¦ Ameaçada mobilidade das Forças Armadas - Coleção Digital ...

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m Alastra-se greve ilegal ¦ Ameaçada mobilidade das Forças Armadas '.••* : .-• .:¦¦:_ .¦;.;. . ,_n...i:_:„„i„n^,,Ja ««tam a mitrQc nniHnHfti da Petrobrás e aos metalúrgicos do ABCD. O greve <^^g T/eakfuekl tSTfunetonártos ^RepC £ mesmo tempo que fazia um apelo para a volta ao trabalho e da 1 etiobras, fcnigeaKi uem,* toneladas de derivados, o que acarretará sensível aumento de A president e anunciava preços.«Se a grevei f^^^smT^f&V^^^ Srrataté^Pm°obL-a-deTas?orça7Armadas seria afetada, pondo em risco a segurança nacional. Página 3. | Rombo mensal no Detran é de 136 milhões A "caixinha da máfia", na seção de emplaca- mento da Avenida Francisco Bicalho, está ren- dendo 136 milhões mensais, com a emissão de Darjs frios e quitação de multas com carimbos falsos, segundo revelou ontem a comissão de sindicância interna do Detran. Página 8. Presidente: Léo Simões Ano XXXIII N-11.017 Cr$ 100,00 Sexta-feira, 8 de julho de 1983. DO RIO DE JANEIRO Guardas ajudam presos a fugir O diretor do Desipe, Avelino Gomes, admitiu ontem a existência de um número significativo de guardas corruptos, que vêm favorecendo fugas nos presídios do Rio. Afirmou ter perdido o medo de admitir isso, mas descarta envolvi- mento de diretores de presídio. Página 9 não quer ser ídolo gay JL ^-*^ CUSTÓDIO COIMBRA Gerson continua levando vantagem ^^*^AVAN1B NlKíl mM'.1 Js^kBr^Jií •¦MuissSiWÍ^SÊfmav^vermíí'lt^^"J'i' '-""¦S-"' '¦"-:¦" ?'¦¦¦'* ¦'""'¦ "*".'".?': :'¦""'¦''"' ;* ;¦'"' ' "j'i ."-¦'*'^'íf*^ H* jÉ^B^wI^I ^IL- - ^iài*'"%''¦' WÊm^émm\9Ê^^Ê!^^^SmSm\^í-^':''^^miliâl-w.Jm\WW•sb*'^^*''-WBE$- -í/H Ho/e em <fi'a, sou careta demais, diz Dusek De repente, um novo ídolo na praça: Eduardo Dusek. Foi um estouro súbito, tanto em disco como em show. Hoje, no entrevistão das sextas, ele conta a sua vida, cheia de altos e baixos, e vai avisando que não quer ser um símbolo da comunidade gay. O grande papo está na UH Revista Dinheiro ponho em caderneta, diz Gerson O advogado e vereador de Niterói,Carlos Eraldo Lopes, que denunciou o trambique do estelionatário Evódio Retto Queiroz e deu o nome das vitimas, confirmou tudo ontem. Mas, entre os lesados que apontou, como.o ex-jogador Gerson e o ator Lima Duarte, todos negam veementemente. P. 9 Diabéticos podem usar açúcar Médicos norte-americanos, após intensas pesquisas na Universidade de Minnesota, chegaram à conclusão de que a sacarose não agrava os ní- veis de açúcar no sangue dos diabéticos. Pelo contrário: a inclusão do açúcar no regime alimentar pode até contribuir para que a dieta seja seguida mais rigorosamente. Página 6. Desfile do samba em duas noites Da reunião de ontem entre o prefeito Jamil Haddad e os presidentes das escolas de samba resultou apenas uma decisão: o desfile das escolas de grupo I-A, no próximo car- naval, será em duas etapas. Sete escolas desfilarão no do- mingoi e as demais na 2-feira, sendo escolhida uma campeã para cada dia. Página 7. [1 Noivo rouba boi para a festa de casamento -^„.-,_.-""-a l-a-Mg*.i;4|jgt*l ' AmmW^i^r- W£S!ÊmlÊâ&ÈÊÊiÊ$$MãMJy *"** '"IH. wj. 'sBoB ¦. :--^J^^B- -, -*?¦«-« ¦ ^^^^--^^s^^^^íÍ^Hh m &•¦¦¦¦^««¦¦¦m*-** * - ¦I! - '¦¦ _' --! p-"pr""" *" '"¦''"ini*'"" - 7*1 ^^m.f^mm^^..^mr * ^mm^^^mr*^* ^BmrJJt^mmmm^\¦ P_ Ê*, , —r— *"" "' ^^m^**m^—. "^L^mmmw A-^^mmm 1^mi-... .'£-^A^m*^fe_. "J""'"" ~ .*-*---*-*****^-***-**^^^^^^MBBI^fcl**^^ -7oS7n<i~oivo, depondo na delegacia.Na Kombi, o boi esquartejado pam o churrasco. O carreteiro Neosandro Pires Domingues, de 23 anos, estava de casamento marcado parastóad op^0^ noiva havia convidado amigos e parentes para um churrasco após o enlace. Ontem, com tres amigos, um deles ex boiadeiro, Neosandro roubou um boi. E acabou sendo preso quando conduzia o animal, esquartejo, numa kombi. PàgJ_91_ I

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Alastra-se greve ilegal¦ Ameaçada mobilidade das Forças Armadas

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toneladas de derivados, o que acarretará sensível aumento deApresident

e anunciavapreços.«Se a grevei

f^^^smT^f&V^^^ Srrataté^Pm°obL-a-deTas?orça7Armadas seria afetada, pondo em risco a segurança nacional. Página 3. |

Rombo mensalno Detran é de

136 milhõesA "caixinha da máfia", só na seção de emplaca-mento da Avenida Francisco Bicalho, está ren-dendo 136 milhões mensais, com a emissão deDarjs frios e quitação de multas com carimbosfalsos, segundo revelou ontem a comissão desindicância interna do Detran. Página 8.

Presidente: Léo SimõesAno XXXIII • N-11.017 • Cr$ 100,00Sexta-feira, 8 de julho de 1983. DO RIO DE JANEIRO

Guardasajudam presos

a fugirO diretor do Desipe, Avelino Gomes, admitiuontem a existência de um número significativode guardas corruptos, que vêm favorecendofugas nos presídios do Rio. Afirmou ter perdidoo medo de admitir isso, mas descarta envolvi-mento de diretores de presídio. Página 9

não quer ser ídolo gayJL ^-*^ CUSTÓDIO COIMBRA

Gerson continualevando vantagem

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Ho/e em <fi'a, sou careta demais, diz Dusek

De repente, um novo ídolo na praça: Eduardo Dusek. Foi um estourosúbito, tanto em disco como em show. Hoje, no entrevistão das sextas, ele

conta a sua vida, cheia de altos e baixos, e vai avisando que não quer serum símbolo da comunidade gay. O grande papo está na UH Revista

Dinheiro só ponho em caderneta, diz Gerson

O advogado e vereador de Niterói,Carlos Eraldo Lopes, que denunciou o

trambique do estelionatário Evódio Retto Queiroz e deu o nome das vitimas,confirmou tudo ontem. Mas, entre os lesados que apontou, como.o

ex-jogador Gerson e o ator Lima Duarte, todos negam veementemente. P. 9

Diabéticospodem usar

açúcarMédicos norte-americanos,após intensas pesquisas naUniversidade de Minnesota,chegaram à conclusão de quea sacarose não agrava os ní-veis de açúcar no sangue dosdiabéticos. Pelo contrário: ainclusão do açúcar no regimealimentar pode até contribuirpara que a dieta seja seguidamais rigorosamente. Página 6.

Desfiledo samba em

duas noitesDa reunião de ontem entre oprefeito Jamil Haddad e ospresidentes das escolas desamba resultou apenas umadecisão: o desfile das escolasde grupo I-A, no próximo car-naval, será em duas etapas.Sete escolas desfilarão no do-mingoi e as demais na 2-feira,sendo escolhida uma campeãpara cada dia. Página 7.

[1 Noivo rouba boi paraa festa de casamento

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-7oS7n<i~oivo, depondo na delegacia. Na Kombi, o boi esquartejado pam o churrasco.

O carreteiro Neosandro Pires Domingues, de 23 anos, estava de casamento marcado parastóad op^0^

noiva iá havia convidado amigos e parentes para um churrasco após o enlace. Ontem, com tres amigos, um deles ex boiadeiro,

Neosandro roubou um boi. E acabou sendo preso quando conduzia o animal, jâ esquartejo, numa kombi. PàgJ_91_

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Rio de Janeiro, sexta-feira, 8 de julho de 1983

2 ULTIMA HORA

NOTÍCIAS DE ÚLTIMA HORA-CIDADE-

D. Neusa e Brizola,os avós do ano.

O governador Leonel Brizola e a Primeira dama do

WmÊÊmMmmforam o fubá eVlaranja, em substituição aos ovos e leite,

^"^otdTmüs^Cidade Maravilhosa e de várias

wmmmsMfelÍZAsC

inlegnrantes da Federação das Associações das

Donís de cL convidaram o Governado.-para-visitar.os

visita, para a próxima semana.

Campanha em escolasarrecada 1 bilhão

O governador Leonel Brizola disse ontem, no Palácio

Gua?agbara, que a campanha MUWggg BgjgtJJarrecadou, na primeira semana, perto de Cr» 1 Diinao, emmí?Prial oara as reformas. Falando sobre o projeto para as

Tu heresP da Federação das Associações das Donas de

Casa Brizola afirmou que "as doações estão chegando

Sravés de lelefonemas, cartas, telegramas e até em

menSaftósS Sabemos ofertas que somam centenas de

milhões dV cruzemos, talvez mais de Cr$ 1 bUhao; umaftmdacão se ofereceu para reformar, no mínimo, três

Ségios Isto tudo está sendo formalizado em documentose será divulgado claramente-disse Brizola.

A ecretária de Educação Yara Vargas autonzou os

Hiretores e gerentes gerais dos Centros Regionais ucmmmmHe Educação a receber doações no período de 8 de

fulto a 31 de dezembro deste ano, para a reforma de

escolas.

-MARIANO

\JOU ABAFA* MO PMJ-AMeRiCAAJO ' TAWLZ AT€ ,'"IA MeDAUfA D6 0ílf?0 A/0 MUAJblAL í>€ HeMAJpüE/

-política-

L "—ECONOMIA

Galvêas diz que inflação de83 chega a 130 por cento

_._ ;,. j„r« mak nrofun- cionalidade i

—POLICIA—

Quadrilha do pneué presa em NiteróiPoliciais da 78» Delegacia Policial, FonsK^mmde-

ram ontem cinco funcionários da Auto V.açao 001, na

Errada Amaral Peixoto, Km 2, bairro Figueira quefurtaram da empresa 55 pneus, várias bombas injetoras,o™ casquilhos e cruzetas. O fundador da empresa

Gelson da Costa Santos, comprou em 4 de maio ultimo 100

pneus novos e, quando fo. remarcá-los, verificou quefaltavam seis. Imediatamente comunicou o fato ao delega-do titular da delegacia local, Altair Delamare.

O delegado acionou o delegado substituto, Glicér.o

Reis e este colocou o inspetor Frazão e o detetive Barbosacómb funcionário da empresa no dia 27 de maio. Depois de

muitas investigações, os policiais conseguiramÇhegoratéo torneiro mecânico Luís Antônio da Silva Sales, 28 anos,morador na Rua Armênia, 263. Paraíso, São Gonçalo queconfessou ter furtado 13 pneus, em companhia de Amaro

Qui ino dos Santos, de 33 anos, ajudante de mecânicoresidente na Rua 29, bairro Nova Cidade, que confessousua participação no furto.

Luís Antônio e Amaro disseram que venderam os 13

oneus para o motorista autônomo Lenir Ferreira Hespa-nhol de 41 anos, Rua Bento Lima, 13, bairro Grad.m, Sao

Gonçalo Lenir é proprietário de dois caminhões de

mud^ças Em sua casa e no interior de um dos cam.-

nhões os policiais recuperaram 6 pneus. •.prrpjrnFoi denunciada, ainda, a participação de um terceiro

functonário. Cosme Rangel de Lemos de 27 anosi ajudan-

te de mecânico, residente na Rua Otávio Martins, 134-

fundos bai?ro Mutando, São Gonçalo, que negou ter

Mudado no furto de pneus, mas confessou ter furtadoouaío bombas InjeJas, vários jogos de casquilhos eqcrUuzetasbe vendida para o português¦ Manoel Monte °i

residente na Estrada do Sabonete, 7, bairro jóquei, Arse

nal, São Gonçalo.Cosme denunciou mais dois companheiros, Paulo

Roberto da Fonseca, de 23 anos, auxiliar de escritórioresidente na Rua Itibiritá, 179, bairro Monjolos, SaoGonçalo, e Altair Coutinho Alvarenga, de 33 anos resi-dente nà Estrada do Cabuçu, s/n», Largo do Sao Sebas-tião, São Gonçalo.

Amante dá um tiro nacabeça da garçonete

_j_ ,h.n^nn nnrrv TunitOS DaInconformado com o abandono, Darcy Tunitospas-sou a procurar pela ex-amante, a garçonete T^ezinhaAlves de Almeida, de 38 anos, e ontem ao encontrá-la na

Rua Cados de Carvalho, na Praça Cruz Vermelha atirou

em sua cabeça e fugiu. Em estado grave, a mulher fo.

levada para o Hospital Souza Aguiar. -rainhaMoradora em Miguel Couto, Nova Iguaçu Terezinha

trabalha num bar da Rua Fonseca Teles, em Sao Cristo-vão K da conheceu há seis meses Darcyjumtos, queresMe na Rua Manhães, 132, em São Joao de Menti.

Freguês e garçonete tornaram-se amigos e, poster.ormen-íefmantJ Ciumento e de gênio violento, Darcy passou a

espancara mulher, supondo que ela mantivesse romance

MmffiKE insustentável, Terezinha rompeu com

o amante mas ele não se conformou. Temendo sofrer

violênda a mulher passou a faltar ao trabalho e desapare-

òèu dos lugares onde freqüentava. Sempre à procura de

^reínha^arcy encontrou-a ontem, quando elajogavano bicho em frente ao numero 551, da Rua <~anos oe

Carvalho Furioso, ele se aproximou e com ela discutiunoícos minutos para em seguida sacar de um revólver e

me dar um tiro na'cabeça. Além do nome e do endereçoTeresinha forneceu à Polícia, fotos do criminoso. Agora, o

inspetor Albino, da 5' DP, está em seu encalço.

Traficantes recebempoliciais a tiros

Ao investir contra uma boca de fumo localizada naRua C, Favela do Rebu, em Bangu, soldados do 14" BPMforam recebidos a tiros pelos traficantes. Durante otiroteio, os traficantes conseguiram fugir, mas deixarampara trás 850 gramas de maconha e 25 cartuchos da erva

Seguiu-se grande caçada, mas os ocupantes do Pata-mo 52 0199, do 14" BPM (cabo Isac, soldados Corrêa,Jornas e Chardeli), só conseguiram descobrir que o pontode venda de maconha pertence a Sflv.o de Carvalho^integrante do bando conhecido por Falange Vermelha, Omaterial foi enviado à Delegacia de Entorpecentes.

RRASÍLIA - Os resultados das medi-das adotadas pelo Governo nasáreas fiscal e monetária.da econo-mia brasileira, anunciadas recente-mente, é que orientarão um novoacordo com o Fundo Monetário In-ternacional (FMI), segundo afirmouontem o ministro da Fazenda, Ema-ne Galvêas, ao classificar de írres-

ponsáveis" as propostas em favor dorompimento com o FMI.

Ao falar sobre a nova rodada nasnegociações com o Fundo Monetá-rio que começaram ontem, o minis-tro' Ernane Galvêas revelou que as

previsões sobre um índice mflacio-nário de 90 por cento para 1983terão de ser revistas, e admitiu queaté o final do ano a inflação deveráalcançar à casa dos 130 por cento

O ministro fez essas previsões du-rante entrevista ao programa

'Bom

dia Brasil", da Rede Globo de Tele-visão oportunidade em que justifi-cou a inflação registrada nesse pri-meiro semestre como resultado defatores inesperados (climáticos),que fizeram cair a produção de ai-mentos, especialmente dos horti-granjeiros.

Éa seguinte a entrevista do mi-nistro Ernane Galvêas:

_ Normalmente as receitas econo-micas do Fundo Monetário provo-cam a queda da taxa de inflação. Nonosso caso, estamos vendo hoje, in-clusive nos jornais, a inflação em12,3 por cento e que em doze meseschegamos a 127 por cento. Como é

que o Fundo está vendo esta eleva-

- Ele vê da mesma maneira quenós vemos. Esses primeiros mesesdo ano de 1983, foram sobrecarrega-dos por fatos inesperados. Primeiroem janeiro, depois em março, agoraem junho. Com a queda da produ-ção, principalmente de hortigranjei-ros nós tivemos uma inflação de 9

por cento em janeiro, mais de 10 porcento em março, agora, de 12 porcento em junho, principalmente emfunção da elevação dos preçosdosprodutos agrícolas de alimentação, emais o reajuste brusco que nos tize-mos nos preços da gasolina e dotrigo por isso mesmo é que o Gover-no resolveu excluir esses aumentosacidentais e esse reajustamentoinesperado dos derivados do petrô-leo dos índices de preço de junho,como vai fazer também alguma par-te no mês de julho.

_ Essa renegociação que começahoje (ontem), vai implicar numanova taxa de inflação para 198-3-

- Bom, hoje nós temos que real-mente rever os números fixados noinício do nosso programa. Nós esta-mos apresentando à missão do Fun-do Monetário que está no Brasil,uma revisão das nossas projeçõesp™ o final do ano de 1983. Issoinclui a taxa de inflação. Nós, hoje,temos que admitir que, com o impul-so que a inflação ganhou neste prin-cipio do ano, e a multiplicação des-ses efeitos pelo próprio sistema deindexação existente no Brasil, naovai ser possível chegar ao final doano com taxa de 90 por cento, comonos imaginávamos. Mas acho que asmedidas que foram tomadas recen-

temente, mais duras, mais profundas cortando no orçamento das em-presas estatais que são grande gera-doras de déficit, cortando nos subsi-dios, que são grandes geradores dedéficit e reduzindo esses efeitos namultiplicação do sistema de indexa-ção principalmente em relação aaluguel, salários, e custos financei-rostos vamos puxar a inflação pra

- Qual vai ser o limite dessa infla-

Ça-*Nós admitimos que ele possaficar entre 120 e 130 por cento. Emtorno desses números, talvez maispróximos de 130 por cento. Mas, omais importante é verificar que pas-sado esse reajustamento de junho eiulho, todos nós concordamos - oGoverno brasileiro, todos os técni-cos e os técnicos do Fundo Moneta-rio - que a inflação entre num decli-nio A tendência é realmente que osnúmeros de inflação para os meses,a partir de agosto, até o fim do ano,e depois até o ano de 1985, sejamnitidamente mais baixos do que osque nos experimentamos em 1983.

Há dois dias foi divulgado oresultado da balança comercial, umrecorde favorável a nós, de 834 mi-lhões de dólares. Esse resultado ta-vorece alguma coisa, nessas nego-ciações de hoje?

Bom esse resultado prova que o

problema fundamental que nos con-vivemos hoje está sendo resolvido.Nós enfrentamos o problema da ba-lança de pagamentos de uma manei-

a corajosa audaciosa. Reunimos osnossos exportadores, mobilizamos aclasse empresarial para exportar,concedemos os incentivos, os finan-ciamentos necessários, fizemos adesvalorização do cruzeiro, isso tu-do influiu também sobre os preçosda inflação. Nesses índices todos aí,tem 30 por cento de desvalorizaçãocambial. Mas isso repôs o nossocomércio exterior no caminho certo.Nós estamos produzindo mais ex-portações. As importações ticarammais caras, isso representa menosimportações e mais oportunidade detrabalho nacional, e o saldo que nósestamos obtendo na balança comer-ciai é que vai produzir a solução donosso problema na área externa.

O único descompasso foi real-mente o aumento excessivo da infla-CãO

Sim de certa forma é muitagente pensa que há uma tendênciade alta da inflação. Mas, se nósconjugarmos as elevações dos pre-ços agrícolas, principalmente oshortigranjeiros nos meses de janei-ro março e junho, a desvalorizaçãode'30 por cento no mês de fevereiro;mais os reajustes grandes que nósfizemos nos derivados de petróleo,trigo e açúcar; se nós combinarmostudo isso com esse processo de inde-xação que passa os aumentos de

preços para os aumentos de salários,aumento de salários, para os au-mentos de preços, explicamos a in-fiação do Brasil de 12,3 por cento. Eisso que nós temos que acabar, que-brar esse círculo vicioso.

Isso significa desindexaçao?Isso significa quebrar a propor-

cionalidade da indexação em deter-minado momento,como nósestamosfazendo, em junho e julho. Depoisnós retomamos o processo, comovínhamos praticando há tantosanos. É muito difícil não indexar aeconomia quando nós temos umainflação de mais de 120 por cento.

O senhor tem alguma propostajunto ao Fundo, para baixar mais aínf Iscão

Não nós temos que mostrar aoFundo Monetário que por nossaprópria vontade, nossa própria ini-ciativa, tomamos as medidas quesão necessárias para reajustar a ba-lança de pagamentos e reduzir ainflação. Uma área externa, umaárea interna tratadas com as medi-das mais adequadas. O Fundo estáconvencido de que as medidas naárea externa estão produzindo etei-tos até maiores do que aqueles quenós imaginávamos.

_ O que está faltando, então, paraesse novo acordo com o Fundo?

- Bom, nós temos agora - porquetudo isso é muito complexo - quemedir o déficit público, a expansãodo crédito interno e fechar todas ascontas que compõem o orçamentomonetário. Isso inclui toda a progra-mação de crédito agrícola; a partede projeto especiais - como o wro-álcool; - o peso das empresas esta-tais no orçamento monetáno; astransferências da União para o orça-mento monetário, toda á disciplinadas empresas estatais; os efeitos e osresultados dessas últimas medidasna área fiscal e na área monetária.Então, nós estamos fazendo a ava-liação e a quantificação dessas me-didas, e discutindo isso com o Fun-do Vamos ter que rever os números,as estatísticas dessas projeções, pa-ra os meses do segundo semestre atédezembro de 1983. Esse trabalho éfeito na área técnica, mas os concei-tos que o presidem são discutidos naesfera mais alta, com os chefes damissão

Andreazza ganhaespaço na sucessão

„ iVf, ,a Prpsidente gostaria de ouvi-lo sobre o

procSfs^sdrS mídpdizer que apoio a cândida-

[ura do ministro Mário Andréa^». Andreazza é- O sr. está no caminho certo-u ^

Stndo^aço^oHticrdentro do contexto que tenho

Figueiredo e o ^putado

«ame ip^ ouv, _audiência de 20 m-nut°*.on

£™ir que 0 Presidente possuidisse o parlamentar

-P^eJ^0\áTl0 Andreazza. Isso

uma grande *"%>£» ™™?%ed, seu cand.dato, mas

8SB?qr/Sr^ante a amizade que liga os

durante a audiênc a e conversou°S P?b Wtetí quffiKEWocTminho

certo, eu

ffiu^eifele"-Vrlu mais tarde o deputado.

"Encontrei o Presidente num, bom Jj^gg^

PovernadTres e a liberdade de imprensa. Pregou, porém,uma participação mais efetiva dos políticos neste proces-S°'

Além disso Edme Tavares fez um pedido pelo Nordes-

te reJião qüe considera a mais injustiçada do Pa*. Após a

entrega documento ao Presidente, o deputado disse quepSia de saber sua opinião sobre o processo sucessóno,fitando porém, que entre os "presidenciáveis", posi-cfonata se'em favor^da candidatura do ministro Mano

Andreazza.n Presidente da República manifestou sua impressão

de Se^SdttoJva ser *^*$g£consenso dentro do PDS ,0 que conseg

%Sçlí SS rSoSidí*. S Pr-ldenU,

Mestrinho quer fixaro homem no campo

O governador do Amazonas, Gilberto Mestrinho

aoreíemou ontem no Clube de Engenharia um resumo do

seu proieto de governo, explicando como pretende trans-

doTXnffque passa a maior parte do seu tempo nanrinsidade" explicou o governador.

Mestrinho disse que, apesar de o Amazonas ocupar18% da superfície do país, concentra a metade da sua

oopulacão - què é de 1,5 milhão de habitantes - em

M-Tnaus "'Estas

pessoas foram atraídas pela zona rança

S Manaus mas agora temos que levá-las de volta ao

fn tedo? Temos que fazer um esforço grande para ocupa

cXaUaSda melhor forma possível, antes que pescasvindas de fora ocupem uma área que é nossa . Explicou

que o Amazonas possui 12 milhões de hectares de terras

de várzea - que ficam nas beiras dos nos -e que pretendeincentWar a plantação de arroz feijão, soja. fibras de juta,hatnta-rince e mandioca nestas áreas:

1 Hoje 60% da nossa renda é destinada à compra de

alimento . O ciclo maior de resposta nestas p antaçoes é

de 120 dias A resposta rápida incentiva o trabalho, o

íomércio é certo e com isto nós teremos os produtos-basepara alimentação da população.

-0 TEMPO-O tempo hoje para Rio e Niterói é nublado, tempera-

tura estável. Ventos de Norte e Nordeste fracos e modera-dos com possibilidades de rajadas. A temperatura máximade ontem foi de 38.1 em Realengo e a mínima de 16.3 noAlto da Boa Vista.

Volvo devefechar 83 com

prejuízoSANTO ANDRÉ - Operando comuma estimativa de inflação de 170%para este ano e com previsão defechar 83 com prejuízo, a Volvo doBrasil divulgou o balanço de suasvendas no primeiro semestre, credi-tando as altas taxas de juros oprincipal empecilho ao mercado depesados. Na ocasião, o presidente daempresa, Tage Karisson, fez umaanálise da situação econômica e po-litica brasileira, destacando que

"co-

mo eu tenho base na Europa, naoconsigo entender como alguém podeser presidenciável sem ter um pro-grama. Até hoje, nenhum candidatose qualificou numa maneira demo-crática, ou seja, explicando o que elequer fazer para combater a inflaçãoeos juros.

Karisson comentou que, emDoraseja verdade que a economia emgeral e o mercado de ônibus e cami-nhões, em particular, mostrem hojeum quadro negro, "temos mais ra-zões para manter uma boa esperan-ça do que achar que a situação podepiorar mais".

Fiat lançaprêmio

automóveis

Alguns setores defendem umrompimento do acordo com o Fun-do. Existe essa possibilidade?

Eu acho que isso é uma coisairresponsável, de pessoas que naoestão sentadas nas cadeiras ondesão tomadas as medidas sénas Fo-deríamos romper com o Fundo Mo-netário se fosse um caso de ofensado Fundo Monetário à soberanianacional. Fomos nós que procura-mos o Fundo; nós é que precisamosdo Fundo Monetário; o Fundo Mo-netário não impõe nada. Nós é quetemos que acertar com o FundoEtário os nossos números, onosso programa econômico. Isso éo que nós estamos fazendo. Agora oFundo tem uma sistemática: ele li-bera as parcelas do empréstimo quenós fizemos com ele; se nós cumpri-mos aquele programa que apresen-tamos inicialmente a ele. O Fundodeseja que o Brasil acerte na suaprogramação econômica, que torta-eça o balanço de pagamentos, redu-

za a pendência do Brasil aos f.nan-ciamentos externos. E para isso te-mos que combater a inflação, quereduzi-la.

Empresasexportam US$ 150

milhões

MesuS(Mo)7eTde^herohomem ao interior.

Ato público pedeanistia no Uruguai

PÍ,y^%s^r^^t7^°/_anistia amola geral e irrestrita naquele país, real,zada na

cSndRm apoio da Intersindical do Rio de Janeiro,nàrfdos porcos de oposição e entidades populares e

riemocrátUras O vice-goWnador, Darcy Ribeiro, em no-

mTdo PDT disse que a solidariedade com o povo„„,„„.,;„ a |im dever dos brasileiros.uruguaio éurnoetr ^

que „,aleuma überdade. nos recebeu a mim. ao Jango, ao Brizola

e a" oítra brasileiros exilados com extremo carinho, e

respeito Os uruguaios fizeram centenas de atos como este

em solidariedade aos brasileiros

Como vem fazendo há seis anosconsecutivos, a Fiat Automóveislança amanhã, dia do aniversário desua fábrica, o tema do "Prêmio FiatAutomóveis para Universitários-1983" destinado a estudantes a nívelde graduação, matriculados em

qualquer curso superior, em todo oterritório nacional.

"Cooperação internacional" seráo tema proposto, resultado de amplapesquisa realizada pela Fiat juntoaos universitários. O tema foi esco-lhido pela sua grande oportunidade,tanto na área financeira, quanto naárea diplomática e os prêmios saoum Fiat 147 zero quilômetro, CrS 600mil e CrS 400 mil, respectivamentepara o primeiro, segundo e terceirocolocados.

O prazo de apresentação de traba-lhos estende-se até o dia 29 de feve-reiro de 1984, devendo ser redigidosem seis cópias datilografadas emespaço dois, com mínimo de 25 lau-das e máximo de 50, inclusive osanexos.

PORTO ALEGRE - Formados por600 empresas, os 50 consórcios bra-sileiros de exportações deverão ex-nortar US$ 150 milhões em produtosdiversificados (móveis, cerâmica eSos e outros) até o final do ano.A orevisáo foi feita, nesta capital,

por Mário Altino Corrêa de AraújoFilho, presidente nacional do CentroBrasi eiro de Apoio à Pequena e

Sa Empresa (Cebrae). órgão v.n-culado à Seplan.

Nestes primeiros seis meses doano informou Mário Altino, os con-sórcios brasileiros já exportaramUSS 47 milhões, sobressaindo-se oconsórcio do Ceará que na venda deconfecções para a Alemanha tatu-rou USS 2 milhões, no primeiro pedi-do.

O pres- lente do Cebrae chegouontem ? .-"orto Alegre onde, hoje noPalác i. Piratini, participa da assina-tura ue convênios que vão liberarCrS 3 bilhões em benefício das mi-eros, pequenas e médias empresasda Região Sul.

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Duas mil pessoas participaram da manifestação

Ultima JfrtaARCA

EDITORA E

GRÁFICAS A

PRESIDENTEArv Carvalho (licenciado)

PRESIDENTE EM EXERCÍCIOLéo Simões

VICE-FRESIDENTEAdonias Filho

DIRETOR-RESPONSÁVELJorge de M iranda Jordão

SECRETÁRIOArmindo Blanco

RKIWÇÀ().AONIINlslRAÇÁt.l OhinN.V* _

^lndüstrtase^stKim*ínlo.^to%l^w ^,,595 .

KilK ESS SS». 5S.CEP 01414.Telefone 64-1-HW Filiado ao

INO lilll.RAFKO iri.ITMORA

DF GO eEMCUAraxã. Uberaba. Uberlândia.Montes Claros eConntoIRS SC PR. MT. MS. BA. SE, Al. ePfcOuiros Estados eTemtõnos

Assinatura pu**.i.*il >m lixli

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Rio de Janeiro, sexta-feira, 8 de julho de 1983 NACIONAL/POLÍTICA ULTIMA HORA 3

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está paralisando o PaísPetroleiros conseguem adesão de metalúrgicos e outros setores

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GrevAutoridades federais e do Estado de

São Paulo, políticos e mesmo setorestrabalhistas estão perplexos diante domovimento grevista iniciado pelos pe-troleiros na Refinaria do Planalto, emPaulínia, distrito de Campinas, SáoPaulo, que se disseminou pelo setormetalúrgico dh região do ABC eameaça generalizar-se em vários pon-tos do território nacional, sem que setenha uma idéia clara e precisa doque realmente desejam os grevistas.O ponto de eclosão foi motivado -segundo os coordenadores do movi-mento - por uma ameaça de demissãoem massa nas áreas da Petrobrás, oque o Governo se prontificou a des-mentir. Mas o clamor se ampliou comprotestos diversificados - expurgo,pacote das estatais, modificação daLei Salarial.

A situação, principalmente em SãoPaulo, é de tensão e expectativa, in-clusive com o Comando do II Exerci-to em sobreaviso (uma posição antesdo estado de prontidão, que por suavez antecede à ordem de marcha).Ministros encaram a greve como decaráter exclusivamente político. A de-putada Ivete Vargas, presidente na-cional do PTB, critica a greve, cha-mando-a de movimento ilegal e preci-pitado, chegando mesmo a sugerir àsautoridades que o reprimam à modade Gdansk, na Polônia, ou da Améri-ca Central. O Presidente João Figuei-redo acompanha passo a passo osacontecimentos, abastecido de infor-mações pelo chefe do SN1, generalOctavio de Medeiros, e na capitalpaulista o governador Franco Monto-ro se mostra um pouco evasivo, em-bora numa entrevista aos repórterescredenciados no Palácio dos Bandei-rantes tenha atribuído a greve à "cri-

se econômica que atinge o País".Os 42 sindicatos que compõem a

Federação dos Metalúrgicos do Esta-do de São Paulo decidiram fazer umagreve geral de 24 horas, no próximodia 25. , ¦

Nas demais refinarias da Petrobrás,a situação está confusa. Os trabalha-dores da Revap - Refinaria Vale doParaíba -decidiram usar uma estraté-gia diferente: vão trabalhando juntos,sem substituição, turno por turno, atéque não haja mais ninguém paraentrar e a refinaria tenha de parar,porque a lei não permite que os em-pregados trabalham mais de 24 horasseguidas".

Em Capuava e Cubatão, os petro-leiros se mantiveram em assembléiaaté o final da noite para decidir seaderiam ou não à greve. Na RefinariaLandulfo Alves,'em Mataripe, Bahia,a greve é uma realidade. No Rio, oSindipetro convoca os trabalhadoresda Petrobrás para uma assembléiageral às 18 horas, quando se analisaráo movimento, de um modo geral, e sediscutirão as formas de solidariedade.

O mais grave incidente durante asmanifestações de ontem ocorreu porvolta das 11 horas, na Rua José For-nari, 1.400, Jardim Silvínia. em SãoBernardo do Campo, quando JoséZolcsak. diretor da Rover-Equipamentos industriais, saiu ati-rando contra um grupo de manifes-tantes que tentava obter a adesão deseus funcionários. O empresário, comum revólver Taurus, calibre 38, deutrês tiros e um deles atingiu o tóraxde José Luiz da Silva, 35 anos, resi-dente em Santo André. O operário foiencaminhado ao Hospital Assunção,onde foi operado e dispensado nofinal da tarde, enquanto José Zolcsakera autuado em flagrante no 1 Distri-to policial de São Bernardo.

REVAP ADEREOs petroleiros de São José dos

Campos, em assembléia realizada nanoite de ontem, decidiram - 178 votoscontra 171 -paralisar, a partir de hojea refinaria Vale do Paraíba - Revap,atualmente com pouco mais de 900funcionários. Os grevistas decidiramque os operadores não mais compare-cerão à refinaria para cender o turnodos que lá se encontram trabalhando,a maioria deles há mais de 24 horas.

FIGUEIREDOA Secretaria Geral do Conselho de

Segurança Nacional está acompa-nhando o movimento grevista em SãoPaulo e o Presidente João Figueiredovem sendo informado pelo SNI dosacontecimentos. A posição oficial daPresidência da República "é a de que,do ponto de vista da ordem pública, aquestão está afeta ao Governo esta-dual e do ponto de vista da essênciado problema, está sendo tratada peloMinistério do Trabalho", segundo dis-se ontem o secretário de Imprensa e

Divulga.ção da Presidência, ministroCarlos Átila.

O porta-voz do Palácio do Planaltoassinalou que o problema de estoquesde gasolina está sendo tratado pelaPetrobrás, "que tem um grande nú-mero de refinarias, quase todas traba-lhando com uma margem de capaci-dade ociosa que permite, temporária-mente, suprir a.s deficiências even-tuais decorrentes da paralisação deuma ou duas refinarias".

MENSAGEMA Petrobrás divulgou ontem a se-

guinte mensagem do presidente daempresa: "acabo de regressar ao Bra-sil depois de suspender uma impor-tante, missão no exterior, tão logosoube da greve na refinaria de Paulí-nia. A greve, comb todos já sabem, foiconsiderada ilegal pelo Governo.

Como presidente da Petrobrás, façoum apelo aos companheiros para quenão faltem ao trabalho. Nós da dire-toria acabamos de realizar uma reu-nião extraordinária e resolvemos im-portar, de imediato, alguns carrega-mentos de derivados. Vão custar maiscaro, mas serão necessários, com agreve, para que não cessem as ativi-dades de produção do País e nãocriem maiores problemas para a nos-sa população.

Se as refinarias não voltarem atrabalhar, dentro da maior brevidade,o prejuízo da Petrobrás será muitogrande. E muilo grande será tambémo prejuízo do nosso País.

A greve é ilegal, repito, e ninguémvai sair ganhando desse confronto.Não faltem ao trabalho, pois este éum setor essencial da nossa econo-mia. É o pedido que faço, como presi-dente da Petrobrás".

EMERGÊNCIACaso a greve dos petroleiros de São

Paulo se alastre para outros Estados,a ponto de configurar uma situaçãoameaçadora para a segurança nacio-nal, e socialmente convulsiva, abran-gendo a paralisação de outros setoresprodutivos, o Governo não hesitaráem adotar as medidas de emergência

. previstas pela Constituição para en-frentar a crise. A informação é defonte do Palácio do Planalto, ressal-tando que no momento a situaçãonão configura um quadro de probie-mas insuperáveis, mas o Governo aobserva atentamente, para agir comrigor no momento indicado.

Lembra o informante que a greveatingiu um setor essencial para asegurança nacional, o de combustí-veis e de seus derivados, e, numahipótese mais pessimista, se o movi-mento se estender a outras refinarias,no Rio de Janeiro e outros pontosestratégicos do território, o País terácomprometida sua capacidade detransporte, afetando também a mobi-lidade das Forças Armadas. Essa pos-sibilidade está sendo estudada peloConselho de Segurança Nacional, quetem pronta análise da situação nacio-nal no caso de situações críticas,apontando medidas alternativas a se-rem adotadas nesses casos.

MONTORO

Enquanto o superintendente da Po-lícia Federal, delegado Romeu Tuma,afirmava ontem no QG do 11 Exércitoque a greve dos petroleiros de Pauli-nia "é de caráter absolutamente poli-tico, pois não se trata de uma reivin-dicação salarial", o governador deSão Paulo, Franco Montoro, diziaexatamente o contrário, observandoque

"não há nenhum dado concretopara se afirmar que essa greve sejapolítica", atribuindo-a a "uma decor-rência da grave crise econômica queatinge o País".

Falando aos jornalistas na Sala deImprensa do Palácio dos Bandeiran-tes, Franco Montoro disse que o Go-.verno paulista está acompanhandotodos os acontecimentos em torno dagreve em Paulínia e dos movimentosem São Bernardo do Campo, assegu-rando que está empreendendo todosos esforços "para uma solução deentendimento, a fim de que a ordem ea tranqüilidade possam reinar no nos-so meio". . ...CAMPINAS - Um violento incêndiono matagal de uma área de aproxima-damente 50 mil metros quadradosentre a refinaria do Planalto.(Replan)e os terminais de distribuição dascompanhias de gás de cozinha colo-cou em risco todo o complexo petroli-fero de Paulínia na tarde de ontem. Odestacamento do corpo de bombeirosda refinaria, auxiliado por uma guar-

nição da unidade municipal, levouquase duas horas para conter as chamas, porque não pôde contar com oapoio da Brigada de Voluntários -

petroleiros treinados para o combatede incêndios e que estão em greve.

O fogo chegou a 50 metros dedistância do terminal de uma dasmaiores companhias distribuidoras degás - a "Copagás" - da região, umnível considerado perigosíssimo pelogerente operacional, da empresa, Ni-valdo Rando: "se no^omento hou-vesse o escape de válvula de umtanque de qualquer distribuidora, ogás iria ao encontro do fogo e tudoisto explodiria, inclusive a Replan".

A fumaça provocada pelo fogoateado propositadamente em váriospontos do matagal - a queima docapim no local é comum, mas nuncaem proporções ameaçadoras - cobriutoda a Replan no exato momento emque o presidente da Petrobrás, Shi-geaki Ueki, chegava para anunciar asdecisões da diretoria da empresa comrelação à greve dos petroleiros. Osuperintendente da refinaria, NiltonPereira Machado, informou que o in-cêndio estava sob controle. O risco sónão foi maior porque a Replan nãoestá bombeando gás liqüefeito de pe-tróleo para as companhias, em conse-qüência da desativação da refinaria.

SOLIDARIEDADEO movimento sindical vai se reunir

nacionalmente, amanhã, às 9 horas,na sede do Sindicato dos Marceneirosde São Paulo para discutir formas desolidariedade com a greve dos petro-leiros de várias regiões'do País edefinir as diretrizes unitárias da lutacontra o expurgo dos salários, o paço-tão das estatais e o Decreto 2.024, quemodificou a Lei Salarial. Vão partici-par da reunião a Comissão NacionalPró-Central Única dos Trabalhado-res, intersindicais regionais, confede-rações, federações e sindicatos.

A Intersindical do Rio divulgou on-tem nota de solidariedade aos petro-leiros em greve e de repúdio à inter-venção do Governo Federal no Sindi-cato dos Petroleiros de Campinas ePaulínia. Trecho da nota afirma queas reivindicações dos petroleiros

"re-

presentam o.s anseios de todos ostrabalhadores e a rejeição da desas-trosa política econômica do Governo,em total submissão ao Fundo Mone-tá rio Internacional".

ASSEMBLÉIASO Sindicato do Rio está convocan-

do os trabalhadores da Petrobrás noRio para assembléia geral hoje, às 18horas, na sede da entidade (AvenidaPresidente Vargas, 502 - 20" andar). Opresidente do Sindipetro, Antô.iiolorge de Almeida, repudiou a inter-venção no Sindicato dos Petroleirosde Campinas e Paulínia e disse que naassembléia no Rio será feita umaanálise do Decreto 2.010 (pacote dasestatais) e discutidas as formas desolidariedade com os companheirosem greve.

Armando Gabriel da Silva, presi-dente do Sindipetro de Caxias, classi-ficou a intervenção de arbitrária eprecipitada e convocou sua base paraassembléia geral segunda-feira, às 18horas, na sede do sindicato.

FORA DO ARA Rádio Bandeirantes foi tirada do

ar às 18h55m ontem, por fiscais doDepartamento Nacional de Teleco-municações (Dentei), que lacraram otransmissor da emissora em Vila Ve-ra, alegando problemas técnicos. Se-gundo o memorando que entregaramaos responsáveis pela Rádio Bandei-rantes, a emissora foi desligada por"apresentar picos de recorrências aci-ma de 100% na modulação de ondamédias, de acordo com leitura efetua-da às 18h30m por uma estação móvelda Renar". A emissora tem agoracinco dias para sanar o defeito e pedira deslacração cio transmissor, o quepode acontecer hoje cedo.

A medida foi recebida com surpresapor todos na Rádio Bandeirantes,lembrando alguns diretores que nun-ca o Dentei agiu com essa energia eem casos semelhantes tem se limitadoa avisar para que o problema sejacorrigido. Para os técnicos, a eleva-ção de "excesso de modulação" émuito estranha como motivo de la-cração do transmissor, pois basta gi-rar um botão para normalizar a emis-são. Alguns diretores ligavam essalacração à cobertura que estava sen-do feita da greve dos petroleiros emetalúrgicos pois, embora sem usarsensacionalismo, estava procurandoretratara realidade.

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Diante da Replan, onde tudo começou, osoperários, reunidos, se recusam a trabalhar, enquanto o

movimento se dissemina por toda a Nação

Na trilha dosaviões ingleses

Figueiredo tranqüiliza ArgentinaBUENOS AIRES - O Brasil apenas autorizará a aterrissa-gem de aviões ingleses com destino às Ilhas Malvinas "em

situações imprevistas inadiáveis ou de emergência", asse-gurou o Presidente João Figueiredo ao seu colega daArgentina, Reynaldo Bignone, informou-se oficialmenteem Buenos Aires.

Segundo comunicado da Presidência argentina, oPresidente Figueiredo reiterou que o Brasil "não serviráde base de apoio aos aviões ingleses que abastecem asIlhas Malvinas" e reafirmou que o Governo de Brasília"continua solidário com as reivindicações argentinassobre o arquipélago. Reynaldo Bignone telefonou à tardepara Figueiredo para se informar sobre sua saúde e ospróximos exames a que se submeterá nos Estados Unidos.

O problema criado pelas autorizações foi analisado,ontem, no mais alto nível governamental da Argentina,em Buenos Aires.

A Junta Militar, integrada pelos comandantes-em-chefe das três forças, general Cristino Nicolaides,almirante Ruben Franco e brigadeiro-general Jorge Hug-hes ouviu as considerações do caso do vice-chance erAlberto Dumont, titular interino do Ministério das Rela-ções Exteriores durante o afastamento por doença deJuan AguirreLanari. .

O adido militar da Embaixada argentina em Brasília,Hector Panzardi, encontra-se em Buenos Aires atendendoà convocação "de consulta" feita pelo comando-em-chefe da Força Aérea. Às conversações que se reali-zam através das chancelarias dos dois países se acrescen-tou um canal diplomático militar cujo primeiro objetivoserá o de realizar uma reunião entre altos oficiais daForça Aérea Brasileira e Argentina em Buenos Aires,segundo fontes autorizadas.

Um porta-voz diplomático assegurou que a situaçãocom o Brasil - País que representa os interesses daArgentina diante da Inglaterra, desde o rompimento dasrelações entre os dois Governos - será solucionada antesdeste final de semana.

DELIO"Não se pode negar a emergência e deixar que aviõescaiam na água", disse ontem o ministro da Aeronáutica.Délio Jardim de Mattos, ao explicar, em Belo Horizonte, a

permissão concedida pelo Brasil para que aviões inglesesfaçam pousos em território nacional com destino àsMalvinas Segundo ele, o Brasil terá procedimento seme-Ihante "com todos os aviões, sejam eles russos, argentinosou ingleses".

O ministro afirmou que os aviões ingleses que pou-sam regularmente na Base Aérea de Canoas (RS), segun-do seus comandantes, o fazem por emergência. "Eemer-

gência não quer dizer pane no avião, mas sim um pousotécnico O piloto verifica, em certo momento, se o combus-tível a condição dos ventos e de tempo permitem conti-nuar. Se não permitem, o piloto pede o pouso de emergên-cia que, no Brasil, nós permitimos", explicou.

Delio Jardim de Mattos, que paraninfou uma turmade formandas do Con» Feminino da Aeronáutica em Be oHorizonte, anunciou que o primeiro avião de combatemodelo AM-X, fabricado no Brasil, deverá voarem 198b.

Assembléiasaúda UH

Moção de congratulações à posseO deputado estadual Gilberto Rodrigues apresentou à

Assembléia Legislativa moção de congratulações ao depu-tado federal Léo Simões por ter este assumido a presiden-cia da ULTIMA HORA. A moção diz o seguinte: "Solicito

à Mesa'Diretora, na forma regimental, o envio de moçãode congratulações ao jornalista e deputado Léo Simões,na oportunidade em que assume a presidência do matuti-no ULTIMA HORA - esse vibrante, combativo e concei-tuado órgão da imprensa fluminense.

Temos a certeza de que o deputado Léo Simões, como amplo conhecimento dos problemas que afligem nossoEstado e o País, saberá manter aquele importante jornalcomo porta-voz dos anseios populares, sempre isento,sempre veraz, sempre nacionalista, sempre democrático.

Que nos Anais desta Casa fique registrado o Voto deprofícua gestão àquele destacado homem público."

O presidente da Companhia de Navegação da Amazó-nia Ronald Pinto Carreteiro. enviou uma carta com oseguinte texto: "Em primeiro lugar, deixamos registradanossa profunda admiração e acerto na sua recente indica-ção para conduzir o destino deste importante órgão daimprensa brasileira. .

Em se tratando de sua pessoa, competente, eficiente,dinâmico e batalhador incansável das causas justas talindicação não poderia nos surpreender. Votos de/elizgestão é o que desejamos."

O diretor-geral dos Hotéis Othon, Raymond Chartini,e o diretor comercial da mesma rede hoteleira, PeterSchwabe, mandaram a seguinte carta: "Dirigimos a V. Sa.para parabenizá-lo pela recente nomeação como presiden-te do jornal ULTIMA HORA."

Também'o presidente do Sindicato dos CompositoresMusicais do Rio de Janeiro enviou carta. Eis a íntegra: "A

imprensa brasileira acaba de ser premiada com a vossanomeação para o destacadíssimo cargo de presidente daULTIMA HORA. Nada mais justo para um homem quetantas provas tem demonstrado de brio profissional,sensatez humana e sentimentos de brasilidade.

O Sindicato dos Compositores Musicais do Rio deJaneiro jamais poderia se furtar a prestar essa singelahomenagem ao patrono da nossa luta sindical."

Outra carta que chegou foi do presidente da Associa-ção dos Aposentados e Pensionistas do Estado e Mumcí-pios do Rio de Janeiro. José Raimundo de Carvalho. Eis otexto- "Estamos, por este intermédio, mesmo tardiamente,tendo a elevada honra de parabenizar vossa senhoria pelainvestidura na presidência desse prestigioso e vibrantepaladino com 33 anos de relevantes serviços prestados embenefício do povo brasileiro, cuja estrutura-administrativa, acrescida do pródigo agasalho às respecti-vas aspirações, é, indubitavelmente, uma cidadela doservidor público municipal, estadual e federal com espe-ciai carinho para o aposentado e pensionista.

Rogando ao poder superior continuar propiciando osbenéficos eflúvios de saúde, paz e prosperidade para oscondignos integrantes do todo desse correto matutino,orgulho da pujante imprensa brasileira, subscrevemo-nosna condição de patrício e leitor, sempre às ordens efraternalmente." ^^

Para Ivete, prejudica a abertura."A greve deflagrada na Refinaria

Paulínia, em São Paulo, patrocinadapelo Sindicato dos Petroleiros deCampinas, é ilegal e, se alastrando,pode prejudicar a abertura demo-crática. Trata-se de um esquemapré-fabricado e por isso pode forçaro Governo a certas medidas que nãoserão boas para a nossa democracia.Pode ser que até haja um golpe".

A afirmação foi feita ontem, naSala de Imprensa da Assembléia Le-gislativa, no Rio, pela presidentenacional do PTB, deputada IveteVargas, ante a pergunta de como secolocam os petebistas em relação aoproblema da greve na Refinaria dePaulínia. já que seu partido firmourecente acordo com o PDS.

- A greve dos operários paulistasé política. Ela é patrocinada pelo PT.Nós lamentamos a precipitação dosseus líderes. O PT está aproveitandoa greve para tirar partido dela. OGoverno brasileiro tem de agir co-mo foi feito na Polônia. O governa-dor Franco Montoro tem de mantera ordem - disse a presidente do PTB.

Ivete Vargas classificou o acordoentre 0 PTB e o Governo de "medi-das reivindicatórias em favor dostrabalhadores". A seu ver, "o PTB

tem de funcionar no acordo comoelemento de pressão". A deputadaenfatizou que jamais procurou oPresidente Figueiredo para proporqualquer tipo de acordo por baixoela mesa.

- Jamais cogitamos isso. É lasti-mável que o deputado Jorge Curinão tenha declarado a verdade. Mascomo se trata de um político insta-vei, perdoamos sua atitude. Na ban-cada do PTB fluminense ele é oúnico que está contra a nossa lide-rança.

Após afirmar que "tudo que fize-mos foi feito à luz do dia, comconhecimento da bancada federal",a deputada Ivete Vargas disse que"no acordo com o PDS, o Governofederal nos ofereceu o Ministério daAgricultura e outros órgãos da ad-ministração indireta. Por ter defen-dido os interesses da classe traba-lhadora, fui até acusada de ter nego-ciado mal. Mas náo negociei cargos,apenas procurei reivindicar os pro-jetos de interesse da classe trabalha-dora".

Ivete Vargas garantiu que jamaiso PTB pediu ao Presidente da Repú-blica o Ministério da Agricultura enegou ter sido persuadida pelo mi-

nistro Delfim Netto a desistir destaPasta em troca das presidências daLight eCobal.

- Curi não foi verdadeiro nas suasacusações. Quero que ele prove tudoo que disse. Ele se esquece quetemos valiosos companheiros no Es-tado do Rio, como Celso Brand,Paiva Muniz. Rubem Dourado, JoáoPinheiro Neto que podem ocuparcargos, no Governo.

Indagada se apoiaria as eleiçõesdiretas, Ivete Vargas disse que oPTB já está há muito tempo defen-dendo esse processo, pois, na suaopinião, milhares de brasileiros de-fendem eleições diretas. Dentro des-se raciocínio - prossegue Ivete - oPTB apoia a idéia do senador Teotó-nio Vilela.

- Nós já marcamos um encontropara a próxima semana, em SãoPaulo, quando acertaremos os últi-mos detalhes da campanha.

A deputada disse que dois impor-tantes projetos preocupam 0 PTB: Oreajuste da mensalidade de presta-ção do BNH e o problema dos fun-cionários públicos. "O PTB pleiteouque fosse feito um reajuste de sala-rios entre" os servidores civis e mili-tares, mas infelizmente, não conse-guimos"-concluiu Ivete.

VÁ RECEBER O PIS DE JULHO

ano base <» 18J4g o ^ ^^ ^ agéncia Qnde vQce estiver cadastrada

iKiil ^^^^Í_S ______ *V '''JjJB _ÜÜ__Ü____* ___>. \

OS NASCIDOS DE

01 A 15 JULHO16 A 3! JULHO

01 A 15 AGOSTO

16 A 31 AGOSTO

01 A 15 SETEMBRO

16 A 30 SETEMBRO

01 A 15 OUTUBRO

16 A 31 OUTUBRO

01 A 15 NOVEMBRO

16 A 30 NOVEMBRO

01 A 15 DEZEMBRO16 A 31 DEZEMBRO

ABONORECEBEM NO PERIOOO DE

12JUL83A31 MAI 64

19 JUL 83 A 31 MAI 84

12AGOS3A31MAI8419 AC30 83 A 31 MAI 8J

12 SET 83 A 31 MAI 84

19 SEI 83 A 31 MAI 84

13 OUT 83 A 31 MAI 84

19 OUT 83 A 31 MAI 84

22 NOV 83 A 31 MAI 84

25 NOV 83 A 31 MAI 84

12 OEZ 83 A 31 MAI 84

19 DEZ 83 A 31 MAI 84

OS NASCIDOS DE

01 A 15 JANEIRO

16 A 31 JANEIRO

01 A 15 FEVEREIRO

16 A 3 FEVEREIRO

01 A 15 MARÇO

16 A 31 MARÇO

01 A 15 ABRIL

16 A 30 ABRIL

01 A 15 MAIO

16 A 31 MAIO

01 A 15 JUNHO

16 A 30 JUNHO

ABONORECEBEM NO PERÍODO DE

12 JAN 64 A 31 MAI 84

I9JAN84A31 MAI 84

13 FEV 84 A 31 MAI 84

21 FEV 84 A 31 MAI 84

06 MAR 84 A 31 MAI 84

12 MAR 84 A 31 MAI 84

19 MAR 84 A 31 MAI 84

26 MAR 84 A 31 MAI 84

05 ABR84 A 31 MAI 84

12 ABR 84 A 31 MAI 84

16 ABR84 A 31 MAI 84

26 ABR 84 A 31 MAI 84

RENDIMENTOS

OS NASCIDOS DE RECEBEM NO PERIOOO DE

jímciro 12 JAN 84 A 31 MAI 84

FEVEREIRO 19 JAN 84 A 31 MAI 84

MARCO 13 FEV 84 A 31 MAI 844HR,r 21 FEV 64 A 31 MAI 84r^lO 08 MAR 84 A 31 MAI 84...Lo 12 MAR 84 A 31 MAI 84„HO 19 MAR84 A 31 MAI 84AGOSTO 26 MAR (M A 31 MAI 84

SETEMBRO 05 ABR 84 A 31 MAI 84ni m*V_ 12 ABR 84 A 31 MAI 84

NOVEMBRO 18 ABR 84 ATM MAI 84

MEMBRO 26 ABR 84 A 31 MAI 84

QUOTAS.04 JAN 84

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r 4 ULTIMA HORA

Rio de Janeiro, sexta-feira, 8 de julho de 1983

QUADRO POLÍTICOA greve como

fato substantivo"Este é um fato substantivo" - comentou impor-

tante diligente do PDS que tem trânsito rotineiro em

gabinetes do Palácio do Planalto, ao se referir ontemà greve desencadeada pelos petroleiros da Refinariado Planalto, da Petrobrás, em Paulínia, distrito domunicípio paulista de Campinas. A greve foi decla-rada ilegal pelo Ministério do Trabalho, o sindicatoque a armou está sob intervenção e são estudadasmedidas dissuasórias e de choque para tratamentodo movimento, conforme as circunstâncias aconse-lharem às autoridades.

A greve apresenta sintomas de que poderádetonar movimentos de solidariedade, a exemplo do

ato dos metalúrgicos do poderoso ABC paulistaliderados por Jair Meneghelli, que pode ser seguidode outros. Em Minas, no Rio Grande do Sul e no Rio,nas áreas da Petrobrás, foram acionadas medidas

preventivas clássicas. No Rio e no Rio Grande, o

quadro se apresenta menos emocionai que em Minasonde está localizada a estratégica Refinaria GabrielPassos, no distrito industrial de Betim.

A greve, em si, é encarada com tolerância peloGoverno, segundo esse político. Mas no caso presen-te há perplexidade, à medida que ela não temclara bandeira reivindicatória. Os temores que lhederam causa, confessados pelos seus lideres, sãoinfundados. A Petrobrás não tem planos de demis-soes maciças e nem pode cogitar de adotar critériosde rotatividade de seu pessoal, simplesmente porquetodo o pessoal de usina é especializado e raro, nomercado. "Rodar", aí,é uma temeridade.

Deixando de lado essas considerações de níveltécnico de política trabalhista e de interesse daempresa, o dirigente pedessista sublinha arepercus-são da greve no quadro geral dos partidos e do

próprio Governo. Assegura que o Planalto acompa-nha, por seus especialistas, todo o desdobramento dasituação, mas ainda sem maior preocupação.

Mas tanto o Governo quanto os políticos, demaneira geral, estão cientes de que a greve dos

petroleiros - fique ou não restrita à Replan -

constitui um choque para as autoridades econâmi-cas, cujos cálculos passam a ficar afetados. Não é detodo impossível que lideres políticos, de todos os

partidos, em condições de intermediar, dialoguemcom os grevistas.

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K**a ' • y>/j

Cassadosprivilégiosde Juruna

Foram cassados os privi-légios de trânsito livre deque o deputado e caciqueMário Juruna, do PDT flu-minense, desfrutava em al-guns Ministérios.

Juruna era presençasempre homenageada equase sempre as autorida-des o recepcionavam à por-ta dos gabinetes,premiando-o inclusive comafagos nos seus longos esedosos cabelos.

Agora, quando toca e seidentifica, Juruna não énem ouvido.

Classificaçãoserá senha da

luta na CâmaraOs 17 vereadores que

compõem o bloco de oposi-ção, na Câmara carioca,reúnem-se na próxima se-mana para acertar os pia-nos de ação. Petebistas, pe-medebistas e pedessistas (etalvez a petista Benedita daSilva) devem começar abriga pelo Plano de Classi-ficação do funcionalismoda Casa.

ANOTAÇÕESDeclara o senador petebista Nelson Carneiro ser

"desalentádora a situação dos Estados produtores depetróleo". Em conjunto, ano passado, deixaram dearrecadar, em royalties, uns US$60 milhões sobre opetróleo extraído de suas plataformas submarinas. Só oRio, segundo Carneiro, deixou de receber US$50 mi-lhões pois é o maior produtor brasileiro, com 65 porcento do total. O senador quer mudar a lei para que osEstados produtores recebam cota por petróleo extraídoem seu mar territorial.

O governador de Santa Catarina, Esperidlflo Amin,esteve em Brasília e encaminhou dois pedidos: recursospara a conclusão das penitenciárias de Curitibanos eChapecó, no total de Cr$3 bilhões, e para compensarprejuízos estimados em Cr$ 100 bilhões, sofridos por 280mil proprietários rurais, cujas plantações foram Inutill-zadas pelas chuvas de maio. O ministro da Justiçaprometeu dinheiro para as prisões e os ministros daFazenda e da Agricultura dilataram prazos para finan-ciamento aos agricultores.

Segundo o presidente em exercício do PMDB, ex-senador Teotônio Vilela, seu partido está pronto paradesencadear a campanha nacional em favor das elei-ções diretas para Presidente da República. Acredita serpossível conquistar o PDS para a pregação. E explicou:"afinal, o PDS não está se achando. Está brincando deesconder".

O governador Franco Montoro, de Sâo Paulo, será opróximo a falar no Clube de Imprensa, de Brasília, emdata a ser marcada. O primeiro governadora falar esteano no clube foi o do Rio, Leonel Brizola.

Destaca o senador Lourival Batista, do PDS deSergipe não haver paralelo na história do Nordestepara o'regime de seca, que já dura cinco anos. Oq uadro toma dimensões de desespero, com 56 por centodas famílias das áreas atingidas sobrevivendo ernbolsões de pobreza absoluta: "da população de 40milhões de habitantes do Nordeste, milhões perambu-Iam nas estradas rumo às grandes cidades". Batistaafirma que a solução dos problemas nordestinos estánum planejamento global e a mobilização simultâneade dinheiro, recursos técnicos e humanos.

Com o controle das autoridades econômicas sobreimportação e exportação, com o que se tem conseguidosuperávits mensais na balança comercial, "chegamosao momento adequado para que o Governo comece amover a máquina econômica em direção ao mercadoconsumidor interno, hoje altamente desequilibrado". Ocomentário é do presidente da Federação das Associa-ções Comerciais e Industriais de Santa Catarina, VitorMoritz.

Prioridadeé a reformatributária

Para o governador Ger-son Camata, do EspíritoSanto, a prioridade não é aluta pelas eleições diretaspara a Presidência da Re-pública, como vem insistin-do o seu partido, O PMDB.E diz por qui:

- Nenhum eleitor vem amim reclamar eleições dire-tas para Presidente. Vem,mesmo, é pedir emprego,pedir comida, pedir escola.E o Estado náo tem recur-sos para atender a essasreivindicações.

A prioridade, para Cama-ta, é a ressurreição da Fe-deraçáo, com a devoluçãoda autonomia financeiraaos Estados. Isto é, ampla eimediata reforma tributa-ria, pois a legislação vigen-te manda todo o dinheiropara os cofres do TesouroNacional.

Dentro da leiCurió quer

evitar BrizolaObservada a fronteira

constitucional, o deputadoCurió, liderado do deputa-do Nelson Marchezan, pro-mete tudo fazer para impe-dir a candidatura do gover-nador Leonel Brizola, doPDT, à sucessão do Presi-dente Figueiredo. Não gos-ta dele e, diz, sabe que mui-tos militares na ativa tam-bém encaram Brizola comdesagrado.

- Farei o possível e oimpossível para que Brizolanão chegue a candidato -garante Curió.

•Consenso eFrases

história do século

XIX ».erdaodoPMI)Biia<:ioiialiiTwjtónio "/ile a, preridente en» «"»u

Fntre uma coisa e outra, poderia-mos oensTr no candidato de consen-2. Bobw o qual tenho me pronun-ciádc^favoravelmente antes mesmo

"Sendo maioria no colégio eleitoral,o PDS fora o próximo Presidentetranqüilamente e, assim, nao aceitacorrer o risco de uma eleição dire-

j Elhár, PinMeputado federal -.I. PUS de Min-,

Clima ajuda o diálogoAs circunstâncias políticas hoje favorecem ao diálogo

entre oposição e Governo, segundo sustenta o governadordo Pará O pemedebista Jáder Barbalho. Não só a Naçãoestá diante de profunda crise política e econômica, comrastilhos sociais, como também mais ou menos assentadonas consciências a inviabilidade de qualquer tentativadiscricionária, com a quebra da legalidade que a aberturavai tecendo. . .

- O diálogo entre Governo e oposição, se bempraticado, poderá conduzir à solução dos problemas. Oessencial é que se repita o passado, quando a conversa eraentre surdos - destaca, em resumo, Barbalho.

No caso do PMDB, o diálogo não afeta, nem prejudica1 a tese das eleições diretas constante do programa partida-rio.

No PT os melhores aliadosDepois do deputado Eduardo Suplicy, que se apresen-

tou de lança em riste na defesa da ética no mercadofinanceiro, a equipe chefiada pelo ministro Delfim Nettoganhou nova adesão no PT, devidamente saudada. A beladeputada Bete Mendes, também da bancada petista pau-lista retocou com graça a idéia do senador RobertoCampos de reformular o 13'' salário. O senador pensou emdiluir o 13g duodécimos, pagáveis ao empregado ao fim decada mês. Bete quer que os duodécimos sejam creditadosao FGTS do empregado, que ao fim do ano o retiraria deuma vez, com juros e correção.

A variante tem a virtude de reforçar o caixa do BNH,gestor do FGTS.

s artigo, publicados nesta página, sempre que assinados, não refletem obrigatoriamente a opinião do jornal.

O Papa salva a PolôniaSebastião Lobo Neto

DURANTE

a visita do Papa à Polônia,que atraiu milhares de jornalistasdo mundo inteiro, o vice-primei-

ro-ministro Janusz Obodowski arregaçouas mangas e manteve inúmeros contatoscom a imprensa. Tema: a dívida externapolonesa.

Obodowski afirma que os USS 27 bilhõesque o país deve ao Ocidente só podem serpagos em condições especiais, a saber, du-rante 20 anos, sendo que os oito primeirosserão de carência e a dívida, neste período,será congelada, tomando como base o valoratual. Indagado sobre a produtividade dopaís, Obodowski entrou em maiores deta-lhes. As sanções impostas a Varsóvia após adecretação da lei marcial trouxeram umprejuízo de US$ 12 milhões e, o que ésignificativo, empurraram a Polônia paraum estreitamento do seu comércio com oLeste. O país deve ao Comecon (Comunida-de Econômica Socialista) mais de US$6bilhões. Segundo Obodowski não há comodeixar de pagar esta dívida. Como os credo-res da dívida total polonesa são bancosocidentais (avalizaram 55% dos emprésti-mos), o recado do ministro polonês foiimediatamente transmitido a quem de direi-to. Mal o Papa havia chegado a Roma e jáestava marcada, em Viena, uma reuniãoentre funcionários do Banco Hanlovy (po-lonês) com representantes de um consórciobancário para o início do estudo do reesca-lonamento. A Polônia, diga-se de passagem,não abre mão de novos empréstimos duran-te o período de carência de 8 anos, uma vezque não pode prescindir da importação decertas matérias-primas e equipamento. Aoque tudo indica, os banqueiros ocidentaistoparam a sugestão polaca.

NO

plano político a estrutura socialpolonesa já está delineada. JoãoPaulo II assumiu a Central Sindical

Solidariedade, afastando Lech Walesa. O

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Taxaçãoe representação

célebre editorial do L'Osservatore Romano- que resultou na demissão do padre Levi,redator havia 11 anos - não foi desmentido.A estratégia do Vaticano é delicada. Ebrilhante.

João Paulo II desistiu de manter o tripéSolidariedade com Walesa, Jaruzelski eVaticano, uma vez que percebeu que Wale-sa, um moderado, poderia perder a lideran-ça para os mais radicais. É convenientelembrar que, no último congresso da Soli-dariedade, Walesa foi insultado porque in-sistia em que a Polônia não deveria alterarsua política externa, isto é, continuaria noPacto de Varsóvia.

Num país com a economia em crise e

O Papa com Jaruzelski.Solidariedade e divida externa.

onde o padrão de vida caiu vertiginosamen-te nos últimos três anos, o terreno é fértil

para extremismos que, inevitavelmente, le-variam a uma ação enérgica da URSS,eufemismo para intervenção. Joao Pauloafastou Walesa para preservá-lo de umaqueda que, segundo analistas das relaçõesentre a Polônia e a Igreja - o padre Levi eraespecialista no assunto -, seria inevitável.Já com o Papa à frente da Solidariedade,ficaria muito difícil que o patriotismo polo-nês, que sempre teve a religião como seusímbolo e sua vanguarda, entrasse na peri-gosa alameda do radicalismo.

A produtividade polonesa é baixíssima, eo índice de alcoolismo no trabalho é o mais

alto da Europa. Junte-se a este comporta-mento um regime que carece de apoiopopular e de representatividade, e o barrilde pólvora explodiria, incendiando o país e.possivelmente, o mundo.

TAL

percepção da realidade político-social deve-se ao Papa. Prefere oVigário de Cristo uma colaboração

com Jaruzelski - e intermediando junto aosbancos a dívida externa - do que o radica-lismo suicida de grande parte da Solidane-dade. Credita-se ao Papa, por exemplo, asugestão de que. durante os oito anos decarência para o pagamento da dívida, nãohaveria juros sobre o montante. Justiçaseja feita, João Paulo demonstra ser maisestadista que muitos estadistas formais,particularmente por sua acuidade e seusenso de realismo.

A solução polonesa poderá abrir umasérie de precedentes, inclusive no caso doBrasil. A Polônia é tão importante para aestabilidade do sistema internacional (poli-tico e financeiro) como o México, o Brasilou a Hungria, esta a que tem a maior dívidaper capita do bloco socialista.

EM

suma: o fervor religioso polonêsestá sendo contido como se contémuma reação em cadeia numa usina

nuclear; os radicais perderam os espaços eo Governo ganhou a credibilidade para opúblico externo de que precisava. As fotos efilmes de João Paulo pregando para mi-lhões não sugerem a realidade de um regi-me totalitário nos moldes de Bukhann,leitura predileta do PC polonês.

Dizem que Deus é brasileiro. Pode ser.Mas a realidade é que o Papa é polonês e,ao acumular o cargo de Bispo de Roma como de Bispo da .Solidariedade, poderá muitobem conduzir o processo de pacificação erecuperação de seu país.

Maurício Cibulares

As "condições objetivas >•

Jorge Boaventura

POR

mais de uma vez temos tido aoportunidade de mencionar, subme-tendo-a à consideração pela inteli-

gência dos leitores, a questão relativa às"condições objetivas para a revolução" aque se referem os teóricos e os fautores doexpansionismo marxista-leninista.

Para eles, e em virtude do que gostam dedenominar de "lei de transformação daquantidade em qualidade", tal transforma-ção verifica-se "por salto brusco", tão logoaquelas "condições" estejam, realmente,configuradas.

Entre nós. o que já levou ao fracasso, pormais de uma vez, os arautos da futura"sociedade sem classes" foi, exatamente, aavaliação imprópria e equivocada, feitaquanto à presença do citado pré-requisito.Assim ocorreu em 35, quando a sociedadebrasileira estava completamente distantede situação da qual se pudesse esperarapoio ao que, afinal, redundou em breve esangrenta intentona, sem repercussõesrealmente profundas, a não ser no seio dasfamílias dos que, então, foram brutalmenteassassinados. Assim aconteceu também em63, quando lideranças embriagadas pelaproximidade do poder que já lhes estava,praticamente, nas mãos, partiram para oincitamento da desordem no campo econô-mico da nossa realidade, e para o maisaberto e desafiador incitamento à indisci-plina, no próprio interior dos quartéis.

Hoje, o tempo passado permite a claravisão do erro crasso cometido pelos líderes

das esquerdas as quais, sob seu comando ejulgando chegada a hora, simultaneamenteameaçaram as chamadas classes conserva-doras e as instituições castrenses. A amargalição por elas recebidas em 64 levou-as, pelomenos ao chamado "partidão", a uma atitu-de de muito maior prudência, contra a qualse insurgiram várias frações que, em "ra-chás" sucessivos, imaginavam já presentesas tais "condições objetivas", o que embreve as levou à prática de guerrilhas, tantourbanas quanto rurais. Guerrilhas as quais,como o povo não lhes deu apoio, passarama sofrer as sucessivas derrotas que, emambos os ambientes, começaram a ser-lhesinflingidas pelos denodados militares - hojemarginalizados sob a acusação de radicais -que, acionados pelos poderes e pelas autori-dades a que deviam obediência, muitosdeles com sacrifício das próprias vidas e,todos ou quase todos, enfrentando percal-ços de toda a ordem, entre os quais o menornâo era, sem dúvida, o sobressalto em quepassaram a viver as suas famílias, oferece-ram combate, com manifesto sucesso, aosque se haviam insurgido de armas nasmãos, uma vez mais equivocadamente cer-tos de que "a hora havia chegado".

TAIS

lições, tão recentes, valeu-lhes,sem dúvida. Tanto assim que asatividades guerrilheiras cessaram de

súbito, indicando, a par das derrotas quevinham sofrendo, o seu reconhecimentopelos que as conduziam e a decisão desuspendê-las, até melhor oportunidade.

E o tempo continuou a passar, trazendoem seu bojo a terrível crise econômica emque nos estamos debatendo, com o seucortejo de dificuldades de vida absoluta-mente sem precedentes em toda a Históriado País. Além disso, o anúncio da "abertu-ra", com a anistia "ampla, geral e irrestri-ta", concedida tal como as esquerdas ahaviam reivindicado; o aumento das fran-quias democráticas de toda a ordem; avolta, inclusive para o exercício de poder,de muitos banidos e cassados, tudo isso, éclaro, somado aos erros anteriormente co-metidos com respeito â avaliação das famo-sas "condições objetivas", fortaleceu a tesedos que opinam pela prudência, e náo pelaaventura. Tanto assim que, apesar do de-semprego, do aumento brutal do custo devida, da inflação galopante, dos rumoresacerca do desenfreamento da corrupção,rumores sem dúvida estimulados, "por de-baixo do pano", pelas mesmíssimas esquer-das que cortejam - "et pour cause" - a"abertura", têm sido raras e absolutamenteinexpressivas as greves destes últimos tem-pos. É que, nem a elas, se querem arriscaras referidas esquerdas, tão risonha e pro-missora lhes tem parecido, até aqui, asituação.

AGORA,

porém, ao nos sentarmospara redigir este artigo, anuncia umnoticiário de rádio o início de greve

deflagrada em Paulínia, onde sáo refinadoscerca de trezentos e quarenta mil barris/diade petróleo, cujos produtos abastecem

grande parte das necessidades de áreas devital atividade econômica do País, a come-çar por São Paulo. Como se não bastasse amesma notícia assinalou a existência derumores acerca da adesão de operários domesmo ramo na região de Sào Jose dosCampos e as dos metalúrgicos do ABCpaulista.

De nossa parte, queremos crer, pelosmotivos já vistos, em que são falsos aquelesrumores. Do contrário, é nossa convicçãoque alguém, uma vez mais, está avaliandocomo configuradas agora, as "condições

objetivas" sobre as quais já se errou tantasvezes De fato, uma greve ampla no setorenergético, seguida - e dentro da figura atéagora arquivada da "paralisação por solida-riedade" - de outra dos metalúrgicos doABC, é fato de extrema gravidade, cujosdesdobramentos e conseqüências são abso-lutamente inquietantes e imprevisíveis.

A

serem verdadeiros tais rumores e,repetimos, propendemos a suporque não o sejam, representariam os

fatos a que eles se referem terrível amargu-ra para o Presidente da República, quepossivelmente não conhece ainda o quantopodem ser cruéis os que, não acreditandoem Deus nem em valores permanentes, emboa lógica concluem que "os fins justificamos meios".

Outros sentimentos, entre os quais agratidão? Sâo pieguices pequeno-burguesas, completamente alienadas.

HÁ quase mil anos, os barões ingleses obriga-

ram o Rei João-Sem-Terra a reconhecer, porescrito, que não lhe era permitido impor

taxações sem a devida representação dos contri-buintes. Desde então, este tem sido um dos princi-pios basilares das democracias ocidentais. Quandonão é atendido, as coisas terminam em confusão.

Os "pacotes" recém-editados pelo Governo,com seus "expurgos" e cortes, são uma formamoderna de taxação. Na verdade, essas medidassão taxas impostas a toda a sociedade. O que é pior,é que são determinadas sem a concordância dostaxados.

Cansei de aconselhar, daqui mesmo, que os tais"expurgos" e cortes fossem submetidos ao Con-gresso Nacional, para atender ao princípio demo-crático e, na prática, dividir responsabilidades. Mas,como o uso prolongado do cachimbo deixa a bocatorta, ninguém deu a menor bola para esse tipo deconselho, e as decisões acabaram por ser tomadascomo sempre, "en petit comitê".

reação da sociedade está aí mesmo, visível.Os petroleiros de Campinas estão em greve.Os metalúrgicos do ABCD devem entrar em

greve a qualquer momento. Seguramente outrascategorias profissionais lhes seguirão o exemplo.

O Governo declara tais greves ilegais e inter-vém nos Sindicatos envolvidos. O que isto vairesolver? Rigorosamente nada. As pessoas respeita-doras da Lei, como eu, não apoiarão as grevespublicamente,

"vias, no foro íntimo, as compreende-rão e saberão que o principal erro não está no ladodos grevistas. Cumprirão a Lei, porque acreditamque sem Lei não pode existir sociedade organizada.

Cansei de avisar, junto com centenas de outraspessoas, que a sociedade não aceitaria os "expur-

gos" e cortes. Pagaram para ver, e viram, ou estãovendo.

E agora? Vão mandar a polícia resolver oproblema no cacete? Vão intervir nos Estadosgovernados pela oposição, onde certamente osgovernadores não podem agir como se agia nostempos mais escuros do arbítrio?

SE querem uma sugestão sensata, aí vai ela:

convoquem extraordinariamente o Congres-so Nacional e submetam à sua apreciação

todas essas decisões. Deixem que ele decida livre-mente, sem rolos compressores.

Se o Congresso Nacional rejeitar as medidas,diga-se ao FMI e aos banqueiros internacionais queo nosso Legislativo não as aceitou. Isto não é novopara ninguém. Volta e meia o Presidente Reagan, apretexto da não aprovação do Congresso norte-americano, deixa de cumprir os mais solenes com-promissos. A Nicarágua e El Salvador que o digam.

Estou convencido de que, se os líderes traba-Ihistas forem avisados da próxima convocaçãoextraordinária do Congresso Nacional, eles suspen-derão logo a greve, esperando a decisão soberanado povo, tomada pelos seus representantes. Semrolos compressores.

Se esses líderes grevistas assim mesmo persis-tirem nas greves, ficará demonstrado a todo o Paísque não há sinceridade em seus argumentos. E oExecutivo fica com as mãos livres para fazer o que,dentro da Lei, entenda ser o mais conveniente.

Por enquanto, os grevistas têm uma sólida basemoral para sua posição, embora essa base não sejalegal: foram taxados, sem serem ouvidos, atravésde seus representantes.

NAS

democracias, o povo tem o direito detomar até decisões erradas. Se quiser, nocaso, impedir que se adotem medidas de

contenção da inflação, tem o direito de fazê-laNegar esse direito é restabelecer o paternalismo, oarbítrio e interromper a abertura do PresidenteFigueiredo. As regras do jogo nem sempre funcio-nam na direção desejada. Mas nem por isto podemser alteradas a toda hora.

Sobretudo, nâo subestimem a competência e o

patriotismo do Congresso Nacional.

Rio de Janeiro, sexta-feira, 8 de julho de 1983 POLÍTICA ULTIMA HORAS

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V

PDT vive clima de expulsãoBrizola irritado com garantia de vida a Alcides Fonseca

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Baixada Fluminense,uma lenta agonia»

O deputado Fernando Leandro, do PTB, disse ontemque São João de Meriti "é hoje uma terra arrasada". APrefeitura do grande município da Baixada Fluminensetem uma receita inferior à folha de pagamento do seufuncionalismo. Os serviços públicos essenciais estão com-pletamente paralisados. As ruas da cidade estão imundas eintransitáveis. Os mosquitos são o tormento dos habitan-tes de todo o município, que não dormem direito. Osterrenos baldios, transformados em vazadouros de lixo,são "o paraíso" dos ratos. Diz Fernando Leandro: "oprefeito, não sabe como sair da situação em que seencontra. Diz ele, quando interpelado, que está esperandopelo Brizola. Dou-lhe umconselho: espere sentado, que épara não ficar cansado..."

Chapéu de Couro - Aluízio de Castro, do PDS, contouque na última Exposição Agropecuária de Miracema, orepresentante oficial do governador Leonel Brizola e dosecretário de Agricultura, Pereira Pinto, depois de hasteara Bandeira Nacional com um chapéu de couro enterradona cabeça, pediu em voz alta que a renda da exposiçãofosse doada ao PDT. O pldáo, como o classificou odeputado Aluízio de Castro, é o atual diretor do Departa-mento de Informação Rural e já está sendo chamado pelagarotada de Miracema de "Chapéu de Couro".

Desarmamento - O pedessista ítalo'Bruno informouque o governador Brizola deixou passar o prazo legal paravetar ou sancionar o seu (dele, ítalo Bruno), projeto queproíbe a venda indiscriminada de armas em todo oterritório fluminense. Agora, caberá ao presidente daAssembléia, deputado Paulo Ribeiro, do PDT, promulgar alei. ítalo Bruno lavrou um bom tento. Resta saber se a lei,a ser promulgada, será realmente cumprida.

Zona do Agrião - Um dos deputados mais atuantes e depeito aberto da atual legislatura é, incontestavelmente, opedetista Salvador Fernandes. Há dias, furioso com o seucolega de bancada, Alcides Fonseca, disse, da tribuna:"hoje, a zona do agrião esteve realmente em polvorosa.Tivemos aqui oradores de diversos quilates. Mas quemmais deslustrou esta tribuna foi sem sombra de dúvida odeputado Alcides Fonseca, que está trazendo para todosda bancada do PDT e da Casa celeumas e mais celeumas,acusando, indevidamente, o nosso líder, José GomesTalarico, que tem o apoio de toda a bancada, menos,evidentemente, dele, Alcides Fonseca". O protesto deFernandes p**oou na reunião do Diretório Regional, queresolveu cassar o Alcides Fonseca de todas as comissõesdas quais participava.

Marajás - Romualdo Carrasco, do PTB, denunciouperseguições contra humildes funcionários do Senai. Car-rasco recebeu uma carta de um servidor denunciandoirregularidades na Escola Euvaldo Lodi, em Triagem. Ecita um cidadão de nome Aurélio Chaves e os "marajásDonizetti; Carlos Vilhena, Saulo Diniz e outros menosvotados". E concluiu o deputado: "a situação do Senaiprecisa ser devassada com o maior rigor".

Vai bem - Depois de longa ausência, reapareceuontem na Assembléia o ex-deputado pemedebista JoséCarlos Lacerda, de Caxias. Falando sobre a atuação doprefeito Hydeckel de Freitas, disse Lacerda; "ele vai muitobem, Dando, inclusive, uma vigorosa demonstração decompetência administrativa e também de liderança politi-ca. Duque de Caxias está limpa, sem o tormento dosburacos é' com os índices de criminalidade baixando acada dia".

Almoço - Informava-se ontem na Assembléia: HansTriguer, membro do lides (Instituto Latino-Americanode Desenvolvimento e Estudos Sociais), instituição patro-cinada pela Fundação Friedrich Ebert, almoçou ontemcom Brizola, no Palácio Guanabara. "O cardápio foipreparado pelos cucas Clovis Brigagão e Miguel Bodea,que dispensaram a colaboração do secretário de Justiça,Vivaldo Barbosa, principalmente na parte dos condimen-tos. O almoço durou mais de três horas.

É demais-Todo mundo sabe que o Estado do Rio nãoé muito rico em minério. Possui, apenas, algumas reservasde calcita, em Macuco e Cordeiro; mármore e calcita, emItalva, distrito de Campos; dolomita, em Cambucí; turfa,em Macaé e pequenos filões de feldspato no Norte,principalmente em Porciúncula. Pois bem, sem que sesaiba de onde tirou a idéia, vem o secretário de Minas e"Energia, deputado José Maurício, e anuncia que o solofluminense, inclusive o carioca, é muito rico em ouro epedras preciosas. Por causa disso, o deputado FranciscoLomelino, líder do PDS, comentou ironizando: "se o JoséMaurício continuar anunciando ouro no subsolo do Esta-do do Rio, não demora muito e vai ter nego esburacandoaté a Avenida Rio Branco..."

A volta dosprofessores

Evasão baixa nível do LegislativoO líder do PDS, Fleming Furtado, disse ontem que "se

a Câmara devolver as professoras à Secretaria Municipalde Educação o nível do trabalho vai cair muito". A partirde amanhã, o presidente Maurício Azedo começa a devo-lução, atendendo ao pedido da secretária Yeda LeiteLinhares, de Educação.

A maioria dos gabinetes é sustentada pelo trabalhodas professoras requisitadas, que exercem suas atividadesdesde a inauguração do Legislativo Municipal - disse olíder do PDS, contestando que a Secretaria Municipal deEducação pague extra aos professores, como justifica emseu expediente à Câmara.

ORGANIZAÇÃO DO PARTIDONACIONALISTA DEMOCRÁTICO

POPULAR-PNDP

O PARTIDO NACIONALISTA DEMOCRÁTICOPOPULAR, notifica à imprensa que está sendo organi-zado desde 02 Fev 83 na forma de Lei, com 101fundadores de vários Estados do país, sob a presidênciado ex-DEPUTADO, professor RAYMUNDO BENTOAGUIAR, devendo dentro de 90 dias encaminhar aoTSEseu pedido de registro provisório.

O partido já conta com adesões de (quatro) ex-candidatos a Deputado Federal, além das lideranças eadesões de grande eleitorado.

OBS: O MANIFESTO, PROGRAMA E ESTATUTO,já foram elaborados pelo PARTIDO em formação'queestá funcionando em sua Sede provisória na Av. Retiroda Imprensa, 1.331 - Nova Iguaçu - RJ.PROF» RAYMUNDO B.AGUIAR

Presidente DR F^mo NASCIMENTOSecretário-Geral

A grande- expectativa nos meiospedetistas do Estado do Rio é a reu-nião do Diretório Regional do parti-do, marcada para o próximo dia 18,quando será decidido o affaire Alei-des Fonseca, deputado consideradopelos seus companheiros de bancadaum "irremediável insubmisso". O de-putado José Gomes Talarico não quiscomentar a "irritação" de Brizolaquando soube do pedido de garantiade vida feito por Fonseca.

Na Assembléia Legislativa, ontem,o líder José Gomes Talarico infor-mou:

- Tudo vai depender da reunião dodia 18. Posso antecipar que a nossabancada já tem os nomes que serãoindicados para substituir o deputadoAlcides Fonseca na CPI da Cocea enas comissões técnicas das quais elefaz parte. Para a CPI irá o deputado

Carlos VinhaesFlores da Cunha; para a ComissãoTécnica de Fiscalização está escolhi-do o deputado Paulo Quental. Sóainda não nos fixamos num nomepara a Comissão Técnica de Tomadade Contas. Alcides é o vice-presidentedessa comissão.

Mas, deputado, o seu colega debancada não terá uma chance, o di-reito de defesa?

Ele já teve todas as chancespossíveis para se acertar com a ban-cada e partir para uma convivênciacivilizada e inteligente. Evitou sem-pre o nosso contato. Mas isso nãoquer dizer que nós não estamos aber-tos ao diálogo franco e democrático.Na minha opinião, o melhor, mesmo,seria ele renunciar aos cargos queocupa contra a vontade de quase toda

u bancada antes da reunião do próxi-mo dia 18.

Indagado como o governador Leo-nel Brizola recebeu a notícia de que aMesa Diretora da Assembléia resol-veu dar garantias de vida ao deputa-do Alcides Fonseca, o líder Talariconão confirmou nem desmentiu a no-tícia de que vo governador ficou exas-perado com a decisão, mais aindapelo fato de o presidente da Assem-bléia ser o pedetista Paulo Ribeiro".

Sobre o assunto, afirmava-se noPalácio Tiradentes que "as garantiasdadas pela Mesa estavam sendo cum-pridas por nada menos de três segu-ranças da Assembléia, que não lar-gam o deputado, guardando-o dia enoite. E que a causa maior da decisãoda Mesa foi a frase de Brizola sobre adenúncia de Alcides na construção daTranscibiliana: "Alcides que se cuide,pois, o Cibilis é muito brabo".

Os saldos da CâmaraA luta dos jovens em busca do dinamismo

Cezar PinheiroAo fazer um balanço, ontem, da

atuação da Câmara Municipal do Rio,em seu primeiro período legislativo, olíder do PMDB, vereador Gelson Ortiz 3Sampaio, considera o saldo positivo,se se levar em conta que a imensamaioria dos atuais 33 vereadores éconstituída de jovens de primeiromandato e, praticamente, sem nenhu-ma vivência polftico-parlamentar. Or-tiz Sampaio disse que a maioria seadaptou muito bem, mas alguns aindanão conseguiram assimilar o compor-tamento político e agem como empre-sarios particulares, como é o caso dopresidente da Casa, vereador Mauri-cio Azedo, que dirige a Câmara "co-mo se fosse uma fabriqueta de fundode quintal, onde o lucro e a economiade despesas são a preocupação únicado gerente".

O líder do PMDB destacou a parti-cipação das bancadas de oposição aosGovernos do Município e do Estado, ea luta em que está empenhado overeador Túlio Simões, do PDS, paraevitar a demissão de centenas deservidores da Câmara, inclusive, 200requisitados das Secretarias de Edu-cação do Estado e do Município. Gel:son Ortiz Sampaio disse que está soli-dário com Túlio Simões, que exige aabertura de um inquérito administra-tivo para apurar as circunstâncias emque foi agredida a servidora TelmaRosa Moreira, no mês passado.

ADAPTAÇÃOO vereador Gelson Ortiz Sampaio

disse que seria exigir demais cobrarmaior atuação da Câmara nesses pri-meiros quatro meses. Nesse período,foram apreciadas dezenas, talvez cen-tenas de projetos, mas só 14 foramvotados e aprovados, o que dá umamédia regular a um legislativo deprincipiantes, em sua maioria.

- Não que eu queira justificar umamá atuação deste Poder. Nada disso.Mas também não posso vir a públicopara criticar meus pares pelo que elesnão fizeram. Não fizeram porque nãopuderam fazer. Todos atuaram muitobem, com assiduidade, procurandoadaptar-se ao ambiente parlamentar.Alguns até superaram as expectati-vas. No meu caso, específico, seriamuito fácil criticar, pois tive o maiornúmero de indicações e projetos apre-sentados e o maior número de proje-tos transformados em lei, nesse perío-do. A par do meu trabalho intensoestá, no caso, minha experiência dequatro anos como vereador.

O líder do PMDB criticou o presi-dente da Câmara, que, segundo ele,nâo age como político, mas, sim, co-

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i__L mi *5FmjS"O vereador Gelson Ortiz Sampaio elogio uoln balho que seu

colega Túlio Simões vem fazendo à frente do Legislativo municipal,dando o recado certo aos eleitores.

mo um pequeno empresário, proprie-tário de uma fabriqueta de fundo dequintal.- O vereador Maurício Azedo, infe-lizmente, ainda não se adaptou, detodo, ao comportamento político*administrativo de um parlamento. Eleage como se estivesse gerindo umapequena fabriqueta de fundo de quin-tal, e não como presidente de umaCâmara. Ele age como se fosse geien-te de uma empresa cujo único objeti-vo é o lucro, é ganhar dinheiro ecrescer, pagando mal aos empregadose fazendo economia sempre com osacrifício do operário. Para quem pre-side uma Câmara como esta, no en-tanto, é preciso ter consciência quedeve manter, em relação aos demaisvereadores, uma posição de equilíbrioe respeito. Cada vereador, por exem-pio, é líder em sua comunidade e opresidente dirige uma Casa com umconjunto de líderes. Daí. há de seisereno, equilibrado e hábil com ascoisas do legislativo, para poder ter aconsideração dos seus pares. Casocontrário, a sua figura se esmaece nocontexto da questão pplítica, empali-decendo, desta forma, o voto de cadavereador que o elegeu seu presidente.

Ortiz Sampaio disse que a luta emque está empenhado o vereador TúlioSimões, na defesa dos direitos de maisde 500 servidores contratados sob oregime da CLT ou requisitados a ou-trás repartições ou a Prefeituras dointerior, merece total apoio seu e desua bancada.

- No caso, falo apenas em meunome, mas sei que a quase totalidadeda bancada do PMDB está de acordocom a luta encetada pelo vereador

Túlio Simões que, apesar de jovem,tem mostrado uma coragem ímpar noencaminhamento de alguns proble-mas graves, do interesse da comuni-dade e dos servidores. O caso presen-te é uma prova do que digo. Túlio estácorreto na sua posição e sabe quepode contar com este líder e com amaioria da Casa. Só uns poucos ve-readores, por compromissos outros,concordam ou simplesmente aceitama decisão da presidência, que querdemitir em massa. É preciso que seentenda que esses servidores descon-tam para o Iperj e, por isso mesmo,merecem outro tratamento. Um tra-tamento semelhante ao do estatutá-rio. Tanto assim, que o direito con-suetudinário dos usos e costumes quesão fontes do Direito, já começa aganhar foro de jurisprudência dequem tiver mais de cinco anos deserviço efetivo deve ser efetivado nosquadros.

Na opinião do líder do PMDB, overeador Túlio Simões não deve re-cuar na sua disposição de exigir in-quérito administrativo para apurar aagressão à servidora Telma RosaMoreira.

- O que aconteceu nesta Casa nãopode ficar impune. Se não se exigir dapresidência uma medida enérgica pa-ra punir o responsável pela agressão,daqui a pouco essa Casa vira umverdadeiro inferno, com assessores dedirigentes agredindo todo mundo, in-discriminadamente. Não acredito,também, que o presidente MaurícioAzedo se recusa a mandar um inqué-rito para apurar os fatos. Ainda maisque ninguém desconhece que o agres-sor é um seu assessor direto.

opção por TancredoCamata adere à tese do consenso nacional

BELO HORIZONTE - O governadordo Espírito Santo, Gerson Camata,disse, ontem, que o primeiro secreta-rio da Mesa da Câmara, deputadoFernando Lyra (PMDB-PE), "foi ape-nas o intérprete de um grande desejoque a Nação toda alimenta hoje", aopropor o nome do governador Tan-credo Neves para dirigir o País duran-te um período de transição. "Essa tesenão é do Lyra, porque eu já ouvi issoantes em vários setores da sociedade,da opinião pública", acrescentou.

Gerson Camata concorda que"Tancredo Neves é o grande nomeque a oposição tem para apresentarcomo candidato à Presidência da Re-pública", mas advertiu que os politi-cos devem se preocupar mais, nomomento, com temas sociais, como odesemprego:

O desempregado não está queren-do saber quem vai ser o próximoPresidente nem como vai ser a elei-ção, ele está preocupado é em arran-jar um emprego - disse. Na sua opi-nião, "o debate sucessório está tiran-do dos políticos a visão de uma reali-dade que está muito na frente".

O Presidente Figueiredo disse, noinício do ano, que este ano tododeveria ser para o debate econômico,mas isso não está acontecendo, nãosei se contra a vontade do Presidente,ou devido ao açodamento dos candi-datos - prosseguiu. Camata almoçoucom o governador de Minas, no Pala-cio das Mangabeiras, segundo ele"para repassar ao Tancredo Neves asconversas mantidas em Brasília".

Tancredo não quis comentar o lan-çamento de seu nome para a Presi-dência, feito pelo deputado FernandoLyra. Disse que ainda não havia con-versado com o parlamentar e que, por

isso, não conhecia os detalhes de suaproposta:E eu não posso comentar o quenão conheço - justificou. E afirmouque, ao lançar a tese do consensopara a escolha do futuro Presidenteda República, não esperava que ela"fosse alcançar a plenitude que alcan-çou hoje".

Mas, não obstante essa tese, fri-sou, quero deixar claro que sou ho-mem de partido. Estou bem no meupartido e sua palavra de ordem éeleição direta. Vamos lutar por elaenquanto for possível - acrescentou.Tancredo acredita que, "pela próprianatureza do afastamento do Presiden-te Figueiredo", a campanha dos presi-denciáveis do PDS "deverá experi-mentar um grande arrefecimento".

REFORMA

O presidente em exercício doPMDB, Teotõnio Vilela, que conver-sou, separadamente, com os governa-dores do Espírito Santo, Gerson Ca-mata; do Acre, Nabor Júnior; e doPará, Jader Barbalho, apoiou a suges-tão de Camata para uma reunião dossecretários de Planejamento dos novegovernadores pemedebistas, paraexaminar, prioritariamente, a refor-ma tributária.

O governador capixaba visitouTeotõnio Vilela no apartamento ondeo ex-senador alagoano está hospeda-do em Brasília. Pouco depois, já noCongresso, o presidente interino doPMDB afirmou que Gerson Camata,"a exemplo dos demais governadoresdo partido", está entrosado com oprograma e com a luta pelas eleiçõesdiretas para Presidente da República.Na véspera, contudo, Camata havia

^—Teresópolis, 92 anos.—Léo Simões

Teresópolis está festejando os 92 anos defundação e é com orgulho que saúdo o seu povoatravés desta mensagem de congratulações aoprefeito Celso Dalmaso e ao presidente do PDS,dr. Roberto Pinto. Ê uma saudação especialaos homens que estão à frente do seu desenvol-vimento social, econômico, político e cultural,na indústria, no comércio, na administraçãopública e nas mais diversas atividades liberais.

Aproveito o ensejo desta data para ratifi-car os compromissos do Governo João Figuei-redo com a comunidade Teresopolitana, nosentido de o Governo federal dar o suportenecessário às obras públicas prioritárias dessemunicípio.

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dito que" a sucessão não é problemaprioritário.

Também Nabor Júnior, antes doseu encontro com Teotõnio Vilela,revelou:

- No Acre, não sinto interesse, nomomento, pela campanha das elei-ções diretas de Presidente da Repúbli-ca. Estamos preocupados com a situa-ção dos 11 municípios consideradosde interesse da segurança nacional,com prefeitos nomeados na gestãoanterior, todos vinculados ao PDS.Estamos preocupados com o desem-prego. Diariamente sou procuradopor mais de 50 pessoas pedindo em-prego.

O governador do Pará. Jader Bar-balho negou que tivesse alguma vezdado apoio ã reeleição do PresidenteFigueiredo. "Disse que a idéia poderiaser examinada, na hipótese de o atualPresidente disputar sua reeleição novoto direto" - explicou.

O governador paraense, na presen-ça de Teotõnio Vilela e de váriosdeputados do PMDB, fez questão deexternar seu apoio integral à lutapelas eleições diretas. "Não vejo porque o partido mudar sua postura de15 de novembro. Nâo conheço umargumento forte contra as diretas" -acentuou. Segundo Barbalho, oPMDB deve lutar para viabilizar orestabelecimento do pleito direto,lembrando que, no passado recente,nem o Governo nem a antiga Arenaqueriam a anistia, a revogação doAI-5 e as eleições diretas de governa-dores. "Tudo isso aconteceu pelapressão da opinião pública. O mesmopoderá acontecer com as eleições di-retas de Presidente" - disse o gover-nador do Pará.

Figueiredovisita Fiocruz

E seu último compromisso oficial 'O Presidente João Figueiredo chega hoje ac Rio para

uma permanência de 48 horas, quando visitará as instala-ções da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) e.participará da cerimônia de casamento de um dos filhosdo ministro César Cais. Essa é a última viagem doPresidente da República antes de seu embarque paraC leveland, no próximo dia 14.

A comitiva presidencial deverá chegar à Base Aéreado Galeão às 10 horas, seguindo diretamente para aFiocruz. Figueiredo será recebido pelo professor GuilardoMartins Alves, visitará às instalações do Instituto Nacio-nal de Controle de Qualidade em Saúde e assistirá a uniaudiovisual sobre as atividades da instituição. Ainda nà*Fiocruz, o Presidente visitará o Instituto de TecnologiaImuno-Biológica-Biomanguinhos.

Às llh45m, a comitiva se deslocará para a casa doex-deputado Adolfo Gentil, no Recreio dos Bandeirantes,;onde o Presidente ficará hospedado. A casa, que começoua ser usada recentemente por Figueiredo, é bastanteampla e segura, e, segundo informações, foi alugada porCr$ 200 mil por dia.

Por volta das 19 horas, Figueiredo estará na Igreja deSão Francisco de Assis, no Centro da cidade, ondeparticipará, como padrinho, do casamento de um dosfilhos do ministro das Minas e Energia, César Cais.

A agenda presidencial prevê para amanhã apenas"programação não oficial". E, para domingo, o embarqueàs 10 horas, de retorno à Brasília. Fazem parte da comitivapresidencial os ministros Waldyr Arcoverde, Rubem Lud-wig, Otávio Medeiros e Danilo Venturini.

APOIOO governador Jair Soares, do Rio Grande do Sul,

autor da proposição de audiência do Presidente JoãoFigueiredo com os governadores do PDS, na segunda-feira, às 16 horas no Palácio do Planalto, explicou ontem,em Brasília, as razões de sua iniciativa:

- O objetivo é que os governadores eleitos pelo votodireto possam manifestar pessoalmente todo o desejo paraque Figueiredo tenha um restabelecimento breve",*'e qüeestaremos durante sua ausência auxiliando, cada um nò!seu Estado, para que o Vice-Presidente AurelianoChaves,no exercício da Presidência da República, possa conduzira nação com toda a tranqüilidade.

O governador Jair Soares, embora autor da proposi-ção, não revelou essa iniciativa à imprensa, o que sóchegou ao conhecimento público anteontem, através daentrevista do porta-voz da Presidência, Carlos Átila.

O governador Jair Soares disse que o presidente devereceber do povo brasileiro votos de sucesso no exame querealizará no próximo dia 14, em Cleveland, nos EstadosUnidos, e que o resultado seja favorável. Afirmou que "seò Presidente tiver de fazer a cirurgia, o povo brasileiro;estará com o pensamento positivo, para que ele tenha'êxito e retorne para comandar a consolidação do processodemocrático".

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Rio de Janeiro, sexta-feira, 8 de julho de 1983

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EUA anunciamaumento dos juros

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WASHINGTON - Funcionários daReserva Federal Norte-Americana(Banco Central), enfrentando uma re-cuperação econômica que, na sua opi-nião, pode tornar-se incontrolável, re-solveram restringir as condições decrédito e aumentar as taxas de jurosna próxima semana, informou ontemo Jornal Washington Post.

Segundo funcionários da ReservaFederal, citados pelo jornal, algunsdos principais assessores do Governode Ronald Reagan, inclusive o secre-tário da Fazenda, Donald Regan, e opresidente do Conselho de AssessoresEconômicos, Martin Feldstein, enco-rajaram a medida.

DESEQUILÍBRIO

De 16 países latino-americanos, eu-jo desempenho em 1982 foi analisadopor um estudo estatístico divulgadoontem pelo Fundo Monetário Inter-nacional (FMI), o Brasil foi o únicodentre os quatro maiores que sofreudesequilíbrio em sua balança comer-ciai, presumivelmente devido a suasaltas importações de petróleo. O estu-do demonstra que a recessão econô-mica repercutiu com dureza na regiãoque, mesmo assim, terminou o anopassado com saldo favorável no inter-

câmbio comercial com o resto domundo. ' , ,

Em 1982, as exportações de bensmanufaturados e produtos agrícolasda América Latina superaram as im-portações de bens de consumo e capi-tal, atesta o documento, segundo oqual as importações somaram 94.721bilhões de dólares, enquanto as ex-portações chegaram a 100.028 bilhões,ou seja, saldo favorável de 5.307 bi-lhões de dólares.

A balança comercial favoráveldeveu-se a manutenção do ritmo docrescimento econômico, embora acusta de enorme endividamento ex-terno, que sobe a mais de 300 bilhõesde dólares. A situação dos quatroprincipais países é a seguinte:

O Brasil teve importações no totalde 21.071 bilhões de dólares, contraexportações de 20.173 bilhões, ou seja,déficit de 898 bilhões de dólares. OPaís prossegue sua revolução indus-trial, com crescente consumo de ener-gia para manter seu ritmo de cresci-mento, mas precisa importar 80 porcento de suas necessidades de petró-leo.

A Argentina teve importações novalor de 5.338 bilhões de dólares, con-tra exportações de 7.623 bilhões, su-perávit de 2.285 bilhões de dólares. O

grosso das exportações argentinassão cereais, principalmente trigo eSOr80' . Ae.O México teve importações de14.559 bilhões de dólares, contra ex-portações de 21.580 bilhões, saldo fa-vorável de 7.021 bilhões de dólares. Opaís é exportador de petróleo e ocupao primeiro lugar entre os abastecedo-res estrangeiros do mercado petrolífe-ro dos Estados Unidos. O superávitmexicano se observa praticamente noúltimo trimestre de 1982, quando asexportações astecas somaram 6.25 bi-lhões de dólares. Desse período, justa-mente, data o aumento substancialdas exportações de petróleo aos Esta-dos Unidos, embora um fator negati-vo no valor da receita petrolífera doMéxico seja a baixa de cinco dólarespor barril no preço do produto bruto.

A Venezuela, outro país exportadorde petróleo, tem suas exportaçõesmuito menos diversificadas que osoutros três países, particularmente oBrasil e o México. As importações daVenezuela somaram 12.491 bilhões dedólares, enquanto suas exportaçõesforam da ordem de 16.626 bilhões,saldo favorável de 4.135 bilhões dedólares. Quase toda a receita vene-zuelana provém das vendas do petró-leo bruto.

El Encierro de PamplonaoBB" -* i B^*'. *"¦ *¦¦ fj^^ft '. Ba *H( '-' BÊÊ W •""¦*¦• i» m\l -^ .^mmW ' JÊLm

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Figueiredoisenta empresas

de impostosBRASÍLIA - O Presidente João Fi-gueiredo assinou decreto-lei ontemde manhã, isentando do Imposto deImportação e do imposto sobre Pro-dutos Industrializados os equipamen-tos, partes, peças e componentes im-portados por empresas contratadaspela Empresa Brasileira dos Trans-portes Urbanos (EBTU).

A isenção dos impostos está sujeita,segundo o decreto-lei, aos produtosque forem incluídos em acordo departicipação celebrado com a indús-tria nacional e destinados à fabrica-ção, instalação ou fornecimentos desistemas elétricos e de trens aos pro-jetos dos metropolitanos de Belo Ho-rizonte e Recife.

Os produtos a serem importadoscom a isenção serão pagos com .osrecursos oriundos de financiamentosde longo prazo, em decorrência dosacordos de governo assinados peloBrasil com a França., Alemanha eInglaterra. O decreto-lei foi assinadoseguindo exposição de motivos dosministros do Planejamento, DelfimNetto, da Fazenda, Emane Galvêas.edos Transportes, Cloraldino Severo.

FMI quer conhecerlegislação trabalhista

E pede informações sobre estatais

Andreazzalibera verbapara Brasília

O ministro do Interior Mário An-dreazza assinou ontem contratoscomprometendo recursos da ordemde Cr$ 8,7 bilhões para obras de sa-neamento básico em Brasília e nascidades-satélites do Distrito Federal,dentro do Plano Nacional de Sanea-mento Básico (Planasa) do BNH.

O presidente do BNH, José Lopesde Oliveira, disse que se tratava da"associação de recursos e técnicas doGoverno federal, dos Governos esta-duais e dos municípios" destinada aresgatar "o Brasil da condição de umdos países menos servidos por instala-ções de abastecimento de água e deesgotos sanitários na América Latina,quando foi iniciado o programa".

BRASÍLIA - Os membros da equipetécnica do Fundo Monetário Interna-cional, reunidos, ontem, com os mi-nistros do Planejamento e da Fazen-da e seus assessores, manifestaraminteresse em conhecer detalhes daemenda do senador Jutahy Maga-Ihães ao projeto do Governo sobrelegislação trabalhista, que instituiu,facultativamente, o sistema de livrenegociação salarial, como substitutodo regime atual de reajuste pela va-riação do INPC. Os técnicos do Fundodesejaram saber principalmente aspossibilidades de aprovação da mate-ria, quando o Congresso tomaria umadecisão a respeito e quais as repercus-soes nos dispêndios das estatais compessoal.

De acordo com um informante qua-lificado que participou da reunião, oencontro não foi conclusivo, servindoapenas para que Eduardo Weisner,Horst Struckmeyer e ThomasReichmann, que estiveram em Was-hington nos últimos 10 dias, tomas-sem conhecimento das mais recentesmedidas adotadas pelo Governo, tan-to na área das estatais, como noâmbito fiscal e do sistema de preços e

fizessem indagações sobre elas e suaseventuais repercussões.

Em relação ao expurgo da inflaçãocorretiva determinada pelo Governono cálculo dos índices de inflação, oINPC e correção monetária, os técni-cos do FMI quiseram saber quaisseriam os efeitos da medida na taxainflacionária e qual a metodologiaempregada para o cálculo dos índicesexpurgados. Interessaram-se tambémem conhecer o impacto que os reajus-tes nos VBC - Valores Básicos deCusteio - e nos preços mínimos dosprodutos agrícolas terá sobre o crédi-to interno líquidos das autoridadesmonetárias - conceito do FMI sobreexpansão dámoeda.

De acordo com o informante, opessoal brasileiro ficou de forneceraos técnicos do Fundo as informaçõespor ele solicitadas, as quais serãodadas inclusive em forma de encontrodeles com as áreas específicas, comoSeap (Preços), Ipea, IBGE e FGV(expurgos) e crédito agrícola (Seplan,Ministério da Fazenda e Banco Cen-trai), a serem realizados no início dapróxima semana.

ROSAA insatisfação geral

Dólar cai paraCr$ 800 no

paraleloO fechamento do comércio ilegal

com dólares provocou uma queda decotação da moeda americana no mer-cado negro, uma vez que se reduzi-ram as possibilidades de venda, colo-cando os agentes em vantagem parabaixarem os preços de compra.

Ontem, em transações acertadaspor telefone, a moeda americana esta-va sendo comprada a Cr$ 800 e vendi-da até por Cr$ 920. Entretanto,acredita-se que as taxas voltem asubir nos próximos dias, depois deampliados os mecanismos para cego-cio, agora obstruídos com a paralisa-çao das operações com dólar emagências de viagem, câmbio ou turis-mo.

Os negócios com ações na Bolsa deValores do Rio de Janeiro continuamem ritmo fraco, com pequenas oscila-ções e muitas manobras para provo-car altas ou baixas independentemen-te da situação econômico-financeiradas empresas.

Paralelamente, reina entre os em-pregados de empresas do mercado decapitais, desde gerentes até operado-res de pregão, uma profunda insatis-facão com o prolongamento dos ne-gócios até as 15 horas. A medida foiadotada no Rio depois da Bolsa deSão Paulo ter obtido autorização paraisto por parte da Comissão de ValoresMobiliários. Como são eventuais decotação dos papéis, entendeu-se quetambém no Rio o pregão deveria serampliado, a fim de evitar-se o surgi-mento do qué se chamou de "merca-do capenga".

A decisão de cúpula, entretanto,vem sendo duramente criticada pelosque empregam sua força de trabalhoneste ramo, com o argumento de quenão contribui em nada para a eleva-ção do nível dos negócios. Já hámesmo um movimento para voltar aoregime anterior, com o pregão funcio-

nando entre 10h30m e 13 horas. Osmais otimistas acham que isto deveráacontecer dentro de poucos dias.

Ontem, a rentabilidade média das33 ações selecionadas para amostra-gem esteve em alta de 0,9%: 20 ci.stestítulos subiram de preço, seis caíramde cotação, seis permaneceram está-veis e um não foi negociado.

O volume financeiro das operaçõesà vista caiu em 19%, ficando na faixade Cr$ 823 milhões. Deste total 40%foram resultantes de negócios comações de empresas estatais (Banco doBrasil e Vale do Rio Doce), que juntocom os títulos da White Martins eBrahma estiveram entre os mais ne-gociados do pregão. Ao fechamentodos negócios, a ação preferencial aoportador do BB estava sendo vendidaa Cr$ 22; as da Petrobras a Cr$ 5,40 eas da Vale a Cr$ 8,95%.

As maiores altas de ontem foramLojas Americanas (5,33%), Ferro Bra-sileiro (5%), Samitri (4,85%), Banerj(3,79%) e Fertisul (2,5%). As baixas emdestaque foram Mannesmann (4,17%),Brahma (2,22%), Souza Cruz (1,13%),Mannesmann op (0,96%) e Belgo Mi-neira (0,83%).

fty BANCO CENTRAL DO BR/VSIL

títulos públicos federaisOBRIGAÇÕES REAJUSTÁVEIS

DO TESOURO NACIONAL

O BANCO CENTRAL DO BRASIL faz saberàs instituições financeiras e ao público em geralque se encontra à disposição dos interessados, na

Associação Nacional das Instituições do MercadoAberto (ANDIMA), localizada na Rua do Carmon9 7, 39 andar, no Rio de Janeiro, e em seus De-

partamentos Regionais, nas demais praças, o se-

guinte comunicado:COMUNICADO DEMOB n? 308, de 30.06.83:

oferta pública de ORTN de 2 anos, juros de 6%

a a e 5 anos, juros de 8% a.a., nos montantes de

40 e 40 milhões de ORTN, respectivamente,cujas propostas serão recebidas no próximo dia

12/07, na forma e nas condições ali estabelecidas.

Rio de Janeiro, 30 de junho de 1983.

DEPARTAMENTO DE OPERAÇÕES COMTÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS

ZI Encierro, que significa o encerramento, é uma das seculares festas da Espanha carac»•***» *<^»%>

pequenas. Os louros que mais (arde Mo para a arena, sáo soltos de seus currais As «"*¦»«¦»* «•baqueadas de forma a que o trajeto só possa ser um, a praça de louros. Os populares se

f^ânJ^lí^ oprimeiro grupo corre muito à frente dos touros, uns 500 melros 0 segundo /a a uma distancia.menor "*£*££dos "machos", que fica a menos de 4 metros dos terrores touros "rniura , que chegam a *mjmMW*termina quando os louros chegam a arena e os participantes »JnMS*mtocZ^%£„h%l™%unt%geralmente, correm para o lado. Ontem, Pamplona viveu mais um dia de festa, e muitos espanhóis, no munoo

inteiro, mais um dia de lembranças de emoções vividas na juventude.

Diabéticos já podemnsumir açúcar

Médicos americanos publicam pesquisa_____ _i-_ _-...__.-.„,. _, _-__.— •._-. _-._-. „_ IO -J.^K_<fi/-.r\c_ /niin nroric.:

BOSTON - Pesquisadores motivadospelo "enorme sacrifício" enfrentadopelos diabéticos anunciaram ontemum estudo que não encontrou eviden-cias para apoiar a tradicional orienta-ção de que quem sofre de Diabetedeve evitar o açúcar.

"Não vemos razão para se negaraos diabéticos alimentos que contémsacarose, contanto que a redução depeso não seja um fator e o açúcarvenha em medidas controladas", disseo dr. John Bantle, da Universidade deMinnesota."É um sacrifício enorme para o.sdiabéticos ter que abrir mão de todasas coisas de que gostamos. Examina-mos a literatura médica e não encon-tramos nenhuma prova firme que dêsustentação à necessidade de cortar oaçúcar", prosseguiu.

As informações "não apoiam a

crença de que a sacarose agrava osníveis de açúcar no sangue dos diabé-ticos. A inclusão do açúcar no regi-me alimentar pode até contribuir pa-ra que a dieta seja seguida maisrigorosamente", diz o estudo encami-nhado por Bantle e mais cinco pesqui-sadores à Revista de Medicina daNova Inglaterra.

Karl Sussman, presidente da Asso-ciação Americana de Diabete, decla-rou que a organização vai estudar apesquisa, mas sua política continua aser a de aconselhar os diabéticos aevitarem produtos que contêm açú-car. Bantle também alertou os diabé-ticos no sentido de que não alterem oregime alimentar com base no estudoda Universidade de Minnesota en-quanto ele não for confirmado poroutras pesquisas.

Os médicos estudaram as reações

em 12 diabéticos que precisavam tomar insulina, 10 que não tomavam e10 pessoas que não sofriam da doençacom cinco refeições contendo diferen-tes tipos de carboidratos. Além doamido de batata e de trigo normal-mente recomendado aos diabéticos,os carboidratos incluem os açúcaresque os diabéticos são aconselhados aevitar: sacorose, frutose e glicose.Segundo os médicos tradicionais, es-tes três açúcares entram na correntesangüínea imediatamente, iniciandoum aumento rápido na taxa de açúcare de insulina.

Pesquisadores constataram quediabéticos e não-diabéticos que con-sumiam alimentos com sacarose nãoexibiam aumentos significativos deaçúcar e insulina no sangue em com-paração com as taxas registradas de-pois de refeições com amido.

Atentado contrapremier do Líbano

Wazzan escapou por questão de segundos

erbas paraUm esforço para ampliar recursos

O presidente do Conselho Nacional do Desenvolvi-mento Científico e Tecnológico, CNPQ, Lynaldo Cavai-canti de Albuquerque negou ontem que estejam ocorren-do reduções nas verbas destinadas à pesquisa no Brasil.Segundo ele, que fez conferência na Escola Superior deGuerra (ESG), "há um esforço no sentido de ampliar osrecursos pois, mesmo quando aconteceram cortes, forammenores do que os ocorridos em outras áreas do Gover-no".

Lynaldo Cavalcanti de Albuquerque esclareceu quevem acontecendo um aumento na demanda de recursos,já que houve um esforço muito grande, nos últimosanos, para a criação de novas instituições de pesquisa."Na medida em que formamos maior número de pessoasdisse, criamos novos núcleos de pesquisa e instituições,aumentando a demanda. Isso pode dar a impressão deque os recursos cresceram. O CNPq, por exemplo, tinhacerca de Cinco mil bolsistas em 1979 e atualmente essenúmero dobrou".

Apesar de reconhecer que existe "uma conjunturadifícil, quando algumas agências e instituições - princi-palmente estaduais - tiveram uma queda de recursos",Lynaldo Cavalcanti de Albuquerque acredita que "as

atividades de pesquisa e desenvolvimento foram preser-vadas e, em alguns casos, ampliadas".

Polêmico, Kahn sugeriua inundação da Bacia Amazônica

para facilitara exploração.

Morreu HermanKahn, pioneiroda futurologia.

CHAPPAQUA (EUA) - O famoso fu-turõlogo norte-americano HermanKahn. morreu ontem aos fil anos deidade em sua casa de Chappaqua,subúrbio de Nova York. aparente-mente de morte natural. Seu corpo toidescoberto na manhã de ontem porum de seus colaboradores, informouThomas Bell, presidente do institutode Futurologia (Hudson Institute).

Co-fundador desta instituição. Hei-man Kahn foi um dos pioneiros dafuturologia. tornando-se famosomundialmente com suas teorias oti-mistas sobre o futuro da Humanida-. e.

Estudioso dos problemas de detesa,Kahn escreveu várias obras sobrefuturologia, entre as quais O Ano2000 (The Year 2000) e, ThinkingAbout the Unthinkable 'Pensar sobreO Impensável) onde afirma que umconflito nuclear não significa neces-sariamente <> fim da civilização.

BEIRUTE - O primeiro-ministro libanês Chefik Wazzan conseguiu esca-par ontem de uma tentativa de assas-sinato, quando só uma parte dos 100quilos de explosivos colocados numcarro-bomba detonou, segundos de-pois que ele atravessou a entrada doPalácio do Governo.

A Polícia informou que havia deti-do três pessoas para interrogatório,mas não houve acusações formais.Ninguém reclamou a autoria do aten-tado, que também não fez vítimas. Ostrês detidos foram identificados uni-camente como "terroristas". A Políciadisse estar caçando uma quarta pes-soa, "vista por testemunhas quandoestacionava o carro-bomba perto doPalácio do Governo"."Investigações preliminares servi-ram para mostrar que os três detidossão membros de um grupo terrorista.Eles admitiram já ter praticado aten-tados deste tipo. Estamos interrogan-do-os para apurar se têm algo a vercom o atentado contra a vida deWazzan". informaram fontes judi-ciais citadas pela Rádio Nacional deBeirute. O carro-bomba, um "Honda

Civic", branco, com placas falsas, es-tava estacionado no caminho normal-mente percorrido por Wazzan.

O veiculo explodiu 30 segundos depois que o Mercedes à prova de balasde Wazzan e os dois carros da Polícia,que normalmente lhe servem de es-coita, haviam passado.

Segundo a Polícia, só uma pequenaparte dos explosivos detonou, aproxi-madamente cinco quilos. "Se expio-disse a carga toda. de 100 quilos deexplosivos além das 11 minas queestavam no carro, seria uma catástro-fe". afirmou um guarda."Wazzan escapou por milagre. Seucarro estava entre 50 e 100 metros dedistância e a 30 segundos da expio-•são", disse outro policial.

Wazzan, aparentando uma calmasurpreendente, inspecionou em segui-da o local da explosão e disse que suafé no Líbano não fora atingida porela.

"Não percebo nada de novo nisso.Nós, libaneses, estamos passando poruma fase ruim... Já vimos crimes ter-ríveis e como funcionários da naçãoestamos constantemente expostos atais incidentes... Não temo nada e nàodeixarei que minha fé no Líbano sejaatingida por tais coisas", disse Waz-zan. acrescentando que "tais atos nãomodificarão nosso comportamento."

Greves e insatisfaçãosocial na ArgentinaPrevisões são de inflação de 300%

Outro aviãoseqüestradopara Havana

HAVANA - A "epidemia de seques-tros de avião" dos Estados Unidospara Cuba prosseguiu ontem quandoum sexto aparelho foi desviado aHavana, retornando a Miami e dei-xando detido na capital cubana oseqüestrador, cuja identidade é igno-rada. Um Boeing 727. da empresa AirFlorida com 37 passageiros e 5 tripu-lantes à bordo foi desviado para Ha-vana quando voava entre as cidadesnorte-americanas de Fort Lauderdalee Tampa por um homem que dizia terum explosivo. Em Paris, os 185 passa-geiros e 18 tripulantes do Boeing 747da companhia lrã-Air. seqüestradoontem no Irã por seis oposicionistasao regime do aiatolá Khomeini, foramlibertados ontem pouco antes das 1 lh(do Brasil) no Aeroporto de Orly.

BUENOS AIRES - A grave crisesócio-econômica por que passa a Ar-gentina, onde desencadeou-se umaonda de greves que atingem diferen-tes setores profissionais, será o temaprincipal da campanha Eleitoral, a seriniciada em agosto próximo, a trêsmeses das eleições gerais.

Os estivadores, empregados de pos-tos de gasolina, funcionários públicos- incluindo os magistrados - ferrovia-rios e professores, médicos do setorpúblico e policiais, realizaram umagreve de pelo menos 24 horas parademonstrar - a nível provincial ounacional - seu descontentamento ereclamar uma melhoria dos salários edas condições de trabalho.

Alguns desses setores encontram-se atualmente em greve, bem como aPolícia na província de Tucuman e osmédicos dos hospitais de Buenos Ai-res Outros movimentos, como o dosfuncionários públicos e professores,serão lançados a partir da próximasemana.

O descontentamento também é evi-dente entre os jogadores de futebolprofissionais, pois a maioria está semreceber seus salários há vários meses.

A inflação, diante da qual o Gover-no do general Reynaldo Bignone pa-

rece impotente, é a causa principal daagitação social que se generaliza eque poderia conduzir - conforme seestima nos círculos sindicais - a umanova greve geral como a de 28 demarço último.

Segundo as estatísticas oficiais, omês de junho tornou-se o mês maiscaro, após o golpe de estado militarde março de 1976, com um aumentodos preços da ordem de 17%. O índicesemestral de alta do custo de vidaestabeleceu-se a mais de 107% e per-mite prever para 1983 um nível supe-rior a 300%.

A alta dos preços foi particular-mente sensível no inicio de junho -devido à mudança da unidade mone-tária - o que obrigou os comerciantesa revisar as etiquetas e a suprimirquatro zeros nos preços. Essa opera-ção permitiu que alguns aproveitas-sem para arredondar os preços paracima. segundo denúncias aos sindica-tos.

Por outro lado. a alta das taxas dejuros, que alcançaram aproximada-mente 25% ao mês, acentou as dificui-dades das empresas endividadas, aomesmo tempo que aumentaram a re-cessão e o desemprego que atingematualmente mais de 15% da populaçãoativa.

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Rio de Janeiro, sexta-feira, 8 de julho de 1983 CIDADE ULTIMA HORA 7

Lo jss podem abrir no domingoEmpresário apoia sugestão de Colasuonno para estimular turismo

O comércio poderá funcionar aosdomingos nas cidades turísticas. Al-guns empresários - como o presidenteda Federação do Comércio Varejista,Mozart Amaral, e o diretor da Mesbla.Bastos Tigre - já apoiaram a medida,proposta pelo presidente da Embra-tur, Miguel Colasuonno, e o assuntoserá debatido durante a Convençãopara a Geração de Novos Empregos,na próxima quinta-feira, na sede daConfederação Nacional do Comércio,no Rio.

Mozart Amaral e Bastos Tigreconfirmaram a participação das entj-dades que dirigem na reunião, organi-zacla pela Embratur. Estarão presen-

tes, também, ao encontro represen- Jtantes de prefeituras e associações zcomerciais da Bahia, Espírito Santo, _\Pará, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, 2Rio Grande do Sul e São Paulo. Pre- <feitos e empresários do turismo e docomércio discutirão quais as melho-res formas de estimular as vendas nascidades turísticas e nas capitais brasi-leiras.

Colasuonno ressaltou que sua pro-posta tem por objetivo a criação denovos empregos, sem a prorrogaçãoda jornada dos que já trabalham nocomércio. "Nós estamos buscandouma alternativa, uma forma de daraos que necessitam a" liberdade paratrabalhar"-disse ele

Bares aceitam barganha de JamilA maioria dos donos de bares e '• •"'" •"••""«'"

restaurantes do Rio é favorável,,..,„ aanistia das multas cobradas aos esta-belecimentos que funcionam com nú-mero de mesas além do permitido, emtroca de uma contribuição, ainda nãofixada, para as reformas das escolasmunicipais. Mas eles acham que estamedida, já acertada entre o prefeitoJamil Haddad e o presidente da Asso-ciação Comercial e Industrial da Zo-na Sul, Araken dos Santos Lima, nãoresolve o principal problema de mui-tas casas: a necessidade de aumentarseu número de mesas para garantir ofaturamento.

Os proprietários advertem que, se aPrefeitura não der licença para quebares e restaurantes ampliem sua ca-pacidade de atendimento, com maiscadeiras e mesas, poderão ser obriga-dos a demitir alguns de seus funcio-nários, agravando o quadro de de-semprego na cidade. Diversos baresforam multados, desde o início domês, por excedente de mesas nascalçadas.

MAIS MESAS, MAIS IMPOSTOSO Bar e Restaurante Largo da Fé

Ltda., ao lado da Igreja de São Bene-dito, na Praça Monte Castelo, 9, Cen-tro, tem licença para manter 22 me-sas, pelas quais paga, anualmente, umimposto de CrS 60 mil. Um dos quatrosócios da casa, Luiz Varela, disse que,por funcionar com mais 15 mesas, foimultado em CrS 23.800.

Nós pedimos licença para mais 15mesas, além das 22, e eles só nosconcederam 10, assim mesmo depoisde sermos multados. Queremos pagarpelas mesas de que precisamos, mas aPrefeitura não dá licença, de acordocom o número que entendemos sersuficiente.

Embora concorde com o pagamen-to de uma taxa em benefício dasescolas municipais, Varela acreditaque a simples anistia das multas nãoacaba com os problemas dos proprie-tários de bares e restaurantes:

Este acordo pode resolver o ladodo prefeito. Entretanto, continuamos

na mesma. Queremos permissão paracolocarmos quantas mesas desejar-mos, pagando o justo preço por elas,se não seremos obrigados a despediralguns empregados. Se não temostantas mesas a serem atendidas, paraque um número maior de garçons ecozinheiros?-indagou Varela.

AMARELINHO ESTÁ PRETOO Bar e Sorvetena Amarelinho, na

Cinelândia, um dos mais tradicionaisda área, foi obrigado a reduzir em 50%o número de mesas e cadeiras dispôs-tas na calçada. Antes das cinco mui-tas aplicadas nos primeiros dias de-julho, que atingiram um total de CrS306 mil, os freqüentadores tinhamespaço suficiente para saborear ochope gelado, em mesas que quasealcançavam os jardins do calçadão.Com licença apenas para 16 e em viasde conseguir autorização para mais12, o Amarelinho funcionava com 60mesas do lado de fora. Atualmentepossui apenas 31 e, de acordo com umdos sócios do bar, José Lourenço, o"Amarelinho está preto com toda es-sa situação".

Como em toda regra há uma exce-ção, Manoel Macieira, um dos sóciosdo Bar e Restaurante Simpatia, naAvenida Rio Branco, discorda doscolegas eé categórico:

- Isso é pressão da Prefeitura. JamilHaddad poderia simplesmente se reu-nir com os donos de bares e pedirajuda financeira para reformas emescolas e nós o auxiliaríamos, tenhocerteza. Mas agir dessa forma épressionar-nos, e eu não gosto desofrer pressões. A Casa Simpatia nãofoi multada porque, desde 1907, fun-cionamos com 15 mesas, como a fis-calização nos permite, embora nãonegue que é necessário um númeromaior. Já sofremos uma baixa enormepor causa da crise econômica e, porisso, tem muita gente desempregadapor aí. Desse jeito, os donos de baressão obrigados a elevar essa estatísti-ca, demitindo funcionários - con-cluiu Manoel Macieira, integralmenteapoiado por seu sócio Domingos Cos-ta Rio.

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"^ÇÍÍS^Kí^SÍ ^^ ' :,-oAÍÍMm\m ImmmmmW^^ ^'"' '' "Í^T'''" _,-* 3SS5-3-5SÍ I3_*____f_ ______ ¦ ¦ ¦ HPí JsawSHKP?! *•"¦* CARNAVALEscolas desfilarão em 2 etapas

O que era tolerado, agora passaráa ser oficialmente aceito: excesso de mesas

nas calçadas em troca de tostões.

Produtor com melhorpreço garante leite

Falta de estímulo é causa da escassez

ento de jeton daAcademia é uma piada

Otto Lara define assim movimento dos imortais"Numa época de crise, de tantos

problemas e preocupações, essa foiuma das poucas piadas nacionais".Assim o acadêmico Otto Lara Resen-de resumiu ontem a questão do au-mento do jeton (gratificação ou ajudade custo concedida aos imortais,atualmente no valor de Cr$ 40 mil),proposta há algumas semanas poralguns membros da Academia Brasi-leira de Letras, que justificavam a suareivindicação em razão da defasagemimposta pela inflação galopante."Na próxima passeata os acadêmi-cos vão desfilar com um cartaz:"Imortais espoliados reclamam porvida melhor" - comentou, em tomjocoso, o ex-ministro da Educação,Eduardo Portela, para acrescentar,em seguida, no mesmo tom, "o movi-mento não sensibilizou os poderesconstituídos" e que "o jeton é umacomenda, um crachá a mais".

Objeto de controvérsias entre ospróprios acadêmicos, o assunto, quediz respeito "à economia interna dacasa", conforme referiu o filólogo An-tónio Houaiss, começou a se esvaziarna semana passada, quando a visitado embaixador da França, Robert Ri-chard, à Academia Brasileira de Le-trás, adiou a discussão sobre o movi-mento, proposto, dias antes, pelo aca-démico José Honório Rodrigues, com

a aprovação, entre outros, do escritorCiro dos Anjos.

Ontem, dia de seção na Academia edo tradicional chá das cinco, comoocorre todas as quintas-feiras, 0 as-sunto parecia completamente esque-cido. Não fosse a presença da impren-sa interessada em conhecer até queponto avançava o movimento, e pro-vavelmente os imortais não se lem-brariam sequer de comentar o assun-to. Até porque os acadêmicos queiniciaram a discussão - José HonórioRodrigues e Ciro dos Anjos - nãocompareceram à reunião de ontem.

A pedido dos repórteres, o filólogoAntônio Houaiss dispôs-se a comen-tar o assunto, não sem antes explicarque "normalmente, essa não é umamatéria jornalística".

"Se for - acres-centou - deve ser feita de formarisonhaebem-humorada".O assunto- segundo explicou - extravasou daeconomia interna da casa e acabousendo objeto de notícia nos jornais.Ele garante, entretanto, que a quês-tão não criará maiores polêmicas.Apesar da resistência do presidenteda Casa, Austregésilo de Athayde.Houaiss acredita que até o final doano a proposta de majoração do jetonserá aprovada por consenso entre osmembros da ABL.

A escassez do leite no Estado temcomo principal causa a falta de esti-mulo aos produtores, acrescida doaumento do consumo do produto nointerior do Estado, de acordo com osdepoimentos do presidente da Federa-ção da Agricultura, Darly Alves Bran-co, e do presidente da CCPL, AlfredoMartins, que foram ouvidos ontem àtarde pela Comissão Especial da As-sembléia Legislativa que apura ascausas da falta do produto no Estado.

Foram ouvidos também o presiden-te da Federação de Trabalhadores naAgropecuária, Heraldo Lírio Azevedo,e o presidente da Sociedade Produto-ra de Alimentos (Spam) que dividecomaCCPL o mercado consumidor doleite no Estado, Winifried Jordan.Não puderam ser ouvidos o superin-tendente da Sunab, Glauco Carvalho,que está em Brasília, e o SecretárioEstadual de Desenvolvimento Agro-pecuário, Antônio Pereira Pinto, quetambém não compareceu, mas umanova reunião foi marcada para quin-ta-feira, com a presença de todos. '

CRISE EA MESMA

O presidente da Federação da Agri-cultura, Darly Alves Branco, disse aodeputado Fernando Bandeira (PDT),presidente da comissão, que a politicaeconômico-financeira do Governo fe-deral pode ser acusada de responsávelpela escassez do leite, que falta emtodo o País. Com a falta de estímulo,os produtores preferem mudar de pro-dução para não perder dinheiro: "sehouvesse leite sobrando, náo haveriaproblema na distribuição", disseDarly Alves Branco.

O'presidente da CCPL, AlfredoMartins, preferiu não responder asoito primeiras perguntas preparadaspela comissão, alegando que estas sereferiam a dados dos quais não dispu-nha. Concordou, porém, com as colo-cações de Darly Alves Branco e afir-mou que, além da escassez por deses-

tímulo, houve um aumento de consu-mo no interior do Estado. O leite quechega ao Rio, segundo ele, não repre-senta nem mesmo a metade do que érecebido pelas cooperativas. O produ-tor tem uma economia frágil e so-mente um planejamento a longo pra-zo resolveria o problema.

À saída ele atribuiu a escassez doleite a entressafra, "agravada pelainstabilidade do preço", O presidenteda Federação dos Trabalhadores naAgropecuária, Heraldo Lírio Azevedo,disse à comissão que a especulaçãoimobiliária, os latifúndios, a falta deamparo aos trabalhadores rurais e apolítica governamental são as princi-pais causas da escassez: "a atual poli-tica não atende aos interesses dopequeno produtor, Nosso interior estáabandonado, enquanto os industriaistêm toda a infra-estrutura. Mas, entreo leite das crianças e a liberdade paraos senhores empresários, eu fico comas crianças", finalizou ele.

BANERJ FINANCIA

Minifábricas ' para o preparo de

rações, cujo alto custo também deses-timula O produtor, serão financiadaspelo Banerj, segundo anunciou o pre-sidente da CCPL, que informou distri-buir no Grande Rio 570 mil litros deleite por dia, cabendo 690 mil à Spam.Falou em seguida Winifried Jordan,presidente da Spam, que declarou quea reconstituição do leite também nãoé solução, "pois só nos dá prejuízo",garantindo que a permuta no exteriordas sobras de manteiga por leite empó seria uma solução para a crise.Disse que o leite ainda é o alimentomais barato.

A comissão especial tem o prazo de120 dias para concluir seus trabalhos.Dela fazem parte os deputados Floresda Cunha (PDT), Dayse Lúcidi (PDS),Josias Ávila (PDS), Jorge RobertoSilveira (PTB), Átila Nunes (PMDB) eLúcia Arruda (PT).

Io sobre saúdeno Projeto Ciranda

Em segundos, a resposta para qualquer dúvida.

O desfile das escolas de samba dogrupo 1-A em duas etapas foi o únicoresultado concreto da reunião de on-tem, na Riotur, entre o prefeito JamilHaddad e os presidentes das escolas.Está praticamente acertado que nopróximo carnaval, sete das 14 escolasdo.grupo 1-A desfilarão no domingo eas outras sete na segunda-feira, sendoescolhida uma campeã para cada dia.

O pedido dos presidentes das esco-las de samba do grupo 1-A de umasubvenção de CrS 16,5 milhões paracada agremiação foi considerado im-praticável por Jamil Haddad, pois omunicípio, segundo ele, teria que gas-tar Cr$ 716 milhões só em subvençõesàs escolas do grupo 1-A. O prefeitodisse que "as escolas de samba que-rem recuperar de uma só vez todos osprejuízos que tiveram nos anos ante-riores". Para o último carnaval, aantiga administração da Riotur distri-buiu uma subvenção de CrS 3,8 mi-lhões para cada escola do primeirogrupo. Jamil Haddad marcou outrareunião para dentro de 15 dias, pro-metendo entregar aos dirigentes dasescolas um estudo detalhado, compropostas e dados concretos, para seranalisado em conjunto!

Entre os dirigentes das escolas desamba presentes à reunião, estavamos presidentes Ailton Guimarães, daUnidos de Vila Isabel; Nézio Nasci-mento, da Portela; Roberto Maia, daUnião da Ilha; Edson Tessir, da Uni-dos da Ponte; Natal Imbroizio, daImpério da Tijuca; Aniz Abrahão Da-vid, da Beija-Flor; Régis Cardoso, daAcadêmicos do Salgueiro; e AntônioMayr, da Caprichosos de Pilares, alémde Gelson San Martino, representanteda Estação Primeira de Mangueira, eAlcione Barreto, presidente da Asso-ciação das Escolas de Samba do Riode Janeiro.

PACOTE DO SAMBAO prefeito Jamil Haddad disse aos

dirigentes que, caso apareça uma em-presa que assuma a promoção dodesfile na Marquês de Sapucaí, elaterá o direito de vender os ingressos,explorar os espaços publicitários dostapumes e o televisamento para oPaís e exterior. Alguns dirigentes ma-nifestaram a opinião de que o direitode arena para a televisão deveria sertratado entre a empresa e as escolas,sem a participação da Prefeitura.Haddad mostrou-se favorável a idéia,mas ponderou que dificilmente algu-ma firma excluiria do pacote do sam-ba os direitos sobre o televisamentodo desfile.

Outro ponto discutido na reuniãofoi a subvenção dos blocos. JamilHaddad frisou que, atualmente, exis-tem muitos blocos que não represen-tam as comunidades, recebendo sub-venção da Prefeitura. Por isso, deveráser limitado em cinco o número máxi-mo de blocos em cada região adminis-trativa. Somente eles serão subven-cionados. O prefeito ficou de entregarum estudo as escolas de samba no fimde 15 dias, incluindo um novo regula-mento para os blocos. Jamil Haddaddisse que manterá um encontro comos dirigentes de blocos para discutir oassunto e tudo será feito em consen-so.

A subvenção das escolas tambémnão foi resolvida ontem. Os dirigentesdas agremiações querem que cadaescola receba para o carnaval dopróximo ano CrS 16,5 milhões, caso aPrefeitura promova o desfile, e Cr$ 24milhões se o desfile for promovido poruma firma particular.

Haddad disse que os cofres munici-pais não têm condições de dar CrS16,5 milhões a cada escola de samba eque o problema deverá ser resolvidona próxima reunião. Ailton Guima-rães, presidente cia Vila Isabel, escla-receu que cada escola de samba quequiser fazer um bom desfile gastaráde CrS 130 milhões a CrS 160 milhõesno carnaval de 1984 e a subvençãosolicitada não cobre nem 10% dosgastos. Disse que. atualmente, umaescola de samba é como um time defutebol. As despesas com a bateriachegarão a CrS 11 milhões, só com osgastos de roupas, chapéus e sapatos.

AUMENTO

Para o próximo ano, Jamil Haddadanunciou que haverá um aumento de100% nos preços das arquibancadas ecamarotes. Disse que serão postos àvenda cerca de 65 mil arquibancadasao preço de CrS 16 mil,e 300 camaro-tes, custando CrS 4 milhões cada um.

O desfile do próximo ano em duasetapas, idéia defendida pelo prefeito,foi o único resultado concreto a quese chegou na reunião de ontem. Osdirigentes das escolas do grupo 1-Aentregaram à Riotur, ao secretáriomunicipal de Turismo e Esporte, Nes-tor Rocha, e ao prefeito Jamil Haddadum documento assinado por todos,com sete itens básicos, que modificatotalmente o desfile das escolas doprimeiro grupo. É a seguinte a pro-posta dos dirigentes:

"1" - O desfile do grupo 1-A serásubdividido em dois grupos de seteescolas cada. na Avenida Marquês deSapucaí. no domingo e na segunda-feira. 2" - O grupo 1-B desfilará naAvenida Marquês de Sapucaí no sá-bado de carnaval, a fim de que sepossa cumprir o 1" item. 3" - Nogrupo 1-A haverá dois campeões, umdas escolas que desfilarem no domin-go e outro das que desfilarem nasegunda-feira. 4" - Descerão para ogrupo 1-B duas escolas, sendo a últi-ma colocada do desfile de domingo ea última do desfile de segunda-feira.5'.' - Para julgamento das escolas dogrupo 1-A, serão constituídos doiscorpos de jurados, um para julgar asescolas que desfilarem no domingo eoutro para as que o fizerem nasegunda-feira. 6" - Terão acesso aogrupo 1-A as quatro primeiras escolascolocadas no grupo 1-B no desfile docarnaval de 1984. 7" - Por sorteio,ficou decidido que a ordem do desfileserá a seguinte: domingo - Unidos daTijuca; Império da Tijuca: Capricho-sos de Pilares; Acadêmicos do Sal-gueiro; União da Ilha: Portela e Impe-rio Serrano. Na segunda-feira - Está-cio de Sá (antiga Unidos do SãoCarlos): Unidos da Ponte; MocidadeIndependente de Padre Miguel; VilaIsabel; Imperatriz Leopoldinense;Beija-Flor de Nilópolis e Mangueira".

Com a presença do Presidente Fi-gueiredo. a Embrátel e a FundaçãoInstituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) as-sinam hoje às 15 horas, um convênioque vai possibilitar a consulta sobrediversos itens ligados ã saúde pública,através de terminais de vídeo ligadosa um computador.

Pelo sistema, cerca de 40 mil pes-soas que participam direta ou indire-tamente do "Projeto Ciranda" - pri-meira experiência de comunidade te-leinformatizada do País - poderãoobter, em segundos, informações so-bre primeiros socorros em diversassituações, identificar produtos estra-

gados e conhecer efeitos colaterais demedicamentos, cosméticos, e artigosde limpeza.

O "Projeto Ciranda", desenvolvidoentre os empregados da Embrátel,consiste na aquisição de um micro-computador CP-500, instalado na ca-sa do funcionário e utilizado por seusparentes e amigos. Este micro é liga-do a um computador central quearmazenará as informações cedidaspela Fiocruz, sempre atualizadas. Da-dos sobre outros assuntos serão tam-bém introduzidos neste computador.O sistema, em breve, estaráyà disposi-ção das comunidades onde haja umdistrito da Embrátel.

O prefeito Jamil Haddad reuniu-se comos dirigentes das escolas na Riotur, acertou

o desfile, mas falou de poucos recursos.

Escola no Rio > && %i ^W /UiQuem pagou mais deve fazer acordo

O Conselho Estadual de Educaçãofixou ontem em 48% o índice de rea-juste para as escolas particulares. Ainformação é da secretária estadualde Educação, Iara Vargas, que, aodeixar o Palácio Guanabara, depoisde despachar com o governador Leo-nel Brizola, explicou que o aumento

irá incidir sobre o valor efetivamen-te cobrado no primeiro semestre desteano. O Conselho Federal, e Educaçãohavia estabelecido teto de reajusteem 52,5%.

Iara Vargas disse que a decisão fi-xando o índice de aumento, foi toma-da pela unanimidade dos membros do

Conselho Estadual de Educação e queos pais que já estáo pagando à basede um reajuste superior aos 48%,devem procurar a direção dos colé-gios para um acordo. Garantiu, ainda,que a Secretaria de Educação iráfiscalizar a correta cobrança no índi-ce fixado.

©ilCll 6SI3 ©iii CiI5>CTendência é diminuir suas atividades

__tt__tÊ^i _aB 5^&^CJw&y lí-4 • *>**^*'Ti^ÍfclS^íyí*HfcÍH*BP'' ,t^feJs_6__El ^tS. J

Família perdida e sociedade confusa"A família está perdida e a socieda-

de confusa, querendo que a escolaresolva todos os problemas, esque-cendo que os professores também sãofamília e sociedade. Atualmente, asescolas estão impotentes para gerarmudanças, uma vez que a escola doGoverno está envolvida com proble-mas reais de merenda, prédios desa-bando e falta de professores. A escola'particular se vê também envolvidacom evasão de alunos e aumentossemestrais, portanto, não se sentegeradora de mudanças". Quem.afirmaissoéa presidente do II CongressoLatino-Americano de Educação Mon-tessori, Tal ita de Almeida, que se está

realizando na UER.I. desde a últimasegunda-feira e se estenderá até ama-nhã.

Uma das decisões tomadas durantedo Congresso é a de que as escolasmontessorianas irão assumir a res-ponsabilidade de implantar, atédezembro de 1984, escolas para crian-ças carentes, em todo o País, além defazer uma ampla campanha de educa-ção nacional.

Uma das medidas que a Obrap(Organização Brasileira de Pedago-gia) resolveu tomar logo após o en-cerramento tio Congresso será a dacriação de trabalhos comunitários,

com pequenos grupos de crianças, da1J ?i 4a série, para recuperação, testan-do inclusive a presteza mental decada uma delas, tudo feito fora dohorário escolar e por professores ha-bilitados.

Talita de Almeida está satisfeitacom os resultados obtidos até agorapelo Congresso, que diz ela "náo pe-diu apoio ao MEC nem dinheiro doGoverno." Mesmo a pretensão daObrap de uma campanha de educa-çáo, será realizada com o auxílio depatrocinadores particulares e apoiodos órgãos de comunicação, numainiciativa da própria Obrap.

As escolas do Senai (Serviço Nacio-nal de Aprendizagem Industrial) es-tão funcionando com sua capacidadediminuída em 40% no Estado do Riode Janeiro e a tendência é diminuirainda mais suas atividades, se suareceita não for aumentada. O Senai éadministrado e dirigido no País pelaConfederação Nacional das Indús-trias, mas atualmente a verba desti-nada às escolas não tem sido suficien-

O diretor regional no Rio, RobertoGuimarães Boclin - que coordena 15centros de formação profissional doEstado, atendendo gratuitamente 56mil alunos nos centros e empresas -,diz que a situação é crítica em todo oBrasil. A crise teve início em 1980,cinco anos depois de o Governo fede-ral implantar modificações nas con-tribuições das indústrias ao Senai.

"A contribuição, que era da ordemde 1% sobre a folha de pagamento atéo teto de 10 salários mínimos, em 75foi restringida a um teto de 10 maio-res valores de referência. Como nosúltimos três anos este valor tem cor-

respondido à metade do salário mini-mo, perdemos 50% em valor real dareceita. A esperança da presidênciado Conselho do Senai é que as autori-dades compreendam a situação e vol-temos à contribuição antiga". Atual-mente parte da verba destinada aoSenai atende ao Finsocial.

SERVIÇOS

Antes da crise, há três anos, asescolas do Senai no Rio atendiam 100mil alunos - no Brasil, já formaramseis milhões em 41 anos de existênciapioneira na formação do operárioespecializado. Agora, com sua receitaachatada, os centros profissionais doEstado têm dado prioridade aos alu-nos encaminhados pelas empresas,restringindo as vagas para a comuni-dade. Mesmo assim, dos 15 mil alunosmenores, um terço é formado porgente da comunidade, a maioria daBaixada Fluminense.

Os 15 centros de formação profis-sional espalhados pelo Estado - trêsficam no Maracanã, um em Bentica e

o restante na Baixada e interior -oferecem 10 cursos com especialida-des diferentes.

Cada centro tem capacidade de for-mar 30 mil alunos por ano, emboramuitos já estejam prejudicados pelacrise. O último centro inaugurado hásete meses, em Paciência, tem capaci-dade para mil alunos mas só atende a240. Roberto Boclin afirma que só amudança na lei das contribuições po-dera recuperar o ritmo dos trabalhos:

"Atualmente as empresas já contri-buem com 20 salários mínimos aoSenai, mas a diferença para o teto de10 maiores valores-referência vai pa-ra o Finsocial. O maior valor-referência está por volta de CrS 1/mil, enquanto o salário mínimo é Cr»34 mil justamente o dobro". Por isso,a contribuição das 33 mil empresas doRio não está suficiente para suprir areceita do Estado. Um aluno custaCrS 500,00 por hora ao Senai e oscursos, com duração média de umano exigem a permanência dos alu-nos oito horas por dia nos centros deensino" -disse Roberto Boclin.

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8 ULTIMA HORA CIDADE/POLICIA Rio de Janeiro, sexta-feira, 8 de julho de 1983

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Funcionários roubam o petSindicância apura rombo mensal de CrS 136 milhões

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ranA comissão de sindicância interna

do Departamento de Trânsito - De-tran -, que desde abril está apurandocasos de corrupção no órgão, desço-briu mais um setor envolvido emirregularidades. Desta vez foi a Dire-toria de Emplacamento, situada naAvenida Francisco Bicalho, onde, se-gundo membros dessa comissão, fun-cionários emitem Darjs frios, quitammultas com carimbos falsos e des-viam Darjs legítimos e, com o dinhei-ro arrecadado, formam a "caixinha damáfia". A comissão avaliou que, sópor desvio de Darjs, há um rombomensal de cerca de Cr$ 136 milhões.Policiais da 17» DP estão fazendo asdiligências necessárias para apurar osculpados.

A comissão apurou que, no anopassado, vários veículos foram (ímpia-cados fora do pátio da Francisco Bi-calho sem que o Estado recebesse o

pagamento do Darj de locomoção

correspondente. Para que o Detranfaça esse serviço dentro das conces-sionárias de automóveis, o procedi-mento legal é que o proprietário doveículo pague uma taxa de Cr$ 13.600.No entanto, o funcionário do Detran,mesmo recebendo o valor total dataxa, não contabiliza a quantia corre-ta na Diretoria de Emplacamento,registrando apenas o pagamento deum Darjs comum de emplacamento(no valor de CrS 2 mil) e ficando como restante do dinheiro.

Outra irregularidade é com a quita-ção falsa de multas. O usuário, ao darentrada no licenciamento de transfe-rência de veículos, mudanças de cor,baixa de alienação e transferencia deEstado, precisa constatar se não devealguma multa. Se a Diretoria de Em-placamento acusar algum débito, oseu requerimento é devolvido juntocom a segunda via da multa para queele a coloque em dia. O procedimento

normal do proprietário do veículo é opagamento da multa em qualqueragência do Banerj. Entretanto, utili-zando uma máquina de autenticaçãosimilar às que são usadas nos bancos,o funcionário faz a quitação fria damulta, dá entrada no processo e em-bolsa o dinheiro.

O secretário de Transportes, JoséColagrossi, garantiu que a 4» Circuns-crição de Trânsito (Ciretran), sediadaem Nova Iguaçu, voltará a funcionarhoje. A Ciretran está fechada desdesexta-feira por determinação do dire-tor-geral do Detran, Marcelo Reis,para que sejam investigadas denün-cias de corrupção e irregularidadesno controle dos documentos do setorde habilitação e emplacamento. Cola-grossi disse que está se empenhandopessoalmente na apuração das de-núncias e que determinou que o casoseja esclarecido "o mais breve possí-vel".

Corrupção leva motorista a BrizolaCom faixas, cartazes e gritando

slogans, mais de uma centena decobradores e motoristas do municípiodo Rio de Janeiro foram ontem aoPalácio Guanabara, onde, em mani-festação, pediram que o governadorLeonel Brizola acabasse com a cor-rupção na Superintendência Munici-pai de Transportes Urbanos.

Atendidos pelo secretário de Traba-lho e Habitação, Carlos Alberto deOliveira, a comissão do Núcleo dosRodoviários do PDT, que liderou amanifestação, distribuiu um docu-mento denunciando uma série de irre-gularidades, entre elas, o pagamentopor,parte dos motoristas de qualqueravaria nos carros.

- Uma das piores violações das leistrabalhistas, cometidas pelas empre-sas particulares, é a perda do dia e dofinal de semana, quando a garagemnão tem carro para o profissionaltrabalhar. Isso quer dizer que o moto-rista e o cobrador comparecem aoemprego, ficam o dia inteiro à disposi-ção das empresas e, por culpa dopróprio patrão, perde o dia e a folga -disse Lia Tarantino, uma das manifes-tantes.

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Bancário dizquanto querde aumento

Bancários do Rio aprpvaram on-tem, em assembléia, as reivindicaçõespara o novo acordo coletivo de traba-lho a partir de setembro: produtivi-dade de 15%*salários ingresso de CrS100 mil e Cr$ 120 mil; anuênio corrigi-do pelos INPCs de março e setembroe outros direitos. Os trabalhadoresreferendaram a decjsão do EncontroNacional dos Bancários, realizado re-centemente em Joinville, que delibe-rou que as negociações com os ban-queiras serão a nível nacional.

Os negociadores serão a Confede-ração Nacional dos Trabalhadores emEmpresas de Crédito - Contec, novefederações e cinco sindicatos (RioSão Paulo, Recife, Salvador e PortoAlegre.

A pauta reivindicatória dos banca-rios incluí um total de 16 itens, entreos quais: auxílio creche equivalente adois salários referência, até que ascreches sejam construídas nos locaisde trabalho; gratificação semestralequivalente a uma remuneração egratificação de função de 40%.

Durante a assembléia os bancáriosaprovaram moção de apoio aos traba-lhadores petroleiros em greve em vá-rias regiões do País.

Honra ofendida dáindenização a juiz

Estado é condenado a pagar CrS 4,5 bilhões

-_.\_3^ JÈmWilmWl. tm- ' S.Motoristas e trocadores do Ssrrtço Municipal

de Transportes Urbanos concentraram-se em frenteao palácio para psdlroflm da corrupção.

Os motoristas e cobradores recla- próprio assaltante, a segunda pelosmaram, também, da obrigação de te- patrões e a terceira pela delegacia,rem que pagar à empresa o valor de nSo atenrje sem o pagamento dotodos os assaltos. "Nesse caso, somos ^ f*„oli,„„ r ià Tarantinoroubados três vezes. A primeira pelo Darj , finalizou Lia Tarantino.

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Sabrá estranha declaração de ColagrossiO deputado Nelson Sabrá, do PDS,

disse ontem que estranhou as decla-rações feitas pelo diretor-geral do De-tran, Marcelo Reis e pelo secretáriode Transportes, José Colagrossi Filho,a propósito do esquema de corrupçãodenunciado na 48 Ciretran, com sedeem Nova Iguaçu. O parlamentar disseque o caso é muito sério, mas asautoridades responsáveis tentamminimizá-lo com frases de efeito ecriando confusão de nomes de possí-veis participantes.

Na opinião do deputado NelsonSabrá, a posição do padre AníbalMendes precisa ser muito bem escla-recida, "pois é notória sua ligaçãocom Jorge Mendes, que ele agoraacusa como mentor e responsável portodo o esquema de corrupção tornadopúblico por ele próprio". O deputadodisse que não entendeu a'atitude deAníbal Mendes, de tentar chamar pa-ra si a atenção das esquerdas,

apresentando-se à imprensa como umautêntico guerrilheiro.

CUMPLICIDADEPara Nelson Sabrá, Jorge Mendes

pode ser o responsável por todo oesquema de corrupção, mas é eviden-te que ele tem cúmplices.

- Primeiro, ninguém desconheceque a mola-mestra do esquema decorrupção no Detran, desde que fo-ram criadas, são as Ciretrans. A esco-lha dos dirigentes de Ciretrans sem-pre foram feitas a dedo, pessoas damaior confiança das autoridades daárea. Nesse caso mesmo da 48 Cire-tran, é notória a amizade e a confian-ça depositada pelo padre Aníbal emJorge Mendes que, consta, até, quemorava com ele. O Jorge Mendes foicabo eleitoral dos deputados LucyMartins e José Colagrossi. É evidenteque Jorge só foi nomeado para dirigira Ciretran, justamente pelo prestígioque desfrutava junto ao secretário

Colagrossi, ao padre Aníbal e à depu-tada Lucy' Martins. Portanto, nãovejo como ele possa ter montado todoesse esquema de corrupção, para ar-recadar 4 milhões de cruzeiros porsemana só na venda de carteiras dehabilitação, sem a participação demais ninguém. Mas pelo que li dasdeclarações do secretário e do diretordo Detran, o padre Aníbal é um pobreinocente, traído.pelo antigo protegi-do. Isso, decididamente, me causaestranheza.

INVESTIGAÇÃOOutro fato que causou espécie ao

deputado Nelson Sabrá foi a decisãoda Secretaria de Transportes de nãopermitir a presença do DIE nas invés-tigações.

- Isso chega a ser absurdo. Afinalde contas, o Departamento de Invés-tigações Especiais existe justamentepara esse tipo de serviço.

PM preocupadacom alcoolismona corporação

A Polícia Militar começa a se preo-cupar com o problema do alcoolismo:ontem, no 14Q BPM, de Bangu, houveum debate que durou cerca de quatrohoras e reuniu alcoólatras anônimose vários oficiais do Batalhão.

Segundo o capitão Da Costa, orga-nizador do debate, é preciso acharsoluções urgentes para o número ca-da vez maior de brasileiros alcoóla-trás. Não esconde que, entre esses, háinúmeros policiais militares, que cau-sam problemas e terminam, muitos,incapacitados para o trabalho e ex-pulsos da instituição.

"A idéia para essa discussão surgiuquando tomei conhecimento do pro-jeto de um oficial que recomendava aexoneração de todos os policiais comproblemas em relação à bebida. Re-solvi pesquisar o assunto. Sei que oalcoólatra pode ser tratado e recupe-rado. Convidei, então, os conhecedo-res desse problema para que os ofi-ciais fossem esclarecidos. Minha in-tenção é encaminhar os alcoólatraspara tratamento, pois podem e devemser reabilitados" -explicou o oficial.

Os integrantes dos grupos de A.A.presentes explicaram que o alcoólatraé um doente, não um irresponsável,havendo já algumas provas de que a.compulsão à bebida é causada porpredisposição física, necessitando detratamento médico e todo um traba-lho para que a pessoa readquira suaautoconfiança e controle emocional.

O juiz da 4' Vara da Fazenda Públi-ca, Sérgio Cavalieri Filho, condenou oEstado do Rio de Janeiro a pagar umaindenização equivalente a quatro mi-Ihões e meio, em favor do juiz da 354Vara Criminal, Antônio Sebastião deLima. O magistrado sentiu-se injuria-do e atingido com as acusações doex-procurador-geral da Justiça Ner-vai Cardoso que o acusou publica-mente de afoito, imponderado, dese-quilibrado e de pouco conhecimentojurídico, entre outras ofensas.

No dia 22 de dezembro último, oentáo procurador-geral da Justiça fezseveras acusações contra o magistra-do. Essas ofensas partiram da repre-sentação que o ex-procurador apre-sentou contra o juiz ao Órgão Espe-ciai do Conselho de Magistratura,porque não concordou com a decisãodo juiz Antônio Sebastião, quandoeste considerou ilegítimo o MinistérioPúblico para representar sete meno-res que se disseram ofendidas pelocasal Gilda de Barros e o psicólogoAlexandre Domingos de Barros, acu-sados da prática de atos libidinosos.Para o juiz a ação penal deveria serprivada, porque os pais dos menoreseram pessoas de posses, alguns atécomerciantes e não pobres como fo-ram apresentados pela ProcuradoriaGeral da Justiça.

O magistrado ao sentir-se injuriadocom as acusações do ex-procurador-geral, contratou o advogado Jorge de

Oliveira Béja, que abriu dois processos contra Nerval Cardoso: um, denatureza criminal dirigido ao ÓrgãoEspecial do Tribunal de Justiça, pe-dindo a pena de um ano de detençãocontra o ex-procurador, ação que ain-da não foi julgada; outro contra oEstado, pedindo a reparação pelosdanos morais que o juiz sofreu.

Em sua sentença o juiz Sérgio Ca-valieri afirma que

"o magistrado, pordever de ofício, há de gozar de umaimagem respeitosa, equilibrada e se-gura e nesta circunstância nada maisafrontoso e desprestigiador que impu-tar e divulgar ao juiz uma imagem de"desequilibrado, imponderado de po-breza ou indigência intelectual. Piordo que isso só pode ser imputar-lhedesonestidade, pois tais imputaçoesabalam a confiança, credibilidade erespeito dos jurisdicionados, protis-sionais do direito e dos seus próprioscolegas na pessoa do magistrado .

Segundo o advogado Jorge Béja,que representou o magistrado naação contra o Estado, "a decisão éinédita e poderá mudar o rumo daquestão da reparabilldade do danomoral, que até hoje encontra resistên-cia em diversos Tribunais do País".Béja disse ainda que a condenação foifixada com bastante moderação, mas

1 mesmo assim não tira o brilho dasentença, pois não só o juiz AntônioSebastião foi desagravado, mas todamagistratura estadual".

Vítimas não reclamamSó um entrou na Justiça para reaver bens

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Padre Migueltem boca de

fumo estouradaAcondicionados em dois sacos, po-

liciais-militares do 14° Batalhãoapreenderam 60 trouxinhas de maço-nha, no interior do barraco, número8 Beco do Triunfo, Favela Vila Vin-tém, em Padre Miguel, prendendo emseu interior três traficantes, os meno-res SSL, de 17 anos, autor de doishomicídios, LCRD, de 15 anos e OI-dair Garcia de Almeida, de 21, donoda boca de fumo.

O estouro da boca de fumo foipossível com a prisão de Oldair Gar-cia de Almeida, que estava* paradopróximo ao número 247, do mesmobeco. Ao seu lado um saco com 20trouxinhas de maconha, prontas paravenda. Ao perceber a aproximaçãodos policiais tentou fugir.

O local foi cercado e surpreendidosos dois menores que colocavam den-tro de um saco 40 trouxinhas. Aonotar a presença da Polícia, o menorSSL de 17 anos sacou um revólvercalibre 32, tentando reagir à voz deprisão.

Na 33*' DP, para onde os três foramlevados o menor SSL, contou, terentrado no crime aos 13 anos, quandomatou pela primeira vez.

Polícia vaiabrir concursopara detetive

Na reunião da manhã de ontem noPalácio Guanabara entre o governa-dor e o Secretário de Polícia Judicia-ria e Direitos Civis, ficou resolvidoque na próxima semana serão reaber-tas inscrições para as carreiras dedetetive de 3- categoria e de motoris-tas policiais.

As inscrições encerradas no iníciodo mês, tiveram 17.429 candidatosinscritos na categoria de detetives,para 1.907 vagas; 14.725 para a cate-goria de motoristas policiais se ins-creveram para disputar 293 vagas efinalmente na categoria de serventede necropsia se inscreveram 4.787candidatos para disputarem 53 vagas.

Da reunião de ontem ficou resolvi-do que as vagas para detetives serãoaumentadas para 2.200, enquanto asoutras permanecem. Os candidatosserão alertados por editais publica-dos, provavelmente na próxima sema-na, onde estarão especificadas as exi-gências necessárias. Foi falado tam-bém na reunião que o projeto dereestruturação da carreira policial,entregue há cerca de um mês pelosecretário de Polícia Judiciária aogovernador está sendo examinado.

O advogado e vereador de NiteróiCarlos Eraldo Lopes, até agora a úni-ca pessoa lesada pelo estelionatárioEvódio Retto Queiroz' que entrou naJustiça para tentar reaver o dinheiroperdido, disse ontem não saber aquem atribuir o desinteresse das ou-trás pessoas enganadas em recuperaros seus bens.

Eraldo garante que os Cr$ 12 mi-Ihões que possuía, aplicados na firmaAnálise Técnica Promocional Finan-ceira Imobiliária, cujo rombo estásendo estimado em CrS 3 bilhões, pro-vêm da venda de uma casa, mas nadaquis comentar sobre o motivo queestá impedindo os outros prejudica-dos a reclamar publicamente o di-nheiro perdido.

A falta de informações concretassobre o caso está incrementando oscomentários nas ruas do centro deNiterói. Nas esquinas tradicionais dacidade, a lista de pessoas proeminen

tes lesadas pelo estelionatário aumen-ta a cada hora, incluindo políticos,comerciantes, banqueiros de bicho elíderes religiosos.

Todas as pessoas apontadas comoprejudicadas por Evódio, entretanto,negam veementemente o fato. Nobojo dos comentários, uma explica-cão tem aparecido freqüentemente: odinheiro não está sendo reclamadoporque ele não foi declarado no Im-posto de Renda, portanto, não podeaparecer de repente.

A imagem elegante do agiota quê*-costumava desfilar com uma Bíbliadebaixo do braço não sai da cabeçadas pessoas que o conheceram, no seuescritório, no Edifício Cupélo, naAvenida Amaral Peixoto. Só agora,porém, está voltando à memória doshomens de negócio de Niterói umgolpe aplicado por Evódio, há rhais de20 anos, quando trabalhava em umafirma ligada aos carreteiros, antigos

Visivelmente irritado com a notíciade que fora lesado em milhões peloestelionatário Evódio Retto de Quei-roz, o tricampeão Gerson Nunes, des-mentiu o fato e negou conhecer ovigarista, que está sumido há duassemanas. Em sua loja de artigos es-portivos, na Rua José Clemente, 76,no centro de Niterói, o ex-jogadordisse ter sido surpreendido com ahistória, de que era uma das vítimasdo golpe de bilhões aplicado por Evó-dio em várias pessoas influentes deNiterói.

Segundo seu sogro e procurador,Ilídio Soares Filho, Gerson sempreaplicou seu dinheiro em ações e ca-demetas de poupança, como constada sua declaração de Imposto de Ren-da. Em tempo algum se envolveu emnegócios escusos paa aumentar seucapital, assegurou Ilídio.

MUITO CONHECIDOO sogro de Gerson disse estar a par

de todas as atividades financeiras deseu genro e "jamais deixaria que elefizesse algum negócio com Evódio,conhecido em Niterói como trambi-queira". ,- Todos na cidade sabem que ele dágolpes há mais de 20 anos, tendo sidodemitido do cargo de gerente de umaagência do Bamerindus. por práticade negociatas ilícitas. Pode ser quehaja muitas pessoas lesadas por Evó-

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Gerson se irrita e nega envolvimento

proprietários das barcas que circulamna Baía da Guanabara.

Também lesada pelo agiota, a advo-gada Elisabèth Salomão, ex-mulherde Carlos Eraldo (ambos têm escrito-rio no Edifício Cupelo), disse naoacreditar nas possibilidades de reavero dinheiro na Justiça. Tanto ela quan-to qualquer outra pessoa que aplicoudinheiro na firma de Evódio dispõemapenas de uma nota promissóna co-mo garantia do investimento.

Na delegacia do centro de Niterói(76* DP), não fora registrada, atéontem, nenhuma queixa contra o es-telionatário. Por outro lado, o atualpresidente da \64 Seccional da Ordemdos Advogados do Brasil, ReinaldoBeyruth, confirmou ontem ter sidoprocurado pelos parentes do estelio-natário, interessados em delegar-lhe adefesa do mesmo. Beyruth afirmou,entretanto, que só aceitaria o caso sefosse para liquidar a dívida com todasas pessoas lesadas.

ENTRE NESSA FRIA

dio, mas eu nem sequer o conheço enão gostei de ver meu nome envolvi-do com o dele - afirmou Gerson.

O fato concreto é que numa dasseis Varas Cíveis de Niterói, já trami-tam três processos contra o esteliona-tário. Um movido por Sebastião Ga-briel de Moraes, que vendeu a ele asala 404 da Av. Amaral Peixoto, 455,no centro de Niterói e recebeu comopagamento um cheque sem fundo doBamerindus. Evódio estava ocupandoo imóvel há três meses, mas a sede desua firma Análise Técnica Promocio-nal Financeira Imobiliária, CGC30.503.585.0001-23 -, era na Rua daAssembléia, 10, salas 1905 e 1906, noRio. Os outros dois processos, um deinsolvência física e o segundo de exe-cução direta, são do vereador nite-roiense Carlos Eraldo Lopes. Ele apli-cou CrS 12 milhões na firma do este-lionatário. O dinheiro era provenienteda venda de uma casa de sua proprie-dade.

A APLICAÇÃOO vereador e também colecionador

de obras de arte, Carlos Eraldo, nãoquis explicar de que forma era feitaesta aplicação, mas sabe-se que osjuros eram mais altos do que os dascadernetas de poupança. Com umasala no mesmo andar onde funciona-va o escritório de Evódio, o vereador

disse ter recebido várias promissóriasdo estelionatário com o aval de suamulher, Juliska Kaltenecker de Quei-roz, que por sua vez está sumidacomo o marido.

No número 467 da avenida, Evódioocupou por quase oito anos, a sala502 que comprara em sociedade comdois irmãos portugueses. Um deles,Constantino, que omitiu o sobrenç*me, disse que desfizera a sociedadeem janeiro deste ano.

LIMA DUARTEO ator Lima Duarte, antes de viajar

ontem à noite para representar oBrasil, como protagonista do filme"Sargento Getúlio". no Festival deCinema de Moscou, também negouqualquer envolvimento com o estelio-natário Evódio Retto de Queiroz."Só faço transações financeirascom bancos", disse o ator. "Jamais

iria envolver-me com um trambiquei-ro".

Lima se disse, também, preocupadocom o noticiário:"Agora os ladrões vão supor queestou cheio de dinheiro e assaltar omeu apartamento durante a minhaausência".

Seu representante legal e tambémator, Luis Magneli, estava ontem àtarde, tentando apurar como é que onome de Lima Duarte apareceu asso-ciado ao do trambiqueiro.

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O Projeto Rondon e o Ministérioda Marinha lhe dão a chance de

participar da próxima expedição do naviooceanográfico

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Cortesu deste veiculo

Rio de Janeiro, sexta-feira, 8 de julho de 1983ULTIMA HORA 9

Guarda ajuda fuga de presoRevelação é do próprio diretor do sistema penitenciário

"n,,ac vp7ps constatamos a distribuição desses |A *u'r»1B I , T . ivtri ~4KO diretor do Desipe - Departamento do

Sistema Penitenciário, Avelino Gomes, admitiuontem em entrevista à imprensa a existência deum "número significativo" de guardas "corrup-tos e omissos", que estão favorecendo fugas nospresídios do Rio. Disse ele que já estão sendoencaminhadas cinco sindicâncias pelo órgãocom o objetivo de comprovar as irregularidadese identificar os responsáveis.

Descartou, entretanto, qualquer cumprici-dade das direções dos presídios com os presosfugitivos, afirmando em seguida já ter perdido o"medo" de admitir publicamente o envolvimen-to dos guardas nas freqüentes fugas que vêmocorrendo nas penitenciárias cariocas.

Sem qualquer vacilação, ele afirmou: "te-

mos um grande número de guardas dignos, emquem depositamos total confiança. Mas, poroutro lado, existe um número significativo delesque não tem a menor condição para exercer assuas tarefas. Umas vezes são corruptos, outrasomissos, chegando ao ponto de serem coniven-tes com as fugas".

Avelino levantou duas hipóteses para jus-tificar o comportamento desses guardas:

"eles

agem dessa forma em troca de gratificaçõesconcedidas pelos presos ou com intenções decausar transtornos às administrações dos presi-dios. Isso nós estamos apurando. Mas, antes dequalquer coisa, guardo a certeza íntima de quemuitos guardas estão sendo cúmplices dos fugi-tivos".

GRUPOS EXTERNOS

Com relação à recente fuga de 17 prisionei-ros do Instituto Penal Cândido Mendes, na IlhaGrande, o diretor do Desipe disse não saberainda se, especificamente neste caso, houveparticipação de guardas penitenciários, anun-ciando que provavelmente amanhã vai se entre-

vistar com o diretor do presídio, quando ouviráseu relato sobre esse acontecimento.

Avelino Gomes denunciou ainda a existen-cia de "grupos externos", cuja natureza nãosoube precisar, que estáo agindo desde o iníciodo Governo de Leonel Brizola com o objetivo dedesestabilizar as administrações dos presídios."Eles se situam fora do sistema penitenciário,mas recebem apoio interno, o que é muitoperigoso", comentou ele.

Um exemplo da ação desses grupos, segun-do ele, é a distribuição anônima de panfletosatribuídos a guardas do Desipe, condenando asmedidas saneadoras levadas a cabo pelo órgãodesde o início da atual administração estadual.

"Duas vezes constatamos a distribuição dessesdocumentos, que visam unicamente criar umclima de discórdia entre o Desipe e a estruturapenitenciária". Anunciou logo depois que aSecretaria de Segurança está agindo no sentidode identificar tais grupos.

Avelino descartou também qualquer rema-nejamento nas direções dos presídios e garantiuque ao contrário do que se comenta, o diretordo instituto Penal Cândido Mendes vai conti-nuar no seu posto.

"Mudanças podem ser feitasa qualquer hora, é claro. Mas, no momento, nemse cogita coisa desse tipo. Se alguém teve essaidéia, ela é pessoal e não do Desipe", reforçouele.

SÉRGIO NÃO SAIU

Incisivo, ele negou também que o detentoSérgio Mendonça, integrante da Falange Ver-melha, tenha recebido concessão do Desipe pararetornar à Ilha Grande. "De lá ele nunca saiu"-,explicou Avelino, informando que a sua recenteestada no Hélio Gomes teve como objetivogarantir o seu depoimento na 20* Vara Crimi-nal "Feito isso, como estava acertado, elevoltou a sua prisão de origem. Não recebipressão de ninguém".

Disse ainda Avelino que nao admite imposi-ção de qualquer grupo organizado e que, para oDesipe, todos os detentos sáo iguais e nenhumtem mais privilégio que outros. Insistindo em sereferir à Falange Vermelha como o Grupo daLSN (para ele a Falange não existe), o diretordo Desipe disse não encarar os componentesdessa facção como liderança dentro dos presi-dios.

O diretor do Desipe disse mais que noInstituto Penal Esmeraldino Bandeira, em Ban-gu, dois mil presos estão dormindo no chão porfalta de leitos.

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Briga denamorados

ajuda PolíciaUma briga de namorados possibili-

tou ao delegado Guilherme GodinhoMendes, Sivuca, responsável pelo 6°SORF - Setor Operacional de Roubose Furtos, em Senador Camará, pren-der três dos envolvidos no assalto àJoalheria Rodit, no Leme, e a identifi-cação do restante do grupo, chefiadopor um advogado conhecido por Zé.

Segundo o delegado Sivuca, foipossível a prisão de Hélio da Silva, oBiriba, fugitivo da Lemos de Brito, ede Átila Gil da Costa, menor de 17anos, devido à denúncia da namoradade Dilson Cunha que, depois de brigarcom-o namorado, procurou o 6'*'SORF, para denunciá-lo de ter parti-cipado do assalto à joalheria. O dele-gado, acompanhado pelos policiaisAdilson, Gilson e Guilherme partirampara o local indicado pela mulher, nomunicípio de Caxias. No endereçoencontraram Dilson. que se vendocercado náo reagiu. Ao contrário, de-latou os comparsas: Phucydidis Pi-nheiro de Assunção, o Sargento, JoséCícero Ferreira, o PQD, Hélio da Sil-va, Átila Gil da Costa, Barbosa, Tripa.O chefe do bando que sabe apenas seradvogado, conhecido como Zé. Dilsoncontou ainda que um birosqueiro deNova Iguaçu, Edinho, estaria comCrS 10 milhões em seu poder para darcobertura à quadrilha com a contra-tação de advogado, caso fossem pre-sos.

Depois de denunciar qs comparsas,Dilson pediu para ir até a cozinha dacasa, tendo voltado armado com umrevólver calibre 38, disparando contraSivuca e seus policiais, que responde-ram ao fogo. Mas o bandido mesmoferido, conseguiu fugir. A informa-çõa fornecida por Dilson, no entan-to, possibilitou a prisão de três ele-mentos do bando e a pista de Sargen-to que estaria escondido no municípiode Santo Antônio de Pádua, comparte das jóias roubadas. O restantedas jóias segundo informações forne-cidas por Dilson Cunha, estão com ochefe do bando, o advogado, conheci-do como Zé, se encontra em compa-nhia do bandido que atende pelo vul-go de Tripa, que lhe dá cobertura.

ChurrascNeosandro garante seu casamento

Os romanos estáo comovidos com o seqüestro deEmanuela, e esperam, ansiosamente, que termine

o insuportável pesadelo por que passa a sua familia.

Acabaram na 32'' Delegacia ascarnes e os encarregados do chur-rasco que seria oferecido na festade casamento do carreteiro Neo-sandro Pires Domingues, de 23anos, residente na Estrada SantaEfigênia, 899, bairro Novo Mundo,no Recreio dos Bandeirantes, comMarlene dos Santos. O motivo éque estando o noivo sem dinheiro,seus amigos mais chegados nãotiveram dúvida: pegaram a laçoum boi solto num pasto em SantaCruz, chamado Chuvisco da Vila,conhecido de um dos amigos,levaram-no laçado para um cantoe, ali mesmo, foi morto e esquarte-jado, sendo suas carnes colocadasnuma kombi, que seguiu a cami-nho do local do churrasco.

Não contavam, porém, os ami-gos de Neosandro - José Carlos deAlmeida, Júlio César Percico, JoséCerveira Fiocchi e Mário Bezerrada Silva, todos trabalhadores, coma intervenção de policiais da 32sDP, Jacarepaguá, que, estranhan-do o número de homens num sócarro, fizeram a kombi parar paraaveriguação. Ao abri-la os policiaisencontraram o boi esquartejado,cordas e facões afiados. E foramtodos para a Delegacia, onde con-taram a verdade sobre o boi e suadestinação, afirmando que não po-deriam deixar a noiva Marlene dos

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Cartaz denuncia raptode jovem italiana

Organização turca quer libertar Ali AgcaROMA - A cidade amanheceu ontem commais cartazes solicitando informações quepossam ajudar nas investigações sobre odesaparecimento de Emanuela Orlandi.

Emanuela, de 15 anos, é filha de umfuncionário do Vaticano, Ercole Orlando, efoi seqüestrada no dia 22 de junho próximopassado. Ercole recebeu ontem um telefo-nema anônimo, que exigiu a libertação doterrorista Ali Agca, que tentou assassinar oPapa João Paulo II, em troca da vida dajovem Emanuela. A Polícia italiana man-tém as investigações em segredo, mas sabe-

se que uma estranha organização turca, osLobos Cinzentus, estaria por trás do se-qüestro.

O pai de Emanuela, que compareceu àdelegacia para prestar mais informações eesclarecimentos sobre sua filha, não quiscomentar com a imprensa o caso. O cartazdá as características físicas de Emanuela(15 anos, 1.60 m de altura) e descreve aroupa que vestia quando desapareceu. Atéontem não se tabia se os seqüestradoreshaviam dado prazo para a libertação de AliAgca.

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Júlio César Pereira, José Cerveira Fiocchie Mário Bezerra da Silva (mão no rosto) viram no boisem dono a solução para o problema do churrasco.

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Santos e Neosandro passarem avergonha de convidarem parentese amigos para o churrasco do casa-mento e não acontecer nada, porfalta de dinheiro para comprar acarne. Sem o flagrante e como odono do boi não tivesse apresenta-

do queixa do seu desaparecimento,o delegado apenas registrou o ca-so, liberando os rapazes e as car-nes para o churrasco de sábado,depois do casamento, que vai serealizar na Igreja de Nossa Senho-ra da Pena, em Jacarepaguá.

Amiga teve crise nervosa e desmaiou

Sutei era farsantesegundo seu matadorQueria sociedade nas bocas-de-fumo

Na fuga, carrodos ladrões

bateu no poste.Após invadirem a residência de Nil-

sa Ribeiro, na Avenida AutomóvelClube, 1771, de onde roubaram apare-lhos eletrodomésticos, um anel, umapulseira de ouro, e fugirem no PassatSN 0502, de propriedade da dona dacasa foram presos por policiais do 9yBatalhão. Luiz Antônio Rodrigues Sa-bianos, de 19 anos, Ricardo de SouzaSimão, de 18, e Antonio Pires Braga,de 21 anos. A prisão deles foi possívelgraças ao acidente com o Passat, quebateu em um poste na Estrada doBarro Vermelho, em Rocha Miranda.

Com os bandidos foram apreendi-dos três revólveres calibre 38 e recu-perados um TV preto-e-branco, umrádio, objetos pessoais, o anel e apulseira que foram devolvidos à viti-ma, na 40*' DP, pelo delegado Sam-paio. Os bandidos saíram feridos doacidente sendo levados para o hospi-tal Carlos Chagas, de onde, depois demedicados, foram autuados na Dele-gacia de Rocha Miranda.

Na Delegacia, o chefe do bando,Antônio Pires Braga, contou ter com-prado as armas na Feira de Acarí,afirmando que as comprou, não paraassaltar, mas para matar Roberto Ne-gão, que está lhe devendo CrS 115 milcruzeiros. Sabendo que Negão estavatrabalhando na Ceasa de Irajá, comodescarregador de caminhão, convi-dou Ricardo e Luiz Antônio paraacompanhá-lo, dando a cada um, umaarma.

Ao chegarem à Ceasa não encon-traram Roberto e resolveram voltaroutro hora. Sem dinheiro, ao passa-rem próximo à casa de Nilsa Ribeiroresolveram assaltá-la. Pularam o mu-ro e, nos fundos do quintal, renderama moradora, obrigando-a aacompanhá-los ao interior da residen-cia.

Marco Aurélio Chagas Diniz, oassassino de Gustavo Ferreira, o BSutel, que se apresentou à Polícia fipor querer abandonar o crime,confessou ontem ao delegado Jai-me Petra, titular da 32J Delegacia,Jacarepaguá, a autoria do homicí-dio. A arma e a maconha apreendi-da com ele, quando de sua prisão,disse pertencer à vítima, que oameaçava de morte. Na presençade seu advogado, Adelino Gomes,Marco, que é conhecido por Core,apelido ganho quando vendia sor-vetes, se defendeu e aponta como omaior traficante de tóxicos na Ci-dade de Deus o indivíduo conheci-do por Zé Pequeno.

Core conta que Sutel hão seapresentou no Pelotão de Policia-mento da Cidade de Deus. Na ver-dade, segundo sua versão, ele foipreso no domingo, uma semanaantes de morrer, depois de capotarcom um carro roubado. Detido, fezum acordo com o.s policiais, entre-gando suas armas, que foram leva-das pela família. Com isso, passoua gozar da liberdade, sem qualquerrepressão. Core disse que tudo nãopassou de uma farsa de Sutel, queandava de escopeta, traficando tó-xicos. Tanto é que a geladeira e amáquina de lavar roubadas do su-permercado Freeway eram dele eestavam escondidas em aparta-mentos abandonados por morado-res.

Além da morte de Sutel, Core dizque matou um bandido conhecidopor Bauru, que pertencia ao bandode Pinho e Marcelinho Curió, queestá servindo ao Exército. Por estemotivo, era procurado pelos rivaisaté que se juntou a Sutel. Masdepois da notícia de que Sutelhavia se regenerado, eles se sepa-raram. Sutel. entretanto, continua-va a procurá-lo propondo socieda-de nas bocas-de-fumo da favela.

Considerando a insistência deSutel inconveniente, Coreprocurou-o para um acerto de con-tas. Sutel, chamado às falas, vendoas coisas pretas, tentou correrquando recebeu um tiro na nuca.Os menores presos com Core e que

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Marco Aurélio Chagas Diniz, oassassino, desmascarou a intenção

de regeneração de Sutel.

foram encaminhados à Divisão deSegurança e Proteção ao Menor,eram do bando de Sutel e seusaviões na venda de tóxicos.

Marco Aurélio conta que, com10 anos de idade, esteve no Juizadode Menores. Foi preso roubandofrutas numa feira livre e, aos 16anos, retornou ao Juizado por trá-fico de tóxicos. Assumiu somenteas mortes de Bauru e Sutel e disseque quer ganhar a liberdade nospróximos dias.

O advogado Adelino Gomes afir-ma que a prisão de Core é ilegal jáque não houve flagrante. Seuconstituinte poderia ter sido ape-nas autuado por porte de arma. Aprisão contraria portaria do gover-nador, na qual deixa bem claraque a prisão somente poderá serfeita em flagrante. "Houve sim -concluiu o advogado -, arromba-mento de apartamentos com oaparato policial."

Assassino semata e o povo

festejaO assassino do ex-ptefeito de

Barra do Piraí, Walter Gomes Ma-riottini, seu próprio genro EnioLaranjeira Figueiredo Filho, de 24anos, suicidou-se ontem à noite nacela da 85? Delegacia. De manhasua filha, recém-nascida, morriana maternidade São Vicente dePaula. Antes de matar o sogro,Ènio deu um pontapé na barrigada esposa, Mareia Mariottini La-ranjeira, 23 anos. Ela contínua in-ternada na maternidade, em esta-do de coma,

Ao saber do suicídio de Enio, apopulação da cidade saiu às ruasem festa. Na noite do crime, umamultidão tentou invadir a delega-cia para linchar o assassino.

Ênio estava detido numa celaespecial da 85? Delegacia, com umcurativo no braço esquerdo, atin-gido por um tiro por ele mesmodisparado quando do assassinatodo seu sogro. Por volta das21h30m, quando o detetive Genaroiniciava a revista habitual nos xa-drezes, encontrou o assassino en-forcado com a atadura que cobnao ferimento.

O médico Antônio Franciscoconstatou o suicídio por enforca-mento e o perito Franco fez ostrabalhos de identificação do local.Ele estava sozinho na cela de má-xima segurança, como medida pre-ventiva às iniciativas da populaçãolocal, que queria vê-lo morto dequalquer jeito.

SegurançaTemendo que ocorresse em Bar-

ra do Piraí o mesmo que aconteceuem Cantagalo, quando o povo re-voltado invadiu a delegacia e ma-tou o fazendeiro Moacir Valente eseu empregado Anésio Ferreira, oFiote, acusados de matar o menorJuninho, de 2 anos, os policiais da85*' DP decidiram na quarta-feira,durante o enterro de Walter Ma-riottini, que foi prefeito por duasvezes em Barra do Piraí, que ocriminoso seria transferido para oRio ou Niterói. Ontem, porém, aoverem que o ânimo da populaçãohavia esfriado e estando montadoum esquema de segurança eficten-te, resolveram não mais transferirÊnio,que aguardaria preso seu jui-gamento naquela cidade.

Rosane do Nascimento, de 17 anos, eRosângela Queiroz Schinneider. de 27 anos,foram vítimas de assalto em ônibus, ontem.Mas enquanto Rosane saltou e correu atrásdo ladrão, pediu ajuda de soldados da PM. econseguiu vê-lo preso e sua bolsa devolvi-da, Rosângela, ao contrário, desmaiou de-pois de violenta crise nervosa.

AS HISTÓRIASRecepcionista de uma firma de engenha-

ria, Rosane do Nascimento, no final danoite de ontem, viajava no ônibus da Linha410. quando teve sua carteira roubada porum homem forte e mal encarado. Ela pediupara o motorista fechar as portas do coleti-vo e rumar para a delegacia, porém, ele fezO contrário e o bandido escapou.

Revoltada, Rosane desceu e passou aperseguir o bandido pela Rua do Lavradio.A certa altura encontrou os soldados PMsJorge e Pires, do 19" Batalhão da PolíciaMilitar que acompanharam Rosane na per-seguição. conseguindo agarrá-lo mais afrente.

Na 5*' Delegacia Policial o inspetor Batis-ta identificou O ladrão como Roberto dasNeves Padovani, 52 anos, Rua Armando deAlbuquerque. 45, fundos, Vila Isabel. Ele

contou que achou a carteira no ônibus eresolveu levá-la para casa, mas que depoisa devolveria a sua dona, história que nãoconvenceu o policial.

Em seu depoimento prestado em cartórioRoberto contou que esteve preso 23 anos naIlha Grande, condenado que foi por assaltoa mão armada, tráfico de entorpecente ehomicídio. Disse que saiu há 3 meses e queestá em liberdade condicional e que preten-dia se regenerar. Entretanto, como nãoencontrou emprego voltou ao crime.

Dois homens pardos, armados de revolve-res assaltaram ontem de manhã, os passa-neiras do ônibus XN-0109. que faz a linha217 - Andaraí-Largo São Francisco, dirigidopor Joáo Alexandre da Silva, de 43 anos,quando o coletivo trafegava pela AvenidaPresidente Vargas, altura do Hospital SãoFrancisco de Assis.

Rosângela Queiroz Schinneider, de 11anos, que está grávida de 3 meses assim queos ladrões desceram do ônibus, fugindo,começou a passar mal, desmaiando depoisde violenta crise nervosa. Socorrida pelomotorista Joáo Alexandre, ela foi levada aoHospital Souza Aguiar, onde foi medicada.Os outros passageiros não quiseram regis-trar queixa.

Federais prendemtraficantes de tóxico

Entre os presos um turista francêsA Polícia Federal tirou de circulação

vários traficantes de tóxicos, todos presosseparadamente, em flagrante, em diversospontos da cidade. Eles foram levados para asede da Superintendência Regional do ór-gão na Praça Mauá, e entre eles ha umturista francês, casado com uma psicólogabrasileira.

O traficante Luís Otávio Lopes de Britofoi preso ao volante da Kombi ZX 2392, naesquina da.s Ruas São Francisco Xavier eIsidro Figueiredo, na Tijuca. Com ele. fo-ram apreendidos 6 papelotes de cocaína. NaRua Arabori. 475. em Rocha Miranda, osfederais prenderam Paulo César da Silva,que tinha consigo 28 trouxinhas de maço-nha. ,

Em outra incursão, os agentes foram aoapartamento 402, do prédio 3.780, da RuaAlmirante Alexandrino, no Rio Comprido,onde encontraram um quilo de maconha,que estava em poder de Horokosky Barro-zo Interrogado, ele denunciou seus forne-cedores e os policiais se dirigiram ao apar-tamento 506, da Avenida Ataulfo de Paiva,no I eblon, onde detiveram o turista francêsJean Charles Gandilhon e sua mulher a

psicóloga brasileira Lara Loffler Gandilhon.Na residência do casal foram encontradoscerca de dois quilos de maconha. Jeansegundo a mulher, é por ela sustentada,apesar de ele ter-se responsabilizado pelotóxico e ter nos bolsos US$ 250.

Prosseguindo na ação antidroga, os agen-tes federais prenderam na esquina das RuasViveiros de Castro e Belfort Roxo, no Lidoos traficantes Gilberto Espinola Veiga, vul-

go Banha, e seu comparsa. Marcus Viníciusda Veiga, o Magror A dupla portava, naocasião, três papelotes de cocaína e 100gramas de maconha. Durante o interroga-tório Magro tentou enganar os policiais,quanto a seu endereço. Ontem, os agentesdescobriram que ele mora na Rua Ronaldde Carvalho, 226, apartamento 201. localonde foram apreendidos mais 200 gramasde maconha e farto material para confec-ção de entorpecentes. Na presença de umadvogado. Magro procurou por todos osmeios fazer a Polícia transformar o flagran-te de tráfico no de vício, o que lhe danadireito ao pagamento de fiança, com sualiberação.

Em Nova Iguaçu, os agentes do DPFderam uma busca na casa 651. da RuaNestor. no Bairro Santo Elias, e ali encon-traram 10 quilos de maconha. Foram presosno local Rogério Ferreira Melo de Oliveira,seu irmão Bernardino Martins de Oliveira ea mulher deste. Joselita Gonçalves de Oli-veira-. Com Rogério, que possui extensafolha penal, foram apreendidos CrS 670 mil.produto da venda de tóxicos.

Na última investida, os federais prende-ram Eduardo César Cunha Barbosa Leite eseu primo, Carlos Afonso Cunha Ávila. Osdois estavam no apartamento 1004. da RuaSilva Castro. 22. em Copacabana, ondehavia 900 gramas de maconha e 16 pés daerva. plantados numa lata de banha. Eduar-do o dono do apartamento, foi autuadocomo traficante e Carlos Afonso, conside-rado viciado, pagou fiança e foi libertado.

10 ULTIMA HORA CIDADE/ADMINISTRACÁO Rio de Janeiro, sexta-feira, 8 de julho de 1983

As praças ao abandonoNa Zona Sul, lixo, mendigos e brinquedos quebrados.

MILITARES

Gal. Heitor de Almeida deixa oI Exército. Vai para o STM.

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Brinquedos quebrados, bancos em mauestado de conservação, assaltos, mendigose cachorros à solta. Este é o quadro dasprincipais praças da Zona Sul, o únicoespaço que crianças e adultos têm aindapara respirar um pouco de ar puro e desfru-tar de alguma tranqüilidade entre o asfaltoe o cimento dos edifícios.

À primeira vista, a aparência das praças ésatisfatória. Limpeza não é seu principalproblema: geralmente estão varridas, ouquando muito com folhas caídas das árvo-res. Quem as freqüenta, diariamente, po-rém, tem outra impressão. Como Suzane

- Quando cheguei aqui, há quatro anos,era bem limpa. Hoje, há mendigos e cachor-ros. Os garis enterram a sujeira dos cachor-ros em vez de tirá-la e as crianças, aobrincar com a areia, sujam as mãos. Passeia ir à Praça Garota de Ipanema, que é

•fechada e onde não há perigo de bicicletas,diz ela.

Uma cabine da PM dá mais segurançaaos freqüentadores da .Praça General Osó-rio, onde aposentados jogam cartas e lam*be-lambes procuram fregueses para suasfotos. Passeando com seu cocker-spanielTony, Maria Helena de Castro não gostou

Nunes, que brincava com os três filhos e a de saber que algumas pessoas reclamam

0 general Heitor de Almeida deixa vago oComando do I Exército, dia 5, para assumircomo ministro do Superior Tribunal Militar

Para assumir o cargo de ministro do dos da Policia Militar e do Corpo deSuperior Tribunal Militar, o general Bombeiros do Rio e, em seguida, apre-Heitor Luiz Gomes de Almeida deixaráo cargo de comandante do I Exército,dia 5 de agosto. Ontem, à tarde, ogeneral Heitor A Imeida recebeu juizesauditores, promotores e advogados deofício das Auditorias da Justiça Mili-tar que foram felicitá-lo pela promoção.

Nos próximos dias 12 e 14, o coman-dante do I Exército visitará os coman-

sentará suas despedidas aos comandantes do 1'-' Distrito Naval e da lçBrigada de Infantaria.

, Apesar de ainda não estar confirma-do, é quase certa a nomeação do gene-ral Heraldo Tavares Alves, do Depar-tamento de Ensino e Pesquisa do Exér-cito, para substituir o general Heitor deAlmeida no comando do I Exército.

avó Laura ontem, na Praça Antero deQuental, no Leblon, onde os balanços doplay-ground estão quebrados e faltam pe-daços nos bancos.

- Uma praça tão bonita merecia ser maisbem tratada. Nâo temos o que reclamarquanto à limpeza, mas o resto está numestado lastimável.

Em muitas praças, como a Nossa Senho-ra da Paz, falta grama em grandes exten-soes dos canteiros. Mas há dois problemasque são comuns a quase todas as praças: osmendigos e os ladrões. Judite Maria daSilva, que costuma levar seu bebê na NossaSenhora da Paz, diz que já viu mulheresarrancarem a bolsa de uma senhora. Umaamiga de Lídia Izard, outra freqüentadorada praça, teve o seu relógio levado porladrões, à luz do dia.

Os mendigos tomam banho no lago "e atémantêm relações sexuais à noitinha, em'cima dos canteiros", diz Lídia. Mendigossão o principal problema da Praça GeneralOsório, também em Ipanema. Ontem, um

dos cachorros: para ela, proibi-los nas pra-ças está certo, "desde que se cuide tambémde outros aspectos da higiene. Não fazsentido proibir cachorros e,deixar os men-digos ou a feira hippie. Deve-se reservarentão uma área para a gente poder trazeros cachorros, separada das demais.

Na Praça Cardeal Arcoverde, em Copaca-bana, os brinquedos do playground e osbancos estão quebrados e um monte de lixohavia sido ajuntado ali há vários dias.Segundo Fátima Fontes, uma freqüentado-ra, "os bancos vivem ocupados por mendi-gos deitados e os cachorros das madamessujam tudo. Até há poucos dias, haviamalandros e meninos cheirando cola, mas aPolícia tirou, depois que um programa derádio denunciou". A iluminação, que estavadefeituosa, foi consertada também ontem.

A situação da Praça São Salvador, naGlória, é idêntica à das outras praças daZona Sul: aparentemente, tudo normal. Ochão está limpo e os brinquedos em bomestado. Mas, segundo Ana Maria TeixeiraQuintanova, tudo acaba após as 18 horas

grupo de cinco havia se instalado sobre um quando começam a aparecer mendigos ecanteiro, perto da esquinadasRuasTeixeirade Melo e Prudente de Morais, onde costu-mam cozinhar e comer, entre caixotes,latas e caixas de papelão. Para a japonesaThwyen Hermann, que passeava com seubebê, a praça já foi melhor:

marginais, impedindo os freqüentadoreshabituais de aparecer. Às sextas-feiras, apraça fica impraticável, porque a sujeiradeixada pela feira da parte da manhã "édemais e tem um cheiro horrível". A praçaprecisaria de policiamento, segundo ela.

MARINHADefensora - A fim de representar o Brasil

na Venezuela, Martinica e em Curaçao erealizar exercícios de adestramento, deixaamanhã o porto do Rio a fragata "Defenso-ra", sob o comando do capitão-de-mar-e-guerra Augusto César da SilveiraCarvalhedo.

Hipertensão e Diabetes - Após o sucessoda campanha de prevenção e controle dahipertensão arterial,.a Marinha já estáprogramando a campanha de prevenção econtrole do diabetes. Ambas são de âmbitonacional e visam a colocação de profiláticasadequadas para o seu pessoal militar, civil efamiliares.

Fotografias - Estão abertas no Serviço deRelações Públicas da Marinha as inscriçõespara o V Concurso de Fotografias da "Ma-rinha do Brasil". Tem como finalidade oconcurso retratar fatos da vida no mar edespertar nos fotógrafos amadores o inte-resse pelo seu aprimoramento artístico ecultural.

Tenentes em festas - O Corpo AuxiliarFeminino da Reserva da Marinha está co-memorando seu 3V aniversário de criação.Hoje, às 20 hs, no Clube Naval, será areunião de confraternização, com a presen-ça do ministro Maximiano da Fonseca edemais autoridades navais. Ontem, àsHh30m, foi celebrada missa em ação degraças, no Mosteiro de São Bento.

EXÉRCITO

Odontologia - Objetivando a troca deexperiências na prática odontológica, asForças Armadas realizarão, de 16 a 21 docorrente, o IV Congresso Brasileiro deOdontologia das Forças Armadas, no audi-tório da Universidade do Estado do Rio deJaneiro, UER.I. Durante o Congresso have-rá exposição permanente de material foto-gráfico sobre Ação, do Serviço Odontológi-co do Exército na Amazônia, Ação daMarinha de Guerra junto às populaçõesribeirinhas da Região Amazônica e especu-lação técnica sobre avanços bucomáxilo-facial.

Campeonato - Foi encerrado ontem, emPorto Alegre, o X Campeonato Brasileiro deOrientação das Forças Armadas, realizadono 3" Regimento de Cavalaria de Guarda. Ocampeonato que foi coordenado pela Co-missão Desportiva Militar do Brasil, órgãodo Estado Maior das Forças Armadas, con-tou com a participação de 10 atletas esco-lhidos nas três Armas," mas teve comovencedor a representação do Exército que

participará do XVII Campeonato MundialMilitar de Orientação, a ser realizado de 26de setembro a 3 de outubro, em Curitiba.

AERONÁUTICA

Novos sargentos - O ministro Délio Jar-dim de Mattos presidirá hoje, em Guaratin-guetá, em São Paulo, a solenidade de for-matura dos novos sargentos da Escola deEspecialista da Aeronáutica, composta de312 formandos. Na turma, que recebeu onome do dr. Francisco de Paula RodriguesAlves, estão incluídos seis estagiários daForça Aérea Boliviana, uma da Força AéreaChilena e três da Força Aérea Panamenha.O primeiro colocado da turma foi o sargen-to Josafá de Souza Santos.

,.Novo hotel - A diretoria do Clube deAeronáutica do Rio informa que será inau-gurado no próximo dia 20, às 17 horas, onovo hotel de trânsito e demais dependên-cias sociais do Clube de Aeronáutica, naPraça Marechal Âncora, n" 15.

Responsabilidade civil - O Instituto Tec-nológico de Aeronáutica realizará segundae terça-feira, em São Paulo, o 1" Semináriosobre a Responsabilidade Civil do Fabrican-te. As inscrições poderão ser solicitadas àBiblioteca Central do ITA (Centro TécnicoAeroespacial), em São José dos Campos, epelo telefone (0123) 22-9088. ramais 180 e181.

Pavimentação - O Ministério da Aero-náutica e o Governo de Santa Catarinaassinaram termo de aditamento ao convê-nio entre a União e o Estado para ostrabalhos de pavimentação da pista e dopátio de estacionamento do Aeroporto deConcórdia, no Oeste catarinense. O docu-mento foi assinado pelo chefe do 5'-' Coman-do Aéreo Regional, major brigadeiro-do-arThales de Almeida Cruz, e pelo governadorem exercício de Santa Catarina, VictorFontana. A União vai investir Cr$ 36,959milhões nas obras.

Na Praça Cardeal Arcoverde, em Copacabana, ascrianças são obrigadas a conviver com o lixo e com o

estado de abandono dos canteiros e brinquedos.

Turma feminina - Em solenidade presidi-da pelo ministro Délio Jardim de Mattos, foirealizada ontem, no Centro de Instrução deGraduado da Aeronáutica, em Belo Hori-zonte, a formatura de 145 integrantes doquadro feminino de gradudos da FAB, quevão servir em unidades de todo o Brasil.Além do ministro da Aeronáutica, que foi oparaninfo da turma, participaram da festa ogovernador de Minas, Taneredo Neves, ovice-governador e prefeito de Belo Horizon-te, Hélio Garcia e o comandante do Cigar,coronel-aviador Guilherme SarmentoSperry.

CASERNACalendário de pagamen-

to para 1983 da pagadoriade inativos e pensionistasda Aeronáutica: julho (26),Agosto (26), Setembro (26),Outubro (25), Novembro(25) e dezembro dia 16.

A oficialidade do Tercei-ro Comando Aéreo Regio-nal prestará homenagem,hoje, ao seu comandante,major-brigadeiro-do-ar Jor-ge José de Carvalho, quefaz aniversário.

Será hoje, às 10 horas, asolenidade de juramento àBandeira dos novos solda-dos da l* turma de 1983, daBase Aérea de Santa Cruz.

¦ Atendendo a projetos co-munitários do plano de co-municação social do Minis-tério da Aeronáutica, via-jou para Mimoso, no Espíri-to Santo, a banda de músi-ca de apoio dos Afonsosque se apresentará naquelacidade.

¦ Completou seu 11" ani-versário o contratorpedeiro"Maranhão", que foi incor-porado à Marinha em 1972.O "Maranhão" desloca3.000 toneladas, sendo ca-paz de desenvolver até 35nós de velocidade e seu ar-mamento é constituído porcanhões, bombas de pro-fundidade, torpedos e rada*

res de superfície, aéreo e dedireção de tiro.

¦ Em cerimônia presididapelo Diretor geral do Pes-soai da Marinha, almirante-de-esquadra Alfredo Ka-ram, será realizada hoje, ás10 horas, a solenidade deformatura de 418 novossargentos da Marinha, inte-grantes da turma de 83,cujo patrono é o almiranteAdalberto Nunes. A soleni-dade será no Núcleo doCentro de Instrução AImi-rante Cunha Moreira, naAv. Brasil, 10.946, na Pe-nha.

Lindolfo Machado

Mutirão limpaescola emGuadalupe

A falta de serventes naEscola Municipal ErnaniCardoso,noConjunto Habi-tacional de Guadalupe -apenas um em cada turno -,fez com que os 450 alunosse reunissem para o muti-rão da limpeza, e, munidosde vassouras, baldes, esco-vas, sabão em pó, detergen-te e água sanitária, a maio-ria trazida de casa, limpa-ram toda a escola durante amanhã de ontem. Cansadosdo trabalho, os alunos al-moçaram arroz, feijão e fí-gado ensopado.

A idéia de "tirar o grossoda sujeira" da escola, atra-vés de mutirão, foi coloca-da em prática com a cola-boração dos pais, professo-res e dos próprios alunos,com o objetivo de conser-var a escola, "já que não háverbas para obras".

Cirlei Gomes, 14 anos,aluYia da 7" série, acha queas escolas que não possuemfuncionários para este tipode trabalho deveriam ade-rir ao mutirão, porque "otrabalho vai mais rápido enão se gasta dinheiro". Jo-nas Soares da Silva, tam-bém aluno da T série, disseque cada turma ficará res-ponsável pela limpeza econservação de uma sala eque em caso de estragostoda a turma será respon-sabilizada.

- Em comparação comoutras escolas da rede mu-nicipal, a Ernani Cardosonão está tão ruim, mas nâoé por isso que vamos larga-Ia de mão. Temos que zelarpor ela e a maneira maissimples e que não dependede verbas da SecretariaMunicipal de Educação élimpá-la fazendo mutirão.Estamos muito animados ea direção da escola tem nosdado todo o apoio necessá-rio. Os cartazes pregadosno pátio foram feitos pornós mesmos e pretendemoslevar este trabalho à frente.O próximo mutirão será pa-ra a pintura de toda aescola, disse Jonas.

As nove salas de aula, abiblioteca, o refeitório, acozinha, a secretaria, o ga-binete da diretora, os ba-nheiros e a sala dos profes-sores foram limpos, na par-te da manhã, pelos alunos.As aulas do primeiro turnoforam suspensas, mas à tar-de houve aula normal.

COOPERATIVA MISTA DE TRABALHO DOSMOTORISTAS DE TAXI CONVENCIONAIS

DO RIO DE JANEIRO LTDA."COOPERTRACON"(Em Constituição)

EDITAL DE CONVOCAÇÃOOs abaixo-assinados/todos membros da COMISSÃO DE REPRE-

SENTANTES DOS MOTORISTAS DE TÁXI, eleita na AssembléiaGeral da Classe realizada noMaracanãzinho no dia 18 de junho de 1983,vem ceinvocar iodos os motoristas de táxi que trabalham para empresasde táxi no Rio de Janeiro, a se reunirem no dia 20 de julho de 1983, às09:00 horas, no Maracanãzinho para que, nos termos da Lei Federa] n"5.764/71 e demais disposições complementares do Conselho Nacionalde Cooperativismo - CNC e havendo "quorum" legal, deliberarem sobreaseguinteORDEM DO DIA:1. Discussão e deliberação sobre a constituição da Cooperativa

Mista de Trabalho dos Motoristas de Táxi Convencionais do Riode Janeiro Ltda. - COOPERTRACON

2. Discussão e deliberação dos Estatutos Sociais;3. Eleição e posse dos membros do Conselho de Administração e

Conselho Fiscal:4. Assuntos Gerais. , . ,, , ,„„.,Rio de Janeiro. 01 de julho de 1983Pela Comissão Organizadora:1) Carlos RobertoF. Gomes *¦) LeslieR. da Silva2) João P. Framinio *-0 Mauro P. Belém3)Je)ãoC.CruzOrtz 6) Edison Senra

MONGERALsjsijfyma

COLUNADO SERVIDOR

INSTITUTO DE PREVIDÊNCIADO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CONCORRÊNCIA N« 01 /83

1) Objeto-Fornecimento de Refeições.2) Data-22de|ulhode 1983. às 14:00 horas.3) Lo. -il - Av. Presidente Vargas, 670 -13» andar.4) Valor Estimado - Cr$ 93.280.000,00 (noventa e três milhões, duzentoseoiten'jmil cruzeiros).5* .nfurmações - Edital e demais condições, no endereço acima.

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Tribunal definea incorporação

Concluímos a transcrição do voto do conselheiroReynaldo Santana, acolhido por unanimidade pelo Tribu-nal de Contas do Estado, que reguraliza o procedimento aser adotado pela Secretaria de Administração em casos deincorporação de gratificações e outras vantagens aosproventos atualizados pela paridade:"Adicional de permanência - Data vênia, não seharmoniza com o nosso entendimento o da Secretaria deAdministração. Nada autoriza invocar a decisão do Tribu-nal de Contas no processo TC n» 105759/79, com afinalidade pretendida. Aquela decisão reconheceu apenaso direito dos funcionários que já haviam satisfeito ascondições necessárias à aposentadoria voluntária, na datado Decreto-Lei 231/75, que revogou o adicional de perma-nência, de não serem por este atingidos, isto é, enquantopermanecessem em atividade ser-lhes-ia atribuído, a cadaano, o percentual de 5% correspondente ao adicional.

Essa vantagem financeira não é mais concedida aoservidor do Quadro I. Daí entendermos não possa sercalculada sobre a nova referência em que for posicionadoo inativo. Deverá ser mantida como direito pessoal, sobreela incidindo os aumentos gerais.

Prêmio de produtividade - Trata-se de benefícioatribuído ao Grupo Fisco após a vedação constitucionalda participação dos servidores públicos no produto daarrecadação de tributos e multas. (Emenda Constitucionalnv 1/69, art. 196, alterada pela Emenda Constitucional rí>ini)

Ressalvada no art. 4» da Lei n'J 579/82, da mesmaforma que a gratificação adicional por tempo de serviço,outra naoé a intenção do legislador senão a de atualizar ocálculo do prêmio de produtividade, na forma atribuídaaos funcionários em atividade, critério esse adotado comreferência ao adicional pela resolução nv 830/Sad. Deve,portanto, ser calculado levando-se em conta o valor atualdo ponto, na aplicação da Lei n'579/82.

Incorporação de chefia (art. 5« da Lei rí' 579/82) - Nãoobstante as restrições que fazemos à redação do citadoartigo no que diz respeito à técnica legislativa, em face doque dispõem o art. 4'; e parágrafo único - como jácomentamos anteriormente -, entendemos deva a parcelareferente às vantagens financeiras de cargos ou funçõesde confiança ser calculada com base nos valores atuaisatribuídos aos cargos em comissão integrantes dos gruposDireção e Assessoramento Superiores - DAS ou Direção eAssistência Intermediárias - DAI, conservando:se o mes-mo percentual considerado na fixação de proventos eobservando-se a correspondência. Os cargos em comissãoe funções gratificadas existentes no quadro do pessoal dosantigos Estados, antes da fusão, foram transformados emDAS e DAI, cargos integrantes do Quadro I, no atualEstado do Rio de Janeiro. As vantagens financeirasdecorrentes de seu exercício são incorporáveis pelosfuncionáriosdoQuadroKLein'530/82).

Gratificação de insalubridade - Refere-se a vantagemconcedida aos servidores ativos, enquadrados no Plano deCargos e Vencimentos, pertencentes às categorias funcio-nais mencionadas nos decretos nv 4.147, de 1-6-81, n04.187,de 15-6-81, e na Lei rí! 581, de 20-10-82 - gratificação defunção - adicionais de insalubridade e periculosidade.

Constitui vantagem financeira atribuída a servidoresdo Quadro I. Dessa forma, os inativos destinatários de taisbenefícios, cujos proventos de aposentadoria já os englo-be, continuarão a receber as referidas parcelas, calculadassobre a nova referência em que forem posicionados,mantendo-se, no cálculo, os percentuais que lhes forematribuídos na aposentadoria.

Regime de tempo integrai - Trata-se de benefícioconcedido a algumas categorias funcionais, na forma dasLeis nç 589, de 25-10-82 e n° 610, de 29-11-82. Portanto, ébenefício existente para servidores do Quadro I.

O inativo cuja fixação de proventos inclua essavantagem não poderá tê-la agora suprimida.

Deverá ser calculada sobre a nova referência em quefor posicionado o inativo, conservando-se os mesmospercentuais considerados na fixação de proventos e inci-dindo sobre as parcelas por ela anteriormente afetadas.

CONCLUSÃO .Este o nosso entendimento sobre a aplicação da Lei n'

579/82, pois que ela tem por finalidade conceder aosinativos as vantagens financeiras atribuídas aos servido-res em atividade, classificados no Quadro I, conforme oPlano de Cargos e Vencimentos do Pessoal Ativo do PoderExecutivo.

Reportamo-nos novamente ao pensamento da doutacomissão instituída pela resolução ng 828/Sad, merecedo-ra de nosso aplauso na sua afirmativa de que "todo

pessoal aposentado do Estado do Rio de Janeiro faz jus aum reexame de sua passada vida funcional, para umeu idadoso cotejo com o que se fez com os correspondentescolegas ocupantes de categorias e classes que compõem ossubgrupos profissionais do Plano de Cargos e Vencimen-tos do Estado, instituído pelos Decretos-Leis n* 408 e 415,de fevereiro de 1979."

EM TEMPOOs dirigentes das principais entidades da classe poli-

ciai - à exceção da Adepol -vão reunir-se hoje, às lOh, nasede do Círculo Policial Brasileiro, na Rua Sete de Setem-bro, 141, 1" andar, para discutir o novo Plano de Classifi-cação de Cargos. Eles querem que o governador LeonelBrizola transforme em projeto-lei a indicação legislativaapresentada pelo deputado Fernando Bandeira, no mêspassado. • Ontem, os oficiais de fazenda reuniram-se naFederação das Associações dos Servidores Públicos doEstado do Rio de Janeiro (Rua Senhor dos Passos, 241, l9andar). A assembléia foi convocada pelo presidente daAssociação dos Oficiais de Fazenda, João Garcez deMendonça, para debater o reexames do enquadramentoda categoria no Plano de Cargos e Vencimentos. •Agradecemos ao secretário estadual de Administração,prof. Bayard Demaria Boiteux, ao presidente do ClubMunicipal, Raul Lopes, e ao chefe da agência da ASCB emNiterói, João Augusto Leitão, os cumprimentos pelo IO9aniversário desta coluna. A modéstia nos impede dereproduzir os termos elogiosos com que eles se referiramao nosso trabalho.

PAGAMENTOS - O Banerj credita os vencimentos doMunicípio -grupo 05; Estado -grupo 01; Iperj (pensão) -

grupo 04; Alerj - grupos 01, 11 e pensão alimentícia;Natron; Corpo de Bombeiros, PMERJ, Detran, DER,laserj, Iperj (ativos) - grupo 01; tribunais da Alçada,Contas e Justiça -grupo 01.

Correspondência: Mário MellcRua Equador. 702

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Rio de Janeiro, sexta-feira, 8 de julho de 1983 ESPORTES ULTIMA HORA 11

-TURFEELOAH E CALCULADORA

VÉM CREDENCIADASDO TURFE BANDEIRANTE

O empate já é bom nGrêmio finalista da Libertadores se vencer o Estudiantes\*J ¦*¦ V/iAJ-XV-r Alliwwv" _ derrotar o Estudiantes tra na defesa, ao lado do uruguaio De Leon

Eloah e Calculadora são os principais nomes dalista de estreantes deste fim de semana na GáveaEstão inscritas no Grande Prêmio Onze de Julho evêm preparadas de Cidade Jardim, onde são vitorio-

Eloah, uma defensora dos Haras São José eExoedictus, de quatro anos, é filha de Milentum em

Norah e deve chegar hoje de São Paulo. Traz duasvitórias do prado de Pinheiros, em poucas apresenta-cões, a primeira na grama leve e a outra, recente-mente, na areia encharcada quando registrou o

ótimo tempo de 99s4/5 nos 1.600 metros. Está em

fase de evolução e é tida em boa conta, porém vai

enfrentar adversárias da melhor esfera da ala femtni-na que atua na Gávea.

Calculadora, por sua vez, descende de Henry LeBalafré em Yokina e, também, ganhou duas corridasem Cidade Jardim, uma na areia encharcada e a

outra na milha da grama, percorrida em 96s3/5.Depois desta vitória, atuou duas vezes entre as

melhores éguas do turfe bandeirante, entrando sem-

pre no placar e vai estrear na Gávea cercada de

esperanças, devendo, assim, ser encarada com oti-

mismo.AMANHA

Belle Etoile, uma filha de St Chad, aparece naeliminatória de potrancas. Vem preparada do Valedas Estrelas, em Pedro do Rio, segundo soubemos,bem exercitada, e vai enfrentar adversárias queainda não mostraram qualidades nas pistas. Destaforma, pode vencer sem causar surpresa

First Boy e Velado estão no páreo de potros. O

primeiro, esteve inscrito outro dia fazendo forfait,

pois está a espera de uma pista de grama. E um filhode Falkland, portador de bons trabalhos, mas toi

poupado esta semana nos 1.400 em 96s. Está prontopara uma boa atuação e não vai levar muito tempoentre os perdedores. Velado, outro que já esteveinscrito, desertando', é filho de Free Hand. Correuuma vez em Campos, no final do ano passado, nada

produzindo e, na Gávea, possui trabalhos regulares,o último nos 1.400 em 94s. No momento, o compa-nheiro Vivaldino está mais adiantado.

Keep Blooming, de cinco anos, filho de Trateg-

gio, vem preparado de Cidade Jardim, onde naoconseguiu vencer, tendo obtido três colocações nas11 vezes em que foi apresentado a correr. Pelo visto,é um corredor fraco e vai enfrentar ganhadores noturfe carioca. Todavia, como tem raça, pode cumpriruma boa atuação.

Cristal Lake e So Far Away estão juntas na

prova de leilão de potrancas. Cristal Lake descendede Depressa e vem preparada do centro de treina-mento de Nova Friburgo, trazendo trabalhos anima-dores. Muito ligeira, pode largar na frente e dar umacanseira nas adversárias. So Far Away, filha do Odyr,correu duas vezes em Campos, vencendo na estréia efalhando na apresentação seguinte. Na Gávea háalgum tempo, tem trabalhos regulares, o último no

quilômetro em 68s. Vai aguardar melhor oportunida-de.

Cesto encerra a lista de estreantes da reunião.Trata-se de um filho de Sobressalto, de seis anos, quevem preparado de Campos, onde venceu algumascarreiras Antes, atuava em Porto Alegre com algumsucesso, pois venceu três provas no prado de Cristale obteve algumas colocações. Como se vê, possuicredenciais para dominar a turma que vai enfrentar,por sinal uma das últimas da Gávea.

DOMINGOCastrell, de cinco anos, aparece no páreo inicial.

É filho de Golden Swan e vem preparado de CidadeJardim, trazendo bagagem regular, pois, em 41apresentações, venceu uma carreira e obteve 17colocações. Suas últimas atuações em Cidade Jar-dim, no entanto, são fracas e, assim, não anima ofreguês.

Az Porteno e Ewald-André, outros corredores decinco anos, estão juntos na mesma prova. Az Porte-no, filho de Azapaz, correu 27 vezes em PortoAlegre, vencendo uma carreira e obtendo 13 coloca-

ções. Como se vê, um corredor fraco. Além disso,está na Gávea há pouco tempo, onde trabalhou nos1 200 em 81s, sem animar, mostrando que ainda naoestá bem aclimatado. Pouco deverá pretender.Ewald-André, filho de Lembrado, é outro que vem

preparado de Cidade Jardim. Esteve em Porto Ale-

gre, onde ganhou três provas e, voltando ao turfebandeirante, venceu em novembro do ano passado,mas foi desclassificado por dopping. Suas últimasatuações em Cidade Jardim são fracas, dai naoacreditarmos em suas possibilidades.

Hinos, Hibal, Olimpicus e Obulo estreiam naeliminatória de potros. Os dois primeiros são treina-dos por Lionel Coelho, sendo que Hibal, um filho deJucá está bem preparado, com vários trabalhos, osúltimo nos 1.200, agradando. Vai correr muito, po-dendo mesmo vencer neste primeiro contato que fazcom as pistas e leva o reforço de Hinos, um filho deBarbi, também portador de exercícios satisfatórios,tendo 79s nos 1.200, esta semana, com ação desen-volta.

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LA PLATA - Se derrotar o Estudianteshoje, às 21hl5m, o Grêmio será finalista daTac.a Libertadores, como vencedor do Gru-po B da semifinal da competição, indepen-dente do último jogo da chave, dia 15, emCáli, entre América e Estudiantes. O empa-te também será um bom resultado para otime brasileiro, mas a derrota praticamenterepresentará sua eliminação, pois seu saldode gols é mínimo.

O Grêmio passou a liderar o Grupo Bapós a vitória de quarta-feira, no Olímpico,sobre o América de Cáli, por 2 x 1. OGrêmio, agora, tem 4 pontos ganhos emtrês jogos. O Estudiantes disputou duaspartidas: perdeu para o Grêmio, por 2 x 1,em P. Alegre, e derrotou o América, por 2 x0 em casa. Se vencer hoje, vai se juntar aoGrêmio na liderança e jogará pelo empatecom o América, em Cáli, na semana quevem.

Para o jogo decisivo na Argentina, oGrêmio não terá o zagueiro Baideque, quesofreu afundamento do malar. Leandro en-

tra na defesa, ao lado do uruguaio De Leon.Tarciso está mantido na ponta esquerda.Existe certa preocupação no clube pelobaixo rendimento de Titã nos últimos jo-gos, mas sua queda foi atribuída aos proble-mas de contusões que o atacante enfrentourecentemente.

Outro assunto muito comentado noOlímpico foi o provável adversário do Grê-mio na final da Libertadores, caso termineem primeiro no Grupo B. A situação daoutra chave também está indefinninida. OPeiiarol é o líder, com 3 pontos, seguidopelo Nacional (Uruguai), com 2 e o SanCristobal (Venezuela), com 1. Faltam osjogos Nacional x San Cristobal e Nacionalx Peiiarol, em Montevidéu.

TIMESGrêmio - Mazaropi; Paulo Roberto,

Leandro, De Leon e Casemiro; China, Os-valdo e Titã; Renato, Caio e Tarciso.

Estudiantes - Bertero; Camiiio, Brown,Aguero e Gugnali; Russo, Sabella e Trobia-ni; Ponce. Trama e Guerrieri.

VViM/am.que se esforça paratentar a mcepçáo aprovou /nte/ramente

o p/so para o Grande Desafio

Piso para desafiodo vôlei é aprovado

Teste foi ontem no estádio Célio de Barros

Palmeiras pode terMauricinho ainda hojeComercial pede CrS 100 milhões pelo ponta

_ . . .„ .r.„ ...r,L=.. „;,. ^o r"rt 110 milhr

Os jogadores titulares da Seleção Brasi-leira de Vôlei que no dia 19 enfrentarão aUnião Soviética, no Maracanã, no jogodenominado como o Grande Desafio, esti-veram ontem â tarde no estádio Célio deBarros, anexo do Maracanã, e aprovaram opiso no qual'será disputada a partida. Elesconsideraram como boa a sua qualidade esouberam ainda que o mesmo será reverti-do por uma borracha especial que tem afacilidade de secar rápido.

O módulo será armado atrás de um dosgols do Maracanã e terá revestimento esuporte para a rede. Os jogadores, queestiveram no Célio de Barros, ensaiaramalgumas jogadas e Bernard achou o pisoexcelente;

- Deu para sentir muita estabilidade eisso é o que é mais importante, pois garantea firmeza das jogadas. Além disso, soubeque haverá uma proteção de borracha oque nos deixará ainda mais à vontade.

Os promotores do jogo calculam quecerca de 100 mil pessoas deverão ir aoMaracanã no próximo dia 19, não apenasporque o acontecimento tem sido veiculadonos principais órgãos de informação, maspelo fato do vôlei já poder se enquadrarcomo o segundo esporte de preferência docarioca. Enquanto isso, os jogadores conti-nuarão treinando na Escola de EducaçãoFísica do Exército, na Urca, a fim de semanterem em forma. Os soviéticos têmchegada confirmada para o dia 17.

Os clubes não serãopunidos, diz Valed.

Usaram sangue e democracia nas camisas

SÃO PAULO - O Palmeiras está bem pertode uma definição sobre a compra de Mauri-cinho. Finalmente, ontem, o diretor de fute-boi do clube, Hugo Palaia, teve um encon-tro com o presidente do Comercial deRibeirão Preto, José Fernando Athaide, afim de dicutir a transferência do ponta-direita. Os dois dirigentes almoçaram numrestaurante italiano dó bairro de Pinheirose saíram dispostos a chegar hoje a umacordo rapidamente.

Apesar das boas perspectivas deixadaspelos dois dirigentes, ainda há muitos deta-lhes a serem discutidos, que podem prejudi-car a negociação. O Comercial precisa dedinheiro para equilibrar suas contas e dejogadores para reforçar o time. Por isso,aceita inclusive vender Mauricinho por CrS

100 milhões (e não mais os CrS 130 milhõesexigidos anteriormente). Está disposto tam-bém a concordar com a inclusão de outrosjogadores como parte de pagamento, comoLuís Sérgio, Carlos (que já estão em Ribei-rão), Marquinhos e Ari, que está empresta-do ao Palmeiras, mas pertence ao Saocar-lense. Mesmo assim, exige que pelo menosCrS 50 milhões sejam pagos à vista.

A intenção do Palmeiras é de incluiralguns jogadores na negociação para aba-ter dos Cr$ 100 milhões. No entanto, nãoquer pagar CrS 50 milhões à vista e simparcelados, pois também passa por proble-mas financeiros, como fica claro no fato deque até agora não ter dado ao Vila Nova osCrS 10 milhões referentes a segunda parcela(já vencida) do passe do meio-campo Faus-to.

Na opinião do jurista Valed Perry, nao hámotivos para punição contra América eCorintians, que foram advertidos pelas Fe-derações do Rio e de São Paulo por usarem,respectivamente, as palavras

"Sangue e"Democracia" no espaço reservado para a

publicidade em seus uniformes. Segundoele os clubes deveriam ter pedido autoriza-ção - o que não fizeram -, mas consideraque as iniciativas não ferem a regulamenta-ção do CND que regulamentou a publicida-de no futebol.

- A deliberação deu o direito aos clubesde usar aquele espaço, mas não obrigou.Eles quiseram usar e usaram o espaço dessamaneira. Só deveriam haver comunicado asfederações porque os uniformes são regis-trados nos estatutos dos clubes e nas fede-rações. Qualquer alteração deve ser comu-

ELIMINE OS PROBLEMASDE COLUNA

nicada previamente à federação local -explicou Valed.

O jurista lembrou, ainda, que antes deadicionar a "Democracia" ao seu uniforme,o Corintians usou a frase "Vote em 15 denovembro", o que foi considerado por elebenéfico:

Como punir o clube por fazer umacampanha cívica como esta?

Por sua vez, o presidente do CND, CésarMontagna, acha que as iniciativas ferem adeliberação. Porém, disse que não tomaránenhuma iniciativa, pois isso cabe à federa-ção. Acha, inclusive, que os clubes podemsofrer punição desde que haja denúncia aotribunal.

Mas, para mim, isso é tão irrelevanteque eu não me preocupo - salientou CésarMontagna.

Quem acertarna quina leva446 milliões

Quem acertar a quina no concurso 143 daLoto receberá a importância de Cr$446.756.340,00, já descontado o Imposto deRenda De acordo com o movimento extra-oficial, foram vendidos 30.368.248 cartões,que proporcionaram uma arrecadação re-corde de Cr$ 4.727.580,330,00, com a médiade Cr$ 155,68 por cartão.

O prêmio líquido para os acertadores daquina, quadra e terno é de Cr$1.489.187.803,00. Se não houver acertadorda quina, ficará acumulada para o próximoconcurso a soma de Cr$ 297.837.560,00. Osorteio das cinco dezenas será hoje, às 9horas. Esses números poderão crescer de-pois de conhecidos os relatórios conclusi-vos dos computadores.

MOSAICOAs raias estão secando rapidamente e, com a ventania

da madrugada, a de grama está quase leve. O tempo estáfirme sobre o hipodromo, porém existe a ameaça de novaschuvas, principalmente pelo fato do Instituto de Meteoro-logia estar esperando a chegada de uma frente fria, que sedesloca de Santa Catarina em direção ao Rio. Mas casonão haja mudança; teremos a corrida de amanhã em raiasnormais, a de areia em ótimas condições, conformeobservamos nos aprontos de ontem, quando Panthérecravou 49s nos 800, muito bem, e Ebbrezza registrou 43snos 700, correndo muito. Outro que convenceu foi BenLocris, ao descer a reta em 36s escassos, finalizando commuita disposição.

AVEIAOs treinadores estão preocupados com o sumiço da

aveia no turfe carioca. Há cinco dias que os animais nãoestão comendo o alimento básico - a não ser os dasgrandes cocheiras, cujos responsáveis estão comprandoaveia em particulares, evidentemente que por um preçobem mais elevado. Desta forma, a preocupação é geral,pois a aveia não tem substituto, pelo menos no turfecarioca, de vez que a purina, além de ser rejeitada por umgrande número de animais, é de pouco teor alimentício e aração balanceada, que o armazém do Jockey Club oferece,não é satisfatória. A preocupação aumenta quando sesabe que a aveia, encomendada pela entidade na Argenti-na só chegará ao Rio após o dia doze e como faltamalguns dias os treinadores estão pensando em não insere-ver seus animais na próxima semana. O problema é difícil,pois a aveia vendida fora do armazém do Jockey Club emuito mais cara - ao que parece sai por Cr$ 350,00 o quilo- e uma variedade preta, que pode ser encontrada emaleuns mercados, nâo presta. Assim, mais uma cnse surgeno turfe carioca, tudo por falta de planejamento dadireção da enüdade, pois, no turfe bandeirante, o mesmonão se observa. As cocheiras estão abarrotadas do cereal eos treinadores de Cidade Jardim não cedem um saco queseja, de vez que é tudo para o consumo interno dacavalhada.

Gil Moniz Vianna

Cruzeiro querJair Bala na

vaga de FantoniBELO HORIZONTE - Em-bora tenha entregue aopreparador Beneci Queiróso comando da equipe, as-sim que Fantoni definiu suasaída, o Cruzeiro pensa emJair Bala, atualmente noAmérica, para ser o novotreinador da equipe nocampeonato. O presidenteCarmine Furletti não quisconfirmar a notícia, mas oque se comenta na Toca daRaposa é que já houve con-tatos com Jair Bala, queinclusive não tem situaçãotranqüila no seu atual elu-be.

A saída de Orlando Fan-toni foi determinada peloseu cardiologista, MarcosAndrade, que declarou quese o treinador não parassede trabalhar imediatamen-te correria risco de vida.Fantoni vai descansar edentro de 15 a 20 dias seumédico dará o diagnósticoa respeito do futuro de suacarreira.

ATLÉTICOSem se preocupar com o

caso Cerezo, o técnicoMussula estuda as causasque levaram o time a empa-tar com o Vaieriodoce, em1 x 1, quarta-feira, no Mi-neirão. Ao mesmo tempo,enfrenta problemas paradefinir o Atlético para ojogo de domingo, com oGuarani, em Divinópolis.

Brasil é 22 noVôlei ao vencerEstados Unidos

EDMONTON, Canadá - O Brasil, que ven-ceu os Estados Unidos por 3/0, (15/10,15/10 e 15/3), ocupa, com 9 pontos, osegundo lugar do Grupo B do torneio devôlei feminino dos jogos Universitários deEdmonton, liderado pela China com 10.

No vôlei masculino, o Brasil venceu oKuwait por 15/4, 15/4 e 15/6, e disputará asclassificações entre o 9» e o 16y colocado naSérie G, junto com México, Líbano e Ale-manha Ocidental.

PRADO EM 6"O brasileiro Ricardo Prado ficou em sexto

lugar na final dos 200 metros borboleta dotorneio de natação dos Jogos Universitá-rios, ganho pelo soviético Serguei Fensen-ko.'

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1 7:00 M ^^JS^fÍnt/lapresentado%rxuxa,comDESENHOS INÉDITOS DE HANNA-BARBERA

19:00 M JORNAL DA MANCHETEw__ NOTÍCIAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS

20:30 M ^SÍ^S^imios™»*»*FASCINANTE PASSEIO AO REDOR DO MUNDO __ —.

21:30 M Grande estréia/Inédito na TV:

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Zico: decisão dia 19.Conselho Federal se reúne e define se atacante fica

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Liderados por Adllio, os jogadores do Flamengo voltaramaos treinamenfos físicos ontem à tarde, na Gávea, e participaram de um

interval-training buscando um melhor condicionamento

Marcelo tem fome de golsAtacante chega como reforço e garante muita disposição

Roberto que se cuide. Chegou ontem àSáo Januário o jovem atacante Marcelo, 20anos, ex-Guarani e muita fome de gol. Ojogador acertou até 31 de maio e nãocustará absolutamente nada ao Vasco.Marcelo foi comprado ao Guarani pela GAP(Grupo de Apoio ao Palmeiras) e seriavendido a Udinese. A compra de Zico,porém, mudou os planos dos italianos eMarcelo acabou no Vasco.

- Sou um jogador de área, um' finaliza-dor. Apesar de não vir treinando normal-mente, poderei jogar em uma semana. Es-tou muito satisfeito em poder integrar oelenco do Vasco e, principalmente, jogar nofutebol carioca.

Marcelo chegou a São Januário exata-

mente às 14h30m. Imediatamente foi levadopelo supervisor Paulo Angione ao escritóriodo presidente Antônio Soares Calçada, noCentro da cidade. Ali acertou seu contrato.O atacante vai receber CrS 600 mil mensais.Depois, retornou à São Paulo e estará devolta na segunda-feira, quando iniciará osexames médicos.

REFORÇOSAinda ontem o Vasco conseguiu a con-

tratação do goleiro Fernando, do Serrano,que vem para a reserva de Acácio. Opresidente Calçada prometeu também parao início da próxima semana a vinda de maisdois reforços que devem ser o ponta-esquerda Márcio Fernandes, do Santo An-dré, e Edevaldo, do Internacional.

Zanata define o time após o coletivoO coletivo de hoje à tarde, em São

Januário, servirá para o técnico CarlosAlberto Zanata definir a equipe que enfren-tara o Bangu, domingo, no Maracanã. Er-nani tem possibilidades de se afirmar pelaponta direita, caso Amauri se recupere dacontusão na batata da perna direita. On-tem, o atacante fez tratamento, melhorou etem esperança de poder participar do cole-tivo.

- Ainda dói um pouco, mas está bemmelhor - disse Amauri. Para jogar terei queparticipar do coletivo normalmente. Casocontrário, ficará difícil. Não gosto de jogardeslocado pela ponta esquerda, mas queromesmo é colaborar com a equipe.

Sem Amauri, Zanata pode optar por Er-nani pela esquerda, com Jussiê mantendo-

se na direita. João Luís é outra opção dotreinador para a ponta esquerda.

- Vamos esperar o coletivo para sentir-mos a melhor maneira da equipe atuar.Reconheço que a equipe não vem jogandobem, mas tudo isso é em virtude dos intime-ros problemas extracampo que estamosenfrentando.

CELSOO zagueiro Celso deverá linda ficar de

fora do jogo de domingo. Ele teve rompidoo tímpano do ouvido esquerdo, depois deum choque com o goleiro Acácio. Outroque deve continuar de fora é o lateralGalvão. Marquinhos, mesmo recuperado,fará um trabalho especial de reforço mus-cular a pedido do técnico Zanata, quepoderá aproveitá-lo pela esquerda.

Amauri se recupera de uma contusãona perna direita e deve participar do coletivo

de hoje quando a equipe será definida

LUIZ AUGUSTO ERTHALOs sonhos do Botafogo

E o Botafogo queria contratar Zi-co...

Foi uma idéia genial, nascida noárido terreno alvi-negro, onde só assonhos têm direito de florescer. So-nhos desesperadamente alimentadospor uma torcida, que há 14 anosbusca avidamente um reencontrocom as glórias do passado. Sonhosque tiveram a sua expressão maisaudaciosa na delirante tentativa dereforçar um elenco medíocre e deca-dente com o mais valorizado jogador(ainda) do futebol brasileiro.

E preferível acreditar que tudonão passou de uma iniciativa promo-cional ou de uma forma de agredir eprovocar o seu maior rival. Seria,certamente, a maior ironia da histó-ria do nosso futebol se, de repente,Zico devolvesse ao Flamengo, vestiu-do a camisa alvi-negra, os gols que¦marcou contra o Botafogo. O efeitonão seria diferente do que se, numaabsurda suposição, o Delfon tivesse oseu passe transferido para os Esta-dos Unidos e passasse a dirigir apolítica econômica norte-americana.

Mas no mundo do absurdo, ondegravitam os dirigentes do Botafogo,tudo é possível, até mesmo a seireda-de que emoldurou a proposta dodiretor de futebol, Luís Antônio Ca-tapan. Zico receberia Cr$ 30 milhõesmensais e a Udinese, que tem entreos seus diretores um primo do visio-nário dirigente carioca, livrar-se-ia

de um pesado fardo - a manutençãode um jogador milionário que nãopode vestir a camisa do clube - até,pelo menos, o final do ano.

Pena que Zico não aceite a propôs-ta, que a Udinese não concorde eminvestir tanto dinheiro para depoisemprestar o jogador gratuitamente eque o Botafogo não tenha Cr$ 30milhões para lhe pagar mensalmen-te. Se não fosse isso e se, sobretudo,não houvesse a possibilidade de umacordo político para reverter a deci-são do Conselho Geral de federaçõese ligas de futebol da Itália, o Botafo-go teria tantas chances de contratarZico quanto Delfin dos Estados Uni-dos.

Pena, também, que o Botafogo nãoacorde e, segundo a sua pobre reali-dade, procure encontrar meios delivrar a torcida desta agonia de 14anos sem títulos. As condições, éverdade, são desfavoráveis, mas comcompetência e criatividade - quali-dades raras atualmente - seria pos-sivel desenvolver um trabalho efi-ciente, principalmente em termos dedivisões inferiores, cujos resultadosproduziriam algo mais do que so-nhos impossíveis.

Enfim, há os que ainda acreditamem sonhos. E, para estes, o do Bota-fogo talvez não seja de todo inútil.Sonhar com rei, dá leão; sonhar comZico... Quem sabe não seja oportunauma fezinha no galo?

Botafogo levaPaulo Sérgio naviagem a Paris

O Botafogo leva seu goleiro titular, PauloSérgio, à excursão à França, mas terá quesubstituir o regra-três, Luís Carlos, por Icaou Maia, na delegação que viaja hoje ànoite - 20h55m - do Aeroporto Internacio-nal do Galeão pelo vóo 096 da Air-France.Paulo Sérgio recuperou-se de uma pancadaque levou no pulso direito durante o jogocontra o América, domingo, no Maracanã, eLuís Carlos ainda está com os dois dedos damão esquerda inchados.

A estréia do Botafogo no Torneio deParis é segunda-feira, contra o Paris SaintGermain, e o técnico Sebastião Leónidastem outros problemas seríssimos para esca-lar o time. O apoiador Alemão piorou dacontusão no joelho esquerdo e está pratica-mente fora. Outro que não deve ser incluídona delegação é Demétrio, ainda sentindo aclavicula esquerda. Já Jérson, dependendode um exame hoje pelo dr. Joaquim daMata, viaja e joga segunda-feira, pois estápraticamente recuperado da contusão nacoxa.

Depois do treino físico de ontem, nobosque da Barra da Tijuca, Leónidas mar-cou para hoje de manhã um coletivo nocampo da Escola de Formação de Oficiaisda Polícia Militar, no Campo dos Afonsos,oportunidade em que já deverá contar como amazonense Berg, licenciado para resol-ver assuntos particulares em Manaus ebuscar alguns documentos.

UM SONHOA contratação de Zico, pelo Botafogo,

por empréstimo - de seis meses - náopassou mesmo de um sonho. O clube estavadisposto a pagar CrS 30 milhões mensais aojogador com a ajuda de um banco e de umafirma de material esportivo, dando à Udine-se, ei*n troca, Alemão ou Geraldo, mas jáontem o diretor de futebol Luís AntônioCattapan desistia de tudo, cancelando suaviagem (que seria quarta-feira) a Udine.

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Flu tem Duílio,absolvido, mas

pode perder Aldo.Absolvido pela maioria dos juizes do

Tribunal de Justiça Desportiva ontem ànoite, o zagueiro Duílio, indiciado por terreclamado do árbitro durante o jogo contrao São Cristóvão na primeira rodada daTaça Guanabara, poderá enfrentar o Bon-sucesso, amanhã, a partir das 17 horas, emSão Januário. Nos demais julgamentos doTJD, Pingo, do Campo Grande, e índio, doAmericano, foram também absolvidos; eOrlando, do São Cristóvão, e Edinho, doVolta Redonda, foram suspensos respecti-vãmente por dois e um jogo.

O técnico Cláudio Garcia, que chegou adeixar Carlos Eduardo de sobreaviso, ficoucontente ao saber que poderá contar comDuílio, mas, no treino de ontem, no campoda Escola de Educação física do Exército,na Urca, passou a ter um inesperado pro-blema: o lateral-direito Aldo machucou ojoelho direito ao chocar-se com o ponta-esquerda Paulinho e depende de um examea ser feito pelo dr. Arnaldo Santiago, hoje.para ser escalado. Orlando já está de so-breaviso.

Dependendo do treino de hoje, o Flumi-nense, amanhã, terá Paulo Vítor: Aldo (Or-lando), Duílio. Ricardo e Branco; Delei,Leomir e Assis; Jandir, Washington e Tato.

Ao retornar ontem de Curitiba junto comWashington, Assis admitiu que não pôderender muito bem diante do Sáo Cristóvão,"talvez por falta de entrosamento*', masque, amanhã, vai caprichar:

- O Fluminense tem um potencial muitogrande e tem tudo para chegar às finais doCampeonato.

Como o campo das Laranjeiras aindaestá em reforma - o gramado está esbura-cado e sem grama em várias partes -. oFluminense passa a treinar na próximasemana no campo do Somley, em Xerém.Américo Farias ainda não acertou as basespara assumir como supervisor e hoje Pauli-nho Cascavel assina seu contrato para ficarno banco de reservas, amanhã.

UDINE - O caso Zico-Udinese-Flamengo terá finalmenteuma solução no próximo dia 19 (terça-feira), durante areunião da Junta Executiva do Comitê Olímpico Italiano,que decidirá em última instância se aprova ou náo oregistro do jogador na Federcálclo (Federação Italiana deFutebol), para que o atacante brasileiro possa disputar ocampeonato italiano da temporada 83/84 pela Udinese.

Esta decisão foi tomada após o importante encontrodos principais líderes e parlamentares da regiáo de Friuli,onde está localizada a pequena cidade de Udine, com oministro dos Esportes e Turismo da Itália, ó democrata-cristão Nicola Signorello. O recurso da Udinese seráapreciado entáo pela Junta Executiva, que é d único órgãoesportivo italiano com poderes para anular a decisãoadotada pela Federação Italiana, que náo aceitou oregistro de Zico.

Mas antes, no próximo dia 14, haverá uma reuniãopreliminar do Conselho Federal de Futebol da Itália, quetambém analisará e discutirá a questão, que posterior-mente será encaminhada à Junta Executiva do ComitêOlímpico. Os dirigentes da Udinese estão otimistas egarantem que vão ganhara causa, pois o recurso impetra-do pelo clube tem base legal, como garantiu FrancoDalcin, diretor-geral e intermediário em todas as negocia-ções com o Flamengo:

O Zico pode ficar tranqüilo, pois o nosso clubecumpre sempre o que promete. Vamos ganhar este recur-sos e na data marcada faremos o pagamento do saldodevedor,de Cr$ 2 bilhões.

A decisão final sobre o caso Zico acontecerá justa-mente quatro dias antes do prazo fixado pelo Flamengopara o pagamento final, marcado para o próximo dia 23,impreterivelmente, sem o que o negócio estará desfeitoperdendo a Udinese os CrS 300 milhões pagos como sinal,além de ficar sem Zico. A partir dessa hipótese, ou Zicorenova seu contrato com o Flamengo ou terá seu passefixado de acordo com a lei, no dia 1 de agosto (60 dias apóso término do contra to), na base de CrS 1 bilhão, aproxima-damente.

Outra chance a BaltasarCarlos Alberto Torres decidiu atender aos apelos

feitos pelo centroavante Baltasar, pois achou justos ecorretos os argumentos apresentados pelo jogador, queassim terá mais uma oportunidade no time e continuarácomo titular da posição nos dois próximos jogos, contra oGoitacás, domingo, em Campos, na estréia do Flamengona Taça Guanabara, e na segunda rodada, no Fla-Flu.Mas, para isso, Baltasar terá que mostrar um bom rendi-mento na partida de domingo.

O Baltasar foi contratado para marcar gols. E éjustamente isso que eu quero que ele faça, mais nada. Naviagem de volta ao Brasil ele conversou comigo no avião,e explicou que nunca atuou duas partidas seguidas otempo todo, desde que eu assumi a direção técnica dotime, e que isso estava prejudicando o seu rendimento emcampo. Entáo, concordei com o jogador e resolvi lhe darmais uma oportunidade. Mas para ficar como titular eleterá que corresponder, disse Carlos Alberto.

Raul; Leandro (ou Carlos Alberto), Mozer, Marinho eAdemar; Andrade, Júnior e Adílio; Robertinho, Baltasar eJúlio César. Este é o time mais provável que o treinadorCarlos Alberto Torres vai escalar para a estréia doFlamengo na Taça Guanabara, domingo, às 17h, contra oGoitacás, no Estádio Ari de Oliveira e Sousa A dúvida emrelação ao lateral Leandro é porque ele ainda não renovouseu contrato,o que poderá acontecer hoje.

Mas a confirmação deste time vai depender básica-mente de sua atuação no coletivo que será realizado hojeà tarde, na Gávea, em dois tempos: o primeiro, contra aSeleção de Marrocos, dirigida pelo treinador brasileiroJaime Valente, e o segundo, contra o time reserva.

Carlos Alberto Torres, porém, não tem muitas opçõespara mudar a equipe, pois Élder, Peu e Vítor estãomachucados e Lico, que poderia ser uma excelente alter-nativa, não está em plenas condições físicas, ainda, poisestá sem jogar há vários meses, devido à operação nojoelho, feita em maio passado.

O treinador do Flamengo ainda não decidiu se come-cará mesmo com Júlio César, pois considera este jogadorimportantíssimo no bloqueio no meio-campo, mas compouca força ofensiva.

Renda recorde em CamposCAMPOS - Os dirigentes do Goitacaz não têm dúvida deque a renda de domingo, no jogo com o Flamengo,estabelecerá novo recorde local, com todos os 20 milingressos sendo vendidos ao preço de CrS 1 mil. Acapacidade do estádio Ari de Oliveira e Souza é para 25mil pessoas. Entretanto, por questão de segurança, serãocolocados a venda, à partir de hoje, 20 mil ingressos.

A expectativa é muito grande. Não só pela presençado Flamengo, como também da própria torcida do Goita-caz motivada depois da goleada sobre o Volta Redonda,por' 4 x 1. em sua estréia na Taça Guanabara. Todosacreditam nas possibilidades de surpreender o Flamengo.

O supervisor, Ciro Braga, confirmou que o time vai seconcentrar em São Fidélis, distante 45 minutos de Cam-pos, no Palace Hotel, uma medida que tem o objetivo deproporcionar toda tranqüilidade possível aos jogadores.

O técnico Carbone, antigo jogador do Internacional, eque posteriormente jogou no Botafogo, não tem qualquerproblema e confirmou que o time será o mesmo dedomingo passado, com Jorge Luis; Ditinho, Gilberto,Cléber e Valtair; Cláudio Neves, Cláudio José e Gilmar;Chiquinho, Petróleo e César.

O meio-campo, Sídnei. contratado ao Botafogo, pode-rá ficar no banco e entrar no decorrer da partida.

Atacar sempre,a ordem de Edu.

América ensaia tática ofensivaCom Carlos Silva efetivado no meio-campo. ao lado

de Pires e Moreno, e Gilberto de volta à ponta-direita. einsubstituição a Gilcimar. o técnico Edu, do Amencaapronta o time que enfrenta o Campo Grande domingo àtarde (16 horas), em São Januário, com um esquematático, segundo antecipou, bastante ofensivo. No treinocoletivo de hoje à tarde.no EstádioWolnei Braune, em VilaIsabel ele vai recomendar aos jogadores muita rapideznas jogadas de ataque, "se possível chegando ao goladversário com dois ou três toques".

Um dos objetivos de Edu é garantir total objetividadeà equipe, em busca do gol. sem se descuidar do sistemadefensivo A Gilberto, especialmente, ele recomenda umaação ofensiva, abrindo pela ponta quando o time estivercom a posse de bola, e outra defensiva, preenchendo osclaros no meio-campo, quando o adversário atacar.

Podemos imprimir aquele mesmo ritmo nosso naTaça dos Campeões e na Taça de Ouro. Querer é poder etudo só depende de nós mesmos - disse.

Gilberto admitiu que não terá qualquer problema emjogar na ponta direita, posição que ocupou durante muitotempo no Fluminense e, também, no América:

Tanto eu quanto o Carlos Silva estamos eni boaforma e assim quem ganha é o próprio América. Estouacostumado à ponta e acredito que possa me sair bem.

O time está definido com Gasperin; Donato, ZéAugusto Everaldo e Airton: Pires, Moreno e Carlos Silva;Gilberto, Luisinho e Gilson. Para o banco de reservas,estão relacionados Ernàni, Maxwell. Jorginho. Batista eSerginho.

Depois da recreação de amanhã, já está confirmadoque o time se concentra à noite no casarão do quilômetro18 da Estrada Rio-Petrópolis, também chamado de "Man-

são do Diabo", onde deve ser exibido, depois do jantar, umfilme de terror.

y

I imm .mwwtmTM Rio de Janeiro,sexta-feira, 8de julho de 1983

EDUARDO DUSEK - Mas sabe oque foi? Depois que marquei a entre-vista com vocês, lembrei que, ãs oito,tinha uma indesmarcável aula decanto com a famosíssima Maria LüciaValadão, que estou esperando há seismeses.

MAURO DIAS - Você está largan-do a Glorinha Beutenmuller?

DUSEK - Não, estou com as duas.Quanto mais, melhor. Vou fazer cor-po com Nellite Laport, fonoaudiologia 'com Glorinha Beutenmuller, cantocom Maria Lücia Valadão, depois gi-nástica, massagem japonesa, médicohomeopata, médico alopata... (ao per-ceber as caras de riso) É, bicho, vocêvira uma máquina depois dessa p(*)de sucesso! Se falhar, 50 perdem oemprego. Sentiram o peso da respon-sabilidade? (fica encurvado)

HAROLDO ZAGER - Há quantotempo você anda com esse aparato deprodução todo?

DUSEK (mastigando umas torradi-nhas) - Desde que o mundo cismouque eu era o tal. (confirma com IvoneKassu) Do Anhembi para cá, não foi?Eu não estava mais a fim de aceitar orótulo de "maldito, mas com prestí-gio". Como diz o outro, prestígio nãoenche geladeira. Achei que não custa-ria nada fazer um trabalho comerciale continuar dentro da minha linhacontestador. Uma coisa náo impede aoutra. Spielberg faz um filme mara vi-lhoso e ganha rios de dinheiro. Cop-pola, a mesma coisa. O que aconteceuno Brasil, entre as cantoras da décadade 70, é que só houve preocupaçãocom a vantagem, enquanto quematingiu um milhão de cópias foi sóRoberto Carlos, não teve para elas.Quem continua reinando é Maria Be-thânia mesmo, com uma pobreza pró-pria. Caetano foi para televisão avisarque o negócio não era aquele, que abilheteria tem que estar ligada a qua-lidade da coisa, e não ao que a grava-dora põe de tapete vermelho para oartista. (Babalu traz um chá) Obriga-do, amor. Valeu mesmo, (toma umgole) Tá quente como você, hein!Hunnn!

HZ - Você náo tem medo de estarfalando "dessa água não beberei?"

DUSEK - Eu acho que náo bebereinão.'Tem certas águas que não dãpara beber. Se você estiver morrendode sede, bebe ãgua da Lagoa Rodrigode Freitas? Vai morrer de tifo! Emelhor não se envolver com aquelalama, ficar lá olhando pra Buda, emorrer tranqüilo.

HZ - O problema é que a água quedão pra beber não é da Lagoa Rodrigode Freitas, é champanha.

DUSEK - Engano seu! As duas tema mesma cor. O que tem de cantormorrendo de leptospirose náo é fácil.

HZ - No dia em que saiu umamatéria sobre o seu show, no UHRevista, embaixo saiu uma matériacom Dona Ivone Lara, onde diz queas gravadoras estão deixando de darimportância a determinados gêneros,para dar muita divulgação para orock. Você veio nessa onda?

DUSEK - As gravadoras são bur-ras! tu náo sou. Adoro Ivone Lara,um gênio mal-aproveitado. É umaatração internacional, uma EliaFitzgerald, deslumbrante. Das nego-nas, só tem ela e Clementina, só setiver alguma outra escondida. Já asgravadoras são um bando de incom-petentes idiotas com um cheque parair em qualquer restaurante. Eu, quesou estrela, que vendo discos para agravadora, não tenho isso. Se eu for aalgum restaurante dar entrevista pa-ra vocês, quem vai pagar sou eu.

RICKY GOODWIN - Ufa, aindabem! Pensei que fosse ser a gente.

DUSEK - Qualquer executivo degravadora tem seguro de vida, assis-téncia médica. Eu não tenho. Artistapara gravadora é uma m(*). Claro,dentro da minha companhia tem duasou três pessoas em quem confio, masaté certo ponto, porque na hora deescolher entre os interesses da grava-dora e meus reais interesses, só vãoaté o limite da minha vantagem. To-dos me pajeiam, posso ir lá e darescândalo, porque prometo altas van-tagens. Outro dia viraram e disseram:'nós vamos investir no Dusek". An-tes, fui um dia lá pedir Cr$ 100 mil eme disseram: "ah não, você não tempadrão de vendagem". Não me iludocom gravadora. Não adianta dizerque ela dá importância ao rock ou aosamba, o negócio dela é vender.

HZ - Me parece que o que DonaIvone quis dizer é que as gravadorasestão provocando o estouro do rock.Inventando.

DUSEK - Isso não. O rock estourouagora como o samba estourou na

Na hora marcada estávamos lá. Mas o entrevistado não. Demorou quase2 horas. Quando chegou, contou uma história trágica: havia marcado dois compromissos

ao mesmo tempo, e, ainda por cima, trancou a chave dentro do carro, tendoque arranjar um martelo e quebrar a vidraça. Mas pena mesmo

é nosso entrevistão não ser audiovisual.. Dusek é muitoengraçado com suas caretas, ironias e poses. Detalhesurpreendente: não tem cachorro no apartamento.

anisicFotos de CUSTÓDIO COIMBRA

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é juiz em qualquer situação. Eu erajuiz da direita, continuo sendo juiz daesquerda". Tudo bem. Em 1921, oscomunistas foram expulsos da Hun-gria, e os direitistas prenderam meuavó, tirando o seu cargo. Em 1924...

MD - (às gargalhadas) Isso é que éretrospectiva! O resto é brincadeira!

HZ - Bota retrospectiva nisso! Co-meçouem 1501!

DUSEK (prosseguindo) - Meu avócasou com minha avó e vieram para oBrasil, porque ele era arquiteto, umaprofissão que então não existia aqui.Veio com duas mãos ná frente.

RG - Mas veio para projetar umanova Nação.

DUSEK - Nova nação, não sei, masaqueles edifícios antigos da Cinelán-dia... Foram os primeiros edifíciosgrandes do Ri.o de Janeiro, o concretoarmado tinha acabado de ser inventa-do.

HZ -Seu avó tinha um cachorro?DUSEK - Sei lá (risos) História de

cachorro é mais para agora. Era umhomem incrível. Na Prefeitura, fezprojetos urbanísticos maravilhosos.Em 1932, meu avó, que era um dosdirigentes do Departamento de Urba-nização, e fez o seguinte projeto paraCopacabana: três andares na Av.Atlântica, quatro na Domingos Fer-reira, cinco na Nossa Senhora deCopacabana, seis na Barata Ribeirosete na Tonelero, até a linha do mor-ro. Copacabana ficaria toda ventila-da. Acontece que os políticos já ti-nham feito usucapião das areias deCopacabana. O Copacabana Palace.inaugurado em 23, já estava fazendosucesso. Entáo, claro, brecaram oprojeto, construindo edifícios de 12andares em plena Av. Atlântica. Sealguns dos projetos dele fossem apro-vados, o Rio de Janeiro hoje seriaoutro papo.

"Sou careta demais )>

época em que Alcione pintou. Foramas gravadoras que provocaram o es-touro do samba?

MD - Investiram mais dinheiro en-táo no samba e hoje no rock.

DUSEK - Até certo ponto. Existetambém um inconsciente coletivo ne-cessitando de determinado barato,certo approach diante das coisas. Aprimeira a sacar isso é a TV Globo,que tem um departamento de radarterrível. Se o windsurf pintou lá nasCagarras, a Globo lança uma novela,e antes do primeiro windsurf chegar aIpanema, já mostrou mil windsurfpassando pra lá e pra cá. Os artistas,diletantes nesse tipo de coisa, comoeu, se aproveitam disso para se comu-nicar. Não tenho medo de usar aNova Onda, a Nouvelle-Vague, a NewWave que vier. As gravadoras são asultimas a perceberem, porque são me-drosas. Todo executivo morre de me-do de perder seu salário. Como eu nãoganho salário, ouso mais. Chego eapresento o projeto pronto: "vamosassaltar tal banco. As entradas são

por aqui, quero tantas armas, tantoshomens, tanto de munição". Se fordeixar pela cabeça deles, imagino sevão saber o que tenho de fazer. O quepodem fazer, como no meu caso, é darum bom apoio artístico.

HZ - Acho que você está subesti-mando as gravadoras.

DUSEK - Claro, se começa umconjunto de rock numa garagem, aium artista que fez um disco sobrevários ritmos brasileiros - estou ci-tando eu - faz um projeto de rock,depois estoura um sucessinho numarádio tipo Fluminense, que, tocandosó rock, subiu no Ibope... é óbviodemais: investir no rock! Mas não foia gravadora que provocou, ela nãotem dinamite artística para isso.

RG - Esse investimento vai valer apena? Esse rock tem esse dinamite oué fogo de palha?

DUSEK - É um movimento compa-rável à Jovem Guarda. É uma moda.Daqui a pouco vão encher o saco. Sóque o rock não morre. Como o samba.O samba nunca morreu, durante vá-rias décadas. Qual é o ritmo maisbrasileiro? O samba. Veio de quem?Dos negros. E o rock? Veio dos ne-gros. A musica do século XX é anegra.

RG - Mas a pergunta era pra sabero que você tá achando dos roqueirosde agora.

DUSEK - Dez por cento de coisaboa, e o resto dizendo (em pé, tocan-do furiosamente uma guitarra): "tôfazendo rock & roll/ tô cantandorock & roll/ fui pra estrada rock &roll/ minha gata rock & roll..." oredundante da redundância.

RG - Todo movimento tem um altoíndice de redundância. A bossa-nova,quando pintou...

HZ - "Tô aqui com meu barqui-nho/ num solzinho/ na prainha/ bo-nitinha..." Qual o 10% que fica dorock brasileiro?

DUSEK - Aí você invade umaquestão ética. Não julgo carreira deninguém, (enche a boca de torradas)

HZ - Vamos falar entáo dos maisantigos, da primeira geração do rock.

DUSEK -i Os Mutantes era umconjunto maravilhoso. Sérgio Dias éum cara gênio. Por que não está nasparadas de sucesso ainda hoje? RaulSeixas. outro gênio, náo tem o lugarque merece. Aliás, falou no Pasquimque eu disse que ele era o Aracy de

Almeida do rock, sem. saber se issoera ofensivo ou não. É homenagem,adoro Raulzito! Tem coisa até em queimito ele. No entanto, outros maisfraquinhos estão com uma vendagemincrível, um prestígio maravilhoso,fazendo uma pieguice desgraçada,com função artística nenhuma. Unsbobalhões.

HZ - Dusek, você agora está comtudo em cima, sucesso total, show noCanecáo, a crítica te adorando, umacarreira promissora pela frente. E amosca azul?

DUSEK - Que história de mosca éessa?

RG - É o cara querer sempre,sempre mais, que nem Lucinha Lins.

DUSEK - Isso é para quem consi-dera'a carreira um fim. Tudo isso,esse sucesso, essa entrevista, é ummeio, uma passagem. Náo pensemque meu objetivo principal é me tor-nar o novo não-sei-o-quê.

RG - Qual é teu objetivo principal?DUSEK - Ter um contato ime-

diatíssimo com algum ser extraterre-no e fazer uma viagem num discovoador. Ou então conhecer uma pas-sagem para outro plano. Sei que essaporcaria pode acabar amanhã. A im-prensa me considera o darling sensa-tion do rock. O Jornal do Brasil dizque sou o Rei do Rock. Publicampesquisas de popularidade onde ga-nho disparado. Isso tudo acaba, aspessoas se enchem da tua cara mes-mo.

HZ - Teus mais de dez anos decarreira te inocularam contra isso?

DUSEK - Meu ego é que nemmulher de malandro, entendeu, sabeque leva um afago è uma porrada nacara. (pensa) Pode ser que eu vásentir um pouco, se as vendagenscaírem, mas antes das pessoas come-çarem a achar que o Dusek é chato,já mudei tudo. Posso perfeitamentefazer samba, rock, baião, cinema, ce-nário para Teatro, tenho mil roles.

HZ - Vamos fazer uma retrospecti-va da sua vida. Quando foi que vocêestreou no mundo?

DUSEK - Bom, para começar, esco-Ihi uma ótima dato para nascer: 1« dejaneiro. E um ótimo ano: 1954. (comoquem narra um documentário).Quando Elvis Presley estourava nasparadas de sucesso, nascia EduardoDusek, embalado por um réveillon deloucura. Marta Rocha sifu com suas

duas polegadas a mais, Carmen Mi-randa sifu com algumas bolas amais...

HZ - Daí a pouco Getülio sifu com22 a mais...

DUSEK - E o mundo ressurgia,depois da Guerra Mundial, da Guerrada Coréia, para um novo resplande-cer,. (como se o documentário cortas-se para ele, em close.) Sou da geraçãoque virou ripi. (voz normal) Lembramdaquele programa da Bibi Ferreira'(canto) "No dia em que voCé nasceu-/muita coisa aconteceu..." (risos) Soufã da Bibi desde pequeno.

RG (armando uma pergunta) - Vo-cê atualmente é um artista travesso,irreverente. E era um garoto traves-so?

HZ - Não, não, espere ail Calma!MD - Vamos falar primeiro do seu

nascimento.DUSEK - Nasci em Copacabana,

na Rua Santa Clara, numa casa-apartamento, que foi demolida e vi-rou prédio. Logo logo a gente semudou para o Alto da Boa Vista, ondeminha família tinha casa.

MD - Sua família entáo devia sermédia-alta?

DUSEK - Náo, média-média.HZ - Média-Alto da Boa Vista.

DUSEK - É, a média-média quetem amigos na média-alto. Pai artista,né. Esse quadro aíé dele (mostra umatela no estilo clássico, retratando Du-sek, que pela roupa e longos cabeloslouros parece um nobre flamengo)

RG - Você foi educado para tom-bém ser artista?

DUSEK - Na minha casa era Artepara'tudo quanto é lado. Meu paitocava violoncelo, meu irmão tocavaviolão, a gente encenava peças deteatro, representando mesmo, comcortininha, textos bons, tudo, produ-zidos por minha irmã. Até fui umaprecursora da Tootsie. Iam montaruma peça onde eu não ia participar,não tinha mais papel masculino. Cho-

rei muito de ódio, me fantasiei demulher, entrei na sala, e falei: "Eufaço esse papel". Era o papel de umavelha de 60 anos. Eu tinha quatro.Mas fui aplaudidíssimo. (imita a carade velha que ele fez)

RG - Eu posso perguntar agora seele era um garoto travesso?

DUSEK - Deixa eu responder maissobre sua pergunta do artista. Meupai era daqueles que distribuía papele lápis de cera para cada um e ensina-va uma técnica. Depois: "Vamosconstruir uma piscina". Os quatrofilhos aprendiam a fazer piscina. Porisso, hoje, sei fazer de tudo. (mostrauma flauto doce) Ganhei quando ti-nha sete anos. Tocava muito bem.Com seis, falei: "Quero estudar pia-no". "Olha, piano é fogo! Tem queestudar todo dia!" Mas eu já tinha opiano dentro de mim.

RG - Os Dusek emigraram de on-de?

DUSEK - Sou filho de camponêstcheco. Meu pai veio para cá com 16anos, por causa da guerra, (para Ba-balu) Por favor, pode me trazer odesentupidorde pia?

TODOS-Êpa!RG - Seu pai encontrou sua mãe

aqui ou já veio com ela?DUSEK - Minha mãe veio mais

novihha. É filha de pseudo nobrezahüngara. Na Hungria, os heróis de

.guerra ganhavam títulos de nobreza.A árvore geneàlógica da família daminha mãe vem desde 1501. Temosum pergaminho chiquíssimo.

RG - Você entáo tem pedigree?DUSEK - De um lado. De outro.

sou vira-lata. (Babalu volta com umremédio descongestionante nasal.Dusek aspira fundo, cobrindo o rostopara não ser fotografado) Essa dácadeia, hein! Pode sair mal-impresso eser mal-interpretado! A Censura jáanda em cima de mim! Em 1918-19,depois da Revolução Bolchevique naRüssia, os comunistas entraram naHungria e cag (*)ram com a barra dafamília, tirando todo o dinheiro quetinham. A ünica coisa que sobrouforam os talheres de prata, que minhaavó rapidamente enterrou, plantandouma grande árvore por cima. (Dusekguarda o remédio numa bolsa, quejoga no chão. imediatamente, refaz oseu gesto) Bolsa no chão não dá! Meubisavó era juiz da cidade, e falou paraos comunistas: "Juiz não tem partido.

RG-^Eseu pai?DUSEK - Já ele foi mais brabeira. E

camponês dos subürbios de Praga,paupérrimo. Minha avó era uma va-gabunda, que Deus a tenha no tümu-lo. Uma mulher muito liberada e bo-nital Conheceu o Presidente da Sko-da, na Tchecoslováquia, largou o meuavó pra lá, e se mandou pro Brasil,junto com ele, que veio representaraquela grande fábrica aqui. Deixouele lá de camponês, e ficou aqui derica. Primeira-Dama Skoda. Em 37-38.quando sentiu que Hitler ia comer opau, mesmo não tendo judeu na fami-lia, ficou com medo e mandou buscarseus dois filhos pro Brasil. Montouum cabaré no Lido, que era "umrestaurante de comida tcheca". masna verdade era um inferninho mesmo.Copacabana tava começando a ter asboates, década de 40. época da Vogue.

RG - Como era o nome da casadela?

DUSEK - (triste) Não sei. ninguémna minha família comenta sobre avida da minha avó. O nome dela eraMami. Imagina, né. Morreu depois,coitada, de câncer, por causa da vidanoturna que levava. Muita fumaça.Quer dizer, juntou o camponês fu(*)com o wobre fu(*) saiu Eduardo Du-sek. Sua pergunta segunda...

RG-Travessurasde infância.DUSEK - (cara de sapeca) Fui tra-

vessíssimo! Era daqueles que desafiarprofessora em aula! Lxibicionista aoextremo! Fazia palhaçada em todasas aulas. Por isso, náo tenho proble-mas de estrelismo: gastei tudo nainfância. Com 12 anos já tinha enchi-do o saco da neurose estrelar. Sourealmente uma pessoa simples. Claro,na hora de desempenhar a estrela,não sou bobo. nâo vou perder meumercado. Não entro em restaurantede cabeça baixa. Agora, cumprimentoqualquer garçom, qualquer chofer,que sou um democrata (deboche).embora não tenha aspiração políticanenhuma (a cara provoca risos). Den-tro da minha sinceridade, existe mui-ta vigarice, (faz uma cara de vigaristapara as câmaras, depois, continua) Euma vigarice sincera. Náo minto paraninguém. Desde que não minta, tudobem.

MD - Agora vamos fazer a retrós-pectiva artística.

HZ - Tootsie aos quatro, piano aosseis...

DUSEK - Aos oito. fiz minha pri-meirà musica, uma musica erudito,um estudo. Eu achava que ia dar aulade piano. Comecei até a escrever ummétodo. Sempre fui muito metido!Dei aula para todo mundo na rua.sem saber p(*) nenhuma de piano.Aos 10. me tornei pintor de parede, ede móveis, para ganhar dinheiro. Meupai nunca nos deu mesada. Pagavadentista, essas coisas, mas mesadaachava que era quem quisesse ganhardinheiro tinha que trabalhar. E quemeu pai foi logo trabalhar na Embai-xada Americana, è se americanizou,adotando essa filosofia. A profissãoque escolhi foi a de pintor de paredes.Baixas, claro, eu não tinha altura. Depreferência, muros. Mas cheguei apintar minha casa. que tinha doisandares. Pela casa inteira ganhei CrS

HZ - O que você fez com essedinheiro?

DUSEK - Ah, gastei tudo! Muitobala e revista de... náo. de safanagemnão, eu adorava era Mickey, Luluzi-nha, Bolinha.

HZ - Por que náo de safanagem?Aos 10 anos, tudo que os meninosquerem na vida é uma revisto desafanagem.

DUSEK - Bem. eu devia já estarfazendo preces no altar de Onan. masnão tinha onde comprar' revista desafanagem. Imagina, no Alto da BoaVista, se eu chegasse no jornaleiro e

Continua na páuina 2

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Rio de Janeiro, sexta-feira, 8 de julho de 1983

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dissesse: "quero uma revista de safa-nagem", ele contava imediatamentepara minha mãe! Um escândalo! Melembro que distribuíram um tolheti-nho dizendo que a virgindade eraimportante antes do casamento, por-aue o ato sexual era uma coisa contraa saüde. "Meu Deus! Vou morrer!Entrei numa de por ter me masturba-do ia morrer (desfalece o corpo namesa). Pior que a cada dia que passa-va ia me dando mais tesão! A cadauma, morria mais um pouco!

HZ - Para ressuscitar logo em se-guida! , .

DUSEK - Ficou o maior problema.E continuava estudando piano. Estu-dei durante oito anos. Nunca me es-queço de Denise Sampaio e Ala ideSampaio, que moram no Alto atehoje Passei a estudar Teoria Musical.

MD - Você fez clássico ou científi-co'

DUSEK - Clássico. Não, científico.Clássico é o que não existe mais, né?Não, minto, cientifico p(*) nenhuma!Fiz técnico. É que não cheguei lá, euestava nos dez anos. Com 11 anos, eraaquele que invíntava moda. Nas fes-tinhas de São João, eu era o noivo, ouentão o padre, o que fosse mais en-sraçado. Com 12 anos, comecei afreqüentar turmas de 18 anos, ia afestas, virei um pouco mascote.

HZ - Era turma do Alto? Pessoal debater pega?

DUSEK - Não, esses eram maisvelhos, devia ter 25, por aí.

RG - De qualquer maneira, 18 anos,naquela época, já pegava uma dejuventude transviada, né.

DUSEK - Barra pesada! Corria oboato de que a turma da Wanderléiaqueimava fumo. Imagina, coitada daWanderléia! Mas a turma da Tijuca,que tinha o Erasmo Carlos, não erafácil: ..... a

RG - Tinha a maior rivalidade, dequebrar o pau, entre a turma daTijuca e a turma do Alto.

DUSEK - Mas eu convivia com asduas', porque morava ali no meio, nasubida do Alto.

HZ-No Baixo Alto.DUSEK - (franzindo os olhos para

Ricky) Aliás, eu acho que te conheçode lá. Nâo falei nada porque eu tôcom essa paranóia de achar que co-nheqo todo mundo...

RG - Pô, sou teu vizinho lá, moro aduas casas da sua.

DUSEK - Ah, já sei! Uma casacheio de dobermans! (cara de quemestá sendo perseguido por uma mati-lha. risos) Nossa, na casa do Gugu!(de repente, como se fossem velhosamigos, se esquecendo da entrevista)Como é que vai Gugu, tá bom? (maisrisos, tenta voltar ao assunto) Eufreqüentava a turma do MontanhaClube, (mas não agüenta) Você mo-rar na casa do Gugu é a coisa maissurrealista! Aquela casa para mim é omaior mistério! Para entrar, tem queatravessar seis dobermans! Depoistem uma piscina no segundo andar!(gargalhadas) A casa tem uns oitoquartos, e tudo caindo aos pedaços!

RG - Por isso a piscina é em cima,porque alaga tudo.

DUSEK - Mas náo vamos entrarnos podres da sua vida, né. (tom dequem consola um desvalido) A casa éaté simpática, viu, tem uma linhaart-déco bonita.

HZ - Ainda bem que você nãoconhece o carro dele. Tem ar condi-cionado natural: não tem fundo.(mais risos)

RG - Ora, isso é um fundo solar!Então agora vou falar da casa doDusek! Você põe o pé no portão, vemum cachorrão desengonçado, pula emcima de você e ainda baba a suaroupa toda! (risos)

DUSEK - (defende o cão) Mesmoele Babando, é adorado no pedaço.Agora sei que ele baba descontrola-damente! (imita, risos) E não bebeágua' (gargalhadas) E que nemVolkswagen! (mais ainda) A gentetem que botar água na comida, porisso tem sopa todo dia. Mas onde éque nós paramos? (pausa para a pia-teia terminar de rir) Com 14 anos, eramuito rock & roll no Montanha Clu- •

be, muita domingueira, casaco decouro, namorando as garotinhas dolugar. Ninguém queria me namorar(cara de coitadinho).

HZ - Por quê? Você era feio?DUSEK - Não sei o que acontecia,

mas acho que era uma sujeira nopedaço. Sacou? Era escandaloso de-mais. Imagina, o mínimo da brinca-deira que a gente tinha era roubar ocarro do pai de alguém, ir pela EdsonPassos, e quando via alguém, gritava:"Oi, por favor, uma informação".Quando chegava perto, quebrava umovo na cara da pessoa! (risos)

RG - Ainda bem que eu não mora-va lá nessa época!

DUSEK - Era uma turma louca,mas

'careta ainda. Ninguém sabia oque era queimar fumo. Em compensa-cão com 12 anos era alcoólatra mes-mo. Por isso é que hoje até me seguro,já paguei meu karma pro álcool, (gri-ta para Ângela que levantara parabuscar gelo na cozinha): O Raimun-da não esquece de botar o gelo parafazer. Depois você pode ir dormir, viu.(pausa) Fecha a porta da área! (gar-calhadas) Com 15 anos, meu pai foitransferido para Brasília. Falei: "Bra-

silia"?! Porque já queria ser artista.Meus dotes eram desenho e piano.Arranjei um emprego numa firma deEngenharia como copista, um pou-quinho depois de boy. Entrei para aEscola Técnica e para uma comunida-de ripi em Botafogo, com Luís Antô-nio de Cassio, meu parceiro em "Ca-

belos Negros". Foi morar lá tambémLuís Fernando Guimarães, do Asdrü-bal Trouxe o Trombone... juntou umaturma de oito, que, com os agregados,davam uns 30. Era um apartamentoantigo, mas duplex, do lado do Bar-bas. No segundo andar, três quartos,no primeiro, um imenso salão que

transformamos numa galeria de arteàs quartas, num teatro às quintas,num local de show às sextas, e numsalão de festas aos sábados. Cada umtinha seu espaço para exercer suaatividade artística. Foi quando arran-jei um emprego em Teatro, tocandopiano na peça

"Desgraças de umaCriança". Trabalhava de manha, en-saiava de tarde, tocava em teatro denoite, e depois ainda ia badalar. Naodormia, era um zumbi. .

RG - Naquela época, ninguém dor-

DUSEK - Claro, tinha bolas, essascoisas.

HZ - "Desgraças" foi teu primeirotrabalho profissional, né?

DUSEK - Foi, durou dois anos emeio' Aprendi muito nas "Desgra-

cas". (risos) Peguei um diretor fantás-tico Antônio Pedro, que entende decomédia, que sacou minha veia comi-ca me aproveitando como mais umpersonagem, participando da ação,inclusive fazendo um certo sucesso.Todo dia, assistia Marco Nanini, Ma-rieta Severo, Camila Amado. WolftMaia trabalhava, mas ainda era meioinexperiente. Esses atores foram mepassando esse barato clownesco quetenho hoje. Esse lance pantomi... (en-rola e sai) pantomímico. Dei pra issoagora, depois que comecei a fazersucesso. Esqueço as pessoas, enroloas palavras, vou ter que ir ao médico(risos). Hoje, por exemplo, fiquei semsaber se era "inócuo" ou "indelével

(mais risos). Mas aíMD - Por essas coisas de "bolsa no

chão não dá", e outras superstições,vocé deve ser muito místico.

DUSEK - É, sou ligado em energia.Tudo é energia, e vocé tem que apren-der a controlar essas energias. (Ange-Ia lhe mais um chá, feito por ela. Eleaceita, delicadamente, sorve, e elogia)Tá ótimo (com cara de nojo, risos).Ah! Estávamos no apartamento deBotafogo! Aquilo começou a virar umbochicho! Imagina um prédio comoesse antigo, careta, onde todo dia, àsnove, entram 60 pessoas, com um altosom, muitos aplausos, mais som, maisaplausos. Às onze, descem 60 pessoas.Claro que começaram a achar estra-nho. (Angela volta com outro chá,mais adocicado).

ÂNGELA - O açücar estava muitoempedrado...

DUSEK - Também, né, basta vocêolhar para o açücar que empedra,Raimunda! Eaquiemcasaa genteusa bandeja, viu! (risos, inclusive daprópria Ângela) As pessoas nao po-dem levar a sério minhas bnncadei-ras. Hoje falei com um jornalista:"Segura minha bolsa que vou lá den-tro pegar uma coisa". Na volta, quan:do me entregou a bolsa, perguntei(com ár desconfiado): "Você mexeuaqui"?! Ele tomou um tapa! Aí caí nagargalhada! (enche a boca de torra-das) A fita tá correndo, hein! ManaHelena Dutra tem razão, eu sou proli-xo mesmo. Nesse apartamento, a gen-te montava Nelson Rodrigues, textosdo Cortázar... Tínhamos uma dupla,eu e Luís Fernando Guimarães. Quan-do era musica, eu cantava e ele toca-va bongô. Quando era teatro, ele eraa estrela e eu fazia todos os coadju-vantes. Nos Nelson Rodrigues, eu eravizinha, padre, tudo ao mesmo tempo,trocando de roupa correndo.

HZ - Vocês cobravam ingresso pa-ra as pessoas verem isso?!

DUSEK - Não, passava o chapéu.Podia ser tudo: drogas, dinheiro, bebi-da... meia garrafa de uísque davadireito a cinco pessoas. Uma vez en-cenamos um conto do CorUízar - odas duas irmãs que a casa vai sefechando em torno delas -onde tinhauma sonoplastia, quando a casa co-meçava a desabar, que a gente jogava27 tábuas pela escadaria abaixo, parao publico levar um susto. Pá: desciamaquelas tábuas todas! Tinha genteque corria, achando que o prédioestava desabando mesmo. E eis quedo lado, perpendicular a nós, morava

um agente do DOPS, que ficou muitoamigo do cachorro de Luís Fernando,mas que odiava a gente. Quando ti-nha muito barulho, ele chutava asparedes.

HZ - Vá ver que estava era esmur-rando a cabeça de algum subversivo.

DUSEK - Poderia ser, a gente sem-pre desconfiou que ele tinha um pau-de-arara no corredor da casa dele. Euinclusive dancei no DOPS, por terdado guarida a um sujeito que parti-cipou do seqüestro do embaixadoralemão. Fiquei três dias preso.

RG - E dançadas por sujeira?DUSEK - Várias!! Milhões! Perdi a

conta das vezes que fui a delegaciaspor causa de tóxicos! Por isso quehoje não uso mais, principalmenteporque a moda é cocaína, que naocurto. Mas naquela época, se disses-sem que Cera Parquetina dava bara-to eu comia cera. A gente usavatudo até remédio para verme de ga-do. Uma noite, Sérgio Natureza par-ceird de Tunai e de Paulinho da Viola.levou nesse apartamento o GilbertoGil que gostou muito. Apadrinhadopor ele, estreei meu primeiro show,num projeto chamado Mostragem, noTeatro Opinião, em dezembro de 74

RG - Nascia então Duardo Dusek,figura andrógina, sobrancelha pinça-da, um Ziggy Stardust dos pobres!

DUSEK - Eu nem sabia quem eraZiggy Stardust. Só fui ouvir DavidBowie muito depois. Não acompanha-va esse rock. A primeira vez que viuma foto de Janis Jopiin, achei quefosse um travesti.

RG - Se não foi imitação do rock-lamê, de onde veio a inspiração para oseu visual?

DUSEK - A gente estava numa decidade, de humanóide, de bicho alado,sabe essa que Arrigo Barnabe estáagora? Hoje, ele faz isso bem, nóstentamos, naquela época, sem ter bar-ra. A musica era baseada em Stra-vinsky, misturado com Dalva de Ou-veira. Sabe a época das propostas? Euachava que tinha que raspar sobran-celha para parecer marciano, usavaroupas estranhas. Mas o show foi umblablablá, e fomos para o*TeatroIpanema. Fiz outros showzinhos, pin-tou um contrato com a RCA, a Globopulou em cima, e comecei a fazerbesteira. Fiz dois "Fantásticos hor-rorosos, péssimos, feios, ridículos

MD - Dois "Fantásticos" nada fan-tásticos.

DUSEK - Aí vi que o sucesso iacag(l) a barra. "PQP, estou num ca-minho errado, as pessoas estão enten-dendo errado, estou falando em Stra-vinsky, elas estão falando em vi-vi(*)do." Eu não estava numa de an-droginia, Dzi Croquetes desempenha-vam isso muito bem, já completavamo quadro. Eu estava querendo ir alémda androginia, mas ninguém enten-dia. Fugi para São Paulo. Botei meucachorro escondido dentro do trem efui morar com um amigo, dando aulasde canto, imagina. Montei um showcom minhas alunas de canto chama-do "Não tem perigo". Esse show fezum sucesso de crítica bem legal. Via-dimir Soares enalteceu no Jornal dadTarde, falando que "se Dusek esti-vesse na Broadway" , não sei o que.aquelas coisas, "mas ho Brasil sóencontra um teatrinho". Voltei para oRio, montei o show aqui, foi umfracassof, náo deu para pagar os mü-sicos, mesmo morando todos no mes-mo apartamento. Minha carreira deuuma estagnada.

MD - Esse show já foi em 78, né.DUSEK - Pode crer. De repente,

conheci Luís Carlos Góes. Eu já esta-va perseur... (consegue debular a pa-lavra sílaba por sílaba) pers-cru-tan-do... vou acabar como aque-las estrelas burras, que não sabem

»tAJ!*^^Sf

palavra nenhuma. Destesto essas coi-sas Hollywoodianas, tenho horror aHollywood! . ,, .

RG - Mas.você é o próprio Holy-wood-Kitsch! .

DUSEK - Já curti muito quandomenino, hoje vomito. Dei meu pôsterde Greta Garbo para um amigo, quetem 13 anos, nem sabe quem foi ela,só sabe que tem uns peitoes. GretaGarbo estava me dando náuseas.

HZ - Por falar em peitão, tem um

pôster ótimo da Jayne Mansfield noseu banheiro. ,llnl,

DUSEK - A Jayne tem uma bundaótimh! (para Mauro) Vai lá ver abunda da Jayne. Uma bunda! (gostada palavra e fica repetindo, enchendoa boca) Uma bundona mesmo! Quebunda! .

RG - Pelos pôster da sua sala -

Peter Pan, a Rainha Má - você estanuma agora de Walt Disney.

DUSEK - Esses desenhos sao deuma perfeição visual fantástica. Es-tão aqui como uma homenagem àinfância. "Peter Pan" é um sonho,com o pó de pirlimpimpim uma ima-gem tão inocente da viagem... Mas oque mais gosto é esse: (acima da TV,tem um quadro hiper-realista quemostra um casal, num quarto tododesarrumado - cie de cuecas, garrafana mão,ela estendida no sofá -vendoTV) Esses dois já devem ter transadotanto! (imita a exprfessão dos dois)

Adoro essas orgias a dois! Han! Comessa carreira, há quanto tempo quenão consigo... (cara de assoberbado)Em camarim .é terrível! E apertado,entra e sai gente toda hora... (sentaereto) Pelo amor de Deus, vamoscontinuar essa entrevista!

HZ - Conseguimos ir de 1501 a1978, quando você conheceu LuísCarlos Góes.

DUSEK - Eu estava compondouma musica chamada "A DeputadaCaiu", meio baseada numa deputadameio rechaçada pelo sistema por sejuntar com um homem lá, com ima-gens cinematográficas, como a deuma deputada se atirando do décimoandar de um edifício em Copacabanapor se sentir mal amada. Uma crioulagrita

"a deputada caiu" e acaba ahistória, sem moral nem nada. E umadesgraça engraçada. Luís Carlos Góestinha escrito "Síndica, qual é a tua?e "Dá uma entradinha rápida só parasacar como esse homem me ama",com um tiro de humor muito parecidocom o meu. Pedi uma letra para ele, eme apareceu... olha, achei que euestava louco, mas ele estava muitomais! Começamos a compor por aí, e

• veio"Nostradamus".RG - Mas vamos lá: como o márgi-

nal entrou no sistema? -DUSEK - Montamos o show Fo-

lias tio Matagal", que começou a terpenetração, comentado por ManaHelena Dutra no JB e apesar deesnobado pela UH. Eu fazia tudo,iluminação, cenário, o diabo, tinhame dedicado àquilo, e quando fui naUH e a pessoa nem quis ler meu nlizisai cábisbaixo. (todos querem saberquem foi a pessoa com quem elefalara. Suspeita-se do Mauro, maseste nega. Insis*m) Não vou afirmarnada, ainda mais para o gravador delá A verdade sempre virá a tona."Folias no Matagal" foi sucesso decrítica mas fracasso de bilheteria. Aipintou o festival onde apreser tei•'Nostradamus". Foi quando senti o

que era a dimensão de um sucesso,fazer uma platéia se levantar com seucarisma, ser conhecido coast-to-coast. _

IVONE KASSU - Dusek, em "Nos-

tradamus*' mesmo a criançada já co-meçou a te curtir.

DUSEK - Sim. era uma coisa maisclowhesca, de muito visual. Eu tinhadeixado o cabelo e a barba crescer,sem saber que iria se adaptar tão bema uma musica. Quando todo mundotinha cabelo comprido, ã Ia ripi, toseio meu à Ia militar e pintei de branco.

RG - Dusek pré-punk.DUSEK - Pode crer, cabelo branco,

sem sobrancelha, boca vermelha, bo-tas pretas, roupa cheia de pontas.Quando todos cortaram os cabelos,deixei o meu crescer, por implicânciainconsciente. Fiquei com uma ima-sem de Jesus Cristo, que calhou paraa coisa profética de "Nostradamus"

RG - Só que, com o sucesso"Nostradamus", quiseram quecontinuasse trabalhando essagem. . ,

DUSEK - Aí entrou minha perso-nalidade mutante, com ascendenteem Aquário, que não me deixa pararno tempo. Montei "Eduardo Dusek eseu Piano de Calda", um show dehumor, bem diferente de "Nostrada-

mus" Fez muito sucesso, viajei oBrasil' inteiro, ficou quase três anosem cartaz. Com isso, foi acontecendoum declínio na minha carreira. Quemestá se apresentando pelo Nordeste

o aparece nos meios de comunica-né Eu fugia um pouco também,

cie televisão tinha aversão, via osartistas sendo consumidos demais, deninguém agüentar mais ver OS mes-mos artistas aparecendo todo dia.

Quando voltei, senti que precisava deum golpe geral, na minha cabeça, naminha carreira, na minha vida. Foientão que bolei o golpe de "Barrados

no Baile".HZ - Conte então o seu Projeto

Barrados-no-Baile.DUSEK - Eu não disse que sou um

vigarista, um traficante de MPB? Poissentei numa mesa da PolyGram, tireiuma pasta gorda, e disse: "Estou aquicom um projeto comercial. Se eu naoganhar dinheiro dentro de um ano.me ponham, por favor, para fora des-sa companhia". Então foi tudo pro-gramado, milimetricamente.

RG - Inclusive o lance do testival.'DUSEK - Com três meses de ante-

eedéhcia. Foi uma trama. Minha ima-gem era down, caída, para o publico,era um jesus-cristo, bonzinho, quaseromântico, que os puristas adoravam.Tinhorâo falava bem de mim. Era umsanto. As senhoras chegavam: "Como

você é bonito! É o filho que eu queriater"' Náo estava legal. Tinha presti-gio, mas não tinha dinheiro para umtratamento dentário. A década de 80estava começando a esquentar, euestava percebendo que a nova ondaseria a dança. Era a época da crise dodisco, falava-se muito em devoluçãode discos dos grandes astros comoMaria Bethánia e Chico Buarque, emnão-contratações, em dispensas. Oque poderia movimentar essa situa-ção'' Fui ver o que a Globo estavafazendo: ginástica. Novela com todomundo fazendo cooper.

MD - Marcos Valle: "Tem que cor-rer/ tem que suar"...

DUSEK - Não, Marcos Valle pegoua teia da aranha da academia doirmão de não sei quem... tem qualida-de para fazer coisa melhor. Muitoantes, tudo estava ligado ao ritmo. O

eu sabia fazer em termos

ritmo? Rock! Fechei a tampa do Pia-no de Calda. Até fiz um show mos-trando o fechamento desse caixão naminha vida. Olhei para o espelho emeti a tesoura. Raspei a barba. E saíacata de um conjunto de rock. Achavaum, dava uma grana, eram muitofunk. Comecei a ouvir Elvis Presley,Chuck Berry, coisas que nunca haviaescutado.

HZ r- E nessa achou Joáo Penca eseus Miquinhos Amestrados.

DUSEK - Tinham o clima dos anos50, tudo que eu queria. Tendo o con-iunto precisava de uma musica queaglutinasse a idéia central do que obrasileiro vive nesse momento. Umdia estou sentado, vem na minhacabeça: "meu Deus, eu é que estoubarrado no baile!" Todo mundo caiuna gargalhada! Virou o título da mü*sica Pegamos esse lado do brasileiroquerer ter sfatus, do final da classemédia da falsidade da sociedade, efizemos uma musica. Só precisava,então, de um golpe publicitário quelançasse a musica em grande estilo.Foi então que a Globo caiu na bestei-ra de me convidar para mais outrofestival. Veio com aquela prepotênciapeculiar a toda grande empresa que-ro parar de meter o pau só na Globo.Fiquei com essa pecha.

RG - Pode passar a malhar a Man-chete também.

DUSEK - Os defeitos sao os mes-mos O Brasil também tem esse defei-to da prepotência. Mas a Globo que-ria me botar no festival com a musicaValdirene, a Paranormal, onde eu jo-eava os cabelos para trás, recebia umlanto'Falei: "entro, mas tenho uma

palco, recebendo flores) Agradeço àcomunidade gay. muito obrigado fo.uma honra a comunidade gay ter meeSMD-°Ò

seu tipo físico consolidou

VDUSEK - O que é que "Folias no

Matagal" tem a ver com comunidade8aivÍD - É fresquíssima, uma das mü-sicas mais frescas que já ouvi.

DUSEK - Olha, se pensarem quevou ser ídolo de comunidade gay,podem ir tirando essa idéia da cabeça,porque acho o movimento mais atra-¦sado do Brasil. Vou logo avisando.Não deu certo, foi mal-dingido, mal-interpretado, mal-entendido. Vejam:o movimento feminista no Brasil evo-luiu.

RG-Um pouco.DUSÈK - Não, desde que apareceu,

nos anos 60, as mulheres estão muitomais conscientizadas, malandro. Fo-ram à luta mesmo, inclusive as maisburras as louras compulsórias. O mo-vimento negro evoluiu pouco, masevoluiu. O negro tem muito maisconsciência de sua posição na socie-dade se coloca mesmo como negro. b.difícil hoje ver alguém querendo apa-recer como negro branco. Teve oBlack Rio, a cultura negra. O movi-mento ecológico evoluiu, faz denün-cias, vai a Tucuruí, faz passeatas,organiza jornais, lança candidatos.Vamos observar o movimento gayComecemos pelo americano. Vocé en-tra num banco em Nova York, temum sujeito seriíssimo, de terno, aten-dendo os clientes seriamente, mascom um button do tamanho de umaficha de chopp escrito: "I am homos-sexual". Todo mundo vai lá. lê aquelebutton, respeita o cara, tratando deigual para igual. Claro, tem sempreum ou outro, que nem aquela atnz

musica melhor, Barrados no Baile,um rock, a onda que vai pintar••Não Dusek, queremos o que vocêfez no show Piano de Calda, porque ofestival esse ano vai ter muito mais

qualidade. Queremos algo essencial-lontn ipatral. "E eu querendo fugir

devocêima-

natção,

mente teatral. "E eu queredo teatral, o teatro estava as moscas.Se eu recusasse a entrar no testivai,continuaria no limbo, hoje estaria emoutra carreira. A multinacional paraonde eu trabalhava já ficava impa-ciente por eu não produzir outro dis-co. Então bolei aquilo que aconteceuMarquei minha aparição no festivalpara bem depois, e começamos a en-saiar Valdirene, a Paranormal em nt-mo de rock, com a mesma introduçãode Barrados no Baile. O pessoal daGlobo começou a ficar preocupado:"Dusek, não era isso que a gentequeria". Realmente, a musica ficouuma m(*)* As pessoas praticamentechoravam. A gente, às gargalhadas,ninguém entendia por qué. E queentramos e tocamos Barrados no Bai-le mesmo, e foi a ünica musica daque-le festival que aconteceu.

RG - Você entrou e disse uma traseoue vai entrar para a história daMPB, (fazendo blague) tanto quantoo discurso do Caetano no festival defifi

DUSEK - Puxa. não chega a tanto.Caetano desafiou o Brasil. Eu desafieia Globo. Como era a época de LuanaGamará, eu começava a dizer assim,••hoje é sexta-feira, 13, e recebi umtelefonema de Luana Camará e deJanete Clair, dizendo que nao mexes-se com esse tema". No ensaio, LuanaCamará concordava com a musica.Na hora H, mandou eu parar. "In

tão agora, vou fazer o seguinteos auspícios da nossa adorável,apontava para os Miquinhos, que(em pose de rock anos 50)"Sheeeeell"! Botei o patrocinador nomeio para a Globo ficar com medo decortar. Depois fiz uma piada em cimada Shell, para puxar mais ainda osaco fui correndo do piano até omicrofone do centro do palco, e man-dei um abraço para o pessoal datécnica e um beijo para o Bonifácio,

presidente da Globo, desafiando, af,diretamente a Globo. Esse detalhe jáfoi inconsciente, foi de loucura. Ven-do o teipe depois, reparei que euestava totalmente afeminado. De taonervoso, virei uma palhaça. Era o

emento decisivo de toda a minhacarreira. A gente cantou então outramusica, vendo o jün procurando de-sesperadamente a letra. ,_mh(ím

RG - Teve um esquema tambem

para não tirarem do ar, né?DUSEK - Cantaluppi, meu produ-

tor foi para a sala de ar, ficar pseudo-ajudando eles na edição da musica.Ouando entramos: "Barrados no bai-lg uô-uó...". o pessoal continuou namesma. De repente, um técnico dosmais chinfrins, gritou:

"eles não estãocantando a musica combinada! To-dos pularam, foi um pânico na sala decorte' Quando gritaram:

"tem quecortar! Vai dar galho!". Cantaluppitirou o papel de aprovação da Censu-ra Enquanto ficaram lendo, e deci-dindo isso. foi tudo para o ar, e virousensação nacional. Uma bobajada,uma coisa à toa.

MD - Você" Talou que gosta deabraçar tudo. Ao mesmo tempo, "Fo-

lias no Matagal" virou um hino dacomunidade gay. E você, ídolo dos

americana, cujo filho deu aos 12 anos.aí ela pirou e foi fazer uma campanhacontra os homossexuais.

RG - Anita Bryant.DUSEK - Lá, é uma luta sobretudo

política. No Brasil, os movimentosnegros, feministas e ecológicos témesse cunho político. No Dia Interna-cional da Mulher, assisti a um debateótimo no Ferreira.Neto, reunindo des-de Ruth Escobar. a Benedita, umanegra de favela eleita vereadora. Fi-quei fascinado! Agora, o movimentoJ5 brasileiro, o que faz? Um baileGala Gay, uma Corrida Gay - organi-zada por Carlos Imperial, o chefe dosmachões brasileiros - e pequenosacontecimentos nos ambientes baixosda Cinelândia. Vi(*)do é respeitadoatualmente no Brasil? Digamos quevocé seja homossexual. Aluga umapartamento de quarto e sala. bota tóuma cama de casal, eva, dormir como cara com quem resolveu casar. O

dia que algum vizinho descobrir isso.vai ser recriminado dentro do prédio.

HZ - O caso do Chrysóstomo toium bom exemplo disso.

DUSEK - Em suma: os homosse-xuais não evoluíram nada! Não secolocaram politicamente, continuamnum festival de frescura, sem se assu-mirem como seres humanos Os ho-mossexuais acabaram se unindo aosmachões. É um movimento machistaEssa opinião não quer dizer que eudiscrimine os homossexuais nao souuma pessoa democrática, para mimecomo uma outra pessoa qualquer. Se

quiser pintar a cara de purpurina ebotar perucas mis, acho óumo, mas aitem que fazer como a Rogéna. assu-mindo logo que é uma ^ansform.sm.Para isso tem que ter talento. Agoraficar nem lá nem cá... um bando de

gavzinhos.de bigodinho, todo iguala-nho arrumadinho, comportamentoidêntico... Bicho, isso não é -rr,-

política.sob

.", e

quede

gays.DUSEK É mesmo? (como se num

RG - Esse assunto entrou na entre-vista porque as pessoas confundemseu jeito circense e debochado comcerto vi(*)ismo.

DUSEK - O palhaço vive de qual-quer-forma gestual. Eu sou um pa ha-co Sou também homem. Me sintohomem. Gosto de ser homem. Nuncaquis ser mulher. Nunca quis tomarumaatitudegay.Oqueháéoseguin-te sou absolutamente liberado se-xualmente. Aquilo que resolvo fazer,faço porque sou dono do meu corpo,e assumo. Digo mais: tudo que é bom.tudo que tiver vontade, deve ser feito.Agora, se for para cama com umhomem, será como homem, e com umhomem. Mesmo que seja a bicha ma slouca do mundo, estarei indo com eleconsciente de que estou indo com umhomem. Não com uma mulher. Essetipo de consciência precisa existir.

MD - Para terminar, o que é osucesso? . .

DUSEK - "Sucesso" vem de suce-der"' È uma coisa atrás da outra.Antigamente, eu fazia um show e naoacontecia nada. Perdia dinheiro, vol-tava para casa com dívidas, sem sabercomo iria almoçar no dia seguinte.Nada se sucedia. Não adiantava. Erauma energia parada no mesmo lugar.Eu ficava uma arara. Era uma situa-

çáo onde eu náo gozava nunca. Oacesso, nâo. é uma boa transadaRende frutos.

Rio de Janeiro, sexta-feira, 8 de julho de 1983UH REVISTA 3

SYLVIOABREU

Autógrafos~\TUNCA

fui muito chegado a noites de/ \ autógrafos, mas como ultimamente a bebi-

da nos bares anda muito cara, tenhoenfrentado os lançamentos mais diferentes, sen-do obrigado a me adaptar a uma série depessoas e situações que jamais julguei encontra-ria pela frente.

Nâo deixa de ser um aprendizado.Tem sempre alguém paquerando, ou procu-

rando papo (nos lançamentos, as pessoas nuncase conhecem), pois afinal não podemos ficarcalados, amontoados no espaço mínimo da livra-ria.

Semana passada, enfrentei um sujeito queteimava em se dizer meu conhecido:

Te conheço de onde? - perguntou, com todaautoridade.

De lá mesmo - respondi, lhe dando umachance. I

E aquilo, continua na mesma?Do mesmo jeito, sabe como é.Nem a turma tem mudado? - fez cara de

perplexidade.Fui obrigado a reciclar:

Sumiram uns, apareceram outros - emboranão tivesse a menor idéia de que lugar que elefalava.Você ainda trabalha na mesma sala? - elepergunta, agora com certa crueldade no olhar,como se, ao mesmo tempo, desejasse me desmas-carar.

Resolvi enfrentá-lo. Se ele sentia-se agoratentado a provar que não nos conhecíamos, azarseu, ora. „

De certo tempo pra cá estou trabalhandopor conta própria. .

Mas ele viu que ia perder o pretexto, foiprofissional:Você me havia dito, agorwme lembro.

Tornamo-nos bons amigos, fomos dali paraoutro lançamento, onde nos demos bem comduas garotas meio perdidas na multidão.

Mas nem sempre você topa continuar aconversa. Caso queira, ao mesmo tempo dispen-sar o sujeito e, descobrir com quem está falando,estenda-lhe a agenda com a caneta:

-Ponha aqui seu endereço e telefonv.Mas às vezes o cara que você acaba de

dispensar lhe traz alguma sorte. Aparece umagarota bonita:

Você conhece esse cara de onde?Daqui mesmo - você diz, fingindo-se de

adaptado.Desculpe, pensei que fosse do Liceu.

Ê sua vez de enturmar:-Ah, você esteve no Liceu?E vai por aí.Suponhamos que seu negócio seja enturmar

usando a lei do menor esforço. Nesse caso, sejareceptivo com quem o abordar.

Tem fósforo?Não, mas vamos arranjar - você devesegurar a pessoa pelo braço e sair com elaprocurando fósforo.

Já se você é dos que preferem puxar conver-sa, aconselho o seguinte expediente. Vise umapessoa na fila de autógrafos, aproxime-se dela epergunte:

-É aqui a fila?Se ela responder convidativamente à per-

gunta tão óbvia, você pode pedir para "furar".

Encontrando alguém conhecido que o venhacumprimentar, cumprimente-o com certa efusão,olhando para lados e rindo vagamente, para dara impressão de que você é pessoa famosa. Todosao redor ficarão ligados.

E quando se sentir meio sozinho, procure amulher mais bonita e pergunte:

Viu o A rtaxerxes?Ela rirá de você. Aí você finge ter ficado sem

jeito e meio irritado. Ela não mais o esquecerá,isso terá despertado o maternalismo dela, quesentirá pena por havê-lo humilhado. Mas conti-nue olhando para todos os lados, como seprocurasse mesmo o tal de A rtaxerxes.

Seu negócio é só beber? Então tente agradaro garçom:

E você mesmo quem prepara a "batida"?Se for ele, elogie a bebida. Ele o procurará,

sugerindo-lhe que experimente a "batida" a cadarodada.

Porém, nesse caso, há um momento em quetodas as pessoas começam a fugir de você.Agora, seja solidário e ndo se vá logo. Dê, antes,uma chance aos nâo enturmados: uns passoscambaleantes pela sala, para que aquele rapazmais saliente tenha a oportunidade de se aproxi-mar daquela garota cobiçada, sorriso gentil noslábios:

- Esse cara tá numa água danada. Se aincomodar, é só dizer, que a gente se mandadaqui.

O jogador desempregado normalmente évítima de empresários desonestos. Paraacabar com isso, o sindicato criou um

meio para que se mantenham em forma

FUTEBOLFoto de Lúcio Bernardo

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Na cantina, os jogadores esperam a hora do treino

Para fugir da velhice,qualquer meio é válido

Teresa Tavares

um mês, os jo-gadores profissio-nais desemprega-

dos têm um meio de con-seguir emprego semmanter contato com osbarcas furadas, empresa-rios que praticamente vi-vem à porta da Confede-ração Brasileira de Fute-boi, fazendo propostas aesses jogadores, que nemsempre correspondem àrealidade econômico-financeira dos clubes.Um convênio assinadoentre o Sindicato dos A-tletas Profissionaisdo Es-tado do Rio de Janeiro eempresas e entidadesque mantenham camposde futebol proporciona aquem estiver desempre-gado espaço para desen-volver suas habilidadesfísicas, além de permitira contratação seguindo-se à risca a legislaçãotrabalhista.

O criador da idéia - esó poderia ser - é oapoiador Afonsinho,contemporâneo de Ger-son, Jairzinho e PauloCésar no Botafogo, e queestá parado desde setem-bro do ano passado,quando terminou seucontrato com o Flumi-nense. Ele é um dos fre-qüentadores das quartase sextas-feiras do campoda Fábrica Klabin, e dasterças e quintas-feiras,da Casa do Marinheiro.Segundo ele, a idéia bási-ca do convênio é daroportunidade ao jogadorsem clube de estar ampa-rado, juridicamente, nomomento da assinaturado contrato.

Atualmente, são mui-tos os jogadores amado-res que treinam no cam-po da Klabin. Mas segun-do o advogado Luiz Ed-mundo Pitta, do sindica-to, brevemente só osprofissionais poderãotreinar ali, já aue "não éde competência do sindi-cato o amparo ao joga-dor amador". A medida,segundo ele, não é discri-minativa aos amadores,mas necessária em virtu-de do grande número deprofissionais de-sempregados. Dos 79 ins-critos para esses treinos,apenas dois conseguiramemprego-explica ele.

Para participar dessestreinos, o jogador só pre-cisa levar sua chuteira,já que o restante do ma-terial foi doado por umafábrica de material es-portivo de S»ão Paulo.Afonsinho, o idealizador,

acha que das formas játentadas - desde o Tremda Alegria, passando pe-la cooperativa formadano São Cristóvão - esta éque mais frutos deverender. E explica; "essaforma de convênio, pro-vavelmente será a maisproveitosa, por permitirque um maior númerode jogadores desempre-gados de coloque em clu-bes de todo o Pais".

Pensa ainda que estaforma de cooperativismopoderá ser aperfeiçoada.Entre as melhorias queestão em estudo no sin-dicato da classe seria ade se criar um fundo pa-ra manutenção deste ti-po de auxílio, a ser ali-mentado por uma por-centagem tirada dos sa-lários de todo jogadorem atividade. Desta for-ma, acredita ele, os con-vênios podem ser manti-dos sem onerar ninguém.

O treino de terça-feirapassada no campo daKlabin foi visto por umrepresentante de SantaCatarina. Sua preferên-cia, entretanto, é por jo-gadores novos. "Jogadorcom mais de 32 anos, sótendo projeção nacio-nal", explicou ele. O pro-blema da idade, que aliásé uma preocupação daclasse, parece não afetarum dos mais controverti-dos jogadores brasilei-ros, Zé Roberto, ex-centroavante do Corín-tians, Coritiba, São Pau-lo, Guarani, Francana,Atlético Paranaense,Olimpique de Marselha,entre outros."Não acredito que aidade impedirá algumclube de me contratar. Aidade nunca me atrapa-lhou antes. Sobre o con-vênio, acho que esta fór-mula deveria ser postaem prática há muitotempo. É uma maneirade permitir que os clubesmantenham um elenco,que foi reduzido subs-tancialmente nos últi-mos anos".

• Sobre esta redução doelenco, Afonsinho temuma idéia muito própria.Para ele, tudo foi conse-qüência dos negros anosque se seguiram à con-quista da Copa do Mexi-co, quando o Brasil fra-cassou, seguidamente,em três competições".Foi Afonsinho, aliás,quem idealizou a coope-rativa do São Cristóvão,onde os jogadores rece-bem 80% das cotas doclube em cada partida,cedendo o clube aindatodo o material necessá-rio".

Um dos mais.entusias-mados com a cooperati-va é Rodrigues Neto, la-teral-esquerdo do Brasilna Copa do Mundo de1978, na Argentina, e quejá jogou no Flamengo,Fluminense, Botafogo,Internacional, Ferro-Carril Oeste e Boca Ju-niors, estes dois últimosda Argentina. Apesar deter sido goleado na es-tréia, sábado passado,pelo Fluminense, por 4 a0, Turíbio, como é co-nhecido, defende acooper-São Cristóvão:"Eu nunca entendipor que esta fórmulanunca foi adotada antesno Brasil, sendo práticacomum na Europa. Só hávantagens: nós nos man-temos em atividade e oSão Cristóvão passa acontar com um elencode primeira categoria".

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Investiarte apresentaarte colonial andina

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partir de terça-feira, a Invéstiarte apresentará a exposi-ção Arte Colonial nos Andes,

Séculos XVI, XVII e XVIII, forma-da por objetos de altar em prata,mobiliário e pinturas cusquenhas.As obras, adquiridas por coleciona-dores particulares, entre 1949 e1952, provocaram intensa polêmicano Peru e na Bolívia, obrigando oGoverno desses países a tomaremmedidas enérgicas, na tentativa deimpedir a evasão de suas obras dearte.

A arte andina, essencialmente re-ligiosa, tem como marca registradao anonimato, pois o sistema empre-gado em sua confecção era o co-operativo. Os índios pintavam poretapas, cada um dentro de sua es-pecialidade. Esta pintura, ao ladoda estuária brasileira, se constituino grande movimento da arte naAmérica do Sul.

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"A Morte Por Vingança"Com Joan Collins e PamelaSue Martin

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4 UH REVISTA

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CINEMALançamentos007 CONTRA OCTOPUSSY - (Octopussy) -

De Albert R. Broccoli. Com Roger Moore nopapel James Bond, o agente 007, em sua I3«aventura cinematográfica. Cenas incríveis decaçadas em trens, automóveis e outras situa-çõ™ fantásticas. Metro Boa Vista (Rua^doPasseio\ Condor Copacabana íAv. N. S.' deCopacabana), Largo do Machado I(Largo doMachado, 29). Baroneia (Rua Cândido Ben.-cio) e Art Méier (Rua Arquias Cordeiro) -

Mh- I6h30m - 19h e21h30m (14 anos)

HERANÇA DE UM VALENTE - (The ManFrom Snowy River). Direção de George Mil-ler. Com Kirk Douglas, Tom Burlinson eSigrid Thornton. Nas montanhas da Austra-lia! a passagem para a maturidade de um

jovem órfão que doma cavalos e despertapara o amor. Veneza (Av. Pasteur) - l4h -

Í6h - 18h - 20h e 22h. Comodoro (RuaHaddock Lobo) - 15h - 17h - 19h e 21h.Oivre).MAR DO PECADO - Direção de RobertoMauro. Com Simone Magalhães, Mano Pe-trágia e Fátima Leite. Mais pomo. Aventurasde quatro mulheres perdidas numa ilha de-serta. Pathé (Praça Floriano) - 12h - 141) -

16h-18h-20he22h.(18anos).

ContinuaçõesO CANGACEIRO TRAPALHÃO jDeTJajlelFilho Com Renato Aragão, Dedé Santana,Zacarias e Mussum. Barra HI (AVf das Amen-ci, 4.666) - Leblon II (Av. Ataul o de Paiva- Rian (Av. N.S. de Copacabana) - S. Luiz I

(Rua do Catete) - Tiíuca (Rua Conde deÈon im) e Tijuca Palace l (Rua Conde deBonfim - HhlOm- 16h- 17hW- 19M0m e21h30m. Imperator (Rua Dias da Cruz)Madureira II (Rua Dagmar da Fonseca) -

S (Rua Uranos) - Opera I (Praia deBotafogo) e Palácio I (Rua do Passeio, 38) -

13h40m - 15h20m - 19hl0m e 21h.PalácioCampo Grande) - 15h - 16h50m - 18h40m e

20h30m. (livre).MONTENEGRO (ou Pérolas e Porcos). DeDusan Makavejev. Com Susan Anspech. Ca-ruso (Av. N. S. de Copacabana)- 14h- 16h-18h-20he22h. (18 anos).MONSENHOR (MONSIGNOR) - Roteiro deAbraham Plonky e Wendell Mayes, com baseno romance de Jack Alain Leger. Direção deFrank Perry. Com Christopher Reeve. Klca-mar (Av N.S. de Copacabana) - 14h40m -17h- 19h20m e 2lh40. e Drive-in (Lagoa)-20he22h30m(18anos)INOCÊNCIA - Do romance de Alfredo D'Es-cragnolle Taunay. o Visconde de Taunay.Adaptação cinematográfica de Uma Barreto.Roteiro final de Walter Lima Júnior. ComFernanda Torres, Edson Celulan, SebastiãoVasconcelos, Rainer Rudolplie FernandoTorres. Art-Copacabana (Av. N.S. de Copaca-bana, 52), Brunl Ipanema (Rua Visconde dePirajá, 371) e Rio Sul (Rua Marquês de SaoVicente, 52) 14h - 16h - ISh - 20h e 22h.Art-Tijuca (Rua Conde de Bonfim) e Art-Madureira (Rua Arquias Cordeiro) - 15h -

17h-19he21h. (livre).RAMBO - (Programado Para Matar) - DeTed Kotcheff. Com Sylvester Stallone. Cjjrio-ca (Rua Conde de Bonfim) e Odeon (PraçaMahatma Ghandi) - 13h30m - 15h30m -

17h30m - 19h30m e 21h30m. Madureira 1

(Rua Dagmar da Fonseca) - Ramos (RuaLeopoldlna Rego) - ISh - I7h- »h « "

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JOANA, A HISTÓRIA DE UMA MULHER(Síory of Joanna). De Gerard Damiano. ComTerril Hall Vitória (Rua Senador Dantas) -

12h30m - 14h20m - 16hl0m - 18h - 19h50m e21h40m. Coral (Praia de Botafogo) Ibhlum -

18h - 19l)50m e 2lh40m. (18 anos)

DANTON, O PROCESSO DA REVOLUÇÃO

Slanton) - De Andrzej Wajda. Com Gerard

epardieu e Waiciech Pszoniak Cinema I(Rua Prado Júnior)- 15h30m - 18hl5m e21h.(16 anos).

TOOTSIE - (Tootsie) - De Sydney Pollack.Com Dustin Hoffman. Jessica Lange e TenGarr Brunl Méier (Av. Amaro Cavalcante) eBrunl Tlluca (Rua Conde de Bonfim) -

14h30m - I6Mbm - I8h50m t 2 h. BrunlPremier (Rua Barata Ribeiro, 502) - 141) -

16h30m-19he21h30m. (Manos).

MEPHISTO (Mephisto)- De Istva.vSzabáCom Klaus Maria Brandauer. Lido 11 (Av. N.b.

de Copacabana)-I5h30m-I8hl5me21h.(16 anos).GARGANTA PROFUNDA - De Gerard Da-mianos. Com Linda Lovelace. Astor_ (Av.Ministro Edgar Romero ) - 15h - 16M0m -18h - 19h30m e 21h. Scala (Praia de Botafo-eo) - 15h30m - 17h - 18h30m - 20h e 21h30me Rex (Rua Álvaro Alvim) - 12hl5m -15hl0m - 18h05m e I9h35m. Sábado e domm-go a partir das 13h45m. (18 anos).

ReapresentaçõesA RATINHA VAlf.NTE - (The Secret ofNImh) - Largo do Machado II - 14h50m -

16h20tn- 18hl0m e21h 50m (14 anos)

POPEYE - Studio Ilha (Rua Sargento JoàoLopes. 826) - 14h30m - 16h20m - 18hl0m e20h (livre).A FORÇA DO DESTINO - Jóia (Av. N.S. deCopacabana) - 14h - 16h30m - 19h e 21 h30m.(16 anos).

A LAGOA AZUL - Bristol (Av. MinistroEdgar Romero)- 15h - 17h - 19h e 21 h.

ARISTOGATAS - Copacabana (Av. N.S. deCopacabana) e Paissandu (Rua Senador Ver-¦ueiro) - 14h20m - lOh - 17h40m - 19h20m e

Jlh Palácio II (Rua do Passeio. 38. - 14h -15h40m - 17h20m - 19h e 20h40m. (livre)

PERDIDOS NA NOITE - Ricamar (Av. N.S.de Copacabana) - Sessão à meia-noite.

LILI MARLENE - Cinema III (Rua Conde deBonfim)-14h20m-16h40m-19he21h20m.(14 anos).GANDHI - Coper Tijuca (Rua Conde deBonfim)-I3h30m-I7hc20h30m (livre)

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BELLA CIAO - De Luiz Alberto de Abreu.Direção de Roberto Vignati. Apresentaçãodo grupo Arteviva. Teatro Glaude Rocha. Av.Rio Branco. 179. Horário: 3» feira a sábado as21h. Domingo: I8h e 2lh. Ingressos: 3« a 6«feira e domingo: Cr$2000 e Cr$ 1400. SábadoCrt 2000.

POR UMA NOITE - De Diana Ra/novicliDireção e tradução de Cecil Thlré. ComAracv Balabanlani Susano Falni c MarceloPicclii. Teatro Maison de France. Av. Presi-dente <\ntônio Carlos. Horário: de 44 a 6»feira às 2lhl5m. Sábado: 20h c 22h30m,Domingo: 18h è 20h30m, Ingressos: CrS 2.500e CrS 1.500. li1 feira e sábado: CrS 2.500.

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Zona Norte

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20 Lecy Brandão e Carlos Josésão atrações musicaisem É Preciso Cantar

Cena de Desligue o Projetore Espie pelo Olho Mágico

TORTURA CRUEL e SUPER DRAGÃO IN-VENClVEL DO KARATÉ - íris (Rua daCarioca)-10h-l4h-18he22h. (18anos)

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PetrópolisPETRÓPOLIS - O CANGACEIRO TRAPA-LHAO- (livre)- 15h30m- 17h20m-19hl0me21h.D. PEDRO - RAMBO - PROGRAMADOPARA MATAR- (18 anos)- 15h- 17h- 19h e21 h.

TeresópolisALVORADA I - POLTàs21h.ALVORADA 11 - GANDHI (livre) às 21h.

ALVORADA I - POLTERGEIST- (16 anos)às21h.

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TEATROZona SulO OLHO AZUL DA FALECIDA - De JoeOrton. Tradução de Bárbara Helidora Dire-çào de Luiz Fernando Lobo. Com Ana LúciaTorre, Rogério Fróes. Hélio Ary. Pedro Verase Flávio Antônio. Teatro Delfin Rua llumai-lá, 275. Horário: 4' a 6* feira às 21 hl5mSábado 20h e 22h30m. Domingo: ISh e21hl5m. Ingressos: 4' e 5- feira CrS 1.500 (i'feira e sábado CrS 2.50(1 Domingo CrS 2,500 eCrS 1.500.A FAMÍLIA TITANIC - De Mauro RasiDireção de Mauro Rasi e Felipe Pinheiro.Com Cláudia Jimenez, Felipe Pinheiro, PedroCardoso c Zezé Polessa Horários: 3' feira às2lh30m. 4< a 6* feira: 17h. Sábado 16h30m.Ingressos: Cr* 1.500 eCrJ 1.000,

,0 DIA EM QUE O BRASIL TOMOU DORIL-De Benvindo Siqueira. Direção de BenvindoSiqueira. Supervisão de Aderbal Júnior -Teatro Princesa Isabel. Av. Princesa Isabel.Horário: 4' a 6' feira às 21h30m. Sábado:20h30m e 22h30m. Domingo: IKh30_n e21h30m. Ingressos: V a 5' feira e domingo:

j CrS 1.500 e CrS 1.000. Sábado: CrS 1.500.

O DIA EM QUE ALFREDO VIROU A MAO-De Joào Bethencourt, Com Cláudio Corrêa eCastro. Thelma Reston, Elizãngela e AW-xandre Marques. Teatro da Praia. Rua FranciscoSá. 88. Horário: de 3< a 6- feira às 2lhl5mSábado 20h c 22\\'M)m e domingo lKli e 21 liIngressos: 3J, 4J e 5- feira: CrS 1 80(1 eCrS 1.00(1. 6* feira: CrS 2.00(1, Sábado.CrS 2 500 e domingo: CrS 2.000 e CrS 1.000.

FOLIAS DO CORAÇÃO - De Geraldo Car-neiro. inspirada no filme Esse Mundo £ dosLoucos, de Philipe de Brocca Com o grupoMacmellow International Troupe. Parque La-ge - Rua Jardim Botânico. Horário: 4" feira asábado às 21l_30m, Domingo: I9h e 21h30m,Ingressos: CrS 1.500 e CrS 1.000. 4J feiraCrS 800.APENAS BONS AMIGOS - De Geraldo Car-neiro. Direção de Antônio Pedro. Com Caí-que Ferreira. Denise Bandeira. Maria Padilhae Miguel Falabella - Teatro de Arena -Horário: 2« e 3» feira às 2lh. 4« a B< feira às18h. 6' feira sessão à meia-nnite. Ingressos:CrS 1.500.

A AURORA DA MINHA VIDA- De Naum A.de Souza Direção de Naum Alves de SouzaCom Marieta Severo. Stella Freitas, AnaluPrestes e Cidinha Milan. Teatro de Arena -Rua Siqueira Campos, 143. Tel.: 235-5348.Horário- 4« a 6' feira às 21h. Sábado: I9h.Domingo ISh e 2lh. Ingressos: 4« 5» feira edomingo. CrS2500 e CrS 2000. Sábado:CrS 2500.ADORÁVEL JU1.IA - De Somersete Maug-han. Adaptação de Sauvajon. Tradução ereadaptação de Domingos de Oliveira Dire-ção de Domingos de Oliveira e Marilia PeraCom Marilia Pera. Domingos de Oliveira eScarlel Moon. Tealro Copacabana Av. N.S.de Copacabana. Horário: 4'. 5* e 6" feira edomingo às 21 li. Sábado: 20b e 22h30m.Vesperais domingo: 18h e 5" feira às 17h.Ingressos: -V feira e 5' feira: CrS2.000 i-sábado CrS 2.500.NO BRILHO DA GOTA DE SANGUE -

Direção de Domingos de Oliveira. Com Car-los Vereza, Francisco Milani. Clemente Vis-caino e Procópio Mariano. Teatro GláucioGil Praça Cardeal Arco Verde. Tel.: 237-7003.Horário: de 4' a 6" feira às 21h30m: sábado.20h e 22h30m e domingo 18 c 21h. Ingressos:CrS 2.000 e CrS 1.200. Até dia 10.TISTU - O MENINO DO DEDO VERDE - DeMauriee Druon. Traduzido e adaptado porOscar Felipe e Neide Mendonça. Direção deIvan Merlino. Com Oberdan Júnior, Deoch-des Gouvêa e Cristina Bethencourt. - TeatroVilla-Lobos-Av. Princesa Isabel, 440.-Tel.:275-6695. Horário : 4' a 6» feira as ISh.Sábado: 15h e 17h. Domingo: 16h. Ingressos:CrS 1.000. Sábado e domingo: CrS 1.500.

DESLIGUE O PROJETOR E ESPIE PELOOLHO MÁGICO - De Hilton Have. Direçãode Arnaldo Dias. Com Hilton Have RnmulnArantes e Agnes Fontoura Tealro ClaraNunes. Rua Marquês de Sào Vicenle. Hora-no- de 4* a 6' feira às 2lli3(lm. Sábado 20h e22.i.')0m. Domingo 18h e 21 li. Ingressos:CrS 2.500 e CrS 1.500. 6' e sábado: CrS 2.500.

LÁGRIMAS AMARGAS DE PETRA VONKANT - Dè KW. Fassbinder, Tradução deMillôr Fernandes. Com Fernanda Montene-gro, Renata Sorrah e Rosita Thomas Lopes.Tealro dos Quatro - Rua Marquês de SãoVicente, 52 - Tel.: 274-9895. Horário: -lJ. 5* eli-' fêlra às 2lh30m. Sábado: 20h e 22h30m.Domingo: 18h e 21h. Ingressos: Cr$2.500 eCrS 1.500, 6a feira e sábado: CrS 2.500.POR UMA SALVA DE PEIXES - IX' LuizAlves de Macedo Neto. Com Ednaldo Eirasde Souza, Ana Achcar e Daniela Maia. Tea-tro Cacilda Bccker. Rua do Catete. Horário,de 5» feira a domingo às 21h. CrS 1.000 e CrS800.MARATONA - De Naum Alves de Souza.Direção de Milton Dobbin. Com Dedina Ber-nardelli e Felipe Camargo. Teatro dos Qua-tro Rua Marquês de São Vicente. 52. Hora-rio- 2' 3" feira: 17h e 21h30m, 4' e 6' feira17h. Ingressos: CrS 1.500 ei.000

OS 12 TRABALHOS DK HERCULES-Adap-laçào e direção de Carlos Wilson. Com AnnaCotnm. Tereza Piffer e Alexandre FrotaTeatro Tablado. Av. Irineu de Paula Macha-do 795 Horário: li' feiraàs 2lh30m. Sábado.isIBIi e21h30m, Domingo às 181). Ingressos:CrS 1.00(1

FEIRA DE ADULTÉRIO OU COMO COBI-ÇAR A MULHER DO PRÓXIMO - De Ar-mando Costa e Paulo Pontes, Jô Soares,Braulio Pedroso, Ziraldo e João Bethencourt.Direção de Rosamaria Murtinho. Com Rosa-maria Murtinho, Haroldo de Oliveira MiguelCarrano, Denny Perrier, Cláudio Martins eFernando Paliot - Teatro do Senac - RuaDona Isabel, 700 - Horário: 6' feira e sábadoàs 21h. Domingo às 20h. Ingressos: CrS2.000c CrS 1.000.

Teatro/ RevistaRIO GAY - De Vicente Pereira e JorgeFernando. Direção de Jorge Fernando. ComRogéria. Mariene Casanova. Samanlha. Kir-riaki F.laine e Desirée. Tealro Alaska. Av. N.S. de Copacaabana. 1.241. Horário: de 3» a 6feira às 2lll30m. Sábado: 2(lh e 22h30m edomingo: 19h e 21h30m. Ingressos: 3« aSfeira e domingo: CrS 1.800 e CrS 1.000. fiJ feirae sábado: CrS 1.800.

LOUCURA GAY - De Veruska. Direção deBerta Loran. Com Jane Di Castro, Veruska,Cláudia Kcndall e Guildá. - Teatro Rival -

Rua Álvaro Alvim. - Tel.: 240-1135 - Hora-rios: de3< a 6' feira às21h!5m. Sábado: 2lhe23h. Domingo. 19h e 21h. Ingressos: CrS 1.500e CrS 1.000.6' feira e sábado: CrS 1.500.

CHFGUEI - Direção de Brigitte Blair. ComCláudia Celeste. Sérgio Nascimenlo, Babyl.oran. Tealro Brigitte Blair. Rua Miguel1 emos. 51. Tel. 521-2955. Horário: de 4' a brfeira às 2lli30m. Sábado: 201) e 22h. Dom,;-,go- 18h30m e 2lh30m. Ingressos: de V adomingo: CrS 1.000.Sábado: CrS 1.500.

09:00-Patali-Patatá09:15 -Padrão a Cores12:00 - Telecurso Io Grau12:15-Telecurso 2'Grau12:30-TVE Notícias12:45 - Tempo de Atualização13:15 - Mundo Indomável13:45 - Patati-Patatá14:00- Ê Preciso Cantar15:00 -Telerromance- As Cinco Panelas de

Ouro15:40-TVE Saúde15:45 - Jornal da Feira16:00 - Ginástica16:30 -Sftio do Picapau Amarelo - Robin-

sonCrusoé17:00 -Plim-Plime a Janela da Fantasia

17:25 -Bazar Tem Tudo17:40-Daniel Azulay-Hoje: O Mar18:00-Olha Aí18:05-As Aventuras doTioManeco18:30 - Confluências do Mundo19:00 - Tempo de Atualização19:30-Telecurso IoGrau19:45-Telecurso2»Grau20:00- Mundo Indomado-O Pantanal21:00- Esporte Hoje21:15- 1983-Notícias22:00 -Semana Especial - Os Musw»23:00 - Maestro00:00 -TVENotícias00:05 - Conversa de Fim de Noite00:10 • Encerramento

REDE GLOBO

4® A atriz Fernanda Montenegroestá no elenco da

novela Guerra dos Sexos

SHOW

-A Cuca

06:30-Telecureo2« Grau06:45-Telecurso l5Grau07:00- Bom Dia, Brasil07:30- Bom Dia, Rio08:00 -TV Mulher10:30 - Balão Mágico12:00 -Sitie do Picapau Amarelo ¦

Vai Pegar12:40-RJ TV12:55 - Globo Esporte13:15-Hoje13:40 -Vale a Pena Ver de Novo-Plumas e

Paetês14:40-Filme

16:45

17:30

18:1019:0019:4520:0020:3021:3023:3000:3001:0002:30

Os Gatões: ASessão AventuraCanção de DalsyCaso Verdade - Memórias de UmMenino de NegóciosPão Pão, Beijo Beijo

• Guerra dos Sexos•RJ TV

Jornal Nacional-Louco Amor-Sexta Super-O Bem Amado

Dallas - A FênixJornal da GloboFilmeFilme

REDE MANCHETE

CentroEVITA - Dl- Andrew e Tim Rice. Traduçãode Victor Bcrbara. Direção musical de EdsonFrederico. Direção geral Maurício Sliennan.Com Mauro Mendonça. Carlos AugustoStrazzer, Cláudia. Ilillon Prado e Silva Mas-sari Teatro João Caetano. Praça riradentes:dc 3« a 6' feira às 21 li. Sábado: 20h e 22l)30me domingo l.Sh e 211). Vesperal 5» feira as 1 /li.Ingressos: CrS 4.500 e CrS 2.000.

TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO- De ÁgataChnstie. Direção de Domingos de OliveiraCom Henriette Monneau, Diogo Vilela. Ma-ria Cláudia, Felipe Wagner, Hennqiieta Brie-ba e Vinícius Salvaton. Teatro UNH. AvChile. Horário: 3' feira a sábado às 21h30m.Domingo às Mh. Ingressos: 3« a 5' feira edomingo: CrS 3.000 e CrS 1.700. (i* feira esábado: CrS 3.000.

P1AF - De Parn Gems Tradução de MillôrFernandes. Direção de Flávio Rangel. ComBibi Ferreira, íris Bruzzi, Léa Garcia e CarlosCapelette. Teatro Ginástico Av. Graça Ara-nha 187. Tel.: 220-8394. Horário de 3» a 6<feira às 21hl5m. Sábado: 20h e 22h30m edomingo: 18h. Vesperal: 5' feira às I7h.Ingressos: de 3« a domingo: CrS 3000.CrS 2 500 e CrS I 500 Vesperal: CrS 1500.

SEIS E MEIA - Apresentação de InezitaBarroso e José Tobias. Teatro Carlos Gomes- Praça Tiradentes - Horário: de 2* a 6Meira

'.ãs 18h30m. Ingressos: CrS 500. Ultimo dia

NOITES CARIOCAS - Apresentação do Gru-po Gang 90 e Absurdettes. Morro da UrcaHoje e amanhã a partir das 22h. Ingressos:CrS 2000 e CrS 1500.

SHOW NA ALIANÇA FRANCESA - Apre-sentação de Antônio Adolfo e o conjunto Nóem Pingo D'Água. Rua Andrade Neves, 315.Tel. 268-5798. Horário. 4< e 5» feira, às21h30m. 6< feira e sábado, às 22h. Domingo,às 21h. Ingressos. 4' e 5' feira: CrS 1.500 e CrS1.000. 6' feira e sábado. CrS 1.500. DomingoCrS 1.000. Até dia 10.

PALA-PALAVRA: SIDNEY MILLER - Showde lançamento do LP póstumo do compositore poeta. Com AlaJde Costa. Ze re Gonzaga eZeluiz. Sala Sidnev Miller. Rua Araújo PortoAlegre. 80. Horário: de 3» feira a sábado às1 RhSom. Ingressos: CrS 500. Até dia 9.

SHOW INSTRUMENTAL- Apresentação deAlquimia e Áurea Regina. - Sala SídneyMiller - Rua Araújo Porto Alegre, 80 -Horário: de 3' feira a sábado às 2Ih. Ingres-sos: CrS 500. Até dia 16.

O SORRISO AO PÉ DA ESCADA - Apresen-tação de Jessé - Circo Esperança - RuaPadre 1 eonel Franca Horário: de 5* feira adomingo, às 2lh. Ingressos: CrS 1.500. Alé dia16.

OLORUM BABA MIN - Espetáculo dedança Apresentação do grupo. Teatro doLiceu. Rua Frederico Silva. 86. Horário de 3«feira a sábado ks21h. Domingo ás 19he2lh.Ingressos: CrS800. Atédia 17.

A DANÇA DOS SIGNOS - Apresentação diOswaldo Montenegro - Teatro Ipanema -

Rua Prudente de Moraes. 824 - Horário: de4'feira a domingo. às2Ih- Ingressos: CrS 1.0006" feira, sábado e domingo: CrS I 500 Ale dia17.

CANTANDO NO BANHEIRO - Apresentaçào de Eduardo Dusek. Canecão. Av. Vences-lau Brás. Horários: 4' e 5* feira: 21h30m bfeira e sábado: 22h30m e domingo: 18h.Ingressos: CrS3.000 e CrS 2.500. A(e dia 17.

BOCA LIVRE - Apresentação do conjunto. -

Teatro Vannucci - Rua Marquês de SãoVicente 52. - Horário: 4' a sábado: 21 h.Domingo: 19h e21h30m. Ingressos: CrS2000e CrS 1500.-Sábado: CrS 2.000. Até dia 31.

RAIZ FORTE - Apresentação de CláudioArgento. Rua Paulo Barreto, 66. Horário: de5'feira a sábado a partir das 21 horas.

CAFÉ DE IPANEMA - Apresentação dacantora Miúcha Rua Aníbal de Mendonça,36. Horário: de 5' feira a sábado às 2.)h.

ENTRANDO NA ABERTURA - Apresenta-cão do humorista Costinha. Teatro (ilóna.Rua do Russel. Tel.: 245-5527 Horário: de 4'a 6* feira às 21h. Sábado 22hl5m e 20h.Domingo: ISh e 2lhl5m. Ingressos: 4' a 6<feira e domingo CrS 1.500 Sábado CrS2.000.

6M íris Lettieri e AntônioCarlos Bianchini apresentam

o Jornal da Manchete

17:00-Clube da Criança19:00 - Jornal da Manchete20:30-Caçador de Aventuras

21:30-Filme .23:30-Jornal da Manchete-2» edição

REDE BANDEIRANTES

7 Joan Collins e John Forsytheestão no filme

seriado Dinastia

08:15 -Ginástica08:45 - Ao Despertar da Fé09:15-CavaloAmarelo10:00-Ela11.55- Boa Vontade12:00-Lucv Total12:30- Doris Day Show13:00 - Show de Desenhos17:00 - Jornada nas Estrelas

18:05 - Braço de Ferro18:50- Maçã do Amor19:45- Sabor de Mel20:40- Edição Local20-45 - Jornal Bandeirantes21:15-Boa Noite. Brasil - A Noticia e

Espetáculo23:20-Jornal da Noite23:45 - Dinastia

REDE RECORD

9m Scarlet Moon e Nelson Mottaapresentam o programa

Noites Cariocas

10:25 - Encontro com a Vida10:30-Tele-Escola11:00 - Igreja da Graça11:30 - Cozinhando com Arte11:45 - Encontro com a Paz11:55 - Record nos Esportes12:00 - Record em Notícias13:00- À Moda da Casa13:15 -OZorro13:40- Rei Arthur14:00 - EdnaSavaget

16:00 -George, o Rei da Floresta16:30 - Blackstar17:00-OBuggyaJato17:30 - JacksonFive18:00 - Gasparzinho18:30- A Feiticeira19:00 - Sessão Aventura -S.05.20:00 -O Homem do Fundo do Mar21:00-Filme23:00 - Noites Cariocas00:00 - Seresta

TV STUDIOSPara a criançada, a sugestão é

o desenho animado dashistórias de Tom & Jerry

KLEITON E KI.EDIR - Apresentação doscantores. Teatro Casa Grande. Rua Afrànlode Melo Franco. Horário: de 4J feira adomin-go às 21h30m. Ingressos: CrS2.000. SábadoCrS 2.500.

07:00-07:3008:0008:2008:4009:0009:1009:2009:3009:4010:0010:2010:4011:0011:20

¦ Musica Popular. A Escolade Samba Unidos de VilaIsabel apresenta hoje, e emtodas as sextas-feiras, a Ca-sa de Bamba, com partici-pação de sambistas da casae convidados, A Vila Isabelensaia na Rua Teodoro daSilva, no campo do Améri-ca. Reservas de mesas pelotelefone 268-7052.

No Clube do Samba (Es-trada da Barra da Tijuca,65), a atração de hoje é obaile com a orquestra dacasa, sob o comando domaestro Nelsinho. A comi-dinha do dia e* sopa de ervi-lha levanta migud. Horário:23 horas. Ingressos a CrS 2mil.

Elza Soares, Batatinha

da Bahia e Marinés & SuaGente fa*em hoje, ãs18h3()m. no Teatro Leopol-do Fròes, em Niterrti, o ülti-mo show da série Seis eMeia. Ingressos a CrS 500.

¦ Festa Junina. Os morado-res da Rua Francisco Fra-goso, no Encantado, reali-zam hoje, amanhã edomin-go, a partir das 7 da noite,sensacional festa junina,no trecho entre as RuasSouza e Paraná. Aldm dasatrações normais, haverámtlsica ao vivo a cargo dosconjuntos Os Fanáticos(hoje e amanhã) e BrasilSom Show (domingo). OsÔnibus 260, 262, 266, 267,383, 391, 607, 636, 652, 653,667 e 685 passam no local.

¦ Cinema. O cinema volan-te da Embrafilme apresentahoje, ãs 19 horas, na PraçaBrasilándia, em São Gonça-lo, os seguintes curtas: Fu-tebol 3 Zona do Agrião, deRoberto Moura; Carmem

Miranda, de Jorge Ilelh; eFutebol 3 Meio de Vida, deRoberto Moura. Amanhã,no mesmo horário, na Pra-ça ItaUna.em São Gonçalo,serão exibidos: De Repente,de Adilson Ruiz; Lizetta.deLuiz Paulino dos Santos; eFlics.deüviuSpiegler.¦ Dança. O Grupo OlorumBaba Min apresenta hoje,às 21 horas, no Teatro doLiceu (Rua Frederico Silva,86, Praça Onze), o espeta-cuio Quilombos. Ingressosa CrS 800.¦ Seminário. Termina hoje,na Avenida Franklin Roo-sevelt, 194/508, o prazo deinscrição para o I Seminá-rio da Terceira idade, queserá promovido pelo Sescem conjunto com o conse-lho das Entidades de Bem-Estar Social, nos dias 13, 14e 15 de julho. O significadodo seminário é refletir so-bre o significado da velhiceem nossa sociedade.

¦ Mesa-Redonda. Prosse-guem hoje as comemora-ções pelo 35" aniversário defundação da Escolinha deArte do Brasil. As 17h30m,no Instituto Nacional deEducação dos Surdos (Ruadas Laranjeiras, 232), have-rá mesa-redonda com lioKlugli, Muniz Sodré e Pau-lo Alberto Monteiro de Bar-ros, sobre o tema; por queeducação através da arte?

¦ Curso. Termina hoje naUniversidade Santa Ursula(Rua Fernando Ferrari, 75,Botafogo), o curso de gregobíblico. Horário; 14 horas.

• Na Pontifícia Universida-de Católica (Rua Marquêsde São Vicente, Gávea),prossegue o curso de enge-nharia de segurança do tra-balho, com o professor An-tônio Carlos Barbosa Tei-xeira. Horário: 19 horas.

¦ Inscrições. O Centro deLetras e Artes da Uni-Rio

promove na segunda quin-zena deste més um seminá-rio sobre interpretação mu-sical e expressiva do reper-tório vocal, ministrado peloprofessor Aldo Baldin, e ou-tro sobre repertório planís-tico brasileiro contemporã-neo, a cargo da professoraRuth Serrão. Informaçõesna Avenida Pasteur, 438.

¦ Exposição. Será inaugu-rada hoje. às 18 horas, naSala Bemardelli do MuseuNacional de Belas Artes(Avenida Rio Branco, 199)a mostra sobre a vida e aobra de José Peretto.

No Hotel Nacional, prós-segue a exposição da pinto-ra Ângela Scozza. A mostraestá aberta, das 9 às 22horas, até o dia 30.

Termina hoje na Galeriade Arte Banerj (AvenidaAtlântica. 4.066), a exposi-ção de desenhos de Eduar-do Cruz.

GinásticaMissão Mágica

Pernalonga e Seus Amigos• PanteraCor-de-Rosa

Cachorrinho D roopy. L igeiri nho e Seus Amigos

Touro ePanchoFaísca e FumaçaInspetor

-Clube doMickeyLooneyTunesPapa-LéguasPopeye

A Turma do Picapau-Clube do Mickey

11:40 - A Turma do Tom & Jerry12:00- Tom & Jerrv12:20-Clube do Mickey12:40-Picapau13:00 - Os Ricos Também Choram14:00-O Povo na TV18:00-Desprezo18:30 - Noticentro19:00 - Pecado de Amor19:30- A Justiça de Deus20:00-Cristina Bazan21:00-Alegria8322:00 -Quinto Festival Carioca de CinemaOOrOO- O Vigilante

fTlLMES DO DIATV Globo

14:40 - A FARRA DOS MALANDROS

(Living It Up) - EUA, 1954, direção deNorman Taurog. Com Jerry Lewis, DeanMartin, Janet Leigh, Edward Arnold, FredClark e Sheree North.

Um jovem empregado (Lewis) de umaestrada de ferro se transforma em umacelebridade em Nova York quando seumédico (Martin) diagnostica como radia-

ção de uma simples sinusite e seu caso edivulgado por uma jornalista (Leigh) ávidade sensacionalismo.

100 - SE MEU APARTAMENTO FA-LASSE (The Apartmen) - EUA, 1960, dire-

ção de Billy Wilder. Com Jack Lemmon,Shirley MacLaine, Fred McMurray, RayWalston, David Lewis e Jack Kruschen.

Para subir rapidamente na companhiaem que trabalha, um executivo (Lemmon)permite que seu chefe (McMurray) utilizeseu apartamento para encontros amoro-sos.

230 - O TESOURO DOS TUBARÕES

(Shark'sTreasure)-EUA. VttjMtoMCornei WUde. Com Cornei Wilde, ^ aphet

Kotto, John Neilson, Davld Canary, Cliff

Osmonde Davld Gllliam.Jim Carnaham (Wilde) e o jovem Ron

Walker (Neilson) partem juntos com o

ex-mergulhador da Marinha Ben (Kotto) eII L.Lzi

¦¦

o amigo Larry (Canary). em uma expedi-ção para descobrir o ouro que fora trans-portado por uma frota espanhola naufra-gada no Mar das Caraíbas.

TV Manchete21-30 - CAVALEIROS INDOMÁVEIS -

GINETES INTRÉPIDOS (The Rounders) -

EUA 1965. Direção de Burt Kennedy. Com

Glenn Ford. Henry Fonda, Sue Ane Lang-don, Hope Holiday, Chlll Wüls, Edgar Bu-

chanan.No Arizona, dois veteranos domadores

de cavalos - Howdv Lewis (Fonda) e Ben

Jones (Ford) -voltam a colocar seus servi-

ços à disposição do velho fazendeiro Jim

Ed Love (Wills). No rancho de Love encon-tram um cavalo que há anos desafia todosos domadores. Então, vencer a incrívelresistência do animal se transforma em

verdadeira obsessão para Howdy e Ben.

TV Record21-00 - O DIÁRIO DE UM LOUCO

(Diarv of a Madman) - Direção de Regi-nald Le Borg. Com Vlcent Price e Nancy

Uma força sobrenatural transformouaquele íntegro juiz num assassino. Sua

história é contada através de um diário

que deixou.

A programação é de responsabilidade das emissoras de TV

y.Aí

Rio de Janeiro, sexta-feira, 8 de julho de 1983 UH REVISTA 5

Jísus Rocfei/counuo sul? $t\Ul/ *Qo FOME )

( /v\UiTo CORAJOSO, \

\ JA' TERÍA MORRIDO ]

ACHO QUE TODAELEIÇÃO DEVIA

SER DIRETA.ALIÁS, ACHO QUEATÉ OS GOLPES

DEVIAM SER DIRETOS.

O mal do governofoi assinar aquela

carta. Afinal,promessa é dívida.

Que tal, leitores,a gente fazer - em todos

os cantos do Brasil -passeatas de protestocontra as ameaças da

dívida externa?

AFINAL,CADA POVO TEM

A AMEAÇA NUCLEARQUE MERECE. A NOSSAÉ A DÍVIDA EXTERNA.

A/OCI VRí) ÍOZ?tNH\

_JlíS___r w^L.''"^ _^ft_.

ASTE-RISCOS

Dez entre dez'¦':'¦-A' '

ms':

brasileirosestão na pior.Os outros nâo

existem.

JORNÁLIA• Uma leitora escreve sugerindo queeu escreva cartas não só a Jair deOgum mas também ao Presidente, aogovernador, e até ao Papa. "As respos-tas das cartas estão em nossas cabe-ças". Sugestão aceita. Você falou deuma biblioteca particular de livros ra-ros - de que ouviu falar - e fiqueicurioso. Como posso conseguir o tele-fone ou endereço?

Se há um barítono que consegue arrastar opúblico é Fernando Teixeira. Isso

aconteceu quando de sua apresentação emBuenos Aires, na ópera Aída, comemorando

os 75 anos de fundação daquele teatro.

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Fernando Teixeira, oalienado da promoção

Maria Teresa Dal Moro

NOITE

de estréia doviolonista NonatoLuiz no Hotel Caesar

Park. Fernando Teixeira,com um grupo de amigos,assiste ao show. Na hora dasexecuções fica em silêncio,olhos fixos nos dedos mági-cos que fazem cantar o vio-lão. Com um aceno, peço-lheque não saia sem falar comi-go. Há mais de um mês andocaçando Teixeira por todaparte, quero saber do seutriunfo em Buenos Aires,mas sempre "acabou de sair"ou "está chegando".

No intervalo, ele se aproxi-ma. Está fascinado com No-nato Luiz. Diz que o garotodeve sair pelo mundo, que oBrasil precisa de embaixado-res do espírito, de gente quefaz da arte algo sério. Nãoconsigo encaixar uma sópergunta sobre seu triunfono Colón, interpretandoAmonasro, o Rei Etíope da"Aída", no espetáculo come-morativo do 75y Aniversáriodo teatro. Fez uma estréiaconsagrada pelo público epela crítica, ao lado do tenorflorentino Maurizio Frusoni,da norte-americana JaniceMeyerson no papel de Am-neris e do soprano russo,Natalia Troiskaya no papel-título. Orquestra sob direçãode Paul Decker, o mesmo de"Tristão e Isolda", no Muni-cipal do Rio, e com AndrésMáspero na direção do Coro.À pergunta

"como achouBuenos Aires", referindo-meao Colón, Fernando não va-cila: - Nonato Luiz faria láum grande sucesso; os ar-gentinos apreciam tudo oque é bom...

A característica mais mar-cante da personalidade deFernando Teixeira é a suaalienação em tudo o que serefere a promoção. Paga pa-ra não ser estrela, mas temum fã-clube que se deslocouem peso a Buenos Aires paraassistir "Aída" em fins demaio. Barítono verdiano damelhor estirpe, foi levado aoColón pela promoção boca-a-boca. Em 1981 foi convida-do para cantar "Baile deMáscaras", mas não aceitouporque o papel não estavaburilado. Em 1982 foi convi-dado com antecedência parainterpretar Amonasro, masaté fins de dezembro o Dire-tor Artístico do Colón, o ba-rítono Renato Cesari, aindanão tinha confirmação. Tei-xeira não dava sinais de vida,deixando tudo na mão doseu agente, que também an-dava sumido. Sem alardes,

finalmente, o contrato foi as-sinado, e ele pôde entrar noColón pela porta de frente,sem outro padrinho que oseu próprio talento.

A crítica do jornal La Ra-zón, de 28.5.83, assim regis-trou sua estréia: "O barítonobrasileiro, Fernando Teixei-ra, cantou um Amonasro ex-celente, tanto pela cor davoz, como por sua valentia edramatismo; elemento paranão se perder de vista." Cia-rin, do dia 29.5.83, publicouna seção musical: "O Amo-nasro de Fernando Teixeira,carioca, ratificou que estepersonagem pode dar mar-gem a grandes interpreta-ções. A voz densa, cálida, odom da comunicação e aperfeita musicalidade, deramo triunfo a este artista, novopara nós." La Nación, domesmo dia, "Fernando Tei-xeira cantou com bravura,suficiente expressividade edecoro". Tiempo, de 30.5.83:"Fernando Teixeira, baríto-no brasileiro, foi Amonasro.Seu material é interessante,o registro extenso e seguraemissão. Linha de canto no-bre, e uma qualidade de re-cursos homogênea na cria-ção da personagem. Um ele-mento para se reter, na espe-ra de apreciá-lo em papéiscom mais flexibilidade ex-pressiva."

Esses recortes só nos che-garam às mãos por intermé-dio dos seus fãs, que nãoentendem por que a impren-sa não registrou um aconte-cimento tão importante daarte lírica brasileira. Fernan-do Teixeira é muito objetivo,tem os pés no chão e logoreplica: - Vocês sabiam queGinastera morreu em Paris,de derrame cerebral? Poisbem, foi um artista impor-tante no mundo inteiro eaqui nada saiu. Por que ha-viam de falar de mim? Commuita habilidade consegue-se que fale das repercussõesdo seu triunfo, e ficamos sa-bendo que em novembrovolta ã Argentina para can-tar Rigo.etto, o papel que eletem pronto há muito tempoe que no Rio ainda não can-tou. No Brasil fará "Travia-ta" e "Gioconda", e seuagente já está fechando con-tratos para apresentações naVenezuela, Colômbia, Portu-gal e Espanha; aqui interpre-tara novamente "Aída". ODiretor de Orquestra, PaulDecker, que vai reger estamesma ópera nos EstadosUnidos, já fechou contratocom seu agente, e diz quenão entende por que, no Rio,jamais lhe falaram de umbarítono tão extraordinário.

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O motivo, todos sabem: aSrv Marga Niec, Diretora doSetor de Ópera da Funarj,remanescente da antiga ges-tão, enquanto pôde. fez oimpossível para dificultarsua carreira Quando chegoua equipe de Oscar Figueroa,todos os artistas nacionaisderam audição para o Mães-tro Manuel Cellario, com ex-ceção de Paulo Fortes, queexigiu examinar antes a ban-ca para saber se sabiam maisque ele. Fernando Teixeira eNisa de Castro Tank, o exce-lente soprano coloratura deSão Paulo, tiveram a notamáxima Pela lógica, deve-riam ter tido oportunidadesexcelentes no Municipal,mas a ninguém interessavamostrar que no Brasil, antesdos "descobridores argenti-nos", existiam vozes interna-eionais.

Com a nova Direção deMúsica da Funarj, Teixeiraestá tranqülo; já conversoucom o Maestro John Nesch-ling e o Professor AyltonEscobar para definir sua si-tuação. Ambos o conheceme como musicistas, sabemdiscernir em termos musi-cais. Sua próxima atuação,em substituição ao "Baile deMáscaras", será como Côn-sul Sharpless, da "MadamaButterfly", em fins destemês. Ao seu lado terá nova-mente Áurea Gomes, a Abi-gail de "Nabucco", e aindaBenito Maresca Embora nãoseja um grande papel, permi-tira que seu público volte aouvi-lo como titular de elen-co, sem as humilhações quemarcaram estes cinco anosde sua carreira. Está cons-ciente de que começa umanova etapa de sua vida, e fazquestão de deixar registradaa impressão de organizaçãoe maturidade que impera noColón, onde até os recortesda imprensa são levados aoscamarins dos artistas. E des-taça, como ênfase, que noScala de Milão, quando per-guntaram sobre sua disponi-bilidade, alguém o definiu,em forma dolosa, como umartista muito apegado à fa-mília - Realmente sou. Nãoaceitaria uma carreira bri-lhante se fosse preciso sacri-ficar minha estabilidade fa-miliar. Tenho minha caçulacom três anos de idade, Fer-nanda, e é natural que elaseja mais importante que tu-do. Acho mais fácil confiarem quem respeita os valoresfamiliares do que naquelesque passam por cima de tudono delírio do sucesso. Se issopode ser distorcido, então re-pito: primeiro minha família,depois a glória artística.

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PEÇO

uma orientação paraminha mãe, que nasceuno dia 6/7/1912, em Minas

Gerais. Ela é muito nervosa, temdesvio de coluna, stí vive doentee é uma mulher muito triste einfeliz. Ela gosta muito de espiri-tismo, mas não freqüenta. Umasenhora disse que ela teria quefazer a cabeça. Será verdade? Oque ela tem que fazer? Ela já deucomida aos santos, e eu já a leveino Lengruber. Mas não deu cer-to. O sr. é a Ultima esperança.Fique com Deus. Meu nome éMaria.

• Maria, sua mãe está realmentedoente. Insista no médico. Vejoque ela sofre muito mas ela teriaque ter mais fé. Já fiz uma cor-rente de proteção para ela. Va-mos aguardar, pois não vejo, nomomento, necesseidade de tra-balhos espirituais. Ela deve fir-mar, mesmo em casa, o anjoda guarda. Acenda, às segundas-feiras, velas para o anjoda guarda. Conte comigo. Esperonotícias da melhora de sua mãe.Que Obaluaê derrame suas forçasem sua mãe.

JAIR,

nasci no dia 4 deabril e meu namorado nodia 7 do mesmo mês. Es-

tou em um conflito tremendo.Estou grávida deste meu namo-rado, que namoro há dois anos,mas o sinto muito confuso. Hámomentos em que ele quer ofilho e momentos em que nãoquer. Não tenho maturidade parater este filho. Nós nos dávamosmuito bem mas, de um tempo pracá, tudo está diferente. Achaqueé por interferência da mãe dele.Ela é mãe adotiva e não quer queele se case. Será que ela fezalguma coisa para nos separar?Jair, e sobre meu filho, o quedevo fazer? Me oriente. Precisode você. Que Deus o ajude alevar adiante esta sua missão.Um abraço da amiga. Aguardosua resposta - Desesperada doMaracanã.

• Desesperada do Maracanã, licom carinho e atenção sua carta.Em primeiro lugar, peço a você,em nome do que você tem maisrespeito, que não faça este abor-to. Náo vai ser bom para nin-guém. Tente conversar com o seunamorado. Fale de amor, fale dofilhinho de vocês. Você diz nãoter maturidade para ter este fi-lho. Pior será a reação que vocêcausará se tirar este filho. Con-verse com sua família. Tenhocerteza de que eles vão entendere te dar apoio. Realmente, a mãedele é contra o casamento, pois éinsegura e tem medo de ficar so.Ele é filho adotivo e é tudo paraela. Mas você vai vencer. Tente,mesmo sendo difícil, se aproxi-mar dela. Confie em mim comoespiritualista. Atendi a todos osseus apelos. Aguardo outra carta.Não faca este aborto. Acenda, àsquartas-feiras, uma vela para seuanjo da guarda, rezando com fé efazendo seus pedidos.

PEÇO

que me ajude, pois.me sinto tão stí que nãotenho coragem de sair

Não vou a lugar nenhum, mesmerecebendo convites, porque ficoenvergonhada de ter que chegaisozinha. Vivo realmente stí, comouma prisioneira dentro de casa.Uma vez, me disseram que foifeito um trabalho para mim. Estetrabalho era para eu não arrumarnenhum homem. Vivo impressio-nada. Voeé confirma ou náo?Jair, reze por mim. Te agradeço.Que Deus lhe dê saüde e paz. Umabraço da amiga Solitária Tristie.

• U com grande atenção suacarta. Não confirmo que umamulher tenha feito trabalhos pa-ra você ficar sò, principalmentesem homem. O que realmentesenti é que você é muito insegu-ra e tem medo de tudo. Atendi atodos seus apelos, e os enviei ãcorrente de oração. Procure sair,ir às festas. Tenho certeza de quevocê vai se sentir muito melhor ebem feliz. Vejo, em um futurobem próximo, um amor em suavida. Não se entregue. Tenha co-ragem e volte a escrever.

MEU

nome é Dulcinéa, ida-de' 48 anos, nasci em22/02/35. Vivi mais de 20

anos com uma pessoa, que nãome valorizou enquanto vivemosjuntos. Há quatro anos estamosseparados. O que quero saber é sevou ficar sozinha ou se vou en-contrar alguém que me faça feliz,pois sou uma mulher esforçada emuito carinhosa. Queria saber oque posso fazer para agradar aosmeus orixás. Queria saber tam-bém se vou conseguir a casaprópria, pois eu moro em umquarto - Dulcinéia de Madureira

• Vejo que você vai conseguiruma companhia muito positiva.Os astros acusam isto. Sobre suacasinha, tenha paciência. Vocêvai conseguir. Leve na mata sete |fitas de cores variadas, uma gar-rafa de vinho, um charuto eacenda uma vela. Isto é para oscaboclos. Faça seus pedidos nomomento em que estiver arrian-do esta oferenda. Esqueça o pas-sado e pense no futuro. Boa sortee um ache.

^—___m| I

ESCREVO

para saber o quese passa comigo. Tenhoduvida que stí você pode

esclarecer. Primeiro, quero saberpor que tenhotantafalta de sorte.E falta de sorte em tudo: nocampo profissional e no campoamoroso. Em 1977. arrumei umacompanheira. Por força do desti-no, nos separamos, em 1979. Aí, aminha vida se transformou emum verdadeiro inferno. Esta com-panheira me jurou, dizendo queeu jamais seria feliz. No momen-to, estou noivo. Venho lutandohá dois anos e nào consigo casar.Tenho certeza de que esta minhaex-companheira vem freqüentan-do magias negras para ntís aca-barmos o noivado. Ela tem umprazo de Exu para eu voltar comela, nem que eu tenha que morrerem seus pés. Ela quer mesmovingança. Me ajude. Estou apa-vorado. Será que existe religiãoque faz tanto mal? Gostaria tam-bém de saber se sou médium, e detrabalhar no seu terreiro. Umabraço do amigo José da Silva.

• José, aí vai sua resposta. Con-firmo que você tem mediunidadede incorporação. Procure umbom centro espírita para se de-senvolver. O meu centro, dentrodo que pode te oferecer, está àsua disposição. Vejo que existeradiações negativas para cima devocê Náo fique táo enfraqueci-do. Reaja. Use uma segurança noseu corpo. Tome banho de des-carrego. Faça defumador dentroda sua casa. Vá com sua noiva aomar - levando sete rosas brancase as jogue na água. Faça seuspedidos, dêem as máos e pensemno casamento. Vejo que esta mo-ça é boa e vai ser boa esposa. Suafalta de sorte está relacionadacom esta ex-companheira que tepersegue na magia. Encaminheisua carta à corrente de defesa.Conte comigo, um abraço.

ESTOU

noiva há 5 anos.Sou 7 anos mais velha queele. Sempre que estou per-

to de casar, acontecem coisasestranhas. Meus pais também botam obstáculos, dizendo que náovai dar certo. Meu noivo náo temsorte em empregos: quando ar-ranja um, é logo mandado embo-ra e fica outra vez desempregado.

Por outro lado, sempre traba-lhei fora e os meus gastos sãosomente para a minha família.Será que eles põem obstáculospor medo de perder tudo que façopor eles? Quero casar e ter suces-so na vida profissional. Nasci em19/12/45. Ele nasceu em22/04/53. Estou inscrita na CaixaEconômica e gostaria de saberquanto tempo eu vou esperarpara ter meu apartamento. Celitade Realengo.

• Celita, vejo que seu casamentovai sair. Este rapaz é bom e gostamuito de você. Acontecem real-mente problemas quando o casa-mento está próximo. Mas nãoperca a fé. Vejo que você tem umbom campo espiritual. Seus paisdesejam o melhor para você. Elesrealmente ficam preocupadoscom o seu casamento, pois sdcontam com você. Procure, todosos dias, dar certeza a eles de que,mesmo casando, tudo vai conti-nuar bem. Acusou em minhaorientação espiritual

"que a casapela Caixa Econômica vai sair.Boa sorte e felicidades no seucasamento. Volte a escrever,con-te comigo.

CONFIO

muito no espiritis-mo e espero que meussonhos sejam realizados.

Queria saber se eu e meu maridoestamos separados por causa dealgum trabalho. Nós nos amamosmuito e esta separação náo temrazão de ser. Acho mesmo que foialgo de ruim que fizeram paranós. Jair, espero que mais umavez o mal não se prevaleça sobreo bem. Pois é o que mais vejohoje em dia. Diga-me. por favor,o que está acontecendo, pois es-tou sem compreender o que sepassa comigo. Só você pode meorientar. Você é a minha grandeesperança de que tudo volte a sercomo era antes - B. d/, Leme.

• Amiga do Leme. encaminheiseus apelos à corrente de prote-ção. Aguarde os resultados. Hou-ve realmente, no seu caso, inter-feréncias negras, macabras e ne-gativas que prejudicaram no seucampo amoroso. Mas náo se en-tregue. Acenda uma vela para oseu anjo da guarda e o de seumarido e faça seus pedidos. Con-te comigo. Vamos lutar juntos.

Rio de Janeiro, sexta-feira, 8 de julho de 1983

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PAULO SÉRGIO,parabéns pra você!Este é o levado PAULO

SÉRGIO DA RESSURREI-ÇÃO, que hoje completamais um aninho. Os papaisqueridos Luiz Carlos e Ida-lina desejam para ele ummundo cheio de felicidades.

HORIZONTAIS

1 - Obra executada com tijolos,pedras brutas, cantaria etc. 9 - Odo limão é ácido. 14 -Terra natalde Bolívar. 15 - Cachaça, aguar-dente (bras. pop). 16 -Companhei-ro de Erasmo Carlos. 18 - Folhasde ferro estanhada. 19 - Certoinseto caseiro (pi.). 21 - Fileira. 23

No jogo de xadrez, a peça maisimportante depois do rei. 24 - Pás-saro negro. 25 - Bofetada. 26 -Envoltório de vidro que encerra ofilamento de uma lâmpada elétri-ca. 28 - Aquele que representa. 29

Instituto Militar de Engenharia.30 - Vocal. 32 - Pinha. 33 - Por. 35

Rei da Frígia. 38 - AnselmoDuarte. 39 - Caução. 40 - Enfeitar.42. - Incomuns. 43 - Espantoso,extraordinário.

1. Lançamento a Crédito. 3 - Vale.4 - Períodos. 5 - Natural (abrev.). 6- Pacificar. 7 - Relação Anual deSalários. 8 - É, em inglês. 9 -Esposa de Abraão. 10 - Nome demulher. 11 - Na (?), com todacerteza (fam.). 12 - Rabiscado,emendado. 13-Treinar. 15-Leito.17 - Grito, brado. 19 - Mar quebanha a Finlândia, U.R.S.S. Polo-nia etc. 20 - Faz anotações. 22 -Recorrer, invocar. 23 - Pena, pie-dade. 26 - Lago da Rüssia. 27 - Asconsoantes de polia. 30 - Sem mio-los. 31 - Oposto a "siga". 34 -Produto da galinha. 35 - Homens,em inglês. 36 -*' Donativo 37 - (?)Remo, cidade da Itália, conferén-cia dos Aliados em 1920. 40 - Nomeda letra D. 41 -Sílaba de caramelo.

CARLOS VICTOR,parabénspra você

Este é o CARLOSVICTOR BESSA, quecompletou 2 aninhos.O maninho amigo An-tônio Carlos, a madri-nha coruja Mary San-dra e os papais queri-dos Laôr e Dora Lüciadesejam um mundocheio de felicidades.

SIMONE LUIZA,parabéns pra você!

O desenho é da SIMONELUIZA FERNANDESPINTO, que hojecompleta 10 anos. Elaestuda na EscolaEstadual Antônio Carlose mora em Juiz de Fora,MG.

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Henrique Ramos

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EDUARDO,parabénspra você!

Este é o rubro-negroEDUARDO SARAIVAESPINOLA, que amanhãcompleta 3 anos. Os pa-pais orgulhosos SôniaHelena e Paulo e os vo-vós corujas Alzira e Josédesejam muitas felicida-des e mandam um bei-jão.

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CINTIA,olheaqui o seu desenho!

O desenho é de CINTIADE OLIVEIRA SANTOS,de 5 anos e que estuda nocolégio Benjamim Constantcom a querida tia Apareci-da. Nome dos papais ami-gos: Joaquim e Maria Apa*recida.

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AS RESPOSTAS•*T-!U3UIOU

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joiv - Bioduiv - EdBlnuy - Kurea - BIVsere.rea - se-iBi - OH

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MMOJCOPO R. Alvarenga

Exemplo: A Lua, agora, transita pelo signo deGêmeos, trazendo inquietação e flutuação dehumor para .os geminianos, que já têm em si um

pouco dessas características. Além disso, elaestá negativamente ligada a Urano e Júpiter,

provocando uma certa ansiedade, irritabilidadc

e desejo de mais liberdade para expressar suasidéias. Mercúrio, regente de Gêmeos, está nosigno de Câncer, conjunto ao Sol, dando ênfaseã vida doméstica, tornando o geminlano maissonhador e carente de afeto.

MAPA ASTROLOG1CO DO DIA

a.Ml!WVicLO/Ü NUMEROLOGIA

OS PLANETAS

Oi

2-

SOL: +: Auto-expressão, nobreza, beleza,sorte, alegria--: Orgulho, vaidade, ostentação, opressão,tirania

LUA: +: Receptividade, imaginação, vidadoméstica, ternura, contato com o público.-: Instabilidade de humor, flutuação, passivi-dade, negatividade.

MERCÚRIO+ : Inteligência, palavras, comu-nicação, escritos, pequenas viagens.-: Nervosismo, Inquietação, inconstância, in-decisão, mentira fofoca.

VENUS: +: Ajnor, arte, prazer, harmonia,sorte, satisfação.-: Preguiça irresponsabilidade, fuga ua sou-dão, comodismo.

MARTE: +: Energia ação, coragem, compe-titividade, desejos fortes, paixão, -: Intole-rãncia. agressividade, brigas, discussões, vio-lència, obstáculos.JÚPITER: +: Bem-estar, harmonia com aspessoas, sorte, bom humor, facilidade, aju-das.-: Excessos, exageros, corrupção e auto-indulgência

E

SATURNO: +: Interiorização, meditação,trabalho, disciplina ambição, submissão aodestino, a dura realidade.-: Restrição, solidão, depressão, escureci-mento de idéias.

NETUNO: +: Espiritualidade, fé, amor acpróximo, compreensão, bondade, desprendi-mento de coisas materiais.-: Confusão, dissolução, caos. medo, desespe-ro, insegurança As coisas escapam do con-trole. Tendência a se drogar e a fugir.

URANO: +: Inovação, revolução, mudançadrástica, pensamento original, gosto pelo queé novo e diferente, inspiração.-: Arrogância, revolta, anarquia, não-respeito as regras, excentricidade, ansiedade.

PLUTAO: +: Sexualidade, transformaçõesinferiores, frieza de raciocínio, intensidade,penetração em mundos obscuros, conheci-mento profundo da alma dos seres.-: Obsessões, violência, morte, fim. definiti-vãmente, sem apelação. Sadismo, sensaçãode falta de tudo. O nada

ARIES Amor: Dia favorável para oregente: amor. Dinheiro e trabalho:

Marte Possibilidade de receber

^_^^ uma proposta para um tra-

^T^^b balho de grando responsabi-\ I W üdade. Saúde: Vulnerável.

jjj Pessoal: Aparece uma bifur-cação no seu caminho. Ten-'dências duplas. Antagonis-mo.

CÂNCERregente*.

Lua

SITOUROregente:Vênusa

Amor: Sentimentos um tan-to conturbados. Agitaçãointerior. Dinheiro e traba-lho: Situação instável. Saú-de: Tendência a febres eerupções cutâneas. Pessoal:Coisas que ficaram mal re-solvidas no passado lançamsombras no presente.

Amor: Dia elétrico, que po-de ser bem animado. Di-nheiro e trabalho: Alternati-vas de sorte e azar. Depen-dendo da maré que você

pegar, pode ter muita sortee até ganhar na loteriaSaúde: Mediana. Pessoal:Procure se adaptar ao mo-vimento do dia. Não force

LIBRAregente:Vênus

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LEÃOregente:

Sol

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GÊMEOS Amor: Muitos sonhos e de-regente: sejos vão deixar o seu cora-Mercúrio Ção um pouco inquieto. O

n

astral geral, entretanto, épositivo. Dinheiro e traba-lho: Muita ação e trabalhoem excesso. Busca de novaspossibilidades. Saúde: Boa.Pessoal: Momento fecundoe criativo.

Amor: Harmonia no mundoemocional. Esperança econfiança. Dinheiro e traba-lho: Dia favorável paramostrar seus trabalhos paraalguém. Saúde: Muito boasinfluências. Pessoal: As es-trelas longínquas podem lhetrazer bondade e satisfação.

Amor: Você hoje será umacompanhia muito agrada-vel, pois estará cheio decharme e sedução. Dinheiroe trabalho: Disposição eenergia. Saúde: Boa. Pes-soai: Momento de tomar arédea da sua vida, reconhe-cer o que é seu e estabelecero seu lugar.

CAPRICÓRNIOregente:Saturno

ESCORPIÃOregente"Plutão

VIRGEMregente:Mercúrio

¦I -gr. •*¦*** iTTI*! :

Amor: O lado mágico e mis-tico dos virginianos estaráativo hoje. Magnetismo. Di-nheiro e trabalho: Favorá-vel às realizações concretas,empreendimentos, comprase vendas. Saúde: Em declí-nio. Pessoal: Tendênciascontraditórias que o sensode ordem dos virginianostentará equilibrar.

Amor: Possibilidade de sairde um estado d'alma des-confortável e passar um diaameno e plácido. Dinheiro etrabalho: Estabilidade. Ascoisas vão pelos caminhosnormais. Saúde; Equilibra-da. Pessoal: Momento pro-pício para a meditação erevisão do passado.

Amor: Sentimentos pertur*bados por acontecimentosexternos. Preocupação compessoas próximas. Dinheiroe trabalho: Dia cansativo.Tendência a escolher cami-nhos difíceis, penosos. Saú-de: Sistema nervoso umtanto abalado. Pessoal: Sus-cetibilidade ã influência ex-terna.

AQUÁRIOregente:Urano

SAGITÁRIOregente:Júpiter

/

Amor: Altruísmo e sereni-dade. Dinheiro e trabalho:Resolução de problemaspendentes. Reconhecimentodas pessoas que o cercam.Saúde: Boa. O corpo reagebem às solicitações. Pes-soai: Momento propício pa-ra externar seus dons e cui-dar do físico.

Amor: Alegria e satisfaçãojunto a pessoas que vocêama. Espírito de fraternida-de e cooperação. Dinheiro etrabalho: Facilidades e aju-das. Saúde: Estável. Pes-soai: Idealismo e sensibili-dade, porém, dificuldade deencontrar uma expressãoprática para isso.

PEIXESregente:Netuno

Amor: Sensação de solidãoe abandono. Dia duro depassar. Dinheiro e trabalho:E possível que ocorra al£u-ma alteração no seu am-biente de trabalho. Saúde:Regular. Pessoal: Temponublado, hoje. Dia para fi-car na sua, se possível, emcasa.

JoséSão Paulo • SP

Número de personalidade: 1, au-toridade.

Número de destino: 9, generosi-dade.

Traços positivos: jovial, otimis-ta, versátil, sincero, criativo.

Traços negativos: pretensioso,arrogante, dominador, sentimen-tos ao extremo, sem tato. __

Vida profissional: direito, vete-rinário.

Vida emocional: use mais tatocom a pessoa amada.

Bom relacionamento com osnúmeros: 5, 2, 8,4.

Sol da NoiteMadureira • RJ

Número de personalidade: 3, ha-bilidade.

Número de destino: 1, autonda-de. . .,

Traços positivos: gentil, sensi-vel, otimista, justo, criativo, cau-teloso, tenaz, desembaraçado.

Traços negativos: otimista, ex-travagante, desequilibrado, pre-sunçoso, auto indulgente, pródigo,melindroso, mutável.

Vida profissional: comércio, jus-tiça, direito, enfermagem, hotela-ria, marinha, administração, nisto-ria.

Vida emocional: tenha cuidadopara não se tornar superexigentepara com a pessoa amada

Bom relacionamento com osnúmeros: 3, 7, 5,6.

Coronel MaiaManaus • AM

Número de personalidade: 4, so-lidez.

Número de destino: 6, ternuraTraços positivos: humanitário,

gentil, pioneiro, original, força devontade, corajoso, versátil, enér-gico, empreendedor, direto.

Traços negativos: irritável, dife-rente, sem tato, violento.

Vida profissional: ciências, ar-tes, engenharia odontologia es-porte.

Vida emocional: controle suateimosia o ciúme e a sensibilidadeaguda

Bom relacionamento com osnúmeros: 4, 8,6,2.

AngélicaItaguaí • RJ

Número de personalidade: 6,ternura

! Número de destino: 4, solidez.Traços positivos: gentil, humo-

rada, suave, prudente, perseveran-te, adaptável, apreciadora da bele-za ambiciosa, cuidadosa harmo-niosa

Traços negativos: preguiçosasentimental, superexigente, negli-gente.

Vida profissional: engenharia,artes, magistério, administração,agricultura odontologia arquite-tura.

Vida emocional: controle aemotividade e seja mais prática.

Bom relacionamento com osnúmeros: 4, 2, 9,7.

Nome completoBairro

l idade

listado

Data de nascimento

Pseudônimo para resposta

tilis O prolessor Kaldy Veloso somentedelimra o perfil dos leilores que remeteremeste cupom devidamente preenchido para:LLI IMA HORA - Seção Numerulogia -

Kua kquador. 702 - Sanlo Cristo - Ki" th-Janeiro- CLI- 202211

As respostas serão dadas graluitamente naurdem de chegada das cartas.

NONO DAS CANDONGAS MAU IA NU

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Rio de Janeiro, sexta-feira, 8 de julho de 1983UH REVISTA 7

Funarte lança monografia sobre caricaturista

Um milhão por J. CarlosA obra do caricatu-

rista J. Carlos étema do concur-

so de monografiaslançado pelo Insti-tuto Nacional de ArtesPlásticas da "Funarte,*

com o patrocínio da Se-cretaria da Cultura doMEC. A pesquisa fazparte do Projeto Ánge-lo Agostini - homena-gem ao caricaturistaitaliano que veio para oBrasil em 1859 -, queterá concursos com oobjetivo de promoverum trabalho permanen-te de incentivo à pes-quisa e à criação noâmbito do desenho dehumor no Brasil.

O Projeto ÂngeloAgostini tem outrositens que serão desen-volvidos posteriormen-te pelo INAP, como ex-posição itinerante co-

memorativa do cente-nário de J. Carlos, emjunho de 84; exposiçãosobre a obra de Nair deTeffé; levantamentodos cartoons em tornoda construção de Brasi-lia; publicações de tra-balhos; conferências; emesas-redondas.

HUMORA monografia vence-

dora no concurso sobreJ. Carlos receberá doINAP prêmio no valorde Cr$ 1 milhão, alémda publicação da pes-quisa, se a comissãojulgadora recomendar.Os trabalhos deverãoser entregues até 4 dejaneiro de 1984. É o se-guinte o regulamentodo concurso:

io T Os trabalhos ins-critos, obra individualou de equipe, devemser inéditos;

2g - Os trabalhos ins-critos devem constar detexto de caráter analíti-co e que ao mesmotempo reúna uma do-cumentação sobre aobra de J. Carlos; re-produção de ilustra-ções, com indicaçõesprecisas de fontes; bi-bliografia; referência àsfontes consultadas; e,na medida do possível,reprodução, em anexo,de fontes primárias.

39 - Dentre os diver-sos aspectos abordadose segundo critérios me-todológicos próprios1 doautor, os textos devem,obrigatoriamente, darconta das seguintesquestões: a produçãode J. Carlos de carica-tura, ilustração de li-vros, programação vi-suai, história em qua-drinhos, escultura de

humor; a relação texto-desenho na obra de J.Carlos; as caracterfsti-cas técnicas da carica-tura de J. Carlos; a rela-ção com as técnicas an-teriores: a introduçãoda zincógravura noBrasil; J. Carlos e a mo-dernidade; J. Carlos esua caricatura dianteda política, da intelec-tualidade e dos costu-mes de seu tempo; ascaracterísticas e o sig-nificado das revistas deque J. Carlos partici-pou.49 - Os trabalhos de-verão ser apresentadosem duas vias cada umadelas identificada como título da obra e onome do autor e acom-panhada de ficha deidentificação constan-do de endereço, telefo-ne, identidade e CPF,

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muOTüV Im w\gm.Pàãmo/ Ademir Eugênio Lopes

Conselhos úteis sobre a criação de canários II

GERALMENTE,

o canáriomacho está apto à reprodu-ção aos oito meses de ida-

de, sendo, no entanto, preferível,somente utilizá-lo naquele misterapós um ano de nascido.

A fêmea reprodutora - A cana-ria é fator preponderante na cria-ção e desenvolvimento dos filho-tes.

Toda cautela é pouca na aquisi-ção de reprodutoras. Um bommeio de evitar desilusões e fracas-sos, consiste em só utilizar comoreprodutoras fêmeas jovens e vi-gorosas, adquiridas diretamenteaos seus criadores ou em exposi-ções credenciadas.

As fêmeas, via de regra, "apron-tam" com a idade de 1 ano e naépoca própria, isto é, ao iniciar-seo segundo semestre anual.

A época normal de cria vai dejulho a janeiro, do ano seguinte,tempo suficiente para tirar-sequatro ninhadas de filhotes.

Percebe-se o cio das canáriaspelo constante bater de asas, pelainquietude que a mesma apresen-ta, piando freqüentemente, a cha-mar o macho. Soprando-se a re-gião do ventre, nota-se este volu-moso e afunilado. Neste estado,não raro, as canárias abaixam-seao ouvir o macho cantar, mesmoquando o companheiro está'sepa-rado, em gaiola à parte.

O acasalamento - Os canários,tal como os outros animais, inclu-sive o homem, tem entre si fortesinclinações ou antipatias difíceisde vencer. Há casais que não secompletam, apesar dos esforçosdo criador. O fato é comum nosplanteis abundantes, onde exis-tam numerosos machos. Há cana-rias que se "enamoram" apenasem ouvir o canto de determinadomacho, mesmo sem vê-lo.

Quando o "namoro" convém,

colocar o macho ao lado da fêmea,numa gaiola separada, durantequatro dias ou mais. Durante esteprazo, se o macho procurar ali-mentar a fêmea através das gra-des que os separam, o casal estánaturalmente formado, havendograndes possibilidades de perfeitaunião quando juntos. Mas, nemsempre os acasalamentos porsimpatia satisfazem ao criador. Omelhor, então, é remover o "boni-tão" para local distante, onde osseus trinos e gorgeios não maispossam influenciar a "Julieta" efazer, como já explicamos, que elaa outro se adapte.

Regras para a formação de ca-sais - Em canaricultura Roller ouFrisada, existem regras para a for-mação dos casais. Todos os cana-rios estão classificados em doisgrandes grupos, no que diz respei-

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Filhotes na criadeira. Criação de Border dodr. Luiz Tavares

to a cor: intensos e nevados. Ja-mais devemos unir dois pássarosde cor intensa, a não ser commuita experiência na criação decanários, ou sob orientação de um"expert", sob pena de, em talunião, tirar filhotes de tipo medío-cre e de má emplumação. Já onevado com nevado, se é tolera-vel, apresenta a desvantagem desó proporcionar filhotes de cornevada, e às vezes com excesso deplumagem. O melhor acasalamen-to é o de intenso com o nevado,independente do sexo, de vez queassim conseguiremos produtos deambos os tons.

Nos canários Roller, hoje tãodifundidos no mundo inteiro, háduas linhas de cores - a clara e aescura, e em ambas, as tonalida-des intensos e nevados. Exemplifi-cando, na linha clara temos oamarelo, o branco, o vermelho; naescura temos o cobre, o verde, ocanela etc.

Os acasalamentos devem serprocedidos dentro das determina-das linhas. Um branco com umbranco, um branco com um ama-relo, um vermelho com um ver-melho, evidentemente tendo ocuidado de nos acasalamentosobedecer a regra de intensos comnevados. Já se cruzarmos um ca-nário cobre (da linha escura) comuma canária vermelha (da linhaclara) evidentemente os filhotesque nascerem dessa união serãopintados, e sem nenhum valorpara concurso ou comercial.

A criação - O casal pronto paraa cria deve ser colocado numgaiolão metálico, facilmente en-contrado nas casas especializadas.

Alguns criadores adotam ni-nhos de plástico, outros metálicos,isto é uma questão de gosto, pois,os dois tipos funcionam a conten-to.

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Quem é quem descolando piámusical no sereno ouriçado

EDUARDOPrates conti-nua animando

as noites elegantesdo Da Vinci Bar,anexo aoMichelangelo, emS. Conrado. Amumunha musical-dançante começaàs 21 horas,diariamente, ComLeila Rocha eÁurea Martins,duas excelentescantoras, dandoaquele recadomaneiríssimo, emtodos os ritmosnacionais einternacionais. Ma-estro dos melhores,Eduardo Pratesestá no grupo doChico Recarey,desde que domFrancisco abriu oChiko'sBarr sendoartista obrigatório

em todas" as housesque surgiram sobsua égide, como porexemplo doUn-Deux-Trois, oCafé Nice, Vivará,Carinhoso. Nãoserá, portanto,surpresa para essacoluna se o maestropintar nas noitesmusicais do AsaBranca, muitobrevemente, atéporque estousabendo que ahouse vai abrir comum pianinho macioao meio-dia. Essa éuma intenção dosproprietários dacasa que não estádefinida, mas queobjetivada terá napauta, liderandouma pequena lista,o nome de EduardoPrates. Falei edisse.

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'"""""' Eduardo Prates no Da Vinci

Muito bonito o show de Petrú-cio Maia e a cantora Biga, inte-grante do Clube de Boêmia, noKlau's Bar. Músicas inéditas e su-cessos fazem os aplausos espoca-rem a todo momento. Numa mesaconcorridíssima, Lídia/Jacque Li-bion. • Quem almoça no Centroda cidade não pode deixar de cur-tir os acepipes do Teco-Teco, ane-xo ao Aeroporto Santos Dumont,e que funciona sob a orientaçãode Juanito Ferrero. Fartura e cate-goria no serviço: alimentação le-ve, nutritiva e barata. • A Paella àIa Valenciana servida pelo Le CoinII está tomando a dianteira napreferência dos que gostam dessaiguaria espanhola. É atualmente amelhor paella da cidade. • Quemviu o Corsário pelai? • Não cha-mem para a mesma mesa MozartFerraz e Luisa Biá. Nem me per-

guntem por quê. • Dia 16, ocantante Jorge Claudius animaraa festança de aniversário de fun-dação da ACI Rocha Miranda. Obaile fica por conta do conjuntodo Araripe. • Mulatas em Frenesi,nas noites do Bárbarella. São 18mulherões de recuperar o terceirosexo. Acho que o Adriano Lobatonão só tem faro como tem olfato.Ou não será tudo a mesma coisa?• O programa do Carlos Bianchi-ni, pela Bandeirantes, agora é àsduas da tarde com a participaçãoespecial de Gladys Cipriano, adonzela que fofoqueia no-UH-Revista. • Eliana Pittman játem tudo armado para gravar, emSão Paulo, a nova novela da Ban-deirantes. Não abre mão, entre-tanto, das folgas de gravações noRio, onde sua cobertura em Copaserá cenário de uma festa i por

semana, para não perder o costu-me. • Se o Royzinho não contou,ninguém sabe o que pintou. •Dora e seu conjunto renovandocontrato com o Carinhoso paramais uma temporada. Zèzinho Es-tevês e Márcio Cardoso acertaramna mosca com essa patota musi-cal. De quebra, o vozeirão doRoberto San. • O maitre-sócioZèzinho, do Pomme d'Or, rece-bendo em alto estilo na house deCopacabana. Ele está duplicandofunções com as férias do Tomazque ainda não retornou de Portu-gal. • Suspensos temporariamen-te os espetáculos que vinham sen-do apresentados às sextas-feirasno Show Barra Shopping. • HélioSantana é a nova atração noturna,dos fins de semana, no MammaLena.» Os Orixás não jogam, masfiscalizam.

De olho na esculturaPra quem não sabe. o Royzinho vai logo

batendo de primeira que o monumento doboneco é a loüríssima c.eíin qiiikii«*s ZéliaZamir. que acaba de fazer temporada vilo-riosa nos palcos do Café Concerto Rival,onde foi aplaudida de pé pelos maninhos dafila do gargarèjó. Zelinha esui se preparan-do para voltar num musical de grande

ai num dos coretos da Zona Sul. Sara-ape tinha!

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jantar com entrega .1 domicilioAnexo funciona O American-BarBar», a partir das 20 horas, commilsica ao vivo a cargo do pianistaSan Severino e recado do cancio-neiro Jarbas e seu violão. Av Ataul ¦fode Paiva -Leblon. Tels 294(1047ou 294*3296

mmCAFÉ NICK - a partir do meio-dia,música ao vivo de Alcir Pires Ver-melho. acompanhando almoço degabarito internacional. A partir das19 horas, música com a banda deEly Arcoverde e os cantores Jacyda ftirtela e Loalva com esticadaalé as 23 horas. Daí pra frente, pintao conjunto de Dudu do Sax com oscantantes Victor Hugo. Cristina Ti-ta e Jamelão. Servic.0 de bar erestaurante. Tel 2620679. Centro.

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CASINO ROYALE - A partir das 20horas, serviço de bar e restaurantecom discoteca. Pistas de boliche,maquininhas com Jogos variados eàs quintas-feiras pinta tarde dan-cante a partir das Ifi horas. Aosdomingos, almoço da família com"buffel froíd" variado na base de1.300 cruzeiros por pessoa, comcriança pagando 700 cruzeiros. Es-irada do Joil. 2.370. Barra da Tijuca.Tel: 399-3311.

CARINHOSO - Música ao vivo comos conjuntos de Dora e Celinho doTrompele a partir das 21 horas.Amplo restaurante sacando cozi*nha brasileira (-'internacional, comdestaque para o "Filé Carinhoso".Rua Visconde de Pirajil. 22. Ipane-ma Tel: 287 0302.

RIVE GAÚCHE - Restaurante e'culinária francesa Dentre as inú-meras especialidades, omaitre Mil-lon sugere Crevetles Rive Gaúche,com camarão graúdo. abacaxi,champígnon e caviar. No bar. Aris-tides dá shows de coquetel relem-brando as noitadas do saudoso Sa-cha*. Na cozinha o "chef" AntônioCom» Melo.. Av. Epitácio Pessoa484. Lagoa Tel: 247-9993.

BATAC1.AN - Totalmente redeco-rada apresentando todas as noitestrfs grandes espetáculos "VerySex" com "slrip-tease" muito ero-lismo e lindas gogo-girls bailandonos queijos. A partir das 21 horas,música para dançar, com shows às23 horas e às 3 da malina. Direçãode Vilúrio e Carlos Quintanilha. Av,N.S. de Copacabana. 73. Tel: 275-7248. Copacabana.

OBAOBA - A partir das 21 horas,música para dançar e show a partirdas 22 horas apelidado de "Fandan-

go". criação de Oswaido Sargentellie apresentação de Iracema com asfamosas mulatas que não estão nomapa. Couvert artístico de CrS3.060 por pessoa, com direito a doisdrinques. Reservas pelo tel. 239-2497. Rua Visconde de Pirajá, 499.Ipanema.

HOI1IDAY - A partir das 21'horasmúsica para dançar, '-scolandodois grandes shows: a partir dameia-noite. "De Repente a CoisaEntra", com recado especial de EdyStar. às trís da matina. "Copacaba-tia Sex Show" Direção de Yang.Supervisão de Manoloe Manolinho.Av. Atlântica, 1.424 - CopacabanaTel: 542-4347

CAFÉ UM DEUX TROS - Comple-xo com trés ambientes diferentes,com música ao vivo a cargo doconjunto de Jean Zanone e os can-tantes Pedrinho Rodrigues, Raquel.Roberto San e o organista Eli Arco-verde. Degustação de queijos e vi-nhos c restaurante sacando cozinhabrasileira e internacional Av. Bar-tolomeu Mitre, 123. Leblon. Tels.:239-55789 e 239-0189.

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MICHELANGELO - Música ao vi-vo. para dançar, a partir das 21horas, com a banda do maestroEduardo Eduardo (Yales e as canto-ras Leila Rocha e Áurea MartinsTrês ambientes diferentes com va-

randão ajardinado e salão nobrerefrigerado. Anexo Da Vlnci-Bar.Funciona para almoço e jantar.Largo de Sâo Conrado, 20, Tel.322-3133 ou 232-4197

LE COIN - Abre para almoço ejantar, diariamente, oferecendopratos caseiros no almoço: Lombi-nho a Mineira (segundai Rabadacom Polenta e Agrião (ter<;aX BifeRole com Inhobue (quarta) CarneAssada com Molho Ferrugem(quintal Dobradinha á Lombeira(sextaV Feijoada Completa (sàba-doX Cozido Especial e Frango aoMolho Pardo (domingo) No jantarsefviço a Ia carte. Especialidade:Paella á Valenciana Av. Alaulfo dePatv a 658. Tel: 249-2599. Leblon.

EROT1KA - Abre as 21 horas apre-sentando três shows a partir dameia-noite, quando pinta Copaca-bana Muito Erótika ". liderado porCésar Montenegro. No final da ma-drugada o recado. "Ele Bem noMeio Delas". "Strip-Tease" e comi-cidade Direção de Yang.- Supervi-são de Albino Suarez. Atração espe-ciai: gogô-girls dançando nos quei-jos de hora em hora Av. PradoJúnior. 63-A. Copacabana TeL: 275-(899

CINA TOWN - Especializado emcozinha chinesa, abrindo para ai-moço e jantar O "chef Cnow HanPin responde pelo cardápio, suge-rindo "Barbatana dc Tubarão" comtres tipos de carnes desfiadas. Fran-go Frito com molho de soja. Carne5e Porco doce-azedo. Carne commolho de ostra. Peixe Cozido commolho apimentado. Sopa de Milhocom ovo e macarrão frito chopsuey. Atendimento do maitre Nona-to. Piano-Bar. anexo com músicasao vivo. Av. N. S. de Copacabana.435 Tel.: 257-6652 Copacabana.

PAPALLEONE - A partir das 11 damanhã, almoço e jantar sacando,cozinha italiana com massas e piz-zas de fabricação própria descola-das em forno de barro: Anexo. Za-zoeira Bar, com música ambientede terça a quinta-feira ali uma damatina. De sexta a domingo músicaao vivo com o Trio Apóstolo lleocantante Gilson e sua viola Arrefrigerado. Travessa AlmenndaJrreitas. 42 Tel 3590277 Madurei-

CHIKIVS-BAR - Música ao vivocom Aécio Flávio (piano). RicardoSantos (baixo). Tiit-quato Manano

(guitarra). Paulo Roberto (piano).Paulo Russo (baixo) e as cantorasClarisse e Celeste e mais o discote-cario Márcio Barbudo. Anexo aorestaurante Castelo da Lagoa. Abreàs 11 da manhã. Av. Epitácio Pes-soa. 1.560. Lagoa. Tels: 267-0113 ou287-3514

BÁRBARELLA - Show Mulatasem Frenesi ". com dezoito belas mulatas numa armação de AdrianoLobato. Durante a madrugada"Srip-tease" e belas gogogirls dan-çando nos queijos. Às trés da mati-na pinta show de variedades. Super-visão de Careca Boy. Abre ãs 22horas com musica para dançar eshows a partir de uma da matina.Bebidas das melhores procedências.Av. ftincesa iabel 263. Tel.: 275-7349. Leme.

SWING BAR - Música para dançarcom serviço de bar sob a direção deHélio índio, j^s 23 horas, show ape-lidado de "Secretárias em Erotis*mo" com grande elenco feminino,numa produção de Arlindo VilafBoas As duas da matina. "Festivalde Strip-Tease. Na gerência. -Bil tno salão maitre Mário Abre às 16horas. Rua Gustavo Sampaio, 840Leme Tel 247*9993.

•wB.

ÍÜEil/OTvW|»jij*jggpil!ir«W_SM«4SSíSB **

Fausto WolffDestrurnbiquemo-nos,

irmãos!HÁ

miP a televisão no Brasil é tão ruim, pelomenos os anún, tos poderiam ter algum nível,

^e loucura!" - dirá o leitor apressadc, quenão sabi nem ao menos as calças; que o presenteartieo veste Entretanto, e verdade. Existem exceien

STomfrciais destinados à inteligênem ei ac, bomposto do telespectador. No Brasil sao raríssimos,So _am. íha feita pela Caixa

^ono^aFf -

ral ou a campanha da Bom Bnl com o ator'Carlos (.)Mo?eno que atualmente faz parte daetonco de^g

SoficeUi Ningíém me convence* uijnajs queg

fíud^oívocês não acham que se os historiadoresL éjoca não foLrn empregados do império.romanoAtila seria mesmo o monstro que acreditamos queera' Enfim, é possível botar no ar boas mensagens -

com inSência e um mínimo de respeito a ética - e

Tmomento a única feq^^^^fímaConferência Nacional dos Bispos do Brasil, uma

Sente modelo, excelente voz - meio andro.de -

andrógino - repete a alegoria dos ^

macaquinhomiP nto vêem, não ouvem e nao falam. No caso a

modSo nãoTê as injustiças sociais não ouve o gritoZtnZéot e se r^.f^^^SíSÁmnjn nilP o CNBB através do trabalho excelente ue

Zí cZplZ ée publicidade que aproveito parabenizar (para parabenizar soa meio idiota, nao?),

escolheu para comemorar com o grande publico o

Ano Internacional da Comunicação que os orgaos de

íomuSão ao que tudo indica, pretendiam queSSS5 em segredo. Aliás é sobre comunica-

ção que pretendo falar hoje.

SE

não existisse o leão, já disse aqui uma vez, odomador seria apenas um palhaço com umchicote na mão. Infelizmente e com o chicote

nue ele se comunica com os bichos. Um quadro so

? rá medocre ou uma obra de arte se for visto poralguém. A obra de arte só se completa quandoquadro e mais o assistente, o livro e mais o.leitor.Podem acreditar que a maioria das brigas de rua -

esüv^na Escandinávia durante muitos anos e nuncav üma - só ocorre porque o povo conhece apenasmeia dúzia de vocábulos e acaba partindo para a

Cessão por não saber expressar convincentementesuas opiniões e sentimentos. Nao estou falandoevidentemente do economês idiota falado por DelfimNetto e Roberto Campos que pretende tudo menoscomunicar alguma coisa, pois esses senhores quandoouerem ser entendidos simplificam toda a crisebrasileira com um pau e uma banana ou pedindo adiluição do 13« salário. O povo de um pais que nao lee que não se comunica é um povo exposto aoualauer tipo de tirania. Daí a importância de

Joníemorarmos o Ano Internacional da Comujja-cão Comece hoje mesmo em sua casa e fale tranca-Sente dos problímas comuns à família.Esqueça.dasnovelas por um dia, você se surpreendera, leitor, e

SS - quem sabe? - conhecendo mais intima-mente sua mulher e filhos.

OUTRO

dia caí na asneira de ir visitar um

grande amigo. Desses que a gente nao precisanem avisar com antecedência que passara em

«ua casa Ele a mulher e as duas filhas adolescentessfaSgr^dos na TV vendo "Louco Amor» uma

besteirada sobre ascensão social qu í Gtíberto Bragaassina, supostamente, com orgulho. Depois dos abra

ços vo taram todos às respectivas poltronas e nem se

deram conta quando saí. O caso deste meu amigo e

um entre centenas de milhares, de aviltamento da

condição humana neste Pais, por causa da falta de

comunicação.

EM

seu excelente livro O Monopólio da Fala,que ainda comentarei com mais vagar_ poraqui, Muniz Sodré diz que a televisão e

repressora e leva o telespectador - simulada oudisfarçadamente - a se identificar cornos modelos dosistema* E que modelos são estes? Wilton Franco,Flavio Cavalcanti, Silvio Santos e os respectivosandróidesü! Finalmente afirma que a televisão elimi-na" a) a gratuidade do diálogo, ou seja, da linguagemdescomprometida com a finalidade produtiva; b) a

I liberdade de se falar o que quiser no momentodesejado; c) a pluralidade das situações sociaisimplicada na diferenciação cultural e no curso livredo desejo; d) a sociabilidade que incrementa asrelações extrafamiliares. Muniz lembrou-me aindaum excelente conto que li há muitos anos e queenriqueceu-me culturalmente (no sentido humanistat não elitista da palavra) chamado The Pedestriancontido no livro The Golden Apples of the Sun (AsMaçãs Douradas do Sol). Conta a historia de umhomem que foi preso no ano 2053 por andar na rua.É que andar livremente na rua já havia caído emdesuso. As pessoas estavam todas em casa sendousadas pela televisão.

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As reivindicações de Xavier e ClementinoHão simples: melhores papéis para os negros

Ronaldo Boscoli

RobertoBonfim já

renovou coma Globo

Finalmente, RobertoBonfim renovou ocontrato com a RedeGlobo. Depois de servárias vezes cogitadopara trabalhar naBandeirantes, Bonfimesteve na emissora paraacertar os últimosdetalhes de seu contrato,na última terça-feira.Neste mesmo dia, asproduções das novasnovelas faziam reuniãopara acertarem osdetalhes e escalarem oselencos. "Depois destareunião é que vou saberem qual novela voutrabalhar. Alguma eu seique vou fazer", explicouele.

Ritmointenso faz

Tássiaperder peso

Chica e Kelé fazem27 anos de casados

trabalhando bastante„. t- _ ir_ií o_no irvinoHin n ra«;al rie com

" •"'.wl __B__HM_H__R .__t

Chica Xavier e Clementino Kele,os empregados de Edgar (José Lew-eoy) em Louco Amor, fizeram, on-tem, 27 anos de casados. SegundoChica, ela e o marido ainda nãofizeram uma novela vivendo estasituação porque

"enquanto os auto-res não escreverem sobre um casalnegro, com sua casa, alegrias etristezas, não vale à pena". O ritmode gravações da novela de Gilberto

Braga impediu o casal de comemo-rar, à altura, os 27 anos de vida emcomum. "Preferimos ir ao teatro edepois jantarmos", explicou Chica,

que acrescentou; "além disso, oKelé terá que viajar por estes dias".Mesmo sem grandes alardes sobre adata, o casal não conseguiu escaparaos tradicionais votos de parabénse felicidades, dados pelo elenco.

Glória Pires revela:Fábio Jr. é pipoque, o.

_x „ c_«.. r>ir,n^p insistir a umGlória Pires revelou, ontem, a

maior especialidade de Fábio Jr."Não tenho a maior duvida queFábio é o maior pipoqueiro do mun-do" E contou que fazer pipoca e opassatempo favorito do mando .Chegar em casa depois do trabalho,

fazer pipoca, assistir a um filme naTV e brincar com Cléo tem sidonosso programa. Para melhorarainda mais este dote de Fábio, Gio-ria comprou-lhe uma panela espe-ciai. "Agora, vai ser rápido e me-lhor".

Filho caçula no Rioalegra dias de Zilda

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k A1 h ****mCamargo: férias apósPão Pão, Beijo Beijo

Tássia Camargo jaemagreceu alguns qui-los. Não que ela estejafazendo qualquer tipo dedieta, mas o ritmo detrabalho anda bastanteintenso. "Não anda so-brando tempo nem paratirar fotos e matérias pa-ra jornais, passear etc.Assim que acabar PãoPão, Beijo Beijo, preten-do dar uma boa descan-sada", diz ela. Esta sema-na, por exemplo, Tássiateve gravação todos osdias, inclusive no domin-go, onde estará fazendoalgumas cenas na Feirade São Cristóvão.

Maria Zilda, aVânia de Guerrados Sexos, estavaradiante de alegriana terça-feira pas-sada: seu filho Ra-fael está no Rio,acompanhando-anas gravações.

"E

ótimo estar com omeu pequeno aquino Rio. O mais ve-lho ficou em SãoPaulo meio embur-rado, mas não davapara trazer osdois". Falando sem-pre no seu persona-gem na novela, Zil-da disse que Vâniaserá demitida daslojas Charlôs, masque, através daschantagens de Otá-vio (Paulo Autran),conseguirá voltar.Aguardem!

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Eles & euEduardo Conde

pouquíssimos atores podem ser considerados próximos aorompleto-oquenão significaperfeito-atéporque nao se

aSe de escolas capazes de diplomar um artista quepretenda abranger todos os espaços possíveis. SérgioBrito por exemplo, jamais podena tentar o canto caso umpersonagem assim determinasse. Sempre nsonho, e pron-£ para outro" encontro meu grande amigo EduardoConde. Todas as chances que lhe f°^f.^UMUardoaproveitou muito corretamente. Alto, boa-p.nU, Eduardofoi dos mais aplicados alunos da bossa nova. Aliou sua vozforte eafinaSa às artes de ator. Aprendeu expressãocorporal e chegou à dança. Estava pronto para a epidemiaque , Sou se alastrando por aqui. E foi um Cristo SuperStar um dos titulares de Hair, fazendo Posteriormente umDanei engraçado e difícil no musical encenado por Gu -

fherme Agraüj0 no teatro da Praia: Rock Horror Show, Eleera o Franenstein (cujo nome insinuava um trocadilhomuito iocoso). Depois, o amigo Conde sumiu. Como dizemrSros oi "mexer com roupas". Virou um tremendomodèlito Fez sucesso ao lado da sua então mulher a BetyUro Era um casal perfeito. Nâo sei quem disse, lá váo ocisne eo Lago (referindo-se a Mário Lago e CustódioMesquita que só andava trajado de branco) mas aanalogia seguiu perfeita mesmo com do.s outros persona-gens Um casal bonito, apesar de desfeito. Jamais; v. oronde aproveitado nos muitos programas que a linha defhows da Rede Globo tão bem produz. A grande chancena novela de Dias Gomes - se não me engano (e eungearan.mentemeD engano) - Sina. de AJert*.o amigo

|Fduardo Conde soube aproveitá-la tao bem que depois aerasgados elogios à sua atuação, fiz com ele uma entrevistamuito grande para uma revista famosa^ Eduardo estava |fehz"Parece que dessa vez eu desencabulo. Já pare. até ,com desf les e confecções. Vou dedicar-me à parte de -

represen ar Disso é que eu gosto. Isso é o que realmente Ieu_urtO. Lembro-me que um grande musical que estavanara ser montado e da satisfação do Conde ao saber-seforte candidato ao papel-título. Nada disso aconteceu.Então o Sento do Conde foi servir àquelas novel.tas dasKte/horas "Trabalhar com a Mila Moreira se mprefo um prazer. Somos grandes amigos. Desanimar? Nunca.Acho aue ainda terei outra grande oportunidade . En-auanto isso Eduardo Conde vai rindo - com aquelesSentões imensos que seu pai fabricou - até*d«i gol contrj.Excelente profissional, interpreta, canta, dança (acho ateoíe ap ateia), suporta textos médios, leves e até pesados.Um rosto forte, másculo, moderno mesmo. Nem comtodos esses predicados. Eduardo Conde alçou seu vôomaior É que no Brasil existem centenas, milhares dedistes* com este potencial. Ou estarq redondamenteenganado, heim amigo?

RB urgenteDomingo, Jacaues Klein faria

aniversário. Será homenageadona Sala Cecília Meireles.

A Sinfônica Brasileira conduzida

por Karabltchevsky ém cena.Peça a ser executada:

segunda^infõni^^^tjioven.Horário: 1J^horasl___

Vânia perderá o emprego, mas vai recuperá-lo-

Sucesso no teatro levaMário César à televisão

Mário César Camargo, ator pau-lista, anda fazendo um grande su-cesso aqui no Rio de Janeiro, com apeça Bella Ciao, dirigida por Rober-to Vignatti. Seu personagem, umitaliano que migra para o Brasilcom a família, está conquistando o

público com sua simplicidade, bste

talento chegou à Rede Globo. Má-rio César foi convidado para parti-cipar de um episódio de O BemAmado, interpretando um italiano

que vem ao Brasil comprar umjogador de futebol. Qualquer seme-

lhança é mera coincidência.

O sultão das Mulatas, tioSargentelli, além de estarnos planos televisivos daTV Manchete, também estános planos radiofônicos daRádio Manchete-AM paraum programa de samba.Ainda bem que meu quen-díssimo amigo Sargentellitá morando novamente noRio. • Já entrou em faseexperimental o novo trans-miss or Gales de 100 KW daSuper Rádio Tupi desde aultima sexta-feira. O OdairMarsano e sua eficienteequipe estão exultantescom o som da emissora queagora tem potência dupli-cada.» A empresária e jor-nalista portuguesa Benvin-da Maria é a mais novacontratada da Rádio Ta-moio e estréia hoje com umprograma dedicado à coió-nia portuguesa, das 22 às 24horas. Um luxo à portugue-

1FOFOCAsa, com certeza. • Enquan-to isto, a Rádio Tupi-FMganhou em louca disparadano Ibope, desbancando aRádio JB-FM. Hum! Braba-dos, babadinhos e baba-does. • Quem anda à catade uma nova emissora paratrabalhar é o comunicadorCidinho, ex-Rádio Tamoio.• Já o Luiz de Carvalhovoltou a funcionar nos mi-crofones, através da RádioBandeirantes, em ritmo denovíssima programaçãosob a batuta do Paulo Lo-pes. • A Rádio-Capitaltambém vai inaugurar seunovo transmissor de 50KW. O diretor Sérgio Per-copes afirma que em agostoa emissora vai estrear novaprogramação. Tomara! • Osistema Globo está planeja-

nedo um fortíssimo empur-rão na Rádio Eldorado,com programação popular.O que será muito bom,abrindo assim um novocampo de trabalho para co-municadores, produtores,jornalistas etc. Ufa! Estasreviravoltas radiofônicasme deixam louquinha ecompletamente baratinada.• E o vitorioso programada divinérrima Daisy Ldci-di está sem fofoqueiro.Mesmo assim, os pontinhosno Ibope estão sorrindo praelazinha. La Lücidi merecetodo o sucesso possível eimaginário. • Maria Pom-peu voltou a fazer entrevis-tas com artistas para a Rá-dio MEC, onde é comunica*dora há 22 anos. Cruzes!Lupicínio, traga correndomeu leque que preciso demuitas plumas. Quá. quá,quá e quá.

GIMyiÜpiíbl|. ¦¦'"; : 'wÊrik- _á_B, __i

• Verdadeiro teretetê aconteceu ™s e"s?£sra^romédia A Grande Zebra, quando o Mil on MoraesdeSs d i muitos ensaios, despediu-se do talentosoelenco ateando cansaço pois está frenet.camentegravando a8novelita Louco Amor. O Pandemõmo foitotal já que eles estão nas vésperas da estréia. Masa vivSima Maria Pompeu nâo

^W0tilentoso Otávio Augusto, que a toque de caixa?om reSquede sinos dominou o personagem. UfaComo gosto de matar a cobra e mostrar o pau. esum7fo8to de La Pompeu e Otávio para ilustrar esterecatadíssimo espaço. Quá, quá, quá eq Já.

• ••Cruzes!!! Fiquei estatela-

da tive uma crise nervosa edei quatro frenéticos gnü-nhos: ai! ai! ai! e ai!, quan-do fiquei sabendo que apoderosa TV Globo estánuma frenética contençãode despesas. Imaginem vo-cés, amadérrimos leitores,que a ordem agora é despe-dir todos os artistas daemissora que não estão novídeo. Mas como todas asregras tém exceção, esca-param do corte os grandio-sos Grande Otelo, Elza Go-mes e Henriqueta Bneba.Ainda bem que são três ta-lentosos, pois se os podero-sos deixassem em vez delesas ninfetinhas, ia ser o OH!do penacho da rainha dobalacubaco. Cruz credo!

Mais Klein: seu Ultimotrabalho realizado em Was-hington será lançado emdisco. Sonatas 110 e 111 deBeethoven, para piano, éóbvio. • Dança dos Signos- Osvaldo Montenegro etroupe - dança do TeatroIpanema e segue carreirano Teatro da Galeria. Su-cesso mesmo. • Ritchie -pasmem - já chegou ao_s450 mil compactos. Dia lo,tenta um vóo mais alto: LPVôo do Cora-çáo. • SérgioBrito (e grande elenco) vi-verá o Rei Lear (do BillShakespeare tradução deMillor Fernandes) entre 2ode agosto deste ano até 30de março de 1984. Estáocontratados: Ari Fontoura,Ney Latorraca e Yara Ama-ral. Vem muito mais gente:Teatro Clara Nunes. • Bo-de preto nos caminhos. Ri-ta Lee é exclusiva da Odeonpara o mundo, exceto Bra-sil. Dá-se que a Som Livreitaliana pretende lançá-lapelo selo Sigla 4. E agora.João"3 • Zizi Possi estréiano próximo disco comocompositora: Toda umahistória. Regrava Comouma Onda no Mar e Circo

Místico. Pra vida inteira éum frevinho gravado comum coral infantil, né Zizi?• caixa alta: confirmem oque disse aqui faz tempo:finalmente Fafá de Belémassinou contrato com aSom Livre. Quem duvidar,apareça. • Luiz Miguel,mexicano boa pinta, procu-ra o Brasil para fazer suces-so. Virou moda a invasáoibero/azteca. • Programa-do para o Velho Galeão, emagosto, o nosso Luiz Gon-zagão. • Em agosto tam-bém estréia, só que noMadson Square Garden, opianista brasileiro AmaralVieira. Mete um Lizst napessoa e o concerto viradisco. • O mundo é engra-çado paca. Charles Perro-ne um brazilianista ferre-nho. vem ao País, concluiestudo de chorinho e levapara os Estados Unidos.Enquanto isso. a moçadalocal amassa um rock pordia • Pensam que é bnnca-deira? Então segure o nomede outro grupeto que selança às feras: Bixo da Se-da. Eu disse bicho, viu bt-cho? v

Bares & bastidoresMue_ Mpndóca Às gargalhadas Marcos adverte-me:Saé para seunacounTlmageineque no dia da Independe^cia dos Estados Unidos. Baby Consuelo e Pepeu Gomesforam baixados na Disneylandia! Motivo: as roupas eo»cabeTos vtetosos demais tiravam a atenção do pdWicoparaaf atrações locais. Agora fale sério como vdo d-orfA.maiores feras estão com Pepeu neste Lp. Larrv vv inams,fadista que Trabalha com o Quincy Jones o batera doMichael Jackson, John Robinson. e o baixista Abe, Labo-

iròi n Hivo iá tem título? Pode escrever: Masculino-Kdnte K.Í de uma das composições). On^n. Sérg.oMeiules convidou o casal para comemorar o 4^ lugar já

SKÍSSSW-&«-,-* ___£KiaSJmXdSd» . néMaynard?

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