APOSTILA – ORIENTAÇÃO PARA A 2ª. FASE DO EXAME DE ORDEM
-
Upload
uniandrade -
Category
Documents
-
view
1 -
download
0
Transcript of APOSTILA – ORIENTAÇÃO PARA A 2ª. FASE DO EXAME DE ORDEM
APOSTILA – ORIENTAÇÃO PARA A 2ª. FASE DO EXAME DE ORDEM,CONFORME O PROVIMENTO 136/0AB.
Na prova prático-profissional é permitida, exclusivamente, aconsulta à legislação sem qualquer anotação ou comentário. Não épermitido o uso de material didático, tais como Manuais, Livrosde Doutrina, sendo também vedado o uso de apostilas ou materialque possua modelos de peças práticas.
1 - Fique atento à leitura do problema proposto e à faseprocessual que se encontra. Você deve utilizar somente os dadosfornecidos pelo problema, sem acrescentar algo alheio aoenunciado. Não assine a peça e nem forneça quaisquer outrosdados pessoais.
2 - Reserve cerca de 3 hs para a peça prático-profissional ecerca de 25 minutos para cada questão, quando sua prova tivertempo de duração de 5 horas.
3 - Antes de iniciar a elaboração da peça realize um pequenorascunho, contendo um esquema do que vai ser produzido, ou seja,anote qual a peça, para quem vai ser encaminhada, qual a tese,qual o pedido etc. Após, inicie a feitura da peça.
4 - Durante a elaboração da peça e questões não utilize palavrasrepetidas. Cuidado para não repetir a mesma palavra no início deparágrafos próximos, como também no mesmo parágrafo.
5 - Cuidado com os erros de grafia, acentuação e português. Elespodem levar à reprovação.
6 - Na prova prático-profissional, os examinadores avaliarão oraciocínio jurídico, a fundamentação e sua consistência, acapacidade de interpretação e exposição, a correção gramatical ea técnica profissional demonstrada.
7 – A procura dos temas nos Códigos deve ser feita a partir doíndice alfabético remissivo. Isto agiliza sua procura e,conseqüentemente, o tempo de prova será melhor aproveitado.
8 – Cada parágrafo feito deve ser analisado para que não restenenhum erro, como também para que o parágrafo seguinte não sejarepetição do anterior.
9 – A letra apresentada pelo candidato deve ser legível, poispoderá correr o risco do examinador não entendê-la ou até mesmointerpretá-la de modo diverso do que está realmente escrito.
10 – As questões devem ser respondidas desde as primeiraslinhas, e de forma objetiva, indo ao cerne das questões.
11 – O Candidato deve iniciar a prova com a elaboração da peçaprofissional e, em seguida responder as questões.
12 – Importante lembrar que o examinador fará a correção daprova analisando a conduta de um profissional. Portanto, o usode técnica profissional é imprescindível (boas frases, bonsparágrafos, comentários técnicos e adequados para o caso).
13 – O candidato deve utilizar de raciocínio jurídico, amparadopor doutrina, jurisprudência e Súmulas do STJ e STF.
LIBERDADE PROVISÓRIA
Observações Preliminares sobre a peça: “É uma peça comumenteutilizada no meio jurídico que visa colocar em liberdadeindivíduo primário ou tecnicamente primário, com bonsantecedentes, residência e emprego fixos”.
Fundamentos Legais
Artigo 5º, inciso LXVI da Constituição Federalcombinado com o artigo 310, parágrafo único, do Código deProcesso Penal.
Endereçamento
Essa peça é encaminhada a 1ª instância (a um Juiz de Direito ou Juiz Federal competente).
Denominação do postulanteO indivíduo que ingressa – via procurador - com o
pedido de liberdade provisória recebe a denominação deREQUERENTE.
PrazoDiferentemente de outras peças usadas na esfera
penal, a liberdade provisória não possui momento oportuno paraser requerida, podendo ser feita tanto em fase de inquéritopolicial como durante a instrução – após o ajuizamento da açãopenal.
HipóteseNecessário frisar que essa peça é utilizada em casos
em que haja prisão legal provisória, obrigando o acusado avincular–se a certas exigências, assegurando sua presença nosatos processuais.
FormaCompõe– se de uma única peça, instruída com
documentos, quais sejam: certidão de antecedentes criminais,comprovante de residência e de trabalho, dentre outros.
Observações imprescindíveisSão três os requsitos: primariedade, bons
antecedentes e ausência dos motivos autorizadores da prisãopreventiva.
É uma peça onde não se adentra no mérito, poréminstruída por documentos.
Casos práticos
A – O indivíduo foi autuado em flagrante delito, éprimário.
B – Tício, preso em flagrante, é primário, reside nodistrito da culpa e possui emprego.
Modelo prático
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ____ VaraCriminal da Comarca de ____, Estado de São Paulo,(pular 1 linha)
Processo nº ___/___.(pular 8 linhas)
_____, qualificado nos autos daprisão em flagrante em epígrafe, via de seu advogado que estasubscreve (procuração inclusa), vem, respeitosamente, à presençade Vossa Excelência, requerer LIBERDADE PROVISÓRIA com fulcro noartigo 5º, inciso LXVI, da Constituição Federal, c.c. o artigo310, parágrafo único do Código de Processo Penal, expondo o quesegue:
(pular 1 linha)DA PRISÃO EM FLAGRANTE (DOS FATOS):
(pular 1 linha)O requerente foi preso em flagrante
delito, por infringir o dispositivo legal do artigo ____ do________________, relatando o auto de prisão em flagranteque:____________________________ (fatos)
(pular 1 linha)INFORMAÇÕES QUE PRESTA O REQUERENTE SOBRE SUA VIDA
PREGRESSA:(pular 1 linha)1 – possui residência fixa (doc. 1).2 – primário (doc. 2).3 – trabalha licitamente (doc. 3).(pular 1 linha)REQUERIMENTO:(pular 1 linha)Presentes, no caso em tela, os requisitos
autorizadores da Liberdade Provisória e ausentes motivos paramanutenção da custódia cautelar, requer a Vossa Excelência,após a oitiva do representante do “Parquet”, a concessão dopedido, expedindo – se o competente alvará de soltura e demaisformalidades inerentes ao ato.
(pular 1 linha)P. deferimento.(pular 2 linhas)Local e data.(pular 2 linhas)Advogado_____________________ O . A . B ./ S. P. nº______________
CASOS REFERENTES À MATÉRIA:
1 – Mévia, em conjunto com alguns colegas, acham por bem
subtrair objetos que se encontravam no interior de um caminhão.
Neste mesmo momento chegam policiais e os surpreendem. Todos
confessam para o delegado diante duas testemunhas, lavrado o
flagrante, os delituosos são conduzidos ao cárcere. Mévia é
primária e reside com seus genitores.
Questão: Como advogado de Mévia, adote a medida cabível para sua
soltura.
2 – G, em companhia de três amigos, resolvem assaltar caminhões
de carga na cidade de Itajobi – SP, ocorre que na noite anterior
à ação, G é abordado pela polícia que verifica a existência em
seu automóvel de um pente de arma de fogo. Ao ser interrogado na
Delegacia, G confessa que, juntamente com seus amigos, iria
praticar roubo de cargas. Todos são presos em flagrante delito
pelo crime de formação de quadrilha ou bando. G trabalha como
motorista de caminhão, possuindo, também, residência certa e
esteve envolvido, porém não condenado, em crimes de mesma
espécie.
Questão: Como advogado de G, adote a medida cabível para sua
soltura.
3 – B, comerciante conhecido na cidade onde reside, vinha sendo,
costumeiramente, vítima do delito de furto. Desconfiado de A,
comunicou a polícia, e juntos, em certo dia, decidiram esperar
escondidos dentro de seu estabelecimento comercial, a fim de que
tal ato fosse cometido. Após algum tempo, A adentrou no
estabelecimento e furtou R$ 90,00, sendo autuado em flagrante
delito por infração ao artigo 155 do Código Penal. A trabalha no
comércio vizinho ao de B e mora com sua avó, sendo conhecido nos
meios policiais pela prática de vários delitos, porém não possui
sentença condenatória transitada em julgado contra sua pessoa.
Questão: Como advogado de A, adote a medida cabível para sua
soltura.
Pergunta:
4 - Asplênio, funcionário público federal, no horário de
expediente, solicitou a Tarso a quantia de R$ 2.000,00, em
espécie, como condição para extraviar autos de processo
criminal. Nesse momento, Asplênio foi preso em flagrante, antes
de extraviar o processo que se encontrava na seção onde está
lotado. Sabe-se, ainda, que Asplênio é primário e tem bons
antecedentes.
Com base na situação hipotética apresentada, responda, de forma
fundamentada, às perguntas a seguir.Asplênio cometeu crime
afiançável?
Que pedido, privativo de advogado, deve ser formulado para
Asplênio ser solto?
RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE
Observações Preliminares sobre a peça: “A peça em tela é
utilizada quando a prisão em flagrante possui mácula. Há uma
prisão em flagrante ilegal, contendo vícios ou irregularidades,
tal como flagrante preparado, provocado dentre outras
hipóteses”.
Fundamentos Legais
O relaxamento de prisão em flagrante tem amparo de
nossa Carta Política, em seu artigo 5º, inciso LXV.
Endereçamento
Da mesma forma que a Liberdade Provisória, esta peça
é encaminhada a 1ª instância (a um Juiz de Direito Competente de
uma Vara Criminal, ou a um Juiz Federal).
Denominação do postulante
Também na mesma esteira da Liberdade Provisória, o
indivíduo que ingressa – via procurador – com o pedido de
Relaxamento de Prisão em Flagrante recebe a denominação de
REQUERENTE.
Prazo
Como na Liberdade Provisória, o pedido de Relaxamento
de Prisão em Flagrante, não possui momento oportuno para ser
requerido, podendo ser feito enquanto perdurar a situação de
ilegalidade.
Hipótese
Essa peça é utilizada em casos em que haja prisão em
flagrante ilegal, ou seja, quando o auto e prisão em flagrante
possuir irregularidades, como no caso em que a pessoa após
cometer algum crime se apresenta espontaneamente e é presa em
flagrante delito, ou então quando não é realizada a entrega de
nota de culpa no prazo de 24 horas, após a prisão.
Forma
Compõe-se de uma única peça, onde serão demonstradas
as máculas existentes no auto de prisão em flagrante. Não se
discute o mérito da causa.
Observações imprescindíveis
Caberá relaxamento de prisão em flagrante, em casos
de prisão ilegal, ou seja, o auto de prisão em flagrante conterá
vícios, como no caso do flagrante preparado, ou quando não é
expedida e entregue ao indiciado sua nota de culpa, dentre
outros.
A ilegalidade da prisão é imprescindível. A diferença
desta peça para com a liberdade provisória é que no relaxamento
o auto de prisão em flagrante a prisão é ilegal, já na liberdade
provisória a prisão é legal, porém o preso possui os requisitos
inerentes a concessão de tal liberdade. Atenção: PODEM SER
CUMULADOS OS PEDIDOS DE RELAXAMENTO DE FLAGRANTE E LIBERDADE
PROVISÓRIA, QUANDO, SIMULTANEAMENTE, HOUVER VÍCIO DO FLAGRANTE E
ESTIVEREM AUSENTES OS REQUISITOS DA PRISÃO PREVENTIVA.
Casos práticos
A – preso em flagrante delito, não houve a expedição
da nota de culpa.
B – policiais preparam o flagrante, vindo a autuar o
indivíduo em flagrante delito.
Modelo prático
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ____ Vara
Criminal da Comarca de _______________, Estado de São Paulo,
(pular 2 linhas)
Processo nº __/__
(pular 8 linhas)
________, qualificado nos autos de prisão
em flagrante em epígrafe, via de seu advogado e procurador que
esta subscreve (procuração inclusa), vem, mui respeitosamente à
Douta presença de Vossa Excelência, requerer RELAXAMENTO DE
PRISÃO EM FLAGRANTE, com fulcro no artigo 5º, inciso LXV, da
Constituição Federal, pelos fatos e fundamentos que a seguir
aduz:
(pular 1 linha)
DO AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE:
(pular 1 linha)
(especificar os motivos da prisão e os
vícios do auto, tudo de acordo com os dados fornecidos pelo caso
sorteado).
Do Direito – Ausência de situação
flagrancial (ou Vício formal do flagrante)
(pular 1 linha)
(especificar toda a matéria de direito,
jurisprudência, Súmulas etc...)
REQUERIMENTO:
(pular 1 linha)
Assim sendo, requer:
Vista ao ilustre representante do
Ministério Público;
A concessão do pedido, determinando o
relaxamento da prisão ilegal noticiada;
A expedição do competente alvará de
soltura, em favor do requerente.
Termos em que,
Pede deferimento.
(pular 2 linhas)
Local e data
(pular 2 linhas)
Advogado ______________
O. A. B. / S. P. nº ________
CASOS REFERENTES À MATÉRIA
1 – Felício, de boa família, comerciante famozérrimo, com
desconfiança que seu empregado de nome Carlão, estava subtraindo
dinheiro do estabelecimento em que laborava, comunicou o fato à
polícia e então juntos, decidiram preparar um flagrante. Alguns
dias após, foi encontrado em poder do empregado notas de
dinheiro previamente marcadas pelos milicianos e por Felício,
sendo autuado em flagrante delito por infringir o disposto no
artigo 168, § 1º, inciso III, do Código Penal. O representante
do Ministério Público ofereceu denúncia, não sendo, até o
momento, apreciada pelo Magistrado competente.
Questão: Como advogado de Carlão, ingressar com a peça cabível
em seu favor, justificando e dando a tramitação.
2 – Kico, com 20 anos, morador da cidade de Kicolândia, em
passeio na capital do Estado de Minas Gerais resolveu subtrair,
mediante emprego de violência, à bicicleta de João, momento que
foi surpreendido por policias, sendo encaminhado até o distrito
policial mais próximo onde restou autuado em flagrante delito
por infração ao artigo 157 do Código Penal. Quando da lavratura
do auto de prisão em flagrante não foi entregue a nota de culpa.
Questão: Elaborar a medida cabível, para realizar a libertação
de Kico.
3 – Flúvio, trabalhador, com 19 anos de idade, passava um belo
final de semana, na chácara de sua família, quando por volta das
23:00 hs, ouviu ruídos que vinham da porta dos fundos, momento
em que se dirigiu em direção a tal local, munido de uma
espingarda calibre 12, de propriedade de seu avô, quando se
deparou com um vulto que vinha em sua direção, e que devido à
escuridão não conseguia identificar. Após algumas tentativas em
pedir para que tal pessoa se identificasse e com medo que era um
ladrão perigoso, desferiu-lhe um tiro, que acabou por atingir a
vítima, levando-a a óbito. Em seguida soube que a vítima era o
caseiro da chácara, que era mudo. Imediatamente, Flúvio dirigiu-
se à Delegacia de Polícia, comunicando o acontecido. Após a
oitiva dos fatos, o Delegado de Polícia que lá se encontrava,
prendeu-o em flagrante pelo crime previsto no artigo 121 do
Código Penal.
Questão: Como advogado de Flúvio, elaborar a peça cabível para
libertá-lo.
HABEAS CORPUS
Observações preliminares sobre a peça: “O “habeas corpus” como a
liberdade provisória e o relaxamento de prisão em flagrante,
também não é alicerçado em um momento processual específico,
podendo ser impetrado a qualquer momento. Tem cabimento quando o
indivíduo sofre ou está na iminência de sofrer coação ilegal no
seu direito ambulatorial.”
Fundamentos Legais:
Art. 5º, inciso LXVIII da Constituição Federal c.c
art. 647 a 667 do Código de Processo Penal ou art. 648, inciso
___ do CPP.
Endereçamento:
Esta peça é dirigida sempre à autoridade competente,
imediatamente, superior à autoridade que está cometendo ou na
iminência de cometer coação ilegal. Ex: autoridade coatora sendo
o delegado de polícia, o “habeas corpus” será dirigido à próxima
autoridade superior, ou seja, o Juiz. Se a autoridade coatora
for um Juiz de Direito dirigir-se-á o HC ao Desembargador
Presidente do Tribunal de Justiça (segunda instância) e assim
sucessivamente.
Caso a autoridade apontada como coatora seja membro
do Ministério Público que atue em primeira instância, o HC será
endereçado à segunda instância, ou seja, para Tribunal. Assim,
sendo MP Estadual ou do Distrito Federal, o HC será encaminha ao
Presidente do TJ. Entretanto, sendo MP Federal, o HC será
endereçado ao Presidente do TRF da respectiva região.
Denominação do postulante:
A pessoa que está na iminência de sofrer ou que está
sofrendo a coação (constrangimento) ilegal é denominada
paciente. O indivíduo que impetra o HC recebe a denominação de
impetrante.
Prazo:
Não existe momento processual oportuno para a
impetração de ordem de “habeas corpus”, pois basta haver coação
ilegal ou sua iminência e, que não haja peça específica a ser
proposta naquele momento. Assim, não há prazo para a impetração
do HC, podendo ser antes ou após o trânsito em julgado.
Contudo, recomenda-se atenção para o fato de que
havendo peça específica para o momento processual, esta deve ser
elaborada, salvo se o indivíduo estiver preso ilegalmente, pois
nesse caso, mesmo havendo peça oportuna, para o momento, deve
ser elaborado um HC, para que seja concedida sua liberdade.
Hipótese:
Previsto em nossa Carta Política como um remédio
garantidor da liberdade ambulatorial, cabível nas hipóteses
previstas nos incisos do artigo 648 do CPP.
Em verdade, o HC é uma verdadeira ação impugnativa
como a Revisão Criminal. Ocorre que o HC é ação impugnativa de
caráter popular, onde qualquer do povo poderá propor-lo
(inclusive um menor ou pessoa jurídica em favor de seus
diretores) face existência ou a iminência de existência de
coação ilegal contra liberdade do individuo.
Forma:
Tal qual a liberdade provisória e o relaxamento de
prisão em flagrante, o HC também é composto por uma única peça,
que deve estar sempre carreada com documentos (cópia do auto de
prisão em flagrante, documentos comprobatórios da coação ilegal
ou da sua iminência).
Observações imprescindíveis:
O HC é cabível sempre que alguém estiver na iminência
ou sofrendo coação ilegal por parte de autoridade competente,
denominada, neste caso, autoridade coatora.
O HC pode ser Liberatório ou Preventivo e deve ser
endereçado, necessariamente, à autoridade superior à autoridade
coatora.
O “corpo” do HC deve conter os dados do impetrante e
paciente, como também da autoridade apontada como coatora.
O HC também pode ser impetrado pelo membro do
Ministério Público.
Dentro de um caso concreto vislumbra-se a
possibilidade de impetração de HC quando nele contiver: “foi
expedido mandado de prisão”, “o processo está em andamento”, “o
réu está na iminência de ser preso”, “o réu está preso há mais
de cem dias e a instrução não foi concluída”.
Verificada a presença do fumus boni iuris e periculum in
mora, o candidato deve elaborar HC com pedido de liminar e,
apontar, durante a peça, onde estão no caso a fumaça do bom
direito e o perigo na demora.
Casos Práticos:
A – Jorge, após cometer delito de furto, foi preso, permanecendo
nesta situação há 108 dias, não sendo a instrução sequer
iniciada até o momento. Requereu a libertação, o que lê fora
negada.
B – Sílvio, preso em flagrante por furto, requereu a fiança que
fora negada pelo juiz da Vara Criminal de Guairá-PR.
Modelo Prático:
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara
Criminal da Comarca de __________, Estado de São Paulo,
ou
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ___ Vara Federal da
Subsecção Judiciária de ______, do Estado de _______,
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio
Tribunal de Justiça, Seção Criminal, do Estado de São Paulo,
ou
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio
Tribunal de Regional Federal da ____ Região,
(pular 8 linhas)
O advogado________________________,
brasileiro, solteiro, inscrito nos quadros da Ordem dos
Advogados do Brasil, Secção de _______, sob o nº ____, com
escritório profissional na rua ______________, nº______, na
cidade de _____________, Estado de _________, vem, mui
respeitosamente à Douta presença de Vossa Excelência, impetrar
ordem de “habeas corpus”, com fulcro no artigo 5º, inciso LXVIII,
da Constituição Federal, c.c o artigo 648, inciso____, do Código
de Processo Penal, em favor de ________________________
(qualificação do paciente), por estar sofrendo (ou estar na
iminência de sofrer) coação ilegal, por determinação do
Excelentíssimo Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de
_______________ (ou por determinação do Ilustríssimo Senhor
Doutor Delegado de Polícia do __________ Distrito Policial, da
cidade de ________________), expondo, para tanto o que segue:
(pular 1 linha)
DOS FATOS:
(pular 1 linha)
DA COAÇÃO ILEGAL:
(pular 1 linha)
DO DIREITO:
(pular 1 linha)
CONSIDERAÇÕES DERRADEIRAS:
(pular 1 linha)
REQUERIMENTO:
(pular 1 linha)
Por tudo quanto foi exposto e em face da
ilegalidade patente, requer seja concedida liminar, presentes
que estão o fumus boni iuris e o periculum in mora para, liminarmente
determinar... Depois de prestadas as informações pela autoridade
coatora, e do parecer do digníssimo membro do Ministério
Publico, requer a concessão da presente ordem de “habeas corpus”,
com a finalidade _______________________ , com fundamento no
artigo ___ do ___________ , expedindo, para tal finalidade, o
competente alvará de soltura (contramandado de prisão), em favor
do paciente ora qualificado.
Nestes termos,
Pede deferimento.
(pular 2 linhas)
Local e data
(pular 2 linhas)
Advogado____________
O . A . B . / __nº______
CASOS REFERENTES À MATÉRIA:
1 – C lesionou de forma leve a pessoa de U. Após lavrado o termo
circunstanciado, C ressarciu de forma integral U, sendo tal ato
homologado pelo juiz de Direito. O representante do Ministério
Público que atua perante a o Juizado Especial Criminal da
Comarca de Colônia, mesmo sabendo do acordo, denuncia C, e o
processo está em andamento.
Questão: Como advogado, intentar a medida judicial cabível.
2 – C, famoso locutor de rodeio, através de notícia veiculada em
vários jornais, difamou I, que é peão de rodeio. Este último
após 8 meses da data do conhecimento da autoria do fato,
promoveu ação penal contra C, ação esta que se encontra em
trâmite.
Questão: Como advogado de C, adote a medida cabível.
3 – Anita, encontra-se encarcerada em flagrante delito, sendo-
lhe imputada pela autoridade policial do 1º DP a prática do
crime de favorecimento à prostituição – Art. 229 CP - no local
denominado Casa de Massagem, na Rua Bento Quirino, nesta
capital, que foi inaugurada hoje. No local foram encontrados
alguns casais praticando coito. Anita, que estava presente no
local, é primária e não registra antecedentes criminais, além de
não admitir ser a proprietária do local. Requereu a concessão de
liberdade provisória que fora negada.
Questão: Requeira a soltura de Anita.
4 – Beira Rio, preso em flagrante delito, por estar, segundo
laudo vestibular, na posse de substância entorpecente conhecida
como cocaína, foi denunciado como infrator do artigo 33 da Lei
11.343/06. O interrogatório judicial ainda não foi realizado.
Carreou-se aos autos o laudo do exame laboratorial toxicológico,
onde se verifica que o material apreendido deu resultado
positivo para xilocaína em pó. Fora requerida a revogação de sua
prisão, havendo o conseqüente indeferimento.
Questão: Encontre a medida cabível para a soltura do suposto
meliante.
5 – Mélvio tentou atirar em Tício com revólver cujo cão havia
sido desmontado pela própria vítima. Na denúncia a conduta de
Mélvio foi capitulada no artigo 121, caput c.c o artigo 14,
inciso II, ambos do CP. Dos autos consta o laudo sobre as
condições da arma utilizada, comprovando a sua inidoneidade.
Mélvio requereu a concessão de liberdade provisória, o que fora
negado pela autoridade competente.
Questão: Adotar a medida adotada em favor de Mélvio.
6 – Luiz, brasileiro, casado, vendedor, nascido em 12/05/1926,
foi denunciado por ter subtraído de Maria um relógio, uma
aliança e uma pulseira de ouro, em 12/01/1991, na Rua Santos n.
900. O denunciado forjou que possuía uma arma. O juiz da 2ª Vara
Criminal de Sorocaba-SP recebeu a denúncia em 25/03/1995, e o
réu foi interrogado em 18/03/1996. As testemunhas de acusação
também foram ouvidas em 18/03/1996. As de defesa inquiridas em
25/04/1996. O defensor apresentou memoriais em 10/05/1996. Em
25/05/1996 prolatou-se sentença condenando Luiz à pena de 4 anos
de reclusão e 10 dias–multa, por infração ao artigo 157, caput,
do CP e, foi fixado o regime prisional fechado para início de
cumprimento da pena, por ser um crime grave. O advogado do réu,
homem distraído, perdeu o prazo para recorrer, e a sentença
transitou em julgado para a defesa e acusação. Expediu-se
mandado de prisão, e o réu está na iminência de ser preso.
Questão: Defenda Luiz.
RESPOSTA ESCRITA À ACUSAÇAO / RESPOSTA PRELIMINAR
Observações preliminares sobre a peça: “É uma peça utilizada
após a citação do acusado. Após a decisão que recebeu
provisoriamente a ação penal, o juiz abre prazo de 10 (dez) dias
para o advogado apresentar a defesa, podendo nela alegar tudo
(preliminar e mérito) o que entenda necessário, devendo arrolar
as suas testemunhas, sob pena de preclusão.
Fundamentos Legais
Artigo 396-A do Código de Processo Penal, ou a
fundamentação da Legislação Especial, ou sendo o procedimento da
primeira fase do júri, nos termos do art. 406 do CPP.
Endereçamento
É uma peça endereçada exclusivamente a primeira
instância juiz de Direito ou juiz federal competente de uma Vara
Criminal ou Vara do Júri, ou seja, dirigida ao juiz da vara onde
tramita o processo.
Denominação do postulante
O indivíduo que apresenta a Defesa Escrita recebe a
denominação de ACUSADO, RÉU ou IMPUTADO.
Prazo
Diferentemente da Liberdade Provisória, do
Relaxamento de Prisão e do HC, a Resposta escrita à acusação,
necessariamente precisa ser apresentada dentro de 10 (dez) dias
após a citação do acusado. A contagem do prazo deve ser feita no
dia útil seguinte após a citação, isto nos termos da Sumula 710
do STF e do art. 798 do CPP.
Hipótese
Esta Defesa é peça obrigatória, pois se o acusado,
através de seu advogado não apresentar no prazo legal, o juiz,
deverá nomear defensor para fazê-lo, sob pena de nulidade por
cerceamento de defesa.
Forma
Compõe-se de uma única peça, tal como as peças já
estudadas, onde poderá ser tratada tese preliminar e de mérito,
alem de arrolar das testemunhas, sob pena de preclusão.
Observações imprescindíveis
A Reposta Escrita à Acusação será apresentada após a
citação do acusado, dentro do prazo de dez dias.
Também recebe a denominação, por alguns autores, de
Defesa Preliminar ou Resposta Preliminar.
A dica mais comum para se saber se o caso é de
apresentação da peça em tela é que houve a citação do acusado.
Na resposta à acusação pode haver discussão do mérito
da causa, alegadas preliminares, e arrolar testemunhas, sob
pena de preclusão. As exceções devem ser articuladas em
arrazoado separado.
Casos Práticos
A – Dino foi citado na data de ontem. Apresente a
medida processual cabível.
B – O magistrado recebeu a ação penal e determinou a
citação do acusado, fato que ocorreu na data de ontem.
Modelo Prático
Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito da _____ Vara Criminal da
Comarca de ______________, Estado de _______.
ou
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ____ Vara Federal
da Subsecção Judiciária de _______, do Estado de _______,
(pular 2 linhas)
Processo nº __/__
(pular 8 linhas)
_______, qualificado nos autos da Ação
Penal que lhe move a Justiça Pública, processo em epígrafe, via
de seu advogado e procurador que esta subscreve, vem, mui
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, apresentar
RESPOSTA ESCRITA, a que alude o artigo 396-A do Código de
Processo Penal (ou a Legislação Especial ou art. 406 CPP – Júri)
expondo e requerendo o que segue:
(pular 1 linha)
DOS FATOS:
Narrar os fatos em parágrafos de ate 4 ou
5 linhas, não repetindo a mesma palavra dentro do mesmo
parágrafo.
(pular 1 linha)
DA PRELIMINAR:
Narrar a preliminar, tal como citação
defeituosa, hipótese de rejeição da ação penal etc.
Na narrativa da preliminar, pode ser
citada doutrina e jurisprudência, alem de ficar bem esclarecido
o motivo que deu ensejo para essa alegação.
(pular 1 linha)
DO MERITO:
Narrar a tese de mérito, como, por
exemplo, hipótese de absolvição sumária, nos termos do art. 397
do CPP.
(pular 1 linha)
DOS PEDIDOS:
Nesta fase, havendo a argüição de
preliminar, deve ser feito o pedido preliminar e de mérito.
Não havendo argüição de preliminar, mas somente tese de
mérito, o pedido será apenas em relação a tese alegada.
Fique atento no pedido, para a presença
das hipóteses do art. 397 do CPP, pois após a apresentação da
resposta escrita, os autos serão enviados ao juiz que decidira
sob a hipótese de absolvição sumária ou não.
Não se esqueça de arrolar testemunhas,
realizando a qualificação e requerendo as devidas intimações,
como por exemplo:
ROL DE TESTEMUNHAS:
Nome ___________ ; qualificação ________; Endereço __________ .
Nome ___________ ; qualificação ________; Endereço __________ .
Nome ___________ ; qualificação ________; Endereço __________ .
Nome ___________ ; qualificação ________; Endereço __________ .
Nestes termos,
Pede deferimento.
(pular 2 linhas)
Local e data
(pular 2 linhas)
Advogado _________________
O . A . B. / ______. nº _________
CASOS REFERENTES À MATÉRIA
1 – Tormento praticou o delito de homicídio em sua forma
qualificada. Foi denunciado e citado para apresentar sua defesa.
Questão: como advogado de Tormento elabore a peça pertinente ao
momento processual.
2 - Alessandro, de 22 anos de idade, foi denunciado pelo
Ministério Público como incurso nas penas previstas no art. 213,
c/c art. 224, alínea b, do Código Penal, por crime praticado
contra Geisa, de 20 anos de idade. Na peça acusatória, a conduta
delitiva atribuída ao acusado foi narrada nos seguintes termos:
"No mês de agosto de 2000, em dia não determinado, Alessandro
dirigiu-se à residência de Geisa, ora vítima, para assistir,
pela televisão, a um jogo de futebol. Naquela ocasião,
aproveitando-se do fato de estar a sós com Geisa, o denunciado
constrangeu-a a manter com ele conjunção carnal, fato que
ocasionou a gravidez da vítima, atestada em laudo de exame de
corpo de delito. Certo é que, embora não se tenha valido de
violência real ou de grave ameaça para constranger a vítima a
com ele manter conjunção carnal, o denunciando aproveitou-se do
fato de Geisa ser incapaz de oferecer resistência aos seus
propósitos libidinosos assim como de dar validamente o seu
consentimento, visto que é deficiente
mental, incapaz de reger a si mesma." Nos autos, havia somente a
peça inicial acusatória, os depoimentos prestados na fase do
inquérito e a folha de antecedentes penais do acusado. O juiz da
2.ª Vara Criminal do Estado XX recebeu a denúncia e determinou a
citação do réu para se defender no prazo legal, tendo sido a
citação efetivada em 18/11/2008. Alessandro procurou, no
mesmo dia, a ajuda de um profissional e outorgou-lhe procuração
ad juditia com a finalidade específica de ver-se defendido na
ação penal em apreço.
Disse, então, a seu advogado que não sabia que a vítima era
deficiente mental, que já a namorava havia algum tempo, que sua
avó materna, Romilda, e sua mãe, Geralda, que moram com ele,
sabiam do namoro e que todas as relações que manteve com a
vítima eram consentidas.
Disse, ainda, que nem a vítima nem a família dela quiseram dar
ensejo à ação penal, tendo o
promotor, segundo o réu, agido por conta própria. Por fim,
Alessandro informou que não havia qualquer prova da debilidade
mental da vítima.
Em face da situação hipotética apresentada, redija, na qualidade
de advogado(a) constituído(a) pelo acusado, a peça processual,
privativa de advogado, pertinente à defesa de seu cliente. Em
seu texto, não crie fatos novos, inclua a fundamentação legal e
jurídica, explore as teses defensivas e date o documento no
último dia do prazo para protocolo.
RESPOSTA PRELIMINAR (ou) RESPOSTA POR ESCRITO
(Do rito especial dos crimes afiançáveis de Funcionário público)
Observações preliminares: É um peça processual que só possui
utilidade nos processos referentes aos crimes de
responsabilidade dos funcionários públicos (artigos 513 e
seguintes do Código de Processo Penal), salvo nos casos de
excesso de exação e facilitação ao contrabando ou descaminho.
Tramitação Inicial
Oferecida a peça acusatória, antes mesmo de o juiz
decidir a cerca do recebimento, deverá notificar o funcionário
público, dando-lhe prazo de 15 dias, para oferecer sua defesa às
acusações. Não fica o funcionário público obrigado a apresentar
a resposta prévia, mas o juiz é obrigado a proceder determinada
notificação dando-lhe um prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de
nulidade. O fundamento legal deste prazo está no art. 514 do
CPP.
Procedimento Posterior
Após a notificação dada pelo juiz para que o funcionário
público, caso este apresente sua resposta prévia, o juiz poderá
seguir por dois caminhos: primeiro acolhe a resposta prévia, não
recebe a peça acusatória, podendo neste caso o Ministério
Público recorrer em sentido estrito apresentando a defesa apenas
às contra-razões do recurso; já se o juiz não acolher a resposta
prévia, receberá a peça acusatória, dando início ao processo e
consequentemente determinando a citação do acusado.
Forma/ Estrutura
Compõe-se por um única peça, endereçada ao juiz, que deverá
conter as razões do funcionário público a favor de sua defesa,
instruída com documentos, se possível, sendo que no final deve
ser requerido que NÃO receba a peça acusatória.
Modelo Prático
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da _____ Vara
Criminal da Comarca de ______ Santa Catarina,
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ____ Vara Criminal
da Seção Judiciária de ________,
(pular 2 linhas)
Autos nº___
(pular 8 linhas)
_________, já qualificado nos autos em epigrafe
, através de seu advogado, no final assinado, vem mui
respeitosamente, a ilustre presença de Vossa Excelência, com
fulcro no art. 514 do Código de Processo Penal, apresentar sua
RESPOSTA PRELIMINAR, expondo e requerendo o quanto segue:
(pular 1 linha)
DOS FATOS:
(pular 1 linha)
DA PRELIMINAR:
(pular 1 linha)
DO DIRETO:
(pular 1 linha)
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
(pular 1 linha)
Requerimento/pedido
É, pois, a presente
para requerer que Vossa Excelência não receba a exordial ou
denúncia, julgando nos termos do art. 516 do Código de Processo
Penal....
Termos em que,
Pede e espera
deferimento.
(pular 2 linhas)
Local e data
(pular 2 linhas)
Advogado____________
O.A.B./ ____
nº__________
CASOS REFERENTES À MATÉRIA:
1 – Tíssio, funcionário público federal, exerce cargo de diretor
numa repartição, tendo como função fiscalizar a atuação dos
subordinados. No dia 25 de maio de 2005, Tácio, funcionário
público, colega e subordinado de Tíssio, cometeu infração
administrativa, ou seja, não fez relatório exigido para um
determinado caso concreto. Não houve responsabilização
administrativa de Tácio, pois Tíssio não sabia da infração.
Diante da omissão de Tíssio, foi oferecida denúncia, com base no
artigo 320 do CP. A denúncia foi autuada pelo juiz, que
notificou o acusado para responder.
QUESTÃO: Como advogado de Tíssio, tome a medida cabível.
ALEGAÇÕES FINAIS
Observações preliminares sobre a peça: As Alegações Finais ou
“Memoriais Escritos” é a peça a ser utilizada após o final da
instrução criminal e antes da prolação de sentença. Nela as
partes fazem um resumo do que consta dos autos, sendo a última
oportunidade, antes da sentença, para as partes frisarem suas
teses preliminares e de mérito.
Com a reforma do CPP (lei 11.719/08), haverá apresentação
de Alegações Finais (Memoriais Escritos), quando não puderem ser
realizadas de maneira oral, pois se trata da regra atual. Desta
feita, apenas em casos complexos, ou de grande numero de
acusados, haverá a conversão dos memoriais orais em escritos,
nos termos do art. 403, §3º. do CPP.
Aqui, para a apresentação da peca em questão, existe
processo e existe momento processual específico.
Fundamentos Legais
Art. 403, §3º do Código de Processo Penal, sendo o
rito ordinário. Porém em caso de procedimento de competência do
Júri, o respaldo legal é encontrado no artigo 411 do CPP.
Endereçamento
É encaminhada a um juiz de Direito competente da Vara
Criminal (ou Juiz Federal) onde tramita o processo (procedimento
comum ordinário) ou da Vara do Júri (procedimento especial do
júri – crimes dolosos contra a vida, consumados ou tentados e os
crimes a ele conexos).
Denominação do postulante
Como na Resposta Escrita, a denominação utilizada
pelo indivíduo que apresenta as Alegações Finais, é ACUSADO, RÉU
ou IMPUTADO.
Prazo
Quando há conversão de memoriais orais em escritos,
são 5 (cinco) dias sucessivos para cada parte (acusação e
defesa).
Hipótese
É a última manifestação das partes antes da prolação
de sentença, ou seja, é o momento processual adequado para as
partes argüirem suas teses (preliminar e mérito), antes que se
dê uma solução de 1ª instância para o caso.
Forma
É elaborada em uma única peça, podendo ser dividida
em preliminar e mérito conforme o caso apresentado.
Observações imprescindíveis
Nas Alegações Finais sempre há momento processual
específico, sendo elaborada primeiramente pela acusação e após
pela defesa.
Para a elaboração da peça em estudo, o caso deve
trazer em qual fase se encontra o processo, ou seja após a
audiência de instrução, debates e julgamento. Deve constar que o
houve a conversão de memoriais orais em escritos, ou que o MP já
elaborou suas Alegações Finais, ou que o MP opinou pela
condenação, ou que o MP opinou pela pronúncia, ou ainda que o
processo esta na fase do art. 403 CPP etc.
Quando estamos na fase de Alegações Finais, temos
processo, não temos sentença e trânsito em julgado.
Casos práticos
A – Elabore a defesa final de seu cliente.
B – O processo em epígrafe está na fase do art. 403
do CPP.
C – O representante do Ministério Público apresentou
seus Memoriais.
D - Elabore os Memoriais de Defesa de seu cliente.
Modelo Prático (rito ordinário)
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Egrégia ____
Vara Criminal da Comarca de ____________, Estado de São Paulo,
ou
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ___ Vara Federal da
Subsecção Judiciária de ____________, Estado de ________,
(pular 2 linhas)
Processo nº __/__
(pular 8 linhas)
_____________, qualificado nos autos da
Ação Penal que lhe move a Justiça Pública, por infração ao
artigo ____ do ou da ________ , via de seu advogado e
procurador que esta subscreve, vem, mui respeitosamente à douta
presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 403 do Código
de Processo Penal, apresentar MEMORIAIS ESCRITOS, expondo e
requerendo o quanto segue:
(pular 1 linha)
DOS FATOS:
(pular 1 linha)
O presente processo, diz respeito a
suposta prática do crime de _____________ e, segundo consta na
exordial, o ora imputado ____________ (narrar os fatos, sem que
haja a repetição da mesma palavra dentro do mesmo parágrafo,
como também que o parágrafo tenha, no maximo, entre 4 ou 5
linhas).
(pular 1 linha)
DA PRELIMINAR:
(pular 1 linha)
Narrar a tese preliminar, com a menção de
doutrina e jurisprudência.
(pular 1 linha)
DO MERITO:
Via de regra este é o momento de articular tese que redunde na
absolvição do cliente
(pular 1 linha)
*não esquecer de reservar, conquanto não
haja consulta, espaço específico para colocação de doutrina e
jurisprudência, que deve ser assim enunciada, por exemplo:
“A jurisprudência já afirmou que nos
crimes materiais contra a ordem tributária é imprescindível o
lançamento, que condiciona a própria tipicidade da conduta (HC
no. ... do C. STF)”
Ou
A doutrina de Guilherme Nucci tem merecido
reiteradas citações dos Tribunais. O eminente autor entende
que... (Código Penal, p....,).
Obs. Importante: o candidato só deve citar jurisprudência ou
doutrina que conheça, não importando que não saiba exatamente o
nome do livro do autor ou o número do recurso criminal
enfrentado pela corte, ou mesmo o texto exato, bastando que
saiba fazer um resumo da posição defendida.
(pular 1 linha)
SUBSIDIARIAMENTE
Aqui o candidato deve mencionar todas as teses alternativas à
anulação do processo e a absolvição pura e simples. A
pertinência da tese dependerá do caso concreto.
Apenas para ilustrar, aqui vão algumas teses que o candidato
deve saber manusear na hora da prova:
Desclassificação (atenção com eventual prescrição ou decadência
que dela derivar e com a súmula 337 do STJ). Afastamento de
qualificadoras. Circunstâncias judiciais favoráveis.
Reconhecimento de atenuantes. Afastamento de agravantes e causas
de aumento. Reconhecimento de causas de diminuição. Concurso de
crimes mais favorável ao agente. Regime inicial de cumprimento
de pena menos gravoso. Substituição da pena por restritiva de
direitos, ou pena de multa. Sursis. Recurso em liberdade.
Negativa de indenização. Negativa aos efeitos do art. 91 do CP.
CONSIDERAÇÕES FINAIS (CONSIDERAÇÕES DERRADEIRAS):
(pular 1 linha)
A acusação não logrou provar o que
imputara na denúncia e as provas produzidas impõe a prolação de
uma sentença absolutória (pular 1 linha)
É imprescindível, para uma condenação
criminal, um juízo de certeza. Meras suposições não bastam para
levar a uma sentença penal condenatória. Entretanto, se V. Exa.
entender de forma diversa, a condenação não pode ser nos termos
que pretende o Parquet, devendo ser considerados os argumentos
acima expendidos.
(pular 1 linha)
DOS PEDIDOS:
(pular 1 linha)
Por tudo quanto foi exposto e
inequivocamente provado, a defesa requer preliminarmente a ....
Se V. Exa entender de forma diversa, afastando a nulidade
apontada, postula-se a absolvição do imputado, com fulcro no
inciso __, do artigo 386 do Código de Processo Penal.
Subsidiariamente pede-se...
(pular 1 linha)
Nestes termos,
Pede deferimento.
(pular 2 linhas)
Local e data
(pular 2 linhas)
Advogado _________________
O.A.B. / ____. nº _____________
CASOS REFERENTES À MATÉRIA
1 – George, segundo consta da denuncia teve sua carteira
violentamente subtraída por Osama, na Cidade de Nova Yorque-SP.
Durante a fase processual, restou apurado que a vítima não
sofreu qualquer tipo de constrangimento ou violência, o que as
testemunhas presenciais puderam esclarecer. O representante do
“Parquet” requereu a condenação de Osama, e você, como advogado
foi intimado na data de ontem para apresentar o que de direito.
Questão: Defenda Osama, justificando e dando a tramitação.
2 – Mariano Pereira, brasileiro, solteiro, nascido em 20/1/1987,
foi denunciado pela prática de
infração prevista no art. 157, § 2.º, incisos I e II, do Código
Penal, porque, no dia 19/2/2007, por volta das 17 h 40 min, em
conjunto com outras duas pessoas, ainda não identificadas, teria
subtraído, mediante o emprego de arma de fogo, a quantia de
aproximadamente R$ 20.000,00 de agência do banco Zeta,
localizada em Brasília – DF.
Consta na denúncia que, no dia dos fatos, os autores se
dirigiram até o local e convenceram o
vigia a permitir sua entrada na agência após o horário de
encerramento do atendimento ao público, oportunidade em que
anunciaram o assalto.
Além do vigia, apenas uma bancária, Maria Santos, encontrava-se
no local e entregou o dinheiro
que estava disponível, enquanto Mariano, o único que estava
armado, apontava sua arma para o vigia.
Fugiram em seguida pela entrada da agência. Durante o inquérito,
o vigia, Manoel Alves, foi ouvido e declarou: que abriu a porta
porque um dos ladrões disse que era irmão da funcionária; que,
após destravar a porta e o primeiro ladrão entrar, os outros
apareceram e não conseguiu mais travar a porta; que apenas um
estava armado e ficou apontando a arma o tempo todo para ele;
que nenhum disparo foi efetuado nem sofreram qualquer violência;
que levaram muito dinheiro; que a agência estava sendo
desativada e não havia muito movimento no local.
O vigia fez retrato falado dos ladrões, que foi divulgado pela
imprensa, e, por intermédio de uma denúncia anônima, a polícia
conseguiu chegar até Mariano. O vigia Manoel reconheceu o
indiciado na delegacia e faleceu antes de ser ouvido em juízo.
Regularmente denunciado e citado, em seu interrogatório
judicial, acompanhado pelo advogado,
Mariano negou a autoria do delito. A defesa não apresentou
alegações preliminares.
Durante a instrução criminal, a bancária Maria Santos afirmou:
que não consegue reconhecer o
réu; que ficou muito nervosa durante o assalto porque tem
depressão; que o assalto não demorou nem 5 minutos; que não
houve violência nem viu a arma; que o Sr. Manoel faleceu poucos
meses após o fato; que ele fez o retrato falado e reconheceu o
acusado; que o sistema de vigilância da agência estava com
defeito e por isso não houve filmagem; que o sistema não foi
consertado porque a agência estava sendo desativada; que o Sr.
Manoel era meio distraído e ela acredita que ele deixou o
primeiro ladrão entrar por boa fé; que sempre ficava até mais
tarde no banco e um de seus 5 irmãos ia buscá-la após as 18 h;
que, por ficar até mais tarde, muitas vezes fechava o caixa dos
colegas, conferia malotes etc.; que a quantia levada foi de
quase vinte mil reais.
O policial Pedro Domingos também prestou o seguinte depoimento
em juízo: que o retrato falado foi feito pelo vigia e muito
divulgado na imprensa; que, por uma denúncia anônima, chegaram
até Mariano e ele foi reconhecido; que o réu negou participação
no roubo, mas não explicou como comprou uma moto nova à vista já
que está desempregado; que os assaltantes provavelmente vigiaram
a agência e notaram a pouca segurança, os horários e hábitos dos
empregados do banco Zeta; que não
recuperaram o dinheiro; que nenhuma arma foi apreendida em poder
de Mariano; que os outros autores não foram identificados; que,
pela sua experiência, tem plena convicção da participação do
acusado no roubo.
Na fase de requerimento de diligências, a folha de antecedentes
penais do réu foi juntada e consta um inquérito em curso pela
prática de crime contra o patrimônio.
Na fase seguinte, a acusação pediu a condenação nos termos da
denúncia.
Em face da situação hipotética apresentada, redija, na qualidade
de advogado(a) de Mariano, a peça processual, privativa de
advogado,pertinente à defesa do acusado. Inclua, em seu texto, a
fundamentação legal e jurídica, explore as teses defensivas
possíveis e date no último dia do prazo para protocolo,
considerando que a intimação tenha ocorrido no dia 23/6/2008,
segunda-feira.
3 – Abravamel, empresário, com 45 anos de idade, teve por várias
vezes sua residência assaltada. No dia 25/09/00, ao retornar
para sua residência, notou que a porta de sua casa estava
aberta, momento em que viu um vulto caminhando em sua direção.
Indagou algumas vezes quem era tal pessoa, não logrando êxito,
porém o citado vulto continuava a caminhar em sua direção,
quando de imediato, o empresário saca de sua arma e atira. Após
o ocorrido, apurou-se que tal vulto era de um deficiente mental.
Instaurou-se processo, e no final da instrução, o representante
do Ministério Público requereu a pronúncia do empresário.
Questão: Como advogado, e intimado na data de hoje aplique a
medida cabível ao caso.
4 – Barriga, com 22 anos de idade, desempregado, genitor de três
filhos, passando por grandes dificuldades financeiras, cometeu o
crime de furto, pois se dirigiu até um comércio na cidade de
Brotas-SP, e lá chegando subtraiu para si duas maçãs, sendo
posteriormente denunciado como incurso no artigo 155 do Código
Penal. Não obteve a suspensão condicional do processo, por ser
reincidente em crime que praticou de forma dolosa.
Questão: Como advogado de Barriga apresente a peça cabível,
tendo em vista ter sido intimado na data de ontem.
5 – Carlos, com 33 anos de idade, está sendo processado na
cidade de Mogi Mirim, pelo crime de falsidade ideológica, pois
serviu de testemunha instrumentária do registro de nascimento do
recém nascido, do qual Alberto dizia ser o genitor, pois segundo
ele havia mantido relações sexuais com a mãe do recém nascido.
Questão: No transcorrer do processo, o “Parquet” opinou pela
condenação de Carlos nas penas da lei. Defenda-o.
6 – Caim, enfermeiro, do Hospital sem Base, responde processo
por praticar ato que se adequa ao que dispõe o artigo 121,
parágrafo 2º, inciso III, 1ª parte, c.c. o artigo 14, inciso II
do CP, pois segundo narra a denúncia, tal enfermeiro tentou
matar Abel, mediante aplicação de injeção intra venosa. Feito o
laudo, para apurar o caráter da substância ora utilizada, este
conclui que tal substância ministrada não tinha potencialidade
lesiva, não podendo através de seu uso causar a morte de
ninguém. O representante do Ministério Público apresentou suas
Alegações Finais, requerendo a pronúncia de Caim, conforme
versava a denúncia.
Questão: Advogue para Caim.
PEDIDO DE EXPLICAÇÕES
Observações preliminares sobre a peça: O Pedido de Explicações,
como o próprio nome sugere, é um pedido elaborado anteriormente
à ação penal, e versa sobre os delitos contra a honra, ou seja,
calúnia, injúria e difamação. É uma medida de caráter
facultativo, preliminar e preparatório de uma futura ação penal
privada.
Fundamentos Legais
Nos crimes previstos no Código Penal (calúnia,
injúria e difamação) encontra respaldo no artigo 144 do mesmo
diploma legal. Já nos casos dos mesmos crimes supra citados,
porém cometidos através dos veículos de imprensa, incidia a Lei
5250/67 pela Lei de Imprensa. ENTRETANTO, O STF, DECLAROU TOTAL
INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI EM QUESTAO.
Endereçamento
Tal pedido tem que ser distribuído a um Juiz de
Direito ou a um Juiz Federal competente.
Denominação do postulante
Os indivíduos que estão nos pólos do Pedido de
Explicações são denominados INTERPELANTE / INTERPELADO ou
REQUERENTE / REQUERIDO.
Prazo
O Pedido de Explicações, não comporta prazo
determinado, porém, é feito antes da ação penal, e não
interrompe e nem suspende o prazo decadencial (6 meses) para o
oferecimento da queixa-crime.
Hipótese
Vale salientar que tal peça é utilizada de forma
preparatória para uma futura ação penal privada (queixa-crime),
como nos crimes que afrontam a honra, a exemplo da calúnia,
injúria e difamação.
Forma
Tal pedido é composto por uma única peça, que pode
vir alicerçada de documentos, ou seja, o Pedido de Explicações
pode vir acompanhado de prova documental.
Observações imprescindíveis
É peça comumente elaborada antes de uma ação penal
privada, tratando-se de medida facultativa e preparatória para o
oferecimento da sobredita ação penal. Trata dos delitos contra a
honra.
O interpelado não é obrigado a responder ao Pedido de
Explicações, que somente pode ser intentado pela pessoa que
supõe ter sido ofendida em sua honra. Assim, a suposta
vítima elabora a peça em questão, justamente para tentar
produzir prova do crime contra a honra, que será anexada à
queixa-crime.
Deve ficar consignado que o Pedido de Explicações é
feito uma vez que o indivíduo ainda não possui prova suficiente
de que fora vítima de um crime contra a sua honra, e assim, por
meio da peça em pauta procura, em juízo, produzir a prova para
sustentar um futuro oferecimento da ação penal privada.
Casos práticos
A – A peça vai pedir para você propor medida
preliminar, e que seu cliente achou-se ofendido por frases
ambíguas, dúbias ou equívocas.
Modelo Prático
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Egrégia ___ Vara
Criminal da Comarca de ___________, Estado de São Paulo,
(pular 8 linhas)
______, brasileiro, estado civil _______,
profissão __________, portador do RG nº _______ e do CPF nº
________, residente e domiciliado à Rua ______________, nº __,
via de seu advogado e procurador que esta subscreve (procuração
inclusa), vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência,
com fulcro no artigo 144 do Código Penal (ou artigo 25 da Lei
5.250/67), requer que se processe PEDIDO DE EXPLICAÇÕES, em face
de ______, brasileiro, estado civil _____, profissão ________,
portador do RG nº _______, e do CPF nº ______, residente e
domiciliado à Rua __________, nº __, pelas razões abaixo
expostas:. (pular 1 linha)
DOS FATOS
(pular 1 linha)
O interpelado na data de, _________, do
mês de ________ do corrente ano, proferiu frases equívocas,
ambíguas e dúbias contra o interpelante.
(pular 1 linha)
Por seu turno, o interpelante sentiu-se
ofendido, pois inferiu pela existência dos delitos de calúnia,
injúria e difamação.
(pular 1 linha)
DO DIREITO:
(pular 1 linha)
A respeito do assunto, nossos Pretórios
assim se posicionam:
(pular 1 linha)
“Só tem cabimento o pedido, quando ocorrerem alusões
ou frases das quais se possa inferir a existência de crimes contra a honra”(RT
519/402).
(pular 1 linha)
REQUERIMENTO:
(pular 1 linha)
Por tudo quanto foi exposto e
inequivocamente demonstrado, requer a Vossa Excelência:
O Recebimento do presente pedido;
Que seja designado dia e hora para a
realização de audiência, com a notificação do interpelado para
que possa prestar as explicações necessárias, ou que as faça por
escrito.
Derradeiramente, após tomadas as
explicações ou certificada a recusa em prestá-las, requer a
entrega dos autos.
(pular 1 linha)
Nestes termos,
Pede deferimento.
(pular 1 linha)
Local e data.
(pular 1 linha)
Advogado________
O. A . B. / S. P. nº__
CASOS REFERENTES À MATÉRIA:
1 – Tyson, por meio do jornal da cidade de Marília-PE,
transcreveu frases equívocas, ambíguas e dúbias em desfavor de
Maguila, tendo este último 38 anos de idade na data dos fatos e
possuindo residência e emprego fixos. Por sua vez, Maguila
sentiu-se ofendido, conseguindo, por si só, deduzir a existência
do crime de calúnia.
Questão: Aplique a medida preliminar cabível
2 – Tora e Batente, amigos de longa data, um dia se separaram.
Ocorre que Batente andou proferindo publicamente frases
equívocas, ambíguas e dúbias contra a frágil pessoa de Tora,
inferindo este pela existência dos crimes de calúnia, injúria e
difamação, do que se julgou extremamente ofendido.
Questão: Como advogado, aplique a medida preliminar que revista
o caso em tela.
3 – Felix, residente na cidade de Porto Ferreira, casado e sem
filhos, possuindo 50 anos de idade, andou pelos quatro cantos da
cidade em que reside, proferindo frases equívocas, ambíguas e
dúbias contra a pessoa de Guma, que é pescador profissional,
dizendo até que sequer conseguiria pescar um peixe dentro de um
aquário. Guma, sentindo-se profundamente ofendido, acha que foi
vítima dos crimes contra a honra, e diz que tomará todas as
providências cabíveis contra seu agressor verbal.
Questão: Guma acaba de adentrar em seu escritório narrando-lhe
os fatos e pedindo que ingresse com a medida cabível.
QUEIXA (QUEIXA-CRIME)
Observações preliminares sobre a peça: Sempre que se falar em
queixa, estamos tratando da petição inicial da ação penal
privada, assim como a denúncia é a petição inicial da ação penal
privada.
Endereçamento
A queixa-crime é necessariamente encaminhada à
primeira instância, ou seja, a um juiz de direito ou juiz
federal de uma Vara Criminal.
Denominação do postulante
O indivíduo que oferece a peça em tela é denominado
QUERELANTE, e o indivíduo contra quem se propôs a queixa recebe
a denominação de QUERELADO.
Prazo
O prazo para o oferecimento de queixa crime é
decadencial, não havendo suspensão ou interrupção, e depende de
certas hipóteses, senão vejamos: São 6 (seis) meses, contados a
partir do conhecimento da autoria delitiva; ou então, 3 (três)
meses, nos casos dos crimes de imprensa, contados a partir da
publicação (veiculação) da notícia. O STF julgou
inconstitucional da lei de imprensa.
Hipótese
No caso de ação penal privada, é a peça que inaugura
tal ação, sendo oferecida em juízo. Temos hipóteses de crimes
que se procedem mediante queixa, contidas, por exemplo, nos
artigos 163 e 145 do CP.
Há também a hipótese da ação penal privada
subsidiária da pública (artigo 29 do CPP e artigo 5º, LIX da
CF), quando se trata de crime de ação penal pública, e o membro
do Ministério Público perde o prazo para o oferecimento da
denúncia, surge para a vítima a oportunidade do oferecimento da
queixa-crime subsidiária, que terá o prazo decadencial de 6
meses contados da data em que o Ministério Público perde o prazo
para o oferecimento da denúncia.
Forma
Compõe-se de uma peça, que deve ser elaborada em
conjunto com uma procuração específica, que trará uma síntese
fática sobre o ocorrido.
Ademais, como a queixa-crime é uma petição inicial,
deve ser realizada a qualificação das partes (querelante e
querelado).
Observações imprescindíveis
O requerimento da queixa deve conter, além de outras
coisas mais, o pedido de condenação.
A queixa, apesar de peça única deve vir acompanhada
de uma procuração específica, onde deve conter um breve relato
dos fatos de deram corpo a peça que está sendo oferecida.
Tem legitimidade para oferecer a queixa-crime, a
vítima ou seu representante legal, além das pessoas elencadas no
artigo 31 do CPP.
Casos práticos
A – Fafá clama, há tempos, para todos ouvirem que sua
cunhada “trabalha” na Casa de Prostituição denominada Relax,
fato que é presenciado por diversos cidadãos.
Modelo prático
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito ou Juiz Federal da
Egrégia ___ Vara Criminal da Comarca ou Subsecção Judiciária de
_____, Estado de São Paulo,
(pular 8 linhas)
________, brasileiro, estado civil ____,
profissão ____, portador da Cédula de Identidade RG nº ____, e
do CPF/MF nº ____, residente e domiciliado na Rua ______, nº
___, na cidade de ______, via de seu advogado e procurador que a
esta subscreve (procuração específica inclusa), vem, mui
respeitosamente à Douta presença de Vossa Excelência, oferecer
QUEIXA-CRIME, nos moldes do art. 41 do Código Penal contra
______, brasileiro, estado civil ____, profissão ____, portado
da Cédula de Identidade RG nº ____, e do CPF/MF nº ____,
residente e domiciliado na Rua ______, nº ___, na cidade de
_______, pelos motivos que a seguir aduz:
(pular 1 linha)
OS FATOS:
(pular 1 linha)
(narre de forma ordeira os fatos
ocorridos, inclusive citando o dispositivo legal infringido,
pulando 1 linha de um parágrafo a outro)
REQUERIMENTO:
(pular 1 linha)
Por tudo quanto restou exposto e
demonstrado, tendo o querelado infringido o artigo ___ do Código
Penal, requer a Vossa Excelência:
Que a presente seja recebida;
Que se colha a manifestação do
representante do “Parquet”;
A citação para o interrogatório e
intimação para os demais atos processuais, até final julgamento,
momento em que deverá ser condenado, observando-se o disposto no
artigo 529 do Código de Direito Processual Penal;
Notificação das testemunhas, cujo rol
segue abaixo.
(pular 1 linha)
Nestes termos,
Pede deferimento.
(pular 2 linhas)
Local e data
(pular 2 linhas)
Advogado ______________
O . A . B. / ____ nº _______
ROL DE TESTEMUNHAS:
1 – nome, qualificação, endereço
2 – nome, qualificação, endereço
3 – nome, qualificação, endereço
(pular 2 linhas)
Advogado ______________
O . A . B. / ______. nº _______
PROCURAÇÃO ESPECÍFICA
(pular 8 linhas)
____________, brasileiro, estado civil
_____, profissão _____, portador da Cédula de Identidade RG nº
_____, e do CPF/MF nº _____, residente e domiciliado na Rua
______, nº ___, na cidade de _______, nomeia e constitui seu
advogado e procurador o Dr. __________, brasileiro, estado civil
_____, advogado, OAB/SP nº _____, com escritório profissional na
Rua ______, nº ___, na cidade de _______, a quem confere todos
os poderes, inclusive os da cláusula “ad judicia” e,
especialmente para propor queixa-crime contra: _______,
brasileiro, estado civil _____, profissão _____, portador da
Cédula de Identidade RG nº _____, e do CPF/MF nº ______,
residente e domiciliado na Rua ______, nº ___, na cidade de
_______, pelo fato a seguir:
(narrar os fatos com clareza e
objetividade – breve relato dos fatos)
(pular 2 linhas)
Local e data
(pular 2 linhas)
Assinatura do Cliente (Querelante)
CASOS REFERENTES À MATÉRIA:
1 – Corla, com 23 anos de idade, solteira, manicure, é lindeira
de Joana, que possui 30 anos de idade, é casada com Zé, e
trabalha como doméstica, na residência de Ricardo. Ocorre que já
há quase três meses, Corla vem falando para todos os vizinhos e
demais pessoas que nas proximidades se encontram que sua vizinha
pratica sexo com Ricardo e com todos os seus amigos, e que seu
trabalho deveria ser na zona local.
Questão: Como todos os vizinhos, e até mesmo outras pessoas
ouviram o que Corla disse, Advogue para Joana tomando as
providências cabíveis.
2 – Múrcio, separado judicialmente, presidente da Associação dos
Médicos da cidade de Ribeirão Preto-SP, teve sua honra afrontada
por pessoas que são seus inimigos políticos. Tais pessoas são os
também médicos, Drs. Adib e Dalilo que, usualmente fazem fortes
críticas e restrições à sua gestão. Desta vez, citados oponentes
enviaram uma circular a todos os outros associados, onde fizeram
severas acusações à pessoa do então presidente. Dentre outras
coisas, disseram que o Dr. Múrcio era safado e pilantra, e que
habitualmente se apropriava de dinheiro que não era seu.
Questão: Apresente a peça cabível para a defesa dos interesses
de Múrcio.
3 – Tácio, famoso comerciante da cidade de Ubarana-MT, vendeu a
Roberto várias telhas, que no total perfizeram o montante de R$
2.500,00 (dois mil e quinhentos reais). Roberto pagou tal
quantia no ato, porém com cheque que não tinha provisão de
fundos. Tácio, arrependido de ter realizado tal negócio e com o
dissabor de ser enganado, dirigiu até a Delegacia de Polícia de
sua cidade, onde foi lavrado inquérito e enviado à Justiça. Após
o período de 60 dias, Tácio não obteve nenhuma notícia, pois,
providência alguma foi tomada.
Questão: Advogue para Tácio e faça com que a justiça dê
andamento ao feito.
REPRESENTAÇÃO
Observações preliminares sobre a peça: “Enquanto a queixa é
usada nos crimes de ação penal privada, a Representação tem
utilidade para casos de ação penal pública condicionada. Tal
peça pode ser intentada tanto pelo ofendido como pelo seu
representante legal e, nada mais é do que condição de
procedibilidade da ação penal pública.
Endereçamento
Diferentemente das peças estudadas anteriormente, a
Representação, pode ser dirigida a um juiz de direito ou juiz
federal competente, a um Delegado de Polícia ou ainda a um
membro do Ministério Público.
Denominação do postulante
A denominação utilizada para os dois pólos da
representação é REQUERENTE e REQUERIDO.
Prazo
Nesta peça o prazo é variado, sendo de 6 (seis) meses
a partir do momento do conhecimento da autoria do delito.
Hipótese
É uma peça utilizada em casos de crimes de ação penal
pública condicionada, e como o próprio nome sugere, é
condicionada à representação da vítima ou de seu representante
legal. Ex. art. 130, § 2º, 147, 152 a 154, 213, 215 do CP, etc.
Forma
A representação é exclusivamente composta de uma
única peça.
Na verdade a representação é condição de
procedibilidade para o oferecimento da denúncia nos crimes de
ação penal pública condicionada.
Observações imprescindíveis
A representação equivale a uma manifestação de
vontade, sendo uma condição de procedibilidade da ação penal
pública condicionada.
Pode ser dirigida não só a um magistrado, como também
a um Delegado de Polícia ou ainda a um representante do
Ministério Público.
Deve-se também frisar que depois de oferecida a
denúncia, a representação se faz irretratável, nos moldes do
artigo 25 do CPP.
Casos práticos
A – “R”, ameaçou de morte “L”, fato visto por
diversas pessoas.
B – “M”, desferiu um soco no rosto de “N”, lesionando
este de forma leve, fato ocorrido dentro de uma movimentada
boate.
Modelo prático
Ilustríssimo Senhor Doutor Delegado de Polícia (ou Juiz de
Direito, ou ainda representante do MP) do ____ Distrito Policial
da Cidade de _____________, Estado de São Paulo,
(pular 8 linhas)
_____________, brasileiro, estado civil
______, profissão ______, portador da Cédula de Identidade RG nº
____, e do CPF/MF nº ____, residente e domiciliado na Rua
_______, nº ___, nesta cidade de _______, via de seu advogado e
procurador que esta subscreve (procuração inclusa), vem, mui
respeitosamente à Douta presença de Vossa Senhoria, formular
REPRESENTAÇÃO contra __________, brasileiro, estado civil
______, profissão ______, portador da Cédula de Identidade RG nº
____ e do CPF/MF nº ____, residente e domiciliado na Rua
_______, nº ___, nesta cidade de _________, expondo e requerendo
o que segue:
(pular 1 linha)
OS FATOS
(pular 1 linha)
Requerente e requerido ________ (narrar os
fatos de forma ordenada e objetiva, pulando 1 linha a cada
parágrafo).
(pular 1 linha)
REQUERIMENTO
(pular 1 linha)
por tudo quanto foi exposto, tendo o
requerido violado o artigo _____ do Código Penal, vem o
requerente representar contra este, autorizando o que de
direito, a fim de que possa o Ilustre Representante do
Ministério Público intentar a ação penal.
Derradeiramente requer a intimação das
testemunhas que poderão ser ouvidas, cujo rol segue abaixo
Nestes termos,
Pede deferimento.
(pular 2 linhas)
Local e data
(pular 2 linhas)
Advogado ________________
O . A . B. / _______ nº _________
(pular 1 linha)
_________________________
Requerente
ROL DE TESTEMUNHAS:
1 – nome, qualificação e endereço.
2 – nome, qualificação e endereço.
3 – nome, qualificação e endereço.
4 – nome, qualificação e endereço.
Advogado _________________
O . A . B. / _____. nº __________
(pular 1 linha)
_________________________
Requerente
CASOS REFERENTES À MATÉRIA
1 – Caio e Décio, ambos com 22 anos de idade, estudam na mesma
faculdade, e trabalham no mesmo local, porém dia destes, Caio
discutiu com seu colega e o ameaçou de morte, fato que foi
presenciado por vários colegas de labor, muitos até ficaram
horrorizados com tal ocorrido.
Questão: passados dois dias Décio procura seu escritório,
pedindo para que você ingresse com a medida cabível.
2 – Muria e Murcia trabalham no mesmo escritório de
contabilidade, na cidade de Jundiaí. Ocorre que no acerca de 4
meses, Muria ameaçou Murcia de tirar-lhe a vida. Tal fato se
passou na presença de várias pessoas.
Questão: como advogado de Murcia, pleiteie a solução adequada.
Justificando.
3 – Leoncio e Leonildo amigos de longa data, se desentenderam e
discutiram. Durante a discussão, Leonildo desferiu um soco no
rosto de Leôncio causando-lhe lesão corporal leve, fato que fora
presenciado por Ticio e Melvio. Tal fato ocorreu a cinco meses
atrás.
Questão: Advogue para a vítima requerendo o que de direito para
que possa haver o oferecimento da denuncia.
RECURSOS
COMPETÊCIA RECURSAL DA JUSTIÇA COMUM ESTADUAL
No que diz respeito a Justiça Comum Estadual temos o
Tribunal de Justiça (Seção Criminal), que tem competência para
julgar recursos relacionados a todos os crimes, salvo os crimes
de menor potencial ofensivo (crimes com pena máxima em abstrato
de até 2 anos) que serão julgados pelo Colégio Recursal do
Juizado Especial Criminal.
Também vale lembrar que em tal órgão, seus componentes
recebem a denominação de Desembargadores.
Por sua vez, na Justiça Comum Estadual, em sede de 1ª
instância temos Juízes de Direito da Vara Criminal da Comarca de
Fortaleza, Estado do Ceará, por exemplo.
Quanto à 2ª instância temos, para todos os Estados, o
Tribunal de Justiça, Seção ou Secção Criminal, do Estado de
Minas Gerais, por exemplo.
Os integrantes dos TJs são denominados Desembargadores.
Os TJs possuem Câmaras Criminais.
Os crimes de competência da Justiça Comum Estadual são
todos aqueles que não serão da competência da Justiça Comum
Federal, Militar ou Eleitoral.
COMPETÊNCIA RECURSAL DA JUSTIÇA COMUM FEDERAL
Na Justiça Federal, em sede de 1ª instância temos Juízes
Federais da Vara Criminal da Seção Judiciária de São Paulo, por
exemplo.
Quanto à 2ª instância, temos o Tribunal Regional Federal,
dividido em regiões, como por exemplo, SP e MS formam a 3ª
Região.
Os integrantes dos TRFs são denominados Desembargadores.
Os TRFs possuem Turmas recursais.
Os crimes de competência da Justiça Comum Federal estão
tratados no artigo 109 da CF.
Dentre os crimes de competência da Justiça Comum Federal
temos: crimes políticos (Lei de Segurança Nacional); crimes que
atinjam quaisquer interesses da União ou de suas entidades
autárquicas, ou empresas públicas, salvo as contravenções e os
crimes de competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral
(art. 109, IV da CF); crimes praticados contra a Justiça do
Trabalho e a Justiça Eleitoral, excetuado os crimes eleitorais;
tráfico internacional de entorpecentes; crimes cometidos a bordo
de navios e aeronaves, ressalvados os casos da competência
Justiça Militar – art. 109, IX da CF; crimes contra o sistema
financeiro e contra a ordem econômica e financeira; art. 109, X
da CF; crimes praticados contra servidores públicos no exercício
da função, etc.
Importante frisar que em matéria de competência devem
ser estudadas as Súmulas do STJ e STF.
APELAÇÃO
Observações Preliminares sobre a peça: “Tal peça é cabível
quando, no processo, houve sentença, porém não há trânsito em
julgado”. Então tem processo, tem sentença que ainda não
transitou em julgado.
Fundamentos Legais:
Encontra respaldo nos artigos 593 e seguintes do CPP
ou ainda os artigos correspondentes na respectiva legislação
especial, dependendo de cada caso.
Endereçamento:
Diferentemente das peças outrora analisadas, a
apelação é endereçada ao juiz “a quo” e ao respectivo Tribunal,
ou seja, a petição de interposição é dirigida ao juiz que
proferiu a sentença e, as razões, onde são expostas as teses, é
endereçada ao Tribunal de Justiça, TRF ou Colégio Recursal.
Denominação do Postulante:
Quem recorre da decisão é denominado APELANTE, já a
outra parte recebe a denominação de APELADO.
Prazo:
Para a petição de interposição o prazo é de cinco
dias, porém para as razões, o prazo é de oito dias, todavia na
prática tais peças são interpostas no mesmo prazo, ou seja,
conjuntamente.
O prazo para a interposição de apelação se inicia a
partir da intimação da sentença.
Em se tratando da Lei 9.099/95, o prazo para a
apelação será de 10 dias.
Hipótese:
A apelação é cabível contra sentença sem trânsito em
julgado, nesta peça a parte buscará a reforma total ou parcial
da decisão “a quo”.
Forma:
Compõe-se de duas peças, ou seja, da petição de
interposição, dirigida ao juiz que prolatou a sentença, e das
razões endereçada ao respectivo Tribunal (TJ ou TRF).
Observações Imprescindíveis:
Devemos sempre atentar que quando é caso para se
apelar, existe processo, sentença, porém não há trânsito em
julgado.
Os efeitos da apelação podem ser devolutivo e
suspensivo.
Tal peça deve ser feita distintamente através da
petição de interposição e das razões.
Casos Práticos:
A – João, após ser processado por crime, foi
condenado por sentença recorrível.
B – Paulo, condenado, ficou sabendo que a sentença
transitou em julgado para a acusação.
C – Pedro foi condenado por sentença que não
transitou em julgado, tendo sido intimado, assim como seu
defensor, na data de ontem.
Modelo Prático:
*petição de interposição:
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara
Criminal da Comarca de _________, Estado de São Paulo,
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ___ Vara Criminal
da Seção Judiciária de ________, Estado de São Paulo,
(pular 1 linha)
Processo nº __/__
(pular 8 linhas)
______________________, qualificado nos
autos do processo em epígrafe, via de seu advogado e procurador
que esta subscreve, vem, mui respeitosamente à Douta Presença de
Vossa Excelência, dentro qüinqüídio legal, interpor recurso de
APELAÇÃO, com fulcro no artigo 593 do Código de Processo Penal,
data vênia, por não se conformar com a r. sentença condenatória.
Em anexo, seguem as razões recursais.
(pular 1 linha)
Nestes termos,
Pede deferimento.
(pular 2 linhas)
Local e data
(pular 2 linhas)
Advogado__________
O . A . B ./ ____. nº___
*roteiro de Razões de Apelação:
Egrégio Tribunal de Justiça, Seção Criminal, do Estado de São
Paulo,
ou
Egrégio Tribunal Regional Federal da ___ Região.
(pular 2 linhas)
Comarca de ____________________
Cartório do ____ Ofício Criminal
Processo nº __/__
(pular 1 linha)
Apelante: ______________________
Apelado: ______________________
(pular 3 linhas)
DOUTO PROCURADOR,
(pular 2 linhas)
COLENDA CÂMARA (justiça estadual)
COLENDA TURMA (justiça federal)
(pular 2 linhas)
EMÉRITOS JULGADORES:
(pular 3 linhas)
A r. sentença condenatória de fls. não deu
ao caso o conforto da justiça e merece ser reformada, senão
vejamos:
ou
Em que pese o zelo do magistrado “a quo”,
este não deu ao caso a solução adequada, assim vejamos:
ou
A r. sentença de fls. é injusta e
necessita de reparo. Verifiquemos:
(pular 1 linha)
DOS FATOS :
(pular 1 linha)
DO DIREITO:
Aqui o candidato deve organizar seu
raciocínio da mesma maneira que em uma alegação final: higidez
do processo (preliminares) mérito (absolvição, normalmente) e
subsidiárias (outras teses que melhorem de alguma forma a
situação do condenado, como desclassificação, afastamento de
qualificadora, alteração de regime de cumprimento, etc.).
(pular 1 linha)
*não se esquecer de reservar, conquanto
não haja consulta, espaço específico para colocação de doutrina
e jurisprudência, que deve ser assim enunciada, por exemplo:
“A jurisprudência já se pronunciou no
sentido de que o regime integralmente fechado não compõe com o
princípio da individualização da pena (HC no. ... do C. STF)”
Ou
Doutrina respeitada sobre este tema é a de
Júlio Fabrini Mirabete. O eminente autor entende que... (CP
interpretado p....,).
Obs. Importante: o candidato só deve citar jurisprudência ou
doutrina que conheça, não importando que não saiba exatamente o
nome do livro do autor ou o número do recurso criminal
enfrentado pela corte.
:
ou
CONCLUSÃO:
(pular 1 linha)
* este tópico serve para reforçar a sua
tese.
REQUERIMENTO:
Por tudo que dos autos consta, requer a
reforma da r. sentença condenatória, sendo imprescindível a
imposição da absolvição ao caso em tela, alicerçado no inciso
_____ do artigo 386 do Código de Processo Penal.
(pular 1 linha)
DE FORMA ALTERNATIVA:
(pular 1 linha)
*neste tópico, deve-se requerer algo além
da absolvição, ou seja, suspensão condicional da pena, pena
mínima, perdão judicial, enfim, a aplicação de benefícios
cabíveis ao caso em questão.
Local e data
(pular 2 linhas)
Advogado_____________
O . A . B ./ ____. nº______
*a apelação, em suas razões, pode ser confeccionada com
preliminar e mérito, dependendo do caso.
CASOS REFERENTES À MATÉRIA:
1 – Adroaldo, com 20 anos bem vividos, praticou a figura típica
do artigo 155 em sua forma qualificada do CP. Tal fato ocorreu
em 20/12/96, portanto, perto do natal. A data do recebimento da
denúncia foi 20/11/97, e o processo teve seus trâmites normais.
A sentença datada de 10/12/99 condenou Adroaldo em 2 anos de
reclusão com concessão de sursis. Durante o processo, o réu negou
a autoria, e as testemunhas nada esclareceram. A sentença
transitou em julgado para a acusação. Questão: Intimado na data
de ontem, defenda Adroaldo.
2 – Sassofereto, quando em época de IP, permaneceu calado. Na
fase seguinte, foi condenado como infrator do artigo 157,
parágrafo 2º, incisos I e II c.c o artigo 14, inciso II, do CP.
A pena aplicada foi de 1 ano, 9 meses e 10 dias de reclusão,
além do pagamento de 4 dias multa. As provas produzidas eram
frágeis, porém, o magistrado que compõe a 5ª Vara Criminal da
Comarca de Colina-CE, alicerçou o seu decisório na presunção de
culpa por Fernando ter permanecido em silêncio na fase policial.
Questão: A sentença foi publicada há 5 dias, e como advogado
defenda Fernando.
3 – Guapo, morador da cidade de Jaboatão, foi denunciado como
incurso nas penas do artigo 155, parágrafo 4º, inciso I do CP,
sob a acusação de Ter adentrado na residência do senhor Manoel
Luiz, com 50 anos de idade, e primário. Guapo subtraiu uma TV.
Na polícia confessou o delito mas, em juízo, negou o fato,
esclarecendo ao magistrado que a confissão ocorreu pois foi
ameaçado pelos policiais. O advogado do acusado apresentou
defesa prévia em momento oportuno. Quando ouvidas, as
testemunhas arroladas pela acusação nada esclareceram, ao passo
que as arroladas pela defesa confirmaram que Guapo é trabalhador
e boa pessoa. Quando da fase do artigo 402, do CPP, nada foi
requerido pelas partes. Na fase do artigo seguinte, o “Parquet”
pediu a condenação. Após ser intimado, o defensor do ora acusado
não apresentou suas alegações finais. Sem tomar qualquer tipo de
providência, o juiz prolatou sentença onde condenou Guapo
concedendo sursis. Intimado o réu, de próprio punho recorreu.
Questão: Como advogado de Guapo, ofereça as razões recursais.
4 – Edmario e Reimundo, estão sendo processados por lesões
corporais graves recíprocas. As testemunhas arroladas em sede de
denúncia não residem na comarca dos fatos, portanto, para sua
oitiva, expediu-se competente carta precatória, intimando-se as
partes. Em audiência, foi nomeado o Dr. Tertulino como defensor
“ad hoc” para ambos os acusados. Reimundo, que durante toda a
instrução processual teve defensor dativo foi condenado e
Edmario absolvido, sendo que este último joga futebol em um
grande clube barretense.
Questão: Aplique a medida cabível, cediço que a sentença ainda
não transitou em julgado para Reimundo.
5 - Lauro foi denunciado e, posteriormente, pronunciado pela
prática dos crimes previstos no art. 121, § 2.º, incisos II e
IV, em concurso material com o art. 211, todos do Código Penal
Brasileiro (CPB). Em 24/6/2008, Lauro foi regularmente submetido
a julgamento perante o tribunal do júri. A tese de negativa de
autoria não foi acolhida pelo conselho de sentença e Lauro foi
condenado pelos dois crimes, tendo o juiz fixado a pena em 16
anos pelo homicídio qualificado e, em 3 anos, pela ocultação de
cadáver. O Ministério Público não recorreu da decisão. A defesa
ficou inconformada com o resultado do julgamento, por entender
que havia prova da inocência do réu em relação aos dois crimes e
que a pena imposta foi injusta.
Considerando a situação hipotética apresentada, indique, com os
devidos fundamentos jurídicos:
< o recurso cabível à defesa de Lauro;
< a providência jurídica cabível na hipótese de o juiz denegar o
recurso
6 - Paulo, analista de sistemas, 36 anos, caminhava pela Praça
João Mendes em SP, Capital, quando repentinamente foi abordado
por um morador de rua.
Paulo, surpreendido pela conduta, desferiu um empurrão na
vítima, de nome Carlos, que bateu a cabeça no meio fio e morreu.
Após a instauração do IP, o MP houve por bem denunciar Paulo,
como incurso nas penas do art. 121,§2º, I e IV do CP. As
qualificadoras alinhavadas na denúncia seriam motivo fútil (mero
pedido de esmola) e recurso que impossibilitou a defesa da
vítima (surpresa).
A denúncia foi, após citação regular, recebida pelo Juízo
Competente. Produzida a prova oral, o juiz admitiu a acusação,
dizendo que “não era crível a versão do réu de ter se assustado
com a abordagem”.
Submetido a julgamento, o réu afirmou que jamais pretendeu a
morte da vítima, reagiu instintivamente à abordagem, para se
defender do que imaginou ser uma tentativa de assalto.
O laudo necroscópico atesta a morte por trauma crânio
encefálico, que evoluiu junto a septicemia, com óbito dois dias
depois.
As condições de higiene da vítima eram precárias e ficou bem
demonstrado que era alcoólatra, com várias internações.
Não foi produzida prova oral em juízo.
O réu foi condenado por homicídio, nos termos da denúncia. A
pena ficou em 14 anos de reclusão, regime integralmente fechado.
Pesou em desfavor do réu a circunstância de possuir processo em
trâmite, por roubo circunstanciado.
O julgamento ocorreu no dia 05/02/2010. Na condição de advogado
de Paulo, tome a medida adequada, apontando o último dia do
prazo legal para demonstração de inconformismo.
CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO
Observações preliminares sobre a peça: tal peça serve para
contrarrazoar, o recurso de apelação, ou seja, uma parte
descontente com a sentença proferida, ingressa com o recurso de
apelação, a outra parte que foi beneficiada com tal decisão, não
quer que ela seja modificada, e com isso ingressa com as
contrarrazões de apelação, para combater a tese alegada em sede
de apelação, e para requerer que a sentença prolatada não seja
reformada.
Na verdade, esta peça, nada mais é do que
uma contestação ao recurso de apelação interposto.
Fundamentos legais
Alicerça-se nos artigos 593 e seguintes do Código de
Processo Penal, mais especificamente no art. 600 do CPP.
Endereçamento
O endereçamento da peça em tela se sintoniza com o
endereçamento da apelação, ou seja, são duas petições, onde a
primeira, chamada de petição de juntada, é dirigida para o juiz
que prolatou a sentença. A segunda peça, denominada de contra
razões, é dirigida ao Tribunal competente.
Denominação do postulante
Tal qual a apelação a denominação para as partes das
contrarrazões de apelação também é APELANTE e APELADO, isto é
facilmente perceptível, pois as contra razões, nada mais é que
uma contestação à apelação outrora interposta. Assim, aquele que
elabora às contrarrazões é denominado de APELADO.
Prazo
O prazo para se apresentar contrarrazões de apelação
é de 8 dias, contados da intimação de que houve recurso de
apelação.
Hipótese
A peça em tela tem cabimento em casos de recurso
(apelação) por parte da acusação. Tem como objetivo primordial
manter a sentença prolatada.
Forma
São duas petições: uma de juntada aos autos das
contrarrazões encaminhadas ao juiz prolator da sentença. A outra
peça, é propriamente denominada contrarrazões, é e dirigida ao
Tribunal competente, sendo dividida em fatos, direito e pedido.
Observações imprescindíveis
As contra-razões é composta, necessariamente, por
duas peças. É cabível sempre quando houver recurso por parte da
acusação, ou se tratando de ação penal privada, o querelante
interpondo a apelação, o querelado será intimado para apresentar
às contrarrazões.
Casos práticos
A – foi prolatada sentença penal absolutória em favor
de Flávio, porém, o Ministério Público recorreu por meio de
apelação. Apresente a peça cabível para o momento processual.
B – Dino, foi processado criminalmente, porém ao
final, a sentença foi absolutória, e o Promotor de Justiça
recorreu de tal decisão. Advogue para Dino.
Modelo prático
*Petição de Juntada
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Egrégia ___ Vara
Criminal da Comarca de _________, Estado de São Paulo,
(pular 1 linha)
Processo nº __/__
(pular 8 linhas)
_________, qualificado nos autos em
epígrafe, via de seu advogado e procurador que esta subscreve,
vem, mui respeitosamente à Douta presença de Vossa Excelência,
nos termos do art. 600 do Código de Processo Penal, requerer a
juntada aos presentes autos das contrarrazões do recurso de
apelação, ora interposto pelo ilustre representante do
Ministério Público.
Nestes termos,
Pede deferimento.
(pular 2 linhas)
Local e data
(pular 2 linhas)
Advogado ___________
O . A . B. / ____ nº ____
As contrarrazões seguem o mesmo modo do recurso de apelação,
ou seja, a 2ª peça aqui segue o mesmo modo da 2ª peça
apresentada em apelação, dividida em fatos, direito e pedido.
CASOS REFERENTES À MATÉRIA
1 – José, com 22 anos de idade e com bons antecedentes, foi
denunciado e processado por praticar o delito de lesão corporal
grave, sendo absolvido no final. Quando da prolação da sentença
o MM Juiz de Direito de Catunduva-PE, fundamentou seu decisório
que a legítima defesa está devidamente comprovada. O ilustre
representante do Ministério Público, inconformado com tal
decisão recorreu.
Questão: Como advogado de José, aplique a medida cabível.
2 - O representante do MP, em um caso de ação penal pública
incondicionada na fase do artigo 403, concluiu pela inocência do
réu e requereu sua absolvição. O Douto Magistrado, abraçando a
tese do “Parquet”, proferiu sentença absolutória. O membro do MP
entrou em férias e na ocasião da intimação da sentença, outro
membro do MP, entendendo de modo diverso de seu colega e do
Magistrado, sustentou que a sentença merecia modificação. Diante
disto, interpõe recurso, com fundamento em sua independência
funcional, considerando que, sendo ação penal pública
incondicionada, o seu colega jamais poderia requerer a
absolvição, mas sim só a condenação. O promotor substituto
requer a condenação do acusado nos termos do artigo 171 do CP,
fundamentando que o réu teria agido com culpa presumida, ainda
que não tivesse obtido a vantagem ilícita em prejuízo alheio.
Questão: Como advogado, adote o que de direito.
3 – Pedro, foi processado por infração do artigo 213 do CP,
respondeu ao processo preso, a sentença decretou absolvição
fundamentada de que as provas produzidas sob o crivo do
contraditório eram insuficientes, e determinou a expedição de
alvará de soltura. O Ministério Público recorreu.
Questão: Inconformado com a apelação interposta, apresente a
peça cabível para manter a sentença outrora prolatada.
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
Observações preliminares sobre a peça: “Entendemos, como a maior
parte da doutrina, que o recurso em sentido estrito, segue um
rol taxativo, e só cabe nas hipóteses previstas no artigo 581 do
Código de Processo Penal, é claro que respeitados os casos de
leis extravagantes, como por exemplo a lei 5.250/67, em seu
artigo 44, parágrafo 2º (recurso contra decisão que recebe
denúncia ou queixa na Lei de Imprensa. A lei de imprensa foi
declarada integralmente inconstitucional pelo STF) e da Lei
1.521 de 1.951 (lei de economia popular).
Fundamentos Legais
Tal recurso encontra acolhida no artigo 581 do Código
de Processo Penal ou no artigo correspondente da legislação
especial.
Endereçamento
O recurso em tela, como a apelação, é composto por
duas petições, sendo a primeira, denominada petição de
interposição, endereçada ao juiz “a quo” que prolatou despacho
ou decisão interlocutória. A segunda peça denominada razões é
encaminhada ao Tribunal.
Denominação do postulante
A denominação utilizada para as partes do recurso em
sentido estrito é RECORRENTE e RECORRIDO.
Prazo
O prazo para a petição de interposição é de 5 (cinco)
dias. O prazo para razões é de 2 (dois dias), contados da
intimação da decisão.
Hipótese
É cabível para reexame de decisão judicial, nos
termos do artigo 581 do Código de Processo Penal.
Forma
Tal recurso é composto por duas petições, sendo
petição de interposição e as razões.
Importante salientar que, na petição de interposição
deve ser efetuado pedido de retratação, tendo em vista que o
RESE possui efeito regressivo.
Observações imprescindíveis
Necessário frisar que o recurso em sentido estrito é
cabível contra despacho ou decisão de juiz de 1ª instância,
porém já mencionado o juízo de retratação, e somente nas
hipóteses taxadas no artigo 581 do Código de Processo Penal, nos
incisos que foram marcados em aula.
Casos práticos
A – Durante um processo cível, “K”, em sede de
contestação, alegou que o autor “M” praticou crime de
apropriação indébita, descrevendo os fatos de forma detalhada.
No juízo criminal “M”, propôs queixa , atribuindo a “K” o crime
de calúnia. No juízo criminal foi rejeitada a queixa, com
fundamento no artigo 142, inciso I, do Código Penal. Advogue
para “M”.
B – Por sentença proferida pelo M.M. Juiz, o réu foi
pronunciado.
C – Após o crime contra a vida o Juiz prolatou
sentença de pronúncia.
Modelo Prático
(Roteiro de Interposição)
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Egrégia ____
Vara Criminal da Comarca de __________, Estado de São Paulo,
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ___ Vara Criminal
Federal da Seção Judiciária de ________, Estado de São Paulo,
(pular 1 linha)
Processo nº __/__
(pular 8 linhas)
_________, qualificados nos autos da Ação
Penal que lhe move a Justiça Pública, via de seu advogado e
procurador que esta subscreve, vem, respeitosamente à Douta
presença de Vossa Excelência, dentro do qüinqüídio legal, com
fulcro no artigo 581, inciso ___ , do Código de Processo Penal,
interpor RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, por não se conformar com a
r. ________.
Requer, que Vossa Excelência se retrate da
decisão proferida. Caso entenda por bem mantê-la requer,
outrossim, que, juntamente com as razões recursais, os autos
sejam encaminhados à Instância Superior.
Nestes termos,
Pede deferimento.
(pular 2 linhas)
Local e data
(pular 2 linhas)
Advogado ____________
O . A . B. / ____ nº _____
Razões de RESE
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo,
Ou
Egrégio Tribunal Regional Federal da ____ Região (pular 2
linhas)
Comarca de __________
ou Subsecção Judiciária de _________.
Cartório do __ Ofício Criminal
ou Secretaria do __ Ofício Criminal.
Processo nº __/__
(pular 1 linha)
Recorrente: __________
Recorrido: ___________
(pular 3 linhas)
DOUTO PROCURADOR,
(pular 2 linhas)
COLENDA CÂMARA (justiça estadual)
COLENDA TURMA (justiça federal)
(pular 2 linhas)
EMÉRITOS JULGADORES:
(pular 3 linhas)
A r. decisão de fls., não traz aos autos a
correta e eficaz aplicação da Justiça, senão vejamos:
ou
A Justiça não abraça o caso em tela com a
r. sentença de fls., o que será demonstrado pelos fatos e
fundamentos abaixo aduzidos:
ou
Revestida de injustiça a r. decisão
__________, merecendo ser reformada por esta Corte, senão
verifiquemos:
(pular 1 linha)
Dos Fatos:
ou
(pular 1 linha)
DO DIREITO APLICÁVEL À ESPÉCIE:
(pular 1 linha)
CONSIDERAÇÕES DERRADEIRAS:
ou
CONCLUSÃO:
(pular 1 linha)
REQUERIMENTO:
(pular 1 linha)
Por tudo quanto foi exposto, requer o
provimento do presente recurso, com a reforma da r. decisão de
fls., com fulcro no inciso ____ , do artigo _____ , do Código de
Processo Penal.
(pular 1 linha)
DE FORMA ALTERNATIVA:
ou
ALTERNATIVAMENTE:
(pular 2 linhas)
local e data
(pular 2 linhas)
Advogado______________
O . A . B . / ____ n._______
O exemplo acima é de razões simples, todavia existem casos
onde, nas razões serão articuladas preliminares e mérito, e
neste caso deve constar todos os pedidos, ou seja,
preliminares, mérito e eventuais subsidiárias.
CASOS REFERENTES À MATÉRIA:
1 – Luminha, após desentendimento com Martinha, saca de um
revólver e atira vindo a acertar a perna esquerda desta, mas de
repente, arrepende-se e vai embora. Devido ao ocorrido, o Parquet
da cidade de Bebedouro-SP, ofereceu denúncia qualificando o fato
como tentativa de homicídio, tendo o juiz recebido a exordial e
o processo seguido seus trâmites normais. Nas vezes em que foi
ouvido, Luminha afirma que atirou, mas que se arrependeu, pois
não tinha a intenção de matar Martinha, mesmo sabendo que esta é
sem vergonha. Passada as alegações finais, o juiz pronuncia
Luminha para responder o delito perante o Tribunal do Júri,
conforme se verifica através da sentença que foi proferida da
data de ontem.
Questão: Adote o recurso cabível.
3 – Em uma reunião festiva realizada por um empresário na
Comarca de Sorocaba, Carlos, engenheiro elétrico, residente e
domiciliado na cidade de São Paulo, teria ofendido a dignidade e
a honra de Clodovil eis que jocosamente, relatava aos presentes
em tal festa as relações homossexuais por este praticadas.
Clodovil, devido a tais fatos contratou um belo advogado,
ajuizando no foro central da Capital, queixa – crime contra
Carlos, por infração aos artigos 139, 140 e 141, inciso II do
Código Penal. A ação foi distribuída perante a 1ª Vara Criminal,
todavia o magistrado rejeitou a inicial fundamentando em sua
decisão, ser incompetente para processar e julgar o feito
ocorrido na Comarca de Sorocaba, amparado nos artigos 6º do
Código Penal e 70, caput do Código de Processo Penal. A decisão
foi prolatada há dois dias.
Questão: Como advogado de Clodovil, adote a medida cabível.
3 – Conti, estava em sua residência quando percebeu que alguém
forçava a porta dos fundos. De porte de uma arma, aguardou num
canto da cozinha sem acender as luzes. Ato contínuo, a porta se
abriu e Conti pode ver claramente a figura de um homem que
estava armado e adentrando em sua residência. Diante de tal
situação, Conti disparou a arma atingindo o desconhecido com um
tiro certeiro, provocando-lhe morte instantânea. Conti foi
denunciado pelo MP nas penas do artigo 121, parágrafo 1º do
Código Penal, pois foi reconhecida a violenta emoção causada
pela invasão de sua residência. Após os trâmites de praxe, Conti
foi pronunciado e mandado a julgamento pelo Tribunal do Júri,
nos termos da denúncia. A r. decisão de pronúncia não transitou
em julgado. Proponha a medida cabível para a defesa de Conti.
4 - Agnaldo, que reside com sua esposa, Ângela, e seus dois
filhos na cidade de Porto Alegre – RS, pretendendo fazer uma
reforma na casa onde mora com a família, dirigiu-se a uma loja
de material de construção para verificar as opções de crédito
existentes. Entre as opções que o vendedor da loja apresentou, a
mais adequada ao seu orçamento familiar era a emissão de cheques
pré-datados como garantia da dívida.
Como não possui conta-corrente em agência bancária, Agnaldo
pediu a seu cunhado e vizinho,
Firmino, que lhe emprestasse seis cheques para a aquisição do
referido material, pedido prontamente atendido. Com o
empréstimo, retornou ao estabelecimento comercial e realizou a
compra, deixando como garantia da dívida os seis cheques
assinados pelo cunhado.
Dias depois, Firmino, que tivera seu talonário de cheques
furtado, sustou todos os cheques que
havia emitido, entre eles, os emprestados a Agnaldo. Diante da
sustação, o empresário, na delegacia de polícia mais próxima,
alegou que havia sido fraudado em uma transação comercial, uma
vez que Firmino frustrara o pagamento dos cheques pré-datados.
Diante das alegações, o delegado de polícia instaurou inquérito
policial para apurar o caso,
indiciando Firmino, por entender que havia indícios de ele ter
cometido o crime previsto no inciso VI do § 2.º do art. 171 do
Código Penal.
Inconformado, Firmino impetrou habeas corpus perante a 1.ª Vara
Criminal da Comarca de Porto Alegre, tendo o juiz denegado a
ordem.
Considerando essa situação hipotética, na condição de
advogado(a) contratado(a) por Firmino, interponha a peça
judicial cabível, privativa de advogado, em favor de seu
cliente.
CONTRARRAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
Observações preliminares sobre a peça: “As contrarrazões de
recurso em sentido estrito, é utilizada, quando nas hipóteses do
artigo 581 do Código de Processo Penal, a acusação recorre.
Fundamentos Legais
Estas contrarrazões encontram respaldo no artigo 588
e seguintes, do Código de Processo Penal.
Endereçamento
Conforme as contrarrazões de apelação, as de recurso
em sentido estrito, tem endereçamento para dois órgãos, ou seja,
a petição de juntada é dirigida ao juiz que prolatou a sentença,
ou despacho e as contrarrazões propriamente ditas, são
encaminhadas ao Tribunal competente.
Denominação do postulante
Tal qual o recurso em sentido estrito a denominação
dada as partes é de RECORRENTE e RECORRIDO.
Prazo
Em regra, ou seja, na maior parte dos incisos do
artigo 588 do CPP, o prazo é de 2 (dois) dias.
Hipótese
É cabível quando houver, nas hipóteses do artigo 581
do CPP, recurso por parte da acusação.
Forma
Tal contrarrazões é composta por duas petições, que
são a petição de juntada, dirigida ao juiz “a quo”, e as
contrarrazões, encaminhada ao Tribunal de Justiça, em sua Seção
Criminal ou ao Tribunal Regional Federal.
Observações imprescindíveis
As contrarrazões em questão têm fundamento no artigo
588 e seguintes do CPP, e sempre são cabíveis quando há recurso
por parte da acusação nas hipóteses do artigo 581 do Código de
Processo Penal.
Casos práticos
A – César sofreu decisão de desclassificação no final
da primeira fase do juri, todavia, inconformado o representante
do “Parquet” apresentou recurso.
B – Marcos, após sofrer processo por crime doloso
contra a vida, ao final do sumario de culpa, houve decisão
desclassificatória, porém o membro do Ministério Público
recorreu.
Modelo Prático
(petição de juntada)
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ____ Vara
Criminal da Comarca de __________, Estado de São Paulo,
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ___ Vara Criminal
Federal da Seção Judiciária de ________, Estado de São Paulo,
(pular 1 linha)
Processo nº __/__
(pular 8 linhas)
___________, qualificados nos autos em
epígrafe, por intermédio de seu advogado e procurador que a esta
subscreve, vem, mui respeitosamente à Douta presença de Vossa
Excelência, requerer a juntada aos autos das CONTRARRAZÕES do
Recurso em Sentido Estrito, ora interposto pelo representante do
Ministério Público.
Nestes termos,
Pede deferimento.
(pular 2 linhas)
Local e data
(pular 2 linhas)
Advogado _________
O . A . B. / ____ nº ___
As contrarrazões de Recurso em Sentido Estrito, seguem
praticamente a mesma forma das razões de Recurso em Sentido
Estrito, ou seja, a 2ª peça de contrarrazões aqui, é
praticamente idêntica as razões de RES, é claro que
diferenciando-se por parte de quem está recorrendo.
CASOS REFERENTES À MATÉRIA
1 – Evandro, Policial Militar, após cumprir sua jornada de
trabalho, estava caminhando até sua residência, momento em que
avistou um grupo de pessoas nos arredores de um veículo, diante
de tal situação, percebeu que ali estava ocorrendo um roubo e
que um dos integrantes do grupo mantinha uma moça na mira de um
revólver. Caminhando por traz do meliante, sem ser por este
notado, disparou quatro tiros com sua arma particular, vindo, o
citado delituoso, a falecer no local. Os outros integrantes do
grupo lograram êxito em empreender fuga e escaparem. Evandro foi
processado e, ao final, absolvido sumariamente em primeiro grau,
pois a r. decisão judicial reconheceu que o policial agiu no
cumprimento do dever de sua profissão (artigo 23, inciso III, 1ª
parte, do Código Penal).
Descontente com tal decisão, o Ministério Público recorreu
pleiteando a reforma da r. decisão. Para tanto alega, em
síntese, que o policial estava for de serviço e que houve
excesso no revide, eis que Evandro, disparando quatro tiros do
seu revólver, praticamente descarregou-o, pois a arma possuía,
ao todo, seis balas.
Questão Advogue para Evandro, apresentando a peça pertinente.
2 – Maria deu a luz num terreno baldio, e ato contínuo, mediante
asfixia mecânica, levou a óbito o filho que acabara de nascer. O
representante do Ministério Público tipificou sua ação como
sendo homicídio qualificado. O juiz, entretanto, pronunciou como
incursa nas penas do crime de infanticídio. O Promotor de
Justiça, não se conformou e recorreu, frisando que caso era de
homicídio qualificado.
Questão: Apresente as contrarrazões do recurso interposto pela
acusação.
3 – Marcelo, Promotor de Justiça, ofereceu denúncia contra
Roberto, empresário, descrevendo infração penal tipificada como
receptação ocorrida em outubro de 1.978. Todavia, esqueceu de
apresentar o rol de testemunhas na peça inaugural, além de
narrar fato equivocado, fazendo inserir circunstâncias
totalmente divorciadas da realidade, não oferecendo, outrossim,
a qualificação do indiciado. O Magistrado ao tomar conhecimento
do teor da denúncia, rejeita-a, expondo os motivos para tal. O
Promotor de Justiça recorre de tal decisão, expondo os motivos
de seu inconformismo, reiterando que a ação penal deve ser
recebida para, ao final da instrução probatória, ser o réu
condenado pelo crime que cometeu. Você como advogado de Roberto,
é intimado para tomar ciência da decisão do Juiz, bem como do
recurso interposto pelo Promotor de Justiça. Assim, proponha a
peça processual que julgar correta para a defesa de Roberto.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – Endereçado P/ 1ª Instância
Observações preliminares sobre a peça: “Ë o famoso embarguinho,
segundo a praxe informal forense. Tal embargos ataca sentença,
que é obscura, ambígua, omissa ou contraditória”.
Fundamentos Legais
Tem amparo no artigo 382 do Código de Processo Penal.
Endereçamento
É sempre e exclusivamente dirigido ao juiz de Direito
que prolatou a sentença que está sendo embargada, e os embargos
ora em estudo serão por ele julgados.
Denominação do postulante
O indivíduo que opõe os embargos recebe a denominação
de EMBARGANTE, sendo a outra parte denominada de EMBARGADO.
Prazo
O prazo para tal embargos de 1ª instância, é
diferente de todas as peças até agora vistas, são de 2 (dois)
dias, que são contados a partir do momento da intimação da
sentença.
Hipótese
Os embargos de declaração em 1ª instância, são
cabíveis sempre que for proferida sentença e esta for ambígua,
omissa, obscura ou ainda contraditória.
Forma
Os embargos de declaração de 1ª instância são
compostos por uma peça, não possuindo contrarrazões.
Observações imprescindíveis
Com fulcro no artigo 382 do CPP, os embargos de
declaração de 1ª instância, são apropriados contra sentença que
se mostrar contraditória, omissa, ambígua ou obscura.
Casos práticos
A – Prolatada sentença sobre o caso, esta foi
obscura. Intente o recurso cabível para sanar tal obscuridade.
B – Ingresse com a medida adequada para atacar a
omissão da sentença proferida pelo juiz da 5ª Vara Criminal da
Comarca de Barcelona-SP.
Modelo prático
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Egrégia ___ Vara
Criminal da Comarca de _________, Estado de São Paulo,
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ___ Vara Criminal
da Subsecção Judiciária de ________, Estado de São Paulo,
(pular 1 linha)
Processo nº __/__
(pular 8 linhas)
___________, qualificado nos autos em
epígrafe, via e de seu advogado e procurador que esta subscreve,
vem, mui respeitosamente à Douta presença de Vossa Excelência,
com fulcro no artigo 382 do Código de Processo Penal, opor
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, contra a r. sentença de fls., pelos
motivos de fato e de direito que passa a aduzir:
(pular 1 linha)
DOS FATOS:
(pular 1 linha)
DO DIREITO APLICÁVEL À ESPÉCIE:
(pular 1 linha)
CONSIDERAÇÕES DERRADEIRAS:
(pular 1 linha)
REQUERIMENTO:
Face ao exposto, requer o embargante:
Que haja conhecimento dos embargos, afim
que se declare a ____, ...
(pular 1 linha)
Nestes termos,
Pede deferimento.
(pular 2 linhas)
Local e data.
(pular 2 linhas)
Advogado ___________
O . A . B. / ____ nº _____
CASOS REFERENTES À MATÉRIA
1 – Paulo, com 22 anos de idade, primário e com emprego fixo,
envolveu-se com a prática de crime de roubo, em sua forma
tentada. Denunciado, foi processado e condenado a dois anos de
reclusão. O juiz que prolatou a sentença, embora tenha
reconhecido a primariedade, no tocante do sursis foi omisso,
mas, todavia, concedeu o apelo em liberdade.
Questão: Elabore a medida cabível que ataque a omissão da
sentença.
2 – Carlos, com 19 anos de idade na data dos fatos, cometeu o
crime de estelionato. Após o trâmite processual foi prolatada,
pelo juiz da 6º Vara Criminal da Capital, sentença condenando
Carlos a um ano e seis meses de reclusão. Todavia, tal sentença,
foi omissa, pois, não enfrentou a questão do artigo 65, I, do
Código Penal.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – Endereçados P/ 2ª Instância
Observações preliminares sobre a peça: “Estes embargos, são
opostos contra acórdão que possua obscuridade, omissão,
contrariedade e ambigüidade”.
Fundamentos Legais
Encontra amparo legal no artigo 619 do Código de
Processo Penal.
Endereçamento
É dirigido ao relator do acórdão, ou seja, encaminha-
se tal recurso sempre a um Tribunal, seja de Justiça, ou de
Alçada.
Denominação do postulante
Como no “embarguinho” antes estudado, a denominação
das partes nos embargos de declaração endereçados para 2ª
instância, é de EMBARGANTE e EMBARGADO.
Prazo
Como nos embargos de declaração para 1ª instância, os
embargos de declaração em estudo (2ª instância), tem prazo de 2
(dois) dias, contados a partir da data da intimação do acórdão.
Hipótese
É cabível sempre quando um acórdão for obscuro,
omisso, ambíguo e contraditório.
Forma
Como nos embargos de declaração de 1ª instância, os
embargos de declaração de 2ª instância, é composto por uma única
peça, não existindo contrarrazões.
Observações imprescindíveis
Fundamentado no artigo 619 do CPP, os embargos de
declaração de 2ª instância, encontra tempo oportuno sempre que
um acórdão possuir obscuridade, omissão, contrariedade e
ambigüidade.
Casos práticos
A – Foram levadas aos autos todas as provas
suficientes para a absolvição do acusado, porém o acórdão foi
omisso, pois não as analisou.
B – Intente a medida judicial adequada para sanar a
ambigüidade do acórdão proferido na data de ontem.
C – O acórdão do Tribunal de Justiça se mostrou
obscuro. Como advogado aplique o que de direito para atacar tal
obscuridade.
Modelo prático
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Relator do Recurso
Criminal no. ____, no Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de
São Paulo, (ou Juiz Relator do Recurso Criminal no. ____, do
Egrégio Tribunal Regional Federal),
(pular 1 linha)
Apelação nº __/__
(pular 8 linhas)
___________, outrora qualificado, por
intermédio de seu advogado e procurador que esta subscreve, vem,
mui respeitosamente à douta presença de Vossa Excelência, opor
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, com fulcro no artigo 619 do Código de
Processo Penal, contra o v. acórdão, pelos fatos e fundamentos a
seguir aduzidos:
(pular 1 linha)
DOS FATOS:
(pular 1 linha)
Do Direito:
(pular 1 linha)
REQUERIMENTO:
Por tudo quanto foi exposto e provado,
requer o embargante:
Que haja conhecimentos dos embargos, de
modo que se declare a ____,
(pular 1 linha)
Nestes termos,
Pede deferimento.
(pular 2 linhas)
Local e data.
(pular 2 linhas)
Advogado _________
O . A . B. / ____ nº ___
CASOS REFERENTES À MATÉRIA
1 – Vildo, brasileiro, solteiro, foi processado perante a 78ª
Vara Criminal da Comarca de Colina, como incurso nas penas do
art. 213 do Código Penal. Baseou toda a sua defesa no fato de
que, apesar de ter sido reconhecido pela vítima, não seria
possível ser o autor do crime, uma vez que, no dia dos fatos
estava na cidade do Rio de Janeiro, tendo anexado aos autos
notas fiscais de restaurantes e do hotel em que ficou hospedado.
Foi concedido a Vildo o direito de recorrer em liberdade, ele
efetivamente apelou ao Tribunal competente, sempre alegando,
dentre outras coisas, que não era possível ter ele praticado o
crime que fora condenado, pois não se encontrava em São Paulo e
que a prova juntada aos autos era robusta e insofismável. A
decisão do Tribunal, por sua 1ª Câmara, publicada ontem, negou
provimento ao recurso interposto por Vildo, salientando seus
péssimos antecedentes criminais, e que era sólida a prova
acusatória, mas não mencionou a prova carreada aos autos, no que
diz respeito às notas fiscais anexadas.
Questão: Como advogado de Vildo, elabore a peça que melhor
atenda seus interesses.
2 – Paulo, com 22 anos de idade, morador da cidade de Candido
Mota, foi processado e condenado pelo crime do art. 288 do
Código Penal. Da sentença que o condenou, Paulo por intermédio
de seu advogado interpôs recurso de apelação, porém, quando da
análise de tal recurso, o Egrégio Tribunal competente não
analisou as provas produzidas, e em conseqüência seu acórdão se
mostrou omisso.
Questão: Como advogado de Paulo, intente a medida adequada para
sanar a omissão que abraça o caso em tela.
EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE
Observações preliminares sobre a peça: " É uma peça que
utilizada face a decisões dos Tribunais, que não são unânimes e
desfavoráveis ao réu, melhor explicando, dos julgamentos de
apelação e de recurso em sentido estrito, não unânimes e
desfavoráveis ao réu.
Fundamentos Legais
Os dois tipos de embargos encontram
seu embasamento legal no art. 609, parágrafo único, do Código de
Processo Penal.
Endereçamento
Diferentemente de outras peças tem a
petição de interposição dirigida ao relator, (desembargador
relator, do TJ ou TRF), e as razões dirigidas ao Egrégio
Tribunal (Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional Federal).
Denominação do postulante
O indivíduo que ingressa - via
procurador - com os embargos infringentes ou de nulidade
denomina-se EMBARGANTE.
Prazo
O prazo de interposição deste recurso
é de 10 ( dez ) dias, a contar da publicação do acórdão.
Formas
Determinada peça é composta por duas
peças, uma petição de interposição dirigida ao Desembargador
relator, e as Razões dirigidas ao Egrégio Tribunal (TJ ou TRF).
Hipótese
Como já dito em observações
preliminares, é uma peça processual utilizada das decisões não
unânimes e desfavoráveis ao réu proferidas pelos Tribunais,
advindas de julgamentos de apelação e de recurso em sentido
estrito.
Será interposto Embargos Infringentes,
quando a questão a ser debatida for relativa ao mérito da causa,
como por exemplo, diminuição da pena, absolvição,
desclassificação da forma consumada para tentada, aplicação de
benefícios, ausência de qualificadoras, etc.
Já os Embargos de Nulidade, são
relativos unicamente e exclusivamente à matéria processual,
tendo como finalidade a possibilidade de anulação do acórdão ou
processo, frente as hipóteses previstas no art. 564 do CPP.
Efeitos
Devolutivo - definido pela divergência
entre acórdão e voto vencido.
Suspensivo - a doutrina e o STF
entendem que os embargos não possuem efeito suspensivo, já a
jurisprudência, que não a do STF, entende que tal efeito
prevalece.
Observações imprescindíveis:
Os embargos Infringentes e de Nulidade
devem ser formulados sempre sobre o voto vencido, não podendo
ir além deste. Por exemplo, se o voto vencido entendeu que a
pena deveria ser diminuída em virtude da ocorrência de alguma
causa de diminuição de pena, o pedido deverá ser exatamente e
somente em cima deste fato, e nada além disso.
Este recurso é exclusivo da defesa,
não se admitindo portanto, a "reformatio in pejus".
Detém caráter de retratação, já que
são dirigidos ao Tribunal recorrido, e julgados por este.
Em caso de não reconhecimento dos
embargos, admite-se agravo regimental.
Macetes, brechas fornecidas:
Por maioria de votos seu cliente
perdeu a apelação, porém, o voto vencido se manifestou no
sentido ................
Em razão do julgamento da apelação,
por votação não unânime, a Câmara Julgadora não deu provimento
ao recurso, no entanto, o voto vencido se manifestou
contrário....... .
Casos práticos
" Ciro " foi processado e condenado
pelo M.M. Juiz de Direito da 2º Vara Criminal da Comarca de
Barreiras-PI, à dois anos de reclusão e multa, por violação ao
artigo 155, caput, do Código Penal, tendo-lhe sido concedido a
suspensão condicional da pena pelo tempo legal. "Ciro" em juízo
confessou a prática do delito, havendo prova que não ostenta
qualquer outro antecedente criminal e tendo, por outro lado, a
"res furtiva" sido avaliada em R$ 10,00. A respeitável sentença
condenatória transitou em julgado para o Ministério Público e "
A" tempestivamente, apelou e arrazoou. Em grau de recurso
( apelação nº155.099/1), a 11ª Câmara do Tribunal competente
negou provimento ao recurso de apelo, contra o voto do juiz
revisor. O julgador que entendeu ser o caso de acolher as
ponderações da defesa, aduziu que, sendo o apelante primário, e
de pequeno valor o prejuízo causado, não podia prevalecer a pena
corporal, que importaria em contrariar as disposições do
parágrafo 2º, do art. 155 do Código Penal. O venerando acórdão
foi publicado na data de hoje.
Questão: adotar a medida cabível, em
favor do apelante " Ciro". Justifique e de a tramitação.
Modelo prático
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Relator, da Apelação
Criminal n. 155.099/1 em trâmite perante a 11ª Câmara Criminal
do Egrégio Tribunal de Justiça, do Estado de São Paulo,
( pular 1 linha )
Apelação nº 155.099/1
( pular 8 linhas )
"Ciro", qualificado nos autos da
apelação em epígrafe, por seu advogado no final assinado, vem
respeitosamente `a presença a ilustre presença de Vossa
Excelência, tempestivamente, com fundamento no art. 609,
parágrafo único, do Código de Processo Penal, opor EMBARGOS
INFRINGENTES, ao venerando acórdão de fls.... .
Nestes termos, com as razões anexas,
Pede e espera deferimento.
( pular 2 linhas)
Advogado ___________
O.A.B./ ____ nº_________
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO,
( pular 2 linhas)
DOUTO PROCURADOR GERAL DE JUSTIÇA:
( pular 2 linhas )
COLENDA CÂMARA (justiça estadual)
COLENDA TURMA (justiça federal)
( pular 2 linhas)
EMÉRITOS JULGADORES:
( pular 2 linhas)
Muito embora houvesse por bem este E.
Tribunal negado provimento ao recurso de apelo, ora interposto,
sem unanimidade, a razão está para o voto vencido, como vejamos:
( pular 1 linha )
DOS FATOS
Trata-se de condenação, por infração
ao artigo 155, caput, do Código Penal, `a pena de 2 ( dois) anos
de reclusão e multa, tendo sido aplicada a suspensão condicional
da pena pelo prazo legal.
O embargante não ostenta antecedentes
criminais, e a "res furtiva" , laudo de fls..., foi avaliada em R$
10,00 (dez reais).
( pular 1 linha )
Negou-se provimento ao apelo, votação
não unânime.
( pular 1 linha )
DO VOTO VENCIDO
ou
DAS RAZÕES DO VOTO VENCIDO:
( pular 1 linha)
O voto vencido do eminente julgador,
merece transcrição:
( pular 1 linha )
Aduziu que :
" em sendo o apelante primário, e de
pequeno valor o prejuízo causado, não podia prevalecer a pena
corporal que importaria em contrariar as disposições do
parágrafo 2º, do art.155, do Código Penal" .
( pular 1 linha )
Evidente que mantendo-se a decisão,
estaríamos por contrariar dispositivo legal, ainda mais sendo
reconhecidos pela r. sentença, tais requisitos que tornam o
furto privilegiado.
( pular 1 linha )
Celso Delmanto, em Direitos Públicos
Subjetivos do Réu, no Código Penal Comentado, fl. 269, com a
propriedade que lhe é inerente, comenta:
( pular 1 linha )
" Se comprovados os dois requisitos
não pode o magistrado deixar de concedê-lo, pois, preenchidas as
condições que o parágrafo 2º prevê, este constitui direito
público subjetivo do agente ".
( pular 1 linha)
Neste sentido, é a sustentação
jurisprudencial:
( pular 1 linha )
" Presente o binômio, primariedade do
réu e pequeno valor da subtração, é indisputável a incidência do
disposto no parágrafo 2º do art. 155 do Código Penal" ( JUTACRIM
79/27).
( pular 1 linha)
no presente caso, não há como
sustentar situação diversa, pois, assim sendo, estaríamos
negando ao embargante um direito que lhe assiste, como bem
pondera o voto vencido, em seus argumentos.
REQUERIMENTO
( pular 1 linha)
Assim, requer-se o acolhimento dos
embargos, para que prevaleça o voto vencido, aplicando, para
tanto, o parágrafo 2º do art. 155, do Código Penal.
(pular 1 linha).
Sendo esta medida certa de Justiça !
Barretos, 11 de janeiro de 2001.
(pular 2 linhas)
Advogado _____________
O.A.B. / ____ nº_________
Casos práticos sobre a matéria.
1 – “Tangerina" encontra-se preso em razão de sentença
condenatória proferida pelo M.M. Juiz da 1º Vara Criminal de
Fortaleza-CE, por ter infringindo o art. 213 do CP. A sentença
aplicou ao réu a pena de seis anos de reclusão. Interposto
recurso de apelação, revisor e relator negaram provimento ao
apelo da defesa, mantendo a decisão recorrida, ao passo que o
terceiro juiz, vencido em parte, deu provimento parcial ao
referido recurso, para anular " ab initio" o processo no tocante
ao crime de estupro, dada à ausência de representação da vitima,
que nesse sentido, causou a ilegitimidade " ad causam" do
Ministério Público , conforme acórdão publicado hoje.
Questão: Como advogado de “Tangerina”, elabore a peça
competente.
2 - Marcondes, nascido em 20 de janeiro de 1983, subtraiu para
si de uma padaria uma, duas barras de chocolate, um pacote de
pão de forma, e três pacotes de salame italiano, avaliados em R$
125,00. Denunciado pelo Ministério Público e após regular
instrução criminal, foi condenado a pena de 1 (um) ano de
reclusão, sendo-lhe concedido o benefício do sursis .
Inconformado com a decisão o acusado recorreu. Julgado o recurso
pelo Tribunal competente, a sentença foi mantida por maioria de
votos, sendo que o magistrado vencido, embora mantivesse a
condenação, reduzia a pena para 08 (oito) meses de detenção em
razão do privilégio disposto no próprio tipo penal, convertendo
a pena corporal em restritiva de direito, em conformidade com o
que dispõe o art. 44 do CP. Determinado acordão foi publicado há
5(cinco) dias.
Questão: como advogado de Marcondes, tome a providência judicial
cabível.
AGRAVO EM EXECUÇÃO
Cabimento/Utilização
.Das Decisões do Juiz da Execução (art. 66 da Lei 7210/84)
Amparo legal
Art. 197 da Lei 7.210/84
Forma de Endereçamento/Estrutura:
Este recurso é composto de duas peças, dentre as quais temos:
Interposição: Dirigida ao Juiz das Execuções (deve ser
elaborado juízo de retratação).
Razões: Ao Egrégio Tribunal de Justiça, Seção Criminal, ou
Tribunal Regional Federal.
Prazo
O prazo para esta peça é de 5 (cinco) dias para a interposição
e de 2 (dois) dias para as razões, tendo em vista que para a
maioria da doutrina e jurisprudência possui o mesmo procedimento
do RESE.
Terminologia apropriada a ser
utilizada:
AGRAVANTE/AGRAVADO.
Do Efeito
Em regra, só efeito Devolutivo, portanto, salvo nos casos do
art. 179 da LEP, onde, excepcionalmente possui efeito
suspensivo.
Procedimento
Após interposto o agravo, o juiz determina abertura de vista ao
Ministério Público para as contra-razões, e após, o mesmo poderá
se retratar ( juízo de retratação). Na hipótese do magistrado
manter sua decisão, este remeterá os autos ao Tribunal onde,
após as formalidades de praxe, como vista do procurador e
relator será julgado.
Observações imprescindíveis:
No caso de ser negado seguimento ao agravo, admite-se Carta
Testemunhável.
Possui juízo de retratação, que deve ser redigido na
interposição.
O agravo em execução é idêntico ao RESE, todavia elaborado em
época de execução da pena ou medida de segurança.
ROTEIRO/ ESTRUTURA:
Interposição dirigida ao Juiz das Execuções Criminais
Razões: ao Egrégio Tribunal.
CASOS REFERENTES À MATÉRIA:
1 - "TICO" foi processado por infração ao art. 157, § 2º,
incisos I e II do CP. Foi condenado pela 7ª, 10ª e 22ª Varas
Criminais, sendo apenado, em cada uma delas em 5 anos e 4 meses
de reclusão, mais pena de multa, tendo como vítimas 3 casas de
loteria, todas situadas na Capital. Requereu-se ao juízo
competente a unificação de penas, sendo o pedido indeferido sob
o fundamento de que, sendo diversas as vítimas que se viram
envolvidas no comportamento criminoso do agente, estando em jogo
bem jurídico personalíssimo, não caberia, portanto, a ficção
jurídica do crime continuado.
Questão: você como advogado de "Tico" , interponha o recurso
competente para o caso.
2 - MÁRIO, por infração ao art. 157, parágrafo 2º, I e II do
Código Penal, foi condenado pelas 1ª, 2ª e 4ª Varas Criminais,
sendo apenado em cada uma delas a 5 anos e 1 mês de reclusão e
multa. Os fatos ocorreram todos no mesmo dia, tendo como vítimas
três postos de combustíveis, localizados na cidade de
Florianópolis-SC. Requereu ao Juiz competente a unificação de
penas, sendo indeferido o pedido, sob o argumento de que sendo
diversas as vítimas que se viram envolvidas no comportamento
criminoso do agente, estando em jogo principalmente, bem
jurídico personalíssimo, não há que se falar em crime
continuado. Questão: apresente o recurso cabível, ao caso.
3 - TÍCIO, foi preso em flagrante delito pelo delito de roubo,
descrito no art. 157 do C.P. A instrução criminal se encerrou
após 05 meses de sua prisão, e mesmo foi condenado a pena de 2
anos e 5 meses de reclusão, motivo pelo qual não lhe foi
concedido o benefício da suspensão condicional da pena. Você foi
contratado para ser o advogado de DADA após a sentença ter
transitado em julgado, motivo pelo só lhe restou pedir a
detração penal em favor do condenado. Porém, seu pedido foi
indeferido. Questão: Solucione imediatamente o caso de seu
cliente, redigindo a devida peça processual.
LIVRAMENTO CONDICIONAL
Fundamento legal
Art. 83 e seguintes, do Código Penal, c.c. o art. 131 e
seguintes da Lei 7210/84.
Forma/Estrutura
É formada por uma única peça que, necessariamente deverá ser
instruída com documentos, por exemplo, atestado de conduta e
permanência carcerária, proposta de emprego, etc.
Para quem endereçar? Deve ser sempre endereçado ao Juiz da Vara
das Execuções Criminais, que também será o responsável pelo
julgamento.
Cabimento/Requisitos:
Somente em fase de execução penal, o que acarreta dizer que
será apenas após o trânsito em julgado da sentença. Requisitos :
- Que o condenado que estiver preso tenha cumprido mais de um
terço da pena
- No caso de condenado reincidente em crime doloso, o preso
deve ter cumprido mais da metade da pena;
- No caso do condenado em crime hediondo deve ter cumprido mais
de dois terços da pena, desde que não seja reincidente
específico.
- O preso deve preencher os requisitos objetivos e subjetivos.
Terminologia correta a ser utilizada:
REQUERENTE.
Tramitação/Andamento:
Determinado pedido é enviado ao juiz juntamente com os
documentos, realização dos exames criminológicos, parecer do
Conselho Penitenciário, parecer do MP, conclusão, decisão.
Requisitos: o condenado preso deve ter bom comportamento
carcerário, demonstrar certa aptidão para o trabalho, reparar o
dano causado pelo crime ou demonstrar qual a impossibilidade de
não fazê-lo.
Observação imprescindível:
Nunca requeira o alvará de soltura, porque se o juiz deferir o
livramento condicional determinará a realização de cerimônia e
expedição de carteira.
Caso Prático
Artur foi condenado a cinco anos de reclusão pela prática do
roubo, sendo que determinada decisão já transitou em julgado. Já
cumpriu mais de um terço da pena preso, tem a seu favor um bom
comportamento carcerário, não sendo reincidente, e ainda
trabalhando internamente no presídio.
Questão : adotar a medida judicial cabível para a soltura de
Artur.
Modelo Prático
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara das
Execuções Criminais da Comarca de_________, Estado de Minas
Gerais,
( pular 1 linha)
Execução nº___
(pular 8 linhas)
ARTUR, qualificado nos autos da
execução supra, através de seu advogado, que esta subscreve,
vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com
fundamento no artigo 83 e seguintes do Código Penal, combinados
com o art. 131 e seguintes da Lei 7.210/84 requerer LIVRAMENTO
CONDICIONAL sendo que para tanto, expõe o quanto segue:
(pular 1 linha)
O requerente foi condenado ao
cumprimento de 5 anos de reclusão, pelo fato de ter sido provado
ser ele o autor do crime de roubo, sendo que, tal decisão já
transitou em julgado.
(pular 1 linha)
Desta pena imposta, o réu já cumpriu
um terço integralmente preso, fato este que pode ser verificado
pelo cálculo de liquidação de pena às fls...., e certidão de
permanência de permanência carcerária (doc. 2).
(pular 1 linha)
Durante este período que esteve no
cárcere, manteve bom comportamento e trabalhou internamente,
fato este facilmente comprovado pela certidão de conduta
carcerária (doc.2)
(pular 1 linha)
Com relação aos antecedentes, certo
que o requerente não é reincidente, segundo consta pela certidão
de antecedentes criminais( doc. 03)
(pular 1 linha)
Possui, devido a sua aptidão ao
trabalho promessa de emprego para quando sair do presídio
(doc.04), e comprova também que possui moradia certa (doc. 5).
(pular 1 linha)
Desta forma, presentes os requisitos
legais, requer a Vossa Excelência, após parecer do Conselho
Penitenciário, e o ilustre representante do Ministério Público,
a concessão do pedido de condicional, prosseguindo-se nas demais
formalidades legais.
(pular 1 linha)
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
(pular 2 linhas)
Local e data
(pular 2 linhas)
Advogado__________
O.A.B./ ____ nº________
CASOS REFERENTES Á MATÉRIA:
1 – ANTUNES, primário, foi condenado ao cumprimento de pena de 6
(seis) anos de reclusão pela prática de homicídio simples. Já
cumpriu mais de um terço da pena preso, detém bom comportamento
carcerário, além de trabalhar internamente, aprendeu ofício,
tendo inclusive, indenizado no cível o dano causado pelo crime e
por fim não é reincidente. Questão: Como advogado de Antunes, o
defenda requerendo que de direito.
2- “ROGER”, fora condenado pela prática de homicídio
qualificado. A pena aplicada foi de 12 (doze) anos de reclusão
em regime fechado. Encontra-se recolhido na Penitenciária do
Estado do Rio de Janeiro. Não é reincidente. Em ação própria na
esfera cível reparou o dano.
Já cumpriu mais de 2/3 (dois terços) da pena imposta, sempre com
excelente comportamento carcerário, aprendeu ofício e já tem
emprego certo para quando estiver em liberdade. Questão: Como
advogado de “ROGER” lance mão da medida cabível visando sua
libertação.
3 - Marcos Abadia foi processado pelo MM. Juiz da 1a. Vara
Criminal Federal da Subseção Judiciária de São Paulo, por ter
sido pilhado, no dia 12 de janeiro de 2003, na posse de 1,2
quilo de substância entorpecente conhecida como cocaína.
Regularmente processado, o réu foi condenado nas penas do art.
12 da Lei 6368/76 (Lei vigente à época do fato), a três anos de
reclusão, em regime integralmente fechado. O magistrado facultou
ao réu o direito de recorrer em liberdade,força de ser primário,
sem antecedentes e não ser participante de quadrilha ou bando.
Intimado pessoalmente, o réu recorreu da decisão. O Tribunal
Regional Federal, por acórdão de fls., confirmou a decisão
condenatória. Com o trânsito em julgado, expediu o competente
mandado de prisão. Preso o condenado, foi expedida guia de
recolhimento, encontrando-se o réu preso há 2 anos na
Penitenciária Estadual de Avaré, Estado de São Paulo. Nada ainda
foi postulado em seu favor. Como advogado recém constituído de
Marcos, postule em seu favor junto ao juízo competente.
REABILITAÇÃO CRIMINAL
Observações Preliminares sobre a peça: " É uma peça
especificamente utilizada para quem deseja limpar marcas do
passado, assim como obter sigilo de seus antecedentes.
Fundamentos Legais
Art. 93, parágrafo único do Código Penal combinado com o art.
743 do Código de Processo Penal.
Endereçamento
Essa peça é encaminhada sempre para o juiz da condenação.
Denominação do Postulante
O indivíduo que ingressa -via procurador - com pedido de
reabilitação criminal recebe a denominação de REQUERENTE.
Prazo
Prazo mínimo de dois anos após o cumprimento ou extinção da
pena.
Hipótese
Necessário frisar, que essa peça é utilizada nos casos em que o
indivíduo queira limpar as marcas do passado, em sua ficha de
antecedentes, ou seja, obter sigilo de seus antecedentes.
Forma
Compõe-se, exclusivamente, por uma única peça, instruída com
documentos comprobatórios.
Requisitos
Deve existir a comprovação de domicilio no país , pelo prazo
mínimo de 2 anos.
O prazo de dois anos após o cumprimento ou extinção da pena, por
algum motivo, também deve ser respeitado.
O comportamento não só no âmbito público mais também no privado
deve ser demonstrado.
Deve existir ainda, uma prova da reparação do dano ou
impossibilidade de o fazer, ou algum documento que demonstre a
renúncia da vítima, ou novação da dívida.
Observações imprescindíveis
No caso de existir várias condenações, deve ser requerida uma
reabilitação para cada condenação.
Alguns efeitos da condenação são parcialmente suspensos.
Na hipótese do pedido de reabilitação ser negado, admite-se
recurso ou apelo, ou ainda, que se entre com um novo pedido de
reabilitação, desde que instruído com novos documentos.
Não devemos esquecer que o juiz ao deferir o pedido de
reabilitação, recorre sempre de ofício.
A função especifica da reabilitação é a de obter sigilo junto a
ficha de antecedentes criminais.
Caso prático
Artur teve um passado tumultuado, a cerca de quinze anos atrás
teve várias condenações por diversos crimes em diversas Varas
Criminais De Ribeirão Preto, todas elas com extinção de
punibilidade declarada a mais de seis anos. Hoje, já mais velho
e maduro, Artur procura seu advogado para limpar sua folha de
antecedentes.
Indaga-se: qual a solução cabível para seu cliente neste caso.
Modelo Prático
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara
Criminal da Comarca de _________, Estado do Amazonas,
( pular 8 linhas)
ARTUR, já qualificado nos autos do
processo nº__/__, que tramitou perante esta Vara e respectivo
Cartório, estando o feito já arquivado na caixa nº___, através
de seu advogado, no final, assinado, vem mui respeitosamente à
presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 93 e
seguintes, do Código Penal, combinado com o art. 743 e
seguintes, do Código de Processo Penal, requerer a REABILITAÇÃO
CRIMINAL, expondo e requerendo o quanto se segue:
(pular 1 linha)
O requerente foi condenado, sendo que
a decisão já transitou em julgado, sendo declarada extinta a
punibilidade há mais de 6 (seis) anos, conforme vislumbra-se
pela certidão em anexo (doc. 1).
(pular 1 linha)
Durante este período supra mencionado,
possuiu domicilio no país, fato este facilmente comprovado pelo
contrato de locação em anexo (doc.2), assim como, demonstrou
excelente comportamento público e privado, constatado pelas
certidões e declarações (docs. 3/7)
(pular 1 linha)
Derradeiramente, não podemos nos
esquecer que ressarciu integralmente o dano causado pelo crime,
fato este comprovado por documento assinado pela própria vítima.
(doc. 8)
(pular 1 linha)
Desta maneira, requer:
O desarquivamento destes autos;
Vista ao ilustre representante do
Ministério Público;
Concessão do Pedido de Reabilitação;
Conseqüente comunicação ao Instituto
de Identificação e Estatística.
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
(pular 2 linhas)
Local e data
(pular 2 linhas)
Advogado_________
O.A.B./ ____ nº______
CASOS REFERENTES À MATÉRIA
1 - Nenê hoje com 35 anos de idade, acerca de dez anos atrás
teve um passado conturbado com duas condenações por furto na
primeira Vara Criminal de Campinas-SP, todas elas com extinção
de punibilidade declarada há mais de cinco anos. Preocupado com
a possibilidade da empresa, onde trabalha descobrir, lhe
procura, para atuar como seu advogado para que obter sigilo em
seu registro de antecedentes criminais. Nenê, informou que
reparou integralmente os danos caudados pelos delitos, além de
residir no mesmo endereço há mais de vinte anos, além de possuir
com comportamento público e privado, conforme atestam os
documentos que trouxe a seu escritório de advocacia. Questão:
Elabore a medida cabível para o caso.
2 - Zezé no período compreendido entre seus dezoito e vinte
cinco anos praticou vários delitos na cidade de Brasília-DF,
todas elas com extinção da punibilidade há 3 anos. Atualmente,
mais responsável, pastor de uma igreja, e morando há mais de 2
anos em uma casa de aluguel, procura você tentando buscar uma
saída para obter sigilo em sua folha de antecedentes criminais.
Questão: Como advogado de Zezé, elabore a peça adequada para o
caso.
REVISÃO CRIMINAL
Observações Preliminares sobre a peça: É utilizada apenas e tão
somente após o trânsito em julgado de uma sentença condenatória.
Para sua interposição, é necessário a existência de novas
provas, novos fatos, depois do trânsito em julgado da sentença
condenatória.
Fundamentos Legais
Art. 621 do Código de Processo Penal
Endereçamento
Sempre dirigida ao Tribunal.
Denominação do Postulante
O indivíduo que ingressa, via procurador, com a revisão
criminal recebe a denominação de REVISIONANDO.
Prazo
Diferentemente de outras peças processuais no âmbito penal, a
revisão criminal não possui prazo determinado, podendo,
inclusive, ser intentada após a morte do condenado ("in
memorian"), porém, é importante não nos esquecermos que a
revisão criminal só poderá ser intentada após o trânsito em
julgado da sentença condenatória.
Hipótese
Importante reforçar a idéia de que a revisão criminal só pode
ser intentada após o trânsito em julgado da sentença penal
condenatória, desde que haja agora um fato novo ou uma prova
nova da inocência do condenado.
Forma
É composta, exclusivamente, por uma única peça, devendo ser
juntada a certidão de trânsito em julgado da sentença
condenatória.
Observações imprescindíveis
É um recurso exclusivo da defesa, podendo afirmar, desta forma,
que não há reforma para pior, ou seja, não existe "reformatio in
pejus".
A revisão criminal é o único meio capaz de limpar ou mesmo tirar
o nome do réu do rol dos culpados, devendo ser interpretado
como, meio para provar o erro judiciário.
No pedido de revisão criminal, dentre outras coisas, deve ser
requerido o direito a justa indenização que, depois de
reconhecido na área criminal, na área civil só será determinado
o seu valor.
No caso da recusa do Tribunal em receber a revisão, admite-se
agravo regimental.
Atenção
Se houver uma sentença condenatória
com trânsito em julgado, o réu estando prestes a ser preso,
surgindo novas provas, a opção deverá ser pelo "Habeas Corpus",
fato este justificado pela prisão iminente.
Em hipótese alguma deve-se esquecer de juntar a certidão de
trânsito em julgado da sentença condenatória.
Caso Prático
Artur, casado, caminhoneiro, foi condenado ao cumprimento de uma
pena de 4 anos de reclusão, pelo crime de roubo. Ocorreu o
trânsito em julgado.
Tempos depois, foi preso em flagrante Alberto vulgo " kiwi", que
tinha, inclusive, ordem de prisão decretada. Em seu
interrogatório judicial, o mesmo confessou a prática de diversos
delitos, dentre os quais, o crime na qual Artur foi condenado.
Já tendo cumprido parte do período de prisão a que foi
condenado, e estando de condicional, Artur tem conhecimento do
fato ocorrido, através de familiares.
Artur, então, procura na data de hoje, seu advogado, para que
sejam tomadas as providências. Justifique e de a tramitação.
Modelo Prático
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios,
(pular 8 linhas)
Artur, brasileiro, casado,
caminhoneiro, portador do RG nº___________, e CPF nº________,
residente e domiciliado na rua ____, nº____, na cidade de
________, por seu advogado, no final assinado (procuração em
anexo), vem mui respeitosamente perante esse Egrégio Tribunal,
promover de conformidade com o art. 621 e seguintes do Código de
Processo Penal, a competente REVISÃO CRIMINAL, pelos fatos e
fundamentos abaixo elencados:
(pular 1 linha)
O revisionando sofreu processo crime
como incurso no art. 157 do Código Penal, autos nº____/__, que
tramitou perante a Egrégia __Vara Criminal da Comarca de
Barretos, tornando-se a sentença irrecorrível, conforme certidão
de trânsito em julgado em anexo ( doc. 2)
(pular 1 linha)
Os autos encontram-se arquivados na
caixa nº___/__, conforme mencionado na certidão supra
mencionado.
(pular 1 linha)
Na data de __ /__ / ___, em razão de
já ter cumprido mais de 1/3 da pena imposta, e devido ao seu bom
comportamento carcerário, obteve a suspensão condicional, em
conformidade com a certidão fornecida ( doc. 3).
(pular 1 linha)
DOS FATOS
(pular 1 linha)
DA PROVA NOVA
(pular 1 linha )
O ora revisionando, em liberdade numa
reunião com familiares, descobriu o seguinte fato:
(pular 1 linha)
Que em virtude, de uma prisão em
flagrante , havia sido preso um indivíduo cujo o nome era
Alberto que, entre outros delitos, confessou ser autor do crime
pelo qual o revisionando foi responsabilizado
( pular 1 linha )
Determinada prova foi colhida nos
autos do processo crime nº___ /__, que esta tramitando perante
a Egrégia __ Vara Criminal da Comarca de ____, conforme
vislumbra-se com a leitura da certidão de todo o interrogatório
fornecida, ora em anexo ( doc. 04 ).
OU
( pular 1 linha).
DA INJUSTA CONDENAÇÃO
(pular 1 espaço)
Torna-se notória, portanto, o erro
judiciário sofrido pelo revisionando, pois foi condenado por um
crime que não cometeu.
(pular 1 linha )
Determinada situação lhe ocasionou prejuízos, não lhe restando
outra maneira se não a revisional.
DO DIREITO APLICÁVEL À ESPÉCIE:
O Código de Processo Penal, em seu
artigo 621, estabelece:
(pular 1 linha)
" A revisão de processos findos será
admitida:
III. quando após a sentença, se
descobrirem novas provas de inocência do condenado..." (grifo
nosso)
(pular 1 linha)
O acolhimento e provimento da presente
revisão criminal, tornando-se sem eficácia a r. sentença
condenatória, restabelecendo-se a primariedade, com a
declaração de sua inocência.
(pular 1 linha )
Outrossim, requer ainda que esse
Egrégio Tribunal, de conformidade com o art. 630 do Código de
Processo Penal, reconheça o direito a justa indenização.
(pular 1 linha )
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
(pular 2 linhas)
Local e data
(pular 2 linhas)
Advogado _________
O.A.B. / ____. nº_____
(pular 3 linhas )
CASOS REFERENTES À MATÉRIA
1 - Jajá foi processado e condenado a pena de 8 (oito) anos de
reclusão, pelo crime de estupro de vulnerável ( 217-A do C.P),
pelo fato de ter cometido ato libidinoso, com sua afilhada Sisi.
Passado um ano da sentença condenatória com trânsito em julgado,
Sisi confessa para sua prima que armou tudo para que sua mãe,
não ficasse ao lado do padrasto. A prima imediatamente conta
para seus familiares, que procuram você como advogado para
tentarem solucionar o problema. A sentença trânsitou em julgado
e Jajá encontra-se preso na cadeia da comarca de Barretos-SP, há
1 (um) ano. Já fora elaborada a justificação onde a suposta
vítima admitiu suas inverdades. Questão: Como advogado de Jajá
interponha a medida judicial cabível.
2 - MANUR, foi condenado, por sentença transitada em julgado a
cumprir pena de 6 (seis) anos de reclusão em regime prisional
fechado, como incurso nas sanções do artigo 213 caput do Código
Penal, eis que teria constrangido “GIGI”à conjunção carnal
mediante grave ameaça. Decorridos 2 (dois) anos do trânsito em
julgado e encontrando-se em cumprimento de pena, GIGI confessa
a sua amiga LULU que antes dos fatos, já namorava o réu e que
com ele havia mantido relação sexual por sua própria vontade.
Relatou também, que o acusou de crime, porque o réu rompera
definitivamente com o namoro. LULU imediatamente procurou os
familiares do réu transmitindo-lhes os fatos que integram a
justificação criminal já realizada. Questão: Como advogado tome
a medida judicial cabível em favor do réu.
3 – Felício foi condenado como incurso nas penas do art. 157,
§2º, II, do CP, porque no dia 14/10/2007 teria dado voz de
assalto a Paulo, e munido de uma arma de brinquedo, subtraído
dele o relógio Rolex que possuía.
Da prova produzida em juízo, foram ouvidos 2 policiais militares
que prenderam o réu em flagrante, na posse do relógio e da arma.
A vítima não reconheceu o acusado como sendo autor do fato,
alegando que estava muito escuro. O Réu, a seu turno, negou a
autoria e disse que passava pelo local onde foi abordado pelos
PM’s quando viu a guarnição já na posse dos 2 objetos. Disse que
o PM Mário é seu inimigo pessoal e que inclusive já tentou
contra sua vida.
Mesmo assim, na sentença o juiz entendeu bem provada a acusação
e julgou totalmente procedente a ação, condenando o réu a 5 anos
e 4 meses de reclusão, em regime fechado.
Observa-se que o réu é primário e de bons antecedentes e que
durante a audiência foi retirado da sala a pedido da vítima pelo
juiz, mesmo estando disponível equipamento de vídeo conferência.
A sentença transitou em julgado e agora o condenado lhe procura,
pois pretende limpar seu nome, dado que entende ter sido
injustamente condenado. Como Advogado de Felício, tome as
medidas cabíveis.
PROTESTO POR NOVO JÚRI
Informamos que este recurso foi expressamente revogado
pela Lei 11.689/08, todavia parte da doutrina entende
que, para os processos que estavam em andamento, a bem
da ampla defesa, possa ser apresentado.
Fundamentação legal
Art. 607 do Código de Processo Penal.
Estrutura/ Forma
É formada por uma única peça, simples, sem entrar no
mérito, postulando apenas novo julgamento.
Endereçamento
É encaminhada ao Juiz Presidente do Egrégio Tribunal do
Júri, que será o responsável pelo julgamento.
Prazo
É de 5 (cinco) dias, contadas apenas da prolação da
sentença.
Utilização/Cabimento
Quando a sentença do Tribunal do Júri, for superior ou
igual a vinte anos de reclusão. Determinado pedido só
pode ser interposto uma única vez, sempre no primeiro
julgamento e, para efeito de protesto não se admite a
somatória das penas, também não será admitido quando a
pena imposta for em virtude de grau de apelação.
Terminologia apropriada a ser utilizada
RECORRENTE/RECORRIDO.
Procedimento
O recurso é interposto, vai ao juiz(concluso), daí sai
a decisão.
Observações imprescindíveis:
Este recurso é exclusivo da defesa, sendo que a parte
contrária não oferece as contra-razões.
Em caso de recusa do juiz receber o protesto por novo
júri, admite-se carta testemunhável.
Na hipótese do advogado apelar, quando na verdade
deveria entrar com o protesto, o juiz receberá o apelo
com o se protesto fosse, aplica-se neste caso princípio
da fungibilidade recursal.
MACETES/DICAS
Seu cliente foi julgado pelo Tribunal de Júri e foi
condenado a vinte anos ou mais.
Não é admitido o protesto quanto o limite de 20 anos ou
mais, ocorreu com a somatória de vários crimes. Assim,
não caberá em concurso material de crimes e concurso
formal imperfeito.
ESTRUTURA /MODELO PRÁTICO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Presidente do Egrégio
Tribunal do Júri da Comarca de _______, do Estado de
São Paulo,
(pular 2 linhas)
Processo nº___/___
(pular 8 linhas)
SEU CLIENTE, já qualificado
nos autos do processo referenciado, através de seu
advogado, no final assinado, vem, mui respeitosamente
na presença de Vossa Excelência, para interpor o
competente PROTESTO POR NOVO JÚRI, dentro do qüinqüídio
legal, com fundamento no artigo 607 do Código de
Processo Penal, por discordar da r. sentença
condenatória fixada em vinte e um anos de reclusão.
Outrossim, requer, desde de
já, a designação de data para novo julgamento.
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
(pular 2 linhas)
Local e data
(pular 2 linhas)
Advogado___________
O.A.B./S.P. nº________
CASOS PRÁTICOS REFERENTES À MATÉRIA
1 - Sisi foi julgado pelo Tribunal do Júri da cidade de Guaíra-
SP, pela prática do delito de homicídio qualificado, e condenado
a pena de 22 (vinte e dois) anos de reclusão. Questão: como
advogado de Sisi, interponha a medida cabível.
2 – JUJU, reincidente, foi julgada e condenada pelo Tribunal do
Júri, pela prática de homicídio triplamente qualificado. A pena
aplicada fora de 25 (vinte e nove) anos de reclusão em regime
fechado. Questão: como advogado de JUJU, interponha a medida
judicial cabível ao caso.
CARTA TESTEMUNHÁVEL
Observações Preliminares: É utilizada para as decisões que
denegarem o recebimento ou obstarem o prosseguimento do Protesto
Por Novo Júri, Recurso em Sentido Estrito e o Agravo em
Execução.
Fundamentação legal:
Art. 639 e seguintes, do Código de Processo Penal.
Forma de Endereçamento/ Estrutura:
Determinado recurso é composto por duas peças, dentre as quais
temos:
1. DE INTERPOSIÇÃO: ao escrivão do feito.
2. RAZÕES: ao Egrégio Tribunal de Justiça, Seção Criminal, ou
Tribunal Regional Federal.
Prazo: 48 (quarenta e oito horas).
Cabimento/Utilizado:
Das decisões que denegarem ou obstarem o seguimento do Protesto
por Novo Júri, Recurso em Sentido Estrito ou Agravo em Execução.
Terminologia apropriada a ser utilizada:
RECORRENTE/RECORRIDO.
Observações imprescindíveis:
A ) Não é um recurso exclusivo da defesa.
B ) Possui Juízo de retratação.
Forma de Interposição / Modelo Prático
Ilustríssimo Senhor Escrivão do ___Ofício Criminal da Comarca de
____________, Estado de São Paulo,
(pular 1 linha)
Processo nº__/_
(pular 8 linhas)
Nome do Cliente, qualificado nos autos
do processo em epígrafe, via de seu advogado que esta subscreve,
vem, perante Vossa Senhoria, interpor a competente CARTA
TESTEMUNHÁVEL, nos termos do artigo 639 e seguintes do Código de
Processo Penal, expondo e requerendo o quanto se segue:
( pular 1 linha)
(explicar o motivo de estar interpondo
o carta, e quais as peças deseja cópias)
(pular 2 linhas)
Local e data
( pular 2 linhas)
Advogado__________
O.A.B./S.P. nº_______
IMPORTANTE: deve ser elaborada em folha limpa.
ROTEIRO DAS RAZÕES
RAZÕES DE CARTA TESTEMUNHÁVEL
Egrégio Tribunal _______________________________________.
(pular 1 linha)
Douto Procurador:
(pular 1 linha)
Colenda Câmara:
(pular 1 linha)
Eméritos Julgadores:
(pular 1 linha)
Início/ Introdução
Resumo dos fatos:
Do Direito Aplicável em espécie:
Requerimento
Local e data
Advogado______________
O.A.B. /S.P. nº__________
MANDADO DE SEGURANÇA
Fundamento legal:
Art. 5º, inciso LXIX, da Constituição Federal, combinado com a
Lei 12016/09.
Estrutura/ Forma:
O Mandado de Segurança é composto por uma única peça, que deve
sempre estar acompanhada de documentos.
Para quem deve ser endereçada:
O mandado de segurança deve ser interposto sempre à autoridade
competente imediatamente superior a coatora.
Desta forma, autoridade coatora Delegado - Juiz - Tribunal (São
Paulo) - Tribunal (Brasília).
Prazo:
Para impetrar o mandando de segurança, não há momento processual
específico. Mas não pode ter passado mais de 120 dias da ciência
pelo impetrante do ato impugnado.
Cabimento/Utilização:
O MS é um remédio constitucional garantidor de direito líquido e
certo, não amparado por " Habeas Corpus" ou " Habeas data". Não
pode ser manejado em face de decisão com trânsito em julgado,
nem de decisão da qual caiba recurso com efeito suspensivo (art.
5º. II e III) Pode ser requerida liminar. Da denegação concessão
ou denegação cabe agravo de instrumento (art. 7º. § 1º). Da
sentença cabe apelação e reexame necessário.
Terminologia correta a ser utilizada:
IMPETRANTE/PACIENTE.
Tramitação/Andamento:
O MS perante o juízo "a quo": o pedido deve ser elaborado em
duas vias, sendo que o primeiro ato é a entrada no cartório
distribuidor. Após os autos conclusos, há a possibilidade de se
conceder ou não a liminar, caso postulada. Deve então requisitar
pedido de informações perante a autoridade coatora, vista ao
Ministério Público, conclusão e por fim a decisão.
Caso o MS seja perante o Tribunal: o pedido deve ser elaborado
também em duas vias, a entrada deverá ser dada na secretária,
formalidades de praxe, imediatamente concluso ao Presidente,
possibilidade de conceder ou não pedido de liminar, pedido de
informações perante autoridade coatora, vista ao procurador,
vista ao relator, julgamento, publicação na Imprensa Oficial.
Observações Imprescindíveis:
O Mandado de Segurança possui preferência de julgamento, daí seu
julgamento ser mais rápido.
Na hipótese do Mandado de Segurança ser impetrado no Tribunal, o
mesmo deverá ser feito na pessoa do Presidente.
DETALHES A SEREM OBSERVADOS NO MS EM MATÉRIA CRIMINAL:
Indeferimento do pedido de habilitação nos autos, de assistente
de acusação;
Negativa dos direitos de advogado;
Negativa de devolução; restituição dos bens.
Estrutura Escrita do MS/Forma:
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara
Criminal da Comarca de ____, Estado de _____,
__________, NACIONALIDADE, ESTADO
CIVIL, PROFISSÃO, ENDEREÇO, pelo seu advogado e bastante
procurador (doc. Anexo), com endereço profissional na Rua _____,
vem com o devido respeito perante V. Exa. impetrar Mandado de
Segurança, com fundamento no art. Art. 5º, inciso LXIX, da
Constituição Federal, combinado com a Lei 12016/09, em face de
ato do Ilmo. Delegado de Polícia Titular da 4ª. Delegacia de
Polícia da Cidade de ___, pelos motivos de fato e de direito que
agora articula:
DOS FATOS:
DO DIREITO LÍQUIDO E CERTO:
CONSIRAÇÕES FINAIS:
DA LIMINAR:
DO PEDIDO:
CASOS REFERENTES À MATÉRIA:
1 - Delegado de Polícia da DIG de São Paulo, indeferiu a petição
do advogado Roger, que pretendia ter acesso aos autos do I.P.
001/01, instaurado contra seu cliente Raimundo, existindo
certidão de indeferimento. Roger é regularmente inscrito na
OAB/SP, porém, não quer advogar em causa própria.
QUESTÃO: Na função de advogado de Roger, adotar a medida
cabível.
2 – Pedrinho, a título oneroso e de boa-fé, adquiriu um
automóvel fruto de estelionato praticado por Pedrão. Instaurado
o inquérito policial, a autoridade policial determinou a busca,
a apreensão e o depósito do veículo com o primitivo dono e
vítima da burla. Integrada a ação penal, Pedrinho requereu a
devolução do carro perante o juízo criminal por onde transcorre
o processo, sendo-lhe, porém, negada a pretensão. QUESTÃO:
Propor medida adequada a atender os interesses de Pedrinho.
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL
Observações preliminares sobre a peça: É um recurso utilizado
contra as decisões dos Pretórios que denegam “habeas corpus” ou
mandado de segurança, sendo composto por duas peças.
Fundamentos Legais
102, II – STF
julgar, em recurso ordinário:
a) o "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas-data"e o mandado de injunção decididos em única instância pelosTribunais Superiores, se denegatória a decisão;
Art. 105, inciso II, alíneas “a” e “b”, da Constituição Federal
para o STJ
II - julgar, em recurso ordinário:
a) os "habeas-corpus" decididos em única ou última instânciapelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dosEstados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão fordenegatória;
b) os mandados de segurança decididos em única instânciapelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dosEstados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória adecisão
e artigos 30 a 32 da Lei 8.038/90 para denegação de “Habeas
Corpus” e artigos 33 a 35 da Lei 8.038/90 para Mandado de
Segurança.
Endereçamento
A interposição é dirigida ao Presidente do Tribunal
contra quem se está recorrendo. Já as razões são endereçadas ao
Tribunal em Brasília (STJ ou STF)
Denominação do Postulante
O indivíduo que está recorrendo recebe a denominação
de RECORRENTE ou PACIENTE. A denominação de paciente no recurso
ora em estudo é herdada do “habeas corpus”, peça que quando
denegada dá ensejo ao presente recurso.
Prazo
Os prazos para a interposição e para razões são de 5
(cinco) dias.
Hipótese
O Recuso Ordinário Constitucional, tem ensejo contra
decisões dos Tribunais, seja Tribunal de Justiça (Seção
Criminal) ou Tribunal Regional Federal, nas quais foi denegado
“habeas corpus” ou mandado de segurança.
Forma
Tal recurso em tela é composto por duas peças, a
interposição e as razões, sendo a primeira dirigida ao
Presidente do Tribunal recorrido e a Segunda endereçada ao
Tribunal em Brasília.
Observações imprescindíveis
É um recurso sempre cabível contra decisão de
Tribunal que denegou “habeas corpus” ou mandado de segurança, sendo
que o prazo para a interposição e para as razões são de cinco
dias. Na verdade o ROC, é um “habeas corpus”, só que com o
acréscimo da peça de interposição.
Casos Práticos
A – José, impetrou junto ao Tribunal de Justiça “habeas corpus”,
que após avaliado, foi denegado por maioria de votos.
B – Impetrada ordem de “habeas corpus” perante o Tribunal
competente, este negou-lhe provimento por maioria de votos.
Modelo Prático
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo,
(pular 2 linhas)
“habeas corpus” nº __/__
(pular 8 linhas)
_______, qualificado nos autos de
“habeas corpus”, acima epigrafado, por intermédio de seu advogado e
procurador que esta subscreve, vem, mui respeitosamente à Douta
presença de Vossa Excelência, interpor RECURSO ORDINÁRIO
CONSTITUCIONAL, com fulcro no art. 105, inciso II, alínea “a” da
Constituição Federal, contra o venerando acórdão denegatório do
“habeas corpus”.
Em anexo, as razões recursais,
requerendo, outrossim, o processamento ao Colendo Tribunal.
Nestes termos,
Pede deferimento.
(pular 2 linhas)
Local e data
(pular 2 linhas)
Advogado _______________
O . A . B. / ____ nº _________
Razões
COLENDO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
(pular 4 linhas)
DOUTO PROCURADOR GERAL DA REPÚBLICA
(pular 2 linhas)
EMÉRITOS JULGADORES
(pular 4 linhas)
A decisão denegatória do pedido de
“habeas corpus” merece ser reformada, pois em completo divórcio com
o ordenamento jurídico, assim vejamos:
OS FATOS:
DO DIREITO:
DO PEDIDO
Local e data
(pular 2 linhas)
Advogado ________________
O . A . B. / ____ nº __________
CASOS REFERENTES À MATÉRIA
1 – Cláudio, está sendo processado por ter cometido infração ao
art. 121, parágrafo 2º, incisos II e IV, do Código Penal. Tendo
sido preso em flagrante delito, está recolhido à Penitenciária
do Estado, aguardando a tramitação do feito, que está
paralisado, esperando devolução de cartas precatórias expedidas,
objetivando a oitiva de testemunhas arroladas na denúncia.
Decorridos 100 dias da prisão, impetrou-se “habeas corpus”,
argüindo o excesso de prazo da instrução, além de ser pleiteado
o benefício da liberdade provisória. A câmara julgadora não
concedeu a ordem, afirmando que a gravidade da infração
justificava à manutenção da prisão, e que, por ser tratar de
prova a ser produzida em outra comarca, a demora era
justificável. O acórdão foi publicado há 3 dias.
Questão: Como advogado de Cláudio interponha o recurso cabível.
2 – Pedro, foi denunciado e está sendo processado por infringir
o art. 159 do Código Penal porque, mediante grave ameaça
exercida com arma de fogo, seqüestrou Abravanel, grande
empresário, exigindo de sua família, como condição de
libertação, a importância de R$ 1.000,000,00. Foi autuado em
flagrante delito no momento em que pegava o dinheiro deixado em
local previamente combinado e a vítima foi encontrada ilesa.
O acusado encontra-se preso, por força da prisão em flagrante,
há mais de 190 dias e ainda não se encerrou a instrução
criminal, uma vez que o representante do Ministério Público
insiste na oitiva de duas testemunhas que devem ser ouvidas
através de carta precatória, por residirem em outro Estado.
Requerido o relaxamento do flagrante ao Juízo processante, foi o
mesmo indeferido, ensejando a impetração de ordem de “habeas
corpus” ao Tribunal competente. Tal Pretório denegou a ordem
requerida fundamentando o v. acórdão no fato de que a gravidade
da instrução se sobrepõe ao eventual excesso de prazo,
desconfigurando o alegado constrangimento ilegal.
Questão: Como advogado de Pedro, intente a medida judicial
cabível.
Recurso Especial (para o STJ)
Fundamento legal
105, III - julgar, em recurso especial, as causas decididas,em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federaisou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal eTerritórios, quando a decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
b) julgar válido ato de governo local contestado em face delei federal;
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhehaja atribuído outro tribunal.
Interposição ao presidente do Tribunal recorrido/Razões ao STJ
Estrutura da peça e prazo – Lei eu 8038/90
Art. 26 - Os recursos extraordinário e especial, nos casos previstos na Constituição Federal, serão interpostos no prazo comum de quinze dias, perante o Presidente do Tribunal recorrido, em petições distintas que conterão:
I - exposição do fato e do direito;
II - a demonstração do cabimento do recurso interposto;
III - as razões do pedido de reforma da decisão recorrida.
Pedido no recurso especial
Súmula 456 O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, CONHECENDO DO RECURSOEXTRAORDINÁRIO, JULGARÁ A CAUSA, APLICANDO O DIREITO À ESPÉCIE
Requisito – recurso especial pela divergência
26 Parágrafo único da L. 8038/90 –
Quando o recurso se fundar em dissídio entre a interpretação da lei federal adotada pelo julgado recorrido e a que lhe haja dadooutro Tribunal, o recorrente fará a prova da divergência mediante certidão, ou indicação do número e da página do jornal oficial, ou do repertório autorizado de jurisprudência, que o houver publicado.
Súmula 369 do STFJULGADOS DO MESMO TRIBUNAL NÃO SERVEM PARA FUNDAMENTAR O RECURSOEXTRAORDINÁRIO POR DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL
Denegação do processamento
Art. 28 - Denegado o recurso extraordinário ou o recurso
especial, caberá agravo de instrumento, no prazo de cinco dias,
para o Supremo Tribunal Federal ou para o Superior Tribunal de
Justiça, conforme o caso.
MODELO PRÁTICO
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do
Tribunal de Justiça, do Estado de São Paulo,
(pular 2 linhas)
APELAÇÃO CRIMINAL nº __/__
(pular 8 linhas)
_______, qualificado nos autos de
APELAÇÃO CRIMINAL acima epigrafado, por intermédio de seu
advogado e procurador que esta subscreve, vem, mui
respeitosamente à Douta presença de Vossa Excelência, interpor
RECURSO ESPECIAL, com fulcro no art. 105, inciso III, alínea “a”
da Constituição Federal, em face do V. Acórdão que ...
Em anexo, as razões recursais, requerendo,
outrossim, o recebimento e processamento do recurso.
Nestes termos,
Pede deferimento.
(pular 2 linhas)
Local e data
(pular 2 linhas)
Advogado _______________
O . A . B. / ____ nº _________
Razões
COLENDO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
(pular 4 linhas)
DOUTA PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA
(pular 2 linhas)
EMÉRITOS JULGADORES
(pular 4 linhas)
A decisão do E. Tribunal de Justiça
merece ser reformada, pois em completo divórcio com o
ordenamento jurídico, assim vejamos:
DOS FATOS:
DO CABIMENTO DO RECURSO INTERPOSTO:
DO DIREITO:
DO PEDIDO
Local e data
(pular 2 linhas)
Advogado ________________
O . A . B. / ____ nº __________
CASOS REFERENTES À MATÉRIA
1 - Marcos foi processado como incurso nas penas do art. 157,
§2, I, CP porque teria subtraído, com emprego de arma de fogo, o
relógio de Mauro. Ao fim do processo, foi condenado a pena de 5
anos e 4 meses de reclusão, no regime fechado. Observa-se dos
autos que o réu é primário e a arma estava desmuniciada.
O Acórdão que confirmou a condenação acaba de ser publicado.
Interponha o Recurso cabível, tratando especificamente da
incorreta aplicação da Lei Federal.
Recurso Extraordinário (ao STF)
CRFB/88
ART. 102, Competências do STF
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causasdecididas em única ou última instância, quando a decisãorecorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou leifederal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado emface desta Constituição.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal
Repercussão Geral
§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a
repercussão geral das questões constitucionais discutidas no
caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a
admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação
de dois terços de seus membros.
Súmulas relevantes sobre especial e extraordinário356
O PONTO OMISSO DA DECISÃO, SOBRE O QUAL NÃO FORAM OPOSTOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS, NÃO PODE SER OBJETO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO, POR FALTARO REQUISITO DO PREQUESTIONAMENTO
252
É INADMISSÍVEL O RECURSO EXTRAORDINÁRIO, QUANDO NÃO VENTILADA, NA DECISÃO RECORRIDA, A QUESTÃO FEDERAL SUSCITADA
7 do STJ
A PRETENSÃO DE SIMPLES REEXAME DE PROVA NÃO ENSEJA RECURSO ESPECIAL
Modelo Prático
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do
Tribunal de Justiça, do Estado de São Paulo,
(pular 2 linhas)
APELAÇÃO CRIMINAL nº __/__
(pular 8 linhas)
_______, qualificado nos autos de
APELAÇÃO CRIMINAL acima epigrafado, por intermédio de seu
advogado e procurador que esta subscreve, vem, mui
respeitosamente à Douta presença de Vossa Excelência, interpor
RECURSO EXTRAORDINÁRIO, com fulcro no art. 102, inciso III,
alínea “...” da Constituição Federal, em face do V. Acórdão
que ...
Em anexo, as razões recursais, requerendo, outrossim, o
recebimento e processamento do recurso.
Nestes termos,
Pede deferimento.
(pular 2 linhas)
Local e data
(pular 2 linhas)
Advogado _______________
O . A . B. / ____ nº _________
Razões
COLENDO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
(pular 4 linhas)
DOUTA PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA
(pular 2 linhas)
EMÉRITOS JULGADORES
(pular 4 linhas)
A decisão do E. Tribunal de Justiça
merece ser reformada, pois em completo divórcio em face da
melhor exegese da Constituição Federal, assim vejamos:
OS FATOS:
O DIREITO:
DO CABIMENTO DO RECURSO INTERPOSTO:
DO PEDIDO
Local e data
(pular 2 linhas)
Advogado ________________
O . A . B. / ____ nº __________
Pafúncio Augusto foi preso em flagrante delito. Consta da
denúncia que o co-réu (Confúcio Henrique) invadiu uma Agência da
Caixa Econômica Federal (CEF) no Bairro do Santo Agostinho (em
Belo Horizonte – MG), após o expediente bancário. Com o uso de
uma arma de fogo (de numeração raspada e sem registro adequado),
ele ameaçou o gerente e os seguranças da instituição. Subtraiu
R$ 50.000,00 de dentro do cofre da agência.
Consta, ainda, que Pafúncio Augusto teria ficado dentro
do seu veículo, ao lado do local do crime, de forma a oferecer
ao co-réu um meio seguro de fuga. Os Policiais Militares,
convocados para a diligência, perseguiram os dois acusados,
conseguindo efetivar a prisão em flagrante de ambos minutos
depois de uma perseguição ininterrupta.
Foram pegos com os dois acusados a arma usada por
Confúcio Henrique e todos os valores subtraídos da Agência da
CEF.
O Ministério Público ajuizou ação penal em desfavor dos
dois co-réus. De acordo com os termos da denúncia oferecida,
eles teriam infringido as normas penais anotadas nos arts. 157,
§ 1°, I e II, do Código Penal, e 16 da Lei 10.826/03.
Denúncia recebida pelo Juiz Competente. Em seu
Interrogatório, Pafúncio Augusto negou a prática dos delitos a
ele imputados na inicial acusatória. Defesa Prévia
apresentada. Audiência de Instrução realizada, na qual foram
ouvidas as testemunhas arroladas pelas partes. Manifestação
Público e de Defesa apresentaram alegações finais.
A sentença foi publicada. Não houve prescrição,
entendendo o Magistrado por condenar os co-réus de acordo com a
denúncia apresentada: arts. 157, § 1°, I e II, do Código Penal,
e 16 da Lei 10.826/03. Como Pafúncio Augusto era primário e de
bons antecedentes, a pena foi fixada no mínimo legal: 5 anos e 4
meses para o roubo com as majorantes e 3 anos para o porte
ilegal de arma. Totalizou-se 8 anos e 4 meses de reclusão, em
pena a ser inicialmente cumprida em regime fechado, além do
pagamento do valor equivalente a 15 (quinze) dias-multa, fixados
a unidade de 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo.
Não se conformando com a decisão do Magistrado, Pafúncio
Augusto recorreu tempestivamente da sentença. O apelo foi
provido para considerar absorvido o crime da Lei 10826/3,
fixando a pena de 5 anos e 4 meses de reclusão, pelo roubo, em
regime inicial fechado. Interponha o recurso cabível, com base
na jurisprudência do STF.
PEÇAS QUE, EVENTUALMENTE, PODEM SER QUESTIONADAS NA PROVA OU
CONCURSO PÚBLICO:
1 – PEDIDO DE PROGRESSÃO DE REGIME PRISIONAL – ART. 112 DA LEP E
LEI 11.464/07.
2 – PEDIDO DE REMIÇÃO – ART. 126 a 130 DA LEP.
3 – PEDIDO DE DETRAÇÃO PENAL – ART. 42 DO CP.
4 – PEDIDO DE UNIFIÇÃO DE PENAS – ART. 66 DA LEP.
5 – PEDIDO DE EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE – ART. 107 DO CP E DEMAIS
ARTIGOS QUE TRATAM DA MATÉRIA NO CP E EM LEGISLAÇÃO ESPECIAL.
6 – PEDIDO DE RESTITUIÇÃO DE COISA APREENDIDA – ART. 118 DO CPP.
7 – PEDIDO DE REVOGAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA OU TEMPORÁRIA –
ART. 316 DO CPP.
8 – SEQUESTRO – ART. 125 DO CPP.
9 – ARRESTO – ART. 137 DO CPP.
10 – ESPECIALIZAÇÃO DA HIPOTECA LEGAL – ART. 134 DO CPP.
* TODAS AS PEÇAS ACIMA DEVEM SER ELABORADAS ATRAVÉS DE UMA ÚNICA
PETIÇÃO, DIVIDIDA EM FATOS, DIREITO E PEDIDO. ADEMAIS, DEVEM SER
ENDEREÇADAS À PRIMEIRA INSTÂNCIA, SENDO QUE ALGUMAS DELAS SÃO
PARA A VARA DE EXECUÇÃO PENAL.
DICAS DE QUAIS SÃO AS PEÇAS QUE
POSSUEM PETIÇÃO DE INTERPOSIÇÃO. (não podemos confundir com a
peças que possuem P. de juntada)
1. EMBARGOS INFRINGENTES E DE
NULIDADE. Petição de interposição dirigida ao
Desembargador Relator do TJ ou TRF, e as razões dirigida ao
egrégio Tribunal de Justiça, Seção Criminal ou TRF.
2. RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL
(ROC) - Petição de interposição dirigida ao presidente do
Tribunal contra quem esta recorrendo. Já as razões são
endereçadas ao Tribunal em Brasília (STJ ou STF).
3. AGRAVO EM EXECUÇÃO - Petição de
interposição dirigida ao juiz das execuções. Já as razões
são dirigidas ao egrégio Tribunal de Justiça, Seção
Criminal, ou TRF. Possui juízo de retratação que deve ser
redigido na interposição.
4. CARTA TESTEMUNHÁVEL - Petição de
interposição dirigida ao escrivão do feito/ ou secretário do
tribunal. Razões ao egrégio Tribunal de Justiça, Seção
Criminal ou TRF.
5. APELAÇÃO - Petição de
interposição dirigida ao juiz “a quo” (1ª instância) – razões –
é sempre encaminhada para a 2ª instância aos Tribunais de
Justiça, Seção Criminal ou TRF.
6. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
- Petição de interposição, onde necessariamente deve constar o
pedido de retratação, dirigida ao juiz “a quo” (1ª instância) –
razões encaminhada para a 2ª instância aos Tribunais de Justiça,
Seção Criminal ou TRF.