Recensão ao livro de Ferreira do Amaral "Porque Devemos Sair do Euro"

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Numa linha de coerência com o que sempre pensou, disse e escreveu, João Ferreira do Amaral publicou mais um livro com o título Porque Devemos Sair do Euro - O divórcio necessário para tirar Portugal da crise”. Neste trabalho, seguindo aliás muitos dos seus anteriores testemunhos sobre a relação de Portugal com a União Europeia – de que destacamos “Contra o Centralismo Europeu - Um Manifesto Autonomista1 –, somos conduzidos a uma reflexão objectiva quanto às consequências da manutenção no euro e quanto às vantagens do seu abandono. Propondo o que designa de “divórcio de mútuo consentimento2 , um divórcio favorável a Portugal e à União Europeia, Ferreira do Amaral faz ao longo de cinco capítulos uma relevante análise sobre o papel da moeda nas economias e um não menos importante exame quer às consequências da nossa adesão ao euro, quer aos benefícios de regressarmos ao escudo. Rompendo com a orientação oficial difusora e promotora de um único pensamento, o livro em apreço convida-nos a conhecer um caminho alternativo e profundamente distinto daquele que temos vindo a seguir. Esse caminho traduz para o autor uma forma substancialmente oposta de enfrentar a crise em que actualmente estamos envolvidos e uma nova via para a podermos ultrapassar. Conciliando a análise científica com a afirmação de ideias que não desconhecem uma determinada visão do Estado nacional, o texto cuja recensão aqui fazemos demonstra que o cientista da economia não ofuscou o Professor. A sua preocupação em ser entendido pelo maior número 1 Editado pela Grifo, em 2002. 2 Cf. AMARAL, João Ferreira do, Porque Devemos Sair do Euro - O divórcio necessário para tirar Portugal da crise, Alfragide, Lua de Papel, 2013, p. 121.

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Numa linha de coerência como que sempre pensou, disse eescreveu, João Ferreira do Amaralpublicou mais um livro com o título“Porque Devemos Sair do Euro - O divórcionecessário para tirar Portugal da crise”. Nestetrabalho, seguindo aliás muitos dosseus anteriores testemunhos sobre arelação de Portugal com a UniãoEuropeia – de que destacamos “Contra oCentralismo Europeu - Um Manifesto Autonomista”1–, somos conduzidos a uma reflexãoobjectiva quanto às consequências damanutenção no euro e quanto àsvantagens do seu abandono.

Propondo o que designa de “divórcio de mútuo consentimento”2,um divórcio favorável a Portugal e à União Europeia, Ferreira doAmaral faz ao longo de cinco capítulos uma relevante análisesobre o papel da moeda nas economias e um não menos importanteexame quer às consequências da nossa adesão ao euro, quer aosbenefícios de regressarmos ao escudo. Rompendo com a orientaçãooficial difusora e promotora de um único pensamento, o livro emapreço convida-nos a conhecer um caminho alternativo eprofundamente distinto daquele que temos vindo a seguir. Essecaminho traduz para o autor uma forma substancialmente oposta deenfrentar a crise em que actualmente estamos envolvidos e umanova via para a podermos ultrapassar. Conciliando a análisecientífica com a afirmação de ideias que não desconhecem umadeterminada visão do Estado nacional, o texto cuja recensão aquifazemos demonstra que o cientista da economia não ofuscou oProfessor. A sua preocupação em ser entendido pelo maior número

1 Editado pela Grifo, em 2002.2 Cf. AMARAL, João Ferreira do, Porque Devemos Sair do Euro - O divórcio necessáriopara tirar Portugal da crise, Alfragide, Lua de Papel, 2013, p. 121.

de leitores é visível na linguagem adoptada e na estrutura queescolheu para expor as suas ideias e apresentar os seus pontosde vista. É um aspecto nem sempre evidenciado e que revelaafinal a diferença entre os que escrevem apenas para os membrosdos grupos profissionais que integram e os que escrevem tambémtendo em vista a comunidade de homens e mulheres a quepertencem, seja qual for a sua actividade ou condição. A análisefeita, bem como as ideias e as soluções propostas, não estãoblindadas à discordância e à crítica, sendo perfeitamenteaceitável, compreensível e até saudável que o contraditório sefaça sempre notar3. Mas uma coisa será a legítima divergência,natural e normal em qualquer sociedade adulta e mais natural enormal na comunidade académica, outra será ignorar o contributoque agora nos chega, para serenamente pensarmos e serenamentedecidirmos o que podemos e queremos fazer daqui em diante. Mesmoque a tarefa de pensar, para além do que quotidianamente noschega pelos órgãos de comunicação social, seja um exercício parao qual nem todos se manifestam disponíveis, seria no mínimosurpreendente que quantos se dedicam ao estudo e à investigaçãonas áreas das ciências humanas – e a economia é seguramente umadessas ciências – não dedicassem algum do seu tempo a ler, aindaque para sustentadamente criticar, o que outros pensam, mesmoque aquilo que pensam seja diferente do que nós própriospensamos4. Essa eventual postura pode ser compreensível paracertas escolas de pensamento, mas é manifestamente inadequadapara as Escolas do pensamento, nas quais a dúvida não deixa deacompanhar a certeza e a certeza é quase sempre o resultado dasdúvidas que se desfazem, precisamente pelo facto de terem sidoadmitidas.

É assim, neste contexto, que lemos e analisámos o trabalhoem questão, reconhecendo a sua pertinência em dois domínios queapesar de interligados se autonomizam. Falamos do Estadonacional e das perspectivas acerca da União Europeia, áreas doconhecimento a que um livro desta natureza não é, e julgamos não

3 Contraditório que podemos encontrar na também recente publicação doProf. Vitor Bento, Euro Forte, Euro Fraco, editada pela Bnomics.4 O que não é seguramente o nosso caso, uma vez que nos identificamos,em geral, com muitas das teses (o que não significa com todas) desdesempre sustentadas neste campo, pelo Doutor João Ferreira do Amaral.

querer ser, indiferente. Vejamos, sumariamente, a suacorrespondência a cada uma das áreas referidas.

a) No âmbito do Estado nacional, Ferreira do Amaralconvida-nos a pensar, ou a repensar, a sua essência, bem como aexistência de «instrumentos» de que esse mesmo Estado necessitapara plenamente cumprir a sua missão. E é nesse sentido queconsidera ser “…falta de patriotismo em geral retirar, semjustificação, ao Estado instrumentos importantes para a vida dasociedade que por ele é enquadrada e entregar esses instrumentos aoutros Estados ou a instituições internacionais”5. Saliente-se queesta abordagem do Estado é absolutamente diversa da que pretendesobre ele reflectir, a propósito das funções6, se preferirmosdas tarefas, que lhe estão ou devem estar atribuídas e que vemsendo identificada como debate da «reforma do Estado». Enquantoneste segundo caso se discutem tarefas ou áreas de intervençãono domínio social e económico, no primeiro reflecte-se a própriafundamentação do Estado e os poderes que têm de lhe estarassociados para que de um Estado se possa plenamente falar. Écerto que o autor, ao considerar as políticas monetária ecambial como núcleos essenciais desses poderes, fala de«autogoverno», afirmando preferir “…esta designação à de“soberania”)”7, mas independentemente da tradução que possamosfazer da expressão «autogoverno» e da relação que a partir delaestabeleçamos com o conceito de soberania, não deixa de seevidenciar, uma vez mais, como distinta é a sua abordagem quantoao papel do Estado, por comparação com a polémica queultimamente tem animado parte do debate que entre nós se temtravado. Do que aqui se trata não é de saber se o “Estado” deveestar presente, e em que termos, na Educação, na Saúde, naSegurança Social e na Economia, mas de compreender se podecontinuar a existir Estado soberano, ou independente, se lheforem retirados determinados «instrumentos», para a sua5 Cf. AMARAL, João Ferreira do, Porque Devemos Sair do Euro…cit, p. 59.6 Falamos das «funções» do Estado no sentido de “…actividadesespecíficas ou diferenciadas, duradouras, cujo exercício coordenadopor parte de um ou mais órgãos do Estado se dirige à prossecução de umou mais fins do Estado”, distinguindo-se as «funções», dos «poderes»do Estado. Cf. PINTO, Ricardo Leite, CORREIA, José de Matos, SEARA,Fernando Roboredo, Ciência Política e Direito Constitucional – Teoria Geral do Estado,Formas de Governo, Eleições e Partidos Políticos, vol. I, Lisboa, UniversidadeLusíada Editora, 2013, p. 183 e pp. 184-187, respectivamente. 7 Cf. AMARAL, João Ferreira do, Porque Devemos Sair do Euro…cit, p. 59.

afirmação e existência. Neste preciso âmbito é para o própriopensamento político8 que o autor nos remete, num livro que nãosepara a política económica da Política e que não isola adiscussão referente às questões monetárias e financeiras, dasgrandes opções que fizemos, que fazemos ou que venhamos a fazer,no que concerne à definição e extensão do próprio poder políticosoberano.

Este debate, para o qual Ferreira do Amaral nos alerta eincentiva, não está terminado, pela simples razão de que nuncafoi verdadeiramente iniciado, nem partilhado com toda acomunidade portuguesa, e as posições agora expressas no livro emanálise têm desde logo o inegável mérito de permitir que o temaregresse à vida nacional. Um tema que dizendo respeito à própriaNação, convoca a comunidade para um debate leal, aberto e semrestrições, que nos conduza a decidir se queremos readquirircompetências, entretanto transferidas para o plano comunitário,ou se simplesmente entendemos que a comunitarização daspolíticas económica, monetária e fiscal, deve prosseguir. Oassunto, mesmo que agora surja inserido no contexto dastemáticas mais directamente relacionadas com a situaçãoeconómica e financeira, ou aparentemente só a elas digarespeito, transcende estes aspectos e envia-nos para umainevitável incursão no pensamento político. Uma incursão que nosincita, desde logo, a responder a perguntas, que noutro contextotivemos já oportunidade de colocar9, e que aqui sintetizamos:pode a Nação portuguesa manter o Estado nacional, ainda querevestido de novas funções, sem que nele persista soberania? Epoderá a própria Nação, a prazo, persistir diante a ausência deEstado soberano ou sem a possibilidade de evocar a suasoberania, se isso corresponder à vontade dos seus nacionais,para alterar rumos, redefinir alianças, sair de organizaçõesinternacionais, modificar a forma como nelas pretende estar, ou

8 Conceito que, de acordo com Martim de Albuquerque, abrange “…coisastão distintas como doutrina, ideologia e teoria política, para não sefalar já na literatura e na filosofia política”. Cf. ALBUQUERQUE,Martim de, «Pensamento Político», in Polis, 4, Lisboa/São Paulo,Editorial Verbo, 1986, p. 1127.9 Perguntas que fizemos a propósito de um trabalho sobre o Conselho daUnião Europeia, da autoria do Dr. João Pedro Simões Dias. Cf.MONTEIRO, Manuel, «Prefácio», in DIAS, João Pedro Simões, O Conselho daUnião Europeia, Coimbra, Quarteto, 2001, p. 17.

aderir a novas organizações que internacionalmente se venham aconstituir?

Ora é também nesta dimensão, que podemos e devemos ler olivro de João Ferreira do Amaral, em particular o seu Capítulo2, “A Moeda e o Estado”10, no qual o autor primeiro afirma que“dispondo de moeda própria, um país pode ter uma política monetáriaautónoma…”11, depois adverte que “…a ausência de uma moeda própriareduz a margem de escolha de um país”12, e por fim defende “…que paraa autonomia de um país é essencial, (…), dispor de moeda própria,nomeadamente para poder financiar o Estado, se necessário”13.Posições, reiteramos, que procurando dar resposta a problemasprementes da sociedade portuguesa, não deixam de nos questionarsobre quais são afinal os poderes soberanos de que um Estado nãodeve abdicar e de quais são os «instrumentos», para seguirmos aexpressão do autor, necessários ao exercício desses mesmospoderes. O que aqui se discute não é assim apenas a moeda queutilizamos, mas qual o princípio que deve estar subjacente querà sua emissão, quer à sua utilização. Reafirmando a ideia de quea existência de uma moeda pressupõe a existência de umacomunidade nacional politicamente organizada, Ferreira do Amaralrecupera a indispensabilidade de uma reflexão a que ninguém,nomeadamente aqueles que se dedicam ao estudo do pensamentopolítico, seja qual for a sua opinião, se deve furtar.

b) Sobre a União Europeia, e em especial sobre os caminhosseguidos para a adopção da moeda única, o autor reserva maisdetalhadamente os Capítulos 3 e 414. No primeiro, Ferreira doAmaral recorda o relatório Werner, de 1970, feito a pedido dosentão seis Estados membros da CEE, em 1969, ou seja doze anosapós a assinatura do Tratado de Roma (1957), no qual se definiamos passos a dar para uma futura união monetária, e faz umaanálise retrospectiva ao caminho percorrido desde então até àentrada em vigor do euro. Mas dessa sumária análise, relevantetodavia para recordarmos o Sistema Monetário Europeu e as suasregras de funcionamento, ressalta a convicção do autor segundo aqual a moeda única, sendo um projecto essencialmente político,10 Cf. AMARAL, João Ferreira do, Porque Devemos Sair do Euro…cit, pp. 51-61.11 Idem, ibidem, p. 51.12 Idem, ibidem, p. 55.13 Idem, ibidem, p. 56.14 Idem, ibidem, pp. 65-73 e 77-108, respectivamente.

resulta por um lado de “…uma amálgama de interesses de grandesestados…”15 e, por outro, de “…uma estranha aliança contranatura deduas ideologias de âmbito e natureza muito diferentes: o federalismoeuropeu e neoliberalismo”16. A primeira, apoia a moeda única porquetem “…como finalidade última a criação de um superestado europeu que,em funções essenciais (…), substitua os Estados nacionais e os releguepara o estatuto medíocre de estados federados”17, enquanto a segundaa “…apoia (…) porque é contra a intervenção do Estado na economia econtra a utilização da política monetária de forma discricionária (…),preferindo que ela seja utilizada apenas para prosseguir uma regrapermanente de crescimento razoável da massa monetária”18.

No Capítulo 4, surge-nos uma apreciação mais detalhadasobre “as grandes mudanças” registadas na Europa comunitáriadesde meados de 1988, passando pela entrada em circulação danova moeda europeia, em Janeiro de 2002, até ao presente. Nestecapítulo, retomando em vários aspectos pontos abordados naspáginas anteriores, João Ferreira do Amaral, sem descurar asquestões de natureza económica quanto às vantagens e àsdesvantagens da moeda única, procede a uma apreciação políticados passos dados pelos governos da Europa comunitária. Dessaapreciação entendemos realçar:

(i) a ideia de que a moeda única visou responder apreocupações políticas, em particular da Françaliderada por Mitterrand, resultantes dodesmoronamento do então bloco soviético e da futurareunificação alemã;

(ii) a ideia de que o novo rumo europeu, traduz umaaliança não natural entre conservadores esocialistas, que permitiram a um só tempo desvirtuaruma Europa que se pretendia unida mas não unificadaem torno do quadro definido após a aprovação doTratado de Maastricht.

Quanto à primeira ideia, considera o autor que a moedaúnica passando“…a certa altura, a ser encarada como um processo deajudar a Europa a gerir politicamente esta fase de grande mudança nas

15 Idem, ibidem, p. 72.16 Idem, ibidem.17 Idem, ibidem.18 Idem, ibidem.

relações de poder”19, traduz a vontade de Miterrand em forçar aAlemanha a abandonar a sua própria moeda, o marco, recebendoesta, em contrapartida, o apoio francês à sua unificação.Fazendo-o em nome do projecto europeu, os franceses e a maioriados demais líderes europeus viriam, de acordo com o autor, acometer um erro de enormes proporções, uma vez que “…a moedaúnica europeia só se realizaria nos termos em que a Alemanhaconcordasse, tanto mais que a forma de criação da moeda única (…) sóforam negociados no final de Maastricht – depois da reunificação alemãe após a implosão da União Soviética…”20. Nestas condições terásido, ainda e uma vez mais, o “tradicional” receio da hegemoniaalemã na Europa, a ditar a forma e os termos a que o euro sehaveria de subordinar. Ele não corresponde assim a um idealpartilhado em que a igualdade dos Estados que a ele aderiram sehaveria de afirmar, mas tão só a um modo de condicionarestratégias e vontades nacionais que os maiores Estados, ou umdeles, objectivamente não deixaram de possuir. Uns terão queridoo euro para impedir o domínio de outros e outros terão aceitadoo euro sabendo que, a prazo, esse seu domínio se alcançaria emanifestaria.

Quanto à segunda ideia, Ferreira do Amaral enfatiza aperspectiva segundo a qual “…a partir de Maastricht o projectoeuropeu passou a ser eminentemente conservador – até ultraconservador,no que respeita ao quadro institucional monetário e financeiro”21,lamentando o que classifica de “…desvio para a direita por parte dosocialismo europeu…”22, ao aprovarem sem nenhuma objecção o Tratadode Maastricht, o mesmo que “…atacava o modelo social europeu e nãodava margem para os partidos socialistas ou social-democratasprosseguirem políticas informadas pelos valores que tradicionalmentedefendiam”23. Este conservadorismo ou até ultraconservadorismoseriam afinal, para o autor, a tradução objectiva de uma outraaliança a que já fizemos referência. A aliança entrefederalistas e neoliberais, “…irmanados no mesmo ódio ao estado-nação – o neoliberalismo porque é estado, o federalismo porque é nação–, a convergência contranatura das duas ideologias solidificou-se (…),

19 Idem, ibidem, p. 78.20 Idem, ibidem, p. 79.21 Idem, ibidem, p. 100.22 Idem, ibidem.23 Idem, ibidem.

conspirando afinal e em última análise contra o futuro da Europa e doseu Estado social…”24.

Não sendo este o lugar apropriado para reflectirmos sobreos posicionamentos ideológicos, ou sobre a classificação quefazemos de quantos intervieram na problemática da arquitecturainstitucional da União Europeia, não deixaremos de assinalar queuma expressiva maioria de quantos se identificaram, eidentificam, com o pensamento conservador, democrático, naEuropa comunitária, adoptaram igualmente pontos de vistacontrários às teses contestadas no livro em análise. E ainda queas razões de tal posicionamento pudessem ter tido pontos departida e objectivos distintos, nem por isso deixaram deexpressar as suas ideias, as suas razões e as suas alternativas.Poderemos assim questionar o sentido de uma identificação dasideias federalistas e neoliberais, que sustentaram o euro, comas correntes conservadoras, mesmo com aquelas que não seencontram nos Estados que decidiram não aderir à moeda única. Noentanto, e independentemente deste aspecto, é de sublinhar aimportância do livro que aqui recenseamos. Se tem a seu favor aactualidade do tema, tem principalmente o mérito de permitir querevisitemos matérias que merecem ser continuamente analisadas ereflectidas.

Manuel Monteiro

Professor da Universidade Lusíada do Porto

Julho 2013

24 Idem, ibidem, p. 83.