Teoria das posições de M Klein
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Teoria das posições deMelanie Klein.
Prof. Renato Dias Martino Psicoterapeuta e Escritor
Fone: 17-30113866 [email protected]
http://pensar-seasi-mesmo.blogspot.com
Teoria das posições
processo de divisão e integração da mente e consequentemente do objeto primitivo, em seio bom e seio mal, até alcançar o objeto total.
Projeção e Introjeção
Ponto de partida“Contribuições à psicogênese dos estados maníaco-depressivos” (1940)
“Luto e sua relação com estados maníaco-depressivos“(1943)
A pensadora parte das idéias de Sigmund Freud (1856 – 1939)
Os processos primário e secundário da mente.
“Luto e Melancolia”(1917).
Desde o inicio da vida mental do bebê, existe certa tendência a integração, e Freud chamou isso de Eros, contudo, existe também a influencia de Tânatos que promove (defensivamente) a desintegração.
Além desse duelo dos mitos no interior dos processos psíquicos, implica-se também o impacto da realidade externa (mãe).
O ego primitivo sendo frágil, lábil e variante em sua integração, depende da mãe
para proporcionar noções de contenção, como as de amparo, constância e
equilíbrio.
Processo de disputa
Eros (pulsão de vida) e Tânatos (pulsão de morte) projetado no
mundo externo (mãe).
Projeção da pulsão de morte
Tentativa de evitar a ansiedade gerada ao conter essa espécie de pulsão.
A fantasia de seio mal e perseguidor funde-se com a privação dessas satisfações.
Projeção da pulsão de vida
Pulsão de vida projetada - tentativa de criar um objeto que irá satisfazer suas
necessidades. Isso acontece com as fantasias do seio bom ou
idealizado, fundindo-se com a experiência gratificante do amor da mãe e a satisfação da
alimentação
Na imaturidade emocional a impossibilidade de perceber a mãe como ‘outro’, ou seja, como alguém total, faz com que o bebê, em seus estágios iniciais da vida, entenda a mãe como objetos parciais.
Isso quer dizer que cada aspecto dela é separado do todo. Assim, também aspectos desprazerosos são isolados dos aspectos prazerosos.
Posição esquizoparanoide
Faces da guerra – Salvador Dali
esquizo = dividido - paranoide = perseguidor
O objetivo desse funcionamento mental, é
separar o bom do ruim assim como, manter um afastado do
outro.
Contudo, cada movimento projeção dessa espécie
carrega também uma consequência interna.
A partir das idéias kleinianas, o ponto de fixação das psicoses se encontra nessa posição, vivida na tenra infância.
O ego se desintegra para se defender, e dessa forma, podemos sugerir a manifestação de certo instinto de auto-preservação.
Na mesma medida em que as projeções peculiares dessa
posição puderem ser recebidas pelo objeto e subsequentemente de volta introjetadas de maneira
tranquila
o bebê vai se tornando mais capaz de reconhecer o objeto
externo (mãe).
Wilfred Bion (1897 – 1979) chamou essa função materna de receber projeções do bebê e devolver a ele de uma forma emocionalmente inteligível, de rêveri.
A partir desse processo, conforme a integração do ego, num ego total, também os objetos parciais podem ser integrados, tomando a forma de objeto total.
A essa posição Klein deu o nome de depressiva.
É quando se é capaz de suportar a culpa de ter
odiado aquele que ama tanto.
A capacidade de reconhecer que o seio mal, odiado por privar da satisfação, é o mesmo seio bom, nutridor e que traz conforto.
No entanto, reconhecer objeto total inclui que o bebê seja capaz de admitir a existência de alguém além dele e, também, que ele depende desse alguém para viver.
Poder experimentar da posição depressiva é
ter a capacidade de recordar da satisfação durante a privação, mas também ser consciente da privação durante a satisfação.
Principal ansiedade
Origina da fantasia de que os impulsos em forma de idéias destrutivas e hostis, tenham danificado o objeto amado.
‘ser’ – ‘ter’
Manter o objeto dentro de si e em ultima
Instancia, protegê-lo de sua própria hostilidade.
Esse modelo de transição das posições na vida adulta ainda acontece, ou seja, quando Melanie Klein propõe esse modelo de funcionamento mental, ela fala de algo que está presente em alguma medida, na vida emocional. Isso independente da época
da vida ou o grau de maturidade emocional.
Na realidade nossa vida é feita desse constante exercício em eleger o que é bom ou ruim pra nós, assim como na necessidade da integração desses dois aspectos na tentativa de certo equilíbrio mental.
Prof. Renato Dias Martino Psicoterapeuta e Escritor
Contato : Fone: 17-30113866 [email protected]
http://pensar-seasi-mesmo.blogspot.com