Tabalho Comercio Exterior 5 final

39
CENTRO PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE BARUERI BRUNO GONÇALVES DE SOUZA DANILO DA SILVA SOUSA PAULA REGINA SAMPAIO DO NASCIMENTO WELLINGTON LUIZ DA SILVA WESLEY CARDOSO VANTAGENS DOS NÉGOCIOS INTERNACIONAIS Trabalho apresentado como requisito da disciplina Comércio Exterior, do primeiro semestre do curso de Comércio Exterior sob orientação do Prof. Ms Givan Fortuoso da Silva.

Transcript of Tabalho Comercio Exterior 5 final

CENTRO PAULA SOUZA

FACULDADE DE TECNOLOGIA DE BARUERI

BRUNO GONÇALVES DE SOUZA

DANILO DA SILVA SOUSA

PAULA REGINA SAMPAIO DO NASCIMENTO

WELLINGTON LUIZ DA SILVA

WESLEY CARDOSO

VANTAGENS DOS NÉGOCIOS INTERNACIONAIS

Trabalho apresentado comorequisito da disciplinaComércio Exterior, do primeirosemestre do curso de ComércioExterior sob orientação doProf. Ms Givan Fortuoso daSilva.

2

Barueri

2015

3

CENTRO PAULA SOUZA

Faculdade de Tecnologia de Barueri

VANTAGENS DOS NÉGOCIOS INTERNACIONAIS

BRUNO GONÇALVES DE SOUZA

DANILO DA SILVA SOUSA

PAULA REGINA SAMPAIO DO NASCIMENTO

WELLINGTON LUIZ DA SILVA

WESLEY CARDOSO

Trabalho apresentado comorequisito da disciplinaComércio Exterior, do primeirosemestre do curso de ComércioExterior sob orientação doProf. Ms. Givan Fortuoso daSilva

Trabalho recebido e aprovado em _____/_____/_____

_________________________________________

Prof. Ms. Givan Fortuoso da Silva

4

Barueri

2015

SUMÁRIO

5

INTRODUÇÃO

Quando introduzimos negócios internacionais,

imediatamente, relacionamos ao tema de comércio exterior, pois

o tema é mais presente em nosso cotidiano. A

internacionalização leva ao desenvolvimento da

empresa, obrigando-a modernizar-se, para se preparar para

concorrer no mercado externo, ou, concorrer com um player

internacional no mercado interno. A maior participação de países e

empresas no comércio mundial significa maiores oportunidades

de desenvolvimento e crescimento da economia.

As modificações ocorridas na estrutura comercial mundial

permitiram novas possibilidades de expansão para as empresas

brasileiras. A principal delas é a internacionalização que vem

ocorrendo com grande intensidade desde a década de 90,

principalmente, devido a abertura da economia brasileira,

ocorrida no novo contexto da ordem mundial, a globalização.

Os anos 90 se mostraram revolucionários em todos os

aspectos. A globalização permitiu a intensificação dos

mecanismos comerciais, se tornando um fenômeno que modificou o

cotidiano econômico brasileiro. As barreiras, sejam

alfandegárias ou políticas-econômicas, foram reduzidas,

permitindo a integração do Brasil com países através de

acordos bilaterais e multilaterais (zonas de livre comércio,

uniões aduaneiras e mercados comuns).

Um dos mitos pouco questionados na economia é que exportar

é bom e importar é ruim. O entendimento da importância da

inserção de uma empresa no movimento de trocas mundial de

6

mercadorias, bem como de serviços, aceleram os processos de

expansão, por isso, o comércio exterior adquiri cada vez mais

um papel de suma importância, contribuindo para que os

empreendedores brasileiros expandam as operações de suas

companhias, e assim como, para a economia brasileira, que além

de gerar renda e emprego, contribui para o desenvolvimento

econômico.

Internacionalização das empresas, é um conceito que trata

da expansão através do contato com o mercado externo. No

presente trabalho, apresentaremos, exemplos de empresas

brasileiras que se utilizaram do processo de

internacionalização para se expandir e quais as vantagens

conquistadas pelas empresas e, como essas atividades tem

contribuindo para a dinamização, consolidação da empresa no

seu ramo de atuação – pesquisa realizada através de consultas

a mídias informativas como: jornais, revistas e sites de

notícias. Por fim, confrontamos os dados pesquisados com o

referencial teórico, com o objetivo de legitimar as

informações coletadas, validando as vantagens conquistadas

pelas empresas com o processo de internacionalização e, quais

as perspectivas e desafios para as companhias brasileiras que

ainda tendem a enfrentar.

7

1. ESTRATÉGIAS DE INTERNALIZAÇÃO

O referido capítulo abordará o conceito de comércio

exterior, exportar, importar, suas motivações e importância

para os governos, empresas e pessoas.

1.1 Conceituação de Exportação e Suas Vantagens

A exportação é basicamente a saída da mercadoria do

território aduaneiro. Esta operação pode envolver compra e

venda, ou pode ser por meio de doação, exportar passou a ser

uma questão de sobrevivência em um mundo cada vez mais

integrado e globalizado. Representa, desse modo, um amplo

mercado de oportunidades para o empresário brasileiro. Ao

optar por vender seus produtos em mercados externos, o

empresário diminui os riscos do negócio visto que a expansão

da empresa não fica inteiramente condicionada pelo ritmo de

crescimento da economia brasileira e de mudanças na política

econômica. Além disso, a diluição dos riscos abre a

possibilidade de planejamento de longo prazo, garante maior

segurança na tomada de decisões, evita a instabilidade e

assegura receitas em moeda forte (Sebrae, 2006).

Segundo Keedi (2007, p. 17) exportar “é o ato de remeter a

outro país mercadorias produzidas em próprio ou em terceiros

países, que sejam de interesse do país importador, e que

proporcionem a ambas envolvidas vantagens na sua

8

comercialização ou troca”. Exportação consiste na saída de

mercadorias para o exterior.

A exportação é importante pois diversifica os mercados,

deixando a empresa de atuar somente no mercado interno,

passando, assim a ter presença no mercado exterior, aumentando

o leque de compradores, que significará aumento de empresas

compradoras, e como consequência, aumento na quantidade

vendida e na produção realizada (KEEDI, 2007, p. 22).

Com o aumento da produção, a oferta de emprego irá

crescer, resultando no aumento de salário disponível na

economia, provocando o aumento do consumo da população,

impulsando assim, o crescimento da economia. Outro fator do

aumento da produção está na redução dos custos-fixos da

empresa, pois com o aumento da produção, a empresa terá maior

poder de barganha nas negociações de seus fornecedores (KEEDI,

2007, p. 22 – 23).

A empresa que exporta adquire vantagens em relação aos

concorrentes internos, pois diversifica mercados, aproveita

melhor sua capacidade instalada, aprimora a qualidade do

produto vendido, incorpora tecnologia, aumenta sua

rentabilidade e reduz custos operacionais, mas, é necessário

realizar uma análise profunda e completa das reais

necessidades e oportunidades (KEEDI, p. 22 – 23).

Segundo Keedi (2007, p. 19), muitos fatores podem ser

utilizados como motivação para a realização do comércio

exterior, apenas é necessário que se análise os diversos

fatores, e, mesmo apresentando todas as condições favoráveis

ou contrárias, isso não será impedimento ao comércio, pois

9

este poderá ser realizado independentemente de qualquer

motivação lógica, muitas vezes por motivos comerciais, outras

vezes por motivos políticos, interesse no produto estrangeiro.

A economia nacional deve ser levada em consideração no

momento da exportação para fins comerciais (revenda), de

acordo com Keedi (2007, p. 20), a compra e venda de

mercadorias pode ser afetada pelo nível de investimento e este

ato poderá ser de interesse dos países, tanto para forçar a

exportação quanto a importação de determinados produtos e de

determinados países.

Outro ponto positivo da exportação está na divulgação da

marca no exterior, e, o aprimoramento dos recursos humanos e

tecnológicos, pois o mercado externo exige produtos melhores

elaborados. Esses fatores influenciam no aumento da

competitividade do país. Um outro fator de destaque é que a

empresa pode passar a contar com receita em moeda forte,

ficando mais inume a desvalorização da moeda local (KEEDI,

2007, p. 23).

1.2 Conceituação de Importação e Suas Vantagens

No aspecto socioeconômico, é impossível que um país se

desenvolva isoladamente. Não há país autossuficiente, com a

eficiência adequada, em tudo o que se faz necessário, seja

pela capacidade produtiva da sua mão-de-obra, pela diferença

do desenvolvimento tecnológico ou pela sua limitação de

recursos naturais – solo, clima, etc. (DIAS e RODRIGUES, 2010,

p. 213). A importação é igualmente importante e necessária

10

quanto a exportação, pois nenhuma nação consegue sobreviver

apenas com seus recursos próprios (DIAS e RODRIGUES, 2010, p.

212).

A prática do comércio mundial é primordial para todos os

países – desenvolvidos ou não –, pois tal prática colabora

para a circulação de capitais e com o desenvolvimento

econômico. A importação tem por objetivo prover falhas na

estrutura econômica, contribuindo na complementação dos

produtos disponíveis à população de um país, ou de bens de

capital necessários para às empresas, muitas vezes, exercendo

o papel de modernização da economia por acelerar a competição

e permitir a concorrência de processos e produtos (DIAS e

RODRIGUES, 2010, p. 212).

Importar é o ato de adquirir ou trocar com outro país

mercadorias, podendo ser de bens e serviços, compreendendo a

bens como a transferência de mercadorias entre os países, e os

serviços como a compra de assessoria, consultoria,

conhecimentos, transportes, turismo, etc. (KEEDI, 2007, p.

17).

A relevância da importação está na diversificação de

mercados, a empresa passa a atuar em diferentes mercados,

deixando de atuar apenas no mercador interno, aumentando,

assim, o número de fornecedores e reduzindo os riscos de

crise, como, por exemplo, a política governamental e o aumento

de preços (KEEDI, 2007, p. 25).

O benefício da diversificação de mercados não está em

apenas diminuir os riscos e ter mais fornecedores, mas obter

um aumento na quantidade de produtos oferecidos, aumentando a

11

variedade, eliminando risco de possível escassez de produtos

no mercado interno. Outro benefício, é o aumento da

concorrência, em consequência a diminuição dos preços (KEEDI,

2007, p. 25).

O fato tecnológico também está presente, visto que os

produtos importados, poderão apresentar outras tecnologias,

provocando a redução dos custos e melhoria da qualidade, além

de poder oferecer a seus clientes produtos de marca

internacional e conhecidos em todo o mundo. O aumento da

competição no mercado interno é umas das vertentes mais

visíveis na importação (KEEDI, 2007, p. 25).

Por fim, deve levar em consideração que a importação, abre

caminho para a exportação, visto que o comércio mundial é uma

“via de duas mãos”, portanto, comprar pode abrir caminho para

negociação para exportação dos produtos do país importador

(KEEDI, 2007, p. 25 – 26).

1.2.1 Global Sourcing

O global sourcing pode ser entendido como a busca por

fornecedores em âmbito mundial (FARO e FARO, 2010, p. 21). É

uma estratégia de entrada que envolve uma relação contratual

entre o comprador – empresa – e uma fonte externa de

abastecimento. O global sourcing envolve a terceirização de

tarefas de manufatura ou serviços específicos com as filiais

da própria empresa ou com fornecedores independentes

(CAVUSGIL, 2010, p. 361).

12

O global sourcing realizado pelo setor privado corresponde

por mais da metade do total das importações das grandes

economias, mudando a forma como as empresas fazem negócios em

todas as indústrias (CAVUSGIL, 2010, p. 366).

A primeira grande onda de global sourcing concentrou-se na

manufatura de insumos e começou na década de 1960 com a

mudança da Europa e Estados Unidos como fabricantes principais

para países de custos menores e geograficamente diversos. Com

o tempo, as empresas descobriram que a maioria das atividades

da cadeia de valor são tarefas que podem ser levadas para

outros países para alcançar maior eficiência, produtividade,

qualidade e lucro (CAVUSGIL, 2010, p. 366 – 367).

Em 1990, o offshoring – nova modalidade de global sourcing – as

empresas começaram a terceirizar atividades específicas de

adição de valor no setor de serviços em locais como a Índia e

a Europa Oriental. Além de serviços de TI (software, aplicações

e suporte técnico) e atividades de apoio ao cliente (suporte

técnico, call centers) muitos outros setores de serviços tornarem-

se parte da tendência de offshoring (CAVUSGIL, 2010, p. 367).

O global sourcing oferece benefícios e desafios para a

empresa. Em relação aos benefícios, Cavusgil (2010, p. 369 –

370) listar as principais vantagens:

Custo-benefício;

Aceleração do crescimento da empresa;

Acesso a mão de obra qualificado no exterior;

Reinvenção dos processos de negócios;

Acesso a novos mercados;

13

Flexibilidade tecnológica;

Maior agilidade por aliviar a carga desnecessária, como a burocracia e

custos administrativos.

Em muitas empresas a participação inicial nos negócios

internacionais, se inicia com o global sourcing, este realizado por

empresas pequenas, médias e de grandes portes. Entretanto,

conforme identificado por Cavusgil (2010, p. 374 – 375) como

acontece com outras atividades o global sourcing pode trazer

complicações, que envolve concretamente sete riscos:

Redução de custo menor que a esperada;

Fatores ambientais, como greve, volatilidade do câmbio e custos de

transportes

Ambiente jurídico;

Risco de criar concorrentes;

Trabalhadores pouco qualificados ou inadequados;

Dependência excessiva dos fornecedores;

Diminuição do compromisso e da motivação entre os funcionários do

país de origem.

O global sourcing ainda é controverso. Para a comunidade

empresarial o global sourcing é visto como uma forma de manter ou

aumentar a competitividade das empresas. Outros possuem o

pensamento negativo, afirmando que a estratégia provoca perdas

de emprego e, assim, países com altos salários percam a sua

competitividade como nação (CAVUSGIL, 2010, p. 376 – 377).

14

De qualquer forma, o êxito do global sourcing está vinculado

ao atendimento de alguns condicionantes, como a existência de

mão de obra de baixo custo; grande capacidade para a adoção de

processos inovadores, e, eficiência dos processos logísticos

no fornecimento dos itens adquiridos pela empresa (FARO e

FARO, 2010, p.22)

1.3 ACORDO DE LICENCIAMENTO

Licenciamento é uma forma de aliança estratégica que

envolve a transação de um acordo dentro de um direito de uso

de certo conhecimento proprietário, patentes, processo ou

experiência em meios definidos. “É definido como um acordo

entre duas partes no qual uma delas tem direitos de

propriedade sobre alguma informação, processo ou tecnologia

protegidos por uma patente, marca registrada ou direito

autoral” (HISRICH, 2013, p.142).

Permite que uma empresa estrangeira compre o direito de

fabricar e vender os produtos de uma empresa nacional dentro

do país anfitrião.

A propriedade intelectual pode ser registrada

publicamente, por exemplo na forma de uma patente ou marca

registrada, como meios de estabelecer direitos de propriedade

ou pode ser retida dentro de know-how, está comumente baseada

em experiência operacional.

Em um contrato de licenciamento, o varejista autoriza a

utilização do nome da rede por uma organização estrangeira. O

controle neste tipo de acordo, é sacrificado, tornando esta

15

opção pouco atrativa e não usual no setor. Geralmente os

varejistas optam pelo franchising (HEMAIS, 2004, p. 226).

Uma dúvida comum está no que se diz respeito aos objetivos

de modalidades contratuais, suas características e

consequências jurídicas, quando adotada a modalidade do

licenciamento ou do franchising.

O que ambos têm em comum é o fato de se enquadrarem na

categoria técnica de contratos comerciais por meio dos quais o

detentor de um direito imaterial cede, mediante remuneração,

um direito ou um conjunto de direitos a alguém para sua

respectiva exploração.

No contrato de licenciamento não se transferem outros

direitos: apenas o direito de uso da marca, desde que esta

tenha sido regularmente registrada no INPI (Instituto Nacional

de Propriedade Industrial) ou, ao menos, o pedido de registro

realizado neste órgão público. Contudo, o licenciamento da

marca por si só não dá o direito da transferência de

tecnologia, assim entendidos os conhecimentos secretos de

fabricação ou prestação de serviços de qualquer espécie.

Este é o caso do contrato de franchising. Esta modalidade

contratual é muito mais complexa que o contrato de

licenciamento de marca e envolve não só a cessão do direito de

uso de determinada marca, como também a transferência de know

how sobre a produção, comercialização e/ou distribuição de

produtos ou serviços.

“O sistema de franquias ou franchising é uma modalidade de

licenciamento onde também se trata da comercialização de

patentes ou marcas, onde o franqueador deve pagar os royalties de

16

utilização ao franqueador. Porém, ao contrário do que ocorre

no licenciamento, no sistema de franquias existe um

oferecimento de um “pacote de serviços” adicionais, o que

inclui serviços financeiros, marketing. Ao franquiado se dá a

opção de gerir uma empresa de renome e ao franqueador a

oportunidade de expandir a oferta de produtos sem a

necessidade de investimento físico” (GUERRA, 2015, p. 34).

1.4 ALIANÇA ESTRATÉGICA

É de suma importância para as empresa parcerias no âmbito

internacional, seja para fortalecimento da marca, obter

maiores lucros, expansão de mercado, tornar o seu produto

internacionalmente conhecido ou até mesmo compartilhar riscos

e custos para buscarem alianças estratégicas para crescimento

e desenvolvimento da sua marca devido a saturação do mercado

nacional e da grande concorrência que existe entre as empresas

nacionais, sendo assim, as empresas criam planos de

oportunidades e ameaças para que assim possa atuar no mercado

internacional, pois essa mesma mercadoria pode ser muita

atrativa em outros lugares com consumidores disposto a comprar

esses produtos ou serviços (PIPKIN, 2009).

De acordo com Cateora (1996), é um relacionamento

sinérgico, estabelecido para atingir um objetivo comum em que

ambas as partes se beneficiam.

As empresas utilizam de estratégias para expandir e fazer

investimento para crescimento de atividades e das marcas no

exterior, e estar presente em diversos mercados e assim

17

tornar-se competitiva com recursos escassos, com menores

investimento e menores riscos. As organizações optam por

alianças estratégicas para diminuir as barreiras de entrada

relacionada com ambiente local impostas por leis,

regulamentos, política econômica, aprenderem mais sobre o

mercado através dos parceiros da aliança. Ao longo do texto

falaremos de algumas alianças importantes e usadas na

globalização dos mercados (CIGNACCO, 2009, P.100).

1.3.1 Joint Venture

A Joint Venture consiste em uma associação internacional

(contratual ou com formação de uma nova sociedade, que permite

às empresas interventoras designar diferentes recursos

(capital, mão-de-obra, tecnologia etc.) para o acesso aos

mercados mundiais. (CIGNACCO, 2009, P. 51).

A Joint Venture é formada por uma empresa nacional de médio

porte com uma empresa internacional, a empresa nacional

oferece estrutura produtiva e recursos humanos, entre outros e

a empresa internacional fornece tecnologia, capital,

informação sobre potencias oportunidades de negócio e contatos

internacionais (CIGNACCO, 2009, P. 51).

A Joint Venture é uma alternativa para entrar no mercado

Internacional, as empresas buscam esse tipo de alianças para

complementar o empreendimento entre as empresas, assim uma

empresa contribui com a outra no que precisar, assim somando

forças, conseguem uma maior eficiência se for comparado de uma

forma individual (CIGNACCO, 2009, P. 228).

18

Os motivos da formação de uma joint venture, podem ser muito

variados: necessidade, conveniência, questões referentes a

exigências governamentais e estratégia empresarial, acesso

rápido à tecnologia, visando produzir com custos inferiores,

criar mercados cativos, neutralizar a concorrência (CIGNACCO,

2009, P. 227). Quando uma empresa necessita de uma outra

empresa ou de recursos para conseguir entrar em outro mercado

utilizando assim projetos em conjuntos (PIPKIN, 2009, P. 91).

Através dessa modalidade, vemos vantagens para empresa que

utiliza dessa operação para crescimento de mercado e lucros,

entretanto, existes pesquisas de mercados que obrigatoriamente

precisam ser feitas para que a empresa veja a real necessidade

de migrar para esse novo mercado e se existe campo de mercado

para que ela possa se desenvolver e obter lucro e consumidores

disposto a comprar por essa mercadoria, por outro lado existe

também incertezas na joint venture como visões diferentes baseadas

em culturas diferentes, problemas entre controles de projetos

entre as empresas, contudo, as vantagens são muitos

significativas para a empresas que adere essa modalidade

inclusive uma forma de ter acesso as matérias primas e mão-de-

obra mais econômicas no país destino garantindo assim um custo

mais baixo no processo produtivo e um preço final mais

competitivo (CIGNACCO, 2009, P. 228).

1.3.2 Fusão e Aquisição

A fusão e aquisição é outra maneira de se tornar

competitiva e alcançar outras fatias de mercado, muitas

19

empresas realizam esse trâmite para aumentar a sua

participação no mercado, melhorar as condições para conseguir

recursos no exterior, aumenta o número de agentes e parcerias

no exterior que facilita as exportações e importações. É a

operação societária por meio da qual duas ou mais sociedades

comerciais juntam seus patrimônios a fim de formarem uma nova

sociedade comercial, consequentemente deixando de existir

individualmente (MAIA,2008, p.283).

Conforme a Lei (BRASIL, Lei nº 6.404, 1976, art. 228),

fusões são operações econômicas que agrupam duas ou mais

empresas originando uma nova. Aquisições são a compra de uma

empresa por outra empresa. Em ambos os casos ocorre uma

integração de operações, organização, estratégia e controlo do

capital (MAIA, 2008, P.283). As principais vantagens da fusão

e aquisições:

Economia de escala, dilui os custos fixos;

Melhores condições para a captação de recursos

externos. As novas empresas (criadas com as fusões)

tem maior presença no mercado financeiro

internacional;

Maior rede de agentes no exterior, o que facilita as

suas exportações e as suas importações.

Com abertura da economia Brasileira e a estabilização

resultante do plano real, vários grupos estrangeiros decidiram

aumentar sua participação no Brasil. A forma mais rápida de

20

garantir uma fatia nesse mercado foi comprando empresa s

locais. (COUTINHO, 2008)

Normalmente, a empresa adquirente é maior do que a

adquirida ou incorporada. No entanto, também é possível que

uma empresa mais pequena adquira uma maior. Isso é possível

através do recurso a fontes de financiamento externo.

(COUTINHO, 2008)

De acordo com autor (MAIA, 2008) algumas empresas após

passar por processos de fusões tendem a ficarem mais

burocráticas, lentas e se distanciam dos clientes, algumas

buscam também anseios pessoal do que a busca pela eficiência e

uma pesquisa feita pela Andersen Consulting contida no livro

(MAIA, 2008, P. 286), mostra que 23% das fusões já

consolidadas alcançaram os objetivos pretendidos. Do total de

30% fracassaram e 47% tiveram resultados diferentes dos

planejados inicialmente.

1.5 INVESTIMENTO DIRETO

A globalização proporcionou abertura de mercado e da

economia para a entrada de produtos estrangeiros, que gerou

competitividade e aumento da concorrência nos mercados

internos. Isto fez com que muitas empresas traçassem

estratégias para se manterem vivas na competição entre

empresas, e um dos caminhos é através do investimento direto.

(SILVA, ano, p. 170).

Investimento direto é uma forma das empresas entrarem no

mercado internacional, através de aquisição de capital,

21

tecnologia, mão de obra, instalações industriais,

equipamentos, escritório de vendas e representações de

marketing e distribuição em outros países. (CAVUSGIL, 2010, p.

6).

Em alguns casos a empresa, se utiliza do investimento

direto para dar o primeiro passo no processo de se

internacionalizar, em outros a empresa já atua no mercado

internacional nos processos de importação e exportação e

decidem aumentar a sua participação com esta forma de

investimento (CAVUSGIL, 2010, p. 6 – 7).

Além de combater a concorrência no mercado interno das

empresas internacionais, há outras razões para uma empresa

iniciar um investimento direto no exterior, depende de sua

estratégia de crescimento. Uma das razões identificada é a

diversificação de mercado, onde a empresa consegue expandir o

seu produto a uma quantidade maior de países, pois se instala

em um local estratégico que proporciona geograficamente acesso

a outros mercados (CANUTO et. al, 2004, p. 204 – 205).

A instalação em outro país pode ser motivada pela

necessidade de adquirir novos conhecimentos. A partir do

momento em que ela se instala nesses mercados, passa a ter que

se ambientar as necessidades culturais, econômicas e

tecnológicas, com isso adquire novas ideias sobre produtos,

serviços e formas de negociação (CAVUSGIL, 2010, p. 14 – 15).

Temos ainda a necessidade de atender um cliente importante

que se internacionalizou, a empresa avalia o impacto que seria

deixar de atendê-lo e concluiu que fazer um investimento

direto em outro país, é o melhor caminho para manter o cliente

22

e ainda adquirir novos no mercado que se abre (CAVUSGIL, 2010,

p. 14 – 15).

Outra forma de efetuar um investimento direto é formar

parcerias vantajosas com empresas de potencial alto em países

com difícil acesso ao mercado. Essa abertura irá facilitar a

inserção dos produtos neste país, além de liberar o acesso

desenvolver economias de escala em suprimentos, produção,

marketing e P&D (pesquisa e desenvolvimento) (CAVUSGIL, 2010,

p. 14 – 15).

As oportunidades podem ser apresentar de várias formas, em

função de um fator de produção, ou seja, a empresa pode

iniciar este investimento para reduzir custos de produção.

Estes custos podem estar vinculados à uma utilização de mão de

obra barata, ou para ficar perto das empresas fornecedoras de

matéria prima, conseguindo assim, redução com transportes e

importações. Outra oportunidade procurada pela empresa é de

ordem fiscal, alguns países interessados em trazer as empresas

para o seu território, oferecem redução ou até isenção de

impostos por um período de tempo (CARVALHO e SILVA, 2007, p.

272 – 277).

As empresas para dar início a internacionalização,

precisam se preparar e planejar todo o processo, ter

conhecimento do ambiente aonde irão se instalar pode ajudar a

evitar problemas futuros e também prováveis prejuízos.

Adquirir conhecimento do cenário econômico, ambiente político,

jurídico e a cultura dos países, ajudará a superar os

obstáculos que se apresentarão em todo o processo (SILVA, ano,

p. 171).

23

No processo de internacionalização das empresas foi

constatado quatro tipos principais de riscos que afetam

gravemente o sucesso das mesmas, são eles: Risco

Intercultural, Risco País (ou Risco político), Risco Cambial e

Risco Comercial (CAVUSGIL, 2010. P. 9 - 10).

Os investimentos diretos estrangeiros estão classificados

em: Greenfiel, quando uma empresa adquire um terreno para a

construção da sua fábrica de produção, de comercialização ou

distribuição e Brownfiels que são as fusões, quando duas

empresas se juntam para formar uma nova empresa, ou com a

aquisição total ou parcial, neste caso o investidor direto

adquire uma fábrica já pronta de uma outra marca no mercado,

ou uma rede de lojas e dão continuidade na administração desta

empresa (CAVUSGIL, 2010, p. 318).

24

2. VANTAGENS DOS NEGÓCIOS INTERNACIONAIS

De acordo com as pesquisas efetuadas em jornais, revistas

e sites procuramos identificar as vantagens conquistas pelas

empresas brasileiras no processo de internacionalização.

2.1 DIVERSIFICAÇÃO DE MERCADO E AUMENTO DE RECEITAS

De acordo com Moreira (2015, p. B1) no segmento de jato

executivos da Embraer possui presença em mais de 60 países

permitindo independência do mercado interno. Outro caso

Scheller (2015, p. B4) a WEG é uma empresa do ramo de

equipamentos industriais e com presença em muitos países,

segundo o presidente da empresa Harry Schmelzer Jr, essa

proporção tende de aumentar “nós vamos crescer mais no

exterior do que no Brasil. A Weg é uma empresa global e, para

crescer, não pode produzir em um lugar só”.

Na matéria publicada no site eletrônico da revista Exame

(2010) a Metalfrio subiu do décimo segundo para o quinto lugar

entre as empresas Brasileiras mais internacionalizadas, hoje

42% de suas receitas são advindos do exterior e segundo Luís

Carlos Moreira Caio – executivo da Metalfrio – destaca que as

maiores “oportunidades estão em países como Índia, Malásia e

Sri Lanka”.

Com forte histórico de aquisição no exterior a TOTVS, é

exemplo de quem apostou na diversificação de mercado para

crescer. “Como o mercado de software é global, acompanhamos

nossos clientes para sermos competitivos e sempre estamos de

25

olho nas oportunidades de novas aquisições (2013, site

eletrônico Valor Econômico).

Conforme destacado por Lamucci (2015, p. B3), a

diversificação geográfica do grupo Gerdau – ramo de siderurgia

– ajudam a empresa em um momento que a economia do Brasil está

ruim. A empresa possui grande presença nos EUA, onde a

economia monstra sinais de vitalidade, contribuindo para o

faturamento da empresa, pois a sua operação nos EUA reponde

por cerca de 40% do total do grupo. Junior (2015, p. B12)

destaca a “acertada estratégia da empresa de buscar maior

diversificação geográfica das operações”, representando a

América do Norte, o melhor mercado para a Gerdau.

A Alpargatas abriu unidades próprias na Alemanha, Áustria,

Bélgica, Holanda e Luxemburgo ampliando para dez o número de

países com operação direta. A expectativa é que essas

unidades ampliem as vendas em 2015. “A desvalorização do real

traz uma oportunidade para obter uma receita adicional e a

companha está preparada para aproveitar essa fase de

descolamento do câmbio” (BOUÇAS, 2015, site eletrônico Valor

Econômico).

O foco de expansão da WEG está na meta de atingir 60% da

sua receita advindos de fora do Brasil com fábricas em 11

países nas Américas, Europa, Ásia e África, tem planos

bastante agressivos para o exterior, com objetivo de escapar

dos problemas recorrentes no Brasil, como alta carga

tributária, juros elevados e infraestrutura deficientes, por

isso, buscaram lugares onde o ambiente é mais propicio para a

produção aumento assim sua receita (BOENO, 2015, p. B3).

26

Segundo Leonardo Gadelha, diretor financeiro da Tupy,

Leonardo Gadelha, o processo de internacionalização da empresa

não está apenas focado no aumento da receita, mas também “pela

redução do risco de depender de apenas um mercado”. O

enfraquecimento da indústria automobilística no Brasil, tem

contribuindo para o avanço, visto que o carro chefe da Tupy é

a fabricação de motores. Desde 2012, quando a Tupy adquiriu

ativos no México, a participação do mercado externo na receita

da empresa subiu de 63% para 72% do total (LIMA E WATANABE,

2015, site eletrônico Valor Econômico).

Cerca de 40% das receitas da Stefanini advém de ativos no

exterior. A Stefanini está hoje em mais de 30 países e,

segundo o ranking das empresas brasileiras mais

internacionalizadas da Fundação Dom Cabral (FDC) de 2014, a

Stefanini foi a líder entre as companhias com maior número de

subsidiárias no exterior, com total de 32 unidades, acima de

gigantes como a WEG e Vale. De acordo com o presidente da

empresa, Marco Stefanini “o Brasil é grande, mais o mundo é

maior”, demonstrando que a empresa ainda irá avançar mais em

sua expansão internacional (GAZZONI, 2015, p. B8).

Outra empresa de destaque na internacionalização é a

Natura. A divisão internacional da Natura representa 24,3% das

receitas do grupo, contribuindo para o lucro da empresa. No

mercado internacional a receita da empresa está avançando em

torno de 39,6% em moeda local (BORTOLOZI e OLIVEIRA, 2015,

site eletrônico Valor Econômico).

De acordo com Bueno (2015, site eletrônico valor

econômico) a empresa Grendene lucrou 13% mais em 2014 e

27

começou o ano de 2015 com melhores índices comparado ao ano

anterior devido o aumento das vendas “Estamos vendendo mais e

melhor no mercado interno e no mercado externo” disse o

diretor financeiro da empresa Grendene, Francisco Schmitt, com

o aumento do dólar em relação ao real e a empresa exporta para

mais de 90 países aumentando assim o crescimento das receitas.

2.2 REDUÇÃO DE CUSTOS E FLEXIBILIDADE DE SUPRIMENTOS

Segundo Zamboni (2010, site eletrônico Veja) a Natura umas

das formas de internacionalização visou a instalação de

fábricas no exterior, de acordo, com objetivo econômicos com a

redução de custos e ambientais, pela menor emissão de gases de

efeitos estufas no transporte. Outra forma de redução de

custos é através de implantação de centro de distribuição

logística no exterior.

Segundo Góes e Durão (2012, site eletrônico Valor

Econômico) a empresa Vale do Rio Doce investiu em um centro de

distribuição na cidade de Sohar em Omã que permitirá atender a

demanda por produtos de minério de ferro no Oriente Médio,

Norte da África e Índia.

A JBS através da aquisição Tyson – empresa mexicana do

ramo alimentício- realizada em julho de 2014 conseguiu ampliar

sua participação no mercado Mexicano através de novas unidades

produtivas na região norte do país e bem como incrementando o

portfólio da Pilgrim, por meio de produtos de valor agregado e

28

produtos de marcas, aumentando assim suas vendas no México

(PRESSINOTT e ROCHA 2015, site eletrônico Valor Econômico).

2.3 EXPANSÃO DA MARCA E PROXIMIDADE COM GRANDES CLIENTES

INTERNACIONAIS

Segundo Drska (2011, site eletrônico Valor Econômico) a

Stefanini conta com unidades na China e Filipinas, nas quais

são responsáveis pelo atendimento a empresas como Ford e

fabricantes de máquinas agrícolas John Deere, por isso,

através de aquisições a Stefanini está ampliando a sua atuação

na China, com a ideia de criar um polo de serviço de TI,

visando atender toda a região garantindo assim a proximidade

com o seu cliente.

Outro ponto da expansão internacional da Stefanini está na

aquisição RCG Staffing – empresa americana, braço da RCG

Global Services especializado em recrutamento e treinamentos

de profissionais de TI para empresas. Esta aquisição permitiu

para a Stefanini ampliar a base de clientes e o número de

escritórios, dando acesso a um conjunto de companhias que a

empresa não atendia anteriormente, permitindo assim, que a

Stefanini ofereça outros serviços de TI (BOUÇAS, 2013, site

eletrônico Valor Econômico).

A JBS através da aquisição Tyson – empresa mexicana do

ramo alimentício – realizada em julho de 2014 conseguiu

ampliar sua participação no mercado mexicano através de novas

unidades produtivas na região norte do país e bem como

incrementando o portfólio da Pilgrim, por meio de produtos de

29

valor agregado e produtos de marcas, aumentando assim suas

vendas no México (PRESSINOTT e ROCHA 2015, site eletrônico

Valor Econômico).

Outro destaque da JBS, segundo Pressinott (2015, site

eletrônico valor econômico) ocorreu através da sua subsidiária

australiana, adquirindo as operações globais pelo Grupo Primo

Smallgoods (“Primo”) ampliando a liderança no setor de

alimentos e tornando marca conhecida, ganhando acesso a outros

mercados.

No caso da Natura para se diferenciar das outras

multinacionais, procurou apostar no insumo da biodiversidade

brasileira para a sua gama de produtos naturais, passando a

oferecer produtos nativos da região amazônica, com isso a

marca ganhou brasilidade e uma visibilidade internacional a

partir de sua plataforma tecnológica de biodiversidade (2013,

site eletrônico Valor Econômico).

A expansão da Alpargatas, constitui na internacionalização

da marca Havaianas, procurando inserir em mercado pontuais. Na

Europa, a Havaianas é percebida como marca premium, porém já

começou a ampliar as suas vendas através de chinelos flip-flop,

baseando-se na estratégia de abertura de pontos comerciais em

Shopping e lojas de ruas (CESAR, 2015, p. B8).

Outra empresa beneficiada pelo processo de

internacionalização é a Embraer, um exemplo é o Jato Phenom

300, que liderou a entrega de jatos executivos no mundo em

2014, tornando-se o jato executivo mais entregue no mundo. Em

cinco anos de operação, o jato Phenon 300, já possui uma frota

de 250 aeronaves no mundo, possuindo participação de 57% de

30

mercado na categoria de jatos leves, estando presentes em mais

de 20 países (MEIBAK, 2015, site eletrônico Valor Econômico).

A empresa do ramo de cosméticos O Boticário planeja ter

uma rede de 100 lojas próprias na Colômbia em dois anos, a

empresa já possui 5 lojas em operação e diz que o mercado

colombiano é o terceiro mercado de beleza mais importante

depois do Brasil e do México. A Colômbia já está surpreendendo

a direção do Grupo Boticário, motivo qual a expansão é vista

como algo seguro, disse Giraldo Torres, diretor do O Boticário

na Colômbia (Diaz, 2014, site eletrônico valor econômico).

2.4 TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA, PESQUISA E

DESENVOLVIMENTO E KNOW-HOW

Aquisição efetuada pela Natura, da empresa australiana

Emeis Holdings, permitirá o acesso a uma marca expressiva e

global com presença em mercados importantes, garantindo a

entrada de seus produtos em grandes cidades como: Paris,

Tóquio e Nova Iorque. Com presença em mais de 11 países

através de 61 lojas conceitos e lojas de departamentos

(MEIBACK e MEYGE, site valor econômico). Ambas empresas

continuarão operando independente, porém irão compartilhar

estruturas e tecnologia para o desenvolvimento de novos

produtos (2012, site eletrônico O Estado de SP).

Segundo Silveira (2014, site eletrônico Valor Econômico) a

parceria envolvendo a SAAB a Embraer com o projeto do caça

Gripen NG, permitirá que a Embraer participe das vendas

globais do caça, bem como a transferência de tecnologia, pois

31

irá atuar no projeto de desenvolvimento do caça ao mercado

brasileiro.

A Atech, empresa do grupo Embraer, foi contratada pela

Autoridade de Aeroportos da Índia (AAI) para implantar um

sistema de gerenciamento e controle de fluxo de tráfego aéreo,

exportando assim tecnologia de gestão aérea. De acordo com o

presidente da Atech, Jorge Ramos, o projeto está demonstrando

o resultado das atividades de pesquisa e desenvolvimento da

empresa, contribuindo para que uma tecnologia nacional seja

projetada globalmente (SILVEIRA, 2014, site eletrônico Valor

Econômico).

A Stefanini através da aquisição da Uruguaia Top Systems

terá acesso ao desenvolvimento de novos produtos. A top

Systems é uma companhia Uruguaia que desenvolve sistemas

destinados a bancos e financeiras, entre essas ofertas estão

Software de prevenção a lavagem de dinheiro, permitindo assim,

o posicionamento da Stefanini em oferta de produtos para área

financeira (DRSKA, 2012, site Valor Econômico).

32

3. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

A partir do momento que a empresa decidiu se introduzir no

mercado externo, definindo qual o país iniciará suas

atividades, bem como, de que forma a internalização se dará, a

empresa assumi um risco de um alto investimento. Porém, quanto

maior o investimento dedicado ao processo de internalização,

maiores serão as perspectivas de sucesso (DIAS e RODRIGUES,

2010, p. 331).

A coleta de reportagens concentrou nas seguintes empresas:

Embraer, Metalfrio, TOTVS, Gerdau, Alpargatas, WEG, Tupy,

Stefanini, Natura, Grendene, Vale, JBS, O Botocário e Atech,

são exemplos de empresas brasileiras que planejaram e estão

obtendo vantagens com o seu processo de internalização. Os

exemplos destas companhias demonstram que a

internacionalização foi positiva para as suas organizações.

O processo de internacionalização destas empresas acima,

não são recentes, e, por isso, possuem operações consolidadas

no exterior. Dentre as principais vantagens conquistadas pelas

empresas, estão:

Diversificação de mercados e aumento de suas

receitas;

Redução de custos e flexibilidade em obter

suprimentos;

Expansão da marca e proximidade com grandes clientes

internacionais;

33

Transferência de tecnologia, pesquisa e

desenvolvimento e Know-How.

Com relação a diversificação de mercado, as empresas obtêm

vantagens como a independência do mercado interno, assim,

ficando menos susceptíveis a crise interna, conseguindo

dinamizar sua produção e, por conseguinte aumentando seus

lucros. Dias e Rodrigues (2010, p. 329), explica que empresas

que dependem exclusivamente do mercado interno, podem-se

tornar vítimas de instabilidade política, sociais e

estruturais internas, como foi o caso de racionamento de

energia, que as empresas brasileiras vivenciaram no ano de

2002. Colocar parte da produção no mercado externo minimiza os

efeitos sazonais ou eventuais de uma possível crise.

Outra vantagem conquistada pela empresa por diversificar o

seu mercado de atuação, está no aumento da capacidade de

concorrência contra competidores nacionais e internacionais.

Dias e Rodrigues (2010, p. 330) informa que com a globalização

é cada vez mais comum para as empresas encontrarem

competidores internacionais no mercado interno, por isso, a

exportação, reduz o impacto da concorrência e aumenta a

capacidade da organização em se defender de ataques da

concorrência, podendo revidar os ataques, investindo no

exterior, inclusive no mercado doméstico das concorrentes

internacionais.

Na redução de custos e flexibilidade de obter suprimentos

identificamos os exemplos das empresas Vale, Natura e JBS,

demonstrando que as empresas conseguiram reduzir custos

34

operacionais quando investiram diretamente em operações

próprias no exterior, diminuindo assim, tributos e impostos na

área de logística e importação, bem como, ficando próxima do

mercado consumidor na qual deseja inserir o seu produto,

reduzindo custos de exportação. Constatou-se no referencial

teórico, que a redução de custos é um dos principais motivos

para a internacionalização da empresa. Carvalho e Silva (2007)

relacionam que as vantagens mais importantes da

internacionalização estão na redução de custos de transportes

e de impostos de exportação e importação.

Outra confirmação da vantagem é descrita por Dias e

Rodrigues (2010, p. 330), que o benefício da criação de redes

de suprimentos e parceiros internacionais, proporciona ganhos

globais de competitividade, visto que as empresas, unidas por

um objetivo comum acabam aproveitando suas competências, e

assim, compartilhando as suas experiências de mercado e

produto.

Stefanini, Embraer, Alpargatas, Natura, JBS e o Boticário

são exemplos de empresas que conseguiram expandir a

visibilidade de sua marca no mercado externo. Estas

organizações, possuem marcas amplamente divulgadas no exterior

e, outro ponto positivo, é que seus produtos são conhecidos

por possuírem qualidade e certificação. A vantagem é

confirmada pelo teórico Pipkin (2009), que lista como vantagem

de internacionalização, o fortalecimento da marca, obtendo

maiores lucros, através da sua expansão de mercados, tornando

o seu produto internacionalmente conhecido. Dias e Rodrigues

(2010, p. 330) diz que a empresa melhorando e divulgando sua

35

marca no exterior, demonstra competitividade perante as

instituições financeiras e, a seus próprios clientes, pelo

simples fato de estarem presentes no mercado externo. Podendo

refletir inclusive em suas operações no mercado interno. No

caso da Stefanini identificamos que a empresa adquiriu

flexibilidade e competitividade através da instalação de

escritórios em diversos países no mundo, permitindo

proximidade com seus clientes, agilizando assim o processo de

atendimento, confirmando o referencial teórico, pois segundo

Cavusgil (2010 p.14) ele descreve a vantagem como uma

‘competência distintiva, assegurando o posicionamento

competitivo da empresa, permitindo assim, melhorar e aprimorar

o relacionamento e o seu serviço de suporte a clientes”.

Através de aquisição ou parceiras, as quatro empresas

brasileiras que foram destacadas nas reportagens, estão

obtendo vantagens com o processo de troca de conhecimentos e

tecnologia, ampliando a sua gama de produtos, bem como

aprimorando o desenvolvimento de novos produtos, para atender

o exigente mercado externo. Keedi (2007) confirma as vantagens

alegando que com a internacionalização as empresas são

apresentadas a novas tecnologias, provocando a melhoria da

qualidade de seus produtos.

36

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Optar pela internacionalização é uma decisão estratégica.

As empresas que negociam com outros países adquirem vantagens

competitivas e habilidades, bem como conhecimento, oferecendo

oportunidade para o aumento de receita das empresas.

Os mercados internacionais proporcionam vantagens para as

empresas no que se refere a vendas, margens de lucro e

crescimento, além disso, as empresas podem maximizar sua

eficiência operacional através dos negócios internacionais,

bem como reduzir seus custos operacionais e logísticos.

A principal forma de internacionalização das empresas

brasileiras consiste através da exportação, parcerias

estratégicas com outras empresas, investimento diretamente no

exterior, aquisição de ativos no exterior e abertura de

escritórios e representações próprias no exterior visando

atender clientes internacionais.

A internacionalização está permitindo, que as empresas

citadas no trabalho, tenham consolidação financeira e aumento

de receita, pois ficam menos sensíveis a crises internas e a

fatores de produção local.

Outro ponto positivo é a divulgação da marca no exterior.

Exemplos como Havaianas, Natura, O Boticário, Embraer,

Stefanini são empresas brasileiras consolidadas

internacionalmente e conhecidas por oferecem produtos e

serviços de qualidades.

Porém, é possível identificar que há apenas uma pequena

parcelas de empresas brasileiras que optam pela

37

internacionalização, e, as que estão neste processo de

internacionalização buscam por mercados seguros e conhecidos,

não explorando todas as oportunidades.

Por fim, consideramos que há ainda um longo caminho para

as empresas brasileiras no quesito de internacionalização, e

que este processo, se bem planejado e executado, resultará em

benefícios tanto para a empresa quanto para a economia

brasileira.

38

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COUTINHO, Dirceu M. Entenda globalização/Dirceu M. Coutinho. 2

ed. São Paulo: Aduaneiras, 2008.

MAIA, Jayme de Mariz. Economia internacional e comércio

exterior / Jayme de Mariz Maia. – 13. Ed. São Paulo: Atlas,

2010

PIPKIN, Alex. Marketing Internacional: uma abordagem

estratégica / Alex Pipkin – 3 ed. São Paulo: Aduaneira, 2009

CIGNACCO, Bruno Roque. Fundamentos de comércio internacional

para pequenas e médias empresas / Bruno Roque Cignacco;

tradução Bianca Justiniano e Flor Maria Vidaurre da Silva –

São Paulo: Saraiva, 2009

Nuno Nogueira. O que são Fusões e Aquisições? Disponível em:

Portao-Gestão https://www.portal-gestao.com/item/6366-o-que-s

%C3%A3o-fus%C3%B5es-e-aquisi%C3%A7%C3%B5es.html. Acessado em

07/06/2015.

39

Anexos