, resolvem assaltar caminhões

de carga na cidade de Itajobi – SP, ocorre que na noite anterior

à ação, G é abordado pela polícia que verifica a existência em

seu automóvel de um pente de arma de fogo. Ao ser interrogado na

Delegacia, G confessa que, juntamente com seus amigos, iria

praticar roubo de cargas. Todos são presos em flagrante delito

pelo crime de formação de quadrilha ou bando. G trabalha como

motorista de caminhão, possuindo, também, residência certa e

esteve envolvido, porém não condenado, em crimes de mesma

espécie.

Questão: Como advogado de G, adote a medida cabível para sua

soltura.

3 – B, comerciante conhecido na cidade onde reside, vinha sendo,

costumeiramente, vítima do delito de furto. Desconfiado de A,

comunicou a polícia, e juntos, em certo dia, decidiram esperar

escondidos dentro de seu estabelecimento comercial, a fim de que

tal ato fosse cometido. Após algum tempo, A adentrou no

estabelecimento e furtou R$ 90,00, sendo autuado em flagrante

delito por infração ao artigo 155 do Código Penal. A trabalha no

comércio vizinho ao de B e mora com sua avó, sendo conhecido nos

meios policiais pela prática de vários delitos, porém não possui

sentença condenatória transitada em julgado contra sua pessoa.

Questão: Como advogado de A, adote a medida cabível para sua

soltura.

Pergunta:

4 - Asplênio, funcionário público federal, no horário de

expediente, solicitou a Tarso a quantia de R$ 2.000,00, em

espécie, como condição para extraviar autos de processo

criminal. Nesse momento, Asplênio foi preso em flagrante, antes

de extraviar o processo que se encontrava na seção onde está

lotado. Sabe-se, ainda, que Asplênio é primário e tem bons

antecedentes.

Com base na situação hipotética apresentada, responda, de forma

fundamentada, às perguntas a seguir.Asplênio cometeu crime

afiançável?

Que pedido, privativo de advogado, deve ser formulado para

Asplênio ser solto?

RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE

Observações Preliminares sobre a peça: “A peça em tela é

utilizada quando a prisão em flagrante possui mácula. Há uma

prisão em flagrante ilegal, contendo vícios ou irregularidades,

tal como flagrante preparado, provocado dentre outras

hipóteses”.

Fundamentos Legais

O relaxamento de prisão em flagrante tem amparo de

nossa Carta Política, em seu artigo 5º, inciso LXV.

Endereçamento

Da mesma forma que a Liberdade Provisória, esta peça

é encaminhada a 1ª instância (a um Juiz de Direito Competente de

uma Vara Criminal, ou a um Juiz Federal).

Denominação do postulante

Também na mesma esteira da Liberdade Provisória, o

indivíduo que ingressa – via procurador – com o pedido de

Relaxamento de Prisão em Flagrante recebe a denominação de

REQUERENTE.

Prazo

Como na Liberdade Provisória, o pedido de Relaxamento

de Prisão em Flagrante, não possui momento oportuno para ser

requerido, podendo ser feito enquanto perdurar a situação de

ilegalidade.

Hipótese

Essa peça é utilizada em casos em que haja prisão em

flagrante ilegal, ou seja, quando o auto e prisão em flagrante

possuir irregularidades, como no caso em que a pessoa após

cometer algum crime se apresenta espontaneamente e é presa em

flagrante delito, ou então quando não é realizada a entrega de

nota de culpa no prazo de 24 horas, após a prisão.

Forma

Compõe-se de uma única peça, onde serão demonstradas

as máculas existentes no auto de prisão em flagrante. Não se

discute o mérito da causa.

Observações imprescindíveis

Caberá relaxamento de prisão em flagrante, em casos

de prisão ilegal, ou seja, o auto de prisão em flagrante conterá

vícios, como no caso do flagrante preparado, ou quando não é

expedida e entregue ao indiciado sua nota de culpa, dentre

outros.

A ilegalidade da prisão é imprescindível. A diferença

desta peça para com a liberdade provisória é que no relaxamento

o auto de prisão em flagrante a prisão é ilegal, já na liberdade

provisória a prisão é legal, porém o preso possui os requisitos

inerentes a concessão de tal liberdade. Atenção: PODEM SER

CUMULADOS OS PEDIDOS DE RELAXAMENTO DE FLAGRANTE E LIBERDADE

PROVISÓRIA, QUANDO, SIMULTANEAMENTE, HOUVER VÍCIO DO FLAGRANTE E

ESTIVEREM AUSENTES OS REQUISITOS DA PRISÃO PREVENTIVA.

Casos práticos

A – preso em flagrante delito, não houve a expedição

da nota de culpa.

B – policiais preparam o flagrante, vindo a autuar o

indivíduo em flagrante delito.

Modelo prático

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ____ Vara

Criminal da Comarca de _______________, Estado de São Paulo,

(pular 2 linhas)

Processo nº __/__

(pular 8 linhas)

________, qualificado nos autos de prisão

em flagrante em epígrafe, via de seu advogado e procurador que

esta subscreve (procuração inclusa), vem, mui respeitosamente à

Douta presença de Vossa Excelência, requerer RELAXAMENTO DE

PRISÃO EM FLAGRANTE, com fulcro no artigo 5º, inciso LXV, da

Constituição Federal, pelos fatos e fundamentos que a seguir

aduz:

(pular 1 linha)

DO AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE:

(pular 1 linha)

(especificar os motivos da prisão e os

vícios do auto, tudo de acordo com os dados fornecidos pelo caso

sorteado).

Do Direito – Ausência de situação

flagrancial (ou Vício formal do flagrante)

(pular 1 linha)

(especificar toda a matéria de direito,

jurisprudência, Súmulas etc...)

REQUERIMENTO:

(pular 1 linha)

Assim sendo, requer:

Vista ao ilustre representante do

Ministério Público;

A concessão do pedido, determinando o

relaxamento da prisão ilegal noticiada;

A expedição do competente alvará de

soltura, em favor do requerente.

Termos em que,

Pede deferimento.

(pular 2 linhas)

Local e data

(pular 2 linhas)

Advogado ______________

O. A. B. / S. P. nº ________

CASOS REFERENTES À MATÉRIA

1 – Felício, de boa família, comerciante famozérrimo, com

desconfiança que seu empregado de nome Carlão, estava subtraindo

dinheiro do estabelecimento em que laborava, comunicou o fato à

polícia e então juntos, decidiram preparar um flagrante. Alguns

dias após, foi encontrado em poder do empregado notas de

dinheiro previamente marcadas pelos milicianos e por Felício,

sendo autuado em flagrante delito por infringir o disposto no

artigo 168, § 1º, inciso III, do Código Penal. O representante

do Ministério Público ofereceu denúncia, não sendo, até o

momento, apreciada pelo Magistrado competente.

Questão: Como advogado de Carlão, ingressar com a peça cabível

em seu favor, justificando e dando a tramitação.

2 – Kico, com 20 anos, morador da cidade de Kicolândia, em

passeio na capital do Estado de Minas Gerais resolveu subtrair,

mediante emprego de violência, à bicicleta de João, momento que

foi surpreendido por policias, sendo encaminhado até o distrito

policial mais próximo onde restou autuado em flagrante delito

por infração ao artigo 157 do Código Penal. Quando da lavratura

do auto de prisão em flagrante não foi entregue a nota de culpa.

Questão: Elaborar a medida cabível, para realizar a libertação

de Kico.

3 – Flúvio, trabalhador, com 19 anos de idade, passava um belo

final de semana, na chácara de sua família, quando por volta das

23:00 hs, ouviu ruídos que vinham da porta dos fundos, momento

em que se dirigiu em direção a tal local, munido de uma

espingarda calibre 12, de propriedade de seu avô, quando se

deparou com um vulto que vinha em sua direção, e que devido à

escuridão não conseguia identificar. Após algumas tentativas em

pedir para que tal pessoa se identificasse e com medo que era um

ladrão perigoso, desferiu-lhe um tiro, que acabou por atingir a

vítima, levando-a a óbito. Em seguida soube que a vítima era o

caseiro da chácara, que era mudo. Imediatamente, Flúvio dirigiu-

se à Delegacia de Polícia, comunicando o acontecido. Após a

oitiva dos fatos, o Delegado de Polícia que lá se encontrava,

prendeu-o em flagrante pelo crime previsto no artigo 121 do

Código Penal.

Questão: Como advogado de Flúvio, elaborar a peça cabível para

libertá-lo.

HABEAS CORPUS

Observações preliminares sobre a peça: “O “habeas corpus” como a

liberdade provisória e o relaxamento de prisão em flagrante,

também não é alicerçado em um momento processual específico,

podendo ser impetrado a qualquer momento. Tem cabimento quando o

indivíduo sofre ou está na iminência de sofrer coação ilegal no

seu direito ambulatorial.”

Fundamentos Legais:

Art. 5º, inciso LXVIII da Constituição Federal c.c

art. 647 a 667 do Código de Processo Penal ou art. 648, inciso

___ do CPP.

Endereçamento:

Esta peça é dirigida sempre à autoridade competente,

imediatamente, superior à autoridade que está cometendo ou na

iminência de cometer coação ilegal. Ex: autoridade coatora sendo

o delegado de polícia, o “habeas corpus” será dirigido à próxima

autoridade superior, ou seja, o Juiz. Se a autoridade coatora

for um Juiz de Direito dirigir-se-á o HC ao Desembargador

Presidente do Tribunal de Justiça (segunda instância) e assim

sucessivamente.

Caso a autoridade apontada como coatora seja membro

do Ministério Público que atue em primeira instância, o HC será

endereçado à segunda instância, ou seja, para Tribunal. Assim,

sendo MP Estadual ou do Distrito Federal, o HC será encaminha ao

Presidente do TJ. Entretanto, sendo MP Federal, o HC será

endereçado ao Presidente do TRF da respectiva região.

Denominação do postulante:

A pessoa que está na iminência de sofrer ou que está

sofrendo a coação (constrangimento) ilegal é denominada

paciente. O indivíduo que impetra o HC recebe a denominação de

impetrante.

Prazo:

Não existe momento processual oportuno para a

impetração de ordem de “habeas corpus”, pois basta haver coação

ilegal ou sua iminência e, que não haja peça específica a ser

proposta naquele momento. Assim, não há prazo para a impetração

do HC, podendo ser antes ou após o trânsito em julgado.

Contudo, recomenda-se atenção para o fato de que

havendo peça específica para o momento processual, esta deve ser

elaborada, salvo se o indivíduo estiver preso ilegalmente, pois

nesse caso, mesmo havendo peça oportuna, para o momento, deve

ser elaborado um HC, para que seja concedida sua liberdade.

Hipótese:

Previsto em nossa Carta Política como um remédio

garantidor da liberdade ambulatorial, cabível nas hipóteses

previstas nos incisos do artigo 648 do CPP.

Em verdade, o HC é uma verdadeira ação impugnativa

como a Revisão Criminal. Ocorre que o HC é ação impugnativa de

caráter popular, onde qualquer do povo poderá propor-lo

(inclusive um menor ou pessoa jurídica em favor de seus

diretores) face existência ou a iminência de existência de

coação ilegal contra liberdade do individuo.

Forma:

Tal qual a liberdade provisória e o relaxamento de

prisão em flagrante, o HC também é composto por uma única peça,

que deve estar sempre carreada com documentos (cópia do auto de

prisão em flagrante, documentos comprobatórios da coação ilegal

ou da sua iminência).

Observações imprescindíveis:

O HC é cabível sempre que alguém estiver na iminência

ou sofrendo coação ilegal por parte de autoridade competente,

denominada, neste caso, autoridade coatora.

O HC pode ser Liberatório ou Preventivo e deve ser

endereçado, necessariamente, à autoridade superior à autoridade

coatora.

O “corpo” do HC deve conter os dados do impetrante e

paciente, como também da autoridade apontada como coatora.

O HC também pode ser impetrado pelo membro do

Ministério Público.

Dentro de um caso concreto vislumbra-se a

possibilidade de impetração de HC quando nele contiver: “foi

expedido mandado de prisão”, “o processo está em andamento”, “o

réu está na iminência de ser preso”, “o réu está preso há mais

de cem dias e a instrução não foi concluída”.

Verificada a presença do fumus boni iuris e periculum in

mora, o candidato deve elaborar HC com pedido de liminar e,

apontar, durante a peça, onde estão no caso a fumaça do bom

direito e o perigo na demora.

Casos Práticos:

A – Jorge, após cometer delito de furto, foi preso, permanecendo

nesta situação há 108 dias, não sendo a instrução sequer

iniciada até o momento. Requereu a libertação, o que lê fora

negada.

B – Sílvio, preso em flagrante por furto, requereu a fiança que

fora negada pelo juiz da Vara Criminal de Guairá-PR.

Modelo Prático:

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara

Criminal da Comarca de __________, Estado de São Paulo,

ou

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ___ Vara Federal da

Subsecção Judiciária de ______, do Estado de _______,

Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio

Tribunal de Justiça, Seção Criminal, do Estado de São Paulo,

ou

Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio

Tribunal de Regional Federal da ____ Região,

(pular 8 linhas)

O advogado________________________,

brasileiro, solteiro, inscrito nos quadros da Ordem dos

Advogados do Brasil, Secção de _______, sob o nº ____, com

escritório profissional na rua ______________, nº______, na

cidade de _____________, Estado de _________, vem, mui

respeitosamente à Douta presença de Vossa Excelência, impetrar

ordem de “habeas corpus”, com fulcro no artigo 5º, inciso LXVIII,

da Constituição Federal, c.c o artigo 648, inciso____, do Código

de Processo Penal, em favor de ________________________

(qualificação do paciente), por estar sofrendo (ou estar na

iminência de sofrer) coação ilegal, por determinação do

Excelentíssimo Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de

_______________ (ou por determinação do Ilustríssimo Senhor

Doutor Delegado de Polícia do __________ Distrito Policial, da

cidade de ________________), expondo, para tanto o que segue:

(pular 1 linha)

DOS FATOS:

(pular 1 linha)

DA COAÇÃO ILEGAL:

(pular 1 linha)

DO DIREITO:

(pular 1 linha)

CONSIDERAÇÕES DERRADEIRAS:

(pular 1 linha)

REQUERIMENTO:

(pular 1 linha)

Por tudo quanto foi exposto e em face da

ilegalidade patente, requer seja concedida liminar, presentes

que estão o fumus boni iuris e o periculum in mora para, liminarmente

determinar... Depois de prestadas as informações pela autoridade

coatora, e do parecer do digníssimo membro do Ministério

Publico, requer a concessão da presente ordem de “habeas corpus”,

com a finalidade _______________________ , com fundamento no

artigo ___ do ___________ , expedindo, para tal finalidade, o

competente alvará de soltura (contramandado de prisão), em favor

do paciente ora qualificado.

Nestes termos,

Pede deferimento.

(pular 2 linhas)

Local e data

(pular 2 linhas)

Advogado____________

O . A . B . / __nº______

CASOS REFERENTES À MATÉRIA:

1 – C lesionou de forma leve a pessoa de U. Após lavrado o termo

circunstanciado, C ressarciu de forma integral U, sendo tal ato

homologado pelo juiz de Direito. O representante do Ministério

Público que atua perante a o Juizado Especial Criminal da

Comarca de Colônia, mesmo sabendo do acordo, denuncia C, e o

processo está em andamento.

Questão: Como advogado, intentar a medida judicial cabível.

2 – C, famoso locutor de rodeio, através de notícia veiculada em

vários jornais, difamou I, que é peão de rodeio. Este último

após 8 meses da data do conhecimento da autoria do fato,

promoveu ação penal contra C, ação esta que se encontra em

trâmite.

Questão: Como advogado de C, adote a medida cabível.

3 – Anita, encontra-se encarcerada em flagrante delito, sendo-

lhe imputada pela autoridade policial do 1º DP a prática do

crime de favorecimento à prostituição – Art. 229 CP - no local

denominado Casa de Massagem, na Rua Bento Quirino, nesta

capital, que foi inaugurada hoje. No local foram encontrados

alguns casais praticando coito. Anita, que estava presente no

local, é primária e não registra antecedentes criminais, além de

não admitir ser a proprietária do local. Requereu a concessão de

liberdade provisória que fora negada.

Questão: Requeira a soltura de Anita.

4 – Beira Rio, preso em flagrante delito, por estar, segundo

laudo vestibular, na posse de substância entorpecente conhecida

como cocaína, foi denunciado como infrator do artigo 33 da Lei

11.343/06. O interrogatório judicial ainda não foi realizado.

Carreou-se aos autos o laudo do exame laboratorial toxicológico,

onde se verifica que o material apreendido deu resultado

positivo para xilocaína em pó. Fora requerida a revogação de sua

prisão, havendo o conseqüente indeferimento.

Questão: Encontre a medida cabível para a soltura do suposto

meliante.

5 – Mélvio tentou atirar em Tício com revólver cujo cão havia

sido desmontado pela própria vítima. Na denúncia a conduta de

Mélvio foi capitulada no artigo 121, caput c.c o artigo 14,

inciso II, ambos do CP. Dos autos consta o laudo sobre as

condições da arma utilizada, comprovando a sua inidoneidade.

Mélvio requereu a concessão de liberdade provisória, o que fora

negado pela autoridade competente.

Questão: Adotar a medida adotada em favor de Mélvio.

6 – Luiz, brasileiro, casado, vendedor, nascido em 12/05/1926,

foi denunciado por ter subtraído de Maria um relógio, uma

aliança e uma pulseira de ouro, em 12/01/1991, na Rua Santos n.

900. O denunciado forjou que possuía uma arma. O juiz da 2ª Vara

Criminal de Sorocaba-SP recebeu a denúncia em 25/03/1995, e o

réu foi interrogado em 18/03/1996. As testemunhas de acusação

também foram ouvidas em 18/03/1996. As de defesa inquiridas em

25/04/1996. O defensor apresentou memoriais em 10/05/1996. Em

25/05/1996 prolatou-se sentença condenando Luiz à pena de 4 anos

de reclusão e 10 dias–multa, por infração ao artigo 157, caput,

do CP e, foi fixado o regime prisional fechado para início de

cumprimento da pena, por ser um crime grave. O advogado do réu,

homem distraído, perdeu o prazo para recorrer, e a sentença

transitou em julgado para a defesa e acusação. Expediu-se

mandado de prisão, e o réu está na iminência de ser preso.

Questão: Defenda Luiz.

RESPOSTA ESCRITA À ACUSAÇAO / RESPOSTA PRELIMINAR

Observações preliminares sobre a peça: “É uma peça utilizada

após a citação do acusado. Após a decisão que recebeu

provisoriamente a ação penal, o juiz abre prazo de 10 (dez) dias

para o advogado apresentar a defesa, podendo nela alegar tudo

(preliminar e mérito) o que entenda necessário, devendo arrolar

as suas testemunhas, sob pena de preclusão.

Fundamentos Legais

Artigo 396-A do Código de Processo Penal, ou a

fundamentação da Legislação Especial, ou sendo o procedimento da

primeira fase do júri, nos termos do art. 406 do CPP.

Endereçamento

É uma peça endereçada exclusivamente a primeira

instância juiz de Direito ou juiz federal competente de uma Vara

Criminal ou Vara do Júri, ou seja, dirigida ao juiz da vara onde

tramita o processo.

Denominação do postulante

O indivíduo que apresenta a Defesa Escrita recebe a

denominação de ACUSADO, RÉU ou IMPUTADO.

Prazo

Diferentemente da Liberdade Provisória, do

Relaxamento de Prisão e do HC, a Resposta escrita à acusação,

necessariamente precisa ser apresentada dentro de 10 (dez) dias

após a citação do acusado. A contagem do prazo deve ser feita no

dia útil seguinte após a citação, isto nos termos da Sumula 710

do STF e do art. 798 do CPP.

Hipótese

Esta Defesa é peça obrigatória, pois se o acusado,

através de seu advogado não apresentar no prazo legal, o juiz,

deverá nomear defensor para fazê-lo, sob pena de nulidade por

cerceamento de defesa.

Forma

Compõe-se de uma única peça, tal como as peças já

estudadas, onde poderá ser tratada tese preliminar e de mérito,

alem de arrolar das testemunhas, sob pena de preclusão.

Observações imprescindíveis

A Reposta Escrita à Acusação será apresentada após a

citação do acusado, dentro do prazo de dez dias.

Também recebe a denominação, por alguns autores, de

Defesa Preliminar ou Resposta Preliminar.

A dica mais comum para se saber se o caso é de

apresentação da peça em tela é que houve a citação do acusado.

Na resposta à acusação pode haver discussão do mérito

da causa, alegadas preliminares, e arrolar testemunhas, sob

pena de preclusão. As exceções devem ser articuladas em

arrazoado separado.

Casos Práticos

A – Dino foi citado na data de ontem. Apresente a

medida processual cabível.

B – O magistrado recebeu a ação penal e determinou a

citação do acusado, fato que ocorreu na data de ontem.

Modelo Prático

Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito da _____ Vara Criminal da

Comarca de ______________, Estado de _______.

ou

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ____ Vara Federal

da Subsecção Judiciária de _______, do Estado de _______,

(pular 2 linhas)

Processo nº __/__

(pular 8 linhas)

_______, qualificado nos autos da Ação

Penal que lhe move a Justiça Pública, processo em epígrafe, via

de seu advogado e procurador que esta subscreve, vem, mui

respeitosamente à presença de Vossa Excelência, apresentar

RESPOSTA ESCRITA, a que alude o artigo 396-A do Código de

Processo Penal (ou a Legislação Especial ou art. 406 CPP – Júri)

expondo e requerendo o que segue:

(pular 1 linha)

DOS FATOS:

Narrar os fatos em parágrafos de ate 4 ou

5 linhas, não repetindo a mesma palavra dentro do mesmo

parágrafo.

(pular 1 linha)

DA PRELIMINAR:

Narrar a preliminar, tal como citação

defeituosa, hipótese de rejeição da ação penal etc.

Na narrativa da preliminar, pode ser

citada doutrina e jurisprudência, alem de ficar bem esclarecido

o motivo que deu ensejo para essa alegação.

(pular 1 linha)

DO MERITO:

Narrar a tese de mérito, como, por

exemplo, hipótese de absolvição sumária, nos termos do art. 397

do CPP.

(pular 1 linha)

DOS PEDIDOS:

Nesta fase, havendo a argüição de

preliminar, deve ser feito o pedido preliminar e de mérito.

Não havendo argüição de preliminar, mas somente tese de

mérito, o pedido será apenas em relação a tese alegada.

Fique atento no pedido, para a presença

das hipóteses do art. 397 do CPP, pois após a apresentação da

resposta escrita, os autos serão enviados ao juiz que decidira

sob a hipótese de absolvição sumária ou não.

Não se esqueça de arrolar testemunhas,

realizando a qualificação e requerendo as devidas intimações,

como por exemplo:

ROL DE TESTEMUNHAS:

Nome ___________ ; qualificação ________; Endereço __________ .

Nome ___________ ; qualificação ________; Endereço __________ .

Nome ___________ ; qualificação ________; Endereço __________ .

Nome ___________ ; qualificação ________; Endereço __________ .

Nestes termos,

Pede deferimento.

(pular 2 linhas)

Local e data

(pular 2 linhas)

Advogado _________________

O . A . B. / ______. nº _________

CASOS REFERENTES À MATÉRIA

1 – Tormento praticou o delito de homicídio em sua forma

qualificada. Foi denunciado e citado para apresentar sua defesa.

Questão: como advogado de Tormento elabore a peça pertinente ao

momento processual.

2 - Alessandro, de 22 anos de idade, foi denunciado pelo

Ministério Público como incurso nas penas previstas no art. 213,

c/c art. 224, alínea b, do Código Penal, por crime praticado

contra Geisa, de 20 anos de idade. Na peça acusatória, a conduta

delitiva atribuída ao acusado foi narrada nos seguintes termos:

"No mês de agosto de 2000, em dia não determinado, Alessandro

dirigiu-se à residência de Geisa, ora vítima, para assistir,

pela televisão, a um jogo de futebol. Naquela ocasião,

aproveitando-se do fato de estar a sós com Geisa, o denunciado

constrangeu-a a manter com ele conjunção carnal, fato que

ocasionou a gravidez da vítima, atestada em laudo de exame de

corpo de delito. Certo é que, embora não se tenha valido de

violência real ou de grave ameaça para constranger a vítima a

com ele manter conjunção carnal, o denunciando aproveitou-se do

fato de Geisa ser incapaz de oferecer resistência aos seus

propósitos libidinosos assim como de dar validamente o seu

consentimento, visto que é deficiente

mental, incapaz de reger a si mesma." Nos autos, havia somente a

peça inicial acusatória, os depoimentos prestados na fase do

inquérito e a folha de antecedentes penais do acusado. O juiz da

2.ª Vara Criminal do Estado XX recebeu a denúncia e determinou a

citação do réu para se defender no prazo legal, tendo sido a

citação efetivada em 18/11/2008. Alessandro procurou, no

mesmo dia, a ajuda de um profissional e outorgou-lhe procuração

ad juditia com a finalidade específica de ver-se defendido na

ação penal em apreço.

Disse, então, a seu advogado que não sabia que a vítima era

deficiente mental, que já a namorava havia algum tempo, que sua

avó materna, Romilda, e sua mãe, Geralda, que moram com ele,

sabiam do namoro e que todas as relações que manteve com a

vítima eram consentidas.

Disse, ainda, que nem a vítima nem a família dela quiseram dar

ensejo à ação penal, tendo o

promotor, segundo o réu, agido por conta própria. Por fim,

Alessandro informou que não havia qualquer prova da debilidade

mental da vítima.

Em face da situação hipotética apresentada, redija, na qualidade

de advogado(a) constituído(a) pelo acusado, a peça processual,

privativa de advogado, pertinente à defesa de seu cliente. Em

seu texto, não crie fatos novos, inclua a fundamentação legal e

jurídica, explore as teses defensivas e date o documento no

último dia do prazo para protocolo.

RESPOSTA PRELIMINAR (ou) RESPOSTA POR ESCRITO

(Do rito especial dos crimes afiançáveis de Funcionário público)

Observações preliminares: É um peça processual que só possui

utilidade nos processos referentes aos crimes de

responsabilidade dos funcionários públicos (artigos 513 e

seguintes do Código de Processo Penal), salvo nos casos de

excesso de exação e facilitação ao contrabando ou descaminho.

Tramitação Inicial

Oferecida a peça acusatória, antes mesmo de o juiz

decidir a cerca do recebimento, deverá notificar o funcionário

público, dando-lhe prazo de 15 dias, para oferecer sua defesa às

acusações. Não fica o funcionário público obrigado a apresentar

a resposta prévia, mas o juiz é obrigado a proceder determinada

notificação dando-lhe um prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de

nulidade. O fundamento legal deste prazo está no art. 514 do

CPP.

Procedimento Posterior

Após a notificação dada pelo juiz para que o funcionário

público, caso este apresente sua resposta prévia, o juiz poderá

seguir por dois caminhos: primeiro acolhe a resposta prévia, não

recebe a peça acusatória, podendo neste caso o Ministério

Público recorrer em sentido estrito apresentando a defesa apenas

às contra-razões do recurso; já se o juiz não acolher a resposta

prévia, receberá a peça acusatória, dando início ao processo e

consequentemente determinando a citação do acusado.

Forma/ Estrutura

Compõe-se por um única peça, endereçada ao juiz, que deverá

conter as razões do funcionário público a favor de sua defesa,

instruída com documentos, se possível, sendo que no final deve

ser requerido que NÃO receba a peça acusatória.

Modelo Prático

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da _____ Vara

Criminal da Comarca de ______ Santa Catarina,

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ____ Vara Criminal

da Seção Judiciária de ________,

(pular 2 linhas)

Autos nº___

(pular 8 linhas)

_________, já qualificado nos autos em epigrafe

, através de seu advogado, no final assinado, vem mui

respeitosamente, a ilustre presença de Vossa Excelência, com

fulcro no art. 514 do Código de Processo Penal, apresentar sua

RESPOSTA PRELIMINAR, expondo e requerendo o quanto segue:

(pular 1 linha)

DOS FATOS:

(pular 1 linha)

DA PRELIMINAR:

(pular 1 linha)

DO DIRETO:

(pular 1 linha)

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

(pular 1 linha)

Requerimento/pedido

É, pois, a presente

para requerer que Vossa Excelência não receba a exordial ou

denúncia, julgando nos termos do art. 516 do Código de Processo

Penal....

Termos em que,

Pede e espera

deferimento.

(pular 2 linhas)

Local e data

(pular 2 linhas)

Advogado____________

O.A.B./ ____

nº__________

CASOS REFERENTES À MATÉRIA:

1 – Tíssio, funcionário público federal, exerce cargo de diretor

numa repartição, tendo como função fiscalizar a atuação dos

subordinados. No dia 25 de maio de 2005, Tácio, funcionário

público, colega e subordinado de Tíssio, cometeu infração

administrativa, ou seja, não fez relatório exigido para um

determinado caso concreto. Não houve responsabilização

administrativa de Tácio, pois Tíssio não sabia da infração.

Diante da omissão de Tíssio, foi oferecida denúncia, com base no

artigo 320 do CP. A denúncia foi autuada pelo juiz, que

notificou o acusado para responder.

QUESTÃO: Como advogado de Tíssio, tome a medida cabível.

ALEGAÇÕES FINAIS

Observações preliminares sobre a peça: As Alegações Finais ou

“Memoriais Escritos” é a peça a ser utilizada após o final da

instrução criminal e antes da prolação de sentença. Nela as

partes fazem um resumo do que consta dos autos, sendo a última

oportunidade, antes da sentença, para as partes frisarem suas

teses preliminares e de mérito.

Com a reforma do CPP (lei 11.719/08), haverá apresentação

de Alegações Finais (Memoriais Escritos), quando não puderem ser

realizadas de maneira oral, pois se trata da regra atual. Desta

feita, apenas em casos complexos, ou de grande numero de

acusados, haverá a conversão dos memoriais orais em escritos,

nos termos do art. 403, §3º. do CPP.

Aqui, para a apresentação da peca em questão, existe

processo e existe momento processual específico.

Fundamentos Legais

Art. 403, §3º do Código de Processo Penal, sendo o

rito ordinário. Porém em caso de procedimento de competência do

Júri, o respaldo legal é encontrado no artigo 411 do CPP.

Endereçamento

É encaminhada a um juiz de Direito competente da Vara

Criminal (ou Juiz Federal) onde tramita o processo (procedimento

comum ordinário) ou da Vara do Júri (procedimento especial do

júri – crimes dolosos contra a vida, consumados ou tentados e os

crimes a ele conexos).

Denominação do postulante

Como na Resposta Escrita, a denominação utilizada

pelo indivíduo que apresenta as Alegações Finais, é ACUSADO, RÉU

ou IMPUTADO.

Prazo

Quando há conversão de memoriais orais em escritos,

são 5 (cinco) dias sucessivos para cada parte (acusação e

defesa).

Hipótese

É a última manifestação das partes antes da prolação

de sentença, ou seja, é o momento processual adequado para as

partes argüirem suas teses (preliminar e mérito), antes que se

dê uma solução de 1ª instância para o caso.

Forma

É elaborada em uma única peça, podendo ser dividida

em preliminar e mérito conforme o caso apresentado.

Observações imprescindíveis

Nas Alegações Finais sempre há momento processual

específico, sendo elaborada primeiramente pela acusação e após

pela defesa.

Para a elaboração da peça em estudo, o caso deve

trazer em qual fase se encontra o processo, ou seja após a

audiência de instrução, debates e julgamento. Deve constar que o

houve a conversão de memoriais orais em escritos, ou que o MP já

elaborou suas Alegações Finais, ou que o MP opinou pela

condenação, ou que o MP opinou pela pronúncia, ou ainda que o

processo esta na fase do art. 403 CPP etc.

Quando estamos na fase de Alegações Finais, temos

processo, não temos sentença e trânsito em julgado.

Casos práticos

A – Elabore a defesa final de seu cliente.

B – O processo em epígrafe está na fase do art. 403

do CPP.

C – O representante do Ministério Público apresentou

seus Memoriais.

D - Elabore os Memoriais de Defesa de seu cliente.

Modelo Prático (rito ordinário)

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Egrégia ____

Vara Criminal da Comarca de ____________, Estado de São Paulo,

ou

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ___ Vara Federal da

Subsecção Judiciária de ____________, Estado de ________,

(pular 2 linhas)

Processo nº __/__

(pular 8 linhas)

_____________, qualificado nos autos da

Ação Penal que lhe move a Justiça Pública, por infração ao

artigo ____ do ou da ________ , via de seu advogado e

procurador que esta subscreve, vem, mui respeitosamente à douta

presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 403 do Código

de Processo Penal, apresentar MEMORIAIS ESCRITOS, expondo e

requerendo o quanto segue:

(pular 1 linha)

DOS FATOS:

(pular 1 linha)

O presente processo, diz respeito a

suposta prática do crime de _____________ e, segundo consta na

exordial, o ora imputado ____________ (narrar os fatos, sem que

haja a repetição da mesma palavra dentro do mesmo parágrafo,

como também que o parágrafo tenha, no maximo, entre 4 ou 5

linhas).

(pular 1 linha)

DA PRELIMINAR:

(pular 1 linha)

Narrar a tese preliminar, com a menção de

doutrina e jurisprudência.

(pular 1 linha)

DO MERITO:

Via de regra este é o momento de articular tese que redunde na

absolvição do cliente

(pular 1 linha)

*não esquecer de reservar, conquanto não

haja consulta, espaço específico para colocação de doutrina e

jurisprudência, que deve ser assim enunciada, por exemplo:

“A jurisprudência já afirmou que nos

crimes materiais contra a ordem tributária é imprescindível o

lançamento, que condiciona a própria tipicidade da conduta (HC

no. ... do C. STF)”

Ou

A doutrina de Guilherme Nucci tem merecido

reiteradas citações dos Tribunais. O eminente autor entende

que... (Código Penal, p....,).

Obs. Importante: o candidato só deve citar jurisprudência ou

doutrina que conheça, não importando que não saiba exatamente o

nome do livro do autor ou o número do recurso criminal

enfrentado pela corte, ou mesmo o texto exato, bastando que

saiba fazer um resumo da posição defendida.

(pular 1 linha)

SUBSIDIARIAMENTE

Aqui o candidato deve mencionar todas as teses alternativas à

anulação do processo e a absolvição pura e simples. A

pertinência da tese dependerá do caso concreto.

Apenas para ilustrar, aqui vão algumas teses que o candidato

deve saber manusear na hora da prova:

Desclassificação (atenção com eventual prescrição ou decadência

que dela derivar e com a súmula 337 do STJ). Afastamento de

qualificadoras. Circunstâncias judiciais favoráveis.

Reconhecimento de atenuantes. Afastamento de agravantes e causas

de aumento. Reconhecimento de causas de diminuição. Concurso de

crimes mais favorável ao agente. Regime inicial de cumprimento

de pena menos gravoso. Substituição da pena por restritiva de

direitos, ou pena de multa. Sursis. Recurso em liberdade.

Negativa de indenização. Negativa aos efeitos do art. 91 do CP.

CONSIDERAÇÕES FINAIS (CONSIDERAÇÕES DERRADEIRAS):

(pular 1 linha)

A acusação não logrou provar o que

imputara na denúncia e as provas produzidas impõe a prolação de

uma sentença absolutória (pular 1 linha)

É imprescindível, para uma condenação

criminal, um juízo de certeza. Meras suposições não bastam para

levar a uma sentença penal condenatória. Entretanto, se V. Exa.

entender de forma diversa, a condenação não pode ser nos termos

que pretende o Parquet, devendo ser considerados os argumentos

acima expendidos.

(pular 1 linha)

DOS PEDIDOS:

(pular 1 linha)

Por tudo quanto foi exposto e

inequivocamente provado, a defesa requer preliminarmente a ....

Se V. Exa entender de forma diversa, afastando a nulidade

apontada, postula-se a absolvição do imputado, com fulcro no

inciso __, do artigo 386 do Código de Processo Penal.

Subsidiariamente pede-se...

(pular 1 linha)

Nestes termos,

Pede deferimento.

(pular 2 linhas)

Local e data

(pular 2 linhas)

Advogado _________________

O.A.B. / ____. nº _____________

CASOS REFERENTES À MATÉRIA

1 – George, segundo consta da denuncia teve sua carteira

violentamente subtraída por Osama, na Cidade de Nova Yorque-SP.

Durante a fase processual, restou apurado que a vítima não

sofreu qualquer tipo de constrangimento ou violência, o que as

testemunhas presenciais puderam esclarecer. O representante do

“Parquet” requereu a condenação de Osama, e você, como advogado

foi intimado na data de ontem para apresentar o que de direito.

Questão: Defenda Osama, justificando e dando a tramitação.

2 – Mariano Pereira, brasileiro, solteiro, nascido em 20/1/1987,

foi denunciado pela prática de

infração prevista no art. 157, § 2.º, incisos I e II, do Código

Penal, porque, no dia 19/2/2007, por volta das 17 h 40 min, em

conjunto com outras duas pessoas, ainda não identificadas, teria

subtraído, mediante o emprego de arma de fogo, a quantia de

aproximadamente R$ 20.000,00 de agência do banco Zeta,

localizada em Brasília – DF.

Consta na denúncia que, no dia dos fatos, os autores se

dirigiram até o local e convenceram o

vigia a permitir sua entrada na agência após o horário de

encerramento do atendimento ao público, oportunidade em que

anunciaram o assalto.

Além do vigia, apenas uma bancária, Maria Santos, encontrava-se

no local e entregou o dinheiro

que estava disponível, enquanto Mariano, o único que estava

armado, apontava sua arma para o vigia.

Fugiram em seguida pela entrada da agência. Durante o inquérito,

o vigia, Manoel Alves, foi ouvido e declarou: que abriu a porta

porque um dos ladrões disse que era irmão da funcionária; que,

após destravar a porta e o primeiro ladrão entrar, os outros

apareceram e não conseguiu mais travar a porta; que apenas um

estava armado e ficou apontando a arma o tempo todo para ele;

que nenhum disparo foi efetuado nem sofreram qualquer violência;

que levaram muito dinheiro; que a agência estava sendo

desativada e não havia muito movimento no local.

O vigia fez retrato falado dos ladrões, que foi divulgado pela

imprensa, e, por intermédio de uma denúncia anônima, a polícia

conseguiu chegar até Mariano. O vigia Manoel reconheceu o

indiciado na delegacia e faleceu antes de ser ouvido em juízo.

Regularmente denunciado e citado, em seu interrogatório

judicial, acompanhado pelo advogado,

Mariano negou a autoria do delito. A defesa não apresentou

alegações preliminares.

Durante a instrução criminal, a bancária Maria Santos afirmou:

que não consegue reconhecer o

réu; que ficou muito nervosa durante o assalto porque tem

depressão; que o assalto não demorou nem 5 minutos; que não

houve violência nem viu a arma; que o Sr. Manoel faleceu poucos

meses após o fato; que ele fez o retrato falado e reconheceu o

acusado; que o sistema de vigilância da agência estava com

defeito e por isso não houve filmagem; que o sistema não foi

consertado porque a agência estava sendo desativada; que o Sr.

Manoel era meio distraído e ela acredita que ele deixou o

primeiro ladrão entrar por boa fé; que sempre ficava até mais

tarde no banco e um de seus 5 irmãos ia buscá-la após as 18 h;

que, por ficar até mais tarde, muitas vezes fechava o caixa dos

colegas, conferia malotes etc.; que a quantia levada foi de

quase vinte mil reais.

O policial Pedro Domingos também prestou o seguinte depoimento

em juízo: que o retrato falado foi feito pelo vigia e muito

divulgado na imprensa; que, por uma denúncia anônima, chegaram

até Mariano e ele foi reconhecido; que o réu negou participação

no roubo, mas não explicou como comprou uma moto nova à vista já

que está desempregado; que os assaltantes provavelmente vigiaram

a agência e notaram a pouca segurança, os horários e hábitos dos

empregados do banco Zeta; que não

recuperaram o dinheiro; que nenhuma arma foi apreendida em poder

de Mariano; que os outros autores não foram identificados; que,

pela sua experiência, tem plena convicção da participação do

acusado no roubo.

Na fase de requerimento de diligências, a folha de antecedentes

penais do réu foi juntada e consta um inquérito em curso pela

prática de crime contra o patrimônio.

Na fase seguinte, a acusação pediu a condenação nos termos da

denúncia.

Em face da situação hipotética apresentada, redija, na qualidade

de advogado(a) de Mariano, a peça processual, privativa de

advogado,pertinente à defesa do acusado. Inclua, em seu texto, a

fundamentação legal e jurídica, explore as teses defensivas

possíveis e date no último dia do prazo para protocolo,

considerando que a intimação tenha ocorrido no dia 23/6/2008,

segunda-feira.

3 – Abravamel, empresário, com 45 anos de idade, teve por várias

vezes sua residência assaltada. No dia 25/09/00, ao retornar

para sua residência, notou que a porta de sua casa estava

aberta, momento em que viu um vulto caminhando em sua direção.

Indagou algumas vezes quem era tal pessoa, não logrando êxito,

porém o citado vulto continuava a caminhar em sua direção,

quando de imediato, o empresário saca de sua arma e atira. Após

o ocorrido, apurou-se que tal vulto era de um deficiente mental.

Instaurou-se processo, e no final da instrução, o representante

do Ministério Público requereu a pronúncia do empresário.

Questão: Como advogado, e intimado na data de hoje aplique a

medida cabível ao caso.

4 – Barriga, com 22 anos de idade, desempregado, genitor de três

filhos, passando por grandes dificuldades financeiras, cometeu o

crime de furto, pois se dirigiu até um comércio na cidade de

Brotas-SP, e lá chegando subtraiu para si duas maçãs, sendo

posteriormente denunciado como incurso no artigo 155 do Código

Penal. Não obteve a suspensão condicional do processo, por ser

reincidente em crime que praticou de forma dolosa.

Questão: Como advogado de Barriga apresente a peça cabível,

tendo em vista ter sido intimado na data de ontem.

5 – Carlos, com 33 anos de idade, está sendo processado na

cidade de Mogi Mirim, pelo crime de falsidade ideológica, pois

serviu de testemunha instrumentária do registro de nascimento do

recém nascido, do qual Alberto dizia ser o genitor, pois segundo

ele havia mantido relações sexuais com a mãe do recém nascido.

Questão: No transcorrer do processo, o “Parquet” opinou pela

condenação de Carlos nas penas da lei. Defenda-o.

6 – Caim, enfermeiro, do Hospital sem Base, responde processo

por praticar ato que se adequa ao que dispõe o artigo 121,

parágrafo 2º, inciso III, 1ª parte, c.c. o artigo 14, inciso II

do CP, pois segundo narra a denúncia, tal enfermeiro tentou

matar Abel, mediante aplicação de injeção intra venosa. Feito o

laudo, para apurar o caráter da substância ora utilizada, este

conclui que tal substância ministrada não tinha potencialidade

lesiva, não podendo através de seu uso causar a morte de

ninguém. O representante do Ministério Público apresentou suas

Alegações Finais, requerendo a pronúncia de Caim, conforme

versava a denúncia.

Questão: Advogue para Caim.

PEDIDO DE EXPLICAÇÕES

Observações preliminares sobre a peça: O Pedido de Explicações,

como o próprio nome sugere, é um pedido elaborado anteriormente

à ação penal, e versa sobre os delitos contra a honra, ou seja,

calúnia, injúria e difamação. É uma medida de caráter

facultativo, preliminar e preparatório de uma futura ação penal

privada.

Fundamentos Legais

Nos crimes previstos no Código Penal (calúnia,

injúria e difamação) encontra respaldo no artigo 144 do mesmo

diploma legal. Já nos casos dos mesmos crimes supra citados,

porém cometidos através dos veículos de imprensa, incidia a Lei

5250/67 pela Lei de Imprensa. ENTRETANTO, O STF, DECLAROU TOTAL

INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI EM QUESTAO.

Endereçamento

Tal pedido tem que ser distribuído a um Juiz de

Direito ou a um Juiz Federal competente.

Denominação do postulante

Os indivíduos que estão nos pólos do Pedido de

Explicações são denominados INTERPELANTE / INTERPELADO ou

REQUERENTE / REQUERIDO.

Prazo

O Pedido de Explicações, não comporta prazo

determinado, porém, é feito antes da ação penal, e não

interrompe e nem suspende o prazo decadencial (6 meses) para o

oferecimento da queixa-crime.

Hipótese

Vale salientar que tal peça é utilizada de forma

preparatória para uma futura ação penal privada (queixa-crime),

como nos crimes que afrontam a honra, a exemplo da calúnia,

injúria e difamação.

Forma

Tal pedido é composto por uma única peça, que pode

vir alicerçada de documentos, ou seja, o Pedido de Explicações

pode vir acompanhado de prova documental.

Observações imprescindíveis

É peça comumente elaborada antes de uma ação penal

privada, tratando-se de medida facultativa e preparatória para o

oferecimento da sobredita ação penal. Trata dos delitos contra a

honra.

O interpelado não é obrigado a responder ao Pedido de

Explicações, que somente pode ser intentado pela pessoa que

supõe ter sido ofendida em sua honra. Assim, a suposta

vítima elabora a peça em questão, justamente para tentar

produzir prova do crime contra a honra, que será anexada à

queixa-crime.

Deve ficar consignado que o Pedido de Explicações é

feito uma vez que o indivíduo ainda não possui prova suficiente

de que fora vítima de um crime contra a sua honra, e assim, por

meio da peça em pauta procura, em juízo, produzir a prova para

sustentar um futuro oferecimento da ação penal privada.

Casos práticos

A – A peça vai pedir para você propor medida

preliminar, e que seu cliente achou-se ofendido por frases

ambíguas, dúbias ou equívocas.

Modelo Prático

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Egrégia ___ Vara

Criminal da Comarca de ___________, Estado de São Paulo,

(pular 8 linhas)

______, brasileiro, estado civil _______,

profissão __________, portador do RG nº _______ e do CPF nº

________, residente e domiciliado à Rua ______________, nº __,

via de seu advogado e procurador que esta subscreve (procuração

inclusa), vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência,

com fulcro no artigo 144 do Código Penal (ou artigo 25 da Lei

5.250/67), requer que se processe PEDIDO DE EXPLICAÇÕES, em face

de ______, brasileiro, estado civil _____, profissão ________,

portador do RG nº _______, e do CPF nº ______, residente e

domiciliado à Rua __________, nº __, pelas razões abaixo

expostas:. (pular 1 linha)

DOS FATOS

(pular 1 linha)

O interpelado na data de, _________, do

mês de ________ do corrente ano, proferiu frases equívocas,

ambíguas e dúbias contra o interpelante.

(pular 1 linha)

Por seu turno, o interpelante sentiu-se

ofendido, pois inferiu pela existência dos delitos de calúnia,

injúria e difamação.

(pular 1 linha)

DO DIREITO:

(pular 1 linha)

A respeito do assunto, nossos Pretórios

assim se posicionam:

(pular 1 linha)

“Só tem cabimento o pedido, quando ocorrerem alusões

ou frases das quais se possa inferir a existência de crimes contra a honra”(RT

519/402).

(pular 1 linha)

REQUERIMENTO:

(pular 1 linha)

Por tudo quanto foi exposto e

inequivocamente demonstrado, requer a Vossa Excelência:

O Recebimento do presente pedido;

Que seja designado dia e hora para a

realização de audiência, com a notificação do interpelado para

que possa prestar as explicações necessárias, ou que as faça por

escrito.

Derradeiramente, após tomadas as

explicações ou certificada a recusa em prestá-las, requer a

entrega dos autos.

(pular 1 linha)

Nestes termos,

Pede deferimento.

(pular 1 linha)

Local e data.

(pular 1 linha)

Advogado________

O. A . B. / S. P. nº__

CASOS REFERENTES À MATÉRIA:

1 – Tyson, por meio do jornal da cidade de Marília-PE,

transcreveu frases equívocas, ambíguas e dúbias em desfavor de

Maguila, tendo este último 38 anos de idade na data dos fatos e

possuindo residência e emprego fixos. Por sua vez, Maguila

sentiu-se ofendido, conseguindo, por si só, deduzir a existência

do crime de calúnia.

Questão: Aplique a medida preliminar cabível

2 – Tora e Batente, amigos de longa data, um dia se separaram.

Ocorre que Batente andou proferindo publicamente frases

equívocas, ambíguas e dúbias contra a frágil pessoa de Tora,

inferindo este pela existência dos crimes de calúnia, injúria e

difamação, do que se julgou extremamente ofendido.

Questão: Como advogado, aplique a medida preliminar que revista

o caso em tela.

3 – Felix, residente na cidade de Porto Ferreira, casado e sem

filhos, possuindo 50 anos de idade, andou pelos quatro cantos da

cidade em que reside, proferindo frases equívocas, ambíguas e

dúbias contra a pessoa de Guma, que é pescador profissional,

dizendo até que sequer conseguiria pescar um peixe dentro de um

aquário. Guma, sentindo-se profundamente ofendido, acha que foi

vítima dos crimes contra a honra, e diz que tomará todas as

providências cabíveis contra seu agressor verbal.

Questão: Guma acaba de adentrar em seu escritório narrando-lhe

os fatos e pedindo que ingresse com a medida cabível.

QUEIXA (QUEIXA-CRIME)

Observações preliminares sobre a peça: Sempre que se falar em

queixa, estamos tratando da petição inicial da ação penal

privada, assim como a denúncia é a petição inicial da ação penal

privada.

Endereçamento

A queixa-crime é necessariamente encaminhada à

primeira instância, ou seja, a um juiz de direito ou juiz

federal de uma Vara Criminal.

Denominação do postulante

O indivíduo que oferece a peça em tela é denominado

QUERELANTE, e o indivíduo contra quem se propôs a queixa recebe

a denominação de QUERELADO.

Prazo

O prazo para o oferecimento de queixa crime é

decadencial, não havendo suspensão ou interrupção, e depende de

certas hipóteses, senão vejamos: São 6 (seis) meses, contados a

partir do conhecimento da autoria delitiva; ou então, 3 (três)

meses, nos casos dos crimes de imprensa, contados a partir da

publicação (veiculação) da notícia. O STF julgou

inconstitucional da lei de imprensa.

Hipótese

No caso de ação penal privada, é a peça que inaugura

tal ação, sendo oferecida em juízo. Temos hipóteses de crimes

que se procedem mediante queixa, contidas, por exemplo, nos

artigos 163 e 145 do CP.

Há também a hipótese da ação penal privada

subsidiária da pública (artigo 29 do CPP e artigo 5º, LIX da

CF), quando se trata de crime de ação penal pública, e o membro

do Ministério Público perde o prazo para o oferecimento da

denúncia, surge para a vítima a oportunidade do oferecimento da

queixa-crime subsidiária, que terá o prazo decadencial de 6

meses contados da data em que o Ministério Público perde o prazo

para o oferecimento da denúncia.

Forma

Compõe-se de uma peça, que deve ser elaborada em

conjunto com uma procuração específica, que trará uma síntese

fática sobre o ocorrido.

Ademais, como a queixa-crime é uma petição inicial,

deve ser realizada a qualificação das partes (querelante e

querelado).

Observações imprescindíveis

O requerimento da queixa deve conter, além de outras

coisas mais, o pedido de condenação.

A queixa, apesar de peça única deve vir acompanhada

de uma procuração específica, onde deve conter um breve relato

dos fatos de deram corpo a peça que está sendo oferecida.

Tem legitimidade para oferecer a queixa-crime, a

vítima ou seu representante legal, além das pessoas elencadas no

artigo 31 do CPP.

Casos práticos

A – Fafá clama, há tempos, para todos ouvirem que sua

cunhada “trabalha” na Casa de Prostituição denominada Relax,

fato que é presenciado por diversos cidadãos.

Modelo prático

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito ou Juiz Federal da

Egrégia ___ Vara Criminal da Comarca ou Subsecção Judiciária de

_____, Estado de São Paulo,

(pular 8 linhas)

________, brasileiro, estado civil ____,

profissão ____, portador da Cédula de Identidade RG nº ____, e

do CPF/MF nº ____, residente e domiciliado na Rua ______, nº

___, na cidade de ______, via de seu advogado e procurador que a

esta subscreve (procuração específica inclusa), vem, mui

respeitosamente à Douta presença de Vossa Excelência, oferecer

QUEIXA-CRIME, nos moldes do art. 41 do Código Penal contra

______, brasileiro, estado civil ____, profissão ____, portado

da Cédula de Identidade RG nº ____, e do CPF/MF nº ____,

residente e domiciliado na Rua ______, nº ___, na cidade de

_______, pelos motivos que a seguir aduz:

(pular 1 linha)

OS FATOS:

(pular 1 linha)

(narre de forma ordeira os fatos

ocorridos, inclusive citando o dispositivo legal infringido,

pulando 1 linha de um parágrafo a outro)

REQUERIMENTO:

(pular 1 linha)

Por tudo quanto restou exposto e

demonstrado, tendo o querelado infringido o artigo ___ do Código

Penal, requer a Vossa Excelência:

Que a presente seja recebida;

Que se colha a manifestação do

representante do “Parquet”;

A citação para o interrogatório e

intimação para os demais atos processuais, até final julgamento,

momento em que deverá ser condenado, observando-se o disposto no

artigo 529 do Código de Direito Processual Penal;

Notificação das testemunhas, cujo rol

segue abaixo.

(pular 1 linha)

Nestes termos,

Pede deferimento.

(pular 2 linhas)

Local e data

(pular 2 linhas)

Advogado ______________

O . A . B. / ____ nº _______

ROL DE TESTEMUNHAS:

1 – nome, qualificação, endereço

2 – nome, qualificação, endereço

3 – nome, qualificação, endereço

(pular 2 linhas)

Advogado ______________

O . A . B. / ______. nº _______

PROCURAÇÃO ESPECÍFICA

(pular 8 linhas)

____________, brasileiro, estado civil

_____, profissão _____, portador da Cédula de Identidade RG nº

_____, e do CPF/MF nº _____, residente e domiciliado na Rua

______, nº ___, na cidade de _______, nomeia e constitui seu

advogado e procurador o Dr. __________, brasileiro, estado civil

_____, advogado, OAB/SP nº _____, com escritório profissional na

Rua ______, nº ___, na cidade de _______, a quem confere todos

os poderes, inclusive os da cláusula “ad judicia” e,

especialmente para propor queixa-crime contra: _______,

brasileiro, estado civil _____, profissão _____, portador da

Cédula de Identidade RG nº _____, e do CPF/MF nº ______,

residente e domiciliado na Rua ______, nº ___, na cidade de

_______, pelo fato a seguir:

(narrar os fatos com clareza e

objetividade – breve relato dos fatos)

(pular 2 linhas)

Local e data

(pular 2 linhas)

Assinatura do Cliente (Querelante)

CASOS REFERENTES À MATÉRIA:

1 – Corla, com 23 anos de idade, solteira, manicure, é lindeira

de Joana, que possui 30 anos de idade, é casada com Zé, e

trabalha como doméstica, na residência de Ricardo. Ocorre que já

há quase três meses, Corla vem falando para todos os vizinhos e

demais pessoas que nas proximidades se encontram que sua vizinha

pratica sexo com Ricardo e com todos os seus amigos, e que seu

trabalho deveria ser na zona local.

Questão: Como todos os vizinhos, e até mesmo outras pessoas

ouviram o que Corla disse, Advogue para Joana tomando as

providências cabíveis.

2 – Múrcio, separado judicialmente, presidente da Associação dos

Médicos da cidade de Ribeirão Preto-SP, teve sua honra afrontada

por pessoas que são seus inimigos políticos. Tais pessoas são os

também médicos, Drs. Adib e Dalilo que, usualmente fazem fortes

críticas e restrições à sua gestão. Desta vez, citados oponentes

enviaram uma circular a todos os outros associados, onde fizeram

severas acusações à pessoa do então presidente. Dentre outras

coisas, disseram que o Dr. Múrcio era safado e pilantra, e que

habitualmente se apropriava de dinheiro que não era seu.

Questão: Apresente a peça cabível para a defesa dos interesses

de Múrcio.

3 – Tácio, famoso comerciante da cidade de Ubarana-MT, vendeu a

Roberto várias telhas, que no total perfizeram o montante de R$

2.500,00 (dois mil e quinhentos reais). Roberto pagou tal

quantia no ato, porém com cheque que não tinha provisão de

fundos. Tácio, arrependido de ter realizado tal negócio e com o

dissabor de ser enganado, dirigiu até a Delegacia de Polícia de

sua cidade, onde foi lavrado inquérito e enviado à Justiça. Após

o período de 60 dias, Tácio não obteve nenhuma notícia, pois,

providência alguma foi tomada.

Questão: Advogue para Tácio e faça com que a justiça dê

andamento ao feito.

REPRESENTAÇÃO

Observações preliminares sobre a peça: “Enquanto a queixa é

usada nos crimes de ação penal privada, a Representação tem

utilidade para casos de ação penal pública condicionada. Tal

peça pode ser intentada tanto pelo ofendido como pelo seu

representante legal e, nada mais é do que condição de

procedibilidade da ação penal pública.

Endereçamento

Diferentemente das peças estudadas anteriormente, a

Representação, pode ser dirigida a um juiz de direito ou juiz

federal competente, a um Delegado de Polícia ou ainda a um

membro do Ministério Público.

Denominação do postulante

A denominação utilizada para os dois pólos da

representação é REQUERENTE e REQUERIDO.

Prazo

Nesta peça o prazo é variado, sendo de 6 (seis) meses

a partir do momento do conhecimento da autoria do delito.

Hipótese

É uma peça utilizada em casos de crimes de ação penal

pública condicionada, e como o próprio nome sugere, é

condicionada à representação da vítima ou de seu representante

legal. Ex. art. 130, § 2º, 147, 152 a 154, 213, 215 do CP, etc.

Forma

A representação é exclusivamente composta de uma

única peça.

Na verdade a representação é condição de

procedibilidade para o oferecimento da denúncia nos crimes de

ação penal pública condicionada.

Observações imprescindíveis

A representação equivale a uma manifestação de

vontade, sendo uma condição de procedibilidade da ação penal

pública condicionada.

Pode ser dirigida não só a um magistrado, como também

a um Delegado de Polícia ou ainda a um representante do

Ministério Público.

Deve-se também frisar que depois de oferecida a

denúncia, a representação se faz irretratável, nos moldes do

artigo 25 do CPP.

Casos práticos

A – “R”, ameaçou de morte “L”, fato visto por

diversas pessoas.

B – “M”, desferiu um soco no rosto de “N”, lesionando

este de forma leve, fato ocorrido dentro de uma movimentada

boate.

Modelo prático

Ilustríssimo Senhor Doutor Delegado de Polícia (ou Juiz de

Direito, ou ainda representante do MP) do ____ Distrito Policial

da Cidade de _____________, Estado de São Paulo,

(pular 8 linhas)

_____________, brasileiro, estado civil

______, profissão ______, portador da Cédula de Identidade RG nº

____, e do CPF/MF nº ____, residente e domiciliado na Rua

_______, nº ___, nesta cidade de _______, via de seu advogado e

procurador que esta subscreve (procuração inclusa), vem, mui

respeitosamente à Douta presença de Vossa Senhoria, formular

REPRESENTAÇÃO contra __________, brasileiro, estado civil

______, profissão ______, portador da Cédula de Identidade RG nº

____ e do CPF/MF nº ____, residente e domiciliado na Rua

_______, nº ___, nesta cidade de _________, expondo e requerendo

o que segue:

(pular 1 linha)

OS FATOS

(pular 1 linha)

Requerente e requerido ________ (narrar os

fatos de forma ordenada e objetiva, pulando 1 linha a cada

parágrafo).

(pular 1 linha)

REQUERIMENTO

(pular 1 linha)

por tudo quanto foi exposto, tendo o

requerido violado o artigo _____ do Código Penal, vem o

requerente representar contra este, autorizando o que de

direito, a fim de que possa o Ilustre Representante do

Ministério Público intentar a ação penal.

Derradeiramente requer a intimação das

testemunhas que poderão ser ouvidas, cujo rol segue abaixo

Nestes termos,

Pede deferimento.

(pular 2 linhas)

Local e data

(pular 2 linhas)

Advogado ________________

O . A . B. / _______ nº _________

(pular 1 linha)

_________________________

Requerente

ROL DE TESTEMUNHAS:

1 – nome, qualificação e endereço.

2 – nome, qualificação e endereço.

3 – nome, qualificação e endereço.

4 – nome, qualificação e endereço.

Advogado _________________

O . A . B. / _____. nº __________

(pular 1 linha)

_________________________

Requerente

CASOS REFERENTES À MATÉRIA

1 – Caio e Décio, ambos com 22 anos de idade, estudam na mesma

faculdade, e trabalham no mesmo local, porém dia destes, Caio

discutiu com seu colega e o ameaçou de morte, fato que foi

presenciado por vários colegas de labor, muitos até ficaram

horrorizados com tal ocorrido.

Questão: passados dois dias Décio procura seu escritório,

pedindo para que você ingresse com a medida cabível.

2 – Muria e Murcia trabalham no mesmo escritório de

contabilidade, na cidade de Jundiaí. Ocorre que no acerca de 4

meses, Muria ameaçou Murcia de tirar-lhe a vida. Tal fato se

passou na presença de várias pessoas.

Questão: como advogado de Murcia, pleiteie a solução adequada.

Justificando.

3 – Leoncio e Leonildo amigos de longa data, se desentenderam e

discutiram. Durante a discussão, Leonildo desferiu um soco no

rosto de Leôncio causando-lhe lesão corporal leve, fato que fora

presenciado por Ticio e Melvio. Tal fato ocorreu a cinco meses

atrás.

Questão: Advogue para a vítima requerendo o que de direito para

que possa haver o oferecimento da denuncia.

RECURSOS

COMPETÊCIA RECURSAL DA JUSTIÇA COMUM ESTADUAL

No que diz respeito a Justiça Comum Estadual temos o

Tribunal de Justiça (Seção Criminal), que tem competência para

julgar recursos relacionados a todos os crimes, salvo os crimes

de menor potencial ofensivo (crimes com pena máxima em abstrato

de até 2 anos) que serão julgados pelo Colégio Recursal do

Juizado Especial Criminal.

Também vale lembrar que em tal órgão, seus componentes

recebem a denominação de Desembargadores.

Por sua vez, na Justiça Comum Estadual, em sede de 1ª

instância temos Juízes de Direito da Vara Criminal da Comarca de

Fortaleza, Estado do Ceará, por exemplo.

Quanto à 2ª instância temos, para todos os Estados, o

Tribunal de Justiça, Seção ou Secção Criminal, do Estado de

Minas Gerais, por exemplo.

Os integrantes dos TJs são denominados Desembargadores.

Os TJs possuem Câmaras Criminais.

Os crimes de competência da Justiça Comum Estadual são

todos aqueles que não serão da competência da Justiça Comum

Federal, Militar ou Eleitoral.

COMPETÊNCIA RECURSAL DA JUSTIÇA COMUM FEDERAL

Na Justiça Federal, em sede de 1ª instância temos Juízes

Federais da Vara Criminal da Seção Judiciária de São Paulo, por

exemplo.

Quanto à 2ª instância, temos o Tribunal Regional Federal,

dividido em regiões, como por exemplo, SP e MS formam a 3ª

Região.

Os integrantes dos TRFs são denominados Desembargadores.

Os TRFs possuem Turmas recursais.

Os crimes de competência da Justiça Comum Federal estão

tratados no artigo 109 da CF.

Dentre os crimes de competência da Justiça Comum Federal

temos: crimes políticos (Lei de Segurança Nacional); crimes que

atinjam quaisquer interesses da União ou de suas entidades

autárquicas, ou empresas públicas, salvo as contravenções e os

crimes de competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral

(art. 109, IV da CF); crimes praticados contra a Justiça do

Trabalho e a Justiça Eleitoral, excetuado os crimes eleitorais;

tráfico internacional de entorpecentes; crimes cometidos a bordo

de navios e aeronaves, ressalvados os casos da competência

Justiça Militar – art. 109, IX da CF; crimes contra o sistema

financeiro e contra a ordem econômica e financeira; art. 109, X

da CF; crimes praticados contra servidores públicos no exercício

da função, etc.

Importante frisar que em matéria de competência devem

ser estudadas as Súmulas do STJ e STF.

APELAÇÃO

Observações Preliminares sobre a peça: “Tal peça é cabível

quando, no processo, houve sentença, porém não há trânsito em

julgado”. Então tem processo, tem sentença que ainda não

transitou em julgado.

Fundamentos Legais:

Encontra respaldo nos artigos 593 e seguintes do CPP

ou ainda os artigos correspondentes na respectiva legislação

especial, dependendo de cada caso.

Endereçamento:

Diferentemente das peças outrora analisadas, a

apelação é endereçada ao juiz “a quo” e ao respectivo Tribunal,

ou seja, a petição de interposição é dirigida ao juiz que

proferiu a sentença e, as razões, onde são expostas as teses, é

endereçada ao Tribunal de Justiça, TRF ou Colégio Recursal.

Denominação do Postulante:

Quem recorre da decisão é denominado APELANTE, já a

outra parte recebe a denominação de APELADO.

Prazo:

Para a petição de interposição o prazo é de cinco

dias, porém para as razões, o prazo é de oito dias, todavia na

prática tais peças são interpostas no mesmo prazo, ou seja,

conjuntamente.

O prazo para a interposição de apelação se inicia a

partir da intimação da sentença.

Em se tratando da Lei 9.099/95, o prazo para a

apelação será de 10 dias.

Hipótese:

A apelação é cabível contra sentença sem trânsito em

julgado, nesta peça a parte buscará a reforma total ou parcial

da decisão “a quo”.

Forma:

Compõe-se de duas peças, ou seja, da petição de

interposição, dirigida ao juiz que prolatou a sentença, e das

razões endereçada ao respectivo Tribunal (TJ ou TRF).

Observações Imprescindíveis:

Devemos sempre atentar que quando é caso para se

apelar, existe processo, sentença, porém não há trânsito em

julgado.

Os efeitos da apelação podem ser devolutivo e

suspensivo.

Tal peça deve ser feita distintamente através da

petição de interposição e das razões.

Casos Práticos:

A – João, após ser processado por crime, foi

condenado por sentença recorrível.

B – Paulo, condenado, ficou sabendo que a sentença

transitou em julgado para a acusação.

C – Pedro foi condenado por sentença que não

transitou em julgado, tendo sido intimado, assim como seu

defensor, na data de ontem.

Modelo Prático:

*petição de interposição:

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara

Criminal da Comarca de _________, Estado de São Paulo,

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ___ Vara Criminal

da Seção Judiciária de ________, Estado de São Paulo,

(pular 1 linha)

Processo nº __/__

(pular 8 linhas)

______________________, qualificado nos

autos do processo em epígrafe, via de seu advogado e procurador

que esta subscreve, vem, mui respeitosamente à Douta Presença de

Vossa Excelência, dentro qüinqüídio legal, interpor recurso de

APELAÇÃO, com fulcro no artigo 593 do Código de Processo Penal,

data vênia, por não se conformar com a r. sentença condenatória.

Em anexo, seguem as razões recursais.

(pular 1 linha)

Nestes termos,

Pede deferimento.

(pular 2 linhas)

Local e data

(pular 2 linhas)

Advogado__________

O . A . B ./ ____. nº___

*roteiro de Razões de Apelação:

Egrégio Tribunal de Justiça, Seção Criminal, do Estado de São

Paulo,

ou

Egrégio Tribunal Regional Federal da ___ Região.

(pular 2 linhas)

Comarca de ____________________

Cartório do ____ Ofício Criminal

Processo nº __/__

(pular 1 linha)

Apelante: ______________________

Apelado: ______________________

(pular 3 linhas)

DOUTO PROCURADOR,

(pular 2 linhas)

COLENDA CÂMARA (justiça estadual)

COLENDA TURMA (justiça federal)

(pular 2 linhas)

EMÉRITOS JULGADORES:

(pular 3 linhas)

A r. sentença condenatória de fls. não deu

ao caso o conforto da justiça e merece ser reformada, senão

vejamos:

ou

Em que pese o zelo do magistrado “a quo”,

este não deu ao caso a solução adequada, assim vejamos:

ou

A r. sentença de fls. é injusta e

necessita de reparo. Verifiquemos:

(pular 1 linha)

DOS FATOS :

(pular 1 linha)

DO DIREITO:

Aqui o candidato deve organizar seu

raciocínio da mesma maneira que em uma alegação final: higidez

do processo (preliminares) mérito (absolvição, normalmente) e

subsidiárias (outras teses que melhorem de alguma forma a

situação do condenado, como desclassificação, afastamento de

qualificadora, alteração de regime de cumprimento, etc.).

(pular 1 linha)

*não se esquecer de reservar, conquanto

não haja consulta, espaço específico para colocação de doutrina

e jurisprudência, que deve ser assim enunciada, por exemplo:

“A jurisprudência já se pronunciou no

sentido de que o regime integralmente fechado não compõe com o

princípio da individualização da pena (HC no. ... do C. STF)”

Ou

Doutrina respeitada sobre este tema é a de

Júlio Fabrini Mirabete. O eminente autor entende que... (CP

interpretado p....,).

Obs. Importante: o candidato só deve citar jurisprudência ou

doutrina que conheça, não importando que não saiba exatamente o

nome do livro do autor ou o número do recurso criminal

enfrentado pela corte.

:

ou

CONCLUSÃO:

(pular 1 linha)

* este tópico serve para reforçar a sua

tese.

REQUERIMENTO:

Por tudo que dos autos consta, requer a

reforma da r. sentença condenatória, sendo imprescindível a

imposição da absolvição ao caso em tela, alicerçado no inciso

_____ do artigo 386 do Código de Processo Penal.

(pular 1 linha)

DE FORMA ALTERNATIVA:

(pular 1 linha)

*neste tópico, deve-se requerer algo além

da absolvição, ou seja, suspensão condicional da pena, pena

mínima, perdão judicial, enfim, a aplicação de benefícios

cabíveis ao caso em questão.

Local e data

(pular 2 linhas)

Advogado_____________

O . A . B ./ ____. nº______

*a apelação, em suas razões, pode ser confeccionada com

preliminar e mérito, dependendo do caso.

CASOS REFERENTES À MATÉRIA:

1 – Adroaldo, com 20 anos bem vividos, praticou a figura típica

do artigo 155 em sua forma qualificada do CP. Tal fato ocorreu

em 20/12/96, portanto, perto do natal. A data do recebimento da

denúncia foi 20/11/97, e o processo teve seus trâmites normais.

A sentença datada de 10/12/99 condenou Adroaldo em 2 anos de

reclusão com concessão de sursis. Durante o processo, o réu negou

a autoria, e as testemunhas nada esclareceram. A sentença

transitou em julgado para a acusação. Questão: Intimado na data

de ontem, defenda Adroaldo.

2 – Sassofereto, quando em época de IP, permaneceu calado. Na

fase seguinte, foi condenado como infrator do artigo 157,

parágrafo 2º, incisos I e II c.c o artigo 14, inciso II, do CP.

A pena aplicada foi de 1 ano, 9 meses e 10 dias de reclusão,

além do pagamento de 4 dias multa. As provas produzidas eram

frágeis, porém, o magistrado que compõe a 5ª Vara Criminal da

Comarca de Colina-CE, alicerçou o seu decisório na presunção de

culpa por Fernando ter permanecido em silêncio na fase policial.

Questão: A sentença foi publicada há 5 dias, e como advogado

defenda Fernando.

3 – Guapo, morador da cidade de Jaboatão, foi denunciado como

incurso nas penas do artigo 155, parágrafo 4º, inciso I do CP,

sob a acusação de Ter adentrado na residência do senhor Manoel

Luiz, com 50 anos de idade, e primário. Guapo subtraiu uma TV.

Na polícia confessou o delito mas, em juízo, negou o fato,

esclarecendo ao magistrado que a confissão ocorreu pois foi

ameaçado pelos policiais. O advogado do acusado apresentou

defesa prévia em momento oportuno. Quando ouvidas, as

testemunhas arroladas pela acusação nada esclareceram, ao passo

que as arroladas pela defesa confirmaram que Guapo é trabalhador

e boa pessoa. Quando da fase do artigo 402, do CPP, nada foi

requerido pelas partes. Na fase do artigo seguinte, o “Parquet”

pediu a condenação. Após ser intimado, o defensor do ora acusado

não apresentou suas alegações finais. Sem tomar qualquer tipo de

providência, o juiz prolatou sentença onde condenou Guapo

concedendo sursis. Intimado o réu, de próprio punho recorreu.

Questão: Como advogado de Guapo, ofereça as razões recursais.

4 – Edmario e Reimundo, estão sendo processados por lesões

corporais graves recíprocas. As testemunhas arroladas em sede de

denúncia não residem na comarca dos fatos, portanto, para sua

oitiva, expediu-se competente carta precatória, intimando-se as

partes. Em audiência, foi nomeado o Dr. Tertulino como defensor

“ad hoc” para ambos os acusados. Reimundo, que durante toda a

instrução processual teve defensor dativo foi condenado e

Edmario absolvido, sendo que este último joga futebol em um

grande clube barretense.

Questão: Aplique a medida cabível, cediço que a sentença ainda

não transitou em julgado para Reimundo.

5 - Lauro foi denunciado e, posteriormente, pronunciado pela

prática dos crimes previstos no art. 121, § 2.º, incisos II e

IV, em concurso material com o art. 211, todos do Código Penal

Brasileiro (CPB). Em 24/6/2008, Lauro foi regularmente submetido

a julgamento perante o tribunal do júri. A tese de negativa de

autoria não foi acolhida pelo conselho de sentença e Lauro foi

condenado pelos dois crimes, tendo o juiz fixado a pena em 16

anos pelo homicídio qualificado e, em 3 anos, pela ocultação de

cadáver. O Ministério Público não recorreu da decisão. A defesa

ficou inconformada com o resultado do julgamento, por entender

que havia prova da inocência do réu em relação aos dois crimes e

que a pena imposta foi injusta.

Considerando a situação hipotética apresentada, indique, com os

devidos fundamentos jurídicos:

< o recurso cabível à defesa de Lauro;

< a providência jurídica cabível na hipótese de o juiz denegar o

recurso

6 - Paulo, analista de sistemas, 36 anos, caminhava pela Praça

João Mendes em SP, Capital, quando repentinamente foi abordado

por um morador de rua.

Paulo, surpreendido pela conduta, desferiu um empurrão na

vítima, de nome Carlos, que bateu a cabeça no meio fio e morreu.

Após a instauração do IP, o MP houve por bem denunciar Paulo,

como incurso nas penas do art. 121,§2º, I e IV do CP. As

qualificadoras alinhavadas na denúncia seriam motivo fútil (mero

pedido de esmola) e recurso que impossibilitou a defesa da

vítima (surpresa).

A denúncia foi, após citação regular, recebida pelo Juízo

Competente. Produzida a prova oral, o juiz admitiu a acusação,

dizendo que “não era crível a versão do réu de ter se assustado

com a abordagem”.

Submetido a julgamento, o réu afirmou que jamais pretendeu a

morte da vítima, reagiu instintivamente à abordagem, para se

defender do que imaginou ser uma tentativa de assalto.

O laudo necroscópico atesta a morte por trauma crânio

encefálico, que evoluiu junto a septicemia, com óbito dois dias

depois.

As condições de higiene da vítima eram precárias e ficou bem

demonstrado que era alcoólatra, com várias internações.

       Não foi produzida prova oral em juízo.

O réu foi condenado por homicídio, nos termos da denúncia. A

pena ficou em 14 anos de reclusão, regime integralmente fechado.

Pesou em desfavor do réu a circunstância de possuir processo em

trâmite, por roubo circunstanciado.

O julgamento ocorreu no dia 05/02/2010. Na condição de advogado

de Paulo, tome a medida adequada, apontando o último dia do

prazo legal para demonstração de inconformismo. 

  

 CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO

Observações preliminares sobre a peça: tal peça serve para

contrarrazoar, o recurso de apelação, ou seja, uma parte

descontente com a sentença proferida, ingressa com o recurso de

apelação, a outra parte que foi beneficiada com tal decisão, não

quer que ela seja modificada, e com isso ingressa com as

contrarrazões de apelação, para combater a tese alegada em sede

de apelação, e para requerer que a sentença prolatada não seja

reformada.

Na verdade, esta peça, nada mais é do que

uma contestação ao recurso de apelação interposto.

Fundamentos legais

Alicerça-se nos artigos 593 e seguintes do Código de

Processo Penal, mais especificamente no art. 600 do CPP.

Endereçamento

O endereçamento da peça em tela se sintoniza com o

endereçamento da apelação, ou seja, são duas petições, onde a

primeira, chamada de petição de juntada, é dirigida para o juiz

que prolatou a sentença. A segunda peça, denominada de contra

razões, é dirigida ao Tribunal competente.

Denominação do postulante

Tal qual a apelação a denominação para as partes das

contrarrazões de apelação também é APELANTE e APELADO, isto é

facilmente perceptível, pois as contra razões, nada mais é que

uma contestação à apelação outrora interposta. Assim, aquele que

elabora às contrarrazões é denominado de APELADO.

Prazo

O prazo para se apresentar contrarrazões de apelação

é de 8 dias, contados da intimação de que houve recurso de

apelação.

Hipótese

A peça em tela tem cabimento em casos de recurso

(apelação) por parte da acusação. Tem como objetivo primordial

manter a sentença prolatada.

Forma

São duas petições: uma de juntada aos autos das

contrarrazões encaminhadas ao juiz prolator da sentença. A outra

peça, é propriamente denominada contrarrazões, é e dirigida ao

Tribunal competente, sendo dividida em fatos, direito e pedido.

Observações imprescindíveis

As contra-razões é composta, necessariamente, por

duas peças. É cabível sempre quando houver recurso por parte da

acusação, ou se tratando de ação penal privada, o querelante

interpondo a apelação, o querelado será intimado para apresentar

às contrarrazões.

Casos práticos

A – foi prolatada sentença penal absolutória em favor

de Flávio, porém, o Ministério Público recorreu por meio de

apelação. Apresente a peça cabível para o momento processual.

B – Dino, foi processado criminalmente, porém ao

final, a sentença foi absolutória, e o Promotor de Justiça

recorreu de tal decisão. Advogue para Dino.

Modelo prático

*Petição de Juntada

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Egrégia ___ Vara

Criminal da Comarca de _________, Estado de São Paulo,

(pular 1 linha)

Processo nº __/__

(pular 8 linhas)

_________, qualificado nos autos em

epígrafe, via de seu advogado e procurador que esta subscreve,

vem, mui respeitosamente à Douta presença de Vossa Excelência,

nos termos do art. 600 do Código de Processo Penal, requerer a

juntada aos presentes autos das contrarrazões do recurso de

apelação, ora interposto pelo ilustre representante do

Ministério Público.

Nestes termos,

Pede deferimento.

(pular 2 linhas)

Local e data

(pular 2 linhas)

Advogado ___________

O . A . B. / ____ nº ____

As contrarrazões seguem o mesmo modo do recurso de apelação,

ou seja, a 2ª peça aqui segue o mesmo modo da 2ª peça

apresentada em apelação, dividida em fatos, direito e pedido.

CASOS REFERENTES À MATÉRIA

1 – José, com 22 anos de idade e com bons antecedentes, foi

denunciado e processado por praticar o delito de lesão corporal

grave, sendo absolvido no final. Quando da prolação da sentença

o MM Juiz de Direito de Catunduva-PE, fundamentou seu decisório

que a legítima defesa está devidamente comprovada. O ilustre

representante do Ministério Público, inconformado com tal

decisão recorreu.

Questão: Como advogado de José, aplique a medida cabível.

2 - O representante do MP, em um caso de ação penal pública

incondicionada na fase do artigo 403, concluiu pela inocência do

réu e requereu sua absolvição. O Douto Magistrado, abraçando a

tese do “Parquet”, proferiu sentença absolutória. O membro do MP

entrou em férias e na ocasião da intimação da sentença, outro

membro do MP, entendendo de modo diverso de seu colega e do

Magistrado, sustentou que a sentença merecia modificação. Diante

disto, interpõe recurso, com fundamento em sua independência

funcional, considerando que, sendo ação penal pública

incondicionada, o seu colega jamais poderia requerer a

absolvição, mas sim só a condenação. O promotor substituto

requer a condenação do acusado nos termos do artigo 171 do CP,

fundamentando que o réu teria agido com culpa presumida, ainda

que não tivesse obtido a vantagem ilícita em prejuízo alheio.

Questão: Como advogado, adote o que de direito.

3 – Pedro, foi processado por infração do artigo 213 do CP,

respondeu ao processo preso, a sentença decretou absolvição

fundamentada de que as provas produzidas sob o crivo do

contraditório eram insuficientes, e determinou a expedição de

alvará de soltura. O Ministério Público recorreu.

Questão: Inconformado com a apelação interposta, apresente a

peça cabível para manter a sentença outrora prolatada.

RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

Observações preliminares sobre a peça: “Entendemos, como a maior

parte da doutrina, que o recurso em sentido estrito, segue um

rol taxativo, e só cabe nas hipóteses previstas no artigo 581 do

Código de Processo Penal, é claro que respeitados os casos de

leis extravagantes, como por exemplo a lei 5.250/67, em seu

artigo 44, parágrafo 2º (recurso contra decisão que recebe

denúncia ou queixa na Lei de Imprensa. A lei de imprensa foi

declarada integralmente inconstitucional pelo STF) e da Lei

1.521 de 1.951 (lei de economia popular).

Fundamentos Legais

Tal recurso encontra acolhida no artigo 581 do Código

de Processo Penal ou no artigo correspondente da legislação

especial.

Endereçamento

O recurso em tela, como a apelação, é composto por

duas petições, sendo a primeira, denominada petição de

interposição, endereçada ao juiz “a quo” que prolatou despacho

ou decisão interlocutória. A segunda peça denominada razões é

encaminhada ao Tribunal.

Denominação do postulante

A denominação utilizada para as partes do recurso em

sentido estrito é RECORRENTE e RECORRIDO.

Prazo

O prazo para a petição de interposição é de 5 (cinco)

dias. O prazo para razões é de 2 (dois dias), contados da

intimação da decisão.

Hipótese

É cabível para reexame de decisão judicial, nos

termos do artigo 581 do Código de Processo Penal.

Forma

Tal recurso é composto por duas petições, sendo

petição de interposição e as razões.

Importante salientar que, na petição de interposição

deve ser efetuado pedido de retratação, tendo em vista que o

RESE possui efeito regressivo.

Observações imprescindíveis

Necessário frisar que o recurso em sentido estrito é

cabível contra despacho ou decisão de juiz de 1ª instância,

porém já mencionado o juízo de retratação, e somente nas

hipóteses taxadas no artigo 581 do Código de Processo Penal, nos

incisos que foram marcados em aula.

Casos práticos

A – Durante um processo cível, “K”, em sede de

contestação, alegou que o autor “M” praticou crime de

apropriação indébita, descrevendo os fatos de forma detalhada.

No juízo criminal “M”, propôs queixa , atribuindo a “K” o crime

de calúnia. No juízo criminal foi rejeitada a queixa, com

fundamento no artigo 142, inciso I, do Código Penal. Advogue

para “M”.

B – Por sentença proferida pelo M.M. Juiz, o réu foi

pronunciado.

C – Após o crime contra a vida o Juiz prolatou

sentença de pronúncia.

Modelo Prático

(Roteiro de Interposição)

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Egrégia ____

Vara Criminal da Comarca de __________, Estado de São Paulo,

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ___ Vara Criminal

Federal da Seção Judiciária de ________, Estado de São Paulo,

(pular 1 linha)

Processo nº __/__

(pular 8 linhas)

_________, qualificados nos autos da Ação

Penal que lhe move a Justiça Pública, via de seu advogado e

procurador que esta subscreve, vem, respeitosamente à Douta

presença de Vossa Excelência, dentro do qüinqüídio legal, com

fulcro no artigo 581, inciso ___ , do Código de Processo Penal,

interpor RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, por não se conformar com a

r. ________.

Requer, que Vossa Excelência se retrate da

decisão proferida. Caso entenda por bem mantê-la requer,

outrossim, que, juntamente com as razões recursais, os autos

sejam encaminhados à Instância Superior.

Nestes termos,

Pede deferimento.

(pular 2 linhas)

Local e data

(pular 2 linhas)

Advogado ____________

O . A . B. / ____ nº _____

Razões de RESE

Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo,

Ou

Egrégio Tribunal Regional Federal da ____ Região (pular 2

linhas)

Comarca de __________

ou Subsecção Judiciária de _________.

Cartório do __ Ofício Criminal

ou Secretaria do __ Ofício Criminal.

Processo nº __/__

(pular 1 linha)

Recorrente: __________

Recorrido: ___________

(pular 3 linhas)

DOUTO PROCURADOR,

(pular 2 linhas)

COLENDA CÂMARA (justiça estadual)

COLENDA TURMA (justiça federal)

(pular 2 linhas)

EMÉRITOS JULGADORES:

(pular 3 linhas)

A r. decisão de fls., não traz aos autos a

correta e eficaz aplicação da Justiça, senão vejamos:

ou

A Justiça não abraça o caso em tela com a

r. sentença de fls., o que será demonstrado pelos fatos e

fundamentos abaixo aduzidos:

ou

Revestida de injustiça a r. decisão

__________, merecendo ser reformada por esta Corte, senão

verifiquemos:

(pular 1 linha)

Dos Fatos:

ou

(pular 1 linha)

DO DIREITO APLICÁVEL À ESPÉCIE:

(pular 1 linha)

CONSIDERAÇÕES DERRADEIRAS:

ou

CONCLUSÃO:

(pular 1 linha)

REQUERIMENTO:

(pular 1 linha)

Por tudo quanto foi exposto, requer o

provimento do presente recurso, com a reforma da r. decisão de

fls., com fulcro no inciso ____ , do artigo _____ , do Código de

Processo Penal.

(pular 1 linha)

DE FORMA ALTERNATIVA:

ou

ALTERNATIVAMENTE:

(pular 2 linhas)

local e data

(pular 2 linhas)

Advogado______________

O . A . B . / ____ n._______

O exemplo acima é de razões simples, todavia existem casos

onde, nas razões serão articuladas preliminares e mérito, e

neste caso deve constar todos os pedidos, ou seja,

preliminares, mérito e eventuais subsidiárias.

CASOS REFERENTES À MATÉRIA:

1 – Luminha, após desentendimento com Martinha, saca de um

revólver e atira vindo a acertar a perna esquerda desta, mas de

repente, arrepende-se e vai embora. Devido ao ocorrido, o Parquet

da cidade de Bebedouro-SP, ofereceu denúncia qualificando o fato

como tentativa de homicídio, tendo o juiz recebido a exordial e

o processo seguido seus trâmites normais. Nas vezes em que foi

ouvido, Luminha afirma que atirou, mas que se arrependeu, pois

não tinha a intenção de matar Martinha, mesmo sabendo que esta é

sem vergonha. Passada as alegações finais, o juiz pronuncia

Luminha para responder o delito perante o Tribunal do Júri,

conforme se verifica através da sentença que foi proferida da

data de ontem.

Questão: Adote o recurso cabível.

3 – Em uma reunião festiva realizada por um empresário na

Comarca de Sorocaba, Carlos, engenheiro elétrico, residente e

domiciliado na cidade de São Paulo, teria ofendido a dignidade e

a honra de Clodovil eis que jocosamente, relatava aos presentes

em tal festa as relações homossexuais por este praticadas.

Clodovil, devido a tais fatos contratou um belo advogado,

ajuizando no foro central da Capital, queixa – crime contra

Carlos, por infração aos artigos 139, 140 e 141, inciso II do

Código Penal. A ação foi distribuída perante a 1ª Vara Criminal,

todavia o magistrado rejeitou a inicial fundamentando em sua

decisão, ser incompetente para processar e julgar o feito

ocorrido na Comarca de Sorocaba, amparado nos artigos 6º do

Código Penal e 70, caput do Código de Processo Penal. A decisão

foi prolatada há dois dias.

Questão: Como advogado de Clodovil, adote a medida cabível.

3 – Conti, estava em sua residência quando percebeu que alguém

forçava a porta dos fundos. De porte de uma arma, aguardou num

canto da cozinha sem acender as luzes. Ato contínuo, a porta se

abriu e Conti pode ver claramente a figura de um homem que

estava armado e adentrando em sua residência. Diante de tal

situação, Conti disparou a arma atingindo o desconhecido com um

tiro certeiro, provocando-lhe morte instantânea. Conti foi

denunciado pelo MP nas penas do artigo 121, parágrafo 1º do

Código Penal, pois foi reconhecida a violenta emoção causada

pela invasão de sua residência. Após os trâmites de praxe, Conti

foi pronunciado e mandado a julgamento pelo Tribunal do Júri,

nos termos da denúncia. A r. decisão de pronúncia não transitou

em julgado. Proponha a medida cabível para a defesa de Conti.

4 - Agnaldo, que reside com sua esposa, Ângela, e seus dois

filhos na cidade de Porto Alegre – RS, pretendendo fazer uma

reforma na casa onde mora com a família, dirigiu-se a uma loja

de material de construção para verificar as opções de crédito

existentes. Entre as opções que o vendedor da loja apresentou, a

mais adequada ao seu orçamento familiar era a emissão de cheques

pré-datados como garantia da dívida.

Como não possui conta-corrente em agência bancária, Agnaldo

pediu a seu cunhado e vizinho,

Firmino, que lhe emprestasse seis cheques para a aquisição do

referido material, pedido prontamente atendido. Com o

empréstimo, retornou ao estabelecimento comercial e realizou a

compra, deixando como garantia da dívida os seis cheques

assinados pelo cunhado.

Dias depois, Firmino, que tivera seu talonário de cheques

furtado, sustou todos os cheques que

havia emitido, entre eles, os emprestados a Agnaldo. Diante da

sustação, o empresário, na delegacia de polícia mais próxima,

alegou que havia sido fraudado em uma transação comercial, uma

vez que Firmino frustrara o pagamento dos cheques pré-datados.

Diante das alegações, o delegado de polícia instaurou inquérito

policial para apurar o caso,

indiciando Firmino, por entender que havia indícios de ele ter

cometido o crime previsto no inciso VI do § 2.º do art. 171 do

Código Penal.

Inconformado, Firmino impetrou habeas corpus perante a 1.ª Vara

Criminal da Comarca de Porto Alegre, tendo o juiz denegado a

ordem.

Considerando essa situação hipotética, na condição de

advogado(a) contratado(a) por Firmino, interponha a peça

judicial cabível, privativa de advogado, em favor de seu

cliente.

CONTRARRAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

Observações preliminares sobre a peça: “As contrarrazões de

recurso em sentido estrito, é utilizada, quando nas hipóteses do

artigo 581 do Código de Processo Penal, a acusação recorre.

Fundamentos Legais

Estas contrarrazões encontram respaldo no artigo 588

e seguintes, do Código de Processo Penal.

Endereçamento

Conforme as contrarrazões de apelação, as de recurso

em sentido estrito, tem endereçamento para dois órgãos, ou seja,

a petição de juntada é dirigida ao juiz que prolatou a sentença,

ou despacho e as contrarrazões propriamente ditas, são

encaminhadas ao Tribunal competente.

Denominação do postulante

Tal qual o recurso em sentido estrito a denominação

dada as partes é de RECORRENTE e RECORRIDO.

Prazo

Em regra, ou seja, na maior parte dos incisos do

artigo 588 do CPP, o prazo é de 2 (dois) dias.

Hipótese

É cabível quando houver, nas hipóteses do artigo 581

do CPP, recurso por parte da acusação.

Forma

Tal contrarrazões é composta por duas petições, que

são a petição de juntada, dirigida ao juiz “a quo”, e as

contrarrazões, encaminhada ao Tribunal de Justiça, em sua Seção

Criminal ou ao Tribunal Regional Federal.

Observações imprescindíveis

As contrarrazões em questão têm fundamento no artigo

588 e seguintes do CPP, e sempre são cabíveis quando há recurso

por parte da acusação nas hipóteses do artigo 581 do Código de

Processo Penal.

Casos práticos

A – César sofreu decisão de desclassificação no final

da primeira fase do juri, todavia, inconformado o representante

do “Parquet” apresentou recurso.

B – Marcos, após sofrer processo por crime doloso

contra a vida, ao final do sumario de culpa, houve decisão

desclassificatória, porém o membro do Ministério Público

recorreu.

Modelo Prático

(petição de juntada)

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ____ Vara

Criminal da Comarca de __________, Estado de São Paulo,

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ___ Vara Criminal

Federal da Seção Judiciária de ________, Estado de São Paulo,

(pular 1 linha)

Processo nº __/__

(pular 8 linhas)

___________, qualificados nos autos em

epígrafe, por intermédio de seu advogado e procurador que a esta

subscreve, vem, mui respeitosamente à Douta presença de Vossa

Excelência, requerer a juntada aos autos das CONTRARRAZÕES do

Recurso em Sentido Estrito, ora interposto pelo representante do

Ministério Público.

Nestes termos,

Pede deferimento.

(pular 2 linhas)

Local e data

(pular 2 linhas)

Advogado _________

O . A . B. / ____ nº ___

As contrarrazões de Recurso em Sentido Estrito, seguem

praticamente a mesma forma das razões de Recurso em Sentido

Estrito, ou seja, a 2ª peça de contrarrazões aqui, é

praticamente idêntica as razões de RES, é claro que

diferenciando-se por parte de quem está recorrendo.

CASOS REFERENTES À MATÉRIA

1 – Evandro, Policial Militar, após cumprir sua jornada de

trabalho, estava caminhando até sua residência, momento em que

avistou um grupo de pessoas nos arredores de um veículo, diante

de tal situação, percebeu que ali estava ocorrendo um roubo e

que um dos integrantes do grupo mantinha uma moça na mira de um

revólver. Caminhando por traz do meliante, sem ser por este

notado, disparou quatro tiros com sua arma particular, vindo, o

citado delituoso, a falecer no local. Os outros integrantes do

grupo lograram êxito em empreender fuga e escaparem. Evandro foi

processado e, ao final, absolvido sumariamente em primeiro grau,

pois a r. decisão judicial reconheceu que o policial agiu no

cumprimento do dever de sua profissão (artigo 23, inciso III, 1ª

parte, do Código Penal).

Descontente com tal decisão, o Ministério Público recorreu

pleiteando a reforma da r. decisão. Para tanto alega, em

síntese, que o policial estava for de serviço e que houve

excesso no revide, eis que Evandro, disparando quatro tiros do

seu revólver, praticamente descarregou-o, pois a arma possuía,

ao todo, seis balas.

Questão Advogue para Evandro, apresentando a peça pertinente.

2 – Maria deu a luz num terreno baldio, e ato contínuo, mediante

asfixia mecânica, levou a óbito o filho que acabara de nascer. O

representante do Ministério Público tipificou sua ação como

sendo homicídio qualificado. O juiz, entretanto, pronunciou como

incursa nas penas do crime de infanticídio. O Promotor de

Justiça, não se conformou e recorreu, frisando que caso era de

homicídio qualificado.

Questão: Apresente as contrarrazões do recurso interposto pela

acusação.

3 – Marcelo, Promotor de Justiça, ofereceu denúncia contra

Roberto, empresário, descrevendo infração penal tipificada como

receptação ocorrida em outubro de 1.978. Todavia, esqueceu de

apresentar o rol de testemunhas na peça inaugural, além de

narrar fato equivocado, fazendo inserir circunstâncias

totalmente divorciadas da realidade, não oferecendo, outrossim,

a qualificação do indiciado. O Magistrado ao tomar conhecimento

do teor da denúncia, rejeita-a, expondo os motivos para tal. O

Promotor de Justiça recorre de tal decisão, expondo os motivos

de seu inconformismo, reiterando que a ação penal deve ser

recebida para, ao final da instrução probatória, ser o réu

condenado pelo crime que cometeu. Você como advogado de Roberto,

é intimado para tomar ciência da decisão do Juiz, bem como do

recurso interposto pelo Promotor de Justiça. Assim, proponha a

peça processual que julgar correta para a defesa de Roberto.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – Endereçado P/ 1ª Instância

Observações preliminares sobre a peça: “Ë o famoso embarguinho,

segundo a praxe informal forense. Tal embargos ataca sentença,

que é obscura, ambígua, omissa ou contraditória”.

Fundamentos Legais

Tem amparo no artigo 382 do Código de Processo Penal.

Endereçamento

É sempre e exclusivamente dirigido ao juiz de Direito

que prolatou a sentença que está sendo embargada, e os embargos

ora em estudo serão por ele julgados.

Denominação do postulante

O indivíduo que opõe os embargos recebe a denominação

de EMBARGANTE, sendo a outra parte denominada de EMBARGADO.

Prazo

O prazo para tal embargos de 1ª instância, é

diferente de todas as peças até agora vistas, são de 2 (dois)

dias, que são contados a partir do momento da intimação da

sentença.

Hipótese

Os embargos de declaração em 1ª instância, são

cabíveis sempre que for proferida sentença e esta for ambígua,

omissa, obscura ou ainda contraditória.

Forma

Os embargos de declaração de 1ª instância são

compostos por uma peça, não possuindo contrarrazões.

Observações imprescindíveis

Com fulcro no artigo 382 do CPP, os embargos de

declaração de 1ª instância, são apropriados contra sentença que

se mostrar contraditória, omissa, ambígua ou obscura.

Casos práticos

A – Prolatada sentença sobre o caso, esta foi

obscura. Intente o recurso cabível para sanar tal obscuridade.

B – Ingresse com a medida adequada para atacar a

omissão da sentença proferida pelo juiz da 5ª Vara Criminal da

Comarca de Barcelona-SP.

Modelo prático

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Egrégia ___ Vara

Criminal da Comarca de _________, Estado de São Paulo,

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ___ Vara Criminal

da Subsecção Judiciária de ________, Estado de São Paulo,

(pular 1 linha)

Processo nº __/__

(pular 8 linhas)

___________, qualificado nos autos em

epígrafe, via e de seu advogado e procurador que esta subscreve,

vem, mui respeitosamente à Douta presença de Vossa Excelência,

com fulcro no artigo 382 do Código de Processo Penal, opor

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, contra a r. sentença de fls., pelos

motivos de fato e de direito que passa a aduzir:

(pular 1 linha)

DOS FATOS:

(pular 1 linha)

DO DIREITO APLICÁVEL À ESPÉCIE:

(pular 1 linha)

CONSIDERAÇÕES DERRADEIRAS:

(pular 1 linha)

REQUERIMENTO:

Face ao exposto, requer o embargante:

Que haja conhecimento dos embargos, afim

que se declare a ____, ...

(pular 1 linha)

Nestes termos,

Pede deferimento.

(pular 2 linhas)

Local e data.

(pular 2 linhas)

Advogado ___________

O . A . B. / ____ nº _____

CASOS REFERENTES À MATÉRIA

1 – Paulo, com 22 anos de idade, primário e com emprego fixo,

envolveu-se com a prática de crime de roubo, em sua forma

tentada. Denunciado, foi processado e condenado a dois anos de

reclusão. O juiz que prolatou a sentença, embora tenha

reconhecido a primariedade, no tocante do sursis foi omisso,

mas, todavia, concedeu o apelo em liberdade.

Questão: Elabore a medida cabível que ataque a omissão da

sentença.

2 – Carlos, com 19 anos de idade na data dos fatos, cometeu o

crime de estelionato. Após o trâmite processual foi prolatada,

pelo juiz da 6º Vara Criminal da Capital, sentença condenando

Carlos a um ano e seis meses de reclusão. Todavia, tal sentença,

foi omissa, pois, não enfrentou a questão do artigo 65, I, do

Código Penal.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – Endereçados P/ 2ª Instância

Observações preliminares sobre a peça: “Estes embargos, são

opostos contra acórdão que possua obscuridade, omissão,

contrariedade e ambigüidade”.

Fundamentos Legais

Encontra amparo legal no artigo 619 do Código de

Processo Penal.

Endereçamento

É dirigido ao relator do acórdão, ou seja, encaminha-

se tal recurso sempre a um Tribunal, seja de Justiça, ou de

Alçada.

Denominação do postulante

Como no “embarguinho” antes estudado, a denominação

das partes nos embargos de declaração endereçados para 2ª

instância, é de EMBARGANTE e EMBARGADO.

Prazo

Como nos embargos de declaração para 1ª instância, os

embargos de declaração em estudo (2ª instância), tem prazo de 2

(dois) dias, contados a partir da data da intimação do acórdão.

Hipótese

É cabível sempre quando um acórdão for obscuro,

omisso, ambíguo e contraditório.

Forma

Como nos embargos de declaração de 1ª instância, os

embargos de declaração de 2ª instância, é composto por uma única

peça, não existindo contrarrazões.

Observações imprescindíveis

Fundamentado no artigo 619 do CPP, os embargos de

declaração de 2ª instância, encontra tempo oportuno sempre que

um acórdão possuir obscuridade, omissão, contrariedade e

ambigüidade.

Casos práticos

A – Foram levadas aos autos todas as provas

suficientes para a absolvição do acusado, porém o acórdão foi

omisso, pois não as analisou.

B – Intente a medida judicial adequada para sanar a

ambigüidade do acórdão proferido na data de ontem.

C – O acórdão do Tribunal de Justiça se mostrou

obscuro. Como advogado aplique o que de direito para atacar tal

obscuridade.

Modelo prático

Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Relator do Recurso

Criminal no. ____, no Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de

São Paulo, (ou Juiz Relator do Recurso Criminal no. ____, do

Egrégio Tribunal Regional Federal),

(pular 1 linha)

Apelação nº __/__

(pular 8 linhas)

___________, outrora qualificado, por

intermédio de seu advogado e procurador que esta subscreve, vem,

mui respeitosamente à douta presença de Vossa Excelência, opor

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, com fulcro no artigo 619 do Código de

Processo Penal, contra o v. acórdão, pelos fatos e fundamentos a

seguir aduzidos:

(pular 1 linha)

DOS FATOS:

(pular 1 linha)

Do Direito:

(pular 1 linha)

REQUERIMENTO:

Por tudo quanto foi exposto e provado,

requer o embargante:

Que haja conhecimentos dos embargos, de

modo que se declare a ____,

(pular 1 linha)

Nestes termos,

Pede deferimento.

(pular 2 linhas)

Local e data.

(pular 2 linhas)

Advogado _________

O . A . B. / ____ nº ___

CASOS REFERENTES À MATÉRIA

1 – Vildo, brasileiro, solteiro, foi processado perante a 78ª

Vara Criminal da Comarca de Colina, como incurso nas penas do

art. 213 do Código Penal. Baseou toda a sua defesa no fato de

que, apesar de ter sido reconhecido pela vítima, não seria

possível ser o autor do crime, uma vez que, no dia dos fatos

estava na cidade do Rio de Janeiro, tendo anexado aos autos

notas fiscais de restaurantes e do hotel em que ficou hospedado.

Foi concedido a Vildo o direito de recorrer em liberdade, ele

efetivamente apelou ao Tribunal competente, sempre alegando,

dentre outras coisas, que não era possível ter ele praticado o

crime que fora condenado, pois não se encontrava em São Paulo e

que a prova juntada aos autos era robusta e insofismável. A

decisão do Tribunal, por sua 1ª Câmara, publicada ontem, negou

provimento ao recurso interposto por Vildo, salientando seus

péssimos antecedentes criminais, e que era sólida a prova

acusatória, mas não mencionou a prova carreada aos autos, no que

diz respeito às notas fiscais anexadas.

Questão: Como advogado de Vildo, elabore a peça que melhor

atenda seus interesses.

2 – Paulo, com 22 anos de idade, morador da cidade de Candido

Mota, foi processado e condenado pelo crime do art. 288 do

Código Penal. Da sentença que o condenou, Paulo por intermédio

de seu advogado interpôs recurso de apelação, porém, quando da

análise de tal recurso, o Egrégio Tribunal competente não

analisou as provas produzidas, e em conseqüência seu acórdão se

mostrou omisso.

Questão: Como advogado de Paulo, intente a medida adequada para

sanar a omissão que abraça o caso em tela.

EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE

Observações preliminares sobre a peça: " É uma peça que

utilizada face a decisões dos Tribunais, que não são unânimes e

desfavoráveis ao réu, melhor explicando, dos julgamentos de

apelação e de recurso em sentido estrito, não unânimes e

desfavoráveis ao réu.

Fundamentos Legais

Os dois tipos de embargos encontram

seu embasamento legal no art. 609, parágrafo único, do Código de

Processo Penal.

Endereçamento

Diferentemente de outras peças tem a

petição de interposição dirigida ao relator, (desembargador

relator, do TJ ou TRF), e as razões dirigidas ao Egrégio

Tribunal (Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional Federal).

Denominação do postulante

O indivíduo que ingressa - via

procurador - com os embargos infringentes ou de nulidade

denomina-se EMBARGANTE.

Prazo

O prazo de interposição deste recurso

é de 10 ( dez ) dias, a contar da publicação do acórdão.

Formas

Determinada peça é composta por duas

peças, uma petição de interposição dirigida ao Desembargador

relator, e as Razões dirigidas ao Egrégio Tribunal (TJ ou TRF).

Hipótese

Como já dito em observações

preliminares, é uma peça processual utilizada das decisões não

unânimes e desfavoráveis ao réu proferidas pelos Tribunais,

advindas de julgamentos de apelação e de recurso em sentido

estrito.

Será interposto Embargos Infringentes,

quando a questão a ser debatida for relativa ao mérito da causa,

como por exemplo, diminuição da pena, absolvição,

desclassificação da forma consumada para tentada, aplicação de

benefícios, ausência de qualificadoras, etc.

Já os Embargos de Nulidade, são

relativos unicamente e exclusivamente à matéria processual,

tendo como finalidade a possibilidade de anulação do acórdão ou

processo, frente as hipóteses previstas no art. 564 do CPP.

Efeitos

Devolutivo - definido pela divergência

entre acórdão e voto vencido.

Suspensivo - a doutrina e o STF

entendem que os embargos não possuem efeito suspensivo, já a

jurisprudência, que não a do STF, entende que tal efeito

prevalece.

Observações imprescindíveis:

Os embargos Infringentes e de Nulidade

devem ser formulados sempre sobre o voto vencido, não podendo

ir além deste. Por exemplo, se o voto vencido entendeu que a

pena deveria ser diminuída em virtude da ocorrência de alguma

causa de diminuição de pena, o pedido deverá ser exatamente e

somente em cima deste fato, e nada além disso.

Este recurso é exclusivo da defesa,

não se admitindo portanto, a "reformatio in pejus".

Detém caráter de retratação, já que

são dirigidos ao Tribunal recorrido, e julgados por este.

Em caso de não reconhecimento dos

embargos, admite-se agravo regimental.

Macetes, brechas fornecidas:

Por maioria de votos seu cliente

perdeu a apelação, porém, o voto vencido se manifestou no

sentido ................

Em razão do julgamento da apelação,

por votação não unânime, a Câmara Julgadora não deu provimento

ao recurso, no entanto, o voto vencido se manifestou

contrário....... .

Casos práticos

" Ciro " foi processado e condenado

pelo M.M. Juiz de Direito da 2º Vara Criminal da Comarca de

Barreiras-PI, à dois anos de reclusão e multa, por violação ao

artigo 155, caput, do Código Penal, tendo-lhe sido concedido a

suspensão condicional da pena pelo tempo legal. "Ciro" em juízo

confessou a prática do delito, havendo prova que não ostenta

qualquer outro antecedente criminal e tendo, por outro lado, a

"res furtiva" sido avaliada em R$ 10,00. A respeitável sentença

condenatória transitou em julgado para o Ministério Público e "

A" tempestivamente, apelou e arrazoou. Em grau de recurso

( apelação nº155.099/1), a 11ª Câmara do Tribunal competente

negou provimento ao recurso de apelo, contra o voto do juiz

revisor. O julgador que entendeu ser o caso de acolher as

ponderações da defesa, aduziu que, sendo o apelante primário, e

de pequeno valor o prejuízo causado, não podia prevalecer a pena

corporal, que importaria em contrariar as disposições do

parágrafo 2º, do art. 155 do Código Penal. O venerando acórdão

foi publicado na data de hoje.

Questão: adotar a medida cabível, em

favor do apelante " Ciro". Justifique e de a tramitação.

Modelo prático

Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Relator, da Apelação

Criminal n. 155.099/1 em trâmite perante a 11ª Câmara Criminal

do Egrégio Tribunal de Justiça, do Estado de São Paulo,

( pular 1 linha )

Apelação nº 155.099/1

( pular 8 linhas )

"Ciro", qualificado nos autos da

apelação em epígrafe, por seu advogado no final assinado, vem

respeitosamente `a presença a ilustre presença de Vossa

Excelência, tempestivamente, com fundamento no art. 609,

parágrafo único, do Código de Processo Penal, opor EMBARGOS

INFRINGENTES, ao venerando acórdão de fls.... .

Nestes termos, com as razões anexas,

Pede e espera deferimento.

( pular 2 linhas)

Advogado ___________

O.A.B./ ____ nº_________

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO,

( pular 2 linhas)

DOUTO PROCURADOR GERAL DE JUSTIÇA:

( pular 2 linhas )

COLENDA CÂMARA (justiça estadual)

COLENDA TURMA (justiça federal)

( pular 2 linhas)

EMÉRITOS JULGADORES:

( pular 2 linhas)

Muito embora houvesse por bem este E.

Tribunal negado provimento ao recurso de apelo, ora interposto,

sem unanimidade, a razão está para o voto vencido, como vejamos:

( pular 1 linha )

DOS FATOS

Trata-se de condenação, por infração

ao artigo 155, caput, do Código Penal, `a pena de 2 ( dois) anos

de reclusão e multa, tendo sido aplicada a suspensão condicional

da pena pelo prazo legal.

O embargante não ostenta antecedentes

criminais, e a "res furtiva" , laudo de fls..., foi avaliada em R$

10,00 (dez reais).

( pular 1 linha )

Negou-se provimento ao apelo, votação

não unânime.

( pular 1 linha )

DO VOTO VENCIDO

ou

DAS RAZÕES DO VOTO VENCIDO:

( pular 1 linha)

O voto vencido do eminente julgador,

merece transcrição:

( pular 1 linha )

Aduziu que :

" em sendo o apelante primário, e de

pequeno valor o prejuízo causado, não podia prevalecer a pena

corporal que importaria em contrariar as disposições do

parágrafo 2º, do art.155, do Código Penal" .

( pular 1 linha )

Evidente que mantendo-se a decisão,

estaríamos por contrariar dispositivo legal, ainda mais sendo

reconhecidos pela r. sentença, tais requisitos que tornam o

furto privilegiado.

( pular 1 linha )

Celso Delmanto, em Direitos Públicos

Subjetivos do Réu, no Código Penal Comentado, fl. 269, com a

propriedade que lhe é inerente, comenta:

( pular 1 linha )

" Se comprovados os dois requisitos

não pode o magistrado deixar de concedê-lo, pois, preenchidas as

condições que o parágrafo 2º prevê, este constitui direito

público subjetivo do agente ".

( pular 1 linha)

Neste sentido, é a sustentação

jurisprudencial:

( pular 1 linha )

" Presente o binômio, primariedade do

réu e pequeno valor da subtração, é indisputável a incidência do

disposto no parágrafo 2º do art. 155 do Código Penal" ( JUTACRIM

79/27).

( pular 1 linha)

no presente caso, não há como

sustentar situação diversa, pois, assim sendo, estaríamos

negando ao embargante um direito que lhe assiste, como bem

pondera o voto vencido, em seus argumentos.

REQUERIMENTO

( pular 1 linha)

Assim, requer-se o acolhimento dos

embargos, para que prevaleça o voto vencido, aplicando, para

tanto, o parágrafo 2º do art. 155, do Código Penal.

(pular 1 linha).

Sendo esta medida certa de Justiça !

Barretos, 11 de janeiro de 2001.

(pular 2 linhas)

Advogado _____________

O.A.B. / ____ nº_________

Casos práticos sobre a matéria.

1 – “Tangerina" encontra-se preso em razão de sentença

condenatória proferida pelo M.M. Juiz da 1º Vara Criminal de

Fortaleza-CE, por ter infringindo o art. 213 do CP. A sentença

aplicou ao réu a pena de seis anos de reclusão. Interposto

recurso de apelação, revisor e relator negaram provimento ao

apelo da defesa, mantendo a decisão recorrida, ao passo que o

terceiro juiz, vencido em parte, deu provimento parcial ao

referido recurso, para anular " ab initio" o processo no tocante

ao crime de estupro, dada à ausência de representação da vitima,

que nesse sentido, causou a ilegitimidade " ad causam" do

Ministério Público , conforme acórdão publicado hoje.

Questão: Como advogado de “Tangerina”, elabore a peça

competente.

2 - Marcondes, nascido em 20 de janeiro de 1983, subtraiu para

si de uma padaria uma, duas barras de chocolate, um pacote de

pão de forma, e três pacotes de salame italiano, avaliados em R$

125,00. Denunciado pelo Ministério Público e após regular

instrução criminal, foi condenado a pena de 1 (um) ano de

reclusão, sendo-lhe concedido o benefício do sursis .

Inconformado com a decisão o acusado recorreu. Julgado o recurso

pelo Tribunal competente, a sentença foi mantida por maioria de

votos, sendo que o magistrado vencido, embora mantivesse a

condenação, reduzia a pena para 08 (oito) meses de detenção em

razão do privilégio disposto no próprio tipo penal, convertendo

a pena corporal em restritiva de direito, em conformidade com o

que dispõe o art. 44 do CP. Determinado acordão foi publicado há

5(cinco) dias.

Questão: como advogado de Marcondes, tome a providência judicial

cabível.

AGRAVO EM EXECUÇÃO

Cabimento/Utilização

.Das Decisões do Juiz da Execução (art. 66 da Lei 7210/84)

Amparo legal

Art. 197 da Lei 7.210/84

Forma de Endereçamento/Estrutura:

Este recurso é composto de duas peças, dentre as quais temos:

Interposição: Dirigida ao Juiz das Execuções (deve ser

elaborado juízo de retratação).

Razões: Ao Egrégio Tribunal de Justiça, Seção Criminal, ou

Tribunal Regional Federal.

Prazo

O prazo para esta peça é de 5 (cinco) dias para a interposição

e de 2 (dois) dias para as razões, tendo em vista que para a

maioria da doutrina e jurisprudência possui o mesmo procedimento

do RESE.

Terminologia apropriada a ser

utilizada:

AGRAVANTE/AGRAVADO.

Do Efeito

Em regra, só efeito Devolutivo, portanto, salvo nos casos do

art. 179 da LEP, onde, excepcionalmente possui efeito

suspensivo.

Procedimento

Após interposto o agravo, o juiz determina abertura de vista ao

Ministério Público para as contra-razões, e após, o mesmo poderá

se retratar ( juízo de retratação). Na hipótese do magistrado

manter sua decisão, este remeterá os autos ao Tribunal onde,

após as formalidades de praxe, como vista do procurador e

relator será julgado.

Observações imprescindíveis:

No caso de ser negado seguimento ao agravo, admite-se Carta

Testemunhável.

Possui juízo de retratação, que deve ser redigido na

interposição.

O agravo em execução é idêntico ao RESE, todavia elaborado em

época de execução da pena ou medida de segurança.

ROTEIRO/ ESTRUTURA:

Interposição dirigida ao Juiz das Execuções Criminais

Razões: ao Egrégio Tribunal.

CASOS REFERENTES À MATÉRIA:

1 - "TICO" foi processado por infração ao art. 157, § 2º,

incisos I e II do CP. Foi condenado pela 7ª, 10ª e 22ª Varas

Criminais, sendo apenado, em cada uma delas em 5 anos e 4 meses

de reclusão, mais pena de multa, tendo como vítimas 3 casas de

loteria, todas situadas na Capital. Requereu-se ao juízo

competente a unificação de penas, sendo o pedido indeferido sob

o fundamento de que, sendo diversas as vítimas que se viram

envolvidas no comportamento criminoso do agente, estando em jogo

bem jurídico personalíssimo, não caberia, portanto, a ficção

jurídica do crime continuado.

Questão: você como advogado de "Tico" , interponha o recurso

competente para o caso.

2 - MÁRIO, por infração ao art. 157, parágrafo 2º, I e II do

Código Penal, foi condenado pelas 1ª, 2ª e 4ª Varas Criminais,

sendo apenado em cada uma delas a 5 anos e 1 mês de reclusão e

multa. Os fatos ocorreram todos no mesmo dia, tendo como vítimas

três postos de combustíveis, localizados na cidade de

Florianópolis-SC. Requereu ao Juiz competente a unificação de

penas, sendo indeferido o pedido, sob o argumento de que sendo

diversas as vítimas que se viram envolvidas no comportamento

criminoso do agente, estando em jogo principalmente, bem

jurídico personalíssimo, não há que se falar em crime

continuado. Questão: apresente o recurso cabível, ao caso.

3 - TÍCIO, foi preso em flagrante delito pelo delito de roubo,

descrito no art. 157 do C.P. A instrução criminal se encerrou

após 05 meses de sua prisão, e mesmo foi condenado a pena de 2

anos e 5 meses de reclusão, motivo pelo qual não lhe foi

concedido o benefício da suspensão condicional da pena. Você foi

contratado para ser o advogado de DADA após a sentença ter

transitado em julgado, motivo pelo só lhe restou pedir a

detração penal em favor do condenado. Porém, seu pedido foi

indeferido. Questão: Solucione imediatamente o caso de seu

cliente, redigindo a devida peça processual.

LIVRAMENTO CONDICIONAL

Fundamento legal

Art. 83 e seguintes, do Código Penal, c.c. o art. 131 e

seguintes da Lei 7210/84.

Forma/Estrutura

É formada por uma única peça que, necessariamente deverá ser

instruída com documentos, por exemplo, atestado de conduta e

permanência carcerária, proposta de emprego, etc.

Para quem endereçar? Deve ser sempre endereçado ao Juiz da Vara

das Execuções Criminais, que também será o responsável pelo

julgamento.

Cabimento/Requisitos:

Somente em fase de execução penal, o que acarreta dizer que

será apenas após o trânsito em julgado da sentença. Requisitos :

- Que o condenado que estiver preso tenha cumprido mais de um

terço da pena

- No caso de condenado reincidente em crime doloso, o preso

deve ter cumprido mais da metade da pena;

- No caso do condenado em crime hediondo deve ter cumprido mais

de dois terços da pena, desde que não seja reincidente

específico.

- O preso deve preencher os requisitos objetivos e subjetivos.

Terminologia correta a ser utilizada:

REQUERENTE.

Tramitação/Andamento:

Determinado pedido é enviado ao juiz juntamente com os

documentos, realização dos exames criminológicos, parecer do

Conselho Penitenciário, parecer do MP, conclusão, decisão.

Requisitos: o condenado preso deve ter bom comportamento

carcerário, demonstrar certa aptidão para o trabalho, reparar o

dano causado pelo crime ou demonstrar qual a impossibilidade de

não fazê-lo.

Observação imprescindível:

Nunca requeira o alvará de soltura, porque se o juiz deferir o

livramento condicional determinará a realização de cerimônia e

expedição de carteira.

Caso Prático

Artur foi condenado a cinco anos de reclusão pela prática do

roubo, sendo que determinada decisão já transitou em julgado. Já

cumpriu mais de um terço da pena preso, tem a seu favor um bom

comportamento carcerário, não sendo reincidente, e ainda

trabalhando internamente no presídio.

Questão : adotar a medida judicial cabível para a soltura de

Artur.

Modelo Prático

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara das

Execuções Criminais da Comarca de_________, Estado de Minas

Gerais,

( pular 1 linha)

Execução nº___

(pular 8 linhas)

ARTUR, qualificado nos autos da

execução supra, através de seu advogado, que esta subscreve,

vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com

fundamento no artigo 83 e seguintes do Código Penal, combinados

com o art. 131 e seguintes da Lei 7.210/84 requerer LIVRAMENTO

CONDICIONAL sendo que para tanto, expõe o quanto segue:

(pular 1 linha)

O requerente foi condenado ao

cumprimento de 5 anos de reclusão, pelo fato de ter sido provado

ser ele o autor do crime de roubo, sendo que, tal decisão já

transitou em julgado.

(pular 1 linha)

Desta pena imposta, o réu já cumpriu

um terço integralmente preso, fato este que pode ser verificado

pelo cálculo de liquidação de pena às fls...., e certidão de

permanência de permanência carcerária (doc. 2).

(pular 1 linha)

Durante este período que esteve no

cárcere, manteve bom comportamento e trabalhou internamente,

fato este facilmente comprovado pela certidão de conduta

carcerária (doc.2)

(pular 1 linha)

Com relação aos antecedentes, certo

que o requerente não é reincidente, segundo consta pela certidão

de antecedentes criminais( doc. 03)

(pular 1 linha)

Possui, devido a sua aptidão ao

trabalho promessa de emprego para quando sair do presídio

(doc.04), e comprova também que possui moradia certa (doc. 5).

(pular 1 linha)

Desta forma, presentes os requisitos

legais, requer a Vossa Excelência, após parecer do Conselho

Penitenciário, e o ilustre representante do Ministério Público,

a concessão do pedido de condicional, prosseguindo-se nas demais

formalidades legais.

(pular 1 linha)

Nestes termos,

Pede e espera deferimento.

(pular 2 linhas)

Local e data

(pular 2 linhas)

Advogado__________

O.A.B./ ____ nº________

CASOS REFERENTES Á MATÉRIA:

1 – ANTUNES, primário, foi condenado ao cumprimento de pena de 6

(seis) anos de reclusão pela prática de homicídio simples. Já

cumpriu mais de um terço da pena preso, detém bom comportamento

carcerário, além de trabalhar internamente, aprendeu ofício,

tendo inclusive, indenizado no cível o dano causado pelo crime e

por fim não é reincidente. Questão: Como advogado de Antunes, o

defenda requerendo que de direito.

2- “ROGER”, fora condenado pela prática de homicídio

qualificado. A pena aplicada foi de 12 (doze) anos de reclusão

em regime fechado. Encontra-se recolhido na Penitenciária do

Estado do Rio de Janeiro. Não é reincidente. Em ação própria na

esfera cível reparou o dano.

Já cumpriu mais de 2/3 (dois terços) da pena imposta, sempre com

excelente comportamento carcerário, aprendeu ofício e já tem

emprego certo para quando estiver em liberdade. Questão: Como

advogado de “ROGER” lance mão da medida cabível visando sua

libertação.

3 - Marcos Abadia foi processado pelo MM. Juiz da 1a. Vara

Criminal Federal da Subseção Judiciária de São Paulo, por ter

sido pilhado, no dia 12 de janeiro de 2003, na posse de 1,2

quilo de substância entorpecente conhecida como cocaína.

Regularmente processado, o réu foi condenado nas penas do art.

12 da Lei 6368/76 (Lei vigente à época do fato), a três anos de

reclusão, em regime integralmente fechado. O magistrado facultou

ao réu o direito de recorrer em liberdade,força de ser primário,

sem antecedentes e não ser participante de quadrilha ou bando.

Intimado pessoalmente, o réu recorreu da decisão. O Tribunal

Regional Federal, por acórdão de fls., confirmou a decisão

condenatória. Com o trânsito em julgado, expediu o competente

mandado de prisão. Preso o condenado, foi expedida guia de

recolhimento, encontrando-se o réu preso há 2 anos na

Penitenciária Estadual de Avaré, Estado de São Paulo. Nada ainda

foi postulado em seu favor. Como advogado recém constituído de

Marcos, postule em seu favor junto ao juízo competente.

REABILITAÇÃO CRIMINAL

Observações Preliminares sobre a peça: " É uma peça

especificamente utilizada para quem deseja limpar marcas do

passado, assim como obter sigilo de seus antecedentes.

Fundamentos Legais

Art. 93, parágrafo único do Código Penal combinado com o art.

743 do Código de Processo Penal.

Endereçamento

Essa peça é encaminhada sempre para o juiz da condenação.

Denominação do Postulante

O indivíduo que ingressa -via procurador - com pedido de

reabilitação criminal recebe a denominação de REQUERENTE.

Prazo

Prazo mínimo de dois anos após o cumprimento ou extinção da

pena.

Hipótese

Necessário frisar, que essa peça é utilizada nos casos em que o

indivíduo queira limpar as marcas do passado, em sua ficha de

antecedentes, ou seja, obter sigilo de seus antecedentes.

Forma

Compõe-se, exclusivamente, por uma única peça, instruída com

documentos comprobatórios.

Requisitos

Deve existir a comprovação de domicilio no país , pelo prazo

mínimo de 2 anos.

O prazo de dois anos após o cumprimento ou extinção da pena, por

algum motivo, também deve ser respeitado.

O comportamento não só no âmbito público mais também no privado

deve ser demonstrado.

Deve existir ainda, uma prova da reparação do dano ou

impossibilidade de o fazer, ou algum documento que demonstre a

renúncia da vítima, ou novação da dívida.

Observações imprescindíveis

No caso de existir várias condenações, deve ser requerida uma

reabilitação para cada condenação.

Alguns efeitos da condenação são parcialmente suspensos.

Na hipótese do pedido de reabilitação ser negado, admite-se

recurso ou apelo, ou ainda, que se entre com um novo pedido de

reabilitação, desde que instruído com novos documentos.

Não devemos esquecer que o juiz ao deferir o pedido de

reabilitação, recorre sempre de ofício.

A função especifica da reabilitação é a de obter sigilo junto a

ficha de antecedentes criminais.

Caso prático

Artur teve um passado tumultuado, a cerca de quinze anos atrás

teve várias condenações por diversos crimes em diversas Varas

Criminais De Ribeirão Preto, todas elas com extinção de

punibilidade declarada a mais de seis anos. Hoje, já mais velho

e maduro, Artur procura seu advogado para limpar sua folha de

antecedentes.

Indaga-se: qual a solução cabível para seu cliente neste caso.

Modelo Prático

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara

Criminal da Comarca de _________, Estado do Amazonas,

( pular 8 linhas)

ARTUR, já qualificado nos autos do

processo nº__/__, que tramitou perante esta Vara e respectivo

Cartório, estando o feito já arquivado na caixa nº___, através

de seu advogado, no final, assinado, vem mui respeitosamente à

presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 93 e

seguintes, do Código Penal, combinado com o art. 743 e

seguintes, do Código de Processo Penal, requerer a REABILITAÇÃO

CRIMINAL, expondo e requerendo o quanto se segue:

(pular 1 linha)

O requerente foi condenado, sendo que

a decisão já transitou em julgado, sendo declarada extinta a

punibilidade há mais de 6 (seis) anos, conforme vislumbra-se

pela certidão em anexo (doc. 1).

(pular 1 linha)

Durante este período supra mencionado,

possuiu domicilio no país, fato este facilmente comprovado pelo

contrato de locação em anexo (doc.2), assim como, demonstrou

excelente comportamento público e privado, constatado pelas

certidões e declarações (docs. 3/7)

(pular 1 linha)

Derradeiramente, não podemos nos

esquecer que ressarciu integralmente o dano causado pelo crime,

fato este comprovado por documento assinado pela própria vítima.

(doc. 8)

(pular 1 linha)

Desta maneira, requer:

O desarquivamento destes autos;

Vista ao ilustre representante do

Ministério Público;

Concessão do Pedido de Reabilitação;

Conseqüente comunicação ao Instituto

de Identificação e Estatística.

Nestes termos,

Pede e espera deferimento.

(pular 2 linhas)

Local e data

(pular 2 linhas)

Advogado_________

O.A.B./ ____ nº______

CASOS REFERENTES À MATÉRIA

1 - Nenê hoje com 35 anos de idade, acerca de dez anos atrás

teve um passado conturbado com duas condenações por furto na

primeira Vara Criminal de Campinas-SP, todas elas com extinção

de punibilidade declarada há mais de cinco anos. Preocupado com

a possibilidade da empresa, onde trabalha descobrir, lhe

procura, para atuar como seu advogado para que obter sigilo em

seu registro de antecedentes criminais. Nenê, informou que

reparou integralmente os danos caudados pelos delitos, além de

residir no mesmo endereço há mais de vinte anos, além de possuir

com comportamento público e privado, conforme atestam os

documentos que trouxe a seu escritório de advocacia. Questão:

Elabore a medida cabível para o caso.

2 - Zezé no período compreendido entre seus dezoito e vinte

cinco anos praticou vários delitos na cidade de Brasília-DF,

todas elas com extinção da punibilidade há 3 anos. Atualmente,

mais responsável, pastor de uma igreja, e morando há mais de 2

anos em uma casa de aluguel, procura você tentando buscar uma

saída para obter sigilo em sua folha de antecedentes criminais.

Questão: Como advogado de Zezé, elabore a peça adequada para o

caso.

REVISÃO CRIMINAL

Observações Preliminares sobre a peça: É utilizada apenas e tão

somente após o trânsito em julgado de uma sentença condenatória.

Para sua interposição, é necessário a existência de novas

provas, novos fatos, depois do trânsito em julgado da sentença

condenatória.

Fundamentos Legais

Art. 621 do Código de Processo Penal

Endereçamento

Sempre dirigida ao Tribunal.

Denominação do Postulante

O indivíduo que ingressa, via procurador, com a revisão

criminal recebe a denominação de REVISIONANDO.

Prazo

Diferentemente de outras peças processuais no âmbito penal, a

revisão criminal não possui prazo determinado, podendo,

inclusive, ser intentada após a morte do condenado ("in

memorian"), porém, é importante não nos esquecermos que a

revisão criminal só poderá ser intentada após o trânsito em

julgado da sentença condenatória.

Hipótese

Importante reforçar a idéia de que a revisão criminal só pode

ser intentada após o trânsito em julgado da sentença penal

condenatória, desde que haja agora um fato novo ou uma prova

nova da inocência do condenado.

Forma

É composta, exclusivamente, por uma única peça, devendo ser

juntada a certidão de trânsito em julgado da sentença

condenatória.

Observações imprescindíveis

É um recurso exclusivo da defesa, podendo afirmar, desta forma,

que não há reforma para pior, ou seja, não existe "reformatio in

pejus".

A revisão criminal é o único meio capaz de limpar ou mesmo tirar

o nome do réu do rol dos culpados, devendo ser interpretado

como, meio para provar o erro judiciário.

No pedido de revisão criminal, dentre outras coisas, deve ser

requerido o direito a justa indenização que, depois de

reconhecido na área criminal, na área civil só será determinado

o seu valor.

No caso da recusa do Tribunal em receber a revisão, admite-se

agravo regimental.

Atenção

Se houver uma sentença condenatória

com trânsito em julgado, o réu estando prestes a ser preso,

surgindo novas provas, a opção deverá ser pelo "Habeas Corpus",

fato este justificado pela prisão iminente.

Em hipótese alguma deve-se esquecer de juntar a certidão de

trânsito em julgado da sentença condenatória.

Caso Prático

Artur, casado, caminhoneiro, foi condenado ao cumprimento de uma

pena de 4 anos de reclusão, pelo crime de roubo. Ocorreu o

trânsito em julgado.

Tempos depois, foi preso em flagrante Alberto vulgo " kiwi", que

tinha, inclusive, ordem de prisão decretada. Em seu

interrogatório judicial, o mesmo confessou a prática de diversos

delitos, dentre os quais, o crime na qual Artur foi condenado.

Já tendo cumprido parte do período de prisão a que foi

condenado, e estando de condicional, Artur tem conhecimento do

fato ocorrido, através de familiares.

Artur, então, procura na data de hoje, seu advogado, para que

sejam tomadas as providências. Justifique e de a tramitação.

Modelo Prático

Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio

Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios,

(pular 8 linhas)

Artur, brasileiro, casado,

caminhoneiro, portador do RG nº___________, e CPF nº________,

residente e domiciliado na rua ____, nº____, na cidade de

________, por seu advogado, no final assinado (procuração em

anexo), vem mui respeitosamente perante esse Egrégio Tribunal,

promover de conformidade com o art. 621 e seguintes do Código de

Processo Penal, a competente REVISÃO CRIMINAL, pelos fatos e

fundamentos abaixo elencados:

(pular 1 linha)

O revisionando sofreu processo crime

como incurso no art. 157 do Código Penal, autos nº____/__, que

tramitou perante a Egrégia __Vara Criminal da Comarca de

Barretos, tornando-se a sentença irrecorrível, conforme certidão

de trânsito em julgado em anexo ( doc. 2)

(pular 1 linha)

Os autos encontram-se arquivados na

caixa nº___/__, conforme mencionado na certidão supra

mencionado.

(pular 1 linha)

Na data de __ /__ / ___, em razão de

já ter cumprido mais de 1/3 da pena imposta, e devido ao seu bom

comportamento carcerário, obteve a suspensão condicional, em

conformidade com a certidão fornecida ( doc. 3).

(pular 1 linha)

DOS FATOS

(pular 1 linha)

DA PROVA NOVA

(pular 1 linha )

O ora revisionando, em liberdade numa

reunião com familiares, descobriu o seguinte fato:

(pular 1 linha)

Que em virtude, de uma prisão em

flagrante , havia sido preso um indivíduo cujo o nome era

Alberto que, entre outros delitos, confessou ser autor do crime

pelo qual o revisionando foi responsabilizado

( pular 1 linha )

Determinada prova foi colhida nos

autos do processo crime nº___ /__, que esta tramitando perante

a Egrégia __ Vara Criminal da Comarca de ____, conforme

vislumbra-se com a leitura da certidão de todo o interrogatório

fornecida, ora em anexo ( doc. 04 ).

OU

( pular 1 linha).

DA INJUSTA CONDENAÇÃO

(pular 1 espaço)

Torna-se notória, portanto, o erro

judiciário sofrido pelo revisionando, pois foi condenado por um

crime que não cometeu.

(pular 1 linha )

Determinada situação lhe ocasionou prejuízos, não lhe restando

outra maneira se não a revisional.

DO DIREITO APLICÁVEL À ESPÉCIE:

O Código de Processo Penal, em seu

artigo 621, estabelece:

(pular 1 linha)

" A revisão de processos findos será

admitida:

III. quando após a sentença, se

descobrirem novas provas de inocência do condenado..." (grifo

nosso)

(pular 1 linha)

O acolhimento e provimento da presente

revisão criminal, tornando-se sem eficácia a r. sentença

condenatória, restabelecendo-se a primariedade, com a

declaração de sua inocência.

(pular 1 linha )

Outrossim, requer ainda que esse

Egrégio Tribunal, de conformidade com o art. 630 do Código de

Processo Penal, reconheça o direito a justa indenização.

(pular 1 linha )

Nestes termos,

Pede e espera deferimento.

(pular 2 linhas)

Local e data

(pular 2 linhas)

Advogado _________

O.A.B. / ____. nº_____

(pular 3 linhas )

CASOS REFERENTES À MATÉRIA

1 - Jajá foi processado e condenado a pena de 8 (oito) anos de

reclusão, pelo crime de estupro de vulnerável ( 217-A do C.P),

pelo fato de ter cometido ato libidinoso, com sua afilhada Sisi.

Passado um ano da sentença condenatória com trânsito em julgado,

Sisi confessa para sua prima que armou tudo para que sua mãe,

não ficasse ao lado do padrasto. A prima imediatamente conta

para seus familiares, que procuram você como advogado para

tentarem solucionar o problema. A sentença trânsitou em julgado

e Jajá encontra-se preso na cadeia da comarca de Barretos-SP, há

1 (um) ano. Já fora elaborada a justificação onde a suposta

vítima admitiu suas inverdades. Questão: Como advogado de Jajá

interponha a medida judicial cabível.

2 - MANUR, foi condenado, por sentença transitada em julgado a

cumprir pena de 6 (seis) anos de reclusão em regime prisional

fechado, como incurso nas sanções do artigo 213 caput do Código

Penal, eis que teria constrangido “GIGI”à conjunção carnal

mediante grave ameaça. Decorridos 2 (dois) anos do trânsito em

julgado e encontrando-se em cumprimento de pena, GIGI confessa

a sua amiga LULU que antes dos fatos, já namorava o réu e que

com ele havia mantido relação sexual por sua própria vontade.

Relatou também, que o acusou de crime, porque o réu rompera

definitivamente com o namoro. LULU imediatamente procurou os

familiares do réu transmitindo-lhes os fatos que integram a

justificação criminal já realizada. Questão: Como advogado tome

a medida judicial cabível em favor do réu.

3 – Felício foi condenado como incurso nas penas do art. 157,

§2º, II, do CP, porque no dia 14/10/2007 teria dado voz de

assalto a Paulo, e munido de uma arma de brinquedo, subtraído

dele o relógio Rolex que possuía.

Da prova produzida em juízo, foram ouvidos 2 policiais militares

que prenderam o réu em flagrante, na posse do relógio e da arma.

A vítima não reconheceu o acusado como sendo autor do fato,

alegando que estava muito escuro. O Réu, a seu turno, negou a

autoria e disse que passava pelo local onde foi abordado pelos

PM’s quando viu a guarnição já na posse dos 2 objetos. Disse que

o PM Mário é seu inimigo pessoal e que inclusive já tentou

contra sua vida.

Mesmo assim, na sentença o juiz entendeu bem provada a acusação

e julgou totalmente procedente a ação, condenando o réu a 5 anos

e 4 meses de reclusão, em regime fechado.

Observa-se que o réu é primário e de bons antecedentes e que

durante a audiência foi retirado da sala a pedido da vítima pelo

juiz, mesmo estando disponível equipamento de vídeo conferência.

A sentença transitou em julgado e agora o condenado lhe procura,

pois pretende limpar seu nome, dado que entende ter sido

injustamente condenado. Como Advogado de Felício, tome as

medidas cabíveis.

 PROTESTO POR NOVO JÚRI

Informamos que este recurso foi expressamente revogado

pela Lei 11.689/08, todavia parte da doutrina entende

que, para os processos que estavam em andamento, a bem

da ampla defesa, possa ser apresentado.

Fundamentação legal

Art. 607 do Código de Processo Penal.

Estrutura/ Forma

É formada por uma única peça, simples, sem entrar no

mérito, postulando apenas novo julgamento.

Endereçamento

É encaminhada ao Juiz Presidente do Egrégio Tribunal do

Júri, que será o responsável pelo julgamento.

Prazo

É de 5 (cinco) dias, contadas apenas da prolação da

sentença.

Utilização/Cabimento

Quando a sentença do Tribunal do Júri, for superior ou

igual a vinte anos de reclusão. Determinado pedido só

pode ser interposto uma única vez, sempre no primeiro

julgamento e, para efeito de protesto não se admite a

somatória das penas, também não será admitido quando a

pena imposta for em virtude de grau de apelação.

Terminologia apropriada a ser utilizada

RECORRENTE/RECORRIDO.

Procedimento

O recurso é interposto, vai ao juiz(concluso), daí sai

a decisão.

Observações imprescindíveis:

Este recurso é exclusivo da defesa, sendo que a parte

contrária não oferece as contra-razões.

Em caso de recusa do juiz receber o protesto por novo

júri, admite-se carta testemunhável.

Na hipótese do advogado apelar, quando na verdade

deveria entrar com o protesto, o juiz receberá o apelo

com o se protesto fosse, aplica-se neste caso princípio

da fungibilidade recursal.

MACETES/DICAS

Seu cliente foi julgado pelo Tribunal de Júri e foi

condenado a vinte anos ou mais.

Não é admitido o protesto quanto o limite de 20 anos ou

mais, ocorreu com a somatória de vários crimes. Assim,

não caberá em concurso material de crimes e concurso

formal imperfeito.

ESTRUTURA /MODELO PRÁTICO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Presidente do Egrégio

Tribunal do Júri da Comarca de _______, do Estado de

São Paulo,

(pular 2 linhas)

Processo nº___/___

(pular 8 linhas)

SEU CLIENTE, já qualificado

nos autos do processo referenciado, através de seu

advogado, no final assinado, vem, mui respeitosamente

na presença de Vossa Excelência, para interpor o

competente PROTESTO POR NOVO JÚRI, dentro do qüinqüídio

legal, com fundamento no artigo 607 do Código de

Processo Penal, por discordar da r. sentença

condenatória fixada em vinte e um anos de reclusão.

Outrossim, requer, desde de

já, a designação de data para novo julgamento.

Nestes termos,

Pede e espera deferimento.

(pular 2 linhas)

Local e data

(pular 2 linhas)

Advogado___________

O.A.B./S.P. nº________

CASOS PRÁTICOS REFERENTES À MATÉRIA

1 - Sisi foi julgado pelo Tribunal do Júri da cidade de Guaíra-

SP, pela prática do delito de homicídio qualificado, e condenado

a pena de 22 (vinte e dois) anos de reclusão. Questão: como

advogado de Sisi, interponha a medida cabível.

2 – JUJU, reincidente, foi julgada e condenada pelo Tribunal do

Júri, pela prática de homicídio triplamente qualificado. A pena

aplicada fora de 25 (vinte e nove) anos de reclusão em regime

fechado. Questão: como advogado de JUJU, interponha a medida

judicial cabível ao caso.

CARTA TESTEMUNHÁVEL

Observações Preliminares: É utilizada para as decisões que

denegarem o recebimento ou obstarem o prosseguimento do Protesto

Por Novo Júri, Recurso em Sentido Estrito e o Agravo em

Execução.

Fundamentação legal:

Art. 639 e seguintes, do Código de Processo Penal.

Forma de Endereçamento/ Estrutura:

Determinado recurso é composto por duas peças, dentre as quais

temos:

1. DE INTERPOSIÇÃO: ao escrivão do feito.

2. RAZÕES: ao Egrégio Tribunal de Justiça, Seção Criminal, ou

Tribunal Regional Federal.

Prazo: 48 (quarenta e oito horas).

Cabimento/Utilizado:

Das decisões que denegarem ou obstarem o seguimento do Protesto

por Novo Júri, Recurso em Sentido Estrito ou Agravo em Execução.

Terminologia apropriada a ser utilizada:

RECORRENTE/RECORRIDO.

Observações imprescindíveis:

A ) Não é um recurso exclusivo da defesa.

B ) Possui Juízo de retratação.

Forma de Interposição / Modelo Prático

Ilustríssimo Senhor Escrivão do ___Ofício Criminal da Comarca de

____________, Estado de São Paulo,

(pular 1 linha)

Processo nº__/_

(pular 8 linhas)

Nome do Cliente, qualificado nos autos

do processo em epígrafe, via de seu advogado que esta subscreve,

vem, perante Vossa Senhoria, interpor a competente CARTA

TESTEMUNHÁVEL, nos termos do artigo 639 e seguintes do Código de

Processo Penal, expondo e requerendo o quanto se segue:

( pular 1 linha)

(explicar o motivo de estar interpondo

o carta, e quais as peças deseja cópias)

(pular 2 linhas)

Local e data

( pular 2 linhas)

Advogado__________

O.A.B./S.P. nº_______

IMPORTANTE: deve ser elaborada em folha limpa.

ROTEIRO DAS RAZÕES

RAZÕES DE CARTA TESTEMUNHÁVEL

Egrégio Tribunal _______________________________________.

(pular 1 linha)

Douto Procurador:

(pular 1 linha)

Colenda Câmara:

(pular 1 linha)

Eméritos Julgadores:

(pular 1 linha)

Início/ Introdução

Resumo dos fatos:

Do Direito Aplicável em espécie:

Requerimento

Local e data

Advogado______________

O.A.B. /S.P. nº__________

MANDADO DE SEGURANÇA

Fundamento legal:

Art. 5º, inciso LXIX, da Constituição Federal, combinado com a

Lei 12016/09.

Estrutura/ Forma:

O Mandado de Segurança é composto por uma única peça, que deve

sempre estar acompanhada de documentos.

Para quem deve ser endereçada:

O mandado de segurança deve ser interposto sempre à autoridade

competente imediatamente superior a coatora.

Desta forma, autoridade coatora Delegado - Juiz - Tribunal (São

Paulo) - Tribunal (Brasília).

Prazo:

Para impetrar o mandando de segurança, não há momento processual

específico. Mas não pode ter passado mais de 120 dias da ciência

pelo impetrante do ato impugnado.

Cabimento/Utilização:

O MS é um remédio constitucional garantidor de direito líquido e

certo, não amparado por " Habeas Corpus" ou " Habeas data". Não

pode ser manejado em face de decisão com trânsito em julgado,

nem de decisão da qual caiba recurso com efeito suspensivo (art.

5º. II e III) Pode ser requerida liminar. Da denegação concessão

ou denegação cabe agravo de instrumento (art. 7º. § 1º). Da

sentença cabe apelação e reexame necessário.

Terminologia correta a ser utilizada:

IMPETRANTE/PACIENTE.

Tramitação/Andamento:

O MS perante o juízo "a quo": o pedido deve ser elaborado em

duas vias, sendo que o primeiro ato é a entrada no cartório

distribuidor. Após os autos conclusos, há a possibilidade de se

conceder ou não a liminar, caso postulada. Deve então requisitar

pedido de informações perante a autoridade coatora, vista ao

Ministério Público, conclusão e por fim a decisão.

Caso o MS seja perante o Tribunal: o pedido deve ser elaborado

também em duas vias, a entrada deverá ser dada na secretária,

formalidades de praxe, imediatamente concluso ao Presidente,

possibilidade de conceder ou não pedido de liminar, pedido de

informações perante autoridade coatora, vista ao procurador,

vista ao relator, julgamento, publicação na Imprensa Oficial.

Observações Imprescindíveis:

O Mandado de Segurança possui preferência de julgamento, daí seu

julgamento ser mais rápido.

Na hipótese do Mandado de Segurança ser impetrado no Tribunal, o

mesmo deverá ser feito na pessoa do Presidente.

DETALHES A SEREM OBSERVADOS NO MS EM MATÉRIA CRIMINAL:

Indeferimento do pedido de habilitação nos autos, de assistente

de acusação;

Negativa dos direitos de advogado;

Negativa de devolução; restituição dos bens.

Estrutura Escrita do MS/Forma:

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara

Criminal da Comarca de ____, Estado de _____,

__________, NACIONALIDADE, ESTADO

CIVIL, PROFISSÃO, ENDEREÇO, pelo seu advogado e bastante

procurador (doc. Anexo), com endereço profissional na Rua _____,

vem com o devido respeito perante V. Exa. impetrar Mandado de

Segurança, com fundamento no art. Art. 5º, inciso LXIX, da

Constituição Federal, combinado com a Lei 12016/09, em face de

ato do Ilmo. Delegado de Polícia Titular da 4ª. Delegacia de

Polícia da Cidade de ___, pelos motivos de fato e de direito que

agora articula:

DOS FATOS:

DO DIREITO LÍQUIDO E CERTO:

CONSIRAÇÕES FINAIS:

DA LIMINAR:

DO PEDIDO:

CASOS REFERENTES À MATÉRIA:

1 - Delegado de Polícia da DIG de São Paulo, indeferiu a petição

do advogado Roger, que pretendia ter acesso aos autos do I.P.

001/01, instaurado contra seu cliente Raimundo, existindo

certidão de indeferimento. Roger é regularmente inscrito na

OAB/SP, porém, não quer advogar em causa própria.

QUESTÃO: Na função de advogado de Roger, adotar a medida

cabível.

2 – Pedrinho, a título oneroso e de boa-fé, adquiriu um

automóvel fruto de estelionato praticado por Pedrão. Instaurado

o inquérito policial, a autoridade policial determinou a busca,

a apreensão e o depósito do veículo com o primitivo dono e

vítima da burla. Integrada a ação penal, Pedrinho requereu a

devolução do carro perante o juízo criminal por onde transcorre

o processo, sendo-lhe, porém, negada a pretensão. QUESTÃO:

Propor medida adequada a atender os interesses de Pedrinho.

RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL

Observações preliminares sobre a peça: É um recurso utilizado

contra as decisões dos Pretórios que denegam “habeas corpus” ou

mandado de segurança, sendo composto por duas peças.

Fundamentos Legais

102, II – STF

julgar, em recurso ordinário:

a) o "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas-data"e o mandado de injunção decididos em única instância pelosTribunais Superiores, se denegatória a decisão;

Art. 105, inciso II, alíneas “a” e “b”, da Constituição Federal

para o STJ

II - julgar, em recurso ordinário:

a) os "habeas-corpus" decididos em única ou última instânciapelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dosEstados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão fordenegatória;

b) os mandados de segurança decididos em única instânciapelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dosEstados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória adecisão

e artigos 30 a 32 da Lei 8.038/90 para denegação de “Habeas

Corpus” e artigos 33 a 35 da Lei 8.038/90 para Mandado de

Segurança.

Endereçamento

A interposição é dirigida ao Presidente do Tribunal

contra quem se está recorrendo. Já as razões são endereçadas ao

Tribunal em Brasília (STJ ou STF)

Denominação do Postulante

O indivíduo que está recorrendo recebe a denominação

de RECORRENTE ou PACIENTE. A denominação de paciente no recurso

ora em estudo é herdada do “habeas corpus”, peça que quando

denegada dá ensejo ao presente recurso.

Prazo

Os prazos para a interposição e para razões são de 5

(cinco) dias.

Hipótese

O Recuso Ordinário Constitucional, tem ensejo contra

decisões dos Tribunais, seja Tribunal de Justiça (Seção

Criminal) ou Tribunal Regional Federal, nas quais foi denegado

“habeas corpus” ou mandado de segurança.

Forma

Tal recurso em tela é composto por duas peças, a

interposição e as razões, sendo a primeira dirigida ao

Presidente do Tribunal recorrido e a Segunda endereçada ao

Tribunal em Brasília.

Observações imprescindíveis

É um recurso sempre cabível contra decisão de

Tribunal que denegou “habeas corpus” ou mandado de segurança, sendo

que o prazo para a interposição e para as razões são de cinco

dias. Na verdade o ROC, é um “habeas corpus”, só que com o

acréscimo da peça de interposição.

Casos Práticos

A – José, impetrou junto ao Tribunal de Justiça “habeas corpus”,

que após avaliado, foi denegado por maioria de votos.

B – Impetrada ordem de “habeas corpus” perante o Tribunal

competente, este negou-lhe provimento por maioria de votos.

Modelo Prático

Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo,

(pular 2 linhas)

“habeas corpus” nº __/__

(pular 8 linhas)

_______, qualificado nos autos de

“habeas corpus”, acima epigrafado, por intermédio de seu advogado e

procurador que esta subscreve, vem, mui respeitosamente à Douta

presença de Vossa Excelência, interpor RECURSO ORDINÁRIO

CONSTITUCIONAL, com fulcro no art. 105, inciso II, alínea “a” da

Constituição Federal, contra o venerando acórdão denegatório do

“habeas corpus”.

Em anexo, as razões recursais,

requerendo, outrossim, o processamento ao Colendo Tribunal.

Nestes termos,

Pede deferimento.

(pular 2 linhas)

Local e data

(pular 2 linhas)

Advogado _______________

O . A . B. / ____ nº _________

Razões

COLENDO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(pular 4 linhas)

DOUTO PROCURADOR GERAL DA REPÚBLICA

(pular 2 linhas)

EMÉRITOS JULGADORES

(pular 4 linhas)

A decisão denegatória do pedido de

“habeas corpus” merece ser reformada, pois em completo divórcio com

o ordenamento jurídico, assim vejamos:

OS FATOS:

DO DIREITO:

DO PEDIDO

Local e data

(pular 2 linhas)

Advogado ________________

O . A . B. / ____ nº __________

CASOS REFERENTES À MATÉRIA

1 – Cláudio, está sendo processado por ter cometido infração ao

art. 121, parágrafo 2º, incisos II e IV, do Código Penal. Tendo

sido preso em flagrante delito, está recolhido à Penitenciária

do Estado, aguardando a tramitação do feito, que está

paralisado, esperando devolução de cartas precatórias expedidas,

objetivando a oitiva de testemunhas arroladas na denúncia.

Decorridos 100 dias da prisão, impetrou-se “habeas corpus”,

argüindo o excesso de prazo da instrução, além de ser pleiteado

o benefício da liberdade provisória. A câmara julgadora não

concedeu a ordem, afirmando que a gravidade da infração

justificava à manutenção da prisão, e que, por ser tratar de

prova a ser produzida em outra comarca, a demora era

justificável. O acórdão foi publicado há 3 dias.

Questão: Como advogado de Cláudio interponha o recurso cabível.

2 – Pedro, foi denunciado e está sendo processado por infringir

o art. 159 do Código Penal porque, mediante grave ameaça

exercida com arma de fogo, seqüestrou Abravanel, grande

empresário, exigindo de sua família, como condição de

libertação, a importância de R$ 1.000,000,00. Foi autuado em

flagrante delito no momento em que pegava o dinheiro deixado em

local previamente combinado e a vítima foi encontrada ilesa.

O acusado encontra-se preso, por força da prisão em flagrante,

há mais de 190 dias e ainda não se encerrou a instrução

criminal, uma vez que o representante do Ministério Público

insiste na oitiva de duas testemunhas que devem ser ouvidas

através de carta precatória, por residirem em outro Estado.

Requerido o relaxamento do flagrante ao Juízo processante, foi o

mesmo indeferido, ensejando a impetração de ordem de “habeas

corpus” ao Tribunal competente. Tal Pretório denegou a ordem

requerida fundamentando o v. acórdão no fato de que a gravidade

da instrução se sobrepõe ao eventual excesso de prazo,

desconfigurando o alegado constrangimento ilegal.

Questão: Como advogado de Pedro, intente a medida judicial

cabível.

Recurso Especial (para o STJ)

Fundamento legal

105, III - julgar, em recurso especial, as causas decididas,em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federaisou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal eTerritórios, quando a decisão recorrida:

a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;

b) julgar válido ato de governo local contestado em face delei federal;

c) der a lei federal interpretação divergente da que lhehaja atribuído outro tribunal.

Interposição ao presidente do Tribunal recorrido/Razões ao STJ

Estrutura da peça e prazo – Lei eu 8038/90

Art. 26 - Os recursos extraordinário e especial, nos casos previstos na Constituição Federal, serão interpostos no prazo comum de quinze dias, perante o Presidente do Tribunal recorrido, em petições distintas que conterão:

        I - exposição do fato e do direito;

        II - a demonstração do cabimento do recurso interposto;

        III - as razões do pedido de reforma da decisão recorrida.

      Pedido no recurso especial

Súmula 456  O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, CONHECENDO DO RECURSOEXTRAORDINÁRIO, JULGARÁ A CAUSA, APLICANDO O DIREITO À ESPÉCIE

Requisito – recurso especial pela divergência

26 Parágrafo único da L. 8038/90 –

Quando o recurso se fundar em dissídio entre a interpretação da lei federal adotada pelo julgado recorrido e a que lhe haja dadooutro Tribunal, o recorrente fará a prova da divergência mediante certidão, ou indicação do número e da página do jornal oficial, ou do repertório autorizado de jurisprudência, que o houver publicado.

Súmula 369 do STFJULGADOS DO MESMO TRIBUNAL NÃO SERVEM PARA FUNDAMENTAR O RECURSOEXTRAORDINÁRIO POR DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL

Denegação do processamento

Art. 28 - Denegado o recurso extraordinário ou o recurso

especial, caberá agravo de instrumento, no prazo de cinco dias,

para o Supremo Tribunal Federal ou para o Superior Tribunal de

Justiça, conforme o caso.

MODELO PRÁTICO

Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do

Tribunal de Justiça, do Estado de São Paulo,

(pular 2 linhas)

APELAÇÃO CRIMINAL nº __/__

(pular 8 linhas)

_______, qualificado nos autos de

APELAÇÃO CRIMINAL acima epigrafado, por intermédio de seu

advogado e procurador que esta subscreve, vem, mui

respeitosamente à Douta presença de Vossa Excelência, interpor

RECURSO ESPECIAL, com fulcro no art. 105, inciso III, alínea “a”

da Constituição Federal, em face do V. Acórdão que ...

Em anexo, as razões recursais, requerendo,

outrossim, o recebimento e processamento do recurso.

Nestes termos,

Pede deferimento.

(pular 2 linhas)

Local e data

(pular 2 linhas)

Advogado _______________

O . A . B. / ____ nº _________

Razões

COLENDO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(pular 4 linhas)

DOUTA PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA

(pular 2 linhas)

EMÉRITOS JULGADORES

(pular 4 linhas)

A decisão do E. Tribunal de Justiça

merece ser reformada, pois em completo divórcio com o

ordenamento jurídico, assim vejamos:

DOS FATOS:

DO CABIMENTO DO RECURSO INTERPOSTO:

DO DIREITO:

DO PEDIDO

Local e data

(pular 2 linhas)

Advogado ________________

O . A . B. / ____ nº __________

CASOS REFERENTES À MATÉRIA

1 - Marcos foi processado como incurso nas penas do art. 157,

§2, I, CP porque teria subtraído, com emprego de arma de fogo, o

relógio de Mauro. Ao fim do processo, foi condenado a pena de 5

anos e 4 meses de reclusão, no regime fechado. Observa-se dos

autos que o réu é primário e a arma estava desmuniciada.

O Acórdão que confirmou a condenação acaba de ser publicado.

Interponha o Recurso cabível, tratando especificamente da

incorreta aplicação da Lei Federal.

Recurso Extraordinário (ao STF)

CRFB/88

ART. 102, Competências do STF

III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causasdecididas em única ou última instância, quando a decisãorecorrida:

a) contrariar dispositivo desta Constituição;

b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou leifederal;

c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado emface desta Constituição.

d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal

Repercussão Geral

§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a

repercussão geral das questões constitucionais discutidas no

caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a

admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação

de dois terços de seus membros.

Súmulas relevantes sobre especial e extraordinário356

O PONTO OMISSO DA DECISÃO, SOBRE O QUAL NÃO FORAM OPOSTOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS, NÃO PODE SER OBJETO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO, POR FALTARO REQUISITO DO PREQUESTIONAMENTO

252

É INADMISSÍVEL O RECURSO EXTRAORDINÁRIO, QUANDO NÃO VENTILADA, NA DECISÃO RECORRIDA, A QUESTÃO FEDERAL SUSCITADA

7 do STJ

A PRETENSÃO DE SIMPLES REEXAME DE PROVA NÃO ENSEJA RECURSO ESPECIAL

Modelo Prático

Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do

Tribunal de Justiça, do Estado de São Paulo,

(pular 2 linhas)

APELAÇÃO CRIMINAL nº __/__

(pular 8 linhas)

_______, qualificado nos autos de

APELAÇÃO CRIMINAL acima epigrafado, por intermédio de seu

advogado e procurador que esta subscreve, vem, mui

respeitosamente à Douta presença de Vossa Excelência, interpor

RECURSO EXTRAORDINÁRIO, com fulcro no art. 102, inciso III,

alínea “...” da Constituição Federal, em face do V. Acórdão

que ...

Em anexo, as razões recursais, requerendo, outrossim, o

recebimento e processamento do recurso.

Nestes termos,

Pede deferimento.

(pular 2 linhas)

Local e data

(pular 2 linhas)

Advogado _______________

O . A . B. / ____ nº _________

Razões

COLENDO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

(pular 4 linhas)

DOUTA PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA

(pular 2 linhas)

EMÉRITOS JULGADORES

(pular 4 linhas)

A decisão do E. Tribunal de Justiça

merece ser reformada, pois em completo divórcio em face da

melhor exegese da Constituição Federal, assim vejamos:

OS FATOS:

O DIREITO:

DO CABIMENTO DO RECURSO INTERPOSTO:

DO PEDIDO

Local e data

(pular 2 linhas)

Advogado ________________

O . A . B. / ____ nº __________

Pafúncio Augusto foi preso em flagrante delito. Consta da

denúncia que o co-réu (Confúcio Henrique) invadiu uma Agência da

Caixa Econômica Federal (CEF) no Bairro do Santo Agostinho (em

Belo Horizonte – MG), após o expediente bancário. Com o uso de

uma arma de fogo (de numeração raspada e sem registro adequado),

ele ameaçou o gerente e os seguranças da instituição. Subtraiu

R$ 50.000,00 de dentro do cofre da agência.

Consta, ainda, que Pafúncio Augusto teria ficado dentro

do seu veículo, ao lado do local do crime, de forma a oferecer

ao co-réu um meio seguro de fuga. Os Policiais Militares,

convocados para a diligência, perseguiram os dois acusados,

conseguindo efetivar a prisão em flagrante de ambos minutos

depois de uma perseguição ininterrupta.

Foram pegos com os dois acusados a arma usada por

Confúcio Henrique e todos os valores subtraídos da Agência da

CEF.

O Ministério Público ajuizou ação penal em desfavor dos

dois co-réus. De acordo com os termos da denúncia oferecida,

eles teriam infringido as normas penais anotadas nos arts. 157,

§ 1°, I e II, do Código Penal, e 16 da Lei 10.826/03.

Denúncia recebida pelo Juiz Competente. Em seu

Interrogatório, Pafúncio Augusto negou a prática dos delitos a

ele imputados na inicial acusatória. Defesa Prévia

apresentada. Audiência de Instrução realizada, na qual foram

ouvidas as testemunhas arroladas pelas partes. Manifestação

Público e de Defesa apresentaram alegações finais.

A sentença foi publicada. Não houve prescrição,

entendendo o Magistrado por condenar os co-réus de acordo com a

denúncia apresentada: arts. 157, § 1°, I e II, do Código Penal,

e 16 da Lei 10.826/03. Como Pafúncio Augusto era primário e de

bons antecedentes, a pena foi fixada no mínimo legal: 5 anos e 4

meses para o roubo com as majorantes e 3 anos para o porte

ilegal de arma. Totalizou-se 8 anos e 4 meses de reclusão, em

pena a ser inicialmente cumprida em regime fechado, além do

pagamento do valor equivalente a 15 (quinze) dias-multa, fixados

a unidade de 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo.

Não se conformando com a decisão do Magistrado, Pafúncio

Augusto recorreu tempestivamente da sentença. O apelo foi

provido para considerar absorvido o crime da Lei 10826/3,

fixando a pena de 5 anos e 4 meses de reclusão, pelo roubo, em

regime inicial fechado. Interponha o recurso cabível, com base

na jurisprudência do STF.

PEÇAS QUE, EVENTUALMENTE, PODEM SER QUESTIONADAS NA PROVA OU

CONCURSO PÚBLICO:

1 – PEDIDO DE PROGRESSÃO DE REGIME PRISIONAL – ART. 112 DA LEP E

LEI 11.464/07.

2 – PEDIDO DE REMIÇÃO – ART. 126 a 130 DA LEP.

3 – PEDIDO DE DETRAÇÃO PENAL – ART. 42 DO CP.

4 – PEDIDO DE UNIFIÇÃO DE PENAS – ART. 66 DA LEP.

5 – PEDIDO DE EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE – ART. 107 DO CP E DEMAIS

ARTIGOS QUE TRATAM DA MATÉRIA NO CP E EM LEGISLAÇÃO ESPECIAL.

6 – PEDIDO DE RESTITUIÇÃO DE COISA APREENDIDA – ART. 118 DO CPP.

7 – PEDIDO DE REVOGAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA OU TEMPORÁRIA –

ART. 316 DO CPP.

8 – SEQUESTRO – ART. 125 DO CPP.

9 – ARRESTO – ART. 137 DO CPP.

10 – ESPECIALIZAÇÃO DA HIPOTECA LEGAL – ART. 134 DO CPP.

* TODAS AS PEÇAS ACIMA DEVEM SER ELABORADAS ATRAVÉS DE UMA ÚNICA

PETIÇÃO, DIVIDIDA EM FATOS, DIREITO E PEDIDO. ADEMAIS, DEVEM SER

ENDEREÇADAS À PRIMEIRA INSTÂNCIA, SENDO QUE ALGUMAS DELAS SÃO

PARA A VARA DE EXECUÇÃO PENAL.

DICAS DE QUAIS SÃO AS PEÇAS QUE

POSSUEM PETIÇÃO DE INTERPOSIÇÃO. (não podemos confundir com a

peças que possuem P. de juntada)

1. EMBARGOS INFRINGENTES E DE

NULIDADE. Petição de interposição dirigida ao

Desembargador Relator do TJ ou TRF, e as razões dirigida ao

egrégio Tribunal de Justiça, Seção Criminal ou TRF.

2. RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL

(ROC) - Petição de interposição dirigida ao presidente do

Tribunal contra quem esta recorrendo. Já as razões são

endereçadas ao Tribunal em Brasília (STJ ou STF).

3. AGRAVO EM EXECUÇÃO - Petição de

interposição dirigida ao juiz das execuções. Já as razões

são dirigidas ao egrégio Tribunal de Justiça, Seção

Criminal, ou TRF. Possui juízo de retratação que deve ser

redigido na interposição.

4. CARTA TESTEMUNHÁVEL - Petição de

interposição dirigida ao escrivão do feito/ ou secretário do

tribunal. Razões ao egrégio Tribunal de Justiça, Seção

Criminal ou TRF.

5. APELAÇÃO - Petição de

interposição dirigida ao juiz “a quo” (1ª instância) – razões –

é sempre encaminhada para a 2ª instância aos Tribunais de

Justiça, Seção Criminal ou TRF.

6. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

- Petição de interposição, onde necessariamente deve constar o

pedido de retratação, dirigida ao juiz “a quo” (1ª instância) –

razões encaminhada para a 2ª instância aos Tribunais de Justiça,

Seção Criminal ou TRF.