Tabalho Comercio Exterior 5 final
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CENTRO PAULA SOUZA
FACULDADE DE TECNOLOGIA DE BARUERI
BRUNO GONÇALVES DE SOUZA
DANILO DA SILVA SOUSA
PAULA REGINA SAMPAIO DO NASCIMENTO
WELLINGTON LUIZ DA SILVA
WESLEY CARDOSO
VANTAGENS DOS NÉGOCIOS INTERNACIONAIS
Trabalho apresentado comorequisito da disciplinaComércio Exterior, do primeirosemestre do curso de ComércioExterior sob orientação doProf. Ms Givan Fortuoso daSilva.
3
CENTRO PAULA SOUZA
Faculdade de Tecnologia de Barueri
VANTAGENS DOS NÉGOCIOS INTERNACIONAIS
BRUNO GONÇALVES DE SOUZA
DANILO DA SILVA SOUSA
PAULA REGINA SAMPAIO DO NASCIMENTO
WELLINGTON LUIZ DA SILVA
WESLEY CARDOSO
Trabalho apresentado comorequisito da disciplinaComércio Exterior, do primeirosemestre do curso de ComércioExterior sob orientação doProf. Ms. Givan Fortuoso daSilva
Trabalho recebido e aprovado em _____/_____/_____
_________________________________________
Prof. Ms. Givan Fortuoso da Silva
5
INTRODUÇÃO
Quando introduzimos negócios internacionais,
imediatamente, relacionamos ao tema de comércio exterior, pois
o tema é mais presente em nosso cotidiano. A
internacionalização leva ao desenvolvimento da
empresa, obrigando-a modernizar-se, para se preparar para
concorrer no mercado externo, ou, concorrer com um player
internacional no mercado interno. A maior participação de países e
empresas no comércio mundial significa maiores oportunidades
de desenvolvimento e crescimento da economia.
As modificações ocorridas na estrutura comercial mundial
permitiram novas possibilidades de expansão para as empresas
brasileiras. A principal delas é a internacionalização que vem
ocorrendo com grande intensidade desde a década de 90,
principalmente, devido a abertura da economia brasileira,
ocorrida no novo contexto da ordem mundial, a globalização.
Os anos 90 se mostraram revolucionários em todos os
aspectos. A globalização permitiu a intensificação dos
mecanismos comerciais, se tornando um fenômeno que modificou o
cotidiano econômico brasileiro. As barreiras, sejam
alfandegárias ou políticas-econômicas, foram reduzidas,
permitindo a integração do Brasil com países através de
acordos bilaterais e multilaterais (zonas de livre comércio,
uniões aduaneiras e mercados comuns).
Um dos mitos pouco questionados na economia é que exportar
é bom e importar é ruim. O entendimento da importância da
inserção de uma empresa no movimento de trocas mundial de
6
mercadorias, bem como de serviços, aceleram os processos de
expansão, por isso, o comércio exterior adquiri cada vez mais
um papel de suma importância, contribuindo para que os
empreendedores brasileiros expandam as operações de suas
companhias, e assim como, para a economia brasileira, que além
de gerar renda e emprego, contribui para o desenvolvimento
econômico.
Internacionalização das empresas, é um conceito que trata
da expansão através do contato com o mercado externo. No
presente trabalho, apresentaremos, exemplos de empresas
brasileiras que se utilizaram do processo de
internacionalização para se expandir e quais as vantagens
conquistadas pelas empresas e, como essas atividades tem
contribuindo para a dinamização, consolidação da empresa no
seu ramo de atuação – pesquisa realizada através de consultas
a mídias informativas como: jornais, revistas e sites de
notícias. Por fim, confrontamos os dados pesquisados com o
referencial teórico, com o objetivo de legitimar as
informações coletadas, validando as vantagens conquistadas
pelas empresas com o processo de internacionalização e, quais
as perspectivas e desafios para as companhias brasileiras que
ainda tendem a enfrentar.
7
1. ESTRATÉGIAS DE INTERNALIZAÇÃO
O referido capítulo abordará o conceito de comércio
exterior, exportar, importar, suas motivações e importância
para os governos, empresas e pessoas.
1.1 Conceituação de Exportação e Suas Vantagens
A exportação é basicamente a saída da mercadoria do
território aduaneiro. Esta operação pode envolver compra e
venda, ou pode ser por meio de doação, exportar passou a ser
uma questão de sobrevivência em um mundo cada vez mais
integrado e globalizado. Representa, desse modo, um amplo
mercado de oportunidades para o empresário brasileiro. Ao
optar por vender seus produtos em mercados externos, o
empresário diminui os riscos do negócio visto que a expansão
da empresa não fica inteiramente condicionada pelo ritmo de
crescimento da economia brasileira e de mudanças na política
econômica. Além disso, a diluição dos riscos abre a
possibilidade de planejamento de longo prazo, garante maior
segurança na tomada de decisões, evita a instabilidade e
assegura receitas em moeda forte (Sebrae, 2006).
Segundo Keedi (2007, p. 17) exportar “é o ato de remeter a
outro país mercadorias produzidas em próprio ou em terceiros
países, que sejam de interesse do país importador, e que
proporcionem a ambas envolvidas vantagens na sua
8
comercialização ou troca”. Exportação consiste na saída de
mercadorias para o exterior.
A exportação é importante pois diversifica os mercados,
deixando a empresa de atuar somente no mercado interno,
passando, assim a ter presença no mercado exterior, aumentando
o leque de compradores, que significará aumento de empresas
compradoras, e como consequência, aumento na quantidade
vendida e na produção realizada (KEEDI, 2007, p. 22).
Com o aumento da produção, a oferta de emprego irá
crescer, resultando no aumento de salário disponível na
economia, provocando o aumento do consumo da população,
impulsando assim, o crescimento da economia. Outro fator do
aumento da produção está na redução dos custos-fixos da
empresa, pois com o aumento da produção, a empresa terá maior
poder de barganha nas negociações de seus fornecedores (KEEDI,
2007, p. 22 – 23).
A empresa que exporta adquire vantagens em relação aos
concorrentes internos, pois diversifica mercados, aproveita
melhor sua capacidade instalada, aprimora a qualidade do
produto vendido, incorpora tecnologia, aumenta sua
rentabilidade e reduz custos operacionais, mas, é necessário
realizar uma análise profunda e completa das reais
necessidades e oportunidades (KEEDI, p. 22 – 23).
Segundo Keedi (2007, p. 19), muitos fatores podem ser
utilizados como motivação para a realização do comércio
exterior, apenas é necessário que se análise os diversos
fatores, e, mesmo apresentando todas as condições favoráveis
ou contrárias, isso não será impedimento ao comércio, pois
9
este poderá ser realizado independentemente de qualquer
motivação lógica, muitas vezes por motivos comerciais, outras
vezes por motivos políticos, interesse no produto estrangeiro.
A economia nacional deve ser levada em consideração no
momento da exportação para fins comerciais (revenda), de
acordo com Keedi (2007, p. 20), a compra e venda de
mercadorias pode ser afetada pelo nível de investimento e este
ato poderá ser de interesse dos países, tanto para forçar a
exportação quanto a importação de determinados produtos e de
determinados países.
Outro ponto positivo da exportação está na divulgação da
marca no exterior, e, o aprimoramento dos recursos humanos e
tecnológicos, pois o mercado externo exige produtos melhores
elaborados. Esses fatores influenciam no aumento da
competitividade do país. Um outro fator de destaque é que a
empresa pode passar a contar com receita em moeda forte,
ficando mais inume a desvalorização da moeda local (KEEDI,
2007, p. 23).
1.2 Conceituação de Importação e Suas Vantagens
No aspecto socioeconômico, é impossível que um país se
desenvolva isoladamente. Não há país autossuficiente, com a
eficiência adequada, em tudo o que se faz necessário, seja
pela capacidade produtiva da sua mão-de-obra, pela diferença
do desenvolvimento tecnológico ou pela sua limitação de
recursos naturais – solo, clima, etc. (DIAS e RODRIGUES, 2010,
p. 213). A importação é igualmente importante e necessária
10
quanto a exportação, pois nenhuma nação consegue sobreviver
apenas com seus recursos próprios (DIAS e RODRIGUES, 2010, p.
212).
A prática do comércio mundial é primordial para todos os
países – desenvolvidos ou não –, pois tal prática colabora
para a circulação de capitais e com o desenvolvimento
econômico. A importação tem por objetivo prover falhas na
estrutura econômica, contribuindo na complementação dos
produtos disponíveis à população de um país, ou de bens de
capital necessários para às empresas, muitas vezes, exercendo
o papel de modernização da economia por acelerar a competição
e permitir a concorrência de processos e produtos (DIAS e
RODRIGUES, 2010, p. 212).
Importar é o ato de adquirir ou trocar com outro país
mercadorias, podendo ser de bens e serviços, compreendendo a
bens como a transferência de mercadorias entre os países, e os
serviços como a compra de assessoria, consultoria,
conhecimentos, transportes, turismo, etc. (KEEDI, 2007, p.
17).
A relevância da importação está na diversificação de
mercados, a empresa passa a atuar em diferentes mercados,
deixando de atuar apenas no mercador interno, aumentando,
assim, o número de fornecedores e reduzindo os riscos de
crise, como, por exemplo, a política governamental e o aumento
de preços (KEEDI, 2007, p. 25).
O benefício da diversificação de mercados não está em
apenas diminuir os riscos e ter mais fornecedores, mas obter
um aumento na quantidade de produtos oferecidos, aumentando a
11
variedade, eliminando risco de possível escassez de produtos
no mercado interno. Outro benefício, é o aumento da
concorrência, em consequência a diminuição dos preços (KEEDI,
2007, p. 25).
O fato tecnológico também está presente, visto que os
produtos importados, poderão apresentar outras tecnologias,
provocando a redução dos custos e melhoria da qualidade, além
de poder oferecer a seus clientes produtos de marca
internacional e conhecidos em todo o mundo. O aumento da
competição no mercado interno é umas das vertentes mais
visíveis na importação (KEEDI, 2007, p. 25).
Por fim, deve levar em consideração que a importação, abre
caminho para a exportação, visto que o comércio mundial é uma
“via de duas mãos”, portanto, comprar pode abrir caminho para
negociação para exportação dos produtos do país importador
(KEEDI, 2007, p. 25 – 26).
1.2.1 Global Sourcing
O global sourcing pode ser entendido como a busca por
fornecedores em âmbito mundial (FARO e FARO, 2010, p. 21). É
uma estratégia de entrada que envolve uma relação contratual
entre o comprador – empresa – e uma fonte externa de
abastecimento. O global sourcing envolve a terceirização de
tarefas de manufatura ou serviços específicos com as filiais
da própria empresa ou com fornecedores independentes
(CAVUSGIL, 2010, p. 361).
12
O global sourcing realizado pelo setor privado corresponde
por mais da metade do total das importações das grandes
economias, mudando a forma como as empresas fazem negócios em
todas as indústrias (CAVUSGIL, 2010, p. 366).
A primeira grande onda de global sourcing concentrou-se na
manufatura de insumos e começou na década de 1960 com a
mudança da Europa e Estados Unidos como fabricantes principais
para países de custos menores e geograficamente diversos. Com
o tempo, as empresas descobriram que a maioria das atividades
da cadeia de valor são tarefas que podem ser levadas para
outros países para alcançar maior eficiência, produtividade,
qualidade e lucro (CAVUSGIL, 2010, p. 366 – 367).
Em 1990, o offshoring – nova modalidade de global sourcing – as
empresas começaram a terceirizar atividades específicas de
adição de valor no setor de serviços em locais como a Índia e
a Europa Oriental. Além de serviços de TI (software, aplicações
e suporte técnico) e atividades de apoio ao cliente (suporte
técnico, call centers) muitos outros setores de serviços tornarem-
se parte da tendência de offshoring (CAVUSGIL, 2010, p. 367).
O global sourcing oferece benefícios e desafios para a
empresa. Em relação aos benefícios, Cavusgil (2010, p. 369 –
370) listar as principais vantagens:
Custo-benefício;
Aceleração do crescimento da empresa;
Acesso a mão de obra qualificado no exterior;
Reinvenção dos processos de negócios;
Acesso a novos mercados;
13
Flexibilidade tecnológica;
Maior agilidade por aliviar a carga desnecessária, como a burocracia e
custos administrativos.
Em muitas empresas a participação inicial nos negócios
internacionais, se inicia com o global sourcing, este realizado por
empresas pequenas, médias e de grandes portes. Entretanto,
conforme identificado por Cavusgil (2010, p. 374 – 375) como
acontece com outras atividades o global sourcing pode trazer
complicações, que envolve concretamente sete riscos:
Redução de custo menor que a esperada;
Fatores ambientais, como greve, volatilidade do câmbio e custos de
transportes
Ambiente jurídico;
Risco de criar concorrentes;
Trabalhadores pouco qualificados ou inadequados;
Dependência excessiva dos fornecedores;
Diminuição do compromisso e da motivação entre os funcionários do
país de origem.
O global sourcing ainda é controverso. Para a comunidade
empresarial o global sourcing é visto como uma forma de manter ou
aumentar a competitividade das empresas. Outros possuem o
pensamento negativo, afirmando que a estratégia provoca perdas
de emprego e, assim, países com altos salários percam a sua
competitividade como nação (CAVUSGIL, 2010, p. 376 – 377).
14
De qualquer forma, o êxito do global sourcing está vinculado
ao atendimento de alguns condicionantes, como a existência de
mão de obra de baixo custo; grande capacidade para a adoção de
processos inovadores, e, eficiência dos processos logísticos
no fornecimento dos itens adquiridos pela empresa (FARO e
FARO, 2010, p.22)
1.3 ACORDO DE LICENCIAMENTO
Licenciamento é uma forma de aliança estratégica que
envolve a transação de um acordo dentro de um direito de uso
de certo conhecimento proprietário, patentes, processo ou
experiência em meios definidos. “É definido como um acordo
entre duas partes no qual uma delas tem direitos de
propriedade sobre alguma informação, processo ou tecnologia
protegidos por uma patente, marca registrada ou direito
autoral” (HISRICH, 2013, p.142).
Permite que uma empresa estrangeira compre o direito de
fabricar e vender os produtos de uma empresa nacional dentro
do país anfitrião.
A propriedade intelectual pode ser registrada
publicamente, por exemplo na forma de uma patente ou marca
registrada, como meios de estabelecer direitos de propriedade
ou pode ser retida dentro de know-how, está comumente baseada
em experiência operacional.
Em um contrato de licenciamento, o varejista autoriza a
utilização do nome da rede por uma organização estrangeira. O
controle neste tipo de acordo, é sacrificado, tornando esta
15
opção pouco atrativa e não usual no setor. Geralmente os
varejistas optam pelo franchising (HEMAIS, 2004, p. 226).
Uma dúvida comum está no que se diz respeito aos objetivos
de modalidades contratuais, suas características e
consequências jurídicas, quando adotada a modalidade do
licenciamento ou do franchising.
O que ambos têm em comum é o fato de se enquadrarem na
categoria técnica de contratos comerciais por meio dos quais o
detentor de um direito imaterial cede, mediante remuneração,
um direito ou um conjunto de direitos a alguém para sua
respectiva exploração.
No contrato de licenciamento não se transferem outros
direitos: apenas o direito de uso da marca, desde que esta
tenha sido regularmente registrada no INPI (Instituto Nacional
de Propriedade Industrial) ou, ao menos, o pedido de registro
realizado neste órgão público. Contudo, o licenciamento da
marca por si só não dá o direito da transferência de
tecnologia, assim entendidos os conhecimentos secretos de
fabricação ou prestação de serviços de qualquer espécie.
Este é o caso do contrato de franchising. Esta modalidade
contratual é muito mais complexa que o contrato de
licenciamento de marca e envolve não só a cessão do direito de
uso de determinada marca, como também a transferência de know
how sobre a produção, comercialização e/ou distribuição de
produtos ou serviços.
“O sistema de franquias ou franchising é uma modalidade de
licenciamento onde também se trata da comercialização de
patentes ou marcas, onde o franqueador deve pagar os royalties de
16
utilização ao franqueador. Porém, ao contrário do que ocorre
no licenciamento, no sistema de franquias existe um
oferecimento de um “pacote de serviços” adicionais, o que
inclui serviços financeiros, marketing. Ao franquiado se dá a
opção de gerir uma empresa de renome e ao franqueador a
oportunidade de expandir a oferta de produtos sem a
necessidade de investimento físico” (GUERRA, 2015, p. 34).
1.4 ALIANÇA ESTRATÉGICA
É de suma importância para as empresa parcerias no âmbito
internacional, seja para fortalecimento da marca, obter
maiores lucros, expansão de mercado, tornar o seu produto
internacionalmente conhecido ou até mesmo compartilhar riscos
e custos para buscarem alianças estratégicas para crescimento
e desenvolvimento da sua marca devido a saturação do mercado
nacional e da grande concorrência que existe entre as empresas
nacionais, sendo assim, as empresas criam planos de
oportunidades e ameaças para que assim possa atuar no mercado
internacional, pois essa mesma mercadoria pode ser muita
atrativa em outros lugares com consumidores disposto a comprar
esses produtos ou serviços (PIPKIN, 2009).
De acordo com Cateora (1996), é um relacionamento
sinérgico, estabelecido para atingir um objetivo comum em que
ambas as partes se beneficiam.
As empresas utilizam de estratégias para expandir e fazer
investimento para crescimento de atividades e das marcas no
exterior, e estar presente em diversos mercados e assim
17
tornar-se competitiva com recursos escassos, com menores
investimento e menores riscos. As organizações optam por
alianças estratégicas para diminuir as barreiras de entrada
relacionada com ambiente local impostas por leis,
regulamentos, política econômica, aprenderem mais sobre o
mercado através dos parceiros da aliança. Ao longo do texto
falaremos de algumas alianças importantes e usadas na
globalização dos mercados (CIGNACCO, 2009, P.100).
1.3.1 Joint Venture
A Joint Venture consiste em uma associação internacional
(contratual ou com formação de uma nova sociedade, que permite
às empresas interventoras designar diferentes recursos
(capital, mão-de-obra, tecnologia etc.) para o acesso aos
mercados mundiais. (CIGNACCO, 2009, P. 51).
A Joint Venture é formada por uma empresa nacional de médio
porte com uma empresa internacional, a empresa nacional
oferece estrutura produtiva e recursos humanos, entre outros e
a empresa internacional fornece tecnologia, capital,
informação sobre potencias oportunidades de negócio e contatos
internacionais (CIGNACCO, 2009, P. 51).
A Joint Venture é uma alternativa para entrar no mercado
Internacional, as empresas buscam esse tipo de alianças para
complementar o empreendimento entre as empresas, assim uma
empresa contribui com a outra no que precisar, assim somando
forças, conseguem uma maior eficiência se for comparado de uma
forma individual (CIGNACCO, 2009, P. 228).
18
Os motivos da formação de uma joint venture, podem ser muito
variados: necessidade, conveniência, questões referentes a
exigências governamentais e estratégia empresarial, acesso
rápido à tecnologia, visando produzir com custos inferiores,
criar mercados cativos, neutralizar a concorrência (CIGNACCO,
2009, P. 227). Quando uma empresa necessita de uma outra
empresa ou de recursos para conseguir entrar em outro mercado
utilizando assim projetos em conjuntos (PIPKIN, 2009, P. 91).
Através dessa modalidade, vemos vantagens para empresa que
utiliza dessa operação para crescimento de mercado e lucros,
entretanto, existes pesquisas de mercados que obrigatoriamente
precisam ser feitas para que a empresa veja a real necessidade
de migrar para esse novo mercado e se existe campo de mercado
para que ela possa se desenvolver e obter lucro e consumidores
disposto a comprar por essa mercadoria, por outro lado existe
também incertezas na joint venture como visões diferentes baseadas
em culturas diferentes, problemas entre controles de projetos
entre as empresas, contudo, as vantagens são muitos
significativas para a empresas que adere essa modalidade
inclusive uma forma de ter acesso as matérias primas e mão-de-
obra mais econômicas no país destino garantindo assim um custo
mais baixo no processo produtivo e um preço final mais
competitivo (CIGNACCO, 2009, P. 228).
1.3.2 Fusão e Aquisição
A fusão e aquisição é outra maneira de se tornar
competitiva e alcançar outras fatias de mercado, muitas
19
empresas realizam esse trâmite para aumentar a sua
participação no mercado, melhorar as condições para conseguir
recursos no exterior, aumenta o número de agentes e parcerias
no exterior que facilita as exportações e importações. É a
operação societária por meio da qual duas ou mais sociedades
comerciais juntam seus patrimônios a fim de formarem uma nova
sociedade comercial, consequentemente deixando de existir
individualmente (MAIA,2008, p.283).
Conforme a Lei (BRASIL, Lei nº 6.404, 1976, art. 228),
fusões são operações econômicas que agrupam duas ou mais
empresas originando uma nova. Aquisições são a compra de uma
empresa por outra empresa. Em ambos os casos ocorre uma
integração de operações, organização, estratégia e controlo do
capital (MAIA, 2008, P.283). As principais vantagens da fusão
e aquisições:
Economia de escala, dilui os custos fixos;
Melhores condições para a captação de recursos
externos. As novas empresas (criadas com as fusões)
tem maior presença no mercado financeiro
internacional;
Maior rede de agentes no exterior, o que facilita as
suas exportações e as suas importações.
Com abertura da economia Brasileira e a estabilização
resultante do plano real, vários grupos estrangeiros decidiram
aumentar sua participação no Brasil. A forma mais rápida de
20
garantir uma fatia nesse mercado foi comprando empresa s
locais. (COUTINHO, 2008)
Normalmente, a empresa adquirente é maior do que a
adquirida ou incorporada. No entanto, também é possível que
uma empresa mais pequena adquira uma maior. Isso é possível
através do recurso a fontes de financiamento externo.
(COUTINHO, 2008)
De acordo com autor (MAIA, 2008) algumas empresas após
passar por processos de fusões tendem a ficarem mais
burocráticas, lentas e se distanciam dos clientes, algumas
buscam também anseios pessoal do que a busca pela eficiência e
uma pesquisa feita pela Andersen Consulting contida no livro
(MAIA, 2008, P. 286), mostra que 23% das fusões já
consolidadas alcançaram os objetivos pretendidos. Do total de
30% fracassaram e 47% tiveram resultados diferentes dos
planejados inicialmente.
1.5 INVESTIMENTO DIRETO
A globalização proporcionou abertura de mercado e da
economia para a entrada de produtos estrangeiros, que gerou
competitividade e aumento da concorrência nos mercados
internos. Isto fez com que muitas empresas traçassem
estratégias para se manterem vivas na competição entre
empresas, e um dos caminhos é através do investimento direto.
(SILVA, ano, p. 170).
Investimento direto é uma forma das empresas entrarem no
mercado internacional, através de aquisição de capital,
21
tecnologia, mão de obra, instalações industriais,
equipamentos, escritório de vendas e representações de
marketing e distribuição em outros países. (CAVUSGIL, 2010, p.
6).
Em alguns casos a empresa, se utiliza do investimento
direto para dar o primeiro passo no processo de se
internacionalizar, em outros a empresa já atua no mercado
internacional nos processos de importação e exportação e
decidem aumentar a sua participação com esta forma de
investimento (CAVUSGIL, 2010, p. 6 – 7).
Além de combater a concorrência no mercado interno das
empresas internacionais, há outras razões para uma empresa
iniciar um investimento direto no exterior, depende de sua
estratégia de crescimento. Uma das razões identificada é a
diversificação de mercado, onde a empresa consegue expandir o
seu produto a uma quantidade maior de países, pois se instala
em um local estratégico que proporciona geograficamente acesso
a outros mercados (CANUTO et. al, 2004, p. 204 – 205).
A instalação em outro país pode ser motivada pela
necessidade de adquirir novos conhecimentos. A partir do
momento em que ela se instala nesses mercados, passa a ter que
se ambientar as necessidades culturais, econômicas e
tecnológicas, com isso adquire novas ideias sobre produtos,
serviços e formas de negociação (CAVUSGIL, 2010, p. 14 – 15).
Temos ainda a necessidade de atender um cliente importante
que se internacionalizou, a empresa avalia o impacto que seria
deixar de atendê-lo e concluiu que fazer um investimento
direto em outro país, é o melhor caminho para manter o cliente
22
e ainda adquirir novos no mercado que se abre (CAVUSGIL, 2010,
p. 14 – 15).
Outra forma de efetuar um investimento direto é formar
parcerias vantajosas com empresas de potencial alto em países
com difícil acesso ao mercado. Essa abertura irá facilitar a
inserção dos produtos neste país, além de liberar o acesso
desenvolver economias de escala em suprimentos, produção,
marketing e P&D (pesquisa e desenvolvimento) (CAVUSGIL, 2010,
p. 14 – 15).
As oportunidades podem ser apresentar de várias formas, em
função de um fator de produção, ou seja, a empresa pode
iniciar este investimento para reduzir custos de produção.
Estes custos podem estar vinculados à uma utilização de mão de
obra barata, ou para ficar perto das empresas fornecedoras de
matéria prima, conseguindo assim, redução com transportes e
importações. Outra oportunidade procurada pela empresa é de
ordem fiscal, alguns países interessados em trazer as empresas
para o seu território, oferecem redução ou até isenção de
impostos por um período de tempo (CARVALHO e SILVA, 2007, p.
272 – 277).
As empresas para dar início a internacionalização,
precisam se preparar e planejar todo o processo, ter
conhecimento do ambiente aonde irão se instalar pode ajudar a
evitar problemas futuros e também prováveis prejuízos.
Adquirir conhecimento do cenário econômico, ambiente político,
jurídico e a cultura dos países, ajudará a superar os
obstáculos que se apresentarão em todo o processo (SILVA, ano,
p. 171).
23
No processo de internacionalização das empresas foi
constatado quatro tipos principais de riscos que afetam
gravemente o sucesso das mesmas, são eles: Risco
Intercultural, Risco País (ou Risco político), Risco Cambial e
Risco Comercial (CAVUSGIL, 2010. P. 9 - 10).
Os investimentos diretos estrangeiros estão classificados
em: Greenfiel, quando uma empresa adquire um terreno para a
construção da sua fábrica de produção, de comercialização ou
distribuição e Brownfiels que são as fusões, quando duas
empresas se juntam para formar uma nova empresa, ou com a
aquisição total ou parcial, neste caso o investidor direto
adquire uma fábrica já pronta de uma outra marca no mercado,
ou uma rede de lojas e dão continuidade na administração desta
empresa (CAVUSGIL, 2010, p. 318).
24
2. VANTAGENS DOS NEGÓCIOS INTERNACIONAIS
De acordo com as pesquisas efetuadas em jornais, revistas
e sites procuramos identificar as vantagens conquistas pelas
empresas brasileiras no processo de internacionalização.
2.1 DIVERSIFICAÇÃO DE MERCADO E AUMENTO DE RECEITAS
De acordo com Moreira (2015, p. B1) no segmento de jato
executivos da Embraer possui presença em mais de 60 países
permitindo independência do mercado interno. Outro caso
Scheller (2015, p. B4) a WEG é uma empresa do ramo de
equipamentos industriais e com presença em muitos países,
segundo o presidente da empresa Harry Schmelzer Jr, essa
proporção tende de aumentar “nós vamos crescer mais no
exterior do que no Brasil. A Weg é uma empresa global e, para
crescer, não pode produzir em um lugar só”.
Na matéria publicada no site eletrônico da revista Exame
(2010) a Metalfrio subiu do décimo segundo para o quinto lugar
entre as empresas Brasileiras mais internacionalizadas, hoje
42% de suas receitas são advindos do exterior e segundo Luís
Carlos Moreira Caio – executivo da Metalfrio – destaca que as
maiores “oportunidades estão em países como Índia, Malásia e
Sri Lanka”.
Com forte histórico de aquisição no exterior a TOTVS, é
exemplo de quem apostou na diversificação de mercado para
crescer. “Como o mercado de software é global, acompanhamos
nossos clientes para sermos competitivos e sempre estamos de
25
olho nas oportunidades de novas aquisições (2013, site
eletrônico Valor Econômico).
Conforme destacado por Lamucci (2015, p. B3), a
diversificação geográfica do grupo Gerdau – ramo de siderurgia
– ajudam a empresa em um momento que a economia do Brasil está
ruim. A empresa possui grande presença nos EUA, onde a
economia monstra sinais de vitalidade, contribuindo para o
faturamento da empresa, pois a sua operação nos EUA reponde
por cerca de 40% do total do grupo. Junior (2015, p. B12)
destaca a “acertada estratégia da empresa de buscar maior
diversificação geográfica das operações”, representando a
América do Norte, o melhor mercado para a Gerdau.
A Alpargatas abriu unidades próprias na Alemanha, Áustria,
Bélgica, Holanda e Luxemburgo ampliando para dez o número de
países com operação direta. A expectativa é que essas
unidades ampliem as vendas em 2015. “A desvalorização do real
traz uma oportunidade para obter uma receita adicional e a
companha está preparada para aproveitar essa fase de
descolamento do câmbio” (BOUÇAS, 2015, site eletrônico Valor
Econômico).
O foco de expansão da WEG está na meta de atingir 60% da
sua receita advindos de fora do Brasil com fábricas em 11
países nas Américas, Europa, Ásia e África, tem planos
bastante agressivos para o exterior, com objetivo de escapar
dos problemas recorrentes no Brasil, como alta carga
tributária, juros elevados e infraestrutura deficientes, por
isso, buscaram lugares onde o ambiente é mais propicio para a
produção aumento assim sua receita (BOENO, 2015, p. B3).
26
Segundo Leonardo Gadelha, diretor financeiro da Tupy,
Leonardo Gadelha, o processo de internacionalização da empresa
não está apenas focado no aumento da receita, mas também “pela
redução do risco de depender de apenas um mercado”. O
enfraquecimento da indústria automobilística no Brasil, tem
contribuindo para o avanço, visto que o carro chefe da Tupy é
a fabricação de motores. Desde 2012, quando a Tupy adquiriu
ativos no México, a participação do mercado externo na receita
da empresa subiu de 63% para 72% do total (LIMA E WATANABE,
2015, site eletrônico Valor Econômico).
Cerca de 40% das receitas da Stefanini advém de ativos no
exterior. A Stefanini está hoje em mais de 30 países e,
segundo o ranking das empresas brasileiras mais
internacionalizadas da Fundação Dom Cabral (FDC) de 2014, a
Stefanini foi a líder entre as companhias com maior número de
subsidiárias no exterior, com total de 32 unidades, acima de
gigantes como a WEG e Vale. De acordo com o presidente da
empresa, Marco Stefanini “o Brasil é grande, mais o mundo é
maior”, demonstrando que a empresa ainda irá avançar mais em
sua expansão internacional (GAZZONI, 2015, p. B8).
Outra empresa de destaque na internacionalização é a
Natura. A divisão internacional da Natura representa 24,3% das
receitas do grupo, contribuindo para o lucro da empresa. No
mercado internacional a receita da empresa está avançando em
torno de 39,6% em moeda local (BORTOLOZI e OLIVEIRA, 2015,
site eletrônico Valor Econômico).
De acordo com Bueno (2015, site eletrônico valor
econômico) a empresa Grendene lucrou 13% mais em 2014 e
27
começou o ano de 2015 com melhores índices comparado ao ano
anterior devido o aumento das vendas “Estamos vendendo mais e
melhor no mercado interno e no mercado externo” disse o
diretor financeiro da empresa Grendene, Francisco Schmitt, com
o aumento do dólar em relação ao real e a empresa exporta para
mais de 90 países aumentando assim o crescimento das receitas.
2.2 REDUÇÃO DE CUSTOS E FLEXIBILIDADE DE SUPRIMENTOS
Segundo Zamboni (2010, site eletrônico Veja) a Natura umas
das formas de internacionalização visou a instalação de
fábricas no exterior, de acordo, com objetivo econômicos com a
redução de custos e ambientais, pela menor emissão de gases de
efeitos estufas no transporte. Outra forma de redução de
custos é através de implantação de centro de distribuição
logística no exterior.
Segundo Góes e Durão (2012, site eletrônico Valor
Econômico) a empresa Vale do Rio Doce investiu em um centro de
distribuição na cidade de Sohar em Omã que permitirá atender a
demanda por produtos de minério de ferro no Oriente Médio,
Norte da África e Índia.
A JBS através da aquisição Tyson – empresa mexicana do
ramo alimentício- realizada em julho de 2014 conseguiu ampliar
sua participação no mercado Mexicano através de novas unidades
produtivas na região norte do país e bem como incrementando o
portfólio da Pilgrim, por meio de produtos de valor agregado e
28
produtos de marcas, aumentando assim suas vendas no México
(PRESSINOTT e ROCHA 2015, site eletrônico Valor Econômico).
2.3 EXPANSÃO DA MARCA E PROXIMIDADE COM GRANDES CLIENTES
INTERNACIONAIS
Segundo Drska (2011, site eletrônico Valor Econômico) a
Stefanini conta com unidades na China e Filipinas, nas quais
são responsáveis pelo atendimento a empresas como Ford e
fabricantes de máquinas agrícolas John Deere, por isso,
através de aquisições a Stefanini está ampliando a sua atuação
na China, com a ideia de criar um polo de serviço de TI,
visando atender toda a região garantindo assim a proximidade
com o seu cliente.
Outro ponto da expansão internacional da Stefanini está na
aquisição RCG Staffing – empresa americana, braço da RCG
Global Services especializado em recrutamento e treinamentos
de profissionais de TI para empresas. Esta aquisição permitiu
para a Stefanini ampliar a base de clientes e o número de
escritórios, dando acesso a um conjunto de companhias que a
empresa não atendia anteriormente, permitindo assim, que a
Stefanini ofereça outros serviços de TI (BOUÇAS, 2013, site
eletrônico Valor Econômico).
A JBS através da aquisição Tyson – empresa mexicana do
ramo alimentício – realizada em julho de 2014 conseguiu
ampliar sua participação no mercado mexicano através de novas
unidades produtivas na região norte do país e bem como
incrementando o portfólio da Pilgrim, por meio de produtos de
29
valor agregado e produtos de marcas, aumentando assim suas
vendas no México (PRESSINOTT e ROCHA 2015, site eletrônico
Valor Econômico).
Outro destaque da JBS, segundo Pressinott (2015, site
eletrônico valor econômico) ocorreu através da sua subsidiária
australiana, adquirindo as operações globais pelo Grupo Primo
Smallgoods (“Primo”) ampliando a liderança no setor de
alimentos e tornando marca conhecida, ganhando acesso a outros
mercados.
No caso da Natura para se diferenciar das outras
multinacionais, procurou apostar no insumo da biodiversidade
brasileira para a sua gama de produtos naturais, passando a
oferecer produtos nativos da região amazônica, com isso a
marca ganhou brasilidade e uma visibilidade internacional a
partir de sua plataforma tecnológica de biodiversidade (2013,
site eletrônico Valor Econômico).
A expansão da Alpargatas, constitui na internacionalização
da marca Havaianas, procurando inserir em mercado pontuais. Na
Europa, a Havaianas é percebida como marca premium, porém já
começou a ampliar as suas vendas através de chinelos flip-flop,
baseando-se na estratégia de abertura de pontos comerciais em
Shopping e lojas de ruas (CESAR, 2015, p. B8).
Outra empresa beneficiada pelo processo de
internacionalização é a Embraer, um exemplo é o Jato Phenom
300, que liderou a entrega de jatos executivos no mundo em
2014, tornando-se o jato executivo mais entregue no mundo. Em
cinco anos de operação, o jato Phenon 300, já possui uma frota
de 250 aeronaves no mundo, possuindo participação de 57% de
30
mercado na categoria de jatos leves, estando presentes em mais
de 20 países (MEIBAK, 2015, site eletrônico Valor Econômico).
A empresa do ramo de cosméticos O Boticário planeja ter
uma rede de 100 lojas próprias na Colômbia em dois anos, a
empresa já possui 5 lojas em operação e diz que o mercado
colombiano é o terceiro mercado de beleza mais importante
depois do Brasil e do México. A Colômbia já está surpreendendo
a direção do Grupo Boticário, motivo qual a expansão é vista
como algo seguro, disse Giraldo Torres, diretor do O Boticário
na Colômbia (Diaz, 2014, site eletrônico valor econômico).
2.4 TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA, PESQUISA E
DESENVOLVIMENTO E KNOW-HOW
Aquisição efetuada pela Natura, da empresa australiana
Emeis Holdings, permitirá o acesso a uma marca expressiva e
global com presença em mercados importantes, garantindo a
entrada de seus produtos em grandes cidades como: Paris,
Tóquio e Nova Iorque. Com presença em mais de 11 países
através de 61 lojas conceitos e lojas de departamentos
(MEIBACK e MEYGE, site valor econômico). Ambas empresas
continuarão operando independente, porém irão compartilhar
estruturas e tecnologia para o desenvolvimento de novos
produtos (2012, site eletrônico O Estado de SP).
Segundo Silveira (2014, site eletrônico Valor Econômico) a
parceria envolvendo a SAAB a Embraer com o projeto do caça
Gripen NG, permitirá que a Embraer participe das vendas
globais do caça, bem como a transferência de tecnologia, pois
31
irá atuar no projeto de desenvolvimento do caça ao mercado
brasileiro.
A Atech, empresa do grupo Embraer, foi contratada pela
Autoridade de Aeroportos da Índia (AAI) para implantar um
sistema de gerenciamento e controle de fluxo de tráfego aéreo,
exportando assim tecnologia de gestão aérea. De acordo com o
presidente da Atech, Jorge Ramos, o projeto está demonstrando
o resultado das atividades de pesquisa e desenvolvimento da
empresa, contribuindo para que uma tecnologia nacional seja
projetada globalmente (SILVEIRA, 2014, site eletrônico Valor
Econômico).
A Stefanini através da aquisição da Uruguaia Top Systems
terá acesso ao desenvolvimento de novos produtos. A top
Systems é uma companhia Uruguaia que desenvolve sistemas
destinados a bancos e financeiras, entre essas ofertas estão
Software de prevenção a lavagem de dinheiro, permitindo assim,
o posicionamento da Stefanini em oferta de produtos para área
financeira (DRSKA, 2012, site Valor Econômico).
32
3. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
A partir do momento que a empresa decidiu se introduzir no
mercado externo, definindo qual o país iniciará suas
atividades, bem como, de que forma a internalização se dará, a
empresa assumi um risco de um alto investimento. Porém, quanto
maior o investimento dedicado ao processo de internalização,
maiores serão as perspectivas de sucesso (DIAS e RODRIGUES,
2010, p. 331).
A coleta de reportagens concentrou nas seguintes empresas:
Embraer, Metalfrio, TOTVS, Gerdau, Alpargatas, WEG, Tupy,
Stefanini, Natura, Grendene, Vale, JBS, O Botocário e Atech,
são exemplos de empresas brasileiras que planejaram e estão
obtendo vantagens com o seu processo de internalização. Os
exemplos destas companhias demonstram que a
internacionalização foi positiva para as suas organizações.
O processo de internacionalização destas empresas acima,
não são recentes, e, por isso, possuem operações consolidadas
no exterior. Dentre as principais vantagens conquistadas pelas
empresas, estão:
Diversificação de mercados e aumento de suas
receitas;
Redução de custos e flexibilidade em obter
suprimentos;
Expansão da marca e proximidade com grandes clientes
internacionais;
33
Transferência de tecnologia, pesquisa e
desenvolvimento e Know-How.
Com relação a diversificação de mercado, as empresas obtêm
vantagens como a independência do mercado interno, assim,
ficando menos susceptíveis a crise interna, conseguindo
dinamizar sua produção e, por conseguinte aumentando seus
lucros. Dias e Rodrigues (2010, p. 329), explica que empresas
que dependem exclusivamente do mercado interno, podem-se
tornar vítimas de instabilidade política, sociais e
estruturais internas, como foi o caso de racionamento de
energia, que as empresas brasileiras vivenciaram no ano de
2002. Colocar parte da produção no mercado externo minimiza os
efeitos sazonais ou eventuais de uma possível crise.
Outra vantagem conquistada pela empresa por diversificar o
seu mercado de atuação, está no aumento da capacidade de
concorrência contra competidores nacionais e internacionais.
Dias e Rodrigues (2010, p. 330) informa que com a globalização
é cada vez mais comum para as empresas encontrarem
competidores internacionais no mercado interno, por isso, a
exportação, reduz o impacto da concorrência e aumenta a
capacidade da organização em se defender de ataques da
concorrência, podendo revidar os ataques, investindo no
exterior, inclusive no mercado doméstico das concorrentes
internacionais.
Na redução de custos e flexibilidade de obter suprimentos
identificamos os exemplos das empresas Vale, Natura e JBS,
demonstrando que as empresas conseguiram reduzir custos
34
operacionais quando investiram diretamente em operações
próprias no exterior, diminuindo assim, tributos e impostos na
área de logística e importação, bem como, ficando próxima do
mercado consumidor na qual deseja inserir o seu produto,
reduzindo custos de exportação. Constatou-se no referencial
teórico, que a redução de custos é um dos principais motivos
para a internacionalização da empresa. Carvalho e Silva (2007)
relacionam que as vantagens mais importantes da
internacionalização estão na redução de custos de transportes
e de impostos de exportação e importação.
Outra confirmação da vantagem é descrita por Dias e
Rodrigues (2010, p. 330), que o benefício da criação de redes
de suprimentos e parceiros internacionais, proporciona ganhos
globais de competitividade, visto que as empresas, unidas por
um objetivo comum acabam aproveitando suas competências, e
assim, compartilhando as suas experiências de mercado e
produto.
Stefanini, Embraer, Alpargatas, Natura, JBS e o Boticário
são exemplos de empresas que conseguiram expandir a
visibilidade de sua marca no mercado externo. Estas
organizações, possuem marcas amplamente divulgadas no exterior
e, outro ponto positivo, é que seus produtos são conhecidos
por possuírem qualidade e certificação. A vantagem é
confirmada pelo teórico Pipkin (2009), que lista como vantagem
de internacionalização, o fortalecimento da marca, obtendo
maiores lucros, através da sua expansão de mercados, tornando
o seu produto internacionalmente conhecido. Dias e Rodrigues
(2010, p. 330) diz que a empresa melhorando e divulgando sua
35
marca no exterior, demonstra competitividade perante as
instituições financeiras e, a seus próprios clientes, pelo
simples fato de estarem presentes no mercado externo. Podendo
refletir inclusive em suas operações no mercado interno. No
caso da Stefanini identificamos que a empresa adquiriu
flexibilidade e competitividade através da instalação de
escritórios em diversos países no mundo, permitindo
proximidade com seus clientes, agilizando assim o processo de
atendimento, confirmando o referencial teórico, pois segundo
Cavusgil (2010 p.14) ele descreve a vantagem como uma
‘competência distintiva, assegurando o posicionamento
competitivo da empresa, permitindo assim, melhorar e aprimorar
o relacionamento e o seu serviço de suporte a clientes”.
Através de aquisição ou parceiras, as quatro empresas
brasileiras que foram destacadas nas reportagens, estão
obtendo vantagens com o processo de troca de conhecimentos e
tecnologia, ampliando a sua gama de produtos, bem como
aprimorando o desenvolvimento de novos produtos, para atender
o exigente mercado externo. Keedi (2007) confirma as vantagens
alegando que com a internacionalização as empresas são
apresentadas a novas tecnologias, provocando a melhoria da
qualidade de seus produtos.
36
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Optar pela internacionalização é uma decisão estratégica.
As empresas que negociam com outros países adquirem vantagens
competitivas e habilidades, bem como conhecimento, oferecendo
oportunidade para o aumento de receita das empresas.
Os mercados internacionais proporcionam vantagens para as
empresas no que se refere a vendas, margens de lucro e
crescimento, além disso, as empresas podem maximizar sua
eficiência operacional através dos negócios internacionais,
bem como reduzir seus custos operacionais e logísticos.
A principal forma de internacionalização das empresas
brasileiras consiste através da exportação, parcerias
estratégicas com outras empresas, investimento diretamente no
exterior, aquisição de ativos no exterior e abertura de
escritórios e representações próprias no exterior visando
atender clientes internacionais.
A internacionalização está permitindo, que as empresas
citadas no trabalho, tenham consolidação financeira e aumento
de receita, pois ficam menos sensíveis a crises internas e a
fatores de produção local.
Outro ponto positivo é a divulgação da marca no exterior.
Exemplos como Havaianas, Natura, O Boticário, Embraer,
Stefanini são empresas brasileiras consolidadas
internacionalmente e conhecidas por oferecem produtos e
serviços de qualidades.
Porém, é possível identificar que há apenas uma pequena
parcelas de empresas brasileiras que optam pela
37
internacionalização, e, as que estão neste processo de
internacionalização buscam por mercados seguros e conhecidos,
não explorando todas as oportunidades.
Por fim, consideramos que há ainda um longo caminho para
as empresas brasileiras no quesito de internacionalização, e
que este processo, se bem planejado e executado, resultará em
benefícios tanto para a empresa quanto para a economia
brasileira.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COUTINHO, Dirceu M. Entenda globalização/Dirceu M. Coutinho. 2
ed. São Paulo: Aduaneiras, 2008.
MAIA, Jayme de Mariz. Economia internacional e comércio
exterior / Jayme de Mariz Maia. – 13. Ed. São Paulo: Atlas,
2010
PIPKIN, Alex. Marketing Internacional: uma abordagem
estratégica / Alex Pipkin – 3 ed. São Paulo: Aduaneira, 2009
CIGNACCO, Bruno Roque. Fundamentos de comércio internacional
para pequenas e médias empresas / Bruno Roque Cignacco;
tradução Bianca Justiniano e Flor Maria Vidaurre da Silva –
São Paulo: Saraiva, 2009
Nuno Nogueira. O que são Fusões e Aquisições? Disponível em:
Portao-Gestão https://www.portal-gestao.com/item/6366-o-que-s
%C3%A3o-fus%C3%B5es-e-aquisi%C3%A7%C3%B5es.html. Acessado em
07/06/2015.