OS 4Ps COMO ESTRATÉGIA DE MARKETING
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OS 4Ps COMO ESTRATÉGIA DE MARKETING
Antonio
Eder
Natália
Vagner
Professor Ivan Gomes Soares
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Logística – Processos Gerenciais (LOD057)
27/08/2013
RESUMO
O mix – ou composto – de marketing, tradicionalmente conhecido como os 4Ps demarketing, trata-se de um conjunto integrado de ferramentas táticas, concebidaspor Jerome McCarthy em 1960, com o objetivo de integrar decisões relativas àproduto, preço, praça e promoção. O composto apresenta desde então grandedominância no âmbito acadêmico e profissional, uma vez que é de fundamentalimportância para a prática de marketing, em seu constante processo de criação devalor para o cliente e alcance de vantagem competitiva no mercado. Trata-se de umartigo científico com o objetivo de contextualizar, analisar e identificar todas asvariáveis do composto na determinação de uma estratégia de marketing. Ametodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, de natureza qualitativa edescritiva, cujo objetivo foi a descrição, análise e compreensão do tema, por meiodas várias obras que o abordaram. Concluiu-se com este que mix de marketing é umcomposto integrado e complexo, que precisa de um planejamento inter-relacionadocom todos os elementos do composto – produto, preço, praça e promoção.
Palavras-chave: mix de marketing; 4Ps do marketing; ferramentas
de marketing
ABSTRACT
The mix - or composite - marketing, traditionally known as the 4Ps of marketing, it isan integrated set of tactical tools, designed by Jerome McCarthy in 1960, with the
aim of integrating decisions regarding product, price, place and promotion . Thecompound has since then great dominance in the academic and professional, since itis fundamental to the practice of marketing, in its constant process of creatingcustomer value and achieves competitive advantage in the market. It is a scientificarticle aiming to contextualize, analyze and identify all variables consists indetermining a marketing strategy. The methodology used was the bibliographicalresearch, qualitative and descriptive, whose objective was the description, analysisand understanding of the topic through the various works that addressed. It wasconcluded that with this marketing mix is a compound integrated and complex, itneeds a planning interrelated with all elements of the compound - product, price,place and promotion.
Keywords: marketing mix, 4Ps of marketing, marketing tools
INTRODUÇÃO
Este estudo acadêmico foi estruturado por meio de uma
análise formal, conclusiva, discursiva e descritiva, na qual se
faz uma exposição teórica sobre os esquemas existentes para a
determinação do mix de marketing e suas variáveis estratégicas
na formação de vantagem competitiva para as organizações.
É objetivo deste, analisar e investigar os 4Ps de
marketing pela ótica de diversos estudiosos do segmento,
apresentando de maneira objetiva o tema para a sociedade
acadêmica e profissional.
Estando dividido o mesmo em cinco tópicos, o primeiro
título – o mix de marketing - aborda uma contextualização do
composto de marketing, críticas atuais e definições abrangentes
quanto ao tema, enquanto os demais títulos – produto, preço,
distribuição e promoção – abrangem, juntamente com alguns
subtítulos, uma análise específica e delimitada de cada
ferramenta do composto; o último título – conclusão – apresenta
as considerações finais quanto aos assuntos abordados.
A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, de
natureza descritiva de autores e pesquisadores da área.
Por fim, efetua-se uma discussão sobre a adequação de tais
variáveis mercadológicas às oportunidades do ambiente,
estabelecendo uma visão geral sobre diversas estratégias que
foram propostas por intermédio do composto de marketing.
1 O MIX DE MARKETING
Segundo Churchill e Peter (2005, p. 20) “composto de
marketing é uma combinação de ferramentas estratégicas usadas
para criar valor para os clientes e alcançar os objetivos da
organização”.
Kotler e Armstrong (2007, p. 42), por sua vez, atribuem ao
mix de marketing “o conjunto de ferramentas de marketing
táticas e controláveis que a empresa combina para produzir a
reposta que deseja no mercado-alvo”. Para os autores o composto
de maketing consiste em tudo o que a empresa pode fazer para
influenciar a demanda de seu produto. Neil Borden (apud KOTLER,
2009, p. 125) sugeriu que todas as atividades empresariais que
podem influenciar o comprador constituem um “mix de marketing”
e precisam ser orientados de maneira orquestrada para causar o
máximo impacto. As empresas devem estabelecer a relação custo-
benefício das diversas ferramentas do mix de marketing e,
somente então, formular o mix de marketing capaz de maximizar o
lucro.
Em 1960, Jerome McCarthy, em Basic Marketing, reestruturou
a Teoria de Borden formulando um mix ou composto de marketing
incluindo quatro grande seções de atividades, amplamente
conhecidas como 4Ps (quatro P’s). São elas: Product, Price,
Place e Promotion. No português as atividades passaram a ser:
Produto, Preço, Praça e Promoção.
Para Kotler (2009, p. 126) a estrutura dos quatro Ps exige
que os profissionais de marketing decidam sobre o produto e
suas características, definam o preço, decidam como distribuir
seu produto e escolham os métodos para promovê-lo. No entanto,
a Teoria dos quatro Ps de marketing tem sofrido oposições de
alguns críticos consideram que a teoria exclui, ou subestima,
certas atividades do mix de marketing, como os serviços, ou
produto-serviços e a força de vendas. Em contrapartida, Kotler,
apesar de manter o composto de marketing com apenas os quatro
Ps, sugere a inclusão de dois outros Ps, de significativa
relevância no marketing global: A política e a Opinião Pública.
O primeiro pode influenciar a demanda do mercado, enquanto
o segundo avalia as novas disposições e atitudes do público que
podem modificar seu interesse por certos produtos e serviços.
“A questão não é se deve haver quatro, seis ou dez Ps, mas sim
que haja tantos quantos forem necessários para a estratégia ser
a mais útil no desenho da estratégia de marketing” (KOTLER,
2009, p. 128), conclui o autor.
Além das críticas dos que acreditam que o mix ou composto
de marketing deve ser mais abrangente no que tange as
particularidades dos serviços, há as oposições quanto ao
enfoque no cliente.
O contexto em que foram estabelecidos os quatro Ps remonta
uma época em que a demanda era bem mais ampla que a oferta,
concebendo, dessa forma, uma estratégia de marketing voltada
para o produto.
Schultz (2001) afirma que os quatro Ps foram concebidos
dentro de uma visão de que era o profissional de marketing quem
controlava o mercado, mas que, nos dias de hoje, é cada vez
mais claro que é o usuário final quem efetivamente tem o
controle.
Segundo Lauterborn (apud KOTLER, 2009, p. 128), a era
industrial está agonizando e presencia-se uma nova era da
Informação, dos Serviços e do Cliente. Para o autor, os quatro
Ps poderiam ser substituídos por quatro Cs: Cliente, Custo,
Conveniência e Comunicação. Propondo, dessa forma, que mais
importante que ter um produto ou serviço para ofertar é ter um
cliente para satisfazer. Os quatro Cs compõem um composto de
marketing sob a ótica do cliente e não da empresa.
Para Kotler:
“os clientes não estão interessados apenas no preço,
estão interessados nos custos totais para obter,
utilizar e descartar um produto, clientes querem que o
produto e o serviço estejam disponíveis da maneira mais
conveniente possível. Os clientes não querem promoção,
querem comunicação de duas vias. Os profissionais de
marketing teriam mais sucesso se primeiro pensassem nos
quatro Cs do cliente e depois construíssem os quatro Ps
sobre esta plataforma.” (KOTLER, 2009, p. 128)
2 PRODUTO
Para Las Casas (2009, p. 186), produtos podem ser
definidos como “o objeto principal das relações de trocas que
podem ser oferecidos num mercado para pessoas físicas ou
jurídicas, visando proporcionar satisfação a quem adquire ou
consome”. Kotler e Armstrong (2007, p. 200), por sua vez,
definem produto como algo que pode ser oferecido a um mercado
para apreciação, aquisição, uso ou consumo e que pode
satisfazer um desejo ou uma necessidade.
Kotler (2009, p. 129) afirma que a base de qualquer
negócio é o produto ou a oferta. A empresa tem por objetivo
fabricar um produto ou fazer uma oferta diferente e melhor, de
maneira que o mercado-alvo o favoreça e até pague um preço
superior. Ainda para o autor, são variáveis específicas de
marketing para o P de produto: variedade de produtos,
qualidade, design, características, nome de marca, embalagem,
tamanhos, serviços, garantias e devoluções.
Uma das dificuldades segundo Kotler (2009, p. 131) para os
profissionais de marketing de produto é a formação de uma
diferenciação de produto relevante e distintiva num mercado com
um crescente e amplo número de marcas disponíveis no mercado.
Para o autor, a diferenciação pode se basear em aspectos
físicos (por ex., características, desempenho, adaptação,
durabilidade, confiabilidade, design, estilo, embalagem);
disponibilidade (por ex., entrega instalação, treinamento,
consultoria, manutenção, reparo); preço (por ex., muito alto,
alto, médio, baixo, muito baixo); e, imagem (por ex., símbolos,
atmosfera, evento, mídia).
A diferenciação é um elemento decisório determinante no
momento da compra. Las Casas (2009, p. 186) exatifica que
independente do produto comercializado, o relevante a observar
é que quando as pessoas compram algo, normalmente esperam mais
que características físicas existentes, mas benefícios
suficientes que motivem os consumidores para a compra.
2.1 QUALIDADE
A American Society for Quality conceitua a qualidade como
as características de um produto ou serviço que sustentam sua
capacidade de satisfazer necessidades expressas ou implícitas
dos clientes.
A qualidade é, sem dúvidas, um dos aspectos mais
importantes do mix de produtos, estando diretamente relacionada
com o desempenho do produto e percepção de valor que o cliente
tem do mesmo.
Kotler e Armstrong (2007, p. 204) ponderam que definir um
produto ou serviço envolve definir quais benefícios ele
oferecerá. Tais benefícios serão perceptiveis aos consumidores
por meio de atributos como características, estilo e design.
2.2 MARCA
Para Kotler e Armstrong (2007, p. 206) “uma marca é um
nome, termo, sinal, símbolo ou desenho – ou uma combinação
desses elementos – que identifica o fabricante ou vendedor de
um produto ou serviço”.
Segundo Las Casas (2009, p. 192) marca ou branding são
indispensáveis ferramentas de diferenciação, uma vez que
consumidores “associam a marca uma série de atributos, com base
em informações anteriormente adquiridas”. Além disso, à partir
da aceitabilidade da marca é possível conquistar a fidelização
do cliente.
Ainda para Kotler e Armstrong (2007, p. 206) as marcas
auxiliam “os consumidores a identificar produtos que possam
lhes trazer benefícios”.
2.3 EMBALAGEM
Segundo Las Casas (2009, p. 197) a embalagem é o invólucro
protetor do produto e tem como função facilitar a armazenagem,
proteger, tornar mais prático o uso, conservar e ajudar na
venda.
Kotler e Armstrong (2007, p. 206) ponderam que muitos
fatores fizeram da embalagem uma das mais importantes
ferramentas de marketing. Isso porque a tradicional
característa de proteger o produto vem sendo desenvolvida, e
hoje compreende a ela a criação do reconhecimento imediato
tanto da empresa quanto da marca por parte do consumidor. Ainda
para os autores, “embalagens mal projetadas podem causar
aborrecimentos e perdas de vendas para empresa. Em comparação,
embalagens inovadoras podem conferir à empresa uma vantagem
sobre seus concorrentes e aumento nas vendas” (2007, p. 2006).
2.4 SERVIÇOS E GARANTIAS
Outro elemento da estratégia do produto são os serviços de
apoio e atendimento ao cliente.
Para Kotler e Armstrong (2007, p. 207) “a oferta de uma
empresa ao mercado usualmente inclui alguns serviços de apoio e
assistência, que podem ser uma parte pequena ou grande de sua
oferta total”.
Las Casas (2009, p. 198) afirma que a garantia é mais um
modo de criar credibilidade na venda de diversos produtos.
“Com a garantia, os fabricantes responsabilizam-se por
seus produtos, reembolsando qualquer despesa dentro das
condições contratuais, reduzindo consequentemente o
nível de incerteza que os consumidores possam
apresentar.” (LAS CASAS, 2009, p. 198)
3 PREÇO
Churchill e Peter (2005) conceituam preço como a
quantidade de dinheiro, bens ou serviços que deve ser dada para
se adquirir a propriedade ou uso de um produto. De acordo com
Nagle e Hogan (apud KOTLER; ARMSTRONG, 2007, p. 256), a
determinação de preços permite que uma empresa seja paga pelo
valor que cria para os clientes. Para Las Casas (2010) os
preços são variáveis controláveis decisivas para o marketing,
uma vez que, os preços são determinados para cobrir custos
operacionais e também proporcionar lucros, além de afetar as
expectativas do cliente.
Kotler (2009, p. 132) afirma que “o preço difere dos
outros três elementos de marketing porque produz receita,
enquanto os outros elementos geram custos”.
Las Casas (2009, p. 217), explica que os preços para os
profissionais de marketing são muito importantes, pois além de
representar o retorno dos investimentos constituem-se uma
importante ferramenta mercadológica, uma vez que podem alçar a
empresa ao desenvolvimento e lucratividade ou à falência com
uma má precificação.
Kotler (2009, p. 132) ainda relaciona os benefícios e
flexibilidade do preço no composto de marketing, uma vez que
esse elemento pode ser modificado rapidamente. Em consequência
disto, as empresas trabalham arduamente para elevar seus preços
ao máximo que a diferenciação permitir. Ainda segundo o autor,
engloba ao preço os seguintes elementos específicos: preço de
lista, descontos, concessões, prazo de pagamento, condições de
financiamento.
Na definição de preços é importante considerar alguns
fatores. A determinação de preços eficaz, assim como as outras
decisões do mix de marketing, deve estar orientada para o
cliente, o que envolve estabelecer qual o valor que os
consumidores percebem diante dos benefícios que lhe são
entregues pelo produto e, a partir daí, estabelecer um preço
para esse valor.
Kotler e Armstrong (2007, p. 259) explicam que é preciso
estabelecer o preço entre dois extremos, além de considerar
fatores externos e internos – incluindo sua estratégia e mix de
marketing gerais, a natureza do mercado, da demanda, e as
estratégias e preços dos concorrentes -, são eles: o teto para
o preço, que são as percepções que o consumidor tem do valor do
produto; e, o piso para o preço, estabelecidos pelos custos do
produto.
3.1 DETERMINAÇÃO DE PREÇOS BASEADA NO VALOR
Para Kotler e Armstrong (2007, p. 259), “uma boa
determinação de preços começa com um entendimento complexo do
valor que um produto ou serviço criam para os clientes”.
Entretanto, muitas empresas acham uma difícil tarefa calcular o
valor percebido pelo cliente aos seus produtos. Isso porque os
compradores atribuem valores às diferentes ofertas
competitivas. Ainda assim, a empresa deve trabalhar para
mensurar esse valor.
“A determinação de preço baseada no valor significa que
a empresa não pode primeiro elaborar o projeto e o
programa de marketing de um produto para somente depois
determinar o preço. O preço é considerado em conjunto
com outras variáveis do mix de marketing antes do
estabelecimento do programa de marketing.” (KOTLER e
ARMSTRONG, 2007, p. 259)
3.2 DETERMINAÇÃO DE PREÇOS BASEADA NOS CUSTOS
A determinação de preços baseadas nos custos está
orientada para o produto, implica ajustar o preço aos custos de
produção, venda e distribuição do produto.
Para Kotler e Armstrong (2007) os custos das empresas
podem ser um importante elemento de sua estratégia de
determinação de preços, em síntese:
“A empresa elabora o projeto do que considera um bom
produto, determina o custo total de produção e
estabelece um preço que cubra os custos mais um lucro-
alvo. O marketing deverá então convencer os compradores
de que o valor do produto àquele preço justifica a
compra.” (KOTLER e ARMSTRONG, 2007, p. 259)
3.3 ESTRATÉGIAS DE DETERMINAÇÃO DE PREÇOS DE NOVOS PRODUTOS
Um complexo conjunto de forças competitivas e ambientais
norteia as decisões de preço.
De acordo com Kotler e Armstrong (2007, p. 280) “uma
empresa não estabelece apenas um preço, mas uma determinação de
preços que cobre diferentes itens em sua linha”. Essa estrutura
modifica-se constantemente, ao passo que os produtos percorrem
seu ciclo de vida. A empresa adapta o preço dos produtos para
refletir nos custos e na demanda e para atender às variações de
compradores e situações. À medida que o ambiente competitivo
muda, a organização decide quando instaurar alterações de preço
e quando reagir às mudanças.
Na definição de preços Kotler e Armstrong (2007, p. 280)
delimitam duas estratégias gerais para a determinação de preços
de novos produtos: determinação de preços de desnatamento
(skimming de mercado) e determinação de preços de penetração de
mercado.
3.3.1 Determinação de preços de desnatamento
Algumas das empresas que lançam novos produtos estabelecem
a priori um preço alto para “retirar a nata” (skim) das
receitas do mercado, além de buscar atingir um segmento mais
exclusivo, que embora limitado, é altamente lucrativo.
Kotler e Armstrong (2007) determinam condições para o
estabelecimento de tal estratégia.
“Primeiro, a qualidade e a imagem do produto devem dar
respaldo a seu preço mais elevado, e é preciso que haja
compradores suficientes que queiram adquirir o produto
por esse preço. Em segundo lugar, os custos para
produzir um volume menor não podem ser altos a ponto de
anular a vantagem de cobrar mais. Por fim, os
concorrentes não podem ter condições de entrar
facilmente no mercado e oferecer o produto por preços
mais baixos.” (KOTLER; ARMSTRONG, 2007, p. 280)
3.3.2 Determinação de preço de penetração de mercado
Algumas empresas utilizam a determinação de preço de
penetração de mercado. Tais empresas estabelecem um preço
inicial baixo com o objetivo de massificar o produto,
penetrando-o de maneira rápida e profunda. O intenso volume de
vendas resulta na diminuição dos custos, permitindo que a
empresa reduza ainda mais seus preços. Entretanto, Kotler e
Armstrong (2007) apontam diversas condições que precisam ser
satisfeitas para que essa estratégia tenha êxito:
“Primeiro, o mercado deve ser altamente sensível a
preços, de modo que o preço baixo produza mais
crescimento de mercado. Em segundo lugar, os custos de
produção e distribuição precisam cair à medida que
aumente o volume de vendas. Por fim, o preço baixo deve
afastar a concorrência, e a empresa que pratica o preço
de penetração precisa manter sua posição de preço baixo-
caso contrário, a vantagem do preço pode ser apenas
temporária.” (KOTLER; ARMSTRONG, 2007, p. 281)
4 PONTO DE VENDA, PRAÇA OU DISTRIBUIÇÃO
A distribuição de bens e serviços envolve levar os
produtos ou serviços até os clientes de forma eficiente e
eficaz, dessa forma, afirma Churchill e Peter (2005) quanto à
Praça.
Kotler (2009, p. 126) atribui à Praça as atividades
específicas relacionadas ao às atividades de canais, cobertura,
sortimento, localização, estoque e transporte. Kotler afirma
ainda que a Praça inclui as decisões que a parte de vendas da
empresa precisa assumir para tornar seus bens disponíveis para
o mercado-alvo.
4.1 CANAL
De acordo com Kotler e Armstrong (2007, p. 305), canal de
marketing (ou canal de distribuição) é o “conjunto de
organizações interdependentes que ajudam a tornar um produto ou
serviço disponível para o consumo ou uso por um consumidor
final ou usuário organizacional”.
Las Casas (2009) ressalva que o canal de distribuição é
“o caminho que as mercadorias - e a transferência de
título - seguem desde o produtor até o consumidor. É o
complexo de empresas que existem para distribuir os
produtos, desde o fabricante até o consumidor, incluindo
agentes, varejistas e atacadistas.” (LAS CASAS, 2009, p.
246)
Kotler e Armstrong (2009, p. 307) concluem que mais do que
simples conjunto de empresas ligadas por meio de inúmeros
fluxos, os canais de distribuição são “complexos sistemas
comportamentais nos quais pessoas e empresas interagem para
atingir metas individuais, organizacionais e de canal”.
4.2 ESTOQUE
O gerenciamento de estoque afeta de maneira direta a
satisfação dos clientes. De acordo com Kotler e Armstrong
(2009, p. 320) o principal desafio desse gerenciamento é manter
um equilíbrio entre um estoque excessivo e um insuficiente:
“Ao manter o estoque insuficiente, a empresa corre o
risco de não ter os produtos quando os clientes quiserem
comprar. Para remediar isso, a empresa pode precisar de
produção ou expedição emergência dispendiosa. O excesso
de estoque resulta em custos de manutenção mais elevado
do que seria necessário e em obsolescência.” (KOTLER,
ARMSTRONG, p. 320)
4.3 TRANSPORTE
Para Kotler e Armstrong (2009, p. 320) a escolha dos
transportadores alterará a satisfação do cliente, uma vez que
este elemento influencia o preço dos produtos, a eficiência do
entrega e as condições em que as mercadorias são entregues ao
seu detino.
As empresas escolhem entre cinco principais meios de
transportes: rodoviário, marítimo ou fluvial, por tubulações
(dutos), aéreo e internet – o meio alternativo para produtos
digitais.
5 PROMOÇÃO
A promoção é outra variável controlável do composto
mercadológico. Las Casas (2009, p. 283) pondera que a promoção
se envolve várias variáveis que sejam eficientes, para informar
aos consumidores a respeito dos seus produtos, serviços ou
formação da própria imagem da empresa.
Para Kotler (2009, p. 140) o quarto P abrange “todas as
ferramentas de comunicação que veiculam determinada mensagem
para o público-alvo”. Constituem cinco categorias as
ferramentas específicas à Promoção: publicidade, promoção de
vendas, relações públicas, força de vendas e marketing direto.
5.1 PUBLICIDADE OU PROPAGANDA
Para a American Marketing Association (apud LAS CASAS,
2009, p. 285) propaganda “é qualquer forma paga de apresentação
pessoal de ideias, produtos ou serviços levada a efeito por um
patrocinador identificado”.
Para Kotler (2009, p. 140) a propaganda é uma das mais
importantes variáveis para a construção do conhecimento sobre
uma empresa, produto, serviço ou ideia.
A propaganda é uma importante ferramenta para a atividade
mercadológica. Las Casas (2009) afirma que é por meio da
comunicação que:
“(...) as empresas podem manter cooperação de seus
intermediários, familiarizar seus clientes com o uso dos
produtos fabricados, criar imagem de credibilidade,
lançar novos produtos, estimular demanda, criar lealdade
de marca, enfatizar características dos produtos, entre
outros propósitos.” (LAS CASAS, 2009, p. 285)
5.2 PROMOÇÃO DE VENDAS
Segundo a American Marketing Association (apud LAS CASAS,
2009, p. 298), a promoção de vendas é variável do composto de
marketing que abrange as atividades que suplementam as vendas
pessoais e a propaganda coordenando-as e ajudando a torna-las
efetivas tais como o uso de amostras, exposições, demonstrações
e outros esforços que não estejam incluídos na rotina diária.
Kotler e Armstrong (2007, p. 405) relatam que a variável
consiste em incentivos de curto prazo para estimular a compra
ou a venda de um produto ou serviço.
É importante que a promoção de vendas esteja integrada com
outros elementos do mix de marketing. Las Casas (2009, p. 298)
pondera que esta ferramenta deve ser usada para complementar os
esforços de venda, atraindo a atenção e favorecendo a ação dos
consumidores.
5.3 RELAÇÕES PÚBLICAS
De acordo com Las Casas (2009, p. 301) relações públicas é
administração de relacionamentos com o público com o objetivo
de causar uma imagem favorável da empresa. Enquanto para Kotler
(2009, p. 147) tal ferramenta corresponde um investimento
sólido, idealizado para estabelecer e transmitir uma imagem
positiva para o mercado-alvo.
5.4 VENDA PESSOAL
A venda pessoal é uma das mais eficientes ferramentas de
comunicação de marketing. Para Las Casas (2009, p. 293)
consiste na comunicação direta da empresa com seus clientes
através de vendedores. Já para Kotler e Armstrong (2007, p.
405) a venda pessoal é o braço interpessoal das comunicações de
marketing, no qual a força de vendas interage com os clientes e
clientes potenciais para construir relacionamentos e executar
vendas.
Na força de vendas as dúvidas quanto ao produto podem ser
desfeitas no momento em que surgem, ajudando, dessa forma, a
persuadir o interesse dos consumidores para determinado
produto.
5.5 MARKETING DIRETO
Conforme a American Marketing Association marketing direto
é:
“o conjunto de atividades pelo qual o vendedor efetua a
transferência de bens e serviços ao comprador, atingindo
determinada audiência, por meio de uma ou mais mídias,
com o propósito de obter uma resposta direta pelo
telefone ou por cupom e, em certos casos, com o intuito
de receber uma visita do cliente.” (AMA apud LAS CASAS,
2009, p. 302)
Segundo Kotler e Armstrong (2007, p. 433) o marketing
direto consiste em comunicações diretas a consumidores
individuais definidos criteriosamente como alvo, com o objetivo
de obter um feedback imediato e cultivar relacionamentos
lucrativos com eles. Para tanto, as empresas fazem uso de
bancos de dados com informações específicas sobre segmentos
estritamente definidos.
6 CONCLUSÃO
Com base no apresentado, foi possível verificar que o mix
de marketing é um composto complexo e integrado de ferramentas
táticas que visam o alcance de vantagem competitiva e de
objetivos organizacionais por meio da criação de valor
percebido para o cliente. É importante ressaltar que o bom
sucedimento do mix de marketing depende de uma coordenação
coesa e bem estruturada de todas as variáveis do composto –
produto, preço, praça e promoção. Além disso, é preciso que as
empresas, ao oferecer produtos para seu segmento de mercado,
disponibilizem valor para seus clientes não somente com o bom
empreendimento dos 4Ps, mas sobretudo na oferta dos 4Cs – valor
para o cliente, custo menor, melhor comunicação e mais
conveniência. Pois toda estratégia de marketing deve estar
voltada para a satisfação dos mesmos.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de marketing. São
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KOTLER, Philip. Marketing para o século XXI: como criar,
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_______. Administração de Marketing: Conceitos, Planejamento e
Aplicações a realidade brasileira. São Paulo: Atlas, 2006.
NAGLE, Thomas T.; HOGAN, John E. The strategy and tactics of
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