Porto Rico com força total ao meio-dia - Coleção Digital de ...

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BIBLIOTECA PÚBLICA DO PARÁ Sacçao de Obras do Pará ARáI Cuidados com o coração Os médicos do hospital Woodlands, de Calcutá, conseguiram reduzir, ontem, a temperatura da madre Tereza, mas estão preocupados com o 'velho coração cansado' da religiosa, que tem lhe causado dores no peito. O estado de ,. madre Tereza de Calcutá continua grave. As freiras da Ordem das Missionárias da Caridade fazem orações por ela. (Página WI Lucidéa Maiorana Diretor-Presidente JORNAL DA AMAZÔNIA SISTEMA ROMULO MAIORANA DE COMUNICAÇÃO Assinatura Trimestral: NCzS 160,80 ANO XLIII Belém, Pará, Brasil, terça-feira. 19 de setembro de 198? 22.432 Preço do Exemplar: NCz$ l.óO Governo acaba subsídio ao trig O governo anunciou, ontem, o fim do subsídio ao trigo. Com o au- mento de 20% autorizado para o tri- go importado, o acumulado no mês chega a 63,75%. Segundo o secreta- rio do Tesouro, Luis Gonçalves, de agora em diante basta que o reajus- te do preço de venda seja igual a in- fiação para evitar que o produto volte a ser subsidiado. De janeiro até agosto, o governo gastou NCz$ 206 milhões em subsídio ao trigo. no mês passado foram consumidos NCz$ 50 milhões. O pao deve ter no- vo aumento no início de outubro. CZl A Secretaria Especial de Abas- tecimento e Preços vai reajustar ho- je os preços do açúcar refinado, refrigerantes, papel higiênico e fa- rinha de trigo, em percentuais que variam de 20% a 30%. O açúcar te- reajuste de 25,6%; o refrigeran- te, de 30%; o papel higiênico, de 29%, e a farinha de trigo, de 20%. (Página 15) NESTA EDIÇÃO Um milionário na Sena AS DEZENAS ontem sorteadas são as se- guintes: ,-fÕ8l flíl [lÕI rãTl [26] [44~ A Sena principal do concurso 79 saiu para |um apostador de Ubá, em Minas Gerais, que 4vai receber o segundo maior prêmio da his- tória das loterias da Caixa Econômica Fe- deral e do Brasil: NCz$ 6.676.625,84, descontado o Imposto de Renda. (Página 2) Protestos no Paissandu EM PROTESTO contra a decisão de não pa- gar o prêmio pelo empate frente ao Moto Clu- be do Maranhão, os jogadores do Paissandu se recusaram a receber o bicho pelo empa- te diante do MAC.(Página 12) APESAR dos desfalques, o Botafogo está còrtfjAnte de que vencerá o Flamengo, ama- hhá, pelo Campeonato Brasileiro da Primei- ra Divisão. No Vasco, ainda hoje deverá ser anunciada a contratação de um novo refor- ço: Titã.(Página 11) ENQUANTO o judoca Aurélio Miguel, meda- lha de ouro em Seul, será recebido hoje pelo ministro da Educação, Carlos SantAnna, o presidente da Confederação Brasileira de Ju- admite convocá-lo para a Seleção Bra- sileira que disputará o mundial, no próximo mês.(Página 9) Pão, 7? aumento do ano SOBEM hoje, pela sétima vez no ano, em Be- lém, os preços do pão. O aumento, de 14,3%, foi autorizado pelo Conselho Interministerial de Preços. De acordo com o Sindicato da In- dústria da Panificação, outros seis aumen- , tos são esperados até o final do ano. O pão mais consumido, de 200 gramas, passa a eus- tar NCz$ 0,80. (Página 7) Semana da Árvore A PREFEITURA Municipal de Belém e a. Secretaria de Estado de Educação inicia- ram, ontem, suas respectivas programações em homenagem à Semana da Arvore. Uma mesa redonda sobre desmatamento e meio ambiente abriu as atividades programadas pela Seduc. Está prevista a doação, pela Fa- culdade de Ciências Agrárias do Pará, de 60 mudas de árvores à PMB. (Página 4) Semana da PM DURANTE almoço oferecido à imprensa, ontem, o comando da Polícia Militar do Es- tado divulgou a programação a ser obedeci- da a partir de hoje, para a comemoração da Semana da PM. Uma missa solene em ação de graças, celebrada por dom Alberto Ra- mos, na Basílica, abrirá oficialmente o pro- grama, cujo encerramento é previsto para o dia 25.(Página 4) 'ma discussão acalorada entre o ecologista Camilo Vianna e o diretor da Eletronorte, José Antônio Muniz Lo- pes, acerca dos efeitos da ação da empresa sobre o meio ambiente e os povos da região: foi esse o mais tenso mo- mento do primeiro simpósio realizado no XV Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, ontem. Mas os sanitaristas aproveitaram todo o dia para reite- rar seguidamente a necessidade de criação do Sistema Nacional de Saneamento Básico e para criticar o gover- no federal pela redução nos investimentos para o setor. O presidente nacional da ABES, que promove o evento, Lineu Alonso, mostrou que o Brasil, quarto pais da Amé- rica Latina em mortalidade infantil, não fornece água a 54 milhões de pessoas, coleta de lixo a 75 milhões e servi- ços de esgoto a 108 milhões. A foto é um bom exemplo. (Página 20) Horário do TSE aponta 4 em alta Apenas quatro cândida- tos conseguiram obter pon- tos na preferência do eleitorado, três dias depois de iniciado o programa elei- toral gratuito pelo rádio e TV: Leonel Brizola (PDT), Paulo Maluf (PDS), Guilher- me Afif Domingos (PL) e Ulysses Guimarães. Fernan- do Collor de Mello (PRN) caiu quatro pontos, de 27% para 23%, mas continua li- der, agora com apenas dois pontos acima do candidato do PDT, o segundo colocado. Esse é o resultado de duas pesquisas realizadas pelo DataFolha em dez capitais brasileiras, uma no dia 11, antes do início dos progra- mas, e outra ontem, três dias depois. Em Belém, Collor caiu de 47% para 45% e Luís Inácio Lula da Silva (PT) es- em segundo lugar, passan- do de 13% para 15%. I I O presidente José Sar- ney reagiu com ironia às cri- ticas que tem recebido no programa do PMDB, dizen- do que ficará até satisfeito se puder contribuir para fazer Ulysses Guimarães ganhar alguns votos. I I Paulo Maluf deu entra- da junto ao TSE com um pe- dido de direito de resposta para contestar, no programa do PDT, críticas que recebeu de Leonel Brizola, anteon- tem.(Página 13) FmacãO Vai atingir Michel Frank Porto Rico com força total ao meio-dia na Suíça Pior furacão da década, o Hugo, com ventos de mais de 200 quilômetros por hora, chegou ontem a Porto Rico, depois de varrer as Ilhas Vir- gens e Leeward, onde deixou pelo menos seis mortos, 40 feridos e milhares de desa- brigados. A tormenta está se movendo devagar, provo- cando pesadas chuvas sobre Porto Rico e estima-se que somente à noite terá deixado a ilha. O Centro Nacional de Furacões em Miami disse que o olho do furacão estava seguindo para parte leste da ilha, devendo atingi-la com toda a sua força pouco depois do meio-dia. O governo de- cretou, ontem, estado de alerta nas Ilhas Bahamas, válido também para as Ilhas de Turks e Caicos, que ficam ao sul. (Página 18) llllll 1 HOJE Marco, Guamá, Canudos, Terra Firme e Souza. OalltuS AMANHÃ Batista- Campos, Jurunas, Condor, Cremação, Cidade Velha, Comércio e Campina MaréS e*JJk Mosqueiro Salinas j Preamar 01:10 e 13:56 00:10 e 12:56 10:05 e 22:14 Baixamar 21:08 e 09:02 20:08 e 08:02 16:31 e 04:15 lempO Belém: parcialmente nubla- do a nublado. Temperatura: estável. Máxi- ma: 32 a 34. Mínima: 21 a 23. Ventos: Este fracos. Visibilidade: boa. HOJE: 42 páginas em 4 cadernos * Jornal da Loto ffl . esWi-:. *.i¦"*" \'áji ,.**2t'^líía^MS^I^^I-tS^an^Ê^^ífS^J" '^JÊmM&9**t*mmTm L__l Plantas pisoteadas, lixo no parque e até a morte de um filhote de peixe-boi, farão com que técnicos do Goeldi par- tam para campanha de educação dos visitantes. (Página 7) Michel Frank, o princi- pai acusado da morte de Cláudia Lessin Rodrigues, foi assassinado anteontem, quando entrava em seu apartamento, na Suíça, doze anos depois de fugir do Bra- sil para evitar a prisão. Mi- chel levava uma vida de "playboy" e a polícia de Zu- rique atribuiu o crime a tra- ficantes de drogas, com quem Michel estaria envolvi- do. A notícia mereceu desta- que em vários órgãos da imprensa suíça. (Página 21) Colonos ainda bloqueiam a Transam A Transamazônica con- tinua interditada à altura de Medicilândia por um grupo de posseiros em conflito com os índios Arara. Ontem, de- legados de polícia de Mediei- lândia e Uruará estiveram no local mas não consegui- ram resolver o impasse. A Funai informou que a PF está mobilizada, pois o clima entre colonos e caminhonei- ros retidos na estrada é ten- so.(Página 22) Genro e sogro se matam a golpe de faca Duas pessoas morreram a faca, ontem, durante uma briga de família na cidade de Ourem. Raimundo Ferreira de Souza foi cobrar de seu so- gro, Raimundo Barbosa da Silva, o dinheiro referente à venda de farinha. O sogro passou a discutir com o gen- ro porque este estava em- briagado. Houve agressão e um homem feriu o outro a fa- ca. Os dois acabaram mor- rendo. Em Capanema, uma irmã agrediu a outra, arrancando-lhe o dedo médio com uma dentada. (Página 22) HH/''i*í*W!BaM^mBBm^mBüm^^-KMri No Cronco da árvore, as denúncias dos grevistas. HOJE - 23:30 SEMANA DA PRIMAVERA h. *~ i jf/kx Hr MkW m BmÀ mmmmm, ¦ A^LBB^BB^^^lBmmBWÈMmm Eh... umoO ROMANCE :S-DE MURPHY E/e... o viúvo móis querido do cidade. Duas pessoas marcadas pela vida, com medo de viver um arande romance. com Sally Field e James Comer. * TV LIBERAL Capitania vai apurar denúncias O capitão dos Portos, Edson Sobrinho, disse ontem que vai apurar as denúncias de irregularidades feitas pe- los cozinheiros e taifeiros, marinheiros e foguistas em greve. Eles garantem que as embarcações têm deixado os portos com pessoal inabilita- do e, muitas vezes, em nume- ro inferior ao exigido pela Capitania, trazendo riscos de acidentes. Mas o capitão afirma que não pode mandar parar todos os barcos que se encontram nos rios. (Página 5) í|É"íij,^p,íííj,!í,2^**7^^ g'oft,y.*.i*y'A#iM>Ms»fei^4a.^

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BIBLIOTECA PÚBLICA DO PARÁSacçao de Obras do Pará

ARáI

Cuidados com o coraçãoOs médicos do hospital Woodlands, de Calcutá,conseguiram reduzir, ontem, a temperatura damadre Tereza, mas estão preocupados com o'velho coração cansado' da religiosa, quetem lhe causado dores no peito. O estado de

,. madre Tereza de Calcutá continua grave. Asfreiras da Ordem das Missionárias da

Caridade fazem orações por ela. (Página WI

Lucidéa MaioranaDiretor-Presidente

JORNAL DA AMAZÔNIASISTEMA ROMULO MAIORANA DE COMUNICAÇÃO

Assinatura Trimestral: NCzS 160,80 ANO XLIII Belém, Pará, Brasil, terça-feira. 19 de setembro de 198? N° 22.432 Preço do Exemplar: NCz$ l.óO

Governo acaba subsídio ao trigO governo anunciou, ontem, o

fim do subsídio ao trigo. Com o au-mento de 20% autorizado para o tri-go importado, o acumulado no mêschega a 63,75%. Segundo o secreta-rio do Tesouro, Luis Gonçalves, deagora em diante basta que o reajus-te do preço de venda seja igual a in-fiação para evitar que o produtovolte a ser subsidiado. De janeiro atéagosto, o governo gastou NCz$ 206milhões em subsídio ao trigo. Só nomês passado foram consumidosNCz$ 50 milhões. O pao deve ter no-vo aumento no início de outubro.CZl A Secretaria Especial de Abas-tecimento e Preços vai reajustar ho-je os preços do açúcar refinado,refrigerantes, papel higiênico e fa-rinha de trigo, em percentuais quevariam de 20% a 30%. O açúcar te-rá reajuste de 25,6%; o refrigeran-te, de 30%; o papel higiênico, de29%, e a farinha de trigo, de 20%.

(Página 15)

NESTA EDIÇÃOUm milionário na SenaAS DEZENAS ontem sorteadas são as se-guintes:

,-fÕ8l flíl [lÕI rãTl [26] [44~A Sena principal do concurso 79 saiu para

|um apostador de Ubá, em Minas Gerais, que4vai receber o segundo maior prêmio da his-tória das loterias da Caixa Econômica Fe-deral e do Brasil: NCz$ 6.676.625,84, jádescontado o Imposto de Renda. (Página 2)Protestos no PaissanduEM PROTESTO contra a decisão de não pa-gar o prêmio pelo empate frente ao Moto Clu-be do Maranhão, os jogadores do Paissanduse recusaram a receber o bicho pelo empa-te diante do MAC. (Página 12)APESAR dos desfalques, o Botafogo estácòrtfjAnte de que vencerá o Flamengo, ama-hhá, pelo Campeonato Brasileiro da Primei-ra Divisão. No Vasco, ainda hoje deverá seranunciada a contratação de um novo refor-ço: Titã. (Página 11)ENQUANTO o judoca Aurélio Miguel, meda-lha de ouro em Seul, será recebido hoje peloministro da Educação, Carlos SantAnna, opresidente da Confederação Brasileira de Ju-dô já admite convocá-lo para a Seleção Bra-sileira que disputará o mundial, no próximomês. (Página 9)Pão, 7? aumento do anoSOBEM hoje, pela sétima vez no ano, em Be-lém, os preços do pão. O aumento, de 14,3%,foi autorizado pelo Conselho Interministerialde Preços. De acordo com o Sindicato da In-dústria da Panificação, outros seis aumen-

, tos são esperados até o final do ano. O pãomais consumido, de 200 gramas, passa a eus-tar NCz$ 0,80.

(Página 7)Semana da ÁrvoreA PREFEITURA Municipal de Belém e a.Secretaria de Estado de Educação inicia-ram, ontem, suas respectivas programaçõesem homenagem à Semana da Arvore. Umamesa redonda sobre desmatamento e meioambiente abriu as atividades programadaspela Seduc. Está prevista a doação, pela Fa-culdade de Ciências Agrárias do Pará, de 60mudas de árvores à PMB.

(Página 4)Semana da PMDURANTE almoço oferecido à imprensa,ontem, o comando da Polícia Militar do Es-tado divulgou a programação a ser obedeci-da a partir de hoje, para a comemoração daSemana da PM. Uma missa solene em açãode graças, celebrada por dom Alberto Ra-mos, na Basílica, abrirá oficialmente o pro-grama, cujo encerramento é previsto parao dia 25. (Página 4)

'ma discussão acalorada entre o ecologista CamiloVianna e o diretor da Eletronorte, José Antônio Muniz Lo-

pes, acerca dos efeitos da ação da empresa sobre o meioambiente e os povos da região: foi esse o mais tenso mo-mento do primeiro simpósio realizado no XV CongressoBrasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, ontem.Mas os sanitaristas aproveitaram todo o dia para reite-rar seguidamente a necessidade de criação do Sistema

Nacional de Saneamento Básico e para criticar o gover-no federal pela redução nos investimentos para o setor.O presidente nacional da ABES, que promove o evento,Lineu Alonso, mostrou que o Brasil, quarto pais da Amé-rica Latina em mortalidade infantil, não fornece água a54 milhões de pessoas, coleta de lixo a 75 milhões e servi-ços de esgoto a 108 milhões. A foto é um bom exemplo.

(Página 20)

Horário doTSE aponta

4 em altaApenas quatro cândida-

tos conseguiram obter pon-tos na preferência doeleitorado, três dias depoisde iniciado o programa elei-toral gratuito pelo rádio eTV: Leonel Brizola (PDT),Paulo Maluf (PDS), Guilher-me Afif Domingos (PL) eUlysses Guimarães. Fernan-do Collor de Mello (PRN)caiu quatro pontos, de 27%para 23%, mas continua li-der, agora com apenas doispontos acima do candidatodo PDT, o segundo colocado.Esse é o resultado de duaspesquisas realizadas peloDataFolha em dez capitaisbrasileiras, uma no dia 11,antes do início dos progra-mas, e outra ontem, três diasdepois. Em Belém, Collorcaiu de 47% para 45% e LuísInácio Lula da Silva (PT) es-tá em segundo lugar, passan-do de 13% para 15%.

I I O presidente José Sar-ney reagiu com ironia às cri-ticas que tem recebido noprograma do PMDB, dizen-do que ficará até satisfeito sepuder contribuir para fazerUlysses Guimarães ganharalguns votos.I I Paulo Maluf deu entra-da junto ao TSE com um pe-dido de direito de respostapara contestar, no programado PDT, críticas que recebeude Leonel Brizola, anteon-tem. (Página 13)

FmacãO Vai atingir Michel FrankPorto Rico com força

total ao meio-diana Suíça

Pior furacão da década,o Hugo, com ventos de maisde 200 quilômetros por hora,chegou ontem a Porto Rico,depois de varrer as Ilhas Vir-gens e Leeward, onde deixoupelo menos seis mortos, 40feridos e milhares de desa-brigados. A tormenta está semovendo devagar, provo-cando pesadas chuvas sobrePorto Rico e estima-se quesomente à noite terá deixado

a ilha. O Centro Nacional deFuracões em Miami disseque o olho do furacão estavaseguindo para parte leste dailha, devendo atingi-la comtoda a sua força pouco depoisdo meio-dia. O governo de-cretou, ontem, estado dealerta nas Ilhas Bahamas,válido também para as Ilhasde Turks e Caicos, que ficamao sul.

(Página 18)

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Marco,Guamá,

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Firme eSouza.

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Campos,Jurunas,Condor,

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Comércio eCampina

MaréS e*JJk Mosqueiro Salinas

j Preamar 01:10 e 13:56 00:10 e 12:56 10:05 e 22:14Baixamar 21:08 e 09:02 20:08 e 08:02 16:31 e 04:15

lempO — Belém: parcialmente nubla-do a nublado. Temperatura: estável. Máxi-ma: 32 a 34. Mínima: 21 a 23. Ventos: Estefracos. Visibilidade: boa.

HOJE:42 páginas em 4 cadernos

* Jornal da Loto

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L__l Plantas pisoteadas, lixo no parque e até a morte de umfilhote de peixe-boi, farão com que técnicos do Goeldi par-tam para campanha de educação dos visitantes. (Página 7)

Michel Frank, o princi-pai acusado da morte deCláudia Lessin Rodrigues,foi assassinado anteontem,quando entrava em seuapartamento, na Suíça, dozeanos depois de fugir do Bra-sil para evitar a prisão. Mi-chel levava uma vida de"playboy" e a polícia de Zu-rique atribuiu o crime a tra-ficantes de drogas, comquem Michel estaria envolvi-do. A notícia mereceu desta-que em vários órgãos daimprensa suíça. (Página 21)

Colonos aindabloqueiama TransamA Transamazônica con-

tinua interditada à altura deMedicilândia por um grupode posseiros em conflito comos índios Arara. Ontem, de-legados de polícia de Mediei-lândia e Uruará estiveramno local mas não consegui-ram resolver o impasse. AFunai informou que a PF jáestá mobilizada, pois o climaentre colonos e caminhonei-ros retidos na estrada é ten-so. (Página 22)

Genro e sogrose matam a

golpe de facaDuas pessoas morreram

a faca, ontem, durante umabriga de família na cidade deOurem. Raimundo Ferreirade Souza foi cobrar de seu so-gro, Raimundo Barbosa daSilva, o dinheiro referente àvenda de farinha. O sogropassou a discutir com o gen-ro porque este estava em-briagado. Houve agressão eum homem feriu o outro a fa-ca. Os dois acabaram mor-rendo. Em Capanema, umairmã agrediu a outra,arrancando-lhe o dedo médiocom uma dentada.

(Página 22)

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No Cronco da árvore, as denúncias dos grevistas.

HOJE - 23:30SEMANA DAPRIMAVERA

h. *~ i jf/kx Hr — MkW

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Eh... umoO ROMANCE:S-DE MURPHYE/e... o viúvo móis querido do cidade.

Duas pessoas marcadas pela vida,com medo de viver um arande

romance.com Sally Field e James Comer.

* TV LIBERAL

Capitaniavai apurardenúnciasO capitão dos Portos,

Edson Sobrinho, disse ontemque vai apurar as denúnciasde irregularidades feitas pe-los cozinheiros e taifeiros,marinheiros e foguistas emgreve. Eles garantem que asembarcações têm deixado osportos com pessoal inabilita-do e, muitas vezes, em nume-ro inferior ao exigido pelaCapitania, trazendo riscos deacidentes. Mas o capitãoafirma que não pode mandarparar todos os barcos que jáse encontram nos rios.

(Página 5)

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2 CIDADES O LIBERAL Belém, terça-feira, 19 de setembro de 1989

ENG.° JOSÉ LUIZLOBATO CONTE

7? DIA - FALECIMENTO - MISSA - CONVITEOs engenheiros da turma Transamazônica for-

mados em 1970, imersos em profunda dor, dianteda perda irreparável de seu colega JOSÉ LUIZ, con-vidam seus amigos, familiares e companheiros, pa-ra a missa do 7? dia, pelo descanso de sua almaa ser realizada no dia 19/09 (terça-feira), às 18:00hs na Basílica de Nazaré.

GRIMOALDO PINTO SOARES1° ANO DE FALECIMENTO «MISSA «CONVITE

"Ele se foi. Nós ficamos.Um dia estaremos todos reunidos".A família de GRIMOALDO PINTO SOARES, na certeza de

que seu caminho de luz continua abençoado, convida seus de-mais familiares, amigos e companheiros de rádio e da imprensaem geral, para rezarem por sua iluminação em missas que se-rão celebradas na igreja de N. Sra. do Rosário, neste dia20.09.89 (quarta-feira) às 6:30 h da manhã, e na igreja de SãoRaimundo Nonato no mesmo dia às 18:00 h. A todos que parti-lharem conosco esta corrente de oração agradecemos com pro-fundo sentimento de amor.

COMT. WELLINGTONRODRIGUES BRASIL

FALECIMENTO - ENTERRO - CONVITEA diretoria do Aeroclube do Pará comunica a seus asso-

ciados, com profundo pesar, o brusco falecimento de seu di-retor social COMT. WELLINGTON RODRIGUES BRASIL,ocorrido ontem às 16:30h, e convida a todos para os seusfunerais, que se realizarão às 11:00h de hoje, saindo o fé-retro do Aeroclube do Pará, para o cemitério Recanto daSaudade.

A Diretoria

WELLINGTON)RIGUES BRASIL

FALECIMENTO - ENTERRO - CONVITENapoleão Carneiro Brasil e Zelinda Ro-

drigues Brasil, pais; Maria da Graça Araú-jo Brasil, esposa; Jeferson Rodrigues Brasil,irmão; Maria das Graças Regis Brasil, cu-nhada; Priscila, Patrícia e Paloma Regis Bra-sil, sobrinhas; imersos em profunda dor pelaperda irreparável de um ente muito queri-do, comunicam aos parentes e amigos o fa-lecimento de WELLINGTON RODRIGUESBRASIL, ocorrido ontem no Unicor da Be-neficente Portuguesa, e convidam para o seusepultamento, hoje, às.'10 horas, saindo ocortejo fúnebre da capela mortuária da Be-neficente Portuguesa para o cemitério Re-canto da Saudade.

WELLINGTONRODRIGUES BRASIL

FALECIMENTO - ENTERRO - CONVITEOs diretores e funcionários da

Construtora Mauá Júnior, Solar Ma-teriais de Construção e Cine-Vídeocomunicam com pesar o falecimen-to do comandante WELLINGTONRODRIGUES BRASIL, irmão dopresidente das empresas JefersonBrasil, e convidam a todos para oseu sepultamento que será realiza-do hoje, às 10 horas, sgindo o fere-tro da capela mortuária da Bene-ficente Portuguesa para o cemitérioRecanto da Saudade.

ALDA MARIA VASCONCELOS BARBOSA(ALDINHA)

FALECIMENTO — MISSA — CONVITE"Feriste o lar num golpe tão

profundo, ainda bem cedo, novigor da idade. Acordaste dosonho deste mundo para viverno mundo da verdade".A família de ALDINHA comu-

Ínica

seu brusco falecimento no

sdia 13/09/89 e convida para_**__! Wk^a missa do 7? dia que se rea-

lizará hoje, às 19 horas, na Igreja dos Capu-chinhos.

DR. JOSÉ MARIA DIREITO ÁLVARESFALECIMENTO - PARTICIPAÇÃO

3é5 DIAS DE PRECESE SAUDADES

CHRIS, criatura maravilhosa que as águaspesadas e tristes de 19 de setembro de 1988transformaram em mensageira espiritual de Deus.

CHRISTINA UCHOA AZEVEDO, jornalistapor formação e vocação, profissão que desem-penhaste com fé e entusiasmo e a serviço dela fos-te violentamente ceifada de nosso convívio. Nessaterça-feira, 19 de setembro, teus familiares, ami-gos, companheiros dos "Poemas Dispersos", doECC, jornal O LIBERAL, TV Cultura, entre outros,que continuamos em prece, mandaremos celebrarmissa em sufrágio de tua alma às 19:30 horas,na capela Nossa Senhora das Graças — Av. Se-nador Lemos, Praça Brasil.

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PLANTÃOPERMANENTE

FONES: 224-6715- 224-7064

GeneralissimoDeodora 891. esquina

da João Balbi

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Venda deContratosPóstumos

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Maria da Conceição Estrela Álvares, José Maria es-

posa e filha, Concitinha esposo e filho, Koka esposo e fi-lha, Luis Flávio e esposa, Laurinha, Pedro Veriano DireitoAlvares esposa, filhas, genro e neto; esposa, filhos, gen-ros, noras, netos, irmão, cunhada e sobrinhas, consterna-dos participam o falecimento de seu inesquecível JOSÉMARIA DIREITO ÁLVARES, ocorrido às 07:30 h de do-mingo, dia 17, tendo sido sepultado no mesmo dia, às 17hs., no Cemitério de Santa Izabel.

JOSÉ NEVES DUARTE DOS SANTOS6.° MÊS DE FALECIMENTO

MISSA CONVITE"Daí-lhe, Senhor, em felicidade, o descanso eterno no Céu o que, ele deu em bon-

dode, ternura e dedicação na terra, aos seus familiares, amigos e conhecidos, semmedir sacrifícios".

Os seus entes queridos, ainda imersos de saudades, convidam a todos os seusparentes, amigos, para assistirem à Santa Missa em memória de suo alma, que serácelebrada às 7:30 horas do dia 20 próximo (quarta-feira), na Igreja de São José deQueluz (Canudos). Antecipadamente agradecem a todos aqueles, que comparece-rem a esse ato de fé e amor cristão.

JOSÉ CRUZ MARQUES FILHO— COMUNICADO —

Sid Informática S/A, comunica o brusco fa-lecimento do seu funcionário JOSÉ CRUZ MAR-QUÊS FILHO, ocorrido dia 17.09.89 ecompartilha junto com a família esta dor.

JOSÉ CRUZ MARQUES FILHO— COMUNICADO —

3 R Consultoria e Informática, comunica obrusco falecimento de seu companheiro JOSÉCRUZ MARQUES FILHO, ocÓrYidó dia17.09.89 è compartilha janto com a família es-ta dor.

REFRIÂUTO BELÉM LTDA.FALECIMENTO

REFRIAUTO BELÉM LTDA. comunica aos seusamigos e clientes o brusco falecimento do seu dire-tor LUIZ CARLOS KOETH, ocorrido às primeiras ho-ras do dia 18 do corrente, vítima de acidenteautomobilístico.

Seu corpo foi trasladado para Cuiabá,sua ter-ra natal,onde será sepultado.

Agradece a todos que compareceram sentimen-tando pela dolorosa ocorrência.

IZ LOBATO CONTEMISSA DO 7? DIA

PARTICIPAÇÃO — CONVITENewfarma (Conte, Soares e Cia Ltda), conster-

nado pelo prematuro falecimento de seu sócio Eng?JOSÉ LUIZ LOBATO CONTE, convida os parentes,e amigos e demais funcionários, para a missa do 7?dia que mandará realizar em sufrágio de sua alma,às 18 horas do dia 19.09.89, na Basílica deNazaré.

Agradece antecipadamente a todos pelo com-parecimento a esse ato de fé e piedade cristã.

ENG.0 JOSÉ LUIZ LOBATO CONTEMISSA DO 7? DIA — CONVITE

Maria de Lourdes Lobato Conte (mãe), Maria EugêniaConte Soares, esposo e filhos, Eugênio Lobato Conte, espo-sa e filhos (irmãos), Rosário Conte, esposa e filhos, MinucciaConte Grizolia e filhos, Mercedes Conte e filhos (tios), AlbertoEduardo Conte Mendes Veloso, esposa e filha, Paulo SérgioConte Mendes Veloso (sobrinho) e demais parentes e amigosdo inesquecível JOSÉ LUIZ, profundamente abalados como prematuro e irreparável desaparecimento desse seu entequerido, convidam a todos de maneira geral para a missaque mandam celebrar, hoje, terça-feira, dia 19, na Basílicade Nazaré às 18 horas pelo eterno descanso de sua alma.

Agradecem todas as manifestações de solidariedade econforto de todos que comungaram de nossa profunda dor.

ENG. JOSÉ LUIZ LOBATO CONTEMISSA DO 7? DIA

PARTICIPAÇÃO — CONVITE#NORCON-ENGENHARIA INDÚSTRIA ECO-

MÉRCIO LTDA. consternada pelo falecimento doEng? JOSÉ LUIZ LOBATO CONTE, irmão de nos-so sócio-diretor, convida os parentes, amigos e de-mais funcionários para a Missa do 7? dia quemandará celebrar em sufrágio de sua alma, terça-feira, dia 19, às 18 horas na Basílica de Nazaré.

Agradecem antecipadamente a todos pelo com-parecimento a esse ato de fé e piedade cristã.

Mineiro ganha o 2?maior prêmio da Sena

Brasília (Sport Press) — A Sena principal do concur-so 7!) saiu para um apòstador da cidade de Ubá, em MinasGerais, e vai-receber o segundo maior prêmio da históriadas loterias da CEF e do Brasil NCz$ (i.(i7(i.(i25,l!4, descon-tado o Imposto de Renda. 0 mais novo milionário marcouem sua aposta as dezenas 01! - 11 - 19 - 21 - 2(i e 44, sorteadasnesta segunda-feira, na cidade de Alibaia, cm São Paulo.Ele fez o seu jogo no revendedor José Braz de Resende Bran-do, rua São José, 69.

A Sena anterior, que teve as dezenas 07 -01 -18 -20 -2.r>e 43, premiou quatro apostadores - dois de São Paulo (Embu-Guaçu e São Vicente), um de Goiás (capital) e um de Mi-nas Gerais (capital). Cada um receberá a importância deNCz$ 556.385,48. A Sena posterior, cujas dezenas foram 09-12 - 20 - 22 - 27 e 45, também teve quatro ganhadores - doisde São Paulo (capital eüsasco), um do Espírito Santo (Co-latina) e outro do Rio Grande do Sul (Arvorezinha) e cadaum vai receber a quantia de NCz$ 556.385,48.

A quina premiou 678 apostas, cabendo a cada uma o pré-mio individual de NCz$ 5.650,91, enquanto a quadra pagaráo rateio de NCz 108,90 para cada um dos 35.184 acertado-res. (ASP)

casas em SalvadorSalvador < AE) — A frente fria que atingiu o Sul e Su-

deste do país na semana passada chegou a Salvador na ma-drugada de ontem, ocasionando ventos fortes e chuvas queprovocaram desabamento de 12 casas, deslizamento de ter-ra em pelo menos 15 locais e alagamentos em Ioda a cida-de. O Instituto de Meteorologia registrou, entre 3:30 horase às 15 horas, o maior índice pluviométrico do ano — 133,2milímetros — e também o maior já verificado no mês desetembro desde 1904, quando se iniciaram as medições.

Nas primeiras horas da manhã, a maioria das aveni-das de vale, principais vias de ligação da cidade, estavamalagadas. Durante todo o dia formaram-se grandes conges-tionamentos em praticamente todos os bairros. Houve so-mente um acidente grave, com a morte de um menino de13 anos, preso nas ferragens de um ônibus que derrapou echocou-se com um caminhão. Três bairros da cidade alémdo centro industrial de Ara tu, ficaram sem telefones, os des-lizamentos de terra danificaram dois cabos de transmis-são da Telebahia, afetando os telefones.

A coordenação de Defesa Civil e a Superintendência deManutenção da Capital (Sumac) permaneceram de plan-tão durante todo o dia, atendendo a pedidos de socorro em53 ocorrências na periferia da cidade. Segundo o superin-tendente da Sumac, José Afonso Baltazar da Silveira, a cau-sa principal dos alagamentos foi a precariedade do sistemade drenagem da cidade, agravada pela obstrução da maio-ria dos bueiros. Além da manutenção deficiente dos buei-ros, o lixo acumulado nas ruas de Salvador nos últimos doismeses, em conseqüência do precário serviço de coleta, foitodo carregado pela chuva.

No interior do Estado, também se registraram índicespluviométricos altos em Barreiras (no oeste) e Lençóis (Chapada Diamantina), mas até à noite de ontem a coorde-nadoria de Defesa Civil do Estado não tinha sido acionada.

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de 0 Liberal

222-0133Área indígena temdez mil invasoresBrasília (AG) — A procuradoria Geral da República

entrará com uma ação civil contra a União para a expul-são dos invasores do Parque Indígena do Araguaia, na ilhado Bananal, uma área de 1,8 milhão de hectares, ocupadapor índios Carajás e Javaes. O procurador geral da Repú-blica, Aristides Junqueira Alvarenga, juntamente com oprocurador da Fundação Nacional do índio (Funai), Oví-dio Martins, e o procurador da República, Victor Muzzi, so-brevoaram na sexta-feira a região para ter uma visão doproblema. A maioria dos 10 mil invasores da ilha do Bana-,nal, na fronteira do Mato Grosso e Tocantins, são "retirei-ros" — peões que cuidam do gado de fazendeiros. Existemdois mil índios no parque, que estão sendo prejudicados coma invasão. O procurador da Funai, Ovídio Martins, está co-lhendo novas informações para o inquérito policial sobreo assunto, que já dura seis meses.

Ontem, Muzzi reiterou à Justiça a concessão do pedi-do de liminar para a imediata interdição das pistas pela Po-lícia Federal. Até hoje a liminar proposta na ação não foijulgada, segundo Muzzi. Ele disse que, enquanto o Gover-no Federal não toma uma decisão prática sobre o assunto,a violência e a impunidade na área estão aumentando.10231

ZARIFE DABBASSOUSA DE OLIVE

FALECIMENTO — ENTERRO — CONVITEHamilton Souza de Oliveira, esposo, filha, genro, netos e cu-

nhadas, participam o falecimento de ZARIFE DABBAS SOUSADE OLIVEIRA, ocorrido ontem, às 14:00 horas, e ao mesmo tem-po convidam para o seu sepultamento a ser realizado hoje, 19/09,às 10:00 horas, saindo o féretro da sua residência à Travessa Qua-torze de Março n.° 1115, para a necrópole de Santa Izabel.

FRANCISCO TEIXEIRADE AZEVEDO

MISSA DO 7? DIA - CONVITEA Diretoria da Assembléia Pa-

raense convida para a missa do 7?dia pelo sufrágio da alma deFRANCISCO TEIXEIRA DE AZE-VEDO, pai de nossa Diretora Ed-na Azevedo de Azevedo, arealizar-se hoje, dia 19.09.89, às18:00 horas na Capela do Pão deSanto Antonio, agradecendo desdejá aos que comparecerem a esseato de piedade e fé cristã.

CLÁUDIO CUNHA C^f^

GABRIEL HERMES ^tf/W^ M

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Belém, terça-feira, 19 de setembro de 1989 O LIBERAL OPINIÃO 3

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Visita da diretoria do Conj ove&Z ¦ A diretoria db Conselho de Jovens Empresários - Con-' _óve - através de Alexandre Xerfan, César Meira, Sérgio<Bitar Pinheiro, Ronaldo Mendes e Eduardo Mello - esteveContem, em O LIBERAL, para convidar a direção do Siste-Vma Romulo Maiorana de Comunicação e a Fundação Ro-.mulo Maiorana para o lançamento do projeto "Praça do

Arbage quer revogar leique antecipa feriados

Brasília (AE) — O deputado Jor-"ge Arbage (PDS/PA) tenta hoje, jun-£ to ao presidente da Câmara, deputado3 Paes de Andrade, e aos líderes parti-$ dários, votar em regime de urgência oi Projeto de Lei que apresentou há 156 'dias, revogando a lei 7.320, de 11 de ju-9 .nho de 1985, que determina a anteci-i ,pação para segunda-feira de todos os§ feriados nacionais.

Jorge Arbage afirma que a expe-í .riència foi desastrosa e que "é difícil•' mudar os costumes da Nação". O de-_ putado já conseguiu, no primeiro se-. mestre deste ano, também através dei úm Projeto de Lei, que o feriado de5 "Corpus Christi" não fosse antecipa-Í do. Entre os próximos feriados, os'*"° mais importantes são os de 12 de outu-

bro (Nossa Senhora Aparecida, Pa-i|droeira do Brasil), 2 de Novembrogé;(Dia de Finados), 15 de Novembro*£;(Proclamação da República) e 8 de•"'dezembro (Ascensão de NossaííÇSenhora).p_í O Projeto de Lei do deputado Ar-?J'bage encontra-se, no momento, em es-^"tudos na Comissão de Justiça, que.Jpainda não deu o parecer sobre a sua". constitucionalidade ou não. Mas o de-|3 putado, com o apoio da CNBB, espera

que ele seja votado — e aprovado —dantes do feriado de 12 de outubro.

Dia da PazRio (AG) — O badalar de sinos

em diversos pontos do mundo, às llh,numa corrente mundial pelo desar-mamento em todos os níveis será o

um ponto alto de uma série de eventos queI marcarão, hoje, o'Dia-Internacional| da Pai, comemorado há cinco anos.na'

Horto", dia 29, às 19h30, no Salão Nobre da Associação Co-mercial. Os representantes da diretoria do Conjove foramrecebidos por Roberta Maiorana, diretora-executiva da Fun-dação, que participa, junto com a Prefeitura de Belém, daexecução do Projeto, que visa a recuperar a Praça do Hor-to, na rua dos Mundurucus. Na foto, um aspecto da visita.

Sarney vaiao Equadorem outubro

Brasi lia (AE) — O presidente Jo-sé Sarney aceitou convite do presidên-te Rodrigo Borja e vai visitar oEquador nos dias 25 e 26 de outubro.O Itamaraty disse ontem que a visitatem uma "importância política evi-dente" e que as pendências da dívidaexterna equatoriana com o Brasil, queestavam atrasando certos projetos bi-laterais, "já estão sendo negociadas".O assunto será tratado entre reuniãode ministros da Fazenda em Cancum,no México, nesta semana.

O Equador, segundo o Itamaraty,é considerado um mercado importan-te para empresas brasileiras. Quatroprojetos brasileiros estão em anda-mento, ontem, naquele país: forneci-mento de água potável-para Quito,pelo consórcio Interbrás — Filsan;Estrada Mendes — Morona, pelaConstrutora Andrade Gutierrez; for-necimento de equipamento de servi-ços para o Ietel ( InstitutoEquatoriano de Telecomunicações;Irrigação e ligação de lagoas (Tran-vase de Santa Helena), pela Norber-to Odebrecht.

O Equador e o Chile são os únicospaíses ainda não visitados por Sarneyna America do Sul. O secretário ge-ral do Itamaraty, Paulo Tarso Flechade Lima, disse ontem que não há pre-visão de uma diz do presidente ao Chi-le, mesmo depois das eleiçõespresidenciais chilenas, em dezembro.

"Seitretariavai iní

terceira terça-feira de setembro,quando é aberta a Assembléia Geralda Organização das Nações Unidas(ONU). No Rio, a Embaixada da Paz,entidade pacifista responsável pelacoordenação das comemorações nacidade, programou entre outras mani-festações, como meditação, apresen-tação de Tai-chi-chuan, uma escaladado Pão-de-Açúcar, além do badalardos sinos, do qual participará o presi-dente da Associação Brasileira de Im-prensa (ABI), Barbosa LimaSobrinho.

No ano passado, a Embaixada fezuma grande festa no Jardim Botâni-co, para inaugurar o sino da paz, de210 quilos, feito com munição refundi-da. Este ano as comemorações serãoitinerantes. O sino da paz sairá às 8hda sede da embaixada, no alto da BoaVista e um cortejo de seus integrantespercorrerá bairros da Zona Sul. Àsllh, um menino de rua fará soar o sinona praça Nossa Senhora da Paz, emIpanema, onde o grupo de Tai-chi-chuan estará fazendo uma mentaliza-ção pacifista. No mesmo momento,Barbosa Lima Sobrinho tocará outrosino na sede da ABI e o Grupo Inde-pendente de Montanhismo estará fa-zendo o mesmo no alto do Pão-de-Açúcar. A arquidiocese autorizou quetodas as igrejas da cidade tocassemseus sinos no horário determinado.

Ao meio-dia, o sino da paz seguepara o centro, antes de voltar à em-baixada. A noite, na Câmara Munici-pai haverá um ato comemorativo or-ganizado ,PfiIa„AssociaÇâo de Organi-zações não Go\_rnamentais de Apoio•àONUv I i

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\ Carros aumentam emissão fazendasde poluentes em 100%

Recife (AG) — Um levantamento fei-to por técnicos da Companhia Pernam-bucana de Controle da PoluiçãoAmbiental e Administração de Recur-sos Hídricos (CPRH) constatou que,nos últimos dez anos, a emissão de po-luentes feita por veículos automotoresaumentou em 100% na Grande Recife,comprometendo seriamente a qualida-de do ar que a população está res-pirando.

Segundo dados do levantamento,atualmente 252 mil veículos, ou seja,70% de toda a [rota de Pernambuco, jo-gam diariamente no ar do Grande Re-cile nada menos de 50 toneladas dehidrocarbonetos, 32 de oxido de enxofre,80 de oxido de nitrogênio, 5 de materiaisparticulados (pó), além de grandequantidade de monóxido de carbono

De acordo com os técnicos, quan-

do a gasolina tinha adicionados 22% deálcool, os veículos do Grande Recife li-beravam diariamente 370 toneladas demonóxido de carbono. Mas depois que

a gasolina passou a ter apenas 18% deálcool os veículos passaram a liberar444 toneladas de monóxido de carbono.Caso o Governo decida baixar para 12%a quantidade de álcool na gasolina, sóde monóxido de carbono os carros libe-rarão 560 toneladas por dia, disse a en-genheira química Denise Cunha,técnica da CPRH.

Para tentar minimizar o problema,a CPRH promete iniciar uma rigorosafiscalização começando pelas empre-sas de ônibus, os quais por serem mo-vidos a óleo diesel são os principaispoluidores entre todos os veículos quecirculo no Grande Recife.

Acampamento continua na(sede do Incra em Recife

Recife (AJB) — Com barracas deplástico negro, panelas, colchões, cai-xas de papelão servindo como berçospara recém-nascidos, roupas estendi-das em varas improvisados, e se ali-mentando de doações feitas pelaPastoral da Terra, 400 camponeses re-solveram ontem, em assembléia, per-manecer acampados na sede daCoordenadoria Regional do Incra emPernambuco, até que o Governo Fede-ral os autorize a explorar as terras doEngenho Pitanga, onde foram assenta-dos desde o ano passado. Hoje comple-tam oito dias no local.

O Engenho Pitanga fica nos muni-cípios de Abreu e Lima e Igarassu, a 30quilômetros do Recife. Tem 1 mil 200hectares, dos quais 842 foram desapro-priados pelo presidente José Sarney, apedido do Incra, que assentou no local150 famílias. Mas agora a área desapro-priada fica no meio de um dos últimosremanescentes da Mata Atlântica econstitui região de preservação rigoro-sa, o Instituto Brasileiro de Meio-Ambiente e Recursos Naturais Renova-veis (Ibama) não permite que à mataseja derrubada, nem para a venda demadeira nem para cultivo de lavouras.

Até o mês passado — enquanto a si-tuação não se definia —- os camponesesvinham sobrevivendo com cestas envia-das pelo governo do Estado. Mas a re-messa foi suspensa, a fome aumentou,as madeiras derrubadas foram apreen-didas pelo Ibama, e eles resolveramacampar no Incra, para que este pres-sione o Ibama a liberar o cultivo dasterras. O Ibama já enviou um ofício aoIncra afirmando que o decreto presi-dencial contraria o Código Florestal e

ia própria Constituição, e que não libe-rara as terras. No final de semana, o' novo coordenador regional do Incra, Jo-

sé Estevão Dantas — o outro demitiu-se há oito dias — manteve entendimen-tos com o Ibama, que está irredutívelna sua posição.

Ontem Dantas viajou para Brasi-lia, onde pretende conseguir amanhãum acordo entre as procuradorias doIncra e do Ibama. Antes de embarcar,ele reuniu-se com representantes da Fe-deração de Trabalhadores Rurais dePernambuco — Fetape a quem solici-tou empenho para que os lavradoresdeixassem a sede do Incra. Mas o pre-sidente da Fetape, José Rodrigues, rea-giu: "Os camponeses querem soluçãopara o problema deles. Se ficam Ia emPitanga, calados, no meio do mato, nin-guém se lembra que eles existem. Omovimento é pacífico, o local agora de-fendido pelo Ibama já foi explorado an-teriormente sem que ninguém gritas-se".

Tanto o Incra quanto a Fetape con-testam o Ibama, afirmando que a fio-resta será preservada, e que a regiãoonde os camponeses foram assentadosé constituída de tabuleiros. Mas o Iba-ma já apreendeu madeira suficientepara carregar 12 caminhões, em Pitan-ga 2. Ontem em meio a placas como"não podemos morar no mar, não po-demos plantar no ar" e "não queremosterra para desmatar, queremos paraplantar", os 400 lavradores — entre ho-mens, mulheres e crianças — aguarda-vam uma solução, em meio a um surtode conjuntivite que já atingia a váriascrianças. Muitas delas foram atendidasno pronto-socorro, com desidratação, nofinal de semana, e algumas, como Claú-dia Cristina Gomes de Queiroz estavamcom a pele com erupções, devido ao ca-lor. A mãe, Claudinete Ferreira Borges,17 anos, e mais duas filhas não tinha di-nheiro para comprar remédio nem lei-te para dar às crianças.

São Paulo (AJB) — A SecretariaEstadual da Agricultura anunciou on-tem que serão multadas em 1 milMVRS (o equivalente a 48 mil cruza-dos novos), nove propriedades da re-gião de São João da Boa Vista, a 213quilômetros da capital paulista, jáidentificadas como produtoras de ba-tatas contaminadas com mercúrio.Nessas fazendas, constatou-se a exis-tência de mercúrio em amostras dcbatatas acima de 10 partes por bilhão,o máximo admitido pela Legislaçãoe pela Organização Mundial de Saúde.

De 600 propriedades cuja produ-ção será examinada pelos técnicos daSecretaria, 25 estão com amostras emprocesso de análise. Entre amostrasde 28 fazendas já analisadas, houvecasos de até 25 partes por bilhão dcmercúrio nas batatas examinadas.

RegistroA diretora presidente do Sistema

Romulo Maiorana de Comunicação eo diretor executivo Romulo MaioranaJúnior receberam:

Convites: Para o Simpósio so-bre Perspectiva nas Pesquisas de An-tiinflamatórios no Tratamento deDoenças Reumáticas, durante oXVIII Congresso Mundial de Reuma-tologia, a realizar-se hoje no Riocen-tro a partir das 10:00 horas.Da Elevadores Otis Ltda, parao coquetel de inauguração da sua no-va sede nesta cidade e para apresen-tar o mais moderno elevadorprogramável do Brasil — "o ADV-210"no dia 21 de setembro, às 19:00 horas,na travessa Dom Pedro I, 475.

Do governador Hélio Gueiros, eda profa. Therezinha Moraes Gueiros,presidente da Ação Social integradado Palácio do Governo, para a "Aber-tura da Feira dos Municípios de 89",no dia 22 de setembro, às 18:00 horas,no Parque de Exposição PresidenteMediei.Da equipe do Hilton, em nomeda sra. Norma Aguiar, gerente social,para o coquetel comemorativo ao 2?ano de exercício do sr. Franklin Ros-heuvel, na gerência geral do Hilton In-ternacional Belém, que aconteceráamanhã, às 20 horas, no apartamen-to da gerência geral.Da Reviste Imprensa, da asso-ciação Brasileira de Imprensa e doBanespa, para participar da cerimô-nia de entrega do prêmio "Libero Ba-daró de Jornalismo", a ser realizadoamanhã, às 20:00 horas, no TeatroMunicipal de São Paulo.

Comunicação: A TV Liberalde Belém está incorporando ao seumoderno Parque de Equipamentos orevolucionário transmissor Harris, de30 kw de potência, estéreo. Com o no-vo equipamento, a emissora viabilizaa melhoria de transmissão de seu si-nal, atingindo com perfeição todos ospontos de sua área de cobertura. In-formação esta retirada do Boletim deInformação para Publicitários — BIPde setembro/89.

Repórter 70PROMULGAÇÃO

Nossa Estatuinte está certa de que apro-va a nova Constituição do Estado e programauma festa para a solenidade de promulgaçãonesse dia, que, sendo tão perto do Círio, vai encher,na esperança dos deputados, a praça do seu pa-lácio, o "Cabanagem". O fogueteiro Palheta vemda Vigia com os fogos de artifício e grupos dointerior virão exibir danças folclóricas. E a ima-ginação criadora da comissão de festejos bo-lou um ato novo: a Constituição virá, páginapor página, da Praça da Bandeira para o Lar-go de Palácio, conduzida por atletas. As pági-nas serão depositadas, uma a uma, no palanqueprincipal e, quando completa, será a Consti-tuição apresentada ao povo.

DA tempo, um membro da Comissão da Festa

se lembrou que terá de ser invertida a ordemdas páginas. O primeiro corredor traz a últi-ma página e o último atleta a primeira pági-na, para a Constituição não ficar às avessas.

Em respeito à Constituição que ainda vainascer, é proibido fazer piadas.

SILVERRonaldo Caiado não cumpriu o anunciado pelos jor-

nais, de que estrearia no horário do TSE entrando emcena montado em um cavalo. Mas no domingo, o presi-dente da UDR deu o seu jeito e apareceu montado emum cavalo branco para conferir com o texto psicogra-fado de Francisco Xavier, que indicava tanto a mortede Getúlio como os presidentes que a ele se seguiram.A vez, agora, é de alguém que chegará montado em umcavalo branco.

Caiado não só chegou como, ontem, reapareceu paradizer que o castigo virá a cavalo. Naturalmente bran-co, como o que ele continua montando.

Aiôôô, Silver!

SINDUSCONEntre os maiores problemas da inflação

está o de medi-la, tantos são os critérios ado-tados. Queixam-se os juizes que, a partir do fimdas OTN's, em janeiro de 89, contam-se aos mi-lhares os litígios sobre a correção monetária,sendo mais complexos os travados entre as cons-trutoras e os adquirentes não abrangidos peloSistema Financeiro da Habitação. Nesses con-tratos, inclusive muitos no Pará, as constru-toras pretendem substituir as OTN's pelos índicesdo Sinduscon (Construção Civil de São Paulo)e os compradores pleiteiam os BTN's, cuja va-riação, de janeiro a agosto, foi de 169,56%, en-quanto naquele índice atingiu 282,2%. Diferençade 112%. • 5 »..!¦_"_

Para resolver o impasse, o senador JarbasPassarinho apresentou projeto, estipulando acorreção até janeiro pela OTN de 6,17 e de fe-vereiro em diante pelo IGP da Fundação Ge-túlio Vargas, com periodicidade mínimatrimestral. A inflação de janeiro ficaria des-considerada de vez que isso aconteceu com ossalários.

Boa notícia para quem comprou e aindanão pagou...APROVAÇÃO

No "Conversa com Hélio Gueiros" de ontem, o go-vernador se disse muito satisfeito diante dos resulta-dos da pesquisa que o DataFolha fez sobre os governadorese O LIBERAL publicou em sua edição de domingo. Héliodisse, também, que se acha aprovado por um percen-tual maior do que os 48% que o consideram ótimo oubom governador. Para ele, apenas 9% o reprovaram e,em conseqüência, 91% o aprovam porque não o consi-deram nem ruim, nem péssimo.

Agora, diz Hélio, sua responsabilidade é muito maiordiante de uma aprovação em tal índice.

AUDIÊNCIAApesar das promessas, o público não está

passando das boas intenções e o horário gra-tuito de propaganda eleitoral cai acentuada-mente como audiência. Antes do programa doTSE, a média de audiência das tevês se situaem 37%. Com o programa eleitoral, vai cain-do e chega até a apenas 24%. Depois, volta acrescer até 29%, menos do que os 36% médiosdos programas imediatamente posteriores. Amédia dos candidatos na tevê é de 24%.

No dia da estréia, segundo o Ibope, o pú-blico ainda agüentou o primeiro candidato, queteve 38%. Mas no segundo, a audiência já erade 33%. E foi caindo sempre até que, lá pelomeio, o suspeito grito índio de "Gabeira presi-dente do Brasil" só chegava a 24%. Com a apro-ximação da novela das 8, agora no horário de9:30, a audiência foi crescendo novamente atéque o proposto enigma do PG chegou a ter 29%.

Acabado o horário do TSE, a média dos pro-gramas voltou para os 36%.

MEDOBoris Becker, que ganhou o Aberto dos Estados Unidos

e está em marcha batida para desbancar Ivan Lendl,o tcheco naturalizado americano, de primeiro do mun-do no tênis, fez um seguro de 10 milhões de dólares, es-pecificamente contra seqüestros, algo de que o campeãoalemão tem muito medo.

Dada a notícia do seguro, que renova um outro fei-to sigilosamente e que era de 4 milhões de dólares, Beckernão ficou nada satisfeito: acredita que, agora, aumen-tam as possibilidades de seqüestro. E, naturalmente,o medo dele.

SEGUNDOA referência ao bom exemplo do deputa-

do José Fransciso, constante de um tópico dodia 15 passado, deu àquele parlamentar mui-tos dividendos, em especial de pessoas que nãosão do seu relacionamento cotidiano.

Mas, na Assembléia foi feita logo uma re-tificação. É que um segundo deputado, o em-presário José Diogo, tem o mesmo procedimento,devolvendo, todos os meses, dois terços dos 300litros a que tem direito pelo uso do carro ofi-ciai como 2? vice-presidente do Legislativo.

Também deste parlamentar outra informa-ção: tudo o que recebe por mês, nem passa porsua conta bancária, indo direto para a contade uma clínica da Pedreira, que atende caboseleitorais e eleitores encaminhados por ele.

LANÇAMENTO. ,>,.0.,u. -01 - O presidente do Tribunal de Justiça do Estado.dp.:.

Pará, desembargador Almir de Lima Pereira, está comdois lançamentos programados para a primeira quin-zena de outubro. O primeiro livro é a "Agenda Consti-tucional", baseada na Constituição Federal. O segundoé "Comentários à Constituição do Estado", a ser pro-mulgada na noite de 5 de outubro, durante sessão sole-ne, no Teatro da Paz. O destaque desses lançamentos,ambos com o selo das Edições Cejup, é que "Comenta-rios à Constituição do Estado" será publicado dez diasapós a promulgação da carta constitucional dos paraenses.

LEITELeitor diz ter lido declarações do presidente

da Associação dos Supermercados de que o abas-tecimento de leite estaria normalizado pois jáhaviam chegado cinco carretas e caminhões.Só que passaram os três/quatro dias que o pre-sidente estabeleceu de prazo e continua a fal-tar leite instantâneo nos supermercados. Só éencontrado com atravessadores que fazem pousoem feiras em boxes, como a de São Brás.

Só que o preço vai de 8 a 10 cruzados novos.

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EM POUCAS LINHASO comando da procissão do Círio que é feito

através de sinais de apito, neste ano, pela pri-meira vez passará para um dos diretores daFesta, que substituirá o coronel Nunes da PM.***** Durante muitos anos quem orientou o andamen-to da procissão foi o delegado Orlando Souza, que porsinal era evangélico. Quando morreu, a missão passoupara o coronel Nunes. ***** A Câmara Federal faz,amanhã, uma sessão especial para homena-gear dom Alberto Ramos, arcebispo de Belém,por motivo do jubileu de ouro de sua ordena-ção sacerdotal. ***** Começaram as mudanças noscomandos da Polícia Militar: o coronel Tteoatozio Ma-chado assumiu o comando do policiamento da capitale o coronel Guaracy Paranhos foi para a diretoria deapoio logístico. ***** O Departamento de Físicada Universidade fez, ontem, uma reunião e decidiudar ao Laboratório de Pesquisas Físicas o no-me de Professor Henrique Antunes Neto. *****O homenageado foi uma das vítimas fatais no aciden-te com o Boeing da Varig que caiu no Mato Grosso. *****Aristóteles Miranda, que é colaborador de OLIBERAL, recebeu o prêmio Vespasiano Ra-mos, da Academia Paraense de Letras, pelo livrode poesias "Travessia do Ser". ***** Visitou, on-tem, nosso companheiro Romulo Maiorana Júnior o diretor-delegado dos Serviços Municipalizados de Água e Sa-neamento de Coimbra, José Antônio Maia Guerreiro,que ofertou publicações do departamento que dirige efolders sobre Portugal. ***** Guerreiro, que veioa Belém para o 15.° Congresso Brasileiro da ABES,relembrou visita que fez a este jornal em no-vembro de 1988, quando veio a Belém para acom-panhar a esposa, participante do CongressoBrasileiro de Anestesiologia. ***** João GuilhermeFiúza de Melo voltou de São Paulo, onde foi se subme-ter a exames cardiológicos, com duas informações deseu médico. Uma boa e outra ruim. A boa: o coraçãoestá em forma. A ruim: tem que fazer dieta para per-der peso. ***** Toda a bancada paraense foi con-vidada a responder presente ao 1? Festival deGastronomia do Pará, de 25 a 29 no Hotel Na-

cional, com Pinduca dando o toque de carim-bó. Álvaro do Espírito Santo está indo ao DFpara o coquetel de lançamento do evento. *****Cerca de 500 frangos do setor de avicultura da ColôniaAgrícola Heleno Fragoso, anexa à Penitenciária de Ame-ricano, morreram de fome, por falta de ração. *****O supermercado Nazaré da Duque de Caxiasserá reconstruído pela Engeplan e já deveráestar pronto para as vendas de Natal. ***** Umaginkana promovida pelo Colégio do Carmo conseguiu200 doadores de sangue para o Hemopa, 150 mil fras-cos de medicamentos, que foram entregues ao hospi-tal Anita Gerosa, de Ananindeua, e 30 toneladas de papel,que foram doadas à República do Pequeno Vendedor.***** O presidente da Emater, Robson Vilar,regressou do Baixo Amazonas decidido a ins-talar três representações da empresa em Bel-terra, Placas e Fordlândia. A de Belterra seráinaugurada no dia 22, com a presença do mi-nistro da Agricultura, íris Rezende. ***** Leo-nei Brizola já confirmou que vem a Belém no próximodia 6 de outubro. No dia seguinte vai a Macapá. *****O PDT ainda não anunciou o programa do can-didato aqui. ***** Fernando Lyra, o candidato a vicena chapa de Brizola, antecipou sua chegada a Belémpara amanhã. Participará do Congresso da ABES, inau-gura a sede da Unidade Trabalhista e, à noite, faz umapalestra para os estudantes da Unespa. ***** Na quinta-feira está programada visita à sede da Fede-ração das Indústrias. ***** Gueiros disse mais umavez, ontem, que o "Pará é o único Estado mais do queviável" e começou a citar nossas potencialidades. *****Foi durante a palestra que fez, no auditório daSEFA, a 38 coronéis integrantes da Escola doEstado Maior do Exército. ***** A empresa ABCCriadores Associados promoverá no próximo sábado,no parque de exposição Presidente Mediei, no Entron-camento, o leiloshow, que reunirá animais altamen-te selecionados, inclusive cavalos das raças árabe, quartode milha e apaloosa, todos puro-sangue. ***** Serãovendidos, também, bovinos Santa Gertrudes,Cimentai e Nelore.

4 CIDADES O LIBERAL Belém, terça-feira, 19 de setembro de 198?

Pedro Pinto explicaJoão Malato

Do meu velho confrade e amigo Pedro Pinto, diretor-presidente do "Diário Oficial" do Estado, recebi, no úl-timo sábado, a carta que abaixo divulgo, com o maiorprazer:-"Lendo seu apreciável artigo publicado em nossoquerido jornal O Liberal, sinto-me na obrigação de es-clarecer os acontecimentos sobre o aumento dos preçosdas tarifas dos transportes coletivos, tanto a proposta daEmpresa Metropolitana de Transportes Urbanos, comofinalmente a Resolução devidamente homologada peloexmo. sr. governador Hélio Mota Gueiros.

Sendo o prezado confrade um profissional da maisalta estirpe, merecedor de credibilidade em suas nar-rações, pelo modo imparcial que comenta os aconteci-mentos ou expressa suas opiniões em suas crôn:cas o quedemonstra o elevado nível cultural que é possuidor e ou-trás qualidades, como equilí brio, sensatez, etc..., curvo-me mediante a estas qualidades a fim de prestar-lhe in-formações verídicas para que o amigo possa analisar queas notícias que lhe foram fornecidas são inverídicas. Pa-ra isto, estou remetendo em caráter confidencial, devi-do a confiança adquirida por mim em sua pessoa,através do conhecimento de seu caráter probo e honra-do, fotocópia das Resoluções enviadas a esta Autarquia,a qual procuro conduzir com humildade, porém com dig-nidade, e o exemplar do Diário Oficial que as publicou.

Esclarecemos, também, que nossa preocupaçãomaior, exatamente para evitar que esta Repartição se-ja lesada por dirigentes de Empresas que visam somenteseus interesses pessoais é que somente publicamos taisatos com o devido despacho e homologação do chefemaior do Poder Executivo. E na referida Resolução n°007/89 enviada para esta Autarquia, datada do dia 04 domês corrente, determina que a mesma através de des-pacho do dr. Hélio Gueiros, entre em vigor a partir dezero horas do dia 06 do mesmo mês e assim foi feita apublicação da referida Resolução no Diário Oficial dodia em que a mesma entraria em vigor.

Na certeza de que desta maneira, .podemos contri-buir com uma ínfima parcela para que o jornalismoexercido pelo grande profissional que merecidamente fazjús de ser assim classificado continue a levar a seus inú-meros leitores notícias corretas, agradeço os elogios di-rígidos a minha pessoa. Coloco-me a seu inteiro dispore desejo-lhe êxitos contínuos no desempenho da profis-são tão nobremente exercida".

Os "Intocáveis" do "Goeldi"

O Museu Emílio Goeldi está saturado de cientistas,de pesquisadores, de antropólogos, etnólogos e de mui-tos outros cavadores da vida que por aqui aparecem.Mas, infelizmente, não há muitos desses consagrados sá-bios que saibam avaliar os valores entre as espécies dafauna amazônica, — como acaba de ficar provado comessa risível troca de animais entre o Zoológico de Ara-caju e nosso infeliz Museu, que tanta glória conquistouno mundo, quando os verdadeiros cientistas a seu servi-ço não eram tantos como os que hoje o empaturram, echegam a fugir pelo ladrão, como acaba de acontecercom o aventureiro ianque Darrel Posey que, a serviçodo Museu e contando com as facilidades que a direçãodo Goeldi lhe proporcionou, levou dois índios nossos, doXingu, para os Estados Unidos, e lá os envolveu numatraição contra o Brasil, que ficou impune, enquanto obandido americano vai em fuga, em procura de outrosares e de outros otários...

No caso da troca de animais entre Sergipe e o Pa-rá, os "privilegiados" do Goeldi não souberam sequerdiferenciar entre duas araras vulgares e os doismacacos-pregos, da opulência felina das duas lindas on-ças, de espécies diferentes, que criminosamente, presen-teamos, — como se um patrimônio tão rico do nossoEstado, pudesse ser objeto de barganhas. E, quando sur-ge uma voz de protesto contra essa desfaçatez, logo sal-ta um "pesquisador" de qualquer coisa, que se intitulade Bento e de Mascarenhas, para considerar que só"eles", os sábios do Museu, estão em condições intelec-tuais de falar sobre zoologia, ou de criticar umapermuta infamérrima, como foi essa, de onças pormacacos-prego...

Homenagem a Bandeira CoelhoO Conselho Estadual de Cultura promoverá no pró-ximo dia 19, às 17 horas, em sua sede à rua Manuel Ba-

rata 50, uma sessão magna em homenagem ao saudosogeneral Ernesto Bandeira Coelho, antigo membro do co-legiado e que por longos anos chefiou a Comissão Bra-sileira de Limites, no setor Norte. O presidente doConselho, dom Alberto Gaudêncio Ramos, arcebispo me-tropolitano, honrou-me com um convite para essa sole-nidade.

PiedadeEu me gabo de ser o escrevinhador de imprensa quemenos se queixa de erros nas crônicas que publica, —

mesmo porque os companheiros da revisão são sempresolícitos com os meus trabalhos.

Acontece, infelizmente, que o meu artigo de sábadoúltimo, e que teve por título "Promessa de redenção pa-ra a Amazônia", saiu prenhe de erros, crassos, que medeixaram encabulado com os meus leitores. Não os apon-to, um a um, porque são tantos que não me deixariamespaço para os recados que gosto de dar. Mas, uma coi-sa eu peço aos meus confrades revisores: PIEDADE!

Estudantes debatemdevastação amazônica

Uma mesa redonda em que foram discutidas as prin-cipais questões da região amazônica, em especial o des-matamento e o meio ambiente, abriu, ontem de manhã, noauditório do Centro de Informática da Educação, a Sema-na da Arvore, promovida pela Secretaria de Estado deEducação. De acordo com a professora Maria IsabelAmazonas, chefe da Divisão de Currículo da Seduc, a in-tenção é levar a discussão sobre o meio ambiente para ointerior das escolas que fazem parte do Projeto Desper-tar, evitando restringi-la — e conseqüentemente as infor-mações e deliberações daí resultantes — aos órgãos liga-dos ao assunto.

Várias atividades serão desenvolvidas durante a se-mana pelos alunos das 26 escolas que integram, atualmen-te, o Projeto Despertar, todas ligadas à ecologia. ParaIsabel Amazonas, há muito que se debate sobre meio am-biente no Brasil, sem que sejam ouvidos todos os segmen-tos da sociedade, da qual também fazem parte os estudan-tes de Io grau: isso impede o surgimento de novas propôs-tas. "As discussões até parece que viraram moda", disseela. "A nossa intenção é fazer com que as crianças de Iograu discutam entre si o que acham dos problemas am-bientais resultantes do desmatamento e quais as soluçõesque eles apontam para acabar com isso".

Do encontro de ontem participaram cinco represen-tantes de cada escola do Despertar, técnicos e professoresda Seduc. A mesa redonda — coordenada pela subsecretá-ria de Estado de Educação, Nazaré Bessa, e composta pe-Ia diretora do Departamento de Ensino de Io Grau, RitaNery, pelo responsável da Divisão de Educação Ambien-tal da Sespa, Marco Aurélio Almeida, e pela assessora deImprensa da Seduc, Elisabeth Costa — teve como tema AConstituição e o meio ambiente. Nove alunos, represen-tando as escolas Antonieta Serra Freire, Joaquim Viana,Luís Nunes Direito, Luiza da Costa Rego, Pedro Carneiro,Dom Pedro I, Emiliana Sarmento, Marluce Pacheco eMonsenhor Azevedo, apresentaram propostas retiradasem reuniões anteriores dos alunos, em cada uma dasescolas.

Para hoje está prevista a Feira do Verde, exposiçõesde plantas, folhagens e flores, além de varal de cartazes econcursos ecológicos. Amanhã, os estudantes farão umaexcursão ecológica no campus da FCAP e, na quinta-feira, Dia da Arvore, a semana será encerrada com umagincana ecológica.

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<--¦> - '; ¦ X .X.X •'¦¦ ' Missa marcará aira da Semana

Para os técnicos, só a integração interinstitucional pode propiciar melhor atendimento ao homem de rua

Saúde mental dos homens deJ. SJ.^lr I5vl •£& &M- ¥ s^S-âJ.i»S.fL§.i%% ^•mf.l. ?jXiJTji jLf \j»3J.O

No primeiro dia, ostécnicos deixaram,claro que asperspectivas nãosão animadoras. Elespretendem, buscar asalternativas 'viáveis.

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articulação dentro do Siste-ma Ünico de Saúde com oobjetivo de beneficiar odoente mental e, entre as ai-ternativas, propiciar me-lhor assistência aos homens

de rua, foi um dos pontos defendidospelo psiquiatra Benedito Paulo Be-zerra, coordenador do I Simpósio So-bre Saúde Mental e Homens de Rua,que a Divisão de Saúde Mental da Se-cretaria de Estado de Saúde Pública,com o co-patrocínio da Secretaria deEstado de Segurança Pública e apoioda Fundação do Bem-Estar Social doPará, Fundação SESP, AssociaçãoParaense de Psiquiatria, AbrigoJoão de Deus e Fundação Papa JoãoXXIII. O evento foi aberto ontem noauditório dos Mercedários, às 9horas.

Também diretor da Divisão deSaúde Mental da Sespa, Bezerra dizque o problema dos homens de rua émarcadamente social, fugindo à res-ponsabilidade do setor, até o momen-to, a viabilização de recursos mate-riais e humanos destinados a alber-gues, pensões protegidas ou quais-quer outros sistemas que se asseme-lhem às casas moldadas para evitarinternações em hospitais ou asilospsiquiátricos.

Bezerra disse que o simpósio,que termina no dia 22, foi uma solici-tação da Secretaria de Estado de Se-

gurança Pública, preocupada com asituação dos doentes mentais encon-Irados nas ruas da cidade. Ele admi-tiu as distorções na assistência aodoente mental, a falta de leitos psi-quiátricos e outros problemas que serefletem na existência de doentesmentais com necessidade de hospita-lização. O médico espera que taisproblemas sejam reduzidos à medidaem que for reorganizada a assistên-cia psiquiátrica no Pará, dentro dosprincípios norteadores da reformasanitária."Não restam dúvidas de que so-mente uma articulação real entre ospostos de saúde, ambulatório de psi-quiatria do Inamps e as formas deatendimento de crises vinculadas aosambulatórios e internações dentro daatual abordagem do Hospital Aluízioda Fonseca e do Hospital das Clínicaspoderá fazer face à falta de leitos".Bezerra anunciou, também, a expec-tativa de que surja uma forma únicade abordagem do problema dos ho-mens de rua, sem dispersão deesforços.

Nas ruasO simpósio, que pretende promo-

ver a integração entre os órgãos desaúde, segurança, justiça e promo-ção social com responsabilidadesjunto aos "homens de rua" — sobre-tudo os que apresentam sinais e sin-tomas psiquiátricos — e proporcio-nar noções de psiquiatria clínica, so-ciai e forense, foi aberto pelo secreta-rio de Estado de Saúde Pública, He-rundino Moreira. Ele disse que "nãohá como ficar alheio ao sofrimentodas pessoas que circulam pela cidadeà espera de esmolas e doações quepermitam pelo menos a alimenta-ção". Para ele, o problema tem seavolumado e a impressão é de que"há um crescente aumento de mendi-gos e indigentes".' '""A'ãrea de saúde";'dià^e 'ele; i

; "não é exatamente aquela em melho-

res condições técnicas para ofereceralternativas de solução para a criseeconômica que o país atravessa e quepossui estreitos vínculos com as pés-simas condições de vida, saúde, ali-mentação e moradia, e mesmo com oestado de completa miséria e aban-dono a que estão sujeitos inúmerosbrasileiros".

Ele lembrou a seca que assolou oNordeste nos anos de 1877 e 1878 e oimpacto de uma migração desorde-nada sofrido por Belém e pela regiãobragantina. Ao longo dos anos, paraas populações de diversos lugares dopaís, a Amazônia apresenta-se comoa terra prometida, verdadeira salva-cão para os que julgam que vão me-lhorar rapidamente com o ouro fácil,enveredando pelo mundo dogarimpo."E fácil deduzir que tais compro-metimentos sócio-econômicos atin-gem a área de saúde", acrescentou osecretário. "As doenças vinculadas ànutrição e as formas infecto-contagiosas são necessariamentelembradas nessas circunstâncias. Aomesmo tempo, o alcoolismo surge co-mo sério problema, porque o álcoolfunciona como fuga à depressão eproporciona momentos de entorpeci-mento dentro da cruel realidade so-ciai vivida por essas pessoas,arrastando-as para uma nova arma-dilha, agora de natureza bioquímica.Entre diversos funcionamentos nesselerreno, eis que nos defrontamos coma existência de pessoas que já apre-sentam sinais e sintomaspsiquiátricos".

Moreira admitiu que o simpósio"limita e reduz o foco de aborda-gem" do problema, mas disse que oSUS quer trazer sua constribuição,ainda que limitada,' às perspectivasda Saúde Mental. O evento inclui ex-posição geral, debates e mesas re-dondas para abordagehvdos diversostemas; • • -,.-¦

da Polícia MilitarUma missa solene de ação de graças oficiada hoje às

10 horas, por dom Alberto Gaudêncio Ramos, arcebispometropolitano de Belém, na Basílica de Nossa Senhora deNazaré, marcará a abertura da Semana da Polícia Mili-tar do Estado, que termina no dia 25. A programação foidivulgada ontem, durante almoço de confraternizaçãooferecido pelo Comando Geral da PME aos órgãos de co-municação da terra, no Cassino Arraial de Canudos, noquartel do 2o Batalhão de Polícia Militar.

Os jornalistas foram saudados pelo coronel Vieira,chefe da 3a e 5a seções. Seguiu-se a palavra do comandan-te geral da PME, coronel Ramundo Nonato Barbosa Limaque falou sobre a importância do relacionamento entrePolícia Militar e imprensa para a comunidade. Depois deanunciar que o coronel Teodósio Machado assume no dia29 o Comando do Policiamento da Capital, em substituiçãoao coronel Benedito Aguiar, guindado ao Comando do Es-tado Maior da PME, o coronel Nonato disse que a corpora-ção não pode prescindir da colaboração da imprensa.

O colunista social Isaac Soares que, justamente comLuiz Paulo Freitas, Odacyl Catete, Nélio Palheta, AlbertoQueiroz e Antônio Silva representaram o Sistema RomuloMaiorana de Comunicação, agradeceu a homenagem emnome dos presentes, ressaltando o relacionamento exis-tente entre a PM e a imprensa da terra.

Da programação da Semana da Polícia Militar do Es-tado, constam, hoje, além da missa, jogos no ginásio deesportes da Escola de Educação Física, a partir das 15 ho-ras. Amanhã, haverá homenagem póstuma ao coronelFontoura, patrono da milícia paraense, às 9 horas, no ce-mitério de Santa Izabel. A noite, haverá concerto da ban-da sinfônica da PM na concha acústica do Conjunto Arqui-tetônico de Nazaré, às 2Óh30m.

No dia 21 será inaugurado o quartel da PM em Icoara-ci, com instalação da 3a Companhia do Io Batalhão de Po-lícia Militar, às 10 horas. No dia 22, é a vez dos bailes dasestrelas e das divisas. No dia 23, prova de resistência inte-restadual — Troféu Ciclístico Coronel Fontoura, às8h30m, na avenida Pedro Álvares Cabral (entre avenidasJúlio César e Tavares Bastos), XXV Prova de Pedestria-nismo Coronel Fontoura, com início às 8 horas, na ruaConceição com avenida Alcindo Cacela (quartel doBptran) e confraternização de cabos e soldados.

No dia 24, haverá a Prova Hípica Coronel Fontoura,com início às 10 horas, no Centro Hípico do Pará, TroféuCiclístico Coronel Fontoura, Prova Australiana (interes-tadual) e Prova Comunitária, com início ás 8h30m, naPraça da República.

O dia 25 será marcado por solenidade cívico-militarcom início às 10 horas, na avenida Alcindo Cacela, emfrente ao Bptran, com distribuição da medalha de mérito,policial-militar Coronel Fontoura a diversas autoridadese personalidades da terra, entre as quais, o comandanteda 8a Região Militar, comandante do 4o Distrito Naval,-prefeito Sahid Xerfan, presidente da Assembléia Legisla-tiva do Estado, deputado Mário Chermont e outros.

A programação foi divulgada durante o almoço.'

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Prefeiturafaz semanada árvoreCom a participação de

estudantes de 10 escolas darede municipal de ensino pde cinco estabelecimentosparticulares, teve início, on-tem, a Semana da Arvorepromovida pela PrefeituraMunicipal de Belém, me-diante a ação integrada dassecretarias municipais dpEducação e Cultura, de Saneamento e de Saúde e MeioAmbiente e Fundação Muni-cipal de Assistência ao Estudante. O evento, planejadocom a finalidade de conscientizar os alunos e mem-bros das comunidades dàsbairros de Belém, Icoaracie Mosqueiro da importânciada conservação do meio ani-biente e a preservação dasinstalações das escolas, se-rá estendido até ò dia i:\.

Ao lado de solenidadesde abertura do evento nasescolas Alfredo Chaves, emIcoaraci, e Ana Bancai; noMosqueiro. o início das ati-vidades da Semana cia Arvo-re em Belém foi marcadocom uma programação naEscola Municipal Ida de ()liveira, no conjunto Próvidên-cia, em Val-de-Cães. Em seupronunciamento de abertu-ra do evento, o secretáriomunicipal de Saúde e MeioAmbiente, Antônio Vinagre,representando o prefeito Sa-hid Xerfan, destacou a né-cessidade de umaconscientização ecológicapor parte dos diversos seg-mentos da sociedade em fa-ce das depredações do meioambiente O titular da Ses-ma enfatizou a integraçãodos órgãos municipais, atra-vés do Projeto Despertar, yisando a conscientização dosalunos da rede municipalcom relação ao meio ambiente, ao longo dos 181) diasdo ano letivo, coma partici-pação dos professores.

A semana visa estimular os estudantes na conser-vação tanto das áreasverdes públicas como dasdependências de suas pró-prias casas.

O representante da Fa-culdade de Ciências Agra-rias do Pará (FCAP!),Fernando Rodrigues, fez aentrega de uma muda ao di-retor do Departamento de ,Saneamento Ambiental daSesan, Paulo Ataide, simbp-lizando o total de (ii) mudasde essências florestais que a •FCAP doará à Prefeitura

CLAS8IFICADOS OE

OU8BIALFone: 222-0133

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Belém, terça-feira, 19 de setembro de 1989 O LIBERAL CIDADES 5

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Quais as alternativas na UFPa ?Sem consenso, asentidades decidiramformar uma comissãopara estudar oproblema dosgrevistas. O reitorpode perder o apoio.

D

Os seguranças foram cfíamados, mas os que trabalham de manhã já aderiram

Começa5.300 ci

Mas, ao todo, só1.100 ossuáriosvão ser vendidosnos próximos anos.

Em

conseqüência da^OmWm—dade imediata de novas se? ipulturas para vários enter-ros e das obras finais do os-

suário geral, realizadas ontem pelamanhã, será iniciada hoje a exu-mação dos corpos enterrados nocemitério São José, no Bengui, noperíodo de janeiro de 1983 a junhode 1984. Os restos mortais serãotransferidos das sepultura para osossuários. O processo de exumaçãovisa resolver o problema de faltade espaço nos cemitérios de Belém,cuja lotação foi esgotada por efeitoda antiga lei de uso do solo, quepermitia a compra definitiva desepulturas.

Jaime Brandão, diretor do De-partamento de Administração deNecrópoles, disse que, de acordocom a nova lei, todas as pessoasque tiverem parentes sepultadosnos cemitérios têm prazo limitadopara adquirir um ossuário a fim de

loje extimação de>s no Bengui

guardar os restos mortais de seusfamiliares. Ele explicou que a anti-ga lei permitia a aquisição definiu-va das sepulturas, o que provocouum inchaço nos cemitérios e umconseqüente déficit no atendimentoà grande demanda. A nova lei esta-belece prazos de aquisição de os-S0ári0S'de cinco e três anos, paraadultos e crianças, respectivamen- ¦•

ucèv'"Sê ninguém quiser adquirirum dos ossuários particulares, aadministração colocará os restosmortais no ossuário geral dos ce-mitérios, onde os corpos ficam semregistro", esclareceu o diretor.

Ele acrescentou que 5.300 cor-pos serão exumados a partir de ho-je, quinze por dia, de modo a ga-rantir as novas vagas no cemitério."A maioria dos enterros que sãorelizados em Belém, ocorrem nocemitério São José', do Bengui, jus-tamente, porque nos demais as va-gas para sepulturas perpétuas jáse esgotaram", ressaltou Brandão.O diretor informou, também, quejá estão sendo construídos maistrês blocos de ossuários partícula-res no cemitério de São José paraserem vendidos à população, "tota-lizando, com os novos blocos, 1.100ossuários disponíveis para os pró-ximos anos".

urou mais de seis ho-ras a audiência dosfuncionários da em-presa Progresso Servi-ços Gerais Limitada,

em greve desde a últimasegunda-feira, com ó reitor daUniversidade Federal do Pará,Nilson Pinto de Oliveira e suaequipe de pró-reitores. Cercade 50 pessoas, representandoentidades da UFPa e da socie-dade civil, encheram o gabine-te do reitor. Os vigilantes doturno da manhã entraram emgreve em resposta à exonera-ção do chefe do setor, Francis-co Lima, determinada por Nil-son, de quem foi cobrada umapostura de respeito às propôs-tas democráticas que o elege-ram. As lideranças da Associa-ção dos Servidores da UFPa,que compõem o comando domovimento grevista dos traba-lhadores da limpeza, e o repre-sentante do Diretório Centraldos Estudantes declararamque a gestão Nilson Pinto, secontinuar se orientando pelo"caminho do descompromis-so", pode encontrar nas duasentidades inimigos ferrenhos.

A Asufpa lançou nova notaà comunidade acadêmica, inti-tulada "E agora Nilson?", acu-sando o reitor de ter "mostra-do suas garras antidemocráti-cas enganando os trabalhado-res quando não cumpriu a pro-messa de incorporá-los à Fun-dação de Amparo e Desenvol-vimento da Pesquisa". Traba-lhadores da limpeza e repre-sentantes dos vários setoresuniversitários reuniram-se nopátio da reitoria em manifesta-ção de protesto, o que fez comque fossem convocados segu-ranças. Segundo os manifes-tantes, os assessores do reitoros acusaram de tentar invadiro prédio e um dos guardas esta-va armado.

jq ? i De acordo com o comandode greve, o chefe da segurançafoi eleito diretamente e só a co-munidade poderia cassá-lo."Nilson também foi eleito pelacomunidade acadêmica. Se opresidente Sarney tentasseexonerá-lo, não só ocuparia-mos a UFPa como impediria-mos o ato. Um reitor que foieleito com esse princípio nãopode usar um mecanismo des-ses contra os trabalhadores.Lima é de confiança da comu-nidade acadêmica", explicouJoão Batista de Araújo, vice-presidente da Asufpa. Os vigi-lantes farão assembléia geral

Muita gente participou da reunião: o gabinete de Nilson Pinto ficou lotado

hoje para definir a paralisaçãototal do serviço. "Não acatare-mos um interventor nomeadopor Nilson", informou o co-mando de greve.

AudiênciaNilson Pinto disse, na

abertura da reunião, que a rei-toria está investigando casosde vandalismo no campus. "Osgrevistas não deixaram de lim-par a Universidade, mas su-jam deliberadamente. Jogar li-xo no campus não é greve, évandalismo", afirmou.

O diretor da AssociaçãoNacional dos Docentes em Ni-vel Superior (Andes), MárioCardoso, disse que a entidadejamais esperava que fossemusadas armas de fogo para re-primir funcionários na UFPa."Isso será denunciado nacio-nalmente", ameaçou. Nilsonreafirmou que a possibilidadede absorção do pessoal da lim-peza está descartada. Paraele, a "palavra mágica para omovimento não deveria ser Fa-desp e sim melhores condiçõesde trabalho e vida". E se pro-pôs a discutir, durante dois outrês- dias, ò assunto para que acomunidade universitária che-gue a um consenso.

O diretor do Sindicato dosRodoviários, Salomão Fernan-des, declarou-se surpreendidocom as atitudes de Nilson."Nossa categoria, através dogrupo que dirige a Asufpa, veiopara o campus durante a elei-ção fazer campanha por Nil-son. Pedimos muito voto", en-fatizou. Edir Veiga, da CentralÜnica dos Trabalhadores e daAssociação Nacional de Servi-dores das Universidades Brasi-leiras, afirmou que a greve dalimpeza é um fato político e a

paralisação dos vigilantes umacúmulo. "A posição do reitordeveria ser de lutar junto coma comunidade, como se propôsna campanha eleitoral, parasuperar as condições de extre-ma exploração a que estão sub-metidos os trabalhadores dalimpeza", frisou. Edir Veigapropôs a realização de um con-curso prático na UFPa para in-corporação dessesfuncionários.

O concurso prático foi de-fendido também pelo vice-presidente da Asufpa. Segundoele, os trabalhadores da limpe-za não possuem condições deescolaridade para realizar umexame teórico, sendo mais jus-ta a realização de provas práti-cas. Nilson agradeceu o apoiodas entidades na eleição e res-saltou que sua maior preocupa-ção é com as 373 famílias queserão atingidas caso a questãonão se resolva. O reitor afir-mou que pediu ao proprietárioda empresa, João Moraes, quenão peça a ilegalidade da gre-ve enquanto a administraçãoesteja discutindo o assunto."São trabalhadores que déscq:nhecèm ás forças políticas e arealidade política da UFPa",disse ele. E informou que nodia 31 de outubro termina ocontrato licitatório com a Pro-gresso. João Moraes, compare-ceu à audiência mas não sepronunciou.

Conforme Nilson, por con-ta da questão da vigilância,"setores" estão aproveitandopara atacá-lo. "Posso ser cha-mado de autoritário, mas que-ro trabalhar por toda a comu-nidade e não para aqueles quemais gritam". Ele disse, ain-da, que todas as facções politi-

cas da Universidade reivindi-cam para si o ônus de o teremeleito. "Entretanto, sou da con-fiança da comunidade". Decla-rando que se comprometeu anão reprimir os trabalhadores,Nilson explicou que em ne-nhum momento convocou a vi-gilância para esse tipo de ser-viço. "Viajo e quando retornofico sabendo que o chefe do se-tor disse que desacatará or-dens que nao dei, sugerindoque chame a Polícia Militar.Não vai ser um chefe de vigi-Iância que vai me dizer parachamar a PM". Sobre a amea-ça das entidades de retirar oapoio à reitoria, Nilson disse:"Paciência. Vou ter a comuni-dade contra mim".

Os ânimos se acirraramquando o pró-reitor de Exten-são, Alex Fiúza de Melo, fez de-clarações em defesa do reitor eda decisão do Conselho Diretorda Fadesp que foram dura-mente atacadas por Mário Car-doso. A servente Izabel Cam-pelo Gomes compareceu à au-diência para testemunhar so-bre. as tentativas de estuprofeitas pelos capataze.s da ,gm-presa. Nilson mandou á procu-radoria ;da UFPa averiguarimediatamente o caso.

Como não houve consenso,uma comissão paritária ficouencarregada de elaborar umestudo sobre a questão. Sendocomposta por três represen-tantes do comando de greve,três da Asufpa e três da admi-nistração superior. Hoje, às 16horas, a comissão reunir-se-ácom o comando de greve e oreitor para submeter à apre-ciação o estudo com as alterna-tivas para solucionar oproblema.

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Sem sepulturas perpétuas, as famílias podem adquirir os ossuários

As obras foram concluídas no final da tarde de ontem

Capitania vaiaveriguar as

irregularidadesForam vários os grevistas que se reuni-

ram, ontem pela manhã, em frente à Capitaniados Portos do Pará, portando faixas e carta-zes: eles foram pedir ao comandante geral queimpedisse a saída de embarcações dos portosparaenses, porque, segundo eles, está sendoutilizada mão-de-obra inabilitada para as via-gens, acarretando sérios riscos de acidentes.Os substitutos, segundo os grevistas, nem mes-mo conhecem a região. O capitão de Mar-e-Guerra, Edson Sobrinho, garantiu, entretanto,que a Capitania só está liberando as viagensquando confirma que a tripulação está normal.

A greve, iniciada na quinta-feira, dia 14, vi-sa conseguir reajuste de'100% sobre o saláriobase e de 120% sobre horas extras fixas, emvirtude do acúmulo de funções que exercemnos navios. O comando de greve, composto porrepresentantes de cada um dos sindicatos dascategorias, esperava, até as 12 horas de ontem,um comunicado do Sindicato das Empresas deNavegação para a abertura de negociações.Guilherme Tadeu, um dos integrantes do co-mando, disse que o movimento conseguiu 80%de adesão das categorias em toda a região. Eleafirmou que os armadores conseguiram libe-rar algumas embarcações, mas de forma irre-guiar, pois foram utilizadas pessoas inabilita-das: "Eles desconhecem inteiramente os rios,cujas sinalizações não são permanentes".Isso, segundo ele, traz sérios riscos de aci-dentes, pois os marinheiros que se encontramem greve já trabalham na região há muitosanos e conhecem as mudanças feitas durante oano. "Há também um dispositivo constitucio-nal que proíbe a substituição ou a contrataçãode qualquer pessoa enquanto uma categoria es-tiver em fase de negociação salarial",acrescentou.

O presidente do Sindicato de Contra-Mestres e Marinheiros, Haroldo Souza, disseque o catamarã Rondônia, da Enasa, que desa-traçou na sexta-feira teve um problema emuma de suas máquinas e ficou parado durantequatro horas, em conseqüência da utilização depessoas que não entendem de navegação. "ACapitania dos Portos precisa acabar com as ir-regularidades que vêm ocorrendo nesses bar-cos, pois quem vai sofrer com isso são os pró-pnos passageiros". Para o presidente do Sindi-cato dos Taifeiros, Arnaldo Nascimento, o capi-tao Sobrinho deve tomar atitudes mais drásti-cas contra os armadores, pois ele é uma daspessoas que mais se preocupam com os riscosde naufrágio na região.

Sobre as negociações salariais e os conse-quências do movimento grevista, Clementino

Os grevistas foram com faixas e cartazes para a frente da Capitania dos PortosRodrigues, presidente do Sindicato dos Foguis-tas, salientou que a atitude do presidente daEnasa, Carlos Rocque, foi precipitada. Rocqueafirmou que todos os marinheiros que traba-lham na empresa serão demitidos. "A gente es-tá procurando entender a posição do presidenteda Enasa, pois parece ser a primeira vez queele trata de assuntos salariais. O problema éque nos também fazemos a Enasa e ele, maisdo que ninguém, deveria nos apoiar", ressaltouRodrigues.

O capitão Sobrinho disse desconhecer irre-gularidades do tipo denunciados pelos grevis-tas. Segundo ele, a Capitania só libera os bar-cos depois de uma ampla investigação que ga-ranta estar adequada a tripulação às necessi-dades de navegação. Quanto às substituiçõesdenunciadas pelos grevistas, o capitão Sobri-nho garantiu que a Capitania é radical nesseponto não deixando que qualquer pessoa de ní-vel inferior assuma funções destinadas aos tri-pulantes habilitados. "O que estamos fazendo éaveriguar se existem as irregularidades. Oproblema e que não podemos parar todos osbarcos que estão nos rios. Na existência real deirregularidades, multaremos e apreenderemosos barcos", finalizou.

Sindarpa: ganhosO Sindicato das Empresas de Navegação

Fluvial e Lacustre e das Agências de Navega-ção, no Estado do Pará, assinou no dia 14 passa-do, um acordo com os comandantes (oficiais denáutica), motoristas de máquinas, maquinistase pessoal de escritório, concedendo um aumen-to de 100% sobre o salário de agosto, a partir deIo de setembro, e mais 120 horas extras. "Comisso, a partir desse mês o menor salário ficouem torno de NCz$ 2.100,00 e o maior, dos pilotosfluviais, em NCz$ 4.129,66", disse, ontem, o pre-sidente do Sindarpa, Luís Otávio Campos.

Cozinheiros e taifeiros, maquinistas e fo-guistas não aceitaram o acordo, entretanto.

Em documento ao Sindarpa, as três categoriasem greve, reivindicam, entre outras coisas, ocumprimento da cláusula 21a do projeto de con-venção, que diz "que as empresas licenciarão oempregado eleito presidente do sindicato ou dafederação, ou seus substitutos, assegurandoaos mesmos a remuneração que percebiamquando em atividade a bordo. Porém, caso o li-cenciado melhore sua carta através do curso deaperfeiçoamento no Ciaba, ou estabelecimentode ensino náutico equivalente, a empresa a queestiver vinculado passará a remunerá-lo deacordo com a nova categoria, sendo extensivotal direito aos presidentes de sindicatos e fede-rações que já estejam licenciados e no exerci-cio de cargo". Campos diz, porém, que a em-presa pode ter ou não vaga para contratar ofuncionário que fez algum curso.

Quanto as outras reivindicações, o presi-dente do Sindarpa disse que o piloto fluvial, porexemplo, recebia em setembro do ano passadoo salário de NCz$ 166,97 mais a gratificação de25%, totalizando NCz$ 208,71. O aumento paraNCzf 4.129,66 representa um acréscimo de1.879%, superior ao da inflação. "A inflação doperíodo, medida pelo IPC do IBGE. foi de1.083%, o que significa que eles tiveram recupe-ração da inflação e mais 800% de ganhos reaisno período", garante Luís Otávio. E afirma quea proporção para as demais categorias será amesma, exceto para o pessoal de escritórioque terá 32% de acréscimo real.

As vantagens concedidas às demais catego-rias são os cálculos que se faz da alimentação abordo, que se incorpora ao salário, 30% de saiu-bridade, 20% de adicional noturno, 25% de gra-tificação da função, 120 horas horas extras emais cinco repousos remunerados, segundo opresidente do Sindarpa.

Segundo Campos, o Sindarpa pediu audiên-cia de conciliação ao Tribunal Regional do Tra-balho. Se não houver acordo, as partes interes-sadas devem ir a dissídio.

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6 QPJNIÃÇO LIBERAL Belém, terça-feira, 19 de setembro de 1989

18

O espírito das mudançasé prejudicial a todos

O Senado Federal cum-prirá o encargo *— grave en-cargo, aliás — de ratificarou rever as alterações na leique regula a eleição presiden-ciai de novembro próximo,introduzidas pela Câmara dosDeputados na semana passa-da. Convalidadas tais altera-ções, a matéria, automática-mente, subirá à sanção dopresidente da República. Se,entretanto, forem apresenta-das emendas pelos senadores,voltará o substitutivo à Cá-mara. E aí, dada a exigüidadede tempo, com a eleição prati-camente à porta, não será pos-sível aprovar as modificações.

O que se passou na Cama-ra dos Deputados, durante to-das as discussões sobre a cé-dula eleitoral, os debates en-tre candidatos e o tratamentojornalístico que deverá serdispensado aos concorrentespelas emissoras de televisão,foi muito mais uma exibiçãode forças entre aqueles queestão direta ou indiretamentevinculados à candidatura dolíder nas pesquisas de inten-ção de voto e aqueles queapoiam candidaturas que ai-mejam despontar na prefe-rência popular. Quem poderásair perdendo é o próprio elei-tor, que afinal está sendo in-duzido a pensar que toda^ equalquer lei que se aprove noCongresso, para regular aeleição presidencial desteano, está eivada de suspei-ções, de brechas para a ocor-rência de facilidades capazesde criar obstáculos ao bomcurso do processo eleitoral.

Há de se lembrar, primei-ramente, que a lei alteradaparcialmente na Câmara dosDeputados foi fruto de umamplo consenso de lideran-ças. Se assim foi, por que mu-dar agora? E por quepfeocupar-se com questõesque incluem, por exemplo, ajá denominada cédula mista,uma alternativa — até certoponto inteligente, ou concilia-tória — à tal cédula branca,fruto da imaginação descone-xa e despropositada de seto-res que, mesmo dizendo re-presentar amplas parcelas dapopulação, não têm qualquerescrúpulo em acenar com fór-mulas que impedem, por

Nomes & Fatos-

exemplo, o eleitor analfabetode exercer o legítimo direitode voto.

Este jornal, ressalte-se,chamou atenção para o graveerro que seria aprovar a cédu-Ia branca. Não teria sentidoalgum. Antes, pareceria umaação deliberada para limitaro direito do voto apenas aquem sabe ler e escrever. Maso fundamental da questãonão é discutir o tipo de cédulaa ser adotada, mas o porquêde rejeitar a mais simples, ouseja, a que traz um espaço re-servado para que se marquecom um X o candidatopreferido.

Ora, fica evidenciado apartir de todas as declara-ções, de todas as articulaçõesde bastidores e das forças quese juntaram para mudar umalei anteriormente aprovadapor consenso no CongressoNacional que as alteraçõesconvergiram para torpedear ocandidato que está na lide-rança das pesquisas.

Não será esta uma de-monstração irrefutável de re-conhecimento de que as posi-ções atuais de todos os concor-rentes nas pesquisas de opi-nião pública serão imutáveis?Não se dá conta a maioria daslideranças partidárias noCongresso que o dinamismode uma campanha eleitoral —e São Paulo, nas eleições mu-nicipais de novembro do anopassado, é a prova mais cabaldisso —, principalmente nu-ma disputa presidencial comoesta, poderá mudar tudo deuma hora para outra? Se talocorrer, quem hoje canta vitó-ria e festeja a aprovação deartifícios que poderão destro-nar o preferido das pesquisas,amanhã será igualmente pre-judicado, se ascender à posi-ção de •primeiro colocado.

O eleitor não pode ser to-lhido no direito de escolher li-vremente, e sem complica-ções, o seu preferido paraexercer o cargo de presidenteda República. Para isso, naelaboração de uma lei, não sedeve considerar quem está emprimeiro lugar, se A, B ou C.Agir de tal forma é descarac-terizar o processo eleitoral.Como parece que está sendofeito.

LUIZ PINTO

Pesquisa — A Associação Brasi-leira de Imprensa (ABI) divulgou on-tem nota de protesto contra aapreensão da última edição do jornal"Pasquim", determinada na semanapassada pelo ministro da Justiça,Saulo Ramos, porque conteria ofensasao candidato do PDS à Presidência daRepública, Paulo Maluf. Segundo aABI, "a própria lei de imprensa da/a-se das ditaduras militares procurouresguardar a liberdade de imprensa,ao sujeitar a apreensão de jornais àautoridade do Poder Judiciário. E,mesmo quando admitiu exceção,valeu-se de uma alegação de urgên-cia que, no caso presente, não podeser invocada", ja que a edição do"Pasquim" já estava nas bancas hámais de uma semana.

Para a ABI, "com a arbitrarieda-de da apreensão, desmente-se o perío-do de transição democrática, queparece ser uma das aspirações do go-verno do senhor José Sarney".

Tataravó — Uma tataravó de 115anos, Lydie Vellard, morreu anteon-tem em Saint Sigismond, uma aldeiaao sul de Paris. Mais de um século elaviveu nesse lugar, onde nasceu no dia18 de março de 1875.

Passou seus últimos anos junto desua filha única, Margarita, que tem89 anos.

Lydie casou-se com um agricul-tor, foi avó três vezes, seis vezes bisa-vó e duas vezes tataravó.

A francesa mais velha, JeanneCalment, nasceu no dia 21 de feverei-ro de 1875 em Aries, sudeste daFrança.

Thatcher — A primeira-ministrabritânica Margaret Thatcher partiuontem de Londres com destino a Tó-qui, onde se entrevistará com seu co-lega japonês Toshiki Kaifu.

Os intercâmbios comerciais e in-dustriais entre Grã-Bretanha e Japãoserão o tema central desta quarta via-gem de Thatcher a Tóquio. Aprimeira-ministra também tem en-contro marcado com o imperadorAkihito.

Depois de ter assistido à reuniãoda International Democratic Union,foro internacional dos conservadores,Thatcher partirá na próxima sexta-feira de Tóquio para Moscou.

ta Passionaria — 0 estado de saú-de de Dolores Ibarruri, de 93 anos deidade, "La Passionaria", uma dasprincipais personalidades do movi-

mento comunista espanhol e da guer-ra civil (1936-39), hospitalizada desdea quarta-feira passada em Madri,continua grave, informou o último bo-letim médico.

Dolores sofre de pneumonia e deproblemas circulatórios.

Itaipu — O volume de água verti-da da hidrelétrica de Itaipu pratica-mente dobrou no fim de semanapassado. Além da água que movimen-ta as 15 turbinas de Itaipu, a represaestá deixando vazer por três calhas oexcesso das chuvas intensas que cas-tigam toda a bacia do rio Paraná. Se-gundo um técnico brasileiro daempresa binacional, o mesmo volumede água estaria descendo o rio se nãohouvesse a represa.

O Código de Águas assinado en-tre Brasil, Paraguai e Argentina es-tabelece uma vazão razoável de águado reservatório de Itaipu se a hidre-létrica estiver operando em condiçõesnormais. Para a empresa entretanto,as chuvas que fazem subir o nível dolago caracterizam a anormalidadeprevista no acordo entre os três pai-ses. O técnico da Itaipu, funcionárioda diretoria de operações da empre-sa, disse ontem que a vazão de águado reservatório só será regularizadacom a diminuição das chuvas.

A Itaipu entende que o congressoargentino não tem poderes para de-nunciar o acordo assinado entre aque-le país, Brasil e Paraguai. Segundoassessores da empresa, o congressopoderá sugerir ou recomendar ao go-verno argentino modificações ou res-cisão do acordo. A decisão final teráque ser discutida pelas chancelariasdos três países signatários do do-cumento.

Infecção — 0 Instituto Nacionalde Controle de Qualidade em Saúde(INCQS), do Rio de Janeiro, deveráter, ainda nesta semana, os resultadosdas análises de um complemento ali-mentar distribuído pela Legião Bra-sileira de Assistência (LBA), quepoderia ter causado a intoxicação deuma família na última sexta-feira. Se-gundo o diretor da Divisão Nacionalde Alimentos (Dinal), do Ministériode Saúde, Jairo Veiga, ainda existemdúvidas de que a farinha distribuídapela LBA tenha causado infecção ali-mentar, uma vez que ela é fabricadaem alta escala e não se tem notíciasde outros casos semelhantes.

r Joelmir Beting

( Jorge Arbage )

Antecipação dos feriadosNa imensa e sofisticada galeria que ex-

põe os fatos polêmicos do nosso dia a dia,certamente ocupa lugar de destaque a lei n?7.320, de 11 de Junho de 1985. Ela dispõe so-bre a antecipação de comemoração de feria-dos cívicos e religiosos em nosso País.

De acordo com a justificativa do autor,o objetivo visou evitar que feriados comemo-rados no meio da semana, prejudicassem,como vinha ocorrendo, as atividades comer-ciais, industriais, bancárias, entre outras.Em resumo, uma proposta de cunho eminen-temente econômico e social, com o intuito depreservar a política do nosso desenvol-vimento.

Com efeito, a idéia seria louvável, naofossem certos inconvenientes dela resultan-tes. Daí porque a regra jurídica da mencio-nada lei passou a ser questionada por fortessegmentos da sociedade, inclusive a IgrejaCatólica. O inconformismo não se fez espe-rar. O argumento básico para justificá-lo foio fato de se pretender transferir comemora-ções cívico-religiosas enraizadas no costumee tradição da Pátria brasileira.

Damos como exemplo o feriado de Cor-pus Christi, comemorado pela Igreja apósquarenta dias do evento Pascal. Trata-se deum fato histórico, em que a multidão de fiéisse desloca até as grandes Catedrais pararender Glórias ao Filho de Deus. Esse feria-do não pode sofrer mutações. De outro mo-do, ficaria vulnerado o caráter litúrgico queestabelece a data exata da comemoração.

Nas mesmas condições ficaram os feria-dos de 21 de Abril (Tiradentes), 12 de Outu-bro (Nossa Senhora de Aparecida) e 8 deDezembro (Imaculada Conceição). Com aantecipação comemorativa para segunda-feira, criou-se uma situação muito delicada,tanto assim que a partir de 1986, um grandenúmero de Prefeituras de Capitais e do In-terior assumiu a iniciativa de suas própriasleis para comemorarem feriados cívicos ereligiosos a níveis locais.

Tivemos, em conseqüência, dois feriadosna mesma semana, se o convencional se re-gistrasse em dia de 3U., 4a, 5a, ou 6a. feira. Po-rém, com o acréscimo de um fato bastantecurioso e de certo modo prejudicial ao inte-resse coletivo. Por ser determinação de leifederal, o feriado antecipado para 2a. feiraimpunha a paralisação das atividades roti-neiras em todo o País. O feriado municipal,no entanto, mantinha o fechamento do co-mércio, da indústria, das repartições admi-nistrativas, sem qualquer repercussão nasfederais e estaduais, inclusive nas entidadesligadas ao sistema creditício.

O paradoxo era óbvio. Como conciliar ofuncionamento dos Bancos com o comércioe a indústria de portas cerradas? Claro queisso escapa ao espírito da lógica, mas não doimperativo jurídico que ordenou a prática damedida. Em razão da gritante anomalia à vi-da da Nação, alguns feriados atingidos pelalei n? 7.320 — de 1985, foram excluídos pau-latinamente da comemoração antecipada.Entre estes, figura o de Corpus Christi. Suacomemoração na data do calendário litúrgi-co, possibilitou à Igreja organizar uma pro-gramação bem estruturada, que contou coma participação maciça da família católicaem todos os quadrantes da Pátria. Foi a re-tomada de esplendorosa manifestação de fé,amor e carinho ao Filho de Deus, jamais as-

sistida nos últimos três anos. Por entre, ummisto de júbilo e solidariedade ao esforço daIgreja, a Nação respirou aliviada o sabor deuma vitória quando o sonho da esperança pa-recia esmaecido.

A nossa luta, porém, não se exauriu. Pa-ra evitar o processo "conta-gotas" na exclu-são dos feriados que ainda remanescemsujeitos às normas da lei n? 7.320 — de 1985,apresentei à Câmara dos Deputados, proje-to de lei que revoga os seus dispositivos. De-fendo como tese da justificativa, a amargaexperiência enfrentada pela Nação nos últi-mos quatro anos, quando tivemos de alteraro calendário para antecipar a comemoraçãode feriados tradicionais registrados fora dosdias de sábado e domingo.

Convém recordar o trauma provocadocom a exorcização, no governo do saudosopresidente Castelo Branco, de alguns feria-dos, com o objetivo de acelerar o processodo nosso desenvolvimento. Nao há dúvida deque precisamos trabalhar mais, porém naosão os feriados responsáveis pela débâclesócio-econômica em nenhum país do mun-do. Muito menos no Brasil. Aliás, há de seperguntar por que alguns segmentos se in-surgem contra feriados religiosos, exempli-ficando o de 12 de Outubro, que comemoraNossa Senhora de Aparecida, padroeira doBrasil? Porventura não é um direito da, ex-pressiva maioria católica tributar révèrên-cia de fé, carinho e amor à excelsa Padroeirada Pátria?

Contra fatos nao prosperam argumen-tos. A interferência do Estado nos problemasda Igreja, ainda que aceita, ou mesmo ne-cessaria e defensável, não deve extrapolaro limite diplomático e o senso da coerência.E vice-versa. Sobretudo quando, em razão depreservar a harmonia, também se faz em re-lação aos princípios conservadores do povo,mantendo-se a sua imutabilidade, conformeas próprias origens.

O feriado de 15 de Novembro, que regis-tra a Proclamação da República, cujo cen-tenário ocorrerá agora em 1989, estáconfigurado no elenco da comemoração an-tecipada. Por coincidir com a data da elei-ção para Presidente da República, a lei 7.320ressalva que será mantido.

A palavra final caberá ao Congresso Na-cional. A Igreja e também a sociedade civilreclamam o direito de comemorar os even-tos históricos, materializados nos feriados cí-vicos e religiosos, nas datas que sinalizaramos acontecimentos. Esse anseio é por demaisconhecido de todos nós. Desse modo, a alter-nativa mais próxima do consenso está em re-vogar as normas jurídicas da lei 7.320 — de1985, considerando ultrapassados os objeti-vos geradores da sua inspiração.

E provável, suponho eu, que a revoadados parlamentares que vão às bases parti-cipar da eleição de novembro próximo, tor-ne inexeqüível qualquer esforço no sentidode se fazer com que o feriado de 12 de Outu-bro, dedicado à Nossa Senhora de Apareci-da, Padroeira do Brasil, possa sercomemorado sem a peia da antecipação pa-ra 2a. feira. Em nada obstante a insistentetentativa que faço nesse sentido, a exemplodo Projeto, convertido em lei, que excluiu daregra e colocou na exceção o feriado de Cor-pus Christi.

Que se faça a vontade de Deus.

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ASSOCIAÇÃONACIONALDEJORNAISm&

Se melhorar,estraga

A sinistrose está de volta, com acorda toda. Economistas de plantão,pessimistas por vocação, suspiram fun-do. A economia está em vôo cego e aca-ba de alcançar o "point of no returnde uma irremediável hiperinflação na-talina. Affonso Celso Pastore não dei-xa por menos: o mercado penetrou nafloresta da euforia precoce sem radare sem bússola e com pouco combusti-vel a bordo. Desde julho, o Plano Verãomal digitado trocou a rota 027 da con-tenção pela rota 270 da expansão. Es-sa combinação de rota perdida comenergia escassa é fatal: a demandareaquecida já bate com a cabeça no te-to da oferta atrofiada *«

O desastre pode acontecer aindaeste ano, no vaticínio de Pastore: que-da inevitável nos igarapés da estagna-ção sem tamanho. O avião sem rumonão tem combustível para a travessiada noite da transição: não dá para al:cançar a troca de governo, se é que vaidar para ultrapassar a eleição. Sim-plesmente porque a eleição presiden-ciai pela proa descarta medidas dechoque, necessariamente impopulares.Entre outra: confisco salarial, apertomonetário, arrocho fiscal, ajuste tari-fário, desvalorização cambial.

Em pleno labirinto

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Dá para evitar o pior, ainda esteano? Empresários do fórum informal,reunidos ontem, em São Paulo, cocama cabeça: um choque fiscal só daria re-sultado no próximo ano. Arrocho sala-rial? Em véspera de eleição, nempensar. Novo salto dos juros, em nomeda contenção do consumo? Resultariainútil, além de desagradável: os con-isumidores já abandonaram o crediário!e os empresários apelariam para re-- -,servas estocadas no próprio setor |bancário.

Quando as empresas são credorase não devedoras da poupança financei-ra, a política monetária é bananeiraque ja deu cacho.

Sem pacto até marçoSem cartola de mágico, o Fórum

dos Empresários não admite novo con-gelamento de preços e salários. E nãopretende investir algum acordo com ogoverno que já vai tarde. Um pacto sódaria pé, sob determinadas condiçõespolíticas, debaixo da tutela arbitrai deum governo novo eleito pelo povo. Nareunião de ontem, o Fórum dos Empre-sários preferiu esboçar um programade emergência para o futuro pre-sidente.

Para Mário Amato, nem tudo estaperdido. Dá para segurar a inflaçãoabaixo de 35% ao mês. A atual "bolhade consumo" estará furada antes daeleição em novembro. A hiper nãovingará.

Reflexão do dia"A Avilan de mentirinha já acabou,

a verdadeira continua".Da coluna "A Toca", da Folha da

Tarde (SP).

O maior desfileO desfile da informática brasilei-

ra no Anhembi é ração para estômagode biodigestor: feira, congresso, pai-néis, conferências, debates, sessões téc- ¦nicas e muita política eleitoral, com a |presença, em rodízio, dos presidência- jveis em trânsito.

Na passarela, 408 expositores: ímostruário completo do que o Brasilfaz (e deixa de fazer) no eletrizanteplaneta dos chips e bits.

Cobrança políticaDos presidenciáveis, em clima de

sabatina, o setor de informática estácobrando, esta semana, uma posiçãocristalina: A reserva de mercado vaiou racha? E a SEI resiste? Ciência etecnologia terão vez? A telecomunica-ção será privatizada?Ontem na cobrança, Covas e Ulys-ses. Hoje, Freire e Afif. Amanhã, Lulae Collor. Quinta, Maluf e Brizola. É só.

Usuários a bordoOs usuários da informática, "lo-

bby" bem instalado, vão discutir seusinteresses no Congresso do Anhembi.;Na quinta, eles colocam em órbita a ;minuta de uma declaração dos Direi-tos do Usuário. Com beliscões na reser-,va de mercado. I

Secos e molhados1. Mercado de ações reage com a

promessa de reabertura do mercado deopções. Só falta acertar a desconcen-tração dos negócios.

2. Corretoras devem continuar comcarteiras próprias. Desde que limita-das no tamanho e bancadas com recur-sos próprios.3. Congresso de informática vaiexigir urgente votação, em Brasília, do2? Plano Nacional de Informática deAutomação.

4. Objetivo da informática verde-amarela: exportar um quinto da pro-dução antes do ano 2.000. Pesquisar épreciso.5. Energia elétrica, transporte ro-doviário e educação primária são asáreas preferenciais do novo crédito doBanco Mundial: US$ 1,6 bilhão.

6. Bancários em pé de greve em to-do o Brasil. A partir de amanhã. Hojeé dia de ajustar contas em banco. E sa-car dinheiro.

7. Carlos SantAnna, presidente daPetrobrás, volta à carga, hoje. Vai darentrevista coletiva na refinaria de Pau-linia, SP.

8. Estimativa do Dieese: com in-fiação de 33% ao mês, o salário médioda Economia perde um quarto do seuvalor real.

9. Para anotar: a divida pública interna acaba de totalizar NCz$ 314 bi-Ihões. Em doze meses, queda real de12,5%.

10. O crédito bancário para produção já está no patamar panpatético de70% ao ano, acima da inflação. _

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Belém, terça-feira, 19 de setembro de 1989 O LIBERAL CIDADES 7

Preços do pão estão 14,3% mais carosLixo: comoeducar quem

visita o Museu?-¦ Eles insistem em

ofender plantas eanimais do parque.

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Museu Paraense Emílio^Goeldi recebe, durante a se-

lana, um outro tipo de visi-inte: o lixo. Fechado aos

visitantes na segunda-feira,o parque zoobotânico en-

frenta, então, o acúmulo de quilos dedetritos deixados, nos finais de se-mana, por mais de sete mil pessoas.A depredação de árvores e a violên-cia contra os animais são outrostranstornos. Acreditando que as pes-soas precisam conhecer a importan-cia do Museu, a Divisão do ParqueZoobotânico desenvolverá, a partirde Io de outubro, uma campanhaeducativa: "Aproveite bem o seuparque". Nesse dia, cerca de 30 mo-nitores explicarão a importância e omodo de vida dé duas mil plantas e600 animais.

Segundo o chefe da divisão, Ben-to Mascarenhas, a depredação temaumentado sensivelmente nos últi-mos meses. É comum encontrar, àssegundas-feiras, galhos quebrados eplantas pisoteadas, fruto da insistên-cia "em tentar tocar e alimentar os

As plantas: pisoteadas como se não sofressem. Lixo: os estranhos depósitos de cada um.

animais". Os três funcionários dalimpeza encontram, diariamente,dezenas de sacos de pipocas, coposdentro dos viveiros e até pedras noslagos reservados a jacarés e tarta-rugas, atirados para forçar o animala se mover.

Para ele, paraenses e estrangei-ros precisam ser educados, tam-bém, quanto à limpeza: insistem emjogar lixo no chão quando há deze-nas de lixeiras espalhadas pelo par-que. A conseqüência é a doença deanimais e até a morte de alguns de-les, caso de um filhote de peixe-boique recebeu uma tijolada de umacriança na cabeça. "Não adianta co-locar dezenas de guardas vigiando oparque se as pessoas não são educa-das. Isto aqui não é um quartel gene-ral mas um local de diversão", diz

Mascarenhas.E acrescenta que o Museu é a

única opção de lazer para a maioriadas pessoas carentes da capital, me-recendo por isso ser preservado porelas. Os estudantes que visitam oparque também são um problemapara o Museu, "pois adoram atirarpedras nos animais". Se educadas,porém — sensíveis que são — ascrianças tornar-se-ão as principaisdefensoras do parque. "Não pode-mos continuar a registrar fatos co-mo os 20 quilos de pedras que foramretirados do tanque das tartarugasna última limpeza pela qual pas-sou", enfatiza. Ele adverte, ainda,que as pessoas que não se renderemà educação e continuarem a depre-dar o parque de forma intransigen-te, serão convidadas a se retirar.

"Não queremos isso. Portanto, aeducação deverá ser acatada",disse.

Os pedidos do Museu e seus ha-bitantes à população não são muitos,segundo Mascarenhas: "Por favor,não nos jogue alimentos; não nos ati-re objetos, as nossas dores sãoiguais às suas; caso estejamos forade nossos viveiros, chame o guarda;se alguém estiver maltratando umanimal, corrija-o amigavelmente;não se apoie nas telas, pois você po-dera se machucar e nos causar" pro-blemas; não jogue palitos, papéis,copos plásticos e carteiras de cigar-ro, pois poderemos comê-los e seriafatal". Seguindo estes conselhos,Mascarenhas acredita que os visi-tantes terão um parque melhor, pre-servado a cada dia.

Salvamos a pátria,Kínou _._;, _i ,-i ,iéíí\ OB ,j co ...) uxlfiutíPb ,_n : _ _-.|ji ã.tí.ii.. 'o. i./pí.o'_ <.bOi" ¦'- *•_ .t . 0È:»Í9l3

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Mendes foi a única agência brasileira premiada, neste ano, peloexigente júri do Creativity Annual Awards Show (Nova Iorque),com direito a figurar nas páginas do anuário "Creativity", uma

das mais famosas bíblias do mundo da propaganda.Foram duas as peças da Mendes premiadas pelo júri em questão:

o comercial "Casal20" (Eletroluz) e o anúncio "Mãe do Ano" (SociedadeParaense de Proteção aos Animais).

O Creativity é um concurso realizado sob os auspícios do"Art Magazine", respeitada publicaçãoespecializada, editada em Nova Iorque,com circulação internacional.

O Creativity Annual Awards Showé uma mostra do que de melhor secriou e produziu na propaganda mundial,no ano anterior.

Essa mostra poderá ser vista emNova Iorque, no mês de outubro.E, depois, nas páginas do "Creativity 89",a circular no fim do ano.

Aparecer nesse port fólio, ao lado depeças publicitárias criadas pelas maioresagências do mundo, é, sem dúvida, umfeito que nos enche de orgulho e que dividi-mos com alegria com nossos clientes.

Essa alegria é maior, quando sabemosque, sozinhos, estamos ali representando apropaganda brasileira.

Como diz o povo, salvamos a pátria.Aliás, esta não é a primeira vez que a

Mendes salva a pátria.Também nos dois anos anteriores, 87 e 88, a Mendes foi a única

agência brasileira premiada no Creativity.Mas não foi apenas no Creativity que a Mendes salvou a pátria.Também no concurso do The Art Directors Club of New York,

por duas vezes, e no último L Antenne d'Or (International Festival ofTelecommunication Films), Genebra, a Mendes foi a única agênciabrasileira premiada.

(Isso para ficarmos apenas nos três últimos anos.)Uma vez, pode ser mero acaso.Duas vezes, coincidência.Mas, tantas vezes?!

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MendesA agência mais premiada do Norte.

Mais seisreajustes sãoesperados atéo final do ano.Ainda estasemana sobe opreço do trigo.

Opão

comum estámais caro14,3%, a partirde hoje. É o séti-mo reajuste no

preço, concedido quinzedias após o último au-mento. Autorizado peloConselho Interministe-rial de Preços (CIP), oaumento passou a vigo-rar em todo o territórionacional, ontem, mas noPará será cobrado só apartir de hoje, porque astabelas de orientação aoconsumidor foram dis-tribuídas só à noite peloSindicato da Indústriade Confeitaria e Panifi-cação do Estado do Pa-rá e Território Federaldo Amapá às aproxima-damente 400 panificado-ras -existentes na áreametropolitana deBelém.

Com o reajuste opãozinho de 50 gramaspassa a custar NCz$0,20, o de 100 gramas,

NCz$ 0,40, a bisnaga de200 gramas, NCz$ 0,80, ode 500 gramas, NCz$2,00 e o de mil gramas,NCz$ 4,00. O quilo do pãofrancês, passou de NCz$3,50 para NCzf 4,00.

O pão de forma eus-tara NCz$ 5,00, o de chá,hamburguer e centeio,NCz$ 5,10. O pão inte-gral custará NCz$ 5,50,a unidade, e o de leite,NCz$ 5,50 o quilograma.A bisnaga de 200 gra-mas do pão massa finaou de milho, tambémcustará NCz$ 0,80.

José Duarte, presi-dente do sindicato da in-dústria de panificaçãoconfirma a crise no se-tor, em função de cons-tantes reajustes nos pre-ços da matéria-prima,mão-de-obra e demaisinsumos. Segundo ele,até o final do ano o pão edemais derivados de tri-go sofrerão outros seisreajustes (dois por mês)acompanhando os au-mentos na farinha detrigo, que deve ser rea-justada já esta semana.

O reajuste anteriorno preço do pão foi de37%. Haverá tambémaumento nos demais de-rivados do trigo, comomassas, biscoitos, ma-carrão, pastéis, bolos edoces, também na or-dem de 14,3%.

erorma agraria emminiatura planejadapara Capitão PoçoA Secretaria de Agricul-

tura e o Idesp vão promoveruma mini-reforma agráriano município de Capitão Po-ço, assentando cerca de 100famílias sem terra da loca-lidade de Santa Luzia. Foi oque ficou decidido enlre osecretario Joaquim LyraMaia, a diretoria geral doIdesp Violeta Loureiro, oprefeito do município, JoséRufino de Souza, com osmembros da comunidade,reunidos no Centro Comuni-tário no último final de se-mana para tratar daquestão.

A reunião contou com apresença de membros daEmater, Sagri, e SecretariaMunicipal da Agricultura,que receberá a área e faráo assentamento dos colonos,em regime de comodato, pe-Io prazo de um ano. Nesseperíodo eles poderão expio-rar o plantio de lavoura

branca, leguminosas, horta-liças ou ainda criação de pe-quenos animais.

A reunião foi marcadapelo pedido insistente doscomunitários solicitando areativação do Centro deTreinamento Pré-Profissio-nal Agrícola do Idesp, quefuncionou durante muitosanos, desativado há seisanos. Na área do Centro, de100 hectares existem maisde 2 mil pés de seringa emprodução, um enorme cocai,mudas de cí tricôs para en-xerto e criação de suínos daraça Landrace e Lajoart. So-mente os prédios do antigoCentro estão em condiçõesprecárias. O equipamentoque restou como grupos ge-radores, colheitadeira, má-quina de descascar arroz eum trator dentre outros, es-tão sob os cuidados da Sagri,que os recuperou e tem usa-do nos projetos regionais.

Gueiros e Xerfanalmoçaram, ontem,

no navio-escolaChegou anteontem a

Belém o navio-escola Bra-sil, comandado pelo capi-tão de Mar-e-Guerra JoséAlfredo Lourenço dos San-tos. O navio tem uma tripu-lação de 154 guardas-marinha brasileiros e 13convidados dos EstadosUnidos, República Domini-cana, Uruguai, Argentina,Bolívia, Chile, Peru, Itália,Nigéria, Portugal e Mexi-co, além de dois aspirantese um primeiro tenente daForça Aérea, um cadete doExército e um oficial daMarinha de Belém. Ontem,José Alfredo Lourenço dosSantos ofereceu um almoçoa bordo do navio ao gover-nador do Estado, HélioGueiros. ao prefeito de Be-lém, Sahid Xerfan, e aoscomandantes das três For-ças Armadas na região.

A imprensa não pôdeparticipar do encontro. Se-gundo o relações públicasdo navio, guarda-marinhaRaul Lima, a função do na-vio, que iniciou a viagempor diversos países e capi-tais brasileiras em 17 demarço, com saída do Rio deJaneiro, é promover umaespécie de estágio a bordopara os futuros tenentesque servirão à Marinha emlocais por onde passaram.

A viagem será encerradaem 8 de outubro, com o re-torno ao Rio de Janeiro. Onavio seguirá, depois deBelém, para Recife, Forta-leza e Salvador.

VISITAEm visita de cortesia,

esteve ontem pela manhã nogabinete do prefeito SahidXerfan, o capitão-de-mar-e-guerra José Alfredo Louren-ço dos Santos, comandantedo navio-escola "Brasil", daMarinha de Guerra do Bra-sil, ora em visita à nossa ci-dade. Durante o encontro, ooficial disse que o seu navioé o mais moderno da Mari-nha e foi construído espe-cialmente para oadestramento dos futurosoficiais da Armada Brasilei-ra. Na oportunidade José Al-fredo Lourenço entregou aoprefeito uma medalha co-memorativa da viagem euma obra sobre o progressoda Marinha e a importânciados navios-escola na forma-ção de líderes daquelearma.

O prefeito Sahid Xerfanfalou sobre Belém e os pia-nos para o restante de seumandato, presenteando o vi-sitante com uma peça da ce-râmica marajoara.

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Lourenço e Xerfan trocaram presentes.

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8 CIDADES O LIBERAL Belém, terça-feira, 19 de setembro de 1989

CÂMARA DA CIDADE

Plantio de mangueiras eoutras árvores no projeto

0 projeto de lei de autoria do ve-reador Eduardo Menezes, que dispõesobre a 'incrementação e obrigatorie-dade do plantio de mangueiras nasavenidas, ruas e praças, existentes ouque venham a ser criadas', foi alvo dediscussão na sessão realizada ontem.O projeto visa, basicamente, que sejamantida a tradição típica da terra, queoutorga a Belém o título de 'A Cidadedas Mangueiras'. No entanto, o proje-to de lei, no seu artigo 3?, vedava oplantio de outras mudas, que não fos-sem mangueiras.

Após uma longa discussão, com

várias intervenções e da proposta deemenda por parte do vereador Jerôni-mo Filho, resolveu-se modificar a re-dação do referido artigo, abrindo-seassim espaço para a plantação de ou-trás mudas, de acordo com um estudofeito pelo Museu Emílio Goeldi sobrea adequação de certas árvores a deter-minados tipos de terrenos. Inclusive,levando em conta a altura das mes-mas; o que vem ao encontro de outroprojeto de lei, de autoria do próprio ve-reador Jerônimo Filho, que visa ex-pandir a arborização de Belém.

Aprovado o conselho dosdireitos da juventude

Foi aprovado, por unanimidade, oprojeto de lei do vereador José Prian-te (PMDB) que cria o 'Conselho Muni-cipal dos Direitos da Juventude e dáoutras providências'. O projeto visapromover a integração do jovem noprocesso político municipal, estaduale nacional, realizando reuniões entre li-deranças políticas, sindicais, estudan-tis e, inclusive, entre associações demoradores, sempre tratando de assun-tos de interesse da juventude.

Através do convênio entre entida-des e organismos públicos e privados,espera-se motivar a prática das artes,

da ciência, da literatura em geral,oferecendo-se cursos de redação, demonografias, prêmios e incentivos quevisem a enriquecer a participação dojovem na sociedade, posto que hoje emdia o adolescente já apresenta um pa-pel de destaque no cenário político na-cional, consagrado com o direito devoto já aos 16 anos. 'É necessário queo poder municipal crie mecanismosque zelem e protejam os direitos dos jo-vens', assinala José Priante. Esse ti-po de iniciativa, segundo o vereador,poderá colaborar para que as reivindi-cações da juventude sejam ouvidas eaceitas.

Outro projeto pede quedefensas sejam retiradas

0 vereador do PTB, Carlos Augus-to de Souza, apresentou requerimentono sentido de que as defensas que fo-ram instaladas na avenida Nazaré, emfrente à Praça da República, ao ladodo edifício Manoel Pinto da Silva, se-jam retiradas, devido ao grande tu-multo que estão causando ao trânsitonaquele trecho, inclusive engarrafa-mentos ao longo de toda a avenida Na-zaré. Na sua opinião, isso se dá devidoà falta de planejamento sobre a situa-

ção do trânsito.Ele espera que o Detran seja sen-

sível ao problemas e revogue tais me-didas até que um estudo técnico viávelseja realizado. Carlos Augusto ressal-va que a culpa por todo esse tumultonão pode ser atribuída a quem encami-nhou o projeto de mudança no transi-to, cujo objetivo era preservar asestruturas do Teatro da Paz, mas aogoverno que mudou o trânsito sem es-tudo prévio.

Congresso motiva debatessobre saneamento básico

Na reunião do plenário da Cama-ra Muncipal de Belém, realizada on-tem, foi discutida a questão dosaneamento básico na cidade de Be-lém. O vereador Nelson Chaves (PTB)salientou a instalação do 15? Congres-so Brasileiro de Engenharia Sanitáriae Ambiental, com a presença de 2.500participantes. 'É objetivo, também, dareunião dos técnicos dessa área, a im-plantação de uma política Nacional desaneamento capaz de tirar o Brasil daincômoda situação em que se encontra,no que se refere à saúde da população',concluiu Nelson Chaves. Os vereadoresJoaquim Passarinho (PDS) e SocorroGomes (PC do B) enfatizaram a neces-sidade de um sistema básico de saúdeque vise melhorar as condições de vi-da da população.

Também foi alvo de debate o re-querimento apresentado pelo vereadordo PT, José Carlos Lima da Costa, quemanifestava sua 'estranheza' em rela-ção ao procedimento do Poder Judicia-rio que mantém em liberdade até hojeo advogado Tadeu Salles, acusado deter assassinado a esposa, Somira Sal-les, há mais de dez anos, enquanto umadoméstica, que também cometeu omesmo tipo de crime, foi imediata-mente presa. O requerimento, no en-tanto, não foi aprovado. Seus colegasjustificaram a rejeição, responsabili-zando por tal fato, a morosidade do Sis-tema Judiciário. Essa posição foidefendida, especialmente, pelo verea-dor e advogado Osvaldo Serrão, queatribuiu a culpa dessa impunidade aogoverno, que não conta com uma apa-relho judiciário bem equipado.

O requerimento apresentado pelovereador Emanoel O' de Almeida, quesugere a realização de uma sessão ex-traordinária especial no dia 3 de Outu-bro foi aprovado. O objetivo da mesmaé para que sejam debatidos os estatu-tos da criança e do adolescente — Cam-panha 'Brasil-Criança — promovidapela Fundação Nacional do Bem Estardo Menor(Funabem).

O vereador do PSDB, Osvaldo Ser-rão, apresentou um projeto de lei quevisa desburocratizar a gratuidade dostransportes coletivos urbanos para osmaiores de sessenta e cinco anos. Se-gundo ele, o pouquíssimo número depessoas até então beneficiado pelos dis-positivos da Constituição Federal, sedeve a um punhado de dificuldades deordem burocrática, como expedição decarteirinhas renováveis de dois emdois anos. Quando, segundo prevê aprópria Constituição, bastaria a com-provação da idade do cidadão, o quepode ser perfeitamente feito através daapresentação da carteira de identida-de ou outro comprovante qualquer.

Uma denúncia feita pelo vereadorJosé Carlos Lima de Araújo (PT) dáconta de que trabalhadores da Cosan-pa (Companhia de Saneamento do Pa-rá) estariam transportando cloroliqüefeito, em contato direto com omercúrio, elemento altamente radia-tivo, sem as devidas condições de se-gurança do trabalho, o que poderáacarretar sérios danos à saúde. O ve-reador requer que as providências ca-bíveis sejam tomadas pelos órgãocompetentes.

Congratulações à ADVBpelo encontro de Marketim

O vereador Venício Vinagre(PMDB) parabenizou a Ademi-PA(Associação de Dirigentes de Empre-sas do Mercado Imobiliário do Pará),pela escolha da construtora Villa DelRey, como a 'Construtora e Incorpora-dora do Ano de 1989'.

Adamor Filho solicitou ao prefei-to Sahid Xerfan a recuperação da tra-vessa da Vileta, trecho compreendidoentre a avenida Antônio Everdosa e oAcampamento, onde está impossibili-tado o tráfego de veículos.

O vereador Adamor Filho, tam-bém, externou votos de pesar pelo fa-lecimento do pastor da IgrejaEvangélica da Assembéia de Deus. Econgratulou-se com a 5? Companhia deGuardas pelos relevantes serviços quepresta à coletividade através de cam-panhas de vacinação.

Emanoel Ó de Almeida parabeni-zou a Fundação Banco do Brasil peloapoio financeiro à divulgação do Círiode Nazaré, maior manifestação popu-lar católica no país. O vereador convi-dou o representante local da Fundaçãodo Bem-Estar do Menor para partici-

par do debate da sessão extra da Câ-mara no dia 3 de outubro.

O vereador Antônio Sobrinho(PTB), solicitou ao prefeito municipalmelhoramentos para as ruas São Mi-guel e São Silvestre, no Jurunas, e ainstalação de um PM-Boxe na passa-gem Monte Alegre, face aos assaltosque ali ocorrem.

O vereador Joaquim Passarinho(PDS) apresentou requerimento pedin-do votos de congratulações à ADVB pe-Ia realização do IV Encontro Brasileirode Marketing, nos dias 14 a 16.

A vereadora Socorro Gomes (PCdo B), apresentou um projeto de lei quevisa fazer com que as empresas priva-das forneçam leite, pão e manteiga aostrabalhadores que comparecerem comantecedência de 15 minutos ao seu pri-meiro turno de trabalho.

A Câmara aprovou requerimentodo vereador Eloy Santos, fazendo inse-rir nos anais da Casa, o artigo intitu-lado 'Os candidatos e a educação', deSilvio Meira, publicado na edição dodia 8 deste mês em O LIBERAL.

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• -..-- ^,,onuVwo, fjeiuumaas avenidasruas 8 ladeiras, bela com seus prestimosos ca-mmhoes que de longe trazem os apetrechosdo desenvolvimento, estranguladas artérias,faceira em seu comercial e sufocante centroinabalável em sua postura única, seus pedes-três no asfalto e seus carros nas calçadas, belaBelém, de sempre respeitados códigos crês-cente como o lua inchando por lodosos la-dos, de gente e de orgulho, capital dds capi-tais, sempre bela, sempre e sempre e cada vezmais bela Belém. Em tempo: a foto de Raimun-do Dias mostra uma comum e singela manhã,na rua 28 de Setembro, entre a travessa Io deMdrço e a avenida Presidente Vargas noComercio. '

¦-.•^MHlIs-IIMMIIMIMMM-.MIi^^nLá cerca de três meses o conjunto Stélio Maro-ja enfrenta a falta de água. Nenhuma providên-cia foi tomada para resolver o problema. A águaaparece só de madrugada. "Já temos problemasdemais, como a falta de ônibus e a própria dis-tância do conjunto em relação ao centro da cida-de", diz Esmeralda Pinheiro. Mas o que mais su-preendente, segundo ela, é que o valor da contade água nunca diminui. "Não dá para entendercomo pagar uma conta elevada se nem mesmotemos água", acrescenta a leitora. E solicita àCosanpa que resolva o problema, "pois já está fi-cando insuportável ter que recolher água duran-te a noite".

A falta de energia elétrica no conjunto Ipuan,na Marambaia, é motivo de queixa dos morado-res, que já acham que a Celpa resolveu "brin-car" com eles. A bronca é de Cleide dos Santos:falta energia quase todos os dias. "Isso vemacontecendo desde o início do semestre. Quandonão é de manhã, das 8 às 8h30, é à noite", diz ela.O conjunto já chegou a ficar no escuro duranteduas horas. "Seria bom que dessem pelo menosum explicação sobre o que vem acontecendo",conclui Cleide.

Intransitável ProvidênciaO leitor Jesus Carlos Manarelli afirma já haver

procurado inúmeras vezes o prefeito de Ananin-deua, Fernando Corrêa, para solicitar a recupera-ção da Estrada da Providência. Segundo o indigna-do leitor, que mora na casa número 602 da estrada,a Providência está intransitável graças a umaimensa quantidade de buracos. Em frente à casa deCarlos, uma cratera gigantesca tomou a rua de la-do a lado, impossibilitando até mesmo o movimentode entrada e saída das casas. "Sem qualquer exa-gero, o buraco está tão grande que ali dentro cabeum caminhão. Carros pequenos não passam de jei-to nenhum. A água está chegando à porta das casase a situação está ficando insustentável", diz Mana-relli. Ele revela que também já procurou diversosvereadores, que nada fizeram: "Só falta eu apelarpara o governador Hélio Gueiros, já que ninguémse importa com a recuperação de uma via tão im-portante para o escoamento do trânsito em direçãoà BR-316".

Além da cratera, Carlos Magarelli alerta que aEstrada da Providência está tomada pelo mato epelo lixo, que traz para dentro das residências maucheiro, insetos e ratos. Segundo ele, a coleta de lixoé inexistente e a Prefeitura de Ananindeua há maisde um ano não faz o serviço de limpeza e capinaçãodo local. "Com a chegada do inverno, certamente asituação se agravará", observa o leitor.

Quanto custa uma cópia?"Nem os serviços de xerox estão escapando da

especulação, que se tornou abusiva e indiscrimina-da em todo o país, favorecendo tão somente os em-presários", reclama Jackson Florença dos Santos.Ele conta que ficou espantado com o preço, quandoprecisou de algumas cópias das páginas de um li-vro, em uma copiadora localizada na João Alfredo:NCz$ 0,40."O pior", explica Jãcksóti; *'è qiiésó fuiperceber o valor quando, ao mandar tirar 88 cópiasdas páginas, tive que pagar a quantia de NCzÇ 35,20.Um absurdo sem limites!". Segundo diz o leitor, eleestá acostumado a tirar cópias da mesma qualida-de pelo preço de NCz$ 0,09. "Se não colocarem umfreio neste tipo de exploração, feita livremente pe-las pessoas que se acham com este direito, não vaidemorar para que até o preço de um bombom co-mece a sofrer diversas alterações, pois quem é quenão vai querer aproveitar essa bagunça que virou opaís?", pergunta Jackson.

Que aindanão chova

"Chove chuva, chovesem parar". A música deJorge Ben com certeza não'soa bem aos ouvidos dos;moradores da rua NovoUriboca e da passagem São:Sebastião, em Marituba.-Francisco do Espirito San-to diz que a rua Novo Uri"-:boca se encontra intrafegá^vel devido à grande quanti-dade de buracos e mato eque as duas artérias estãopassando por um graveproblema: inundação.,Francisco conta que no fi-,nal da Novo Uriboca existe,um grande lago, onde seipode até pescar, e, G00 me-itros além, um igarapé."Quando chove, o lagoemenda com o igarapé e aíjá viu o que acontece: tudofica alagado", ressaltaFrancisco. De acordo comele, as mais prejudicadassão as pessoas que têm hor-ta, pois ficam impedidas detransportar a mercadoria:o carro teria que andar 400metros para recolhê-la, oque se torna impossívelcom o volume d'água.

No segundo domingode julho, o prefeito iniciouum trabalho de drenagemno local que não foi concluí-do. "0 prefeito inicialmen-te mandou raspar as duasruas, só que ficou por issomesmo", afirma Francis-co. Aliás, segundo ele, oserviço piorou a situaçãodas artérias, que provável-mente não agüentarão umanova enxurrada. Sendo as-sim, ele solicita à prefeitu-ra, em nome dos morado-res, que complete o serviçode drenagem.

CARTASLivros e revistas

Senhor Redator,Comprar livros e revistas tornou-se

um privilégio dos mais favorecidos eco-nomicamente, pois com os preços ofereci-dos pelas bancas de revistas e livrarias f i-ca difícil comprar até mesmo um simplesgibi. Esses lugares, inclusive, a cada diase tornam menos freqüentados, por culpade um governo que não se preocupa emfacilitar, para seu povo, o acesso àcultura.

Fico assustado cada vez que entro nu-ma livraria, pois existem livros de escri-tores como o Sidnei Sheldon, por exem-pio, que não custam menos de NCz 100,00.Isso sem falar nos livros didáticos, queestão "pela hora da morte". Eu, comouniversitário, prefiro tirar xerox dos li-vros: sai muito mais em conta, apesar denão ser o ideal. Quanto às revistas, ospróprios donos de banca já começam asentir prejuízos, pois a procura pelo jeitoparece ter diminuído bastante neste se-mestre. Uma revista que custava emmaio passado NCz$ 3,00, está custandohoje NCz$ 11,00.

: Até quando continuaremos a supor-tar e a nos submeter a uma situação co-mo essa, que nem mesmo nos dá direito àleitura? Imagino como os pais de uma fa-mília de baixa renda devem se sentir pornão terem condições de comprar livrosdicúticos para seus filhos. Como estudar,então? Como melhorar o país se sabemosque a Educação é um dos fatores que levaao crescimento e desenvolvimento deuma nação? A falta de condições para es-tudo no Brasil gera muitas conseqüên-cias, entre as quais a marginalidade in-fantil, que tende a crescer cada vez mais.E o pior é que muitas pessoas acham-seno direito de criticar essas crianças, semperceber que chegaram a esse ponto co-mo resposta à situação em que se encon-tra o país e por culpa da nossa própria so-ciedade, que se mantém alheia ao proble-ma, como se nada de ruim estivesseacontecendo.

Adalto Siqueira Tavares

AbortoSenhor Redator,

A respeito da notícia publicada on-tem sobre a campanha lançada em Ber-tioga (SP) pela legalização do aborto emnosso país, valem algumas considera-ções. Além das naturais prevenções con-tra o abortamento, que a meu ver é extre-mamente prejudicial à saúde feminina,minha principal apreensão relaciona-secom o atendimento que será proporciona-

do às mulheres que não puderem pagarpara realizar o aborto.

Levando-se em conta a sobejamenteconhecida atuação do deficitário sistemade saúde em prática no Brasil, é de se su-por que se nem aos partos é dada a neces-sária assistência, os casos de aborto pro-vocado (e legal) logo serão mais um cam-peão das estatísticas de morte de mulhe-res, graças às infecções decorrentes dopéssimo atendimento ministrado.

A meu ver, a legalização só agravaráa situação atual, quando as mulheres dasclasses economicamente mais favoreci-das procuram (e recebem) excelenteatendimento nas "clínicas especializa-das" e as mais carentes vão em busca daajuda de curiosas e parteiras. O atendi-mento gratuito de saúde no Brasil, nãoraro significa um enorme problema para'o "beneficiário" e não será exceção nocaso do aborto legalizado. Queira Deusque as mulheres, em sua ânsia de se "li-bertarem do jugo masculino", não criemmais um mecanismo para matá-las.

Na minha opinião, muito mais saudá-vel seria os movimentos ditos feministaspressionarem o governo para que desen-volvesse programas mais amplos e efi-cientes de planejamento familiar, bemcomo campanhas de esclarecimento paraas brasileiras, que em vez de arriscaremsuas vidas em abortos mal-feitos de con-seqüências físicas e psicológicas danosaspara o organismo feminimo, poderiamter alternativas para evitar os filhosindesejados.

Quanto às camisetas da campanha,com o slogan "Se os homens parissem, oaborto já seria um direito", cabe a per-gunta: "Seriam os homens tão tolos paraarriscarem suas vidas em abortamentosde alto risco ou procurariam eles meiospreventivos que lhes evitassem dores decabeça maiores?".

Também é válido questionar a quemse refere esse tal direito: à mulher ou aofeto que cresce em seu ventre. A velhíssi-ma e já batida frase "meu corpo me per-tence" não se aplica ao caso, uma vez quea Medicina comprova amplamente que ofeto não pertence ao corpo da mãe, é umorganismo independente, um ser à parte,que merece respeito e tem direito à vida.

Admira-me muito que nesse planetatão preocupado com a preservação da vi-da animal e vegetal, o extermínio de fetosseja considerado um direito.

Sônia Regina Ferreira

Problemas

Senhor Redator,A vila Santos, localizada na avenida

Bernardo Sayão, é uma área da Marinhaque há anos foi requerida por uma senho-ra de nome Aurora. Lá ela construiu umavila, cujas casas foram alugadas por vá-rias famílias, muitas das quais nelas per-manecem até hoje.

Como a relação entre inquilinos e lo-cataria não foi levada a sério pela senho- ¦ra Aurora, uma vez que ela se recusa arecuperar os prédios que se deteriora-ram, ou descontar nos aluguéis os conser-tos feitos pelos inquilinos, estabeleceu-sena vila uma situação de conflito, a pontode muitos deixarem de pagar seus alu-guéis. Muitas casas por pouco não desmo-ronaram sobre os inquilinos tal o estadoprecário de conservação em que seencontravam.

A área é ocupada por aproximada-mente 180 famílias, que enfrentam, ain-da, outros tipos de problema: o forneci-mento de água, por exemplo, uma con-quista dos próprios moradores, é bastan-te precário. Vemo-nos obrigados, assim,a improvisar medidas, como aparar aágua diretamente no cano da rua, ao in-vés de esperar que ela chegue até as tor-neiras. Aqui também não existe rede deesgoto e nem valas, o que dificulta em de-masia as nossas vidas, pois a água usadanas residências se acumula, tornando-seum perigo, principalmente para as crian-ças, que, em contato com ela, podem atémesmo contrair doenças. Aliás, devo res-saltar que o número de crianças com pro-blemas respiratórios e intestinais aqui navila é bastante elevado.

Quando chove, senhor Redator, tudovai ao fundo. Isso nos deixa em situaçãode desespero, porque não estamos encon-trando saída para o nosso problema. Sónos resta lembrar à Prefeitura que existi-mos, pagamos impostos e merecemos,portanto, o devido respeito. Nossa saúdeestá ameaçada com a falta de saneamen-to, a proliferação de ratos, mosquitos ecarapanãs. Com a umidade do terreno e oempoçamento da água a situação ficaainda mais arriscada. É a nossa vida queestá em jogo.

João de NazaréPresidente do Cenlro Comunitário Vila Santos ¦»

Cartas para estas colunas devem ser en-viadas à redação de O LIBERAL — rua Gas-par Viana, 253, Comércio, Belém-Pará, CEP66.000 — para as seções "Cartas" ou "Quei-xas", assinadas, em lauda datilografada, comno máximo 20 linhas, contendo nome e endere-ço do remetente, número de Identidade etelefone.

IV.. J.

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Belém, terça-feira, 19 de setembro de 1989 O LIBERAL ESPORTES 9

Joaquim Mamede recua e admiteconvocação de Aurélio Miguel

J Rio de Janeiro (AE) — 0 presidente da Confederação Brasileira de Judô, Joaquim Mame- 0de, afirmou ontem à tarde, na sede da entidade, §que o judoca Aurélio Miguel, medalha de ourofem Seul, será convocado para integrar a SeleçãoBrasileira no Campeonato Mundial de Belgrado,caso seja considerado, pela Comissão Técnica,q melhor atleta de sua categoria. Mamede afir-mou ainda que existe grande possibilidade doatleta ser convocado mesmo que não participeda prova seletiva marcada para o dia 21 de se-tembro.

"Se Aurélio Miguel, uma vez convocado pe-Ia Comissão Técnica, não quiser ir para o Mun-diai, é porque está com medo de enfrentar obelga Van de Valle, para quem já perdeu quatrovezes. Aurélio se encontrou com Valle no Japãoe viu que o homem está preparadíssimo", disse,Mamede, desafiando Aurélio a mostrar para aimprensa algum documento que ateste seu des-ligamento da Seleção por parte da Confederação.

Sobre a não convocação de Aurélio Miguelpara treinar com os outros judocas no Centro deTreinamento de Santa Cruz, Mamede apresen-tou duas justificativas. A primeira foi de que oatleta não se encontrava no Brasil na época daconvocação e a outra baseada nas declaraçõesde Aurélio, na época de sua viagem para o Ja-pão — de que no país não existe técnicos e atle-tas preparados para acompanharem seutreinamento.

"Depois que foi convocado para treinamen-tos em São Paulo visando ao Mundial, Aurélio foipara o Japão sem comunicar a CBJ. Soube de

,sua viagem através de um ofício da Pirelli. Fi-quei muito aborrecido com a atitude indiscipli-nada do atleta, principalmente por não querercolaborar com os outros judocas, e acabei nãopermitindo que ele treinasse no centro", disseMamede, concluindo que Aurélio foi autorizadoa treinar no lugar que achasse melhor e que nempor isso estaria antecipadamente fora do cam-peonato.

Mamede foi bastante suscinto ao comentaro fato do presidente José Sarney estar acompa-nhando de perto o caso. "Rendo todas as honrasao presidente Sarney, assim como a qualquerpresidente. Mas, nesse caso, a decisão é exclusi-vãmente da CBJ e da Comissão Técnica", afir-

Miguel: convocação admitida.mou Mamede, acrescentando que gostaria queAurélio participasse do Mundial, uma vez que"ele é sempre uma esperança de medalha deouro".

Por fim, Mamede fez questão de frisar queaté agora a participação da equipe brasileira noCampeonato Mundial está ameaçada devido àfalta de verba na Confederação. "Apesar de to-do o empenho do ministro da Educação, CarlosSantAnna, que gosta muito de esporte, em nosajudar, já tendo, inclusive, autorizado a libera-ção de dinheiro, ainda não recebemos nada. Tal-vez só participem da competição os atletaspatrocinados", revelou.

Planalto interferee ouve o judoca

Brasília (AG) — Convocado ontem pe-lo ministro da Educação, Carlos SanfÂPna, o judoca Aurélio Miguel — medalha deouro nos Jogos Olímpicos de Seul — virá ho-je a Brasília para explicar as razões queo levaram a decisão de abandonar a car-reira esportiva. Em telegrama enviado aopresidente José Sarney no último sábado,o judoca alegou, como motivo principal, aspressões psicológicas que vinha sofrendopor parte da Confederação Brasileira deJudô e a indefinição da entidade que aindanão havia confirmado seu nome para oMundial de Judô que será realizado no pró-ximo mês, na Iugoslávia. O Palácio do Pia-nalto encaminhou o telegrama ao ministro,pedindo que fossem tomadas as providên-cias cabíveis.

— Nós desejamos que ele dispute oCampeonato Mundial. Ele já conquistouuma medalha de ouro e achamos que deverepresentar o Brasil para tentar uma novamedalha. Vamos conversar com as partesenvolvidas para encontrar uma forma ne-gociada e honrosa para que Aurélio Miguelse integre à delegação brasileira — disseCarlos SantAnna.

Na audiência que concederá a AurélioMiguel, o ministro disse que pretende sa-ber se o judoca aceita rever sua decisão.Em caso positivo, segundo Carlos Sant An-na, será então convocado a Brasília o pre-sidente da CBJ, Joaquim Mamede,apontado por Aurélio Miguel como respon-sável pela atual situação do conflito.

ArOuivo

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Abertura dos Jogos da Celpa, encerrados domingo. Uma das provas de natação dos Jogos da Celpa.

viciosa isiz icsim pdru prcííiiáir oisvencedores dos Jogos Internos

Vencendo a maioria das modalidades dis-putadas, a Diretoria de Construção conquistouos V Jogos Internos da Celpa, encerrados nesteúltimo domingo, com a realização da festa depremiação dos campeões, na sede da Asdecel-pa. A Diretoria de Construção chegou ao seuprimeiro titulo dos Jogos Internos da Celpacom 80 pontos, com a vice-campeã, a Diretoriade Operação, somando 77 pontos, e a terceiracolocada, a Diretoria de Administração, 74pontos, enquanto o Combinado somou 59 pon-tos, ficando em quarto lugar.

, No naipe masculino, o título ficou com a Di-retoria de Operação, enquanto a campeã nonaipe feminino foi a Diretoria de Construção,

pela qual jogaram os destaques dos V Jogos daCelpa — José Salgado, no masculino, e NaraSouza, no feminino. Na festa de premiação, oatual presidente da Celpa, engenheiro Fernan-do Pinho, garantiu a participação da Celpa nospróximos Jogos Norte e Nordeste das Empre-sas de Energia Elétrica, cuja realização estáprevista para novembro próximo, em Aracaju.

Os campeões — Em seguida, os campeõespor modalidades disputadas: natação — a Di-retoria de Construção venceu no feminino, en-quanto o Combinado venceu no masculino; xa-drez — o título ficou com a Diretoria de Cons-trução, com a dupla Frederico Gabbay e Sa-muel Figueiredo; tênis de mesa — a Diretoria

Fefuspa vaidiscutir a

convocaçãoEm reunião prevista

para a noite desta terça-feira, na sede da entidade,a diretoria da Federaçãode Futebol de Salão do Pa-rá (Fefuspa) deverá defi-nir a convocação da Sele-ção Paraense para a dispu-ta da fase eliminatória doCampeonato Brasileiro deSeleções, que será realiza-da de 26 a 30 deste mês, emSão Luiz, Maranhão. Se-gundo Astrogildo Piedade,presidente da Fefuspa, adelegação do Pará incluiráum total de 20 pessoas, 14das quais jogadores, aosquais se somarão, além dotreinador Oscar Lima e dopreparador físico Carli-nhos, um massagista, um.roupeiro, um médico e umdiretor da entidade. Por ou-tro lado, a viagem da Sele-

.ção Paraense para SãoLuís — bancada pelo Go-verno do Estado — estáprevista para este próximodomingo, às 20 horas, porvia rodoviária.

A estréia do Pará na'fase eliminatória do Cam-peonato Brasileiro de Sele-ções está prevista para opróximo dia 27, diante doAmazonas. No dia seguin-te, 28, a Seleção Paraenseenfrentará Rondônia, en-quanto no dia 29 terá pelafrente o Piauí, com a últi-ma partida sendo disputa-da dia 30, diante doMaranhão.

BMtt ^Ifcfc.w.

Graf: liderança absoluta.

Steffi Graf absolutano ranking feminino

CLASSIFICADOS DE JjV-^

Oím*mWU.\&hFon*: 222-0133

Miami, EUA — Barcelona, Espanha(AFP) — A espanhola Conchita Martinez,ganhadora do Torneio de Phoenix (Arizona),subiu quatro posições, passando ao décimo-terceiro lugar na clasificação por pontos docircuito feminino, onde a alemã ocidentalSteffi Graf continua imperando.

A classificação geral é a seguinte: 1.Steffi Graf (RFA) 5.760 pontos; 2. MartinaNavratilova (EUA) 3.595 pontos; 3. Gabrie-Ia Sabãtini (ARG) 2.935 pontos; 4. ArantxaSanchez-Vicário (ESP) 2.395 pontos; 5. ZinaGarrison (EUA) 2.330 pontos; 6. Helena Su-kova (TCHE) 1.712 pontos; 7. Chris Evert(EUA) 1.519 pontos; 8. Jana Novotna(TCHE) 1.324 pontos; 9. Catarina Lindqvist(SUE) 1.123 pontos; 10. Manuela Maleeva(BUL) 1.115 pontos; 11. Mary-Joe Fernandez(EUA) 1.063 pontos; 12. Mônica Seles (IUG)1.040 pontos; 13. Conchita Martinez (ESP)1.021 pontos; 14. Hana Mandlikova (AUS) 983

pontos; 15. Helen Kelesi (CAN) 951 pontos;16. Lori Mcneil (EUA) 859 pontos.Motta — O tenista brasileiro Càssio Mot-

ta foi eliminado ontem da primeira rodadado Torneio de Barcelona, ao ser derrotadopelo chileno Sérgio Cortes, por 6-3 e 6-2. Ou-tro brasileiro, Luiz Mattar, também foi der-rotado pelo francês T. Benhabiles, por 6-2 e7-6.

Os demais resultados são os seguintes:Fernando Luna (Esp) ganhou de Tomas Hal-di (Sue), por 7-5, 7-6; J. Aguilera (Esp) deF. Yunis (Arg), por7-5,6-3; F. Roig (Esp) deBruno Oresar (Iug), por 6-0,6-1: Lars Johns-son (Sue) de Marcos Gorriz (Esp), por 7-6,1-6, 6-2; Nicolas Romero (Esp) de J. Aven-dano (Esp), por 6-1,6-2; DiegoNargisso (Ita)de Jimmy Brown (EUA), por 7-5,6-1; Augus-tin Moreno (Mex) deThierry Tulasne (Fra),por 4-6, 6-1 e 6-4.

de Operação venceu no masculino e a Diretoriade Construção, no feminino; tênis de quadra —o título ficou para a Diretoria de Construção,em simples e duplas; voleibol — a Diretoria deConstrução venceu no feminino e a Diretoria deAdministração conquistou o título do naipemasculino; basquetebol — a Diretoria de Cons-trução também venceu nessa modalidade; fu-tebol de salão — a Diretoria de Administraçãoconquistou o título da modalidade; handebol—também nessa modalidade o título ficou com aDiretoria de Administração; futebol de campo— a Diretoria de Operação conquistou o títulodessa modalidade; atletismo — a Diretoria deAdministração venceu no feminino e a de Ope-ração, no masculino.

DAFS definea programaçãodo SuburbanoEm reunião realizada sexta-

feira passada, o Conselho Arbi-trai do Departamento Autônomode Futebol Suburbano (DAFS) daFederação Paraense de Futebol(FPF) definiu a programaçãopara a realização do CampeonatoSuburbano deste ano, cujo Tor-neio Início está previsto para 1 deoutubro próximo, em local a serainda definido, e cuja primeirarodada está marcada para dia 15daquele mês. Na oportunidade, fi-cou também definido que este anoo Campeonato Suburbano reunirá16 times, divididos em chaves, ca-da uma das quais com quatroequipes, com cada chave classifi-cando dois times para a segundafase, cujos jogos serão eliminató-rios. Na ocasião ficou igualmenteacertado que este ano o Campeo-nato Suburbano terá a participa-ção somente dos campeões de ca-da bairro, aos quais se somarão ocampeão e o vice-campeão docertame do ano passado.

De acordo com o que ficou de-finido na reunião do Conselho Ar-bitral do DAFS da FPF, as cha-ves serão denominadas de "Ro-mulo Maiorana", "João Adário","José Lessa" e "Nonato Batis-ta". A chave "Romulo Maiorana"reunirá os campeões da Boaven-tura, Marco, Cidade Nova e Gua-nabara. Já da chave "João Adá-rio" participarão os campeões deCanudos, Atalaia, Pedreira e Ma-rambaia. Por sua vez, a chave"José Lessa" terá como integran-tes os campeões da Condor, Naza-ré, Bengui e Sacramenta, enquan-to a chave "Nonato Batista" reu-nirá os campeões do Marco, Gua-má, Telégrafo e Barreiro.

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" rJa^%àiâHipismo, a atração deste próximo domingo.

Campeonato Estadual deHipismo continua domingo

Neste próximo domingo, 24, está pre-vista a disputa da segunda etapa do Cam-peonato Estadual de Hipismo, cujo localainda não foi definido, muito emboraexista uma proposta para que seja reali-zada na granja "Santa Lúcia", rio En-troncamento. Essa segunda etapa inclui-rá duas provas, sendo uma Intermedia-ria — destinada a conjuntos iniciantes —e outra, a Principal — p'.ra conjuntosque não sejam estreantes. A prova da ca-tegoria Intermediária será disputadacom obstáculos de 1 metro de altura por1; 30 metro de largura, enquanto os obs-

táculos da prova da categoria Principalserão de 1,10 metro de altura por 1,40 me-tro de largura.

Somando 9 pontos, Ivan Moura, doCentro Hípico de Belém (CHB), lidera acategoria Principal, seguido de Cronem-berg, um capitão da Polícia Militar doEstado, que tem 6 pontos. Já na catego-ria Intermediária o líder é Orvandil Ro-drigues, do CHB, com 9 pontos, enquantoSuenir Sobral, das Fazendas ReunidasSobral, é o segundo colocado, com 6 pon-tos, e Diogo Viundes, do CHB, com 4 pon-tos, é o terceiro colocado.

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Xoíeca paga prêmio decerca de NCz$ 100 mil

Brasília (Sport Press) — Com re-sultados absolutamente normais emtodos os jogos, o concurso n? 02 da Lo-teca teve muitos acertadores em todasas faixas de premiação. Com 13 pon-tos, cujo prêmio estava acumulado fo-ram 56 ganhadores. O rateio para cadaum é de NCz$ 99.370,18; com 12 pontos(10 mais 2), 1.602 acertadores que re-ceberão o rateio de NCz$ 373,40; com11 pontos (10 mais 1) foram 5.870 ga-nhadores, para cada um, NCzf 186,70e com 10 pontos (do jogo 1 a 10) 5.188,com rateio de NCz? 93,35. O prêmio li-quido total foi de NCz$ 7.743.145,68(NCzf 5.564.730,08 para os 13 pontos eNCz? 2.178.415,60 rateados proporcio-nalmente para os acertadores com 12,11 e 10 pontos).

Os 56 que fizeram 13 pontos estãoassim distribuídos, por Estados: SãoPaulo, 32; R.G. do Sul, 06; Rio de Ja-neiro, 04; Paraná, 03; Bahia, 02; Bra-silia, 02; Espírito Santo, 02; MinasGerais, 02; Amazonas,01; Goiás, 01 eSanta Catarina, 01.

Com 12 pontos (acertaram os 10mais 2) foram 1.602 ganhadores: SãoPaulo, 647; Rio de Janeiro, 285; MinasGerais, 162; R.G. do Sul, 90; Paraná,73; Brasília, 50; Bahia, 49; S. Catari-tia, 48; Espírito Santo, 29; Goiás, 25;Pernambuco, 25; Amazonas, 19; Pará,18; Ceará, 13; Maranhão, 12; Sergipe,12; Mato Grosso do Sul, 10; MatoGros-so, 10; R.G. do Norte, 09; Paraíba. 08;Alagoas, 04 e Piauí, 04.

Com 11 pontos (acertaram os 10mais 1): S. Paulo, 1.937; Rio de Janei-ro, 1.442; Minas Gerais, 561; R.G. doSul, 457; Paraná, 232; Brasília, 177;Bahia, 149; S. Catarina. 142; Goiás, 116;'Pará, 114; Pernambuco, 89; EspíritoSanto, 65; Mato Grosso do Sul, 62;Amazonas, 60; Ceará, 54; Mato Gros-so, 18; Maranhão, 34; Sergipe, 32; Pa-raíba, 31; R.G. do Norte, 27; Alagoas,24 e Piauí, 17.

Com 10 pontos (do jogo 1 ao 10), fo-ram 5.188, assim distribuídos por Es-tados: Rio de Janeiro, 1.293; S. Paulo,1.292; Minas Gerais, 525; R.G. do Sul,

482; Paraná, 214; S. Catarina, 165; Bra-silia, 164; Bahia, 156; Pará, 140; Goiás,119; Pernambuco, 111; Ceará, 87; Ama-zonas, 73; Espírito Santo, 62; MatoGrosso, 52; R.G. do Norte, 46; Mara-nhão, 44; Mato Grosso do Sul, 42; Ala-goas, 35; Paraíba, 31; Sergipe, 31 ePiauí, 24.

Concurso n." 03 — 0 concurso n?03 da Loteca tem quatro jogos progra-mados para sábado: Coritiba x Cruzei-ro, n? 07; Fortaleza x Ceará, n? 08;Goiânia x Botafogo/SP, n? 09 e Atléti-co/MG x Botafogo/RJ, n? 11. Os de-mais, em princípio, serão realizados nodomingo.

As apostas terminam quinta-feira,exceto em oito capitais onde as lojasfuncionam até sexta-feira: Brasília (17horas), Rio de Janeiro (18 horas), Be-lo Horizonte (19 horas), Recife, PortoAlegree Curitiba (12 horas), Salvadore Florianópolis (11 horas).

Teste 004 — Fluminense x Vasco,clássico carioca, válido pelo Campeo-nato Brasileiro da Primeira Divisão,é a principal atração do concurso 004da Loteca, nos dias 30 de setembro e1? de outubro de 1989. Pelo Campeona-to Italiano temos a campeã (Interna-zionale) e o vice-campeão (Nápoli) daúltima temporada, enfrentando res-pectivamente, Roma e Milan. Constamda programação dez jogos do Campeo-nato Brasileiro da Primeira Divisão,um da Divisão Especial e dois doitaliano.

Eis os jogos escolhidos pela comis-são de programação: Primeiro bloco —1 - Guarani/SP x Botafogo/Rj; 2 - Co-ríntians/SP x Vitória/BA; 3 - Atléti-co/PR x Náutico/PE; 4 - Bahia/BA xP. Desportos/SP; 5 - Goiás/GO x Cori-tiba/SP; 6 - Inter Limeira/SP x Atlé-tico/MG; 7 - Sport/PE x Santos/SP; 8- América/RJ x Bangu/RJ; 9 - Nápo-li/IT x Milan/IT; 10 - Internaziona-Ie/IT x Roma/IT.

Segundo bloco — 11 - Fluminen-se/RJ x Vasco/RJ; 12 - Cruzeiro/MGx Palmeiras/SP; 13 - S. Paulo/SP xInter/RS.

A um passo da classificação,uruguaios festejam vitória

Montevidéu (UPI) —Fotografiasdo volante Enzo Francescoli e do pon-ta Ruben Sosa correndo com os braçoserguidos e com o grito de gol em seuslábios cobriram ontem a primeira pá-gina dos jornais uruguaios, que elogia-ram os artilheiros da seleção nacionalpela atuação de domingo passado con-tra a Bolívia pelas eliminatórias paraa Copa do Mundo de 1990."Continuam me chamando de ma-go", foi a manchete que o "La Hora"imprimiu sobre a figura de Francês-coli, autor do segundo gol e com o qualo Uruguai fechou sua vitória por 2 a 0contra os bolivianos pelo Grupo I sul-americano."Uruguai ordenou "lançar carga"e a Bolívia foi demolida", acrescentouo jornal em seu comentário.

Com este resultado, o elenco localficou a um passo da classificação pa-ra o Mundial da Itália e somente osdesmoralizados, desunidos e já elimi-nados peruanos sobram como o únicoobstáculo para que os uruguaios per-cam a vaga.

Uma vitória do Uruguai contraPeru, na partida que será disputada nopróximo domingo em Montevidéu, dei-xaria os bolivianos de fora, que agoradevem esperar por um empate ou der-

. rota do conjunto "charrua" para rea-lizar suas ilusões."Itália e, bem perto, o Uruguai",publicou o "La República", em suamanchete, ilustrando também com di-versas cenas do jogo. toda uma página.

Sosa, beijando sua camisa emmeio à comemoração dos companhei-ros, após marcar o primeiro gol, con-trasta com a imagem da frustração dogoleiro boliviano Carlos Trucco, ajoe-lhado em sua área e impotente paraevitar a queda da bola em seu gol."Lúcido, contundente, Uruguai li-quidou cedo a partida" — assinalou o"La República".

Em tom de euforia, o tablóide "LaManãna" ressaltou que "a Bolívia fi-cou para trás. Agora só falta o Peru"

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Francescoli: sob elogios...

e destacou nas páginas interiores queo "Uruguai recebeu a vitória com se-rena alegria: todos sabem que aindafalta".

Para o "EI País", a vitória veio emboa hora. "Voltou o futebol alegre e di-vertido. Enzo (Francescoli) jogou co-mo o que dizem na França (em seuclube, o Olimpique de Marselha): umamaravilha".

O "El Dia" deu em destaque umafotografia exibindo um grupo de joga-dores uruguaios abraçados ao térmi-no da partida. A cena ganhou aseguinte manchete: "Todo o Uruguaifaz festa com dois gols para não dei-xar ninguém dormir a sesta".

...com os quais também foi contemplado De Leon (à esq.).

— Desalento na Bolívia—La paz (AFP) — A derrota so-

(rida, domingo passado, pela sele-ção boliviana de futebol, por dois azero, para o Uruguai, em Montevi-déu, reduziu as possibilidades daequipe verde de se classificar para

o Mundial da Itália, afirmaram on-tem os principais órgãos locais daimprensa.

Com uma campanha notável,antes da derrota, deste último do-mingo, a Bolívia ostentava, com seispontos, a liderança do Grupo 1, re-sultado de vitórias diante do Peru,

em La Paz e Lima, e do Uruguai,também em La Paz.

O esperado e classificador em-pate que toda a torcida boliviana es-perava não foi possível e agora aesperança é mínima, segundo a im-prensa, que destaca, porém a estra-nha atitude do árbitro chileno JoséCasiro, expulsando dois jogadoresbolivianos, "enquanto faltas seme-lhantes foram cometidas pelos uru-guaios, que não receberam sequercartão amarelo".

Apesar da derrota, o'araguai está otimista

Colômbia depende do Equador.:-_unçao mi D — A imprensa

¦¦aiaguaia comentou ontem que "nãose deve perder a cabeça" por causa daderrota sofrida pela seleção nacionaldomingo passado, contra a Colômbia,por 2 x 1, um resultado que obriga o Pa-raguai a vencer os equatorianos paratentarem conseguir a classificação pa-ra a Copa do Mundo de 1990."A Colômbia queimou nosso pri-mtiro cartucho", estampou o "ABC"em suatíianchete. "A classificação te-rá que esperar", publicou o diário "No-tícias", em sua primeira página,relerindo-se ao resultado da partidadisputada na cidade colombiana deBarranquilla. "A Colômbia soube-euperar-se da vantagem inicial alcan-cada pelos alvi-vermelhos e conseguiua vitória que lhes dá ainda alguma es-perança de chegar à classificação" —,escreveu o diário "Hoy", ao comentarque os paraguaios fecharam o primei-ro tempo com 1 x 0 no placar.

Paraguai e Equador farão no pró-ximo domingo a última partida do

Grupo II das eliminatórias sul-americanas para a Copa de 90. O ven-cedor desta chave, entretanto, nao es-tara automaticamente classificado.Ele ainda terá que enfrentar em outu-bro a seleção de Israel, campeã da Zo-na Asia-Oceania, para definir quemfica com a vaga para a Itália.

A Colômbia encabeça o Grupo IIcom cinco pontos, seguida do Para-

. guai, com quatro. Equador, já elimina-do, tem apenas um ponto.

E, apesar da derrota de domingo,os paraguaios seguem confiantes,principalmente porque o duelo decisi-vo será em casa."Não temos que perder a cabeçapela derrota contra a Colômbia", dis-se o "Notícias". O mesmo jornal des-tacou que o treinador colombianoFrancisco Maturana foi o grande res-ponsável pela "virada" de sua seleção,por ter executado substituições "mui-to oportunas" no segundo tempo, mes-no quando um dos oue deixaram otampo foi o astro Carlos Vaderrama.

Barranquilla, Colômbia (UPI) —A seleção colombiana de futebol queparticipou com altos e baixos das eli-minatórias para a Copa do Mundo de1990, acaba de ser desconvocada, po-rém continua unida em sua torcida pe-lo Equador, que fará contra o Paraguaia última partida do Grupo II.

Em sua última partida, domingoúltimo, os colombianos, com o apoio ir-restrito de sua torcida, derrotaramnesta cidade os paraguaios por 2x1,aproveitando os momentos de desespe-ro da defesa adversária para conver-ter dois gols em apenas dez minutos.

Após a pp. .ida, a alegria tomouconta das ruas da cidade, onde milha-res de populares festejaram e promo-veram um "buzinaço" até por volta dameia-noite.

Todos os jotadores da seleção via-jaram ontem para suas respectivas ci-dades para se reintegrarem às suasequipes, as quais estão disputando oCampeonato Nacional.

O time encerrou sua participaçãocom um saldo de duas vitorias, um em-pate e uma derrota, colocando-o naponta da tabela de classificação. En-

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\ 3_» ..^Jogadores colombianos festejam a vitória sobre o Paraguai

tretanto, o Paraguai, em segundo lu-gar com duas vitórias e uma derrota,ainda tem a partida com o já eliminaido Equador pela frente e, conseqüen-temente, muitas chances de sagrar-secampeão da chave.

Se depender da garra dos equato-rianos, os colombianos já podem res-pirar mais aliviados: "Nós vamosjogar como se não nos houvessem eli-minado. Vamos demonstrar que somosuma equipe forte, de respeito em nos-sa casa perante à torcida , disse ontemà imprensa colombiana, o treinador doEquador, o iugoslavo DuzaniDra__OVÍk:c-J^-' ¦ ' :<-__UO.iJ

Para eliminar a Colômbia, o Pa-raguai precisa vencer a partida. Umempate classificaria os colombianospara a série de duas partidas contraa seleção de Israel, campeã da ZonaAsia-Oceania, contra quem o campeãodo Grupo II Sul-Americano precisa de-finir a vaga para a Itália.

Fajardo, considerado. "bendito"desde criança, deu força ao meio-campo, dinamismo e eficiência ao ata-que para ajudar os companheiros achegar à vitória.

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Existem dois tipos de avaliação de carros usados.A feita na Praça da República e a dos Classificados

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Belém, terça-feira, 19 de setembro de 1989 O LIBERAL ESPORTES 11

Botafogo confiante em vencer o FiaTitã, o próximo

reforço do VascoRio (AG) — A contratação de Titã po-de ser anunciada ainda hoje pelos dirigen-

tes do Vasco. 0 jogador já conseguiu sualiberação do Pescara, que está na segundadivisão do Campeonato Italiano, e, no últi-mo contato que teve com os dirigentes vas-caínos, disse que é importante para elevoltar a jogar no Brasil durante esses me-ses que antecedem a Copa do Mundo.

O vice-presidente de futebol, Eurico Mi-randa, diz que o Vasco mandará um dirigen-

^te hoje à noite para a Itália, a fim de acertar"todos os detalhes da contratação de Titã.Está quase tudo acertado. Só preci-

samos, nós dirigentes, sentarmos a mesa pa-i*ra discutir detalhes financeiros. Não tenho[íjdúvidas de que amanhã (hoje) ou depois já|*jpoderemos anunciar Titã como jogador do^Vasco.t* O presidente Antônio Soares Calçada

não quis entrar em maiores detalhes sobrea vinda de Titã. Seu receio é que a divulga-ção do interesse no atacante complique asnegociações — ele teme que o Flamengo seu'intrometa, numa forma de vingar-se da con-tratação de Bebeto. Mas nem isso preocu-pa Eurico Miranda:

Quer saber de uma coisa? Só (ontem)falei com Titã quatro vezes. E tem mais: osjornais italianos já anunciaram que ele nãoé mais do Pescara. E se ele não é mais do

Tescara, de quem será ele? — perguntouEurico Miranda com ironia, soltando umasonora gargalhada.

Jogadores do Flufazem autocrítica

Rio (AG) — A intenção do técnico Pro-copio ontem era discutir com os jogadoresas causas da má atuação da equipe no sá-bado e, em seguida, estabelecer a estraté-gia para o jogo de amanhã, contra oCoritiba, marcado para o estádio das Laran-

j jeiras. Mas nem houve necessidade de um[__debate mais longo: os próprios jogadores as-

sumiram a culpa pela goleada de 4 a 1, dian-te da Portuguesa, admitindo que não houveempenho e, sobretudo, garra.— Foi um desastre. Eles quiseram ven-

cer e venceram. Nós não jogamos — expli--ujcou Torres, visivelmente envergonhado pela.(jjforma pela qual o Fluminense perdeu.íBi Diante da análise dos próprios jogado--ri-res, Procópio resolveu prestigiar o time e,9a para a partida de amanhã, se limitou ape-

nas a confirmar as mudanças que será obri--o'gado a fazer, em razão das suspensões de-e< Márcio Luís e Marquinho: promoverá a vol-BOita de Donizete ao meio campo, ao lado de-il Vítor e Vander Luís, e escalará Rinaldo, na»),ponta esquerda. Lucas, Cocada e Vagner*( continuarão de fora.

tri' Na conversa com os jogadores, porém,oi' Procópio fez uma série de advertências, poro/;achar que o time errou demais e não cum-

priu suas determinações.^e^poçjele, osjor-jogadores fizeram exatamente ocontráriòdómique vinham fazendo nos jogos anteriores.

Eurico reassume a

'$& 4%,. -y^-M^Maurício (à dir.): humildade sucumbe à festa da torcida.

Torcida frustra a táticaRio (AG) — Falar pouco dos ad-

versáríos e não fazer promessas. Es-ta é a mais nova tática do Botafogo.Tanto que Maurício fez questão dedeixar claro para toda a torcida quenão vaia campo quarta-feira pensan-do em ser mais uma vez o carrascodo Flamengo. Humilde, nem pensaem ser o autor de um gol que poderiaagravar a crise na Gávea. A únicapromessa foi a de se empenhar mui-to para manter o Botafogo na li-derança.

— Há muito deixei de ser egois-ta. Não entro mais em campo pensan-do só em mim, querendo os elogios.

Se o Flamengo tem um carrasco, nãosou só eu, mas sim todo o time do Bo-tafogo. Não ganho jogo sozinho eéporcausa desse nosso sentimento de co-letividade que vamos vencerquarta-feira.

Mas a humildade de Maurício du-rou pouco: logo que os torcedores queo cercavam começaram a cantar "re-cordar é viver, Maurício acabou comvocês", abriu um sorriso e não seconteve.

— Essa manifestação só me dei-xa satisfeito. Quem sabe a histórianão se repete novamente? — traiu-se.

Rio (AG) — Apesar de estar quase cer-to de que não poderá contar com dois tilu-lares — Mauro Galvão e Milton Cruz aindasentem fortes dores na coxa — o técnico Vai-dir Espinoza está tranqüilo e confiante nu-ma vitória do Botafogo sobre o Flamengo,amanha. Tanto que só hoje ele começa a es-calar o time, pois quer estudar todas as op-ções que tem. Na sua opinião, porém, umacoisa é certa: quem quer que substitua Mau-ro Galvão e Milton Cruz vai manter o mes-mo ritmo e o entrosamento que a equipe jáadquiriu.

— Temos um grupo muito parelho eaquele jogador que entrar eventualmenteconsegue desenvolver seu potencial. A ex-plicação para isso é simples, pois todo mun-do está na ponta dos cascos e, melhor ainda,unidos em torno do nosso atual objetivo, queé conseguir a classificação para a segundafase — comentou.

A tranqüilidade de Espinoza é tão gran-de que ele não leva em conta sequer a pos-sibilidade do Flamengo entrar em campopensando em uma revanche da final doCampeonato Estadual. O técnico minimizoueste aspecto da partida, da mesma formacomo não comentou nem mesmo um possi-vel espírito de superação dos jogadores doFlamengo, ansiosos por uma vitória queafaste a crise que se instalou na Gávea.

Milton Cruz — Dúvida para o jogo deamanhã, Milton Cruz estava aborrecido, on-tem de manhã, em Marechal Hermes. E porum bom motivo: com a contusão na coxa es-querda, pode perder o lugar no time, queconseguiu com muito sacrifício. Na verda-de, uma luta que começou em abril desteano, quando foi contratado pelo Botafogo.

Enquanto fazia tratamento, Milton Cruzpor várias vezes amaldiçoou sua própriasorte. Afinal, titular há dois jogos e autor deum gol na vitória sobre o Atlético Paranaen-se, ainda ontem nao tinha assimilado a pos-sibilidade de ficar fora do clássico com oFlamengo. Pior do que isso, porém, é daroportunidade para que alguém tome o seulugar.

Esta contusão não poderia ter esco-lhido pior hora para vir. Apesar de já estarsentindo uma dorzinha há dias, exàtamen-te agora ela chegou forte para me derrubar— comentou, indignado.

Nem mesmo o incentivo do médico Jor-ge Resende serviu para melhorar o astraldo jogador. Milton Cruz, porém, não seentrega:

Sempre tive boa recuperação e nãoserá agora que ficarei na mão. Seguindo àrisca o que me foi recomendado, acho quevai dar — disse, tentando parecer otimista.

João Saldanha

Telê Santana tenta driblar acrise apelando para diálogo

Elj

OÊ'.•9b Seleção em janeiro

Rio (AE) — Após uma reunião que.teve com Eurico Miranda, no restauran-~KÍ te Rios, na praia do Flamengo, o presi-B ^dente da CBF definiu que o diretor do* 'Futebol

que está licenciado assumirá emjaneiro a coordenação da Seleção Brasi-leira para a Copa do Mundo. A CBF vai

Tdividir o futebol em duas partes: umaque cuidará das competições, como Cam-peonato Brasileiro e Copa do Brasil, e ou-tra exclusivamente para cuidar daSeleção.

Ricardo vai reunir-se hoje com a Co-missão Técnica a fim de acertar a pro-gramação de viagens de SebastiãoLazaroni e decidir sobre a realização dos. amistosos contra a Itália, na cidade deBologna. Ainda na reunião, Ricardo vaiinformar que todos continuam trabalhan-do independente da licença de EuricoMiranda.

O presidente da CBF acha que nospróximos meses não há necessidade daSeleção manter todos os convocados. Ri-cardo diz que, com exceção do técnico edo administrador, os outros vão continuarservindo aos seus clubes, mas poderãoser chamados a qualquer momento, in-clusive para a viagem à Itália, no mêsque vem.

— O importante no momento são ospreparativos para a Copa. Conversei comEurico e ele vai continuar de licença porachar que precisa ajudar ao Vasco.

Rio (AG) — Será um dia de muitaconversa na Gávea. O técnico Telê San- Itana vai reunir os jogadores antes do <treino e pedir que todos falem sobre as vdificuldades que por acaso venham en-contrando. Neste autêntico jogo da ver-dade, ele quer que problemas edesencontros sejam amplamente dis-cutidos entre o grupo, para que todosliberem o que está contido, e o time,*mais descontraído, possa reencontraro seu toque de bola.

Sem tempo para treinar, Telê che-gou a conclusão de que o diálogo é amelhor maneira de organizar a equipepara a partida de guarta-feira, contrao Botafogo. Ele ate admite fazer umaou mais modificações, sempre levandoem consideração a atual forma de ca-da um. Mas, antes de tomar uma deci-são, ele quer ouvir os jogadores e osresponsáveis pela avaliação física.

É um jogo que habitualmente já écarregado de uma forte carga emocio-nal para o Flamengo e Telê sabe disso.Muito mais agora, com o clube beiran-do a uma crise que pode chegar atémesmo a definir sua permanência naGávea. Este aspecto, porém, é o quemenos preocupa Ttelê. Mesmo tendo umcontrato assinado até o final do ano, elediz claramente que o seu cargo estásempre à disposição.

— Eu sou funcionário do Flamen-go, como qualquer jogador — afirma.

Rio (AG) — O técnico Telê Santa-na pode até fazer uma reunião com osjogadores para saber de cada um o queestá acontecendo com o time, que ain-da não venceu neste Campeonato Bra-sileiro. Mas o treinador terá de esperar

Chandú, o mágicoNão lembro direito, mas foi no tempo do Convair.

O comandante era da Cruzeiro e vez por outra joga-va com a gente na praia e freqüentava o café do Bal-thazar, o único que ficava aberto até a saida dasegunda sessão do cinema Americano, meio poeira,que tinha uma segunda classe nas primeiras seis ti-Ias perto do palco. Ali, era metade: 80 centavos. Naprimeira era 2,00 o preço da entrada. Mas quandoveio o teatro, seu Arthur, o gerente, resolveu encenara Paixão de Cristo.

O Cristo foi o Garcia, subgerente do armazémGaio Marti. Poucos atores e o Nénem Prancha foi ocenturião. Foi o primeiro centurião do império romã-no mulato. Mas também, pudera, seria racismo re-cusar trabalho a alguém, só porque era gente de cor.Mas o Nenem Pé de Prancha não precisava espetara lança de ponta afiada, com aquela força, na barri-ga do Garcia. O pessoal assistindo contrito e nós, unstrês ou quatro, na segunda. Um filme de cowhoy quejá tinha passado umas duas vezes e a Paixão deCristo.

O caso foi quando da ascensão. O Garcia não quisuma corda velha para fazê-lo subir. A corda não eraconfiável e ele poderia se estrepar. Não aceitou e oZé Gambiarra, que trabalhava numa companhia demudanças, lembrou daquelas correntes que levantamcofres epianos. O diabo é que elas tinham umas tra-lhas dentadas que faziam um barulho engraçado. Co-mo um jaú de pintar fachadas de edifícios.

E o barulhinho era inevitável. Crrrra...crrraaaammm, crrrra, mas o troço ia subindo. Pa-ra evitar o barulho a Antonieta, filha de seu Arthur,tocaria bem alto o piano. Foi advertida que poderiatocar qualquer coisa, menos "Tatu subiu no pau", co-mo conta Cornélio Pires, em Patacoadas, que lá emItaoca a banda atacou na hora da ascensão.

Eles já tinham tocado "Yaya me deixa eu subiresta ladeira", na hora da subida do Monte Calvário.Mas a platéia não estava nem aí. Assistindo e escu-tando em silêncio, com respeito e grande atenção.Mas a Antonieta não apareceu e foi com o barulhi-nho da tralha assim mesmo. O pessoal puxando a cor-rente atrás do palco, e o Garcia subindo, subindo, massempre olhando para o chão do palco.

Ele exigiu que colocassem um saco de serragemem baixo. O diabo foi quando o Garcia ia chegando.0 teto não era para uma ribalta e acabava de repen-te. Puseram um pano mais curto, e o Garcia, de sa-patos de verniz, liga à antiga, meias pretas e ceroulaspor baixo, ficou lá balançando. Desta vez a platéiaperdeu o respeito e caiu na gargalhada. Começarama bater palmas e o Garcia, lá de cima, agradeceuduas vezes.

O Chandu nos explicou, mais tarde, na porta docinema, como ele fazia para não errar o rumo quan-do sobrevoava o Acre ou o Mato Grosso. Os rádios ti-nham aquele olho mágico e ele sintonizava umaestação local. Até. vindo.para o Rio ele sintonizavaa Rádio Tupi ou Globo, cujos transmissores ficam di-recionais com a pista ou do Galeão ou do SantosDumont.

E ele nos chamava atenção, como se nós fosse-mos pilotar: "Olhem, se sair de sintonia, não corri-jam no rádio, ou no diai. A correção tem de ser feitacom a proa do avião. Assim, não tem erro. Se corri-gir no diai, o avião vai parar na Cordilheira dos An-des. Já sabem, é só acertar a proa do avião. Aí vocêvê de novo o caminho. Se vocês corrigirem na sinto-nia do rádio, vocês vão achar a onda transmissora,mas não acham a pista".

E outro dia o Zé me lembrou: "Lembra do co-mandante Chandu, o mágico? Eisso aí. "Mas as ca-deiras não eram boas. Se fossem, ninguém morreriae era apenas o susto. O caro é bom. Se eu tivesse umavião, queria ele para meu piloto. O pessoal da es-quina também. A esquina da Miguel é fogo. Ali já re-solveram a inflação, a perestroika, o muro de Berlim.E quase todo mundo é Botafogo.

Telê (à dir.): diante da crise, a aposta no diálogo.•Üfc.

primeiro por uma reunião que será fei-ta entre os jogadores, sem a presençada comissão técnica, quando eles dis-cutirão o problema entre si.

Á exceção do ponta Renato, quecontinua aborrecido com Telê, por tersido substituído no intervalo do jogo dedomingo, contra o Corithians, os Joga-dores estão dispostos a assumir a cul-pa dos últimos maus resultados. Oapoiador Uidemar, por exemplo, achaque o time tem de correr mais em cam-

po e ser mais solidário.Fernando também inocentou Telê

e, ontem mesmo, conversou com algunscompanheiros — Zinho, Alcindo, Uide-mar, Leonardo e Márcio Rossini —,dando a sua opinião sobre o assunto:— Não é hora de começar a falarde ninguém. Isso só atrapalharia. O ti-me está desentrosado e o que devemosfazer é procurar acertar o mais rapi-damente possível, através de muita lu-ta — explicou Fernando.

Basílio pode substituir PalhinhaSão Paulo (AE) — A surpreendente

vitória contra o Flamengo no Maracanãfoi encarada pelos jogadores do Corín-tians como uma espécie de resposta aoabandono a que se consideravam relega-dos.O grupo conseguiu dar no campo umaresposta aos dirigentes e, agora, parte pa-ra uma segunda etapa: obter a efetiva-ção de Basílio, que pela quinta vez atuacomo treinador interino. A decisão cabeao presidente Vicente Matheus, que vol-ta hoje do Caribe. Matheus deverá esco-lher o novo vice de Futebol após ouvirtoda a diretoria e seu irmão Izidoro; aquestão do técnico vem depois. Um nomeque surgiu forte nas especulações paravice de Futebol, é o Damião Garcia e opróprio Palhinha tem esperanças de vol-tar a ser técnico do Corintians, com a saí-da de Alberto Dualibi, de quem divergiaA delegação do Corintians chegou pe^Ia manhã a Recife, onde joga quarta-feiracontra o Náutico no estádio dos Aflitos,e os jogadores só fizeram treinamento fi-sico, correndo pela praia de Boa Viagemàs 16 horas. Neto (lesão no púbis), Eduar-do (pancada na canela) e João Paulo (do-res musculares) devem participar dotreinamento com bola hoje, e não são, emprincípio, problema para Basílio, 'quemandara a campo a mesma equipe queiniciou a partida contra o Flamengo.

Sâo paulo — A renovação dos contra-tos do lateral Zé Teodoro e do meia Raicom o São Paulo está cada vez mais difí-cil. O diretor de Futebol Marcelo Portu-

fal Gouveia disse ontem que as propostasos jogadores

"estão fora da realidade dofutebol brasileiro" e que as negociaçõessó serão retomadas se eles pedirem me-

nos. O preço do passe de Zé Teodoro estáfixado na Federação Paulista em NCz$3,35 milhões, atendendo à exigência legal.Portugal afirmou que os dois jogado-res estão nos planos do São Paulo parao Campeonato Brasileiro, mas nem porisso fará "loucuras". "O São Paulo nãoaceitará a proposta dos jogadores". O di-rigente surpreendeu-se com o fato de ZéTeodoro ter reclamado por não ter sido

procurado: "Combinamos que uma par-te só procuraria a outra se houvesse no-vidade. Por isso, só nos encontraremos seeles baixarem o pedido".Zé Teodoro não consegue esconderseu desanimo: "A proposta do São Pauloe que está fora da realidade". De acordocom o jogador, o clube está querendo re-novar nas bases de contratos feitos há pe-Io menos quatro meses atrás: "Sempre

tive perdas nos outros contratos e agoraestudei bastante o que ia pedir. Não vourenovar e ficar insatisfeito no São Paulo".Rai evita confronto e diz apenas que o diá-logo é o melhor caminho para resolver osproblemas. O time joga quarta-feira con-tra o Atlético Mineiro, no Mineirão.

Copa Palmeiras —Ao contrário do quea própria diretoria havia informado, apartida entre o Palmeiras e Bahia foi con-firmada para quarta-feira, às 21h30, noParque Antártica. No domingo, depois davitoria de 2 a 0 contra o Goiás, a informa-ção era de que o jogo tinha sido adiadopara o dia 12 de outubro, porque o Bahiadisputaria a final do Campeonato Baia-no na quarta-feira. A CBF, no entanto, nãopermitiu a alteração da tabela.

O dia foi calmo ontem no Parque An-tártica, apesar das manifestações da tor-

cida durante e depois do jogo de domingo.O técnico Leão, chamado de "burro" pe-los torcedores, deu folga geral para oelenco, que também foi criticado pela tor-cida, com os gritos de "Ô, ô, ô, queremosjogador" e "Ribamar refugo". Nenhumdos dirigentes foi ao clube ontem para fu-gir da pressão dos torcedores, que tam-bém os criticaram com o refrão "Era,era era. acabaram com o Palmeiras" e"Edu, Edu".

Para o jogo contra o Bahia, Leão ain-da não contará com o atacante Careca,que se recupera de contusão, mas pode-rá escalar o zagueiro Dario Pereira, quevoltou do Japão. O volante Elzo não deveter condições legais de estrear, porquesua documentação não veio de Portugal.

Portuguesa — Com a goleada da Por-tuguesa sobre o Fluminense, Roberto Di-namite surge diante da torcida e doelenco como líder que poderá conduzir oclube à conquista de um título inédito emsua história. O meiocampista Tbninho,por exemplo, ressalta que Dinamite, ape-sar dos 36 anos bem vividos e da expe-riència internacional, "tem umahumildade fora do comum e isto é um mo-tivo a mais para que todos queiramaprender com ele".

O grupo, segundo Toninho, tem comoobjetivo imediato trazer a torcida de vol-ta, para que exibições como a de sábadonão fiquem mais restritas a 5 mil espec-tadores. "Pode ser que com a Portugue-sa embalada no campeonato, a torcida setome de brios", comentou o atleta.

O lateral Zanata se apresentou onteme treinará hoje, mas o técnico Antônio Lo-pes ainda não deverá aproveitá-lo na par-

notida contra o Sport, quarta-feiraCanindé.Outro que não joga é Biro-Biro, mas

sua volta ja está marcada: será domin-go, contra o Palmeiras. Biro reconheceque ainda não tem condições ideais masse mostra confiante: "Até domingo, esta-rei bem melhor do que hoje (ontem). Vaiser um grande jogo".Lê está no Departamento Médicomas não deverá ser problema paraquarta-feira; Sinval, apesar de ter entra-do bem no time, voltará para o banco. Eas negociações para a renovação do con-trato do zagueiro Vladimir não pro-grediram.

Santos — Apesar da calma a frente,mais uma crise ameaça o Santos, depois detrês resultados negativos no CampeonatoBrasileiro. O técnico Nicanor de Carvalhocontinua à espera do reforço prometido pe-Io presidente Miguel Assadi, logo depois queo Santos retornou de sua excursão pela Ásiae pelos Estados Unidos. Para o jogo dequarta-feira contra o Goiás, na Vila Belmi-ro ele vai tentar dar mais agressividade àequipe, mantendo o ponta-esquerdo Tuico notime.

Os jogadores se reapresentaram ontemà tarde, quando passaram por mais uma re-visão médica. Hoje pela manhã fazem umcoletivo e a tarde o treino tático, apesar daderrota por 2x1 contra o Vasco, Nicanor deCarvalho entende que o Santos não jogoumal e o que faltou foi maior agressividadeao ataque. Por isso, ele vai manter Tuico naequipe. Segundo Nicanor, depois que Tuicoentrou no segundo tempo no jogo de domin-go, o time subiu de produção.

Grêmio antecipa ojogo com o Cruzeiro

Porto Alegre c Recife (Sporl Press) — Aproveitando o ani-versário da Revolução Farroupilha, nesta quarta-feira,quando será decretado ponto facultativo no Estado, o Grê-mio solicitou à CBF a antecipação do seu jogo com o Cru-zeiro para às 16 horas. O técnico Cláudio Duarte ficouirritado com as cobranças da torcida após a vitória sobreo Sport, por 2x0, quando o time voltou a se apresentar mal,mesmo contando com o retorno de vários titulares. Duartereconheceu que a atuação não foi perfeita, mas considerouas críticas "exageradas". O time deve ser mantido para apartida com o Cruzeiro.

O Internacional, que só volta a jogar no próximo domin-go, contra o Atlético do Paraná, respirou aliviado após a vi-tória sobre o Vitória, em Salvador, por 2x0. Paulo CésarCarpegiani elogiou o comportamento da equipe — "O en-trosamento está melhorando" — e acredita que atendênciaé o Inter continuar subindo de produção.Sport — O ponta-esquerda Jorge Veras, ex-Grêmio eJoinville, será a principal novidade no Sport contra a Por-tuguesa de Desportos, nesta quarta-feira, no Canindé, quan-do fará sua estréia. O técnico Nereu Pinheiro não terá Airtone Flavinho, que cumprem suspensão automática por teremsido expulsos na derrota para o Grêmio, domingo, por 2 a0. Serão substituídos por Didi e João Pedro. No Náutico, queenfrenta o Corintians, quarta, nos Aflitos, o ponta Newtonque sofreu uma fisgada na coxa, não joga. Charles Munizvai deslocar Nivaldo para a direita e colocar Augusto naesquerda.

Everton acerta como Atlético Mineiro

, Belo Horizonle e Salvador (Sporl Press) — O meio campoEverton está de volta ao Atlético Mineiro. Ele chegou a BeloHorizonte no final de semana e começou a acertar seu con-trato com o presidente Afonso Paulino após ter tentado umentendimento com o Fluminense. Everton deixou o Atléti-co no ano passado, negociado com o Porto, de Portugal on-de ficou apenas uma temporada. Depois de folgar na tabelano final de semana o Atlético volta a jogar nesta quarta-feira, contra o Sao Paulo, no Mineirão. O time será anun-ciado nesta terça-feira, mas Jair Pereira não pretende fa-zer mudanças. No Cruzeiro, o técnico Enio Andrade vai sereunir com a diretoria para conseguir reforços. Apesar davitoria sobre o Bahia, por 2 a 0, ele aina não está satisfeitocom a equipe.Bahia — O técnico Evaristo Macedo pretende fazer vá-rias mudanças no Bahia para a partida contra o Palmei-ras, prevista para esta quarta-feira, no Parque Antárticaprincipalmente na defesa e no meio-campo. Paulo Rodri-gues, que nao enfrentou o Cruzeiro, tem sua volta confir-mada ao time. Mailson também deve reaparecer n-,lateral-direita, no lugar de Edinho F«««.ti naNo Vitória que enfrenta á Internacional de Limeiraquarta, na FonteNova, a novidade será o centroavante Jú-mor, que passou aproximadamente um ano inativorecuperando-se de uma contusão na perna. A derrota parao Internacional, sábado, por 2 x 0, mereceu criticas da di-retona.

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12 ESPORTES O LIBERAL Belém, terça-feira, 19 de setembro de 1989

JOGADORES DO PAISSAN DUINDICAM PAGAMENTOREV

Foto Alexandre Lima

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Bracali: ácidas críticas... ...contra Israel Vasconcelos.

ucali desabafa e fazcríticas à cartolagem

"Ninguém teve a coragem de medizer pessoalmente quais os motivosde minha demissão, que soube atrajvés da imprensa. Minha dispensa co-mo treinador eu aceito com naturali-dade, mas não da maneira deselegan-te e covarde como foi feita". O dèsa-bafo foi feito pelo ex-técnico do Pais-sandu, Armando Bracali, ontem à tar-de, na Curuzú, onde ainda não haviasido comunicado oficialmente de suademissão pela diretoria bicolor, quedesde a ultima sexta-feira já haviacontratado Givanildo Oliveira. Du-rante o tempo em que dirigiu o Pais-sandu, Bracali conquistou o primeiroturno do Campeonato Estadual e sóperdeu dois jogos para o Flamengo,pela Copa do Brasil. Para o Remo, oPaissandu perdeu nos pênaltis. "Eusó espero que, se o Paissandu for cam-peão, pelo menos eles me entreguemuma faixa", ironizou Bracali. .

Sobre os motivos que levaram adiretoria do Paissandu a dispensá-lo,Bracali afirmou que tudo "partiu deum torcedor de outro clube que pas-sou pra cá", se referindo a Israel vas-concelos, que teria alegado que aequipe bicolor não tinha esquema táti-co. "Quem nunca deu um chute numabola não tem condições de falar de es-quema tático", disparou Bracali.presidente do Conselho Deliberativo

do Paissandu, coronel PM AntônioCarlos Nunes, para voltar a desempe-nhar as funções de treinador de golei-ros na Curuzú, mas disse não poderresponder, por não saber oficialmentede sua real situação. ' 'Espero que elestenham pelo menos a honradez deconversar comigo pessoalmente paradefinir minha situação", disse Braça-li. 0 colaborador do Departamento deFutebol do Paissandu, Miguel Pinho,por seu turno, afirmou, ainda ontem àtarde, na Curuzú, que Bracali deverácomparecer na secretaria doPaissan-du para receber tudo que tem direito.

Bracali disse que sairá do Pais-sandu de cabeça erguida, por ter dei-xado a equipe bicolor com 75 por centode possibilidades para ser campeã pa-raense, e na liderança do Grupo C doCampeonato Brasileiro da DivisãoEspecial, com 4 pontos ganhos. Comrelação ao elenco, o ex-técnico doPaissandu disse não ter qualquerqueixa dos jogadores, a quem crcdi-tou, em grande parte, o sucesso queteve como treinador do clube alvi-celeste. "Se existe crise no Paissan-d ¦, é Fora do campo", sublinhou, numlom ácido. Bracali disse também quetem o "maior respeito pela torcida doPaissandu, de quem disse sempre terrecebido apoio, assim como dos fun-cionários do clube.

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Os jogadores do Paissan-du se recusaram a receber,ontem à tarde, na Curuzú, obicho de NCz$ 150,00 pelo em-pate em 1 a 1 com o MAC, do-mingo passado, em São Luiz,num protesto diante da deci-são da diretoria bicolor denão pagar o prêmio pelo em-pate de 1 a 1 contra o MotoClube, aqui em Belém. Aomesmo tempo, o colaboradordo Departamento de Futeboldo Paissandu, Miguel Pinho,reafirmava a decisão da car-tolagem alvi-azul de não pa-gar o prêmio pelo empatecontra o Moto. O lateral es-querdo Everaldo, do CearáSporting, segundo a diretoriado Paissandu, está pratica-mente contratado.

Com a contratação dotreinador Givanildo Oliveira— que tem chegada previstapara às 18 horas de hoje e jácomanda o coletivo de ama-nhã de manhã —, o zagueiroMarajó, afastado do elencobicolor por ter se desentendi-do com o ex-técnico Arman-do Bracali, será reintegradoao plantei, para a disputa do \Campeonato Brasileiro da fDivisão Especial.

Treino — Os jogadoresdo Paissandu se reapresenta-ram ontem à tarde, na Curu-zu, ao técnico interino, Bene-dicto Gamboa. Eles realiza-ram a revisão médica e fo-ram liberados. O zagueiroEduardo, com dores no pé, olateral esquerdo Renato,com baque na perna esquer-da, e o meiocampista Zé Au-gusto, com baque na pernadireita, foram as baixas dojogo contra o MAC. Hoje pelamanhã, o elenco bicolor rea-liza uma corrida nas matasdo bosque "Rodrigues Al-ves", enquanto à tarde, naCuruzú, eles realizarão umtreino técnico e tático, já co-mo parte dos preparativospara o jogo contra o SampaioCorrêa, na Curuzú.

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Time do Paissandu: protesto diante do não pagamento do prêmio pelo empate com o Moto.

Zé Augusto, uma das baixas. Aldo, um dos destaques bicolor.

rlinhos adverte Remo sobre falhas

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Carünhos: corrigindo falhas.

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,=7 BE___*JS^*St_-ffi_Wagner, contundido no jogo em São Luís.

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busca de gols,quer Rildon

Para tentar solucionar o pro-blema da falta de gols da equipecruzmaltina no Campeonato Bra-sileiro da Divisão Especial, a dire-toria da Tuna Luso Brasileira irápropor ao Clube do Remo a trocado ponta _direita Merica pelo cen-troavante"Rildon. A contratação doatacante Walace, que disputou oCampeonato Estadual pelo Inde-pente e chegou a treinar no Pais-sandu, foi definida ontem, e ojogador inicia os treinamentos ho-je, no estádio "Francisco Vasques".

Mas a Tuna não pensa só emcontratar. O diretor de Futebol tu-nante, Alfredo Coimbra, disse, on-tem à tarde, que sete jogadoresserão dispensados ainda esta se-mana, mas não revelou o nome dosatletas. O zagueiro Haroldo, do Iza-belense, indicado pelo técnico Car-linhos Maracanã, também poderáser contratado pela Tuna. Já o cen-troa 'ante Ageu, por não ter sidorelacionado nem para o banco dereservas no jogo do último sábadocontra c Moto Clube, pediu resci-são de contrato com <_ funa, o quenão foi aceito pela diretoriatunante.

Além da tentativa de contra-tar Rildon, a Tuna, a pedido do téc-<ico Maracanã, tentará contratardois pontas, um direita e outro es-

querda, e um cabeça de área.Treino — Já visando o clássi-

co contra o Remo, no próximo sá-bado, no Baenão, os jogadores daTuna se reapresentaram ontem pe-Ia manhã, no estádio do Souza, on-de realizaram exercícios dedesintoxicação. A tarde, o treina-dor Cadinhos Maracanã coman-dou um treino técnico e tático.Hoje, os jogadores da Tuna voltama se exercitar em dois períodos.,Pela manhã, eles realizarão umacorrida, na ilha do Outeiro, orien-tada pelo fisicultor Rui Pacheco. Atarde, o plantei cruzmaltino voltaa treinar tática e tecnicamente, noSouza.

A diretoria da Tuna confii--mou, ontem à tarde, que o time dejuniores tunante, campeão daatual temporada, disputará a Ta-ça São Paulo de Juniores, uma dascompetições mais expressivas dacategoria a nível nacional. CláudioMacarrão e Manoel Maria, que in-tegram o time de juniores da Tu-na, foram apontados pelo técnicoCarünhos Maracanã como os des-taques da Tuna na partida contrao Moto Clube. Maracanã afirmoutambém que será realizado umtrabalho específico com os dois jo-gadores, já visando o Campeona-to Estadual do ano que vem.

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Walace, reforço da Tuna.

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Carünhos, técnico da Lusa.

Embora tenha elogiado o espíri-to de luta da equipe, o técnico Carli-nhos, numa conversa reservada comos jogadores do Remo, antes do trei-no de ontem à tarde, no Baenão,apontou a demora na saída de bolacomo uma das principais falhas dotime azulino, no empate sem golscontra o Sampaio Corrêa, sábadopassado, em São Luís. Carünhos dis-se que o Remo só não saiu com a vi-tória, pelo fato do juiz Waldir LimaVieira não ter marcado um gol deRoberto Tadiello, no qual a bola foirebatida já a meio metro além da li-nha de gol, por um zagueiro adver-sário. O treinador do Remo tambémressaltou a importância do time azu-lino não se intimidar, diante da vio-lência de alguns jogadores doSampaio.

As baixas do jogo contra o Sam-paio foram o goleiro Wagner, atingi-do no joelho direito por um chute deum jogador adversário, e o atacanteGledston, agredido com um soco nosurpercílio, pelo zagueiro Orlando.Após a revisão médica, já visando oclássico do próximo sábado à noite,contra a Tuna, os jogadores do Re-mo treinaram fisicamente nas ma-tas do Bosque "Rodrigues Alves",onde realizaram uma caminhada,orientada pelo fisicultor NicolauBarros e observada por Carünhos. Atarde, o treinador remista coman-dou um treino técnico-tático, que te-ve a duração de 60 minutos, no gra-mado do Baenão, alagado pela chu-va que caiu em Belém. Wagner eGledston foram liberados para par-ticipar dos treinos. Hoje pela ma-nhã, Carünhos comandará o primei-ro coletivo da semana. A tarde have-rá folga para todo o plantei.

Relatório — Ainda esta semana,o técnico Carünhos deverá entregarum relatório à diretoria do Remo, noqual apontará, possivelmente, os jo-gadores que deverão ser dispensa-dos e contratados para a disputa doCampeonato Brasileiro da DivisãoEspecial. O centroavante Zé Carlos,do Santa Rosa, que está realizandoum período de testes no Baenão, podera ser contratado.

O centroavante Rildon, que estásendo pretendido pela Tuna, des-mentiu, ontem, que tenha simuladouma contusão no tornozelo, confor-me anunciou o Departamento Medi-co do Remo. Ele disse que está recu-perado e pronto para treinar e jogar,se solicitado pelo técnico Carünhos.Sobre as acusações de que teria que-brado copos e pratos na Toca doLeão, Rildon disse que o fato já foiesquecido e que só pensa em se dedi-car nos treinos, para retornar ao ti-me titular.

Balanço da Divisão EspecialRio (Sport Press) — Sobradinho, ABC, San-

ta Cruz, Mogi Mirim, Maringá e Criciúma, emseus respectivos grupos, são os destaques doCampeonato Brasileiro da Divisão Especial,após as três primeiras rodadas. A maioria dosgrupos apresenta equilíbrio na luta pela classi-ficação à segunda fase. É bom lembrar que, en-tre os 96 participantes, apenas 32 se classificarãopara a segunda fase, ou seja, os dois primeirosde cada um dos 16 grupos.

Sobradinho e Santa Cruz ganharam os trêsjogos que disputaram e seguem firmes para aclassificação. 0 Bangu, um dos favoritos, vemdecepcionando. No mesmo grupo, o América-RJtem boa chance de conseguir a vaga. Quase to-dos os representantes paulistas estão cumprin-do destacada campanha. É a seguinte a situaçãodos clubes nos 16 grupos da Divisão Especial,após as três primeiras rodadas:

Grupo A — Rio Negro e Dom Bosco dividema liderança, com quatro pontos ganhos, segui-dos de Nacional (AM) e Princesa, com três, eMixto e Rio Branco (AG), com dois. É um dosgrupos mais equilibrados.

Grupo B — O Sobradinho vem se destacan-do como líder, com seis pontos ganhos, após trêsvitórias. A Anapolina, também com boa campa-nha, está com um ponto atrás. Em terceiro lu-gar aparece o Ceilândia, com três. Vila Nova eTaguatinga estão mais afastados com dois pon-tos, e em último surge o Atlético-GO, ainda semponto e com chances remotas de se classificar.

Grupo C — Numa das chaves mais equilibra-das, Moto Clube, Sampaio Corrêa e Paissanduestão empatados na liderança, cada um comquatro pontos ganhos. Em seguida aparecemRemo, com três; Maranhão, com dois; e TunaLuso, com um.

Grupo D — O Flamengo-PI lidera o grupocom quatro pontos ganhos. Na vice-liderança es-tão embolados 4 de Julho, Ferroviário, Fortale-za e Ceará, cada um com três pontos ganhos. 0River é o lanterna, com dois.

Grupo E — Com cinco pontos ganhos, o ABCsegue na liderança, com boa diferença sobre osdemais, América-RN, Baraúnas e Nacional-PBestão com três pontos, e Treze e Botafogo-BP,com dois.

Grupo F—O Santa Cruz ganhou os três jo-gos e por isso lidera o grupo '•om seis pontos ga-nhos. Central e CRB estão na vice-liderança,com quatro. O Capelense soma três pontos. Maisafastados se encontram CSA, com um ponto, eAmérica-PE, sem ponto, praticamente fora daluta pela vaga.

Grupo G — Três são os líderes com três pon-tos ganhos: Confiança, Leônico e Fluminense-BA. Sergipe e Catuense têm dois e o Lagarto,um. Ê bom lembrar que Sergipe, Catuense, Leô-nico e Confiança têm um jogo a menos.

Grupo H — Com boa campanha, a Itaperu-na se destaca como líder, com cinco pontos ga-.nhos, seguido da Cabofriense e do Rio

Branco-ES, com quatro. O Americano segue emterceiro, com três. Mais afastados se encontramColatina, com dois, e Desportiva, que não somouponto e está quase eliminada.

Grupo / — Catanduvense, Goiatuba e Uber-lândia estão igualados na liderança, cada umcom quatro pontos ganhos. América-SP eBotafogo-SP têm um ponto a menos e tambémestão na briga por duas vagas. 0 Goiânia, ain-da sem ponto ganho, está praticamente eli-minado.

Grupo J — Os paulistas São José e Bragan-tino lideram o grupo, com cinco pontos ganhos.O Novorizontino, também de São Paulo, tem qua-tro. O Santo André, mais um paulista, soma trêspontos. Com remotas chances de classificação,Volta Redonda tem um ponto e Esportivo-MG ze-ro ponto, quase eliminado.

Grupo _ — O União São João está isolado naliderança, com cinco pontos ganhos, seguido doAmérica-RJ, com quatro. O Tupi passou a terchance de classificação e subiu para três pon-tos. Em último estão Bangu, Democrata e Vale-riodoce, com dois. 0 Bangu é a grande decepção,pois perdeu dois jogos em casa.

Grupo M — Os clubes paulistas são os des-taques, com o Mogi Mirim na liderança, comcinco pontos ganhos, seguido de XV de Piraci-caba e Juventus, com quatro. Ponte Preta e RioBranco-MG estão com dois, e em último apare-,ce o América-MG, com um. |

Grupo N — O Maringá vem se destacandojcomo líder, com cinco pontos ganhos. Em segun-1do lugar aparecem Ubiratan, Operário-MS e|União-MT, com três. Na lanterna seguem Dou-'radense e Londrina, com dois.

Grupo M — Blumenau e Juventude lideramo grupo, com três pontos ganhos, cada um. Mar-'cí lio Dias, Brusque e Glória aparecem com doisje na lanterna, com zero, está o Esportivo-RS. Ca-da clube só disputou duas rodadas, pois a segun-|da foi adiada para quarta-feira.

Grupo P — Num grupo dos mais equilibra-idos, Caxias, Noroeste e Operário-PR dividem ailiderança, cada um com quatro pontos. Mais!afastados se encontram Joinvile, com dois, Pi-|nheiros e Foz. com um. Joinville e Foz têm uma{partida a menos.

Grupo Q — O Criciúma é o destaque e segue;na liderança, com cinco pontos ganhos, seguido'do Santa Cruz-RS, com quatro. Depois aparecemNovo Hamburgo, com três; Figueirense, comdois; e Avaí e Pelotas, com um. Figueirense e>Novo Hamburgo disputaram um jogo a menos.!

Duas partidas pelo Grupo G — Nesta terça-!feira estão marcadas duas partidas que foramjadiadas no dia 13: Sergipe x Catuense, às|21hl5min, no estádio Lourival Batista, e Leôni-^co x Confiança, às 21h30min, no estádio Antônio*Carlos Magalhães, ambas pelo grupo G. Esses|jogos fazem parte da segunda rodada.

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UJ

Belém, terça-feira, 19 de setembro de 1989 O LIBERAL POLÍTICA 13

Brizola, Maluf, Afif e Ulyssescrescem após o horário do TSE

RESULTADOS DISCRIMINADOS POR CAPITAIS (EM %)OQnulQQTOS São Paulo Rio de Janeiro Belo Horizonte Curitiba Porto Alegre Salvador Recife Fortaleza Brasília Belém

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Fernando Collor de Mello (PRN) ~

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47 45Leonel Brizola (PDT) 3_ 4» 4» 10 8_ 12 11_ 02 (»» !> 12 10_ 25 24 14 12 7_Mário Covas (PSDB) 16 18 !) 8 (> 4

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Paulo Maluf (PDS) 16 18« -1 :i |5 :i .1 .i (i 5_Gilherme Afif Domingos (PL) (! 22_ 25 «) :i <> 18_ 22 j$_Luis Inácio Lula da Silva (PT) S) 11 12 12 10 i:t 11~ i:t 15Roberto Freire (PCB) :i 2,2 :i !> 13 7 :t

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Ulysses Guimarães (PMDB) 2_ *»* (í :i 2_ 4 4Aureliano Chaves (PFL) 1 *** 1114 *** *** *** *** 1 1 — *** 1 *** *** i ***Ronaldo Caiado (PSD) 1 1 *** *** 111 *** 1 *** 1 1 *** *** 1 1 1 *** —Affonso Camargo (PTB) *** 1 *** *** — *** ;j ;j — *** — *** — *** *** *** *** — ***Nenhum 4_ 5 :i :i 14 16 5 5

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Não sabe !) 7 16 20 8 10 10 18 9 10 8 8 8~Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100NP de Entrevistas (1050) (1050) (747) (750) (447) (450) (450) (44!>) (451) (445) (451) Ct87) (451) (450) <:$71) (450) (452) (44!)) (447) (440)* Em 11/09 *« Em 18/09 *** Não atingiu 1%

No

primeiro levantamento da intenção de votosrealizado três dias após o início do programaeleitoral gratuito do TSE, pelo rádio e TV, pes-quisa do DataFolha registra o crescimento de

quatro candidatos — Leonel Brizola (PDT), PauloMaluf (PDS), Guilherme Afif Domingos (PL) eUlysses Guimarães (PMDB) — e a perda de quatropontos percentuais do líder Fernando Collor de Mel-lo (PRN), segundo os eleitores das dez maiores ca-pitais brasileiras.

0 DataFolha realizou duas pesquisas domici-liares em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizon-te, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Recife, Forta-leza, Brasília e Belém. A primeira aferição constoude 5.317 entrevistas, feitas no último dia 11 de se-

tembro (segunda-feira da semana passada) e foiparcialmente publicada por este jornal na sexta-feira, dia 15, revelando a expectativa do eleitor emrelação à propaganda que se iniciava. A segundapesquisa, com 5.329 entrevistas, foi feita ontem,completados três dias de veiculação dosprogramas.

Computadas as preferências do conjunto doseleitores das dez capitais, Collor caiu de 27% para24% e agora está apenas dois pontos acima de Bri-zola — configurando-se aí um empate técnico —,que, por seu turno, passou de 20% para 21%. MárioCovas permaneceu no patamar dos 10%, Maluf pas-sou de 8% para 9% e Afif também cresceu 1 ponto,de 7% para 8%. Luís Inácio Lula da Silva, do PT,

não perdeu nem ganhou com a propaganda, ficandonos 8%. Roberto Freire, do PCB, caiu 1 ponto, Ulys-ses passou de 1% para 2%. Aureliano Chaves, doPFL, e Ronaldo Caiado, do PSD, mantiveram-secom 1%.

Collor perde pontosNos resultados por capital, Fernando Collor de

Melo perdeu pontos em todas as incluídas nas pes-quisa. Em Belém, ele tinha 47% da preferência doeleitorado antes de começarem os programas porrádio e TV. Em três, essa preferência reduziu-separa 45%. Em São Paulo e Belo Horizonte — capi-tais dos dois Estados de maior número de eleitoresem todo o país —, ele perdeu, respectivamente cin-

Fonte: D a taro lha

co pontos percentuais e 1. A maior queda de Collorregistrou-se em Curitiba, onde ele deslizou oito pon-tos percentuais, de 39% para 31%.

Lula, 2o em BelémOs melhores desempenhos de Leonel Brizola

sao no Rio de Janeiro, onde ele não perdeu pontos,mas está com 49% das intenções de voto (contra16% de Collor, o segundo colocado nesse Estado),em Porto Alegre (passou de 62% para 69% e Salva-dor (de 9% para 12%). Guilherme Afif Domingoscontinua sendo o preferido dos belo-horizontinos,que lhe permiam com 25%, três a mais do que tinhaantes de começarem os programas. Em Belém, sócresceram Mário Covas e Lula, que é o segundocandidato com mais votos na cidade.

EVOLUÇÃO DA INTENÇÃO DE VOTO PARA PRESIDENTE DA REPÚBLICA NAS 10 PRINCIPAIS CAPITAIS DO PAÍS, ANTES DO INÍCIO DO HORÁRIO ELEITORAL GRATUITO E TRÊS DIAS DEPOIS

27T|TJ_23 2q 2i (Totais ponderados, em %)

|.j?u 10| 'pi 7 8 ,,?,,, S - - 8 9LLLLLÍ Ullil—I lUIU—I DUO l ÍTTlTl 1 MUI 1 nfrrr^ J—L ! 1 ' í . * iiiin ; i fITTÍflFernando Leonel Mário Paulo Guilher- Luís Iná- Roberto Ulysses Aureliano Ronaldo Affonso Nenhum Não sabeCollor de Brizola Covas Maluf me Afif cio Lula Freire Guima- Chaves Caiado CamargoMello (PDT) (PSDB) (PDS) Domingos da Silva (PCB) rães (PFL) (PSD) (PTB)(PRN) (PL) (PT) (PMDB)

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Sarney, irônico, satisfaz-seor ajudar campanha do PMDBSão Paulo (AG) — 0 presi-

dente Sarney disse, ontem, nãoacreditar na sinceridade das cri-ticas que tem recebido de UlyssesGuimarães, mas que compreen-de, sem mágoas, os ataques fei-tos, segundo ele, unicamente comobjetivo eleitoral. Depois de inau-gurar a Feira Nacional de Infor-mática, nesta capital, Sarney res-pondeu com ironia aos ataques doPMDB e afirmou estar ate satis-feito por poder, de alguma forma,ajudar Ulysses Guimarães a"conseguir alguns votos".— Eu sei que o doutor Ulys-ses, meu velho companheiro, nãosente aquilo que está dizendo. Éapenas um problema eleitoral. Sé"com isso ele conseguir alguns vo-tos, eu fico satisfeito porque estouajudando na sua campanha —comentou.

Ao lado do governador Ores-tes Quércia, que o acompanhoudurante as oito horas que perma-neceu em São Paulo, Sarney se

Preparaçãopara Palanque

considerou um professor de de-mocracia e explicou sua com-preensão não só com Ulysses Gui-marães, como com todos os can-didatos que estão atacando o go-verno na campanha eleitoral:

Quem está na vida públicahá tantos anos, como eu, tem obri-gação de compreender esses fa-tos. Eu tenho um objetivo maior,que é a transição democrática. EEstou ensinando com meu exem-pio, a se praticar democracia —afirmou.

A descontração com que opresidente comentou os ataquesdo PMDB ao seu governo contras-tavam com a rispidez do ministrodo Desenvolvimento da Indústriae do Comércio, Roberto CardosoAlves, que, também na comitiva,não poupava críticas ao cândida-to do seu partido:O dr. Ulysses está cuspindono prato que comeu. Até hoje ele éo político que tem mais cargos,

mais gente nomeada nos órgãospúblicos federais em todo o País— acusou.

Já o ministro da Justiça, Sau-lo Ramos, foi cauteloso ao consi-derar a possibilidade de o presi-dente requerer o direito de res-posta no horário do TSE. SegundoSaulo, esse instrumento legal sóserá utilizado em caso de ataquepessoal ao presidente, caracteri-zado como injúria ou difamação,o que não ocorreu até agora. O se-cretário particular Augusto Mar-zagão acna que as críticas feitasao Governo vêm se repetindo des-de o início da campanha e Sarneyespera poder respondê-lasquarta-feira, no programa "Pa-Ianque Eletrônico", da RedeGlobo.

— Eu vou responder a essascríticas, ao vivo, no PalanqueEletrônico, porque considero mi-nha obrigação esclarecer a opi-nião pública — explicou opresidente.

Maluf quer responderno horário de Brizola

Brasília (AG) — O presidenteJosé Sarney está preparando, des-de domingo, com o secretário par-ticular Augusto Marzagão, suaparticipação no programa "Palan-que Eletrônico", da TV Globo, napróxima quarta-feira, para respon-der às críticas que o governo so-freu dos candidatos à sucessãopresidencial. O presidente se reu-niu no sábado com o jornalista Ale-xandre Garcia, representante daemissora. No domingo, ficou naGranja do Torto côm Marzagão edecidiu que preferia falar ao vivo,como os presidenciáveis, e nãoqueria conhecer o conteúdo ou aordem das perguntas. Os únicospedidos feitos pelo presidente, se-gundo Marzagão, foram que a en-trevista se prendesse às críticasfeitas pelos candidatos ao governoe que não houvesse limitação detempo para a resposta.

O programa irá ao ar às22h30m, meia hora depois da che-gada do presidente aos estúdios daTV Globo em Brasília. AugustoMarzagão calcula que a entrevis-ta dure aproximadamente 45minutos.

Brasília (AG) —O Tribunal Su-perior Eleitoral recebeu ontem aprimeira reclamação contra abu-sos no horário de propaganda elei-toral gratuita. O candidato do PDS,Paulo Maluf, sentiu-se injuriadopelo concorrente Leonel Brizola, doPDT, e encaminhou ao TSE um pe-dido para exercer o direito de res-posta no horário de propaganda doPDT

Maluf sentiu-se injuriado por-que Brizola, no programa levadoao ar, na noite do domingo e na tar-de de ontem, acusou-o ter origemsemelhante a de Collor de Melo e

a de Afif Domingos e acusou-os deomissões durante a vigência do re-gime militar."O senhor Paulo Maluf, o se-nhor Collor, o senhor Afif Domin-gos têm a mesma origem. Vejam,eles se criaram, se desenvolveram,nasceram politicamente, cresce-ram politicamente na estufa da di-tadura", disse Brizola. O exgovernador acusou-os ainda, de es-tarem nos gabinetes dos poderosos,"em busca de favores e oportunida-des", nos anos em que a juventudeera perseguida pelo regimemilitar.

Collor nega chuva artificialBrasília (AG) — O ex-

governador Fernando Collor deMello negou ontem que sua equipede produção tenha recorrido ao re-curso de chuva artificial para agravação de uma de suas partici-pações nos programas de propa-ganda gratuita, em Limoeiro deAnadia, interior de Alagoas. "Eufui informado que um senador doPSDB foi despachado para Ala-goas para investigar se realmentehavia chovido no sábado e consta-tou que realmente choveu. Eles sedeslocaram para Limoeiro pensan-

do que eu havia forjado a chuva,mas esta, sinceramente, não é aminha prática", afirmou o cândida-to do PRN.

O senador em questão, segun-do o assessor Cláudio HumbertoRosa e Silva, foi Teotônio Vilela Fi-lho (PSDB/AL) e a "chuva" quemotivou a discussão pode ser vis-ta no primeiro programa do PRNno horário gratuito da TV, ensopan-do Fernando Collor dé Mello sobrea sacada de um casario de Limoei-ro de Anadia.

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14 POLÍTICA O LIBERAL Belém, terça-feira, 19 de setembro de 1989

Escola pública não terá eleição diretaCollor pederejeição dasmudançasBrasília (ATF) — O

candidato do PRN à Presi-dência da República, Fer-nando Collor de Mello, fezontem, em Brasilia, umapelo ao Senado Federalpara que não aprove as mu-danças na lei eleitoral, vo-tadas pela Câmara dos De-putados, na semana passa-da. Collor participou pelamanhã de um debate na Co-missão de Constituição eJustiça da Câmara ondeexpôs suas propostas. O de-bate faz parte do projeto"Brasil — eleja seu progra-ma", que vem sendo reali-zado pela Universidade deBrasília e Conselho Fede-ral de Economia, reunindoos presidenciáveis.

Fernando Collor res-saltou de um modo geral assuas preocupações caso ve-nha ser eleito em 15 de no-vembro. O principal pontofoi a modernização do País,a ser conseguida atravésde reformas em vários se-tores. Ao final, Collor pediuque os senadores evitas-sem o "golpe que os parla-mentares estão querendoaplicar contra o processoeleitoral brasileiro". Ele écontra as modificações in-cluidas na lei eleitoral, quelimitam a particiapção doscandidatos no rádio e tele-visão, fora do horáriogratuito.

O candidato do PRNacha que mudanças a me-nos de dois meses da elei-ção irão ferir o processo."Nunca presencie casuís-mo tão forte e claro comoeste", insistiu. Quanto àsua queda nas pesquisas deintenção de voto, Collorjustificou afirmando que"oscilações ocorrem", semadmitir a diminuição do ín-dice a seu favor.

Com JânioSão Paulo (AG) — O

candidato do PRN, Fernan-do Collor de Mello, vaiencontrar-se esta semanacom o ex-presidente JânioQuadros, em São Paulo. Oencontro foi confirmado on-tem pela esposa do ex-presidente, Eloa Quadros.O encontro pode ser hojemesmo, ou então na próxi-ma quinta, segundo infor-mou a assessoria db candi-dato. Foi articulado pelodeputado Arnaldo Faria deSá, do PRN de São Paulo,que se encarregou de tele-fonar para os assessores deJânio na semana passada.

Cédula serádefinida atéterça-feiraBrasília (AG) —O Tri-

bunal Superior Eleitoral de-finirá, na terça-feira dapróxima semana, o modelode cédula que será utilizadona eleição presidencial. On-tem, através de sua assesso-ria de imprensa, opresidente do TSE, ministroFrancisco Rezek, anunciouque a Justiça Eleitoral espe-ra até a sexta-feira uma de-cisão do senado em tornodas modificações da lei elei-toral e que, na primeira ses-são plenária (terça-feira)depois do prazo o TSE, deli-bera sobre o modelo de cé-dula, com ou sem decisão docongresso.

Segundo o ministro Re-zek, o TSE mantinha a ex-pectativa de mandarconfeccionar a cédula eleito-ral no máximo até quarta-feira, 56 dias antes da elei-ção. Este prazo, de acordocom o cronograma montadopelo TSE, deveria ser cum-prido para que a distribui-ção das cédulas nas zonaseleitorais pudesse acontecercom antecedência.

O departamento de Im-prensa Nacional, responsa-vel pela impressão das 150mihões de cédulas, tem ca-pacidade para entregar 6milhões de cédulas por diae precisará de 25 dias pararealizar todo o trabalho. Im-pressas as cédulas, o TSEcalcula em mais 25 dias otempo necessário paraenviá-las aos Tribunais Re-gionais e para as 250 mil se-ções eleitorais.

Santa Casa será fundação180 dias após a nova Carta

Os servidores da Santa Casa de Mise-ricórdia comemoraram, ontem, a deci-são unânime do plenário da Constituinteestadual, favorável à emenda assinadapelo deputado Aldebaro Klautau, estabe-lecendo um prazo de 180 dias, a partir dapromulgação da Constituição estadual,para o que o Poder Executivo crie umafundação pública para incorporar o pa-trimônio e realizar os objetivos daquelainstituição. De acordo com o autor daemenda, a transformação da Santa Casade Misericórdia em fundação é uma anti-ga reivindicação de servidores, médicos,estudantes de medicina e comunidadeem geral, que têm naquela casa de saúdeum referencial histórico de atendimen-tos, com mais de 300 anos de serviçosprestados ao povo do Estado.

Embora considerando inadequada acriação de órgão da administração indi-reta na Constituição estadual, Zeno Velo-so deu parecer favorável à emenda, ale-gando que a discussão em torno dos des-tinos da Santa Casa era uma questão es-pecialíssima.

"Há que se transigir, nocaso, com relação ao rigorismo técnico epagar tributo às realidades e exigênciasda vida", enunciou. Zeno Veloso lem-brou, ainda, a posição já manifestada pe-Io governador Hélio Gueiros, contrária àcriação da Fundação, mas disse que em-bora respeitasse essa opinião acatava aemenda por entender que o Estado nãoassumiria somente os ônus da institui-ção, incorporando também o seu

patrimônio.Dívidas do Estado

Os constituintes rejeitaram as emen-das encaminhadas pelo PT e PDT, quepropunham a formação de uma comissãoespecial, composta por parlamentares,para realizar uma auditoria na dívidapública do estado. De acordo com aemenda, que chegou a constar no relato-rio que Zeno Veloso apresentou à Siste-matização, a comissão especial seriacriada no prazo de um ano após a pro-mulgação da Constituição estadual e te-ria a força legal de uma CPI, atuando emconjunto com o Tribunal de Contas do Es-tado. Os autores da emenda limitaram-se a transcrever uma norma já expressanas Disposições Gerais e Transitórias daConstituição Federal.

O relator disse que voltou atrás nasua decisão favorável à criação da co-missão especial, após ter sido alertadopor alguns parlamentares de que, ao con-Frário do que ocorreu na esfera federal,os empréstimos contratados em gestõespassadas do governo estadual o foramcom a anuência da Assembléia Legislati-va. O deputado Ronaldo Passarinho, quecoordenou os votos pedessistas favorá-veis à emenda, lembrou que também oCongresso Nacional participou da con-tratação dos empréstimos externos, "in-

clusive com a participação de parlamen-tares do MDB.'. Contudo, os argumentoscontrários à emenda acabaramprevalecendo.

As eleições diretas para diretoresdas escolas públicas, uma antiga rei-vindicação de estudantes, servidorese profissionais da Educação, não de-verá estar assegurada no texto da fu-tura Constituição estadual. Por 22 vo-tos contra 9, a maioria peemedebista,aliada aos constituintes do PDS, PFLe PDC, rejeitou, no último sábado, aemenda proposta pela bancada do PT,que conferia aos Conselhos Escolaresa atribuição de dirigir o processo elei-toral para a escolha de diretores evice-diretores de escolas e obrigava aSeduc a nomear os eleitos. A preferên-cia da maioria recaiu sobre a emendade Carlos Cavalcante, na qual o Exe-cutivo nomeia os nomes encaminha-dos em lista tríplice pelos ConselhosEscolares, mas o processo pelo qual alista será elaborada não fica definido.As diferentes .interpretações-acercado co^eúdo de cada uma das emen-das apabararn sendo eixo das discus-sães. m plenário.

Mesmo declarando-se favorávelàs eleições diretas, Carlos Cavalcantedisse não acreditar na possibilidadede o processo ser adotado em todo oEstado. Ele defendeu a tese de que aConstituição estadual resguardasse oprincípio apenas para a eleição dos in-

PCB discute as propostaspara a superação da crise

O ciclo de debates "Por um Brasilnovo: democrático e socialista", pro-movido pelo PCB, começou ontem ànoite, no plenário da Câmara Munici-pai de Belém. No primeiro dia, o temaabordado por Eduardo Batista e Fá-bio Carlos da Silva foi "A economiabrasileira: propostas para sair da cri-se (dívida externa, déficit público, sa-lários, lucros, política agrária e agrí-cola, política industrial e detransportes)".

Fábio Silva, paulista, formadoem administração pela Universidadede São Paulo, mestre em planejamen-to do desenvolvimento e funcionáriodo Instituto de Desenvolvimento Eco-nômico e Social do Pará (Idesp) faloudurante 20 minutos. Ele fez uma re-trospéctiva dos últimos 25 anos da po-lítica agrária e agrícola na Amazôniae um breve;histórico.de como come-çou a íntregráção da região amazôrii-ca à economia nacional, a partir daconstrução da rodovia Belém-Brasília. Falou também da vendaacelerada dos grandes lotes de terrapública estadual e da criação da Supe-rintendência do Desenvolvimento daAmazônia (Sudam) e dos incentivosfiscais. Essa primeira abordagem foisituada na década de 60.

Com relação à década de 70, Fá-bio Silva ressaltou a instituição doPlano de Integração Nacional, com aconstrução da Transamazônica e apolítica de colonização oficial ao lon-go da estrada. Sobre a década de 80,falou da militarização da questão deterras na Amazônia, com a criação doGrupo Executivo das Terras do Ara-guaia Tocantins (Getat) e do GrupoExecutivo das Terras do Baixo Ama-zonas (Gebam). Ao final, o palestran-te fez uma avaliação das medidas re-centes do Plano Nacional de ReformaAgrária, criado há 3 anos.

Após a explanação de Eduardo

Batista sobre política de transportes,Fábio Silva voltou a falar, porém,apresentando uma de suas propostaspara iniciar o processo de mudançada política agrária e agrícola. Paraele, deve-se rever a base econômicade industrialização recente da Ama-zônia Oriental, basicamente da regiãode Carajás. Segundo Fábio, atual-mente não há criação de emprego enão há retorno de recursos para o Es-tado. Sc a sua proposta fosse executa-da, ele explicou que aumentaria o nú-mero de empregos, a renda e os im-postos na região.

Fábio ressalta a importância daindustrialização em promover efeitosposteriores. "Seria uma industrializa-ção voltada para gerar emprego, ren-da e imposto para a região". Comoexemplo, ele utilizou uma .fábrica decarros —p no local em que há as fábri-cas, existem empresas que a fomen-tam, com produtos como pneus, pe-ças, parafusos. "Atualmente, na re-gião amazônica, todo o material utili-zado na produção é importado do ex-terior", explicou.

ProgramaHoje, será realizada a palestra"As políticas sociais (o sistema de

saúde; política habitacional e urba-na; ecologia e meio ambiente). Ama-nhã, será a vez da "Política educacio-nal, cultura, ciência e tecnologia" eno dia 21, "O projeto socialista doPCB", com a participação do mem-bro da coordenação nacional da cam-panha presidencial.

O vereador Arnaldo Jordy expli-cou que o ciclo de debates está aconte-cendo em todo o pais. "É uma discus-são em cima do plano de governo doPCB para o país, onde podem surgircontribuições. É uma forma de am-pliar as contribuições com relação àrealidade brasileira".

SALÁRIO NORMATIVO DOS COMERCIÁRIOSNOTA DE ESCLARECIMENTO

É lamentável que o Sindicato dos Empregados no Comércio do Estado do Porá venha propagando queo SALÁRIO NORMATIVO DOS COMERCIÁRIOS (ustado na Convenção Coletiva de Trabalho, em vigor,corresponde a valor superior ao que foi claramente pactuado (UM SALÁRIO MÍNIMO MAIS 25%), e, sobeste fundamento, venha recusando-so a homologar as rescisões dos contratos de trabalho, furtando-se pois,ao cumprimento do dever legal.

Causa perplexidade a posição assumida, na medida em que, após -eunião de iniciativa das entidadesabaixo assinadas, onde o assunto foi amplamente debatido, FICOU ABSOLUTAMENTE ESCLARECIDOQUE AS EMPRESAS VINHAM, COMO VÊM, PAGANDO CORRETAMENTE OS SALÁRIOS, tendo sidoacertado, naquela oportunidade, que o SINDICATO DOS COMERCIÁRIOS:

a) Não recusaria as homologações sob aquele fundamento, bem como deixaria de propagar, indevida-mente, como vinha fazendo, que os empregadores estavam pagando salários em desacordo com a Convenção;

b) Faria remeter, com brevidade, proposta de revisão salarial, para estudos e negociações, mesmo nocurso de vigência da atua! Convenção que só expirará em 28 de fevereiro do 1990.

Ante a recalcitrãncia daquela Entidade Sindical Profissional, CUJO PROCEDIMENTO VEM PERTUR-BANDO GRAVEMENTE AS RELAÇÕES ENTRE EMPREGADOS E EMPREGADORES, as entidades abai-xo sentem-se no dever de esclarecer aos interessados, que o SALÁRIO NORMATIVO DOS COMERCIÁRIOS,segundo a norma convencional em vigor, Ê IGUAL, EM CADA MÊS, AO SALÁRIO MÍNIMO MAIS 25%,exceto quanto às mercearias com até 3 balconistas, aos quais não se aplica aquela regra.

Havendo recusa nas homologações, pelo Sindicato dos Comerciários, os interessados devem procuraro órgão do Ministério do Trabalho, estando as entidades abaixo, à disposição das empresas para quais-quer esclarecimentos.

Belém, 19 de setembro de 1989FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DO ESTADO DO PARÁSINDICATO DOS LOJISTAS NO COMÉRCIO DO PARÁSINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE GÊNEROS ALIMENTÍCIOS DO PARÁSINDICATO DO COMÉRCIO ATACADISTA DE GÊNEROS ALIMENTÍCIOS DO PARÁSINDICATO DO COMÉRCIO ATACADISTA E VAREJISTA DE LOUCAS, TINTAS, FERRAGENS E MA-

TERIAL ELÉTRICO DO PARÁSINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS DO PARÁSINDICATO DOS REPRESENTANTES COMERCIAIS DO ESTADO DO PARÁ

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tégrantes dos conselhos, garantindo aparticipação equitativa de todos ossegmentos: "O diretor é apenas o ge-rente do sistema, um mero executordas ações definidas pelos conselhos, enão precisa ser eleito diretamente pa-ra o desempenho de suas funções",definiu. Para ele, sua emenda já ga-rante o principal: a eleição dos repre-sentantes da comunidade escolar porsuas respectivas bases. "A Constitui-ção estadual tem que dar autonomiapara que os conselhos definam de queforma a lista tríplice será elaborada,de acordo com as peculiaridades e arealidade de cada escola", defendeu.

Após ter lembrado que a eleiçãodireta para diretores de escola já éum princípio adotado em vários Esta-dos, Edmilson Rodrigues solicitou queCarlos Cavalcante permitisse a fusãoentre as duas emendas, como formade garantir tanto a representaçãoequitativa na composição do conselhocomo as eleições diretas para diretore vice. A proposta não foi aceita, so-bretudo porque Carlos Cavalcante ar-gumentava que a emenda de sua auto-ria já garantia a participação demo-crática. Contudo, o líder do PT nao ti-nha o mesmo entendimento: "Se aConstituição estadual não deixar cia-

ro que os diretores de escola serãoeleitos diretamente, persistirá o clien-telismo e o apadrinhamento políticoque têm marcado a escolha dos ocu-pantes desses cargos", sentenciou.

Enquanto os constituintes se revê-zavam na defesa de seus pontos de ivista, o grtipo de professores que ocu-para a galeria da Assembléia Legisla-tiva para assistir à votação das emen- jdas sobre ensino religioso reclamava 'contra uma falha no sistema de som:}queriam acompanhar os votos dosconstituintes. Cuntudo, o som para agaleria só pôde ser restaurado após oencerramento da votação nominal.'Além dos votos da bancada, a emenda Ido PT contou com o apoio de Aldebaro!Klautau (PDT), Agostinho Linhares(PMB), Edson Matoso (PSDB), Há"-}roldo Bezerra (PMDB) e DurbirataniBarbosa (PMDB). Contra a emendaivotaram Agenor Moreira, Alcides'Corrêa, Carlos Cavalcante, Carlos'Kayath, Carlos Xavier, Célio Sam-ipaio, Costa Filho, Francisco Ramos,'Guaracy Silveira, Hamilton Guedes,iItamar Francez, Luiz Maria, MárioChermont, Nilçon Pinheiro, NonatoVasconcelos, Nuno Miranda, Oti San-tos, Paulo Dutra, Vilson Schuber,'Vandenkolk Gonçalves e Zeno Veloso.

Ensino religioso causa polêmicaOs professores que integram o

Departamento de Ensino Religioso daSeduc prometem realizar uma vigíliadurante o 2o turno da Constituinte es-tadual (28,29 e 30 deste mês) para ga-rantir a supressão do artigo que regu-lamenta o ensino religioso nas escolaspúblicas do Estado: entendem que adecisão dos constituintes implica naadoção do ensino de religião, ferindode forma flagrante o texto da Consti-tuição Federal. Portando faixas e car-tazes de inspiração ecumênica, elesocuparam a galeria popular da As-sembleia Legislativa e protestaramcontra o fato de o projeto de Constitui-ção delegar às autoridades religiosasa prerrogativa de apresentar candi-datos a professor de religião, condi-cionar a admissão de professores aocritério de proporcionalidade de adep-tos e estabelecer, inclusive, a realiza-ção de concurso público específico pa-ra cada religião.

Dessa forma, a polêmica quemarcou a discussão sobre o ensino re-

Senadores e

ligioso durante a Sistematização vol-tou a se repetir, mas com algumasmodificações substanciais. Contra-riando a polarização quejjarecia colo-car em campos opostos constituintescatólicos e evangélicos, os dois seg-mentos preferiram se unir para asse-gurar os seus interesses. O decisão dorelator foi pelo acolhimento de umaemenda do deputado Ronaldo Passa-rinho, que se dividia em duas partes:o parlamentar queria o ensino religio-so facultativo, podendo versar sobrequaisquer religiões, inclusive afro-brasileiras, estrangeiras ou indíge-nas, mas remetia os incisos questio-nados pelos professores para as Dis-posições Gerais e Transitórias.

A bancada do PT concordava ape-nas com a primeira parte da emendade Ronaldo Passarinho (que atendia àreivindicação do segmento negro ),mas argumentavam que os pontos po-lêmicos deveriam ser tratados poste-riormente, em lei complementar.Abancada evangélica formada por

Guaracy Silveira e Raimundo Santosqueria a manutenção do texto do pro-jeto, defendendo a inclusão de ummecanismo que garantisse a contra-tação de professores de religiões queisoladas ou cumulativamente com de-nominações de semelhantes doutrinasalcançassem 10% de adeptos nas es-colas. O relator submeteu ao plenárioa fusão das emendas assinadas porRonaldo Passarinho, Raimundo San-tos e Guaracy Silveira, acolhidas depronto pelo plenário.

A decisão provocou os protestosda bancada do PT, que acusava o re-lator de ter manobrado para manter otexto do projeto. Nas galerias os âni-mos também se acirraram e os pro-fessores, inconformados com a deci-são, gritavam palavras de ordem con-tra os constituintes. A calma só voltoua reinar quando os deputados Edmil-son Kudrigues e Durbiratan Barbosaforam à galeria popular informar aosprofessores da possibilidade de supres-são dos dispositivos durante o 2? turno.

deputados em ^gseminário

0 seminário "Desenvolvi-mento regional e a nova Constitui-ção" reüriiráem Belém, nos dias21 e 22 próximos, todos os 65 sena-dores e deputados federais daAmazônia Legal. Numa promo-ção da Sudam, Banco da Amazô-nia S/A (Basa) e Suframa, sob opatrocínio da Subcomissão do In-terior da Câmara dos Deputados,os parlamentares debaterão, nes-tes dois dias, as propostas da so-ciedade civil regional para as leiscomplementares que, na_ formada Carta vigente, orientarão o no-vo modelo de desenvolvimentoamazônico. O evento será realiza-do no auditório do Basa, e contaráainda com a participação de re-presentantes e técnicos governa-mentais e lideranças políticas,empresariais e dos trabalhadoresda Amazônia.•o Os integrantes da Subcomis-àào do Interior da Câmara federal;deverão estar presentes. Comoobservadores do seminário, elesreceberão os subsídios necessá-rios para a legislação que, com-plementando o artigo 43 da Cons-'tituição, prescreverá as condi-£ões para a integração econômica

,/Jjiregião Amazônica e a composi-.-jÇão, dos organismos executoresjdQB/planos regionais de desenvol-vimento. Os nove integrantes daCâmara são os deputados fede-;rais: José Carlos Vasconcelos(PMDB-PE), José Carlos Mara-nhão (PMDB-PB), Rui Nedel(PMDB-RS), Firmo de Castro(PMDB-CE), Asdrubal Bentes(PMDB-PA), Etevaldo Nogueira(PFL-CE), Waldeck Ornelas(PFL-BA), Jairo Azi (PFL-BA) eJosé Luiz Maia (PDS-PI).

O pronunciamento de abertu-ra do seminário será feito pelo su-perintendente da Sudam, generalRoberto Klein. Em seguida, o eco-nomista Armando Dias Mendes,ex-presidente do Basa, fará umaexposição sobre "O desenvolvi-mento da região amazônica e anova Constituição". No primeirodia do evento, os cerca de 300 con-vidados, distribuídos em quatrogrupos de trabalho, discutirão umtemário sobre os temas: "Institu-

cionalização da região de desen-volvimento e composição do orga-nismo regional", Planos regional,nacional e plurianual de investi-mento e regionalização dos orça-mentos federais", "Regionaliza-

ção do sistema financeiro nacio-nal" e "Incentivos fiscais e outrosinstrumentos de desenvolvimento.

No último dia, sexta-feira, osrelatórios dos grupos serão apre-ciados em plenário e, após debati-dos e aprovados, fundamentarãoum documento final. O conteúdodesse documento ensejará os pon-tos que a sociedade amazônicadesejará ver contemplados nasleis complementares previstas naConstituição, necessários para odesenvolvimento das regiões bra-sileiras e a redução das desigual-dades entre elas.

Rejeitada a criaçãoe mais um município

Por 22 votos contra 9, a Consti-tuinte estadual rejeitou ontem, emsessão, muito, tumultuada, a emendapatrocinada pelo deputado José Fran-cisco, que propunha a emancipaçãode Terra Alta para a criação de umnovo município, formado a partir dodesmembramento de parte dos terri-tórios de Curuçá (Terra Alta) e SãoCaetano de Odivelas (S. João da Pon-ta e Vila Nova). Cerca de 200 morado-res das três localidades ocuparam agaleria para acompanhar a votação,concluída após duas horas e trinta mi-nutos de discussões e um acordo queacabou não sendo cumprido. Confusoscom o resultado, grande parte dos mo-radores deixou a Assembléia Legisla-tiva sem saber exatamente o que ha-via sido decidido pelos constituintes,uma vez que a maioria dos deputadoshavia se declarado favorável às suasreivindicações.

Os moradores de Terra Alta, VilaNova e São João da Ponta chegaram àAssembléia Legislativa por volta de12 horas de ontem, convidados pelodeputado José Francisco para acom-panhar a defesa da emenda popularpedindo a criação do novo município,encaminhada pela Associação dosMoradores de Terra Alta subscritapor mais de dois mil eleitores . Elesportavam faixas e cartazes, pedindo ovoto dos constituintes, e acabaramcriando um fato consumado que re-verteu uma decisão tomada anterior-mente pelos constituintes: as emen-das populares deveriam ser aprecia-das somente hoje. Enquanto EdsonMatoso (PSDB) e Carlos Kayath(PMDB) pediam que essa decisão fos-se cumprida, Nonato Vasconcelos(PMDB) solicitava que fossem retira-das todas as emendas sobre a divisãode municípios, argumentando que to-das essas matérias deveriam ser tra-tadas em lei complementar.

José Francisco ainda garantiuuma sobrevida às emendas, conse-guindo que a sessão fosse adiada pordez minutos para que o relator elabo-rasse uma redação alternativa. ZenoVeloso jj havia declarado seu votocontrário, por entender que a questãonão poderia ser tratada na Constitui-ção estadual, de acordo com o que es-tabelece o artigo 18, parágrafo 4o, da

Constituição Federal. Esse artigo es-tabelece alguns condicionantes para acriação de novos municípios, entre es-sés a edição de lei estadual p.écecfidapélá realização de consulta prévia àspopulações diretamenteiinteressadas.A proposta de suspensão, entretanto,foi acatada pela Mesa, sobretudo paraque fosse tentada uma saída alternati-va que livrasse os deputados do cons-trangimento diante de tantoseleitores.

Durante todo o tempo em que ásessão esteve interrompida, o relatorse tornou o foco das atenções. En-quanto a redação alternativa era ges-tada, vários constituintes já elabora-vam as listas de localidades que pre;tendem ver emancipadas. Mas o textda redação alternativa, segundopróprio relator, era inócuo e conse-guia apenas repetir o que já está ex-presso na Constituição b ederal. A úni-ca inovação da proposta previa que osnovos municípios seriam instaladosno dia Io de janeiro de 1991, com a pos-se dos prefeitos, vices e vereadoreseleitos em 15 de novembro de 1990,mas acabou sendo retirado pelo rela'-tor que o considerou "flagrantementeinconstitucional" (matéria de legisla-ção federal).

A sessão reiniciou com as explica-ções de Zeno Veloso sobre o que foraacordado pelos constituintes. Segundpele, a regra a ser incorporada à Cons-tituição estadual não trataria especi-ficamente de Terra Alta e poderia seraplicada a todos os casos de criaçãpde novos municípios. Mas uma novadecisão acabou comprometendo o quefora acertado. Pressionado pela mas-sa na galeria e aconselhado por a|-guns peemedebistas, o líder da Asso-ciação dos Moradores de Terra Alta1,Donato Silva, resolveu não retirar aemenda popular e acabou "melandot'o acordo feito anteriormente. A espe-rança era a de que mesmo derrotadaa emenda popular ainda restaria a a}-ternativa do relator. Associado à bari-cada do PT. Ronaldo Passarinho aca-bou inviabilizando a manobra: solicf-tou que o relator retirasse a sua emes-da, argumentado que ela não teria rá-zão de existir caso a emenda popularnão fosse retirada ou aprovada.

Carta dos gaúchos será |primeira a ficar pronta j

ções poderão ser encerradas ain-da hoje, examinando no segundoturno os 145 artigos que faltam (71das disposições permanentes e J4das transitórias). Este otimismode Scherer não é compartilhadopelos líderes de bancada, qi elembram a existência de tem. spolêmicos ainda não votados. C.mo exemplo, citam a fixação qeverbas orçamentárias ao ensinosuperior comunitário e a destina-ção de 35 por cento ao seti reducacional.

Assuntos delicados são taní-bém a emancipação de Ana Reche a construção da Rodovia RS-K 1(que liga Osório a São José coNorte), ambos incluídos nas di;-posições transitórias. í

Porto Alegre (AG) — Embo-ra não consigam promulgar a no-va Constituição estadual no prazoprevisto, os constituintes gaúchosprovavelmente serão os primei-ros a concluir seu trabalho noBrasil. A intenção dos parlamen-tares era promulgar o novo textoquarta-feira, dia 20 de setembro,data em que se comemora o ani-versário da Revolução Farroupi-lha, movimento autonomista dosgaúchos na época do Império. En-tretanto, os prazos de votação nãoconseguiram ser observados e apromulgação agora é projetadapara antes do dia 5 de outubro.

O presidente da ConstituinteEstadual, Gleno Scherer(PMDB), acredita que as vota-

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Belém, terça-feira, 19 de setembro de 1989 O LIBERAL ECONOMIA

Subsídio ao trigo acaba outra vezBrasilia (AE) — 0 governo conce-

deu ontem um aumento de 20% parao trigo em grão nacional e importadoque, acumulado com o reajuste de36,46% liberado em 1? de setembro,perfez um total de 63,75%. Este últimopercentual eliminou 6 subsídio que oTtesouro Nacional vinha concedendo aoproduto desde março que custou aoscontribuintes até agosto NCz$ 206 mi-lhões. A partir de agora o governo, se-gundo o secretário do TesouroNacional, Luiz Antônio Gonçalves, rea-justará o trigo em índices idênticos aoda inflação, para evitar que o Tesourotenha que cobrir diferenças entre opreço de aquisição e revenda doproduto.

Os 63,75% de aumento em 18 diasterá üm impacto significante sobre ainflação, já que as farinhas de trigo etodos os seus derivados terão seus pre-ços reajustados a título de repasse docusto maior do trigo em grão. Este pro-cesso iniciou-se ontem, com o aumen-to de 14,3% do pão francês. Nospróximos dias, o Conselho Interminis-terial de Preços autorizará reajustepara a farinha e derivados.

Desde março, o governo vinha con-cedendo aumentos ao preço de reven-da do trigo em índices inferiores aosda inflação, que reajustava o de aqui-sição, junto aos produtores nacionais.A diferença também existiu na com-pra do trigo importado, cujo preçoacompanhou a variação do câmbio ofi-ciai. Como a União detém o monopó-lio de comercialização do trigo, asdiferenças foram cobertas com recur-sos do Orçamento Geral da União, is-to é, dinheiro de impostos.

Está não foi a primeira vez que ogoverno Sarney eliminou o subsídio aotrigo. Em outras oportunidades, con-cedeu aumentos que eliminaram defa-sagens. Mas, logo em seguida, nãoliberou os reajustes subseqüentes emíndices iguais ao da inflação, o secre-tário do Tesouro disse que espera quea partir de agora a União tenha que co-brir eventuais diferenças. Comentouque será importante o novo governonão receber como herança um subsí-dio significativo como o concedido aotrigo nas últimas décadas.

Prejuízosu Curitiba (AE) — A Secretaria daAgricultura do Paraná — Estado res-ponsável por mais da metade da pro-dução nacional de trigo — ainda nãotem um levantamento final sobre oprejuízo causado pela chuva, que atra-

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sou o início da colheita em mais deduas semanas. Mas na região oeste, deonde sai quase metade da produçãoparanaense, alguns produtores já, ava-liam as perdas em pelo menos 40%. Nofinal de semana, com a volta do sol,eles apressaram a colheita, e nas coo-perativas agrícolas desde ontemformaram-se grandes filas de cami-nhões para entrega do trigo.

O Paraná tem para esta safra 1,8milhão de hectares plantados com tri-go — 4,3% a mais que na safra ante-rior. Se tudo tivesse corridonormalmente, a produção, segundo aSecretaria da Agricultura, deveriachegar a 3,35 milhões de toneladas.Mas os problemas começaram já comas geadas de julho. Na região de Tole-do, que abrange 13 municípios e plan-

tou 417 mil hectares, a quebra com ageada foi de 5,3% na área plantada.

Depois vieram as chuvas. Foramquase 20 dias seguidos, que represen-taram um desastre para o trigo; alémde provocar brotação nos grãos, a chu-va faz com que eles percam peso. E éjustamente o peso dos grãos (o chama-do PH, Peso Hectolítricô) que deter-mina o quanto o agricultor vai receberpelo produto. O PH que serve como ba-se para o preço mínimo é de 78.

Em Toledo, o produtor Luiz Crês-pão, que tem 50 alqueires plantadoscom trigo, acha que vai alcançar nomáximo 70 de peso. Com isso, ele cal-cuia que vai perder cerca de NCz$ 3,00por saca de 60 quilos, e conseguir "nomáximo cobrir a despesa". Se tiver

prejuízo, vai pagar do próprio bolso,porque este ano plantou tudo com re-cursos próprios, "para fugir das altastaxas de juros".

O chefe do núcleo da Secretaria daAgricultura do Paraná em Tbledo, LuizFernando Salgado, diz que cerca de60% dos produtores da região estão namesma situação, isto é, sem qualquercobertura do Proagro. Na região deCascavel, a agrônoma Rosemary Be-re calcula que 45% dos produtores es-tão sem garantia e com dificuldadespara as próximas safras. "O lucro foitodo embora e o jeito vai ser cair fun-do no financiamento para plantar a so-ja", confirma Modesto Duarte, umpequeno produtor de Toledo, que cal-cuia as perdas com o trigo em quase50%.

Açúcar refinado e refrigerante com novos preçosRio de Janeiro (AE) — Açúcar re-

finado, refrigerantes, papel higiênicoe farinha de trigo terão os seus preçosreajustados, hoje, em percentuais quevariam de 20% a 30%. O reajuste da-do ao açúcar é de 25,6%, refrigerante30%, papel higiênico 29% e farinha detrigo 20%. Com o aumento, os preçosmáximos do açúcar no varejo passa aNCz$ 1,98 o quilo e os da farinha NCz$2,04. Os refrigerantes passam a custarNCz$ 0,65 (preço máximo da embala-

gem de 300 ml) e NCz$ 1,60 o litro.

O titular da Secretaria Especial deAdministração e Preços-Seap, Edgardde Abreu Cardoso, justificou os au-mentos nos preços do açúcar e farinhade trigo em função do repas-e ao con-sumidor final os reajustes de 15 e 35%dados aos produtores de açúcar e tri-go. O acumulado dos aumentos do açú-car, este mês, atinge o percentual de47%.

Calcular de maneira precisa os no-vos preços do açúcar refinado e da fa-rinha de trigo no varejo não é tarefadas mais fáceis. De acordo com EdgarAbreu Cardoso, os preços ao consumi-dor final vão depender de negociaçõesentre indústria e comércio sobre osprazos de pagamentos e encargos fi-nanceiros sobre estes produtos.

No caso do açúcar, por exemplo, osnovos preços dependem da proximida-

de ou não das refinarias e até mesmodo número de intermediários e dos fre-tes necessários para o seu abasteci-mento. A margem de CLD (Custo,Lucro, Despesa) a ser acrescentada aoproduto pelos fabricantes foi estabele-cida em 5% para os produtores de fa-rinha de trigo, a margem de CLDobedece á diria escala: da indústriapara o atacadista (8,5%), indústria pa-ra varejo (13%) e atacadista para va-rejo (10%).

Bancáriospodem pararpor um dia

Brasilia (AE) — Os bancáriosdos setores privado e oficial definemhoje à noite, em assembléias em to-do o país, se entram ou não em gre-ve a partir de amanhã para pres-sionar os banqueiros a aceitar suasreivindicações. Ainda hoje, a execu-tiva dos bancários tentará a últimarodada de negociação com a Fede-ração Nacional dos Bancos, em SãoPaulo. Os bancários reivindicam150% de reajuste, com efeito retroa-tivo a l5 de setembro, e um piso sa-larial de NCz$ 1.500,00 para ostrabalhadores do setor privado.

Os funcionários do Banco doBrasil e Caixa Econômica Federal ipretendem fazer uma greve de 24 ho-¦ras amanhã e depois vão retornar aotrabalho para avaliar o movimento,segundo o diretor do Sindicato dosBancários de Brasília e componen-te do comando nacional, ValdimirLeastro. A recomendação da execu-tiva nacional dos bancários é que ca-da Estado realize assembléia edecida como fazer a greve. Os ban-queiros particulares ofereceram aostrabalhadores um reajuste de 50% apartir de P de setembro e um pisosalarial de NCz$ 750 para este mês.

CEF páraA direção da Associação dos

Economiários do Pará (AEPa) con-firmou ontem que os funcionários daCaixa Econômica Federal podemparalisar por 24 horas, a partir dazero hora de amanhã. Hoje, em Bra-silia, a executiva nacional da CEF,representando os economiários, e adireção da instituição têm nova ro-dada de negociações. Caso a propôs-ta patronal seja mantida — reduçãodas horas extras, perda de avançossindicais e o índice de reajuste de83%, contra os 148% propostos peloDieese — a partir das 18 horas, as-sembléias em todo o país vão refe-rendar a proposta de paralisaçãopara amanhã. A decisão de pararpor 24 horas foi tirada no sábado, emSão Paulo, durante reunião da exe-cutiva nacional.

Indústria de computadores vendetudo e fatura USS 5,3 bilhões

São Paulo (AG) — Os fabricantesde computadores estão com a produ-ção dos próximos dois meses totalmen-te vendida. Em alguns casos ocomprometimento chega ao final doano. A demanda atual é maior que acapacidade de fabricação, informa opresidente da Associação Brasileira daIndústria de Computadores e Periféri-cos, Edson Fregni, ao acrescentar quea cadeia de fornecedores precisa am-pliar o volume de componentes, que asindústrias já o fizeram em 1986.

A Abicomp estima que as 355 em-presas produtoras de bens vão faturaríuntas US$ 5,3 bilhões (NCz$ 17,3 bi-lhões) em 1989, sendo que a indústrianacional (324) ficará com 66% de par-ticipação, enquanto as estrangeiras(31) cabem os 34% restantes. Na soma-tória geral, bens e serviços, o setor ar-recadará US$ 6,8 bilhões (NCz$ 22,2bilhões). Isto resulta em crescimentoda ordem de 15%, já que no ano pas-sado o faturamento total alcançou osUS$ 5,9 bilhões, segundo a entidade.

Apesar de apontar para um de-sempenho amplamente favorável, na-da demove os fabricantes derealizarem feiras apenas de negócios,apesar de não poderem atender novospedidos, com prazos inferiores a 60dias.

Congresso

São Paulo (AE) — O último — eprovavelmente um dos maiores — Con-gresso de Informática desta década foi

aberto ontem pelo presidente José Sar-ney, que levou para o Parque Anhem-bi uma comitiva formada por seisministros de Estado, além dos secre-tários Especial de Ciência e Tecnolo-gia, Décio Leal de Zagottis, e dogovernador do Estado de São Paulo,Orestes Quércia.

"A informática é, hoje, uma pode-rosa ferramenta do progresso e, maisdo que isso, uma importante gerado-ra de negócios, responsável pelo mo-vimento de US$ 400 bilhões ao ano emtodo o mundo", enfatizou o presidenteda República. Sarney afirmou, ainda,que apesar das fortes pressões que so-freu para modificar a política nacip-nal de informática, o setor sempre teve"tratamento

prioritário", em seu go-verno. "As nações obrigadas a adotarsoluções alienígenas acabamtornando-se frágeis, marginalizadas edependentes", justificou.

Já o governador Orestes Quérciaanunciou a recente assinatura de doisdecretos que deverão mudar o uso dainformática no Estado: um deles criaum novo modelo estadual de informa-tica e o outro determina a instalaçãoda rede de informações do governo ede uma rede de justiça e segurança.Para coordenar essas mudanças, oConselho Estadual de Processamentode Dados foi transformado em Conse-lho Estadual de Informática.

Desafios

O uso dos recursos da informáti-

ca, aliás, foi destacado pelo presiden-te da Sucesu/SP, Wilson Lazzarini,como o grande desafio do setor paraos anos 90. "Este evento histórico mar-ca o final de uma década que pode seridentificada pelo desafio do desenvol-vimento tecnológico, que a sociedadebrasileira vem superando com compe-tência", disse Lazzarini. "A grande in-terrogação que inaugura os anos 90 dizrespeito ao uso efetivo dos nossos re-cursos tecnológicos". Lazzarini ponde-rou, ainda, que é fundamental avinculação desse uso às prioridadessociais do país.

Por sua vez, o presidente da Suce-su Nacional, Reynaldo Pereira Brotto,destacou a necessidade de os próximosgovernos do país respeitarem o II Pia-no Nacional de Informática e Automa-ção (Planin), encaminhadorecentemente pelo presidente Sarneyao Congresso Nacional. "A sociedadedeve exigir dos futuros governantescompromissos de continuidades da po-Iítica nacional de informática", refor-çou Lazzarini.

Após a cerimônia de abertura doCongresso, que este ano tem sete milparticipantes inscritos, o presidenteSarney e o governador de São Pauloinauguraram a IX Feira Internacionalde Informática, que reúne 400 exposi-tores. O presidente percorreu os estan-des da ABC-Bull, Cobra, Sid, IBM eItautec.

RECEITA FEDERAL - CONCURSO PÚBLICOO "Curso Lavoisier" abrirá novas turmas p/o concurso de T.T.N. da Receita

Federal. As inscrições iniciarão provavelmente nesta quinzena e irão até o dia06/10/89. (Taxa de inscrição NCzS 30,00) idade de 18 a 35 anos e nível deescolaridade 2? Grau completo, melhores informações e o programa completoatualizado, no curso Lavoisier, Gen. Deodoro (306) altos c/Diogo Móia e A. Bar-reto, mat NCzS 60,00 (turmas especiais aos sábados).

Técnicos ultimam propostade aumento das mensalidades

Brasília (AE) — O Ministério daEducação pretende adotar novas re-gras para a fixação das mensalidadesescolares, em 1990. O ministro CarlosSantAnna disse ontem que os técnicosdo MEC e do Ministério da Fazenda es-tão trabalhando em uma proposta pa-ra normatizar os reajustes no próximoano. A fórmula proposta pelos técnicosé simples: fixação no inicio do ano deum valor real das mensalidades combases nas planilhas de custos de cadaescola. Os aumentos sobre este valorseriam mensais e regidos pelo índiceinflacionário. Na época do dissídio dosprofessores haveria um repasse para asmensalidades do ganho real obtido pe-Ia categoria."Os estudos continuam, uma vezque temos de nos preparar para alter-nativas nos reajustes do ano que vem",afirmou o ministro Carlos SantAnna.Segundo ele, a metodologia estudadapelas assessorias técnicas poderá ser-vir de sugestão aos Conselhos Esta-

duais de Educação, caso a Justiçadecida que, em 1990, os órgão deverãofixar os reajustes. "Com valor real de-finido e, estabelecendo-se os reajustesda mensalidade pela inflação e pelosaumentos reais, temos uma fórmulaboa rara ser usada em 1990", acreditaSantAnna.

As regras para o decorrer desseano, entretanto, ainda não estão defini-das. O presidente do Tribunal RegionalFederal (TRF), Alberto Vieira da Sil-'va, decidirá se continua valendo, em 8H,a portaria 140 do Ministério da Fazen-da, que institui a liberdade vigiada, oua liminar que pediu a revogação da por-taria para transferir para o ConselhoEstadual de Educação a tarefa de fixaras mensalidades. O presidente do Tri-bunal aguarda parecer que solicitou aoMinistério Público, ontem, a procura-dora Delza Curvello Rocha, designadapara opinar, ainda não tinha condiçõesde fornecer um parecer.

Empresários de SP se dizemdispostos a sacrifícios

São Paulo (AG) — A inflação nãoserá reduzida sem sacrifícios e comum período de recessão administradade um a dois anos. A afirmação foi fei-ta pelo presidente da Federação dasIndústrias de São Paulo (Fiesp), Má-rio Amato, após reunião do Fórum In-formal dos Empresários, onde aslideranças empresariais presentes aoencontro de ontem afirmaram, em no-ta distribuída a imprensa, dispostas acolaborar com sugestões e a aceitarsacrifícios inevitáveis da adoção ur-gente de um programa amplo de refor-ma estrutural envolvendo radicalajuste fiscal, privatização, abertura eliberação da economia.

Segundo a nota, a hiperinflaçãoainda pode ser evitada, mas o riscocontinua existindo e toda a sociedadeprecisa estar consciente de que, se ainflação escapar ao controle, todosperderão muito mais do que se colabo-rarem para concluir essa fase difícilde transição. No encontro de ontem, osempresários também discutiram assugestões de reformas econômicas queas assessorias da Fiesp, Federação doComércio e Associação Comercial deSão Paulo estão elaborando — e quedeverão estar concluídas nos próximos15 dias — para servir de subsídio ao no-vo governo.

Segundo o presidente da Fiesp,Mário Amato, no momento, porém, asaída é contemporizar e prosseguir a

política do feijão com arroz, porque asmedidas necessárias ao ajuste da eco-nomia requerem força política e paraisso é preciso um novo governo.

— Estamos dispostos a aumentarnossos sacrifícios e até pagar um tri-buto maior, mas é preciso termos cer-teza de que isso não servirá para taparburaco de déficit público, mas canali-zado em obras de infra-estrutura e namodernização da economia — enfati-zou o empresário.

Amato disse que os empresáriospoderão aumentar a produção ao invésde aumentar preços, "mas é precisoque haja confiança e novos investimen-tos que ocasionem, depois um aumentoda produtividade. Somos contra ossubsídios e qualquer tipo de discrimi-nação, pois queremos que vigore a eco-nomia de mercado".

O controle de preços está desça r-tado: A Fiesp entende que os preçosdevem ser liberados, prevalecendo aeconomia de mercado, com a contra-partida de se aumentar a possibilida-de de importação.

Flávio Telles de Menezes, da So-ciedade Rural Brasileira, disse que aagricultura também está disposta adar sua cota de sacrifício, embora osagricultores já estejam fazendo sacri-fício enorme pois não têm recebidopreços adequados, porque o custo deprodução tem subido muito.

Comércio cresce, mas aindaenfrenta o desabâstécimento

Porio Alegre (AK) — As lojas de de-parlamentos estão enfrentando desa-bastecimento em alguns itens debrinquedos, artigos de bazar, roupas eeletrodomésticos em geral. Segundo ovice-presidente da Mesbla, Luiz Antô-nio Secco, os fornecedores estão semfôlego para atender a demanda do va-rejo que anda embalado pelo poder decompra do consumidor. "O bom nívelde poupança e os reajustes salariaistêm acionado as vendas em níveis in-compatíveis com a disponibilidade dosfornecedores", disse ele. "Apesar des-te quadro, não se prevê que vá faltarmercadorias para as festas de fim-de-ano, porque o poder de fogo do consu-midor já se aproxima de exaustão",afirmou o diretor comercial das lojasGrazziotin (116 lojas), Nereu Graz-ziotin.

Embora haja um descompasso en-tre a oferta e a demanda, o comérciolojista cresceu de janeiro a agosto des-te ano, 6%, reais sobre igual períododo ano passado, observou o presiden-te da Confederação Nacional dos Di-retor.es Lojistas, Fúlvio Araújo Santos,qué comanda uma cadeia de lojas dedepartamentos com 84 pontos de ven-das. Os prognósticos ainda são otimis-tas entre os lojistas que participam,em Porto Alegre, da 30fl Convenção Na-cional do Comércio Lojista. "As vendastêm se mantido praticamente a vista,o que não ocorria o ano passado, porexemplo", salientou o superintendentede marketing, Sérgio Crispin. "Com

falta de uma definição do mercado pa-ra os próximos três meses, os lojistasestão adiando os pedidos de aquisi-ções", observou Araújo Santos. "Os pe-didos de artigos para o Natal só serãodefinidos com um mês de antecedên-cia", disse Grazziotin, lembrando queanteriormente nesta época os negóciosjá estavam concluídos".

Lustosa: críticasO presidente do Centro Brasileiro

de Apoio da Pequena e Média Empre-sa (Cebrae), PaulÔ Lustosa, afirmou.ontem na primeira palestra da 30sConvenção Nacional de Comércio Lo-jista, que qualquer que seja o presiden-te eleito em 15 de novembro, deveráadotar medidas ortodoxas na econo-mia. Lustosa, que foi aplaudido porcerca de dois mil empresários do co-mércio, criticou as isenções tributáriasconcedidas pelo governo federal e rei-vindicou o restabelecimento das linhasde financiamento para o setor, além dapermissão para a criação de centraisde compra e venda e da cooperativa decrédito das microempresas.

Lustosa disse também que a cri-se brasileira não é econômica, masinstitucional, demonstrando que a eco-nomia está saudável e as grandes em-presas continuam investindo 21% dosseus ativos. Somente este ano, segun-do Lustosa, foram criadas 307 mil pe-quenas e microempresas em todo opaís, provando que está havendo umcrescimento da economia.

Reajuste normaliza venda deálcool em Recife e no RioBrasília (AG) — Com o aumento

de 33% do preço do álcool, em vigordesde sábado, o abastecimento de ál-cool no Rio e em Recife deve se regu-larizar até quarta-feira, garantiuontem o presidente do Conselho Nacio-nal do Petróleo (CNP) general RobertoFranca Domingues.

— Será o milagre do álcool, comofoi o milagre bíblico da multiplicaçãodos pães e do vinho — disse o general,que atribui a escassez do álcool à re-tenção do produto por parte de produ-tores e distribuidores, para especularcom o novo preço.

O presidente do CNP informou quedois produtores de Pernambuco foramautuados pelos fiscais do CNP, por re-tenção indevida de álcool, e podem re-ceber multas de até 43 BTN's (NCz$ 115mil).

CotasBrasília (AE) — O Conselho Na-

cional do Petróleo fixou, ontem, emportaria publicada no Diário Oficial daUnião, o volume de álcool a ser desti-nadoà indústria aleoolquímica na sa-fra 89/90. No Centro-Sul, poderão ser.consumidos 158,9 milhões de litros, dosquais 117,8 milhões para o mercado in-terno e 41,1 milhões para o externo.Nas regiões Norte/Nordeste, a indús-tria terá 420 milhões de litros, sendo377 milhões para o mercado interno e43 milhões para o externo.

Em um dos artigos, a portaria pre-vê que o CNP poderá reduzir este vo-lume em até 8,6%, ou mais 50 milhõesde litros. Mas esse dispositivo só vaiser efetivamente aplicado se houveralgum tipo de dificuldade no abaste-cimento. Entre os técnicos do CNPacredita-se que as medidas tomadasvisando a uma economia de 1,7 bilhãode litros, para garantir o abastecimen-to, serão suficientes.

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16 ECONOMIA O LIBERAL Belém, terça-feira, 19 do setembro de 1989J

Visa lança cartãode crédito de ummilhão de dólares

Nashville, Tennes-see (UPD — A Vjsalançou ontem um car-tão de crédito com umlimite de 1 milhão dedólares, coincidindocom a divulgação deuma pesquisa que mos-trou significativa redu-ção nos juros cobradospelos cartões decrédito.

Analistas disseramque os dois aconteci-mentos indicam que oramo dos cartões decrédito estão se tornan-do cada vez mais com-petitivos, forçando asfinanceiras do setor arecorrerem as novasestratégias para con-quistar a clientela.

A associação norte-americana de banquei-ros anunciou em suareunião anual emNashville que uma pes-quisa junto a 453 ban-cos mostra que astaxas de juros dos car-

toes de crédito Visa eMaster diminuiram pa-ra uma média de 16,7 a18,8 por cento no anopassado, em compara-ção com uma faixa mé-dia de 16,4 a 18,5 em1987. A pesquisa mos-trou também que osclientes estão pagandomenos em taxasanuais. As taxas cobra-das aos associados caí-ram de uma média de15,60 a 18,20 dólares em1987 para a faixa médiade 15 a 17 dólares noano passado.ftEsse quadro é umespelho da intensacompetição no merca-do dos cartões de crédi-to", disse Robert H.Bourke, presidente dadivisão de Cartões Ban-cários da Associaçãode Comércio. "Nuncaforam tão amplas asopções para os consu-midores e isso se refle-te nos preços.

Bancos pedem ajudado FMI e Bird para

o bloco socialistaWashington (AP)

Um porta-voz dos princi-pais, bancos do mundopediu ao Banco Mundiale ao FMI que se reúname ajude as forças do mer-cado na União Soviéticae seus aliados da EuropaOriental. "O FMI e oBanco Mundial devemfazer um esforço concre-to para promover as mu-danças", disse HorstSchulmann, diretor ge-rente do Instituto de Fi-nanças Internacionaiscom sede em Washing-ton, que inclui os maisimportantes bancos dosEstados Unidos, Grã-Bretanha e outros paísesimportantes do ponto devista financeiro.

O FMI e o Banco""Mundial são proprieda-°.' des de 151 governos. OsEstados Unidos desem-penham um importantepapel em ambos. A Chi-na e alguns governos daEuropa Oriental sãomembros, porém, aUnião Soviética não o é."Estas instituiçõespodem fazer mais, espe-cialmente em assessorara forma de substituir oscontroles administrati-vos por mecanismos demercado e mediante o f i-nanciamento de esforçosestruturais de ajuste",disse Schulmann."A IFC — Corpora-ção Financeira Interna-cional, pode ser tambémde ajuda em reunir invés-tidores estrangeiros eempresas locais" disse.

O IFC, que é parte doBanco Mundial emprés-ta a empresários priva-dos, mais que osgovernos, investe já naPolônia, Hungria e lu-goslávia assim como naChina, tem também uminteresse cada vez maiorem ajudar a privatizar aindústria de propriedadedos governos.

As declarações de

Schulmann estão conti-das numa carta datadade 12 de setembro dirigi-da aos dirigentes do Ban-co Mundial e do FMI,que têm também suassedes em Washington.Schulmann, da Alemã-nha Ocidental, foi asses-sor do ex-chancelerHelmuth Schmidt. A car-ta de Schulmann foi tor-nada pública ontem,enquanto que represen-tantes dos principaisbancos e dos 151 governoscomeçaram a se reunirpara assistir a reuniõesanuais que terão lugaraté o fim do mês.

O secretário norte-americano do Tesouro,Nicholas Brady, será ochefe da representaçãonorte-americana e o pre-sidente George Bush de-ve pronunciar umdiscurso.

Antecipa-se que osacontecimentos na Euro-pa Oriental figuram en-tre os temas a seremabordados. Outra quês-tão será a dívida interna-cional e a proposta deBrady de reduzir suacarga sobre os países de-vedores.

Os países membrostentarão também alcan-çar progressos quanto aoaumento dos 118 milhõesde dólares do fundo debens, que o diretor Mi-chel Camdessus quer du-plicar. Nos últimos anoso dinheiro do fundo foiusado para ajudar aospaíses devedores a me-lhorar sua situação fi-nanceira.

Num discursoquinta-feira, Camdessusfalou sobre as perspecti-vas de mudanças na Eu-ropa Oriental. "Issopromete ser uma trans-formação importanteque se tiver efeito, apor-tara grandes benefícios,embora haja vários ris-cos", disse.

Modificação na cordas cédulas pode

frustrar contrabando

O Baixo Tocantins hojee perspectivas

Juarez Régis

Os municípios do Baixo Tocantins emais o de Acará estão enfrentando sérios es-trangulamentos no setor agropecuário. Es-sa região deveria estar passando por rápidodesenvolvimento sócio-econômico, após cin-co anos de funcionamento dos Grandes Pro-jetos industriais e infra-estruturais doGoverno. Entretanto, o que se vê são retro-cessos das atividades produtivas, motiva-das, justamente, pelos investimentos fe-derais nos setores da indústria do alumínioe de geração de energia elétrica.

A implantação desses complexos indus-triais e de energia criou na sua área de in-fluência, grande perspectivas de valori-zação das terras, principalmente ao longodas estradas, induzindo a expansão desor-denada da ocupação fundiária, através deminguadas cabeças de gado, com a finali-dade única de garantir o domínio e a espe-culação de extensas áreas, que poderiamestar sendo melhor otimizadas com assen-tamentos agrícolas.

Enquanto isso, milhares de agricultoresdesorientados esperam impacientes pelosprometidos projetos de colonização, que jádeveriam ter sido executados para contra-balançar os efeitos negativos dos GrandesProjetos e da indução migratória emitida er-roneamente pelo próprio governo - de quea Amazônia representa para o país, uma re-gião de fronteira agropecuária. È bom lem-brar que, na época de implantação dosinvestimentos citados, os cronogramas pre-viam um crescimento acelerado da popula-ção na região do Tocantins, ampliando deforma considerável a demanda de produtosalimentares de primeira necessidade. Pro-gramas de colonização foram prometidos eoutros até elaborados por empresas de con-sultoria, mas não saíram do papel. As de-núncias recaem sobre a Sudam, e princi-palmente, sobre a Codebar, como sendo osgrandes responsáveis pela situação de aban-dono, que vive o setor agropecuário do Bai-xo Tocantins.

Hoje, observa-se que, além da regiãoimportar quase todos os alimentos básicospara a sobrevivência de seus habitantes, nãoconta com medidas governamentais que re-flitam a oferta suficiente de empregos, —em indústrias complementares de pequenoporte, — e de trabalho no meio rural, que es-tariam mais compatíveis com o nível deoperacionalização e conhecimento do ho-mem amazônico.

Antes dos projetos, os colonos extraíamda mata tudo do que necessitavam, para asobrevivência, e trabalham pequenas lavou-ras, comercializando o excedente. Desde oinício da implantação desses complexosdeu-se os processos de desalojação dos co-lonos de suas terras. Outros foram induzi-dos a largar suas atividades agrícolas eextrativas para trabalhar em serviços aosquais não se acostumavam e não se acostu-mam, não só devido ao conflito entre os há-bitos antigos com novas atitudes no meioindustrial, como, também, porque não hou-ve uma preocupação, por parte do governofederal, e muito menos do governo estadual,vigente na época, em preparar os jovens emidade de trabalhar para ingressar no ritmoindustrial. Acrescente-se a isso, total ausên-cia de linhas de crédito subsidiado; a redu-zida e precária rede de estradas vicinais,dificultando o escoamento da produção; anecessidade de ampliação da infra-estru-tura viária (rodovias principais e pontes so-bre rios), facilitando o transporte da fontede produção aos grandes centros consumi-dores; a inexistência de sistemas de linhastronco de eletrificação rural e respectivosramais de atendimento ao consumidor, fi-nanciados a longo prazo e mais a necessi-dade de escolas técnicas agro-industriaisnas sedes municipais.

Na região do Baixo Tocantins não exis-te nenhuma tecnologia na agricultura, tal-vez pelo fato dos técnicos não contarem comprogramas governamentais, que lhes dêemrespaldo para desenvolver um trabalho deorientação técnica.

Também, não existe nenhuma iniciati-va inovadora, que vise produzir. Razoável-mente, sem maiores somas de investimentosem equipamentos moderno. Há carência deum trabalho educacional, que faça parte de

Washington (AP) —O ex-secretario do Tesou-ro, Donald Regan, pro-pôs, ontem que o governomodifique em 10 dias acor ou a tamanho das cé-dulas de 50 a 100 dólarespara frustrar os contra-bandistas de drogas queacumulam grandesquantidades de dinheiroem espécie.

Na hora de trocar ascédulas antigas pelas no-vas seriam registradasas transações superioresa 1.000 dólares — o queobrigaria os narcotrafi-cantes a renunciar asuas enormes fortunasou a expor-se ao escrutí-nio da lei."Isso causaria pâni-co entre aqueles que têm

§randes quantidades de

inheiro em espécie",afirmou num artigo pu-blicado ontem nas pági-nas de opinião do jornal"The New York Times"."Isto prejudicaria oscriminosos onde lhes dóimais — no bolso",afirmou.

Além disso, Regan

uma política agrícola mais abrangente, queabra a mente do rurícola e possibilite a elefazer uso do potencial que a própria natu-reza oferece ao construir silos de madeira-de-lei para a conservação de grãos; imple-mentos de aragem do solo; carroças e im-plementos de madeira para serem movi-mentados pela tração animal; utensíliosconstruídos pelo próprio proprietário agri-cola para a conservação de leite e alimen-tos caseiros, etc.

Em que pese a existência de todos es-ses fatores negativos de mudança, grandesperspectivas se abrem para os municípiosdas regiões do Baixo Tocantins e de Tome-Açu. Assim é que existem áreas agricultá-veis tanto em terra-firme como em várzeas,com solo e clima propícios ao desenvolvi-mento de culturas de subsistência, ou seja,milho, feijão, mandioca e arroz; de culturasfrutíferas, como por exemplo, banana, la-ranja, limão, tangerina e abacaxi, bem co-mo culturas industriais, ou seja, pimenta-do-reino, dendê,, coco-da-Bahia, maracujá,cana-de-açúcar e o açaí. Todas essas cultu-ras apresentam perspectivas de rentabilida-de a nível de microprodutor e a vantagemde serem plantas, na sua maior parte, detrato conhecido dos colonos, e algumas jáadaptadas às condições naturais, o que ates-ta o favorecimento a essa variedade de cul-tivares, desde que sejam usadas sementesselecionadas, defensivos controlados, adu-bos orgânicos e a tração animal, evitando-se custos elevados de produção.

O açaizeiro reúne condições de ser ex-piorado tanto para servir como alimentaçãoda população, como para a produção indus-trial do palmito a um nível de tecnologia ru-dimentar, mas obedecendo a um processode colheira seletiva, preservando o estoquegenético e de floresta hidrófila.

A pecuária de grande porte pode con-viver com a agricultura e com a floresta,desde que se deixe faixas de mata nativa se-parando as duas atividades. A pecuária depequenos animais é, no entanto, a que reú-ne melhores condições de coexistir às pro-ximidades das culturas circundadas por"ilhotas de floresta", servindo como zona deproteção contra a erosão e contribuindo pa-ra a manutenção do estoque genético con-tra pragas e doenças.

A pecuária de leite tem no gado girolan-da as condições favoráveis à sua expansãonos municípios de Abaetetuba, onde já éuma realidade e em Acará, Moju, Cametáe Barcarena. A criação do gado de corte,principalmente, a raça nelore, apresenta atendência natural e extensiva de crescimen-to em Moju e Tomé-Açu, nesta última, coma característica de ser uma atividade alter-nativa encontrada pelo proprietário de ser-rarias para assegurar, por meio de mingua-das reses, o domínio de extensas áreas depreservação para garantir a extração damadeira.

Há necessidade, premente, de recupe-ração do Prodiat e de outros projetos de co-lonização, tanto em áreas já desmaiadas,quanto em áreas de mata virgem, que utili-zem o modelo de propriedade familiar delOOha, por lote, viabilizando sistemas de pro-dução em grupo e o sistema viário, e possi-bilitando ao colono não só a produção deprodutos para o autoconsumo como, tam-bém', a venda de excedentes e de produtospara a exportação, o aumento do nível derenda e a fixação das famílias no campo.

Como complementação, há necessida-de de criação de associações nos núcleos decolonização, garantindo a aquisição de in-sumos e distribuição entre os colonos; o be-neficiamento primário dos alimentos, ar-mazenamento, comercialização, a coorde-nação das atividades assistênciais, a quali-dade de transportes e o lucro certo.

A não ser que isso ocorra, teremos co-mo a chegada de futuras levas de peões pa-ra trabalhar nas fases seguintes de expan-são dos projetos industriais e de construçãode sistemas elétricos, mais desajustes so-ciais e mais atrofiamento do setor primário.

propôs que o governo ten-te obter um acordo comos bancos centrais dasnações industrializadaspara que determinemaos bancos seus filiadosque não aceitem depósi-tos "de narcotraficantesconhecidos os suspeitos,e que não mantenhamrelações comerciais comqualquer banco — sejalatino-americano, cari-benho, asiático ou dequalquer lugar, que acei-te esse dinheiro.

Propôs também queo presidente GeorgeBush peça às diretoriasdos 200 bancos e entida-des de poupança maisimportantes dos EstadosUnidos que prometam"não aceitar depósitos denarcotraficantes, sejambarões da droga ou dis-tribuídores de rua depouca importância".

A idéia não é nova eem 1986 Katherine Orte-ga, à época secretária doTesouro no governo doentão presidente RonaldReagan, a rechaçou de-pois de um estudo.

BOLSARio

O mercado de ações da Bolsa deValores do Rio de Janeiro operou on-tem em alta. O IBV, com 585.911 pon-tos, subiu 2,8%. O índice Geral dePreços (IPBV) subiu 2,1%, atingindo-923.529 pontos. O IBV-12 da Bolsa Bra-sileira de Futuros subiu 5,0% com124.909 pontos no final do pregão. Das90 ações componentes do IBV, 56 su-biram, 27 cairam. Três permanece-ram estáveis e quatro não foramnegociadas.

No mercado à vista, foram nego-ciadas 1.098.889 mil ações, no valor deNCz$ 31.255 mil, 14,5% maior que omovimento de sexta-feira. Através dotelepregão foram realizados 2.777 ne-gócios, envolvendo 816.606 mil ações,no valor de NCzf 8.802 mil.

As maiores altas do IBV foram:Sondotécnica PA (20,78%), EstrelaPP (13,15%), Cia. Mineração e Parti-cipacão PP (12,6%), Sid Informática(11,74%) e Cibran PP (9,35%). Asmaiores baixas do IBV foram: SifcoPP (5,719), Eluma PP (5,44%), SadeSul Americana PP (4,92%), MendesJúnior PB (4,73%) e Ferbasa PP(4,20%).

Das ações que não compõem oIBV: As maiores altas foram: Ceca-sa PP (29,90%), Motorádio PP(25,14%), Artex PP (18,83%), Açonor-te PP (17,65%) e Conpart PP-R(17,50%).

As maiores baixas foram: Pette-nati PP-D (35,71%), Dova PP-D(23,88%), Brumadinho PP-D(23,53%), Olical PB (21,84%) e Celu-lose Irani OP-E- (18,45%).

Das ações que compõem oIBV-12: as maiores altas foram:Sharp PP (9j32%) e ParanapanemaPP (8,55%).

S. Paulo r

Ao final do pregão, o Ibovespa exi-biu significativa evolução de 4,7%. Ovolume financeiro, por sua vez, re-cuou 2,2%, totalizando NCz$ 76.911,1mil.

O Ibovespa demonstrou tendên-cia de alta desde o início da sessão,permanecendo, ao longo dos traba-lhos, com taxas positivas e atingindono fechamento a marca inédita de16.507 pontos.

O índice médio valorizou-se 2,4%(16.414 pontos).

Os títulos de primeira e segundalinhas apresentaram ganhos de 4,3%e 4,8%, respectivamente, na média desuas cotações, influenciando a traje-tória ascendente do Ibovespa.

O valor negociado à vista (97,6%do volume geral) alcançou NCz$75.129,7 mil, involuindo 1,3% em com-paração ao verificado no último pre-gão. Desse montante, NCz$ 74.260,8mil são relativos a negócios comações.

Entre as ações do grupo I, asmaiores variações couberam a Petro-brás PP (+5,1%) e Petrobrás ON(-2,6%). Das ações do grupo II, as quemais avançaram foram: MarcopoloPP (14,2%) e Estrela PP (10,9%); asque mais baixaram: Ferro Brás. PP(5,2%) e Olvebra PP (4,5%).

Celebraram-se 4 contratos a tsr-mo, gerando NCz$ 1.781,3 mil.

Comissões iniciam análisedas alterações no FGTSBrasília (AJB) —

Estão mais próximas asmudanças no Fundo deGarantia por Tempo deServiço. Hoje será umdia decisivo para a minu-ta de projeto-de-lei que ogoverno enviou extraofi-cialmente ao CongressoNacional, propondo alte-rações na legislação doFundo. Vão se reunir osrepresentantes das Co-missões Permanentes doTrabalho, do Serviço Pú-blico e do Desenvolvi-mento Urbano da Cama-ra dos Deputados paraanalisar o texto, encara-do por parte dos parla-mentares como "umaboa base para negocia-ção". Dentro desse pontode vista, a idéia é deixaro governo enviar o proje-to-de-lei para que a alte-ração em alguns de seuspontos sejam discutidasdentro do Congresso.

A minuta já incorpo-ra posições definidas pe-lo Legislativo, e, portan-to, deve facilitar sua tra-mitação. A proposta es-tabelece que o dinheirodo Fundo deve estar de-positado na conta do tra-balhador na CaixaEconô-mica Federal a cada dia10 do mês. O empregador

permanece com a obri-gação de fazer o depósi-to até o dia 10, os bancostiveram seu prazo detransferência dos recur-sos para a CEF de 30 pa-ra dois dias, aumentandoo tempo de remuneraçãodo empregado. A remu-neração passa a sermensal e não mais tri-mestral, à taxa de 3% aoano mais correção mone-tária como é hoje.

A CEF fica com aadministração dos recur-sos, mas o órgão decisó-rio da gestão passa a serum conselho curador,composto por três repre-sentantes dos trabalha-dores, três dos empresa-rios e cinco do governo. Otexto prevê severas mui-tas para a empresa oubanco que atrasar o reco-lhimento. Com o objetivode corrigir distorções daaplicação dos recursos,fixou-se o patamar de60% dos depósitos comaplicação obrigatória naconstrução de habitaçõespopulares. Em cada con-junto habitacional devemser feitas as obras de sa-neamento necessáriasem lugar de deixar a rea-lização para as Prefeitu-ras, como é atualmente.

,0 governo desistiu

Juarez Regis, é economista, especiali-zado em macroeconomia. Trabalha na áreade planejamento da Celpa. Tendo participa-do de vários tiwbalhos de análise sócio-econômica com equipes da Eletronorte.

INDICADORESA partir do 1? do julho, portaria do Ministério da Fazenda torno constante o

faíor do conversão do cruzados para cruzados novos (tablita). A conversão deveser realizada om obrigações com cláusulas do correção monetária prefixada, ousem cláusula do correção, conTaídas em 1 ? do janeiro do 1988 o 15 do janeirode 1989.

Basicamente, oste instrumento será aplicado sobre todas as dívidas referentesà aquisição do bens duráveis do consumo (eletrodomésticos, automóveis, etc.) e decrédito pessoal obtido no rodo bancária, onde todas as prestações já eram co-nhocidas.

A aplicação do fator de conversão não valo para obrigações tributárias, con-tas de água, luz, telefone, esgoto o gás, nem para mensalidades de escolas, clu-bes, associações e despesas condominiais.

Fator de conversãoCruzado para Cruzado Novo

2.128,6935

CUSTO PE VIDA/INFLAÇÃOMESES ICV-BELÉM IPC

(INFLAÇÃO)

Junho 26,24% 24,83%Julho 32,52% 28,76%Agosto 33,09% 29,34%

POUPANÇA | BTN

Maio Junho Julho Agosto Junho Julho Agosto Setembro

10,48% 25,45% 29,4% 29,90% 1,2979 1,6185 2,0842 2,6956

SALÁRIO | Vr. REFERÊNCIA

Mínimo: NCzS 249,48

Empregado doméstica

Contribuição pVlapas —

BTN Fiscal: NCzS 3,1445

Maior: NCzS 48,13

Regional: NCzS 37,64

JUROS

Libor (3m): 8 7/8 Prime: 10,5

UNIDADE FISCAL

Estado: NCzS 15,24Belém: NCzS 13,74

Barcarena: NCzS 3,89Ananindeua: NCzS 2,00

JVIE ARCADOSDÓLAR - NCz$

OficialParaleloTurismo

CompraNCzS 3,299NCzS 5,10NCzS 5,10

VendaNCzS 3,316NCzS 5,20NCzS 5,20

OUTRAS MOEDAS

Compra Venda Repasse CoberturaCoroa Dinamarquesa... 0,42828 0,43111 0,42894 0,43071Coroa Norueguesa 0,45634 0,45924 0,45704 0,45882Coroa Sueca 0,49181 0,49510 0,49256 0,49464Dólar Canadense 2,7442 2,7616 2,7484 2,7591Escudo 0,019789 0,019955 0,019820 0,019937Florim 1,4768 1,4860 1,4791 1,4846frunco Belga 0,079312 0,079976 0,079434 0,079902Franco Belga Financ... 0,078983 0,079588 0,079104 0,079515Franco Francês 0,49330 0,49645 0,49406 0,49600Franco Sulco 1,9285 1,9409 1,9314 1,9392Yen 0,022310 0,022457 0,022344 0,022436Libra 5,0982 5,1318 5,1061 5,1271Lira 0,0023114 0,0023268 0,0023150 0,0023246Marco 1,6646 1,6754 1,6672 1,6738Pesela 0,026645 0,026825 0,026686 0,026800Xelim 0,23563 0,23807 0,23599 0,23785

OURO

Brasil (Grama/Cz$> Compra Venda

Safra NCzS 58,60 NCzS 58,80Ourobraz NCzS 58,50 NCzS 58,80Eldorado — —

EXTERNO(Onça (31g) x USS)

Cidade Cotaçüo (NCz*)Londres 361,25Paris 361,38Zurique 360,00Hong Kong 360,25Nova York:Handy and Harman 359,70Engelhard:Refinado 379,01Brulo 360,96

de impedir o saque paraabatimento das presta-ções de casa própria, ;mas quer definir um cri-;tério claro para impedir jque as camadas de mais ialta renda apliquem os \recursos em finalidades |outras, como construção!de casas de veraneio. A ;sugestão é fixar um limi-tede renda até o qual osaque poderá ser total.Acima dele haveria limi-1tações. Para os saques |por demissão de empre- \go, propõe-se igual crité-;rio. Ou seja, acima de!determinada renda ocorrentista do Fundo sópoderá sacar todo o per-centual no final de ai-guns meses ainda a!serem definidos — caso!permaneça desem-|pregado.

As Cohabs e Prefei-;turas Municipais só po-derão tomar dinheiro doFGTS se estiverem emdia com seus pagamen-tos ao Fundo e medianteuma contrapartida emrecursos próprios. Asempresas privadas paga-rão mais caro pelos fi-nanciamentos do Fundo.Elas passarão a ter a ne-cessidade de apresentaro certificado de regulari-dade do FGTS, atestandoestar em dia com o Fun-do, para ter acesso a cré-dito oficial, licitaçõespúblicas e outros contra-tos com a administraçãopública.

MERCADOEXTERNO

AçúcarNova York — Fecha-

mento do açúcar em NovaYork. Contrato 11. Mercadoem alta. Volume 42.067 con-tratos.Out 14,36 — 13,97Jan 13,65 — 13,10Mar 13,92 — 13,41Mai 13,56 — 13,16Jul 13,34 — 12,93Out 12,93 — 12,62

AlgodãoNova York — Fecha-

mento do algodão em NovaYork. Mercado em baixa.Volume 4.000 contratos.""'"Oüt 74,40 — 74,45Dez ,74,74 — 75,24Mar ""fofi? — '76,09Mai 76,51 — 76,65Jul 76,75 — 76,82Out 70,00 - 70,07Dez 67,00 — 67,10

CacauNova York — Fecha-

mento do cacau em NovaYork. Mercado em baixa.Volume 7.097 contratos.Dez 1035 — 1102Mar 1036 — 1093Mai 1049 — 1107Jul 1067 — 1121Set 1080 — 1140Dez 1114 — 1170

MadeiraChicago — Mercado de

madeira em Chicago. Volu-me 433 contratos.Nov 185,30 — 184,80Jan 188,90 — 188,80Mar 191,80 — 192,20Mai 194,70 — 195,10Jul 196,70 — 197,00Set 197,90 — 197,20

MilhoChicago — Fechamento

do milho em Chicago emcentavos de dólar porbushel.Set 234 % - 235Dez 228 — 230 lAMar 235 <A — 237 \kMai 240 % - 243Jul 243 i,2 — 245 USet 236 Vi - 237 <ÁDez 232 V4 — 233 W

PrataNova York — Fecha-

mento da prata em NovaYork. Mercado em baixa.Volume 8.000 contratos.Set 506,3 — 508,4Dez 516,3 — 518,5Jan 519,3 — 521,5Mar 527,8 — 529,9Mai 535,7 — 537,8Jul 535,7 — 545,8Set 552,0 — 554,1Dez 563,8 — 565,8Jan 567,7 — 569,7Mar 584,4 — 586,4Mai 584,4 — 586,4

SucoNova York — Fecha-

mento do suco de laranjaconcentrado em Nova York.Mercado em baixa. Volume1.500 contratos.Set 148,70 — 152,55Nov 138,20 — 136,60Jan 136,50 — 135,15Mar 136,00 — 135,15Mai 135,50 — 134,85Jul 135,00 — 134,55

SALDANHATODOS OS DIAS EM

O LIBERAL

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Belém, terça-feira, 19 de setembro de 1989 O LIBERAL ECONOMIA 17'

Recursos do BIRD ajudamprograma agroindustrial

Brasília (AE) — O governo lançou on-tem o Programa Nacional de Desenvolvi-mento Agrícola e Agroindustrial que prevêa liberação de empréstimos equivalentesa US$ 1,2 bilhão nos próximos dois anos emeio. O Banco Mundial (BIRD) entrarácom US$ 600 milhões e a outra metade se'rá coberta por recursos de bancos priva-dos e oficiais, principalmente o Banco doBrasil. O gerenciamento estará a cargo daSecretaria do Tesouro Nacional (STN).

Ontem, o ministro da Fazenda, Mail-son da Nóbrega baixou portaria que espe-cifica as normas deste controle. Osecretário do Tesouro, Luiz Antônio Gon-çalves, explicou que a STN intermediáriaa distribuição dos recursos do BIRD e comeste, fiscalizará a execução do projeto. Noinício do mês, o Banco Mundial liberou US$55 milhões do total previsto e os recursosestão depositados no Banco Central.

Serão financiados projetos exclusiva-mente de desenvolvimento que poderão irpor exemplo, de irrigação à agroindústria.Cada projeto só poderá receber US$ 15 mi-lhões do BIRD. Com a contrapartida em

cruzados equivalentes, o total de financia-mento por projeto poderá chegar a US$ 30milhões.

A amortização deverá ser feita, no má-ximo, até 12 anos, com três anos de carên-cia. Existirão três modalidades decobrança de encargos, a critério do toma-dor: Correção monetária pelo BTN fiscal(diário), mais 10,45% ao ano, correção pelataxa de câmbio oficial, mais 9,65% ao ano,e correção com base na variação da ces-ta de moedas do BIRD, mais 8,15% ao ano.A cesta constitui-se na média da variaçãodas cotações do dólar, IEN e principaismoedas européias.

Os agricultores e grupos interessadosnos créditos deverão procurar os bancosdo sistema financeiro. Gonçalves disse querecebeu informações de bancos privadose do Banco do Brasil, de que já existe umaquantidade muito grande de pedidos de fi-nanciamento. O secretário previu que, nocomeço de outubro, a STN estará liberan-do os primeiros recursos do BIRD aos ban-cos.

Polícia Federal investigaroubo de cheques especiais

Brasília (AE) — A Polícia Federal des-cobriu que a garantia de pagamento que aCaixa Econômica Federal (CEF) dá a seucheque especial (cheque azul) vem moti-vando a formação de verdadeiras "quadri-lhas" de usuários desse benefício. Damesma forma que alguns bancos privados,a CEF garante à praça o pagamento de seuscheques especiais nos limites de NCz$ 300e NCz$ 500, isto mesmo que eles tenham si-do roubados e os clientes tenham apresen-tado queixa policial.

A Polícia Federal no Distrito Federal járecebeu 230 expedientes (queixa-crime) daprópria CEF, em razão do mau uso dos che-quês especiais. Esses expedientes somamum total de cinco mil cheques. Cerca de 80inquéritos já foram instaurados e a PF jáestá no encalço de quadrilhas que utilizamessa garantia da CEF em proveito próprio.Existem suspeitas de que, em alguns casos,os integrantes dessas quadrilhas agem decomum acordo com os próprios clientes. O

golpe simples: o cliente entrega o cheque aum conhecido, depois disso comunica aobanco "o roubo" do cheque e apresenta quei-xa policial. Enquanto isso, o suposto ladrãotem a seu favor um talonário com todas asgarantias.

A falta de controle dos cheques espe-ciais está levando algumas fontes ligadas aogoverno a questionarem a garantia dada pe-Ia CEF. Essas fontes afirmam que a alega-ção dada pela CEF de que este é o ônus queo cheque-azul paga para ter credibilidade nomercado seria justificável se ocorresse comum banco privado. "Com uma instituiçãopública, o ônus acaba recaindo sobre o con-tribuinte", destacam.

A assessoria da CEF admite que nãoconfere a assinatura e o saldo dos chequesespeciais emitidos nos limites fixados por-que teria de aumentar o número de funcio-nários para fazer este trabalho.

Gerdau investe USS 52 mi naaquisição de siderúrgica

Porto Alegre (AJB) — O grupo Gerdauacaba de concluir a compra da siderúrgica"Courtice Steel", situada ao sul de Ontário,no Canadá, num investimento de US$ 52 mi-lhões, sendo US$ 7 milhões aplicados comocapital e o restante em financiamento delongo prazo. A indústria tem capacidade ins-talada para produção de 250 mil toneladasde aço/ano e 220 mil laminados não-planoscomunsríano. "Pretendemos marcar maisfirmemente nossa presença no mercado in-ternacional", comentou o vice-presidente dogrupo, Frederico Gerdau Johannpeter.

Atualmente o grupo gaúcho — integra-;do pelas Siderúrgicas Riograndense e Com-•panhia Siderúrgica Guanabara (Cosigua) —comercializa no mercado externo 40 por cen-to da sua produção no Brasil. Segundo o di-rigente, a transferência do controle e gestãoda "Courtice Steel" deverá ser efetivada nopróximo dia 31 de outubro, após o referen-

do da operação pelas autoridades federaiscanadenses.

A siderúrgica "Courtice Steel" faziaparte até então do conglomerado canaden-se "Harris Steel Limited", um dos mais só-lidos daquele país. Para efetuar o negócio,o grupo Gerdau constituiu a Gerdau Indus-trial Internacional Ltda. Criada exclusiva-mente para gerenciar a transação da novaempresa. Tem capital de USS 35 milhões in-tegralizados pelas duas siderúrgicas do gru-po no Brasil e mais a Comercial GerdauLtda.

A expectativa é de que a "CourticeSteel" registre produção anual equivalentea US$ 85 milhões em aço e laminados não-planos. Além de atender a demanda do mer-cado canadense e norte-americano serviráde reforço de oferta para complementaçãode outros canais de comercialização a nívelinternacional já definidos pelos negócios dogrupo Gerdau na Ásia e África.

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Isonomia dos militares devesair até o

Brasília (AJB) — O Estado-Maior dasForças Armadas vai liberar até o final des-ta semana o pagamento da chamada isono-mia dos militares referente aos atrasadosdos meses de janeiro a julho deste ano. Omontante a ser dispendido pelo governo fe-deral com o pagamento será de NCz$ 33 mi-lhões. Os atrasados de outubro do anopassado a janeiro deste ano ficarão paraquando houver uma nova suplementação deverba para as Forças Armadas, da ordemde NCz$ 11 milhões. tv

Um coronel com curso de Estado-Maiordeverá receber cerca de NCz$ 3,5 mil o quefoi considerado decepcionante, pela maioriados militares que esperavam ver aprovadaa emenda do deputado Paulo Ramos (PDT-RJ), que previa o pagamento dessa diferen-ça com correção monetária. Um tenente-coronel, deverá receber cerca de NCz$ 2,9

mil, um capitão, cerca de NCz$ 1,8 mil e umsargento, cerca de NCz$ 1,4 mil.

Não está definido o dia do pagamentodessa diferença, mas ela acontecerá antesdo desembolso do salário do mês de setem-bro, ou seja, na próxima sexta-feira. Os mi-litares lutam agora pelo pagamento ime-diato do restante, já que o dinheiro está des-valorizado e temem que ao receberem nãodê para nada.

A chamada isonomia foi obtida após pa-recer do então consultor-geral da Repúbli-ca, Saulo Ramos, que equiparou o salário deum oficial-general quatro estrelas ao de mi-nistro de Estado. Os militares queriam queo salário do general-de-Exército fosse equi-parado ao de ministro do Superior TribunalMilitar, o que representaria uma triplicaçãodos seus vencimentos.

Advogado de Naji Nahas levaà Justiça a defesa prévia

Rio (AE) — 0 advogado Nilo Batista,que defende o investidor Naji Nahas, apre-sentou ontem a defesa prévia de seu clienteao juízo da 13? Vara Federal, Augusto Gui-lherme Diefenthaeler. Nilo Batista arroloucomo testemunhas de defesas de Nahas o ex-ministro Mário Henrique Simonsen, um dosmembros da comissão de notáveis constituí-da pelo governo para reestruturar o merca-do depois do escândalo envolvendo Nahase também o ex-ministro e deputado federalpelo PDS paulista, Delf in Netto. A defesa deNahas pediu uma perícia contábil na Bolsade Valores do Rio, nos mapas de operaçãode janeiro ao dia 9 de junho, em nove ban-cos e 22 corretoras e distribuidoras. Os ad-vogados de Elminho, José Carlos Fragosoe Fernando Fragoso, fizeram uma curta de-fesa — quatro laudas — de seu cliente e ar-rolaram oito testemunhas, entre elas LuizCarlos Plaster, que também e indicado co-mo testemunha de acusação pelo Ministé-rio Público.

A defesa de Elminho se bate pela in-competência do juiz do Rio de Janeiro e pe-Ia inocência do filho do ex-presidente doBanco Central, Elmo Camões. Segundo osadvogos, Elminho "não

praticou os crimesque lhe são imputados". Ele foi atingido pe-Ia violenta retração sofrida pelas bolsas dopaís, a partir da inadimplência apresenta-ção pelo acusado Naji Robert Nahas. Fatoque levou à liquidação extra-judiciai de di-versas instituições financeiras, inclusive adistribuidora Capitânea".

Os advogados prometem apresentarprovas da inocência de Elminho ^no cursoeventual do processo, porque ele sempreatuou de acordo com as regras próprias domercado, sem praticar qualquer iheitude".Finalizando, os defensores de Elminho di-zem ao juiz Augusto Guilherme Diefenthae-ler que o decreto de sua prisão preventivaé ilegal e desnecessário.

Brasil não paga juros e bancologo reage elevando reservas

Nova York (UPI) — O Brasil nãopagou os juros de 1 bilhão 600 mi-lhões de dólares que devia desem-bolsar ontem e o ManufacturesHanover Trust decidiu aumentar,em quase 1 bilhão, as suas reser-vas para créditos incobráveis nospaíses em desenvolvimento.

Analistas logo comentaramque a decisão do Manufatures po-de ser o início de uma reação emcadeia por parte dos grajndes ban-cos norte-amerianos, que costu-mam ampliar as suas reservaspara enfrentar, contabilmente, aseventuais situações de-rinadim-plência de seus clientesi;

Até o meio da tarde de ontem,o Brasil não havia enviado qual-quer comunicação aos bancos so-bre os juros vencidos. Mas oscredores não esperavam mesmoreceber porque foram avisados,informalmente, por negociadoresbrasileiros, de que o maior paíslatino-americano não se dispunhaa reduzir as suas reservas de di-visas para quitar compromissosnum momento de transição, já quea crise da dívida deve ser resolvi-da pelo governo a ser eleito naeleição presidencial de novembro.

O Brasil precisa de um açor-do com o Fundo Monetário Inter-nacinal para viabilizar umempréstimo de 1 bilhão 600 mi-lhões de dólares que o Banco Mun-dial deve considerar no mês quevem.

O ministro da Fazenda Mail-son da Nóbrega é esperado em No-va York na próxima quinta-feira,porém não se anunciou nenhumencontro formal entre ele e o co-mitê de assessoramento dos ban-cos credores."Até o momento, parece que oministro Mailson só tem progam-do um encontro com Sérgio Ama-ral", comentou um banqueiro,referindo-se ao principal negocia-dor da dívida brasileira que se en-contra nos Estados Unidos.Acrescentou o banqueiro queMailson da Nóbrega também pen-

sa em viajar sexta-feira a Was-hington para conversar com odiretor-gerente do FMI, MichelCamdessus.

O Manufactures Hanover,com uma grande exposição nospaíses em desenvolvimento, resol-veu aumentar em 950 milhões dedólares as suas reservas para cré-ditos de difícil cobrança, elevan-do para 2 bilhões 400 milhões ovolume desses recursos especiais,ou o equivalente a 36 por cento dosseus empréstimos de retorno du-vidoso.

Os bancos britânicos e algunsoutros da Europa vieram elevan-do essas reservas a cerca de 50por cento dos créditos, o que futu-ramente deve facilitar as opera-ções de redução da dívida.

Paralelamente, o Manufatu-res vendeu ao banco japonês Dai-Ichi Kango 60 por cento de suaparticipação no Cit Group, ou 1 bi-lhão 280 milhões de dólares de suaparte nessa empresa financeirade de negócios."Essas iniciativas, quandocompletadas, concretizadas os ob-jetivos do nosso plano de capitali-zação", comentou o presidente dodiretório e executivo-chefe do Ma-nufactures, John F. McGillicudy,acrescentando: "Ao fortalecer anossa base de capital e reservas,teremos mais flexibilidade paraadministrar os riscos dos créditosdos países em desenvolvimento".

Bancos descartam redução

Washington (UPI) — Os ban-cos privados disseram ontem queno momento não estão interessa-dos em proporcionar alívio para odébito de outros países altamenteendividados, além do México e dasFilipinas.

Horst Schulmanm, diretor-gerente do Instituto Internacionalde Finanças (IIF, criticou tam-bém o Fundo Monetário Interna-cional e o Banco Mundial por suarecente decisão de conceder em-

préstimos a nações cujos compro-missos com os credorescomerciais estão cm atraso, comoa Venezuela, e manifestou a espe-rança de que tais políticos soframuma reversão a curto prazo. Sobreo caso do Brasil, assinalou Schul-man que esse pais atualmente nãoé candidato ao alívio de sua dívi-da por causa das eleições presi-dència is de novembro. AArgentina, segundo ele, está nomesmo caso por dever 4 bilhões dedólares em atrasados a bancos co-merciais.

Schulman qualificou de "frá-_

géis" os acordos de redução dadívda com o México e as Filipinas.Foram estes os dois únicos paísesa firmar acordos com os bancoscredores, segundo as normas doplano Brady.

Explicou o diretor do IIF quenão estavam previstos outrosacordos no momento, embora serealizassem negociações com aVenezuela, Costa Rica e Marrocospara a redução de suas dividas.

ClassificaçãoNova Iorque (AP) — Várias

nações melhoraram sua classifi-cação creditícia, no ano passado,segundo uma pesquisa feita entrebanqueiros internacionais. Mas ocrédito da América Latina e, emparticular o do Brasil, continuouem declínico.

Entre os 30 países com me-lhor crédito, no passado, se in-cluem os industrializados, como oJapão, Suíça e Alemanha Ociden-tal, que ocuparam os três primei-ros lugares. Os Estados Unidosficaram em quarto. As nações pro-dutoras de petróleo, como Omane Katar, ocupam também lugaresde destaque, na relação feita pelarevista institucional "investor".

Entre os 15 países com o cré-dito em declínico, figuram seis daAmérica Latina e seis da África,segundo a pesquisa realizada pe-Ia revista, em edição deste mês desetembro.

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Bulhõescondena'calote'

São Paulo (AG) — Oex-ministro da Fazenda Oetá-vio de Gouveia Bulhões con-denou ontem durante pa-lestra na Faculdade de Eco-nomia da Universidade deSão Paulo 0 não pagamentopor parte do Brasil de USS1,11 bilhão referentes a jurosda divida externa. SegundoBulhões, o pais não pode dei-xar de devolver o que lhe foiemprestado:

"Esta pode pareceruma posição quadrada, masé assim que penso. Insistoque a solução para o paga-mento da dívida, externapassa antes pelo modo deproceder interno do país. Seconseguirmos soluções efi-cazes para os problemas dainflação, da dívida interna edo desenvolvimento da eco-nomia, vamos poder exigirdos credores melhores con-dições para o pagamento dadívida externa", salientouBulhões.

InflaçãoOctávio Gouveia de Bu-

lhões defendeu que o próxi-mo presidente aumente oprazo de vencimento dos ti-tülos da dívida pública inter-na e determine que a corre-ção monetária aplicada aostítulos seja inferior a infla-ção. "A diferença entre com-bater a inflação hoje e em1964 é que naquela época adívida interna não existia ehoje, ela gira diariamente noovernight com correção mo-netária", explicou Bulhões."Para diminuir o déficit pú-blico, todos tem que contri-buir. Em uma conta, ostítulos não podem mais serremunerados diariamente ea correção tem que ser me-nor que a inflação. De outra,os salários também têm quereceber correção menor quea inflação".

Bulhões acredita que opaís não está próximo de umprocesso hiperinflacionárioporque "a economia é robus-ta e a iniciativa privada bra-sileira é muito expressiva".O ex-ministro da Fazenda,do governo Castelo Brancoexplicou que implantou acorreção monetária em suagestão para recuperar a cre-dibilidade dos títulos públi-cos e admitiu que, se por umlado a correção facilita oconvívio com a inflação, poroutro, "ele enfraquece aenergia de combate".

,,.._,,.Ressaltando que."a»bis-.tória ainda,fará justiça aopresidente Castelo Branco",Bulhões disse que o próximopresidente, antes mesmo deassumir o governo, precisadefender a idéia de mudar aConstituição quanto a redis-tribuição de receita tributa-ria. "A união perdeu muitosrecursos e não dá para go-vernar um país assim", ana-lisou o economista. "Nessafase de abertura política,existiu muita precipitaçãopara alcançar os fins dese-jados. Os políticos chega-ram à fase de democraciasem experiência e comete-ram falhas que poderiamser evitadas. Não se melho-ra um país da noite para odia".

Nas contas de Bulhões,há necessidade que a rendaseja distribuída, mas en-quanto a inflação não forderrubada, isto não serápossível. O governo tambémdeveria recorrer ao proces-so de privatização parcialdas empresas estatais, redu-zindo sua participação sem,no entanto, eliminá-la.

Montadorasquerem maisum reajuste

Santo André/SP (AE)— A indústria automobilís-tica está pedindo ao Conse-lho Interministerial dePreços (CIP) reajustes de48% nos preços dos carros.Segundo o vice-presidenteda Associação Nacional dosFabricantes de Veiculos Au-tomotores (Anfavea), LuísAdelar Scheuer, o percen-tual inclui os custos incorri-dos no período de 12 deagosto a 12 de setembro,além de uma projeção dedespesas até o final do mêscom base na evolução veri-ficada até dia 12. A planilhade custos do setor foi enca-minhada ao CIP na sexta-feira, dia 15.

Sheuer lembrou que aindústria já está enfrentan-do dificuldades de produçãopor causa de falta de mar-gem para negociação depreços com seus fornecedo-res. Os fabricantes de auto-peças também estariamcom problemas para adqui-rir matérias-primas e rei-vindicam aumento de 45%em média para as montado-ras de veículos.

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18 INTERNACIONAL O LIBERAL Belém, terça-feira, 19 de setembro de 1989

Furacão devasta Caribe e chega a P. RicoPC soviético

reúne amanhãseu comitêMoscou (AFP) — NãT-

cionalistas, militantes reli-giosos e partidários dasreformas foram particular-mente ativos no final de se-mana na URSS, nas véspe-ras da reunião plenária doComitê Central do PartidoComunista, que começa ho-je em Moscou.

Pela primeira vez, maisde 100 mil pessoas se mani-festaram livremente anteon-tem em Lvov, UcrâniaOcidental, para exigir a le-galização da Igreja Católicada Ucrânia (Uniate), proibi-da desde 1946. A televisão so-viética mostrou algumasimagens dessa manifesta-ção, mas o "Pravda" não pu-blicou nada a respeito.

Ao mesmo tempo, semanifestou a força do senti-mento nacionalista na se-gunda república da uniãopelo número de habitantes.Gritos de "volia, volia" (li-berdade) ressoaram anteon-tem à noite em uma cadeiahumana formada na PraçaLenine de Lvov, enquanto osmanifestantes portavamcartazes com dizeres como"bolchevismo — fascismo",por ocasião do quinquagési-mo aniversário da entradado Exército Vermelho naUcrânia.

Viatcheslaw Chernovyl,ex-preso político e dirigenteda União Helsinque daUcrânia, declarou à AFP:

—Aqui, na Ucrânia Oci-dental, conseguimos o nívelde mobilização dos bálticos.Se a Ucrânia Oriental nosseguisse, não haveria maiso império russo.

Enquanto os ucranianosse manifestavam, muitas or-ganizações em toda a URSS,entre elas algumas frentespopulares, se reuniram emLeningrado em conferência.Foi anunciada ontem a cria-ção da Associação Interre-gional de MovimentosDemocráticos (Mado), queé assim a primeira coorde-nação existente na URSS demovimentos independentesdo Partido Comunista.

Esta tentativa de unifi-cação da ação de diferentesorganizações do país não foifeita sem dificuldades. Osparticipantes na reunião nãoconseguiram um acordo pa-ra fixar a sede de um "cen-tro de informação", cujacriação decidiram.

A adoção ontem de duasrevoluções comuns tambémparece difícil.

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Trabalhadores colocam táliuas nas vidraças de um edifício para amenizar os efeitos do furacão Hugoem São Domingos.

Mais de 16 mil alemães jápassaram para o Ocidente

San Juan (AFP) — O furacão Hu-go chegou ontem de manhã a Porto Ri-co com ventos de mais de 200 km porhora após ter devastado anteontem ànoite as Ilhas Virgens norte-americanas e no sábado as de Barva-lento, deixando em sua passagem 13mortos e milhares de pessoas desa-brigadas.

Segundo o Centro Nacional de Fu-rações de Coral Gables (Flórida), oolho do furacão estava, às lOh de Bra-sília, acima da costa leste de Porto Ri-cò, e avançava a 16 quilômetros porhçra.

O Hugo atingiu várias ilhas das An-tphas desde o sábado. Sua passagempelo arquipélago francês de Guadalu-

Í'e

foi mais devastador, provocando aíorte de 5 pessoas, 84 feridos e mais de|000 desabrigados. Em seu caminho,íatou outras duas pessoas na ilha de

Antígua e, de acordo com radioamado-res, mais cinco em Monserrat.

Os serviços de meteorologia nacio-nais previam um índice pluviométricode 30 centímetros em Porto Rico e inun-dàções e marés altas em todo o Cari-be. A frente do ciclone, um dos maisviolentos da década, tem 80 quilôme-tros de diâmetro.

Bonn, Alemanha Ocidental (UPI) — Onúmero de alemães-orientais que através-saram a Hungria em seu êxodo para o Oci-dente já ultrapassa a casa dos 16.000,embora a Alemanha Oriental venha dificul-tando a entrada de refugiados em territóriohúngaro, informaram as autoridades.

Wolfgang Wagner, porta-voz do acampa-mento de refugiados Zugüget em Budapes-te, capital da Hungria, disse que osrefugiados dão conta de que as autoridadesalemães-orientais tentam também impediro êxodo para a Tchecoslováquia.

Wagner contou que, com medo de seremmandados de volta para a Alemanha Orien-tal, mais de 10 refugiados atravessaram orio Danúbio a nado, da Tchecoslováquia pa-ra a Hungria, e um deles morreu afogadona amanhã de ontem."Eles estão arriscando a própria vida",acrescentou.

Outra autoridade húngara declarou àUnited Press Internacional que a maioriadessas dramáticas tentativas para entrar naHungria envolve alemães-orientais que nãotêm documentos válidos de viagem ou queacreditam que a policia tchecoslovaca nãopermitiria sua entrada em territóriohúngaro.

A Hungria reformista abriu sua frontei-ra com a Áustria a 11 de setembro, permi-tindo que milhares de alemães orientaispassassem por seu território com destino àAlemanha Ocidental. Os refugiados alemãesorientais haviam chegado a Hungria antes,com a intenção de emigrar para o Ocidente.

A abertura da fronteira provocou omaior êxodo de alemães-orientais desde aconstrução do muro de Berlim em 1961.

Mas o porta-voz do Ministério do Exte-rior alemão-ocidental, Juergen Chrobog,disse ontem em entrevista que "pelas infor-mações que obtivemos de cidadãosalemães-orientais ficou difícil" chegar àHungria.

A polícia da fronteira alemã-orientaldisse que outros 680 refugiados entraram es-

ta tarde no sul da Alemanha, elevando o to-tal de alemães-orientais que deixaram aHungria desde a abertura da fronteira pa-ra mais de 16.000.

Alguns refugiados disseram que, em ai-guns casos, as autoridades alemães orien-tais cancelaram vistos para a Hungriaanteriormente concedidos.

O jornal "The Financial Times", de Lon-dres, disse ontem que um alto representan-te do Partido Comunista alemão-orientaldeclarou que o abrandamento dos controlesde viagem, nos últimos cinco anos, entre asduas Alemanhas corria o risco de uma re-versão.

A fonte alemã-oriental, que não quis seidentificar, disse ao jornal britânico que ogoverno estava examinando a adoção deuma política "muito mais rigorosa'.

O informante insinuou também que aAlemanha Oriental poderia retaliar, revo-gando acordos e interferindo no fluxo do trá-fego entre os dois países.

Um porta-voz do governo alemão-ocidental, porém, afirmou não estar a parde qualquer mudança nos regulamentos deviagens entre as duas Alemanhas.

O funcionário alemão-oriental declarouao "The Financial Times" que a Hungria sehavia transformado "num dócil instrumen-to" de Bonn ao permitir que alemães orien-tais fugissem através de seu território.

Ele culpou também o presidente sovié-tico, Mikhail Gorbachev, que deverá assis-tir às comemorações do 40? Aniversário daAlemanha Oriental,a 7 de outubro, pelo"caos" na União Soviética e predisse que eletalvez rtão fique muito tempo no poder, se-gundo 'The Financial Times".

Na liderança da União Soviética, Gor-bachev iniciou um programa de reformas,abrangendo mais liberdades, a democrati-zação do processo político e maior abertu-ra, ou "Glasnost". As reformas encontraramoposição em algumas nações do bloco Orien-tal, e em muitos comunistas soviéticos davelha guarda.

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você,incomode

a gente.Mas incomode mesmo.

Foi pra isso que o Jornal dos Bairrosde O Liberal e a Liberal AM criaram o Plantão

Liberal nos Bairros.Um serviço exclusivo.

O Plantão seleciona um bairro,vai até seus moradores, ouve e registra

os seus problemas. Levanta um verdadeiromapa das necessidades do bairro.

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Mas o Plantão Liberal nos Bairrosnão fica na simples denúncia. Ele vai fazer todo

o acompanhamento das providências,junto às autoridades.

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Quando o Plantão Liberal nos Bairros chegaronde você está, incomode a gentecom o que está incomodando você.

Miàiikmml¦tf

HâeniSsauAM

Jornal dosBairros

Na ilha de Vieques, 20 km a lestede Porto Rico, os tetos de seis casas fo-ram arrancados. Em Porto Rico, umhomem morreu eletrocutado quandotentava desmontar uma antena de te-levisão no teto de sua casa, à espera dociclone.

Anteontem, os 3.300.000 habitantesde Porto Rico começaram a se prepa-rar para enfrentar o furacão. O aero-porto de San Juan foi fechado e anavegação desviada. Ontem de manhã,as comunicações do mundo com a ilhaestavam parcialmente cortadas. O go-vernador de Porto Rico, Rafael Hernan-dez, ordenou a evacuação de 12.000pessoas das áreas mais expostas, e des-de o domingo centenas de habitantesdeixaram suas casas para passar a noi-te em abrigos.

O furacão Betsy provocou em 1956sérios prejuízos nas Ilhas Virgens e emPorto Rico, onde 11 pessoas morreram.Segundo os serviços de meteorologianorte-americanos, o estado de alerta foidecretado em algumas regiões da Re-pública Dominicana e no sul de Baha-mas, para onde se dirige o Hugo, quepode chegar à Flórida.

Nas Antilhas holandesas 'Willcmstad, Antilhas holandesas

(AFP) — O furacão "Hugo", que cau-sou já pelo menos nove mortes e se di-rige para Porto Rico, atingiu três ilhasdas Antilhas holandesas, San Martin,San Eustáquio e Sabá, informou a Ma-rinha holandesa em Willemstad, capi-tal do arquipélago.

O furacão causou feridos, particu-larmente em San Eustáquio, adiantoua Marinha, sem poder antecipar nume-ros. O contato telefônico foi parcialmen-te mantido com San Martin, mas estátotalmente interrompido com San Eus-táquio e Sabá.

A Marinha holandesa enviou duasembarcações a San Martin ontem pa-ra levar socorro. O aeroporto da ilha,fechado ao tráfego internacional, éacessível, acrescentou a Marinha.

As Antilhas holandesas estão com-postas por cinco ilhas: Curaçao (ondese encontra a capital, Willemstad), Bo-naire, San Eustáquio, Sabá e San Mar-tin. As duas primeiras estão situadasem frente à Venezuela e as outras três,atingidas pelo furacão, mais mil quilo-metros ao norte. Somente um terço doterritório de San Martin é holandês, orestante pertence ao Estado francês.

Malásia ganha novo rei, eleitopara reinar por apenas 5 anos

Kuala Lumpur, Malásia (UPI) —Em cerimônia cheia de luxo e pompa,o sultão Azlan Shah, de 61 anos, foi co-roado ontem rei da Malásia, devendopermanecer no trono pelos próximoscinco anos. A Malásia é o único país domundo onde o rei é eleito e tem man-dato definido.

Azlan Shah chegou à sala do tronodo palácio Nacional vestindo uma far-da preta e dourada e usando jóias deouro e diamantes, para a cerimônia decoroação, que durou quatro horas.Tambores rufaram quando ele se apro-ximava do palácio, ao lado de sua es-posa plebéia, Bainun Mohamed Ali. Acerimônia de coroação do rei na Mala-sia tem cinco séculos de tradição, sen-do reminiscente dos rituais das antigascortes do país."Eu, sultão Azlan Shah, juro gover-nar a Malásia com justiça, baseado nasleis e na Constituição do país", disse emseu juramento este que será o nono reida Malásia. Azlan, que era sultão dePerak, estado da região norte da Ma-

lásia, foi eleito através de voto secretopor seus pares em março passado, du-rante uma conferência especial entreos nove sultões da linha de sucessãomalasia.

A cerimônia de coroação foi assis-tida pelo primeiro-ministro MahathirMohamad, por membros do gabinete eoutros 700 dignitários. Abdul Rahman,ex-primeiro-ministro e criador do atualsistema de eleição do rei, também es-tava presente.

Azlan Shah, que já foi presidentedo supremo tribunal, pediu a união e aharmonia entre os malasios e os gru-pos étnicos chineses e indianos que for-mam a população do pais, de 17milhões de habitantes.

"Vamos todos trabalhar juntos e in-centivar a compreensão. A unidade évital para preservarmos a democraciaparlamentar e a monarquia constitu-cional", disse o monarca, prometendogovernar com justiça, paz e proteger areligião.

Depois de receber o corão, símbo-lo do papel do rei na qualidade de re-presentante do Islã na Malásia, Azlanrecebeu o "punhal do Estado", umaadaga serrilhada que representa o po-der e a autoridade.

Azlan, que foi educado na Grã-Bretanha, é o primeiro monarca ma-lasio a chegar ao trono já tendo feitocarreira no serviço público. Ele foi no-meado presidente do Supremo Tribu-nal em 1982, tendo adquirido respeitointernacional como jurista. Azlan étambém presidente da Federação Asiá-tica de Hockey e vice-presidente da Fe-deração Internacional de Hockey.

O sistema de monarquia com elei-ções na Malásia foi adotado depois queo país se tornou independente da Gra-Bretanha em 1957, mas os poderes do .rei só foram definidos em 1983, depoisde uma crise constitucional que colo-cou os sultões contra o premier Maha-thir, que queria eliminar qualquerpossibilidade de um monarca vir a fa-zer atos ilícitos.

Exército chinês se instala emPequim em busca de ativistasPequim (UPI) —- As tropas do

Exército deslocadas para Pequim coma decretação da lei marcial há quasequatro meses começaram a construirinstalações permanentes, fazendo crerque continuarão estacionadas na capi-tal chinesa por muito tempo, revelou on-tem o jornal oficial "Beijing EveningNews". A agência China News Service,por sua vez, informou que a polícia jácomeçou a checar os documentos deidentidade dos mais de dez milhões dehabitantes de Pequim, em mais umamedida para tentar localizar os ativis-tas da revolução estudantil.

De acordo com o "Beijing EveningNews", as tropas localizadas na parteoeste da cidade, onde fica a maioria das

^universidades, estão vivendo, desde o'dia 20 de maio — quando foi decretadaa lei marcial — "em péssimas condi-ções". Por isto, foram erguidas casaspré-fabricadas capazes de abrigar mi-lhares deles, revelou o jornal.

Segundo o "Beijing Evening News",diversas instalações de apoio tambémforam construídas, como lanchonetes,chuveiros e despensas para estocar ali-mentos.

Ê Xiaoping-». designou

sucessorNova Iorque (AFP) — O

principal dirigente chinês, DengXiaoping, de 85 anos de idade,designou o secretário geral doPC chinês, Jiang Zemin, comoseu sucessor e pediu aos demaisdirigentes do país que apoiemsua eleição, afirmou ontem o"New York Times".

O jornal citou o relatório deuma reunião de Deng com ou-tros oito altos funcionários dogoverno chinês, realizada dia 16de junho passado, durante aqual o velho dirigente nomeouseu sucessor e deu recomenda-ções para consolidar sua autori-dade. Esse relatório foi entregueao "New York Times" por umfuncionário chinês.

Jiang, tecnocrata que falarusso e inglês, é consideradomais aberto que o primeiro mi-nistro Li Peng, acrescentou ojornal.Segundo o relatório citado,Deng disse que tinha escolhidoJiang, de 63 anos, por sua posi-ção de abertura em matéria depolítica econômica e suas idéiassobre a reestruturação eco-nômica.

A construção dos abrigos confirmaa expectativa de que as tropas fiquempor muito tempo na capital chinesa. Defato, o porta-voz do Conselho de Esta-do, o gabinete chinês, Yuan Mu, confir-mou essa hipótese em conversa comjornalistas japoneses no fim de sema-na, dizendo que a lei marcial "é um dosfatores importantes para manter a es-tabilidade na capital chinesa e em to-do o país".

"Assim sendo, a imposição da leimarcial em algumas partes de Pequimcontinuará ainda por algum temp", ga-rantiu.

Diplomatas ocidentais acreditamque a lei marcial será mantida duran-te os jogos asiáticos, que se realizarãoem Pequim em setembro de 1990.

A China News Service, por sua vez,revelou que a polícia iniciou operaçãode checagem da identidade dos chine-ses, como parte de uma campanha desegurança com vistas ao 40. Aniversá-rio da revolução, celebrado no próximodia 1? de outubro. De acordo com umfuncionário governamental que nãoquis se identificar, os policiais estão

checando desde sexta-feira todas aspensões de Pequim, em operação como objetivo de localizar ativistas.

Na rebelição democrática ocorridahá quatro meses, muitos estudantes etrabalhadores de outras cidades chega-ram a Pequim para participar dos pro-testos. Segundo fontes chinesas eocidentais, o governo suspeita que mui-tas dessas pessoas ainda se encontremna capital, com o objetivo de organizarmovimentos clandestinos.

Jovens que se recusaram a ir tra-balhar em pequenas cidades do interiore preferiram ficar na capital, assim co-mo o grande número de trabalhadoresrurais que se encontram em Pequimprocurando trabalho, também são con-siderados suspeitos pela polícia. A po-pulação transitória de Pequim é.estimada em um milhão de pessoas.

A China começou a fornecer docu-mentos de identidade para seus 1,1 bi-jlhão de habitantes há cerca de doisanos. Mais de 570 milhões de pessoasjá se registraram em todo o país, masapenas 610 mil dos dez milhões de ha-bitantes de Pequim já retiraram atéagora suas carteiras.

PC polonês, derrotado,revê sua estruti• r

Varsóvia (UPI) — O Partido Comunista, numfórum aberto sem precedentes, começou a discu-tir ontem a revisão de sua estrutura num esforçopara preservar sua influencia e conquistar um lu-gar como forte parceiro do novo governo chefiadopelo Solidariedade.

A reunião do comitê central do Partido Comu-nista foi a primeira aberta para os repórteres oci-dentais desde a formação do partido em 1948."O que estamos discutindo não pode ser segre-do", disse Mieczyslaw Rakowski, o líder do parti-do, ao abrir a reunião de um dia de mais de 200membros do comitê.

Leszek Miller, membro do Politburo, o órgãode 16 membros elaborador de políticas, observouque o partido, com seus dois milhões de membros,se defronta com três possibilidades."Uma é a diminuição da influência do parti-do, outra o renascimento do partido através de seuautoniquelamento e uma terceira possibilidade atransformação do partido, mas não sobre os es-combros do Partido Comunista, num partido so-cialista", disse Miller.

Antes, um dirigente da organização disse queo novo partido, se formado, se chamaria PartidoSocialista Polonês do povo trabalhador. Atualmen-te, o nome formal do partido é partido (comunis-ta) dos trabalhadores poloneses unidos.

O dirigente comentou que o partido precisaprovidenciar a convocação de um congresso par-

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tidário para decidir sobre seu futuro. Acredita-seque o congresso, previsto inicialmente para 1991,venha a ser realizado no fim deste ano.

Miller acentuou que o partido precisa traçarum novo papel na Polônia, agora que seus mem-bros não têm mais a maioria no parlamento nemno governo.

O Partido Comunista perdeu para a federaçãosindical Solidariedade nas eleições parlamenta-res de 4 de junho. Aquela derrota abriu caminhopara o Solidariedade formar o primeiro governonão comunista do bloco oriental em quatro déca-das, chefiado por Tadeusz Mazowiecki, um inte-lectual católico e ativista sindical.

Miller disse que os comunistas apoiarão o go-verno de Mazowiecki, que conta com o apoio doSolidariedade e da igreja católica, agora as duasforças mais influentes na Polônia.

Miller comentou que a transformação do par-tido deverá fortalecer sua posição. "Nós nos tor-naremos parceiros do Solidariedade quandoformos fortes", disse.

Queixou-se de que o Solidariedade vem afãs-tando as organizações do partido das usinas e fá-bricas e pediu que Mazowiecki faça parar estaação."Apareceram conflitos nas fábricas, causadospelo Solidariedade", afirmou o dirigente co-munista.

ebê soviético recebe alta em N. YorkNova York <UPI) — O bebê soviético Kirill Podoroz-

hansky, de 1 ano e oito meses, recebeu ontem alta do hospi-tal Montefiore, de Nova York, um mês depois de ter sesubmetido a uma delicada neurocirurgia para extrair umtumor cerebral do tamanho cie uma laranja.

Kirill, que fo> descrito por seus médicos norte-americanos como "um pequeno combatente incansável", foientregue à sua mãe, Tainya, devendo permanecer pelo me-nos outra semana em Nova York, na casa de uma famíliade origem russa, enquanto se submete a tratamentos qui-mioterápicos para a remoção do gue restou do tumor, cer-ca de 5 por cento do tamanho original.

O bebê moscovita, de cabelos louros, foi enviado a No-va York porque os médicos soviéticos não tinham os equi-pamentos adequados, nem treinamento suficiente, pararetirar o tumor extraordinariamente grande, que ameaça-

va a vida do paciente, comprimindo seu cérebro e impedindoo seu crescimento (Kirill chegou aos Estados Unidos como tamanho de um bebê de seis meses).

O doutor James Goodrich, diretor do departamento deneurocirurgia pediátrica do hospital e chefe da equipe querealizou a operação, de 10 horas de duração, a 17 de agosto,disse que Kirill ficou com um buraco grande na cabeça, quefoi diminuindo nos últimos dias, e acrescentou que o bebêvoltou a comer alimentos sólidos, depois de muitos mesesde alimentação intravenosa, ganhando pesos e crescendoconsideravelmente.

A criança parecia alerta e ativa e chorou quando a en-fermeira Jean Taylor o entregou à sua mãe, que o espera-va em frente ao hospital, em companhia da avó, ZoyaZdanovskaya. O pai, Michael Podorozhansky, permaneceuem Moscou.

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Belém, terça-feira, 19 de setembro de 1989 O LIBERAL INTFRNACIONAL 19

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A primeira-ministra Margareth Thatcher, a caminho do Japão, fez uma escala em Moscou.

Thatcher defende comérciomais aberto dos japonesesLondres (UPI) — A primeira-ministra

Margaret Thatcher viajou ontem para umavisita de quatro dias a Tóquio e advertiu queo Japão não poderá contar com os merca-dos abertos da Grã-Bretanha a menos queeles liberalizem seus próprios mercados in-ternos para importações.

Thatcher, que participará de uma con-ferência organizada pela União Democra-tica Internacional, disse que se reunirá comKaifu antes do começo da conferência etambém se encontrará com o imperadorAkihito.

Um porta-voz do governo britânico in-formou que ela manifestará "frustração"com a lentidão da Bolsa de Valores de Tó-quio em aceitar como membros duas com-panhias britânicas de investimentos, JamesCapei e Barclays de Zoete Wedd.

Em entrevista à televisão pouco antesde sua partida, a primeira-ministra disseque os britânicos têm uma balança de pa-gamentos negativa, enquanto os japoneses

têm um superávit colossal na balança de pa-gamentos. Segundo ela, um dos motivos éque os mercados britânicos são muito maisabertos do que os japoneses, e para mudara situação eles precisam abrir mais seusmercados.

Para enfatizar sua opinião, o escritóriocentral de estatísticas do governo, que com-pila os números macroeconômicos, divulgoudetalhes do superávit comercial anual de 80bilhões de dólares entre os dois países.

De acordo com o relatório divulgado, noprimeiro quadrimestre deste ano as expor-tações britânicas para o Japão totalizaram912 milhões de dólares, enquanto as impor-tações de bens japoneses foi de 2,773 bilhõesde dólares. Os números dos últimos quatroanos mostram uma tendência semelhante.

Um porta-voz do governo disse à UnitedPress International que, qualquer que sejaa maneira de interpretar os números, a di-ferença é muito séria.

O presidente Bush em Sioux Falls, participando da cerimônia de plantação dc uma árvore.

Bush pede a americanos queplantem milhões de árvores

Sioux Falls, Dakota do Sul (UPI) — Opresidente George Bush chegou ontem detrem a Sioux Falls onde, invocando Theodo-re Roosevelt, pediu aos norte-americanosque plantem milhões de árvores numa cam-panha de reflorestamento que visa deter apoluição e ajudar o país a preservar seumeio ambiente.

Bush marcou uma comemoração cen-tenária em Dakota do Sul com um apelo pa-ra tornar a América novamenter verde eafirmou: "Não é suficiente parar de poluiro ar; temos de limpá-lo. E para isso deve-ríamos nos lembrar do mais antigo, baratoe eficiente purificador de ar da Terra: asárvores"."A natureza tem poderosas forças reju-venescedoras, mas nós precisamos ajuda-las. Precisamos reflorestar essa terra boni-ta". Disse ainda o presidente. A questão domeio ambiente colocou os conservacionis-tas contra os desenvolvimentistas nos Esta-dos Unidos e, mais recentemente, causoualarma e preocupação em relação à selva

amazônica da América do Sul, devido à prá-tica das queimadas e do desmatamento pa-ra a exploração comercial e agrícola dafloresta.

As plantas e as árvores convertem o dio-xido de carbono — uma das principais for-mas da poluição que ameaça alterar o climae mesmo as formas de vidas — em oxigê-nio. Bush proclamou, depois de percorrerSioux Falls, que é tempo de "plantar em Da-kota do Sul, na América e em toda a Terra".

O presidente disse ainda que cada umde seus quatro predecessores que estão es-culpidos em pedra na área vizinha de MountRushmore — George Washington, ThomasJefferson, Abraham Lincoln e Roosevelt —representa um ideal norte-americano, e o deRoosevelt era a conservação."É tempo de reciclar essa tradição emtodos os lugares", afirmou Bush, acrescen-tando que cabe à atual geração fazer as es-colhas acertadas para proteger o meioambiente e proporcionar uma vida melhorpara as futuras gerações.

Médicos preocupados como coração de Madre Teresa

Calcutá, índia (UPI) — Os médicos dohospital Woodlands, de Calcutá, consegui-ram reduzir ontem a temperatura da Ma-dre Teresa, mas estão preocupados com o"velho coração cansado" da religiosa, quelhe causou dores no peito e debilitou todo oseu organismo.

Madre Teresa, de 79 anos, continua emestado grave, duas semanas depois de ter si-do internada no hospital, após sofrer com-plií_ações ligadas ao seu problema cardíaco,diagnosticado há seis anos."A temperatura da madre está para sercontrolada, mas suas continuas queixas dedores no peito são uma fonte de preocupa-ção", afirmou a equipe médica, liderado pelodoutor Ashim Bardhan, em comunicadooficial.

O doutor Bardhan informou à UPI quea temperatura da religiosa, laureada comum prêmio Nobel da Paz m 1979, está flu-tuando entre 37 e 38 graus, uma redução sig-nificativa se comparada com os 40 grausregistrados na sexta-feira.

Com a febre e uma infecção pratica-mente sob controle, Bardhan disse que suaequipe está se concentrando no problema doritmo cardíaco irreglar da religiosa."Ela sente dores mesmo enquanto des-cansa", afirmou o médico, acrescentando:"Há uma discrepância entre a demanda eo fornecimento de sangue. Seu coraçãonãoestá recebendo sangue suficiente. Mas, uma um, nós estamos tratando de todos os pro-blemas".

No sábado passado, os médicos desliga-ram um marcapasso externo que estimula-va um ritmo cardíaco regular enviandopequenos choques elétricos em direção aocoração da religiosa para estimular sua ati-

vidade normal.Os médicos suspeitaram que o aparelho

era o causador da infecção e acrescentaramque passaram a usar remédios fortes paracontinuar o tratamento."É um velho coração cansado que estátrabalhando há muitos anos", declarou odoutor Ranjan Watts, médico particular delonga data da madre Teresa, e acrescentou:"Ela está velha e será necessário um pro-cesso continuo para que essas dores desa-pareçam".

Nenhum médico especulou quais são as-chances de uma completa recuperação damadre Tereza."Ela está melhor do que antes, mas con-tinua em estado grave", disse Watts, enquan-to dezenas de católicos rezavam pelarecuperação da religiosa em frente aohospital.

Membros da Ordem das Missionáriasda Caridade, da madre Teresa, continuamseu trabalho junto aos leprosos, às criançasabandonadas, aos famintos e aos moribun-dos, mesmo com as freiras se revezando nu-ma sessão continua de orações na capela daorganização."Esse é um momento muito difícil pa-ra nós", declarou a irmã Marcellina, que ad-ministra uma ala com 54 crianças vítimasde desnutrição e de várias doenças, acres-centandoí "A nossa cabeça não está total-mente voltada para o trabalho... mas nóscuidaremos das crianças da melhor manei-ra possível, contando com ajuda de fora".

Enquanto as freiras rezam fervorosa-mente pela recuperação da madre Teresa,muitas disseram que estão aceitando o fatode que provavelmente ela não mais reassu-mira seu dinâmico papel na ordem.

Críticoestado deN. DuarteSan Salvador (AFP) —

O ex-presidente salvadore-nho José Napoleon Duarte,de 63 anos, que padece decâncer no estômago, passou

o final de semana "muitomal, caido, com desidrata-ção e fortes dores nos instes-tinos", informou ontem seumédico pessoal, José LuisSaca.

Apesar disso, Duarteviajou ontem à Guatemalapara participar da assem-bléia geral da InternacionalDemocracia-Cristã."O ex-presidente Duar-te passou muito mal este fi-nal de semana, com muitador nos intestinos, provável-mente conseqüência dosefeitos tóxicos da quimiote-rapia, e foi necessáriocolocá-lo no soro", disse omédico.

Duarte deve retornar aWashington em 28 de setem-bro para continuar com otratamento no Hospital Wal-ter Reed.

índia eSrí Lankaem acordo

Colombo, Sri Lanka (AP) —A Índia e o Sri Lanka soluciona-ram ontem uma controvérsia di-plomática ao assinar um acordode retirada de cerca de 42 milsoldados indianos da conflitivailha até o final do ano.

Os soldados indianos envia-dos ao Sri Lanka para fazercumprir um acordo de paz de1987 iniciarão também uma tré-gua unilateral em sua luta con-tra os rebeldes da minoriaTamil, segundo o acordo.

As divergências entre SriLanka e a Índia sobre a presen-ça das tropas estrangeirasameaçou gerar uma guerra en-tre ambos."A Índia assegurou que se-rão feitos os esforços necessá-rios para completar a retiradaaté 31 de dezembro", diz um co-municado emitido após a ceri-mônia da assinatura dodocumento.

lambem especifica que ossoldados indianos suspenderãosuas operações militares "ofen-sivas" contra os rebeldes tamis,a partir das 6 horas de quarta-feira (hora local). Esclareceque previamente os tamis "ex-pressaram disposição a um ces-sar das hostilidades recíprocas".

¦ O acordo também diz que ocomandante do Exército do SriLanka e o comandante das tro-pas indianas informarão sobrepossíveis violações à trégua aopresidente Renasinghe Prema-dasa, do Sri Lanka.

A tndia enviou para o SriLanka cerca de 47 mil efetivosem julho de 1987, para supervi-sionar um acordo de paz queoferecia autonomia aos gruposrebeldes tamis em troca de quedepusessem as armas em sualuta para conquistar a indepen-dência das províncias do Nortee Leste. Porém, o principal des-ses grupos, os Tigres para a Li-bertação de Eelam Tamil,rejeitou o acordo porque não sa-tisfazia suas aspirações e voltousuas armas contra os soldadosindianos.

Hungria eIsrael járeataram

Jerusalém (UPI) — A Hun-gria restabeleceu ontem rela-ções diplomáticas com Israel, aprimeira nação do bloco leste atomar essa posição desde que aUnião Soviética e cinco outrospaíses cortaram relações emconseqüência da guerra de seisdias, em 1967, no Oriente Médio.

Moshe Arens, ministro doExterior de Israel, e seu colegahúngaro Gyula Horn assinaramum acordo restabelecendo as re-lações diplomáticas e transfor-maram imediatamente seusescritórios em Itel Aviv e Buda-peste em embaixadas.

O acordo de ontem foi a úl-tima etapa de um lento descon-gelamento das relações entreIsrael e a Europa Oriental, queestão melhorando gradualmen-te. Há indícios de entendimentoscom a Polônia e a União Sovié-tica, com a troca de delegaçõesconsulares e aumento da coope-ração em diversos campos.

Depois da União Soviética,a Hungria, um país com 10,7 mi-lhões de habitantes, tem a maiorpopulação judia da EuropaOnental, um total de 80.000. Cer-ca de 200 mil cidadãos israelen-ses falam húngaro.

Em Israel, o primeiro-ministro Yitzhak Shamir ex-pressou sua 'profunda satisfa-ção e felicidade" com aassinatura do acordo e elogiou acorajosa decisão da Hungria deser pioneira nessa área.

França e Irã melhoramAtenas (UPI) — O Irã e a

França resolveram ontem to-mar medidas para melhorarseus laços diplomáticos, uns se-te meses depois que o episódioSalman Rushdie, que foi juradode morte pelo falecido aiatoláKhomeini, tornou tensas as re-lações entre os dois países.

A agência oficial de notíciasda república islâmica, Irna, in-formou que o vice-ministro doExterior da França, FrançoisScheer, reuniu-se ontem em lee-rã com o ministro do Exterioriraniano, Ali Akbar Velayati, eanunciou em seguida que Parisdesejava solucionar uma antigadisputa financeira e expandir asrelações franco-iranianas.

Velayati afirmou que Irã viacom agrado o expansão dos vín-culos entre os dois países e es-perava qiie a questão financeirafosse resolvida o mais rápida-mente possível.O investimento foi feito pe-Io xá do Irã antes de sua derru-bada pela revolução dc 1979. OIrã quer agora o dinheiro de vol-ta para investir em sua eco-nomia.

Colômbia completa um mês deguerra aberta ao narcotráficoBogotá (UPI) — Um mês após o

assassinato de Luís Carlos Galan, can-didato presidencial favorito para aseleições do ano que vem, a ofensiva dogoverno da Colômbia contra os narco-traficantes mantém a busca aos chefesdos cartéis de cocaína, que declararam"guerra total'e absoluta", fazendo expio-dir, nesse período, 45 bombas que ma-taram cinco pessoas, feriram 130 ecausaram prejuízos de 1 bilhão de dó-lares, segundo estimativas da polícia.

O presidente Virgílio Barco, no dia18 de agosto, reagiu ao assassinato dosenador Galan e ao do chefe de políciade Medellin, coronel Valdemar Frank-lin Quintero, impondo o estado de sítioe lançando uma ofensiva antidroga comcerca de 200 mil efetivos do Exército eda Polícia. Também reativou o acordode extradição para que colombianos se-jam julgados por tráfico pela justiçados Estados Unidos, melhor aparelha-da e, aparentemente, imune ás amea-ças dos pistoleiros contratados pelosbarões da cocaína.

Ontem se informou em Bogotá quea Suprema Corte está começando aanalisar a constitucionalidade dos 13decretos de exceção que Barco come-çou a assinar a partir do dia 18 de agos-to. Ao que parece, o tribunal tem até odia 2 de outubro para fazer a revisãodas medidas que podem ser anuladasem parte ou no todo. A Suprema Corte,que pode aguardar parecer jurídico daProcuradoria da República, está aindasob ameaça dos chamados "extradita-veis", braço armado do tráfico e queameaça matar 10 juizes para cada na-cional entregue aos norte-americanos.

Apesar do pacote de medidas drás-ticas, as bombas se sucedem em Me-dellin, Cali e Bogotá praticamentetodos os dias. Domingo à noite, porexemplo, foi lançado um foguete contraa embaixada de Washington, uma gi-gantesca fortaleza à prova de terremo-tos e atentados terroristas.

O petardo, de fabricação caseira,

causou, entretanto, apenas um grandesusto, já que caiu sobre a missão diplo-mática minutos depois de outras duasexplosões em Bogotá. Uma atingiu asucursal bancária de Colmena e outradiante de uma instituição também vin-culada à Colmena. Essas duas bombasferiram uma pessoa e danificaram ain-da cerca de 35 casas comerciais. Qua-se ao mesmo tempo, duas bombasexplodiram em Cali, igualmente contraestabelecimentos comerciais.

Uma fonte da direção da polícia na-cional informou, por telefone, que nes-se primeiro mês de ofensiva contra oscartéis, seus pistoleiros incendiarampelo menos 40 propriedades de empre-sários, políticos e altos funcionários dogoverno.

Um foguete sem detonar foi encon-trado por policiais no parque nacional,a 300 metros da embaixada norte-americana. Aparentemente foi deste lo-cal que os atacantes dispararam con-tra a missão diplomática.

Um porta-voz norte-americano in-formou que o foguete caiu sobre o teto,fazendo apenas uma mancha escura.Mas as autoridades decidiram redo-brar a vigilância, incluindo a da resi-dência do embaixador ThomasMcNamara.

De acordo com a legislação, cadadecreto do presidente colombiano deveser apreciado pela Suprema Corte numprazo de 30 dias. Mas o tribunal podeainda decidir esperar pelos pareceresjurídicos da Procuradoria da Repúbli-ca. Não está claro o prazo final para osmagistrados concluírem o trabalho so-bre a constitucionalidade das medidasde exceção.

Um especialista norte-americanono combate aos traficantes de narcóti-cos comentou que a posição da Supre-ma Corte será um verdadeiro teste"para a capacidade governamental deenfrentar os cartéis. Pedindo para nãoser identificado, o funcionário dos Es-tados Unidos salientou ainda que "umagrande batalha estará perdida" se a Su-

prema Corte se mostrar contrária aoestado de sítio imposto pelo presidente.

De qualquer modo, ele enfatizou"que essa guerra não será perdida poruma decisão da Suprema Corte" cujosintegrantes estão entre as pessoas maisameaçadas de morte pelos extradita-veis. Sob o lema de "é melhor um túmu-Io na Colômbia do que uma cela nosEstados Unidos", esses esquadrões fi-nanciados pelas drogas, ao declararemguerra ao governo no dia 24 de agosto,fizeram saber que matarão, além dejuizes, jornalistas, empresários, líderessindicais e outros funcionários do go-verno. Ameaçaram até as famílias depessoas que atrapalharem as ativida-des dos cartéis, alegando que suas pró-prias famílias são desrespeitadas.

O narcotráfico internacional é ummercado clandestino que movimentamuitos bilhões de dólares anualmente.

Nos últimos anos, 220 juizes e fun-cionários da Justiça da Colômbia fo-ram assassinados, na grande maioria,por pistoleiros a soldo dos cartéis de co-caína. A Colômbia chegou a entregar17 nacionais aos norte-americanos sobo acordo de extradição que a SupremaCorte revogou, em 1987, alegando falhasformais na assinatura do convênio en-tre os governos de Bogotá e Washington.

Ao amparo do estado de sítio, Bar-co confiscou muitas dezenas de gran-des propriedades dos supostos cabeçasdo narcotráfico, que continuam foragi-dos. Além disso, confiscou bens perten-centes a supostos representantes dosbarões de cocaína e deu um prazo exí-guo de cinco dias para que os interes-sados se apresentassem pessoalmenteà Justiça para reclamar seus direitos.

Até o momento, foi extraditado pa-ra os Estados Unidos apenas o econo-mista Eduardo Martinez Romero, de 36anos e preso no dia 19 de agosto. Ele éacusado de ajudar a "lavar" centenasde milhões de dólares do Cartel de Me-dellin, que controla 80 por cento da co-caína consumida nos Estados Unidos.

Menem anuncia que indultará16 generais e 2 almirantes

Buenos Aires (UPI) — O presi-dente Carlos Menem anunciou quequando voltar da visita que fará aosEstados Unidos no fim do mês indul-tara 16 generais e dois almirantes pro-cessados, mas ainda não condenados,por terem violado os direitos huma-nos na década passada."Nesta primeira etapa vamos in-dultar os processados", disse Menemàs rádios de 3uenos Aires, numa im-prevista revelação do alcance de suaintenção de acabar com os confrontosdo passado na Argentina.

Assessores de Menem comenta-ram que o presidente tem como nor-ma agir de surpresa logo que sedecide sobre uma questão, mas nes-te caso Menem surpreendeu os meiosjornalísticos e a opinião pública porse tratar de um tema muito polêmico.

Quando lhe foi perguntado se o in-dulto abrangerá também os militares

condenados, Menem respondeu que amedida virá "mais adiante, veremos".

O presidente observou que a ati-vidade política na Argentina semprefoi influenciada por posições de "fú-ria e fogo" e disse que a fúria "é o ran-cor que deixei de lado", apesar dehaver suportado cinco anos de prisãono fim da década passada."O fogo é a paixão com que voudedicar meus esforços à luta pelo quecreio que seja a verdade", acres-centou.

Os comandantes da Junta Militarque assumiu o poder com ogolpe de-1976, mais aqueles das juntas que a se-guir sustentaram o regime militar, fo-ram condenados por violações dosdireitos humanos e alguns de seusmembros cumprem pena de prisãoperpétua.

Uma comissão governamentaldesignada em 1984 pelo então presi-

dente Raul Alfonsin documentou oscasos de mais de nove mil pessoas,opositoras de esquerda, que foram se-qüestradas, torturadas, violadas e, de-pois, declaradas "desaparecidas".

Em meados de 1987, Alfonsin to-mou a iniciativa de uma lei que limi-tou os processos por violações dosdireitos humanos aos oficiais que de-ram as ordens, com o que ficaram fo-ra das acusações mais de três miloficiais e suboficiais que afirmaramter recebido ordens para exterminaropositores.

Depois de assumir a Presidência,:em 8 de julho último, Menem disseque solucionaria a questão das conse-qüências dos confrontos armados dadécada passada antes do fim do ano,mas ainda não havia definido a formacom que o faria, o que aconteceuagora.

Mubarak diz que Israel terátambém de fazer concessõesCairo (AFP) — O presidente egíp-

cio, Hosni Mubarak, declarou ontemque a OLP já fez concessões suficien-tes, após reunir-se no Cairo com o mi-nistro da Defesa israelense, YitzharRabin, que afirmou que Israel apreciaa oferta do Egito de promover um en-contro palestino-israelense.

Após reunir-se por mais de duashoras com o presidente egípcio, Rabindisse em uma entrevista coletiva quecabe ao Egito lançar a oferta para queo encontro se realize, além de anunciaros nomes dos membros da delegaçãopalestina que poderiam participar deeventuais conversações israelenses-palestinas.

Mubarak declarou, por sua vez,que concorda com o ministro israelen-se em "alguns pontos", mas que outros,no entanto, teriam de ser esclarecidos,sem dar maiores detalhes. "Para ele,a Organização para a Libertação daPalestina (OLP) já fez concessões su-ficientes e "inesperadas" e que agoraé a vez de Israel, "para

que tudo istonão se transforme em um jogo unilate-ral". O presidente egípcio tambémanunciou ter pedido a Rabin que trans-mita uma mensagem verbal aoprimeiro-ministro israelense, YitzhakShamir..

Rabin chegou ontem de manhã aoCairo, a convite do presidente Mubarakpara discutir com ele a possibilidade deorganizar um encontro na capital egíp-cia entre uma delegação israelense euma palestina. O ministro informouque existem em Israel divergências en-tre os que queriam uma delegação pa-lestina integrada exclusivamente porpersonalidades dos territórios ocupadose os que aceitariam a inclusão de repre-sentantes de fora.

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O ministro da Defesa de Israel, Yitzhak Rabin visitando, no Cairo, a esfinge de Gizé eas pirâmides.

Segundo Mubarak, é preciso não"ignorar os palestinos do exterior pa-ra evitar que surjam problemas duran-te o diálogo".

Aparentemente, Rabin, que, deacordo com um jornal saudita deveriase reunir durante sua estada no Cairocom personalidades dos territórios ocu-pados, não viu ninguém.

O presidente do Sindicato dos Jor-nalistas árabes dos territórios ocupa-dos, Raduan Abu Ayash, que seencontra na capital egípcia, desmentiucategoricamente ontem que personali-dades palestinas dos territórios ocupa-dos tivessem planejado reunir-se com

Rabin.Após os encontros com Mubarak,

Rabin visitou a tumba do presidenteAnuar Sadat, onde colocou uma coroade flores com rosas azuis e brancas, ascores da bandeira israelense, e com aseguinte inscrição: "Ao herói da paz".Em 1978, Sadat firmou com o primeiro-ministro de Israel na época, MenahenBegin os acordos de Camp David, queforam seguidos pela assinatura de umtratado de paz entre os dois países, emmarço de 1979. O ministro israelensetambém visitou as pirâmides de Guizé(sul do Cairo). Segundo a embaixadade Israel, Rabin regressaria a seu paísontem à tarde.

Prédio desaba e mata 10 em BeiruteBeirute (AFP) — Pelo menos dez pessoas mor-reram e nove resultaram feridas ontem de madru-

gada quando um edifício da zona sul xiita de Beirutedesabou ao ser atingido por dois mísseis que provo-caram a explosão de uma reserva de munições, se-gundo meios hospitalares.

No edifício de sete andares, atingido pelos bom-bardeios esporádicos dos dois setores da capital eseus arredores, funcionava uma unidade informal domovimento Hezbollah pró-iraniano, onde foram ar-

mazenadas munições, precisou a polícia.Dez corpos, entre os quais de vários membros deuma só família, foram retirados dos escombros pe-las equipes de socorro que buscam ainda outrasvítimas.Consultado pela AFP, o Hezbollah negou a exis-tência de uma unidade de armazenamento de muni-çoes nesse ed.fíc.o, afirmando que o desabamento foicausado somente pelo bombardeio

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2Q. CIDADES O í/B£/?/U

Ecologistas versusEletronorte: oprimeiro embateacaba sem vencedorAs acusações departe a partenão permitemconclusões maisdefinitivas sobreos projetos quea região suporta.

Belém, terça-feira, 19 de setembro de 1989

A

possibilidade deque o Brasil ve-nha a utilizar, apartir do ano2.000, a energia

nuclear, foi cogitada,ontem, pelo diretor deOperações da Eletro-norte, José Antônio Mu-niz Lopes. Às acusaçõesdo ecologista CamilloVianna, de que a Eletro-norte estaria "destruin-do a Amazônia", Munizrespondeu admitindo er-

Iros na implantação dealguns projetos, mas de-fendendo, ao mesmotempo, a empresa.

Camillo Viana disseque a Eletronorte "nãosabe o que fala" quandoacusa os ecologistas deretardarem o processode desenvolvimento naregião. "São claros osefeitos deste desenvolvi-mento", afirmou. "Bas-ta andar pelo interior".Ele enfatizou a "viola-ção humana e culturalde dezenas de povos pa-raenses e indígenas quesão obrigados a abando-nar as suas terras, porcausa da política erradada Eletronorte".

O diretor de Plane-jamento garantiu, no,entanto, que a grandedesigualdade entre a vi-da das pessoas que habi-tam as cidades criadaspara atender à infra-estrutura das hidrelétri-cas e a das pessoas quemoram nas cidades jáexistentes, é reconheci-da pela empresa. "Al-

guns projetos são inade-quados. E o caso de Tu-curuí 'rica' e Tucuruí'pobre'. Mas a Eletro-norte já não cometemais esse tipo de erro",disse ele. Camillo lem-brou o Encontro dos Po-

Falta de saneamento básico: contra isso se batem os técnicos presentes ao congresso

Saneamento básico: unanimidade

Apesar de tudo, Belém pode se consolar: não é a única

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vos Indígenas do Xingu,em fevereiro, em que aindía Tuíra passou o fa-cão rio rosto de Muniz."Em momento algum aíndia pensou em man-dar o representante daEletronorte para océu", disse Vianna. "Ogesto de Tuíra foi umsimbolismo de pessoascansadas de serem vio-lentadas, prostituídas eremanejadas em nomede um pseudodesenvolvimento''.

Energia alternativa:a solução?

"Não há desenvol-vimento sem preserva-ção", acrescentou o eco-logista. "Não adiantaconversa: a Amazôniaestá sendo destruída eesta é a realidade nua ecrua". Para ele, o qua-dro tem que ser reverti-do. Vianna apresentoucomo proposta para aresolução dos proble-mas que os grandes pro-jetos de hidrelétricascausam à Amazônia, autilização de energia ai-ternativa, rejeitada porMuniz. A energia alter-

nativa, segundo ele, nãoé adequada para resol-ver os problemas de luzde grandes municípios epólos. A energia solar,por exemplo, tem umcusto muito mais eleva-do do que a provenientede hidrelétricas, garan-tiu Muniz: "A energiasolar resolve problemasdomiciliares". Para ele,as mini-usinas não solu-cionariam o problemade energia daqueles mu-nicípios que são vizinhosa Tucuruí, mas que nãotêm energia elétrica.

Muniz acha que apolêmica a ser levanta-da em torno do uso da

IASa22rvar

Vianna: o pior cego.

energia nuclear não se-rá sentida no Brasil,"pois quando aqui che-gar, já não causará tan-to impacto". A insufi-ciência da energia elé-trica em alguns munici-pios da região Norte —que possui as usinas deTucuruí, Samuel e Bal-bina — foi justificadapor ele com o corte derecursos da Eletronor-te, na ordem de 750 mi-lhões de dólares. Isso le-vou a empresa a retar-dar o processo de expan-são da rede elétrica edeixou-a "penalizada".O que preocupa a em-presa, atualmente, deacordo com Muniz, é aexpansão da energia pa-ra Rio Branco, Boa Vis-ta e Mato Grosso e seusmunicípios.

Muniz desafiou osecologistas a que pro-vassem os desastresecológicos provocadospelas hidrelétricas:"Tucuruí, Balbina e Sa-muel estão aí. Cadê osdesastres ecológicos?".Mas Vianna respondeu:"As conseqüências es-tão aí. Só não as enxer-ga quem não quer".

Quase três mil congressistasparticiparam, ontem, do primei-ro simpósio do Congresso. O te-ma, Política Ambiental para aAmazônia, provocou muita polê-mica e reações diversas dos sani-taristas. Várias autoridades liga-das ao saneamento básico no Pa-rá compareceram, reforçandounanimemente a necessidade deuma política nacional para o sa-neamento básico e o meioambiente.

O vice-presidente da ABES,Ademir Silva, disse que, apesarda urgência, o saneamento bási-co na região deve ser efetivadocom a "racionalidade da prese-vação" — vale dizer, a utilizaçãoda tecnologia em favor da Ama-zônia. A situação caótica em quese encontra a maioria dos muni-cípios brasileiros não deve per-sistir, na opinião dossanitaristas.

Mas os maiores aplausos — ea maior polêmica, também — fo-ram para o ecologista CamilloVianna. Ele falou sobre a atua-ção das multinacionais na Ama-zônia, tocou nos trabalhos daEletronorte e reforçou a tese deque "a Amazônia está sendo des-truída pelos investimentos desor-denados". Em contrapartida, odiretor de Operações da Eletro-norte, José Muniz Lopes, disseser "impossível saneamento bá-sico sem energia elétrica" e quea empresa "tem projetos volta-dos para o progresso, mas quebuscam uma integração com omeio ambiente".

MercúrioA utilização do mercúrio nos

garimpos, em especial no Pará,foi abordada pelo professor daUniversidade Federal do Pará,Geraldo Guimarães. Ele afirmouque a proibição do comércio demercúrio não é plausível, umavez que o governo não desenvol-veu uma política de controle domercúrio. O pesquisador disseque o uso de mercúrio nos garim-pos, "já está atingindo propor-ções gravíssimas e talvezincontroláveis".

L Reforçando a posição dosecologistas, o presidente da As-sbciação das Entidades do MeioAmbiente, Vladimir Ortiz, disseque "as entidades devem se unir

para lutar por uma Amazônia de-senvolvida, mas com racionali-dade". O delegado regional doInstituto Brasileiro do Meio Am-biente e Recursos Naturais Re-nováveis, Paulo Koury, apresen-tou um relatório escrito sobre aentidade. Camillo Vianna acres-centou que a política ambientaldo país "passa pelo presidente doIbama", que deve dar condiçõespara que os fiscais atuem no Es-tado, com salários compatíveis.

RecursosNa última conferência da

manhã, o senador e candidato àvice-presidência da Repúblicapelo PSDB, Almir Gabriel, disseque a proposta de criação do sis-tema nacional de saneamentobásico é uma solução para osproblemas do setor, mas não po-dera ser posta em prática "sem ainjeção de recursos para o setor

de saúde". Gabriel argumentouque o governo federal deve inje-tar recursos a fundo perdido nosetor: "Só assim o sistema pode-rá dar certo. Não é possível que ogoverno tenha reduzido a umquarto os investimentos nestaárea". Ele acrescentou que, hádez anos, eram destinados à saú-de 17% do Produto Interno Bruto,contra os 10% atuais.

O problema da contradiçãona Amazônia — populações bene-ficiadas pelos grandes projetosde energia elétrica versus popu-lações não beneficiadas — só temuma solução, para o senador: aintegração dos projetos à reali-dade econômica ou à eletrifica-ção rural. Almir Gabriel defen-deu, ainda, a "ideologia do de-senvolvimento" que seria "a va-lorização do trabalho urbano e docampo". Para ele, sem recursosnão há desenvolvimento.

Alguns números fantásticos.No quarto país daAmérica Latiria emmortalidade infantil, 54milhões de pessoas vi-vem sem água, 108 mi-lhões sem esgoto e 75milhões sem coleta delixo: esta é a realidadevivida pela populaçãobrasileira em termosde saneamento básico.O diagnóstico foi apre-sentado, ontem, pelopresidente nacional daAssociação Brasileirade Engenharia Sani tá-ria e Ambiental(Abes), Lineu Alonso,.durante o XV Congres-so Brasileiro de Enge-nharia Sanitária e Am-biental. Diante do qua-dro, os sanitaristasbrasileiros acreditamque só a criação do Sis-tema Nacional de Sarneamento Básico podereverter a situação.

O assunto'vem sen-do discutido desde 1960,ano da realização doprimeiro congresso dosetor. De lá para cá, se-gundo Alonso, houvemuitos avanços e con-quistas mas a principaldelas não foi alcançada—'o saneamento básico'

adequado ao povo bra-sileiro. "Isto só serápossível'', disse ele,"quando houver porparte do governo maioratenção e mais investi-mentos no setor de saú-de". A desarticulaçãodo setor de engenhariasanitária também foiapontada pelo presi-dente como um fatoque contribui para a ocaos do saneamentobásico.

O presidente da• Abes-Pará, Luiz Otá vioPereira, lamentou queo Estado, a exemplodos demais, ainda ca-reça de saneamento.Ele acusou ainda o go-verno federal de seromisso sobre a questãoe de não ter procuradoresolver o problema,até hoje. "Nem'recur-sos ele cede", disse emtom indignado.

E Belém?Segundo o secre-

tário municipal de Sa-neamento, Wady Hom-ci, Belém ainda nãodispõe de um sanea-mento básico que aten-da às necessidades mi-

nimas da população:"A Cosanpa atende aapenas 6% da popula-ção com serviços delimpeza de esgoto". Osdois mais graves pro-blemas da cidade, se-gundo o secretário, sãoas baixadas — ondecerca de 400 mil pes-soas sobrevivem — e afalta de drenagem. Oconvênio assinado en-tre a prefeitura e o BIDpara a macrodrena-gem de Belém não tevêliberada a verba, "por,entraves burocráticosdo governo federal".Doenças, falta de con-dições de vida e fomesão algumas conse-qüências apontadas pe-lo secretário.

O presidente daCâmara Municipal deBelém, vereador Nehson Cha ves disse que, oLegislativo Municipalao elaborar a Lei Orgâ-nica dos Municípios"procurará ouvir asautoridades ligadas aosetor para equacionarmedidas que retirem acapital paraense da si-tuação em que seencontra".

Sarney reduz recursos.Adeus ao saneamento.

Há dois anos o governo Sar-ney reduziu drasticamente os re-cursos voltados para o setor desaneamento. As conseqüênciasda medida, como era de se espe-rar, estão se refletindo negativa-mente nos dias de hoje. Os poucosinvestimentos destinados aoabastecimento de água e à manu-tenção dos sistemas de esgotosnão conseguem suprir as neces-sidades do setor em todo o país,preocupando os profissionais daárea, que vêm agravar-se a cadadia a qualidade de vida da popu-lação e o aumento de doençastransmitidas por meios hídricos,"além de outras mazelas resul-tantes do descaso quanto ao usoadequado da água e à precarie-dade do sistema de esgotos", es-pecialmente nas cidades do tró-pico-úmido. "Tudo isso porque osaneamento, que deveria ser umaquestão de saúde não chega se-quer a ser prioridade nos progra-mas de governo", denunciou natarde de ontem o engenheiro Acy-lino José dos Santos Neto, daCompanhia de Águas e Esgotos

de Brasília, durante o XV Con-gresso Brasileiro de EngenhariaSanitária e Ambiental, em reali-zação no Centur.

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Acylino Neto, que defendeuno Encontro um painel versandosobre a economia e a conserva-ção da água, disse que o fato denão existirem recursos específi-cos para o setor de saneamentoincluídos no orçamento geral daUnião tem gerado inúmeras difi-culdades para o desenvolvimen-to de uma política sanitária eambiental que venha a minimizaro drama das populações periféri-cas das grandes cidades, no quediz respeito ao abastecimentod'água e à implementação e ma-nutenção de sistemas de esgotos.Segundo ele, o descaso generali-zado forçou a Associação dasEmpresas de Saneamento Bási-co Estaduais (Aesbe) e as empre-sas estaduais de saneamento adesenvolverem um Plano de Va-lorização do Setor (PVS), quetem como finalidade última acriação de uni Sistema Nacional

Pioram, a cada dia, as condições de vida da população. Os investimentos não são suficientes.

de Saneamento capaz deresponsabilizar-se pela adminis-tração e controle das verbas e re-cursos para o saneamento, atéagora pulverizados e dispersosem variadas instâncias adminis-trativas dos Estados e muni-cípios.

A centralização das decisõesrelativas ao setor em um SistemaNacional de Saneamento que oorganize e direcione é necessáriae urgente dentro da ótica da Aes-be e de outras entidades afins, pa-ra que fique assegurado conti-nuamente o investimento priori-

tário na área, cuja situação emâmbito nacional é das mais drás-ticas, revelou Acylino.

Controle de perdasAcylino reitera que além de

todas as precariedades e defi-ciências do setor e da ausência deuma política de saneamento bá-

sico que atenda às necessidadesimediatas da população, a águae os recursos hídricos disponíveisnas grandes comunidades aindanão vêm sendo utilizados de for-ma racional, o que conduz inevi-tavelmente ao desperdício.

"Deve-se dar uma particularimportância ao uso racional daágua neste momento, haja vistaa greve situação atravessada pe-los governos e pela população emgeral na esfera do saneamentoem todas as regiões do país", dizAcylino. De acordo com ele, atual-mente, apenas para corrigir o dé-ficit de abastecimento de água énecessária a captação de recur-sos da ordem de US$ 3,5 bilhõespor ano, o que demonstra o quan-to deve ser fundamental a preo-cupação com a economia e aconservação dos nossos recrusoshídricos.

A economia e a conservaçãoda água se impõe como uma ne-cessidade inadiável que deve semanifestar concretamente nabusca incansável de formas cadavez mais eficientes de prolongara vida útil das redes de distribui-ção e aproveitar melhor e maiscriteriosamente o próprio poten-ciai dos sistemas de saneamentoque existem, concluiu o enge-nheiro.

Belém, terça-feira, 19 de setembro de 1989 O LIBERAL POLICIA 21 h

Chacina em favela do Rio: seis mortosMichel Frank assassinado

em sua casa, na SuíçaRio (AJB) — Doze anos depois de fugir

para a Europa, onde levava vida de "play-boy", o principal acusado da morte de Clau-dia Lessin Rodrigues, Michel Frank, foi as-sassinado na manhã de anteontem, na Suíça,quando entrava em seu apartamento, nocentro de Zurique. O plantão da polícia da-quela cidade confirmou a notícia, à meia-noite de ontem (hora local), a um alto fun-cionário do governo brasileiro, recusando-se, porém, a fornecer maiores detalhes.

O advogado da família no Rio, WilsonLopes dos Santos, também confirmou o as-sassinato, que, segundo um amigo de Mi-

chel, mereceu destaque em diversos jornaissuíços. A polícia de Zurique, disse o advo-gado, atribuiu o crime a uma quadrilha detraficantes de drogas, com a qual o brasi-leiro estaria envolvido.

O pai de Michel, Egon Frank, que mo-ra em Ipanema (zona sul), foi o primeiro areceber a notícia no Rio. Sócio majoritárioda Mondaine — um dos maiores exportado-res de relógios suíços, com fábricas no Bra-sil e na Europa, Egon soube do assassinatopor volta das 13h, em telefonema da Euro-pa, feito por outro de seus quatro filhos.

Coronel denunciado porhomicídio, em FortalezaFortaleza (AG) — O coronel e ex-

deputado estadual Orzete Filomeno Gomesfoi denunciado pelo promotor Benon Linha-res como o autor da morte do construtor An-tônio Adalberto Feitosa, ocorrida em 1985.Também foram denunciados a amante docoronel e esposa da vítima, Maria AlbaniMorais, e o caseiro do sítio São Mateus, JoãoTeixeira, que enterrou o corpo de Adalber-to, morto a traição.

Os três acusados estão sendo processa-dos por crimes de homicídio e ocultação decadáver. Agora o juiz da comarca de Maran-guape, Adriano Queiroz, município onde

aconteceu o assassinato, decidirá se vai ounão decretar a prisão preventiva para o co-ronel Orzete.

Orzete Gomes foi deputado estadual du-rante 16 anos consecutivos, sendo conside-rado uma das lideranças da região do Valedo Acaraú, onde se impôs através do medoe da força. Sua família administra a Prefei-tura do município de Acaraú há mais demeio século.

O coronel Orzete está desaparecido des-de a descoberta do cadáver do construtorAntônio Adalberto, em seu sítio São Mateus.

AVISOS& EDITAISVAJ3IG

"VARIG". SA (VIAÇÃO AÉREA RIO-GRANDENSE)

Companhia AwiaCGC n*9277282i'0001 6'

:::abrasca• •• companhia associada

UMA EMPRESACOM AÇÕES EM

PODER OO PUBLICO

AVISO AOS ACIONISTASPAGAMENTO DE DIVIDENDOS INTERCALARES

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Comunicamos aos acionistas que o Conselho de Administração, em reunião realizada em. 26.08.1989. aprovou o pagamento de" dividendos intercalares. por conta do resultado apura-'

dd no balanço do primeiro semestredeste ano. à razão de NCzS 0.10 por açãoou NCzS 100.00por lote de 1.000 ações, atualizando-se o respectivo valor na mesma proporção da variaçãodo valor do BTN Fiscal entre 30.06.89 e o quinto dia anterior à data do inicio do pagamentodos dividendos.

O pagamento dos dividendos terá inicio em 29.09 89 e será processado assim

1. AÇÕES NOMINATIVAS1.1. Os acionistas titulares de ações nominativas com cadastro e direitos atualizados re-

ceberão os dividendos por meio de cheque a ser enviado pelo correio.1.2. Aqueles sem cadastro e direitos atualizados receberão os dividendos em quaisquer

dos locais de atendimento abaixo relacionados, apresentando, para tanto, carteira deidentidade, CIC (CPF) e os certificados representativos de suas ações.

2. AÇÕES AO PORTADOROs acionistas possuidores de ações ao portador deverão se habilitar para o recebimentodos dividendos em quaisquer dos locais de atendimento abaixo relacionados, apresentando,para tanto, o cupão n° 20.

3. PROCURAÇÃOOs procuradores de acionistas deverão apresentar instrumento de mandato atualizado, comos poderes especiais previstos na lei (modelo à disposição nos locais de atendimento).

4. IMPOSTO DE RENDA NA FONTENa forma do disposto nos artigos 35 e 36 da Lei n? 7.713, de 22.12.88, sobre o valor dosdividendos não ocorrerá retenção do Imposto de Renda na Fonte, exceto quando se tratarde acionista domiciliado ou residente no exterior. -

5. LOCAIS DE ATENDIMENTOBELÉM (PA) - Av. Presidente Vargas n° 768;BELO HORIZONTE (MG) - Av. Afonso Pena n° 867 • sala 506;BRASÍLIA (DF) - SCRS 507 - Bloco C - Loja 3 - W3 Sul;CURITIBA (PR) • Rua XV de Novembro n° 556 -1Q andar;FLORIANÓPOLIS (SC) - Rua Tenente Silveira n° 51 - 7o andar;FORTALEZA (CE) - Rua Major Facundo n° 874 -1 ° andar;GOIÂNIA (GO)-Av, Goiás n° 285;MANAUS (AM) - Rua Marcílio Dias n° 284 • 1 ° andar;PORTO ALEGRE (RS) - Rua 18 de Novembro n° 800 - s/loja;RECIFE (PE) - Av. Guararapes n° 120 - 8o andar;RIO DE JANEIRO (RJ) - Rua do Rosário n° 103 -12° andar;SALVADOR (BA) - Rua Miguel Calmon n? 19: sala 301;SANTARÉM (PA) - Rua Siqueira Campos n° 277;SANTOS (SP) - Rua Riachuelo n° 103 ¦ 2o andar;SÃO LUÍS (MA)-Av. Pedro II n° 221;SÃO PAULO (SP) - Rua da Consolação n° 368 - 2o andar;VITÓRIA (ES) - Av. Jeronimo Monteiro n° 1000 - sala 1703.

Rio de Janeiro, 15 de setembro de 1989.

Joaquim Fernandes dos SantosDiretor de Relações com o Mercado

Rio (AG) — Seis homens fo-ram mortos e um baleado no fi-nal da madrugada de ontem emfrente ao número 415 da ruaEduardo César Machado, nobairro de Mariópolis, em An-chieta. A chacina foi praticadapor dez homens armados de me-tralhadoras, revólveres e esco-petas, que se disseram dapolícia, estando um deles comum colete da Polícia Civil. Osmortos e o ferido foram retira-dos às 4h30m dos quartos ondemoravam, na rua Lico Meiga-cio, que fica a poucos metros doterreno onde ocorreu a chacina.

Os mortos são Everaldo Do-mingos dos Santos, de 23 anos,José Francisco Pereira de Ma-tos, de 27 anos, Rodnei Marcosda Costa, de 29, Ubirajara da

Silva Melo, de 21, Sérgio de Sou-za, que aparentava ter 25 anose um homem mulatado, de esta-tura mediana, aparentando ter20 anos. Já Waldeck Inácio dosSantos, de 25 anos, conseguiu sesoltar da corda que o amarravaaos outros homens e saiu cor-rendo, sendo baleado de raspãona cabeça e na perna direita, so-corrido por vizinhos, ele foi me-dicado no hospital CarlosChagas e passa bem.

Os sete homens foram leva-dos a pé para o local da chaci-na, onde há várias casas aoredor e no qual, segundo poli-ciais do 14s BPM (Bangu) é fre-quente o aparecimento decadáveres e carros "depenados".Cinco deles morreram amarra-dos uns aos outros, próximo a

urna árvore, enquanto Rodneyfoi assassinado a cerca de cin-co metros, sozinho. No hospitalCarlos Chagas, Waldeck expli-cou que logo que chegaram aolocal, receberam ordens para sesentarem ao redor da árvore.Ele não soube explicar muitobem como conseguiu se soltarda corda.

— T've sorte. Depois corripara a casa da minha mãe, quefica perto, e pedi socorro —disse.

Segundo o sobrevivente, osassassinos, a maioria deles en-capuzados, fugiram em trêscarros — um Gol, um Corcel euma Fiat, que já os esperavamno local da chacina. Os crimino-sos, de acordo com ele, bateramà porta do seu quarto, onde es-

tava com a esposa Márcia Boa-triz Rodrigues e seus dois filhos.Vinícius, de um ano, e Vanessa,de um mês. O bando se identifi-cou como sendo da polícia e pe-diu para revistar a casa — o queestava com um colete da PolíciaCivil era negro e forte. De açor-do com ele, nada foi encontradomas, mesmo assim, os assassi-nos obrigaram-no a ir junto comos outros rapazes.

Waldeck garantiu que noterreno onde se situam os quar-tos não existe nenhum ponto devenda de tóxicos, mas depois ad-mitiu que já vira alguns dosmortos fumando maconha no lo-cal. Policiais do 14s DP (Ban-gu), que estiveram no local,também disseram não conheceras vítimas.

Delegado acredita em crime por vingançaRio (AG) — A chacina ocor-

rida durante a madrugada narua Eduardo César Machado,em Mariópolis, pode estar liga-da ao assassinato, no último sá-bado, de Marco Antônio daSilva. Marco, segundo os poli-ciais, era filho de um dos geren-tes dos pontos de vendas dedrogas de Franklin de Paula Ra-mos, o "Quinha", que domina o

tráfico de drogas na favela Ás deOuro, em Anchieta. A chacina,segundo o delegado da 31* DP(Anchieta), Ronaldo Neves, te-ria sido cometida para vingarsua morte. "Quinha", acusado devários outros crimes, ocupa umcargo de confiança na prefeitu-ra de Nilópolis, onde é assessordo prefeito Jorge David."Quinha", de acordo com o

delegado, responde a inquéritospor homicídios, tráfico de dro-gas, recepção de assalto. Háduas semanas, em companhiado comparsa Paulo Rogério dosSantos, o "Dunga", ele foi deti-do por policiais da 31^ DP, maspor não havei; flagrante foi libe-rado após fazer prova de traba-lho. Além da carteira de "oficialde bainete" da prefeitura de Ni-

lópolis, ele apresentou uma ou-tra, da Delegacia de TransporteMarítimo, com a função de ar-rumador. Com base no depoi-mento de uma mulher, cujonome mantém em sigilo, sobre-vivente de uma outra chacinaem que duas pessoas morre-ram, o delegado pretende pedirsua prisão preventiva.

a prender narcotraficantesModelo pode -„---, v w^»^ '•¦'¦¦• •ter sido mona PF de Vitoria vai com

por ciúmesBauru, SP (AE) —

Sandra Regina e Silva,irmã da modelo CéliaGiovani de Oliveira, quecaiu do 13? andar do ho-tal Eldorado, na ruaMarques de Itu, compa-recerá hoje ao 3? DP, SãoPaulo, para encontrar-secom o delegado José Wil-son Sperto, encarregadodo inquérito. "Não tenhodúvida que foi assassina-to, porque o Malek eraextremamente ciumen-to" — diz Sandra. Elatambém pretendeencontrar-se com o ge-rente do hotel, Jaime deOliveira Santos, que noseu depoimento à políciagarantiu: o empresário,contrariamente ao quefalou, não foi visto pornenhum funcionário dohotel antes do crime ouacidente. Malek afirmouter ido à farmácia e en-contrado a mulher mor-ta, quando retornava.

Ontem à tarde emBauru, Sandra Reginaprocurou manter a cal-ma e reforçou o testemu-nho da véspera: "Maleké uma pessoa violenta. ACélia sempre contava pa-ra gente que, quando sobefeito de droga, o Malekse transformava e tinhaatitudes agressivas".Sandra inocentava a ir-mã. "Sempre foi umapessoa muito calma, in-teligente e gostava de-mais do Malek a ponto dediscutir com ele para queparasse com as drogas".O irmão mais novo, Agui-naldo, chegou a ver Ma-lek utilizando droga."Quando esteve em Bau-ru em agosto carregavauma espécie de bola quedava sinal evidente deser haxixe. Chegou a nosoferecer dinheiro, masnunca aceitamos porquesempre fomos contráriosao relacionamento de Cé-lia com ele. Cansamos depedir a ela que se afãs-tasse definitivamente doMalek que não inspiravaconfiança".

Sandra conta que aúltima viagem do casalfoi feita em meados dejunho. A chapada dos Gi-marães, Mato Grosso doSul. Ao fazer o reconheci-mento do corpo sexta-feira em São Paulo, San-dra percebeu que a irmãestava com vários hema-tomas e a perna direitafraturada.

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Vitória/ES (AE) — Agentes daPolícia Federal começaram ontema redigir cerca de 50 pedidos deprisão preventiva dos acusados deimplicações com a "conexão Espi-rito Santo — Vitória". Entre eles, ado delegado de polícia civil de Vi-tória, Cláudio Guerra, que está naBahia, e do candidato do PDC à de-putado federal derrotado, Evaris-to Cardoso Filho, proprietário daEvery Car, uma oficina do centroda capital capixaba, estourada pe-los policiais durante a operação"Marselha" deflagrada na manhãde sábado. A operação, realizadanas principais cidades do EspíritoSanto, destinou-se a combater ocrime organizado que se proliferouno Eslado e no qual, ao longo demuitos anos, centenas de carrossão roubados, transplantados evendidos ou trocados por cocaínana Bolívia e na Colômbia. Os pedi-dos de prisão preventiva deverãoser encaminhados para aprovaçãoao juiz do Rio, Alberto Mota Mo-rais. Com eles, os agentes federaispoderão então desencadear a ope-ração Marselha II,

Entre os relacionados com ocrime organizado em Vitória cons-tam dezenas de policiais da cida-de, funcionários do Detran, daDelegacia de Furtos e Roubos,além de pessoas da alta sociedadecapixaba. Muitos nomes estão sen-

do mantidos em sigilo para que asinvestigações não sejam prejudica-das, mas os federais garantem queo grupo é também o responsávelpela morte da colunista social Ma-ria Nilce, proprietária de um jor-nal de Vitória, assassinada porquesabia demais: tinha o nome de to-dos os envolvidos com o crime or-ganizado, ameaçavadenunciá-los. O grupo estaria tam-bém, segundo o delegado federalde São Paulo, José Augusto Beline,ligado ao cartel de Medellin. Al-guns agentes envolvidos na opera-ção Marselha asseguram que aligação da organização com o car-tel colombiano é através de um deseus membros, o colombiano Fer-nandes Colones, que estaria escon-dido no Espírito Santo.

Ontem, os policiais passaramo dia à procura de Paulo César deMorais Bessa, comerciante de Vi-tória, detido na operação de sába-do, após ter sua casa e sua oficinade ferro-velho, a Compeças, estou-rada pela Polícia Federal. Libera-do, por falta de flagrante, Bessavoltou à oficina domingo, retirouum dos carros apreendidos, umGol vermelho, e até às 14 horas deontem não havia aparecido. O quemais intrigou os agentes federaisfoi o fato de que a PM de Vitória es-tava policiando o local, mas, ape-sar disso, Bessa saiu com o carro.

Sobreviventes do Boeingorganizam um encontro

SANTANA RIOS AGROPECUÁRIA S/ACGC MF N.° 15.741.432/0001 — 20

EDITAL DE CONVOCAÇÃOASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

Ficam os Senhores Acionistas convocados para comparecimentoà sede sociol, no Município de SANTANA DO ARAGUAIA, Estadodo Pará, no dia 26 de setembro de 1989, às 14:00 horas, a fim dese reunirem em Assembléia Geral Extraordinária para apreciação edeliberação acerca do seguinte:

PROPOSTA DA DIRETORIA PARA:a) Aumento de capital mediante a capitalização dos valores

adiantados por acionistas à sociedade e derivados de contratos deadiantamento para futuro aumento de capital;

b) Aumento de Capital Social mediante a subscrição por partedo Fundo de Investimentos da Amazônia — FINAM de 3.821.450Ações Preferenciais do valor patrimonial unitário de NCzS 0,02 (doiscentavos);

c) Alteração do Artigo 5? do Estatuto Social;d) Outros assuntos de interesse geral.

SANTANA DO ARAGUAIA, 12 de setembro de 1989ABELARDO DE LIMA PUCCINI

Diretor Presidente

SINDICATO DOS JORNALISTASPROFISSIONAIS NO ESTADO DO PARÁASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

EDITAL DE CONVOCAÇÃOPelo presente edital convoco, na forma das disposições esta-

tutorias, os senhores associados deste Sindicato, para a Assem-bléia Geral Extraordinária, a ser realizada no dia 20 de setembrode 1989, às 12h30min, em primeira convocação, com 10 por centodos associados quites, e às 13:00 horas, em segunda convoca-ção, com 5 por cento dos associados quites, para:

a) Debater a participação do Sindicato no VII Encontro Na-cional de Fotojornalismo, em Curitiba, no período de 21 a 24 desetembro de 1989;

b) Eleição dos delegados que representarão este Sindicatono referido encontro.

A reunião terá lugar na sede própria desta entidade de classe,à Rua 13 de Maio, 82 conjuntos 303/304, Edifício Barão de Be-lém, 3? andar.

Belém, 18 de setembro de 1989CAETANA FERREIRA DA SltVA

PRESIDENTE

Rio (AE) — Alguns sobrevi-ventes do acidente do Boeing737-200 reúnem-se ainda esta se-mana para estudar reivindicaçõesque deverão apresentar ao Minis-tério da Aeronáutica e à Varig. On-tem, uma das sobreviventes —Maria de Fátima Bezerra Nobre,que está organizando o encontro —aguardava um contato telefônicocom o engenheiro EpaminondasChaves, para determinar a data eo local da reunião. "Ficamos mui-to unidos depois do acidente e a to-do momento estamos falando unscom os outros", afirmou Maria deFátima. Ela não quis adiantar quetipo de resoluções os sobreviventesestão pensando em adotar e lem-brou apenas do depoimento queprestou semana passada na comis-são do DAC (Departamento deAviação Civil) que investiga o aci-dente do dia 3 de setembropassado.

Mais uma vez, Maria de Fáti-ma Bezerra Nobre fez questão deelogiar o comportamento do co-mandante do aparelho, César Au-gusto Padula Garcez, lembrandode seu esforço e a tranqüilidadeque procurou transmitir aos passa-geiros. "Ele dizia apenas que iria-

mos fazer um pouso forçado, mastambém tranqüilizava dizendo quetudo iria dar certo e conseguiu comsuas palavras acalmar todo mun-do. Depois, perguntei a ele por quenão aterrissou em um dos muitosrios da região e o comandante Gar-cez me explicou que "aí sim, amaioria dos passageiros teria mor-rido". Maria de Fátima diz que nãogosta de lembrar muito do aciden-te, mas recordou ainda da imagemdo piloto César Augusto PadulaGarcez todo ensangüentado, nomeio da mata, vibrando com cadapassageiro que conseguia escapar."Em todas as acusações que estãofazendo contra ele estão esquecen-do que o comandante é um ser hu-mano, que não é o único culpado doacidente. Pouco se fala, por exem-pio, nas cadeiras que se desprega-ram e que ficaram amontoadasdentro do avião num dos cenáriosmais terríveis que jamais vi emminha vida". Maria de Fátima Be-zerra Nobre contou ainda que a co-missão do DAC que investiga oacidente questionou-a demorada-mente em sua residência e que elasempre que pode elogiou o traba-lho e o comportamento do pilotoCésar Augusto Padula Garcez.

Bessa é um dos implicadoscom a organização criminosa deVitória e terá seu nome na relaçãodos pedidos de prisão preventiva.Ele é ligado a João Luiz da Silva,comerciante, e apontado como umdos principais membros da organi-zação, que fugiu sábado, minutosantes dos agentes chegarem à suacasa, no centro de Vitória.

Os policiais federais e da Poli-cia Civil do Rio voltaram ontem afazer perícia nas oficinas Dari-volks, Compeças e Every Car edescobriram carros adulterados,entre os quais a regravação dochassi de uma sucata de Escort,num monobloco, com autorizaçãodo Detran da cidade. O mais curió-so, entretanto, foi verificado-tidEvery Car: havia um barco comchassi e motor de um Volkswagenroubado.

"É preciso um combate fron-tal ao crime organizado em Vitó-ria, pois, do contrário, essa cidadese transformará em Medellin —comentou o delegado Carlos Mar-tins, da PF, do Rio, comparando Vi-tória à cidade de Medellin, naColômbia, onde os criminosos de-safiam a policia promovendo vá-rias explosões de bombas com amorte de dezenas de pessoas, in-clusive jornalistas.

Reajustesalarial

para a

Bruna passa bem e atétoma um banho de sol

Brasília (AE) — A meninaBruna Lorena Coimbra, de 3 anose meio, uma das vítimas do aciden-te com o Boeing 737-200 da Varig,tomou no domingo o primeiro ba-nho de sol desde a sua internaçãono Hospital de Base de Brasília(HBB). Ela passa bem, mas osmédicos ainda a mantém em iso-lamento para evitar qualquer pos-sibilidade de infecção na cirurgiafeita para a desobstrução dos va-sos da perna direita, a mãe de Bru-na, também sobrevivente do

Boeing, Marines Coimbra, não es-tá podendo acompanhá-la porquesofre de faringite e amigdalite.

Segundo o diretor do hospital,Maurício Carialle, a equipe medi-ca que atende a menina já pensana possibilidade de cirurgia piás-tica e enxerto em pontos da pernaque se mantêm escuros, como a fa-ce dorsal, a planta e o dedo mini-mo do pé direito. A possibilidade deamputação foi afastada, mas ain-da não há previsão para alta.

João Pessoa (AJB) — Adver-tindo que a defasagem salarial e oatraso no pagamento dos saláriosvem provocando "sérios proble-mas" à instituição tanto a nível ad-ministrátivo -orno disciplinar,oficiais e soldados da Polícia Militar da Paraíba enviaram docu-mento ao governador TarcísioBurity (PRN), reivindicando repo-sição salarial de 312 por cento apartir de 1? de setembro. Os mili-tares estão aguardando uma res-posta do governador ainda estasemana e admitem uma paralisa-ção, se o aumento não correspon-der ao solicitado.

Os documentos foram elabora-dos pelo Clube dos Oficiais e pelaAssociação dos Subtenentes e Sar-gentos da Polícia Militar. Atual-mente um soldado ganha soldo deNCz$ 80,00, que somado à gratifi-cação de 100 por cento por serviçoativo, auxílio-moradia, gratifica-ção habilitação, gratificação de re-presentação, indenização defardamento e rancho, totaliza re-muneração bruta de NCz$ 305,91 elíquida de NCz$ 206,00.

O comandante da PM, PauloMarcelino dos Santos reconheceque a situação é difícil mas acre-dita que o governador atenderá areivindicação salarial. Para refor-çar o documento dos oficiais e sol-dados, ele já tem em mãos umestudo elaborado pela diretoria depessoal informando que só nos se-te primeiros meses deste ano a PMperdeu 274 sargentos, cabos e sol-dados, que se licenciaram para in-gressarem em outras atividades.Segundo o levantamento do setor,todos os requerimentos em questãoapontam como motivo do afasta-mento a necessidade de sobrevi-vencia em função dos baixossalários pagos à Polícia Militar.

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22 POLÍCIA O LIBERAL

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Genro e sogro se agrediram a facadas.Belém, terça-feira, 19 de setembro.de 1989

orreram os dois.

Brisa de família acaba em morteUma briga de família, no

município de Ourem, teve comosaldo duas vítimas fatais. Rai-mundo Barbosa da Silva, casa-do, de 59 anos, morador da vilaEstiva, em Ourem, brigou comseu genro, Raimundo Ferreirade Souza, casado, 31 anos, resi-dente na vila Furacão, tambémno município de Ourem. Os doisse esfaquearam e morreramquase que instantaneamente.

Tudo começou quando Rai-mundo, o sogro, entregou umacerta quantidade de mandiocaao genro para que ele fizesse fa-rinha, que seria dividida empartes iguais. Quando a farinhafoi entregue, Raimundo Barbosaresolveu comprar a parte dogenro. O pagamento ficou acer-tado para o sábado.

No dia marcado, RaimundoFerreira, o genro, foi cobrar oque lhe era devido. Já chegouembriagado na casa do sogro,acompanhado de seu filho, de 7anos. O sogro disse que ele pe-gasse o dinheiro com sua esposae sumisse dali, pois não gostavade lidar com bêbados. O genrodemorou a sair e Raimundo Bar-bosa agrediu-o com um cabo devassoura. Raimundo Ferreira,enfurecido, puxou uma faca eaplicou cinco golpes no sogro.

Mesmo ferido, Barbosa ain-da teve forças de levantar-se e

perseguir o agressor, que fugia.Na fuga, Raimundo Ferreira fi- ocou preso a uma cerca de arame Jfarpado, onde o sogro o alcan- sçou. Tomou-lhe a faca e atingiu- Slhe duas vezes, matando-o ins-tantaneamente. Raimundo Bar-bosa ainda tentou voltar paracasa, mas caiu no meio do cami-nho, morto.

O delegado Manoel Pedro,de Ourem, tomou as providên-cias necessárias. O velório dosdois foi realizado na casa de Rai-mundo Barbosa, o sogro.

Briga em CapanemaEm Capanema, uma briga

em família também causou víti-ma Nazaré Costa Corrêa, de 30anos, casada, 4 filhos, residenteem Belém na Cidade Nova I, foiagredida por sua irmã, IraciCosta de Almeida, 37 anos, casa-da, 3 filhos, também residentena Cidade Nova I, travessaWE-9D, casa 201, que com umadentada arrancou-lhe o dedomédio da mão esquerda.

As duas tinham viajado aCapanema para passar o fim desemana, na casa de um tio, narua Samambaia, 396. Ali houveuma festa e estavam presentes,além de vários familiares, Na-zaré, Iraci, e o amante desta,Bonifácio, residente emCapanema.

Motorista não consegueganhar o habeas-corpus

Por maioria de votos — 14 x °1 — as Câmaras Criminais Reu- §nidas, sob a presidência do de- <jjsembargador Stéleo Bruno dossSantos Menezes, negaram o ha- %beas-corpus impetrado pelo advo-""gado Américo Leal em favor domotorista Célio Augusto de Al-meida, que está preso no PresídioSão José, a disposição da juíza da1* Vara Penal, Maria Izabel deOliveira Benone.

0 defensor do réu pretendiao arbitramento da fiança e a des-classificação do homicídio dolo-so para o culposo.

Célio Augusto de Almeida foio motorista que, na noite do dia 31de agosto deste ano, dirigindo oGol de placas AN-9038, pela ave-nida Pedro Álvares Cabral, subiuo calçamento, atropelando e ma-tando os jovens Dayse Maria Oli-veira Barbosa, de 17 anos; AndréLuiz Pimentel de Menezes, de 14anos; Adriana Cristina TellesCaldeiras, de 13 anos e JosianeMaria de Oliveira, de 19 anos.

O plenário do Tribunal deJustiça do Estado encontrava-selotado de alunos do Colégio San-to Afonso, onde os jovens vitima-dos estudavam. O representantedo ministério público, procuradorde Justiça Américo Duarte Mon-teiro, antes da votação, fez um re-trospecto do delito, acentuando "airresponsabilidade do motoristaacusado, que, com sua imprudên-cia, e desenvolvendo alta veloci-dade, proporcionou o acidente,matando quatro jovens que brin-cavam em frente às suas residên-cias. Portanto, asseverou oprocurador de Justiça AméricoDuarte Monteiro, o delito pratica-do pelo réu não foi culposo, mas,sim, doloso, devendo ele perma-necer no Presídio São José".

O advogado Américo Leal te-ve 15 minutos para apresentarsua defesa. No tempo em queusou a tribuna, o defensor fez umlevantamento dos fatos, asseve-rando que reconhecia seu consti-tuinte haver praticado um atodelituoso, mas, não culposo, e porisso, merecedor do favorecimen-to da lei.

Afirmando que "a justiça, asvezes, se constitui em dois pesose duas medidas", o advogadoAmérico Leal falou da "intromis-são indevida do governador doEstado, Hélio Gueiros, que tam-bém, como membro do ministé-rio público, em suas entrevistasà imprensa, a respeito do fato, fez

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Célio continua no presídio.

com que a 4ff pretora criminal dacapital não arbitrasse a fiançaem favor do motorista Célio Au-gusto, e determinasse uma novaredistribuição do flagrante, quefoi encaminhado ao juízo da 1*Vara Penal, que o manteve e de-cretou a prisão preventiva doacusado".

Para exemplificar o que afir-mava, o advogado Américo Leallembrou o acidente que envolveuo deputado Nicias Ribeiro, na ro-dovia Augusto Montenegro, queatropelou e matou um casal quecaminhava pelo canteiro. No aci-dente, dois dos filhos do deputa-do também morreram.

Dirigindo-se da tribuna aoprocurador de Justiça AméricoMonteiro, o advogado AméricoLeal solicitou que ele, como re-presentante do ministério públi-co, requeresse a abertura deinquérito contra o parlamentar eque "Nicias Ribeiro sentasse aolado de Célio Augusto, que ele odefenderia de graça".

O desembargador CalixtratoAlves de Matos, o único a votarpela concessão do habeas-corpus,disse que o fazia constrangido;mas, naquele momento, comojuiz, tinha que se basear na lei."Entretanto — afirmou o desem-bargador — como pai e avô quesou, solidarizo-me com os fami-liares da vítima, como com osseus colegas aqui presentes e,quem sabe, algum deles, ama-nhã, venha a ser um juiz, quandosaberá colocar o coração de ladoao defrontar-se com um caso se-melhante e fazer cumprir a lei".

O deputado federal Ademir An-drade, presidente do diretório regio-nal do PSB/PA, participou, em Lon-ares, de 4 a 9 de setembro, da Confe-rência da União Interparlamentar,que congrega os parlamentares de149 nações e tem sede em Genebra,na Suíça. No encontro, o deputadoAdemir Andrade apresentou um ofí-cio ao Comitê de Direitos Humanosda União Interparlamentar relatan-do a violência política que tem ocor-rido no Estado do Pará. Nesse ofício,Ademir narra o assassinato dos par-lamentares Paulo Fontelles e JoãoCarlos Batista.

Ademir Andrade anexou ao do-cumento um dossiê sobre a questãoda segurança pública no Estado doPará. Nesse dossiê, há um discursodo deputado federal Paulo Roberto,do PMDB/PA, em que ele relata oscrimes de que foi testemunha, asanteaças que vêm sofrendo e a impo-

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Ubiratã, ou 'Carlinhos', e João Batista: presos após tiroteio com a polícia.

Quadrilha de assaltantes queagia em Marituba já na cadeia

Policiais da Divisão de CrimesContra o Patrimônio, em conjuntocom o Patam (Policiamento TáticoMetropolitano), após um tiroteio emMarituba, conseguiram prenderdois homens e duas mulheres (umadelas menor de idade) integrantesda quadrilha que praticou cinco as-saltos naquela vila. No sábado, in-clusive, até mesmo um ônibus quefaz linha para a cidade de Vigia foiassaltado pela gangue. No coletivo,viajavam cerca de 40 passageiros,além do motorista e cobrador.

Na troca de tiros com a polícia,dois assaltantes foram baleados.Um deles, identificado como Ubira-tã de Souza Santos, 23 anos, com umtiro no abdome, está internado emestado grave no Hospital do ProntoSocorro Municipal; o outro, João Ba-tista Mesquita, 21 anos, ferido nobraço direito, está preso na Divisãode Crimes Contra o Patrimônio.Uma mulher, Márcia Jurema Car-valhaes, 18 anos, que vinha acober-tando a quadrilha em sua casa, emMarituba, também está presa, jun-tamente com a menor, à disposiçãodo delegado Alberto Cohen.

Ubiratã de Souza Santos, conhe-cido também como "Carlinhos", se-gundo a polícia, seria o chefe da qua-drilha e estaria usando um nome fal-so. Estão ainda foragidos os assai-tantes identificados como Jeová,"Ribinha", "Gaguinho", Irineu e"Carlão".

A quadrilha, segundo a polícia,veio do Maranhão e estava agindoem vários locais de Belém e Maritu-ba. Muitos dos assaltos praticadospela gangue estavam sendo atribuí-dos à quadrilha do assaltante "Cacado Jurunas", que continua sendoprocurado pela polícia.

João Batista contou que a qua-drilha chegou a viajar para a cidadede Vigia, a fim de assaltar umaagência do Banco do Brasil. Porém,lá chegando, havia três soldados daPolícia Militar dentro da casa ban-caria e os assaltantes desistiram.Na volta, contudo, a gangue resol-veu assaltar um ônibus da linhaVigia-Belém, da empresa Estrela doMar, roubando todos os passageiros.

A prisãoPor sua vez, o delegado Arman-

<Márcia: também presa.

do Mourão contou que a polícia che-gou até a quadrilha depois de rece-ber uma denúncia de um magistra-do, cujo nome foi mantido em sigilo,e que informou onde estavam escon-didos os assaltantes. Foi então orga-nizada uma diligência policial que sedirigiu até uma casa no terreno deinvasão do Bairro Novo, em Maritu-ba. Participaram da diligência os in-vestigadores Eduardo, Sílvio, Max-leno, Conceição e Carlos Alberto,

além de uma guarnição do Patam,comandada pelo sargento Nogueira.

O delegado Mourão disse, ainda,que a casa foi alugada por Márciapara esconder os assaltantes. Logona chegada dos policiais, João Batis-ta abriu fogo. Os investigadores rea-giram a bala e atingiram João Batis-ta no braço. O outro assaltante, Car-los Alberto Souza, o "Carlinhos",

que estava se fazendo passar porUbiratã, disparou várias vezes paratentar fugir e acabou baleado. Nacasa, foram encontrados um rádio-gravador, varias fitas cassete, umrelógio de parede, cartuchos de es-copetas e balas calibres 32 e 38. Todoo material foi apreendido.

Mourão afirmou que o assaltan-te João Batista confessou e assumiutodos os assaltos praticados no últi-mo dia 15, em Marituba. A quadrilhaatacou o supermercado Mariana;baleou o guarda de segurança daempresa Amazônia, Justino da Sil-va; e rendeu o motorista e funciona-rios do marchante Sabino, de Bene-vides, roubando seis quartos de car-ne verde que estavam em um cami-nhão. Depois, a gangue assaltou aescola "João Milton Dantas", dei-xando amarrado o vigia José da Ro-cha Cordovil.Também a Colônia doPrata, a Cerama e o "Samba'sDrinks" foram assaltados.

Eletricistaferido com umabala na cabeça

Com uma bala na cabeça que lhe atra-vessou a orelha esquerda c ficou alojadaem seu crânio, está internado no Hospitaldo Pronto Socorro Municipal o eletricistaLuiz Duarte de Souza, de 44 anos, residenteno município de Tomé-Açu. Luiz acusa umpistoleiro, de identidade desconhecida, co-mo autor do atentado.

Disse Luiz que estava trabalhando cmuma oficina quando um homem, que de-pois ele soube ser pistoleiro, ali chegou elhe propôs pagar certa quantia em dinhei-ro para ir consertar um fogão, num localdistante dois quilômetros da cidade.

O desconhecido disse que pagaria umaparte de entrada e o restante quando ter-minasse o serviço. Sem de nada descon-fiar, Luiz entrou no carro do acusado. Aochegar em certo trecho da estrada, o ho-mem mandou que Luiz descesse do veículoe, sacando de um revólver, o derruboucom um tiro na cabeça.

Luiz supõe que o pistoleiro o tenha to-mado confundido com outra pessoa. Acha,também, que só escapou porque se fez demorto e conseguiu, depois que o agressorse retirou em sua D-20, arrastar-se até umbarraco que havia às proximidades, ondepediu socorro. Posteriormente, foi trans-portado para Tomé-Açu e transferido paraBelém.

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Objetos recuperados pelos policiais do Patam de Marituba.

Luiz escapou de morrer.

Menor executadodurante assaltoem

Na cidade de Santarém, na madruga-da de ontem, um assaltante, após roubartodos os pertences de um menor, matou-oa tiros.

A vítima foi Waldir Souza da Silva, de17 anos, estivador, residente na travessaAugusto Meira n° 12, no bairro do Ica. Eleregressava de uma festa dançante quandoo assaltante conhecido por "Mandubé".com várias entradas na Delegacia Regio-nal de Santarém, o abordou. O menor rea-giu e foi morto com dois tiros no rosto, en-quanto o assaltante fugia, levando relógio.cordão, e dinheiro da vítima. Na fuga,"Mandubé" foi reconhecido por váriaspessoas, que o denunciaram ao delegadoLael Almeida e ao escrivão MárioRodrigues.

Transamazônica contibloqueada por posseiros

Ademir Ma em Londresda violência no Pará

sibilidade de retornar às suas basespolíticas por falta de segurança.Ressalta ainda, o documento, a si-tuação de Itaituba, onde o contra-bando de drogas, ouro e armas fa-zem parte do dia-a-dia, segundoAdemir Andrade.

O Comitê examinou a comunica-ção que lhe foi encaminhada e, comoprovidência, pediu ao secretário ge-ral que transmitisse um resumo dasalegações ao presidente da Câmarae do grupo brasileiro da União Inter-parlamentar, ao ministro das Rela-ções Exteriores e ao presidente daCorte Suprema do Brasil, solicitan-do atenção sobre as alegações. Eque as respostas fossem dadas nomenor tempo possível pelas autori-dades. Outra determinação foi dadano sentido de que os deputados Ade-mir Andrade e Paulo Roberto manti-vessem o Comitê permanentementeinformado.

Os delegados de polícia dascidades de Medicilândia eUruará, além do vice-prefeitode Medicilândia, estiveram narodovia Transamazônica, on-tem, para tentar resolver o im-passe envolvendo posseiros e osíndios Arara e, com isso, de-sobstruir a estrada, interditadapor colonos desde a quinta-feira. Até ontem à noite, no en-tanto, a situação continuava in-definida e estrada permanceiabloqueada.

Os cerca de 80 colonos queestão acampados na rodoviaderrubaram uma enorme árvo-re, ontem, e conseguiram inter-ditar mais um trecho da Tran-samazônica. O clima entre pos-seiros e caminhoneiros estavatenso, pois mais de cem veícu-los estão parados na rodovia,muitos com gêneros alimentí-cios perecíveis.

Em Altamira, o agente daempresa de transportes Trans-brasiliana, Miguel Borges Ri-beiro, informou que os passa-

geiros das 30 viagens diáriaspara a região de Marabá, Urua-rá, Medicilândia e Rurópolis sevêem obrigados a atravessar apé a ponte sobre o rio Mutum,incendiada pelos colonos, e ca-minhar 17 quilômetros paraapanhar um outro ônibus e se-guir a viagem.

O percurso precisa ser feitoem mais de uma hora, causan-do transtornos e revolta às pes-soas. Diariamente, mais de milpessoas [,/ecisam atravessar otrecho da Transamazônica ondese localiza o conflito. Uruará jáestá sem combustível e os ôni-bus de linha para aquela cidadepodem parar, o que vai signifi-car mais problemas para apopulação.

A indefinição em torno doimpasse levou os colonos aameaçarem destruir uma pontesobre o igarapé Penetecaua, a57 quilômetros de Altamira, oque pode também inviabilizar otráfego entre Altamira eMedicilândia.

Prefeito pede providênciasO prefeito municipal de IWj-

dicilândia, Francisco Aguiar Sil-veira, enviou o seguintetelegrama ao governador do Es-tado, Hélio Gueiros, solicitandoprovidências em relação ao con-flito entre os índios Arara e pos-seiros na rodoviaTransamazônica:

Comunicamos à v. excelen-cia a gravidade dos fatos queocorrem atualmente na Transa-mazônica. Posseiros e índiosArara, em iminente conflito. Talsituação existe há mais de 10

anos. A rodovia Transamazônicaestá totalmente bloqueada noKM 130, no trecho Altamira/Ilai-tuba, com o acampamento dosposseiros. A revolta dos caminho-neiros aumenta a cada momen-to. No sentido de manter a ordeme segurança pública em nossomunicípio, rogamos do Incra eFunai, providências urgentes.

Atenciosamente,Francisco Aguiar SilveiraPrefeito Municipal de Medi-

cilãndia.

Funai informa quePF está no localO superintendente regional da Funda-

ção Nacional do índio (Funai), DinarteMadeiro, disse ontem que quatro agentesda Polícia Federal já se encontram no km127 da rodovia Transmazônica, local dobloqueio feito por colonos expulsos pelosíndios da reserva Arara, no município deUruará, a 1.500 km de Belém. No final datarde, Madeiro recebeu informações dosfederais de que não há clima de confron-to entre posseiros e índios, porém o climaé de tensão entre os posseiros e os cami-nhoneiros, que estão impedidos de prosse-guir viagem por causa da destruição daponte de madeira sobre o rio Mutum, di-visa entre Uruará e o município de Medi-cilãndia, cujo prefeito, Francisco Aguiar,estava sendo esperado na área do confli-to, com informações sobre as providênciasoficiais para solucionar o impasse.

Madeiro também afirmou que a qua-tro quilômetros do bloqueio, 22 índios es-tão acantonados no posto indígena daFunai para impedir, se for necessário, queos posseiros voltem a ocupar as áreas dasquais foram expulsos na quarta-feira pas-sada, numa operação violenta que envol-veu incêndios a casas, morte de animaisde estimação e criação dos posseiros,além de espancamento em quem tentouresistir.

Madeiro lembrou que no ano passadofoi assinado um acordo entre os índios eo Instituto Nacional de Colonização e Re-forma Agrária (Incra) para o remaneja-mento dos posseiros. Pelo acordo, umaárea de 46 mil hectares da reserva foi ce-dida pelos índios, que ficaram ainda com301 mil hectares. No entanto, os posseirosacabaram invandindo a área maior, pro-vocando novas retaliações do Araras. Se-gundo Dinarte Madeiro, cabe agora aoIncra dar infra-estrutura ao assentamentodos colonos.

pode ter sidoassassinado

"Paulinho", um dos componentes daquadrilha do ' Caca do Jurunas", teria si-do assassinado pela polícia maranhense,sábado passado, e ali teria sido identifica-do como o assaltante "Índio".

O tenente coronel Antônio Carlos Nu-nes de Lima, comandante do Patam, esta-va em São Luís, quando soube que a polícialocal havia morto um assaltante paraenseque ali vinha agindo. Para certificar-se foiaté o IML local, pois queria dar baixa emseu arquivo no Patam, caso o assaltantefosse mesmo do Pará. Ao ver o corpoachou-o muito parecido com "Paulinho",

pois há, no corpo, duas tatuagens iguais àsque "Paulinho" tinha no corpo. O mortoestá sem identificação, e o coronel AntônioCarlos solicitou à polícia do Maranhão queaguarde um pouco para o sepultamento.até checar as informaçãoes em Belém.

Em São Luís também estão presos"Renato Baiano, que poderia ser RenatoMargarido, do bando de "Paulinho", e"Gênio do Mal", foragido de Americano.

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'Paulinho': talvez esteja morto.

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O LIBERALC/lPCrWO

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ICélia Brfío lança livro"Sobre Língua Portuguesa^

A grande paixão acadêmica da profes-sora Célia Brito é a pesquisa da lin-gua portuguesa. Mestra em lingüís-

tica aplicada pela PUC do Rio Grande doSul e professora da mesma disciplina naUniversidade Federal do Pará, Célia vemse ocupando, há muitos anos, de uma tare-fa tão difícil quanto atraente: desvendar osmistérios que cercam a língua que batemose rebatemos todos os dias. Hoje, a partirdas 18 horas, no Laboratório de Lingüísti-ca, do Campus, ela autografa o primeiro re-sultado de uma pesquisa, publicado no livro"Sobre Língua Portuguesa", editado pelaCultural Cejup e Associação dos Docentesda UFPa.

Com essa obra, a autora pretende inau-gurar uma série, onde tratará de vários as-pectos do ensino-aprendizagem da línguaportuguesa. "É um projeto que temos e quegostaríamos de levar em frente, contando,também, com a colaboração dos colegasestudiosos de língua portuguesa", diz a pro-fessorá que, em 81, publicou o livro "Orien-tações para análise de texto" e,regularmente, colabora com jornais e re-vistas, publicando artigos sobre língua por-tuguesa.

EstudoEm "Sobre Língua Portuguesa", Célia

Brito reuniu três artigos: "O Fenômeno daRegência em Redações de Vestibular", "OFosso Entre a Lingüística e o Ensino-Aprendizagem de Línguas" e "O Valor Dêi-tico do Pronome Demonstrativo". "Tenteireunir artigos que interessassem mais deperto a quem se preocupa com essas quês-to.es da língua", explica a autora, que já ex-perimentòu o sabor dos aplausos, antesmesmo da obra chegar ao público. No 2SEncòritfòdeLingüística Aplicada, realiza-do há uma semana, em São Paulo, apresen-tou o segundo artigo e recebeu, dospresentes, os maiores elogios pela profun-didade e clareza com que abordou oassunto.

No primeiro artigo — "O Fenômeno daRegência em Redações de Vestibular", aautora apresenta conclusões de uma pes-âuisa,

realizada na Universidade Federalo Pará, sobre o fenômeno da regência em

redações de alunos que prestaram vestibu-lar para a UFPa. Nesse texto, caracterizao fenômeno da regência, justifica o uso dotermo desvio em vez de erro para designaras ocorrências sintático-semânticas obser-vadas e refere as conclusões a que a pes-quisa chegou. No segundo artigo, ela"ressalta a necessidade de aplicação dosestudos lingüísticos no ensino^aprendizadodas línguas, comenta um impasse ocorri-do entre professores de portruguês sobrefatos lingüísticos de natureza descritivo-gramatical; esclarece o equívoco que pro-vocou esse impasse; refere as leituras in-telectivas e conceptuais que os verbos depercepção possibilitam; apresenta os ob-jetivos do ensino-aprendizagem de uma lin-gua materna e faz incursões pelapsicolingüística na escola, através de mé-todos heurísticos de análise. No capítulo fi-nal, o que corresponde ao terceiro artigo,ela explica que o "valor dêitico do prono-me demonstrativo trata das funções dessepronome em realizações de uso da fala, ob-servando a superposição de suas formas deprimeira e segunda pessoas". Ainda nesseartigo, a autora dá orientações de comoconduzir seu estudo na prática escolar."Eu pretendi fazer um livro que sirvade auxílio para o estudante de Letras e detodos aqueles que gostam e se interessampela nossa língua", diz a professora, que, apartir de agora, se debruça sobre outros te-mas de língua portuguesa que vão, maistarde, ser transformados em livros.

Sobre Línguan)rtugUeSa

___________ mu *9 áe^^rolelml

Prêmio de Marinaldoconfirma padrão de

qualidade do Arte Pará

O

resultado do VIII Salão Arte Pará, daFundação Romulo Maiorana, movimen-tou a comunidade artística local. Nasexta-feira, tão logo a televisão divulgou

o nome dos premiados, muitos amigos foramabraçar Marinaldo Santos, Emmanuel Franco,Jair Jr. e Aníbal Pacha. Marinaldo estava comuma saída programada e cancelou tudo. Jair Jr.esteve em O LIBERAL e, ao chegar à Redação,não conteve a emoção. Por volta da meia-noite,amigos de Emmanuel Franco já estavam na por-ta do Jornal, esperando que saísse o primeiroexemplar da edição de sábado para conferir queele era, mesmo, o segundo grande premiado damostra. "O Emmanuel merece. Ele tem trabalha-do, feito pesquisa. Estamos felizes por ele", dis-se Tamara Sare, colega de Emmanuel Franco, noCentur.

A comissão de seleção do VIII Arte Pará, es-te ano patrocinado pela Companhia Vale do RioDoce, ETE Engenharia, Lloyds Bank, Setrans-Bele Tecidos do Povo, do Grupo Xerfan, antecipa co-mo será a exposição. "Vamos ter uma coletivalimpa, enxuta, de ótima qualidade", disse PauloRoberto Leal, ainda encantado com o figurativosutil que encontrou em Belém. "O arte Pará des-te ano confirma o seu padrão de qualidade", acre-secenta Luiz Braga, que participou da comissãojulgadora. Ele ficou entusiasmado com a produ-ção de novos fotógrafos e lamentou que outros,com mais experiência e com uma produção maisregular, não tenham feito inscrição.

PesquisaComo os trabalhos inscritos no VIII Salão Arte

Pará ainda são, para a maioria das pessoas, des-conhecidos, não é possível, portanto, saber o quea cidade pensa deles. O que se sabe, porém, é quehá uma alegria geral em torno do reconhecimen-to dado à produção de Marinaldo. '-Sempre acheique ele era talentoso. Certamente o júri premiouo que de melhor se faz no momento", disse o ce-ramista Ruy Meira. Como Meira, o artista piás-tico La Rocque Soares também não viu nem osobjetos, nem os quadros de Marinaldo, mas crêque "ele está perfeitamente à altura de um prê-mio do Arte Pará, porque pesquisa muito".

Assim como Marinaldo, Emmanuel Francotambém ouviu elogios. "Eu previa que ele seria

.ma revista do tempo emque "fazer uma revista"era apenas um trabalho depolícia. Trata-se do "Revis-

tão do Faustão", o mais novo lança-mento da Editora Globo, que desdeontem chegou às bancas de todo opaís. A revista, dirigida ao públicona faixa etária de 12 a 30 anos, re-presenta o maior investimento jáfeito em matéria de publicações hu-morísticas no mercado brasileiro.Serão 64 páginas com o humor quecaracteriza o apresentador mais ir-reverente da televisão brasileira naatualidade.

O Revistão do Faustão trans-porta para o veículo impresso a per-sonalidade, a linguagem, o estilo ea diversidade do programa da TVGlobo comandado por Fausto Silvanas tardes de domingo, primandopor uma esmerada qualidade gráfi-ca e apresentando característicasabsolutamente inéditas no segmen-to das publicações de humor. Paraa diretora editorial da Divisão deInfanto-Juvenis da Editora Globo,Flávia Cenccantini, não existe, nomercado brasileiro, nenhuma outrapublicação que sirva como parâme-tro de comparação para o Revistãodo Faustão. Segundo ela, a referên-cia mais próxima é a inglesa "Na-tional Lampoon".

IdéiaO editor Osmar Mendes Júnior,

por sua vez, recusa de antemãoqualquer rótulo de alienante para arevista, que para ele é dirigida à fa-mília e também tem um espaço pa-ra a malícia. "O Revistão vai rir dacrise e não esconder a realidade",enfatizou. A idéia da revista surgiulogo após a contratação de FaustoSilva pela Rede Globo. Com a defi-

• nição dos detalhes pela Divisão dePublicações Infanto-juvenis, a pro-posta foi bem recebida por FaustoSilva, que, rapidamente, se entrosoucom a equipe montada especialmen-te para a produção da revista. Aequipe é composta por sete profis-sionais, incluindo dois setoristas do"Domingão do Faustão", vários co-laboradores e o redator Fran Augus-ti — que acompanha Fausto Silvadesde os tempos da TV Gazeta.

Com uma tiragem inicial de 300mil exemplares, o Revistão, com 64páginas em papel nobre, terá umaperidiocidade mensal e será distri-buído nacionalmente, incentivandoconstantemente a participação doleitor através de muitas promoçõesem todos os números e com premia-ções para os vencedores. O alto in-

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Da direita para esquerda: os premiados Marinaldo Santos e Jair Jr.

premiado em breve, porque tem muito talento epesquisa", elogia La Rocque Soares. "A nível de•reconhecimento, é importante para todos nós apremiação dos artistas, no Arte Pará", explicouo fotógrafo Miguel Chikaoka que, apesar de nãoter visto as fotografias e os outros trabalhos, sa-be que Marinaldo "é espetacular, e que o prêmiodeve ter sido muito merecidc. Mesmo assim", res-salva, "não posso fazer uma análise comparati-va, porque ainda não conheço o material exposto".

, IncentivoA premiação de Marinaldo mexeu, mesmo,

com a cidade. Sérgio Mello, da 115 Galeria de Ar-te, não faz três meses abriu seu espaço para umaindividual de Marinaldo. "Quando houve a chan-ce de fazer uma individual do Marinaldo aqui nonosso espaço, não perdemos tempo, porque, ape-sar de não ter tido ainda nenhuma grande premia-ção, como essa do Arte Pará, ele mostrou quesabia que o caminho era aquele". "O Marinaldo

Fausto Silva ri dacrise no 'Revistão'

vestimento efetuado na publicação— o maior já feito no Brasil em re-vistas de humor — incluiu umagrande campanha publicitária divi-dida em duas etapas: o pré-lançamento, executada 10 dias an-tes da chegada às bancas, e o lan-çamento propriamente dito.

No pré-lançamento, além dosanúncios na TV, rádio e revistasadultas da Editora Globo, os distri-buidores e jornaleiros que recebe-ram a revista em primeira-mãotrabalharam com cartazes gigan-tes, que dobrarão de tamanho na se-gunda fase da campanha, quando a

revista já estiver nas bancas. Nes-sa etapa haverá também a divulga-ção através de comerciais de TV emrede nacional, rádio (Rio de Janei-ro e São Paulo), anúncios em jornaise revistas de circulação nacional eainda a distribuição de faixas e ca-misetas promocionais.

ComicidadcNa capa do primeiro número do

Revistão aparece Fausto Silva con-vidando o leitor a abrir e avançarpelas páginas da publicação. A pre-sença direta de Fausto Silva com oeditorial (Fala, Faustão), na tira "Ê

éum bom exemplo deque um trabalho bem feitomerece a consagração", completou BenedictoMello.

A partir de agora, começa a segunda fase damostra. De hoje até o dia 5 de outubro, quando se-rá aberto oficialmente ao público, na Galeria "Ro-mulo Maiorana", o Salão vai viver umamovimentação interna. Os trabalhos não selecio-nados já estão sendo devolvidos aos seus autores,que podem retirá-los na Galeria "Romulo Maio-rana", no horário comercial. Agora, é horajdemontar a exposição e, para isso, virá do Rio deJaneiro o diretor de Artes Plásticas da FundaçãoRomulo Maiorana, Paulo Herkenhoff. Ao lado dadiretora Roberta Maiorana Xerfan, que tambémé a coordenadora do Salão, será realizado o tra-balho de distribuir na Galeria "Romulo Maiora-na" as obras dos 35 artistas selecionados. Ocatálogo vai ser confeccionado e, na noite de 5 deoutubro, a cidade de Belém ganha mais uma ver-são do Arte Pará.

o fim" e através de suas interferên-cias ao longo de toda a revista — co-mo nas "marcações do Faustão",onde comentários curtos e engraça-dos são manuscritos às margens dascolunas —, marcará as páginas doRevistão, sempre com a preocupa-ção de explorar cada assunto de for-ma cômica e preservando a diver-sidade do programa de televisão,traduzida para as características doveículo impresso.

As seções não são fixas e nãotêm lugar cativo, podendo entrar noinício, no meio ou no fim da revista,como também podem aparecer emalguns números. Na edição de es-tréia, o destaque fica por conta daentrevista dada pelo trapalhão Re-nato Aragão ao editor Osmar Men-des Júnior, e para a seção "ÉMole?", que mostra a fotógrafa Re-nata Falzoni. O convidado especialdo primeiro número é o cartunistaJaguar, que participa com duas pá-ginas. O Revistão oferece ainda aosleitores um inocente passatempo"que fará todas as garotas voltaremao tempo de brincar de Barbie":Klaus Barbie, o boneco, virá acom-panhado de cinco roupinhas para re-cortar e vestir. Entre elas, ogarboso uniforme de oficial nazista,o aparelhado açougueiro dos cam-pos de concentração, o bem-disfarçado executivo em fuga paraa América Latina, traje típico usa-do na Oktoberfest de La Paz e o lis-trado prisioneiro de seus últimosdias.

O passatempo foi extraído darevista "National Lampoon*'. quetambém "emprestou" à revista asátira sobre a evolução do homem.Haverá ainda uma seção de turismo(com destaque para os monumentosinusitados de São Paulo, como a Ar-ca de Noé encalhada na avenida 23de Maio), a charge do mês, as"Faustividades" (cruzadas, labirin-tos, jogo dos sete erros, com resul-tados surpreendentes), história emquadrinhos (na estréia, o SurfistaParafinado) e os "Cacarecos e Quin-quilharias", uma verdadeira feiri-nha do inútil. Nas seis páginas do"Faustão no Domingão" serão revê-lados os bastidores do programa detelevisão, enquanto a seção de car-tas trará correspondências assina-das de gente famosa como Sting, oFantasma da Opera, os presidência-veis, Alf, Maguila, Xuxa e até o Cris-to Redentor, "que recebeu oRevistão do Faustão de braços aber-tos". No mais, o negócio é correr àsbancas e conferir.

f2- ARTE/ESPETÁCULOS - CADERNO DOIS O LIBERAL Belém, terça-feira, 19 de setembro de 1989

Ibrahim Sued______WSBÊÊM^ÊÊmwm_wmMWiÊmmm\wmu ¦-J

Pr/mDama de

Be/Ô no RioA sra. Bertha Mendes

de Souza abre os salões doseu ap na avenida Atlân-tica, hoje, para um big co-quetel em homenagem asra. Elizabeth Pimente daVeiga, coordenadora dabarraca de Minas, queveio cuidar dos últimosdetalhes do tradicional ai-moço mineiro.

O comandante MaxGuedes decolando pararepresentar o Brasil naIlha da Madeira, no Con-gresso Internacional deHistória do Atlântico.

A psiquiatra infantilMaria Teresa Maldonado,depois de ter lançado comsu na Belecap seu çivro"Vida em Família", vaipara uma especializaçãono Instituto Psicossomáti-co para bebes e família,em Paris.

O presidente Sarneyvai aproveitar sua viagema sede da ONU, nos States,para esticar até Chicago,mais precisamente ao La-boratório Fermi. Trata-sede um dos principais cen-tros científicos do mundo,que tem na sua equipevinte cientistas brasilei-ros, que o presidente fazquestão de ir cumprimen-tar pessoalmente.

Aproveite, presidên-te, visite as fazendas degado. Eu estive lá com opresidente Jango, quandoele visitou os States.

Foi para dar bye-byeao sr. Charles Stehlin eMarina, que estão deco-lando para a França paraassistirem ao dia do ami-go Jean Pierre Simmonotcom a sra. Marina Ama-ral, o jantar sentado oíe-recido pelo sr. CesárioSilveira e Yolanda.

Distribuídos em trêsmesas de dez lugares es-tiveram por lá os casaisRaphael Lange, José Hen-rique Leão Teixeira, Gui-lherme Vidal, RenatoGraça Couto, José CarlosLeal e Roberto Moura,brindados com um picadi-nho chinês, rocambole debacalhau e vitela com ce-bolas carameladas.

Os srs. Nico CharlesBarcelo e Luis HenriqueLeão Teixeira conquista-ram o primeiro e segundolugares, respectivamente,no Campeonato BrasileiroAberto do Golfe, na Gá-vea, na categoria scratch(profissional).

Umbigo de foramas com cuidado:panama de volfa

Em todas as coleções demoda de primavera-verão lan-Çadas esta semana, aquelasque depois todo o mundo copiae que vestem nove entre dezmulheres chiques do Brasilem todas elas viu-se saias ècalças tipo "pijama", amarra-das na cintura de modo que sepossa usá-las com ou sem um-bigo a mostra.

• Mas cuidado. Para usarbarnguinha de fora precisa-sede muita classe e sobretudo deaeróbica no mínimo três vezespor semana para que o resul-tado da nova moda não fiquevulgar nem ridículo. q_

'._a coleção de MariaCândida Sarmento, por exem-?Í°'Jque veste as sras MaluMader Maria José MagaíhãesPm o, Van.a Fragoso Pires eEmiha Pacheco, além do um-bigo de fora viu-se muita pan-talona (mais curta e reta)

f.p * Muit0 "nho, chamois eterno panama - tecido perfei-

Í°n£fnapUm país tr°Pical comonosso. Panama. A grande sen-"(nov?™níe) da modaatual brasileira. Frisa a sraLucila Lopes.

nni<;HfádevoltaaBrasíliade-pois de umas merecidas fériaso embaixador da Itália, Antô:mo Ciarrapico. Já começa aSaJarTaspr°gramaÇõesdo ano

embaixada até o «nal

Correio de Brasíliade bola branca

Quem se sentiu gratificado e orgulho-so neste final de semana que passou emsua casa de Salvador — "um fim de sema-na bem baiano", diz ele — é o ministro An-tonio Carlos Magalhães, que se despediuesta semana do inspetor geral do Correiodos States, que retornou do Brasil e dele re-cebeu um especial elogio.

O Correio Brasileiro, segundo Mr.Jack Swagerty, é um dos três melhores domundo. É D-l que significa carta entregueno dia seguinte ao ser colocada numa agên-cia postal.Para quem não sabe, são 14 tonela-das de correspondência que todas as noi-tes circulam, em 46 aviões alugados pelonosso correio e que riscam os céus do ter-ritório brasileiro, transportando correspon-dència.

O que está acontecendo, na realida-de, com as micro é uma grande fraude: pa-ra evitar o pagamento de imposto de rendasão numerosíssimos os casos em que pes-soas físicas se registram como empresasprestadoras de serviços. Disse o ministroMailson, acrescentando que não quer ser"bicho papão"."A taxação de 3% sobre o lucro nãovai desestimular os empresários sérios eajudará no combate à sonegação", frisou.E toma imposto. De leve.

Ravel com bis: foi um su o concerto deRavel, na sala, quando o solista da Orquer-tra Filarmônica do Rio, Edson Elias, foiovacionado pela platéia que, de pé, exigiabis do terceiro movimento do concerto pa-ra piano de Ravel, a peça principal danoite.

Mesmo tendo sido marcada para amesma noite da estréia de Bejart no Mu-nicipal, a exibição da filarmônica foi de ca-sa superlotada, com cadeiras extras e tudo.

Adib Jatene e Onofre Ferreira na AcademiaJochimsen no Brasil com Sarney e business

La Becasse preferida pela turma do CollorO engenheiro Gabriel Af-

fonseca e Vera convidaram umgrande grupo de casais do jovemsociety do Rio para festejarem oniver do anfitrião, ontem, comcoquetel no People.

O dr. Alcino Affonseca eGilza comemorando a chegadado seu terceiro neto, Ricardo, fi-lho de Ricardo e Angélica Af-fonseca.

O restaurante "La Becas-se" de Brasília, que é o preferi-do do staff do Fernando Collor,em seu cardápio jamais coloca-rá sopa de tartaruga. Collor éecologista.

O ministro Luciano Bran-dão em intensa atividade porconta do início da votação da no-va lei orgânica do Tribunal deContas da União: como relatordo projeto.

O ministro Henrique Valeabriu os salões do Itamaraty, em

Brasília, para almoço em home-nagem à missão soviética "pu-

xada" pelo sr. V.M. Serov.Os soviéticos vieram dar

início aos entendimentos paracolocar em prática o protocolode cooperação especial assinadoentre o seu país e o nosso.

O expert em feiras, empre-sário Caio de Alcântara Macha-do, circulando na feira de au-tomóveis de Frankfurt, checan-do as novidades para trazer pa-ra o próximo salão doautomóvel.

A sra. Regina Mello Leitãoem Salvador comboiando umgrande grupo de senhoras quepromovem, com o apoio do jor-nal "A Tarde", um big bazar be-neficente, para as obras sociaisda irmã Dulce.

Filosofia: Sorria, sorria,três vezes por dia. Eu volto.

Concerto didático' no da PazNo próximo dia 20, a Orques-

tra de Câmara do Pará, sob a re-gência de Eugeni Ratchev, estaráse apresentando no Teatro da Paz.Os recitais, que fazem parte dosProjetos "Orquestra de Cãmeraem Concertos" — Série ConcertosDidáticos III, idealizado pela Fun-dação Carlos Gomes, com apoio doBanco da Amazônia S/A —, e"Waldemar Henrique" — Série 'AEscola, o Theatro, a Orquestra",idealizado pelas Fundações Romu-lo Maiorana e Carlos Gomes, comapoio da Companhia Vale do RioDoce —, serão apresentados emdois horários: o primeiro, às 10 ho-ras; e o segundo, às 16 horas.

O objetivo do primeiro proje-to é levar os alunos das escolas de1? grau da rede estadual de ensi-no às salas de concertos e, tendoem consideração também a necjes-sidade de um tratamento mais di-dático às apresentações. Nos doisconcertos, cerca de 800 adolescen-tes e crianças convidados estarãoparticipando dos concertos, nosquais receberão explicações didá-ticas sobre a Orquestra, sua for-mação instrumental e o repertórioque será ouvido. Todas essas ex-plicações serão precedidas de umasensibilização dos alunos para opatrimônio cultural do Estado, oTeatro da Paz, local das apresen-tações.

O Projeto "Orquestra de Câ-mera do Pará em Concerto" — Sé-

Integrantes da Orquestra de Câmara do Parárie "Concertos Didáticos" — contaainda com o apoio da Secretaria deEstado de Educação, na pessoa dasecretária Therezinha MoraesGueiros, que, através do Prodiart18 acionou as Escolas Unidade Na-cional 'Yolanda Martins', 'Augus-to Olímpio, "Pestalozi", 'PlacídiaCardoso', 'Aníbal Duarte', 'Marlu-ce Pacheco, 'Rui Barbosa', 'VeraSimplício', "Cordeiro de Farias"e 'Vilhena Alves', para levaremseus alunos ao Teatro. Os alunostomarão contato com peças decompositores do repertório carne-rístico, representados por Vivaldi(1678-1741), Mozart (1756-1791),

Rossini (1792-1868), Strauss(1864-1949) e Francisco Mignone(1897-1987), entre outros, de umaforma fácil, clara e transparente,bem a nível de seu entendimento,sendo os comentários feitos pelomaestro João Bosco da Silva Cas-tro. A formação da Orquestra deCâmera do Pará — nos violinos:Eugeni Ratchev, Nildo Baía, Jor-ge Catete, Afonso Barros, FlávioCosta e Edir Duarte; nas violas:Haralampi Mitkov e Jairo Cha-ves; no cêmbalo, Irina Ratcheva;nos violoncelos: Petar Saraliev eMilene Aliverti; e no contrabaixo:Jonas Arraes.

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SESSÃO DA TARDEAMOR A PRIMEIRA MORDIDA - 15:10

Título Original:LOVE AT FIRST BITE

Ano de Produção: 1979Direção: Stan DragotElenco: George Hamilton, Susan Saint,

Richard Benjamin, Dick Shawn.

O mais famosodos Vampiros (George) chega na grandecidade de Novo York. E nos vôos

noturnos conhece uma linda garota (Su-san) que é envolvido por umalouca paixão. Cor.

SEMANA DA PRIMAVERA0 ROMANCE DE MÜRPHY ¦ 23:35

Título Original: Murphy'sRomance. Nacionalidade: America-na Ano de Produção: 1985. Direção:Martin Ritt. Elenco: Sally Field, JamesGarner, Brian Kerwin, Corey Haim, Den-nis Burkley, Geogann Johnson, DorthaDuckworth, Michael Prokopuk, Billy RaySharkey, Michael Crabtree, Anna Levi-ne, Charles Lane, Bruce French, John C.Becher, Henry Slater, Tom Rankin,

Emma Moriarty (Field), jovem divor-

ciada, mãe de Jake (Haim), decide ir vi-ver num rancho em Eunice, pequenacidade no interior do Arizona. Sua ma-neira descontraída de vestir-se e se com-portar causam rebuliço entre osmoradores do local. Um deles, o forma-cêutico viúvo Murphy Jones (Garner), seaproxima de Emma e passa a cortejá-ladiscretamente, mesmo após a chegadade seu ex-marido, Bobby Jack (Kerwin).Cor.

CAMPEÕES DE BILHETERIA - 0 TERROR DO DOUTOR

Título Original: The Or-deal Of Dr. Mudd. Nacionalidade:Americana (TV). Ano de Produção:1980. Direção: Paul Wendkos. Elenco:Dennis Weaver, Susan Sullivan, RichardDysart, Michael McGuire, Arthur H/7/, Ni-gel Davenport. A verdadeira história do

Dr. Samuel Mudd (Weaver), o médicoque inocentemente tratou e curou JohnWilkes Booth (Dysart), o assassino doPresidente Lincoln, quando de sua fugada cena do crime. Por este ato, Mudd foiacusado de participar da conspiração,sendo condenado à prisão. Cor.

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III APETITEAC0ZINHANAP0R1ADASUAGASA.

V"A cozinheira. faltou: como

agente sai comerhoje?" Foi pensando

t nisso que a BomApetite lançou op sistema de comida

. por telefone,trocando em miúdos: da comida

caseira, carne, peixe, avesate saladas feitas com excelentepaladar de gente especializada,que não negam logo.

Tudo isso na mais completahigiene, esoce não paga maispor isso. Os preços estão dentrodo mercado.

Agora, toda se/ que você

-e____e_e__ __M______^ ________V*i^^^__p^^^^__^^Q&'" '"'""'• ^HU

rT*Li uW¦ i « • "TI ¦II ^»

pensarem comida, em casa ou nasua empresa, pense e lenhaBom Apetite,pelos telefones

225.3844223.7257na PresidentePernambuco. 224.Praça Ferrode Engomar

isee tenna

tf

Atendemos no sábado o seu almoço de domingo.

Horóscopoi

ÁRIES (de 21/03 a 20/04) Regente:Marte. Mente um tanto lenta, porém segu-ra, que em momento algum perde o sensoprático. Boa capacidade de decisão e lide-rança. Saberá defender seus pontos de vis-ta com muita energia e segurança. Devecontrolar uma tendência e não levar emconta a opinião dos outros.

TOURO (de 21/04 a 20/05) Regente:Vênus. Muito cuidado no ambiente de tra-balho, pois poderá sofrer uma traição dealgum colega invejoso. Portanto, fique nasua e não se envolva em assuntos que nãotiverem relação direta com você. Procurenão reagir impensadamente a qualquerprovocação.

GÊMEOS (de 21/05 a 20/06) Regente:Mercúrio. Mercúrio está em aspecto como rigoroso Saturno, e você terá que ajustarmuitas coisas na sua vida. As coisas che-garão com um certo esforço; não haverámesmo colher de chá nesta fase. Em com-pensação, aprenderá que o que se recebee em retribuição à energia que se gastar.

CÂNCER (de 21/06 a 22/07) Regente:Lua. Grande força espiritual; coraçãocompreensivo e generoso; muita intuiçãoe capacidade de se adaptar ao fluxo da ma-ré. Isso lhe trará vantagens no campo pro-fissional, principalmente se você trabalhacom medicina, assistência social ou ma-gistério.BgB^X ->- •' ¦•

LEÃO (de23/07 a 22/08) Regente: Sol.Bons presságios para a sua vida profissio-nal. Vantagens conseguidas com muito tra-balho trarão muita alegria e esperançapara você. O desenrolar aos acontecimen-tos não dependem exclusivamente de você;procure ser mais receptivo e adaptável.

VIRGEM (de 23/08 a 22/09) Regente:Mercúrio. O pensamento está mais deva-gar, e haverá uma sensação geralmente de

Êreguiça, indisposição e falta de paciência.Ivíte tomar decisões sob pressão ou dei-

xar coisas para a última hora, pois você po-deria se confundir e não ter a sua habitualcapacidade para a improvisação.

LIBRA (de23/09 a 22/10) Regente: Vê-nus. Vibrações harmoniosas para o setorde trabalho dos nativos deste signo, prin-cipalmente para aqueles que trabalhamcom o elemento humano. Também a saú-de se encontra favorecida, pois o organis-mo terá tendência a se equilibrar. Diafavorável para começar tratamento de saú-de e dieta.

ESCORPIÃO (de23/10a 21/11) Regen-te: Plutão. Urano, em aspecto com Martevai deixá-lo um tanto impaciente com a ro-tina e a mesmice da vida, e você vai ficarsonhando com situações desafiadoras eemocionantes. Não faz mal sonhar um pou-co; aproveite para escrever suas poesiasou fazer uma surpresa para alguémquerido.

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SAGITÁRIO (de 22/11 a 21/12) Regen-te: Júpiter. Vida familiar trazendo surpre-sas e algum atrito. O astral está um poucocarregado e você deve evitar fincar o péou tomar decisões definitivas, pois poderiase arrepender depois. Seja o mais toleran-te possível, para evitar engordar pro-blemas.

CAPRICÓRNIO (de 22/12 a 20/01) Re-gente: Saturno. Seu impulso para a açãoestá instável, interrompido, tornando-o in-quieto e as vezes até nervoso. Procure nãoinsistir se algumas coisas não estiveremcertas; espere melhores oportunidades.Distraia um pouco a sua cabeça, lendo oubatendo um Dapo furado.

AQUÁRIO (de 21/01 a 19/02) Regente:Urano. Falta de sorte no jogo. desfavorávelpara correr riscos. Deve evitar movimen-tar dinheiro, pois poderá se confundir ouser enganado. Tendência a ser impulsivo eirrefletido, e gastar mais do que devia. Pa-ra arejar a cabeça, ouça boa música.

PEIXES (de 20/02 a 20/03) Regente:Netuno. Você hoje poderá receber muitaajuda de amigos e companheiros de traba-lho. O astral em volta está de cooperaçãoe solidariedade. Netuno ainda esta em as-pecto com Plutão, o que ajuda a eliminara indecisão e o obriga a lutar pela Justiçae pelos direitos. Momento de dignidade

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Belém, terça-feira, 19 de setembro de 1989 O LIBERAL SOCIEDADE CADERNO DOIS 3

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A bon/to Gíovano Almeida, Miss Pará 89, se-rá uma das atrações nesta quinta-feira, na festabeneficente que a Associação Cristã Femininarealizará na boate do late Clube, em prol desuas obras assistenciais.

Show de beleza, dia21, no Iate Clube

Nesta quinta-feira, na boate "Convés"do Iate Clube do Pará, a Associação Cris-tã Feminina de Belém, realizara a gran-de "Noite da Beleza" de caráterbeneficente, tendo como atração um sen-sacional show desfile de moda; beleza,charme e elegância com a participaçãoespecial das encantadoras Flávia Cavai-cante (Miss Brasil 89), Giovana Almeida(Miss Pará 89), Bianca Rocha (Miss Ba-hia 89) e Vânia Ribeiro, Miss Mato Gros-so. Vai ser um empolgante show de beleza,na boate iatista.

A receita reverterá em prol das obrasassistenciais da ACF. A produção geral éde Ademir Souza. A coordenação geral éda senhora Abilene MurchoLando. dedica-da presidente da Associação Cristã Femi-nina. Não resta dúvida que vai ser umanoite maravilhosa na boate iatista.

Adelina no berçoDe 'niver'hoje, a elegante Adelina Gui-

marães, esposa do cel. PM Ailton Guima-rães, criatura humana maravilhosa e damaestimada no círculo de amizade do casal,por suas virtudes. O evento será comemo-rado com um jantar informal na residênciados Guimarães, a partir das 20:30 horas,com a presença dos familiares e amigosmais chegados. Daqui, as felicitações do co-lunista à distinta nataliciante.

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Os no/Vos Rosana Maria Monteiro e HüdsonRicardo dos Santos felizes no grande dia. (Fo-to de Mário Barbosa)

0 Sim de Rosanae Hudson

As solenidades do casamento da bo-nita Rosana Maria Monteiro, filha deAdaty e Maria Clara Monteiro, com o jo-vem oficial da Marinha Mercante HudsonRicardo dos Santos, filho de Casimiro eMaria Altiva dos Santos, da sociedade deMato Grosso, constituíram acontecimentode destaque. O ato religioso foi celebra-do na igreja da Trindade, às 10:00 horasda manhã.

A recepção aos familiares e convida-dos realizou-se na bela casa de campo dafamília.

Rosana e Hudson viajarão em lua-de-mel pela América do Norte e depois fixa 'rão residência em Juiz de Fora.

Domingo festivo noGrêmio Português

O Grêmio Recreativo Portu-guês, valorosa agremiação dasociedade local, em prossegui-mento à sua bela programaçãodo mês de aniversário, realizaneste, domingo, dia 24, atraentemanhã festiva de beleza e moda,à borda da piscina da sede socialcampestre, na rodovia AugustoMontenegro.

Serão destaques da progra-mação: desfile de moda das con-ceituadas Lojas Capri, com umgrupo de excelentes manequinsapresentando o que Irá de me-lhor na moda brasileira para o

verão 89/90; homenagem da di-retoria a um grupo de jovens quebrilharam no veraneio de julho,inclusive, conquistando títulosde beleza nos balneários e, final-mente, este colunista apresenta-rá as mais belas do veraneiogremista.

A diretoria do Grêmio Por-tuguês, à frente o dinâmico pre-sidente José Valente, tomandoas providências para o brilhomaior do evento. Vai ser o acon-tecimento de destaque deste fi-nal de semana.

ISâEC uOâTCSGarota Lions 89 dia 24, no Iate

Mais uma vez, o Lions Clubede Belém Batista Campos, dandoprosseguimento às suas vitoriosasrealizações sociais, de caráter be-neficente, realizará neste domingo,dia 24, o seu XII Concurso GarotaLions, no salão de festas do IateClube do Pará, contando com aparticipação de 09 belas represen-tantes dos clubes de Lions do nos-so Distrito. São elas as bonitas IsisKrishina Rezende Sadeck (BelémBatista Campos), Julia Rosa Lo-pes Lima (Abaetetuba), Silvana deMoraes Cardoso (Belém VitóriaRegia), Jerusa Simone Araújo de

Souza (Belém-Icoaraci), AstréiaCunha Martins de Barros (Belém-Independência), Valdenia CunhaMartins (Paragominas), MarisaMaria de Andrade Ferrari(Belém-Centro), Andréa Santos(Belém-Nazaré) e Girlene Gomes(Macapá Perimetral).

A coordenação desse concur-so de beleza, está a cargo das "do-madoras" do Lions Belém-BatistaCampos, à frente a senhora DoraMartins. A manhã festiva leonísti-ca no Iate Clube, vai ser um tre-mendo "su".

O coronel PM Raimundo Nonato Barbosa de Lima, comandante geralda Polícia Militar do Rara (perfeito anfitrião) recebeu os agradecimen-tos dos jornalistas Luiz Paulo Freitas, Odacyl Cattete, Nélio Palheta eo colunista, do Sistema RM de Comunicação. (Foto de Antônio Silva)

Polícia Militar homenageiaImprensa com almoço

servir ao público.O almoço — tendo ao lado

todos os oficiais da PM que es-tão com comando em Belém eque foram apresentados um aum pelo comandante Raimun-do Nonato — constou de baca-lhau à moda de Rufino e filéalto, com sorvetes de frutas re-gionais "au dessert".

Coube a este colunista, de-vidamente credenciado pelosseus companheiros, agradecera distinção da oficialidade daPolícia Militar. Ao ágape, con-vidados, estiveram, do SRMC,os companheiros Odacyl Cat-tete, Nélio Palheta, AlbertoQueiroz, Luís Paulo Freitas eeste colunista.

Com a imprensa — ho-mens de rádio, jornal e televi-são, a nível de dirigentes e derepórteres —, foi assim, aomeio de almoço, ontem, que ocoronel Raimundo NonatoBarbosa Lima, novo coman-dante da Polícia Militar do Es-tado deu o "kick-off" daSemana da Polícia Militar, nu-ma espécie de "avant-première", quando disse dotrabalho que a Corporaçãopresta à segurança dos seusjurisdicionados e da intençãode trabalhar ao lado dos pro-fissionais de Comunicação, devez que a atuação de ambas ascategorias (imprensa e mili-cianos) se confundem na suaintenção final, qual seja a de

Baile das Estrelas da PMUm dos destaques da pro-

gramação da Semana da PolíciaMilitar do Pará que terá iníciohoje e término no dia 25 próximo,comemorativo ao 16? aniversá-rio de criação da Corporação,será na próxima sexta-feira, dia22, o tradicional Baile das Estre-Ias, a realizar-se nos salões doCassino dos Oficiais da Aeronáu-tica T-l, na Marancangalha, com

início às 23:00. O traje será a ri-gor para os civis e o correspon-dente para os militares.

O comandante geral da Po-lícia Militar do Pará e presiden-te do Clube dos Oficiais, Cel. PMRaimundo Nonato de Lima, con-vidou este colunista à participardo Baile das Estrelas que todosos anos marca sucesso absoluto.

A '.'moranguinho"

Cláudia Andréada Silva,

Menininhado late Clube,

recebendo afaixa de suaantecessora

Andréa Batista(Foto de

Mário Barbosa)

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Cláudia Andréa, Menininha do IateA "tigresinha" Claudia Andréa

da Silva, detentora de vários ti tu-los de beleza, é a "Menininha" doIate Clube. Foi eleita, sábado últi-mo, por um júri constituído das se-nhoras Joana de Azevedo, MarinaAraújo, Yasmim de Miranda Cor-rêa, Elizabeth Lima, Gabriela Ar-rais, Altair Vieira, Edson Salame,Andréa Batista, Hilda Oliveira,Walter e Eüane Oliveira, Adrianae Sandra Borges e AlessandraCarvalho.

Em segundo lugar classificou-se Clícia Oliveira, e em terceiro,Alessandra Torres, todas muito

aplaudidas.Na ocasião, Japhet Bastos,

prestou carinhosa homenagem àssenhoras Yasmim de Miranda Cor-rêa, esposa do cartorário Sálvio deMiranda Corrêa, e Elizabeth Li-ma, esposa do coronel RaimundoNonato de Lima, comandante daPolícia Militar do Pará. As vence-doras receberam presentes ofere-cidos pelo Banco Econômico.Lojas Bagdá e São Bernardo In-dustrial.

Ao final da promoção, JaphetBastos foi parabenizado pelos pre-sentes no salão iatista.

O casal governador Hélio (Therezinha) Gueiros, almirante Sérgio Li-ma, o comandante do navio "Brasil" capitão de mar e guerra JoséAlfredo Lourenço e o colunista.

O deputado Mário Chermont e espo-sa Sandra Chermont.

As elegantes Durvalize dos Prazeres e As autoridades civis e militares prestigiaram o coquetel do navio-escolaEliana Cruz. "Brasil".

O comandante do navio "Brasil" José Alfredo Lourenço ladeado doscasais Luiz Rebelo Neto e Luiz Otávio Campos, jornalista Alyrio Sab-bá e José Leite.

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'•)fvf? As "tigresas'

na Ataide.Liduina Oliveira e Rosa-

Acontecimento elegante da MarinhaO almirante Sérgio Lima, co-

mandante do IV Distrito Naval e ocapitão-de-mar-e-guerra José Alfre-do Lourenço, comandante do navio-escola "Brasil" foram os anfitriõesperfeitos da categórica recepçãodançante, oferecida a bordo da be-lonave, domingo último, às autorida-des e convidados especiais. Entre asautoridades presentes, o governadorHélio e Terezinha Gueiros, generalWladimir e Joana Azevedo, major-brigadeiro Otávio Araújo e deputa-do Mário e Sandra Chermont, ofi-ciais de Marinha acompanhados dasrespectivas e elegantes esposas, em-presários, jornalistas, figuras denossa sociedade, convidados es-peciais.

Outro destaque do coquetel-jantar da Marinha, foi a presença degrande número de bonitas jovens, to-das dançando animadamente comos guardas-marinha, com o ritmoquente do excelente conjunto debordo.

Não resta dúvida, foi uma belarecepção, tudo bem organizado, to-dos ali, vivendo momentos agrada-veis, de muita alegria e confrater-nização entre civis e militares.

O coquetel e o jantar, a cargo daBiblo's Recepções, foi feito, com ser-viço e buffet gabaritados.

Apesar de ser domingo, a recep-ção da Marinha foi muito con-corrida.

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Os guardas-marinha ficaram empolgados com a beleza jovem paraense.

Nats Certificado de conclusãoO desembargador Orlando

Vieira aniversariou domingo,reunindo a família para um ai-moço à base de maniçoba, feitapor ele mesmo.

A esposa Nanete Vieira, os fi-lhos Orlandinho, Ruth Helena,Ima Célia e Maria Goreth, alémdos netos Leopoldo e Leonardo,promoveram uma roda de sambaque foi regada a scoth até bemtarde.

Recebeu seu certificado de con-clusão como integrante da 1? turmade 1? oficiais de Náutica, em soleni-dade realizada no último dia 12, noCentro de Instrução "Almirante Gra-ça Aranha", no Rio de Janeiro, o jo-vem Paulo Nelson, filho do jornalis-ta Alberto Machado Queiroz e espo-sa Therezinha Corrêa Queiroz, elenosso companheiro de O LIBERAL.

Paulo Nelson formou-se em 3?oficial de Náutica pelo Centro deInstrução "Almirante Braz deAguiar" em Belém e se acha há 10anos, residindo no Rio de Janeiro,servindo na Frota Nacional de Pe-troleiros. É casado com a paraenseLeonarda Virgínia e possui duas fi-lhas: Daniela e Carolina, ambas ca-riocas.

Aniversariando hoje, a en-cantadora Andréa de Cássia Gui-marães, filha querida do casalJoão Alberto e Aríete Guimarães.O evento será comemorado na in-timidade.

Completando 5 anos hoje, obonitão Alessandra dos SantosDoinont, filho de Sandra Mariados Santos e Gilmar Laércio Go-mes Domont, ele que já tem bos-sa de futuro "tigrinho".

O "rebu" vai ser grande pa-ra abraçar Alessandra.

Completando hoje, a inveja-vel idade de 71 anos, a estimadasenhora Dolores Chada, dama debelas virtudes e estimada nomeio do círculo de amizade da fa-mi lia. Será homenageada comum chá, oferecido às suas amigasem seu "flat".

• ••••••Aniversariando hoje, as en-

cantadoras bonequinhas Karine eCarolina Hosn Amaral, filhas deKátia e Celestino Amaral.

O "rebu" mirim será no salãode festas do ed. Ismael Nery.

Mudando de idade hoje o ben-quisto empresário Jorge Salheb,casado com a senhora Márcia Sa-lheb. Vai haver comemoração "infamily".

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Os 15 anos de LolitaO simpático casal Plácido

Ramos e Lúcia Teixeira Ra-mos, comemorou com elegan-te recepção em sua residência,os 15 anos da filha querida, aencantadora ternurinha LolitaTeixeira Ramos, que já possuium entusiasta fã-clube que aadmira e estima.

A festa de Lolita, justificou

que a turminha amiga compa-recesse em sua residência, sá-bado último, e participasse deum gabaritado jantar com agriffe de Marilza Gomes. Feli-zes com os 15 anos da neta que-rida, estavam o casal Moacyr'feixeira e Eliana Xerfan Tei-xeira e senhora NazarethRamos.

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