2ª FASE PRIME – Direito Civil – André Barros Material Elaborado por Aparecido 2ª FASE PRIME...
Transcript of 2ª FASE PRIME – Direito Civil – André Barros Material Elaborado por Aparecido 2ª FASE PRIME...
2ª FASE PRIME – Direito Civil – André Barros
Material Elaborado por Aparecido
2ª FASE PRIME Disciplina: Direito Civil Prof: André Barros
MATERIAL DE APOIO - MONITORIA Índice 1. Anotações de Aula 2. Lousa
1. ANOTAÇÕES DA AULA
Direito das Sucessões
Classificação:
1- Sucessão testamentária:
� Pela vontade do sucessor: testamentária: É aquela regulamentada por um testamento, do autor da
sucessão. Vontade do decujus (limitada) em razão de herdeiros necessários (reserva parte legítima).
� Herdeiros necessários: Além dos ascendentes e descendentes, incluídos também os cônjuges.
OBS: O companheiro não é herdeiro necessário.
Possuem garantia da parte legítima da herança que corresponde a 50%, não é o máximo e sim com o
mínimo 50%, o restante chamados de: parte disponível: livre para dispor (destino da herança). A liberdade não é
absoluta.
OBS: Concubina ou parente não pode ser beneficiado, interposta pessoa.
Exceção: filho da concubina – Ex: filho comum possui direito a herança, pois é herdeiro necessário.
Pergunta: Pode haver desigualdade entre os filhos?
Resposta: Ex: faleceu pai, com herdeiro: três filhos: A, B, C. Deixou herança de um milhão e duzentos mil
reais, não importando o regime de bens. Quanto que, A. poderá receber?
Verificar a herança e dividir em duas partes: 50 % parte disponível e o restante 50% é a parte legítima.
Dividiu seiscentos mil pelos herdeiros, cada um recebeu 1/3 da herança pelos três filhos, tendo duzentos mil reais para
cada um deles. O princípio da igualdade apenas se aplica a parte legítima, ou seja, a parte disponível pode fazer o que
2ª FASE PRIME – Direito Civil – André Barros
Material Elaborado por Aparecido
quiser, ou seja, através do testamento poderá disponibilizar a parte disponível para o filho A. Explicando além da parte
legítima, o filho A pode receber mais seiscentos mil reais. Os filhos têm igualdade de direitos na parte legítima, mais não
na parte disponível. A possibilidade de deserdação é apenas para parte legítima.
• Qual delas é a principal: Testamentária ou Legítima? A principal é a testamentária, a legítima é a subsidiária.
Entre ser seguida a vontade do legislador ou a do falecido, ou seja, se fez o testamento prevalece à vontade
do falecido. A legítima prevalecerá quando não houver testamento.
2 - Sucessão legítima
Também chamado de subsidiária. É aquela que segue uma ordem de vocação hereditária prevista em lei, ou
seja, o legislador quem verificará o recebimento da herança. Existem duas ordens de vocação hereditária.
• Artigo 1790 CC – trata da sucessão exclusiva – do companheiro (a). Exclusivo para falecido que deixou
companheiro (a),
• As demais aplicar-se-á o artigo 1829 do CC, trata-se das demais hipóteses. Ex: criança, viúva, casada, etc;
Sucessão do Cônjuge: Regulado pelo artigo 1829 do Código Civil.
Sucessão legítima: Ordem de vocação hereditária: refere-se à ordem seguinte: aos descendentes,aos
ascendentes, cônjuge, colaterais.
1 – Passo: casado (sucessão do cônjuge),
• Identificar o regime de bens.
• Verificar no enunciado se foi escolhido pacto antenupcial (regime específico), ou
• Regime da separação obrigatória de bens (Art. 1641 CC – maiores de 70 anos de idade), Ex: causas suspensivas
ou ainda quando casamento for celebrado com autorização judicial.
• Se casarem por omissão de vontade, aplicar-se-á o regime de comunhão parcial da Lei 6.515/77. Quem se casou
anterior a esta lei, está sob o regime de comunhão universal. Chamado regime legal: vigora quando as partes
não escolher o regime de bens, não fez o pacto antenupcial.
2 - Passo: Separar a herança e meação:
• Meação: é um direito próprio do cônjuge e companheiro (a), que decorre do regime de bens. Não é um
direito sucessório.
2ª FASE PRIME – Direito Civil – André Barros
Material Elaborado por Aparecido
• É um instituto do Direito de Família.
• Não incide imposto de transmissão. 1: Ex) João casado com Maria, casado no regime de comunhão
universal. Quando este faleceu deixou um milhão de reais, sem outros bens. Resposta: Deverá dividir a
herança. O artigo 1829 CC aplica-se os quinhentos mil reais que pertencia ao João, e outra parte pertence a
esposa Maria. Se antes do falecimento ocorresse o divórcio deveria ocorrer à separação, isto é a meação.
• 2: E): João casado com Maria, casados em regime da comunhão parcial de bens, João veio a falecer, o casal
tinha uma poupança durante o casamento de quinhentos mil reais, um apartamento de quinhentos mil
reais, e uma aplicação de um milhão de reais. Resposta; O apartamento é incomunicável, a aplicação, no
entanto a poupança comunica. Maria como meeira recebe a metade da poupança, ou seja duzentos e
cinqüenta mil reais. A parte de João é o que restou da meação, mais os bens particulares, ou seja, total de
um milhão e setecentos mil reais. Se ocorrer o divórcio o exemplo seria o mesmo.
3 - Passo: Sobre a herança deve ser aplicado o artigo 1.829, inciso I, CC
• Lugar: descendentes em concorrência com o cônjuge sobrevivente.
• Como aplicar o 1.829 CC – A regra é a sucessão (concorrência). A exceção é quando não concorre. Para
identificar deverá verificar o regime de bens:
• Não concorre: comunhão universal: Se está casado sob este regime da comunhão universal, o cônjuge
viúvo já é herdeiro de tudo. Ex: pode deixar uma herança e gravar com cláusula de incomunicabilidade. O
cônjuge terá meação, mais não terá herança.
• Separação obrigatória de bens: art. 1641, parágrafo único do CC. Para o STJ quando o legislador fala em
separação obrigatória isto inclui a obrigatória e a convencional.
• Comunhão parcial sem bens particulares do falecido: A lógica é que esta situação semelhante daquele que
está casado pelo regime de comunhão universal. Se deixar bens particulares o cônjuge é herdeiro. Como é
efetuada a divisão:
Divisão da herança entre os descendentes e o cônjuge: - art. 1832 do CC.
Regra:
A) O quinhão do cônjuge será igual ao dos descendentes que sucederem por cabeça.
B) Se for ascendentes de todos os descendentes que concorrer sua quota não pode ser inferior a 1/4 da
herança.
2ª FASE PRIME – Direito Civil – André Barros
Material Elaborado por Aparecido
Ex 1) : Faleceu José, casado com Maria, deixou duas filhas: Ana e Paula, casados no regime comunicável,
como dividir, observe: Dica: Cada quinhão atribuía o número 1, o que interessa é por cabeça. (Maria, Ana, Paula). Ex 2):
José casado com Maria, deixaram 6 filhos. (A, B, C, D, E, F), para cada um aplica uma cota de 1. No exemplo trata-se de
filho comum. A cota de Maria seria de no mínimo 1/4 da herança, sobrou 1/8 para cada filho. Fórmula: 3/4 1/6: 3/24 –
1/8.
2 lugar) Ascendentes em concorrência com o cônjuge: Art. 1829, inciso II do CC.
No inciso II o cônjuge sempre concorrerá como ascendentes, não importando o regime de bens para a
concorrência. No entanto para meação importa.
Como funciona a sucessão da herança:
Regra:
a) Se concorrer com mais de um ascendente de primeiro grau. O cônjuge receberá 1/3 da herança,
independente do recibo de bens. Ex: João casado Maria, este veio a falecer não deixou descendentes, mais deixou os
pais; (pai e mãe). Maria recebe 1/3 da herança.
b) Se concorrer com apenas uma ascendente de 1 grau: ( pai ou mãe) do falecido, o cônjuge herdará
metade da herança. Ex: João casado com Maria, pai de João vivo, João morreu. A herança fica metade com Maria e
metade com João.
c) Se concorrer com ascendentes de 2 grau ou mais (avós, bisavós, etc). O cônjuge herdará: 1/2. Ex; João
casado com Maria possui pai e mãe mortos, mais avó por parte de mãe ainda viva. Maria sempre recebe a metade da
herança, os demais receberão 1/4 da herança.
3) Hipótese: : Sucessão do Cônjuge: recebe sozinho – artigo 1829, inciso III do CC. Para a herança não
importa o regime de bens, já a meação importa o regime de bens.
Sucessão dos Descendentes, Ascendentes e Colateral:
a) Sucessão dos descendentes: Está prevista no art. 1833 do CC.
• Regra: Os mais próximos excluem os mais remotos, salvo o direito de representação. Ex: faleceu o pai,
deixou 3 filhos ( A.,B, C). O filho A, tem dois filhos ( X, Y), e o filho C tem um filho ( Z), o filho B não possui filhos. Quem
esta na mesma linha, os filhos e depois os netos. Os filhos são descendentes de 1 grau, os netos são descendentes de 2
2ª FASE PRIME – Direito Civil – André Barros
Material Elaborado por Aparecido
grau. Morreu o pai para quem irá a herança. Irá 1/3 para cada um dos filhos: A, B,C. Os netos não receberão nada. Se
houver direito de representação? Surge quando um deles é pré-morto: Filho A, é pré-morto, os descendentes
receberão a cota que o pai receberia se vivo fosse, divide por 2, 1/6 para cada um.
Herdar por direito próprio ocorre à sucessão por cabeça, ou seja, quando todos os descendentes possuem o
mesmo grau, da mesma classe. O contrário é herdar por direito de representação diz que, a sucessão é por estirpe, pois
os descendentes não são da mesma classe, ou seja, são de classe diferente, receberá como se vivo fosse.
Dica de prova: O direito de representação poderá ocorrer no caso de pré-morto. E excluído na sucessão ou deserdado,
são considerados como pré-morto.
B) Sucessão dos ascendentes: Art. 1836 CC
1- Regra: - os mais próximos excluem os mais remotos: Não existe direito de representação.
- havendo igualdade em grau e diversidade em linha, a linha materna herdará a metade e a paterna
herdará a outra metade.
Ex 1 ) faleceu o Paulo, possui pai e mãe, ambos vivos, metade irá para o pai e a outra metade para a mãe,
1/2 para cada.
Ex 2) Paulo morreu, deixou pai e mãe, sendo a mãe pré-morta, e possui avó por parte de mãe, sendo assim
a herança irá totalmente para o pai, e a avó não receberá nada.
Ex 3) Paulo, seus pais pré-mortos, por parte de pai, avó e avô vivo, e por parte de mãe, apenas a avó viva,
desta forma avô materna recebe metade ½, e o avó e avô paterno receberão ambos 1/4.
C) Sucessão dos Colaterais: 4 Grau
1) Irmãos (colaterais de 2 grau)
2) Sobrinhos (colaterais de 3 grau)
3) Tios (colaterais de 3 grau)
4) Demais colaterais de 4 grau: (primos, tios avô, sobrinho neto).
C. (1 ) Irmãos: Se todos forem irmãos bilaterais ou unilaterais receberão quota igual.
Se concorrerem irmãos bilaterais com unilaterais. O bilateral receberá o dobro do unilateral. Cada
unilateral receberá metade de cada bilateral.
2ª FASE PRIME – Direito Civil – André Barros
Material Elaborado por Aparecido
Ex 1) Faleceu Pedro, e não deixou descendentes, ascendentes, cônjuges, mais deixou irmãos, A, B, C ( todos
irmãos bilaterais). Cada um tem 1 cota e recebem 1/3 para cada. Se Pedro faleceu, seus pais estão mortos, não tem
descendentes e ascendentes, mais deixou os três irmãos bilateral (1,2,3), e mais três irmãos unilateral ( 1,2,3). Se der
uma cota para cada irmão unilateral, quando devemos dar para bilateral? Deverão ser dadas duas cotas. Significa que
cada um unilateral esta recebendo a metade de bilateral. Bilateral: 2/9 e Unilateral 1/9.
• OBS: Também existe direito de representação na sucessão dos colaterais, todavia é exclusivamente a
favor dos sobrinhos ( filhos do irmão pré-morto ).
C.(2) Sobrinhos – Aplica-se a mesma regra dos irmãos unilaterais (sobrinhos)/bilaterais (sobrinho).
Enquanto o unilateral recebe uma quota, o bilateral recebe duas quotas. Art. 1843 CC.
C.(3) Tios - Dividem igualmente a herança na falta de irmãos e sobrinhos do falecido.
- Tios não tem direito de representação.
C.(4) Demais colaterais: 4 Grau: Primos/Tio – Avô e Sobrinho- Neto
– Dividem igualmente a herança
- Não tem direito de representação
* Na falta deles Jacente/Valante
Sucessão de Companheiro ( Art. 1790 CC)
1- Passo: Identificar o Regime de Bens:
Escolha: Contrato de Convivência
Omissão: regime legal da comunhão parcial de bens
Situação 1) Maior de 70 anos – separação obrigatória.
2) Passo: Separar herança X Meação
- Sobre a herança aplica o artigo 1.790 CC
- Meação: direito próprio do companheiro
3) Passo: Aplicar o caput do artigo 1.790 a herança
dividir a herança em duas partes ( sub-heranças)
1) sub-herança: bens adquiridos onerosamente durante a união estável
2ª FASE PRIME – Direito Civil – André Barros
Material Elaborado por Aparecido
Caput do artigo 1.790 – Sobre esta parte devem ser aplicados os incisos do art.1790.
2) sub-herança: - Demais bens da herança
- Artigo 1.829 – e seguintes do CC/02
4 )Passo: aplicar os incisos do artigo 1.790 do CC a 1 sub-herança
1) lugar: descendentes em concorrência com o companheiro
Filiação Comum: filhos do falecido e da companheira – A companheira terá direito a uma quota igual a dos
filhos. Ex: João vivia em união estável com Ana, com dois filhos, João faleceu, e na herança, Ana ficará com 1/3 e os
filhos com 1/3, ou seja, uma quota parte igual para cada um deles.
Filiação exclusiva: Filhos que são apenas do companheiro falecido - Companheiro receberá uma quota
correspondente à metade da quota dos filhos ( descendentes).
• OBS: Companheiro não tem a garantia de receber no mínimo 1/4 da herança.
• Na filiação híbrida terá filhos comuns e exclusivos concorrendo entre eles. Para este caso aplicar-se-á o
inciso I.
2) lugar: Companheira concorrendo com outros parentes do falecido.
- Não importa se são ascendentes/irmãos/sobrinhos/tios/sobrinhos-neto/primos/tios-avós
O companheiro (a) terá direito a um 1/3 da herança.
Ex 1) João companheiro de Ana, ele falece e sem descendentes, mais possui o pai vivo e a Ana. Sendo assim a
Ana recebe 1/3 e o pai 2/3.
Ex: 2) João companheiro de Ana, faleceu, mais possui tio-avô. Sendo assim a Ana receberá 1/3 e o tio-avó
receberá 2/3.
3) lugar na falta de todos os parentes aplicar-se-á o inciso IV.
- companheiro receber em sua totalidade de toda herança. A posição majoritária (doutrina) – 1 sub herança + 2 sub
herança.
Direito real de habitação: Art. 1830 do CC - Para o cônjuge também é aplicado ao companheiro (a).
II - LOUSA