CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE
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CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE
SERGIO OLIVEIRA DOS SANTOS
EDUARDO NAIROSKI. S. BARBARA
CÉLIA MARIA MACHADO
DIRCEU DOS SANTOS CRUZ
MATA ATLÂNTICA
PROFESSOR GUSTAVO
JUNDIAÍ 2013
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1
MATA ATLÂNTICA ...................................................................................................... 2
FLORA ........................................................................................................................ 3
FAUNA ........................................................................................................................ 3
AMEAÇAS ATUAIS À MATA ATLÂNTICA .................................................................. 4
AS ÁREAS PROTEGIDAS NA MATA ATLÂNTICA .................................................... 5
INICIATIVAS DE CONSERVAÇÃO NA MATA ATLÂNTICA ....................................... 5
CONFIRA O RANKING DOS 10 ESTADOS QUE MAIS DESMANTAM A
MATA ATLÂNTICA ...................................................................................................... 6
GRÁFICO HISTÓRICO DO DESMATAMENTO DESDE 1985 ................................... 6
REFLORESTAMENTO DA MATA ATLÂNTICA .......................................................... 7
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS .......................................................................... 10
1
INTRODUÇÃO
Algumas das maiores perdas de Florestas no mundo são realizadas no
Brasil. Esta enorme nação perdeu centenas de milhares de quilômetros quadrados de
Mata Atlântica, uma área maior do que muitos países. O desmatamento no Brasil é, em
grande parte devido à criação de gado, a agricultura comercial e a exploração
madeireira, existem medidas positivas que podem ser tomadas para combater este
ciclo de perda, e uma dessas medidas é o Reflorestamento.
O Reflorestamento poderá ser feito de maneira natural ou por ação Antrópica,
diversos poderão ser os benefícios em uma área que obtiver sua cobertura vegetal
intacta, como exemplo podemos citar a fixação do CO2 da atmosfera, reduzindo assim
a concentração deste gás e consequentemente, desempenhar um papel importante no
combate à intensificação dos gases de efeito de estufa. A remoção de dióxido de
carbono da atmosfera é realizada graças à fotossíntese, permitindo o sequestro de
carbono na biomassa da vegetação e solos.
No entanto o Reflorestamento tem um papel fundamental, pois á medida que
a vegetação cresce, o carbono será incorporado nos troncos, galhos, folhas e
raízes. Cerca de 50% da biomassa vegetal é constituída de carbono, e a Mata Atlântica
foi um grande estoque mundial de carbono pela área e densidade de sua biomassa.
2
MATA ATLÂNTICA
Nenhum ecossistema de florestas tropicais no mundo sofreu tantas perdas
como a Mata Atlântica, em sua extensão original possuía uma área equivalente a
1.315.460 km2 distribuídos ao longo da costa de 17 estados brasileiros,
abrangendo uma variedade de habitat de floresta tropical de florestas secas de
florestas úmidas de mangues costeiros, a Mata Atlântica que ainda abrange
partes do Paraguai, Uruguai e Argentina.
Sobrevive em grande parte em pequenas áreas degradadas e áreas
protegidas, depois de séculos de desmatamento com a exploração da madeira
e consequentemente com plantação de cana de açúcar, café e a expansão da
pecuária e também expansão urbana, o que resta da Mata Atlântica é apenas
8% da sua formação original, alguns ambientalistas afirmam que menos de 100
mil km2 ainda permanece.
Embora o pouco que resta da Mata Atlântica, ser cortado de outras
florestas tropicais tem permitido a esse Bioma evoluir ecossistemas únicos, que
abrigam um grande número de biodiversidades e espécies endêmicas (muitas
delas ameaçadas de extinção) não encontradas em nenhuma outra região na
Terra.
Figura 1- Fonte: SOS Mata Atlântica
3
FLORA
Em termos de flora pesquisadores catalogaram mais de 23.000
plantas, 40% das quais são endêmicas da Mata Atlântica. A área é
especialmente rica e única em espécies de arvores, cerca de metade das quais
só são encontradas na Mata Atlântica. Uma pesquisa de um único hectare na
Bahia encontrou 450 espécies de árvores diferentes.
FAUNA
Quanto à fauna, cientistas registraram 264 espécies de mamíferos,
cerca de 1.000 aves, 456 anfíbios, mais de 300 répteis e 350 de peixes de
água doce. Ao todo, 31% destes são encontrados em nenhum outro lugar do
mundo.
Novas espécies continuam a ser encontradas na Mata Atlântica, de
fato, entre 1990 a 2006, mais de mil novas plantas com flores foram
descobertos. Sessenta por cento das espécies ameaçadas de extinção no
Brasil estão na Mata Atlântica.
Figura 2: Cebus Queirozi foto por: Rhett. Figura 3: Vale do Ribeira foto por: Clayton F. Lino
Fonte: Instituto de Botânica da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo
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GRUPOS INDÍGENAS DA MATA ATLÂNTICA
A Mata Atlântica é o lar de dois grupos indígenas, os Tupis e os
Guaranis hoje, os Tupis sobrevivem em pequenas quantidades de áreas
remotas ao longo da costa do Brasil e em terras ao norte do país. Uma vez
que já foi um povo dominante ao longo da costa do Brasil, a população
Tupi pode ter contado como mais de um milhão de índios, quando chegou
o primeiro Português por aqui.
Os Guaranis estão intimamente relacionados com os Tupis, mas
falam uma língua diferente. Eles vivem hoje nas terras baixas do sul da
Mata Atlântica, que se estende do Brasil para o Paraguai e Argentina. A
língua guarani ainda é amplamente utilizada em determinadas regiões e é
a segunda língua do Paraguai. 46.000 Guaranis vivem hoje no Brasil
tornando-se a maior tribo do país, no entanto, eles são ameaçados pela
vasta rede de criação de gado, cana-de-açúcar e soja, que foi estabelecida
em suas terras tradicionais. Ao todo mais de 130 mil Tupis e Guaranis
vivem no Brasil, Paraguai e Argentina.
AMEAÇAS ATUAIS À MATA ATLÂNTICA
As ameaças de hoje à Mata Atlântica são muitas e variadas. Uma vez
que a floresta se estende por quatro países e engloba uma ampla variedade de
tipos de florestas, áreas diferentes têm diferentes ameaças. Desmatar florestas
para a agricultura industrial e de pequena escala, continua sendo uma das
maiores causas para o desmatamento. Vastas áreas da floresta foram
desmatadas para a criação de gado e plantações de eucalipto. Em algumas
áreas de florestas ainda são cortadas para extração da madeira.
Na Argentina, grandes áreas são devastadas dando lugar a plantação
de erva mate e tabaco.
A expansão urbana de algumas cidades continua a destruir áreas
remanescentes, ou ate mesmo a poluição dos grandes centros urbanos, devido
tal proximidade. Entre 2005 a 2008, 102.938 hectares de Mata Atlântica foram
destruídas, com média de 34.121 hectares por ano (um pouco abaixo da média
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de 34, 965 entre 2000-2005). As perdas mais extensas ocorreram nos estados
de Minas Gerais, Santa Catarina e Bahia.
AS ÁREAS PROTEGIDAS NA MATA ATLÂNTICA
Cerca de 23,8 mil quilômetros quadrados de Mata Atlântica remanescentes
estão sob proteção da lei.
No Brasil, existem 224 áreas protegidas, incluindo mais de 100 parques
estaduais e nacionais.
Algumas áreas protegidas da Mata Atlântica, Serra dos Órgãos, Poço das
Antas, Chapada Diamantina e Parque Nacional do Iguaçu.
Todas essas áreas estão protegidas pela LEI DA MATA ATLÂNTICA nº
11.428, de 22 de dezembro de 2006 e Resolução CONAMA nº 388, de 23 de
fevereiro de 2007.
Figura 4: Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica
INICIATIVAS DE CONSERVAÇÃO NA MATA ATLÂNTICA
A consciência de conservação da Mata Atlântica veio à tona, além
disso, uma série de novas iniciativas para proteger as florestas remanescentes
e até mesmo regredir novos desmatamentos, no entanto os sucessos de tais
projetos continuam a ser visto.
Nesse meio tempo, a floresta continua a ser perdida e as espécies a
desaparecer, uma iniciativa foi criada pelo ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio
6
Lula da Silva, em novembro de 2008, juntamente com Carlos Minc, ministro do
Meio Ambiente do Brasil, disse que o governo tem como objetivo restaurar a
Mata Atlântica a 20% de sua cobertura original, o que exigiria o reflorestamento
em uma estimativa de 150 mil quilômetros quadrados, mais que o dobro da
cobertura florestal que sobrevive até hoje.
Nos dias atuais, foram feitos acordos entres os governo federal
estadual e municipal e parcerias entre entidades ligadas ao meio ambiente em
prol as áreas remanescentes da Mata Atlântica, pois um dos estados que mais
desmatava vegetação nativa era o estado do Rio de Janeiro e que durante
muito tempo foi campeão no ranking de degradação da Mata Atlântica, hoje se
destaca com projetos de conservação ambiental.
Minas Gerais e Bahia lideram esse ranking atual, a costa litorânea de
São Paulo e do Paraná são as mais conservadas em vegetação nativa.
CONFIRA O RANKING DOS 10 ESTADOS QUE MAIS DESMANTAM A
MATA ATLÂNTICA
GRÁFICO HISTÓRICO DO DESMATAMENTO DESDE 1985:
7
REFLORESTAMENTO DA MATA ATLÂNTICA
Um programa pioneiro produzido pela The Nature Conservancy está
trabalhando para plantar um bilhão de árvores ao longo de aproximadamente
10.000 quilômetros quadrados na Mata Atlântica.
Os participantes poderão plantar uma árvore a cada dólar americano
doado, o slogan da campanha em português é um dólar, uma árvore, um
planeta. Varias empresas americanas aderiram ao projeto, e até agora o
programa já plantou cerca de seis milhões de árvores, espécies nativas como
Handroanthus avellanedae popularmente chamado de Ypê Roxo dentre outras
espécies dependendo da região. Este projeto está se concentrado em
reflorestar as bacias hidrográficas importantes da área, a fim de melhorar a
qualidade da água.
Os agricultores estão sendo beneficiados pela quantidade de "água
limpa" que produz o reflorestamento das áreas degradadas, a The Nature
Conservancy espera concluir o projeto até 2015.
Além deste projeto a The Nature Conservancy, possui outras
campanhas como o “Projeto de Reflorestamento com Espécies Nativas no
Bioma Mata Atlântica” em parceria com Banco Nacional de Desenvolvimento
Social e Econômico (BNDS) que tem como objetivo a restauração florestal de
Áreas de Preservação Permanente (APPs).
Entre as áreas selecionadas estão as Reservas do Mosaico de
Jacupiranga, no estado de São Paulo que possui Floresta Ombrófila Mista e
Floresta de Restinga, pequenas propriedades rurais na região do Turvo, no
estado do Paraná, onde foram plantados a espécie Lygodium volubile, natural
da região sul, e a Reserva da Embrapa, em Caçador, no estado de Santa
Catarina que recebeu a espécie nativa Araucária angustifólia.
Figura 6 - Fotos: Divulgação/Ipê
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As imagens acima mostram o contraste do reflorestamento do corredor
da mata junto a Estação Ecológica Mico Leão Preto e o Parque Estadual do
Morro do Diabo, ambos na região do Pontal do Paranapanema, no extremo
oeste de São Paulo, onde foram plantadas mudas de Blechnum também
conhecida na região como Feto de Brejo, esse trabalho foi concluído pelos
pesquisadores do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ).
Esse corredor natural foi o maior já recuperado no país e o seu maior
objetivo é a formação de uma ponte natural onde os animais, como onça
pintada, jaguatirica e o mico leão dourado todos em extinção possam
atravessar em segurança, pois uma das razões desses animais estarem em
extinção é a perda de seu habitat natural.
Os custos iniciais do sistema foram financiados pela organização não
governamental Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPE), como parte do
programa de Agroflorestas e Corredores Ecológicos . O preparo do solo foi feito
com arado a trator e grade niveladora, e a prevenção contra erosão foi feita por
meio de terraços, onde foram plantados feijão-guandu (Cajanus cajan) e lab-lab
(Dolichos lablab), espécies leguminosas fixadoras de nitrogênio. As mudas das
espécies florestais do sistema, todas nativas e características do bioma da
região, foram doadas pelo Viveiro da Companhia Energética do Estado de São
Paulo (CESP) (BELTRAME et al., 2003).
O Pontal do Paranapanema é a região mais recentemente devastada
no Estado de São Paulo. Até 1942, os quase 247.000 hectares que
contemplavam a região, possuíam cobertura vegetal, o que era conhecida
como "Grande Reserva do Pontal". Hoje restam apenas 1,85%, contida no
Parque Estadual Morro do Diabo e fragmentos adjacentes (SMA/SP, 1999).
Essa devastação aconteceu associada à grilagem de terras, que
acabou desencadeando um cenário próprio para a atuação de um dos maiores
movimentos sociais do país, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
- MST, que faz atualmente do Pontal um dos locais mais conhecidos em todo o
país devido aos conflitos pela posse da terra.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Existem diversos projetos voltados ao reflorestamento da Mata
Atlântica todos esses programas estão vinculados com diversos ramos da
sociedade, governos, entidades filantrópicas, ong não filantrópicas, empresas,
indústria, e etc, a restauração ou reflorestamento da Mata Atlântica tem um
custo alto, no entanto as parcerias servem para ratear tais valores.
Para que o reflorestamento seja de qualidade será necessário seguir
algumas determinações, como selecionar espécies nativas da região, avaliar
qualidade das sementes e das mudas, preparar o solo e cuidar da manutenção
da área reflorestada se todas as normas forem seguidas além de melhorar a
biodiversidade perdida, se está área estiver próxima de grandes centros
urbanos com certeza terá mais eficiência na remoção de gases de efeito
estufa.
Apesar dos esforços para manter o que resta da Mata Atlântica ainda
se desmata muita áreas remanescentes, como foi visto acima Minas Gerais e
Bahia são os estados que mais desmatam, e a região costeira de São Paulo e
do Paraná são áreas remanescentes mais preservadas.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
1. Adm. do sítio (2008). Fundação SOS Mata Atlântica. SOS Mata
Atlântica – portal. Página visitada em 13/09/2013.
2. O Instituto. Instituto de Botânica de São Paulo. Página visitada em 17
de setembro de 2013.
3. ipe.org.br. Instituto de Pesquisas Ecologicas. Paginas visitada em 13
de setembro 2013.
4. Mata Atlântica .The Nature Conservancy, Página em português sobre
as ações da organização no Brasil e no mundo. Pagina visitada em 13
setembro 2013.