REFORMA RELIGIOSA

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1 REFORMA RELIGIOSA Eduard Henry Lui [email protected] Igreja e poder Nos capítulos anteriores, vimos a formação dos Estados Nacionais e do Absolutismo, e pudemos observar que um dos elementos que davam sustentação a eles era a ideologia religiosa. Mas essa situação era bastante ambígua: em muitas regiões da Europa, o poder da Igreja Católica superava o poder da nobreza e dos príncipes e, para que a autoridade real se consolidasse, foi necessário que o poder da Igreja Católica fosse contido; enquanto isso, em outras porções da Europa, foi exatamente esse poder do catolicismo que tornou-se o fator de unidade em torno da majestade.

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REFORMA RELIGIOSA Eduard Henry Lui – [email protected]

Igreja e poder Nos capítulos anteriores, vimos a formação dos Estados Nacionais e do

Absolutismo, e pudemos observar que um dos elementos que davam

sustentação a eles era a ideologia religiosa. Mas essa situação era bastante

ambígua: em muitas regiões da Europa, o poder da Igreja Católica superava o

poder da nobreza e dos príncipes e, para que a autoridade real se

consolidasse, foi necessário que o poder da Igreja Católica fosse contido;

enquanto isso, em outras porções da Europa, foi exatamente esse poder do

catolicismo que tornou-se o fator de unidade em torno da majestade.

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Corrupção no clero

Ao fim da Idade Média, a Igreja Católica vivia uma fase de declínio

O período medieval foi caracterizado pela grande influência da Igreja

Católica em todos os aspectos da vida humana e tamanho poder levou muitos

membros do clero a se corromperem. Muitas vezes, os defeitos do clero foram

contestados pelos seus próprios membros, mas isso não significava mudanças

nas ações, já que questionamentos sobre as atitudes do alto clero

normalmente eram punidos com prisão e até mesmo com a morte.

Todavia, no final do período medieval, muitas pessoas estavam

descontentes com o luxo ostentado pela Igreja. Nobres tinham que pagar

impostos e disputar o controle de muitas regiões com o clero, camponeses

eram oprimidos por impostos e costumes feudais impostos pela Igreja, e a

burguesia era uma classe mal vista pelo catolicismo, especialmente porque a

doutrina condenava a cobrança de dívidas com juros ou transações comerciais

que gerassem lucros excessivos — a essas formas de lucro era dado o nome

de usura, considerada um pecado, o que fazia da burguesia uma classe de

pecadores: segundo alguns padres, a burguesia era uma classe comparável

aos demônios.

Mas dentro do próprio clero havia homens de fé que não aceitavam

muitas dessas práticas da Igreja. Ainda no século XIII, alguns deles passaram

a contestar a riqueza do clero e se propuseram a viver renunciando as riquezas

terrenas. Dentre eles, destacou-se Francisco de Assis, que era filho de

comerciantes italianos e renunciou a toda a sua riqueza, vivendo como monge

e ajudando aos pobres. No entanto, a maioria dos clérigos seguia os maus

exemplos, se aproveitando da ignorância e da simplicidade do povo.

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IMPORTANTE

Dentre as diversas práticas condenáveis comumente desenvolvidas pelo clero nesse período, uma das mais comuns era a venda de indulgências — o perdão de pecados. Pela doação de enormes quantias em ouro, diversas pessoas buscavam garantir sua entrada no céu. Além disso, também eram cobrados elevados valores para que os fiéis pudessem rezar diante de relíquias sagradas, que muitas vezes eram falsas. Chegou a se criar, no período, um intenso comércio de relíquias, como pedaços do corpo ou objetos que pertenceram a um santo. A esse tráfico de relíquias denominava-se simonia.

Contestações ao Catolicismo Em torno do século XV, a Europa passou a viver uma nova era em sua

mentalidade, pela inspiração do humanismo, que propunha uma maior

valorização do ser humano no que diz respeito às questões espirituais. O

pensamento humanista abria caminho para que o homem moderno ousasse

desafiar o poder da Igreja em nome de seus ideais e interesses pessoais.

Novas igrejas apareceram, e com elas, novos líderes espirituais, que se

levantaram para desafiar o próprio Papa. Porém, não foram apenas as

questões espirituais que contribuíram à fragilização da Igreja Católica naquele

momento, pois muitos interesses estavam em jogo no período.

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O leão de Wittenberg No início da Idade Moderna, a região da Alemanha não estava unificada

politicamente, sendo composta por inúmeros reinos e principados

independentes entre si e tendo sua nobreza sofrendo com os impostos

cobrados por Roma. Isso gerava algum descontentamento entre eles, que

também viam nas terras pertencentes à Igreja uma forma de manter e até

mesmo aumentar seus privilégios feudais.

Estátua do monge Martinho Lutero. Alemanha.

Os príncipes alemães foram muito importantes para o avanço do

movimento reformista na região, ao apoiarem o monge agostiniano Martinho

Lutero que combateu a venda de indulgências praticada pela Igreja e desafiou

a alta hierarquia católica. Lutero, como padre e profundo estudioso da Bíblia,

deu início à Reforma Protestante na Alemanha. Discordando do pensamento

católico tradicional, ele defendia que a salvação das almas não era obtida

através de ações humanas, mas que a salvação vinha apenas através da fé

que se tinha em Deus.

Lutero afixou suas ideias na porta da igreja pela qual era responsável,

na cidade de Wittenberg. Eram 95 teses nas quais contestava o poder e alguns

dogmas católicos. Dentre os pontos mais polêmicos estavam a defesa do fim

do culto aos santos e à Virgem Maria, o fim das indulgências, o estudo da

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Bíblia por todos os fiéis e não apenas pelos membros do clero — para isso,

Lutero traduziu a Bíblia do latim para a língua alemã. Martinho Lutero também

condenava o luxo em que vivia o alto clero e o poder supremo do Papa. Suas

críticas à Igreja começaram a repercutir e seus escritos se espalhavam pela

Europa. Em outros tempos, ele poderia ser preso e morto, mas exatamente por

contar com a ajuda dos príncipes alemães que queriam se livrar da presença

do clero católico em seus territórios, ele conseguiu garantir sua liberdade e a

continuação de suas pregações.

Quarto onde Lutero traduziu a Bíblia do Latim para o Alemão

Apesar da proposta inicial de Lutero ter sido realizar uma reorganização

na própria Igreja Católica, a formação de uma nova religião tornou-se

inevitável. O luteranismo contou com grande apoio da nobreza alemã, e Lutero

retribuía defendendo os interesses dos príncipes alemães. Um exemplo disso

pode ser observado quando um grupo de revoltosos, chefiado por outro

reformador, Thomas Münzer, passou a ocupar terras da nobreza e foi

severamente criticado por Lutero, que os chamou de cães raivosos.

OBSERVAÇÃO

Münzer era professor universitário e desenvolveu uma série de doutrinas, dentre as quais se destacava o batismo das pessoas apenas na idade adulta, pois um adulto saberia o que estava fazendo, refletindo a mentalidade humanista da época e valorizando o livre arbítrio do indivíduo. Por defenderem o batismo adulto foram chamados de Anabatistas.

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O movimento liderado por Thomas Münzer defendia igualdade entre

nobreza e servos, defendia o acesso à terra e melhoria de condições de vida

para o campesinato. Esse movimento foi brutalmente esmagado por tropas

mercenárias contratadas pelos príncipes alemães que não queriam perder suas

terras – mesmo aquelas que eles tomaram da Igreja Católica. O próprio

Thomas Münzer foi preso, torturado e queimado em uma fogueira.

Predestinados a lucrar Se na Alemanha Lutero apoiou a nobreza e Thomas Münzer defendeu

os interesses dos camponeses, na Suíça um reformador de origem francesa

chamado João Calvino caiu nas graças da burguesia por suas ideias que

atendiam aos interesses dessa classe social.

João Calvino

Calvino defendia que as pessoas não poderiam comprar a sua salvação

conforme a Igreja Católica pregava, mas, também não achava que bastava ter

fé para obtê-la, conforme ensinava Lutero. Para ele, as pessoas já nasciam

com seu destino traçado por Deus desde o seu nascimento até a eternidade:

esse conceito chama-se predestinação. E para saber quem era predestinado

à salvação ou não bastava ver suas posses: quem fosse bem sucedido,

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próspero, tinha o sinal de que Deus o abençoava e o predestinara à salvação.

No entanto, quem tivesse uma vida miserável, fosse doente, endividado, não

tivesse perspectivas de sucesso financeiro, era alguém predestinado à

perdição.

Foi exatamente por essa concepção que relacionava poder material e

graça que o pensamento calvinista agradou a burguesia. Como se tratava de

uma classe social que estava em franco crescimento e prosperava

economicamente, que dependia diretamente do lucro e por isso buscava

alcançá-lo, ela viu no Calvinismo uma prática religiosa capaz de justificar seu

modo de vida, diferentemente do catolicismo, em que o lucro era considerado

pecado.

Além disso, o Calvinismo também via na integridade moral da pessoa —

não beber, não fumar, não dançar, etc. — um sinal da presença de Deus, que

por isso viam como pecado o uso de roupas extravagantes, as festas, todo tipo

de dança, ir ao teatro e ouvir música que não fosse de caráter religioso. Devido

a tamanhas restrições de ordem moral, em muitos lugares da Europa, como na

Inglaterra, o calvinismo também ficou conhecido por puritanismo.

O calvinismo alcançou muitos países europeus além da Suíça, que se

tornou um país governado com base nas ideias de Calvino. Nela se

estabeleceram as características dessa nova fé e isso contribui

significativamente para seu desenvolvimento econômico — a Suíça, hoje, se

caracteriza como uma nação próspera e muito rica, pois a burguesia encontrou

ali tranquilidade para desenvolver seus projetos. Outras nações européias

também aderiram ao calvinismo, sendo que parte significativa dos seus

seguidores eram burgueses. Na Inglaterra, os calvinistas foram chamados de

puritanos, na Escócia, Presbiterianos e na França, Huguenotes.

OBSERVAÇÃO

Foram puritanos ingleses que fundaram as colônias ao norte dos atuais Estados Unidos: sua intenção era a criação de uma nação totalmente calvinista, o que deixou marcas profundas no processo de colonização daquela região e em alguns aspectos de seu cotidiano, até os dias atuais.

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Muro dos Reformadores - Genebra

MPORTANTE

Muitos países de rígida tradição católica não toleraram a presença de outras crenças em seus territórios. Foi o caso de Portugal e Espanha, que expulsaram de seus territórios não só os poucos protestantes que lá habitavam, mas também os judeus que não se sujeitaram ao catolicismo. Apesar de a Europa estar vivendo uma época marcada pela tendência à livre escolha do indivíduo, era também uma época marcada pelo grande poder do rei, e era praticamente lei que a religião do rei deveria ser a religião dos seus súditos. A expulsão de protestantes e judeus de Portugal e Espanha levou à decadência os negócios desses dois países, pois foram expulsos os principais comerciantes e banqueiros de suas terras. Muitos deles foram encontrar abrigo na Holanda, onde havia — e ainda há — plena liberdade religiosa. Os conflitos entre católicos e protestantes não eram poucos. Um episódio dos mais significativos foi o massacre de protestantes na França, na Noite de São Bartolomeu, em 1572, quando milhares de huguenotes foram mortos por católicos incentivados pela rainha Catarina de Médici. Dentre os mortos estava o líder huguenote Almirante Coligny, que anos antes havia tentado fundar uma colônia protestante no Brasil, no Rio de Janeiro, em 1555.

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Religião e interesses políticos Pudemos observar que em todas as regiões onde ocorreram ações

reformistas na religião, havia também interesses políticos e econômicos

envolvidos. Todavia, onde os interesses políticos ficaram bem evidenciados foi

na reforma ocorrida na Inglaterra.

Selo comemorativo com imagem do rei Henrique VIII.

Vimos que a Inglaterra estava sendo governado no século XV por

Henrique VIII, filho de Henrique Tudor, responsável pela formação do Estado

absolutista na Grã-Bretanha. Henrique, da mesma forma que seus

antecessores, sofria constante pressão por parte da Igreja Católica que

reivindicava cargos, pagamento de dízimos e detinha grande parte das terras

produtivas da Inglaterra.

Ao iniciar as reformas contra o catolicismo pelo continente, Henrique

VIII, num primeiro momento, se declarou aliado do Papa. No entanto, logo

depois, se aproveitou de uma situação pessoal para usá-la como justificativa

para romper relações com o chefe da Igreja Católica: ocorreu que o Papa não

consentiu com seu divórcio e posterior novo casamento.

Após o rompimento com o Papa, Henrique VIII proclamou-se chefe da

igreja na Inglaterra, obtendo o apoio da maioria da nobreza britânica, pois

confiscou castelos, terras e outras riquezas da Igreja Católica e distribuiu entre

ela. Em pouco tempo, muitos nobres se converteram à igreja chefiada por

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Henrique. Estava criada a Igreja Anglicana, uma igreja a serviço do Estado

Inglês, ou do rei da Inglaterra.

Catedral Anglicana de Canterbury

Além da criação da Igreja Anglicana, muitos protestantes calvinistas, os

puritanos, viviam na Inglaterra e sofriam perseguições. Quando a filha de

Henrique VIII subiu ao trono, ela realizou reformas na igreja criada por seu pai.

Dentre elas, houve a incorporação de muitas tradições calvinistas à doutrina

anglicana, que passou a ter tendência católica e calvinista ao mesmo tempo.

Atraindo os católicos, a rainha tinha a nobreza como aliada, e atraindo os

calvinistas, tinha a burguesia ao seu lado. Foi uma grande estratégia que

rendeu muitos lucros à Inglaterra.

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SAIBA MAIS Assuntos de família no trono inglês Não é de hoje que escândalos familiares agitam o cotidiano da

tradicional família real britânica. Em 1980, um dos casamentos mais

comentados do século XX foi o do então Príncipe Charles com a princesa

Diana. Um casamento perfeito, digno de contos de fadas, mas que se tornou

próximo de um romance policial. Após alguns anos de casamento, o casal real

enfrentou inúmeras crises conjugais culminando com sua separação e, anos

mais tarde, com a morte trágica da ex-princesa Diana num trágico acidente

automotivo.

Assuntos familiares conturbados como este de Charles e Diana não são

exclusividades do agitado e desvairado século XX. No século XVI, o rei da

Inglaterra, Henrique VIII, casou-se com Catarina de Aragão, sobrinha do rei da

Espanha, Carlos V. O casamento, antes de ser um ato de amor, significava

negócios, e em se tratando de reis e rainhas, era um acordo diplomático: nesse

caso, simbolizava que a Inglaterra estava se unindo à Espanha.

No entanto, após esse casamento, a rivalidade entre ingleses e

espanhóis aumentou, pois as duas nações disputavam o domínio dos mares e

o lugar de maior potência naval européia. Diante disso, nem a união entre os

dois países e muito menos o casamento de Henrique VIII e Catarina de Aragão

tinham sentido. Como ele desejava se casar com Ana Bolena, uma serviçal do

palácio por quem dizia estar apaixonado, e também desejava um herdeiro

homem, precisava do consentimento do Papa para anular o primeiro

casamento, o que significaria o consentimento da Igreja para seu novo

casamento. Com isso, o Papa não decidiria apenas sobre o divórcio, mas

também tomaria posição em favor da Espanha ou da Inglaterra.

Ao não concordar com o divórcio de Henrique VIII, o Papa optou pelo

seu aliado espanhol que estava travando lutas na Alemanha contra os

luteranos. Com isso, o monarca inglês rompeu relações com Roma e criou a

Igreja Anglicana que pouco se diferenciava da católica, mas dava totais

poderes ao monarca e consentia com o divórcio. Criar a Igreja Anglicana

significou, portanto, romper com o catolicismo, consolidar o poder absolutista e

romper relações com a Espanha.

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Reforma Católica A Reforma Católica, ou Contrarreforma, consistiu num conjunto de

medidas tomadas pela Igreja Católica a partir do surgimento das religiões

protestantes. Longe de promover mudanças estruturais profundas nas

doutrinas e práticas do catolicismo, a Contrarreforma se destacou, sobretudo,

pelo estabelecimento de um conjunto de medidas que visavam duas formas de

atuação: combater as outras denominações religiosas e promover mecanismos

de expansão do catolicismo.

Estátua de Santo Inácio de Loyola

Dentre as medidas de expansão do catolicismo, destacou-se a criação

da Companhia de Jesus. Designados como um braço da Igreja, os padres

jesuítas deveriam expandir o catolicismo ao redor do mundo. Contando com

uma estrutura hierárquica rígida, os jesuítas foram os principais responsáveis

pelo processo de catequização das populações dos continentes americano e

asiático. Utilizando um sistema de rotinas e celebrações religiosas regulares, a

Companhia de Jesus conseguiu converter um grande número de pessoas nos

territórios coloniais europeus.

A ordem dos jesuítas nasceu da união de sonhos de seu fundador,

Inácio de Loyola e dos esforços aplicados no momento em que a Igreja

Católica mais precisava.

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Igreja dos Jesuítas no Peru

Para conter o avanço das outras denominações religiosas, a Igreja

Católica contou com a atuação da Inquisição, instaurada pelo Tribunal do

Santo Oficio. Sua principal função era combater o desvio dos fiéis católicos e a

expansão das ideias das outras denominações religiosas, promovendo

verdadeiras perseguições contra quem se enquadrasse nessas situações.

Além de perseguir protestantes, a Santa Inquisição também combateu judeus e

islâmicos, que eram considerados pecadores e infiéis. Além disso, também

foram processados indivíduos acusados de heresia ou de práticas de bruxaria.

Após o processo, caso fossem comprovadas as denúncias, o acusado era

punido com sanções que iam desde o voto de silêncio até a morte.

Objeto de tortura utilizado pela Santa Inquisição

Em 1542, foi realizado o Concílio de Trento, uma reunião dos principais

líderes da Igreja. Organizada pelo papa Paulo III, selou um conjunto de

medidas a serem tomadas na ação de Contra-Reforma. Nele, estabeleceu-se o

princípio da infalibilidade papal e a declaração do Índex, uma lista de livros

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proibidos pela Igreja. Além disso, a Vulgata foi estabelecida como a versão

oficial da Bíblia Sagrada, a venda de indulgências foi proibida e todas as

doutrinas católicas foram reafirmadas.

SAIBA MAIS Quadro comparativo das religiões reformadas com o catolicismo

Católicos Luteranos Calvinistas Anglicanos

A salvação Salvação pela fé e pelas boas ações.

Salvação pela fé

Salvação pela fé: predestinação

Salvação pela fé: predestinação

As fontes da fé

Escritura Sagrada e tradição da Igreja.

Escritura Sagrada.

Escritura Sagrada.

Escritura Sagrada.

A concepção de Igreja

Igreja necessária à salvação. Primazia de Roma

Igreja útil à salvação. Supressão da hierarquia eclesiástica.

Igreja útil à salvação. Supressão da hierarquia episcopal . Igreja de pastores.

Igreja útil à salvação Manutenção da hierarquia eclesiástica.

Os Sacramentos

Sete sacramentos: batismo, crisma, eucaristia, matrimônio, penitência, ordem e extrema-unção.

Dois sacramentos: batismo e comunhão.

Dois sacramentos: batismo e comunhão.

Dois sacramentos: batismo e comunhão.

A eucaristia Presença real de Cristo com transubstanciação.

Presença real de Cristo sem transubstanciação.

Presença espiritual de Cristo.

Presença espiritual de Cristo.

O culto Missa, centro do culto.

Simplificado: instrução e comunhão. Substituição do latim pelo alemão.

Muito simplificado: instrução e eucaristia em língua local.

Supressão do sacrifício da missa. Conservação da liturgia. Substituição do latim pelo inglês.