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JORNAL DO BRASILRio de Janeiro — Quarta-feira, 14 cie agosto de 1968 Ano LXXVIII N.o 108

S. A. JORNAL DO BRASIL —Av. Rio Brnnco, 110/112- End.Tcl. JORBRASIL — GB — Tcl.RâcU Interna 25-1818 — Telexn.o» 431 — 432 - 433 - Su-iursjis S. Paulo — Av. S5cLuiz, 170, loja 7. Tcl. 32-8702Brasília — Selor Comercial Sul —S.C.S. — Quadra I — Bloco 1.Ed. Central, 6." and., gr. 002/7Tcl. 2-8866. B. Horizonte - Av.Aíonso Pena, I 500, 9." and. Tcl.2-5848. Niterói - Av. AmaralPeixoto, 116. q.upo- 703/704.Tels. 5509 c 21730. Porto Ale-gre — Av. Borges de Medci-ros, 916, 4.» and., Tel. 4-7566.Salvador — Rua Chile, 22.si 1 602. Tel. 3-3161. Re-cife — Rua União, Ed. Su-maré, «/ 1 003. tel: 2-5793.Correspondentes: Manaus, Be-lem, S. Luís, Teresina, Fortaleza,Natal, João Pessoa, Maceió,Aracaju, Salvador. Vitória. Curi-tiba, Florianópolis, Goiânia,Montevidéu, Washington, Novalo-que, Paris, Londres. PREÇOS./ENDA AVULSA: GB e E. doRio: Dias úteis NCrS 0,20 —

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Ponto neloé facultativoamanha

Os funcionários públicos ostn-duais c. federais vão trabalhar nor-malmente amanhã, Dia da Assun-ção de Nossa Senhora, pois o Go-vernador Negrão de Lima acompa-nhoti o Marechal Costa ei Silva emsua decisão' de torna." sem efeito adeterminação anterior de ponto fa-cultativo nas repartições da admi-ri-strsjção direta e indireta.

A Assunção de Nossa Senhora,será comemorada amanha com mis-sas pontifieial e campal, c procissãopólo adro cia igreja da Glória.

Papadopoulosescapade atentado

O Primeiro-Ministro da Grécia.George Papadopoulos. escapou on-tem de um atentado, na estradaLangonisi, porque o terrorista cr-rou ao calcular a velocidade de seuautomóvel, detonando a bombaquando o carro estava ainda a "15metros de distância. O atentado foiatribuído ao ex-tenente George Pa-naghoulias, que foi preso.

Segundo o regime grego. Pana-ghoulias c "fascista e desertor doExército" c foi utilizado pelas "fòr-cas supostamente democráticas."i Página 11)

Pilotos serecusam a

Yrgelir a nOs pilotos filiados _ Federação

Internacional vão-se recusar a par-tlr de hoje a fazer vôos para Ar-gel. até que sejam liberadas os trl-pulantes do Boeing israelense aliretidos. Em Israel, a investigaçãosôbre a. aiermgcm de dois Migs £i-rios revelou que seus pilotos cruza-ram a fronteira por engano.

Surgiu ontem no Iraque a Re-sistÊ-riclá Árabe Unida para a I.i-bertaçáo da Palestina e em .Mos-cou foi anunciado que Nasser me-lliorou e volta- em breve para o Cai-ro. iPáoina 9)

Espanha vaireprimirseparatistas

O Cheíe do Governo da Espanha,Gênerolíssimo Francisco Franco,convocou para hoje reunião extra-ordinária de seu Gabinete a fim deestudar novas medidas de repressãocontra as atividades dos separatis-tas basces.

Sessenta e cinco membros dasTestemunhas de Jeová, entre o.squais o pastor Francisco Diaz Mo-reno, que foi condenado a 20 anose um dia de prisão, cumprem pe-nas nas cadeias espanholas por serecusai em a atender á convocaçãopnra o serviço mililar. i.Páginn 8)

Costa e Silvaverá disparodo Nike-IV

O Presidente Costa e Silva as-sistirà amanhã, ás 6 horas, na Bar-reira do Inferno, em Natal, ao lan-çamento do quarlo _ último fogueteNü-e-Iroquoií., acompanhado apenasde seus Ministros militares e doschefes das Casas Civil e Militar.

Em Belém do Pará. onde aindase encontra, o Prp.sldente dialogouontem com estudantes, trabalhado-res e clero, abriu a reunião extraor-dinária do Conselho Deliberativo daSudam c recebeu, na UniversidadeFederal, o titulo de Doutor HonorisCausa, iPágina 4.

Americanos eFAB salvamem alto-mar

O Serviço de Buscas e Salvamentoresgatou ontem, em alto-mar. o pi-loto de um 'rebocador

polonês quelevou na.cabeça forte pancada doum cabo de aço. Para o salvamen-io. 6 SAR mobilizou um avião C-47da FAB c contou com a ajuda dequatro helicópteros norte-america-nos. do porta-aviões USS ltantlõlpli,participante da Operação-Unitas.

A situação de Benediki Wierzl.ick,dn tripulação do Koral, era grave e<i rebocador estava muito distantedo Rio. iPagina õi

Vaticano condena religiosos

que ocuparam igreja no ChileO 'Vaticano condenou

ontem formalmente, atravésdo L'Osservatore Romano, aocupação da Catedral Me-tropolitana de Santiago,tendo argumentado que osansiosos pelas reformas daIgreja devem proceder à re-forma de si próprios. Na ca-pitai chilena, o grupo de 150leigos que tomou o templono domingo defendeu-se di-zendo que a Igreja não éconstituída apenas pela hie-rarquia, mas por toda a co-munidade cristã.

— Não estamos contra o

cardeal, que é nosso pai,nem contra o Papa — afir-maram os leigos. Somos con-tra as injustiças no mundo.O grupo Igreja Nova assu-miu a responsabilidade pelaocupação, isentando os pa-dres que dela participaram,e reafirmou sua oposição àviagem de Paulo VI à Co-lómbia.

O Vaticano toi adverti-do pelo jornal britânico TheGuardian quanto a possi-veis tumultos durante a es-tada de Paulo VI em Bogotá.O Papa é esperado no dia 22para participar do XXXIX

Congresso Eucarístico Inter-nacional e instalar a II Con-ferência do1 Episcopado La-fino-Americano.

O Cardeal Agnelo Rossi,presidente da CNEB e chefeda delegação brasileira, nãocrê na possibilidade de umatentado contra o Papa, se-gundo declarou ontem emBogotá. O Congresso Euca-rísüco Internacional seráinaugurado solenemen-te. com cânticos e sermões,domingo à noite, pelo Car-deal Giaccmo Lercaro. Le-gado Papal. (Página 8)

Veto da Comissão não impedea anistia de ser votada amanhã

O projeto de anistia aestudantes e trabalhadores,derrotado ontem na Comis-são de Segurança Nacionalria Câmara, por 11 votoscontra dez — o desempatecoube ao presidente da Co-missão — poderá ser votadoamanhã, apesar de todo oempenho da Arena emtransferir sua deliberaçãoem plenário para a semanaseguinte.

A prisão preventiva deVladimir Palmeira por 30dias, solicitada pelo encar-regado do IPM, coronel Pe-dro Verrastro, foi decretadaontem pelo Conselho Perma-nente de Justiça da 2.a Au-ditoria da Aeronáutica. Ho-je, o Superior Tribunal Mili-far julgará o habeas-corpusimpetrado em favor do liderestudantil.

Pouco depois do meio-dia a Polícia Militar ocupouas ruas do centro para re-primir uma possível mani-lestação estudantil. O trân-sito sofreu alterações — foiinterditada a passagem deônibus pela Avenida PuoBranco e Rua Uruguaiana einvertida a mão de direçãona Rua Senador Dantas —mas os estudantes não apa-receram. (Páginas 3 e 7)

Edward Kennedy se definirá a5 dias da Convenção democrata

O Senador Edward Ken-nedy definirá dia 21 — ein-co dias antes do início daConvenção do Partido De-mocrata, em Chicago — suaposição quanto à campanhapresidencial americana, emdiscurso que pronunciará emWorcester, Massachusetts.

Em entrevista ao NewYork Times, o Senador Geor-ge McGovern — que se de-clarou aspirante à cândida-

fura democrata em nome do.sideais de Robert. Kennedy— afirmou que pedirá naConvenção o fim imediatodo bombardeio ao Vietnã-me do Norte e que a prin-cipal razão de sua entradana disputa é conseguir pa-ra o Partido uma platafor-ma contra a guerra.

A presença do SenadorMike Mansfield em Paris esua entrevista com o Embai-xador Averell Harriman só

fizeram aumentar os rumo-res de próxima superação doimpasse nas conversaçõescom o Vietname do Norte,mas em Washington essasinformações foram desmen-tidas extra-oficialmente. Oconselheiro da delegação nor-te-vietnamita, Le Duc Tho,recém-chegado de Hanói,participará hoje cia 7.a ses-são da conferência em Paris.(Página 2)

TURISTA DE PRIMEIRA VIAGEM*tW'*i ' 'WÊÊÊIT--» ~* JHCL"wrm

mi

.,

O marinheiro norte-america-vo Greg Spagnola, do varioUSS Sabinc, c turista nashoras vagas e carrega emsuà cabina uma bicicleta,pois considera êsse o melhormeio de transporte para co-vhecer uma cidade. Ontemêle foi da Praça Mauá a Bo-tafogo, onde enredou-se notráfego do Rio. que achoumuito complicado. Pediu au-xüio a outro ciclista, ummensageiro da Raãiojbrás,explicando sua situação emum diálogo por meio de si-nais. Como o rapa:- estavade. serviço e o americano pas-seando, entraram em acordo.Grcg passou a acompanhara mensageiro, ganhandocom isso um guia. (Pág. 5)

Físicos tem , Bomba Hplano parao progresso

Um plano para o desenvolvi-mcnto da Física no Brasil, mediantea aplicação progressiva de NCrS !)8milhões nos próximos cinco anos,foi elaborndo por 16 dos mais im-portantes físicos do pais, n pedidodo Conselho Nacional de Pesquisas.

Entre as principais sugestões rioplano está "a criação tle uma em-presa estatal destinada ao desen-volvimento da pesquisa e produçãorie materiais atômicos e sua prós-peeçáa geológica, bem como invés-tigações cientificas e tecnológicasnecessárias para a construção dereatores de potência, cuja energiapoderia suplementar a produção deeletricidade no país. (Página 14)

francesaé iminente

Os rumores de que a França ex-plodirá sua primeira bomba de hi-dfogènio neste fim dt semana au-mentaram ontem na Polinésia fran-cesa, ao ser anunciado que o Minis-tro de Pesquisas Atômicas c Espa-ciais. Robert Galley. chegará a Tai-ti sexta-feira para assistir aos pró-ximos testes nucleares.

O Centro de Informações daONU no Rio divulgou ontem osprincipais pontos da agenda provi-sória da Conferência de EstadosNão Nucleares que se realizará cmGenebra, de 29 do corrente a 28 riesetembro. O Brasil e f>5 outras pai-ses já comunicaram que participa-rão da Conferência. A China Po-pular recusou o convite. (Página 2)

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2 — 1.° Cad., Jornal do Brasil, quarta-feira, 14-8-68

França poderá explodirsua bomba H até sábado

1'apeele, Taiti (UPI-JB) — O anún-cio de que o Ministro francês de PesquiraisAtômicas e Espaciais, Robert Galley. chega-rá a Taiti sexta-feira aumentou ontem os ru-mores de que a França explodirá sua pri-meira bomba de hidrogênio no fim desta se-numa.

Segundo fontes bem informadas, os fran-cesos têm trós tipos de bombas dc hidrogênio,cada um deles com um detonador distinto, cpoderiam testai' todos os trés nas próximasexperiências.

Espera-se que a primeira bomba francesade hidrogênio tenha tim poder explosivo de500 quilotons, isto é, equivalente a meio mi-ihão de toneladas de TNT.

As principais unidades da força naval de13 barcos que Já sc encontram nas proximl-dades do arquipélago de Tuamotu, SOO milhasao sudeste de Taiti, acompanharão o desen-VQlylmentq das provas nucleares. Os técnicose cientistas trabalham febrilmente no atol deFanhantauía, local escolhido para os testes.

Gabinete aprova orçamen loParis (UPI-AFP-JB) — O Gabinete fran-

ces, reunido sob a presidência do General DeGaulle, aprovou ontem as bases de seu orça-mento para 19G9, mas as arrecadações e osaumentos eventuais de impostos e serviços pú-blicos só serão determinados depois de 4 desetembro próximo.

Terminada a reunião do Conselho de Mi-nistros, um porta-voz do Governo Informou

que o Presidente De Gaulle dará entrevistaà imprensa na primeira quinzena de setembro.ORÇAMENTO

O informante acrescentou que os aumen-tos de despesas no novo orçamento serão con-seqüência dos compromissos aprovados sóbrcos salários, pensões c aposentadorias depoisdos acontecimentos de maio e junho últimos.

Essas despesas, assinalou, serão em 1969duas vezes maiores que em 1908.

À bombaem dólar Departamento de Pesquisa

Os três materiais físseis utilizadoscomo explosivos nucleares na bomba atô-mica e na de hidrogênio são o urânio-235, o plutõnio-239 e o urânio-2à3.

O urânio-233 é extremamente raro, eseu custo ainda não é, por isso, uma coisaestabelecida. Um quilo de urânio naturalcontém sete gramas de urânio-235, sen-do o urânio-238 o principal componen-te. Para uso como explosivo nuclear, ourãnio-235 tem de ser separado -e con-centrado, ou "enriciuecido."

As cinco nações nucleares têm, ca-da uma delas, um processo para produ-zir o urãnio-235 enriquecido. Até ondese sabe. entretanto, um único processopara a separação de Isótopos no urânio-235 foi pôsto ém uso em larga escala. Éo processo conhecido como difusão ga-sos:'

Ksse processo exige usinas vastas ecustosas, baseadas em um avanço tec-nológico que ainda não está ao alcancede todos. O custo total das três usinasnorte-americanas foi de 2 300 milhões dedólares, e o custo anual de operação éde aproximadamente 500 milhões de dó-lares, o que resulta em um custo apro-ximado de 12 000 dólares para cada qui-lo do material nuclear produzido destaíorma.

O urânio-235, entretanto, é o prefe-rido para a fabricação das bombas dehidrogênio.A BOMBA ECONÔMICA

O plutônio é mais barato. O phitò-nio-239 resulta, da exposição do urânio-238 ao bombardeamento de nèutrons, emum reator nuclear. Calcula-se que sãonecessários oito quilos de plutônio-239para a obtenção de uma explosão de 20quilotons.

O complexo industrial necessário àprodução do plutônio-23!) compreende

usinas que purifiquem o urânio a umalto grau, um reator' nuclear, uma usinaquímica para a extração do plutônio euma outra para a transformação do plu-tònlo em metal.

Para uma produção de 160 quilos deplutônio por ano, o custo aproximado fi-caria entre 20 e 80 milhões de dólares,com um custo anual de operação de 5 a10 milhões de dólares. Isso resulta emum custo de SOO 000 dólares por quilo deplutônio, custo que pode ser reduzido a120 000 dólares no caso da utilização má-xima do complexo.

Considerando-se o alto custo da usi-na de difusão gasosa, necessária à fa-bricação do urânio-235, uni pais que de-sejasse produzir anualmente um nume-ro limitado de ogjvas nucleares estariaquase obrigado a inclinar-se para a pro-dução do plutônio.

Isso é especialmente .verdadeiro seêsse país mantém uma atividade regu-lar no campo do emprego pacifico daenergia atômica, ,1â que a maioria dosreatores nucleares produz o plutôniocomo um subproduto.

Ao custo do material nuclear é pre-ciso somar uma longa lista As gastos pa-ralelos.

Um estudo do número de pessoal ci-entífico e técnico necessário para queuma nação possa construir ogivas nuclea-res em série mostrou que seriam neces-sários aproximadamente 1 305 engenhei-ros e 500 cientistas.

Outro estudo, íeito na Polônia, sobreo custo de uma força nuclear pequenamas de alto qualidade, dentro .áe umprograma compreendendo dois estágios decinco anos de duração, calculou o preçototal em 5,6 bilhões de dólares, ou seja560 milhões de dólares por ano.

Não atômicosse reúnem emGenebra a 29

Cinqtienta e seis pjtiçes — in-clusive o Brasil — já comuni-ca ram às Nações Unidas suaintenção de participar dd Con-ferência de Estados Não Nu-cleares, que se Iniciará cm Ge-nebni dia 29 de agosto, disseontem o Diretor do Centro deInformações da ONU no Riode Janeiro, Raul Trejos.

Das cinco potências nuclea-res' também convidadas, apenasduas responderam até agora aoconvite: a Grã-Bretanha, acei-tando-o, e a China Popular, re-cusando-o. Dezoito agências in-ternacionais e Estados, entreeles o Vaticano, rejeitaram oconvite, mas não deram razõespara sua recusa.

AGENDA

A agenda provisória da Con-ferência, que durará um mês,inclui ps seguintes pontos prin-cipais:

Conclusão de uma con-venção internacional sob a qualos Estados nucleares se com-prometeriam a não ameaçar ouusar armas atômicas contrapaises que tenham renuncia-do incondicionalmente á pro-dução, aquisição e emprego detais armas.,

Acordos internacionais edeclaração dos Estados nuclea-res visando a proteger paisesque sejam alvo de ameaça ouemprego de armas atômicas.

Implicações econômicas ede segurança decorrentes daprodução ou aquisição de ar-mas atômicas e cooperação en-tre Estados não nucleares paraevitar a produçáo e presença dearmamentos atômicos en_l zo-nas desnuclearizadas.

Consideração de uma con-venção internacional dos Esta-dos não nucleares estabelecen-do o compromisso de prevenira produção, aquisição p uso dearmas atômicas.

Inspeções reciprocas bila-terais e inspeções multllateraisdas instalações nucleares paei-ficas nos territórios dos Esta-dos não nucleares e garantiascontra a espionagem Industrialatravés de tais inspeções.

A questão das explosõesnucleares com propósitos paci-ficos e a possibilidade de seuuso indevido para a produçãode armas atômicas.

Acesso â tecnologia para,usos pacíficos da energia ató-mlca.

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Kennedy fará sua definiçãode política externa dia 21

Washington (UPI-JB) — o SenadorEdward Kennedy pronunciará um discursono próximo dia 21 — cinco dias antes cioinicio da Convenção do Partido Democrata— em Worcestek. Massachusetts, devendodiscorrer sobre temas da política externa. Acadeia de televisão estuda a possibilidadede transmitir para todo o país a fala doSenador Kennedy.

Ao renunciar á possibilidade de se can-dldatar á Vice-Presldència na chapa do Par-tido Democrata, o sobrevivente do clã Ken-nedy prometeu exercer sua autoridade de"Senador dos Estados Unidos" para influen-ciar a plataforma de seu Partido, vincando-a com as teses de seus dois Irmãos assassl-nados.

O Senador de 3(i anos de idade, que noato de renúncia ao direito de se candidatara Vlce-Presldente deixou de indicar qual dospré-candldatos gozava sua simpatia, tinhaprometido" falar no tempo devido sobre dl-retrlzes domésticas e exteriores que nossoPartido deve seguir se deseja fer sucesso naseleições e nas soluções dos problemas nacio-nais."

O discurso será pronunciado diante daCâmara de Comércio de Worcester c estásendo aguardado com grande expectativa. OSenador não decidiu ainda se estará pre-sente na Convenção de Chicago, apesar deser o chefe da delegação de Massachusetts.

Imprensa soviética censura NixonMoscou (UPI-JB) — Críticas a Richard

Nixon, candidato republicano à Presidênciados Estados Unidos, voltaram a aparecer nosjornais soviéticos, desta, vez no Trud, órgãodos sindicatos, que classifica o ex-Vlce-Pre-sidente como instrumento de Wall Street que"faz do anticomunismo sua pedra de to-eme."

A vitória de Nixon na Convenção deMiami Beach tinha sido noticiada com mo-deraçâo pela Agência Tass, e esperava-secerta trégua ao candidato que Moscou con-sidera o mais antipático, perdendo apenaspara Barry Goldwater. O. Trud comentandoa chapa do Partido Republicano diz que "aescolha de Nlxon-Agnew proclama o fatoque os coronéis das grandes corporações pre-

ferem a velha linha imperialista e estão con-tentes com os velhos líderes políticos."MILITARISTA

O jornal sugere que Nixon antes da elei-çáo na Convenção ainda falou mais suave-mente sobre o Vietname, mas logo após dis-se "concordar plenamente com as posiçõesde Johnson o que significa a continuação dobombardeio no Vietname."'

Acreditam os observadores que isto éapenas um inicio da tradicional campanhacontra Nixon e que as criticas tornar-se-ãoainda mais acerbas depois da Convenção doPartido Democrata.

Plano especial custará USS 5 milhõesSan Diego, Califórnia (UPI-JB) -—

Os dirigentes da campanha de RichardNixon à presidência dos Estados Uni-dos informaram ontem que o cândida-to republicano destinou cinco milhõesde dólares (16 100 mil cruzeiros novos)para um programa especial destinado aatingir e conquistar os eleitores inde-pendentes e democratas:

O candidato encontra-se em Mis-sion Bay, San Diego, repousando napraia e discutindo com seus principaisassessores os próximos lances estratégi-cos da campanha eleitoral. Dêste pro-grama especial consta um trabalho dearreg.imentação de cinco milhões de vo-luntários para o trabalho de àliciaméri-to de votos, segundo os assessores deNixon.

Negros em campanha contra o GOPBaltimore, Maryland (UPI-JB) — Lide-

res negros de Maryland advertem que eonhe-cem a "insensibilidade do Governador SpiroAgnew para com a comunidade negra" eanunciam a criaão de comitês para realizaruma campanha de oposição à chapa do Par-tido Republicano.

O comunicado do Comitê por Um BomGoverno diz que "embora nossa preocupa-ção se dirija mais especificamente contra ocandidato á Vice-Preskiência, que tem anti-paria aos negros, esta claro que nem êle nemo candidato republicano à Presidência estãoe:n consonância com elementos ds. coniuni-dade branca que estão engajados com pro-gramas sociais progressistas."A PICBA DE SPIRO

Os lideres negros denunciam o Gover-nador Spiro Agnew por ter ofendido a me-

mória de Martin Luther King Jr. e por tercriticados os líderes de todas as comunidadesnegras logo após os distúrbios que se suce-deram ao assassinato do lider integrado-nista.

O Governador Spiro Agnew em recenteentrevista â imprensa disse-se orgulhoso doíato de não entender-se com certas "líderesda comunidade negra porque não compre-endiam sua ação." Esta entrevista foi mui-to criticado pelos negros de Baltimore. O.scomitês recém-formados esperam estendersua propaganda a todo os Estadas Unidos.Centrando as críticas no fato de Agnewse opor às conclusões do Relatório Kerner,que pede ampla ação do Governo federalpora resolver os problemas cia pobreza nosEstados Unidos.

Alerta continua na CalifórniaLos Angeles c Paris (AFP-JB) — o

chefe de Polícia de Las Angeles informouque todo. a Cmaida Naiionai da Califórniacontínua em e.staclo de alerta em conseqüén-cia dos distúrbios do íim de semona, decla-rondo que "estamas todos mobilizadas" e, ojornal parisiense Le Monde, em editorial,«credita que as EUA se encaminham para a"guerra urbana."

O Le Monde considera um erro imaginarque "a relativa, frieza do verão" seja resul-tado de um compromisso entre os gruposétnicos, pois a "moderação" nas guetos ne-gros origina-se das excepcionais medidaspoliciais aplicadas pela.s autoridades. "Aosgrandes motins espontâneos — diz o jornal— sucedem-se de uns meses para cá novosdistúrbios extremamente mortíferos e algunsdeles preparadas, ao que parece, de ante-mão. "

GUERRA URBANASegundo o mesmo jornal, "a autêntica

emboscada em que caíram as aliciais de

Cleveland é, neste sentido, significativa. Aluta deixou um saldo de 11 mortos, entre osquais três policiais brancas. Posteriormente,acontecimentos semelhantes se veriíicnivm.em Nova Iorque, Sen tule e Los Angeles. Ca-da vez mai.\ um reduzido grupo de naciona-listas negras resiste á Policia, com armas namão, retira-se e engenhos explodem em vá-rias lugares."

Le Monde conclui que atualmente só osSenadores McCarthy e McGoven têm cora-gem dc explicar que a manutenção da. or-dem contém em germe "uma escalada malu-ca'\ se a mesma fôr considerada em si umíim e se adiar ninda mais a "formidável re-volução social de que necessitai os EstadosUnidos." — Se esses homens não forem ou-vidos, haverá a possibilidade de uma guer-filha negva.. O espirito suicida de que estãopossuídos muitos desesperados negros nãopermite afastar essa possibilidade com doisexfcrémisnos frente a frenle: o do desesperoe da. ordem, para o que a noção de justiça ésecundaria."

Plataforma de McGoverné de oposição à guerra

John HerbèrsDo 'Yen' York Timc.i

I

Nov» Iorque — O Senador George Mc-Govern, de Dakota do Sul, disso ontem quetrabalharia por uma plataforma na Conven-ção Nacional Democrata que se comprome-tesse com a suspensão dos bombardeios aoVietname do Norte e com um esforço paraampliar a base do Governo do Vietnamedo Sul.

Se tal plataforma fosse adotada e se tor-nasse aparente que êle não poderia conquis-tar a indicação presidencial, disse McGo-vern. éle liberaria os seus delegados para quevotassem em quem quisessem.

O Presidente Johnson, disse éle, seria"muito indiferente" a tal plataforma, masacrescentou: "Não estou certo de que seriauma desvantagem" capacit-ar a chapa demo-crata a vencer.

McGovern. que anunciou sua cândida-tura sábado, fêz as observações numa entre-vista n. editores e jornalistas do New YorkTimes. Ela.s reforçaram declarações préviasdo Senador e de seus partidários no sentidode que a principal razão de apresentar sua«tardia candidatura *ra aumentar as oportu-nidades de obter uma plataforma contra aguerra na Convenção, que se inaugura emChicago a 26 de agosto.

O Senador disse que percebeu nas suasconversações com o povo pelo pats que háum certo número de delegados inclinadosmas não finnemente comprometidos com oVice-Presidente Humphrey, os quais apoia-riam sua candidatura mas unca &e transíe-ririam pora o Senador Eugcne McCarthy, oprincipal adversário do Vice-Presidente.

McGovern deixou a impressão com umasérie de pessoas em Washington e alhuresque gostaria de ver Humphrey em vez deMcCarthy conquistar a indicação se o Vice-Presidente apenas se divorciasse da políticado Governo Johnson a respeito da guerra. Aplataforma que McGovern advoga tenderiaa libertar Humphrey da política do Govêr-no naquilo que o indicado deve concorrercom a plataforma adotada pelo Partido.

O Vice-Presidente não deu indicação pú-blica de que desejaria libertor-se da politicado Governo. Êle a íem apoiado sempre.O candidato de 46 anos, que é mal co-

itliocido fora de Washington e Dakota doSul, íala macio com uni sotaque do Oeste.Náo se gaba de ser capaz de fazer umacampanha dinâmica, mas se descreve comoum ativista da vida pública necessário naPresidência, co-m sensibilidade para o estadode espirito do país.

Vestido num terno azul-marinho e pa-recendo um tanto cansado por um fim desemana de muita atividade, McGovern fa-lou por mais dc uma hora a respeito de suaentrada na corrida e de que sua caudida-tura oferecia.

Parte de suas declarações foram confl-denciais. inclusive suas opiniões pessoais sô-bre as dois outros candidatos e suas quali-ficaçôes para o cargo, mas falou franca eabertamente sobre outras assuntos.

Esperava, disse éle, ser capaz de atrair

entre 200 c 250 votos de delegados na oca-sião da abertura da convenção. Começarácom os 26 votos de Dakota do Sul, e esperao apoio dos da Califórnia, Nova Iorque, Mi-chigan Uiah, Nebraskn, Iowa. Nova Jérsei eCarolina do Norte.

Um recente inquérito da Associação deImprensa mostra que 792 votas eitão firme-mente comprometidos com Humphrey, 423com McCarthy e 1 408 não têm compromis-so cu estão prometidas a filhos favoritos.Quase todos concordam c-m que Humphreytem bastante votas parcialmente prometidosa éle entre os não comprometidos paraatingir as 1 312 votos de que necessita paraobter a indicação.

Mas McGovern disse que percebeu pon-tos fracas na fileiras daqueles que se in-cllnaan mas não estão firmemente comprometidas com o Vice-Presidente, e que al-guns delegados temem que Humphrey nãopassa gaiihar enquanto estiver vinculado aoOavérno. mas não desejam apoiar McCarthyporque náo julgam que éle seja bastanteforte na política interna. McGovern fará umapelo especial a esses eleitores.

O Senador, ex-professor de Governo eHistória, vem sendo adversário da guerrado Vietname desde 11)63. Repetiu segunda-feira que julgava que o Governo tem se-guido uma "política de loucura" no Su-deste da Ásia. Tornou claro que a sua lutapela plataforma cm Chicago será decisivo.

Disse que a oposição à guerra se tor-nou agora tão disseminada que éle pediriaque a plataforma a ser adotada em Chicagocontenha dois pontas essenciais sobre oVietname:

1) Suspensão imediata dos bombardeiosno Vietname do Norte.

McGovern disse que as bombardeios náocumpriram as seus objetivos militares c êlejulga que as conversações de Paris náo po-dem ter êxito enquanto eles continuarem.

2) Que "mostremos disposição para en-írentor ns realidades políticas" e "usemosquaisquer meios ao nosso alcance no Viet-name do Sul para assegurar que ali sejaampliada a base do Governo." Isso acarreta-ria negociações com o Vietcong e planospara reunir o Vietcong, as budistas c ou-tros num Govêmo de coalizão.

Seria provável que o Presidente John-son — perguntaram-lhe — apoiasse umachapa democrata com uma plataforma qtie,de fato, repudiasse sua política?— Julgo que éle seria muito indiferente— respondeu McGovern. — Náo estou certode que seria uma desvantagem.

Interrogado sobre a possibilidade de opróprio Presidente Johnson ser aclamado 'para a indicação no caso da paz no Viet-name vir antes da nomeação, McGovernrespondeu:

—- Eu não -sei quem o pediria. Julgo queèle perdeu sua posição política no país eque os delegados compreendem isso.

imismocerca voltade Duç Tho

Paris (UPI-AFP-JB) — Oconselheiro norte-vletnami-ta Le Duc Tho, rocém-che-gado a Paris com novas Ins-truções de Hanói, participa-rá hoje da décima sétimasessão da.s conversações pre-liminares de Paz e observa-dores acreditam que seu re-tomo poderá determinar no-vos rumos para os entendi-mentos com a delegação dosEstados Unidos.

As possibilidades de pro-grosso na conferência foramreforçadas pela presença cmParis do líder da maioriademocrata no Senado dosEstados Unidos, Mike Mans-fielcl, que chegou no últimofim de semana, depois demanter uma série de con-versações em Praga e Mos-cou.

PERSONALIDADE

Le Duc Tho, que ocupa osétimo lugar na hierarquiacio Biró Político do PartidoComunista do Vietname doNorte, depois que deixouHanói deteve-se em Pequime Moscou para conversaçõescom dirigentes chineses esoviéticos.

O regresso do conselheironorte-vietnamita colnci-diu com insistentes rumoresde que se estaria às véspe-ras de algum progresso nasnegociações de paz, parali-sadas desde o seu inicio, nodia 13 de maio dêste ano.

O enviado especial de HoChi Minh assistiu somente auma sessão de conferência,mas acredita-se que trazagora novas instruções parao chefe da delegação norte-vietnamita Wuy Xuan Thuy.Quando Tho saiu de Paris,no dia 29 de junho, fontesnorte-americanas opinaramque não haveria novidadesde importância nas conver-sações até o seu regresso.

O negociador norte-ame-ricano, Cyrus Vance, voltoua Paris segunda-feira depoisde manter uma reunião como Presidente Lyndon John-son no último sábado, e-nsua fazenda do Texas, paradiscutir a questão das con-versações de Paris e parainformar ao candidato re-publicano ã Presidência, Ri-chard Nixon, sobre o pro-gresso das reuniões bilate-rais até o presente momen-to.

Em meio de uma onda derumores, o retorno do con-selheiro norte-vietnamitaverificou-se no momento davisita a Paris do lider maio-ritário do Senador dos Es-tados Unidos, Mike Mans-íield, que desembarcou nacapital francesa no sábadoprocedente de Moscou.

Mansfield conferenciou nodomingo eom o chefe da de-lega ção norte-americana,Averell Harriman, e depoisse reuniu com o Primeiro-Ministro francês, MauriceCouve de Murville, em vi-sita qualificada pelos fun-cionários parisienses como"de cortesia."

Luta de 20 horasfaz 2 00 mortos

Saigon (UPI-AFP-JB) —Numa batalha de 20 horasde duração, considerada amais cruenta dos últimosquatro meses em torno deSaigon, tropas dos EstadosUnidos, apoiadas por caças-bombardeiros, helicópterosarmados e pela artilhariaeliminaram um contingentede 200 guerrilheiros entrln-cheirados nas selvas.

Os militares norte-ameri-canos confiam em uma di-minuiçáo de infiltrações noVietname do Sul nos próxi-mos meses, não obstante osindícios de uma iminenteofensiva contra Saigon e ou-trás cidades sul-vietnamitas.Não afastaram a p ssiblidã-de de que Hanói concordecom uma redução substan-ciai de suas atividades mi-lltares, diante de uma sus-pensão parcial dos ataquesaéreos contra o Vietname doNorte.

AÇÃO

As tropas sul-vietnamitasem seu avanço pelas plan-tações de arroz da provin-cia de Longan, ao sul dacapital, mataram 44 comu-nistas. Quinze norte-ameri-canos foram mortos e ou-tros 30 feridos na batalhamais prolongada travadaaté o momento perto do dei-ta do Mekong, em Can-doüc.

Em Saigon, o CoronelTran Van Hai, diretor-geralda Polícia e Sesnrança Na-cional sul-vietnamita revê-lou que uma célula terroris-ta tinha sido desmanteladaem julho. Revelou que amissão do grupo era a dedestruir a sede do alto co-mando norte-americano emSaigon e assassinar altaspersonalidades sul-vietna-mitas e estrangeiras.

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Jornal do Brasil, quarta-feira, 14-8-03, 1.° Cad. — 3.

I

Presidente não examinou aReforma Universitária masdeverá aprová-la até 22

O Presidente Gosta c Silva não examinou ainda o an-fceprojeto da reforma universitária elaborado pelo Grupocle Ti-abalho, devendo estudá-lo .somente após o seu re-gresso a Brasília, e autorizará a publicação prova vehnen-te durante o despacho com o Ministro da Educação, nocüa 22. segundo adiantou ontem fonte do MEC.

O informante disse ainda que o Presidente da Repú-blica deverá encaminhar o anteprojeto, com as observa-ções que fi7.Br sua assessoria, ao exains da comissão mi-nisterial — Ministros da Educação. Fazenda, Planejaane.n-to, Justiça e possivelmente Transportes — até o fim dês-te més.

ELOGIO

Brasília i Sucursal i — oDeputado Magalhães Melo(Arena-Pernambuco) declarouontem, na Câmara, que emmeio â perplexidade políticanacional, onde n agitação uni-versitárla atinge alguns Esta-dos, o discurso do Ministro doExército r.a Escola Superior deGuerra- "é um traço de equi-líbriò e sensatez."

— O pronunciamento do Ge-neral Lira Tavares merece re-flexão — frisou o deputado,acrescentando que "não se tra-ta de um discurso político, masêle fala em como se defender

realmente a democracia e a. li-herdade responsável."

FATOR DE CONFIANÇA

Prossegiiíndo, disse o Sr. Ma-galhães Melo que o Ministro doExército, por ocupar um psto-chave, ''representa, nesia horade tanto desentendimento, pa-ra grande parte da população,um fator cle confiança, porquea sua palavra é sempre de pres-tiglo á lei, de garantia da li-herdade, cle garantia das ins-tituições, o que nem sempreacontecia com antigos minis-tros que ocuparam aquelapasta."

S e rii iná ri o debaterátemas universitários

O Conselho Federal de Edu-cação promoverá, entre 28 e30 deste mês, no Rio. o III Se-minário para Assuntos Univer-sitários, com a ' finalidade dcpossibilitar o intercâmbio deexperiências entre o órgão e a.suniversidades nacionais. Havc-rá debates sobre o ensino su-perior.

O regimento do Seminário;que será presidido pelo Minis-iro da Educação, já está con-cluído. A direção cios trabalhosficará a cargo do presidente doCFE, enquanto nas duas vice-presidências estarão os vice-presidente do Conselho e o pre-sidente da Câmara do EnsinoSuperior.

O presidente da comissão deinquérito instituída pela porta-ria 272 do Ministro da Educa-çáo. em 1967. está convocandoos servidores Severino Francis-co dc Lima, Volmares de Car-valho Bastos, Edmundo Rodri-gues da Silva, Herbert José de.Sousa e Fani Goklíarb paracomparecerem no prazo de 20dias a contar da publicação doedital, na sala da ConsultoriaJurídica, no quarto andar doMEC, a fim dc cumprirem aexigência de comprovar quenão ocorreu o abandono (ani-mus abandnnandi) em proces-so do seu interesse.

Pedroso Horta pede a TFRhabeas-corpus para acabaro confinamento de Jânio

Brasília (Sucursal) — O Deputado Oscar Pe-di-cso Horta pediu entem, ao Tribunal Federal deRecursos, uma ordem de habeas-corpus para acabarcom o confinamento de 120 dias, c-m Corumbá, i>m-posto ao Sr. Jânio Quadros pelo Ministro da Justiça.

O pedido, que também requer o reconhecimen-to da falta de justa causa para evitar qualquer açãopenal contra c ex-Presidente, íoi distribuído ao Mi-nistro Esdras Gueiros, que iá proferiu despacho so-licitando informações ao Professor Gama e Silva,para instruir o processo.PRAZO

O prazo para fornecimentodessas informações é de cin-co dias, o julgamento do ha-be-as-corpus dificilmente serárealizado este mês, sendo maisprovável na primeira quinze-na de setembro.

COINCIDÊNCIA

Em carta ao Deputado Gas-tone Rishi, o Sr. Jânio Qua-dros chama a ,atenção para acoincidência entre sua punição,a prisão de Vladimir Palmeirae a cessão cia FNM ou expio-ração da plataforma submá-rina.

O político confinado em Co-rumbá cita a inscrição queencima o pórtico da Corte Su-prema dos EUA, Eqtial Justi-ce Unúer Luic, e exige tam-bém "justiça igual dentro da

lei", para si, suas netas e pa-ra todos.

O Sr. Gastone Righi, <ioMDB, leu a carta do ex-Presi-dente na Câmara, e relatou,da tribuna, a visita que lheféz, dizendo que èle está sobprisão, "pois a vigilância po-litica, com três agentes â por-ta de seu quarto e o impedi-mento do ingresso dc jornalis-tas e outras pessoas a seusaposentos, caracteriza o car-cere privado,"

Acentuou o Sr. Rigiii que ailegalidade do confinamentoserá "fulminada dentro, nomáxiihoj de 30 dias e pelo pró-prio Tribunal Federal dc Rc-cursos." Desafiou a Arena aapresentar um fato concretode subversão ou corrupção quefundamentasse a suspensão desdireitos politicos do Sr. JânioQuadros.

Chefes militares acham queo V Exército é imperativode segurança para Amazônia

Chefes militares disseram ontem que a criação do VExercito, com jurisdição na Amazônia, citada pc b *..i-dente da Republica há dois dias em Manaus, "e- i-perativo de segurança para a proteção da sobe:. i-cional r desenvolvimento da região."

Apoiando o pronunciamento do Marechal Costa e Sil-va, os chefes militares afirmaram que "só a distribuiçãode efetivos militares, como suporte para futuras colôniasdesbravadoras, poderá permitir, a curto prazo, uma ocupa-cão efetiva da região, que corresponde a mais da metadedo território nacional, com recursos naturais inteiramenteinertes."

COLÔNIAS MILITARESLembraram os chefes muita-

res que peritos em questõesamazônicas, como os generaisBizarrla Mamede, Siseno Sar-mento, Lauro Alves Pinto eOtávio Rodrigo Jordão Ramos,sempre defenderam a necessi-dade da criação cle colôniasmilitares misias, integradas porpraças enganjados c suas fa-milias c por civis, para povoara Amazônia.

Essas colônias seriam inierli-gadas por estradas de rodagem,

Meira Matosinspecionaa Brigada

Porto Alegre (Sucursal) —O General Meira Matos, queontem chegou a Porto Ale-gre acompanhado de cincooficiais que o assessoram,inicia hoje à tarde, sua pri-meira inspeção à BrigadaMilitar, com uma visita de-morada ao Quartel-Generalda corporação.

O inspeti r-chefe das Po-licias Militares foi recebidono aeroporto pelo GeneralÁlvaro Alves da Silva Bragae vários Secretários de Es-tado.

construídas por batalhões deEngenharia, ou se instalariamás margens dos muitos rios na-vegúvcis na região, possilibi-tando a facilidade rie transpor-te pela flotilha da Marinha.

Existe um plano pronto pa-ra a Instalação das colônias,que tem o apoio do Ministrodo Interior, General Albuquer-que Lima, e espera, apenas, vo-tação de lei especial que crieo.s efetivos de pessoal neces-sã rios. que se constituiriam noV Exército.

Auro nãoperde omandato

Brasília (Sucursal! —-Com apenas um voto diver-gente, do Senador AurélioViana, a Comissão de Cons-tituição e Justiça aprovouontem parecer do Sr. No-gueira da Gama segundo oqual o Senador Moura An-drade pode assumir a Em-baixada de Madri sem per-der seu mandato.

A sessão durou mais detrês horas e a decisão foiunânime, variando apenasno que se refere a detalhes.

Comissão de Segurança veta anistiacom voto - desempate de Broca Filho

Brasília t Sucursal) — Por 11 votos contradez — o rolo desempate do seu presidenteBroca Filho (Arena-SP) — s_ Comissão deSegurança da Câmara rejeitou, ontem, o pro-jeto que concede anistia a estudantes c tra-balhadores envolvidos em manifestações de rua.

A reunião durou quase cinco horas e osdebates chegaram a ser violentos, com a pai--ticipação dos líderes Ernâni Sátiro, MárioCovas. Martins Rodrigues. Cantidio Sampaio,Euclides Trtches, Bernardo Cabral, HermannAlves c Clóvis Stenzel.

APELO

O lider do Governo na Câmara, Sr. Emá-ni Sátiro, embora tivesse dito que cada par-lamentar deveria votar cle acordo com suaconsciência, féz, no fim. um apelo aos seuscompanheiros para que rejeitassem a anistiaproposta no projeto do Sr. Paulo Macarini,do MDB. Segundo frisou, "a anistia c umproblema politico da maior gravidade que, seaprovada, representaria um convite a novasagitações contra o Governo."

Apesar do apelo, três deputados da Arena— os Srs. Hélio Garcia, ílênlo Rcmangholli eJosé Penedo — votaram a favor. O projetoMacarini fora aprovado quinta-feira na Co-missão de Justiça, por 13 votos contra um.PARECER CONTRA

O relator do projeto, Deputado (e coro-nsl) Agostinho Rodrigues (Áraia-PRJ — quehá dias deixara claro sua intenção de pvo-per um substitutivo, limitando a c..ices'.õoda anistia —- apresentou, ontem, um longoparecer contra o benefício proposto pelo MDB.Afirmcu que não se pode compreender aanistia, cm ploria fase. de movimentes deagitação e cle subversão, "pois abrigaria pelaimpunidade autores dc mortes que tantoabalaram a nação e náo iria amparar os as-sãssines cle fcdson Luis. se ficar comprovadoque os aurores t.rám elementos da PM ca-

O Sr. Agostinho Rodrigues declarou queas agitações estudantis no Brasil guardamsemelhança ccm movimentos idênticos qu-socorrem em vários paises latino-americanos,sob inspiração de Fidel Castro. Na sua-opi-nião, o estudante é o Instrumento ideal dosdesagregadores, pela sua imensa reserva deidealismo e boa fé e ainda pela facilidade dese levar a atos de aventura. Citou os atos deterrorismo ocorridos cm São Paulo, a greve"ilegal" de Osasco, o atentado ao quartel doII Exército e a morte do soldado Kozell Fi-lho, como fates que demonstram a inoporiu-nidade d-a anistia.

Acrescentou o relator que as agitações,foram e estão sendo feitas com alusões aMao Tse-tung. Fidel Castro, Lênine e CheGuevara; com bandeiras pretas e vermelhas e¦ultraje à.s autoridades, violência centra fa-crldad-es e propriedades públicas e privadas.e "comandadas pela minoria que se quer anis-tíar."

O projeto Paulo Macarini, se trans-formado em lei. teria como efeito o estímuloa nova ações revolucionárias e não trariaa, paz e a segurança, mas. sim, novas-desor-deus e nova anistia. À aprovação do projetona Comissão de Justiça, os lideres dos agi-tadores responderam com novas violências noRio, Salvador e Niterói. Não fazendo qualquertrégua em sinal de compreensão pelo resul-tado.

O parecer do Sr. Agostinho Rodriguesíoi classificado de "peça literária*' pelo vice-líder oposicionista Bernardo Cabral, "mas quenão conseguiu derrubar o parecer da Comis-,são de Justiça." Reclamou do Governo umato de grandeza, lembrando o exemplo fran-cês, que anistiou cs manifestantes de maio.ALEIXO LEMBRADO

O lider Mário Covas, do MDB depois defazer um apanhado histórico da concessão deanistia no Brasil, lembrou que mesmo o atualGoverno já concedeu anistia, fiscal, c certo,"mas sempre uma anistia."

Náo se pode alegar que a anistia é umincentivo a novos crimes, mas é bem verda-cie que a sucessão cle anistia concedidas noBra.il d que levou muita gente a participardo golpe dc abril de 64.

Leu. a seguir, discurso cta Vice-PresidentePedro Aieixo, quando lider da UDN na Cá-mara, em defesa do projeto do Senador CunhaMelo. concedendo anistia acs que se mani-festaram contra a posse do Sr. Joáo Goulart,em 198-1. Deu ênfase ao seguinte trecho dopronunciamento do Sr. Pedro Aleixo:"Anistia é um remédio c somente depoisde sua aplicação é que poderemos saber seé ou não eficaz."

Mostrou também que, na cpbiiâo do atualVice-Presidente da República, anistia não temoportunidade ou inoportunidade, pois a me-dida náo tem época para ser proposta e apro-vada.A HORA É GRAVE

O Sr. Ernâni Sátiro afirmou que o pare-cer do Sr. Agostinho Rodrigues "é obietivo epolitico e com valor literário, porque ninguémpede ser acusado pelo fato de escrever bem".Disee que não se impressionou com as cita-çôes feitas pelo Sr. Mário Covas, dc promin-ciamento do Sr. Pedro Aleixo, "porque o atualVice-Presidente não está em causa e sim aoportunidade da concessão de anistia, heje."

Mas destacou, por sua vez, um pronun-ciamento do Sr. João Mangabeira, de junhode 1.027, contra a anistia, para mostrar quea opinião dc um político não é/a mesma deum tratàdlsta c por mais valiosa que seja,não representa uma lei.

c

Mas V. Exa. não conseguirá nos mos-trar uma única manifestação do Sr. PedroAleixo contra a anistia — comentou o Sr.Mário Covas, ao mesmo tempo em que o Sr.Martins Rodrigues lembrava uma outra do3r. João Mangabeira (de 1945) favorável ámedida.

O Sr. Sátiro mudou de assunto e afirmouque a Comissão não estava reunida para lem-brar pronunciamentos do passado, mas fatosde hoje, frisando que cada um ia votar oprojeto "de acordo com sua consciência."

Então c questão aberta — comentou,no fundo da sala, o Deputado Luna Freire(Arena—BA), com o apoio do seu colega LuísALaide.

Mas o representante baiano não quis in-terrogar oficialmente o seu líder, porque o as-sumo. esclareceu, estava decidido: "Questãofechada contra anistia." v

O Sr. Sátiro falou também do carátersubversivo das manifestações estudantis, di-zendo que dois estudantes, quando recebidosno Palácio do Planalto, "foram desrespeitosospara com o Presidente da República."

A Arena não quer mesmo concederanistia, náo por receio de atos subversivos,mas porque os estudantes foram a Palácioscmpaletó e gravata. — comentou, ironicamente,o Sr. Mário Covas.

Não queremos, por enquanto — apar-teou o Sr. Clóvis Stenzel.

E o Sr. Sátiro:Não sustentamos a tese de que estu-

dantes não mereçam anistia. Apenas não lhesconcedemos privilégios. Consideramos a me-dida inoportuna. Não é problema jurídico,mas político- As agitações continuariam e amedida serviria de estímulo para elas. A seu-tença liberátória poderia servir de tentativapara derrubar o Governo.GOVERNO SUEVERSIVO

O secretárip-geral do MDB, DeputadoMartins Rodrigues, afirmou que a subversãoé praticada pelo Governo contra as institui-ções democráticas, "ccm um sistema const'.-tucional avesso à.s nossas tradições democra-ticas."

Nós nos rebelamos contra o regime po-lítico-militar imposto ao pais, pelo movimen-to armado cie 64, con Ira a democracia.

Acrescentou quo sem tranqüilidade, o Bra-sil não se recuperará e não sairá da semidi-tadura cm que vive. Lembrou que a cbsti-nação de Artur Bernardes, em náo procurara psz. levou o pais à Revolução de 30.

O Sr. Hermano Alves (MDB carioca) con-'siderou o parecer do relator "uma peça por

demais perigosa à luz das instituições nac:o-nais, defendendo uma tese que divide a Na-ção". Afirmou que quem divide o Brasil nãosão os estudantes, nem o clero, ou Situação tOposição, "mas a mitológica e falsa doutrinada guerra revolucionária, que existe em esta-do.s-maic.es mal informados e paisanos mi-litarizados."

Quem iraça o plano dc derrocada 6%-iinstituições é o próprio Governo, que a cadainstante se intitula de revolucionário.

Desde o momento que há uma Cons-tituição, o Governo deixou de ser revolucio-nário e passou a ser um Governo constituído— retrucou o Sr. Clóvis Stenzel.£ novidade para nós, pois o Governoacaba de invocar os Atos Institucionais —disse o Sr. Martins Rodrigues.

O Sr. Hermano Alve» criticou, com certaviolência, trecho do parecer do relator, quan-do apresenta a hipótese de o soldado ICozc-iter sido morto em conseqüência do movimen-to estudantil pa ...lista.

Por que o relator não levanta a bipo-tese de ser a 2.» seção do Exército, ou a Poli-cia Civil ou mesmo a Policia Militar? Por oueos estudantes?Mas se o projeto fôr aprovado e a hi-. potese se confirmar, os assassinos de Kozele os autores de atos de terrorismo serão anis-tiados — afirmou o sr. Cantidio Sampaio vi-ce-lider do Governo.

O Sr. Hermano Alves retrucou, dizendoque anistia é arma da sabedoria política deum povo, é aspiração do povo e nâo incentivoaos subversivos. "Agora, quer se jogar no lixo.*ssa sabedoria, sob a pseudodoutrina de guer-ra revolucionária" — declarou ainda.O ARGUMENTO

O Sr. Clóvis Stenzel, ao falar contra aanistia, disse:O crime provoca o desequilíbrio social

e só a sua punição pode restabelecer o equi-librio. O Governo náo pode dar anistia, quan-do a própria Oposição afirma que a luta con-tinuará contra o regime.

O argumento serviu também para o vice-lider Euclides Trlches. que afirmou que a Opo-sição, na sua disposição de lutar contra o rc-gime, "ofereceu o argumento para que se re-jeite o projeto de anistia."

Falaram ainda a favor da anistia os Srs.Amauri Kruel. Hélio Garcia, Antônio Anibe-li. José Penedo, Henio Romangnolli c RaulBrunini.

Contra a anistia, votaram os Srs. Agostl-nho Rodrigues írelator), Clóvis Stenzel (RS),Floriano Rubim (ES), Josias Gomes (CE),Hildebrando Guimarães (CE), Cicero Dantas(BA), Luis Cavalcanti (AL), Viligt Rosado(RN) e Sousa Santos (PI), todos da Arena;a favor, os Srs. Hélio Garcia (MG), HènioRomangnolli (PR) e José Penedo (BA), daArena, c Amauri Kruel (GB). Martins Ro-drigues (CE), Raul Brunini (GB), BernardoCabral (AM), Nei Ferreira (BA), Paulo Ma-carlni (SC) e Antônio Anibelli (PR), do MDB.Verificado o empate de 10 votos, o presiden-te. Deputado Broca Filho (Arcna-SP), deuo voto de desempate contra o projeto.

amara encerrou debate cio projetoA Câmara dos Deputados encerrou ontem

a discussão do projeto de anistia a estudan-tes e trabalhadores, e a Oposição evitou a sus-pensão dos trabalhos, amanhã, pretendida pelaliderança da Arena, que está empenhada emtransferir para a. próxima semana a votaçãoda matéria,

O projeto recebeu duas emendas e as co-missões de Justiça e de segurança Nacional te-rão 24 horas para examiná-las. Com os parece-res dessas comissões sobre o texto original esobre a-s emendas, a proposição poderá ser vo-tada amanhã.

EMENDAS

As emendas foram apresentadas pelosDeputados Francellno Pereira e Monteiro deCastro, ambas da Arena mineira. A propósi-to, o líder do MDB, Mário Covas, com base noRegimento da Câmara, disse que ficou carac-terlzado que a liderança da Arena apoia asemendas, porque sem o seu apoio elas não po-derlam ser propostas.

A emenda do Sr. Francelíno Pereira con-cede anistia a participantes de manifestaçõese episódios ocorridos no país de 23 de marçoa 8 de agosto, e que tiveram ligação diretaou indireta com movimentos estudantis.

A do Sr. Monteiro de Castro também li-mita o prazo e exclui da anistia os autores decrimes comuns e dc atos de terrorismo, espe-cificando os artigos da Lei de Segurança, que,se foram desrespeitados, os infratores não se-rão anistiados.

QUORUM

Na nistalação da ordem-do-dia, estavampresentes â sessão 276 deputados. Na verifi-cação de quorum, requerida pelo lider daArena. Deputado Ernâni Sátiro, quando davotação de uma redação final, constatou-se

a diminuição cle presentes: responderam àchamada apenas 190 deputados."DRAMA DE CONSCIÊNCIA"

Manifestando-se contra a anistia, oDeputado Broca Filho disse que essa atitude,dc obediência partidária, lhe causava um"drama de consciência", pois que êle própriofoi testemunha de violência policial contraestudantes.

Narrou que nó dia. 28 de julho último, nacidade paulista de Guaratinguetá, o seu so-brlnho Paulo Marcos, estudante de Direito,foi barbaramente espancado por policiais da-quela cidade e que, apesar de sua interferén-cia, a delegacia local acabou Instaurando pro-cesso contra o jovem, sob a alegação de queèle agredira um cabo de polícia e outros cin-co policiais.

Disse que no Brasil, atualmente, "os cle-legados vivem acovardados: assistem, impas-siveis, As violências e não se sentem capazesde qualquer repressão, pois eles próprios afir-mam qua os milicianos não lhes estão subor-dlnados, e a eles só cabe o recurso do inqué-rito." E, no inquérito, o indiciado é a própriaritüna.

— E' este o meu drama de consciência,porque fatos iguais de brutalidade se suce-dem diariamente em todas as delegacias depolícia, com estudantes culpados ou náo, outornando-os jovens revoltados. Entretanto, co -mo homem que crê cm Deus, na Pátria e naFamília, e apesar de desiludido pelo que temassistido, mais uma vez votarei com o, Go-vérno, certo de que assim fazendo interpretoo pensamento dos que aqui eu represento, pro-curando acertar e dando ao Governo a opor-tunidade também para que reveja sua posi-ção.. retribuindo um pouco do muito queo Legislativo lhe tem dado em solidariedadee apoio.

Votação decepcionouos governistas

Círculos políticos ligados ao sistema governamental sâoda opinião de que a liderança do Governo na Câmara falhou maisuma vez, quando a Comissão de Segurança Nacional da Câ-mara apenas pelo voto do seu presidente, recusou o projetoda Oposição què concede anistia a estudantes e trabalhadores.

O 'resultado se toma ainda negativo para o Governo, sefór recordado que, na véspera, a liderança da Maioria havia,praticamente, nomeado novos membros para a Comissão, poisa maioria dos representantes da Arena se encontrava ausentede Brasília."VOTO DE CENSURA"

O Senador Eurico Resende, vice-lider do Governo no Se-nado, interpretou a decisão tomada, ontem, pela Comissão deSegurança Nacional da Câmara, como "um voto de censu-ra ao Governo, com o qual não concordo." Para o SenadorEurico Resende, o projeto da Oposição "é antes dc tudo cleefeito demagógico e antijuridico. Antijuridlco. frisou, porquenão se pode conceder anistia a quem ainda não foi punido.Os anistiados poderiam, simplesmente, dizer que recusam operdão, porque estão sendo julgados e não íoram ainda pu-"nidos".

Presidente fazrevelação histórica

Belém (Do enviado especial) — Recebi em meu gabinete,no Rio, uma comissão de governadores trazendo, numa bande-ja, a ditadura, para que eu a assumisse. Estavam preocupadoscom o estado de coisas implantado pelo Presidente cle en-tão, mas eu não aceitei — revelou o Presidente Costa e Silva,

Esta revelação, que êle classificou de "fato da Históriado Brasil", foi feita, em rápido improviso de três minutos, du-rante o almoço que lhe ofereceram em Belém as Forças Ar-macias. . ¦ , . -CONFIANÇA

— Tenho confiança nas Forças Armadas, que estão coe-sas e não permitirão a repetição do que aconteceu nas re-volúçôes de 30 e 35. que se dissolveram. Sou patriota, Presiden-te da República constitucional do Brasil e não tememos estoborbúlíiar de idéias — acrescentou o Presidente da República.Ê ARENISTA

Ao inaugurar a nova sede da Arena, na presença dos Mi-nistros Jarbas Passarinho e Tarso Dutra, e do GovernadorAlacid Nunes, o Presidente disse que era o arenista númeroum e tem sido íiel ao Partido, "porque é o Partido da Revo-lução que fizemos e haverá de levar o Governo para adiante."

A cena altura, declarou êle: "Quero alertar que o mo-mento que atravessamos é de definições claras, pois não hámeio-termo nos assuntos revolucionários."

Anistia, a desmemória plenaDepartamento de Pesquisa

Conhecida entre os romanos como abolitio generalis, aanistia, segundo Rui Barbosa, "extingue todos os ejeitos ãapena e põe perpetuo silencio «o processo." Os juristas a con-sideram "a âèsineinõrià plena, absoluta", porque ela não só"apaga a sentença irrevogável, aniquilando retroativamentetodos os ejeitos por ela produzidos, conto vai até a aboliçãodo próprio crime punido ou punivel."

Embora tenha nascido quase seiscentos anos antes deCristo — com Sólon, na Grécia — a anistia- tornou-se uma-tradição no Brasil a partir, dos tempos coloniais. Desde entãolem abrangido crimes políticos, de guerra, deserção, insub-missão, greve, imprensa, faltas disciplinarei, crimes comunse jaltas funcionais. Quando ê concedida em relação aos cri-mes politicos, o objetivo c quase sempre a eliminação de mo-tivos de ódio ou paixões, promovendo o restabelecimento dapaz social.SUJEITA A VETO

A atual Constituição brasileira estabelece que a concessãode anistia è du competência da União (Artigo S.°, XVI) cque cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidentaãa República, dispor sobre o assunto, mediante lel (Artigo46, VIU).

Em relação à Constituição de 1946, a Nova Carta trans-feriu a matéria — que era da competência exclusiva do Con-gresso — para competência sob sanção presidencial. Isso sig-nifica que somente através da lei. sujeita ao veto do Presi-dente da República, c possitie. agora a concessão de anistia— que antes poderia ocorrer através dc simples decreto le-gislativo.DA COLÔNIA AO IMPÉRIO

Depois da guerra holandesa, a anistia foi concedida emPernambuco de maneira ampla e geral, como se não tivessehavido luta. Abrangia holandeses, judeus, homens dc todasas nações e religiões, negros e Índios, desertores c traidores.Segundo Rocha Pcmbo, "todas ás ofensas e hostilidades fo-ram esquecidas. Negros e índios foram reincorporados. Pagosoi soldados ex-inimigos e honras militares tributadas aoschefes vencidos. Proibidas quaisquer ofensas aos derrotadose festas ruidosas quo os pudessem humilhar."

¦ Um . ano antes da Independência foi concedida anistiaampla aos que desertaram dc Reino em face da inbasão napo-leònica. Cinco anos mais tarde, ela alcançou os desertores,masmo os que se encontrassem entre os inimigos, exceto oscabeças da rebelião da Província Cisplatlna.

Em 1835, o Decreto número 6, da Regenera, declarou "anis-liadas todas as pessoas envolvidas em crimes politicos come-tidos até 1834, nas províncias de Minas Gerais c Rio de Janei-ro." Em 1844. houve dos decretos: o primeiro anistiou oscrimes políticos cometidos em 1842 nas províncias de São Pau-lo e Minas; o outro concedeu anistia ampla e absoluta aosvereadores das Câmaras Municipais de Barbacena, Vila SãoJoão Batista do Presidio e Sâo João dei Rei, "que incorreramem. crime comum, de excesso de atribui-ões."

Os bispos e outros pudres dc Olinda e do Pará. "incursosnos crimes comuns de desobediência ao Monarca", foram anis-tiados em 1875.NA VELHA REPUBLICA

Jà na República, Floriano Peixoto sancionou- cm. 1892 re-solução do Congresso Nacional concedendo anistia "o todos oscidadãos implicados nos acontecimentos que motivaram o De-creio de 10 de abril dêste ano, declarando em estado de sitioa capital federal", e a "iodos os que direta ou in-diretam-en--te. tomaram parte na revolta das fortalezas de Laje e SantaCrUz, em 19 de janeiro dêsle ano."

Anistias abrangendo crimes politicos foram decretadastambém nos Governos Prudente ãe Morais, Rodrigues Alves eJlerntes da Fonseca. Mais tarde, após a Revolução dc 1930,Vargas anistiou "todos os civis e

'militares que, direta ou in-

àlrctamente, se envolveram nos movimentos revolucionáriosocorridos no pais. dando o beneficio extensivo aos crimes jjo-liticos e militares, ou conexos com esses." Em 1931 vierammais dois decretos de anistia envolvendo crimes políticos cem 1934 ainda outro, desta vez beneficiando "participantes dosurto revolucionário verificado em São Paulo aos 9 de junho dc1932 e suas ramificações cm outros. Estados."

Em suas Disposições Transitórias, a Constituição de 1934'voltou a conceder anistia ampla "a todos quantos tenhamcometido crimes politicos até a data de sua promulgação."ULTIMAS CONCESSÕES

.Em 1945, no fim da ditadura Vargas, foi concedida umanova anistia— "aos acusados de crimes de qualquer nviu-reia. considerados políticos ou não, ocorridos durante oulogo após a realização de comidos, a ptrrtir de maio daqueleano, quando foi permitida arregimentação eleitoral"

Um ano depois, as Disposições Transitórias da nova Cons-tituição (1946) isentaram "de oulpa t pena os cidadãos con-siderados insubmissos ou desertores, até a data dc sua pro-mulgaçâo e, igualmente, os trabalhadores que houvessem so-jrido penas disciplinares, em conseqüência de greves ou dis-sídios do traballio,"

Jà no Governo do Presidente kubitschek. depois das re-beliões d» Aragarças e Jacareacanga, foi concedida em 1956 ¦anistia ampla e irrestrita "à todos os civis e militares que,direta ou indiretamente, se envolveram, inclusive recusando-se a cumprir ordens de seus superiores, nos movimentos derebelião ocorridos a partir de 10 de, novembro de 1955 até1.' de março de. 1956."

Durante o regime parlamentarista, 0 decreto legislativonumero 18, de 1961, concedeu nova anistia por crimes poli-ticos, beneficiando funcionários civis e militares, trabalha-deres, estudantes e jornalistas. Dois anos depois, ainda noGoverno do Presidente Joáo Goulart, foram anistiados (Dc-creto legislativo número 15. de 1963) "jornalistas e demaisincursos em delitos de imprensa." Foi a última anistia con-cedida no Brasil.

Polícia está {atenta hojeem Piraí

Niterói (Sucursal)—A Se-cretaria de Segurança Pú-blica determinou ontem quèa Policia de Barra do Plraíreviste hoje todos os verea-dores e populares que pene-trarem no recinto da Cá-mara Municipal.

A medida destina-se a evi-tar tumultos ou aconteciamentos mais graves na ses-são convocada para apre-ciar o pedido de afastamen-to, por 90 dias, do presiden-te da Casa, vereador Eduar-do William Sym, do MDB.

POLICIAMENTO

Também foi determinadoao 3." Batalhão da PM, se-diado em Barra do Piraí, opoliciamento ostensivo dasruas centrais, para evitarmanifestações de populares,pois a cidade está - domina-da, desde ontem, por umclima de expectativa.

A Arena pediu o afasta-mento do Sr. Eduardo Wil-liam Sym e a constituiçãode uma comissão de verea,dores para apurar Irregula-ridades administrativas deque é acusado. Projeto deresolução nesse sentido foiapresentado na sessão desexta-feira passada.

ACORDO DIFÍCIL

Até ontem os líderes po-liticos municipais não ha-viam chegado a um acordopara a retirada do projeto,que possibilitaria tambéma aprovação, pelo MDB, dascontas do Prefeito ValterGomes Mariotini, apontadascomo "eivadas de irregular!-dades" pela bancada oposi-cionista.

A Arena forma maioriana Câmara: oito contra setevereadores. O julgamentodas contas, com o parecerda comissão que as estudou,opinando por sua rejeição,também está previsto parahoje.

ACUSAÇÕES MÚTUAS

Na Assembléia, ontem, oDeputado Geraldo di Biasedisse que o Prefeito ValterMariotini já nomeou maisde 200 novos funcionários,em um ano e meio de admi-nistração, e sustenta quesuas contas não poderão seraprovadas, pois éle, prefei-to, não abriu uma únicaconcorrência pública. Algu-mas contas teriam sido pa-gas duas e até três vezes,

A Arena, pela voz de seulider em Barra do Piraí.acusa o presidente- da Câ-mara de fazer, pelo menos,uma nomeação por semanapara a secretaria do Legis-lativo. E acusado ainda dehaver nomeado um verea-dor, o Sr. Luis dos SantosAguiar, no pleno exercíciodo mandato, para cargo emcomissão na Câmara.

Assembléiainicia suaPrevidência

Niterói (Sucursal) — A As>sembléia fluminense elegeráhoje o primeiro presidente deseu Instituto . de PrevidênciaSocial, recém-criado e que, naprática, profissioualiza a ati-vidade política.

O Instituto garante aosdeputados que não se reelege-rem, durante seis meses, oequivalente no último subsidiopercebido, bem como sua rein-tegração na atividade exercidaantes cle ingressai' na vida pú-blica.MANUTENÇÃO

O Instituto será mantido porcontribuições compulsórias dosdeputados, equivalentes a lO.idos seus subsídios, e por uniaparte idêntica da Assembléia,que entra no caso como em-pregadora. O Depuuulo Câ-mara Torres, da Arena, é ocandidato mais cotado parapresidi-lo, mas poderá surgir,em cima da hora. outro doMDB, o que tornará política adecisão do plenário.

Dois cx-Deputados, que pas-sam no momento privaçõescom suas famílias, os Srs. Rai-mundo Aguiar e José Antônioda Silva, este último cassadopor engano, pela própria As-!sembléia. dez dias após a vl-ltória da Revolução de 31 da:março, serão os primeiros po-:•liticos amparados pelo Institu-to. segundo informou o presi-dente do Legislativo, DeputadoOliveira Rodrigues.

O Sr. José Antônio da Sil-va já requereu, como ex-depu-tado. inscrição no Instituía d«Previdência da Assembléia, ,candidatando-se à sua carteirade auxílios. Êsse ex-parlamen-tar era ferroviário, perdendo oseu emprego na Leopoldina,depois da cassação de seu man-dato. O Instituto da Assem-bléia vai tentar arranjar-lheemprego, na, próxima semana,em firma particular.

Ah! Viverem Petrópolis...em Vulparaiso IE com financiamentode 8 «nos 1Sua residência,sábado, neste jornal.

¦'V ..:.-•.- V,* ¦

4 — lfi. Cad., Jornal do Brasil, quarta-feira, 14-8-68

Coluna do CastelloContra a anistia emritmo de ação militarBrasília (Sucursal) — Com o voto ãe

desempate ão Sr. Broca Filho, fabricante dearma., e munições, o Govêmo assinalou on-tem, na Comissão de Segurança da Câmara,sua primeira vitória contra o projeto de anis-tia. O resultado, contudo, não foi brilhante,pois o plenário da Comissão, onde há a maiorconcentração de militares numa área parla-mentar, dividiu-se ao meio com dez votos ãecada lado. O presidente da Comissão, gue de-sempatou, é coronel da Policia de São Paulo,e o relator, Sr. Agostinho Rodrigues, é Gene-ral R-l do Exército. Sem embargo hesitou ês-te até a véspera, pois sua inclinação, segunâodepoimento âe seus companheiros, era aceitarsubstitutivo que em substância concedessea anistia.

A batalha foi travada pelo próprio liderdo Govêmo, Sr. Ernâni Sátiro, que se mostrousatisfeito com o resultado, "bem diferente",disse, "dos treze a um da Comissão ãe Jus-tiça." Esclareceu o lider que a votação estavaprevista, não se registrando qualquer sur-presa e acrescentou que tudo vai correndo, apartir de ontem, dentro dos planos preesta-belecidos.

O Sr. Sátiro, no entanto, se recusa a ante-cipar os próximos passos, dizendo que não po-de revelar suas táticas. Tudo se passa, aliás,em ritmo e em estilo âe operação militar, in-clusive no caráter sigiloso atribuído à mo-vimentação dos líderes, que se deslocam miste-riosamente no espaço, sem que se perceba quemissões estão sendo cumpridas.

Sobre o que fêz no Rio nada diz o líâer,considerando matéria reservada a naturezadas conversas e a identidade dos interlocuto-res. Isso è o bastante para que se situe a áreaem que foi buscar apoio logístico para a açãoque se. desenvolve na Câ7nara dos Deputados.

Apesar do sigilo, o que se passou a fazer,desde ontem, indica que a liderança do Go-vêrno pretende ganhar o máximo de tempo, sepossível para impedir que a votação ocorraantes ãa volta do Presidente Costa e Silva aBrasília, prevista para sexta-feira. Ontem, pe-dia-se verificação, no plenário, de número paravotação de redação final de projeto, no indi-cio claro de que se pretende obter dos depu-tados, sem verificação de votos, o prazo maisdilatado possível para exame das emendas einício da discussão final.

A Oposição tentava, por seu lado, impe-dir a decretação do feriado religioso ãa quin-ta-feira, num esforço para que se cumpram osprazos previstos e se vote ainda, amanhã oprojeto.

O Sr. Ernâni Sátiro manifestava esperan-ça de vitória, e o Sr. Rui Santos, vice-líâer quese especializou em levantamento de tendên-cias do plenário, assegurava que o projeto jápode ir a votos que o Govêmo vencerá. Então,acrescentou, se as coisas ficarem para a pró-xima semana a anistia será rejeitada folga-damente.

O líder do Govêmo, que voltou a conver-sar com os Senadores Krieger e Filinto Müller,não negociará fórmulas intermediárias e suaorientação é combater o projeto sem admitirqualquer tipo de substitutivo. Prosseguiam, noentanto, tentativas na área da Arena de apre-sentar fórmulas satisfatórias que asseguras-sem a aprovação de uma anistia qualquer semferir a política dominante de segurança.

Quanto ao Presidente Costa e Silva, háindícios de que, mesmo de longe, está atuando,apontando-se a mudança ãe atitude dos setedeputados da Arena, de Goiás como decorrenteâe telegrama presidencial ao Governador goia-no prometendo resolver a reivindicação dabancada.

Krieger convidado a conciliar

Senadores da Arena, impressionados como constrangimento criado para governadores edirigentes civis incumbidos da. execução dapolítica repressiva contra estudantes, dis-pu-nham-se ontem a procurar o Senador DanielKrieger para incitá-lo a intervir conciliatò-riamente no episódio ãa anistia.

Esses senadores advogam a adoção, peloGoverno, de um substitutivo que reduza a áreaâe incidência da anistia, mas a adote comoinstrumento de quebra de tensões. A anistia,acrescentam, não envolve qualquer risco parao Governo, que continuaria, a partir dela, adispor das inesmas armas para reprimir, e jáentão com mais apoio, eventuais reincidênciasdas agitações.

Essa é, aliás, a convicção generalizadaentre deputados e senadores, inclusiveentre os que votarão com o Governo contra aanistia. A questão, ao que se acredita nosmeios parlamentares, foi fechada, por simplesdecisão inilitar.

Dois ministros em vésperas de sair

Anuncia-se em fonte parlamentar governis-ta que dois Ministros sairão nos próximosdias, os Srs. Tarso Dutra e Gama e Silva. OMinistro da Educação tomaria a iniciativa dedemitir-se. "Pode ser", observou o informante,"que com essas duas demissões, o Presidenteperca o constrangimento e amplie a reforma."

O emissário de Lacerda

O cancelamento ãa viagem do Sr. Car-los Lacerda a Corumbá foi por êle decidido nocorrer do seu último encontro com o Sr. Jus-celino Kubitschek, quanão resolveram que bas-taria mandar representantes para a visita aoconfinado. O representante do Sr. Lacerda, noentanto, não será o padre Godinho, o qual, porser amigo âo ex-Presidente, tem títulos pró-prio_ para visitá-lo. Deverá assim ser esco-Ihião alguém que represente mais tipicamen-te o lacerdismo.

Carlos Castello Branco

Governo anunciareforma a fundona Universidade

Belém (AN-JB) — O Presidente Costae Silva anunciouem discurso, no receber o título de doutor honoris causada Universidade do Pará, uma série do aitos que Irão carracterizar, nos seus pressupostos objetivos, "a profunda re-forma da Universidade brasileira;"

O Marechal Costa' e'Silva vinculou essa refornia àsnecessidades de desenvolvimento: através de projeto de ex-pansão do ensino superior, a i_íorma haverá de definir me-tas quantitativas e critérios de crescimento qüe correspon-derão às peculiaridades do desenvolvimento brasileiro.DEFINIÇÃO

Incluindo-nie. lionoriílcamente, entre os doutores devossa Universidade, talvez qúlséssels minorar no espirito doChefe de Estado — disse o Presidente, em seu discurso deagradecimento — o sentimento de surpresa ante as vozesdesavisadas que buscam negar o largo espaço destinado enina;so programa de Govêmo ao estudo e ã solução do pro-tolema educacional. Vosso reconhecimenito seria, om simesmo, Tima honra tão alta quanto o título que neste ins-tante rerebo, mns traria consigo de qualquer modo o apelosubjacente a todas ns manifestações dessa natureza, emfavor de uma definiçãio diante dos aspectos novos da crisedesencadearia pela inadequação da estrutura do ensino aosanseios legítimos da juventude e aos impulsos profundosque fazem o próprio pai. avançar para uma superação deetapas, cm seu inconformismo com a lentidão dos velhosprocessos de conquista do desenvolvimento.'- — R_spon:io o que me disponho a fazer face aos as-pestes circunstanciais da crise, pondo mão nas i.n.a_ívaspura.. transi oiimá-las em pretexto de investidas con Ira aordem pública e o princípio da autoridade, rom a mesma,firmeza que caracterizará o trabalho do Governo para eli-minar as causas de inquietude dos moços e do desânimo queparece começar a inibir o espirito dos mestres c reitores.

Compreendo, também, a impaciência da juventude— daquela que deseja melhorar os padrões de ensino rece-bido e daquela que reclama a simples oportunidade dematrícula nas escolas — como percebo a malícia dos quenada desejam senão armar-se do escudo oferecido pela im-petuosidade dos jovens para atingir velhos objetivos in-confessáveis.DISTINÇÃO

Ê preciso distinguir, para que não sejamos fracos ouingênuos como os semeadores da desordem: nem injustose imprudentes como os que têm direito a reclamar e ne-cessidades a atender. A Chefia do Estado não comportanem ingenuidade nem imprudência. Multo menos fraque-za e Injustiça..Exige uma cota de serenidade em cada atode energia, para que essa não degenere em força descon-trolada. que acaba sendo a negação da autoridade.

A decisão de renovar o sistema educacional brasi-leiro prova a disposição de ir às causas da crise e nãosomente as suas exterloridades. Quando falo em causas,não cometo o simplismo de localizá-las exclusivamente naestrutura universitária. Sei que elas vão mais fundo e fin-cam raízes velhas e robustas em nossa estrutura econômi-ca e social. Por isso, estou na Amazônia e para cá trouxetodo o Govêmo, com projetos que cobrem todas as áreasde sua problemática multisecular. Mas a renovação do sls-tema educacional não pode deixar de ser atacada simultá-neamonte, até porque, no caso brasileiro, ela deve ser en-carada como um dos instrumentos mais eficazes e de que po-demos lançar mão para elevar o nivel e o volume de nossasindústrias, para tornar mais seguro e veloz o processo ge-ral de crescimento de nossa economia.REFORMULAÇÃO

O novo estágio do desenvolvimento nacional, semsobressaltos nem aventureirismo, porém, marcado por umaação segura que desenvolva a investigação científica, es-tlmule o espírito criador e aproveite ao máximo os re-cursos naturais e humanos indispensáveis, teria de ser con-diclonado por uma completa reformulação da estrutura edas diretrizes da educação superior do pais,"Já o Governo do saudoso Presidente Castelo Branco,através de dois provimentos legais, promoveu a implanta-ção do sistema dos institutos comuns, no ciclo básico dauniversidades, buscando a concentração de esforço didáti-co, sua associação ao da pesquisa e a economia de reeur-sos para reinvestimento em atividades e instrumentos quealimentassem o rendimento e a qualidade da função peda-gógica- f"Praticamente encerrada esta etapa preliminar e ela-borada uma nova base orgânica e fujica para o Ministérioda Educação e Cultura, cabe ao meu governo desencadear,agora, os atos complementares que irão caracterizar, nossem pressupostos objetivos, sob a inspiração de diretrizesinscritas no programa estratégico do desenvolvimento, aprofunda reforma da universidade brasileira.NOVA ESTRATÉGIA

"Não há mais por que delongar na solução dos velhosproblemas, na institucionalização de nossa universidade,que, enfrentando o debate público em todas as áreas cul-turals do país. ainda náo encontrou a sua forma jurídicaconveniente, não valorizou suficientemente o seu próprioconceito de unidade e universalidade, nem fixou o verda-deiro grau de interesse público que deve distinguir as es-colas públicas e privadas.Também, a administração universitária reclama no-vas normas de funcionamento que atentem mais afirma-tivamente para as resoluções da instituição com o Govêmo,a ação de mecanismos de planejamento, execução e audlto-ria, e a racionalização administrativa.

Através de projeto da expansão de ensino superior,a reforma haverá de definir metas quantitativas e crité-rios de crescimento que nâo só correspondam às peculia-rldades de nosso desenvolvimento, mas, ainda, considerema presença de uma juventude que quer ver assegurado oseu legitimo direito de estudar e de se integrar no proces-so de ascensão na sociedade brasileira.

A reformulação do regime didático c cientifico será. indispensável a êsse incremento, para que éle irão tenha

apenas um sentido de quantificação de oportunidade, masdeva representar, ao mesmo tempo, a meta da valorizaçãodo ensino, na sua expressão global, articulando a escolasuperior com a escola média, aperfeiçoando o sistema deacesso à Universidade, instituindo currículos para cursos domenor duração e integração na Universidade e no meio,regulando o exercício da atividade profissional, intensifl-cando as pesquisas c relacionando a formação profissionalcom as demandas do mercado do trabalho e as exigênciasdo bem-estar do povo.Uma estratégia segura terá de ser programada .paraimplantação da pós-graduação no pais, visando à pre-paração de recursos docentes altamente qualificados, paraas nossas instituições de ensino e pesquisa.

O NÔVO DIÁLOGO T.Molo JB-U. I

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O Chefe ão Govêmo recebeu líderes estudantis do Pará, cujas reivindicações promete estudar

Diálogo com estudantes íoi francoO Presidente Costa e Sllva

manteve ontem pela terceiravez, conforme disse, um diálo-go franco com os jovens uni-versitários, ao receber pelamanhã, na sua terceira audi-éncia, representantes de 14 dl-retórios acadêmicos locais.

O Presidente, depois de re-cèbér um relatório com as rei-vindicações estudantis, muitasdelas atualmente em estudosno _.-!_iisté.io da Educação,disse: "Encontro aqui umamentalidade estudantil sadia.Vejo que as reivindicações es-tão no âmbito estudantil."

— Posso sentir neste momen-to — disse o Presidente aos es-

tudantes — a presença de umamocidade ávida de conheci-mentos, patriota, querendo evo-luir cada vez mais.

Acrescentou que "estou pron-to para ouvi-los":

— Tomo conhecimento domemorial que me entregam eestou ciente que se tratam dereivindicações puramente daclasse. Quero dlzer-llies que fi-quei entusiasmado com o gran-de número de escolares unifor-mlzados que vi durante a visitaà Amazônia, como por exem-pio em Macapá, onde fui sau-dado por mais de 20 mil cri-ancas.

Disse, em seguida, que nãopoderia responder de imedia-to às pretensões dos jovens, masque todas as reivindicações se-riam estudadas por equipe go-vernamental. Lembrou que mui-tos estudantes podem e devempagar as suas anuidades, o quenaturalmente beneficiará o co-lega que não tem dinheiro pa-ra isto. Recordou que muitosuniversitários freqüentam suasescolas em magníficos automó-veis.

Exortou, a seguir, a mocida-de a fixar-se na região ama-zõnica, produzindo riquezas eaplicando-as em seu desenvol-vimento.

— Precisamos zelar pelasnossas coisas, pelo regime deliberdade e democracia quepossuímos. O pais é tão bomque qualquer um pode, desdeque trabalhe e estude, ascen-der à Presidência da República.

No memorial, os estudantespedem .eexariie e reelaboraçãototal do plano de reestrutura-ção da Universidade do Pará,além do afastamento do Reitor. a promoção à nova série comdependência de até duas ma-terias. Pedem ainda a criaçãode um restaurante universitá-rio.

Sindicatos entregamo•eivindicacões

Representantes de 50 sindi-catos entregaram ao Presiden-te Costa e Silva memorialcontendo as reinvidicaçôes dostrabalhadores paraenses, elabo-rado durante o II EncontroSindical do Estado, e que rece-beu o titulo de Carta do Pará.

O trabalhador Filinto Amo-rim Filho, em nome de seuscolegas, dtsse não acreditar quea visita presidencial fosse pro-duzir milagres, "mas ela tevecomo objetivo sentir as aspira-

ções da população da regiãoamazônica."ASPIRAÇÕES

A audiência do MarechalCosta e Sllva com os traba-lhadores foi pela manhã e du-rou o tempo necessário a queo Sr. Filinto Amorim Filho dis-sesse das intenções dn classe,quando da entrega do triemò-rial:

— Não acredita que Governospudessem fazer milagres, mas

acredita que a visita do Pre-sidente Costa e Silva à Ama-zônia tivesse como objetivo sen-tir as aspirações da populaçãoda região,.procurando equacio-ná-las dentro do arrojo de-monstrado na visita.

O Presidente, em resposta,disse que as aspirações são vá-rias. Quanto ao problema ha-bitacional, por exemplo, o Go-vêrno federal fizera muito maisdo que o registrado- nas últi-mos trinta anos. Salientou que

todos, por mais humilde quesejam, são úteis ao desenvol-vimento, e exortou os trabalha-dores ali representados a umtrabalho coletivo para o de-senvolvimento do pais:

— Jamais entregaremos oque, é nosso a quem quer queseja. Procure cada um fazer oque lhe compete, é o que o paíspede. Se o fizer bem, o Brasilcontinuará progredindo semqualquer receio.

Trabalho marcou período no NorteO Presidente Costa e Silva

afirmou ontem ao abrir a ses-são solene de encerramento doGovêmo na.Amazónin, que "nãoestivemos aqui passeando; esim trabalhando e procurandoatender às reivindicações dessepovo generoso e bom."

"Congratulo^me com os meusauxiliares que se empenharamem resolver os problemas cru-dantes da região, após oitodias de Intenso trabalho." Emseguida, passou a palavra aoMinistro do Planejamento, Sr.Hélio Beltrão.

RESPOSTA AO DESAFIO

O Sr. Hélio Beltrão assegu-rou que "as importantes me-dida.s tomadas nesta semanaconstituem passo gigantesco àintegração da Amazônia, sen-do a resposta do Governo fe-deral a êsse grande desafiobrasileiro."

— Não pretende o Governopromover a integração atravésde palavras e discursos, massim com um programa autèn-tico de ação e realizações, ecom a criação de um proces-so de desenvolvimento auto-

sustentável. O problema daAmazônia — frisou — não éapenas de desenvolvimento eco-nômico, mas também de segu-rança e soberania, dados osmilhares de quilômetros de suafronteira.

PRINCIPAIS MEDIDAS

Ressaltou o trabalho das Fôr-ças Armadas na região, "emmissão de apoio à penetraçãohumana." Mais do que qualqueroutra região — disse — é naAmazônia que o conceito de se-gurança se confunde com o dodesenvolvimento.

O Sr. Hélio Beltrão citou asmedidas mais importantes to-madas pelo Governo duranteos oito dias: definição de umapolitica de integração nacionale ocupação efetiva da Amazõ-nia; prioridade para o sistemanacional de telecomunicações, afim de romper o isolamento daárea; isenção de certos incen-tivos fiscais da Zona Franca deManaus; implantação e melho-ria de uma imensa rede de ro-dovias; revisão da problema-tica dos portos da região; lutapelo petróleo; energia para o

, desenvolvimento da região;

construção de aeroportos e doaeroporto internacional de Ma-naus; aumento do trabalho daMarinha e seu fortalecimento;criação do 6.° Batalhão de En-genharla e Construções; forta-leclmento da produção prima-ria na região: intensificação dapesquisa de recursos minerais,principalmente cassiterita, ouroe manganês; obras de sanea-mento p saúde; intensificaçãodo problema habitacional; pro-gramas habitacionais: progra-mas rie pesquisa tecnológica;instalação de um instituto depesquisa de mineralogia e geo-logia em Belém.

Referiu-se ainda ao trabalhodesenvolvido pela Sudam c àorientação do Ministério do In-terior, com um investimento deNCrS 1 trilhão para aplicaçãono desenvolvimento do extre-mo norte.

DOCUMENTO DO CLERO

O Marechal Costa c Silva, re-cebeu ainda, os representantesda Igreja na região amazônica;liderados pelo Arcebispo de Be-lém, D. Alberto Ramos, queentregou documento de suges-toes do clero ao desonvolvimen.to da Amazônia.

Ao deixar a audiência priva-do„ no Palácio Lauro Sodré, oarcebispo disse qu<. nada pedi-ra para a Igreja, mas sim, so-luções aos problemas sociais,especialmente as ligados à in-fra-estrutura, quais sejam, co-municações. escolas, estradas,saúde e assistência.

MEMORIAL

D. Alberto Ramas adiantouhaver entregue ainda ao Presi-dente da República memorialassinado por 13 bispos da Ama-zônia, definindo a posição doclero da região. Concorda élecom as posições assumidas pelopadre Hélder Câmara, ressal-vando, porém, quo as declara-ções do Arcebispo de Olinda eRecife "são mais fortes c sualinha mais agressiva. Porém,quase, sempre nós, bispos, esta-3iia«t de acordo, notodamente noque toca aos problemas sociaise na. estudantes."

O Arcebispo de Bolem con-sidera fenômeno natural a in-quietação da juventude, quehoje tem acesso aos problemassociais, não só no Brasil masem todo o mundo.

Presidente verá disparo de fogueteNatal (Correspondente) --

O Presidente da República as-sistirá amanhã, às Oh, na basede lançamento de foguetes deBarreira do Inferno, ao dis-paro do quarto e último fo-guete Nike Iroquoís. c às 7h30membarcará para Aracaju.

Com a chegada, ontem, docoronel Covas, do Serviço dcSegurança, foi conhecida aprogramação da visita do Pre-sidente Costa e Silva a estacapital, hoje e amanhã. Sò-mente o acompanharão os mi-

nistros militares e os chefesdas Casas Civil e Militar.

PROGRAMA

O Presidente tem saida deBelém do Pará prevista paraas 8h30m de hoje, devendo des-cer enr Natal às 12hÍ5m, noaeroporto da Base Aérea, ondeficará haspedado. Passará cmrevista a guarda de honra,após o desembarque, receberácumprimentos de autoridadese almoçará, às 13h, com auto-

riclades militares, no cassinodos oficiais da Base Aérea.

As 16h30m, do helicóptero, oPresidente .visitará a Barreirado Inferno, e às 2l)h compare-cera a um jantar informal como Governador do Estado e ml-nistros militares, também nocassino dos oficiais da BaseAérea de Natal. D. IolandaCasta e Silva viajou direta-mente de Belém com destinoao Rio.

Estavam sendo esperados on-tem para recepção ao Presi-

dente da República os Sena-dores Dinartc Mariz e DuarteFilho e os Deputados DjalmaMarinho, Vingt Rosado, Gri-tnaldi Ribeiro. Aluisio Bezerra.Já se encontram aqui os Depu.tados Jcssé Freira, Aluisio Al-ves, Agenor Maria e , ÁlvaroMota.

Em Sergipe, o Presidente(Visitará as instalações petro-líferas dc Carmópolis. Em se-guida, inaugurará em AtalaiaVelha o Terminal Marítimo.

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Forca-tareía americanarecebe mil visitantes quenão vêem o porta-aviões

Quase mil pessoas visitavam ontem o contra-torpedeivo Putman e um navio-tanque da fôrça-ta-rèfá da marinha norte-americana, mas não pude-ram ver o porta-aviões USS Ranclolph e o submari-no nuclear USS Gato, que se encontram ancoradosao largo.

Os tripulantes do Putman ficaram surpresoscom o número de visitantes, pois não esperavammais de 200 pessoas no primeiro dia, acreditandoque a afluência hoje poderá ser ainda maior. Ape-nas os dormitórios e cinco salas do barco, considera-das "altamente secretas", não foram abertos aopúblico.SATISFAÇÃO

Muito contente com os visi-tantes, principalmente com asmoças, os oficiais c mamjos re-cebiam com sntisfaçâo, em-prestando-lhes bonés e quepes etentando explicar-lhes o fun-cionamento do navio, numamistura de espanhol e inglês.

Dos 275 marujos. IG oficiaist 26 cadetes do contratorpe-tíciro apenas duas pessoas fa-lam português e três espanhol.Vinte c cinco por cento da tri-puiação permaneceram a bordo,conforme exigência do regula-mento, e 15 guias foram desta-cados para acompanhar os vi-sitiantes.

A visitação começou pelo con-vés c passarelas do navio. Prin-cipalmente nas escadas as mó-ças tomavam toda a sorto decuidados, para não tropeçar bsegurar as saias que o ventoameaçava levantar. Os guias,porem, conduziram os vlsitan-tes com cuidado, prestando to-dos os esclarecimentos solicita-dos.

A maioria dos visitantes foiatraída pela presença do por-ta-aviões e do submarino atô-mico. Como os barcos estão an-corados longe do cais. não foipossível mostrá-los ao público,pois a Marinha não 'dispunha

de lanchas para transportartodos os que queriam visitá-los.

Marujo trouxe bicicletapara conhecer bem o Rio

Greg Spagnola c um marujodo navio americano USS Salii-np que, nas horas de folga emterra firme, sempre usa umavelha bicicleta que traz a bor-do. para conhecer melhor ascidades por onde passa.

Poi assim que éle percorreuMadri; Lisboa, Ilhas Canárias,Las Palmas. Rota e o Rio deJaneiro, onde lamenta que nâopossa ver todas as belezas na-turais porque "o transito émuito complicado."

EXERCÍCIO

O marujo Greg Spagnolamora em Mauport, Flórida. Éleconsidera os passeios dc bici-cleta como um ótimo exercíciopara os músculos.

— Além disso, substitui comvantagem os ônibus, sem con-tar a economia que se ias. O¦táxi. veículo ideal para se co-nhecer uma cidade, é muito ca-to. principalmente para nósque somos de outro pais — afir-ma o marujo.

Greg Spagnola desceu ontemdo USS Sabine com a bicicletae foi até Botafogo. Lá, en-eontrou um mensageiro da Ra-diobrás c, após um rápido en-tendimento por gestos, conse-guiu com que o rapaz se trans-formasse em seu cicerone. Éleachou muito proveitoso êsteprimeiro passeio.

O grande interesse de GregSpagnola, agora, é descobriruma loja dc antigüidades, "masdeve ser um lugar onde eu pos-sa ir de bicicleta."

Carioca vaiter carneâe cordeiro

Ainda êste més o carioca po-derá comprar carne de cordel-ro-mamão ío carneiro de sc!1meses de idade) que a Cadepimportará do Rio Grande doSul, "por ser melhor que abovina, prato preferido do ln-eles c de. enorme consumo ncArgentina e no Uruguai."

A Campanha de Defesa daEconomia Popular venderá essacarne em seus estabelecimen-tos e a Sunab já acertou aimportação direta de 30 tone-ladas, vendendo-a para o ccrióca NCrS 1 mais barata qva do boi. *•PARA COMEÇO

A importação da carne dccortleiro-mamão, que se asse-melha muito ao filé mignon,foi decidida em reunião de on-tem, entre o superintendenteda Sunab, Sr. Enaldo Cra-vo Peixoto, e os abatedores decarneiro do Rio Grande doSul.

Afirmando que a carne decordeiro-mamão é de grandevalor nutritivo, os abatedoresfizeram uma oferta excepcionaâ Sunab e o produto; assim, po-derá ser vendido a preço po-pular, para criar no povo ihábito e o gosto pelo Beu con-sumo. Os abatedores do RiGrande do Sul pagarão o tranrporte da carne.

Estado nãofaz creche

SAL VAMENTO COMPLETO

Assembléia une tramitaçãode projetos contra mudançado hino oficial do Estado

Tramitarão simultaneamente, por tratarem do mesmoassunto, os projetos dos Deputados Everardo de MagalhãesCastro (Arenai « Frederico Trota (MDB) que tornam nulaa lei que abre concurso para a escolha de nòvo hino parao Estado.

Hoje, a Comissão de Educação, através cia DeputadaLigia Lessa Bastos (Arena), dará parecer ao projeto do Sr.Everardo de Magalhães Castro. Como a Assembléia nãofuncionará amanhã, os dois projetos só poderão constarda ordem do dia na sessão da próxima segunda-feira. •

OS PROJETOS

No momento, há dois proje-tos e um substitutivo na A.s-sembléia tentando anular alei, de autoria do DeputadoFrederico Trota, que determi-na a realização de concursopara a escolha de nòvo hinopara o E.stado.

O projeto do Sr. Everardode Magalhães Castro, que de-termina qüe a marcha CidadeMaravilhosa seja mantida eo-mo hino oficial do Estado, já,conta com substitutivo em que.•> Deputado Aloisio Caldas(MDB) determina que a mar-cha deve possuir um arranjosolene e outro festivo.

O Sr. Frederico Trota, ar-gumentando que a sua Lei náoíoi bem interpretada, apresen-tou projeto anularido-a.

PLEBISCITO

O Deputado Gama Lima(Arena i levantou a possibili-dade de a Assembléia promoverUm plebiscito, a fim de que a

população se expresse comodeseja que o Estado possua oseu hino: nos moldes em queé executada no momento a Oi-dailc Maravilhosa ou em ar-ráiijò marcial para atendera exigências de lei federal queregula a execução de hinosoficiais cio Brasil c dos Esta-dos.

De acordo com o resultado,a Assembléia teria meios deresolver em definitivo o pro-blema.

NAO SE DEFINIU

Até ontem o Deputado JoscBonifácio não determinou a re-vogação de sua decisão ante-rior obrigando a execução doHino à Bandeira no encerra-mento da solenidade do dia 23em que a Assembléia homena-geará o Dia do Soldado.

O Presidente da Assembléiasomente poderá determinar aexecução da marcha CidadeMaravilhosa se .a Assembléiarevogar a tempo a lei do Sr.Frederico Trota.

Ligação entre Engenho Nòvoe Jacaré é difícil porqueobras tiveram duas etapas

A interrupção do tráfego.de ligação entre o Jacaré eEngenho Nòvo seria apenas de um ano se a Sursan fizessesimultaneamente as obras das pontes sôbre o rio Jacaré.Co'_no terminou uma em 1967 e começou outra este ano, aparalisação será de dois anos.

As duas obras obrigaram a que a ligação entre os doisbairros fôsse desviada para a Rua Paim Pamplona, que

.não tem condições para suportar o tráfego pesado dosônibus. Por isso, já se encontra quase intransitável, comos buracos que surgem diariamente e pelos vazamentosde água das canalizações da Cedag.INUNDAÇÕES

A construção das duas pon-tes pela Suroan se tornou ne-cessaria devido às constantesinundações do Rio Jncaré, prin-cipalmente a de janeiro de 60,que destruiu diversas casas «barrat-os nes proximidades, nfe-tando também instalações in-dustriais e come: ciais no bairro.

O.s moradores e comerciantesagradecem 3í obras realizadas,que trouxeram grande tran-qúilidade e permitem «gora ummelhor desenvolvimento dobairro. Os motoristas, no entan-to. se queixam da frita cie pia-nejamento nessas obras.

— Se elas fóssom realizadassimultaneamente, evitariam oprejuízo que vêm causando, dc-vido à necessidade de os carrose ônibus percorrerem a RuaPaim Pamplona e outras quenão oferecem condições de trá-fego, além dos engarrafamen-tos.

Queixam-se ainda de que asobras de construção da. ponteda Rua Dois de Maio estãomuito morosas, diferentementedas da ponte da Rua Lino Tei-xeira, que foram concluídas comrapidez após ns enchentes quedevastaram o bairro do Jncaréem 1966. e à falta de conduçãodc madrugada, via Jacaré.

le hospital(

O diretor do Hospital RochaMaia, em Botafogo, Sr. Muril •Capanema, nada sabe sóbre aanunciada Transformação da-quele estabelecimento e afir-mou não acreditar que venhaa servir como creche, "depoisde dez anca de bons serviçosà comunidade."

O que sei — disse o Sr.Murilo Capanema — é que háum plano para reestruturartoda a rede hospitalar do Rioc o Rocha Maia ficará só comatividades de ambulatório, semo seu serviço de pronto-so-corro."ESTUDOS

Indagado a respeito cia re-estruturação da rede hospitalar,o diretor do Departamento dePlanejamento da Suseme —Superintendência dos ServiçosMédicos — Sr. Emáni Fonseca,di;se que está havendo "umadistorção de conceitos" e que-a comissão especial -de reestru-turação realiza, por enquanto,estudos preliminares.É, porém, ponto pacificoque os dispensános do Rio, ln-clusive- o Rocha Maia, terãomantidas as suas antigas es-truturas. de ambulatório epronto-socorro. O único dispen-sário que não tem serviço deemergência c o Carmela Dutra,em Marechal Hermes, c assimdeverá permanecei'.

Kio só terágás regularem dezembro

Só a partir de dezembro,concluída a montagem daprimeira de três usinas degás de nafta que a emprè-sa concessionária importada França, haverá aumentode produção" — mais 175 milmetros cúbicos diários — emelhoria do fornecimentodo gás de rua, hoje muitodeficiente.

O projeto de expansão u<*produção de gás, fornecidopela Sociedade Anônima doGás, inclui a montagem dequatro novas usinas, de ori-gem francesa, com compres-sores alemães, para opera-ção até o fim de 1969.PRODUÇAO

A produção atual é de 800mil metros cúbicos diários degás e atende a quase 300mil consumidores. O rápidoaumento do número de con-sumidores — determinandoa insuficiência da produçãoatual — e a diminuta extra-cão do carvão, criaram anecessidade de importaçãoe montagem das quatro no-vas usinas de nafta, nosmesmos terrenos da usinaatual, em São Cristóvão,

Cada usina produzirá 175mil metros cúbicos diários,com o que, até o fim de 1969,estará quase dobrada a pro-dução de gás de rua do Riode Janeiro. A Comissão Es-tadual de Energia está fa-zendo o inventário dos bensda Sociedade Anônima doGás, para poder opinar sô-bre a justeza de novos rea-justes das tarifas, sempreque éles sejam solicitadospela concessionária, Até aentrada em funcionamento

,da primeira nova usina,continuará deficitária a pro-dução de gás de rua, e o de-ficit aumentará progressi-vãmente, em conjugaçãocom as atividades da indús-tria da construção civil.

Ah! Vivertm Pttrápolii...• n Valpaniiolc com financiamentod* 8 anoi!Sua rraidincia.sábado, nttti Jornal.

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Helicópteros a m e r i c a n o sajudam a FAB a socorrerpolonês ferido cm alto-mar

Um avião brasileiro e quatro helicópte-ros americanossalvaram ontem Benedikt Wierzblck, piloto do rsbocadorpolonês Koral ferido na cabeça por um cabo de aço. Oprimeiro SOS chegou ao Rio às ISh 45m de anteontem,dando inicio à operação internacional dc socorro.

O Koral «stava a 570 quilômetros e, se fôsse esperaros helicópteros de longo curso do Serviço dc Buscas e Sal-vamento da FAB, o piloto morreria. Seu estado era mui-to grave. As autoridades brasileiras pediram então o apoiodos helicópteros do USS Randolph, navio americano queparticipou da Operação-Unitas.

S.

O polonês Wierzbick saiu do helicóptero diretamente para a ambulância

HEMORRAGIA

A embarcação polonesa in-formou à Estação do Arpoador,do Ministério da Marinha, queBenedikt Wierzblck estivera in-consciente algum tempo c, aovoltar a si, esquecera de tudo.Além disso, sangrava pela ore-lha direita — onde levou apancada — e pelo nariz. Vomi-tando muito, os sintomas eramde fratura da base do crânio.

Imediatamente, o acidente foicomunicado ao Serviço dc Bus-cas e Salvamento (SAR) e ao1.° Distrito Naval. Sempre emcontato pelo rádio, o Koral ln-formou que regressaria ao Rio,mai navegando a três nós de-vido aos fortes ventos.

ílle chegaria ao porto, nestascondições, dentro de 70 horas,mas era muito tempo para ga-rantir a vida de seu piloto. O ¦Dr. Richardt Schnneider, mé-dico da empresa que represen-ta no Brasil a companhia pro-prietária do Koral,. previu queo acidentado não resistiria amais de 24 horas.

COOPERAÇÃO

Os helicópteros da FAB es-tavam fora do Rio, partlcipan-do da Operação Unitas e o re-curso seria convocar o SAR naBase Aérea de Cumbica, SãoPaulo. As autoridades brasilei-ras decidiram, em vista da ur-géncia, pedir a colaboração do

Comando Naval norte-ameri-cano.

O resgate do ferido foi deter-minado a um C-47 do Servi-ço de Buscas e Salvamento equatro helicópteros SH-3 doporta-aviões USS Ranclolph.

O avião saiu com a missãode localizar o Koral e dar co-bertura aos helicópteros em ca-so de acidente. Em terra; a.coordenação do salvamento fi- ¦cou entregue ao tenente Ribas,do SAR, e aos sargentos Limase Arlei, do Centro Geral deBuscas e Salvamento.

O RESGATEi

Pilotado pelos majores Lati-no e Lôbo, o C-47 levantou vôoàs 13 horas de ontem, juntocom os helicópteros. O rebo-cador foi achado a 145 milhas(quase 350 quilômetros) e o co-mandante Duke Domingues,norte-americano içou o feridocm seu helicóptero.

A bordo do aparelho ameri-cano estava o médico RichardtSchnneider. Recolhido o pilotoBenedikt Wierzbicki, todos vol-taram para o Aeroporto SantosDumont, onde estava uma am-buláncia desde cedo, para le-var o ferido à Casa de SaúdeSão Miguel.

— Êle passa bem. Vai sal-var-se — disse o médico logoque desceu do helicóptero, em-barcando rapidamente na am-buláncia.

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bèm-me-quer...-me-quer...

bem-me-quer...

O Montepio da Família Militar quer bem atodos os seus associados.Muitoprincipalmen-te às crianças. São centenas, milhares que têmseu futuro assegurado através dos pia-nos do MFM. E, agora, o Montepio daFamília Militar está divulgando o"Grande Plano MFM", já aprovado

(mpm)

pela SUSEP (Superintendência dos SegurosPrivados). Planos que, com mensalidades mi-nimas, asseguram os mais variados benefícios

para você e os seus. Planos para a suatranqüilidade e segurança de sua fa-milia. Afinal, criança é futuro. E o fu-turo é sempre importante.

UM BOM NEGÓCIO EM FAMÍLIA'

SEDI: RUA DOS ANDRADAS, 13JS-FURTO ALtOKÍ • AOÍNUAS. SÍO PAULO - RUA 15 DE NOVEMBRO, 137 4 GUANABARA-AVENIDA RIO BRANCO, 5_!/A • BAHIA • RUA CIIILt. 29PERNAMBUCO • PRAÇA JOAQUIM NABUCO, J7 • BELO HORIZONTE - RUA TAMOlOS, -(76

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Cartasdosleitores0 Rio dos ratos

•O JORNAL e a RADIOJORNAL DO BRASIL deveminiciar campanha para que oGoverno acabe de vez com osratos. Falo de ratos mesmo, enão dc políticos.

Âs casas e as ruas estão sen-do invadidas pela praga, prin-cipalmente agora com as inú-meras obras em realização. Ta-dos reclamam dos ratos, querepresentam perigo para a saú-de* c tranqüilidade da popula-ção. Os venenos comprados naslojas são ineficazes. È do Go-vérno a tarefa. O serviço espe-einllzado contra ratos não fun-ciona. A coisa vai naquela mar-cha preguiçosa enquanto os ra-tos vão colocando aqui e alimais uma ninhada de camun-dongos, que crescem, viram fe-ras e atacam os nossos lares,às vezes à noite enquanto dor-mimos, mordem as crianças,transmitem doenças, avançamsobre os alimentos, contaminama água.

O Governo precisa iniciar oquanto antes um trabalho am-pio. de âmbito estadual, combases técnicas e científicas. Eo povo vai ajudar.

Pedro Macáfio Ferreira —Una General Bclesard, Ki7, ap.101 — Engenho Nôvo. Rio." '

JORNAL DO BRASIL Coisas da Política

Ulrctor-ITesldcnU:C. Pereira Carneiro

Motorista mal-e( uoatlos

11 io, 14 dc ngôilo do 1068Diretores:

,M. F. do Nascimento BritoJose Selte Câmara

Paz à Vista

Editor-Clicfe:Alberto Dino*

'•Mais de uma vez tenho-mecolocado ao lado dos motoristasde coletivos. São meus amigos,que todo dia me^trazein ao tra-balho e me levam a casa. De-fendo-os com compreensão,ainda mesmo quando com mãodura neles malha o JB. Domin-go porém, quando 20 metrosantes do ponto toquei para sal-tar, como não parasse íe semmotivoi, insisti uma e duasvezes, conforme meu devere meu direito, fazendo ouvir acigarra mais demoradamente.Foi só. E foi quanto bastoupara minha senhora e eli ouvir-nios. do infeliz, uma novena dedesaforos... antes que. abrissea porta. É triste.

Que tal um policiamento, vezpor outra, no interior dessas sa-criticadas e sacrificantes viatu-ras? E uma escolinha de edu-cação ao lado das escolas demotorista?

M. Borges Neto — Kua Hu-uiaitá, 6(1 — Bio."

Trânsito"Ê lamentável que o diretor

permita que os funcionáriosapreendam, embora provisória-•itiehte, a Carteira Nacional cieHabilitação ou a Carteira deIdentidade dos motoristas quevão solicitar guia para paga-mento de multa, o que. é abu-so íie autoridade, ou seja. ex-cesso de exação no cumprimen-to do dever.

t_ lamentável que, apenaspara se saber cia existência ounáo de multas, não baste dizero número da placa do veículo— exigem a apresentação dalicença e a CNH.

Ê lamentável que os guardasnão tenham nenhuma instru-ção a respeito de quando po-dem apreender a CNH c quan-do não podem.

í: lamentável que os mem-bros da Comissão dc Infraçõesdesconheçam o Código Nacio-nal do Trânsito.

li lamentável que os mem-bros da Comisão indefiram osrecursos que lhes sáo apresen-tados para decidir, sem siquerlê-los. Usam sim, de um ca-rinibo com a palavra — INDE-FERIDO, seguida de duas assi-naturas e um visto, sem a maisnüiiin argumentação, nem aomenos dizem o porque do in-deferimento.

É lamentável, mais ainda,porque a Comisão nem mandaouvir o guarda que multou abu-sivamente e com a agravantede ter apreendido uma CNHlevianamente, posto que é pri-mário que todo recurso deveser instruído, o que não acon-tece naquele departamento.

È lamentável, por derradeiro,que o diretor do Trânsito náoexija que. primeiramente, os daprópria CASA (Departamentoicumpram as suas ordens re-gulrimentaros se é que as dácom base no Código, conforme

¦ Xaz sentir quando entrevistado.Todas essas irregularidades

acontecem diariamente e. sónáo levei o meu caso ao conhe-cimento da Justiça Criminal,com fundamento nos Artigos316, . 1.": 319 e 320 do CódigoPenal, porque verifiquei serpraxe exigir-se do motoristamultado que a sua CNH fiqueapreendida, como garantia deque éle vai pagar a multa cujaguia foi extraída.

li lamentável que o Códigoexija que o motorista tragaconsigo sempre a identidade ea CNH e o Dep. do Trânsito,embora provisoriamente, prati-que atos que obrigam o moto-rista a andar sem comprovantede capacidade legal c identifi-cação.

Para melhor esclarecimento,junto cópia do recurso e da no-tificaçáo que provam ter sidoapreendida a minha CNH.

Urge que o ilustrado diretordc Trânsito corrija os excessospraticados em seu nome pelosfuncionários sob suas ordens,despertando, assim, a confian-ça do povo no seu Departa-mento, ao invés de gastar tan-to com propaganda no senti-do de que "O Guarda é seuamigo", quando realmente o éda onça.

Elnes Nunes Ribeiro — Ituadas Laranjeiras, 251, ap. 202 —Kio."

Plataforma"Sou candidato a deputado

estadual nas próximas eleições.Amigo de proprietários de par-ques de diversões, circos, fa-zendas. terrenos, sítios, cháca-ras, capitalistas, construtores ealtos comerciantes, prometoque, se eleito, farei funcionar— permanentemente, — umgrande centro de diversões. Te-

, nho planos ainda para o apro-veitamento de mendigos re-cuperados, estudantes pobres ecx-presidia rios.

Militino Dantas — eletrome-cânico e técnico em estruturasdc madeiras <• metais — Av.Passos, 57 — Cenlro, Rio."

Há sinais cada dia mais significativo* de quecaminhamos para uma tlislciisão tia situaçãomundial. Prosseguem às conversações dc Parisentre os representantes dc Washington e Hanói,tropeçando cm toda a espécie de dificuldades,com tiradas dc parle a parte para efeilos de opi-nião publica, mas sem nenhuma interrupção. Jáa esla altura c óbvio cjue Hanói nada de defini-tivo negociará com os representantes do atualGoverno americano. .Manterá a poria aberta parainiciar a sério us entendimentos, com os prepostosdo futuro Governo, seja ele (piai fôr. Às acusa-cões dn delegado norle-vielnamita cm Paris, se-gundo as (piais Nixon. sc eleito, partiria párauma linha de guerra lotai, com o uso de anuasatômicas conlra o Vietname do Norte, têm obje-tivos scnsacionalistas apenas. O Partido Repu-blicano, embora siga uma linha mais rígida comrelação h contenção do comunismo internacional,é. por oulro lado, tradicionalmente favorável aomínimo possível de envolvimento internacional.A paz poderá perfeitamente ser negociada, sevier ao caso, por um Governo republicano, comoo foi. na guerra da Coréia, por Eisenhower.

O falo c (pie a desesealada nas operaçõesmilitares, atualmente em curso, por uma espéciedc acordo tácito, é um sinal promissor. que»re-fie tie uma tendência global na política das gran-des potências.

O (pie vem ocorrendo ultimamente na áreado Oriente Médio exprime de maneira aindamais eloqüente o desejo dos Eslados Unidos e daUnião Soviética de evitar novos perigos condu-centes a uma confrontação de poder. A viagemfrustrante de Nasser a Moscou, na tentativa deobter maior fornecimento de armamentos, é sin-lomálica. A disposição dos russos, de dosar asentregas de material bélico pelo auxílio militarque os americanos fornecerem a Israel, descoro-coou as esperanças do líder egípcio de obter co-

bertura material para uma nova aventura enilarga escala no Oriente Médio. Sua presente esta-da para tratamento dc saúde em Moscou nãoparece ter alterado a decisão soviética anterior.Tudo isso demonstra a existência de um enten-dimento implícito, pelo qual as duas superpotên-cias se absteriam de ampliar o* nível dc seu cnvol-vimento militar nas áreas sensíveis.

Por outro lado, no terreno do desarma-mento, tudo indica que o "espírito de Glassboro".inspirador do Tratado de Não Proliferação dasArmas Nucleares, continuará a dar novos frutos.Já existe um ajuste preliminar para negociar o .abandono dos planos soviéticos e americanos deconstruir sistemas defensivos à hus* de mísseisantifoguetes, os chamados ABM, que importa-riam numa nova disparada na corrida armamen-tista nuclear, na qual só os Estados Unidos teriamque aplicar 40 bilhões de dólares.

Nessa atmosfera de afrouxamento das ten-sões internacionais é surpreendente ver o Gene-ral De Gaulle preparar-se para explodir a pri-meira bomba de hidrogênio, apesar dos estragosfeitos na situação financeira da França pelos dis-túrbios do mês de maio. O susto do velho lídernão lhe abalou a megalomania com relação aosproblemas da vida internacional. Mal saído daterrível crise interna, que dominou eom incom-parável niestria, já está de nôvo às voltas com oseu brinquedo de luxo, a force de fráppe, embo-ra o orçamento francês acuse um déficit equiva-lente a 2,6 bilhões de dólares., Como quer queseja, uma nova bomba termonuclear, quando o

potencial dos Estados Unidos e da União Sovié-tica se mede por dezenas de milhares de mega-tons, não vai ameaçar êsse embrião de concórdiauniversal, que agora desponta, e que toda a hu-nianidadc espera seja consolidado definitivamentena paz atômica.

Feiras e MafuásQuem depara, em bairros residenciais e alé

perto do centro do Rio, esses imensos mafuásonde há poucas crianças e maltas de desocupa-dos, pensa que mergulhou no Rio do tempo das¦Memórias de uin Sargento de Milícias. Quem pro-curar beni, nos chamados parques de diversõesdo Russell c da Lagoa, é capaz de encontrar umdaqueles barbeiros-médicos, que tratavam qual-(pier moléstia na base da sangria.

A técnica desses parques é sempre a mesma.Requerem permissão para funcionar durante asfestas juninas, digamos, c quando se descobreeslão funcionando lambem' para as festas deNatal. A população espera que a Secretaria deTurismo, devidamente conjugada com a Polícia^removam esses mercados persas onde as monta-nhas russas c os trens fantasmas enferrujam eque passam a servir de valliaeoulo de deso-eupados.

O Governo da Guanabara esta realizandoum importante programa de obras que dão ao Rio,a cada dia que passa, uni ar mais atualizado. Eno entanto tolera os mafuás, que são. feiras livrespermanentes e inúleis. quando devia liquidar osdois. As feiras livres, aliás, são um dos pontosobscuros e misteriosos da administração. Nãoforam inventadas por ela. c claro. Vêm. ao con-trário. de um tempo cm que se justificavam, nacidade de população esparsa, no Rio em que todoinundo morava em casas e cm que se apontavao edifício dc A Noite como o nosso Ein pire State.

As feiras foram ficando, foram se prorrogandoe foram gerando interesses políticos. Elas com-preendem todo um mundo de feirantes honestose um vasto submundo de aproveitadores. Não sóas feiras não têm mais cabimento no Rio atual,como, devido à ausência de fiscalização rigorosa,abandonaram seu âmbito dos produtos horligran-jeiros para invadir os mais variados ramos dc co-méreio. E isto ao preço de emporcalharem diária-incute a cidade e de deixarem, no seu castro, tá-buas para a construção de novas favelas.

O Governo atual apenas herdou o problemadas feiras livres. Mas prometeu energicamentelivrar dele a cidade. Deu, mesmo, a impressãode que ia agir com bom senso e determinação.O plano governamental era o dc proteger os fei-rantes honestos e as donas-de-casa. As feiras se-riam realizadas não mais ao ar livre, como umafesta de arraial, mas no interior, de mercadospara isto construídos. Nos mercados, sem o pro-blema das cabeceiras de feira, que vivem a esti-car as feiras existentes pelas ruas afora, a fisca-lização poderia ser eficiente e severa.

Mas as boas idéias do início foram, ao queludo indica, abandonadas. As feiras livres engor-dam, à sombra dos padrinhos que têm na Assem-bléia Legislativa. Entre elas e os mafuás os cario-cas se sentem como adultos que continuassemsaindo à rua num cavalo de pau, tocando a cor-nela dos dias da infância.

Rico e DistraídoUma das causas do irrealismo,e do malogro

dos projetos brasileiros decorre, da falta de. infor-inações e da desatualização dos dados. O últimoRecenseamento Geral, o de 1.960, foi um fracassototal. A demora na coleta de elementos e sua pu-blicação fraeionada e retardada trouxeram pre-juízos inestimáveis à economia nacional..

A grande esperança do país para a arrauca-da dcsenvolviiiicnlisia é o Censo de 1970. cujostrabalhos deverão ler início, dc acordo com a lei,daqui a pouco menus dc dois anos. As perspeeli-vas não são das mais lisonjeiras. mas as autori-dades hão de convir tpie é melhor tomar provi-dencias antecipadas pára evitar a repetição doerro do que consentir, muna atitude niilista, quea falta de organização e de equipamento impe-cam por mais tempo o Brasil dc conhecer-se a sipróprio.

No contexto dinâmico da vida moderna, emque a velocidade das comunicações de massaexige uma atualização permanente com tudoquanto esteja ocorrendo, ao mesmo' tempo, emtoda parte, a estalística lem um papel importantea desempenhar, considerando-se sobretudo a pro-jcção tpie pode fornecer aos setores que enfoca.Sem informações precisas sóbre as suas riquezasc as suas possibilidades, sem notícias exatas só-bre os seus recursos e as sutis limitações, nenliu-

ma nação pode arrojar-se à elaboração de planosvisando ao seu engrandecimento e ao seu progres-so. Passou a época, das improvisações. A era édos computadores, da* matemática, da cibernética.

É justa, portanto, a apreensão que tomaconta dos brasileiros diante da exigüidade dotempo qüe se oferece ao país para arregimentardados em torno de sua população e de suas ati-vidades. Até hoje estamos marcando passo noatoleiro porque nos apoiamos em dados supera-dos na formulação de projetos, num contrastegritante com a realidade.

O Governo deve estar prevenido para nãodeixar que, em nenhuma hipótese, fatores poli-ticos venham contribuir para retardar, eomo em1960, a realização do Censo. No Plano Plurienalde Investimentos, o Censo foi esquecido de for-ma estranha e lamentável.

Por falta de informações, estamos atrasadosem quase 20 anos, já que os dados de 1960, porsua precariedade e pelo atraso na sua divulgação,estão mais próximos dos dc 1950 do que dos deanos posteriores."O Brasil ^é rico, mas não sabe quanto pos-sui." Êsse foi o slogan do primeiro Reeenseaiuen-to Geral que sc fêz no país. E é, infelizmente,várias décadas após, o único dado que perma-necc atual.

Archer prevê dias

difíceis para breveBrasília (Sucursal) —

Diz o Deputado RenatoArcher que a crise poli-tica entrará em etapade desfecho, se a agita-ção estudantil, a eferves-cência ojierária e a criseeco nômica produziremerupções simultâneas. Ea hipótese tenderia aocorrer, porque os pro-blemas se aguçam em to-ãos os setores.

Ê sua convicção que oprocesso ãe crise está emplena aceleração. Daíafirmar que cresce a ca-âa áia a possibilidade daeclosão coincidente demanifestações diversas,somando protestos, rei-vindicações e dificuldadeseconômicas para forçaras portas ão regime. Poisviria do regime, agravadopela incompetência ãoGoverno, segunâo pensa,o granâe impulso parafixação áe um impassenacional.

Acha o Sr. Renato Ar-cher que o Governo áoMarechal Costa e Silva jánão está em condições âesuportar a eventual so-ma áas manifestações áacrise que êle, Governo,no entanto insiste emnegar. A v plu m a-se eaprofunâa-se — afirmaêle — a contestação ge-ral âo regime, enquantoo ãescontentamento nopróprio campo oficial vaiestabelecendo a descreu-ça, a âesconfiança e a âi-visão.

As pontes

Para tornar mais cia-ra a iâéia que faz âa pre-

sente situação, o Depu-tado Renato Archer invo-ca metáfora que trai suacondição âe oficial daMarinha.

O Governo, observa,ãeveria atentar para oaviso que a Marinha cos-tuina afixar nos cais:"É proibião marcha ca-âenciaâa sóbre as pon-tes." E explica: "Chega-mos a um ponto em quea única maneira âe evi-tar que os problemas en-trem na mesma fase, se-rá resolvê-los. Quanâo ospassos entram na mes-ma fase, a ponte oscilae acaba por ruir."

Acumulação

Sustenta o secretário-executivo áa extintafrente ampla que, a par-tir ãos últimos âias, acrise econômico-financei-ra está assuminâo cará-ter grave. E ãiz que issoacontece justamente àsvésperas do perioão emque se concentra o ven-cimento áe acôrâos sala-riais áe numerosas e im-portantes categorias pro-fissionais. Por outro la-áo, consiáera inevitávelque os estuáantes ga-nhem novamente as ruas,âe vez que o refluxo âaagitação nesse setor seexplicaria apenas em fa-ce áa expectativa âo pro-nunciamento âa Justiçasobre a prisão âo jovemVladijnir Palmeira.

Com essas referências,o Deputado Renato Ar-cher procura demonstrarque existe de fato a pos-sibiüâaáe áe manifesta-

ções críticas simultânease, além âisso, a possibüi-dade de que, pelo sucederda coincidência, ocorrauma marcha cadenciadasobre ponte.

Quando alguém obser-vou que o Ministro -doTrabalho proclamou, re-centemente, que nãoexistem concentração áedissídios coletivos nemperspectiva âe inquieta-ção social, o Sr. RenatoArcher respondeu que ésó esperar para ver quemeslá com a razão. Acres-centou que bancários,metalúrgicos e tecelõesem breve estarão se mo-vimentando e, com eles,diversas outras catego-rias.

A pacificaçãosegundo Heck

Durante a conversaque manteve, há algunsâias, com o Sr. Jusceli-no Kubitschek, o Almi-rante Silvio Heck decla-rou ao ex-Presidente queeslava disposto a partici-par de um movimento dcpacificação política na-cional.

Mas colocou desde logouma condição: que domovimento não partici-passem os Srs. Carlos La-cerda e Jânio Quadros, oque o Sr. Juscelinó natu-ralmente considerou in-concebível.

E os nossos códigos?J. W Goúvêa Vieira

O Código Civil Brasi-leiro — que regula tôdasas nossas instituições ju-ridicas — de direito defamília, de propriedade,de herança, e que dispõesóbre contratos, em ge-ral — é de 1916.

Data, portanto, demais de meio século e assuas normas são basea-das — quase todas — noCódigo Napoleónico, pio-mulgado há mais de 150anos.

No Século XX, princi-palmente depois da Pri-meira Guerra Mundial,um direito nôvo foi esta-belecido, devidfe às trans-forma ções econômicasque ocorreram.

De acordo com as teo-rias expostas, inicialmen-te, por Saleilles, Josse-rand e Charmont e de-pois consagradas por tô-da a doutrina jurídica,os direitos individuais ab-solutos deixaram de exis-tir. Todo o direito ficoulimitado pelo interessegeral.

O exercício anti-socialde qualquer direito pas-sou a constituir um abu-so e como tal foi severa-mente condenado.

O próprio direito depropriedade sofreu restri-ções muito grandes, es-pecialmente quanto aoseu uso, por ser entendi-do que o proprietárioexerce uma função sociale está obrigado a cum-pri-la.

Os códigos modernos— como o suiço e o ale-mão —- adaptando a leià realidade social, impe-dem o exercicio de direi-tos individuais — mesmolegítimos —. quando oseu exercício fôr contra-rio ao bem comum.

A idéia da total liber-dade contratual, aceitap ei o Código Civil de1916, é repudiada pelodireito moderno, que nãosó justifica a intervençãoconstante do Estado —para o fim de impor nor-mas de ordem pública,como a limitação das ta-xas íle juros, a proibiçãode juros compostos e a

da menção de pagamen-tos em ouijo ou em moe-das estrangeiras — comodefende a nulidade docontrato — por lesão deuma das partes por oca-sião em que êle é feito— e advoga o direito dea parte pleitear a revisãodo contrato, por lesãoposterior, sempre quebruscas e inesperadas va-riações econômicas —como a desvalorização damoeda — transformaremtôdas as previsões feitaspor ocasião da sua ceie-bração.

É a chamada teoriada imprevisão, consagra-da nos códigos modernos,que sustenta que todo ocontrato — sendo realiza-do evidentemente de boafé — contém, necessária-mente, uma cláusula im-plícita e não escrita dis-pondo que se as condi-ções econômicas foremalteradas, sub stancial-mente, de forma a torna-lo de uma injustiça gri-tante — porque da suaexecução resultaria a rui-na de um dos contratan-tes — o contrato deveser revisto.

A criação da grandeindústria, a organizaçãodo crédito através dosgrandes bancos e o de-senvolvimento dos meiosde transporte fize ramnascer os denominadoscontratos de adesão, istoé, os contratos de tipopadrão, impressos, cujascláusulas e condições sãoimpostas por uma parteà outra, de uma formaobrigatória, sem possibili-dade de prévia discussão.

As cláusulas destescontratos, evidentemen-te, têm de ser interpre-tadas de maneira diversadaquelas dos. pactos li-vremente con venciona-dos.

O nosso Código Civil,porém, tendo sido feitomuito antes de toda estadoutrina e de tôdas asmutações pelas quais asociedade passou, consa-gra o princípio de direi-tos absolutos e ignora,totalmente, a rescisão do

contrato por lesão e a suarevisão por imprevisão, enão distingue os c o n-tratos de adesão dos ou-tros acordos de vontade.

Na época atual dosgrandes consórcios, dassociedades holdings, dasenormes empresas de to-dos os gêneros — é ain-da o nosso Código Co-mercial de 25 de junhode 1850 que regula oscontratos comerciais, aorganização e o funcio-namento de tôdas as nos-sas sociedades mercantis .— salvo a anônima e ade responsabilidade limi-tada — e, principalmen-te, todo o direito mari-timo.

O nosso comércio in-ternacional é, portanto,regido por normas legaisque se referem a "tropei-ros", a "bestas de carga",a "velas das embarca-ções" e que declaram queo navio "é obrigado asair com o primeiro ven-to favorável"!

Por falta de uma leimais adequada, o trans-porte marítimo de mer-cadorias — inclusive ointernacional — é regu-lado por normas e con-dicões feitas para o trans-porte ferroviário.

A conseqüência é queas companhias de nave-gação marítima têm, noBrasil, muito maioresresponsabilidades do queno estrangeiro, resultan-do desta situação umamajoração no frete.

A disparidade entre asnormas dos nossos códi-gos e a realidade socialjá motivou vários estu-dos e projetos como o doCódigo de Obrigações; oda Navegação e o Civil.

No entanto, até hojenenhum foi convertidoem lei, nem se encontrasubmetido à deliberaçãodo Congresso Nacional.

Se nem estes códigosconseguem deixar de sersimples projetos, não ve-mos como se pode, hones-tamente. achar ser reali-zável reformas substan-ciais em nossas estrutu-ras.

Jornal do Brasil quarta-feira, H-S-63, 1.° Cad. — 7,

Aiuiuoria da Aeronáutica protesto na Belas-Artes levou PM ã Cinelandiadecreta prisão preventivade VI a d i m ir por 30 dias imasão

O Conselho Permanente de Justiça da 2.a Auditoria >;,Vi,da Aeronáutica, por três votos contra dois, decretou ontema prisão preventiva por 30 dia.s do lider estudantil VladimirPalmeira, conforme solicitação do encarregado do IPM,coronel Pedro Verrastro.

Hoje, o Superior Tribunal Militar, tendo como relatoro Ministro. Peri Beviláqua, julgará o pedido de habeas-corpus em favor de Vladimir Palmeira impetrado peloadvogado Marcelo Alencar.

AUDIÊNCIA

A decisão do Conselho deJustiça da 2." Auditoria da Ae-ronáutloa foi tomada contra osvotos do juiz-auditor Áureo cleSousa e Almeida e do l.°-te-nente Manuel Lopes Pereira,que se julgaram incompetentespara apreciar a matéria. Vota-ram pela prisão o presidentedo Conselho, major Luis Ma-nuel de Seixas Meireles, o ca-pitão Valquirio Marques Cor-reia e o tenente Davi Figuel-redo Muniz.

A audiência começou às 13horas e durou ires horas e

meia, além dos 30 minutos cmque o Conselho se manteve emsessão secreta.

O advogado revelou após adecisão do Conselho que apre-sentará ao Superior TribunalMilitar uma petição para quonão considere prejudicado ohabeas-corpus a ser julgado nasessão de hoje.

Durante o julgamento do pe-dido de prisão preventiva deVladimir Palmeira funcionouum dispositivo especial de se-gurança na 2." Auditoria daAeronáutica, sendo identifica-das todas as pessoas, às quaiseram exigidos trajes completos.

Cabo Arrais condenadoa 5 anos de reclusão

O Conselho da 2." A.idüoriada l.a Região Militar condenouontem o cabo Francisco Doris-mar Arrais a cinco anos e iresmeses de reclusão e o barquei-ro Alcineu Ferreira do Nasci-mento a três anos, absolvendoos soldados Cosme Bráulio,Amauri Afonso e César A. deOliveira Boielho.

Todos eram acusados de te-rem promovido a fuga dos es-tudantes Tarzã de Castro, Gér-son Alves Parreiras c JamesAlian da Luz, que estavam pre-sos na Fortaleza da Lnje, e de-pois se asilaram na Embaixadado Uruguai.ACUSAÇÃO E DEFESA

Iniciada a sessão, o promotorRubens Pinheiro de Barros leutodas as peças do processo edemonstrou a culpabilidade docabo Arrais e do barqueiro Al-cineu, tendo pedido sua con-dcr.ação e a absolvição dossoldados.

Fizeram a defesa os advo-gados Evaristo de Morais Fi-lho. George Tavares, defenso-res do cabo Arrais e de Alei-nsu, Wilson Lopes dos San-tos, Lourival Lima * Osvaldo

Mendonça, que defenderam osTrês soldados.

JULGAMENTO

O Conselho Permanente deJustiça da 1.* Auditoria da 1.»Região Militar julga hoje. apartir das 13 horas, os estudan-tes Guilherme Gomes Lund,Silvio Flávio Salazar de Olivei-ra e Júlio Ribeiro, processadossob a acusação de terem dis.ri-bukio boletins de natureza sub-versiva em frente à estação daLecpoldina, sendo enquadradosna Lei de Segurança Nacional.

DENUNCIA FALSA

Às primeiras horas da tardede ontem st portaria do Supe-rior Tribunal Militar recebeuum telefonema anônimo infor-mando que à.s 15 horas umabomba iria explodir no recinto,tendo o informante perguntadoantes pelo tenente Frank, quenão é conhecido ali.

Em face da denúncia, foi re-forçada a vigilância por solda-dos do Exército, sendo visto-riadas as dependências do pré-dio e identificadas todas aspessoas que chegavam.

Ermeliiídò diz qne foiinstruído no Uruguai

Fontes do Departamento de" dem Política e Social revê-- -am,' ontem, partes do depoi-

;:: :-nto prestado pelo membro_' t Ação Popular. ErmelindoSCas Paixão, em que éle relatater estado em Montevidéu, on-tíe recebeu instruções para agir:u> Brasil dentro do movimen-to esdudantil.

No processo, que foi aforadona Justiça Militar, e enviadoom cópias a. 27 autoridades eórgãos políticos e militares doGoverno, Ermelindo Dias Pai-xão revela suas atividades nãosó na capital uruguaia comoiambém em várias cidades bra-sileiras, citando nomes das pes-soas com quem esteve ligado.

NO URUGUAI

Contou Ermelindo Dias Pai-xão que foi para o Uruguai lo-go depois do movimento demarço de 1964, .retornando aoBrasil somente em janeiro doano passado. Em Montevidéu,na Fazenda Tamaembo. disseter recebido instruções deguerra de guerrilhas e trouxeplanos de subversão no meioestudantil elaborados por poli-ticos brasileiros exilados naque-le país. Revelou também que doUruguai seriam envladas-armasliara movimentos de guerrilhasno Brasil e que Alberto Con-trado seria o elemento encar-legado de seu transporte.

Chegando ao Brasil, filiou-sa_ Ação Popular de São Paulo,de onde partiu para contatos

- no Rio com o professor BayardBoiteux, o Sr. Manuel Mar-tins e o major Heitor Capelli.PaVa facilitar sua missão deelemento de ligação, Ermelin-

do Dias Paixão conseguiu umpmprégo num colégio de reli-giosos no Rio e estabeleceucontatos permanentes comRo-berto Cardim, filho do ex-co-ronel Jeférson Cardim, acusa-do de tentativa de guerrilhasno Sul do pais, com, VladimirPalmeira, Franklin Martins tElinor de Brito, lideres estu-dantis no Rio.

Em Salvador, desenvolveutambém —segundo o depoimen-to revelado por fontes da DOPS— intensa atividade de ligação,ficando hospedado na casa deum certo coronel Nicolli. EmRecife, Ermelindo Dias Pai-são disse qre seu elemento deJigaç&ó foi Pedro Canelo, iam-bém membro da Ação Popularde Pernambuco, que o manteveem contatos cem figuras domovimento estudantil, da poli-tica e do clero do Estado.

Ermelindo Dias Paixão foipreso no. quinta-feira da sema-na passada na Cinelandia. eseu nome íoi mantido em sigi-lo até segunda-feira por serconsiderado "ave rara do mo-rimenvo subversivo nacional'pelo próprio Secretário de Se-guranço, General Luí.s de Fran-ça Oliveira. Segundo ainda fon-tes do DOPS èle foi entreguedomingo ás autoridades doExército.

Fontes do Gabinete do Secre-tário de Segurança considera-ram ontem possíveis novas ma-nifestaçóes hoje e nos próxi-mas dias, sob o pretexto da de-cretcição de prisão preventivacontra o líder estudantil Vladi,-iratr Palmeira, decidida ontempela 2." Auditoria dc Aeronáu-tica..O esquema, segundo se ln-formou, voltará a ser adotadohoje.

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Vladimir mesmo detido é candidato

" Uma assembléia-geral dosalunos da Escola de Belas-Artes,nue protestaram contra o fe-chamento do portão principal,motivou — Segundo os estu-dantes — inicialmente o circoda escola por agentes do DOPSe, mais tarde, a presença decontingentes da PM no centroúa cidade.

A reunião tle ontem faz par-te do programa de protestoscontra a ordem do diretor daEscola de Belas-Artes de fecharo portão principal, permitindoa entrada e saida tle alunos sò-mente pelos íundos. ComeçouÃs 8h40m e terminou às ÍOh

\ 45m, já com os agentes doDOPS nas proximidades da es-cola.

POLICIAMENTO

Contingentes da Polícia Mili-tar, logo depois do meio-dia,ocuparam as ruas centrais dacidade, como medida preventi-va contra a manifestação estu-dantll cjue as informações da-vam como preparada para ini-ciar-se ãs primeiras horas datarde.

Grupos geralmente de 12 sol-dados armados de fuzis emba-lados foram colocados nos pon-tos chaves e cm quase todas asesquinas das ruas que cortama Avenida Rio Branco. Foram

policiados também o Largo daCarioca e Cinelandia.

O esquema armado pela Po-licia, ante a ameaça de novasmanifestações estudantis, exi-giu modificações do trânsito,no centro da cidade, a partirdas 11 horas, tendo sido in-terditado o tráfego de coletivosna Avenida Bio Branco e uaKua Uruguaiana e invertida amão de direção da Bua Sena-dor Dantas.

As modificações causaram al-gum mebaraço, principalmentena hora do rush, pois os ônl-bus que vinham da Zona Nor-te c que normalmente passa-riam por aquelas ruas tiveramseu trajeto desviado para a,Avenida Passos, retardando oescoamento na Praça Tiraden-tes e Rua da Carioca.RECLAMAÇÕES

Também os que, vindos daPraça Mauá, utilizavam-se dasruas interditadas passaram adescer pela Presidente Vargas,atingindo a. Praça lô. O trân-sito na região atingida, nor-malmente controlado por 15policiais, contava ontem com40 homens.

Além das reclamações dosmotoristas e passageiros dosônibus desviados, por causa damorosidade do escoamento, vá-

rias pessoas que trabalham úmPresidente ^Vargas* Uruguaiana,e Rio Branco lamentavam o,,,medida, que as obrigou "a an-'dar mais um bom pedaço paraapanhar condução."

Em conseqüência, o tráfego'"'de carros particulares na Ave- ...nida Rio Branco e na Rua Uru-guaiana ficou mais íáci! embo-'.'.ra para atingi-las tivesse qua,..enfrentar uma Presidente Var-gas sobrecarregada.

A Avenida Bio Branco apre»'"sentava ontem um aspectocurioso, com apenas uma daspistas sendo utilizada, pois ada direita é reservada aos cole-tivos. Apesar da interdição, vá-rios ônibus chegaram a traie-gar pela Rua, Uruguaiana.

Pela manhã e à tarde foramrealizados assembléias cm váriasfaculdades da Universidade Fe-""deral do Rio de Janeiro, espe-.cialmente na Praia Vermelha,para tratar das eleições nos di- "retórios acadêmicos e nas enti-'dades estudantis, que serãorealizadas até o íim do mês.

Segundo a determinação da. "maioria dos grêmios estudantis,as greves marcadas deverão sei:suspensas, sendo substituídas,..pelo adiamento das aulas e das--provas. Os estudantes compa-recerão ès escolas para que nãoseja prejudicado o processo'eleitoral.

Belo Horizonte (Sucursal) —Os lideres estudantis VladimirPalmeira (ex-UMEl, mesmopreso, Jorge Batista (DCE-UFMG) e José Dirceu (ex-UEE-SP) são os candidatoseventuais ã presidência, da ex-tinta UNE.

O programa das chapas serádiscutido antecipadamente emcada unidade universitária dopaís. que elegerá dois delegadosatravés de assembléias-gerais.Entre 10 e 15 de setembro seráescolhida a diretoria, no XXXCongresso, que se realizará nes-ta. Capital.

INVASÃO

Ontem, por volta do meio-dia, os universitários que par-tic-.-pa.ram da fase preparatóriado XXX Congresso invadirama Prefeitura Municipal, pinha-ram todo o seu interior e fi-zeram cemicio-s. que foram si-mulíãneos porque a. área égrande.

Em seguida os estudantessairam às ruas. continuando apichar as fachadas de todos osprédios públicos do quarteirão,até o Hotel Del Rei. onde a Po-licia tentou dissolver a manifes-tarão, sendo

'recebida a pecivn-

das.Populares que assistiram à pi-

chação recriminaram a condu-ta dos estudantes, embora, elesdissessem mais tarde que o po-vo tinha aderido às suas ma-nifésteções. Os estudantes di-rigirám-Sã em seguida para aFaculdade de Direito, onde pa-raram ônibus para pichar do-gans, além de cobrar pedágiosque servirão para a confecçãodos cartazes, em xilogravura,que serão distribuídos em todoo pais convocando para o XXXCongresso da ex-UNE.

minou essa movimentação, co-mo se esclareceu depois, foi aatitude de um soldado da PolíciaMilitar que procurava agredirverbalmente um andarilho ja-ponês em passagem por Brasi-lia.

O estrangeiro, munido desuas mochilas, chegou ao barMocambo por volta das 20h40mfalando apenas algumas frasesem castelhano: procurava ex-plicar os objetivos da sua aven-tura. Foi quando o soldado daPM passou a agredir o japonêscom intenso palavreado.

Um estudante que estava porperto, ajudado por outro sol-dado da PM, tentou convencero militar de que éle estava fa-zendo um papel "feio." Estereagiu com agressão fisica. sen-do contido pelo estudante, quelhe aplicou alguns golpes.Quando chegou o choque daPM, todo mundo, inclusive ojaponês, havia desaparecido.

CRITICA

Porto Alegre (Sucursal) —O presidente do Diretório Es-tàdual de Estudantes, Adalber-to Pasqualoto, ao depor peran-te a comissão da Assembléiaque estuda a crise do ensino.lamentou que a Lei de Dire-trizes e Bases não esteja sen-do cumprida, pois assegura o

• mínimo de 12Ti'do orçamentoda União para a Educação.

O lider estudantil gaúcho,embora,condenando "n minoriade ativistas de esquerda queexplora as causas estudantis",achou estranho que as reivlh-dicacões da classe apenas te-nham sido parcialmente aco-Ihicias pelo Governo federal"sob pressão das manifestaçõesde rua."

RECUSA

Brasília (Sucursali — Os alu-nos do Elefante Branco — oprincipal colégio do DistritoFederal — resolveram, ontem,em assembléia-geral, náo acei-tar a extinção da diretoria dogrêmio, decretada pelo diretordo colégio, professor CésarGonçalves, e homologada peloConselho Técnico.

O diretor apresentou um rr-latõrio aos alunos, que será de-batido em selas de aulas e le-vado. a outra assembléia mar-cada para a- próxima semana,quando os estudantes decidirãosobre a permanência do profes-sor César Gonçalves, dependen-do do atendimento das reivlh-dicacões que fizeram no pri-meiro semestre, dando o prazode 50 dia.s para o seu cum-primento.

No inicio da noite de ontem,centenas de carros procuraramas imediações da Avenida W-3para assistir ao movimento es-tudantil, mas o falo que deter-

PREPARATIVOS

Goiânia ICorrespondente) —Os universitários e os secunda-ristas desta captital estão pre-parando uma passeata para ofim desta semana.ou o inicioda próxima, se possível com aparticipação de religiosos, ar-tistas e intelectuais.

Além de manter contatos comintelectuais e religiosos, os es-tudantes estão confeccionandocartazes e faixas "para demiti-ciar o caráter totalitário doregime", segundo afirmaramontem ao anunciar o ¦•¦_¦ ,;_. j.

As autoridades policiais ln-formaram que será reprimida"com toda a íôrça" qualquermanifestação de rua, já estan-do de sobreaviso as PolíciasCivil e\Militar do Estado, de-vendo entrar em prontidão tãologo seja conhecida a data dapasseata.

Fortaleza (Correspondente)— Os estudantes resolveramnão sair à tarde, deixando acidade ocupada por policiais,

pois disseram que ficaram sa-tisfeitos ao enganar o disposi-tivo armado para reprimi-los eque a passeata antecipada pa-ra o meio-dia foi um sucesso.

As lojas do centro fecharamas portas mais cedo e muitospopulares concentraram-se naPraça do Ferreira, aguardandoa manifestação marcada paraa tarde, mas nada ocorreu. APolicia resolveu considerar apasseata do meio-dia "um me-ro passeio."

Os estudantes decidiram ago-ra divertir-se anunciando pas-sealas apenas para manter aPolícia de prontidão e as tro-pas nas ruas, deixando semprea incerteza sobre se sairão ounáo, até cansar as autoridades.

GREVE

Aracaju i Correspondentei —A greve dos secundaristas euniversitários sergipanos atin-ge hoje seu oitavo dia. tendocomo saldo alguns incidentessem gravidade e vários proles-tos contra a prisão tle VladimirPalmeira.

Todas as medidas adotadaspelas autoridades visando de-mover os estudantes da inten-cão de continuar a greve ira-cassaram e nem a intervençãodo Arcebispo Dom José Vieen-te Távora alcançou sucesso.

O Secretário de Educação.Sr. Carlos Alberto Sampaio, re-presentàndo o Governador Lou-rival Batista, visitou o quartel-general dos grevistas, o auditó-rio do Colégio Estadual, tentan-do manter diálogo e prólitifi-caíido-sé a- atender as reivindi-cações de caráter regional íor-iníllãdás pelos estudantes. Maseles disseram que só encerrarãoa greve quando Vladimir Pai-meira fòr liberado. O Secretárioexasperou-se com a teimosia,íoi vaiado e forçado a sair docolégio com urgência.¦ Foram feitos ontem diversoscoinioiòs-relü-mpagos e a poii-cia chegou atrasada a todoseles. A maior concentração foipromovida á noite, na Rodovia-ria Luis Garcia, quando milha-res cle estudantes, num comício,criticaram severamente os Go-vemos estadual e federal.

SOLIDARIEDADE

Natal (Correspontlentcl —Todas as faculdades da Uni-versidade Federal do Rio Gran-de do Norte decretaram grevede 24 horas cm solidariedadeaos secundaristas do ColégioEstadual, que entraram emchoque com o diretor por cau-sa da transferência e suspen-sáo de diversos líderes.

T a m b è m solidarizaram-secoin a greve os universitáriosdos estabelecimentos parti-culares. Náo houve ainda ne-nhum choque ou prisão porcausa do movimento.

Mendigo foi iinico preso em S. PauloSão raulo (Sucursal) — Um

mendigo que aderiu ao movi-mento estudantil e resolveuapresentar sua "mensagem" doalto dc uma lata de lixo foi oúnico preso ontem durante asvárias manifestações ocorridasno centro entre meio-dia e as19 horas.

Os estudantes fizeram comi-cios-relâmpago também emdois bairros da periferia, Lapae Santo Amaro, iniciando ummovimento cm favor da liber-taçáo dos presos politicos emtodo o país. O Grêmio da Fa-culdade de Filosofia da USPfundou um comitê de solida-riedade aos presos.

MANIFESTAÇÕES

Entre meio-dia e uma hora,os estudantes conseguiram rea-llzar quatro eomícios-propa-ganda — na Praça Ramos de

Estudantes cobram pedágio em NiteróiNiterói (Sucursal) — Os cs-

tudantes desta capital enfren-taram na manhã de ontem, apedradas,, dez cavalarianos daPM que tentaram impedir acobrança cle pedágio dos òni-bus que passavam em frente áEscola de Engenharia.

Após o choque, que não cau-sou ferimentos ou prisões, aPolícia se retirou, enquanto otrânsito era desviado, isolan-do a área onde estavam os es-tudantes. que prometem voltarhoje às ruas.

INICIO

Os estudantes começaram aparar os ônibus por volta das 9horas, concentrando-se na RuaPasso da Pátria. Um grupo de100 alunos gritava, a intervaloscurtos, "queremos mais verbas"e "abaixo a ditadura." Poucodepois a Polícia Militar coloca-va mais de 300 homens guar-dando as ruas principais de Ni-terói i a Estação das Barcas.

O primeiro choque da Poli-cia Militar foi recebido a pe-dradas pelos estudantes. Pou-co depois os cavalarianos sai-ram às ruas e passaram a cir-cular defronte a Escola Flu-minense de Engenharia, masnão chegaram a entrar no es-tabeleclmento. Todas as vezesem que o choque interceptavaum veiculo, a fim de orienta-lo para não passar em frenteà escala, as vaias dos estudan-tes eram intensas, logo segui-das de pedradas.

A ação dos estudantes eracontrolada, por meio de iunmegafone, pelo universitárioEdson Benigno e um aluno daescola de Engenharia. Panfle-tos eram distribuídos concla- ¦mando as estudantes a umamobilização contra a políticado' ensino universitário.

PICHAMENTO

Durante a parada obrigató-ria dos veículos defronte à es-cola os estudantes aproveita-

ram para pichar com as frasesdos panfletos mimeog rafadosos ônibus do Serviço Estadualde Viação (SERVE), empresaautárquica do Governo.

A barricada na Rua Passoda Pátria foi suspensa às 13h30m, quando os estudantes fo-ram alertados de que o tráfegode veículos que se destina àPraia de icarai c ao Saco deSào Francisco havia sido des-riado. O diretor da escola deEngenharia, Sr. Otávio Canta-nhede, não interferiu nas ma-nifestações, tendo informado aoreitor da UFF, professor Ma-nuel Barreto Neto, de todos osacontecimentos, através de te-lefonemas seguidos.

As manifestações, em princi-pio, íoram marcadas para aporta da Reitoria da Universi-dade Federal Fl.uminense, naPraia de Icarai, mas o cercodo local pela Polícia Militaré agentes do DOPS levou osuniversitários a realizá-las de-fronte à Escola de Engenharia.

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Azevedo, na Praça da Repúbli-ca, na Rua Direita e na esqui-na das Avenidas São João eIpiranga — sem repressão poli-ciai e com apenas uma prisão.

Um mendigo, entusiasmadocom o número clc pessoas quese reuniu para ouvir os estu-dantes, resolveu usar o mesmopalanque — uma lata de lixo —paro também enviar sua men-sasem ao povo, cantar, fazergesLos e tirar a camisa. Quan-do a Policia chegou à esquinada Avenida São João com Ipi-rnnga, èle foi o único a serpreso.

Os quatro, comícios foramorganizados como os anterio-res. O local só foi divulgadoalguns minutes antes. Os es-tudantes formaram pequenasgrupos, nunca com mais cledez pessoas e encontrara m-senos lugares escolhidos. Cadaum tinha uma tarefa especí-

íica: pichação, panfletagem,.agitação e discurso.

Na horn marcada um ou"'dots oradores subiam em un>muro e eram imediatamentecercados por uns 60 estudan- ;tes. Conclamavam o povo »"se organizar para derrubar aditadura", exigiam a libertaçãodos estudantes presos em todo'o pais e explicavam aos popu-lares curiosos, que paravam..para ouvir, a luta da classeestudantil.

Cada uma das manifestaçõesnão durou mais de 15 minutos,Na Avenida São João, um ho-mem de gravata, muito bem'vestido, resolveu também fa-lar, mas contra as manifesta-ções estudantis, e por isto íol"posto para correr pelos mani-festantès e inclusive por umrapazinho de uniforme quetrabalha em um dos hotéis¦daquela rua.

Baianos fazem comícios nos bairrosSalvador (Sucursal) — Os

estudantes limitaram-se ontema fazer comícios e passeatas nosbairros, especialmente Sáo Cae-tnno. Liberdade e Massarandu-ba. ludibriando o forte dispo-sitivo policial que se concen-trou no centro da cidade.

Nas manifestações, convida-ram os moradores dos três bair-ros — na maioria operários —para participar de uma con-centração marcada para as llhde hoje. na Praça Castro Al-ves. No Largo de São Caetano,de,-, líderes subiram num tratore falaram para um público cle1 50!) pessoas, saindo depois empasseata até o Largo da Fa-zenda Grande.

PRECAUÇÃO

Antes os estudantes bloquea-ram todas as entradas do Lar-go de Sáo Caetano com para-lelépípedos e barreiras de trân-sito, para impedir o acesso deviaturas policiais. Somente umjipe do Exército entrou e osestudantes apedrejaram o sol-dado. que sacou o revólver po-rém não atirou.

O Diretório Central dos Es-tudantes e a extinta União dosEstudantes da Bahia divulga-ram nota explicando o adia-mcnto da manifestação no cen-tro. Disseram que "não pode-mos permitir que se efetivasse

mais uma onda de violência emassacre contra o povo e estu-dantes. Mas engana-se o Go- 'vêrno se pensa que poderá sus-tentar o poder através da fór-ça, isto porque a paciência dopovo tem limites".

Durante todo o dia patru-lhas formadas por oito solda-dos policiaram o centro, des-de a Praça da Piedade ats aPraça da Sé. Ficaram à esperados estudantes, que nào apare-ceram. Informa-se que a Poli-cia armou um dispositivo paradurar dois meses. O Exército,a Marinha e a Aeronáutica fi-caram de prontidão o dia in-teiro, mas só interviriam se aPolícia não conseguisse domi-nar a situação.

O Mosteiro São Bento ficoucercado durante todo o dia. po-rém às 18h, quando se reza amissa, o Governador mandoususpender o cerco.

APOIOI

Depois de declarar pela te-1levisão que não poderia emitir- |se do dever d^e preservar a or- Idem pública, o que o levava, aproibir a passeata programa-1da para ontem, mas dispondo- jse a permitir qualquer con-centração aberta nos termosconstitucionais, o GovernadorLuís Viana Filho recebeu ma- \

ciço apoio de numerosas cias- •ses e entidades representai!-vas, inclusive do clero, de sin-'dicatos trabalhistas, das cias-ses produtoras e de prefeitos. •O MDB, por sua vez, distri-buiu nota desaconselhando s,passeata nos termos anuncia-des.

Entre ss entidades qus aa 'solidarizam com o Governadorda Bahia estão a AssociaçãoComercial, a Federação das in-dústrias, o Clube cios Direto-res Lojistas, o Lions, Clube, oRotary Clube, a Federação dosEmpregados do Comércio, Fe-deração dos Empregados dáAgricultura, Federação dos Tra-balhadores da Indústria., Sin-dicato dos Trabalhadores do,:Petróleo, Sindicato dos Empre-,gados Bancários e Sindicatodos Trabalhadores nas Emprê-sas de Eletricidade.

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8 — 1.° Cad., Jornal do Brasil, quarta-feira, 14-8-68

Asiáticos temem queproibição à pílulaatrase seu progresso

Nova Déll e Cidade cio Vaticano (AFP-UPI-JB) — O rc-presentante de Cingapura na Comissão da UNESCO parao Desenvolvimento da Ásia, Hui Heng Tan, declarou ontem,durante reunião, em Nova Déll, que a encíclica de Paulo VIcontra o uso de anticoncepcionais poderá barrar o desen-volvimento dos países asiáticos de maioria católica, comopor exemplo as Filipinas.

A reunião girou em torno da controvérsia sobre os prin-cipios expostos na Huma nac Vitae. O representante da San-ta Sé, padre Fonseca, defendeu a encíclica, afirmando quedava prioridade ao homem, contra o que argumentou HuiHeng Tan, declarando que a encíclica deveria ser feita emfunção do homem e não o homem em função da doutrina.

ERRO MANIFESTO

O monsenhor Lambrvischini, teólogo da UniversidadePontifícia de Latrão, que há algum tempo havia pedido aoPapa que modificasse a posição da Igreja sóbre o controleda natalidade, exortou os fiéis a aceitarem o pronunciamen-to da Humanac A'ilae.

Escrevendo no órgão oficial do Vaticano, L'OsscrvatoreRomano, o monsenhor condena energicamente os teólogosque foram contra a encíclica: "Pergunto-me sob que pretex-to estes teólogos pensam que estão prestando um serviçoà Igreja."

Mais adiante acrescenta: "Um católico deve aceitar hu-mildemente os ditames do Papa, não somente externa mastambém internamente, e qualquer um que se oponha à de-cisão da autêntica doutrina e, pior ainda, alente outros arejeitá-la, está manifestamente cometendo um erro."

" O teólogo íoi escolhido pelo Papa para apresentar a en-cíclica à imprensa por ocasião do seu lançamento. Na con-dição de membro da comissão dc estudo do controle da na-talidade, foi dos que recomendaram, no momento da redaçãodo relatório para ser entregue a Paulo VI, que a Igreja per-mitisse alguma forma de controle.

Colômbia expulsajornalista do NYT

Bogotá (AFP-UPI-JB) — O Governo colombiano expul-sou ontem de seu território o jornalista norte-americano Paul-Laurence Montgomery correspondente do New, York Times doRio acusando-o de ter divulgado notícias invendicas a res-peito' da demissão do Ministro do Exterior Germán ZeaHernandez.

O jornalista norte-americano, que se encontrava em Bo-gota para fazer a cobertura do Congresso Eucarístico Inter-nacional, escreveu uma reportagem no New York Times, di-zendo que a renúncia do Chanceler era resultado de suas de-clarações sobre a Encíclica Humanae Vitae e de uma brigaentre sua niulher e a do Presidente Lleras Restrepo.

DESCORTESIA

A ordem de expulsão foi dada pelo Departamento de Es-trangeiros do Departamento Administrativo de Segurança(DAS), que alegou que Montgomery incorreu "em atos des-corteses para com o Governo da Colômbia, sobretudo comsuas mais altas autoridades." O jornalista deveria deixarBogotá ainda ontem; e regressar ao Rio, via Ibéria, passandopor Caracas.

Os rumores de que a demissão de Zea havia sido provo-cada por suas declarações contrárias á encíclica foram divul-gados por vários jornais e reafirmados na edição cle segun-da-íeira do New York Times. O Governo já havia desmen-tido oficialmente esta versão, revelando que Germán Zea-manifestara o desejo de demitir-se muito antes da promui-gação da Humanac Vitae.

Nas Nações Unidas, o Embaixador Júlio César TurbayAyala também desmentiu a notícia e enviou uma carta aoNew Y'ork Times.

Câmara se opõe aosanticoncep tivos

Brasília (Sucursal) — Foi proposta na Câmara a proi-bicão, em todo o país, do uso, fabricação, comércio e propa-canda dos anticoncepcionais artificiais de qualquer nature-.a. A iniciativa é do Deputado Monsenhor Arruda Câmara(Arena—PE), como emenda a projeto do Deputado JanduiCarneiro (MDB—Paraiba».

A proposição do representante paraibano, já aprovadanas comissões de Justiça e dc Saúde, autoriza o uso de an-ticonceptivos, mediante receita médica, sef a qual o produ-to não poderá ser adquirido.

Gabinete franquista éconvocado para debatero conflito na Biscaia

Madri e São Sebastião (UPI-AFP-JB) — O Generalissi-mo Francisco Franco, chefe de governo da Espanha, con-vocou para hoje uma reunião extraordinária de seu gabinetepara examinar a situação criada pelos separatistas na provín-cia de Guipuzcoa, onde foi decretado o estado de alerta.

Na madrugada de ontem foram roubados de uma pedrei-ra de mármore, na província de Biscaia, vários quilos de di-namite e a Policia espanhola atribui o ato criminoso a terro-ristas bascos pertencentes ã organização separatista Eta.

PREPARAÇÃO

Jornalistas estrangeiros que visitaram as províncias bas-cas disseram que os terroristas, reunidos clandestinamente dooutro lado da fronteira, em território francês, estão projetan-tío manifestações em São Sebastião, amanhã, no Dia da As-Euncão.

A Policia e a Guarda Civil estão de sobreaviso desde o diaS de aqósto a fim de sufocarem qualquer manifestação. Desdeo assassinato do chefe da polícia secreta' de Guipuzcoa, Me-liton Manzana, sete sacerdotes suspeitos de militantes da Etaíoram detidos. O último sacerdote detido foi o Padre JavierCruz Amurizara, pároco de Amoroto, perto de Bilbáó.

Em represália, os padres de Guipuzcoa resolveram abster-se de pronunciar sermões nas missas dominicais. A decisão íoitomada de acordo com Monsenhor Bereciarte, Bispo de SãoSebastião.

PAUTA

Fontes oficiais de Madri disseram que o Gabinete tratarátambém, na sua reunião de hoje, da campanha para obrigar aInglaterra a desocupar Gibraltar.

Segundo diplomatas estrangeiros, Franco cortaria o últi-mo laço que liga a Espanha à Colônia,

'"interrompendo o ser-viço de ferry-boat usado pelos turistas para entrar e sair daEspanha, via Gibraltar.

Pastor recebe penade 20 anos de prisão

Madri (AFP-JB) — O pastor dá religião Testemunhas deJeová, Francisco Diaz Moreno, foi condenado a 20 anos c umdia de prisão por negar-se a cumprir o serviço militar. Há 2meses, o Comandante da Região Militar das Canárias ratifi-cou a pena de 6 anos e um dia imposta por um Conselho deGuerra ao ministro protestante.

Pelo mesmo motivo, 64 membros das Testemunhas de Jeo-vá encontram-se detidos por serem fiéis aos preceitos de suareligião. Vários deles, já foram condenados duas, três ou :qua-tro vezes, por que, uma vez cumprida a pena, são intimadosa fazer o serviço militar e voltam a negar-se, sendo conde-nados de nôvo.

REPRESSÃO

Outro membro da religião, Alberto Contijo Berenger, en-contra-se encarcerado na prisão militar de Aaium, no Sahara,desde 195..

As Testemunhas de Jeová informaram ter solicitado ins-crição no registro oficial de igrejas náo-católicas, para ajus-tarem-se às normas e garantias da Lei de Liberdade Religiosavigente na Espanha.

Os setores ultradireitistas. liderados pele semanário QueTasa, não permitem a inscrição, afirmando: "Não devia apro-var-se a inscrição das Testemunhas de Jeová no registro ofi-ciai de igrejas não-católicas, já são uma seita que conspiracontra a existência do Estado e do Exército e subverte a or-dem pública e a paz nacional".

Padres do Chile mantémprotesto contra Igreja

o nôvo. 'AMORRadlofolo UPI

Santiago. Cidade do Vatica-no e Londres (AFP-UPI-JB),— Apesar de severamente cri-ticados pelo Vaticano e pejahierarquia eclesiástica chilena,os 150 leigos que participaramda ocupação da Catedral Me-tropolitana reafirmaram ontemseu protesto contra os compro-missos da Igreja com "o podere a riqueza" e assumiram totalresponsabilidade por seus atos,inocentando os padres e asfreiras que os acompanharam.

Através tío L'Osservatore Ro-mano, o Vaticano condenou,ontem em longo artigo "a pro-íanação da Catedral de San-tiago" e ressaltou a indigna-ção dos fiéis chilenos dianteda ocupação. Ao mesmo tem-po, o Guardian de Londresafirmava que o acontecimentodeveria ser uma advertência aoVaticano e ao Papa.

PRECAUÇÃO

Aparentemente para nãoagravar a situação, os sacer-dotes que participaram daocupação da Catedral não ío-ram à entrevista coletiva con-cedida ontem pelos lideres domovimento Igreja Nova paraexplicar o sentido do ato.-,.

Os leigos assumiram toda aresponsabilidade, decla randoque os nove padres haviamaderido ao grupo "por seremnossos pastores." Os sacerdotesíoram suspensos de guas iun-ções, na segunda-feira peloCardeal Raul Silva Hernandez,e só serão readmitidos quandose explicarem e se submeteremã disciplina das autoridadeseclesiásticas.

A IGREJA DE TODOS

„ Entre os fiéis que concede-ram a entrevista, figuravamum estudante e um líder ope-rário. O universitário explicou:"Náo estamos contra o Cardealque é nosso pai, nem contra o

Papa, Estamos contra as injus-tlças no mundo."

Acrescentou em seguida, quea Igreja não è constituída ape-nas pela hierarquia ecleslásti-ca, mas por toda a comunidadecristã. Referindo-se _, declara-ção cio Cardeal de que ficaraprofundamente magoado com aocupação, o estudante disse:"Como leigo também nos sen-timos surpreendidos e preten-demos dizer isso ao Cardeal."

FINS LÜCRATrVOS

O teólogo Dom Patrício afir-mou que a ocupação foi moti-yada pela necessidade de ex-pressão do povo cristão. "Nãopretendemos fazer um cismadentro da Igreja. Nâo queremosuma Igreja diferente, mas umaIgreja presente num mundoem lermentação.

Os leigos deixaram claro quese opõem à viagem do Papa à,Colômbia, "onde as oligarquiasde direita mantém o povo namiséria, matando-o por inani-ção e mediante c, incultura eo analfabetismo." Disseramque querem uma Igreja com-prometida com os problemas dopovo e não com "o poder e ariqueza" e que porisso protes-tam contra a visila, que foi umavitória para o Governo da Co-lambia e explorada pelas agên-cias com finalidades lúcrati-vas.

AUTO-REFORMA

A resposta do Vaticano eosleigos, endossando as recrfmi-nações do Cardeal Raul SllvaHenrlquez, diz que "o grandeamor pela Igreja, expressadoem canções folclóricas e íu-mondo diante do altar, como selê nas noticias, não é persua-.sivo."

Ai o VOsservatore Romanose refere ao fato tíe que duran-te a ocupação da Catedral nodomingo, os sacerdotes celebra-

ram missa ao som de cançõesrevolucionárias. Nesta ocasiãorezaram pelos presos políticosdo Brasil, pelos mortos na guer-ra do Vietname e por todos oioprimidos do mundo.

"Quem estiver ansioso pelasreformas na Igreja, tem umgrande campo de ação: a re-forma de sl próprio. A profa-nação de um templo; a vlolên-cia moral sobre sacerdotes efiéis; a arrogância de um jul-gamente pessoal dos pastoreslegítimos da comunidade ecle-slástica; a arrogância das pró-prias convicções não são sinto-mas nem sinais de uma pene-tração verdadeira da lei cris-tá. mesmo que estejam entor-peoidos de visões sociológicas",diz o Vaticano.

TUMULTO NA COLÔMBIA

A ocupação da Catedral'Me-tropolitana foi assunto de edi-torial do jornal britânico Guar.tlian, que chama a atenção doVaticano sobre a possibilidadede que a viagem do Papa àColômbia na próxima semanaseja tumultuada.

"Não foi somente a ultimaencíclica que perturbou os ca-tólicos da América Latim.,continente onde o índice denascimento é o mais alto domundo. A Humanac Vitae erainesperada devido ao tom ex-traordináriamente radical daencíclica anterior sóbre o de-senvolvimento dos povos (Po-pulorum Progrcssio)", lembrao jornal.

Segundo o Guardian, tendoatacado a livre empresa, suge-rido a expropriação dos gran-des latifúndios e condenado aprática de envio dos capitaispara o exterior, o Papa aju-dou a emancipar o pensámen-to católico sóbre as mudançassociais na América Latina. Emsua visita a Bogotá, diz o jor-nal, provavelmente colherá osfrutos.

Congresso Eucarístico seinaugura domingo próximo

Bogotá (AFP — UPI — JB)— O Legado Papal. CardealGiacomo Lercaro, inaugurará,no próximo domingo, às 20h,cm Bogotá, o 39.° CongressoEucarístico Internacional, quea partir do dia 22 contará coma participação do Papa PauloVI, além de inúmeros bispos ecardeais de todo o mundo, es-pecialmente da América Lati-na.

Na primeira concentração nocampo eucarístico, que termi-nará depois da meia-noite, oCardeal Lercaro concederá abênção papal. Farão uso da pa-lavra o Monsenhor Aníbal Mu-fioz, Administrador Apostólicode Bogotá,' e o Monsenhor Gre-gorio Mondrego e Cassaus, pre-sidente do Comitê Internacio-nal do Congresso Eucarístico.PROGRAMAÇÃO

Durante toda a semana eu-caristica bispos e cardeais ce-lebrarão missas nos bairros dacapital colombiana, ao mesmotempo que serão promovidasconferências, sessões de estudosdas organizações internacio-nais, encontros com leigos, lei-turas das sagradas escrituras,batismos, confirmações, casa-mentos e primeiras comunhões..

Haverá também um seininá-rio internacional, instalado pe-lo Cardeal Lercaro, assim co-

mo a celebração da palavraecumênica por parte de trêshierarcas da Igreja Católica edas Igrejas não católicas, sob"o espírito da unidade funda-mental de todos os cristãos e abusca dc uma unidade plena."

Cada jornada terminará comcomemorações folclóricas, con-sertos musicais, chuvas de ser-pentlnas e inúmeros e variadosatos culturais. As bandas e osgrupos corais terão participa-ção ativa nos atos solenes.ATOS DO PAPA

No mesmo dia em que chegara Bogotá, o Papa Paulo VI ofi-ciará missa com 24 bispos ecardeais no campo eucarísticoc ordenará, durante a cerimô-nia, 161 padres e 41 diáconosde todo o continente.

Na manhã do dia 23, o Papatem entrevista marcada com oPresidente Lleras Restrepo, euma visita à população cle Mos-quera para um encontro comos camponeses colombianos. Atarde irá novamente ao campoeucarístico para celebrar novamissa e pronunciar um discursosóbre o desenvolvimento.

Sábado celebrará missa nobairro cle Vehecia, instalará aII Conferência do EpiscopadoLatino-Americano, dará bênçãoaos participantes do Congresso,regressando em seguida a Ro-

ma. O Congresso será encerra-do no domingo.

SÉQUITO

— Paulo VI chegará a Bo-gota a bordo de um Boeing-707-320-B, da companhia deaviação colombiana Avianca.Conduzirão o Papa uma tripu-lação de sete navegantesc uma tripulação de re-serva composta de quatro pl-lotos e engenheiros de vôo,cinco camareiros e três comis-sárias. Paulo VI sairá de Romano dia 22 de agosto às 4h,hora local. Passará sóbre Bar-celona, Toledo, Fátima. Marti-nica e Caracas antes de chegara Bogotá.

Vinte membros do Sacro Co-légio e 72 pessoas do séquitopontifício, além cle jornalistase de personalidades diversas,embarcarão no aparelho bati-zado Sucre em homenagem àmemória do libertador da Co-lóínbia.

No Boeing, que será pintadocom as cores da Santa Sé, serácolocado um leito para PauloVI, três instalações dé duchas,e dois escritórios desdobráveisnos quais o Papa poderá toa-balhar com seus colaboradores.O interior do avião será bran-co. côr que -corresponde adPapa,

Bogotá é uma nova cidadeBogotá (AFP-JB) — Noven-

ta por cento das obras parapreparar Bogotá para o XXXIXCongresso Eucarístico Interna-cional já estão concluídas. Empouco tempo, a capital colom-biaiia foi transformada em me-trópole com o surgimento denovas artérias que somam 35km cle extensão e de um nôvosistema de iluminação, de maisde 13 km, até então desconhe-cidos pelos seus dois milhõesde habitantes.

Bogotá era uma cidade es-cura, de iluminação superpre-caria. Para se ir de um pon-to a outro, era necessário avan-çar em ziguezague, passandopor diversos obstáculos e zo-

nas perigosas. Por causa doCongresso, o prefeito ordenoua remodelação da capital.

BENEFÍCIOS

A capital colombiana ganhou,além da nova iluminação e dasnovas avenidas, parques e 40locais de jogos para crianças,assim como o gigantesco cam-po que se converterá provável-mente num bairro.

A principal atração do cam-po eucarístico é o templo cir-cular e uma enorme cruz deconcreto armado. No total, 544mil quilos de cimento e 12 100m cúbicos de areia foram uti-lizados na construção do tem-

pio e seus anexos. Os cons-tratores forneceram, com osoperários, sete mil horas detrabalho.

O templo ocupa uma super-ficle de 1500, m quadrados eé cercado por uns 40 mil ban-cos rústicos dispostos em cir-culo, com capacidade de aco-lher 300 mil pessoas. Na praçacabem ainda 250 mll pessoasde pé.

Instalaçõee especiais para aImprensa colombiana e estran-geira ainda não íoram conclui-das. Compreendem teletipos ecâmaras escuras para a reve-lação de fotografias, aparelhosde transmissão dc radiofotos euma grande sala cle redação.

Cardeal brasileiro defende o PapaBogotá (AFP-UPI-JB) — O :

presidente da Conferência Na-,cional dos Bispos do Brasil,Cardeal Agnelo Rossi, declarouontem em Bogotá, onde se en-.contra chefiando a delegação!brasileira ao 39.a Congresso Eu-caristico Internacional, que "co-mo bons católicos temos de aca-tar" a proibição do Papa sobreo controle da natalidade.

O Cardeal de São Paulo che-gou segunda-feira a Bogotá,sendo recebido pelo Bispo deTeresina, Dom Avelar Brandão,altas personalidades eclesiásti-cas e membros do Governo co-lombiano. Em entrevista cole-tiva ontem, declarou que milperegrinos brasileiros são espe-rados esta semana na capital -

colombiana para assistir aoCongresso.

Dom Agnelo Rossi reconhe-ceu que o controle da natalida-de constitui um grande proble-ma na América .Latina, nâopodendo entretanto ser exami-nado sob os mesmos critériosem todos os países, uma vezque se apresenta com caracte-ristlcas diferentes no Brasil,Argentina, Colômbia, e Bolívia,por exemplo.

O Cardeal deu pouca impor-tâncla aos rumores de que oVaticano estaria preocupadocom a possibilidade de umatentado contra o Papa na Co-lómbia, afirmando que PauloVI não irá a Bogotá em missãopolítica, mas em "busca cle uma

aproximação entre Deus e o?homens."

Durante a entrevista, o Car-deal disse que a íalta de voca-ções sacerdotais poderá provo-car uma séria crise na Igrejalatino-americana, e sugeriu, co-mo uma das formas de solucio-nar o problema, dar encargosde colaboração ao trabalho sa-cerdotal a diáconos casados.

Sóbre a II Conferência doEpisccpado Latino-Americano,que será realizada esta semana,o Cardeal declarou que o do-cumento de trabalho íoi elabo-rado para levantar problemas,ma.s está sendo aperfeiçoado.Dom Agnelo Rossi seguiu ontemmesmo para Medelim, sede dareunião.

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*^bM.AmmmUS*m.-. MW ; ^__M__-N_L_J_______! W UÊmW^ ^^_____ ________________£771 Saint-Tropez, Brigitte Bardot e Luigi Rizzi continuam sempre juntos.Foram o sucesso da festa ãa Villa ão Conãe Ugo Ravizza, Rizzi com sua vis-tosa camisa e BB com o costumeiro ãecote. O amor faz milagres às mulheres— esse o lema áe Brigitte, que, em seus 30 anos de vida, já se casou seis vê-ses e, nos intervalos, teve pelo menos o dobro de namorados. É o segredo

âe sua juventude. ¦

Estudantes Saem Barrientosàs ruas do México reorganiza

o Governoem nova passeata

Cidade do México iAFP-UPI-JB i — Cerca cle 50 milestudantes mexicanos, acompanhados de centenas cle pro-fessores, realizaram ontem marcha de protesto contra oGoverno, na ciciacle do México, pelo não atendimento dcsuas reivindicações, principalmente a exigência de demis-são do cheíe de Policia da capital. Luis Cueto, acusadode responsabilidade no desencadeamento da.s violênciaspoliciais das últimas semanas.

Os manifestantes deixaram o Instituto Politécnico Na-cional. dirigindo-se. com faixas e cartazes, à praça cen-trai de Zocalo, onde estão situados o Palácio Nacional ea sede da Prefeitura. Os organizadores da marcha nãopediram autorização ãs autoridades, mas garantiram quea manifestação seria pacífica.

PROFESSORES ADEREM

Vários professores do ensino secundário e superior, or-ganizados em uma associação, reiteraram ontem seu apoioaos estudantes em greve. Em comunicado distribuído àimprensa, afirmaram não poder ficar à margem dos acon-tecimentos. "No sistema atual de governo — disseram —poderiam formar-se tendências que conduziriam o país aum clima cle repressão, onde a violência substituiria osdireitos democráticos."

Ontem, a greve estudantil alastrou-se por mais quatroEstados. Somente em Veracruz, 57 mil alunos não compa-receram às aulas. Em Tabasco, Morelos e Puebla, os uni-versltáriòs e alunos das escolas técnicas também aderiramà parede.

Choques uo Uruguaideixaram 20 feridos

Montevidéu (UPI-AFP-JB) — O Uruguai iniciou on-tem seu terceiro més sob estado de sitio, em uma atmos-fera altamente tensa, depois dos novos e violentos comba-tes da noite-madrugada cle segunda-feira entre estudan-tes e policiais, que deixaram o saldo de numerosos feridos

vinte dos quais em estado gravo — muitas prisões cprejuízos materiais elevados.

Montevidéu amanheceu ontem aparentemente calma.As forças policiais postaram-se a distância de algumas fa-culdades. para o caso de novas manifestações. Como re-sultado das últimas violências, três estudantes estão inter-nados em estado critico: Liber Arce, com ruptura, a bala,da artéria femoral; Mario Toyos. com fratura do crânio elesão cerebral, e Sérgio Acosta, com afundamento docrânio.

Os primeiros incidentes ocorreram pouco depois domeio-dia de segunda-feira, defronte da Faculdade deAgronomia. A noite, as íôrças policiais e os estudantesvoltaram a entrar em choque, principalmente na Av. 18de Julho, onde se registraram os mais violentos combates.Os estudantes receberam a Policia a pedradas, tljoladas ecoquetéis molotov, sendo atacadas com bombas cle gás earrémetidas cle cavalarianos, com baionetas caladas.

Diante da Universidade Central, os estudantes foramdispersados o passaram a aplicar a tática de reagrupa-mentos e comicios-relámpago, em grupos de menos cle 50,numa extensa zona do centro da capital. O Ministério daCultura voltou a ser apredejado, e ergueram-se barricadas,incendiaram-se automóveis e pneumáticos. Como resultado,17 estudantes e três policiais ficaram gravemente feridos.Houve dezenas de prisões.

Polícia francesatem arma secreta

Paris (AFP-UPI-JB) — Os estudantes franceses, queanunciaram novas manifestações para outubro, no iniciodo ano escolar, terão cle enfrentar novas e eficientes armaspoliciais, além cle um quartel-general antimotins, dentroda nova filosofia governamental de "mostrar a força paranào ser obrigado a empregá-la."

A principal arma é um furgão-bomba totalmente lisopara que os manifestante não possam agarrar-se — do-

tado cle vidros especiais que fazem com que os projéteiscontra êle atirados, ricocheteiem e dirijam-se contra osagressores. Lança milhares dc litros de água, além de tintapara identificar os manifestantes.

REQUINTE

Seis mil litros de água por minuto, ejetados corri umaforça de impacto de 15 quilos, são capazes de lançar àdistância qualquer manifestante. O furgão-bomba tambémdispara líquidos odoriferos e congelantes. Os prlmeb-os per-mitirão aos cães policiais perseguirem os atacantes, en-quanto os segundos os deixarão congelados, como se tives-sem saido de uma geladeira.'

O engenho não tomba nunca, porque é montado sobrepresilhas hidráulicas. A carroçaria pode ser bastante in-clinada, mas os pneumáticos continuam agarrados firme-mente ao solo.

O comando antimotins disporá de uma central, dc ondeas ações poderão ser acompanhadas: duas grandes telasdc televisão, ligadas a 24 câmaras espalhadas nos princi-pais pontos de Paris, orientarão a Policia. A sala terá, ade-mais. uma rede telefônica de oito faixas de ondas c 350linhas, conectadas com os diversos comandos de ruas ebairros.

La Paz (AFP-UPI-JB) —Com o afastamento dos Gene-rais Juan Torres González eMarcos Vasquez Sémperteguido Estado-Maior das Forças Ar-madas bolivianas, o PresidentejRené Barrientos iniciou um pc-ríodo de transformação nos al-tos quadros militares, com oobjetivo, segundo os observado-res. de retornar ao periodo"pré-Arguedas."

Sémpertegui, que era Chefedo Estado-Maior do Exército,considerado um dos mais seve-ros críticos cle Barrientos noepisório Arguedas. não voltouontem ao seu gabinete de tra-balho. Seus amigos disseramque êle recusará qualquer con-vite para um cargo diplomáticono exterior. Torres, entretanto,poderá ocupar outro cargo cledestaque no Governo.

Depois da demissão dos doisoficiais, Barrientos apressou-seem desmentir a existência deuma crise militar, afirmandoque sua decisão representa "umacontecimento regular no mèscle agosto."

OEA está emcrise por máadministração

Washington i UPI-AFP-JB)— A Organização dos EstadosAmericanos (OEA) atravessauma profunda crise institucio-nal, com sensíveis repercussõesem seuv funcionamento, devido,principalmente, à sua estru tu-ra antiquada, ao estado deplo-rável em que se encontra a acl-ministração e à sua falta clecapacidade técnica.

Esta íoi a conclusão a quechegou uma comissão de cincoperitos designada pelo Conselhoda organização para estudarseus problemas, c que ontemapresentou relatório final. Casofosse adotada uma sugestão dostécnicos a respeito do pagamen-to de cotas, o Brasil, México eArgentina poderiam ficar pri-vados do direito cle voto noConselho, por atraso nos paga-mentos. Os três devem, respec-tivamehte, USS 247 mil, USS1 232 milhão e USS 1 303 milhão.

Disseram os técnicos que, porserem mais cle 30r_ do pessoalcontratndos, seria recomendávelum sistema total e integrado deadministração do funclonalis-mo, ou seja, o fim do sistemade contratos. "Predomina —acrescentaram — um clima dedescontentamento na Secreta-ria. apesar das condições cletrabalho basicamente favorá-veís."

Operários ePolícia lutamem Córdoba

Córdoba (Argentina) (UPI-JB) — Dezessete pessoas fica-ram feridas, sete operários fo-ram presos e 4 700 foram sus-pensos ontem, na fábrica Ika-Renault, de Córdoba, depoisdos violentos combates entre•trabalhadores e policiais anna-dos de cassetetes e bombas degás. Os operários tentavam im-pedir o reinicio das atividadesda fábrica, após uma greve deprotesto contra as condiçõesperigosas de trabalho.

Pela manhã, quando milha-res de operários iam começaro serviço, foram impedide-s porcentenas de companheiros, queergueram barricadas com ca-minhões c broncos de árvoresnos caminhos de acesso à fá-brica. A cavalaria interveioviolentamente e a luta genera-lizou-se.

Jernal do Brasil, quavia-fèlra, 14-8-03, 1.° Cad.

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Pilotos decidem boicotar vôos para ArgéliaIsrael guarda os migssírios eiii base aérea

r«/.l!..l> IAFP-UPI-JB) —Os dois Mig-17 sírios que «ter-ràram numa pista de emergen-cia israe.!er..se foram transpor-tados durante « noite, empranchas para uma base aérea.Um comunicado oficial israe-lense emitido ontem à tardedi/. que seus pilotos foram vi-timas de um erro de navega-ção-

Meios chegados ao Governoinformam que, além do incl-dente dos Migs, o gabinete is-raelense tratou do seqüestrodp Boeing 707, durante a reu-nião extraordinária realizadana noite de segunda-feira. Orelatório sôbre as negociaçõescom «. Argélia é pessimista,acrescentaram.

DESVIO

No interrogatório a que fo-ram submetidos os dois pilo-tas, estes declararam que pen-saram ter descido na região

de Latnquiê, na Siria. Segun-do o comunicado, a entradados caças Mig> no espaço aéreoisraelense foi registrada no ra-dar e túcias as medidas ade-quadas foram tomadas.

Tantos os meios politicos ds-israelense foi registrada no ra-sistiam ontem cm que não háa menor relaçáo entre o se-qiiestro de um avião comer-ciai em vôo c o cnso dos nviõesmilitares sirios que descerampor engano em Israel.

Não há ligação entre os doiscasos e está fora de discussãoo processamento de uma tro-ca, assegura-se nos meios po-liticos.

Os argelinos continuam exi-gindo, em troca dos tripulantese passageiros do Boeing, e dopróprio aparelho, a libertaçãodc determinado número de ter-roristas árabes, segundo umalista preparada pelas organiza-çóes palestinenses.

Cisão interna ameaçamovimen to p a 1 e s t i n o

Beirute (AFP-JB1 — A criseinterna do movimento árabepalèstinense agravou-se ontemcom a. acusação aos dirigentesda Organização de Libertaçãodn Palestina de abuso de po-der e de ter "bloqueado osfundos postos pelos palestinosd pelos Governos árabes á dis-po-.ição do Exército de Liber-tação da Palestina."

Os comandos do ELP na Sí-ria e na Jordânia emitiram co-municado conjunto acusando osdirigentes da OLP de interven-ção nos assuntos dos comandosmilitares. No Iraque foi anun-ciada ontem a constituição deoutro grupo militar, intituladoResistência Árabe Unida para aLibertação da Palestina, for-mado de antigas unidades doELP.

Londres, Paris, Haia (AFP-UPI-JB) — A Federação In-ternacional de Pilotos deCarreira decidiu suspendera partir de hoje toda liga-ção entre a Europa e a Av-gélia por aviões de compa-nhias aéreas comerciais, atéque sejam liberados os setemembros da tripulação doBoeíng-707 israelense deti-do há 22 dias em Argel.

Um porta-voz da Federa-ção anunciou em Londresque "se tais medidas nãopermitirem conseguir a 11-bertação dos tripulantes, aFederação tentará obter dascompanhias aéreas de todoo mundo que se recusem atransportar cidadãos arge-Unos."

BLOQUEIO

A decisão de boicotar oaeroporto internacional deArgel foi anunciada siinúl-tâneamente em Londres,Paris, Haia, Dublin,. Amster-dão e Hélsinqui. As principaiscompanhias afetadas peladecisão dos pilotos são aAir France — a que corres-pondem 95 por cento do trá-fego de Argel — Alitalia,Swissair e Ibéria.

O presidene da Federa-ção, Jan Bartelski, declarouser inadmissível que "com

freqüência os pilotos se ve-jam forçados a cortar intei-ramente o contato com astorres de controle e. sob amira de revólver, obrigadosa seguir o trajeto que lhesé imposto."

"Desejamos reagir comfirmeza ante o número

Venezuelanos conseguem oprimeiro transplante defígado de porco em homem

Maraóaibo, Quebec (UPI-AFP-JB) — Cirurgiões doHospital da Universidade de Maracaibo, Venezuela, conse-guiram ontem, pela primeira vez no mundo, transplantarcom êxito lim fígado de porco em um ser humano.

Segundo um porta-voz do hospital, a operação foirealizada no jovem Lenis Gonzalez, que havia ingerido umagente fosfórico de grande toxicidade e se encontrava emestado de coma.

Acrescentou o informante que exames médicos feitoshoras após a intervenção mostraram que o nôvo órgãofunciona normalmente e que o estado do paciente é bom.

PROJETO NÃO AGRADAO cirurgião Euriclides Zerbi-

ni havia pedido vetos aos arti-gos 9.° e 12 e nos três para-grafos do artigo segundo. OPresidente Costa e Silva vetousomente os parágrafos e ao co-municar ao Congresso a sançãodo projeto e os vetos informaque aqueles parágrafos exigema adoção de determinados mé-todos, que, tendo, em vista adinâmica com que se proces-sam as transformações técnico-científicas, poderiam invalidartodo o esforço empreendido pe-los nossos cientistas, no senti-do de permitir ao pais, no cam-po das ciências e da tecnolo-gia, formar com as nações maisdesenvolvidas."

Brasilia i Sucursal) — ODeputado José Maria Maga-Ihães (MDB-Minas. criticouontem o Presidente Costa e Sil-va por não ter vetado o artigonono do projeto de lei sobretransplantes — sancionado an-teontem — perguntando comose fará transplantes no Brasilse a retirada de partes do ca-dáver ficará sujeita à necrop-sia, feita três horas após aconstatação da morte.

— O Governo erra em tudo,desde a sua política econômi-ca até cm relação ã saúde. Afalta de veto ao artigo nonorevela, mais uma vez, a faltade assessoria do Presidente daRepública. O projeto foi san-cionado com vetos parciais.

PAULO MELHORAO estado do estudante Pau-

lo de Oliveira Pereira, submeti-do dias atrás a uma operaçãode transplante do rim no Hos-pitai Silvestre, apresentava me-lhoras ontem, segundo o bo-letim expedido pelo seu médico,Renato Diniz Kovach.

Há sinais de rejeição do rimtransplantado e a perigo maiorc o prolongamento desse estadodurante o qual "o organismo fi-ca mais exposto a complicaçõesinfecciosas", frisou o médico,acrescentando que está cadavez mais preocupado.

BOLETIM

No único boletim expedidoontem, sóbre o estado do es-tudante operado, di» o Dr.Kovach:

"Estado geral melhor; desc-jando alimentar-se, sendo rei-niciada alimentação oral; esta-do circulatório e respiratóriotambém apresenta melhoras; or i m transplantado continuaapresentando sinais de rejei-ção; continua em diálise combons resultados."

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Feira Internacionalde Francfort

«1 — .4 DE SETEMBRO DE 1968

Informações:CÂMARA TEUTO-BRASILEIgA

DE COM. E IND. NO RIO DE JANEIROAv. Rio Branco, 123 - 7." andar — Tel. 31-1738

crescente de atos de pira-taria, que põem em perigonão só os pilotos como tam-bém os passageiros," afir-mou.

RECUSA

O boicote de Argel seráapenas a primeira medida,Informou o vice-presidentecia Federação, Ola Borsberg.Caso necessário será forma-lizado um pedido à Federa-ção Internacional de Trans-,portes para que ordene aopessoal de terra dos aero-portos que se recuse a ser-vir os aviões argelinos. ACompanhia Air Algérie per-tence ao Governo argelino.

"Tudo depende agora dossindicatos de pilotos france-ses", afirmou emAmsterdãoo chefe da seção holandesada Federação, Jan K. Post.

—- Os únicos sindicatosque poderiam deixar de nos.apoiar são os sindicatos co-munistas da França.

Os pilotos franceses anun-ciaram ontem à noite quesua posição seria definidahoje, em comurticado, masque aparentemente teriamque dar um prazo de. doisou três dias ao Governo, deacordo com a lei. A Associa-ção italiana já deu apoio aoboicote.

Aviões das empresas Tu-nis Air, Royal Air Maroc eoutras da Europa Orientalfazem também escala emArgel, mas seus pilotos nãopertencem à Federação quedeterminou o bloqueio.

Posição do Brasil éelogiada no Conselho

Nações Unidas (AFP-UPI-JB)— O Embaixador da ArábiaSaudita elogiou em discurso aposição do Brasil na sessão doConselho de Segurança sobrea crise do Oriente Médio eafirmou que somente as gran-dos potências podem deter apolitica internacional "atual-mente em jogo em nossa re-gião."

Ao término dos debates dasessão noturna de segunda-fei-ra, presididos pelo EmbaixadorJoão de Araújo Castro, o de-legado saudita disse que o Bra-sil é "admirado e respeitadonão pela sua força c sim 'devi-

do ã súa humanidade e à suacomposição multirracial."

RESPONSABILIDADE

Recordando o pronunciamen-to brasileiro, na semana pas-sada, em que Araújo Castrodisse caber às grandes potén-cias a responsabilidade dc con-trolar. a corrida armamentista

no Oriente Médio, o delegadosaudita afirmou que somenteos governos dos Estados Uni-dos, União Soviética, França,Grã-Bretanha "podem tomarmedidas para deter a políticainternacional fundamentada noequilíbrio do poder.""O senhor ocupou altas po-sições em seu país — declarouo Embaixador, dirigindo-se aAraújo Castro. — O senhorfoi Chanceler dc um grandepais, como é o Brasil. O senhorsabe do que falo quando men-ciono esferas de influência,equilíbrio do poder, atualmen-te em jogo em nossa região."

Ainda sôbre o Brasil, refe-riu-se a um sobrinho, o Depu-lado Jamil Haddad, da Gua-nabara. que não conhece pes-soalmente. Disse tê-lo exortado,através dos pais, a trabalharpela causa árabe e a ser sem-pre leal ao seu pais de nasci-mento ou adoção.

Os debates serão reiniciadosesta tarde.

Festival de Veneza escolhelista de 30 filmes e anunciaexibição política paralela

Roma (AFP-JB) — O diretor do Festival Internacionalde Cinema de Veneza, Lúlgi Chiàrinl, já escolheu os 15 fil-mes que concorrerão ao Leão de Ouro, bem como os 15 re-servados para a seção Primeira Obra, informou-se ontemem Veneza.

Serão projetados durante o Festival os documentárioscinematográficos sôbre os movimentos estudantis ocorridosna Alemanha Ocidental, Estados Unidos, França e Itália.Os diretores Jcan-Luc Godard, Alain Rcsnais, FrançoisTruffaut, Carmelo Bene e Marco Bellochio participarão,com os representantes de várias correntes estudantis, deuma mesa-redonda Sôbre O Cinema e a Politica, què seráfeita no Palácio do Festival, entre 2 e 4. de setembro. ,

Nasser se recupera eapressa volta a RAU

Moscou (UPI-JB) — O Pre-sidente Nasser apresenta con-sií.eráveis melhoras, após seutratamento no balneário deTskhaltubo, na União Scviéti-ca, e pretende regressar pròxi-mamente «o Cairo, em vôo di-reto.

O governante egipelo íoi visi-tado pelo Presidente NikolaiPodgorny e pelo secretário-

geral do PC soviético, LeonidBrejnev, que passam férias emlo;al não muito distante.

Nasser tem tomado banho nosmananciais termais e r.idiati-vos de Tskhaltubo para redu-zir a inflamação do nervo ciá-tico de um?, das pernas e me-lhorou bastante, segundo se in-forma.

OS FILMES ESCOLHIDOS

Lista dos concorrentes aoLeão de Ouro: pela AlemanhaOcidental: Os Artistas sob aPerplexidade, de AlexandreKluge; pela Espanha: Stress csTres Tres, de Carlos Saura; pe-los Estados Unidos: As Kodnsdas Cinzas, dc Goldman, Ros-tos, de Jolm Cr.ssavetcs, Mon-terrey Pop Festival, dc cincorealizadores; pela Grã-Breta-nha: Diga-me Mentiras, de Pe-tor Brook; pela França: UmMais Um, de Jean-Luc Go-dard; peia Hungria: Os Planos,de Andrta Kovacs, O Silencio eo Grito, de Miklos Jancso; pelaItália: Tcorema, de Pier PaoloPasolini, Partncr, de BernardBcrtolucci, Viva la Madona, deGian Vittorio Baldi, Diário detim Esquizofrênico, dc Nelo Ri-si; pela Tcheco-Eslováquia; OVale das Abelhas, de FratekVlacil; pela Iugoslávia: Melo-Dia, 1948.

Lista das Primeiras Obras:pela Alemanha Ocidental: OCastelo, de Edouard Kolte; pelaEspanha: Depois do Dilúvio, deJacinto Esteva; pelos EstadosUnidos: Eu e Meu Irmão, de

Robert Frank, Selvagens, áeBarry Shear; pela França: Ba-lada ilo Pergm, de Gerard Ver-get, A Infância Desnuda, deMaurice Pialat, A Espuma dosDias, de Charles Belmont, Só-orates, de Robert Lapoujade;pela Grécia: Kiciron, de De-móstenes Theos; pela Itália:Uinmil, de Giorgio Bontempi,Nossa Senhora dos Turnos, deCarmelo Bene, Galiléia, LilianaGavani; pela Tcheco-Eslová-quia: O Desertor, de Juro Ja-kubisko.

SUCESSÃOi

O diretor do Festival Inter-nacioml de Cinema de Veneza,Luigi Chiarihi, já comunicou,oficialmente, que renunciará aseu cargo após a realização dopróximo Festival, estando as-sim aberta a sua sucessão, quejá tem os seguintes candidatos:Tuglio Kesich, escritor e criticocinematográfico, Gian-LuigiRondi, c .v í 11 c o de II Tempo,Giulio Cesare Castello, criticode teatro e cinema, GiovanniBattista Cavallaro, crítico, eErnesto Laura, ex-redator darevista Bianco e Nero.

A coisa mais importantena economia do Volkswagen,

é o tempo que êlepermanece econômico.

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O VOLKSVMC-EN 00 BRtóü. SA

E tempo é dinheiro. Quanto mais

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EÈÊf Assim mu

ilx^tempo

v. roda como Volkswagen,

mais dinheiro v.deixa de gastar.Mas veja bem:existe economia a

curto prazo eeconomia a longo

jrazo.Volkswagen faz as duas.

v. gira a chaveda partida, êle já fica pão-duro: oVolkswagen pode rodar até11 km com o mesmo litro de gasolina.

E 2.500 km com os mesmos 2,5litros de óleo. Mas isso é só ocomeço.

O tempo passa, os buracostambém, e v. descobre que estáeconomizando dinheiro em consertosde molas, porque o "Fusca"

não tem nenhuma na suspensão.No lugar delas estão fortes barras

de torção.Muitos quilômetros mais tarde, v. vai

descobrir que também não temdespesas com radiador, mangueirase tubinhos, porque,- em vez deágua o Volkswagen usa refrigeração

1^1 WWWW-' : \\\\\\\\\\\\\\\___w ''

Bem, isso é natural que aconteça,e nós até recomendamos que v.o leve periodicamente lá, para asrevisões e verificações que o Livreterecomenda. E aí nós esbanjamos:existem hoje mais de 800Revendedores Autorizados para cuidardo seu Volkswagen, e fazê-lo durarainda mais.

Até que umdia v. resolvevendê-lo, eaconteceaquilo desempre:muita gentevive querendocomprar VWusado. Assimv. vende oseu numinstante, epor um bompreço. Esse dinheiro já é uma boa

Ma ar. E depois de multas pedras, lama,água e poeira por baixo dele,a economia continua: o Volkswagentem uma chapa de aço embaixo, queprotege os cabos de comando, fios etubulações. Aí v. pergunta: "E quandoo "Fusca" entra na oficina?"

B,U ^g-;:; ¦ ¦:'-'-'¦',- '<__! __B ¦''¦ IKSBBpi ^sem —m-^tBÊ_m^ M

parte do que v. precisa para comprarum "O" km e começar tudo de nôvo.

Afinal,além de ser o mais. econômico, o Volkswagen é' o automóvel que possui omaior valor de revenda.

10 — 1.° Ca<3„ Jornal do Brasil, quartà-teirp,', 14-8-68

Informe JB A BOA IMPRESSÃO

P\o ])io tia denúncia

A esta altura os serviços cie segu-rança que informam o Governo já pega-ram o Jio da meada, através dos quais'podem identificar as fontes financiado-rus de alguns movimentos estudantis.

Mais um pouco e alguns extremadosnacionalistas vão ficar em apuros.

Há algum tempo, em meio à confu-são, foi apanhada uma figura que abriuo bico c jorrou revelações importantes.Os serviços áe informações apuram tudodireitinho.

O jovem foi, aliás, devolvido imedia-tamente à circulação e está de nôvo me-tido no processo.

• Qualquer leigo c capaz de entenderque o tipo de atividade radical exige rc-gime de tempo integral de trabalho.Como sáo muitos metidos no negócio, éevidente que precisa haver um fundo definanciamento.

Os recursos para pagamento do pes-soai que vive de brigar na rua não sãopequenos. Na verdade, são um verãaãei-ro investimento na subversão.

Pode ficar tranqüila a opinião pú-blica: os serviços de informação levamdianteira e vão chegar aos terminais dahistória antes que os descmbolsadoresdêem pela coisa.

Os financiadores só querem tirar lu-cro da perturbação da vida nacional.Kaâa tém com a reivindicação de maisaulas, melhores livros ou qualquer dositens que os bons estudantes reclamam.

Se c verdade que alguns desses radi-cais são bons estudantes, também é ver-dade que a maioria não quer nada comoi, livros.

Inlolcrância ,

Há episódios diários, marcados deintolerância. totalitária, os quais nãochegam ao conhecimento do homem darua.

Nem todos sabem, por exemplo, queem muitos estabelecimentos de ensinorepete-se com freqüência a manifesta-ção de teor totalitário, com que mino-rias contrariam a vontade da maioria.

Na Faculdade de Direito, há poucosdias, estudantes que foram fazer provasencontraram as salas completamentedesarrumadas.

Carteiras arrebentadas, de cabeçapara baixo, e outros sinais de violênciadenunciavam a ação devastadora do ra-clicalismo estudantil de esquerda, paraimpedir que os alunos interessados emaprender fizessem as provas.

Pior do que isto é a instituição depiquetes, instrumentos eta violência e in-tolerância voltados contra colegas.

Pois os piquetes que funcionavamnos tempos de João Goulart são aciona-dos de nôvo contra a maioria.

Episódios cle agressão registram-secom uma freqüência indesejável, emmoldes francamente nazistas.

Isto existe, em maior extensão doque transparece. E excede os limites depaciência da maioria estudantil, dos paise da opinião pública.

Tudo indica que em breve começaráa reação da maioria, como legitima dc-fesa contra a intolerância.

Prevenção ostensiva

Surpresa agradável a Policia Mili-tar do Rio reservou ontem aos cariocas:sem violência, mas apenas pela presen-ça mais organizada e atuante, evitouque uma ou duas centenas de estudantestranstornassem a vida dos que traba-lham.

Consagra-se na prática aquilo quec uma reivindicação de todos, ou seja,a ação ostensiva c preventiva da Policia.

Desde que se iniciaram os distúrbio.',de rua, como forma dc manifestaçãoideológica da parte de alguns estudan-tes incuràvelmente radicais, a popula-ção carioca ficou no seguinte dilema:ou curvar-se à imposição dos perturba-dores ou pagar o preço da violência po-licial indiscriminada.

Convenhamos que era uma opçãointolerável.

A paisagem ontem era outra. A Po-licia mostrou-se eficiente e até aíável.

Reservou uma faixa da rua para a pas-sagem de veiculo:! mobilizados paratransporte dos soldados, em caso denecessidade, e conduziu o escoamentode forma satisfatória.

Parece que começou a mudar a ia-ce do problema.

O funcionamento razoavelmentesatisfatório da Policia deve ser apenaso passo inicial de um adestramento quenão pode dar-se por satisfeito apenascom isto.

A opinião pública quer contar comuma proteção policial madura, em têr-mos modernos e presteza de ação, so-bretudo preventiva.

Afinal, desde muito é melhor pre-venir do que remediar.

* * #A totalidade da população, consti-

tuida de gente que trabalha e quer tran-quilidade, começa a perder a pacien-cia com as tentativas de perturbação daordem.

Na medida que a Policia se adestrare-souber manter a tranqüilidade, a opi-nião pública se voltará exclusivamentecontra os arruaceiros.

povo.Nesse dia, é bom sair da irente do

Jogo tle empurra

Surge mais um obstáculo no cami-nho que conduzirá do Rio a Niterói, istoé. no andamento do orojeto da pontesôbre a baía da Guanabara.

A empresa contratada para íazer oestudo do fundo da baia da Guanabaranão pôde começar seus trabalhos preli-minares, até hoje.

*Motivo? É que o contrato obriga queo equipamento a ser utilizado esteja no

seguro.O equipamento em questão é cons-

tituído de plataformas especiais. Comoera lógico e natural, a empresa encar-regada de fazer o estudo recorreu a umacompanhia de seguros.

* * *Como se sabe, todas as empresas

seguradoras são obrigadas a descarregaros seguros no IRB, que tem o monopólioestatal do resseguro.

Baseada na experiência, a compa-nhia seguradora qualificou o equipamen-to na rubrica de "riscos diversos."

A seção do IRB encarregada de Ris-cos diversos não aceitou o enquadramen-to e informou que o seguro devia ser decasco.

A taxação de casco é mais cara.Mesmo assim a empresa contratadaaceitou a definição. Mas, a seção decasco do IRB rejeitou, declarando quedevia ser de Riscos Diversos.

A história começa a 29 de abril enão tem qualquer solução à vista.

* * »O Ministro Mário Andreazza certa-

.mente não sabe de nada, e menos aindaque a brincadeira poderá redundar nonão cumprimento da promessa de con-cluir a ponte Rio—Niterói no GovernoCosta e Silva.

Grande jogadaPele está disposto a investir com

todo o impeto. em Manaus. Não nosgramados de futebol, sua especialidade,ma.s no campo econômico, onde vem seaperfeiçoando. Pele manifestou ès.se de-sejo ao Ministro do Interior, durante aestada do Santos na capital amazonense.

* *A coisa aconteceu durante um ai-

moco que reuniu a equipe de técnicosdo General Albuquerque Lima e a equi-pc do Santos. Pele, ao saber que o Mi-nistro se encontrava ali. quis conhece-lo. O Ministro quis conhecer a opiniãode Pclé sôbre a Zona Franca.

Pele declarou-se entusiasmado como que viu e garantiu que vai voltar aManaus como investidor para aplicaruma boa parte do que tem ganho noesporte.

No Amapá

Anuncia o Ministério das Minas eEnergia a instalação de duas unidadesdiesel dc geração de eletricidade, comcapacidade de 1 500 kw cada uma, emMacapá, capital do Território do Amapá.

Além das duas unidades a sereminstaladas pela Eletrobrás, o MinistroCosta Cavalcanti vai liberar a verba de600 milhões de cruzeiros antigos paraas obras da Hidrelétrica de Paredão.

As duas medidas contribuirão pararesolver o problema da escassez de ener-gia elétrica no Amapá.

Lance-LivreO Permanência é o título de uma revistacatólica, que pretende refletir o pensamentodo grupo conservador cia Igreja no Brasil.A revista será lançada dia 16 às 17h 30mno Ministério ca Educação. Seus responsa-veis .são: Gustavo Corção, Alfredo Lagem,Gladstone Chaves e Melo, Aila GomesCláudio e M. M. Braga.

9 A Ai__o:iaçào dos Ex-Combatentes Po-loneses promove dia 18 um programa come-moraiivo do Dia do Soldado Polonês, ccmmissa às 9h 30m na igreja dos poloneses, áRua Marquês de Abrantes, 215, e à.s llh 30mdeporá uma palma ds flores no Monumentoaos Moi ios da Segunda Guerra Mundial.

Depois de trê.s anos no Cairo está devolta ao Brasil o Embaixador Hélio Cabal,já assinalado um dia désse.s no Iate Clubeijuntamente com o Ministro Artur Portela,num debate em tomo de episódios da guerra'dos seis dias entre árabes e judeus.« Cédula S. A. (Crédito, Financiamento eInvestimento) vai construir sua sede pró-pria na Rraa Gonçalves Dias, onde comproudois prédios. Os números 63 e 65 atuais se-rão substituídos por um prédio de 9 anda-rei, cuja inauguração está prevista para1969.

9 O Ministro do Interior. General Afonsode Albuquerque Lima, vai fazer uma confe-rénjla sôbre o desenvolvimento regional naAcademia Brasileira de Medicina Militar,dia vinte à.s 20h 3Jm, na Escola da Saúde cioExército, na Rua Moncorvo Pilho, 20.

E O Poder Secreto, editado pela NovaFronteira, David Wise e Thomas Ross (os

autores de Governo Invisível) dá a dica deuma porção de coisas no campo da espio-nagttn moderna. Cs amadores do assuntotêm agora um manual de iniciação ao ai-canse.

Revela o livro que daquele grupo chinêsque se encontrava no Brasil, em missão co-mercial, dois são realmente espiões matri-culado. nos arquivos internacionais, WangWel-chen c Chu Cing-tüng. Outro lança-mento na coleção de guerra é Midway, a Vi-tória Impossi vel, úe Walter Lord.

9 De 19 a 30 de agosto, Dulce Magnoexpõe ha Galeria Goeldi. Tendo se iniciadocomo figurativa, a artista hoje trabalhano abstrato. Às 21 horas de 19 inaugura-se aexposição.

A partir de setembro, a revista Diners,cuja distribuição se limitava aos associadosdo Diners Clube do Brasil, será vendida nasbancas. O número de agosto traz colabora-ção variada de Glauber Rocha, Mário daSilva Brito, Flávio Macedo Soares e PauioFrancis, que continuará dirigindo o órgão.

Três livros brasileiros figuram na- seçãode informações sôbre leitura, na revista edi-tada peia Universidade de Oklahoma, comoprova de que o Brasil . sua literatura come-çam a ser objeto dc interesse além de nos-sas fronteiras.

Os três livros — lançamentos da Civili-zação Brasileira — que merecem referênciacie leitores norte-americanos são: As TrêsQuedas do Pássaro, tíe Maria Gcralda doAmaral Melo, Vm Cavalheiro da SegundaDecadência, cle Hermilo Borba Filho, . RicoSubterrâneo, de O. G. Rego de Carvalho.

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Arquiteto americano chegaao Rio lamentando não terencontrado Oscar Niemeyer

O arquiteto norte-americano Albert Mayer, que pro-nunciará conferências no Museu cle Arte Moderna e naUniversidade de São Paulo, chegou ontem ao Rio, depoisde uma visita a Brasilia, lamentando não ter sido até ago-ra apresentado a Oscar Niemeyer, com quem quer conver-sar longamente.

Embora já conhecesse, através de fotografias e filmes,a arquitetura da capital brasileira, o arquiteto norte-ame-ricano mostrou-se vivamente impressionado com a rapidezdas construções. Acha, porém, que Brasília já enfrentaum problema dc tráfego, que poderia ser solucionado fácil-mente com um trabalho mais amplo de pesquisa.AEROPORTO IMPRESSIONA

A primeira coisa a impressio-nar o professor Alberto Mayer,ao desembarcar, íoi o aeropor-to Santos Dumont, que achouImponente e cle um aspecto no-bre "em virtude das grandescolunas que o sustentam." Pi-cou por algum tempo obser-vando e admirando as pintu-ras que decoram o salão de es-pera, mas lamentou a ausênciade pessoas para darem aos vi-sitantes explicações detalhadassôbre os murais.

Aos 70 anos de idade, o ar-quiteto norte-americano c co-nhecido mundialmente por terprojetado grandes e famososedifícios, como o Chandigarh,na Índia, o Manhattan House,de Nova Ioi-que, e o novo portode Ashobod em Israel.

Depois de dizer que visitan-do o Rio satisfazia um velhosonho, o professor Albert Mayerafirmou que a visão de Brasi-lia constituiu para êle umagrande surpresa. Embora já aconhecesse através de filmes,livros e de postais, jamais pen-sou encontrá-la em tão avan-çado estágio.

— Percorri todas as suasruas, conheci as casas popula-res, ouvi detalhes sôbre as téc-nicas de construção que seusarquitetos estão empregando esó pude me maravilhar. Alémda rapidez incrível com que setrabalha em Brasilia, fiqueibastante surpreso em ver a fa-cilidade com que as casas pré-fabricadas estão sendo aceitas.Estive com elementos do Cor-do da Paz que estão fazendo,êies mesmos as suas resldên-cias. Há casas que levam me-nos de 30 dias para ficaremprontas, inclusive com água en-canada e luz elétrica. Tudo issosuperou a minha expectativa.

O contraste entre os grandesedificios e as habitações doscandangos não passou desaper-cebido ao arquiteto norte-ame-ricano, que percorreu as casaspopulares, conversando comseus moradores, "que pareciambastante felizes."

Lamentando que ainda nãotivesse sido apresentado a Os-enr Niemeyer, afirmou que oconhece cle nome, já tendooportunidade de recomendaralguns estudos do arquitetobrasileiro a muitos de seus alu-nos. Atualmente o arquitetoAlbert Mayer é professor cleplanejamento urbanístico daUniversidade cle Columbia, ten-do completado diversos progra-mas de renovação urbana emWashington e na Califórnia.Trabalhou como consultor doplanejamento urbano para oGoverno da índia, através dasNações Unidas e da UNESCO,Escritor e conferencista, TheUrgcnl Future é o seu livromais recente. Seu maior traba-lho, entretanto, tem sido naÍndia, onde viveu por um pe-riodo de 12 anos, primeiro im-plantando projetos-pilotos, ee mais tarde como consultor.

As 21 horas de hoje fará umaconferência no Museu de ArteModerna sôbre a arquiteturamoderna, quando exibirá slidese filmes de seus principais pro-jc-tos. Pela manhã deverá ir ãFaculdade de Arquitetura daUniversidade Federal do Rio deJaneiro, onde também falaráaos estudantes do quarto equinto anos. Amanhã à tardeviajará para Sfio Paulo, a íimde realizar algumas palestrasna Universidade de São Pauloe tentar um encontro com o ar-quiteto Oscar Niemeyer.

Festival da Canção decidehoje se inclui reservas narelação dos semifinalistas

O III Festival Internacional da Canção Populardecidirá hoje se aumenta de 27 para 34 o númerode músicas classificadas para a fase nacional, como aproveitamento das composições na reserva.

O compositor Carlos Imperial, que foi desclas-sifiçado, já disse que considera absurdo o aumentodo número de composições para a fase nacional,"pois isto só será feito porque na reserva estão Vi-nícius, Baden, Dori Caími, Nelson Mota e BillyBlanco."FORTE POSSIBILIDADE

Segundo o diretor-geral doFestival, Sr. Augusto Marzã-gáo, é bem provável que seaumente o número cle músicasclassificadas pelo Rio para afase nacional "tendo em vis-ta a qualidade das músicas da,reserva."

— Nós não estamos pensan-do no nome dos compositoresna reserva, O que nos inte-ressa é a qualidade das mú-sicas e o prestigio do Festival."MARMELADA"

Parn o compositor CarlosImperial, cuja música Rosinhaíoi desclassificada, a colocaçãoda música de Vinícius dc Mo-rais e Baden Powell na listade reservas "já provou a máintenção dos organizadores doFestival."

Sôbre a desclassificação ciosua música, Carlos Imperialrevelou que não e.stá zangado,"já sabia que ela não serve

para festival, porque não é deprotesto e nem da esquerdafestiva."

FESTIVAL COLEGIAL

A pedido cle colégios intc-ressados. que não tiveram tem-po de fazer seleção prévia, acomissão organizadora do IFestival Colegial cle MúsicaPopular Brasileira prorrogouaté segunda-feira as inseri-ções, que deveriam terminarna última sexta-feira.

No sábado, dia marcado pa-ra o inicio da seleção prelimi-nar, vários compositores quenão sabiam da prorrogação fo-ram, a maioria dc violão empunho - a seleção será feitaao vivo — á ACM, em cujoauditório se apresentariam. Ojulgamento começará dia 21 eirá até o dia 28, sendo selecio-nadas, inicialmente, 45 músi-cas. A apresentação final serádividida em dois espetáculos,ainda no auditório da ACM,nos dias 12 e 14 de setembro.

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Finalidade: Desenvolver e atualizar os conhecimentos dos administra-dores, contadores, economistas etc, no que .tange à aplicação das técnicasde análise financeira na empresa moderna. Professor PAtitO JACOBSEM.

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Israel mudaembaixadorno Brasil

O Governo brasileiro conce-deu agrément ao nôvo Embai-xador de Israel no Brasil, Sr.Itzhak Harhavi, em substitui,çáo ao Sr. Shmuel Divon, quechefiava a missão diplomáticaisraelense no Rio desde dezem-bro de 1960.

O Embaixador Harhavi jâexerceu idênticas funções emMontevidéu, Assunção e Mexi-co, sendo um profundo conhe-cedor da América Latina e d«seus problemas.ATIVIDADES

Nascido na Polônia, em 1915,o Sr. Itzhak. Harhavi emigroupara a Argentina, juntamentecom seus familiares, em 1926,ali permanecendo até 1954, anocm que emigrou para Israel.Formou-se em Direito, Sócio-logia, Pedagogia e Matemáticana Universidade de Santa Fé,tendo sido um elemento ati-vo da comunidade judaica daArgentina.

Logo após sua chegada aIsrael, o Embaixador Harhaviíoi eleito Secretário-Geral daUnião Mundial do Mapai, an-tigo Partido Trabalhista de Is-rael, cargo que ocupou até 1960,quando passou ãs atividadesdiplomáticas, como Embaixadorno Uruguai e Paraguai. Em se-guida, serviu no México e, em1963, voltou a Israel paraocupar a Diretoria de Educaçãoda Agência Judaica, funçãoque ocupava até agora.

O novo Embaixador cle Israel,que aincia não marcou datapara viajar ao Brasil, é casadocom a Sra. Sara Riveles, nas-cida na Argentina, e tem umcasal de filhos, estudantes emIsrael.

Lions fazcampanha deteste visual

O Lions Clube do Centro _o Lions Clube da Lagoa pro-moverão uma campanha d»teste visual, durante a reali-zação do II Saláo de óptica eCine-Foto, no Museu de ArteModerna, entre os dias 16 e 25dêste més.

Haverá um levantamentoestatístico para os cases dedeficiência visual em diversasidades e profissões, para am-boa os sexos. Os testes serãogratuitos, e o Lions montaráum stand coln quatro moder-nos aparelhos.

Remington vênova técnicade arquivo

Os Srs. Ernest Olsen, vice-presidente da Remington Randdo Brasil e José Luiz PereiraJr., da Plamel, falaram dia 8.no Ministério da Indústria eComércio, sôbre a moderna téc-nica cle arquivo, microíilmagemduplicação c cópi-is, por ocasiãodo I Simpósio Nr-.cional de Re-gistro do Comércio.

Participaram do encontro re-presentantes dos órgãos gover-namentais do pais e de todas aaJuntas Comerciais dos Estados.O objetivo do certame foi coor-donar a ação das Juntas como Departamento Nacional d»Registro Comercial.

Bancáriosestudam seuaumento

Uma proposta de 50T» de au-mento a partir de 1.° de setem-bro e mais 15rí em fevereiro d»1909 será estudada pelo Sindi-cato dos Bancários da Guana-bara, que realizará cinco assem-bléias preliminares com repre-sentantes dos bancos.

Esta foi a única propostaapresentada até o momento _poderá sofrer alterações duran-te as reuniões preparativas pa-rn a assembléia-geral. no pró-ximo dia 22, no salão nobre daAssociação dos Empregados doComércio. A informação é doSindicato dos Bancários.

CAMPANHA

Os dirigentes do " Sindicatodos Bansários explicaram quequalquer proposta de aumentoque fôr enviada ao sindicatopatronal terá sua aprovação nadependência da participação daclasse na assembléia do dia 22.

A primeira proposta a ser cs-tudada pelos bancários foi ba-seada no aumento do custo d»vida verificado entre setembrode 1967 e julho deste ano, cal-culado em 15%.

INGLÊS - FRANCÊSAudio Fônico VisualDURAÇÃO 2 MESES

CIRCUITO FECHADO TV

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Joriinl do Brasil, riuiirlu-feira, H-8-68, 1.° Cad, —j H

Tiroteio determina MOKTE ESTÈ,'E pmT0a suspensão dos vôosde ajuda para Biafra

Lagos (AFP-JB) — A Cruz Vermelha Interna-cional decidiu ontem suspender seus vôos de ajudaàs vítimas civis de Biafra, devido ao intenso fogoantiaéreo do Exército federal da Nigéria contraquaisquer aviões que se dirijam à província sepa-ratista.

Doravante, os alimentos e remédios da Cruz Ver-melha só serão enviados para os refugiados biafren-ses em território federal, utilizando-se para isto dasvias marítima e terrestre. Cogita-se abrir uma bre-cha no porto nigeriano de Calabar.

Radiofoto UPI

INTRANSIGÊNCIA

T>. fome autorizada se soubeque o Governo nigeriano con-tinua mantendo sua posição in-tiansigente de não querer dis-tinguir entre os diferentesaviões que se dirigem a Biafra,alegando que por trás dos apa-relhos da Cruz Vermelha vêmoutros com armas para os rebel-des.

Segunda-feira, uma autorida-dc do Governo de Lagos disseque até mesmo os aviões daCruz Vermelha estariam levan-do ajuda militar a Biafra, masem Washington um porta-vozdo Departamento de Estadodesmentiu imediatamente a de-núncia.

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"Premier" grego sai ileso de

atentado e criminoso é preso

Papadopoulos passou em se%i carro segundos após aexplosão

Atenas (AFP-UPI-JB) — George Pa-padoulos, Primeiro-Ministro da Grécia, es-"capou

ileso de um atentado quando sedirigia para sua residência do veraneio,perto de Atenas, e uma bomba explodiu a15 metros de seu automóvel. Um porta-voz anunciou a prisão do militar refor-mado George Panaghoulias, acusado deautor da tentativa de assassinato.

O Governo grego diçse que o Primei-ro-Ministro Papadoulos se manteve cal-mo e responsabilizou "organizações fas-cistas no exterior" pela preparação do.atentado. O tenente George Panaghouliasfoi classificado como "fascista, desertordo Exército e perito em demolições sub-aquáticas" e o Governo ameaça tomarmedidas em represália.

O ATENTADO

Panaghoulias montou a bomba noacostamento da estrada Lagonisi c ligouum fio de 50 metros que lhe permitia as-sistir à passagem dos autos e detonar opetardo. Às 7h40m (2h40m em Brasilia),

logo após o carro do serviço dc seguran-ça ter passado pelo local, que dista 15kms de Atenas, o ex-tenente detonou abomba, que explodiu a uns 15 metros doautomóvel do Primeiro Ministro.

De calção, o ex-tenente George Pa-naghoullas saiu de seu pôsto, o pulandode rocha em rocha tentou alcançar umbarco a motor que estava ancorado noMar Egeu. Pontes oficiais revelam queum grupo de banhistas impediu a fuga dePanaghoulias.

REPRESÁLIAS

B.vi'0 n Stamatopoulos, porta-voz doGoverno grego, declarou que o autor doatentado falhado é fascista e acusou gru-pos exilados que — no mesmo dia — "di-fundiram comunicado em Paris no qualafirmavam que uma órie de operaçõesterroristas tinha ocorrido em Atenas,acrescentando que o povo c < governo "ti-rariam conclusões destes fatos."

Stomatopoulos comentou a informa-ção dada pelos exilados g.egos na França,

ressaltando que estes tinham anunciadoque "bombas e minas explodiriam nas sc-des policiais e nos edifícios públicos e quea fumaça e as chamas escureceriam asruas, criando um clima de guerra." Ou-trás informações dizem .ue algumas bom-bas de fabricação caseira explodiram nasproximidades dc um Lstádio em Atenas,sem causar vítimas ou danos.

FICHA

O ex-tenente George Panaghouliastem 30 anos de idade e fugiu no ano pas-sado para Israel, onde íoi detido pelasautoridades c entregue ao capitão do na-vio grego Ana Maria. Ao chegar perto dePireu, lançou-se ao .nar e evadiu-se no-vãmente.

O porta-voz do regime orego diz queo ex-militar é "um fascista que atua sobas ordens dc organizações que já perde-ram a esperança de poder lançar o povo

, contra a Revolução de 21 de abril."

De Gaulle defendea solução política

Paris. Adis Abeba (AFP-UPI-JB) — O Presidente daFrança, General Charles DeGaulle, declarou ontem em Pa-ris que a guerra entre Nigériac Biafra só poderá ser resol-vida politicamente e insistiuem que qualquer solução dessetipo leve em conta a "perso-nalidade do povo biafrense."

A caminho de Lagos, parapedir instruções a seu Govêr-no, o chefe da delegação ni-geriana nas negociações depaz de Adis Abeba, AnthonyEnahoro, afirmou em Nairóbique as esperanças de um acôr-do com a região separatista deBiafra dependem do Imperadoretiópe, Haile Selassié.

PERSPECTIVASFalando ante o Coiiselho de

Ministros, o Presidente DeGaulle afirmou que a perso-nalidade popular de Biafra,posta em evidência pela inten-sa luta que seu povo trava cmcondições adversas contra oredime federal da Nigéria, nãopermite esperar que uma vi-tória militar do Govêmo deLapa. resolva o problema.

Em entrevista a imprensa deNairóbi, o chefe da delegação

da Nigéria disse que "o Impe-rador Selassié empreendeu umingente esforço. Sua experiên-cia poderia decidir a sorte dareunião. As negociações podemproporcionar uma solução, masnão sei se realmente ocorreráisto."

Enahoro frisou que "a pos-sição dos rebeldes não era no-va" e que a dos representantesde seu pais "foi mais contem-porizadora", e manifestou a se-guir sua convicção de que asNações Unidas não reconhece-rão o regime separatista deBiafra.

Em Adis Abeba, entretan-to, o.s observadores politicosopinaram que parecia poucoprovável o reinicio das nego-ciações, pelo menos de imedia-to, em vista da "intransigén-cia" da posição nigeriana, ex-pressa por Enahoro na sessãode anteontem da conferênciade paz.

Nessa ocasião, o líder da re-representação da Nigéria disseque "os ibos (majoritários naprovíncia separatista de Bia-fra) eram outros judeus quecomo os israelenses, queriamconstruir um pais em detri-mento de outro."

Ulbrieht apoia emPraga liberalizaçãosocialista tcheca

Praga e Berlim (AFP-UPI-JB) — O primeiro-secretário do Partido Comunista da República De-mocrática Alemã, Walter Ulbrieht, apoiou a libera-lização tcheco-eslovaca, classificando as reformas in-tre luzidas pela liderança de Alexander Dubcek de"historicamente importantes." A afirmação foi fei-ta em entrevista coletiva concedida ainda" em Praga,ontem divulgada pela Agência Ceteka, e perante opróprio Dubcek e o Primeiro-Ministro tcheeo, 01-drich Cernik.

Ulbrieht declarou que a Tcheco-Eslováquia "en-cetou uma caminhada significativa na construçãodo socialismo e obteve êxitos em seu desenvolvimen-to econômico." Os dirigentes tchecos e da RDA di-vulgaram ontem comunicado sobre a reunião deKarlovy Vary, afirmando que as conversações servi-ram para desenvolver as relações entre os" PCs e ospovos dos dois países. Ulbrieht retornou ontem mes-mo a Berlim.APARANDO ARESTAS

Ulbrieht c Dubcek promete-ram, no comunicado, trabalharintensamente para aliviar asdivergências existentes no bio-co socialista e para inter-.sifi-car o Intercâmbio comercialentre seus dois países. As de-legaçõès, segundo a nota; "reu-niram-se em Karlovy Varydentro de um espirito de cama-radagem e sinceridade.""Ambas as partes — acres-contaram os signatários — con-cordaram em adotar medidaspara aprofundar as relaçõeseconômicas mútuas e a coor-denação de planos a longo pra-zo, ampliar a especialização da

produção o a colaboração cien-tifica e técnica."

FORTALECER ECONOMIA

Para os observadores oci-dentais, o principal objetivode Dubcek, na reunião, foi ode fortalecer os vínculos eco-nómicos dc seu país com aRepública Democrática Ale-mã, "tal como fêz com os iu-goslavos. durante a visita doPresidente Josip Broz Tito, noúltimo fim de semana."

Afirmaram que "um crescen-te intercâmbio com os paisesdo bloco comunista é vital, pa-ra conseguir o ressurgimentoda paralisada economia tche-co-eslovaca."

Muro de Berlim fêzanos sem visitas poispasses estão cortados

Berlim (AFP-JB) — O muro de Berlim, erguidopelas autoridades da Alemanha Oriental no dia 13de agosto de 1961 para deter o êxodo para a parteocidental da cidade, completou ontem sete anos devida. Mas a RDA, desde o Natal de 1966, nega-se aconceder salvo-condutos para o outro lado.

Como a verdade de Pascal, esta construção temdois nomes: no setor ocidental da ex-capitai do IIIReich é chamada "o muro da vergonha", enquantoque na parte oriental foi batizada como "defesaatrás da qual se constrói o socialismo."DIVISÃO

Desde a construção do mu-ro que divide Berlim ao lon-go de 51 quilômetros, 79 pes-soas íoram baleadas pela Poli-cia Popular da República De-mocrática Alemã ao tentaremfugir para o lado ocidental.

Cortando a cidade em duaspartes, o muro separou tam-bém os transportes coletivos, aeconomia e a organização so-ciai. Êste "escudo que nos pre-'..'•vn da contra-revolução", co-

rli/t-ni em Berlim Oriental,. ¦. •¦__•.¦ wos de altura e cm al-

g.iiU trechos, possui 2211 mi-raàtes, 106 easamatas. 179 por-las vigiadas por cães policiaise. em várias partes, aramadoseletrificados.

Todos os anos. no dia 13 deagosto, as autoridades de Ber-üm realizam cerimônias dlau-te das cruzes de madeiraplantadas nos locais onde fugi-tivos foram abatidos pelos Vo-pos Polícia da AlemanhaOriental,

DO LADO DE LA

No setor comunista da cida-de não se verifica nenhuma ce-rimônia. a não ser a glorifica-ção, através da imprensa e dorádio, da iniciativa da constru-çáo do muro. que contribuiupara a soberania dr RepúblicaDemocrática Alemã, ao lhe daruma fronteira hermética.

A UNIÃO DE BANCOS BRASILEIROS SASociedade do capital aborto com 26.634 acionistas

Matriz: Rua do Ouvidor, 91 - Rio de Janeiro - GBC.G.C: 33.700,394

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOEduardo da Silva Ramos - PresidenteWalther Moreira SallesPedro "IhPernaJúlio de Souza AvcllarArthur Bernárdes FilhoEgydio MichaelsenJosé Xavier do SallesPaulo Fontainha Geyer

CONSELHO CONSULTIVOOctavio Gouvêa de BulhEScs - PresidenteAlberto Soares de Sampaio-Camillo Martins CostaGlycon de PaivaNehemias GueirosRuy Gomes ds Almeida

CONSELHO CONSULTIVO REGIONALAlcides GonzagaArchimimo Magnus de SouzaMário Antunes da CunhaWalter Koch

CONSELHO FISCALErnânl PillaLuiz Lopes Coelho

.Renato Costa LimaSuplentes:

Alceu Martins ParreiraArthur de Mendonça ChavesJoão Fernandes Carvalho

«•

EXTRATO DO BALANCETE GERAL EM 5 DE AGOSTO DE 1968

ATIVO

DISPONÍVEL.-REALIZÁVELEmpréstimosOutros Créditos:

Banco Central — RecolhimentosAdiantamentos Sobra Cambiais e Contratos

de CâmbioAcionistas — Capital a RealizarCorrespondentes no País Matriz, Departamentos e Correspondentes no

Exterior —em Moodas Estrangeiras....Departamentos no País Outras Contas -.

Valores e Bens:Titulos à Ordem do Banco Central Outros ValoresBens

IMOBILIZADOImóveis de Uso, Reavaliação e em ConstruçãoMóveis e Utensílios Almoxarifado Instalação da Sociedade

RESULTADO PENDENTE (inclusive despesas deCONTAS DE COMPENSAÇÃO ......

NCr? NCr$42.046.847,07

263.971.037,42

70.279.432,03

1.498.212,224,831.380,00í.594.659,64

4.119.458,84'904.028.453,04

30.081.649,18

23.258.218,0916.090.304,69

39.411.487,1410.890.025,743.343.722,74

629.106.67

instalações).

.016.433.244,95

39,348.522,781.186.735,35

54.274.342,29

13.982.535,52

315.601.797,40

1.746.845.062,78

PASSIVO

NAO EXIGIVELNCr$ NCr$

Capital Aumento de CapitalReservas e Fundos

EXIGÍVELDepósitos:

A Vista e a Curto PrazoA Médio Prazo

49.750.000,00

.14.511.132,45 64.261.132,45

386.049.139,1817.485.869.58 403.535.008,76

Outras Exigibilidades:

Ordens de PagamentoCorrespondentes no País Matriz, Departamentos o Correspondentes no.

Exterior—om Moedas EstrangeirasDepartamentos no PaísOutras Contas

Obrigações (Especiais)Redescontos o Empréstimos no Banco Central.Obrigações por Refinanciamentos e'Repasses

Oficiais Outras Contas

RESULTADO PENDENTE

CONTAS DE COMPENSAÇÃO

36.437.569,983.599.700,16

600.200,30855.782.549,12

12.177.399,87 908.597.419,43

26.103.319,58

4.979.392,7112.400.294,47 43.483.006,76

11.366.697,98

315.601.797,40

1.746.845.062,78

Francisco da Rocha Duarte- Contador Geral - C.R.C. GB n.° 27226DIRETORIA EXECUTIVA

WALTHER MOREIRA SALLES — Presidente do Banco. PEDRO Dl PERNA e JÚLIO DE SOUZA AVELLAR-—Vice-Presidentes.AFFONSO ARMANDO DE LIMA VITULE, ALCYR MENDONÇA BRASIL ATHENIENSE, CALEB LEAL MARQUES. CHARLES PULLEN HARGREAV6<?DARIO CAMPESTRIN, GENINO DELNERO, HÉLIO JOSÉ PIRES OLIVEIRA DIAS, KURT*WE?SSHEI.^

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Rua do Carmo, 8- 6.» - Rio de Janeiro..Rua Direita, 250-11." - São PauloC.G.C: 33.058.660

CONSELHO CONSULTIVO

lAflcc-lfl

Henrique De Botton — PresidenteJosé de Almeida Barbosa Mello—Vice-PresidenteAlberto Alves FilhoDáclo de Moraes JúniorHomero Souza e Silva

Ítalo Júlio Romano BarberoJoel de Paiva CírtesManoel Ferreira GuimarãesPamphllo Pedreira Freire de CarvalhaRaul Pinto do CarvalhoSérgio Pinho Meliao

CONSELHO FISCALGenlval Soares LondresHoráclo Pinto CoelhoNévio de Barros Fagundes

Suplentes:José JoSo Affonso'Angrisan!Carlos Horáclo PradezWaldemar Gomes Macedo

Fl_!»0» A

. JACREF1

EXTRATO DO BALANCETE GERAL EM 5 DE AGOSTO DE 1968

ATIVO

NCr$ NCr?DISPONÍVEL 2.737.471,34REALIZÁVELLoiras a recober do conta Própria—No País .... 35.500,00Agências no Pais 151,553.5oDevedores por Responsabilidades Cambiais

Financ. de Cap. de Giro 41.484.411,35Refin. Vendas a Prestação ... 8.465.323,92Créd. ao Cons.iou Usuár.Final. 39.221.608,16 47.686.932,08

Devedores por Refin. - FINAME 1.694.564,37Devedores por Financ. ao Cons. (Cap. Próprio) .. 3.197.136,91Outros Créditos 1.625.807,56Investimentos 202.619,96

Títulos e Valores Mobiliários 4.344.404,55 100.422.930,28

IMOBILIZADO

Edifício de Uso da Firma 117.172,00Móveis, Utens., Veículos o Instalações 647.219,00Correção Monetária 180.555,79 944.946,79

CONTAS DE RESULTADO PENDENTE 433.544,68

CONTAS DE COMPENSAÇÃO ,.... 150.818.288,64255.357.181,73

PASSIVO

NCr$ NCr$NÃO EXIGÍVEL

Capital 4.000.000,00Outras Reservas e Fundos 3.021.236,08 7.021.236,08

EXIGÍVEL. I y-

Outros Créditos 5.259.352,75Imposto sobre Operações Financeiras 208.481,66AceitesCambiaise Correção Monetária 89.171.343,43Obrigações por Refinanciamento - FINAME 1.694.564,37Dividendos a Pagar 210.000,00 96.543.742,21

!

CONTAS DE RESULTADO PENDENTE 973.914,80

CONTAS DE COMPENSAÇÃO 150.818.288,64

255.357.181,73

Walther Moreira Salles • Diretor-PresidentePedro di Perna - Diretor Vice-PresidenteJosé Braz Ventura - Diretor-Superintenden teHélio José Pires Oliveira Dias • Diretor

Milton Pizzinl -Técnico em Contabilidade - C.R.C, GB 11." 14.284

Bellini Cunha, Bernardino Madureira de Pinho Netto,Filinto Alcino Campello Cavalcanti, Gregãrlo Rosen,Silio Pedreira Filho-Diretores Executivos.

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12 — 1,° Cad.. Jornal cio Brasil, quai-.n-r.ira, M-8-68

Turismo informa que parquede diversões no Russell vaidemorar 10 dias para sair

A Secretaria de Turismo informou, ontem, queo desmonte do parque de diversões instalado noRusell ainda demora 10 dias, porque está sendo di-íicultado pelo grande peso das peças dos aparelhos.O fornecimento de energia elétrica ao parque já foicortado.

A instalação de um parque de diversões perma-nente na cidade está nos planos do Secretário deTurismo, Sr. Levi Neves, que deseja atender às pes-soas de poucos recursís, que não tem acesso a outrasdiversões. A dificuldade maior é encontrar um bomlocal, porque o Departamento de Parques não con-corda com a instalação junto aos jardins públicos.PERIGO

.Também o problema do mo-vimento do trânsito dificulta ainstalação do parque de di-versões permanente, porque osveiculos são perigo constantepara as criaúças. Essa razãoprejudica a instalação das di-versões no Parque do Fia-mengo.

O diretor do Dèpártaihentode Parques, Sr. Gildo Bórgies,disse ontem que não pode con-cordar com a instalação deparques de diversões junto aosjardins públicos, por causa dosestragos a que ficariam sujei-tos os gramados. Citou comoexemplo a Quinta da Boa Vis-ta, "que até hoje ainda não es-

Leia Editorial "Feiras e Mafuás"

Consumo de energia na áreada Cemig é maior 22% doque no mesmo período de 67

¦ ¦ Belo Horizonte (Sucursal) — O consumo de energia elé-trica na área da Cemig, no primeiro semestre dêste ano,cresceu 227. em relação ao mesmo período do ano passa-do, o que significa um dos maiores índices já registradosem todo o pais, segundo afirmou o presidente da hidrclé-trica mineira, Sr. João Camilo Pena.j Esses dados foram apontados pelo Sr. João Camilo Penadurante a solenidade de assinatura do convênio de finan-ciamento de NCrS 50 milhões, entre a Cemig e a Eletro-Brás, para execução de um grande programa clc obras be-neficiando várias regiões do Estado, especialmente o sulde Minas.

SEM SOBRAS«s\J presidente da Cemig ex-plicou que "aproveitava a opor-túhidade da assinatura do umdos maiores e mais importan-tes contratos de financiamentojà" assinados em Minas paraesclarecer duas versões iriexa-tas sobre as Centrais Elétricasde Minas Gerais, que, ria opi-nião de muitos, e.stá com .so-bras de energia e é uma em-presa rica."

— Quanto ã falada sobra deenergia — esclareceu — temosde explicar que os sistemas hi-dreléiricos devem sempre tra-balhar com uma reserva, téc-nica, pelo simples fato de queas usinas utilizam a água co-mo matéria-prima e nunca sa-beremos se, no próximo ano,haverá uma grande seca comacentuada queda do volume deágua dos rios o« muita chuva.—Salienta que "a construçãodé uma usina ou a instalaçãodè novas unidades geradorasnas já existentes demandamvários anes. Assim, uma em-¦presa de energia elétrica deveestar em condições de supriras demandas previstas a curtoe médio prazo."

O Sr. João Camilo Pena lem-brou que os estudos de merca-do realizados pela Cemig mos-tram que toda a capacidade

.prevista para a empresa em1973 (os 520 mil KW somadosaos 130 mil KW das duas no-vas unidades em instalação eniTrês Marias e aos 684 mil KWda Usina de Jágüai-á) estará,esgotada. Será necessário ini-ciar brevemente a construçãode outra usina hidrelétrica, tvde Volta Grande, cuja conces-são já foi outorgada à Cemig.As obras serão contratadas em1974.

A Cemig é, realmente, umaempresa rica — afirmou o Sr.Jcão Camilo Pena — mas ricaem compromissos com o desa-fio do desenvolvimento, rica emcompromissos com os seus mi-Iháres de consumidores indus-triais, comerciais, residenciais erurais, rica èm compromissocom os seus 90 mil acionistas,com os organismos nacionais einternacionais, que es;ão finan-ciando as suas obras,

Acrescentou que "essa ima-gem que se faz da Cemig pro-vém do vulto dos recursos quecia necessita investir anual-mente em obras de geração,transformação, transmissão e'distribuição de energia elétri-ca. mautendo-.se sempre emcondições de assegurar aos seusconsumidores o fornecimentonormal de energia sem tantas-mas de racionamentos.

ELETROBRÁSCOMPANHIA FORÇA E LUZ DO PARANÁ

CONVITE PARA PROPOSTASAMPLIAÇÃO DA USINA HIDRO-ELÉTRICA

DE GUARICANAConcorrência N.° 51 - TurbinasA Companhia Força e tuz do Paraná - CFLP re-

ceberá até às 14:00 horas (hora local) do dia 14 deoutubro de 1968, nos escritórios do Coordenador deCompras, Avenida General Justo, 171, sobreloja, ZC-39, Rio de Janeiro, GB, Brasil - propostas lacradaspara fornecimento e enlrega de 2 turbinas de impul-são 11 800 CV (11635 HP) cada uma, conforme "Espe-cificações CAEEB GUAR-3/1".

São solicitadas propostas a fornecedores com se-de nos países membros do Banco Internacional paraReconstrução e Desenvolvimento (Banco Mundial) ouna Suíça. O referido Banco financiará a compra domaterial a que se refere a presente concorrência.

As propostas deverão ser obrigatoriamente apre-sentadas em modelos próprios e de acordo com asinstruções e especificações, reunidos na "Documenta-

ção para Propostas", disponível em português e inglêsque será fornecida aos interessados alé trinta (30) diasapós a publicação dêste "Convite,

para Propostas", me-diante pedido acompanhado da quantia não-reembol-sável de NCr$ 15,00 (quinze cruzeiros novos) por vo-lume. São três volumes que se referem às turbinas,sendo que os primeiros dois não serão entregues se-parados um do outro.

1. "Documentação para Propostas" para as tur-

binas, em português."Documentação para Propostos" para as tur-

binas, em inglês,"Relatório Básico", em português, dispensa-vel para os proponentes.

Os volumes supra poderão ser obtidos no Escri-tório Técnico Carlos Berenhauser Júnior, AvenidaFranklin Roosevelt, 126, sala 404, Rio de Janeiro, GB,onde também serão prestados aos interessados os es-clarecimentos que se fizerem necessários.

Para conhecimento dos países membros do Ban-co Internacional para Reconstrução e Desenvolvimentoe da Suíça os volumes serão fornecidos gratuitamenteàs respectivas representações diplomáticas no Brasil.

Juntamente com as propostas, os proponentesdeverão apresentar uma "Garantia de Proposta" novalor de NCrS 50 000,00 (cincoenta mil cruzeiros no-vos) ou equivalente em moeda estrangeira.

Rio de Janeiro, 14 de agosto de 1968A DIRETORIA

(P

2.

3.

Censura proíbe exibiçãode duas peças e doisfilmes de curta metragem

Brasília (Sucursal) — As-peças Dentro da Noi-te Suja, de Plínio Marcos, e A Prostituição de Temis,de Francisco César Palma de Araújo, e os curta-me-tragem Opção, de Livio Cintra, e Instantâneo 65, deVera Lúcia Carlos Pereira, têm sua exibição proibi-da em todo o país.

As peças e os filmes foram proibidos pelo chefedo Serviço de Censura da Polícia Federal, coronelAluísio Muhlethaler, porque contrariam dispositivosdo Artigo 41, do Decreto 20 493, de 1946.

tá recuperada inteiramente dosestragos sofridos quando alifuncionava o Parque Xangai."

— Acho boa a idéia do par-que de diversões permanente —declarou o Sr. Gildo Borges —mas é preciso que èle esja fei-to nos moldes das parques ame-ricanos ou europeus, com show-..teatro de fantoches, restauran-tes e cs brinquedos mecaniza-dos, que também precisam seraperfeiçoados e modernizados.Sou de opinião que não temsentido a instalação de um par-que de diversões permanentenos moldes de mafuá, porqueé fatal a sua transformação emantro de marginais, comoaconteceu no Russell.

SEM EXPLICAÇÃO

O coronel Muhlethaler nãotem especificado, nas suas últi-mas proibições, quais dispositl-vos do Artigo 41 são Infringi-dos.

Os dispositivos são oito:"ofensa ao decoro público", "cc-

nas de ferocidade", "induzir aosmaus costumes", "Incitamentocontra o regime", "induzir apdesprestigio das Forças Arma-das", "ofensa às coletividadesc religiões", "prejudicar as re-lações cordiais entre os povos"e "ferir a dignidade e o Inte-resse nacionais,"

Artistas recebem crílieaspor atraso de anteprojeto

São Paulo (Sucursal) — Oadvogado do Teatro de Are-na, Sr. Israel Fetbrot, achaque o Ministro Gama e Silvanão estudou ainda o antepro-jeto que reestrutura a Censuraporque a classe teatral, prin-cipal interessada no assunto,não consegue coordenar suasvontades isoladas em esforçocomum.

O Sr. Israel Fetbrot afirmaque o anteprojeto "é bem ela-borado porque sua idéia bási-ca é a censura pela idade: nãohá censura por assuntos mashá assuntos impróprios paracertas idades." Diz que o an-teprojeto é viável e, do ponto-dc-vista constitucional, o úni-co legal.

O TRABALHO DA LEI

-O advogado preparou longotrabalho a respeito das contra-dições das leis, portarias e de-cretos que criaram a CensuraFederal no Brasil. O Sr. IsraelFetbrot afirma que a maiorparte do.s trabalhadores conhe-cem os princípios elementaresque regem suas relações com oempregador.

— Mas os homens de teatro

"Che Guevarasairá nos p

São Paulo (Sucursal i — ocompositor Sérgio Ricardo in-formou ontem que a músicaChe Guevara não Morreu serálançada nos próximos dias pelaRCA Victor sem exame anteriorda Censura, que, neste caso. sópode agir depois da divulgação.A outra faixa do compacto te-rá a música Girassol, de suaautoria.

Para o compositor, "foi pu-ramente por medo" que umdiretor do Cana! 9 mandou cor-tar domingo o som da emis-sora, quando depois de rece-ber o prêmio pela classificaçãode Girassol no Festival Nacio-nal de Música Popular Brasilei-ra, èlo começou a cantar CheGuevara não Morreu.PRIMEIRA AUDIÇÃO

A letra de Che Guevara nãoMorreu foi considerada a me-

ignoram por completo e em ab-soluto qualquer lei que digarespeito ao exercicio de suaprofissão. Muitos deles conhe-cem toda a obra de Shakes-peare, leram Euripedes no ori-ginal, mas ignoram qu-al o pra-zo que a administração tem pa-ra decidir .?e sua peça pode ounão ser encenada.

Ao tratar da ConstituiçãoFederal e da censura, afirmaque há poucas referências sõ-bre a Constituição de 37.— A de 1946 era relativa-mente liberal, ao menos para omomento, embora acanhadapara o futuro próximo, pois fe-chava as portas para o indi..-pensável desdobramento evolu-tivo rio Pais. A de 19G7 cuidoude aparar algumas sobras maislaterais da Constituição de194G, feita sobre o.s escombrosdo Reichstag. A Constituiçãode 67, cuida em poucas ocasiõesdc assuntos relativos à liber-dade de manifestação de pen-samento e censura e estabelece,como competência primitiva,que a União cabe organiz.ir « ,manter a Policia federal, cujafinalidade, entre outras, é a"censura de diversões públi-cias."

Não Morreu"róximos diaslhor do Festival Mundial daJuventude que se realizou emSofia. A música foi cantada pu-blicamente no Brasil pela pri-meira vez. Domingo, quando ocompositor esteve no programade entrega de prêmios aos cias-sificados no último Festival daTelevisão Excelsior.

Quando começou a cantarChe Guevara n,.o Morreu, umdiretor da emissora mandoucortar o som, mas Sérgio RI-cardo cantou até o fim parao público presente ao auditorrio.

A música já foi gravada pe-la RCA Victor em São Pauloe sua divulgação está depen-dendo apenas ae detalhes ju-ridicos, tratados no momentopelos advogaoos cariocas da em-presa.

ELETROBRÁSCOMPANHIA FORÇA E LUZ DO PARANÁ

CONVITE PÁRA PROPOSTASAMPLIAÇÃO DA USINA HIDRO-ELÉTRICA

DE GUARICANAConcorrência N.° 52 - GeradorA Companhia Força e Luz do Paraná - CFLP re-

ceberá até às 14:00 horas (hora local) do dia 14 deoutubro de 1968, nos escritórios do Coordenador deCompras, Avenida General Justo, 171, sobreloja, ZC-39, Rio de Janeiro, GB, Brasil — propostas lacradaspara fornecimento e entrega de um (1) gerador elé-tricô 19 400kVA, conforme "Especificações CAEEBGUAR-3/2."

São solicitadas propostas a fornecedores com se-de nos países membros do Banco Internacional paraReconstrução e Desenvolvimento (Banco Mundial) ouna Suíça. O referido Banco financiará a compra domaterial a que se refere a presente concorrência.

As propostas deverão ser obrigatoriamente apre-.enfadas em modelos próprios e de acordo com asinstruções e especificações, reunidos na "Documenta-

ção para Propostas", disponível em português e inglêsque será fornecida aos interessados até trinta (30) diasapós a publicação dêste "Convite

para Propostas", me-diante pedido acompanhado da quantia não-reembol-sável de NCr$ 15,00 (quinze cruzeiros novos) por vo-lume. São três volumes que se referem ao geraidor,sendo que os primeiros dois não serão entregues se-parados um do outro.

1 . "Documentação para Propostas" para o ge-

rador, em português.2. "Documentação para Propostas" para o gera-

dor, em inglês,3. "Relatório Básico", em português, dispensa-

vel para os proponentes.Os volumes supra poderão ser obtidos no Escri-

tório Técnico Carlos Berenhauser Júnior, AvenidaFranklin Roosevelt, 126, sala 404, Rio de Janeiro, GB,onde também serão prestados aos interessados os es-clarecimentos que se fizerem necessários.

Para conhecimento dos países membros do Ban-co Internacional para Reconstrução e Desenvolvimentoe da Suíça os volumes serão fornecidos gratuitamenteàs respectivas representações diplomáticas no Brasil.

Juntamente com as propostas, os proponentesdeverão apresentar uma "Garantia de Proposta" novalor de NCr$ 50 000,00 (cincoenta mil cruzeiros no-vos) ou equivalente em moeda estrangeira.

Rio de Janeiro, 14 de agosto de 1968A DIRETORIA

(P

Assunção de Nossa Senhoraserá comemorada amanhãsó com missas e procissão

A Assunção de Nossa Senhora será comemoradaamanhã com missa pontificai na Igreja da Glória,seguida de procissão pelo adro e adjacências'do tem-pio e missa campal ao anoitecer.

. As barraquinhas de prendas começarão a iun-cionar às 19 horas, vendendo imagens, medalhas, do-ces, salgadinhos e refrigerantes, além de café. Asfestas se estenderão até domingo.NAO 13 FERIADO

Brasilia (Sucursal) — Osfuncionários públicos terão tra-balho normal amanhã, pois oGoverno federal resolveu on-tem tornar sem efeito sua de-terminação anterior de pontofacultativo nas repartições pú-bllcas federais da administra-ção direta e indireta. .

O telegrama-clrcular do Che-íe do Gabinete Civil, Sr. Ron-don Pacheco, expedido ontemde manhã aos Ministérios e ór-gãos da Presidência da Repú-blica, não esclarece os motivosdo cancelamento de seu comu-nicado do dia 9, que autorizarao ponto facultativo. Sabe-sa, noentanto, que a Igreja deixou deguardar o dia da Assunção deNossa Senhora como santifi-cado. •¦

NO RIO

Sem dar maiores explicações,mas apenas afirmando queadotava a mesma posição doGoverno federal, o GovernadorNegrão de Lima, tornou semefeito o ato — baixado há cin-co dias — em que consideravafacultativo o ponto amanhã,mantendo porém o feriado nasescolas públicas do Estado.

Ao aprovar o ponto faculta-tivo. o Governador Negrão deLima afirmara, no dia 9, que aprovidência tinha sido aprova-

da na área federal c era ape-nas estendida às repartiçõesestaduais. Setores' da adminis-tração mostraram-se satisfeitoscom a revogação do feriado,que sempre concorre para oi-minuir a arrecadação estadual.

CRÍTICA

A decisão do Presidente Cos-ta e Silva de revogar o pontofacultativo nas repartições pú-blicas federais amanhã é enca-rada não apenas como "dèssri-trosamento entre órgãos da ad-ministração" por áreas noliticase oposicionistas.

Consideram inexpressiva aexplicação de que o ponto fa-culativo teria sido decidido semconsulta prévia do DeputadoRondon Pacheco ao PresidenteCosta e Silva e de que a Igre-ja Católica náo comemora compompa a data evocatlva da As-sunção de Nossa Senhora.

ESTADO DO RIO

Niterói (Sucursal) — O Go-vernador Jeremias Fontes de-cretou facultativo o ponto ama-nhã nas repartições públicas doEstado do Rio, incluindo os ór-gãos autárquicos. Os bancos,porém, funcionarão normalmen-te, a exemplo do comércio e daindústria.

Bando preso pela Inventadaconiirma que assassinou2 motoristas em 8 assaltos

O.s quatro rapazes presos semana passada pela Inver-nada de Olaria voltaram a confessar ontem, ao delegado deVigilância, Sr. Godofredo César de Matos, a autoria de oitoassaltos a motoristas de táxi, em dois dos quais as vitimasíoram mortas a tiros.

Pela confissão da quadrilha, o delegado acredita queainda há, atuando contra motoristas de táxi, um louco'homicida — como afirma a Delegacia de Homicídios — euma outra quadrilha, que a Vigilância promete desbaratarnos próximos dias.

NO JUIZADO

O menor C.A.M.R., o Baca-lhaii, foi encaminhado ao Jui-zado de Menores, que tambémrecebeu e colocou sob custódiada 19.' Delegacia. Distrital c-sdois outros membros menoresdo grupo, J. T„ de 17 anos, oBoojrlc, e V. S., de 16 anos, vul-go Garrincha. Jorge rie Sousa,o Cabaré, de 25 anos.' ficoutambém na 19." DD, por c-.idecorrerá o processo.

Segundo o delegado de Vi-giláncia, a confusão estabele-cida entre cs assassinatos pra-ti.ados por Bacalhau e seugrupo e os atribuídos ao ho-micida lc-ueo provém do fatoque nos locais onde suçiu aquadrilha do morro da Sal-gueiro houve outros crimes.

Na Rua Bem Pastor, porexemplo, onde morreu JoséManuel da Sllva, foi assalta-rie- outro motorista, não se sa-bendo — porque as decaíra-ções dos menores são contu-sa; s contraditórias — qual dosdois foi realmente vitimado pe-la quadrilha de Bacalhau eCabaré.

Também no Méier, ondemorreram dois motoristas, osassaltantes presos pela Inver-nada praticaram um crime,mas não sabem exatamente emque rua, apenas informandoque foi próximo à Rua CoronelCota, ende foram mortes Go-tlieb Benjamim Gomes, no anopassado, e Evandro Silva, nodia 23 de julho último.

OS ASSALTOSSem precisar datas e locais

exatos, os menores c JorgeCabaré confessaram ao delega-do de Vigilância que comete-ram assaltos nos seguintes lo-cais: General Roca. na subi-da do morro do Salgueiro; dois

no Méier, um em cada lado dalinha da Central do Brasil;-Rua Bom Pastor, onde o moto-rista foi só assaltado; PraçaSaens Pena; Rua Carlos Vas-concelos. esquina com MouraBrito; Praça Barão de corum-bá, onde teria sido morto o mo-torista Mário Bastos Varela, oPassarinho; e Rua Potengi,perto ria quadra da Escola rieSamba Acadêmicos rio Salguei-ro.

O delegado da 19.» Delega-cia Distrital, Sr. José CiribelliAlves, vai solicitar a prisãopreventiva de Jorge de Sousa,Cabaré, o único maior da qua-drilha. enquadrando-o no có-digo Penal como autor de trêslatrocínios e dua.s tentativas tlehomicídio. Vai também enviarao Instituto de Criminalística,para perícia definitiva, trêspistolas calibre 6,35 c mais qua-tro armas, calibres 22 (duas),32 e 38.

SECRETARIO VÊ MAIS

O delegado de Vigilância, Sr.Godofi-edo césar de Matos, re-latou as mais recentes investi-gações e as novas confissões aoSecretário de Segurança riaGuanabara. General Luis deFrança Oliveira, que concluiupela existência dc mais rie umaquadrilha ou responsáveis pe-las mortes rie motoristas rie tá-xis.

Para o Secretário de Segu-rança e o delegado de Vigilán-cia, a atividade da quadrilhapresa pela Inventada não es-clarece" a morte rie pelo menosquatro motoristas, que são Go-tlieb Gomes (15-9-67), JoséManuel ria Silva (16-9-67),Evandro Silva (23-7-68) c Má-rio Bastos Varela (27-7-68),atribuindo-as a oulra quadri-lha ou ao homicida louco, comocrê a Delegacia de Homicídios.

Proprietário de carro podeter letras iniciais de seunome emplaca da Guanabara

Os proprietários de veículos emplacados na Guanabaraserão os únicos no Brasil que poderão colocar as letras ini-ciais de seus nomes nas placas dos carros, de acordo con»o nôvo tipo dc placa apresentado ontem ao Secretário deSegurança pelo Departamento de Trânsito.

A nova placa está dividida em três partes: a siglado Estado ou município em que o veiculo fôr emplacado;tim grupo de três algarismos para identificação do veiculo;e outro de dois algarismos para identificar o município.Na Guanabara, como hão existem municípios, será permi-tida a identificação pessoal do proprietário do veículo.MAIS SEGUROS

A segurança foi a primeirapreocupação dos proprietáriosde veículos ouvidos ontem sô-bre a possibilidade da Identifi-cação pessoal nas placas:— A placa nova pode serviraté para facilitar a apreensãodos caiTos roubados — lembra-ram logo.

INSFEÇAO

Após a apresentação dos mo-delos de tórias as novas placaspara identificação dc veiculos,1/iclusivc as de aprendizagem,oficina e experiência, o Secre-tário de Segurança, GeneralLuis França, acompanhado pe-lc diretor do Departamento deTrânsito, comandante Cel-so Franco, visitou as dependen-cias da Divisão de Emplaca-mento.

Na ocasião, autorizou a rea-lização de obras no predio pa-ra dar maior comodidade aopúblico. Já foi iniciada a cons-trução de um galpão para pro-•teger os carros durante o 11-cenciamento c o pátio'está to-do asfaltado, com as áreas d»acostamento demarcadas.

O Secretário de Segurançapediu urgência para os estudosde instalação dos arquivos daDivisão de Emplacamento commicrofilmes e para a monta-gem rie computador eletrônicopara levantamento de dados einformações cadastrais dos vei-culos.

O chefe da Divisão de Em-placamento, coronel Luis deAquino Leite, disse que com osmelhoramentos autorizados asnovas licenças tle veiculos po-derão ser concedidas em menosde três horas c os processos detransferência em 24 horas.

D. Raimundo Cintra explica''que religiosos debateram a '."

natalidade, e não a pílulaEm entrevista concedida ontem, o coordenador "

dos painéis da Conferência dos Religiosos do Brasil, .._.frei Raimundo Cintra, explicou que aquela entidadenão debateu propriamente os problemas da natali-dade, pela exiguidade de tempo, mas voltará breve-mente ao assunto.

Acentuou o frei Raimundo Cintra que a Confe-réncia dos Religiosos do Brasil promove periódica-mente debates sobre assuntos da atualidade, convi-dando especialistas ou estudiosos dos diversos as-suntos abordados, mas não determina previamenteas soluções.ENCÍCLICAEM QUESTÃO

No dia 9 passado — dissefrei Cintra — realizou-se naCRB uma mesa-redonda sóbreo problema ria natalidade, emtorno da Encíclica Humanae

. Vitae. Foram convidados doismédicos profissionais, um reli-gioso e uma religiosa formadosem Medicina, um filósofo -e umteólogo.

O debate não versava, co-mo foi posteriormente noticia-do, sóbre a aceitação ou não depílulas contraceptivas, mas sô-bre o problema, mais amplo,da natalidade, sob seus diversosaspectos: demográfico, ético,psicológico, teológico e pastoral— disse o coordena rior.

RITMOS NATURAIS

Ao abrir os trabalhos, freiCintra declarou que "a propósi-to dos meios para controlar elimitar a natalidade, Paulo VIconsidera lícita apenas a utili-zação dos ritmos naturais ine-rentes às funções geradoras pa-ra usar do matrimônio somentenos períodos infecundos. Con-dena, porém, todos os outrosmétodos artificiais contrários àfecundação e á procriação,mesmo que a eles se recorrapor motivos aparentemente ho-nestes e sérios."são, deliberadamente e «.pós

Paulo VI toma esta deeis-madura reflexão, levado pordois metivos principais: em pri-meiro lugar, o combate a certohedonismo materialista que fa-ria "perder o respeito à mulherc, sem se preocupar mais comseu equilíbrio físico ou psíquico,a transformasse em simplesinstrumento de gozo egoistico";em segundo lugar, a aprovaçãorie meios artificiais não basea-dos- nos ritmos naturais "che-

garia a pôr uma arma perigosanas mãos das autoridades pú-blicas despreocupadas das exi-gências morais" — disse ireiCintra.

É a reprovação dos diver-sos planos de limitação da na-talidade como erradicação dosubdesenvolvimento que vémsendo sistematicamente impôs-tos por potências capitalistasaos povos do Terceiro Mundo.Deve-se ainda acrescentar queo Papa não exclui a possibili-darie de novas descobertas quevenham a propiciar novas so-luçõcs para os problemas.

MÉDICOS APOIAM

Os outros participantes dosdebates discorreram sóbre esses

diversos aspectos e responde-ram a certas perguntas íormu-ladas por pessoas do auditório.Os dois médicos que participa-ram dos debates se pronuncia-ram de maneira nitidamentefavorável às linhas da En-cíclica.

O Dr. Pedro Jaimovich pro-nunciou-se contra o controleartificial da natalidade porparte de poderes públicos queintervenham diretamente naviria dos casais, e afirmou que"o pais que souber desenvolver,de forma acertada, seus meiosde produção saberá tambémresolver seu problema de ex-plosão demográfica."

O Dr. Sá Fortes, dhetor cli-nico da Santa Casa de Mise-ricórdia, dentro de seu campoprofissional, advertiu que asdiversas pílulas não são ab-solutamente comprovadas doponto-de-vista terapêutico, po-dendo provocar sérios distúr-bios hepáticos ou cancerígenos.Alertou também sóbre o usodesastroso que delas poderiamfazer jovens solteiras.

D. TITO AMOROSO

O padre Olinto Pegoraro dis-correu do ponto-de-vista íilosó-fico, encarecendo que, levandoem conta os progressos dá cién-cia e da antropologia moder-nas, pode-se íazer atualmentecertas colocações que não eramefetuadas na teologia clássicae medieval.

D. Tito Amoroso Anastácioexaminou o aspecto pastoral daHumanae Vitae, em participarno sentido de esclarecer a ati-tude do sacerdote na práticade confessionário. Fêz algumasconsiderações gerais sobre asdificuldades que muitos casaisterão para pautar sua condutaentre dois pecados, a saber, opecado de conceber sem as con-dições econômicas, higiênicas,educacionais e outras necessá-rias ao minimo rie dignidadehumana, e por outro lado o pe-cado de planejar a natalidadeusando meios ilícitos.

Jrmã Violeta Padln assinalou,por fim, vários aspectos muitoválidos da Encíclica, como oenfoque dado à paternidaderesponsável e aos aspectos gio-bais do casamento: a comunhãode vida e o auxilio mútuo. Semesquecer as dificuldades que,por vezes de maneira dramáti-ca, se-encontram na busca dasolução para casos concretos,tornando-se necessário recorrerentão ao parecer dos médicoscompetentes.

Médico diz que ligaçãode Irompa é condenável

Em sua conferência sô-bre problemas da natalidadena Conferência rios Religiososdo Brasil, o médico Pedro Jai-movich disse que "a mão doei-rurgião somente usará seu ins-trumental para a ligadura dastrompas ou para a curetagemuterlna depois de total invés-ligação mcdico-social."

A mão do clinico somenteprescreverá a pílula ou outroanticoncepcional depois quecomprovar todas as contra-in-dicações para a gestação —disse.

O CRIME DO ABORTO

Numerosíssimos trabalhoscientíficos tim demonstrado aquase inocuidade rios anovulá-tórios, o que muito contribui

Mulher terápensão totalão INPS

O presidente do INPS, Sr.Francisco Luís Torres de Oli-veira, resolveu ontem concederaposentadoria, com 100.;, do sa-lário a toda mulher segurariapelo Instituto que tenha, nominimo, 30 anos de serviço e60 contribuições mensais.

A resolução assinada pelopresidente do INPS é a de nú-mero 5019 e determina aindaque só se enquadrarão no nôvoregulamento as mulheres quetiverem requerido aposentado-ria a partir de 15 de março doano passado.

para o encorajamento do usoindiscriminado dos mesmos.

As instabilidades sócio-econômicas, cujas reflexas sãosentidos diretamente pelo cida-dão comum, levam-no a assu-mir atitudes que se tornam cmúltima análise em anti-sociais.

O aborto provocado, a li-gadura das trompas — concluiuc médico — o uso de outrosmeios anticoncepcionais são re-cursos anti-sociais que atestam.o imobilismo das comunidadespara efetivarem a educação in-tegrada. Se bem que para mui-tos profissionais as expressõessão idênticas, pode ser feitauma distinção: o controle, divnatalidade seria uma campa-nha governamental, e a limita-çáo da natalidade seria de i;ú-ciativa dos cônjuges.

Cedag quermostrar quedeve receber

A Cedag informou ontem quenão vai cortar o fornecimentode água nem multar os consu-midores que não tenham pagoas taxas devidas, porque pre-tende "mostrar ao carioca quea água é um bem dc consu-mo, que deve ser pago comoqualquer outro."

As dívidas dos consumidoresse elevam a cerca de NCrS 5milhões. O presidente da Cedag,Sr. Ataulfo Coutinho. disse queno fim do ano passado a per-contagem de atraso no recolhi-mento das taxas era de 11%,elevando-se para 28% nos doisprimeiros meses dêste ano echegando, agora, aos 20%.

TELEFONE PARA 22-1818 E FAÇAUMA ASSINATURA DO

JORNAL DO BRASIL

_ 12 - 1.° Cad., Jornal do Brasil, quarta-feira, 14-8-68 —. SEGUNDO CLICHÊ

Turismo informa que parquede diversões no Russell vaidemorar 10 dias para sair

A Secretaria de Turismo informou, ontem, queo desmonte do parque,1 de diversões instalado noRussell ainda demora 10 dias, porque está sendo di-íicultado pelo grande peso das peças cios aparelhos.O fornecimento de energia elétrica ao parque iá foicortado.A instalação de um parque de diversões perma-nente na cidade está nos planos do Secretário de

Turismo, Sr. Levi Neves, que deseja atender às pes-soas de poucos recursos, que não tém acesso a outrasdiversões. A dificuldade maior é encontrar um bomlocal, porque o Departamento de Parques não con-corda com a instalação junto aos jardins públicos.

Censura proíbe exibiçãode duas peças e doisfilmes de curta metragem

Brasília (Sucursal) — As peças Dentro da Noi-lc Suja, de Plinio Marcos, e A Prostituição de Teihis,de Francisco César Palma de Araújo, eos curta-me-tragem Opção, de Livio Cintra, e Instantâneo 65, deVera Lúcia Carlos Pereira, têm sua exibição proibi-da em todo o país.

As peças e os filmes foram proibidos pelo chefedo Serviço de Censura da Polícia Federal, coronelAluísio Muhlethaler, porque contrariam dispositivosdo Artigo 41, do Decreto 20 493, de 1946,SEM EXPLICAÇÃO

PERIGO

Também o problema do mo-.vimento do trânsito dificulta ainstalação do parque de di-'versões

permanente, porque osveículos são perigo constantepara as crianças. Essa razãoprejudica a instalação das di-versões no Parque do Fia-mengo.¦ O diretor do Departamentode Parques, Sr. Gildo Borges,disse ontem que não pode con-bordar com a instalação deparque* de diversões junto aosjardin. públicos, por causa dosestrados a que ficariam sujei-tos os gramados. Citou comofxemplo a Quinta da Boa Vis-ca, "que até hoje ainda não es-

tá recuperada inteiramente dosestragos sofridos quando alifuncionava o Parque Xangai."

— Acho boa a idéia do par-que de diversões permanente —declarou o Sr. Gildo Borges —mas é preciso que êle esja fei-to nsx molde.s dos parques ame-ricanos ou europeus, com showsI-eatro de fantoches, restaurai.-tes e o.s brinquedos mecaniza-des, que também precisam seraperfeiçoados e modernizados.Sou dc opinião que não temsentido a instalação de um par-que cie diversões permanentenos moldes de mafuá, porqueé fatal a sua transformação cmantro de marginais, comoaconteceu no Russell.

O . coronel Miihleinalcr nãotem especificado, nas suas últi-mas proibições, quais dispositi-vos do Artigo 41 são infringi-dos.

Os dispositivos são oito:"ofensa ao decoro público", "ce-.

Sas de ferocidade", "induzir aosmaus . costumes", "incitamentocontra o regime", "induzir aodesprestígio das Forças Arma-das", "ofensa às coletividadese religiões", "prejudicar as re-lações cordiais entre os povos"c "ferir a dignidade e o inle-résse nacionais."

Artistas recebem críticaspor atraso de anteprojeto

Leia Editorial "feiras c Mafuá:

Consumo de energia na áreada Cernig é maior 22% doque no mesmo período de 67

Belo Horizonte (Sucursal) — O consumo de energia elé-trica na área da Cemig, no primeiro semestre dêste ano,cresceu 22% em relação ao mesmo período do ano passa-do, o que significa um tios maiores índices já registradosem todo o pais, segundo afirmou o presidente da hidrr'.é-trica mineira, Sr. João Camilo Pena.

Esses dados íoram apontados pelo Sr. João Camilo Penadurante a solenidade de assinatura do convênio de finan-ciamento de NCrS 50 milhões, entre a Cemig c a Eletro-brás, para execução de um grande programa de obras be-neficiando várias regiões do Estado, especialmente o sulde Minas. .

SEM SOBRAS

t. O presidente du Cemig ex-plicou que "aproveitava a opor-junidade da assinatura de umdos maiores e mais importan-tes contratos de financiamentojá assinados em Minas paraesclarecer duas versões ihexa-tas sóbre as Centrais Elétricasde Minas Gerais, que, na opi-nião de muitos, está com so-bras de energia e é uma em-presa rica."

— Quanto à falada sobra deenergia — esclareceu — temestíe explicar que os sistemas hl-drelêtriços devem sempre tra-balhar eom uma reserva téc-nica. pelo simples faío de queas usinas utilizam a água co-mo matéria-prima e nunca sa-beremos se. no próximo ano,haverá uma grande .seca comacentuada queda do volume de

.água do.s ries ou muita chuva.Salienta que "a construção

de uma- usina ou a instalaçãode novas unidades geradorasnas já exist-snt.es demandamvários ano.s. Assim, uma em-prós* de energia elétrica deveestar em condições de supriras demandas previstas a curtoe médio prazo."

O Sr, João Camilo Pena lem-brou que os estudos de merca-do realizados pela Cemig mos-tram que toda a capacidade

prevista para a empresa em1973 (os 520 mil KW -somadosaos 130 mil KW das duas no-vas unidades em instalação emTrês Marias e acs 684 mil KWda Usina dc Jaguará) estaráesgotada. Será necessário ini-ciar brevemente a construçãocie oulra usina hidrelétrica, ade Volta Grande, cuja conces-são já foi outorgada à Cemig,As obras serão contratadas em1974.

A Cemig é. realmente, umaempresa rica — afirmou o Sr.João Camilo Pena — mas ricaem compromissos com o desa-'*-'fio do desenvolvimento, rica emcompromissos com os seus mi-lhares de consumidores indus-triais, comerciais, residenciais erurais, rica em compromissocom os seus 90 mil acionistas,com os organismos nacionais einternacionais, que esiáo finan-ciando as suas obras.

Acrescentou que "essa ima-gem que se faz da Cemig pro-vêm do vulto dos recursos queela necessita investir anual-mente em obras dc geração,transformação, transmissão edistribuição de energia elétri-ca, mantendo-se sempre em

'condições de assegurar aos seusconsumidores o fornecimentonormal de energia sem fantas-mas de racionamentos.

São Paulo (Sucursal) — Oadvogado do Teatro de Are-na, Sr. Israel Fetbrot, achaque o Ministro Gama c Silvanão estudou ainda o antepro-jeto que reestrutura a Censuraporque a classe teatral, prin-cipal interessada no assunto,não consegue coordenar suasvontades isoladas em esforçocomum.

O Sr. Israel Fetbrot afirmaque o anteprojeto "é bem ela-borado porque sua idéia bási-ca é a censura pela idade: nâohá censura por assuntos mashá assuntos impróprios paracertas idades." Diz que o an-teprojeto é viável e, do ponto-de-vista constitucional, o úni-co legal.

O TRABALHU DA LEI

O advogado preparou longotrabalho a respeito das contra-dições das leis, portarias e de-cretos que criaram a CensuraFederal no Brasil. O Sr. IsraelFetbrot afirma que a maiorparte dos trabalhadores conhe-cem os princípios elementaresque regem suas relações com oempregador.

— Mas os homens de teatro

ignoram por completo e em ab-soluto qualquer lei que digarespeito ao exercício de suaprofissão. Muitos deles conhe-cem toda a obra de Shakes-peare, leram Euripedes no ori-ginal, mas ignoram qual o pra-zo que a administração tem pa-ra decidir se sua peça pode ounão ser encenada.

Ao tratar da ConstituiçãoFederal e da censura, afirmaque há pouca.s referências sò-bre a Constituição de 37.— A de 194(1 era relativa-mente liberal, ao menos para omomento, embora acanhadapara o futuro próximo, pois fe-chava as portas para o indis-pensável desdobramento evolu-tivo do Pais. A de 1907 cuidoude aparar algumas sobras maislaterais da Constituição de1946, feita sobre os escombrosdo Reichstag. A Constituiçãode 67, cuida em poucas ocasiõesde assuntos relativos à liber-dade de manifestação de pen-samento e censura c estabelece,como competência primitiva,que à União cabe organizar emanter a Polícia federal, cujafinalidade, entre outras, é a"censura dc diversões públi-cias."

"Ghe Guevars a i r á nos

São Paulo (Sucursal) — Ocompositor Sérgio Ricardo ln-formou ontem que a músicaChe Guevara não Morreu serálançada nos próximos dias pelaRCA Victor sem exame anteriorda Censura, que, neste caso, sópode agir depois da divulgação.A outra faixa do compacto te-rá a música Girassol, de suaautoria.

Para o compositor, "foi pu-ramente por medo" que umdiretor do Canal 9 mandou cor-tar domingo o som da emis-sora, quando depois de rece-ber o. prêmio pela classificaçãode Girassol no Festival Nacio-nal tle Música Popular Brasilei-ra, êle começou a cantar CheGuevara não Morreu.PRIMEIRA AUDIÇÃO

A letra de Clie Guevara nãoMorreu foi considerada a me-

a Não Morreu"próximos dias

lhor do Festival Mundial daJuventude que se realizou emSofia. A música foi cantada pu-blicámente no Brasil pela pri-meira vez. Domingo, quando ocompositor esteve no programadc entrega tle prêmios aos cias-sificados no último Festival daTelevisão Excelsior.

Quando começou a cantarChe Guevara não Morreu, umdiretor da emissora mandoucortar o som, mas Sérgio Ri-cardo cantou aié o fim parao público presenle ao auditó-rio.

A música já íoi gravada pe-la RCA Victor em São Pauloe sua divulgação está depen-dendo apenas tle detalhes ju-rldicos, uataüos no momentopelos advogados cariocas da em-presa.

ELETROBRÁSCOMPANHIA FORÇA E LUZ DO PARANÁ

CONVITE PARA PROPOSTASAMPLIAÇÃO DA USINA HIDRO-ELÉTRICA

DE GUARICANAConcorrência N.° 51 - TurbinasA Companhia Força e Luz do Paraná — CFLP re-

ceberá até às 14:00 horas (hora local) do dia 14 deoutubro ds 1968, nos escritórios do Coordenador deCompras, Avenida General Justo, 171, sobreloja, ZC-39, Rio de Janeiro, GB, Brasil — propostas lacradaspara fornecimento e entrega de 2 turbinas de impul-são 11 800 CV (11635 HP) cada uma, conforme "Espe-cificações CAEEB GUAR-3/f''.

São solicitadas propostas a fornecedores com se-de nos países membros do Banco Internacional paraReconstrução e Desenvolvimento (Banco Mundial) ouna Suíça. O referido Banco financiará a compra domaterial a que se refere a presente concorrência.

As propostas deverão ser obrigatoriamente apre-sentadas em modelos próprios e de acordo com asinstruções e especificações, reunidos na "Documenta-

ção para Propostas", disponível em português e inglêsque será fornecida aos interessados até trinta (30) diasapós a publicação dêste "Convite

para Propostas", me-diante pedido acompanhado da quantia não-reembol-sável de NCr$ 15,00 (quinze cruzeiros novos) por vo-lume. São três volumes que se referem às turbinas,sendo que os primeiros dois não serão entregues se-parados um do outro.

1 . "Documentação para Propostas" para as tur-

binas, em português.2. "Documentação para Propostas" para as tur-

binas, em inglês,3. "Relatório Básico", em português, dispensa-

vel para os proponentes.Os volumes supra poderão ser obtidos no Escri-

tório Técnico Carlos Berenhauser Júnior, AvenidaFranklin Roosevelt, 126, sala 404, Rio de Janeiro, GB,onde também serão prestados aos interessados os es-clarecimentos que se fizerem necessários.

Para conhecimento dos países membros do Ban-co Internacional para Reconstrução e Desenvolvimentoe da Suíça os volumes serão fornecidos gratuitamenteàs respectivas representações diplomáticas no Brasil.

Juntamente com as propostas, os proponentesdeverão apresentar uma "Garantia de Proposta" novalor de NCr$ 50 000,00 (cincoenta mil cruzeiros no-vos) ou equivalente em moeda estrangeira.

Rio de Janeiro, 14 de agosto de 1968A DIRETORIA

(P

ELETROBRÁSCOMPANHIA FORÇA E LUZ DO P'ARANÁ

CONVITE PARA PROPOSTASAMPLIAÇÃO DA USINA HIDRO-ELÉTRICA

DE GUARICANAConcorrência N.° 52 - GeradorA Companhia Força e Luz do Paraná — CFLP re-

ceberá até às 14:00 horas (hora local) do dia 14 deoutubro de 1968, nos escritórios do Coordenador deCompras, Avenida General Justo, 171, sobreloja, ZC-39, Rio de Janeiro, GB, Brasil — propostas lacradaspara fornecimento e entrega de um (1) gerador elé-tricô 19 400kVA, conforme "Especificações CAEEBGUAR-3/2."

São solicitadas propostas a fornecedores com se-de nos países membros do Banco Internacional paraReconstrução e Desenvolvimento (Banco Mundial) ouna Suíça. O referido Banco financiará a compra domaterial a que se refere a presente concorrência.

As propostas deverão ser obrigatoriamente apre-sentadas em modelos próprios e de acordo com asinstruções e especificações, reunidos na "Documenta-

ção para Propostas", disponível em português e inglêsque será fornecida aos interessados alé trinta (30) diasapós a publicação dêste "Convite

para Propostas", me-diante pedido acompanhado da quantia não-reembol-sável de NCr$ 15,00 (quinze cruzeiros novos) por vo-lume. São três volumes que se referem ao gerador,sendo que os primeiros dois não serão entregues se-parados um do outro.

1. "Documentação para Propostas" para o ge-rador, em português.

2. "Documentação para Propostas" para o gera-dor, em inglês,

3. "Relatório Básico", em português, dispensa-vel para os proponentes.

Os volumes supra poderão ser obtidos no Escri-tório Técnico Carlos Berenhauser Júnior, AvenidaFranklin Roosevelt, 126, sala 404, Rio de Janeiro, GB,onde também serão prestados aos interessados os es-clarecimentos que se fizerem necessários.

Para conhecimento dos países membros do Ban-co Internacional para Reconstrução e Desenvolvimentoe da Suíça os volumes serão fornecidos gratuitamenteàs respectivas representações diplomáticas no Brasil.

Juntamente com as propostas, os proponentesdeverão apresentar uma "Garantia de Proposta" novalor de NCrS 50 000,00 (cincoenta mil cruzeiros no-vos) ou equivalente em moeda estrangeira.

Rio de Janeiro, 14 de agosto de 1968A DIRETORIA

(P

Assunção de Nossa Senhora D. Raimundo Cintra explicaserá comemorada amanhã que religiosos debateram asó com missas e procissão natalidade, e não a pílula

A Assunção de Nossa Senhora será comemoradaamanhã com missa pontificai na Igreja da Glória,seguida de procissão pelo adro e adjacências do tem-pio e missa campal ao anoitecer.

As barraquinhas de prendas começarão a iun-cionar às 19 horas, vendendo imagens, medalhas, do-ces, salgadinhos e refrigerantes, além de café. ,Asfestas se estenderão até domingo.NAO £ FERIADO

Brasilia (Sucursal) — Osfuncionários públicos terão tia-balho normal amanhã, pois oGoverno federal resolveu on-tem tornar sem efeito sua de-terminação anterior de pontofacultativo nas repartições pú-blicas federais da administra-ção direta e Indireta-

O tclegrama-clrcular do Che-fe do Gabinete Civil, Sr. Ron-don Pacheco, expedido ontemdc manhã aos Ministérios e ór-gãos da Presidência da Repú-blica, não esclarece os motivosdo cancelamento de seu comu-nicado do dia 9, que autorizarao ponto facultativo. Sabe-se, noentanto, que a Igreja deixou deguardar o dia da Assunção deNossa Senhora como santifi-cado.

NO RIO

Sem dar maiores explicações,mas apenas afirmando queadotava a mesma posição doGoverno federal, o GovernadorNegrão de Lima, tornou semefeito o ato — baixado há cin-co dias — em que consideravafacultativo o ponto amanhã,mantendo porém o feriado nasescolas públicas do Estado.

Ao aprovar o ponto faculta-tivo, o Governador Negrão deLima afirmara, no dia 9, que aprovidência tinha sido aprova-

da na área federal e era ape-nas estendida às repartiçõesestaduais. Setores da adminis-tração mostraram-se satisfeitoscom .a revogação do feriado,que sempre concorre para ui-mlnuir a arrecadação estadual.

CRITICA"A decisão do Presidente Cos-

ta e Silva de revogar o pontofacultativo nas repartições pú-blicas federais amanhã é enca-rada náo apenas como "desen-trosamento entre órgãos da ad-ministrarão" por áreas politice oposicionistas.

Consideram inexpressiva . texplicação de que o ponto fa-culativo teria sido decidido semconsulta prévia do DeputadoRondon Pacheco ao PresidenteCosta^ e Silva e de que a Igre-ja Católica náo comemora compompa a data evocativa da As-sunção de Nossa Senhora.

ESTADO DO RIO

Niterói (Sucursal) — o Go-vernador Jeremias Fontes de-cretou facultativo o ponto ama-nhã nas repartições públicas doEstado do Rio, incluindo os ór-

^gáos autárquicos. Os bancos,porém, funcionarão normalmen-te, a exemplo do comércio e daindústria.

Bando preso pela Inventadaconfirma que assassinou2 motoristas em 8 assaltos

Os quatro rapazes presos semana passada pela Inver-'nada de Olaria voltaram a confessar ontem, ao delegado deVigilância; Sr. Godofredo César de Matos, a autoria de oitoassaltos a motoristas de táxi, em dois dos quais rs vitimasforam mortas a tiros.Pela confissão da quadrilha, o delegado acredita queainda ha, atuando contra motoristas de táxi, um loucohomicida «- como afirma a Delegacia de Homicídios — euma outra quadrilha, que a Vigilância promete desbaratarnos próximos dias.

NO JUIZADO

O menor C.A.M.R., o Baca-lhau, foi encaminhado ao Jui-zado de Menores, que tambémrecebeu c colocou sob custódiada 19.» Delegacia. Distrital c-sdois outros,» membros menoresdo grupo, J. T., de 17 anos, oBoogic. e V. S., de 16 anos, vul-go Garrincha. Jorge de Sousa,o Cabaré, de 25 anes, ficoutambém na 19.* DD, por cadêcorrerá o processo.

Segundo o delegado de Vi-gilância, a confusão estabele-cida entre os assassinatos pra-licados por Bacalhau e seugrupo e cs atribuídos ao ho-micida leuco provém do fatoque nos locais onde agiu aquadrilha do marro do Sal-gueiro houve outros crimes.

Na Rua Bom Pastor, porexemplo, onde morreu José¦Manuel da Silva, foi assalta-dt? outro motorista, não se sa-bendò — porque as decaíra-ções dos menores sáo corifu-sas e cqntraditòr.'as — qual dosdois foi realmente vitimado pe-la quadrilha de Bacalhau eCa baré..

Também no Méier, 'bndemorreram dois motoristas, osassaltantes presos pela Inver-nada praticaram um crime,mas nãj sabem exatamente cmque rua, apenas informandoque foi próximo à Rua CoronelCota, onde foram 'mortos Go-tlieiii Benjamim Gomes, no anopassado, e Evandro Silva, nodia 23 de julho último-,

OS ASSALTOSSem precisar datas e locais

exatos, os menores e' JorgeCabaré confessaram, ao delega-do de Vigilância que comete-ram assaltos nos seguintes lo-cais: General Roca, na subi-da do morro do Salgueiro; dois

no Méier, um em cada lado dalinha da Central do Brasil;Rua Bom Pastor, onde o moto-rista foi só assaltado; PraçaSaens Peiia; Rua Carlos Vas-concelos, esquina com MouraBrito; Praça Barão de corum-bá, onde teria sido morto o mo-torista Mário Bastos Varela, oPassarinho; e Rua Potengi,perto da quadra da Escola dcSamba Acadêmicos do Salguei-ro. '

O delegado da 19.» Delega-cia Distrital, Sr. José CiribelliAlves, vai solicitar a prisãopreventiva cie Jorge de Sousa,Cabaré, o único maior da qua-drilha, enquadrando-o no có-digo Penal como autor de trêslatrocínios e duas tentativas dchomicídio. Vai também enviarao Instituto de Criminalística,para perícia definitiva, trêspistolas calibre 6,35 e mais qua-tro armas, calibres 22 (duas)32 c 38.

SECRETARIO VÊ MAIS

O delegado de Vigilância, Sr.Godofredo césar de Matos, re-latou as mais recentes investi-gações e as novas confissões aoSecretário de- Segurança daGuanabara, Gençral Luis deFrança Oliveira, que concluiupela existência de mais de umaquadrilha ou responsáveis pe-las mortes de motoristas dc tá-xis,

Para o Secretário de Segu-rança e o delegado dc Vigllitri-cia, a atividade da quadrilhapresa pela Invernada nâo es-clarece a morte de pelo menosquatro motoristas, que %são Go-tlieb Gomes (15-9-67). JoséManuel da Silva 116-9-67),Evandro Silva (23-7-68) c Má-rio Bastos Varela (27-7-68),atrlbuindo-as a outra quadri-lha ou ao homicida louco, comocrê a Delegacia de Homicídios.

Proprietário de carro podeter letras iniciais de seunome emplaca da Guanabara

Os proprietários de veículos emplacados na Guanabaraserão os únicos no Brasil que poderão colocar- as letras ini-ciais de seus nomes nas placas dos carros, dè acordo como nôvo tipo de placa apresentado ontem ao Secretário doSegurança pelo Departamento de Trânsito.

A nova placa está dividida em três partes: a siglado Estado ou município em que o veículo fôr emplacado;um grupo de três algarismos para identificação do veiculo;n outro de dois algarismos para Mdentificar o município.Na Guanabara, como não existem municípios, será permi-tida a identificação pessoal do proprietário do veículo.

Em entrevista concedida ontem, o coordenadordos painéis da Conferência dos Religiosos do Brasil,frei Raimundo Cintra, explicou que aquela entidadenão debateu propriamente os problemas da natali-dade, pela exiguidade de tempo, mas voltará breve-mente ao assunto.

Acentuou o frei Raimundo Cintra que a Confe-rência dos Religiosos do Brasil promove periódica-mente debates sóbre assuntos da atualidade, convi-dando especialistas ou estudiosos dos diversos as-suntos abordados, mas não determina previamenteas soluções.ENCÍCLICAEM QUESTÃO

No dia 9 passado — dissefrei Cintra — realizou-se naCRB uma mesa-redonda sóbreo problema tin natalidade, emtorno da Encíclica HumanacVitae. Foram convidados doismédicos profissionais, um reli--.toso e uma religiosa formadosem Medicina, um filósofo e umteólogo.

O debate não versava, co-.no íoi posteriormente noticia-do, sobre a aceitação ou náo depílulas contraceptivas, mas só-bre o problema, mais amplo,da natalidade, sob seus diversosaspectos: demográfico, ético,psicológico, teológico.c pastoral— disse o coordenador.

RITMOS NATURAIS

Ao abrir os trabalhos, freiCintra declarou que "a preposi-to dos meios para controlar, elimitar a natalidade, Paulo VIconsidera lícita apenas a utili-zação dos ritmos naturais lne-rentes às funções geradoras pa-ra usar do matrimônio somentenos períodos infecundos. Con-dena, porém, todos os outrosmétodos artificiais contrários ãfecundação e- à procrlação,mesmo que a êies se recorrapor motivos aparentemente ho-nestos e sérios."são, deliberadamente e «pós

Paulo VI toma esia decis-madura reflexão, levado pordois motivos principais: em pri-meiro lugar, o combate a certohedonismo materialista que fa-na "perder o respsito à mulhere, sem se preocupar mais comseu equilíbrio físico ou psíquico,a transformasse em simplesinstrumento de gozo egoístico";em segundo lugar, a aprovaçãode meios artificiais não basea-dos nos ritmos naturais "che-garia a pôr uma arma perigosanas mãos das autoridades pú-blicas despreocupadas das exi-gências morais" — disse freiCintra.

£ a reprovação dos diver-sos planos de limitação da na-talidade como erradicação dosubdesenvolvimento que vêmsendo sistematicamente impôs-tos por potências capitalistasaos povos tio Terceiro Mundo.Deve-se ainda acrescentar queo Papa não exclui a possibili-dade de novas descobertas quevenham a propiciar novas so-luções para os problemas.

MÉDICOS APOIAMOs outros participantes dos

debates discorreram sóbre esses

diversos aspectos e responde-ram a certas perguntas formu-ladas por pessoas do auditório.Os dois médicos que participa-ram dos debates se pronuncia-ram de maneira nitidamentefavorável às linhas cia En-cíclica.

O Dr. Pedro Jaimovich pro-nunoiou-se contra o controleartificial da natalidade porparte de podêres públicos queintervenham diretamente navida dos casais, e afirmou que"o pais que souber desenvolver,de forma acertada, seus meiosde produção saberá tambémresolver seu problema de ex-plosão demográfica."

O Dr. Sá Fortes, diretor cll-nico da Santa Casa de Mise-ricórdla, dentro de seu campoprofissional, advertiu que asdiversas pílulas não são ab-solutamonte comprovadas doponto-de-vista terapêutico, po-dendo provocar sérios distúr-bios hepáticos ou cancerígenos.Alertou também sobre o usodesastroso que delas poderiamfazer jovens solteiras.

D. TITO AJJOROSO

O padre Olinto Pegoraro dis-correu do ponto-de-vista filosó-fico, encarecendo que, levandoem conta os progressos da cien-cia e da antropologia moder-nas, pode-se fazer atualmenteccttas colocações que não eramefetuadas na teologia clássicae medievaJ.

D. Tito Amoroso Anastácioexaminou o aspecto pastoral daHumanac Vitae, em participarno sentido de esclarecer a ati-tude do sacerdote na práticade confessionário. Féz algumasconsiderações gerais sobre asdificuldades que muitos casaisterão para pautar sua condutaentre dois pecados, a saber, opecado de conceber sem as con-dições econômicas, higiênicas,educacionais e outras necessá-rias ao mínimo de dignidadehumana, e por outro lado o pe-cado de planejar a natalidadeusando meios ilícitos.

Irmã Violeta Padin assinalou,por fim, vários aspectos muitoválidos da Encíclica. como oenfoque dado à paternidaderesponsável e aos aspectos gio-bais do casamento: a comunhãorie vida e o auxilio mútuo. Semesquecer as dificuldades que,per vezes de maneira dramátl-ca, se encontram na busca dasolução para casos concretos,tornando-se necessário recorrerentão ao parecer dos médicoscompetentes.

Médico dizde .rompa é

que ligaçãocondenável

Em sua conferência sô-bre problemas da natalidadena Conferência dos Religiososdo Brasil, o médico Pedro Jai-movlch disse que "a mão do ci-rurgião somente usará seu ins-truniental para a ligadura dastrompas ou para a curetagemuterina depois de total invés-tigação médico-social."

A mão do clínico somenteprescreverá a pílula ou outroanticoncepcional depois quecomprovar todas a.s contra-in-dicações para a gestação —disse.

O CRIME I?0 ABORTO

Numerosíssimos trabalhoscientíficos tãm demonstrado aquase Inocuidatle dosanovulá-tórios, o que multo contribui

Hélder crêCamilo

está no céu

para o encorajamento do usoindiscriminado dos mesmos.

As instabilidacles sócio-econômicas, cujas reflexos sãosentidos diretamente pelo cida-dão comum, levam-no a assu-mir atitudes que se tornam emúltima,análise em anti-sociais.

O nbôrto provocado, a 11-gadura das trompas — concluiuc médico — o uso de outrosmeios anticoncepcionais são rc-cursos anti-sociais que atestamo imobilismo das comunidadespara efetivarem a educação in-tegrada. Se bem que para mui-tos profissionais as expressõessão idênticas, pode ser feitauma distinção: o controle d<inatalidade seria uma campa-nha governamental, e a limita-ção da natalidade seria de ini-ciativa dos cônjuges.

que

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MAIS SEGUROS

A segurança foi a primeirapreocupação dos proprietáriosde veículos ouvidos ontem só-bre a possibilidade da identifi-cação pessoal nas placas:— A placa nova pode serviraté para facilitar a apreensãodos carros roubados — lembra-ram logo.

INSPEÇÃO

Após a apresentação dos mo-deios de todas as novas placaspara identificação de veículos,inclusive as de aprendizagem,oficina e experiência, o Secre-tário de Segurança, GeneralLuis França, acompanhado pe-lc diretor do Departamento dcTrânsito, comandante Cel-«o Franco, visitou as dependên-cias da Divisão de Emplaca-mento.

Na ocasião, autorizou a rea-lização de obras no prédio pá-ra dar maior comodidade aopúblico. Já foi iniciada a cons-trução de um galpão para pro-teger os carros durante o. li-cenciamento e o pátio está to-do asfaltado, com as áreas deacostamento demarcadas.

O Secretário de Segurançapediu urgência para os estudosde instalação dos arquivos daDivisão de Emplacamento commicrofilmes e para a monta-gem dc computador eletrônicopara levantamento de dados einformações cadastrais dos vei-culos.

O chefe' da Divisão de Em-placnmento, coronel Luis deAquino Leite, disse que com osmelhoramentos autorizados asnovas licenças de veículos po-derão ser concedidas em menosdc três horas e os processos detransferência em 24 horas.

Recife (Sucursal) — O Arçe-bi; )o de Olinda e Rocifc, DomHéider Câmara, respondeu on-tem à mãe de Camilo Torresque náo poderá aceitar seu con-vltc para hospedar-se na casado padre guerrilheiro, duranteo Congresso Eucarístico Inter-nacional de Bogotá, mas que"tenho certeza de que Camilo,do céu, me entenderá e aben-coará."

Padre Héldcr alegou que arazão exclusiva dc sua recusa épretender evitar ao máximo, naColômbia, jogadas individuais.A mãe de Camilo Torres disseem sua carta a Dom Hélderque decidira convidá-lo. por en-tender que o filho morreu pordefender idéias que "são asmesmas suas, de seguir os pas-sos de Cristo na ajuda aos ne-cessitados."

repórter«JB ¦ ONZE

EDIÇÕES DIÁRIASfRADIO

música e injormaçâoJB

Jorniil do Brasil, quarta-fèlva, 14-S-60, l.° Cad. -- 13

Campos da Paz toma posseoa direção do Centro dePesquisas das Pioneiras

O Sr. Artur Campos da Paz Pilho voltou à direção doCentro de Pesquisas Luísa Gomes de Lemos, da Fundaçãorias Pioneiras Sociais, em ato realizado na manhã de on-lem e que contou com a presença do Governador Negrão deLima, de D. Sara Kubitschek e de grande número demédicos.

O presidente da Fundação, Sr. Moacir Moura, lembrouque o Centro, fundado por D. Sara Kubitschek hã dezanos, faz a prevenção do câncer na mulher e já examinoumais de 170 mil pessoas.

A CANETA DA POSSE

HOMENAGEM

O Sr. Campos d-a Paz, quevolta ao Centro de PesquisasLuisa Gemes de Lemos apósoito anos de afastamento, des-cie que foi nomeado paia umcomitê de estudos da Organi-zação Mundial de Saúde, foihomenageado e teve o seu tra-balho destacado pelos médicosque falaram no ato de suapesse.

Reassumindo, o Sr. Camposcia Paz afirmou que o Centroficará agregado à UniversidadeGama Filho, onde terá suaação multiplicada.

Falaram, homenageando opossado, o diretor do Serviço

Nacional do Câncer, Eiras deAraújo, o diretor do InstitutoNacional do Câncer, JorgeMarslllac, o Sr. Mário Kroeff,o Ministro Gama Filho, a pre-sidente da Associação de Mu-lheres Médicas, Sr.» Rute Pa-checo c o Sr. Otávio RodriguesLima.

Estiveram presentes o presi-dente da Assembléia Legisla-Uva, deputado José Bonifácio,o presidente da 'Academia Na-cional de Medicina, professorNeves Manta, o reitor da Uni-versidade Gama Pilho, desem-bargador Mur.ta Ribeiro e opresidente do Conselho Regio-nal de Medicina, Spinosa Ro-thier.

Porcos selvagens em fúriapõem interior do Paraná empânico e destroem lavoura

Curitiba (Correspondente) — Os lavradores do muni-cipio de Palmeira estão em pânico com o aparecimento deenormes porcos selvagens naquela região. Os animais des-troem plantações e ameaçam os moradores.

Segundo as informações, alguns dos animais — quesempre aparecem à noite — chegam a pesar mais de 250

quilos. Um dos porcos selvagens, com 196 quilos, foi cap-turado pelos moradores da região.

EXPERIÊNCIAS

O aparecimento de muitasvaras de queixadas — como osporcos selvagens são conheci-dos — tem como causa as ex-periências realizadas por doisfazendeiros, que cruzam por-cos da raça Duroc com java-lis nativos das florestas pró-ximas.

Os lavradores de Palmeiraestão fazendo um abaixo-assi-nado pára entregar o caso àsautoridades, acusando os fa-zendeiros Elói Querubim e Or-lando Bittencourt de serem osresponsáveis pelos porcos.

OS GIGANTES

As turmas de caçadores nãoconseguem exterminar os por-cos selvagens, pois os animaisse refugiam nas terras dos fa-zendeiros acusados, que proi-

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bem a entrada de qualquerpessoa. Os suinocultores tam-bém estão revoltados, porqueseus currais também são inva-didos-

O cruzamento dos porcosDuroc conv °s javalis criouvuna raça que vem-se reprodu-zindo assustadoramente, comespécies de grande porte, maio-res que os selvagens e aindamais perigosos.

Os porcos selvagens atacamem bandos, devorando e des-truindo tudo o que encontrampela frente, especialmente asplantações de batata, mandio-ca e milho, os principais pro-dutos agrícolas daquele muni-cipio. Os bandos estão espa-lhados por lôda a região, des-de a cidade de Palmeira até asproximidades de Vila Velha.

Campos da Paz dá a caneta a Moacir Moura, que ò empossa, ao lado de Negrão

Americano recruta domésticasno Rio e paga US$ 66 semanais

Cerca de 150 moças cario-cas, segundo Informou o dire-tor da Huntington DomesticAgency, Sr. Seymour Breenam,empregam-se anualmente nosEstados Unidos como domésti-cas. atraídas por um salário deUSS 66 dólares semanais e peloconforto da vida norte-ameri-cana.

O Sr. Seymor Breenam, queas contrata no Hotel Glória,informou que há quatro milhõesde empregos de doméstica va-gos em residências norte-ame-rica nas e para êle, que dirigea maior agência do mundo, asbrasileiras são o tipo ideal:"cozinham bem, aprendem lo-go a manejar fogões eletrônicose tem ótimo paladar."

CONDIÇÕES

Gordo e grisalho, o Sr. Sey-mour Breenam viaja por todosos paises latino-americanoscontratando domésticas. Êlemesmo tem uma empregadabrasileira que já economizouUSS 5 mil e está muito bemadaptada ao emprego.

Sua agência, com sede emNova Iorque, recruta emprega-das em todos os países latino-

americanos para suprir umadeficiência de quatro milhõesdc domésticas que existe nosEstados Unidos, segundo esti-mativa do Departamento doTrabalho, em pesquisa recente.

Somente um milhão deamericanas enfrentam a cozi-nha — disse o Sr. Breenam —São Paulo e Rio, entre as ci-dades do continente, aproxi-mam-se muito das grandes me-trópoles norte-americanas. Asbrasileiras usam o me.smo ti-po de equipamentos culinários,aprendem logo a manejar fo-gões com célula fotoelétrica,sabem preparar uma galinhaartificial.

O Sr. Seymour Breeman. quecomeçou a trabalhar em 1957no Brasil, já levou para os Es-

¦tados Unidos cerca de 157 mô-ças e, no momento, prepara oprocesso de admissão de 60 do-mestiças. Exige apenas um in-glês razoável, amadurecimentopsicológico e idade superior a21 anos.

Nos Estados Unidos nãoolhamos as empregadas comoseres inferiores, mas como ci-cerones da casa. Fazem parteda familia, têm direitos iguais

ao filho da patroa, recebemUSS 66 dólares semanais, alémde casa e comida gratuita. Po-dem economizar mais de USS 1mil dólares por ano, sem se sa-criticar. A lei norte-america-.na nos obriga a mandá-las devolta aos paises de origem. Hãdez anos tínhamos 170 milhõesdc habitantes. Hoje temos,aproximadamente, 200 milhõese um mercado de trabalho quese expande muito.

O apartamento do Sr. Sey-mour Breenam, no Hotel Gló-ria, tem sido visitado por de-zenas de candidatos, incluindofuncionárias públicas, banca-rias, comerciai-las e domésticas.Após uma entrevista, geral-mente conduzida pela secreta-ria. èle aceita ou recusa o can-didato. Cerca de 80 por centodas moças que o procuram que-rem trabalhar nos EstadosUnidos "para ganhar um bomsalário, fazer economia e re-gressar", enquanto os homensperguntam, antes de tudo, se"há perigo de uma convoca-ção para o serviço militar noVietname." As passagens, se ocandidato fôr aprovado, serãodescontadas do salário sema-nal, parceladamente.

Sudepe pede Conselho de Medicina dovE. do Rio proíbe adesão demédicos ao Plano de Saúde

preservaçãode baleias

A Superintendência do De-senvolvimento da Pesea — Su-depe — fêz ontem um apelo atodos .os pescadores, profissio-nais e amadores, salva-vidas cbanhistas para que não matemmais filhotes de balelas enca-lhados no litoral, comb aconte-ceu anteontem nas praias doLeme e Lebion.

— Sempre que filhotes debaleia estiverem encalhados, osmesmos devem ser desencalha-dos e liberados, a fim de pro-teger a espécie e cumprir asdeterminações do Convênio In-ternacional da Comissão daPesca da Balela, com"sede cmLondres, e do qual o Brasil ésignatário — disse o cientistaOllntho da Silva, membro doDepartamento de Biologia daSudepe.

Niterói (Sucursal) — O Conselho Regional de Mediei-na do Estado do Rio proibiu os médicos fluminenses de seintegrarem no Plano Nacional de Saúde, enquanto manti-ver a atual estrutura. '__[

Exige o Conselho que o Plano seja adaptado ãs suges-tões enviadas ao Ministro Leonel Miranda pelos represen-tantes estaduais da Associação Medica Brasileira, após •&reunião de sábado em Niterói. oo

AS BALEIAS

As balelas encalhadas naspraias do Leme e Lebion, hádois dias, são fin wlialc — fi-lhotes de baleias — pertencen-tes à espécie Balcnoptera phy-salus. Alcançam, quando adul-tas, 25 metros de comprlmen-to e um peso de 70 toneladas.Vivem normalmente no Antár-tico e, quando grávidas, as ba-leias sobem à procura de águasquentes dando à luz em zonastropicais.

AJVDA AOS CEGOS

AS FALHAS

documento enviado ao Mi-nistro da Saúde, divulgado on-tem, relaciona os pontos doPlano Nacional de Saúde con-siderados falhos pela classemédica, acentuando que a pri-vatlzação do patrimônio estatalde saúde poderá "acarretar aimpossibilidade de sua utiliza-ção para a medicina preven-tiva."

Cita ainda as seguintes fa-lhas:

— estabelece critério paraa distribuição geral de recursosque acentuará as diferençaseconômico-s o c 1 a 1 s, desprote-gendo ainda mais os menos fa-vorecidos;

— enseja a possibilidade,inaceitável para a AssociaçãoMédica Brasileira, de limitepara a remuneração profissio-nal, com Injusta desvaloriza-ção dos serviços prestados naproporção em que estes aumen-tam;

— permite que se suscitea hipótese de a atuação medi-co-profissional ser julgada poroutros órgãos que não os Con-

selhos Regionais e Federal deMedicina;

4 -^ apresenta bases técnicas,financeiras e administrativasque devem merecer indispensji.-veis correções.

EXPERIÊNCIANo documento enviado ao

Ministro Leonel Miranda, osrepresentantes da AssociaçãoMédica Brasileira consideram,ainda, que "a realização daexperiência do Plano Nacionalde Saúde fornecerá mais tarde .elementos dc grande valia pa-ra melhor suporte das suges-tões, que visam, particular-mente, aos aspectos técnico' eadministrativo."

Esclarecem que o acompa-nhamento da experiência péYàAssociação Médica Brasileira,postas em prática suas suges-tões, "é indispensável para;:'ãrealização dos elevados objeti-vos da entidade" e sugeren?que a parte dc Plano que tratada medicina preventiva sejaconcluída o mais rapidamentepossivel, "sem que a mesmaseja dissociada da medicinacurativa."

O Fundo Norte-Americano para Assistência Social fêz uma doação para aUnião dos Cegos do Brasil. O Sr. Francisco Gonçalves ãos Santos recebeu -ocheque áas mãos do Sr. Luis D'Orey, ãa IBM ãoBrasil S.A., em ato assistido

pelo presidente do Fundo, Sr. Arthur W. Bass (à direita)

PRIMEIRO SEMESTRE DE 1968

O comportamento do Mercado de Ações neste semestre, «pre-

sentou duas fases bastanle distintas. Na primeira delas, até meadosde maio, tivemos um mercado bastante ativo e dos mais promissoresda história da Bolsa de Valores, quando o volume diário das nego-

ciações oscilou em torno de NCr$ 2 milhões. A presença dos Fundos"157", e a promoção publicitária empreendida pela Bolsa, íoram os

fatores mas atuantes no fortalecimento do Mercado de Títulos. A se-

gunda fase iniciou-se em 22 de maio, data em que foi confirmado peloBanco Central que os recursos captados pelos Fundos "157" em 1968

somente poderiam ser aplicados na subscrição de novas ações (subscriçãocie ações de novos lançamentos) de empresas enquadradas no Dcc.-Lei

157. Esta Carta Circular juntamente com a retração existente do crédito

bancário, na época, e também as especulações com a possivel altera-

ção da taxa do dólar foram os fatores que causaram a redução no vo-lume diário dos negócios e a queda das cotações das ações. Após oimpacto inicial originado pela Carta Circular que causou uma conside-ravel queda nas cotações, o mercado veio a tornar-se estável com va-nações em torno de 3% de acordo com a Média SN.

O resultado obtido pelo FUNDO IPIRANGA DE INCENTIVOS FIS-

CAIS foi satisfatório especialmente tendo em vista as limitações dosFundos de Incentivos Fiscais no que tange a sua maneira de operar. O

Banco Central estabelece regras bem mais rigidas para êste tipo de

Fundo do que para os Fundos Mútuos. Assim com uma cuidadosa se-lecao das ações e com uma política diversilicada de investimentos, re-

quisito que consideramos essencial num portfolio, o Fundo Ipiranga

encerrou o semestre com uma valorização de 41% sobre o montante

das aplicações captadas.

CARLOS OCTÁVIO JUNQUEIRA AYRES

Ipiranga S.A. Investimentos, Crédito e Financiamento

(Administradora)

QUADRO DEMONSTRATIVO DOS SEMESTRES2912-1967 2806-1968

Número de eotistas 1.256 2.344

__;Número de cotas 658.192.390 1.166.394,888

Valor do Fundo 658.192,39 1.644.008,20

Investimento médio p/colista ... 524,00 701,37

jVelor de cota 1.00 1.41

FUNDO IpirangaDE INCENTIVOS FISCAIS

PRIMEIRO SEMESTRE DE 1968COMPOSIÇÃO DA CARTEIRA DO F.I.I.F.

BANCOS

Brasileiro de DescontosBrasileiro de Descontos

FUMO. BEBIDA. ALIMENTO

Cia. Cigarros S. CruzCia. Antártica PaulistaCia. Cervejaria BrahmaCia. Cervejaria BrahmaCrush Paraná Kibon SA

P.N.O.N.

O.P.O.P.P.P.O.P.O.P.O.P.

7.0022.998

25.935I2.40037.8002.0001.4673.000

3,653,60

2,970,902,001,901,004,28

36.350,10

25.557,3010.792,80

184.461,95

77.026,9511.160,0075.600,003.800,001 .467,00

15.408,00

LOJAS E COMERCIO

Cia. Brasileira RoupasCia. Brasileira RoupasCasa Anglo Brasileira .Organização Ruf Lojas Americanas Mesbla — antigas ....Mesbla — novas Mesbla — antigas ....Mesbla — novas Casa Sano S.A

SERVIÇOS PÚBLICOS

Doca de Santos

IND. MECÂNICA DE PRECISÃO

Arno S.A. Cupão 40Eletromar D. F. Vasconcelos ...Cia. Nac. de Vagões .

INDÚSTRIAS TÊXTEIS

Nova America Fiaç. Tec. D". Rosa (c/Bonif. 15%)S. Paulo Alpargatas — c/DivS. Paulo Alpargatas — Ex. DivD°. Isabel

INDÚSTRIA QUÍMICA

Whilc Martins

O.P.

O.P.P.P.O.P.P.P.

O.P.P.N.O.P.O.P.P.P.

O.P

27.000

11.28020.00020.00050.000

6.56215.00067.20016.30040.000

3.000

1,57

0,700,901,040,90

1.161,001,771,670,78

4,30

42.390,00

42.390,00

91.696,00

7.896,0018.000,0020.800,0045.000,00

199.976,92

7.611,9215.000,00

118.944,0027.221,0031.200,00

12.900,00

12.900,00

2,21 FUNDIÇÃO

1,550,66

11,22

4,690,674,600,230,090,94

378.668,90 23,04

P.P. 7.300 0,63 4.599,00 0,28O.P. 2.700 0,63 1.701,00 0,10O.P. 19.515 3,70 72.205,50 4,39O.P. ' 4.841 1,00 4.841,00 0,29O.P. 55.180 3,99 220.168,20 13,39O.P. 7.000 1,12 7.840,00 0,49O.P. 13. 197 1,10 14.516,70 0,88P.P. 21.880 1,11 24.286,80 1,48P.P. 7.737 1,10 8.510,70 0,52

20.000 1,00 20.000,00 1,22

2,58

2,58

5,58

0,481.101,262,74

12,17

0,460,917,241,661,90

0,79

0,79

Fundição Tupy

CIMENTO

Cimento Itaú — cup. 8-6% . ¦Cimento Itaú — cup. 8:2,5%Cimento Itaú Cimento Itaú (lnl. 65%)

METALÚRGICA

Aços Villares C/AAços Villares C/A.Acos Villares C/BInd. Villares C/A .Ind. Villares Ferro Brasileiro . .ISAM

PAPEL

Melhoramentos S. Paulo

DIVERSOS

Livraria José Olímpio — c/di\Magncsita S.ABrinquedos Estrela Paraná Equipamentos SA. ...Duratex S.A. Duratex S.AFundo Vera Cruz

JUROS AGRUPADOS

TOTAL DA CARTEIRA

DISPONÍVEL

Caixa .Bancos Contas a Receber

VALOR LIQUIDO DO FUNDO

I

25.000,00 1,52

P.P. 25.000 1,00 25.000,00 1,52

60.867,00 3,70

P.P. 16.800 2,60 43.680,00 2,6$P.P. 1.600 2,35 3.760,00 0,23O.N. 4.285 1,80 7.713,00 0,47P.N. 2.857 2,00 5.714,00 0,3^

123.185,86 7,4*

[O.P. 4.468 0,62 2.770,16 0,17P.P. 29.791 0,95 28.301,45 1,72P.P. 203 0,75 152,25 0,01P.P. 500 4,50 2.250,00 0,14O.P. 1.000 3,60 3.600,00 0,22O.P. 23.100 1,52 35.112.00 2,ljS

51.000 1,00 51.000,00 3,10

11.198,40 0,ófc ^

O.P. 4.666 2,40 .11.198,40 ' 0,6B

228.123,54 13.8B

1

20.500 1,41 28.905,00 1,76O.P. 31.054 0,82 25.464,28 1,55P.P. 13.178 1,70 22.402,60 1,36O.N. 60.000 1,00 60.000,00 3,6fO.P. 1.498 1,47 2.202,06 0,1(1P.P. 9.475 1,70 16.107,50 0,98

12.275.984 5,95 73.042,10 4,4j*

24.208,00 1,4P

I1.419.026,67 86,3?

r224.35B,26 13,óV

244,40 0,0"l208.659,37 12,6816.077,76 0.9B

11.644.008,20 100,00

14 — 1.° Cad., Jornal do Brasil, quarta-feira, 14-8-68

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S e m p e v Parata",para o que der e vier

Departamento de PesquisaA moca que passa, vestida de azul-marinho, gravata e cin-

túrão, batendo continência, não é üm soldado: ela c a bondei-.rante, que dedica sua vida às boas ações e que dentro de suaorganização — o FBB — está semper parata, (sempre pronta).

Ao completar o Jubileu de. Ouro, a Federação das Bandeiran-ics do Brasil parte para uma linha de ação, baseada 710 prin-cipio de que "se deve educar o homem para contribuir para atransformação 'da sociedade, abandonando o paternalismo para

-se integrar na comunidade." ¦" ¦E è revendo suas posições de parlicipuçao, que hoje duas mti

moças brasileiras continuam um trabalho iniciado em 18S9, por¦meninos ingleses — que com espirito de aventura e muito dis-ciplina — ajudaram o coronel Baden Powell, o fundador do es-colismo. a ganhar a luta contra os boers.

— Servir à Pátria, a Deus e ao Próximo em todas as circuns-'tinidas — ais o lama primeiro de qualquer bandeirante que sepreze.MENINA PODE ENTRAR

Como disse mais tarde, Baden Poioell nunca pensou que ométodo de ensino elaborado por èle para o boy scout pudesse seaiaptar às mocas. Entretanto, logo na primeira experiência, osproblemas surgiram. As jovens inglesas, observando as atwi-dades dos irmãos, amigos e parentes, sentiram que podiam fazer

' Na Concentração do Escotimos da Inglaterra, na presença

úo Rei Jorge V, em Cristal Palace, apareceram elas uniformiza-,das dc caqui, marchando ao lado dos escoteiros. Baden Powell,embora assustado, não se opôs à idéia e, aptoveitando o interessede Miss Agnes, sua irmã, encarregou-a de organizar uma asso-ctacão idêntica para moças. .

¦MWs Agncs 1'nha muita coisa cm comum com seu trmao.mus!cista carpinteira, caçava, andava de bicicleta e falava lilínguas O mais importante, conforme um jornal ãa época, e queela era antes de tudo muito simples, e gostava de crianças.

Como primeira etapa do movimento, surgiu o livro Girl Gui-ding onde está escrito que as bandeirantes são meninas e moçasqúé,' "em alegres reuniões semanais, acampamentos, excursões,bcas ações, recebem ensinamentos para dar à mocidade femi-vina üm ideal concreto que lhe servisse de guia e apoio namracha da vida", com dez mandamentos sintetizados por Ba-den Powell. num código de dez leis morais.

O Movimento Bandeirante, tal como aconteceu com o Esco-tismo. desenvolveu-se na Inglaterra rapidamente, mas foi sò-mente depois que Baden Powell casou-se que a sua esposa, LadyPcwell, assumiu a direção e se dedicou a espalhar o movimentopelo mundo.

TREVO DA FIDELIDADE

A Primeira Conferência Mundial, em 1930, concluiu o regu-'' lamento da Associação Mundial das Bandeirantes, que funcio-""'nava desde 192S, em Londres, sob a presidência de Lady Powell.

Nessa conferência de 25 paises, o Brasil foi reconhecido comomembro da Associação.

Para ser membro da Associação é preciso que haja no pais.......uma organização nacional que tenha como bases os princípios¦u._da Promessa c do Código, e que aceite como membros menina»¦_í^de qualquer raça, credo, partido político e que tenha como em-

. blema o trevo, simbolo da lealdade a Deus, Pátria e ao próximo.Atualmente existem quatro centros de reuniões para as ban-

deirantes do mundo inteiro, custeados pela Associação Mundial,localizados em Londres, Suiça, México e Índia. As bandeirantes.

são mais de seis milhões de moças dc todas as idades, espa-• lhadas em 68 paises do mundo.

NO BRASIL

Foi logo após a Primeira Gueria Mundial — 1919 — que""Lady Baden Powell, vendo a repercussão do movimento das Girl

Guides em diversos paises, teve a idéia de difundi-lo jio Brasil,e escreveu uma carta a um amigo, pedindo-lhe que se interes-sasse pela idéia e difundisse o movimento.

A carta foi entregue ao Mr. Edmund Lynch, que a enca-''"'•minhou à sua mãe, o que terminou numa reunião em sua casa,

na Rua São Clemente, convidando autoridades e senhoras quit.pudessem se interessar pelo assunto. Por coincidência, esta reu-nião realizou-se no dia 30 de maio (1919), festa de Santa JoanaD'Arc, a futura padroeira do bandeirantismo.

D. Jerônimo Mesquita, cunhada dc Mr. Lynch, foi quemprimeiro enviou da Europa o resultado das atividades das ban-deirantes inglesas e a idéia de se fundar o escotismo no Brasil.Mal a carta de Lady Baden Powell foi divulgada na sociedade

-—carioca, D. Jerónima tomou a direção ão movimento, auxiliadapor Lady Mackenzie. canadense residente no Brasil, em cujacasa na Avenida Atlântica começou a funcionar a primeira com-panhia. dc chefes, que se reunia ás segundas-feiras.

Em 1920, Lady Mackenzie embarcou para a Europa, poréma companhia de chefes continuou a reunir-se em sua casa. lutou-

,*:-<ío com as dificuldades de seguir o programtu, pois o conheci-mento do método bandeirante constava unicamente da consultaao livro Girl Guiding. Lady Mackenzie, em Londres, conseguiuque o Movimento Internacional enviasse uma moça para ajudaro bandeirantismo brasileiro na prática. Veio Miss Violei Grim-shaw, que passou seis meses no Rio de Janeiro, onde organizouas bases dó movimento e escreveu o livro Regras e Organização.

O cíero também teve a sua participação na organização domovimento: o vigário da. Matriz do Sagrado Coração de Jesuscedeu uma casa de sua paróquia onde funcionaria a matriz,mais tarde sede central da Federação das Bandeirantes do Bra-sil. Em março de 1927, o Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro,D. Sebastião Leme, abençoa a Companhia das Bandeirantes doBrasil.

O grande pusso do bandeirantismo no Brasil foi dado em1954, na realização do Congresso Eucaristico Internacional. Asbandeirantes trabalharam em todos os setores da organização,encarregadas de cuidar das crianças perdidas, preparando flá-mulas, auxiliando em informações.

São 22 mil moças trabalhando em obras assistenciais, ci-vicas ou culturais, divididas cm três ramos diferentes: fadas,de seis a onze anos; bandeirantes, de onze a dezesseis anos:guias ou cadetes, maiores de dezesseis anos. Das companhiasdc cadetes saem as chefes c subohefes.

Sem abandonar os fundamentos que Baden Powell escre-veu, elas agora ingressam no més do seu Jubileu de Ouro reali-zando uma campanlia nacional de educação para a saúde, re-vendo todas as sua. posições, pregando a necessidade de refor-mutação da estrutura educacional e do diálogo entre as gera-ções ao lançarem um manifesto durante a recente crise estudantil.

HORA DE CANTO, TEMPO DE ORAÇÃO

SUNABAVISO AO PUBLICOA SUPERINTENDÊNCIA NACIONAL DO

ABASTECIMENTO (SUNAB) comunica ao co-mércio, à indústria e ao público em geral,que não pertencem aos seus quadros os indi-víduos inescrupulosos que, se dizendo repre-sentantes da Autarquia, estão procurando im-pingir revistas intituladas "Coletâneas de Leise Portarias da SUNAB" e "Informativo Geralda SUNAB", como publicações oficiais destaSuperintendência.

Comunica também, que a venda de taispublicações sob coação ou extorsão, tem sidoobjeto de ação policial no Rio de Janeiro eSão Paulo, devendo os prejudicados recorre-rem à autoridade policial ou à Delegacia daSUNAB, sempre que esses indivíduos tenta-rem esta prática desonesta. (P

_^M_._j_^«_«^g|iP^tf'''ff,,aH^gH': ':___ m_ jr^Vf.- W^K"mt M '

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Físicos lançam plano paradesenvolvimento da ciência

São Paulo (Sucursal) —Os mais importantes físicosnacionais elaboraram, a pe-dido do Conselho Nacionalde Pesquisas, um plano pa-rá o desenvolvimento da Pi-sica no pais, mediante aaplicação progressiva deNCr$ 98 milhões nos próxi-mos cinco anos.

. O plano foi elaborado pe-los físicos Abraão de Morais,Alceu Pinho Filho, CésarLates, Gerhard Jacob, Her-vásio de Carvalho, HugoKremer, Jacques Danon.Jo-sé Batista Vidal, José Gol-denberg, José Leite Lopes,Marcelo Damy, Oscar Sala,Mário Schemberg, PauloLeal Ferreira, Shigueo Wa-tanabe e Sílvio Herdade.

A GRANDE DIFERENÇA

documento

Bandeirantes cantaram samba e fizeram silêncio para ouvir salmos e orações

Bandeirantes assinalaramjubileu com ato ecumênico

Uma cerimônia ecumênica realizada namanhã de ontem no pátio do Museu de ArteModerna abriu as comemorações do jubileude ouro das bandeirantes no Brasil. Partici-param da solenidade o padre Ítalo Coelho,o pastor Nehemias Marien e o rabino Hehrl-que Lemle.

Agrupadas cm volta de um pequeno pa-Ianque, 1 800 bandeirantes, íadinhas e guiascantaram Porta-Estandarte, de Geraldo Van-dré, e depois silenciaram para ouvir as ora-ções e os salmos ditos no microfone pelo pa-dre, pelo pastor e pelo rabino.

A CAMPANHA

Depois de participarem da cerimôniaecumênica, as bandeirantes da Guanabara di-vidiram-se em grupos de 10 e 15 para iniciara campanha Educação para a Saúde, quecompreende visitas às escolas primárias c sc-cüridárias para divulgação da Federação dasBandeirantes do Brasil e informações sobrevacinas que devem ser tomadas neste período.

Êste ano a nossa, campanha será feita :tem colaboração com a Secretaria de Saúde;faremos visitas não só às escolas como tam-bém às favelas e aos bairros mais distantes— disse uma conselheira da PBB.

O nosso trabalho na campanha — con-tinúou — consiste na distribuição de folhe-tos explicativos sobre as vacinas e palestrassobre a necessidade de prevenir o organis-mo contra doenças. Estamos procurando cons-cientizar o povo para a defesa da saúde. Acampanha Educação para a Saúde só seráencerrada no próximo ano.

DIVULGAÇÃO DO MOVIMENTO

Também será iniciado este ano um mo-vimento para divulgação da P^deração dasBandeirantes do Brasil, que há 50 anos foicriada no Brasil por um grupo de 11 senho-j-as, que, segundo o padre Ítalo Coelho, "eramconsideradas as hippies ou as avançadas doseu tempo."

O Rabino Henrique Lemle falou, durantea sua saudação, sobre a necessidade de que,ao lado da campanha Educação para a Saúde,se inicie também uma que faça "crescer noscorações a amizade, o amor ao próximo e à:paz."

— Devemos combater também outras do-enças que atacam nossos corações — clisssêle — como a doença do ódio, da falta de ami-zade, da ausência do amor e da paz.

TEATRO NA RUA

Catorze bandeirantes, do grupo ÁraoiNunes Freire, da Ilha do Governador, estive-

ram ontem de manhã no JORNAL DOBRASIL para anunciar o inicio da campa-nha Educação para a Saúde, que, além depalestras e visitas às escolas primárias e se-cundárias, vai apresentar peças teatrais empraças públicas para "maior conscientizaçãodo povo."

As bandeirantes, acompanhadas da chefedo vgrupo, Sra. Maria Nicolina Pereira, in-formaram ainda que deverão íazer um cúrsi-nho rápido de enfermagem para aplicar, nosmorros e nas favelas da cidade, vacinas con-tra tétano e tifo.

PARA A HISTÓRIA

Em prosseguimento às comemorações, aFederação das Bandeirantes do Brasil orga-nizou à tarde uma solenidade na qual foramencerradas em uma cápsula de cobre jornaisdo dia de ontem, publicações da própria Fe-deração e uma boneca com o uniforme ofi-ciai das íadinhas.

Falaram na ocasião a presidente da Fe-deração, D. Lia Roquete Pinto, que agra-deceu a presença da fundadora do movi-mento, Sra. Jerónima Mesquita, do CardealArcebispo. D. Jaime de Barros Câmara, t doescritor Austregésilo de Ataíde.

AGRADECIMENTO

A fundadora do movimento, Sra. Jeró-nima Mesquita, dirigiu-se depois às mil me-ninas reunidas diante do prédio da Federação.Em seu. breve discurse, a chefe desculpou-sepor "estar doente há três meses, o que a temafastado do convívio cem as bandeirantes",o desejou muitas felicidades e um abraço acada uma das meninas.

A banda dc música c o coral da Fun-dação Nacional para o Bem-Estar do Menorapresentaram números folclóricos e hinos cí-vices. A Campanha de Educação e Saúde íoilançada em todo o território nacional a par-tir de hoje, dela participando bandeirantesdos diyeraos grupos do Brasil.

CÁPSULA DO TEMPO

Para ser aberta dentro de 50 anos, umacápsula de cobre contendo jornais do dia deontem, várias publicações da Federação dasBandeirantes, além de uma boneca vestidade fadinha, será enterrada na sede centralda. Federação. A colocação dos objetos nacápsula foi saudada com acenos de lençospelas meninas, acompanhadas, ao som de umhino, pelo coral da Funabem.

COMPUTADOR AUXILIA TREINAMENTO DE EXECUTIVOS

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Realizou-se no Terrasse Club na semana passada a reunião de encerramentodo I Jogo de Empresas promovido pela COPPE-VFRJ. O Jogo ãe Empresas éuma simulação em que 3 firmas competem em um mercado, vendendo ummesmo produto. Essa simulação é feita através ãe um modelo matemático,com a utilização ãe computadores para o seu processamento. Graças a êsseprocesso é possível simular anos de competição em algumas horas âe jogo. OI Jogo ãe Empresas foi administrado pelo prof. Tércio Pacitti e teve comoconviáaâo especial para assessoramento nos assuntos "econômicos o Dr. Alber-to Fishlow, da Universidaãe ãa Califórnia, que está trabalhando presente-mente no IPEA. O processamento ãos dados áo 1 Jogo ãe Empresas foi reali-záào no Sistema 1130 ãa IBM, instalado na COPPE-UFRJ. A aquisição dêsseSistema tornou-se possível graças à ajuda áo BNDE e ao Plano ãe Contribui-ção Educacional ãa IBM. Na foto um flagrante áa reunião âe encerramento

âo I Jogo âe Empresas.

Na integra, odiz o seguinte:"O que os paises desenvol-vidos possuem e o que faltaaos países em desenvolvi-mento é ciência moderna eeconomia baseada em tecno-logia moderna. Tal necessi-dade vem sendo sentida pe-los órgãos governamentaisbrasileiros, que tentam esti-mular a implantação da ci-ência moderna no pais, ha-vendo mesmo proposição nosentido de ser criado um or-ganismo de nível ministerialpara a ciência e a tecnolo-gia. Atualmente existem nopaís cerca de 300 profissio-nais formados em Física, amaior parte engajada na ta-reia básica de ensino nosníveis secundário, técnico esuperior, atendendo ao crês-cente número de estudantes.Contribuem dêste modo paraa formação do contingentede profissionais que exerce-rão as atividades essenciaisao desenvolvimento de umasociedade moderna.

Nos domínios vitais parao desenvolvimento do país,como no da energia atômi-ca, o seu amplo aproveita-mento em setores que in-cluem da produção de ener-gia elétrica até a aplicaçãode isótopos na Medicina e naAgricultura, é imprescindí-vel a presença do físico. Omesmo se verifica no setorde comunicações, onde ob-servamos atualmente umaradical transformação emconseqüência do desenvolvi-mento da Física do espaçocom a utilização de satélitesartificiais e das técnicas óti-cas associadas ao Laser. Poroutro lado, é urgente o de-senvolvimento no pais deatividades associadas à Físi-ca, tais como a Geografia, aMeteorologia e a Aerodinà-mica.

O impetuoso crescimentoda Física nos últimos anostem criado novos domíniostecnológicos que não se en-quadram no âmbito da ati-vidade do engenheiro tradi-cional. Técnicas altamenteespecializadas como alto-vácuo, espectografia ótica eg a m a, espectrometria demassa, microondas, alta-fre-qüência e outras encontramno físico o profissional maishabilitado para desenvolve-las e aplicá-las. Igualmente,é indispensável a presençado físico no desenvolvimen-to de novas tecnologias, co-mo as de semicondutores,radar, sonar, isolantes, die-létricos e alguns ramos daeletrônica, onde se destacamos circuitos lógicos e decomputação. A necessidadede ensaios não destrutivosde materiais deu origem aodesenvolvimento de técnicasde inspeção e análise comraios X, ultrassons, raios ga-ma, correntemente só en-sinadas nos cursos de for-mação de físicos.

Os exemplos acima men-cionados indicam claramen-te ser impossível o desen-volvimento do pais e a pró-pria segurança nacional semo concurso de profissionaiscom conhecimentos especia-lizados nestes setores damoderna tecnologia.

OS CAMPOSPRIORITÁRIOS

Ao observarmos o pano-rama que oferece a Física noBrasil, evidencia-se a exis-tência de setores nos quaisjá há razoável concentraçãode esforços e desenvolvi-mento. É de fundamentalimportância conservar e es-timular por todos os meiosesses setores, bem como osprofissionais a êle associa-dos. Entretanto, observa-setambém a existência de se-tôres básicos nos quais mui-to pouco ou praticamentenada se tem realizado. Estessetores deverão receber -êii- <fase, principalmente no trei-namento de pessoal. A for-mação de tais especialistasdeve ser assegurada atravésde entendimentos para avinda de profissionais doexterior, devendo tambémos órgãos governamentaisencorajar a conces.sf.o debolsas no exterior nestesassuntos.

As atividades nestes seto-res novos deverão serdesenvolvidas preferencial-mente junto aos grupos jáexistentes, mediante planode cooperação a ser estabe-lccldo eratre o Conselho Na-cional de Pesquisas £ outrasinstituições de financia-mento. Em casos especiaispoderá ser considerada acriação de institutos espe-ciailizados de caráter nacio-nal, a fim de permitir o rá-pido progresso e desenvol-vimento des setores básicosainda inexistentes. Os seto-res considerados prioritá-rios ao desenvolvimento dopais estão contidos na lis-ta seguinte, s&ndo assinala-'dos com asterisco aquê-'les de atividades importan-tes, no pais cujo desenvol-vimento é considerado ur-gente:

Física nuclear, física doestado sólido, física mele-cular e fisico-quimica, óti-ca clássica e moderna, ele-tromagnetismo c aplicações,física espacial, física teóri-ca, física de altas energias,eletrônica, geofísica *, ener-gia solar*, física dos flui-dos e meteorologia fisica*,instrumentação física *, tec-nologia dos computadores eservomecanismos *, acústicae ultra-sons", física deplasmas*, astrofísica*,èncias des materiais *. ci-

A PÓS-GRADUAÇÃO

Verificou-se nos últimostrês aaios um movimentonas instituições, universltá-rias no sentido de criação,de um novo ciclo de estu-dos superiores, que vemsendo cieneminado de pós-graduação, porém que nãofoi ainda suficientementecaracterizado. Assim, namaioria dos casos, tem-seconsiderado como pós-gra-duação atividades que sãoessencialmente de caráterdidático sem nenhuma vin-culação com a pesquisacientifica, constituindo ape-nas cursos de extensão

Ainda que, em certos ca-sos, esses cursos de exten-são possam constituir ativi-dades de interesse formati-vo, não devem, entretanto,ser confundidos com ativi-dade de ciclo de pós-gradua-ção, a qual tem, como carac-teristica essencial, a pes-quisa cientifica. Considera-mos que o CNP deve apoiarexclusivamente os cursos depós-graduação que não se-jam meramente de exten-são e que liguem o ensino àpesquisa cientifica. É funda-mental que as bolsas de pós-graduação tenham um ni-vel de remuneração condig-no. Além disso é preciso es-truturar êsse nôvo ciclo deestudos da mesma forma queo ciclo inferior de gradua-cão, com um corpo de pro-fessôres e instalações mate-riais adequadas.

A FORMAÇÃO DE PESSOAL

A Física brasileira desen-volveu-se dentro do âmbitouniversitário e, fora dêste,em centros especializadoscom maior ou menor graude vinculação com o siste-ma universitário. O númerolimitadíssimo de cargos ci-entíficos nas instituições,juntamente com a insigni-ficãncia dos meios de tra-balho e as condições sala-riais muito insatisfatórias,tem impedido o crescimen-to destas instituições bemcomo levado a um continuoêxodo de elementos alta-mente capacitados da Fisicabrasileira para o exterior.

Como primeiras medidaspara solucionar tal situaçãoas autoridades devem cul-dar de uma expansão e con-solidaçâo permanentes e sis-temáticas de todas aquelasinstituições de pesquisa eformação em Fisica que vêmsendo o esteio básico da Fi-sica brasileira. Pela sua tra-diçáo e pela experiência ad-quirida devem estas institui-ções constituir centros deformação nacional nas dife-rentes especialidades asquais elas se dedicam. Oapoio governamental devese concretizar pelo suportefinanceiro adequado e pelagarantia de sua continui-dade, pela ampliação dosquadros do magistério supe-rior e de pesquisa, mediah-te a criação de novos cargosem número suficiente paraatender aos cursos de pós-graduação, bem como peloaumento continuo de ma-triculas dos cursos de gra-duação. Tais cargos do ma-gistério e da pesquisa deve-rão ser necessariamente pre-enchidos por especialistas,com marcada atuação nossetores de pesquisa e ensino.

É urgente a aprovação dosquadros de pessoal apresen-tados pelas universidadesfederais do país, principal-mente no que se refere aoscargos de carreira de pes-quisador, assim como a fixa-ção de novos niveis salariaisadequados à carreira uni-versitària e de pesquisador,

'rccomenclando-senoCNPq, aelevação do teto de salário'da carreira de pesquisador.y.

METAS A SE ATINGIR....

Em razão do exposto, aSociedade Brasileira de Fi-sica, através de sua Direto-ria e Conselho, propõe asseguintes metas nara o de-senvolvimento da Fisica no3próximos cinco anos np.país:

Triplicação do número defísicos; regulamentação daprofissão de físico; amplia-ção dos cargos do magisté-rio e pesquisa em Física;remuneração condigna dosfísicos em padrões interna-cionais; elevação de teto sa-larial e do número de bôl-sas do CNPq e de outrasinstituições de apoio à pes-quisa no país; criação nopais de grupos de pesquisanos setores assinalados co-mo inexistentes atualmente;estabelecimento de cursospós-graduação como novaetapa curricular, baseadafundamentalmente na pes-quisa científica; apoio fi-nanceiro sistemático, estabe-lecido em conjunto com ospesquisadores responsáveis-,aos projetos em andamento,tais como a) pesquisa emgeofísica no Instituto de Fi-*ica da Universidade Fe-deral da Bahia, b) Labora-tório de ótica Moderna(Lasers) do Instituto de Fi-sica da Universidade do RioGrande do Sul, c) Instala-ção Criogênica da Escola deEngenharia de São Carlos,d) Laboratório de FísicaMolecular do Centro Brasirleiro de Pesquisas Físicas,e) desenvolvimento da pes-quisa da Fisica teórica dpInstituto de Física da Uni-versidade Federal do Para-ná, f) acelerador eletrostá-tico também da Universida-de de São Paulo, g) acele-rador Eletrctático Van derGraf da Pontifícia Unlver,-sidade Católica do Rio deJaneiro, h) ressonância pa-ramagnética e raios-x npLaboratório de Baixas Tem-peraturas da Universidadede São Paulo, i) pesquisasem Fisica teórica no Insti-tuto de Física Teórica deSão Paulo, j) acelerador li-near do Centro Brasileirode Pesquisas Físicas, Rio deJaneiro, k) Fisica dos Lasersna Faculdade de Filosofia,Ciências e Letras da USP,1) Departamento de Radio,-atividade do Centro Brasi-leiro de Pesquisas Físicas,m) Física Molecular da Uni-versidade de São Paulo, n)Geofísica Nuclear da Facul-dade de Filosofia da USP eCerítro Brasil.eiro de Pes-quisas Físicas.

Para realizar as metasacima programadas, consi-déramos que o CNPq devecolocar à disposição das dl-versas instituições de pes-quisa e de seus pesquisado-res responsáveis as seguintesquantias no setor de pesqui-sa pura:

1968 — NCrS 3 milhões;1969 — NCrS 6 milhões; 1970

NCrS 10 milhões; 1971 —NCr? 15 milhões; 1972 —NCrS 20 milhões.

Estas quantias deverão sersuplementadas com investi-mentos da mesma ordem empesquisas aplicadas, com re-cursos não oriundos exclu-sivamente do CNPq, de acôr-do com o plano abaixo:

1969 — NCrS 2 milhões;1970 — NCrS 5 milhões: 1971

NCrS 12 milhões;' 1972 —NCrS 25 milhões.

Recomendam-se ainda: a)medidas tendentes a moder-nizar e dinamizar os insti-tutos de tecnologia existen-tes e a criação de laborató-rios de padrões e medidase controle de qualidade, queainda não existem no pais;b) o entrosamento do Con-selho Nacional de Pesquisas(CNPq), Campanha de Aper-feiçoamento do Pessoal doEnsino Superior (CAPES),Comissão Nacional de Ener-gia Nuclear (CNEN) e outrosórgãos de financiamento eamparo à pesquisa, tanto noque se refira à concessão debolsas no exterior como au-xilios para a realização deprojetos de pesquisa; c) es-tabelecimento de assessoriascientíficas nas grandes em-presas e órgãos estatais, co-mo a Petrobrás, a Compa-nhia Siderúrgica Nacional,a Eletrobrás e outras que es-te jam envolvidas em proble-mas novos para cuja soluçãosão necessários trabalhos depesquisa; d) necessidade dacriação de uma empresa es-tatal destinada ao desenvol-vimento da pesquisa e pro-dução de materiais atômicos •e sua prospecção geológica,bem como investigações ci-entificas e tecnológicas ne-cessárias para a construçãode reatores if potência, cujaenergia poderia suplementara produção de eletricidadeno país. Uma tal empresapoderia elevar sensivelmen-te as aplicações da energianuclear na indústria, naagricultura e na medicina,estimulando contatos entrefísicos, matemáticos, quimi-cos. biólogos, engenheiros,médicos e agrônomos.

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Jornal do Brasil, quarta-feira, 14-8-68, l.o Cad. — 15

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Finanças da União

A receita orçamentária da União ató o mès de julho ele-vuii-so a NCrs 5 402,8 milhões, em confronto com uma despe-sa dc NCrS 6 494,4 milhões, resultando num déficit de NCrS1 001,3 milhões, segundo dados preliminares da Secretaria Ge-rtj.1 do Ministério da Fazenda.

_ Ksses números Indicam um comportamento satisfatório nobalanço financeiro da União, uma vez que a previsão orça-montaria para julho era: receita, NCrS 4 817 milhões, e des-pesa NCrS 5 855 milhões, com um déficit calculado em NCrS1 038 milhões. Os técnicos da Fazenda mostram-se otimistascm face dos resultados, de certa forma, surpreendentes da ar-recadação tributária.'

A despesa global no Orçamento' da União para o correntenno foi estimada em NCrs 10 083,2 milhões, assim como um ,deficit de NCrS 1,2 bilhão. Entendem os técnicos do Minlsté-rio da Fazenda que nos últimos meses do ano as pressões adespesa orçamentária são maiores.

Tais pressões advêm das maiores exigências dc recursospor parte dos Ministérios e demais órgãos que, por não que-vpvem deixar saldos credores para exercícios vindouros, rei-vindicam de todas as formas verbas atrasadas ou para obrasque nem sequer foram projetadas ou equacionadas. Vale di-zer, começam a cobrar antecipadamente.

COMEMORAÇÃO — A Krupp Metalúrgica dc Campo Lim-po comemora, no próximo dia 23, às 11 lioras, na fábrica deCampo Limpo Paulista, o ato dc forjamento ila peça que to-taliza cem.mil toneladas forjadas.

ELIMINAÇÃO DE TAXAS — A eliminação do teto mi-nimo para cobrança de taxas c emolumentos ás empresas, pc-las Juntas Comerciais, foi proposta ontem durante os debates

.do I Simpósio Nacional do Registro de Comércio e Cadastra-mento Nacional. Outra medida em estudo é a autarquizaçãodas Juntas Comerciais, para dinamizar o serviço de registroe concessão de certidões c para canalizar para elas' os resul-wntes das cobranças de taxas, que atualmente são recolhidaspelos governos estaduais e aplicadas em todos os setores daadministração. O simpósio será encerrado amanhã, às 10 ho-ras, no auditório do Ministério da Indústria e do Comércio.

VEÍCULOS — O presidente da Volkswagen do Brasil, Sr.Sclmllz Wenk, está otimista com a produção da sua fábrica.Em telegrama ao Ministro Delfim Neto informa que cm julhodc 1!)G7 produziu mais 40,2% que cm igual mês do ano pas-sado, com uma média diária de 6(11 unidades. Em julho dc67 foram produzidos 10 539 veículos, contra 14 818 em julhodéste ano. No período dc janeiro a julho foram produzidos81 629, contra 63 100 do ano passado, com um incremento daordem dc W/c-

TERMINAL — O Presidente Costa c Silva vai inauguraramanhã a nova linha submarina e o quadro dc amarração doTerminal de Atalaia Velha da Petrobrás, cm Sergipe, coin-cidindo essa inauguração com a data do quinto aniversárioda descoberta do campo petrolífero de Carmópolis. O Terminalde Atalaia Velha foi visitado, em 1907. por 35 navios, com amovimentação de cerca de três milhões de barris de petróleo.

SUGESTÕES — O grupo dc brasileiros que concluiu ocurso de Export Marketing, programado pela UNCTAD/G.VlT,especialmente para o Brasil, e realizado no Cetitro de Ensinoc Aperfeiçoamento Profissional da OIT, cm Turim, vai entre-gar ao Governo um trabalho contendo sugestões visando ãdinamizarão do- mercado exportador brasileiro.

INSPETORES — A Confederação Nacional da Indústria,em parecer preliminar discordou, em parte, do projeto de leique conceitua os Inspetores do Trabalho como únicos agen-tes dc fiscalização trabalhista, por entender que cabe a essesagentes certas atividades que só poderão ser executadas portécnicos experimentados e não peles integrantes daquela ca*-tegoria do serviço público.

COTA DE AÇCCAK — O Instituto do Açúcar c do Al-cool ji iniciou a venda dos açúcares destinados ao mercadopreferencial norte-americano correspondentes à cota a ser fi-xada para o ano corrente, Na primeira concorrência da sé-rie foram colocadas à venda 20 mil toneladas, <iue alcança-ram o preço de USS 142,16; valor superior ao cotado no fecha-mento da Bolsa dcNova Iorque.

MENCS FALÊNCIAS — O número de falências no RioGrande do Sul continua pequeno. Acreditam muitos que issose deve ao íato de que o empresário gaúcho é mais cautelo-so que o paulista, por exemplo, ao operar no mercado finan-ceiro. Neste ano apenas ocorreram cinco falências e só umade firma expressiva no Rio Grande do Sul. Segundo a Varade Concordata e Falência de Porto Alegre o maior movimentode falência no Estado foi durante o biênio 1964-65 devido aalterações na política econômico-financeira. A partir daqueleano houve um decréscimo sensível em pedidos de concordata.

VENDAS BRITÂNICAS — As exportações britânicas paraos maiores mercados da América Latina melhoraram scnsivcl-mente no primeiro semestre deste ano cm relação com omesmo período do ano passado. O Conselho Nacional de Ex-portações Britânico informa que as vendas ao México aumen-taram cm 45%; Argentina, 28%; Venezuela, 48% e Brasil,118%. As exportações inglesas subiram 36% cm 11 paises la-tino-americanos da Zona dc Livre Comércio tomados em con-junto, que são a Bolívia, Colômbia, Venezuela, Equador, Peru,iira.su, Paraguai, Uruguai, Argentina, México c Chile. Para as20 repúblicas latino-americanas a elevação foi de 29%.

CAFÉ EM DEBATE — O ambiente em Londres, no setor-de caíé, permanece tranqüilo, com os preparativos para oduodêeimo período de sessões do Conselho Internacional doCale que começará ainda êste mès. O Grupo de Trabalho parans Cotas Extraordinárias examinou ontem os pedidos de pro-düção, para o ano corrente, do Equador, Honduras,'Nigériaé Indonésia. Outro GT. sobre Fundo Comum de Diversifica-çâo de Culturas, chegou a conclusões provisórias que scráodiscutidas no seio do Conselho Internacional.

MERCADOS

Magalhães abre Conferência

para aumento de exportaçõesCom um pronunciamento do Minis-

tro Magalhães Pinto sôbrc as relações doBrasil com o mercado internacional seráinstalada hoje às 10h30m, no salão, derecepções da Associação Comercial doRio de Janeiro, a VII Conferência Bra-sileira do Comércio Exterior cuja agendaé de mais de uma centena de proposi-ções, entre as quais duas da Câmara deComércio Intçrnacional (comitê brasi-leiro).

Depois dos trabalhos das três comiassõestécnicas, que se iniciarão às 14 horas ese prolongarão até às 17, o Ministro daFazenda, Sr. Delfim Neto, fará uma pa'--lestía sóbre o intercâmbio comercial do*Brasil com outras nações, seguindo-se umdebate com o diretor da Cacex, Sr. Be-nedito Moreira, c empresários sobre osproblemas do comércio exterior brasileiro..

ARBITRAGEM

Ao comentar a proposta da Câmarade Comércio Internacional "recomendan-

do aos exportadores que incluam nes• contratos a cláusula de arbitragem da

Comissáo Interamericana de ArbitragemComerciar', o presidente da ComissãoExecutiva da VII Conferência Brasileirado Comércio Exterior, Sr. Giulite Cou-tinho, considerou-a "muito oportuna,' por-qus se trata de uma velha reivindicaçãonossa." >

Na justificativa da proposição a CCI(comitê brasileiro) diz que c- comérciomundial há muito tempo reivindica oestabelecimento de uma justiça própria"da qual a arbitragem internacional temsido o grande instrumento, criando umnôvo direito supranacional, levando pa-

ra êste campo os conceitos básicos dalivre empresa, rapidez; economia, ausèn-cia de burocracia, contatos diretos enire,as' partes."

i O secretário-geral do comitê brasi-leiro da/CCI, Sr. Sílvio Pedrosa, disse1 aoJORNAL DO BRASIL' que o que cáraçte-

; riza a arbitragem!internacional e consti-tui o seu próprio] fuiidamento é o fatode que a vontade dos interessados pre-domina e são eles que escolhem dc an-temão quais serão os árbitros e "quaisas normas e' os procedimentos a seremutilizados pelos mesmos."

¦ • • À-segunda proposição da CCI é a quesugere a adesão do Brasil aos convêniosinternacionais que instituíram o chamadosistema carnet ata, por isentar de taxasalfandegárias as exportações e importa-ções (por período determinado) destinadasa disseminar o progresso tecnológico.

ÚLTIMO A CHEGAR

O presidente da Federação das- As-sociações Comerciais do Maranhão,' Sr.'Haroldd Correia Cavalcanti, que foi oúltimo participante do conclave a chegarao Rio (noite de ontem) somente hojeapresentará a única tese do seu Estadoque será discutida na VII ConferênciaBrasileira do Comércio Exterior

Trata-se de um documento de duaslaudas defendendo a isenção total do Im-pôsto sobre Circulação de Mercadorias —'ICM — nos produtos exportados para ò'

.exterior "cuja matéria-prima é dc ori'-'gcni animal ou vegetal."

— Temos apenas uma proposta, masque tem grande significado para a eco-

nomia maranhense — salientou o Sr. Ha-roldo Correia Cavalcanti," depois de dizerquo considera a criação do Banco Nacio-nal do Comércio Exterior "como do maiorsignificado para o desenvolvimento do co-mércio exterior brasileiro."

BANCO DISCUTIDO

Até q início dos trabalhos das comis-soes técnicas da VII Conferência Brasilei-ra do Comércio Exterior deverá chegar àsmãos, do presidente da Confederação dasAssociações Comerciais do Brasil, Sr. An-tônio Carlos do Amaral Osório, o projetoelaborado pela assessoria técnica do Ban-co Central dando as diretrizes da estry-,tura do futuro Banoo Nacional do Comer-elo Exterior que o Governo pretende pôrem funcionamento até o íinal do primei-ro semestre, de. 19Ç9.

Enquanto o projeto orientado pelo Mi-nistro das Relações Exteriores, Sr. Ma-galhães Pinto, estrutura um banco deeconomia mista c que no momento estásondo estudado pelo Ministro da Fazen-da, Sr. Delfim Neto, o documento doBanco Centrai, segundo antecipou umassessor do Sr. Ernáne Galvêas, tem tô-das. as características de um órgão es-tatal

A opinião geral dos empresários queparticiparão do certame de comércio ex-terior é de que o Governo ainda não sedecidiu sobre a estrutura do Banco Na-cionai do Comércio Exterior "até porquedentro do seu quadro de auxiliares exis-tem divergências sérias", como é o casodo projeto do Sr. Magalhães Pinto comó do Banco Central.

Chefe da USAID destacaimportância tecnológica'como superior aò capital

A afirmativa cie que o progresso tecnológico émais importante do que o capital foi feita ontem naAssociação Comercial a um grupo de industriais pe-lo chefe" da Missão-da USAID no Brasil, Sr. WilliamA. Ellis, ao anunciar para outubro, em São Paulo,a realização da maior exposição industrial da Amé-rica do Sul com 63 expositores norte-americanos.

Disse que esses expositores, líderes em seus cam-pos específicos nos Estados Unidos, apresentarão, osmais recentes aperfeiçoamentos em equipamentostêxteis, maquinaria para embalagens, máquinas-fer-ramentas, maquinaria para processamento químicoe instrumentação, bem como máquinas de minera-cão e construção.

Paulistas disculein sobre caíéSâo Paulo (Sucursal) — A Associa-

ção Comercial de Sãc Paulo apresentaráhoje à VII Conferência Brasileira do Co-mércio Exterior uma tese sobre Café noMercado Internacional que sugere ao Mi-nistro da Indústria o do Comércio "sejam

efetivados esforços no sentido de umapolitica de vendas mais agressiva, re-cuperando-se parte do mercado perdido,pela expansão da produção africana."

Êsse objetivo, segundo a Associação,poderia ser atingido através do estabe-lecimento "de uma politica que desen-volva as condições de aproveitamento ra-cional pelo comércio de todas a.s quali-

dades e tipos vendáveis de nossa valiosaprodução."

Após analisar os mercados norte-americano, europeu, alemão, italiano efrancês, o estudo da ACSP assinala quea partir de 1962 o estabelecimento doCcnvénio Internacional do Café mudouas perspectivas, pelo menos a curto pra-zo, do futuro do café.

Nota. em seguida, que o consumo, apartir dai, não acompanhou o cresci-mento da oferta, observando que a va-lorízação artificial do ¦ produto, provocadaprincipalmente pelo Brasil, deu margemà expansão da produção de cafés em di-

versos paises, sobretudo o africano que,entrando no mercado internacional, con-correu para conturbá-lo.

O estudo analisa, então, a função doConvênio Internacional do Café comofator de disciplinamento do mercado, vi-sando sobretudo ao equilíbrio entre aoferta e a procura, mas afirma que asmedidas tomadas pelo órgão executor dasresoluções do Convênio, a OrganizaçãoInternacional do Café. "embora tenhammelhorado a situação geral, apresentaram,nas suas deliberações, uma série de fa-lhas que prejudicaram a consecução dasfinalidades do convênio."

AJUDA AO BRASIL

Acreditamos firmementeque a exposição contribuirásó para lucrativas relações co-inei-ciais entre nossos dois pai-ses, como também para acele-

¦rai- d" desenvolvimento econô-mico do Brasil, acrescentou oSr. William Ellis.

Observou que os economis-tas cada vez mais convencidosde que a tecnologia — acom-.punhada da administração ecia perícia que garantem suaeficaz aplicação — é a chaverio rápido desenvolvimento.

Um estudo aprofundadodos cem anos de desenvolvi-mento norte-americano revê-lou que a produtividade porhora de trabalho aumentouanualmente em 2%, enquantoque o capital aumentou emapenas 0.4':. Como se explicaessa diferença? Ent grandeparte, pela tecnologia.

DOIS EXEMPLOS

Afirmou o Sr. William Ellisque o capital medido em tér-mos do dólar aumentou lenta-mente, mas foi modernizadoconstantemente apor meios mui-tos mais eficientes, geralmente

. menos dispendiosos do que ositens originais.

•Países como o Japão e aSuécia, que aprenderam o se-grêclo de intensificar a evolu-ção tecnológica através da ino-dernização estratégica do capi-tal acham-se, agora, entre ospaises de mais rápido desenvol-vimento no inundo, Esperamosque a exposição estimule o

Brasil a seguir o mesmo ca-minho.FINANCIAMENTOS

A exposição está programadapara o período compreendidoentre 15 e 25 de outubro noIbirapiierà, através do Depar-tamento do Comércio dos EUA,apresentando equipamentos emaquinarias que não possuemsimilar produzido no Brasil.

Esclareceu o Sr. Ellis que oproblema do financiamento foitambém levado em considera-ção: organismos de crédito,nacionais e internacionais, es-tarão presentes no pavilhão,estudando com os industriaisuma forma viável de financia-mento. O Creai e o Finamcestarão num stand, com todasa.s instruções sobre a forma dese obterem empréstimos paraa aquisição de uma das 300máquinas e equipamentos aserem expostos. O Eximbank,de Washington, e a AID, tam-bém terão um escritório na ex-posição, onde darão assistén-cia técnica aas importadoresbrasileiras e aos exportadoresnorte-americanos.

Todas as firmas participan-tes da exposição trarão técni-cos dos EUA, bem como repre-sentantes, que eventualmentepossuam no Brasil. Todos es-taráo capacitados a discutircom os visitantes uma, formadc solucionar os problemasapresentados; Estarão, igual-mente, capacitados a fornecerassistência técnica- para osequipamentos que forem ad-quiridos pelo.s empresários bra-sileirõs.

BANCO FEDERAL ITAÚSUL AMERICANOS. A.

Rua Boa Vista, 176 — São PauloCaria Patente N.° 8208

*rBALANCETE GERAL EM5 DE AGOSTO DE 1968

CONSELHO CONSULTIVO

Abilio Brenha da FontouraAntônio A. Monteiro de Barros Net*Benedito Valadares -RibeiroGenésio PiresJoaquim Monteiro de CarvalhoJosó Bonifácio Coutinho NogueiraLí cio Meirelles Ferreiraluiz Eduardo CampelloManoel Cai-los AranhaManoel llrfifonso Arthur dt Castilho

Inscrição no Cadastro Geral dos Contribuintes do Ministério da Fazenda n.° 60.701.190

ATIVO PASSIVO

DISPONÍVEL

REALIZÁVEL

Empréstimos

, A' Produção! Ao Comércio, A Atividades Não Especificadas;A 'Entidades Públicas ,j A Instituições Financeiras I Em Letras Hipotecárias

NCrS NCrS25.776.528,23

CAI*"i;—Rio — O mercado de cnle disponível continuou ontem sus-tem.íido, com o tipo 7, stifru 1968-Gn, mantendo-se no preço de •NCrS G.00 por 10 quilos. Não houve vendas c fechou calmo.AÇUCAH—KIO — o merendo de açúcar funcionou calmo c Inal-torneio, tendo chegado 27 COO sacos procedentes do Eítado do Rioc saldo 10 000. Picaram cm estoque 03 510 sacos.ALGODÃO—KIO — o mercado de algodão em rama continuoufirmo c estável. Vieram de São Paulo 176 fardos e dc Minas Ge-rais 83. Foram embarcados 250 fardos e a existência 6 de 1 038.CAFÍ'*:—NOVA IORQUE — O café Santos B para entrega fuUirafechou ontem sem vendas nn Bolsa de Nova Iorque. Ã maioria¦do; produtos para entrega imcdlat,i. fechou inalterada. Mercado,calmo. Cotações dos principais cafés para entrega Imediata, em.centavos de dólar a llbra-pêsu: Santis ;i —á áí7 1/4; Santos 4 —37 1/21 Colombianos Manizales — 42 3/4: Mexicanos Lavados Coa-tcpec — 30 1/2; Angolanos Ambriz número 2 BB 33 1/4.AÇÚCAR—NOVA 10IÍQUI", — O açúcar mundial para entrega tu-tura do Contrato número . fechou ontem com baixa de três avjiovú pontos ua Bolsa dc Nova Iorque, a não ser o produto para.entrega em janeiro de 1000, que se manteve inalterado. Foramvendidos 7 690 lotes. O produto nacional fechou inalterado sem

_ vendas. O produto mundial para entrega imediata fechou inaltc-¦"vatk- em Nova Iorque a 1,70 centavos do dólar a llbra-pèso; etambém inalterado em Londres, n 1,65 centavos,CA CAL—NOVA IORQUE — O cacau para entrega futura fechouontem entre 26 e 30 pontos dc baixa na Bolsa de Nova Iorque,com venda de 2 087 contratos. As baixas foram provocadas porliquidações especulativas dos estoques e pelo bnixo volume das

. compras para entrega em setembro próximo.AI.GODAO-NOVA IORQUE — O algodão para entrega futura doContrato número 2 fechou onteni entre 26 c 92 pontos de alta.na Bolsa dc Nova Iorque. O Contrato número 1 fechou entre inal-terado c 10 pontos de baixa.

Àndreazza anuncia términode estrada que integraráo interior do RG do Sul

-' O Ministro Mário Àndreazza, que regressa hoje ao Rio,anunciou em Cachoeira do Sul a conclusão, ainda êste ano,da BR-290, entre Osório e Uruguaiana, no Rio Grande doSul. A estrada será um eixo de integração turística e eco-nõmica, pois une Porto Alegre à Argentina e por ela se"escoará

a produção dos municípios da região central doRio Grande do Sul.

O Ministro fêz uma visita de inspeção ao local, na qualpercorreu mais de mil quilômetros de estrada, e que en-¦"cerrou-se ontem. Na inspeção destacaram-se ainda duas

v,obras de importância para o Estado: a barragem já con-cluída do Fandango e as obras da barragem do Anel deD. Marcos.

Outro» Créditos

B sn co Central — RecolhimentoCheques Documentes a Ordens em Compensarão ou a ReceberAdiantamentos sobro Cambiais e Contrates de Câmbio Acicn-istas — Capital ã Realizar '.....Correspondentes no PaísMatriz, De-pD/tamenros e Correspondentes no Exterior e-ni Moedas

Estrangeiras Matriz, Departamentos e Correspondentes no Exterior Moeda

Nacional Departamentos no Pala Outras Contas

140.545.345,8354.293.915,7931.774.951,04

538.411,73

60.317.851,£019. 036. 777,583.412.550,51

t.052.268,41

1.704.671,90

117.951.792,5514.411.261,42

227.152.624,99

533.227,90

217.950.173,87

Valora* • Bani

Títulos à Ordem do Banco Central ,... 1.Outros Valores -.Bens

IMOBILIZADO

Imóveis de Uso, Reavaliação e Imóveis em ConstruçãoMóveis, Utensílios e AlmoxsrHsdo ¦ .Instalação da Sociedade

18.651.043,395.573.591,354.695.973,74 23.920Í608,48

13.159.763,567.649.253,65

RESULTADO PENDENTE CONTAS DE COMPENSAÇÃO

474.023.407,34

20.809.017,21

6.044.722,79338.636.604,28

TOIAL NCrS 865.290.279,85

NAO EXIGIVEL

Capital:De Domiciliados no País ,,,De Domiciliados no Exterior

Aumento de Capital Correção Monetário do Ativo Reservas e Fundos

EXIGIVELDap ó sitosà Vista • a Curto Prazo:

Do Púbüco De Domiciliados no Exterior De Entidades Públicas

A Médio Prazo:Do Público

a prazo fixo • com correção monetária

De Entidades Públicss

Outras ExigibilidirfosCheques e Documentes a LiquidarCobrança efetu-Eda em trânsito Ordens de Pagamento ',.',Correspondentes no País MstrÍ2, Departamentos e Correspondentes no Exterior em Moe-

das Estrangeiras Matriz, Departamentos e Correspondentes no Exterior em Mes-

da Nacional Departamentos rvo PaísOutras Contas

Obrigações (Espaciais)Recebimentos por cta. Tesouro NacionalRedescontos e Emp, no Banco Central .Depósitos Obrágalórios - FGTS Obrigações para Ref. Repasses OficuiisOutras Contas

NCrS

14.998.416,001.584,00

294.780.618,0510.425,65

15.730.284,98

533.227,90

14.884,759,915.695.824,49

512.105,54

192,31111.288.112,39

7.913.263,59

547.844,2611.718.829,719.401.854,719.906.776,613.989.055,04

NCrS

15.000.000,00

3.963.233,4210.348.770,04 29.312.003,46

311.054.556.58

RESULTADO PENDENTE CONTAS DE COMPENSAÇÃO

140.294.256,23

35.564.360,33 486.913.175,14

10.428.496,97338.636.604,28

TOIAL NCrS 865.290.279,85

S5o Paulo, 12 de agôslo de 1963.

PresidenteDiretcr Presidente

Vice-Pre3Ídente ExecutivoVice-Prceidente ExecutivoVice-Presidente Executivo

João Nanlcs JúniorEudo.o VilltliAloysio Ramalho FozJos» Carlos Moraes AbreuLuiz da Monas Barros

Diretor GeralDiretor GerenlaDiret >r GerenteDiretur Ger^nt?Direto.- Giranr*

Olavo Egydio SatúbalJoio Baptista Itopoldo FigueiredoFrancisco Finamor»Mário Tavares FilhoHaroldo do Siqueira

Diretor GerenteDiretc-f-ConselheiroDiretor-Conselhíiro

Gerente Gerai Admin:strati\Gerente Gere! Técnico

Wilter Lei» dl Silva

Manoel Josó de CarvalhoHermann Moraes do BarrasRubens Marlins VilleliExpedito LamyGeraldo Toledo Moraes

T.C. - C.R.C. S.P. 20.348

BANCO FEDERAL ITAÚ DE INVESTIMENTO S.A.RUA BOA VISTA, 176

Carta Patente GEMEC-A-1036/66

Inscrição no Cadastro Geral dos Contribuintes do Ministério da Faienda n.° 61.532.644

EXTRATO DO BALANCETE GERAL EM 05 DE AGOSTO DE 1968

P AS5I VO

,INSPEÇÃO

As barragens inspecionadasjuntamente cora a dc Três Ir-

- mãos, destinam-se ã rcgulari-zacão do curso dos rios Jncui cIbicui, e quando concluídaspermitirão em qualquer épocado ano a navegação dc navios

de até 8 pés ao longo de 300quilômetros.

O Ministro anunciou paraaté cr íim do ano a conclusãoda pavimentação da BR-290 atéRosário, sendo que esta etapadeverá ser inaugurada peloPresidente Costa e Silva.

DISPONÍVEL

Em depósito no Br.nco do Brasil S.A

REALIZÁVEL

Empréstimos c\ Correção Monetária Devedores por Responsabilidades CambiaisAções e Debêntures -Acionistas — Contas de Capital a Realizar ,Depósito no Bonco Central do Brasil para aumento de CapitaiOutros Créditos

NCrS

800.000,0079.123.539,094.175.116,88

- 1.496.601,503.961.551,83

FUNDO BANKI1$/EST CONTAS DE RESULTADOS PENDENTESCONTAS DE COMPENSAÇÃO

NCrS

348.564,62

89.556.809,30

10.766.322,65933.279,73

110.943.608,15

TOTAL .'-..NC.ií 212.553.584,45

NAO EXIGIVELCipátal Fundo d"e Reserva Lega! Fundo -de Previsão

EXIGIVELTitulos Cambiais:

Com Correção MonetáriaCom Paridade Cambial ..

Depósito a Prazo FixoDividendos a Paçsr .Outros Créditos

NCrS

^4.931.700,001.481.903,60

cj Correção Monetária

NCrS

7.500. OCO.CO281.544,06

1.6CO. 000.00

46.413.603,60

27.896.400,00

3.563.903,61

FUNDO BANKINVDST - Decreto lei 157CONTAS DE RESULTADOS PENDENTES ...CONTAS DE COMPENSAÇÃO

NCrS

9.381.544,06

77.873.907,21

10.7663.588

110.943

322,65205,38608,15

212.553.5aaS4.45

rio. 12 de agosto de 1968.

Presidenta¦ Diretor Presdent* .Vice-Presidente ExecutivoVice-P'35Ídent- ExecutivoVice-Presidente Executivo

João Nantas JúniorEudoro ViltelaAloysio Ramilho foiJosé Carlos Mo-ar. Abreuluís da Monas Barro»

Diretor GeralDiretcr GerenteDiretor Gsre.itíDiretor GerenteDiretor Gerente

Olavo Egydio SatúbalJoio Baptista Leopoldo FtguairadoFrancisco FinamoreMírio Tavaras FilhoHaroldo d» Siqueira

Diretor Gerente —Diretor-Conseiheiro -D;refo:*Conse!heiro —

Gerente Gera! Administrativo —Gerente Geral Técnico -

WllKr Uitt da Silva

IManoel José da CarvalhoHermaitn Moraes d« Barros »Rubens Marlins VillolaExpadilo lamyGeraldo Toledo Mora**- T.C. - C.R.C. - SP. 20.345 ¦

i IP

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16 — -.• Ca_., Jornal do Brasil, qiiarta-f.lra, 14-8-6

Macedo indicará os técnicosque analisarão anteprojetoniudando a política cafeeira

. O Ministro da Indústria e do Comércio, Gen. Edmun-dej de Macedo Soares e Silva — que chega ao Rio às 14 li—- deverá discutir ainda hoje com o presidente do Insti-til.o Brasileiro do Café — IBC, Sr. Caio de AlcântaraMp.cl.ado, a indicação de uma comissão técnica destinadaa efetuar uma análise critica do anteoroj-eto que prevêa reformulação da política cafeeira nacional.

ü Os técnicos indicados pelo Governo, deoois de exami-nàrem o anteprojeto elaborado pela Comissão Mista doCongresso Nacional, terão um prazo a fim de ofereceremsugestões a serem acrescentadas ao documento,- ou pro-pçrem ao Executivo a confecção de substitutivo para tunatramitação paralela junto ao Legislativo,' quando este ti-ver que se. pronunciar sobre as modificações a serem in-troduzidas no IBC. iPERSPECTIVAS

A Comissão Mista do Con-gresso Nacional destinada a al-terar nas suas bases a políticanacional cle comercialização docafé apresentou o seu antepro-jeto em Brasília, no dia 7 úl-timo. pregando, principalmen-te, a extinção da cota de con-tribuiçâo para o café cru e so-lúvel: a circulação da produ-ção nacional comerciável (ex-portação e consumo interno)baseadas em cotas de mercado;a exoneração do Governo dosencargos de aquisição dos even-tuais excedentes das safras,cuja estocagem passaria a serfeita pelo produtor; tratamen-to Igual para todos os portosno tocante à liberação de ca-fés vendáveis: eliminação to-tal dos subsídios para o mer-cado interno; e a instituiçãode um sistema que detenha adesnacionalização do comércioexportador brasileiro.

Embora o anteprojeto prepa-rado pelos deputados e sena-dores com base em estudos esugestões de entidade de cias-se e de setores do Governo, nãopregue a extinção da autarquiacafeeira, o relator da matéria,Deputado José Richa (MDB —Paraná), defende a criação, co-mo órgão delibera tivo, de umconselho superior, ao nivel deministros de Estado, com repre-sentação também dos governos,dos Estados produtores, da la-voura, do comercio e da indús-tria.

Agora, após a reunião havi-da no Rio, com o presidente doIBC, na última segunda-feira,íicou acertado — por sugestãodo Senador Nei Braga — queo Governo indicará uma co-missão técnica para criticar odocumente. Embora na sériede contatos já realizados comos vários órgãos do Governonão tenha ocerrido qualquerdistorção filosófica quanto à

necessidade urgente de ss alte--rar a po-lítica cafeeira, é pro-vável que o Ministério da In-dústria e do Comércio, o Mi-nistério da Fazenda c o pró-prio IBC tenham a intençãode oferecer suas sugestõesdc maneira mais direta agora,após a conclusão do trabalhoda comissão de deputados esenadores.

Enquanto aguardam o pro-nunciamento dos técnicos doGoverno — que deve demo-rar cerca de 15 a 20 dias — aComissão Mista do CongressoNacional estará dia 16 em São .Paulo e dia 17 em Londrina,nc Paraná, para apresentar,oficialmente, a conclusão doanteprojeto- e arrecadar algu-ma possível sugestão. Para omesmo motivo, estarão dia 2de setembro em Vitória, no Es-pírito Santo e no dia seguinte,em Belo Horizonte, Minas Ge-rais.

ACORDO

São Paulo (Sucursal) — ODeputado Dias Meneses (MDB-SPt, ao seguir ontem paraBrasília, declarou que "o Ácôr-do Internacional do Café. ce-lebrado em 1967, em Londres,entrará, esta semana na ordemdo dia da Câmara, correndo orisco de passar despercebidoem virtude do projeto de anis-tia dos operários e estudantes '

que participaram de movimen-tos subversivos no país.''

Afirmou que apesar das ges-toes do Itamarati junto aoscongressistas "tentando a apro-vação do Acordo a toque decaixa, a Comissão de Agricul-tura obteve uma vitória pre-ciosa, conseguindo que o deba-te da matéria, fosse transferidopara este mes."

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Governo fixa índices paraa correção monetária desalários do mês de agosto

Brasília (Sucursal) -A O Presidente Costa eSilva assinou ontem o Decreto que atualiza o nívelsalarial, durante um período de 24 meses, para seraplicado em acordos e dissídios coletivos. A corre-ção monetária dos salários tem como deflator o ín-dice de inflação — custo de vida e preços — nos úl-timos dois anos.

Para reconstituir os salários médios reais dosúltimos 24 meses, serão utilizáveis .os coeficientesabaixo, aplicáveis aos salários dos meses correspon-dentes no acordos coletivos de trabalho ou decisãoda Justiça do Trabalho, cuja vigência termine nomês de agosto do corrente ano.A CORREÇÃO

Os Índices para a atualização salarial são os seguintes:

Mês Cocficien'

Agosto de 1960 1,54Setembro de 1966 1.50Outubro de 1966 1,48Novembro de 1966 1,46Dezembro de 1966 1,44Janeiro de 1967 1.33Fevereiro de 1967 1.36Marco de 1967 1,32 .Abrií de 1967 1.29Maio de 1967 1,25Junho de 1967 '. 1,24Julho de ¦ 1967 1,21Agosto de 1967 1,20Setembro de 1967 1,19Outubro de 1967 1,18Novembro de 1967 ..' 1,16Dezembro de 1967 1.16Janeiro cle 1968 1,13Fevereiro cle 1968 1.11 '

Marco de 1968 1,09Abrií de 1968 1.07Maio de 1968 1.05Junho cle 1968 1,01Julho de 1968 1.00

O salário real médio a ser reconstituído será a médiaaritmética dos valores obtidos pela aplicação dos coeficien-tes acima aos salários dos meses correspondentes.

Economistas recomendam emsimpósio novos métodospara ensino especializado

Encerrou-se ontem o I Simpósio dos Conselhos Regio-nais de Economistas Profissionais, que om seu decorrertratou principalmente dos problemas die reforma e melhororganização do ensino de Ciências Econômicas do p.üs,"objetivando assim uma melhor formação do profissionalem Economia"., segundo declarações do presidente do Con-seiho Federal dos Economistas Profissionais, Sr. Mário Si-nibaldi Maia.

Durante a realização do Simpósio também foram apro-vados o Código de Ética Profissional do Economista e acriação da Ordem do Mérito Cairu, que será concedidaanualmente aos economistas que mais se destacarem. Foiigualmente registrado um voto de louvor à Resolução 88do Banco Central que decidiu a criação de auditorias nasempresas inerentes ao mercado de capitais, com a resp:n-sabilidade de economistas registrados.

ENSINO

Quanto ao problema do en-sino nas escolas de Ciências'Econômicas sugeriu-se uma re-forma em que os CurrículosMínimos visassem a formaçãode Economistas nos níveis bã-sicos, profissional e de espe-cialização, dando-se maior am-plitude aos últimos, no sentidode habilitar ao exercício emalto nivel da pesquisa, do ma-gistério e da direção económi-ca, tanto da atividade públi-ca cemo empresarial.

Poi solicitado igualmente acConselho Federal de Educa-ção que na continuação da suapolítica de criação de escolase faculdades cle Economia dèmaior ênfase às exigências so-licitadas pelo mercado de tra-toalho, instalações mínimas ade-quadas e principalmente maioramparo ao corpo decente coma eventual melhoria de salários

a íim cle que os professores pos-sam dedicar-se inteiramente àformação de perfeitos profis-sionais.

Foi alvo dc numerosas reco-mentíações a necessidade de oGoverno propiciar direta e in-diretamente estágios para osestudantes cle Economia nos di-versas mecanismos econômicose que o Conselho Federal deEducação tenha sempre pre-sente a consulta aos órgãos quefiscalizam a profissão de eco-nomista. O Código de Éticaaprovado pelo plenário do Sim-pósio por unanimidade temeo-mo objetivo indicar normas cleconduta que devem inspirar asatividades profissionais eorien-tar o economista no sentido dorespeito à legislação em vigor,aos interesses do cliente eprincipalmente resguardar asua dignidade e honestidadeprofissional.

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AVISO DE TRANSFERÊNCIACONCORRÊNCIA PÚBLICA N.° V-12/68

(VENDA DE CASCOS DE NAVIOSINSERVÍVEIS - SUCATA)

Comunicamos aos interessados na concorrênciapública N.° V-12/68 (venda de cascos de navios inser-viveis - sucata), que a data de abertura das propôs-'tas, anteriormente marcada para as 15 horas do dia15 de agosto de 1968, fica transferida para as 16 ho-ras do dia 16 de agosto de 1968.

a) Waldir Paixão CarreraSuperintendente do Abastecimento

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informações:Ipiranga s.aInvestimentos, Créditoe FinanciamentoRua da Alfândega, 47Tel.: 23-8420

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DÓLARCompta 3,20Venda 3,22LIBRACompra 7,60Venda ......... 7,80

O Manco do Brasil . osbancos particulares opera-ram á-s seguintes 'asas:

McedaDólarDólarLibraMarcoFlorimFrancoFreincoFranco FrancLira Cürc-a Dlr.íimCoroa NòruOECoroa SuecaXc!lm AustEscudo Port.

Canad.E-te-rl.Alem.

BjígóSuíço

MOEDASCompra Vtnda Peseta nominal nominal XcUm Anal. 0,11. 0,1273'-° 3'22 Pès° Arsent. • 0,008320 0,010078 -/.„ rr.,,<. nnn mu.2.9B080 3,01553 PcsoUrug. nominal nominal PÍSO Urug- '' 0,,li u'u177,79552 7,64900 Coroa Siicca 0,60 0.62

««oí. S__lí? Franco Belga 0,0« 0,0650.33272 0,88934 TUCiS DO MANTItr0,063036 0,004406 iAAAS uo MAf,ü'ü' Franco Franc. 0,64 0,6«0,74170 0,74'_.00 Mceila Comnra Vend» Escudo Port. 0.110 0,11.

O,C0ü147 0,00jl93 Libra 7 60 7 800.42512 0,42938 Dólar 3,20 322 Llra *'1"'5 0.00530,44704 0.45144 P6.;0 Argont, 0.008320 o]oiO078 Franco Suíço 0,73 0.750,61904 0,62451 Dóiar Canad 2 nn 1 on0,123360 0,125741 síano . 0,79 C8li P"6ta °'°48 9fiit0,111360 0,113666 Coroa Dinam. 0,41 0,43 BolIr.tr 0.68 0.71

HIO DI3 JANEIRO — O mercado e.;.:c-ss:_tou-sc on:--„n e_n baixa. O Índice"BV{Ixçu-iè eni 195.2 psnisi, cainíj 1.2 pen-to em rclaçáo 2.0 nível d_ s.^-n.l-.-f.-r.i.Atinai- o volume d. negócios a lm..:---tánola tte NCrS 933 mil, oorres-5nd_nte

BOLSAS DE VALORESa 631 mil ações negociadas. Dentre asações mie compõem o IBV, a-pona-s umaapi-M-cntou-se ci:n ajfa: as da Siderúr-Bica. Nae.cnal. Treze nvs-ntlrérám-sa cs-tirei» e 13 baixaram. As rivais negociadas:Petrobi-ás; E-elgo Mineira; Mesbla, pre-

fcrenclal; e Siderúrgica Nacional, portu-dor, que subiu 2,7 pontos. As que maisoairara: Força e Luz de Mina.3 Gerais(— 2,7); Mesbla — ordinárias (— 2,6);Ferro Br.asüelro {— 2,3); Brasileira deRoupas (— 2.1); e Belgo Mineira (— 3,0).

MfibiA s. x. dos títulos particulares na balsa bo rio de janeiro13-3-68

6511

CRESCINCO , . . .ATLÂNTICO TAMOYOS. B. SABBA VERA CRUZ NORTEC SUL BRASIL IPIRANGA F. F. CRESCINCOATLÂNTICO (157)IfALLES HALL15S (1571 BIE-FIB (1571 ....DELTEC BRAFTSA (157) ...OREFINAN .157) ..B. G. I. (157) FEDERAL

12-8-886657

6-3-6S6515

30-8-636069

agosto de 19674457

(Elaborada pela Organlzaçüo S. N. Ltda.)FUNDOS MÚTUOS DE INVESTIMENTOS

Data

12-03-63O3-0S-6312-03-6512-C3-6312-03-6304-05-6331-07-5312-C3-6321-06-6323-06-6303-03-6303-03-6303-03-6803-03-6309-03-6812-03-0312-0,3-6312-CS-63

Valor da cota ultima distribuirão Valor do fundo0.9453,340,9-!50,1435,570.04»1,791,3D1.191,330,5751.1971,37 ¦0,4171.67

13.4211,4051,91

O1-06-6S28-06-6829-12-6728-06-6823-06-6831-11-6729-12-67

(0,946)(0,20)(0,17)(0,01)(0,32)(0,17)(0,04)

16-04-63 10.10)

28-06-G8 (0,03)26-06-68 (0,09)15-04-68 (0,08)15-06-6S (0,015)

28-02-63 (0,07(

29-02-68 (0,70)

69 451,2 280

124211

1 4137573

1 8076 677

7EO1 3444 852

11 202949272201

1 214036

203,25O«2,03446,75125,90171,29660,00399,87829,10179,85125,70343,57690,74342,92356,78872,02043,55885,67844,00

Ações

AÇÓES ÍIE CIAS.DIVERSAS

A. VILLARES. Pref..Classe A, E::/Bon.

ALPARGATAS ....AMÉRICA FABRILARNO B. DO BRASIL . .BELGO-MINEIUA .BRAHMA, Pref. ...BRAHMA. Ord. ...BRAS. DE E. ELE-

TP.ICA BRAS. DE ROUPASC. B. U. CIA. TRANSP. COÍM.

I.MPORT. D. DE SANTOS . .D. ISABEL, Frei.D. ISABEL. Ord.

Cot. Quan-Média tidade

0,83 1001,70 i 3 7000.26 12 5000.66 10 0008,21 15 5420.48 65 6001,75 15 6001,69 14 400

0,79 IU 2000,47 ' 6 0000,24 4 200

1,00 2 0051.10 18 4000.77 2 0000,62 1 000

Ações Cot. yuan-Mídia tidade

DUCAL ROUPAS.C/29

ESTRELA, Pref] ...EDITORA JOSÉ

OLÍMPIO, Pref.,Nom„ Endossarei,E.:.'Dir

F. BRASILEIRO ..F. E LUZ DE M,

GERAIS F. E LUZ DO PA-

RANA HLMEKIBON LETRAS HIPOTE-

CARIAS DO BEGL. AMERICANAS.Rec

L. AMERICANAS ..SIDER. MANNES-

MANN, Ord

0,781.65

1.101.38

2 050400

10003 600

Ações Cot. Quan-Média tidadí

Pref.,

0.71 4 700

0.710.343,40

0.80

3,773,86

2 200á 600

19275 400

0,55 3 700

SÃO PAULO (Sucursal) — Os traba-.h-s foiMzadós no pregão d* ontem, apre-sentaram-se calmas, com movimento bominferior e poucas transações, que aitln-glr.iun somente a NCrS 632 299. As cota-cot. também foram íracas, verificando-se qv.c houve queda no Índice BOVESPAcle 0,6 pentos, (— 0,3Ç_) íixr.ndo-se em162,6. Dentre as companhias que o com-

Nova Iorque (UP-I-JB) — A Bòisa d»V-t-ôres di Nova Iorque teve oni eni oseu segundo dia, censecutiro dc aita, se-gundo oí ob-jerva-dpris .imít rea-çü-j téc-nica as baixas das -itinias semanas. Oíndice Merc.ntil da UPI registrou alta de0,37 por cento. Naa 1 530 ações negocia-dss,- houve -776 altas « 532 bnlxas. O in-

MESBLA,Novas

MESBLA. Ord.,Novas »

MESBLA, PrefMESBLA. OrdMET. IGUAÇU.

Ord., PortM. SANTISTA ....N. AMÉRICA. PortP. DE F. B LUZPÈTROBRÁS, Pref.PÈTROBRÁS. Ord.PETR. IPIRANGA,Pref ;.....

PETR. IPIRANGA,Ord

SAM1TRI S. B. S. SABBA.

Pref., NomSOUSA CRUZ ..;..

Ações Cot. Quan-Média tidade

1.08

1.101,151,14

3,351,281,240,74

3 90041 100

7 100

62 000400300

7 3001,04 167 7130,70 88 620

1.370.63

1,002,67

100

2 2001700

2 51915 400

SIDER. NACIONAL,Port

SIDER. NACIONAL,C/4

3IDER. NACIONAL,Nom

V. RIO DICE, Port.WHITE MARTINSWILLYS, Ord

TlTULOSDOS ESTADOS

(GUANABARA)

LEI 14 LEI SOO

0,76 33 100

0,73 4 300

0.713,474,000,55

200500400

7 700

0,900,60

599270

T. PROGRESSIVOS 805,00

põem, 7 subiram, 9 baixaram e li per-manectr.un estáveis. O volume de nego-cios » cifra de NCr$ 632,299, a quaivti-dade de-254 793 tltoil-S e a reallzaçüo de193 operações. Ações que mais subiram:Açcs Villares, ord. (-f- 2,3), pref.. B ( +4,5), Paulista de Força e Luz (-f 1,4),Vale do Rio Doce (+ 2.3), Brasmotor, ord.cupão 30 (+ 2,3), Inds. Villares, prei. A

NOVA IORQUEdice da B6-sa mostrou uma alta de 22centavos no valor médio das ações. Amédia industrial Dow Jcnes subiu 3,66pontes, fechando em 884,63. Nas fábricasde relçulcs, a Chrysler subiu 1 1'4 pontos;nas erhp.êtiás ferroviárias, a N.rtl-v.-cstIndustries ganhou 5 1|2; mu ccmpnnhlasde aviaçáo, a National e a United tire-

— Antigas C+ LO). As ações que maisbaixaram: Alpargatas — cupSo 8 (— 1,4),Arno — Cupáo 40 (— 1,8) e eupáo 42 (—8,5), Cimento Itaü. pref. nom. (— 4,3),pref. port. (a 2,5'/») (— 4.1), Duratex,pref. Cupáo 17 (— 3.S), Estréia — pref.cupfio 53 (— 1,9). Inds. Villares, ord. ( —2.4), pref. B. — novas (— 3,9), Lojas Ame-i-lcanas (— 2,5), Willys ord. (— 3,8), -

ram a mesma alta- 18 pontos. Entre asempresas eletrônicas, n, Motorola caiu 43.'4 pomes, ante a noticia de que váriosdi.ret_.es estavam deixando a firma paratrabalhar com Lester Hogan, mu ex-vice-presidente, .na Fairchikl Cnmera, que, su-biu 5 3:8 pontos. Foram rendidas12 730 100 ações por 15 730 000 dólares.

BOLSA DE NOVA IORQUENova Iorque (UPI-JB) '— Média dt Dow-Jones na Bolsa de Nora Iorque, ontem:

Ações

30 INDUSTRIAIS20 FERROVIAS '

-Min. Fin. Variai;.

883,48 350,82 8.7,7-1 834,63 + 3.68243,89 251,14 247,85 250,05 -f- 1,72

Abcrt. Máx. Min. Fin. várias.15 CONCESSIONÁRIAS65 AÇÕES

131,17 131,93 130.27 131,04 -.- 0,0»317.84 320,45 316.01 318,33 J. 1,40

-T-,,.oi'mS?? ¦*¦¦*** '.»«6es..>>.llã_49S.

nò,.Indioo:;In'd1Í5titeis, 743 900. Ferrovias 86 500; Concessionárias Serviços Públicos -87 500.

Índice Dow-Joncs de futuros de mercadorias (média. 1924-26 representa 100). Final 134,50.

PREÇOS FINAIS:

Nova Iorque (UPI-JB) — Preços finais na Bolsa de Valores de Nora Iorque ontem:

_„.J lí!"1, •¦•• U_1/2 Con Ed Im Tcl & Tcl 56 Re- Tob 40-3/4Allis Chal .... 27—3/8 Cont Can .... 55—1/2 Johns Manrille 65—3'4 Sears 65—3/8Am Can .- 47—1/8 Cont Stl 49—1/2 Kcnnecott .... 39—1/8 Sinclair

75—1/2Am Met CI .. 43—1/8 Oord Pd 41—1/4 Lehman 22—3/4 Southern R

'' 51—7/8Amei- Std .... 42 Crown Zell .. 49—1/4 Loc!:heed 52—3/4 Std O Cal 64—1 '2Amer Smel .. 36—7/8 Curtiss W .... 25 Loews Thea ..'86 Std O Ind

52—1/2Am T & T .. 51—1.8 Du Pom. 155 Louestiu- Cem 27—1/2 Std O N 79Amer Tob .... 33—5-8 East Air L ... 39—1/8 Mobil 011 .... 54—1/8 Std Brands 38—5/8Auaconda .... 46—5/8 Eastman' 78—7/8 Moni Ward .. 37—7/B Studc Worth 50Armour 48—1/8 Electron Spc 33—3/8 Nat Cash R .. 128—1/4 Swift 16—1/2Atlan Rich .. 90—58 Ford 52—1/2 Nat Dist 39—1-4 Tech Mat ..." 10—3'4Atlas Corp ... 5—5/8 Gen Ele 81—7/8 Nat Lead .... 61 Texaco 70—7'8Bendlx 36—7/8 Gen Foods ... 82—5/8 Otls Eler .... 44—3 Texas Gulr 31—7/8Bcl'" Stl 2» Gen Motora .. 78—3/4 Pac G El .... 34—3 Textron 4G—7/8Can Pac 62—1/2 GiilcUe 53-7/8 Pan Am 23 Tlmken 36—3'4Case J r .... 15—7 8 Gcodyear 56—3/4 Penn N Y Cen 69—3/4 Un Carbide

41c""° 44—1/4 Grace W R .. 41—5/8 Phillips P .... 64—1/4 Un Carbide 41Ches & Oh .. 66—1/2 IBM 343—1/4 Pub SEG.. 33—í/8 Union Pacific 51—1,4Chrysler 63—1/4 Int Harr 32-7/8 RCA 47—1/8 United Aircr 60Col Gas 28—3'4 Int Nick 98—3/8 Rep Stl 42—3/8 Utd Fruit 48

U S Steel ....U S GypsnmU S SmeltlngUnion Royal ..Warner Bros .Woohrth Westg El Alllen luc Ark La Gas ..Brit /_m OU .Brit Pet Crcole P Espcy Mfg ...Glant Yoll ...Home Oli A ..Husky Oil Norf So Ry ..SeemiinSyntex

3»85—1/462—3/86042—3/42771—7/852—1/238—3 440—1.-413—7/8402110—5/823—1/223—1/83911—7/862—7/8

Londres (UM-JiB) — Resumo da ses-sáo de ontem da Bolsa de ValOr-es d-_-Londrts:

Títulos do Gorêrno — Pequena bai-xa. em ccnseqilén-e-a das más noticias sô-bre o comércio exterior do pais em Junho

Indústrias — Alta de 1 shi-U-lng 1 e 12pence nas ações. c'ia Imperial Ohemicals,agora cota-Jas a 72 shilllugs 3 pence cada.Destaque t.íimbém ! p.vm Düiiíijj, Glaxo,Geo e Couitaulds. Estaleiros — Grandeprocura. Bancos — Estáveis. Seguros —

Em alta. Ações Norte-Anicricanas — Eanbaixa. Açfics Européias — Em baixa. Mi-nas ile Ouro — Em baixa. Minas Aus-tràllauns — Em alta. Petróleo — Firm.3.Borrocha — Em alta. Plantações de Chi— Em alta.

AGENCIA DO

JORNAL DO BRASILNA

PENHARua Plíniode Oliveira44-MDas 8,30 às17,30 horas

Sábados:

Das 8 às11 horas

-.".v»si>;."í!!:wi»-S!V-'-

Jornal do Brasil, quarta-feira, 14-8-68, 1.° Cad. — 17

•::

Bulhões çliz que déficit êainda a causa da inflação

O ex-Minlstrò da Fazenda. Sr. OtávioGouveia de Bulhões, afirmou ontem', em cou-íeréncia sobre a conjuntura nacional, pronun-ciada na Associação Comercial do Rio, que apersistência do déficit orçamentário poderáinfluir desfavoràvelmente na contenção da in-ilação e que uma expansão exagerada, docrédito, seguida de contenção brusca, podetrazer novos resultados indesejáveis.

Ressaltou, entretanto, que o Governo está,executando seu programa orçamentário cleívmneira favorável. Informou que a receita,que vinha sendo arrecadada na base de NCrS100 milhões por mês, em junho e julho, ele-vo.i-se para 1 bilhão de cruzeiros mensais, eadmitiu que êsse aumento dc 300 mil na arre-caciação pode ter sido o responsável pela crisede liquidez bancária no período.

ExpansãoExplicando que o instituto Brasileiro de

Economia da Fundação Getúlio Vargas rea-liza periodicamente uma "sondagem conjun-lurai" junto aos empresários e que. ate oprimeiro tíimestre de 1967 os resultados de-menstravam um pessimismo acentuada quese transformou num maior otimismo a partirde abril de 19G7. o professor Otávio Bulhõesrelatou as considerações formuladas pelos queapuraram os dados do último inquérito daFundação, realizado cm julho último:

"Os resultados refletem um clima de ex-pansão e otimismo, na indústria. Prosseguiu,no segundo trimestre, a expansão da pro-cura e, em conseqüência, verifica-se genera-lizado aumento da produção e de emprego.Essa evolução favorável, verificada no segu_i-do trimestre, confirma a previsão feita emabril. Há cinco trimestres consecutivos pre-domina a tendência dc expansão. Pode-seafirmar ser o nivel de atividade industrialneste ano bem mais elevado do que no anoanterior;"

Lembram os redatores de Sondagem Con-jtmUiral, informou ainda que no inquérito de.abril foi feita uma indagação sobre a utili-zação cia capacidade produtiva, tendo sidofreqüente a resposta de produção com capa-cidade ociosa, ou seja, a possibilidade de au-mento de produção com acréscimo apenas demaior número de emprego e. em alguns ca-sos, sem haver mesmo necessidade de maioraumento d? trabalho.

EstagnaçãoO ex-Ministro da Fazenda do Governo

Castelo Branco disse que a indicação de ca-pácidadfe ociosa permite admitir uma ex-pànsãó da produção independentemente doacréscimo do custo e ressaltou que, na ver-dade, a existência de capacidade ociosa nãosignifica,, necessariamente, a presença de umclima de estagnação.

— Projeto algum, explicou, é elaboradocom a perspectiva de imediata utilizaçãoa plena capacidade. Nos muites casos de in-vestimento de prolongada execução, comoocorre cem as usinas de energia elétrica. _várias. nutras atividades que requerem pro-longado período de elaboração-, é semprea3oi_.ell.avel a previsão da capacidade defuendimento, além daquela verificada no pre-sente.

Os projetos inserem a perspectiva de ex-pahsãt?. Todavia, se há cinco trimestres seobserva um aumento crescente na quantidadeproduzida, dentro de peuco tempo, em váriossetores, surgirá inevitàvelemnte a construçãode novas escalas de produção. Os investi-mentos serão intensificados, a par da pres-são do consumo final. E' esse. sem dúvida, oAmbiente propicio à aceleração de desenvol-vimento econômico.

Advertência— Mas, ressaltou, é. também, um ambien-

te propício ao ressurgimento inflacionário. casohaja uma fonte de inflação, como seja. o de-íicit orçamentário do Tesouro Nacional.

A existência de um déficit orçamentário,paralelamente com a pressão da procura debens cle consumo e cle fatores de produção des-tinados a investimentos, torna a situação in-solúvel para as autoridades monetárias. Se osmeios de pagamento não forem diminuídoscm sua expansão, através do aumento do cré-dito da rede bancária, a inflação se faz pre-

sente, com extraordinária rapidez; se os meiosde pagamento forem íreados, a presença dosefeitos do desequilíbrio do Tesouro, faz comque a delimitação seja mais rigorosa, o que,geralmente, provoca o exagero da restrição,Os produtores reagem contra essa restrição.Reclamam crédito. O Banco Central verificaa procedência da queixa. O crédito é amplia-do. Mas o impacto da restrição já produziuseus maus frutos c, agora, a liberação do cré-dito, cm adlcionamento ao déficit, pode, em ,sentido contrário, trazer novos resultados in-desejáveis.

Lembrando que estaríamos livres de taisavanços e recuos se pudéssemos eliminar o de-sequlibrlo orçamentário, disse o Sr. Otávio Bu-Ihões: "Entretanto, os produtores quando re-clamam é contra a restrição do crédito oucontra o aumento dos impostos, mas são muitopouco atuantes no protesto contra as despe-sas do Governo. E não tenhamos dúvida deque a pressão da opinião pública, nesse senti-do, seria um conforto para qualquer Governoconsciente de suas responsabilidades."

De.pesasA seguir afirmou o Sr. Otávio Bulhões que

poderíamos contar com a ampliação da recei-ta do imposto de renda para enfrentar a re-dução da incidência do imposto de circulação.Mas para alcançarmos tão almejável substi-tuição, é necessário que as despesas governa-mentais cessem de crescer. Êsse crescimentoacarreta desequilíbrio orçamentário, causa es-sencial da persistente inflação.

Todos reconhecem haver um excesso depessoal no serviço público, o que significa des-pesa desnecessária e mau serviço para a co-letividade. O seguinte trecho do programa pre-parado pelo Ministério do Planejamento e Co-ordenação Geral c expressivo.

"O consumo do Governo cresceu acentua-daménte entre 1947 e 1063, passando de 10,7'.para 16,6',. do Produto Interno Bruto. A prin-cipal componente dêsse aumento foi a des-pesa com pessoal, que quadruplicou, cm tér-mos reais, durante êsse período. Nos. anosmais recentes, o peso do consumo do Governono Produto Interno Bruto, graças aos esfor-ços de contenção da despesa pública, estabi-lizou-se em torno de 149.." É preciso escla-recer bem a importância dêsse nivel de 14%da despesa de consumo do Governo, em re-lação ao Produto Nacional.

Funcionalismo— Em primeiro lugar, prosseguiu, como se

acentuou na citação acima transcrita, a pre-ponderâncla da despesa é com pessoal. Nãose trata de vencimentos elevados, remuneran-do bem um corpo de servidores eficientes. Tra-ta-se de grande número, produzindo pouco.E' preciso, então, compreender a dupla noci-vidade dêsse desperdício da administração pú-blica. Primeiro, ao procurar a receita para fa-zer face,às despesas, o Governo sobrecarregao custo cia produção. Os impostos sõbre a cir-culação de mercadorias e sõbre os produtosindustrializados são arrecadados durante aprodução, não incidem na fase de consumofinal, ou seja, sõbre a compra do mercado re-talhista.

Nestas condições, são indistintamente gra-vados os bens que se destinam & produçãocorrente ou os bens que se destinam aos in-vestimentos. Podemos estimar em, aproxima-damente, 20 por cento a carga tributária só-bre os. bens que se destinam aos investimen-tos. Se já não é fácil levantar um montantsde 100 de capital para financiar um investi-mento, que diremos de levantar 120 para omesmo fim? Há um acréscimo de 20 por cen-to não para melhorar o processo, produtivo,náo para incrementar o produto nacional, mastão-somente, para alimentar o desperdício.

OrçamentoCom relação ao programa orçamentário,

afirmou que o Governo está executando demaneira favorável. "Nos últimos meses a re-ceita que vinha sendo arrecadada na base de700 milhões de cruzeiros por mês, em junho ejulho acusou uma arrecadação de um bilhãodc cruzeiros mensais. Essa diferença de 300milhões de cruzeiros, nos meses de junho ejulho deve ter contribuído para escassear aliquidez dos bancos, conforme podemos de-preender do seguinte quadro:

EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS(Exclusão do Banco do Brasil)

NCrS 1 000,00

Datas Saldos Acréscimos Acréscimosmensais

05-12-6730-12-6705-06-6828-06-68

7.603 680051 448725 1674

9 990 265

340448334265

Nota-se um exagero na expansão, pois,a partir de dezembro há um acréscimo clecrédito bancário de mais de 20%', em um se-mestre. Mas se, mensalmente, o acréscimo éde 334 ou menos de 300 milhões de cruzeiros,o impacto da transferência de 300 milhões dccruzeiros do sistema bancário para o Bancodo Brasil, em pagamento de impostos, haveriade trazer embaraços. Trata-se, porém, de em-baraço promissor, no sentido dc que o orça-mento tende ao equilíbrio.

Equilíbrio— A proposta orçamentária, para 1969,

admite o equilíbrio, admitindo, porém, um de-íicit caso venha a realizar-se o aumento de ven-

PRESENÇA FINANCEIRA

clmentos do funcionalismo público. E' um de-íicit aproximadamente de dois bilhões de cru-zeiros, o bastante para manter o resquício in-flacionárlo, dificultar os investimentos e im-pedir o progresso do pais, em bases sólidas.

— Estando o Governo alcançando indis-cutível êxito na sua politica orçamentária, aponto de poder conseguir um real equilíbriono próximo exercício, c sendo muito arrisca-do para a economia brasileira prosseguir nainflação, ainda que módica, parece-me chega-do o momento decisivo de enfrentarmos o pro-blema de remunerar bem um número sele-eionado de funcionários, mantendo congeladosos vencimentos dos demais.

Ao flnallsar, o Sr. Otávio Bulhões reafir-mou que o clima é de otimismo.

CONJUNTURA

____ri___S H___t WL «Ímj u - **'v__R r .._______________»'4>3l__.i_____PfS 1_^___P*V __-_i»M ^fafcjgT** ___a_____Hft___É_<y_.*a8-B m " _*_/___gl

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A vidano mundo

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PAMSWS

O Sr. Otávio Gouveia ãe Bulhões concorda com os termos ãa política econômica

EUA esperam Banco da Amazônia propõereduzir taxa emissão de Obrigações parade descontos atrair recursos à região

O Banco da Amazônia S/A — BASA — pro-pôs ao Presidente Costa e Silva a emissão de títulosdestinados a captar recursos para o desenvolvimen-to da região. Os novos títulos terão o nome cle Obri-gaçces da Amazônia e dependem de regulamento aser aprovado pelo Conselho Monetário Nacional.

Esta foi uma das cinco reivindicações apresen-tadas pelo BASA, tendo em vista seu íortalecimen-to com agente financeiro regional, ampliando o efei-to dos incentivos fiscais atualmente era vigor.

Nora Iorque (AFP-JB) —O.s círculos financeiros norte-americanos acreditam queocorrerá, dentro em breve,uma redução da taxa de cies-contos nos Estados Unidcs, ten-do em vista que,. embora nl-guns aspectos da. atual situa-ção econômica justifiquem umarestrição de crédito, há outrosno sentido contrário.

Entre os primeiros, cita-se amanutenção de uma intensaatividade econômica. Por suaparte, os argumentos em fa-vor de uma suavização no ter-reno monetário assinalam osprimeiros efeitos da recargafiscal e do desarmamento do«aço, a falta, de impulso dasinversões e a necessidade dese estimular a indústria daconstruçáo.

ORIENTAÇÃO

Nestas condições, a orienta-ção da política monetária pa-rece depender da evolução domercado de capitais. A situa-ção da balança de pagamentospesará, também, nas decisõesda Comissão do Mercado Aber-to. Na medida em que se re-gistrasse melhora sensível emdito terreno, seria menos de setemer qualquer aumento dasexportações de capitais.

Uma redução da taxa de des-conto, atualmente de 5,5 porcento, sucederia a baixa dataxa de juros que se manifes-tou desde nvsio último.

Esta tendência íoi poucoacentuada nos fundos empres-tados pela reserva federal, oqual é considerado como umindicador crucial da políticamonetária. O mesmo aconte-ceu nos certificados cle depósi-tos emitidos pelos bancos.

Em compensação, a baixa dataxa dc juros foi mais acentua-da nos Bônus do Tesouro. Notocante aos bônus de 90 dias,'sua taxa diminuiu de meio pon-to de juros nos últimos trêsmeses.

Inglaterraaumenta asexportações

Londres (AFP-JB) — A des-valorização da libra esterlinacontribuiu para um forte au-mento das exportações británi-cas para a América Latina —indicou hoje aqui o British Na-tional Export Council. ,

Segundo a seção latino-ame-ricana do organismo, as expor-tações britânicas aludidas re-gistraram os seguintes aumen-tos, purante o primeiro semes-tre de 1968, em relação comigual período de 1987: para oBrasil: de 118%; para a Ve-nezuela: de 48%; para a Ar-gentina: de 28%.

SITUAÇÃO

A área de atuação do BASAcompreende os estados e terri-tórios da região norte, ondeele mantém 32 agências e temparticipado com maior percen-tual no volume de crédito ban-cario distribuído. Segundo oMinistério do Interior, em 1966essas aplicações somaram NCrS96.7 milhões, equivalentes a56% do volume total, sem con-siderar a ajuda aos produtores

Tlc borracha. Entretanto, oBASA tem uma participaçãomuito pequena nos depósitosbancários comuns, que chegoua apenas 16'.. naquele ano, re-presentados por NCrS 30,7 mi-Ihões. A parte mais significa-tiva cle seus recursos provémdo.s incentivos fiscais.CINCO PONTOS

Foi o seguinte o programade cinco pontos sugerido peloBASA ao Presidente da Re-pública:

BIRD fêzempréstimosa 31 países

O Banco Internacional de Re-construção e Desenvolvimento— BIRD — anunciou que, du-rante o ano fiscal dc 1967-68,terminado a 30 de junho últi-mo, concedeu 44 empréstimos a31 paises, num total de USS 847milhões, sendo que na AméricaLatina, o.s empréstimos foramconcedidos ao Brasil. Argenti-na. Colômbia, Costa Rica',Salvador, Guatemala, Hondu-ras, México, Nicarágua e Pe-ru.

Independência S/ALetras negociadas em

9/8/68 NCr$ 818.894,44

O luto maú expressivo tln nova economia brasileira é a presença das agências jinnnceiras. diitami.zrrmln o mercatlo de crédito e investimentos. Isto foi destacado ontem pelo Sr. John O. Schroy, Di.retorSnperíntendent* da SN-Investimcntos S. A., ilumine m visita feita ao JORNAL DO BRASIL emcompanhia dos Srs. ]. Paiva Nazaré, seu companheiro de diretoria, e Athlmaro Pereira e VitorinóBraga, diretores da llcrald Propaganda. Os visitantes foram recebidos pelos Srs. F.urilo Duarte, pe-rente, comercial do JORNAL DO BRASJL. Fernando Magalhães, gerente linanceirn. Osiinldo Rotlri-

gue.% Pinto, gerente administrativo * José Carlos Rodrigues, chefe da publicidade.

SociedadeAnônima

White Martins

AVISOAcham-se à disposição

dos Senhores Acionistas,na sede da Sociedade àrua Beneditinos n.°s 1 a7, 1.° andar, os documen-tos de que trata o art.° 99do Decreto-lei n.° 2627, de25 de setembro de 1940,referentes ao exercício del.°de julho de 1967 a 30de junho de 1968.

Rio de Janeiro, 13 deagosto de 1968.

a) Thomas Elmer WildishDiretor Gerente

1 — Entrega, pela União, derecursos no volume previsto pe-las leis 5122 (art. 4.° par. 3.°),5175 (art. 45) e decreto 60 079(art. 37 item a); 2 — refinap-ciamento integral, pelo BancoCentral, das aplicações nocusteio das safras de borracha;3 — exclusão, para efeito decálculo de depósito compulsó-rio à ordem do Banco Cen-trai do Brasil, dos depósitos deincentivos fiscais; 4 —'partici-pa>ção do Banco Nacional deCrédito Cooperativo no progra-ma*— que vem sendo executa-do, desde 1963, pelo BASA —de implantação e assistênciaàs cooperativas de produção, deíorma a liberar recursos paraaplicação em outros setores,uma vez que a assistência àscooperativas é campo de atua-ção específica daquele banco;c 5 — regulamentação, peloConselho Monetário Nacional,das normas para que o BASApossa emitir as obrigações daAmazônia.

Minas témcrédito daEletrobrás

A Eletrobrás concedeu finan-ciamento de NCrS 50 milhõesàs Centrais Elétricas de MinasGerais — CEMIG — para queesta execute um programa cleobras no setor de energia, quepossibilitará, até 1971, a cons-trução de 1 500 km de linhasde transmissão, ampliação dosubestações elevando a capaci-dade instalada cm 560 KVA emodernização da rêdc dc dis-tribuição em 75 localidades mi-neiras.

Paris é a cidade onde o custo de vida é mais elevado,dentre as grandes capitais do mundo, segundo pesquisaíeita pelo The Economist. A vida dos moradores de Lon-dres é mais fácil em relação ao., salários vigentes, se-gundo a pesquisa, e a tendência é decrescente. Além dacapital britânica, também Bonn e Roma apresentammelhoria de 63 para cá. A vida se torna mais difícil emCopenague, Genebra, Nova Iorque e Haia. se compara-dos os niveis de 1963/64 com os de 1967/68.

Geimec aprova projeto daVolkswagen para fabricaçãode nôvo utilitário misto

A Volkswagen do Brasil teve ontem aprovado.pelo Grupo Executivo das Indústrias Mecânicas —Geimec — da Comissão de Desenvolvimento In-dustrial do Ministério da Indústria e do Comércio,seu projeto efe fabricação de uma nova camionetado tipo misto, com um índice de nacionalização de99/38 %.

Embora o Geimec não tenha divulgado maio-res detalhes sobre o projeto da Volkswagen, sabe-se-que a empresa investirá NCrS 78 991,20 em moeda1nacional e mais ou menos o equivalente a NCrS 34,6milhões em moeda estrangeira, a fim de equipar sua-linha de montagem para a construção da nova ca--

. mioneta e do modelo sedan de quatro portas ainda'êste ano.FÓRMULA EFICAZ

Nova Iorque (UPI-JB) — Aindústria norte-americana deautomóveis decidiu apelar parauma arma do passado, ou seja,o carro de passageiros quecustaVa menos de dois mil dó-lares, a íim de poder fazerfrente aos automóveis compac-tos cle origem européia e japo-nesa, que tém tido aceitaçãocrescente no mercado dos Es-tados Unidos. Os' e 1 e v a d o scustos de mão-de-obra e dasmatérias-primas eliminaram domercado os automóveis norte-americanos com preço superiora dois mil dólares mas, simul-táneamente, ampliaram-se aspossibilidades de veículos comoo Volkswagen, que está cotadoem 1 600 dólares.

Os carros europeus absorvemaproximadamente lO.õ do mer-cado riorte-aiíiericano c se cal-cuia que retiram da economiados Estados Unidos mais deUSS 1,5 bilhão anuais, em con-ceito de lucro dás empresas,impostos federais não recolhi-dos c salários para uns 100 miloperários.

A Ford. por exemplo, já ini-ciou o desenho cle um mini-modelo, que por enquanto levaa identificação do Delta e cujavenda poderia começar dentro

. de uns oito ' meses, enquantoque os outros dois grandes daindústria automobilística — aGeneral. Motors _e a Chrysler— estudam esquemas seme-

lhantes, organizando projetosdo mesmo tipo. Como no casodos modelos europeus e japo-nèses, o preço mais baixo seriaconseguido com menores di-mensões e motores menos po-^tentes do que os tipos corren-tes de hoje, da indústria nor-te-americana. Assim, por exem-pio, o Delta- da Ford teria apro-ximadamente «1,4 metros com-parado com os 3,9 metros doVolkswagen e com os 5,4 doatual Chevrolet.

OUTROS PROJETOS

Ainda na sua última reunião,o Geimec aprovou projeto daMoto-PepasS/A — Indústria eComércio, prevendo a impor-tação dc máquinas e equipa-menít;S no valor de 1 715 852marcos alemães, para a moder-nlzação da sua fábrica de cai-xas de câmbio, diferencial emotores de caaninhòes e ônibus.Da mesma forma, tiveram pro-jetos dò expansão aprovados, aIndústria e Comércio Nakata,produtora cle barras dc dire-ção; a Walmet do Brasil, paraa fabricação do trator Walmetmodelo 600; a Fábrica de Ara-me de Precisão e ParafusosBenfica, para ampliação de sualinha de equipamentos de pre-cisão.

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Estoques Devedores Diversos Tílúlos da Dívida Pública ...Ações de Outras Sociedades

20.356.637,7337.942.991,97

1.604.530,041.733.993,11

14.538.558,0029.391.406,63

933.172,5825.967.772,50

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CONTAS DE RESULTADO PENDENTECONTAS DE COMPENSAÇÃO

61.688.152,85

5.008.284,87

70.830.909,71

779.388,28

78.426,93

138.385.162,64

NÃO EXIGIVEL

Capüal 37.800.000,00

Reservas •

Fundo cle Reserva 3.676.771,25Fundo de Depreciação .. .0.433.605,47Fundo de Correção — Lei

n.° 4 357 890,00Reserva pl Dívidas 749.073,15Funcio p/ Investimento -

Lei 3 470 551.491,72Re.--vf.liac.io Lei 4 357 a

Aplicar 0,38Sudene - Lei 3 995 .... 8.200.070,13Investimento» - Lei 157 454.180,00Lucros Suspensos 28.619.393,40 52.685.475,50 90.485.475,50

EXIGÍVEL

Credores Diversoi 26.691.994,90

Dividendo!Saldo Anterior a Pagar 50.860,96

CONTAS DE RESULTADO PENDENTE

Lucros e Perdas — Saldo à Disp. da As"sembléia

CONTAS DE COMPENSAÇÃO

26.742.855,86

21.078.404,3578.426,93

138.385.162,64 !

DEMONSTRAÇÃO DA CONTA "LUCROS E PERDAS" NO EXERCÍCIO FINDO EM 29/06/68

DEBITO

Gaslos Gerais 26.841.609,94Impostos 20.521.909,68Perdas Diversas 2.217.260,57Fundo de Reserva 731.897,17Fundo de Depreciação 3.938.198,41Provisão de Reserva p/ Dívida* Duvidosas 749.073,15Dividendos n.°> 82 e 83 - Distribuídos 3.276.000,00Lucros em Suspenso 7.882.667,40Saldo à Disposição da As:embléia 21.07B.404,3i

87.237.040,67

CRÉDITO

Lucrei • Perdas

Saldo em 30/06/67 15.800.590,38Reversão do Saldo Provisão Reserva Dívidas Duvidosas ... 437.429,86

Contas ê* Renda

lucro Operacional .* 69.579.997,68Outras Rendas _J7^1'°II1

. 87.237.0-10,67

Guilherme B. Marlim — Diretor Presidente

Thomas E. Wildish — Direlor Gerente

Pedro Luix Coutinho Coelho — Diretor

Jos* Lífschit** — Diretor

Homer Brinton Itbbey — Diretor

Francisco SchaeHar — Diretor

Jacob Burla - Contador CRC GB - ri.0 69

IS«TT

]° Cad- Jornal do Brasil, quarta-teira, 14-8-68

Gravidez cie Maria Teresafoi anunciada por um.cunhado de João Goulart

Porto Alegre (Sucursali - D. Maria Teresa pode estargrávida — a informação é do cunhado do ex-PresidenteJoão Goulart, Sr. Moura Vale, que priva da intimidadeda família Goulart e que retornou ontem de Montevidéu., O Sr. íloura Vale disse que D. Maria Teresa Iniciavaexames médicos para confirmar sua suspeita de gravideze o ex-Presidente confirmou sua decisão de viajar para a'Europa pròximamente, buscando tratamento especializa-do para o seu mal das coronárias.DOENÇA E PALESTRAS

O cunhado do Sr. João Gou-lart disse, ainda, oue o cx-Prc-sidente deverá viajar em mea-dos de setembro e que, da Eu-ropa, viajará para'os EsladosUnidos, onde proferirá confe-rências. convidado que foi poruniversidades norte-americanas.

O mesmo informante afir-

D.Resende Assaltantes paulistas tem Avenida Brasil aumentarásemefetwo cursos de guerrilha na Distância entre á zona sul ena U Ceiam Llima comunista e em Cuba se o caminho fôr o túnel

mou que o Sr. Goulart deveráfalar sobre reformas estruturaise a organização sindical brasi-leira.

O Sr. Moura Vale contou queassistiu, em Montevidéu, a umareunião entre o Srs. Joáo Gou-lart. Darci Ribeiro e Doutel deAndrade, para uma análise ,dasituação brasileira.

AVISOS RELIGIOSOS

GENERALARNALDO NUNES SERQUEIRA

(MISSA DE 7.° DIA)Seus filhos, genros, nora, netos, agra-decem as manifestações de pesar porocasião de seu falecimento e convidam

fi os parentes e amigos para a Missa de 7° diaque será celebrada quinta-feira,' dia 15, àsllh.5m, na Catedral Metropolitana (Praça 15).

MORTOS DO CRUZADOR"BARROSO" EM 1967

O Comandante-em-Chefe tia Esquadraconvida parentes e amigos dos oficiais,sargentos e praças mortos no acidente

ocorrido no cruzador "Barroso" em 1967, paraa missa a ser celebrada hoje, dia 14, às 11.30horas, no altar-mor da igreja da Candelária:

MARIA ANTONIETAALVES BADENES

(MISSA DE 7.° DIA)Francisco V. Badenes, filho e demais pa-rentes, agradecem as manifestações depesar recebidas por ocasião do falecimento

de sua inesquecível esposa, mãe e parente, e con-vidam seus amigos para assistirem a missa de 7.°dia que mandam celebrar dia 14 (quarta-feira) às {16 horas no Colégio São Vicente de Paulo, à Rua jCosme Velho n.° 241 - Antecipadamente agrade-jcem a todos que'comparecerem a êsse ato de fécristã.

ELVIRA MAGALHÃES(Mãe Neném)

(MISSA DE 7.° DIA)

Mário Magalhães, Constantino Magalhães,Antenor Magalhães, Demosthenes Maga-

• lhães, Emilia Magalhães, Maurício Reguffe,Manoel Cid, famílias e demais parentes convidampara a missa de 7.° dia que mandam celebrar pelaalma de sua querida ELVIRA MAGALHÃES (MãeNeném), amanhã, quinta-feira, dia 15, às 10h30m,no altar-mor da igreja de Mossa Senhora do Carmo(Rua 1.° de Março).

<p

*

LUIZ WAISMANSua família, comunica que fará rea-

lizar a cerimônia religiosa do 30.° diado seu falecimento, "sloichim",no

pró-ximo dia 15 às 20:30 horas, no Centrodo Grande Templo Israelita do Rio deJaneiro, à Rua Tenente Possolo, 8.

MISSA EM AÇÃO DE GRAÇASMalvina Kahane convida suas alunas

e amigas a assistirem à Missa em Açãode Graças pelo 40.° aniversário de fun-dação da sua Academia de Corte e Cos-tura, às 11 horas de 15 do corrente, ama-nhã, no Altar Central da Igreja da Can-delária.

Belo Horizonte (Sucursal) —O Arcebispo Metropolitano deBelo Horizonte, D. João Re-sende Costa, atendendo à con-vocação do Papa Paulo VI, par-ticipará, como membro efetivo,da II Conferência Geraldo Episcopado Latino-Ameri-cano, a se realizar entre 26 deagosto e 7 de setembro, emMe-delin, na Colômbia.

O Arcebispo da capital mi-«eira, que foi eleito segundo«upiente da delegação brasilei.ra, na reunião cia CNBB nomès passado, com a eleição doCardeal Rossi à presidência daentidade, passou a ser o-pri-meiro suplente e agora mem-bro efetivo, ,em virtude de oPapa ter aumentado o nume-ro oficial dos participantes daCeiam,

COMUNICAÇÃO #A comunicação da nomeação

foi feita a D. João ResendeCosta pelo Núncio Apostólicono Brasil, D. Sebastião Baggio,em ofício que diz: "No regula-mento da n Conferência Ge-ral do Episcopado Latino-¦Americano (Art. 1, Parágrafo3 e 6) o Sumo Pontífice reser-vou a si o direito de aumentaro número dos membros efeti-vos da mesma, até uma deter-minada percentagem. por no-meaçáo direta. Tenho, pois, agrande satisfação de comimi-car-llie que, em face de taisartigos, o Santo Padre se dig-nou nomear V. Exa. Reveren-díssima membro efetivo daque-Ja Conferência."

Segundo Dom João ResendeCosta, a representação brasi-leira se comporá de 25 bispos,correspondentes a um para ca-da grupo de 10, e mais dois,que são os dirigentes das en-tidades nacionais, o que querdizer um total de 28 bispos.

Sao Paulo (Sucursal) -- Dois membros do Partidocomunista do Brasil, com curso de guerrilha na Chinacomunista em Cuba, foram identificados ontem peloserviço secreto do DOPS como integrantes do grupo que-assaltou, ..abado último, o trem-pagador da Estrada deFerro Santos—Jundiaí, levando NCr$ 110 mil.Edgar de Almeida Martins, um dos apontados é muito

parecido com Pedro Paulo Guterrez, o assaltante que apoicia acreditava ser o ch<_.e da1 quadrilha responsávelpelo roubo a nove bancos paulistas, e tem curso dc guer-nlha em Cuba, Manuel Luis Vieira de Sousa Coelho ooutro identificado, estudou guerrilha na China juntamentecom Tarzan de Castro e é ligado ao grupo de Carlos

. Marlghela.

Jesuítaacha A:niistificadoracha Arigó

O acesso a Avenida Brasil, dc quem sai do Túnel San-ta Barbara e usa a Rua Marquês de Sapucai. mudará'nospioximos dias. a alterarão naquele trecho destina-se a aii-viar o trafego da Avenida Presidente Vargas, que está ca-da vez mais difícil.

Quem sair da zona sul, pelo túnel, só poderá atineira Avenida Brasil por dois caminhos: dobrar à direita naRua Frei Caneca ou Júlio do Carmo, chegar até a RuaSantana e só então pegar a Avenida Presidente Vargas.AS ALTERAÇÕES

ARQUIVO SECRETO

. Depois do depoimento dopernambucano Ivo Livino dada SUva, que viajava no tremassaltado sábado último, oD0P3 mostrou-lha umas fotosexistentes nos seus arquivos,conseguindo identificar Edgarde Almeida Martins e ManoelVieira de Sousa Coelho.

O DOPS conseguiu apurarainda que Edgar Martins seencontrava no Recife na épo-ca em que se verificou o aten-tado nc aeroporto dos Guará-pe.s, pouco antes do desembar-que do então candidato á Pra-sidência da República, Maré-chal Costa e Silva. Naquela

ocasião ficaram várias pessoas. feridas e dais mortos, entre os

quais o deputado- pernambuca-na Edson Regi.. O susp.Ito, que

. desenvolveu algum t_mpo suasatividades cm Pirituba, desa-pareceu alguns meses antes doroubo da dinamite na pedreirade Cajamar e é apontado co-mo um dos possíveis autoresdo atentado contra o Quartel-General do. Segundo Exército.

Manoel Coelho chefiou, du-rante uns nieses, o setor estu-dantil do Partido CcmunistaBrasileiro no Reoife e Guana-bara, sob a orientação de Car-los Marighela.

Os carros que prosseguirempela Marquês de Sapucai, comdestino á zona norte (Maraca-nã, Tijuca, etc.), entrarão di-retamente na Presidente Var-gas peia pista encostada ao ca-nal do Mangue.

O acosso à outra pista seráimpedido, eom a colocarão depré-moldados, desde a Marquêsde Sapucai até o Viaduto dosMarinheiros. O último sinal daMarquês do Sapucai (do outrolado da Avenida PresidenteVargas) será retirado.RUA TONELEROS

As obras da Light na RnaToneleros continuam prejudi-cando o tráfego, restringindo-oa. duas faixas de rolamento, no

começo, e depois a apenas uma.Normalmente, existem trêsfai-xas.

O diretor do Trânsito, co-mandante Celso Franco, achaque para desafogar a Tone!e-ros o ideal será a adorno detrês faixas dc rolamento naAvenida Atlântica, em direçãoao Posto ti, e de uma únicamão em sentido contrário.

Para adotar esta solução,serão importados da Alemã-nha cones de borracha, re-flefciva, com os quais será de-•marcada a Avenida. Na horado rush, haverá policiamentoespecial.

Enquanto isso. o mellior ca-minho da zona norte para Ipa-nema e L-sblon ê seguir pelaRua São Clemente ou usar oTúnel Rebouças.

Mais assaltos no "Caderno B"

BEM NO CENTRO DE

MADUREIRAVOCE TEM UMA AGENCIA

do JORNAL DO BRASILPARA SEU CLASSIFICADO

«ua i.

ESTRADA DO PORTELA, 29 1t0.A-_

DAS S30 AS 17,30-SARADOS DAS 8 AS 11 HORAS

ZELIA E AMÉLIA DE AZEVEDO MAYAAGRADECIMENTO E CONVITE PARA MISSA

+

Vva. Maria Maya e filhos, tuiz de Azevedo Maya e esposa, João de AzevedoMaya e família, Henrique de-Abreu Maya e família, Paulo de Azevedo Maya efamília, Dr. Bento Guimarães e Senhora, Lourdes de Azevedo Maya, João Henri-que Maya de Oliveira e família, Mário Gomes de Azevedo e família, Ester eMarina Gqmes de Azevedo, penhorados, agradecem a todas as manifestações de pesar

que receberam pelos falecimentos dos seus eníes queridos, irmã e mãe, ZELIA e AMÉLIADE AZEVEDO MAYA, e na oportunidade convidam aos parentes e pessoas amigas, paraa missa que em intenção, às suas almas, mandam rezar no dia 15 do corrente, quinta-feira, às 11 horas, na igreja de São Franciscode Paula, Largo de São Francisco, pelo que,antecipam agradecimentos.

CONVITEMISSA EM AÇÃO DE GRAÇASOs amigos do Deputado GONZAGA DA GAMA FILHO e os

estudantes que integram a Comissão Organizadora do II Festival Es-tüdantil dé Música Popular Brasileira convidam para a missa de Açãode Graças, pelo transcurso do primeiro aniversário de sua adminis-tração à frente da Secretaria de Educação e Cultura do Estado daGuanabara. O ato religioso-será realizado dia 14 de agosto, quarta-feira, ás 11 horas e 30 minutos, na igreja N. Sr.a do Carmo.

ENGENHEIROEDMUNDO REGIS BITTENCOURT

(MiSSA DE 7.° DIA)

+

Sua família profundamente sensibilizada, agradece asmanifestações de pesar recebidas por ocasião de seufalecimento e convida parentes e amigos para a Missa

de 7.° Dia que mandará celebrar no altar-mor da CatedralMetropolitana (Rua 1.° de Março) às- 11 horas do dia 16 docorrente, em sufrágio da alma de seu saudoso e inesquecívelchefe. m

ENGENHEIROEDMUNDO REGÍS BITTENCOURT

(MISSA DE 7.° DIA)

+

0 Sindicato Nacional da Indústria da Construção de Estradas,Pontes, Portos, Aeroportos, Barragens e Pavimentação, con-vida a Categoria Econômica que representa para a Missa de7.° Dia que será celebrada na Catedral Metropolitana (Rua 1.° deMarço) às 11 horas do dia 16 do corrente, por intenção da alma doENGENHEIRO EDMUNDO REGIS BITTENCOURT, notável brasileiro queem vida tantos e tão relevantes serviços prestou à causa do rodovia-nsmo nacional. m

JiL_

J/J Conferência Nacionalde Aviação Comercial foiencerrada no Hotel Glória

A III Conferência Nacional de Aviação Comercial foiencerrada ontem, no Hotel Glória, ficando decidido ciue ogrupo ds trabalho que vai estudar a revisão da politicade ta-n.as n_s transportes aéreos será criado nos próxi-mos dias.-X Os delegados propuseram a instalação do grupo de tra-balho por considerarem que o problema da=; tarifas é clc-masiado complexo para ser resolvido em uma conferênciaA Conferência preparou mais de cem recomendações aoGoverno federal, visando o desenvolvimento harmônico daaviação comercial no Brasil.

IMPOSTOS

Durante a Conferência foicriado ainda outro grupo detrabalho, integrado por mem-bros da Diretoria de Ae-ronáutica civil e do Sindicatodas Empresas de TransportesAéreos, que terá a, missão deelaborar um projeto de lei queisente as empresas dos impôs-tos estaduais e municipais, poisa isenção já existe no âmbitofederal.

Os delegados afirmaram que"a manutenção da isenção fe-deral é absolutamente necessá-ria", e que "se a medida fôrestendida também ao âmbito

estadual e municipal, as em-presas de transportes aéreosserão grandemente beneficia-das."

Entre as cem recomendaçõeselaboradas durante a Confe-rencia estão a que sugere aoGoverno a não participação di-reta ou indireta nas empresasde transportes aéreo comercial,a que'propõe a melhoria dosaeroportos existentes no país ea que pede a limitação da açãodas empresas aéreas interna-cionais no plano nacional.

A data de realização da IVConferência Nacional de Avia-ção Comercial náo foi marcadapelos delegados.

Pierre Cardin estréia hojetia Fenitcom os modelos desua coleção Outono-Inverno

São Paulo (Sucursal) - o costureiro Pierre Cardinaassmçou.de "pra frente", a moda que mostrará hoje na---I Fem , incluindo a apresentação de modelos masculinose femininos, confeccionados com tecidos nacionais e co-nhecidos em Paris, onde lançou a sua coleção outono-in-

Ontem à noite, houve o desfile dè despedida de Ferauduma nova apresentação do Momento 6S, no stand da Rhòdia, e s/ioio da América Fabril, História da Garota de-Ipa-nema. que tem quatro manequins, música de fita slides eprojeção de filmes. '

Rosário, Argentina (AFP-JB)O padre jesuíta Oscar Queve-do González, professor de Pa-r..p.:colo_ia em Sâo Paulo,classificou ontem de "fraudedescomunal'.' as supostas curasmilagrosas do médium brasi-loiro José Arigó.

— As atividades de Arigóbeneficiam a éle próprio c aseus irmãos e até mesmo aempresa de aviação, que temgrandes lucros com o caso —acrescentou.

FRAUDE

Religiosos de origem esoa-nhola, o padre Qucvcdo disseq'."_ a retncarnáçfio do Dr. Fritzem José Arigó é. também, umn.fraude. O jesuíta está em Ro-sário para dar um curso sóbretemas de sua especialidade.

Não se tem noticias sóbrea existência do médico alemãoe.seu nome não figura nosanais médicos da I GuerraMundial — afirmou-

Quanto às supostas curas mi-lagrosas comprovadas por mé-dicos norte-americanos, afir-mou o padre Quevedo que êssegrupo médico não existe.

Trata-se apenas de ummédico, Henry Puhari, espiri-tisfca, e seu grupo, formado porfotógrafos, cinegrafistas c tó-da uma equipe montada ex-'clusivamente para dar publici-dade a Arigó, que já não sabeo que fazer.

Disse o jesuíta que "Arigómatou muita gente que se en-tregou a suas mãos." Quantoà cura de uma das filhas doex-Presidente Juscelino Kubits-chek; disse que. ao contrário,"éle quase a matou."

Govêmo fixaíndicespara salário

. Brasília (Sucursal) — o Pre-sidente Costa e Silva- assinoudecreto fixando os índices dcatualização monetária dos sa-lário.- dos ultimes 24 meses pa-ra. os acordos coletivos de tra-balho ou decisão da Justiça doTrabalho.

Para a récónsütiiiçãd dos sa-lrios reais, cuja, vigência ter-mine êste mês, seráo utilizadoscoeficientes que variam entreo de agosto de 19G6 — 1,54 —e o de julho déste ano — 1,0D— o maior e o- menor registra-dos.

BASES

Os coeficientes estabelecidospara a correção salarial são osseguintes:

150 MODELOS

A grande atração de boje daPenit. será mesmo Cardin, queterá seus 150 modelos apresen-tados por Gllcs Laugier, JeanLouis Renier, Luca Bongrad eErich Van Rych, para a cole-ção masculina e Maryse, Domi-nique. Françoise e Brigite paraa feminina.

Essa mostra atende o seguin-

te programa: hoje, amanhã ce depois — desfile ès 22 lioras;dia 17. desfile para os liceinciados com exclusividade: dia19. no Rio. apresentação da co-le?áo na Maison de France.sob o patrocínio do embaixa-dor francas; dia 20, noite degala cm benefício das obras so-ciais presididas pela PrimeiraD-ma, Dona Iolanda Costa eSilva.

Mês

Agosto de 19GG ..Setembro de 19116Outubro de 1966 ..Novembro de 19C6Dezembro de 1966Jn neiro de 19G7 ..Fevereiro de 1967Março de 1967 ..Abril de 1967 Maio de 19G7 Junho de 19G7 ..Julho de 1967 ..Agosto de 1967 ..Satembro de 1967Outubro de 1967 .Novembro de 1967Deiembro cie 19G7Janeiro dc 1968 .Fevereiro de 1963 .Março de 1968 ...Abril de 1968 M"io de 1968 Junho dc 19G8 Julho de 1968

Coeficiente

11111111111111111.1111]11.

.54,50,43,46,44.38.,35..32.29.,25,.,-4,21,2(1,19,18ir,,,.16

.1311

j.9,07-.05,'.'1.00

Ver mais Fenit no "Caderno 13"

Capitào-de-Mar-e-Guerra

José Augusto Didier Barbosa ViannaCapitão-Tenente

Elias Pereira MagalhãesSegundo-Tenente

José Bráulio FerreiraSO-EL

Augusto Martins da Purificação1.° SG-MA

José Maria Lobo da Silva3.° SG - EL

Kerginaldo Coriolano de Freitas3.° SG-MA

José Salvador de Souza3." SG-MA

Raimundo Nonato Vieira3.° SG-MA

João Ferreira dos Santos3.° SG-SM

Antônio Custódio da Silva

J

3.°-SG-SM

Cândido Barbosa da SilvaO Comandante, Oficiais e Praças do CRUZADORBARROSO, convidam os parentes e amigos doscompanheiros vítimas do acidente que enlutou a ,Marinha, ocorrido a bordo dêste navio, para a mis-!

sa de 1.° aniversário de seu falecimento, a ser celebrada,!hoje, dia 14, às 11,30 horas, no altar-mor da Igreja daCandelária.

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O salário real médic a serreconstituído s,erâ a médiaaritmética do.s valores obtidospela aplicação dos coeficientesacima aos salários dos mesescorrespondentes.

MDB de Minasproporá açãopor petróleo

Belo Horizonte (Sucursal) —O líder do MDB na Assembléia,Deputado Silvio Menicucci,anunciará hoje que seu Partidovai entrar com ação popularcontra o Presidente da Repú-blica, para anular o decretoque permite aos particularesexplorar petróleo na platafor-ma submarina do país.

O deputado disse que o MDBvai alegar a inconstitucionali-dade do decreto do MarechalCosta e Silva, que náo poderevogar a Lei n.° 2 004, quecriou a ^Petrobrás e estabele-ceu o monopólio estatal do pe-tróleo, através de um simplesdecreto.

MAIS CRITICAS

Também o deputado do MDBJosé Raimundo foi à tribuna

,,da Assembléia ontem para cri-tlcar o decreto presidencial queautorizou a exploração de ^e-tróleo na plataforma submarl-na por particulares brasileiros eestrangeiros.

— O decreto visou tão-sò-mente beneficiar a grupos pri-vados — afirmou o deputadoda Oposição — cm detrimentoda Petrobrás, pois é sabido queexiste petróleo em abundânciana plataforma submarina dopais.

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Jornal do Brasil, quarta-feira, 1-1-8-68, 1,° Cad. 10

Sabênico passou 700 metrosem 51s facilmente ganhandodestaque na Prova Especial

Sabênico, dentre os competidores que disputarão oquinto páreo da noturna de amanhã — Prova Especial emhomenagem ao Cinqüentenário do Centro dos Comissáriosde Policia — assinalou o melhor apronto, ontem pela ma-nhã; na Gávea, quando deu uma passada na distância de700 metros e marcou o tempo de 51s, com facilidade, ape-sar de correr pelo caminho mais longo.

Com possibilidades de vitória, surgem também BomDestino, Loyal, Jilto e ainda Potochar que andam amea-cando há algumas corridas e que têm mn retrospecto ami-mador para esta carreira. O estado da raáa será, contudo,um fator ¦importante para o êxito desses cavalos, todoscom seis o mais anos, e poderá provocar um resultadocontrário às perspectivas.

FUTURO GARANTIDO

NEGRA DO SULVirajuba (J. Santana) deu

duas partidas de 200 metros;na última obteve o tempo de12s2/5. Higyrft (J. Bafica)desceu a reta em 39s, à vonta-de. Vergel (J. Paulielo) igua-lou a marca, chegando com boadisposição. Lady Fortuna (M.Silva) trouxe a mesma marca,porém deixou mellior impres-são. Negra do Sul (J. PedroP.) passou os 360 em 22s2/5,com grande facilidade. Itinga(S. Silva) igualou o tempo, maschegou ajustado.ABISMADO

Gigo (C. Morgado), entran-do na reta juntinho à cercaexterna, desceu em 41s2/5, semse preocupar com a marca. Far-lod (H. Ferreira) deu uma par-tida na reta oposta e depois ob-teve 22s para os 360, agradandomuito. Abismado (A. Lins),com alguma facilidade, regis-trou 38s 2/5 para a reta.ACTRESS

Actress (D. Dias) desceu areta em 39s, agradando. RochaNegra iL. Santos), vindo demais longe, completou os 360em 23s, com sobras. La Lilyss(F. Conceição) aumentou para25s. de carreirão.BEIJA FLOR

Beija-Flor (L. Santos), co-briu a reta em 40s, a galopelargo. Tio Sam (M. Silva), nareta oposta, igualou, sem cita-mar muita atneção.SABÊNICO

Bom Destino (A. Ramos) semser exigido em parte alguma,marcou 54s para os 800. CorceltR. Penido) melhorou para 51s,nâo sendo adversário para UriasiS. Silva), que esperou mas, emdado momento, fugiu e livroumais de um corpo. Happy Wind

IG. Meneses) passou os 700 em4_s2'5, à vontade e a poucomais do centro da pista. Loyal(J. Pedro F.°) deixou muito boaimpressão com esta sua parti-da de 45s para os 700. Hotim(H. Ferreira) cobriu os 800 em55s, suavemente. Voltio (O. F.Silva) melhorou para 54s, comsobras. Sebênico (D. Santos)baixou para 51s, com algumafacilidade e sempre pelo ca-minho mais longo. Fotochar(M. Carvalho) passou os 700em 45s a meio do centro dapista, agradando muito. Lu-thier (Si Silva) cobriu os 800em 54s, sem chamar muitaatenção. Batenzambá (L. San-tos) deu um passeio de 56s pa-ra os 800.'RELICARIO

Foggy Day tJ. Marinho) pas-sou os 700 em 47s2!5, um pou-co afastado agradando muito.Imortal (A. Hodecker) chegoucorrendo muito nesta partidade 22S2'5 para os 360. D. Er-nãni (Á. Ramos) passou os 700em 46s2'õ, sem agradar. Reli-cario CÁ. Machado), pelo cen-tro da cancha e com algumafacilidade, registrou 43slj5 pa-ra os 700. Resgate (M, Alves)desceu a reta em 39s2l5, comsobras. Happy Jack (G. Mene-ses) cobriu os 800 em 57s, agalope largo. Mister Mug (J.Maohado), vindo de mais dis-tãncla, passou a reta em 38s,com reservas.FAIR MISS

Jocline (L. Carvalho) co-briu os 800 em 57s, de carrei-rão. Fair

'Miss (J. Pedro F.°)

desceu a reta em 38s2l5, comfacilidade. Ridare (J. Moita)melhorou para 38s, com sobras.Cambroeira (A. Marcai) sem sepreocupar com a marca, assi-nalou 40s2[5 para a reta.

lambo fará estréia montadopor B. Santos e Sabinus irárecuperar-se em Petrópolis

Enquanto Sabinus, vítima de dois cravos mal aplica-dos, por ocasião do seu ferrageamento, apareceu sentidoapós o GP Doutor Frontin, motivando a sua ida para re-cuperação no haras, em Petrópolis, o Sut-d Capara vai fazerestrear o potro lambo sob a direção dx> modesto, freioBenedito Santos.

A explicação para a montaria pertencer a B. Santosresidiu na demora em se amansar definitivamente lambo,embora vários jóqueis tivessem feito a tentativa nesse sen-tido, enquanto o freio, apenas com sua habilidade já co-nhecida em lidar com animais bravos ou nervosos, logotranqüilizasse o potro e o fizesse trabalhar aTormalmente.

CHANCE ALTA

lambo, potro criado no HarasMondesir, e levado, porterlor-mente, para o haras Vale daBoa Esperança, como troca pe-las coberturas do reprodutorRicck, se transformou com otempo, no carinho do treinadorMiguel Gil e a- habilidade deB. Santos em uma das maio-res esperanças do Stud Capuapara a atual temporada.

Antes mesmo da estréia deParnaso, quando este potro ven-ceu mesmo seriamente preju-dicado na saida e no percur-so. lambo dominou aquele com-panheiro com facilidade, pas-sando 1 400 em lm 31s.ANTOLHOS RESOLVEM

A respeito de Sabinus. o pró-prio piloto, Manuel Silva, de-

clarou ao treinador Miguel Gil,que os antolhos resolveram oproblema das manhas de Sa-binus, que agora não quer maiscravar, mas o treinador ficoudecepcionado com a corrida,pois logo no dia em que seupupilo não apresentou baldas,o ferrageamento lhe tirou agrande chance de reabilitação.

Miguel Gil espera contar comSabinus, logo após a recupera-ção em Petrópolis, para as me-lhores provas do fim do ano eadmite que possa concorrer aoGrande Prêmio das Américas,embora muitos turíistas, no mo-mento, não acreditem no fato.Acha, Miguel, que os pessimis-las, no futuro, ainda verão umSabinus diferente, pois com asmanhas evitadas, o seu pupilopode, afinal, encontrar seu me-lhor estado de treinamento.

M o íi t a r i a spara amanhã

3—11

.910

4-11121314

l.o PAREÔ — As 20ii20m — 1 0OU tingmetros — NCrS 1 200,00 tro

ks:1—1 Vlrajubn. J. Santana, . 57 1_l

2 Casta Diva, D. Santos, 542—3 Hi«yrá..J. Baíflca, ... 58 .,

4 Ascurra. J. Pinto, ... 53 33—5 Prevlnlda, J. Queirós . 55

Vergel, J. Machado, .. 51 ._4—7 Lady Fortuna, M. SUva 57 2—5

8 Negra do Sul, J. Pedro •>F.o 58 c'• Itinga, S. Silva 54

?..° PAREÔ — As 20h5l)m — 1 300metros — NCrS 1 600,00

kg:1—1 Escol, S. M. Cruz, ... 58

2 Gigo, C. Morgado 582—3 Hannibal, D. F. Graça 58

4 Doutor Tito, E. Marl-nho 58

3—5 Resc-r Vlllc, J. Borja, . 55" Farlod, H. Ferreira, .. 5G

4—6 AbLsmado, A. Lins. .. 58Amilcar, ST. Correra, . 58Blrbante. J. Baffica, . 54

3.° PAUEO — As 211120111 — I 300metros — NCrS 1 600,00

kg:l—l Blue Signal, J. Pinto . 58

2 Actress, D. Dias 582—3 Rocha NegTa, L. Santos 58

Garça Queimada, A.Hodecker, .1 54Fair Clélln, excluída, . 58

3—6 Gran Condêssa, H. Fer-reira 11 58" La Lilyss, F. Conceição, 58

7 Elcyone. J. Borja, 10 544—8 Jndla Mocma, C. Mor-

. gado 58Florzlnha. R. Penido, 58" Reynamora, A. liamos, 58

4,° PAKEO — As 211i50m —1000metros — NCrS 1 200,00

1—1 Hal-Astro, J. Pinto, ..2 Ragazzon. J. Pedro F.°, 54

2—3 Comando, E. Furquim, 57BelJa-Flor. L. Santos, 11 53Paralln. N. Correrá, .. 55

3—6 Pertinaz, O. F. SUva, . 55" Évano, A. M. Caminha, 537 Thartal. S. SUva, ..10 53

4—8 Lord Byron, A. Ramos, 55" Dunols. D. Santos ... 57» Tio Sam, M. SUva, ... 57

9 57,3 5p

) — (Cinqüentenário do Cen-dos Comissários de Polícia)

kg:Bom Destino, A. Ra-masCorcel, R. Penido,Happy Wind. G. Mene-ses 54Dialon, E. Marinho, . 10 50Loyal, J. Pedro F.°, . 58Ilottn, II. Ferreira, . 10 55Lancelot, A. M. Cami-nha 53Depex. J. Santana, ..13 52Voltio. O. F. SUva. ..12 51Sebenlco, D. Santos, . 52Fotochar, M. Carvalho, 54Lutbier, Sl Silva 11 55Sotero, D. Dias 15 56Bateuzamba, L. Santos, 52Jllto, J. Queirós 54Stranger Horsc, N.Correrá 14 56

53.585353535154

11 51

12 5056

10 5257

13 53

kg:6 58

S." PAREÔ — As 22h2jm — I 600metros — NCr$ 1 200,00 — (Bet-

ll." PAKEO — As 23 horas —1 30(1metros - NCrS 1 200,00 - (Betting)

kg:1—1 Foggy-Day. J. Marinho." Imortal. A. Hodecker,

2 Lord Cedro, D. Moreira2—3 Nauta, M. Hêvlti

D. Ernanl, A. Ramos, .Lovraln, E. Marinho, ..

3—6 Rellcário, A. Machido,Resgate, M. Alves, ....Happy Jack, G. Me-neses,

4—9 Urias, S. Silva, 10 Mister Mug, J. Macha-do

11 Fronton, N. Correrá, .12 Feiticeiro, C. A. Sousa,

7.» PAREÔ — As 23h30m —1600metros - NCr$ 1 200,00 - (Betting)

kg:1—1 Jocline, L. Carvalho. .2 56

Precavida, M. Alves, . 1' 57Falr Mlss, J. Pedro F.° 11 58

2—4 Braza-Frla, A, M. Oa-minha. 58

i " Jazida. N. Correrá. .. 555 Ridare, J. Moita 50

3—6 Mlss Kadina. O. F.SUva 12 55Saga, J. Baffica. .. .10 51Princeza Valente, N.Correrá 55

4—9 Prallnete, A. Ramos . 5 5110 Cambroeira, A. Marcai, 7 5511 Parnlaguá, S. SUva, .. 4 53

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Os potros de ano e meio ão Haras Faxina, soltos no campo, são fortes e bonitos

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O Sr. Henrique Lara deposita muita confiança no reprodutor americano Deaã R

Haras Faxina tem a fórmulapara criar os recordistas

O haras Faxina, de propriedade doSr. Henrique Lara, é um dos mais co-nhecidos de São Paulo. Jã lançou Inü-meros craques nas pistas brasileiras e.sul-americanas, inclusive Narvik, ga-nhador do GP Brasil-59, no tempo re-corde de 3m 02s 3.5 (182s 3;5). O cria-dor íala dos craques do passado, como entusiasmo dos prünelros dias. Eidealista, acredita no que faz e, porqueo íaz. Vibrou de alegria quando viu ofilho de Dead R e Querklona, esta mãede Ask For It, ganhador clássico. Ba-tizou-o de Easy Life — Vida Mole.

— Vai ser um craque, profetizou.São Paulo (Sucursal) — O começo

do haras Faxina, de propriedade deHenrique Lara, segundo suas palavras,foi "bastante dlflcü". Aos poucos foicrescendo, e hoje é um dos mais Impor-tantes do país. No inicio, havia apenasa égua Rejected, isso em 1941. Não ha-via garanhão algum. No ano seguintevieram Acquilon e Calouro, dois era-ques. Os principais que por lã passaram,formam uma extensa lista: Dom Pedri-to, Lencádia, Joly Jou, Narvik e, últi-mainente. Vous. Voilà.

No momento, o haras Faxina, acerca de 200 km de são Paulo, próxl-mo ãs cidades de Santa Gertrttdes e RioClaro, conta com 3 garanhões — DeadR, Heraldon e Ogan —, os dois primei-ros norte-americanos, sendo o últimoproduto nacional. De suas 34 éguas, 28estão cheias.

HARAS COLONIAL

Em estilo pendendo para o colonialbrasileiro, o haras Faxina é não só umlugar agradável, mas também bonito econfortável. Logo à entrada, o Sr. Hen-rique Lara, com sobrolho carregado,afirma não gostar de repórteres. Essaatitude, porém, vai-se abrandando, aca-bando por se tornar amigável.

O Sr. Henrique Lara gosta de falarde seus cavalos, fazendo questão de fri-sar a mudança feita nas coberturas deseu haras — conciliando os tempos dccoberturas do Brasil, ou sul-americanocom o europeu.

— Os novos produtos estão com 25tempo sul-americano e 3 tempo europeu.Minhas principais éguas são Queridona,Vous Voilá e Past Time, está. últimamãe de Ask for It, cavalo do ano emCidade Jardim. I

Para os 120 alqueires de tenra, ondeexistem 85 boxes, o haras possui 37 fun-cionários. Nove apenas ipara tratar doscavalos, sob a tíheíia de Pedro, um co-nh-cedor do assunto.

TRÊS É BOM

O Haras Faxina conta, no momento,com três garamhõcs, embora um deles —Heraldon — esteja ainda retido naCoudelaria Campinas do Exército.

Heraldon, de origem norte-america-na, é o mais velho dos três, nascido em1954, de Prince Kllo e Pink Walved.

Dead R é o mais jovein, nascido em1959, também norte-americano, filho deOlímpia e Blenhara, por Blenhehn IT.Ogan é nacional descendendo de San-jar e Tempesta, por Syony. Nasceu em1955.

O haras está com 21 potros de anoe meio e 19 de um ano, filhos, notada-mente, de Jour ot Nult, garanhão doPosto de Fomento Agro-Pecuário doJóquei Clube de São Paulo e Dead R.

NOVA GERAÇÃO

Dentro em breve o turfista, estaráapostando em nomes como Colombe.Certitnde, Caqmcine ou Copernik. Sãoos novos potros que dentro em breveestarão nas pistas cariocas e paulistas.

Colombe é uma castanha, filha deHeros e Velida. Certiitude vem de Pre-tenstosa e Heros, enquanto Capucine éfilha de Saradjar e Tsé-Tsé. Capucineé uma alazã quase ouro. Copernik irácorrer no próximo ano. Tem ótimospais — Queridona e Jour et Nuit. To-dos estarão fazendo dois anos em 1968.

CAMA E AGUA

O problema maior de um haras éo fornecimento aos animais de água ecomida. Alguns produziem os alimentosno próprio terreno do haras, outros

compram fora a forragem, mas todasestudam o problema da água com ca-rinho.

No Haras Faxina a água é toda en-canada, saindo diretamente de umacaixa com cerca de 60 mil litros paraos pastos. Essa agua é tratada, semconter germes, pois isso poderia trazerdificulda-des enormes para o tratador epara o animal.

Além disso, liá um cuidado especialcom o leite dado aos puro-sangues. D.Margarida Polock Lara, esposa do pro-prictárlo, russa de origem, é quem tra-ta das 25 vacas (holandesas, importadasdaquele pois, juntamente com' doistouros.

Dona Margarida tem um prazer es-,pecial em tratar de suas vacas liolandè-sas, dando sempre nomes de pessoas co-nhecidas aos bezerros noves.

Mas nem tudo é criação de cavalospuro-sangnes no haras. Ê uma verdadei-ra fazenda com oriação de perus, faisões,galinhas. Can plantações de capim, fe-no, tudo para seus cavalos de linlia-

geni.¦No pane oriental da fazenda vêem-

se as chamadas camas, — montes defeno — que duram anos, para a feiturade camas para os animais. Uni dos pou-cos visitados, que possuía tais tipos domontes de fenos -foi o Haras Faxina,defendido com orgulho por seu proprie-tário Henrique Lara.

NASCE UM POTRO

Eram 12h 30m. O Sr, Henrique La-ra conversa com amigos na grande va-randa de sua casa colonial, Imitandomesmo as velhas fazendas de café. Pe-dro chega correndo para dar a noticia:

Nasceu um potro, seu Henrique.O senhor quer ver?

Todos correm para a cocheira, ondea égua Queridona já tem a seu ladoum belo alazão, nascido ha 40 minutos,em pleno pasto.

O proprietário ri e depois conclui:Como nasceu espontaneamente

e a letra que seguimos é Ê, vamos cha-má-lo Easy Life (Vida Mole). Vai serum craque.

La Roeque tem projeto queevitará cobrança do ICMsobre o cavalo de corrida

Sensível aos problemas do turfe, o Deputado HenriqueLa Roeque apresentou à Câmara Federal um projeto que•acrescenta à Lei 5 172, artigos que esclarecem situação doeqüino, principalmente do cavalo de1 corrida, com relaçãoà cobrança da competência estadual no que se refere aoImposto de Circulação de Mercadorias.

A explicação para a necessidade de um adendo à lei,de acordo com as afirmações do Deputado La Roeque, setomou inadiável, peto fato de o fisco estar cobrando ICMsobre os cavalos de corrida, que vão de um a outro centro,multas vezes com prejuízo do proprietário, embora a* lelnão apresente nada de específico sobre o assunto.SOLUÇÃO

Explicando que o esclareci-mento é perfeitamente cabíveldentro da lei 5 172, que nadacogita diretamente sobre otransporte dos cavalos de cor-rida, que vão participar dedisputas nos Estados, em ai-gumas ocasiões sem qualquersucesso.

Assinalou que o acréscimoao parágrafo terceiro da leisobre operações relativas ãcirculação de mercadorias vaiesclarecer definitivamente <tsituação do cavalo do corridasque é deslocado de um Estadopaia outro.SEM MOTIVO

O Deputado Henrique La Ro-que. veriíícou que a cobrançafeita aos' proprietários dos ca-valos de corrida, nâo se baseiaem qualquer artigo de lei e,diante da omissão, resolveu de-finir a situação atual qué po-de diminuir o entusiasmo pelacriação, que em outros paísesé motivo não somente para

fatos esportivos, mas capuz demotivar, pela exportação, gran-des lucros para o governo.

Na sua justificativa, chegao deputado a lançar um desa-fio no sentido de que sejaapontado entre os criadores,quem obtenha lucros com asua faina puramente esporti-va' e patriótica.PROJETO

O projeto 1 516,- de 19ü8, deautoria do Deputado HenriqueLa Roque ficou assim redi-gido:

Art. l.°. Fica acrescentadoao § 3.° do artigo 52 da Lein.u 5 172 de 20 de outubro de1966, o inciso V, com a se-guinte redação:

V — Sobre a circulação deeqüinos, quando, mediante cer-tidão expedida pelo Stud BookBrasileira, se comprove seremos mesmos de puro sangue decorrida."

Art. 2.°. Esta lei entrará emvigor na data de sua publica-ção, revogadas as disposiçõesem contrário.

Otona estranhou a voltae fracassou mas agora éfavorita no GP de domingo

O GP Duque de Caxias, programado para o domingo,rna Gávea, terá a presença de Otona, pertencente ao HarasMato Grosso — o mesmo de Osman e Beau Brumel —cujos proprietários acreditam em sua reabilitação nestaoportunidade e atribuem a fraqueza demonstrada em suaúltima apresentação, ao fato de esta parelheira ter vindode parada.

A Prova Especial do sábado foi prevista para ser dispu-tada em pista de grama e somente se chover será corridana areia, mas a mudança de raia não parece diminuir ofavoritismo de Imperator que. com o auxilio do GoodLooking, defenderá o número 1,l.o PAUEO — As 14 horas —

1000 metros — (Tenente Co-ronel Joáo Carlos de VilagfnnCabrita) — NCr$ l 60O.no.

• ks.58

_ 572 53

. . 5 5550;.

4 547 53

1—1 Tigrez . . .2—2 Nolntot . .

" Batovl . . .3—3 Amor Brujo

4 Naipe ...4—5 Quruudl . .

0 Royal Fox .

•J.o PAKEO — As 14h30m — 1 600metros — (Gener.-il-dc-DlvisiíoMarlano da SUva Rondon) —NCrS 1600,00.

ks.l—l Tabaraiw G 582—2 _a Pardlta 7 52

3 Tullnha ........ 2 533—i Zangada 4 52

5 Bclfiore ...... 5 534—6 Galopada 1 53

7 Cláudia 3 49

3.» PAREÔ — As 15 lioras — 1 300metros — (General-de-Briga-da João Severiano da Fonse-ca) — NCr$ 1200.00.

ks.1—1 Old Cat 1 57

" Soleska 8 55

.'!—5 OUilá .ti Hocó , . . •'", . .'. . .

4—7 Estóriaíl Sillc" Ambíçfio ......

6.» PAREÔ — As lGU-lOmmetros — (MarechalLuís Mallet) — NCrS— (lietliiiK).

1—1 PnpulairoSllverton

Jãllo ........2—1 Firme

, 5. Aoorllltt .......G Bom Sucesso . . . .

3—7 lambo8 Endyclod!) Arpcxuior" Ayacucho . . . . *.'.

•1-10 Fascínio" landalá" laméin'* Incerto" Jacqutm

6158615861

- 1 f,0OEmilio

3 000,00

ks.

565656-

2 5612 5n11 58

565656

15 565656

14 5613 061U 56

7.0 PAUEO — As UhlOlu — 1500metros — (General-de-Briga-«la Antônio de Sampaio) —NCr.Ç 3 000,00 — (Betting).

2—2 Delia 5 55 1—1 Vila Roca' li 573 Vatiga G 48 " Jujuca 53

3—l Veloclty 7 54 2 Notiette .-.'."' 535 Neidoca 2 55 2—3 Crosa 57

4—6 True Vamp ...'.. ,3 55 4 leme 57Jacobóla 4 53 5 Bonltona 13 53

Panambl". ..... 9 51 3—6 Dabohémla ..... 10 53" Nacota 12 534.o PAREÔ — As 15h30m — 1500 7 Miss Cadlr 53

metros — (Marechal Manuel 4—3 Iuvun 57Luis Osório) — NCrS 3 600,00. 9 BuUc 53

ks. 10 Adracne 53i Playboy 2 57 11 La Fusta 53" Solell du Mtvtm ... 7 57

2—2 Jandui 5 53 H-0 PAKEO — As 17h40m — 1 (100" Just- Now 4 53 metros — (Coronel João Mu-3 N-nuaus ....... 9 53 Jiiz llarreto de Aragão) — (Va-

3—4 Dogom 8 57 riante) — (Betting) —-(«ra-" Nardóslo ...... 1 53 , ma) — NCr$ 1200,00.5 King Rlchard .... 3 53 ius.

¦i—6 Ipu ........ . 10 53 1__ Bttss-Bier 14 58lla«l°

a"11 •« 53 2 Paschott! 578 Baraçau S 53 3 Luclbom M

2—4 Maupassaut ... •> 565.o PAKEO — As 16h05m — 2 000 5 can-Can 51metros _ (Grande Prêmio 6 Muiraqultá

'. .:' SSDuque de Caxias) - (Cias- ;s_7 P.iplto .... 6S

sico) _ NCr? 8 000,00. 8 Ko'poni(,k ...'.. 55Ks> 9 Ameline 55

1—1 Otona 6 58 4-10 Tom Jones 10 572 Simpática 9 61 11 Fruiial 55

2—3 Borla ' . 3-58 12 Rallye 51La Fronçalse ..... 7 (it 13 Sabata . . . 51

Queirós recebeu punição de3 meses com naturalidade eaguarda momento do perdão

José Queirós recebeu com naturalidade a pena de trêsmeses que lhe íoi imposta pela Comissão de Corridas, edisse que fará, dentro de mais algum tempo, um requeri-mento para conseguir o seu perdão, porque é esta a pri-meira grande penalidade que sofre na sua „ carreira dèjóquei.

Mesmo sabendo que só poderá atuar em provas clássl-cas, J. Queirós não diminuiu o seu ritmo de trabalho e,atendeu normalmente à solicitação dos treinádorss quanão o deixaram descansar até a hora de fechar á pistade areia.

UMA BOA

Convidado pelo treinador Al-cides Morales, para trabalharOtona com vistas ao GrandePrêmio Duque de Caxias —domingo em 2 000 metros —J. Queirós, exercitou a éguapaulista na volta fechada emostrou-se confiante etn umaboa exibição na importantecarreira, sentindo no seu fio-reio de 2m26s, condições parauma completa reabilitação, des-forrando-se agora de Borla, ga-nhadora no sábado do GrandePrêmio Brasil. A derradeiramilha foi coberta em lm43s.sem muito esforço, confirnian-do o jóquei ao treinador ascondições excepcionais de trei-no que encontrou em Otona.

-r- Disse a Alcides Moralesque a égua tinha muitas reser-vas apesar de a raia não es-

tar muito favorável — explicouJ. Queirós. Se Dendico nãovier de São Paulo, a montariapoderá ser minha, Mas, ficoude vir.TRANQÜILIDADE

José Queirós é de opinião,que a sua suspensão pode real-mente dificultar um pouco namarcha para uma possível vi-tória na estatística; mas, reco-nhece que os comissários agi-ram dentro da lei e como umprofissional obediente, deveacatar sem maiores comenta-rios o que lhe foi imposto.

— Mas, como um infratorprimário neste tipo de faltas,creio que tenho direito a umperdão. Vou tentar um reque-rimento e desde já acho quedevo ser atendido pois aeredi-to na compreensão dos dírigen-tes.

20 — 1.° Cad., Jornal do Brasil, quarta-feira, 14-8-68

CAMPEÃ DO GÁVEA TÉCNICA APURADA

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tjinS ^fc. 51 H ___!__¦ BflX copító de póZ/e tío Gát)ea> Eua Wolfson, entregou à sua companheira. Jane Kenntm o troféu do 1.° lugar,

CAMPEÃ DO ÍTANHAmÁ

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Taça da Beleza de

golfe ficou paraKennon e Stransky

A outra vencedora, Clarisse Stransky, recebeu a taça ãe prata da capita do Itanhangá, Marina. Waiker |> Jane Kennon atravessa grande forma técnica

As golfistas Jane Kennon, doGávea, e Clarisse Stransky, doItanhangá, conquistaram ontemà tarde, no campo do Itnnhan-gã, o titulo oe campeãs da Ta-ça da Beleza, um par-pointdisputado em 36 buracos e quepremiou as duas melhores colo-cadas de cada um dos clubescariocas, entre as 41 competi-doras que tomaram parte nasegunda e última rodada.

A segunda colocação da Taçada Beleza ficou em poder deTallulah Zonneveld, pelo Gá-vea, enquanto que pelo Ita-nliangá a posição ficou dividi-da entre Maxine Beasley e Ma-rhui Waiker. qué jogarão pro-vàvelmente amanhã o desem-pate, previsto para três buracos,na mesma modalidade técnicada competição, isto é, par-póint.

AS MELHORES

Jane Kennon demonstrou suagrande forma técnica atual aoobter ontem o excelente parcialde 38 pontos para o campo doItanhangá, o que lhe valeuno total, somando-se os 34 pon-tos da primeira rodada, no Gá-vea, o resultado de 72 par-points — o melhor entre todasas competidoras. Sua compa-nhelra de clube, Tallulah Zon-neveld, que ocupava a lideran-ça com o parcial de 35 pontos,marcou mais 34 e conquistouo segundo lugar, com G9 par-points. Pilar Gonzalez, com 33-29, foi a terceira, com o totalde 02 par-points para os 3G bu-racos.

Pelo Itanhangá. as três me-lhores colocadas foram Claris-se Stransky, com o resultadode 66 par-points (30-3G), e Ma-xine Beasley (24-35) e MarinaWaiker (24-35), empatadas nosegundo posto com 59. Ao fi-nal da competição, as capitasde golfe dos dois clubes, EvaWolfson, pelo Gávea, e MarinaWaiker, pelo Itanhangá, fize-ram a entrega dos prêmios nu-ma solenidade simples e que foibastante aplaudida pelas de-mais jogadoras.

Duas frasquelras, contendoprodutos de beleza DorothyGray, foram' então sorteadas,cabendo à vice-capitã do Gã-vea, Margie Wyant, tirar dointerior de uma taça os nomesdas ganhadoras. O primeiro asurgir foi o de Connie Ogdon,do Itanhangá; o segundo, po-rém, recebeu demoradas pai-mas: era o da própria sortea-dora, Margie Wyant.

Para amanhã, o programa do

gôlíe feminino é a disputa dos18 buracos do CampeonatoAberto de Teresópolis, nos linksdo Teresópolis Clube, competi-ção que está entusiasmandoMarlon Appel e Vcrlnha Gaens-ly, que querem aproveitar o fe-riado escolar para jogar ns.Serra.

RESULTADOS

As concorrentes á Taça daBeleza terminaram assim ftcompetição:

Gávea Golfe Clube — 1.°Jane Kennon, 72 pontos; 2.°Tallulah Zonneveld, C9; 3.° Pi-lar Gonzalez, 62; 4.° LysbcthSmith, 60; 5.° Mariana Noguei-ra, 50; 6.° Jean Bass, 58; 7.°empatadas, Cecília Grimaud,Huguctte Fraga e MaggleEvans, 56; 10." empatadas, Lu-cy Brantly e Margie Wyant, 55;12." Dorothy Burton, 54; 13.°empatadas, Luná Moscovite eNicki Goebeler, 53; 15.° empa-tadas, Eugenia Weil e DorlsSchoeller, 51; 17.° empatadas,Eva Ellel e Ingried Engelhardt,50; 19.° Eilleeh Goldle, 48; 20.°empatadas, Eva Wolfson e Mir-ga Devine, 41; 22.° GenevièveConjaud, 39; 23.° Elsa Junquei-ra, 26.

Itanhangá — 1.° ClarisseStransky, 66 pontos; 2.° em-patadas, Maxine Beasley e Ma-rlna Waiker, 59; 4.° FriedaPires. 56: õ.u Gun Anderson,55; 6." Angela Pareto, 53; 7.°empatadas, Laury Henderson,Erice Cardoso e Verinha Gaens-ly, 52; 10.° Connie Ogdon, 51:11.° Cookic Jardim. 50; 12.°Marlon Appel, 49; 13.° AudreyHeiidersoh, 48; 14." HortênsiaWélsshünhj 47; 15.° Ana Ma-ria Lynch, 46; 16.° Glória Pe-reira, 43; 17.° Heloísa Macha-do, 42; 18.° Kimiye Osório, 37par-points.

As 10 melhores colocadas,numa contagem extra-oficial,seriam as seguintes: 1.° JaneKennon (Gávea), 72 pontos;2° Tallulah Zonneveld (Gá-vea), 69; 3.° Clarisse Strans-ky (Itanhangá), 66; 4.° PilarGonzalez (Gávea), 62; 5.° Lys-toeth Smith (Gávea), 60; 6.°empatadas, Mariana Nogueira(Gávea), Maxine Beasley(Itanhangá) e Marina Waiker(Itanhangá), 59; 9.° Jean Bass(Gávea), 58 e 10." empatadas,Cecília Grimaud (Gávea), Hu-guette Fraga (Gávea), MaggieEvans (Gávea) e Frieda Pire*iItanhangá), 56 pontos. ¦

Gincana Fluminense Glitos' aPitos e m„nit?*sois marcaram a volta de

Será disputada Füdo Nímez ao Palmeiras

por 720 pescadoresNiterói (Sucursal) — Seis

quilômetros da praia deI Barretos, no município dei Macaé. serão ocupados por

720 pescadores, nos dias 9 e10 de novembro, durante a

, realização da IV Gincana. Fluminense de Pesca que,

¦' êste ano. contará com a pre-sença de equipes de dez Es-

¦ tados e também de Buenos' Aires e Montevidéu.A promoção, incluída no

calendário oficial do turis-mo fluminense, reúne pes-cadores amadores de moll-nete e carretilha. Os pré-mios. num total de NCrS 10mil. serão distribuídosentre os vencedores, sendoque a equipe de Estado nãovizinho da Guanabara queobtiver maior número depontos, receberá o TroféuJORNAL DO BRASIL.

,INTERESSE

Dado ao sucesso que vemalcançando a promoção, ;steano, a Comissão organizado-ra da Gincana Fluminensede Pesca decidiu ampliar pa-ra 720 o número de pesca-dores, o que proporcionaráa participação de 120 equi-pes, sendo (30 do Estado doRio e GO do.s demais Esta-dos.

O presidente da Comissão.Sr. Cláudio Silva, informouque a idéia nascida de pes-cadores de Niterói, em 1005,tem sido comentada em to-dos os clubes de pesca dopais, atravessando as fron-feiras e atingindo Argenti-na e Uruguai, de onde deve-rão chegar equipes concor-rentes à IV Gincana.

COMEÇO

Inicialmente, a GincanaFluminense de Pesca erarealizada na Praia de Jaco-

mé, em Saquarema, com aparticipação de equipes do.sEstados do Rio e Guanaba-ra. Posteriormente, apresen-taram-se pescadores de Ser-gipe. São Paulo. Paraná eMinas. Hoje. já calcula-secm 120 o número das equi-pes que comparecerão.

A ül Gincana, realiza-.da na praia de Jaconé, re-uniu 100 equipes, num total

de 580 pescadores. Forampescados 2 798 peixes de di-versas espécies, niirn totalde 735 quilos. A equipe ven-cedora foi. a Maromba, deNiterói, e o pescador RobertAnthony White. também deNiterói, o grande recordista,apanhando um cação com47 quilos.

INSCRIÇÕES

As inscrições para a IVGincana Fluminense de Pes-ca poderão ser feitas haGrau Pesca, Rua José Cie-mente. 09, Niterói. Até on-tem já haviam confirmadoinscrições 36 equipes do Es-tado do Rio e 37 dos Esta-dos da Guanabara, EspiritoSanto, Sergipe, Minas Ge-rais. São Paulo, Rio Grandedo Sul e Santa Catarina.

A Comissão Organizadoralembra que os participantesdeverão ser inscritos na Su-depe como pescadores ama-dores. As equipes se compo-rão de seis elementos, sendocinco pescadores, inclusive ocapitão, e um fiscal de equi-pe, que fiscalizará a equipevizinha. A taxa de inscriçãocusta NCrS 60,000.

MACAÉ

Barretos é uma praia ex-celente, segundo os organi-zadores da competição. Si-tuada a dois quilômetros docentro da cidade de Macaé,a praia de Barretos é uinótimo pesqueiro. Levanta-mento realizado por runaequipe de pescadores cons-tatou a presença das seguin-tes espécies de peixe: cor-vina, arraia, papa-terra, ga-Ihudos. pampo, bagre, ca-ção-viola. enxòva, robalo,parati e barbudo.

A competição, que serárealizada em seis quilôme-tros de praia, terá' duas eta-pas: a primeira das 16h à.s22h do dia 9 de novembro ea segunda das 4h ãs ÍOh dodia 10. Todo o peixe pescadodurante a Gincana será, logoapós a contagem dos pontos,distribuído pelo Lions Clu-be fluminense para institui-ções de caridade. A entregade prêmios será feita no diaÍ0, em solenidade pública.

São Paulo (Sucursal) — Aos gritos ou usando o apitocom insistência, o técnico Fiipo Nunes dirigiu ontem cedoseu primeiro treino no Palmeiras, conseguindo ótimo ren-dimento dos titulares, que venceram os reservas por Sal,apesar ria ausência cie César, que só voltou do Rio à noite,e Ademir da Guia, dispensado por se queixar de doresmusculares.

Ainda no vestiário, o treinador fêz uma preleção de45 minutes, advertindo que só ficarão no clube os que seadaptarem ao seu sistema de trabalho, incluindo disci-plina, técnica e preparo físico. Hoje haverá individual eamanhã será realizado novo coletivo, que definirá a equi-pe para enfrentar o Internacional, domingo.

elementos do meio-campo parairem e voltarem sempre.

MUITOS AVISOS

A apresentação do nôvo téc-íiico estava marcada para as9 horas, mas Filpo Núnez che-gou mais cedo ao Parque An-tártica e foi direto para o ves-tiúrio. Antes de os jpgadorestrocarem de roupa, o nôvo téc-nico do Palmeiras iniciou pre-leção.

Num castelhano misturadocom português, disse que nãotransigirá com a indisciplina efará questão de que todos si-gam suas instruções, visandodar ao time mais velocidade esentido ofensivo. Afirmou quefará questão dc receber trêsbichos por semana e por issovai exigir o empenho de todos.

MUITAS POSES

De uniforme azul, FilpoNunez foi o último a entrar emcampo c, enquanto os jogado-res se exercitavam com o pre-parador fisico Santo Baldaccin,

, o técnico mandou buscar dezbolas e ficou se aquecendo nocentro do gramado, dando pi-ques-e fazendo poses para de-zenas de fotógrafos e ciuegra-íistas.

Aos laterais, pediu paraapoiarem o ataque sempre quepossível, recomendando aos dois

IV Taça Brasil de clubescampeões de basquete teminício hoje em B. Horizonte

Belo Horizonte (Sucursal) —- Inicia-se hoje a IV TaçaBrasil para clubes campeões de basquetebol e que conta-rá com seis participantes — Botafogo (Guanabara), Vascoda Gama (Guanabara), EC. Sírio (São Paulo), Corintians(São Paulo), Minas TC. (Minas Gerais) e CR. Rio Grande(Rio Grando do Sul).

Os concorrentes intervirão num turno completo, até odia 18, compreendendo três jogos diários, todos notunnos eprogramados para o ginásio do Minas TC. patrocinadorda competição, que servirá para designar o representantebrasileiro ao Campeonato Sul-Americano de Clubes Cam-peões.

Mau tempo prejudica tênisadiando para sábado o fimdo Campeonato Individual

Devido às chuvas que vêm prejudicando a realizaçãocompleta das rodadas, o Campeonato Carioca Individualde Tênis somente se encerrará no sábado, quando serãodecididos os titulos de simples feminina e masculina edupla masculina, nas quadras do Fluminense.

Hoje serão disputados seis partidas no Fluminense,sendo cinco de duplas e uma simples masculina, esta se-tnifinal entre George William Shalders e Luis Bonn ouRubens Raimundo Jüiiior, que apresentará o finalista quedecidirá com o vencedor do jogo Jorge Paulo Lemann. xHugo Pucheu o título do campeonato.

MUITOS GOLSDesde o início. Filpo Nunez

exigiu que os jogadores obe-decessem às suas instruções,advertindo-os em voz nita ouaplaudindo quando os lanceseram bem sucedidos. Apesardisso, os reservas abriram <-eontí.gem logo aos dez minu-tos, por intermédio de Preá.Sem se perturbar, o técnicorenovou suas instruções e, lo-go em seguida, os titulares íi-zeram dois gols.

No segundo tempo, mesmocom a saida de Servflio, o ata-que principal náo caiu de pro-dução e assinalou mais trêsgols, terminando o treino coma vitória dc cinco a um.

Artlme (4) e Júlio Amaralmarcaram os gols da equipetitular, que formou «ssim:' Chicão, Eurico, Baldoque,Nelson e Ferrari; Júlio Ama-ral e Écio; Copeu, Servílio(Serginho), Artime e Tupãzi-nho. Os vermelhos atuaramcom Maidana, Geraldo Escale-ra, Luís Pereira, Minuca cJair; Moreno e Morais; Preá,Arnwndinho, Marco Antônio eSerginho (Valmir).

Sétima rodada em M. Geraiscomeça hoje com a partidaentre Atlético e Democrata

Belo Horizonte (Sucursal) — O Atlético e o Democrá-ta inaugurarão hoje, ã noite, no Estádio Minas Gerais asétima rodada do returno, que prosseguirá amanhã comCruzeiro e Independente e mais quatro jogos no interior,entre Araxá e Formiga, Valério e Usipa, América e Vila,c Uberaba e Uberlândia.

Com inn coletivo na cidade de Vespasiano o técnicoFteitas Solich encerrou ontem, à tarde, os preparativos doAtlético, fazendo mistério em tônio das duas pontas-de-lança, onde somente Ronaldo tem escalação garantida.Dario poderá ter nova oportunidade, caso Silvio e Beto nãorecuperem suas melhores condições.

RODADA INAUGURAL

A rodada de abertura da Ta-ça Brasil, hoje, prevê os cn-contros EC. Sírio x CR. RioGrande, Botafogo x CcTintinase Vasco x Minas TC, desta-cando-se o que reunirá o Bo-tafogo — atual campeão brasi-leiro e Sul-Americano — e ovice-campeão paulista, o Co-rintians. Mesmo desfalcado dede Barone e Edinho, agorano Vasco, o Bolafogo aindaainda conta com bam elenco,enquanto o Coríntians pos.suidiversos jogadores da .seleçãobrasileira, como Vlf.mir, Ubira-tá, Rosa Branca, Jói e o juve-nil José Geraldo, um dos me-lhores elementos da equipe pau-lista campeã brasileira juvenil,em competição realizada hápouco nesta capital. José Ge-raldo, inclusive, está convoca-do parv a seleção olimpica.

As rodadas restantes pelaIV Taça Brasil, determinar osjogos: amanhã — Botafogo xVasco, Rio Grande x Corin-tians e Sírio x Minas TC; sex-ta-feira — Botafogo x RioGrande, Sirio x Vasco e MinasTC. x Ccrintiahs; sábado —Botafogo x Sirio, Minas TC. xRio Grande e Vasco x Corin-

Mans; domingo.-— Botafogo xMlliàs TC, Sirio x Coríntianse Vasco x Rio Grande. Até omomento, entretanto, a equi-pe do CR. Rio Grande não co-municou á CBB sôbre a presen-ça de .sua delegação. Caso nãochegue até ás 14h30m de ho-je, o Sr. Jack Fontenele, diri-gente da Confederação e su-perviscr da competição, exclui-rá a equipe gaúcha, procedeu-do a nôvo sorteio de tabela.

Já se encontram desde on-tem aqtil, a.s delegações do Bo-tafogQ e Corintians, enquantoas demais são aguardadas lio-je. A do Botafogo veio por viaaérea, sob a direção do técni-co Epaminondas Leal c com osseguintes jogadores: Ilha, Au-rélio, Peixotinho, Cianela, LuisAmaro, Válter, César, Érico, ZéAntônio, João Marcos, Clau-dius e Rogério. A delegação doVasco, vice-campeão carioca,deixará o Rio- ás 9 horas, pelaPonte-Aérea, assim constituída:chefe — Hilson Faria; delega-do — Custódio Monteiro; mas-sagista — Geraldo Félix; as-sustente — Madalena; técnico —Barone: Jogadores — Gogó,Paulista, Leonardo, Felipe, Êdi-

¦ nho, Douglas. Êdsõh Feraciu,Tentativa é Felinto.

Favoritismo ameaçado

COMPOSIÇÃO

A nova diretoria da Conre-deração Brasileira de Tênis jáestá quase tôda constituída,com a escolha pelo presidentedos vice-presidentes. que sãoos seguintes: Fernando Cam-pelo Gentil, do exterior; MárioAlberto Pucheu, setor técnico;Celso Renato Davila, finanças;Jeférson Pimenta, interior.

Para diretores, que são daescolha dos vice-pre.sidentes,já aceitaram indicação Geor-ge Shalders, que contará com acolaboração de Ronald Bar-nes, e Osvaldo Crespo Pereirade Sousa Filho.

A nova diretoria terá comodos primeiros trabalhos a or-ganização do Campeonato Bra-sileiro Aberto, marcado paraPorto Alegre em setembro, eformar a equipe brasileira queparticipará do próximo Cam-peonato Sul-Americano a serjogado em Caracas, na Venc-zuela.

JOGOS DE HOJE

A programação do Campeo-nao Individual Carioca, no Flu-

Náuticodesiste doBotafogo

COMEÇA HOJE

Apesar dos protestos dc mui-tos clubes, principalmente doAtlético, a Federação Mineirade Futebol confirmou para ho-jc o Início da sétima rodada docampeonato, com Atlético eDemocrata no estádio de Mina»Gerais. O vice-lider náo que-ria jogar, alegando prejuízosfinanceiros, mas a ameaça de

perda dos pontos fêz com queo presidente Carlos Alberto Na-ves concordasse com a anteci-pação da rodada, objetivando ocumprimento normal dos clubesmineiros — Atlético e Cruzeiro— da tabela do torneio GomesPedrosa.

O jogo começará às 21 horas,o juiz somente será conhecidomomentos antes.

A equipe do EC. Sírio, deSãa Paulo, atravessa forma téc-nica excepcional e vinha sendoapontada como principal aspi-rante ao titulo cin IV TaçaBrasil. Mas surgiu um proble-ma de última hora, capaz deprejudicar o rendimento deseus jogadores: devido a pro-blemas particulares, a maioria'deles talvez precise viajar dià-riamente para São Paulo, apóscada rodada. Os dirigentes doSirio estão procurando evitar aconsumação dêste fato, mas seêle se confirmar, dificilmente oquadro suportará a maratona,embora seja constituído por Jo-gadores da categoria de Mos-quito, Radvilas. Sucar, Menon eMoutinho.

O Sr. Paulo Meira, presiden-te da Confederação Brasileirade Basquetebol, está sendoaguardado sexta-feira ou sába-do, para presenciar as rodadas

finais do torneio, acompanhadopelo seu vice-presidente de in-teriores e responsável interinopela parte técnica. Sr. AlbertoCúri, bem como pelo treinadorda seleção brasileira às Olim-piadas, Renato Brito Cunha.

Também são aguardados natarde de hoje os cinco juizesque funcionarão nos jogos daIV Taça Brasil, juntamente comos seus colegas mineiros. DaGuanabara virão Manuel Tava-res. Paulo dos Anjos, João No-gueira Macedo c Benedito Bis-,po da Conceição, enquanto SãoPaulo enviará apenas Humber-to Magalhães.

A competição que apontará onôvo campeão brasileiro dc clu-bes vem despertando grandeinteresse entre o público des-portista mineiro, esperando-searrecadações de vulto nas ro-dadas decisivas.

Recife (Sucursal) — O Náu-tico desisiiu do amistoso quepretendia realizai- com o Bo-tafogo, amanhã, na Ilha doRetiro, por achar muito eleva-<la a quota de NCrS 20 mil pe-ciicia pelo clube carioca, já quese dispunha apenas a dividir arenda e a pagar a hospedagemdo.s visitantes.

O amistojo estaria dentro doprograma de preparação parao Torneio Roberto Gemes Pe-drosa, do qual o Náutico par-ticipará pela primeira vêz esteano. Até ontem, o clube per-nambu:ano esperava respostado Botafogo, mas este mantê-ve-se firme' em relação á quotafixa.

O Náutico, porém, continuaem treinamento. Já agora con-tando com o ponia-tie-lançaBi:a. que passou mais de umano afastado da equipe por tersofrido rutura dos ligamentostio joelho direito. Bita — queé irmão do vascaíno Nado —foi artilheiro do CampeonatoPernambucano dc 1963 a 66.

minense é esta: às lfih — Ro-sa Maria Passareli-Regina Fer-reira X Vanda Férraz-InaraFreitas, decidindo o titulo dedupla feminina; às 18 horas —Vanda Ferraz-Roberto OliveiraX Elita Penha-Ricardo Pas-cúàl; George William Shal-ders X Luis Bonn ou RubensRaimundo Júnior; Regina' Fer-reirá-Hugo Pucheu X Eleonó-ra Mendonça-Marcio Pascttal;às 19h30m — Flauto Facin-Ri-chard Liebermann X SérgioBonn-Luís Bonn; ás 20 — HugoPucheu-Márcio Pascual X Ru-bens Raimundo-Cláudio Fer-reira.

A dupla formada por Jor.-ge Paulo Lemann-Alex Hae-gler, uma das mais fortes parao titulo, obteve unia boa vitó-ria por três sets a zero sôbreRicardo Paseual-Omnr Prisco,em jogo que serviu de revan-che para os vencedores, quehaviam perdido para os mes-mos adversários no recenteCampeonato Rui da Cunha Ri-beiro.

Pavunensepode deixarD. Autônomo

A diretoria do Pavunenseabandonará o campeonatocie futebol do DepartamentoAutônomo, caso o Tribunalde Justiça daquela entidadenão anule a partida realiza^da domingo passado, contrao Manufatura, e que foi in7terrompida aos 43 minutosdo segundo tempo, com aexpulsão do quinto jogadorde sua equipe.

O jogo estava empatadoem 2 a 2 e devido a expul-são do quinto jogador doPavunense, o Manufaturafoi considerado vencedor. Ovice-presidente de íuteboldo Pavunense, Sr. Nélsori*Teixeira, explicou que. comosomente a vitória interessa-va ao Manufatura, o juizJorge Moreira terminou apartida antes do tempo, ex-pulsando injustamente cin-co jogadores.

Jornal do Brasil, quarta-feira, 14-8-68, 1.° Cad. — 21

O BOM EXEMPLO

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Jí através de equipes como o Santos e de jogadores como Peié que os norte-americanos enchem os estádios

Futebol tem futuroassegurado nos EUA

O interesse cada vezmaior por parte do torce-dor, a ponto de ter-se regis-trado um considerável au-mento de público de 1967para este ano, e os investi-mentos que os empresáriospretendem ampliar nos pró-ximos meses, em quase to-dos os clubes, parecem as-segurar ao futebol um fu-turo certo nos Estados Uni-dos. Sabem os americanosque na paixão do torcedore nos dólares dos empresa-rios — uma coisa condicio-nada a outra — residem aspossibilidades de sucessodeste esporte num país quepraticamente o desconheciahá dois anos. A paixão ain-da não é muita e os dólares,por enquanto, nem chegamperto dò que é investido nobeisebol ou no futebol ame-ricano. Mas o soccer (cer-tamente o futebol jamais te-rá outro nome lá) já é umarealidade. Jogadores de tô-das as partes do mundo,entre eles os bicampeãomundial Vavá, e técnicosfamosos são os astros dehoje. Jovens universitáriosou mesmo os garotos quejá jogam pelada nos par-ques - crêem os america-iios - são os craques deamanhã. E os Estados Uni-dos já pensam em disputara Copa do Mundo de 74.

O futebol, com o nome de soccerja chegou à América do Norte Sabe-se gue, já em 1930, os Estados Unidosestavam participundo da Copa doMundo, em Montevidéu, mas aquilonão passava de urna aventura. Em1950 vimos os americanos no Brasilpor ocasião da Copa do Mundo. Ósurpreendente é que eles chegarama vencer a então favorita Inglaterraem Belo Horizonte, por 1 a 0. Isso nãòsignificava, contudo, que houvesseuma organização futebolística dosEstados Unidos. Os chamados Tor-neios de Nova Iorque, realizados parum empresário, foram crinndo o gòs-to pelo futebol e divulgando o espor-te mais popular no mundo.

As idas do Santos foram isola-das, mas de muito significado. Tudoisso foi sendo somado. Em 1967, orga-nizou-se o primeiro campeonato nor.te-americano de futebol projissional.Surgiu logo um problema: duas ligas.Para èste ano, segundo entendimen-tos havidos, apenas uma liga ficou e,pode-se dizer, começa a história dòfutebol nos Estados Unidos. A enti-dade nacional é a USSFA (UnitedStates Soccer Football Association)fundada — para espanto de muitos— em 1913.

OS ESTRANGEIROSOs americanos s a b i a m, desde

logo, que não poderiam pensar emformar times com jogadores locais,pois eles não existiam. Os que joga-vam eram sempre imigrantes euro-peus ou latino-americanos. O cami-¦nho a seguir foi a importação. Eles,os importados, vieram dos quatrocantos do mundo. Preferencialmente,jogadores famosos, de certa idade,

para poder apresentar bom rendi-mento técnico. Hoje, nos EEUU, nãoexiste nem 1% de futebolista real-mente americano.

— Primeiro — dizem os dirigen-tes locais — é preciso divulgar o es-porte. Depois surgirão os interessa-dos em praticá-lo e, dentro de algunsanos, teremos os nossos próprios as-tros.

COMO É 0 CAMPEONATOO Campeonato Profissional de

Futebol é diferente do nosso. Os 17times (sendo dois do Canadá) foramdivididos em quatro divisões, duas noLeste e duas no Oeste. As divisões doOeste são: Gulf e Pacific. As do Les-te: Atlantic e Lakes. Os vencedoresde cada divisão disputarão o turnofinal e decisivo pelo titulo. Tambéma contagem, por pontos ganhos, é di-ferente da nossa. Uma vitória acimade 3 gols tem bonificação de 1 ponto,acima de 6 nova bonificação. Issodesperta o interesse pelo futebolofensivo. As regras são as mesinas ea substituição é permitida, segundoa última instrução da FIFA.

OS TIMES.Eis os times que disputam o fu-

tebol profissional nos Estados Uni-dos: Atlanta Chíefs, Baltimore Bays,Boston Beacons, New York Generais,Washington Whips, Chicago Mus-tangs, Cleveland Stokers, DetroitCougars, Toronto Falcons, Dallas Tor-nado, Houston Stars, Kansas CitySpurs, Saint Louis Stars, Los Ange-les Wolves, Oakland Cippers, SanDiego Toros e Vancouver Royals. ...

EXEMPLOSPara mostrar a presença de es-

trangeiros nos times norte-america-nos basta citar alguns exemplos. NoAtlanta Chiefs, de Atlanta, existemquatro ingleses, três galeses, dois ir-landeses, três jamaicanos, cinco api-canos, um sueco, um grego. No Bai-tinwre Bays encontramos dois brasi-leiros (Uriel e Zé Maria), três espa-nhóis, três ingleses, um argentino, umbúlgaro, três jam-aicanos, mais joga-dores do Haiti, Surlnã, Iugoslávia eapenas um norte-americano. O LosAngeles Wolves tem dez ingleses, umperuano, dois brasileiros (Carlos eGilson Metidieri), um argentino, umnorueguês e um irlandês. Como ve-mos há uma predominância total deingleses. No Oakland Clippers domi-nam os iugoslavos, em número denove. Um brasileiro (Mário Baeso),dois costarriquenhos, um urugiuiio,um sueco, um norueguês, um inglêse um de Curaçao.

O quadro com mais norte-ameri-canos é o Saint Louis Stars, de SaintLouis, Missouri: apeiuis cinco. Trêsalemães, dois iugoslavos, um brasilei-ro (Hall Chilinque), três poloneses,um austríaco, um húngaro, um ja-maicano, um ucraniano completam oelenco. No San Diego Tores, de SanDiego, Califórnia, predominam os me-xicanos. É na fronteira do México.São cinco a defender o Toros. Doisbrasileiros (Eli Durante o famoso Va-vá), três iugoslavos, um uruguaio, umhúngaro, um alemão, três ingleses, eum argentino compõem o eleiico. O ti-me do Toros por sinal, vai muito bem.O Toronto Falcons ê dirigido porKubala e tem cinco esptuihóis. Háuma variedade bem grande de nacio-nalidades nesse time, inclusive um.brasileiro (íris de Brito). No Vancou-ver há gente de tôãa a parte. Domi-nam os ingleses, porém existem fute-bolistas até de Hong-Kong. Ptiskas, ofamoso Ferenc Puskas, é o terinador.O maior contingente de brasileiro es-tá 710 Washington Whips, da capital.Jogam cinco (Antônio Nascimento,Jorge Siega, Roberto Mauro, Nei deSousa e Antônio de Oliveira). Os res-tantes são seis dinamarqueses, doisargentinos, dois de Gana, um da Ja-malca e um da Escócia. O HoustonStars tem oito iugoslavos, sete .nin.garos, um brasileiro (Juraci), dois di-namarqueses, um grego, um argentinoe um mexicano. Sete ingleses e cincoescoceses dominam o Detroito Cougars.

No Dallas Tornado há domíniodos ingleses em número de sete. No-

Espccinl para o JB

ruegueses são quatro. Dois holande-ses, e dois suecos completam o elen-co. No Cleveland há uma grande mis-tura: inglês, alemão, argentino, nige-riano, húngaro, espanhol, português,irlandês e iugoslavo. Apesar disso elesse entendem. Navarro, do Indepen-ãiente e da Seleção da Argentina,Mateos, que foi do Real Madri, sãoas figuras mais importantes deste ti-me. Por isso tudo, dá para se ter umaidéia de que o futebol nos EstadosUnidos é para americano ver, maspara outros jogarem. Dessa maneiraeles vão divulgando o soccer e ga-nhando adeptos.

MUDANÇA DE CIDADEUm fato curioso ocorreu com a

atual Kansas City Spurs. Seu proprie-tário é o John Latshaw, um milio-nário americano. No ano passado, oSpurs chamava-se Chicago Spurs erepresentava a cidade de Chicago. Opúblico não correspondeu e o timemudou de cidade.

Também no ano passado, houveos seguintes recordes de assistênciapara o primeiro campeonato: em Bos-ton, 9 760 pessoas pagaram ingressospara ver o jogo contra Washington.O total de público em seis jogosdisputados nessa cidade do Massa-chussetts foi de 25 025, ou seja,, maisde quadro mil por jogo. Em Chicago,j-egistrou-se a presença dc 25 239. EmSão Francisco, 32 531. Em Detroit,34 247.

Em Cleveland, 39 399. Em Toron-to, 41 538. Em Vancouver, 42 113. EmLos Angeles, 46 660. Em Nova Iorque,52 596. Citamos Boston, em particular,por ter sido a cidade de menor indice.Nova Iorque teve média superior a8 500 pessoas por jogo. Os recordistas,porém, foram Houston, com 118113pessoas para 6 jogos, graças às pro-moções feitas por Roy Hofheinz, noAstrodomo; Dallas, 55 360 e Washing-ton, com 54 597. O recorde de públicono futebol dos Estados Unidos estácom o jogo Santos x Napoli, no YankeeStadium, vindo a seguir o jogo San-tos x Internazionale. Nos jogos lo-cais a maior presença fica com LosAngeles x Houston, com 34 mil pa-gantes. Deve-se registrar, aqui, queo campeon-ato do ano passado foi ori-glnal. Cada equipe foi representadapor um time do exterior. O Bangu, doRio, foi o Houston, e de maior atra-ção, pois jogou no melhor estádio.

O QUE OS AMERICANOSQUEREM?

Os norte-americanos sabem mui-to bem o que pretendem do futebol.Eles estão plantando uma sementeque vai dar frutos certos, inclusive vaiser um, mercado farto para os fute-bolistas e clubes do Brasil. O públi-co norte-americano gosta de noviãa-des e o futebol é uma novidade nosEstados Unidos. Já se fala em parti-cipar da Copa do Mundo para apren-der, mas disputar para ganhar, erri74 ou 78.

Acreditam os mentores ianquesque, com essas promoções tipo San-los, não será dificil conquistar o nor-te-americano. 'Futebol é um problemade dinheiro, com dinheiro, que surgi-rá das arrecadações e das estaçõesde TV, será fácil atingir o objetivocolimado. Uma coisa é certa: conti-nuando nesse ritmo os Estados Uni-dos figurarão nos primeiros lugares dofutebol mundial dentro em pouco.

COLABORAÇÃO DA TVA TV norte-americana, mais pre-

cisamente a CBS, está prestigiando ostimes ianques. Nesta temporada cadatime recebeu 50 mil dólares da TV.Esta televisa, diretamente, um jogoaos domingos, às 14 horas e grava umem video-tape. Esses 50 mil dólaresaliviam um pouco as despesas dos clú-bes. No ano passado o futebol nos Es-tados Unidos deu déficit. Deverá sermelhor este ano e é provável que osclubes comecem a empatar em 69 eter lucros a partir de 70. Atras decada clube há um grupo de homensricos, que garantem os prejuízos.

Santos viajou para estrearamanhã à noite em B, Airesno Pentagonal contra River

São Paulo (Sucursal)' — Para enfrentar o River Plate,amanhã à noite, em Buenos Aires, pelo Pentagonal Ar-gentino, o Santos embarcou ontem, às 16h 30m, com des-tino a Buenos;Aires, onde hoje fará seu primeiro treino.

O téonico Antoninho não decidiu se escala Orlando ouOberdã, na zaga, e Gilmar ou Cláudio, no gol. Não viaja-ram, Olodoaldò, Paiulo, Manuel Maria e Edu, mas êsté úl-timo seguirá dia 20 para a Argentina. Manuel Maria ficarácom a,«seleção olímpica brasileira, enquanto os demais nãoforam liberados pelo Exército.PELE EM FORMA

Peié seguiu juntamente coma delegação, afirmando estarcm forma e brincando:Vocês ainda não sabemque o . Santos é um time decorda.;Basta dar corda que èleanda — explicou Peié.

Carlos Alberto e Rildo comen-tavam; antes do embarque,- osproblemas com as possíveiscontratações, r e spectivamentepor parte, do Fluminense e Bo-tafogo.

Carlos Alberto afirmou que oInteresse do Fluminense estáde pé, mas que tudo só poderáser resolvido no retorno da ex-cursão santista.

Rildo defende a mesma te-se de Carlos Alberto, quantoao profissionalismo, mas comen-tou não haver nenhum Interes-se oficial por parte do Corin-tians ou Botafogo.

Parece ter terminado o in-terêsse desses clubes pelo meucontrato. Vamos esperar — dis-se Rildo.

REUNIÃO DECAMPEÕES

Segundo o diretor do depar-tamento de futebol do Santos,Sr. Clayton Bittencourt Éspi-nhel, que segue chefiando a de-legação, o vice-presidente Ber-nardes Ferreira e o presidenteAtié Jorge Cúri deverão man-ter um encontro em Montevi-déu com os dirigentes dos tl-mes sul-americanos que Já fo-ram campeões do mundo. A íi-nalidade é acertar um torneio,junto com o empresário Sa-muel Ratinoff.

Estamos elaborando pia-nos para uma espécie de cam-peonato mundial entre clubesjá campeões do mundo. Resol-veremos em Montevidéu esteassunto com os delegados uru-guaios e argentinos. Na Euro-pa, da mesma íorma, outros de-legados farão um torneio se-melhante e depois fundiremostudo num torneio mundial úni-co.

O presidente e vice-presiden-te do Santos deverão seguir

junto com Edu, no próximo dia20, mas a data da reunião, emMontevidéu, ainda . não estáacertada.

TIME FORMADO

Ó time que estreará no pen-tagonal argentino, segundo An-toninho deverá ser formado porGilmar (Cláudio), Carlos Al-berto, Ramos Delgado, Orlan-do (Oberdã) e Rildo; Lima eJoel; Amauri, Toninho, Peié ePepe.- Além desses jogadores,seguiram na reserva Turcáo,Negreiros, Almiro e Werneck,totalizando 17 jogadores.

O técnico Antoninho, apesarda dúvida, deverá colocar emcampo o zagueiro Orlando, poishá um interesse do Santos edo jogador na venda de seupasse ao Boca Juniors. Orlan-do, inclusive, confirmou seu de-sejo de reingTessar no time ar-gentino, no qual Já foi capitão.

Para o lugar de Orlando, oSantos pensa contratar o za-gueiro Figueroa, do Gimnasyay Esgrima, no momento 6emcontrato. Caso o jogador ar-gentino aprove, seguirá com adelegação para os Estados Uni-dos. Mengálvio e Kaneko, quedeveriam seguir com o Santospara a Argentina, poderão via-jar depois para os Estados Uni-dos, pois há interesse do NewYork General's por ambos.

JOGOS DO SANTOS

Dentro do pentagonal argen-tino, o Santos jogará — depoisde sua estréia contra o River —com o Nacional, do Uruguai,dia 20, Benfica, de Portugal,dia 22, e Boca Juniors, dia 25.

A, viagem de volta, após trêsjogos nos Estados Unidos, ain-da sem confirmação, está mar-cada para o dia 3 de setembro,estreando na Taça de Prata dia8 do mesmo mês, contra umtime do Paraná.

Durante a viagem a BuenosAires estava programada, pelosjogadores, uma festa para otécnico Antoninho Fernandes,pelo seu aniversário. Antoninhocompletou ontem 47 anos.

Juiz em Corumbá matou umjogador que reclamou depênalti e fugiu a cavalo

Goiânia (do Correspondente) — Porque lhe contesta-ram a autoridade na marcação de um pênalti, o juiz queapitou domingo um jogo amistoso de amadores em Co-rumbá matou a tiros de calibre 38 um jogador, ferindooutro gravemente, e, ato continuo, fughi a cavalo, com,os torcedores perseguindo em vão até a saída da cidade.

Nem os times nem os torcedores sabem o nome dojuiz, multo menos a Policia, já que se confessou desespe-rançada de encontrá-lo. Foi grande o tumulto quando osjogadores Hildebrando e Manoel, ambos lavradores, caí-ram ensaguentados, sendo que o último veio a morrer ànoite no Hospital Evangélico de Goiânia.A PIOR SOLUÇÃO

O único problema que haviaantes da partida era justamen-te a falta de um juiz. Contudo,um dos assistentes, desconheci-do »no local, apresentou-se co-mo voluntário, sendo imediata-mente aceito.

O jogo começou tranqüilo efoi assim até o momento emque o juiz marcou um pênalticonsiderado injusto. Hildebran-do e Manuel tentaram impedira cobrança da penalidade.

— Ninguém me tira a auto-rldade — gritou o juiz, que,passando das palavras à ação,

atirou para valer sóbre os ln-satisfeitos.

No tumulto que se seguiu, osdois jogadores caíram ensan-guentados e o juiz pulou rápi-do em seu cavalo, fugindo atoda brida, em melo a uma re-voada de poeira — com o po-vo atrás, Na saida da cidadeos perseguidores desistiram e aPolicia agora confessa que nãotem idéia de como achar o cri-minoso.

Hildebrando, de 28 anos, eManuel, de 27, foram removi-dos para o Hospital Evangélicode Anápolis, onde o último veioa morrer, enquanto o primeirose acha ainda em estado grave.

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Aprovada a idéia de reunir os principaistreinadores em torno de Aimoré Moreira,numa palestra erh que o técnico da seleçãocontará tudo sobre o futebol jogado lá fora.A iâéia só merece uma critica: a reunião tar-dou muito, devia ter sião feita uma semanadepois do regresso de Aimoré Moreira.

Não vejo por que censurar a CBD que, se-gundo algumas opiniões, estaria querendo im-por um-figurino a treinadores de concepçõese convicções próprias.

Até onde alcanço á iniciativa da CBD,o encontro se fas para dar aos treinadoresbrasileiros a chance ãe conhecer, na palavraautorizada de um colega, as noviâaães maisimportantes áo futebol europeu, futebol que,queiram ou não queiram, é a fonte principalda evolução tática âo jogo.

Louve-se a CBD por querer manter beminformaáos os treinadores brasileiros: essa éuma ãe suas finaliáades.DIAGNÓSTICO DA CRISE

Duro na CBD é a cartolagem: na hora emque os argentinos propondo maior intercàm-bio, querendo uniformizar calendários e reva-lorizar competições sul-americanas, nesse mo-mento, vem o conselheiro Alfredo Curvelo e,num encontro com os argentinos, pede a pa-lavra e Investe contra a proibição dos anti-conceptivos, criticando impiamente Sua San-tidade e conclamando nossos vizinos a uma to-mada de posição contra a juventude incons-ciente que, segundo o manso sociólogo daCBD, está irremediavelmente perdida.

Modéstia à parte mas, nós do futebol tam-bém temos o nosso Marcuse.

ACLIMATAÇÃO

Depois do sociólogo, um filósofo: meu ve-lho Neném Prancha, que ainãa está em plenaforma, dirigindo times de praia em Copaca-bana, tranqüilizava, outro dia, seus meninos.Os garotos estavam preocupados com o ma-leficio que a altitude poderá causar à seleçãobrasileira na próxima Copa do Mundo.

Neném Prancha sentenciou:Olha, meu filho, o futebol brasileiro é

tão bom que basta concentrar o time três diasno terraço do prédio da Avenida Central e en-trar em campo.'

O Neném Prancha, devo esclarecer pa-ra os leitores menos avisados, é aquele treina-dor ãe futebol qtie, um dia, seu centro avan-te tentando acertar uma bicicleta, caiu esta-telaão na granâe área. Enquanto massageavao crioulo que gemia o tempo toáo, Pranchalhe dizia, pater nalmente:

Menino, não complica: você não sabejogar de cabeça pra cima, que dirá de cabeçapra baixo...

A MORTE DE UM ESCRITOR

Morreu em Paris, segunda-feira, o jorna-lista Gabriel Hanot, de France Foot-ball. Foijogador, foi treinador, mas era, sobretudo, omelhor escritor de esportes de nossos dias.Não me lembro de haver lido, a não ser emHenri de Montherland, textos de futebol maisbonitos que os de Gabriel Hanot. Ler GabrielHanot era um bendito hábito de minilia vidaprofissional.Ã ESPERA DE UM LOUCO

A dor de cabeça ãos botafoguenses Rivi-nha e Djalma Nogueira, agora, é o atacantePaulo César que está querendo ganhar maisque Gérson: pediu 70 milhões de luvas pordois anos, além de salários e bichos. PauloCésar, inabalável, sonfia com um clube que âêcontrato mais generoso. Por isso, visitou opresiâente Reinaldo Reis, áo Vasco (o qual,diga-se de passagem, imediatamente depois davisita, telefonou ao presidente âo Botafogo,pedindo detalhes sobre a situação de PauloCésar, e ouvindo que o jogaãor é inegociável).Paulo César, que sem dúvida, é um dos prin-cipais jogadores do time do Botafogo, já foilevemente cantado por Aimoré Moreira, aindano vestiário, âepois âo jogo Brasil-Argentina.

O vice-presiáente Rivinha está achanãoPaulo César irredutível e vai comunicar aopresidente que "se aparecer um louco com umbilhão na mão, eu venão."

Como o Coríntians está interessaão emPaulo César, a loucura acaba vindo de lá.

BOLAS DE PRIMEIRA — Primeiras defec-ções na equipe da FIFA para o jogo com oBrasil a 6 de novembro no Maracanã: o In-ter e o Milan já avisaram que não emprestamnem Schnellinger, nem Rivera, nem Fachetti,nem Mazzola. A Espanha, por sua vez, estázangada porque só lhe convocaram Amancio;daí, não pretende mandar ninguém. • Osatletas brasileiros aos Jogos Olímpicos vãotreinar em Campos do Jordão (1700-1800 me-taos). A iniciativa coincide com a sugestão deüm estudioso do preparo físico e de todos os pro-blemas da altitude que é o capitão-tenente La-martine Ferreira da Costa, autor de uma sériede trabalhos preciosos sobre o assunto altitudemexicana. Estou acabando de ler Planejamen-to México, do capitão Lamartine: quem qui-sér ir para o México conhecendo, em todos osaspectos, o problema da aclimatação não po-de ignorar o levantamento de relatórios feitopelo autor de Planejamento México. • Os Jo-gos Olímpicos do México vão consagrar a fai-xa entre 13 e 15 anos como a mais rica emcampeões de natação. Evolui de tal maneira atécnica de preparação de nadadores que, nes-se espolie, hoje, um campeão de vinte anospertence à velha guarda. • Um árbitro quepintou cedo e que está confirmando: ArnaldoCésar Coelho. Por ter sido indicado para oquadra da FIFA, Arnaldo César Coelho, quealém de bom árbitro é bom colega, foi home-nageado, ontem, pelos árbitros do Rio.

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Evarislo elogiou Denilsone o apontou como exemplodurante a preleção que íêz

Evaristo citou Denilson como exemplo de disciplina eluta em campo na preleção de duas horas que fêz ontemà tarde para os jogadores do Fluminense, quando criticoua iná atuação no jogo contra o Flamengo e o pouco Inte-rèsse que o time demonstrou para uma reação.

Denilson, entretanto, mostrava-se triste e aborrecidocom as criticas que vem recebendo de certa parte da lm-prensa e disse que às vezes sente-se injustiçado e pensa atéem deixar de jogar futebol, "pois não estão reconhecendosequer o meu espirito de luta."

MAIS COMPREENSÃO

REVOLTA

Evaristo também mostrou-serevoltado com o não reconhe-cimento do esforço que Deníl-son mostra em todos os jogose por isso mesmo resolveu ci-tá-lo com um exemplo a se-guir pelo resto da equipe.

O técnico frisou bem, duran-te a preleção que não admiteem hipótese alguma que o ti-me se apresente com a apatiacom que jogou contra o Fia-mengo, mas não quis apontarquais os jogadores que conside-rou desinteressados pela vitó-ria.

Para Evaristo, todos entraramem campo se considerando cra-quês. certos de uma vitória, .edespreparados para jogaremcontra um placar adverso e an-te um time que jogou sério ecom grande espírito de luta.

ERROS APONTADOS"(D treinador analisou com os

jogadores todos os erros veri-

ficados na defesa, meio de cam-po e ataque, destacando espe-cialmente, a falta de garra dotime, que ao seu ver só cor-reu durante 15 minutos do se-gundo tempo, quando tem ca-pacidade para íazê-lo duranteo jogo inteiro.

Ademar aparteou Evaristo, -para dizer que o que aconte-teceu em campo' foram "con-tingencias" do jogo e que o ti-me estava em dia ruim, e emque nada dava certo.

O técnico, entretanto, nãoaceitou qualquer desculpa, evoltou a dizer que náo quei- umtime que aceite passivamente aderrota.

— O jogo dura 90 minutei— explocou — e eu dei a vo-cês condição física para corre-rem durante êsse tempo. Nãome importo absolutamente emperder uma partida, o que euquero ver é luta dentro de cam-po, e isso eu senti durante ape-nas 15 minutos.

Sem OsmarOsmar não _. apresentou no

clube e foi o único ausente dapreleção foita pelo treinador. Ojogador náo tinha licença parademorar-se mais em São Pauloe o vice-presidente Manuel Du-que vai aguardar sua desculpa,para ver que atitude tomará.

Devido á transferência do jô-go de sexta-feira para sábado ãtarde, Evaristo vai dirigir umúnico treino de conjunto ama-nhã, preferindo dar um indivi-dual puxado hoje, à tarde.

Ontem os jogadores fizeramapenas um ligeiro dots-toques,em um dos times formou comAdemar, Clairton, Lula, Severo,Dario, Cláudio, Vitorio. Rober-to, Caxias, Assis e Samarone.O outro jogou com Félix, Bauer,Gilson Nunes, Altair, Valtinho,Oliveira, Sèrginho. Silveira.Suingue, Tiguta e Oberdá,

Félix apresentou-se com aperna direita ferida, mas mes-mo assim pôde participar dotreinamento, onde não toma-ram parte Denilson, que estágripado, e Galhardo com doresmusculares e uma ferida conTtusa na perna esquerda.

O zagueiro ainda mostrava-se abatido pela derrota de do-mingo, e Evaristo não fez mui-ta questão que èle tomasse par-te no treinamento.

VISITA

Edson, láteral-esqüerdo doCoríntians, esteve ontem no

Fluminense para visitar Ga-lhardo e Denilson, seus amigosparticulares, e deverá pedirhoje uma permissão a Evaris-to para treinar junto com aequipe.

O jogador está afastado dotime do Coríntians por causade um desentendimento com adiretoria.

Edson disse que sua incom-patibilização com o clube co-meçou desde que o técnico Lulao tirou do time. alegando queêle reclamava muito dos lan-ces errados dos jogadores no-vos, dificultando mesmo suasatuações.

O Coríntians fixou seu pas-se em NCrS 450 mil e já re-cusou uma proposta de NCrS350 mil feita pelo Palmeiras euma do Santos, que dava NCrS200 mil c mais o passe de Ge-raldino.

FESTA

O Fluminense prossegue hojecom as comemorações de seuaniversário, ocorrido no méspassado, oferecendo uma me-dalha de ouro a Nílton Santos,que a receberá antes de umjogo logo mais à noite nas La-ranjelras, entre um time de as-sociados e uma equipe que con-tara com a presença do bicam-peão c de Telé, Evaristo. Pi-nheiro. Antônio Clemente eJosé Roberto.

HO

3rica x Flu serásábado à tarde

A partida Fluminensex América, pela TaçaGuanabara, será dispu-tada sábado à tarde, noMaracanã, porque oAmérica não aceitou opedido que o Flumin.nselhe fizera, anteontem,para antecipação, ale-gando ter que" cumprirum compromisso fora doRio. Na preliminar, peloTorneio Fernando Rufi-no, jogarão Campo Gran-de x Portuguesa.

Bangu e Bonsucesso,por outro lado, decidi-ram concordar em fazera preliminar do Vasco xFlamengo, domingo, re-cebendo, cada um, aquantia de NCrS 2 mil li-quidos. Da renda aindaserá deduzida a impor-táncia de NCrS 1 mil pa-ra a caixinha do TorneioFernando Rufino, quedeixará de realizar uma.de suas partidas.

Eusébio vai a Sáo Paulocontratar Zé Roberto epedir empréstimo de Buião

O presidente do Bangu, Sr. Eusébio de Andrade, via-ja esta semana para tentar a compra do atacante Zé Ro-berto, do São Paulo, atendendo aos constantes pedidos dotécnico Antoninho, e espera também conseguir o emprésti-mo de Bulão, do Corintians.

O dirigente conversou longamente com Mário, pedln-do-lhe que voltasse a se empenhar nos treinamentos e queesquecesse as ofertas do Boca Juniors, porque o Bangu nãoestá interessado em se desfazer do jogador e deseja mesmoque êle volte ao time titular.'BAIXO RENDIMENTO

O presidente do Bangu este-ve reunido, na manhã dé on-tem com Antoninho e o prepa-rador físico Ari Vieira, pro-curando saber as causas do bai-xo rendimento da equipe naTaça Guanabara. O técnico ex-plicou que tem encontrado di-ffeuldades em virtude das se-guidas contusões e, também,porque não tem um artilhei-ro na equipe, um homem quebrigue dentro da área, inslstin-do, por isso, na compra de ZéRoberto.

O Sr. Eusébio de Andradepediu que o técnico estudasseas voltas de Prado e Mário,pois acha que ésses jogadores,se forem bastante exigidos nosindividuais e entrarem em for-ma, têm categoria suficientepara melhorar a produção doataque. O dirigente resolveudispensar os jogadores que es-tavam em experiência, entreeles os baianos Catu e Mfltinho.

Antoninho explicou que pre-tende dar uma nova oportuni-dade a Dê. totalmente recupe-racío cia contusão no tornozelo,porque o atacante sabe jogar

pela esquerda, penetrando peloespaço livre causado pelo recuode Aladim.

TREINO LEVE

Os jogadores do Bangu lize-ram ontem um individual leve.dirigido por Antoninho e os au-sentes íoram Hélcio, Jaime.Luis Alberto e Fidélis, os doisprimeiros porque se contundi-ram no tornozelo direito, nojogo contra o Botafogo, LuísAlberto por estar com deílclén-cia de peso e Fidélis ainda sen-tlndo o pé esquerdo. O ponta-direita Tonho, que _está umpouco gordo, foi o mais empre-gado, fazendo exercícios espe-ciais com o professor AriVieira.

Marcos, que foi operado dehérnia na virilha no mês pas-sado, visitou os companheiros,explicando que ficará paradomais um mês. só devendo vol-tar ao time durante o TorneioRoberto Pedrosa.

Antoninho marcou para hojeá tarde o primeiro coletivo tia.semana. Amanhã haverá novoindividual, ficando o aprontopara sexta-feira.

Miraglia continuou, no campo, a conversar com Reyes,'que já eslava"disposto a esquecer o incidente

Paulinho prepara Ari porquevinda de Zé Maria é difícil

O técnico Paulinho já co-meçou a preparar pslcològi-camente o zagueiro Ari pa-ra ocupar a lateral direitana partida do próxhho do-mingo contra o Flamengo,porque dificilmente o Vascocontará com b empréstimode Zé Maria, da Portuguesade Desportos.

O clube paulista jogará nofinal da "semana

contra oComercial, de Ribeirão Prê-to, uma partida ainda vali-da pelo campeonato oassa-do. que foi anulada peloTribunal de Justiça Despor-tiva. e o resultado deste jó-go pode implicar em rebai-xamento para a primeiradivisão no próximo ano.

PORTUGUESA QUEREMPRESTAR

O Juventus está interessa-do na vitória da Portuguê-sa do Desportos, pois assimfica definido que o Comer-ciai sobrará. Assim, atravésdo presidente da FPF, Sr.Mendonça Falcão, o Sr.Américo Egidio. dirigente doJuventus e superintendente

MAIS VELOCIDADE

da FPF, está interferindopara que a Portuguesa deDesportos jogue com seuquadro completo.

Para a Portuguesa de Des-portos, porém, o resultadoem nada altera sua posiçãoe o seu representante, Sr.Adriano Albino, telefonouontem à noite para o presi-dente Reinaldo Reis dizen-do que ainda iria tentarconseguir junto a seu clubeemprestar Zé Maria para oVasco.

Diante da situação, o Sr.Reinaldo Reis apenas agra-deceu o empenho do Sr.Adriano Albino, mas acon-selhado pelo próprio dirigen-te paulista, o presidente doVasco só cancelará o con-trato de Zé Maria hoje àtarde depois de nôvo telefo-nema que receber dele.

CONVERSA COM ARI

Pela manhã, informadodas dificuldades do Vascopara conseguir Zé Maria.Paulinho conversou longa-mente com Ari e expôs a si-tuacão. O técnico explicou

ao jogador que sua ún.i_apreocupação é que há umano Ari não joga.— Você sabe, Ari, que csjogadores adquirem formafisica treinando, anas a for-ma técnica só a conseguemjogando — frisou.

Paulinho elogiou tambémmuito o empenho que Aritem feito para voltar ao tirme e se recuperar em defi-nitivo das duas operaçõesque sofreu no joelho direi-to e lhe deu muitos censs-¦lhos e instruções.

O Vasco realizará hoje oseu primeiro coletivo da se-mana e Ari será o jogadormais observado pelo técnico.No quadro reserva, treinaráZé Carlos deslocado paralateral-dlreito. Se Ari mos-trar que não está em con-dições de jogar domingo, ZéCarlos é que será escaladona posição.

TREINO PUXADO

O Vasco realizou ontemúni. puxado individual que:í'U-'oii uma hora. Os jogado-•es fizeram a série de io-XsrciclO- que compõe o dr-

cuii-training e depois PauloBalia, orientou mais gi-nástica para dar velocidadeaos jogadores e para osmúsculos das pernas. Fon-tana, entregue ao Departa-mento Médico, foi o únicopoupado.

O atacante Adilson volta-rá hoje aos treinos com bo-lá. Adilsc-n submeteu-se hámenos de um mês a opera-ção de meniscos do joelhodireito, mas a sua recupe-ração foi muito rápida e jãrecebeu permissão" do Dr.Otávio Martins para parti-eipar d ds, coletivos.

O Vasco voltou a se inte-ressar pelo empréstimo oucontratação em definitivodo médio BenetU, do Juven-bus. O Sr. Ciro Aranha, porser amigo intimo do presi-dente do clube paulista, éque ficou encarregado desolucionar o assunto.

Alcir acertou, ontem asbases para renovar seu con-trato por mais dois anoscom o clube. O jogador re-coberá NCrS 16 mil de luvase ordenados de NCrS 800,00mensais.

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O treino âo Vasco foi para dar aos jogadores maior velocidade e fortalecer os músculos das pernas

Seleção não libera Dionisio esegue para Campos do Jordão

O Flamengo não con-seguiu dispensa paraDionisio nem o Vascopara Major da seleçãoolímpica, e os jogadorescariocas se apresentaramontem à CBD, onde rece-beram instruções relati-vas à viagem a Camposdo Jordão, hr>je de ma-nhã.

O técnico Marão foi oprimeiro a chegar e con-ver sou demoradianente

com os jogadores Dutra,Miguel, Luis Henrique,Major, Ferreti, Dionisio eSá, no hall do edifício daCBD. Major, do Vasco,foi o último a chegar, às18h25m, e depois todossubiram para a sed. daentidade.

FALA DE PASSO

O Sr. Antônio do Passoíoi apresentado aos joga-

dores pelo Sr. Mozaft DiGiorgio e disse-lhe que to-dos estavam de parabéns,pois foram eles mesmosque se convocaram, comsuas ótimas atuações, enão a CBD, para quemera muito importante es-sa seleção, embora for-mad a só por amadores.

Os jogadores foram in-formados de que deverãoestar às 9h30m de hojena estação rodoviária a

fim de viajarem naraCampos do Jordão, onde'se encontrarão com os jo-gadores paulistas e ini-ciarão os treinamentos.No início do próximomês, a equipe viajará pa-ra o Norte, mas depoisvolta a Campos do Jor-dão, a fim de habituar-se com o clima, parecido'com o da Cidade do Me-xico. onde serão clisou-tados os Jogos Olímpicos.

Reyes decide ficarapós conversa comtécnico Miraglia

Depois de conversar du-rante 15 minutos com o téc-nico Válter Miraglia, Reyesresolveu dar como encerra-do o incidente ocorrido apóso jogo com o Fluminense,quando declarou que iriapedir rescisão de contrato,irritado por ter saído decampo substituído.

Todos os jogadores titula-res participaram do indivi-- dual de ontem pela manhã,à exceção de Onça, que foià Bahia visitar sua mãe, ede Rodrigues Neto, requisi-tado para a seleção do 1Exército que está em Bra-silia.EM PARTICULAR

Quando todos os jogado-res já estavam em campo,aguardando o inicio do indi-vidual, Válter Miraglia tran-cou-se com Reyes no ves-Mário, travando-se uma con-versa que continuou depoisdentro do campo.

O jogador foi substituídoaos 31 minutos do segundotempo da partida contra oFluminense, logo depois deter cometido o pênalti emSuingue, que causou o goldo adversário. Reyes deixouo campo bastante contraria-do, sobretudo porque achouque a sua saida representa-va um castigo pelo fato deter feito a falta, e declarouque não queria continuar noFlamengo.

EXPLICAÇÃOSegundo o técnico. Reyes

é um rapaz compreensivo e

não demorou para entenderos motivos da sua substi-tuição.

— Expliquei a êle — con-tou Miraglia — que, de for-ma alguma eu retiraria umjogador de campo por tercometido um pênalti, sobre-tudo quando a falta é aci-dental. A sua saida deveu-se ao fato de eu ter notadoque Reyes demonstrava si-nais visíveis de cansaço, co-mo se estivesse meio zonzo,pois já não sabia o que fa-zer em campo. Além de tu-do, éle se encontrava preo-cupado com o estado de saú-de da sua mulher, que estáesperando criança.

Não demorou muito, e aporta do vestiário se abriu,Reyes e Miraglia. ficaramconversando no campo e otécnico informou que "estátudo em ordem." Em segui-da. Silva, Carlinhos, PauloHenrique e Murilo cercaramReyes para saber detalhesda conversa, aproveitandopara aconselhar o compa-nheiro que esquecesse o quepassou e lutasse junto comtodos pela vitória na TaçaGuanabara. O diretor Agus-tin Valido também falou rá-pidamente com o jogador,

Depois da conversa comReyes, Miraglia disse quenão abriria mão dele de for-ma alguma, mesmo que ojogador insistisse em deixaro Flamengo, "pois além deum excelente jogador, é unicavalheiro e grande colega."

TreinoO preparador fisico José

Roberto dirigiu um indivi-dual de 60 minutos, pelamanhã, que contou com apresença de quase todos ostitulares, exceto apenas On-ça e Rodrigues Neto. Onça,que foi à Bahia assistir" àoperação de sua mãe, de-clarou antes de partir queestaria de volta, mais tar-dar, na noite de hoje. Ro-drigues Neto, por sua vez,seguiu anteontem para Bra-silia, onde defenderá a sele-çáo do I Exército no Cam-peonato de Futebol Militar.O ponta-esquerda voltarásábado pela manhã, a tem-po de se concentrar visandoo jogo com o Vasco, domin-go.

Válter Miraglia marcou oprimeiro coletivo da sema-na para a manhã de hoje, edeclarou que não está mui-to preocupado com as au-sências de Onça e Rodri-gues. Explicou que o zaguei-ro está em excelente formae bem entrosado no time,daí não importar a sua aú-sèncla num treino. Quanto

a Rodrigues Neto, Miragliaacha que as partidas que éledisputará pela seleção mili-tar eqüivalerão aos treinos.

VIAGEM

O Flamengo confirmou oseu embarque para a Espa-nha para as 17 horas da pró-xima segunda-feira, emavião da Air France. Joga-rá nos dias 21 e 22, respecti-vãmente contra o Barcelo-na e o Espanhol. A primeirapartida será como parte dopagamento do passe de Sil-va, e caso a equipe consigabons resultados nestes doi.-,primeiros jogos, é possívelque dispute mais alguns emLas Palmas e Madri.

A delegação será formadaamanhã, sendo quase certoa inclusão de Valdir e do go-leiro Claudinei. que estãoem experiência na Gávea.Os dois seguiram, ontem, pa-ra São Paulo, já tendo rece-bido ordens para que acer-tem toda a documentaçãonecessária para tirar os pas--aportes,

Botafogo aumenta propostapara NCr$ 40 mil e P. Césarpode renovar contrato hoje

O Botafogo aumentou, ontem, a sua. proposta a PauloCésar para NCrS 40 mil, _ o jogador, embora não tenhaaceitado, já se mostrava disposto a renovar, possivelmentehoje, principalmente depois de uma conversa que teve comZagalo, quando pediu que o seu nome fosse incluído na re-lação dos que vão viajar.

Ontem, foi formada a delegação que seguirá depois deamanhã para Santiago do Chile, com Alberto Piragibe nachefia e um total de dezoito jogadores.ACORDO POSSÍVEL

Os dirigentes Rivadávia Cor-reln Méier e Djalma Nogueiravoltaram a conversar com Pau-Io César e admitiram chegaraos NCrS 40 mil de luvas, sa-lientando que estariam dandomais do que a outros jogadoresdo mesmo nível técnico c sò-mente abaixo do que deram aGérson e Jairzinho, que já dehá muito integram o seleçãobrasileira. Na conversa lembra-ram a Paulo César que. com 19anos de idade, êle terá excelen-tes oportunidades de fazer mui-tos bons contratos, mas que pa-ra tanto não pedia a cada re-novação interromper a sua car-reira para discutir cifras. Re«-firmaram também, que . nãovenderiam de forma alguma oseu passe.

Paulo César insistiu em umaumento, chegando a proporNCrs 60 mil, mas ante a re-cusa dos dirigentes deixoutransparecer que mesmo a con-tragosto acabaria assinando onôvo contrato dentro das basesoferecidas pelo clube.

Mais tarde, ao ser abordadopor Zagalo, que desejava saberse êle pretendia resolver a suasituação para viajar, Paulo Cé-sar pediu ao técnico que nãotirasse o seu nome da lista por-que hoje iria dar uma respostaao clube e possivelmente viaja-ria com o time.— O que eu quero — explicou— eles não vão dar mesmo epara ficar parado profiro assi-nar logo. Em todo caso. primei-ro vou conversar em casa e sóentão resolverei.

A impressa- é dc que o joga-dor deve aceitar hoje a proposta

de NCrs 40 mil de luvas e ape-nas pedirá que a metade sejapaga á vista e nno no correr docontrato.

FOLGA HOJE

Ontem, os jogadores fizeramum individual rápido de vintee cinco minutos e hoje estarãodc folga, porque, à tarde, ocampo estará ocupado com ojogo de juvenis entre Botafogoe Madureira.

Do exercício d" ontem esti-veiam ausentes Leônidas, queest.nva com ciores musculares eféz hídromassagem, Rogério,que apenas biUeu bola, Gérson. Roberto e Jairzinho, poupa-dos. Moreira já recuperado, trei-nou normalmente.

O Botafogo não jogará miaiscom o Corintians, tendo o jogosido cancelado ontem à tardepelo clube paulista.DELEGAÇÃO FORMADA

Sob a chefia de Alberto Pi-ragibe, a delegação do Botafogoseguirá pela Braniff sexta-fei-ra de manhã com destino aSantiago do Chile, e é a se-guinte:

Jogadores — Cao, Wendel,Moreira, Paulistlnhn. Zé Car-los. Leônidas, Dimas, Valteneir,Gérson, Carlos Roberto, Afon-slnho, Rogério. Roberto, Jair-zinho. Parada. Humberto. Pau-Io César e Lula. A delegação.será completada com o diretorCarlos Renault, o médico RenéMendonça, Zagalo. AdmildoChirol. o massagista. Bento Mu-rimo. o roupeiro Aloísio e ojornalista Sebastião Pereira ioJornal).

O FESTIVAL DEASSALTOS QUE

ASSOLA O PAÍSDEPARTAMENTO DE PESQUISA

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Um pouco alémda curva,sua marchaserá interrompida

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u.b __m nai ^^_S&"-^_i____| fl flfl"¦^^^ -¦=i^»^^i^i^i^-i^»^--__B________F

Durante:o planoé cumpridoà risca

Depois:missão

cumprida,a fuga

¦:¦¦¦::-¦:¦¦.¦.•:$¦:•: v^CwS^^^^M^B^y^y^B ^______--^_C^-^--'f^^aK

U cinema e a televisãoajudaram a melhorar a técni-ca dos assaltantes brasileiros;assim é que em novembro de1959,'dois ladrões cortavama alça da pasta de FranciscoSzeif e deixavam-no sem sen-tidos enquanto fugiam comNCr$6 300,00.

No ano seguinte a audá-cia aumentava: na manhã de14 de junho, ó trem pagadorSAP-21 da Central do Brasildeixou a estação Japeri le-

' vando NCrS 27 000,00, vá-rios funcionários e duas Win-chester. De repente uma ex-

plosão tirou os trilhos do lu-

gar e o trem não pôde prós-seguir; do lado de fora TiãoMedonho — preto, analfabe-to — dava ordens através deum megafone aos seis com-

pandeiros que executavam oassalto, metralhadora em pu-nho.'

Foi o maior assalto da his-tória policial brasileira atéentão, e o bando começou aser caçado em Minas, Guana-bara, São Paulo e Estado doRio. Tião Medonho, Nilo Perue Gogó ficaram foragidos até

que Manuel Gordinho foi

preso e o cerco aumentou. A15 de junho de 61, Tião, ba-leado 14 dias antes, morria

pobre em Caxias e era enter-rado pela Polícia e o povo,levando no peito um ramode amor-agarradinho, o adeusde sua companheira Djanira.

O BANCO PREDIAL

Hélio, Aridio e Dalmil plane-jaram um assalto à agência doBanco Predial no Estado do Rio epara executá-lo roubaram o AeroWillys do Juiz de Rio Bonito, emfevereiro de 63. Este foi o pri-meiro azar que eles tiveram, so-mado ao fato de se terem encon-trado com Manuel Balbino — ami-go do Juiz — no caminho para oroubo.

Balbino desconfiou dosocupantes do automóvel e avisouà Polícia; o banco foi cercado eforam levantadas barricadas, en-quanto os assaltantes dominavamos funcionários e apoderavam-sede NCr$ 15 mil. Quando tenta-ram sair, tudo estava bloqueadoe os três atiraram até que a mu-nição acabou; cinco minutos maistarde, Hélio, Aridio e Dalmil es-tavam mortos, com 31 balas, es-faqueados e pisoteados.

O MAIOR DO BRASIL

. Numa rua congestionada docentro de São Paulo e diante dedezenas de pessoas, EvangelosDemitrios F I e n g a s, GaryfolosKrassas, Georges Andreas Tsanti-las, Gerasimos Tsolias e MichelNicolaidis executaram o maior as-salto realizado no País: um mor-to e meio milhão de cruzeiros no-vos foi o saldo do acontecimento.

Às 13hl5m, com os carrosque saem da Praça do Patriarca eos que vêm do Viaduto do Chá,a Rua Libero Badaró era um funiltotalmente congestionado. AKombi do Banco Moreira Salesparou cerca de 15 metros alémda Praça do Patriarca; três ho-mens se aproximaram, um pelolado do motorista, os outros dooutro lado. O primeiro, armado,fêz o motorista afastar-se, en-quanto os dois passageiros dobanco da frente abriam a porta esaíam correndo. Um refugiou-sena Igreja Santo Antônio e o ou-tro, José Pepe, saltou, deu algunspassos e caiu ferido por dois ti-ros, morrendo ao entrar no hos-pitai. Enquanto o grupo assaltan-te dominava os funcionários, umdeles tomou a direção da Kombie partiu, levando os NCr$ 500mil.

A Polícia se empenhou enão demorou muito para desço-brir os implicados: pouco tempodepois, os gregos estavam nã

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CADERNO

JORNAL DO BRASIL D RIO DE JANEIROD QUARTA-FEIRA, 14 DE AGOSTO DE 1968

prisão è o dinheiro foi recupe-rado.

SÃO PAULO, CAPITALDO .ASSALTO

A 14 de janeiro de 1967 doishomens assaltaram a agência doBanco Predial, em Campo Gran-de. Usando máscaras e revolve-res, os ladrões fugiram num Hud-son preto, abandonando-o numdesvio da estrada das Carobas,onde um Volkswagen verde-cla-ro apanhou-os, não sendo maisencontrados. Dias depois o caixa,José P. Pinto, confessou a chefiado assalto.

Mas no segundo semestreSão Paulo tornou-se o centro dosassaltos.

A 24 de novembro, LuísGonzaga Sampaio foi roubadoem NCr$ 1 500,00 na agência doBanco Português, no bairro deJabaquara. Quatro dias depois,João Soares Ferreira foi roubadoem NCr$ 900,00 na agênciaBradesco da Penha. A 30 de no-vembro foi a vez de Linda Slei-nam, assaltada em NCr$ ....2 100,00 no Banco Moreira Sa-les. Onze dias mais tarde é An-tônio Lopes que fica sem mil cru-zeiros novos no Banco NôvoMupdo, agência do Pari.

No dia 7 de dezembro, as-salto numa agência do BancoBrasileiro de Descontos, Rua SilvaBueno: Francisco Tosto retirouNCr$ 1 200,00, colocou o dinhei-ro dentro de uma pasta e entrounuma barbearia; de repente en-costa um Aero Willys azul, desceum homem alto e magro, entrana barbearia, retira rapidamentea pasta das mãos de Francisco efoge no automóvel.

Um Aero Willys com Henri-que Moreno, Osvaldo Kis dosSantos e Manuel Ferreira Lopes,além de um quarto elemento nãoidentificado, parou em frente aoBanco Mercantil de São Paulo, naRua Silva Bueno, a 19 de dezem-bro de 1967. Era pouco mais demeio-dia. Dois homens desce-ram e. entraram na agência;ameaçaram um funcionário daSouza Cruz — que depositavaNCr$ 5 800,00 - com um revól-ver e roubaram, uma sacola ondeestavam NCr$ 3 800,00. O ge-rente Osíris Mota Marcondes ten-tou barrar a saída dos ladrões,mas o que estava com a sacolana mão deu um tiro, atingindo-ona face esquerda. Os ladrões fu-giram e Osíris morreu.

Com 1968, aumentou a ondasucessiva de assaltos aos ban-cos: a 3 de janeiro, dois homensentraram na agência do Banco doDesenvolvimento Agro-lndustrial,roubaram NCr$ 2 000,00 que es-

•tavam sobre o balcão e fugiramnum Volkswagen gêio. Para inti-midar o dono do dinheiro — Jò-sé Zeferino Filho — um dos as-saltantes disparou um tiro de fes-tim e correu para o automóvel,onde o companheiro o aguarda-va.

A 9 de janeiro, o 11.° assai-to em dois meses, em agênciasbancárias de São Paulo, ocorreuem plena luz do dia. Dois rapazesroubaram NCr$ 700,00 do Bancode Crédito Nacional, agência daPenha, e fugiram num carro semchapa. Enquanto um dos ladrõesaguardava no automóvel, o outroentrou no banco, enfiou a mãopela abertura do guichê pagador

e arrancou o dinheiro das mãosda caixa Agda Luisa das GraçasRosário. ,...._.

No fim do mês, . ação des-locou-se para Areai: muito bemvestidos, quatro homens "de côrescura" — um deles no carro,mantendo-o ligado — demoraram25 minutos para assaltar aagência do Banco Comércio eIndústria de Minas Gerais, fu-gindo com NCr$ 24 100,00.

No dia 8 de fevereiro, cincoassaltantes roubaram de uma ca-mioneta Kombi do Banco da La-voura de Minas Gerais- NCr$ 25mil em dinheiro e NCr$ 23 500em cheques, recebidos da RedeFerroviária Federal e da Ultragás.O roubo ocorreu na estrada queliga Capuava a Santo André, jun-to a um cruzamento da Estradade Ferro Santos—Jundiaí.

Uma semana mais tarde, qua-tro homens armados roubaramNCr$ 35 mil de uma Kombi doBanco Francês e Italiano, paradadiante da agência da AvenidaSanto Amaro, e fugiram numVolks depois de furarem os pneusdianteiros do carro com uma ra-jada de metralhadora, que arra-nhou ainda a perna de um dosbancários.

No dia 23 de abril, em menosde dez horas, registraram-se maisdois assaltos a bancos em SãoPaulo: um ao Banco Comércio eIndústria de São Paulo, na RuaGuaicurus, e outro ao BancoFrancês e Brasileiro.

Quando encerrava seu expe-diente, a 30 de maio, a agênciado Banco Brasileiro de Descontosem São Bernardo do Campo foiassaltada por cinco homens arma-dos, um deles portando uma me-tralhadora INA, que levaramNCr$ 80 mil. Do incidente,saiu ferido o caixa Gervásio Je-sus Agostinho, que recebeu umtiro de raspão, na testa.

A 12 de junho, o industrialAbel Jarbas Filho era assaltadoem mil cruzeiros novos dentro deuma agência bancária na Rua To-bias Barreto, enquanto a 1.° dejulho dois ladrões levaram NCr$22 000,00 do Banco Leme Ferrei-ra, no bairro de Santa Cecília.

BONNIE BRASILEIRA

A situação tornou-se caóticaem julho. Bancos e a própria Po-lícia começaram a considerar ne-cessaria a criação da Polícia Ban-caria, para restituir a tranqüilida-de nas agências, depois da se-qüência de assaltos.

No dia 1.° de agosto, nomelhor estilo Bonnie and Clyde,um nôvo assalto — o segundo dodia — foi praticado contra o Ban-co Mercantil, agência de Itaim.Assaltantes com luvas e armadosde metralhadoras, entre eles umaloura alta, bonita e de maxi-saia,levaram aproximadamente NCr$47 mil. No primeiro assalto, trêsmascarados levaram sem qual-quer problema NCr$ 26 500,00do Banco Mercantil e Industrialde São Paulo, agência de Perus.

No dia 5, oito homens commetralhadoras INA e revólveresassaltaram a agência São Gabrieldo Banco Comércio e Indústria deSão Paulo, roubando, em cincominutos, quase NCr$ 30 mil.

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PÁGINA 2 D JORNAL DO BRASIL D RIO DE JANEIRO D QUARTA-FEIRA, 14 DE AGOSTO DE 1968 D CADERNO /#

TELEVISÃO FAUSTO WOLFF

ALIANÇAS PARAO SUCESSO

O telespectador carioca jã começa a sentir os efel-tos da compra da TV Rio, Canal 13, pela Recorde, deSao Paulo. Embora não se possa dizer, que os paulistasestejam a par do que significa e quais as reais possibi-lldades humanistlcas do veiculo televisão, não há díivi-da de que possuem uma visão empresarial muito maisclara e progressiva do que a dos seus colegas cariocas.Em principio, sabem, pelo menos, que para se ganhardinheiro 6 preciso gastar dinheiro.

• DIFERENÇA

A diferença fundamental entre a TV de São Pauloe a TV do Rio, é a seguinte: aqui, desde que surgiu ovideo, os concessionários dos cinco canais lutam numaúnica faixa de audiência: (infelizmente sou obrigado ame utilizar das expressões fornecidas pelas regras dojogo) as classes C e D que não têm outra opção, por mo-tivos de ordem econômica, que não a de se manteremgrudadas junto aos aparelhos, deixando-se embotar, de-glutindo tudo, hipnotizadas por uma força superior. Alémdisso, os homens que ocupam postos-chaves na televisãocarioca, com rarissimas exceções, concluíram o cursoprimário e, em conseqüência, não possuem condições in-telectuais mínimas Para elevar o nível da programação.Quem tentar qualquer melhoria neste setor será fatal-mente esmagado por esta cruel panelinha noveau-riche-semi-alfabetizada que recebe o apoio do IBOPE e dasagências de publicidade que há anos não se renovam,batendo sempre na tecla de que chatear vende mais doque despertar o espírito crítico do público. Dai por que,de longe, os anúncios em TV da Varig, e da Volkswagen,são verdadeiros oásis no deserto da mediocridade doscomerciais da nossa TV. Enfim, diante do fenômeno te-lecomunicação no Rio, sempre tive a impressão de tra-tar-se de uma loja de cristal administrada por elefantesnada delicados.

Já em Sâo Paulo, a televisão é um símbolo de.su-cesso bem maior do que no Rio. Por um sem-númerode razões, entre as quais, despontam o alto poder aqui-sitivo per capita, da população e, em relação ao Rio,a falta de atrações turísticas, naturais ou não, a in-fluência da televisão abrange uma faixa de público bemmaior que inclui, também, as classes A e B. A televisãoatua na vida paulista com -uma profundidade bemmaior do que ocorre no Rio. Uma prova disso são asinumeráveis colunas sôbre mexericos de TV, entrevistascom cantores, reportagens sóbre comediantes, etc. SãoPaulo é, portanto, a grande província, mas nem por issodeve ser desconsiderada intelectualmente. Se o índice depoder aquisitivo per capita é maior, também é maioro nível cultural. As emissoras paulistas, portanto, comuma ou outra exceção, estão interessadas em manter opúblico que possui maior possibilidade de compra e lu-tam, entre sl, pela audiência A e B. Náo quero dizercom isso que a programação paulista seja qualquerobra-prima da tecnologia: apenas, por interesse comer-ciai, os programas são limpos, realizados com cuidado téc-nico. O pessoal — técnicos e artistas — recebem saláriosbastante razoáveis, ao contrário do que acontece no Riode Janeiro, onde o salário da vedete de um programacobre o salário de uma centena de humildes funciona-rios (bailarinas, contra-regras, auxiliares de estúdioetc.) que, ainda assim, de um modo geral, recebem comatraso. Diferença básica: em São Paulo um programadestinado à alta classe média recebe todo o apoio daemissora. No Rio, não recebe nenhum. Ê jogado no piorhorário, sem recursos mínimos e, depois de algum tem-po, retirado do ar com a mesma desculpa de sempre:"o povo prefere o pior". Esquecem-se de dizer que opior é apoiado pela emissora, pelo IBOPE e pelas agên-cias de publicidade.

• PRIMEIRO

A verdade, diante do exposto, é que os paulistasvieram ao Rio para faturar. Vão lutar pela audiênciaexistente e pretendem chamar a atenção da audiência(que em termos econômicos lhes interessa mais) quemantém seus aparelhos desligados a maior parte dotempo por falta de uma programação menos vulgar.Nesse sentido, a primeira providência foi o programa aque assisti na semana passada, pelo Canal 13: Aliançaspara o Sucesso, apresentado todas as terças-feiras às20 horas.

Trata-se da cópia de um programa já existente emSâo Paulo onde é apresentado pelo Deputado PauloPlanet Buarque, que por sua vez é a cópia de um pro-grama apresentado há anos pela NBC. em Nova Iorque.Nada de muito hermético, nem de superintelectual, quenão é o caso, ainda, em TV comercial. Apenas um pro-grama que não atenta contra a dignidade humana eque permite ao grosso da audiência uma visão do pen-samento de casais em relação às suas próprias vidas eem relação à realidade que faz e cerca suas vidas. O queme fêz assistir ao primeiro programa foi o fato de serèle apresentado por Tônia Carrero, uma das melhoresatrizes do Brasil, que certamente não se meteria emnada que pudesse ofuscar a sua posição, e o excelenteapresentador de TV, Murilo Néri. Além disso, o redatordo programa é um jovem paulista (Hélio Porto) e adicção, de outro paulista (Sérgio Galvão). Consiste noseguinte: a direção do programa convida três casais.Estes, no palco, são separados: maridos para um lado emulheres para outro. Preliminarmente, as mulheres res-pondem a dez perguntas que, posteriormente, são repe-tidas, em separado, aos maridos. O casal que responderde modo mais coincidente ganha um prêmio. No pro-grama a que assisti, responderam os casais Robert Sin-gery, Nilton Santos e Mário Brasini, ou seja, society,esporte e teatro. De um modo geral, o mal de. tais pro-gramas é que as perguntas descambam para o gaiato eo prosaico. Pois bem, não foi isso que aconteceu. Asperguntas são genéricas e permitem um estudo da per-sonalidade dos participantes, sob todos os aspectos, dointelectual ao financeiro, deste ao social, etc. Um exem-pio: a pergunta "o que pensa da pílula anticoncepcio-nal", primeiro foi feita ãs mulheres e, em seguida, feitaaos maridos da seguinte maneira: "o que pensa a suamulher sôbre as pilulas anticoncepcionais."

Ao final, venceu o casal Nilton Santos que respon-deu um número maior de perguntas coincidentes. Ostrês casais ganharam alianças confecionadas por BurleMarx e o vencedor, uma geladeira. Creio que tais prê-mios farão com que o nivel do programa continue alto,despertando o interesse dos telespectadores como des-pertou o meu. O problema será saber a hora de pararcom o programa, embora eu creia que com o mar defalta de imaginação que inunda a nossa TV, dentro embreve teremos em cada canal uma variante deste pro-grama. Quem sabe, os paulistas que ora se encontramno Rio conseguirão tirar a televisão carioca da cruelvulgaridade em que se encontra, pelo menos, para olimpo lugar-comum, numa ascensão que, talvez, faça ovídeo, um dia, aproximar-se do interesse público?

TEATRO YAN MICHALSKI

AINDA OS GREGOSNunca pensei que o artigo que

publiquei quinta-feira passada, sô-bre a inexplicável eliminação doRio de Janeiro do roteiro da ex-cursão do magnífico Piraikon Tea-tron, fosse alcançar a repercussãoque de fato alcançou. Inúmeras,pessoas, surpreendidas pela tristenotícia, me procurarem, pessoal-mente ou por telefone, para mani-festar sua decepção diante do can-celamento daquilo que seria omaior acontecimento do calenãá-rio teatral ão ano, e a.sua revoltadiante do papel de cidaáezinha deprovíncia, ao ''qual nossa cidade seviu relegada neste episódio, devidoem boa. parte ao desinteresse desnossos homens públicos. Uni lei-tor me disse: "julgo que o cance-lamento da vinda dos gregos foi oque aconteceu de mais grave noteatro carioca êste ano"; e outro:"Estou pensando em mandar umtelegrama ao Governador Negrc.3ãe Lima, protestando contra estaescandalosa demonstração do es-vaziamento cultural da Guanaba-ra, e a omissão ãas autoridades es-taduais diante do fenômeno."

Quero jigar, hoje, um voucomais de lenha nessa sauãável fo-gueira ãe indignação — indigna-ção sauãável, porque a não vindado teatro do Pireu, quaisquer quesejam os seus até arora obscurosmotivos, constitui um autênticodesaforo contra o público teatralda Guanabara Dz fato, possoacrescentar hoje mais alguns ele-mentos que demonstram inequivo-camente que o Rio não poãeria tersido riscado do roteiro dos gregos,e que há algo ãe mal contado emtoda essa história.• AS DATAS DO MUNICIPAL

O único pretexto ate agora ale-gado para explicar o cancelamentoda temporada no Rio refere-se àimpossibilidade de conseguir datasno Teatro Municipal para as apre-sentações do fabuloso conjunto di-

rigiáo por Dimitrios Ronâiris. Ora,a excursão áos igregos .à AméricaLatina começa pelo Brasil, ou sejaâiante ãa eliminação do Rio —por São Paulo, one : as apresenta-ções (que a principio seriam duas,mas que agora já são três) estãomarcadas para sábado, domingo esegunda-feira. Como a primeiraparte do itinerário éjfeita no sen-tido do Norte para ó Sul, pode-sededuzir logicamente que o Rio vi-ria antes de São Paulo, isto é, queas datas ãe que os visitantes gre-gos precisavam no Municipal eramas datas desta semana. Vejamosqual é a programação do Munici-pai anunciada para esta semana:segunda-feira, houpe o recital dacantora Elizabeth Schwarzkopf;sexta-feira, há a estréia da tempo-rada âe ópera francesa. Nada, ri-gorosamente nada, na terça, naquarta nem.na quinta, que seriam,logicamente, os dias ideais par~ asapresentações de um elenco quedeve estrear sábado em São Paulo.Não posso afirmar, evidentemente,que as datas peãiãas (se é quehouve mesmo um peãiâo áe ãa-tas.:.) foram precisamente estasmas que a coincidência é estra-nha, quanto a isso não há a me-nor ãúviãa. Tomem nota, portan-to, os leitoi-es indignados com ocancelamento ãa temporada: oTeatro ão Pireu não virá ao Riosoi-disant por falta ãe ãatas noMunicipal, mas o Municipal per-manecerá fechado nos âiás qit2antecedem a estréia do grupo emSão Paulo.

• O ITINERÁRIO COMPLETO

Diante do forfait ão Municipal,o Teatro João Caetano foi ofereci-ão aos responsáveis pela organiza-ção ãa temporada, grega no Brasil,mas acabou sendo rejeitado, nãose sabe exatamente por que moti-vo: se em virtude das suas condi-ções técnicas — que hoje em diasão, sem dúvida, perfeitamente sa-

tisfatórias — ou se em virtude doseu tamanho, evidentemente infe-rior ao do Municipal, mas inteira-mente adequado para qualquer es-petáculo de teatro declamado.

De qualquer maneira, ambosestes argumentos caem por terrase examinarmos o roteiro comple-to ãa extensa excursão áo Teatroáo Pireuí. A viagem começou naEuropa, com apresentações em Ro-ma, Maári e Lisboa. Na AméricaLatina, áepois da omissão do Rio edepois da estréia em São Ponlo, osartistas gregos mostrarão a suainimitável arte em Buenos Aires,Santiago, Lima, Guaiaquil, Quito,Cáli, Bogotá, Caracas, Panamá,São José ãé Costa Rica, Guatema-la, Ciâaâe ão México, Guaâalaja-ra, inão a seguir a Dallas, NovaIorque, San Juan de Porto Rico,Boston, Chicago, Kingston e To-ronto.

Será possível que alguém dota-do ãe um mínimo de bom sensopoâe acreditar que tôãas estas ci-âaâes âispõem âe casas ãe espeta-culos maiores e mais bem equipa-âas âo que o nosso João Caetano?O w-mesmo, falanão em termos ãedinheiro, oferecem perspectivas derenda, superiores às do Rio ãe Ja-neiro?

Não fica nada bem, convenha-mos, para a ca^al cultural áomaior país ãa América Latina tersido preterida, neste episódio, emfavor ãe várias ãas ciãaáes queconstam âo itinerário ão Teatrodo Pireu. E creio que o fato é bas-tante grave para que o Governa-dor Negrão ãe Lima e seus asses-sores meditem longamente a res-peito.

Vamos ao Teatro, leitores. Va-mos ao Teatro, mas não no Rio:em São Paulo, em Guaiaquil, emSão José áe Costa Rica, em Guráa-lajara, em Kingston, e em tantasoutras cidades que souberam me-recer uma visita do Teatro doPireu!

ARTES PLÁSTICAS WALMIR AYALA

Transcrevemos hoje entrevista como crítico Marc Berkovitz, sôbre sua re-cente viagem aos Estados Unidos, comum breve testemunho sôbre o ambien-te das artes plásticas naquele país, osproblemas e caminhos definidos, etc.Como se sabe, grande é a influência daarte americana numa certa área dapintura brasileira que se intitula os-tensivamente de vanguarda. Vanguar-da de segunda mão, quase sempre. Mui-tos dos itens que Marc Berkovitz abor-da é que mereciam uma reflexão departe dos profissionais da nossa jo-vem guarda plástica. Infelizmente, so-mos inclinados a imitar sempre o queé mais fácil e mais erradamente. Va-mos ao depoimento."A vitalidade do movimento ar-tístico de Nova Iorque — diz Marc —é tremenda. Um movimento realmentede acordo com o tamanho da cidade— centenas de galerias, dezenas demuseus, tudo funcionando, tudo,cheiode gente. Uma exposição Dubuffet, naPace Gailery, vendeu todos ós traba-lhos na tarde de Inauguração. Eramguaches e esculturas, centenas deobras, a mais barata 800 dólares, amais cara 25 000 dólares. Isto é provanão somente de prosperidade, mastambém de ciivlizaçâo! Não sei se No-va Iorque é o centro mundial da cria-tividade contemporânea — há aindaLondres. Certamente não mais Paris."

— E a escola pop, como anda?"fi uma pergunta dificil dé res-ponder. Existe pos EUA uma absolutaliberdade de criação. Tenho a impres-são que o pop não goza mais da po-pularidade de há alguns anos, masartistas como Lichtenstein, Rauschen-berg, Oldenburg e outros continuamcom o mesmo grande prestígio. A no-va visibilidade ou sensualidade, náo éoutra coisa que o prosseguimento deexperiências com algo que talvez pos-samos chamar de arte total, em queas fronteiras entre as diversas moda-lidades de arte desaparecem cada vezmais, em que há uma participaçãomaior de todos os sentidos, e do públi-co; e em que o ambiente é de impor-tancia suprema."

EUA: VANGUARDA E TECNOLOGIAQue exposições mais o impres-

slonaram?A de Dubuffet, porque mostra

a obra de um artista genial, por as-sim dizer em plena ebulição. A deCharles Rnss. que trabalha com pris-mas em plexiglass cheios de água des-tilada ou óleo mineral, criando incri-veis efeitos cromáticos e de distorção— porque me pareceu que apresentavaobras de um artista que chega a umaespécie de depuração raramente atin-gida por outros artistas. Uma exposi-ção de Bell, Chryssa, Insley, IrwinSmithson e Whitman, no Walker ArtCenter de Mlnneapolis, porque, na ml-nha opinião, mostrava as pesquisasmais vitais e mais urgentes dentro daarte de hoje.• ARTE E TECNOLOGIA

Fale-nos da Experimental ArtTechnology.

Simplesmente chamado EAT, éuma tentativa de integrar arte e tec-nologia — tentativa ainda não com-pletamente sucedida. Conversei muitocom os diretores da EAT, participeide um debate em Chicago. Caminhan-do para a arte total, eles querem pôrartistas em contato com engenheiros,físicos, teenólogos em geral, para que,juntos, possam resolver certos proble-mas ligados à luz, movimento, som, etc.enfim, problemas que surgem maise mais na arte contemporânea. Achoque a atitude da EAT é um pouco sim-plista demais — há problemas de éti-ca, filosofia, etc. que aparecem. Ma.sa idéia é excelente. Rauschemberg foium dos grandes incentivadores daEAT.

E os espetáculos de artes piás-ticas?

-— As experiências arte/espetá-culo foram o ponto de partida da EAT.Em outubro de 1967 houve uma sériede nove espetáculos numa enorme Sa-la de Armas de Nova Iorque sob o ti-tulo conjunto de Nove Noites, Teatroe Engenharia, financiados por um gru-po de patronos e colecionadores dearte, algumas fundações e indústrias,cada noite idealizada respectivamen-

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¦¦HiHKB.:: :.¦¦¦¦ ^EotBMarc Berkovitz: "Existe 7ios EUAuma absoluta liberdade de criação"

te por algumas fundações e indústrias.John Cage, que esteve recentementeno Brasil com o ballet Mercê Cunnin-gham, Lucinda Childs, Oyvind Fahls-trom, Alex Hay, Débora Hay, StevePaxton. Yvonne Ranier, Robert Raus-chemberg, David Tudor, R. Whitmanidealizaram um cada noite, com a par-ticipação de muitos outros artistas co-nhecidos, engenheiros, etc. Essa mistu-ra de t e a t r o. hápperiing, elementosplásticos, música foi o inicio da EAT.Há também exposições, não de traba-lhos isolados, mas de ambientes com-pletos, em que entram todos os elemen-tos. Sim, há uma certa tendência detransformar o ato de criar numa misccn scène.

O que acha destas experiênciasaqui?

Pelo menos vejo a possibilidadede uma arte tecnológica no Brasil. Aspesquisas, neste sentido, de um ar-tista brasileiro,como Palatnik são vá-lidas, e tiveram uma certa repercussãointernacional. Realmente, nos Esta-dos Unidos, as possibilidades são maisnumerosas, por causa das facilidadesmateriais. Aqui, além da carência derecursos, temos também uma carên-cia do verdadeiro espirito profissional.Não basta ter idéias, freqüentementemal compreendidas, fi preciso saberexecutá-las com «eriedade e conheci-mento de causa. As chamadas expo-sições de vanguarda que tenho vistono Brasil são lamentáveis sob todos ospontos-de-vista, o que não quer dizerque nos faltem artistas de grande ta-lento. Os organizadores é que não sou-beram estabelecer um critério de se-riedade profissional.• VANGUARDA

A vida americana reflete ocomportamento dos artistas de van-guarda?

Digamos que o comportamentodos artistas reflete a vida americana.E o público participa com o maior en-tusiasmo. Fundações, museus, indus-triais e mecenas gastam somas enor-mes com as pesquisas mais diversas. Éenorme o número de coleções pratica-mente especializadas em arte de van-guarda. Os artistas, que no Brasil sãoos campeões de venda, e cujas obrasfiguram nas chamadas coleções degente de sociedade, seriam completa-mente impossíveis nos EUA, onde ocolecionador coleciona seriamente, enão de acordo com as indicações decronistas sociais.

A arte brasileira é conhecidanos EUA?

Na realidade, não. Mabe teveum momento de êxito nos EUA, masnão soube manter o nível. Assisti, emWashington, à inauguração da expo-sição de Tomie Ohtake, que foi bemrecebida. A sua pintura é de excelentequalidade, mas já um pouco ultrapas-sada. Acredito que a sua permanêncianos Estados Unidos lhe tenha abertoos olhos para multas coisas. Quemconseguiu conquistar uma posição degrande prestígio é o gravador RobertoDelamonica — como artista e comoprofessor, fi considerado lá um dosgrandes gravadores da atualidade.Mas a triste verdade é que possuimospoucos artistas de gabarito verdadei-ramente internacional.

PANORAMA

DAS LETRAS

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MARCOS REI

TRILOGIA DO SUBMUNDO —Falando a respeito do próximo lan-iiainento dc Memórias de um Gi-golo, pela Editora Senzala, o escri-tor Marcos Rei disse que não está,cm absoluto, aproveitando-se doêxito dc O Enterro da Cafetina. Tra-ta-se de uma trilogia, que sc com-pletará com Histórias de Kitche-nette, focalizando a vida noturnade São Paulo. "Xo tocante a Me-mórias de um Gigolò — acrescentaMarcos Rei — repito aquela suspei-ta afirmação, comum a todos os au-tores, que é o meu melhor livro.Mas, neste caso, faço-o sem obje-tivo dc propaganda."

OS ALEMÃES — O conto é a ex-pressão mais característica da literatu-ra alemã de após-guerra. Não poucossão as escritores alemães da atualidadeque vêm fazendo sucesso com o gênerono mundo Inteiro. No Brasil, a EditoraGlobo tomou a iniciativa de publicaruma Antologia do Moderno Conto Ale-mão, que apresenta 21 contistas, algunsinéditos em lingua portuguesa. Entreesses 21 figuram Heinrích Buli, LuiseRinser. Siegfried Lenz. Anna Seghers,Elisabeth Langgasser e outros. Traduçãode íris Strohschoen o Betty MargaridaKunz;

NOS TRTs — Do juiz Antônio La-marca acaba de ser lançado o livro Açãona Justiça do Trabalho pelas EdiçõesTrabalhistas. Em 350 páginas o autoroferece ampla exposição doutrinária eprática de toda a sistemática de proces-so trabalhista, na fase do conhecimento.Obra útil para os que lidam no foro.

NO TEATRO — Na sua coleção cieteatro, a Editora Civilização Brasileiraestá obtendo êxito com Senhora na Bocado Lixo, de Jorge Andrade, que analisaa sociedade brasileira e a ação corruptorra e desagregadpra dos que tudo po-dem contra os que nada têm. Liviomarcado pela censura.UMA INESQUECÍVEL — Aindahoje há quem assobie Laura, a melodiaInesquecível do filme do mesmo nomeLaura, o livro rie Vera Caspary, que mo-tivou o filme, sai agora no

'Brasil, nanova coleção ria Distribuidora Recorde— Alvlnegra — que publica grandesromances policiais, em tradução de He-lio Pólvora. Os próximos volumes cla se-rie são: Espião dc Dois Mundos, de De-rek Marlowe; Mistério em Estamlnil, deLeo Rosteri, e novas mulheres cie E vCunninghan — Helen, Sally, Cynthla'Samantha e Mãrgic. Oul ras mulheres.'

que dão titulos a livros cie Cunninghantem sirio lançadas'entre nós pela Edito-ra Civilização Brasileira.DE PICA SSO — Há poucos meses doseu lançamento em Paris pelas Bditionsdu Cercle d'Arc et Société Nouvelle riesEditions Gonthier, saiu no Rio. atravésda Editora Expressão e Cultura, o livroPicasso Disse..., de Héléne Parmelin

que conseguiu reunir numerosas opiniões'frases e conceitos rio grande artista''Nao digo, tudo, mas pinto tudo. » éuma dessas frases e que serve de epígra-fe ao livro. A edição brasileira é prefa-ciada pelo crítico José Roberto TeixeiraLeite.EUCLIDES — De Leandro Tocantins,a>i. Recorde Editora publica Eu-cHdcs da Cunha c o Paraíso PerdidoDocumentos inéditos da missão oficial deEuclides no Amazonas são revelados noivro. Um Paraíso Perdido é o titulo dolivro que Euclides pretendia escrever sô-ore a Amazônia.ESPIONAGEM — Destinado a suces-

so é -10 Anos dc Espionagem Soviética,de Ronald Seth, que as Edições Blochlançarão em breve. Outros livros da mes-ma linha anunciados por essa editora:Por Dentro do FBI, de Norman Ollesiad(a Editora Civilização Brasileira deu-nosO FBI Por Dentro, de Pied J. Cook, eImagem da China, de Dennis Bloodworth,além do famoso A Escalada, cie HermanKahn.

BOA CABEÇA — Livro prático,de interesse para quem estuda e nãopode tomar Pervcntin é Como Desen-volver a Memória, de Joyce D. Bro-thers e Edwatd P. F. Eagán, tra-duzido para o Português por K. Ser-gio di Biasi. O método é apresen-tado como capaz de aprimorar amemória em dez dias apenas. Lan-çamenfo da Distribuidora Recorde.

DE PARIS — Uma novela de.AndréMaurois e uma reportagem sôbre a ba-talha do.s arquitetos sâo as principaisatrações cio n.° 1 161 (6 a 11 rie agosto)de Le Figaro Littérairc.

DA CRÔNICA AO POEMA - A Can-ção das Toras Úmidas é o titulo do 11-vro mais recente, ainda inédito, da jo-vem escritora maranhense Aríete Noguei-ra Cruz. Nesse livro, Aríete — que es-treou com uma interessante novela —começa fazendo crônicas, mas vai sendovencida pelo lirismo e termina em poema.

ROMANCISTAS — O romance, prin-clpalmente o nacional, vai ganhar umaboa contribuição nos três estudos queEdições Bloch têm em mira publicar êsteano: O Romance Brasileiro de 30, deAdonias Filho, Introdução ao Mundo doRomance e História Crítica do RomanceBrasileiro, os dois últimos do professor ecritico Temistocles Linhares, que já le-clonou a matéria na Universidade deCoimbra.

DE DIREITO — A Revista de DireitoPúblico, do Instituto de Direito Públicoda Universidade de São Paulo, editadapela Revista dos Tribunais, atingiu o seuquarto número, completando o primeiroano de existência. Importantes colabora-ções sôbre direito constitucional, admi-nistrativo e tributário, além de julgadose decisões de primeira instância.

CADERNO JORNAL DO BRASIL D RIO DE JANEIRC D QUARTA-FEIRA, 14 DE AGOSTO DE 1968 PÁGINA 3

PANORAMA

DAS ARTES

JAPONESES XO COl-.V — Dia 15, na galeria do Copacabana Falace,

inauguração dc uma coletiva dejaponeses : K. Wababayashi, Ma-nabu Mabc, T. Fukushima, TomieOhtake. Enquanto isto um nôvopintor japonês, Tetsuro Arakawa clançado pelo IBEU, que tem sido,em sua proveitosa carreira de ga-leria de arte, um verdadeiro celei-ro de valores. .Vamos aos japonê-ses nesta semana.

HISTÓRIA DA ARTE — A EditoraLetras & Artes acaba de lançai- um alen-tado volume de História da Arte, da es-erltora americana Jean Anne. Vincent,em tradução de Regina Monteiro Real.Como a Letras & Artes está-sc dedicandoao livro didático esperamos que esta obrapossa infiltrar-se nos currículos locais.Já era tempo, aliás, dc o ensino dcarte fazer parte dos cursos normais,como cadeira optativa pelo menos. A artecomo instrumento de educação.

SALÃO NACIONAL DE BELAS-ARTES — Até dia 23, no horáriodas 13 às 17 horas, na sobreloja doPalácio da Cultura, estão abertasas inscrições ao Salão Nacional deBelas-Artes do corrente ano. Os ar-tistas isentos do júri poderão entre-gar ate dia dois de setembro. Osdois membros do júri já escolhido!são: Jordão de Oliveira e OrlandoTrancoso de Brito. Alguns artistasacadêmicos com pruridos modernosestão muito aflitos. Comentam queo júri não pode ser mais acadêmi-co. Imaginem o que pode sair disso,um salão superacadêmico. Enfim,vamos ver o que nos oferece este sa-lão, com inauguração prevista para15 de setembro.

MORVAN — Na Galeria OCA inau-guroü-se, com bonita festa social, a expo-sit-ão do pintor Roberto Morvan. Na li-nha da abstração Morvan consegue bonsmomentos. Pena que sua abstração seinscreva exatamente naquele ângulo quejá se tornou acadêmico, na verdade nãodê um passo adiante numa escola que jásaiu de pauta. Há exemplo de experiên-cias novas dentro do abstra-cionismo. Nãoé o caso de Roberto Morvan que, apesarde pintar com boa técnica, fica num es-tágio sensorial um pouco precioso, o deum abstracionismo decorativo. Mas é umartista com possibilidades, dependendoainda da sua capacidade cle começar sem-pre de nôvo. A qualidade brilhante e pe-sada de sua tinta não auxilia na resolü-ção das formas. Os quadros pedem solu-ções mais refinadas.

¦• WEKTHEIl" INICIA TEMPO-HADA LÍRICA FRANCESA —Com a ópera Werther, de Massenet,inicia-se na sexta-feira a Tempo-rada Lírica Francesa, com a par-ticipação de um elenco de cantoresfranceses e a direção artística deHcnri Doublicr. Entre os cantores,contam-se os nomes dc AndréTurp, Josepliine Veasey, RoberlSavoie e outros. O elenco serácompletado com os cantores brasi-leiros Antea Cláudia, GuilhermeDainiano, Geraldo Chagas, Amíl-ton Moreira e outros. A Orquestrae o Coro do Teatro Municipal obe-decerão à regência do maestroJacques Pcrnoo, que integra o gru-po de artistas franceses convida-dos.

CONCERTOS E CANTATAS NO CI-CLO BACH — O próximo concerto doCiclo Bach terá lugar na sexta-feira, às21h, na Sala Cecília Meireles, e reuni-rá um grupo expressivo de solistas (Ale-xander Jenner. piano, o tenor John vanKesteren. que atuou no ano passado comosolista da Talxão Segundo São Mateus,Mariuccia Jacovlno, violino. Paolo Nardi,oboé, e Carlos Seabra, flauta. O programainclui o Concerto de Brandemburgo N.° 5,o Concerto para Oboé e Cordas, a Sinfo-nia da Cantala N." 4, o moteto JesusMinha Alegria e a Cantata N.° 55, paratenor. coro e orquestra; O Coro da As-sociação de Canto Coral,'preparado porCleofe Person de Matos, e a Orquestrado Teatro Municipal atuarão sob a re-

/ gência de Eleazar de Carvalho.

JOSÉ SEREBRIER NOS SÁBADOSMUSICAIS — O regente uruguaio JoséSercbrier, assistente de Stokowsky na Or-questra Sinfônica Americana em NovaIorque, dirigirá a Orquestra SinfônicaNacional da Rádio MEC no próximo sá-bado, ás 16h30m, na Sala Cecília Meire-les. O programa contará com a partici-pação da jovem pianista Iva Morelnos,que atuará como solista do Concerto emRé Maior, K. 382, dc Mozart.

E. K.

DA MUSICA

COLÚQUIO DE MUSEUS — Em San-ta Catarina, de 5 a 8 de setembro pró-ximo, haverá um colóqulo dc museus, sobo patrocínio da Associação dos Museusde Arte do Brasil e do Museu de ArteModerna de Fiorianópolis. Na pauta dostrabalhos eonstam vários itens, entre osquais o estudo da situação dos Museus dcArte do Brasil, intercâmbio entre mu-seus, relações entre museus e Governo,eleição de diretoria, etc. No dia 6, às 21horas, no edifício da Secretaria de Edu-cação de Santa Catarina, será inaugura-da a I Exposição Nacional da Associa-ção dos Museus de Arte do Brasil.

DE CONVERSA EM CONVERSA —De conversa em conversa os colóquios edebates realizam-se c nada se faz. Aquihouve encontro de intelectuais com ogoverno estadual. Em que é que deu? Afamosa AIAP o que fèz de objetivo até opresente momento que auxilie mesmoseus associados? E os cursos de arte nasescolas? E as isenções de impostos paraobras dc arte? E as exposições itineran-tes? E as cooperativas para fornecimen-to de material a artistas? E as leis deproteção, como a da obrigatoriedadede contratar artistas para decoraçãode prédios novos? E as programações deexposições no estrangeiro? E as bolsas-de-estudo? Quem deu alguma coisa dis-so? Quem conseguiu alguma coisa jun-to a alguém? Nada. Tudo na estaca zero,doa a quem doer.

BRASILEIROS FORA — Sob os aus-picios do Ministério das Relações Exte-riores. inaugurou-se em Paris, na GaleriaDebret. exposição de Mlsabel Pedrosa.gravuras. Em Caracas, no edifício LasFundaciones, exposição Três Aspectos daPintura Contemporânea Brasileira. Gos-taríamos de saber qual o critério querege estas promoções oficiais, nem sem-pre representativas da nossa arte e cul-tura.

\V. A.

BALEIAS À VISTAA intromissão do maravilhoso na

vida cotidiana: dois filhotes ãe baleia,um no Leme, outro no Leblon.

Já antes disso havia a imjiressãode que um vento fantástico está so-prando no mundo. Nós cariocas, porexemplo, estamos vivendo o mais lon-go inverno de que o iwio corpo'temnoticia. Um alemão observa: "Estouhá mais de trinta anos no Brasil enunca vi uma coisa assim." Vm cho-fer de táxi: "Parece que tudo isso épor causa daquelas bombas atômicaque eles pararam

"de jogar. O clima,

agora, está trabalhando com mais len-tidão, mais dentro da lógica"...

Procura-se a explicação mais fá-cil porém igualmente mais ¦ poética:

não é apenas na. cidade que faz frio;o mundo inteiro está diferente, mági-co, alucinante, incompreensível.

Os padres invadem a própria ca-tedral, no Chile, protestando contra oque consideram cumplicidade do Papacom os ricos desta terra. Católicos es-querdistas planejam sàriamenle se-qüestrar o Papa em Bogotá

Uma quadrilha assalta algunsbancos em São Paulo, e um trem pa-gador: não é banditismo, são os guer-rillieiros que preparam uma aventurasangrenta. Para chegar ao poder co-munista é necessário amealhar ãinhei-ro, como fazem os capitalistas...

Enquanto isso as duas baleias seperdem no mar gelado. Uma no Lemee a outra nó Leblon, são lançadas pe-las ondas contra as pedras e a areia.O impossível aconteceu: as baleiaschegaram. As criançrs abriram bemcs olhos, porque mais t. rbe haverãode contar que viram duas baleias vi-vas, numa praia tradicioiiahnente des-provida de baleias, e ninguém acreâi-tara. Quem estava preocupado com odrama brasileiro se pós a sonhar; equem não estava também se pôs a so-nhar. Entre o problema e a preocupa-ção, o imprevisto agitou a sita caudagorda. Caãa consciência era um aquá-rio no qual a baleia há de nadar pormuitas semanas.

E como tudo mudou; como umvento fantástico está soprando nomundo, a conhecida hospitalidade ca-rioca se desmentiu na mesma hora,tanto no Leme quanto no Leblon. Asbaleias foram recebiâas a tiros ãe pis-tola 45, a machadadas, golpes de bar-ras ãe ferro e facadas. Assassinamosaqueles ãois sonhos que nos eram ofe-reciáos ãe graça, em virtude ãe umarara coincidência submarina.

É um sinal dos tempos. Mesmoas histórias de filhotes de baleia deso-rientaáos terminam-com violência'. Osangue foi derramado no Leme, noLeblon...

JOSÉ CARLOS OLIVEIRA

BOGOTÁ ESTA SEMANA

Já estão na capital da Colômbiavinte e cinco mil homens destinados afazerem parte do esquema de seguran-ça do Papa Paulo VI, que chegará àcidade no dia 22. Também já se en-contra em Bogotá a limusine preta,blindada, de marca Chrisley. quetransportará o Sumo Pontífice.

A mãe do padre guerrilheiro Ca-millo Torres enviou uma carta a DomHelder Câmara, convidando-o a hos-pedar-se em sua casa, durante a suaestada em Bogotá. E na mesma car-ta anuncia que aproveitará a presen-ça do Papa para iniciar uma campa-nha que visa à recuperação dos restosmortais de seu filho.

PICADINHO

Se quiser divertir-se ou fazer suascrianças divertirem-se, não vá ao par-que de diversões que está sendo des-montado na Praia do Russel, mas quecom certeza reaparecerá em outro lo-cal da cidade. Não vá porque é umperigo: todos os brinquedos estão en-ferrujados, e, no caso do trem fantas-ma, apenas umas duas tábuas o sus-tentam.

É uma pena, mas o certo é quenão há mesmo estruturas que susten-tem a promoção ãe festivais, âurantevários anos, num nível ãe boa quali-dade e decência.»

O Festival Internacional do Filme,por exemplo, está perdido para o Bra-sil. Não mais teremos, no Rio, êssecertame.

O Internacional âa Canção, aoque parece, dado o resultado dessaprimeira fase, e a inconseqüência comque são anunciados os cantores e com-positores estrangeiros que ãevem virao Rio, é claro que também está fa-dado a desaparecer dentro ãe poucosanos.

Rosinha de Valença, em seu ro-teiro na União Soviética: já se apre-sentou em Moscou, em Tibeliss, emKiev (num teatro de 10 mil lugares),em Talin (numa concha acústica de40 mil lugares) e em Leningrado. Ama-nhã, Rosinha vai tocar em Kazan, ca-pitai da Tartária.

A música que vem fazenão maiorsucesso, durante essa sua temporaáa,é a composição ãe Baãen Poiuell, As-tronauta, uma homenagem a Gagárin.

Dulce Magno, uma gravadora queestudou na Califórnia, especialistatambém em desenho de moda, está fa-zendo exposição na Goeldi. Dulce co-meça bem a sua carreira de artistaplástica: já vendeu dois trabalhos.Um, para Henrique Mindlin, o outropara Sérgio Bernardes.

Hoje, está chegando no Rio o Cho-pin soviético, Sergei Dorenski.

Malvine Zalcberg, especialista emleitura dinâmica, foi convidada paralecionar êsse assunto na Universida-de de Columbia. Malvine, atualmente,está. em Nova Iorque, se aprofundan-dó em problemas de leitura.

No dia 20, gravuras de Debret es-tarão em exposição na sala de H.Stern. São gravuras impressas no Ja-pão, pela Recorde, em branco-prêto eetn cores. Trabalhos de ótima quali-dade.

Bandolim: é a especialidade deJacob Thomas, um alemão radicado noBrasil, que estava em tournée pela Eu-ropa e que agora, no dia 18, se exibeno Rio. Quando esteve na Inglaterra,

Léa fitaria. /

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FLUTUANTESAs esculturas cinéticas ão artista norte-ameri-

cano Billy Kluver (que também é pesquisador comlaser, de ..?/. laboratório âe Nova Iorque) seguem amesma concepção áe Anãy Wharol, para o cenário ãeum ãos números áo grupo Mercê Cunningham, apre-sentado no Rio, na semana passada. São travesseirosinflados com gás hélio. No caso de Kluver, a compo-sição foi realizada para uma demonstração em quequis fundir a arte com a tecnologia.

OS "BEADS"

Èle, Steve McQueen,u sando um colar âebeads; ela, sua mulher, abailarina Nellie Aãams.Quanáo ão intervalo âefilmagens ãa mais re-cente película que estãorodando, em São Fran-cisco. A moda ão colar —para homem e mulher —apesar ãe ter pegaão, hávários meses, nos EstaãòsUniãos e na Europa,ainâa não chegou até cá

Thomas gravou para a BBC Luar âoSertão, Segredos da Mãe-D'Água.

Em Curitiba, o colunista Dino ãeAlmeida festeja o início âa primaveracom o primeiro aniversário áa sua re-vista, Quatro Estações.

O Embaixador Henri Senghor, doSenegal, já de volta de prolongadas fé-rias em seu país, novamente circulan-do pelo Rio. No dia 28, recebe amigospara jantar na embaixada do canaldo Leblon.

O Colégio Bennet homenagearáMárcia Haiãê,'.. que é ex-aluna âo co-légio, no dia 23.

John, filho do Conselheiro JohnMowinkle, passando as férias no Rio,vindo de Tânger, com seu amigo MarkGobdy, da Universidade de laie.

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MARIA D'APARECIDA RUMO A MOSCOUÊ Pierre Cardin o autor do guarda-

roupa da cantora brasileira Maria D'Apa-recida, especialmente feito para a sua via-gem a Moscou. Maria fará a sua primeiratournée através âa União Soviética, can-tanão, em primeira apresentação, a Car-mem: sua especialidade. Na foto, umâos trajes que a cantora levará atéMoscou.

UM MODERNOCONSERVADOR

Marisa Urban, que está desfilanâono stand áa Rhoâia na Fenit, veio aoRio e aqui passou 14 horas. No Jirau,Marisa causou sensação com um ves-tião longo, vermelho', com âecote pa-norâmico.

Hoje, no Museu da Imagem e doSom, Edgar de Alencar, conselheiro demúsica popular do MIS, dará coque-tel de lançamento do seu livro NossoSenhor áo Samba.

Procópio Ferreim grava seu âepoi-mento, no Museu âa Imagem e âoSom, depois áe amanhã.

No dia 22, o Zunzum dará festacle lançamento da cantora americanaShery, que passará a cantar na boate,às segundas, terças, quartas e domin-gos. No shoio de" lançamento cantará

Peter Lawford: um dosamericanos que aderiramà nioda âo colar. "Àãoròas mudanças na moâamasculina; significam li-berdade", diz éle, a pro-pósito do uso do enfeite.Em o u t r a s jjàlavras:Lawford transformou-senum moderno, apesar áeinsistir em que continuasendo um conseivvador.Na foto, usa gola rouléelaranja, com colar ãe con-tas amarelas e laranjas.

também Ronaldo Brito Pereira. Paraa festa, a casa será decorada por Gui-lherme Sçheliga e terá nova ilumina-ção e nôvo som trazidos de Nova lor-que por Cao Rossman.

Casam-se amanhã Frederico Be-zerra âe Melo e Cristina Vivácqua Mi-randa Carvalho. A recepção será emcasa do noivo. O vestido âa noiva é deGuilherme Guimarães e o casal passa-rá a lua-ãe-mel na Suíça. Depois, Fre-derico fará um curso cie Administra-cão de Empresas, em Lausanne.

A ópera Danação âe Fausto, napróxima semana, será apresentadapela primeira vez no Brasil. Cantadaem sua 'versão original (texto emfrancês), tem coreografia do corpo debaile. Para a estréia da ópera de Pa-ris o traje não será a rigor.

D A I É s- f- camada inferior da socie-dade: arraia-miúda, bagaceira,

borra, cho|dra, enxurro, escória, escorralha, es-cuma, escumalha, fezes, gentaça, gentalha,gentama, gentinha, gentuça, lixo, mundiça,patuléia, plebe, plévia, poeira, populaça, po-pulaçho, povaréu, poviléu, povo, rabanada,rafaméia, raleia, sarandalhas, vulgacho, vulgo,zé-povinho (pea.. die. bras. da ling. port.).

%OS CHOPNICSINadacomo um copo depois do outro... depois do outro... decerveja SKOLT(§K0Lj)- \¥^A

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PÁGINA 4 U JORNAL DO BRASIL D RIO DE JANEIRO D QUARTA-FEIRA, 14-DE AGOSTO DE 1968 D CADERNO jf

PassarelaGILDA CHATAIGNIER

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-ít JOVEM JB NAESCOLHA DECARDIN

Maria Cecília AfonsoPena, a Jovem JB, foiuma das seis jovens es-colhidas por Pierre Car-din para desfilar hojesua coleção. Todas ascandidatas passaram 20vezes em frente ao cos-tureiro, que ia pedindoque tirassem os óculos,que repetissem as vol-tas, observando atenta-mente a maneira de an-dar de cada uma.

it MARIDO DEMANEQUIM NAPASSARELA

Pierre Cardin, o donoda s e m a n a na Fenit,não gostou dos rapazes-que foram indicados pa-ra desfilar a linha mas-culina de sua coleção.Mas assim mesmo, emvista da pressa, acabouficando com três. Acon-tece que as môças no-taram o desapontamen-to do costureiro c indi-caram o marido dc umadelas: Vágner ' MartinsLopes. Aliás, êle é casa-do com. Cristina Anas-tasiou, uma das candi-datas no ano passado aotítulo de Jovem JB. Orapaz é alto, bem ma-gro, cabelo liso caído natesta e cara de menino.Aceitou o convite tran-qüilamcnte, achando aidéia divertidíssima..

it CEAT EM FESTA

HoJ£ é dia de festapara a Campanha Na-cional da Criança — oCeat de Botafogo co-memora seu segundoaniversário e o do Ater-ro, onde funciona o Pa-vllhão Japonês que seráfinalmente inauguradodo oficialmente.

i- MAIS UMQUE VAI

Mais um manequimbrasileiro vai fazer car-reira na Europa. Agoraé a vez tle Zula, more-na alta, de rosto angu-loso, cabelos compridosc ombros largos, u m adas escolhidas pela Al-cântara Machado paraparticipar dos desfilesinternacionais da Fenit.A moça desfilou paraFéraud, agradou c foiimediatamente contra-tada. Será a segundabrasileira que Féraud lc-\ará para sua maison(a primeira foi Ikka-nia) e dentro de d oi smeses Cia deverá embar-car para Paris — vaimostrar a próxima co-leção dc verão com tô-da a sua graça de bra-sileira queimada de sol.

¦it QUEM NÃO TEMBALANGANDÃSNÃO VAI ANOVA IORQUE

O que há de mais re-presentativo na pratada casa — aqueles pei-xinhos moles, da Bahia,trabalhados em escamasde prata — é agoragrande moda em NovaIorque. Êies estão fa-zendo detalhes impor-tantes nos cintos decorrentes, lançados porHenri Bcndell. Só que láèlcs custam 110 dólares.

¦fc HOSPITALSEM MEDO

As crianças geralmen-te se assustam quandosabem que terão de sesubmeter a uma opera-çáo, m esmo das maiss i m p 1 e s, como a deamígdalas. Na primeiravisita ao hospital, a vi-são de enfermeiras» si-lenciosas e sérias não énada confortadOTa, mes-mo quando as criançasse lembram que depoisda operação poderão co-mer toneladas de sorve-te. Para atenuar o pro-blema, a Editora Cam-den (inglesa) acaba depublicar sete livros sò-bre o assunto, destina-dos a criança até 11anos. que estão fazendosucesso, inclusive entreos pais.

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Malha sequinha para .o ves-tido mais ainda. O cinto élargo e flexível, para ser usa-do à vontade, da cintura paracima, da cintura para baixo

Avestruzes enormes, de todas as cores, estam-padas em malha com fibra acrílica, fazem umdos longos mais extravagantes. A bainha bateacima dos tornozelos, o decote é rente ao pesco-ço e as mangas abrem em forma de sino

O "SEXY 55

SEGUNDO

SACHSUma camisa pólo, ubotoada

ua frente, que pode ser a roupamais pudica do auo, mas podetambém, de um momento paraoutro, se transformar uo quehá de maife sexy em matéria decamisa, se fôr usada sem sou-tien ou desabotoada até o meiodo busto. Essa é a tôuiea e êsteé o exemplo que mais se prestapara definir a coleção de Guu-ther Sachs que será mostradana Fenit nos dias 23, 24 e 25.Uma coleção boutique das maisjovens, descontraídas, e^íorli-vas e provocantes que já se viu.Uma coleção repleta de ber-mudas e mini-saias, de estam-pados grandalhões, de malha,do princípio ao fim. Uma cole-ção que vem com etiqueta Mie-Mae, só para brasileiro ver,porque não será vendida. E, jáque é só para ver, comece hojepela nossa página, que mostrafotos da própria boutique, vin-das de lá para o JB, via UPI.

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Bermuda e colete, marcas registradas de Sachs.O conjunto é em areia e preto, numa misturade texturas e fibras das mais.simpáticas. Paraser usado com blusa preta e de gola roulée

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Em malha marinho, a saia-calça, compespontos, recortes e cintura marcada porcinlo largo. Em malha vermelha, a camisapólo, com pâteda corda saia e mangas curtas

CADERNO D JORNAL DO BRASIL D RIO DE JANEIRO D QUARTA-FEIRA, 14 DE AGOSTO DE 1968 D PAGINA S

Jornal da Feriit i ANO XI D N.° 2 D SÃO PAULO, 14 DE AGOSTO DE 1968

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OS DETALHES QUEA MODA TEM

• Cores: branco predominante, ver-melho, cinza, preto, amarelo, limão everde-elétrieo. Combinação preferida,preto mais branco.

• Tecidos: malha, lãzinha, jérsei delã são os principais. A gaze musselinaaparece em apenas üm modelo para anoite e as peles em alguns casacões.

• As meias-calças são imprescindi-veis devido ao comprimento das saias,assim como os colantes.

• 'Botas altas sempre, ou o clássicosapato raso de plástico com um pom-pom.

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• As saias são geralmente fartas:godés ou enviesadas. Mesmo para osmantos, que têm a cintura cortada.

• Debruns em profusão, acompa-nhando as bainhas e os recortes, con-tornando bolsos, lapelas, golas, etc..Principalmente o vermelho sobrebranco.

• Xales de lã coloridos usados sem-pre como complemento juvenil. Inclu-sive enrolados na cabeça, com a pon-ta íranjada caindo de° cada lado dorosto.

Cinturas marcadas e no'lugar.

• As listras coloridas só são usadascomo enfeite numa barra de saia ouna blusa.

• Mantos estilo reãingote bastantet7-anspassaáos, presos por um único bo-tão ãe metal. Constante são os ma-chos profundos atrás, subindo até acintura.

• Cintos de couro plastificado bemlargos, estilo corsellet. Os mais usadossão os atacados na frente por tiras decouro.

•' Os ãecotes praticamente não exis-tem, a não ser em um ou outro vestidode noite e em alguns mantos. Em ge-rai, redondos junto ao pescoço ou comgalinhas bobas e smoking.

• Muito abotoamento duplo e, depreferência, botões de metai.

• Ausência total de qualquer espéciede babado.

• Bolsos por toda a parte: verticaise embutidos, sobrepostos arredon-dados.

• Muitos cortes e recortes com aúnica função de enfeitar.

• Saias curtas, como pede a linhajovem..

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São Paulo (Sucursal) — LouisFéraud. Francês. Costureiro. Um sor-riso sempre pronto, uns olhos azuisque sorriem também, a simplicidadede quem está contente com o que faze nenhuma falsa modéstia. Bater umpapo? É claro que êle aceita. Vai logose sentando, copo ãe uísque na' mão,todo juventude dentro do paletó espor-te laranja. ' .

E enquanto brinca com os cubosde gelo conta, pra inicio de conver-sa, que é um homem que gosta dascoisas difíceis, dos estudos e dás pes-quisas. Por isto prefere vestir gentejovem, por isto sua coleção tem muitomais de prêt-à-porter, por isto tam-bém não hesitou em diminuir aindamais as saias — danão-llies um gene-roso godé — e escolher as cores vi-brantes.

O ano'2000 absolutamente não ointeressa, nem os metais, embora res-peite quem sabe usá-los com proprie-dade. É revolucionário, sim, mas àsua moda, e dos mais antigos.

— Há quatro anos procuramosfórmulas novas. Primeiro fazendo osmanequins andarem como qualquerpessoa à vontade dentro de uma rou-

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J\A microssaia de Féraud deu o que falar,"'mas foi atenuada pelas maxibotas. Opúblico vibrou com o nôvo estilo cowboy,como sempre, na base do branco e preto

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Duas a duas, as roupas foram mostradas.Sempre o mesmo estilo, a mesma linha, va-riando apenas a côr. Esta linha é a cigana,que usa e abusa do cinto corselet, do decoteem V profundo e do branco e preto

Na velha base do branco e preto, duas versões. Ambasno estilo geométrico. Na primeira, o xale faz as vezesdo chapéu e cai pelo ombro. Na segunda, a placado cinto é substituída por um detalhe do mesmo tecidodo vestido. Um manto preto completa o modelo

FÉRAUD, CADA VEZ MAIS JOVEMSão Paulo (Sucursal) — Apesar

áe não fazer moda para deslumbrar,os desfiles ãe Féraud foram conside-rados geniais pelo público presente àXI Fenit. O que é fácil de compre-ender, pois seus modelos são essencial-mente práticos, esportivos e jovens,permitindo um andar desenvolto e mo-vimentos fáceis.

A extravagância não tem lugarna linha do costureiro, cujo único ob-jetivo é apresentar à mulher trajesque ela possa ter no guarda-roupa eusar na rua sem causar escândalo.Mesmo as malhas ultracurtas usadassóbre colantes coloridos ganham emsuas mãos um ar inocentemente cole-gial. É no jogo de cores — amarelocom vermelho, ou o bleu-blanc-rougecombinado de maneira toda pessoal— que Féraud procura causar im-pacto.

Fiel apenas à feminilidade, êlenão segue nenhum estilo puro: a ins-piração cigana está presente, estiliza-da, nos conjuntos de saia godé, colete,e largos cinturões de couro plastifica-do; o metal aparece constantementeem detalhes (como flores aplicadas nabarra de longos e cintos de placas re-dondas); o estilo cowboy — com cha-pelão e tudo — também foi adapta-do. Até à frente-única e à malha.me-tática (um manto em tela ãe cobre)Féraud faz concessões.

Os modelos mais apreciados fo-,ram duas malhas brancas com pu-nhos e ãecotes debruaãos _de prêtò.bordados tanibéin pretos contornandoo decote e cinto, metade ãe verniz, me-tade repetindo o "oorãado âa roupa —sua concepção ão cowboy'.

Um show à parte é a naturalida-de e a bossa com que os manequins

desfiiam, geralmente aos pares. An-dam pura e simplesmente, passos lar-gos, jeito displicente de quem cami-nha por uma calçada. A coreografia— que existe — obedece às necessida-

•des de cada roupa apresentada: se éuma cigana modernizada, os braçossão jogados para movimentar a saiagodé, farta; se é um redingote arroja-do, todas as poses exóticas são permi-tidas. Dá mesmo o impressão de queFéraud usa e abusa dos bolsos ry '

paraque as mãos dos manequins se colo-quem dentro deles, numa posição dedesafio.

Quanto á meda masculina —apresentada por Robert, o único queveio ao Brasil — impera a sobriedade,embora os ternos não conheçam limi-tes de côr e as écharps floriãas e colo-riâas sejam uma constante. A linhado paletó (bem comprido e com íim

macho atrás que vai até a cintura) élevemente évasée, e os chapelões, umcomplemento indispensável. Tão ca-racterísticos quanto a barba cerrada eo charuto do manequim.

Para a noite, tanto vode ser umcafelã de mangas e decote bofdaãosquanto um longo em jérsei de lã ver-melha, quase cenoura, com cavas quedescobrem parte do busto e costasnuas. Ou o clássico modelo cortadoabaixo do busto, corppte recoberto depailletés metálicos prateados e saiatôãa feita em fios de miçangas pretas.

Já a noiva estilo Féraud é umacamponesa. — de saia rodada, cinto decouro plastificado e saltos rasos —que cobre a cabeça com um lenço pc-queno, amarrado sob o queixo. Tudoem tecido de pastilhas.

UM GÊNIO, MODÉSTIA A PARTEpa;' depois abandonando a clientelarica. Nosso interesse no momento évestir o maior número poisívcl ãs pes-soas com uma moda que seja ao mes-mo tempo prática e acessível. É ape-nas uma questão ãe acompanhar otempo e não ir além dele.

E quando Féraud usa o plural es-tá-se ref er indo à sua equipe, "que podenão ser a melhor, mas é a maior emais completa que um costureiro játeve." São os oito ãesenhistas ãe suamaison, sem favor nenhum, seu gran-de orgulho. São os homens com quemse reúne toãos os ãias, áas seis datarde até a madrugada, para discutiros detalhes de uma coleção Ou simples-mente aprovar desenhos.

— O ambiente é sempre o mesmo:músicas suaves ao fundo, bons uís-ques.e bom champanha. Txido muitodemocrático. Porque não é segredopara ninguém que prefiro meus pró-prios desenhos e sou um bocado obs-tinado, mas quando estou em minoriaesmagadora acabo desistindo ãe umaidéia.

Féraud não acreâita na criaçãoexplosiva. Suas coleções nascem dês-

se trabalho paciente de toão o dia, quevai esboçando aos poucos a nova li-nha e geralmente é concluído 40 diasantes dos granáes âes files. Para êle,fazer moâa é um .negócio muito sério,assim como escrever um livro: "sóestá tuáo cem por cento quando a gen-te começa a ser levado por ela, comoum escritor passa a obedecer incons-cientemente aos personagens à niedi-da que a história avança."

E não há âúviâa de que as cria-ções do francês o estão levando longe.Às boutiques ão mundo inteiro — seu 'único desejo é vender idéias —agoramesmo à XI Fenit e depois até a Rús-sia, o Japão e a Austrália. O que fazcom que-êle comece a colocar sua eti-quêta em algo mais do que roupas;dois perfumes assinados por Féraudserão lançados em breve (dentro dedois meses aqui no Rio): Corrida, sópara homens, e Justine, "que se adap-ta demais à mulher brasileira."

— Por quê? Bem, porque é tão,tão...

A palavra certa lhe falta* Êle pis-ca os olhos maliciosos, sorrindo maisuma vez.-E a gente compreeiiãe.

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PAGINA 6 D ' JORNAL DO BRASIL D RIO DE JANEIRO D QUARTA-FEIRA, 14 DE AGOSTO DE 1968 D CADERNO ff

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PERGUNTE AO JOÃOr— _-,

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;;:tamandaré/MONUMENTO

Quando foi inaugurada o monumento a Tamandaré,ná Praia ãe Botafogo?'

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Foi a 13 cie setembro de 1936 que ali se realizou a¦» solenidade de lançamento da pedra fundamental do Mo-

, :__umento, Iniciativa da Marinha Brasileira ao seu patro-no. No local, entretanto, já existia, desde 1916, uma herma';do herói, que íoi substituída pelo Monumento definitivo a28 de dezembro de 1937, data da sua inauguração.

. *

A estátua, de 11 metros de altura, sendo três e meio; jde figura, em bronze, representando o Marquês de Tariian-

daré, é de autoria do escultor Hidelgardo Veloso, vitoriosona concorrência pública para a obra.

TEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO

SECRETARIA DE ESTADO DEEDUCAÇÃO E CULTURA

ÓPERA FRANCESAWERTHER, de Massenet

estréia dia 16, às 20h 45m

vesperal dia 18, às 16 horas

principais intérpretes:

ANDRÉ TURP - ROBERT SAVOIE -JOSEPHINE VEASEY - ANTEA CLAUDIA

DAMNATION DE FAUST de Berlioz

sexta-feira, dia 30, às 20h 45m

vesperal dia 1.° de setembro, às 16 horas

principais intérpretes: ,

SUZANNE SARROCA - ANDRÉ TURP -ERN EST BLANC

MANON, de Massenet (única recita)

sexta-feira, dia 6 de setembro, às 20h 45m

principais intérpretes:

DIVA PIERANTI - ANDRÉ TURP - ERNESTBLANC - FERNANDO TEIXEIRA

Orquestra, Coro e Corpo de Baile do Teatro MunicipalRegente : M.° JACQUES PERNOO

Régisseur: HENRI DOUBLIER

PREÇOS

Poltronas e Balcão Nobre - NCr$ 20,00;Balcão Simples - NCr$ 15,00;

Galeria - NCr$ 10,00

SEVERO OCHOA

l. brasileiro ou português ocientista Severo Ochoa, que ga-nhou n Prêmio Nobel de Medi-chia em 1959?

Nâo é brasileiro nem portu-gues. Severo Ochoa nasceu naEspanha, em Luarca, a 24 desetembro de 1905, notabilizai.-do-se mais tarde nos EstadosUnidos, apôs ter estudado emseu país, na- Alemanha c naInglaterra. Chegando aos Es-tados Unidos em 1940, SeveroOcboa tornou-se assistente deFarmacologia da Universidadede Saint-Louis e, depois, obti-nha projeção como bioquími-co e médico pesquisador noColégio de Medicina de No,vaIorque, até que, em 1959, foilaureado com o Prêmio Nobelde Medicina, juntamente comArthuy Kornberg.

JONGO

O jongo é unia dança tipi-camente negra?

Em suas origens folclóricas,no Brasil.-realmente, o jongo— que tem como data princi-pai o dia 13 de maio, quandose comemora a libertação dosescravos — era uma dança denegros. Porém, com o correrdo tempo, tornou-se mista, coma participação dc brancos ecaboclos. Atualmente, as cida-cies rio Vale do Paraíba?- em SãoPaulo, são as que mais conser-vam os conjuntos dc jongos,ciuc guardam em suas coreo-grafias, cantigas e modas, re- •miniscências rias casas gran-des, engenhos rie madeira e es-cravos. i

POTÊNCIAS NUCLEARES

Eu li numa revista que Por-tugal é a quarta potêncianuclear do mundo. Isso é ver-dade?

Não. Os primeiros países domundo, em energia nuclear, sãoos Estados Unidos e a UniãoSoviética, seguidos da França,Canadá, Alemanha Ocidental,Inglaterra, Suécia, Israel e ín-dia, cada um mais adiantadoem um campo particular, AChina está entre os 10 maisadiantados também, mas náosão conhecidos dados exatossobre scu desenvolvimentonuclear. Portugal não figuraentre os países atômicos.

NATAL

Como se sabe que Jesus Cris-to naseeu a 25 dc dezembro?

Pode-se dizer que a celebra-ção do Natal de Jesus Cristo a25 de dezembro.é apenas con-vencional. Isto é, não há ccr-teza sobre a data exata do nas-cimento de Cristo. Uma dascausas que podem explicar aescolha desta data pelos anti-gos é o fato de que o 25 dedezembro coincide com o diaem que eles celebravam as fes-tas do solsticio, assinalando aépoca do ano em que a luz dosol começa a prevalecer, pormais tempo, no Hemisfério Nor-te. sobre as trevas da noite.O Cristo foi chamado por San-to Agostinho O Nôvo Sol, e' ésaudado pelos cristãos como ALuz do Mundo. Em meados doséculo IV. o Papa Júlio I fixoua data para celebrar o nasci-mento do Salvador.

RADIOGRAFIAS

Ê verdade que Já foram fei-tas transmissões de radiogra-fias pelo telefone?

Sim. Um equipamento tele-foto da Clinica Waussau, noWisconsin, Estados Unidos,transmitiu pela primeira vez nomundo a imagem de uma ra-diografia para outro aparelhoreceptor colocado cm Chica-go, a uma distância de 400 qui-lômetros. Ao ser recebida emChicago, os cientistas conside-raráffi a imagem da radiogra-fia "tecnicamente comparávelao original".

TRANSPLANTES

Quando a Medicina entrouna era dos transplantes?

Em 1954. quando uma equi-pe dc cirurgiões de um hospi-

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tal dc Boston, nos EstadosUnidos, conseguiu transplantar,com êxito, para um paciento, orim de seu irmão gêmeo.

O primeiro transplante dccoraçáo realizou-se em 3 dedezembro do 1907, na Cidadedo Cabo, dando Início a tantosoutros que ocupam o noticiáriode todo o inundo. O cirurgiãoChristian Barnard, com sua' equipe do Hospital OrooteSchuur, implantou o coraçãoda jovem Denise Darvall nopeito de Louis Washkansky, de53 anos, que morreu 17 diasdepois da operação."FICAR A VER NAVIOS"

Qual a origem da frase po- -pular Picar a ver navios?

Essa expressão veio de Por-tugal; e seu primeiro registrofoi feito em 1901, no livro aGiria Portuguesa, de Alberto"Bessa. Em Lisboa, diz-se "Fi-cou a ver navios do alto deSanta Catarina", e Santa Cata-rina é uma elevação que domi-na o rio Tejo. Na música po-pular brasileira, essa expressãoé aplicada numa peça muitoconhecida: o samba Madalena,de Chico Buarque de Holanda.

Em Portugal, Aquilino Bl-beiro. Ferreira de Castro e ou-tos autores de renome usarama frase, cuja origem exata éignorada. "Picar a ver navios"é o mesmo oue sofrer uma de-^silusão.

GÁS COMBUSTÍVEL¦ i

Qual c o gás combustível \lmais consumido no Brasil?É o gás liqüefeito de petró-leo. Para uso doméstico, é ocombustível mais difundido.

Seu baixo preço por caloria ca facilidade clc transportá-lo— em bujôes — determinarama sua aceitação em alta esca-la.

E a produção nacional nãoé suficiente- para atender à de-manda, embora continue se•expandindo, o gás liqüefeito depetróleo é, cm parte, importa-do a um preço de cerca de 179cruzeiros novos a tonelada. Oproduto tem alto significadosócio-econômico: atinge as po-pulações do interior com faci-lidade e rapidez; o scu consu-mo diminui o riesflorestamen-to; c mantém uma indústriaque emprega considerável mão-de-obra em vários ponlos dopaís.

SALOIO

Numa padaria, encontrei umpão chamado saloio. Gostariadc saber o porquê desse nome.

Na certa, é um pão prepara-do à moda dos camponeses dosarredores de Lisboa, que sãochamados assim, distinguindo-se dos alfacinhas que vivemna capital. Saloio significatambém, ardiloso, manhoso ve-lhaco c finório.

A origem dessa palavra, co-mo tantas outras palavras por-tuguêsas, é árabe: E sua pro-núncia original é um pouco di-ficil porque tem tim agá ins-pirado no meio: sáhrói.

PIAÇABA

De qual espécie de vegetal éextraída a fibra de piaçaba,usada cm vassouras e escovas?

í: de uma palmeira, comumem algumas regiões do Brasile que também tem êste nome.fi o tecido existente na base desuas folhas, de 50 centímetrosa dois metros de comprimento,emprçgado em larga escala nafabricação de vassouras e es-covas. A fibra é também utili-zada na confecção de amarraspara embarcações, por flutuarfacilmente e ser resistente àágua salgada. Com a polpa dosfrutos da palmeira piaçaba osíndios da Venezuela fabrica-vam uni alimento conhecidocomo chiquechique."ABRACADABRA"

A palavra abracadabra temhistoricamente conotação má-'gica?

Abracadabra é palavra lati-na a que os antigos — e tal-vez muitos hoje em dia —atribuem propriedades mági-cas. Há registros dessa crençano século três de nossa era,quando o médico e poeta Serc-no Samônico indicava que, pa-ra se obterem efeitos, a palavradeveria ser escrita de modo aformar uma. pirâmide invertida.A tradição determina que hoje

_os mágicos e prestidigitadoresdevam pronunciar abracadabraantes de executar seus passese truques.

Essas perguntas foram feitaspor ouvintes da RADIO JOH-NAL DO BRASIL ao programaPergunte ao João. Os leitores<_ue desejarem alguma infor-mação sobre assunto de inte-rêsse geral devem mandar suacarta para a RADIO JORNALDO BRASIL, programa Per-gunte ao João, Avenida RioBranco, 110, 5.» andar, ZC 81.

j VAMOS AO TEATRO {«¦¦«¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦a*

GRUPO TONELEROS aprosonta ÚLTIMOS S DIAS

SIMONAL E SOM-3no show musical "HORÁRIO NOBRE"

Ho|e, is ilh30mR. Toneleros, 56 — Estacionamento próprio — Tol.: 37-3960

Ingressos tb. na Cata do Espectador, Av. Rio Branco, 179Tel.: 22-0367 — Perfeito equipamento de som do Oiininni

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Dia 16, às íl horas — 7.° concerto do II CICLO BACH DO RIO DEJANEIRO.

Informações: Tel.'22-6534

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Direção deLUÍS DE LIMA

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O PREÇOARTHUR MILLER

TEATRO COPACABANA - Res.: 57-1818 (R. Teatro)4.° MÊS DE SUCESSO ABSOLUTO!

Q UARENTAUILATES

Hoje, às 21 h 30m

TEATRO CASA GRANDE apresenta ENEIDA om

Ií. com: MARLENENUNO ROLANDBLACKOUT

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TEATRO MUNICIPAL14.? concerto de assinatura — 3.°-feira, dia 20, às 21h

O. S. B.Solista: GUIOMAR NOVAES

Regente: ELEAZAR DE CARVALHOIngressos à venda na bilheteria

TEATRO MUNICIPALDomingo, dia 18, às 10 horas .da manhã

OSB5.° Concerto "Juventude Escolar",

Regente: CLHEO GOULARTSolista: ROBERTO ESTRELA MALLET (violinista)Entrada franca

TEATRO DE BOLSO - Tel.: 27-3122 - Ar refrigeradoVolta ao cartai um dos maiores sucessos do taatro infantil

0 PEIXINHO DOURADOpeça para crianças de Aurimar Rocha, com Esther Ferreira, Wanda

Cristiskaya e Walter Soares. Cens. e figs.: Hélio EichbauerAMANHÃ, SESSÃO EXTRA, ÃS 16 HORAS

TEATRO DE BOLSO (27-3122) - Ar refrigeradoAurimar 'Rocha apresenta o sucesso infantil

A CASA DE CHOCOLATEcom Wanda Crltiskaya, Esther Ferroira, Walter Soares,

Luiz Carlos Valdez e Ruth SteffensAMANHÃ, SESSÃO EXTRA, ÀS 17H 1SMTHERESA AMAYO - CECIL THIRÉ

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Estréia dia 21 - às 2l'h 30mno TEATRO ClNÃSTICO - Tel.: 42-4521

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TUSP — Teatro dos Universitários de São PauloDevido aos compromissos universitários do Grupo, a

peça voltará a partir de hoje, às 21h 30m

OS FUZISde Brecht

TEATRO MIGUEL LEMOS - R. Miguel lemos, 5!- Tel.: 36-6343

TEATRO GLÁUCIO GILL - Tel.: 37-7003SOMENTE 3 SEMANAS

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Roteiro e direção de Flávio RangelUm superospotáculo do Municipal para Copacabana

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TEATRO MUNICIPALSecretaria de Educação e Cultura do Estado da GB

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5,°-feira, dia 22, às 17 horasDomingo, dia 25, às 10 horas

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TEATRO MUNICIPAL15.° concerto de assinatura — 3,°-feira, dia 27, às 21h

O. S. B.

Solista: PAUL BADURA-SK0DA(pianista)

Regente: ELEAZAR DE CARVALHOInformações na Av. Rio Branco, 135, s/918 a 920

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CADERN0 b ° JORNAL DO BRASIL ? RIO DE JANE.RO D QUARTA-FEIRA, 14 DE AGOSTO DE 1968 O PAGINA 7

O QUE HÁ PARA VERCinemaESTRÉIASLUV - ESSA CC-TSA, 0~ÃMOR(luv), de Clíve Dennor. Comédiabaseada na peça de Murray Schis-gal. Com Jack Lemmon, PeterFoi Ic, Elaine May, Nina Wayne,Eddle Maycboff. Panevision/East-marvcolor. São Luls: uh, 16h, 18h20h, 22h. Santa Alice: 15h, 17h'I9h, 21h. (14 anos).NÁUFRAGOS DA VIDA, de Ml'.'chael Gacoyanrvis. Drama. Sasea-do no romance de Frederlc Wakc.man. Com Van Hoflin, EHie Lam-bctti, Franco Fabrizi. Alvorada.(18 Anos).

 ANIVERSÁRIO (Th. Ann"h7e7s_:ry), de Roy Baker. Melodramac.-ÍM>in_l. Com Bette Oavis, JackHedíey, Sheila Hankok, ChristianRcberts. De Luxo Color. Palácio:Mh, lóh, IBh, 20Ti, 22h. (18

anos).A QUALQUER PREÇO (Ad

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Costo), ds Giuli.no Montaldo.Suspensa _ crime. Com EdwardG. Roblnson, Janet Leigh, RobertHoffmen, Adolfo Celi. Tecnicolor/Tconiscopc. Condor — Largo doMachado: 14h, lóh, I8h, 20h, 22h- (18 anos).ESPETÁCULO DE SANGUE (Ba7-)»rkl), de Jim 0'Connolly. Terror.

Com Jean Crawford. Ty Hardin,Diana Dors. Tecnicolor. Vitória eAitoca: 14h, lóh, I8h, 20h, 22h.(14 anos)..

ÕTTUPÊRESPIÕES (Spi. Splone),de Bruno Corbucci. Comédia 'doespionagem. Com Undo Buzzanca,Teresa Gimpora. Eastmancolor. —Coral, Brltânla, Rio.Palac». (10anos).

REAPRESENTAÇOESÃS AVENTURAS DE TOM JONES(Tom Jonos), de Tony Rkhardson.Excelente sátira det costumes, ba-soada no romance d* Fielding.Coni extraordinário elenco: àfrente, Albert Fionay, SusanrwhYork ,Hugh Griffith. Alasca: Uh30m, 17h, 19h30m, 22h. Eastman-ccilcr. (14 anos).Ò DIABO MORA NO SANGUE(Br.isilei.ro), de Cecil Thirc. Me-re-ce atenção- esta produção deJ:;âo Benno, assinalando a estréiado Thi.ro - ambos também noelenco. Uma história de incestona solidão paradisíaca do Ara-guaia, Cem Ana Maria Magaíhães,Hugo Brockes, Maria Pompeu, Di-norah Bríliianti. Beta fotografiaem ü;it:r,Af.co'!or_ Paiisandu e Tí-iuca-Palaco: 14h, lóh, 18h, 20h,22h. (18 esioe).

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2001: Urna Odisséia no Espaço, umfilme magistral de Stanley Kubrick

CONTINUAÇÕES3001: UMA ODISS.IA NO ESPXÇO (2001: A Sp»c. Odisiey), deStanley Kubrick. O vigoroso au-tor de O Dr. Fantástico ingressanâ era espadai. A mais embício-ia incursão já efetuada no domi-nio da ficção cientifica. Com KeirDutlea, Gary Lockwood, WilliamSylvester. Ciner_m_/Côres. Roxy:Uh, 16h30m, 19h, 21h30m. (10anos).

VIVER POR VIVER (VÍvro pourVivro), de Claude lelouch. Umrepórter de televisão lança natela imagens das iniqüidade* po-{ítrco-sooiais de nosso tempo en-quanto se desenrola, paralelamen-te, o mais banal dos casos deadultério. Lelouch. desta.vez, nãoconsegue disfarçar seu oportunis-mo. DeLuxe Color. Com AnnieGirardot, Yves Montand e C*ndi-ci Bergen. Vanaia: 14h, lóh 30m,19h, 2lh30m. (18 anos).CRISTO DE LAMA (A História daAlaiiadinho), de Wilson Silva. Avida cio escultor, em adaptaçãodo livro de João Felício dos San.tos. Eastmancolor. Com GeraldoDel fiey, Mari* Delia Costa, Re-rvsto Consorte, Aizita Nascimento,Angeírto Melo, Milton Vilar. FábioSabag, Valdir Maia. Capitólio, La-blon, Carioca: Uh, lóh IBh 20h,22h. (18 anos).

OS IMPIEDOSOS (Medigan), daDonald Sierjel. Policial: detectivetem três dias para prender umassassino psicopata. Com RichardWidmark, Henry Fonda, (ngerStevens, Harry Guardino. Em cõ-res. No Odaon: 14h, léh, 18h20h, 22h. (18 anos).

SEPULTURA NA ETERNIDADE (Fiv.Mlllion Yaars to Earlh), de RoyWard Baker. Ficção cientifica. ComJames Donald, Andrew Keir, Bar-bare 5hoIley, Juiien Glover, Dun-con Lamont. Tijuta: 14h, lóh, 18h,20h, 22h. (18 anos).DJANGO ATIRA PRIMEIRO (Djin.go Spara per Primo), de Albertode Martino. Western Italo-eapa-nhol. Tecnicolor. Com Glenn Sa-xent Ferna-ndo Sancho, EvelynStewart. Brunl-Flamango, Ricamar,Brun.lpanema, Marrocos, SantaRosa-Nílópolis, Santa Rosa-lgua-cu, Sâo João do Moritl, Esparanto-Patrópolii. (14 anos).

ÕS CORRUPTORES (Th71ãt7ÕT~F_lt of Sol Madríd), de Brian G.Hutton. David McCailunm (d o sfilmes de Napoleon Solo, promo-vido a herói), vai a Acapulco e á¦fronteira mexicano-americana psrnliquidar uma organização de tr.fi.cantes de entorpecentes. O filmeé violento, pra-frente, mas nãotem novidades. Panavision/Metro-color. Com David MoCalIun eSte!!a_ Stevens. Metro*Copacaba-na, Matro.Tijuca, Pathi, Pax, Pa-ralodo», Maui. 14h, lóh, 18h, 20he 22h. lagoa Drlva-ln: 20h 30m22h30m- (18 anos).IDÉIA FIXA (L'ld»a Fissa), dêGianni Puccini e Mino Guerrini,

Méis uma comedia Italiana, emquatro episódios, sobre emor esexo. Com Philippo leroy, LendoBuizanca, Sylv-a Koscma. Rlviara,São Francisco, Harmlda, (18 anos).CA5ANOVA 70 (Casanova 70lde Mario Monicelii. Nova come-dia do Italiano Mario Monicclli(Os Companheiros, O IncrívelExército Brancalaona), sóbre asaventuras de um oficiei daOTAN. Com Marcelo Mastroienni,Virna Lisi, Marisa Mell_ Moire Or-fel. Michèle Mercier,' Margarethtee, Enrico Ma^ia Salerno. NoArt-Palicio-Copacabana, S c a I a,Art-TIjuca, Ait-Madurairt. - (18anos).

' ISSE MUNDO E DOS ÍÕÜCÕ.(King of Haarts), de Philippe deBnoca. Comédia corn Alan Ba-tee,Pierre Brasseur, Jcan-Claude Bria-ly, Geneviève Buiold, MkhelinePresle, Adolfo Celi. Deluxe Co.lor. Paris.Palata: lóh, 18h, 20h,22h. (14 anos).BONNIE ANO CLYDE (Uma Raia-da da Balas), de Arthur PennQuinto longa metragem de ArthurPenn (Milagro da Anne Sullivan,Caçada Humana), considerado umdos mais Importantes diretores dojovem cinema americano. ComWaren Bealty, Faye __n_way, Es-tele Parsons (Oscar da Academiacomo melhor coad|uv_nte)_ Mi.chael J. Poll-rd. Copacabana eComodoro: 14h, lóh, IBh, 201),22h. Ç18 anos).Ò SAMURAI (la Samourai), deJean-Pierre Melville. A solidão domatador profissional. Com AlainDelon, François Perroer, NathalieDeíon, Cathy Rossier. Eestmanco-lor. Pina (desde lOIi da manhã),Condor-Copacabana, Olinda, Mas.cota: 14h. lóh, 18h, 20h, 22h.(18 anos).DON JUAN A SICILIANA (DonGiovanni in Sicilia), de AlbertoLattuada. Comédia razoavelmentedivertida sóbre um inve|ado ma-chão da Sicilia que sofre ern seusmelhores atributos na vida me-catviz.d. de Mflão. Com Eva Au-Un. Caruso, Rio, Ragância: !4ti,lóh, I8h, 20h, 22h. (18 anos).QUE DELICIA DE GUERRA, comPaul Ncwman e Nancy Kwan, Co-média. Rian: 13h 20m, 15h30m,17h40m, 19hS0m, 22h. (Livre).

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da Embaixada da França, em co-laboração com a Unifrance. Todosos filmes do programa em versãooriginal, sem legendes. Ingressossomente _ convidados.O PREÇO DE UM PRAZER (lovoWith a Propor Slrangar), dirigidopor Robert Mulligan c interpreta-do por Natalie Wood, Steve Mc-Queen e Edie Adams. Produçãoamericana de 1963, com legendasem português. Hoje, às 18h30m,no auditório da Cinemateca.

TeatroOS INCONFIDENTES - experiên-cia definida como toatro total,reunindo texto poético — música:Chico Buarque, Vila-Lôbos eGuerra Peixo; danças: coreogra-fia de Dalal Ashcar, slides, etc.Dir. de Flívio Rangel. Com Os-valdo Loureiro, Nara Leão, MariaTeresa Medina e outros. Gliu*cio Gil, Praça Cardeal Arcover-de (37-7003),- 21h30m; tíb., 20he 22h; vesp. 5a., 17h e dom.,IBh.

ISTE BANHEIRO I PEQUENO DE-MAIS PARA N6S DOIS - Dua.comédias (Revolução Intostlna •Homem da Todo o Mundo, Uni-vos) do excelente humorista e• cartunista Ziraldo. Dir. de leoJusi. Com Pauio Araújo, LeilsS6ntos. Milton Carneiro, LlliamFernandes, Sueli Franco, ArturCosta Filho u Míriam Calmem. —Santa Rose, Rua Vise, de Pirai*,22 (47-8641), 21hWm; séb., 20h30m e 22h 30m; vesp., quinta-faira, 17h e dom., IBh.QUARENTA QUIIATES - Come-dia da dupla Barillet « Grédy.Conto de fadai moderno, pro-curando provar que grandes dife-

rença» do idade nao impedemcasamentos felizes. Dir. de JoãoBelhencourt. Com Clelde láconis,Henríette Morineau, Jorge Dória,Cláudio Cavalcanti, Mário Brasi-ni, Helofsa Helena, Nádia Maria,Lúcia Alves, Delorges Caminha. -Copacabana, Av. Copacabana, 327(57-1818 r. Teatro); 21h30m; séb.,20h e 22h30m; vesp., 5o., léh adom., 17h.TRÁGICO ACIDENTE DESTRONOUTERESA - Drama de José Wllkerpremiado rto I Seminário de Dra-Inaturgin Carioca. Trajetória deuma rainha de beleza do anôni-mato para a glória e da glóriapara a morte. Dir. de Cléber San-tos. Com Renata Sorrah, CarlosVereza, Klauss Viana, Maria Gla-dis e outros. Jovem, Praia de Bo-tafogo, 522 (2Ó-25ÓY); 21h30rn;sáb., 20h e 22hl5m; vesp. 5a.I7h e dom., IBh.ARENA CONTRA TIRADENTES -A Inconfidência mineira e us teusparalelos nos dles de hoie. dra-matirados por Augusto Boal a Gi-enfrancesco Guarnieri a musica-dos por Caetano Veloso, GilbertoGil, Teo de Barroa • Sídnei Mil-

!i>r. Nova experiência no caminhodo Arana Conta Zumbi. Dlr. deÁlvaro Guimarães. Com José doFreitas, Antônio Patino, Tais Mu-niz Portlnho, Celso Marquas, Ma-ria Teresa Barroso e outros. Ca-rioca, Rua Sen. Vergueiro, 238(25-3237); 21h30m; vesp. 5«.17h e dom., 18h.Ò PREÇO - Drama de ArthurMillôr. Dois Irmãos reencontram-se, depois de longa separação, efazem o balanço do seu passadoe das suas respectivas opçõosexistenciais o éticas. Dlr. de lulsde Lima. Com Jardel Filho, leo-nardo Vilar, Maria Fernanda ePaulo Graclndo. Princesa Isabel:Av. Prlncosa Isabel, 1B6 (3Ó-3724):21h30m; sáb.; 20h a 22h 45m;vosp, 5a., 17h e dom., )8h.ÒS FUZIS,- Drama histórioco-po-lítico de Brecht, Inspirado neGuerra Civil Espanhola. A mag.nífica direção de Flávio Impériopsra o espetáculo do Toatro dot

Universitários do Sio Paulo, foiUniversitários de São Paulo, foiagora remontada com um elencode lovens «tôres carioca» e _|.guns renMnescervtej do elencoorr_lnal. Miguel latmos, Ruo Ml-guel Lemos, 51 (3Ó-Ó343), 21h30m;sáb,, 20h o 22h 15m; vosp. 5».o dom.. I8h.

REVISTASBONECAS EM RITMO DE AVEN-TURA Com Rogérla. Rival(22-2721). Dlàriamento ès 20h a22h),

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RádioO JORNAL DO BRASIL INFORMA

7h30m - 12h30m - 18h30m21h30m.

REPÓRTER JB - óh 30m - 8h 30m9h30m - 10K30m - Hh30m14h30m - 15h30m - lóh 30m

17h30m - 20h30m - 23h 30mOh 30m.

MOSICA TAMBÉM I NOTICIA -.lòh - Uh - 12h - 13h - 14h- 15h - 21h.

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MúsisicaBIDU SAIÃO - De Rossini a Dc-bussy - Museu T.atro Municipal,diariamente.

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(violino), Alexandre Jenrver (pia-rw). Sexta-feira, àa 21h, ns SalaCecília Mairoles.ORQUESTRA SINFÔNICA NÃCÜÍNAL - Regente: José Sorebrier.Solista: Ivo Moreinos (piano). Sá-bado, às lóh 30m, na Sala Ceei-

lia Meireles.

SERGUEI DORENSKY - pianistaDomingo, às ÍOh, na TV Globo.ORQUESTRA SINFÔNICA BRAST-LEIRA - Regente: Chleo Goulart.Domingo, às ÍOh, no Teatro Mu.níclpil.

TelevisãoSEU CORPO, SUA VIDA (6) às13h — conselhos de saúde.ft COLMÉIA (6) às 13h - daíaTnhos animados.CLOSt-UP (9) às _Õh_Õm - «u-cessoe musicais americano..

MESAS REDONDAS (9) às 22h30m - Gilson Am_do entrevistae debate.GENTE IMPORTANTE (2) às 23h"05m - às veies, algumas entre-vistas interess&níes.

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fTNTURA PÃRÃ CRIANÇAS -Centro de Estudos e Atividadespromove o curso ministrado pelaprofessora Sônia Meireles", às tér-çai e quintas-feiras, às 15h. -Rua Alberto Leite, 175.CONJUNTO DE FLAUTAS DOCES- Professor Rui Vanderlei. NoConservatório Brasileiro da Músi-«•, Av. Graça Aranha, 57, 12.0andar. As óas.-feiras, lóh 30m.CURSO DE PINTURA CLÁSSICAJAPONISA - pelo professor Rin|iFukumura. Outros cursos: arran-

ios florais, violão, bailado clássi-co japonês, pintura cm tecido ecouro e língua laponêsa. No Ins-tituto Cultural Brasil-Japão - Ave-nida Franklin Roosevelt, 39.CURSO DE ALTA INTERPRETAÇÃOPIANISTICA - No ConservatóriaBrasileiro d» Música, pelo pianistaJacques Klein.COMO CONTAR ESTÓRIAS

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FAYGA OSTROWER - Gravuraspara o Palácio dos Arcos. NoMuseu de Arte Moderna.

ARTE AFRICANA - Aspectos daCultura de Gana, artes e ofíciosganenses, no Museu de Arto Mo-derna: Aterro.

PAULO WALLERSTEIN - Pinturae desenho, Na Escada Galeria doArt». Av. General San Martin n.«I 219 - Leblon.

JOSÉ DE DOME - Pintura dosergipano José dc Dome na Ga-leria do Copacabana Palace (Av.Copacabana, 291 - 57-1818).

FERNANDO G. PEREIRA - óleos.Galeria GEAD (Rua Siqueira Cam-pos, 18-A). Apresentação de An-tônio Olinto.

AlBERY — Rotratos na Galarialoggia (Rua Barata Ribeiro n.°334).

ERNESTO BARREDA - Artista chi-leno, pintura - Galeria Bonino(Barata Ribeiro, 578).

EXPO RIO TALHAS - Talhas, dêJosé Guilherme Rios. Maia Pa-taça - (Praça General Osório)Visconde dc Pirajá, 47.

MANXA — Talhas. Na Galeria Do-mus. Ruo Anibal de Mendonça,e: _.

CECÍLIA MANUEL GISMONDI -Guadros, na Livraria Agir (Rua doMéxico, 9B-B).

HUGO RODRIGUEZ - Esculturas,apresentação d» Walmir Ayala -'oalcria do lemo Palaco Hotel -Av. Atlântica, 656 (Tel. 57-8080).SÜ.AN-t MAGALHÃES - Pintu"ra, apresentação do Clarice Lis-pector - Galeria Goeldi - Pru.dente de Morais, 129 (Tel47-9371).

VITALINO - Peça, de Vitalino eAcervo na Galaria Vitalino - SI-queira Campos, 143, sobreloia 88Shopping Conter.

DOIS ARTISTAS - Renato Bernuc"ci (escultura) e José Ernesto daSilveira (desenhos) na SociedadeBrasileira da Cultura Inglesa. Av.Graça Aranha, 327, 3.° and.

LÚCIO CARDOSO - Pintura o de-senho, do artista mineiro na Ga«Uri» Dieor - Run Toneleros, 356

Tel, 37-5917. MANUEL DOS SANTOS - Xüo-gravura, apresentação de Frederi-co de Morais, na Fátim», R. Do-mingos Ferreira, 221-B - Tel.86-7420.FOTOGRAFIA - No Museu d»Arle Mod.rnt exposição fotográ-fica 20 Anos de Israel - Aterro.ROBERTO MORVAN - GaleriaOCA - Pintura - apresentaçãode Jaeob Klintowltz . PascoalCarlos Magno - Jangadeiros, 14-C Tel. 27-2033.

PICASSO - Gravuras originais,rw Galeria Relevo, Av. Copaca-bana, 252. Tol. 37-1767, das lóh_,___•. Fechado aos domingos.

TAPEÇARIA ROMENA - TÕiíõçTria Romena Contemporânea —Museu de Arto Moderna - Ater-ro.COLETIVA - Pintores |aponê-e»na Galaria do Copacabana Palace:Wokab-yashl, Mabe, Fukushlme,Tomie Ohtako - Av. Copacabanan.° 291 (fone 57-1818).DAREI - Desenhos de Darei Va.lença Lins no Gabinet» do Arteom Botafogo (Rua Pinheiro Gui-marães, 71 - fone 46-1294). -FÍRENC KISS - Pintura rva Galo-rio Cloo, de 16 às 22h. Rua To-noleros, 191.

COLETIVA - Artista» populareado Interior do Brasil. Escultura»em barro, madeira ou couro. Ga»leria Corredor. Rua das Loranjoi-ras, 114 - 45-2665.GRAVURA POLONESA - Coleti.'va do gravura poionese contem-porànea no Museu do Art» Mo-dern» — Aterro.

CICERO DIAS - 20 óleo» da fa-to *tu-l d» Cícero Diaa, na P».til» Gal.ri. - Praça Generel Oió-rio, 53.

VICTORIO RODRIGUEZ - pintorespanhol, expãe nove feoe deseus trabalhos: Motivos do OuroPrôto. No. Galeria Cantu.

Um motivo de Ouro Preto, ãe Victorio Rodrigues

Parques e jardinsJARDIM BOTÂNICO - Fundadoem 1808 por D. João VI, possuic.rca de sete mil espécies de ve.getais, numa área de 550 COOmetros quadrados — Rua JardimBotânico, 920. (lei. 27-5806) -Horário: das 9 às 17h30m, dià-riamente. Entrada: NCrS 1.

PARQUE DA CIDADE - Um dosmais belos e pitorescos. Princi-pai atração: o Museu da Cidade.— Estrada Santa Marinha, Gá-vea - (27-3061), Horário dat 9ái I7h30m, diàri.mente.

QUINTA DA BOA VISTA - An-tiga chácara pertencente aos Im-peradores D. Pedro I e D. PedroII. Entrada por São Cristóvão.

FARQUE LAJE - Rua Jardim Bo-tànico, a 200 metros da entradado Túnel Rebouças. Horário: 9 is17h. Entrada franca.

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¦ Sh. Fechado às segundas-feiras.

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ti.gucses — acervo, destacando-seaquarelas dc Debret. Estrada doAçude, 764 — Alto da Boa Vista.Aberto de torça a sábado, dasUh às 1 Sh e no3 domingos dasllh às [Sh.MUSEU DO BANCO DO BRASIL— Avenida Presidente Vargas,328 (esquina de Río Branco),13a. exposição temporária, come-morativa do 5.® centenário denascimento do Descobridor doBrasil, apresentando, além do ex-pressivo documentário sobre Ca-bra-l » 3ue época, moedascircu!ar\te3 nos reinados de D.João II, D. Manuel I, D. JoãoII o D. Sebastião. Entrada fran-ca, de segunda a aeista-feira, do9li?0m ás 17 horas. Para visitasde grupos de colegiais combinírpelo telefone 43-5372.MUSEU NACIONAL DE BELAS-ARTES — Acervo de obras necirj-nais e estrangeiras. Do períodocolonial aos nossos dias. Sala Vis-conti, <_ Prinuira Missa, de VitorMeireles, Taunay, Bemardelll. Pin-tura, escultura, desenho • artesgráficas, mobiliário e objetos dearte em geral. Galeria* perma-nontes: estrangeiras e brasileiras.Galeria de exposições têmpora-rias. - Av. Rio Branco n.° 199.Hor.: de terça a sexta das 12 às21 horas; sábados e domingos,das 15 às 18 horas. Fechado issegjndas-feiras.

BibliotecasBIBLIOTECA DO TRIBUNAL DEJUSTIÇA - Especializada cm Di-reito. Rua Dom Manuel, 29, 3.°(31-1068). Diariamente, de segun*da a sexta-feira, das 9h às I7h30h. Franqueada ao público.BIBLIOTECA CASTRO ALVES -Avenida Treze de Maio, 23-D —Tel. 52-98.5. Horário 9 às 22h.— Fechada aos sábados.BIBLIOTECA NACIONAL - Ave-nida Rio Branco n. 219 (22-0821)Horário: 10 às 22 horas. Para oaalão de leitura, exige-se cartãode consulta. Informações na por«taria.

BIBLIOTECA POPULAR DE BOTA-FOGO - Rua Farani n.° 3-fl' -(26-2445) _ Horário: 8h30m ài21 horas. Fe:hado aos sábados.BIBLIOTECA ESTADUAL - Aveni-da Presidente Vargas, 1621 (tel.

43-0333). Horário: 8 às 20 hora».Fechada aos sábados.

BIBLIOTECA DO CLUBE DOS DE-CORADORES - Sobre ert» emoe'»l. Av. N. Sra. de Copacaba-na, 1 108, sala l. Aberto diária-monte no horário de Mh às 18h.

BIBLIOTECA POPULAR DO RIOCOMPRIDO - Rua Haddock lobon.o 163 - Telefone 28-5178. _Horário: 12 às 21 horas, Fechadoaos sábados.

BÍBLIOTECA POPULAR 0E COPA-CABANA — Avenida Ccpaceb.-na n.° 702, 3." andar. Telefono37.8607 - Aberta atá às 20 ho-rafl.

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O que há para ver no mundoLONDRES

EXPOSIÇÕESHENRY MOORE - uma exposi-ção retrospectiva da obra de Hen-ry Moore foi inaugurada ru Tal»Gillery, paro comemorar o 70°aniversário do ertista. Organiza-de pelo Conselho Britânico deArte, a mostra apresenta 143 pe-oas e 72 desenho», no que cona-fltui, longe, o melhor coleção re-trospectiva de Moore reunida «téhoje. Dois bronzes concluídos ês-to ano estão sendo exibidos pelaprimeira vei, e muitas e impor-tantos peças da década de 1930foram tomadas emprestadas a co-loções particulares e públicas dosEstados Unidos, Canadá, Itália eIsraeí.

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CABARET - com Jill Haworth,Jack Gilford. No Imparial. __..seado cm I Am « Camaro.FIDDLER ON THE ROOF - ummusica, que lem como tema nbi&tóríe de um p»i judeu rw Rús-sia com o probterra de cas*r mvi-tas frlhao. Ho Majastic.THE HAPPY TIME - comRobert Goulet e David Wayr».Musical baseado no fivro do met-mo título que conta a adolescên-c>a de um rapai na Broadway.ROSENCRANTZ AND GUILOENS.TERN ARE DEAD - com BrianMurray e John Wood. Um drra-ma de 0'Nerll sobre o destinod ô s te i dois personagens emHamlal.THE PRIME OF MISS JEAN BRO-DIE - com Zoe C_kJv._!l. NoH ayei, Uma coméd ra sobre osefeitos da personalidade de irm.excêntrica profosseva escocesasobre os teus alunos.

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Divulgamos hoje, na íntegra,o depoimento de Mota e Silva,marido da pintora Djanira, a res-peito da série de falsificações quese vêm verificando de quadrosda famosa pintora, e que envol-vem, pelo visto, uma verdadeiraorganização de falsários. Pelaprimeira vez, e graças à atitudecorajosa de Djanira, o caso dasfalsificações, que envolvem altassomas, toma o rumo justo, o deum processo policial. A arte bra-sileira, a integridade moral e f(-sica dos artistas, a dignidade docomprador têm sido aviltadaspelo comportamento de indivi-duos desonestos e primários queaté agora manejaram a falsifica-çào como uma curiosidade ouhobby, e não como uma ilegalapropriação da autenticidade cri-ativa, o que em palavras simplescorresponde a um roubo dos maisabjetos. Daí a importância dêstedepoimento que endereçamos aquem fôr devido e à atenção doleitor, que terá nas mãos umdocumenio grave e corajoso paraa defesa do nosso patrimônio cul-tural.

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Djanira: há dois anos a primeira contestação

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DAS

FALSIFICAÇÕES

DA OBRA

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Sm ??o???e de Djanira, a falsificação do Curral

"Há dias tivemos a surpresa —começa Mota e Silva — de receber emnossa casa a visita do Sr. Darci Fer-reira Dias, a mando de determinadoalmirante, exigindo que prestássemosdeclarações a respeito de falsificaçõesde quadros de Djanira, assunto esseque envolvia nomes de pessoas de suafamília, da família do almirante, ouseja, a família Bruno Lobo. Botamoso moço de recados porta afora, ape-sar dos titulos que apresentou — te-soureiro da Divisão de Portos e Cos-tas e agente especial. Depois pensa-mos bem e chegamos à conclusão deque o almirante merecia esclarecimen-tos, mas decidimos fazê-lo aqui, pú-blicamente, já que estes esclarecimen-tos afetam diretamente a integridadedo artista e da obra de arte."

• PRIMÓRDIOS

"Assim começou a coisa: há maisou menos dois anos descobrimos osprimeiros quadros falsos de Djaniraem poder do advogado Edison BatistaAndrade, Av. Ipiranga, 795, 13.° an-dar. São Paulo, também colecionadore vendedor de quadros. Para grandesurpresa nossa, verificamos que estesenhor tinha uma coleção fabulosa,quatro Djaniras, oito Pancettis, oitoa dez Guignards, cinco Di Cavalcântise alguns Portinaris. Os quatro Dja-niras eram falsos. Perguntamos comotinha adquirido e êle nos informouque havia comprado todos os quadrosde sua coleção diretamente de um Sr.Guilherme Bruno Lobo dos Santos.Pedimos que nos apresentasse a estapessoa, coisa que êle ficou de provi-denciar logo. O mesmo Sr. Edison Ba-tista Andrade havia vendido à Sra.Alcântara Machado um falso Djanira,por intermédio de duas galerias pau-listas. Descobrimos em seguida que oSr. José Júlio Azevedo Sá, dono daloja A Sensação, em São Paulo, pos-suía também um Djanira falso. Per-guntamos de quem havia adquirido.A resposta: das mãos do. Sr. Guilher-me Bruno Lobo dos Santos. Apareceuoutro quadro, na mesma ocasião, tam-bém falso, de propriedade de LuisaMarques da Costa, uma Santa comAnjos. A fonte de aquisição era a mes-ma dos anteriores, o Sr. GuilhermeBruno Lobo dos Santos. Solicitamospor todos os meios que êste senhor- seapresentasse a nós, informando deonde vinham os quadros falsos. O queia acontecendo era de estarrecer: àmedida que os quadros iam sendo de-nunciados como falsos, os coleciona-dores paulistas começaram a ser re-embolsados do dinheiro que haviampago pelos mesmos, e os quadros eramdevolvidos juntamente com os recibose assim desapareciam. Guilherme Bru-no Lobo pagou em poucos dias maisde 20 milhões de cruzeiros antigos aoscompradores logrados. Algumas con-tas dos recibos vimos na polícia deSão Paulo."

PRISÃO E PRIMEIRODEPOIMENTO

"Djanira procurou então seu ami-go e conterrâneo, o Deputado IsraelDias Novais, que íoi falar com o Se-cretário Estadual de Segurança Pú-blica, General Fragoso, para que to-masse providências. As providênciasforam tomadas e o Sr. Guilherme Bru-no Lobo dos Santos foi preso e pres-tou depoimento, do qual achamosoportuno transcrever uma parte: "Que

sua cunhada. D. Maria de LourdesBruno Lobo, é proprietária de umaloja de antigüidades, sita à Rua Soro-caba, 527, Rio de Janeiro; que adqui-riu na cidade do Rio de Janeiro, nagaleria de arte D. João VI, sita à RuaVisconde de Pirajá, 318, sobreloja 211,de uma senhora de nome Maria Na-tividade Soares Maia, residente à RuaDeputado Andrade Figueira, 705. Olin-da. Estado do Rio de Janeiro, diversosquadros, todos a óleo, isto nos mesesde janeiro, fevereiro, abril, maio e ju-nho de 1965, e que dentre esses qua-dros seis eram atribuídos a DjaniraMota c Silva, pintora de fama; queera amigo do pintor José Barbosa queo havia apresentado a Damiani..." etc.Damiani, é preciso explicar, foi quemintroduziu Guilherme Bruno Lobo dosSantos em São Paulo, no meio dos co-lecionadores. Note bem, almirante, queêste documento fala de diversos qua-dros, não só os de Djanira."

OUTRA PROVANA "MANCHETE"

"Em São Paulo ainda, folheandouma revista Manchete, vimos uma fo-tografia de um quadro de Djanira,idêntico ao de Valdemar Camargo Or-tiz, que era falso, e de Luisa Marquesda Costa, também falso. O tema erao de Santana com Anjos, e êste qua-dro estampado na revista também erafalso. Djanira havia pintado comaquele tema, que se prestou a tantascópias, um pequeno guache que ser-viu de modelo para uma serigrafia deMário de la Parra e que circulou far-tamente divulgado pelas mãos de todoo mundo. As mesmas figuras foram re-produzidas num quadro a óleo porDjanira, a pedido do Sr. Pedro Perei-ra Filho, que o adquiriu. Aliás, êstequadro está reproduzido na Enciclo-pedia Barsa. Voltando ao assunto, arevista era uma Manchete de 7 demaio de 1966 h.° 733. Às páginas 44,45, 46, apareciam fotos feitas por Ni-colau Drey, ilustrando texto de IbraimSued, sóbre as mais belas residênciasdo Rio. A residência em questão, comjustiça retratada por sua categoria epelo prestígio de seu proprietário, erado Dr. Ivo Pitangui. De São Paulo fa-Íamos por telefone com D. Marilu Pi-tangui e ela nos informou que com-prara o quadro de D. Garrincha, comoé chamada a Sra. Maria de LourdesBruno Lobo. cunhada do Sr. Guilher-me Bruno Lobo dos Santos."

CAÇA AO FANTASMA

"Já aqui no Rio, resolvemos pro-curar então a legendária Sra. MariaNatividade Soares Maia, em Olinda,conforme o depoimento do Sr. Guilher-me Bruno Lobo dos Santos. A casaexistia, era muito precária, de chãobatido, de tijolos sem revestimento, eninguém nos arredores tinha ouvidofalar desta senhora. Fomos procurarentão o irmão de Guilherme BrunoLobo dos Santos, o Sr. João BrunoLobo, marido de D. Garrincha. Èle nosrecebeu sem surpresa e disse friamen-te que o Sr. Guilherme Bruno Lobodos Santos não era seu irmão, era umbastardo sem juízo, e que D. MariaNatividade Soares Maia nunca tinhaexistido, e o pintor José Barbosa eraum ignorante incapaz de falsificar."

• AMEAÇA DE MORTE

"Fomos procurar então o Sr.Francisco Bruno Lobo, irmão de João

e de Guilherme. Recebeu-nos tambémsem surpresa nenhuma, como se já es-tivesse ciente de tudo, e me aconse-lhou que deixassem falsificar Djanirae a não tocar neste assunto pois jádera em morte. Quero num parente-sis dizer que eu estava acompanhadonestas visitas, tenho pois testemunha.O Sr. Francisco contou que um rapaz,freqüentador dos inferninhos de Co-pacabana, onde alardeava sua habili-dade de falsificador de Guignard, querendeu centenas de milhões em pou-co tempo, fora morto, e que não con-vinha mexer com êste assunto. Fala-mos sobre outras coisas e o Sr. Fran-cisco retornou sempre à tecla do pe-rigo que isto representava, num evi-dente plano de atemorização. Disseainda o nome da pessoa que' mandaramatar o tal rapaz, apesar de seu casoter sido ai-quivado como suicídio."

NOVAS ANDANÇAS

"Em casa do Sr. Ivo Pitanguiconstatamos a falsidade do quadrodenunciado pelo acaso de uma regro-dução em revista. Ainda mais, o Sr.Pitangui afirmou ter adquirido o qua-dro das mãos de João Bruno Lobo,que, por sua vez, tinha afirmado pou-co antes jamais ter passado por suacasa um quadro de Djanira. O reciboestava com a secretária dos Pitanguie nos contaram, ainda, que uns rapa-zes tinham batido à sua porta na ten-tativa de vender uns quadros de Pan-cetti. Pela forma como a venda eraproposta, e pela suspeição de inauten-ticidade da-s telas, eles se desinteressa-ram. Por uma incrível coincidência,D. Marilu teve a surpresa de ver osmesmos quadros sendo negociados,quatro dias depois, na loja da Rua So-rocaba, pelo Sr. Geraldo Andrada, só-cio de D. Maria de Lourdes BrunoLobo. Diante disso tudo, procuramosnosso amigo Adonias Filho para pediruma orientação e providências. Ado-nias nos encaminhou ao General Gol-beri, que, por telefone, com uma gen-tileza e interesse que não esquecere-mos, nos encaminhou ao Departamen-to de Segurança Pública. Dias depoisprestamos depoimento para a PolíciaFederal de tudo o que estava aconte-cendo. Se o almirante que agora nosprocura para novos esclarecimentosestiver mesmo interessado em eluci-dar o caso, duas coisas deve fazer desaída: 1) revisar o processo da mortedo rapaz falsificador de quadros, parasossegar o Sr.'Francisco Bruno Lobo,que diz que o rapaz foi assassinado;2.) tornar público o depoimento pornós prestado à Polícia Federal. O

"Sr.Guilherme Bruno Lobo dos Santo-;ofereceu a Valdemar Ortiz, que disseter recusado a proposta, 15, milhões,para que a Polícia não pusesse as mãosno quadro falso que lhe vendera. OSr. Ortiz também adquiriu de Gui-lherme telas de Pancetti e Guignard."

APARECEM ASVAQUINHAS

"No ano passado, quando Djani-ra estava organizando exposição noMuseu de Arte Moderna, vendeu umquadro com tema da Sagrada Familiaem Parati, para a Sra. Lúcio SousaCoelho. Esta senhora informou ter ou-tro quadro de Djanira. Era um qua-dro de paisagem com vaquinhas. Fal-so. De quem fora comprado? De D.Garrincha, por três milhões. No mes-mo momento, em presença da Sra.Sousa Coelho, telefonamos para o co-

[

ronel Leitão, que nos informou nãoestar mais na Polícia Federal, não po-dendo portanto fazer nada. Contamosa descoberta de mais um quadro fal-so e êle nos mandou falar com o Sr.Rogério, do Departamento de PolíciaFederal. Informamos ao Departamen-to a existência da falsificação, e a co-locamos à disposição da Polícia."

O LEILÃO DA DENÚNCIA

"No dia 8 de julho próximo pas-sado soubemos que havia um quadrointitulado Curral, atribuído a Djani-ra, e que seria leiloado por Ernanidentro da coleção Mendes Viana. Dja-nira foi lá, à tarde, e constatou quese tratava de uma falsificação. Se re-velasse na hora, o quadro teria desa-parecido e tudo ficava na mesma.Aconselhada por amigos sensatos,Djanira esperou a hora do leilão paradenunciar de viva voz, com imprensae colecionadores presentes, a novafraude circulante. O leiloeiro Ernaniquis defender-se, falou em nos proces-sar, quis provar que o quadro era ver-dadeiro. Revelou que o quadro lhe foraentregue por Paulo Ruas Rodrigues,que o comprara de Lourenço SousaGomes, èste pertencente, se não nosenganamos, à honrada corporação dosleiloeiros. Nesta compra, Paulo Rodri-gues foi o felizardo, pois recebera deLourenço Sousa Gomes nada menosque um Pancetti de bonificação pelacompra. Esse Pancetti já foi apreéri-dido pela Polícia?"

"Sousa Gomes escreve uma car-ta ao leiloeiro Ernani, dizendo que:"No dia 3 de julho dêste ano, premidopor necessidades financeiras, vendi aoSr. Paulo Rodrigues dois quadros pin-tados a óleo da dita pintora, certo deque os quadros que estava vendendoeram absolutamente autênticos e ori-ginais, jamais passando pela minhamente que tais quadros, que já esta-vam há bastante tempo em meu po-der, sejam falsos. Vendi os quadros aoreferido senhor, certo da autenticida-de dos referidos quadros. Fui, agora,surpreendido com a notícia de que osmesmos haviam sido denunciados porD. Djanira como falsos, isto é, um dê-les, o Curral. Informo a V. Sa. que osadquiri como obras autênticas, no dia17 de janeiro de 1967, da Sra. MariaNatividade Soares Maia, residente àRua Ipadu, 173, Jacarepaguá, confor-me recibo anexo, em cópia fotostáti-ca, estando o recibo original ao dispordas autoridades, caso tal se faça ne-cessário." Como se vê, trata-se de doisquadros. O segundo, do qual já toma-mos conhecimento, é também falso ejá se encontra em poder da Polícia.

O recibo de D. Maria NatividadeSoares Maia, com firma reconhecidano cartório Balbino, diz: "Recebi dosenhor Lourenço Gomes a importan-cia de CrS 180 000,00 (cento e oitentamil cruzeiros) e um relógio de ouropara senhora, como pagamento dedois quadros a óleo de minha proprie-'dade, sendo um representando um

pasto com bois e outro uma meninapulando corda, com assinatura da pin-tora Djanira. Rio de Janeiro, 17 de ja-neiro de 1967."

9 ONDE ESTÁ NATIVIDADE?

"Com isto nas mãos, o leiloeiroErnani nos convida para visitar estasenhora em Jacarepaguá. O resulta-do desta visita é uma declaração doSr. Licínio B. Amaral, que diz: "De-claro que resido nesta rua, ou seja, àRua Ipadu n." 173, há 20 anos, e nãoconheço nenhuma senhora por nomede Maria Natividade Soares Maia, quetenha residido neste mesmo endereçoou nestas vizinhanças. Esta declara-ção é feita de livre e espontânea von-tade, podendo os seus portadores, queme visitam, isto é, os Srs. Horácio Er-nâni Thompson Melo e Amil Alves, :'a-zerem dela o uso que lhes convier."

• CONCLUINDO

O OS TEXTOS TURVOS_— ;¦-,:¦¦ '

"Sr. almirante, o que importa naverdade, a respeito dêste quadro empoder do Sr. Ernani, é que êle o rece-beu de Paulo Ruas Rodrigues, que re-cebeu de Lourenço Sousa Gomes, queo recebeu de Maria Natividade SoaresMaia, sendo esta mesma senhora a ci-tada como fonte por seu parente Gui-lherme Bruno Lobo dos Santos. Curió-so também é o fato de que José Bar-bosa, que apresentou Guilherme a Da-miani, em São Paulo, seja o mesmoque apresentou Lourenço Sousa Go-mes a Paulo Ruas Rodrigues. Estra-nho também que tantas telas falsastenham uma mesma origem. Achamosque é muita coincidência. Achamosmesmo que é uma reincidência sóbreas coincidências. Esperamos que o Sr.possa esclarecer tudo isto. E no casodo Sr. João Bruno Lobo, tendo em vis-ta a declaração recusando a existên-cia em sua casa de qualquer quadropintado por Djanira, podemos obser-var que quem lida com muitas coisas,como êle, acaba-se esquecendo do quejá teve em mãos. Sendo assim, comoé que D, Garrincha, sua mulher, ven-deu quadro falso de Djanira para aSra. Lúcio Sousa Coelho? Como é quetinha vários quadros de Djanira emsua loja? Como êle, Sr. João BrunoLobo, passou quadro falso de Djanirapara Ivo Pitangui?

São estas as declarações que que-ríamos prestar de público, não emparticular, quebrando êste silêncio in-compreensível em torno de um proces-so de falsificações, que campeia livrepelo país, num absoluto desprezo pelaautenticidade da obra de arte, desres-peitando o público e o artista. Do corn-portamento dos responsáveis pelo as-sunto depende a decência da nossaprofissão, e consequentemente da nos-sa vida. É necessário encontrar e cas-tigar os marginais forjadores de tan-tas contrafações em torno de pinto-res brasileiros. Da apuração destesatos delituosos depende o destino hon-rado do acervo cultural da nossa pá-tria.

Rio de Janeiro, agosto de 1968 —Djanira e Mota e Silva."

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JORNAL DO BRASIL D RIO DE JANEIRO D QUARTA-FEIRA, 14 DE AGOSTO DE 1968

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Segurançaainda éalvo deestudos

Testes são feitos, diariamente, visando aumentar os índices ãe segurança PÁGINA 3

tai mli e Mtalder vencemprova em Porto Alegre

Página 4

O acidente com o carro ãe Breno Fornari, que bateu num muro,facilitou ainda mais a vitória, de Landi e Balder com o BMW n.° 12

Uma soluçãoproblema da

para ogaragem

Página 4

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Turismo vai ao Congresso EucarísticoTodas as informações necessárias para quem vai participar do XXXIX Congresso

Eucarístico, em Bogotá, estão reunidas hoje nas páginas de turismo que revelam, porexemplo, os lugares mais interessantes para visitar, como a Catedral do Sal (fotp), os pre-

ços dos hotéis e os melhores restaurantes da capital colombiana. Outra reportagem ensi-

na como conhecer Nova Iorque, sem gastar dinheiro, relacionando uma série

de espetáculos ao ar livre, còm entrada franca, previstos para os próximos meses, -—

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2 ~ Cid. de Automóveis - Jornal rio Croill, 4.°.5olra, 14-8-68

TRANSITO Celso Franco

Sua excelência o sinal luminosoWJWM

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Visão dos smais com anteparo. Nova sinalização ãa Guanabara,de acoráo com a mais moderna técnica.de comunicação visual

SINAIS MESTRES

COLOCAÇÃO PARAEFEITO VISUAL

REPETIDOR

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I A IPadronização de sinalização luminosa utilizada na Alemanha — Rua ãe mão dupla com quatrofaixas de rolamento. 0 sinal da direita, na altura ãe 2,10m, é o mestre, tendo, os repetidores, uma 4,50?n, e outro, à esquerda, evitando qualquer possibilidade de não serem vistos pelo motorista

O Código Nacional de Trânsito, no seu Art.89, item IV, diz textualmente:"É proibido a todo o condutor cle veículo de-sobedecer ao sinal fechado ou parada obrigatória,prosseguindo na marcha." Penalidade: Multa dogrupo 2 (de 20 a 50 por cento do valor cio saláriomínimo da região).

Além do rigor desta punição, ainda dedica oseu capítulo V inteiro, aos stíidis de trânsito, emque estabelece uma série de considerações e restei-ções, todas visando dar segurança ao motorista emaior visibilidade ao sinal.

Por sua vez, no escoamento das correntes detráfego, os sinais representem um papel importan-tíssimo na regulagem da velocidade dêste fluxo,disciplinam e permitem a existência de cruzamen-tos sem acidentes. A importância dêste mecanis-mo, comandado por um sistema elétrico de velo-joaria, com seus ciclos de tempo lixos ou variáveis;se outros motivos não existissem para lhes dai- aidéia do valor enorme que possuem na vida de umacomunidade, bastaria medi-la pelos pedidos a seurespeito. Os pedestres pedem para colocar; cs mo-toristas, quando se trata.de cruzamento com pe-destres apenas, pedem para apagar; os deputadosos pedem por indicação, atendendo a solicitaçãode seus eleitores; os moradores o pedem por abaixo-assinado, e assim por diante.

Não se tivesse a íôrça de resistir à enormetensão emocional e, às vezes, promocional da co-locação de um sinal luminoso, e êste Estado esta- .ria intransitável de sinais. Seria um sinal em cadaesquina, com. placa indicativa de seu patrocinador.

A bíblia do trânsito, o livro Traffic Engenee-ríng Hanâbooh, dedica um capítulo inteiro aocálculo para colocação de sinal em determinadoponto. Temos seguido religiosamente o que deter-mina a técnica, tendo esta por critério, única con-dição de poder explicai- e justificar de maneiracorreta aos amigos e autoridades que nos soli-citam instalação de sinal. Justiça seja feita, aossenhores deputados que, por força da condição es-pecial do Estado da Guanabara,'em que devem àsvezes proceder à defesa dos interesses cle seus elei-tores da região que os apoia, sâo sempre os mensa-,geiros das solicitações de instalação de sinal. Sem-pre, sem exceção, suas excelências se conformamcom a solução do DTR, baseada no laudo técnico,se pela instalação ou não. Se assün não fosse,não seria possível, ao diretor de trânsito, disci-plinar e, ao mesmo tempo, manter iun escoamentode tráfego razoável.

Diversas vezes, também, as deficiências de re-cursos, de meios e de instalações locais não per-mitem à autoridade de trânsito atender com pres-teza desejável aos reclamos do deputado, interpre-te dos desejos de uma localidade, ou da comissãodos comerciantes locais, nos casos em que de fatoo sinal se faz necessário. Êste aspecto é verdadei-ro, quando olhamos para a situação dos nossos su-búrbios. Imagino, por extensão, como não deveráser nos demais Estados do Brasil, em que a fun-ção de trânsito é, às vezes, confundida com a fun-ção política. Neste aspecto, a nossa Guanabaraestá em situação privilegiada, graças à nova men-talidade que já está surgindo, de que trânsito éfunção técnica.

Por experiência própria, tive a oportunidadede sente a força do sinal luminoso, quando aoatender a instalação de um deles, na Avenida Ma-rechal Bittencourt, no nosso subúrbio, fui alvo cletocante homenagem de uma escola estadual.

Por todos estes motivas, a sua importância, oseu papel no esquema de segurança, a pesada pu-

nição de sua violação, nos dão o dever de lhes daruni destaque especial, quanto à visibilidade. NoBrasil inteiro, não existe sequer uma determina-ção escrita, técnica, que oriente a colocação do si-nal luminoso, de forma, a criar no motorista o re-flexo condicionado. Vemos sinais de tudo que éforma, cór e em tudo que é posição. Alguns exis-tem que o motorista precisa cle um sexto sentido,para adivinhar onde está o mesmo colocado. Seconsiderarmos a importância do conhecimento dalocalização do sinal e a indicação do tempo queestará aberto ou fechado, na velocidade de escoa-mento dos veículos, ficaremos ainda mais pasmos,com esta autêntica balbúrdia de sinais por todo oBrasil.

Lembro-me de que, pouco depois de assumiras funções de diretor de trânsito, escrevi a umaamigo na Alemanha, solicitando dele dados e ca-tálogos sôbre um sinal que indicava o tempo emque o verde ou o vermelho estavam em ação, queeu vira em 1960. Recebi dele a seguinte resposta.'"Este sinal, não se usa na Alemanha há muitotempo. Por falar nisso, quando você volta aquipara se atualizar?". Voltei há pouco e vi que a mi-nha solicitação era absurda, tal a simplicidade ea genialidade do atual sistema de aviso ao moto-rista e ao pedestre-, - de que o sinal luminoso vaimudar.

Aqui, infelizmente, é das coisas mais difíceisa interpretação do avanço de sinal, proposital ounão. Muitas vezes devemos fazê-lo para nãoestancarmos em pleno cruzamento. Outras vezes,porque o companheiro que vem atrás pode colidirconosco. E, sempre existe um guarda para nosanotar ou interpelar, sem às vezes sentir o pro-blema N Costumo responder, àqueles que que meprocuram queixando-se cle multa injusta poravanço de sinal, com uma observação de homemde esporte, que me orgulho de ser:

"A interpretação do guarda, quanto ao dolo,no avanço de sinal, é tão difícil como a do juizde futebol na interpretação da lei da vantagem ouda posição de impedimento."

Difícil de julgar, difícil de contentar, dependemuito do sentimento, e até da sorte. Na Guana-bara, na administração do meu saudoso amigo Fon-tenele, na melhor das intenções, acabou-se com osinal de atenção, o amarelo. De fato, como êle fim-cionava, provocava um sem-número de acidentes,e o atual sistema, de acenderem juntos, antes demudar o verde para o vermelho é vice-versa, deve-ria ser melhor. O imprevidente motorista carioca,no entanto, féz as coisas piorarem, e sabem porquê? Eu explico. Se o motorista encontra o sinalfechado, impacientemente, com raiva até, nãoolha para o seu sinal e sim para o.da outra rua.o que está verde. É talvez um modo de melhoraro seu estado de espírito. Assim que o sinal do ou-tro, não o dele, fica verde e vermelho, já está onosso apressado pronto a arrancar, sem se preo-cupar se o seu sinal já passou de vermelho paraverde. O que mteressa, é que o do outro fluxo, oque iria cruzar com êle, já vai parar. Resultado:aumentou o perigo, piorou a situação.

Outra particularidade nossa: assistindo outrodia ao show do Wilson Simonal, êle se queixavados compositores anônimos, que procuram os can-tores para impingir as suas composições. Diziaêle, cle maneira genialmente cômica, ser isto umapraga. Pois bem, o diretor de Trânsito' tem queagüentar os inventores de sinal. São milhares, to-dos geniais. Enfim, como dizia o Chico Anísio:"Inventor é aquele que inventa."

Na Alemanha, em Israel também, apresentamum artifício nos sinais luminosos, a fün de aler-tar o motorista cle que vai passar de verde paravermelho, que, além de aumentar a segurança, au-menta a velocidade cle escoamento dos veículos.

Como diz a publicação da Fraba, a firma deFranz Baumgartner, o responsável pela onda verdeem Colônia, o artifício acaba com a febre amarela.(Éle assim classifica a indecisão provocada pelaatenção).

Considera Franz Baumgartner, que o mo-rista que dirige entre 50 e 70kms, ao se apro-ximar de iun sinal verde, torna-se mais nervosodo que se se aproximasse de um sinal vermelho. Epergunta consigo mesmo: Dará tempo de passar ounão? Devo acelerar ou diminuir?" Nestes casos,passar com o- sinal em atenção, usualmente é ine-vitável, e ao agente da lei, decidir se houve culpaou não, torna-se cada vez mais difícil.

O artifício introduzido para acabar com a in-decisão é simples c engenhoso. Funciona da se-guinte maneira: "Considerando o sinal com astrês luzes, a verde, amarela e vermelha; seis se-gundos antes do término da fase verde, a luz ama-rela dá um lampejo; três segundos depois a luzamarela dá dois lampejos e um segundo antes dotérmino da fase verde, a luz amarela inicia a pis-car intermitentemente, até se tomar contínuacom o conseqüente término da fase verde."

Em Israel, o lampejo é dado pelo próprio ver-cle. que pisca 3 vezes, correspondentes aos três se-gundos que antecedem ao acendimento do ama-relo.

Na Guanabara, apesar da diversidade de si-nais, em tipos e formas, vamos tentar introduziro lampejo verde, e ver como irá reagir o impre-visível motorista carioca. Até chegarmos à perfei-ção dos artifícios em tirar maior rendimento dosinal luminoso, temos que procui'ar tomá-los visi-veis, de fácil identificação pelos motoristas, cami-nhando para uma padronização. Os anteparos ze-brados, construídos a preço de custo pelo Arsenalde Marinha, graças à cooperação de seu diretore meu'amigo Almirante Jannuzzi, deram sem som-bra de dúvida um aspecto alegre e bonito íios nos-sos sinais.

A pintura da seta, com o aviso de aguarde,nas anteparas de sinais direcionais com três tem-pos, indicando ao motorista que deverá aguar-dar a seta, foi um avanço inestimável na orienta-ção dos motoristas de fora do Estado. Eles nãopoderiam adivinhar com o sinal apagado, sem ne-nhuma indicação, que ali se iria acender um sinaldirecional cle seta.

Pretendemos apresentar, nesta coluna, umainstrução detalhada sôbre sinalização luminosa,sua padronização, como avant-première, do quedeverá ser encaminhado ao Conselho de Transi-to que, como órgão normativo, deverá adotá-la.Será uma adaptação do Richtlinien fur Enttourf,ban und Betrieb von. Lichtsignalanlagen im Stra-benverlzehr, editado na Alemanha, e compiladocom a inestimável cooperação da Siemens. Tomeiconhecimento dêste folheto, quando em visita aocentro de controle cle tráfego de Stuttgart. O po-licial que lá se encontrava em serviço estava estu-dando-o e me deu cle presente.

Até que se possa ter tudo isto padronizado,com as instruções aprovadas por quem de direito,temos que, daqui, aconselhar a todos os motoristasque nos honram com a sua leitura, como diz aatual campanha de educação cle trânsito: Se vocêconfunde o verde com o vermelho, 'o seu futuroê negro.

Als novidadesamericanas

Nova Iorque (AFL*-JB) — A apresentação dos mode-los 1909 foi prevista cm princípio pela General Motors eChrysler para 26 de setembro, e pela Ford para o dia se-guinte.

O ano dc 19G9 apresentará poucas modificações nosmodelos dc Dctroit. As primeiras fotos exclusivas publi-cadas pela imprensa e as indiscrições recolhidas junto apessoas especializadas nos fornecem indicações deste gê-nero: o Mustang da Ford terá mais alguns centímetrosna parte dianteira, tendo sido ligeiramente rebaixado ealargado. O modelo Fast Back será munido de entradasdc ar na parte superior do pára-lama traseiro. O Pontiac

. Grand Prix apresentará uma grade de radiador retan-guiar maciça, inspirada no Continental Mark II da Lin-coln. Os Chevrolets Standards terão as lanternas trasel-ras retangulares ao invés de redondas, enquanto a gra-dc do radiador recuada será inteiramente rodeada pelopára-choque dianteiro. As camionetas Chrysler serão tô-das munidas de mna porta traseira com dois eixos (fórau-la lançada pela Ford) e de um vidro ta-aseiro com lava-gem automática. A Chrysler adotará igualmente os lim-padores de pára-brisa dissimulados sob o capo (idéia daCitroen, adotada no ano passado pela General Motors).

Muito provavelmente., os Compactos mais populares— em seu tempo — da indústria norte-americana nãoultrapassarão os modelos 1969. Sabe-se que a Chevrolettem intenção de substituir o Corvair, cujas vendas caí-ram consideravelmente, por um pequeno modelo Espe-ciai, no outono de 1969. De outra parte, a Ford abando-nará o F a 1 c o n, que será substituído por um subcoippac-to idêntico ao Delta. Este veículo, que incorporará umnúmero importante de peças do Falcon — sendo, porém,25 centímetros menor — será vendido por um preço com-parável ao Volks nos Çstados Unidos, de aproximada-mente 1700 dólares.

A General Motors e a Ford parecem orientar-se poruma modificação completa de seus modelos de quatroem quatro anos, e um arranjo de dois em dois anos. Ês-tes projetos concernem principalmente aos modelos Fordde grande porte e de porte intermediário, as séries Mus-tang e Cougar, c, no que tange ã General Motors, os mo-delos Camaro c Firebird.

A Ford apresentou em 25 de junho o Techna, um vei-culo experimental, incorporando 50 inovações tecnoló-gicas. Este modelo esporte de aspecto clássico adota, defato, várias idéias concebidas pelos fabricantes europeus:as lanternas de sinalização estão situadas de um lado ede outro do vidro traseiro, segundo a fórmula lançadapela Citroen no DS. As portas se abrem por um desloca-mento longitudinal, conforme imaginara o construtorfrancês de carroçarias Saoutchick, na década dos 30. Opára-brisa não possui montantes laterais, à feição da téc-nica vutotal, que havia equipado certos Chenard-Walker,antes da guerra. O capo é conjugado com os pára-lamasdianteiros c se eleva como uma peça única, ao feitio do

• Austin — Healey Spvite. Todavia, um acesso limitado aoniotor é garantido por uma escotilha retangular.

üm pneu revolucionário, o LXX, foi construído pelaFirestonc, que o destina aos modelos 1970: O perfil é maislargo e mais plano que o dos pneus comuns. Esta últimacaracterística faz com que, com igual dimensão, o dià-metro da roda seja superior em 7,5 centímetros às rodascomuns. Contrariamente a uma tendência recente, o an-mento na largura do pneu não provoca uma evoluçãoparalela da cambagem das rodas, mas bem ao contrário.

Os flaneos, de um perfil abaulado, ultrapassam, deunia parte e dc outra, a cambagem cuja largura é re-duzida de metade. Uma produção-pilôto de 10 mil uni-dades começará no outono. Segundo o fabricante, o pneuLXX tem as seguintes vantagens: uso superior em 60%ao dos pneus clássicos, aquecimento menor, conforto eaderência à estrada, superiores.

A filial norte-americana da Pirelli está em vias deequipar mais de 90% dos produtos de Detroit, e tem100% como objetivo. O sucesso cia firma italiana deve-sea seu pneu radial Cinturato,

A firma Sealed Power Corp. reduziu em 15% a polui-ção causada pelo escape de gás, aumentando em 10% _.potência do motor por meio dc um segmento Headlandcolocado na parte superior do pistão, o que permite umacombustão de gás geralmente retido entre a face do pis-tão c ò segmento da cabeça.

Assentos moldados a vácuo em uma peça única e emuma única operação aparecerão no outono de 1963.

A massa plástica incorporará os descansos de cabeça(impostos pelos novos regulamentos federais), cintos etalabartes de segurança retrateis. .

O laboratório de pesquisas da General Motors enviouao Departamento de Moradia e Urbanismo norte-ameri-cano um estudo sôbre os transportes nas regiões urba-nas, no qual prevê sete soluções: uma frota de minltaxiscontrolados automaticamente para operar entre os ter-minais dc transporte em comum; os parqueamentos peri-tericos e os centros de trabalho; ônibus que deverão uti-lizar-se de pistas reservadas apenas para seu uso; trans-porte sôbre vagões-plataformas de automóveis e micro-ôhlbus pelos principais itinerários metropolitanos; umsistema dc estradas automáticas que aumentem o consu-mo c a segurança ao mesmo tempo cm que limitam asiniciativas dos motoristas; uma rede de transporte dc pe-quciias cabinas dirigidas automaticamente aos locais de-terminados; ônibus elétricos que operem de maneira au-tônoma, por meio de baterias, no centro da cidade; oul-bus cujos itinerários variem de acordo com a procura dosusuários.

Uma estação de serviço para diagnosticar consertos ereparos foi inaugurada em East Meadow, em Long Is-land, pela Mobil Oil, que fêz uso de um computador IBM1130. Em poucos segundos uma papeleta impressa indi-ca%a natureza^dos ajustes ou das substituições cle peçasque sejam necessárias.

O carro aéreo, automóvel transformado em avião,tem nova silhueta: seu construtor, M. B. Taylor, o equi-pou com rodas semi-retráteis, o que lhe permite baixar ãaltura do trem dc aterragem quando estiver em uso nosolo. O velame, dcstacável, pode ser colocado sôbre a es-trada como se fosse um reboque.

O conversor manual do tipo Torque-Drlve — umaopção que só custa 65 dólares — já vem equipando, de-pois de apenas .quatro meses de seu lançamento, cercade 20 a 25% dos Chevy II e Camaros da Chevrolet. O su-cesso da fórmula (supVessão do pedal de embreagem)deixa entrever sua adoção dentro em pouco pela Ford ta Chrysler.

y

Cad. dt Automóveis — Jornal de Brasil, 4,°.feiri, 14-B-6S — 3

Amaciauclo JFaldyr FigueiredoEditor do Caderno da Automóveis Turismo do JB

Os novos lançamentosOi leitores do Caderno de Auto-

móveis devem estar estranhatido que7ião saia nenhuma reportagem a res-peito dos novos carros que estão parasair.

Muita gente nos tem perguntadocoisas a respeito desses lançamentos tnós temos, na medida do possível, in-formado.

Mas, infelizmente,- não podemospublicar tais informações. E não po-demos por uma simples razão: são in-formes colhidos cm conversas comamigos que traballiam nas fábricas masque nos pedem reserva quanto às in-formações.

E nós nâo podemos, então, publi-car porque se o fizéssemos estaríamos',primeiro, traindo a confiança em nósdepositada e. segundo, correríamos orisco âe ser desmentidos e nâo teria-mos condição nenhuma de provar o quepublicáramos.

Todas as fábricas estão procuran-do esconder ao máximo as suas novi-dades. Atitude que, já tivemos oportu-nidade de dizer aqui mesmo nesta co-luna. não conseguimos entender.

Dc todos os fabricantes de automó-veis, apenas a General Motors distri-bui, de vez em quando, um release dan-do informações a respeito do seuOpala. Aliás, o meu amigo Romeu, queresponde pelo setor de Imprensa daGM, escreveu-mc uma carta — muito

aborrecido com o meu artigo que con-Unha a critica à atitude das fábricas —dizendo que a GM não estava fazendonenhum mistério. Perfeito, Romeu, •'como você vê -acabo ãe dizer que, devez em quando, a GM diz alguma coisa,Mds acho que isso ainda c muito pouco.

Estamos a pouco mais de três rffe-ses do Salão do Automóvel quando se-rão mostrados todos esses carros. Atéagora, nenhuma fábrica deu a conhe-cer, oficialmente, os seus lançamentos.Resultado: as noticias — algumas ab-surdas — estão fervilhando nos jornaise revistas, criando uma confusão tre-menda na cabeça dos leitores que são,em sua grande maioria, os que vãocomprar êsses novos automóveis c quequerem saber alguma coisa a, respeitodeles para fazer a escolha.

Com o mistério que us fábricas es-tão fazendo em torno dos seus novosprodutos, os futuros compradores fi-cam a mercê da conversa dos vende-dores, se?jí nenhuma informação quelhes possibilite formar tima opiniãoprópria a respeito ãos carros.

Esta é a explicação que julgava-mos necessária para os nossos leitores.

Continuaremos trabalhando junto '

às fábricas para conseguir o que há dereal sóbre os novos carros, e só sâire-mos com qualquer informação quandoela vier de fonte oficial. È assim o nos-sp modo de proceder.

Segurança continua na ordem dodia ita Europa e Estudos Unidos

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0 aparelho é de fácil manejo e custa dez vezes menos que os importados

Testometro mostradefeitos do freio

Atingindo velocidadescada vez mais altas, pe-lo constante aperfeiçoa-mento de seus motores,os automóveis passarama exigir mais e mais deseus sistemas de freios.Aumentando sua segu-rança, e, ao mesmo tem-po, aliviando o peso dopedal, foram acrescenta-dos aos veículos pesados(caminhões e ônibus) oscompressores e os servo-freios, êstes mais tardetambém usados nos car-ros de passeio. A últimapalavra em matéria deÍreio é, atualmente, oÍreio a disco.

Com todos êsses me-lhoramentos, manteve-seum princípio: o do siste-ma hidráulico. Apesar deser o melhor, sua rede de.tubos, borrachas e mo-las é sujeita a defeitos,quer pelo desgaste natu-tal ou por falha no fabri-co de qualquer das peçasque o compõe. A Frenarclançou no mercado umaparelho que deverá evi-

tar os riscos que essasdeficiências acarretam.

O QUE É

O testometro, paracontrole dos freios hi-dráulicos e conjugados,Novoar-Tipo 50, pode emtrês minutos e sem mar-gem de erros efetuar umcheck-up no circuito hi-dráulico e indicar, ime-diatamente, as deficiên-cias existentes e ondeelas se localizam.

O QUE FAZ

O Novoar-Tipo 50 fazas seguintes operações:

Verifica a pressão defreagem (kgcm2); apressão residual; as bor-rachas da bomba princi-pai e os cilindros das ro-das e a pressão obtidano circuito sob a ação dopedal; controla a resis-tência mecânica do cir-cuito; o estado dos tam-b o r e s (ovalizados ounão); examina se o furode dilatação da bombaprincipal não está tam-

pado; controla o funcio-namento do freio de mãoe a fluidez do líquido;verifica o funcionamentodo servo-freio hidrová-cuo e testa o cilindro-mestre na bancada. ,

RECOMENDAÇÕES

Já premiado peloDNER na Campanha Na-cional de Trânsito, tes-tado e aprovado na Ford-Willys e na Volkswagen,o Novoar-Tipo 50 está,também, em experiêncianas outras fábricas bia-sileiras, sendo seu preçodez vezes menor do que oimportado.

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Seu preço é de NCrS430,00 mais 8% de IPIfinanciado em 4 presta-ções, havendo para paga-mento à vista 5°ó dedesconto contra entrega.

Paris e Washington (UPI-JB) — Os acessórios de se-gurança tem sido alvo, nosúltimos anos, dc importàn-tes estudos, principalmentenos Estados Unidos e nospaises europeus.

Várias resoluções foramtomadas, obrigando os car-

-ros a trafegarem com de-'terminados tipos de equipa-mentos, mas, até agora, ain-da não se conseguiu chegarà padronização, variando depais para país, os acessóriosindispensáveis para o em-placamento dos carros,

PAÍSES SOCIALISTAS

Na Polônia, os carros par-ticulares não ,','ão obrigadosa instalar qualquer instru-mento de segurança, en-quanto ria Tcheco-Eslová- iquia a situação é semelhan-te à dà Áustria, onde tam-bóm não é exigido nenhumequipamento especial, masos guardas de fronteira sub-metem os carros a constan-tes inspeções'e, às vezes, osimples fato de estar com ospneus gastos • impede umcarro de entrar no pais.

Na União Soviética, não.'oi apresentada, nos últimosanos, qualquer inovação noque se refere à segurança.Todos os carros, entretanto,são submetidos a uma rígi-da inspeção técnica, com-preendendo motor, freios edemais equipamentos, pelomenos uma vez por ano. Ouso de cintos, porém, náo éexigido. Nos táxis e carrosparticulares, -entretanto, sóé permitida, pelos russos, apresença de apenas umapessoa no assento dianteiro,ao lado do motorista.

DINAMARCA E SUÉCIA

A situação na Dinamarcaé um pouco diferente da dospaíses socialistas, embora asexigências não cheguem' aser de grande monta.

Faróis, altos e baixos, fa-roletes dianteiros de esta-cionamento, luz para placatraseira e espelho retrovisorinterno1 e externo, do ladoesquerdo,, além de partesmecânicas em bom estadode funcionamento são al-guns dos equipamentos obri-gatórios, não sendo exigido,porém, o uso cie cintos desegurança.

A lei sueca exige que osmodelos, a partir de 1960, jávenham equipados com cin-tos de segurança no bancodianteiro e, em 1970, a ino-vação será estendida tam-bém ao banco traseiro.

Além disso, os carros sue-cos são obrigados a possuirum painel de instrumentosreforçado, tanque de gaso-lina à prova de colisão e ou-tros equipamentos de prote-ção contra fogo.

Recentemente, a Suéciaadotou os padrões de segu-rança introduzidos nos Es-

II RallyeTurístico daGuanabara

Será realizado, dia 25,num percurso de 115 quilo-metros, o II Rallye Turísticoda Guanabara, organizadopelo Rallye Clube do Rio,com saida marcada para aírente da Televisão Globo echegada no Clube Ginásticoe Desportivo do Rio.

A prova vem atraindogrande atenção devido aopequeno percurso, e o Ral-lye Clube do Rio já conta,inclusive, com a inscrição dedez duplas paulistas. A eh-"entrega dos prêmios seráfeita, às lGh, no Clube Gi-nástico Desportivo, e, apósa prova, haverá um almoçopara os concorrentes emembros da comissão téc-nica.

633 carrosVolkswagenpor dia

Somente na primeira quin-zena de julho saíram' das li-nhas de produção da Volks-wagen do Brasil, em SãoBernardo do Campo — SP,6 770 veicuios. Consideran-do-se apenas os 11 dias úteisdo período, a média de pro-dução daquela empresa foida ordem de 615 unidadesdiárias. Na segunda quinze-na de julho o programa daVolkswagen foi elevado para633 veículos/dia, com o quea produção do mês ultrapas-sou a 14 mil unidades, amaior já registrada desde aimplantação da indústriaautomobilística no pais.

tados Unidos, referentes àmaior eficácia da dlreçáo,freios, pneus, refletores deluz, silenciadores dos canosde descarga, protetores delama, vclocinictros, anticon-gelantes de-janelas e limpa-'dores de pára-brisas, tor-nando-se um dos paises cn-de mais é levada a sério aquestão da segurança.

OS ITALIANOS

O Código de Transito, naItália, enumera apenas osequipamentos mais óbvios,como freios, luzes, buzina eespelhos' retrovisores, ape-sar de ser o pais onde foiconstruído o PF Sigma, car-ro considerado o mais avan-çado em matéria de segu-rança.

Os carros italianos'levam,também, como os brasileiros,um triângulo vermelho fos-forescente, que deve ser co-locado 50 metros atrás doveiculo, em caso de enguiço,para prevenir os outros mo-toristas. Recentemente, foiintroduzida uma outra exi-gência no sentido de que aface de rolamento dos pneustenha, pelo menos, um mi-límetro de borracha de es-pessuráj para evitar o usode pneus gastos.

Na Espanha, as exigênciassão mínimas, limitando-seapenas ao uso do triângulofosíorescentc e aos equipa-mentos normais de seguran-ça como freios, espelhos re-trovisores, etc, o mesmoacontecendo na Holanda on-de o Conselho de Segurançade Carros e Clubes Parti-culares já está trabalhandono sentido de obrigar o usode cintos.

LISTA COMPLETA

Uma longa lista de exi-géncias faz da França opaís europeu onde a segu-rança é estudada com maiorprofundidade. Os francesespreocupam-se, inclusive, eomo problema da poluição doar, obrigando os carros ausarem um cano de escapeque não possibilite a entra-da de gás em seu interior.

O painel dos veículos fran-ceses não precisa ser acol-choado, mas náo é permiti-do que tenha pontas agu-das e o teto solar, muitoutilizado: não pode ter ma-canetas colocadas em' posi-cão que machuquem os pas-sàgeiros, ou se abram em ca-so de batida ou capotagem.

Todas as portas devemabrir-se na direção da fren-tc do carro e os assentos de-vem ser bem fixadas, po-dendo, porém, ,ser ajustáveis.O pedal de freio deve ser defácil acesso e. embora nãosejam obrigatórios os cintosde segurança, os locais parasua instalação o são.

Externamente, os pára- •choques dos carros france-ses não podem' ter saliênciase. devem terminar contor-nando as laterais. Os orna-mentos do capoí nâo devemser pontiagudos e os espe-lhos de pàra-lamas têm queser montados sôbre molas.

Ainda na parte externa, os .aros dos faróis- não podemter saliências e as maçane-tas das portas têm que serde tal forma que não seprendam aos pedestres, emcaso de atropelamento. '

Existem também regrastécnicas relativas à distân-cia entre a freagem-e o es-tacionamento do carro, àsquais os carros estrangeirosdevem adaptar-se. A inspe-ção dos equipamentos de se-gurança é feita pelo Servicedes Mines, órgão do Minis-tério da Indústria,

BÉLGICA E ALEMANHA

Os belgas também tratamcom muito carinho a ques-tão da segurança e são exi-giclos freios de pé e mão, fa-róis, pisca-piscas, luzes deposição, luzes traseiras, bu-zina, limpadores de pára-brisa, pneus com pelo' me-nos um milímetro na fasede rolamento e nenhum oi-,namento pontiagudo é tole-rado.

Os carros de mais de qua-tro ano.s devem submeter-sea um controle técnico ofi-'ciai. anualmente, enquantoos ônibus e carros de trans-porte de passageiros são ins-pecionados semestralmente.

Foram adotadas, ainda naBélgica, medidas de transi-ção, que se tornarão obri-gatórias, a partir do ano quevem. Já em 1969, todos oscarros serão equipados como triângulo fosforescente e,dentro de três anos, com la-vadores de pára-brisas, ex-tintor de incêndio, estojo deprimeiros socorros e locaispara fixar cintos de segu-rança. ,

Os alemães ocidentaisconsideram ns especificaçõesde segurança norte-ameri-canas tão exageradas em

relação àquelas de seu pais,que a indústria automobi-listlca é obrigada a produ-zir carros especiais para omercado dos Estados Unidos.

A lei alemã náo exige cin-tos de segurança, luzes in-dlcadoras de marcha à rs,painel acolchoado, coluna de

,d i r e ç ã o desmontàvel òuqualquer equipamento con-tra a poluição do ar, proi-bindo, entretanto, os faróis'escondidos.

Por outro lado, na Alemã-nha Ocidental, são obrigató-rios os, pisca-pisca% o espe-lho retrovisor externo, freiosque satisfaçam a padrõesdeterminados e os carros sãosubmetidos à inspeção dedois em dois anos.

Alguns engenheiros ale-mães declaram que muitosdos padrões de segurançanorte-americanos são per}-gosos, tais como cintos desegurança dianteiros, que,segundo alegam, podem pro-vocar fratura de pescoço nomotorista, em caso de coli-são.

Na Inglaterra, os carrosdevem possuir faróis, luzestraseiras e outros equipa-mentos comuns de seguran-ça. É também exigida a ins-talação de cinto de seguran-ça no assento dianteiro, maso motorista não é obrigadoa colocá-lo em uso. Um re--cente regulamento, entre-tanto, exige 4ue todos ospneus tenham um milímetrode espessura mínima na fa-ce de rolamento.

OS AMERICANOS

O Departamento de Trans-portes dos Estados Unidosanunciou que os carros depassageiros, a partir de1969, deverão ter um nume-ro de identificação que pos-sa.ser visto do lado de fora,por uma pessoa que esteja

colocada junto à coluna es-querda do pára-brisa, vlsan-do evitar os furtos e identi-ficar o veiculo em caso deacidente,

O Departamento estábele-ceu padrões para a localiza-ção e identificação de con-tróles, tais como ignição, lu-zes e limpadores de pára-brisas, que devem estar aoalcance do motorista mesmoquando êle estiver preso aocinto de segurança.

. Outros padrões foram es-tabelecidos para o descon-gelamento do pára-brisa epara o equipamento contraneblina, além da obrigató-riedade de limpadores e la-vadores de pára-brisas.

Igualmente foram fixadasnormas para as lâmpadas einstrumentos refletores eiluminação d.a placa, exigin-do-se nos modelos 69 a ins-talação de luzes laterais re- ¦fletoras.

Os pneus, tanto originaisquanto de reposição, deve-rão atender a padrões, pas-sando assim os fabricantesa ser submetidos a con-tróles de segurança, fiscali-zados pelo Governo.

Foram fixados, aincia, pa-drões de segurança, comoatuação e localização paraestofamento, descanso decabeça, colunas de direção,vidros, fechaduras, dobradi-ças, parafusos de direção ediscos, calotas, tanques degasolina e condutos de com-bustível como parte de umcomplexo sistema que vemsendo estudado e discutidonos' meios automobilísticosamericanos.

Num recente relatório, oDepartamento de Transpor-tes afirmou que estava pre-

| parando novos padrões e quedeveriam ser estudadas ma-neiras de melhorar os servi-ços de consertos de carros.

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iirasileii9€> de Fórmula Vêcomeça domingo pela manha

O Campeonato Brasileiro de fórmula Vê será iniciadodomingo, no Autódromo Internacional do Rio, eom a pro-va Duque de Caxias, que marcará a abertura da Semanado Exército.

O programa será iniciado com o hasteamento da ban-deira e logo a seguir haverá uma exibição dos pára-que-distas do Núcleo da Divisão Aeroterrestre. Às nove horasserá dada a largada para a prova de estreantes.

A CORRIDA

A corrida principal, destinada à Fórmula Ve. reu-iiírá equipes paulistas e cariocas. Estarão em ação Émer-sen Fittipaldi, Pedro Vitor Delamare, José Carlos Pace,Norman Casari. Milton Amaral, Henrique Fracalanza, José

Maria Giu e Ricardo Ashcar que, recentemente, venceuuma prova de Fórmula Ford, na pista de Oulton Park,lia Inglaterra.

O inicio da prova está previsto para as, 10 horas e,pelo flagrante equilíbrio de forças, promete úm desenro-lar dos mais interessantes.

A PROIBIÇÃO

A ameaça de proibição que impediria a realização daprova ao que parece já foi contornada. Ontem, o presi-dente da Confissão Desportiva da Federação Carioca deAutomobilismo, Sr. Amadeu pirão,'esteve em contato como major Zeriniar, do Corpo de,Bombeiros e acertou os úl-timos detalhes para a realização da corrida.

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Lanai e Balder não tiveram dificuldade em manter a liderança que conquistaram já na largada

Landi e Balder vencemprar a em Parta Alegre

Porto Alegre (Sucursal) — Francisco Landi eJean Balder, pilotando üm BMW, venceram, fácil-mente, a prova 500 Quilômetros de Porto Alegre,disputada domingo no circuito da Pedra Redonda.

A corrida não chegou a apresentar momentosde grande vibração, em tace da facilidade com queLandi e Balder conseguiram, desde o início, a pri-meira colocação. Ficou também provado que as car-reteiras estão totalmente obsoletas, superadas pelosmodernos cairos utilizados no automobilismo decompetição. Apesar disso. Vitorio Arídreatta con-seguiu c segundo lugar cem um Ford,'duas voltasatrás do BMW vencedor.

VITÓRIA CATEGÓRICA

Desde a primeira volta, dás 40 programadaspara os 500 Quilômetros, sentiu-se que ChicoLandi, ao volante do BMW* vermelho n.° 12, nãotinha competidores entre os demais concorrentesque pilotavam as carreteiras e unidades menores.O veterano ás nacional correu comp nos seus me-lhores momentos e conseguiu, como êle mesmo fri-sou no final, quebrar um velho tabu, pois nuncahavia vencido no circuito da Pedra Redonda.

Na 20.a volta. Landi entregou o carro ao seucompanheiro de equipe. Jean Balder e êste se en-carregou de consolidar a vitória, mantendo e atéaumentando a diferença que o separava das maispróximos seguidores, Vitorio "Andréatta,

pilotando

a carreteira Ford n.° 4 e Henrique Iwers, com o seuDKW Malzone n.° 9.

Nas últimas voltas, Balder tentou inclusivetrabalhar para que Iwers conseguisse a segundacolocação, mas Andreatta garantiu o posto apesarde chegar com sua máquina fervendo. Iwers foiterceiro e em quarto entrou Francisco AntônioFecli, com DKW.

Dos 22 pilotos que largaram, às 8h 30m da ma-nhã, chegaram apenas oito. Os demais pararampor deficiências mecânicas.' O único acidente ocor-rido com Breno Fornari, que projetou seu protó-tipo Crysler contra um prédio, ao sair mal de umacurva, sofrendo corte profundo numa das pernas.O volante foi imediatamente socorrido, sendo sub-metido a uma intervenção cirúrgica no hospitalde Pronto-Socorro.

A CLASSIFICAÇÃO

Landi e Balder percorreram os 500 Quilôme-tros em 3h 31m 02s 6d, com a média horária de142,1*57 quilômetros. Em segundo lugar ficou Vi-tório Andreatta, com o Ford n.° 4, tempo de3h36m58s2d; terceiro colocado foi HenriqueIwers, coni DKW Malzone, n.° 9, 3h31m42s; quar-to colocado, Francisco Antônio Feoli, DKW,3h 36m 12s4d; quinto; Breno Freire, Simca 86; sex--to, Énio Sandler e Wilson Drago, Volks 29; sétimo,Voltaire Castilhos, Simca 78.

Uma solução para oproblema da garagenê

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A garagem pode alojar carros grandes ou pequenos

O número sempre crescente de carros saídosdas fábricas e o aumento de facilidades na im-portação vêm contribuindo para tornar aindamais grave o problema de estacionamento eguarda de automóveis.

Tanto durante o dia nos estacionamentospúblicos, como à noite nas garagens e postos deserviço, a disputa pela vaga já faz parte do dia-a-dia. As garagens dos edifícios são sempre pe-quenas, não podendo nunca atender aos mora-dores em sua totalidade. A Indústria Carraco,com sede em São Paulo, está lançando no mér-cado um nôvo tipo de garagem que poderá seruma das soluções para o problema, já que suaconstrução pode ser feita em campo aberto oufechado^ prestando-se inclusive para duplicaras vagas dos estacionamentos públicos.

O QUÊ É

De fácil manejo, a Garagem Beliche KB+1pode abrigar qualquer tipo de automóvel, atéo tamanho do Itamaraty ou do Simca, se a ga-ragem tiver 6,70m de profundidade, bastandoter 2,80m de altura no interior. Caso a gara-gem tenha áó 6m de profundidade, a parte debaixo poderá abrigar um Volkswagen ou umGordini e, a parte de cima, até mesmo um car-ro grande., x

COMO FUNCIONA

Uma plataforma móvel recolhe o segundocarro por meio de comando elétrico, levtndo-opara o andar superior, isto é, sôbré o primeirocarro. O veículo é conduzido para cima ou parabaixo em poucos segundos através de uma ta-lha elétrica dupla. Na falta de eletricidade, po-de ser acionada a mão. É indiferente ^ ordemde entrada ou saída dos carros. O motorista docarro que será colocado na parte superior dei-xa-o estacionado sôbre a plataforma levementeinclinada e, em seguida, aperta o botão do co-mando elétrico, sendo o carro, automàticamen-te, elevado à plataforma superior. Desejando-seretirar o carro da plataforma, basta apertar no-vãmente o botão, para que êle volte ao pontoonde foi deixado pelo motorista.

QUEM REPRESENTA

A Indústria Carraço é representada no Riode Janeiro por E. L. Barsali, na Av. Rio Bran-co, 156, grupo 2 814, que tem filmes e maquetesà disposição dos interessados. A instalação daGaragem Beliche KB+1 não leva mais de cincodias, seu preço é de NCrS 4 400,00 e o pagamen-to pode ser financiado' pelo crédito direto.

AVIAÇÃO

VISÃO ESPLÊNDIDADO. SST DA BOEING

— A fal* acimamostra, «m plana vôo,

num» admirávelcsn<ap_ão ar.ls.lca, a

futura ayiâesuparsônies 4a loaing

— a pederoso SST —versia eemerclal —

cujos trabalhas damontagam da protítipe,

iá safraram umatrasa da quasa sais

masas, am virtudada conflito no

, Viatnama, qua axigiudas auteridadas

amaricanua dlvarsoacortas 'ám tuas pautas

orcamantárias

^B mfWJ^^W^A^fmmiW^MMÊm} hBBBBBKSÕHIíhÍ

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III CONFERÊNCIA NACIONALDA AVIAÇÃO COMERCIAL: OSTRABALHOS

Sob a presidência do Brigadeiro Mnr-cio de Sousa Melo, Ministro da Aero-náutica, e com um discurso do Sr. Ben-to Ribeiro Dantas, presidente do Sin-dicato Nacional das Empresas Aero-viárias e da Cruzeiro do Sul, em quedefendeu a necessidade de um diálogofranco entre as "cinco empresas que,ainda, exploram o nosso transporte'aéreo", acentuando que ''não se devefazer aviação comercial a* varejo esim em larga escala", foi instalada noCentro de Conferências do Hotel Olô-ria a III Conferência Nacional deAviação Comercial.

Nesse importante .canelavc, que teráa duração de 15 dias, com sessões diá-rias de 9 às* 12 e das 14 às 18 lio-ras, serão focalizados, discutidos eequacionados os mais atuais e com-pllcados problemas ligados às emprê-sas de transportes aéreos no pais, dcmodo a estabelecer-se uma políticaque "defina c discipline o desenvol-vimento harmônico dêste transportee das empresas brasileiras, através deuma série de recomendações que serãoencaminhadas ao Governo federal."Todos os temas da vasta agenda se-rão discutidos por seis comissões —diretora, tráfego, econòmico-flnancei-ra, técnica, jurídica e de redação —e, com base nos resultados dessa aná-lise setorial encetada pelos participai!-tes, será possível, segundo a opiniãodo Sr. Bento Ribeiro Dantas, estabelecer-se o conhecimento de nossas de-ficiências, a partir do quc serão en-contrados elementos para dinamizare atualizar a aviação comercial, quenão deve para o seu aprimoramento,utilizar os métodos da tecnologia.

Uma das facetas simpáticas no dis-curso do Sr. Ribeiro Dantas foi jus-tamente o modo por que se referiuàs empresas quc ali se encontravam,sem estabelecer discriminações i«la-tivas à importância material, quandodise que "das cinco empresas, que ain-¦ da exploram o transporte á?reo. duasiniciaram suas atividades liá 41 anose uma terceira há 34 anos, !:o querepresenta mais de quatro décadas debons serviços prestados à nação, e"às duas outras, que, embora .maisjovens e já nascidas em épocas clcmaiores facilidades e infra-estruturac de comunicações, encontraram qua-dro técnico já formado, mas nem porisso têm seus méritos diminuídos."Depois de admitir que a aviação esbáem íase de recuperação, ressaltou anecessidade dc uma atualização deconceitos e providências, exigidos pelaevolução técnica.

No decorrer cios trabalhos, o presi-dente do Sindicato Nacional das Em-presas Aéreas propôs a desestatizaçãoda VASP, tendo o Brigadeiro OsvaldoPamplona Pinto, presidente da em-presa paulista, respondido que a me-dida não dependia dele, mas sim dasaltas autoridades de São Paulo. Emoutra oportunidade, o Brigadeiro Pam-plona propôs a extinção das peque-nas empresas. Paraense e Sadia, demodo a que apenas as três grandespermanecessem atuando no Brasil.

No decurso dos trabalhos, ficou es-tabelecido que a Varig não poderáampliar mais suas linhas aéreas nop^ís e que a Cruzeiro .do Sul sòmentepoderá aumentar as suas em 7*;;, de-cisão essa pelo pronunciamento uná-nlme da comissão coordenadora. Umacordo foi firmado pelos presidentesdas cinco empresas, de modo a queas companhias que possuem linhas iri-ternacionals — Varig e Cruzeiro do¦Sul — limitem em 33% a participa-ção nas linhas domésticas, facilitandoassim o desenvolvimento das demais.Por outro lado, a expansão das duasempresas no plano internacional serálivre, garantindo assim a sobrevivên-cia do pequeno empresariado.

Serã discutido o projeto da Sadiapara redução das tarifas aéreas, pelosistema dc proporcionalidade à dis-tância percorrida, a chamada tarifaplana, que se contrapõe ao atual sis-toma, denominado tarifa belga, queencarece o preço com a diminuiçãodas distâncias, sob a alegação de queas aterrissagens e decolagens oneramo custo operacional de vóo.

Até o encerramento, inúmeros ou-tros debatesjsurgirão. igualmente aca-lorados, sendo que, até agora, os qucmais empolgaram os participantes.em discussões e argumentação. íoramtravados na comissão de tráfego,quando foi tratado da concessão dcnovas linhas aéreas no território bra-sileiro, ressaltando-se porém que atéagora nenhuma discussão exorbitoudos limites do bom humor e da cor-dialidade.

GOVERNO PAULISTA REPELEDESESTATIZAÇÃO \

Após tomar conhecimento dos doba-tes efetuados na III Conferência Na-cional de Aviação Comercial, duranteos quais o Sr. Bento Ribeiro Dantaspropôs a desestatização da VASP, o Sr.Firmino Rocha de Freitas. Secretáriotle Transportes de São Paulo, aprés-spu-se a tomar posição, em nome daalta administração paulista, afirman-dd que o Governo do Estado acolhe-ria de bom grado a participação dopequeno capital investidor nos negó-cios da empresa de aviação paultsta,mas não aceitaria, de nenhum modo,a transferencia para grupos privados.

Sente-se, assim.* como reflexo dasocorrências na III Conferência, a ten-dència do Governo paulista* em possi-bilitar a abertura da VASP a novosacionistas, sem contudo abrir mão daorientação estatal.

MAIOI! PROTEÇÃO AO FOGONO CONCORDE

Equipamentos de proteção ao fogopara o supersônico Concorde e siste-mas idênticos destinados a outrosaviões serão apresentados por' umacompanhia britânica especializada, naExposição Aeronáutica de Fambo-rougli, que terá lugar em Fambo-rough, Inglaterra, entre 16 e 22 de se-tembro próximo. Cada motor Olympusé dotado de um sistema para deteçãode íogo, ultra-aqueclmento e extinçãode fogo. Equipamentos semelhantesde proteção ao fogo foram instaladosem mais de 60 tipos diferentes de apa-

; velhos civis e militares atualmente emoperação em todo o mundo.

Para distinguir entre incêndios nomotor, e ocorrência de expansão degases quentes provenientes do motor,os circuitos detetores de incêndio eultra-aqueclmento sâo distintos. Am-bos os sitemas consistem de alças de-tetoras de restabelecimento contínuofirewire ligadas através de unidadeseletrônicas de controle a instrumentosde aviso na cabina de comando. Paraextinção de incêndio, cada motor dis-põe de uma garrafa esférica de bor-rlíação nos compartimentos dos mo-tores. Um dispositivo possibilita,' poroutro lado. que o extintor de um mo-tor seja dirigido para um motor vi-zinho, caso necessário, mediante aoperação dc um simples controle nacabina dc comando. A companhiaapresentará também extintores ma-nuais — cheios de água de glicol ouBCF — e já instalados no Concordee em outros aparelhos.

PAN AM EVITA ATRASOS NOAEROPORTO DE NOVA IORQUE

Os atrasos recentemente sofridospor passageiros da Pan AmericanWorld Airways, no decorrer das últi-

mas semanas, no Aeroporto Interna-cional John F. Kennedy. de Nova Ior-que, foram reduzidos em*50íí, apósmedidas tomadas pela

"companhia

para desviar, as, aeronaves. Assim • éque os Douglas DC-8 e os Boeing 707,que náo disponham de equipamentofanjet, são desviados para outros ae-roportos para reabastecimento, antesmesmo de entrarem na fila de ater-rlssagem.

Isso evita que tais aviões entremna referida fila, tenham que dela sairpara reabastecimento, voltando nova- *mente para a aterrissagem. Além dis-so. uma mesa de coordenação foi ins-talada em Kennedy a fim de atenderaos passageiros atingidos pelo atraso,os quais sáo informados sôbre as pró-ximas conexões o sôbre as providen-cias. tomadas pela companhia quantoa alimentação e alojamento.

26 TRIDENTS THREECOMPRADOS PELA BEA

A Hawker Siddeley Aviation Ltd,recebeu da British European Airwaysa confirmação da encomenda de 26jatos Trident Three, mais uma opçãopara dez outros. Essa encomenda éapontada como a maior, isolada e ci-vil, já feita a um fabricante britâni-co 'de

aviões. A produção já está cmandamento, e o primeiro avião entra-rá em serviço na BEA em 1971.

"O Trident Three é um aperfeiçoa-mento direto do Trident Two. atual-mente utilizado pela BEA. c tem umaumento dc cinco metros na fuselà-gem. o que permite capacidade clc 146passageiros na classe turista ou 122 na-classe mista (14 dc primeira classe e108 de classe turista t. Uma versão dealta densidade acomodará até 170passageiros.

Além de seus três turbofans Rolls-Royce Spey, o Trident Three seráequipado com um motor auxiliar, leve,Rolls-Royce RB-162, para ser usadosomente na decolagem e na subidainicial. Seu uso permite ciue os aviõestransportem grandes cargas em rotaslongas nas quais sejam utilizados cam-pos pequenos, altos e (ou) quentes.

AIR FRANCE ACEITA CARTÕESDE DINER'S CLUBE

Os 150 mil possuidores da CarteBleu (tipo do cartão Diner's Clube emuso na Europa) poderão agora utiliza-ias para pagamento dos bilhetes com-prados na Air France, como tambémem qualquer agente de viagens IATA,sendo que a Companhia Nacional daFrança é a primeira a pôr esta fa-cilldade à disposição de sua clientela.

SEGUNDO BAC ONE-ELEVENPARA A BAVÁRIA

»*A Bavária Flug Gesellschalt, de

Munique, que se encontra em francaexpansão de suas linhas, acaba de lan-car seu segundo BAC One-Eieven 400,por eles cognominado de Holyday Jet,pára ser usado em rotas de férias dosaeroportos da Alemanha Ocidentalpara a Itália, Iugoslávia, Grécia, Es-panha e África. As operações comBAC One-Eleven, nessas linhas, ío-ram intensificadas desde março do úl-timo ano.

Os dois BAC One-Eleven da Bava-ria, pertencem à série 400, podemtransportar 84 passageiros c são acio-nados por dois possantes motores Rolls-Royce Spey. Com ésse segundo, jctli-ner entregue á Bavária, chega-se aolll.0 BAC One-Eleven até agora li-berado.

NO AR U:Depois de uma estada de seis anos entre nós, deixa o posto dc diretor-gcial da Air France para a América do Sul o

Sr. Jacques Martin, sendo transferido para,Tóquio, onde controlará um território que sc estende do Japão ãs fronteiras daTurquia *** Os estudantes parisienses que desejarem, viajar para o Oriente Médio (Beirute, Damasco. Cairo, Jerusalém eTelaviv) pagarão uma tarifa especial, à condição- de que sua estada naquelas cidades não seja inferior a 15 dias, nem superiora 60 *** A Varig incorporou a sua frota mais um Boeing 707.320-C. Trata-se do avião prefixo VJX *** O restaurante doAeroporto Internacional do Galeão foi vendido a um grupo americano. Espera-se. com isso, uma acentuada melhoria nosseus serviços, uo contrário do que acontece atualmente. Êsse mesmo grupo adquiriu o gourmet-service fornecedor de empresasde aviões que fazem a rota do Pacifico.

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Cad, de Automóveis - Jornal do Brasil, 4.°-foira, M-8.68 — 5

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/l iluminação das pontes de Nova Iorque dão um ar festivo à cidade

Como se conhece Nora IorqueÊttesmo sem gastar dinheiro

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A Allied Chemical Tower é uma, dasgrandes atrações ão Times Sàuare

Nova Iorque não é uma cidadecara para tis turistas, se o visitanteestiver bem informado, diz o Escrito-rio de Visitantes e Convenções daque-la cidade. .Alguns dos atrativos sãoabsolutamente gratuitos, e para pro-vá-lo, o referido órgão organizou umalista das 15 grandes atrações grátis.A seleção, baseada não só pielo interês-se já despertado anteriormente, comotambém porque dura todo o verão, vaide fins de junho até setembro.

1. Concertos t filarmônicos, ao arlivre, nos parques da cidade. A Or-questra Filarmônica de Nova Iorque,ao ensejo de seu 125.° ano de existên-cia, oferecerá 15 concertos, regidos pe-los maestros Julius Rudel, LorimMaazel e André Previn;

2. Ingresso às reuniões oficiaisdas Nações Unidas, onde os visitantespodem assistir a História do Mundoem seu curso evolutivo. Os ingressossão dados na Sala de Informações doprédio da ONU, poucos dias antes dadata das reuniões;

3. Festival de Shakespeare —três recitais: Henrique IV (l.a e 2.apartes) e Romeu e Julieta serão apre-sentados no belo teatro Delacorte noCentral Park. Todas as noites, às 20horas, excetp às segundas-feiras. Osingressos grátis são distribuídos às15h 15m a quem chega primeiro às fi-Ias.

4. Richmondtown, Staten Is-land — esta recente restauração, mos-tra a evolução de uma vila america-na, durante ..os séculos 17, 18 e 19.A barca que leva até a ilha de Statencusta apenas 5 centavos de dólar;

5. Shows de TV — entrada gra-tis para os diversos shows de TV po-derh* ser conseguidas no New YorkConvention & Visitors Bureau, emfrente a Grand Central Station, na es-quina das Ruas 42 e 90-E; ~

6. Danças Folclóricas — paraestes eventos, consulte o Parks De-partment, fone 755-4100;

7. Concertos da Banda Gold-man — Guggenheim, de música clás-sica ligeira, e que completa, em 68,o seu 51.° aniversário, são apresenta-dos no Central Park, Prospect.Park eno Brooklyn;

8. Chinatown, em' Manhattan— as pequenas e tortuosas ruas deChinatown são uma das mais encan-tadoras e policrômicas atrações dossubúrbios de Nova Iorque. Até as es-cadas de incêndio são pintadas devermelho-vivo e amarelò-vivo, e as ca-binas de telefones públicos são cons-truídas em forma de^pagodes chineses;

9. A Bolsa de Nova Iorque —poderia ser chamada de Mercado daNação. Está aberta de segunda à sex-ta. Guias nas galerias explicam aosvisitantes as operações em anda-mento;

10. Espetáculos pirotécnicos emConey Island e Rockway Beach. Tô-das as terças-feiras, às 21 horas, du-rante os meses de julho e agosto, osvisitantes podem apreciar êste espe-táculo deslumbrante;

11. Passeios a pé por GreenwichVillage, Orchaed Street e Little Italy.A História de Nova Iorque, é encontra-da nos diversos subúrbios daquela ci-dade, e, como a melhor maneira de vê-los e senti-los é a pé, o Escritório deVisitantes e Convenções fornece guiasgratuitos;

12. Exposição de Flores — mos-trás florais contínuas podem ser visi-tadas nos seguintes lugares: B,otani-cal Garden, no Bronx e no BotànicalGarden, do Brooklyn.

13. Os Grandes Museus — noMetropolitana Summer Loan Show,podem ser apreciadas obras de arteimpressionista e pós-impressionistas.Nos Cloisters, no Fort Tryon Park, emManhattan, estarão sendo apresenta-das valiosíssimas coleções de arte me-dieval, inclusive as tapeçarias do Uni-comia. Às quartas-feiras é feita umadissertação sobre as peças expostas;

14. As vitrinas — na área co-mercial, em particular na 5,a Aveni-da, vale a pena apreciar o show, nun-ca repetido, das exposições de casascomerciais.

15. Times Square — o GreatWhite Way está, no momento, sofren-do um renascimento no tocante a edi-ficios. Dentre as novas construções,está a Allied Chemical Tower com seucentro de exibições, que consiste detrês andares de exposições fascirtan-tes e que incluem uma visita à lua.

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O CONFORTO ESTÁ EM JOGO Um edifício que ocupa área de10400 meiros quadrados, galeria

de lojas, stilti.jp exposições, çinemq para 1511 especl adores, bar para SOO pessoas, restmiruite com vislcpara o mar — estes são alguns detalhes do luxo e conforto das, novas instalaçõe.itdo Cassino do Es-toril, em Portugal, centro de convergência de turistus do mundo inteiro. De acordo'com hs leis portu-gltêsus, o jogo é permitido apenas, pura portadores de passaportes estrangeiros e somente pura os ci-dadãos portugueses cujo montante-do'¦ pagamento du imposto de renda ultrapassar um teto estabèle-cido pelo Governo.

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HÉLIO KALTMANEditor de Turismo do JB

IMPOSTO E INCENTIVOAs empresas de turismo da Gua-

nabara. que operam com frota de ôni-bus própria, solicitaram ao Secretáriode Turismo, Sr. Levi Neves, que inter-ceda junto ao Diretor do Départamen-to de Imposto sobre Serviços, a fim depleitear a isenção daquela taxa, a ti-tulo de incentivo à indústria do turis-mo-. Outra reivindicarão das empresasque exploram as excursões sightseeingé a de que o Secretário de Turismo en-con tre umà fórmula de retirar dosporteiros de hotéis o monopólio destetipo de passeio, porque eles exigem até40 por cento de comissão, sob,pena deencaminharem os turistas a táxis eKombis, algumas de súa>propriedade.Lembram as empresas que um ônibuscusta, à vista, cerca de NCr$ 87 mil,preço que se eleva para NCr$ 127 milquando comprado a prazo.COMO FAZER RESERVAS

A cadeia Hilton de hotéis acaba deinaugurar um nôvo centro de reser-vas que, utilizando computadores ele-trônicos e outros equipamentos avan-cados, manipula mensalmente cerca de50 mil pedidos de reservas e utilizamais de 60 pessoas nesta tarefa. Ocentro tem comunicações diretas, atra-vés de circuitos privados, com os 66 es-critórios de. reservas da cadeia Hiltonespalhados pelo mundo, além dos 160hotéis e estabelecimentos associados.Um sistema especial imprime, em fi-ta, para o hotel selecionado pelo hós-pede, documento, no qual indica o en-derêço, preço da hospedagem combi-nado, nome do hóspede, data da che-gada e partida, além de serviços espe-ciais porventura solicitados.ABREU FAZ MOVIMENTO

Em almoço de confraternizaçãocom redatores de turismo, o delegadoda Agência Abreu no Brasil, engenhei-ro Fernando Genschow, anunciou quesua empresa pretende enviar à Amé-rica do Sul grandes contingentes deturistas europeus, principalmente dePortugal, onde a Abreu mantém suasede. O Sr. Fernando Genschow apre-sentou durante o almoço o economis-ta Alberto Abreu, um dos diretores daAgência e forneceu detalhes da excur-são Europa Maravilhosa, através daqual turistas brasileiros podem per-correr o Velho Mundo pagando 20prestações de NCrS 244,41, sem entra-da .

ESCALACom uma série de concertos sinfônicos, de música dc câmara, piano, builudos c aprcsentuçõe*teatrais, a cidade dc Sintra, em Portugal, promove até o próximo dia 3 o XII festival de Sintra '-òeguiu para a Itália, ande cumprirá um roteiro turístico, a estudante Patrícia Hermuny. de Belo Ho-rizonte, vencedora do concurso A Mellior Cuilerncta Escolar, promovido pela Alitalia - 1 ex-campeã sul-americana de natação, Vera Formiga, funcionária da Pan American, ganhou um concursotle vemltts ila empresa c, por isso, terá direito a viajar, gratuitamente, um total de 36 000 quilôme-tros, cujo itinerário ainda não escolheu -_4- O canal de Dasliinil. .... Suécia, considerado pelosperitos em turismo como um dos quatro mais bonitos da Europa, lesteju seus 100 anos de existênciacom uma serie de festividades, entre elus provtis de canoagem c um rttllve pari barcos a motorItstta o «io o editor de turismo do. San Herald, de Sidnei, Austrália, Leslie Welford. uno aqui Iarauniu serie de reportagens pura o séu jornal A Pan Am acaba de editar um livro sabre todas usestações de águas existentes no mundo. O livro custa USS 5,95 e pode ser encomendado à Pam AmI tiblications. Pp llox ,57, Melville, Nova Iorque 11746 — E o Galeão conliihia a ser o únicoaeroporto uuornacio.mil dos cinco continentes sem uma linha de ônibus regular paru o centroua ciíiaue.

PROJETOS NA EMBRATURA Empresa Brasileira de Turismo

-t— Embratur — informa que já rece-beu; até agora, 106 projetos de hotéis emotéis,, com base nos estímulos fiscaisconcedidos pela legislação federal. Osprojetos estão em fase de primeira in-dicação dos. seus prováveis custos eatingem a casa de NCr? 1021 000, dosquais uma parte está destinada à apli-cação de recursos deduzidos do Im-posto de Renda. Caso sejam transf or-madps em realidade todos os projetos,o parque hoteleiro nacional ganharámais de 13 350 novos apartamentos emhotéis e motéis.MUSEU DA CERVEJA',. O Centro Catarinense, promotor doV Festival da Cerveja, previsto para operíodo de 23 a 25 do corrente, inicioupreparativos para a orgahização doMuseu Nacional da Cerveja, que reu-nirá documentos e objetos relativos aopão liquião, desde os tempos bíblicosaté os nossos dias. O Museu apresen-tara uma novidade em relação às ins-tituições do gênero: será itinerante eaberto ao público, por ocasião dos fes-'tivais da cerveja que o Centro Cata-rinense pretende promover, em diver-sas cidades do Brasil.UM VÔO MUITO ESPECIAL

O Papa Paulo VI aceitou o ofere-cimento da Avianca — empresa deavião colombiana — para viajar emum avião da companhia, com sua co-mitiva, de Roma a Bogotá, onde par-ticipará do Congresso Eucarístico Tn-ternacional. O avião escolhido foi umBoeing 707-320 B, cuja viagem terá de-talhes muito especiais: será instaladoa bordo um pequeno altar, a primeiraclasse será transformada em aposentopara o Papa, a cozinha de bordo pro-videnciará refeições obedecendo à die-ta dos cardeais' da comitiva e o vôoserá direto, a 12 000 metros de altura,numa velocidade de quase 1 000 qui-lómetros por hora.CARNAVAL DE EXPORTAÇÃO

O Comitê de Carnaval da cidadede Vera Cruz, no México, esteve na Se-cretaria de Turismo a fim de solicitara exportação de um pouco do carnavalcarioca, através do envio àquela cidadede um grupo de 25 passistas, com asdespesas pagas pela municipalidadede Vera Cruz. O pedido foi atendido eos passistas serão selecionados entreos melhores das principais escolas desamba da Guanabara.

> GUIAJB >Saídas de Paquetát

Dias úteis Doms. e feriados*5h30m 5h30m

¦ 7h __Oh 91_1211 121115h 151.171l 17h191i 19h20h30m 201_30m.Mll 241.

SAÍDAS DE NAVIOSSâo as seguintes as saídas de navios do

Porto do Rio de Janeiro previstas para ospróximos meses:

Para a Europa: Rio Tunuyan (15/8), Aug-us-tus (24/8), Paraguay Star (27/8), Pasteur (3,9)10/9), Giulio Cesare (14/9), TJrugruay Star (17/9),Alberto Dodero (6/9), Eugênio C (6/9), Arlanza(17/9),Brasil Star (24/9),Andréa C (29/9),Amazon(1/10), Vapeyu (2/10), Augustus (5/10), EnricoC (9/10), Rio Tunuyan (10/10), Eugênio C(14/10), Argentina: Star (15/10), Aragon (22/10),Giulio Cesare (26/10), Pasteur (29/10), AlbertoDodero (30/10), Anna C (30/10), Paraguay Star(5/11), Eugênio C.U0/11), Arlanza (12/11), Au-guslus (16/11), Uruguay Star (19/11), Brasil Stare Enrico C (26/11), Anna C e Rio Tunuyan(28/11), Amazon (3/12), Yapeyu (4/12), Eugê-nio C (7/12), Giulio Cesare (8/12), ArgentinaStar e Pasteur (17/12), Aragon (24/12), AndréaC (30/12), Augustus e Enrico C (31/12).

Para os Estados Unidos: Brasil (5/9), Ar-gentlna

"(11/10) e Brasil (6/12).

A fim de obter informações completas só-bre chegadas e saidas de navios, telefone dire-tamente para as companhias de navegaçãomarítima ou seus agentes: Blue Star Line(42-4156), Compagnie des Messageries Marltl-mes è Delta Line (43-4501), ELMA (23-2234).Hamhiirg Sudamerikaniscbe (23-1865), Linea C(43-7961), Itália SP AN Gênova (43-8860), MitsuiOSK Lines, Royal Mail e Moore McCormack(31-2000) c Royal Interocean Line (43-3553).CORCOVADO & PAO DE AÇÚCAR

São os seguintes os preços das passagensdo bondinho do Corcovado:Alto do Corcovado * — NCrS 2,50Paineiras • — NCr$ 2,00Silvestre — NCrS 0,60Terceira parada — NCr$ 0,16Segunda parada — NCr$ 0,100 Para o Alto do Corcovado a Paineirasas crianças de 3 a 8 anos pagam metade dapassagem.

Para as visitas ao Pão'de Açúcar, os bon-dlnlios sobem ou descem a cada 30 minutos,entre 8h e 22h30m, ao preço de NCr$ 3,00 parapassagem de ida e volta até o Morro do Pãode Açúcar e NCr$ 1,50 somente até à Urca.PAQUETÁ

As passagens nas barcas entre Rio e Pa-quetá ou vice-versa custam NCrS 0,25 nos diasúteis e NCrS 0,50 aos domingos e feriados. Oshorários são os seguintes:Saidas do Rio:

Dias úteis Doms. e feriados:5h30m 7hl0m7hl0m íohlOh _13h i3h15h i5hI7h30m I7h30mI9h 'I9h¦"''*""• 23h

A viagem demora cerca de lhl5m e ombarque na Guanabara c feito na Praça XV

de Novembro. Informações pelo tel.: 31-0396.MUSEUS DA CIDADEARTE MODERNA — Av. Beira-Mar — AterroTel.: 31-1871, 2.» a sáb.: 12 às 19h.BANCO DO BRASIL — Av. Rio Branco, 65/67Tel.: 43-5372; 2." a 6,a-feira, 12 ãs 16 horas;sáb. e dom.: fechado.BELAS-ARTES — Av. Rio Branco, 199 — Te-lefone 42-4354, terça e sexta: 13 às 2lh; sáb.e dom.: 15 às 18h. Segunda: fechado.CAÇA — Quinta da Boa Vista (lado direito,portão princ. Zôo), terça a sexta: 12 às 17h;sáb. e dom.: 9 às 17h. Segunda: fechado.CASA DE RUI BARBOSA — Rua São Cie-mente, 134 — Botafogo. Tel.: 26-2548, terça adom.: 12 às 16h30m. Segunda: fechado.CIDADE DO RIO DE JANEIRO — EstradaSanta Marinha — Tel.: 47-0388. Fim do BairroGávea, terça a dom.: Illi30m às 17h; segunda:fechado.GEOGRAFIA — Av. Calógeras, 6-B, sobrelojaCentro da Cidade — Tel.: 52-4985, segundaa sexta: 11 às I7h30m; sáb. e dom.: fechadoHISTÓRICO NACIONAL — Praça MarechalAncora — Tel.: 42-0713 — Centro da Cidade.Terça a sexta: 12 às 17h; sáb. e dom.: 14h30màs 17h45m. Segunda:'fechado.IMAGEM E DO* SOM ¦_** Praça Mal. Ancora,1 — Centi|0 da Cidade, terça a sáb.: 12 às 20h.Dom. e feriados: 14.às 18h. Segunda: fechado.MONUMENTO NACIONAL MORTOS SEGUN-DA GUERRA — Parque do Flamengo, segundaa dom.: 8 àsx 20h.NACIONAL (M. EDUCAÇÃO) — Quinta daBoa Vista — Tel.: 28-7010. Palácio Imperial —São Cristóvão, terça a dom.: 12 às 16h30m; se-gunda e feriados nacionais: fechado.REPUBLICA — Palácio do Catete. Rua doCatete — Tel.: 25-4302, terça a dom.: 13 às 18h.Segunda: fechado.TEATROS — Teatro Municipal — pav. térreo.Av. Rio Branco — Tel.: 22-5000 (Geral), so-gunda a sexta: 13 às 17h. Sáb. e dom.: fe-chado.IMPERIAL N. S. DA GLÓRIA DO OUTEIROPraça Nossa Senhora da Glória, 135 — Gló-ria. Tel.: 25-2869, segunda a sáb.: 8 às 12;14 às 17h. Dom. e dias santos: 8 às 12h.ÍNDIO — Rua Mata Machaao — Tel.: 28-5806(em frente ao Estádio Maracanã). Segunda asexta: 11 às 17h. Sáb. e dom.: fechado.

' 'JARDIM BOTÂNICO — Rua Jardim Botânico,1008 — Bairro Jardim Botânico. Tel.: 27-3855.Segunda a dom.: 9 às 17h30m.O CAMBIO DO DIA

São as seguintes as cotações das moedasestrangeiras para compra nas casas de câmbioe bancos: Dólar (EUA) — NCrS 3,22; Libra(Inglaterra) — NCrS 7,80; Franco (França) —'NCrS 0,65; Franco (Suíça) — NCrS 0,75; Escudo(Portugal) — NCrS 0,115; Peso (Argentina) —NCrS 0.010; Marco (Alemanha) — NCrS 0,815;Dólar (Canadá) — NCrS 3,00; Lira (Itália) —NCrS 0.053: Franco (Bélgica) — NCrS 0,65,-Coroa (Dinamarca) — NCrS 0.43; Coroa (Sué-cia) — NCrS 0,62; Florim (Holanda) — NCrS0,90.

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6 - Cad. de Aulomóvois - Jornal do brasil, ..".foira, 14-8-68

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Policiais eãucaãos e sempresolícitos orientam os turistas

Bogotá, cidade de contrastes por exce-lência, é o local para onde muitos brasilei-res deverão seguir, na próxima semana, afim de participar do XXXIX Congresso Eu-carístico Internacional ou para ver de per-to o Papa Paulo VI. Bogotá é habitada permais de 2 milhões de pessoas, que se preo-cupam com o, desenvolvimento urbano,dando novas feições às ruas ou criando no-vos bairres, mas têm um carinho especialcom os museus, onde se conta com orgulhoa história do povo colombiano, suas artes,glórias e letras.

O preço da passagem aérea ida e volta,classe econômica, é de USS 457 entre o Riode Janeiro e Bogotá, mas algumas compa-nhias de aviação estão apresentando pia-nos de financiamento para facilitar a idade muitos brasileiros católicos a Bogotá du-rante o Congresso Eucarístico. Embora ai-guns hotéis — ou a maioria deles — já es-tejam com a lotação esgotada, ainda é pos-sivel conseguir hospedagem em pensões oucasas de particulares que se comprometemcom as agências.de turismo a receber osviajantes durante o Congresso.

A CIDADE

Situada a 2 630 metros acima do níveldo mar, Bogotá deverá influir na pressãosangüínea dos brasileiros durante os pri-meiros dias de sua estada. Coin uma tem-peratura média de 14 graus centígrados ea umidade do ar a 73'., normalmente obrasileiro deverá sentir frio em Bogotá eterá de usar roupas grossas ou de lã.

Com 462 bairros, Bogotá oferece ao tu-lista algumas atrações históricas, quer nassuas igrejas, de estilo colonial, quer nos 14museus que funcionam diariamente, comexceção da segunda-feira. A visita aos mu-seus dará ao turista condições gerais de en-tender o povo colombiano e conhecer suahistória, arte e literatura.

OS ARREDORES

Nos arredores de Bogotá o turista bra-sileiro pode passar algumas horas apreciam

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do a basílica de Monserrate onde existeuma imagem do Senhor de Monserrate, que.data do século XVII. A basílica construídaa 500 metros acima de Bogotá permite aosturistas- uma visão panorâmica da cidade.

A Represa dei Muna, que forma umalagoa artificial, é o local onde são realiza-das as regatas e onde se acham, também,alguns clubes famosos: Clube Náutico eClube do Tiro.

Sopó é um dos rincões mais be.los da-Colômbia, cem paisagens que lembram asda Suíça e seus romeiros que fazem via-gens para conhecer ou adorar a' imagem deJesus Cristo esculpida em uma elevaçãoonde, segundo os moradores do lugar,

"foiobra de um milagre já que ninguém se lem-bra do dia quando apareceu.

Zipaquirá fica a 5'0 quilômetros de Bo-gota e é famosa por suas salinas. Lá foiconstruída a Catedral do Sal, única nomundo e situada no subsolo. No seu inte-rior, que mede 120 metros de comprimento,os arcos chegam a alcançar uma altura de'74 metros.. Foi projetada" em 1950 e inau-gurada em 1954, c o m capacidade para8 000 pessoas. Os turistas que desejampassar alguns dias naquela região poderãohospedar-se na Casa dei Libertador, nós ar-redores das salinas, onde existem váriasatrações.

OS MUSEUS f

O Principal museu de Bogotá fica naCarrera 7 A: é ò Museu Nacional. No seuinterior funcionam realmente quatro mu-seus — o Arqueológico, Etnográfico, His-tórico e de Belas-Artes — que colocam opúblico em contato direto com as melho-res recordações da História do país. NoMuseu Etnógráíico, são exibidos os gruposculturais Guajiro. Motilon, Tucano-Maku,Sioha, do Rio Caiman, do Amazonas, dosGuaibos, Witoto, Chimila, Paez, Kwaiker,Sibodoi, Kogui e dos Tucanos. Ferramen-tas de trabalho, instrumentos musicais,roupas e adornos, de diferentes tipos, sãocolocados ao lado de obras de arte popular

.como máscaras, objetos de cerâmica e ta-

lhas; no Museu Arqueológico, as vitrinasmostram peças valiosas da cultura Tu-maça, Calimá. Pijao e, do rio Magdalena;no Museu Histórico, encontram-se desde asbandeiras des batalhões espanhóis derrota-

-•dos pelas forças peruknas ou o manto damulher do imperador inca Ataualpa, até tro-féus militares cu portas das muralhas deCartagena ou dos castelos de Maracaibo;no Museu dc Belas-Artes, quadros de Epi-fânio Garay, Andrés Santamaria, EugênioZerda e Moreno Otero estão expostos aolado de esculturas,: .baixos-relevos e ta-lhas dos mais famosos artistas colombia-nos. Ao lado da galeria dos artistas colom-bianos já falecidos, encontram-se quadrosde pintores contemporâneos ou escultores.

Nos outros museus de Bogotá tambémexistem atrações para os turistas: o Museude Arte Colonial, o Museu do 20 de Julhoou da Independência, o Museu do Ouro,Museu Bolívar. Museu Jorge Eliecer Gai-tán. Museu Numismático, Museu Literário,Museu Etnográfico de Yerbabuena e Museudo Seminário Conciliar.

A VIAGEM

Para o brasileiro que pretende ir à Co-lôinpià, para assistir., ao Congresso Eucarís-tico Internacional, são oferecidos muitosplanos que facilitam a viagem. Além dosfinanciamentos...que as agências de turis-mo proporcionam aos seus clientes, as com-panhias de aviação também têm planos decrediário para as passagens.

O preço da passagem, ida e volta, éde USS 457 dólares eja viagem pode ser fei-ta diretamente às segundas ou nos sába-dos. A Pan American, a Varig e as Aeroli-neas Peruanas têm vôos semanais para Bo-gota, fazendo escalas em São Paulo ou emLima. As Aerolineas Argentinas têm vôospara Bogotá, mas o passageiro terá que fa-zer escala em Buenos Aires, o que aumentaem USS 200 o valor das passagens.• Pelo crediário o" melhor plano é o dopagamento ..de 30% de entrada (cerca deNCrS 446,50) é seis pagamentos mensais deNCrS 181,00. *

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.TOME NOTA,Melhores hotéis de Bogotá: Tequcndama, Conti-

nental, San Francisco, Residências Santa Fé e Residèn-cias Steves. As diárias custam, em média, USS 13 parasolteiros e USS 16 para casais.

A moeda nacional é o peso colombiano, divididoem 100 centavos. A cotação da moeda é muito varia-vel. mas. para efeito de cálculo, cada dólar vale 10pesos.

Anote o nome de alguns bons restaurantes: Mon-serrate, Grill Europa, Gran Vatel, La Zambra, PolloDorado, El Chico, La Reserve, He de France, Leon'se Koster.

Q Teatro Colón é a .melhor casa de espetáculosde Bogotá, com freqüentes temporadas de óperas. Bonsshows podem ser assistidos no Teatro Colômbia.

A gorjeta é, normalmente, de 10 por cento sobreo valor cia nota, mas. nos hotéis, a taxa é de i!0 por cen-to. Para o.s carregadores de hotel a gorjeta normal é deum peso por volume. Os choferes dc praça, habitual-mente, não recebem gorjetas.

As melhores compras em Bogotá são jóias i joa-lherias Bauer e Kling), principalmente trabalhos emprata feitos a mão. Vale a pena comprar, também, es-culturas feita» com borracha crua e objetos de bronze.

Cuidado com seus aparelhos elétricos, principal-mente se levar um barbeador. A corrente em Bogotá éde 150 volts, a 60 ciclos, exceto no Hotel Tequendamaonde é de 110. Se você ficar em outro hotel peça umtransformador na recepção.

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mais escurece devido à oxidaçâò nemdesprende a tinta posteriormenteaplicada: mantem-se sempre igual,sempre igual, sempre novo. A aplica-ção do Alodine realiza-se por simplesImersão, à temperatura do ambiente,ou mesmo por borrifo (pistola de pin-tura), a pincel ou com rolo, sem em-prego de qualquer das dispendiosasinstalações necessárias à execução detratamentos convencionais de prote-ção no aluminio. A parte as caracte-ristícas de proteção que podem satis-íazer o mercado mais exigente, a alo-dizacão revelou-se com um dos me-lhores aliados do alumínio na sualuta com os plásticos. Os alodizadoscompetem facilmente com estes últi-mos na resistência física. A aderên-cia que proporciona â pintura é tãogrande que o alumínio alodizado podeser pintado até mesmo antes de serdeformado, como na estampagemprofunda necessária à fabricação detampas de garrafas, ou n-a extrusãode perfis de Janelas. Várias empresasbrasileiras já integraram a alodlzaçãoa seus processos de fabricação, obten-do extraordinária redução de custose atingindo notável aumento na qua-lidade e desempenho de seus produ-tos. Exemplos: máquinas de escrever,aviões, antenas de televisão e pérsia-nas. Para estas últimas a alodizaç.ãoé feita na chapa de alumínio antesda formçâo dos produtos. Nos EUA,oiíffe ò proceso já ganhou todos ossetores industriais, o alumínio prote-gido com Alodine é utilizado desde afabricação de chapas cie identifica-çáo de veiculos e de sinalização ro-doviária, até cm satélites artificiais.

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CLASSIFICADOSRio de Janeiro — Quarta-Feira, 14-8-68 Parte inseparável «jo Jornal

AVISO — A Central do Brasil informa gue hoie, !daa 9 ás 16 horas, o» Ircns perodores com destino *D. Pedro II, não farío parada, em São Cristóvão «Lauro Müller, e daa 12h30m át 16h30m, o» tren» dcramal dc Paracambi continuarão circulando somonte ate IJaperl.

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Imóveis - Compra e venda - Imóveis - Compra e venda - Imóveis - Compra e venda - Imóveis - Compra e venda

INDICE

IMÓVEIS - COMPRA E VENDAIMÓVEIS - ALUGUEI UTILIDADESENSINO E ARTES ANIMAIS E AGRICULTURA .OPORT. E NEGÓCIOSMÁQUINAS - MATERIAIS ...DIVERSOS

EMPREGOS

SERVIÇOS PROFISSIONAIS . .VEÍCULOS - EMBARCAÇÕES- ESPORTES

CRECIAgendaCruzadas Sociais Farmácias de plantãoPr.-njas Ensino

PAGINAS1 • 3

43 e

6 a

5556a6

88

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AGÊNCIAS DE CLASSIFICADOS

CENTRO

S.d. _ Avenida Rio Branco, 112 - Térreo, '

Upa — Avenida Mem cie Sá. n.o 147Rodoviária _ Estação Rodoviária Nôvo Ri:, 2.", loia 203Sao Boria - Av. Rio Branco, 577 - loja E Edií. S. Borja

ZONA SUL

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Botafogo - Preia cie Bctafogo, 4C0 — SEARSCopacabana - Av. N. S. de Copacabana, 610 - GaleriaHamenqo - Rua Marques de Abrantes, 26 - Lota EPosto 5 - Av. N. S. de Copacabana, 1 100Ipanema - Rua Visconde de Piraiá, 6'11-C

ZONA NORTECampo Gr.-«id. - Av. Cesário de Melo, 1 549 - Ao. daGuandu VeiculesCascadura - Av. Suburbana, 10 136 - largo CascaduraMadureira - Estrada do Portela, 29 - Loia EMeier - Rua Dias da Cruz. 74 - Loia BPenha - Rua Pilnlo de Oliveira, 44 - Loia MSao Cristóvão - Rua São Luís Gonzaga, 119-CTiiuca - Rua Generai Rocca, 801 - Loja F

ESTADO DO RIODuque da Caxias - Rua José d* Alvarenoê, 37»Niterói - Av. Amaral Peixoto, 116, grupos 703 e 704 -

Telefcne.': 5509 e 2-1730Nova (guaru — Av

Loia 12Governador Amaral Peixoto, 3-J

ANÚNCIOS PARA DOMINGO

As agências do JORNAL DO BRASIL, no Méier (RuaDias da Cru:, 74 - Loja B), Copacabana (Av. N. S. daCcpa-aoar.a. 610, Galeria Ritz), Tijuca (Rua Gen. Rocca, 801- Loia F), Botafogo (Praia de Botafogo, 400 - SEARSt, Sede(Ay. Rip_ Branco, 112 - Térreo) e Rodoviária (Estação"Rodo-v.ans Nôvo Rio, 2.o, Loia 205), ficam abertas às sextas-fei.MsBté as 22 heras para rec-ber Anúncios par,, dominqo.

MAPA DO TEMPO - JB

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mm - I S>/Ta^

ANALISE SINÕTICA DO MAPA DO SERVIÇO DE METEORO.LOGIA INTERPRETADA PEIO JB - A nova frente fria do sul,com aumenio de nebulosidade e declínio de temperatura.(_aí próximas 24 herar, a fren!» dever.'i afetar o oeste dosEstado* do Paraná, Santa Catarina' e SSo Paulo, com verteido «ul f. oeste e aumento de nebulosidade, provocando chu-vas no Rio Grand* do Sul. No reste do País não há maioresmodificações a relatar.

NO RIO

BOMMÁXIMA: 24.5AMNIMA: 13.2

TEMPERATURAE TEMPONOS ESTADOS

O SOL

_£_>_NASC. - 6h2lm

OCASO - 17h35m

A LUA

CHEIA

Maranhio - Piauí — Ceará —Tempo: Bom com nebulosidn-de variável. Temp.: Estável.Rio Grand* do Norti - Parai.ba — Tempo: Bom com r.e!_u-Icjidade, instabilidade ccasio-nal do litoral. Temp.: Eslá-vei.Pirnambuco — Alagoas —

Tempo: Instável, chuvas nolitoral. Temp.: Em ligeiro de-clínio.Sergipe - Bahia - TempoiInstável, chuvas no litoral.Eni declínio.Minai Gerais — Tempo: Bom.Temp.: Em liqeire elevação.ESPIRITO SANTO _ Tempo:Bom, nebulosidade. Temp,:Em ligeira elevação.Rio d» Jantlre — Guanabara

Tempo: Bom, névoa úmidapet.-! manhã. Temp.: Em ele-var'" .GOIÁS - Tempo: Bom comaumento de nebulosidade. —Temp.: Em elevação.Mato Grosso — Tempo: Bompa:sando a instável, chuvas no!Ojste do Estado. Temp,: Em!declínio.São Paulo -- Tempo: bom com]aumente de nebulosidade. -,Temp.: Em elevação no nortee leste do Estado, deflíniindo!na oeste.Paraná — Tempo: Bom cam au-ment? de nebulosidade. Temp:Estável, declinando no oeste dolEsti do.Santa Catarina — Tempo: Bcmcom auTnenfo de nebulosidade,parsõndo a instável. Temp.:Em declínio.Rio Grand* do Sul — Tempo:Instável, chuvas no período.Temp.: Em declínio.

OOS VENTOS

&

VARIÁVEIS, FRACOS

AS MARÉS

PREAMAR:5h45m/l,0m • 16h/0,9m

BAIXA-MAR:0h30m/0,4m e J3h20m/0,4m

TEMPO NO MUNDO (UPI-JB)Temperaturas máximas de ontem e previsão do tempo parahoie nós cidades seguintes: Buenos Aires, ,2°3, nublado;Santiago, 14°2, nublado,- Montevidéu, 10°, claro; Lima, 15°6,encoberto: Bogotá, 14°2, nublado; Caracas. 27°, nublado)México, 22°, nublado; San Juan, PR, 30°, nublado; Kingstcn,(Jamaica', 31°, nublado; Port of Spaln, (Trinidad'. 30°, bom;Neva Iorque, 26°, bom; Miami, 29°, bom; Chicaco, 24°,•nc-berte: les Angeles, 26°, bom; Londres, 16°, nublado;Pari:, 23°, nublado; Beriim, 19, nublado; Mcsceu, 24, solfRoma, 29°, sol; Lisboa. 27°, sol; Montreal, 24°, nublado;Quebec, 19°, nublado; Tóquio, 26"7, nublado.

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CRECICONSELHO REGIONAL

DOS CORRETORES DE IMÓVEISDA 1." REGIÃO

1 — FISCALIZAÇÃO — a) mnls uma vez estaFiscalização adverte ãs pessoas que, ilegal-mente, estão praticando a corretagem deimóveis, contrariando a Lei n.° 4 116162 e

., incidindo, por conseguinte, em infração pe-nal, que, com a máxima urgência, procuremesto entidade, onde serão orientadas no sen-tido de regularizarem suas situações; b)os Srs. Corretores de Imóveis que vêm dan-do cobertura aos que, ilicitamente, fazemcorretagem, estarão sujeitos à multa respec-tiva, podendo ter suns carteiras profissionais

, cassadas, em caso de reincidência.

I — SOLICITAR AM HEC.ISTUO — Na forma doArt. 2.<- da Lei n.o 4 116, de 27-8-62, ficaaberto o prazo de 30 (trinta) dias pnra im-pugnnçôes. as quais deveráo ser apresenta-das, por escrito, na Secretaria desta entida-•de, aos seguintes candidatos: 1) Joáo Ra-mos, brasileiro, casado, Rua Marquês de Ma-rica n.o 32; 2) Frederico Cerdeira Plmen-tel. brasileiro, viuvo, Rua Cnndldo Benicio,ii.0 1 551; 3) Nelson dn Gama e Sousa, bra-sileiro, solteiro, Rua Capelão Alvares da Sil-' %-a n.o li _ apto. 102; 4) Mário Guedes deMelo Filho, brasileiro, casado, Largo de SãoFrancisco n.o 26, apto. 1104.

3 — RETIFICAÇÃO — Tendo alguns jornais des-ta cidade notificado que Gilberto LimaAndrade, um dos envolvidos no derrame dodólares falsos, è corretor dc imóveis, a Dlre-toria do CRECI, a bem da verdade.' vem es-clarecer que o referido Sr. jnmnis foi regis-trado nesta entidade.

i — QUEM NAO PODE SER CORRETOR — ALei n.o 4 116;62 dispõe, em seu Art. 3.°, sô-bre os que não podem ser corretores de imó-veis: a) os que náo podem ser comerciantes;bi os falidos náo reabilitados e os reabilita-dos quando condenados por crime íalimen-

H tar; c) os que tenham sido condenados ouestejam sendo processados por infração pe-nal de natureza infamente, tais como: falsidade,estelionato, aproprieação indébita, contraban-do, roubo, furto, lenocinio ou passíveis, ex-pressamente, de pena de perda do cargo pü-

. blico; d) os que estiverem com o seu regias-tro profissional cancelado.

— RESSOAS JURÍDICAS — A Tesouraria destaentidade solicita o comparecünento, com a pos-sível urgência, dos representantes das firmasa seguir relacionadas, a fim de regulariznremsuas situações junto ao CRECI: ImobiliáriaCremllda, Almeida Pinto & Cia. Ltda., Con-sórcio Nacional de Imóveis, Construtora For-gel Ltda., Aldo Moura, Incorporações e Ven-das Imóveis, Norte América Imobiliária LMa.,Org. Anthero Imob. Ltda., Márcio S. A.Adm. Inc. e Comércio. Escritório Rosas dsCorretagens Ltda., Cadil — Corretora e Adm,corretagens Ltda., Predial Alteza S. A., OrcalImóveis Ltda.

— REÜNL\0 DO CONSELHO — O Conselho es-tara reunido, em caráter ordinário, no próxi-mo dia 22 do corrente, ãs 17h30m, constandoda Ordem do Dia a seguinte mntéria: ai lei-

. tura e aprovação da. Ata anterior; b) aprova-ção do balancete de junho do corrente ano;O entrega de carteiras e certificados; d) dis-cussão e aprovação de precessos; e) assuntosgerais.

— CORRETORES CADASTRADOS — Em pios-seguimento, relacionaremos os Corretores deImóveis de ns. 3911410: n.° 301 — ChalonAbrahan; n.o 392 — José Rodrigues Peixoto;n.° 393 — Alberto Gonçalves Maciel^ n.° 394Válter Florindo Moreira; n.° 395 — Olavo

Müller; n.° 396 — cancelado; n,° 397 — Cás-sio Anes Dias Filho: n.° 398 — Gualter deBrito; n.ò° 399 — cancelado; n.° 400 — Antô-nio Fernandes da Fonseca; n.° 401 — Wash-ington do Rego Barros Barbosa; n.° 402Antônio da Silva Ferreira Trindade; n.°403 — Rodolfo da Paixão Linhares; n.o 404Chain Szulin Engiel; n.° 405 — Samuel Ja-cob Kaufman; n.° 400 — Roberto GonçalvesSoares; n.° 407 — cancelado; n.° 408 — Eval-do Fonseca Rocha; n.o 409 — Aurélio MoreiraSousa; n.° 410 — Luís Monteiro dc Paula.

(Noticiário do CRECI — órgaâo de registro,fiscalização e disciplina sediado na AvenidaRio Branco n.» 128 — 14," andar, sls. 1405/9.

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CANCELAAIENTO — Amanhã, quinta-feira, Diade Assunção de Nossa Senhora, náo será ponto fa-cultativo nas repartições federais e estaduais. Ocancelamento é em conseqüência de a Igreja nãoconsiderar mais a data feriado religioso.

EMPRÉSTIMOS — O Ipeg paga na sexta-feira,das ] 1 ãs 16 horas, as propostas de empréstimo sobcaução da apólice de pecúlio facultativo, pedidos1249 a 1641.

PAGAMENTOS —'As Agências de Depósitos daCaixa Econômica Federal do Rio de Janeiro credi-tarão hoje os pagamentçs dos servidores federais-das seguintes repartições; Administração do Portodo Rio de Janeiro — Folha Suplementar e Cia. deNavegação Xóide Brasileiro — Pensão Alimento.MÚSICA — Sexta-feira, às 17h30m, o Quartetoc o Coral da Escola Nacional de Mtfsica darão umconcerto em sua sede, no Passeio Público e no Sa-lão de Concertos Leopoldo Miguez. No'domingo osalunos das classes de plano, canto, violino, céliotrompete, harpa e trombone farão exercício públi-co, ás I6h30m.

TEMPO — Previsão do tempo hojo na região sa-lineira fluminense: tempo bom, com nebulosidadevariável. Condições de evaporação boas. Região sa-lineira nordestina: tempo instável, sujeito a chu-vas esparsas, entre Salvador c Natal, e bom comnebulosidade variável, entre Macau e São LuisCondições de evaporação regulares entre Salvadorc Natal c boas entre Macau e São Luis.PROFESSORES — A Casa de Freud está realizan-do uma serie de aulas franqueadas ao público só-bre os assuntos seguintes: Fundamentos da Sócio-logia. Psicologia, Psicologia Social e Filosofia In-lormaçoes na Avenida Graça Aranha 31 r> » ¦andar. '

CAMPANHA — A Campanha Nacional da crian-ça inaugurará o CE AT Flamengo (Centro de Es-tudos e Atividades;, dia 15 próximo-, ás 16 horasno Pavilhão Japonês, no Parque do Flamengo, datado segundo aniversário do CEAT-Botafogo (RuaMena Barreto, 35). Durante uma semana haverádemonstrações de cães da Polícia Militar da Gua-nabara, sessões de cinema, espetáculos de teatro!1I!C0Ò1„tros ?e jovens' send0 ^e- no encerramento"dia 22, serão apresentados - >-•--„¦-' •¦ •jogral do CEAT.

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ENTREVISTAS — O Secretário de Saúde, Dr Hil- 'debrando Monteiro Marinho, dará entrevista co-letiva à. imprensa, hoje, às 15 horas, no Salão Es-tãcio de Sá, do Palácio Guanabara. Abordará osplanos da Secretaria e os principais problemas de

'saúde da população da Guanabara.

PIANISTA — Domingo próximo, às 10 horas nRádio Ministério da Educação e Cultura levará aoar,* através da TV Globo, mais um programa daserie Concertos para a Juventude, tendo como atra-ção principal o pianista russo Serguei Dorenskl,considerado pela critica como uma das maioresexpressões artísticas' de seus pais. Tocará a Rap-sódla sobre um tema de Paganinl, de Rachimani-nov, acompanhado pela Orquestra Sinfônica Na-cional da Rádla MEC, sob a regência do maestroJosé Serebrier.

EXPOSIÇÃO — 12 fábricas de cerveja de oito pai-ses estrangeiros já asseguraram a sua participa-ção na I Exposição Nacional da Indústria da Cer-veja, que deverá ser inaugurada no dia 21 destemès no Pavilhão de São Cristóvão. A mostra fica-Tá aberta à visitação pública ató o clia 25, quandose encerrará o V Festival da Cerveja da Guana-bara, no mesmo local, sob os auspícios da Secre-taria de Turismo da Guanabara.

COMPOSITORES — O Teatro Azul está convocan-do compositores jovens, para participarem, comsuas composições, cias reuniões informais de músi-ca popular brasileira, que promoverá a partir desábado,' às 17 horas, na Rna Marlz e Barros, 612,Tijuca.

CONFERÊNCIAS — Na Comissão de Economia eFinanças da Assembléia Legislativa, da Guanaba-ra, o Reitor João Lira Filho, da UEG, pronuncia-rá hoje, às 10 horas, uma conferência sobre A Uni-i-crsidaile cm Face tia Ciência e da Tecnologia.

SANITARISTAS — Promovido pela Sociedade deHigiene, será reahzado, em Salvador, no períodode 9 a 13 de dezembro, o XVII Congresso Brasi-leiro de Higiene, que conta com o patrocínio doGoverno do Estado da Bahia.

PENITENCIARIA — Foi nomeado para exercer ocargo de Diretor da Penitenciaria Cândido Men-des, o Major da Policia Militar, Bonifácio Dias deBarros, em substituição do Major Samuel de Oli-veira Torres.

MARIANOS — Os congregados marianos da Gua-nabara ao ensejo de seu Dia Mundial, no dia 18,prestarão homenagem a D. Jaime dc Barros Cà-mara. Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro e As-sistente Nacional do Movimento. O local será aPontifícia Universidade Católica. A concentra-ção às 15 horas, na Praça Santos Dumont, cmírente ao Jóquei Clube, donde sairão em desfileaté a PUC.

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4 - CLASSIFICADOS - Jornal do Brasil, 4."-feiro, 14-8-6!. © IMÓVEIS - ALUGUEL

CruzadasC.U.LOS DA SILVA

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HORIZONTAIS — 1 — produzir; criar; 5 — di-vlndádé cósmica, o deus criador dos egípcios;Phtah; 9 — fruto capsular ciue se abre na matu-ração, lançando as sementes (Do gr. elater); 11

meneio (De rebolar); 13 — não eficiente; quenão abona (Do lat. in -.- opcrnnle); 14 — pessoaaparvalhada (ZUCAi; 15 — remoinho de água;16 — ebcher de matas ou mataduras (os ani-mais); 18 — utensílio que se enfia no dedo mé-dio para empurrar a agulha quando se cose; 19

estudei; 20 — argola; 21 — pousar na água (ohidravião); 24 — indivíduo rústico; 26 — certa;determinada; 27 — graça; 28 — raridades.

VERTICAIS — 1 — rancho de crianças (De _ru-ri); 2 — aquele que reboca; 3 — pessoa que exer-ce a alopatia (Do gr. állos -f páthos); 4 — a es-cória; o populacho; 5 — impulso dado ao pedal;6 — troar; atroar; 7 — nesse lugar; 8 — donasde hotéis; 10 — vento írlo; taro; 12 — numerar;contar um a um; 17 — inunda (De laço); 19 —lodo; 22 — maior; 23 — vale cavado nas monta-nhas em anticlinal; 25 — seguir.

SOLUÇÕES DO NÚMERO ANTERIOR — Hori-zontais — gelar: cela; agabar; lateral; ut; oníri-cos; danado; aos; asarinas; cedido; asa; edace;pvil; siso; areca: sacolas. Verticais — julodices;latinadas; agerásicos; raridade; calo; cr; antes-salasá bãcoro; ana; sanável; oásica; edil; óro; ac.

SociaisANIVERSÁRIOS — Fazem anos hoje: Sra. Bea-triz da Costa Santos, Sr. Joaquim Cardoso, Sra.Alexandrina Silveira Melo e Sr. Zacarias de Lima;Souto.

MISSA — A Associação da Virgem de Caacupêque congrega a colônia Paraguaia do Rio, atra-vés de sua presidente, Sra. Beatriz Roclra Lagoa,convida para a missa de amanhã, às 19h30m, noaltar-mór da Matriz Nossa Senhora do Brasil, naTJrca. O Paraguai comemora a fundação de suacapital, Assunção.

HOMENAGEM — O Sindicaio dos Artistas doEstado da Guanabara prestará homenagem áoMinistro do Trabalho, Senador Jarbas Gc*nçalvesPassarinho, e ao Delegado Regional do Trabalhodeste Estado, Sr. Herculano Leal Carneiro, nopróximo dia 19. em solenidade que se realizaráno Retiro dos Artistas, em Jacarepagu.

INAUGURAÇÃO — Cem uma conferência do Em-baixador Gilberto Amado será inaugurado, ainda,éste més, o Auditório Pandiá Calógeras, do Ins-titulo Nacional do Livro, instalado na BibliotecaEuclides da Cunha, no 4.° andar do Palácio da,Cultura, á Rua da Imprensa, n.° 16.

MEMBRO — O Ministro da Educação, designou oprofessor Lafaíete Belfort Garcia para as funçõesde membro do Conselho de Curadores do Cole-gio Pedro II, em substituição ao professor Or-lando Calaza, recentemente falecido.

VIAJANTE — Seguiu para Belém o presidente doInstituto do Açúcar e do Álcool, Sr. Francisco Eliasda Rosa Oiticica, para participar de entendimen-"tos com organismos cie desenvolvimento regio-nal relativos ã implantação da indústria açuca-reira na Amazônia.

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A União Brasileira de Avicultura vai rea-üzar, às H horns dc hoje, eleição para os cargosde presidente e secretário da sua junta adminis-trativa, na sede da entidade — Avenida Nilo Pe-çanha n.° 12, salns 419:421.

Roberto Salgado vai reiniciar sua criaçãode, aves no Vale do Cuiabá, ern Petrópolis, paraproduzir 10 mil frangos mensais. Todo o estéreoserá aproveitado pnra adubar os seus 100 alquel-res de pastos para vacas leiteiras e cavalos de cor-rida.O industrial Salvador Pirace (Cortejr ' e

\ Tarsum) pensa seriamente cm lazer ressurgir oClube do Galo, em São Paulo. Em outros tem-pos, esses clubes, de âmbito estadual, promoviamencontros semanais entre todos aqueles ligados àindústria avicola. Caso se concretize a Idéia dePirace, é possível que os Clubes do Galo sejamreconstituídos pelos menos na Guanabara e emMinas Gerais.

Na semana passada, os preços dos ovos re-gistraram, em média,' um aumento de NCr$ 2,40por caixa de 30 dúzias; os de frangos permanece-ram estáveis, segundo o Serviço de Informaçãodo Mercado Agricola, do Ministério da Agrlcultu-ra. O milho também não sofreu alteração.o No relatório de sua viagem aos EstadosUnidos, publicado na revista Avicultura Brasilei-ra, Lauriston von Schmidt observa que "decrescerapidamente o interesse pelos resultados de tes-tes de amostragem ao acaso. Isso se verificaprincipalmente entre os mais importantes parti-cipantes dos testes. Acredita-se mesmo que, den-tro em pouco, os testes deixarão de ser realizados.Afirmam os produtores concorrentes que éies nãomais se prestam para a indicação da verdadeiracapacidade da linhagem e que isto é muito me-lhor demonstrado em campo, nas granjas comer-ciais."

.SEGURO RURAL OBRIGATÓRIO — Poi aprova-do pela diretoria da Confederação Nacional daAgricultura o parecer do departamento jurídico daentidade, a propósito da obrigatoriedade do segu-ro no meio rural, vazado nos seguintes termos: —De acordo com Artigo 20 do Decreto-Lei n.° 13,de 23 de novembro de 1966 e Regulamento baixa-do com o Decreto n.° 67 867, de 7-12-67, os em-presáriós rurais ficam sujeitos aos. seguintes segu-ros obrigatórios (1) — de responsabilidade civildecorrente da existência ou utilização de quaisquerveículos automotores, que transitem em vias ter-restres, fluviais, Iacustre ou marítima (caminhões,tratores, reboques, carretas, autos de passageiros

~~e embarcações); (2) quando pessoas jurídicas, pe-los riscos de íôrça maior ou caso fortuito, ineren-tes aos transportes ferroviários, rodoviários, aéreoe hidroviário no território nacional, desde que seuvalor seja igual ou superior a cinco jnil cruzeirosnovos; (3) rebanhos, plantações e outros bens 11-gados ãs atividades agrícolas contra acidentes, íe.nòmenos da natureza, pragas ou doenças, sòmcn-te quando tais bens sejam dados em garantia de

"*empréstimo e até o valor destes; (4) não estãosujeitos ao seguro obrigatório os tratores agri-colas que não transitarem em vias terrestres (es-tradas públicas), pois. de acordo com os Artigos52 c 63 do Código de Trânsito e Artigos 141, para-grágo único, e 162, parágrafo segundo, do res-pectivo. regulamento, aprovado pelo Decreto n.«(i2 127, de 16-1-68, não necessitam licenciamentonem seus motoristas são obrigados à carteira dehabilitação;

(5) A obrigatoriedade de que trata o itemprimeiro teve inicio a 1.° de janeiro de 1968, desdequando é proibido o tráfego de veiculos sem aprova de seguro. Quanto ao Item segundo, sò-mente aplicável a pessoas jurídicas, depende deinstruções, ainda não baixadas pelo Conselho Na-cional tle Seguros Privados. Com relação ao ne-guro de bens dados em garantia de empréstimos,seria obrigatório a partir de março de 1968, masainda não está em vigor por depender tambémde instruções daquele Conselho.

Como se vê, apenas está em vigor a obriga-ção do seguro referente ao item primeiro, isto é,dos veículos que transitem em vias públicas. Osdemais dependem de regulamentação.

Por oportuno, ressalva-se que as obrigaçõesacima afio excluem as vigentes com relação aosacidentes de trabalho, os quais continuam regidospela legislação anterior, não tendo sido afetadaspela Lei n, ° 5 316, dc 14-9-67, que integrou êsseseguro na previdência social, exclusivamente paraas categorias econômicas náo reguladas pelo Esta-'luto do Trabalhador Rural. Assinado — RaulCardoso tle Melo Filho.

Aditamento — O Diário Oficial da União pu-blicou, em 22 de março corrente, o Decreto n_?.'i62.447 — página 2 372 — qne confirma expressa-mciite as conclusões do parecer, transferindo aobrigatoriedade dos seguros, que não o de vei-'culos para a data que vier a ser fixada pelo CNSPao baixar as normas, condições e tarifas dos dt-mais seguros.

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.. bre a concessão destas bólsos-de-estudo devemser obtidas c-m uma missão diplomática japonesaOs endereços da Embaixada e Consulado no Bra-sil são os seguintes: Embaixada rio Japão — Ruadas Laranjeiras n".« 192. Rio cle Janeiro; Consu-lado Geral do Japão — Avenida Brigadeiro LuisAntônio n.° 277. 11.° andar. São Paulo; Consula-do General do Japão. Rua Santo Antônio n.° 43211.° andar. Belém. Pará; Consulado Gera! do Ja-pao, Avenida Independência n.° 1 211 Porto Ale-11.° andar. Belém. Pará; Consulado Geral cio Ja-pao. Avenida Dantas Barreto ri.'" 191. 3.° andarRecife, Pernambuco: Consulado Geral do Japão",Avenida Sete de Setembro n.° 752, 3.° andar Má-'naus. Amazonas e Embaixada do' Japão, Avenidadas Nações, Lote 39, Brasília,- Distrito Federal.

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DOS CONCORRENTES

2. Poderá participar da concorrência lôda *empresa, individual ou coletiva, que epfesen-tar, juntamente com a proposta. Certificado deHabilitação expedido po- dste Departamento.

3. O Certificado de Habilitação será con-cedido semente ã empresa que comprovar:

rs) registro, e subsequentes alterações, naJunta Comercial ou no Departamento Nacio-nal do Comércio;

b) inscrição no Cadastro Geral de Ccntri-buinte-s;

¦ c) quitação com os cofres públicos, muni-cipaii estEduaia e federais, inclusive impostode renda;

dl quitação com o Instituto Nacional dePrevidência Social;

e) quitação ccm o imposto sindical;f) quitação com a Comissão Estadual de

Salário Educação;S) quitação a que se refere o art. 362 da

OcmoKc»{ão da; Leis do Trabalho;-h) regularidade dâ situação do represen-

tanta legal com a Justiça Eleitoral (Titulo defcleitcr ou Carteira mod. 19, se estrangeiro).

4._ As quitações de impostos, taxas e con.tr.buiçõfis serão comprovedâ-s obrigatoriamenteper certidão, expedida até 90 (noventa! diasanteriormente à realização da concorrência.

5. A empré;a inscrita como fornecedorado Governa no Departamento Federal de Ccm-pras, da Ministério da Fazenda, será dispensa-

para a obtenção do Certificado de Habiü-taçáo, éc apresentação dos documentos que lhetennEtn sido exigidos psra a inscrição.

6. Pára efeito na concorrtncia cbieto dè:-edital, a empré«a interessada deverá reque-

re- c Certif.ccdo de Habilitação e satisfa7er ri-oorosamente todas as condições necessárias aodeferimento até o dia 2 dc setembro próximovindouro.

7. A proposta deverá ser apresentada, iun-tamente ccm o Certificado de Habilitação, atéhora de abertura de concorrência, dentro de

envelope cpaco fechado, na parte externa doqual constem, além do nome e endereço doDepartamento, o nome e endereço do prepo-nente e o número da concorrência.

A proposta dever* satisfazer os se-guimes requisitos:

«prs5entar-se datilografeda, sem rasuras,emendas, bõrrões ou entrelinhas que possamacarretar dúvidas no recebimento cu na ciassi-ficaçüo;'

b) mencionar o material com expressa re-ferência ao item correspondente, na mesma or-dern pela quai figura nas especificações dêsteedita.;

c) conter o preço por unidade e pelaquantidade_e ser fornecida ccm o esclarecimentode que ne> se in-ciui, cu não o valer dos tri-butos Eeniender-se-á afirmativamente se o pro-ponentç_ silenciar a respeito);

dj indicar o prazo e as condições de ga*na-mia e assistência técnica contra defeitos derao ri ca ção;

e) indicar prazo de entrega;f| indicar o prezo d. validade da p-opos-

a 80_ mil. Dormir no empréqo.Refo.-ència ou documentos. RuaJorge fiu.-lqe, 508. Maracanã

ie desacompanhadas de catálogos ou prospec-tos que as ccnteniiam.

DA ABERIUSA.E CLASSIFICAÇÃO CASPROPOSTAS

9. A abertura e cliissíficaçao d3s propôs-íõí competirá à Ccinisiáo de Concorrências doD.A.M. e obedecera às seguintes normas:

a) encerrsdo o prezo pare a apresentaçãode

propoítai o Pre;idsnte da mes.i fará tomara- identidade e os padrões de assinatura e derubrica dzs representantes das empresas liei-tintes presentes e-o ato;

b) todas as propostas serão abertasbncacas pelos membros da Comissão e repre-lcumentos e boas referências Tcsentasitaa d., empresas licils.iles ao ato; jlelone: 52-4604.cj anotar-ae-ãò, em boletim de o:crrências,ísalnacrp per todes; as irreç-uíaridòdes consta-tadas pela Cofnfssâo e at impugnsçoestesloi formulários peles interesia<las;

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aos domingos. '

EMPREGADA -Preclsa-se de,res-pónsabllldade, pj cozinhar, arru-mar a passar. Pagn-se bem. Exi-ge-s. referências. Rua ProfessoiGastão Baiana, 31, ap. 901. Co-pacabana.EMPRE G A DÃ" Mala id ad., in-d.p.nd.nl., iducada, dedicada -qualquer cor para todo o s»rviçocaseiro d» pessoa só, cozinhar, otrivial, qu. durma no local, po-dendo ficar toda vid*, Exige.s. id.ntidad. . referencias, na R.Oliveira Andrad. n. 5B9 - Abo-lição.

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d} anMs^ de proceder à clasrificação, a Co-

COZINHEIRA - Precisa-se de boacozinheira de forno e fogão. Tra-zer ótimas referências e do-cumentos em ordem. Tratar das 8òs 10 horas da manhã. Av. Viei-'raSouto, 4J2 ap. C-01-;;

_ COZINHEIRA - Precisa-se que la-OFERECE-SE b.-bá boliviana, 32lve CJP":!S Pa™ 1"atro pessoas,anos com irmã 36 corinha fc-.|t,ue dormE no emprego. Exigem-no. Te'. 22-0=70 !S? referencias. Ordenado! NCrS

100,00. Rua Missa Floresta. 73.missão verificír.í qusis as prepcatas que ha-|jsm atendido às dispcsiçõos dórte edital, inc!u«sive quanto a habilitação legal das empresasliei tentes, eliminando da concorrência a quehouver^ infligido norma essencial à preservarãonão só cemo d^s direitos que através dele;se reserva o Estído;

e) na^ classificação das propostas admitidosà concorrência, a Comissão es colocará, dianteds cada ilem, na ordím cre;cente dos preçosoferecidos mas independenlement.» dessa colo-cação,. poderá recomendar, justif.cadarr.ente, apreferência, em cada grupo dc veículos, pelapre posta que" em decorrência das característi-cas técnicas do material cu d.is condições definanciamento,' melhor convier ao E3tídc;

f) será levado em conta no confronto depreços o fofo de recolhimento des tributos in-cídentes sôbre a traiúrição;

g) se as p<cp:stjs malhor iknsiflcadur.L _contiverem preços e ccndir.óes iguais, a Co-IPRÈCÍSA-SE demissão, notificará as llcitdntejs psra que, emvinte e quatro hores, façam novas prepestas,aí quais deverão icr apresentadas, abertas eclass tf tendas seb a: mesmea normas anteriores.Persistindo o empate, a Comissão adotará ocritério^ que( lhe parecer mais compatível como ospírito da Legislação aplicável às concor-renciís. \

10. Feita a classificação des propostas pelaComissão, esta apresentará relatório ao Secr*tá-rio da Administração, que escolherá a mahconveniente e estabelecerá a ordem das demaisem despacho fundamentado, publicado no "Mi-H3s Gerais".

DonciiDA cc iW|Wi iwd missa riPROCURA-SE empregada par. to: Andaràli lal. 58-1242.do s.rviro d. cisa, família -.èi—. ......alto Irolam.nto, para casal, 1 COZINHEIRAcriança e babá. Pedem-so referên. 'orno e ^ogcias. Tratar pi manhã — Rua Cruzlima, 33 — anto. 803 — FlamengoPRECISA-SE umi arrumadeira ppoquena familia — Paga-se bemR. 8 do Dozembro, £80, ap, 101Vila Isabel.PKECISA-SE empregada, todo •viço. ap. 3 psssoas. Ord. 120cruz; Praia Flamengo, 374 ~ 402.

DOS RECURSOS

Precisa-se uma deExigem-se referên-

cias, ordenado 200 cruzeiros no-vos. Tratar à Av. Atlântica, 1186- 701.COZINHEIRA - Precisa-se compratica trivial variado. Peçia-sebem. Referências. Av. Vieira Sou-lSL.ÍM_jdP'_J_____^Pi.n£_____^__COZINHEIRA - Trivial fino, Tefé'rencias, para casal. Exe. salário.L°s__linhares, 15, 4° endar.COZINHEIRA - Precisa-se: combastante experiência em trivial fi-io, que durma no emprego, exi-Jflm-se amplos relcrênclas, sala-no a combinar, entrevista peiolelefone 52-5017, c Antônio, das

uma empregado!8 flS 12 horas^quarta-feira.para todo serviço. Paro família COZINHEIRA - De: forno e

'fó^

ní.'°nB$lh °:m"vi- n? ¦JP'»; Bio, para lodo serviço menos

go. Referencias de mais de ' l.iavar o passar. Não dorme noano, e carleira. Tralar a Rua emprego. Rua São Miguol, 769-wuu, J, ,, nJ.(' '¦>' "A-t .-• . - - - -ijuca.

PRECISA-SE d» empregada c! re-forenci.v fl trabalhar em Novalorqu. - SUA. Essencial conhe.cimento de inglè<_. Entrevistas —Mônica, Embaixada ímericani naAv. Prrs. Wilson n. 147 - 2.0anda;.

Haddock Lobo. 379, ap-, 701. Wm. Ordena^" NC,$ M.00COZÍNHEÍRÁ - Trivial 'variado.

P CE Cl SA-SE ccp.-arrumadeira, fa-milia fino trato. Tratar D. Mary,Rua das Ursnieítas, 550, ao. 501.M-__5:)P9?: Paga-se bem.PRECISA-SE babá, cop.-arrumadei-ra, cozinheira. Av. Copacabana,605 - 1203.

COZINHEIRASU. Da data da publicação correrá o pra-iÀ

zo de cinco dias para a formulação de recur-ses, com ¦ efeito suspensivo, para o Governa- idor do Estado, devendo o recorrente apresen- .tar, no cuno des cinco dias que se seguirem,suas razões contra o despacho recorrido.

DO FORNECIMENTO E SEU PAGAMENTO

AGENCIA RIACHUELO l.mcozinheira, cop.-arrumadeira, comdoes. . r.fs. T.l. 324)584?3*^??^ ~. Pon* Conceição.ATENÇÃO - Domésticas ,37-5533,Av. Copac, 610, s-iojas 205. Tc-mos as melhores, diarista o efe-tivas, copeiras, arrum., cozinhei

12. A empresa lícitante contemplada cemiras, faxineiras (orj, passadeiras.a preíerenc'a psra o'-fornec!mento de partes oul— Pessoal idôneo c! documentos.da totalidade dos veículos será notificada para, ASENCIA NC_\ln nindentro do prazo de dez dias, em garantia c!3

w^^ciA NOVO RIOexecução do contrato prestar caução em di-nheiro ou em títulos da divida pública federalou estadual, ccrre;pondente a cinco per centodo valor do material, seb pena de, não o fa-zendo, perder a preferência e responder pelasperdas e dano* a que comprovadamente dercausa a emissão, salvo se, no mesmo praro,efetuar a entrega do material.

13.^ Prestada a caução a empresa Ücitanterecebsrá do D.A.M, a competente autorizaçãode fornecimento, suieitando-se às penalidadesprevistas na c!áu;u.a anterior se não fizer aentrega nes mesmas cc-ndições em que houversido r :t! ta sua proposta.

14. Somente mediante prévio e expressoassentlmento do D.A.M. poderá haver trans-ferência das obrigações resultantes da classi-ficação.

15. O material deverá ler entregue no Al-moxarifacfo da Secr;t&rie da Agricultura, em3elo Horizonte. ,.,.,. , ¦

,,16. O pagamento será feito por intermé-i DlllClSae para trabalhar

P<iEia-se bem. Toneleros, 4, ap.80,'í. Copacabana.

çõzTnheirás-drTr,Ci,0/ f0;„0;topão, 1 do trivial <_ 1 de todoserviço. Ordenados de 110 a230 mil. Av. Copacabana, 534ap. 402.CASA DÍ FAMÍLIA - Precisa-se'de 1 cozinheira trivial variado,referências. Tcl, 46-6481.COZINHEIRA -' Precisa-se na RuaAliai. Kardec, 50, casa 6. Eng.Nôvo. Só cozinha. Ordenado NCrJJO^OOCOZINHEIRA, dor'mindõ~no im-iirotjc. NCrS 120,00. Ru. RainhaGuilhcrmine, 131, ap. 102.COZINHEIRA - D.i.mbaraçid.,sabendo ler bem, cozinhando otríviat variado com porfeiçâo •muito limpa. Paga-s* muito btmpara alto tratamento com poucomovimento, ldado entro 35 a 40.Av. Rui Barbosa, 348, 16.°

nheiros copeiros (ai) arruma-'rojiMHFtoa"-''-"---^.-deiras (os) beba lavadeiras e dia- :„'Nn"É'í,* ..i"1" ..""V"' <""-

[. -*. pequena família, que durma no

Oferecemos cozinheiras, babás, cop.-arru-madeiras. Av. Cr.nacabana, 605 -1203. Tel. 37-9936.AGENCIA RIZZÒ-— Oferece

arruma

ta:. Te!. 52-5644,AGENCIA SENADOR - Preclsa-secozinheira, ótimos ordenados. Ru-Senadir Dantas, 39, 7." andar,sala 205._AGENCIA TIJUCA - 58-6415Peça s| empregada. Zeloescolha. Temos 30 vagas. RuaUrurjua!, 194 ioja 31. Galeria domeio. D. Dulce.

COZÍNHEÍRÁ - Precisa-ce de uma de responsa-

queompr.go. P.d.-s. carteira. Ord.-nado NCrS 150,00. Rua S d. Ju-lho, 266, ap. 502 - Copacabana.Tralar_depo|s_das^2 horas.COZINHEIRA - Precisa-te .trivialfino c ref. 120,00. Av. Atlântica.3 772 »?. 501. Tel. 27-4486.COZINHEIRA - Precisa-se umãde forno e fogão. Ordenado atéNCrS 200,00. Rua Santa Clara.289, ap. 403. "_____[¦COZINHEIRA - Precisa-s. arru-madeira. _27-l 155.COZINHEIRA

"Precisa-se paredio da Secretaria da Fazenda, em dez parce-|em casa He família ríp ,cdt> ° !ervl« d<! !«nl'or só -

ia. mensais, após a entrega fota! da enco-r'" '"'i:'d ae ramllla aeí90 x 100 mil. Rua Marquês dc'""Yt «¦ c:.-j

'___; ui r - - ítratamenlo. Dorme nolAbraoia», 219802.

17. O Estado de M.nas Gerais se reserva; r rrwTMHcTpã üiH—r-_T"_, r-o direito de anular, no todo cu parte, a con-iempreqo. Exigem-Se car-| j

H.RAj~,'" ,dade- -lw'cerfínci», se assim convier a seus interes— .„: l - soada, educada, bom temperamen-sem oue passam as empresa, licitamos recl.vlteira e referencias. Pag<T-|to, para trivial variado. Salda 15mar nuílsquir indenizações. ISP hpm Tratar ni n-ir'J"' _T

'_!-' R=f?r=,r,<:!»s- Rua Al-IS. A participação na concorrência de quer, i Jratar,na Par'e!cir. Brandão, 325. Tiiuca. Paoa-s,

trata êr,la edital imiiücará na aceitação automá-jda manhã, OU à noife, d ""-'. :

-trea e irretratável da suas cláusulas e das clis-lp,,. r-^J-,-' ono i COZINHEIRA com r.f.r.ncias .posições constantes da lel Estadual de n. 4.194, Kua >-Oaa|aS, ÓZÓ. LO- documentos. Trat.r na Av. H.n-de 23 de iulho de de 1966. que o (int...'...) h|on (r_rAv!mn an ranal:,i1u' Dumonl n. AS - 306 -

Bel-o Hori-cnte, 29 de iulho de 1968. ,U'°" ^ProxlmO 30 l-ant-l.^,,,,.,,

í. ) G.s™íd»AÃíSSd. _ 57Í!;!b «i D-A-'-\-, Visconde de Albuquer-iCOZiNKE.»*" - òfaTeíílT"f«:«a.l Gera.do A.meidi 2.578 (B 39) - T. 3.562, |m fogSo< refi 9 an0Si ___nh:s w1 '" anos, sou protestante. Tel. 22-0576.

EMPREGOSCOZINHEIRA E COPEIRA - ARRU.MADEIRA -Procisim-ie ars duascom bastante pratica » roferen*ciai. Paga-se bem. Av. Atlinll-**____' *10-__pto. 902.

CLASSIFICADOS - Jornal do Brasil, 4.°.felr», 14-8-íâ — f

COZINHEIRA - Precisa-se por.p*c_6e»l famitV Trivial fino. Or-denado iniciei NCr} I00.CO. Exi-8oni.se referôncios, T.l. 36-6055,COZINHEIRA - Preclia-» trlvlil•imples, Pa_«-_e bem. R. S. Cie_______8_____504. 46-9398.COZINHEIRA - Pare caiai comduos crianças, para cozinharlimpar « cau, bem ordenado. RuoGoáíHft, 45 — Botafogo. Tot.:26-2269.COZINHEIRA.ARRUIVlADEIRA commaia d* 25 anos o refer.netaspar. oasal. Av, Copacabana, 528,¦ p. 1 001. COZINHEIRA - Pr.ci.o cl multaprática • referências. Ptqa-iebem. Praia do flamengo, 38ó 302,35-7.68,DOIS velhos portugueses moram*u. no centro precisam cozinheirae copeira. Ri»a Carioca, 55 ap,_01.DUAS SENHORAS, jantam cedoprecisam cozinheira e I ccp. c|refs. e does. Ord. 300. 56-834*.Av. Copacabana, \ 085 ap. 60-f.EMPREGADA — Precisn-se de umapsra coilnhar • arrumar, pedem-te referenciai. Ordenado NCr$80,00. Rua Pereira da Silva, 444ap. 204. laranjeiras.EMPREGADA para 2 pessoal. Exi-gem-se referencias, coilnhe bem.Ordenado 100,00. Tralar Froncisco Sí, 99-603.EMPREGADA responiável para co*xinhar, arrumar, 3 adultos. Pag,bem. Cal. San Martin, 156-201leblon. T.l. 47-4522.EMPREGADA - Pequena fami li.precisa, para cozinhar, arrumar .lavar (com maquina). Referências.NCrS 100,00. Rua da Cascai, 5,ap. 503. Tijuca.EMPREGADA - Precisa-ie de ume•pue *5;b_ cozinhar o trivial va-riado. Tratar à Rua Almirante Ccchranc, 56 op. 203. Tijuca.EMPREGADA — Precisa-se de umapara cozinhar, arrumar para 2 pc*ío__' (Ca-sa Alemã), pedem-se refe-rências, dcrvne no emprego. Rua•AureU-ano Portugal, 311. telefone•48-7535, Rio Comprido. Apresen-ta r- se entre 12 e 16 bona s.CAPREGADA — Precsa-ie pare 3pessoas que tenha respcnscbllida-ef_ que aaióe faier o trívi*! finovariado e outros lerviços, dormirno emprego, pedem-se referencia-se certeira. Rue Pompeu loureiro,79, ap. 301 — Coo-cabana.OFEREÇO — Cozinheira porfuguc-sa e uma moça para cosei semfilhos, ambas cj referências. Tel,52-564-1. Ag. Rizio.OFERECE-SE - Empregada de for-no e fogão • todos lerviços. Tra-tar à Rua Siqueira Compôs, 85ep. 912.OFERECEMOS ótimas cozinheira-de varias cateçjoriat, boas referemciai • documentos. Tel. 52-4604.OFERECE-SE senhora pera servi-ço de cozinha e faxine. Copaca-bano. Rua Paula Freitas, 19 ap.£03. Tel. 56-4430.OFEREÇO COZINHEIRAS - 1 es.panhola e 3 brasileiras, ótimasreferências. 37-7191. Agencie Ale-mã — Olga.OFERECE-SE coxinhoira trivial va-riído, sou portuquêia, Dc_ ref.6 anos. Entro hoje, tel. _2.057é.CFERECE-SE cozinheiro banquete!ro, com colega faz faxina, todosdoe. e -time-» referencies. TeL22-0576.PRECISO me empregar hoje. Soude Santa Cetalina, cozinho, lavo epasso. Tenho 36 anos. Tel. 22-0576PRECISA-SE de pessoa para ce-zinhar, lavar e psjsar. Rua Pé-dre Elias Gorayeb, 34. {Ahtigs2-4 de Outubro). Praça Sa^ns PenaPRECISA-SE cozinheira ne R. Fer-nandes Figueira, 5ó casn 6 (trans-versei a R. Alm'rente Cochrane).PRECISA.SE d» uma motl c~õ"_Sa 35 anos, para trabalhar em ca-s* do familit, que saiba coxinh-ir• quo soja ci* confiança. Tratarna Rua Gonoral Bruc» n. 445 —*p»rtam*nio 312, dat * «tllhoras. Sao Cristóvão — GB.PRECISA-SE coiinhelra eom boaexperiência para familia 4 pts-loas, referendes exigidas, Orde»nado 150,00. T.l. 47-7474.PRECISA-SE de corinheira compratice. Ordenado 100 a 150. RueHibrio de Gouveia, 30, ap. 1102.Copacabana. Fone 36-0031.PRECtSA-SE de uma empregadade 25 e 35 anoa, que saiba co-rinhar bem, para serviços levescasa de 3 pesioes. Exibem-se re-ferúncias. Ordenado NCrí 70,00,Rua Alzira Brandão, 59 - 110.PRECISA-SE de 2 moças com maisca 20 anos, 1 para cozinhar oTrivial variado, e outra íxgra copei-ra arrurrwdeira, com pra^ca do;lerviços - Pedem-se referênciasTel.i 46-7757.PRECISA-SE de uma cozinheira.Rua Conde d* confim, 557 ap.502.PRECISA-SE de uma cozinheira cjpritic!. Rua Caries Seidl, 113 —Caju.

PRECISA-SE de uma cozinheira ede uma copelrH-arrumadelra, naRua da Matriz, 12, Botafogo, quadurmam no empresto. Exlgem-iereferônclas.PRECISO cozinheira, 30 a 40anos. Dorme no emprego. Exige'i« carteira. Ord. 150 cruz. novoiR. Jeperl, 102 op. i. Rio Com-prido.PRECISA-SE. de uma empregadapara cozinhar e mais serviços dcduas pessoas. Pedem-se Informações, a Avenida Atlântica, 221Íap. 401.PRECISÃ-SE empreyodo para co-zinhar o trivial. Folga aos domin-Ooi. A. R. Vieira do Couto, 297

Rocha Miranda.PÇÊCISA-SE cozinheira que dur.rna no emprego, com referenciaie um menino. Araújo Pena, 58 -Tijucs.PRECISA-SE cozinheiras para ca<.sas de alto trato. Paga-se até 350de sal. Rua das Marrecas, 38, l.randar,PRECISO d* coiinh.iras. cop.arrums. com referenciei o tfocms,Ord. de NCrS 90 • 150 mil. RJoaquim Silva n. 123 — lapa.

LAVADEIRAS -PASSADEIRASEMPREGADA para lavar, passar <cozinhar, trivial variado. Precísa-se pessoa limpa, educada, comreferências mfnimas de um anode casa. Bom salário. Tratar naAv. Copacabana, 605 — 601.EMPREGADA - Precise para le-var e cozinhar, durma no emprê-90. Trater « Rua do Matoso, 85,referências.IAVADEIRA - PASSADEIRA. -Iniciei NCrS «5,00, dai « is 17horas, na Rua João Borges n. __- Gáv.1. T.l. 27-8101.LAVADEIRA - Pr.cira.se diasde S as 4. Crcie-nsdo 60 mil.Rua General Glicério, 224 ap401.LAVADEIRA - Passideira, mensalisra. Trater i Rua José linha

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