vai se defender na TV - Coleção Digital de Jornais e Revistas ...

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JORNAL DO BRASIL(£ JORNAL DO BRASIL S A 1986 Rio de Janeiro — Quarta-feira, 8 de outubro de 1986 Ano XCVI — N° 183 Preço: Cz$ 4,00

TempoNp Rio e em Niterói, claro aparcialmente nublado, pas-sando a nublado com possibi-lidade de chuvas e trovoadasao entardecer. Visibilidadeboa. Temperatura estável. Má-xima 39,6° e mínima 17,5°, emRealengo. Foto do satélite etempo no mundo, página 16.

Maluf desmentidoDocumentos da Junta Comer-ciai e balanços publicadosmostram que Maluf foi dire-tor-superintendente da Euca-tex: até 1978, pelo menos, con-trariando a afirmação de queele não exerce nenhuma fun-ção dirigente na empresa des-de 1969. (Página 4)

Auxílio a militarO ministro Leônidas Pires su-geriu e o presidente Sarneyconcordou: os militares,quando mudarem de cidade,receberão um auxílio-habitação mais substancialpara compensar os baixossoldos. (Página 13)

Greve à vistaUm milhão de trabalhadorespaulistas se preparam paragreve em novembro, caso nãoconsigam reajustes salariaisadequados e produtividadeacima de 2% na renovação decontratos coletivos. (Pág. 17)

Campanha machistaO baiano Raimundo Reis,candidato do PDS à Assem-bléia estadual, defende abandeira do pagamento depensão alimentícia para ho-mens separados e combate asfeministas com o slogan "Ma-ciei nelas". (Página 7)

Morte ao jacaréA matança de jacarés é pontocentral da plataforma deAmazonino Mendes, cândida-to da Aliança Democrática aogoverno do Amazonas. "Sãomonstros que consomem 70quilos de peixe por dia", justi-fica. (Página 3)

Foto de Lufs Morier

ÃlluZosição de que o assassino de*um menino de 4 anos estava preso levou favelados a tentarem

invadir um quartel em Benfica. O crime revoltou a favela da Chocadeira. (Cidade, página 7)

CidadeQuem tem empregada do-

mestiça que mora na Rocinhaestá enfrentando melhor a es-cassez de gêneros. Lá é possi-vel encontrar os produtos, em-bora com ágio. (Página 2)

Oftalmologista está alertan-do para os riscos que cercam acirurgia para correção de mio-pia feita em consultório e nãoem hospital. (Página 3)

A paralisação de eletricitá-rios do Metrô já causou pre-juízo de Cz$ 500 milhões etirou seis composições de cir-culaçáo. (Página 5)

O desrespeito ao limite depeso fez 18 pessoas ficarempresas durante uma hora emeia em elevador do edifícioda Praia do Flamengo 200.(Página 5)

AnticoncepcionaisEscolas de segundo grau deNova Iorque estão distri-buindo anticoncepcionaisaos alunos, com apoio do pre-feito, professores e religio-sos. (Página 15)

Siderbrás —A Siderbrás entra em colapsoem 120 dias se não for adotadoum plano de saneamento fi-nanceiro. Seu endividamentocompromete as metas do go-verno e põe em risco o PlanoCruzado. (Página 18)

Bolsista-fantasma'Ò MEC constatou irregulari-

dades na concessão de bolsasde estudo em 72 escolas de Ioe 2o graus em 11 estados. Rio eSão Paulo lideram as fraudese têm ate bolsistas fictícios.(Página 9)

Marcílio nos EUAMarcílio Marques Moreira, vi-ce-presidente do Unibanco,será o embaixador do Brasilnos Estados Unidos. (Pág. 15)

CotaçõesCruzado: 2.673,23 (hoje),2.685,26 (amanhã) e 2.697,35(sexta-feira). Dólar: Cz$ 13,77(compra) e Cz$ 13,84 (venda).Viagem: Cz$ 17,30. UNIF: Cz$199,41 para IPTU e Cz$ 248,55para ISS e taxa de expedien-te. UFERJ: Cz$ 186,99. OTN:Cz$ 106,40. MVR: Cz$ 328,38.Salário mínimo: Cz$ 804,00.

EUA realizama Ia cirurgiaextra-uterina

Equipe de cirurgiões da Califórniatirou um feto de 23 semanas do úteroda mãe, operou-o de um bloqueio noaparelho urinário e colocou-o de voltano ventre materno, realizando a pri-meira cirurgia do gênero. Mitchell, quenasceu nove semanas após a cirurgiarealizada em julho de 85, acaba decomemorar seu primeiro aniversário.

Na operação, os cirurgiões fizeramuma incisão na bariga da mulher epuxaram as pernas do bebê para fora.A metade superior do feto, ligada àplacenta, permaneceu dentro da mãe.Após a correção do defeito congênito,recolocaram a criança no lugar e fecha-ram o útero. Mitchell ficou três minu-tos fora do corpo da mãe. (Página 8)

Funaro descongela se

Grande credordo Brasil podemudar de mão&

O segundo maior credor do BrasíJe segundo estabelecimento bancáriodos Estados Unidos, o Bank of Ameri-ca, pode ser comprado pelo First In-terstate, nono maior banco norte-ame-ricano. O BofA teve um prejuízo de640 milhões de dólares no períodomaio-junho. A proposta é de 3 bilhões770 milhões de dólares e a diretoria doBofA pediu mais informações.

Aprovada — o que depende dosacionistas e do Federal Reserve Board—, será a maior fusão entre bancosnos EUA e criará uma instituição capazde rivalizar, em ativos, com o Citibank.Além de vultosos prejuízos, o Bankof America se envolveu em escânda-los administrativos — inclusive noBrasil, no caso Centralsul. (Página 24)

Botafogo temvaga e Vasco :,

os gêneros aparecerem ainda esperaO ministro da Fazenda, Dilson Fu-

naro, vinculou o descongelamento depreços ao aumento generalizado deoferta de produtos. Disse também queuma produção maior depende de maisinvestimentos e importações. Concluiuque as importações estão condicionadasà redução de remessas de divisas parapagamento da dívida externa, o queexige uma definição.

— O Brasil tem de definir se conti-nua com US$ 12 bilhões de superávit aoano, ou se poderá reduzir isto para US$10 bilhões na negociação externa. Fica-ríamos com uma folga de US$ 2 bilhõespara importar e manter o desenvolvi-mento — esclareceu. O ministro anun-ciou as novas atribuições da Secretariade Abastecimento e Preços (SEAP).

Funaro ainda garantiu que todo ocrédito rural destinado a pecuaristas —cortado desde o dia 25 de setembro —continuará suspenso até que o abasteci-mento de-carne bovina seja normalizado.Para o ministro da Agricultura, íris Re-zende, a passagem do abastecimento paraa alçada do Ministério da Fazenda nãosignificou um esvaziamento de sua pasta.

Rezende anunciou que este mêsserão destinados Cz$ 23 bilhões ao fi-nanciamento do plantio da safra deverão da região Centro-Sul. Disse queesse valor poderá aumentar e que ne-nhum agricultor ficará sem recursos. NoMinistério da Fazenda, o coordenadorde assuntos monetários, Eduardo Tei-xeira, garantiu para setembro e outubrorecorde do crédito agrícola. (Págs. 20 e 21)

Foto de Custódio Colmbrg

Cada mulher tem uma história na prisão. A psicóloga diz que elas entram no crime em função de um

companheiro. As fugas são raras. Elas sabem que, ao sair, enfrentarão o prccon^eUoíJ[Çi^âe^ágina 8)

Praticante de TRE decide SC Brizolavai se defender na TVkempô vive o

animal eleitoA socióloga Isabel Montezuma prefere

as posições das aves, como cegonhas,águias e garças. Já o economista JerônimoMonteiro elege o gato, "pela leveza e osilêncio dos seus movimentos". Ambos sãoalunos do kempô, uma arte marcial existen-te há sete séculos na índia — praticada noRio há 20 anos — e que consiste em fazerseus praticantes viver os animais.

O professor Jô Brito, único a desen-volver o kempô no Brasil, afirma que,"aprendendo com os bichos, aguçamos apercepção, estamos sempre atentos, comouma antena". O kempô, praticado noCopa Leme, recupera os instintos e, se-gundo seus adeptos, liga o homem ànatureza. Animais de verdade são leva-dos à aula, para seus movimentos se-rem observados. (Corpo, no Caderno B)

O TRE fluminense julgará hojepedido de resposta do governador Leo-nel Brizola, que pretende ocupar espa-ços nos horários do PDS e do PMDBnos programas da propaganda eleitoralgratuita para se defender de ataques

aue recebeu, respectivamente, dos can-

idatos Amaral Neto e Hélio Fer-nandes. .

Ao assinar atos relacionados coma construção de um novo foro criminal(projeto de Oscar Niemeyer) e deduas modernas penitenciárias emBangu, Brizola disse que vem rece-bendo dos adversários, no rádio e natelevisão, verdadeiras agressões, e

3ue se sente, como governador,

"noireito de contestar".

Uma pesquisa de opinião, do PDT,que daria 23% das preferências doseleitores ao candidato Darcy Ribeiro e19% a Moreira Franco, foi ironizadapelo ex-presidente do Instituto AlbertoPasqualini, Maurício Dias David. Oinstituto faz desde 1982 as pesquisasdo PDT.

O candidato da Aliança PopularDemocrática, Moreira Franco, quenão compareceu ao debate com osestudantes da Universidade Santa Úr-sula, na noite de segunda-feira, voltouatrás e se ofereceu para ir ao en-contro deles em nova data. Os es-tudantes, porém, não pretendematender ao candidato.(Cidade,página 4, e editorial Direito de Defesa)

Botafogo e Vasco venceram seusjogos de ontem, contra Santa Cruz ePiauí, respectivamente, pelo mesmoescore (2 a 0), mas só o Botafogo estácom vaga assegurada na segunda fasedo Campeonato Brasileiro. O Vascoainda depende do julgamento do casode doping na partida entre Sergipe eJoinville. 4,

De qualquer modo, os vascaínoscomemoraram a classificação, combase na opinião do presidente do Su-perior Tribunal de Justiça Desporti-va, Carlos Henrique Saraiva, de que oJoinville não ganhará os pontos do jo-go com o Sergipe. Os gols do Botafogo,no Maracanã, foram marcados por Silvi-nho e Jorge (contra); os do Vasco, emSão Januário, por Fernando e Gersirúux

Nicarágua abateavião e matatrês americanos

O avião derrubado pelo exércitosandinista na Nicarágua perto dafronteira com a Costa Rica levavaquatro americanos e armas para oscontras, afirmou o governo de Ma-nágua. Três americanos morreram eo único sobrevivente, que se identi-ficou como Eugene Hafenfuf, 35anos, disse ser assessor militar emEl Salvador.

O secretário de Estado GeorgeShultz garantiu que o avião foi freta-do por cidadãos americanos semqualquer ligação com o governo deWashington. A chancelaria nicara-güense, entretanto, afirmou que aNicarágua vai protestar enérgica-mente pejo que considera "parte deuma escalada agressiva americanacontra os sandinistas". (Pág. 15)

Wagner faz "de tudo para -ver Priscila

Na insistência sem limites para resta-belecer o romance interrompido pela mo-ça, Wagner Fiúza de Lima Carrilho, 30,cometeu mais dois crimes: para reverPriscila, usou o nome falso de Ricardo econseguiu entrar na clínica onde ela re-pousa; à procura do destino do antigoamor, invadiu a residência da mãe dela,ameaçando-a.

O advogado Jair Leite Pereira estáassustado com as astúcias de Wagner: "O

próximo passo dele poderá ser um ato deloucura. Por isso pedi à polícia paralocalizá-lo". Wagner desapareceu na noi-te em que cometeu os dois delitos, depoisde prestar informações na 9a. DP. A mãede Priscila, d Neide, acusa-o de ter vicia-do a filha em drogas. (Cidade, página 1)

WAY GALERIA DEARTE — EXPOSIÇÃOINDIVIDUAL DE FLÁ-VIO TAVARES ATÉDIA 11 DE OUTUBRO.Av. Armando Lombar-di 33 — Barra. 399-4218/2570

PAULO BRAME estácaptando Pratas, Tape-tes. Quadros, Cristais,Móveis, Marfins,Bronzes, etc, para seuGrande Leilão de no-vembro. R. João deBarros. 147. 294-4499/4096.

PAULO BRAME AR-TE & LEILÃO convidapara Exposição de EVI-LÁSIO LOPES dia16/10 às 21H RuaJoão de Barros 147.Leblon. 294-4499/4096

PAULO BRAME estácaptando Pratas, Tape-tes, Quadros, Cristais,Móveis, Marfins,Bronzes, etc, p/seuGrande Leilão de No-vembro. R. João deBarros 147. 294-4499/4096.

PAULO BRAME GA-LERIA DE ARTE —Exposição de JAYMEAGUIAR. Inauguraçãoamanhã, 9/10 às21.00H. Rua João deBarros 147. Leblon.2944499/4096.

PAULO BRAME GA-LERIA DE ARTE —Convida para Exposi-ção de JAYMEAGUIAR, de 9 a 14/10.Rua João de Barros147' — Leblon. 294-4499/ 4096.

PAULO BRAME &ARTE ARTE & LEI-LAO — Exposição deJÚLIO MARQUES.Inauguração dia 23/10às 21H. Rua João deBarros 147 — Leblon.2944499/4096.

CAPTAÇÃO DE PE-ÇAS DE ARTE —PAULO BRAME estácaptando peças de ar-te em geral para o seuLeilão de Novembro.Rua João de Barros147. 294-4499/4096

PAULO BRAME AR-TE & LEILÃO — Expo-sição de EVILASIOLOPES, de 16 a 21/10.Seg/sexta 10/20h.Sáb. 10/13h. Rua Joãode Barros 147 — Le-blon. 2944499/4096.

PAULO BRAME es-ta captando peçaspara o Leilão de No-vembro em sua Ga-leria de Arte. RuaJoão de Barros. 147_ Leblon. 294-4499/4096.

JORNAL DO BRASIL©JORNAL DO BRASIL S A 1986 Rio de Janeiro — Quarta-feira, 8 de outubro de 1986 Ano XCVI — N° 183

TempoNo Rio e em Niterói, claro aparcialmente nublado, pas-sando a nublado com possibi-lidade de chuvas e trovoadasao entardecer. Visibilidadeboa. Temperatura estável. Má-xima 39,6° e mínima 17,5°, emRealengo. Foto do satélite etempo no mundo, página 16.

Maluf desmentidoDocumentos da Junta Comer-ciai e balanços publicadosmostram que Maluf foi dire-tor-superintendente da Euca-tex até 1978, pelo menos, con-trariando a afirmação de queele não exerce nenhuma fun-ção dirigente na empresa des-de 1969. (Página 4)

Auxílio a militarÓ ministro Leônidas Pires su-geriu e o presidente Sarneyconcordou: os militares,quando mudarem de cidade,receberão um auxílio-habitação mais substancialpára compensar os baixossoldos. (Página 13)

Greve à vistaUm milhão de trabalhadorespaulistas se preparam paragreve em novembro, caso nãoconsigam reajustes salariaisadequados e produtividadeacima de 2% na renovação decontratos coletivos. (Pág. 17)

Campanha machistaO baiano Raimundo Reis,candidato do PDS à Assem-bléia estadual, defende abandeira do pagamento depensão alimentícia para ho-mens separados e combate asfeministas com o slogan "Ma-ciei nelas". (Página 7)

Morte ao jacaréA matança de jacarés é pontocentral da plataforma deAmazonino Mendes, cândida-to da Aliança Democrática aogoverno do Amazonas. "Sãomonstros que consomem 70quilos de peixe por dia", justi-fica. (Página 3)

CidadeQuem tem empregada do-

mestiça que mora na Rocinhaestá enfrentando melhor a es-cassez de gêneros. Lá é possí-vel encontrar os produtos, em-bora com ágio. (Página 2)

Oftalmologista está alertan-do para os riscos que cercam acirurgia para correção de mio-pia feita em consultório e nãoem hospital. (Página 3)

A paralisação de eletricitá-rios do Metrô já causou pre-juízo de Cz$ 500 milhões etirou seis composições de cir-culação. (Página 5)

O desrespeito ao limite depeso fez 18 pessoas ficarempresas durante uma hora emeia em elevador do edifícioda Praia do Flamengo 200.(Página 5)

AnticoncepcionaisEscolas de segundo grau deNova Iorque estão distri-buindo anticoncepcionais- aos alunos, com apoio do pre-feito, professores e religio-sòs. (Página 15)

SiderbrásA Siderbrás entra em colapsoem 120 dias se não for adotadoum plano de saneamento fi-nanceiro. Seu endividamentocompromete as metas do go-

! verno e põe em risco o PlanoCruzado. (Página 18)

Preço: Cz$ 4,00Foto de Luís Morier

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A^uposíção de que o assassino de um menino dê 4 anos estava preso levou favelados a tentarem

invadir um quartel em B enfie a. O crime revoltou a favela da Chocadeira. (Cidade, página 7)

EUA realizama Ia cirurgiaex'ra-uterina

Equipe de cirurgiões da Califórniatirou um feto de 23 semanas do úteroda mãe, operou-o de um bloqueio noaparelho urinário e colocou-o de voltano ventre materno, realizando a pri-meira cirurgia do gênero. Mitchell, quenasceu nove semanas após a cirurgiarealizada em julho de 85, acaba decomemorar seu primeiro aniversário.

Na operação, os cirurgiões fizeramuma incisão na bariga da mulher epuxaram as pernas do bebê para fora.A metade superior do feto, ligada àplacenta, permaneceu dentro da mãe.Após a correção do defeito congênito,recolocaram a criança no lugar e fecha-ram o útero. Mitchell ficou três minu-tos fora do corpo da mãe. (Página 8)

Bolsista-fantasmaO MEC constatou irregulari-dades na concessão de bolsasde estudo em 72 escolas de Ioe 2° graus em 11 estados. Rio eSão Paulo lideram as fraudese têm até bolsistas fictícios.(Página 9)

Marcílio nos EUAMarcilio Marques Moreira, vi-ce-presidente do Unibanco,será o embaixador do Brasilnos Estados Unidos. (Pág. 15)

CotaçõesCruzado: 2.673,23 (hoje),2.685,26 (amanhã) e 2.697,35(sexta-feira). Dólar: Cz$ 13,77(compra) e Cz$ 13,84 (venda).Viagem: Cz$ 17,30. UNIF: Cz$199,41 para IPTU e Cz$ 248,55para ISS e taxa de expedien-

:te. UFERJ: Cz$ 186,99. OTN:Cz$ 106,40. MVR: Cz$ 328,38.Salário mínimo: Cz$ 804,00.

Funaro descongela seos gêneros aparecerem

O ministro da Fazenda, Dilson Fu-naro, vinculou o descongelamento depreços ao aumento generalizado deoferta de produtos. Disse também queuma produção maior depende de maisinvestimentos e importações. Concluiuque as importações estão condicionadasà redução de remessas de divisas parapagamento da dívida externa, o queexige uma definição.

— O Brasil tem de definir se conti-nua com US$ 12 bilhões de superávit aoano, ou se poderá reduzir isto para US$10 bilhões na negociação externa. Fica-ríamos com uma folga de US$ 2 bilhõespara importar e manter o desenvolvi-mento — esclareceu. O ministro anun-ciou as novas atribuições da Secretariade Abastecimento e Preços (SEAP).

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Funaro ainda garantiu que todo ocrédito rural destinado a pecuaristas —cortado desde o dia 25 de setembro —continuará suspenso até que o abasteci-mento de carne bovina seja normalizado.Para o ministro da Agricultura, íris Re-zende, a passagem do abastecimento paraa alçada do Ministério da Fazenda nãosignificou um esvaziamento de sua pasta.

Rezende anunciou que este mêsserão destinados Cz$ 23 bilhões ao fi-nanciamento do plantio da safra deverão da região Centro-Sul. Disse queesse valor poderá aumentar e que ne-nhum agricultor ficará sem recursos. NoMinistério da Fazenda, o coordenadorde assuntos monetários, Eduardo Tei-xeira, garantiu para setembro e outubrorecorde do crédito agrícola. (Págs. 20 e 21)

Foto de Custódio Coimbra

Cada mulher tem uma história na prisão. A psicóloga diz que elas entram no crime em junção de um

companheiro. As jugos são raras. Elas sabem que, ao sair, enfrentarão o preconceito. (Cidade, página V)

Praticante de TRE decide se Brizolavai se defender na TV

Grande credordo Brasil pode;;mudar de mãos

O segundo maior credor do Brasile segundo estabelecimento bancáriodos Estados Unidos, o Bank of Ameri-ca, pode ser comprado pelo First In-terstate, nono maior banco norte-ame-ricano. O BofA teve um prejuízo de640 milhões de dólares no períodomaio-junho. A proposta é de 3 bilhões770 milhões de dólares e a diretoria doBofA pediu mais informações.

Aprovada — o que depende dosacionistas e do Federal Reserve Board—, será a maior fusão entre bancosnos EUA e criará uma instituição capazde rivalizar, em ativos, com o Citibank.Além de vultosos prejuízos, o Bankof America se envolveu em escânda-los administrativos — inclusive noBrasil, no caso Centralsul. (Página 24)

Botafogo tem _vaga e Vascoainda espera

Botafogo e Vasco venceram seusjogos de ontem, contra Santa Cruz ePiauí, respectivamente, pelo mesmoescore (2 a 0), mas só o Botafogo estácom vaga assegurada na segunda fasedo Campeonato Brasileiro. O Vascoainda depende do julgamento do casode doping na partida entre Sergipe eJoinville.

De qualquer modo, os vascaínoscomemoraram a classificação, com basena opinião do presidente do SuperiorTribunal de Justiça Desportiva, CarlosHenrique Saraiva, de que o Joinville nãoganhará os pontos do jogo com o Sergi-pe. Os gols do Botafogo, no Maracanã,foram marcados por Silvinho e Jorge(contra); os do Vasco, em São Januário,por Fernando e Gersinho. (Página 28)

Nicarágua abateavião e matadois americanos

O avião derrubado pelo Exerci-to sandinista perto da fronteira coma Costa Rica levava três americanose armas para os contras, afirmou ogoverno de Manágua. Um quartotripulante, latino-americano, aindanão foi identificado. O único sobre-vivente foi o americano Eugene Ha-fenfuf, 45 anos, que disse ser asses-sor militar em El Salvador.

O secretário de Estado GeorgeShultz garantiu que o avião foi freta-do por cidadãos americanos semqualquer ligação com o governo deWashington. A chancelaria nicara-güense, entretanto, afirmou que aNicarágua vai protestar enérgica-mente pelo que considera "parte deuma escalada agressiva americanacontra os sandinistas". (Pág. 15)

kempô vive oanimal eleito

A socióloga Isabel Montezuma prefereas posições das aves, como cegonhas,águias e garças. Já o economista JerônimoMonteiro elege o gato, "pela leveza e osilêncio dos seus movimentos". Ambos sãoalunos do kempô, uma arte marcial existen-te há sete séculos na índia — praticada noRio há 20 anos — e que consiste em fazerseus praticantes viver os animais.

O professor Jô Brito, único a desen-volver o kempô no Brasil, afirma que,"aprendendo com os bichos, aguçamos apercepção, estamos sempre atentos, comouma antena". O kempô, praticado noCopa Leme, recupera os instintos e, se-gundo seus adeptos, liga o homem ànatureza. Animais de verdade são leva-dos à aula, para seus movimentos se-rem observados. (Corpo, no Caderno B)

O TRE fluminense julgará hojepedido de resposta do governador Leo-nel Brizola, que pretende ocupar espa-ços nos horários do PDS e do PMDBnos programas da propaganda eleitoralgratuita para se defender de ataques

aue recebeu, respectivamente, dos can-

idatos Amaral Neto e Hélio Fer-nandes.

Ao assinar atos relacionados coma construção de um novo foro criminal(projeto de Oscar Niemeyer) e deduas modernas penitenciárias emBangu, Brizola disse que vem rece-bendo dos adversários, no rádio e natelevisão, verdadeiras agressões, e

3ue se sente, como governador,

"noireito de contestar".

Uma pesquisa de opinião, do PDT,que daria 23% das preferências doseleitores ao candidato Darcy Ribeiro e19% a Moreira Franco, foi ironizadapelo ex-presidente do Instituto AlbertoPasqualini, Maurício Dias David. Oinstituto faz desde 1982 as pesquisasdo PDT.

O candidato da Aliança PopularDemocrática, Moreira Franco, quenão compareceu ao debate com ,osestudantes da Universidade Santa Úr-suía, na noite de segunda-feira, voltouatrás e se ofereceu para ir ao en-contro deles em nova data. Os es-tudantes, porém, não pretendematender ao candidato.(Cidade,página 4, e editorial Direito de Defesa)

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Wagner fazde tudo paraver Priscila

Na insistência sem limites para resta-belecer o romance interrompido pela mo-ça, Wagner Fiúza de Lima Carrilho, 30,cometeu mais dois crimes: para reverPriscila, usou o nome falso de Ricardo econseguiu entrar na clínica onde ela re-pousa; à procura do destino do antigoamor, invadiu a residência da mãe dela,ameaçando-a.

O advogado Jair Leite Pereira estáassustado com as astúcias de Wagner: "O

próximo passo dele poderá ser um ato de.loucura. Por isso pedi à polícia paralocalizá-lo". Wagner desapareceu na noi-te em que cometeu os dois delitos, depoisde prestar informações na 9a. DP. A mãede Priscila, d Neide, acusa-o de ter vicia-do a filha em drogas. (Cidade, página 1)

WAY GALERIA DEARTE — EXPOSIÇÃOINDIVIDUAL DE FLÁ-VIO TAVARES ATÉDIA 11 DE OUTUBRO.Av.. Armando Lombar-',di 33 — Barra. 3994218/2570.

PAULO BRAME estácaptando Pratas, Tape-tes, Quadros, Cristais,Móveis, Marfins,Bronzes, etc, para seuGrande Leilão de no-vembro. R. João deBarros, 147. 294-4499/4096.

PAULO BRAME AR-TE & LEILÃO convidapara Exposição de EVI-LÁSIO LOPES dia16/10 às 21H. RuaJoão de Barros 147.Leblon. 294-4499/4096.

PAULO BRAME estácaptando Pratas, Tape-tes. Quadros, Cristais,Móveis, Marfins,Bronzes, etc, p/seuGrande Leilão de No-vembro. R. João deBarros 147. 294-4499/4096.

PAULO BRAME GA-LERIA DE ARTE -Exposição de JAYMEAGUIAR. Inauguraçãoamanhã, 9/10 às21.00H. Rua João deBarros 147. Leblon.294-4499/4096.

PAULO BRAME GA-LERIA DE ARTE —Convida para Exposi-ção de JAYMEAGUIAR, de 9 a 14/10.Rua João de Barros147 — Leblon. 294-4499/4096.

PAULO BRAME &ARTE ARTE & LEI-LÃO — Exposição deJÚLIO MARQUES.Inauguração dia 23/10às 21H. Rua. João deBarros 147 — Leblon.2944499/4096.

CAPTAÇÃO DE PE-ÇAS DE ARTE —PAULO BRAME estácaptando peças de ar-te em geral para o seuLeilão de Novembro.Rua João de Barros147. 2944499/4096.

PAULO BRAME AR-TE & LEILÃO — Expo-siçáo de EVILASIOLOPES, de 16 a 21/10.Seg/sexta 10/20h.Sáb. 10/13h. Rua Joãode Barros 147 — Le-blon. 294-4499/4096.

PAULO BRAME es-ta captando peçaspara o Leilão de No-vembro em sua Ga-leria de Arte. RuaJoão de Barros 147— Leblon. 294-4499/4096.

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TempoNo Rio e em Niterói, claro aparcialmente nublado, pas-sando a nublado com possibi-lidade de chuvas e trovoadasao entardecer. Visibilidadeboa. Temperatura estável. Má-xima 39,6° e mínima 17,5°, emRealengo. Foto do satélitee tempo no mundo, página 16.Maluf desmentidoDocumentos da Junta Comer-ciai e balanços publicadosmostram que Maluf foi dire-tor-superintendente da Eu-catex até 1978, pelo menos,contrariando a afirmação deque ele não exerce nenhumafunção dirigente na empresadesde 1969. (Página 4)

Campanha machistaO baiano Raimundo Reis,candidato do PDS à Assem-bléia estadual, defende abandeira do pagamento depensão alimentícia para ho-mens separados e combate asfeministas com o slogan"Maciel nelas". (Página 7)

Rio de Janeiro — Quarta-feira, 8 de outubro de 1986 Ano XCVI — N° 183 Preço: Cz$ 4,00—————-——————^———————^—— poto (je Luis Morier

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Amposição de que o assassino de um menino de 4 anos estava preso levou favelados a tentarem

invadir um auartel em Benfica. O crime revoltou a Favela da Chocadeira. (Cidade, página 7-bJMorte ao jacaré invadir um quartel em BenficA matança de jacarés é pontocentral da plataforma deAmazonino Mendes, cândida-to da Aliança Democrática aogoverno do Amazonas. "Sãomonstros que consomem 70quilos de peixe por dia", jus-tifica. (Página 3)

Auxílio a militarO ministro Leônidas Pires su-geriu e o presidente Sameyconcordou: os militares,quando mudarem de cidade,receberão um auxílio-habitação mais substancialpara compensar os baixossoldos. (Página 13)

Bolsista-fantasmaO MEC constatou irregulari-dades na concessão de bolsasde estudo em 72 escolas de Ioe 2o graus em 11 estados. Rioe São Paulo lideram as frau-des e têm até bolsistas fictí-cios. (Página 9)

Acordo tecnológicoO grupo Villares assina con-trato com a Petrobrás paradesenvolver a tecnologia eproduzir equipamentos quecontrolam o fluxo de produ-ção nos poços. (Página 18)

Preço da represáliaO governo examina qual seráo prejuízo se os EUAcumprirem a ameaça de sus-pender concessões tarifa-—rias-para importação de 7 milprodutos brasileiros, em re-presália à proteção à infor-mática. (Página 24)

Greve à vistaUm milhão de trabalhadorespaulistas se preparam paragreve em novembro, caso nãoconsigam reajustes salariaisadequados e produtividadeacima de 2% na renovação decontratos coletivos. (Pág. 17)

Corte em estataisO governo calcula em Cz$ 376milhões anuais a economiacom a alteração na estruturado IBC e da Sudhevea, redu-zindo de 4 mil 940 para 520 onúmero de funcionários dasduas repartições. (Página 13)

AnticoncepcionaisEscolas de segundo graude Nova Iorque estão distri-buindo anticoncepcionaisaos alunos, com apoio do pre-feito, professores e religio-sos. (Página 15)

Còmoçáo em MoscouFilme soviético está causan-do comoção em Moscou, aoestabelecer relação entrestalinismo e fascismo. O per-sonagem principal é inspira-do em Béria, chefe do KGBfuzilado por Stalin. (Pág. 14)

Marcílio nos EUAMarcílio Marques Moreira, vi-ce-presidente do Unibanco,será o embaixador do Brasilnos Estados Unidos. (Pág. 15)

EUA realizam Funaro descongela seos gêneros aparecerema Ia cirurgia

extra-uterinaEquipe de cirurgiões da Califórnia

tirou um feto de 23 semanas do úteroda mãe, operou-o de um bloqueio noaparelho urinário e colocou-o de voltano ventre materno, realizando a pri-meira cirurgia do gênero. Mitchell, quenasceu nove semanas após a cirurgiarealizada em julho de 85, acaba decomemorar seu primeiro aniversário.

Na operação, os cirurgiões fizeramuma incisão na bariga da mulher epuxaram as pernas do bebê para fora.A metade superior do feto, ligada àplacenta, permaneceu dentro da mãe.Após a correção do defeito congênito,recolocaram a criança no lugar e fecha-ram o útero. Mitchell ficou três minu-tos fora do corpo da mãe. (Página 8)

O ministro da Fazenda, Dilson Fu-naro, vinculou o descongelamento depreços ao aumento generalizado deoferta de produtos. Disse também queuma produção maior depende de maisinvestimentos e importações. Concluiuque as importações estão condicionadasà redução de remessas de divisas parapagamento da dívida externa, o queexige uma definição.

— O Brasil tem de definir se conti-nua com US$ 12 bilhões de superávit aoano, ou se poderá reduzir isto para US$10 bilhões na negociação externa. Fica-ríamos com uma folga de US$ 2 bilhõespara importar e manter o desenvolvi-mento — esclareceu. O ministro anun-ciou as novas atribuições da Secretariade Abastecimento e Preços (SEAP).

Funaro ainda garantiu que todo ocrédito rural destinado a pecuaristas —cortado desde o dia 25 de setembro —continuará suspenso até que o abasteci-mento de carne bovina seja normalizado.Para o ministro da Agricultura, íris Re-zende, a passagem do abastecimento paraa alçada do Ministério da Fazenda nãosignificou um esvaziamento de sua pasta.

Rezende anunciou que este mêsserão destinados Cz$ 23 bilhões ao fi-nanciamento do plantio da safra deverão da região Centro-Sul. Disse queesse valor poderá aumentar e que ne-nhum agricultor ficará sem recursos. NoMinistério da Fazenda, o coordenadorde assuntos monetários, Eduardo Tei-xeira, garantiu para setembro e outubrorecorde do crédito agrícola. (Págs. 20 e 21)

Foto de Raimundo ValentimHiiWS.,

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Com pedido de desculpas, oExércüo morto o pescador Neco Russo. (Página 7-h)

Praticante de TRE decide SC Brizola

CotaçõesCruzado: 2.673,23 (hoje),2.685,26 (amanhã) e 2697,35(sexta-feira). Dólar: Cz$ 13,77(compra) e Cz$ 13,84 (venda).Viagem Cz$ 17,30. UNIF: Cz$199,41 para IPTU e Cz$ 248,55para ISS e taxa de expedien-te. UFERJ: Cz$ 186,99. OTN:Cz$ 106,40. MVR: Cz$ 328,38.Salário mínimo: Cz$ 804,00.

kempô vive oanimal eleito

A socióloga Isabel Montezuma prefereas posições das aves, como cegonhas,águias e garças. Já o economista JerônimoMonteiro elege o gato, "pela leveza e osilêncio dos seus movimentos". Ambos sãoalunos do kempô, uma arte marcial existen-te há sete séculos na índia — praticada noRio há 20 anos — e que consiste em fazerseus praticantes viver os animais.

O professor Jô Brito, único a desen-volver o kempô no Brasil, afirma que,"aprendendo com os bichos, aguçamos apercepção, estamos sempre atentos, comouma antena". O kempô, praticado noCopa Leme, recupera os instintos e, se-gundo seus adeptos, liga o homem ànatureza. Animais de verdade são levadosà aula, para seus movimentos seremobservados. (Corpo, no Caderno B)

Grande credordo Brasil podemudar de mãos

O segundo maior credor do Brasil esegundo estabelecimento bancário dosEstados Unidos, o Bank of America,pode ser comprado pelo First Interstate,nono maior banco norte-americano. OBof A teve um prejuízo de 640 milhões dedólares no período maio-junho. A pro-posta é de 3 bilhões 770 milhões dedólares e a diretoria do Bof A pediu maisinformações.

Aprovada — o que depende dosacionistas e do Federal Reserve Board—, será a maior fusão entre bancosnos EUA e criará uma instituiçãocapaz de rivalizar, em ativos, com oCitibank. Além de vultosos prejuízos, oBank of America se envolveu em escân-dalos administrativos — inclusive noBrasil, no caso Centralsul. (Página 24)

Botafogo temvaga e Vascoainda espera

Botafogo e Vasco venceram seusjogos de ontem, contra Santa Cruz ePiauí, respectivamente, pelo mesmoescore (2 a 0), mas só o Botafogo estácom vaga assegurada na segunda fasedo Campeonato Brasileiro. O Vascoainda depende do julgamento do casode doping na partida entre Sergipe eJoinville.

De qualquer modo, os vascainoscomemoraram a classificação, combase na opinião do presidente do Su-perior Tribunal de Justiça Desporti-va, Carlos Henrique Saraiva, de que oJoinville não ganhará os pontos do jo-go com o Sergipe. Os gols do Botafogo,no Maracanã, foram marcados por Silvi-nho e Jorge (contra); os do Vasco, emSão Januário, por Fernando e Gersinho.

Nicarágua abateavião e matatrês americanos

O avião derrubado pelo exércitosandinista na Nicarágua perto dafronteira com a Costa Rica levavaquatro americanos e armas para oscontras, afirmou o governo de Ma-nágua. Três americanos morreram eo único sobrevivente, que se identi-ficou como Eugene Hafenfuf, 35anos, disse ser assessor militar emEl Salvador.

O secretário de Estado GeorgeShultz garantiu que o avião foi freta-do por cidadãos americanos semqualquer ligação com o governo deWashington. A chancelaria nicara-güense, entretanto, afirmou que aNicarágua vai protestar enérgica-mente pelo que considera "parte deuma escalada agressiva americanacontra os sandinistas". (Pág. 15)

Governo quercriar varas de

vai se defender na TV direito agrárioO TRE fluminense julgará hoje

pedido de resposta do governador Leo-nel Brizola, que pretende ocupar espa-ços nos horários do PDS e do PMDBnos programas da propaganda eleitoralgratuita para se defender de ataquesque recebeu, respectivamente, dos can-didatos Amaral Neto e Hélio Fer-nandes.

Ao assinar atos relacionados com aconstrução de um novo foro criminal(projeto de Oscar Niemeyer) e de duasmodernas penitenciárias em Bangu, Bri-zola disse que vem recebendo dos adver-sários, no rádio e na televisão, "verda-

deiras agressões", e que se sente, comogovernador,

"no direito de contestar".

Uma pesquisa de opinião, do PDT,que daria 23% das preferências doseleitores ao candidato Darcy Ribeiro e19% a Moreira Franco, foi ironizadapelo ex-presidente do Instituto AlbertoPasqualini, Maurício Dias David. Oinstituto faz desde 1982 as pesquisas doPDT.

O candidato da Aliança PopularDemocrática, Moreira Franco, que nãocompareceu ao debate com os estudan-tes da Universidade Santa Úrsula, nanoite de segunda-feira, voltou atrás e seofereceu para ir ao encontro deles emnova data. Os estudantes, porém, nãopretendem atender ao candidato. (Pá-gina 7 A, e editorial Direito de Defesa)

O ministro da Reforma e Desenvol-vimento Agrário, Dante de Oliveira,anunciou ontem em Belo Horizonte queo governo vai enviar emenda ao projetode reestruturação da Justiça Federal, pro-pondo a criação de varas especializadasem direito agrário, que, em sua opinião,serão mais eficientes que uma justiçaagrária específica.

O ministro Paulo Brossard respon-sabilizou o superintendente do Incrapelas invasões de terras e da própriasede do Instituto em Porto Alegre. Oministro da Justiça disse que funciona-rio da União não pode ser desleal como governo.

"Quem não concordar com apolítica do presidente José Sarneynão é obrigado a trabalhar para o gover-no: pode pedir demissão. (Página 12)

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2 ? Io caderno o quarta-feira, 8/10/86

Coluna do Castello

Política JORNAJL DO BRASIL

O Brasil mais à

- esquerda em 1987

A tranqüilidade da campanha eleitoral,acentuada pelo malogro da CUT de

transformar o período setembro-outubro emteste de desafio à política oficial, o desempe-nho modesto dos partidos de esquerda, entreos quais o temido PT, e as composiçõesheterodoxas na maioria dos estados paraescolha de governadores são os fatores nosquais se apóia o presidente José Sarney paraprever um desfecho tranqüilo para o episó-dio eleitoral de novembro, com a eleiçãopelos partidos que o apoiam de cerca de 400deputados federais.

Os governos estaduais serão igualmentedistribuídos entre o PMDB e o PFL, compredominância do primeiro, e a possívelvitória do sr Antônio Ermírio em São Paulonão altera o quadro geral. Os dados quepoderiam subverter as perspectivas traçadaspelo presidente seriam reviravoltas em SãoPaulo, com a ascensão do sr Paulo Maluf, eno Rio de Janeiro, com a ascensão do srLeonel Brizola. O primeiro daria base a umareação à Nova República a ponto de dese-quilibrar o processo de transição iniciadocom a eleição de Tancredo-Sarney. O segun-do manteria num ponto sensível uma base dedesestabilização da sucessão presidencial daRepública.

Tais hipóteses, no entanto, são remotas.O quadro que se esboça é tranqüilizadorpara o governo e lhe dá a impressão de quedisporá de elementos para elaborar umaequilibrada Constituição da República, porintermédio de uma Constituinte majoritaria-mente alinhada à política oficial. O presiden-te deverá estar levando em conta a presençade uma cota significativa da esquerda, senãono centro nevrálgico do país, pelo menos emestados com tradição de influir regionalmen-te e funcionar como referência obrigatóriadas decisões nacionais. Em Pernambuco e naBahia (se o ministro Antônio Carlos Maga-lhães até o dia 15 não provar em contrário),a esquerda situará no governo dois homensde esquerda provados na luta, na adversida-de e na permanência dos seus compromissos.

Os srs Miguel Arraes e Waldir Pires sãodois expoentes da geração de políticos que,salvo breves interregnos, se colocaram àcontramão no curso dos governos que sesucederam à Constituição de 1946 e caíramna ilegalidade e no exílio depois de 1964. Sãofiguras definidas e por isso mesmo de atua-ção previsível na elaboração das novas insti-tuições nacionais e na formação dos futurosgovernos. Sua influência se fará sentir sobrea Constituinte e sobre o conjunto de forçasque, nem tão definidas quanto eles, tem emcomum o sentimento de que o Brasil devemodernizar-se e avançar um pouco mais docentro para a esquerda.

Precedente significativo tem o presiden-te José Sarney no trabalho da ComissãoAfonso Arinos, para a qual designou juristase cientistas políticos recrutados na elite pro-fissional do país. A expectativa criada por talcomissão era a de que se pretendia congelar

processo democrático, propondo-se a insti-tucionalização de instituições liberais do tipodas Cartas de 34 e 46. No entanto, embora aextensão e por vezes a incoerência dasconclusões, o documento que resultou de umano de trabalho desses expoentes do pensa-mento político, universitário e profissionaladquiriu um sentido progressista, com tintu-ras socializantes, nacionalizantes e estati-zantes.

A surpresa registrada, em alguns setoresnão levou em conta que a tendência, senãodominante mas visível do projeto da Comis-são Afonso Arinos, traduz o sentimentoque, ao longo do regime militar, difundiu-seno país, principalmente entre seus professo-res, estudantes, profissionais liberais e nosorganismos que os representam. O Brasil dehoje é progressista e pende mais para aesquerda do que para a direita, quando nadapara procurar uma postura equilibrada aofim de um período de grave desequilíbriopolítico nacional.

Tais tendências podem provocar receiosfora e dentro do país. Mas a correção deexcessos está na postura do presidente e doseu governo, levemente tocada de sentimen-to social, e no número de governadores que,ao centro, crescerá na próxima eleição. Ape-nas em Goiás e no Rio Grande do Sul podememergir governos semi-esquerdistas, comoponto de reforço da atuação que emanariade Pernambuco e da Bahia. Mesmo nessesestados, com a provável eleição dos governa-dores de esquerda, a miscelânea de queresultariam tais vitórias é um atestado de

| que o Brasil tende mais para a composição ej a transição do que para radicalismos.

A oposição será, à direita, provável-| mente desempenhada pelo malufismo rema-:-nescente e, à esquerda, pelo brizolismo. Os

partidos comunistas mais provavelmentecontinuarão a preservar sua presença legal

| no quadro do país. Dificilmente serão envol-p vidos, como o PT, pela organização da CUT,| que até aqui teve menos êxito do que. imaginava o próprio governo. A tendência

para o social e para o respeito aos direitos' humanos e à liberdade será, sem dúvida,; uma tônica que os próprios militares estãoi preparados para registrar como desfecho da

sua longa intervenção na vida brasileira.

Carlos Castello Branco

Sergio Costa e Silva ^^1

15.188 - Dep. Estadual

. P1 Gov. Moreira- Sen. Nelson

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Brasília cria debates

de bar para aproximar

candidatos e eleitoresBrasília — Nem comício nem corpo-a-corpo: para caçar

votos no Plano-Piloto de Brasília, os políticos reservaram asnoites de segunda-feira para debates com os eleitores nos bares dacidade. Entre chopes e batatas fritas, os candidatos procuram,noite afora, vencer a apatia e a indecisão dos brasilienses, que.talvez por nunca terem votado, estão demorando muito a definirsua escolha.

E começam a ter sucesso. Na Asa Norte, o restaurantenatural Bom Demais, pioneiro nos encontros, nunca recebe menosde 100 jovens eleitores ansiosos em conhecer pessoalmente oscandidatos. Cruzando a cidade, o bar e restaurante Moinho, nofim da Asa Sul, abre seu espaço bem mais amplo a 300 freguesesdispostos a acompanhar a bebida do fim de expediente comdiscussões animadas por professores da Universidade de Brasília."Abrimos espaço para que os candidatos realizem umtrabalho de corpo-a-corpo diferente, artesanal", orgulha-se MariaCristina Leal, professora de língua portuguesa da UnB e organi-zadora do programa do Bom Demais. "Fizemos isto para investirna conscientização dos eleitores e no voto de qualidade", diz ela.

No Moinho, os freqüentadores não só debatem com candida-tos — sobre assuntos que vão dos direitos dos trabalhadores àmaconha e ao aborto — como participam de um curso promovidopelo Decanato de Extensão da UnB sobre a Constituinte, hojeespalhado por mais de 120 grupos, compostos por colegas derepartição ou simples vizinhos de rua, na cidade-satélite deTaguatinga. A iniciativa foi do próprio reitor Cristóvam Buarque,que, convidado para unir-se aos debates, resolveu assinar umconvênio com o bar e fornecer a seus encontros uma pitadaacadêmica."O Moinho vai, naturalmente, se transformar em ponto deencontro de políticos e eleitores", prevê o engenheiro Carlos deGauile, um dos quatro donos do restaurante, por onde circulamquase 1 mil pessoas a cada noite. "Quem quiser ser eleito emBrasília", arrisca, "terá de passar por aqui."

A esquerda do PMDB, o PT, o PDT, o PCB e o PSBfornecem a maioria dos candidatos aos debates nos bares. E, sealguns deles forem eleitos, após enfrentar os exigentes boêmios,não devem pensar que escaparam das cobranças. O Moinho jáanunciou que chamará os oito deputados e três senadores eleitosuma semana após a proclamaçào dos resultados. O Bom Demaisvai promover um debate mensal com os primeiros representantesdo Distrito Federal no Congresso Nacional. "Agora que otrabalho começou", diz a professora Maria Cristina, "esperamoster energia para continuar acompanhando de perto o trabalho dosconstituintes."

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de novembro a Empresa Brasi-leira de Correios e Telégrafoscolocará cinco milhões de aero-gramas especiais à disposiçãodos eleitores que náo puderemvotar. Os aerogramas custamCz$ 7,00 estão com preço cbn-gelado desde a eleição munici-pai do ano passado — e deve-rão ser enviados no dia 15' denovembro para que o eleitorjustifique a abstenção quandoestiver fora de sua zona ciei-toral.

O modelo é o mesmo usadoem 82 — quando foram expedi-dos 2 milhões 400 mil aerogra-mas — e no ano passado, quan-do o movimento náo chegou aum milhão. O leitor preenche-rá duas vias do documento e asapresentará em qualquer agên-cia dos Correios no dia da elei-çáo. A agência expedirá, o .ae-rograma e aplicará o carimbode recepção na 2' via, que serádevolvida ao eleitor.

Durante seis meses, a contarda data da eleição, se precisarprovar quitação com a JustiçaEleitoral, o eleitor apresentaráa via carimbada pela ECT. Atéterminar esse prazo, o eleitordeve se dirigir a sua Zona Elei-toral para receber o recibo ex-pedido pelo órgão, já que, de-pois de seis meses, a quitaçãosomente será provada atravésdeste documento.

No aerograma, o eleitor vaiescrever o nome completo e,em lugar apropriado, o númerodo título, números da Zona eSeção, além do município e dodistrito. Se o eleitor não tiver otítulo em mãos, terá que preen-cher os dados referentes à filia-ção. O aerograma será expedi-do pelos Correios aos juiz daZona Eleitoral do eleitor.

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do interior do Amazonas, e garanuu a v.iona na u.spuia, u govcmu. Em Manaus, um secretario de estado esta „ OODO ae camarao GONZALESregiao, de alguns candidatos do PDS. bm lyeo, Bosco nao se interessa propriamente por poli- convencido dc que perdcu as eleiijoes em 1982 CamaraO 3 MIlafiesa C/AfTOZBoscojd esta sepreparando para atacarnovamente. tjca> nj0 qUer se candidatar e as fraudes nao gragas a uma fraude bem planejada no mapeamcnto Camarao GllisadO C/ArrOZ EstreiaE nao faz segredo: "Eu utilizo qualquer estrategia a|teraram seu padrao dc vida."Eu nao ganho di- fma| (jos votos. E ha muita desconfianija. O candi- Vatapa nestapara ganhar uma eleigao. At6 sumir com urnas nheiro com isso porque nunca pedi a ningudm. Fago dato da Oposiqao, Artur Virgflio Ncto pensa cm Camarao Grelhado a Greoa 5a feira

Fraudador oficial do Alto Solimoes, onde se P°rqUe g0S,°"' triplicar o numero de pessoas que acompanharao a CamaraO 3U Gratin 22 horaSespalham 12 cidades com perto de 30 mil eleitores Acreano de Xapori, Joao Bosco mora hi 10. apuragao dos votos. No Amazonas, as urnas vem CamaraO a Americanacada uma — 10% do total do estado — Joao Bosco anos em Atalaia e e apenas um raro exemplo de de barco atd Manaus. No caminho, ninguem sabe Qtrnnnnnff dp Tamaran *************foi indicado este ano pela Justiqa Eleitoral para, fraudador profissional declarado. "Deve haver ou- que pode aconteccr", diz. ouogonoiT ae UdmdidU Reservas-

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Matança de jacaré

vira plataforma

no Amazonas

Manaus — O jacaré poderáse transformar num dos maispoderosos cabos eleitorais doAmazonas. Utilizado como te-ma de campanha pela AliançaDemocrática e seus candidatos— a única chapa que defende amatança do animal como formade preservar o homem —, amatança do jacaré arrancaaplausos nos comícios no inte-rior, onde a população tem umdos mais baixos índices de es-colaridade e informação dopaís. Na capital, porém, a idéiaé repelida.

Do alto de um palanque im-provisado, o candidato do go-vemo ao Palácio Rio Negro,Amazonino Mendes, apela aoréptil para entusiasmar o elei-torado e exagera: "Entre o ho-mem do Amazonas e o jacaré,o brasileiro do Sul prefere ojacaré." Mendes fala sobremãos decepadas, pernas engo-lidas pelos jacarés amazônicose lembra a depredação de rios epeixes.

"São monstros que con-somem 70 quilos de peixes pordia", ataca o candidato.ÍNDIOS

"Isso é um escárnio", reageem Manaus — e não no Sul dopaís — o professor de históriado Amazonas, José RibamarBessa, da Universidade doAmazonas. "O argumento éfrágil e tolo. Se os jacarés têmque ser mortos, então teríamosque destniir todos os aviõesporque os acidentes aéreos ma-tam centenas de pessoas deuma vez só", argumenta o pro-fessor de direito ambiental ereitor da Fundação Universida-de do Amazonas, RobertoVieira.

A reação de ecologistas eestudiosos não incomoda aAliança Democrática, que vemlevantando na campanha outrotema também polêmico: os ín-dios. 0 governador GilbertoMestrinho, cujo discurso é re-petido pelo candidato Amazo-nino Mendes, vê nos índiosinimigos potencial.

"Onde háouro, os índios estão lá, porculpa do Cimi e da Funai queos encaminham de propósitopara as áreas ricas em miné-rios", diz Mestrinho. "Essa co-locação dá a dimensão da irres-pensabilidade das autoridadeslocais com relação à políticaindigenista", acusa o professorBessa.

Bessa considera que, alémde desrespeitosa, a visão dogoverno local é "burra". Elecompleta: "Qualquer projetoalternativo de ocupação daAmazônia tem que levar emconta o conhecimento de quemvive na região há 400 anos". Oreitor Roberto Vieira faz umapelo: "O que queremos não éa defesa romântica de jacarés eíndios, mas tempo para estudare analisar a região a fim de quea destruição não seja total eirreversível".EXTRATIVISMO

Há um terceiro tema utiliza-do pela Aliança Democráticaque a oposição também expio-ra, mas de maneira inversa: oextrativismo. Amazonino Men-des quer promover uma revolu-ção cultural e econômica, le-vando o homem do interior a .abandonar a centenária extra-ção da borracha e substituí-lapela agropecuária. "O ciclo daborracha acabou, o Brasil nãoconsegue competir com os pre-ços da borracha importada deoutros países. O caboclo vaiaprender a plantar outros pro-dutos", prega Amazonino.

"Essa é uma política nazifas-cista. Não se impõe novos mé-todos, nem se altera o hábitode uma população em meses.Pelo menos 100 mil pessoasdependem da borracha e nósteremos que incentivá-las, dan-do-lhes condições de conti-nuar", defende Artur Neto,candidato ao governo pelo PSBe a coligação Muda Amazonas.

Inquéritos — A PolíciaFederal já abriu 278 inquéritoscóm base em pedidos da JustiçaEleitoral. A maior parte dasdenúncias é sobre abuso depoder econômico na campanhae pichações em locais proibi-dos. Com relação a fraudeseleitorais, nenhum inquéritofoi ainda instaurado. O corre-gedor-geral eleitoral, CarlosMário Velloso, está aguardan-do o fornecimento, pelo Ser-pro, das assinaturas dos que serecadastraram mais de uma vezantes de solicitar a ação.

0 fraudador oficial do Alto SolimÕes

Manaus — Em 1982, o professor primárioJoão Bosco Lopes Maia, 35 anos, desviou duasurnas de Atalaia do Norte, um pequeno municípiodo interior do Amazonas, e garantiu a vitória, naregião, de alguns candidatos do PDS. Em 1986,Bosco já está se preparando para atacar novamente.E não faz segredo: "Eu utilizo qualquer estratégiapara ganhar uma eleição. Até sumir com urnas".

Fraudador oficial do Alto Solimões, onde seespalham 12 cidades com perto de 30 mil eleitorescada uma — 10% do total do estado — João Boscofoi indicado este ano pela Justiça Eleitoral para.

acompanhar a apuração dos votos. Será ainda maisfácil para Bosco: aiém de oficializar sua participa-ção, o professor estará do lado mais forte dadisputa, o governo.

Bosco não se interessa propriamente por poli-tica, não quer se candidatar e as fraudes nãoalteraram seu padrão dc vida. "Eu não ganho di-nheiro com isso porque nunca pedia ninguém. Façoporque gosto".

Acreano de Xapori, João Bosco mora há 10.anos em Atalaia e é apenas um raro exemplo defraudador profissional declarado. "Deve haver ou-

tros, é claro. Não e fácil controlar esse tipo dc coisaem todo o estado", comenta o governador GilbertoMestrinho.

Em Manaus, um secretário de estado estáconvencido de que perdeu as eleições em 1982graças a uma fraude bem planejada no mapeamentofinal dos votos. E há muita desconfiança. O candi-dato da Oposição, Artur Virgílio Neto pensa emtriplicar o número de pessoas que acompanharão aapuração dos votos. "No Amazonas, as urnas vêmde barco até Manaus. No caminho, ninguém sabe oque pode acontecer", diz.

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Panfletos

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MUMbt H'0 TI.IJEis os documentos que provam que o deputado Paulo Maluf não deixou a direção da Eucatex em 1969, como declara a empresa: o documento da Junta Comercial de 15 de julho

de 1975, o balanço publicado na Gazeta Mercantil de 3 de outubro de 1977 e outro balanço, divulgado no dia 20 de abril de 1978 na Folha de S. Paulo r-uD

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Com destacada atuação na áreade educação, Tereza Fernandesé Professora de Filosofia e Sociologia,Docente da Pontifícia UniversidadeCatólica de Petrópolis e Secretáriade Educação e Cultura de Petrópolisna gestão Paulo Gratacós.Vai trabalhar em favor da cultura e de ummelhor nível de educação para todos.

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O candidato do PDS ao governo de SãoPaulo, Paulo Maluf, ao tentar desmentir umanotícia de aparecimento de casos de leucopenia,doença causada pelo benzeno, entre funciona-rios de sua empresa, a Eucatex, afirmou queestá desligado da firma desde 1969. Ontem, aEucatex publicou anúncio nos jornais que "o SrPaulo Salim Maluf, desde 1969, não exercequalquer função executiva, consultiva ou delibe-rativa na empresa". Mentiram o candidato e aEucatex.

Um documento da Junta Comercial do Esta-do de São Paulo atesta que, no dia 15 de julhode 1975, a assembléia de acionistas da EucatexS.A. Indústria e Comercio, numa mesma reu-nião, aceitou a renúncia e reelegeu imediata-mente Paulo Salim Maluf para o cargo executivode diretor superintendente da empresa. Nessamesma reunião, o ex-ministro da Justiça AlfredoBuzaid foi eleito para o conselho consultivo daempresa.

Paulo Salim Maluf. ao se defender dasdenúncias sobre o aparecimento da leucopeniana Eucatex, disse que qualquer esclarecimentodeveria ser buscado junto à diretoria da empresae não com ele: "Estou desligado da Eucatexdesde 1969. quando assumi a Prefeitura de SãoPaulo".

Uma simples olhada nas coleções de jornaisdesmonta totalmente essa afirmação: no dia 3 deoutubro de 1977, a Gazeta Mercantil, em SãoPaulo, publicou o balanço da Eucatex, concluí-do no dia 31 de julho. O balanço é assinado porRoberto Maluf, diretor-presidente; Kari Hein-rich Friedrich, diretor industrial, e Paulo SalimMaluf, diretor superintendente, entre outros.

Menos de um ano depois, no dia 20 de abril

de 1978, o jornal Folha de S. Paulo publicavaoutro balanço da Eucatex. Novamente assinamRoberto Maluf. como diretor presidente, e;Pajj-Io Salim Maluf, como diretor superintendente.A informação de Maluf e da Eucatex de.que-ocandidato do PDS se afastou da empresa desde1969, definitivamente, não é verdadeira..'

Estratégia é nãocriticar Quercia

São Paulo — O candidato do PDS^ogoverno do estado. Paulo Maluf. deverá cqnti-nuar sua campanha sem hostilizar muiioc,ocandidato do PMDB, Orestes Quercia, quecomeça a aparecer a seu lado nas pesquisas deopinião, porque o deputado está certo de que.opemedebista cresce "tirando votos de AntônioErmírio", candidato do PTB. :,•¦..<••.

"Ainda vou polarizar com Quercia no fi-nal", reafirmou Maluf, que recebeu em 4oiicomitê eleitoral a adesão de presidentes • dequatro diretórios do PTB. dos bairros de CasaVerde, Bexiga, Pirituba, e Santa Eíigênia.''Ma-luf comemorou os apoios dos petebistas affr-mando que

"cada voto conquistado do adversa-rio vale por dois". Ele considera que Erinírioperde o apoio de candidatos do PTB ao cenfráli-zar a propaganda eleitoral na TV. "privilegian-do somente quatro ou cinco cardeais do'par-tido".

PT quer calar Renato Aragão¦*¦ AM1IÍ..M, H0rf>,0'.Arquivo — 1°/6/82:

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A personagem Severina "~. !

MOREIRAGOVERNADOR-PMDBDEP. FEDERALPMDB.

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Jornalista,filho do ex-governadorChagas Freitas.

CláudioChagas FreitasSÉRGIO CABRAL FILHQ^goDEP. ESTADUAL-PMDB

São Paulo — Uma frase do humorista Rena-to Aragáo, travestido em sua personagem Seve-rina do programa Os trapalhões, exibido nodomingo passado pela Rede Globo — "Aindabem que o Tonhâo disparou na frente: lá em SãoPaulo estão saindo os políticos profissionais,entrando os empresários" — provocou a reaçãodo PT (Partido dos Trabalhadores) que acusou,formalmente junto ao Tribunal Regional Eleito-ral, o artista e a emissora de "crime eleitoral".

O PT requereu ainda a apreensão do vídeo-teipe para que seja examinado pelo ministériopúblico, sob o argumento de que houve "propa-

ganda ilegal fora do horário gratuito". O candi-dato do PT, Eduardo Suplicy, observou que afrase de Aragão aconteceu uma semana depoisde um encontro entre o artista e AntônioErmírio de Moraes: "Renato Aragão sequer éeleitor em São Paulo e deu apoio expresso aocandidato do PTB".

"Há um engajamento ilegal da Rede Globona campanha ermirista e isso acontece quando aRede Globo se recusa a realizar debates entrecandidatos à Constituinte, que já estão expressa-mente autorizados pela justiça eleitoral", acres-centou Suplicy.

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0 SEU 22 VOTO.

JORNAL DO BRASIL Política quarta-feira, 8/10/86 ? Io caderno ? ' 5

Sâo Paulo — Foto de Murilo Menon

Índices trazemdissidência devolta a Quercia

São Paulo — A ascensão do candidato do PMDB ao

governo, Orestes Oucreia, confirmada por todas as pesquisas deopinião pública divulgadas nos últimos dias, provocou imediatorefluxo no movimento dissidente de prefeitos e bases pemedebis-tas para o candidato do PTB, empresário Antônio Ermírio deMoraes.

Além das pesquisas do Instituto Gallup e do jornal O Estadode S. Paulo, que colocam Quercia encostado no candidato doPDS, Paulo Maluf, o Ibope divulga domingo um levantamento

que repete praticamente os mesmos índices do Gallup. Hoje, aRádio Jovem Pan torna a divulgar o resultado de uma prévia quefez com 20 mil pessoas que retiravam seus títulos no último dia 5,e que também registra surpreendente recuperação do candidatodo PMDB.

ArrependidosO primeiro a empreender o caminho de volta fei o prefeito

de Marüia, Abelardo Camarinha, que ontem passou o dia numaverdadeira via-sacra, pedindo perdão ao governador FrancoMontoro, a Quercia e ao presidente da Assembléia Legislativa,deputado Luís Carlos Santos.

"Fui um defensor do voto útil", justificou Camarinha aoscardeais do PMDB paulista com quem conseguiu audiência."Agora o fantasma do malufismo já está afastado e, como

pemedebista histórico, me integro novamente à campanha deQuercia."

Durante a inauguração de uma barraca para colher assinatu-ras a favor do confisco de bois, o grande filé que encontrou para

, sua campanha, Quercia não disfarçava a euforia com a volta dos' dissidentes: "Recebemos com alegria o retorno deles ao rebanho

do povo." Aos pemedebistas arrependidos garantiu: "Não serão

punidos."- '¦ Outro notório dissidente, José Roberto de Magalhães Tei-

xeira prefeito de Campinas — maior cidade do interior paulista— decidiu ficar calado a partir de agora. Com problemas pessoaisque o afastam de Quercia e por ter aderido com estardalhaço a

Ermírio, Magalhães Teixeira não pode refluir- Mas cessará a

campanha aberta que fazia pelo candidato do PTB.

Já a deputada estadual e atriz Ruth Escobar (PMDB) e o

PCB, que só no último fim de semana oficializaram a adesão a

Ermírio, admitiram reavaliar suas posições, se as próximaspesquisas continuarem confirmando o crescimento de Quercia.

Com SarneyEm sua cruzada pelo confisco de bois, o candidato do

PMDB, antes de abrir a barraca na Praça da Sé, centro de São

Paulo, telefonou ao presidente José Sarney, para reiterar os dois

telegramas enviados anteriormente pedindo medidas enérgicascontra os sonegadores de carne e de outros produtos.

"O presidente disse", contou Quercia, "que está na expecta-

tiva de que os produtores cumpram o acordo feito com o governo,porque se não for cumprido, garantiu, tomará a medida extremado confisco. E eu ainda o aconselhei: Presidente, não confie nessa

gente"."Os dois candidatos milionários" de São Paulo, disse

Quercia referindo-se a Maluf e Ermírio, "pressionam o governo"para evitar a aplicação da Lei Delegada n° 4, "unidos a outros

setores de dentro do governo". Ele responsabiliza por essa

situação, principalmente, o chefe do Gabinete Civil, Marco

Maciel.Hoje, por sugestão de Quercia, o governador Franco

Montoro reúne pela manhã, no Palácio dos Bandeirantes, os

prefeitos da grande São Paulo e da Baixada Santista, para tomar

providências que contornem a falta de produtos básicos na mesados paulistas.

| No Palácio dos Bandeirantes já existe euforia. A previsão éde que dentro de 15 dias Quercia terá ultrapassado Ermírio nas

pesquisas de opinião pública.Em segundo lugar em todos os levantamentos recentemente

divulgados, Quercia, na avaliação da assessoria de Montoro, vem^recuperando os votos pemedebistas que se haviam bandeado paraErmírio, seguindo a tese do voto útil — engrossar o concorrente

que tivesse melhores condições de vencer Maluf.

kl—

Quercia, animado com as pesquisas, faz mais um comício de "caça ao boV

TRE fecha comitê suprapartidárioSão Paulo — O candidato do PMDB

ao governo, Orestes Quercia, está com-provando, na prática, o velho ditadopopular: depois da tempestade, vem abonança. Após amargar um longo perfo-do de revezes em sua candidatura, agoraem segundo lugar nas pesquisas, ele rece-beu um verdadeiro presente no final datarde de ontem: a Justiça Eleitoral fechouo comitê suprapartidário, Avanço Demo-

critico, inaugurado há uma semana paraapoiar os candidatos a governador, Antô-nio Ermírio de Moraes (PTB), e a sena-dor, Fernando Henrique Cardoso e Má-rio Covas (PMDB).

O juiz da 5* Zona Eleitoral, SérgioValim, acolheu a representação doPMDB e reconheceu que era ilegal ocomitê, montado na Avenida 9 de Julho.

O PMDB, em seu recurso, invocou a

legislação eleitoral, argumentando queela estabelece que

"dispêndios financei-ros, promoções e eventos" de campanhasó podem ser promovidos sob responsabi-liade direta dós partidos políticos. O juizSérgio Valim em seu despacho destacouque como o comitê Avanço Democráticonão se tratava de uma iniciativa partida-ria e não foi assumido pelo PMDB, PCBou PTB, feria a legislação eleitoral.

Pesquisa dáfavoritosem Brasília

Brasília — O radialistaMeira Filho, o jornalista Pom-peu de Sousa — ambos doPMDB — e o empresário Osó-rio Adriano, do PFL, são osmais cotados para compor otrio dos primeiros senadoreseleitos pelo Distrito Federal,segundo pesquisa divulgada pe-Ia LPM. Metade dos eleitoresainda não definiu o voto.

Na eleição para a Câmarados Deputados, os candidatosdo PMDB e do PFL—que, emBrasília, não fizeram coligação— também estão em boa posi-ção: ocupam sete, dos oito pri-meiros lugares na pesquisa. Osdois primeiros são do PFL —Maria de Lourdes Abadia eValmir Compelo — e trabalha-ram como administradores decidades-satélites durante o re-gime militar. Em terceiro lugaraparece Márcia Kubitschek, fi-lha do fundador da cidade.

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MACEDODEPUTADO

EDERAL PMDB1553"Ele honra o Estado que o tem como Representanteno Congresso Nacional" JTcu *.< te /ÍAaj-

Tancredo Neves

Ermírio diz que PMDBteria 50% dos votos secandidato fosse forte

Serra Negra (SP) — O candidato do PTB ao governo de íjãoPaulo, Antônio Ermírio de Moraes, afirmou que

"qualquer

candidato razoável do PMDB já estaria com 50%, pois esse é umpartido forte, que apenas tem nesse momento um candidatofraco". Ermírio considerou "aceitável" o patamar de 20% obtidopor Orestes Quercia nas últimas pesquisas.

Ao passearem pelas tranqüilas ruas da estância hidromincíalde Serra Negra, a 160 km da capital, o candidato do PTB e seusassessores comentaram que não acreditam ainda na queda tlePaulo Maluf, conforme vem registrando as pesquisas eleitoraisdos jornais Folha de S. Paulo e o Estado de S. Paulo. A insisténfciade transformar a candidatura petebista em suprapartidária nãoserá abandonada pela coordenação da campanha de Ermírio, qiievê em Paulo Maluf o seu principal inimigo.

Diante de um público de aproximadamente mil pessoas,Ermírio afirmou depois: "Eu não vou analisar a venda dos 24apartamentos, ou a empresa do outro candidato (a Eucatex, dePaulo Maluf). Não tenho nada a ver com isso. Mas esses queparecem estar unidos com o intuito de nos desmoralizar, atravésda calúnia e da mentira, estão apenas revelando como iriamgovernar o estado, se eleitos fossem".

Ermírio comentou a interdição pela DRT da unidade derayon da empresa Nitro Química — uma das 96 do grupoVotorantim —, classificando o ato como fruto do momentoeleitoral.

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-6 n Io caderno ? quarta-feira, 8/10/86 Política JORNAL DO BRASIL

Informe JB

i

NO vale-tudo das eleições, o

governador Gilberto Mestri-nho, do Amazonas, está sendoacusado por seus adversários deusar um recurso de gosto duvidoso,visando à vitória: a interferênciatécnica nas emissoras de rádio etelevisão durante o horário eleitoral"gratuito.

, Coincidência ou não, todas asnoites, os candidatos do Muda

'Amazonas, encabeçados pelo depu-tado federal Artur Virgíiio Neto, doPSB, e os do PT têm suas falasprejudicadas por ruídos estranhos eimagens trêmulas. Há momentosem que não se entende uma únicapalavra do candidato.

DIsso acontece na capital. No in-

terior, essa deslealdade não se feznecessária: no horário gratuito, oseleitores vêem, quase sempre, oscandidatos do Rio de Janeiro por-que a imagem transmitida pelas-emissoras geradoras entra direta-mente no circuito.Nunca mais

O arquiteto Oscar Niemeyer vairevelar uma nova faceta: a de escultor.

A sua estréia neste novo ofício ten-de a provocar uma grande polêmica.

Ele vai esculpir um monumento aosdesaparecidos e mortos do regime mili-tar de 1964.

DA maquete do monumento será expostano Encontro Nacional do Grupo Tortu-ra Nunca Mais, a ser realizado de 24 a25 próximos, no Rio.Pecado capital

ue a Argentina anunciou amudança da capital, vários países da

- América Latina estão pensando em se-guir o exemplo.

O Uruguai deverá anunciar a qual-quer momento a mudança da capital de

; Montevidéu para Durazno.D

Também o Chile e o Peru alimentamprojetos de esbanjar dinheiro construin-do novas capitais.Tasso na cabeça

Pelas contas do Ibope, o empresárioTasso Jereissati, candidato do PMDBao governo do Ceará, ultrapassou abarreira dos 50% dos votos.

Pelo andar da campanha, os coro-néis do Ceará estão ameaçados de pas-sar para a reserva, da política.Cena carioca

Apesar dos 40 graus que fazia ontemna rua Vinte e Quatro de Maio, noEngenho Novo, alguns eleitores tenta-

n"vam apanhar seus títulos eleitorais na 8aZona Eleitoral, mas sem sucesso. Ves-

,7 .tiam bermudas e o traje era proibido.Na esquina, um camelô tinha a solu-

•«fção: alugava calças para aqueles que,apesar do calor, insistissem em resgatarseus títulos.

Furacão RPMO saldo da excursão do conjunto

RPM dessa vez foi negativo. Pelo me-nos para o Município de Santa Maria,no Rio Grande do Sul. Sete mil pessoaspagaram ingressos e assistiram ao show,mas os três mil que ficaram do lado defora destruíram vidraças, parte do te-lhado, roubaram o pára-raios e provo-caram tumultos pela cidade.

DDanos computados pela Prefeitura: no-vc feridos e gastos estimados em Cz$ 70mil para reconstruir o ginásio muni-cipal.

O choque da arteA TVE exibe a partir do próximo

dia 19 a série O choque do novo, com

oito programas de uma hora cada sobrea arte no século XX.

É uma produção da BBC/Time-Life,que demorou três anos para ser feita emtreze países diferentes.

O mestre-de-cerimônias é RobertHughes, editor de artes da revista Time.

AbastecimentoO Brasil acaba de comprar um mi-

lhão de ovos de galinha da Argentina.

ImprensaComeçou a circular ontem o jornal

Retrato do Brasil, um diário comandadopelo jornalista Raimundo RodriguesPereira.Leviandade

O candidato ao senado Antônio Pe-dreirà, que se proclama senador dopovo, é um irresponsável.

Ontem no TRE ele conclamou ostelespectadores a retirarem suas econo-mias do Banerj, alegando que o bancoia quebrar.

A tesoura do TRE, que tem sido tãorigorosa nos cortes, deixou escapar estegesto irresponsável e sem qualquer fun-damento.

Mudança de rotaO mercado de café, no Rio, tomou

conhecimento ontem de uma importa-ção de 200 mil sacas da Indonésia, porempresa brasileira.Carga pesada

O ministro José Reinaldo anunciouontem que, até o final do mês, osterminais portuários privados — quehoje só operam suas próprias cargas —poderão operar qualquer tipo de carga.

A medida, segundo os assessores doministro dos Transportes, vai revolucio-nar o setor portuário.

Depois de ter colocado em debatepúblico a nova política de navegação emarinha mercantes, o ministro prometefazer o mesmo com a política portuárianacional.

Apelo ao ladrãoConhecido por sua militância em

defesa de presos políticos durante oautoritarismo, o advogado Luis CarlosSigmaringa Seixas, membro da ala es-querda do PMDB de Brasília, fez on-tem um apelo ao ladrão que lhe furtou,na segunda-feira, uma kombi equipadacom sistema de som, que vinha utilizan-do na campanha para deputado federal.

— O Osório (Adriano, candidato doPFL ao Senado) tem mais de cem carrosna campanha. Eu só tinha aquele. Porfavor, devolvam-me — reclamou Sig-maringa.

Detalhe: O carro não era de Sigma-ringa. Era emprestado.

Novela políticaOs telespectadores baianos atentos

ao horário do TRE terão uma surpresanos próximos dias.

Vem aí, uma novelinha política,inspirada na obra de Dias Gomes e nosúltimos 20 anos da vida pública baiana.O personagem principal será AntônioSanteiro, "um político apreciador desantos e arte sacra, mas capaz de pro-mover artes do demônio".

Trata-se da campanha publicitáriado candidato do PMDB ao Governo daBahia — Waldir Pires.

Compras eleitoraisQuem pensar que candidato, a esta

altura, não tem outra preocupação se-não votos está enganado. Sérgio Ca-bral, candidato à Constituinte peloPSB, não perde uma boa chance de, emsuas andanças, fazer compras, sem en-trar em fila.

Já encontrou carne-seca em Quei-mados e ovos na favela da Barreira doVasco. A preço de tabela.

Com a falta de carne nossupermercados, o Freewayestá vendendo em abundân-cia carne de cordeiro.

Funcionários do BancoCentral estão apavoradoscom a falta de policiamentonos arredores do banco. Às19h, na esquina da Rua daConceição com Av. Presiden-te Vargas, os assaltos são dia-rios e já apelidaram a regiãode zona franca.

Hoje, às 12h, no AuditórioB4, da PUC, mesa-redondacom a participação de RoseMarie Muraro (PDT), Com-ba Porto (PMDB), SaletaMaccaloz (PT), Josefa da Sil-va (PCB), Renan Norberto

-(PFL) e Júüa Steinbruch (Pa-sart). O tema é "Mulher naConstituinte".

Um açougue em Rio dasPedras, na Estrada Velha deJacarepagua, que tinha carnee uma fila grande, foi sur-preendido pela patrulhinhada PM, que foi apartar umadiscussão. Conclusão: o PM,ao ver a carne, entrou noaçougue, comprou e foi em-bora.

Será empossada hoje, àsllh, a diretoria da recém-criada Associação dos Ami-gos do Hospital Oscar Clark,que pertence ao município.

-Lance-LivrePor que há fuga de capital

para o exterior? A respostaestá no programa de hoje En-contra com a Imprensa, naRádio JORNAL doBRASIL, as 13h.

Yvone Cunha Rego assu-miu a Assessoria de Comuni-cação Social da FundaçãoPró-Memória.

Transferida para o dia 26 amanifestação ecológica emtorno da Lagoa Rodrigo deFreitas que o PT/PV haviaprogramado para o dia 19. Aidéia é fazer um círculo emvolta da Lagoa, com todos ossimpatizantes de mios dadas.

Alguns ex-diretores doClube de Regatas do Fia-mengo estão usando indevi-damente o nome Boca Mal-dita, que está registrado noCartório de Pessoas Jurídicassob o número 67543.

O Comitê de Transporte dacampanha Moreira Francofez ontem uma consulta pré-via no Centro de Manutençãodo Metrô, das 7h40min ás8h45min. Resultado: MoreiraFranco — 77%, FernandoGabeira — 10% e Darcy —6%. Acrescente-se, o PT foi ovencedor das últimas eleiçõespara o Sindicato dos Metro-viários.

A Secretaria Municipal de

Planejamento promove hojee amanhã, às 16h, palestracom o arquiteto e planejadorurbano norte-americano PaulDomdrowscy. Fala sobre oplanejamento participativo eexperiências de participaçãocomunitária nos EUA.

O Instituto Metodista Ben-nett promove hoje, ásUh40min, no Auditório Tuc-Iter, o Ato/Encontro pelos 115anos da Lei do Ventre Livre.

O PCB estará promoven-do uma coletiva de obras dearte no Hotel Ambassador,dia 10, às 18h, e contará coma participação de Ziraldo,Zaluar e Scliar, entre outros

Em pesquisa feita em seufichário médico, um conheci-do cardiologista carioca cons-talou que mais de 50% dospacientes que recebe em seuconsultório diariamente, en-tre 8 e 20h, não sofrem dequalquer doença, a não seraflições psicossomátkas.

A que nível chegou a poli-tica. Um tal de Tenório, can-didato a deputado estadualpelo Pasart, faz campanhadizendo aos eleitores,: "La-

drão por ladrão, vote emmim que sou ladrão desdecriancinha."

Faltam 38 dias para o Rioeleger seu novo governador

Pesquisa do ibope diz PFL acha qUe Delfim estáque 87% da populaçãotêm confiança em Sarney fazendo pregação golpista

Brasília — O presidente José Sarney ainda goza da confiançade 87% da população brasileira, segundo pesquisa realizada peloIbope entre os dias 7 e 24 de setembro, com 21 mil 900 eleitores.Na mesma pesquisa, 30% dos entrevistados classificaram comoótima a atuação do presidente, 42% a acharam boa e 24%,regular, apenas 1% dos entrevistados considerou o governo ruim,enquanto 2% o consideraram péssimo e 2% não quiseram opinar.

A entrevista foi entregue ao presidente pelo Ibope eapanhou Sarney de surpresa. O presidente matinha até ontemsobre sua mesa uma pesquisa publicada domingo pelo jornalEstado de S. Paulo, onde foi apurado que 45% dos habitantes daGrande São Paulo querem a volta dos militares ao comando dopaia. Esse mesmo universo pesquisado entende que só as ForçasArmadas, Deus e o governo podem resolver os problemas sociais.Sarney disse que estranhou os resultados dessa pesquisa edesabafou com um assessor:

— As pessoas não acreditam mais nas instituições, nem nospartidos políticos. Elas só acreditam em líderes carismáticos...

Na pesquisa realizada pelo Ibope, o estado que maisdeposita confiança no presidente Sarney é o Ceará, onde 94% doseleitores responderam sim aos entrevistadores. Em compensação,o Distrito Federal foi a unidade da Federação que apresentou omenor percentual de apoio (78%).

Na classificação do governo do presidente Sarney, novamen-te foram os cearenses quem deram maior apoio, com 39%. Oscatarinenses foram os menos otimistas, mantendo esse percentualem apenas 20%. No Distrito Federal, 4% dos entrevistadosconsideram o governo Sarney ruim e 3% o classificam como"péssimo".

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Belo Horizonte e Salvador — O ministro doPlanejamento do governo João Figueiredo, Del-fim Neto, foi acusado pelo presidente nacionalem exercício do PFL, deputado Maurício Cam-pos, de estar envolvido numa "tentativa

golpis-ta, visando a desestabilizar o governo do presi-dente José Sarney, boicotar o Plano Cruzado,acabar com o congelamento de preços e promo-ver o retorno da inflação".

Em nota oficial da direção nacional do PFL,que distribuiu durante entrevista coletiva, Mau-rício Campos disse que seu partido manifestaintegral solidariedade ao presidente Sarney eassegurou que o "governo federal não recuaráum milímetro sequer, pois não haverá desconge-lamento de preços".

A nota do PFL afirma que "entre os que,

pela sua incompetência, levaram o país ao caos,encontra-se o ministro Antônio Delfim Neto, detriste memória, que saiu deputado pelo povo"."Estas forças retrógradas", acrescenta,"não se conformam com o êxito alcançado pelaação firme e decidida do presidente José Sarney,que promoveu o reencontro do governo com anação, que vem consolidando a Nova Repúblicae resgatando os compromissos assumidos nodocumento Compromisso com a Nação, quemudou o curso da história do Brasil".

PimentaO ex-ministro Delfim Neto agiu "de forma

irresponsável" ao ameaçar o país com um golpede Estado, "demonstrando sua vocação golpis-ta". Esta é a avaliação do líder do PMDB na

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OJÜEM PERDE0 JORNAL DO BRASIL

PERDE UM POUCODO MUNDO

JORNAL DO BRASIL

Câmara, deputado Pimenta da Veiga (PMDB-MG), que ontem interrompeu viagens ao inte-rior do estado para dar uma entrevista coletivasobre o episódio e fez várias críticas ao ministrodo Planejamento do governo João Figueiredo.

"Delfim está falando como voz dos especu-ladores e nós não podemos deixá-lo aem respos-ta. Faz críticas de coração e não de razão,porque certamente terá sido vencido pela vaida-de. Ele não deve estar gostando de ver que oministro Funaro fez o que ele nunca conseguiu",disse o deputado.

O líder do PFL na Câmara dos Deputados,José Lourcnço (BA), disse em Salvador queestranha que a crítica mais violenta ao PlanoCruzado parta justamente de quem

"colocou oBrasil na gravíssima situação de uma inflação dequase 300%, levando a economia nacional amaior recessão já vista e com o FMI freqüentan-do até o Palácio do Planalto".

Lourenço observou que Delfim, "como can-didato a deputado, está no papel de oposição",mas rejeitou como "atitude muito própria de umdos maiores cínicos de nossa história" a compa-ração feita pelo ex-ministro entre o Brasi! deagora e o do período pré-64, ao afirmar noseminário da Câmara de Estudos e DebatesSociais (Cedes) que

"por muito menos, 'nós

colocamos João Goulart para correr'".Lourcnço afirmou que. como líder do PFL,

não poderia deixar passar tal insulto cm brancoe considerou "debochativo" tom das críticas deDelfim Neto. , ,

Juiz veta ofensa pessoal ™na televisão em Pernambuco

Recife — O juiz eleitoral, Etério Galvão,tomou duas decisões para conter os ânimos emPernambuco, em reunião com coordenadoresdas campanhas de Miguel Arraes (do PMDB) eJosé Múcio Monteiro (PFL): o programa eleito-ral gratuito não veiculará mais acusações pes-soais a nenhum dos candidatos e a justiça exigiráque os candidatos à Constituinte ocupem real-mente 50% do horário do TRE. Os partidos sãorelapsos nesse aspecto, segundo o juiz."Caso vocês considerem que minha decisãonão é justa, recorram ao julgamento do tribunalpleno, (seis juizes c o desembargador), para

repararem a determinação", afirmou o juiz aosrepresentantes dos dois partidos, que acataram adecisão e garantiram que não veicularão acusa-ções ou cenas de violências. Eles reclamaram,porém, do fato do juiz eleitoral ter mandadoretirar do ar alguns teipes nas .duas últimassemanas.

O prefeito Jarbas Vasconcelos, do PMDB,entrou ontem com uma segunda representaçãojunto ao TRE para garantir que tenha novamen-te direito à resposta no programa do Partido daFrente Liberal, que o acusa de promover tortu-ras na Companhia de Transportes Urbanos.

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PARADEPUTADOFEDERAL

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Engenheiro oivil — professor — em-presário e escritor

Paraibano de origem, Pernambu-cano de vivência, e carioca de coraçãohá 18 anos. Tornou-se cidadão cario-ca com o titulo concedido pela CâmaraMunicipal do Rio — em 30/06/86.

Líder estudantil do curso Primárioà Universidade, tendo se formado en-genhelro na Escola de Engenharia deRecife em 1966. Alcançou os maisaltos postos na liderança empresarialdo Rio de Janeiro.

Por mérito, ganhou Bolsa de Estu-dos para França onde fez pós-graduação, completando sua forma-ção de engenheiro civil e paralela-mente adquiriu formação humanas-tica.

Voltando ao Brasil tornou-se em-presário fundando a ESTUB, cuja his-tória é a própria história do seu fun-dador.

Trabalhador incansável, o que fezo sucesso de seus empreendimentos,oujo reconhecimento se expressa nosinúmeros títulos recebidos:

Medalha Mauá (Confederação dasAssociações Comerciais do Brasil)

Medalha do Mérito Industrial (Fe-deração das Indústrias-RJ)

Medalha Pedro Ernesto (CâmaraMunioipal-RJ)

Título de Cidadão Carioca (CâmaraMunicipal-RJ)Presidente e Diretor de várias organi-zações de classe, engenheiro de for-mação, professor por vocação, foi re-conhecido como revelação empresa-rial pela visão que demonstrou ao serpioneiro na criaçáo do Distrito Indus-trial da Fazenda Botafogo e por serhomem renovador e progressista.AUANÇA POPULAR DEMOCRÁTICA - PFL

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(031) 222-3955 — telex: (031) 1 262

R. G. do Sul — Rua Tcnente-Coronel CorretaLima. 1 960/Morro Sta. Teresa — CEP 90000 —Porto Alegre. RS — telefone: (0512) 33-3711(PBX) — telex: (0512) I 017

Bahia — Rua Conde Pereira Carneiro, 226 —Salvador — Bahia — CEP 40000 — Tel. (071)244-3133 — Telex: 1095PvrmanibacD — Rua Aurora, 325 — 4o and. sV418/420 — Boa Vista — Recife — Pernambuco —CEP 50000—Tel. (081) 231-5060 —Telex: (081)1247Correspoodeattsi nacionaisAcre. Alagoas. Amazonas, Ceará, Espínto Santo,Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul. Pará,Paraná, Piauí, Rondônia. Santa Catarina

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Com ClassificadosPernambucoDias úteis Cri 8,00Domingos Cri 12.00Demais EstadosDiasútcis Cri 10,1X1Domingos Cri 12.1X)Remessa PostalDias úteis Cri 4.00Domingos Cri 6.0U_

JORNAL DO BRASIL Política quarta-feira, 8/10/86 D 1° caderno ? >7"Boi Voador" ocupa o vídeo naSalvador — O "boi voador" volta a

atacar na campanha eleitoral baiana. Umamanada filmada pastando nas terras deNilo Coelho, o candidato a vice-governador pela coligação encabeçada pe-Io PMDB, havia ido ao ar no horário doTRE no último final de semana tendocomo fundo musical o Boi Voador, deChico Buarque de Holanda.

Hoje a coligação oposicionista rebate aacusação de "esconder boi no pasto" lan-çando no horário eleitoral a "novela do BoiVoador". O primeiro capítulo da sérietratou das fazendas e do gado do governa-dor João Durval (PFL), que apoia a candi-datura de Josaphat Marinho pela coligaçãoPFL-PDS-PTB.

A imagem dos bois de Nilo Coelho,acompanhada do estribilho "Quem foi/quem foi/ Que falou no boi voador",

, causou grande impacto e colocou o proble-ma da carne no primeiro plano da discus-

, são nos programas eleitorais, comícios epronunciamentos. A discussão, segura-mente, irá aumentar.

Quando aparecem os bois do governa-'dor João Durval na TV, uma voz, em ofT,diz: "Vamos visitar a fazenda do governa-dor João Durval Carneiro, uma das muitaspropriedades que o governador comprounos últimos quatro anos".

irini A gravação, feita num sobrevôo de" helicóptero, por pouco não acaba em tra-

gédia. "Vejam a casa bonita, moderna, as

palmeiras imperiais, vejam bem, tem atéquadra de tênis e piscina", ia descrevendo

o locutor quando uma falha no sistemahidráulico provocou pane no aparelho epânico entre seus quatro ocupantes. Inicia-do às 7h30min, o sobrevôo foi interrompi-do às llh30min com um pouso forçado noaeroporto de Feira de Santana, a 80 km deSalvador, que leva o nome do proprietárioda fazenda e governador do estado, JoãoDurval Carneiro.

Mudaram os personagens, mas o rotei-ro e as falas do "boi voador" são iguais.Como havia sido feito na fazendo de NiloCoelho, ao serem focalizados os bois dogovernador, uma voz avisa: "Aqueles sãoos bois gordos, escondidos, prontos paraserem vendidos no mercado negro". A vozde Chico Buarque vem num crescendo: "Éfora, é fora da lei, é fora do ar". A versãodo PMDB avançou um pouco, ao focalizaros pastos verdes e provocar:

"Ali estão asterras improdutivas, próprias para a refor-ma agrária".

A pergunta que, ao final da propagan-da do PFL-PDS-PTB era feita a WaldirPires, agora é dirigida a Josaphat Marinho:"E agora, professor Josaphat? O sr achaque também o governador João DurvalCarneiro é responsável pela falta de leite ecarne na mesa de nove milhões e oitoecn-tos mil baianos?". O programa terminacom um aviso aos telespectadores: "Não

percam amanhã um novo capítulo da nove-Ia "O boi voador". Depois de vistoriadodurante o dia de ontem, o helicópteroparte hoje em nova missão. Voa em buscade novas fazendas e outros bois e integran-tes da chapa governista.

Plataforma de machista étirar pensão de mulheres•WlfJi' -*¦_ Salvador — Foto de Gildims.. Salvador — Corri o alogan "Maciel nelas", e

a proposta de pensão alimentícia para homens••separados, o candidato a deputado estadual

Raimundo Maciel, que se considera "uma reser-va moral do PDS", acredita que, apesar deestreante, descobriu no eleitorado machista de

.Salvador um filão de votos que o levará àAssembléia Legislativa.

.. , Advogado, ex-diretor dos Diários Associa-. dos na Bahia, Raimundo, 43 anos, é casado comuma dona-de-casa, Eunice, com quem tem trêsfilhos. Ele não vacila em criticar o ConselhoNacional da Mulher e as candidatas do movi-

mento feminista.'¦:, Raimundo diz que conta com apoio do'

candidato da coligação PFL-PDS-PTB ao gover-no do estado, Josaphat Marinho, e do ministro

i das Comunicações, Antônio Carlos Magalhães.I Propõe que o homem passe a ter direito a todos

os benefícios previdenciários no caso da morteI do cônjuge, hoje concedidos à mulher.": "A sociedade atual foi invadida por um sem-' número de mulheres que empunham a bandeira

do feminismo. Isto levou o presidente Sarney aj criar um órgão de proteção à mulher cujos

; objetivos foram logo distorcidos. O que se vê] hoje é muita mordomia, salários astronômicos e' gastos excessivos em benefício de um pequeno

grupo", acusa o candidato.-. Para Rairarndo, as candidatas feministas

"no fundo, buscam com isso o voto das menosesclarecidas, todas defendendo seus interesseseleitoreiros". Cita como exemplo a vereadora

i Amabília Almeida, candidata a deputada esta-

Salvador — Foto de Gildo urna

afl fl H W'/'I aH In íi '

l: guerra ao feminismoMacie.dual, integrante do Conselho Municipal da Mu-lher, presidente da Associação Feminina nadécada de 50 e coordenadora da ComissãoEspecial de Mulheres da Câmara de Verea-dores.

Amabília reage afirmando que "Maciel nc-

Ias" é um slogan vulgar e leviano, característicode quem desconhece "a extensão e a seriedadedo movimento feminista no país".

Maciel teve inspiração para sua campanhaem defesa dos homens no seu trabalho diário noescritório de advocacia. "Tem mulher que rece-be pensão de até quatro homens diferentes.Tenho casos concretos no escritório de homensque nem são ouvidos e, no entanto, as mulherespegam o dinheiro da pensão e dão para osamantes."

Aliança Popular DemocráticaPara Senador

AFONSO ARINOS — n° 251"Muito fica a dever o país à capaci-

dade, ao zelo intelectual, à enormeerudição e aos profundos" conhecimen-tos desse exemplo de dignidade davida pública brasileira que é AfonsoArínos de Melo Franco, que emprestouo brilho de sua inteligência e o amor desua devoção ao Brasil, à cátedra uni-versitária, ao jornalismo, à política, àdiplomacia, ao direito, à história, àcrítica literária e à ciência política, como mesmo entusiasmo com que, convo-cado pelo Governo, (...) na lucidez desua inteligência, não se eximiu de pres-tar mais este grande serviço à Nação.Dele se pode dizer o que afirmou RuiBarbosa, no trecho da 'Oração aosMoços' (...): Tenho o consolo de haverdado a meu país tudo o que me estavaao alcance: a desambição, a pureza, asinceridade, os excessos de atividadeincansável com que, desde os temposacadêmicos, o servi'. Afonso Arínos,mestre de tantas gerações, deu tantoquanto Rui ao Brasil. O preito de grati-dão com que o Governo acaba de lheconceder a Ordem Nacional do Mérito,um tributo a essa vida cheia de exem-pios, ó, ao mesmo tempo, uma nome-nagem (...) e um reconhecimento (...)

^r IÍLat ¦ ¦

nessa tarefa histórica de que podemosnos orgulhar, na medida em que daquipartimos para dar á democracia brasi-leira a dimensão duradoura com queTancredo Neves, seu conterrâneo,soube dotar a Nova República."

JOSÉ SARNEY

Sawí-y

R/7/l 1/7 Chuva não acaba com crentusiasmo de passeata""de Waldir em Salvador |

Salvador — O candidato do PMDB ;i governador, WaldjirPires, liderou, debaixo de chuva, uma animada passeata qoecomeçou no Largo da Conceição da Praia c terminou na PrataConde dos Arcos, centro financeiro da Cidade Baixa. Waldir foisaudado do alto dos edifícios com acenos e papel picadp,enquanto na rua o esquema de segurança leve dificuldade paraconter as pessoas que queriam abraçá-lo. j

A concentração para o que os pemedebistas chamaram de"passeata da vitória" começou às lOh, mas os organizadorestiveram que esperar durante uma hora pela chegada de Waldir,que estava em campanha pelo interior. Os pemedebistas decidi-ram não correr o risco de realizar a manifestação sem a presençado candidato, como aconteceu semana passada, no bairro daLapinha. •

Waldir chegou ao Largo da Conceição da Praia em meio' aum barulho ensurdecedor de trios elétricos, bandinhas e alto-falantes. Quando o cortejo atravessava a Praça Cayru, a chutadesabou, mas o entusiasmo não diminuiu. Apesar dos pcdidos.locandidato do PMDB encerrou a passeata sem discursar, porqueestava afônico. ,

SaamjamsCIRCUITO ANDINO.

Saídas aos domingos. 12 dias de viagem por Santiago. Valparaíso. Vifia DelMar, Puerto Montt, Lagos Andinos. Peulla. Bariloche e Buenos Aires.

CIRCUITO AUSTRAL-

Saldas às terças e domingos. 12 dias de viagem por Santiago. Valparaíso. VifiaDel Mar, Punia Arenas, Rio Grande. Terra do Fogo. ushuaià. Canal de Beagle eBuenos Aires.

CIRCUITO CENTRAL

COM VISTAS AOS EXMOS: SRS.MINISTRO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL i

E PRESIDENTE DO INPS

Li, na Seção "CARTAS" do um Jornal em circulação destaCidade, dia 12 de Agosto de 1986, uma publicação sob o tituloPREVIDÊNCIA QUER ATENDER, resposta do Sr NEY PRESrTON SMITH JR, DIRETOR DE DIVISÃO DE UM DEPARTA-MENTO DO INPS, na Av. Pres. Vargas, n° 418, 17° andar, a urn^publicação a respeito de atendimentos em POSTOS DO INPS,noticia essa causadora de entusiasmo e esperanças, uma vezque ensejava a expectativa do providências seguras e objetivasem favor dos segurados do INPS, quo não pode ter como seualvo à PREVIDÊNCIA SOCIAL, a lesão dos direitos dos seufassociados que, com suas contribuições, geram os recursospara sua manutenção.

No entanto, na verdade, somente decepção rosultou, uma vezque constatada a inexistência do providências realmente eficazespara acabar com o péssimo atendimento e a iniustificada demorana expedição de certidões sobre os Índices aplicados pofocasião dos reajustes dos APOSENTADOS E PENSIONIS-TAS, nos diversos Postos de Benefícios do INPS. Nada foiteito, se por acaso houve tentativa de alguma edida a respeito, asordens simplesmonto foram ignoradas e doscumpndas. Todaesta situação, parece mais, um desserviço dos velhoi"CARDEAIS"

que serviram e continuam a servir a todas asRepúblicas.

O atendimento a pedidos do CERTIDÕES é um imperativo dqnatureza constitucional, enquanto ó tambom obrigação legal 0Servidor público bem atender as pessoas que o procuram ernrazão do serviço, sem falar nas boas regras de educação quedeverá trazer de çarin So o ^nrviflnrirjnnrrTn^.o. evidentementenao reúne condições para permanecer no Serviço Público, portotal inadaptação ao mesmo.

Para deixar provado que nada loi efetivamente feito, relacio1narei, a seguir, os Requorentos, data de entrada da petição^enfim, todos detalhes para identificação, que, até agora, conti1nuam aguardando a tão falada solução, sempre descrenloèquanto indignados.

Saldas às terças e domingos. 10 dias de viagem por Santiago. Valparaíso. ViriaDel Mar, Portillo, Travessia da Cordilheira dos Andes por terra, Mendoza.Córdoba e Buenos Aires.

CRCUIT0 00SINCAS.

Saídas aos domingos. 12 dias de viagem por Santiago. Valparaíso, Vifia DelMar, Lima, Cuzco, Machu-Pichu, Puno, Lago Titicaca e La Paz.e eldorado ULanChile

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lurismoAv. Nilo Peçanha. 50

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14 08 851009 8b15 II 853001 8630 01 8630 01 8625 02 8605 03 8611 03 8625 03 8631 03 861204 B628 04 8628 04 8606 05 8612 05 861205 862507 8618 07 8625 07 862507 86

03 265negadonegadonegados/n°

negado04 142negadonegado

04 13904 140nogadonegadonegado03 98814 95528 12604 988

Postos

S CnstovâoH Corroa

S CnstôvâoS CnslôvàoPraça Seca

R UruguaiS Cnslovao

R CorroaMadureiraH Corroa

S CnslOvsoRConôa

S CnslôvnoS Cnslôvào

R CorrêaMadureua

S CristóvãoRCorrôaR Corrêa

Mar CâmaraBandeira

As certidões requeridas visam atender interesses e direitosdos SEGURADOS DO INPS, estando esta Autarquia obrigada atomar providências realmente eficazes, sob pena de cair emlamentável e definitivo descrédito, por absoluta incompetência deseus dirigentes.

Des«|amos ao Invés de pronunciamentos inúteis e demangóglcos, que venham medidas reais, verdadeiras e corretas!que venham engrandecer o INPS.

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8 d Io caderno o quarta-feira, 8/10/86

Alimentação gordurosae café podem aumentardoenças cancerígenas

— Recife — A alimentação inadequada pode aumentar orisco'de alguns tipos de câncer. Pesquisas realizadas no mundointeiro ainda náo determinaram exatamente qual a dieta paracvlrar este tipo de doença, mas concluíram que o excesso decordura por exemplo, aumenta o risco de câncer de mama c depróstata. O consumo exagerado do café pode fazer surgir ocâncer de pânercas c de bexiga, assim como os aditivos e

píèjKJrvativos de alimentos têm efeitos cancerígenos.Esta relação entre a dieta alimentar e o câncer foi o tema

abordado pelo médico Alexandre Kalache, professor da Uni-versidade de Londres, ao abrir o Io Seminário Internacional deNutrição que vai reunir no Centro de Convenções de Pernam-buco, até a próxima sexta-feira, especialistas de todo mundo.Promovido pela Unicef, Organização Mundial de Saúde, Mims-tério da Saúde, Instituto Nacional de Nutrição e vánas outrascqíirJades, o seminário tem como presidente o médico FernandoAguiar, diretor do Instituto de Nutrição da UFPE.^Segundo Alexandre Kalache, os nutricionistas têm um

papel muito importante a desempenhar na alimentação, pnnci-palmente para conter o excesso e prevenir a escassez de certosalimentos, o que pode prejudicar seriamente a saúde das

pessoas. Ressaltando sempre que as pesquisas realizadas atéagora não dão uma conclusão definitiva sobre o assunto, masencontram indícios sérios para alertar a todos, cie disse que oexcesso ou a carência de fibras, beta-caroteno, vitaminas A e E,rcbòflavina, ácido ascórbico e de elementos como o selênio,zinco e outros anti-oxidantes na alimentação, aumentam o riscode câncer..,. Ele disse também que os ingredientes e aditivos colocados

nos alimentos para preservá-los, gordura animal ou vegetal emexcesso, café e álcool também aumentam o risco de câncer,assim como os resíduos de certos pesticidas.

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Pobrezafacilitaa doença

Nova Iorque — Um estudode dois anos realizado peloAmerican Câncer Institutc re-velou que as pessoas pobrestêm maior probabilidade decontraírem o câncer e morre-rem do que as pessoas ricas. Orelatório revela que as pessoasabaixo de um determinado ní-vel de pobreza, não importa deque raça sejam, têm taxa desobrevivência ao câncer entre10% e 15% inferior à médiaamericana de 50%.

Os americanos pobres tam-bém têm 60% mais chances decontraírem o câncer do pulmãodo que as pessoas da classemédia ou rica, explicou o epi-demiologista Lawrence Garfin-kel, da Sociedade Americanado Câncer. As chances de ospobres contraírem cânceres docsôfago e do estômago são300% maiores que a media.BEBIDA

Garfinkel explica que estesdados sáo baseados em estudosanteriores a respeito dos po-bres e dos negros norte-americanos e que foram incluí-dos no relatório que a socieda-de publica a cada dois anos..Este relatório é uma complica-ção de estatísticas e estudosfeitos pelo Instituto Nacionaldo Câncer.

O relatório conclui que asdiferenças étnicas são larga-mente secundárias aos fatoressócio-econômicos no que se re-fere à propensão de um indiví-duo a contrair o câncer. Al-guns dos médicos responsáveispelo relatório acham que ospobres têm maior chance dedesenvolver algum tipo de cân-ecr porque fumam e bebemmais. O fumo e a bebida sãofatores de risco associados acertas formas da doença, inclu-sive o câncer do pulmão. Alémdisso, os pobres procuram aju-da médica tardiamente, quan-do náo é mais possível trata-Ias, explicou Harold Frccman,diretor de cirurgia do Hospitaldo Harlen.

De acordo com a SociedadeAmericana do Câncer, 34 mi-lhões de americanos vivem emcondições de pobreza. Destes,23 milhões são brancos, 9,5milhões negros e 1,2 milhãopertence a outras raças. ParaFrccman, este relatório cruzaas barreiras raciais e mostraque a doença é uma questão depobreza, não de raça.

Remédio para leucemiafeito no Brasil curavamenos que o americano

São Paulo — Os 38 mil frascos do medicamento Vincrisli-na, contra leucemia, fabricado nos Estados Unidos c comerciali-zado em 1983 no Brasil pelo laboratório Eli Lilly do Brasil Ltda,tinham teor curativo e terapêutico reduzido cm relação à mesmadroga vendida no mercado norte-americano. A denúncia estácontida na ação civil de responsabilidade por dano ao consumi-dor com a qual o procurador da República Alcides Tclles Júnioringressou na 4a Vara da Justiça Federal contra o laboratório.

O procurador quer a condenação do laboratório ao ressar-cimento de "perdas e danos sociais ou comunitários", em valora ser apurado na fase probatória do processo. Segundo ele,verificou-se haver "impropriedade ou impotência da droga"contra a leucemia, o que pode até ter causado a morte depacientes.

DiferençasA Ely Lilly do Brasil contestou a ação, garantindo

"a plena

eficácia do medicamento", constatada cm "inúmeros outrostestes realizados no país e no exterior". Para o advogado MarcoAntônio Marques Cardoso, que assina a contestação, houvefalhas nos testes anteriormente realizados no Vinccnt LombardCâncer Research Center, da Universidade de Georgctown, emWashington, e no Saint-Jude Children Research Hospital, deMemphis, no Tennessce, que constataram grande redução nopoder curativo e terapêutico da Vincristina comercializada noBrasil, em confronto com a vendida nos EUA. Segundo oadvogado, os dois centros de pesquisa reconheceram, posterior-mente, ter cometido um engano, pois

"compararam o produtoliofilizado, vendido no Brasil, com o líquido vendido nos EUA,possuindo este último substância preservativa — o parabeno —que altera fundamentalmente os resultados".

O laboratório pleiteia ainda, preliminarmente, que a juízaAna Maria Flaquer Scartezzini, da 4a Vara da Justiça Federal,suste o andamento da ação civil, até julgamento final deprocesso crime, movido também pelo Ministério Público, na 12aVara Federal, contra os responsáveis pelo lançamento nomercado de produto adulterado: Angilberto Luiz da Costa,Henrique Paulo de Barros Barreto e Sidncy Salomon TaurelAfriat, respectivamente, farmacêutico responsável, diretor-médico e diretor-gerente da Lilly do Brasil.

NegligênciaSustenta o procurador Alcides Tclles Júnior que dois lotes

de Vincristina adulterada foram adquiridos pela estatal Cerne(Central de Medicamentos) da Eli Lilly do BrasjKjjue receberaos frascos dos EUA, rotulandonõs e Tançando-os na praça. Adroga foi distribuída a várias entidades, dentre elas o Departa-mento de Pediatria da Universidade Estadual de Campinas. Lá,a dra. Sílvia Regina Brandalise, chefe do Serviço de Hcmatolo-gia/Oncologia, verificou substancial redução, em novembro de83, no tratamento da indução de leucemia linfóidc aguda.Exames de lâmina feitos no Serviço de Hematologia, Citologia eGenética do Hospital das Clínicas confirmaram a constatação daespecialista.

Assim, dos nove casos oferecidos à perícia, apenas trêsapresentaram resposta positiva ao tratamento, com remissão dadoença, o que representa 33,33%, quando o obtido normalmcn-te é de 95 a 100% dos casos. A dra. Brandalise entregou então,pessoalmente, frascos da droga ao dr. Aquilus Rohman, doVinccnt Lombard Câncer Research Center, e ao dr. Joseph V.Simone, do Saint Judc Children Research Hospital. O primeiroconcluiu que o remédio vendido no Brasil era 25% menospotente que o em uso nos EUA, enquanto o segundo certificouque os frascos continham apenas 1,5% do princípio ativo daquantidade indicada no rótulo.

Para o procurador da República, "o laboratório réu nãodeve restar civilmente impune, em razão da desídia, da negli-gência, da imperícia, enfim, da culpabilidade civil que compor-ta, até mesmo, certo componente de dolo e ausência de vocaçãosocial".

Médicos operam feto e odevolvem ao útero materno

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São Francisco, Califórina — Numa cirur-gia pioneira, uma equipe de cirurgiões daCalifórnia tirou um feto de 23 semanas doventre da mãe, operou-o para corrigir umbloqueio das vias urinárias e colocou-o devolta ao útero materno. A cirurgia foi feita nodia 22 de julho de 1985. Nove semanas depois,o bebê nasceu, num hospital do Texas.

Semana passada, logo após comemorarseu primeiro aniversário, o pequeno Mitchcllvoltou a São Francisco para uma pequenacirurgia destinada a completar o tratamento.

Segundo o cirurgião Michael R. Harrison,da Universidade da Califórnia, que liderou aequipe, sem a cirurgia Mitchcll teria morridoainda no ventre materno.

"Hoje, ele está bem. Poderá ter algunsproblemas renais no futuro, mas tenho certezade que vai superá-los", disse o médico.

Questões éticasHarrison vai apresentar o primeiro relato-

rio médico detalhado sobre o caso de Mitchcllna reunião da Academia Americana de Pedia-tria, cm Washington, no final deste mês.

A bem-sucedida operação do pequenoMitchell "é uma marcante façanha técnica",disse o Dr. Frcderic Frigolctto, professor deobstetrícia e ginecologia da Universidade deHarvard c chefe do setor de medicina fctal doHospital de Mulheres em Boston.

Tal façanha ocorre em meio a uma cres-cente excitação e, ao mesmo tempo, aprecn-são quanto às possibilidades da cirurgia fctal.Nos últimos anos, várias técnicas para trata-mento de fetos foram desenvolvidas. "Precisa-mos saber muito mais para determinar quais osfetos que se beneficiarão da intervenção cirúr-gica e quais não serão beneficiados. A segu-rança e a eficácia da cirurgia fetal não estãoaprovadas", alerta o Dr. Frigolctto.

"A questão que se coloca agora é se vocêestá realmente fazendo algum bem com essasterapias", acrescenta o Dr. John C. Flctcher,chefe do programa de bioética do centroclínico do Instituto Nacional de Saúde emBcthcsda, Maryland. "É tempo de enfrentar asituação e montar um programa adequado deexperiências clínicas controladas", diz Flct-cher.

De acordo com especialistas cm bioética elegislação, se vier a se tornar rotina, o trata-mento de fetos vai se juntar a uma lista decontrovertidas questões éticas e sociais, entreelas os direitos dos embriões congelados cujospais morreram, as regras para o tratamento decrianças deficientes e operações de cesarianadecididas pela Justiça em mulheres que nãodesejam fazê-las. "Essa é uma área onde osvalores básicos da autonomia materna e dobem-estar do feto podem entrar em conflito",adverte George J. Annas, professor de legisla-ção e saúde na Escola de Saúde Pública daUniversidade de Boston.

A cirurgia fetal é um novo campo que estásendo aberto pioneiramente cm 13 centrosmédicos de cinco países, segundo informa oDr. Frank Manning, que mantém um registrointernacional de casos de tratamento fetal noHospital Feminino de Winnipeg, Canadá.

Manning disse que o bebê Mitchcll foi oterceiro tratado desde 1982 com uma cirurgiaaberta (isto é, cm que o ventre da mãe foiaberto), todos pelo grupo de Harrison cm SãoFrancisco. Dois fetos com bloqueio no apare-lho urinário receberam pontes — pequenostubos de diâmetro equivalente ao de um fio deespaguete — para drenar a urina. Um morreudurante o parto porque a cirurgia foi feitatarde demais para impedir danos ao pulmão eaos rins. O outro viveu cerca de seis meses,mas morreu por causa de um outro problema.O último, Mitchell, está sendo bem-sucedido.No seu caso, não foi colocada uma ponte paracontornar o bloqueio: o cirurgião fez umaabertura no abdômen do bebê para que abexiga pudesse escoar a urina.

Manning informou ainda que 124 outrosfetos receberam também pontes, colocadasnão por cirurgia aberta, como em Mitchell,mas por meio de um cateter, na bexiga ou nocérebro. O grande impulso no desenvolvimen-to recente de terapias fetais veio dos avançosnas técnicas de detecção de problema noembrião, entre elas a ultrassonografia. A va-riedade de novos métodos permite detectarmalformações congênitas em fetos com apenasnove ou dez semanas de gestação.

Segundo Harrison, que montou seu pro-grama de tratamento de fetos há oito anosfazendo experiências com animais, há casos demalformações anatômicas em que o fato estáirremediavelmente condenado, "não importao que façamos". Em outros casos, a maioria,os problemas podem ser melhor tratados apóso nascimento. Em outros ainda, os defeitossáo produzidos progressivamente e, nessa si-tuação, quanto mais tempo o feto fica noútero, mais grave se torna o problema. Asolução, então, é o parto prematuro por cesa-riana. Mas algumas malformações são graves obastante para destruir órgãos vitais, como osrins, cérebro, pulmões ou coração, antes queseja possível induzir o nascimento por cesaria-

na. "Agora, cm alguns desses casos, nóspodemos impedir a morte do feto fazendo umaoperação, seja pela colocação de pontes atra-vés de cateteres, seja por cirurgia aberta", dizHarrison.

Três problemas que podem, cm casoscuidadosamente selecionados, ser corrigidoscirurgicamcntc sáo a hidrocefalia — popular-mente conhecida como cabeça d'água; a hér-nia de diafragma; e uma obstrução no apare-lho urinário conhecida como hidronefrose, oproblema que o bebê Mitchell sofria.

A hidronefrose é o primeiro defeito anatò-mico a ser corrigido com êxito por umacirurgia aberta no feto humano. Quando obloqueio causado pela hidronefrose é complc-to, o feto não pode urinar. O líquido volta cfaz uma pressão destrutiva sobre os rins. Olíquido amniótico, que é na verdade a urina dofeto, não é produzido. Sem líquido amniótico,os pulmões não se desenvolvem. Harrisoncalcula que um cm cada 2000 fetos são afeta-dos pela hidronefrose.

História de Mitchell ¦ r.!c.'„Os pais de Mitchell — este é o primeiro

nome do bebê — concordaram em revelar suahistória a um repórter com a condição de queseu sobrenome não fosse divulgado.

A mãe da criança contou que. quandoestava entre o quinto c o sexto mês degestação, decidiu fazer uma ultra-sonografiaporque sua avó tivera gêmeos e ela queria"estar

preparada". O exame mostrou que abexiga do bebê, os rins c os canais queconectam os dois órgãos estavam excessiva-mente dilatados. Não havia líquido amnióticoe a uretra estava completamente bloqueada.

— Os médicos nos disseram para conside-rar a hipótese de interromper a gravidez ou.então, consultar os médicos da Califórnia quepoderiam fazer a cirurgia. Eu já sentia o bebême chutando. Já sabíamos que era um menino.Resolvemos que, se pudéssemos, salvaríamossua vida — contou a mãe de Mitchell (ele é oprimeiro filho do casal).

Ela foi avisada de que teria que se expor aconsideráveis riscos, incluindo duas cesaria-nas, a ingestão diária de um remédio paraimpedir o trabalho de parto após a cirurgiafctal e à possibilidade de uma ruptura do úteronessa e em futuras gestações.

Decidida a cirurgia, a mulher, de 32 anos,recebeu uma poderosa anestesia — que, se-gundo Harrison, "põe a mãe, a criança e oútero para dormir". Uma incisão de 20 centí-metros foi feita cm sua barriga, poucos centí-metros mais alta do que uma cesariana nor-mal. As perninhas do bebê foram puxadaspara fora, enquanto a metade superior de seucorpo, ligada à placenta, permaneceu dentroda mãe. O cirurgião abriu um buraco noabdômen e na bexiga do bebê e costurou abexiga diretamente na pele da criança. Acres-centou água salinizada no útero para substituiro líquido amniótico, colocou o feto de volta ládentro e, finalmente, costurou o útero e o sacoamniótico. O feto ficou fora da mãe durantetrês minutos.

Nove semanas depois Mitchcll nasceu deuma segunda cesariana feita através do mesmocorte. Embora fosse um bebê prematuro (setemeses e meio), pesava 2,8 quilos. Hoje, Mit-chell é como muitas crianças de um ano. Temcabelos castanhos, longas pestanas escuras cexibe cm largos sorrisos os três primeirosdentinhos.

Na semana passada, Harrison finalmenteabriu a uretra de Mitchell e fechou o buracoem seu abdômen, para que agora ele passe aurinar normalmente. O rim direito de Mitchcllpraticamente nâo funciona e o esquerdo sótem 50% de sua função. Os pais levam omenino regularmente a um especialista cmrins. "Estamos acompanhando de perto. Sc oproblema se agravar, ele pode um dia precisarde um transplante de rim", explica a mãe.

DúvidasEnquanto isso, outros cirurgiões estão fa-

zendo experiências com as pontes inseridasnáo cirurgicamcntc na bexiga, através de cate-teres, para drenar a urina fetal. De 79 fetosque receberam esse tipo de tratamento desde1982, 45 morreram antes de nascer. Dos 34sobreviventes, 33 estão bem.

Outros 45 fetos receberam pontes paradrenar o excesso de fluido de seus cérebros. Ataxa de sobrevivência é de cerca de 85%, masapenas um terço tem função cerebral normal.O restante tem sérios problemas cerebrais.Sem tratamento, porém, o problema é fre-quentemente fatal. "Esse é nosso maior te-mor", diz o Dr. Manning, "salvarmos damorte crianças que estão irremediavelmentecomprometidas".

"Há agora um consenso de que deveriahaver uma moratória nesse tipo de terapiacerebral em fetos. Faltam evidências de queela traz benefícios e sobram evidências de quepode ser maléfica", diz Frigolctto.

"A terapia fetal abrirá uma caixa de Pan-dora de problemas" avisa Annas. "Posso vis-lumbrar a seguinte situação: uma mulher grá-vida dizendo que não quer ser cortada paratratar o feto e o médico indo a um juiz paraobter uma ordem judicial para fazer a ei-rurgia".

Ilido que o Brasil fizer tem queser em benefício direto do povo.

Se você pensa assim, vote em DELVI.

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MOREIRA FRANCO PARA GOVERNADORALIANÇA POPULAR DEMOCRÁTICA

7 -a d Io caderno o quarta-feira, 8/10/86 Cidade JORNAL DO BRASIL

Brizola reclama uso da TV para responder ataquesO governador Leonel Brizola es-

tá com o dedo no gatilho para res-ponder ao tiroteio cerrado dos seusadversários, que não o estão pou-r pando e ao seu governo nos progra-mas do horário da propaganda elei-toral gratuita no rádio e na televisão.

1 Aguarda apenas que o TRE julgue*•— o que deverá ocorrer hoje — seujpedido de resposta aos ataques quesofreu, há mais de uma semana, do|JC|er do PDS, Amaral Netto, e docandidato do PMDB ao Senado, jor-1 nalista Hélio Fernandes.q — Têm ocorrido muitos ataquesinsultuosos, verdadeiras agressões, enos sentimos no direito de contestar— afirmou Brizola ao presidir nosalão nobre do Palácio Guanabaraatos destinados à construção do novoforo criminal e de duas novas peni-

^tertçiárias em Bangu. Em Recife, o

frefeito Jarbas Vssconcelos, do

MDB, já foi à TV usando o direitode defesa.

OpiniãoEmbora tenha demonstrado

preocupação com as críticas que seugoverno vem sofrendo dos cândida-'tos''do

PMDB, da Aliança Popular^'Democrática e do PDS, Brizola con-'Sidera que

"a candidatura MoreiraiFfanco está se dissolvendo como.,Qeprreu com a de Dona Sandra Ca-yajçanti, em 1982, por falta decredi-bilidade". Para o Governador, "osjogos de imagens, deboches e sket-ches amolecados estão desmerecen-

-do a candidatura Moreira no concei-to do público".

Leonel Brizola comentou com

bom humor a decisão do TRE denão censurar o Jornal Popular, partedo programa produzido pelos asses-sores de Moreira Franco e exibidono horário da propaganda eleitoralgratuita na televisão.

Aquele jornal está servindomuito mais a nós que a eles. É umaimitação do RJ-TV, da TV Globo, euma imitação pobre, que tem choca-do o bom senso da população comsuperficialidades e até com arma-ções.

Como armação, ele citou a cenaem que aparece uma mendiga numlocal cheio de lixo. Afirmou que amulher chegou numa Kombi ao locale o lixo foi colocado especialmentepara as filmagens.

Todo sabem que as valasnegras da Baixada Fluminense (ou-tra questão freqüentemente tratadapelo JP) são herança chaguista. Asituação da Baixada se deve ao ama-ralismo e ao chaguismo. O ChagasFreitas governou durante oito anos eo Amaral Peixoto durante 30 anos.Houve aí no meio uma época em quese fez alguma coisa pela região, masa imprevisão em relação à Baixadase deve a esses dois governos.

AbastecimentoO Governador mostrou-se preo-

cupado com a crise no abastecimentode alimentos. Ele acredita que a"atual situação de desorganização doabastecimento tende a agravar-se" eaproveitou para fazer novas críticasao Plano Cruzado:

Tancredo Neves jamais fariaessa política econômica. Eu demiti-

ria toda a equipe econômica, come-çando pelo ministro Dilson Funaro,substituindo-a por gente mais com-petente e menos tecnicista. Está pro-vado que não se podem colocar em-presános como ministros da áreaeconômica. Eles têm de ser políticosexperimentados.

E continuou:— Me sinto muito preocupado.

Tem aumentado a incidência de pe-quenos conflitos. A polícia vem in-tervindo, mas passamos a viver numclima preocupante, ainda mais quan-do assistimos a candidatos irrespon-sáveis fazendo comentários inconse-quentes na televisão. •

Citou, sem nomear, um cândida-to que ontem conclamou a popula-ção a retirar o dinheiro depositadono Banerj alegando que o governodeixaria os corres raspados ao sair."Isso é uma irresponsabilidade",disse.

O Governo destinou Cz$ 75 mi-lhões para a construção do foro cri-minai onde atualmente está trarqui' -vo judiciário e duas penitenciáriasem Bangu — uma de máxima segu-rança para 600 presos e outra demédia segurança para 300 internos.As duas obras serão erguidas emblocos de concreto pré-moldado —sistema de construção semelhante aodos Centros Integrados de EducaçãoPública (Cieps) —, o que encurtará otempo da construção. O projeto donovo foro é de Oscar Niemeyer.

Editorial Direito de Defesa

_____ ___. ^91° de SéraioPinheiro

vlíflUi»*' 1-1 ¦! ¦ -íWot Mira»™— i ,.'JJarry reconheceu que votos dos pais das crianças dos Cieps não são favas contadas

Darcy é recebido em silêncio^Quando o candidato do PDT,Darcy Ribeiro, desembarcou do he-licóptero do governo do estado noCiep José Maria Nanei, em Itaboraí,sete minutos de silêncio transcorre-ram até que meia dúzia de caboseleitorais começassem a gritar

"Dar-cy, Darcy", na tentativa de animarum público visivelmente decepciona-do com a ausência de Leonel Brizo-ia, que à última hora resolveu nãocomparecer à inauguração.

No palanque, Darcy não falou depolítica para uma pequena platéia —não mais de 400 pessoas comparece-ram à festa — formada principal-mente por crianças, militantes doPDT, candidatos e funcionários do

-Çiep. Disse o que sempre diz sobre aimportância dos brízolões, prome-

.tendo entregar oito deles só em Ita-boraí, e reconheceu que votos mes-mo não tinha conseguido. "É claroque as famílias das crianças ficamgratas, mas não são favas contadas",comentou depois.

-Bglu Acompanhado dos candidatos?Iosé Frejat (ao Senado), Yara Var-fas, Aécio Nanei — cujo pai foihomenageado, dando nome ao Ciep

c—V Eduardo Costa, Sidney Navas,Ivan Vasques, Márcia Cibillis Viana,José Miguel e Abdias do Nascimen-

;to, todos a deputado, Darcy ouviuao seu lado, microfone na mão,Qoutel de Andrade, também candi-

dato, perguntar: "Quem vai votar

em Darcy?." "Eeeeeu!", respondeuum coro de pequeninos que levarãomais de dez anos até ganharem con-dições de voto.

JeitinhoDo lado de fora do Ciep, um

grupo reuniu-se em volta de umcarro de som com propagandas doscandidatos Carlos Sahione, do PL, edo bicheiro Manola, do PNR, paraprotestar que seus filhos não tinhamconseguido vaga na escola. O fundo-nário público Antônio de Oliveira,um dos mais exaltados, acabou pas-sando de acusador de que haviafavorecimento na distribuição dasvagas a favorecido.

Cansado de protestar, Antônioresolveu meter-se no meio da inau-guração e quando viu o deputadoMário Junina contou seu problema epediu ajuda. Imediatamente apare-ceu Antônio Carlos Gonçalves di-zendo-se "assessor do palácio" edisposto a resolver a questão.O que você quer? — pergun-tou o assessor a Antônio de Oliveira.

Vaga para meus dois filhosno Ciep.

Então deixa seu nome com-pleto, traz a certidão de nascimentodas crianças e daqui a dois dias elesterão a vaga — garantiu o assessor.

A promessa surpreendeu e dei-

xou constrangidas as professoras,principalmente a diretora adjuntaAna Helena que havia acabado deexplicar aos jornalistas que as 350vagas abertas para este ano estavampreenchidas. A atitude embaraçou opróprio Darcy que, não conseguindoexplicar o jeitinho dado pelo asses-sor, desautorizou publicamente ofuncionário: "Quem manda aqui é asecretaria de Educação, assessormeu não pode romper as regras." Odifícil sena explicar isto a Antôniode Oliveira, que no final da inaugu-ração procurava alguém a quem en-tregar as certidões dos filhos, certode que as crianças começariam asaulas amanhã.

Pronto há mais de seis meses, oCiep José Maria Nanei foi um dosúnicos a ser inaugurado antes defuncionar. Mesmo assim, por pouco.As aulas iriam começar ontem,quando os funcionários receberam ainformação, na segunda-feira à tar-de, de que Brizola e Darcy fariam ainauguração no dia seguinte. Imedia-tamente formaram um mutirão e atéde noite ficaram enfeitando as pare-des da escola com painéis de papelcolorido, bonecos e bolas de encher.Trabalho inútil: Darcy hasteou aBandeira brasileira, descerrou a pia-ca de inauguração, mas foi emborasem colocar os pés dentro da escola.

A-"PDT armou o conto da pesquisa"-

O ex-presidente do Instituto Alberto Pasqualini,Maurício Dias Davi, disse que a pesquisa do PDT que• indica Darcy Ribeiro com 23% da preferência doeleitorado contra 19% de Moreira Franco, não foi

. feita pelos técnicos do instituto e sim no gabinete doF governador Leonel Brizola: "É uma fantasia para

afeito publicitário".— É uma fraude escandalosa, uma simulação.1Í? -.'"Estive no Instituto Alberto Pasqualini,. falei com1 'c meus antigos colaboradores e posso assegurar que| j. , eles não tiveram nem acesso a esses dados. O PDTj ^

'.preparou o conto da pesquisa — disse Maurício DiasDavi, que pediu demissão da presidência do Instituto

i Alberto Pasqualini por não concordar com a manipu-lação de dados de pesquisas, exigida pelo governador

a Brizola.Maurício Dias Davi disse que os técnicos do

i Instituto Alberto Pasqualini, órgão oficial do PDT,

ik-

e afirmaram que a apuração da pesquisa foi feitapelo próprio governador. Ele acha que os institutosde pesquisa e as entidades de classe ligadas ao setordeveriam fazer um protesto

"contra essa manipulação"'evidente de dados .— O próprio Darcy Ribeiro, em entrevista ao

JORNAL DO BRASIL, disse que não podia divulgaro resultado porque a pesquisa era do Brizola. Oobjetivo dessa pesquisa é evitar que Darcy Ribeiro

fique deprimido. Quando eu era diretor do AlbertoPasqualini recebi pressões do governador para mani-pular dados de pesquisa com o objetivo de levantar amoral do Darcy — disse Maurício Dias Davi.

O ex-presidente do Instituto Alberto Pasqualinidisse ainda que uma das formas de pressão recebidana época foi a de modificar a metodologia daspesquisas. Segundo ele, queriam obrigá-lo a enviarurnas para locais predeterminados, com cédulas parao público votar. Más nas cédulas vinha o nome deDarcy Ribeiro em primeiro lugar, seguido de PDT-Brizola entre parêntesis. O nome de Moreira Francoia bem abaixo, seguido da sigla APD, dá AliançaPopular Democrática, então pouco conhecida.

Esse conto da pesquisa foi montado paraenganar a opinião pública entre os gabinetes deLeonel Brizola e Darcy Ribeiro. Os meus antigoscolaboradores do Instituto Alberto Pasqualini nãoparticiparam de nada—concluiu Maurício Dias Davi.

Se a pesquisa do PDT terá algum efeito junto aoeleitorado, ninguém sabe. Mas ao candidato daAliança Popular Democrática, Moreira Franco, elanão assustou. Perguntado se temia o crescimento deDarcy Ribeiro após a divulgação dos números doPDT, Moreira sorriu e ironizou:

Não, o Darcy não tem mais idade paracrescer.

^^^=^^^=L___1 ^___SU'.,.,.V.

Moreira agora quer debatemas estudantes dizem não

O candidato da Aliança Popular De-mocrática à sucessão estadual, MoreiraFranco, que não compareceu ao debatecom os estudantes da Universidade SantaÚrsula na noite de anteontem com adesculpa de que não foi convidado, vol-tou atrás e disse que está à disposiçãodeles. O problema agora é que a maioriados membros do Diretório Central dosEstudantes da USU não querem dar umanova chance a Moreira, que não quiscorrer o risco de enfrentar uma reaçãohostil dos estudantes.

— Agora não teria mais cabimentochamá-lo de novo. Ele já foi chamadouma vez e não quis vir. Foi uma desconsi-deração com os estudantes, que lotaramo ginásio dos esportes para ouvi-lo e nahora H ele não apareceu. E foi umadesconsideração ainda maior com a suasobrinha, que tinha acertado tudo comele — afirmou o estudante Carlos Macha-do de Oliveira. A sobrinha de Moreira,Andréa Franco de Oliveira, de 21 anos,que estuda Biologia na Santa Úrsula,contou que foi ela mesma quem fez oconvite a Moreira em nome do DCE eficou indignada com a alegação do tio deque não fora convidado para o debatenum reduto do candidato da coligaçãoPT-PV, Fernando Gabeira.

Em entrevista coletiva à imprensa,no comitê eleitoral da Aliança PopularDemocrática, Moreira Franco classificouo episódio da Santa Úrsula de um "mal-entendido", negou que Andréa o tivesseconvidado e disse que não foi convidado"pelos canais adequados". Hoje, ele vai aum debate com estudantes da UERJ,onde o PDT é fraco.

— Foi lamentável o envolvimento depessoas da minha família nesse episódio.Foi algo de mau gosto. Nós devemospreservar um mínimo de envolvimento defamiliares cm episódios de natureza poli-tica. Lamento muito o envolvimento deuma garota de 20 anos usando umalinguagem depreciativa para ela — disseMoreira, sem disfarçar sua irritação coma indiscrição de Andréa. (Em sua entre-vista, Andréa disse: "Vou ligar para acasa dele para dar um esculacho nele.")

Moreira, porém, evitou falar maisdas declarações de sua sobrinha. "Façopolítica desde os 14 anos de idade eaprendi que a democracia é ruidosa. Senão fosse ruidosa, não seria democracia.E eu sempre cultuei o pluralismo", disseo candidato do PMDB, ao negar quetivesse fugido ao debate com os estudan-tes da Universidade Santa Úrsula.

O recuo de Moreira valeu-lhe "umavaia de quase três mil estudantes queesperaram em vão sua chegada aq ginásiode esportes da Santa Úrsula. Como elenão chegou até às 20 horas, Carios^Ma-chado, em nome do DCE, comunicou adecisão do candidato, mas afirmou queera mentirosa a alegação de que nãotinha sido convidado."Foi uma desconsi-deração até com alguns de seus caboseleitorais que vieram para cá na hora dodebate crentes que ele viria", contouCarlos Machado.

De qualquer forma, quando se reunirpara avaliar os resultados da série dedebates com os candidatos a governador,que se iniciou no final da semana passa-da, o DCE da Santa Úrsula examinará aposição de Moreira.

— Nós organizamos um calendáriodos debates com todos eles. Cada umviria num dia determinado. Agora" tiaquinta e na sexta-feira, haverá umà~elei-ção prévia entre os estudantes, para queeles possam fazer o julgamento dos can-didatos. Isso está programado há doismeses. Marcar uma nova data para Mo-reira, depois das eleições prévias, nãoteria qualquer sentido — afirma'CarlosMachado.

Campanha tem volantes apócrifosO deputado estadual Messias Soares

e o ex-deputado federal Jorge Moura,ambos candidatos à Assembléia NacionalConstituinte na legenda do PMDB, res-ponsabilizaram ontem o PDT pela divul-gação em regiões da Baixada Fluminensee da Zona Oeste do Rio de um decálogoimpresso em papel de qualidade ruim,com erros de tipografia, contendo acusa-ções a Moreira Franco.

Messias afirmou que "coisas apócri-fas, como essa, só podem ser da lavra dopessoal da brizolándia". Consultado so-bre a origem do volante, o deputadofederal Bocayuva Cunha protestou con-tra as acusações à brizolándia — um

movimento de adeptos do PDT que fazda Cinelândia o seu quartel-general — eafiançou: "Essas não são as nossas armas.Nós vamos ganhar a eleição, com Darcy,mas sem apelarmos para o baixo nível. Apopulação está entendendo que o nossocandidato é o melhor, que só ele temmensagens progressistas".

Com o título "Moreira Não", o decá-logo, apócrifo, que é encerrado com um"por favor reproduza e entregue a to-dos", diz que o candidato da AliançaPopular Democrática, se eleito, "fechariaos brizolôes; expulsaria todos os favela-dos como já fez em Niterói; acabaria comos camelôs como já fez em Niterói; iria

devolver as empresas de ônibus encampa-das aos galegos, de onde já recebeu granapara a campanha; e lotearia o Banerj aoscorruptos dos chaquistas". Em linguagemchula, o prospecto classifica Moreira de"racista" e de "ser contra greves"..

No centro do Rio, também apócrifos,foram lançados milhares de volantes obs-cenos, que procuram exaltar a força, dogovernador Leonel Brizola e diminuir ado ex-prefeito Moreira Franco. Sobreessa segunda peça de propaganda, semautor definido, o deputado Messias Sõá-res desabafou: "Isso é coisa de gaúchodestemperado".

OAB ouve Palestra de Tribunalpropostasde Gabeira

Sentindo-se "em casa", o candidatoao governo pela coligação PT-PV, Fer-nando Gabeira, falou para 120 pessoas,que lotaram o plenário da OAB-RJ. Nos35 minutos de sua exposição e nos 70 emque respondeu às perguntas da platéia, ojornalista foi aplaudido nove vezes.

Na área da justiça, Gabeira pretendeprovover "a popularização e a democrati-zação na feitura e nas decisões sobre oorçamento". Para gerar mais recursos,ele defendeu a socialização dos cartórios,o imposto sobre a transmissão de bens e ataxa judiciária, "que deveria ser abolidapara as pessoas pobres e cobrada, pro-porcionalmente, nas grandes causas". Pa-ra combater a morosidade do sistemajudiciário, o candidato é a favor da des-centralização, da informatização em to-dos os níveis, do tribunal das pequenascausas e do funcionamento da justiça emtempo integral.

Quanto ao sistema penitenciário,"falido", Gabeira propôs a construção deunidades pequenas e próximas, a utiliza-ção da força produtiva dos presos, acriação de conselhos comunitários de se-gurança, onde "polícia e comunidadetrabalharão juntos contra a violência" ese disse contra a pena de morte.

No plano político, ele prometeu umgoverno "sem sectarismo partidário,aberto às pessoas competentes". No fimdo debate, foi aplaudido de pé por doisminutos. Carlos Maurício Martins Rodri-gues, presidente da OAB-RJ e diretor damesa, fez, então, sua síntese. "O candi-dato mostrou inteligência nas respostas,consciência dos problemas do estado eque está capacitado para executar umótimo governo", disse ele.

Sinval atrai15 pessoas

O candidato do PSB, Sinval Palmei-ra, conseguiu reunir um público de ape-nas 1S pessoas na palestra que fez ontemà tarde na Farmcj. Ele aproveitou paraqueixar-se dos partidos comunistas, PCBe PC do B, que não aceitaram sua pro-posta de coligação feita por ele logo noinício da campanha, "Quando aceitei acandidatura, pensei que fosse unir a es-querda", disse Sinval.

Dos comunistas obteve a resposta deque precisavam de espaço num governoque consideram de transição, justificandoo apoio a Moreira Franco.

Arinos nãoconhece caboeleitoral

O ex-chanceler Afonso Arinos deMelo Franco, candidato ao Senado peloPFL, negou qualquer envolvimento como jornalista José Alcides Marronzinho,de São Paulo, que publicou anúncio noJORNAL DO BRASIL pedindo apoiodos cariocas para ele. "Fiquei muitoenvaidecido, mas nem o conheço", disseo jurista, que atribuiu o gesto de Marron-zinho à Lei Afonso Arinos, que pune adiscriminação social.

No anúncio, Marronzinho se definiucomo um "líder nordestino, negro e jor-nalista com passado de jovem udenista".E diz: "Vote em quem defende a liberda-de, desde os tempos da antiga e saudosaUDN carioca. Vote no jurista AfonsoArinos".

exige trocaide nomes ~r

O presidente do TRE, desembarga-dor Fonseca Passos, deparou-se ontemcom um novo problema na carjnpánhaeleitoral. Existem três candidatos a dépíi-tado estadual, de três partidos diferentes

PDT, PT e PN —, concorrendo.com omesmo nome — Jorge Vieira. Devjdç aoatraso do TRE em catalogar os cândida-tos no computador do Serpro, o desem-bargador desconhecia o problema*. Aoser informado, entretanto, apressou-seem avisar que o tribunal vai se reunirpara modificar o nome de dois dos JorgeVieira.

— Quando os postulantes se-inscre-vem, o TRE pede três opções de'nomespara serem usados. Isso dá cerca de 6 milnomes, e leva tempo para ser catalogado

informou Fonseca Passos. _«•_£:O desembargador disse que, "como

dois dos candidatos homônimos chamam-se Jorge Luís Vieira, um deles passariausar este nome, e um outro apenas, "Yiei-ra". "Não interessa que eles já,tenhampropaganda na rua. Vai ter de mudar",avisou Fonseca Passos, sem dizer, noentanto, quando e como será definida aquestão. -«-»

O coordenador da propaganda elei-toral, juiz Roberto Wider, deu prazo

"dedois dias ao PMDB — através de ofícioao seu presidente regional, Nelson Car-neiro — para que faça cessar a pichaçáode muros do candidato a deputado esta-dual Antônio Carlos Carvalho, que seráprocessado por crime eleitoral, Alémdisso, o partido terá de limpar os rnujqsque já estão sujos com o nome dacandi-dato. Locais como o cemitério São JoãoBatista, o Largo da Carioca ca .RuaJardim Botânico terão de passar pelaümpeza dos pemedebistas. -i

JORNAL DO BRASIL Cidade quarta-feira, 8/10/86 ? Io caderno ? 7 -b

Foto de Raimundo Valentim

C p

BÍIiIIB

Boato leva vizinhos do garoto

Apreendido há 34 dias, o Royal voltou à Colônia de Pescadores de Guaratiba

Wagner usa nome falso

para rever Priscilla

Na tarde de anteontem, segunda-*fcka,"jx>r volta das 15h, um moço de 30an8s>ípbrte atlético, apresentou-se naClínica Serena (especializada em trata-mento psiquiátrico), à Rua Júlio Otoni,571, em SantaTeresa. dizendo-se doente,à ptpciira de um lugar para internar-se.CharháVa-se proftssor Ricardo, conformeinforpyju à portaria.1

r Déjjois de ouvir as explicações sobre'preços e tipos de tratamento, quis conhe-

(ccr as> instalações da clínica e, ao passarpor urn grupo de internos, num corredor,o" professor Ricardo descobriu a ex-

'náífiõFáda, que procurava há cerca de um'mes!'PWscilla Sobral, que já afirmou, em'eVltrevista coletiva à imprensa, não gostarmais^títe. Identificado então como Wag-

•ner Fiúza de Lima Carrilho, o professorrRicardb'foi posto para fora da Serena esagOJta, deverá responder a um processopor falsa identidade, um dos dois quearranjou contra si em menos de 12 horas.V""'Invasão de domicílio~ ~Q~segundo

processo contra Wagner'(^ániuho irá julgar a invasão de domicílioqyç"ç]£j>raticou contra a mãe de Priscilla,D Naidè Sobral Pinto, ao invadir seuapartamento na Rua São Salvador, pouco,anU^das 23h da mesma segunda-feira, eaffje#,çjí-la, convencido de que a ex-namorada não o quer mais por influência'da^nãç,,,

al,r Pelo primeiro ato, Wagner poderáser ççjiâenado a um ano de prisão; e,pelo sçgundo, a mais três, fora a pena detrçlí i j,5 anos a que ficará sujeito se virarcontr| ele uma sindicância na qual aCòjxsyttoria de Direitos Humanos da Pro-curadoria da Jusciça apura seu envolvi-mento com tráfico de drogas.

O próximo passo desse tapaz po-derá ser um ato de loucura — diz oadvogado da família de Priscilla, Jairhehe-Pereira. — Estou com medo. Porisso.pedi à polícia para localizá-lo, já queele desapareceu na noite de segunda paraterjçarfeira (ontem), quando prestava in-formações à 9a DP sobre a invasão prati-cada nó, apartamento de D Naide.

O caso de amor entre Wagner ePtíSdlTa começou em fevereiro deste anoe"veió'a público em 5 de setembro último,qTjálfdi^elc, professor de educação físicanájfiSle pública, tentou tirá-la da ClínicaBotafogo através de um habeas corpusque, ameia tramita na 37a Vara Criminald^Rio., Priscilla, uma moça de 19 anosmatriculada no 2o Grau do Curso Pinhei-ro Guimarães, estava internada desde odia 30 de julho, pelos pais, D. Naide eAires Tupy Pinto, que não queriam onamoro.

Esse moço não ama minha filha— dizia"D. Naide ontem, na 9a DP, ondefoi apanhar uma cópia do registro deocorrência da invasão de seu apartamen-to. — Priscilla viveu 19 anos comigo enunca teve nada. Em sete meses de

convivência com Wagner viciou-se emdrogas, contraiu doenças, debilitou-semuito. Ficou podre. Quem ama umapessoa não provoca essas coisas.

Depois que o caso ganhou notorieda-de, Priscilla deixou a Clínica Botafogo e,por recomendação de seu médico, ÁlvaroLito de Figueiredo, acabou internada naClínica Serena, onde entrou no dia 15 desetembro. Na Clínica Botafogo, segundoo advogado Jair Leite Pereira, o trata-mento incluía o uso de remédios. NaClínica Serena, ela está sendo submetidaa tratamento psicológico, sem aplicaçãode remédios. Na segunda-feira, entretan-to, depois que o professor Ricardo tentouabraçá-la ela entrou em crise depressiva evoltou a receber medicação.

Sabe de tudoA entrada de Wagner Carrilho na

Clínica Serena ocorreu entre 15h e 16h deanteontem, depois de uma sondagem dolocal, feita de manhã, por ele próprio,junto com um amigo. Alguns dias antes,Wagner já havia telefonado para o local,identificando-se como Antônio Carlos. Ehá 20 dias atrás, havia estado na ClínicaBotafogo, sempre procurando por Priscil-Ia. D. Naide está intrigada com a facilida-de de Wagner para descobrir sua filha eacha que há alguém atravessando infor-mações. "Não é possível", diz ela. "Paraonde ela vai, ele sabe".

Na Clínica, o "professor Ricardo"não ficou por mais de meia hora.Cumprido o pretexto de ouvir informa-ções que nao lhe interessavam, ele passouà segunda parte de seu plano: percorreras instalações da casa para descobrir a ex-namorada. E acabou por conseguir, iden-tificando-a em meio a um grupo de tera-pia do qual se aproximou pedindo licençapara matar a sede num bebedouro situa-do a poucos.metros de onde estava Pris-cilla. Quando a viu, transformou-se emWagner e correu para abraçá-la. Mas elaesquivou-se, conforme contam sua mãe eseu advogado. Wagner então foi postopara fora da clinica.

À noite, depois de vários telefone-mas para D. Naide, resolveu procurá-la,invadindo seu apartamento entre22h30min e 23h. "Eu estava no quarto,ao telefone, quando ele tocou a campai-nha e invadiu a minha sala, empurrando aporta aberta pela empregada. Fiquei commedo. Ele fez várias ameaças. Ligueipara meu advogado e contei o cjue estavaocorrendo", diz D. Naide, cujo maridoestá viajando a trabalho.

O advogado Jair Leite Pereira acio-nou então a polícia e, antes da meia-noite, uma patrulhinha da PM chegou aolocal, levando todo mundo para a 9a DP,inclusive a empregada, Maria da GLóriaVidal Martins. O registro da invasão dedomicílio foi feito e, esta semana, odelegado Antônio Agra Lopes poderáabrir inquérito para apurar os fatos.

Babá que medicava bebê

poderá ser processada"""1Por "ofensa à integridade corporal etóüdé'tíe um menor impúbere, através deápllcaçaò de remédio, sem prescriçãomWIJéa", Tereza Cristina Leitão Reis, 18,(fofejtfo de investigação policial, confor-me registro na 15a Delegacia Policial, e"

I vir a responder a inquérito e ser

como babá na residênciado casal Nãcte Gibran e Matiza GibranBezerra, em São Conrado, para cuidar do,paisetrfittro menor, Marcos Frederico, deapenas um ano e sete meses, ela, poririííátfVa própria e às escondidas dos paisda criança, obrigava-a a ingerir o remédioKttífidálin, um antialérgico que só podeser vendido sob prescrição médica.^ chi».*.. Irresponsável

t O^comportamento da babá irrespon-sívèf/que trabalhava na casa há quatroto$fcís;'foi descoberto por dona Mariza."Cojftrâtada através de anúncio, TerezaCrismai deu como referência uma ex-patroa para quem trabalhara durante cer-ea de dois anos, que a recomendou comoéxccfcnte. Após a descoberta, dona Mari-za'voltou a fazer contato com a ex-patroadàVàbá.ü/H&Foi' então que esta veio a ligar afflüdâYiça de comportamento do seu filho,

também ficara dependente do remé-aio, èòm a atuação da ex-empregada, daqual ela jamais desconfiara. Dona Mari-

za, por motivos óbvios, não revelou onome da outra senhora. Ela e o maridodisseram que o registro do fato na delega-cia foi "mais um grito de alerta a todos ospais e para impedir que Tereza CristinaLeitão Reis volte a ter o mesmo procedi-mento num possível futuro emprego".

Antes uma criança ativa, de bomapetite e alegre, Marcos Frederico, háuns dois meses, mudou de comportamen-to. Dormia muito e perdeu a fome,dando a impressão de uma criança triste.Nos fins de semana, quando a babáTereza Cristina não trabalhava, a criançase mostrava irritada e até agressiva. Deinício, o casal Nade Gibran e MarizaGibran Bezerra chegou a pensar que omenino sentisse "saudade da babá", aquem, imaginavam, o menino teria seafeiçoado, pois ficava calminho quandoela chegava.

Mas as olheiras do menino e seuemagrecimento, por não querer se ali-mentar normalmente, preocuparam ospais, que o levaram ao pediatra. O médi-co, ao examinar Marquinbos, perguntouse seus pais não estavam dando algumremédio que ele não prescrevera. Ante aresposta negativa, recomendou que elespassassem a observar se alguém da casanão dava remédio ao menino. O casaldescobriu então que a empregada dava oMuricalm ao behfc

violentado a cercarquartel

Exército libera

barco em que o

pescador morreu

O barco Royal onde o pescador Ma-nuel Quirino de Melo, o Neco Russo foimorto a tiros por uma patrulha de repres-são à pesca da Sudcpe e do Exército,após 34 dias apreendido, foi devolvido àColônia de Pescadores Z-14, em Pedra deGuaratiba, com desculpas por parte doCentro Tecnológico do Exército. O novosupenisor de segurança do Cetex, segun-do Inácio de Melo, irmão de Neco, achaque a União deve indenizar a família deManuel Quirino de Melo pela sua mortena noite de 27 de agosto.

Inácio, que foi buscar o Royal comoito pescadores, na terça-feira, explicouque o novo supervisor, capitão Cardoso,durante uma conversa de 40 minutos,"foi muito educado e atencioso, masficou muito preocupado com a imagemdo Exército depois da morte de meuirmão. Os pescadores contaram que nin-guém tinha nada contra o Exército, mascontra o coronel Rogério", ex-supervisore responsabilizado pela morte de NecoRusso.

O diálogo, no Centro Tecnológico doExército, cm Barra de Guaratiba, contouInácio, foi marcado inicialmente por umclima de apreensão e desconfiança. Apósnotarem a gentileza do novo supervisor,os pescadores criticaram o coronel Rogé-rio de Oliveira Cunha, que reprimia apesca predatória "com tiros e prisões". Ocapitão informou aos pescadores que ocoronel havia sido transferido e que oIPM (Inquérito Policial-Militar) estavaem fase de conclusão e que iria apontaros culpados.

Qual é a imagem do Exército nacolônia de pescadores? — perguntou ocapitão a Inácio de Melo.

É ótima, capitão, mas nenhumpescador gosta do coronel Rogério. Achoque não é papel do Exército fiscalizar apesca predatória porque já existe a Sude-pe e a Capitania dos Portos — respondeuInácio.

Vocês conhecem o limite entre aságuas militares e as águas públicas? —indagou o militar.

A maioria dos pescadores conhe-cc, mas há muito jovem que às vezes seatrapalha — disse Inácio. Ele e o capitãose comprometeram a novos encontroscom os pescadores, possivelmente na co-lônia, onde os militares irão detalhar oslimites das águas públicas e militares naBaía de Sepetiba.

Para Fábio de Melo Moscoso, 15,que esta no Royal com Neco Russo nanoite de sua morte, foi um amargo reen-contro, ontem pela manhã, no ancora-douro da praia com o barco. Recuperadodo trauma e única testemunha dos tiros,mostrou no Royal por onde o tiro entrou:"A bala veio na direção da lateral esquer-da e perfurou a cabine, atingindo o TioNeco na cabeça", disse.

Com gestos fortes, ele apontou parao lado direito da cabine onde haviarespingos de sangue do pescador e lem-brou que, naquela noite, na Baía deSepetiba, todos trabalhavam de sentidoligado na patrulha de repressão à pescada Súdepe e do Exército. "Quando meutio viu a patrulha, gritou e eu logo corteicom a faca a rede para mostrar não quepescava de balão (rede proibida pelaSudepe e que pega camarões novos).

Cocaína pura

é apreendida

pela Polícia

A Polícia Federal do Rio apreendeu4 quilos 874 gramas de cocaína pura —que renderiam aos traficantes Marco An-tônio Fusco, 39, e André Luís da RochaPinto, 30, a quantia de Cz$ 1 milhão 462mil 200. Os dois foram presos no Recreiodos Bandeirantes, dentro do Escort azulmetálico, ano 86, placa VF-1499, nodomingo de manhã quando se dirigiam aoHotel Atlântico Sul (Av. Sernambetiba,18.000) para entregar a droga a MarceloRibeiro, 40, hospedado no apartamento70S, que faria a distribuição para ospontos de venda da Zona Sul.

Os policiais da Delegacia de Repres-são a Entorpecentes da Polícia Federalestavam há seis dias investigando o d es-carregamento da cocaína procedente daBolívia. Marco Antônio Fusco, analistade sistema, natural do Rio Grande doNorte, estava em liberdade condiciona],após ser condenado a três anos de prisio,em 84, por contrabando de materiaisimportados e tráfico de entorpecentes.André foi preso apenas uma vez porporte de maconha.

Uma informação não confirmada deque o assassino do menino LeonardoFrancisco da Silva, 4 anos, estava presono 22° BPM, em Benfica, excitou e levoucerca de 100 homens, mulheres e crian-ças, moradores da favela da Chocadeira,vizinhos da família da criança, a tentarcom paus e pedras, invadir o quartel paralinchar o criminoso. Depois de muitaconversa, explicações e ameaça de reaçãodos policiais, eles foram convencidos pelomajor César de que a notícia não eraverdadeira.

— Não queremos dar trabalho a vo-cês, entreguem esse monstro para a gente— pediu um manifestante. Leonardo de-sapareceu domingo depois de ser vistocom um vendedor de sorvetes — branco,cabelos castanhos claros, pele queimadade sol e com os dentes careados e quebra-dos. A criança brincava no pequeno par-

3ue de diversões próximo a sua casa, com

ois amigos. Seu corpo, com marcas deviolência sexual e ensangüentado, foiencontrado no dia seguinte, à tarde, nummatagal ao lado do ramal da Lcopoldina,em Triagem.

DenúnciaInconsolável com a morte do filho, a

costureira Luzia Helena da Silva acusouos policiais da 21" DP (Bonsucesso) deomissos. Segundo ela, às 23h de domin-go, quando já havia procurado o menino

cm vários lugares, foi com uma amiga,Sara Jane, à 21a DP, mas os policiais deplantão disseram que só poderiam tomaralguma providência passadas 24 horas dodesaparecimento.

Não podemos fazer nada — disseum policial a Luzia, como ela mesmareproduziu.

Sc eles procurassem de imediatoo meu filho, talvez pudessem salvá-lo damorte ou até prender o criminoso. O quea polícia faz? Só sabe prender trabalha-dor e mais nada. Criminosos como oassassino do meu filho estão soltos —desabafou.

Revoltados com o crime, grupos demoradores da favela da Chocadeira —acesso pela Rua Couto Magalhães, 197 —formaram-se para caçar o criminoso nasredondezas. Joel Macedo Santos, amigoda família do menino, afirmou: "Por

pouco não aganei aquele miserável."Referia-se ao criminoso, que garantiu tervisto embarcando num trem do ramal daLeopoldina, na estação de Triagem, emdireção a Duque de Caxias.

Nós vamos pegar ele e entregar aopovo — disse, revoltado, Joel MacedoSantos, esclarecendo que o criminoso éconhecido como Russo e freqüentementevendia sorvetes no parque de diversão,na Rua Batupiri, onde a maioria dascrianças da favela brincava.

As investigações sobre a morte domenino Leonardo estão sob a responsabi-lidade do delegado Bernardino Fonseca,da 23a DP, no Méier, que ontem garantiujá ter pistas do criminoso. "Mas não vourevelá-las, para não prejudicar as investi-gações", disse. O policial distribuiu paraa imprensa o retrato falado do vendedorde sorvete suspeito do crime: branco,cabelo claros quase louros, l,65m oul,70m de altura, 20 a 25 anos. O retratofoi feito com informações do menor D.,10 anos, que brincava com Leonardo emais dois meninos, E. e G., também de10 anos.

O padrasto de Leonardo, MartinsOliveira, voltou a reproduzir o que ante-cedeu a morte do menino. O sorveteiroteria dado Cz$ 2 a cada um dos meninosmaiores para comprarem guaraná e man-dou Leonardo comprar cigarros, ali per-to. Quando os meninos maiores volta-ram, não encontraram Leonardo e osorveteiro. Os dois ainda foram vistos emoutras áreas do bairro vendendo picolé.

— Eu não tenho dúvidas. Ele violeo-tou o meu filho e o matou. E um covardeque a polícia ainda não conseguiu pren-der — disse Martins Oliveira, exibindeafotografia de Leonardo, "um garoto múi-to esperto e querido por todos na favela".

Dor e revolta no sepultamento

Revolta, gritos histéricos, consterna-ção e uma manifestação de repúdio àviolência, que congestionou e chegou aparalisar o trânsito da Rua MonsenhorManoel Gomes, em frente ao cemitériodo Caju, marcaram o sepultamento domenino Leonardo Francisco da Silva, 4anos, no carneiro 312 da quadra 32, às17h30min de ontem. Organizando o trá-fego, os policiais do 4o Batalhão da PMouviram o que certamente não queriam,mas nada fizeram:

Vocês só sabem roubar e prendertrabalhador. E os assassinos, como o quematou o Leonardo, vão ficar soltos? —gritava Márcia Bernardes de Souza, pri-ma do menino. "Leonardo, eu prometovingar sua morte", repetia várias vezes otio da criança, José da Silva, ex-policialcivil, entre faixas e cartazes de revolta.Os PMs pediram reforços, "temendomaiores conseqüências", como admitiu ocapitão Kerme.

Na capela G, no segundo andar docemitério, onde o corpo foi velado, deze-nas de pessoas — parentes e amigos dacriança — disputavam um lugar maispróximo do caixão, para beijar o rosto deLeonardo, que ficou com os olhosabertos.

Leonardo, venha para a mamãe,não me abandone — gritava, desespera-da, Luzia Helena da Silva. Ela insistiu emque, mesmo morto, o filho fosse batiza-ao, mas o que queria não foi possível.Excitado, José da Silva criticou o governoBrizola por não oferecer segurança àpopulação e lembrou a morte de DeniseBenoliel, estudante universitária seques-trada e morta por porteiros do prédioonde morava, em Ipanema.

Ontem foi a Denise, hoje o Leo-nardo. Quem será a próxima vítima ama-nhã? — disse José, chorando muito eacariciando o rosto de Leonardo.

Da capela G, o pequeno caixão bran-co saiu exatamente às 17h30min, carrega-do pelos dois irmãos de Leonardo, FábioJosé, 9 anos, e Luciano Jorge, 10 anos,que não paravam de chorar:

Meu irmão, por que mataramvocê? Por quê? — gritava Luciano Jorge,chorando muito. O caixão foi carregadotambém pelos amigos de Luciano Jorge eFábio José.

Foto de Luiz Morior¦¦¦, i.)

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Menor que

assassinou

menina se apresenta

Luciano Jorge, 10 anos, ao lado do caixão do irmão<' ',y

Saturnino é

intimado por Z

mandar demolir,

Sfto Gooçak) — Vinte e quatro horasdepois de assassinar com chutes e pedra-das a estudante Kátia Cilene Machadodos Santos, 15, o menor R. C. M., 16,apresentou-se ontem aos policiais da 74*DP, em Alcântara, acompanhado damãe, Mariene Sapierre Correia, e doadvogado Antônio Ferreira Tenra. Nodepoimento pontuado por lágrimas, omenino expressou raiva e remorsos, mas,apesar de confessar o crime, se dissevítima.

— Ela queria que nós fizéssemossexo e, como eu não topei, disse que eunão era homem. Fiquei revoltado, dei umtapa em seu rosto, depois, dois chutes e,já fora de mim, apanhei uma pedra edesferi-lhe dois golpes na cabeça — con-tou com requintes de detalhes o menino,tentando esconder o rosto entre as mãos.

Polícia não crê

A estudante foi encontrada num ma-tagal no final da Rua Itatiba, próximo aoConjunto Canadá, no Plano dos Padri-nhos, em Monjolos, na periferia de SãoGonçalo. Suas roupas íntimas foram ar-rançadas e, para os policiais, ela foimorta depois de estuprada. O delegadoMaudeiy Batista Saldanha não acreditana versão do menino e agora só estáaguardando o laudo de necrópsia doInstituto Médico Legal de Niterói, paraoode o corpo foi removido.

De família humilde, a menina costa-mava freqüentar os bailes do Colégio

Edgard Costa, em Monjolos, onde estu-dou até a 3" série do Io grau. Domingo,com suas duas irmãs, foi para a discoteca,onde conheceu o rapaz. Por volta das22h30min foi vista deixando o local comele, pegando o caminho que leva aoconjunto Canadá, onde mora na casa 16.Desde então, ninguém mais a viu, tendosido o seu corpo encontrado na madruga-da de segunda-feira.

Revoltados e pedindo justiça, maisde 200 moradores do bairro de Monjoloscompareceram ontem, às lOh, ao sepulta-mento da menina no Cemitério de Pache-cos. Eles se recusam a acreditar na histó-ria contada pelo menino.

— Minha filha, como toda criança desua idade, gostava de baile, mas não eravadia — afirmava a mãe de Kátia, Sebas-tiana dos Santos, amparada por amigos.

No depoimento prestado aos policiaisda Delegacia de Alcântara, R.C.M. con-tou que, quando tinha 14 anos, passouquatro meses no Juizado de Menores doRio, após se envolver numa briga. Há umano mora na Rua A, lote 3, quadra 13, nalocalidade de Marambaia, em São Gon-çalo, e todos os fins de semana participa-va dos bailes no Colégio Edgard Costa.

O delegado Maudeiy Batista Salda-nha encaminhou o menino ao Juizado deMenores de São Gonçalo, de onde eledeverá ser transferido para a Divisão deProteção ao Menor, em Niterói. Seudestino, no entanto, poderá ser o Refor-matório Padre Severino, no Rio.

Por abuso de autoridade, através deatos lesivos ao patrimônio o juiz EduardoMayr, da -33a Vara Criminal, vai intimaraté o final desta semana o prefeito Satur-nino Braga, o secretário de Desenvolvi-mento Social, Maurício Azedo, e a adnji-nistradora regional da Barra, Vera Che-valier, para comparecerem na segunda-feira, à audiência de instrução de julga-mento. Eles são acusados de ordenarademolição de duas casas e um muro noRecreio dos Bandeirantes, mesmo saben-do que os imóveis eram objeto de ação deusocapião.

Ontem à tarde, o juiz Eduardo Mayr,acompanhado da promotora Rosa Mariados Reis Parise, da oficial de JustiçaEdelza Maria de Assis Barreto e doadvogado das vítimas, Cláudio Lopes,estiveram no local da demolição, na Es-trada do Pontal 8.847, esquina com Av.Sernambetiba para ver os escombros. Ademolição ocorreu no sábado passado,,sob o comando do secretário de Desen-volvimento Social e da administradoraregional da Barra, que mostraram o des-pacho do prefeito Saturnino Braga, auto-rizando a derrubada dos imóveis. Empoucas horas um trator pôs as casas e omuro abaixo.

A denúncia da demolição recebidapelo juiz da 33a Vara Criminal foi feitàpela promotora Rosa Maria Parise, corçibase no artigo 6o da Lei 4.898 de 1965 doCódigo Penal, que entendeu a medidacomo um abuso de autoridade contra osproprietários, Flávio Lopes e RuthTelles.

— As casas estavam em final dereforma.

1 antigUidades? seja moderno.

xMgremKO SStSSSSmSCOUANUMaOK

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IDERID

8 a Io caderno ? quarta-feira, 8/10/86 Ciência/Nacional JORNAL DO BRASIL

Alimentação gordurosaeãcafé podem aumentardoenças cancerígenasab • •.

. Redfe — A alimentação inadequada pode aumentar orisco de alguns tipos de câncer. Pesquisas realizadas no mundointeiro ainda náo determinaram exatamente qual a dieta paraevitar este tipo de doença, mas concluíram que o excesso decordura, por exemplo, aumenta o risco de câncer de mama e depróstata. O consumo exagerado do café pode fazer surgir ocâncer de pâncreas e de bexiga, assim como os aditivos e

preservativos de alimentos têm efeitos cancerígenos.""''

Esta relação entre a dieta alimentar e o câncer foi o temaabordado pelo médico Alexandre Kalache, professor da Um-versidade de Londres, ao abrir o Io Seminário Internacional deNutrição, que vai reunir no Centro de Convenções de Pernam-büco, até a próxima sexta-feira, especialistas de todo mundo.Promovido pela Unicef, Organização Mundial de Saúde, Minis-tério da Saúde, Instituto Nacional de Nutrição e vánas outrasentidades, o seminário tem como presidente o médico FernandoAfiliar, diretor do Instituto de Nutrição da UFPE.

f.Segundo Alexandre Kalache, os nutricionistas têm umpapel muito importante a desempenhar na alimentação, princi-palmente para conter o excesso e prevenir a escassez de certosalimentos, o que pode prejudicar seriamente a saúde daspessoas. Ressaltando sempre que as pesquisas realizadas atéagora não dão uma conclusão definitiva sobre o assunto, masencontram indícios sérios para alertar a todos, ele disse que oexcesso ou a carência de fibras, beta-caroteno, vitaminas A e E,reboflavina, ácido ascórbico e de elementos como o selemo,zincoe outros anti-oxidantes na alimentação, aumentam o riscode(,câncer.11, Ele disse também que os ingredientes e aditivos colocados

nos alimentos para preservá-los, gordura animal ou vegetal emexcesso, café e álcool também aumentam o risco de câncer,assim como os resíduos de certos pesticidas.

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DE COMUNICAÇÃOBarbosa Lemos

Pobrezafacilitaa doença

Nova Iorque — Ura estudode dois anos realizado peloAmerican Câncer Institute re-velou que as pessoas pobrestêm maior probabilidade decontraírem o câncer e morre-rem do que as pessoas ricas. Orelatório revela que as pessoasabaixo de um determinado ní-vel de pobreza, não importa deque raça sejam, têm taxa desobrevivência ao câncer entre

. 10% e 15% inferior à médiaamericana de 50%.

Os americanos pobres tam-bém têm 60% mais chances decontraírem o câncer do pulmãodo que as pessoas da classemédia ou rica, explicou oepi-demiologista Lawrence Garfin-kel, da Sociedade Americanado Câncer. As chances de ospobres contraírem cânceres doesôfago e do estômago são"300%

maiores que a média.BEBIDA

Garfinkel explica que estesdados são baseados em estudosanteriores a respeito dos po-bres e dos negros norte-americanos e que foram incluí-dos no relatório que a socieda-de publica a cada dois anos.-Este relatório é uma complica-ção de estatísticas e estudosfeitos pelo Instituto Nacionaldo Câncer.

O relatório conclui que asdiferenças étnicas são larga-mente secundárias aos fatoressócio-econômicos no que se re-fere à propensão de um indiví-duo a contrair o câncer. Al-guns dos médicos responsáveispelo relatório acham que ospobres têm maior chance dedesenvolver algum tipo de cân-cer porque fumam e bebemmais. O fumo e a bebida sãofatores de risco associados acertas formas da doença, inclu-sive o câncer do pulmão. Alémdisso, os pobres procuram aju-da médica tardiamente, quan-do náo é mais possível trata-las, explicou Harold Freeman,diretor de cirurgia do Hospitaldo Harlen.

De acordo com a SociedadeAmericana do Câncer, 34 mi-lhões de americanos vivem emcondições de pobreza. Destes,23 milhões são brancos, 9,5milhões negros e 1,2 milhãopertence a outras raças. ParaFreeman, este relatório cruzaas barreiras raciais e mostraque a doença é uma questão depobreza, não de raça.

Remédio para leucemia MédicOS Operam feto e O :feito no Brasil curavamenos que o americano devolvem ao útero materno

São Paulo — Os 38 mil frascos do medicamento Vincristi-na, contra leucemia, fabricado nos Estados Unidos e comerciali-zado em 1983 no Brasil pelo laboratório Eli Lilly do Brasil Ltda,tinham teor curativo e terapêutico reduzido em relação à mesmadroga vendida no mercado norte-americano. A denúncia estácontida na ação civil de responsabilidade por dano ao consumi-dor com a qual o procurador da República Alcides Telles Júnioringressou na 4a Vara da Justiça Federal contra o laboratório.

O procurador quer a condenação do laboratório ao ressar-cimento de "perdas e danos sociais ou comunitários", em valora ser apurado na fase probatória do processo. Segundo ele,verificou-se haver "impropriedade ou impotência da droga"contra a leucemia, o que pode até ter causado a morte depacientes.

DiferençasA Ely Lilly do Brasil contestou a ação, garantindo

"a plena

eficácia do medicamento", constatada em "inúmeros outrostestes realizados no país e no exterior". Para o advogado MarcoAntônio Marques Cardoso, que assina a contestação, houvefalhas nos testes anteriormente realizados no Vincent LombardCâncer Research Center, da Universidade de Georgetown, emWashington, e no Saint-Jude Children Research Hospital, deMemphis, no Tennessee, que constataram grande redução nopoder curativo e terapêutico da Vincristina comercializada noBrasil, em confronto com a vendida nos EUA. Segundo oadvogado, os dois centros de pesquisa reconheceram, posterior-mente, ter cometido um engano, pois

"compararam o produtoliofilizado, vendido no Brasil, com o líquido vendido nos EUA,possuindo este último substância preservativa — o parabeno —que altera fundamentalmente os resultados".

O laboratório pleiteia ainda, preliminarmente, que a juízaAna Maria Flaquer Scartezzini, da 4a Vara da Justiça Federal,suste o andamento da ação civil, até julgamento final deprocesso crime, movido também pelo Ministério Público, na 12aVara Federal, contra os responsáveis pelo lançamento nomercado de produto adulterado: Angilberto Luiz da Costa,Henrique Paulo de Barros Barreto e Sidney Salomon TaurelAfriat, respectivamente, farmacêutico responsável, diretor-médico e diretor-gerente da Lilly do Brasil.

NegligênciaSustenta o procurador Alcides Telles Júnior que dois lotes

de Vincristina adulterada foram adquiridos pela estatal Cerne(Central de Medicamentos) da Eli Lilly do Brasil, que receberaos frascos dos EUA, rotulando-os e lançando-os na praça. Adroga foi distribuída a várias entidades, dentre elas o Departa-mento de Pediatria da Universidade Estadual de Campinas. Lá,a dra. Sílvia Regina Brandalise, chefe do Serviço de Hematolo-gia/Oncologia, verificou substancial redução, em novembro de83, no tratamento da indução de leucemia linfóide aguda.Exames de

"lâmina feitos no Serviço de Hematologia, Citologia eGenética do Hospital das Clínicas confirmaram a constatação daespecialista.

Assim, dos nove casos oferecidos à perícia, apenas trêsapresentaram resposta positiva ao tratamento, com remissão dadoença, o que representa 33,33%, quando o obtido normalmen-te é de 95 a 100% dos casos. A dra. Brandalise entregou então,pessoalmente, frascos da droga ao dr. Aquilus Rohman, doVincent Lombard Câncer Research Center, e ao dr. Joseph V.Simone, do Saint Jude Children Research Hospital. O primeiroconcluiu que o remédio vendido no Brasil era 25% menospotente que o em uso nos EUA, enquanto o segundo certificouque os frascos continham apenas 1,5% do princípio ativo daquantidade indicada no rótulo.

Para o procurador da República, "o laboratório réu nãodeve restar civilmente impune, em razão da desídia, da negli-gência, da imperícia, enfim, da culpabilidade civil que compor-ta, até mesmo, certo componente de dolo e ausência de vocaçãosocial".PereiraJr. mmmw

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com o povo UltiwaWcrta fêMM.\mM¦>_____iB-<wia8ni

Sandra BlakesleeThe New York Times

São Francisco, Califórina — Numa cirur-gia pioneira, uma equipe de cirurgiões daCalifórnia tirou um feto de 23 semanas doventre da mãe, operou-o para corrigir umbloqueio das vias urinárias e colocou-o devolta ao útero materno. A cirurgia foi feita nodia 22 de julho de 1985. Nove semanas depois,o bebê nasceu, num hospital do Texas.

Semana passada, logo após comemorarseu primeiro aniversário, o pequeno Mitchelivoltou a São Francisco para uma pequenacirurgia destinada a completar o tratamento.

Segundo o cirurgião Michael R. Harrison,da Universidade da Califórnia, que liderou aequipe, sem a cirurgia Mitcheli teria morridoainda no ventre materno.

"Hoje, ele está bem. Poderá ter algunsproblemas renais no futuro, mas tenho certezade que vai superá-los", disse o médico.

Questões éticasHarrison vai apresentar o primeiro relato-

rio médico detalhado sobre o caso de Mitchelina reunião da Academia Americana de Pedia-tria, em Washington, no final deste mês.

A bem-sucedida operação do pequenoMitcheli "é uma marcante façanha técnica",disse o Dr. Frederic Frigoletto, professor deobstetrícia e ginecologia da Universidade deHarvard e chefe do setor de medicina fetal doHospital de Mulheres em Boston.

Tal façanha ocorre em meio a uma crês-cente excitação e, ao mesmo tempo, apreen-são quanto ás possibilidades da cirurgia fetal.Nos últimos anos, várias técnicas para trata-mento de fetos foram desenvolvidas. "Precisa-mos saber muito mais para determinar quais osfetos que se beneficiarão da intervenção cirúr-gica e quais não serão beneficiados. A segu-rança e a eficácia da cirurgia fetal não estãoaprovadas", alerta o Dr. Frigoletto.

"A questão que se coloca agora é se vocêestá realmente fazendo algum bem com essasterapias", acrescenta o Dr. John C. Fletcher,chefe do programa de bioética do centroclínico do Instituto Nacional de Saúde emBethesda, Maryland. "É tempo de enfrentar asituação e montar um programa adequado deexperiências clínicas controladas", diz Flet-cher.

De acordo com especialistas em bioética elegislação, se vier a se tomar rotina, o trata-mento de fetos vai se juntar a uma lista decontrovertidas questões éticas e sociais, entreelas os direitos dos embriões congelados cujospais morreram, as regras para o tratamento decrianças deficientes e operações de cesarianadecididas pela Justiça em mulheres que nãodesejam fazê-las. "Essa é uma área onde osvalores básicos da autonomia materna e dobem-estar do feto podem entrar em conflito",adverte George J. Annas, professor de legisla-ção e saúde na Escola de Saúde Pública daUniversidade de Boston.

A cirurgia fetal é um novo campo que estásendo aberto pioneiramente em 13 centrosmédicos de cinco países, segundo informa oDr. Frank Manning, que mantém um registrointernacional de casos de tratamento fetal noHospital Feminino de Winnipeg, Canadá.

Manning disse que o bebê Mitcheli foi oterceiro tratado desde 1982 com uma cirurgiaaberta (isto é, em que o ventre da mãe foiaberto), todos pelo grupo de Harrison em SãoFrancisco. Dois fetos com bloqueio no apare-lho urinário receberam pontes — pequenostubos de diâmetro equivalente ao de um fio deespaguete — para drenar a urina. Um morreudurante o parto porque a cirurgia foi feitatarde demais para impedir danos ao pulmão eaos rins. O outro viveu cerca de seis meses,mas morreu por causa de um outro problema.O último, Mitcheli, está sendo bem-sucedido.No seu caso, não foi colocada uma ponte paracontornar o bloqueio: o cirurgião fez umaabertura no abdômen do bebê para que abexiga pudesse escoar à urina.

Manning informou ainda que 124 outrosfetos receberam também pontes, colocadasnão por cirurgia aberta, como em Mitcheli,mas por meio de um cateter, na bexiga ou nocérebro. O grande impulso no desenvolvimen-to recente de terapias fetais veio dos avançosnas técnicas de detecção de problema noembrião, entre elas a ultrassonografia. A va-riedade de novos métodos permite detectarmalformações congênitas em fetos com apenasndve ou dez semanas de gestação.

Segundo Harrison, que montou seu pro-grama de tratamento de fetos há oito anosfazendo experiências com animais, há casos demalformações anatômicas em que o fato estáirremediavelmente condenado, "não importao que façamos". Em outros casos, a maioria,os problemas podem ser melhor tratados apóso nascimento. Em outros ainda, os defeitossão produzidos progressivamente e, nessa si-tuação, quanto mais tempo o feto fica noútero, mais grave se torna o problema. Asolução, então, é o parto prematuro por cesa-riana. Mas algumas malformações são graves obastante para destruir órgãos vitais, como osrins, cérebro, pulmões ou coração, antes queseja possível induzir o nascimento por cesaria-

na. "Agora, em alguns desses casóspnóspodemos impedir a morte do feto fazendo umaoperação, seja pela colocação de pontes atra:vés de cateteres, seja por cirurgia aberta'-';-dizHarrison.

Três problemas que podem, em.^wsps,cuidadosamente selecionados, ser corrigidoscirurgicamente são a hidrocefalia — pppuj'aj>,mente conhecida como cabeça d'água; a.hér-nia de diafragma; c uma obstrução no apare-lho urinário conhecida como hidronefrose, -oproblema que o bebê Mitcheli sofria.

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A hidronefrose é o primeiro defeito ariatô-mico a ser corrigido com êxito por uma'cirurgia aberta no feto humano. Quando.obloqueio causado pela hidronefrose é comple-to, o feto não pode urinar. O líquido volta e,faz uma pressão destrutiva sobre os rins: Olíquido amniótico, que é na verdade a urina.dofeto, não é produzido. Sem líquido amnióticoios pulmões não se desenvolvem. Harrison.calcula que um em cada 2000 fetos são afeta-dos pela hidronefrose. ¦'•'• ¦- •

História de MitcheliOs pais de Mitcheli — este é o primeiro

nome do bebê — concordaram em revelar suahistória a um repórter com a condição de queseu sobrenome não fosse divulgado. ,'„u.

A mãe da criança contou que, quandoestava entre o quinto e o sexto mês-de-gestação, decidiu fazer uma ultra-sonografiaporque sua avó tivera gêmeos e ela queria"estar preparada". O exame mostrou que abexiga do bebê, os rins e os canais-queconectam os dois órgãos estavam excessiva-mente dilatados. Não havia líquido amnióticoe a uretra estava completamente bloqueada". '

— Os médicos nos disseram para conside-rar a hipótese de interromper a gravidez ou,então, consultar os médicos da Califónúaquepoderiam fazer a cirurgia. Eu já sentia o bebême chutando. Já sabíamos que era um menino.Resolvemos que, se pudéssemos, salvaríamossua vida — contou a mãe de Mitcheli (ele é oprimeiro filho do casal).

Ela foi avisada de que teria que se expor aconsideráveis riscos, incluindo duas cèsària-nas, a ingestão diária de um remédio paraimpedir o trabalho de parto após a cirurgiafetal e à possibilidade de uma ruptura do úteronessa e em futuras gestações. _.j'I—

Decidida a cirurgia, a mulher, de 32-anos,recebeu uma poderosa anestesia — querse---gundo Harrison, "põe a mãe, a criança e oútero para dormir". Uma incisáo de 20centí-metros foi feita em sua barriga, poucos centí-metros mais alta do que uma cesariana.nor-mal. As perninhas do bebê foram puxadaspara fora, enquanto a metade superior, de s,eu,corpo, ligada à placenta, permaneceu, dentroda mãe. O cirurgião abriu um buraco, noabdômen e na bexiga do bebê e costurou abexiga diretamente na pele da criança. Acres-centou água salinizada no útero para substituiro líquido amniótico, colocou o feto de volta ládentro e, finalmente, costurou o útero e"ó"'sacòamniótico. O feto ficou fora da mãe durantetrês minutos.

Nove semanas depois Mitcheli nascerrdeuma segunda cesariana feita através do mesmocorte. Embora fosse um bebê prematuro (setemeses e meio), pesava 2,8 quilos. Hoje, Mit-chell é como muitas crianças de um ano. Temcabelos castanhos, longas pestanas escuras eexibe em largos sorrisos os três primeirosdentinhos.

Na semana passada, Harrison finalmenteabriu a uretra de Mitcheli e fechou o buracoem seu abdômen, para que agora ele passe aurinar normalmente. O rim direito de Mitchelipraticamente não funciona e o esquerdo sótem 50% de sua função. Os pais levam omenino regularmente a um especialista emrins. "Estamos acompanhando de perto. Se oproblema se agravar, ele pode um dia precisarde um transplante de rim", explica a mãe.

DúvidasEnquanto isso, outros cirurgiões estão fa-

zendo experiências com as pontes inseridasnáo cirurgicamente na bexiga, através de cate-teres, para drenar a urina fetal. De 79 fetosque receberam esse tipo de tratamento desde1982, 45 morreram antes de nascer. Dos 34sobreviventes, 33 estão bem.

Outros 45 fetos receberam pontes paradrenar o excesso de fluido de seus cérebros. Ataxa de sobrevivência é de cerca de 85%, masapenas um terço tem função cerebral normal.O restante tem sérios problemas cerebrais.Sem tratamento, porém, o problema é fre-quentemente fatal. "Esse é nosso maior te-mor", diz o Dr. Manning, "salvarmos damorte crianças que estão irremediavelmentecomprometidas".

"Há agora um consenso de que deveriahaver uma moratória nesse tipo de terapiacerebral em fetos. Faltam evidências de queela traz benefícios e sobram evidências de quepode ser maléfica", diz Frigoletto.

"A terapia fetal abrirá uma caixa de Pan-dora de problemas" avisa Annas. "Posso vis-lumbrar a seguinte situação: uma mulher grá-vida dizendo que não quer ser cortada paratratar o feto e o médico indo a um juiz paraobter uma ordem judicial para fazer a ei-rurgia".

Tudo que o Brasil fizer tem queser em benef íciodiretodojpovo.

Se você pensa assim, vote em DELVI.

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;.v|jjr DELVI 2526MOREIRA FRANCO PARA GOVERNADOR

ALIANÇA POPULAR DEMOCRÁTICA

JORNAL DO BRASIL Nacional quarta-feira, 8/10/86 ? Io caderno ? ' 9"

Reforma das universidades

vai ao Congresso em 1 mês

Brasília — O projeto de lei que reformulaas universidades federais será enviado pelogoverno ao Congresso em um mês, segundodecisão dos ministros do Planejamento, JoãoSayad, da Educação, Jorge Bornhausen, e doGabinete Civil, Marco Maciel. Bornhausen,que anunciou antes a medida, garantiu que oprojeto atende às reivindicações dos servido-rcs das universidades, em greve há oito dias. Apresidente da Federação dos Servidores dasUniversidades, Vânia Galvão, discorda: "Es-tão protelando a solução da greve", disse.

O projeto determina que serão indiretas aseleições para reitor e diretor nas universida-des, e unifica os estabelecimentos de ensinosuperiores federais sob o termo "universida-de", com autonomia para gestão de seu orça-mento. Ele prevê, também, a unificação dosplanos de cargos e salários dos funcionários,atendendo, assim, a uma das principais reivin-dicações dos servidores em greve. Mas, segun-do o presidente da Fasubra, o projeto nãosatisfaz aos servidores, pois não há prazo parasua aplicação.

— Seria necessário um projeto específico,com prazo de 45 dias para sua aprovação, ouum decreto-lei desvinculando o pessoal dauniversidade do funcionalismo da União —comentou Vânia Galvão, que prevê para hojea adesão da Universidade Federal do Paraná àgreve que reúne cerca de 70 mil funcionáriosem- 25 universidades federais. A diretoria daFasubra reúne-se hoje com o ministro daEducação, que terá reuniões também com aAssociação Nacional dos Docentes (Andes) eConselho dos Reitores das Universidades Bra-sileiras (Crub), para discutir a ameaça de osprofessores entrarem também em greve peloaumento e unificação de níveis salariais.

PrivatizaçãoSegundo Bornhausen, os reitores das uni-

versidades autárquicas em greve "conhecem a

lei e sabem o que devem fazer em relação aosgrevistas". Ele adiantou o que o Ministério daEducação fará no Hospital das Clínicas dePorto Alegre, única instituição diretamentesubordinada à administração do Ministério:corte do ponto e demissão, por justa causa, sea greve chegar a 30 dias.

O projeto do Ministério da Educação,elaborado pelo Grupo Executivo para Refor-mulação do Ensino Superior (Geres), prevêque universidades autárquicas (totalmente vin-culadas à União) e fundacionais (semiprivati-zadas) serão unificadas sob um só nome,universidade, com receita assegurada peloUnião, de acordo com planos plurianuais sub-metidos pela universidade ao Ministério daEducação.

Essas universidades, que terão autonomiapara aplicação de sua verba, poderão, tam-bém, captar recursos livremente, de acordocom seus estatutos, no setor privado, o que,segundo também a Andes e Fasubra, podeabrir caminho para privatização do ensinosuperior.

As eleições diretas para reitor e diretor,que vêm sendo adotadas como principal méto-do de escolha de dirigentes nas universidadesdo país, são classificadas pelo Geres comodemagógicas e incompatíveis com a excelênciaacadêmica dessas entidades. O Geres preconi-za eleições indiretas por colégios eleitorais,com os conselhos administrativos e de repre-sentantes das universidades. Pelo projeto, cs-ses conselhos podem ter participação minoritá-ria de funcionários e estudantes.

O projeto contraria a Andes ao estabele-cer que a pesquisa não é atividade essencialpara a constituição de uma universidade. Se-gundo o Geres, os estabelecimentos de ensinosuperior podem existir apenas para formaçãode recursos humanos especializados. A apro-vação de pessoal, segundo o projeto, se daráapenas por concurso.

UFMG despejará 15 estudantes

Belo Horizonte — Quinze estudantes queocuparam, no final de agosto, o imóvel daUniversidade Federal de Minas Gerais conhe-rido como Casa da Vovó, poderão ser desalo-jados hoje pela polícia, por decisão do juiz daIa Vara da Justiça Federal desta capital, Adhe-mar Ferreira Maciel. O juiz concedeu, naquinta-feira, liminar à ação de reintegração deposse proposta pela universidade e os estudan-tes foram citados por um oficial de Justiça nasexta-feira. Hoje, o juiz decidirá se enviará apolícia para fazer cumprir a liminar.

Sem querer revelar seus nomes completos,o$ estudantes afirmaram ontem que não resis-tirão à ação policial, por acreditarem que "apolícia de Minas é muito violenta". Mas pro-meteram uma "surpresa", que poderá ser ainvasão de outros prédios da universidade,"cpmo um andar" da Faculdade de Filosofia eCiências Humanas, vizinha da Casa da Vovó,no. bairro Santo Antonio, Zona Sul destacapital, ou a prórpia Reitoria, no campos daPampulha. Eles poderão, ainda, invadir "uma

reunião do Conselho Universitário", segundoameaças veladas que fazem.

Desde a invasão do prédio, o vice-reitor daUFMG, professor Cario Américo Fattini, vemnegociando com os estudantes sua saída dolocal. O representante da universidade afirmaque a instituição precisa do prédio, mas osalunos se recusam a deixá-lo, afirmando quenão têm onde morar.

Dia 12 de setembro, o Conselho Universi-tário aprovou a proposição de uma ação dereintegração de posse, na Justiça Federal, masconcedeu prazo de mais 15 dias para "novatentativa de solução", segundo afirmou, naépoca, Carlos Fattini. Ele propôs que osestudantes se cadastrassem na Fundação Uni-versitária Mendes Pimentel, que presta assis-tência a estudantes carentes, o que não foiaceito por eles.

— Isto cheira a suborno — disse o estu-dante de arquitetura Fernando, que acreditaque a universidade "traiu" os estudantes, aoentrar na Justiça, enquanto ainda havia anegociação.

PUC de Minas não pode

aumentar salários pois

já opera com prejuízoBelo Horizonte — O vice-reitor da PUC-MG (Pontifícia

Universidade Católica de Minas Gerais), Audemaro TarantoGoulart, disse ontem que, no final do mês passado, a universidadejá acumulava um déficit de "mais de Cz$ 10 milhões", enquantoseus professores, em greve, exigem reajuste salarial. Afirmou quese o Ministério da Educação não conceder mais recursos àsuniversidades católicas ou não permitir um aumento de mensalida-des, de "cerca de 80%," sua manutenção "se tornará inviável".

O vice-reitor da PUC mineira afirmou que as dificuldadesfinanceiras não ocorrem apenas nesta instituição, mas também nasuniversidades católicas do Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas(SP), Pernambuco, Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás e Pelotas(RS). Ele atribui a crise ao fato de o governo federal ter reduzido,"principalmente nos últimos três anos", a ajuda às universidadesparticulares. E disse que o Plano Cruzado congelou as mensalida-des "muito defasadas".

Fechar cursosAudemaro Goulart disse que, nos anos 70, o governo federal

incentivou as universidades particulares a aumentarem o númerode vagas, "numa tentativa de solucionar o problema dos exceden-tes, causado pela incapacidade das universidades públicas deatenderem à demanda por cursos superiores".

Hoje — disse — 75% dos alunos de terceiro grau noBrasil estão em -universidades particulares. Come as verbasconcedidas pelo governo federal eram muito significativas (nãosoube dizer de quanto) as mensalidades cobradas por estasinstituições podiam ser baixas. Nos últimos três anos, o governoreduziu esta ajuda, que hoje não é suficiente para cobrir a folha depagamento de um mês, que na PUC-MG chega a cerca de Cz$ 6milhões. Com uma mensalidade média de Czf 406, não há comocobrir as despesas de manutenção da universidade.

Os cursos mais deficitários, entre os 18 mantidos pela PUCmineira, são os de odontologia, enfermagem e comunicaçãosocial, que exigem laboratórios "caríssimos", segundo o vice-reitor, e acompanhamento individualizado aos alunos. Afirmouque a instituição "não tem como enfrentar" a greve de seus 720professores, iniciada dia 11, porque, apesar de achar justa suareivindicação de reajuste salarial, "não tem dinheiro para atendê-la"j

Audemaro Goulart disse que o orçamento da PUC mineirapara 1986 previa receita de CzS 112 milhões 665 mil 908 e despesade CzS 121 milhões 738 mil 930.

Tínhamos uma previsão de déficit de CzS 9 milhões 73 mil22, até o final deste ano, valor este que já foi superado no final desetembro. Só duas opções para a manutenção da universidade: ogoverno federal conceder mais recursos ou permitir reajuste deanuidades a níveis realistas, que seriam de cerca de 80%. Se ogoverno federal não tomar uma dessas providências, até o iníciodo próximo ano, seremos obrigados a fechar cursos — afirmou ovice-reitor.

Colégios fraudam programa

de bolsa de estudo da FAE

Cleber Praxedes

Brasília — A Fundação de Assistênciaao estudante (FAE), órgão vinculado aoMinistério da Educação, constatou irregula-ridades no programa de renovação de bolsasde estudo de Io e 2o graus em 72 escolas de11 estados brasileiros. Os maiores índices deirregularidades foram constatados no Rio deJaneiro c em São Paulo, onde havia muitosbolsistas fictícios. A Polícia Federal deveráser acionada para apurar as fraudes.

No Rio de Janeiro, nos 22 colégiosinspecionados pelo grupo formado por fun-cionários da FAE e das delegacias regionaisdo Ministério, ficou constatado que, dos 4mil 803 bolsistas inscritos para a renovaçãode bolsa, apenas 1 mil e 300 apresentaramformulários de renovação corretos. Foramexcluídos 3 mil 503 pedidos, representandoum índice de 73%.

No Brasil, o programa de bolsas deestudos da FAE atende a mais de 4 milescolas. Todo o programa de cadastro dosbolsisías é feito por computador e "a Funda-'ção de Assistência ao estudante só teveindícios da irregularidades — depois com-provadas com as auditorias por amostragem—, com a conferência visual, quando seperceberam as assinaturas falsas. No total de72 escolas inspecionadas, foram apresenta-dos à FAE, através do programa de renova-ção das bolsas, 9 mil 991 formulários. Apartir destes, ficaram comprovadas irregula-ridades em 5 mil 758, representando umpercentual de 58% e uma economia de CzS 3milhões 183 mil e 750.

O coordenador do Programa de Bolsasde Estudos da FAE, professor Raimundo

Tadeu Correia, informou que o processo defiscalização será permanente nos meses deoutubro, novembro e dezembro. "Vai haver,um esforço concentrado, utilizando-se um,,maior número de pessoas na fiscalização,não só das renovações, como também nas,concessões de bolsas novas", disse ele.

O estado que apresentou o maior índice 'de irregularidades foi São Paulo. Em duasescolas supervisionadas, foram registrados'237 bolsistas, sendo comprovados 40 e ex-cluídos por irregularidades 197. Depois verti"o Rio de Janeiro ' T,'

De acordo com a portaria ministerial ti"946, de 28 de novembro de 1985, a seleçãcvdos bolsistas deve obedecer às seguintes,prioridades: 1 — dependentes, enquanto me-nores, de servidores públicos que recebam,até dois salários mínimos; filhos menores deex-combatentes e órfãos menores, carentesde recursos; 2 — escolas situadas em regiões iem que não houver vaga em estabelccimeMó'1.oficial para que o aluno possa freqüentar"1uma unidade privada; 3 — escolas voltadáS"para atendimento da clientela de menor"" renda.

O diretor da Divisão de Apoio Complè"mentar da FAE, Djalma Amorim, explicouque normalmente os formulários para inseri-"ção no programa de bolsas são entreguespelo Ministério da Educação aos deputados esenadores dos estados e territórios, que se",encarregam de distribuí-los aos alunos nas-*diversas regiões do país. O diretor reconheci"que o baixo valor atribuído à bolsa (nãochega a cobrir um semestre da anuidade)-,colabora para que ocorram irregularidades. '"Mas isso não invalida o programa, porquCé 1melhor ajudar com pouco do que não aju- !dar", disse ele.

MPASÍMinistério da Previdência • Assistência Socwl

ifirINAMPS / INSTITUTO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA MÉDICA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

TOMADA DE PREÇOS N° 172/86O Chefe do Serviço de Material do Hospital dos Servido-

res do Estado na Rua Sacadura Cabral, 178, Saúde, na Sala deLicitação no 2° andar do prédio anexo, comunica aos Interes-sados que será aberta a TP. citada acima que trata do seguinteassunto:—TP. 172 — 10:00 h de 24/10 — Obras de Reforma eAmpliação a ser Realizada no HSE. Proc. 6.044/85.O Edital completo, encontra-se à disposição dos interessadosno endereço acima, no horário de 9:00 às 15:00 h.

¦Caxias e N.Iguaçu lideram-Brasília — No Rio de Janeiro, ficou

constatado que as irregularidades vinhamsendo cometidas mais nos municípios deNova Iguaçu e Duque de Caxias, confor-me informou o coordenador do Programade Bolsa de Estudos da Fundação deAssistência ao Estudante, Raimundo Ta-deu Correia. Foram utilizados no Rio 10funcionários, três lotados na sede daFundação, em Brasília, e sete da repre-sentaçáo da FAE e das delegacias regio-nais do MEC. Ao fornecer a relação dasescolas em que foram constatadas asirregularidades, Tadeu Correia explicouo porque da maior incidência das irregu-laridades em Nova Iguaçu e Duque deCaxias.

— Nesses dois municípios, quandoos auditores chegavam nas escolas e com-provavam as irregularidades, sempre re-cebiam uma pergunta como resposta: porque só eu e não fulano. Isso facilitou ostrabalhos dos auditores.

Foram constatadas irregularidades:nas seguintes escolas do Rio de Janeiro:Colégio Maranhão, Colégio Independên-

cia, Instituto Barcelos Domingo ou Re-sultante II, Centro Cultural AbrahãoLincoln (Nova Iguaçu), Sociedade Edu-cacional Madureira Ltda (Nova Iguaçu),Colégio de Aplicação da Faculdade deFilosofia de Ciências e Letras de NovaIguaçu, Centro Educacional de Japeri(Nova Iguaçu), Instituto de EducaçãoGeraldo de Almeida (Nova Iguaçu),Centro Educacional Queimadense (NovaIguaçu), Instituto Educacional Evangéli-co de Austin (Nova Iguaçu), Educandá-rio Rui Barbosa (Nova Iguaçu), CentroEducacional de Nova Iguaçu, CentroEducacional Borges (Nova Iguaçu), Cen-tro Educacional Guararapes (São João de <Meriti), Instituto de Educação Líbia Gar-cia (São João do Meriti), Sociedade Bra- ¦sileira de Educação e Cultura (São Joãode Meriti), Instituto Tinoco (Duque deCaxias), Centro Educacional Nova Cam-'pina (Duque de Caxias), Externato Tino-co (Duque de Caxias), Colégio VitóriaRégia (Duque de Caxias), AssociaçãoCultural e Educacional E.P. Moreira(Duque de Caxias) e Centro EducacionalMonteiro Lobato (São Gonçalo).

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jW) ? Io caderno ? quarta-feira, 8/10/86

JORNAL DO BRASILii'. fundado cm IfNl

M F DO NASCIMUNTO BRITO - Dirtto, frtlldfm

BERNARD DA COSTA CAMTOS - DlrtlorI

I A DO NASCIMENTO BRITO — Purin, l.urim

MACRO GUIMARÃES — Diiruir•MRNANriO PUfjRlilRA -- R.vi!l.rr Chrjr

MARCOS SA ( OKRI A — Editor

FliÁVIO PINHIilRÒ — Uiinr iitlúemr

JOSt SILVI IRA — Vririnn» f UTumo

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Direito de Defesai A última fase da campanha eleitoral de 1986 mostra,f*- na troca de ataques pessoais, a mais primária'orma de radicalização. No Rio, esse retrocesso coloreje intolerância a disputa política. Náo se aperfeiçoa a'redibilidade política de uma transição quando cândida-fios à sucessão estadual fazem campanha pessoal contra ogovernador, e não ao governo.' Até o presente momento náo houve propostasiolíticas por parte de candidatos, mas tão-somente uma(Jãrgã de prevenções e animosidade atirada contra ogovernador Leonel Brizola.

; O impedimento de que o governador do Estado vá1 televisão cria uma atmosfera de perigo. A campanhaestá carregada de eletricidade: um apelo à indisciplina-crá suficiente para detonar o que há de mais indesejáveldo ponto de vista democrático, e o mais ambicionadojjelos radicalismos sem voto. A revolta popular porqxcitação irresponsável de candidatos é o risco imediatona situação de desigualdade que se criou: todos têm odireito de acusar o governo, mas ao governador érecusado o elementar direito de resposta.

|_ Estranha encruzilhada democrática esta a que oBrasil chegou: um regime institucionalmcntc equipadopara o autoritarismo não se torna uma democraciaapenas porque mudou de mãos. As normas aprovadaspara a campanha eleitoral deste ano cuidaram de ampliaras restrições de que se fartou o regime autoritário. Ainterpretação restritiva de normas restritas pode levar aqualquer lugar, menos à responsabilidade democrática.Acústica Eleitoral incumbiu-se de zelar pelo esvazia-mento de tudo que possa representar resíduo de liberda-depara os candidatos se fazerem conhecer pelo eleitor.

A tal ponto chegou o ânimo restritivo nesta campa-ntía que, na prática, deixou de existir o direito deresposta, mesmo quando o atingido — pessoal e política-mente — náo é candidato, e ainda quando seja o própriogovernador do Estado, democraticamente eleito e nodesempenho do seu mandato. Garantidos contra odireito de resposta que a Justiça Eleitoral nega aoGovernador, os agressores fecham o cerco como seestivesse em causa não a sucessão estadual, mas a etapaseguinte. Investem contra as obras feitas, cobram-sepromessas não atendidas c resultados que não são dacompetência estadual. Podem-se inculpar ao governoBrizola omissões e decisões questionáveis, mas é demaisquerer responsabilizá-lo pelas filas de consumidoresdiante de produtos escassos no mercado.

A insistência cm fixá-lo como o inimigo — c náoadversário — excede os limites de uma campanha paraeleger o sucessor do governador Brizola. A recusa emdeixá-lo apresentar-se no rádio e na televisão eqüivale auma autorização para o massacre de um eleito impedidode se defender. Fecha-se sobre o Governador do Rio ocerco que a antipropaganda em vigor autoriza e facilita.

À margem da campanha e da disputa, há um pontocrítico de que os responsáveis pela desigualdade não sederam conta. A conseqüência dessa recusa do direito deresposta a um governador legítimo é que ameaça deterio-rar a confiança de que até hoje vive a democraciabrasileira. Não temos normas escritas nem instituiçõesque se possam responsabilizar pela garantia das liberda-des. Sc o governo de um estado pode ser desrespeitado cofendido de todas as maneiras, sem ter o direito dedefesa, então tudo o mais também passa a ser permitido.

Não há coma explicar, jurídica ou politicamente,que um governador seja despojado do direito de respostaapenas porque — como cidadão — vai também exercer odireito de votar. Trata-se da sua própria sucessão e,assim como lhe reconhece o direito a ter o seu candidato,a democracia não exige que lhe seja cassada a palavra,quer em defesa pessoal ou na defesa dos seus atos degoverno. Pois é isto que está em julgamento na campa-nha: os atos do governo Brizola. Os ataques são políticose pessoais, nos termos mais apaixonados e contundentes,dada a falta de idéias e programas na campanha eleitoral.O mínimo que a democracia deveria reservar ao Gover-nador Brizola, em meio às restrições reclaboradas comnostalgia e requinte autoritários, era o direito de defesa.Recusá-lo, a pretexto de que a sua presença na televisãoou no rádio tem influência eleitoral, é confessar o medoda liberdade que tanto já inibiu as oportunidades demo-cráticas brasileiras.

Não há — cm nome da democracia — a menorrazão para se impedir a participação de um governadorno processo de eleição do seu sucessor. Por que asrestrições à propaganda não impediram os ataquespessoais no rádio e na televisão?

A campanha eleitoral pode parecer, à distância, umexercício cauteloso de liberdades. O Rio mostra, aocontrário, que as restrições ao direito de defesa doGovernador do Estado permitem um incitamento políti-co com ameaça de conseqüências indesejáveis até cmBrasília.

9íf Visão RealA

dramática situação do abastecimento no país, de-sencadeada pela crise da carne, confrontou o

governo com a profunda ineficiência de uma pletora deórgãos federais denominados de controle mas que,verdadeiramente, nada controlavam. Tanto assim que sóagora, por exigência pessoal do Presidente Sarney,cçgita-se de um organograma do abate de boi no país, demodo a permitir avaliações e decisões corretas.~!

Desta forma, é oportuna e corajosa a iniciativa deampla reformulação do sistema que há anos abrigaequívocos de intervenção do Estado no domínio daeconomia, materializados na Sunab, na Cobal, nascomissões, superintendências, divisões e seções do pa-quiderme burocrático incumbido de ditar deveres aomercado e de sonegar as suas próprias obrigações com asociedade.

A determinação do Presidente Sarney de fazer coraque funcionem, em benefício dos consumidores, osinstrumentos de que dispõe a estrutura federal, inaugura

ma revisão de atitudes do Estado em relação a abasteci-rjiento e preços, viciadas, inertizadas, corrompidas até.Emergentes de modelos autoritários e inúteis, como o daCofap, que impunham à nação falsas noções de fiscaliza-cão e controle.

| Faz-se, assim, uma reformulação reclamada hámuito tempo pela realidade do mercado e pelos interes-ses superiores da sociedade brasileira, já incompatíveiscom fórmulas paternalistas, obsoletas, desvirtuadas, con-fjiruosas. Um passo que se dá no sentido de uma visãoreal das leis do mercado, delimitando-se o papel doEstado, seja por meio da Secretaria Especial de Abaste-

T

cimento, seja através da Sunab, na função que semperder o caráter executivo atue para sanear as falhas,imperfeições ou deficiências do mercado.

Por esse caminho, que parece agora resolutamenteaberto pelo Presidente da República, poderá o governofederal melhorar a eficiência do seu papel normativo enão controlador; moderador e não intervencionista;confiável e não marginal. Não se sobrepondo à evidênciade que não pode administrar, ao mesmo tempo que setorna importador de mercadorias ou vai ao pasto paralaçar o boi que falta à mesa do povo. Deixando aomercado a missão de regular a economia. E não agindo àmargem do mercado.

Essa compreensão prática do Presidente Sarneydiante dos fatos que cercam a crise do abastecimentopode levar o governo a reconsiderar procedimentos queaté aqui serviram como embaraço aos propósitos deestabilização econômica, restaurando instrumentos nor-mativos e estabelecendo comando a uma efetiva políticade abastecimento. Uma política, é claro, que não podeexcluir os agentes da produção, da comercialização, daindustrialização e da distribuição das mercadorias.

É importante, em face das dificuldades que hojeatropelam o Plano Cruzado e afetam as expectativas dasociedade quanto aos efeitos da intervenção oficial naeconomia, que instrumentos como a Sunab e congêneresse tornem eficientes e sejam dignos de crédito. A fim deque o mercado recupere as suas energias vitais e volte aoperar de modo a inspirar confiança e tranqüilidade aosprodutores e consumidores.

Mártires de EncomendaAS

histórias da fazenda Annoni — onde 1.500famílias ocupam há quase um ano 8 mil hectares de

uma área desapropriada — não têm nada de exemplar, epodem, mesmo, ser motivo de bastante preocupação. Amistura que ali se processa de uma questão agrária comtima espécie bastante peculiar de religiosidade não estámuito longe de produzir — a manter-se o mesmo rumo— o equivalente moderno de um arraial de Canudos.

' A ênfase na "religiosidade popular" cria um climar)ndc a racionalidade vai ficando cada vez mais distante.Passeatas, romarias, "procissão das ferramentas", "mis-sa campal" na frente dos soldados foram lideradas porum padre católico e outro ortodoxo. Este fez discursosinflamados onde se referiu a um "novo nazismo", "novo

fascismo", e onde os Ministros do Governo receberamtratamento desprimoroso. Examinou-se a ficha deste"religioso" belga; e as informações são de que ele nemmesmo é padre. Isto bastaria para demonstrar onde podechegar a exploração da gente humilde por pessoas bempouco equilibradas.' A Regional Sul-3 da CNBB também se pronunciousobre o assunto, referindo-se à "forte organização docapitalismo latifundiário, contrário a uma legítima redis-'ribuição de terras". Não comentou, ao que parece, ofato de que as marchas e passeatas destinavam-se àocupação de outras terras desapropriadas — instalaçãode um método "acelerado" em que se passa por cima dosflâmites legais.

Os trâmites legais, como se sabe, são emperradíssi-mos. De 1 milhão de hectares despropriados, o Governosó regularizou, até agora, 332mil. A causa próxima dosatrasos é a introdução da distinção entre latifúndioprodutivo e improdutivo. Proprietários descontentescom a desapropriação de suas terras levantam essaquestão ante a Justiça; e o processo passa a andar empasso de cagado.

Ouvido a respeito, o presidente da SociedadeNacional de Agricultura, Octávio Mello Alvarenga,chamou a atenção para a inexistência de uma justiçaagrária, composta por pessoas que tenham algum conhe-cimento de causa. Acrescentou que esse conhecimentoparece faltar quase por completo aos que se ocupamatualmente desses processos — o que só pode ser causade atrasos e impropriedades.

Também é importante lembrar que esse congestio-namento da justiça é característico da sociedade brasilei-ra de hoje em qualquer setor, e náo só na justiça agrária.Num assunto dramático como o do campo, seria precisoencontrar meios de fazer a carruagem andar.

A carruagem náo anda, entretanto, com sectaris-mos de qualquer natureza. Passionalizar a questãoagrária — como se tenta fazer em lugares como a fazendaAnnoni —, usando crianças e ritos religiosos comobiombo, é tornar certo que náo se chegará a partealguma; ou se verá correr sangue — geralmente dosinocentes.

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Í3X8VCartasTorturadores

Ao contrário do que escreveu JorgeAntônio Barros cm sua reportagem de 1"página Médico aponta militares tortura-dores (JORNAL DO BRASIL de28/9/86), o nome de Amflcar Lobo nãoconsta no Quadro 101 do projeto Brasil:Nunca Mais como uma das 444 pessoasdenunciadas como torturador nos proces-sos oficiais da Justiça Militar.

Não consta o nome dele por um dequatro motivos: ou náo participou direta-mente na tortura; ou o torturado não odenunciou no julgamento na AuditoriaMilitar; ou o torturado desconhecia tantoo nome quanto o codinome do seu algoz;ou o torturado não foi a julgamentonuma auditoria militar c não teve, porisso mesmo, a oportunidade de denuncia-lo num processo formal.

Quatro dos militares citados porAmflcar Lobo estão, no entanto, no Oua-dro 101 do projeto Brasil: Nunca Mais:João Câmara Gomes Carneiro, na época(1970) major; José Ncy Fernandes Antu-nes, tenente-coronel; capitão Leão; cLuiz Mário Valle Correia Lima, 2" te-nente.

O policial civil Luiz Timothco deLima, também citado por Amflcar Lobo,está no Quadro 101, tendo sido denuncia-do como torturador cm 12 processosoficiais diferentes. Somente o capitãoJoão Câmara Gomes Carneiro foi denun-ciado mais vezes (14) do que ele.

Além de torturador, essas cinco pes-soas (denunciadas cm 32 processos ofi-ciais da Justiça Militar), têm cm comum,segundo o projeto Brasil: Nunca Mais,dois fatos: sua atuação na cidade do Riode Janeiro e durante o ano de 1970.Jaime Wríght, um dos coordenadores doprojeto "Brasil: Nunca Mais" — SãoPaulo.

Caso Rubens PaivaCom relação à notícia publicada na

edição de 2/10/86 desse jornal, a respeitodo caso Rubens Paiva (pág. 15), desejoesclarecer que é inverídica a informaçãoprestada pelo assessor de imprcnsH daPolícia Federal ao jornalista do JORNALDO BRASIL, no sentido de que

"o

próprio promotor não demonstrou inte-resse cm que outras pessoas fossem ou-vidas".

Ao contrário, o Ministério PúblicoMilitar enviou dois ofícios à Polícia Fede-ral, sendo um deles cm 17/9/86, sugerindoa oitiva de diversas testemunhas c outro,datado de 29/9/86, reiterando o pedidoanterior, manifestando preocupação coma lentidão do inquérito c socilitando aoitiva de outras testemunhas.

O primeiro ofício por mim encami-nhado foi respondido pelo senhor delega-do cm 22/9/86, através do qual o mesmonos informou que as testemunhas pormim indicadas seriam ouvidas oportuna-mente, tão logo fosse encerrada a linhainvestigatória que vinha sendo seguidapela autoridade policial.

Tal, contudo, não ocorreu, evidente-mente. Fui surpreendido por uma decisãotomada exclusivamente pela autoridadepolicial, sem que tenha sequer sido con-sultado ou notificado, formal ou infor-malmente, a respeito do assunto, atitudeessa, no mínimo, estranha.

Agradeço desde já a publicação dapresente, necessária para o restabeleci-mento da verdade cm torno da matériajornalística supra-referida. AlexandreConcesi, Procurador da Justiça Militar,chefe da Secretaria do MPM junto asAuditorias da 1* CJM — Rio de Janeiro.

PsicanáliseTenho acompanhado as matérias so-

bre o assim chamado "caso Amflcar Lo-bo". Talvez por isto, gostaria de chamara atenção para duas ordens de aconteci-mentos.

1 — A transformação de várias ordensde fatos cm "caso"; c o caso sendoentendido especialmente como umadisputa entre mocinhos c bandidos. Apc-sar do que se escreveu, a 1* denúnciapública do fato não foi feita cm 1980, mascm 1973, pela revista psicanalítica argen-tina, Cuestionamos (editora Granica, p.93). Será que os psicanalistas brasileiros adesconheciam? Estranha o fato de que acrítica dos psicanalistas brasileiros acabesempre compreendendo a tortura comoum fenômeno de psicanalisação. Ou seja,os membros da Associação PsicanalíticaInternacional (IPA) entendem que Loboera torturador porque foi mal analisado(com a honrosa exceção de Hélio Pellc-grino, cuja análise c distinta): "se Lobotivesse tido um bom analista, a históriaseria outra". Isto é, ignoram-sc complc-lamente as condições da formação psica-nalítica nas sociedades da IPA. para fazerdo "caso Lobo" uma aberração. Estemecanismo de defesa, tão conhecido,permite que pessoas que deveriam serbastante distintas entre si (como um tor-

turndor c um torturado), façam p;irtc deuma mesma sociedade psicanalítica.

Vê-se que o prazer (além do poder)de pertencer à IPA, associação fundadapelo próprio Freud, impõe uma adesãoinstitucional tão forte c intensa, que ossujeitos que ali estão de modo insatisfeitotêm que criar um mecanismo de exclusãodos "maus"

psicanalistas, ao invés deinterrogarem os modos de funciònamcn-to de sua sociedade. Sc o JB permitir,poderia demonstrar que psicanálise c vio-lência foram aliadas, inúmeras vezes(ver, por exemplo. Psicanálise c Institui-ção, documentário, 1976 c Psicanálise cNazismo, Taurus, 1985).

Todos os psicanalistas que foram en-trevistados ou escreveram no JB perten-cem à IPA. Porque o jornal não procuraouvir também psicanalistas de outras so-ciedades c orientações, ou estudiosos dossaberes sociais c históricos, para entendera questão com suas diferenças?

2 — Acho que não é coincidência,apenas, que o próprio Lobo yenhã agoraconfessar seus crimes. Entendo que eletem suas motivações pessoais. Mas há,neste preciso momento histórico umaevidente mobilização orgânica de certasfacções militares c das direitas brasileiras,pela restauração de um regime aindamais totalitário no país. É certo que orelato de Amflcar Lobo sobre a morteviolenta de Rubens Paiva atinge menos oDoi-Codi de então de que o Exércitobrasileiro de hoje.

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O que quer que se tenha a criticar naestrutura das Forças Armadas — e hámuito, desde o próprio fato de que ostorturadores c mandantes continuam co-mandando —, não se deve esquecer deque hoje, 1986, sua hegemonia está nasmãos de fracçôcs liberais, bastante distin-tas daquelas fascistas que detinham opoder imediato entre 1970 e 75.

Que os psicanalistas produzam seus"casos" como quiserem, mas que nãoignorem alianças que se fabricam, atémesmo intencionalmente. Pelo menos,devemo-nos perguntar a quem serve a re-fabricação do"caso Lobo" neste exatomomento. Penso que o JB, com suacostumeira generosidade, deveria permi-tir a ampliação do debate. Chaim SamuelKatz — Rio de Janeiro.

FraudeDetectamos mais um caso de fraude

no PIS. Nosso associado Almcrindo An-tônio do Nascimento, após aposentar-sc,procurou levantar saldo de sua contacomo participante do Programa. Surprc-so ficou, quando foi informado que nadatinha a receber, pois havia resgate parafins de casamento, condição criada peloPlano de Integração Social.

Apesar de comprovar que é casado hámais de 25 anos, c que nunca requereu talbenefício, até hoje não conseguiu recebero que lhe cabe de direito.

Seu domicílio bancário — Banco ItaúS.A.. Rua Marques de Abrantes, n" 118C — Flamcngo-RJ, não assumiu a falha.A agência da Caixa Econômica Federal,Rua Afonso Cavalcante, n" 33 A —Cidade Nova-RJ, instaurou um processode n° AV 566, que não tem solução.

A seção do PIS da Caixa Econômica,denominada "Dispag" — Av. Rio Bran-co, 174 — 2" andar — Ccntro-RJ, alegaque todo processo c demorado. De cápara lá, anda o pobre homem, sem saberse será bem-sucedido, quando receberáaquilo que c seu c que foi pago a algumincscrupuloso c desonesto por falha qual-quer, de quem é responsável por fazercorretamente. Barthnlomeu de Figueire-do, presidente do Sindicato dos Trabalha-dores nas Indústrias de Produtos Qufmi-cos para Fins Industriais, de ProdutosFarmacêuticos, de Tintas e Vernizes, deSabão e Valas, de Resinas Sintéticas, deAdubos e Colas de Defensivos Agrícolas ede Material Plástico do Município do Riode Janeiro.

RevoltaVenho ressaltar a minha total indigna-

ção com o que li nas páginas desse jornalno Io Cademo à página 8 do dia 27/9/86que tem como titulo: Medico mineiro nãodá socorro e bebê morre

É incrível assistir a tamanha barbarí-¦"dade. O médico náo tinha o direito do>;negar assistência à criança. Deveria serconsiderado criminoso pela sociedade,como um destes tantos que temos. .'

Como pode tamanha monstruosida-de? Será que o mesmo não tem escrúpu-los? Ou aprendeu que salvar vidas requerdinheiro?

Com tal fato, chego a uma conclusãopenosa: a maioria dos nossos médicos sóvisa tal curso superior pensando no statusc na posição social proporcionada.

Fica aqui a minha total repugnânciacom tais médicos, que escondem atrás dobranco que usam toda a hipocrisia profis-'sional: Lembra-mc uma passagem da Bi-blia que diz: "Sois como sepulcros caia-dos:..." Wllher de Freitas Guimarães —Juiz de Fora (MG). ta V;

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Mutilação(...)Lcndo a carta da sra. Angela

Teixeira (15/9/86), resolvi contar o dramaque me acompanha desde fevereiro de1980. Tudo começou com um dr. Francis-co, da também clínica Scmic, cm meuprimeiro c, tragicamente, último parto.Em adiantado processo de peritonite agu-,da (com abeesso de parede, vômitos,diarréia, febre, abdome muitíssimo volu-moso) me foi dada alta.

Enfim, para cortar sofrimentos malsedimentados, abrevio a narrativa dizen-do que me pude salvar graças à dedicaçãoinsana de um grande ginccologista c tal-vez ao acaso (que não se pode logicamcn-te explicar) mas o resultado foi funesto:aos 26 anos, uma histerectomia sub-totale ablaçáo das trompas e tudo isso comtodas as seqüelas físicas c psíquicas de-correntes dessa mutilação. Por isso julgo-me capaz c no dever de responder à sra.Ângela: é possível sim fazer alguma coisacontra o execrável mercantilismo exerci-do por alguns maus c culposamcntc ncgli-gentes médicos...

É preciso denunciar, ir às últimasconseqüências, ingressar cm juízo paraque nosso estigma possa encontrar umlenitivo, ainda que momentâneo!...Yed-da Regina da C. Vasconccllos Jorge —Rio de Janeiro.

Rede hospitalarÉ muito louvável que o sr. governa-

dor se orgulhe da construção de umpunhado de Ciep. Pena é que náo sejamtantos quantos os anunciados. Mas o Riode Janeiro, com sua imensa massa popu-lacional, não tem seus problemas solucio-nados com a construção de algumas esco-Ias. Há um problema gravíssimo de queeu já tomara ciência pelos jornais, masque, de certa forma, veio me atingirdiretamente e me deixou estan-ccida antea absoluta verdade das inúmeras reclama-ções que todo mundo conhece. Trata-sedo atendimento hospitalar. Há um mêsum tio meu foi acometido de um derramecerebral quase à porta do Rocha Maia.Levado imediatamente para dentro dohospital, não teve qualquer atendimentomédico. Limitaram-se a colocá-lo, aostrambolhões, inclusive com a cabeça parabaixo, em cima de uma maça c encami-nhado, aos solavancos, cm uma ambulân-cia â clinica particular Procardíaco, ondeele chegou para morrer, apesar de todo oeficiente atendimento que ali teve. Foitrágico c doloroso para todos nós. Agorao descaso das autoridades da Secretariade Saúde se repete. Minha empregadadeixou cair o facão de cozinha sobre opeito do pé, golpeando uma veia. Procu-rei estancar a forte hemorragia comopude, mas achei que era necessário umatendimento melhor, para que fizessem asutura do vaso atingido. Ela foi levadaimediatamente para o malfadado Hospi-tal Rocha Maia. Não havia um só medi-co, nem mesmo um enfermeiro com ca-pacidade para cuidar do caso. Pelo amorde Deus! É preciso fechar imediatamenteesse hospital, pois pelo menos fechadonáo dará ilusão a essa pobre populaçãoabandonada, de que aii poderá contarcom algum socorro! Peço a atenção detodos os senhores candidatos a governa-dor para que verifiquem pessoalmente oque se passa na rede hospitalar do estado.Sc aqui no Rio de Janeiro a situação écalamitosa, imagino como será nas cida-des do interior do estado. Há necessidade-de providências enérgicas c urgentíssi-mas. O que faz uma pessoa que não écontribuinte da Previdência Social ou dequalquer seguradora de atendimento mé-dico? Morre? Simplesmente? Maria Ceei-lia Ribas Carneiro — Rio de Janeiro.

As cartas serão selecionadas para publi-cação no todo ou em porte entre as que'tiverem assinatura, nome completo e legl-vel e endereço que permita confirmação,prévia.

JORNAL DO BRASILOpinião quarta-feira, 8/10/86 o Io caderno a 11

Escuridão e rutilância r-inmmmHélio PeUegrino

SE não me engano, é de Edmund Wilson a melhor

definição que conheço sobre a diferença entre aatividade do critico e a do artista criador. O crítico,naquilo que escreve, sabe mais do que diz, ao passo queo artista criador, em sua obra, diz mais do que sabe. Estecurioso fenômeno, descrito com tão concisa — e precisa

elegância, decorre do fato de que o crítico se move,predominantemente, na área consciente e reflexiva doseu psiquismo, ao passo que o artista criador, em seumergulho poético, ordenha leite da escuridão, isto é,toma contato pleno com o registro inconsciente de suaatividade mental, cujas fantasias e desejos nem sempresão redutíveis ao tipo lógico-discursivode conhecimentoque caracteriza a atividade da consciência.

O crítico é sempre capaz de explicar o seu texto,segundo os critérios claros e distintos que definem adimensão cartesiana da mente. A malha de referênciasque usa é, quase sempre, denotativa, visando à precisão,à discriminação, ao desbastamento de ambigüidades e

polissemias. Já o artista criador é explicado pela obra quefaz, muito mais do que é capaz de explicá-la. Alinguagem criadora é carregada de noite, de retraçõessimbólicas, de confusos rumores, cuja crepitação jamaisse deixa capturar pela fome de clareza que define opensamento consciente. Aliás, há que precatar-se contraa ilusão das claridades excessivas. Elas velam a realida-de, mais do que a revelam, e costumam induzir ao erro

e à arrogância. No centro do incêndio solar há umlatifúndio de treva, da mesma forma que, no caroço dahoite enorme, fulge uma fogueira de luz.

Em resumo: a obra criadora, ou poética, no sentidoamplo do termo, arrasta consigo uma carga semântica

?ue a torna passível de várias leituras, ou interpretações.

) texto artístico é, por definição, condensado, arqueoló-gico, composto de sucessivas e, àsvezes contraditórias, camadas designificação. Este é o motivo peloqual- um esforço hermenêutico,aplicado à obra de arte, pode che-gar a vários e diferentes resultados,complementares ou não, na medi-da em que o instrumento analíticová resolvendo e dissolvendo, criti-camente, as condensações e mui-tiimplicações próprias ao textopoético. D

Toda vida — inclusive a psí-quica — é processo, movimento,tempo. A vida é sempre um vir-a-ser, isto é, ela articula o ser que souao ser que irei tornar-me, e istosignifica que todo ser humano é e não é, numa ambigüi-dade constitutiva da estrutura de sua existência. Sou umser articulado ao nada, sou pé no chão e pé levantado noar — antes demergulhar! —, e é pela aceitação dessainstabilidade ontoíógica que posso construir o meucaminho: marcha sobre as águas.

Se, por excessiva insegurança, não consigo aceitarque sou não sendo, que sou processo, movimento etempo — o homem, essa carcaça de tempo, como odisse, poeticamente, o velho Marx —, daí decorre que vábuscar construir, para mim, um projeto de imobilidade,de fixidez, em que eu seja pleno e compacto como umovo de pedra (o em-si sartriano), sem fissura, sem cárie,sem carência. Tal projeto implica uma perturbação naestrutura de minha temporalidade. Quero ser sem pas-sar, aborreço o movimento, pé no chão, pé no ar, aspiroa ser todo plantado na tenra, sem nenhum corte que mesepare do elemento de origem: poder-se-ia falar aqui deum intenso desejo de morte, da nostalgia de não sernascido, de não ter, ainda, iniciado o processo detemporalização que o nascimento inaugura.

Acontece, entretanto, que se não quero ser, emestado de vir-a-ser, não consigo ser. Buscando pôr-me acavaleiro do risco de estar vivo, já que viver é passar emudar, dentro do fluxo temporal, nego a vida em mim eme torno morto, enquanto pessoa. Congelado. Coagula-do. Transformado em escultura de cera, num mundoreduzido, pelo meu projeto de imobilidade, a um museude cera. O medo de assimilar o nada inerente ao estadodo ser, a fuga à assunção da cárie que nos constitui, em

nosso centro, levam a um impasse existencial grave:matamos em nós a vida por querê-la maciça como umgranito, ou um bloco de gelo, que é permitam-me ametáfora —, a morte da água, fluida e fluente, enquantoviva.

Isto nos leva a um curioso paradoxo. Quem, porexcessivo medo, quer ser imóvel e completo, numagarantia sem brecha contra a morte e o risco, acaba pormatar a vida, uma vez que afoga o nada de que a vida seentretece, inexorável e constitutivamente. Viver e mor-rer são faces de uma mesma moeda em movimento.Quem tenta matar a morte morre, gangrenado dela, jáque a morte só não nos mata, permitindo que vivamos,na medida em que ela se processa e flui conosco —silencioso rio de ébano onde o Cosmo se espelha.

Nesse campo de paradoxos acerados, podemosdizer que o suicida — e também o homicida — temhorror à morte e quer matá-la, em si mesmo ou noOutro. Morrer é coisa de vivos — não de mortos. Morroenquanto vivo e, ao morrer, perco a vida e a morte, paraentrar noutro reino. Luz e sombra, escuridão e rutilânciadão-se sempre as mãos, na eterna passagem das coisas, eno eterno retorno de tudo.'-. D

O ser humano precisa ter a nobre coragem deentregar-se à intuição de uma realidade transcendente,para escapar à impotência do seu isolamento. É daí, e daínermidade que daí decorre, que se originam as fantasiasde arrogância — e onipotência. A ambição de ser deus,completo e acabado, significa o estrangulamento dasmelhores possibilidades humanas ou, mais precisamente,da dialética por cuja mediação tais possibilidades seafirmam, através do risco, do erro e da incerteza.

O ser humano é um deus—deus que se constrói —,tecido de temporalidade e finitude e, portanto, imerso nahistória. O absoluto, para o homem, ou é um Deus

pessoal, com o qual há de encontrar-se, e para o qualcaminha, ou é o horizonte da história, a conquistaincessante — e interminável — da liberdade, pelasuperação da necessidade. A novidade da Teologia daLibertação consiste no casamento dessas duas perspec-tivas.

Seja como for, a aventura humana é passagem, dotempo para a eternidade, ou da necessidade para aliberdade. O homem é, portanto, um deus em constru-ção, nunca um deus acabado. A exigência — conscienteou não — de ser deus, perfeito e onipotente, acarretasempre um agudo ódio e desprezo pela condição huma-na. É esta a posição filosófica do pensador absurdo,descrita por Camus no Mito de Sfslfo. O pensadorabsurdo rejeita a razão humana, limitada e imperfeita,bem como a suprema injúria de uma morte possível.Com isto, confessa sua arrogância e dá notícia damonstruosa impaciência que o corrói, cuja raiz é osentimento de impotência, filha do isolamento.

Tenho que experimentar e assumir, até o últimohausto, o fracasso do meu orgulho positivista, racionalis-ta — e individualista. Se a ele fico aprisionado, é porquena verdade não o esgotei, nem cheguei a superá-lo. Se,ao constatar sua falência, exijo ser deus, como o faz nofundo o pensador absurdo, e porque pretendo manter-me na torre do meu esplêndido isolamento, sem carecerde nada. O homem só assume o clarão de divindade queo habita quando desiste de salvar-se sozinho. A salvação,ou é negócio de todos, ou de ninguém.

Hélio Pellegrino é psicanalista, escritor e poeta

Profissionais e amadoresLuiz Felipe de Alencastro

A campanha eleitoral deixa correr solto, ao menos noRio de Janeiro e em Sáo Paulo, um funesto mal-

entendido: a crítica pouco criteriosa aos chamados"políticos

profissionais". Por certo, a conjuntura atualnão se presta muito ao resgate da "política

politiqueira".O troca-troca partidário e a geléia geral onde se atolamos programas das organizações políticas desorientam aopinião pública. Haverá, "na França, Oropa e Bahia",cientista político ou brazilianist que forneça uma expli-cação lógica ao afrontamento opondo o Sr FranciscoJulião ao Sr Miguel Ames em Pernambuco? O Rio deJaneiro revigorará a lei sálica dos antigos francos, quedeterminava que o trono caberia sempre aos varões dafamília dirigente? Se for o caso, os namoros das filhas doSr Moreira Franco devem ser, desde hoje, cuidadosa-mente analisados pelas lideranças partidárias. E quedizer de Minas Gerais, onde a vitória do Sr ItamarFranco sobre o candidato do PMDB dará o poder aomesmo PMDB? Mas um recuo ao passado mostra que apolítica brasileira guia-se por regras mais complexas queconduzem a conclusões mais otimistas.

Tornou-se banal afirmar que o autoritarismo brasi-leiro decorre da inexistência de prática democrática. Diz-se também que as constituições do passado estribavam-seem tramóias eleitorais e que não vale a pena gastar velacom tão ruins defuntos. Argumentos quebradiços epouco satisfatórios: se é verdade que o país não temtradição democrática, é também certo que dispõe de umasólida tradição parlamentar. Esta característica históricaengendra conseqüências consideráveis. A verdade verda-deirá é que a interação constante entre um poder central,relativamente desarmado até 1937, e as oligarquiasregionais levou à formação de coalizões e alianças quereforçaram o papel das assembléias eletivas (municipais,provinciais e centrais) no funcionamento do estado. Semparalelos na América Latina, esse processo de estrutura-ção do poder está em relação com a chamada "política deconciliação", inaugurada pelo Marquês do Paraná nosmeados do século passado e explicitamente evocada porTancredo Neves na sua campanha presidencial. Mas essaestratégia possui um postulado básico: trata-se de umaconciliação entre "iguais", fundada na manutenção daordem estabelecida e das clivagens históricas separandodominantes e dominados. As mulheres brasileiras alfabe-tizadas votam desde 1934, antes das mulheres da maioriados países europeus. Mas os brasileiros analfabetos,homens ou mulheres, foram dos últimos a obter o direitode voto: o tapume da discriminação sexual foi galgadoléguas antes do muro da discriminação de classe. Nodecorrer de um século e meio de evolução nacional,atravessando regimes constitucionais, guerras e insurrei-

ções, golpes e ditaduras, o Brasil só conheceu umadezena de anos de interrupção de sua vida parlamentar.Poucos países ocidentais, e muito poucos países doTerceiro Mundo, possuem uma experiência comparávelnesse terreno.

O pacto conservador que rege essa dinâmica políti-ca tem vícios e virtudes. Os interesses orgânicos da classepolítica fixam o nível mínimo da nossa liberdade aotravar, no meio do caminho, o extremismo centralizadore autoritário onde se engolfaram outros países docontinente. Estão aí os democratas chilenos que não nosdeixam mentir. Mas esses mesmos interesses fixam onível máximo da evolução dessa classe política: suarenitente hostilidade a toda modificação atentatória àsua auto-reprodução. É entre esses dois parâmetros queoscila a "política

politiqueira": teremos sempre ummínimo de liberdade combinada ao máximo de mediocri-dade.

Dentro desse contexto, a crítica aos "políticos

profissionais", feita pelo anarquismo chique do litoralcarioca e pelo dinâmico empresariado do planalto paulis-ta, é correta no varejo mas errada no atacado. Ossalazaristas apoquentaram e desgovernaram Portugal eAlgarves durante meio século, atacando sempre os"políticos" e o pluripartidarismo. Muita gente que caiude pau em cima de Pele, quando este declarou que opovo brasileiro "não sabe votar", não atina para o fatode que a espinafração antiparlamentar é o exato corolá-rio da primeira afirmação. Apesar de misteriosa, a vidapolítica segue certas determinações históricas. Assim,entende-se que os ecologistas alemães desconfiem doparlamentarismo: afinal, foi pelo voto que Hitler chegouao poder. Mas os ecologistas cariocas, vítimas, com oresto do povo brasileiro, de vinte anos de arbitrariedadespraticadas por políticos

"amadores", testemunhos dabordoada antiautoritária perpetrada pelo eleitorado bra-sileiro em 74,78 e 82; do eletrochoque nacional causadopela campanha das "diretas

já", e, ao fim e ao cabo, dagrande coragem manifestada pelos nossos políticos libe-rais, não podem entrar nessa, não podem ter essadesconfiança. Quanto ao patronato, não lhe cai bem otraje de vestal que pretende vestir agora. Crescidos àsombra do estado, alimentados por um dos saláriosmínimos mais baixos do continente e desenvolvidos porpráticas no limite da legalidade, pois só a metade dascarteiras de trabalho desse país são devidamente assina-das, os empresários não parecem mais qualificados queos sanitaristas, os veterinários, os tipógrafos ou osestivadores, para se apresentarem às eleições.

A crítica aos "políticos profissionais" só serve se for

para melhorar nossa engenhoca eleitoral. Senão, não.

LEIO e ouço todos os dias, comentaristas

dos mais prestigiados e políticos dos mais,conceituados?, respeitados?, seguidos? (esco-lham), analisando as pesquisas de opinião ouprotestando contra elas. Tudo bem, tudo emcima (ainda se usa essa gíria?), as pesquisas emabsoluto não são confiáveis. Exceto quandoganhamos, claro. Vamos todos duvidar delasque isso é, pelo menos, salutaris. Mas, coisamisteriosa, por que ninguém duvida das pesqui-sas que falam da popularidade de Sir Ney? Tempesquisas aí dando o homem com mais de 100%de popularidade.

Nem o passado, nem o presente, nem ocarisma individual, nem o corte soviético dosternos, nem o bigode, nem mesmo o extraordi-nário talento literário — "Os marimbondos seafogam" — justificam o que dizem as pesquisas.Pois se há uma coisa que o advento da comuni-cação de massas trouxe, como subproduto doscomerciais, foi o esclarecimento do povo (cha-mo povo o total da população, não o povão dopopulismo). Vamos lembrar: o povo elegeuBrizola no Rio (náo por seu propalado carisma,mas porque nós precisávamos politicamentefazer a repressão engolir Brizola), o povo topouas diretas — Sir Ney estava füinino do outrolado, ou já esqueceram? —depois, quando viuque as diretas não saíam mesmo, o povo topouas indiretas (Tancredo foi apenas um acidentede percurso como Sir Ney viria a ser umdesastre do mesmo percurso), e mais tarde opovo entendeu, no ato, o Plano Cruzado (temgente aí no governo do estado que não enten-deu até hoje), etcetera.

Então como é que esse povo "em massa", ajulgar pelas pesquisas, acha bom um governanteque, depois de subir ao poder por azares dodestino (um usurpador metafísico), engoliu o

Plano Cruzado por mero acaso (como é amigode Funaro por mero acaso, seus amigos verda-deiros sendo Sodré, Saulo Ramos e Machline) edesespero político, não soube sequer implemen-tar o plano (os bois vão acabar morrendo noAsilo dos Artistas), diz que é um magistradomas usa todo o poder federal pra eleger em seuestado um ex-inimigo, emprega amigos e paren-tes enquanto assina decretos impedindo nomea-ções, se faz acompanhar por séquitos orientaisenquanto anuncia o fim das mordomias, viajadaqui pra lá e de lá pra cá sem saber bem praquê — até Cabo Verde! por que não o Havaí?— se queixa da máquina mas não faz a reformaadministrativa, ameaça represálias aos sonega-dores e diminui os impostos deles no dia seguin-te, manda irrigar e não irrigam, diz que não vaiusar mais decretos-lcis e só faz decretos-leis,cada lei que assina sai modificada no DiárioOficial e ele fica apenas zangadinho com osauxiliares, ordena a reforma agrária e seusassessores tombam Londrina c loteiam o Pala-cio do Planalto, fala em estabilidade econômicae aumenta assustadoramente a dívida pública,quer acabar com o ágio mas ataca violentamen-te a bolsa de valores, e proclama que vai aos..Estados Unidos como estadista, "náo tratar dedívida externa", mas trata da dívida externa sópra levar um pito do Reagan. E além disso,dizem, continua escrevendo javanês e pintandoKaraoquê.

Olhem, não estou contra ninguém não. Eleaté que é simpático, no gênero (não me pergun-tem que gênero). Eu só quero essas pesquisasde popularidade, essas sim, devidamente duvi-dadas e honestamente analisadas. Se estiverenganado dou a mão à palmatória. * Não aminha, é claro. Tenho dois assessores só praisso.

Reagan vira a outra faceWilliam Safire

66NÃO

há qualquer ligação entre estas duas liberta-ções", insistiu o Presidente Ronald Reagan, apesar

de ninguém acreditar em sua afirmação.As vezes, um presidente é levado pelos deveres do cargo a

manter uma ficção diplomática para atender a interesses nacio-nais. Contudo, na troca de Daniloff por Zakharov, Reagan estálutando para disfarçar o colapso de sua posição, tendo negocia-do uma questão de princípio, e assim não merece crédito porestar mentindo por deveres de seu cargo.

Ao capitular ante a tomada de um refém pela KGB (apolícia secreta soviética), Reagan permitiu que no futuro estaorganização diga a seus agentes: Não se preocupem com apossibilidade de serem apanhados, porque sempre poderemospegar uma cidadão norte-americano como refém, e assim vocêsserão trocados e estarão de volta às suas casas, antes mesmo deenfrentarem um longo interrogatório.

Nunca antes a resposta norte-americana à tomada de umrefém pela União Soviética foi tão perigosamente pusilânime.Nos dois casos anteriores, julgamento e prisão foram as penaspara a espionagem. No precedente

"pacificador" criado porReagan, quatro minutos em um tribunal norte-americano (como soviético se recusando a admitir qualquer coisa) passaram poradrninistração de "justiça", antes de o espião ser trocado porum refém.

Isto aconteceu em seguida ao maior insulto pessoal já feitopor um dirigente soviético a um presidente norte-americano.Quando Reagan ofereceu seu testemunho pessoal, assegurandoque o jornalista norte-americano não era agente da CIA, naverdade Mikhail Gorbachev chamou-o de mentiroso, alegandoque o Daniloff "havia sido apanhado com a boca na botija".Knitchev e Brejnev não tiveram coragem suficiente para, emsituações semelhantes, tentarem a mesma jogada com Kennedye Carter.

Ao virar a outra face, não insistindo que sua palavra fosseaceita com seriedade, Reagan encorajou a falsa avaliação feitaem praticamente todas as embaixadas em Washington: de queDaniloff realmente era um espião. O jornalista acha que saiu dahistória com sua honra profissional intacta, mas como resultadoda transparente jogada da troca, ele — e todo repórter,empresário e turista norte-americano na União Soviética — foitraído.

Em particular, esta "pacificação" foi pior do que empúblico. A única tentativa de adotar uma medida dura no casofoi a entrega de uma lista contendo os nomes de 25 espiõessoviéticos em operação nos Estados Unidos à Organização dasNações Unidas, exigindo sua expulsão, pois antes a remoção de25 "funcionários" soviéticos na ONU ficara a critério daorganização.

Porém, esta temporária dureza desapareceu em meio àcorrida para a realização da conferência de cúpula. Valery.iSavchenfco e Vladislav Skvortsov, membros da missão soviéticana ONU, são dois que deveriam encabeçar a lista de expulsões,mas parece que seus casos estão em suspenso e serão discutidos ¦na próxima reunião na Islândia. Raramente os agentes do FBI"que fizeram uma prisão para impedir que a delegação soviétic*.implantasse uma rede de agentes nos Estados Unidos ficaramtão desapontados.

E o que há para mostrar depois de tal demonstração de-incompetência, violação de princípios, licenciamento de espio-na gem e de virar a outra face?

Há a libertação do refém e a gratidão de seus patrões'."Também há o casal Yuri e Irina Orlov, heróis usados como"folhas de parreira, na medida em que mais uma vez os Estados'Unidos aceitam a alegação soviética de que seus dissidentespodem ser igualados a espiões ocidentais e usados para melho-"rar barganhas de agentes secretos. E Reagan pode ter a sua'desejada conferência de cúpula com Gorbachev. —~

Contudo, Reagan havia se gabado de que a próxima,reunião de cúpula teria lugar este ano nos Estados Unidos; ehavia solenemente afastado a possibilidade de a conferência"ocorrer nas semanas anteriores às eleições legislativas norte-'americanas."Esta náo é uma conferência de cúpula", explica Reagan,,,falando sobre seu próximo encontro com Gorbachev — usandoa mesma voz lamurienta da declaração "Não há qualquer"ligação entre estas duas libertações". Contudo, se as palavrasainda têm significado, a reunião dos dois dirigentes na Islândiaserá uma conferência de cúpula.

Não é de admirar que Reagan tenha que fingir que esteencontro, em hora e local escolhidos por Gorbachev, náo é umaconferência de cúpula. Não é de espantar que o líder soviéticopossa, com tanta facilidade e sem problemas, chamar o Pre,s\-dente dos Estados Unidos de mentiroso.

Ao aceitar a esperta proposta soviética de uma conferência^de cúpula "experimental", Reagan está permitindo que Gorba-chev proponha o teste que será respondido pelos EstadosUnidos. Se Reagan "passar" nesta prova — se garantir,a,Gorbachev que as propostas para o controle das armas nuclea:res vão dominar a reunião subseqüente — então os soviéticosconcordarão em realizar seu maior desejo, fazendo com ele umaexcursão natalina pelos Estados Unidos. Se deixar de atender àsexigências de Gorbachev, Reagan terá fracassado pouco antesde uma eleição. Assim, os soviéticos ficam na melhor dasposições. ."¦"

Náo é assim que se vai a um encontro com a UniãoSoviética. A única forma de obter um bom acordo é estarpreparado para deixar o encontro sem qualquer acordo. Ao serender à troca de reféns e aceitando a reunião de cúpula"experimental", Reagan cometeu graves erros. mn

William Safire é colunista do Tho New York Tlmo»

O fantasma da Nova RepúblicaJosé Negreiros,

TODAS as vezes que as pesquisas de intenção de

voto mostram o crescimento eleitoral do deputadoPaulo Maluf, o Palácio do Planalto desengaveta ateoria de que é proibido

1K~2

Coisas da política

Luiz Felipe de Alencastro é historiador

ele ganhar em São Pauloporque o malufismosimboliza o passado,

iue a eleição de Tancre-Jo Neves e José Sarneypretendeu sepultar coma vitória no ColégioEleitoral. Como estraté-gia de marketing políti-co parece razoável pin-tar Maluf como o capeta, mas o argumento náo resisteà mais superficial análise. O Sr Paulo Maluf cometeuum grave erro: candidatou-se à Presidência da Repúbli-ca pela legenda de um regime contra o qual fez-se umacordo nacional para derrotá-lo. Prisioneiro da pechade corrupto, Maluf desenvolveu um estilo açodado deprincipiante e teve na gula pelo poder um de seusgrandes pecados. Além dos próprios equívocos decampanha, foi uma infelicidade ter por adversário oprofissional Tancredo Neves, entre os políticos de suaépoca o mais engenhoso na arte de montar alianças.Com tais características, o malufismo descambou paraa afronta à opinião pública e sua derrota antecedeu aprópria reunião do Colégio.

Em todo esse processo, jamais estiveram, de fato,em discussão as qualidades de cada um para o exercíciodo cargo. Ou os programas de governo que seriamcapazes de pôr em prática, caso eleitos. Tancredo sóaceitou a disputa após receber apelos dos empresários,dos banqueiros, da Igreja e de demais segmentosrepresentativos da sociedade, conforme comunicou aum dos líderes da esquerda pemedebista, deputadoFrancisco Pinto, pouco depois do arquivamento daemenda das diretas já para Presidente. Enquanto isso,Maluf confundia a campanha com um projeto pessoal eafastava do seu lado até mesmo a máquina administra-tiva do regime que estava sendo consumido ao sabor dacrise econômica. Dois meses antes da eleição, o TSE

patrocinou uma autêntica prévia ao considerar válido ovoto infiel do PDS dado ao PMDB. Derrotado, então,em quase todas as instâncias, Maluf tratou de tirarproveito do privilégio de disputar o mais alto posto daRepública com o mais qualificado político de suageração. E teve êxito nessa empreitada.

Sancionando uma opção da direita feita em 1982,^ao participar da luta eleitoral pelos governos estaduais,"o Sr Maluf acatou as regras do jogo, em vez de recorrer ~

aos quartéis — como as vivandeiras citadas pelo..general Geisel — em busca de um golpe que lhepoupasse da derrota. Se quisesse, poderia ter renuncia-do, expondo a Aliança Democrática a uma situação departido único, uma das coisas mais temidas por seus-líderes, o que contribuiria para tornar ainda mais cara avitória. É claro que sua preocupação fundamental foicom a própria pele, mas de qualquer forma ela serviu àredemocratização. O Sr Maluf não chegou à Presidên-cia da República porque teve a rejeição das forçaspolíticas que hoje governam o país e as pesquisasmostram que terá agora a reprovação do eleitoradopaulista. Em 86, como em 84, terá colhido apenas o queplantou quando conquistou a oportunidade de exercerfunção pública: foi irresponsável no emprego do di-nheiro do contribuinte ao destiná-lo às pesquisas daPaulipetro; foi violento na convivência com a oposição,^ao recorrer à força das brigadas da Freguesia do Ò; efoi incompetente na gestão de empresas estatais, queseu sucessor Franco Montoro herdou em condições •

semelhantes às em que os militares transferiram aeconomia a Sarney.

Tudo isso o transforma num político vulnerável,apesar da aparente facilidade com que retocou aimagem negativa fixada na maratona pela Presidência."É com esses valores e categorias que o Palácio doPlanalto deveria trabalhar e não com a tentativa detransformá-lo em fantasma, que seria responsável poruma crise de contestação às conquistas da Nova Repú-blica, gerando um risco de desestabilizaçáo políticapara a democracia recém-inaugurada. Nada disso faz ,;sentido. Sem falar que a Nova República comemorou a..vitória do fantasma Jânio Quadros para a prefeitura de-Sáo Paulo, os chifres que se quer desenhar em Maluf"não assustarem ninguém quando os militares quiseram ••

pregá-los em Leonel Brizola com outras motivações em"82. O sucesso de Maluf está na conquista do eleitoradona periferia, que, apesar de todo o esforço de qualquer^governo, nunca é atingido por qualquer política social.Mesmo derrotado, ele será capaz de garimpar aí cerca"de 3 milhões de votos e um segundo lugar, o que otornaria uma das maiores lideranças pessoais do país. Omais grave é que tudo isso tende a ocorrer com orespaldo do voto popular, enquanto a Nova Repúblicateme a cara da direita que prefere as urnas para lhe,.,fazer oposição. Basta enfrentá-la com as mesmasarmas.

João NagralnM 6 repórter do JORNAL DO BRASIL em Brasília

12 ü Io caderno d quarta-feira, 8/10/86 Nacional JORNAL DO BRASIL

Governo quer criar varas agrárias na Justiça FederalArquivo — 5/10/86 /

índio reclama do Birdajudar devastação

Belo Horizonte—-O ministro da Reforma e DesenvolvimentoAgrário, Dante de Oliveira, anunciou ontem que o governo vaisugerir emenda ao projeto de reestruturação da Justiça Federal,autorizando a criação de varas especializadas em direito agrário.

-¦--¦' Dante acredita que essas varas seriam mais eficazes que a justiça....¦ agrária, reivindicada pelos trabalhadores rurais.— Dante criticou o Poder Judiciário, responsabilizando-o pelo

atraso no cronograma deste ano do Plano Nacional de ReformaAgrária. Falando a 250 representantes dos posseiros que lutam

.,... pela terra em 180 áreas de conflito, o ministro''disse que o planoprevia assentamento de 150 mil famílias, mas a Justiça só

autorizou o assentamento em 332 mil dos 1 milhão 54 mil hectaresdesapropriados.

Kiani Entraves~,"^ — Que a Justiça brasileira está desaparelhada não há.. .'dúvida, mas isso é fruto de mais de 20 anos de ditadura e a

readaptação e reestruturação da Justiça não pode ser feita da noitei. ...para o dia — admitiu o ministro, cm entrevista na sede da

Fetaemg (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estadode Minas Gerais).

Se a criação das varas de direito agrário é a soluçãoemergência! para apressar o processo de reforma agrária, Dante' 'de Oliveira acredita que a justiça agrária possa ser estudada, para" dentro de três anos ser adotada como solução duradoura.'¦" i*".' — Não podemos atropelar o Poder Judiciário e o Congresso"Nacional.

Vivemos num regime democrático e os trabalhadores^"jurais e o restante da população têm de compreender que não,. adianta apenas a vontade do presidente Sarney e a minha vontade,

."„mpois reforma agrária não se resume em apenas desapropriar as.terras ociosas — explicou, repetidas vezes, em seu discurso e nas

„„ „,entrevistas concedidas.Dizendo-se insatisfeito com as conclusões da Comissão

Afonso Arinos com relação à reforma agrária, Dante de Oliveiraentende que outras alterações têm de ser promovidas na Constitui-ção. Achou boa a colocação, pela Comissão Afonso Arinos, do'; Artigo 2 do Estatuto da Terra, que fixa os critérios de como uma

propriedade rural cumpre sua função social. Mas, ainda assim""defende mudanças para evitar atrasos e percalços à reforma'"agrária.

Ele anunciou a criação, nos próximos dias, de uma comissão"interna dentro do seu ministério, com a participação do Incra,

para que possa apresentar, no próximo ano, aos deputados esenadores constituintes, propostas de mudanças. Como exemplo,""

, citou o Artigo 161 da Comissão Arinos, quando prevê que a Uniãodesapropriará as áreas territoriais rurais c pagará justa indeniza-ção. Dante de Oliveira acha que esse termo tem de ficar mais claroe explícito, para se evitar dificuldades maiores.

— O interesse social e público vem acima de tudo e de todos."Interesse maior da pátria. E não podemos inviabilizar a reforma,""por

questões de recursos, já que se em cada desapropriação a"" 'União pagar o preço do mercado, estaremos inviabilizando, do

ponto de vista financeiro, qualquer desapropriação — afirmou oministro.

ContestaçãoApesar de aplaudido pelos trabalhadores rurais presentes,

mais do que as cobranças presentes nos cartazes pregados na', ..parede atrás da mesa de onde discursava, e que defendiam a

, «''"Reforma Agrária já", ou nas inscrições presentes nas camisetasIMMrJos lavradores ("Reforma agrária urgente, contra a fome e a«uwk violência"), o ministro teve de ouvir críticas diretas e cobranças deU,, . atitudes concretas dos trabalhadores presentes, muitos deles

instruídos por dirigentes da Fetaemg.^Z"~ O vice-presidente da Fetaemg, Juraci Souto, entregou a ele•«««cópia do documento final do encontro, que repudia o "não"^'"cumprimento das metas propostas para o biênio 1985/1986", não»"-aceita o "recuo do governo federal e a falta de vontade política cm£(*j|e fazer a reforma agrária".

"Não aceitamos o argumento de que o problema é de' adequação da estrutura institucional aos compromissos anterior-mente assumidos. Não concordamos que a Superintendência

, Regional do Incra em Minas receba metas a cumprir e nãodisponha de recursos humanos e financeiros necessários", acusa a

r nota, que encerra afirmando: "Temos certeza de que se o governo> desapropriasse o boi gordo nos pastos, os leilões diminuiriam e as, importações de alimentos não seriam necessárias."'* O vice-presidente da Contag (Confederação Nacional dos' ' Trabalhadores da Agricultura), Aloísio Carneiro, acusou "alguns

--ministros de fazerem tudo para emperrar a reforma agrária",citando o ministro da Justiça, Paulo Brossard, a quem acusou de"ter boi gordo no pasto", como outros integrantes do governo' (não identificou quais) e que, por isso, não tomam medidascorajosas contra os pecuaristas que escondem o gado.

I C — Vamos ter de ver ainda alguns companheiros perderem avida, pois a Justiça é desigual e a sociedade é desigual. Além disso,', falta decisão política ao governo para agilizar a reforma agrária —

: afirmou Aloísio.Dante de Oliveira rebateu as acusações contra o governo

federal e garantiu também, com base em declarações de Sarney,que recursos financeiros não faltaram à reforma agrária. Disse quepara o próximo ano estão asseguradas verbas em torno de Cz$ 7

í bilhões para assentamento dos trabalhadores e manifestou acerteza de que, até 1989, será atingida a meta de assentar 1 milhão

í 400 mil famílias.

Arquivo — 5/10/86

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIACENTRO DE DESENVOLVIMENTO E APOIO

TÉCNICO À EDUCAÇÃO/CEDATE.PROGRAMA MEC/BID III— AVISO DE EDITAL —

Concorrência Pública Nacional n° 001/86Objeto: aquisição de equipamentos parasalas de aula.Recursos: empréstimos BID (lll/IC-BR)Recebimento das propostas: dia11.11.86Local: Av. Presidente Dutra, 2965, sala A,pavimento superior, às 15:00 (quinze) ho-ras — Porto Velho.Edital e informações: Av. Presidente Du-tra, 2965, sala D, pavimento superior, das8:00 às 18:00 horas até 04.11.86 (069 -221-5035)

A Comissão de Licitação

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIACENTRO DE DESENVOLVIMENTO E APOIO

TÉCNICO À EDUCAÇÃO/CEDATE.PROGRAMA MEC/BID III

AVISO DE EDITALCONCORRÊNCIA PÚBLICA NACIONAL N° 002/86Objeto: Aquisição de equipamentos paralaboratórios de línguasRecursos: Empréstimos BID (lll/IC-BR)recebimento das propostas: Dia 11.11.86Local: Av. Presidente Dutra, 2965, sala A,pavimento superior, às 17:00 (dezessete)horas — Porto Velho-RO.Edital e informações: Av. Presidente Dutra,2965, sala D, pavimento superior, das 8:00às 18:00 horas até 04.11.86 — (069-221-5035).

A Comissão de Licitação

jb. - i'tffln tBBBBBMp^ 'i fl VIL iim^bkiw -Jmhm*4mIHl ¦ ¦ ST Wnífla HB^*- r ~ nLH Hb_^P _^li |i ''iiki'ttã—nHnnH— wB t*-^^~^^j^pHpLiH-¦^¦bi' ; »^L ¦¦___ Jn. ^_| WWWfcyg ¦"l \~___H_T tfiflfli

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Soldados da Brigada Militar recusaram cumprimentar as crianças apóscelebração religiosa promovida domingo na fazenda Annoni

Brossard acusa o Incra gaúchoPorto Alegre — O ministro da Justiça, Paulo

Brossard, responsabilizou a Superintendência doIncra no Rio Grande do Sul pelo impasse entre osacampados da fazenda Annoni e as forças daBrigada Militar, que os impedem de deslocar-separa invadir fazendas desapropriadas no estado.Brossard disse, referindo-se ao superintendente doIncra, Egydio Schlabitz, que

"enquanto se forfuncionário da União, não se pode ser desleal aogoverno federal. Se alguém tiver outras idéias, quepeça demissão".

Egydio reagiu às declarações de Brossard,feitas à Rádio Gaúcha, dizendo que elas "tomaram

o endereço errado". Recusou as acusações dedeslealdade, definindo-as como "uma barbaridade"e disse que, se o presidente Sarney não aceita asmedidas que tomou, deve definir "se

quer ou nãoquer a reforma agrária".

O superintendente do Incra gaúcho disse queBrossard deve definir se é ministro da Justiça ou daReforma e Desenvolvimento Agrário. Brossardtinha acusado o Incra no Rio Grande do Sul decomprometer o desempenho político-administrativode Sarney ao declarar como improdutiva, entreoutras, a fazenda do Sossego, cujo proprietário,Pedro Nunes, já havia sido desalojado anos atrás desuas terras para construção da barragem do PassoReal. Insinuou que o Incra incluiu áreas "absoluta-

mente produtivas" no plano de reforma agráriapara comprometer o governo federal.

Dustrando e mentecaptosO ministro da Justiça, na entrevista à Rádio

Gaúcha, sugeriu que os dirigentes regionais do

Incra estão estimulando invasões de terras c atemesmo a invasão do prédio do Instituto, há cerca deum mês. "Quem não concordar com a política dopresidente José Sarney, não é obrigado a trabalharpara o governo federal: pode pedir demissão", disseo ministro.

Na mesma entrevista, Brossard acusou o PTde estimular invasões de terra, contestando declara-ções do candidato do partido ao governo do estado,arquiteto Clóvis Ilgcnfritz da Silva ("um cidadãocom curso superior, e não um mentecapto"), de quea reforma agrária estava sendo bloqueada pelo seuministério."Isto é falso, não há no meu ministérionenhum processo relativo à reforma agrária, nemno Rio Grande do Sul, nem cm outro estado".

Brossard disse que a tensão na fazenda Anno-ni se deve a "instigadores

que na hora de umenfrentamento não estão na frente, mandam asmulheres com crianças no colo. Sim, porque, nestahora, os valentes ficam escondidos nas barracas".

Justificou o impedimento de movimentaçãodos colonos como necessários para evitar confron-tos com os latifundiários. "Se não fizermos isto,amanhã os sem carro vão se julgar no direito de seapropriar dos carros dos outros, os sem casa tam-bem vão querer invadir as moradias alheias", disseo ministro, referindo-se à idéia dos sem terra deabandonarem o acampamento para ocupar áreasvizinhas já desapropriadas.

Egydio Schlabitz disse que não se havia mani-festado ainda sobre a falta de recursos para osprogramas de reforma agrária para não expor ogoverno Sarney. "Sou homem de partido", disseSchlabitz.

Fazendeiro doa fazenda no SulPorto Alegre — O INCRA aceitou o ofereci-

mento do fazendeiro Domingos Terra, que doou os970 hectares de sua fazenda Bela Vista, no municí-pio gaúcho de Tupanciretã, em troca da não desa-propriação dos 2 mil SOO hectares da outra fazendade sua propriedade, a Santana, listada entre as 10áreas declaradas de utilidade pública para fins dedesapropriação.

A informação foi dada ontem pelo delegadoregional do INCRA, Egydio Schlabitz, antes deviajar a Brasília, a fim de obter junto à presidênciado instituto a liberação de mais áreas. A localizaçãoe a identificação dessas novas áreas não foramreveladas para

"não provocar mais tumultos", in-

formou o delegado regional substituto, Claro Frei-tas. O INCRA aceitou o oferecimento do fazendei-ro Domingos Terra para evitar uma briga judicialque poderia levar anos até a efetiva imissão deposse da fazenda Santana, ficando gratuitamentecora outra área de 970 hectares.

Agora, o fazendeiro e o INCRA irão formali-zar a doação através de uma escritura pública,enquanto o instituto irá fazer um levantamento dosolo, a fim de verificar qual o número efetivo defamílias de lavradores que poderá ser reassentadono local.

O delegado substituto do Incra, Claro Freitas,

advertiu ontem que a realização da romaria nafazenda Annoni, nesta sexta-feira, "vai

gerar novosconflitos entre os colonos c a Brigada Militar",porque os lavradores estão dispostos a realizar umanova caminhada cm direção à cidade de Cruz Alta,de onde partiriam para invadir áreas desapropria-das, mas ainda sob litígio judicial.

Ontem, houve alguns contatos entre autorida-des estaduais e a comissão executiva regional doMovimento dos sem-terra, mas, por desencontros,não chegou a ocorrer uma audiência, transferidapara hoje, quando os colonos pedirão ao secretáriode Segurança, Antônio Mello, um relaxamento daatuação da Brigada Militar na sexta-feira. O objeti-vo é de que seja permitido o ingresso no acampa-mento das milhares de pessoas, de todo o estado,que deverão participar da romaria da terra.

São esperadas entre 8 mil e 10 mil pessoas,para realização de diversos atos, manifestações,passeatas e cultos ecumênicos. Há previsão de que,com a presença dessas milhares de pessoas, hajanova tentativa de caminhada dos sem-terra dafazenda Annoni até Cruz Alta. A Brigada Militar,por enquanto, tem orientação de permitir a entradade pessoas no acampamento, mas continua a proibi-ção de saída de grupos em massa da fazendaAnnoni, prevendo-se por isso, mais conflitos.

Dante visitará 3 assentamentosCuiabá — O ministro Dante de Oliveira visita-

rá na próxima sexta-feira três áreas de assentamen-to do Incra em Santa Catarina. Ele pretende avaliaro processo de reforma agrária onde ela mais seaproximou da meta prevista. O ministro confirmoua viagem na manhã de ontem, minutos antes deembarcar para Belo Horizonte.

Em Santa Catarina, o ministro visitará SãoMiguel do Oeste e Chapecó, para

"sentir de perto asituação dos trabalhadores e conversar com elespara saber quais as falhas que poderemos corrigir".

Dante de Oliveira lamentou o emperramentonos prazos de assentamento em todo o país, atri-buindo o problema à Justiça. Todavia, manifestou-se esperançoso em que o Poder Judiciário "colabore

ao máximo" na viabilização da reforma agrária.De acordo com os cálculos do Ministério da

Reforma e Desenvolvimento Agrário, há cerca de540 mil hectares de terras embargados com manda-dos de segurança impetrados por fazendeiros oupretendentes dessas áreas.

— No Rio Grande do Sul, por exemplo —argumentou —, desapropriamos 10 áreas e tudocontinua na mesma. É o estado onde mais se

contestou a reforma agrária. A coisa também é sériano Maranhão: ali, nós desapropriamos umas noveáreas e nenhuma delas foi liberada pela Justiça.

O ministro adiantou que, para contestar essesrecursos dos fazendeiros, o ministério e o própriopresidente José Sarney enviaram dados e fizeram adefesa junto ao Supremo Tribunal Federal. Comisso, espera-se que dentro de no máximo 120 diassejam desfechados todos os processos desapropria-tórios.

Dante de Oliveira tornou a garantir o encami-nhamento da reforma: "Eu fico preocupado com aspressões existentes entre alguns movimentos dossem-terra, justamente porque agora o país consegueviabilizar um plano nacional para o setor. Quempode acabar levando a melhor com isso é a extremadireita, que nunca desejou uma reforma. Volto adizer que não faremos a reforma na marra, mastambém não aceitaremos que utilizem a força paraimpedi-la."

Segundo estatística do ministério, o Incrapossuía até a gestão anterior apenas 12 projetos deassentamente no país, elevando-os para 44 dentrodos 332 mil hectares de terras com imissão de possedecretada pelo presidente da República.

POLÍTICOSDê uma carteira porta título ao seu eleitor. Único do-cumento que seu eleitor levará quando for votar. Direta-mente de fábrica, para todo o Brasil (021) 280-1598 e 230-1121 — Rio — Pentes, galhardetes, camisas. Não deixepara última hora. Plantão aos domingos até às 14:00 h.

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porPorto Alegre — Em carta enviada ao

presidente do Banco Mundial (Bird),Hon Barbcr Conable, 55 índios guaranisda área de São Miguel do Iguaçu (PR)reclamam que o Banco Mundial empres-tou dinheiro para Itaipu prejudicar osindígenas. Eles revelaram que a áreaoferecida inicialmente, "1 mil 500 hecta-res com mato, peixe e caça" foi reduzidapara

"apenas 210 hectares com veneno ccom malária". Denunciaram ainda a ino-perância da Funai c da empresa binacio-nal Itaipu em resolver seus problemas.

Com ajuda da Associação Nacionalde Apoio ao índio (INAI), os guaranisescreveram a carta em que historiam todoo processo que sofreram, incluindo mui-tas denúncias, como a de que o Incraincendiou as suas casas e famílias forammortas por brancos, ficando reduzidas,por esses e outros motivos, de 500 pes-soas com 100 famílias para 147 pessoascom 35 famílias.

Relatam que a Funai mentiu à em-presa Itaipu, negando inicialmente a pre-sença do grupo indígena, mas posterior-mente, a própria Funai ofereceu váriasáreas para sua transferência. Outra irre-gularidade foi que a empresa Itaipu fezuma escritura de 251 hectares, onde ogrupo guarani vive atualmente, mas nomapa, feito cm 31 de julho de 1982, estãomarcados apenas 231 hectares.

Quando Itaipu começou a encher arepresa, inundando várias áreas vizinhas,

os indígenas tiveram de ser transferidos,mas devido à proximidade com a lagoa, aterra está desbarrancando. "Também omato cai, porque a água entrou embaixoda raiz e derruba mais ainda a nossaterra", diz a carta. O fenômeno reduziuos 231 hectares iniciais para 210 hectares,insuficientes para atender a todos, por-que as famílias guranis estão áiimen-tando.

Outro problema que enfrentam é anão demarcação de sua área, invadidapor colonos sem terra, que também per-deram suas áreas pelo represamento — ea indenização obtida de Itaipu foi insufi-ciente para a compra de novas glebas. Anova situação ecológica da região tam-bem levou os indígenas a contrair mala-ria, ao mesmo tempo em que os guaranis,acostumados a beber a água do rio, ficamdoentes com a contaminação do localpelo uso de defensivos agrícolas peloscolonos. Outro organismo ocusado é aSucam, que

"passou veneno para matar omosquito da malária, mas o mosquitoestá acostumado com o veneno forte daplantação e não adiantou nada passarveneno".

Na carta ao presidente do BancoMundial, os indígenas brasileiros pergun-tam: "Vocês não se dão conta disto?"referindo-se ao fato de o banco financiarempreendimentos que causam mortes cperdas de terras pelos índios e brancospobres.

Eletrosul discute barragensPorto Alegre — Numa longa (quatro

horas) e tensa reunião entre o presidenteda Eletrosul, Wilmar Dallagnol, c cente-nas de colonos que terão suas terrasinundadas por barragens no município deErexim, ficou acertado que a escoiha deáreas para um novo reassentamento seráfeita de forma conjunta, por uma comis-são dos dois lados.

Essa reunião foi precedida por doisfrustrantes — para os agricultores —encontros a que não compareceu o presi-dente da Eletrosul, a ponto de doisengenheiros da empresa, Edgar Pereira eManoel Dornelcs, e um representante daEmatcr (da Secretaria da Agricultura),Luís Escarrabotto, ficarem retidos peloscolonos,'por mais de seis horas, numginásio do município de Getúlio Vargas,no dia 15 de agosto. Posteriormente elesforam liberados.

As barragens hidrelétricas de Ita eMachadinho, a serem construdas pelaEletrosul, vão inundar terras de mais de 2mil agricultores, num total de 300 famí-lias, somente no município de GetúlioVargas. Na reunião de ontem, em Ere-xim, a que finalmente compareceu opresidente da Eletrosul, ficou acertadoque o nivelamento da barragem de Ma-chadinho começará neste mês, e no dia 16de novembro inicia-se o trabalho da co-missão para negociação e compra denovas áreas de terra. Em dezembro, serárealizado o cadastramento de todas asfamílias a serem atingidas pela constru-ção das barragens. O grande temor doscolonos é que se repita o problema dosafogados do Passo Real, que, após aconstrução da barragem, tiveram suasterras inundadas e até hoje não foramreassentadas, 14 anos depois.

IBDF não pune padresque desmaiam em Minas

; Belo Horizonte — O delegado regio-nal do IBDF (Instituto Brasileiro deDesenvolvimento Florestal), Franciscode Paula Castro Filho, disse que aindanão dccidiu.o que fazer com 300 dúzias deárvores candeias, cortadas ilegalmente noParque Natural do Caraça, a 114 quilo-metros desta capital, pelos padres daProvíncia Brasileira para a Congregaçãodas Missões.

A apreensão da madeira pelo IBDFgerou atrito com os padres, que nãoaceitaram realizar no Colégio do Caraça,como nos últimos quatro anos, o encon-tro dos conservacionistas mineiros, queacabou ocorrendo no fim da semanapassada na Serra do Cipó.

Utilizada para fazer cercas em pro-priedades rurais, a madeira cortada pelospadres nos 11 mil hectares do ParqueNatural do Caraça seria vendida a fazen-deiros da região. O delegado do IBDFem Minas afirmou que ela não poderá sercomercializada e que se encontra empi-lhada em uma das estradas do parque.

— Minha proposta é que ela sejautilizada no próprio Caraça. O atrito com

os padres está superado e eles concorda-ram com que o IBDF faça um projeto demanejo da mata do Caraça, para a utiliza-ção racional da madeira ali existente cmobras e na cozinha do seminário queexiste no local — disse Francisco CastroFilho.

Ele disse que há quatro anos o IBDFfez um convênio com a congregação, paraa manutenção do Parque Natural,"consi-derado de grande interesse pelos conser-vacionistas de Minas". Mas admitiu que,apesar de alguns benefícios terem sidolevados ao local, como a construção deuma portaria e a colocação de cincofuncionários do IBDF para vigilância doparque,

"algumas promessas não foram

cumpridas", como a de confecção de umplano diretor para a utilização do parque.

— Como o Parque Natural não exis-te, oficialmente, não temos recursos fi-naneciros para aplicar ali. Mas resolve-mos a questão esta semana, incluindo oCaraça no programa de manejo florestal,como havíamos prometido — disse Cas-tro Filho.

TRT julga dissídio decanavieiros no dia 10

Recife — Com denúncias de ameaçascontra grevistas, para as quais teriamcontribuído até policiais militares, e umagrande divergência entre os líderes dostrabalhadores e dos patrões sobre a ex-tensão do movimento, continuou ontem,em seu nono dia, a greve dos cortadoresde cana de Pernambuco, que deveráprosseguir até sexta-feira, quando o Tri-bunal Regional do Trabalho julga o dissí-dio coletivo da categoria.

Segundo o presidente da Confedera-ção Nacional dos Trabalhadores na Agri-cultura (Contag), José Francisco da Silva,a greve dos canavieiros pernambucanosparalisa 80% do parque produtivo deaçúcar e álcool do estado. "O

que estáfuncionando são apenas algumas usinas,que estão coagindo boías-frías a traba-lhar", disse José Francisco, citando comoexemplo o caso da usina Petribu, domunicípio da Aliança, na Mata Norte,onde um comando da Polícia Militar foiusado para levar bóias-frias ao campopara trabalhar. José Francisco denunciouainda a usina Bom Jesus, do município doCabo, onde capangas armados têm impe-dido a direção do sindicato de entrar napropriedade.

O presidente do Sindicato da Indús-tria do Açúcar de Pernambuco, GustavoMaranhão, disse que a greve dos cana-vieiros pernambucanos afeta apenas 40%do setor e que a maioria das usinas voltoua funcionar normalmente. Mas, segundoele, a greve trouxe graves prejuízos parao setor e para economia de Pernambu-co". Deixaram de ser produzidas 1 mi-

lhão de sacas de açúcar c o estado deixoude arrecadar Cz$ 1 milhão de 1CM",disse ele.

O presidente do Sindicato dosCultivadores de Cana de Pernambuco,Gerson Carneiro Leão, desmentiu asameaças aos lavradores e garantiu que agreve está praticamente extinta no cam-po.

"Os trabalhadores sabem que a deci-são agora está nas mãos do Tribunal eque, por isso, devem voltar ao trabalho oquanto antes", disse Gerson CarneiroLeão, acrescentando que confia na Justi-ça e que o resultado do julgamento dodissídio será acatado pelos agricultoresque representa, "mesmo se não levar emconta os problemas que atravesaamos,com o preço da cana defasado e a negati-va do governo federal de vir em socoitocom um reajuste".

Os 240 mil canavieiros pernambuca-nos estão reivindicando melhorias sala-riais e trabalhistas. Eles querem um pisosalarial de Cz$ 1 mil 200 e o disciplina-mento do corte da cana de acordo comuma tabela de tarefas. As reivindicaçõesconstam de uma pauta com 54 itens, 20dos quais foram conciliados nas negocia-ções supervisionadas pela Delegacia Re-gional do Trabalho. Nas negociações rea-lizadas no âmbito do TRT, patrões eempregados chegaram a um acordo quan-to a nove reivindicações, mas os acordosnão foram assinados porque os usincirosc fornecedores de cana só concordariamcom o acordo se ele fosse fechado cmbloco.

JORNAL DO BRASIL Nacional quarta-feira, 8/10/86 ? Io caderno ? 13Foto de Wilson Pedrosa

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Seis ministros estiveram na reunião do grupo para reforma da administração pw— itlii'iii

Mudanças em duas • ~

economizarão Cz$repartições

376 milhões•'" Brasília — Só com a alteração daBestrjüura de dois órgãos no curso da' reforma administrativa — IBC e Sudhe-r vea—. o governo vai economizar anual-

merite cerca de CzS 376 milhões, segundocálculos do ministro da Indústria e doComércio, José Hugo Castelo Branco,

.divulgados num estudo que o GrupoExecutivo da Reforma da AdministraçãoPúWici (Gerap) começou a examinar,ontem, durante sua segunda reunião, noPalâtíó do Planalto.

Os ministros da Indústria e do Co-mércio e o da Previdência Social, Rafaelde Almeida Magalhães, participaram on-tem da reunião do Gerap em caráterexcepcional. Rafael também foi levar aoconhecimento dos ministros Dilson Funa-ro e João Sayad, Aluízio Alves e MarcoMacier,"(Pazzianotto, do Trabalho, era aúnica ausência por motivo de viagem)cópia de anteprojeto de lei que alteratodo funcionamento do sistema previden-ciário, incluindo um plano de cargos esalários para os funcionários do setor eainda formas de democratizar a direçãode órgãos vinculados como o INPS.

As modificações no IBC e na Sudhe-vea,vão, reduzir o quadro de pessoaldessas empresas, respectivamente, de 4mil 30Q„para 400 e de 640 para 120funcionários, com o deslocamento doexcedente para órgãos como a Sunab,LBA, Ministérios da Saúde e da Cultura,através de treinamento de 100 horas.Várias unidade do IBC e da Sudhevea

serão fechadas e outras, ainda, passarãopara o controle da iniciativa privada.

Os estudos transformando a estrutu-ra dos dois órgãos do Ministério daIndústria e do Comércio terão parecerdefinitivo do Gerap no próximo dia 14.Também neste dia será entregue ao Gru-po o trabalho de modificação do IAA,que prevê a liberação, para outros ór-gãos, de cerca de 3 mil 500 funcionários,quanto ao projeto reestruturando a previ-dência, o ministro da AdministraçãoAluízio Alves anunciou ontem que nãohá data prevista ainda para um pronun-ciamento final do Gerap.

EconomiasUm simples decreto do Executivo

terá a competência de determinar profun-das mudanças no IBC e na Sudhevea.Esta última concentrará todos os seusserviços em Brasília, reforçando apenasos escritórios regionais do Pará, Amazo-nas e Acre, estados onde o trabalho daSuperintendência da Borracha é de im-portância estratégica. No mínimo, 60 ou-tros escritórios regionais do órgão serãoextintos — além de sete no exterior —,dois aviões serão vendidos; 11 barcos deassistência a seringueiros passarão parasecretárias de Saúde e INAMPS e tam-bém 120 carros da empresa vão ser co-mercializados para reduzir a folha dedespesas.

No caso do IBC, já que a iniciativa

privada não ficou motivada a assumirparcela de responsabilidade pelo órgão,pelo menos a parte de pesquisas ficará acargo do Museu do Café (de propriedadeparticular) ou então da Embrapa, órgãodo Ministério da Agricultura. Segundo oministro Aluízio Alves, "o governo nãopodia extinguir completamente um orga-nismo tão importante para a formulaçãoda política econômica do país e, poroutro lado, nem abrir mão de controlar amaior parte do IBC, realizando tarefasque são da competência do governo,como regular o preço do produto nomercado", explicou.

Na área da Previdência Social, oministro Rafael de Almeida Magalhãesexpõe longamente ao Gerap, ontem, osprincípios que devem nortear a filosofiado setor, com destaque para a democrati-zação do INPS, que deverá ser geridotanto pelo governo quanto por contri-buintes,"como se fosse uma companhiade seguros", comparou Aluízio Alves.No anteprojeto de reformulação da Pre-vidência estão previstos, também, atransferência de toda a parte assistência!do INPS na área de saúde ao Ministérioda Saúde, ficando o órgão apenas com àincumbência de responder pelo seguro-saúde e ainda a informatização de todasas autarquias vinculadas ao Ministério daPrevidência, com o objetivo de melhorara qualidade do atendimento e dos servi-ços prestados.

Governo aumenta oauxílio-habitaçãopara os militares

Brasília — Depois de uma reunião com os ministros daMarinha, Aeronáutica e Estado Maior das Forças Armadas, ogeneral Leônidas Pires foi ontem ao Palácio do Planaltocomunicar ao presidente Sarney que os soldos recebidos pelosmilitares estão realmente insuficientes para profissionais quenão podem ter uma outra profissão como "bico". O presidenteSarney concordou com sua opinião de que a melhor solução seráampliar o auxílio-habitação dos militares.

Na reunião matutina, os ministros militares discutiram oproblema salarial da classe, englobando nesse universo opessoal civil, que se encontra da mesma forma sacrificado emseus salários desde o Plano Cruzado. Foi unânime o entendi-mento de que a maior dificuldade é com o pagamento de aluguele o ministro Leônidas Pires acrescentou que a movimentação deoficiais no fim do ano serve para agravar isso. Os cursos deaperfeiçoamento se constituem no principal fator de desloca-mento de militares no fim do ano.

AlimentaçãoA dificuldade de moradia é ainda um problema mais

premente no Exército e na Marinha, visto que na Aeronáutica,por conta da política habitacional desenvolvida no governoanterior pelo brigadeiro Delio Jardim de Mattos, isso pratica-mente não existe. Houve a preocupação de criar setoresresidenciais para oficiais nas áreas próximas aos aeroportos, e,com isso, 80% da Força hoje está atendida com moradias.

O ministro Leônidas Pires contou ao Presidente Sarneyque, ao contrário dos militares que residem em Brasília, osoficiais de outros estados estão enfrentando dificuldades gravespara conseguirem pagar aluguel. Em Brasília, eles descontam30% de seu soldo na folha de pagamento para morar emresidências funcionais, enquanto, nos estados, recebem 30%para pagar aluguel.

Acontece que, no soldo de um oficial major, por exemplo,esses 30% eqüivalem a apenas Cz$ 2 mil, o que significapouquíssimo para conseguir moradia numa cidade grande.Segundo o ministro do Exército, a solução de ampliar o auxílio-moradia é a mais eficiente para não conílitar com os princípiosdo Plano Cruzado. Nesse despacho, ele discutiu também com opresidente Sarney a possibilidade de ser concedido um auxílio-alimentação para os militares, mas o assunto ficou apenas nocampo das hipóteses.

Aluizio nega pedido dos grevistasBrasília — O governo não atendeu à

principal condição imposta pelo comandonacionâfde greve dos providenciáriospara decretar o fim do movimento apartir de amanhã. Além da anulação daspunições e demissões de funcionários, osservidores da Previdência reivindicaram aaprovação inédita do plano de carreira dacategoria, que só ontem foi levado peloministro Raphael de Almeida Magalhãesao exame do Grupo Executivo da Refor-ma administrativa (Gerap), no bojo deanteprojeto que modifica todo o sistemapréyidenciário. Ainda não se fixou qual-quer prazo para que o Executivo formuleum parecer definitivo sobre a questão.

. i «Ao ^explicar que gostaria de enviar"um cflnselho" aos grevistas da Previden-cia~"ei,náo uma ameaça", o ministroAluízio Alves, da Administração, disseontem no Planalto, após a reunião doGerap, que o governo

"não se dispõe adecidir na base de prazos fixados por seusfuncionários".••":—'listo

é palavra minha e, certamen-té,;$fl6te a opinião de todo o governo—disse Aluízio, acrescentando que o ante-

projeto da Previdência vai ser examinadocom muita cautela e que os previdência-rios "não podem se comportar como seeles fossem governo e, nós, os funciona-rios públicos". Segundo o ministro daAdministração, os servidores da Previ-dência são funcionários públicos como osde qualquer outro ministério. "Dizer quesão diferentes é um sofisraa aplicadopelos grevistas, pois, afinal, eles todossão celetistas e aceitaram tanto os deve-res, como as obrigações inerentes ao atode sua contratação por órgão público,seja ele INPS, INAMPS, IAPAS ouLBA", disse Aluízio.

Na opinião do ministro Raphael deAlmeida Magalhães, o Gerap deseja queo plano de carreira da Previdência sirvade modelo ao dos demais órgãos púbü-cos. Contudo, observa que

"justamente

por isto tem de ser bem analisado, digeri-do, melhorado e até estar entrosado comtodo o novo modelo de funcionamentoque se deseja para a Previdência". .

Enquanto os previdenàários pedema apreciação imediata do plano de cano-ra pelo Executivo e teu cario ao Coo-

gres-so para ser votado durante o períodode esforço concentrado (novembro a de-zembro) — conquista que lhes facultaráestender os 80% de gratificação concedi-dos a todos os servidores do sistema —, oministro Raphael de Almeida Magalhãesdestaca que

"mais importante do que issosão as medidas que vão beneficiar direta-mente o contribtinte'*.

Entre das, • sndttça de finos çbkeeãOKtíU»tálálààatànt par» terminarcom as longas filas e com a demora nosatendimentos; a gestão do INPS (reparti-ção que trata da concessão de auxílios ebenefícios) por um conselho misto forma-do por representantes do governo e deusuários do sistema; a informatização detodos os organismos da Previdência; atransformação do LAPAS (unidade arre:cadadora) em Secretaria de Receita daPrevidência e até projetos ambiciosos naárea de prestação de serviços do Inamps,como o uso da homeopatia e da acupu-atura e a distribuição gratuita de reme-dk» homeopáticos para as faixas de segu-rados mais carentes.

Brasília — Foto de Wilson Pedrosa,

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Aluízio disse que não há como decidir com base em prazos fixados por funcionários

VOTE NO TRABALHO"'"1 TJaaffiftffiaa^r-n^ I

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1Brasília não investeem água e Aparecidoacusa terceiro escalão /

Brasília — Depois que o Serviço Nacional de Informaçõesdetectou a presença de coliformes fecais na água que a Caesb(Companhia de Águas e Esgotos de Brasília) distribuía para aregião do Palácio da Alvorada, em janeiro deste ano, ogovernador José Aparecido volta a ter problemas com acompanhia. Desta vez, foi constatado que a empresa deixou deutilizar a maior parte dos recursos que o BNH colocou h-suadisposição para, até 1° de setembro, aumentar a produção emelhorar a qualidade da água servida na capital. otun

Memorando assinado pelo chefe da Assessoria de Planeja-mento e Coordenação da Caesb, Oromar Darlan de PinhoTava-res, mostra que dos CzS 221 milhões 705 mil disponíveis noBNH para obras de saneamento no DF, em 1986, a Aaesb sóutilizou Cz$ 14 milhões 817 mil. O montante aconteceu porqueo BNH descobriu falhas no planejamento de obras, falta delicitação pública e pedidos de financiamento e contratos feitoscom valores acima do necessário. bioI

O governador ficou irritado depois que o documenta,encomendado pelo próprio presidente da companhia, WilliamPenido Valle, ex-consultor do Banco Mundial para projetos doBrasil, chegou à imprensa de Brasília, antes que a diretoria daempresa estatal tomasse conhecimento de seu teor. Aparecido eo presidente da Caesb afirmaram que existe um grupo interessa-do em desestabilizar a companhia e que ele estaria no terceiroescalão, embora preferisse não anunciar nenhum nome. Nareunião de ontem do conselho deliberativo, ficou decidido que aCoesb irá adotar "normas mais rigorosas para circulação internade relatórios, memorandos e outros papéis". A preocupação dogoverno do Distrito Federal com o vazamento de informações étamanha que a Secretaria de Segurança foi acionada para tentardescobrir os envolvidos. I0''1-

Para William Penido, no entanto, a não liberaçãd(,dasverbas contratadas com o BNH tem outras, razões: nâó''^hácontrapartida do DF junto ao Fundo de Água e Esgotos,formado por depósitos feitos pelo governo e BNH, cadá'j]mparticipando com 50%,da reserva, um espécie de carteira doBanco de Brasília. Além disso, segundo Penido, "sempre houvemuita turbulência na Caesb, no campo administrativo e geren-ciai", o que a torna pouco ágil.

No começo do ano, quando foram identificados os 2 fnil400 coliformes por 100 mililitros de água servida no Alvoraíldj asolução encontrada por Aparecido foi a demissão de toa? adiretoria da Caesb, inclusive do presidente Laélio LadeiVSdeSouza, ainda inconformado com a exoneração.

William Penido admitiu ontem a existência do reíàtólnoque comprova a má gestão da Caesb e que teria sido furtadopelo que o governo chama de "grupos desestabilizadoré.s"doterceiro escalão".

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HOJE A NOITE, A HORA DA VERDADEEM POUCOS SEGUNDOS

Nos poucos segundos quesão destinados aos políticos,você irá ouvir minhas palavras.

E nestes poucos segundos,falarei de forma objetiva sobreum assunto que é do interessede todos; empresários, comer-ciantes, lojistas, donas-de-casae estudantes.

Fique atento. Pois estespoucos segundos farão muita di-ferença na hora de votar.

E aí sim, será a hora da ver-dade.

NO HORÁRIO DO PARTIDO LIBERALÀS8:00e20:30H.

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sub-reitoria administrativa da UFES, localizada noprédio da administração central, 1o andar, CampusUniversitário, Goiabeiras, na cidade de Vitória, ESno horário de 11:00 às 17:00 horas, de 2a a 6afeira, inscrições para concurso público para provi-mento de empregos de médico, área de aneste-siologia, sob o regime da Consolidação das Leisdo Trabalho e integrantes da tabela permanenteda UFES, conforme edital n° 006/86-R, publicadono Diário Oficial da União de 03/10/86.

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OJ0RNALDO BRASIL

14 ? Io caderno ? quarta-feira, 8/10/86 Internacional JORNAL DO BRASIL

Itália troca três presoslíbios por quatro italianos

Roma — O governo de Roma liber-tou três líbios presos na Itália, ao mesmotempo que o governo de Trípoli libertouquatro italianos presos na Líbia, infor-mou o Ministério do Exterior da Itália. Atroca foi efetuada na noite de segunda-feira, quando os quatro italianos chega-ram a Roma a bordo de um avião da CruzVermelha, simultaneamente à libertação"e

a saída de três líbios do país, comdestino a Trípoli.'¦'-.:

A troca só foi possível depois dealguns meses de negociações diplomáti-cas, na tentativa de libertar os italianos.O ministério informou que a luz verdepara troca foi acesa quando o governolíbio comunicou que os quatro italianoshaviam sido perdoados, por motivos hu-manitários. Em troca, as autoridades deRoma revogaram as penas impostas aos

; três líbios.•", .. Dois dos italianos — Edoardo Seli-ciato e Bruno Castelli — cumpriam penade prisão perpétua, sob a acusação departicipar de uma conspiração contra asegurança do Estado líbio, em agosto de1980. Os outros dois — Mauro Piccin eMassimo Caporali — tinham sido conde-nados a 10 anos de prisão por posse ilegaldè drogas.

•f/ÍSeliciato e Castelli estavam em precá-

rias condições de saúde, fazendo com queo Ministério do Exterior solicitasse àComissão Internacional da Cruz Verme-lha, em Genebra (Suíça), o envio de umavião-hospital para Trípoli. Os três líbioscumpriam longas penas de prisão naItália por assassínio, ou tentativa de as-sassínio, de compatriotas que viviam emRoma e eram considerados inimigos doregime do coronel Muammar Kadhafi.

Os líbios libertados foram YussefUhida (26 anos de prisão por balear ematar um empresário líbio em Roma, emabril de 1980); Mohammed Sajed Dous eMohammed Ali Mizzdawi, ambos conde-nados a 14 anos e 11 meses de prisão, emnovembro de 1983, por tentarem matarum líbio em Roma. Seliciato e Castelli,detidos no porto líbio de Tobruk, emagosto de 1980, foram acusados, inicial-mente, de corrupção e de participaçãonum complô contra a segurança do Esta-do líbio e de pertencer a um serviçosecreto estrangeiro.

O anúncio da troca dos prisioneirosocorreu poucos dias depois da assinaturade um acordo cultural entre a Itália e aLíbia. Observadores citados pela agênciaFrance Presse comentaram que os doisfatos indicam uma melhoria nas relaçõesentre os governos de Roma e de Trípoli.

Noiva enganada depõe comraiva contra terrorista

Londres — A irlandesa Anne-Marie' Murphy (32 anos), ex-noiva do Jordânia-'tio'que está preso em Londres por tentar'destruir em pleno vôo um avião da em-¦'presa israelense El Al, depôs no primeiro

dia do julgamento e não se conteve ao'Voltar a ver o homem que escondeu umabomba na mala que ela transportaria paraIsrael;

,. '. "Seu bastardo, eu odeio você. Você é

perverso." Anne-Marie estava grávida deNezar Hindawi (32 anos) e foi convencidapor ele a viajar, dia 17 de abril último, no

, Jiimbo da El Al, para Israel, onde secasariam. Hindawi levou Anne-Marie atéo aeroporto, mas se recusou a embarcar,alegando que seguiria num avião de outraempresa.

Descrita pela promotoria como "umai moça irlandesa simples e solteira",.Anne-Marie trabalhava como camareira.no Hotel Hilton, de Londres, onde co-nheceu Hindawi. Ao final de um ano emeio de convivência, ficou grávida e ojdrdaniano a convenceu a viajar paraIsrael, onde se casariam. Marcada a via-gem para o dia 17 de abril, contou Anne-Marie ao corpo de jurados de sete ho-mens e cinco mulheres, Hindawi deu-lheuma mala. No dia da viagem, durante aida de táxi até o aeroporto de Londres,Hindawi pôs o que parecia ser umabateria quadrada numa calculadora debolso e a colocou bem no fundo da mala,alegando que era "um

presente" para umamigo era Israel.

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No aeroporto, ele se despediu danoiva com dois beijos na face e um "atébreve", reafirmando que se encontrariamem Tel Aviv. Quando estava na fila deembarque, a polícia deteve Anne-Marie,para examinar a mala. Técnicos em ex-plosivos descobriram que a bateria acio-nara um dispositivo de tempo, oculto nacalculadora, que dispararia um detona-dor ligado a quase dois quilos de explosi-vos plásticos fabricados naTcheco-Eslováquia. A bomba estava es-condida no fundo falso da mala.

Às 13h4min do dia 17 de abril, quan-do o Jumbo estivesse voando sobre aÁustria, a uma altitude de 12 mil metros,a bomba explodiria, matando as 375pessoas a bordo, entre elas Anne-Marie eseu filho.

A criança nasceu em julho. Hindawiestava na Inglaterra com passaporte síriofalso, fornecido, conforme ele confessoua Scotland Yard, pelas autoridades deDamasco. O terrorista foi preso logodepois da tentativa do atentado e contouque se encontrara com diplomatas daSíria, em Londres, logo depois da deten-ção de Anne-Marie no aeroporto. Naocasião, a embaixada da Síria negou oenvolvimento, mas em maio, três diplo-matas sírios foram expulsos da Inglaterrapor terem se recusado a abrir mão daimunidade, a fim de depor na ScotlandYard.

armênios pedem ao Jihadque execute refém francês,vamK

Fritz UtzeriCorrespondente

i Paris — Ao mesmo tempo em que o.primeiro-ministro de Israel, Shimon Pe-res, estiver chegando a Paris, hoje, um,dos reféns franceses em Beirute, o jorna-lista Jean-Paul Kaufmann, seqüestradohá 503 dias, poderá ser assassinado porseus captores do Jihad (Guerra Santa)Islâmico.

Para isso basta que os extremistasárabes atendam ao pedido de outro grupoterrorista, este armênio, o Asala, queontem exigiu a execução do jornalista,classificando-o como "espião sionista" eafirmando que a morte de Kaufman seria"um

presente aos sionistas franceses".O sinistro pedido dos armênios põe

os franceses ante uma verdadeira frentecomum do terror. Como os demais extre-mistas, eles exigem a libertação de Geor-ges Ibrahim Abdallah, chefe do ExércitoRevolucionário Libanês, do armênio Va-roudjan Garbidjian, membro da Asala e'condenado à prisão perpétua por umatentado no aeroporto de Orly que fezseis mortos, e de Aniz Nacache, iranianoenvolvido no frustrado atentado contra oúltimo primeiro-ministro do Xá, ChapourBatkiar.

Enquanto a França hesita e adotauma política ambígua no Oriente Médio,os terroristas não cessam de aumentarsuas exigências e pressões sobre Paris. Nasegunda-feira, os franceses puderam verna televisão pequenos extratos de umafita dè vídeo na qual alguns reféns, comoJean-Paul Kaufmann e o diplomata Mar-tel Carton, acusavam o governo francêsde não negociar seriamente a sua liberta-ção,'afirmando que

"nossos seqüestrado-res começam a perder a paciência". Oaspecto dos reféns era devastador.

A literal unificação do Jihad, doExército Revolucionário Libanês e doAsala, enquanto o chamado Comitê deSolidariedade aos Presos Árabes anuncia

a iminência de uma nova série de atenta-dos em Paris, representa um desafioaberto à declaração do primeiro-ministroJacques Chirac, de que a França nãonegociará com os terroristas, e mostraque a chamada pista Abdallah, pela qualtenta-se responsabilizar essa família pelosrecentes atentados em Paris, é apenasuma parte, provavelmente pequena, deuma operação maior dirigida contra apresença francesa no Oriente Médio, no-tadamente no Líbano, e contra o apoiofrancês ao Iraque em seu conflito com oIrã.

Tais operações, pela sua magnitude,só podem funcionar com a cumplicidadee apoio logístico de algum estado. Embo-ra publicamente alardeie firmeza, a Fran-ça dá a impressão de tergiversar e — aocontrário de Londres, que não hesitouem condenar abertamente a Síria pelatentativa de atentado contra um Jumboda El Al — ainda trata Damasco (eTeerã) com luvas de seda, ao mesmotempo em que inferniza a vida dos árabese emigrantes residentes no país.

Desde que chegou ao poder, JacquesChirac empenhou-s em normalizar asrelações de Paris com Teerã e com Da-masco. Com esse objetivo chegou mesmoa arranhar a imagem da França comoterra do exílio, expulsando do país M.Radjavi, líder dos Mujahedins, um parti-do de oposição ao regime de Teerã, alémde mostrar-se (segundo os americanos)leniente quanto à sorte de GeorgesIbrahim Abdallah (ligado à Síria).

Essa política, aparentemente, temlevado os radicais islâmicos e armênios aestender ainda mais as suas exigências.Agora, além de exigir a libertação dostrês extremistas presos na França, que-rem trocar os reféns franceses pela liber-tação de 17 membros do Al Dawa, umpartido de oposição iraquiano apoiadopelo Irã, presos no Kuwait e acusados devários atentados com vítimas, em dezem-bro de 83.

jferes se despede no Parlamento,J Tel Aviv — Ao fazer seu discurso dedespedida no Parlamento, o primeiro-ministro de Israel, Shimon Peres — quena terça-feira trocará de cargo com oministro do Exterior, Yitzhak Shamir —prometeu manter a iniciativa de paz parao,Oriente Médio e reiterou seu apelo denegociações diretas com os países árabesvizinhos.3b Peres afirmou que durante os 25meses de sua gestão cumpriu todas aspromessas que fizera a Knesset (Parla-mento): superar a grave crise econômicat—. a inflação, que em 1984 era de 300%,caiu para 3a ao ano —; retirar as forçasisraelenses do Líbano (só permanece umpequeno contingente no sul do territóriolibanês); e promover a paz no OrienteMédio. ;

"Mesmo que o caminho seja longo e

os esforços árduos, é nosso dever criar apossibilidade de um amanhã diferente,um amanhã de esperança, um amanhã depaz para todos os povos que habitamnossa região", disse Peres. O chefe degoverno, ao defender o prosseguimentodos esforços de paz, declarou ser partida-rio do que qualificou de "papel autênti-co" dos palestinos, a ser desempenhadonuma conferência de paz árabe-israelense.

O premier explicou que os represen-tantes palestinos

"autênticos" seriamaqueles sem vínculos diretos com a OLP(Organização para a Libertação da Pales-tina). r£-

Dissidentes apelam a Reagan eGorbachev para sair da URSS

¦JL nolklauik Iclânriia tr.tr, Ha AP

Moscou — Sete dissidentes soviéticosdivulgaram carta aberta ao presidenteRonald Reagan e ao secretário-geral doPartido Comunista da União Soviética,Mikhail Gorbachev, pedindo que os doisdiscutam a saída deles do território russopara se reunirem a parentes no exterior.Eles disseram que as discussões paramelhorar as condições de vida no mundonão devem se concentrar apenas nasquestões globais:

— Enquanto as fronteiras interna-cionais dividirem maridos e mulheres,pais e filhos, os povos do mundo conti-nuarão longe dos ideais de cooperação econfiança mútua, como nos piores perío-dos da História humana", afirmam ossignatários Yuri Balovlenkov, Galina Ge-rasimova, Lev Blitshtein, Alexander Pe-reldik, Vladimir Pimonov, Elya Varhavs-kaya e Alexandre Zhdanov. Eles têmparentes nos Estados Unidos, em Israel,no Peru e na Dinamarca.

Em Washington, o secretário de Es-tado americano, George Shultz, afirmouque o objetivo do presidente RonaldReagan, no encontro do final de semanana Islândia, não é conseguir acordosdefinitivos mas alinhar fórmulas para osnegociadores dos dois países trabalha-rem. Numa entrevista coletiva, Shultzdisse que há boas perspectivas de umacordo para limitar mísseis de médioalcance, mas quatro diferenças precisamser resolvidas antes:

1. A insistência americana de que oacordo seja global e inclua os 270 SS-20soviéticos na Ásia. Os Estados Unidosargumentam que a mobilidade dos SS-20exige que qualquer redução seja global,para que mísseis retirados da Europa nãosejam levados para outro lugar. Alémdisso, para agradar o Japão e cortejar aChina, Washington exige uma reduçãonos mísseis apontados para esses países;

2. Os métodos a serem usados porcada lado para fiscalizar mutuamente ocumprimento de eventuais acordos, o queimplicaria alguma forma de fiscalizaçãoem território soviético;

3. O tempo de duração do acordo;4. Os mísseis soviéticos de curto

alcance na Alemanha Oriental e Tcheco-Eslováquia, capazes de alcançar váriospaíses da OTAN, a começar pela Alemã-nha Ocidental.

Shultz não mencionou os testes nu-cleares numa declaração que leu antes decomeçar a responder perguntas, apesarde ser um dos principais itens de interesse-dos soviéticos, que observam uma mora-tória unilateral de provas atômicas desde6 de agosto de 1985 e vêm fazendoesforços para que os americanos sigam oexemplo.

O secretário de Estado americanodisse que os Estados Unidos desejamprogressos nessa área mas é "preciso

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Gorbochetanequins de Reagan e

andar antes de tentar correr". O governoReagan deseja primeiro discutir maneirasde fiscalizar a potência dos testes e aratificação de dois tratados anterioresantes de negociar uma proibição total.

Reagan também levantará com Gor-bachev a política soviética no Sul daÁfrica, Afeganistão, na América Centrale em relação à guerra Irã-Iraquc. No itemdos direitos humanos, Reagan enfatizaráa importância da liberdade de religião, daaceitação de que a crítica política nãodeve merecer prisão e o direito de qual-quer pessoa deixar o país.

Diversos funcionários e analistasamericanos, ouvidos mas não identifica-dos por Christopher Hanson, da agênciaReuters, disseram que a aceitação doconvite de Gorbachev para a reunião daIslândia foi uma vitória da facção mode-rada do governo, concentrada principal-mente no Departamento de Estado, so-bre a facção radical do Pspartaniento daDefesa, mas a linha-dura ainda podeimpedir um acordo para redução dearmas.

Funcionários do governo disseramque Weinberger foi excluído do pequenogrupo que trabalha no encontroda Islân-dia, tanto que se encontra na Ásia, visi-

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tando vários países. Os informantes deHanson disseram que os falcões não gos-taram nem um pouquinho do desfecho dacrise que libertou o jornalista americanoNicholas Daniloff em troca do físico so-viético Gennady Zakharov.

Spurgeon Keeny, diretor do grupoprivado Associação para o Controle deArmas, afirmou que os falcões continuama ser um grupo forte dentro do governo eReagan fica num vaivém, hora falcão,hora pomba.

Na ChinaO secretário americano de Defesa,

Caspar Weinberger, chegou a Pequimpara informar os líderes chineses sobre oencontro Reagan-Gorbachev em Reikja-vik e reforçar a crescente cooperaçãomilitar e científica entre Estados Unidose China.

Uma autoridade americana disse queos chineses estão ansiosos por uma redu-ção do número de mísseis soviéticos demédio alcance SS-20 apontados para aÁsia. Weinberger disse que durante suavisita de quatro dias falará com os lídereschineses sobre o programa de defesaespacial Guerra nas Estrelas e discutirá apossibilidade da transferência de tecnolo-gia militar e armamentos para Pequim.

Orlov, emocionado, fala com ReaganWashington — O presidente Ronald

Reagan recebeu na Casa Branca o dissi-dente soviético Yuri Orlov e a mulherdele, Irina, numa cerimônia marcada pe-Ia emoção e pela promessa de que osdireitos humanos terão a devida priorida-de na reunião de sábado e domingo como dirigente russo Mikhail Gorbachev.

Yuri e Irina foram recebidos compalmas por altos funcionários do governoquando Reagan os introduziu no salãooval, onde o dissidente sentou numacadeira de couro. O secretário de Estado,George Shultz, puxou as palmas, seguidode autoridades e de 25 religiosos e defen-sores dos direitos humanos, convidadospara a ocasião."Yuri Orlov é um homem que fezmais para informar ao mundo sobre vio-lações soviéticas de direitos humanos doque qualquer outro homem na Terra.Sem uma melhoria real na questão dosdireitos humanos, não teremos o tipo deatmosfera política para conseguir avançarem outros itens numa reunião de cúpu-Ia", disse Reagan.

Indagado se Orlov tinha lhe dito oque gostaria de falar para Gorbachev,Reagan hesitou, riu e respondeu apenasque não. O dissidente libertado peloKremlin domingo em troca do físico Gen-nady Zakharov, preso em Nova Iorquepor espionagem, fez apelo pelos dissiden-tes Andrei Sakharov, Anatoly Marchen-ko e Anatoly Koryagin, a quem chamoude "cavaleiros da abertura, porque têm acoragem dos antigos cavaleiros de arma-duras brilhantes para dizer o quepensam".

Washington — foto cja AFP

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Reagan ajeita a cadeira para Orlov

Crítica a stalinismo chega ao cinemaPilar Bonet

El PaisMoscou — Um filme produzido na

Geórgia, estabelecendo a relação maisdireta já feita até agora pelo cinemasoviético entre stalinismo e fascismo,através do personagem de Beria, temcausado grande comoção nos meios inte-lectuais de Moscou, que tiveram acesso aumas poucas projeções de A confissão, dodiretor Tengiz Abuladze, ria sala do Co-mitê Estatal de Cinema (Goskino).

— Ficamos mudos de assombro. É omelhor filme que se fez neste país emdezenas de anos. Nunca havíamos vistoalgo semelhante — diz um dos especta-dores.

O filme, produzido pela televisãogeorgiana, foi concluído em 1984 e nãoestá dublado para o russo. Ele passou emMoscou na versão georgiana.

O personagem central é inspirado emLaurenti Pavlovich Beria, um georgianocomo Stalin. Chefe da polícia secretasoviética de 1938 a 1953, ele acaboufuzilado por ordem de Stalin. Em 1931Beria fora primeirc-secretário do PartidoComunista da Geórgia (uma das repúbli-cas que compõem a URSS).

O personagem é um dirigente local.

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parecido fisicamente com Beria, que se-meia o terror entre seus concidadãos eusa um bigodinho parecido ao de Hitler.Afirma-se que o filme contou com opatrocínio do atual ministro do Exterior,Eduard Shcvardnadze, quando este erachefe do PC da Geórgia. Confrontadocom o projeto, Shevardnadze teria defen-dido a realização do filme, "embora ape-nas para ser exibido na Geórgia", segun-do as fontes. Acrescentam que o líderMikhail Gorbachev estava para ver ofilme nos próximos dias, em sessão espe-ciai.

Desconhece-se até agora quando eem que condições o filme será distribuí-

do. O jornal Izvestía já tem preparadoum longo artigo sobre ele.

A confissão procede de um setor daintelectualidade georgiana que sofreu arepressão de seu conterrâneo Josef Sta-lin. O diretor Tengiz Abuladze, 62 anos,é um dos responsáveis pelo renascimentodo cinema da Geórgia. Entre seus filmesestão O pequeno asno de Magdana ePregação.

A confissão conta, em tom de fábula,a história de uma mulher empenhada emdesenterrar e dar sumiço ao cadáver dodirigente local que acaba de falecer. Afamília da mulher fora vítima de umaperseguição injustificada. Processada porviolação de túmulo, a mulher alega que acidade não terá paz nem as novas gera-ções estarão seguras sem a eliminação docadáver. No julgamento aparecem as ati-vidades do político morto, inclusive astorturas em que se envolveu. O neto dodirigente, que desconhecia este lado dopassado do avô, se suicida com o fuzil dopai. A acusadora acaba internada numhospício.

O cinema é atualmente o mais dinâ-mico campo cultural da URSS. Esta se-mana estréia em Moscou o filme Tema.de Gleb Panfilov, que esteve congeladosete anos.

Papa se despededa França econdena terror

Lyon — O papa João Paulo II sedespediu da França, no final da tarde deontem, pedindo desculpas às autoridadespelos transtornos causados com as rigoro-sas medidas de segurança tomadas paraprotegê-lo,

"graças às quais consegui ofim espiritual desta visita", e condenandoo terrorismo internacional, "que deve serrepudiado pela humanidade inteira". Opontífice manteve uma entrevista privadano salão VIP do aeroporto de Satolascom o premier Jacques Chirac, a quemexternou o desejo de que

"a Françaconheça a paz a que tem direito".

De manhã, o pontífice esteve emAnnecy, a 110 quilômetros de Lyon,onde chegou atrasado 35 minutos por tersido obrigado a viajar de carro, já que aneblina impedia o uso de um helicóptero.João Paulo II rezou na basílica da Visita-ção, onde repousam os restos de SãoFrancisco de Sales, patrono dos jornalis-tas, que aqui viveu exilado como bispo deGenebra porque os calvinistas não lhepermitiam residir nessa cidade. Depois,num parque próximo a um lago, o papacelebrou uma missa assistida por cerca de80 mil fiéis.

Falando às freiras e padres, na basíli-ca, o papa agradeceu-lhes a devoção àIgreja e propôs como exemplos São Fran-cisco de Sales, fundador da ordem dossalesianos, e a fundadora da ordem mo-nástica feminina das visitadoras, SantaJoana de Chantal. Os dois santos são daregião. O papa louvou São Franciscocomo modelo, sobretudo por sua abertu-ra e capacidade de diálogo numa épocaturbulenta como a da reforma calvinista.

À tarde, em Lyon, o pontífice sereuniu com representantes das comunida-des judaica e muçulmana, e visitou auniversidade católica.

Annecy, França — Foto da AFP

O papa rezou para 8\

Alerta — A Marinha americana deci-diu continuar a vigilância marítima eaérea da área do Oceano Atlântico aNordeste das Bermudas onde afundousegunda-feira um submarino nuclear so-viético equipado com mísseis. Amostrasde ar e água colhidas desde sábado nãodetectaram qualquer sinal de radioativi-dade proveniente dos dois reatores nu-cleares que estão a bordo do submarinoda classe Yankee, que levou 16 mísseisSS-N-20 com ogivas de 1 megaton ealcance de 2 mil 500 quilômetros.

Perigo no ar — Um controlador devôo fantasma está pondo em risco aviões,ao dar falsas instruções aos pilotos pres-tes a aterrissar no aeroporto internado-nal de Miami, revelaram autoridades ae-ronáuticas americanas. Durante dois diasnas últimas duas semanas o falso contro-lador interferiu no tráfego aéreo, utili-zando a freqüência do controlador deradar. Numa ocasião um piloto estavaprestes a seguir as ordens, quando elasforam anuladas pela torre. "Trata-se deum maluco perigoso" disse um agente doFBI que investiga o caso.

Sob dúvida — A NASA pode nãopossuir a capacidade técnica e científicapara dirigir o programa de naves espa-ciais recuperáveis, declarou uma comis-são de inquérito do Congresso america-no. Os congressistas exprimem preocupa-ção com a redução de pessoal nos últimosanos e com os baixos salários, que tomamdifícil atrair os trabalhadores de mais altaqualificação, criticando ainda várias re-centes decisões da direção.Comunhão— A reverenda Joyce Bennet,ordenada em Hong-Kong, provocougrande escândalo em círculos religiososingleses por ter ministrado a comunhão,em Londres, a cerca de 30 pessoas, emdireta oposição à política oficial da IgrejaAnglicana, que proíbe às mulheres ceie-brar sacramentos no país. Entre os quereceberam a comunhão estão o deão daCatedral de São Paulo, Alan Webster, eo bispo de Kingston, Peter Selby, mos-trando a divisão nas fileiras da igrejaanglicana sobre o tema da ordenação dasmulheres. O arcebispo de Canterbury,Robert Runcie, "consternado"

pela faltade cumprimento das normas da igreja,ordenou a abertura de um inquérito.Avós — Dirigentes da organização Avósda Praça de Maio pediram em Bonn acolaboração da Alemanha Ocidental e deorganizações internacionais, para que se-jam localizadas crianças desaparecidas,cujos seqüestradores as estão novamenteescondendo, depois de encontradas porseus parentes legítimos. Desde sua cria-ção, o grupo de avós já encontrou erestituiu às suas famílias 40 crianças, deum total de 400, de várias nacionalidades,desaparecidas na Argentina durante oregime militar.

Anistia — O Supremo Tribunal chile-no confirmou a aplicação da anistia a 40militares — entre eles o ex-membro daJunta Militar, general Gustava Leigh —no processo a que respondiam pelo desa-parecimento de dez dirigentes coraunis-tas, detidos em dezembro de 1976 e dequem não mais se soube. A decisãojudicial extingue o processo, que desper-tara entre os parentes dos desaparecidosa esperança de esclarecimento do caso.

14 ? Io caderno ? quarta-feira, 8/10/86 ? 2o Clichê Internacional JORNAL DO BRASIL

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Itália troca três presos

líbios por quatro italianos

n«MA n/MiarnA An Dnm'l ri QC pnnnlfrtAC dfl Clllfln f'inin/4rt nnm /initRama — O governo dc Roma libertou trcs líbios presos na Itália, ao mesmotempo que o governo de Trípoli libertouquatro italianos presos na Líbia, infor-mou o Ministério do Exterior da Itália. Atroca foi efetuada na noite de segunda-feira, quando os quatro italianos chega-ram a Roma a bordo de um avião da CruzVermelha, simultaneamente à libertaçãoe a saída de três líbios do país, comdestino a Trípoli.

A troca só foi possível depois dealguns meses de negociações diplomáti-cas, na tentativa dc libertar os italianos.O ministério informou que a luz verdepara troca foi acesa quando o governolíbio comunicou que os quatro italianoshaviam sido perdoados, por motivos hu-manitários. Em troca. as autoridades deRoma revogaram as penas impostas aostrês líbios.

Dois dos italianos — Edoardo Seli-dato e Bruno Castelli — cumpriam penadc prisão perpétua, sob a acusação departicipar de uma conspiração contra asegurança do Estado líbio, em agosto de1980. Os outros dois — Mauro Piccin eMassimo Caporali — tinham sido conde-nados a 10 anos de prisão por posse ilegalde drogas.

Seliciato e Castelli estavam em precá-

rias condições de saúde, fazendo com queo Ministério do Exterior solicitasse àComissão Internacional da Cruz Verme-lha, em Genebra (Suíça), o envio de umavião-hospital para Trípoli. Os três líbioscumpriam longas penas de prisão naItália por assassínio, ou tentativa de as-sassínio, de compatriotas que viviam emRoma e eram considerados inimigos doregime do coronel Muammar Kadhafi.

Os líbios libertados foram YussefUhida (26 anos de prisão por balear ematar um empresário líbio em Roma, emabril.de 1980); Mohammed Sajed Dous eMohammed Ali Mizzdawi, ambos conde-nados a 14 anos e 11 meses de prisão, emnovembro de 1983, por tentarem matarum líbio em Roma. Seliciato e Castelli,detidos no porto líbio de Tobruk, emagosto de 1980, foram acusados, inicial-mente, de corrupção e de participaçãonum complô contra a segurança do Esta-do líbio e de pertencer a um serviçosecreto estrangeiro.

O anúncio da troca dos prisioneirosocoitcu poucos dias depois da assinaturade um acordo cultural entre a Itália e aLíbia. Observadores citados pela agênciaFrance Prcsse comentaram que os doisfatos indicam uma melhoria nas relaçõesentre os governos dc Roma e de Trípoli.

Noiva enganada depõe com

raiva contra terrorista

Londres — A irlandesa Anne-MarieMurphy (32 anos), ex-noiva do jordania-no que está preso cm Londres por tentardestruir em pleno vôo um avião da em-presa israelense El Al, depôs no primeirodia do julgamento e não se conteve aovoltar a ver o homem que escondeu umabomba na mala que ela transportaria paraIsrael:"Seu bastardo, eu odeio você. Você éperverso." Anne-Marie estava grávida deNezar Hindawi (32 anos) e foi convencidapor ele a viajar, dia 17 dc abril último, noJumbo da El Al, para Israel, onde secasariam. Hindawi levou Annc-Maríe atéo aeroporto, mas se recusou a embarcar,alegando que seguiria num avião de outraempresa.

Descrita pela promotoria como "umamoça irlandesa simples e solteira",Anne-Marie trabalhava como camareirano Hotel Hilton, de Londres, onde co-nheceu Hindawi. Ao final de um ano emeio de convivência, ficou grávida e ojordaniano a convenceu a viajar paraIsrael, onde se casariam. Marcada a via-gem para o dia 17 de abril, contou Anne-Marie ao corpo de jurados de sete ho-mens e cinco mulheres, Hindawi deu-lheuma mala. No dia da viagem, durante aida de táxi até o aeroporto de Londres,Hindawi pôs o que parecia ser umabateria quadrada numa calculadora debolso e a colocou bem no fundo da mala,alegando que era "um presente" para umamigo em Israel.

No aeroporto, ele sc despediu danoiva com dois beijos na face e um "atébreve", reafirmando que se encontrariamem Tel Aviv. Quando estava na fila deembarque, a polícia deteve Anne-Marie,para examinar a mala. Técnicos em ex-plosivos descobriram que a bateria acio-nara um dispositivo de tempo, oculto nacalculadora, que dispararia um detona-dor ligado a quase dois quilos dc explosi-vos plásticos fabricados naTcheco-Eslováquia. A bomba estava es-condida no fundo falso da mala.

As 13h4min do dia 17 dc abril, quan-do o Jumbo estivesse voando sobre aÁustria, a uma altitude de 12 mil metros,a bomba explodiria, matando as 375pessoas a bordo, entre elas Anne-Marie eseu filho.

A criança nasceu cm julho. Hindawiestava na Inglaterra com passaporte síriofalso, fornecido, conforme ele confessoua Scotland Yard, pelas autoridades deDamasco. O terrorista foi preso logodepois da tentativa do atentado e contouque se encontrara com diplomatas daSíria, em Londres, logo depois da deten-ção de Anne-Marie no aeroporto. Naocasião, a embaixada da Síria negou oenvolvimento, mas em maio, três diplo-matas sírios foram expulsos da Inglaterrapor terem se recusado a abrir mão daimunidade, a fim de depor na ScotlandYard.

Armênios pedem ao Jihad

que execute refém francês

Fritz UtzeriCorrespondente

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Paris — Ao mesmo tempo em que oprimeiro-ministro de Israel, Shimon Pe-res, estiver chegando a Paris, hoje, umdos reféns franceses em Beirute, o jorna-lista Jean-Paul Kaufmann, seqüestradohá 503 dias, poderá ser assassinado porseus captores do Jihad (Guerra Santa)Islâmico.

Para isso basta que os extremistasárabes atendam ao pedido de outro grupoterrorista, este armênio, o Asala, queontem exigiu a execução do jornalista,classificando-o como "espião sionista" eafirmando que a morte de Kaufman seria"úm presente aos sionistas franceses".

O sinistro pedido dos armênios põeos franceses ante uma verdadeira frentecomum do terror. Como os demais extre-mistas, eles exigem a libertação de Geor-ges Ibrahim Abdallah, chefe do ExércitoRevolucionário Libanês, do armênio Va-roudjan Garbidjian, membro da Asala econdenado à prisão perpétua por umatentado no aeroporto de Orly que fezseis mortos, e de Aniz Nacache, iranianoenvolvido no frustrado atentado contra oúltimo primeiro-ministro do Xá, ChapourBatkiar.

Enquanto a França hesita e adotauma política ambígua no Oriente Médio,os terroristas não cessam de aumentarsuas exigências e pressões sobre Paris. Nasegunda-feira, os franceses puderam verna televisão pequenos extratos de umafita de vídeo na qual alguns reféns, comoJean-Paul Kaufmann e o diplomata Mar-cel Carton, acusavam o governo francêsde não negociar seriamente a sua liberta-ção, afirmando que "nossos seqüestrado-res começam a perder a paciência". Oaspecto dos reféns era devastador.

A literal unificação do Jihad, doExército Revolucionário Libanês e doAsala, enquanto o chamado Comitê deSolidariedade aos Presos Árabes anuncia

a iminência de uma nova série de atenta-dos em Paris, representa um desafioaberto à declaração do primeiro-ministroJacques Chirac, de que a França nãonegociará com os terroristas, e mostraque a chamada pista Abdallah, pela qualtenta-se responsabilizar essa família pelosrecentes atentados em Paris, é apenasuma parte, provavelmente pequena, deuma operação maior dirigida contra apresença francesa no Oriente Médio, no-tadamente no Líbano, e contra o apoiofrancês ao Iraque em seu conflito com oIrã.

Tais operações, pela sua magnitude,só podem funcionar com a cumplicidadee apoio logístico de algum estado. Embo-ra publicamente alardeie firmeza, a Fran-ça dá a impressão de tergiversar e — aocontrário de Londres, que não hesitouem condenar abertamente a Síria pelatentativa de atentado contra um Jumboda El Al — ainda trata Damasco (eTeerã) com luvas de seda, ao mesmotempo em que inferniza a vida dos árabese emigrantes residentes no país.

Desde que chegou ao poder, JacquesChirac empenhou-s em normalizar asrelações de Paris com Teerã e com Da-masco. Com esse objetivo chegou mesmoa arranhar a imagem da França comoterra do exílio, expulsando do país M.Radjavi, líder dos Mujahedins, um parti-do de oposição ao regime de Teerã, alémde mostrar-se (segundo os americanos)leniente quanto à sorte de GeorgesIbrahim Abdallah (ligado à Síria).

Essa política, aparentemente, temlevado os radicais islâmicos e armênios aestender ainda mais as suas exigências.Agora, além de exigir a libertação dostrês extremistas presos na França, que-rem trocar os reféns franceses pela liber-tação de 17 membros do Al Dawa, umpartido de oposição iraquiano apoiadopelo Irã, presos no Kuwait e acusados devários atentados com vítimas, em dezem-bro de 83.

Peres se despede no ParlamentoTel Avlv — Ao fazer seu discurso de

despedida no Parlamento, o primeiro-ministro de Israel, Shimon Peres — quena terça-feira trocará de cargo com oministro do Exterior, Yitzhak Shamir —prometeu manter a iniciativa de paz parao Oriente Médio e reiterou seu apelo denegociações diretas com os países árabesvizinhos.

Peres afirmou que durante os 25meses de sua gestão cumpriu todas aspromessas que fizera a Knesset (Parla-mento): superar a grave crise econômica— a inflação, que em 1984 era de 300%,caiu para 3% ao ano —; retirar as forçasisraelenses do Líbano (só permanece umpequeno contingente no sul do territóriolibanês); e promover a paz no OrienteMédio.

Dissidentes apelam a Reagan e

Gorbachev para sair da URSSReikjavik, Islândia — foto da AP

Moscou — Sete dissidentes soviéticosdivulgaram carta aberta ao presidenteRonald Reagan e ao sccretário-gcral doPartido Comunista da União Soviética,Mikhail Gorbachev, pedindo que os doisdiscutam a saída deles do território russopara se reunirem a parentes no exterior.Eles disseram que as discussões paramelhorar as condições dc vida no mundonão devem se concentrar apenas nasquestões globais:— Enquanto as fronteiras interna-cionais dividirem maridos c mulheres,pais e filhos, os povos do mundo conti-.nuarâo longe dos ideais de cooperação econfiança mútua, como nos piores peno-dos da História humana", afirmam ossignatários Yuri Balovlenkov, Galina Ge-rasimova, Lev Blitshtein, Alexander Pc-reldik, Vladimir Pimonov, Elya Varhavs-kaya e Alexandre Zhdanov. Eles têmparentes nos Estados Unidos, em Israel,no Peru c na Dinamarca.

Em Washington, o secretário de Es-tado americano, George Shultz, afirmouque o objetivo do presidente RonaldReagan, no encontro do final de semanana Islândia, não é conseguir acordosdefinitivos mas alinhar fórmulas para osnegociadores dos dois países trabalha-rem. Numa entrevista coletiva, Shultzdisse que há boas perspectivas de umacordo para limitar mísseis de médioalcance, mas quatro diferenças precisamser resolvidas antes:

1. A insistência americana de que oacordo seja global e inclua os 270 SS-20soviéticos na Ásia. Os Estados Unidosargumentam que a mobilidade dos SS-20exige que qualquer redução seja global,para que mísseis retirados da Europa nãosejam levados para outro lugar. Alémdisso, para agradar o Japão e cortejar aChina, Washington exige uma reduçãonos mísseis apontados para esses países;

2. Os métodos a serem usados porcada lado para fiscalizar mutuamente ocumprimento de eventuais acordos, o queimplicaria alguma forma de fiscalizaçãoem território soviético;

3. O tempo de duração do acordo;4. Os mísseis soviéticos de curto

alcance na Alemanha Oriental c Tcheco-Eslováquia, capazes de alcançar váriospaíses da OTAN, a começar pela Alemã-nha Ocidental.

Shultz não mencionou os testes nu-cleares numa declaração que leu antes decomeçar a responder perguntas, apesarde ser um dos principais itens de interessedos soviéticos, que observam uma mora-tória unilateral de provas atômicas desde6 de agosto de 1985 e vêm fazendoesforços para que os americanos sigam o

. exemplo.O secretário de Estado americano

disse que os Estados Unidos desejamprogressos nessa área mas é "preciso

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r JKMWiiiiippi. tanequins de Reagan e Gorbachev anunciam camisas

andar antes dc tentar correr". O governoReagan deseja primeiro discutir maneirasde fiscalizar a potência dos testes e aratificação de dois tratados anterioresantes de negociar uma proibição total.

Reagan também levantará com Gor-bachev a política soviética no Sul daÁfrica, Afeganistão, na América Centrale em relação à guerra Irã-lraquc. No itemdos direitos humanos, Reagan enfatizaráa importância da liberdade de religião, daaceitação dc que a crítica política nãodeve merecer prisão e o direito dc qual-quer pessoa deixar o país.

Diversos funcionários e analistasamericanos, ouvidos mas não identifica-dos por Christopher Hanson, da agênciaReuters, disseram que a aceitação doconvite de Gorbachev para a reunião daIslândia foi uma vitória da facção mode-rada do governo, concentrada principal-mente no Departamento de Estado, so-bre a facção radical do Departamento daDefesa, tnas a linha-dura ainda podeimpedir um acordo para redução dearmas.

Funcionários do governo disseramque Weinberger foi excluído do pequenognipo que trabalha no encontra da Islân-dia, tanto que se encontra na Ásia, visi-

tando vários países. Os informantes deHanson disseram que os falcões não gos-taram nem um pouquinho do desfecho dacrise que libertou o jornalista americanoNicholas Daniloff em troca do físico so-viético Gennady Zakharov.

Spurgeon Kceny, diretor do grupoprivado Associação para o Controle deArmas, afirmou que os falcões continuama ser um grupo forte dentro do governo eReagan fica num vaivém, hora falcão,hora pomba.

Na ChinaO secretário americano de Defesa,

Caspar Weinberger, chegou a Pequimpara informar os líderes chineses sobre oencontro Reagan-Gorbachev em Reikja-vik e reforçar a crescente cooperaçãomilitar e científica entre Estados Unidose China.

Uma autoridade americana disse queos chineses estão ansiosos por uma redu-ção do número de mísseis soviéticos demédio alcance SS-20 apontados para aÁsia. Weinberger disse que durante suavisita de quatro dias falará com os lídereschineses sobre o programa de defesaespacial Guerra nas Estrelas e discutirá apossibilidade da transferência de tecnolo-gia militar e armamentos para Pequim.

Orlov, emocionado, fala com ReaganWashington — O presidente Ronald

Reagan recebeu na Casa Branca o dissi-dente soviético Yuri Orlov e a mulherdele, Irina, numa cerimônia marcada pe-Ia emoção e pela promessa de que osdireitos humanos terão a devida priorida-de na reunião de sábado e domingo como dirigente russo Mikhail Gorbachev.

Yuri e Irina foram recebidos compalmas por altos funcionários do governoquando Reagan os introduziu no salãooval, onde o dissidente sentou numacadeira de couro. O secretário de Estado,George Shultz, puxou as palmas, seguidode autoridades e de 25 religiosos e defen-sores dos direitos humanos, convidadospara a ocasião."Yuri Orlov é um homem que fezmais para informar ao mundo sobre vio-lações soviéticas de direitos humanos doque qualquer outro homem na Terra.Sem uma melhoria real na questão dosdireitos humanos, não teremos o tipo deatmosfera política para conseguir avançarem outros itens numa reunião de cúpu-la", disse Reagan.

Indagado se Orlov tinha lhe dito oque gostaria de falar para Gorbachev,Reagan hesitou, riu e respondeu apenasque não. O dissidente libertado peloKremlin domingo em troca do físico Gen-nady Zakharov, preso em Nova Iorquepor espionagem, fez apelo pelos dissiden-tes Andrei Sakharov, Anatoly Marchen-ko e Anatoly Koryagin, a quem chamoude "cavaleiros da abertura, porque têm acoragem dos antigos cavaleiros de arma-duras brilhantes para dizer o quepensam".

Washington — loto da AFP

Reagan ajeita a cadeira para Orlov

Crítica a stalinismo chega ao cinema

Pilar BonetEl Pais

"Mesmo que o caminho seja longo eos esforços árduos, é nosso dever criar apossibilidade de um amanhã diferente,um amanhã de esperança, um amanhã depaz para todos os povos que habitamnossa região", disse Peres. O chefe degoverno, ao defender o prosseguimentodos esforços de paz, declarou ser partidá-rio do que qualificou de "papel autênti-co" dos palestinos, a ser desempenhadonuma conferência de paz árabe-israelense.

O premier explicou que os represen-tantes palestinos "autênticos" seriamaqueles sem vínculos diretos com a OLP(Organização para a Libertação da Pales-tina).

Moscou — Um filme produzido naGeórgia, estabelecendo a relação maisdireta já feita até agora pelo cinemasoviético entre stalinismo e fascismo,através do personagem de Beria, temcausado grande comoção nos meios inte-lectuais de Moscou, que tiveram acesso aumas poucas projeções de A confissão, dodiretor Tengiz Abuladze, ha sala do Co-mitê Estatal de Cinema (Goskino).

— Ficamos mudos de assombro. É omelhor filme que se fez neste país emdezenas de anos. Nunca havíamos vistoalgo semelhante — diz um dos especta-dores.

O filme, produzido pela televisãogeorgiana, foi concluído em 1984 e nãoestá dublado para o russo. Ele passou emMoscou na versão georgiana.

O personagem central é inspirado emLaurenti Pavlovich Beria, um georgianocomo Stalin. Chefe da polícia sectetasoviética de 1938 a 1953, ele acaboufuzilado por ordem de Stalin. Em 1931Beria fora primeiro-sccretário do PartidoComunista da Geórgia (uma das repúbli-cas que compõem a URSS).

O personagem é um dirigente local,

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parecido fisicamente com Beria, que se-meia o terror entre seus concidadãos eusa um bigodinho parecido ao de Hitler.Afirma-se que o filme contou com opatrocínio do atual ministro do Exterior,Eduard Shevardnadze, quando este erachefe do PC da Geórgia. Confrontadocom o projeto, Shevardnadze teria defen-dido a realização do filme, "embora ape-nas para ser exibido na Geórgia", segun-do as fontes. Acrescentam que o líderMikhail Gorbachev estava para ver ofilme nos próximos dias, em sessão espe-ciai.

Desconhece-se até agora quando eem que condições o filme será distribuí-

Papa se despede

da França e

condena terrorLyon — O papa João Paulo II sc

despediu da França, no final da tarde deontem, pedindo desculpas às autoridadespelos transtornos causados com as rigoro-sas medidas de segurança tomadas paraprotegê-lo, "graças às quais consegui ofim espiritual desta visita", e condenandoo terrorismo internacional, "que deve serrepudiado pela humanidade inteira". Opontífice manteve uma entrevista privadano salão VIP do aeroporto de Satolascom o premier Jacques Chirac, a quemexternou o desejo de que "a França' conheça a paz a que tem direito".

De manhã, o pontífice esteve emAnnecy, a 110 quilômetros de Lyon,onde chegou atrasado 35 minutos por tersido obrigado a viajar de carro, já que aneblina impedia o uso de um helicóptero.João Paulo II rezou na basílica da Visita-ção, onde repousam os restos de SáoFrancisco de Sales, patrono dos jornalis-tas, que aqui viveu exilado como bispo deGenebra porque os calvinistas não lhepermitiam residir nessa cidade. Depois,num parque próximo a um lago, o papacelebrou uma missa assistida por cerca de80 mil fiéis.

Falando às freiras c padres, na basíli-ca, o papa agradeceu-lhes a devoção àIgreja e propôs como exemplos São Fran-cisco de Sales, fundador da ordem dossalesianos, e a fundadora da ordem mo-nástica feminina das visitadoras, SantaJoana de Chantal. Os dois santos são daregião. O papa louvou São Franciscocomo modelo, sobretudo por sua abertu-ra e capacidade de diálogo numa épocaturbulenta como a da reforma calvinista.

À tarde, em Lyon, o pontífice sereuniu com representantes das comunida-des judaica e muçulmana, e visitou auniversidade católica.

Annecy, França — Foto da AFP

do. O jornal Izvestia já tem preparadoum longo artigo sobre ele,

A confissão procede de um setor daintelectualidade georgiana que sofreu arepressão de seu conterrâneo Josef Sta-lin. O diretor Tengiz Abuladze, 62 anos,é um dos responsáveis pelo renascimentodo cinema da Geórgia. Entre seus filmesestão O pequeno asno de Magdana ePregação.

A confissão conta, cm tom de fábula,a história de uma mulher empenhada emdesenterrar e dar sumiço ao cadáver dodirigente local que acaba de falecer. Afamília da mulher fora vítima de umaperseguição injustificada. Processada porviolação de túmulo, a mulher alega que acidade não terá paz nem as novas gera-ções estarão seguras sem a eliminação docadáver. No julgamento aparecem as ati-vidades do político morto, inclusive astorturas em que se envolveu. O neto dodirigente, que desconhecia este lado dopassado do avô, se suicida com o fuzil dopai. A acusadora acaba internada numhospício.

O cinema é atualmente o mais dinâ-mico campo cultural da URSS. Esta sc-mana estréia cm Moscou o filme Tema,de Gleb Panfilov, que esteve congeladosete anos.

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O papa rezou para 8'

Anistia — O Senado uruguaio rejei-tou à noite um projeto de anistia parcialpara os militares acusados de violaçõesdos direitos humanos durante a ditadura.O projeto, apresentado pelo Partido Na-cional (Blanco), de centro, previa o jul-gamento apenas dos crimes consideradosmais graves — como assassinatos e desa-parecimentos — e que já tivessem sidodenunciados à Justiça até o dia 22 do mêspassado. O projeto não teve o apoio doPartido Colorado, governista, que defen-de uma anistia ampla e irrestrita, nem daFrenta Ampla, de esquerda, que deseja ojulgamento de todos os militares acusa-dos de terem cometido excessos na rc-pressão. A falta de um acordo nacionalsobre a questão paralisou a investigaçãodos processos contra militares que estãona Justiça.Kadhafi — O líder líbio MuammarKadhafi disse que já começou a instalarminas no litoral do país, para tornarimpossível aos Estados Unidos "coloca-rem suas mãos sujas em solo puro".Kadhafi discursou pela tevê em comemo-ração ao 16° aniversário da expulsão dastropas italianas da Líbia e disse quepretende fazer do país uma fortaleza. Eleameaçou transformar seus seguidores em"verdadeiros terroristas e praticar o ter-rorismo contra a América" se os EUAatacarem a Líbia novamente.Alerta — A Marinha americana deci-diu continuar a vigilância marítima eaérea da área do Oceano Atlântico aNordeste das Bermudas onde afundousegunda-feira um submarino nuclear so-viético equipado com mísseis. Amostrasde ar e água colhidas desde sábado nãodetectaram qualquer sinal de radioativi-dade proveniente dos dois reatores nu-cleares que estão a bordo do submarinoda classe Yankee, que levou 16 mísseisSS-N-20 com ogivas de 1 megaton ealcance de 2 mil 500 quilômetros.PerígO no ar — Um controlador devôo hnuam está pondo em risco aviões,ao dar falsas instruções aos pilotos pres-tes a aterrissar no aeroporto internado-nal de Miami, revelaram autoridades ae-ronáutkas americanas. Durante dois diasnas últimas duas semanas o falso contra-lador interferiu no tráfego aéreo,, iitili-zando a freqüência do controlador deradar. Numa ocasião um piloto estavaprestes a seguir as ordens, quando elasforam anuladas pela torre. "Trata-se deum maluco perigoso" disse um agente doFBI que investiga o caso.Sob dúvida — a NASA pode nãopossuir a capacidade técnica e científicapara dirigir o programa de naves espa-ciais recuperáveis, declarou uma comis-são de inquérito do Congresso america-no. Os congressistas exprimem preocupa-ção com a redução de pessoal nos últimosanos e com os baixos salários, que tomamdifícil atrair os trabalhadores de mais altaqualificação.Anistia — O Supremo Tribunal chilc-no confirmou a aplicação da anistia a 40militares — entre eles o ex-membro daJunta Militar, general Gustava Leigh —no processo a que respondiam pelo desa-parecimento de dez dirigentes comunis-tas, detidos em dezembro de 1976-

JORNAL DO BRASIL Internacional quarta-feira, 8/10/86 d Io caderno ? 15

Manágua e Washington—O governoda Nicarágua informou que o avião der-rubado perto da fronteira da Costa Ricapelo Exército sandinista estava cheio dearmas destinadas aos contras e tinhaquatro tripulantes, todos americanos. Oúnico que sobreviveu se identificou comoEugene Hafenfuf, de 35 anos, e disse serassessor militar em El Salvador.

A Nicarágua vai protestar enérgica-mente junto ao governo dos EstadosUnidos pelo que considera ser "parte deuma escalada agressiva americana" con-tra os sandinistas, como qualificou aporta-voz da chancelaria nicaragüense,Angela Saballos. O secretário de Estadoamericano, George Shultz, afirmou emWashington que o avião (provavelmenteum C-123) foi fretado por cidadãos ame-ricanos sem qualquer ligação com o go-verno dos Estados Unidos.

O governo de Manágua assegura,entretanto, que se trata de uma missão daCIA. Até ontem à noite, os helicópteroscolocados à disposição dos jornalistasinternacionais pelos sandinistas para che-garem ao local do acidente não puderamcompletar a viagem devido ao mau tem-po. O avião foi derrubado por mísseisterra-ar quando voava sobre o rio Tule,na província de San Juán, junto à frontei-ra da Costa Rica. Hafenfuf permanece nolocal e as autoridades esperam ter condi-ções de levá-lo para a capital assim quefor possível.

De acordo com o Ministério da Defe-sa, o aparelho (totalmente camuflado)transportava 50 mil pentes de muniçãopara rifles automáticos AK-47, dezenasde rifles, um número não especificado degranadas para serem lançadas por fogue-tes e material para os guerrilheiros, inclu-sive um grande volume de botas decampanha.

O secretário de Estado adjunto paraAssuntos Interamericanos, ElliotAbrams, negou que o avião estivesse emmissão militar americana, alegando que o

Londres — Foto da Reuters

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Brasil pede "agrément

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O avião de transporte C-123 (semelhante ao da foto) levava quatro tripulantes

Congresso proibiu esse tipo de ajudadireta aos contras, quando aprovou aconcessão de 100 milhões de dólares paraos anti-sandinistas.

A embaixada americana em San Sal-vador informou que o suposto assessormilitar Hafenfut não tem qualquer liga-ção com a representação dos EstadosUnidos em El Salvador: Pendelton Ag-new, porta-voz da embaixada, disse:"Eugene Hafenfuf não é assessor, não éempregado da embaixada, não tem ne-nhuma relação no momento conosco, seunome não consta nos nossos arquivos eninguém por aqui o conhece ou lembradele. " Os EUA mantêm 55 assessoresmilitares em El Salvador.

O irmão do único sobrevivente, Wil-liam Hafenfuf, informou nos EstadosUnidos que Eugene é um ex-marine quetrabalha para uma companhia de trans-

porte aéreo da Flórida e nasceu emWisconsin. há 35 anos. Segundo William,ele se especializou em distribuição decarga em aviões de transporte, durantesua permanência no Exército americano.Mais tarde, Eugene teria pertencido auma escola de pára-quedismo. Se as in-formações forem confirmadas, EugeneHafenfuf seria o primeiro americano pre-so em combate na Nicarágua em cincoanos.

• Em Washington, o deputado de-mocrata Henry Gonzalez denunciou evi-dências de que a CIA está usando fundosnão autorizados para ajudar os contras.Essas evidências vieram à tona com oacidente do último fim de semana noTexas, quando um avião civil caiu ematou os três tripuiuntes, numa base daForça Aérea americana. O avião carrega-va explosivos destinados aos rebeldesanti-sandinistas.

Arquivo

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Eugene Hafenfuf, de 35anos, é o único sobrevivente

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EUA dão 5 semanas para que oChile melhore direitos humanos

Arquivo

Sílvia S. Costa

O jornal terá 32 páginas

Londres ganhanovo jornal"independente"

Londres — Um novo jornal, TheIndependent, foi lançado ontem em Lon-dres, com 32 páginas e tiragem inicial de630 mil exemplares, para tentar conquis-tar uma fatia do mercado de "jornaissérios", ocupado até agora pelos quatrograndes britânicos: The Times, The Guar-dian, Daily Telegraph e Financial Times.

Fundado por três ex-integrantes daredação do Daily Telegraph, o novo jor-nal pretende adotar uma postura políticade leve tintura social-democrata mas,como seu nome sugere, independente degrupos ou partidos políticos. Seu objetivoé conquistar uma faixa de leitores bemdefinida, formada principalmente por jo-vens profissionais ascendentes entre 25 e45 anos, em geral céticos em relação aospartidos tradicionais. Desafiando umconceito vigente no jornalismo britânicode que

"notícias do exterior não vendemjornal", The Independent pretende fazerda cobertura internacional seu principalargumento de vendas.

O jornal espera manter uma tiragemmédia de 375 mil exemplares nos dias desemana, o necessário para se tornar viá-vel. Em seu primeiro número, ofereceuquatro páginas de assuntos nacionais, trêsde internacionais, quatro de economia,quatro de esportes e um suplementocultural. Ele rompe outra tradição brita-nica, a de que todo jornal tem de ter umapágina feminina.

The Independent foi financiado porvários grupos e empresas mas nenhumapessoa, física ou jurídica, tem mais de10% das ações e os editores pretendempreservar essa situação. Os financiadoresestão interessados apenas no retorno doinvestimento e não terão influência nalinha editorial.

O otimismo de seus fundadores sebaseia no argumento de que o lançamen-to de um jornal de qualidade hoje em diaenvolve menos riscos. The Independentserá produzido com moderna tecnologiae emprega apenas 350 pessoas, metadedelas jornalistas. A média de idade daredação é de 30 anos.

Trata-se do segundo jornal lançadoem Londres este ano. Em abril, EddieShaw, jovem empresário britânico deorigem iraniana, lançou o sensacionalistaToday, a cores. Num mercado saturado,Today não foi bem. São editados atual-mente na capital britânica 12 matutinos(incluindo o recém-nascido The Indepen-dent) e um vespertino.

Depois de estudar a possibilidade defechar, Today prosseguiu em sua difícilcaminhada, embora Eddie Shaw fosseobrigado a vender a maior parte dasações.

"O governo do Chile tem cinco sema-

nas para melhorar a situação dos direitoshumanos e espero que faça algo nessesentido, pelo bem do povo chileno."

Esse prazo foi dado pelo secretáriode Estado adjunto para Assuntos Intera-mericano, Elliot Abrams, ao comentar aposição dos Estados Unidos em relaçãoao governo de Santiago. Cinco semanas éo período que falta para a decisão sobreum empréstimo de 250 milhões de dóla-res do Banco Mundial ao Chile.

"Gostaríamos de votar a favor daconcessão do empréstimo", disseAbrams, em entrevista a jornalistas detodo o mundo através do circuito fechadode televisão Arnet (American RepublicsNews) na sede da Embratel, no Rio."Mas nossa lei não permite que se apoieesse tipo de empréstimo se os direitoshumanos não estiverem sendo respei-tados."

Segundo Abrams, "não há qualquerjustificativa para a permanência da dita-dura no Chile". Ele afirmou mais umavez que os Estados Unidos gostariam dever naquele país

"uma transição para ademocracia como as que se observam noBrasil e na Argentina".

Abrams diz que o governo do generalAugusto Pinochet não é o único proble-ma do Chile e destaca "as atividades dos

tMáé/m W'jmM mElliot Abrams

comunistas", incluindo as descobertas dearsenais clandestinos, com grande quanti-dade de armas de fabricação soviética, eo recente atentado contra a vida dopresidente.

"Isso não vai ajudar o Chile achegar à democracia", acrescentou.

— As intervenções soviética e cuba-na deveriam unir os democratas chilenosnum esforço para agir a caminho datransição democrática — sugeriuAbrams, enfatizando que apenas reflete apolítica do governo Reagan, de apoio ao

crescimento e fortalecimento das demo-crÜciás na América Latina. — Queremosque os países que permanecem sob regi-mes ditatoriais se democratizem.

Entre esses países, estaria também aNicarágua, governada pelos sandinistas ealvo constante das críticas de Washing-ton, que considera a região crucial para asegurança dos Estados Unidos. Abramsafirma que

"não há chance de paz naAmérica Central enquanto os sandinistasse opuserem a ela e continuarem apoian-do o terrorismo, que ameaça as democra-cias do continente".

— Esperamos que na cúpula deReikjavik (entre Reagan e Mikhail Gor-bachev) o desejo de paz na AméricaCentral possa ser negociado, pois o apoiosoviético é que possibilita as restrições àdemocracia, como na Nicarágua. Massomos realistas e não acreditamos queeles estejam interessados na estabilidadedaquela região. Por isso, não sou otimistaa esse respeito.

Abrams disse ainda que as relaçõesentre Brasil e Estados Unidos melhora-ram muito com a visita do presidente JoséSarney a Washington e que o governoamericano tem grandes esperanças deresolver os conflitos comerciais entre osdois países, especialmente na área dainformática, através de negociações."Até 31 de dezembro teremos tempopara conversar e acho que conseguiremosencontrar uma solução", concluiu.

Brasília — O governo brasileiro pe-diu ontem o agrément para o ex-diplomata e atual vice-presidente do Uni-banco, Marcílio Marques Moreira, e ini-ciou gestões junto ao governo americanoa fim de que seja concedido ainda estasemana. A pressa do governo brasileiro épara permitir que o futuro embaixadornos Estados Unidos seja sabatinado peloSenado, na próxima quarta-feira, quandoserá feito um novo esforço concentrado,a pedido do próprio presidente José Sar-ney, para aprovar os nomes de outrosoito embaixadores já indicados.

O pedido para o esforço concentradofoi feito ontem pelo presidente Sarney,ao líder do PFL, no Senado, CarlosChiarelli (RS), afirmando que pretende"solucionar" as questões nessas embaixa-das, já que pretende retomar suas viagensao exterior, a partir de março, começan-do pela França e índia. "Como a embai-xada nos Estados Unidos é um posto decinco estrelas e muito importante nessemomento, o presidente quer que o futuroembaixador Marques Moreira tenha seunome aprovado pelo Senado na próximasemana", disse o senador Chiarelli.

A escolha do nome de Marcílio Mar-quês Moreira foi pessoal do presidenteSarney, segundo informou ontem umassessor do Palácio do Planalto. Marcílioé amigo do presidente Sarney há mais de20 anos, quando os dois foram aproxima-dos pelo escritor Odilo Costa Filho.

Antes de chegar a seu nome, o presi-dente Sarney primeiro traçou o perfil doembaixador que queria para os EstadosUnidos: experiência diplomática, pene-tração no mundo acadêmico e no mundofinanceiro e comercial dos Estados Uni-dos e Europa e experiência empresarial.A carapuça caiu perfeita na cabeça do ex-diplomata, vice-presidente de banco,conferenciasta sobre economia interna-cional e dívida externa, Marcílio MarquesMoreira, 55 anos.

Primeiro colocado no Instituto RioBranco, em 1954, ele já serviu na embai-xada de Washington, em 1963, com oembaixador Walter Moreira Salles, que oconvenceu a abandonar a carreira paratrabalhar com ele no Unibanco, ondeestá até hoje. O presidente Sarney, noencontro de 20 minutos que manteve comele segunda-feira, no Palácio do Planalto,o demoveu da idéia de continuar nainiciativa privada e ele retorna, assim, àcarreira que abandonou há 23 anos.

Prefeito de Nova Iorque querdar "pílula" a secundaristas

Nova Iorque — O prefeito de NovaIorque, Edward Koch, o sindicato deprofessores municipais e um importantegrupo protestante manifestaram seuapoio a um programa de distribuição deanticoncepcionais em clínicas de noveescolas de nível médio (high-school) dacidade. O governador do Estado, MarioCuomo, entretanto, disse que precisa detempo para estudar a questão.

Através de programas financiadospelo Estado, os contraceptivos são fome-cidos como parte dos serviços gerais desaúde nas escolas ou clínicas conveniadasa elas. Duas escolas de Manhattan, ondea média de idade dos estudantes é de 18anos, distribuem os anticoncepcionais nopróprio campus.

Um porta-voz do Conselho Escolar,Nathan Quinones, informa que está sen-do estudada uma ampliação do progra-ma, dentro das limitações orçamentárias.

O prefeito Koch disse que a premissados programas de controle de natalidadenas escolas deve ser a recomendação daabstinência. Mas acrescentou:"É

preciso ser uma ostra para acredi-tar que os adolescentes vão adotar aabstinência simplesmente porque você arecomendou".

Citando "casos terríveis" de gravidezde meninas de 12, 13 anos, Koch disseque foi correta a política do Conselho deEducação de "fornecer informações emeios anticoncepcionais".

Referindo-se ao programa, o gover-nador Cuomo declarou não estar ainda

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Veja,nos Classificados.o melhor presentepara seu filho,noDia da Criança.

Escolha, no Caderno deClassificados, a molduramais parecida com seu filho.

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Marcílio Marques Moreira

A escolha de Marcílio Marques Mo-reira para ser o novo embaixador doBrasil nos Estados Unidos está direta-mente ligada à questão da dívida externa.O palácio do Planlto achou que umbanqueiro poderia conversar de formamais direta sobre a renegociação da dívi-da brasileira. "É uma conversa debajt-queiro para banqueiro", comentou.umdiplomata, lembrando a larga tradiçào,r)eMarcílio Moreira no setor financeiro im-ternacional.

Ele é autor de vários livros do setoreconômico e financeiro, inclusive sobre adívida externa, o Plano Cruzado e'ãsperspectivas econômicas do país. É tidocomo um liberal e um analista das quês-toes brasileiras, tendo sempre deferrcíídoa não subserviência brasileira aos'páfsèsdesenvolvidos, condenado a recess3o"epregado a necessidade da retomada'docrescimento industrial brasileiro. Hm3

A escolha de seu nome não passoupelo Itamarati. Ele era cotado dentro dacasa, mas os diplomatas somente soube-ram da sua escolha quando o convite'jáhavia sido feito pelo próprio presidenteSarney. Mas a reação a seu nome não fpiruim, até porque Marcílio Moreira é.usndiplomata. ..TibNi

Embaixador cubano chegae faz passeio pelo Rio

Com fala pausada e calma, o primei-ro embaixador de Cuba no Brasil, após os22 anos de isolamento diplomático entreos dois países, chegou ontem ao Rio deJaneiro disposto a correr em busca do

..t£mpo4Krdi.dQ,-Jorge_Bo!an.pssurpreen-deu pela tranqüilidade com que se colo-cou frente aos jornalistas, na sua brevesaudação logo após o desembarque.

Bolanos, 50 anos, já foi embaixadorna Polônia, na Tchecoslováquia e naInglaterra. Nos últimos cinco anos exer-cia as funções de viec-ministro de Rela-ções Exteriores em seu país, cargo queacumulava com a responsabilidade dechefiar o Departamento de Europa.Preocupado em não criar problemas norestabelecimento da delicada relação en-tre Havana e Brasília, Bolanos fugiu detodas as perguntas sobre a importância desua missão.

Ele apenas encordou em dizer queexistem áreas de interesse comercial quetanto um país quanto o outro podemexplorar. Os cubanos têm interesse emrealizar compras no mercado brasileiro e

desenvolver associações com empresasbrasileiras para explorar o mercado deterceiros países,

"no mundo ocidentál-ouem países comunitas". Ele entende quê oBrasil deve decidir sobre o que vai lheinteressar dentre os produtos exportadospor Cuba. • ••

A principal preocupação do embaixa-dor Bolanos foi a de não dar declarações;em entrevistas com jornalistas, antes deconversar com o presidente José Sarney.Ele chegará amanhã cedo a Brasília paraentregar suas credenciais ao chefe dogoverno. Ontem, depois de almoçar ribrestaurante do Hotel Marina Rio. saihcom amigos para um passeio pelo Rio e íinoite participou de uma festa de artistasna residência do cineasta Nei Sroulevitch.

Bolanos disse não estar preocupadocom eventuais críticas à revolução cuba-na. "Não temos um catálogo de respostasa essas perguntas. Não é esse o nossotrabalho. Respeitamos as opiniões sobrea revolução cubana, mas são apenas opi-niões, não fazem parte da minha rotina"completou.

preparado "para dizer sim ou não a ele".

Disse estar preocupado em não dar aosestudantes a impressão de que a atividadesexual é tolerada. E acrescenta: "a parti-cipação dos pais é importante".

A exemplo do governador, RobertPolk, diretor-executivo do Conselho deIgrejas da Cidade de Nova Iorque, dizque apoia a distribuição de anticoncep-cionais nas escolas "desde que os paissejam informados".

Entretanto outro integrante do Con-seiho, o reverendo Carol Matteson Cox,da Igreja Metodista, opina que os contra-ceptivos devem ser distribuídos sem oconsentimento dos pais.

"É irrealístico esperar que eles con-sintam" afirma ele.

Protesto une cidade ecampo em Buenos Aires

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Rosental Calmon AlvesCorrespondente

Buenos Aires— A Confederação Ge-ral do Trabalho (CGT) enchia o centroda cidade de cartazes convocando paraamanhã a sétima greve geral desde aposse de Alfonsín, enquanto centenas deagricultores e pequenos proprietários ru-rais faziam, ontem, uma passeata nacapital. "Se o governo não vai ao campo,o campo vai ao governo", gritavam osmanifestantes, que marcharam do Con-gresso Nacional até a Casa Rosada, sededo Executivo, onde o presidente recebeuseus líderes.

Os agricultores têm sofrido proble-mas similares aos de seus colegas brasilei-ros, como a falta de crédito rural oudescontentamento com a política de pre-ços mínimos. Os grandes fazendeiros elatifundiários também estão desconten-tes, mas a passeata de ontem era só depequenos proprietários, aqui chamadosde chacareros, e também de outros quearrendam terras para plantar e pagamcom porcentagens.

Politicamente, o governo enfrentaráum problema bem maior amanhã, quan-do a CGT realizará outra greve geral,exigindo reposição salarial e mudançapolítica econômica. Como as outras seisque os peronistas organizaram desde queAlfonsín assumiu a Presidência, em de-zembro de 1983, esta paralisação deverácustar 200 milhões de dólares ao país,devido sobretudo à interrupção da produ-ção industrial. Das outras vezes, os sindi-catos não conseguiram nada ou quasenada com essas maciças demonstraçõesde força."Esta será uma reiteração de umatécnica de confrontação política, utilizadapor alguns que estão mais preocupadoscom seus interesses políticos, pois não éassim que se vai conseguir mudar a políti-

ca econômica do governo", declarou,pvice-ministro do Trabalho, Armando.Ca-ro Figueroa, criticando justamente o,pe-ronismo, de cujas fileiras saiu. • /ru

Ele observou que a CGT teve. deadiar a greve geral há dois meses por faltade adesões e agora decide realizá-la aoperceber certa insatisfação com o recenteaumento dos índices inflacionários.

Para Caro Figueroa, a maior e maisjusta insatisfação é a dos funcionáriospúblicos, vítimas de desequilíbrios sala,-riais tremendos e com uma renda, cadavez mais deprimida. A maior preocupa.-ção do governo, porém, não é com.agreve de amanhã, que se reduz no finaliauma manifestação política genérica, naopinião dos analistas oficiais. O que ogoverno tenta evitar é a proliferação degreves setoriais, como a das ferrovias,que está marcada para hoje.

O setor sindical é uma espécie decalcanhar de Aquiles do governo Alfoa-sín, que teve seu maior fracasso políticojustamente ao estrear no Parlamento,tentando impor um projeto que alterariasubstancialmente a legislação trabalhista.Quase três anos depois dessa derrota, háatualmente três projetos tramitando noCongresso: um do governo, um da CGT eoutro de um senador peronista.

Alfonsín náo desistiu da idéia de queé necessário "modernizar" a estruturasindical deste país, que continua domina-da por sistemas considerados corporan>vistas e que facilitariam a manutençãodopoder com os peronistas. A greve deamanhã será outra demonstração de for-ça dos sindicalistas, que podem não com-seguir derrubar o Plano Austral, mas vãoparar novamente a Argentina e desta vezcom uma novidade: farão uma passeatabarulhenta, já que a ordem é chamar aatenção usando tudo o que possa fazerruído, como panelas vazias, buzinàsapitos. iibàM

JORNAL DO BRASIL Internacional 2° Clichê ? quarta-feira, 8/10/86 ? 1" caderno ? 15

Avião rebelde derrubado na Nicarágua mata 2 americanos

Brasil pede

"agrément"

para Marcílio MoreiraJL Arauivo

CK.

Manágua e Washington — O governoda Nicarágua informou que o avião mili-tar de transporte C-123 derrubado pertoda fronteira da Costa Rica pelo Exércitosandinista estava cheio de armas destina-das aos contras c tinha quatro tripulantes,ttês americanos e um latino-americano, oúnico ainda não identificado. Só sobrevi-veu o americano Eugene Hasenfus, de 45anos, que segundo o Ministério da Defe-sa nicaragüense era assessor militar em ElSalvador.

A Nicaráqua vai protestar energica-mente junto ao governo dos Estados

_ Unidos pelo que considera ser "parte de. uma escalada agressiva americana" con-

tra os sandinistas, como qualificou aporta-voz da chancelaria nicaragüense,Ângela Saballos. O secretário de Estadoamericano, Georgc Shultz, afirmou emWashington que o avião foi fretado porcidadãos americanos sem qualquer liga-ção com o governo dos Estados Unidos.

0!y O governo de Manágua assegura,. entretanto, que se tratava de uma missão

da CIA. Por causa do mau tempo, só..;jj ontem à noite os helicóteros colocados à

disposição dos jornalistas estrangeirospuderam chegar ao porto de San Carlos,' rço lago Nicarágua, para onde foi levado otripulante sobrevivente. Eugene Hasen-Jys disse que embarcou em El Salvador,

/ . i.qnde estava desde julho, e que o aviãoncítez uma escala em Honduras para reco-

?0b |her o tripulante latino-americano.-om rr O tenente-coronel Roberto Calde-Kttv rión, chefe da 5a região militar sandinista,i-b ' identificou o piloto c o co-piloto mortos«"'." como William J. Cooper e Wallace Blai-ut' né Sawer Jr. Calderón afirmou que seus

•¦"""documentos os identificavam como asses-.Bíiigorcs "do grupo dos EUA em El Salva-m dor". Acrescentou que Eugene Hasenfus

» b levava um cartão de identificação assina-f. i do pelo comando da Força Aérea salva-

dorenha e Cooper trabalhava para aI3,. companhia de aviação Southern Air

Londres — Foto da Reuters¦¦¦¦

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San Juan, Nicarágua — Foto da Reuters

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Õ americano Eugene ¦'Hasenfus (C), capturado pelos sandinistas, foi o único sobrevivente

Transport que, segundo Calderón, é liga-da à CIA. Hasenfus disse que no aero-porto de Ilopango, em El Salvador, hápelo menos mais cinco aviões usados emoperações contra a Nicarágua.

De acordo com o Ministério da Defe-sa nicaragüense, o aparelho estava total-mente camuflado ao ser derrubado pormísseis terra-ar quando voava sobre o rioTule, na província de San Juan. Elelevava 50 mil pentes de munição pararifles automaficos AK-47, dezenas derifles, um número não especificado degranadas para serem lançadas por fogue-tes e material para os guerrilheiros, inclu-sive um grande número de botas.

A embaixada americana em San Sal-vador informou que o suposto assessor

militar Hesenjus não tem qualquer liga-ção com a representação dos EstadosUnidos cm El Salvador. Pendelton Ag-new, porta-voz da embaixada, disse:"Eugene Hasenjus não é assessor, não éempregado da embaixada, não tem ne-nhuma relação no momento conosco, seunome não consta nos nossos arquivos eninguém por aqui o conhece ou se lembradele." Os EUA mantêm 55 assessoresmilitares em El Salvador.

O irmão dq único sobrevivente, Wil-liam'Hasenjus, informou nos EstadosUnidos que Eugene é um ex-marine quetrabalha para uma companhia de trans-porte aéreo da Flórida e nasceu cmWisconsin, há 35 anos. Segundo William,ele se especializou em distribuição de

carga em aviões de transporte, durantesua permanência no Exército americano.Mais tarde, Eugene teria pertencido auma escola de pára-quedismo. Se as in-formações forem confirmadas, EugeneHasenjus seria o primeiro americano pre-so em combate na Nicarágua em cincoanos.

• Em Washington, o deputado de-mocrata Henry Gonzalez denunciou quea CIA está usando fundos não autoriza-dos para ajudar os contras.

Fontes governamentais disseram aoThe New York Times que o C-136 derru-bado na Nicarágua era operado pelaorganização liderada pelo major america-no reformado John Singlaub — o Conse-lho pela Liberdade Mundial.

EUA dão 5 semanas para que

o

Chile melhore direitos humanos

Sílvia S. Costa

"•MT-.: " O jornal terá 32 páginas

Londres ganha

novo jornal

f;independente"T.

Londres — Um novo jornal, TheIndependent, foi lançado ontem em Lon-dres, com 32 páginas e tiragem inicial de630 mil exemplares, para tentar conquis-tar uma fatia do mercado de "jornais

' sérios", ocupado até agora pelos quatrograndes britânicos: The Times, The Guar-dian, Daily Telegraph e Financial Times.

Fundado por três ex-integrantes daredação do Daily Telegraph, o novo jor-nal pretende adotar uma postura políticade leve tintura social-democrata mas,: como seu nome sugere, independente de, J grupos ou partidos políticos. Seu objetivoe conquistar uma faixa de leitores bemdefinida, formada principalmente por jo-vens profissionais ascendentes entre 25 e• -45 anos, em geral céticos em relação aos

. , partidos tradicionais. Desafiando umconceito vigente no jornalismo britânico

!• de que "notícias do exterior não vendemjornal", The Independent pretende fazer

, da cobertura internacional seu principalc> i argumento de vendas.

O jornal espera manter uma tiragemmc média de 375 mil exemplares nos dias de

•i semana, o necessário para se tomar viá-vel. Em seu primeiro número, ofereceu

¦ quatro páginas de assuntos nacionais, trêsde internacionais, quatro de economia,quatro de esportes, e um suplementocultural. Ele rompe outra tradição britâ-nica, a de que todo jornal tem de ter umapágina feminina.

The Independent foi financiado porvários grupos c empresas mas nenhuma'" ' pessoa, física ou jurídica, tem mais de10% das ações e os editores pretendem'preservar essa situação. Os financiadores^ éStão interessados apenas no retorno do'investimento e não terão influência na: linha editorial.

O otimismo de seus fundadores sebaseia no argumento de que o lançamen-to de um jornal de qualidade hoje em dia

ci .envolve menos riscos. The Independentn sèrá produzido com moderna tecnologiast,i emprega apenas 350 pessoas, metade

aelas jornalistas. A média de idade daredação é de 30 anos.

•bpujo Trata-se do segundo jornal lançadoornW Londres este ano. Em abril, Eddie

rui.&Snaw, jovem empresário britânico de. Origem iraniana, lançou o sensacionalista

Today, a cores. Num mercado saturado,Today não foi bem. São editados atual-

íl-finente na capital britânica 12 matutinos1 w .-{incluindo o recém-nascido The Indepen-il ,dent) e um vespertino.— v. Depois de estudar a possibilidade de-£ fechar, Today prosseguiu cm sua difícil•: caminhada, embora Eddie Shaw fosse

obrigado a vçnder a maior parte das.r jiçóes.

"O governo do Chile tem cinco sema-nas para melhorar a situação dos direitoshumanos e espero que faça algo nessesentido, pelo bem do povo chileno."

Esse prazo foi dado pelo secretáriode Estado adjunto para Assuntos Intera-mericano, Elliot Abrams, ao comentar aposição dos Estados Unidos em relaçãoao governo de Santiago. Cinco semanas éo período que falta para a decisão sobreum empréstimo de 250 milhões de dóla-res do Banco Mundial ao Chile.

"Gostaríamos de votar a favor daconcessão do empréstimo", disseAbrams, em entrevista a jornalistas detodo o mundo através do circuito fechadode televisão Arnet (American RepublicsNews) na sede da Embratel, no Rio."Mas nossa lei não permite que se apóieesse tipo de empréstimo se os direitoshumanos não estiverem sendo respei-tados."

Segundo Abrams, "não há qualquerjustificativa para a permanência da dita-dura no Chile". Ele afirmou mais umavez que os Estados Unidos gostariam dever naquele país "uma transição para ademocracia como as que se observam noBrasil e na Argentina".

Abrams diz que o governo do generalAugusto Pinochet não é o único proble-ma do Chile e destaca "as atividades dos

Arquivo

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Ihkai-ii.'! 'Elliot Abrams

comunistas", incluindo as descobertas dearsenais clandestinos, com grande quanti-dade de armas de fabricação soviética, eo recente atentado contra a vida dopresidente. "Isso não vai ajudar o Chile achegar à democracia", acrescentou.

— As intervenções soviética e cuba-na deveriam unir os democratas chilenosnum esforço para agir a caminho datransição democrática — sugeriuAbrams, enfatizando que apenas reflete apolítica do governo Reagan, de apoio ao

crescimento e fortalecimento das demo-cracias na América Latina. — Queremosque os países que permanecem sob regi-mes ditatoriais se democratizem.

Entre esses países, estaria também aNicarágua, governada pelos sandinistas ealvo constante das críticas de Washing-ton, que considera a região crucial para asegurança dos Estados Unidos. Abramsafirma que "não há chance de paz naAmerica Central enquanto os sandinistasse opuserem a ela e continuarem apoian-do o terrorismo, que ameaça as democra-cias do continente".

— Esperamos que na cúpula deReikjavik (entre Reagan e Mikhail Gor-bachev) o desejo de paz na AméricaCentral possa ser negociado, pois o apoiosoviético é que possibilita as restrições àdemocracia, como na Nicarágua. Massomos realistas e não acreditamos queeles estejam interessados na estabilidadedaquela região. Por isso, não sou otimistaa esse respeito.

Abrams disse ainda que as relaçõesentre Brasil e Estados Unidos melhora-ram muito com a visita do presidente JoséSarney a Washington e que o governoamericano tem grandes esperanças deresolver os conflitos comerciais entre osdois países, especialmente na área dainformática, através de negociações."Até 31 de dezembro teremos tempopara conversar e acho que conseguiremosencontrar uma solução", concluiu.

Prefeito de Nova Iorque quer

dar

"pílula" a secundaristas

Nova Iorque — O prefeito de NovaIorque, Edward Koch, o sindicato deprofessores municipais e um importantegrupo protestante manifestaram seuapoio a um programa de distribuição deanticoncepcionais cm clínicas de noveescolas de nível médio (high-school) dacidade. O governador do Estado, MarioCuomo, entretanto, disse que precisa detempo para estudar a questão.

Através de programas financiadospelo Estado, os contraceptivos são fome-cidos como parte dos serviços gerais desaúde nas escolas ou clínicas conveniadasa elas. Duas escolas de Manhattan, ondea média de idade dos estudantes é de 18anos, distribuem os anticoncepcionais nopróprio campus.

Um porta-voz do Conselho Escolar,Nathan Quinones, informa que está sen-do estudada uma ampliação do progra-ma, dentro das limitações orçamentárias.

O prefeito Koch disse que a premissados programas de controle de natalidadenas escolas deve ser a recomendação daabstinência. Mas acrescentou:"É preciso ser uma ostra para acredi-tar que os adolescentes vão adotar aabstinência simplesmente porque você arecomendou".

Citando "casos terríveis" de gravidezde meninas de 12, 13 anos, Koch disseque foi correta a política do Conselho deEducação de "fornecer informações emeios anticoncepcionais".

Referindo-se ao programa, o gover-nador Cuomo declarou não estar ainda

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o melhor presente

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Brasília — O governo brasileiro pe-diu ontem o agrément para o ex-diplomata e atual vice-presidente do Uni-banco, Marcílio Marques Moreira, c ini-ciou gestões junto ao governo americanoa fim de que seja concedido ainda estasemana. A pressa do governo brasileiro épara permitir que o futuro embaixadornos Estados Unidos seja sabatinado peloSenado, na próxima quarta-feira, quandoserá feito um novo esforço concentrado,a pedido do próprio presidente José Sar-ney, para aprovar os nomes de outrosoito embaixadores já indicados.

O pedido para o esforço concentradofoi feito ontem pelo presidente Sarney,ao líder do PFL, no Senado, CarlosChiarelli (RS), afirmando que pretende"solucionar" as questões nessas embaixa-das, já que pretende retomar suas viagensao exterior, a partir de março, comcçan-do pela França e índia. "Como a embai-xada nos Estados Unidos é um posto decinco estrelas e muito importante nessemomento, o presidente quer que o futuroembaixador Marques Moreira tenha seunome aprovado pelo Senado na próximasemana", disse o senador Chiarelli.

A escolha do nome de Marcílio Mar-ques Moreira foi pessoal do presidenteSarney, segundo informou ontem umassessor do Palácio do Planalto. Marcílioé amigo do presidente Sarney há mais de20 anos, quando os dois foram aproxima-dos pelo escritor Odilo Costa, filho.

Antes de chegar a seu nome, o presi-dente Sarney primeiro traçou o perfil doembaixador que queria para os EstadosUnidos: experiência diplomática, pene-tração no mundo acadêmico e no mundofinanceiro e comercial dos Estados Uni-dos e Europa e experiência empresarial.A carapuça caiu perfeita na cabeça do ex-diplomata, vice-presidente de banco,conferenciasta sobre economia interna-cional e dívida externa, Marcílio MarquesMoreira, 55 anos.

Primeiro colocado no Instituto RioBranco, cm 1954, ele já serviu na embai-xada de Washington, cm 1963, com oembaixador Walter Moreira Salles, que oconvenceu a abandonar a carreira paratrabalhar com ele no Unibanco, ondeestá até hoje. O presidente Sarney, noencontro de 20 minutos que manteve comele segunda-feira, no Palácio do Planalto,o demoveu da idéia de continuar nainiciativa privada e ele retorna, assim, àcarreira que abandonou há 23 anos.

Marcílio Marques Moreira

A escolha de Marcílio Marques Mo-reira para ser o novo embaixador doBrasil nos Estados Unidos está direta-mente ligada à questão da dívida externa.O palácio do Planlto achou que umbanqueiro poderia conversar de formamais direta sobre a renegociação da dívi-da brasileira. "É uma conversa de ban-queiro para banqueiro", comentou umdiplomata, lembrando a larga tradição deMarcílio Moreira no setor financeiro in-ternacional.

Ele é autor de vários livros do setoreconômico c financeiro, inclusive sobre adívida externa, o Plano Cruzado c asperspectivas econômicas do país. É tidocorno um liberal e um analista das ques-tócs brasileiras, tendo sempre defendidoa não subserviência brasileira aos paísesdesenvolvidos, condenado a recessão epregado a necessidade da retomada docrescimento industrial brasileiro.

A escolha de seu nome não passoupelo Itamarati. Ele era cotado dentro dacasa, mas os diplomatas somente soube-ram da sua escolha quando o convite jáhavia sido feito pelo próprio presidenteSarney. Mas a reação a seu nome não foiruim, até porque Marcílio Moreira é umdiplomata.

Embaixador cubano chega

e faz passeio pelo Rio

Com fala pausada e calma, o primei-ro embaixador de Cuba no Brasil, após os22 anos de isolamento diplomático entreos dois países, chegou ontem ao Rio deJaneiro disposto a correr em busca dotempo perdido. Jorge Bolanos surpreen-deu pela tranqüilidade com que se colo-cou frente aos jornalistas, na sua brevesaudação logo após o desembarque.

Bolanos, 50 anos, já foi embaixadorna Polônia, na Tehecoslováquia e naInglaterra. Nos últimos cinco anos excr-cia as funções de vice-ministro de Rela-ções Exteriores em seu país, cargo queacumulava com a responsabilidade dechefiar o Departamento de Europa.Preocupado cm não criar problemas norestabelecimento da delicada relação en-tre Havana e Brasília, Bolanos fugiu detodas as perguntas sobre a importância desua missão.

Ele apenas cncordou em dizer queexistem áreas de interesse comercial quetanto um país quanto o outro podemexplorar. Os cubanos têm interesse emrealizar compras no mercado brasileiro e

desenvolver associações com empresasbrasileiras para explorar o mercado deterceiros países, "no mundo ocidental ouem países comunitas". Ele entende que oBrasil deve decidir sobre o que vai lheinteressar dentre os produtos exportadospor Cuba.

A principal preocupação do embaixa-dor Bolanos foi a de não dar declarações,em entrevistas com jornalistas, antes deconversar com o presidente José Sarney.Ele chegará amanhã cedo a Brasília paraentregar suas credenciais ao chefe dogoverno. Ontem, depois de almoçar norestaurante do Hotel Marina Rio, saiucom amigos para um passeio pelo Rio c ànoite participou de uma festa de artistasna residência do cineasta Nci Sroulevitch.

Bolanos disse não estar preocupadocom eventuais críticas à revolução cuba-na. "Não temos um catálogo de respostasa essas perguntas. Não é esse o nossotrabalho. Respeitamos as opiniões sobrea revolução cubana, mas são apenas opi-niôes, uüo fazem parte da minha rotina"completou.

preparado "para dizer sim ou não a ele".Disse estar preocupado cm não dar aosestudantes a impressão de que a atividadesexual é tolerada. E acrescenta: "a parti-cipação dos pais é importante".

A exemplo do governador, RobertPolk, diretor-executivo do Conselho deIgrejas da Cidade de Nova Iorque, dizque apóia a distribuição de anticoncep-cionais nas escolas "desde que os paissejam informados".

Entretanto outro integrante do Con-selho, o reverendo Carol Matteson Cox,da Igreja Metodista, opina que os contra-ceptivos devem ser distribuídos sem oconsentimento dos pais."É irrealístico esperar que eles con-sintam" afirma ele.

Protesto une cidade e

campo em Buenos Aires

Rosental Calmon AlvesCorrespondente

Buenos Aires — A Confederação Ge-ral do Trabalho (CGT) enchia o centroda cidade de cartazes convocando paraamanhã a sétima greve geral desde aposse de Alfonsín, enquanto centenas deagricultores e pequenos proprietários ni-rais faziam, ontem, uma passeata nacapital. "Se o governo não vai ao campo,o campo vai ao governo", gritavam osmanifestantes, que marcharam do Con-gresso Nacional até a Casa Rosada, sededo Executivo, onde o presidente recebeuseus líderes.

Os agricultores têm sofrido proble-mas similares aos de seus colegas brasilei-ros, como a falta de crédito rural oudescontentamento com a política de pre-ços mínimos. Os grandes fazendeiros elatifundiários também estão desconten-tes, mas a passeata de ontem era só depequenos proprietários, aqui chamadosde chacareros, e também de outros quearrendam terras para plantar e pagamcom porcentagens.

Politicamente, o governo enfrentaráum problema bem maior amanhã, quan-do a CGT realizará outra greve geral,exigindo reposição salarial e mudançapolítica econômica. Como as outras seisque os peronistas organizaram desde queAlfonsín assumiu a Presidência, em de-zembro de 1983, esta paralisação deverácustar 200 milhões de dólares ao país,devido sobretudo à interrupção da produ-ção industrial. Das outras vezes, os sindi-catos não conseguiram nada ou quasenada com essas maciças demonstraçõesde força."Esta será uma reiteração de umatécnica dc confrontação política, utilizadapor alguns que estão mais preocupadoscom seus interesses políticos, pois não éassim que se vai conseguir mudar a políti-

ca econômica do governo", declarou ovice-ministro do Trabalho, Armando Ca-ro Figueroa, criticando justamente o pe-ronismo, de cujas fileiras saiu.

Ele observou que a CGT teve dcadiar a greve geral há dois meses por faltade adesões e agora decide realizá-la aoperceber certa insatisfação com o recenteaumento dos índices inflacionários.

Para Caro Figueroa, a maior e maisjusta insatisfação é a dos funcionáriospúblicos, vítimas de desequilíbrios sala-riais tremendos e com uma renda cadavez mais deprimida. A maior preocupa-ção do governo, porém, não é com agreve de amanhã, que se reduz no final auma manifestação política genérica, naopinião dob analistas oficiais. O que ogoverno tenta evitar é a proliferação degreves setoriais, como a das ferrovias,que está marcada para hoje.

O setor sindical é uma espécie decalcanhar de Aquiles do governo Alfon-sín, que teve seu maior fracasso políticojustamente ao estrear no Parlamento,tentando impor um projeto que alterariasubstancialmente a legislação trabalhista.Quase três anos depois dessa derrota, háatualmente três projetos tramitando noCongresso: um do governo, um da CGT eoutro dc um senador peronista.

Alfonsín não desistiu da idéia de queé necessário "modernizar" a estruturasindical deste país, que continua domina-da por sistemas considerados corporati-vistas e que facilitariam a manutenção dopoder com os peronistas. A greve deamanhã será outra demonstração de for-ça dos sindicalistas, que podem não con-seguir derrubar o Plano Austral, mas vãoparar novamente a Argentina e desta vezcom uma novidade: farão uma passeatabarulhenta, já que a ordem é chamar aatenção usando tudo o que possa fazerruído, como panelas vazias, buzinasapitos.

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16. í a Io caderno ? quarta-feira, 8/10/86 JORNAL DO BRASIL

Ôl$LtuárioRio de Janeiro

Maria da Conceição Araújo(Tomes, 49, de infarto, no Hos-pitai «Santo Antônio da Estiva,em Miguel Pereira (RJ). Per-nambucana, contadora, traba-lhaya no DNER e era membrodq'Consclho Regional de Con-tatifljdade do Estado do Rio deJaiijçirp',, Solteira, morava emVaSsouras (RJ).Meteria Repsold, 87, de infarto,nrf'^çjspital da BeneficênciaPortuguesa. Carioca, casadacom Arthur Repsold. Tinhatrês

'filhos, netos e bisnetos.

Morava em Copacabana.Guiomar Reis — 60, de câncer,erftjtasa em Botafogo. Carioca,funcionária pública estadual.Trabalhava no Tribunal deContas do Estado. Era solteira.Alarde, Mendonça Faria, 56, deinsuficiência cardíaca, no Hos-pifai1 São Pedro de Alcântara.Carioca, casado com ValdemarMShbel Correia. Tinha um ne-toíVajdinei Sales Soares. Mo-raVaTrio Estácio.Antônio Rodrigues Bezerra, 44,de" jhfarto, em casa no Leblon.Cearense, casado com Zulmadá Çflya, Rodrigues Bezerra. Ti-nha, um .filho.Gracinda Augusta Lopes, 83,de..fiâncer, no Hospital Obra

Portuguesa de Assistência.Portuguesa, solteira. Tinha trêsfilhos. Morava no Flamengo.Antonia Maria da Silva — 63,de insuficiência respiratória, noHospital Miguel Couto. Minei-ra, solteira. Morava no Leblon.Silvio Miranda, 66, de derra-me, na Casa de Saúde Feman-do. Carioca, comerciante, ca-sado. Morava no Rio Com-prido.Antônio dos Santos Martins,78, de insuficiência respirató-ria, na Casa de Saúde SantaRita. Português, industriário.Casado com Emilia GonçalvesMartins. Morava em Copaca-bana.José Paulino de Oliveira, 60, dederrame, no Hospital de Bon-sucesso. Carioca, viúvo de Ju-raci Machado de Oliveira. Ti-nha seis filhos. Morava em En-genho de Dentro.Guilhermina Rosa Conceição,98, de derrame, no HospitalObra Portuguesa de Assistên-cia. Portuguesa, solteira. Mo-rava no Centro.Antônio Vicente da Silva, 81,de insuficiência respiratória, naClínica Dr. Eira. Pernambuca-no, casado com Cclina Cardosoda Silva. Tinha dois filhos.

:'j EstadosFctronilia Antonia Martins(I>ona Petu), 121, no AbrigoMariàna Magalhães, em Salva-dor.; Era' a mais antiga interna<lo..abrigo localizado no bairrodoçBarris e, provavelmente, amulriérmais idosa da Bahia.Trabalhou como doméstica du-rante anos em casas de famíliastraètícipfiáis c foi ama de leitedcVárias gerações. Nos últimosanos'3 única visita que recebiano^àsilq era do médico AmaralMtítiiZ, J2, um de seus últimos"fÇUios.fic leite". Vaidosa, gos-tavafluando diziam que ela erabonitarroas não casou, apesar

Exteriorrlesch, 75, de complica- nético

do grande número de preten-dentes que recusou. "Não caseiporque brigavam muito comciúme de mim. Não gosto dis-so. Fiquei só", costumava afir-mar às freiras e idosos com osquais convivia no asilo.Eugênio Trausula Filho, 28, deferimentos causados em desas-tre automobilístico, em SãoPaulo. Jornalista, repórter darevista Brasil Transportes, daAssociação Nacional das Em-presas de Transportes Rodo-viários de Carga. Trabalhou noCaderno Marketing da GazetaEsportiva e no Diário Popular,ambos de São Paulo.

Riçíés';''cardíacas, no HospitalD<$ds Fcrry, em Nova Iorque.Há"'Váriòs anos já sofria docoração, afirmava que o analfa-bcTlsmò è o quase analfabetis-mo são muito disseminados nosEstados Unidos porque

"nos-sas-eseolas fazem um trabalhonJTrhTía ãlfabetização". Alega-vai que o método usado pelamaioria das escolas do país —ensinar às crianças o significa-:dó, de palavras completas emvejz de lhes ensinar os sons daslefras — era "extremamente"ineficiente. Defendia a alfabe-tiáação através do método fo-

isto é, ensinando ossons das letras: "Todas as lín-guas, exceto o inglês, são ensi-nadas desta forma. Nossos 60milhões de analfabetos são víti-mas de nosso sistema educado-nal. Flcsch,, que nasceu emViena, na Áustria, em 8 demaio de 1911 e se tomou cida-dão norte-americano em 1944,escreveu 17 livros, dos quais omais famoso é Why Johnnycan't read: a new look at thescandal of õtir schools, que deuorigem a um grande debatesobre o sistema educacionalnorte-americano.

!<*

SOL LEVY RZEPALuiz Rzepa e família comunicam ofalecimento de sua Querida e amadaesposa, tia, avó SOLITA e convidampara a resa dia 10/10/86 às 18:00 hsna Sinagoga A.R.I. Rua General Seve-riano, 170 Botafogo.

| AMÉRICO RODRIGUES SAN PEDRO

t(Missa é» T Dia)

A Família agradece as manifestações de pesarpelo falecimento e convida para a Missa à reali-zar-se dia 10 de outubro, sexta-feira, às 08:00horas, na Igreja Santa-Margarida Maria, à Rua FreiSolano n° 23 — Fonte da Saudade — Lagoa.

; AGRADECIMENTOJA família de DARCY LIMA DA ROSA agra-;dece sensibilizada ao Dr. GERALDO MON-'TEIRO ALVES PEREIRA e Dr. JOSÉ MON-TEIRO ALVES PEREIRA e a todo corpo do^HOSPITAL N. S. DAS DORES pelo carinhoíe atendimento sempre recebidos.

Mulherganha fígadode menino

São Paulo — O fígado de ummenino de oito anos, que tevemorte cerebral no Paraná emconseqüência de um acidentede trânsito, foi transplantadocom êxito, na madrugada deontem, no corpo de uma do-mestiça de 43 anos, que há 11sofria de cirrose biliar prima-ria. O transplante foi o oitavorealizado pela equipe do cirur-gião Silvano Raia no Institutodo Coração desde setembro de1985. A paciente, Alzira Ed-neia de Freitas, nascida em RioPreto, Minas Gerais, passabem.

O doador foi Eridan JoséKrause, a quinta vitima da coli-sáo entre um Passat e umacamioneta F-1000 na rodoviaBR-369, no Oeste do Paraná,no domingo passado. No aci-dente morreram também ospais de Eridan, João e MariaHelena Krause, e seus irmãosmenores Elisan Daniel c ElianeDaniel. A doação do fígado foiautorizada pela avó materna.

A disponibilidade do órgãopara transplante foi comunica-da na segunda-feira pela ma-nhã a Silvano Raia pelo médicoTomas Massaiuki Tanaka, doHospital Nossa Senhora da Sa-lete de Cascavel (PR), assimque foi constatada a morte ce-rebral de Eridan. No início datarde, uma equipe chefiada pe-Io cirurgião Sérgio Mies viajouem avião fretado por uma cons-trutora paulista para Cascavel,enquanto o médico SilvanoRaia selecionava, entre 50 pa-cientes inscritos no Incor, oreceptor ideal.

A escolha de Alzira se deuapós a eliminação de 20 crian-ças que estão na fila de esperapara o transplante de fígado.No novo organismo, o fígadodo menino continuará a se de-senvolver.

TFR liberao navio"Nobistor"

Brasília — O Tribunal Fede-ral de Recursos, por unanimi-dade, anulou ontem a sentençada juíza federal do Rio de Ja-neiro, Julieta Lunz, e absolveuos oito tripulantes e o capitãodo navio Nobistor, o argentinoEduardo Oscar Gilardoni, dasacusações de contrabando dematerial bélico e formação dequadrilha, Com a decisão, atripulação vai receber de voltao navio confiscado, "por faltade amparo legal paraapreensão".

O Tribunal anulou a senten-ça ao aceitar tese da defesa deque não houve contrabando dematerial bélico, uma vez que aembarcação foi regularmentefretada pelo governo de Ganapara o transporte de armas ad-quiridas na Argentina.

Pelo contrato de fretamentofirmado entre o Nobistor e ogoverno de Gana, cabia ainda àempresa armadora receber naembarcação um máximo de 10pessoas, que acompanhariam acarga embarcada até o seu des-tino final, a cidade de Accra,no Gana. Segundo alegou atripulação do Nobistor, somen-te no decorrer da viagem, co-mo resultado de conversas pes-soais entre o comandante daembarcação e a tripulação con-tratada para a guarda da mer-cadoria transportada, é que ocapitão Eduardo Gilardoniaveio a suspeitar de que o desti-natário final da mercadoria nãoseria o governo legalmenteconstituído era Gana.

ENG° WILSON DA SILVA MAIA

tMISSA DE 7o DIA

Isaura, Maria Lygia, Ricardo, Maria Elizabete, Gilda,Ricardo e netos, agradecem consternados os cumpri-mentos recebidos de todos os amigos por ocasião do

falecimento do seu querido e inesquecível WILSON,[filho, esposo, pai, sogro e avô, ocorrido no último dia 03jde outubro e convidam para a Missa de.7° Dia que seráIrealizada na Igreja da Candelária AMANHÃ dia 09.10.86 àsli 1:00 horas.

L

CELINA COELHO QUINTELLA(VIÚVA ARNALDO QUINTELLA)

7o DIA

t FERNANDO QUINTÇLLA E FAMÍLIA, NEWTONQUINTELLA E FAMÍLIA, PAULO QUINTELLA ESENHORA, VERA AGOSTINI QUINTELLA, MARI-

NA CADAVAL QUINTELLA, ROBERTO GONÇALVESQUINTELLA E FAMÍLIA E ANTÔNIO CASAIS E FAMI-LIA, convidam parentes e amigos para a Missa de 7oDia em Sufrágio da alma de sua inesquecível mãesogra, avó e bisavó, que será celebrada amanhã, dia9., às 11 horas, na Igreja de São José da Lagoa,Avenida Borges de Medeiros, 2735. Confessando-se,desde já, penhoradamente, agradecidos aqueles quecomparecerem.

Funcionários da UFRJ e da TempoUFF decidem manter greve

Cerca de 1 mil 200 funcionários da UFRJ,reunidos no anfiteatro do Fundão conhecidocomo Roxinho, decidiram ontem pela manhã,após ouvirem vários discursos de candidatosdo PT à Constituinte e de representantes docomando de greve, pela continuação do movi-mento por tempo indeterminado. Em umrápido balanço, uma das líderes da greve,Márcia Xavier, do Departamento de Micro-biologia da Universidade, afirmou que a mobi-lização entre os funcionários é total e que naUFRJ a paralisação é de 94%.

Também na UFF os funcionários optaram,em assembléia menos concorrida, pela manu-tenção da greve. Lá a paralisação é de 95%.Segundo Márcia, o movimento tem crescido ea tendência é a de que todas as universidadesbrasileiras parem."Isonomia já"

Até agora, no entanto, as negociações como governo pouco avançaram. Foi criada umacomissão interministerial que entregou aoConselho de Reitores um estudo sobre aisonomia — equiparação salarial das universi-dades e autarquias às fundações — que nãoagradou em nada aos funcionários por ser feitaem etapas: primeiro, a equiparação dos pro-fessores e, depois, a deles. O Conselho deReitores se reunirá hoje em Brasília com oministro Jorge Bornhausen, levando no bolsoo pedido de "isonomia

já", ampla e irrestrita.Mas entre os grevistas reina o ceticismo. LúciaHelena Azevedo, representante dos funciona-rios da Coppe (Coordenação dos Projetos dePós-Graduaçáo de Engenharia), da UFRJ —junto ao comando de gTeve, por exemplo,acha que a tendência é a de uma nova nega-tiva".

— O governo nomeou uma comissão dealto nível junto ao MEC que vem protelandonão só a isonomia, sob a alegação de que paraque ela seja feita c preciso mudar a entidadejurídica das federais autárquicas, transforman-do-as em fundações ou transformando as fun-dações cm federais e autarquias. E queremainda que a gente aguarde a reforma adminis-trativa dos funcionários da União, que nãotem prazo para ser feita — reclama.

Apesar de estarem sendo altamente preju-dicados — os funcionários da Coppe recebemcomissões sobre os trabalhos de pesquisa e

Campo Grandeapura fuga depresidiários

Campo Grande — A fuga de 11 presos dacadeia central de Campo Grande, no domin-go, resultando na morte do líder, José Brás daSilva, e a recaptura de nove fugitivos, pode tersido favorecida pela própria segurança doprecário presídio, sustenta a Secretaria deSegurança Pública. O diretor do Departamen-to de Sistema Penitenciário, José Duarte,abriu sindicância para apurar de que formaapareceu num dos banheiros do refeitório umrevólver, além de estiletes e facas, utilizadospelos presos para render o padre MiguelLeffler, duas freiras e outras cinco pessoas queajudavam na missa, celebrada às 7h de do-mingo.

A comissão de sindicância começou aouvir os detentos, mas nenhum revelou quemauxiliou na fuga. A Polícia Militar chegou asuspeitar do padre, que tentou defender osfugitivos durante tiroteio com a polícia, mas adireção do presídio informou que náo "há

qualquer participação do religioso". PadreMiguel não quis falar à imprensa por sentir-se"ainda abalado" com o que viu. A políciamilitar foi acusada de matar o detento JoséBrás da Silva sem que houvesse reação, aocercar o carro em que ele se encontrava. Ainformação dada pela Secretaria de SegurançaPública foi de que se tratava de "um elementode alta periculosidade".

Dos três presos que conseguiram fugir nodomingo, dois foram capturados — Jamir daSilva, José e Natal César Cabreira, com penasuperior a 30 anos cada um. Está ainda foragi-do Helenilson Maciel Maximiano, que aban-donou um dos opalas do governo do estadodurante a fuga do presídio. A Polícia Militarcercou todas as saídas da cidade e garantiuprendê-lo nas próximas horas. No presídio, asituação é normal e as visitas foram novamenteliberadas.

contratos feitos com empresas como Pctro-brás, Furnas, Comunidade Econômica Euro-péia e outras —, não apenas eles aderiram àgreve desde o primeiro dia, como também odiretor, Luís Pinguelli Rosa, vem respeitandotodas as decisões das assembléias.

E um direito deles e eu não me sinto nopapel de reprimir ou exigir que um técnico delaboratório, por exemplo, continue exercendosua função tendo a categoria decidido pelagreve. E claro que isso acarreta prejuízos paraeles e para nós, que náo estamos podendocumprir nossos contratos, mas desde o primei-ro dia deixei claro não reprimiria o movimen-to. Só pedi que fossem feitas as tarefas funda-mentais, como, por exemplo, a assistência aexperiências em andamento. Espero que oMEC atenda logo às reivindicações.

Reitor a favorTambém o reitor Horário Macedo, queesteve ontem falando aos grevistas durante a

assembléia, não escondeu sua simpatia pelomovimento. Ele é um dos que hoje estarãodefendendo junto ao ministro a "isonomia

já".Ao falar hoje aos funcionários, tive

duas preocupações: uma, a de deixar bemclara minha posição a favor da isonomia;outra, a de alertá-los para os aspectos negati-vos da reforma de ensino que o governo estáquerendo implementar, o que no fundo nadamais é do que a camuflagem dos principaisobjetivos da universidade, transformando-aem escola de 3o grau, quando propõe dissociara pesquisa do ensino.

Quanto à unificação das autarquias com asfundações, que também está nos planos dogoverno, Horácio é contra: "Vai complicarporque, apesar de unir, as pessoas não ficarãono mesmo regime de trabalho. Será impraticá-vel, por exemplo, estabelecer um plano desalários".

Também a Universidade Rural do Rio deJaneiro está parada, apresentando um índicede 100% na paralisação. No próximo dia 9haverá mais uma assembléia, às lOh da manhã,nas universidades para analisar a conversa doministro com o Conselho de Reitores, que serárealizada hoje em Brasília. No momento, 25entidades em todo o país estão paradas: as doRio, Belo Horizonte, São Paulo, Recife, PortoAlegre e Brasília, entre outras.

Seqüestradorde Goiânia épreso na Bahia

Salvador — Terminou no Oeste da Bahia,com a prisão do assaltante em Seabra e oresgate das crianças em Barreiras, um seques-tro iniciado sábado à noite em Goiânia, quan-do a sra Noêmia André parou o seu Volkswa-gen de placa MN-8953, de São Paulo, emfrente a uma pizzaria e o veículo foi tomadopor Luiz Antônio Costa, que fugiu levando osirmãos Diogo, 6 e Betânia, 4, netos de Noêmiae filhos de Robert André Halfred, funcionáriodo BNH, que estavam no carro.

Quando a polícia de Goiás deu o alertapara o seqüestro, os delegados regionais doOeste baiano ficaram de prontidão, até quechegou ao conhecimento do delegado JairoMendes, de Seabra, que um homem estava nacidade dando cavalo-de-pau e tentando venderum Volkswagem cujas características coinci-diam com o que tinha sido roubado em Goiâ-nia.

Apesar do êxito da operação montadapelas polícias de Goiás e da Bahia, até agoranão está esclarecida a quantia que seria pedidapor Luiz Antônio Costa para devolver ascrianças Diogo e Bethania aos seus parentes.Ainda preso na delegacia de Seabra, ele ontemconfessava apenas que sua intenção, além devender o carro, era extorquir dinheiro da avódas crianças.

O delegado Jairo Mendes, de Seabra,enquanto aguarda a chegada de policiais daDelegacia de Furtos e Roubos de Goiânia pararecambiar o assaltante e seqüestrador, que aoser preso estava embriagado e portava umapequena quantidade de maconha — disse queia pedir ao seu colega de Barreiras, SidneySouza Mota, investigações complementaressobre o torneiro mecânico Bacelar, que antesde comunicar-se com a polícia telefonou parao pai de Diogo e Bethania, exigindo recom-pensa para devolver as crianças que tinhamsido deixadas em sua casa pelo seqüestrador.

Satélite GÓES INPE Cachoeira Paulista, SP 7-10-86 18h

CORINA DE CARVALHO VIANNAMISSA DE 7o DIA

tNilceia Sodré, Haroldo Lins e Silva, Patrícia Sodré

Carvalho e Luiz Carlos da Cruz Carvalho Filho, convi-dam para a Missa de 7° Dia, a realizar-se hoje, dia 08

de outubro às 10 horas, na Igreja Santa Cruz dos Militares,à Rua 1o de Março, 36, em saudosa memória de quem foimodelo de mãe, avó e bisavó, deixando imorredouralembrança nos corações de todos os que com elaprivaram.

J

LILIANA ROKABMissa de 7o Dia

t Osvaldo, Sônia, Patrick, Sylviane, Roberto,Miranda Rokab Parrini, Romano Parrini(ausente), Marisa e Luciano Tontini (au-

sentes), irmão, cunhada, sobrinhos, irmã,cunhado e sobrinhos (ausentes) — agrade-cem a solidariedade recebida neste momentode grande dor e convidam para a Missa de 7oDia que se realizará AMANHÃ quinta-feira dia09 às 11,30 horas, no Mosteiro de São Bento,à Rua Dom Gerardo, 68.

A Família antecipadamente agradecee dispensa cumprimentos.

àlCFBiaaw; --^^s&issssiwBis^rr^iw 1üüüNEw TBSSHB2*/ Ti /àsl

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A frente fria que está no Sul do país continua causandonebulosidade e pancadas de chuvas. No sudeste o domínioda massa de ar tropical mantém a temperatura muitoelevada e predominância de bom tempo, que poderámudar com o deslocamento deste sistema frontal para estaregião.No restante do pais ocorrerá nebulosidades e chuvasocasionais no Centro-Oeste, Amazonas e algumas áreas doNordeste.

No Rio e em Niterói

Claro a parcialmente nublado,passando a nublado com possi-bilidade de trovoadas ao entar-decer.Temperatura estável.Ventos quadrante norte fracosa moderados, com rajadas oca-sionais. Visibilidade boa. Má-xima: 39,6f e mínima 17,5° emRealengo.

Precipitação das chuvas cm mm

Últimas 24 horasAcumulada no raôsNormal mensalAcumulada no anoNormal anual

0.00.0

74.0751.6

1075.8

O Sol

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Prearaar

OóhOtaiiVl.Om10U5minfl.9mO4b06min/1.2mlòMOmin/l.lm

04h»min/1.2m16h2ímin/l.lm

06M5minI7h50min

Baixamar

OlMSminfl.Sm14hZ2minfl.7m

12h57mio0.6m

Mh47mi!]/0.5m23h42min/0.4m

O Satvamir informa que o mai está calmo,com tralx* liberados e temperatura a 19 B»ui.

A Lua

Nots CrSctaUAlé 09/10 10/10

DCheta Minguou17/10 25/10

Nos EstadosCondições

NubEqcPtc nubladoNubNubNubNubNubNubNubNubNubNubClrClrPti nubClrClrPtc nubNubNubPte nubEneNubClr

Max.| Min

.13.8M.6

30.62S.632.22S.827.6

27.7

32.433.930.633.428.221.917.4

33.634.035.233.8

23.824.624.223.024.1

21.2

19.021.721.822.319.119.813.913.710.316.921.421.220.823.622.4

No Mundo

IsjsIiiiIimi nublado 17 07Ashmçso nublado 32 20Alua bom 24 16BcrUm encoberto 17 12Boa encoberto 19 11Rogara nublado 16 04Bradas bom 16 14Bocaoa /Una nublado 19 11Cantai bom 26 18Gestora variando 23 11rmliiaala nublado 24 16Un encoberto 18 15Uaboa bom 26 16LoanVea bom 17 12Madri chuvoso 24 14México encoberto 24 14Mlaari encoberto 31 26MoatttMeo encoberto 17 12Mostra bom 05 -04Nora Iorque bom 17 10Paris nublado 22 IISotaa bom 29 14Santiago nublado 19 10Tóquio chuvoso 21 17Vhaa variando 18 03WaaUaftoa bom 19 15

PADREHÉLIO GRANDE POUSA, sss

tA

Congregação do Santíssimo Sacramento e JoséGrande Pousa e família, consternados, comunicam ofalecimento de seu querido irmão Padre HÉLIO econvidam parentes, amigos, adoradores do Santíssi-mo Sacramento e demais fiéis da Igreja de Santana,

para a missa que ali será celebrada em intenção de suaboníssima alma, dia 09/10/86, quinta-feira às 18:00 horas(Rua Santana — Centro)

WILSON DA SILVA MAIA(MISSA T DIA)

tO INSTITUTO DE ENGENHARIA

LEGAL convida os amigos e pa-rentes para a Missa de 7o Dia de

seu associado WILSON DA SILVAMAIA, a ser reajizada DIA 09/10,QUINTA-FEIRA, AS 11 HORAS naIgreja da Candelária.

DJANIRA MILET DAAAETZ(DJANE)

MISSA DE 7o DIA

t

CARLOS DAMETZ e FAMÍLIA MILET, profun-damente sensibilizados, agradecem as mani-festações de pesar recebidas por ocasião dofalecimento da inesquecível esposa, irmã,

cunhada, tia e prima e convidam demais parentes eamigos para a Missa de 7o Dia a ser celebrada no dia9 do corrente, quinta-feira, às 10 horas, na IgrejaNossa Senhora da Paz, em Ipanema.

AUGUSTA FERREIRAMARTINS

(GRACINHA)(MISSA DE 7o DIA)

t

BEATRIZ AUGUSTA FERREIRA MARTINS,FLORIANO FERREIRA MARTINS, IRENEMARTINS FADDA e ESPOSO, e todos osFamiliares comunicam a grande perda de

sua querida Filha Irmã e Tia GRACINHA, sepulta-da ontem e convidam os demais parentes eamigos para a Missa de 7o Dia a realizar-se terça-feira, dia 14, às 9:00 horas, na Paróquia de SãoFrancisco Xavier.

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JORNAL PO BRASIL Economia quarta-feira, 8/10/86 ? Io caderno ? 17

Informe Econômico CGT adverte que 1COMEÇA

amanhã a negociação do grupo14 da Fiesp com o Sindicato dos Metalúr-

gicos de São Paulo, Osasco e Guarulhos,representando 470 mil trabalhadores. Nestaprimeira reunião — a outra esta marcada parasexta-feira — os empresários prometem assu-mir uma nova postura diante dos metalúrgicos,ameaçando, inclusive, não continuar as nego-ciações se os sindicatos não se comprometerema respeitar os acordos que vierem a ser assi-nados.

De acordo com a Fiesp, os metalúrgicos,no ano passado, conseguiram antecipação tri-mestral e mesmo assim provocaram paralisa-ções após a assinatura do acordo. Este ano elesquerem o IPC integral, aumento real de 20%,estabilidade e comissão de fábrica.Inflação de setembroA-inflação-no-mês-de-setembro,- pelos

dados oficiais, vai ficar em torno de 1,5%.Com isto o acumulado desde o Plano Cruzadovai ser de 9,1%.

O número deve ser anunciado até o fimdesta semana.Namoro

Embora ainda não tenham sido colocadasno papel as formas específicas pelas quais sepretende fazer a integração econômica Argen-tina-Brasil-Uruguai, multiplicam-se os conta-tos informais entre empresários da região —por enquanto meros pedidos de namoro. Aempresa gaúcha Agrale — fabricante de cami-nhões, tratores e motos —, por exemplo,recebeu na semana passada representantes deuma montadora de automóveis estabelecida naArgentina que vieram fazer sondagens sobreuma futura associação para produção con-junta.

Na Agrale, admite-se o milagre mas nemse pensa em revelar o nome do santo. Uma boapista, porém, para identificar os misteriososemissários está em um contato parecido, reali-zado há mais de uma semana com outraempresa, a Miúra, pequena montadora decarros fora de série. Nesta, os visitantes porta-vam cartões que os identificavam como funcio-nários da fábrica argentina da Renault france-sa. "Só podemos revelar o objetivo da visita",revela a Agrale."Eles procuravam um sóciopara a produção de veículos, não necessária-mente automóveis."

Quanto ao pedido de namoro, a Agralenão respondeu nem sim nem não.

Casa de ferreiroEm meio à crise deflagrada com a sucessão

na Sunab e a reestruturação da área de abaste-cimento, o Ministério da Fazenda vivia ontemum outro problema. Faltava água potável noterceiro andar, onde funcionam as Secretariasde Assuntos Econômicos e de Abastecimento ePreços — dois setores diretamente ligados àcrise de desabastecimento do Plano Cruzado.

A responsabilidade por esta insólita crisesituava-se dois andares acima, no próprio gabi-nete do Ministro Dilson Funaro, ao qual estãodestinadas as verbas de manutenção das duasassessorias. Uma secretária chegou a passarmal, com a secura e o calor de deserto deBrasília nesse período do ano.

Classe unidaO empresário-candidato Guilherme Afif

Domingos, ao ser homenageado ontem numalmoço-comício na Associação Comercial, in-vestiu contra toda a intelectualidade brasileira.Garantiu que ela está exatos 10 anos defasadaem relação ao avanço teórico do mundo.

No almoço, o presidente da Federação dasIndústrias, Artur João Donato, garantiu que aclasse empresarial está "unida na defesa doliberalismo". Renato Vilella, da Nutriria, disseque deve-se aproveitar este momento de uniãopara investir contra o projeto de Constituintedo jurista Afonso Arinos que, entre outros"erros", estabelece a carga horária máxima detrabalho de 48 horas semanais.

O deputado Napoleão Velloso, filho deClimério Velloso, dono das Casas da Banha etambém candidato, conclamou os presentes aeleger uma forte bancada na Constituinte depolíticos que entendam que

"empresário não éladrão".Papel do BB

O Banco do Brasil já está com tudopreparado para captar 150 milhões de dólaresno euromercado. O lançamento do FRDC seráfeito em Londres pelo agente que atua nomercado de capitais do First Interstate ofCalifórnia.Ouro, ouro

A Casa da Moeda recebeu o credencia-mento de Chicago Board of Trade para suasbarras de ouro de 1 quilo. Ou seja, a partir deagora também a Bolsa de Chicago reconhececomo dentro dos seus padrões o ouro fundido erefinado na Casa da Moeda. Mês passado, aCommodities Exchange INC. de Nova Iorque

, deu também seu credenciamento à Kilobarbrasileira.Falou e disse

O Secretário das Estatais, Antoninho Mar-mo Trcvisan, explica o atraso no programa dedesestatização com bons argumentos:

Primeiro, o governo envolvido com a crisede abastecimento de carne tem tido poucotempo para algumas questões pendentes. Se-gundo, até agora não apareceu sequer umgrupo privado interessado em uma única em-presa estatal, da lista das privatizáveis.

Míriam Leitão

São Paulo — Pelo menos 1milhão de trabalhadores pau-listas poderão entrar em gre-ve, no início de novembro,caso não consigam aumentossalariais significativos duran-te as negociações para a rc-novação dos contratos colcti-vos de trabalho. Dessa vez aadvertência não partiu daCentral Única dos Trabalha-dores, costumeiramente ta-chada de radical. O alerta foiproferido pelo veterano sin-dicalista Joaquim dos SantosAndrade, o Joaquinzão, pre-sidente da CGT, a CentralGeral dos Trabalhadores.

Onze entidades sindicais— que representam catego-rias em fase de campanhassalariais — enviaram ontemseus representantes à inaca-bada sede social dos metalúr-gicos de São Paulo. No en-contro, em que foram troca-das farpas políticas entre osmilitantes do PDT e do PCB,ficou acertado que nenhumdirigente irá acatar índices deprodutividade de 2% — olimite recomendado pelo go-verno ao presidente dos Tri-bunais Regionais do Tra-balho.

— Se os aumentos foremde 2%, aí vai pegar fogo —advertiu Joaquinzão.

A advertência será trans-mitida por etapas aos dife-rentes escalões do governo.O presidente da CGT foi in-cumbido de marcar uma au-diência com o governadorFranco Montoro. Em segui-da, os sindicalistas tentarãoum encontro com o ministrodo Trabalho, Almir Pazzia-notto.15 MANDAMENTOS

A tentativa dos dirigentessindicais de organizarem umacampanha salarial unificada— envolvendo metalúrgicos,têxteis, gráficos, comercia-rios, padeiros c até joalhei-ros, entre outros — visa, deum lado, articular o contra-ataque à estratégia definidapela Federação das Indús-trias do Estado de São Paulo(FIESP) para as próximas nc-gociações coletivas. A FIESPelaborou um manual — os"15 mandamentos" — orien-tando as empresas sobre co-mo atuarem diante das rei- <vindicações salariais. Agora,os sindicalistas procuramachar um antídoto adequado.

Por outro lado, no frontinterno do sindicalismo, tra-va-sc uma disputa acirradaentre a CUT c a CGT quetem como pano de fundo aseleições para o Sindicato dosMetalúrgicos de São Paulo —principal entidade sindical dopaís — marcadas para o pró-ximo ano. As duas centraisquerem apoderar-se do títulode comandante da campanhaaalarial unificada, creden-ciando-se como porta-voz daclasse trabalhadora c ganhan-do alguns cacifes a mais nojogo de conquista do Sindica-to dos Metalúrgicos.

A superposição de datas ehorários não é mera coinci-dência. Ontem, enquanto aCGT realizava a primeirareunião da campanha salarialunificada, na sede dos meta-lúrgicos, a CUT comandavaum encontro com o mesmoobjetivo a poucos metros da-li. Participaram representan-tes de seis categorias — quí-micos, plásticos, têxteis, cou-reiros, vidreiros e .trabalha-dores nas indústrias de bolsase luvas. Mas o presidenteestadual da CUT, Jorge LuísCoelho, assegurou que, naempreitada, estão juntostambém os trabalhadores nasindústrias de bebidas, carnese frios, metalúrgicos do inte-rior (os sete sindicatos liga-dos à CUT, incluindo o deSão Bernardo) e os têxteis deSorocaba. Ao total, a campa-nha salarial unificada daCUT mobilizaria diretoriasde sindicatos que represen-tam cerca de 70 mil trabalha-dores.CALENDÁRIO

O calendário sindical vaicontinuar dividido. Para opróximo dia 17, o Sindicatodos Metalúrgicos de São Pau-Io convocou um ato públicoonde irá protestar contra oágio e a sonegação. Para omesmo dia e horário, a, CUTestá conclamando os traba-lhadores a se reunirem emassembléias regionais a fimde discutirem a campanha sa-larial unificada. "A campa-nha tem de ser contra ospatrões e o governo", imagi-na Coelho, cm posição dia-metralmentc oposta à daCGT.

— Não faremos grevecontra ninguém, apenas poraumentos salariais. Preferi-mos um bom acordo — disseJoaquim dos Santos Andra-de, para quem a CUT desen-volve "um sindicalismo anar-quista", ao desrespeitar in-clusive a autonomia de deci-são de cada sindicato.

milhão podem parar em SPCusto de vidaFoto de Waldemar Sabino

Alcides Renildes da Silva (D), desempregado, ganha a vida oferecendo empregos

Desempregado vende empregosBelo Horizonte — Percorrendo ruas do centro desta

capital, o lavrador paraibano Alcides Renildes da Silva, 62anos, desempregado, oferece empregos para 20 profissõesdiferentes anunciadas cm um grande cartaz que carrega.Não sabe dar maiores informações aos candidatos queaparecem, mas distribui centenas de cartões de uma empresapaulista de seleção de pessoal, que já abriu três escritóriosem Minas Gerais e encontra grandes dificuldades paraconseguir empregados, principalmente técnicos de nívelmédio, com experiência.

O cartaz que Alcides Silva carrega tem dado melhorresultado do que o anuncio que a empresa publica todos osdomingos nos jornais de maiores circulação do Estado.Cerca de 100 fichas são preenchidas, todos os dias, noescritório da empresa, a Seleção — Colocação de PessoalTemporário Ltda, de candidatos a empregos que levam ocartão recebido de Alcides Silva. Ainda assim, "existem

permanentemente 140 vagas não preenchidas", e empregosque oferecem salários baixos são recusados, informa ogerente da Seleção, Mário Macedo.

Escassez— A maior procura é por técnicos de nível médio. Um

técnico cm mecânica está recebendo hoje cerca de Cz$ 12

mil ou Cz$ 13 mil e não deixa a empresa cm que trabalha senão for para receber salário melhor — explicou MárioMacedo. Disse que com a falta de mão-de-obra existem hojeduas tendências no mercado: os salários estão subindo c acontratação de profissionais sem experiência será aumen-tando.

Pedreiros e carpinteiro, cujo salário médio está cmtorno de Cz$ 3 mil, c serventes, Cz$ 1 mil 500, são outrosprofissionais difíceis de serem encontrados. Auxiliares deescritório com experiência não aceitam emprego por menosde Cz$ 2 mil 500 c a Seleção barganha com as empresas umsalário menor para profissionais sem experiência.

Contraditoriamentc, a empresa não assinou a carteirado seu propagandista, que revelou receber Cz$ 230 porsemana, numa jornada diária de sete horas.

— É muito pouco, mas eu estou só esperando passar aeleição de novembro para mudar de vida — espera AlcidesSilva.

Contando que saiu da Paraíba em 1984, fugindo da secaque já durava cinco anos, o lavrador revelou que, comotransferiu seu título de eleitor para Belo Horizonte, vaiprimeiro votar ("não sei ainda cm quem"), e mudar-se parao interior de Minas, onde pretende voltar a plantar.

em SP é menorem setembro

São Paulo — O custo de vida dopaulistano com renda entre dois e seissalários mínimos, em setembro, aumen-tou 1,43.% contra 1,88% cm agosto, reve-lou ontem a FIPE (Fundação Instituto dePesquisas Econômicas, da Universidadede São Paulo). O coordenador do IPC daFIPE, professor Juarez Rizzicri, disseque o aluguel (com uma alta de 3.50% euma contribuição de 0,27% no IPC) e ovestuário (puxado pelo lançamento damoda primavera-verão), com alta de4,70% (c uma participação de 0,37% noíndice) tiveram boa participação nessataxa.

Apesar de o custo de vida de setem-bro ter sido inferior em relação ao IPC deagosto (quando ó índice acabou sendoinfluenciado pelo compulsório sobro oscombustíveis); Rizzieri-estima que ;emoutubro o índice deverá chegar aos 2%ou próximo disso. A FIPE prevê que ocusto de vida nos nove meses de Cruzado(de março a dezembro) será de 15%. Ascausas: o impacto das roupas da modaprimavera/ verão será muito forte, soma-do a uma alta de preços na área deserviços, na habitação (novos reajustesde aluguel) e nos produtos de alimenta-ção in natura.

Segundo Rizzicri, o acumulado demarço a setembro (renetindo o custo.devida para essa faixa da população desde aimplantação do Plano Cruzado) está em8,89%. O coordenador do custo de vidada FIPE lembrou que, desde julho, a taxamédia desse levantamento de preços vemapresentando uma elevação: em julho,1,05%; em agosto, 1,19%; e cm setem-bro, 1,22%.

O levantamento da FIPE, na suaopinião, foi prejudicado, pelo fato de* ospesquisadores não estarem encontrandoaçougues abertos para coletar os preços.

A pesquisa da FIPE constatou asseguintes variações dos grupos que for-mam o IPC: alimentação, aumento-de0,93% (contra 1,08% de agosto); despe-;as pessoais, aumento de 0,40% (contra1,24% em agosto); habitação, aumentode 2,35% (contra 1,54% de agosto);transportes , aumento de 0,35% (contra10,60% de agosto); vestuário, aumentode 4,70% (contra uma deflação de2,94%); saúde, aumento de 2,10% fcòn-tra 1,01% em agosto); e educação, au-mento de 1,43% (contra 3,89%',cmagosto).

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É TEMPO DE AGRADE-CER A TODOS OS FUN-CIONÂRIOS, CLIENTESE AMIGOS QUE FAZEMPARTE'DA HISTÓRIA DACASA MATTOS.

É TEMPO DE HOMENAGEAR A TODOS OS QUECOLABORARAM PARAQUE PUDÉSSEMOS CHE-

GAR AO 70? ANIVERSÁ-RIO.

É TEMPO DE ELEVARO PENSAMENTO A DEUSEM NOSSA MISSA EMAÇÃO DE GRAÇAS, QUESERÁ CELEBRADA HOJE,ÀS 18 HORAS. NA IGREJADE SAO FRANCISCO DEPAULA (LARGO DE SAO

AMIGA NÚMERO UM \. ^^rO

FRANCISCO), TENDOCOMO OFICIANTE OMONSENHOR FERNANDORIBEIRO.

É TEMPO DE PARTICI-PAR DESSE ATO DE FÉ.PORQUE, MAIS DO QUENUNCA, É TEMPO DE FES-TE]AR A VIDA, O TRABA-LHO E A AMIZADE.

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DOS ESTUDANTES DO BRASIL

1& D Io caderno ? quarta-feira, 8/10/86 Economia JORNAL DO BRASIL

Endividamento pode parar a Siderbrás em 120 diasNelson Torreão

Brasília — Se não for adotado oMano de saneamento financeiro, a Sider-)rás se tornará absolutamente inadimi-nistrável em 120 dias; perderá o supri-mento de matérias-primas e de créditobancário; e provocará o colapso do abas-tecunento interno de aço plano. A adver-?êi]ijia consta de um documento entregueesta semana ao presidente José Sarneypelo ministro da Indústria e do Comer-cio*," José Hugo Castelo Branco.

O endividamento da Siderbrás, queporjerá chegar a USS 4 bilhões no final doano, compromete o Plano de Metas dogoverno, pressiona o déficit público e põeem risco o próprio Plano Cruzado, adver-le o documento. Os escalões técnicos dosMinistérios da Fazenda e do Planejamen-to, porém, não parecem se dar conta dagravidade do problema, pois adiam umadecisão sobre o plano de saneamento —

quê. começou a ser elaborado em abril eest£ concluído desde junho—enquanto asituação se agrava, alerta o documento.

. O sistema Siderbrás — a holding e assiderúrgicas estatais por ela controladas— acumula, com fornecedores, empresasestatais e bancos nacionais e estrangeiros,uma dívida estimada em US$ 2 bilhões957/ milhões (posição de junho) que che-gará a USS 4 bilhões se não for adotado oplano de seneamento.

! Essa dívida não é mais suportávelpela holding, já que a posição de junhoindicava uma proporção de 92% de capi-tais de terceiros contra 8% de capitalpróprio — e essa relação chegará a 96%de; dívidas, contra apenas 4% de seucapital em dezembro, se não for adotadoo saneamento.

Além de comprometer o próprio rit-mo de expansão da economia — já quenão haverá crescimento sem a oferta deaços planos, monopolizada pelo Estado— a dívida afeta o desempenho dosfornecedores do sistema Siderbrás, entreos quais se contam empresas privadas,estatais, bancos nacionais e estrangeiros.No curto prazo, a Siderbrás é obrigada arecorrer a onerosas operações bancárias,que pressionam a taxa de juros.

A holding — e o Tesouro Nacional,que avalizou o endividamento — já nãoconsegue negociar com os credores exter-nos, sequer para rolar os compromissos,e só não foi declarada inadimplente devi-do à expectativa criada com o plano desaneamento — denuncia o documentoentregue ao Planalto.

Com os bancos nacionais, inclusivefederais, a situação não é menos aflitiva,e "só não se atingiu um ponto de rupturapela contínua ação do MIC e da Siderbrásjunto à Federação dos Bancos". Os for-necedores ameaçam suspender a entregade mercadorias e, com as estatais, aSiderbrás tem encontrado dificuldade degarantir o suprimento regular de insumoe serviços básicos, como combustíveis,energia elétrica, transportes e outros.

Toda essa pressão desemboca no dé-ficit público — já que o Tesouro échamado a responder por avais e outroscompromissos com a holding — e, nolimite, ameaça o próprio Plano de Estabi-lização Econômica.

"Já falta aço no mercado interno e asexportações foram reduzidas em 23%.Dentro de 24 meses, o país será impor-tador líquido de aço", adverte o do-cumento, que foi recebido com grandeimpacto no Planalto.

Foto dé Evandro Teixeira

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WÊÊÊ Ê ¦¦% *J^re^^n^e^UíGenèraUaotôrs do Brasil, CUjjordVaughn(D), e o diretor de Relações Públicas da GM, GilbertoBarros, estiveram no JORNAL DO BRASIL e foram

recebidos pela diretoria

Falta de peçareduz produçãode motocicleta

São Paulo — Greves e falta de peçascausaram uma pequena baixa de 4,2% naprodução brasileira de motos no trimes-tre encerrado em setembro, em compara-ção com o segundo deste ano. Em nume-ros absolutos, a produção baixou de 44mil 360 unidades para 42 mil 509. Apesardessa queda, as indústrias nacionais —Honda, Yamaha, Vespa e Agrale — queformam a Associação Brasileira dos Fa-bricantes de Motocicletas, Ciclomotores,Motonetas e Bicicletas, confiam em queencerrarão 1986 com vendas de 180 milunidades.

Embalado pelo aquecimento do con-sumo permitido pelo Plano Cruzado, osetor está vivendo ótimos dias, com pers-pectivas que lhe abrem uma terceiraidade. De 1974 a 1979, as indústriasinvestiram pesadamente, de olho em umaumento de vendas que nâo aconteceumesmo após o primeiro choque do petró-leo. Apenas em 1980, na esteira dosegundo choque, os brasileiros começa-

' ram a encarar mais seriamente os veícu-los de duas rodas como opção de trans-porte pessoal. A escalada iniciada aíencontrou um sério obstáculo na reces-são, só vencida a partir do segundosemestre do ano passado.

O setor é, por isso, muito jovem noBrasil. Se comparado pelo limite (isto é,ao Japão, líder mundial na produção demotos, com 7 milhões de unidades esti-madas para este ano) nem engatinhaainda. A produção brasileira deste ano,por exemplo, de 180 mil unidades, éparecida com a japonesa da década de 50.

Dado o mercado potencial brasileiro,os fabricantes não descartam a possibili-dade da entrada de novos concorrentes.Por isso, armam suas defesas. A caçulado mercado, a Agrale (atuais 8,6% domercado), por exemplo, está estudandoseriamente a possibilidade de abrir umafábrica na Zona Franca de Manaus —onde já estão seus três competidores —tirando do Rio Grande do Sul a linha demotos. Estão sendo pesadas as vantagensdos incentivos fiscais, que correspondem,em dinheiro, à isenção do Imposto sobreProdutos Industrializados (IPI), às incon-veniências da precariedade dos transpor-tes e a distância do Amazonas dos centrosde consumo. A Honda — campeã nacio-nal, 62,5% do mercado e veterana de 10anos na Zona Franca, aplica-se em me-lhorar a produtividade.

"E, por enquan-to, nem se pensa em fabricar outra coisaque não motos, o que já é muito difícil,pois apenas se começa a apurar mais aqualidade de peças e componentes", dizMasuo Murakami, presidente da em-presa.

Indústria segue passos da Petrobrás

ProductivityDivisão de Consultoria em Melhoria de Produtividade

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CONFERENCISTAN^ BarrizzelH \

; Professor da universidade de São Paulo eDiretor Geral da Sears e Ultralar (57 lojas)

O desempenho das empresas varejistas sofre constantes pressões tais como congelamento de preços, condições

de financiamento e juros, mudanças dos hábitos de consumo, e surgimento de novos produtos. A rápida resposta

a essas mudanças é uma qualidade indispensável para o sucesso no varejo.Este curso mostrará técnicas de marketing específicas para empresas operando no varejo. O Participante saberá

como detectar e aproveitar rapidamente as oportunidades no mercado e aumentar sua produtividade. Verá

ainda como estabelecer sistemas eficazes de medição e controle da produtividade.

PRINCIPAIS TÓPICOSModernas técnicas de marketing e serviço dos varejistasO "produto" de uma empresa varejistaSistemas de informaçõesComo usar as ferramentas de marketing para aumentar aprodutividade das empresas varejistasComo estabelecer e controlar os padrões de lucratividadeComo administrar a propaganda e a promoção de vendasComo estabelecer as medidas de produtividade em varejo

HORÁRIO 2;dia-das08:30àsl8:00h.l:dia —das 08:00 às 18:00 hs *u,aHaverá intervalos para café, que proporcionarão oportunidades para troca informal de idéias entre os participantes, bem

como com o conferendsta.

INSCRIÇÃO

IV-

Para inscrever-se basta telefonar para o Departamento de Cursos, no Grupo Catho, no Rio de Janeiro (021) 239-9398ou em S5o Paulo (011) 284-7033. O número de participantes é limitado. Inscreva-se o quanto antes.

CUSTOSInscrição por pessoa: Cz$ 6.900,00 para os dois dias ou Cz$ 6.210,00 se houver mais de um participante da emPresVo que coSndTa um desconto de 10%. O custo do curso inclui as despesas de almoço, cafés, literatura e outros matenais

utilizados nas reuniões.

Tereza Cristina Lobo

Agora somos sócios da Petrobrás, afirmou o vice-presidente do grupo Villares, Carlos Villares, após assinar coma estatal contrato de desenvolvimento de tecnologia paraposterior produção de árvores de natal molhadas (equipamentoresponsável pelo controle do fluxo da produção nos poços) paraáguas profundas. Mais que a alegria do empresário, a frasereflete a história de boa parte da indústria nacional — e tambémde muitas multinacionais que aqui se instalaram — que seguemo rastro dos projetos da Petrobrás.

São nestas águas que a Petrobrás deposita suas esperanças,onde o petróleo já descoberto poderá dobrar as atuais reservasde 2,5 bilhões de barris. Mas antes, será preciso desenvolveruma tecnologia de produção, ainda inédita no mundo. ParaVillares, o mais importante é que a Petrobrás está desenvolven-do, juntamente com a indústria, projetos que não ficarão nagaveta, como já aconteceu em 1968, com o Plano Ferroviárioque não gerou a encomenda de uma única locomotiva, ou oPrograma Nuclear, quando a Villares pulou fora de um consór-cio brasileiro ao perceber que não haveria condições para aindústria nacional, em confronto com a alemã.

Foi a crise de petróleo em 1973 e a direção da Petrobráspara o mar que levou a Villares a entrar na área de energia evem fornecendo sondas para a Petrobrás e outros equipamentosde produção de petróleo. Em meados deste ano, associou-se àCameron, uma empresa norte-americana que fabrica sondas e oBOP, um equipamento preventor de erupções em poços. Eagora tem o prazo de dois anos para desenvolver, junto com aPetrobrás, a árvore de natal molhada para produção de petróleoem águas profundas. Ainda não se sabe o preço que custará esteequipamento, bem superior ao usado em menores profundida-des, que custa cerca de USS 1 milhão 200 mil. Contrato similarserá assinado hoje com a CBV. No caso de exportação destesequipamentos, a Petrobrás receberá royalties pelo desenvolvi-mento da tecnologia.

Villares comentou que a própria Associação Brasileira daIndústria de Base nasceu em função da Petrobrás, um clientecerto. A história da Montreal Engenharia comprova. Surgiu em1954, um ano após a criação da Petrobrás, e logo participou daconstrução de refinarias. Depois foi a explosão dos pólospetroquímicos e, numa terceira etapa de investimentos, osprojetos pioneiros na Bacia de Campos, juntamente com aNorberto Odebrecht.

Com a pausa nestes projetos da Bacia de Campos, criou aempresa Sebep, uma associação com a Hughes Tool, paracimentação e estimulação de poços. Em 1984, surgiu a Mono-cean, uma associação da Montreal e a Oceaneering, voltadapara projetos de engenharia submarinos, e acabou até desenvol-vendo, junto com a Petrobrás, uma máquina que, acionada porcontrole remoto, realiza operações no fundo do mar. Nãocontente, criou ainda a Seamar, para fornecer barcos de apoioàs operações oflshore.

Com tudo isto, 70% das atividades da Montreal Engenha-ria são voltados para a área petrolífera, revela o vice-presidenteexecutivo, David Fichei, que espera um faturamento este anoda ordem de USS 140 milhões, equivalente ao do ano passado.Mas, para 1987, espera um crescimento de 15%. Neste ano, a

empresa fechou dois contratos, de USS 50 milhões, para

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faturamento a curto prazo: a reforma dos altos-fornos da Cosipae da Usiminas.

Fichei não esconde a estratégia da empresa, a de seguir o .vácuo da Petrobrás, desenvolvendo seus projetos e até buscan-do soluções para alguns problemas, como foi o caso de um poçoda Bacia de Campos que teve um dos seus postes do sistema deprodução submarino avariado e foi consertado pela empresa.Além disso, há mais motivos para a felicidade da empresa. Com "o esgotamento da capacidade de refino, acabou ganhando, nasemana passada, mais um contrato, desta vez para a montagemde uma unidade de desasfaltização na refinaria de São José dosCampos, no valor de Cz$ 210 milhões.

Mas as exportações da indústria brasileira nesta área ainda

são difíceis, devido à recessão mundial da atividade, depois que. ,

os preços do petróleo despencaram. De acordo com o presidên-,.,te da Montreal, Derek Lovell Parker, a indústria nacional não

tem condições de competir em qualidade e especificações no

mercado internacional nem tem preços para isso, já que nãodispõe de um mecanismo de apoio às exportações, não contan-do com uma agência de financiamento.

Da Petrobrás, também saem os técnicos para empresas

estrangeiras. Lauro Vieira, ex-superintendente dos contratos derisco, aposentou-se e agora está usando sua experiência naHughes Tool do Brasil, como diretor de marketing. A empresaveio para o Brasil em 1973, instalando uma fábrica na Bahia

para construção de brocas e ferramentas para exploração e

produção. Deu certo e há três anos a Hughes WKM instalouuma fábrica em Nova Iguaçu voltada especificamente para asatividades offshore. O objetivo é o mesmo das demais indús-trias: desenvolver equipamentos para a produção de petróleoem águas profundas. E tem mais, a empresa pretende exportaros equipamentos produzidos no Brasil. Recentemente, assinoucontrato com a Petrobrás para desenvolvimento de árvores denatal molhadas, no mesmo esquema da Villares e CBV. Em1986, seu faturamento cresceu 10% sobre o ano passado, queficou em USS 38 milhões. Para o próximo ano, a perspectiva ccrescer 5%.

Cruzado aumenta a venda de segurosO controle da inflação em níveis aceitáveis e a eliminação

do mecanismo da correção monetária encorajaram as pessoas,de uma maneira geral, a fazerem seguro de vida, melhorando aperformance das companhias seguradoras. Essa foi a visão que opresidente do Instituto de Resseguros do Brasil, Jorge HilárioGouveia Vieira, passou em sua palestra para 50 executivos decompanhias seguradoras estrangeiras reunidos desde ontem na14* Reunião da Insurope, uma associação internacional quereúne seguradoras com atuação no ramo vida.

O presidente dO IRB foi o convidado especial para abrir areunião que se realiza a cada 18 meses em diferentes países. NoBrasil, a associada à Insurope é a Bradesco Seguros, que cuidouda organização do encontro no Rio Palace. A reunião foi abertaoficialmente pelo vice-presidente da Bradesco Seguros, CarlosMota, que deu a palavra ao convidado. Jorge Hilário falou eminglês durante 20 minutos, enfatizando que o Plano Cruzadoestimulou o cidadão brasileiro a investir em seguro de vida. Ele

ressaltou também que, com o Plano Cruzado, as companhiasseguradoras passaram a dar mais importância à técnica doseguro propriamente, criando novos produtos para o público,do que à especulação no mercado financeiro, como aconteciaantes do Plano do governo.

A Insurope é uma entidade que existe há 20 anos e reúneempresas seguradoras de mais de 50 países. Ela trata especifica-mente de seguros de vida e planos de previdência privada.'Hoje, os participantes estrangeiros farão' uma visita à sede doBradesco, na Cidade de Deus, e serão recebidos pelo presidentedo Conselho de Administração do grupo, Amador Aguiar.Amanhã, eles retornarão ao Rio e retomam os trabalhos da 14areunião. Neste dia, a reunião abordará três temas: a presençado segurador nos sistemas de saúde, o relacionamento entreempresas seguradoras e instituições financeiras e bancos e aadaptação do marketing para cada país onde a Insurope estárepresentada.

SOFTWARE,UfTlfl QUESTÃO

DE DIREITO.Direito autoral para o software: IriTO de

outubro traz de volta a questão. 5aiba comojuristas, técnicos, empresários e entidades

privadas encaram a sugestão do ConselhoNacional de Informática e Automação(Conin). Conheça também as experiências

de outros países com este problema.Leia tudo sobre a ameaça dos

micros aos CPDs. IriFO ouviu especia-listas e apresenta para você algumassoluções.

E, nos artigos de PC Magazine,detalhes do novo chip da Intel que vai revo-

lucionar o mercado de microcomputadores.Tudo isso e mais atualida-

des, gente, entrevista, livros,agenda e opinião em INFO.

hão perca.

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injFOJA MA5 BAMCA5.

joimALDOBRAsn. Economia

Filme pornô dá lugar a produções de qualidadea?

Atenéia Feijó Os campeões de bilheteria ^^_—Um rlarln novo na reforma econômica do eoverno: /*">.,'"W JH

quarta-feira, 8/10/86 D Io caderno rj 19'

Um dado novo na reforma econômica do governo: apornografia entrou em baixa. Nos tempos inflacionários "Furordo Sexo Explícito" e "Gozo Alucinante" estavam entre as trêsmaiores rendas arrecadadas, em cruzeiros, dos filmes nacionaisexibidos em maio do ano passado, levando 180 mil e 420espectadores às salas de projeção. Nesse mesmo período, em1986, os três campeões de bilheteria de obras brasileiras foram"Eu Sei que Vou Te Amar",' "Beijo da Mulher Aranha" e"Rock Estrela", assistido por 959 mil e 633 pessoas. Conclusão:o Cruzado congelou a pornografia mas aqueceu o consumo dosfilmes de melhor qualidade.

O surto das pornochanchádas disseminado no país pelosexibidores, para compensar a recessão de público nos cinemas,na verdade estava contaminando o circuito e afastando osbrasileiros do produto da tenra. Tanto assim, que o "Marvada

Carne" tão rejeitado inicialmente pelos donos das salas deprojeção — como um filme inviável no meio urbano —conseguiu no mês de maio suplantar a platéia do segundo filmemais visto nesse mesmo período no ano passado — o pornô"Furor do Sexo Explícito". Em primeiro lugar ficara o "Além

da Paixão", com 69 mil e 710 espectadores.Mas o maior resultado dessa amostragem reflete a rcapro-

ximação dos produtores (sérios) e exibidores (mercenários)batendo as mãos para aplaudir o Plano Cruzado. De janeiro ajunho de 1986 as bilheterias renderam cerca de Cz$ 635 milhões. .Afírial, a Embrafilme computou no primeiro semestre deste anoum total de 50 milhões 814 mil 293 eapectadores (contra os 44milhões e 283 mil do mesmo período em 1985) nas mil e 387salas de cinema do Brasil: 38 milhões 531 mil 777 para ver filmesestrangeiros e 12 milhões 282 mil 516 para assistir a filmesnacionais. Isso significa uma expansão de 15%, em número deconsumidores, do mercado cinematográfico. Embora tenhahavido uma queda na oferta de salas de projeção.tn Distorção,!.Dc janeiro a agosto foram abertos 20 cinemas novos,

reabertos 32 e fechados 83. No balanço, houve a perda efetivade 31 salas. Mesmo assim, se comparado à perda no primeirosemestre do ano anterior — 94 fechadas e 37 abertas oureiriáuguradas — a situação melhorou. O que não quer dizerque' os lugares oferecidos tenham alcançado um nível deocupação ideal. O número de espectadores corresponde ainda a15,5% dos quase 330 milhões de lugares disponíveis em todo oBrasil.

Mas das cerca de 430 salas, situadas nas capitais, aproxima-damente 70% — as mais rentáveis (cabeças de circuito ou salaslançadoras) — estão sob o controle de uma dezena de exibido-res. Em Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte c João Pessoa,por exemplo, aguns detêm praticamente sozinhos o controle da

praça. Essa concentração de poderio econômico no mercadocinematográfico provocou de fevereiro do ano passado afevereiro deste ano um aumento de 421% nos preços dasentradas de cinemas (acima do índice da inflação). Resultado: o

público de baixa renda se afastava cada vez mais das salas de

projeção. Com o Cruzado, o preço médio do ingresso nos mesesque se seguiram à reforma econômica ficou em Cz$ 12,85.

Nesse ponto, o diretor geral da Embrafilme, CarlosAugusto Caiu, acrescenta que a maior afluência do público paraelevar a taxa de ocupação dos cinemas depende também deoutro estímulo: qualidade dos filmes e das salas de projeção. Aooptar pelo cinema, abandonando o vídeo-cassete ou a progra-máção da televisão para enfrentar o trânsito e a dificuldade deestacionamento (além do temor de ter seu carro roubado), oespectador precisa no mínimo de um bom motivo — o filme. Eaí, o Plano Cruzado não resolveu a grande distorção existenteno mercado. Enquanto o produtor que investe criatividade c seendivida financeiramente é o último a receber o retorno darenda do filme, o exibidor embolsa imediatamente 50% daarrecadação.

jj ./Arnaldo Jabor, produtor e diretor de "Eu Sei que Vou teAmar", filme brasileiro que obteve o segundo lugar cmarrecadação no primeiro semestre deste ano (cerca de Cz$ 17milhões) se declara constrangido em abordar essa questão.

"O

produtor depois de longo percurso, após dois a três anos de terproduzido o filme, acaba recebendo muito pouco da renda debilheteria. É uma tragédia..."

Na proposta para uma Política Nacional do Cinemaelaborada pela comissão do Ministério da Cultura é observadoque os exibidores mostram-se pouco propensos a investir namodernização técnica das salas para acompanhar a tendênciamundial de oferecer ao público um espetáculo cinematográficodiferenciado da televisão. Mas em São Paulo, a construção doprimeiro sistema de multissalas do Brasil, construído pelaempresa francesa Gaumont, demonstra a boa receptividade dopúblico. Com um padrão internacional de conforto e projeção,a média de ocupação das seis salas do conjunto (Belas Artes) éde 37%. Muito acima da média nacional, que é de 12%.

RUMES NACIONAIS DEMAIORES RENDAS

Beijo da Mulhof Aranhíi

Eu Sai Oue Vou Te Amar

Rcx;k EstrelaTrapalhões no Rabo do Camela

Trapalhões e o Hei <1o Futebol

Marvadí) Corne

Exponpnctas Sexuais de um Cav

Hora da Esnela

ARRECADAÇÃO25.111 «3.0017.0T6 671,5011.865.591.10

8 299.851.002 660.348.002.322.703,00

j 2.237.537,102.183 811,30

ESPECTADORES1 591 9001.055.4931.020.003839.187207.987141 805

272.236107 822

'wv-^.ííí;;

FILMES ESTRANGEIROS ARRECADAÇÃO ESPECTADORES

DE MAIORES RENDAS

Rockv IV 36 687.54;,00 2 094 904

Comando Para Mata, 32 187 279.00 2 568 945

De Volta Par., o Fu-uro 22.907 487.7J 6 0 595

Hora do Cpanto 22.282.716.00 19 050

r, 21406 71100 1226.051Entro Do.i Aincjies iuw.rn.iiu ,,„„„,„, 17 793 905 50 1.198 410

üuerre.ros de Foyo ii.ííj.wj.j«

Enmma «Ja P,-*m,<1,, 16.761 251 00 944056

La_d<..N.Io __ ^^33 00 '_™^

NACIONAL ESTRANGEIRO TOTALi 44 123

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Iene forte fazmodelo japonêsperder potência

Tóquio — Os carros japoneses para 1987apresentam como principal novidade o turbo-compressor aplicado, não aos motores, masaos preços. É que a alta de 40% do iene diantedo dólar nos últimos 12 meses está cncarcccn-do os produtos japoneses cm seu principalmercado — os Estados Unidos.

Os fabricantes reagem com cautela e deve-rão limitar ao mínimo as modificações cm seusprincipais modelos — para não levarem a piornuma briga em que estão espremidos peladecisão norte-americana de reduzir seu déficitcomercial cortando justamente o enorme su-perávit japonês nas transações com os EUA.

Os tabricantes nipônicos têm evitado redu-ções de preços, preferindo corte nos custos cnas margens de lucro. A n° 1 do Japão, aToyota, teve uma queda de 17% da receita noano fiscal encerrado a 30 de junho — oprimeiro declínio nos últimos cinco anos. Nan° 2, Nissan, analistas estão prevendo o pri-meiro prejuízo em três décadas e a empresaprepara uma declaração admitindo que terá deelevar os preços. Segundo o semanário espe-cializado Automotive News, os preços doscarros japoneses no mercado americano jásubiram 14% — ou 1 mil 330 dólares — desdeo final do ano modelo de 1985.

Com modelos de baixo preço fabricadosna Coréia do Sul c na Iugoslávia capturandoboa parte do mercado americano, os fabrican-

' tes japoneses estão cada vez mais voltados

para o público de maior poder aquisitivo nosEUA. Nem poderia ser diferente, pois asvendas estão lentas no mercado japonês.

aNovo carro ées

última chancepara a Rover

I/vodres—-A Inglaterra já lero seu sedã de.„prestígio para concorrer com os Mercedes;.,,Benz, BMW, Audi, Saab c Volvo na Europa.e....no mercado americano: é o Rover 800. Ele ..tem duas características básicas: 1) é construí- .do cm cooperação com a Honda japonesa; 2) éa derradeira esperança de salvação do GrupoRover (ex-British Leyland) — última grande

'

empresa automobilística da Inglaterra.Já vão longe os dias em que milhões d«T;

pessoas em todo mundo sonhavam em com-prar um charmoso carro esporte inglês — fosse nele o barato MG Midget, o médio TriumphSpitfirc, o médio-caro Austin Healey ou o.;caríssimo Aston Martin. A indústria automo- -bilística britânica simplesmente perdeu a com:"petição diante da indústria internacional, prirj- T'cipalmente da japonesa.

Só fabricantes de muito prestígio, como aJaguar ou a Rolls-Royce, resistem. Mas, no rmercado de massa, as coisas vão muito mal e a'Rover tinha em agosto apenas 13% do merca- ',

do inglês, contra 17% no mesmo período doano passado. Essa fatia depois avançou para-'15,9%, à custa de drásticos descontos nasvendas. "*•"

O novo carro é, na verdade, uma versão"britanizada" do Honda Acura Legend e que"será comercializado nos EUA sob o nome.Stcrling. Mas a Rover já cometeu um erro emrelação ao mercado americano, ao não sincrõ-',;nizar com a Honda o inicio das vcDdas. Porisso, o Acura Lcgcnd já está disponível para os.consumidores americanos, enquanto o Sterlingsó entrará nos revendedores em janeiro.

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sua estrutura.3) Avaliação estrutural da empresa.

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III - Avaliação de Títulos — Escola Técnica

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segundo as teorias: Dow, Elliot o pelas"informações Diárias".

3| Construção e Análise do Gráfico Ponto &

Figura.4) Técnicas auxiliares para a Análise Gráfica:

Força Relativa, Médias Móvois, Contratos em

Abono, Avanço e declínio e toona das

opinióos divergentes.

5) Estratégias de Negociação.

PERÍODO ?! DE OUTUBRO A 2H DE NOVEMBROHORÁRIO 2\ 3' c b' FEIRAS, das * 30 A5 9 30 H

PERÍODO 01 DE DEZEMBRO A 12 DE DEZEMBROHORÁRIO 2' a 6' FEIRAS. ÚK% IB 30 AS 21 30 H

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20 d Io caderno ? quarta-feira, 8/10/86 Economia JORNAL DO BRASIL

Funaro condiciona descongelamento à dívida externa> Brasília — O ministro da Fazenda,Dilson Funaro, descartou enfaticamenteb possibilidade de um descongelamento'de

preços, mesmo depois de 28 de feve-'reiro, se não houver um aumento genera-íizado de oferta de produtos. Funaroyinculou este aumento à maior produção,que depende de mais investimentos eimportações, estas condicionadas à redu-ção de remessas de divisas para pagamen-to da dívida externa.I — O Brasil tem que definir se conti-bua com US$ 12 bilhões de superávit ao£no, ou se poderá reduzir isto para US$J0 bilhões, na negociação externa. Fica-ríamos com uma folga de US$ 2 bilhõespara que possamos importar e manter odesenvolvimento — disse Funaro.! Atualmente, o Brasil remete todo oSuperávit anual de sua balança comercial

Íara pagar o serviço da dívida externa e

unaro quer Teduzir esta remessa, garan-tindo recursos para importações. Assim,o país poderia descongelar preços e man-{er o abastecimento em níveis razoáveis,i — Quando encontrarmos todos osprodutos à nossa disposição, aí realmenteo congelamento passa a ser supérfluo,porque a própria concorrência vai fazeros preços se manterem baixos — explicou6 ministro.

A condição para atingir o abasteci-piento pleno, segundo Funaro, é o au-mento dos investimentos. Um levanta-mento da Federação das Indústrias deSão Paulo (FIESP) e do Ministério daFazenda demonstra que 91% das indús-trias brasileiras estáo investindo para au-mentar a produção, o que levou a umcrescimento do setor de 16% desde aimplantação do Cruzado, de acordo comos dados de Funaro.

O investimento do setor produtivohoje, para o ministro, é motivado pelocrescimento de mercado, tanto com oaumento do consumo interno como comas possibilidades de uma maior participa-çío no mercado externo. Para atingir esta(fteta, o Brasil depende de renovaçãotecnológica, aumentando as importações,com a redução da remessa de divisas parapagamento do serviço da dívida externa.i. Reagindo com bom humor às acusa-<{ões de estar criando uma economiapolicialesca, Funaro disse que não estavafardado, mas imediatamente lembrouque é um adepto da livre iniciativa. Noentanto, em sua opinião, quando a de-manda está muito acelerada e as leis dejnercado não funcionam, o governo deveintervir, impedindo que haja novamente•.transferência de renda de salário parapreços.v — Quando se faz uma mudança mui-fi) grande, faltam alguns produtos, mas|õ mesmo tempo tem gente investindopara produzir mais e não há melhoreconomia de mercado do que está acon-tecendo hoje — explicou Funaro, de-monstrando sua satisfação com o aumen-to de 38% no consumo de remédios, poisé um sinal de que a população, agora,"pode comprar pelo menos dois terçosdaquilo que o médico receita.

SEAP reformulará a SunabBrasília — Toda a política de preços,

controle, fiscalização e abastecimento deprodutos agrícolas e industriais está, apartir de hoje, sob o comando exclusivoda SEAP (Secretaria Especial de Abaste-cimento e Preços), dirigida por José Car-los Braga e subordinada ao ministro daFazenda. Ontem, Dilson Funaro anun-ciou a absorção da sccretaria-exccutivado Cinab (Conselho Interministerial deAbastecimento), pela SEAP, à qual tam-bém ficará subordinada a Sunab e seunovo titular, Alolsio Teixeira, nomeadopelo ministro da Fazenda.

— Essas mudanças foram feitas paraque as decisões sejam tomadas com maisfirmeza e sem um empecilho maior causa-do pela ação de vários órgãos — disseFunaro, ao anunciar as medidas, pelamanhã, após reunião com o presidenteJosé Sarney e os demais ministros da áreaeconômica.

Além dessas decisões, o governo estáprometendo uma simplificação da estru-tura interna da Sunab, que terá váriosórgãos e departamentos integrados àSEAP, segundo o ministro da Fazenda.O objetivo, explicou Funaro, é desburo-cratizar o processo de fiscalização, abas-tecimento e definição de políticas deação, ampliando assim "a

produtividadedas decisões".

"Eficiência"O fortalecimento da SEAP só não foi

maior (se dependesse de Funaro, toda aSunab seria absorvida) porque a Superin-

tendência Nacional do Abastecimento éuma autarquia criada por lei, e só poderiaser extinta pelo mesmo processo.

"Senão— garantiu o ministro — "eu tambémfundiria, pois o governo, cada vez mais,precisa restringir o número de órgãos.Isso ajuda a diminuir os departamentosestanques."

Com a nova estrutura do abasteci-mento, o governo espera obter, "o maisrápido possível", maior eficiência na suamáquina administrativa, que ficará "todasob um comando só", segundo Funaro.

A SEAP, ao incorporar a secretaria-executiva do Cinab (cujo ex-titular, JoãoBosco Ribeiro, foi convidado pelo minis-tro da Fazenda a integrar a SecretariaEspecial de Assuntos Econômicos —SEAE), vai passar a executar e adminis-trar todas as políticas e linhas de açãodefinidas pelo Conselho. Formado pelosministros da Fazenda, Planejamento,Agricultura, Transportes e Indústria eComércio, o Cinab decide, entre outrascoisas, a definição de importações e dis-tribuição de alimentos e a formação econtrole de estoques reguladores.

— A Sunab tem um processo impor-tante de responder aos anseios da socie-dade — afirmou o ministro Funaro, ga-rantindo que

"os problemas sérios" defiscalização, provocados sobretudo porfalta de pessoal e inoperência da máqui-na, serão sanados através do fortaleci-mento e melhor estruturação dos escrito-rios regionais da superintendência.

íris Rezende perde poderBrasília — Ressaltando o espírito de

equipe do governo Sarney, o ministro daAgricultura, íris Rezende, não consideraque as mudanças na estrutura do abaste-cimento signifiquem um esvaziamento desua pasta. Ele garante que existem estu-dos para reformas dentro do Ministérioda Agricultura, que vai tratar exclusiva-mente de produção.— Há quantos anos o Ministério daAgricultura não cuida de abastecimento?Há muitos anos que o abastecimentopassou para o Ministério da Fazenda —resumiu íris Rezende.

O ministro parece não lembrar que,historicamente, as relações entre os Mi-nistérios da Agricultura e Fazenda passa-ram por crises cíclicas a cada comerciali-zação de safra. Enquanto a Fazendadefendia a venda de estoques reguladoresa preços baixos, para controlar a inflação,o Ministério da Agricultura queria umequilíbrio, para não prejudicar os lucrosdos produtores rurais.

Agora, o ministro íris Rezende pre-fere deixar de lado a condução econômi-ca da política de venda das safras agríco-Ias. Na sua opinião, a Snab (SecretariaNacional do Abastecimento) do Ministé-rio da Agricultura, vai se restringir acuidar do aumento da produção de ali-mentos, para não permitir escassez deprodutos. Já a Secretaria Especial deAbastecimento e Preços (SEAP), do Mi-

nistério da Fazenda, vai comandar apolítica de abastecimento, fixando os mo-mentos de compra e venda, conformedefinição do ministro Dilson Funaro, queé acatada por íris Rezende.

As mudanças na estrutura de abaste-cimento, segundo o ministro, estão restri-tas à área do ministro da Fazenda, por-que não se justifica a superposição defunções dos diversos órgãos, comoSEAP, Sunab, Conselho Interministerialde Preços (CIP) e Conselho Interministe-rial de Abastecimento (Cinab). Este últi-mo conselho foi criado em 20 de fevereirodeste ano e, presididio pelo ministro daFazenda, é integrado pelo ministro daAgricultura, que indicou o seu ex-secretário de Administração de Goiáspara o cargo de secretário-executivo.

— Todos são responsáveis, mas unsesperam pelos outros é os problemas nãosão solucionados de forma desejada —disse íris Rezende, aplaudindo as mudan-ças determinadas por Funaro.

íris Rezende não explicou de queforma a Cobal, encarregada de distribuira carne importada desde agosto, e aCompanhia de Financiamento da Produ-ção (CFP) — que compra a safra agríco-Ia, dentro da política de garantia dospreços mínimos — ambas vinculadas aoseu Ministério, participarão de uma poli-tica definida pelo Ministério da Fazenda.

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1 ii''"'¦ ¦ ^M^BB BI l' ''-v*Ké^0,° de w»Pedrosa Madsen criticava

atos do governoFortaleza — "Esta história de confis-

co de boi é um blefe. O ministro Funaronão acha a medida adequada c não temqualquer disposição para aplicá-la. Eleusa o termo confiscar como forma deintimidação". Convicto, o então superin-tendente da Sunab, Ericksen Madsen, fezas afirmações a bordo do vôo 451 daTransbrasil que o levava de volta doCeará — onde manteve encontro comdelegados regionais — para Brasília namanhã do dia Io de outubro, véspera desua exoneração.

Ericksen Madsen surpreendeu seuinterlocutor, um empresário cearense,com severas críticas ao governo Sarney,denunciando a existência de uma "verda-de ira guerra" entre os ministros Marco

Aloísio Teixeira está disposto afazer demissões

Política terá entrosamentoBrasília — Indicado pelo ministro da

Fazenda, Dilson Funaro, para sucederEriksen Madsen, demitido na semanapassada da superintendência da Sunab. oeconomista Aloísio Teixeira não quis darentrevista, limitando-se a dizer que, comsua indicação, "a

política de abasteci-mento ganha mais entrosamento, en-quanto não acontecem maiores modifica-ções formais".

Aloísio Teixeira, até ontem secreta-rio-adjunto para preços industriais daSecretaria Especial de Abastecimento ePreços (SEAP), encontra-se agora numasituação funcional curiosa — formalmcn-te ocupa um cargo superior ao do titularda SEAP, José Carlos Braga, que coman-dará a política de abastecimento daquipor diante.

Essa situação, que confere à Sunabuma autonomia formal, não pode sercorrigida na reestruturação administrati-va que Funaro promoveu na área deabastecimento do governo, mas o entro-samento de Teixeira com Braga devesuperá-la na prática.

Para Teixeira, "certamente virão mo-dificações formais", sem que para issoseja necessário mexer nas leis delegadas.

As leis delegadas não são umproblema. A questão é que elas conferemcertos poderes à Sunab — admitiu.

Além do entrosamento com Braga,Teixeira exibe um outro trunfo para diri-gir a Sunab — a disposição de demitirfuncionários, como fez na secretaria-executiva do Conselho Interministerialde Preços (CIP). Os funcionários do CIP,que não tem quadro próprio, são requisi-tados de outros órgãos do governo emtroca de gratificações suplementares desalário.

Demitidos por Teixeira, muitos des-ses funcionários encontraram abrigo naSunab, durante a gestão de Madsen.

Eles vão pensar que é uma perse-guição — brincava Teixeira, ao ser lem-brado do fato por colegas do Ministérioda Fazenda. Mais tarde, conciliador, ad-mitia.

Pode ser que agora a gente se dêbem.

Maciel (chefe do Gabinete-Civil) e Dil-son Funaro.

Um lado do governo sempreavança sobre o outro, ninguém se enten-de, as equipes dos dois ministérios sedigladiam, o que dificulta a possibilidadede se fazer qualquer trabalho sério —disse, repetindo, pelo menos cinco vezes,que

"o governo é incompetente".Dispensando os dois lanches ofereci-

dos pela companhia aérea, o então supe-rintendente da Sunab preferiu falar, flotrajeto entre Fortaleza e Brasília (comduração de duas horas e meia) muito emal do governo Sarney. "Muita coisa estáerrada", afirmou, emendando: ¦-

O governo vive fazendo besteiras.Em seguida, deu vazão ao desencan-

to com o seu trabalho à frente da Sunab:O governo não se entende —

explicou, referindo-se ainda aos Ministé-rios da Fazenda e Gabinete Civil. Rcve-lou que perdera, em meio a tal disputa, achance de desenvolver uma campanhapublicitária, encomendada à agência Al-cântara Machado, para uma nova tentati-va de motivar a população a fiscalizar edenunciar quaisquer abusos na área doabastecimento.

Segundo ele, primeiro o ministro Dü-son Funaro, tendo como emissário oassessor Luiz Gonzaga Beluzzo, assumirao controle da campanha encomendadapela Sunab, embora o órgão tivesse auto-nomia para fazê-la c verba específica parapagá-la. Depois, ainda na versão de Eric-kcn Madsen, o ministro Marco Macielinterveio com um argumento curto edefinitivo: "Assuntos de publicidade per-tencem a minha pasta". Resultado: ioentão superintendente da Sunab concluiuque

"qualquer trabalho sério no governonão pode chamar a atenção dos doisministros, do contrário é torpedeado".

Ele criticou também o tabelamcntodos preços, assegurando que muitas mor-cadorias poderiam estar sendo comercia-lizadas sem problemas,

"o que não acon-

tece agora, embora não tenha feito qual-quer referência ao alho, produto que serecusou a incluir na lista de hortigranjei-ros tabelados, a partir do dia 25 desetembro, o que motivou sua demissão,conforme afirmaram assessores do minis-tro Dilson Funaro.

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27 e 28 de outubro de 1986

CONFERENCISTASJosé Pastore, Ph.D., professor de relações do trabalho da Faculdade de Economia e Administração da USPHugo Gueiros Bemardes, mestre em Direito do Trabalho, consultor jurídico do Conselho Nacional do ServiçoSocial da IndústriaHélio Zylberstajn, Ph.D., economista, consultor e pesquisador em relações do trabalho da Fundação Instituto dePesquisas Econômicas (FIPE) de São Paulo e professor da Faculdade de Economia da USP

Após o plano cruzado a Nova República tem sido marcada por uma intensificação dos movimentos na áreatrabalhista. Paralisações de setores essenciais, greves de empresa, quebra de acordos recém-firmados e desrespeitoàs sentenças judiciais caracterizam uma situação não mais solucionada pela Justiça do Trabalho ou pela aplicaçãoda CLT. Impossibilitado de repassar maus acordos aos preços, o grande desafio do empresariado é negociarefetivamente e fazer cumprir os contratos. Este curso mostrará alternativas possíveis para o caso brasileiro.Apresentará modernas estratégias de administração do conflito trabalhista cuja solução escapa ao controle dosmecanismos convencionais tais como os procedimentos judiciais e a CLT.

PRINCIPAIS TÓPICOSO novo mundo do trabalho: a evolução de um sistema baseadona lei e no tribunal para um sistema baseado na negociação eno contratoO que substituirá a CLT: os desafios à Justiça do TrabalhoA necessidade de maior iniciativa e criatividade do empresárioPropostas para os empresários: princípios a serem negociadosNova República: plano cruzado, congelamento e grevesMecanismos intra-empresariais de solução de conflitosReeducação para a negociação: treinamento e sensibilização dechefias

HORÁRIOIV dia—das 08:00 as 18:00 hs 2:dla — das 08:30 às 18:00 hsHaverá intervalos para café. que proporcionarão oportunidades para troca informal de idéias entre os participantes, bemcomo com os conferencistas.

INSCRIÇÃOPara inscrever-se basta telefonar para o Departamento de Cursos, no Grupo Catho. no Rio de Janeiro (021) 239-9398ou cm São Paulo (011) 284-7033 O número de participantes é limitado. Inscreva-se o quanto antes.

CUSTOSInscrição por pessoa:Cz$ 6 900.00 para os dois dias ou Cz$ 6.210.00 se houver mais de um participante da empresa.o que corresponde a um desconto de 10% O custo do curso inclui as despesas de almoço, cafés, literatura e outros materiaisutilizados nas reuniões.

<8 Sindicato dos DespachantesMvaneit&s-no Município do Rio de Janeiro

COMUNICA ÀS EMPRESAS IMPORTADORAS iACORDO DE VALORAÇAO ADUANEIRA - "GATT".

Desde 1? de outubro corrente passou a viger a nova siste-mática aduaneira para importações, denominada "ACORDO

DE VALORAÇAO ADUANE IRA"regulamentado pelo GATT.Os despachantes aduaneiros habilitados pela Receita Fede-

rat já foram devidamente instruídos pelos auditores fiscaisvinculados àquele órgão fazendário sobre esse novo tema, seus

procedimentos, implicações e alterações no preenchimento dasdeclarações de importação.

Em dúvida, consulte sempre o seu despachante aduaneiro.José Carlos Faro

Presidente

VOTEC C.G.C N9 33.034.794/0001*3CIA ABERTA

EDITAL DE CONVOCAÇÃO. Ficam convidados os Srs. Acionistas do Em-presa, portadores de ações ordinárias e os portadores de ações preferenciais,a comparecerem a Assembléia Geral Extraordinária a ser realizada ás 15:00horas, do dia 20 de outubro de 1986, em sua sede social, è Av. FrinklinRoosevelt, n° 137-129 andar, nesta Cidade, a fim de deliberarem sobre aseguinte ordem do dia: 01 • Reforma estatutária, em cumprimento aodeliberado na AGOE de 08 de maio de 1988, alterando-se os artigos 19 e29 do Estatuto Social, tendo em vista que a atividade principal passa ser ade táxi aéreo, e, em conseqüência, a denominação social passará para VotecTaxi Aéreo S.A.; 02 ¦ Assuntos de Interesse geral.AVISO: 01 - Os detentores de açSes ao portador para tomarem parte daAssembléia deverão depositar, até 03 (três) dias entes da sua reallzaçio, nasede social da Emprosa, as cautelas representativas das mesmas, ou prova deseu deposito em instituição financeira. 02 - Somente os titulares de açSesordinárias nominativas poderão exercer o direito de voto nas delboraçSesdas Assembléia Geral. lart. 112 da Lei 6.404/76). 03 - De conformidadecom o disposto no artigo 37 da Lei 6.404/76 ficarto suspensas as transfe-rências, conversões e desdobramentos de açSes a partir desta data, e até adata da realização da Assembléia. Rio de Janeiro, 03 de outubro de 1986.

LCIaudlo Ricardo Hotek-Pretidente do Conselho de Administração.

POLIOLEFINAS S.A.C.G.C. N° 62.336.946/001—80

Companhia Aberta — Capital Autorizado

Convocação de Assembléia GeralExtraordinária

Os acionistas da Polioléfinas S.A. ficam, na forma do estatutosocial, convidados a se reunirem em assembléia geral estraordi-néria. a se roalizar no dia 15 de outubro de 1986, às 9 horas, na sedesocial a Rua Alexandre Dumas n° 2420. nesta capital, a fim dodeliberarem sobre a seguinte ordem do dia:

1. Alteração da data do exercício social para 31 de dezembrodo cada ano. prorrogação do exercício corrente e conso-

' quente alteração do dispositivo estatutário pertinente.

2. Outros assuntos de interesse da sociedade.Sâo Paulo. 1. de outubro de 1986.

Floriano Peixoto Faria LimaPresidente do Conselho de Administração.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOCENTRO DE DESENVOLVIMENTO

E APOIO TÉCNICO À EDUCAÇÃOPROGRAMA MEC/BID III

AVISO DE EDITALCONCORRÊNCIA INTERNACIONAL NÚMERO 003/86

Objetivo*: Desmatamento e construção de edificaçõespara salas de aula, ateliês de desenho, administraçãoacadêmica, anfiteatro, cantina e áreas de lazer, passagenscobertas, sistema de abastecimento de água, sistema deesgoto sanitário, sistema de drenagem de águas pluviais,para implantação da Faculdade de Tecnologia — Fundaçãoda Universidade do Amazonas.Recursos: acordo MEC/BID III — Fonte FAS/CEF e 111- 1CRecebimento de propostas: dia 17 de novembro de 1986às 9:30 horasLocal: Prefeitura do Campus Universitário — Estrada do

Contorno — Mini-Campus. Bloco P-AJeixo-Manaus-AM.Telex. (092) 237-6605

A Comissão de Licitação

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTESREDE FERROVIÁRIA FEDERAL SA.

COMUNICADOProcosso seletivo para ANALISTA DE SERVIÇO

RESULTADO DA FASE I

PROVA DE CONHECIMENTOS TEÓRICOS/PRÁTICOS

Os 57 (cinqüenta e sete) candidatos abaixo relaciona-dos encontram-se habilitados e passam a Integrar o Cadas-tro de Roserva da Rode Ferroviária Fedoral S/A — RFFS/A.

Conforme informação contida na PARTE III (item 1.Fase I) das Instruções deste Processo Seletivo, os 30 (trinta)primeiros candidatos, deverão comparecer no dia 10 10 86,às O8:30h, e os demais. 27 (vinte e sete) candidatos, às14:00h, para inicio da FASE II — EXAME PSICOLÓGICO,munidos de curriculum vitae. documentos comprobatóriosdos requisitos exigidos para o cargo Ixeroxl. cartão deinscrição e documento de identidade, no seguinte endereço

.PRAIA FORMOSA n° 63-0 / 3o andarSanto Cristo (próximo à Rodoviária Novo Riol.

INSCR NOMEI 0004 Rogério Garcia da SilvaI 0025 Luiz Scultori da Silva JúniorI 0019 Leila Maria CP. RebolI 0011 Eduardo Santiago SpillosI 0001 Eugonio Alves Moreira NotoI 0026 Renato de Aguiar CarvalhoI 0010 Francisco BloisoI 0009 Herminia SchloompI 0003 Maurício ZeniI 0007 Luiz CisconettoE 0063 Luiz Roberto Silva BolrmanE 0090 Paulo César de CastroE 0062 Cristina MarinsE 0140 João Alberto de Oliveira GomesE 0021 Ney Eichler Cardoso FilhoE 0080 Lúcia Regina do CastroE 0178 Deliane Regina de P. BenfordE 0045 Cláudio Ribeiro da SilvaE 0052 Luiz Antônio V. Corroa MoyerE 0056 Alberto Ananias AssayagE 0020 Geraldo Luiz M De MelloE 0190 Carlos Sérgio M. de AndradeE 0046 Luiz Fernando Flor da SilvaE 0099 Marcus Vinicius Macedo BragaE 0131 Cristiane Gomes de LucasE 0118 Claudia Maria Felipe M. FreiroE 0019 Cláudio Sá Rego de LealE 0103 Patricia Lessa MachadoE 0139 Eduardo Abrantes de SouzaE 0059 Carlos Alberto SimõosE 0066 Antônio Carlos Pimenta da LuzE 0037 Cláudio Degrazia RibeiroE 0092 Maria Celesto O. do F. SilvaE 0106 Luzia Machado R. de OliveiraE 0137 Maria Adelaide Macedo DiasE 0129 Ricardo da Silva MachadoE 0061 Cartos Manoel do JesusE 0094 José Luiz Dantas LucarinvE 0120 Francisco José Gil LaportE 0041 Regina Célia GueylardE 0142 Beatriz FrydmanE 0161 Marco Antônio R. do OliveiraE 0015 Gerson Corrêa C. da SilvaE 0087 Júlio César Laurontino di MaioE 0095 Luiz Carlos Sirva MachadoE 0044 Manuel Hennques de CarvalhoE 0163 Roberto Farias de ToledoE 0175 Gina Maria MarquesE 0003 Lucrecia Maria Veras BatistaE 0027 Elizabeth David ViveirosE 0191 Agostinho Mourào CâmaraE 0055 Sérgio Ives WegbraytE 0033 Joyce Mana GandraE 0071 Alfredo Barbosa NetoE 0013 Mana Thereza Massart PereiraE 0065 Mana Cnstina Lopes de MattosE 0135 Mana Clara F de O Leitão

m^m

JORNAL DO BRASH Economia quarta-feira, 8/10/86 ? 1° caderno ? 21

Crórlitn a nprunrista SÓ será rEscassez ameaÇa indústria de confecção

KÃ/ MÁ/XÁ/* Belo Horizonte — As novas indústrias brasileiras dc dc 10% ao ano, o que significaria impor uma limitação na árc,confecção e as antigas que iniciaram projetos dc expansão de confecção.

aberto quando

carne aparecer

< — J_ flnttnn^n T 1^!». DlirüIlCt^ (I 1DR \Brasflia — Todo o crédito rural

destinado a pecuaristas está cortadodesde o dia 25 de setembro, quandoentrou em vigor a resolução do BancoCentral. Ontem, o ministro da Fazen-da, Dilson Funaro, confirmou o corte edisse que ele será mantido até que oabastecimento de carne seja normali-zado. Funaro falou ainda que a desa-propriação de bois poderá servir comoexemplo, mas não vai regularizar ovolume dc abates, que saiu de zero epassou a 16 mil cabeças diárias, nosúltimos 20 dias.

— Se há 20 ou 30 dias, o governotivesse optado pelo confisco, teria maisaplausos — reconheceu Funaro. Elelembra, no entanto, que a experiênciaanterior com a lei delegada não regula-rizou o mercado da carne.

gularização do abastecimento dependede dialogo. O que importa é o abasteci-mento — insistiu.

O ministro garantiu que o governovem acompanhando diariamente ocomportamento do mercado dc carne cque vários pecuaristas, que estavam namira da desapropriação na semanapassada, já começaram a mandar boispara o abatedouro. Mesmo com oaumento de abates, Funaro disse exis-tirem alguns pecuaristas que não temqualquer compromisso com o Brasil.

— As vezes, a ganância, é maisimportante do que este compromissoe, para eles, todas as medidas serãousadas — ameaçou o ministro, lem-brando o corte de todas as formas decrédito para quem não vender os boisgordos.

É um complemento, mas a rc- Sobre o desafio do presidente da

União Democrática Ruralista (UDR),Ronaldo Caiado, dc que o boi aparece-rá se tratores e insumos foram vendi-dos sem ágio, Funaro prefere achar"bom que ele comece a entregar osbois gordos, pois, se faltam algunsprodutos, é porque o Brasil dc hojeestá crescendo muito".

O racionamento dc carne, segundoo ministro, foi uma idéia dc iniciativaprivada, por acharem que seria melhorpara a dona-de-casa se soubesse os diascm que haverá carne, sem necessidadede filas ou correrias. No entanto, Fu-naro disse que prefere fazer uma me-lhor avaliação para ver se realmentehaveria maior facilidade para as donas-de-casa.

— O racionamento será discutidocom a sociedade antes dc ser adotado— garantiu.

Brasflia — A agricultura deveráreceber Cz$ 23 bilhões em outubro,para financiar o plantio da safra dcverão da região Centro Sul. Mas estevalor poderá aumentar, pois o ministroda Agricultura, íris Rezende, prome-teu, ontem, que nenhum agricultordeixará de plantar por falta de re-cursos.

— As propostas que forem forma-lizadas nas agências bancárias serãoatendidas — assegurou o ministro, dc-

Kiis de tratar do assunto com João

anocl Cardoso de Mello, assessorespecial do ministro da Fazenda.

No Ministério da Fazenda, a ex-pcctativa é dc que, em outubro, oBanco do Brasil aplique Cz$ 13 bilhõesno custeio da safra, somente dentro doMCR-18, que define as normas docrédito rural subsidiado pelo governofederal. Estes recursos — emprestadosa juros de 10% ao ano no Centro Sul e

Agricultura terá Cz$ 23 bilhões

dc 6% ao ano no Nordeste — corres-pondem ao retorno do crédito concedi-do ao custeio da safra de trigo, retornoda extinta conta-movimento do BB,novas aplicações do próprio banco erecursos novos do Tesouro Nacional.O Banco do Brasil ainda deve aplicaroutros Cz$ 3 bilhões, sendo uma parce-la de recursos próprios, a taxas nor-mais de mercado, e outra com recursosdo Banco Mundial, destinados a inves-timento rural, totalizando Cz$ 16 bi-Ihões.

Para chegar aos Cz$ 23 bilhõesprevistos, o Ministério da Fazenda es-tima que a participação dos bancosprivados no financiamento da safraficará entre Cz$ 7 bilhões e Cz$ 8bilhões. A expectativa deve-se à ncccs-sidade de os bancos cumprirem asdeterminações do Conselho MonetárioNacional dc emprestarem até 30% dosdepósitos à vista para a agricultura.

— As aplicações dc setembro coutubro baterão todos so recordes nahistória do crédito agrícola — garanteo coordenador dc assuntos monetáriosdo Ministério da Fazenda, EduardoTeixeira.

A soma das verbas destinadas àagricultura nestes dois meses chcga aCzS 42 bilhões o que significa, segundoEduardo Teixeira, que o governo está"resgatando sua promessa dc dar prio-ridade ao setor agrícola."

Outro assessor da área agrícolaprevê um crescimento real de até 100%ho valor do crédito destinado a finan-ciar a produção de alimentos cm 1986.Com isso, segundo ele, a área financci-ra vai dar um fim à "gritaria dosagricultores, pois só não terão créditose os bancos não tiverem competênciapara distribuí-lo".

São Paulo — A indústria dc torre-fação e moagem de café decidiu, on-tem, acatar a proposta do IBC decomprar parte dc sua matéria-primados estoques do governo como formade manter o abastecimento normal e opreço congelado de CzS 92,40 porquilo no varejo. Mas vai continuarinsistindo com o ministro da FazendaDilson Funaro para que esse preço sejaelevado para CzS 99,90. Conformeexplicou o presidente do Sindicato daIndústria de Torrefação do Estado deSão Paulo, Dagmar Cupaiolo, "essadiferença é pequena, mas ajudaria aaliviar os problemas de custos".

Cupaiolo lembrou que CzS 99,90

IBC venderá parte dos estoques

era o preço do quilo dc café tabeladoem março, quando houve o primeiroacordo do IBC com os setores cafcci-ros para fornecimento da saca por CzS2.750,00 à indústria de torrefação."Mas a Sunab atropelou os entendi-mentos c rebaixou o preço. E isso queestamos tentando explicar ao ministroda Fazenda, já que não se trata de umdcscongelamento. "Na reunião de on-tem, na sede do sindicato, alguns in-dustriais não queriam aceitar o acordofeito pelas lideranças no encontro deanteontem no IBC.

Eles fizeram as contas e chegaramà conclusão de que, comprando a me-tade de suas necessidades no IBC ao

preço de CzS 2.650,00 por saca, vãotrabalhar com lucratividade zero. Seuobjetivo era adquirir o produto a CzS2.420,00 cada saca. "Mas todos acaba-ram aceitando o argumento de que oprograma será revisado quinzcnalmcn-te, com nosso acompanhamento diárioe que os preços do mercado deverãorefluir com a colocação dos estoquesdo IBC à nossa disposição".

Pelos cálculos dos torrefadores, oscustos de produção por saca de cafétorrado e moído, que eram da ordemde CzS 460,00 em março, estão acimade CzS 600,00. _______

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FATO RELEVANTE

Atendendo ao disposto no artigo 157, § 4? da Lei 6404/76, a

Cl BR AN comunica que, nesta data, assinou Contrato paraFornecimento de Produtos Farmacêuticos à CENTRAL DE

MEDICAMENTOS - CEME.

Por esse contrato, no valor global de CzS 118.132.432,00, e

que vem se agregar às suas vendas normais, a CIBRAN entregará

23.000.000 de comprimidos e 3.350.000 envelopes contendoEstearato de Eritromicina - antibiótico de sua produção.

Esses medicamentos destinam-se ao atendimento à populaçãocarente do País e serão produzidos pela Divisão Farmacêutica daCIBRAN, que entregará 75% dessa encomenda ainda neste ano eos restantes 25% até 28 de fevereiro de 1987.

Rio de Janeiro, 7 de Outubro de 1986

ADILSON MARTINS XAVIERDIRETOR DE RELAÇÕES COM O MERCADO

DANÇA2» a «àbario no Caderno B

Belo Horizonte — As novas indústrias brasileiras dcconfecção e as antigas que iniciaram projetos dc expansãoterão problemas com matéria-prima, diante da impossibilida-de das indústrias dc fiação e tecelagem, que processarão nesteano 1 milhão 100 mil t dc fibras, de atenderem a umcrescimento da demanda acima dc 10% ao ano, previu ontemo presidente do Sindicato da Indústria dc Fiação c Tecelagemde Minas, Clóvis Gonçalves de Souza.

— A indústria têxtil está trabalhando no limite dc suacapacidade e não está conseguindo hoje fechar contratos como setor de bens de capital para o recebimento de máquinas cequipamentos antes de 1989 — explicou o empresário, assina-lando que, se o governo não liberar rapidamente, por umprazo Limitado, as importações de máquinas, o setor dcconfecção, que emprega atualmente mais dc 500 mil pessoas,terá logo problemas sérios, a começar pelas pequenas fábricas."Dificilmente, elas conseguirão concorrer com as grandes,para obterem quotas de matérias-primas junto às indústrias defiação e tecelagem", disse.

O presidente do Sindicato Têxtil dc Minas comentouque, na situação atual, as indústrias dc bens de capital nãoconseguem proporcionar ao setor têxtil um crescimento acima

dc 10% ao ano, o que significaria impor uma limitação na áreade confecção.

— O problema, como se pode ver, não está na matéria-prima para as indústrias têxteis, mas no maquinário para

'crescerem a produção — assinalou o empresário, dizendo queo setor espera para breve uma manifestação do ministro daFazenda, Dilson Funaro, com relação ao estudo que foipreparado pelo Conselho Nacional da Indústria Têxtil c oScnai, cm que pedem a liberação para a importação dcmáquinas.

A importação dc tecido é uma coisa muito complexa edifícil, por causa do padrão que cada país adota — comentouClóvis Gonçalves de Souza, que não vê aí uma alternativa paraa área de confecção. O setor têxtil nacional, que empregaatualmente certa de 400 mil pessoas, deverá processar 700'mil t dc fibras naturais (algodão, juta, seda e linho) e 400 mil tde sintética (poliéster, náilon etc.), resultando numa produçãofinal de 990 mil t dc tecidos, 10 mil t abaixo da realizada cm1985.

Da produção final, entre 20% c 25% serão exportadas,devendo realizar uma receita US$ 800 milhões, bem abaixo daapurada em 1984, que somou US$ 1 bilhão 150 milhões, cigual à de 1985. — -

FUNDO DE INVESTIMENTO FINAS A" AÇÕESCGC 47 177 910 0001 08

EDITAL DE CONVOCAÇÃOFicam convidados os senhores condôminos do Fundo do Investimento Finasa- Açòos a se reunirem em Assombléia Gorai Extraordinária no próximo dia 15de outubro do 1986. ás 15 horas, na sodo sncial do Administrador Banco Fi-nasa do Investimento S.A.. na Avenida Paulista. 1450. Sào Paulo, para doli-borarem sobro a elevação da taxa de administração provista no artigo 8" doRogulamonto.

São Paulo. 7 de outubro dc 1986BANCO FINASA DE INVESTIMENTO S A

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COMUNICADOProcesso Seletivo para: PROGRAMADOR ANALISTA

(CADASTRO DE RESERVA)RESULTADO DA FASE I á— MOV» DE CMHECWOT0S TEÓRICOS/PRÁTICOS —

Os candidatos abaixo relacionados encontram-se habilita-dos o passam a integrar o Cadastro de Reserva da RedoFerroviária Federal S/A — RFFS/A.

Conforme informação contida na PARTE III (item 1, Fase I)das Instruções deste Processo Seletivo, os 23 (vinte e tríislcandidatos, deverèo comparecer no dia 13.10.86, às 14:00 horas,para inicio da FASE II — EXAME PSICOLÓGICO, munidos decuniculum vitao. documentos comprobatôrios dos roquisitosexigidos para o cargo (xerox), cartão do inscrição o documento doidentidade, no seguinte endereço:

PRAIA FORMOSA n° 63-0/ 3o andarSanto Cristo (próximo à Rodoviária Novo Rio).

INSC NOMEI 0011 ANA MARIA CHIESAI 0019 MARIA DA GRAÇA M. DE SOUZAI 0005 CARLOS ROBERTO L. DE OLIVEIRAI 0012 ROBERTO GAUIE 0090 WAGNER FIGUEIREDO DOS ANJOSE 0262 ARTUR DE MORAES CAMPOSE 0149 FATIMA REGINA M. DE MENEZESE 0048 ROBERTO GUIMARÃES BARRETOE 0221 FÁBIO ANDRÉ GARCIA DA COSTAE 0160 ROBERTO SANTOS LOBÃO BARROSOE 0108 MÁRCIO GONÇALVES MARTINSE 0253 ROSANGELA QUINHÕES RAMOSE 0027 LEONE MANOEL DA SILVAE 0094 ROLANDO LO SCHIAVOE 0130 CARLOS MAIA MACHADOE 0195 SANDRA DANTAS DE FIGUEIREDOE 0089 ALEXANDRE OLIVEIRA SANTOSE 0081 FERNANDO ANTONIO LACERDA GAGNOE 0133 RICARDO JOSY FERREIRAE 0116 ALOISIO OLIVEIRA DA SILVAE 0062 JOSÉ GUILHERME R JUNQUEIRA

.E 0055 TADEU GABRIEL H TAMBELINIE 0223 CÉLIA SILVA DE ARAÚJO

^^¦11 Si? 1

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12.

RJ. T.i: (021) 224-7007SP-T.i: (011) 231-0799

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Companhia AbartaAVISO AOS ACIONISTAS.

Comunicamos aoi Senhor»» Acionittas que o Conialho daAdministração, >m reuniío do dia 15/08/1986, deliberou:VI Distribuição de um dividendo intermediário, i razío

de CzS 10 (dez cruzados) por lote de 1.000 ações apago • partir do dia 31/10/1986. O dividando apago é o de nP 12.

1.2 Imposto de Renda1.2.1 Os dividendos a serem pagos sofrerão retenção

n« fonte de acordo com a legislação vigente.1.2.2 As pessoas jurídicas dispensadas do IR na

fonte, deverão apresentar declaração deisenção ou imunidade.

Os serviços de transferências, conversões, desdobramen-tos, agrupamentos e atualização de direitos, encontram-*®suspensos até 31 /10/86.Instruções Gerais - Para o exercício do direito dosdividendos, os acionistas devem observar os seguintesdetalhes:3.1 Apresentar os documentos abaixo:

3.1.1 Pessoa física - Cartão CIC a documento deidentidade.

3.1.2 Pessoa jurídica — Cartão CGC.3.2 Dos eventuais procuradores, solicita-se a apresenta-

ção do documento legal de habilitação, wgundomodelo padronizado fornecido pelo Banco Itaú S.A.

3.3Os titulares de ações nominativas receberão, pelocorreio, o documento "Aviso aos Acionistas" conten-do a indicação da agência para a retirada do cheque.

3.40s titulares de ações ao portador poderão habilitar-*ao recebimento do dividendo a partir do dia 22/10/86

3.5 Locais de atendimento - Os acionistas serão atendidosde 2? a 6? feira, no horário das 1000 às 16:30 horas,nas agências do Banco Itaú S.A., autorizadas a prestarem serviços a acionistas.

FERNANDO AUGUSTO FREITAS DE ARAÚJODiretor Financeiro e de Relações

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AVISO AOS ACIONISTAS

Comunicamos aos Senhores Acionistas que encontram-se a disposição dos mesmos, a partir de13.10.86, as cautelas representativas das ações oriundas do aumento do Capital Social de Cz$69J300.000.00 para CzS 109.200.000,00, mediante subscrição particular, aprovado pela AGE de30.04.86 e homologado pela AGE de 04.09.86. Os subscritores das ações, munidos da 4'via (via verde)do Documento de Exercício de Direitos (DED) e documento de identidade, deverão se dirigir ao se-guinto local de atendimento de 2- a 69 feira no horário de 8:30 às 11:30 h e de 13:30 às 17:30 h: - De-parlamento de Ações da MICROLAB SA â Av. Nova York, 381 - Bonsucesso - RJ. UMA EMPRESA

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COMUNICADO~Proeo5srSeletivo para.- PROGRAMADOR ESTAGIÁRIO(CADASTRO DE RESERVA)RESULTADO DA FASE I ,— PROVI K COMECMUTVS TEÓRICOS/PRÁTICOS —

Os candidatos abaixo relacionados encontram-so habilita-dos o passam integrar o Cadastro do Reserva da RodeFerroviária Federal S/A — RFFS/A.

Conforme informação contida na PARTE III (item 1, Fase I)das Instruções desto Processo Seletivo, os 30 (trinta)primeiros candidatos assinalados com astotisco. deverãocomparecer no dia 13.10.86. às 08:30 horas, para inicio daFASE II — EXAME PSICOLÓGICO — munidos do curriculumvitae. documentos comprobatôrios dos requisitos exigidospara o cargo (xerox), cartão de inscrição e documento doidentidade, no seguinte endoroçõ:PRAIA FORMOSA n° 63-0 / 3o andarSanto Cristo (próximo à Rodoviária Novo Rio).INSCR NOMEE 0549 Josó Luiz Nunes PoyaresE 0625 Josó Carlos BarbosaE 1452 Gilbert Rodrigues PereiraE 0293 Tadeu Eduardo Campos S PintoE 0532 Norma Lúcia B. da SilvaE 0820 Walter Nogueira FreireE 3189 Andró Silva da SilveiraE 0035 Ricardo Dowsley Fernandes

Josó Maurilio de Souza FroirClaudia Mareia X. dos SantosFernando Naufel do AmaralJoão Paulo Vivas F. CardosoYvonne Maria de F. CantinhoEunilson José de A. JúniorAdherbal Franco Moraes Filho

183624552633136517012587

_ 2232E 0623E 2405E 1276E 2742E 3118E 3072

050102721019048924221696

E 1380E 0455E 0569E 0212E 0589E 1045E 0084E 0472E 3327E 2344E 0697E 0930E 0951E 2069E 3191E 2860E 1922E 2781E 1663E 0969E 2627E 1314E 3197E 0270E 0197E 1481E 2484E 1709E 0244E 0424E 0678E 3025E 2606E 1464E 0642E 2733E 0928E 2042

067710511261165809680357

Ignácio Tito da Costa R. NettoGilmar da Silva AlmeidaRicardo RodriguesJorge Luís de Oliveira BorgosAvi NajmanHenrique SeroeiraClaudia de Souza LeitãoMilton dos Santos FilhoMarco Antonio Andrado PoreiraLúcia da Motta MoreiraSheila Vanea da CostaNelson Borgos Alvos NetoLuiz Sérgio Rocha de OliveiraMareia Teixeira MarquesEduaido Felix M. MagalhãesDione da Silva GuedesEduardo de Oliveira MartinsOctavio Raymundo B. dos SantosMárcio Muniz CorrêaRonaldo Monteiro da SilvaSérgio Manuel Sanchoz MesquitaRicardo Sadao LangeWagner Leal CarneiroTatiana de Moura CarvalhoKleber de Souza Sant'AnnaRomero Soares da SilvaWilson Oiticica MoreiraJosé Carlos GerardoAna do Fátima Paulain GavinhoLuiz Cláudio Paschoal FerreiraFrancisco Antônio R. de LimaEduardo Rocha DominguosAna Christina Soares CardosoClaudia SihmanMário de Mello F. JúniorMarcos Fonseca SantosCólio Batista FiguoiredoValdemar dos S. Amaral JúniorJorgo RodriguesHenry Rangel BragaCarla Cristina Brandão CoelhoCláudio Mariano FernandesAlexandre Serejo da SilvaPaula Silveira TovarElaine Lindoso de LiraMarcos Herzog de Luna AloncarJosé Newton TeixeiraRoberto Marques de AbreuFrancesco MolinaroEdson Roberto G. QueirozRosaria M. V. de Q. BittencourtAlexandre GonçalvesWaltor da Silva Santos JúniorDurvalino Francisco BernardoIsabel Mana F. dos SantosSérgio Yoshio Lange

M.

22 ? Io caderno ? quarta-feira, 8/10/86 Economia JORNAL DO BRASIL

Ações da Vale movimentam Bolsa do Rio

As ações da Vale do Rio Doce concentraram71,22% do volume de negócios da Bolsa do Rio, queontem operou em baixa de 2,0%, na média, c fechoucom pequena alta de 0,2%. A elevação do índice delucratividade no final de pregão foi conseqüência deuma forte pressão que elevou os preços de Vale nomercado à vista, apesar do papel ter fechado emqueda, pela media de preços.

O mercado de ações do Rio operou basicamenteem função das ações da Vale, com grande movimen-

.tação no mercado de opções, cujo volume chegou a51,33% do total de negócios do dia. Apesar disso, osprêmios das opções para compra de Vale PP até opróximo dia 20 (data do vencimento) não chegaram asofrer oscilações bruscas, mas a maioria fechou comcotação bem próxima da máxima do dia, acompa-nhando a elevação do papel no mercado à vista.

Alguns corretores acreditam que o mercadocontinuará andando de lado, com pouca movimenta-ção nos papéis de segunda linha, até o vencimentodas opções. Até lá, a bolsa do Rio deverá serinfluenciada basicamente pelo comportamento deVale PP. A pressão sobre os preços de Vale ontem foiuma tentativa de elevação nos preços das opções, masesse mercado acabou ficando cauteloso, sem bruscasoscilações.

Não havia outra explicação para a elevação dospreços de Vale PP, que foi cotada a Cz$ 1.120,00, nofinal do pregão. Tecnicamente a situação era atédesfavorável a uma alta, pois os embarques deminério da empresa, divulgados essa semana, ficarammuito aquém das expectativas do mercado. Outrofator negativo é o comportamento do dólar no

mercado externo. O dólar continua sofrendo valori-zações frente ao marco alemão e ao iene japonês(moedas cm que está expressa a dívida externa dacompanhia) o que tende a prejudicar o resultado debalanço.

Outro paradoxo do mercado ontem, que tam-bém sofre muita influência do mercado de opções daBolsa de São Paulo, foi as ações da-Petrobrás. Ontemfoi veiculada a notícia de que os testes realizados nocampo petrolífero de Albacor, na Bacia de Campos,indicavam a possibilidade de uma reserva de gásmaior que a esperada. A notícia, entretanto, nãocontribui para as cotações das ações cm bolsa. Aocontrário, no Rio, a Petrobrás fechou a Cz$ 1.300,00(lote de mil), contra Cz$ 1.310,00 do fechamento davéspera.

RENTABILIDADE EM SETEMBRO 8H. FUNDO DE RENDA FIXA RENTABILIDADE EM 12 MESES.

1.66%CZS

DO BANCO BOAVISTA.

Banco Boavista RENDIMENTO LIVRE DE IMPOSTO DE RENDA. FALE COM O NOSSO GERENTE. Banco Boavista

Ações do IBV

Osc.%Maior»* altas

Maiores baixa*

FochCz$

fabnna EJanqu PP9 9.06 3,50Calaguasos Loop OP 7.10 4.hiPottonatiPPPP 5,56 5 8!)ElumaPP 4,35 2.45AposVillarosPP 3.03 14 10

Mangols PP 12,50 3,80FeitosaPP 11.42 6,00UniparPA 11.11 2.40Montreal PP 9,9s 4 01Sharp PP 9,52 24.00

Ações fora do IBV

Maiorat aftaaRocrusul PP 36.30 9 95CtosalPP 9,91 122Marvin PP . 7,05 12.00Laho Elotronica PS 6.93 1 10ContoPP 6.2S 3/0

Makma tubasPiramidos Bras PA 10.06 0.55BonjonoxPRTPP 16.90 3 35Sid Guaira PP 13.79 2.50Muttitoxtil PP 10.14 2 70

Ouro dispara e sobe

a Cz$ 358 o grama

110 mercado à vistaSào Paulo — As cotações do ouro, tanto no

mercado físico quanto no futuro, dispararam ontem. Ometal foi negociado á vista na Bolsa Mercantil e deFuturos (BMF) a Cz$ 358 o grama, contra Cz$ 347anteontem — uma elevação de 3,I7',r em um único dia.Os contratos futuros cotn vencimento em dezembro,tradicionalmente o mês mais representativo do merca-do de ouro, fecharam ontem com alta de 2,59%, emCz$ 377 o grama, em relação ao pregão de anteontem.O número de contratos negociados no mercado físicodisponível (SPOT) da BMF cresceu 32,41%, de 145para 192 (cada contrato valendo 250 gramas de ouro).

O movimento do mercado dc ouro vem esquen-tando já faz mais ou menos um mês — salientou umimportante fundidor paulista, cujo preço do grama dometal passou de Cz$ 293, em 8 de setembro, para CzS365, ontem — uma valorização de 24,5% cm 30 dias.

Essa valorização e o interesse pelo ouro tem duasvertentes, segundo analistas do mercado. Em primeirolugar, a própria valorização do metal nos mercadosinternacionais, que foi algo em torno de 7,5% em ummês. Em segundo lugar, a falta de dólar no mercadonegro interno.

-Bolsa de Valores do Rio de Janeiro Mercados a Vista Mercados Futuros¦¦*4

Resumo das Operações

Qtde (mil) Vol. (Cz$ mil)

Loto: 10.907Mercado a Termo: 327Mercado de Opções-Opções de Compra: 14.308Exercício de Opções: 9Futuro d liberação: (Não houveFuturo d retenção: (Não houveTOTAL GERAL 25.551IBV Médio 3.505,28IBV no Fechamento: 3.524,88Das 66 ações, 11 subiram, 44 caíram, 5 permaneceram estáveis e 6não foram negociadas.

22910

2597

Negociações)Negociações)

506(-2%)

(+0,2%)

Mercados à VistaTHulo* Qtd. Abt. Min. Mad. M*x. F«ch. Osc. II N**Mil. Ano Nu.Aetata PP 43 000 7.50 7.30 7.39 7.50 7.40 - 4.40 160.65 21Acqs Warns PP 3 742 13.00 13.00 13.95 14.10 14.10 3.03 1 64.12 5AdutosCra PP 16a) 5.70 5.70 5.78 6,00 6.00 -1.37 361.25 4AdutosTmvoPP 165400 1.31 1.30 1.42 1.54 1.30 -0.70 157.78 20AgrocerasPP 11.710 17.50 16,50 16,66 17.50 16.50 - 7.70 108.18 9AttCfUiPO 1 000.00 1 000.00 1 000.00 1 000,00 1 000,00 128.85 1Arthur Lange PP 62 000 1.25 1.25 1.30 1.31 1.30 1.56 162.50 10B.A<>nmtMON 3 026 856 16.88 16.88 16,88 16,88 16.88 -43B-Am&ronuiON 88 2.40 2,40 2.40 2.40 2.40 54.55 1B.BravlON 3 990 330.00 330,00 341.36 350.00 340.00 1.10 51.39 37BBraailPP 9 052 440.00 435.00 444.49 450.00 449.99 0.28 49 28 73BNcxtWwtePP 180.00 180.00 180.00 180.00 180.00 56.85 1B Real OS 1 872 18.50 18.50 18.50 18.50 18.50 1.65 114.91 2BanerjPP 658 11.00 11,00 11.00 11.00 11.00 EST 26.00 2BanaspePP 26 181 2.99 2,85 2.99 3,00 2.90 -1.32 48.23 19BanouDnsflnvoVPP 1 141 1.50 1,50 1.50 1.50 1.50 187.50 1Barbara PPE— 65 306 6.70 6.50 6.90 7.05 6,52 0.44 39BanattoAfaujoPB 4 850 9.00 9,00 9.01 9,06 9.00 - 5.75 250.28 7BtfQoMinoiraOP 28 141 62.00 60,00 61.07 63.00 61.00 - 3.55 183.39 43Bafco Minora PP 105 660 50.00 48.00 49.88 50.00 48.50 - 5,48 166.82 35Bflfco Minora PrlPP 44 930 45.00 45.00 46.78 47.00 45.00 - 3.19 10Benranax Prt. PP 110 000 0.60 0.59 0.59 0.60 0,59 -16,90 2Borietas Cakx PB 200 100.00 100,00 100,00 100.00 100,00 - 3.32 167.50 2BredasooOSE— 800 13.00 13.00 13.00 13.00 13,00 EST 76.47 1EksdascoPSE- 27 350 13.00 12.50 12.94 13.00 13.00 - 0,46 80.88 20Bradesco Inv PS E 170 20.80 20,80 20.93 21.00 21.00 - 0.33 126.85 4BrehmuOP 700 24.00 24.00 24.03 24.10 24.10 0.46 282.71 2Brahma PP 27.292 22.00 21.00 21.50 22.00 22.00 -1.51 286.67 28BrasilfUtaPA 2.000 21.00 21.00 21.00 21.00 21.00 552.63 3C.Mmaracao Part. PP 12 000 6.80 6,80 6.80 6.80 6.80 1.64 68.00 3Cacique Cafe PPE - 10 030 55.00 53,50 53,50 55.00 53,50 88 28 2CaemtOPE- 1 244 2 300,00 2.300,00 2 300,00 2 300.00 2 300.00 EST 2Cafe Brasilia ON 124 694 1.90 1.90 1,90 1.90 1.90 2Cafe Brasilia PP 112.904 1.90 1.85 1.91 1.95 1.90 - 4.02 212 22 33Cata - amazonia Tertil OP 23 245.00 245.00 245.00 245.00 245.00 - 9.26 1CitjguasesLeop.OP 60.582 4,51 4.51 4.83 5.00 4.51 7.10 536 67 5C*taguasosLaopPA 236.177 8.60 8.00 8.24 8,60 8,20 - 4.52 749,09 65Cbv-indsMecancasPP 4 000 17.50 17.50 17.53 17.60 17.60 0.17 103.12 4CemiflPP 54898 0,90 0,90 0.92 0.95 0,95 EST 184.00 18CerrMflNov.PP 170.700 0.75 0.70 0.76 0,78 0.77 5.56 21Gfcnm Prt . PP --R 1 000 1.05 1.05 1.05 1.05 1.05 - 3.67 1Coklex FfiQOf PP 11.000 8.00 7,00 7.91 8.00 7,80 -1.13 282.50 3Confab PP 32 12.40 12.40 12.38 12.40 12,40 - 5.06 69.55 1Const.Deter PA 300 6,00 6.00 6.00 6.00 6.00 272 73 2ContePP 5.000 3.40 3.40 3.40 3.40 3.40 91*89 1CopenePA 65 48.00 48.00 48.00 48.00 48.00 KiO.79 1Corraa Rfceiro PP 7 650 12.50 12.00 13.50 14.00 14.00 - 3.09 300.00 5CosiguaPS 2.730 2.51 2.51 2.51 2.51 2.51 -7.04 179.29 2CresalPP 218000 1.15 1.15 1.22 1.25 1.22 9,91 15CousiroSuIPP 3.000 8.00 8,00 8.00 8.00 8,00 - 2.68 320.00 1Dhblnd.Com.PP 800 3.99 3,99 3.99 3.99 3.99 - 0.25 61.38 1DhbPrt PP 195 3.60 3,60 3,60 3.60 3.60 1OocasPP 550 14.00 14.00 14.29 14.50 14.50 -5.37 54.13 4EtebraPP 5 742 7,50 7.50 7.51 7,51 7.51 -3.72 74.36 9EtetrobrasPB 50 150.00 150,00 150,00 150,00 150,00 EST 269 78 1ElumaPP 186.240 2.30 2.30 2.40 2.50 2.45 4.35 266.67 40Fabnca Bangu PP 1 027 3.20 3,20 3.49 3.50 3.50 9.06 349.00 2NvhasaPP 15 758 6.40 6.00 6.05 6,40 6.00 -11.42 87.68 11FerroL«asPP 1 626 7.30 7.00 7.04 7.30 7.20 - 0,85 105.07 7FwltsuIPP 56 390 1,75 1.65 1.74 1.80 1.80 - 3.87 174.00 20FetiraPP 1 000 1.65 1.65 1,65 1.65 1.65 51 56 1KcapPP 3.714 29.00 29,00 29.03 29.50 29.00 - 3.23 4F«*CI 11 592 7.30 7.30 7.31 7.31 7.31 0.14 132.91 3Fnv-veiaitasPA 17.740 2.85 2.85 2.91 3.00 3.00 - 7,62 207.86 11Frangosul PS 50 000 4,30 4.30 4.30 4.30 4.30 204.76 1Gtanmni PP 4 000 1,80 1.80 1.80 1.80 1.80 1Grinaotin PP 1 000 7,00 7.00 7,00 7.00 7.00 1GuarerapesOP 10 000 46.00 46,00 46.00 46.00 46.00 4.55 110.31 1Guararapes PP 5 770 42.00 42.00 42.00 42.00 42.00 1¦nbracPP 100 3.10 3.10 3.10 3.10 3.10 -1.90 119 23 1tndl Beta Honronta P0 100 000 5.00 5,00 5.00 5.00 5.00 20 00 1Invest!* PS 1 000 3,00 3.00 3.00 3.00 3.00 1.35 83.33 1•ochpePP 50 534 27.00 23.80 24.87 27.00 25.00 -2.93 340.68 3353.119 3.90 3.90 4.21 4,30 4,30 - 0,71 382.73 11HaunonaflPP 30 000 10.50 10,50 10.50 10.50 10.50 1tawtecPS 800 9.01 9.00 9.01 9.01 9.00 EST 25.74 2J H Santos PP 79 900 2.45 2.40 2.52 2.70 2.50 -3.45 229.09 15JoiO Fortes OP 1 000 50.00 50.00 50.00 50.00 50.00 EST 362.32 1Kepter.wabefPP 2 000 7.40 7.40 7.40 7.40 7.40 - 7.50 77 89 1WafanPP 19 500 54.00 54.00 54.00 54.00 54.00 153^1 1Labo Eletromca PS 24 200 1,00 1.00 1.08 1.10 1.10 6.93 15 88 4Lam Naoonal Metais PP-E- 731 500 0.55 0.55 0.59 0.65 0.65 - 3 28 35Lofas America rtas PS 4 608 68,00 68,00 68,00 70.00 70.00 0 79 90 91 2lofcs Renner PP 600 5.70 5.70 5.70 5.70 5.70 1LuxmaPP 41 346 2.60 2.50 2.61 2.90 2.90 - 0.38 372.86 22MagnesrtaPA 37 500 15.00 15.00 15.00 15.00 15.00 267 86 4MangetePP 48.760 4.00 3.80 3.89 4.00 3.80 -12.59 11441 16MannesmannOP 508 282 3.30 3.10 3.25 3.40 3.10 - 7.93 116 07 113MannesmannPP 121.888 2.70 2.60 2.67 2.75 2.61 -4.30 121.36 32

Marvin PP 10 000 12.00 12.00 12.00 12.00 12.00 27.71 1Mendes Junor PA 52.950 8.80 8.40 8.64 9.25 8.60 - 4.fv) 166,15 25Mnnries Junior PB 199 960 9.80 9.30 9.51 10.00 9.79 - 4.42 161.19 1 04Meridional PP 44 000 2.45 2.35 2.42 2.45 2.35 -2.42 71,18 6McrolebPP 9 938 2.35 2.35 2.45 2.50 2.50 -b.13 76.56 10ModdataPP 6000 2.50 2.50 2.53 2.60 2.50 - 8.00 4fi.65 3Momho ReofeOP 400 69,99 69,99 69,99 69.99 69.99 80.45 1Montreal PP 8 025 4.50 4,00 4,16 4,50 4,01 -9.96 69.33 5MotoradioPP 3.700 4.97 4.85 4.94 4.97 4,85 - 2.76 154,38 2Mueller I rmaosPP 10.500 1.60 1.60 1.60 1.60 1,60 -3.03 32.00 3MullerPP 464.743 5.20 4.49 4.58 5,20 4.70 - 9.13 327.14 159MultrtelPS 4.333 3.00 2.95 3,00 3.00 2.95 0.33 20,00 3Muttitextil PP 3 006 2.50 2.50 2.57 2.70 2.70 107.08 3NaaonalON —E 2 862 7.40 7.40 7.40 7.40 7.40 0.54 132.14 2NaoonalPN —E 17 822 7.40 7.40 7.40 7.40 7.40 0.82 129.82 7OlcalPB 78 100 3.00 2.80 2.94 3.00 2.99 - 5.47 117.60 24OtvetxaPP 2 000 2.60 2.58 2.60 2.60 2.60 - 2.62 288,89 3PncaembuPP 294 300 0,75 0,75 0,84 0,a5 0,85 2.44 49,41 14Papel SimaoPrt PP 62 150 3.80 3.60 3.76 3,90 3,90 -3.59 80.00 33ParaibunaPP 20 350 4.40 4.00 4.37 4.49 4.30 - 6.42 150®) 15Paranepanema PP 88 840 13.50 13.20 13,44 13.60 13.39 -2.96 101.05 59Pence PP 3.000 3.35 3.35 3.35 3.35 3,35 -14.10 167.50 2Perd^aoPA 8 100 6.00 6.00 6.00 6.00 6,00 - 0.33 2Pers Columbia PP 94 525 1.00 1.00 1.02 1.05 1.05 2.00 72,86 12PetrobrasON 19 610.00 610.00 627.89 700.00 650,00 0.01 193,14 4PetrobrasPN 25 1 100.00 1 100.00 1 100,00 1 100,00 1 100,00 250.06 1PetrobrasPPE-- 14 192 1.310.00 1.300,00 1 306.75 1 320.00 1 300,00 - 1.78 213,70 113Petrotao Iptranga OP E 1 003 2,20 2.20 2.20 2.20 2.20 146.67 2Petroteo Ipiranga PP E 52 971 3.30 3,00 3,19 3.30 3.20 - 7.80 177.22 18PettenatiPP 700 5.89 5.89 5.89 5.89 5.89 5.56 327.22 1PireJkPP 841 8.80 8,80 8,80 8.80 8.80 325,93 1PromotalPPE- 914 2.00 1.80 2.00 2.00 1.80 EST 222.22 2RecxusuIPP 17 574 9.95 9.95 9.95 9.95 9.95 47 38 2RefnparPPE— 457 11.50 11.50 11.50 11.50 11.50 EST 3RheemPP 57 500 1.20 1.15 1.20 1.28 1.15 EST 48,00 13RmgrandenaePPE 79 700 6.00 5.50 5.87 6.00 6.00 - 2.17 7526 8RipesaPP 7 633 2.70 2.70 2.78 2.80 2.70 -1.77 95.86 8Sade Sol Americana PP 500 4.50 4.50 4.50 4.50 4,50 EST 1SamrtriOP 5 252 330,00 280,00 296,57 330.00 290.00 - 4.!>4 144,18 16Sao Bra; PP 1 600 11.00 11.00 11.00 11.00 11.00 11.14 1Sehhe Partiapacoes PP 10 000 0.79 0.79 0.79 0.79 0,79 -1.25 1Sharp PP 172 098 24,00 23.00 23.57 24,50 24.00 - 9.52 181,31 104Sharp PrtPP 153 210 24.20 21.50 25.91 26.00 21.50 5.63 13Sid Infofmatca PP 5 820 10.70 10,00 10,40 10,70 10.45 - 4.85 6154 13Sid Guaira PP 5 000 2.50 2.50 2.50 2.50 2.50 - 1SondotecncaPA -E 10.000 9.99 9.90 9.98 10,00 10,00 - 3.95 191.92 6SondotecmcH PB 2 000 10.00 10.00 10.00 10.00 10,00 - 2Sou/a CnuOP 195 685.00 685.00 685.00 685,00 685.00 - 0.68 101,44 1StaroupPP 40 000 16.00 16.00 16.00 16,00 16,00 200,00 1SupergasbnuPP 46 000 3.00 3.00 3.16 3.20 3.02 - 5.39 137.39 14TOWKJON 70.00 70.00 70.00 70.00 70.00 EST 155.21 3Teton PN 140.00 140,00 140.00 140.00 140.00 EST 178,80 3TransbnwIPP 44 839 2.50 2,40 2,50 2.75 2.50 - 9.09 227,27 23TrarubrwylPrtPP 22 291 2.40 2.25 2.29 2.40 2,30 - 8.03 21Triches PP 99 657 7.20 7.00 7.11 7.20 7.00 165.35 3UniparPA 2 866 2.40 2.40 2.40 2.40 2.40 218,18 2Unipar PB 303.502 2.90 2.70 2.81 2.90 2.85 - 4.42 216.15 64Vale Rio DoceOP 601 650.00 640.00 649.50 650.00 650,00 - 7.03 103,82 5Vale Rio Doco PP 93 904 1.010.01 1 010.00 1 078.78 1 125 00 1120.00 - 0.59 11301 111Vang PP 107 317 16.00 15.20 15.71 16.30 15.99 - 3.74 132.02 55Verolme PP 506.700 0.90 0,87 0,89 0,99 0,90 - 4.30 63.57 34VotocPP 13.364 0.50 0.50 0.50 0.51 0.51 EST 166.67 5Wembiev Roupes PP 3 000 6.50 6.50 6.50 6.50 6.50 309.52 1Whrte Martina OP 417 016 4.40 4.19 4.25 4.49 4,49 -4.28 265.63 142

ConcordatáriaCaHatPPPirâmides Brasília PA 17.457 1.85 1.80 1.85 1.90 1.8560 000 0.60 0.55 0.59 0.60 0.55 -2.63 123.33 5147.50 2

Opções de compra

Pr»?o UR. Had Qtde VolumeCii-/Esp mtnto tore. (lota)

JB DuartoPP CJU Out 9,00 2,00 2.18 90 19 660.00Sharp Prt PP CLG Doz 28,00 1,51 1,93 2 800 542 800.00Vak) Rio Doco PP CJQ Out 1 600.00 0.20 0.22 3 270 73 860.00CJR Out 1400.00 1.20 1.19 34 0 70 4 084 830.00CJS Out 1 800,00 0.13 0.11 790 8 780.00CJT Out 900,00 195,00 182,56 3 70 6 755 000.00CJX Out 1 200.00 19,00 14.76 73 530 10 577 620.00CJY Out 1100 00 64.00 48.31 27 210 131467000.00CJZ Out 1000,00 130.00 100.73 560 5 641 000.00CLI Do/ 1 000.00 188,00 176.00 150 2 640 000.00CD Do* 1 800.00 7.50 7.39 240 177 500.00OTDE TOTAL VOLUME TOTAL14 308 000 000 259 988 050,00Mercado a termoTKukw Tlpo Pruo Quint. F*ch. M*x. Mtn. MM. Volume N°

(mil) .. n*gAdubos Tiovo PP 060 45 000 1,63 1.64 1.63 1.64 73600 00 2DI!"lsl1 pp 060 1 100 477.80 477.80 472.59 473 06 520370 00 2Biciclotas Calol PB 060 100 106.20 106 20 106.20 106.20 10 620 00 1Ewjosj PA 060 100 1555,85 1 555.85 1 555,85 1 555 85 155 565 00 IFomsu! PP 060 5 000 1.80 1.80 1 80 1 80 900000 1Frangosul PS 060 50 000 4.56 4,57 4 56 4 5 228 350 00 2lochP" PP 060 20 000 26.55 26,55 26.55 26,55 531000 00 4Lam Nacionjl Motais PP -E060 50 000 0.64 0.64 0.63 0 64 3IB60 00 2Mangols PP 030 4 000 4.11 4.11 4.11 4,11 16440 00 1Mondos Junior PA 030 10 670 9.25 9.25 9.24 9 25 58 660 80 ' 2Mnndos Junior PA 060 53 000 9.35 9.97 9.93526 550 00 ' 2Mondos Junior PB 060 9 000 10.33 10.63 10.33 10 50 04 470 00 2Moinho Hocilo OP 060 400 74,33 74.33 74,33 74 33 29 732 00 1Mu"°' PP 060 9 000 4.89 4 89 4.79 4 81 43 300 00 3Pacaombu PP 060 26 000 0.89 0 90 0,89 0 83 23 194 60 2Papol Simao Prt PP 060 2 000 4.04 4.04 4 04 4 04 8080 00 1Polrobras PP E-060 5 000 1.364.51 1364,51 1 364,51 1 364 51 6 82255000 5Rocmsul PP 060 17.000 10,5? 10.57 10.56 10 57 179 639 00 2Sam,,n OP 060 1 000 339.09 339.09 339.09 339.09 339 090 00 2Uni>«' PB 060 8 000 3.03 3,03 3,03 3,03 24 240 00 2Valo Rio Doco PP 030 290 I 047.54 1 047.54 I 047.54 1 047.54 303 786.60 1Vdfl3 pp °60 7 000 16.88 16.89 16.88 16 89 118 200 60 2Whilo Marlins OP 060 4 000 4.52 4.52 4,52 4,52 18080.00 1TOTAL 327 660 10.206398.60 44

QUEM PERDE 0 JORNAL

Ido brasil perde um]

¦pouco DO MUNDal

Bolsa de Metais de LondresCompra VendaAJumfnio 802.50 803Chumbo —Cobre {Cathodes) 901 901.50Estanho (Standard) suspenso suspensoEstanho(Highgrado) suspenso suspensoNfquol 2.565 2.575Prata —

Zinco (Standard) 600 610Zinco (Highgrado) 629 630

Cotações omlb/t. com oxcoçdoda prata — pencopor onça troy(31.103 gr)

Câmbio Banco Central do BrasilBanco Cantral do Brasjl Em d6lar«s EmcrazadoaMoadaa U.S.A.Compel Vanda Compra VendaD6lar 1.0000 1.0000 13.77 13.84Coroa Dinamarquosa 7.5254 7.5606 1,8213 1.8391Coroa Noruoguosa 7.3303 7.3647 1,8697 1 8R81Coroa Suoca 6,8443 6,8767 2,0024 2 0221DOIar Australiano 0.63273 0.63577 8.7127 fl.7991 '

DOIar Canadonso 1,3837 1.3903 9,9043 10,002EscudO 145.79 0.094451 0,095640flown 2,2555 2.2670 6.0741 6 1361Franco Bolga 41,417 41.633 0.33075 033416Franco Frances 6,5309 6,5631 2.09RI 2.1192Franco SulQO 1.6267 1.6343 8,4256 8 5080Inno 153,89 154.61 0.089063 0.089934Libra 1.4316 1.4384 19.713 19.907Lira 1380.2 1387.8 0.0099222 0.010028Marco 1.9970 2.0070 6.8610 6,9304Posola 132.14 132.8 0,10364 0 1 0474Xolim 14,022 14,128 0,97466 0.98702,a Ta«aa dtvulgadai pato BC ontatn no fachamanto — 16h30mln.

Bolsa de Cereais de São Paulo

IndicadoresInflação

1986marçoabril

IPCA FGV RPEmantal Acum. mwiul Acum. mensalno ano no anoAcum.

no ano-0.11 -011 -0.58 42.9 1,830.78 0.67 -0.87 42,08 2,311.4 2,08 0,32 42.54 2,31

1.27 3,38 0.53 43,29 0,531.19 4.61 0.63 44,19 —jun(u!Do anelro dezembro do 1985 223.65De laneiro de 1986 16.23De fevereiro) 1) 14,32De fevereiro(2) 11,23(1 (inflação média do período vai de 15 de janeiro a 15 defevereiro em relação è de 15 de dezembro a 15 de janeiro(2)inflaçéo média de 31 de janeiro a 7J de março

Produção IndustrialBrarf Rio da Janeiro S*o P*uto1MB imwl 12 maaaa manaal 12 mansal

Jan 14.84 7.92 10.8 2.67 18.52 7.54H»v 1.79 7.11 -6.49 1.57 2.39 6.91Mar 10.87 8.18 2.72 2.29 13,54 8.47Abr -3.14 8.09 1.97 2.34 0.58 8,42Mai 2.36 7.66 0.21 2.59 1.07 7,96Ju" 2.78 7.10 -0.63 2.73 2.09 7 45Jul 9.35 6.89 6 3.17 11.25 7.65Ago 8.47 7.05 2.87 3.91 8.77 7,43Sot 12,35 7 70 8 76 4 54 12.69 8.02Out. 13.01 7.87 11.09 4.61 13.47 8.13Nov 10.17 8.08 12.35 5.32 9.26 8 2Oei. 12.10 8,50 14,49 6,36 13.74 8.83iaatJan 11.63 8.30 11 89 6.52 11.14 8.45F«v 13.23 9.15 17.3 8.16 14,27 9.3Mar 3.87 8.59 5.36 8.02 2.26 8.35Abr 19,63 9.80 10.7 8.66 26.99 10.23Mai 11.23 10 OH 14,69 10,26 11.30Jul 13,54 11.53 16.27 12.93 13.08 12.18Jul 11.31 11.69 83 12 2Ago 8.22 11.62 —

Ouro

Mercado à vista (Cz$/g para lingotes do mil gramas)Banco do Brasil 350.00 370.00Degussa 353,00 363.00Goldmine 358.00 367.00Ourinvest 352.00 362.00Real Metais 350,00 365.00Safra 351,00 361.00

ARROZ — 60 KGGRAOS LONGOS (AMARELAO EST CENTRAIS)TIPO 1 (EXTRA) 330 00/350.00TIP0 2 (ESPECIAL) 280.00/300.00TIPO 3 (SUPERIOR) 240.00/260.00GRAOS LONGOS KINOS — AGULHINHATIPO 1 (EXTRA)...... 330.00/350.00TIPO 2 (ESPECIAL) .305.00/320.00QUEBRADOS DE GRAOSGRAUDOS TIPO 2 (3/4 ARROZ ESPECIAL) 180.00/200.00AmaodolmEm casca. especial HPS-25kg6 to da SofaDegomado. a granol-P/Kg 4.85/4.90Refinado-20 latas 90 ml 124,00/125.00So}a~60 kg — CIFSAo Paulo 137.00/141.00Batata — 60 kgLisa, especial . .. 349.80Lisa, do primoira 270.00Lisa, do segunda 199,80Comum. especial 319.80Comum. do primeira. 229.80Comum. do segunda 150.00Cabola — P/KgDo ostado. per a (Piedade).r 4.50Do Pemambuco, pera ... .. . . 4,50Milho nadonal — 60 kgS3o Paulo CIF GRL (Isonto ICM).... 87.00/90.00Parana FOB GRL. .... ,79.00/82.00Faifio — P/80 kgCarioquinha tipo 1 (extra) novo 490.00/500.00Canoquinha tipo 2 (especial) 440.00/450.00Carioquinha tipo 3 (superior) . 400.00/410.00Proto tipo 1 (extra) novo ...... 370.00/380.00Preto tipo 2 (especial) ..... -.340.00/350.00Rajado tipo 1 (extra) novo ................ 500,00/510.00Rosinha tipo 1 (extra) novo .. .......v —Rosado tipo 1 (extra) . ... . 450.00/460,00So|a — 60 kg - CIFS3o Paulo... 134.00/137.00Ponta Grossa — PR :• .....135.00/137,00

BBF ...OTN (pontos) I

Outubro Novombro99,228 96.050Taxa % mds3.88 4J_7LBC (pontos) I

Novombro Dozombro97 445 96 401Taxa % m6s2.68 2.24CDB Ipontos) I

Outubro Novembro93.750 93.123Taxa % anual48.00 54.25

BMEFCDB pontos) J

Outubro Do/embro93.820 93.161OURO iqsi

Dezombro Fovoroiro Abnl385.04 396.00 431.00ibovespa" pontos) J

Outubro Dezombro9801 10877cAmbiq CzS por US$) I

Dezombro Janeiro Marrjo14.50 15.20 17,40 ;BMSP

~

OURO (CzS)Dozombro Fovoroiro Abnl14.58 15,20 16.20

ALGQDAO Cz$/15 kg) IOutubro Dozombro Marpo276.00 295.00 300,00

BOI GORDO Cz$/15 kg) JSuspensoSQJA CzS/60 kg)

Sem cotacdoCAFfe Cz$ mil/60 kg) J

Dezombro Margo Maio3.299.00 3.849.00 4.396.00

NOVA YORK ~

AQUCAR C/Lfal IJaneiro Margo Miiio5.62 6.20 6.43

CACAU ( )Dezombro Margo Maio20.00 20.21 20.43

COBRE i iOutubro Dozombro Janeiro59.35 59,90 60.05

SUCO DE LARANJA ( )Novombro Janeiro Margo108.75 110.85 111.95

PRATA i iOutubro Dezombro Janeiro570.4 575.0 577.8

CHICAGO ~~„

TRIGQ i Dozombro Marco Maio265 260 247

MILHO i iDozombro Margo Maio164 174 180

Cotagoes

Overnight

Taxa do Andima (bruta) 3.81%Rond.acumuladodasemana 0,25%Rond acumuladodom6s 0.64%Fonto Andima

Taxa referencial de CDB

60 dias 90 dias 180 diaa44,80 46.10 nd

Fonto Banco CentralTaxas de Juros no Extorto? .

Libor(Eurodólar6müSüS)FovMarAbrMaiJunJulAgoSotOutNovDezJanFovMarAbrMaiJunJulAgo

Londres10 199448.948.199.068.908.318.318,008.008.001988 8.007.656.756.756.756.756 756.75

Primo-rate<%>198510.510,510.510.510.5 >

9.59.59.59.59.59.59.59.0"8.58.58.58.58.57.5

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Em: o6.io.86

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JORNAL DO BRASIL Economia quarta-feira, 8/10/86 ? Io caderno ? 23

Volume de negócios diminui eBovespa fecha em baixa de 1,2%

São Paulo — A Bolsa caiu de novo, com umvolume bem reduzido, de Cz$ 418 milhões 999mil, e bastante concentrado em ações de altaliquidez, como Petrobrás PP C35, que movimen-tou 25% do mercado, e Sharp PP Int, que foiresponsável por 10,21% dos negócios. Sharp OPInt, còm 8,49% do.movjmentoà vista, e Paraná-panema, com 3,37%, foram os outros papéismais negociados ontem no mercado paulista. Oíndice Bovespa caiu 1,2%, na marca dos 9.971pontos, depois de ter chegado a cair até 2,4%durante um pregão que os operadores descreve-ram como "muito parado".

Das 138 ações que compõem o índice, 67caíram, 31 ficaram estáveis, 28 subiram e 12 náoforam negociadas. A reação maior foi nas açõesda primeira linha, mas também se notou interes-se dos investidores pelos papéis de segundalinha. O fato de a maior parte do volume tervindo de operações à vista animou alguns opera-dores a esperar que hoje o mercado indiquealgum sinal de recuperação. Outros, entretanto,acham que a concentração dos negócios emSharp e Petrobrás não permite expectativas maisotimistas. O mercado vinha caindo e, no final,

puxaram os preços de Sharp e Petrobrás PPC35. Esta última fechou estável em Cz$ 1.320,depois de ter chegado a Cz$ 1.297. Sharp PP Intcaiu 2%, fechando em Cz$ 24, depois de tercaído até Cz$ 23,69.

Os mercados a termo e de opções movimen-taram pouco, respectivamente Cz$ 82 milhões eCz$ 25 milhões. O eqüema adotado a partir deontem pelas Bolsas do Rio e Sáo Paulo parareduzir o Imposto de Renda dos financiadoresde operações a termo, retendo o dinheiro devidopelo comprador por 60 dias, não chegou aestimular, como se viu, nem o mercado a temronem os negócios em geral.

O mercado futuro de índice Bovespa daBolsa Mercantil e de Futuros (BMF) operouestável nos contratos com vencimento agora nodia 15 de outubro, em 9.850 pontos, mas emligeira baixa para os contratos com vencimentoem dezembro, que caíram 0,9% em relação aopregão de anteontem, na marca dos 11 milpontos.

Na Bolsa de Valores, as maiores altas domercado foram Orniex PN (55%), Pir. BrasíliaOP (25%) e Const. A. Lind. PP (20%).

Siderúrgica Pains nosprimeiros nove mesesamplia produção em 10%

Belo Horizonte — A companhia siderúrgica Pains, deDivinópolis, no Oeste de Minas, controlada pelo Dcg-Banco deFomento da Alemanha Federal e o grupo Korf, tambémalemão, apresentou nos primeiros nove meses do ano umcrescimento de 10% na produção bruta de aço, com 240 miltoneladas. E, segundo antecipou ontem o diretor administrativoe de relações com o mercado, Antônio de Araújo Rodrigues, ausina encerrará o exerício com uma receita bruta de Cz$ 1bilhão 500 milhões.

A Pains aparece em primeiro lugar nos itens liquidez, com1,40% (média do setor 0,40%), e produtividade, com 2,53%(média de 0,81%) e com rentabilidade de mais 2,2%, contramenos 9,2% para as demais usinas privadas e estatais, na análiseMelhores do Setor Siderúrgico, da revista Exame de agosto.Antônio Rodrigues prevê uma queda na rentabilidade daempresa por três fatores: defasagem de 15% a 20% nos preços;elevação do custo dos insumos como carvão vegetal, que subiu66%, passando de Cz$ 180,00 para Cz$ 300 o metro cúbico; cperda de receita, por ter que colocar mais produtos no país, emfunção da alta demanda, onde os preços são inferiores aos pagospelos clientes externos.

Tendo em sua linha de produtos barras mecânicas evergalhões de aço para construção como principais itens, a Painsinaugurou sua expansão em outubro de 1982, quando duplicoupara 400 mil t/ano sua capacidade.

Funaro permite que o créditoimobiliário reduza IR a pagar

São Paulo — Um despacho do ministro daFazenda, assinado a 27 de agosto, mas quepassou praticamente despercebido, beneficia asempresas de crédito imobiliário, permitindo quediminuam seus lucros e, conseqüentemente,reduzam o imposto de renda a pagar. A decisãoautoriza essas sociedades a utilizarem cm fundode reserva em percentuais superiores às atuaiscondições, desde que a despesa registrada nãoseja maior do que o lucro apurado. Exemplifi-cando: se foi concedido um financiamento de100 e a empresa receber 120 ao fim da operação,seu lucro será igual a 20 e, portanto, o fundo dereserva utilizado pode chegar até 20.

Com esse critério, segundo o sócio diretorda Trevisan Associados, Luiz Carlos Andrezani,há uma redução do encargo de IR, na medidaque a provisão diminui o lucro líquido doexercício e também o lucro real.

— Não há favorecimento, porque técnica-mente não se reduz o IR, apenas se posterga oseu pagamento, porque na nova declaração asempresas de crédito imobiliário terão de regis-trar se receberam ou não os seus créditos — diz

Andrezani, ao considerar a medida um reconhe-cimento do governo de que há inadimplência nosistema.

As sociedades de crédito imobiliário, assimcomo a maioria das instituições financeiras,fazem provisão para devedores duvidosos, — ouprovisão para crédito de liquidação duvidosos—, enfrentando assim os eventuais prejuízoscom o crédito. As regras da portaria 241, de1980, do Ministério da Fazenda, estipulam queas instituições financeiras podem constituir pro-visão na base de 1% sobre a totalidade doscréditos a receber, independente da existênciaou não de garantia, ou 1,5% sobre a totalidadedos créditos sem garantia real. Em 1984, 'óBanco Nacional de Habitação expediu ofícioautorizando mais uma opção: de constituir pra-visão sobre créditos já vencidos há mais de 12meses. O novo filhote do ministro da Fazendaamplia os percentuais de provisão.

Bolsa de Valores de São Paulo Investimentos Fundos de Ações

Resumo das OperaçõesQtiant

j ImWI

LotePudrao: 27.936.817.Coocwdatáriss: 1.306.859.Direitos eRecibos: 255.510.Fundoslnc.RscaisDL1376: 8.174.ÉxercOpçoesdeVenda: 12 000.Outros: 31 ¦ktercadoaTermo: 6.776.740.Iitercado Fracionário: 204.MereadodeCIpçôeíOpçoesdeCompni:... 9.959.400.tOTALGERAL 45.255.735.índice Bovespa Médio. 9.754IndiceBovespa Fechamento: 9.761Das 138 ações, 28 subiram, 67 caíram, 31 ficaram estáveis,negociadas.

Mercados à Vista

Vol.ICitmW

308.541.004.1.291.238.

708.482.45.572.

520.000.148.100.

82.670.188.37.438.

25.037.960.418.999.983.

(-1.2%)

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1.201.145.X438

21X.03.X4.725.X

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.150307.00'

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12.X13.00

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. 6.X53.X

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X.XX.Xo.x

17.Xo.x

66.X0.960.70

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11.X1B.X

1X.X1400.0

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2.262302314.»

10.X8304.203.766.X2302313.X

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0.63131230

100.X7.00"'

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X.OO105,00

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1X.X~Xõo"12.X3.51

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SX.X600,0021.X21.X20.X2131

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X.XX.X

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11.X18.X

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6.X6.216.20

18.018.10

184.X13.X

1.201.20 -i6.X ¦4.X -

21X.03.014.705.X

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2.06 ¦2.X2.712.X2311,227.X6.706.X

16.X14.493.703.X2.X

16.7614.012.X7.66

4.X3.762.X7.X8.006,66

120.X2.404.X

11X.01.X

46.1146.X16.X17.20

-8.5

-8.0-3.9-2.8-3.4

+ 0.8-7.1

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+23-1.1

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-4.1

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+ 33-7.6

? 20.0-16.6-20.0

-2.9'+ 0.4-6.0

-6.5/-6.1-3.0

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-4,2

+4.0-2.5

-11.1-13.0

+ 33-18.1

-5.0+ 0.0

-6.0-8.0

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20.82185.75723 000

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9 260250

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1.2X19.00030006 183

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1.06418.6594000

12.686518

79.070241 3X

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2 500222

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6.20220.X

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X.X4.20

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1.X

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2.40130

8.20220.X

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30.X4.20

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3.X1.X

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1.X

6.20220.X

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8.20220.00

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3.X1.X

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8.20220.X

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X.X4.20

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3.Xl.X

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46.X40.X

730

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2.181.70

l.X

22.X18.276.00

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3.00130

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+ 4,7-4.4

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+ 6.0-6.0+0.2-6.0

-2.9-7,6

-10.0-8,0+ 5.2+ 2.2-4.7-6.6

22.0017306.00

130.MIX.00

3.50630

1650.0l.X

3.1025.X4.20

14.X16.1010.XX.OOX.OO

9.01

22.XI6.X6.X

1X.X130,00

3304.X

1650.01.20

3.1025.X4.X

14.X15.1010.XX.X29.X

9.01

/+ 3.2-9.0+ 4.0+ 4,0

-9,4

-7.6

-3.8-4,7+ 7,4+ 73

-3.2-3.3+ 2.3

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12B.0X 1.25 1.20 1.22 1.26 1.25111.102 7.X 6.20 6.48 7.00 6.20 -11.431.240 62.16 X.X 62.07 62.16 X.X -7.834.250 56.X 66.X 56.X 58,00 66.X

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X443X7.7X

2.7361X37300

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10074.830

13997X

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613X04.000

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3.4XS9.SX

98352.X0

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13232010.000

741. OX

5536.0X

X.5376X

6.0001X02X01.4362.0OO

26.9X64 264

7.1031.260

25 OX1X0

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X32.02671000

286.57043.6X

326.026

e.x2301.209.40

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X.X1.10

19.X«3870.X6.X4396.X3.10

X.106.X2.»

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0.763.»1.10

X.OO1.10

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5630 +12.05.50 -832.X +4.0

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3ro.ro2.X

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3.X4.X4.X4.613.21J.41

? 7,6/-63+0.9/

-4.4+0.3+03

-43-19.7-1.7

-18.1

-4.3-3.2-3.2+0.1-1.4-1.7

-16.6+ 0,4

-16.0-3.3

-3.2/-2.1-6,0

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17.000 2.X 2.X

6.56 7.20 7.207,20 7,20 7,20

16.01 15.01 15.01 +0.02.X 2.00 2.X -4.7

206 2X.X 196.X 198.06 200.00 2X.X +11.156.650

1.77210.X6.X

21 OX 1,06

10.X6.X

10.15.X

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l.X 1.06 1.06 1.X

13600 3.X 3.X 3.00 3.10 3,10 +3.3162B00 2.X 2.40 2.58 2.86 2.» +3.6

IX 5.X 6.X 5.X 5.00 630 -28.5

20* OX129.000336.000122.600783.83020.0008X0

39 900B366

21.438313X28 625

490.00018.42514 012

SOO34394

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116.32030 533«06055 000

0.813.700.714.K

13.X2.»3.401.X5305.X6.X

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600.001320.0

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580.011270.0

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0.85 0.85 +4.9331 3.81 +0,20,71 0,66 -7.04.60 430 +2.2

13.80 13.X +0.02.99 2.X /3.40 3.40 +3.01.00 l.X5.80 5.X6.00 6.X5.» 5.X +1.8

10.00 9.X -5.06.50 6.X2.99 2.X +032.30 230 +0.43.01 3.01 +0.33.25 3.11 -1.2

656.00 SX.X1330.0 13201*

5.X 6.46 +233.00 3.X -14.2730 7.X -867.60 730 +0.18.60 830 -631.70 1.66

PPPPINTPPP

Quirniainae PN

260.206I7.2X10000

1.X2.102.X

63000 6.X

) PPReal 0N INTReal PN INTReaiPN PReal Cora PNB MTReal Cone PND INTRoa1 Cone PNF PReal Coro ON INTReta DE kw ON INReal DE Inv PN INReal Pan PNA INTReal Pan PNB INTReal Pan ON INTRemata PP MTRaouaul PP PRertpirenge PP EXRatripar PPEXRhaam PPRipa» PPC04

SadaPPCOlSeda Avio» ONSana Avio* PNSeda Concor ONSadhConoor PNSodaOee» PNCSemitrlOPSano PPSanauy PPSaneuy Nord PPASerrtacomtan PP BSoraoaaar PPSoopua PNSeara InrJ PNSehbaPan PPSharp OP INTSharp PPrNTSharp PPPRTSid Infamai PP COSalAconorta PNASrd Guará PNSid.GueirePPSel.RJogrand PNSd Rrogrand PP EXSita! PPSoma Cru» OP 006Springar PNStaroup PPSudamane PNSuperegro PPSupergasbras PPSuam PPA

Tem PPPTabePPTeoenor PNCTecelS Jane PPTacnoaoto PPTe**PPC*0TetaNordeat PNATetorl PNTrato PN

ION BION P8

Trerabraai PP C3TraMfaraatf PP PBTranaparana PNTramparana PPTrtthaa PPTnaPNTruta» PPPTupy PN INTTupyPN

Untanco PNAUnfemoD PNBUratancoONUraperONUnrpv PPB C30UanCPMo PP

VeaRDrxe OPtNVtae R Doce PP INVerga Fretoa PNVertgONVertgPPVetoane PPVkjrSmerine OP EXVrgor PPC05

WegPPC36VVarnbay PPVtWt Merone OP

Zerini PPA2MPPC39

38 047262

26.887543239

2120

486162140476

1.03062

12.5X11.76417.0XX.8X

622.800«676

14.XIB.X19.XIB.X15.X16.X14.X15.X18.XIB.X12.0012.X12.X9.X7.X330

11.X1.202.X

xo10X2.0X

x.ox80 640«475

7708»

4633107.5X

11.6084.2X

213182 000

376 6001.1X0001.340357

47.5X83.676B.0X8804

123242.5X3.000

5B.1X872305

32.7X5000

26.1X25.4X22.320

208.0X66.890

19.3X615

6133442.3X

257 7M6.949

595179.649391.734

4.218l.OX1.000

1736098.3»36.51914X0

243.13834.514

369.0663.267

23 JX126.712

4.X7.X7.X

11.X7.X3.X

SX.X170.XX.X14.009.704.X4.X3.X0.8524.X24.X24.X10.006.X2.20230B.X5.X

16.»SX.XX.X16.X130O.X3.X

27.X

1.702.101.X

5.X

14.X16.X19.X1B.X16.X16.X14.X15.X18.X19.X12.X12.X12.X8307.M3.70

11.X1.102.X

4.X7.X7.X

11,007.X2.70

2X.X1703045.X13,509.704.X3.X3.XO.X24.X22.X20.X

9,506,002.202.X5.X5.X

15.96SX.XX.X16.Xl.X0352.X

27.X

1.686.X

5X.X11.XIB.X70.X8.40

1X.02O.X1.X1.852.X2.X

13.X13.497.X4.X2.009.107.X

4.404.205.X2.X2.811.X

l.X6.30

SX.X10.9916.XX.X

8,40130.02

6.X1,661.B52.391.X

13.X13.497.X4.102.X8.017.60

1.B52.101.96

6.98

14.0019.X20.2620.3215.0015.0014.0015.0019.9619.0012.0012.0012.008.837.X3.70

11.531.242.X

4.X7.007.00

11.007.142.79

291.X170.0046.9414.069.944.803.973.XO.X

24.0023,6920.13

9.966.002.252.X5.005.X

16.005X.44

39.0116.51

1.900.X2.84

27.85

1.626.40

6X.0011.4415.0166.91

8.40130.02

6.211.791.852.562.23

13.6013.497.X4.442.068.927.X

2.102.102.X

6.00

14.0119.X21.0021.X15.0015.0014.Xi5.ro20.0019.X12.0012.X12.009.007.513.X

11.701.252.70

4.X7.007.00

11.007.X3.00

300.00170,00X.OO14.X10.004304.013.XO.7024.X2S.X24.X10.X6.002.X2.X5.005.X

18.XBOO.X

39.0117.X1.XO.X3.00

28.01

1.X6.X

650.0011.X15.0170.00

8.40130.02

6.X1301.852.702.X

14.X13,497.X6.002.209.107.M

1.70 -10.52,101,90 -17.0

6.00

14.X19.0021.0021.XI5.X15.0014.0015.0020.0019.0012.0012.0012.008.807.503.70

11.501.252.85

+ 1.6

-2.0+ 2.7+ 7.8+ 7.5

? 8.1+ 0.0

-2.2+ 1.3-2.6-33

+ 1.9

3.703,706.X2.X2.X1.20

4.053.X6.X2.802.821.25

4.404.205.X2.X2351.X

4.X7.007.00

11.007.302.80

290.00170.0046,00 •14.X9.714.X3.803.500.6924,0024,0021.0010.006.002302.505.005.50

15.95590.01

39.0117,001.900,892.81

28.00

1.X6.X

550.0010.9915.0167.008.40

1.10.026.001.551.B52.552.20

I4.X13,497.804.102.009.00730

4.404.205.X2.X2.X1.21

28.100 1.3S 1,36 1.36 1.37 1.35603 «X.OO 640.X 646.84 860.00 640.00

1.025 1020.0 1020.0 1039.4 10X.O 1060.09,21 9.71

63011941»483.400

22 4»42.6W

12.01113016.00032

24.00135

10.»15.490.X

23.01l.X

10.X15.840.X

23.»l.X

12.0111.X16.X0.96

24.00l.X

9.2110.0016.00O.X

23.60l.X

20020 139.00 IX.» 139.01 145.00 145.003100» 6.00 5.X 6.05 6.X 6.0057.7X 4.X 430 4.36 4.X 4.31

30.030 1.X17.034 2.15

l.X2.10

1.X2.13

1.X2.10

-2,6+ 3.7

-10.0+ 3.5-2,8

-2.5-12.5-1.4

-2,0-8.7+ 0,0

-20.0+ 4,5

-9.6-3.3-1.6+ 0.0+ 3.0-5.0-1,1-6.3? 3,7

-5.6+ 3.1

-28.5-8.4

0.0-4.2

-19.9+ 0.0

-14.2

+ 2.7-1.9-4.3-6,6-2.2+ 1.3

-16.94.7

? 3.5-3.1-63

-3.0+ 1.9

-23.2

-2.1-2.0

+ 3,5-7.6-2.0

-10.0-1.4

ConcordatáriasCeifai PPCrcePPC57

Farol PN

rmooaul PPC23

Ornai ON

Om-ax PP

PkBraaaaOPPtr Braaiai PPA

93346 1.76 1.66 1.89 1.76 1.65 -1.72.3X 4,10 4.10 4.23 430 4.30 +4.8

7.5X 5.X 5.» 5.17 B.X 6.00 -13.7

14.292 9.51 9.10 9.22 9.61 9.10 -4.3

10 10.X 1060 10.X 10.X 10.X +5.018.4X 4.» 4.X 6.16 6.20 6.20 +55.010.000 4.X 4.X 4.X 4.X 4.X +0.2

39.700 038 0.36 0.40 0.46 0.45 +26.01.118881 0.96 0.64 0.67 0.89 O.X +4.5

2.300 10.70 10.» 10.X 10.70 10.50 -4.5

5* Opções de comprairaaaBi nfW"v^

Ser.VtRC. FTMfl

EteTB. (•aliatd W.

OGZ4

OG216

OLM10

OLS18

OPT14

OPT16

OPT19

OPT20

OPT30

OPT2

OPT10

OPT11

OPT26

OPT28

OPM15

OPM7

OPMB

OPM17

OPM29

OPM19

GA2PPGA7.PPLUM PP C0IMTA PP C13PETPPDrVPETPPDIVPETPPDIVPETPPDrVPETPPDrVPETPPDIVPET PP C35 "

PET PP C36PET PPC36PET PP C36PMAPPC89PMAPPC59PMAPPCS9PMAPPCS9

PMAPPCS9

PMAPPC5B

OUTDEZDEZOUTOUTOUTOUTOUTOUTDEZDEZDEZDEZDEZOUTOUTDEZDEZ

DEZ

FEV

4.00

4.005.00

1X.001600.01800.02000.02300.01400.02100.02000.01400.01000.01200.032.0014.0026.00

20.00

16.00

10.00

9.000

9000404.000

2.0003.689 500

429.000

138.000

BOTO

1X7.4001.0008000

15.300

6.0009.000

162.000376.000120.000218000

2133 roo

344.000

0.01

0.10

0.930.01l.X0.150.06O.X

10.0012.X15.00

130.00400.71225,00

0.010.300.150.51

1.66

6.X

0.01

0.10

0.930.010.83

0.100.020.086.X

12.0015.00

123.814X.12231.«

0.010.200.130.481.64

5.49

0.01

0,10

0.930.010.XO.U/0.030.03

12.»12.»15.00

ix.ro4».ro249.X' 0.01

0.29o.too.x1.65

5.X

Bolsa do RioVanaçso mensal do IBV fechamento l%l

1MBMai 32.06Jun 37.83Jul 24,69Abo 29,85Sei 28.83Out 41.66Nov 12.41Dez 10.46

1(MJan -7.10Fev 7.22Mar 54.66Abr 19.81Mai -3.12Jun 0,26Jul -5,67Ago -12.00Sei -22.6

Fonte AFI

3olsa de S.PauloVariação mensal do Indico Bovespa

i%>1985

Mar 45.23Jun 52.05Jul 18.35Ago 23,98Set 31.10Out 24,15Nov 12.13Dez 13,58

1986Jan 1,40Fov 24,01Mar 90.91Abr 23,46Mai 11,01Jun -9,56Jul 1.73Ago -17,67Set -23,6

Fonte AFI

O ver, Letra e CDBMta OvwiagM Latra CO*Jan 14.90 8.72 17.14Fev 13.00 11.20 14.28Mar 0.65 0.73 1.25Abi 0.69 0.08 -0.50Mai 0,67 0.42 0,86Jun 0.78 — 0.42Jul 1.07 -0.19Ago 1.53 -2.37Set 1.70 — 0.4

Fonte AFl

DólarCJMam Cmmn VandaOnoal 13.77 13,84PeraWo 2430 25.XCotaçoaa da vanda no paratato no primeiroda de ceda mia.

tnaJun 6.5XJul 7.400Ago 9.200SM. 9 4XOut 10 100Nov tl.OXDei 133»

intJan. 15.600Fev 16.BO0Mar 17.XAbr 17.XMal 20.00Jun 20.XJuL..._ 24.00

ConversãoTodos os camés do presta-

ção e as dividas em cruzeirosdevem ser convertidos em cru-zados. Para fazer a conversão,procure na tabela o dia em quea conta tem que ser paga.Divida o valor da conta (emcruzeiros) pelo número que vo-cê encontra na tabela. O resul-tado da divisão ã o valor a serpago. Outubro/8S

1 2.590,522.602.522.613,892.625,652.637.472.649,342.661,262.673,232.685,26

10 2.697,3511 2.709.4912 2.721,6813 2.733,93¦14 2.746,2315 2.758.5916 2.771.0017 2.783,4718 2.796,0019 2.808.5820 2.821.2221 2.833.9122 2.846,6623 2.859.4724 2.872.3425 2.885.2726 2.898.2527 2.911,2928 2.924,3929 2.931.5530 2.950.7131 2.964,05

1 2.977,392.990.79

Alfr+UnbanooAmérica do Sul AçõesArtjnCquilIbnoAymora AçõesBamaondu* AçôenBenooddadeBandeirantes AçõesBaneapa AçõesBanestado AçõesBanestaaBanortaaçõeaBanquei roíBannsul FABBB Açora OuroBBI BradoscoBBM — B. BahaBCABaneriBCN AçõesBESC AçoaaBMC AçõesBMOBMG AçõesBoevisttt AçõesBoovtsta CSABonançaBoston SodnlBozano AçõesBoznno CarteiraBradosco AçõesChase Fiex ParCitibenkCrtyCondomínio BanorlaCnKtbanco AçõesCrocübenco OodijurCradrtoanco FBICradirealCretraul IEX-167)Oeftsul Blue ChioCrefisul Maxl AçõesCraflaul MúfbpaCreacinoo UribencoDeapave InveelirMDanaaa AçoaaDanaae Mirar, e MetalDibran0IG AçõesEconômicoEldoradoEt»FAN NsconelFIC BrsdesooHdepRdma NMB BankRnesa AçõesFrnmvest AçõesFMALBGarantiaGeral do ComercioIncisaIndustrialkner-AltônrjcoInvospton Cllkxhpa AçõesrtauaçõesKaú Capital MartetUoydaLojicrad AçõesMercantil AçõesMercapbnMeridional AçõeaMerionvestMontmsfcenkMontrealber* AçõesMoradaMutò-BencoMultHJcMuraptc 751Neaonel AçõesNoroeste CNANoroeste FNAOmegs AçõesOpenPaulo WlllemeenaPiNavinest AçõesPllfeinvast CondomínioPrimePrimosRealRtzzoSafra AçõesSchehm Curv^ASCSrnurrdadeSrbrsaSouza BerrosTheca de AçoaaTofiemoünosUrvoanco

7.842003

29.207I.212S384.19266

6.00S487

2.1051480.382368

6.71308.9534.883

0.0970

1.14345

2.2505759.106891

595.500.018821

11.4486882.6077S3

9.07433.680214

0.J43358.885

4.831826

1.1332210.513

2.7218220.148803

2.8997204.235453

8.09347645.574313

0.0346154.217042

0.041502079.9223

2.325357.250307

2.66171.554

1038.774' 1950.76899.639084

5164.528480.354

884.3767

1.1747.779

(23.051131.701121.06)126.131124.891124.511(72091123.811123.311(21.73)(22.84)111.681(20.82)111.281122.41)116.38)(22.081(28.24)119.99)

1.29118.02)126.741(18.41)(25.591(28.72)(24.06)126.52)(23.10)(20.54)(24.86)113.96)(18.90)(19.87)(19.62)

(23.321(24,73)119.18)(10.40)120.48)(22.18)124.661(24.621118.80)117.121(16.99)122.25)121.95)116.581(17.01)(25.49)(24.99)(20.71)(28.88)(22.54)(10.961(26.091(27,32)(19.621120.06)124.98)127,84)(20.93)123,131(20.301119.261(20.23)123.121124.61)(13.65)(22.061(22.50)128.06)00.34)(20.31)(25,90)(27.26)(24.081I0.X)

(21.84)(21.55)(27.84)(13.77)(23.01)(21.04)(19.93)

125.83)(15.90)(22.06)(29.31)(18.54)127.391(22 JS)(12.91)123.88)(27.66)121.55)121.181

40.7037.1985.3867.4969.29435181.5947,7444.07

86.16

118.90112.381114.24B3.1893.2034.4465.00

61.4243,7474.134683

142.06180.HT.39.2052.0293.1583.28

122.43)89.5070.17

103.07

76.0057.X20.4337.5439,0923.3749 JS49.5794.03

116.837.15'

19.18131.57

122.96).154.47.43.07.

106.4340.8568.40,

115.88)81.4S.

Stt(22.73).

72,6125,63

67,ío'74,11-65.41

32.192291

87.88.70. IS'68.42-35,45

6,33148.90! ;40.5254,32.10.88)71.0T'69.52-5396

(13.77)96.3169.44'

'

68.3262.15(9.73)49.56 -72.95.'84.75' ¦

107.13'106.13

Renda FixaAmenca do SulA/br-PaTUUTaOnaOAymoré

BanestasBank oi íBanomnvestBanqueirozBCN Pro RendaBMGBcevota CzS

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'~2A ? Io caderno ? quarta-feira, 8/10/86 Economia JORNAL DO BRASIL

ContribuinteESTÁ

em poder do secre-tário da Receita Fede-

ral, Guilherme Quintanilhade Almeida, os primeiros es-tudos para a modificação dalegislação sobre consórcios.A atual legislação sobre sor-teios e operações de capta-ção de poupança popular,que disciplina os consórcios,e considerada muito dura cforte, prejudicando mais oconsorciado do que prote-gendo-o dos maus adminis-tradores.

Definida pela lei n°5.768/71 e decreto n°70.951/72, essa legislação, nocapítulo das penalidades, é

, considerada "draconiana"pela Receita Federal. Porexemplo, as multas previstaspodem atingir, em alguns ca-sos, situações de confisco.Ele prevê uma multa no va-lor total do bem que estásendo sorteado, multiplicadopelo número de participar}-tes do grupo e, ainda, a proi-bicão de funcionamento porum prazo de 10 anos. Quan-do isso acontece, a adminis-

: tradora do consórcio é obri-gada a encenar suas ativida-des, com sérios prejuízos pa-

„ ra os consorciados.A Receita pretende, ain-

da este ano, encaminhar aoministro da Fazenda uma mi-nuta de projeto-de-lei, á serenviada ao presidente da Re-

- pública, estabelecendo umanova legislação para os con-" sórcios.

EducaçãoAs escolas brasilei-

,; ras de Io e 2o graus, poderão ter, futura-

mente, uma nova mate-ria curricular: educação'¦¦ tributária. A secretariada Receita Federal pre-tende incutir nas crian-ças — futuros contri-

„ buintes — a consciên-.', cia da importância dos

tributos e taxas cobra-dos pelo governo paraa economia e o desen-

i. volvimento do país.ir Uma experiência po-

sitiva, com esse objeti-vo, já começou nas es-' colas do Paraná. Atra-

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CompulsórioA Secretaria da Receita Fe-

deral, através de sua Coordena-ção do Sistema de Tributação,só reconhecerá os veículos dotipo Jeep, para efeito de isençãoda cobrança do empréstimocompulsório, os de marcasToyota, Wullys e Gurgel.

Os veículos do tipo Buggynão estão isentos do recolhi-mento do compulsório. No casodesses veículos, a cobrança doempréstimo incidirá sobre o va-lor do veículo original utilizadopara a montagem e fabricaçãodo Buggy.

CalçadosA indústria de couro-calça-

dista foi autorizada pela ReceitaFederal a incluir, no custo deprodução dos calçados, o valorgasto na aquisição de formaspara sapatos de polietileno oumadeira e, na compra de facas ematrizes (moldes), utilizadaspara o corte de vaquetas e solas.

Antes dessa autorização, osfabricantes de calçados eramobrigados a jogar o custo dasformas e dos moldes no ativofinanceiro, que era posterior-mente depreciado com o passardo tempo.

tributária

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vés de um convêniocom a prefeitura deCuritiba, a Receita Fe-deral imprimiu carti-lhas com noções ele-mentares sobre os vá-rios impostos federais.Em Belo Horizonte ecm Brasília a Receita

Federal está realizandotrabalhos semelhantes.Se essas experiênciasderem certo, a Secreta-ria da Receita Federal,com apoio do Ministé-rio da Educação, pre-tende estender a idéiapara todo o país.

Contrabando Restituição

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Fiscais da Receita Federalapreenderam, esta semana, no aero-porto Internacional do Rio de Janei-ro (Galeão), nove quilos de cocaínapura, acondicionada em oito sacosplásticos transparentes, entregando-os à Polícia Federal. A droga foiencontrada em um sanitário mascu-lino no aeroporto, e a Receita pre-sume que seja procedente da Bo-lívia.

Com apoio da Polícia Federal, aSecretaria da Receita Federal des-cobriu uma nova rota de contraban-do de café. Na semana passada,fiscais dos dois órgãos apreenderamna cidade de Marechal CândidoRondon, no Paraná, dois caminhões(um FNM e um Mercedes) carrega-dos com 297 sacas de café, queestava sendo levado para o Para-guai.

Na cidade Pernambucana deCamaragibe, os fiscais da ReceitaFederal localizaram um contraban-do de 580 caixas de uísque escocês.A procedência e o destino dessecontrabando ainda estão sendo in-vestigados pela Receita Federal.

Dentro de 30 dias, a Coordena-ção de Fiscalização da Receita iniciaBlitz em todas as empresas fabrican-tes de aguardente, com o objetivode descobrir a origem do derramede selos falsificados. Numa blitzrealizada no comércio atacadista evarejista de bebidas a Receita des-cobriu cerca de 600 mil selos falsos.

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Crédito de IPIAs pessoas jurídicas que, com-

provadamente, recolheram a mais oIPI—Imposto sobre Produtos In-dustrializados poderão, a partir des-te mês, creditar em sua escrita fiscalo valor desse recolhimento indevi-do, para redução do tributo devidono período da sua apuração. Preci-sarão, no entanto, anotar o fato no

No próximo dia 14, terça-feira,a Receita Federal encaminha à redebancária o 14° lote de restituição doImposto de Renda, contendo 125mil e 962 cheques, no valor globalde CzS 180 milhões 327 mil. Desselote, 4 mil 409 cheques pertencem acontribuintes com mais de 65 anos,que têm direito, de acordo com alegislação, a receberem sua restitui-ção integral. Após a remessa desselote, ficará na Receita apenas umvolume residual de restituições reti-das nas várias malhas do leão.

ClassificaçãoA Coordenação do Sistema de

Tributação, da Receita Federal, di-vulgou no Diário Oficial da Uniãopareceres normativos e atos declara-tórios atualizando e consolidandotoda a legislação referente à classifi-cação fiscal de compostos heterocí-clicos — doces, purês, pastas defrutas, compotas e geléias obtidaspor cozimento, com ou sem açúcar,pastas de cartolina ou cartão paraescritórios; condensadores e evapo-radores de frigoríficos; produtos deconfeitaria e sucos de frutas, inclusi-ve mosto de uva, ou de legumes ehortaliças, sem adição de álcool,com ou sem açúcar.

Foram ainda consolidados eatualizados os pareceres sobre osprodutos e compostos químicos, quesão importados e têm largo uso naindústria química brasileira. Essetrabalho visa facilitar a conferênciaaduaneira das mercadorias, bem co-mo o trabalho dos órgãos envolvi-dos no comércio exterior brasileiro.

demonstrativo de créditos do livroRegistro de Apuração do IPI.

O requerimento desse valor emespécie, ao órgão fiscal, como vinhaocorrendo, de acordo com decisãoda Secretaria da Receita Federal,ficará restrito aos casos em que nãoseja possível ao contribuinte o apro-veitamento do imposto pelo sistemade crédito.

Valfrânio Medeiros

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_áB_Éfífcí f mAproxime-seda Elebra paraganhar asas

Venda do Bank of America é examinadaSão Francisco, EUA — A diretoria

do Bank of America — segunda maiorcasa bancária dos Estados Unidos e àsvoltas com delicados problemas financei-ros — está estudando uma proposta decompra de 3 bilhões 770 milhões dedólares do First Interstate Bank, o nonobanco norte-americano, baseado cm LosAngeles.

Se for aprovada, será a maior transa-ção jamais ocorrida no setor bancário dosEUA e criará uma instituição capaz derivalizar com o mais poderoso banco do .país — o Citibank, que tem ativos de 176bilhões de dólares. A nova instituiçãoalcançaria 170 bilhões. A diretoria doBank of America, liderada pelo presiden-te Samuel Armacosv, decidiu pedir maisinformações sobre a oferta.

EscândalosO Bank of America sofreu prejuízo

de 640 milhões de dólares no segundotrimestre — o segundo maior jamaisregistrado numa instituição financeira

¦ dos EUA. Isso reduziu o preço das açõesdo banco a um nível que o tornou vulne-rável à compra de seu controle.

O banco tem problemas com emprés-timos de alto risco a países — é o segundomaior credor do Brasil, por exemplo — ea empresas imobiliárias, energéticas,agrícolas e navais, justamente os setoresmais atingidos pela perda de eficiência naeconomia americana.

Além dos prejuízos e dos emprésti-mos duvidosos, o Bank of America tam-bém se envolveu num escândalo comações de empresas imobiliárias nos EUA.Outro escândalo atingiu a instituição noBrasil: ameaçada de perder na Justiçauma disputa com a central de cooperati-vas gaúcha Centralsul, o Bank of Ameri-ca recentemente desistiu de cobrar umadívida de 22 milhões de dólares, já que aCentralsul exigia a devolução de 140milhões de dólares de sua receita deexportação, mantidos irregularmente nu-ma conta do Bank of America em Hous-ton, Texas.

A oferta do First Interstate envolveum complicado esquema de troca deações das duas instituições e emissão deações preferenciais da nova companhia,destinado a proteger o First Interstate de

prejuízos não previstos no Bank of Ame-rica. Aliás, a possibilidade do apareci-mento desses prejuízos tem mantido aolargo eventuais interessados na comprada segunda maior instituição bancáriaamericana.

Fontes bancárias dos EUA acredi-tam, segundo o jornal The New YorkTimes, que a fusão seria benéfica paraambas as empresas. O First Interstatevenderia subsidiárias que atuam na mes-ma área do Bank of America e poderialevantar com isso 1 bilhão de dólares,injetáveis nessa última instituição. OFirst Interstate tem um império de ban-cos em 18 estados do Oeste americano cmais da metade de suas operações seconcentram fora da Califórnia, base ope-racional do Bankamcrica.

O First Interstate, cujos ativos são de50 bilhões de dólares, está em expansão erecentemente comprou o First NationalBank and Trust of Oklahoma City, quefaliu em 1985. A receita líquida do FirstInterstate foi de 313 milhões de dólaresno ano passado.

A fusão depende de aprovação dos

acionistas dos dois bancos e do FederalReserve Board (banco central). Umafonte bancária acredita que o Fcd darásinal verde porque a operação ajudaria aresolver os problemas do Bankamcrica.Mas poderá haver problemas com a legis-lação antitruste, pois o novo banco abo-canharia mais de 20% dos depósitos naCalifórnia, ficando apenas 9,2% para oWells Fargo c 6,7% para o SecurityPacific.

A situação da dívida externa do Bra-sil não vai mudar se o Bank oi America— segundo maior credor brasileiro —resolver aceitar a proposta do First In-terstate Bank Corp: a fusão dos doisbancos com troca de ações. Em SãoPaulo, o vice-presidente do Bank ofAmerica, Christophcr Harley, afirmouque qualquer que seja a decisão da dire-toria do banco (aceitar ou não a propôs-ta), "os compromissos com clientes brasi-leiros não sofrerão qualquer alteração".Ele ressalta que não houve qualquernegociação em termos de compra doBank of America pelo First Interstate.

Bank of Boston aceita negociação diretaBrasília — O presidente do First

National Bank of Boston, Irã Stepanian,afirmou ontem que o seu banco — credordo Brasil em 260 milhões de dólares —não tem nada contra negociar essa dívidadiretamente com o governo brasileiro.Observou, porem, que considera difícil,ou quase impossível, o Brasil negociardiretamente com 800 bancos credores,cada um com exigências diferentes.

Ele ressaltou, no entanto, que osbancos credores estão abertos a soluçõesalternativas ao FMI — Fundo MonetárioInternacional no processo da negociaçãoda dívida externa. Citou entre essas alter-nativas, que devem ter representativida-de dos credores, alguma agência interna-cional ou os bancos centrais. "Sem apresença do FMI, como organizar essanegociação e como chegar a um acordocom os bancos?", indagou.

Na sua opinião, os bancos comerciaisdeveriam financiar apenas operações co-merciais, e a questão da negociação como governo deveria ficar, pela sua abran-gência, com uma agência ou com osbancos centrais. Ressaltou que os bancoscredores só não aceitam a inexistência deum organismo para discutir e acompa-nhar de perto as metas de política econô-mica. Acrescentou que o rescalonamento

plurianual da dívida impõe certos condi-cionantes ao país devedor.

Após audiência com o presidenteJosé Sarney, acompanhado da diretoriaexecutiva do banco, Irã Stepanian disseque saiu confiante no sucesso do PlanoCruzado para a estabilização da inflaçãoe o crescimento econômico do país. Enfa-tizou, após elogiar o presidente Sarney,"que está a par de todos os problemas doBrasil" e que o sucesso da política econô-mica brasileira vai levar os bancos inter-nacionais a confiarem no país e aplicarmais recursos em projetos para o seudesenvolvimento.

Ao ser indagado se o Bank of Bostonpoderia capitalizar parte de seu créditocom o Brasil, Ira Stepanian informou quea legislação dos Estados Unidos proíbeque os bancos sejam proprietários deempresas comerciais e industriais em pai-ses devedores. Revelou, porém, que es-tuda a possibilidade de transformar oseventuais créditos de empresas interna-cionais, realizados através de seu banco,em capital de risco em empresas braai-leiras.

"O Brasil não precisa mais da muletado FMI", afirmou o presidente do BancoCentral, Fernão Bracher, que disse ain-

da, em entrevista, que o Brasil não é maisproblema para os credores.

Para o presidente do Banco Central,não existe a menor possibilidade de oBrasil aceitar o monitoramento do FMI,nem tampouco de outro órgão ou entida-de que venha ter a função de acompanharde perto e ditar os rumos da economiabrasileira. Na avaliação de Fernão Bra-cher, não há dificuldades nas negociaçõescom o Clube de Paris. O presidente doBC está convicto de que o Brasil fecharáum acordo com o Clube, conseguindoportanto o reescalonamento das dívidasvencidas em 1985 e das que vencerão em1986.

Bracher disse ainda que durante ai-moço com um representante do Bank ofBoston no Ministério da Fazenda, napresença do ministro da Fazenda, DilsonFunaro, em nenhum momento o executi-vo americano falou da necessidade de oBrasil se submeter ao monitoramento doFMI.

Reservas cambiaisO Brasil vem gastando cerca de USS

300 milhões por mês das suas reservascambiais. Se este mesmo ritmo for manti-do por mais alguns meses, graves proble-

mas cambiais serão enfrentados pelo go-verno já no primeiro trimestre do próxi-mo ano, advertiu ontem, em São Paulo,Joaõ Luiz Mascolo, diretor do Ibmec —Instituto Brasileiro de Mercado de Capi-tais, durante seminário sobre câmbio,promovido pela Funcex e BMF — BolsaMercantil e de Futuros.

De acordo com Mascolo, que já esti-ma um superávit da balança comercial namarca dos USS 11 bilhões e 900 milhões— bem abaixo dos USS 13 bilhões pro-gramado inicialmente pelo próprio gover-no —, os principais fatores que estãolevando o país a queimar suas reservassão: aumento das importações de alimen-tos para resolver o problema de abasteci-mento; estimativa errônea de uma folgacambial de 30% por ocasião da implanta-ção do Plano Cruzado; inflação náocomputada pelo compulsório e ágios edisparidade entre o câmbio e os salários.

Para o diretor do Ibmec, se nada forfeito para reverter essa situação, já noinício de 1987 as reservas cambiais, queem abril deste ano estavam em USS 7bilhões 700 milhões poderão estar bempróximas do nível crítico de USS 3 bi-Ihões e 500 milhões. Mascolo entendeque o governo precisa desaquecer a de-manda e mexer na taxa cambial.

Governo avalia perdas na briga com EUA^~ Pntn rio SAnia iTAImoiria

A motor indústria nacional de eletrônica digital. elebra

Cristina Veiga

Brasília — O governo está avaliandoqual será o seu prejuízo se os EstadosUnidos suspenderem as tarifas para im-portação de cerca de 7 mil produtosbrasileiros. As reuniões se sucederamontem no Itamarati e outras serão reali-zadas nos próximos dias, para que seconclua qual a extensão da medida, anun-ciada na última segunda-feira pelos nor-te-americanos, em represália à políticabrasileira de reserva de mercado para aindústria da informática.

A adoção dessa medida não é imedia-ta. Primeiro, que os próprios EstadosUnidos já afirmaram isto. Segundo, queo processo leva algum tempo para serjulgado pelo Acordo Geral de Tarifas eComércio (GATT), ao qual os norte-americanos fizeram a notificação de quetêm a intenção de suspender as tarifas.De qualquer forma, serão grandes osprejuízos para o Brasil, uma vez que amedida faria com que os preços dosprodutos subisse bastante.

— Você imagina agora a situaçãodos importadores norte-americanos —comentou um diplomata brasileiro. —Eles vão aguardar o resultado dessa ne-gociação para fecharem seus contratos.Somente o anúncio da intenção de seadotar a medida já deverá causar reflexosnas exportações brasileiras. Mas não é sóisto que preocupa o governo brasileiro. Alegislação do GATr é muito complexa,por isto necessita de várias análises dosdiplomatas para que seja traçada a estra-tegia de atuação brasileira.

A partir do momento que os EstadosUnidos notificaram o Gatt o Brasil, emprincípio, já tem o direito de se defenderjunto ao organismo. Neste caso, os cami-nhos são pelo menos cinco: conversarbilatcralmcntc; constituir um grupo detrabalho de peritos de terceiros países(pannel), grupo formado pelas duas par-tes interessadas; intervenção do própriodiretor-geral do Gatt, e quinta, e extremamedida, seria a votação direta do as-sunto.

O próprio governo não sabe ainda aocerto o que essa medida representa parao Brasil. "Há muitas interpretações sobreo assunto", comentou um outro diploma-ta, afirmando que sequer se definiu aindase o governo brasileiro iniciará seu pro-cesso de defesa junto ao Gatt antes do dia31 de dezembro. A data foi fixada pelosEstados Unidos como prazo para anun-ciar se adota ou não as medidas derepresália ao Brasil em função de suapolítica

"despropositada" de informática.A expectativa do governo brasileiro

era de que o assunto tivesse sido encerra-do pelo presidente Ronald Reagan, umavez que se acreditou terem sido satisfató-rias as conversas mantidas bilateralmenlcsobre a questão da informática. O fato deos Estados Unidos terem adiado para ofinal do ano as represálias ao comérciobrasileiro foi o resultado de o Brasil teradmitido conversar sobre informática emais: ter adotado o direito autoral paraos programas de computador (software).Mas o anúncio da intenção de adotarrepresálias surpreendeu e preocupou oBrasil.

O governo não sabe de onde osnorte-americanos tiraram o número deUSS 375 milhões de prejuízo por causa dalei de informática brasileira. Mas imaginaque ele seja resultado de cálculos feitossobre possíveis investimentos no setordentro do Brasil.

Foto de Sônia d'Almeida

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'.¦l__Hlgiii8iteS i í-,. , — , v- .,..,-,,. ,:,.,„. ^«pJBÍí?"r ... ... „ „ RIRFrancisco Ramalho, Assespro (E), e Antônio Mesquita, Abicomp, debateram na KJU

Americanos estão otimistasRoberto Garcia

Correspondente

Washington — Membros da equipeamericana que negocia limitações na leibrasileira de informática afirmaram on-tem ter a esperança de uma soluçãorápida para o problema, que vem amea-çando as relações entre os Estados Uni-dos e o Brasil. "Francamente, as coisasnão precisavam ter chegado ao ponto emque chegaram, mas esperamos que daquipara a frente se acalmem", disse ummembro da equipe negociadora.

Vários sinais positivos teriam vindodo Brasil nos últimos meses, criandoexpectativas de um entendimento. "Oclima das negociações melhorou substan-cialmente nos encontros de Paris e doBrasil, o presidente Sarney causou exce-lente impressão junto aos seus interlocu-tores na Casa Branca, sua intervençãofirme dias atrás para restabelecer umadecisão também demonstrou que ele temcondições de controlar pressões burocrá-ticas dentro do próprio governo. Alémdisso, os entendimentos entre a Villares ea grande indústria americana de compu-tadores Honeywell para um-empreendi-mento conjunto estão avançando satisfa-toriamente. Se as coisas forem nessecaminho e esses casos isolados viraremuma tendência, tudo se resolverá"Acrescentou outra fonte.

Na beira do precipícioUm membro da delegação americana

que participou de todas as negociaçõescom o Brasil a respeito de informática dizque antes não era assim. "Os brasileirosparecem ter aprendido a negociar com osfranceses, ficam absolutamente indife-rentes às nossas preocupações e propôs-tas; eles nos deixam completamente de-sesperados, parecem gostar de chegarbem perto do precipício para testar anossa disposição e só quando percebemque estamos mortalmente sérios e pron-tos para revidar c que começam a dizer oque interessa", reclamou.

Um funcionário americano lembrouque

"os EUA começaram a mostrarpreocupação com a reserva de mercado

no fim da década passada, muito antesdela virar lei. Levantávamos o assuntoem todas as oportunidades que tínhamos,oficial e informalmente, tanto em parti-cular quanto em público. Alertamos ogoverno brasileiro quando o Congressocomeçou a considerar o assunto, depoisque a lei foi aprovada, antes de suaregulamentação começar a sair, e nãoadiantou nada. Levanto tudo isso paramostrar que a acusação de que somosimpacientes é muito injusta", afirmou.

Um negociador diz que, quando ogoverno brasileiro finalmente se dispôs afazer um encontro para discutir o assun-to, adotou uma posição quase olímpica."Os representantes do governo Sarney selimitaram a reclamar dos sacrifícios que acrise da dívida externa estava impondo aopaís, afirmaram que não estavam fazendonada contra as normas do Gatt, ouviramnossas reclamações, mas recusaram qual-quer negociação. Nem mesmo quiseramtrocar dados técnicos. Até hoje, não foipossível uma discussão a respeito dosprejuízos que a lei causou para as empre-sas americanas, por exemplo", declarou.

Segundo um funcionário americano,essa atitude levou até mesmo "a umlevantamento das táticas de negociaçãodos diplomatas brasileiros e aí começa-mos a entender o que estava acontecen-do. O levantamento chamou atenção pa-ra processos políticos totalmente diferen-tes. A lei americana é muito transparen-te, atribui tarefas a diversas repartiçõesdo governo, tem prazos para apresenta-ção de relatórios, todas as decisões im-portantes acabam sendo publicadas noFederal Register (Diário Oficial). Alémdisso, americanos chegam a uma reuniãoe dizem claramente quais são seus objeti-vos, falam logo o que podem negociar e oque náo podem entregar e esperam com-portamento igual do lado brasileiro. Maso pessoal do Itamaraty acha que somosingênuos, que entregamos tudo cedo de-mais e que com um tapinha nas costasvoltamos felizes para casa". Outro nego-ciador americano diz que

"os brasileirosesperam até a hora em que começamos aameaçar para começar a mostrar alguminteresse em conversar francamente"

Saur acha que aluta será longaA discussão político-comercial entre

Brasil e Estados Unidos não se resolveráno final deste ano, como prometem osnorte-americanos, que ameaçam retaliaro Brasil suspendendo concessões tarifa-rias às exportações da indústria brasilei-ra, por considerarem a reserva de merca-do uma prática de comércio desleal. Foi oque afirmou ontem o presidente do Ser-pro, Ricardo Saur, durante o debatepromovido pela Rádio Jornal do Brasil,do qual participaram também o presiden-te da Abicomp (Associação Brasileira daIndústria de Computadores e Periféri-cos), Antônio Mesquita, e o diretor daAssespro (Associação das Empresas deServiços de Informática), Francisco Ra-malho.

O presidente do Serpro argumentouque

"na medida em que o Brasil selevanta para seguir seu caminho, vamoster confrontos que devem ser tratadoscom realismo e soberania". Ricardo Saurobservou ainda que o Brasil náo estáexecutando práticas comerciais desleais elembrou que o conceito de indústria nas-cente a ser protegida é juridicamenteaceito pelo GATT (Acordo Geral deTarifas de Comércio).

O presidente da Abicomp, AntônioMesquita, mostrou estranheza diante doprejuízo calculado e divulgado pelos E£-tados Unidos com a reserva de mercadobrasileira para a informática (de USS 337milhões a USS 452 milhões).

Antônio Mesquita diz, porém, queesses números não são justos, pois se omercado hoje reservado fosse aberto,não seria exclusivo dos norte-americanos,que em seu território enfrentam duracompetição com as máquinas fabricadasem Hong Kong, Formosa e Coréia. "Sehouve algum recuo dos americanos, foipela ocupação do espaço pela indústrianacional", diz ele, que assegura aindaque nem por isso a participação norte-americana no mercado brasileiro deixoude ser fortemente crescente. O presiden-te da Abicomp esclareceu que o mercadobrasileiro de informática é da ordem deUSS 2 bilhões 600 milhões e a participa-çáo da indústria nacional ultrapassa, os50%.

JORNAL DO BRASILTurfe/Esportes quarta-feira, 8/10/86 ? Io caderno ? -25

Grison, a morte de um campeão

Grison, ganhador do Gran-de Prêmio Brasil de 1985, mor-reu anteontem à noite, às 20horas, na mesa de operaçõesdo' Hospital Octávio Dupont.O", médico Henrique Barbosanão teve tempo de iniciar a'Cirurgia e o craque faleceu sob

'as vistas de mais dois veteriná-fitís-assistentes e o treinadordos Haras São José e Expedic-,tns — criador e proprietário deGrjson —, Francisco Saraiva.

1!. Operado de fortes eólicas naújtima quinta-feira à tarde,jQijson vinha se recuperandobem tanto que caminhou lenta-"mente no final da semana pas-sàda. Segundo Saraiva, que la-

'Vriéntou muito a morte do era-qué, o temperamento violentodo animal prejudicou bastanteo. período pós-operatório. Otrejnador disse que mal se con-seguia medicar Grison, e, nacirurgia de anteontem, voltou a'rhostrar muito nervosismo difi-cuttando o trabalho dos médi-cos. Entre os clássicos impor-tantes que Grison levantou fi-guram a Taça de Ouro, o Gran-de Prêmio Cruzeiro do Sul e oGrande Prêmio Brasil do anopassado, uma inesquecível de-monstração de categoria, quan-,d».lutou em toda a reta com•Blessed Nest.-13 »>

11 Cânter

Concurso — O Concursodtfsete pontos de anteontem naGávea teve 24 acertadores sen-fo que 19 com a combinaçãocom Beckmann e cinco comRccatto que empataram na pri-meira colocação no quinto pá-reo do programa. Com Beck-njann, o rateio foi de Cz$ 6 mil019,00 enquanto com Pecattoosrganhadores receberão Cz$22,mil 875,00..ÜOHJóquei contesta —oJóquei Clube Brasileiro entre-gOü, através de seu departa-mento jurídico, a contestaçãoda> èntidade à ação movida porEdson Ferreira que resultou naconcessão, pelo juiz da 16" Va-ra'-Cível, da liminar que estápermitindo ao piloto trabalhare montar normalmente nos pá-reps da Gávea.rf-- Domingo')• ÜÍKO — Àf 14h — 1.000 — méttm CdjnM,K (0UPIA-EXATA) - HIPÓOOOMO -ÍGÜMAXPÁKO DÉ LEILÃO) Kf.

GovióodeOuro,M.Ferrei»o 656Generodor.J.FrwrB 256Í GfumolonJ.Riairdo 356v Dona Enxuto, LS-Goow '54ÍSÍr-5 JudyGoHond, CXovier 5 54prçfct " bpolho.JAjpélio 456

MteO - l4hXWn -1.400 - mm -Ú 17JOOPO (DUnMUTAMWÓOtOMO-k;;i—1 Win The Cat, J.Aurélio 4575$?--2 FreePuroJ.F.teU 5563 Prieno, P.Cardoio 256

Hoüg.J.PsdioP1. 358" Quill,E.FwTfHro 156Wtimo - À. 1» - 1.000 - Mm Cs$~)/.500,00 (OUPIXA-ÍXATA) - Aetacioi-Wpódremo (Inido do Concuno <fc 7 ponta) Grama

1—1 NecPíinUhra.Clovof 7562 KetindoGIrUIWlo 3562—3 Vondle.J.B Fonseca 156

St-4 Unhocb.LbtBv» 556Pravoiling,CAMortin» 2564—6 Quomjana.P.CordMO 656j 7 Dynjmo.LFmii» 456

14° PÁSSO — Xi 15h30min — 1.000 — motrai Cli30.000,00 (DUPUCWXATA) — Hipòdromo —

(Grama)1—1 Quiromorrte, J.F.Beis 1572 Sekjpkw.l.Lones 657 ^2—3 Hefmowra.ILAírtank) 5573—4 Duí1ia,C.Bitencourt 2574—5 AlDje/nir.ASouzo 457

Denàl.ESonlo» 3575° PÁSSO — ks I6ti — 1.900 metros - Oi40.000,00 (DUPLA-EXATA)—TRIEXATA—HtPÓOfiOMO (CLÁSSICO DAS AMÉRICAS) -

(ARHA)1—1 Single.J.F.Reis. 256' 2 Quidum,M.Androde 5562—3 Rho»llonef,F.Pereiraf° 656" Rogeof Angeh.C.Lwor 9543—4 Hdy.Wind.J.fcdroP I 50

5 Heodstrong.G.Guimorõe» 856' 4—6 FarrtomeDjigo,J.Aurélio 456CholaiiJ.Riairdo 756" Cisterna, W.Gonçolvw 3544° MHO — As 16h30min — 1.000 me**—Clt3f.500.00 (DUPLA—tXATA)—AGÊNCIAS—HVÓOCOMO (GRAMA)Í—1 h**yBird,J.Rieofdo ...356' 2 RefroniUa,P.Cordo». 11 56

. -f. 3 MyJohnny,ES.G«nW2—4 Remeti, LEstevm 556•0:-'5 Foferunnef,AA.Fefr»iro 1356.•j', 6 N4godoLui,G.F.Silva 1567 ConnyjDilemmo.C.Lavor 1256- '8 Unu»,J.C.Costillq. 1056'y.j, 9 DonVottoira.J.Aurélio, 756*.^7*10 Cosíomar, J.Wafto .65611 Nykonen.Jua.Gorcia 956

; J2 Hofty,tSomo»..V 256. ¦ ¦ " DonMais»no,R.Arrtonio 8,56P, PÀRtO — A» 17h - 1400 - imh» Cd2f.000,00 (OUPLA-IXATA)-HIPÓDtOMO—UÜBA) K*..14—1 Dow ltoòi,J. Aurélio .. 458

2—2 EjpedallHo.P.Cordoeo 358S—3 Hetào,LS.Sorrtoi 658ík4—4 JulaiRnolJ.M.Andrade 2574—5 JodeCzarit«o,J. Pedro 556

6 Cuítod,C.BiMencurt 157I* PAÇO—A> 17MIMn -1.100 - Mim C437.500,00 (DUPIA-IXATA)—TRIEXATA—-WÓMOMOIAHA) Kf.«,,1—1 Ali Heaven.LS. Sanl» 656<" 1 Sagota.J.Auntio 8543 KaOmbo.Juo.Goido .456

,. 4 GuooQ.C.lavof. 5560rold,J.Bcordo 256'"35jT 6 GuyBelmcq,R.Cotio 756«n)4—7 NothefStyle,E.Fefmlro 1568 Cosima.J.F.Rel». ..354«• PÁREO - Á. I» - 1.200 — Mh» Ct$í TAbOflO (OUPUOATA) - ACbKIAS - HIPÓ-úb MOMO (AMA)v~l Doc.J.A.Aurélio .8 58"A'1 J Rumln(Mlr.G/JM«o" SMJucfcerHilIs.JJfcordo. .3 58Zelidei.F.lerrw 1 581-5 Comour,M.8.Silvo: • 7 58

AIIProud,W.P.Silva .6 58Joplin.CBitlencurt 10 58'i-S DonBgoni.J Malta.: -2 58'O .» 9 Brayodo,E-Santo» 4 58(jj " Imma.J.Freire .9 56

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Arquivo — 01/09/85

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Grison derrota Blessed Nest no emocionante final do Grande Prêmio Brasil de 1985

Ervodo apronta bem

Reaparecendo de ausência das pis-tas causada por uma pequena hemor-ragia que sofreu em sua última apre-sentação, Ervodo agradou em sua par-tida final para o quinto páreo danoturna de amanhã na Gávea. Nadireção de Edson Ferreira, passou 700metros em 42s2/5, arrematando comreservas, apesar de ajustado nos me-tros finais.

Outro que impressionou foi Du-cleto, alistado no terceiro páreo. Nacondução do líder da estatística, JorgeRicardo, registrou 36s2/5 nos 600 me-tros, com inteira facilidade. So Willy,provável favorito da sétima prova,anotou 35s2/5 nos 600 metros, na

direção de Vanderlei Gonçalves, fina-lizando com disposição.

Para o primeiro páreo, destaquepara Botton Line, retornando de curade dores de canela, que passou 600metros na marca de 36s cravados, nacondução de Jorge Ricardo. No tercei-ro páreo, além de Ducleto, outro bomexercício foi de Great Hunch queassinalou 36s, escassos, nos 600 me-tros, com Marco Ferreira.

Na quarta carreira, Injetado, forçada prova, registrou com facilidade36s2/5 nos 600 metros, com José Auré-lio. Bach, com Jorge Ricardo, fezpartida curta de 400 metros anotando23s2/5, com boa ação enquanto Bur-kan aumentou para 24s3/5, com facili-dade, na direção do aprendiz M.B.

Silva. No páreo seguinte, depois deErvodo, o melhor foi Dubar que pas-sou 700 metros em 43s, cravados, comJorge Ricardo.

Na sexta prova, Hastil, na condu-ção de Edson Ferreira, aprontou nareta oposta, da seta dos 1 mil 600 a dos1 mil metros, anotando 34s3/5 para os.600 metros, mostrando muita veloci-dade. Na carreira seguinte, além de SoWilly, foi muito boa a partida final deTolho que passou 600 metros em 37s,escassos, com inteira facilidade, nacondução de Jorge Ricardo. No oitavopáreo, destaque para Taleiro que mar-cou 36s, cravados, nos 600 metros,com Jorge Ricardo, arrematando comboa ação.

Programa de amanhãõ1° PÁ«£0 — A» 19ti30mln — 1.300 - metiw Cll30.000,00(DUPIAÍXATA)—HIPÓCfiOMO Kq.

1—1 Botton Unam, J.Ricarde 552—2 Ricomar.J.CCoitillo 571—3 Oboyan, LConea 574—4 Espirea.LS.Rodriguies 57Bebek) Word, M .Perrelro 57

T PÁAEO — A» 20:00h — 1.100-metro» Crt30.000,00(tXJPLAríXATA)- HIPÓMOMO Kg.1—1 R»hingRy,G.F. Almeida 572—2 SoFtber.l.Lanei .573—3 Brovonea.C.lavor 574 Oran0e-Mur,M.B.Silva 574—5 Savary, D.F.Gfoço 57Gly, J.L/nMarin» 573° PÁStO - Á» MMOmin — 1. 100 - metroí ClJ21.000.00 (DUPLA-EXATA) — AGÊNCIAS-HIPÓÒROMO INÍCIO DO CONCLUSO K 7 PONTOSKRACIONADO1-1 Best 6en,M. 6. Silvo 58Emption.C.Lavor 56

2—3 ItonçaJAjrélio 554 Ornitorrinco,®.Antonio 58

3—5 OudetoJ.focardo —..586 Xlr5on,G.F.Sil¥a 564—7 Gran loncef,M.Ferreiro 578 QraatHunchMFenelro.. 56

4° PÁREO — As 21^00h — 1.300 — mel™ Ci»30.000,00 (TRIEXATA) - DUPLA-EXATA-

HIPÒDROMO1—I lnfetodo,J.Aurélio 572 BodU.Ricardo 572—3 DowJones,M.Montelro 574 OWte»Í.SGomes 573—5 Budmn^AB.Silva 576 IpéçuóAP.Souza 574—7 Mr.Campeodo,R.Freire 578 GuotôndooJ.Malta 57

5° PÁREO — Al 21 h30mln — 1.300—Metra Q>21.000, OOIRWMXATA)—HIPÓMIOMO Kg.

1—1 GolorteMi.D«ed»,G.F.Almeida 572—2 Boulevaid.P.Cordão 583—3 bvodo.E.Ferreira. 584 Dubar, J. Ricardo 574—5 Koroche.W.P. Silvo 58

6 Coliieum,J.Aurélio 58

6° PÁREO — At 22KOO - 1.300 - Metro Clt21.000.00 (DUPLA-EXATA)—AGENCIAS*WÓOtOMO1—l ftjrocombi,R.Antonio 58" Lord Ateara,G.Guimoró« 572—2 Hajtil.EFerreira.... 583 Gunfire.R. Freire 58

3—4 Hat Bog.M. Ferreira 575 Thritlef, J. Ricardo 57

4—6 Fighting,J.Aurélio 57Fir»tAttack,J.LMoriro 58Rey Del Chorro.tR. Ferreira 577°to-^22h3Mn-1.100mM>-Ç430iOOOjOO

(THEXATA) - DURA4XATA - HPOMOMO1—1 SóWllly.W.Gonçalwt 572 Vole-Vite,G.F.Silw 572—3 Tolho, J.Rkardo 573—4 Eitivo,J.Aurelio 575 Kaxabtan,E.R.Feneira 574—6 ft»mok,R.Fr»lre 57

7 DilkSon,E.Borboaa 57r> Nm-1> a»-1.100 IMH«-Ci$ H.00000

(TtJEXATA) DUPIA-EXATA - HIPÓOKOMO

1—1 Goldjtone, Juo. Gordo 582 Kanimambo,I.lanes 58

2—0 BojcSon.R.Freire 584 GoWen Duke, ES.Rodriau« 573—5 Taleiro,J.Bcordo 57GiantBlack,E.S.Gome$ 57" EcWam.M.B.Silvo 574—7 Drohamer, R.Antonio 57

Hoolyar.G.F.Silvo 58Feli»berto,E.Fraire 589° PAKO — Al 23h30min — 1. 100 — metro» Cd21.000,00 (0UPUWWTA) - AG&tCIAS - HIPÓ-

DAOMO1—l TkJão,J.R.Siba 5»2 Quimair.C.lavor 582—3 Pelailo, J.Bcardo 58Fanjk^G.Pittonha 58ChePopulo,R.Fin»ira 563—6 Rugen.J.L Marins 58JucoFloresJ.Gordc 5®B FkxdoRio,G.F.Silvo 5é4—9 JimmyBird,E.R. Ferreira 58

10 Demlan.J.^jralk) 58U Sribéu.M. Monteiro 58

Volta Fechada

^Finstrumentos^HW MOSICAIS V

NÃO temos a menor dúvida em afirmar

com toda a tranqüilidade que, entretodos os quatro clássicos do último

domingo na Gávea, aquele que teve a maisbela vitória e o final mais emocionante foi ochamado de Copa ANPC Milha (Grupo I),exatamente o último a ser disputado. Estabeleza e esta particular emoção foram,essencialmente, frutos, sem desmerecermosas performances de outros animais, maisespecificamente da do ocupante do premieraccessit, o potro Casmurro (Mogambo emEldia, por Eldo II), criação e propriedadedo Haras Santa Ana do Rio Grande, sobrea qual falaremos mais adiante, da notáveldemonstração dada por Hafizabad (Baro-nius em Top Star, por Felicio), criação epropriedade dos Haras São José e Expedic-tus, que soube, na mais pura e alta classe,superar as deficiências do percurso que tevee malgré tout, no dernier poteau, a prova,uma prova que, em condições normais,teria vencido com muito mais facilidade.

De qualquer modo, as circunstânciasque envolveram seu infeliz percurso, asincertezas que marcaram o início de sualigne d'arrivée, duas coisas que o deixaramficar longe demais de um potro em plenaevolução e de muito bom padrão (o queconfirmou domingo) como Casmurro, pos-sibilitaram ao filho do poderoso Baronius(em sua primeira geração como garanhão,já se firmando como um de primeiro pa-drão) dar uma demonstração de classe real-

mente digna de todos os aplausos dos verda-deiros turfistas. Sua capacidade de acelera-ção, sua coragem e sua garra, três caracte-rísticas que ele exibiu em grande estilo namilha de domingo último, apesar de suaquase injusta derrota, foram um regalo paraos olhos. O neto materno de Felicio, empermanentes e nítidos progressos, é umflyer de raras virtudes. Foi ele o astro maiorda festiva jornada.

Apesar disso tudo, a segunda colocaçãode Casmurro foi de muito bom padrão,mostrando ser realmente um potro muitofuturoso, confirmando a validade técnica deseus dois quilômetros vitoriosos no GrandeCriterium, grande clássico Linneo de PaulaMachado (Grupo I), e indicando um perfildos mais interessantes para sua geração(valorizando ainda mais as qualidades deRimmel, dentro de nosso ponto de vista).Casmurro foi o responsável pelo ritmo ten-so da carreira e perdeu para um adversáriorealmente superior, derrota que em nadadiminui as suas evidentes qualidades, hojeacima de quaisquer dúvidas. Diga-se depassagem que, ao contrário do que aconte-ceu com Bowling e Cateto (este mais poruma certa indecisão e uma ingenuidade algoinconcebível em uma carreira de GrupoGrupo I), J. Ricardo esteve perfeito em seudorso, aproveitando todas as vantagens quelhe foram dadas e fazendo um percurso semressalvas.

Escoriai

ELETRODOMÉSTICOS?

BAIA UM FIO.

IdJ

58D-55EEDDSCOUANUNCKXJL

Seul passa no teste

para sediar Olimpíada

Seul, Co-réia do Sul —Os JogosAsiáticos, cn-cerrados do-mingo, foramum teste difí-cil, ao qual

mX JOGOS ASIÁTICOSSEUL 1986

não faltaram problemas de orga-nização, uma bomba e quatroatletas desaparecidos. Mas, ape-sar da paranóia que chegou atomar conta dos organizadores,refletida em esquemas de segu-rança excessivamente rígidos, nãoresta dúvida de que Seul passouno teste e tem todas as condiçõesde sediar os Jogos Olímpicos de1988.

Duas preocupações básicasameaçavam o investimento de bi-lhões de dólares com que o gover-no sul-coreano quis fazer dos Jo-gos Asiáticos um modelo de orga-nização: a segurança e a inexpe-riência do país em eventos dogênero. Depois que uma bombaexplodiu no aeroporto de Seul,seis dias antes da abertura dacompetição, dia 20 de setembro,matando cinco pessoas e ferindo32, a segurança passou da preocu-pação à obsessão.

Os primeiros dias dos Jogosforam marcados pela impressãode que, daquele jeito, seria im-possível chegar ao fim. Jornalistaseram parados de poucos em pou-cos metros para minuciosas revis-tas de bolsas e bolsos. O que, noinício, era irritante, foi-se acomo-dando com o tempo. Os fiscaistornaram-se mais conscientes egentis. Não houve outrasbombas.

Aí a segunda preocupaçãoveio à tona com toda a força. Ospróprios organizadores e a im-prensa local acossavam constan-temente os estrangeiros, tentandoextrair deles as mínimas queixasquanto à organização dos Jogos,buscando comparações com LosAngeles. As críticas surgiram —como a escassez de intérpretes,problemas de transporte e algu-mas queixas à atuação dos juizes—, mas a tônica dos comentáriosera de que Seul está tão prepara-

da para sediar a Olimpíada quan-.to qualquer lugar do mundo.1Houve até elogios rasgados, co-'mo o do técnico norte-americano jde atletismo Fred Thompson. ,

— É o melhor estádio que eu ;já vi — disse ele sobre o Estádio !:Olímpico de Seul. — Pouco me-!'lhor que o de Los Angeles e .muito melhor do que a maioria.

O otimismo, assim, voltou a ;animar os sul-coreanos, superan-.do os argumentos de que tratou- :se de uma competição local, semcomparação possível com os Jo- ;gos Olímpicos: afinal, estiveramem Seul nas últimas semanas jor-nalistas e delegados esportivos de '

quase todo o mundo.Restam por esclarecer o sumi-'

ço dos quatro levantadores depeso iranianos e o possível boico-te da Coréia do Norte. Os atletasdo Irã se desgarraram da delega-ção depois de fazer o check-in noaeroporto, na volta para casa, etomaram o caminho do consuladodo Iraque, segundo uma fontepolicial de Seul que não quis seidentificar. Já a Coréia do Norte— que recusou a oferta de sediarquatro competições, contrapondocom oito — deve dar sua respostafinal ao Comitê Olímpico Inter-nacional (COI) em breve.

CandidatosÀ medida que se aproxima a ,

escolha das sedes dos Jogos Olím-picos de 92 pelo COI — dia 17próximo — os candidatos quei-'mam seus últimos cartuchos. Bar-celona garantiu 1 milhão de leitosem hotéis e apresentou o progra-ma de computador (chamado deSuccess 92) com que pretendetornar mais ágil a elaboração docalendário de provas. A RainhaSílvia da Suécia embarcará paraLausanne, na Suíça, neste fim desemana, a fim de trabalhar comocabo eleitoral do país para osJogos de Inverno , que tem aindaa concorrência de França, Esta-dos Unidos. Alemanha Ociden-tal, Itália, Noruega e Bulgária,enquanto, da Holanda, partiráum grupo disposto a disputar aescolha de Amsterdã como sededos jogos de verão.

—'

hANG-BANGb Mommi £/es estao de volta, pa¬

ra ma is uma de suas

loucas aventuras. Vi-;

HOJE ^re com as Per/P^c/as

21:35 HS de Terence Hill e Bud ;Spencer. !

| 77

|

"Da-lhe duro, I

Trinity"

A LMISSORA DO RIO

HOJE

NA

CANAL9RECOIA EMISSORA DO RIO

18:00 h

Luís Vagner (Gui-Entrevistatarrista)Musical — The Smiths — Big-

. mouth Strikes AgainSl<ate —"Manobras em Pista VerticalApresentação: Cesinha Chaves e Madu SaldanhaParticipação esfjecial: Mauro Taubman RicardoBocão Sônia Boiron

Jornal da

@ífâí?Yífi®í[iÍ) horas, "o

jornalfjCa sabendo po

19:00hDe segunda a sábado, 19

onde vocêporque as coi-

sas acontecem.Paulo MarkumFausto Macedo Polícia

Celso Ming EconomiaFlavio Prado Esporte

23:30hEntrevista:

Danuza LeãoConvidados:

Mana CaymmiCarlos Augusto Strazzer¦nm.'iminitnt.miM

^Finstrumentos^HW MOSICAIS V

I

26 o Io caderno ? quarta-feira, 8/10/86 Esportes JORNAL DO BRASIL

Brunoro, nuncauma medalha foi

S4K#i

tão lamentada

Foto de Olavo Rufino

££. São Paulo — O Brasil se in-3uiu entre as quatro potências^mundiais do vôlei, o que era um•dos objetivos do técnico José;;Carlos Brunoro, mas ele se disse^frustrado ao voltar da França."Garantida

pelo menos a quartajçolocação no Mundial, BrunoroÜjá admitia a terceira colocação,que asseguraria a classificação

"direta da Seleção Brasileira na'Olimpíada de Seul.ü£ — Agora, nossa participação¦na Olimpíada está seriamente-ameaçada — disse em tom delamento, ao mesmo tempo emque anunciava seu desapareci-mento por alguns dias ("para nãoter que voltar a falar sempre

-sobre o mesmo assunto"). Elenem assistirá esta noite, às 20-horas na Igreja de São Bento, noMorumbi, ao casamento deMontanaro com Sílvia ReginaNunes de Oliveira.

5? Ontem, após poucas horas derepouso em sua casa de SantoAndré (a delegação chegou demadrugada em São Paulo), Bru-horo reencontrou-se com seuprato predileto, preparado pelamãe, Dona Miranda, à base de

feijão e arroz. Poderia desfrutarde momentos tranqüilos, mas jáparecia viver a tensão da longacaminhada para Seul.

São tantas as dificuldades, acomeçar pela fase de classifica-ção, até a própria formação daequipe, agora muito mais expe-riente, mas também envelhecida.Em primeiro lugar, ele sabe queo Brasil terá de garantir a vagano torneio Pré-Olímpico demaio, possivelmente em SãoPaulo, ou no Sul-Americano desetembro, no Uruguai. O proces-so de renovação, que poderia serdesenvolvido normalmente se oBrasil conseguisse pelo menos oterceiro lugar no Mundial, seráprejudicado. Brunoro não podeprescindir ainda dos veteranosnum Pré-Olímpico com a partici-pação, entre outros, de adversa-rios poderosos, como Cuba,Tcheco-Eslováquia, França e Ar-gentina. A preparação dos novospara a Olimpíada terá de ser,portanto, retardada, o que nãoestava nos planos de Brunoroquando o Brasil se classificou,invicto, para as semifinais doMundial da França.

Seleção permanente, passopara um vôlei sempre forte

.,, Primeira colocada na fase declassificação, sem derrotas, o quefaltou à Seleção Brasileira para ob-ter, pelo menos, a terceira colocaçãono Mundial da França? Brunoro teminúmeros motivos, mas destacou oque considera o principal:" — Faltou maturidade. O brasi-lfeiro continua a pensar que só o'primeiro lugar é importante. Nosfixamos na medalha de ouro e esque-cemos que a de bronze nos deixaria ocaminho livre para Seul. E questãode temperamento, que se vai fazer?

Ele aponta outros motivos, comoa contusão de Amaury, a baixa esta-tura dos brasileiros (três jogadorescom menos de lm90) em relação aos

-da Bulgária (tem quatro com mais dedois metros), o desgaste físico nojogo com a França e o irrecuperávelabalo emocional causado pela derro-ta para os Estados Unidos.

...; Sua análise não deixa de conteruma.crítica à estrutura do vôlei brasi-leiro:

— É forçado reconhecer que,tecnicamente, só temos 20% de pos-sibilidades de vitória sobre america-nos e soviéticos. Não porque elessejam muito melhores. Apenas por-que têm uma seleção permanente e.podem treinar o tempo necessário."Pela primeira vez pudemos ficar jun-tos durante quatro meses, e evoluí-"rhos. Mas eles avançaram mais.

Brunoro sabe que o vôlei brasi-leiro precisa aprimorar alguns funda-mentos, como o bloqueio. Nessecaso, não tem muitas ilusões:

Nossa média de altura é baixaem relação aos adversários.

No relatório que vai preparar eentregar nos próximos dias ao presi-dente da Confederação Brasileira deVôlei, Carlos Arthur Nuzman, elevai citar o que considera também"resultados positivos". Entre estes,vai citar o ambiente de união edisciplina, o que, em sua opinião, foifundamental para a evolução téc-nica:

A Seleção Brasileira contahoje não só com seis titulares, mascom um bom número de jogadores,que permite substituições sem qual-quer alteração de ritmo.

Destacou Carlão, Pampa, Rui,Léo e Zé Eduardo. E defende maiorapoio e incentivo aos novos queforam cortados, além da organizaçãode uma Seleção que participe detorneios contra verdadeiras potên-cias do vôlei internacional. Seriauma Seleção quase permanente, oque esbarra na estrutura e na forçados clubes, mas pela qual ele prome-te lutar.

O vôlei brasileiro atingiu umestágio em que não deve e não podeinvoluir. Temos que evoluir.

Sonho de um menino de12 anos é ser 10° dan

Brasília — "O karatê é o meubarato." Do alto de seus 12 anos, GlenDenison Homer, o único menino brasi-leiro a conseguir a faixa preta de karatêem uma academia de Okinawa, Japão,dá a receita do sucesso: "Eu me con-centro em tudo o que faço. Procurofazer só o que gosto."

Glen descobriu o barato do karatêaos 3 anos, quando passou com a mãena porta da academia Urma-Kan epediu: "Quero aprender isso". Desdea primeira aula, demonstrou talento eresponsabilidade, conta o professorJackson Pereira da Silva, responsávelpelo desenvolvimento de Glen nesses 9anos de aprendizado.

Ele soma o talento com a pai-xão pela arte do karatê. Desde asprimeiras aulas percebeu a filosofia doesporte. Assim foi, dia-a-dia, prepa-rando o corpo e a mente para enfrentaros problemas da vida — garanteJackson.

Faixa-preta aos 12 anos, Glen de-monstra ter plena consciência de suaforça e da filosofia do esporte, que oseu professor tanto enfatiza:

Nunca usei o karatê em briga,porque não gosto de briga. Sou muitocalmo. Acho ruim esse negócio deexibir força.

Calmo, seguro, discreto, quasemodesto, ele enfrenta agora, comoprofessor de uma turma de 40 alunos,alguns mais velhos e maiores que ele.¦Está sendo preparado por Jackson pa-ra ser mestre e quer chegar ao 10° dan'(ponto máximo da hierarquia dos mes-'três do karatê).

.. — A faixa preta não significa queacabou o aprendizado — insiste Jac-kon, lembrando que Glen agora temtoda a técnica, mas precisa aperfeiçoara arte.

Toda a técnica ele conseguiu comtrês aulas semanais nestes 9 anos detrabalho. Sem deixar de lado os estu-dos e outros baratos. Cursa a 8a sérieda escola americana, faz parte do timede handebol do colégio, adora cinemae televisão. Dos três aos 10 anos tam-bém estudou piano. Gosta muito de"boa música".

Eu mesmo escolhi fazer karatê epiano. Mas, quando fui ficando maisvelho, optei pelo esporte e troquei opiano por handebol. Porque para fazerbem feito tem que se dedicar, se con-centrar no que está fazendo — ensina.

Filho mais velho de pai americanoe mãe brasileira, Glen já sabe que vaifazer uma faculdade qualquer nos Es-tados Unidos. Mas também tem certe-za de que o karatê vai dar o rumo dasua vida:

Quero ser campeão de kumitê(parte do karatê na olimpíada — diz,salientando que o kumitê é mais valori-zado entre as técnicas do karatê. "Dámais prestígio, sabe."

Em julho, Glen participou de umseminário de karatê em Naha, Okina-wa, a convite do grande mestre Shuki-ku Mekako, 6o dan, que o conheceunuma visita ao Brasil. Pelos grandesmestres japoneses, que o observaramdurante os 30 dias que esteve emNaha, foi considerado apto a fazer oexame para conseguir a faixa preta. Foiaprovado com brilhantismo.

Como é essa história de ficarfamoso aos 12 anos?

Tem um lado chato e um bom.Qual é o lado bom?Fico orgulhoso do que estou

conseguindo no karatê. A gente sesente bem de ficar famoso por isso.

E o lado chato?Ficar dando entrevista toda

hora.

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Na volta, Bernard, o Pequeno grande para os franceses, distrai-se com Phtíkp

Bernardo os altos e baixosFoi impossível não falar de vôlei um

dia após a chegada da Seleção Brasileira-,quarta colocada no Mundial da França.Bernard, o Pequeno Grande para os fran-ceses, acordou cedo e não fez outra coisa:falou da queda de rendimento depois dasaída de Amauri; da proposta que recu-sou para jogar seis meses na Itália; danecessidade da seleção permanente paraos novos jogadores; e do Pré-Olímpico,que o Brasil terá que disputar em maio,para garantir sua ida aos Jogos de Seul.

Bernard, que passou a manhã com osfilhos Phillip e Bianca, acredita no planode trabalho do técnico Brunoro, quepoderá igualar tecnicamente o Brasil aosEstados Unidos e à União Soviética,reconhecidamente superiores. Conside-rou a vitória sobre a França "a maisimportante de minha vida" é se comoveucom os telegramas que recebeu de váriostorcedores de todo o país.

A idéia da seleção permanente, se-gundo Bernard, tem que ser muito bemdiscutida com técnicos e jogadores, paraque tenha imediatamente substitutos àaltura.

— Se O Brasil quiser mesmo se orga-nizar para sediar o Mundial de 90, temque começar desde já. A participação deum grupo maior pode melhorar a idéia.Os franceses são um exemplo: eram sem-pre os últimos, trabalharam e estão agorano mesmo nível de Brasil, Cuba, Bulgá-ria. É importante que jogadores comoCarlão, Pampa e outros tenham a conti-nuidade desse trabalho. Os jogadoresmais experientes não necessitam tanto.

Bernard tem l,87m e era citado o

Pequeno Grande do Brasil por ser o únicojogador baixo capaz de superar o blo-queio norte-americano, búlgaro e tcheco,formado por jogadores acima de doismetros. E esse é um fato que justificaainda mais a tese de Bernard, de que oBrasil, se trabalhar, pode se igualar aosmelhores do mundo.

Nós temos que trabalhar com oque possuímos. Sempre dizem que souanão, que o Renan é anão. Mas a gentechega lá e consegue jogar contra blo-queios de maior estatura. Nunca a gentevai ter um bloqueio igual ao dos EstadosUnidos. Temos que contar com a impro-visação e versatilidade dos nossos jogado-res, que são mais baixos. Só com trabalhovamos conseguir aprimorar tais virtudes.

Pré-OlímpicoBernard confia na união do atual

grupo e no plano de trabalho de Brunoro.Acha que o Brasil não pode organizar oTorneio Pré-Olímpico, que será dispu-tado em maio, em local ainda a serdefinido, para não se classificar. Paraisso, tem que começar imediatamente adar seqüência ao trabalho já iniciado.

Acho que disputarão o Pré-Olímpico os mesmos adversários doMundial, que não se classificaram. Cuba,Brasil e França deverão participar. E oBrasil tem que estar bem preparado paragarantir sua vaga. São pessoas inteligen-tes que trabalham com o meamo objetivoe acredito no planejamento. Saímos da-qui com o objetivo de sermos quartos noMundial e conseguimos. Com Amauri,teríamos sido terceiros.

Quando começou a falar de Amauri,Bernard lembrou-se do jogo com a Fran-ça, quando sofreu a torção, no início.

Foi uma partida emocionante.Nunca tinha sentido tanta garra e emoçãono nosso grupo. Mas perdemos o Amau-ri, que é o que de melhor temos nobloqueio, fundamento em que somos de-ficientes. Quando ele saiu, o time sentiu,mas se achou na obrigação de jogar bem.

Segundo Bernard, o que faltou àFrança foi experiência, mas que o Brasiljogou a melhor partida, não tendo comomanter o padrão nos dois últimos jogos,justamente pela ausência de Amauri.

Bernard acha que o Brasil já foiprejudicado em duas finais do Mundial,perdendo jogadores fundamentais na de-cisão. Em 82, ele mesmo teve de serpoupado. Não acredita que será assim noPré-Olímpico e Pan Americano e Jogosde Seul. Por isso, recusou uma propostade voltar a jogar no Panini, da Itália,abrindo mão de excelente salário.

A proposta é excepcional. Mas,no momento, quero continuar esse traba-lho com a Seleção. Vários outros jogado-res foram convidados e duvido que algumdeles aceite. Todos querem mesmo édisputar os Jogos de Seul. Além disso,não vou largar o Bradesco, onde preten-do ficar até o fim.

Melhor que ter recebido o elogio dosfranceses e telegramas dos torcedoresbrasileiros ("sempre agradeciam pela ale-gria que a Seleção dava a eles no Mun-dial"), era ter ficado em terceiro lugar,com uma vitória sobre a Bulgária, que oBrasil já havia vencido por 3 a 1 na fasede classificação.

Brasília — Foto de WilHam Pedrosa

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Glen Denison só usa os golpes em aulas e demonstrações. Ele não gosta de briga

Claudemir luta pelo mundialPanamá — O pugilista panamenho

Hilário Zapata colocará em jogo seutítulo mundial dos moscas da Associa-ção Mundial de Boxe (AMB) frente aobrasileiro Claudemir Carvalho, no pró-ximo dia 30 de novembro, em SãoPaulo, segundo informou seu empresa-rio Luis Spada.

Claudemir Carvalho venceu reccn-temente o panamenho Júlio Gudino e

está classificado como oitavo aspiranteà coroa. Luis Spada, um argentinoradicado no Panamá, disse que HilárioZapata viaja na próxima semana àArgentina para finalizar a preparaçãopara o combate de 15 assaltos contra obrasileiro.

Esta será a sexta vez que Zapatacoloca em jogo seu título, conquistadoem outubro do ano passado, quandoderrotou o americano de origem mexi-

cana Alonso Gonzálcz, na capital doPanamá. O pugilista panamenho temum cartel de 36 combates, dos quaisganhou 31 e perdeu 5.

O portorriquenho Hector Cama-cho, campeão mundial de peso leve doConselho Mundial de Boxe (CMB). foimultado cinco vezes por dirigir suamilionária Ferrari modelo 86 sem habi-litação e de forma perigosa pelas ruasde Nova Iorque.

Pele pedeoportunidade

pS para novosBelo Horizonte — Dispensado do

grupo de jogadores que representou oBrasil no Campeonato Mundial de Võ-lei, dias antes do início da competição,José Francisco Filho, o Pele, defende anecessidade de se iniciar imediatamen-te um trabalho de renovação na Sele-ção Brasileira, com vistas ao próximomundial, que será no Brasil, cm 1990.E a solução que indica é mesclar joga-dores jovens, que vêm se destacandoem suas equipes, com outros da atualseleção.

— A responsabilidade do país quevai sediar uma competição como oMundial é muito importante. Por isso,o trabalho de renovação tem de seriniciado agora, sem perder tempo, pa-ra que possamos chegar ao título em1990, num trabalho semelhante ao quefoi feito pelo Brasil a partir de 1977 eque resultou no vice-campeonato mun-dial de 1982 e na medalha de prata nosjogos olímpicos de Los Angeles.

Pele não quis responder se há ne-cessidade de alteração também na co-missão técnica, especialmente, com re-lação ao cargo de treinador. Mineira-mente, ele alega que esse é um proble-ma exclusivo do presidente da Confe-deração Brasileira de Vôlei, CarlosNuzman, preferindo afirmar apenasque há a necessidade da renovação dejogadores.

Embora esteja com 27 anos, Peleainda acredita que terá condições dedisputar o próximo Mundial, justifi-cando sua pretensão, com base em seubiotipo e na vida dedicada ao esporte,que lhe conferem um preparo físicoinvejável. Como no ano que vem have-rá o Pan-Americano, Pele acha que osjogadores de 20 e 21 anos que estão sedestacando deveriam formar uma es-pécie de seleção B para excursionar omais rápido possível pelo mundo, a fimde adquirir experiência internacional.

Ele retornou a Belo Horizonte nofinal de semana, após permanecer maisde 10 dias descansando na fazenda deseu sogro, em Almenara, no Norte deMinas. Ontem, os jogadores do Fiat-Minas recomeçaram os treinamentos,após 15 dias de descanso, como prêmiopelo título do Io Circuito Brasileiro deVôlei.

Pele não assistiu a todos os jogosda Seleção Brasileira no Mundial, masficou impressionado com a atuação daequipe no jogo com a França, quandopassou a ter esperanças de ver o Brasilna final contra a União Soviética, des-tacando a garra dos seus compa-nheiros.

— O time perdia por 14 a 7 e osjogadores gritavam, conversavam emostravam muita vontade de virar oplacar, o que acabou acontecendo.Achei que dava até para sonhar com otítulo, mas contra os Estados Unidos, otime já era outro. O pessoal estavaseparado — comentou.

Ele afirma que faltou garra e uniãoà seleção para tentar superar o fortetime dos Estados Unidos. No aspectotécnico, lamentou que o passe nãoestivesse chegando às mãos do levanta-dor William.

Se a derrota para os norte-americanos surpreendeu Pele. o mes-mo não aconteceu com a melancólicaderrota para os búlgaros, na disputapelo terceiro lugar, quando, acredita,os brasileiros entraram sem motivação.Situação que se agravou com a derrotade 16 a 14, no primeiro set.

Só o prêmiodá motivaçãoa Kasparov

Leningrado — O primeiro desafio —conservar o título mundial — o jovemGarry Kasparov, 23 anos, venceu. Hoje,ele enfrenta pela última vez neste ano aAnatoly Karpov, tendo que superar umoutro obstáculo: precisa ganhar a partidapara não ser obrigado a dividir o prêmiode US$ 865 mil (Cz$ 11 milhões) com seuadversário.

Preocupado em não perder parte des-te dinheiro — o empate de 12 a 12 nacontagem final determinaria a divisão —,Kasparov passou o dia de ontem trancadocom seus assessores estudando a melhormaneira de enfrentar Karpov no jogo dehoje. Segundo observadores, a hipótesemais provável é que a partida termineempatada.

— Creio que o jogo terminará empa-tado — prevê o mestre espanhol, LeôncioGarcia. Karpov pode tentar a vitória,mas será muito difícil, porque ele estájogando com as pretas.

Dentro da União Soviética, a influên-cia de Kasparov no xadrez aumenta cadavez mais. Graças ao prestígio do atualcampeão mundial, Mikail Botnivik, umdos grandes enxadristas do país, passou aser o chefe da escola de xadrez porcorrespondência. E o trabalho de Botni-vik a cada dia vem apresentando maisresultados positivos. Recentemente, emBuenos Aires, Viktor Akopyan ganhou otítulo mundial juvenil. E na lista defuturos desafiantes de Kasparov está An-drei Sokolov, mesma idade do campeão,que enfrentará Karpov em fevereiro dopróximo ano. Ambos foram formados naescola de Mikail Botnivik. O ganhadordeste confronto desafiará a Kasparov.

ApoioO brasileiro Lincoln Lucena, candi-

dato à presidente da Federação Interna-cional de Xadrez, tem o apoio de Kaspa-rov. O atual campeão mundial é inimigodo filipino Florêncio Campoanes. É umabriga antiga que começou na primeiradisputa de Kasparov pelo título mundial.

JORNAL DO BRASILEsportes quarta-feira, 8/10/86 ? Io caderno ? 27

Fórmula-1 é mais umdesafio aos mexicanos

Cidade do México — O italiano Mi-!;èfeele Alboreto, da Ferrari, primeiro pilo-íp a chegar ontem à Cidade do Méxicopara a disputa da penúltima etapa do

¦¦Campeonato Mundial de Fórmula-1, le-yantou o assunto do futebol, dizendo queespera vingar com uma vitória a elimina-

«çio da Squadra Azurra nas oitavas-de-•final da Copa do Mundo deste ano. Foi

"Una boa lembrança: o GP do MéxicoÍWece ligado ao futebol não apenas por•coincidências — o último foi disputadoem 70, também ano de Copa do MundoV$D

país — mas também pelo empenho$jqs mexicanos em provar que podemorganizar uma competição esportiva des-U grandeza.>•-.. No caso da Fórmula-1, há quem po-noa em dúvida essa capacidade. O auto-dromo da capital passou por reformasmilionárias para evitar a falta de seguran-"Çl que determinou sua suspensão docalendário em 70, quando centenas dos"JflO

mil torcedores que lotaram as laterais& pista resolveram invadi-la, atravessan-*lo-a entre os carros. Além da construçãode cercas duplas com fossos no meio ao

longo do circuito, o número de ingressosfoi limitado em 70 mil, para evitar inci-dentes semelhantes, mas existe certaapreensão no ar. Como disse o diário LaJornada:

— A desordem reina. Eles devem terdistribuído credenciais como caramelos eo risco de um acidente no autódromoHermanos Rodriguez é permanente.

Mas os organizadores da prova —

que têm contrato com a FOCA por trêsanos e a opção de renová-lo indefinida-mente depois — dizem que tudo estápreparado para os treinos de reconheci-mento da pista, amanhã. Além de Albo-reto, chegaram ontem ao México o aus-tríaco Gerard Berger, seu companheirona Ferrari ano que vem, e o alemãoChristian Danner. Ayrton Senna, fora dadisputa pelo título mas ainda candidatoao vice-campeonato, chega hoje sob car-regadas nuvens de otimismo: é que aindanão terminou o período de seis meses, jáem vigor na Copa do Mundo, durante osquais chove quase diariamente em todo opaís, o que pode dar ao brasileiro daLotus uma vantagem extra na corrida.

F-l. o fim da era espacialCidade do México — Jean-Marie Bal-

testre, presidente da Federação Interna-CJonal de Automobilismo — FIA —,reafirmou ontem que a eliminação dosmotores turbos da Fórmula-1 é uma deci-lio irreversível e visa principalmente àtegurança dos pilotos.• — O Campeonato Mundial é um

' espetáculo extraordinário e não é possí-*d que, por interesses alheios e avançostecnológicos, se converta em uma corridaespacial. Já não temos uma corrida deautomóveis, nem uma competição entrepilotos e de motores. Fomos transforma-

dos em computadores e compressores. Énecessário voltarmos ao motor aspirado,para maior segurança dos pilotos — afir-mou Ballestre.

O penúltimo grande prêmio da atualtemporada marca a volta ao México,depois de 16 anos, da Fórmula-1. Hágrande expectativa pela corrida de do-mingo no Autódromo Hermanos Rodri-guez, que deve receber público em tornode 70 mil pessoas. Até ontem tinham sidovendidos 52 mil ingressos e a procuratende a aumentar com a chegada dospilotos.

Cidade do México — AP

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¦j^ro Ballestre, os turbos conduziam a F-l a rumos perigosos

Atraso afeta Fórmula 3000O cancelamento das duas últimas

provas do Campeonato Internacional deFormula 3.000, maradas para Goiânia eSão Paulo, dias 26 de outubro e 2 denovembro, nada teve a ver com a recusade equipes e patrocinadores em correr noBrasil. O motivo, segundo disse ontem opresidente da Confederação Brasileira deAutomobilismo, Joaquim Melo, é quenenhum dos dois autódromos concluiu a•empo as reformas exigidas pela Federa-çk> Internacional de Esporte Automobi-ttttko (FISA) nas inspeções de abril, emGoiânia, e julho, em São Paulo.•"- — Só então, já com as provas cance-bdas, os patrocinadores reclamaram,pois haviam feito contrato com as equipes.para 12 provas e acabaram ficando omnove apenas, já que o GP de Curaçaotambém foi cancelado — afirmou ele.j--; O presidente da CBA, que voltou«egunda-feira de Paris, onde o ComitêExecutivo da FISA esteve reunido nasajnmas duas semanas para decidir os

calendários do próximo ano e aprovarmudanças nos regulamentos de váriascategorias, acrescentou que o mercadopublicitário brasileiro poderia absorvertranqüilamente as provas de F-3.800 semprejudicar a F-l, pois

"os patrocinadoressão diferentes".

Brasília esteve nas cogitações dosdirigentes da F-l para sediar o GP doBrasil, dia 12 de abril, mas esbarrou naComissão de Segurança da FISA, segun-do Joaquim Melo. A entidade queriaapreciar o plano de obras no autódromo— que foi apresentado — e contar com agarantia de que os trabalhos estariamconcluídos dia 20 de janeiro.

— Ainda assim, adiei até a útlimasexta-feira, dia 3, a decisão sobre oassunto — disse ele. — Como o represen-tante enviado pela Dover Plásticos, apatrocinadora de Brasília, que eu só sabiachamar-se Joaquim Mesquita, não meprocurou lá, fui obrigado a dizer que oRio oferecia melhores garantias e o as-sunto foi encerrado.

Cario foi o principaladversário das golfistas

No primeiro dia do CampeonatoAberto de Golfe do Itanhangá, on-tem, as jogadoras tiveram um terríveladversário: o calor. Em conseqüênciada alta temperatura, a maioria não sesaiu bem e marcou cartões decepcio-nantes. Na categoria scratch, LúciaMacedo, com 88, terminou em primei-

^.ro, enquanto Glória Abregu (91) foi asegunda.

Na 0 a 22 de handicap, a liderançaé de Glória Abregu (75), seguida por*.'', ESzabeth Van Spaendock, com 75. Na23 a 36, Stevie Loren é a primeira

> cokeadn, com 70.0 campeonato ter-nãmamanhã. Na próxima semana, noGávea, a Associação Brasileira de

Sêniores promoverá o campeonato daclasse.

O australiano Greg Norman, quevenceu no último domingo, em Went-worth, Inglaterra, o CampeonatoMundial de Match Play, está lideran-do o ranking mundial de golfe, com 1mil 199 pontos, 195 a mais que oespanhol Severiano Ballesteros e oalemão ocidental Bernhard Langer,empatados em segundo. A seguir es-tão: 4o Tsun'ki Nakajima, Japão, 676;5o Sandy Lyle, Escócia, 587; 6o Mark0'Meara, Eua, 583; 7o Hal Sutton,EUA, 576; 8" Lanny Wadkins, EUA,559; 9o Tom Watson, EUA, 584; e 10°Curtis Strange, EUA, 543.

Martina Navratilova não se descuida da carreira, que este ano

Bjorn Borg será atraçãodo Sul América Open86

São Paulo — Pela primeira vez emseu calendário de tênis, o Brasil terá em1987 nada menos que três grand prix:em janeiro, no Guarujá, em novembro,em São Paulo, e na Bahia (Itaparica). OSul América Ópen 86, que será realiza-do no Club Méditerranéeo, em Itapari-ca, de 22 a 30 de novembro próximos, jáentrará na categoria de grand prix emrazão do total de prêmios, 145 mildólares (o dobro do ano passado), epela contagem de pontos para o rankingmundial. Além disso, segundo confir-mou ontem a Tavares Kowarick, pro-motora do evento, o sueco Bjorn Borg,um dos maiores jogadores da históriado tênis, estará presente como convida-do especial.

A realização de torneios com acategoria de grand prix possibilita avinda ao Brasil de tenistas da primeiralinha mundial. Segundo o diretor detorneios da Tavares Kowarick, Ricardo,Bernd,"o francês Yanick Noha, sexto doranking mundial, e o equatoriano An-drés Gomez, décimo colocado, já de-monstraram interesse em participar dacompetição que se desenvolve anual-mente no Club Méditerranée. "Umacoisa é certa: todos os principais brasi-leiros estarão presentes, mesmo que notorneio de qualificação. Quanto aosestrangeiros os nomes só começarão adefinir-se ao final das inscrições. Comoesse torneio será o último antes domasters da temporada, cada qual verá aconveniência de vir ao Brasil. Em prin-cípio, porém, sabemos que o evento jáconta com muita simpatia junto aosgrandes tenistas do exterior, muito inte-ressados em conhecer o Brasil".

No ano passado o torneio foi venci-do pelo peruano Jaime Izaga, uma revê-lação então com 18 anos, que derrotouna final o brasileiro Carlos AlbertoKirmayr, com 35, até com certa facilida-de: 6/2 e 6/0. Para chegar à final, Yzagadeixou para trás outros favoritos, comoMartin Jaite, Horácio de La Pena,Francisco Maciel e José Luiz Clerc.Tanto o peruano quanto Kirmayr são

presenças asseguradas no grand prix SulAmérica Open de novembro próximo.

Bjorn Borg, que esteve no Brasilseis vezes — a última delas em 1984, ex-profissional e encarregado de divulgar aFundação SAS-Borg, quando fez váriosjogos-exibição contra Kirmayr — viráacompanhado da esposa Jannike e ai-guns amigos. "Essa

presença" — co-mentou Juliano Tavares, diretor da Ta-vares Kowarick — "significa que oevento ganhou repercussão mundial, e avinda de Borg certamente abrirá asportas para que outras celebridadestambém compareçam a Itaparica.

Borg, nascido a 6 de junho de 1956na pequenina Sodertalje, a 40 quilôme-tros de Estocolmo, começou a viver otênis desde cedo. Aos oito anos esco-lheu pelo pai, que vencera um torneiode pingue-pongue, uma raquete de tê-nis, desprezando uma carretilha de pes-ca. Afastada a carreira de pescador, oitenista-menino passou imediatamente atreinar na garagem de casa ou no clube,onde também praticava hóquei no gelo.Essa combinação de esportes permitiuque Borg se tornasse um tenista muitorápido com as pernas e levaria outrofamoso tenista, Rod Laver, a comentaranos depois, "Borg tem pés felizes".

Após uma carreira rapidíssima, otenista sueco colecionaria uma sérieinédita de conquistas: cinco vezes cam-peão em Wimbledon, seis no Aberto daFrança, duas do Aberto da Itália e domasters de Nova Iorque. Assim, o únicotítulo que faltou em sua coleção foi o decampeão do Aberto dos Estados Uni-dos, no qual chegou quatro vezes àfinal. Mas encenou a carreira conside-rando-se realizado. Para jogar, tinhauma filosofia própria:

"Começo o jogolentamente. Levo um certo tempo paraesquentar, para entrar no jogo certo.Meu estilo não é decidir as coisas noinício, vou jogando mesmo que isso setorne um longo esforço. Mas nuncadesisto até a última bola. Odeioperder."

Ranking do GP1. Ivan Lendl2. BoriBBecker3. JoakimNystrom...4. Stefan Edberg5. Mats Wilander6. Henry Leconte7. Yannick Noah8. Andres Gomez9. Miloslav Mecir

10. Jimray Connore....

Tchec 4.489Suécia 2.380ROA 2.097Suécia 1.984Suécia 1.685França 1.587França 1.553Equador 1.516Tchec 1.486EUA 1.472

Ranking de prêmios(US$)

1. Martina Navratilova .1.348.1848. Chris Evert Lloyd 833.7853. Helena Sukova 814.808SteffiOraf 488.0185. Pam Shriver 448.860Hana Mandlikova 346.8707. Claudia Khode-Kilsh....311.4898. Qabriela Sabatini 808.1119. Wendy Turnbull 194.893

IO. Kathy Jordan 178.839

Martina sonha com OlimpíadaBarcelona—Depois de ganhar tudo

o que o tênis feminino pode oferecer —inclusive fechou o cobiçado GrandSlam, ou seja, venceu os quatro maisimportantes torneios do mundo segui-damente —, Martina Navratilova, quecompleta 30 anos dia 18 deste mês, sótem agora uma ambição — ser campeãolímpica do seu esporte. Foi o que elarevelou numa coletiva que concedeunesta cidade, onde está a convite daPrefeitura, para disputar um torneio deexibição que oferece 200 mil dólares deprêmios.

Martina, lider mais uma vez doranking de prêmios da temporada femi-nina, com ganhos de 1.345.184 dólares— quase CzS 19 milhões —, disse quegostaria de tomar parte dos Jogos Olím-picos de 1992, para os quais Barcelonatenta ser a sede, numa feroz disputacom Paris. A escolha da sede seráanunciada dia 17 deste mês, após reu-nião do Comitê Internacional, que deci-dirá também sobre a participação de

profissionais já para os Jogos de Seul,daqui a dois anos, quando o tênis entra-rá pela primeira vez oficialmente noprograma olímpico (em Los Angeles,em 1984, participou apenas como espor-te de exibição).

No torneio de Barcelona, Martinajogará hoje com a dinamarquesa TineScheuer-Larsen, enquanto a italianaRafaella Reggi enfrentará a tcheca Ha-na Mandlikova, finalista em Wimble-don este ano.

As brasileiras Patrícia Medrado eNiege Dias não foram bem nos torneiosque disputam: Patrícia perdeu na pri-meira rodada para a peruana LauraGildemeister, em Zurique, Suíça, por7/5 e 7/6, e Niege foi eliminada emTaipei pela australiana Nicole Provis,por 4/6, 7/5 e 6/1.

Em Nova Iorque, os organizadoresdo Grand Prix Nabisco divulgaram oranking do circuito, liderado de novo,com folga, por Ivan Lendl.

4PLòASeleção — Ricardo Jantsen, o Ccbolinha, c oúnico atleta carioca convocado para a SeleçãoBrasileira que disputará o 24° Campeonato S&t-Americano de Tênis de Mesa. a ser realizado d<il5.a 22 de outubro, em Friburgo. A Seleção será

formada por oito atletas, sendo sete de São Paulo e apenas um doRio de Janeiro. Jantsen, que joga no Fluminense, foi campeãobrasileiro juvenil em 83 e é o terceiro no ranking nacional.Cláudio Kano, que juntamente com Ricardo é um dos fortescandidatos, já foi campeão Sul-Americano em 82, pan-americanoem 83 e latino-americano em 85. Atualmente Cláudio está naSuécia (bicampeã mundial), onde faz um curso de aperfeiçoamen-to, e vem ao Brasil somente para disputar o campeonato, qu£contará com a participação do Uruguai, Paraguai, Argentinja',Peru, Colômbia, Venezuela e Equador. "'j'

Brasileiro — A Unisa, vice-campeã mineira devôlei masculino, c a Transbrasil, que representa.jpDistrito Federal, dividem o favoritismo do TorneioSeletivo, que começa a ser disputado hoje à taríJe,no ginásio da Praça de Esportes de Pará de Minajj,

no Oeste mineiro. A competição, que será encerrada no próxiraòdomingo, apontará os dois representantes da região Centro-Otístèno Campeonato Brasileiro, que começará a ser disputado no níês.que vem. ,'/¦'•. ,A equipe do Vansport Canto do Rio, de Niterói, fará o jogo deabertura do torneio, enfretando o Santa Helena, de Goiás. :$s17h. Em seguida, jogam Transbrasil e Alvares Cabral, do EspíritoSanto, enquanto Unisa e Blocoplan, do Mato Grosso, fazenuapartida principal da primeira rodada, a partir das 20h. ,.,A Unisa vem de duas vitórias em amistosos, realizados no últimofim de semana, em São Paulo, quando derrotou o XV qeNovembro, em Piracicaba, por 3 a 0, e o Coríntians, por 3 a l.'P

; técnico da equipe, Geraldo Corgozinho, já definiu o time *qüè

começa jogando com Henrique, Júlio, Pedro, Ricardo, Wagner*Roberto. Para a reserva, ele tem Peterson, Luciano, LutzCláudio, Ronaldo, Claudinei e Vagner. | <*'.Infanto-juvenil — A Seleção Brasileira Infanto-Juvenil de Vôleidisputa neste final de semana, em Campos, um amistoso conwa-aequipe de Campos. Este jogo c preparatório para o CampeonatoBrasileiro, que será realizado dia 15 de novembro, em Colatina,Espírito Santo. ,;^;

Sqiiash — O brasileiro José Maron foi"t>responsável pela primeira grande surpresa daliCopa Coligadas Financeiras Volkswagen de squaslj,disputada na quadra do Hotel Transamerica. Vea-ceuo americano Dave Carre,um dos favoritos.pOr

9/5,4/9,9/2 e 9/6. Frustrado com a eliminação, Carre atribuiu-a.auma contusão na perna esquerda. Enquanto Dave Carre decep-cionava, Kito Frisoni, campeão brasileiro, e apontado o úriicbjogador do Brasil capaz de conquistar o título, estreava com umàvitória. Sem precisar mostrar todo o seu estilo e a sua força,venceu Paulo Burti por 9/2, 9/4 e 9/5. O próximo adversário deFrisoni será José Maron, que ontem, após derrotar Dave Carre,entrou na galeria de estrelas da competição. O sueco AndrésWahlstedt, favorito absoluto à conquista do título, enfrentaráRoberto Mori.

Telefoto ArJP

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O America II e o Canada KC-2 na raia-¦»•

Empate — Três barcos — um australiano, tjpfrancês e um neo-zelândês — estão empatados emprimeiro lugar na eliminatória para a próxnfiaAmerica's Cup, dia 31 de janeiro. O ganhador deito

eliminatória enfrentará o vencedor da série classifPcatória entre os barcos australiano. O Stars in Stripes. dos EUA,o French Kiss, da França e o New Zeland, da Nova Zelândia, jáconseguiram três vitórias. A próxima regata será amanhã, comuma previsão de bom tempo e vento de uma velocidade até 12nós. „ ,•

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Afastamento de Renê, surpresae uma crise para Lopes no Flu

Foto de José Roberto Serrar- ,^»<)£*

Desde que assumiu a direção técnicado Fluminense, Antônio Lopes teve ontemseu primeiro problema no clube. Ao serbarrado do time titular no treino tático daparte da manhã, Renê exigiu explicações panunciou que não ficaria no banco. Atarde, mais calmo, Renê disse que aindapensará mais um pouco. Quando se pensa-va que Leomir ou Alberto fosse barradopara a volta de Delei, Lopes surpreendeuao tirar Renê do time, tanto no treinotático da manhã quanto no coletivo datarde, nas Laranjeiras. Não houve agitaçãomas foi o assunto dominante do dia doFluminense. Primeiro pela surpresa, de-pois pela reação do jogador.

Renê chamou Lopes para conversar eafirmou que não concordaria em ficar defora, por entender que vinha jogando beme que cumpria com eficiência as determina-ções táticas. Lopes, por í.ua vez, declarou

S|ue era um problema de Renê e que estava

azendo o que julgava melhor para oFluminense.

À tarde, as coisas ficaram bem mais

amenas nas Laranjeiras. Lopes anunciouque Renê tem até possibilidades de entrarcomo titular, domingo, no jogo com oAtlético-GO, em Goiânia. É que ele aindanão sabe como estará Delei ate sexta-feira,quando definirá a equipe para a estréia nasegunda fase do Campeonato Brasileiro.

Renê, também mais tranqüilo, afirmouter refletido bem após o treino da amanhãe que poderia até mudar de idéia, concor-dando em ficar no banco de reservas, casoseja afastado mesmo por Lopes. No coleti-vo, com Delei em cima e Renê embaixo, ostitulares ganharam por 2 a 0, gols deWashington e Ricardo. Delei se movimen-tou razoavelmente, evidenciando porémfalta de ritmo na ligação entre defesa eataque.

A novidade domingo, além da prova-vel volta de Delei, será a estréia do lateral-direito Galvão. O Fluminense deve enfren-tar o Atlético-GO com Paulo Vítor, Gal-vão, Viça, Ricardo e Eduardo, Jandir,Leomir, Delei (Renê) e Alberto; Washing-ton e Tato.

CND decide: só 20 em 88São Paulo — O Campeonato brasileiro

terá apenas 20 clubes a partir de 1988, deacordo com decisão tomada ontem peloplenário do Conselho Nacional de Despor-tos, reunido no Hotel Transamérica. Foiuma resolução que apanhou os conselheirosdivididos: três deles votaram por 20 clubesna primeira divisão e três por apenas 16, masa primeira opção acabou prevalecendo, pelovoto de minerva do Presidente do CND,Manuel Tubino.

Essa foi uma das importantes decisões

tomadas pelo órgão máximo do esporte nopaís, com base em estudos apresentados peloConselho Regional de Desportos de SãoPaulo, amplamente discutidos durante doisdias. Outra resolução foi o retorno do votoqualitativo nos conselhos arbitrais das fede-rações, com cada clube tendo seu voto valo-rizado de acordo com sua classificação noCampeonato Regional. Os campeonatos es-taduais também foram atingidos por delibe-rações do CND. Até 1989, cada um deles sópoderá ter, no máximo, 16 clubes.

Pinheiro crê em vantagem doAmérica no jogo com o Bangu

Serginho exultou ao tomar conhecimentodos adversários do América no Grupo I. Paraele, o time "tem tudo para obter nova classifica-ção com folga". Mas, de um modo geral, todosdefiniram o grupo como equilibrado e a únicavantagem apontada pelo técnico Pinheiro foi terque enfrentar logo o Bangu, domingo, que é umadversário que tradicionalmente dá sorte nosjogos com o América.

Mas, agora, estamos embalados, o timeestá cada vez se soltando mais e já conheçomelhor os jogadores. Sei que posso até fazervariação de sistemas de marcação. Na pior dashipóteses, será um jogo igual — disse.

Quando Pinheiro afirma que a "fase ruim jápassou", ele quer se referir ao fato de o time tersaído do Rio cinco vezes para enfrentar adversa-rios como o Botafogo, em João Pessoa; oSergipe, em Aracaju; Goiás, em Goiânia; oPaissandu, em Belém; e o Joinville, em Join-ville.

É muito difícil enfrentar os times doNordeste em seus campos. Agora, ficou tudoigual, os jogos são lá e cá e acho que o América

sai beneficiado. Não tenho do que reclamar econversei sobre tudo isso com os jogadores. Éhora de nos aplicarmos nos treinos e levar muitoa sério a campanha que se inicia, pois percebique a classificação obtida na vitória (2 a 0) sobreo Grêmio deixou muita gente aliviada, como setudo já estivesse resolvido — completou.

Para a diretoria, a grande vantagem destafase é que os jogos não serão tão deficitários.

— Tivemos jogos seguidos com prejuízo e,a partir de agora, jogando muito em São Paulo,penso que vai dar para ter algum lucro —lembrou o diretor de futebol Válter Dawies.

No clima de otimismo reinante no Andaraí,apenas a indefinição do time que joga domingoainda preocupa. Polaco e Paulo César Baianoestão liberados para treinar e Luisinho é o únicoque não participa do coletivo que Pinheiro dirigehoje cedo, no campo do Bonsucesso. A mudan-ça de local para os treinos é para evitar desgastecom oficiais de justiça, pois está previsto parahoje nova pendenga judicial envolvendo a posseda área do Andaraí entre a diretoria do Américae a da Escola de Samba Unidos de Vila Isabel.

Bangu analisa seu novo grupo econclui que tem muitas chances

*!>*

Depois de fazer uma análise do novo grupodo Bangu (I) na segunda fase do CampeonatoBrasileiro, o técnico Paulo César Carpegianiconcluiu que as chances de seguir na competiçãosão amplas e irrestritas:

Acabou o medo de uma não classifica-ção. Humanos como são, os jogadores sentemesta responsabilidade e acabam jogando menosdo que sabem. A tendência é o time todo subirde produção agora. Além do mais, é normal quecom a seqüência de jogos exista melhor entrosa-mento entre as várias linhas.

Enquanto fala da chance do seu time nestafase, Capergiani afirma que domingo contra oAmérica vai com sua força máxima para campo,pois o objetivo é começar com uma vitória.

O América é um adversário perigoso,mas vamos ter todos os titulares que estiveramfora nos últimos jogos (Marinho, Márcio Rossini

e Neto). Aliás, Marinho e Márcio Rossini só nãojogaram com o Ceará por medida de precaução.O Neto, como estava suspenso, não tinha mes-mo condições de jogo.

Carpegiani não se limita a falar quando dizque todo cuidado é pouco contra o América.Ontem, ele fez o time trabalhar em regime detempo integral e hoje, no primeiro treino coleti-vo da semana, começa a armar um esquemaespecial.

— O time do Bangu com Marinho e Netoganha muito poder de fogo. São jogadores deexcelente nível técnico e como estão em grandeforma acho que estou muito bem servido nafrente. Quanto a Márcio Rossini, tem feitograndes atuações jogando como libero e suaestrada na defesa ao lado de Oliveira dá muitasegurança a todos.

Grêmio inquieto na nova fase.Desfalques e uma defesa fraca

Porto Alegre—Além das fracas atuações do' setor direito da defesa — Raul e Baidek — e daestréia do reserva, Adriano, no lugar de Casemi-ro, que cumpre suspensão automática por expul-são, o Grêmio enfrenta ainda outros problemaspara o jogo de domingo, com o Flamengo, pelasegunda fase, devido às contusões de jogadoresno meio de campo, onde só Valdo confirmouque voltará ao time titular.

Não bastassem os vários problemas medi-cos, a equipe enfrenta desmobilização e falta deempenho dos jogadores nas últimas partidas daprimeira fase do campeonato brasileiro, um dosmotivos que levaram as derrotas sucessivas, aúltima das quais contra o América. Por isso,ontem, o técnico Espinosa reuniu os jogadores

durante 40 minutos no vestiário, pedindo maiormotivação.

No meio de campo, Osvaldo e Luís Carlos—este em melhores condições—são as maioresdúvidas e Espinosa disse ontem que só os doistreinos coletivos que fará nos próximos dias éque definirão a equipe. Mas o grande problemado time é a defesa em má fase técnica, principal-mente do lado direito, onde o lateral Raul e ocentral Baidek têm sido responsáveis diretospela maioria dos gols que o time tem sofrido. Aestréia de um ex-juvenil, Adriano, um doseternos reservas do time, é outro ponto quepoderá ser explorado pelo Flamengo, domingo,no Maracanã.

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Afastado do time, Renê está em dúvida se fica ou não no bancoArquivo

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Luisinho é o único que não vai participar do coletivo de hoje

TRIATHLONm

JORNAL DO BRASIL

20/12/8Ó

LARGADA: PRAIA DE MANGUINHOSCHEGADA: ARMAÇÃO DE BÚZIOS

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Suborno — Depois do sumiço de Cz$300 mil dos cofres do Flamengo, quantiaque os dirigentes garantem ter sido usadapara aumentar os prêmios das equipesque jogavam contra seus principais con-correntes ao título de Campeão Estadual,outro caso de suborno estoura, desta vezna Bahia. O gerente administrativo doFluminense de Feira de Santana, ElóiFontoura, confirmou a tentativa de su-borno, por parte do Central de Caruaru,na véspera da partida entre as duasequipes, no último domingo, pelo Tor-neio Paralelo. Fontoura revelou que ozagueiro Joselito recebeu um cheque deCzJ 20 mil do presidente do Central,Patrício Santos, e imediatamente còrriu-nicou o fato à direção do Fluminense. Ocheque foi devolvido no mesmo dia, napresença de dois radialistas, e o presidên-te do Central disse que o cheque era umprêmio aos jogadores do Fluminense,pelo empate com o Americano, adversa-rio direto do time pernambucano noGrupo F da Copa Brasil.

Explicação oficial — A má fasedo artilheiro Serginho, do Santos, noCampeonato Nacional já tem uma expli-cação oficial. Serginho está sofrendo no-vãmente de hemorróidas e já se preparapara uma segunda cirurgia, para ver seconsegue se livrar definitivamente de umproblema que o acompanha há algunsanos. Mas a torcida santista não temmotivos para ficar preocupada com aausência de Serginho. A direção do clubede Vila Belmiro explica que já está pre-parando um novo ídolo: o centroavanteDino, que aparece no time como umnovo e promissor artilheiro. A comissãotécnica do Santos está convicta de quecom Dino o time vai reencontrar o cami-nho dos gols que necessitará para umaboa campanha no Nacional.

Falta de ar — Este foi o argumentousado pelo meio-campo do Sergipe, Car-los Alberto, para usar o remédio"Afrim", que contém a substância oxime-tazolina, considerada como doping pelaCBF, antes do jogo contra o Joinville."Sinto muita falta de ar quando mudo declima, por isso uso esse remédio", disseCarlos Alberto, que também estava sobos efeitos do "Afrim"

quando jogoucontra o Atlético Paranaense e contra oSão Paulo. Os médicos do Sergipe, Gival-do Barros e Leite Cabral, disseram queseguiram todas as orientações da CBF,notificando à entidade que Carlos Alber-to tinha sido medicado com o remédio.Para eles houve muito alarde em relaçãoao assunto.

Itália —A Seleção Italiana de futeboljoga hoje uma partida amistosa contra aSeleção da Grécia, com a finalidade deexperimentar a nova formação da equipedirigida por Azeglio Vicini, substituto deEnzo Bearzot, com vistas ao Campeona-to Europeu de Seleções. Vicini modificoupraticamente toda a formação da SeleçãoItaliana, incorporando três novos jogado-res: o goleiro Walter Zenga, da Interna-zionale de Milão; o ponta direita RobertoDonadoni, do Milan; e o meio-campoDario Bonetti, também do Milan. Dosveteranos, Vicini manteve apenas trêsnomes: Altobelli, Bagni e Bergomi. AItália integra, juntamente com a Suíça,Portugal e Malta, o Grupo 2 da etapa declassificação do Campeonato Europeu deSeleções e fará seu primeiro jogo contra aSuíça, em 15 de novembro.

Libertadores (I) — a primeirapartida entre River Plate e América deCali (Colômbia) será em Cáli, no próxi-mo dia 22, segundo ficou determinadoem sorteio realizado ontem na sede daConfederação Sul-Aericana de Futebol,em Lima. O sorteio foi a maneira encon-trada pelo presidente da Confederação,Nicolas Loez, para contornar o problemasurgido com a decisão dos dois clubes dejogar a primeira partida na qualidade devisitantes. O segundo jogo será no está-dio do River Plate, em Buenos Aires, nodia 29. O sorteio foi realizado na presen-ça dos presidentes do River Plate, HugoSantilli, e do América de Cáü, Juan JoséBellini.

Libertadores (II) — o jogo durodos zagueiros do América de Cali é o quemais temem os jogadores do River Plate,que disputa com o time colobiano o títuloda Taça Libertadores da América desteano. Segundo o atacante uruguaio Anto-nio Alzamendi, um dos artilheiros doRiver na Libertadores, "o América temzagueiros que jogam muito duro, por issoeu preferia que essa final fosse contra oOlímpia do Paraguai". Mesmo assim,diante da perspectiva de um jogo difícilem função do vigor da zaga do América,os jogadores do River acreditam que oresultado das duas partidas da final lhesserá favorável. O atacante Norberto "Be-to" Alonso, ídolo da torcida do RiverPlate, por exemplo, diz que

"de formaalguma o time deixará escapar esta opor-tunidade de chegar ao título sulamerica-no". Alonso, que já ganhou vários títulosnacionais e foi campeão do mundo em1978, garante:

"Nada nos tirará estecampeonato".

Libertadores (III) —o atacanteargentino Ricardo Gareca, um dos arti-lheiros do América de Cáli nesta TaçaLibertadores e autor do gol único comque seu time derrotou o Olímpia doParaguai, no último domingo, classifican-do-se para disputar as finais com o RiverPlate, assegura que sua equipe está pas-sando por uma fase excelente e que temtudo para ganhar o título. Gareca, quejogava no River Plate antes de se transfe-rir para a equipe colombiana, lamenta terque enfrentar seus ex-companheiros, masacrescenta: "Assim como eles queremganhar a Copa, eu também quero". OAmérica de Cáli chegou à final da TaçaLibertadores da América depois de supe-rar o Bolívar boliviano e o Olímpia,' doParaguai, enquanto o River Plate, em suacampanha, enfrentou e ganhou do cam-peão da Libertadores de 1985, o Argenti-no Juniors, e do Barcelona, do Equador.

wm2í a domingono 1"? Caderno

O Botafogo passou. 0 Vasco depende do "doping •>*)

À torcida do Botafogo ficouassustada, até os 22 minutos dosegundo tempo, mas seu timeestá classificado. O Vasco tam-bém cumpriu o que tinha defazer em campo: derrotou comtranqüilidade o Piauí por 2 a 0.Agora, só mesmo uma hipóteseconsiderada remota, pelo pró-prio presidente do SuperiorTribunal de Justiça Desportivapode tirar a vaga do Vasco na

próxima etapa. Seria no casode aquele órgão de justiça jul-gar procedente a pretensão doJoinville, de ganhar os pontosde seu jogo contra o Sergipe,

3ue tinha um jogador acusado

e doping. Mas a prevalecer aopinião do presidente doSTJD, o Rio continuará comseus seis clubes na segunda eta-pa do Brasileiro, que começano próximo domingo.

Foto de Almir Veiga

Em São Januário, no gol deGersinho, o fim da agonia

Quando a bola chutada com precisãopor Gersinho tocou na rede do Piauí,produziu-se o grande alívio. Às 22h35minexatamente, chegava ao fim o mais longosofrimento da torcida do Vasco nos últi-mos anos. Fernando já tinha marcado umgol, com apenas 15 minutos de jogo, masa ameaça de eliminação do CampeonatoBrasileiro — uma das maiores humilha-ções em toda a história do Vasco —permanecia. O de Gersinho, aos 8 minu-tos do segundo tempo, significava o fimdefinitivo de uma quase agonia.

E foi entre tensos e agoniados que obanco e a torcida do Vaso acompanha-ram um dos mais sofridos jogos. Ao ladodo campo, o técnico Joel Santana trans-mitia seguidas ordens, que o nervosismodos jogadores, apesar da vantagem de 1 a0, não permitia que fossem assimiladas.Depois dos 15 minutos, o Piauí começoua incomodar, e os torcedores vascaínos ase inquietarem. Os últimos 15 minutos dosegundo tempo foram mais dramáticos doque muitas decisões de campeonato deque o Vaso participou.

Depois do gol de Gersinho, o Vascoenfim se tranqüilizou e o Piauí se entre-gou. Joel Santana pôde então pouparMauricinho.

A renda somou Cz$ 191 mil 825, com6 mil 248 pagantes. O juiz foi BráulioZanotto. Times: Vasco — Acácio, PauloRoberto, Juninho, Fernando e Pedrinho;Mazinho, Gersinho e Geovani; Maurici-nho (Santos), Romário e Zé Sérgio. Piauí— Batista, Marco, Sansão, Ivo e Rai-mundo; Chicão, Tareca e Aníbal; Catita(Gil Mineiro), Sabará (Zé Vítor) e Vítor.

A campanhaNáutico 1x0 Vasco

Vasco Oxl BahiaVasco Oxl Guarani

Santos OxO VascoVasco OxO Cruzeiro

Rio Branco 1x0 VascoTuna Luso 0x3 VascoAtlético (GO) O x O Vasco

Vasco 6 x 0Operário(MT)Vasco 2x0 Piauí

Joinville luta pela vagaO médico Pedro Paulo Caramez, pre-

sidente da Comissão Antidoping da CBF,segue hoje para Florianópolis para reali-zar a contraprova do exame que acusouuso de substâncias proibidas pelo jogadorCarlos Alberto, do Sergipe, na partidacom o Joinville (1 a 1). O material estásob a guarda da Universidade Federal deSanta Catarina.

O primeiro exame acusou a presençade oxmetazolinia na urina do jogador,substância usada em descongestionantesnasais e incluída no rol das consideradasdoping. O caso deve ir a julgamento,amanhã, no Superior Tribunal de JustiçaDesportiva.

O Joinville está pleiteando o pontoperdido no empate, com base no Regula-mento do Campeonato Brasileiro (artigo50, parágrafo 4). E encontra apoio noadvogado Valed Perri. Segundo ele, a

portaria 531 do Ministério da Educaçãoreforça a tese da transferência do ponto.

O presidente do STJD, Carlos Henri-que Saraiva, acha, no entanto, que podeprevalecer o Código Brasileiro Discipli-nar de Futebol, que prevê, nos casos dedoping, a punição ao atleta e a perda dospontos, mas não a transferência para aoutra equipe. Há ainda um outro pontoque pode prejudicar a reivindicação doJoinville: o artigo 50 do Regulamento daCBF, nos parágrafos 1 e 2, preconiza osigilo absoluto nos casos de doping.

Central é campeãoApesar de os dirigentes do Central

concordarem em decidir a classificaçãonuma partida em São Januário, o Ameri-cano não aceitou e preferiu o sorteio.Perdeu, e está de fora das finais doCampeonato Nacional. O Central é ocampeão do Grupo F do torneio paralelo.

Foto de Ari Gomes

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À bola cabeceada, por Fernando encobre o gol&iro e ozagueiro. É o primeiro gol de um jogo sofrido

Mesmo falhando, Botafogoconsegue a classificação

Num jogo dramático, em que suadefesa mostrou seguidas falhas, o Botafo-go venceu o Santa Cruz por 2 a 0,garantindo a classificação para a segundaetapa do Campeonato Nacional. Os doisgols foram marcados no segundo tempo,o primeiro por Silvinho, aos 22 minutos,e o segundo pelo zagueiro Jorge, contra,aos 35 minutos.

No primeiro tempo o time do Botafo-go mostrou-se visivelmente nervoso, er-rando muitos passes, enquanto o SantaCruz apresentava um futebol consciente,jogando pelas pontas e explorando oponta-direita Marlon, que aproveitavamuito bem as subidas do lateral botafo-guense Wagner. Como o meio-campo daequipe de Zagalo não dava a devidacobertura aos avanços do lateral, o com-bate a Marlon era dado por Oswaldo, oque abria sempre uma brecha na zaga dotime carioca, onde Josimar e Marinhotambém não estiveram bem.

No segundo tempo, o Botafogo co-meçou mais animado, com mais espíritode equipe, embora ainda apresentando osmesmos erros de cobertura cometidos naprimeira etapa, fato agravado pela máatuação do goleiro Luís Carlos, falhandomuito nas bolas altas e demonstrandogrande insegurança. Só aos 11 minutos éque o técnico Zagalo resolveu substituirRoberto Carlos, que vinha atuando de

forma apagada, colocando Silvinho emseu lugar. E foi Silvinho, com um gol decabeça aos 22 minutos, que abriu o cami-nho para a classificação do time. Wagnerfoi expulso aos 35 minutos e o juizDulcídio Vanderlei Boschila deixou demarcar um pênalti em Silvinho aos 44minutos.

O Botafogo ganhou jogando comLuís Carlos, Josimar, Marinho, Oswaldoe Wagner; Lulinha, Arturzinho e Berg;Maurício, Roberto Carlos (Silvinho) eTeófilo (Mário). O Santa Cruz jogou comBirigui, Orlando, Jorge, Zé do Carmo eLotti; Zé Alberto (Jacozinho), Rommel eNeto; Marlon (Boca), Ivan e Paiva.

A campanhaComercial lxl BotafogoBotafogo 2x1 FortalezaBotafogo O x O NacionalVitória OxO BotafogoBotafogo 2x1 AlecrimCSA lxl BotafogoPalmeiras 2x0 BotafogoPortuguesa 2x1 Bota-fogoBotafogo 2x4 Atlético(MG)Botafogo 2x0 Santa Cruz

HSikwA 'lfH ISiJP1 TÊUM* tH HMttSKStwsPw"«9 ¦PtS h I3r ^mt ¦ 2íí ífll! ia»HÉ«aaalSiir^B

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T11..T_.n .. «¦¦¦¦ WÊkWÊÊkWÊÊKÊS, «tf». é" JKhb*. «ufa.Silvinho explodiu de alegria em seu gol e foi comemorar quase dentro do fosso, com a torcida

Campeonato BrasileiroOntem

Orupo AOperário-MS 2 z 1 Sobradinho

Grupo CVasco 2x0 Piauí

Orupo DBotafogo 2x0 Santa Cruz

Comercial 2x1 Nacional

AmistosoI. de Limeira O x 3 Flamengo

AmanhaOrupo C

Piauí x Tuna LusoOrupo D

Alecrim x Comercial

ClassificaçãoGrupo A

PO E1 —São Paulo 17 10 3

- 2 —Internacional 14 10 4—Sport 13 10 3

—Fluminense 12 10 4Bangu 12 10 4—Ceará 10 10 4—Sobradinho 10 2

—Operário (MS) 10 1—Sampaio Corrêa 10 4Remo 10 6

11 —Coritiba 10 3Classificados: São Paulo, Internacional, Sport,Bangu e Ceará.

GP OC21 713119

118

1093

133

5-676

10101413

7e

Fluminense,

1010

V66544433321

E21343243211

D OP QC2 15 7

18 1116 612 5

Orupo BPO J

1— Flamengo 14 102— Ponte Preta 13 10

Coríntians 13 104— Atlético-PR 125— Grêmio 116— América 10 10

Goiás 10 108— Joinville 9 109— Sergipe 8 10

10— Botafogo-PB 5 911— Paissandu 3 9

Classificados: Flamengo, Ponte Preta, Coríntians, Atlético-PR,Grêmio, América e Goiás (repescagem). O Joinville depende dojulgamento do caso de doping em seu jogo com o Sergipe paraconquistar a vaga também na repescagem.

3223434567

15 1110 11

914 17

161616

Grupo CPG GP GC

— Bahia 17 10 19 4— Gurani 16 10 19 5

3— Santos 14 10 16 6RioBranco 14 10 10 5

— Cruzeiro 11 10 12 6— Atlétlco(GO) 10 10 8— Vasco 10 11 4— Náutico 10 13— TunaLuso 19Piauí 3 9 1 1 7 5 24Operário-MT 3 10 1 1 8 4 24

Classificados: Bahia, Guarani, Santos, Rio Branco, Cruzeiro,Atlético-GO o Vasco (repescagem, ainda dependendo do julga-mento do doping envolvendo o Sergipe).

Grupo DPG V D OP OC

— Atlético-MG 17 10 7 O 18 6—Portuguesa 12 10 4 2 12 12—Vitória 11 10 2 1 12 10—Palmeiras 10 10 4 4 19 10Nacional 10 10 3 3 10 9CSA 10 10 3 3 8 7Botafogo 10 10 3 3

8 —Comercial 9 3 3Santa Cruz 9 10 3 4

10 —Fortaleza 7 10 2 511 —Alecrim 4 12 6

Classificados: Atlético-MG, Portuguesa, Vitória. Palmei--ras. Nacional, CSA e Botafogo (repescagem).

11 1111

11 141915

Os novosGrupo J

1° do B — Flamengo2o do C — Guarani3o do D—4o do A — Fluminense5o do B — Grêmio6o do C — Atlético-GOIo do F — Central2o da repescagem

gruposGrupo I

Io do A — São Paulo2o do B — Ponte Preta3o do C — Santos4odo D—5o do A — Bangu6o do B — AméricaIo do E — TrezeIo da repescagem

Grupo KIo do C — Bahia2o do D — Portuguesa3o do A — Sport4o do B — Atlético-PR5o do C — Cruzeiro6o do D—Io do G — Inter de Li-meira3o da repescagem

Grupo LIo do D — Atlético-MG2o do A — Interna-cional3o do B — Coríntians4o do C — Rio Branco5o do D—6o do A — CearáIo do H — Criciúma4o da repescagem

¦*¦ Os clubes de cada grupo jogam entre si, em turno e retumo. Classificam-se paraa terceira fase os dois mais bem colocados em cada grupo.* Os seis primeiros colocados de cada grupo, num total de 24 clubes, formarão aprimeira divisão de 1987.

CND se divide mas decide:Nacional só com 20 em 88

São Paulo — O Campeonato Nacional teráapenas 20 clubes, a partir de 1988, de acordocom decisão tomada ontem pelo plenário doConselho Nacional de Desportos, reunido noHotel Transamérica. Foi uma resolução queapanhou os conselheiros divididos: três delesvotaram por 20 clubes na primeira divisão e trêspor apenas 16, mas a primeira opção acabouprevalecendo pelo voto de minerva do presiden-te do CND, Manuel Tubino.

Foi uma das "impotantes decisões" tomadaspelo órgão máximo do esporte no país, com baseem estudos apresentados pelo Conselho Regio-nal de Desportos de São Paulo e amplamentediscutidos durante dois dias. Outra resolução foia volta do voto qualitativo nos conselhos arbi-trais das federações, com cada clube tendo seuvoto valorizado de acordo com sua classificaçãono campeonato regional. No caso de São Paulo,por exemplo, a Internacional de Limeira, atualcampeã, terá um voto de peso 20, enquanto oPalmeiras, vice-campeão, terá voto com peso19, e assim por diante.

Os campeonatos estaduais também foram

atingidos por deliberações no CND, de formaque até 1989 cada um tenha um máximo de 16clubes concorrentes. Em São Paulo, que contacom 20 clubes, ano que vem cairão para asegunda divisão e subirão dois, totalizando 18.Em 1989 acontecerá o mesmo, chegando-se,assim, aos 16 participantes pretendidos. Um dosassuntos mais polêmicos e, por isso mesmo, dediscussão mais exaustiva, foi o campeonatopaulista da terceira divisão, em que estão inseri-tos nada menos do que 80 clubes, a maioria sematender aos requisitos mínimos exigidos pela lei,mas favorecidos por interesses políticos.do presi-dente e do vice-presidente da FPF, José MariaMarin e Nabi Abi Chedid, candidatos respecti-vãmente ao Senado e à Assembléia Legislativa.Os debates sobre o tema se prolongaram até anoite e, de acordo com o presidente do Conse-lho Regional Paulista, Jaime Franco, a decisãodeveria recair em uma de duas opções: transfor-mar o campeonato num torneio amistoso ou darprazo à FPF para reduzi-lo às dimensões aceita-veis pela legislação esportiva, ou seja, com apresença de apenas 20 participantes.

Flu barra Renê enquanto Bangue América só pensam no domingo

Desde que assumiu a direção técnica doFluminense, Antônio Lopes teve ontem seuprimeiro problema no clube. Ao ser barrado dotime titular no treino tático da parte da manhã,Renê exigiu explicações e anunciou que nãoficaria no banco. A tarde, mais calmo, Renêdisse que ainda pensará mais um pouco.

Quando se pensava que Leomir ou Albertofosse barrado para a volta de Delei, Lopessurpreendeu ao tirar Renê do time, tanto notreino tático da manhã quanto no coletivo datarde, nas Laranjeiras. Não houve agitação masfoi o assunto dominante do dia do Fluminense.Primeiro pela surpresa, depois pela reação dojogador.

Renê chamou Lopes para conversar e afir-mou que não concordaria em ficar de fora, porentender que vinha jogando bem e que cumpriacom eficiência as determinações táticas. Lopes,por sua vez, declarou que era um problema deRenê e que estava fazendo o que julgava melhorpara o Fluminense.

À tarde, as coisas ficaram bem mais amenasnas Laranjeiras. Lopes anunciou que Renê tematé possibilidades de entrar como titular, domin-go, no jogo com o Atlético-GO, em Goiânia. Eque ele ainda não sabe como estará Delei até

sexta-feira, quando definirá a equipe para aestréia na segunda fase.

A novidade domingo, além da provávelvolta de Delei, será a estréia do lateral-direitoGalvão.

América e BanguSerginho exultou ao tomar conhecimento

dos adversários do América no Grupo I. Paraele, o time "tem tudo para obter nova classifica-ção com folga". Mas, de um modo geral, todosdefiniram o grupo como equilibrado e a únicavantagem apontada pelo técnico Pinheiro foi terque enfrentar logo o Bangu, domingo, que é umadversário que tradicionalmente dá sorte nosjogos com o América.

Depois de fazer uma análise do novo grupodo Bangu (I) na segunda fase do CampeonatoBrasileiro, o técnico Paulo César Carpegianiconcluiu que as chances de seguir na copipetiçãosão amplas e irrestritas:

— Acabou o medo de uma não classifica-ção. Humanos como são, os jogadores sentemesta responsabilidade e acabam jogando menosdo que sabem. A tendência é o time todo subirde produção agora.

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JORNAL DO BRASIL

Cidade Hoje vai faltarluz na Barra da Tijuca,

Grajaú, Penha,Santa Cruz e Anchieta. L ""¦* fl

Circulação restrita ao Grande Rio Rio de Janeiro — Quarta-feira, 8 de outubro de 1986 NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

Wagner engana clínica para ver PriscilaStâ Assustado com as astucias

do rapaz, o advogado JairLeite Pereira teme uma loucura

Foto de Ari Gomes

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A tarde de anteontem, se-gunda-feira, por volta das15h, um moço de 30 anos,porte atlético, apresentou-

se na Clínica Serena (especializada emtratamento psiquiátrico), à Rua JúlioOtoni, 571, em Santa Teresa, dizendo-sedoente, à procura de um lugar parainternar-se. Chamava-se professor Rkar-do, conforme informou à portaria.

jg Depois de ouvir as explicações sobrepreços e tipos de tratamento, quis conhe-cer as instalações da clínica e, ao passar

; por um grupo de internos, num corredor,<o professor Ricardo descobriu a ex-

t5*í*"Í* namorada, que procurava há cerca de um';;£>>mês, Priscila Sobral Pinto, que já afir-'**:#'¥"mou, em entrevista coletiva, não goatar,. < mais dele. Identificado então como Wag-

nér Fiúza de Lima Carrilho, o professor3 > -' Ricardo foi posto para fora da Serena e

agora deverá responder a um processo-5 . por falsa identidade, um dos dois que

W-Kw** arranjou contra si em menos de 12 horas.O segundo processo contra Wagner

Carrilho julgará o ato que ele praticoucontra a mãe de Priscilla, Naide SobralPinto, ao invadir seu apartamento, naRua São Salvador, pouco antes das 23hda mesma segunda-feira, e ameaçá-la,convencido de que a ex-namorada não oquer mais por influência dela.

Pelo primeiro ato, Wagner poderáser condenado a um ano de prisão; e,pelo segundo, a mais três, fora a pena detrês a 15 anos a que ficará sujeito se virarcontra ele uma sindicância na qual aConsultoria de Direitos Humanos da Pro-curadoria da Justiça apura seu envolvi-mento com tráfigo de drogas.

O próximo passo desse rapaz po-dera ser um ato de loucura — diz oadvogado da família de Priscilla, JairLeite Pereira. — Estou com medo. Porisso pedi à polícia para localizá-lo, já queele desapareceu na noite de segunda paraterça-feira (ontem), quando prestava in-formações à 9*. DP aobre a invasãopraticada no apartamento de D Naide.

O caso de amor entre Wagner ePriscila começou em fevereiro deste anoe veio a público em 5 de setembro último,quando ele, professor de educação físicana rede pública, tentou tirá-la da ClinicaBotafogo através de um babeas corpusque ainda tramita na 37a Vara Criminaldo Rio. Priscila, 19, matriculada no 2oGrau do Curso Pinheiro Guimarães, esta-va internada uesde o dia 30 de julho,pelos pais, D. Naide e Aires Tupy Pinto,que não queriam o namoro.

Esse moço não ama minha filha— dizia D. Naide ontem, na 9a DP, ondefoi apanhar uma cópia do registro deocorrência da invasão de seu apartamen-to. — Priscila viveu 19 anos comigo enunca teve nada. Em sete meses deconvivência com Wagner viciou-se emdrogas, contraiu doenças, debilitou-se

muito. Ficou podre. Quem ama umapessoa não provoca essas coisas.

Depois que o caso ganhou notorieda-de, Priscila deixou a Clínica Botafogo e,por recomendação de seu médico, ÁlvaroLito de Figueiredo, acabou internada naClínica Serena, onde entrou no dia 15 desetembro. Na Clínica Botafogo, segundoo advogado Jair Leite Pereira, o trata-mento incluía o uso de remédios. NaClínica Serena ela está sendo submetida atratamento psicológico, sem aplicação deremédios. Na segunda-feira, entretanto,depois que o professor Ricardo tentouabraçá-la, ela entrou em crise depressivae voltou a receber medicação.

A entrada de Wagner Carrilho naClínica Serena ocorreu entre 15h e 16h deanteontem, depois de uma sondagem dolocal, feita de manhã, por ele próprio,junto com um amigo. Alguns dias antes,Wagner já havia telefonado para o local,identificando-se como Antônio Carlos.E, há 20 dias atrás, havia estado naClinica Botafogo, sempre procurandopor Priscila. D. Naide está intrigada coma facilidade de Wagner para descobrir suafilha e acha que há alguém atravessandoinformações. "Não é possível", diz ela."Para onde ela vai, ele sabe."

Na Clínica, o "professor Ricardo"não ficou por mais de meia hora.Cumprido o pretexto de ouvir informa-ções que não lhe interessavam, ele passouà segunda parte de seu plano: percorreras instalações da casa para descobrir a ex-namorada. E acabou por conseguir, iden-tificando-a em meio a um grupo de terá-pia do qual se aproximou pedindo licençapara matar a sede num bebedouro situa-do a poucos metros de onde estava Prisci-Ia. Quando a viu, transformou-se emWagner e correu para abraçá-la. Mas elaesquivou-se, conforme contam sua mãe eseu advogado. Wagner então foi postopara Jora da clínica.

À noite, depois de vários telefone-mas para D. Naíúe, resolveu procurá-la,invadindo seu apartamento entre22h30min e 23h. "Eu estava no quarto,ao telefone, quando ele tocou a campai-nha e invadiu minha sala, empurrando aporta aberta pela empregada. Fiquei commedo. Ele fez várias ameaças. Ligueipara meu advogado e contei o que estavaocorrendo", diz D. Naide, cujo maridoestá viajando a trabalho.

O advogado Jair Leite Pereira acio-nou então a polícia e, antes de meia-

.noite, uma patrulhinha da PM chegou aolocal, levando todo mundo para a 9a DP,inclusive a empregada, Maria da GlóriaVidal Martins. O registro da invasão dedomicílio foi feito e, esta semana, odelegado Antônio Agra Lopes poderáabrir inquérito para apurar os fatos.

Wagner não esperou o registro ficarpronto. Pouco antes da uma hora damadrugada de ontem, evadiu-se da 9°

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\ ^__K 1Paz é uma palavra

inexistente na vida dePriscila, desde que

Wagner decidiu insistirpor um romance que ela

não quer, e a famíliaabomina

Até a Clínica Serena,onde a moça está em repouso,entrou na históriada perseguição de Wagner

DP, de onde saiu dizendo que ia beberágua. Ontem mesmo, Jair Leite Pereirasolicitou à polícia que o localize, porqueele tem que prestar esclarecimentos sobrea invasão de domicílio. E se a invasãorender um inquérito, ele terá que serqualificado — prestar depoimento, fican-do passível de prisão preventiva. Aindaontem, Wagner não apareceu em casa,um apartamento no Recreio dos Bandei-rantes, onde mora com a mãe. Pelamanhã, esteve no escritório de seu advo-gado, Roberto Rômulo, a quem contouque entrou no apartamento de D. Naidecom autorização dela, depois de um con-vite para conversar. Sobre a entrada naClínica Serena, revelou pouca coisa, in-formando que a ex-namorada queria vê-Io. Por isso, foi até lá.

À tarde, Roberto Rômulo telefonoupara Jair Leite Pereira para conhecer ooutro lado da história. "Acho que oRômulo não levou em conta o que oWagner lhe contou", disse o advogado de

Priscila. "Por isso, telefonou para nós".Jair Leite Pereira teme que Wagner co-meta "uma ato de loucura daqui para afrente".

— Ele poderá matar D. Naide, ad-vertiu. E D. Naide também teme isso.Hoje (ontem), a Priscila me disse queestá com o mesmo medo — contou ela.— A Priscila acha que serã perseguidapelo Wagner até o fim da vida. Ainda nãosabemos como nos livrar desse homem.

Na Justiça, o caso de amor entrePriscila e Wagner resume-se, por enquan-to, no habeas corpus impetrado em 4 desetembro na 37a Vara Criminal paralivrar a moça de cárcere privado. Mas umdia antes ela havia recebido alta da Clíni-ca Botafogo. O juiz Sérgio Verani, titularda 37a Vara Criminal, quer agora oparecer de uma junta de médicos, quedeverá dizer se Priscila precisa ou não deinternamento para se curar dos malesque, segundo D. Naide, a filha adquiriudepois que conheceu Wagner.

¦'!'*.-

Pais acusam babáque dava remédiopara bebê dormirMenino de menos dedois anos tornou-sedependentedo xarope para acalmar

Por "ofensa à integridade corporal esaúde de um menor impúbere, através deaplicação de remédio, sem prescriçãomédica", Tereza Cristina Leitão Reis, 18,é objeto de investigação policial, confor-me registro na 15a Delegacia Policial, epoderá vir a responder a inquérito e serprocessada.

Empregada como babá na residênciado casal Nade Gibran e Mariza GibranBezerra, em São Conrado, para cuidar doseu filho menor, Marcos Frederico, deapenas um a ano e sete meses, ela, poriniciativa própria e às escondidas dos paisda criança, obrigava-a a ingerir o remédioMuricalm, um antialérgico que só podeser vendido sob prescrição médica.

O comportamento da babá, que tra-balhava na casa há quatro meses, foidescoberto por dona Mariza. Contratadaatravés de anúncio, Tereza Cristina deucomo referenda uma ex-patroa paraquem trabalhara durante cerca de doisanos, que a recomendou como excelente.Após a descoberta, dona Mariza voltou a

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cia foi "mais um grito de alerta a todos ospais e para impedir que Tereza CristinaLeitão Reis volte a ter o mesmo procedi-mento num possível futuro emprego".

Antes uma criança ativa, de bomapetite e alegre, Marcos Frederico, háuns dois meses, mudou de comportamen-to. Dormia muito e perdeu a fome,dando a impressão de uma criança triste.Nos fins de semana, quando a babáTereza Cristina não trabalhava, a criançase mostrava irritada e até agressiva. Deinício, o casal Nade Gibran e MarizaGibran Bezerra chegou a pensar que omenino sentisse "saudade da babá", aquem, imaginavam, o menino teria seafeiçoado, pois ficava calminho quandoela chegava.

Mas as olheiras do menino e seuemagrecimento, por não querer se ali-mentar normalmente, preocupou os pais,que o levaram ao pediatra. O médico, aoexaminar Marquinhos, perguntou se seuspais não estavam dando algum remédioque ele não prescrevera. Ante a respostanegativa, recomendou que eles passas-sem a observar se alguém da casa nãodava remédio ao menino.

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fazer contado com a ex-patroa da babá.Foi então que esta veio a ligar a

mudança de comportamento do seu filho,que também ficara dependente do reme-dio, com a atuação da ex-empregada, daqual ela jamais desconfiara. Dona Mari-za, por motivos óbvios, não revelou onome da outra senhora. Ela e o maridodisseram que o registro do tato na delega-

Dona Mariza fez indagações aos em-pregados da sua confiança e aos outrosfilhos do casal. Através de uma filha,soube que a babá havia dado um remédioao irmáozinho, que ela imaginou fosseum fortificante. A babá estava de folgano fim de semana.

Quando retornou, na segunda-feira,dona Mariza resolveu investigá-la. Des-viou a atenção da empregada e revistouos seus pertences. Foi quando encontrouo vidro de remédio Muricalm. Conversoucom o marido e comunicaram o fato na15a Delegacia Policial. Foi para a residên-cia do casal o inspetor Leônidas. TerezaCristina, interrogada, acabou por confes-

sar que dava o remédio ao menino "paramantê-lo calminho".

Estava claro que Marquinhos se tor-nara dependente do remédio. Era poressa razão que nem a mãe da criança nemas outras duas babás da casa conseguiamfazê-lo dormir. Dona Mariza ligou entãopara a ex-patroa de Tereza Cristina,comunicando-a da descoberta.

Ao tomar conhecimento do fato, aex-patroa de Tereza Cristina, de nomeFátima, despertou para o que ocorreratambém com o seu filho, que, durantemuito tempo, estivera aos cuidados dababá. O filho dela apresentara tambémos sintomas depressivos e reações deMarcos Frederico.

O inspetor Leônidas, da 15a DP,apreendeu o frasco com o medicamento,que foi mandado ao Instituto CarlosEboli para análise. Há a possibilidade dea babá ter misturado qualquer outra coisano medicamento. Tereza Cristina, segun-do dona Mariza, ainda teve a coragemde, no dia seguinte ao do registro do fatona delegacia, ligar para a sua casa e,desaforadamente, dizer que "ela estavafazendo tempestade num copo d'água" eque "estava tomando uma atitude drama-tica por nada".

O advogado do casal Gibran, ErickMattos Otolograna, está acompanhandoo desenvolvimento da investigação poli-ciai.

Muricalm é muito receitado¦ Muricalm é um sedativo e tranqüilizante com propriedades antialérgicase antitussígenas para o tratamento sintomático de todos os tipos de estadode exdtação em crianças. Também é muito receitado pelos pediatras

| quando a criança fica muito agitada ao contrair uma doença infecciosa,quando está com tosse, febre, conjuntivite alérgica, coceira, insônia no pré

! ou pós-operatório e para evitar a apreensão antes de exames médicos.O médico José Henrique Vilela Marques, do Hospital Fernandes

| Figueira, explicou que o remédio, quando é ministrado sem receita e emI grandes doses, pode virar um hábito para a criança e causar dependência.i Além disso, segundo ele, o remédio pode aumentar o efeito de outros\ sedativos, caso a criança já esteja tomando outro medicamento, deixando-i a excessivamente sonolenta, com a boca seca e tonturas.

O remédio Muricalm como xarope é composto de pimetixeno (uma; espécie de calmante): cada 5 miuiitros contêm 0,5 miligrama dessaI substânria. É vendido nas farmácias sem exigênda de receita médica e por' isso é usado por diversas mães desavisadas, mas põe em risco a saúde das

crianças, alertou o pediatra Faraj João Issa. Ele lembrou que "até umasimples aspirina ingerida em excesso e sem um parecer médico pode causarefeitos colaterais e dependênria".

A pediatra Ana Beatriz Rofre Paiva afirmou que é totalmentecontrária a se receitar calmantes, sedativos e tranqüilizantes para crianças.Segundo ela, "estamos abafando e escondendo as verdadeiras causas daagitação de uma criança e, na realidade, não as estamos resolvendo aoreceitar tais medicamentos. Uma criança superexcitada não deve tomarMuricalm e, sim, consultar um psicólogo ou um neurologista", afirmou.

Tanto o dr. Faraj Issa como o dr. José Henrique Vilela Marquesacreditam que existem outras formas de se acalmar uma criança comdoença infeedosa ou numa fase alérgica. Os bebês, até completarem umano, devem tomar banhos mornos antes de dormir e a criança em idadepré-escolar deve ter uma recreação mais agitada, correr, pular, para queesteja fatigada na hora de dormir, explicaram.

Já o pediatra Leopoldo Arraes diz que o remédio deve ser receitadopara uma criança só como última opção e obrigatoriamente sob indicaçãomédica. "No entanto, é sempre bom evitar que uma criança tome umxarope com ação sedativa. Acredito que um lar calmo e uma criança quetenha condições de extravasar toda a sua energia não terá muitanecessidade de um calmante", disse.

Todos os pediatras são unânimes em afirmar que o remédio não podeficar ao alcance das crianças e não deve ser ministrado em altas doses.

2 o Cidade o quarta-feira, 8/10/86 JORNAL DO BRASILFotos de Antônio Batalha

ApiciusCartas de Parvônia

Da artele enfíleirar..^.Outrora o futebol, Gaudência cara, foi onosso esporte popular. Mesmo chegou aconsolar Parvônia de ser governada porgenerais. (Transtorno grave que, por 20anos, nos amargou a alma). Agora não. Oatual esporte é mais singelo, imóvel quase,espiritual até. Consiste em fazer filas. Faz-seassim: imagina-se algo impossível <fe seobter; alguém declara, então: "Está ali". Eprecisa:

"Depois daquela esquina, atrás daporta, escondida dentro de um balcão".Começa, então, o povo a juntar-se. Mas emordem, amiga minha, que não somos dadosa tumultos. (Menos ainda agora, que já fazcalor). Formam-se as filas, pois. E é umaalegria imensa para os olhos ver assim opovo enfileirado atrás dos mais diversosideais.

t-Atttfü— Não sei quem foi o autor da bela idéia.jSfem quem descobriu que enfileirar-se satis-faz nossas almas. Terá sido, imagino, umpsicólogo acurado e sagaz. Há coisa de ummês, é verdade, tive intuição da coisa, ao vero sucesso estrondoso de uma mostra defotos. Não eram ruins as fotos. Também nãoeram nada demais. Mas a autora delas teve aarte de exibi-las de modo singular. Só deixa-va entrar na galeria umas dez pessoas decada vez. As que sobravam, então, faziamuma pequena fila. Os passantes não resis-tiam à curiosidade. A fila aumentava. Emhoras, contornava quarteirões. Foi um su-cesso tal que, hoje, todos lembram do even-to. (E esqueceram as fotos, o que não foiprejuízo grave.)

Digo que intuí este detalhe de nossaalma. Mas, do Planalto Central, de ondeimagina o país, o Governo fez mais. Fez

«_^M[L—^Z>°*com que começasse a faltar uma coisinhaaqui, outra ali, nos pontos mais diversos e,então, todo o país começou a parar emlongas filas, cheias de lazer e de esperanças.Trata-se, afirma o Clero, de fino exercícioespiritual.

Nossa amiga, a sempre diligente MmeP., já não consegue mais distribuir seusócios. Sai de casa bem cedo, sempre cheia deprojetos. Nunca chega, porém, onde estão.Que mil filas diversas, variadas, movidas(ou paradas) pelas mais nobres ou comezi-nhas ambições, a tentam a cada esquina. Háa fila da carne, do estragon, dos ovos, dagalinha, do Natal — que os mais previdentesjá começam a comprar seus presentes. (Tan-to é o ouro excedente nesta terra, incrédulaGaudência.) Há os que se enfurecem com asfilas. Os que se alegram — como o Senhorda província aqui, que vê em cada fila umatestado da falência do Supremo Senhor dasTerras de Parvônia. E há os que, como eu —filósofo que sou — contemplam, sorrindo, odesvario do povo. (Sem se esquecer, é claro,de mandar a empregada às compras. Que ojejum não me tenta). Adeus.

Foto de Fernanda Machado

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Barracas do Largo do Boiadeiro vendem mais carne para jora da favela que a morador

Ana Maria Lipke tomou posse e discursou sob aplausos no Hospital de Jacarepaguá

Cobrança deIPTU aindaé irregular *

A cobrança do IPTU desse ano, bemcomo a do ano passado, continua irregu-lar, porque o aumento não foi referenda-do pela Câmara Municipal. Ontem, maisuma vez, a mensagem do prefeito Satur-nino Braga que pede o referendo dosvereadores para o decreto do ex-prefeitoMarcelo Alencar, reajustando o IPTUem 233%, esteve na Ordem do Dia masnão foi votada por falta de quorum.

Vereadores da oposição e parte dabancada do PDT estão deixando o IPTUde lado e voltando sua atenção para oorçamento municipal de 1987. A grandemaioria está disposta a não aprovar oorçamento, porque há uma diferença dequase CzS 6 bilhões entre despesa ereceita. Para pagar suas contas, o munici-pio terá que se endividar ou aumentarimpostos, de acordo com a mensagem doExecutivo.

Reuniões nas bancadas do PMDB,PTB e PFL estão definindo atuações pararejeitar o orçamento. Pretendem fazerpassar no plenário da Câmara, um verda-deiro rolo compressor" — como definiuCarlos de Carvalho (PTB) — obrigando oprefeito a legislar, em 87, com o mesmoorçamento deste ano, apenas corrigido deacordo com a inflação. O líder do PDT,Roberto Ribeiro, já declarou que tam-bém não está disposto a passar um che-que em branco para a prefeitura, princi-palmente, porque o relacionamento entreo prefeito e sua bancada no Legislativovai de mal a pior.

Os vereadores não acreditam que,quando o orçamento estiver na Ordem doDia (depois de ter passado pela avaliaçãoda Comissão de Finanças e ter sido alvode discussões em plenário) faltará quo-rum para que seja feita a votação. Algunsvereadores pensaram em elaborar umsubstitutivo, mas o regulamento internoda Câmara não permite. Emendas sópodem ser aceitas se resultarem de açor-do entre as lideranças. Dia 30 de novem-bro termina o prazo para votação. Apartir daí, o orçamento é aprovado pordecurso de prazo. Se não houver nenhumatraso nos trâmites legais, a votação de-verá acontecer no dia 27 deste mês.

Médica eleita assume hospital ServidorEleita por unanimidade pelos ser-

vidores do estabelcimento, a cardiolo-gista Ana Maria Cantalice Lipke, se-cretária do Conselho Federal de Medi-cina, tomou posse na direção do Hos-pitál Geral de Jacarepaguá (antigoCardoso Fontes) em uma solenidadedescontraída e festiva, com aplausos eflores.

Estavam presentes representantesda presidência e da superintendênciado Inamps, Zeadir Francisco Coutinhoe Ana Tereza da Silva Pereira, o dire-

tor do Hospital da Lagoa, Luís CarlosFreire, o ex-presidente do sindicatodos médicos, Roberto Çhabo, e o ex-diretor do hospital, Nelson Moraes.

Ana Maria Lipke trabalha no Hos-pitai Geral de Jacarepaguá há 12 anose foi a fundadora da sua associação deservidores. Além de integrar o Conse-lho Regional de Medicina, foi eleitarecentemente secretária do conselhofederal. Integrou o comando da grevedos profissionais de saúde no ano pas-sado.

— Lutar pela defesa do bem públi-co, por uma assistência médica queutilize adequadamente os recursos reti-rados dos parcos salários dos trabalha-dores, dirigir esta unidade do Inampsprocurando seguir as diretrizes do go-verno aprovadas na 8o ConferênciaNacional de Saúde e com a efetivaparticipação dos funcionários e da po-pulação organizada, através de asso-ciações de moradores — foram aspromessas da nova diretora em seudiscurso de posse.

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ameaça greveem Niterói

Niterói — Oito mil funcionários domunicípio poderão entrar em greve sesuas reivindicações não forem atendidaspelo prefeito Waldenir Bragança. Elespedem aprovação da tabela de vencimen-tos para vigorar a partir de novembro,plano de classificação, piso de dois sala-rios mínimos, 13° salário e pagamento degratificação a todos que trabalhem emlocais insalubres.

Segunda-feira, mais de 200 servido-res saíram do trabalho mais cedo e forampara a porta da Prefeitura, no Centro,com faixas e cartazes. Exigiram a presen-ça do prefeito, mas não foram atendidos.O presidente da Associação dos fundo-nários de Niterói, Antônio Fares, disseontem que a classe está em assembléiapermanente e, caso não haja avanço nasnegociações, poderá haver greve.— Em abril do ano passado, quandoentramos em greve, tivemos que retornarao trabalho devido à morte de TancredoNeves. Desde então, estamos sendo em-bromados — afirmou Fares, que lideroua manifestação do alto de um caminhãocom modesto sistema de som.

Os funcionários municipais reclamamque em abril e novembro de 85 e emmarço de 86, o prefeito, o vice e vereado-res receberam aumento, enquanto elescontinuam ganhando a mesma coisa. Opresidente da associação acusou ainda oprefeito de manter na chefia do setor desegurança da Prefeitura um "oficial nazis-ta", como qualificou o capitão do Exerci-to reformado Leovegildo Sepúlveda, quesegundo ele tem feito "perseguição eameaças aos funcionários".

Empregadaslevam carne

As donas de casa descobriram umaeficiente arma para enfrentar a crise dealimentos: a empregada doméstica.Enquanto nos supermercados e açou-gues as pessoas enfrentam interminá-veis filas para comprar carne, ovos efrango, na favela da Rocinha, ondemoram muitas empregadas, encontra-se os mesmos produtos com certa faci-lidade, embora pagando ágio.

Lá, no Largo do Boiadeiro, desdecedo três bancas vendem carne bovinade primeira e segunda, outra oferececarne de porco e um aviário expõeovos e frangos. Para os moradores,pagar ágio é um desaforo, mas para aspatroas da Zona Sul nem sempre isso éproblema.

Sem filas

Embora pagando mais caro, asempregadas náo têm que enfrentargrandes filas, que certamente atrasa-riam o serviço. Uma das primeiras napequena fila do aviário Frangão daRocinha, Creuza, 27, diz que a patroa__"está doidinha atrás de ovos" e queesta semana já comprou também oitofrangos. Queria 10 dúzias de ovos, masa ordem era vender só duas para cadafreguês. Depois de uma conversinhacom o dono do aviário, Creuza acaboulevando cinco dúzias pelo preço tabela-do (CzS 7,70). E não cobra um centavoda patroa: "Levo a notinha."

— Minha patroa trabalha fora eeu fico de dona de casa, tomando asresponsabilidades — disse JacintaAbreu, 23, que trabalha na casa deuma pediatra, em Ipanema. EunicePina, 60, moradora da Rocinha, asse-gurava que os ovos eram vendidos aCzS 12 e até Cz$ 14: "Depois que elesviram a reportagem, resolveram cobrarmais barato."

Ronaldo Rezende, proprietário doFrangão da Rocinha, disse que as 2 mil400 dúzias de ovos pequenos acaba-riam no mesmo dia. Ele vendia aindagalinhas abatidas na hora, a CzS 14 oquilo, e limpas, por mais CzS S.

Numa das bancas de carne, pati-nho e contrafilé custavam CzS 65 e acostela, CzS 28. Segundo o vendedorNilo, a carne — 30 quilos — vinha deSão João de Meriti: "Antes a gentetrazia 20 quilos e ninguém comprava.Agora, vem gente de tudo que é lado."Nilo diz que compram ali, além dos

aiôfoo

da RocinhCàs patroas^

moradores, vários restaurantes da d-dade.

Solange dos Santos, 24, levava um._quilo e meio de "carne para bife" parao patrão, que mora em São Conrado: i"Quando ele pode, compra; quando' Inão, pede para eu comprar". O ladri-lheiro Enoque Veiga Sobrinho revela:"Isso aqui é para a madame lá de JjCopacabana. Ela disse que lá não tem icarne e pediu para eu comprar."

Revoltada com os altos preços,Lucimar Mendes de Araújo, caia dáOficina do Pastel, no Shopping da \Gávea, denunciou: "Quando elesvêem uma pessoa bem vestida, achamque é fiscal e cobram mais barato. Aminha patroa pede para eu comprarcarne para pastel, mas eu não compro.Ela não vai acreditar que eu estpupagando mais caro, porque lá embaixo \ela compra por preço tabelado." Se-gundo Lucimar, na Rocinha a carne de jjcabrito é vendida a CzS 85, o frango aCz$ 30 e a carne de porco a CzS 45. "Éum absurdo", diz.

B*,».K

"Uosléíã^ae cachorro,.Às vezes passa a semana toda e

não aparece nada. Quando aparecemalguns quilinhos, é um milagre — re-clama Pedro Coelho da Silva, proprie-tário de outra barraca, onde vendia 50quilos de carne: de primeira a CzS 55 ede segunda a CzS 27.

Dona Maria mandou devolver «,a costela porque disse que era costela-¦•--•¦de cachorro — disse a diarista, também ;chamada Maria, diante da banca. "Às. .vezes, as madames entram aqui decano e tudo", contou. Pedro, o dono jda barraca, devolve o dinheiro dacostela, chateado. Ele confirma: "Vem

gente de todo canto comprar aqui. '.

Onde tem um pedacinho de carne opovo vai mesmo."

Eventualmente, a economista Le-" [ ~

tícia Moreira, 28, do Leblon, contaAcom a ajuda da Zefinha para contornar r.a crise de alimentos: , "

Zefinha já comprou ovos efrango, com ágio, pois no Leblon eu'não estava encontrando. Algumas ve-"^'.zes ela chega falando: tem ovos lá ha -Rocinha, a senhora quer que eu com-pre? Eu dou o dinheiro e no dia™'seguinte ela traz. Não posso entrar em _fila, porque não tenho tempo. E nem....ela, porque senão atrasa o serviço emcasa. —¦""Piüniiaiii-rt^^^ mm-

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Aviário do morro garante oíBJ* mmm**

Yango da classe média

JORNAL DO BRASIL quarta-feira, 8/10/86 o Cidade o 3

Exército devolve barco

onde pescador foi morto

Foto de Raimundo Valentim

O barco Royal, onde o pescadorManuel Quirino de Melo, o Neco Russo,foi morto a tiros por uma patrulha derepressão à pesca da Sudepe e do Exérci-Io, após 34 dias apreendido, foi devolvidoà Colônia de Pescadores Z-14, em Pedrade Guaratiba, com desculpas por partedo Centro Tecnológico do Exército. Onovo supervisor de segurança do Cetex,segundo Inácio de Melo, irmão de Neco,acha que a União deve indenizar a famíliade Manuel Quirino de Melo pela suamorte na noite de 27 de agosto.

Inácio, que foi buscar o Royal comoito pescadores, na terça-feira, explicouque o novo supervisor, capitão Cardoso,durante uma conversa de 40 minutos,"foi muito educado e atencioso, masficou muito preocupado com a imagemdo Exército depois da morte de meuirmão". Os pescadores contaram^queninguém tinha nada contra o Exército,"mas contra o coronel Rogério", ex-supervisor e responsabilizado pela mortede Neco Russo.

Papel do ExércitoO diálogo, no Centro Tecnológico do

Exército, em Barra de Guaratiba, contouInácio, foi marcado inicialmente por umdima de apreensão e desconfiança. Apósnotarem a gentileza do novo supervisor,capitão Cardoso, os pescadores critica-nun o coronel Rogério de OliveiraCunha, que reprimia a pesca predatória"com tiros e prisões". O capitão infor-dou aos pescadores que o coronel haviasido transferido e que o IPM (InquéritoPoücial-Militar) estava em fase de con-chisão e que iria apontar os culpados.

Qual é a imagem do Exército nacolônia de pescadores? — perguntou ocapitão a Inácio de Melo.

É ótima, capitão, mas nenhumpescador gosta do coronel Rogério. Acho«pie não é papel do Exérito fiscalizar apesca predatória porque já existe a Sude-pe e a Capitania dos Portos — respondeuInácio.

Vocês conhecem o limite entre aságuas militares e as águas públicas? —indagou o militar.

A maioria dos pescadores conhe-ce, mas há muito jovem que às vezes se

atrapalha — disse Inácio. Ele e o capitãose comprometeram a novos encontroscom os pescadores possivelmente na co-lônia, onde os militares irão detalhar oslimites das águas públicas e militares naBaía de Sepetiba.

Para Fábio de Melo Moscoso, 15,que estava no Royal com Neco Russo nanoite de sua morte, foi um amargo reen-contro, ontem pela manhã, no ancora-douro da praia com o barco. Recuperadodo trauma e única testemunha dos tiros,mostrou no Royal por onde o tiro entrou:"A bala veio na direção da lateral esquer-da e perfurou a cabine, atingindo o TioNeco na cabeça", disse.

Com gestos fortes, ele apontou parao lado direito da cabine onde haviarespingos de sangue do pescador e lem-brou que, naquela noite, na Baía deSepetiba, todos trabalhavam de sentidoligado na patrulha de repressão à pescada Sudepe e do Exército."Quando meutio viu a patrulha, gritou e eu logo corteicom a faca a rede para mostrar que nãopescava de balão (rede proibida pelaSudepe e que pega camarões novos).

— Estou no prejuízo — lamentou aolado do barco o pescador Aírton AntônioRodrigues, o Zete, sócio de Neco Russono Royal, embarcação de 9 metros emotor MWM de 4 cilindros. SegundoZele, a proa, o motor, o piso, o fogão e abateria "não servem para nada e estoucom prejuízos de uns Cz$ 25 mil". Elenão quer exigir do Exército a indeniza-ção, mas vai estudar uma fórmula paraprocessar a União pelos prejuízos.

O delegado da 35a DP, Sérgio An-drade, não conseguiu ouvir os militaresque estavam na embarcação repressivaporque "o Exército enviou-me ofício di-zendo que eles já estavam sendo ouvidosem IPM". O inquérito, enviado para a 1"Vara Criminal, segundo ele, aponta aautoria dos disparos como do coronelRogério e de um dos seus oficiais. O juizdecidirá se o crime é de competência daProcuradoria Militar. O procurador daRepública, Bandeira de Mello Filho, quetambém investiga o crime, recebeu umacópia do inquérito, mas afirmara que amorte do pescador ocorrera em águaspúblicas.

Políticos aproveitam imagem

Como em Roque Santeiro, deDias Gomes, onde um habitante deuma pacata cidade acaba por transfor-mar-se em mártir e muda o rumo docomportamento das pessoas, em Pe-dra de Guaratiba a imagem do pesca-dor Neco Russo, que deixou umaviúva com cinco filhos, está sendoaproveitada por políticos, o que'deuorigem a acusações por parte da colô-nia e dos pescadores. Ao mesmotempo os moradores usam essa ima-gem como mito de resistência aosabusos do poder.

O deputado José Montes Paixão,por exemplo, em mensagem à Prefei-tura, quer que a Praça São Pedro setorne agora Manuel Quirino de Melo.Sebastião Nery distribuiu folheto desua campanha com um artigoculpando o Exército pela morte dopescador e um artista do bairro home-nageou Neco com um belo poema. Nopróximo domingo, a gincana dos artis-tas de Pedra se chamará Manuel Qui-rino de Melo e, ao mesmo tempo, opescador João Batista critica o presi-dente da colônia por "incompe-tência".

— O Pedrinho (Pedro Reis de

Melo, presidente da colônia) está háum ano com uma ambulância da colô-nia na garagem de sua casa sem darqualquer solução para ela — acusaJoão Batista. — Ele também nãoexige que a morte de Neco seja invés-tigada ao fundo.

João acusa ainda o presidente detransformar a sede da colônia "emcomitê de políticos" e lembra que"Pedrinho não marcou a tempo a datadas próximas eleições". Pedrinho riudas acusações e disse que "não podedeixar de receber visitas de políticos".João Batista, segundo Pedrinho, "es-tá desligado há 10 anos de nossosquadros e não pode dar palpite emnada porque não é mais pescador".— A colônia recebeu há muitotempo uma ambulância para prestarsocorro aos associados. Realmente,ela está na garagem da minha casa,porque não posso deixá-la exposta aotempo na colônia. Mas, para botá-laem funcionamento, eu preciso de mo-torista e gasolina. A colônia é pobre.Será que o João vai arranjar combus-tível e funcionário para a ambulância?— pergunta Pedrinho.

Carlos Nobre

Pastoral diz que

os sem-

terra sofrem violências

Um dossiê com denúncias de violên-das praticadas contra lavradores e possei-IM em diversos municípios do Estado doRio foi encaminhado ontem pela Pastoralda Terra ao Conselho de Defesa dosDireitos Humanos. O secretário estadualde Justiça, Seabra Fagundes, prometeuencaminhar as denúncias aos órgãos com-petentes e acompanhar o andamento dosprocessos.

O documento, com 11 páginas, assi-nado por 12 entidades ligadas aos sem-terra, foi discutido durante a realizaçãoda reunião mensal do conselho, ontempda manhã, no Palácio Guanabara. En-tre as denúncias feitas, consta o assassina-todo lavrador Nilson Diogo, ocorrido nodia 16 de junho deste ano, em Vassouras,e atribuído pela família ao médico Amíl-car.Lobo, que está envolvido no casoRubens Paiva.

;Apesar das promessas feitas por Sea-bra Fagundes de que as denúncias serãoencaminhadas de imediato aos órgãoscompetentes, Fernando Moura, repre-sentante da Comissão da Pastoral daTerra, não se mostrava otimista quantoaos resultados.

A Pastoral da Terra denunciou aindaa UDR por organizar milícias armadaspara atemorizar posseiros de Casimiro deAbreu e Piraí. Outras acusações a fazen-deiros também foram encaminhadas àcomissão, sobretudo no município deParati, onde há conflitos nas comunida-desde Pedra Branca, Praia do Sono, São

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Apreendido por 34 dias pelo Exército, o Royal voltou pescadores de Barra de Guaratiba

Correção da miopia é criticada Importação

A cirurgia para a correção da miopiavem sendo feita indiscriminadamente poralguns médicos, que utilizam seus pró-prios consultórios, quando o recomendá-vel é que a operação seja feita em centrocirúrgico hospitalar de bom padrão. Oscasos de infecção ocorridos após a cirur-gia, conhecidos no Brasil, coincidente-mente são de pessoas que foram operadasem consultório.

O alerta foi dado ontem pelo oftal-mologista Sílvio Mariz, membro titularda Sociedade Brasileira de Oftalmologia."Não é todo míope que pode ser opera-do. Temos que obedecer a critérios rela-cionados à faixa de grau, idade, sexo,pressão ocular e curvatura da córnea,entre outros. E algumas dessas premissasfundamentais, que devem condicionar arealização da cirurgia, não estão sendoobservadas por determinados médicos"— acrescentou o especialista.

Na opinião de Sílvio Mariz, a cirurgia

indiscriminada para a correção da miopiatem a ver com um sistema de divulgaçãoque vem sendo montado por alguns médi-cos que praticam essa nova técnica "e queinclui anúncios publicados nos jornais,com aspectos não éticos".

Não é em qualquer local que acirurgia pode ser feita. Para haver segu-rança quanto à assepsia, ela deve serrealizada em hospital bem aparelhado,com uma esterilização adequada do ma-terial cirúrgico, roupas especiais esterili-zadas, enfim toda uma infra-estrutura deassepsia. Em todos os grandes centrosonde essa cirurgia é feita, os médicosconceituados só operam nessas condi-çóes. Nos Estados Unidos, por exemplo,esses profissionais condenam determina-dos grupos de médicos que fazem acirurgia em consultório naquele país. Issotambém vem ocorrendo no Brasil.

As infecçóes — revela Sílvio Ma-riz — são as mais sérias complicações

decorrentes da cirurgia para a correçãoda miopia. Em alguns casos os pacienteschegam a precisar do transplante da cór-nea para não ficarem cegos. No Rio deJaneiro, existem vários médicos capacita-dos a realizar essa cirurgia com sucesso, eque fazem esse trabalho apenas em hospi-tais de bom padrão.

Trata-se, na realidade, de uma mi-crocirurgia, na qual através de pequenasincisões periféricas, altera-se a curvaturada córnea: "É um ato cirúrgico simples,feito com anestesia local (colírio anestési-co) e que dura de 5 a 10 minutos. Atécnica cirúrgica bem aplicada pratica-mente não apresenta risco", afirma ooftalmologista.

No Brasil esta cirurgia começou a serfeita cm 1978. Foi inventada pelo médicorusso Suyatoslaw Fyodorov e depoisaperfeiçoada por médicos norte-americanos.

ANTIGÜIDADES?58D-55EE

ixscouanunckxi

de carro é

combatidaDevido a irregularidades na do-

cumentação de importação, 23 carrosestrangeiros foram apreendidos ontem demanhã por agentes da Polícia Federalque, em conjunto com auditores do Te-souro Nacional, desencadearam a etapafinal da Operação Estrela. Os proprietá-rios dos veículos têm prazo até sexta-feirapara a apresentação da documentaçãooriginal, sob risco de serem processadospor transgressão ao parágrafo Io do arti-go 334 do Código Penal. Nesse caso, oscarros apreendidos serão encaminhados àReceita Federal.

Tendo como principal alvo algumasagências especializadas na revenda deautomóveis importados, a Operação Es-trela, que contou com a participação de24 agentes federais e seis auditores, obje-tiva apreender os veículos estrangeirosque circulam irregularmente no Rio deJaneiro. Segundo a Assessoria de Comu-nicação Social da Polícia Federal, asinvestigações vinham sendo feitas há vá-rios meses.

Gonçalo, São Roque, Corisco e BarraGrande.

Consta ainda do dossiê uma cartaassinada por Zenaide de Souza Diego,viúva do lavrador Nilson Diogo, assinadoem Vassouras. Ela acusa o médico Amíl-car Lobo de contratar dois capangas paraexecutar o crime.

Alguns lavradores levaram suas de-núncias pessoalmente ao conselho, comoo caso de Teodoro Raposo da Silva, 45,cuja família ocupa a Fazenda Alpina, emTeresópolis, há quase um século e agoraestá ameaçado de expulsão pelo tenente-coronel Chaves Duarte.

— Fui coagido a vender meus setehectares e até o juiz Luís Tarcísio quisque eu assinasse um documento, dandopara isso um prazo de apenas dois minu-tos para que eu me decidisse. No final,fizemos um acordo para que eu recebesseCz$ 80 mil, cinco vezes mais do que ocoronel me propunha, mas nem assim elepagou um centavo.

Já Isaías de Souza Ramos, represen-tante do Movimento dos Sem-Terra, lem-brou que na Serra do Piloto, em Manga-ratiba, cerca de 100 famílias de posseirosforam expulsas da região. A exemplo dadenúncia de Carlos Mine, que partidpouda elaboração do texto da Reforma Agrá-ria e dtou a morte do lavrador JoséGomes da Silva no dia 11 de agosto, emVila Cava, Nova Iguaçu, nada foi apu-rado.

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4 o Cidade o quarta-feira, 8/10/86 JORNAL DO BRASIL

Brizola reclama uso da TV para

responder ataques

O governador Leonel Brizola es-tá com o dedo no gatilho para res-ponder ao tiroteio cerrado dos seusadversários, que não o estão pou-pando e ao seu governo nos progra-mas do horário da propaganda elei-toral gratuita no ráaio e na televisão.Aguarda apenas que o TRE julgueo que deverá ocorrer hoje — seupedido de resposta aos ataques quesofreu, há mais de uma semana, dolíder do PDS, Amaral Netto, e docandidato do PMDB ao Senado, jor-naüsta Hélio Fernandes.

— Têm ocorrido muitos ataquesinsultuosos, verdadeiras agressões, enos sentimos no direito de contestar

afirmou Brizola ao presidir nosalão nobre do Palácio Guanabaraatos destinados à construção do novoforo criminal e de duas novas peni-tenciárias em Bangu. Em Recife, oprefeito Jarbas Vssconcelos, dorMDB, já foi à TV usando o direitode defesa.

OpiniãoEmbora tenha demonstrado

preocupação com as criticas que seugoverno vem sofrendo dos candida-tos do PMDB, da Aliança PopularDemocrática e do PDS, Brizola con-sidera que

"a candidatura MoreiraFranco está se dissolvendo comoocorreu com a de Dona Sandra Ca-valcanti, em 1982, por falta decredi-bilidade". Para o Governador, "os

jogos de imagens, deboches e sket-cbes amolecados estão desmerecen-do a candidatura Moreira no concei-to do público".

Leonel Brizola comentou com

bom humor a decisão do TRE denão censurar o Jornal Popular, partedo programa produzido pelos asses-sores de Moreira Franco e exibidono horário da propaganda eleitoralgratuita na televisão.

Aquele jornal está servindomuito mais a nós que a eles. E umaimitação do RJ-TV, da TV Globo, euma imitação pobre, que tem choca-do o bom senso da população comsuperficialidades e até com arma-ções.

Como armação, ele citou a cenaem que aparece uma mendiga numlocal cheio de lixo. Afirmou que amulher chegou numa Kombi ao locale o lixo foi colocado especialmentepara as filmagens.

Todo sabem que as valasnegras da Baixada Fluminense (ou-tra questão freqüentemente tratadapelo JP) são herança chaguista. Asituação da Baixada se deve ao ama-ralismo e ao chaguismo. O ChagasFreitas governou durante oito anos eo Amaral Peixoto durante 30 anos.Houve ai no meio uma época em quese fez alguma coisa pela região, masa imprevisão em relação à Baixadase deve a esses dois governos.

AbastecimentoO Governador mostrou-se preo-

cupado com a crise no abastecimentode alimentos. Ele acredita que a"atual situação de desorganização doabastecimento tende a agravar-se" eaproveitou para fazer novas críticasao Plano Cruzado:

Tancredo Neves jamais fariaessa política econômica. Eu demiti-

ria toda a equipe econômica, come-çando pelo ministro Dilson Funaro,substituindo-a por gente mais com-petente e menos tecnicista. Está pro-vado que não se podem colocar em-presános como ministros da áreaeconômica. Eles têm de ser políticosexperimentados.

E continuou:— Me sinto muito preocupado.

Tem aumentado a incidência de pe-quenos conflitos. A polícia vem in-tervindo, mas passamos a viver numclima preocupante, ainda mais quan-do assistimos a candidatos irrespon-sáveis fazendo comentários inconse-qüentes na televisão.

Citou, sem nomear, um candida-to que ontem conclamou a popula-ção a retirar o dinheiro depositadono Banerj alegando que o governodeixaria os cofres raspados ao sair."Isso é uma irresponsabilidade",disse.

O Governo destinou Cz$ 75 mi-lhões para a construção do foro cri-minai onde atualmente está o arqui-vo judiciário e duas penitenciáriasem Bangu — uma de máxima segu-rança para 600 presos e outra demédia segurança para 300 internos.As duas obras serão erguidas emblocos de concreto pré-moldado —sistema de construção semelhante aodos Centros Integrados de EducaçãoPública (Cieps) —, o que encurtará otempo da construção. O projeto donovo foro é de Oscar Niemeyer.

Editorial Direito de Defesa

Foto de Sérgio Pinheiro

Darcy reconheceu que votos doa pais das crianças dos Cieps não são favas contadas

Darcy é recebido em silêncio

Quando o candidato do PDT,Darcy Ribeiro, desembarcou do he-licóptero do governo do estado noCiep José Maria Nanei, em Itaboraí,sete minutos de silêncio transcorre-ram até que meia dúzia de caboseleitorais começassem a gritar

"Dar-cy, Darcy", na tentativa de animarum público visivelmente decepciona-do com a ausência de Leonel Brizo-Ia, que à última hora resolveu nãocomparecer à inauguração.

No palanque, Darcy não falou depolítica para uma pequena platéia —não mais de 400 pessoas comparece-ram à festa — formada principal-mente por crianças, militantes doPDT, candidatos e funcionários doCiep. Disse o que sempre diz sobre aimportância dos brizolões, prome-tendo entregar oito deles só em Ita-boraí, e reconheceu que votos mes-mo não tinha conseguido. "É claroque as famílias das crianças ficamgratas, mas não são favas contadas",comentou depois.

Acompanhado dos candidatosJosé Frejat (ao Senado), Yara Var-gas, Aécio Nanei — cujo pai foiHomenageado, dando nome ao Ciep—, Eduardo Costa, Sidney Navas,Ivan Vasques, Márcia Cibilfis Viana,José Miguel e Abdias do Nascimen-to, todos a deputado, Darcy ouviuao seu lado, microfone na mão,Doutel de Andrade, também candi-

dato, perguntar: "Quem vai votar

em Darcy?." "Eeeeeu!", respondeuum coro de pequeninos aue levarãomais de dez anos até ganharem con-dições de voto.

JeitinhoDo lado de fora do Ciep, um

grupo reuniu-se em volta de umcarro de som com propagandas doscandidatos Carlos Sahione, do PL, edo bicheiro Manola, do PNR, paraprotestar que seus filhos não tinhamconseguido vaga na escola. O funcio-nário público Antonio de Oliveira,um dos mais exaltados, acabou pas-sando de acusador de que haviafavorecimento na distribuição dasvagas a favorecido.

Cansado de protestar, Antonioresolveu meter-se no meio da inau-guração e quando viu o deputadoMário Juruna contou seu problema epediu ajuda. Imediatamente apare-ceu Antonio Carlos Gonçalves di-zendo-se "assessor do palácio" edisposto a resolver a questão.O que você quer? — pergun-tou o assessor a Antonio de Oliveira.

Vaga para meus dois filhosno Ciep.

Então deixa seu nome com-pleto, traz a certidão de nascimentodas crianças e daqui a dois dias elesterão a vaga — garantiu o assessor.

A promessa surpreendeu e dei-

xou constrangidas as professoras,principalmente a diretora adjuntaAna Helena que havia acabado deexplicar aos jornalistas que as 3S0vagas abertas para este ano estavampreenchidas. A atitude embaraçou opróprio Darcy que, não conseguindoexplicar o jeitinho dado pelo asses-sor, desautorizou publicamente ofuncionário: "Quem manda aqui é asecretaria de Educação, assessormeu não pode romper as regras." Odifícil sena explicar isto a Antoniode Oliveira, que no final da inaugu-ração procurava alguém a quem en-tregar as certidões dos filhos, certode que as crianças começariam asaulas amanhã.

Pronto há mais de seis meses, oCiep José Maria Nanei foi um dosúnicos a ser inaugurado antes defuncionar. Mesmo assim, por pouco.As aulas iriam começar ontem,quando os funcionários receberam ainformação, na segunda-feira à tar-de, de que Brizola e Darcy fariam ainauguração no dia seguinte. Imedia-tamente formaram um mutirão e atéde noite ficaram enfeitando as pare-des da escola com painéis de papelcolorido, bonecos e colas de encher.Trabalho inútil: Darcy hasteou aBandeira brasileira, descerrou a pia-ca de inauguração, mas foi emborasem colocar os pés dentro da escola.

upoT armou o conto da pesquisa"-

O ex-presidente do Instituto Alberto Pasqualini,Maurício Dias Davi, disse que a pesquisa do PDT queindica Darcy Ribeiro com 23% da preferência doeleitorado contra 19% de Moreira Franco, não foifeita pelos técnicos do instituto e sim no gabinete dogovernador Leonel Brizola: "É uma fantasia paraefeito publicitário".E uma fraude escandalosa, uma simulação.Estive no Instituto Alberto Pasqualini, falei commeus antigos colaboradores e posso assegurar queeles não tiveram nem acesso a esses dados. O PDTpreparou o conto da pesquisa — disse Maurício DiasDavi, que pediu demissão da presidência do InstitutoAlberto Pasqualini por não concordar com a manipu-lação de dados de pesquisas, exigida pelo governadorBrizola.

Maurício Dias Davi disse que os técnicos doInstituto Alberto Pasqualini, órgão oficial do PDT,lhe afirmaram que a apuração da pesquisa foi feitapelo próprio governador. Ele acha que os institutosde pesquisa e as entidades de classe ligadas ao setordeveriam fazer um protesto

"contra essa manipulaçãoevidente de dados'.

O próprio Darcy Ribeiro, em entrevista aoJORNAL DO BRASIL, disse que não podia divulgaro resultado porque a pesquisa era do Brizola. Oobjetivo dessa pesquisa é evitar que Darcy Ribeiro

fique deprimido. Quando eu era diretor do AlbertoPasqualini recebi pressões do governador para mani-pular dados de pesquisa com o objetivo de levantar amoral do Darcy — disse Maurício Dias Davi.

O ex-presidente do Instituto Alberto Pasqualinidisse ainda que uma das formas de pressão recebidana época foi a de modificar a metodologia daspesquisas. Segundo ele, queriam obrigá-lo a enviarurnas para locais predeterminados, com cédulas parao público votar. Mas nas cédulas vinha o nome deDarcy Ribeiro em primeiro lugar, seguido de PDT-Brizola entre parêntesis. O nome de Moreira Francoia bem abaixo, seguido da sigla APD, da AliançaPopular Democrática, então pouco conhecida.

Esse conto da pesquisa foi montado paraenganar a opinião pública entre os gabinetes deLeonel Brizola e Darcy Ribeiro. Os meus antigoscolaboradores do Instituto Alberto Pasqualini nãoparticiparam de nada — concluiu Maurício Dias Davi.

Se a pesquisa do PDT terá algum efeito junto aoeleitorado, ninguém sabe. Mas ao candidato daAliança Popular Democrática, Moreira Franco,, elanão assustou. Perguntado se temia o crescimento deDarcy Ribeiro após a divulgação dos números doPDT, Moreira sorriu e ironizou:

Não, o Darcy não tem mais idade paracrescer.

-p f'ttcHo

Moreira agora quer

debate

mas estudantes dizem não

O candidato da Aliança Popular De-mocrática à sucessão estadual, MoreiraFranco, que não compareceu ao debatecom os estudantes da Universidade SantaÚrsula na noite de anteontem com adesculpa de que não foi convidado, vol-tou atrás e disse que está à disposiçãodeles. O problema agora é que a maioriados membros do Diretório Central dosEstudantes da USU não querem dar umanova chance a Moreira, que não quiscorrer o risco de enfrentar uma reaçãohostil dos estudantes.

— Agora não teria mais cabimentochamá-lo de novo. Ele já foi chamadouma vez e não quis vir. Foi uma desconsi-deração com os estudantes, que lotaramo ginásio dos esportes para ouvi-lo e nahora H ele não apareceu. E foi umadesconsideração ainda maior com a suasobrinha, que tinha acertado tudo comele — afirmou o estudante Carlos Macha-do de Oliveira. A sobrinha de Moreira,Andréa Franco de Oliveira, de 21 anos,que estuda Biologia na Santa Úrsula,contou que foi ela mesma quem fez oconvite a Moreira em nome do DCE eficou indignada com a alegação do tio deque não fora convidado para o debatenum reduto do candidato da coligaçãoPT-PV, Fernando Gabeira.

Em entrevista coletiva à imprensa,no comitê eleitoral da Aliança PopularDemocrática, Moreira Franco classificouo episódio da Santa Úrsula de um "mal-entendido", negou que Andréa o tivesseconvidado e disse que não foi convidado"pelos canais adequados". Hoje, ele vai aum debate com estudantes da UERJ,onde o PDT é fraco.

— Foi lamentável o envolvimento depessoas da minha família nesse episódio.Foi algo de mau gosto. Nós devemospreservar um mínimo de envolvimento defamiliares em episódios de natureza poli-tica. Lamento muito o envolvimento deuma garota de 20 anos usando umalinguagem depreciativa para ela — disseMoreira, sem disfarçar sua irritação coma indiscrição de Andréa. (Em sua entre-vista, Andréa disse: "Vou ligar para acasa dele para dar um esculacho nele.")

Moreira, porém, evitou falar maisdas declarações de sua sobrinha. "Façopolítica desde os 14 anos de idade eaprendi que a democracia é ruidosa. Senão fosse ruidosa, não seria democracia.E eu sempre cultuei o pluralismo", disseo candidato do PMDB, ao negar quetivesse fugido ao debate com os estudan-tes da Universidade Santa Úrsula.

O recuo de Moreira valeu-lhe umavaia de quase três mil estudantes queesperaram em vão sua chegada ao ginásiode esportes da Santa Úrsula. Como elenão chegou até às 20 horas, Carlos Ma-chado, em nome do DCE, comunicou adecisão do candidato, mas afirmou queera mentirosa a alegação de que nãotinha sido convidado. "Foi uma desconsi-deração até com alguns de seus caboseleitorais que vieram para cá na hora dodebate crentes que ele viria", contouCarlos Machado.

De qualquer forma, quando se reunirpara avaliar os resultados da série dedebates com os candidatos a governador,que se iniciou no final da semana passa-da, o DCE da Santa Úrsula examinará aposição de Moreira.

— Nós organizamos um calendáriodos debates com todos eles. Cada umviria num dia determinado. Agora naquinta e na sexta-feira, haverá uma elei-ção prévia entre os estudantes, para queeles possam fazer o julgamento dos can-didatos. Isso está programado há doismeses. Marcar uma nova data para Mo-reira, depois das eleições prévias, nãoteria qualquer sentido — afirma CarlosMachado.

Campanha tem volantes apócrifos

O deputado estadual Messias Soarese o ex-deputado federal Jorge Moura,ambos candidatos à Assembléia NacionalConstituinte na legenda do PMDB, res-ponsabilizaram ontem o PDT pela divul-gação em regiões da Baixada Fluminensee da Zona Oeste do Rio de um decálogoimpresso em papel de qualidade ruim,com erros de tipografia, contendo acusa-ções a Moreira Franco.

Messias afirmou que "coisas apócri-fas, como essa, só podem ser da lavra dopessoal da brizolândia". Consultado so-bre a origem do volante, o deputadofederal Bocayuva Cunha protestou con-tra as acusações à brizolândia — um

movimento de adeptos do PDT que fazda Cinelândia o seu quartel-general — eafiançou: "Essas não são as nossas armas.Nós vamos ganhar a eleição, com Darcy,mas sem apelarmos para o baixo nível. Apopulação está entendendo que o nossocandidato é o melhor, que só ele temmensagens progressistas".

Com o título "Moreira Não", o decá-logo, apócrifo, que é encerrado com um"por favor reproduza e entregue a to-dos", diz que o candidato da AliançaPopular Democrática, se eleito, "fechariaos brizolões; expulsaria todos os favela-dos como já fez em Niterói; acabaria comos camelôs como já fez em Niterói; iria

devolver as empresas de ônibus encampa-das aos galegos, de onde já recebeu granapara a campanha; e lotearia o Banerj aoscorruptos dos chaquistas". Em linguagemchula, o prospecto classifica Moreira de"racista" e de "ser contra greves".

No centro do Rio, também apócrifos,foram lançados milhares de volantes obs-cenos, que procuram exaltar a força dogovernador Leonel Brizola e diminuir ado ex-prefeito Moreira Franco. Sobreessa segunda peça de propaganda, semautor definido, o deputado Messias Soa-res desabafou: "Isso é coisa de gaúchodestemperado".

OAB ouve Palestra de Tribunal

propostas

de GabeiraSentindo-se "em casa", o candidato

ao governo pela coligação PT-PV, Fer-nando Gabeira, falou para 120 pessoas,que lotaram o plenário da OAB-RJ. Nos35 minutos de sua exposição e nos 70 emque respondeu às perguntas da platéia, ojornalista foi aplaudido nove vezes.

Na área da justiça, Gabeira pretendeprovover "a popularização e a democrati-zaçáo na feitura e nas decisões sobre oorçamento". Para gerar mais recursos,ele defendeu a socialização dos cartórios,o imposto sobre a transmissão de bens e ataxa judiciária, "que deveria ser abolidapara as pessoas pobres e cobrada, pro-porcionalmente, nas grandes causas". Pa-ra combater a morosidade do sistemajudiciário, o candidato é a favor da des-centralização, da informatização em to-dos os níveis, do tribunal das pequenascausas e do funcionamento da justiça emtempo integral.

Quanto ao sistema penitenciário,"falido", Gabeira propôs a construção deunidades pequenas e próximas, a utiliza-ção da força produtiva dos presos, acriação de conselhos comunitários de se-gurança, onde "polícia e comunidadetrabalharão juntos contra a violência" ese disse contra a pena de morte.

No plano político, ele prometeu umgoverno "sem sectarismo partidário,aberto às pessoas competentes". No fimdo debate, foi aplaudido de pé por doisminutos. Carlos Maurício Martins Rodri-gues, presidente da OAB-RJ e diretor damesa, fez, então, sua síntese. "O candi-dato mostrou inteligência nas respostas,consciência dos problemas do estado eque está capacitado para executar umótimo governo", disse ele.

Sinval atrai

15 pessoas

O candidato do PSB, Sinval Palmei-ra, conseguiu reunir um público de ape-nas 15 pessoas na palestra que fez ontemà tarde na Farmej. Ele aproveitou paraqueixar-se dos partidos comunistas, PCBe PC do B, que náo aceitaram sua pro-posta de coligação feita por ele logo noinício da campanha. "Quando aceitei acandidatura, pensei que fosse unir a es-querda", disse Sinval.

Dos comunistas obteve a resposta deque precisavam de espaço num governoque consideram de transição, justificandoo apoio a Moreira Franco.

Arinos não

conhece cabo

eleitoralO ex-chanceler Afonso Arinos de

Melo Franco, candidato ao Senado peloPFL, negou qualquer envolvimento como jornalista José Alcides Marronzinho,de São Paulo, que publicou anúncio noJORNAL DO BRASIL pedindo apoiodos cariocas para ele. "Fiquei muitoenvaidecido, mas nem o conheço", disseo jurista, que atribuiu o gesto de Marron-zinho à Lei Afonso Arinos, que pune adiscriminação social.

No anúncio, Marronzinho se definiucomo um "líder nordestino, negro e jor-naüsta com passado de jovem udenista".E diz: "Vote em quem defende a liberda-de, desde os tempos da antiga e saudosaUDN carioca. Vote no jurista AfonsoArinos".

exige troca

de nomesO presidente do TRE, desembarga-

dor Fonseca Passos, deparou-se ontemcom um novo problema na campanhaeleitoral. Existem três candidatos a depu-tado estadual, de três partidos diferentes

PDT, PT e PN —, concorrendo com omesmo nome — Jorge Vieira. Devido aoatraso do TRE em catalogar os candida-tos no computador do Serpro, o desem-bargador desconhecia o problema. Aoser informado, entretanto, apressou-seem avisar que o tribunal vai se reunirpara modificar o nome de dois dos JorgeVieira.

— Quando os postulantes se insere-vem, o TRE pede três opções de nomespara serem usados. Isso dá cerca de 6 milnomes, e leva tempo para ser catalogado

informou Fonseca Passos.O desembargador disse que, como

dois dos candidatos homônimos chamam-se Jorge Luís Vieira, um deles passará ausar este nome, e um outro apenas "Viei-ra". "Não interessa que eles já tenhampropaganda na rua. Vai ter de mudar",avisou Fonseca Passos, sem dizer, noentanto, quando e como será definida aquestão.

O coordenador da propaganda elei-toral, juiz Roberto Wider, deu prazo dedois dias ao PMDB — através de ofícioao seu presidente regional, Nélson Car-neiro — para que faça cessar a pichaçãode muros do candidato a deputado esta-dual Antônio Carlos Carvalho, que seráprocessado por crime eleitoral. Alémdisso, o partido terá de limpar os murosque já estão sujos com o nome do candi-dato. Locais como o cemitério São .JoãoBatista, o Largo da Carioca e a RuaJardim Botânico terão de passar pelalimpeza dos pemedebistas.

JORNAL DO BRASIL quarta-feira, 8/10/86 o Cidade o 5

Foto de Chiquito Chaves— -mu mm~"*—

o juiz Eduardo Mayr (E) ouve explicações de Cláudio Lopes, advogado dos proprietários, sobre a demolição

Elevador Saturnino é intimado

por juiz

prende 18

durante 90minDezoito pessoas não seguiram a

recomendação de que só 16 podemdescer em cada um dos oito elevadoresdo Edifício Praia do Flamengo, nonúmero 200, e compartilharam umaamarga experiência: ficaram presas das12h às 13h30min, entre o 10° e o 11°andares. O susto foi acompanhado pormais de cem pessoas no saguão doprédio, enquanto equipes da Otis Ele-vadores e do Io Grupamento de Incên-dio do Corpo de Bombeiros, do Hu-maitá, se empenhavam no resgate.

Os bombeiros foram os últimoschamados, pois a administração docondomínio temia que provocassemdanos no edifício. "Os equipamentossão sofisticados. Se chamássemos an-tes, eles podiam vir com machados equebrar tudo", alegou o chefe de Segu-rança Hélio Paz. Comunicados às12h50min, pela Central de Operaçõesda Polícia Militar, os bombeiros chega-ram às 13h, trabalharam praticamenteseparados da equipe da Ottis e saírampouco depois do resgate das pessoas,no 14° andar.

PressaAnsiosas pela hora do almoço, as

pessoas que encheram o elevador, comcapacidade para 1 mil 147 quilos, saíamdas empresas Rodobem Administra-ção e Promoções (especializada emtransporte de cargas) e Salles InterAmericana de Publicidade, localizadasnos últimos pavimentos do prédio, quetem 25. O excesso de peso acionou odispositivo de segurança do elevador eativou os freios automáticos (garrasmecânicas que se prendem às pare-des), explicou o administrador doPraia do Flamengo, Everton MenezesCardoso.

Entre os retidos na cabine estava ovice-presidente da Salles, José Albertoda Fonseca, a quem os companheirosde susto atribuíram a calma dos passa-geiros durante os 90 minutos de reclu-são. Uma mulher ensaiou mal-estar,mas o início de pânico foi afastado compiadas, músicas, conversas pelo inter-fone e até mesmo uma "pesquisa elei-toral" sobre a sucessão no estado.Bem-humorado, José Alberto da Fon-eca divulgou: Moreira Franco ga-lhou, com quatro votos; FernandoGabeira teve três; e Darcy Ribeiroficou com dois. Houve que não quises-se revelar sua preferência.

Como o elevador faz parte dogrupo que serve à chamada zona altado edifício, com portas apenas a partirdo 14° andar, a retenção entre o 10° eo 11° pavimentos provocou dificulda-des para o resgate dos passageiros.Nem todos aparentavam a tranqüilida-de do vice-presidente da Salles.

— Eu não entro mais aí — anun-ciava Lúcia Messias, secretária da em-presa de publicidade.

Alguns funcionários das 30 empre-sas que ocupam o prédio aproveitarampara reclamar da falta de ascensoristas,dispensados porque o sistema é todocomputadorizado, e dizia que peque-nos acidentes semelhantes já ocorre-ram no edifício. Um empregado doBD-Rio, instalado nos 23° e 24° anda-

o: res, reclamava da "imprudência" co-metida pelos 18 passageiros e criticavaa pouca atenção dada em agosto apalestras sobre prevenção de acidentesem prédio. Das aproximadamente 2mil pessoas que trabalham no Praia doFlamengo, lamentava, "apareceram sóumas 15 no auditório".

Por abuso de autoridade, através deatos lesivos ao patrimônio, o Juiz Eduar-do Mayr, da 33a Vara Criminal, vaiintimar até o final desta semana o prefei-to Saturnino Braga, o secretário de De-senvolvimento Social, Maurício Azedo, ea administradora regional da Barra, VeraChevalier, para comparecerem na segun-da-feira à audiência de instrução e julga-mento. Eles são acusados de ordenar ademolição de duas casas e um muro noRecreio dos Bandeirantes, mesmo saben-do que os imóveis eram objeto de ação deusucapião.

Ontem à tarde, o juiz Eduardo Mayr,acompanhado da promotora Rosa Mariados Reis Parise, da oficial de JustiçaEdelza Maria de Assis Barreto e doadvogado das vítimas, Cláudio Lopes,estiveram no local da demolição, na Es-trada do Pontal 8.847 esquina com Av.Sernambetiba para ver os escombros. Ademolição ocorreu no sábado passado,sob o comando do secretário de Desen-volvimento Social e da administradoraregional da Barra, que mostraram o des-pacho do prefeito Saturnino Braga, auto-rizando a derrubada dos imóveis. Empoucas horas um trator pôs as casas e omuro abaixo.

DenúnciaA denúncia da demolição recebida

pelo juiz da 33a Vara Criminal foi feitapela promotora Rosa Maria Parise, combase no artigo 6o da Lei 4.898 de 1965 doCódigo Penal, que entendeu a medidacomo um abuso de autoridade contra os

ül

proprietários, Flávio Lopes e RuthTelles.

As casas estavam em final de refor-ma, sendo uma de fachada em arco e comtrês quartos e outra com dois quartos. Oadvogado das vítimas, Cláudio Lopes(filho de um dos proprietários) contou aojuiz Eduardo Mayr, durante a inspeçãojudicial, que, embora presente na hora,nada pôde fazer:

— O secretário de DesenvolvimentoSocial e a administradora regional daBarra chegaram sábado bem cedo e às 8hjá não havia pedra sobre pedra. Acompa-nhados de pessoas não identificadas orde-naram que passassem o trator em tudo.Ainda tentei argumentar, mas eles disse-ram que "eram a força" e as casas e omuro de 65m de extensão e 2m de alturaforam abaixo. As casas, embora semmobília guardavam caixas de ladrilhos etorneiras e tinham grades de ferro.

O terreno, com 65m de frente e 85mde fundos, é vizinho ao Camping Ostal efica bem em frente ao Hotel AtlânticoSul. O local é um dos mais nobres doRecreio e, segundo o advogado CláudioLopes, a Prefeitura pretende construir aliuma área de lazer. Fica quase junto àpraia.

O advogado argumentou que para aconstrução da praça seria necessário aderrubada também de alguns imóveis doCamping Ostal, mas "nem no muro deleo pessoal mexeu". Ele acredita que sejacoisa pessoal, porque há algumas sema-nas a administradora da 24a Região Ad-ministrativa, Vera Chevalier, assegurava,

Foto de Olavo Rufino' . '

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Um dia da caça, outro docaçador. Com esse provérbiopopular na cabeça, o guarda-dor de carros Ricardo Paulo,16, tentou se vingar da moto-rista Angela Maia de OliveiraSims, que, dias antes, se ne-gara a pagar por uma vagapara seu Monza na AvenidaDelfim Moreira, no Leblon.Ontem, Ricardo esperoutranqüilamente que Ângelaestacionasse e teve mais deuma hora — tempo em queela assistia a uma aula deinglês — para roubar duascalotas do carro. Só não con-tava que seria mais uma vez acaça, desta vez da PolíciaMilitar. Ex-habitante do su-

búrbio de Ricardo de Albu-querque, que hoje dorme nasareias do Leblon, Ricardo —conhecido como Moleque,pelos surfistas do point

—,confessou o furto e foi levadopelos soldados Pereira e Por-teloti, do 19° BPM, para aDivisão de Segurança e Pro-teção ao Menor, no Centro.No local do crime, em frenteao Edifício Van der Weyden,n° 662 da Avenida DelfimMoreira, às 16h, o guarda-dor ficou escoltado por qua-tro PMs, até a chegada dacomerciante Angela Sims,dona do Monza marrom me-tálico RJ UX-1530, que se

surpreendeu com a cena: "E

incrível! Eu saí um minuto e,

quando voltei, encontrei oladrão preso. Ele disse quevai ser solto porque é demenor, mas uma coisa eugaranto: aqui não vai ficarmais guardando carro, não",sentenciou Angela, morado-ra da Gávea e aluna de cursode inglês no Leblon. Sem seimportar com o movimentona Avenida Delfim Moreira,o guardador roubou as calo-tas — confessou ter vendidooutras quatro por Cz$ 200 —, escondendo-as num traillerpróximo.

Jorge Antonio Barros

Greve dos eletricistas

do metrô pára 6 trens

através dos jornais, que as casas seriamdemolidas:

— Isto é um ato lesivo ao patrimôniode Flávio Lopes e Ruth Telles. Nossasautoridades são ditatoriais e usam deforça para destruir o que meu pai tinhaacabado de reformar.

Para agravar a situação, o advogadolembrou que as autoridades denunciadastinham ciência de que os imóveis eramobjeto de ação de usucapião, propostaem 13 de janeiro de 1975 por RávioLopes. Explicou que há mais de 35 anos oproprietário tem a posse do terreno,como parte de cessão de direitos feita em1958 por Celestino Lema e adquirido porseu tio Celestino Campos em 1928, onderesidia. Os imóveis estavam, portanto,sub judice, mas, destacou Cláudio, "nemo prefeito, nem o secretário do municípioe nem a administradora respeitaram aJustiça".

O juiz Eduardo Mayr marcou a au-diência de instrução e julgamento parasegunda-feira, às lOh. Será uma audiên-cia pública, com qualificação e interroga-tório dos réus e logo depois dos debates omagistrado dará a sentença. Caso estaseja desfavorável às autoridades, elasestão sujeitas, de acordo com o CódigoPenal, a sanções administrativas — ad-vertência, repreensão e até suspensão docargo por um prazo de cinco a 180 dias —, civil — que consiste na indenização àsvítimas, e penal, cujas penas incluemmulta, detenção por 10 dias a seis meaes,e até perda do cargo com a inabilidadepara o exercício da função pública por umprazo de até três meses.

A paralisação dos eletricistas do Me-trô, iniciada segunda-feira, já deu à com-panhia um prejuízo de Cz$ 500 milhões eprovocou a retirada de circulação de seiscomposições. Ontem, os trechos com-preendidos entre o Estácio e a PraçaSaenz Pena não funcionaram por falta demanutenção e a CTC colocou 20 ônibusfazendo a ligação de ida e volta entre asestações. As viagens da Linha 2 tambémforam suspensas — liga Estácio e Mariadas Graças — e a companhia operou sócom oito trens.

Os 690 eletricistas reivindicam umadicional de periculosidade de 30%, pro-metido segundo eles pela direção doMetrô desde a última reunião, no dia 25.Eles protestam ainda contra a suspensãode 15 dias aplicada ao diretor do sindicatodos metroviários, César Ribeiro Novaes.O presidente do Metrô, Álvaro Santos,considera o movimento político c injusto,já que a empresa acaba de assinar umcontrato de Cz$ 600 milhões com a firmaIdort para um levantamento dos funcio-nários que lidam com alta-tensão, indica-dos para receber o acréscimo.

Intransigência

A greve iniciada segunda-feira às 8hnão chegou a ser sentida no primeiro dia,mas ontem seis composições esperavamconserto no pátio do Centro de Manuten-ção. O desfalque prejudicou a operaçãode transporte, que em horários de piqueutiliza 14 trens e ontem contou só comoito para servir os usuários de Botafogoao Estácio.

De acordo com o presidente do sindi-cato, José Carlos Marins, a empresacomprometeu-se a iniciar o trabalho delevantamento dos funcionários atuantesem áreas de risco no dia 29 e até agoranada foi feito:

— Resolvemos não nos arriscar

mais. Queremos também respeito à auto-nomia sindical — disse ele, referindo-se àpunição do almoxarife e diretor do sindi-cato, César Ribeiro Novaes.

Álvaro Santos argumentou que en-controu, segunda-feira passada, cerca de30 funcionários assistindo na oficina demanutenção a vídeo-tapes sobre o sindi-cato em horário de serviço (às llh) edesligou o aparelho solicitando que todosvoltassem ao trabalho. César Ribeiroreligou a televisão, alegando que a apare-lhagem pertencia ao sindicato:

Nossa intenção era demiti-lo, masdescobrimos que possui imunidade sindi-cal e apenas o suspendemos — contouÁlvaro Santos.

Diante da "instransigência e impa-ciência dos grevistas", a direção do Me-trô resolveu anular o contrato e, atravésde ofício (elaborado ontem) à Delegaciado Trabalho, solicitou a perícia ao corpotécnico da Divisão de Segurança do Tra-balho, que fará o estudo de graça:

A direção não reconhece comogreve uma paralisação setorial sem umaconsulta prévia a toda a categoria. Acha-mos que isto é um simples caso deinsubordinação — ponderou o presiden-te, alertando ainda para o fato de quetodos os funcionários presentes às duasparalisações anteriores realizadas em se-tembro estão em observação, com adver-tências já formalizadas.

Álvaro Santos afirmou que a direçãodo sindicato almeja o adicional para todaa categoria:

Por isto, resolvemos fazer a perí-cia. Há eletricistas projetistas que traba-lham sentados numa mesa e outros encar-regados da manutenção de lâmpadas.Não é justo que estes recebam o adicionalpor um risco que não correm — conside-rou o presidente do Metrô.

Foto de Carlos Mesquita

As estações fecharam entre o Estácio e a Saens Pena

Nilo decide se perdoa

os 5 detetives presosO secretário de Polícia Civil, Nilo

Batista, analisa hoje a petição do advoga-do Jorge Barbosa da Silva, do Núcleo deAssistência Judiciária, assinada pelos cin-co detetives presos na Polinter, solicitan-do que reconsidere a pena de 10 dias deprisão disciplinar e que não seja determi-nado nenhum desconto sobre os salários.

Nilo, argumentando que "enquantoeu estiver sentado nessa cadeira a disci-plina será cumprida", não gostou de sercriticado pelo presidente da Adepol (As-sociação dos Delegados de Polícia),Thiers Montebello, que o acusou de usar"um entulho autoritário" — o Estatutoda Polícia Civil — para punir os dete-tives.

Para basear sua decisão, Nilo Batistalembrou o caso do dia 3 na 19a DP,(Tijuca) quando o detetive de plantáo,Gáudio, foi avisado duas vezes peloCCOS (Centro de Controle de Opera-ções de Segurança da Polícia Civil) dasdenúncias de moradores de que estavaocorrendo uma fuga de presos. Nas duasvezes o policial disse que "estava tudobem na delegacia". Três minutos após oúltimo aviso, ele comunicou a fuga aoCCOS.

NegligênciaO fato ocorrido na 19a DP foi divul-

gado no Boletim de Imprensa da assesso-ria de Comunicação Social da secretaria erevela a instauração de sindicância naqual será anexada a transcrição da fitamagnética do CCOS, onde estão grava-das a conversa do detetive Cláudio com opolicial de plantão no centro. Será anexa-do também à sindicância o relatório dochefe do CCOS."As 2h28min — consta do relatórioMaré Zero (Central de Comunicações daPolícia Militar) informou ter recebidotelefonema comunicando fuga na 19a DP.Em contato com o detetive Cláudio, estedisse que a situação estava normal nosxadrezes." às 2h40min Maré Zero tomoua avisar que recebera telefonema de mo-radores das proximidades da delegacia de

onde presos fugiam por uma corda. Odetetive reafirmou estar tudo bem, mastrês minutos após esta última comunica-ção, ele acionou o CCOS comunicando afuga de dois presos e pedindo um alertageral. Mais tarde foi constatado a fuga dequatro presos. Nilo Batista tomou conhe-cimento do relatório e afirmou que "fatosnegligentes como este são inadmissíveisna Polícia Civil".

Sobre a punição a ser dada ao deteti-ve Cláudio, Nilo não quis tecer comentá-rios, dizendo apenas que ele vai respon-der a inquérito administrativo e criminalpois "tem que ter responsabilidade, temque ter disciplina".

Entulho autoritárioO espantoso é que nós estejamos

nos espantando com uma coisa que érotina — disse Nilo Batista ao respondera acusação de que usou "entulho autori-tário" para punir os cinco policiais —Sebastião Silva, Fernando Monteiro, Jor-ge Batista, Osvaldo Batista e Carlos Ri-cardo —, que cumprem pena disciplinarde 10 dias na carceragem da Polinter, naAvenida Marechal Floriano, e não nacarceragem especial do Ponto Zero.

O secretário se espantou quando foiinformado que os policiais estavam nacarceragem da Polinter e não no PontoZero e disse que se isso estava acontecen-do era ilegal. Assessores confirmaramque os presos estão no Ponto Zero, masuma fonte da secretaria garantiu que osdetetives se encontram na Marechal Fio-riano. Neste local eles ficam à vontade,de camisetas e bermudas.

Nilo negou que o Estatuto da PolíciaCivil seja um "entulho autoritário" e quese os generais que ocuparam a Secretariade Segurança não quiseram usá-lo é por-que entenderam que suas administraçõeseram boas.

Em todo o mundo, em qualquerpaís de democracia acima de qualquersuspeita, a disciplina do policial é distintado estatuto — acrescentou o secretário.

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6 o Cidade o quarta-feira, 8/10/86

s

erviço JORNAL DO BRASIL

jmpostosIPTÜ — Vence hoje o prazo para opagamento da 8a cota do tributo, para oscontribuintes cujas guias tenham final deinscrição cinco.Tiu de incêndio — O vencimento dataxa de incêndio para os imóveis cujofinai de registro no cadastro municipalseja 56 é hoje. Este número consta daguia do IPTU, é o dígito que aparece emseparado no carne.Cotações — Unif — Cz$ 199.41 paraIPTU e CzS 248,55 para ISS e taxa deexpediente. Uferj — CzS 186,99.

loncursos

rj oT iI / o| \

i — A Seaetaria Municipalde Administração está convocando 424professores II (1* série a 4* série) aprova-dos no último concurso público a compa-reccrem para posse no Centro Adminis-trativo São Sebastião, à Rua AfonsoCavalcanti, 455,1° andar, no horário das9h às 17h, de acordo com a escala abaixo:Classificação Data Horário3016° a 3061° 10/10 9 horas3062° a 3107° 10/10 10 horas3108" a 3153° 10/10 11 horas3154° a 3199° 10/10 12 horas3200° a 3245° 10/10 14 horas3246° a 3291° 10/10 15 horas3292° a 3337° 10/10 16 horas3338° a 3383° 10/10 17 horas3384° a 3444° 13/10 9 horasOs candidatos devem comparecer ao lo-cal munidos dos documentos: carteira deidentidade, cartão deinscrição e compro-vantes de habilitação para o exercício docargo. Os professores que já possuemmatrícula do município devem levar,além dos documentos acima, CIC, Códi-go Pis/Pasep, certificado de reservista,carta de naturalização (se estrangeironaturalizado), certidão de casamento,certidão de filhos menores (até 24 anossem economia própria).

ursos

e Tarot Começa Iamanhã, com a pro-1fessora Rosa Maria 1de Aguiar, no CursoíAssuramaya Astro-1logia Científica, um[

1 Curso de Tarot. O!curso terá uma aula)' por semana, às 3a"ou 5a5, de manhã, à tarde ou à noite.Duração: três mêses. Inscrições na ruaMiguel Lemos, 41, sala 608, telefone267-3399.Literatura Infantil A FaculdadeNotre Dame (Sesat) programou para operíodo de 11 de outubro a 6 de dezem-bro o curso Um Mundo de Vida NosLivros. Para professores, alunos doscursos de Letras, Pedagogia e de forma-ção de professores, discutirá a escolacomo grande agente do livro e se elaaproxima ou afasta a leitura. Número dealunos: 20. Aulas aos sábados, às16h30min. Local do curso: ruas LauroSodré, 150 ou General Severiano, 159.Inscrições: rua Barão da TorTe, 308 (287-3740).

Organização Profissionais que lidemcom o público ou trabalhem em grandessetores da Organização poderão insere-ver-se no curso Desenvolvimento de Rela-ções Humanas na Organização, na FESP,de 13 a 23 de outubro. Aulas de 2a a 5a,das 9h às 12h. Preço: Çz$ 504. Detalhes:Av. Carlos Peixoto, 54, telefones295-8548, 275-7052 e 295-6887, ramais136, 173,174 e 175.

Educação Nos dias 13, 20 e 27 deoutubro a professora Liliana Célia Cha-ves Dujovne dará no Museu HistóricoNacional (Praça Marechal Ancora, s/n°,próximo à Praça 15) o curso Fundamen-tos Psicológicos Para Ação Educativa emMuseus. Sempre das 9h às 12h, o curso,para profissionais que atuam em áreaseducativas de museus e professores de Iograu, objetiva fornecer informações quepermitam aos alunos explorar os aspectosdo brincar e das fantasias, emoção eemotividade. Outros detalhes: 220-2628.

Cinema A PUC marcou para 13 deoutubro o início do curso Iniciação aoCinema, com o professor e cineasta Pe-dro Camargo, às 2a5 3a5, e 5a5, das 19h às22h. Nas aulas serão abordados temascomo: Breve histórico do cinema e Lin-guagem Cinematográfica. Taxa: CzS 1mil 300. Até 17 de novembro. Inscrições:rua Marquês de São Vicente, 225, casaXV (274-4148 e 274-9922, ramais212/335, das 8h30min às 21h).

Música A Pró-Arte, com o apoio doInstituto Nacional de Música da Funarte,está oferecendo durante o mês de outu-bro, às 2" e 4a5, dás lOh às 12h, o cursoVivência Musical a Partir do MétodoOrff. Destinado a professores de educa-ção musical dos 1° e 2° graus, musicaliza-ção e outros interessados, abordará avivência musical pelo método Orff, domúsico alemão Carl Orff, falecido em1982 e que, baseado na sua experiênciaem escola, apontou novos caminhos parauma prática musicai vivenciada a partirda própria experiência da criança. Aulascom o professor Helder Parente. Outrasinformações na rua Alice, 462, telefone245-0684.

Carioca faz "show"no

largo

O Largo da Carioca é o mais novo espaço cultural dacidade. A partir desta sexta-feira, quinzenalmente, serãomontados espetáculos teatrais, de dança e de música. Tudoisso de graça para o público que sai do trabalho, no Centro, eque entre um chopp e outro poderá apreciar as programaçõesque a Secretaria Municipal de Cultura está preparando para overão. E o projeto cultura da Carioca.

Transformar o espaço em frente ao Convento de SantoAntônio num verdadeiro teatro popular, e o Largo da Cariocaem novo ponto de encontro do povo com a cultura de suacidade, é o espírito do projeto, segundo seu idealizador, oartista e diretor de ação cultural da Secretaria, Amir Hadad.

— As pessoas saem do trabalho, ainda com sol, porcausa do horário de verão, e dá vontade de esticar para um

chopinho. E por que não assistir de graça a um bomespetáculo, sentado nos degraus de um lindo Largo, um doslocais mais bonitos e históricos do Rio? — indaga Amir.

Atualmente, segundo ele, o espaço do Largo — em quejá foram montados alguns shows — está tomado de mendigos,e o projeto vai, ainda, segundo Amir, "sanear o local". ASecretaria está convidando artistas para se inscreverem nasdiversas atividades. Será montado um camarim especial paraeles.

O projeto começa nessa sexta-feira com a apresentaçãoda Banda Civil da Cidade do Rio de Janeiro, e um espetáculocircense, às 17h. A meta, segundo a Secretaria, é atingir umpúblico de 3 mil pessoas. Os shows serão de 15 em 15 dias,sempre às sextas-feiras.

¦pimergências

Prontos-Soeorros Cardíaoos: TijucaProntocor — 264-1782 (r. São Francis-

co Xavier, 26); Ipanema — Rio Cor —521-3737 (Rua Farme de Amoedo, 86);Botafogo — Eletrocor — 246-8036 (RuaSão João Batista, 80); Jacarepaguá —Urgecor — 392-6951 (Estrada Três Rios,563); Laranjeiras — Uticor — 265-6612(Rua Soares Cabral, 36); Lagoa — Pron-tocor — 286-4142 (Professor Saldanha,26); Ilha do Governador — Centro-Cor

393-9676 (Rua Cambaúba, 167 —Jardim Guanabara).Prontos-Soeorros Dentários Barra da Ti-juca — Assistência Dentária da Barra —399-1603 (Av. das Américas, 2 300);Leblon — Dentário Rollin — 259-2647(Rua Cupertino Durão, 81); Botafogo —Clínica de Urgência .— 226-0083 (RuaMarquês de Abrantes, 27); T(juca —Centro Especializado de Odontologia —285-4797 (Rua Conde de Bonfim, 664);Méier — Clínica Odontológica Censo —594-4899 (Rua Josc Bonifácio, 281);Prontos-Soeorros Infantis — Botafogo —Amiu — 286-6446 (Rua Muniz Barreto,545); Copacabana — UPC — UrgênciasPediátricas — 287-6399 (Rua Barata Ri-beiro, 111); Jardim Botânico — Psil —'266-1287 (Rta Jardim Botânico, 448);Tyuca — Prontobaby — 264-5350 (RuaAdolfo Motta, 81); Ilha do Governador

393-0766 (Rua Cambaúba, 151);Otorrino — Copacabana — Cota — 236-0333 (Rua Tonelero, 152);Ortopedia — Leblon — Cortrel — 274-9595 (Av. Ataulfo de Paiva, 658);Pollclínicas urgências — Copacabana —Clínica Goldino Campos — 255-9966(Av. N. Sra. de Copacabana, 492).

Farmácias

Zona Sul: Flamengo—Farmácia Flamen-go (Praia do Flamengo, 224); Leme Far-mácia Leme (Rua Viveiros de Castro,32); Leblon — Farmácia Piauí (RuaAtaulfo de Paiva, 1263); Barra da TijucaDrogaria Atlas (Estrada da Barra daTijuca, 18).Zona Norte: Tyuca — Casa Granado(Rua Conde de Bonfim, 300); Cascadura

Farmácia Cardoso (Rua Sidônio Paes,19); Realengo — Farmácia Capitólio(Rua Soares Andréa, 282); Bonsucesso —Farmácia Vitória (Praça das Nações,160); Méier — Farmácia Mackenzie (RuaDias da Cruz, 616); Campo Grande —Drogaria Chega Mais (Rua Aurélio deFigueiredo, 15), Comary (Rua Augustode Vasconcelos, 14), Drogaria ChegaMais (Rua Barcelo Domingos, 14); Jaca-repaguá — Farmácia Carollo (Estrada deJacarepaguá, 7912); Rio Comprido —Farmácia Silveira (Rua Haddock Lobo,106); Abolição — Nossa Drogaria daAbolição (Av. Suburbana, 7351); SãoCristóvão — Farmácia Elecê (Rua Gene-ral José Cristino, 18); Penha — FarmáciaRio Preto (Rua Rio Preto, 60); Irqjá —Farmácia Potira (Av. Vicente de Carva-lho, 995); VUa Isabel — Farmácia Seta(Praça Barão de Drumond, 29); Pavuna

Drogaria Mil e Um (Av. Sargento deMilícias, s/n° — boxes 4 e 5); Santa Cruz

Farmácia Areia Branca (Av. AreiaBranca, 1381).

jpeiras livres

Zona Sul: Copaca-bana (Rua Domin-gos Ferreira); Hu-maitá (Rua MariaEugênia); Botafogo(Praça Nicarágua)Zona Norte: SãoCristóvão (Campode São Cristóvão);Rio Comprido (Rua Barão de Sertório);Estácio (Rua Sampaio Ferraz); Vila Isa-bel (Rua Mendes Tavares); Engenho deDentro (Rua Ana Leonídia); Piedade(Rua Antônio Vargas); Tyuca Viscondede Figueiredo); Méier (Rua Padre lide-fonso Penalva); Ilha do Governador —Cocotá (Rua Morávia).

Fratas e legumes

HütÉ dia Mundial do Leonino e dia doNordestino.

Estão em baixa segundo o Ceasa: aipim,abobrinha, batata-doce, berinjela, cebo-la, cenoura, inhame, pepino, abacaxi,banana, mamão formosa, melancia emanga.Varejões do Ceasa:Botafogo — Local deVistoria do Detran, atrás do Canecão:Largo da Barra da Tyuca — em frente àdelegacia de Vigilância.Fruta na praça — As barraquinhas daSecretaria Municipal de Agricultura es-tão nos seguintes locais: Largo do Macha-do, Largo do Rio Comprido, Praça SaenzPena, Praça Monte Castelo (Centro).Feira do Produtor (Kombis da SecretariaMunicipal Agricultura) — na Lagoa,Igreja Santa Margarida Maria.

GOM a abertura do Túnel Velho,

em 1892, duas companhias imobi-liárias decidiram investir no bairro deCopacabana, loteando terrenos e abrin-do ruas. Uma das empresas, de proprie-dade do comendador Moreira Filho (Ba-rão de Ipanema) e seus sócios — ocomerciante Constante Ramos e JoséGuimarães Caipora —, foi responsável,entre outras, pela abertura da rua Dou-tor Pereira Passos, que mais tarde setransformou em Rua Barata Ribeiro.

Somente aos poucos é que a RuaBarata Ribeiro teve seu traçado definiti-vo. A rua Dr. Pereira Passos surgiu entrea Rua Goulart (em homenagem ao coro-nel latifundiário Manoel Goulart, donodo terreno onde hoje se localiza a atualrua Prado Júnior) e rua Barroso (JoséMartins Barroso, que tornou transitávela Ladeira dos Tabajaras) atualmenteSiqueira Campos.

A rua continuou a crescer, em 1911,quando Paulo Peixoto da Fonseca cedeuparte de suas terTas: surgiu o trechoentre Santa Clara e Figueiredo Maga-Ihães. Por fim, Constante Ramos e seusquatro irmãos também permitiram o sur-

RUA

Barata

Ribeiro

gimento do trecho entre Santa Clara eConstante Ramos, em suas proprie-dades.

Em 1917, a Câmara decidiu batizaruma das principais artérias de Copacaba-na com o nome de Barata Ribeiro,homenageando o primeiro prefeito dacidade, Cândido Barata Ribeiro, queocupou o cargo por apenas cinco meses enove dias, entre dezembro de 1892 emaio de 1893. Como prefeito, Cândidonão teve muito tempo para realizarobras, já que o Senado não aprovou asua nomeação, e foi obrigado a entregaro cargo ao interino Antônio Dias Fer-reira.

No entanto, foi como médico e tea-trólogo que o prefeito, nascido em Salva-dor, Bahia, mais se destacou. Aos 14

anos, formou-se pela Faculdade de Me-dicina do Rio de Janeiro, onde tornou-secatedrático . Republicano e abolicionis-ta, ocupou a direção do Hospital deCampinas. Autor de diversos estudosmédicos, entrou para a Academia Nacio-nal de Medicina. Escreveu também odrama "O Segredo do Lar".

A Barata Ribeiro de hoje não separece em nada com a antiga Rua Dou-tor Pereira Passos: o imenso areai, ondepontificavam coqueiros anões e cajuei-ros, deu lugar a grande quantidade deasfalto, território de disputa entre pedes-tres apressados e centenas de veículosque tornam o trânsito permanentementeengarrafado.

Entre os vários prédios, o que maisse destaca é o antigo 200, famoso por suavariada fauna de moradores. O 200, quejá serviu de inspiração para uma peça deteatro, mudou seu número por insistên-cia de um síndico, insatisfeito com a máfama do prédio, comparado ao EdifícioBalança Mais Não Cai, no Centro.Rua Barata Ribeiro — Copacabana. Co-meça na Praça Demétrio Ribeiro. Ter-mina no túnel Sá Freire Alvim.

jj^gendaO seminário "Cotidiano e Poder no

Rio de Janeiro da Ia República" apresen-ta hoje, a partir das 18h30min, na Casade Cultura Laura Alvim (Av. VieiraSouto, 170 —Ipanema) duas palestras. Aprimeira, com Elizabeth Von Der Weid,da Fundação Casa de Rui Barbosa, sobre"O Controle Empresarial na Formaçãodo Operário — O Caso da AméricaFabril" e a segunda, com Sylvia Fernan-des Damásio, também da FCRB, sob otema "Trabalho Fixo, Trabalho Flutuan-te — Condições de Vida das ClassesPopulares no Rio de Janeiro".

Serão apenas cinco as apresentaçõesdo Grupo de Dança Cisne Negro, noTeatro João Caetano, na Praça Tiraden-tes. Hoje, amanhã e sábado, o Grupoapresentará o programa Destino, comcoreografia de Luiz Arrieta e músicas deShiro Fukai, às 21h. Nos dias 10, sexta, e12, domingo, o programa é Do Homem aoPoeta, do mesmo coreógrafo e com músi-cas de Carl Off. Sessões às 21 h na 6a feirae 19h, no domingo. Ingressos a CzS 70.

A Semana Charles Chaplin promovidapela Universidade Federal do Rio deJaneiro apresenta hoje, às llh30min, ofilme "Carlitos em Desfile" e amanhã, nomesmo horário, "Tempos Modernos".As exibições, em vídeos, estão sendofeitas na Faculdade de Economia — SalaPedro Calmon, na Av. Pasteur, 250 —Praia Vermelha — Urca. A entrada éfranca.

A exposição itinerante "Cordas e Con-trapontos", com trabalhos em macramédo artesão carioca Júlio de Freitas, chegahoje à Biblioteca Regional de Copacaba-na, onde ficará até dia 18. O horário devisitação é de 2a a 6a feira, das 9h às 18h.O endereço é Av. N. Sra. de Copacaba-na, 702-B — 4o andar.e "Humberto de Campos, o poeta, ocronista e o memorialista" é o tema dapalestra que o poeta maranhense ManoelCaetano Bandeira de Mello, secretário-executivo do Conselho Federal deCultura, fará às 19h30min, na sede daFaculdade de Humanidades Pedro II(FAHUPE), em São Cristóvão. A pales-tra é em comemoração ao centenário denascimento de Humberto de Campos,e A Cia. Aérea de Dança do CircoVoador comemora hoje um ano de ativi-dades. As 21h, tendo como convidadosespeciais os bailarinos, Haroldo Alves,Vera Lopes, Geórgia Sodré e os GruposCoringa, Corpos do Ofício, Jorgo deEncaixe e Intrépida Trupe, apresenta, noCirco Voador, na Lapa, o espetáculoAsas. Os ingressos custam CzS 30.e "Na Trilha dos Uru-Eu-Wau-Wau",de Adrian Cowell e "No caminho doFogo" do mesmo diretor são os vídeosprogramados para hoje, às 16h, da IaMostra de Filmes e Vídeos de Arqueolo-gia, Pré-história e Áreas Afins, do Insti-tuto de Arqueologia Brasileira — IAB —da Sub-Reitoria para Assuntos Comuni-tários e do Instituto de Ciências Huma-nas, da UERJ, às 16h, no auditório 111da UERJ.

Para fechar o Ciclo de Debates "In-constitucionalissimamente", às 20h, naCasa de Cultura Cândido Mendes (Ruada Assembléia, 10 — subsolo), HerbertDaniel, Antonio Serra e Deo (RádioLivre Frívola City) falarão sobre o tema"A Política Morreu. Viva a Política".

Bia Amaral, Malu Fatorelli e GiodanaHolanda inauguram hoje, às 21h, naGaleria Villa Riso (Estrada da Gávea,728, São Conrado), a exposição Gravu-ras, que poderá ser visitada de segunda asábado, das 14h às 19h, até 1° de no-vembro.e Reunindo os maiores nomes da litera-tura infantil e juvenil, acontece até dia12, na Passarela do Samba (Sambódro-mo), a Ia Feira do Livro Infantil eJuvenil, com editoras de todo o país e quetêm como objetivo principal estimular ohábito de leitura entre as crianças. Ativi-dades paralelas, envolvendo a criança e olivro estão programados para todos osdias da feira, como apresentação dosBonecos do Centro Cultural de Gamboa,Contadores de Histórias, atividades deArtes Plásticas, Coral Infantil, mostra dovídeo "Como se faz um livro", no standda Fundação Nacional do Livro Infantil eJuvenil e lançamentos com manhãs etardes de autógrafos. Hoje e amanhã aFeira estará aberta das 10 às 18h e desexta a domingo, das lOh às 21h.

0on|ressos

horas

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Flores: Mercadodas Flores de Bo-tafogo — Rua Ge-neral Polidoro,238 — Tel.: 226-5844; Carlinhosdas Flores — Av.Geremário Dan-tas, 71 — Jacaré-,paguá — Tel.: 392-0037; Roberto dasFlores — Avenida Automóvel Clube,1661 — Inhaúma — Tel.: 593-8749.Borracheiro: Avenida Princesa Isabel,272 — Copacabana — Tel.: 541-79%.Reboques: — Auto-Socorro Botelho —Rua Sá Freire, 127 — São Cristóvão —Tel.: 580-9079; Auto-Socorro Gafanhoto

Rua Aristides Lobo, 156 — Rio Com-prido — Tel.: 273-5495; Avenida dasAméricas, 1577 — Barra da Tijuca —Tel.: 399-2192.Chaveiros: Trancauto — Estrada Vi-cente de Carvalho, 270 — Vaz Lobo —Tel.: 391-0770 e Avenida 28 de Setem-bro, 295 — Tel.: 288-2099 e 268-5827 emVila Isabel.Supermercados: Casas da Banha —Rua Siqueira Campos, 69 — Copaca-bana.Baby-sitter — Castelinho de IpanemaCreche Maternal Ltda (Rua Barão daTorre, 468 — Ipanema — Tel.: 287-

. 5397). A solicitação de baby-sitter deveser feita das 7h às 19h, de segunda asexta-feira e os pedidos para fins desemana com antecedência.Bancas de Jornais: Largo do Macha-do, em frente à estação do Metrô. Copa-cabana — Rua Santa Clara, esquina comAv. N.S. de Copacabana.Restaurantes: Não fecham — Stock(Av. Suburbana, 6725 — Largo dos Pila-res); Tarot — (Rua General Urquiza, 104

Leblon—Tel.: 239-2863).Até 6 horas: La Fiorentina (Av. Atlânti-ca, 458 — Leme — Tel.: 275-7698).Até 4 horas: Castelo da Lagoa (Av.Epitácio Pessoa, 1560— Lagoa— Tel.:287-3514); Mandrake (Rua Muriiz Barre-to, 610 — Botafogo — Tel.: 266-3245).Até 3 horas: Nino (Rua Domingos Ferrei-ra, 242 — Copacabana — Tel.: 541-4147).

tetran

Começa hoje a entrega das novas cartei-ras de habilitação. Os motoristas quesolicitaram ao Detran a Ia via, renovaçãoe 2a via da carteira em janeiro, fevereiroe março deverão se dirigir à sede dadiretoria de Habilitação, na AvenidaMem de Sá, 163, entre 9h e 16h, munidosdo protocolo e de um documento deidentidade.Os motoristas que têm sua carteira dehabilitação vencida devem procurar adiretoria de Habilitação ou os seguintespostos: Tyuca, Rua Desembargador Isi-dro 41; Leblon, Detran/ Sul, Rua Adal-berto Ferreira, 35 e na Estação Centraldo Metrô. Os interessados deverão levarum Darj pago no Banerj, no valor de CzS56,09, carteira de habilitação antiga exerox da identidade e do CPF.

j^rquidioceseO Cardeal Eugênio Sales viaja hoje

para Roma, para participar da feuniãoanual da Sagrada Congregação para aEvangelização dos Povos.

Goverao

m

Psioomotrieidade — A Escola Supe-rior de Ensino Helena Antipoff, faculda-de mantida pela Sociedade Pestalozzi doEstado do Rio de Janeiro, promoverá o IEncontro Fluminense de Psicomotricida-de, nos dias 9,10 e 11 de outubro na sededa entidade, na Estrada Caetano Montei-ro, 857, Pendotiba, Niterói. Inscriçõespodem ser feitas nos seguintes locais:Rua Lopes Trovão, 52, 8o andar (Icaraí),telefone 710-0540, e Rua NascimentoSilva, 245, em Ipanema, telefone 247-9058.Petróleo — No Congresso Brasileiro dePetróleo, que se realiza no Riocentro atésexta-feira, Pérsio Árida, diretor da áreabancária do Banco Central, faz palestrahoje, às 18hl5min, sobre o Plano Cruza-do.

Governador — Inaugura às lOh o CIEPOscar Cordeiro, em Cachoeira de Maca-cu, e às 12h CIEP Glauber Rocha, emNova Friburgo.Prefeito — Não forneceu agenda.

L-

A Light irá in-|terromper o forneci-1mento de energia Ielétrica nos seguin-|tes bairros e horá-rios para serviços de Imanutenção de re-de: Barra da Tyucal(entre 8h e 12h) — Ruas Olimpio Falco-ni, Presidente Nereu Ramos (pãrte),Eduardo Pederneiras, Demóstenés Ma-dureira de Pinho, Prof. Hermes de Lima,Albert Sabin, Manoel J. Lídio. Grajaú(entre 8h e 16h) — Ruas Prof. JuremaMachado, Marianópolis, Augusto Gerar-det, Geribá, Corda do Mato e FavelaNova Divinéia. Penha (entre 9h e 12h) —Ruas P, Rua M, Rua L, Rua E, Rua 03,Rua 04, Av. Lobo Júnior, Travessas 31,29,24, 26,33 e 27. Santa Cruz (entre 7h e17h) — Ruas Paes Ferreira, AlcebíadesRocha, Júlio Dantas, Renato Paquet,Adalgi Lemos, Olavo Bilac, Catulo Cea-rense, N. de Aquino, Etelvina Reis, Dr.Djalma Reis, Ruas 04, 18, 10, 20, Av.Alencastro Guimarães e Amaral Peixoto,Rodovia Rio—Santo.Anchieta (entre 8he 16h) — Ruas Caminho do Padre, Adeli-na Maia, Medgar Evers, Marcelo Ramos,Gen. Rogério de Lima, Estrada Rio doPau, Praça Edmundo da Luz Pinto e IrmãGabriela.

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ATRAÇÃO

INTERNACIONAL

REALIZAÇÃOCHICO RECAREY

MANIF0LD

COZINHA INTERNACIONAL EMÚSICA PARA DANÇAR W

AV: Bartolomeu Mitre N° 123 — Leblon — Tel: 239-0198GOODWAY

DireçãoJ. Ramalhete

0 RETORNO DAS INESQUECÍVEIS

INTERPRETAÇÕES DE NAT KING

COLE, EARL GRANT E OUTROS

£tapetes e carpetesBANDEIRANTE

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JORNAL DO BRASILquarta-feira, 8/10/86 o Cidade

Foto de Marcelo Carnaval

Favelado tenta lincharassassino de Leonardo

Uma informação não confirmada deque o assassino do menino LeonardoFrancisco da Silva, 4 anos, estava presono 22° BPM, em Benfica, excitou e levoucerca de 100 homens, mulheres e crian-çás, moradores da favela da Chocadeira,vizinhos da família da criança, a tentar,com paus e pedras, invadir o quartel paralinchar o criminoso. Depois de muita

¦ conversa, explicações e ameaça de reaçãodos policiais, eles foram convencidos pelomajor César de que a notícia não eraverdadeira.

— Não queremos dar trabalho a vo-cês, entreguem esse monstro para a gente

, — pediu um manifestante. Leonardo de-sapareceu domingo depois de ser vistocom üm vendedor de sorvetes — branco,

_j cabelos castanhos claros, pele queimadade sqI ecom os dentes cariados e quebra-dos! Á criança brincava no pequeno par-que de diversões próximo a sua casa, com" dois amigos. Seu corpo, com marcas deviolência sexual e ensangüentado, foi

. encontrado no dia seguinte, à tarde, nummatagal ao lado do ramal da Leopoldina,

„ em Triagem.Denúncia

.,'„.'", Inconsolável com a morte do filho, a1 cbçtureira Luzia Helena da Silva acusou

ps, policiais da 21a DP (Bonsucesso) deomissos. Segundo ela, às 23h de domin-

, go, quando já havia procurado o menino,'ejn. vários lugares, foi com uma amiga,

], Sara Jane, à 21" DP, mas os policiais deplantão disseram que só poderiam tomar

; ajguma providência passadas 24 horas do..desaparecimento.

.',,• ,— Não podemos fazer nada — disseuni policial à Luzia, como ela mesma

. .reproduziu.— Se eles procurassem de imediato

. o meu filho, talvez pudessem salvá-lo damorte ou até prender o criminoso. O que

.a.polícia faz? Só sabe prender trabalha-dor e mais nada. Criminosos como oassassino do meu filho estão soltos —

. desabafou.Revoltados com o crime, grupos de

moradores da favela da Chocadeira —acesso pela Rua Couto Magalhães, 197 —

. formaram-se para caçar o criminoso nasredondezas. Joel Macedo Santos, amigo

'dà família do menino, afirmou: "Por¦pouco não agarrei aquele miserável."Referia-se ao criminoso, que garantiu ter

' visto embarcando num trem do ramal da"Leopoldina, na estação de Triagem, em

direção a Duque de Caxias.?,.«;, ¦_ Nós vamos pegar ele e entregar¦lao povo — disse, revoltado, Joel Macedo

Santos, esclarecendo que o criminoso é• .conhecido como Russo e freqüentemente

vendia sorvetes no parque de diversão,na Rua Batupiri, onde a maioria dascrianças da favela brincava.

Retrato faladoAs investigações sobre a morte do

menino Leonardo estão sob a responsabi-lidadc do delegado Bernardino Fonseca,da 23a DP, no Méier, que ontem garantiujá ter pistas do criminoso. "Mas não vourevelá-las para não prejudicar as investi-gações", disse. O policial distribuiu paraa imprensa o retrato falado do vendedorde sorvetes suspeito do crime: branco,cabelos claros quase louros, l,65m oul,70m de altura, 20 a 25 anos. O retratofoi feito com informações do menor D.,10 anos, que brincava com Leonardo emais dois meninos, E. e G., também de10 anos.

O padrasto de Leonardo, MartinsOliveira, voltou a reproduzir o que ante-cedeu a morte do menino. O sorveteiroteria dado Cz$ 2 a cada um dos meninosmaiores para comprarem guaraná e man-dou Leonardo comprar cigarros, ali per-to. Quando os meninos maiores volta-ram, não encontraram Leonardo e osorveteiro. Os dois ainda foram vistos emoutras áreas do bairro vendendo picolé.

— Eu não tenho dúvidas. Ele violen-tou o meu filho e o matou. É um covardeque a polícia ainda não conseguiu pren-der — disse Martins Oliveira, exibindo afotografia de Leonardo,"um garoto mui-to esperto e querido por todos na favela".

Abaixo-assinadoPara que o assassino do menino Leo-

nardo seja preso, os moradores deverãofazer um abaixo-assinado ao secretário dePolícia Civil, Nilo Batista. Eles reclama-ram que a polícia não investigou o casoontem, embora até mesmo o delegadoElson Campeio, diretor do Departamen-to de Investigações Especiais, tenha ga-rantido que vários policiais fizeram invés-tigações para prender o criminoso.

A excitação dos moradores da favelada Chocadeira — que permaneceramdurante uma hora na porta do 22° BPM— aumentou quando um camburão daPolinter saiu do quartel com dois poli-ciais:

É ele que está lá dentro — grita-ram os manifestantes. Para convencê-los,o major César abriu o camburão e mos-trou que ninguém se encontrava detido,explicando que os policiais que condu-ziam a viatura tinham ido ao quartel pormera formalidade.

Não podemos manter um civilpreso. Isso constitui crime de cárcereprivado — disse o major.

Foto de Luiz Morier

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r^RÍl ^W^~ liai\ Irmão do menino assassinado chora no sepultamento

Revolta toma conta do CajuRevolta, gritos histéricos, consterna-

ção "e uma manifestação de repúdio à

violência, que congestionou e chegou aparalisar o trânsito da Rua MonsenhorManoel Gomes, em frente ao cemitériodo Caju, marcaram o sepultamento domenino Leonardo Francisco da Silva, 4ânps, no carneiro 312 da quadra 32, às' I7h30min de ontem. Organizado o tráfe-go, os policiais do 4o Batalhão da PMouviram o que certamente não queriam,mas nada fizeram:

— Vocês só sabem roubar e prendertrabalhador. E os assassinos, como o quematou o Leonardo, vão ficar soltos? —

gritava Márcia Bernardes de Souza, pri-ma do menino. "Leonardo, eu prometovingar sua morte", repetiu várias vezes otio da criança, José da Silva, ex-policialcivil, entre faixas e cartazes de revolta.Os PMs pediram reforços, "temendomaiores conseqüências", como admitiu ocapitão Kerme.

Matador de menina aparece/.,-. São Gonçato — Vinte e quatro horas

depois de assassinar com chutes e pedra-das a estudante Kátia Cilene Machadodos Santos, 15, o menor R.C.M., 16,

- apresentou-se ontem aos policiais da 74**:DP, em Alcântara, acompanhado dai.mãe, Marlene Sapierre Correia, e do§ advogado Antônio Ferreira Terra. NoC depoimento, o menino expressou raiva e1> remorsos, mas, apesar de confessar o»'crime, se disse vítima.*í — Ela queria que nós fizéssemosj3 sexo e, como eu não topei, disse que eu*, não era homem. Fiquei revoltado, dei um,, tapa em seu rosto, depois, dois chutes e,vjá fora de mim, apanhei uma pedra eI; desferi-lhe dois golpes na cabeça — con-t tou com detalhes o menino.

Polícia não crêA estudante foi encontrada num ma-

| tagal no final da Rua Itatiba, próximo ao*; Conjunto Canadá, no Plano dos Padri-Z: nhos, em Monjolos, na periferia de Sãoü Gonçalo. Suas roupas íntimas foram ar-S rançadas e, para os policiais, ela foi'£ morta depois de estuprada. O delegado; Maudery Batista Saldanha não acredita»vna versão do menino e agora só está

aguardando o laudo de necrópsia do

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Celetistas lutam poraumento na Assembléia

Cristina Duncan é acusada pela filha do procurador

Amante de procuradormorto depõe novamente

Depois de promoverem manifestaçãoe vigília noturna em frente à residênciado governador Leonel Brizola, na Aveni-da Atlântica, Copacabana, funionáriosdas empresas do Estado vão hoje à As-sembléia Legislativa pressionar os parla-mentares a aprovar a concessão de rea-juste de 32,92% aos mais de 50 milservidores da administração indireta, ex-ciuídos da Lei 1.007, sancionada em ju-nho, que beneficiou com o aumento ape-nas os estatutários. Os celetistas querema aprovação de emenda apresentada pelodeputado Flores da Cunha (PDT) aoprojeto do governador, que reajusta em49% os policiais civis.

Como a disposição era encerrar avigília somente após serem recebidos porBrizola, os servidores das empresas esta-duais permaneciam às 20h no calçadão daesquina da Atlântica com Xavier da Sil-veira, à espera de que o governadorretornasse a seu apartamento, no sétimoandar do edifício número 3.210. A con-centração no local começou às 14h echegou a reunir 150 celetistas, com fai-xas, cartazes eum carro de som cedidopela Central Única dos Trabalhadores(CUT). A maioria dos manifestantes eracomposta de metroviários, que se retira-ram pouco depois das 17h para a assem-bléia da categoria.

O movimento conta com a participa-ção de 31 entidades de trabalhadores dasempresas do Estado, que já haviam en-tregue a reivindicação ao governador nodia 4 de setembro e promovido passeatapelo Centro no dia 18. A comissão dos

celetistas distribuiu fotocópia de declara-ções de Brizola ao JORNAL DO BRA-SIL, publicadas em 21 de março, em queo governador ataca o governo federalpelas perdas salariais dos servidores regi-dos pela CLT após o Plano Cruzado. "Osceletistas poderão ser atingidos, mas ire-mos em defesa desse pessoal", anunciavaBrizola na época.

A manifestação dos servidores pro-vocou curiosidades de turistas e transeun-tes habituais da Avenida Atlântica,atraindo à esquina três camburões daPolícia Militar, apoiadas por viaturas es-tacionadas próximas do quarteirão. Umcamburão subiu no calçadão e parou emfrente aos manifestantes, que reclama-ram do excesso de vigilância. Mas aconcentração foi tranqüila, apesar de umprincípio de incidente: o candidato asenador Antônio Pedreira (PPR, um dospartidos da Aliança Democrática) tentoufalar pelo microfone, chegou a empunharo aparelho depois de bate-boca e, empur-rões, foi afastado pelos coordenadores doato.

Os manifestantes reagiram com indi-ferença quando, às 16hl0min, a esposado governador, Dona Neusa, saiu à por-taria do prédio e entrou num Opala cinzametálica que deixou rapidamente o cal-çadão. Pouco antes, um helicóptero so-brevoou a área (na opinião de váriosceletistas, o veículo estaria conduzindoBrizola). Servidores que chegaram aocalçadão antes da manifestação, às 13h,disseram ter visto o governador saindo decasa num Galaxie Landau cinza.

Foto de Carlos Mesquita

O delegado Marins de Oliveira Jú-nior, de Campos, reinquiriu ontem noRio, na 13a DP, a advogada do BanerjCristina Cardoso Duncan, ex-amante doprocurador Jonas Lopes de Carvalho,assassinado a tiros há 15 dias, naquelacidade, e ouviu sete amigos e parentes deCristina para tirar dúvidas de seus doisdepoimentos anteriores.

A advogada Rosemary Lopes de Car-valho, 35, filha de Jonas, afirmou, antesde assistir aos depoimentos, que a hipóte-se mais provável sobre a morte de seu paié o crime passional, e acusa Cristina, comquem Jonas disse ter tido uma brigaviolenta no sábado, dia 20, dois dias antesde ser assassinado. O ex-ministro Evan-dro Lins e Silva e o advogado Modesto daSilveira estiveram na delegacia para darsolidariedade à filha de Jonas.

BrigasRosemary disse que Cristina, 28, era

amante de seu pai desde 1973, mas queem 1982 Jonas lhe contou que tinhaterminado o caso com Cristina porque elase tornara amante de Gessy Sarmento,um dos principais assessores do governa-dor Leonel Brizola, e que seu pai afir-mou, nessa ocasião, que não admitia sertraído. Rosemary disse que, durante todoo tempo, Cristina ontinuava procurandoseu pai, telefonando com freqüência paraele.

— Foi o Gessy Sarmento que levouCristina para trabalhar no Palácio Gua-

Instituto Médico Legal de Niterói, paraonde o corpo foi removido.

De família humilde, a menina costu-mava freqüentar os bailes do ColégioEdgard Costa, em Monjolos, onde estu-dou até a 3* série do Io grau. Domingo,com suas duas irmãs, foi para a discoteca,onde conheceu o rapaz. Por volta das22h30min foi vista deixando o local comele, pegando o caminho que leva aoConjunto Canadá, onde mora na casa 16.Desde então, ninguém mais a viu, tendosido o seu corpo encontrado na madruga-da de segunda-feira.

Revoltados e pedindo justiça, maisde 200 moradores do bairro de Monjoloscompareceram ontem, às lOh, ao sepulta-mento daa menina no Cemitério de Pache-cos. Eles se recusam a acreditar na histó-ria contada pelo menino.

No depoimento prestado aos policiaisda Delegacia de Alcântara, R.C.M. con-tou que; quando tinha 14 anos, passouquatro meses no Juizado de Menores doRio, após se envolver numa briga. Há umano mora na Rua A, lote 3, quadra 13, nalocalidade de Marambaia, em São Gon-calo, e todos os fins de semana participa-va dos bailes no Colégio Edgard Costa.

nabara, como assessora — diz Rosemary,acrescentando que Cristina dizia a seu paique

"queria reatar o caso com ele semnenhum interesse, porque Gessy lhe deradois apartamentos e dois carros, umMonza e um Chcvette, e que ela tinhamuito dinheiro e muitas jóias, mas meupai recusava sempre".

Segundo Rosemary, Jonas veio aoRio na sexta-feira, dia 19 de setembro, eno sábado de manhã esteve no aparta-mento de Cristina, em Copacabana, ondetiveram uma briga violenta — fato relata-do por Jonas no domingo, já em Campos,para sua assistente, Laila Viana Paes.

Jonas Lopes de Carvalho Júnior, fi-lho do procurador, contou ontem, tam-bém na delegacia, que na segunda-feira,22 de setembro, seu pai chegou em casa,em Campos, pouco antes das 19h, vindode Itaperuna por um caminho que oobrigou a passar diante do motel Alcazar.Logo que chegou, viu um pedaço de umanovela na televisão e pediu para serviremseu jantar. Às 19hl5min, recebeu umtelefonema, voz de mulher, avisou quenão ia mais jantar e saiu.

— Vinte minutos depois, recebi umtelefonema do dono do motel Alcazaravisando que meu pai tinha sido baleadoe estava na Santa Casa — conta Jonas. —— O fato de meu pai ter passado nafrente do motel e ido direto para casajantar mostra que ele não tinha nenhumencontro previamente marcado com Cris-tina no motel, como ela afirma.

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Celetistas se reuniram em frente à Casa de Brizola

Acidente emAndaraí reclama terras construção

prometidas por prefeito fe™,Í£í¦¦¦¦ Miam oí-i/ííia-itíJ nr\ nrt>Atf\ Pm

Cerca de 50 moradores do Morro doAndaraí — a maioria mulheres — realiza-ram manifestação no Palácio da Cidadepara revivindicar o cumprimento de umapromessa feita pelo prefeito SaturninoBraga ainda na campanha eleitoral: a .entrega dos títulos de posse das terras.Exigiram falar com o prefeito, mas foramrecebidos pelo vice Jó Resende, que lhespassou um carão e, mesmo assim, foiaplaudido ao anunciar para sábado umavisita ao morro para assinatura do proces-so de desapropriação de três das seteáreas reivindicadas pelos moradores.

O grupo de moradores chegou às14h30min com faixas e cartazes e seconcentrou nos jardins da Prefeitura,exigindo a presença do prefeito. ManuelaAntonia Ferreira, muito exaltada, dizia-se arrependida de haver sido cabo eleito-ral de Saturnino no ano passado. Meiahora depois, o grupo foi levado para osalão de reuniões, no segundo andar. Osmoradores esperaram por mais 30 minu-tos e, sob as luzes dos refletores detelevisão, cantaram refrões contra o pre-feito. Nesse instante, Manuela afirmouque está ameaçada de despejo. Jó che-gou, conversou por uma hora, foi aplau-dido e recebeu um beijo de Manuela:"A-doro beijar gente bonita", disse ela.

"Pé no chão"Jurema Batista, presidente da asso-

ciação de moradores do monv, disse que6 mil famílias aguardam a entrega dostítulos de posse de terra. No Andaraímoram cerca de 17 mil pessoas, a maioriaproprietária das casas, mas náo do terre-no. Jurema afirmou que o processo dedesapropriação do morro começou háquase um ano e as obras de saneamentobásico estão paradas à espera de decisãosobre a posse das terras. Contou quecerca de 20 famílias foram despejadas eque alguns moradores venderam suascasas.

— O homem dubiu o morro com opé no chão para pedir votos e agoraqueremos que ele venha aqui com ospróprios pés falar com a gente — diziaManuela Antonia, enquanto o grupo demoradores esperava do lado de fora poruma resposta do prefeito. Ela contou quefez campanha para Saturnino em 85 portodo o morro e as comunidades faveladasda Tijuca, quando o então candidatoprometeu a posse das terras e o sanea-mento básico do Andaraí.

Da reunião a portas fechadas com os

manifestantes, os jornalistas, do lado defora, conseguiam apenas ouvir a voz altade Jó Resende, que passou um carão nosmoradores. A bronca durou 15 minutose, ao final, Jó foi aplaudido. Os represen-tantes dos moradores começaram então afalar enumerando as reivindicações domorro. A reunião durou cerca de umahora e, no meio dela, Jó saiu várias vezesda sala para buscar mapas e documentosrelativos à desapropriação do morro.

Assinatura no sábadoQuase ao final do encontro, depois

de muitos aplausos ouvidos do lado defora, a imprensa foi convidada a voltar àsala. Jó Resende anunciou então a ida doprefeito Saturnino Braga ao Morro doAndaraí no sábado, às 17h, para assinatu-ra do processo de desapropriação de trêsáreas do morro, num total de 7 mil 576metros quadrados e no valor de Cz$ 660mil. Segundo Jó, o processo jurídico deentrega dos títulos de posse demoraráainda de 60 a 90 dias.

As três áreas pertencem a Cândidode Oliveira, o Candinbo, já falecido, eestão localizadas nos finais das ruas Leo-poldo e Santo Estêvão. As demais quatroáreas reivindicadas pelos moradores so-mam cerca de 50 mil metros quadrados eestão avaliadas pela Prefeitura em cercade Cz$ 3 milhões. Quase 1 mil 500famílias serão imediatamente beneficia-das com a desapropriação.

Após a reunião, as expressões dosmoradores antes tensas eram de alegria.Jurema Batista se dizia satisfeita com asgarantias do vice-prefeito e atribuiu a"um

problema político, administrativo eburocrático" a demora no processo dedesapropriação. Manuela Antonia, noentanto, ainda não estava satisfeita:"Não vi o meu barraco na área desapro-priada."

Manuela só se tranqüilizou quandoJó levantou um mapa da área do Morrodo Andaraí com as demarcações dos lotesa serem desapropriados, explicando deta-lhadamente a situação de cada trecho.Mesmo tendo visto que seu barraco esta-va localizado no lote 4, que náo serádesapropriado neste sábado, Manuelarespirou aliviada. Não se conteve e partiupara cima de Jó, dando-lhe beijos nasfaces. "Adoro beijar homem bonito",disse.

Jó Resende anunciou ainda que osdemais quatro lotes reivindicados para adesapropriação deverão ter seus proces-sos concluídos até o fim do mês. *

Dois operários ficaram feridos ontemnum acidente no prédio em construção naRua Santa Maria Rosselo, na Tijuca,quando cedeu o painel lateral ou o esco-ramento feito no piso do Io andar paracolocação de uma viga na fôrma. Umadas vítimas, José Severino da Silva, caiusobre uma pilha de tijolos e madeirame,sofrendo fratura do braço esquerdo ecorte na coxa. A outra, que sofreu apenasescoriações, não foi identificada.

Os destroços caíram na rua e danifi-caram o Fiat JV-5488, dirigida por Anto-nio J. Rodrigues, funcionário da Telerj,que nada sofreu. O carro passava pelolocal no momento do acidente, por voltadas 12h. O operário não identificadoficou preso nas ferragens da armação efoi retirado pelos colegas. Os bombeirosda Tijuca só tiveram o trabalho de condu-zir as vítimas para o Hospital do Andaraí.

ã:Pólvora éapreendidaem lojas

O Departamento de InvestigaçõesEspeciais da Secretaria de Polícia Civilapreendeu ontem, numa blitz em casas deartigos de umbanda no Centro e emBotafogo, 10 quilos 450 gramas de polvo-ra acondicionados em 209 cartuchos.Usada em rituais de macumba, emborasua venda seja proibida, a pólvora tam-bém era adquirida, segundo a polícia, porfabricantes caseiros de bombas.

Comandada pelo diretor da Divisãode Armas e Explosivos do DIE, delegadoPaulo de Tarso, a blitz foi em decorrênciado atentado a bomba no cinema Center1, em Nova Iguaçu, que feriu quatropessoas na noite de domingo. O casotambém está sendo investigado pela 52aDP, naquele município, mas ainda náo hápistas dos responsáveis.

Os 209 cartuchos de pólvora, cadaum com 50 gramas, da marca Adrianino,foram apreendidos em três das oito casasde artigos de umbanda visitadas pelospoliciais: Rua dos Andradas, 9 (47 cartu-chos); Rua de Santana, 119 (31); e RuaDona Mariana, 19-A (131).

ÈSPRTE2 feira noCadertwdf K-pnrlt»

Delegadopede prisãode suspeito

Com base nas evidências, o delegadoLísias Moura, da 131a DP (Saquarema),pediu ontem à juíza Luzia Brochado, doFórum daquele município, a prisão pre-ventiva de Geraldo Imperiano de Olivei-ra, 27, acusado de ter assassinado afacadas a bancária Suely Pessoa Araújo,25, na manhã de domingo passado.

Geraldo continua negando a autoriado crime, mas o delegado acredita era suaculpa, principalmente por causa do de-poimento de três testemunhas, Manoelde Abreu, Carlos Augusto dos Santos eBaltazar de Sousa, que viram as trêsetapas do crime: perseguição, ataque àvítima e raga.

A principal testemunha, Baltazar,que surpreendeu Geraldo atacando Sue-ly, é apontado como doente mental. Odelegado considera o depoimento de Car-los Augusto e Manoel tão fortes quanto ode Baltazar, que talvez não seja válidopara a Justiça.

Dupla épresa comcocaína

A Polícia Federal do Rio apreendeu4 quilos 874 gramas de cocaína pura —

que renderiam aos traficantes Marco An-tônio Fusco, 39, e André Luís da RochaPinto, 30, a quantia de Cz$ 1 milhão 462mil 200. Os dois foram presos no Recreiodos Bandeirantes, dentro do Escort azulmetálico, ano 86, placa VF-1499, nodomingo de manhã. Eles se dirigiam aoHotel Atlântico Sul (Av. Sernambetiba,18.000) para entregar a droga a MarceloRibeiro 40, hospedado no apartamento705, que faria a distribuição para ospontos de venda da Zona Sul.

Marco Antônio Fusco, analista desistema, natural do Rio Grande do Nor-te, estava em liberdade condicional, apósser condenado a três anos de prisão, em84, por contrabando de materiais impor-tados e tráfico de entorpecentes. Na suaficha criminal constam também antece-dentes de receptação, agressão corporal ehomicídio. André foi preso apenas umavez por porte de maconha.

Além dos cinco pacotes com quasecinco quilos de cocaína, a polícia encon-trou um revólver calibre 38, 10 balas euma balança simples.

Talavera Frases escritas nas paredesàs vezes refletem desespero

e solidão: "Os homens dalei destruíram tudo o queamei, até minha própria

vida"

CADA MULHER TEM SUA HISTORIA NA PRISÃO

Fotos de Custódio CoimbraBruce

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Rosana Encarnação, mãe de uma menina de 3 anos, achoupouco o que tinha e resolveu "melhorar de víãa>,: passoua assaltar com o marido, um militar, e acabou na cadeia

Insinuante, simpática e falante, Angela não escondea atração pelo crime e afirma que se dá muito bem em assaltos amansões, quando geralmente tem a função de render as vítimas

Denise Assis

Em

1986, de um total de9 mil 500 presos, cercade 600 fugiram de pre-sídios e delegacias. Do

ano de 83 até agora, apenas cincomulheres presas que são ao todo350 — escaparam dos xadrezes.Por quê? Para o diretor do presí-dio feminino Talavera Bruce, emBangu, Nilson Sérgio Ribeiro,trata-se de "uma questãocultural"; para a psicóloga dopresídio Romeiro Neto, MariaEmilia Barcello, "a mulher acei-ta mais a prisão porque entra nocrime em função de um compa-nheiro".

Nilson Ribeiro — oito mesesde experiência de contato com aspresas — concorda com MariaEmilia também. Segundo ele, amulher age movida pelo amor aocompanheiro. A maior parte caiem função dele e aceita a prisãomovida por uma acomodação esubmissão que foi incutida namulher. Ribeiro acha que a ma-ternidade é um dado fúndamen-tal na personalidade das presas,que vivem a pena pensando emse recuperar pelos filhos.

— Quando sair daqui voutrabalhar honestamente paracriar meus filhos. Eles precisamde mim. Fugir para quê? Só vouficar mais tempo longe deles.

A afirmação de uma presa,marcada pelo bom senso, esbar-ra, no entanto, no preconceito dasociedade que desconfia de umapessoa com um documento nobolso contendo a informação fa-tal: ex-detenta. O que acabaacontecendo, diz Maria EmiliaBarcellos, há dois meses dirigjn-do o Romeiro Neto, que abrigapresas em fim de pena, é que elassaem na ilusão de uma chance,não a encontram e voltam a co-meter falhas. Mas, acrescenta, sea detenta é primária, tem famílialá fora que lhe dê apoio e umcompanheiro, consegue.

Por isso, as fugas são maiscomuns entre as reincidentes.Em regime semi-aberto, ou seja,com licença para trabalhar, saempela manhã e não retornam.

Raramente há uma fuga pelomuro", garante a psicóloga. Nes-tes dois meses de existência doRomeiro Neto em Niterói, duasinternas lançaram mão deste arti-fício e, embora a um passo daliberdade, jogaram tudo para oalto ao resolverem não voltar.Certamente retomaram as anti-gas atividades.

Trabalhando há oito anoscom detentos de ambos os sexos,Maria Emilia está convicta deseu enfoque sobre a mulher-detenta:

— Quando ela é presa, ocompanheiro, em função do qualele caiu, a abandona. Eu diriaque no dia-a-dia as presas sãomais rebeldes, mas o granderompimento, que seria a ruga, émais complicado para elas, co-mo, aliás, é para a mulher emgeral. E falta na mulher espíritode união, elas se importam muito

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Marilda Milan, revoltadaque considerava o único e

ifflBKiinBSyBlbiMgBBK-com a morte do marido,grande amor de sua vida: Se a

classe (das presas) fosse unida a polícia não tinha vez

Distante do filho, Martinha, 23,embala a boneca de pano em seucubículo relembrando o ato maternal

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tíaãfi&aO namoro com os detentos dopresídio masculino, vizinho ao Talavera,tem dia certo toda semana

umas com as outras, enquanto oshomens em pouco tempo seunem e tramam fugas em^massa.

Não é preciso muito tempono Romeiro Neto para entendero depoimento da psicóloga e di-retora. O presídio tem as carac-terísticas de uma pensão — nomomento há 34 detentas. Não hágrades ou cubículos, apenas alo-jamentos.

O dia começa cedo e às 6h asque têm licença para trabalharfora — por bom comportamentodurante o regime fechado ouporque já cumpriram 1/6 da penae ganharam do juiz o benefíciodo regime semi-aberto — tomamcafé e saem. Pintadas — o batomé um detalhe indispensável — earrumadas elas vão à luta.

Maria Améüa dos Santos, desaída às 6h30min, acha que tevesorte. Aos 25 anos, filha de uminspetor da Prefeitura de Niteróie de uma funcionária aposentadada Justiça, está a dois meses daliberdade, após cumprir dez me-ses da pena de dois anos e meiopor tráfico de drogas, ela, que émãe solteira, pode ver o filho,Thiago, e trabalhar como secre-tária de um restaurante enquantoa liberdade total não chega.

Fugir? Não vou e nempenso. Estou por muito poucotempo e meu sonho é reconstruira vida.

Para Maria Lisboa, 36, umfilho, ex-detenta do TalaveraBruce e que hoje ganha a vidadando aulas de inglês, francês eespanhol e fazendo traduções, aexperiência foi "trágica e vá-lida":

Cruel porque fui afastadada minha família, perdi os ami-gos e vivi longo tempo longe demeu filho. Válida porque conhe-ei pessoas interessantes e aprendia valorizar pequenas coisas comouma refeição e um banho quen-te. Conheci um outro lado davida, o da miséria humana.

No Talavera, Maria Lisboaconheceu a extensão da solidãohumana. Ela diz que é precisoser muito forte para não se dei-xar corromper, "virar a cabeça":

Ninguém é obrigada a en-trar no homossexualismo, masmuitas são levadas a isso porcarência e fraqueza.

Sobre o baixo índice de fugas,Maria Lisboa lembra que a mu-lher pensa mais nos filhos e temmedo de morrer:

O homem pula o muro eenfrenta armas. Na minha saídaextramuro cheguei a pensar emfugir. Mas concluí que não valiaa pena, nunca mais poderia vol-tar a ser uma pessoa de bem.

No Talavera Bruce pessoasmiseráveis e quase débeis convi-vem com outras argutas, vivas,enfeitadas de jóias e com ideaisde liberdade a qualquer preço,ainda que pela violência.

Tudo o que eu quero éque você consiga que eu vejameus sete filhos — pede uma.

Isso aqui não é lugar paramim. Meu mundo é outro. Se anossa classe fosse mais unida nãoteria para a polícia — garanteoutra.

Desespero e prepotência vi-vem lado a lado. O elo de ligaçãoé a condição de presa. No Tala-vera Bruce são vivas as dispari-dades de sistema penal: ali estãojuntos quem passou um chequesem fundo e quem matou e es-

auartejou o marido. A aparência

o presídio é o inverso do que seconstata no Romeiro Neto.

Ângela Stanascooly, 21,olhos grandes e verdes, presa porassalto e formação de quadrilha,afirma:

Pelo muro eu não saio. Sópelo portão — garante ela, cujaespecialidade no crime é a "ca-changa" (invasão de mansões,quando chega mandando as víti-mas para o BanheiroV

Ao contrário da Angela, Àu-rea Pereira Lima, 40, tem osbraços cheios de cicatrizes. Sãomarcas de arame farpado dasvezes em que tentou fugir. Agoraela jura que jamais tentará outravez:

Não compensa. Só aumen-ta o tempo da gente.

Pintando as mesas da crechedos filhos das detentas que nas-cem no presídio, Marilda MilanMendes parece tranqüila. Con-denada a quatro anos e meio por"troca de tiros com a PM, apósum assalto na Avenida Suburba-na", Milan só demonstra revoltaao contar que seu marido, oBigô, com quem agia — "o únicohomem a quem amei e respeiteide verdade —, foi morto covar-demente, segundo ela. Milanquer apurar o caso, ocorrido re-centemente, e jura que vai sairdo Talavera Bruce assim quepuder: Isso aqui não é lugar paramim. Gosto mesmo é de medivertir com minhas filhas naHelp e roubar. Só quem viveu aemoção de um assalto sabe o queé. Por isso admirava tanto o meumarido. Ele era um bandido deverdade. Eu não sou como àscolegas, que se acomodam porum banheiro limpo e um cober-tor. Quero é mais e vou.

Ao lado, Tânia Araújo, 25,ex-mulher de Silvan Canuto,bandido conhecido como "o me-nino de ouro", assassinado naprisão, reforça o depoimento dacompanheira:

Silvan não deixava que eume metesse nos negócios dele,mas eu gostava. Quando o mata-ram covardemente, não tive dú-vidas: fui agir também. Assaltofirmas com amigos. Pena quetodos estejam presos. A Milantem razão. A melhor coisa" épraticar um assalto e depois alu-gar uma suíte no hotel mais caro,para um embalo.

JORNAL DO BRASILRio de Janeiro — Quarta-feira, 8 de outubro de 1986

A revolução perdeu seus fiéisD De Gabeiraaos PanterasNegras,Cohn-Benditpergunta emseu livro oque aconteceuaosrevoluciona-rios quequeriammudar oplaneta

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PARIS

— DanielCohn-Bendit, o Danyle Rouge (Dany oVermelho), não é mais

aquele. Em maio de 68, ele,estudante de sociologia daFaculdade de Nanterre,encabeçou a invasão daSorbonne, incendiou a França,foi processado 24 vezes, expulsopara a Alemanha Ocidental, sóretomando à França 10 anosdepois, hoje morando emFrankfurt. O máximo que eleconseguiu agora, na França, foiter um programa de televisão,em que entrevistou 18 célebrescontestatários pelo mundoafora, adiado de setembro paradezembro. Das entrevistas dodocumentário, Cohn-Benditextraiu um livro tambémchamado Nós que amávamostanto a revolução; lançado naFrança a 3 de setembro, teveuma repercussão média. Dolivro, resta uma conclusãonostálgica de que a únicacerteza dos antigosrevolucionários é doravante adúvida...Uma das entrevistas do livro deCohn-Bendit, feita comFernando Gabeira,transformada em livro, já foipublicada no Brasil, com amesmo título, no final do anopassado. Ambos conversamsobre as suas preocupações,como feminismo, educação,pacifismo, ecologia,homossexualismo outransferência de tecnologiaalternativa para os paísessubdesenvolvidos. Na ediçãofrancesa, na introdução àentrevista com Gabeira,Cohn-Bendit informa que ele,"guerrilheiro em 69, pacifistaem 1986, hoje se interroga einterroga o povo brasileiro comuma questão que concerne atodos nós: que tipo dedemocracia verdadeira somoscapazes de criar?" Diz que eleatualmente produz e estrela umprograma de televisão, masainda não podia informar queGabeira, que seqüestrou comseu grupo armado oembaixador americano no Rio,hoje aceita as regras dosistema e é candidato agovernador também no Rio deJaneiro.O outro brasileiro constante dolivro de Cohn-Bendit é AlfredoSirkis, partidário da lutaarmada em 1970, "um dos queseqüestraram o embaixadoralemão trocado por 40 presos

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AULAS?TOME NOTA. SBOSS

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¦ Gabeira: "Quetipo de democraciasomos capazes decriar?"

políticos, entre eles FernandoGabeira". "Jornalista e escritor,vive em um apartamento desonho que domina a magníficaBaia da Guanabara e seufamoso Pão de Açúcar."Cohn-Bendit reuniu o seumaterial durante dois anos,viajando, em companhia deuma equipe de televisão, deFrankfurt ao Rio, de Paris aNova Iorque, passando pelaPolônia, para ver o aconteceucom os hippies, os PanterasNegras, as mulheres dosmovimentos feministas radicais,os provocadores das BrigadasVermelhas, os guerrilheiros daAmérica Latina e os francesesda Esquerda Proletária.Que há hoje de comum,

gergunta-se Cohn-Bendit no

vro, entre o ex-hippie JerryRubin, istalado atualmentenum suntuoso apartamento deNova Iorque, e um terroristaitaliano vivendo encerradonuma prisão? Antes de maisnada, Dany le Rouge seexplica: "Vivo sempre emcomunidade (em Frankfurt),creio num certo igualitarismo,na iniciativa criadora, naliberdade de expressão, econtinuo a manifestar umantitotalitarismo primário."Surpreendentemente — talveznem tanto — proclama que"hoje uma mudança dasociedade só pode nascer doparlamentarismo".Um de seus colegas da época,Jean-Pierre Duteuil, continuairredutível, libertário total:retirado no País Basco, aindaprefere "ser um pintor oficialna União Soviética do quedesempregado, negro ou índionos Estados Unidos". O negroamericano Bobby Seale, antigolíder dos Panteras Negras,ainda revolucionário mascozinheiro em Filadélfia,detesta a reaganite masacredita "no conceito dademocracia". Osrevolucionários negrosabandonaram as armas. Sealedefende a causa delespublicando um livro de 100

¥ ¦' -«* a*

¦ Rubin, o grandelíder hippie,organiza hoje festaspara executivos

receitas de churrasco tais comolhe foram ensinadas por seu tiono Texas.

Se o livro vender bem, fareium vídeo como Jane Fondacom seus exercícios físicos. Voucriar uma fundação para apoiaios comitês de base pelamudança social.O alemão Joshka Fischer,partidário da violência dentrodo movimento Baader-Meinhof,depois pacifista e antinuclear,agora é ministro verde do MeioAmbiente, desde 1985. Fischerdeclara que não tem soluçãomelhor a apresentar do que oparlamentarismo. O francêsSerge July, atual diretor dodiário Liberation, já incitou aguerra civil no tempo em quevivia como Guarda Vermelhonuma fábrica de Douai, hojedeclara que "não pode existirsociedade civil sem Estado":

Não basta dizer "creio nademocracia". É precisoaperfeiçoá-la todos os dias.Rob Stolk, um antigo provo deAmsterdã, hoje é proprietáriode uma pequena empresa. Nãotem vergonha de confessar:

Se a prática te demonstraque tuas idéias sãoirrealizáveis, é normal que vocêmude. (...) Para mim, minhamulher é a minha melhorcompanheira.Perguntado se praticava, emsua empresa, a mesmaigualdade de salários quepregava há 20 anos, respondeu:

Quem assume os riscos soueu.Gaby Ceroni, ainda operário noestaleiro de Saint-Nazaire, naFrança, ex-partidário da CGT,antigo stalinista puro e duro("A fábrica é uma concentraçãode ejaculadores!"), refugiou-sena ioga, na macrobiótica, napsicanálise e na literatura.Jerry Rubin, o autor de Do It,aquele que propagou aexpressão "não confie empessoas maiores de 30 anos",encontrou, sem dúvida, amelhor e mais fácil dassoluções: integra a maioriaamericana com umamentalidade de convertido. Naépoca do Vietnam, ele era nosEstados Unidos o estrategistados yippies, facção nascida em1967 dentro do movimentohippie, e que se fixou oobjetivo de politizar acontestação pela farsa, aprovocação e o prazer. Rubin,hoje, é uma caricatura: fazjogging, fortifica o corpo comvitaminas, vive num esplêndidoapartamento em Manhattan eorganiza festas para executivos.

Nossa geração ganhou —garante ele. — Agora, asociedade somos nós.Sem vergonha de nada, comoum bom americano, ele se dáao luxo de debater em públiconas universidades, à taxa de 1mil 500 dólares porapresentação, com seu antigocompanheiro de luta, AbbieHoffman, que continua arecusar o modelo americano.Um elegia a modernidade, ooutro, a nostalgia. Rubin faz aplatéia rir com uma piadinhabem ensaiada:

Hoje não saio de casa semantes verificar se estoucarregando minha carterinhado American Express...Enquanto isto, em Frankfurt,segundo informa ElisabethSchemla no NouvelObservateur, Cohn-Benditafirma que se vivesse naFrança iria concorrer àpróxima eleição presidencial:É preciso criar uma UDF(giscardista de direita) deesquerda!

'¦•TOTF ¦'•MÁ,: ¦' --::¦

¦ Sirkis: deseqüestrador amorador de um"apartamento desonho"

2 o CADERNO B o quarta-feira, 8/10/86 JORNAL DO BRASIL

Affonso Romano de SantfAnna

Não étão longeJaconéACONTECE

que a Suely que esfa-quearam, violentaram e morreulá em Jaconé é alguém que vicrescer, porque seu pai, o seu

Luís, foi porteiro de meu prédio aqui emIpanema durante uns 10 anos.

E no domingo em que isto ocorreu,estranhamente, eu vinha de um almoço nacasa de Tônia Carrero, onde ela reuniuamigos em torno de uma muqueca depeixe e da piscina. E a tarde era linda, e aamizade era linda e linda era a vida. Edescendo de carro do Jardim Botânicopara casa, eu pensava: o verão já veiotambém lindamente e existe uma calmariaazul nos ares, e que bom! porque já háalgum tempo náo se abate sobre nós ne-nhuma daquelas tragédias tipo Denise eMônica.

Foi pensar nisto e no dia seguinte ojornal e o novo porteiro me relatam atragédia com a "filha do seu Luís". Edepois de alguns impropérios e revoltadoespanto, vou logo pensando, enquanto saiode carro pelas ruas luminosas deste bairro:que azar de cuia! um homem se muda comsua família para um lugar tranqüilo, sai dabarbárie civilizada da Zona Sul, pensa queno sitiozdnho que conseguiu comprar vaipoder recuperar um pouco da vida ruralque tinha quando vivia no Nordeste, e, derepente, pronto, violentam e matam-lhe afilha, num local onde todos sáo conhecidos.E o assassino, por ironia do azar, é outronordestino desenraizado por aqui.

Meu carro avança pelas ruas de Ipane-ma, num dia que deveria ser terno e azul eolho os muitos porteiros desses prédios,muitos vindos do Nordeste. Suely, a filhado meu ex-porteiro vivia por aqui. Muitasvezes cruzei por ela, outras lhe disse bomdia e a ia vendo crescer, como seu Luís iavendo crescer minhas filhas. Percebo quemeu carro e minha crônica estáo passandoagora em frente à portaria do prédio ondemorava Denise, que tinha mais ou menos aidade de Suely e que foi assassinada pelos

porteiros de seu próprio prédio. Durantemuitos dias as pessoas todas passaram aolhar todos os porteiros como suspeitos depossíveis e semelhantes crimes.

Agora é meu ex-porteiro a vitima. Ele esua família. É um círculo vicioso: o crimeentra e sai pelas nossas portarias, nosinvade a casa indiscriminadamente. Nãoposso ler a notícia de um crime acontecidolá em Jaconé, e tentando esfriar a alma,pensar: isto aconteceu lá longe com gentedesconhecida. Jaconé não é tão distante.Começa na soleira de nosso prédio e nosinvade a sala em forma de sangrenta no-tlcia.

Na verdade, já se disse, vivemos numaaldeia global. As coisas acontecem dentrode nossa sala, passando pela portaria, co-mo esse assalto que ocorreu na casa doBoni, diretor da Globo, quando os ladrõessurpreenderam ali uma meia dúzia de dire-tores da empresa, e os insultaram, amarra-ram, roubaram, deixando-os presos na ade-ga. E náo era cena de novela, nenhum"caso especial", mas um caso banal, umanovela diária, onde Daniel Filho e outrosficaram à mercê de atores desesperados,que saíram da marginalidade social e porinstantes ocuparam o centro da cena vio-lentamente.

Eu não queria estar mais aqui falandodesses crimes contra mulheres, porque an-tes que isto canse o leitor já me cansa amim e me coloca numa impotente desespe-ração. Preferia, é claro, abordar o lado azule verde da vida, à borda das piscinas e aosom das conversas fraternas. Mas o teatrodo absurdo se impõe onde haveria apenasteatro com um ou outro absurdo.

Já suspeitava que quando visse o re-trato do seu Luís debruçado sobre o caixãoda filha, já não poderia decidir livrementeo assunto da crônica. Na verdade, o assun-to é que escolhe o cronista. O que foi isto?O acaso? Se Suely não tivesse salda àquelahora estaria viva? Se ainda morasse aquicom sua família também estaria salva?Mas, o que é isto? Uma guerra? Fazemosparte todos de pelotões que saem no terre-no inimigo e alguns voltam e outros não? Aquem culpar? Como levará a família essaferida o resto de sua vida?

Não sei o que lhe dizer, seu Luís. Tan-tos anos o senhor viveu por aqui zelandopor todos, consertando pias e portas esorrindo para nossas filhas quando chega-vam em casa. E agora lhe sucede essatragédia que não tem conserto nem nuncaterá. E nós não temos nada para lhe darsenão o nosso dolorido carinho.

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f'É :.•:..' '""'"¦•^^¦aSBflfl^Destino, estréia de hoje, é dedicado aos imigrantes

CISNE

Negro, dos melhores gruposde dança contemporânea do Bra-sil, estréia hoje no Teatro JoãoCaetano com toda a garra de que é

capaz: Destino é a programação de hoje,amanhã e sábado, enquanto sexta e domin-go ficam com Do homem ao poeta. Fundadoem São Paulo há nove anos, sob a direçãoartística de Hulda Bittencourt, o grupo via-jou pela Europa recentemente e conta com acoreografia de Luiz Arrieta nos dois bales.Destino, dedicado aos imigrantes orientais,parte do I Ching para contar as emoções deum grupo de pessoas que se desliga de suaterra para ir ã outra. A música é de ShiroFukai. Já Do homem ao poeta, com músicade Carl Off, Carmina ouraria, baseia-se nasOdes elementares de Pablo Neruda. Sessõesàs 21h (quarta à sábado) e 19h (domingo), porCz$ 70 e Cz$ 50.

Hoje, também, no Circo Voador, .a Cia.Aérea de Dança faz uma apresentação, como espetáculo Asas, que terá carreira regulara partir do dia 13 no Teatro Benjarnin Cons-tant. Como convidados, Georgea Sodré, Ve-ra Lopes, Jogo de Encaixe, Intrépida Trupe,Coringa e Corpos do Oficio. (Danúsia Bar-bara).

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JORNAL DO BRASIL quarta-feira, 8/10/86 o CADERNO B o 3

Vôorápido

A onda de telefonemasde amigos do Sr MarcílioMarques Moreira que seseguiu ontem ao anúnciode sua designação parapróximo Embaixador doBrasil em Washington náoo encontrou mais no Rio.

Ele tinha tomado umavião na véspera e já esta-va em Madri.

Bola cheiaO último VExpress colo-

ca o diplomata e acadêmi-co José Guilherme Mer-quior nas alturas.

Refere-se a seu livro so-bre Foucault como a obra"mais limpida de Mer-quior" e a maior homena-gem que se poderia pres-tar ao pensador francês.

ReboladoAnlversaria hoje o aca-

dêmico Eduardo Portella.Vai comemorar a data

assistindo com o grupoque coordena sua campa-nha como candidato àConstituinte ao sbow derebolado Golden Rio noScala 1. t l „

Campanha eleitoralobriga o candidato a cadauma...

¦ ¦ ¦Cão e gato

Na Baixada Fluminensenão há mais nem cão nemgato nas ruas.

Cão virou cabrito e gatopassa por lebre.

Estão todos sendo ven-didos nos açougues.

* * *Com ágio.

Atenção especialO Presidente José Sarney vai encontrar na dele-

gaçáo do Presidente da Argélia, Chadli Bendjedid,alguém que merecerá sua atenção especial.

Trata-se do Ministro das Relações Exteriores,Ahmed Taleb Ibrahimi, poeta de renome mundial eautor das famosas Cartas do Cárcere, escritas naprisão em Paris durante a guerra de libertação deseu país.

"Tête-à-tête"Assim que apresentar esta semana suas creden-

ciais ao Governo cubano, o Embaixador ítalo Zap-pa será recebido logo em seguida em audiênciaespecial pelo Premier Fidel Castro.

O motivo principal da conversa será a possibilida-de da visita ao Brasil do lider cubano.

Se possível, já com estimativa de datas.

Pele em ParisPele, que foi a Montreux, na Suíça, entregar em

nome da Warner um troféu a Rod Stewart, estáviajando ptnanhâ para Paris.

Vai ao encontro da filha, Kelly Cristina, que foiindicada pela universidade norte-americana ondeestuda para uma bolsa na Sorbonne.

Ela faz os cursos de comunicação e cinema.

Roda de choro• Frase solta colhida numa roda de conversa choro-sa em que se discutia a queda contínua da Bolsa e aposiçáo atual de cada um no mercado de ações:

— No que me toca, a minha posiçáo atual naBolsa é de quatro.

Água de exportaçãoO empresário João Flávio Lemos de Moraes em-

barcou ontem para os Estados Unidos em compa-nhia do jornalista Ibrahim Sued.

Foram com a missão de vender água mineralCaxambu para Los Vegas, Los Angeles, Denver eHouston. _

O mercado parece ser promissor: afinal, da ülti-ma vez que Lemos de Moraes investiu nos EstadosUnidos, deixou assinados contratos para a vendade sua água na Flórida e São Francisco.

ETÁVILA E SEUS IRMÃOSO jornalista Roberto d'Ávila atirou no que viu e

acertou no que não viu.Candidato à Constituinte, interrompeu, semana

passada, a campanha eleitoral por três dias para ir aNova Iorque entrevistar o cantor Stevie Wonderpara o seu programa de TV.

E voltou trazendo na bagagem não só a entrevistaplanejada como outra, multo mais saborosa, deuma hora, com nada mais nada menos que WoodyAUen (foto). * » •

Na conversa com Allen, o jornalista lhe contouque tinha assistido dias antes à première no Rio de

I seu último filme, Hanna and her Sisters, com o1 cinema lotado e gente na porta sem poder entrar.1 • E o comediante:

H|i — Eu não dou sorte. Bem que isto podia ter¦B acontecido em Nova Iorque.

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Zózimo Alvo

Rubens Monteiro

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Maria Teresa e Laudo Camargo nos salões do Rio

AMEAÇA SÉRIAAs autoridades sanitárias estão

de cabelo em pé com a perspectivade uma enorme invasão de baratasna cidade no próximo verão, épocaem que elas se reproduzem commaior rapidez.

É que, nesse ano, os insetos terãocomo aliada a sujeira em que seencontra o Rio, com a proliferaçãode ambulantes, vendendo comida

nas ruas, e de barracas em constru-ção no centro urbano.• Os números do DepartamentoGeral de Fiscalização Sanitárianão são nada animadores: até ago-ra foram autuados 4 mil 137 estabe-lecimentos por falta de condiçõessanitárias, sendo que em 1 mil 200deles foi constatada a presença debaratas nas instalações.

D Eugênio Sallestoma o avião hoje pa-ra Roma onde partici-para da reunião anualda Sagrada Congrega-ção para a Evangeli-zação dos Povos. De-pois da reunião, D Eu-gênio terá audiênciaparticular com o PapaJoão Paulo n.

Os ex-Embaixado-res dos Estados Uni-dos no Brasil e SrasAnthony Motley eDiego Asencio espe-rados dia 10 no Rio.

Arnon EUdnd con-viciando para um hap-py hour sábado, a par-ür das 18h30min, emsua residência.

A Embaixatriz Ivo-ne Giglioli será no-menageada pelo seuaniversário dia 19com um jantar ofere-cido pelos Condes Do-na Dalle Rose.

Os amigos se movi-mentando para feste-

Roda-Vivajar no dia 20 o aniver-sário do Sr GustavoMagalhães.

O Embaixador eSra Felix Faria sãoagora proprietáriosde um belo aparta-mento na AvenidaAtlântica.

O cirurgião plásticoRogério Carrato se-guindo para uma tem-porada de férias emNova Iorque.

O I Encontro deEmpresários Rurais,no Hotel Nacional, te-rá a participação dia16, como conferência-ta, do Sr PeterKnight, do BancoMundiaL

Desembarca dia 18em Maceió para parti-clpar de uma reuniãocom produtores deaçúcar da AméricaLatina o Ministro doComércio Exterior de

Cuba, Ricardo Cabri-sas. Depois, segue pa-ra Brasília.

Deixou a chefia dosetor de direito daCasa de Rui Barbosao professor Ivan Ver-non, que se deslocapara o setor privadopor força do mercadocultural.

O auditório do Joc-key Club da cidadeabre as portas dia 13para uma palestra so-bre Khalil Oebran. Aofundo, a diretora so-ciai Daura Ramos.

Esperada no Riodia 31 a Sra Marie-Claude Beaud, quevem a ser a curadorada Fundação Cartier.

O colecionador OU-berto Chateaubriandreúne hoje um peque-no grupo de amigospara jantar com o an-tigo Embaixador daHolanda no BrasilLeopold van Ufford.

O The Wall Street Jour-nal está preparando umagrande reportagem sobreo Sr Tony Gcbauer, cujodestino continua incerto enáo sabido, embora suapassagem pelo verão deEasthampton, Nova Ior-que, tenha sido detectadabá cerca de dois meses poramigos brasileiros.

Pelo tom das perguntasdisparadas de Nova Ior-que por telefone a figurasbrasileiras pela repórterencarregada da matéria, aintenção é rachar Gebauerao meio.

AproximaçãoAs semelhanças entre a

China e os Estados Unidosserão em breve muitomaiores do que se podeimaginar.

Segundo o último nume-ro da revista Business-Week, é no momento dejovens chineses um dosmaiores contingentes deestudantes estrangeiroscursando universidadesamericanas.

São nada menos que 15mil, todos fazendo PhD.

RecitalO Secretário da Policia

Civil, Nilo Batista, vai re-velar no próximo dia 16,no Teatro Municipal deNiterói, suas habilidadesmusicais com um violãona mão.

Toca e canta musicas desua autoria e algumas dasgrandes páginas do can-cioneiro popular.

CONTRAGÊMEOS

O computador que coor-dena os trabalhos de reca-dastramento dos eleitorespara o TRE parece nãogostar muito de gêmeos.

Como só cruza informa-çóes da data do nascimen-to com a filiação, diversoscasos de gêmeos que tive-ram seus- títulos cancela-dos já vieram à tona.

Para provar que os elei-tores são dois e náo apenasum com o intuito de frau-dar, os perseguidos pelocomputador — os irmãosAdemir e Ademar, porexemplo — terão que im-petrar um recurso Junto aoTRE para comprovar oerro.

Correm o risco de perderas eleições.

Zózimo

SurrealismoO Instituto Alberto Pas-

qualini, aquele que faz aspesquisas do PDT, deve es-tar sendo administradopelo pessoal da Procon-sult.

Só assim se explica adiferença de informaçõesque ele consegue reunir,contradizendo todos os de-mais institutos de pesquisadopals.

Ê tão surrealista quenem mesmo o candidatooficial, Sr Darcy Ribeiro,acredita nos números quelhe são apresentados e queo mostram, disparado, emprimeiro lugar.

SorrisoA Embaixada do Brasil

em Paris está sorrindo pa-ra o Embaixador PauloTarso Flecha de Lima.

De orelha a orelha.

O colecionador

O Ministro Antônio Car-los Magalhães (foto) é nomomento um grande cole-cionador de casos contra oIbope, acumulando jáumas 60 histórias, todasdocumentadas, que arra-nham a credibilidade daempresa.

A última delas lhe foicontada por um de seuscabos eleitorais (vale di-zer, do Senador Josaphat 'Marinho) que recebeu emcasa a visita de um entre-vistador do Ibope.

Recebido na porta pelodono da casa, o entrevita-dor foi entrando e quandodeu de cara, pendurado na .parede, com um retrato deJosaphat, desculpou-se:

— Eu não quero falarcom o senhor, náo. Queroentrevistar a sua empre-gada.

O cabo eleitoral ficoufurioso e ameaçou de pan-cada o rapaz que, apavo-rado, saiu correndo pelaporta afora.

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4 o CADERNO B o quarta-feira, 8/10/86 JORNAL DO BRASIL

Um trem para as estrelasO filmeJCaca

Susana Schild

PELOS

ingredientes, Um trem para as estrelas-seria apenas mais um filme jovem, destinado àfatia do público mais cobiçado pelo cinema já

nonagenário neste fim de século. Vejamos: um casalzd-nho jovem, ele músico despontando para o sucesso, eladesaparece misteriosamente. Na busca, ele atravessa otúnel, sai de Guadalupe onde vive num conjunto resl- !dencial para espaços da Zona Sul, cai na real no contatocom a policia, necrotério, o submundo barra pesada. .Toca com Cazuza — passaporte para o sucesso, ou faz imúsica para o performático Fausto Fawcett. Tudo meiodark, urbano, moderno. A rigor, nada de novo, a não ser |o veterano Carlos Diegues por trás das câmeras. ,

Geralmente prolixo, defensor de altas teses sobre a ;brasilidade no cinema, intelectual irrequieto e mordaz, ;Caca Diegues, 46 anos, começou a filmagem de Um 'trem para as estrelas há quatro semanas com umadiscrição também surpreendente. Pouco se falou dofilme — cujo elenco era mantido em mistério, assimcomo o local da filmagem — até poucos dias falava-seem São Paulo. Em uma agitada filmagem segunda àtarde no TVBC — Video Bar na Teresa Guimarães, emBotafogo — Caca Diegues adianta as primeiras obser- j

Guilherme Fontes, 19 anos: ator principalde uma história romântica

vações sobre o 10° filme de sua carreira, roteiro próprio,com participação de Cario Lombardi.

Tem uma história tão simples, que fica até difícilcontar. É diferente de tudo que já fiz, uma experiênciainteiramente nova. pela primeira vez faço um filme emque tenho dificuldades de dizer como vai ser. Será umasurpresa também para mim.

O salão do TVBC é inundado de fumaça pelaenésima vez. O "público" assiste à performance deFausto Fawcett e Carlos Laufer, A chinesinha videomaker, enquanto o Professor (José Wilker) rola pelochão em briga com um jovem atleta (Cláudio F. Couto),namorado de Paula Lavigne. Vina, o mocinho (Guilher-me Fontes, em seu segundo papel no cinema — estreouem A cor do seu sonho, de Jorge Duran), inspira-se emDe Niro em New York New York e é aluno aplicado desaxofone. Exibe, com alguma eficiência, os acordesbásicos de Blue mòon.

Sensível a provocações, contundente nas respostas.Caca Diegues abriu mais um flanco de polêmica aorealizar um filme supostamente jovem a esta altura docampeonato. Nada pode irritá-lo mais do que insinuarque sucumbiu à tirania da cultura jovem.

Esta é uma burrice capitalista que não interessaa ninguém. Os jovens inteligentes não estão nessa. Em1969 fui o primeiro a colocar Caetano Veloso no cinema,em Os herdeiros. Acho Cazuza um ótimo músico, Faus-to Fawcet um excelente poeta. Não estou fazendo umfilme de verão, descartável, mas uma história de amorentre jovens. É a minha tentativa de entender o mundomoderno. Um dos meus prazeres irônicos é não poderser catalogado em um gênero de cineasta.

A mudança de rota, de qualquer forma, merece umareflexão. Poucos cineastas lutaram com tanto afinco natrincheira da resistência cultural. Ganga Zumba, suaestréia em 1964, antecipava com rara precisão os temasda maioria de seus filmes — o folclore, e o confrontoentre colonizador e colonizado, opressor e oprimido, aforte presença de raízes nacionais. Caca passeou pelopais em Xica da Silva e Bye-bye Brasil e consumiuquatro anos e um milhão de dólares na superproduçãointernacional (Brasil-França, via Gaumont) Quilombo,discutido, criticado, elogiado, polêmico.

Um trem para as estrelas é bem mais modesto —adianta Dodô Brandão, produtor executivo, ex-diretorde produção de Quilombo.

O orçamento foi reduzido a 400 mil dólares, comparticipação da Embrafilme em 70%, os gastos sãocomputados na ponta do lápis, sem refletor extra,computador ou acompanhamento por vídeo.

Como Caetano Veloso, em seu último show faz umaincrível ligação do velho com o novo, cantando tantoKalu, de Humberto Teixeira, como Olhar 43 do RPM,Caca faz o equivalente no elenco deste Trem. De umlado, veteranos como Zé Trindade, Beth Faria, MiltonGonçalves, José Wilker, Daniel Filho, Miriam Pires. Deoutro, estreantes, além do próprio Guilherme Fontes,Bete Prado, Ana Beatriz Wiltgen (como Nicinha, anamorada). Apesar da presença de Cazuza, a trilha é deGil, como em Quilombo. A maioria dos atores temparições meteóricas e apenas três — Guilherme, Tau-maturgo Ferreira (seu amigo Drime) e Milton Gonçal-ves (corno o delegado) atravessam todo o filme.

É uma linda história de amor—enfatiza Guilher-me, um doce gatinho de olhos verdes, que apesar doesforço no saxofone será duplado pelo fera Zé Luiz. —Gosto de Cazuza, mas meu Ídolo é Charlie Parker,brinca.

As filmagens terminam em quatro semanas, quan-do a equipe terá percorrido todo o Rio, passando poruma favela de Ramos, onde já presenciou um tiroteio"ao vivo". O filme não terá marcações geográficasprecisas — adianta Dodô, e sobretudo não será um Riode cartão-postal. — Está mais para o dark, diz.

Por enquanto, Caca Diegues quer distancia depolêmicas, entusiasmado com o filme, e com Flora —recém-nascida de seu casamento com Renata. Já to-mou algumas decisões. Não quer mais discutir dinheirono cinema brasileiro, por exemplo. — Ninguém pergun-da a Drummond quanto custou seu livro ou ao MiltonNascimento quanto custou seu disco.

E também não quer relacionar. Um trem a Quilom-bo: — Adorei ter feito Quilombo, e se as pessoas virem ofilme com menos paixão, terão outra opinião. Nãotenho contas a ajustar com ninguém.

HOJE NO RIO

CINEMAESTRÉIASO ANO DO DRAOÁO (Year of the Dragon). doMichael Cimino. Com Mickey Rourke, JohnLono, Ariano, Leonard Termo, Ray Barry eCaroune Kava São Lute 2 (Rua. do CaUiUi. 307

285-2298), Roxy (Av. Copacabana. 94S —236-6240). Barra-3 (Av. das Américas, 4.660 —325-6487). Carioca (Rua Conde de Bonfim, 338

228-8178), Òpera-2 (Praia de Botafogo. 34o502-4845). Rio-Sul (Rua Marques de São

Vicente, 62 — 274-4532): 14b, 16b30min, I8h.SíhaOmm Palácio-1 (Rua do Passeio, 40 —240-6541), Madurelra-2 (Rua Dagrnar da Fon-seca, 54 — 380-2338): 13b30min, 18b,18h30min, 21b. Ramos (Rua Loopoldina Rogo.02 — 230-1BB9): 14h, 16h20min. 18h40min,2lh. Último dia om todos os cinemas, excetoSão Lula 8, Palácio 1 e Madurei» 2 (16 anos).

Um policial condecorado pelo Departamen-to de Policia recebe uma perigosa e difícilmissão: acabar com o crime organizado deChina town, distrito de Nova Iorque. Produçãoamericana de 1085.B... GOSTOSAS ET... ALUCINANTE» (Tempta-tions), de Dexter Bagle. Com Jenlfor Welles,Jake Teague. John Leslie e Marlena Willough-by. Orly (Rua Alclndo Guanabara, 21): de 2a a6*. às lOh. Uh30min, 13h, 14b30min, 16b,17b30min, 19b, 20b30min. Sábado e domingo,a partir das 14h30min. Soala Q?raia de Botafo-go, 320 — 266-2545): 14b, lSbSOmin, 17h.18b30min, 20b. Tljuoa-Palace 8 (Rua Conde deBonfim. 214 — 228-4610). Autor (Av. MinistroEdgar Romero, 236 — 390-2036): 15b,18h30min, 18h, 18h30min, 21h. (18 anosl.FU-me pornô.SEXO EM FESTA (Brasileiro), de MichelCotaen. Com Sandra Morelii, Solange Dumond eMarcos José. Re» (Hua Álvaro Alvim. 33 — 240-8285): do 2* a 6», as 10b. 12h25min, 14h50min.17hl5min, 18b40mln. Sábado e domingo, às13b. 15hS5min, 18h20min, 19h30min. (18anos).Filme pornô.MOÇAS COM CREME N° 8 — De Bob Chinn.Com Annette Haven. Vitória, (Rua Senador Dan-ias. 46 — 220-1-83): de 2a a a", às 12b,13b30min, 15b, 16h30min, 18b. 19b30min.21h. Sábado e domingo, a partir das I3h30mln.Botafogo (Rua Voluntários da Pátria. 35 — 266-4491): 14h. íehBOmin. 10b4Omin (18 anos).Filme pornô.

CONTINUAÇÕESCHOROS UNE/EM BUSCA DA FAMA (ChorusUna), de Ricbard Attenborougb. Com MichaelDouglas. Michael Blevina, Yamil Borges, Sha-ron Brown, Oregg Burgo e Cameron English.Art-Copaoabana (Av. Copacabana, 7S9 — 235-4895). Art-Sáo Conrado 2 (Estrada da Oávea,898 — 326-1258): 13b50min. 16b65min, 18h,20h05min. 22hl0min. ArVCasashopping 8(Av. Alvorada, Via 11. 2.160 — 325-0746):14h46min. íehBOmin. 18h55min. 21b (10anos).

Baseado no musical de Michael Bennett,encenado na Broadway. Um coreógrafo procu-ra oito bailarinos para fazer a linha do coro epara isso é preciso escolher, em clima de gran-de tensão, entre centenas de candidatos. Produ-cão americana de 1986.

UM CASO ESCANDALOSO (Un Boandalo PerBens), de Pasquale Festa Campanile. Com BenGazzara, Oluliana do Sio, Valeria D'Obici. Vit-torio Caprioll e Franco Fabrizi. Studio-Copacabana (Rua Raul Pompéia. 102 — 247-8900), Leblon-8 (Av. Ataulfo de Paiva. 391 —238-5048): 14b, 18b. 18b, 20b, 22h. Último diano Leblon 8 (16 anos).

Um homem com amnésia ó internado numiiospício durante um ano. Quando sua foto 6publicada nos jornais, várias pessoas pensamconhecê-lo: ele poderia ser o reitor de umaescola ou um tipógrafo procurado pela policia.Produção Italiana de 1086.

A OAIOLA DAS LOUCAS 8 — ELAS BE CASAM(La Cage Aux Folies m — Wedding). de Oeor-geB Lautner. Com Ugo Tognazzi, Michel Ser-rault, Michel Oalabru, Antonella Interlenghi,Benny Luke e Baverio Vallone. Art-São Conra-do 1 (Estrada da Oávea, 899 — 322-1268): lSh.16h4Smin, 18h30mln, 20hl5min. 22h. Art-Cl ««shopping 3 (Av. Alvorada, Viall.2.160 —325-0746): 14h. 15h46min, 17h30min,19hl6mln, 21b. Bristol (Av. Ministro EdgardRomero, 460 — 391-4822), Brunl-Mélsr (Av.Amaro Cavalcante. 105 — 591-2746). Bruni-Tijuoa (Rua Conde de Bonfim, 370 — 254-8975): 14h30min. lehlOmin, 17b60min.18h30min, 21blOmin. Bruni-Ipanemm (RuaVisconde de Pirajá, 371 — 621-4690), Bruni-Copacabana (Rua Barata Ribeiro, 502 — 266-4688): 15b, 16h40min, 18b20min, 20h.Slb40min (14 anos).

O casal de travestis Renato e Albln recebe anoticia de uma grande herança. Eles ficamdesesperados porque uma das cláusulas dotestamento diz que a herança só será. entreguese Albln se casar e tiver filhos. Produção ameri-

i de 1986.

A história do uma mulher a quem é negadotudo e que. lentamente, vai tomando consciòn-cia de sua identidade, a partir da amizade comuma cantora de blues. Produção americana do1985, baseada no livro homônimo do AliceWalaor.

KARATÊ KID U — A HORA DA VERDADECONTINUA (The Karatê Kid Part D), do JohnO. Avildaon. Com Noriyuki Pat Morita. RalphMacchio e Tamlyn Tomita. Pathé (Praça Floria-no, 45 — 220-3135): 14h. 18h. 18h. 20b. 22h.Art-Madurelra (Shopping Conter do Madu roira— 380-1827), Art-Tijuoa(Rua Condo do Bonfim,406 — 254-8578). Paratodos (Rua Arquiaa Cor-deiro, 350 — 281-3628): lSh, 17h, 18h.21h.(10anos).

Na segunda parte da história. Miyagi voltaa sua terra natal junto com Daniel o reencontraseu amor da juventude. Mas encontra também oódio de um ex-amigo do infância. Produçãoamericana de 1985.

INOCOO MEU (Enemy Mine), do WolfgangPetersen. Com Dennio Quaid, Louis Gossett Jr.e Bumper Robinson. Art-Méler (Rua Silva Ra-belo, 20 — 249-4544): 14b, l&hbOmin.17b40min, 18h30min, 21h20min. Coper-Tiluoa (Rua Condo do Bonfim, 615): 14h30min.lehlOmin, 17b50min, 18h30min, 21hl0min.(10 anos.)

Filme de ficção cientifica. As navos de umterráqueo e de um habitante do planeta Draconcaem num planeta hostil, e elos têm que supe-rar seu ódio Inato para tentar sobreviver. Pro-dução americana de 1986.

ASES INDOMÁVEIS (Top Qun), do Tony Scott.Com Tom Cruiso o Vai Kilmer. Metro Boa vista(Rua do Passeio, 62 — 240-1281), Condor Copa-eab&na (Rua Figueiredo Magalhães. 286 —255-2610). Largo do Machado-1 (Largo do Ma-chado, 29 — 205-6842): 14b, 16h, 18h. 20h,22h. Baronesa (Rua Cindido Benicio, 1.747 —380-5745): 15h, 17b, 18h, 21h. Com som dolby-fltereo. (Livre).

Aventura de dois alunos da Escola de Pilo-tos da Marinha que treinam intensivamentepara ser os melhores pilotos de aviões supersò-nicoo. Produção americana de 1986.

BEAPRESENTAÇOESr*S.A HORA DA ESTRELA (Brasileiro), do*-K Suzana Amaral. Com Marcélia Cartaxo,José Dumont, Tamara Taxman, Umberto Mag-nani e Fernanda Montenegro. Rioamar (AvCopacabana. 380 — 237-9832): 14h40min,16h30min, 18h20min. ZOhlOmin, 22h. (Livre).

O filme mostra o cotidiano de uma jovemnordestina que tenta sobreviver na cidadegrande, embora seja completamente rejeitadapela sociedade. Produção de 1985 baseado noromance homônimo de Clarice Lispector.¦ ¦ Um filme que exibe ser visto, sentido, vivi-do, pensado e repensado. A arte de três mulho-res — Clarice Lispector, Suzana Amaral e Mar*oelia Cartaxo — nos brinda com uma obrabrilhante e arrebatadora.

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do um velho pintor de 75 anos recebo a visita deseus dois filhos, em sua casa no campo. Produ-ção francesa do 1984.

VTVA LA VTE (Viva Ia Vie), do Claudo Lolouch.Com Charlotto Rampling. Michel Piccoli. Joan-Louis Trintignant, Charles Aznavour o AnoukAimóe. Lido-2 (Praia do Flamongo. 72): 14h,18h, 18h. 20h. 22h. (14 anou).

A Investigação policial sobro um estranhocaso. Um homem e uma mulher, que não seconhecem, desaparecem no mesmo dia e namesma hora em circunstancias semelhantes.Produção francesa do 1984.O FUTURO É MULHER (Le Futur est Femme).do Marco Ferreri. Com Ornei Ia Mutti. HannaScbygulla. Niola Arestrup. Maurizio Donadonie Michole Bovenzi. Coral (Praia do Botafogo.316): 14h, 16b, 18h, 20h, 22h. Último dia (16anos).

Um casal som filhos conheço num bar umajovom do comportamento bipple, que oatá grá-vida, e passam a viver os trõo ató que a moçaporte deixando o filho recóm-nascido. Produ-ção francesa.PINK FLOYD — THE WALL — O FILME (PinkFloyd — The Wall), de Alan Parker. Com BobOeldolf, Christine Hargreaves, Eleanor David,James Laurenson o Kevin McKeon. Largo doMachado 2 (Largo do Machado, 29 — 205-6842): 14h30min. 16hl5min, 18h, 18b45min,21h30min (16 anos).

Um cantor de roek, trancado num hotel,vendo filmes na TV, acaba misturando as ima-gens do filmo com suas fantasias, sonhos erecordações. Produção inglesa.

A VOLTA DOS MORTOS VIVOS (The Return ofthe Living Dead), do Dan 0'Bannon. Com CluCulanger, James Karen, Don Calfa, Thom Ma-thews, Beverly Randolph o John Philbin. Pala-oio-B (Rua do Puasolo, 40 — 240-6541):13hlOmin, 14h50min, I6h30min, lShlOmin,19h50niin, 21h30min. Copacabana (Av. Copa-cabana, 801 — 255-0953), Stúdio-Catote (Ruado Catete. 228 — 205-7184). Barra-E (Av. dasAméricas, 4.666 — 325-6487), América (RuaConde de Bonfim. 334 — 264-4248): 14bS0min,16h30min. lShlOmin, lSbSOmin, 21h30min.Olaria (Rua Uranos. 1.474 — 230-2668):14b20min, 16h, 17b40min. 18b20min, 21hÚltimo dia nos cinemas Copacabana, Studio-Catete, Barra 8 o Olaria (16 anos).

Dois amigoB vão ató um porão onde estãocorpos do mortos-vivos. Acidentalmente dei-xam escapar o vapor de um tambor o os corpossão reanlmados. Produção americana.

O ÚLTIMO AMERICANO VIRGEM (The LastAmorican Virgin), de Boas Davidson. Com La-wrenoe Monoson e Loulsa Moritlz. Art-Casaahopping-l (Av. Alvorada, Via 11, B.160— 325-0746); 14h. 15h46min, 17h30min.lShlOmin, 81b. (18 anos). (

Comedia sobre três amigos adolescentesque descobrem o sexo. Produção americana de1883.

DRIVE-DVO MUNDO DE UMA MULHER (Plenty). de FredSchepisi. Com Meryl Stroop. John Oiolgud,Stíng. Tracey Ullman. Cbarleo Dance e SamNeill. Lagoa Drlve-In (Av. Borges de Medeiros,1.426 — 274-7899): 20h30min, 22h30min. Úl-tlmodia (14 anos).

Uma jovem Inglesa ajuda os franceses daResistência mas, ao final da guerra, casadacom um diplomata, não consegue reorganzarsua vida particular. Produção americana.

DETETIVE (Deteethre). de Jean-Luc Qodard.Com Nathalie Baye. Claudo Brasseur. JohnnyHalliday. Jean-Plerre Léaud e Alain Cuny. Cl-nema-1 (Av. Prado Júnior, 881): 16h. 17b, 19b,21b (14 anos).

Policial que mistura uma historia de amorcom lutas de boxe e crimes da Máfia, ao som daSintonia Inacabada, de Schubert. Produçãotranoesa de 1985.

COMANDO DELTA (The Delta Force), de Me-nanem Oolan. Com Chuck Norrls, Lee Marvin.Martim Balsam, Joey Bisbop. Hanna Schygul-Ia e Robert Forster. Odeon (Praça MahatmaOandbi, 2 — 220-3835). TIJuoa (Rua Conde deBonfim. 422 — 264-5246). Madurelra-1 (RuaDagrnar da Fonseca. 54 — 390-2338): 14h,16h20min. 18h40min. 21b. São Lula 1 (Rua doCatete, 307 — 285-2286), Barra-1 (Av. das Amo-ricas, 4.666 — 325-6487): 14b30min.16b50min, I9hl0min. 21h30min. Com somdolby-stereo. Último dia (14 anos).

Um avião americano é seqüestrado para oOriente Médio e os reféns ficam sob a mira dasarmas. Para libertar oa reféns entra em ação aForça Delta, especializada em atos terroristas.Produção israelense de 1986.

A COR PÚRPURA (The Color Purple), de StevonSpielberg. Com Danny Olover. Whoopi Oold-berg o Margaret Avery. Venera (Av. Pasteur,184 — 295-8349), Leblon-1 (Av. Ataulfo dePaiva, 391 — 239-6048): 13h, 15h45min.18h30min, 21hl5min Comodoro (Rua Had-dock Lobo. 145 — 264-2025): 15h. 17h45min.20h30min. Com som dolby-stereo, no Venasa.Último dia no Veneza e Comodoro. A partir deamanhã no São Luis 1 (14 anos.)

MOSTRA OLHAR ELETRÔNICO — Exibição doVarela na Copa 86 e Varela no Congresso.Hojo, às 15h30min. 17h. 18h. 19h30mino 21h.no Solar Orandjean de Montlgny. Rua Marquêsde São Vicente, 225. Entrada franca.

MOSTRA OLHAR ELETRÔNICO — Exibição deVarela na Copa 66 e Varela no CongressoHojo. às 16h30min. 17h. t8h. 18h30min e 21h,no Solar Orandjean de Montlgny, Rua Marquêsdo São Vicente. 225. Entrada franca.

VtDEO CIÊNCIA — Exibição do Instituto Bu-tantan. Hojo. das lOh ãs 17b, no Museu deAstronomia, Rua General Bruce. 586 — SãoCristóvão. Entrada Franca.VÍDEOS NO URBI-UM — Às 21b: Duran Durane Eurythmlcs. As 23b: Showbus Live 86, comStyle Council. Á mola-noito: Live In Hamburg,com Depoche Modo. Do 3S a domingo, no Urbl-Um, Rua Paulino Fernandes, 13.

CAPITÃO ELECTRON CONTRA A AMEAÇAVENEZIANA — Vídeo Independente da Pbou-do-Pictures sobre os antigos seriados da televi-são. Diariamente, a partir das 21b45min, nosaguão do Cineolube Estação Botafogo, RuaVoluntários da Pãtria, 88. Último dia.

TEATRO

NITERÓIWTNDSOR (717-6288) Gaiola das Loucas DJ —Elas se Casam, com Ugo Tognazzi. Às14h30min, lehlOmin, 17h50min, 18h30min,2lblOmln (14 anos.) Até domingo.

NITERÓI (717-0322) — Ases Indomáveis, comTom Cruise. Às 13b30min. 15h30min,17h30min> I9b30min. 21h30min. Com somdolby-stereo. (Livre). Último dia.

CINEMA-1 (711-8330) — Karatê Kid II — AHora da Verdade, com Ralph Macchio. As 14b,16b. 18b, 20b, 22b (10 anos.) Último dia.

CENTRAL (717-0387) — O Ultimo AmericanoVirgem, com Lawrence Monoson. Às14blOmin, 16b, 17h50min. 18h40min,21h30min. (18 anos). Ató domingo.

ICARAl (717-0120) — O Ano do Dragão, comMickoy Rourke. Às 14h, 16h30min, 19h,21h30min (16 anos). Último dia.

CENTER (711-8909) — A Volta dos Mortos-Vivos, cora Clu Culanger. Às 14h50min,

16h30min, lShlOmin. lBhSOmin, 21h30min(16 anos) Último dia.

A Gaiola das Loucas 3 —Elas se Casam, de GeorgesLautner: terceira comédiada série baseada nospersonagens criados porJean PoirettRMA LA DOUCE (Irmã Ia Douoe). de BillyWllder. Com Jack Lemmon, Shirley MacLaino.Lou Jacobi. Bruce Yarnell e Herschell Bernar-di. Tijuca-Palaoe 1 (Rua Conde de Bonfim, 214— 228-4610): 14b. 16b30min, 19b, 21h30min.(10 anos)

Comedia baseada numa peça musical daBroadway contando a história de amor entreum exemplar gendarme da polícia francesa euma prostituta das ruas de Paris. Produçãoamericana.

A OAIOLA DAS LOUCAS (La Cage Auz Folies),de Edouard Molinaro. Com Ugo Tognazzi. Mi-chael Serrault, Michel Oalabru, Clalre Mauriere Remy Laurent Jóia (Av. Copacabana, 680),Paisaandu (Rua Senador Vergueiro, 35 — 265-4653), Opera-1 (Praia de Botafogo, 340 — 552-4945): 14h30min, 16h20min. lSblOmin, 20h,22b. (14 anos).

O casamento de dois jovens acaba virandoum escândalo quando a família da noiva desço-bre que o noivo é filho de um homossexual,dono de uma boate de travestis. Comedia fran-cesa baseada na peça de Jean Poiret. Produçãofrancesa de 1979.A HORA DO ESPANTO (Fright Nlgbt), de TomHolland. Com Chris Sarandon, William Rags-dalo, Amanda Bearse, Roddy McDowall, Ste-phen Oeofreys e Jonathan Stark. Palácio (Cam-po Orando): de 2* a 6*. ãs 15h. 16h50rain.I6h40min. 20b3Omin. Sábado e domingo, apartir das 16b50mln. (16 anos).

Um rapaz de 17 anos descobre que umvampiro esta morando na casa ao lado da sua.Ninguém acredita nele até que ele resolve fazeruma investigação por conta própria. ProduçãoamericanaUM SONHO DE DOMINOO (Un Dimanohe a IaCampagne), de Bertrand Tavernier. Com LouisDucreaux, Sabine Azema, Michel Aumont. Ge-nevieve Mnich e Monique Clauraete. Lido*KPraia do Flamengo. 72): 14h. 16h. 18b. 20h.22b. Último dia. A partir de amanhã no Coral.(Livre)

Baseado no livro Monsleur Ladmirai vaBientôt Mourir. de Pierre Bost. A ação se passaem um único dia, um domingo de verão, quan-

MOSTRASO NOVO CINEMA FRANCÊS — Hoje: MalneOoaan, de Jaoques Rozler. Com Bernard Menez,Luiz Rego, Lydia Feld e Rosa-Maria Oomos.~dnsolube Estação Botafogo (Rua Voluntáriosda Pátria. 88 — 286-6149): 16b e 18b. Semlegendas.

As aventuras de uma passista da Beija Florde Nilópolis em suas viagens e os problemascausados pela sua condição de estrangeira.Produção francesa de 1065.

O NOVO CINEMA FRANCÊS — Hoje: CoraçõesPartidos (Corps a Coeur), de Paul Vecblalli.Com Nicolas Silberg, Hélène Surgère e Made-letne Robinson. Cineolube Estação Botafogo(Rua, Voluntários da Pátria, SS — 880-6148):DOb • aah. Com legendas em português.

Um garagista tem grande paixão por máai-os cláasioe, o que o distingue da seu ambiente.Através da musica ele oonhece uma, mulher IOanos mais velha que vai mudar sua vida. Pro-dueio francesa de 1979.ENCONTRO CTJtEMA B ANTROPOLOOIA —Tema. O índio Brasileiro/Etnologia — Exibiçãode Dkatena, de Luis Paulino dos Santos, Pança,raru, de Vladimir Carvalho, Guarani, de Regi-na Jebã. Jornada Kamayurá, De Heinz Forth-mann, Xingu/Luta, de Maureen Blsilllat e Mar-ceio Tassara e Kaingang, de Inima Simões.Sala Desessels (Rua Voluntários da Pátria. 88— 286-6149): boje. das 20h ãs 23b. Após asessão haverá mesa-redonda. Lugares reserva-doa pelo telefone.

EXTRACIRCUITO UNIVERSITÁRIO/PANORAMABRASILEIRO — Tema. Questão Indígena —Exibição de Kuarup, de Heinz Firthman o MatoEle»?, do Sérgio Bianchi. Hoje, ãs 12h, noCinepuo, Rua Marquês de São Vicente, 225(Vila dos Diretórios).

KNOCK — Com Louis Jouvet. Filme inspiradonuma peça de Quy leFranc. Hoje, ãs 15b e lBh.na Aliança Francesa de Ipanema, Rua Viscon-de de Pirajá, 82 — 12° andar. Produção trance-sa de 1950.

MUSICAACADEMIA ANTIOUA PRO-ARTE — Apresen-tação do grupo lnterpretandoTelemann. Vivai-di e Roque Ceruti. Hoje. á 20h30min. na Casade Rui Barbosa, Rua S. Clemente. 134. Entradatranca.

PAULO FORTES — Recital do barítono acom pa-nhado ao plano por Sérgio Nogueira. No pro-grama, pecas de VULa-Lobos. Obradors. AlbertoFavara e outros. Quinta-feira, ãs 80b30min, noauditório Vera Janacopuios, Rua Xavier Si-gaud. 290.

V CONCURSO DE JOVENS CONCERTISTASBRABUiETSOB — Eliminatórias. Sala CecíliaMeireles, Lgo da Lapa, 47. De 2* a 5*. ásíahSOmln. Entrada tranca.QUARTETO SBELTUB — Recital do grupo fin-landes. Programa: Quarteto em Ré Maior KV575, de Mozart; Quarteto em Fã Menor Op 65,de Beethoven e Quarteto em Ré Menor Op 56Vocês Intimas, de Bibelius. Sexta-feira, às 21h.na Sala Ceoilla Meireles. Lgo da Lapa, 47.Ingressos a CzS 20O.00, platéia; a Cz$ ÍSO.OO.platéia superior e a Cz$ 50,00. estudantes.

SERIE BRASILIANA — Recitai de Noel Devos(fagote), Ana Devos (violoncelo) e Maria LúciaPinho (piano). No programa, peças de Bach,Beethoven. Mozart, Mignone e outros. Sexta-feira, ãs 18h30min. na Sala Cecília Meireles,Lgo da Lapa, 47. Entrada franca.

ORQUESTRA STNFÓNICA BRASILEIRA —Concerto sob a regência do maestro Pedro Cal-deron, titular da Filarmônica de Buenos Aires.Solista: Arnaldo Coben (piano). Programa:Abertura Brasileira, de Edino Krieger; 8o Con-oarto Para Plano e Orquestra, de Rachmaninoffe 6* «m««»-'- de Sbostakovltob (Ia audição).flábAdo, às 10b. no Teatro Municipal. Ingres-aos a Ca» 100,00, platéia e balcão nobre: a CzS90.00. balcão simples filas A. B e C; a Cz$80,00, outras filas do balcão simples e fila A dagaleria; a CzS 70.00, outras filas da galeria e aCs* 60,00, estudantes e a CzS 1.800,00, frisa ecamarote.

VAMPDUA — Texto do Tacus Direção do Car-Iob Oregório. Com Carlos Arruda, Mariea Car-valho. Cândido Damm. Lu Meireles, MarkusAvaloni o outros. Teatro da Galeria. Rua Sena-dor Vergueiro. 93 (226-8846). D© 511 a dom., ás21h30min. Ingressos a CzS 80.00 o CzS 60,00.estudantes.r*v DE BRAÇOS ABERT08 — Toxto de Maria¦V^ Adelaide Amaral. Direção do José PossiNeto. Com Jucá do Oliveira e Irene Kavache.Teatro Teresa Rachel. Rua Siqueira Campos,143 (235-1113) Do 4a a 8a. às 21h; V0Bp. do 5a.às I7h; eab., àa o 21b30min e dom., às lOh.Ingressos 4a. 5a o dom., a CzS 100.00; vosp. do5a. a CzS 80,00: 6a o sãb., a CzS 120.00. Dura-ção: lb45min (14 anos).• Adesgastadacrisodecorrentedaimpossíbili-dade da relação amorosa num casal que seencontra depois de anos de soparação serviu depretexto a Maria Adelaide Amaral para escre-ver a sua peça formalmente muis sofisticada.Os desempenhos de Jucá do Oliveira e IreneRavache acrescentam ao despojado espetáculode José Pobsí Netto emoção e humor, consegui-dos através de uma Integração perfeita nopalco.

r*"v SÁBADO, DOMINOO, 8EOUNDA — Toxtolyr do Eduardo di Fillipo. Tradução do MillorFeraandos. Direção do José Wilker. Com PauloOraclndo, Yara Amaral, Ary Fontoura, RenataFronzi, Paulo Goulart e outros. Teatro dosQuatro, Rua Marquês do S. Vicente, 52 (239-1095). De 4* a sãb, ãs 21 h e dom. ãs 18b e 21h.Ingressos 4a. 6a e dom a CzS 100,00 o CzS80.0O, estudantes; 6a a CzS 100,00 o sãb oferiados a CzS 120.OO. Duração: 2h30min(Livre)¦ A história de uma família que se preparapara um almoço, o dia da grande refeição o osconseqüências da tumultuada reunião à mesasintetizam a ação de Babado, Domingo, Segun-da. Mas, para além dessa narrativa, existe asimplicidade do dia-a-dia de uma pequena hu-manidade que não faz heróis. O espetáculo deJosé Wilker é popular, simples e comunicativocomo desejava que fosse o seu teatro o autornapolitano Eduardo de Fellipo.

QUARTETT — Texto de Heiner Muller. Tradu-ção do Millor Fernandes. Direção do OoraldThomos. Com Tônia Carroro e Sérgio Britto.Casa de Cultura La ura Alvim, Av. Vieira Souto,176 (227-2444/ 247-6946)) Do 4a a 6a. ãa21 b30m; sáb o dom, às 21 h Ingressos do 4a a 6ao dom a CzS 10O.00 o CzS 80,00. estudantes; sãba CzS 100.OO. Duração: lh20min (16 anos).

DIREITA. VOLVER — Comédia de Lauro CésarMuniz. Direção do Roberto Frota. Com MauroMendonça, Rosaroaria Murtlnho, Priscila Ca-margo, Elclo Romar e Ana Maria NascimentoSilva. Teatro Meabla. Rua do Passeio, 42 (240-6141). De 4a a 6a. ãs 21h; sãb.. ãs 20h e22h30mln e dom., às 18h e 20h. Ingressos 4a o6a, a CzS Õ0.O0; 6'edom., aCz$ 80.00 e sãb.. aCzS 100,00. Duração: lh45min (18 anos).

ULY, ULT — Texto de Barillet e Oredy. Tradu-ção, adaptação e direção de João Bethencourt.Com EvaTodor, Milton Carneiro, Hélio Ary. IdaOomos e outros. Teatro do Copacabana Palace.Av. Copacabana, 291 (255-7070). 4a. 6a o Báb..ás 21h30min; S*. ás 17h e 21h30mm. dom , ás18b e 31b30min. Ingressos 4a. 5a o dom. a CzSÍOO.OO; 6a e sãb. a CzS 120.00. Duração:2hl5min (16 anos)NEILA TAVARE8, EU SOU UMA MULHER —Coletânea de textos sobre 10 personagens femi-ninos. de autores brasileiros e estrangeiros,apresentados por Nella Tavares. Sobrado doVlro do Ipiranga, Rua Ipiranga, 54 (225-4762)5*0 6a, ãs lBhaOmin, sabe dom, às I7h30min.Ingressos a CzS 120,00 e CzS 50,00, estudan-tes. Duração: lh30min (14 anos).

MULHER, MELHOR INVESTIMENTO — Come-dia de Ray Cooney. Adaptação de João Bethon-court. Direção de José Renato. Com OtávioAugusto, Maria Isabel de Llzandra, CristinaMullina, Rogério Cardoso e outros. Teatro Va-nuoci. Rua Marques de S. Vicente. 52 (239-8545) De 4* a 6a, ás 21h30min; sáb. ás 20h o22b30min e dom, ás 19h o 21h30min. Ingres-sos 4a, 5a e dom a CzS 80.00 e 6a a CzS ÍOO.OO esáb a CzS 120.00. Duração: 2h. (16 anos).

NOSFERATU — Texto de Janico Theodoro daSilva. Direção de Moacyr Ooes. Com AugustoJúnior, Oilda Cuzzi, Leon Qoés, Mònica Rogo-zlnski, Wagner Ferrara o outros. Teatro Cacil-da Becksr. Rua do Catete, 338 (265-9933). 3a e4a, ás 21h. Ingressos a CzS 80.00 e CzS 60.0O,estudantes. 4a, debate após o espetáculo.

O BOULEVARD DO RISO — Comedia de OeorgeCoppéo. Direção de Paulo Afonso de Lima. ComCláudio Gonzaga, Lair Torres, Marcos Jardim eRegina Rodrigues. Teatro de Bolso. AuriraarRocha. Av Ataulfo do Paiva, 269 (230-1408).Do 4a a 6". aa Zlhlõmin; sáb. às 20h o 22h odom, às 20h. Ingressos do 4a a 6a e doro a Cz$70,OO e Cz$ 50.OO. estudantes; sáb a CzSÍOO.OO. Claseo teatral a CzS 30.00.A HONRA PERD1XIA DE KATHARINA BLUM •— Texto de Henrich Boll. Adaptação do Marga- ....roth Von Trotta. Direção do Luis Carlos Rippor.Com Juliana Carneiro da Cunha, HersonCarpi,Ada Chasoliov, Carlos Oregório, Ivone Hoff-mann e outros. Teatro Olauclo GUI. Pça Car-doai Arcoverdo, s/n° (237-7003). De 4a a 8°. as _ r21h30min; sáb. ãs 22h, dom. às 18h30min o

*

21h. IngrossoB 4a a CzS 60.00; 5a e dom a CzS80.0O; 8a a CzS ÍOO.OO o Báb a CzS 120.00.

VTDA E P.'JXÃO DE PANDONAR, O CRUEL —Tesrto de humor do João Ubaldo Ribeiro, Adap-tação e direção de Lyscia Braga. Com LuizMaçãs, Carlos Pimentel, Luiz Pareto e outros.Toatro do Bolso, Av. Ataulfo de Paiva, 280 (239- ''

1498). 2a e 3a, ãs 21h30min; 5a e 6a. às 17h.Ingressos a CzS 50,00.PEDRA, A TRAGÉDIA — Texto de Mauro Rasi.Vicente Pereira e Miguel Falabella. Direção doAri Coslov. Com Analu Prestes. Tholma Roston,Stella Freitas e Isaac Bernat. Teatro Cândido .Mendes, Rua Joana Angélica. 63 (227-9882).4a. 5ae6a.ss21b30min. Sábados, às 2lh30mine meia-noite. Domingos ãs 18h30min e 21h.Ingressos de 4* a 6* e domingo, a CzS 60,00 esãb. aCzS 70,00. Duração: lb20min. (16 anos).

FERIAS EZTRACONJUOAIS — Comédia de Do- jcnald Churcbill e Feter Yeldham. Direção doAttilio Riccó. Com Ewerton de Castro. TamaraTaxman, Clesa Ouimaráes, Mario Cardoso. So-' '

lange Couto, Adele Fátima o Henrique Taxman.Teatro da Praia. Rua Francisco Sá. 88 (287- . k7749). De 4a a 8a e dom, as 21hl5min sáb. ãs20b e 22b30min e vesp de dom. ás 18b. Ingres-sos 4a a CzS 80,00; 5a e dom. a CzS 100.00 e 6a esáb. a CzS 120,00. Duração: 2b. (16 anos). ,)b

TRATRE COCAR... É SÓ COMEÇAR — Texto de '

Marcos Caruso. Direção de Attilio Ricco. ComAngela Leal. Marilu Bueno. Elisángela, Fátima .Freire, Adriano Reys e outros. Teatro PrincesaIsabel. Av. Princesa iBabel, 186. De 4a a 8a edom. ás 21hi5min; sáb, ãs 20h e 22h30min; —'vesp de dom. as 18h. Ingressos 4a. Sa e dom a «aCz$ 80,00; 6a e sáb a CzS 90,00. Duração: ah (16anos).

O PERU —ComédiadeGeorge Feydeau. Adap- .tação de Jucá de Oliveira. Direção de JoséRenato. Com John Hebert. EdwinLuisi, AngelaVieira. Francisco Milani. Djenane Machado,Felipe Carone e outros Teatro Ginástico. Av.Oraça Aranha, 187 (220-8394). De 4a a 6a. ás21h; sáb. ás 20h e 22b30min; dom. às 18h s21h. Ingressos 4a o 5a a CzS 40.00; 6a e dom a "

Cz$ 50.00; sáb a CzS 60.00. Duração: 2b (18anos).

A VERDADETRA VTDA DE JONA8 WENKATexto de Bertold Brecbt. Direção de Peter Pa-Utzsch. Com André Valli. Udia Brondi e o

grupo TAPA. Teatro Olória. Rua do Russel. '

632 (245-6533). De 4a a sáb.. às 21h30min; •• •

dom, às 18h e 21b Ingressos 4a o 5a a CzSSO.OO; 6a e dom, a Cz$ 100,00 e sãb e feriados aCz$ 120,00. Estacionamento próprio no hotel.Duração: 2h (14 anos) Até dia 19.

RAPAZES — Texto de Ronaldo Reis. Direção deYvone Hoffman. Com Rubens Araújo, Lurdes 'Moraes, Samantba, Sérgio Maia e outros. Tea-tro Alasca, Av. Copacabana. 1241 (247-0842).Do 4a a 6a e dom às 21h30min; sãb, as 22h emeia noite; dom, às lOh. Ingressos 4a, 5ae doma CzS 70,00; 6a a CzS 80,00; sáb a CzS 100,00.Duração: lhaomin (18 anos)

MEMÓRIAS DE UMA CAFETINA — Toxto edireção de Brigitte Blair. Com Alex Mattos, JairPinheiro, Walter Costa. Patrícia Blair e outros.Teatro Serrador, Rua Senador Dantas. 13 (220-5033). De4aadom.às 18h30m. Ingressos de 4aa 6a a CzS 60.00 o sãb e dom, a CzS 80,00.Duração: lh30min (18 anos)

A Associação Carioca de Empresários Teatraiscoloca à venda em suas agências ingressos apreços de bilheteria, de todas as peças emcartaz no Rio, com entrega a domicilio, semacréscimo no preço. As agências funcionam noRio-Sul (de 2a a sãb.. das 10b ás 22b), na Pça N.8a. da Paz (do 3a a dom., das 10b ás 22h) e noLgo da Carioca (de 2a a 6a. das lOh ás 18hl. e otelefone para informações ó 542-4477

ARTES PLÁSTICASCONCEIÇÃO DE SOUZA — Gravura em metal.AM Nlemeyer. Av. Alvorada. Via 11, 2.150.(Caaashopping). De 2a a 8a, das lOh ás 20h. Até

VÍDEOVtDEO-BAR — Às 15b: Pygmallon. bale deJean Phillipe Rameau. As 18h30mín: Sympho-ny for the Devil, de Jean-Luc Oodard (versãooriginal com legondas em inglês) As20b30min: Marco Spada, bale pantorafmico deDaniel Auber e Eugenç Scribe. com RudolfNureyev e Gislaine Thèlmas. Às 22b30min:Uma Mulher é uma Mulher, de Jean-Luc Go-dard (versão original com legendas em portu-guès). Hojo. no TV Bar Club. Rua Toresa Gui-moraes, 92.

VTDEO-BAR CnÍME — Às 21 h: The Rose Às23h: Let lt Be, com Beatles. Hoje. no Video-BarCiúme. Rua Dias Ferreira. 259.

VtDEOS NO OIO _ Exibição do vídeo B.B. KlngIn Conoert. Hoje, às 22h, no OIO Saladas, RuaOeneral San Martin, 020.

VDDE08 NO CREPÚSCULO — Exibição dosvídeos The Smiths (ao vivo gravado na Ingla-terra) e Pet Shop Boys (ao vivo na França). Hoje.às 23h30mln. no Crepúsculo de Cuba tão. RuaBarata Ribeiro. 543.

A HISTÓRIA DA GRAVURA BRASILEIRA —Exposição de litografias do vários artistas en-tre elos Aldo Bonadei. Carlos Scliar. Livio Abra-mo e outros. Casa de Cultura Loura Alvim. Av.Vieira Souto, 176. Do 3a a 8a, das 14h ás 21h.Sábados e domingos, das 18h ás 19h. Atéamanha,eTEMILE DD3AN — Esculturas, desenhos e pin-turas. A.M.C. Galeria de Arte. Rua Marquês deSão Vicente, 52 — loja 160. De 2aa a 6a, das 9hàs 19h. Até sexta.IVANIR GERALDO VIANNA — Desenhos. Con-traponto Galeria de Arte, Rua Visconde dePirajá. 82 — loja 211. De 2a a 6a, das iob ás}9b. Sábados, das lOh ás 13b. Até sexta.

NAOTR — Pinturas. Escola Municipal ArmeFrank. Rua Pinheiro Machado. 190. De 2a a 6a,das 12b ás 17b. Até sexta.

UNIVERSOS — Coletiva com obras do VilmarRodrigues. Paulo Simões. Marly Faro e outros.Liana Lunardelli, Rua Marquês de São Vicente,87. De 2a a 8a. das 9b ás 18h30min. Sábados,das 9b ãs 13h. Até sexta.FLÁVIO 6HIRO — Pinturas sobre papel. Gale-ria Estampa, Rua Visconde de Pirája, 82 — loja106. De 2a a 6a, das 9 h às 19h. Sábados, das 9hàs 13h. Ató sábado.FLÁVIO 8HTRÓ — Pinturas. Galeria Sarame-nha. Rua Marquês de São Vicente, 52 — loja165. De 2a a 6a. das 10b às 2ih. Sábados, das10b às 18b. Até sábado.FANO — Pinturas. Oaleria Bonino. Rua BarataRibeiro, 578. De 2a a sábado, das lOh ás 12h odas 16h às 22h. Até sábado.

MARA TAOLIARI — Pinturas. MC Artes Plástl-cas. Estrada da Barra. 1.636 — Loja O. De 2a asábado, das 14h às 22h. Até sábado.

FLÁVIO TAVARES — Pinturas. Way Oaleria deArte. Av. Armando Lombardi. 33. De 2a a 6a.

das 13b ás 21b. Sábados, das 10b às 18h. Atésábado.

MARGARET MEE — AquarelaB. CentroCultural do Jardim Botânico, Rua Jardim Bota-nico. 1008. Diariamente, das 8h ás 17h. Atédomingo.CLAUDIA EXJNO — Fotografias. Rio DesignCenter. Av. Ataulfo de Paiva. 270 De 2a asábado, das lOh ás 22b. Domingos, das 12h ás20b. Até domingo.

ROBERTO GARCIA — Fotografias. Reatauran-tea Maria Maria, Rua Barão de Ilambi. 73.Diariamente, a partir das 19b. Até segunda.

EDUARDO IOLE8IAS — Pinturas. RealidadeGaleria de Arte. Av. Ataulfo de Paiva. 135 —loja 226. De 2* a 6a. das 11b ás 20b. Sábados,das llh ás 16b. Até segunda.

AMAURY CHAVES — Pinturas. Galeria Olivl»Kann. Rua Visconde de Pirajá. 351 — loja 105.De 2a a 6a. das lOh ás 21h. Sábados, das iob ás14h. Até segunda.y attT.A VTDAL — Esculturas em cimento. Cã-mar» Muniolpal do Rio de Janeiro. Cinelándia.De 2a a 6a. das lOh ás lBh. Até dia 10.

MARTLT CINTRA OPFERMANN — Instalaçãocom objetos porcelanizados. Oaleria Ma-eunaima. Rua Araújo Porto Alegre, esquinacom Rua México. De 2a a 6a, das lOhSOmin áslSbSOmin. Até dia 14.ARTISTAS AROENTDÍ08 EM RIO — Coletivade desonhos. gravuras o pinturas de váriosartistas argentinos. Oaleria do SESC da Tijuca.Rua Barão de Mesquita. 539. De3aa6a.das 13hãs 21h. Sábados e domingos, das 10b ãs 22h.Até dia 14.SÉRGIO MATTA — Desenhos e pinturas Galo-ria Paulo Cunha. Av. Ataulfo do Paiva. 135 —

loja 102. De 2a a 6a. das lOh ás 19h. 4a até as21b Sábados, das 10b ás 14h. Até dia 15.

MARIA PEREIRA — Tapetes e pinturas. Espe-oo Cermem Miranda do Hotel Nacional. Av.Niemeyer. 789. Diariamente, das 10b às 21.Até dia 15.

Arte D3EU. Av. Copacabana. 890—2° andar. De2a a 6a. das 12h ás 21b Até dia 16.

PROJETO ARTE BRASILEIRA — Originais ereproduções fotográficas de Pedro Américo.Timótheo da Costa, Castagneto, Visconti e ou-tros. Oaleria Sérgio Mllllet s Rodrigo M.F. deAndrade. Rua Araújo Porto Alegre. 80. De 2a a8a. das 10h30m ás 18b30m. Até dia 16 deoutubro.

LOIO-PER8IO — Pinturas. Oaleria AM Nle-meyer. Rua Marquês de São Vicente, 52 — loja205. De 2a a 6a. das lOh ás 22b. Sábados, daslOh ás 18h. Até dia 17.

LUIZ CARLOS DE CARVALHO E FERNANDOBORGES — Pinturas. Galeria Contemporânea.Rua General Urquiza. 67 — loja 5. De 2a a 8a,das 9h ás 19b. Sábados, das eb áa 13b. Até dia18.TURI BTMETI — Esculturas. Galeria de ArteCentro Empresarial Rio, Praia de Botafogo,228. De 2a a 6a. dss 13b ãs 19b. Sábados edomingos, das 13h ás 18b. Até dia 19.

SANDRO DONATELLO — Pinturas Museu Na-olonal de Belas-Artos. Av. Rio Branco. 109. 3a e5a. das lOh às I8h30min. 4a e 6a, das 12h ãs18b30mln Sábados e domingos, das 15b ãs18h. Até dia 19.HAROLDO BARROSO — Esculturas. Artespa-oo. Rua Conde Bernadote. 26 —loja 116 D©2aa6a. das 13h ãs 21b: Sábados, das 16h ãs 20h.Até dia 23.

ELAN — Pocholrs Aliança Francesa de Ipane-ma. Rua Visconde de Pirajá. 82 — 2° andar. Do

2a a 6a. das 8h ás 20h. Até dia 31.

As indicações são de Wilson Cunha (cinema).Mackaen Luis (teatro). Reynaldo Roels Jr. (ar-tes plásticas). Diana Aragão (sbow) e ElianaYunes (crianças).

Os programas publicados no Hoje no Rio estãosujeitos a mudanças de última hora, que são deresponsabilidade dos divulgadores. É sconse-lhãvel confirmar os horários por telefone.

JORNAL DO BRASEL quarta-feira, 8/10/86 o CADERNO B o 5

restaurante Alt Munchenprorrogou até domingo seu

Festival de Comida Suíça.Segundo Alan Jacot, o dono, foi ojeito de agradar aos clientes quesolicitaram mais dias parasaborear, entre outros, o prato demedalhões de vitela com queijo,cogumelos selvagens e riso to aogorgonzola (La Picata de Veau SanSilvestre Cz$ 150). E tambémporque está difícil conseguirmatéria-prima para seustradicionais pratos alemães, feitosà base de salsichões especiais. OAlt Munchen fica na Rua DiasFerreira, 410, Leblon. Tel: 294-4197.

Maitê nos anos 30A atriz Maitê Proença e o compositor

XX João de Barro, o Braguinha, são osprimeiros nomes contratados para a no-vela Cananga do Japào, ambientada nosanos 30 e criada a partir de uma idéia deAdolpho Bloch, com a supervisão geraldo escritor Carlos Heitor Cony. Bragui-nha fará o tema musical da novela, ummaxixe, e ao mesmo tempo será um dospersonagens de uma variada galeria deartistas — como C armem Miranda, NoelRosa, Pixinguinha, Villa-Lobos —, joga-dores de futebol — como Leônidas daSilva e Perácio, — e até mesmo bandidos— Lampião, Maria Bonita, e o taradoFebrônio Índio do Brasil. Com Canangado Japão, nome de uma gafieira queexistiu até 1938, e também de um perfu-me usado pelas polacas, as prostitutasque inauguraram o Mangue carioca, aRede Manchete comemora seu 4o ano deexistência.

SHOW-A. imirnim — Show do grupo vocal. Bcala

|t Av. AfrAnio do Melo Kranco, 200 (230-4448).' De 4* a 8», às 17h. Ingressos a Cz$aoo.oo.HANOI HANOI — Show do conjunto de rook.Teatro Ipanema, Rua Prudente de Morais, 824(847-9704). De 4* a dom., às 22h. Ingressos 4a.5» e dom. a Cz$ BO.OO e 8" e sáb. a Czí 80,OO.TUBI FOPOFT B MAURO BENISE — Apresen-taçfo do contrabaixista e do saxofonista acom-ponhadoe de conjunto. Bala 8idn*y Miller, RuaAraújo, Porto Alegre. 80. De 3» a sáb. às 21b.Ingressos a Cz* 20.00. Até dia 11 de outubro.PROJETO 8E10 — Show de EmílioSantiago e conjunto. Teatro Carlos Gomes, PçaTlradentes a/n" (222-7681). De 2a a 8a. àa18h30min. Ingressos a Cz$ 25,OO. Até dia 17.

HUMOREU SOU UM ESPETÁCULO — Show do humo-rlsta José Vasconcelos. Teatro da Cidade, Av.Epitácio Posso». 1884 (247-3292). De 4a a 8a, às21h30min, aáb, às 20h e 22h30min e dom, às20 h. Ingere usos a Cz$ 80,00 e Cz$ 50,00, estu-jantou (só na 4a, 5a e dom).BI MELHOR QUEM RI BEMVINDO — Show dehumor com texto, direção e interpretação deBemvindo Sequeira. Direção musical de CalqueBotkay. Sobrado do Vlro da Ipiranga, RuaIpiranga. 64 (226-4782). Do 4a a 0a, às21b30min; aáb e dom. às 20h o 21h30min.Ingressos 4* e 5" a Cz8 0O.OO; 8a e dom a Cz$80,00 e sáb a Czí 100.00.

REVISTASWT.Afi QUEREM O QUE TEM — Texto edireçáo de Ankito. Com Ankito, Denise Casais,Regina Ptmentel e outros. Teatro Serrador,Rua Senador Dantas, 13 (220-5033). De 4a adom., àa 21 hlBmin. Ingressos de 4a a 6a a Cz$60,00 e aáb. a dom. a Cz$ 70,00.CAMXLE EM FLASH BACK — Texto de BrigitteBlair. Show dos travestis Camile, Fijucam Mi IaSchnaider e outros. Teatro Brigitte Blair, RuaMiguel Lemos, 51 (521-2055). De 4a a dom, às21h30min. Ingreesoe de 4a a 8a a Cz$ 80,00 eaáb e dom a Cz$ 80,00.fffT.AH DÃO CERTO — Revista de Carlos Nobre,Joeó Sampaio e Colé. Com Coló, Nick Nicola,Henriqueta Brieba e outros. Teatro Rival, RuaÁlvaro Al vim, 33 (240-1136). De 3a a 8a, às 21b;sáb, ãs 20h e 22h30min; dom, às 18h e20h30min. IngTessos de 3a a 5a e dom a Cz$60,00: 8a o sáb a Cz» 70.00.UM VARÃO PARA SETE MULHERES — Re vi a-ta de Jorge Murad e Betty Berguer. Direção dePaulo Celestino. Com Lilico, Wania Barros, LizTorres e outros. Teatro Rival, Rua Álvaro Al-vim, 33 (240-1135). De 3a a 8a, ãs 18h30min;aáb, às 18h. Ingressos a Cz$ 50,OO.

TURÍSTICOS

Galeria tem

vampiro

A moda teatral está maispara vampiro. Depois

de Nosferatu, chega-nosVampiria, uma comédia deterror escrita por Tacus, diri-gida por Carlos Gregório, en-cenada pelo grupo CanteConte, com estréia hoje noTeatro da Galeria, às 21h.Uma família de vampiros, re-tirada da Transilvânia, insta-la-se no subúrbio de umagrande metrópole, mas suasaúde se debilita com remé-dios pouco confiáveis, seusataúdes são roídos peloscupins, suas presas são arran-cadas por dentistas desones-tos. Resultado: acabam tra-balhando para o governo emtroca de sangue de galinha(quando há).

FIL.IVSES DA. TV

Belmondo

e aáb a Cz$ 30,00 e dom a Cz$ 50.00, Rua 19 deFevereiro, 04 (268-4908).CASAS NOTURNASJARDB MACAJLÉ — 8how do violonista o com-poeltor. Ragtime, Av. Sernambotiba, 470Ò. Do4a a sáb. às 23h.OALO PRETO — Apresentação do conjunto dochoro. Hoje, às 21h, no Alllsca, Rua PauloBarreto. 88 (295-5494). Sem oouvert. Consuma-çáo a Cz$ 35,00.ALÔ ALÔ — Programação: 2a a sáb, às23h30min ahow Pura Magia com a cantoraMaria Creuza. Couvert do 2a a 5a a Cr$ 150,00;8a e sáb. aCr$ 200,00. A partir das 22h30min, oconjunto da casa. Rua Barão da Torre, 308(521-1480).PEOPLE — Programação: De 2a a sáb., às20b30min, piano-bar cora Athio Bell; 2a àa22h30min, Copa Peoplo de Música Instruraen-tal 3a, ãs 22h30min, grupo Fríends; 4a a sáb, às22h30min, a cantora Nana Caymmi. Dom. às22h30min, Terra Molhada; de 4a a sáb., à lh damanhã. Bruce Henry Quarteto. 3a l h da manhãBetinho (violão); dom lh da manhã grupo BlueJeans. Av. Bartolomeu Mitre, 370 (294-0547).Couvert a partir das 22h30min, de dom. a 3a, aCz$ 75,00; 4a e 5a, a Cz$ 100,00; 8a o sáb., a Cz$120, OO.

OOLDKN RIO — Show musical com a cantoraWatuai e o ator Grande Otelo à Crente de umelenco de bailarinos. Direção de Maurício Sher-man, Coreografia Juan Cario Berardi. Orques-tra do maestro Ouio de Moraes. So ala-Ri o, Av.Aírinio <le Melo Franoo, 298 (239-4448). De 2aa dom, Ãa 23h. Couvert a Cz$ 200,00.SONHO SONHADO DE UM BRASIL DOURADOn — Muaical com arranjos e regência de SilvioBarbosa. Coreografia de Walter Ribeiro. Plata-forma,-Rua Adalberto Ferreira, 32 (274-4022).Diariamente, ãs 23h. Consumação a Cz$250,00. oom direito a salgadinhos e bebidasnacionais.OBA OBA BRASIL — Show apresentado porLula Ceear. Com Glória Cristal, Dario Filho,Vera Benévolc, As Mulatas Que Não Estão noMapa e a orquestra do maestro Fraga. RuaHumaitá, 110 (280-9848). Diariamente jantardançante às 20h30min e ahow às 23b. Couverta Czt 200,00. __

EXTRAOBSERVAÇÃO ASTRONÔMICA — Observaçãodo oéu orientada por monitores do Museu deAstronomia e exibição de videos. De 3a a dom, apartir das I8h (dependendo das condições dotempo) na Rua Gal Bruce, 588, S. Cristóvão(580-7313 ramal 231). Os visitantes só poderãochegar até ãs 19h30min.POESIAELETROPOE8IA — Apreaentaçào em displaydo poema de Dirceu Quintanilha. CentroCultural Cândido Mendes, Rua Joana Angéli-oa, 83. Diariamonto. das 9h ã meia-noite. Atédia 31.RUA DB ACRÍLICO — Performance com o poetaRonaldo Macedo e Cláudio Mota (violão). Hojeès 20h. na UERJ, Av. S. Francisco Xavier,auditório 11. Entrada franca.PBOJETO UNI-VERSOS — Apresentação doAdriana Lantimant, Cacaso, Clovis Assumpçãoe Débora Guimarães. Hoje, às 21 h, no Planetá^rio, Av. Pe. Leonel Franca. 240. Ingressos aCri bo.oo.

KARAOKÊKARAOKÊ CARIOCA — Karaokê com apresen-

de Marco CLnelly e Henrique Vasconce-loa. Play-baoks, brincadeiras e música paradançar. De 4a a dom, às 21 h. Consumação de 4a,5a e dom a Cz$ 30,OO; 8a e sáb a Cz$ 40,00. RuaXavier da Silveira. 112 (255-3320).LIMELIGHT — Karaokê tradicional de 2a a sáb,a partir das 19h, com o apresentador Karan.Couvert a Cz$ 40,00. Rua Ministro Viveiros deCutro. 93 (842-3098).KARAOKÊ DO VOGUE — Diariamente, a partirdas 22h, o cantor e guitarrista Guto Angelicci eàs 23h30min. karaokê com música ao vivoapresentado por Rinaldo Genes e Mario Jorge.Todas as 4^, Festival da Karaokê. Couvert oconsumação a Cz$ 50,OO (de dom. a 5a) e Cz$70,00 (6a e sáb). Rua Cupertino Durão, 173(274-4 1 45).CANJA — Do dom a 5a, àa 20h30min; 8a e sáb,as 20h. karaokê, onde o cliente canta acompa-nhado de 950 play-backs (músicas nacionais einternacionais, além de uma coleção do tangose boleros) ou de Armando Martinoz (órgão).Apresentação dos cantores Ernesto Pires e Ma-rio Jorge. De dom. a 5a a Cz$ 50.00 (consuma-çáo); 0a e sáb. a Cz$ 70.00 (consumação). Av.At&ulfo de Paiva. 378 (511-0484).MANGA ROSA — Programação: do 4a a sáb, noIo andar, karaokê com apresentação do Gil8plna e Edu Farah. Couvert 4a o 5a a Cz$ 30,00e 8a e sáb a Cz$ 40.OO. Consumação a Cz$50,00. No bar. 8a e sáb. às 22h, Luiz Venturini(ovation); dom ás 18h pagode com o grupoNova Era. Couvert a Cz$ 30,00. Consumação 0a

O Projeto Seis e Meiaapresenta, esta semana, ocantor Emílio SantiagoCY MANIFOLD — Sbow do cantor acompanha-do de conjunto. Un, Deux, Trois. Av. Bartolo-meu Mitre. 123 (230-5789). De 3a a dom. àa23b. Ingressos 3a a 5a o dom a Cz$ 200,00; 8a esáb. a Cz* 250,00.T.KT IT BE — Programação: 3a Equinócio; 4aGlub Olub; Ba Balaio de Oato; 8a e sáb. àa 2Zh, ocantor Oto Nelson; 8a. àa 23h, Kartoum; sáb, às23h, A Trilha; dom, Emoções Baratas. A casaabre às 21h. IngTOBSOB de 3a a 5a e dom a Cz$30,OO; 8a e sáb a Cz$ 80,00. Rua SiqueiraCampos, 208.BECO DA PIMENTA — Programação: 2a Geor-gette e grupo Ginga e Raça; 3a grupo Raiz deGalo; 4a a cantora Fátima Marinho o grupo; 5a ocantor Paulo Rego e grupo; 8a o sáb, o cantorJohn Wesley. 2a o 3a, àa 21h; 4a e 5a. àa21h30min; 8a e sáb, às 22h30min. Couvert de2a a 4a a Cz$ 25,00; 5a a Cz» 30,00 o 8a e sáb aCz$ 40,00. Rua Real Grandeza, 178 (288-5748).CLUBE UM — Diariamente, a partir das 21h, oscantores Liliane, KJeber Jorge e Celeste o oapianistas Silvio Gomes e Dario Galante. Todasas 3^ e dom, o conjunto Cor e Canto. Às 5as AnaMazzoti (voz e piano). De 4a a sáb, Sávio Araújo(sax)e grupo. Rua Paul Redfern, 40(259-3148).Couvert de 2a a 4a e de 8a a dom a Cz$ 40,00 econsumação a Cz$ 80,00. 5a a Cz$ 100,00 e Cz$80,00.

magnifico

Paulo A. Fortes0*1 ORRIA o ano de 1960¦ _ e Jean Luc Oodard

precisava desespera-damente de um ator excep-cional, para viver o persona-gem principal de Acossado,em inicio de filmagem. O per-sonagem Pierrot, um charmo-so anti-herói, teria que ser, nopensamento do diretor, a so-ma de Humphrey Bogart eJames Dean, com pitadas deJames Cagney e MarlonBrando, e algo de Jean Oa-bln. Para encarnar esta sala-da de estilos, Oodard acabouescolhendo Jean-Paul Bel-mondo, jovem ator que, ape-sar de já ter participado denove filmes, ainda era prati-camente desconhecido naFrança.

A escolha revelou-se sá-bia: Acossado foi um dosmaiores sucessos, populares ede crítica, da nouvelle vaguee Belmondo se viu, do diapara a noite, no lugar de maisimportante estrela do cinemafrancês de então. Com seutipo de charme irresistível-mente malandro, ele era a en-

carnação perfeita da juventu-de da época, com sede deaventuras e crises existen-ciais, vivendo uma vagabun-dagem que prenunciava, tal-vez, os bippies andarilhos nasestradas européias e america-nas, cinco anos após. Bel-mondo estrelou muitos filmesfranceses e internacionais, al-guns bons, outros medíocres.Com tipo fislco ideal para fll-mes de aventura, ele se recu-sava a usar doublts nas cenasarriscadas, e escapou de mor-rer algumas vezes. Destes fll-mes, alguns foram dirigidospor Phillipe De Broca (dequem vimos há pouco Essemundo é dos loucos): O ho-mem do Rio, Aventuras deum chinês na China. Diretorcompetente, mistura muitobem humor e tensão, paisa-gens exóticas e situações in-sólitas. O melhor filme da du-pia é O magnífico (Tv Ban-deirantes, 22h30min), inteü-gente sátira ao próprio estilo.Um roteiro muito interessan-te, bem-realizado, perfeito pa-ra as habilidades deste ator,personagem de si mesmo,Jean Paul Belmondo.

I ill

Sátira ao filme de aventura, O magníficose apóia na habilidade de Jean-Paul

Belmondo

OS HOMENB PREFEREM ASLOURAS

TV Globo — 14h20min(Oentlemen Prefer Blondes) pro-duçáo americana de 1953. dirigi-da por Howard Hawka. Elenco:Marilyn Monroe. Jane Russell,CharleB Cobum. Elliott Roid. Cor(91 min).

Comédia. Duas amigas, umaloura (Monroe) e a outra morena(Russell), vão fazer sbows musi-cais em Paris. Querem conseguirmaridos ricos, mas são seguidaspor um detetive (Reid). contratadopelo pai (Taylor HoLmes) milioná-rio do noivo (Tommy Noonan) dabela lourinha.

DÁ-LHE DURO. TRIN1TYTV Record — 21h35min

(...Piú Forte, Ragazzi) produçãoitaliana, dirigida por GiuseppoPizzuti. Elenco: Terence Hill. BudSpencor. Cyril Cuaack. René Koll-dehoff. Cor.

Western-comédla-spaghetti.Dois pilotos free lanoer (Spencer eHill) recebem ohequo sem fundosdo pagamento por um serviço esomem, com o avião, nas florestasda Colômbia, onde se motora emencrencas, envolvendo contraban-distas de esmeraldas.

O MAGNÍFICOTV Olobo — 0h20mln

(Le Magniílque) produção f rance-sa de 1973. dirigida por PhillipeDe Broca. Elenco: Jean-Paul Bel-mondo. Jacquoline Bisset, VittorioCaprioli. Cor (93 min).

Aventura. Romancista (Bel-mondo) entrega, mensalmente,um novo livro de aventuras ao seueditor (Capnoli). Envolvido o tem-po todo com o herói quo criou, eleusa as pessoas à sua volta comopersonagens, incluindo a bela vi-zinha (Bisset). Com o tempo, nãose sabe mais o que ó real e o que 6fantasia, na vida e no filme.

BOTANIC — Programação: 2a o ator e cantorPaulo Paraná; 3a a peça Alto Risco, com GlóriaHorta, Maria Lúcia Vidal e Anatilde Juliáo; 4aRenato de Carvalho (violão) e grupo; 5a perfor-manos O Trem Noturno, de Maninha Cerrone eMarcelo Caridad. Com Alice Borges. JussaraMoreira e outros; 8a e sáb banda Jazz Brazil. 2a.às 21h30min; 3a, 4a e 8a o sáb às 22h30min; 5aàs 22h. Couvert 2a aCz$ 50,00; 3a, 4a e 8a e sáb aCz$ 80,00; 5a a Czí 40,OO. Rua Pacheco Leão.70 (274-0742).JAZZMANIA — Programação: de 2a a 4a DoriCaymmi ao violão; de 5a a sáb, Toni Costa(guitarra) e banda. Sempre, às 22b. Couvert aCz$ 100,00. Av. Rainha Elizabeth. 789 (227-2447).ONE-TWENTV-ONE — Programação: de 5a asáb. às 24h, a cantora Waleska. Consumação aCz$ 100,OO. De 2a a sáb. às 15h30min, BotoQuartin (piano). De 2a a 5a, às 18h e dom, às21h, Hélcio Brenha (sax) e regional ChoraBaixinho. De 8a a sáb, &s 21bl5min. BetoQuartin (piano) e maestro Nelainho. De 8a adom. a dupla Álvaro Luiz e Maria Praga. Hotel8heraton. At. Nlemeyer. 121 (274-1122). Con-sumaçáo a Czl 50,00.VALENTDKyS — De 3a a dom. às 20b. StdneyMarzullo ao piano. Hotel Sheraton, Av. Nle-meyer. 121 (274-1122).BOND FOINT — De 2a a 5a, às 18h. e 8a e Báb, ás22h, conjunto Fogueira Três com Alfredo Car-dim (piano) e Haroldo Jobim (bateria). 0a e sáb,às 18h, Sérgio 8colo (piano), De 3a a sáb, dasllh30min às 14h30min, Fats Elpidio (piano).8a e aáb, ia 23b30min. Nonato Luiz (violão).Dom. às 18h, Rambler^ Tradicional Jazz Band.Couvert a Cz$ 40.00. Rond Polnt Hotel Meri-dlen, Av. Atlântica, 1020 (275-1122)DESGARRADA — De 2a a sáb, àa 22b30min.fados e guitarradas com os cantores AntônioCampoa e Maria Alclna. Às 23h30mln. a canto-ra Nortmar. Couvert a Cz$ 25,00. Rua Barão daTorre, 887 (239-5748).DOUBLE DOSE — Programação: do 2a a sáb. ás19h, Beto Qusrtln (piano) e às 22h. A Banda ouNada, 2a, Para 8empro Vinícius do Morais; 3tt.Roaane Lessa (cantora); 4a, Rio DixielandBand; 5a, pagode de Ivo da Mangueira; 8a o sáb.Leila Pinheiro; dom. Chico Batera o banda.Couvert a Cz$ 100.00. Rua Paul Redforn, 44(294-9791).BAMBINO D"ORO — Programação: 2a o 5a,Manoel da Conceição (violáo); 3a e 4a, DanielDDane (violáo) a sáb, Manuel da Conceição.Daniel DDane, Sá Moraes o Marcelo Miranda.

Sempre, ás 2lh30min. Sem oouvert. Rua RealGrandeza. 238.MIHADOR — Programação: 2a, ãs 19b Noite do8paghetti, com os Violinos de Varsóvia; 5a, às19h, Noites do Frutos do Mar, e dom, às 13h,Brunoh oom Soaó e Bahia e quarteto; sáb. ãs13h, feijoada com conjunto Helcio Brenha eregional Chora Baixinho Hotel 8heraton, Av.Niemeyer. 121 (274-1122).O VIRO DA IPIKANOA — Programação: 2a, ãa22h, chorinho com Dirceu Leite, regional Cho-ro Só o Walter Moura (bandolim). 3a Caminho»,performance oom Williams Oliveira. 4a e 5a, às22h, Canta Aracaju, com Lula Ribeiro; 8a e sáb,às 23h, a cantora Andréa França, às 24h,humor e música oom o Trio de Janeiro, a lh.Manassós (12 oordas); dom, às 22b. Gira Mun-do. Rua Ipiranga. 54 (225-4782) Couvert de 2a a5a e dom a Cz» 40,OO; 8a o sáb a Czí 80.00.mrr.lfeu DO PARÁ — Aberto de 2a a 8a, comxnúaica ao vivo, das 11b às 23h. No almoço:piano oom Marluce. No jantar, violão e voz como cantor e compositor Alexandre. Av. FranklinRooaevelt, 84 • 3o andar.EQÜINO X — Programação, de 2a a 4a. PauloAffonso (piano); 5a àa 21h30mln a cantoraLeticia; e às 23h Manassós e trio; 8a e aáb ás21h30min a cantora e pianista Ana Mazzotti eàs 23h, Manassés. Couvert a Czt 80,00. RuaPrudente de Morais, 729 (247-0580)NILDA APARECIDA — Diariamente, a partirriftü 19 h, apresentação da organista e cantora.Restaurante Céu, Hotel Nacional. Av. Nie-meyer, 789 (322-1000).ZEPPELIN — Programação: no bar, 8a a dom.,às 23h, Fernando Booca (voz) e Fernando Hen-ri que (aax). Couvert de 3a a 5° e dom., a Cz$30,00; 8" e aáb.. a Cz» 35,00. Consumação de 3aa 6aedom., aCz$30,00,e8aesáb.,aCz$35,00.No Cafó-Teatro Eli Sal amargo peça com direçãode Maria Vorbees. 8aesáb.. àa 24b. 8ae sáb.. às23h, Ressuscitar, show da cantora Mira Palho-ta e André Protáaio (violão). Estrada do Vidl-gal, 471 (274-1540).JATO BAR — Diariamente, das 1 lh às 15h e das19h às 21h, o pianista Carlos Hembeck. Semoouvert. Aeroporto Santos Dumont.CHIKOy BAR — Piano-bar com música ao vivoa partir d*M> 21h. Programação: 2a e 3a, o violo-nista Nonato Luiz; de dom. a 2a, àa 21h30min,conjunto de Eli Arooverde e as cantoras Celestee Rita. Aberto diariamente a partir das 18b,oom música de fita. Sem oouvert, sem oonsuma-çát> TT)lnlm«- Av. Epitácio Pessoa, 1.580 (287-OI 13 e 287-3514).BACO — Diariamente, a partir das 21h, Jarbas(cantor e violonista) e os pianistas San Severinoe Telma. Couvert a Cz< 20,OO. Av. Ataulfo dePaiva, 1235 (294-0047).SOBRE AS ONDAS — Diariamente, a partir das20h, o pianista Miguel Nobre e a cantora Con-suelo. Depois o conjunto de Osmar Milito e oscantores Nethy e Beto. Couvert: 8a. sáb. e vésp.de feriado, a Cz* 50,00. Av. Atlántioa. 3 432(521-1298).LOBBY BAR — Aberto diariamente a partir dasllh. De 2a a sáb., às 19h a pianista ClaudiaPerro ta e de 5a a 3a, às 18h. o pianista D'Ange-lo. Hotel Intercontinental. Av. Prefeito Mendesde Morais. 222 (322-2200).VINÍCIUS — Diariamente, às 21h, a orquestrade Cellnho do Piaton e os cantores Vitor Hugo,Roberto Santos, Leona. Av. Copacabana. 1 144(287-1497). Couvert, de dom. a 5a a Cz$ 25.00 e8a e sáb. e vesp. de feriado, a Cz$ 40,OO.POKER — De 2a a aáb., música instrumentaloom o maestro José Neto e Alfredo Valença(baixo). Elisio Costa (flauta) e Vanise (voz).Couvert a Czt 20,00. Sem consumação. RuaAlmte. Gonçalves, 50 (521-4999).ADEGA CHATEAU DA BARRA — De 3a a dom,,ãs 21h, Charuto e Peixinho (percussão) e Tiro-ne (ovation); 8a e sab Duda (vos); sãb Toni (voz) eCelio (teclados). Couvert a Czt 40,00. homem eCz$ 20,OO. mulher. Rua Cde. de D'Eu, 113 (399-8344).LK SBTTB — Pr 'gr^rwaçAn- Diariamente, a partirdas 21b. Rubi Plaetter (piano) e ás 23b. acantora Biba Ribeiro e o conjunto. 8a, grupoIdéia Fixa; sáb. àa 13b. feijoada oom o Renova-som. Couvert de 2* a 5a. a Cr* 50,00; 0a e aáb., aCz$ 100,OO. Rua Maria Angélica, 21 (288-1494).

TELÊVISÂT)

CANAL 28:00 Propaganda Eleitoral9:00 TVE na Escola — Para professores9:15 TVE na Escola—Pr6-escolarà4asériodo

Io grau11:00 TVE na Escola — Da a" a 8* sério do 1°grau12:05 Telecurso Io Grau

12:20 Telecurso 2o Grau12:35 TVE na Escola — Para profossores12:50 TVE na Escola — Pró-escolar à 4* série

do Io grau14:30 TVE na Escola — Da 5a a 8* série do Io

grau15:40 TVE na Escola — Para professores16:00 Sem Censura — Jornalístico18:30 Saúde e Medicina — Hoje: Diabete in*

fanto-juvenil19:30 Reino 8elvagem — Hoje: A Volta à Ilha

do PelicanoS0:00 Eu Sou o 8how —Trajetória de um artis-

ta. Hoje: Roupa Nova20:30 Propaganda Eleitoral21:30 MPB. — Hoje: Edu Lobo22:30 O Jornal das Des — Noticiário23:30 1986 — Noticiário

0:15 Eu Sou o Show — Trajetória do um artis-ta. Hoje: Kleiton e Kledir

0:45 Boa-Noite de Jonas RezendeCANAL ~

8:30 Telecurso 1° Grau8:45 Telecurso 2° Orau7:00 Bom-Dia Brasil7:30 Bom-Dia Brasil — Reprise8:00 Propaganda Eleitoral9:00 Xou da Xuxa — Infantil

12:25 RJ TV — Noticiário local12:40 Globo Esporte — Noticiário esportivo13:00 Hoje — Noticiário13:25 Vale a Pena Ver de Novo — Novela:

Paraíso14:20 Sessão da Tarde — Filme: Os Homens

Preferem as Louras18:20 Sessão Aventura — Seriado: 8.W.A.T.17:15 Teletema— Episódio da semana: A Arvo-

re Mágica17:50 Moça — Novela de Benedito Ruy

Barbosa18:45 Hipertensão — Novela de Ivani Ribeiro10:45 RJ TV — Noticiário local19:55 Jornal Nacional — Noticiário nacional e

internacional20:30 Propaganda Eleitoral21:30 Roda de Fogo — Novela de Lauro César

Muniz22:30 Globo Repórter — Jornalístico23:25 Jornal da Globo — Noticiário

23:55 RJ TV — Noticiário local0:05 Os Gols da Rodada0:20 Campeões de Bilheteria — Filme OMag-

nlficoCANAL 67:45 Programação Educativa8:00 Propaganda Eloltoral0:00 Sessão Animada

12:00 Manchete Esportiva (1° Tempo) — Noti-ciário esportivo

12:30 Jornal da Manchete (Edição da Tarde) —Noticiário

13:00 Vota Brasil13:15 Clò Para os Íntimos — Variedades14:15 Romance da Tarde — Reprise da novela

Santa Marta Fabril10:00 Cine-Açào — Soríado: Operação Resgata18:00 Lupu Limptm Ciapá Topô — Infantil19:00 Manchete Esportiva — Noticiário19:15 Rio om Manchete — Noticiário local19:30 Vota Brasil — Boletim19:40 Tudo ou Nada —Novela de José Antônio

de Souza20:30 Propaganda Eleitoral81:30 Mania de Querer — Novela do SUvan

Paezzo22:30 Jornal da Manchete (1* edlçáo) — Noti-

ciário23:30 Um Toque de Classe — Musical

0:20 Momento Econômico — JornalísticoOJ35 Jornal da Manchete (2* Edição) — Noti-

ciárioCANAL 70;3O Qualificação Profissional — Educativo8:45 ProgramaJlnuny8wsggart—Programa

religioso7:15 Café Espiritual — Religioso7:30 O Despertar da Fé — Roligioso8:00 Propaganda EleitoralB:00 TV Fofáo — Infantil

10:00 Ela — Programa feminino11:58 Boa Vontade — Programa religioso12:00 Esporte Total — Noticiário11:30 Esporte Compacto — Entrevistas e repor-

tagens18:00 Fórmula Única — Variedades14.00 TV FofAo — Infantil10:00 TV Criança — Programa Infantil18:00 Chlp's — Seriado19:00 Olhar de Maruaia — Jornalístico19:06 Jornal do Rio — Noticiário local18:80 Jornal Bandeirantes — Noticiário nacio-

nni e internacionalgO*)0 Dinheiro — Indicadores econômicosgOrOO A Hora da Politloa — Jornalístico80:80 Propaganda Eleitoral81:90 Oito Show/Marllla Gabi Gabrisla — Va-

riedades

22:30 Brasil Exportaçáo — Jornalístico23K)0 Canal Livre — Jornalístico00:OO Jornal de Amanhã — Noticiário00:20 Elntre Amigos — Musical00:25 Flash — Jornalístico00:55 O Oordo e o Magro — Humorístico

CANAL 98:00 Propaganda Eleitoral0:00 Qualificação Profissional9:15 A Hora da Eucaristia — Roligioso9:30 Igreja da Oraça — Religioso

10:00 Posso Crer no Amanhã — Religioso10:15 Tartaruga Biruta — Desenho10:30 Aventura aos Quatro Ventos — Do-

cumentário11:00 O Mundo é Pequeno — Documentário11:30 Em Tempo — Programa de entrevistas10:OO Record em Notícias — Jornalístico13:00 Reoord nos Esportes — Noticiário13:30 A Moda da Casa — Programa de culi-

nária13:45 Comor Bem — Programa de culinária14:00 Férias no Acampamonto — Seriado14:30 Tartaruga Biruta — Desenho14:45 Os Dois Caretas — Desenho15.00 Roger Ranget — Desenho15:30 Fábula da Floresta Verde — Desenho18:00 O Gênio Maluoo — Desenho10:30 Cachorro T.iobo — Desenho17:00 Ultraman — Seriado17:30 O Regresso de Ultraman — Seriado18:00 Vibração — Programa jovem18:30 Assim é a Vida — Seriado19:00 Jornal da Record — Noticiário19:30 Os Ricos Também Choram — Novela20:30 Propaganda Eleitoral21:30 Informe Econômico — Jornalístico21:35 Bang-Bang á Italiana — Filme: Dá-lhe

Duro, Trinity23:30 Encontro Marcado —Programa de entre-

vistas00:15 Última Palavra — Religioso com o Paa-

tor Miguel Ângelo

CANAL 118:45 Patatl Patatá — Educativo7:00 Foilow Me — Aula do inglês7:30 Gato Féliz — Desenho8:00 Propaganda Eleitoral9:00 Sessão Desenho — Seleção de desenhos

animados e brincadeiras14:30 Vida Roubada — Novela15:30 Pecado de Amor — Novela18:30 Sessão Desenho/Boso — 2• sessão18:30 Jornal da Cidade — Noticiário local19:00 Jornal Noti centro — Noticiário nacional

e internacional19:30 Histórias Policiais — Seriado20:30 Propaganda Eleitoral21:30 Caldeirão da Sorte — Sorteio21:35 Cidade Infernal — Seriado22:30 Bronk — Seriado23:30 Beilamy — Seriado00:30 Jornal 24 Horas — Noticiário

A prirgr"iTT,»r?Afl e os horários são da responsabilidade daa emissoras.

DANCETER1ASPAPILLON — De 2* a sáb, ás 22h, com odiscotecário Rômulo. Ingressos de 2a a 5a a Cz$40,00 (dama acompanhada não paga); 6a e sáb aCzf 70,OO. Hotel Interoontlnental, Av. PrefeitoMendes de Morais. 222 (322-2200).MIKONOS — Discoteca a partir daa 21h com odiscotecário Hulk. Consumação de dom. a 5a aCzf 50,OO e 8a e aáb. a Cr$ 70,00. 8em oouvert.Rua Cupertino Durão. 177 (294-2298)CIRCUS — Discoteca oom a presença do disk-jóquei Tonny Docarlo. Diariamente a partir das21 h. Ingressos de dom a 5a a Czt 40.00. homeme Cz$ 25.00. mulher, 8a e sáb a Czt 80,00.homem e Czt 35.00, mulher, oom direito a umdrink nacional. Matinôs dom. às 18h, a Czt15,00, oom direito a um refrigerante. Rua GalUrquiza. 102 (274-7986).LA DOLCE VXTA — Dieoo-clube oom os disoote-cários AmAndio da Hora e Walmor. Diariamen-te. às 22h, na Av. Ministro Ivan Lins, 80, Barra(399-0105). Ingressos de domingo a 5a Czt100,OO. 8a e sábado a Czt 150,00. Matinês aosdomingos, a partir das 16h. Ingressos a Czt80,00.HELP — Música de discoteca a partir daa21h30min. Ingressos a Czt 35,00, homem eCzt 30,OO, mulher, vesperal às 18h Czt 15,00.Av. AtlAntica, 3432 (521-1298).MTAitfT CITY — Aberta de 3a a dom. a partir das20h, com música mecânica e vídeos. Consuma-çáo de 3a a 5a e dom a Czt 30,00, 8a e sãb a Czt45,00. Av. Seroambetiba, 648 (399-4007).CREPÚSCULO DE CUBATAO — Som oom odiscotecário Luiz Cláudio e vídeos especiaistodas as quartas. 4a e 5a, às 23h e 8a e sáb, as24h. Consumação 4ae 5a a Czt 40,00 e 6a e sáb aCzt 50,OO. Rua Barata Ribeiro. 543 (235-2045).

RADIOJORNAL DO BRASILAM MOKHi ESTÉREO

JBI — Jornal do Braall Informa —de 2a a sáb., às 7h30min,12h30min, I8h30min e 0h30min.Repórter JB — de 2a a dom. Infor-mativo às horas oertas.Além da Notícia — Com Villas-PAa* Corrêa, às 7h55min, de 2a a8».Via Preferencial — Com CelsoFranoo, de a* a 8'. àa ShlOmln.No Mundo — Com WUliam Waack.de 2* a 6a ás 8h25min.Na Zona do Agrião —- Com Joãofl.irf.nh* de 2* a a*, ás ahasmin.Panorama — Informa*tivo eoonômioo, de 2a a 8a àa8h45min.A Margem da Notlola — Com Ro-gêrio Coelho Neto, de 2a a 8a. às9h40mln.A Opinião do Touguinhó — ComOldemArio Touguinhó: de 2a a 6aàs I2h05min.Encontro oom a Imprensa — Hojeàs lOb.Os ouvintes podem fazersuas perguntas pelo tel.: 284-5599.Bola Dividida — Com Sandro Moreyra, de 2a a 6a ãs I7h05min.Arte Final — Varlsdsdes — Com

Luiz Carlos Saroldi de 2a a 6a, às22h.Arte Final Jau — Com MaurícioFigueiredo. Dom., àa 22h.

FM ESTÉREO99,7MHz

HOJE20 h — Reproduções a raio

laasr: Rapsódia Espanhola, de Ra-vel (Eduardo Mata — 15:05): Bona-ta am Bi bsmol maior, K 570 deMosart (Arrau — 23:08); Romeo eJuilsta — Buits n° 1. de Prokofieff(Jarvi — 28:24); Concerto em Dómaior, para oordas econtinuo, de Vi vai dl (I 8olisti Ve-natl — 8:13); AdÁgia para oordas.da Samusl Barber (Slatkin — 7:28).Bsproduçôee convencionais: Estu-doa. op. 46 • • a 8, de Scriabin(Moreira Uma — 5:10); Serenatan° 81, em BA maior, de Br&hms(Kerteaa — 40:00); Sonata n° 8 pa-ra violino s plano, de Delius (Wil-komirska e Garvey— 13:11); Psal-nina Hongarious, de Kodaly (La-Joa Koama — 82:45).• Durante o período da propagan-da eleitoral, os clássicos em FMserão transmitidos daa 21h àmeia-noite.

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EXPOSIÇOESCORDAS I CONTRAPONTOS —Trabalhos em macramê do artesãoJúlio de Freitas. Biblioteca Regio-nal ds Copacabana. Av. Copacaba-na, 702 — 4° andar. De 2a a 6a, das8b àa 18h. Inauguraçáo. hoje, ás20h. Até dia 18.A CARA DO CANTOR — Exposi-çáo com capas de discos, poste rs emateriais promocionais criadospor Geraldo Alves Pinto. EspaçoBBDI, Rua Evariato da Veiga, 95.De 2a a 6a, das 8b às 17h. Último

AD UBITUM — Pesquisa do for-mas e materiaia em objetos lúdioo-iluminados de Eduardo Roncole-ta, Ricardo de Brito Marques eRicardo Cukierman. Espaço Ex-pressão. Rua Marquês de São Vi-oente, 188 — loja 105. De 2* a 6S,das 9h às 18h. Sábados, das 9h às13h. Até amanhã.

DANÇAOHUPO DB DANÇA CISNE NEOBO — Apreson-tação sob a direção de Hulda Bittencourt. Pro-grama dias 8, 9 o 11: Destino, coreografia deLuiz Arrieta e música de 8hiro Fukai. Dias 10o12, Do Homem Ao Poeta, coreografia de LuizArrieta e música de Carl Orff. De 4a a sáb. às21h e dom. ás 19h Teatro João Caetano, PçaTiradentes. s/n° (221-0305) Ingressos a Cz$70.OO.

ARQUITETURA DA CASA — Pro-jetos para residências. PavilhãoVictor Brecheret, Av. EpitácioPessoa, 3 300 — Parque da Cata-cumha. De domingo a 8a, das 14hàs lBh. Promoção da Rioarte. Atédomingo.Ia FETAP/Feira do Tapete Brasi-leiro feito à mão — Trabalhos dooito produtores artesanais; CasaCaiada. Florestal, Cepim. Arpa,Diamantina. Praia do Pinto. MariaCláudia e Célia Regina. Rio De-slgn Center, Av. Ataulfo de Paiva,270. Do 2a a sábado, das lOh ás22b. Domingos, das 12h ás 20h.Até domingo.

CERÂMICA NO SOLAR — Objetosde oerámica utilitária de cinco ar-tistas. Solar Grandjean de Montig-ny. Rua Marquês de São Vicente,825. De 2» a 6». daa 9 áe 21b.Sábados, das 9h ãs I3h. Até dia18.Índios do xingu — seus cos-TUMES — Fotos de Adão Abran-tee Espaço Cultural NorteShop-plng, Av. 8uburtoana, 5.474. De 2aa sábado, daa 10b àa 22h. Até dia22.DE OUTENBBRQ A ORÁFICAELETRÔNICA — Exposição depainéis e mostra de slides ilus-trando a evolução da imprensadesde a invenção da tipografia atéa impressão moderna oom coraan-do eletrônico. Casa ds Rui Barbo-aa. Rua São Clemente. 134. De 2a aaábado. das lOh às 17h. Até dia25.ARTE DO ADORNO — Exposiçãode arte indígena em plumas e cou-ro. Rlcamar, Av. Copacabana. 360— saguão. Diariamente, das 14hãs 22h. Até dia 31 de outubro.FOTO-FEIRROVIA I — Fotografiasde profissionais e amadores sobreo tema ferrovia em comemoraçãoao aniversário da RFFSA. EstaçãoD. Pedro H. Diarisonente, no horá-rio de funcionamento da gare. Atédia 31 de outubro.ELETRO POESIA — Apresentaçãoem display do poema de DirceuQuintanilha. Centro Cultural Cãn-dido Mendes. Rua Joana Angélica,63. Diariamonte. das 9h à meia-noite. Até dia 31.

HANNAHE

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CINEMA l A MAIOR DiVÍRSAO

6 o CADERNO B o quarta-feira, 8/10/86 JORNAL DO BRASIL

Cadernosde PicassoEm rascunhos,embriões deobras-primas

Gregory Jensenupi

LONDRES — Será sempre um mis-

tério saber onde Pablo Picassoobtinha suas extraordinárias

idéias visuais, mas a maneira como elepunha essas idéias no papel pela pri-meira vez é revelada agora numa expo-sição que corre mundo. A notável mos-tra dos ultraprivados cadernos de ras-cunho do artista foi aberta em Londres,antes de viajar por 10 cidades america-nas e canadenses e retomar aos centroseuropeus."Estas são as últimas obras desço-nhecidas do maior artista do século 20",diz um cartaz na entrada da mostra,intitulada Je suis le cahier — Os cader-nos de rascunho de Picasso. O artistaencheu 175 desses cadernos, anotaçõesque considerava tão privadas que "asmantinha escondidas de membros dafamília e do público". Até a montagemdessa exposição, nunca estiveram emexibição pública.

A mostra de Picasso se faz simulta-neamente com o lançamento do livrode mesmo titulo editado por ArnoldGlimcher e Marc Gliricher, com umprefácio de Claude Picasso. O livro con-

tém seis cadernos completos e seleçõesde outros 36: também contém um cata-logo que traz um desenho de cada umdos cadernos.

Picasso usou cadernos de desenhoquase todos os dias de sua longa vida.Anotou mais de 7 mil imagens neles.Essa exposição mostra cerca de 250desenhos e aquarelas de 45 dos cader-nos. Goste-se ou náo dele, é difícil nãoficar impressionado. Ver esses dese-nhos hoje é como olhar por sobre oombro do artista quando ele fazia ano-tações para si mesmo da espantosaquantidade de imagens que brotavamde sua mente.

Há imagens plasmadas como quan-do ele as viu pela primeira vez — dese-nhos "taquigráficos"; que se alternamcom listas de compras, rascunhos decartas, números de telefone. Às vezessão versões repetidamente refeitas deimagens que pareciam obcecá-lo.

"Muitos dos desenhos revelam-severdadeiras caixas de Pandora", diz umtexto da mostra. Alguns contêm "sinaisde ódio, medo, tormento, enquanto ou-tros são manisfestações de amor e pai-xão, ou estão cheios de brincadeiras àsvezes infantis, freqüentemente sardô-nicas".

Os estudiosos podem acompanhar aevolução de várias das pinturas maisfamosas de Picasso nos rascunhos —prova de que nada em suas imagensintencionalmente chocantes foi aciden-tal ou deixado ao acaso. Mesmo osmenos especializados se encantarãocom a Quência segura do traço do artis-ta, seus desenhos realistas de touros,corujas ou cavalos, sua obsessão com aaparência de mãos fechadas ou umaprogressão rascunhada de cabeças demacacos, de terríveis a amáveis.

— Pego meu caderno de rascunhotodo dia — disse Picasso certa vez —dizendo a mim mesmo: que aprendereide mim mesmo que já não sabia? E

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Picasso: idéias reveladas

quando não sou mais eu quem fala, masos desenhos que fiz, e quando eles esca-pam e me gozam, aí sei que atingiminha meta.

Os cadernos de rascunho vão de1900 a 1945 e são de todos os tamanhose formas. Um deles, pelo menos, foi feitopessoalmente por Picasso, costurandocartolina e páginas de papel de desenhocom um cordão. Alguns são cadernosde exercício de crianças, outros feitosdo mais fino papel."Muitos dos cadernos são suficien-temente pequenos para ter sido levadosnos bolsos de Picasso a cafés, touradase em saídas para registrar aconteci-mentos e interpretar o que ele via", dizo texto da mostra. Alguns são mostra-dos inteiros, significando que apenasuma página pode ser vista. Cadernosespirais foram desmontados para mos-trar todas as páginas — serão cuidado-samente remontados quando terminara excursão. Também são mostradaspáginas destacadas de cadernos cujaencadernação se desintegrou com otempo.

Depois que Picasso morreu, o "lega-do inestimável" de seus cadernos derascunhos foi visto apenas por algunsmembros de sua família. Essa primeiraexposição pública foi organizada e mos-trada pela primeira vez na Pace Galle-ry, de Nova Iorque. A empresa Ameri-can Express decidiu que merecia servista muito mais amplamente. Assim,está patrocinando uma excursão detrês anos — primeiros Londres, depoisgrandes museus em Los Angeles, SanFrancisco, Phoenix, Minneapolis,Chicago, Boston, Fort Worth e FortLauderdale.

A mostra no Museu Municipal deLos Angeles abre a 15 de dezembro. Asoutras cidades americanas vêem-na porseis ou oito semanas até março de 1988.Depois, os rascunhos de Picasso vãopara Toronto e Montreal, e em meadosde 1988 viajam de volta para a Europa.

HORÓSCOPO MAX KUM

AS COBRAS VERÍSSIMO

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OCONDOBIÍNIO LAERTE CEBOL-WHA j£Êè± MAURÍCIO DE SOUSA

W^õSm& rOSENHOR^SABE^I fa SENHOR ESTA') I l/O** Êü ifc\ I fT]^&^J 1 .. |V jCOR (™%^) LíOtl^l?^

ÁRIES — 21 de mnrço a 20 de abnlSua vivência do trabalho se encontra hoje om ponto deexcepcional lavorecimonlo e no qual vocô encontrarápontos novos de apoio o dosenvolvimento, bomprô-pnos ao seu natural dinamismo. São instáveis apenasas tendências relacionadas aos seus sentimentos omfase de solidão o isolamento.

TOURO — 21 de abnl a 20 de maioA força construtiva do taurino. especialmente quandodesafiada para os embates do cotidiano, o fará hojemerecedor de atenções e vantajosos resultados emtudo o que empreender. Assuntos pessoais e afetivosposicionados de forma a dar-lhe instantes de alegria efelicidade.

GÊMEOS — 21 de maio a 20 de junhoAgindo de forma a manter mais cuidado em seuscompromissos e gastos, você terá um dia em que3ind3 predominam -aspectos favoráveis de regênciageral, valorizando seu trabalho e fazendo-o agradávelparticipante de boa vivência com pessoas mais próxi-mas. Satisfação interior. - «_ •

CÀNCKB — 21 de junho a 21 de julhoHoje se acentuam as possibilidades de mudanças comreláçáo a sua rotina de trabalho e negócios. Novosconhecimentos poderão fazê-lo. em principio desconfiado e arredio. mas todos lhe trarão compensaçõesIndicações muito benéficas para os seus sentimentos.

LUO — 22 de julho a 22 de agostoTranqüilidade na vivência de rotina em seu traballip enos negócios próprios. Você terá boa oportunidadepara acertar pendências ou tratar de assuntos judicia-rios. Sua sensibilidade aflorará forte diante de exigen-cias que lhe serão feitas de forma muito intensa.

VTBOKH — 23 de agosto a 22 de setembroVocê contará hoje com influências que lhe daráoexcelente possibilidade de ampliar seu campo de açáono trabalho e com isso obter melhores condições devida. Procure ser mais tolerante com pequenas dife-renças de temperamento em família e no amor.Quadro em geral bom.

23 de setembro a 22 de outubroEste é um momento muito favorável ao libnano.especialmente quanto aos seus interesses pessoais emateriais. Neles você terá realização que o deixaráenvaidecido. 0 amor será a outra casa de destaque nopassar desta boa quarta-feira. Satisfação o alegria nofinal do dia.

ESCORPIÃO — 23 de outubro a 21 de novembroAja de forma moderada e coloque em prática pnncl-pios mais realistas diante dos problemas do cotidianoEste momento pode se transformar em algo muitopositivo se você assim o desejar. Amor e vidaemfamilia posicionados de forma crescentemente bene-fica.

SAGITÁRIO— 22 de novembro a 21 do dezembroDiante da evidência de um quadro benéfico para suasaspirações profissionais e de compensação pessoalmuito grande, você terá excelentes condições paraposicionar-se de forma mais otimista e tolerantê"paracom as pessoas próximas. Quadro de boas novidadesem seus sentimentos.

CAPRICÓRNIO — 22 de dezembro a 20 dejaneiroMomento de afirmação para o capricomiano. quoconseguirá, mercê de toda a sua notável capacidadede concentração e uma boa dose de tolerância, atingirobjetivos mais imediatos nos seus interesses, pes-soais. Deles você retirará lições compensadores para ofuturo.

AOUÁRIO — 21 de janeiro a 19 de fevereiro0 aquariano terá hoje destacados seus dotes'docriatividade, o que terá reflexos sensíveis em aíivida-des que dependam do raciocínio. Pessoalmente nãohá razões para que você julgue severamente os maispróximos. Procure entendê-los e viva os bons resultados disso. j_.,_/

PEIXES — 20 de fevereiro a 20 de março'"Sua satisfação pessoal será medida pelo êxito, quevocê hoje encontrará em relação á rotina. 0 momentoo favorece em atividades de caráter místico ou religio-so. Comportamento influenciável que deve ser analisado antes da tomada de qualquer decisão mais séria emtermos Íntimos.

XADREZ ILUSKA SIMQNSEN

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MUNDIAL 8S ,

Q. KASPAROV a A. KARPOV — 22a partida (Gambito daDama. D 55) — II NO -C3BR 2IP480 -MU 3) C38H -MO4)C3B-a2B5)B5C-FTTR«)BxC-BxB7IP3R-0-(W)T1B-PIB 9) B30 -C2D 10) <H> -PxP 11) B«P -P4R (viu-se..P4BI? no 12° encontro) 12) P3TRI -Pxf* 13) Pa* -C3C

(desvia da 10a pártidal:...P4B 14) B3C -PxP 15) C5D!) 141B3C 448 (...T1RI?) 15) T1R -P4TD7! IKarpov prefero nàoacompanhar a 23" partida do match antonor: 15l..vT1R 16)TxT-DxT17)D2D-02D18)TlR T1D191D4B! +—.Destavez ele busca "criar chances" na ala da dama. A consideraras alternativas ...D2D e ...D3D) 16) P3TO -T1R 17) T*r"+ -DxT 18) DZO -C2D 118.. D2D 19) D4B!) 19) 04B -B3C 20)P4TRI -01D (a ngirJe; e estabilidade geral da posição nàoanimam os bispos pretos. P. ex.: se 20 ...D1C 21) D3RÍ" -B4TI sona bom-vindo. mas nào 21) CMC! -D3D 22) P5T -B2T 23) TI R (ou C4R). oom supenondade) 21) C4T (naturalseria o imediato 21) T1RI-P4T 22) T1R -P4C (era viável:22...D1C!? 231 D3R -030 24) C5R? -T1R! pois a "combina-

çâo" 25) CxPBR falha ante ...TxD 261 CxD+ -TxBI Nàoobstante esta mesma tdóia poderia ser preparada com 24)B2T ou 24) C3BI) 23) C3B -OIC 24) TOR -P5C (se...D3D 25)C5RI ± 25) C4RI -PkP Io defensor poderia ensaiar ..BxC261 DxB -PxP. mas esbarraria com 27) DxP! (BxP! ?) -T2T(ou ...PXP 281 D5D!) 28) D5D -C3C 29) D5C! -T2R 30) TxT -BxT 311 PxP i 28) C«fl+ -CxC 27) PxP -C4D (...B5R"28)BxP + l -RxB 29) C5C + ou ...D3D 28) C5R! Contudo...PST! 28) B4B -C4D 29) BxC -PxC ganhana tempo èmrelação à partida) 28) BxCI (forçado e bom! Testemunha-mos agora um combate muito desigual: um B sem arvosnem porvir, contra um C influente e soberano!) Pxfl.29)CSR (ameaça 30) CxB -PxC 31) D5C) 010 30) D3BRI (visa31) CxB -PxB 321T5R) -T3T (se... DxP 311 DxPD) 31) T1BO-HTI? (lugindo de 32) C6B -D3D 331 DxPD! i 32) DÍTI(invade a 8" fila; nào servo 32) CxP? -DxP 33) C5R -B5R!)T3C 33) T88 -030 34) D3CR -P5T (se ...T8C + 35) R2T -T8TD? 36) T8TR + Ü RxT 37) CxP + l 35) T8TO -D3R(optando, um pouco tarde, pelo lema "atividade a qualquercusto"! De todo modo o PTD estava condenado, pois se...T3T 36) CxBI! -PxB (ou ...DxC 37) DxD * -TxD 381 TxPT5C 39) P3BI. mas nào ...DxD? 37) C8B + ) 37) DxD -TxD38) TxP gera final favorável) 36) T«P -04B 37) T7T -T8C +J8)R2T-T8SO(...P3B?39)C7D' -T7C-T7B40)C8B + -R3T4DD3R+OU ...T8D?39)C3BP3B40)D7BII39)T7C-T7B40) P3B -T7D 41) C7DI (caça ao rei!) VIDE DIAGRAMA --TxPD 421 C8B+ -WT (se ..R1T ou R1C 43) T8C!) 43)T4CI -T5BO (se ...T8D 441 T8C! armando CxB e T8TR+I44) TxT -PxT 45) D6D! -P6B 46) D4D (se ...D6Q, 47)D4BR + + e avisa sobre 47) D3R + +. Ê quase comoventea inutilidade do B preto nos últimos 20 lancesl) 1 — 0.

Uma finíssima performance do Campeão, com toquessutis de tática e estratégia. Uma partida apropriada paiaalguém confirmar um titulo mundiall Comentános rLuuLoureiro.

CRUZADAS CARLOS DA SILVA LOGOGBXFO JERÔNIMO FERREIRA

HONZONTAJS — 1 — designação comum aos peixes teteosteos, sihiriformes. dalamilia dos loricsrldeos. da qual há muitos gêneros e espécies em nosso pais.caracterizados peto corpo delgado, revestido de placas ósseas, e pela cabeça grandee que vivem nos fundos dos rios, de ordinário em lugares rochosos; cascudo; 5 —cabo com que se puxa para vante o punho de b-riavento de uma vela redonda, demodo que ela receba bem o vento? cabo com que se prende ao mastro, ou nadireçáo da proa. o punho da amura de uma vela latina; 10—espécie de flauta tocadapelos pastores; estilo pastoril; 12 — nome comum a duas árvores gutiteráceas defibras têxteis; 13 — diz-se dos insetos cujas antenas terminam em maça ou botão;espécime dos insetos da ordem dos lepidópteros, geralmente de vôo diurno, comantenas dilatadas para a parte apical. asas posteriores sem frenulo. com acoplamen-to do tipo ampiexitorme. conhecidos pelo nome popular de borboletas; 15 — diz-sedos animais de chifres e orelhas inclinados para baixo; diz-se dos chifres ou orelhasdesses animais e também da orelha humana, quando calda; 16 — sulco formadopeb escoamento de águas em decüve; a parte baixa de terreno algada pelas águasde um rio, 18 — grupo de idiomas indc-europeus talados outrora na península itálica,e que se divide em dois subgrupos; a) o osco-úmbrio. que compreende o osco(língua dos antigos sammstas). o sabétco (grupo de dialetos quase desconhecidos,falados entre Samnio e a Umbria) a o úmbrio. (o mais setentrional dos dialetositálicos e o mais conhecido); b) o latino, representado principalmente pelo latim (odialeto de Roma), que mais tarde se tomou língua nacional: 20 — filho prímogônrtode Judá e Sua. 21 — elemento de composição latino que significa despido; 22 —respiração difícil ou ruidosa, exaustão, canseira; 24 — membro da classe social maisbaixa em Esperta, descendente da população autóctone grega. que. na qualidade deescravo, servia como meeiro na lavoura, e na guerra, como simples soldado; 26 —índios cariris das vizinhanças do Rio do Peixe (fronteiras do Ceará e Paraíba); 27 —participante da Revolução Federalista de 1823. chefiada por Silveira Martins (1834-1901). controno ao partido então dominante, cujo chefe era Júlio de Castilhos(1860—1903), paiicipa-ve do movimento da Aliança Libertadora de 1923. lideradopor Assis Brasil (1857-1938). infenso ao partido do então presidente do RS. Borgesde Medeiros 11863-1961); 28 — planta européia da família das aristoloquiáceas. que

habita os bosques úmidos, de folhas de odor nauseabundo e flores externamenteverdes e vermelhas do lado interno; bacarija; 29 — aversão entranhada; mávomade. ,_VERTICAIS 1 — pequeno crustáceo dos mangues, também chamado mannhei-ro; 2 — pássaro oriunto da Colômbia, muito parecido com o colibri; 3 — aquela querepara, melhora. lortHica ou restabelece; aquela que presta atenção em tudo o quevê; 4 — tomar inábil, física ou moralmente; incapacitar; 6 — designação comum aosminerais do grupo das micas. silicatos do alumínio e de metais alcalinos aos quaisfreqüentemente se associam magnésk) e ferro pequena porção; 7 — espécie docogumelo que serve de tipo à ordem dos uredlneos; 8 — onomatopéia do som dopião rodando; 9 — bolsa de caça feita de fibras do caroá; 11 — tenda onde sàoservidos os alimentos dos santos, om alguns terreiros de macumba; 14 — elementogrego de compostçôo que introduz a idéia de unha; 17 —escova de limpar animaisde carga; máquina composta de um ou mais tambores providos de escovas, paralimpar as fazendas, nas indústrias de laniflctos; 19 — rocha verde com manchasesbranquiçadas. cuja aparência lembra a pele de cobra, e que 6. em geral, diabasiomais ou menos uralitizado; 20 — a parte mais superficial do id. a qual. modificada.por influência direta do mundo exterior, por meio dos sentidos, e. em conseqüência,tomaria consciente, tem por funções a comprovação da realidade e a aceitação,mediante seleção e controle, de parte dos desejos e exigências procedentes dosimpulsos que emanam do id; 23 — pessoas ou entidades que repetem ou propagamo que é dito por outrem; 25 — dispensa, permissão ntual de macumba. Léxicos:Mor; Melhoramento»; AurMo e Caaanovaa ¦

SOLUÇÕES DO NÚMERO ANTERIORHORIZONTAIS — pritaneu; serenata: olada; ido; recolocar; ira: ia: sinete; ast;adnático; ato; cru; ar; ge; no; tada; essa; sonarVERTICAIS — psorss; rale; iracundo; todo. analítico; na; ética; uaca; mao;triscads; orear; aforar; iates; er; ai; tufo; age; na; an.

Correspondência para: Rua das Palmeiras. 87ap. 4 — Botafogo — CEP 22.270

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ProblemaN° 2362N L T

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1. Arruela (4)2: Ato do ratear (613. Ato de regatear 18)4. Certo jogo de a:ar

(6)5. Certo vaso grego

1516. Elemento de sim-

bolo Re (5)7. Estado de réu 1618. Estado governado

por um rei Í5)9. Insensibilidade (6)

10. Local (8)

11. Palácio real (5)""12. Prazer (6113 Pronto (5) í—_ •14. Que rangelS) *15 Quo rola (7116. Real 18) km •17. Referente ao reto- ¦

(5)18 Rolacío(6)19. Rengue (5) '20. Tecido por borda--**

dos (5)Palavra Chave:14 Letras .. ..

Consiste o LOGOGRI-FO em encontrar-sedeterminado vocábu-Io. cujas consoantes jáestão inscritas no qua-dro acima. Ao lado. adireita, o dada uma re-laçao de vinte concei-tos. devendo ser en-contrado um sinônimopara cada um com o

número de letras entreparênteses, todos co-mecados peta letra mi-dal da palavra-chave.As letras de todos ossinônimos estão conti-das no termo encober-to. respeitando-se asletras repetidas.SoIoçòm do probla-ma n° 2361 Palavra-

chave: MANDOU-N*™ ítfl*»Parciais: Me nada.Mando. Molda. Mito.Maladra. Moina. Mol-dito. Monta, Mamata.Maita, Matado. Mani-ta. Madona, Monda'.Miada. Miolada. Morstada. Manada. Modaf,Malta.

JORNAL DO BRASIL quarta-feira, 8/10/86 o CADERNO B o 7

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Cássio (E), Afonso, Arnaldo e Pena: síntese de i

Hanói-Hanói no Teatro Ipanema

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Luiz Carlos Mansur

OTALMENTE Demais.É esse o nome do maisrecente disco de ouro de

Caetano e de uma das músicasmais aplaudidas de seus shows.O que muitos não sabem é queessa música, de Arnaldo Bran-dão, Robério Rafael e TavinhoJ»aes, pertence originalmente'aó.

repertório do Hanói-Hanói,que se apresenta de hoje a do-mingo no Teatro Ipanema, lan-çando seu primeiro LP."""" '-Quem já conhece o disco vai"comprovar no show que a ban-da' alcança um pique muitomaior ao vivo. A explicação dosrapazes é que, se eles tiveram

-toda a liberdade por parte da. gravadora RCA, não tiveram

um horário razoável, pegando oi tempo que sobrava nos estú-

dios. Além disso, na hora damlxagem, Gutti (produtor ar-tístico da gravadora na época)",! teria imposto um técnico quenão conhecia o trabalho do gru-po. "A única interferência deles

"' acabou sendo negativa", diz obaixista e vocalista Arnaldo' Brandão.

D som do Hanói é uma sínte-se de influências que espelha as

diversas trilhas de seus inte-grantes. Arnaldo Brandão já to-cou na Bolha, na Outra Bandada Terra (de Caetano) e no Bry-lho. O guitarrista Afonsinho,mineiro, tocava com o falecidoMarco Antônio Araújo. O bate-rista Pena fez parte do Sangueda Cidade e do Herva Doce,enquanto o percussionista Cás-sio tocou no Brylho com Arnal-do e voltou recentemente parao Hanói — ele já tinha gravadouma demo tape com o grupo,antes do disco. O resultado des-sa mistura é um som definidopela banda como heavy black,com muito peso e balanço. Se-ria uma receita infalível de su-cesso, não fosse a crise de mate-rial na indústria do disco.

— A primeira prensagÊJXLdQdisco foi de 5 mil cópias, dasquais 2 mil para divulgação e 3mil para as lojas. Essa tiragemestá esgotada, mas não há co-mo repor — reclama Arnaldo,enquanto Pena completa: —Nessa crise, tá acontecendo oseguinte: como o cast da RCA émuito grande, o material é re-servado a cada mês para 5 ou 6nomes. O papel e o vinil vãotodos pra eles.

Cada integrante do Hanói-

Hanói traz consigo um pedaçoda história do rock nacional.Depois de tanta estrada, o rockhoje é algo institucionalizadona música brasileira. SegundoArnaldo, isso aconteceu agoraporque "a MPB, enquanto lin-guagem, acabou. É como o gre-go ou o latim, línguas que vocêdeve aprender mas não usamais. E o rock é uma linguagemde renovação, da juventude deum país industrializado. Algouniversal que, mais do que mú-sica, é um modo de encarar ascoisas. A MPB hoje virou pro-duto de exportação".

A proximidade das eleiçõesfaz o papo resvalar inevitável-mente para a política. A Consti-tuinte não seria um espaço ade-quado para se discutir questõescomo o direito autoral? Arnal-do — como percebem, o maisfalante do grupo — acha que "aConstituinte, do jeito que tásendo feita, só vai aumentar aprostituição". E não vê muitasaída:

— Quem poderia colocar es-sa questão seria gente comoRoberto Carlos, Caetano, Gil,Chico, que já têm um peso mui-to grande. Mas acontece que osartistas brasileiros são um tan-

Mudanças à vista

A moda perde os ombros

e ajusta as mangas

UANDO Jean-PaulLJ] Oaultier lançou seus

corpetes com saias far-falhantes, ajustou as mangas etirou as ombreiras de sua cole-ção no ano passado, pouca gen-te gostou. Como o francês en-volveu os modelos com um arentre o hippy e o decadente,acabou sendo um ponto de par-tida para a renovação alheiaem traduções mais elegantes.Os americanos, como Perry El-lis e Calvin Klein, também di-minnfram a importância dasombreiras, fazendo pulôveresjustos e longos, com cinturões,a serem usados com saias lon-gas e amplas, já entrando naslojas a partir de agora, paraeste inverno.

Os italianos, mais acostu-mados a um estilo clássico, emais lentos nas mudanças, pe-garam a idéia do justo-farfalhante agora, para as ven-das do próximo verão de 87. Osprimeiros desfiles do prèt-à-porter de Milão mostraram asvariantes da linha Oaultier:Krizia e Gianni Versace en-curtaram comprimentos, arma-ram saias mais curtas com aná-guas engomadas, e ajustaram

os corpetes, apertados por cin-turões largos. Os ombros arma-dos foram substituídos pormangas longas e estreitas. Noconjunto, parecem vestidos defadas.

Para a noite, valem os jér-seis drapeados que valorizam— imaginemos traseiros femini-nos. Ou longos suéteres de jér-sei de algodão, com saias arma-das de tafetá, cloquê ou piquè.Nesta volta ao justo, o redingo-te é um destaque, feito de rendapor Krizia. Na complementa-ção, as sandálias são baixas, eos escarpins festivos, de saltosaltos. Cabelos curtos, nova-mente, e muita gomalina.

As grandes novidades nostecidos são as camurças finíssi-mas e perfumadas, e as sedaslaqueadas, transparentes, queparecem segundas-peles. Amesma intenção de ajustar ebrilhar deverá estar presentenas coleções francesas, que co-meçam a ser desfiladas na pró-xima quarta-feira. Pierre Car-din já mostrou seus suétereslongos e as saias que deixam osjoelhos à mostra, em courosmetalizados.

Foto Reuters

to egoístas. E mesmo que setomasse uma posição não iaadiantar muito, porque a situa-ção, do jeito que está, interessaàs multinacionais que contro-Iam o mercado de discos. Paradar um exemplo, é proibido,por lei, que uma gravadora te-nha uma editora musical. Poisbem: todas as gravadoras têmsuas editoras.

Para superar esses proble-mas, o grupo promete muitadisposição e ritmo. No showque estréia hoje, o repertórioserá basicamente o do disco,acrescido de Garota do ano,gravada anteriormente emcompacto. Uma atenção espe-ciai deve ser dada à cozinha dePena e Cássio, e seu diálogoentre heavy e suingue. Penaassegura que a banda "não éapenas branco tocando músicade preto pra vender mais. Nóstocamos o que sentimos". E en-quanto a banda se diverte aosgritos de "Brizola", Arnaldo fe-cha a tampa com mais um to-que político:

— Atenção em quem vocêvai votar. Um voto para o Ga-beira pode acabar sendo umvoto para o Moreira...

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Zhu Pei, manequim-vedete dePierre Car din, foi uma das chine-sas que desfilaram as saias mais

|§| curtas e o grande suéter longo

v-if,¦Sociedade brasileirao livro

Já não se fazem nomes como antigamente

Elizabeth Orsini

ODE não dar tanto sta-... W* tus quanto ter o nomeJL aprovado na pedra dosofisticado Country Club mas,sem dúvida, é essencial paraum socialite que se preza. Fa-iaer.parte das cobiçadas linhasdo livro Sociedade brasileira équase uma obsessão para osque ainda não conseguiram. O

-empresário Francisco Recareysó faltava rasgar a roupa paraser incluído no rol dos eleitos.Acabou conseguindo entrar na

Tèdição de 83. Uma proeza que! os colunistas sociais, que nuncai pediram nada à autora Helena! Gondim, conseguiram com seu!"poder de pressão. Ela acabou se

rendendo ao prestigio desteilustre espanhol:

Eles antes nunca me pe-diram nada, mas para o Chicopediram tanto que acabei ce-dendo.- Desde então a vida de Chiconão é mais a mesma. É com opeito inchado de orgulho queele assegura ser coisa "boa eImportante" pertencer a estecirculo fechado. Para ele, estarno meio de pessoas que consi-déirà simplesmente "espetacu-lares" é a mesma coisa que su-fctovmais um degrau na vida:

Eu não pedi que me colo-cassem, fizeram isso de livre eespontânea vontade, e isso foiimportantíssimo para mim.

No livro Nossa sociedade, deautoria de Maria Luiza Mello eMaria Helena Nobre — que deuorigem ao Sociedade brasileira— Chico jamais seria incluído,

Eor lhe faltarem os requisitos

ásicos, principalmente o itemconhecido como berço. Mudouo livro ou mudou a sociedadebrasileira? Mudaram os dois —garante a autora Helena Gon-dim, uma mulher charmosa, ca-sada com o advogado MuriloGondim, mãe de Murilinho eJoão.-"Helena Gondim é uma mu-lher sem pretensões. Em ne-nhum momento imagina que olivro retrata os nomes mais refi-nados de nossa sociedade. Pelo

Ciccro Dias foi incluído parg, ser encontrado em Parispelos amigos, Havelange e Álvaro Pacheco são ausèn-cias "imperdoáveis", Perla também ficou de fora, Maitèentrou pelas mãos de Paulo Marinho e Recarey subiu

mais um degrau

contrário. Acha que atualmen-te Sociedade brasileira é comose fosse um catálogo:

Este ano, com a falta decatálogo de telefone, cada famí-lia compra de cinco a seisexemplares.

Já se foi o tempo que esseguia da sociedade era feito ex-clusivamente com as famosasfamílias tradicionais brasilei-ras. Gente como os Guinle, osPaula Machado, os Mello Fran-co, os Nabuco. Hoje você encon-tra gente como Tônia Carrero,Miéle e a atriz Maitê Proença,que não pode deixar de ser in-cluída este ano depois de suaunião com o empresário PauloMarinho. Este ano entrou tam-bém o pintor Cícero Dias, quemora em Paris, a pedido deseus amigos brasileiros.

O pessoal vive pedindoque eu coloque o Cícero, porquechegam a Paris, querem achá-lo e não conseguem, ninguémsabe o endereço. Ele é agora oúnico integrante do livro quemora no exterior.

A colunável Perla LucenaMattison comprou o livro, mas,como se diz na gíria, "acabounão levando". A esta altura docampeonato já deve ter tido adesagradável surpresa de nãoter visto seu nome incluído nalistagem. Um descuido da gráfi-ca Sintra que deixou HelenaGondim inconsolável, tentandoa todo custo inclul-la no finalda letra m. Que o livro é cobiça-do não há dúvida. Capa de cou-ro, feito este ano em off set.Sociedade brasileira foi atémotivo de assalto. Arromba-ram o carro da colunável LígiaMoreira da Fonseca só pararoubar um exemplar que repou-sava sobre o banco. Helena Go-dim imagina que o motivo sejasaber a ficha dos que detêm o

Eoder e o dinheiro e acha que

üvez seja por isso que os pau-listas não queiram ter seuexemplar.

— Já tentei lançar o livrovárias vezes em São Paulo comas melhores pessoas da socie-dade de lá sem sucesso. Da últi-ma vez foi com a Ana Maria

Abreu Sodré, casada com o Ri-chard Civita, dono da EditoraAbril. Tudo em vão. Acho queeles têm medo de o livro acabarse transformando em pista deassaltante. Desisti.

Editado de dois em doisanos, Sociedade brasileira fun-ciona hoje em dia como umserviço de utilidade pública. Aprópria autora reconhece queas famílias tradicionais não to-talizam hoje nem meia página.Neste número, por exemplo, en-trou muita gente jovem que elanão recorda o nome agora. Pes-soas que ela vai tirando dascolunas sociais:

Quem dá muita dica sãoos colunistas. As pessoas vãosaindo e a gente vai observandoaté colocá-las ou não no livro.

É claro que existem falhasimperdoáveis. Como Álvaro Pa-checo e João Havelange nãofazerem parte do livro. Mas He-lena garante que não é por faltade prestígio:Se dependesse de mimestariam incluídos. Só que nãoposso ficar me lembrando detodo mundo. As pessoas, os co-lunistas também têm de melembrar, senão acaba faltandogente importantíssima como osdois nomes citados.

Sair, as pessoas só saem pormorte. Se bem que muita genteprocura usar armas menos no-bres. Como mulheres abando-nadas pelos maridos que ten-tam tirá-los a todo custo destascobiçadas páginas. Helena vailogo dizendo que não cede aestes argumentos. Para entrarhá desde a insinuação dos ami-gos, convites para jantar, enviode flores até, no caso dos maisousados, oferecimento de di-nheiro. Uma tática que Helenafaz questão de frisar: não fun-ciona. Para driblar os pedidos,Helena e Liza Veiga, que tam-bém faz o livro, têm uma táticaque nunca falha.

Se pedem para mim, eudigo que a Liza é quem resolve.Se pedem a ela, vai logo dizen-do que sou eu quem resolve.Uma tática que não falha nun-ca na guerra do estrelato.

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Os animais inspiram

a ginásticaMareia Loureiro

ELES

vivem os animais. Ves-tindo calças largas e camise-tas pretas, os praticantes doKempô andam, pulam ou se

arrastam como cobra, macaco, tigre,alce e muitos outros. O kempô é umaginástica que recupera o instinto e,segundo seus adeptos, liga o homem ànatureza. Os movimentos trabalhamarticulações e flexibilidade do corpo.

Todas noites de segundas, quartase sextas-feiras um grupo de cerca de 15pessoas pratica kempô, no Copa Le-me, na Ladeira Ari Barroso, no Leme.Pelo pique das duas horas de treino;'ér-preciso um bom preparo físico para setornar apto nesta arte marcial, queexiste há sete séculos na índia. Aagilidade, o equilíbrio e a precisão dosexercícios feitos pelo professor Jô Bri-to, 38 anos, são impressionantes. Há 20anos ele ensina o kempô e hoje, quan-do não está treinando, está na ponteaérea, para ministrar seu curso no Rioe em São Paulo.

— É um trabalho que mexe com ocomportamento, com a forma de pen-sar e agir. Vencer o medo do animal éultrapassar os obstáculos reais da vi-da. Aprendendo com os bichos, aguça-mos a percepção e estamos sempreatentos, como uma antena.

A socióloga Isabel Montezuma, 43anos, faz ioga há 15 anos e se encantoucom a beleza dos movimentos do kem-

pô. Ela conta que, depois de oito horasde trabalho, começa a aula se arras-tando de cansaço e no final está pron-ta para outro dia, "como se tivessedormido":

— Com o tempo de ioga, pensei queconhecia meu corpo, mas, com quasequatro anos de Kempô, vi que estavaenganada. Minha flexibilidade aumen-tou e parece que estou mais longa. Soupequena, tenho lm59cm de altura, epessoas comentam que cresci. Até omeu intestino, que tinha problemas,passou a funcionar de maneira in-crível.

A aula de kempô é sempre diferen-te. Depois de um aquecimento, onde

—• -cada aluno procura a postura do ani-mãTíom.,,que,, mais se identifica, ogrupo, num ritmo ofégãitterftBi-ostre-Ias e pula obstáculos que ficam maisdifíceis à medida que são vencidos.Vale tudo que estimule a atenção e, àsvezes, animais de verdade, como co-bras, são observadas na aula, trazidospelo professor Jô. Para Montezuma, "éimportante ver de perto a cobra semovendo, ao mesmo tempo que seperde o medo que aprendemos a ter".

Enquanto Isabel prefere as posl-ções das aves, como cegonhas, águiase garças, o economista Jerônimo Mon-teiro de Sá, 26 anos, gosta do gato,"pela leveza e o silêncio de seus movi-mentos". Ele divide o tempo entre amesa que opera na Bolsa de Volores, okempô, que faz há um ano e meio, e asaulas de acrobacia:

ACADEMIAS

Ao ar livre

NA

Villa Cabral, os espelhosnão são tão importantesquantos os abacateiros, ba-

naneiras, bugamviles. Numa casa dotipo chalé suiço, com gramado emvolta de uma piscina de 15 por 8 me-tros, se faz ginástica ao ar livre, commuito verde. A academia tem tambémjudô e natação para adultos e criançasa partir de seis meses, mas funcionaapienas ás segundas, quartas e sextas-feiras, das 7 às 19 h. A aula começacom uma corrida na pracinha do altoda Boa vista ou na Floresta da Tijucae enquanto as mães estão molhando,as crianças brincam dentro e fora d'á-gua. Volta e meia, os movimentos sãointerrompidos por uma delas, admira-da com uma minhoca, mariposa ouperereca. Ninguém faz exercicio paraser atleta, basta suar um pouco paramanter-se a forma.

A professora Maria Cristina Cabralconta que o carro-chefe da sua acade-mia é a natação, e por isso no verão elachega a ter 350 alunos, mas no invernoesse número cai pela metade. Tantoquento a ginástica, uma sala de mus-culação tem sido solicitada e faz partedos planos da professora — O que nãoíalta é espaço — comenta.

Nem todos se assustam com o friodo Alto. Ana Maria Braga tem duasfilhas, Marcelle, 5 anos e Lívia, 1 ano emeio, mora na Tijuca e, às vezes, sai decasa batendo o queixo, porque nãoconsegue convencer as meninas a de-sistir da natação:

Elas ficam incontroláveis e di-zem que se os amigos estão nadando,também querem. Às vezes, a tempera-tura chega a cinco graus e elas achamo máximo a neblina que fica em cimada piscina. Acabo cedendo, é sadio eesse oxigênio puro não se encontramais.

A psicanalista Priscila Levínio temo mesmo problema. Seus três filhosadoram a academia e ela aproveitapara fazer ginástica. — Assisti a umaaula com a Jane Fonda em Los Ange-les e prefiro essa — diz rindo.

Na piscina, uma senhora de 60anos, se destaca. É dona Ivone San-t'Anna Reis. Há dois anos ela chegou àVilla Cabral com vergonha de colocarmaiô. Depois de pedir autorização aoseu marido, que é reumatologista, elaé hoje a aluna mais assídua e queridada natação.

Isso aqui é uma grande família.Quem não gosta de carinho? Tinha ummedo e não conseguia ver a água pas-sar da minha cintura. Agora aprendi anadar e até participo das competições.Tenho a maior torcida. Minha vidamudou.

Longe de parecer uma academia,Villa Cabral é um espaço privilegiado.Localizada na Praça Afonso Vizeu,210, no Alto da Boa Vista, a academiacobra uma matrícula de Cz$ 40 e Cz$100 de mensalidade para ginástica eCz$ 120 para natação.Foto de í

Osexercíciossão feitosà sombradebananeirase abacatei-ros com ooxigêniodo Alto daBoa Vista

Eles sãocapazes deescalar umaparede coma agilidadeda aranha,imitar omovimentodos alces ousimular aforça de doistouros

Machuquei o menisco na capoei-rá, e não podia pensar em fazer nada.Por curiosidade, vim assistir a umtreino. Jô me disse para esquecer ojoelho. Aos poucos a dor foi acabandoe fui me envolvendo com a maior facili-dade. Uso kempô em tudo. Você estápronto a se defender porque aprende aser atento com o que está à sua volta.

Isabel diz que é automático:Estávamos numa cachoeira e

um amigo escorregou e desceu pelorio. Ele só não morreu porque usou apostura da aranha e foi rolando sem semachucar.

Antes dos exercícios o professor JôBrito faz uma demonstração, e os alu-nos, como filhotes de animais, vãocopiando e aprimorando os movimen-tos. Por isso, é fácil apontar os inician-tes. Cada um sente e interpreta o ani-mal de uma forma. — Não existe uma

técnica, você descobre a sua — diz oescultor Augusto Almeida, 30 anos.

Vajra Muti é o nome original dokempô indiano ou kempô chinês, co-mo é conhecido. Em sânscrito, vajraquer dizer trováo, que liga o céu àterra, e muti, profundo, consciente. Oprofessor Jô, único que desenvolve es-ta arte no Brasil, procura não fugir àorigem. Segundo ele, o kempô estáligado à medicina oriental e os ani-mais representam órgãos internos. —Fígado e rins controlam músculos eossos. É preciso trabalhar os ossospara mover os músculos — diz o pro-fessor.

Os adeptos do kempô buscam saú-de no contato permanente com a natu-reza. Eles costumam programar pas-seios a que não faltam exercícios epapos regados a chá e comida natural.

MAL.UAÇÃÕ/ Tânia Carrero

Hl

Segredos

da juventude

disposição da atriz Tônia Car-KM rero virou mito e impressiona

mais do que sua idade. Háquem procure fórmulas mágicas paratanta beleza e há também que sim-plesmente não acreditam as que elatem 64 anos. Tônia parece estar debem com a vida até quando faz exerci-cios. Eles são complementos, numarotina de cuidados com a saúde. Umpouco de tudo que faz bem para ocorpo: ginástica, caminhada, natação,massagem, vitaminas, chás e muitoarroz integral.

— Acho esforço demais um horror— diz ela, para justificar sua rejeição aexercícios violentos. Nem mais de sal-to alto eu ando. Só num jantar a quevou de carro e fico sentada. Nós deve-mos estar soltos, andando natural-mente. Respirar bem com coraçãotranqüilo.

Tônia náo gosta de ficar parada,"porque dá preguiça". Acorda, faz gi-nástica em sua própria casa, nada napiscina do jardim até cansar e vaiandar uns três quilômetros na praia ouno Jardim Botânico, depois de umfarto café da manhã: suco de frutas,pão integral, ricota, uma banana-prata, água de coco e chá de tangerina,além de cápsulas de gelatina, ginseng,lecitina de soja, óleo de germe de trigoe o guaraná em pó que vem do Pará.

A performance no palco vem sem-pre com um trabalho de corpo maisespecifico, nos bastidores:

Conheci Klauss Vlanna em 69 edescobri uma linguagem nova para ocorpo. Durante três anos tive aulasdiárias com a professora Neide Neves,que hoje dirige com o filho, dele, Rei-ner Vianna, o Centro de Dança (RuaÁlvaro Ramos, 525/1° andar), e dá aulade dança consciente para minha netaLuisa, de 15 anos. É um trabalho emque os músculos estão ligados à emo-ção. Pelo lado de dentro vou conhe-cendo o de fora.

Receitas para manter a pele jovem,Tônia tem muitas: creme áspero parafriccionar no corpo todo com uma luvade crina (pode ser um óleo de amên-doas com sal grosso), um hidratante,amplas de vitamina e massagem noscabelos, e sabonete Juruá são algumasdelas.

Ela recomenda maquilagem até napraia. Uma boa base com pó translúci-do protege o rosto da poluição e do sol— diz.

A alimentação de Tônia é controla-da, não permite açúcar, farinha bran-ca, doces e, quando ela fica doente, osremédios são os chás, ou a homeopa-tia. Sua mais recente descoberta foium chá que mistura nabo com gengi-bre e uma colher de mel, "bom paragripe". Apesar de não comprar carnevermelha, ela come quando lhe ofere-cem:

Não sou fanática. Sou uma vege-tariana que bebe uísque de vez emquando.

VIVA!

Haja

coração

Um milhão de americanos mor-rem de ataques de coração por ano.A revista Cardiac Alert publicou umteste para avaliar o risco da saúde deseu coração. Some os pontos da suaresposta:

I — Idade ¦ 56 anos ou mais• 55 anos ou menos

Pontos

l0

— Sexo ¦ roaseuiino ifeminino 0

— Histdrico se urn parente sanguineo • teve am ataque dofamiliar Curasao ou derrame com mcnos de 60 anos 12

o teve um ataque ou derrame depois dos 60anos 6

sem ptobtemas de corajao ou dertame natamQia 0

— Histdrico - ¦ 50 anos ou menos: se vocS teve ataquepessoal cardtaco, derrame ou pome de safena 20

B 51 anos ou mais: com os problemas acima 10n Nenhum problema 0

— DiaWUcos se voci teve diabetes: 10a antes dos 44 anos c toma insulinab com ou depois das 40 anos e toma

insulina ou pflulas 5o ap<5s 55 anos e controla com dieta 30 Nenhum problema 0

— Fumo b 40 ciganos por dia 10b 20 a 40 cigarros por dia ou parou de

fumar a menos de 1 ano 6a 6 ou mais cigarros por dia ou cacbimboregularmcnte 6

B 20 ou mcnos ciganos por dia ou deixoude fumar a mais de i ano 3Nunca fumou 0

,7 — Colesterol a nfvel de colesterol 276 ou mais 10(sc nao saberesponda a 225 a 275 5item 8) B 224 ou menos 0

— Dieta seus habitos de aliinentagao inriuem:(pule este item b came vermelha, ovos, manteiga, leite ese tiver qucijos diariamente. 8rcspondido ao u came vermelba, 4 a 6 vezes por 4item 7) semana, 4 a 7 ovos por semana,

margarina, produtos com baao m'velde gordura e um pouco de queijo

h aves, peixe, pouca ou nenhuma came 0vennclha, menos de 3 ovos semanais,pouca margarina, leite desnatado

— Pressao san- B acima de 16/10 10guinea (se nSo sou- B entre 14/9 e 16/10 5ber pule o item) ¦ se os dos mimeros estao abaixo de 14/9 0

10 — Peso b 8 quilos acima do pesode tabcla 4B dc 3 a 8 quilos acima 2« menos de 3 quilos acima 0

11 — Exercfcios se voce faz qualquer exercfcio aerdbico (cami-nhada ripida, corrida, natagSo e ctclismo)mais de 15 minutos por diab menos de uma vez por semana 4it uma ou duas vezes por semana 2a tres ou mais vezes por semana 0

12 — Stress se voc€ se sente: frustrado quando espera mimafila, freqflentemente apressado e Hcilmente 4irrit4velB Lmpaciente quando espera, ocasionalmente 23pressado e com humor instdvetB tranquiio quando espera, raramente apressa- 0do e habituateente de bora humor

RESULTADOS: Some os pontosIncluindooitem9 Sem incluir o item 9Baixo risco 19 ou menos 18 ou menosMédio risco 20 a 39 19 a 35Alto risco 40 ou mais 36 ou mais

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