Post on 24-Jan-2023
© Xavier Frías Conde, 2014
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O galego-português
oficialmente
Oficialmente
Galego e português são línguas
diferentes
Normas diferentes
Status diferentes
O galego falado nas Astúrias
(eonaviego) é oficialmente uma língua
independente
Lei de Usos Linguísticos do Principado
das Astúrias (1998)
O português não é reconhecido
oficialmente em Espanha
Alamedilha (SA)
Ferreira de Alcântara (CC)
Olivença (BA)
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A norma oficial galega
Data de 1982
Modificada em
2003
Princípios:
O galego é
uma língua
independente
O português
servirá de
referência à
hora de
normatizar
Normas oficiais
do idioma
galego
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Afastamento do português
nas normativa oficial galega
G. OCIDENTAL G. CENTRAL G. ORIENTAL PORTUGUÊS
irmán irmao irmao irmão
ti tu
ti tu tu
escoitar escuitar
escutar escuitar escutar
son son
sou sou sou
falades falades
falais
falades
falais falais
leóns leós leois leões
falástedes falástedes
falastes falastes falastes
partiu
parteu partiu partiu partiu
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Visões históricas
Isolacionismo:
Norma oficial Galego e português são
línguas diferentes
“Controlo” do idioma ao nível oficial.
Instituições
Real Academia Galega
Instituto da Língua Galega
Minimalismo:
Lançado por Carvalho Calero (década
1960)
Normativa de compromisso entre a oficial
e a maximalista (desaparecida em 2003)
A partir de 2003: possibilismo.
Uso da norma oficial com incorporação
de português até onde é possível
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Visões históricas
O galego é língua
independente
O galego faz parte da
Lusofonia
Afastamento do
português
Achegamento do
português
Galego “amável” Galego forte
O galego é útil para se comunicar
com 250 milhões de pessoas
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Evolução da norma oficial
galega
1975
1982 Normas oficiais do Idioma Galego
2003 Revisão das normas do Idioma Galego
2014 — português + português
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Visões históricas
Maximalismo:
Também ligada a Carvalho Calero e
outros intelectuais
Norma portuguesa adaptada à realidade
do galego
Na década de 2000 evolui
Reintegracionismo: Formas mais autónomas
do galego
Lusismo: Assunção do português padrão
europeu como única forma escrita.
Criação da Academia Galega da Língua
Portuguesa
Denominação de Português da Galiza
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Grupos históricos: norma
oficial vs. reintegrada
1970
1980
1990
2003
2014
isolacionismo minimalismo maximalismo
possibilismo reintegracionismo lusismo
Norma
oficial
Norma
lusa
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Grupos históricos: pertença à
lusofonia
1970
1980
1990
2003
2014
isolacionismo minimalismo maximalismo
possibilismo reintegracionismo lusismo
— Lusofonia
+ Lusofonia
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A visão desde Portugal
VASCONCELOS, J. Leite de, 1858-1941. A filologia portuguesa : esbôço histórico : (a
propósito da reforma do Curso Superior de Letras de Lisboa) / J. Leite de Vasconcellos.
http://purl.pt/195/4/cg-3652-v_PDF/cg-3652-v_PDF_24-C-R0072/cg-3652-v_0000_capa-
encaderna%C3%A7%C3%A3o-919_t24-C-R0072.pdf
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A visão desde Portugal
Luís F. Lindley CINTRA NOVA PROPOSTA DE CLASSIFICAÇÃO DOS DIALECTOS
GALEGO - PORTUGUESES" in Boletim de Filologia, Lisboa, Centro de Estudos
Filológicos, 22, 1971, pp. 81-116. (ág. 8)
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A visão desde Portugal
“Galicia no espazo cultural e simbólico da Lusofonía” Ivo
Castro. Universidade de Lisboa.
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Interrogantes
Galegos não falam
português Portugueses não
falam galego
Se não falam igual, falam a
mesma língua?
Não Talvez Sim
Galego ≠
Português
Galego-
Português Tudo é
português
Galego ILG
Galego
reint.
Padrões do
português
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Passos concretos
Redefinir o conceito de “galego-
português”.
Valorizar a aceitação do galego como
lusofonia com a ortografia oficial.
Formular a existência de um espaço
único cultural desde A Crunha até
Faro, sem esquecer o Brasil.
Projeção da literatura galega em
Portugal.
Introdução do ensino de português
nas escolas e liceus galegos (ILP
Valentim Paz Andrade, 14 maio 2014)
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É preciso “rever”? Pequena “revisão linguística”
Outro elemento que chama a atençom ao abrir as páginas deste muito
recomendável trabalho literário é que a editora QuidNovi adverte que para o
lançamento português o texto foi objeto de “revisão linguística”, labor que
correspondeu a Maria do Rosário Pedreira. Som poucas, com efeito, as
diferenças entre os dous textos, apenas as derivadas das escassas marcas
caracterizadoras do cánone ortográfico da Associaçom Galega da Língua, o
utilizado na ediçom príncipe, mas nom só. Vejamos exemplos dessa
disparidade, na primeira página da narrativa:
a) Ediçom da Laiovento:
Estou olhando isto a perguntar-me agora com que olhos de anjo caído e rebelde
terá olhado para a mesma praia desolada aquele rapaz raro há mais de um século.
[...] Porque estou a olhar isto e estou a querer ver-te. Porque te vejo apenas num
esforço de imaginaçom. E o tempo passa e já nom sei adivinhar-te bem.
b) Versom da QuidNovi:
Estou a olhar para isto e a perguntar-me agora com que olhos de anjo caído e
rebelde terá olhado para a mesma praia desolada aquele rapaz raro há mais de um
século [...] Porque estou a olhar para isto e estou a querer ver-te. Porque te vejo
apenas num esforço de imaginação. E o tempo passa e já não sei adivinhar-te bem.
Com perspectiva galega nom passa isso despercebido. Em primeiro lugar,
emerge a questom de se essas “emendas” (caso ser pertinente dizê-lo
assim) estarám justificadas e se nom seria mais positivo deixar o original no
belo e muito competente registo lingüístico de Carlos Quiroga. Isso serviria
também porventura para que em Portugal se assumisse melhor a
identidade do idioma galego-português. Vários autores galegos, entre eles
o próprio Quiroga, tenhem publicado na normativa da Agal em Portugal nos
últimos anos com normalidade e sem maiores problemas, polo que
acrescentar esta tam interessante narrativa seria um avanço mais, sem
sombra de dúvida, para a tam necessária aproximaçom entre os mercados
do Norte e do Sul do Minho.
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