Infor aplic educ

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Governo Federal Ministério da Educação Secretaria de Educação Básica Departamento de Articulação e Desenvolvimento dos Sistemas de Ensino Universidade de Brasília UnB Reitor Timothy Martin Muholland Vice-Reitor Edgar Nobuo Mamiya Coordenação Pedagógica do Profuncionário Bernardo Kipnis – Cead/FE/UnB Dante Diniz Bessa – Cead/UnB Francisco das Chagas Firmino do Nascimento – SEE-DF João Antônio Cabral de Monlevade – FE/UnB Maria Abádia da Silva – FE/UnB Tânia Mara Piccinini Soares – MEC Centro de Educação a Distância Cead/UnB Diretor – Sylvio Quezado Coordenação Executiva – Ricardo de Sagebin Coordenação Pedagógica – Tânia Schmitt Unidade de Pedagogia Gestão da Unidade Pedagógica – Ana Luisa Nepomuceno Gestora Pedagógica – Juliana C. Jungmann Gestão da Unidade Produção – Rossana M. F. Beraldo Designer Educacional Luciana Kury Revisão Danúzia Maria Queiroz Cruz Gama Editoração – Raimunda Dias Ilustração – Tatiana Tiburcio Unidade de Apoio Acadêmico e Logístico Gerente da Unidade – Lourdinéia Martins da Silva Cardoso Gestora do Projeto – Diva Peres Gomes Portela

Transcript of Infor aplic educ

Governo FederalMinistério da EducaçãoSecretaria de Educação BásicaDepartamento de Articulação e Desenvolvimento dos Sistemas de Ensino

Universidade de Brasília – UnBReitorTimothy Martin Muholland

Vice-ReitorEdgar Nobuo Mamiya

Coordenação Pedagógica do ProfuncionárioBernardo Kipnis – Cead/FE/UnBDante Diniz Bessa – Cead/UnBFrancisco das Chagas Firmino do Nascimento – SEE-DFJoão Antônio Cabral de Monlevade – FE/UnBMaria Abádia da Silva – FE/UnBTânia Mara Piccinini Soares – MEC

Centro de Educação a Distância – Cead/UnBDiretor – Sylvio QuezadoCoordenação Executiva – Ricardo de SagebinCoordenação Pedagógica – Tânia Schmitt

Unidade de PedagogiaGestão da Unidade Pedagógica – Ana Luisa NepomucenoGestora Pedagógica – Juliana C. JungmannGestão da Unidade Produção – Rossana M. F. BeraldoDesigner Educacional – Luciana KuryRevisão – Danúzia Maria Queiroz Cruz GamaEditoração – Raimunda DiasIlustração – Tatiana Tiburcio

Unidade de Apoio Acadêmico e LogísticoGerente da Unidade – Lourdinéia Martins da Silva CardosoGestora do Projeto – Diva Peres Gomes Portela

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

K39i Nascimento, João Kerginaldo Firmino do.

Informática aplicada à educação. / João KerginaldoFirmino do Nascimento. – Brasília : Universidade deBrasília, 2007.

84 p.

ISBN: 978-85-230-0981-6

1. Capacitação de funcionários. I. Título. II. Univer-sidade de Brasília. Centro de Educação a Distância.

CDD 370

ApresentaçãoNeste módulo, você e eu vamos tratar da informátic

aeducativa como mais um importante recurso pedagógico

em nosso ambiente de trabalho. Conheceremos a história desua implantação no Brasil e traçaremos um gráfico de sua evo-

lução. Conversaremos sobre a utilização do computador na esco-la, introduzindo técnicas que enriquecerão a prática pedagógica dos

professores.

Trataremos também do seu importante papel, como funcionário de umaescola, e a necessidade de capacitação e formação continuada, que possi

-bilitará um redimensionamento de conceitos já adquiridos para a busc

a denovas idéias no uso dos laboratórios de informática.

EmentaInformática na educação. Histórico da informática educativa no Brasil. O 

uso docomputador na escola como recurso pedagógico. A importância da capacita

çãoe do papel do professor, do administrador escolar e do funcionário da educaç

ão.O uso da internet na educação.

ObjetivoCapacitar o funcionário de escola para a utilização de ferramentas da informáti

ca naeducação, a fim de diversificar e ampliar os processos de ensino-aprendizagem.

Mensagem do autorOlá! Tudo bem? Meu nome é Kerginaldo. Nasci no Cearáem 1969 e ainda bebê vim para Brasília com minha famí-lia. Aqui cresci, formei-me em Processamento de Dados,fiz especialização em Educação, Redes de Computadorese Criptografia. Atualmente, faço mestrado na área de Edu-cação.Sou professor do Centro de Educação Profissional de Cei-lândia – uma escola pública do Distrito Federal localizada acerca de 30 km do centro de Brasília – e trabalho com in-formática há 22 anos, tempo durante o qual pude vivenciarcomo a informática foi se transformando em algo tão impor-tante para a sociedade e, aos poucos, sendo incorporada aonosso cotidiano, como uma ferramenta revolucionária.Trabalho na Secretaria de Educação do Distrito Federal há11 anos. No decorrer desses anos, dei aula de informáticacom e sem computadores. Também fui coordenador delaboratório de informática e gestor de capacitação de servi-dores. Hoje, administro uma moderna rede de 405 compu-tadores no Centro de Educação Profissional de Ceilândia,sendo 175 deles ligados por meio de uma tecnologia cha-mada sem fio (wireless).Sou uma pessoa de fácil convivência, pois dificilmente meaborreço com alguma coisa, sou brincalhão e vivo de bemcom a vida. Acredito que sempre podemos tirar boas li-ções de qualquer experiência vivida, mesmo de situaçõesruins. Penso que encarar as coisas de forma positiva nosfaz pessoas mais felizes e capazes de superar, com maistranqüilidade, as dificuldades da vida.E como a vida não é feita somente de trabalho, procuroaproveitar os finais de semana, as horas vagas e as fériaspara fazer coisas que me divertem. Gosto muito de assistira filmes e estar em contato com a natureza, sempre, é cla-ro, na companhia da minha namorada, da minha família edos meus amigos. Fazer o que gosto ao lado de quem gos-to é uma combinação perfeita para aproveitar momentosagradáveis e espantar o estresse.Acredito que já lhe dei boas dicas a meu respeito. Pena quevocê não possa fazer o mesmo agora. Mas, quem sabe,um dia, possamos nos encontrar por aí! Espero que estemódulo de estudo possa ser útil para você. O importante élembrar que estamos em constante aprendizado e que osdesafios nos ajudam a crescer.

Sumário

UNIDADE 1 – Histórico da informática educativa noBrasil 11

UNIDADE 2 – O uso do computador na escola comorecurso pedagógico 37

UNIDADE 3 – A importância da capacitação e dopapel do funcionário da educação 61

UNIDADE 4 – O uso da internet na educação 71

REFERÊNCIAS 83

UNIDADE1–

Históricod

ainformáticaeducativanoBrasil

1Histórico dainformática educativano Brasil

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UNIDADE1–

HistóricodainformáticaeducativanoBrasil

IMPORTANTE

Vamos começar esta unidade

com um breve histórico de como

se deu o início da informática na

educação aqui em nosso país.

O Brasil deu os primeiros passos,

no caminho da informática edu-

cativa, em 1971, de acordo com

o livro Projeto Educom, quando,

pela primeira vez, se discutiu o

uso de computadores no ensino

de física (USP de São Carlos),

em seminário promovido em co-

laboração com a Universidade

de Dartmouth/EUA. As entida-des responsáveis pelas primeiras investigações sobre o usode computadores na educação brasileira foram: UniversidadeFederal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Estadual deCampinas (Unicamp) e Universidade Federal do Rio Grandedo Sul (UFRGS).

Os registros indicam a Universidade Federal do Rio de Janei-ro como instituição pioneira na utilização do computador ematividades acadêmicas, por meio do Departamento de Cálcu-lo Científico, criado em 1966, que deu origem ao Núcleo deComputação Eletrônica (NCE). Nessa época, o computadorera utilizado como objeto de estudo e pesquisa, propiciandouma disciplina voltada para o ensino de informática.

A partir de 1973, o Núcleo de Tecnologia Educacional paraa Saúde (Nutes) e o Centro Latino-Americano de TecnologiaEducacional (Clates), dessa mesma universidade, iniciaram,no contexto acadêmico, o uso da informática como tecnologiaeducacional voltada para a avaliação formativa e somativa dealunos da disciplina de química, utilizando-a para o desenvol-vimento de simulações.

Ainda em 1973, surgiram as primeiras iniciativas na UFRGS,

O teletipo é um sistemade transmissão de textos,via telégrafo, por meio deum teclado que permitea emissão, a recepção e aimpressão da mensagem.Ele foi inventado em 1910e permitiu o envio demensagens a distânciautilizando o código Baudot,criado por Émile Baudot em1874.

sustentadas por diferentes bases teóricas e linhas de ação.Segundo o livro Projeto Educom, o primeiro estudo utilizavaterminais de teletipo e display (que eram telas de computa-dores bem diferentes das que temos hoje) num experimentosimulado de física para alunos do curso de graduação. Desta-cava-se também o software Siscai, desenvolvido pelo Centrode Processamento de Dados (CPD), voltado para a avaliaçãode alunos de pós-graduação em Educação.

Essas e outras experiências foram realizadas até 1980, utili-zando equipamentos de grande porte. Nessa época, o compu-tador era visto como recurso auxiliar do professor no ensinoe na avaliação, enfocando a dimensão cognitiva e afetiva, aoanalisar atitudes e diferentes graus de ansiedade do

s alunosem processos interativos com o computador.

Em 1975, um grupo de pesquisadores da Universidade deCampinas (Unicamp), coordenado pelo professor Ubiratan

d’Ambrósio, do Instituto de Matemática, Estatística e Ciênciasda Computação, escreveu o documento “Introdução de Com-putadores nas Escolas de 2o Grau”, financiado pelo acordo doMinistério da Educação (MEC) com o Banco Interamericano deDesenvolvimento (BID), mediante convênio com o Programade Reformulação do Ensino (Premen)–MEC, existente na época.

Em julho de 1975 e no ano seguinte, a Unicamp recebeu avisita de Seymour Papert e Marvin Minsky, renomados cientis-tas criadores de uma nova perspectiva em inteligência artifi-cial, para ações de cooperação técnica. Em fevereiro e marçode 1976, um grupo de pesquisadores da Unicamp visitou oMEDIA-Lab do Instituto de Tecnologia de Massachusetts nosEstados Unidos MIT/EUA, cujo retorno permitiu a criação deum grupo interdisciplinar envolvendo especialistas das áreasde computação, lingüística e psicologia educacional, dandoorigem às primeiras investigações sobre o uso de computado-

A inteligência artificial (IA)é uma área de pesquisada ciência da computaçãodedicada a buscarmétodos ou dispositivoscomputacionais que possuamou simulem a capacidadehumana de resolverproblemas, pensar ou, deforma ampla, ser inteligente.

res na educação, utilizando uma linguagem de programaçãochamada Logo.

A partir de 1977, o projeto passou a envolver crianças sob a

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coordenação de dois mestrandos em computação. No iníciode 1983, foi instituído o Núcleo Interdisciplinar de InformáticaAplicada à Educação (Nied) da Unicamp, já com o apoio doMEC, tendo o Projeto Logo como o referencial maior de suapesquisa, durante vários anos.

Ainda no final da década de 1970 e início de 1980, novas expe-riências, apoiadas nas teorias de Jean Piaget e nos estudos dePapert, surgiram na UFRGS, destacando-se o trabalho realiza-do pelo Laboratório de Estudos Cognitivos (LEC) do Institutode Psicologia da UFRGS, que explorava a potencialidade docomputador usando a linguagem Logo. Esses trabalhos fo-

ram desenvolvidos, prioritariamente, com crianças de escolapública que apresentavam dificuldades de aprendizagem deleitura, escrita e cálculo, procurando compreender o raciocí-nio lógico-matemático dessas crianças e as possibilidades de

UNIDADE1–

HistóricodainformáticaeducativanoBrasil

Por meio de váriasobservações, com crianças,o professor e biólogosuíço Jean Piaget (1896-1980) deu origem à TeoriaCognitiva. Ele valorizouo potencial infantil pelalegitimidade cognitiva(ligada ao saber), social,afetiva (ligada à posturae sentimentos) e cultural.Segundo o pesquisador,

existem quatro estágiosde desenvolvimentocognitivo no ser humano,relacionados com o saber:Sensório-motor, Pré-operacional, Operatórioconcreto e Operatórioformal.Obtido no site:  hhtp://wikipedia.org/wiki/Jean_Piaget

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intervenção como forma de promover a aprendizagem autô-noma delas.

Com relação às ações do governo federal na busca pela in-formatização da sociedade brasileira, segundo a professoraMaria Candida Moraes, o Brasil, a partir de meados da décadade 1970, estabeleceu políticas públicas voltadas para a constru-ção de uma indústria própria, objetivando uma maior garantiade segurança e desenvolvimento da nação. Tais políticas con-dicionaram a adoção de medidas protecionistas para a área.

Dessa forma, o governo brasileiro deu origem à ComissãoCoordenadora das Atividades de Processamento Eletrônico(Capre), à Empresa Digital Brasileira (Digibras) e à SecretariaEspecial de Informática (SEI). Esta última nasceu como órgãoexecutivo do Conselho de Segurança Nacional da Presidênciada República em plena época da ditadura militar e tinha porfinalidade regulamentar, supervisionar e fomentar o desenvol-vimento e a transição tecnológica do setor.

Com a criação da SEI, como órgão responsável pela coorde-nação e pela execução da política nacional de informática,buscava-se fomentar e estimular a informatização da socie-dade brasileira, voltada para a capacitação científica e tecno-lógica capaz de promover a autonomia nacional, baseada emdiretrizes e princípios fundamentados na realidade brasileira edecorrentes das atividades de pesquisas e da consolidação daindústria nacional.

A busca de alternativas capazes de viabilizar uma propostanacional de uso de computadores na educação, que tivessecomo princípio fundamental o respeito à cultura, aos valorese aos interesses da comunidade brasileira, motivou a consti-tuição de uma equipe intersetorial, que contou com a partici-

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HistóricodainformáticaeducativanoBrasil

IMPORTANTE

pação de representantes da SEI, do Ministério da Educação(MEC), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científicoe Tecnológico (CNPq) e da Financiadora de Estudos e Projetos(Finep), como responsáveis pelo planejamento das primeirasações na área.

Como princípio fundamental do trabalho desenvolvido, a equi-pe reconheceu como prioritária a necessidade de consultapermanente à comunidade técnico-científica nacional, no sen-tido de discutir estratégias de planejamento que refletissemas preocupações e o interesse da sociedade brasileira. Paraisso, decidiu realizar o I Seminário Nacional de Informática naEducação, na Universidade de Brasília (UnB), no período de 25a 27 de agosto de 1981.

Esse seminário contou com a participação de especialistas na-cionais e internacionais, constituindo-se no primeiro fórum aestabelecer posição sobre o tema, destacando a importânciade se pesquisar o uso do computador como ferramenta auxi-liar do processo de ensino-aprendizagem. Desse seminário,surgiram várias recomendações norteadoras do movimento eque continuaram influenciando a condução de políticas públi-cas na área.

Entre as recomendações, destacavam-se aquelas relaciona-das à importância de que as atividades de informática na edu-cação fossem balizadas por valores culturais, sociopolíticos epedagógicos da realidade brasileira, bem como a necessidadedo prevalecimento da questão pedagógica sobre as questõestecnológicas no planejamento de ações. O computador foi re-conhecido como um meio de ampliação das funções do pro-fessor e jamais como ferramenta para substituí-lo.

Foi nesse seminário que, ainda de acordo com a professoraMaria Candida Moraes, surgiu a primeira idéia de implanta-ção de projetos-piloto em universidades, cujas investigaçõesocorreriam em caráter experimental e deveriam servir de sub-sídios a uma futura política nacional de informatização da edu-cação. Nesse evento, foi recomendado que as experiênciasatendessem aos diferentes graus e modalidades de ensino edeveriam ser desenvolvidas por equipes brasileiras em uni-versidades de reconhecida capacitação nas áreas de educa-ção, psicologia e informática.

Após a realização desse primeiro seminário, foi criado um gru-po de trabalho intersetorial com representantes do MEC, daSEI, do CNPq e da Finep para elaboração de subsídios paraum futuro Programa de Informática na Educação que possibi-litasse a implantação dos sugeridos centros-piloto e colabo-rasse no delineamento dos principais instrumentos de ação.

Em dezembro de 1981, foi divulgado o documento “Subsí-dios para a Implantação do Programa Nacional de Informáticana Educação”, que apresentou o primeiro modelo de funcio-namento de um futuro sistema de informática na educaçãobrasileira, elaborado por aquela equipe. Esse documento re-comendava que as iniciativas nacionais deveriam estar cen-tradas nas universidades e não diretamente nas Secretariasde Educação, pois era necessário construir conhecimentos

técnico-científicos para depois discuti-los com a sociedadebrasileira. Buscava-se a 

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HistóricodainformáticaeducativanoBrasil

criação de centros formadores de

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recursos humanos qualificados, capazes de superar os desa-fios presentes e futuros então vislumbrados.

O documento, ainda, destacava a necessidade de combinaçãoadequada dos fatores de produção em educação para viabi-lizar um sistema de ensino realmente adequado às necessi-dades e às realidades regionais, com flexibilidade suficientepara o atendimento às situações específicas, ao aumento daefetividade no processo de ensino-aprendizagem e à elabora-ção de uma programação participativa a partir dos interessesdo usuário.

O documento propunha também a ampliação e a acumulaçãode conhecimento na área mediante a realização de pesquisaspara a capacitação nacional, o desenvolvimento de softwareeducativos, demarcados por valores culturais, sociopolíticos epedagógicos da realidade brasileira, e a formação de recursoshumanos de alto nível.

Para a operacionalização da proposta, esse documento suge-ria a criação de uma comissão oficial – sob o amparo do MEC,com representantes da SEI, do CNPq e da Finep – e de umacomissão executiva para exercer a função mediadora entre a

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HistóricodainformáticaeducativanoBrasil

IMPORTANTE

comissão oficial e a comunidade acadêmica, os centros-pilotoe as demais instituições de ensino e pesquisa interessadas.

Para o início dos trabalhos, o documento sugeria, em funçãodos escassos recursos disponíveis, a seleção de cinco univer-sidades representativas das diversas regiões brasileiras para aimplantação dos referidos centros, bem como o acompanha-mento e a avaliação por parte do poder público e posterior

divulgação de seus resultados.

A partir da visão de que o equacionamento adequado da re-lação informática e educação seria uma das condições impor-tantes para o alcance do processo de informatização da socie-dade brasileira, o MEC assumiu, em 1982, o compromisso decriar instrumentos e mecanismos que possibilitassem o de-senvolvimento de estudos e o encaminhamento da questão,colocando-se à disposição para a implementação de projetosque permitissem o desenvolvimento das primeiras investiga-ções na área.

Ainda em 1982, foram elaboradas as primeiras diretrizes minis-teriais para o setor, estabelecidas no III Plano Setorial de Edu-cação e Cultura (III PSEC), referente ao período de 1980-1985,que apontavam e davam o devido respaldo ao uso das

tecnologias educacionais e dos sistemas de computação, en-fatizando as possibilidades desses recursos colaborarem paraa melhoria da qualidade do processo educacional, ratificandoa importância da atualização de conhecimentos técnico-cien-tíficos, cujas necessidades tinham sido anteriormente expres-sas no II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND), referen-te ao período de 1975-1979.

Para melhor caracterização das ações na área, o MEC, a SEIe o CNPq promoveram, em agosto de 1982, na UniversidadeFederal da Bahia, o II Seminário Nacional de Informática naEducação, visando coletar novos subsídios para a criação dosprojetos-piloto a partir de reflexões dos especialistas das áreasde educação, psicologia, informática e sociologia.

Importantes recomendações norteadoras da política de infor-mática na educação originaram-se desse encontro. Entre elas,a necessidade de que a presença do computador na escolafosse encarada como um recurso auxiliar ao processo educa-cional e jamais como um fim em si mesmo. Para tanto, pro-punha-se que o computador deveria submeter-se aos fins daeducação e não os determinar, reforçando dessa maneira aidéia de que o computador deveria auxiliar o desenvolvimen-to da inteligência do aluno e as habilidades intelectuais espe-cíficas requeridas pelos diferentes conteúdos.

Recomendou-se ainda, a partir do II Seminário Nacional deInformática na Educação, que as aplicações do computadornão deveriam se restringir ao 2o grau, de acordo com a pro-posta inicial do governo federal, mas procurar atender a ou-tros graus e modalidades de ensino, acentuando a necessida-de do caráter interdisciplinar que deveria existir nas equipesdos centros-piloto, como condição importante para garantir aabordagem adequada e o sucesso da pesquisa.

Em janeiro de 1983, foi criada, no âmbito da SEI, a Comissão Es-

pecial no 11/1983 – Informática na Educação, por meio da Porta-ria SEI/CS

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N/PR no 001/1983. Essa comissão tinha por finalidade,entre outros aspectos, conforme Maria Candida Moraes, propora orientação básica da política de utilização das tecnologias dainformação no processo de ensino-aprendizagem, observandoos objetivos e as diretrizes do Plano Setorial de Educação, Cul-tura e Desporto, da política nacional de informática e do PlanoBásico de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do país,além de apoiar a implantação de centros-piloto, funções essasintimamente concernentes ao âmbito educacional.

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Em março de 1983, a Secretaria Executiva da referida comis-são, atendendo recomendações propostas, apresentou o do-cumento Projeto Educom, que consubstanciou uma propostainterdisciplinar voltada à implantação experimental de cen-tros-piloto com infra-estruturas relevantes para o desenvolvi-mento de pesquisas, pretendendo a capacitação nacional e acoleta de subsídios para uma futura política setorial.

Após a aprovação do Projeto Educom, a SEI divulgou o Co-municado SEI/SS no 15/1983, informando o interesse gover-namental na implantação de centros-piloto em universidadesinteressadas no desenvolvimento dessas pesquisas, medianteações integradas com escolas públicas, preferencialmente de2o grau, estabelecendo, até mesmo, critérios e formas de ope-racionalização do projeto.

Entretanto, pouco tempo antes, em novembro de 1982, foicriado o Centro de Informática (Cenifor) do MEC, subordina-do à hoje extinta Fundação Centro Brasileiro de TV Educativa(Funtevê), cujas atribuições regimentais foram posteriormentereformuladas, em março de 1984, para melhor cumprimentodos requisitos indispensáveis ao desenvolvimento e à co

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IMPORTANTE

or-denação das atividades na área, tendo em vista o interesseda Secretaria-Geral do MEC em assumir a coordenação doprojeto. Coube ao Cenifor a responsabilidade pela implemen-tação, pela coordenação e pela supervisão técnica do ProjetoEducom, cujo suporte financeiro e delegação de competên-cia foram definidos em Protocolo de Intenções assinado entreMEC, SEI, CNPq, Finep e Funtevê, em julho de 1984.

A partir desse momento, o MEC assumiu a liderança do pro-

cesso de informatização da educação brasileira, procurandoorganizar-se para o cumprimento de suas novas obrigações.Um dos argumentos utilizados para a transferência do ProjetoEducom para o MEC era, de acordo com Maria Candida Mo-raes, o de que informática na educação tratava de questõesde natureza pedagógica relacionadas ao processo de ensi-no-aprendizagem, envolvendo escolas públicas brasileiras euniversidades, na busca de subsídios para uma futura políticapara o setor educacional.

Pesava, também, nessa decisão, a questão financeira, pois,apesar de o acordo firmado entre os organismos governa-mentais e o próprio estímulo para a implantação do projetoter-se originado na própria SEI, esta secretaria não havia pre-visto, no seu orçamento, o montante de recursos capazes de

dar a devida sustentação financeira ao projeto, em termos decontrapartida negociada com o MEC. Assim, coube ao Minis-tério da Educação, apesar de inúmeras dificuldades, garantir asua operacionalização.

Em 3 de outubro de 1984, foram firmados os primeiros convê-nios para o início das atividades de implantação dos centros-piloto, entre a Funtevê/MEC e as Universidades Federais doRio Grande do Sul, Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janei-ro e Estadual de Campinas. Entretanto, em março de 1985,com o fim do governo militar, profundas alterações funcionaisocorreram na administração federal, com conseqüentes mu-danças de orientação política e administrativa.

Nessa época, a nova administração da Funtevê/MEC inicioua operação desmonte do Cenifor, alegando seu desinteressena pesquisa, relegando os centros-piloto do Projeto Educoma uma situação financeira difícil e insustentável, segundo orelato da professora Maria Candida Moraes. A partir dessemomento, iniciou-se o descumprimento da sustentação finan-ceira do projeto por parte do próprio MEC, iniciando um pro-cesso de disputa interna de órgãos que pretendiam assumir acoordenação do setor.

De acordo com os relatórios de pesquisas, o Educom produ-ziu, num período de cinco anos, quatro teses de doutorado, 17teses de mestrado, cinco livros, 165 artigos publicados, maisde duas centenas de conferências e palestras ministradas,além de vários cursos de extensão, especialização e treina-mento de professores. Sistemas de autor e vários softwareseducacionais foram desenvolvidos, dos quais alguns foram osprimeiros colocados em concursos nacionais. Assessoramen-

tos técnicos foram prestados às várias secretarias estaduaise 

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municipais de educação, aos comitês assessores de pro-gramas ministeriais, bem como desenvolvidos programas decooperação técnica, nacional e internacional, promovidos pelaOrganização dos Estados Americanos (OEA) e pela Organiza-ção das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura(Unesco). Segundo Maria Candida Moraes:

É bom esclarecer para você que a institucionalizaçãodo núcleo de pesquisa interdisciplinar em cada universi-dade que participou do Educom foi um fato importante parapreenchimento de uma lacuna que existia na pesquisa na-cional. A medida do sucesso do empreendimento e

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das pesquisas realizadas pode ser verificada a partirda incorporação de cada centro-piloto na universidade

hospedeira, transformando-se em núcleo, coordenado-ria ou centro, de acordo com as alternativas regimentaisde cada  instituição universitária, demonstrando, assim, oreconhecimento efetivo da comunidade universitária aoempenho e à dedicação de todos aqueles que dedicaramesforços para o desenvolvimento desse projeto de pes-

quisa.

Você já ouviu falar da Unesco? Sabe quaissão suas funções e os países que a compõem?

Quais são suas principais contribuições para a infor-mática educativa no Brasil?

Pesquise, se possível na internet, e procure responder aessas questões. Elabore um texto e compartilhe comseus colegas de curso.

Em fevereiro de 1986, logo após a criação do Comitê Assessorde Informática na Educação da Secretaria de Ensino de 1o e2o Graus Caie/Seps, presidido pelo secretário-geral do MEC,iniciou-se uma nova fase. Esse comitê foi constituído por pro-

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fissionais de reconhecida competência técnico-científica nopaís, procedentes de diferentes seguimentos da sociedade.

Em abril do mesmo ano, o comitê recomendou a aprovaçãodo Programa de Ação Imediata em Informática na Educaçãode 1o e 2o Graus, objetivando a criação de uma infra-estrutu-ra de suporte junto às secretarias estaduais de educação, a

capacitação de professores, o incentivo à produção descen-tralizada de software educativo, bem como a integração depesquisas que vinham sendo desenvolvidas pelas diversasuniversidades brasileiras. Além disso, pretendia-se a consig-nação de recursos financeiros no orçamento do Ministério daEducação, para o exercício de 1987, necessários ao suporteoperacional e à continuidade das ações em desenvolvimento.Ainda em 1986, foi lançado o I Concurso Nacional de SoftwareEducacional.

O Programa de Ação Imediata, utilizando a abordagem sis-têmica no planejamento de suas ações, apresentou uma lista

de projetos voltados ao atendimento das funções básicasreferentes ao uso e à aplicação da tecnologia, à produção, àpesquisa, ao desenvolvimento de recursos humanos, alémdo atendimento às funções de apoio relativas ao fomento,à disseminação e à divulgação da tecnologia de informáticaeducativa. Como importante estratégia de ação, propunha aconvergência de esforços do setor educacional em busca deautonomia tecnológica no país e a capacitação nacional paraque a sociedade brasileira fosse capaz de assumir o comandodo seu próprio processo de informatização, colaborando parao pleno desenvolvimento do país.

Uma das primeiras ações decorrentes do lançamento desseprograma, em 1986, foi recomendar a avaliação dos centros-piloto do Projeto Educom, realizada por uma comissão de es-pecialistas de alto nível, instituída pela Portaria no 418 do MEC,de 16 de julho de 1986. Ao final do relatório, segundo MariaCandida Moraes, a comissão alertava que os centros-piloto vi-nham desenvolvendo as atividades a que se propuseram, nãohavendo dúvidas quanto às suas reais possibilidades para aconsecução de suas metas, apesar dos atrasos no repasse dasverbas, da descontinuidade da oferta de bolsas por parte doCNPq, da falta de apoio financeiro da Finep e da SEI, que ha-viam se retirado do processo, além dos descompassos exis-tentes no nível de coordenação administrativa do projeto.

O relatório solicitava a manutenção e o revigoramento doapoio técnico e financeiro aos centros-piloto, maior intercâm-bio entre os pesquisadores, e que as atividades de pesquisafossem a tônica principal desses centros na busca de conheci-mentos seguros que subsidiassem futuras decisões políticase possibilitassem condições de respostas na antecipação deproblemas e no reconhecimento de seus limites. Em maio de1986, a Secretaria de Informática do MEC assumiu a respon-sabilidade de condução das ações de informática na educaçãoe, conseqüentemente, a coordenação e a supervisão técnicado Projeto Educom.

Iniciou-se, então, nessa época, um novo período de consul-tas à comunidade, motivado pela nece

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ssidade de elaborar umplano estratégico para a área. Isso oportunizou a realização daJornada de Trabalho de Informática na Educação, em Floria-nópolis, em novembro de 1987, que contou com a participa-ção de profissionais envolvidos com a pesquisa e com a pro-dução na área, bem como profissionais de escolas e empre-sas que atuavam no setor. Foi produzido como resultado desse

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encontro um documento com recomendações para formula-ção da política trienal para o setor, posteriormente submetidaà aprovação do Comitê Assessor do MEC.

O fato de o país não dispor de conhecimento técnico-científi-co nessa área fez com que o Ministério da Educação, segun-do Maria Candida Moraes, optasse por iniciar as atividadesdesenvolvendo pesquisas nas universidades para posteriordisseminação de seus resultados, mediante capacitação dosprofessores dos sistemas estaduais de ensino público. O iní-cio da capacitação dos professores foi realizado pelo ProjetoFormar, por meio da Unicamp, e contou com a colaboraçãodos vários centros-piloto do Projeto Educom.

O Projeto Formar foi criado por recomendação do ComitêAssessor de Informática e Educação (Caie) do Ministério daEducação (MEC), sob a coordenação do Nied/Unicamp e mi-nistrado por pesquisadores e especialistas dos demais cen-tros-piloto integrantes do Projeto Educom. Destinava-se, em

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sua primeira etapa, à formação de profissionais para atuaremnos diversos centros de informática educativa dos sistemasestaduais e municipais de educação. Tratava-se de um cursode especialização de 360 horas, planejado de forma modular,ministrado de forma intensiva ao longo de nove semanas (45dias úteis), com oito horas de atividades diárias. Seus conteú-dos foram distribuídos em seis disciplinas, constituídas de au-las teóricas e práticas, 

seminários e conferências. A formaçãode profissionais propiciada por esse projeto foi realizada pormeio de três cursos e atingiu cerca de 150 educadores prove-nientes das secretarias estaduais e municipais de educação,das escolas técnicas, profissionais da área de educação espe-cial, bem como professores de universidades interessadas naimplantação de outros centros.

Com a escolha do nome Projeto Formar, tínhamos emmente marcar uma transição importante em nossa culturade formação de professores. Ou seja, pretendíamos fazeruma distinção entre os termos formação e treinamento,mostrando que não estávamos preocupados comadestramento ou em simplesmente adicionar mais umatécnica ao conhecimento que o profissional já tivesse,mas, sobretudo, pretendíamos que o professor refletissesobre sua forma de atuar em sala de aula e propiciar-lhe

condições de mudanças em sua prática pedagógica naforma de compreender e conceber o processo ensino-aprendizagem, levando-o a assumir uma nova posturacomo educador (MORAES,1997).

O Projeto Formar foi operacionalizado por meio de dois cur-sos de especialização em Informática na Educação, em nívelde pós-graduação lato sensu, realizados na Unicamp, em1987 e 1989, dedicados aos professores das diversas secre-tarias estaduais de educação e das escolas técnicas federais.Os professores formados tiveram como compromisso princi-pal projetar e implantar, junto à Secretaria de Educação queos havia indicado, um Centro de Informática Educativa (Cied),a ser implementado mediante apoio técnico e financeiro doMinistério da Educação que, por sua vez, não pretendia impormecanismos e procedimentos, apenas oferecer o devido res-paldo técnico-financeiro necessário à consecução dos objeti-

vos pretendidos.

Coube a cada Secretaria de Educação definir os rumos de suaproposta, de acordo com a capacidade técnico-operacionalde sua equipe e possibilidades de formação de recursos hu-

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Lato sensu é uma expressãoem latim que significaliteralmente em sentidoamplo. Também se refereao nível de pós-graduaçãoque titula o estudante comoespecialista em determinadocampo do conhecimento.Obtido no site:  http:pt.wikipedia.org/Lato_sensu

manos. Ao Ministério da Educação competiu o repasse dosrecursos necessários à cooperação técnica entre os pesqui-sadores dos centros-piloto do Projeto Educom e os professo-res das Secretarias de Educação, além do fornecimento dosequipamentos necessários, de acordo com as especificaçõespropostas pelo Comitê Assessor do MEC.

No período de 1988 e 1989, 17 Cieds foram implantados emdiferentes Estados da Federação. Cada Cied, além de coor-denar a implantação de outras unidades, também cuidava daformação de recursos humanos para a implementação das ati-vidades no âmbito estadual. Além de atribuições administrati-vas, esses centros transformaram-se em ambientes de apren-dizagem informatizados, integrados por grupos interdiscipli-nares de educadores, técnicos e especialistas. Cada Cied tinhacomo propósito atender alunos e professores de 1o e 2o grause de educação especial, além de possibilitar o atendimento àcomunidade em geral, constituindo-se num centro irradiadore multiplicador da tecnologia da informática para as escolaspúblicas brasileiras.

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Como estratégia da política ministerial, ficou estabelecido queo Cied deveria ser uma iniciativa do Estado e não do governofederal. Ao MEC caberia, além da formação inicial dos profes-sores indicados pelas Secretarias de Educação, sensibilizaros secretários, destacando a importância da área e informan-do-lhes do interesse do Ministério da Educação na implan-tação dos referidos centros, da possibilidade de cessão deequipamentos e recursos para custeio das atividades iniciais,alertando, entretanto, que caberia a cada Estado verificar seusinteresses e condições de levar adiante tal empreendimento.A manutenção do Cied e a formação continuada de professo-res multiplicadores seriam atribuições do Estado, de acordocom a própria capacidade de gestão de seus recursos huma-nos, financeiros e materiais.

Ao final de 1988, a OEA, por meio de seu Departamento deAssuntos Educativos, reconhecendo o esforço bras

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ileironessa área, convidou o Ministério da Educação a apresentarum projeto de cooperação multinacional envolvendo outrospaíses latino-americanos. Iniciava-se, então, naquela época,a primeira cooperação técnica internacional com o México,financiada pela OEA, para avaliação do Projeto de InformáticaEducativa na Área de Educação básica: Projeto Coeeba.

Uma das primeiras ações de cooperação internacional pro-posta pelo Brasil foi a realização de uma Jornada de TrabalhoLuso-Latino-Americana de Informática na Educação, realizadaem Petrópolis, em maio 

de 1989, para identificação de pos-síveis áreas de interesse comum relacionadas à pesquisa eà formação de recursos humanos, capazes de subsidiar umfuturo projeto internacional sob a chancela da OEA. Essa jor-nada adotou como princípios norteadores do trabalho a par-ticipação, a integração, a solidariedade e a adequação daspropostas às realidades de cada país, bem como o respeitoà multiculturalidade e à diversidade cultural, como requisitosfundamentais de qualquer iniciativa de cooperação na área.Estiveram presentes representantes de 15 países, incluindoPortugal e países africanos que, mesmo não estando sob ajurisdição americana, solicitaram participação.

As recomendações obtidas foram consubstanciadas em do-cumento próprio e serviram de base à elaboração de um Pro-jeto Multinacional de Informática Aplicada à Educação Básica,envolvendo oito países americanos, que foi apresentado àOEA, em 1989, em Washington, e aprovado para o período de1990 a 1995. Conforme Maria Candida Moraes, o projeto ficou

paralisado após 1992 por causa da falta de pagamento daquota anual brasileira que, por sua vez, condicionava a par-ticipação do Brasil, impossibilitando, assim, a realização dasatividades previstas e acordadas com os demais países, preju-dicando a liderança latino-americana conquistada pelo Brasil,o que foi muito lamentado pelos países integrantes do Acordode Cooperação Técnica firmado.

A partir de todas essas iniciativas, foi estabelecida uma sólidabase para a criação de um Programa Nacional de InformáticaEducativa (Proninfe), que foi efetivado em outubro de 1989,com a Portaria Ministerial no 549/GM. O Proninfe tinha por fi-nalidade:

Desenvolver a informática educativa no Brasil, através de projetose atividades, articulados e convergentes, apoiados em fundamenta-ção pedagógica sólida e atualizada, de modo a assegurar a unidadepolítica, técnica e científica imprescindível ao êxito dos esforços einvestimentos envolvidos.

Apoiado em referências constitucionais (título VIII, capítulosIII e IV da atual Constituição brasileira) relacionadas às áreasde educação, ciência e tecnologia, o Programa visava apoiaro desenvolvimento e a utilização da informática nos ensinosde 1o, 2o e 3o graus e na educação especial, o fomento à in-fra-estrutura de suporte relativa à criação de vários centros, aconsolidação e a integração das pesquisas, bem como a ca-

pacitação contínua e permanente de professores. Propun

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ha,também, a criação de uma estrutura de núcleos distribuídosgeograficamente pelo país, a capacitação nacional por meiode pesquisa e formação de recursos humanos, mediante umcrescimento gradual em busca de competência tecnológicareferenciada e controlada por objetivos educacionais.

Simultaneamente à criação do Proninfe, cuja coordenaçãopassou a ser exercida por uma Comissão Geral de Coordena-ção subordinada à Secretaria-Geral do MEC, foram iniciadasgestões junto à Secretaria Especial de Informática (SEI) doMinistério de Ciência e Tecnologia (MCT), visando à inclusãode metas e objetivos do programa como parte integrante doII Planin, Plano Nacional de Informática e Automação, para operíodo de 1991 a 1993. O Planin foi aprovado pelo ConselhoNacional de Informática e Automação (Conin), um colegiadoque era constituído pelos ministros de Estado das diferentesáreas setoriais e representantes da indústria nacional e poste-riormente transformado em lei.

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A inclusão de objetivos, metas e estratégias no Planin ocor-reu no final de 1990. Acreditava-se que a política de informá-tica na educação deveria também estar em consonância comos objetivos e as diretrizes da política educacional da área deciência e tecnologia, como subsistemas interligados e inter-dependentes. A inclusão das ações do Proninfe foi importan-te para viabilização de financiamentos de diferentes tipos debolsas de estudos e outros benefícios decorrentes. A área deinformática educativa passou então a ser um dos destaquesdo Programa de Capacitação de Recursos Humanos em áreasEstratégicas (Rhae), do Ministério de Ciência e Tecnologia.

Em seu documento referencial, o Proninfe fundamentava-sena necessidade de intensa colaboração entre as três esferasdo poder público, no qual os investimentos federais seriamcanalizados, prioritariamente, para a criação de infra-estrutu-ra de suporte em instituições federais, estaduais e municipaisde educação, para a capacitação de recursos humanos e bus-

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IMPORTANTE

ca de autonomia científica e tecnológica para o setor. Seusobjetivos e metas atendiam, também, aos preceitos constitu-cionais referentes à área de ciência e tecnologia, solicitandotratamento prioritário à pesquisa científica básica, voltada aobem público e ao progresso da ciência na busca de soluçõesaos problemas brasileiros. Seus objetivos, metas e estratégiasvieram também a integrar o Plano Nacional de Educação, oPlano Plurianual de Investimentos, desdobrando-se, poste-riormente, em metas e atividades de alguns planos estaduais

e municipais de educação, na tentativa de assegurar sua ope-racionalização junto às bases estaduais e municipais na espe-rança de maior fluência de recursos financeiros por parte dasinstituições governamentais.

Entre suas ações prioritárias destacavam-se as atividades vol-tadas à capacitação de professores e técnicos dos diferentessistemas de ensino, desenvolvimento de pesquisa básica eaplicada, implantação de centros de informática educativa,produção, aquisição, adaptação e avaliação de softwares edu-cativos. Pretendia-se, também, facilitar a aquisição de equipa-mentos computacionais por parte dos sistemas de educaçãopública, implantação de rede pública de comunicação de da-dos, incentivo a cursos de pós-graduação na área, bem comoacompanhamento e avaliação do programa.

Em 1990, o Ministério da Educação aprovou o 1o Plano de AçãoIntegrada (Planinfe), para o período de 1991 ao período de 1993,com objetivos, metas e atividades para o setor, associados a um

horizonte temporal de maior alcance. O Planinfe, assim como oProninfe, destacava, como não poderia deixar de ser, a necessi-dade de um forte programa de formação de professores, acredi-tando que as mudanças só ocorrem se estiverem amparadas, emprofundidade, por um intensivo e competente programa de capa-citação de recursos humanos, envolvendo universidades, secre-tarias, escolas técnicas e empresas como o Senai e o Senac.

A partir de 1992, em função de gestões realizadas em anosanteriores e de uma firme determinação do ministro da Edu-cação daquela época, foi criada uma rubrica orçamentáriaespecífica no orçamento da União para o financiamento dasatividades do setor. Esta foi uma luta por mais de cinco anospela coordenação do programa, que acreditava em sua im-portância para a consolidação das atividades planejadas naárea, para que não ficassem à mercê de possíveis injunçõespolíticas, como de fato ocorreram.

Tanto o Programa de Ação Imediata quanto o Proninfe, em ter-mos de organização e funcionamento, visavam à capacitaçãocontínua e permanente de professores dos três níveis de ensi-no para o domínio dessa tecnologia em ambientes de ensinoe pesquisa, a utilização da informática na prática educativa enos planos curriculares, além da integração, da consolidaçãoe da ampliação de pesquisas e da socialização de conheci-mentos e experiências desenvolvidos.

Para tanto, foi prevista a criação de uma infra-estrutura de nú-

cleos ou centros distribuídos geograficamente pelo país, 

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lo-calizados em universidades, Secretarias de Educação e esco-las técnicas federais. Esses núcleos, chamados de Centros deInformática na Educação, tiveram atribuições de acordo comseus diferentes campos de atuação e em função da vocaçãoinstitucional de sua clientela, constituindo-se em Centros deInformática na Educação Superior (Cies), Centros de Informá-tica na Educação de 1o e 2o graus (Cied) e Centros de Informáti-ca na Educação Técnica (Ciet).

Em termos de organização e funcionamento, o Centro deInformática na Educação Superior (Cies) ficou vinculado auma universidade, destinando-se a realizar pesquisa científicade caráter interdisciplinar, formar recursos humanos, ofere-cer suporte aos Cied e Ciet, além de supervisionar experiên-cias educativas em andamento nos colégios de aplicação.O Centro de Informática na Educação de 1o e 2o graus (Cied)ficou subordinado a uma secretaria estadual ou municipal de

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educação, ao Colégio Pedro II, ao Instituto de Educação deSurdos e ao Instituto Benjamim Constant, tendo como fun-ção atender aos professores e aos alunos de 1o e 2o graus,aos alunos de educação especial e à comunidade interessada.O Centro de Informática na Educação Técnica, o Ciet, foi vin-culado a uma escola técnica federal ou a um Centro Federalde Educação Tecnológica (Cefet), destinando-se à formaçãode recursos humanos, à realização de experiências técnico-científicas e ao atendimento a alunos e a professores da es-cola na qual estava inserido.

Pretendia-se, com esses centros, a criação de novos ambien-tes que possibilitassem novas dinâmicas sociais de aprendiza-gem, no sentido de resgatar algo que a educação se propunhahá muito tempo e pouco vinha realizando, ou seja, os atos depensar, aprender, conhecer e compreender, a partir do uso denovos instrumentos. Planejou-se, então, a criação de ambien-tes que, por um lado, possibilitassem o uso de recursos tec-nológicos, usufruindo da interatividade e da interconectivid

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IMPORTANTE

a-de que a máquina faculta, mas, ao mesmo tempo, associadosa processos de desenvolvimento humano que estimulassemautonomia, cooperação, criticidade, criatividade e capacida-de decisória, possibilitando, assim, mudanças noparadigmaeducacional vigente.

A multiplicação desses ambientes para o atendimento à clien-tela de educação básica foi planejada para ser difundida erealizada pelos Cied. Em termos de planejamento, coube aosCied, aos seus subcentros e aos laboratórios a adoção de umprocesso de crescimento 

gradual e constante, a responsabi-lidade pela formação da demanda nacional de professorese alunos, em colaboração com as universidades, visando àintrodução da informática no processo de ensino-aprendiza-gem. Foram concebidos como centros multiplicadores e di-fusores da tecnologia de informática para as escolas públicase, possivelmente, os maiores responsáveis pela disseminaçãoda semente catalisadora dos processos de preparação de umasociedade informatizada no Brasil.

Ao Ciet competia realizar experiências técnico-científicas, ca-pacitar o corpo docente de educação tecnológica para o usoe aplicação da tecnologia da informática, colaborar na profis-sionalização do aluno em sua área de especialização, propiciaruma melhor preparação para o mercado de trabalho, favore-cer o surgimento de pesquisas visando ao desenvolvimentode novas metodologias para o ensino tecnológico, além de

promover a definição e a criação de sistemas, incluindo am-bientes, modelos e programas computacionais necessários àeducação tecnológica, em suas diversas áreas de atuação.

Ao Cies ou Nies competia realizar estudos e pesquisas científi-cas de caráter interdisciplinar para a ampliação das bases cien-tíficas e tecnológicas na área, em consonância com as neces-sidades da comunidade nacional. Pressupunha a construçãode ambientes de aprendizagem enriquecidos e adequados aodesenvolvimento cognitivo e socioafetivo dos alunos, visandoà apropriação das novas tecnologias pelas novas gerações.Implicava modernizar os laboratórios, desenvolver softwareutilizando técnicas de inteligência artificial, interfaces ergo-nômicas homem–computador, pesquisar o desenvolvimen-to de funções cognitivas nos indivíduos, criar e desenvolver

micromundos lingüísticos com linguagens artificiais, estudarprocessos cognitivos e afetivos dos alunos e de várias outrasatividades.

Competia ainda aos Cies ou Nies o aperfeiçoamento contínuoda formação profissional, técnica e científica na graduação, napós-graduação e na extensão universitária, oferecendo cur-sos de especialização e atualização aos professores da redepública de ensino que não tinham condições de aprofundarseus conhecimentos sem o amparo e a integração com a co-munidade universitária. Dessa forma, o Programa Nacional de

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A ergonomia é a qualidade daadaptação de um dispositivo

a seu operador e à tarefaque ele realiza, ou seja, ausabilidade, pois quantomais adaptado for o sistemainterativo maiores serão osníveis de eficácia, eficiênciae satisfação alcançadospelo usuário durante o usodo sistema. Por exemplo,como os usuários alcançamobjetivos com o sistema,a qualidade necessária, aemoção que os sistemasproporcionam aos usuáriosem face dos resultadosobtidos, etc. Obtido nosite:http://pt.wikipedia.org/wiki/Ergonomia

Informática Educativa (Proninfe) definiu um modelo de organi-zação e funcionamento para a capacitação das atividades emtodas as áreas da educação nacional.

Para coordenação e gerenciamento de suas atividades foicriada uma Comissão Central de Coordenação junto à Secre-taria-Geral do Ministério da Educação, constituída por repre-sentantes de todas as secretarias-fim do MEC, além do Inep eda Capes. Sua finalidade era criar um centro de gerenciamen-to nacional das atividades desenvolvidas por uma estruturaprodutiva de núcleos espalhados por todo o país. O programabuscava, além de fomentar as atividades na área, incentivar,sobretudo, a integração dos diversos centros constitutivos dosistema, promovendo e articulando os processos de coopera-ção técnica e financeira para o setor.

De acordo com seus documentos, em termos de organiza-ção e funcionamento, o Proninfe adotava como princípios deação a descentralização funcional e geográfica nos diversosníveis de organização; o crescimento gradual baseado na ex-perimentação e na análise dos resultados obtidos, orientado

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IMPORTANTE

O “estado da arte” éo nível mais alto dedesenvolvimento, seja de umaparelho, de uma técnicaou de uma área científica.O “estado da arte” indica,portanto, o ponto em que oproduto em questão deixa deser um projeto técnico parase tornar uma obra-prima.Obtido no site:hhttp;//pt.wikipedia.org/wiki/Estado_da_arte

pela capacidade de formação dos professores; a importânciaà pesquisa e ao desenvolvimento centrados nas universida-des e nas escolas técnicas federais; a busca de competênciatecnológica permanentemente referenciada e controlada porobjetivos educacionais.

Para sua operacionalização, apresentava uma estruturamatricial com duas vertentes. Uma relacionada às funçõesprodutivas de pesquisa, produção, uso e aplicação, desen-volvimento de recursos humanos e disseminação. Outra, emfunção da clientela, determinava a criação de cinco subpro-gramas destinados ao ensino fundamental, à educação espe-cial, ao ensino médio, ao ensino superior e à educação nãoformal. Para cada uma de suas funções havia uma série derecomendações sinalizando diretrizes importantes a serem

observadas no desenvolvimento das atividades.

Na área da pesquisa, por exemplo, o documento recomen-dava o desenvolvimento prioritário da pesquisa básica e daaplicada a ser desenvolvida por equipes interdisciplinares,cujos recursos deveriam ser canalizados para a construção deferramentas computacionais adequadas ao processo de en-sino-aprendizagem, estudos de avaliação do impacto da in-formática no setor educacional, bem como levantamento do“estado da arte”.

Em termos de capacitação de recursos humanos, o programadava prioridade a propostas que fossem democratizantes enão determinadas por interesses industriais e mercadológicos,baseadas na conscientização, e não no adestramento, envol-vendo maior participação da universidade e de outras institui-ções de ensino superior, por serem centros de excelência deensino, pesquisa e extensão. Recomendava atenção prioritá-ria à formação e ao aperfeiçoamento de pesquisadores, pre-ferencialmente articulados aos programas de pós-graduação.Sugeria, ainda, que os programas promovessem a articulaçãoentre Secretarias de Educação, universidades e instituições,como o Senai e o Senac, fortalecendo mecanismos de coope-ração, intercâmbio, bolsas e estágios no Brasil e no exterior.

Colega educador(a), repare que, a partirda década de 1990, as ações governamentais na área

de informática educativa voltaram-se à capacitação depessoal – especialmente a de professor(a) – para atuar

nas escolas.

Verifique, junto à Secretaria de Educa-ção de seu município, quantos profissionais de

educação já foram capacitados, nos últimos cincoanos, por quais programas e, dentre estes profissio-nais, quantos são funcionários escolares.Após a coleta dos dados, avalie se o total de profissio-nais formados atende à demanda de seu município, e seos profissionais capacitados encontram, nas escolas, ascondições necessárias ao exercício dos conhecimentosadquiridos. Em caso positivo, descreva-as; em caso ne-gativo, verifique o que falta para que essas condiçõessejam atendidas.Essa atividade pode compor sua prática profissio-

nal supervisionada.

De modo geral, na área de produção de software, o Proninfeestabelecia como uma de suas diretrizes a criação de equipesinterdisciplinares de produção e avaliação de programas edu-cativos computacionais, devidamente qualificada

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s para análisede questões sociológi-cas, psicopedagógicase epistemológicas. Re-comendava, também, a

Epistemologia ou teoriado conhecimento, dogrego episteme, ciência,conhecimento; logos,discurso. É um ramo dafilosofia que trata dosproblemas filosóficosrelacionados à crença e aoconhecimento. Portanto,questões espistemológicasestão relacionadas aoconhecimento de algo. Obtidono site:http://wikipedia.org/wibi/Epistemologia

produção de sistemasdo tipo ferramenta, aaquisição de softwareseducativos por partedos órgãos públicos,mas devidamente ava-liados por grupos depesquisa com experi-ência comprovada naárea de produção e/ouavaliação de programascomputacionais. Tam-bém propunha incenti-vos à produção e à introdução, no mercado educacional, desoftwares educativos de qualidade, provenientes de gruposde pesquisa de reconhecida competência, no sentido de gerarpadrões de qualidade, além da criação de catálogos, bancode dados e glossários para disseminação de informações econsultas na área.

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IMPORTANTE

No que se refere aos equipamentos, o Proninfe buscava umaconfiguração básica de custo reduzido, que pudesse ser ex-pandida modularmente e fosse capaz de suportar a implanta-ção dos laboratórios das escolas. Pretendia, também, incen-tivar discussões e divulgações de tendências pedagógicasbaseadas na utilização de equipamentos produzidos pela in-dústria nacional, obedecendo a padrões próprios, buscando,portanto, a definição do equipamento a ser utilizado pela infor-mática educativa no Brasil, em consonância com a política dereserva de mercado vigente naquela época. Propunha, ainda,que o MEC atuasse como mediador e indutor do processo deinformatização da educação brasileira, incentivando a indús-tria nacional a adequar seus equipamentos aos padrões queviessem a ser definidos pela comunidade científica nacionalem função de objetivos pedagógicos.

O programa apresentava, como estratégias importantes, apadronização dos equipamentos, visando à conectabilidade,compatibilidade e portabilidade dos sistemas de informações,a criação de mecanismos que permitissem o conhecimentodo processo de informatização da sociedade e a participaçãoda comunidade. Recomendava o desenvolvimento de estu-dos com o Ministério das Comunicações para diferenciaçãotarifária e a criação de núcleos regionais ligados por rede pú-blica de comunicação de dados.

Tanto o Proninfe quanto o Planinfe destacavam a necessidadede um forte programa de formação de professores e técnicosna área de informática educativa, acreditando que nenhumamudança tecnológica ocorreria se não estivesse profunda-mente amparada por um intensivo programa de capacitaçãode recursos humanos. O Planinfe recomendava, ainda, quea formação de professores e técnicos para a utilização des-ta tecnologia em educação levasse em conta o exame daspossibilidades e dos limites do uso da informática no sistemaeducacional, considerando os aspectos da realidade escolar,as diferenças regionais, o desemprego tecnológico e a baixacondição de vida.

O Planinfe aconselhava também uma avaliação crítica do signi-ficado da informática na educação, a análise das conseqüênciasgerais da informatização como uso de tecnologias não neu-tras e comprometidas com determinado modo de concepçãoda sociedade. Reforçava, ainda, a idéia de que a tecnologiaà disposição da educação poderia colaborar para a compre-ensão dos processos cognitivos do indivíduo ao desenvolver

conhecimentos e como, a partir dessa tecnologia, poderia sergerado o novo conhecimento científico e crescer em espiral.Promulgava a necessidade de mudanças nos papéis da esco-la, do aluno e do professor e, conseqüentemente, nos conteú-dos, nos processos e nos materiais de ensino-aprendizagem,alegando que não se poderia incorporar o novo sem refor

mu-lar o antigo.

Em abril de 1997, foi criado, pela Portaria no 522/MEC, o Pro-grama Nacional de Informática na Educação (ProInfo) parapromover o uso pedagógico da informática na re

de pública deensino fundamental e médio. O programa é desenvolvido pelaSecretaria de Educação a Distância (Seed), por meio do De-partamento de Infra-Estrutura Tecnológica (Ditec), em parce-ria com as Secretarias de Educação estaduais e municipais.

O ProInfo funciona de forma descentralizada. Sua coordena-ção é de responsabilidade federal, e a operacionalização éconduzida pelos estados e municípios. Em cada unidade daFederação, existe uma coordenação estadual ProInfo, cujo tra-balho principal é o de introduzir as Tecnologias de Informaçãoe Comunicação (TIC) nas escolas públicas de ensino médio efundamental, além de articular os esforços e as ações desen-volvidas no setor sob sua jurisdição, em especial as ações dosNúcleos de Tecnologia Educacional (NTE). Para apoiar tecno-logicamente e garantir a evolução das ações do programa em

Para saber mais sobre oprograma ProInfo entre no sitehttp://www.proinfo.mec.gov.br/

todas as unidades da Federação, foi criado o Centro de Expe-rimentação em Tecnologia Educacional (Cete).

Os NTEs são locais dotados de infra-estrutura de informáticae comunicação que reúnem educadores e especialistas emtecnologia de hardware e  software. Os profissionais que tra-balham nos NTEs são especialmente capacitados pelo ProInfopara auxiliar as escolas em todas as fases do processo de in-corporação das novas tecnologias. A capacitação dos profes-sores é realizada a partir desses núcleos nos quais os agentesmultiplicadores dispõem de toda a estrutura necessária paraqualificar os educadores a fim de utilizar a internet no proces-so educacional.

O laboratório de informática é um patrimônio que pode bene-ficiar toda a comunidade, e o NTE é um agente colaborador.Sua função é orientar o uso adequado desses instrumentospara promover o desenvolvimento humano não apenas na es-cola, mas em toda a comunidade, otimizando os resultados.Localizados em todas as unidades da Federação, cada núcleo

33

UNIDADE1–

HistóricodainformáticaeducativanoBrasil

UNIDADE3–Aimportânciadacapacitaçãoedopapeldofuncionário

daeducação

IMPORTANTE

34

atende escolas situadas em uma mesma região. O númerode escolas a serem atendidas – bem como o número de NTEem cada Estado – é estabelecido de maneira proporcional aonúmero de alunos e escolas de cada rede de ensino públicoestadual.

O Cete foi criado para viabilizar e apoiar as ações do ProInfoe está situado na sede do MEC, em Brasília. Suas principaiscontribuições são:

• Estabelecimento de redes de comunicação.

• Divulgação de produtos.

• Disseminação de informações.

• Promoção do uso de novas tecnologias por meio de ativi-dades nas áreas de telemática e infra-estrutura de 

informa-ções.

Agosto/81: realização do I Seminário de Informáticana Educação, Brasília/DF, UnB. Promoção MEC/SEI/

CNPq.

Dezembro/81: aprovação do documento: Subsídios paraa Implantação do Programa de Informática na EducaçãoMEC/SEI/CNPq/Finep.

Agosto/82: realização do II Seminário Nacional de Infor-mática na Educação, UFBa/Salvador/Bahia.

Janeiro/83: criação da Comissão Especial no 11/83 – Infor-mática na Educação, Portaria SEI/CSN/PR no 001, de 12 dejaneiro de 1983.

Julho/83: publicação do documento: Diretrizes para o Es-tabelecimento da Política de Informática no Setor de Edu-cação, Cultura e Desporto, aprovado pela Comissão deCoordenação-Geral do MEC, em 26 de outubro de 1982.

Agosto/83: publicação do Comunicado SEI, solicitando aapresentação de projetos para a implantação de centros-piloto junto às universidades.

Março/84: aprovação do regimento interno do Centrode Informática Educativa (Cenifor) e do Funtevê, Porta-ria no 27, de 29 de março de 1984.

Julho/84: assinatura do Protocolo de IntençõesMEC/SEI/CNPq/Finep/Funtevê para a implantaçãodos centros-piloto, e delegação de competência aoCenifor e expedição do Comunicado SEI/SS no 19,  in-formando subprojetos selecionados: UFRGS, UFRJ,UFMG, UFPe e Unicamp.

Agosto/

UNIDADE1–

HistóricodainformáticaeducativanoBrasil

85: aprovação do novo regimento interno doCenifor, Portaria Funtevê no 246, de 14 de agosto de 1985.

Setembro/85: aprovação do Plano Setorial – Educação eInformática pelo Conin/PR.

Fevereiro/86: criação do Comitê Assessor de Informáticana Educação de 1o e 2o Graus – Caie/Seps.

Abril/86: aprovação do Programa de Ação Imediata em In-formática na Educação e extinção do Caie/Seps e criaçãodo Caie/MEC.

Maio/86: coordenação e supervisão técnica do ProjetoEducom são transferidas para a Seinf/MEC.

Julho/86: instituição do I Concurso Nacional de Software Edu-cacional e da Comissão de Avaliação do Projeto Educom.

Junho/87: implementação do Projeto Formar I, Curso deEspecialização em Informática na Educação,  realizado naUnicamp.

Julho/87: lançamento do II Concurso Nacional de SoftwareEducacional.

Novembro/87: realização da Jornada de Trabalho de In-formática na Educação: Subsídios para Políticas, UFSC,Florianópolis/SC, e início da implantação dos Cieds.

Setembro/88: realização do III Concurso Nacional de Sof-tware Educacional.

Janeiro/89:  realização do II Curso de Especialização emInformática na Educação – Formar II.

Maio/89: realização da Jornada de Trabalho Luso-Lati-no-Americana de Informática na Educação, promovidapela OEA e Inep/MEC, PUC/Petrópolis/RJ.

Outubro/89: instituição do Programa Nacional de In-formática Educativa – Proninfe – na Secretaria-Geraldo MEC.

35

Março/90: aprovação do regimento interno do Pro-ninfe.

Junho/90:  reestruturação ministerial e transferência doProninfe para a Senete/MEC.

Agosto/90: aprovação do Plano Trienal de Ação Integrada– 1990/1993.

Setembro/90:  integração de metas e objetivos do Pronin-fe/MEC no Planin/MCT.

Fevereiro/92: criação de rubrica específica para ações deinformática educativa no orçamento da União.

Abril/97: lançamento do Programa Nacional de Infor-mática na Educação (ProInfo).

UNIDADE2–Ousodocomputadornaescolacomorecursopedagógico

Faça uma pesquisa para saber quais políticaspúblicas, na área de informática na educação, estãosendo executadas em sua cidade e  se a escola em quevocê trabalha está incluída em algum programa.

36

2O uso do computadorna escola comorecurso pedagógico

Com a informática é possível realizar variadas ações, comose comunicar, fazer pesquisas, redigir textos, criar desenhos,efetuar cálculos e simular fenômenos. As utilidades e os bene-fícios no desenvolvimento de diversas habilidades fazem docomputador, hoje, um importante recurso pedagógico. Nãohá como a escola atual deixar de reconhecer a influência dainformática na sociedade moderna e os reflexos dessa ferra-menta na área educacional.

UNIDADE2–Ousodocomputadornaescolacomorecursopedagógico

IMPORTANTE

Com a utilização do computador na educação é possível aoprofessor e à escola dinamizarem o processo de ensino-apren-dizagem com aulas mais criativas, mais motivadoras e quedespertem, nos alunos, a curiosidade e o desejo de aprender,conhecer e fazer descobertas. A dimensão da informática naeducação não está, portanto, restrita à informatização da parteadministrativa da escola ou ao ensino da informática para osalunos.

38

O problema está em como estimular os jovens a buscarnovas formas de pensar, de procurar e de selecionarinformações, de construir seu jeito próprio de trabalharcom o conhecimento e de reconstruí-lo continuamente,atribuindo-lhe novos significados, ditados por seusinteresses e necessidade. Como despertar-lhes o prazer eas habilidades da escrita, a curiosidade para buscar dados,trocar informações, atiçar-lhes o desejo de enriquecer seudiálogo com o conhecimento sobre outras culturas e

pessoas, de construir peças gráficas, de visitar museus,de olhar o mundo além das paredes de sua escola, de seubairro ou de seu país... (ALMEIDA, 1998).

Tajra destaca a característica de interatividade proporcionadapelo computador e a sua grande possibilidade de ser um ins-trumento que pode ser utilizado para facilitar a aprendizagemindividualizada. Além disso, o computador incorpora, hoje,vários recursos tecnológicos. Nele é possível ouvir rádio, vervídeos, ler revistas e jornais, reproduzir e gravar CD, como noaparelho de som, conversar com outra pessoa como se esti-véssemos ao telefone, entre outras coisas.

No vocabulário da informática sempre encontramospalavras estrangeiras, pois importamos muitas tecnolo-gias de outros paíse. Poir isso, é muito importante que

você só use palavras ou expressões de língua est

UNIDADE2–Ousodocomputadornaescolacomorecursopedagógico

rangeiraquando não existir uma equivalente no português, assim,valorizamos nossa  língua e evitamos o uso abusivo dos“estrangeirismos”.

A introdução da informática na escola como recurso pedagó-gico deve partir da constatação feita pela própria comunidadeescolar da necessidade de mudança no processo educacio-nal, a fim de adequar o ensino às novas demandas sociais.Para que os recursos e os benefícios da informática possamser utilizados de forma consciente, eficaz e crítica, é necessá-rio haver mobilização, discussão e reflexão.

Quando se fala em informática na educação, é preciso con-siderar a proposta pedagógica da escola. Todas as pessoasenvolvidas no processo educacional precisam debater e de-finir como será a utilização da informática na escola e qualseu objetivo, considerando os interesses e as exigências dacomunidade e da sociedade.

Assim, para incorporar a tecnologia no contexto escolar, é ne-cessário:

• Verificar quais são os pontos de vista dos docentes e dosfuncionários em relação aos impactos das tecnologias naeducação. 39

40

• Discutir com os alunos quais são os impactos que as tecno-logias provocam em suas vidas cotidianas e como eles sedão com os diversos instrumentos tecnológicos.

• Integrar os recursos tecnológicos de forma significativacom o cotidiano educacional.

• Envolver as famílias e os demais segmentos da comunida-de escolar nos processos de discussão e implementaçã

odas novas tecnologias no cotidiano escolar.

É possível classificar a utilização do computador na educaçãode duas formas, considerando a proposta pedagógica da es-cola:

• Por disciplina: nessa modalidade, os professores utilizamos computadores como reforço, complementação ou sen-sibilização para os conteúdos abordados em sala de au

la,em sua disciplina específica, de forma isolada.

• Projetos educacionais: nesse enfoque, a utilização da in-formática acontece de forma integrada entre as várias dis

UNIDADE2–Ousodocomputadornaescolacomorecursopedagógico

IMPORTANTE

-ciplinas no desenvolvi

mento de propostas de projetos. O

modo de utilização do ambiente de informática também é

uma questão a ser discutida. A problemática levantada é:

o professor precisa cumprir uma grade horária mínima no

ambiente de informática ou deve utilizá-lo quando necessi-

tar e tiver algum interesse?

Com base nesse questionamento, a utilização dos ambientesde informática pode ser classificada de duas maneiras:

• Sistematizada: quando os horários são definidos previa-mente, durante o planejamento das aulas. O coordenadordesigna o momento, no ambiente de informática, para cadaprofessor, que pode ser semanal ou quinzenal, por exem

-plo. Essa modalidade é recomendada quando a escola estáiniciando seu processo de implantação de informática 

naeducação, sendo uma forma de ajudar o professor a vencersuas resistências e seus medos em relação à utilização d

ocomputador.

• Não-sistematizada: o uso do ambiente de informática élivre e depende do interesse e da necessidade do profes-sor, que agenda seu horário. Essa forma de utilização doambiente de informática é indicada quando a escola possuiprofessores em estágio avançado de integração tecnológi-ca. Porém, na prática, essa modalidade tende a deixar oambiente de informática ocioso pela pouca utilização dosprofessores. O desenvolvimento de um plano de aula comtecnologia requer maior pesquisa, versatilidade, criativida-de e tempo do professor, fatores que têm motivado a au-sência dos professores nos ambientes de informática.

Outra questão a ser considerada é o objetivo de sua aplicação.As formas de utilização do computador devem variar de acor-do com os objetivos a serem alcançados, sendo importantesua utilização pelas várias possibilidades apresentadas. O im-portante é questionar o objetivo que se quer atingir ao utilizarum recurso tecnológico na prática pedagógica, avaliando suasqualidades e limitações. Quanto ao objetivo de sua aplicaçãona escola, o uso do computador pode ser classificado de duasmaneiras:

• Pedagógica: a escola utiliza o computador como ferramen-ta para complementos e sensibilizações disciplinares ouprojetos educacionais. Para isso, os alunos precisam estaraptos a manusear o computador e a trabalhar com os sof-twares. Caso contrário, ficarão inseguros e não poderãoaproveitar as ferramentas de forma adequada para obterresultados positivos.

• Social: a escola preocupa-se em repassar para os alunos al-guns conteúdos tecnológicos. Trabalhar apenas nesse en-foque pode provocar um desconhecimento, por parte dosalunos, sobre como relacionar as ferramentas tecnológicasaprendidas com suas tarefas, como aliadas para suas ativi-

dades básicas do dia-a-dia. O enfoque social está relaciona-

do também à util

UNIDADE2–Ousodocomputadornaescolacomorecursopedagógico

ização da informática em diversas áreas,como caixas eletrônicos de bancos, caixas de supermerca-do e terminais de consulta, por exemplo.

Nesse caso, a prática indicada é consiliar os dois enfoques:o pedagógico e o social. Assim, na elaboração do plano decurso com a utilização da informática, deverão ser previstos

41

Segundo o Dicionário Aurélioda Língua Portuguesa,cinestesia é o sentidopelo qual se percebem osmovimentos musculares,o peso e a posição dosmembros. A habilidadecorpo-cinestésica dizrespeito a essa percepçãocorporal.

momentos para orientações tecnológicas básicas associadasàs orientações pedagógicas.

A importância da utilização da tecnologia computacionalna área educacional é indiscutível e necessária, seja nosentido pedagógico, seja no sentido social. Não cabemais à escola preparar o aluno apenas nas habilidadesde lingüística e lógico-matemática, apresentar oconhecimento dividido em partes, fazer do professoro grande detentor de todo o conhecimento e valorizarapenas a memorização. Hoje, com o novo conceito deinteligência, em que podemos desenvolver as pessoas emsuas diversas habilidades, o computador aparece nummomento bastante oportuno, inclusive para facilitar odesenvolvimento dessas habilidades – lógico-matemática,lingüística, interpessoal, intrapessoal, espacial, musical,corpo-cinestésica, naturista e pictórica (TAJRA, 2000).

Há, ainda, algumas considerações gerais a respeito da utiliza-ção dos ambientes de informática nas escolas:

• A impressão dos trabalhos é uma das atividades que mais42 motivam os alunos. Se possível, procure sempre imprimir

os trabalhos por eles desenvolvidos.• Os alunos devem aprender a ligar e desligar o computador

UNIDADE2–Ousodocomputadornaescolacomorecursopedagógico

IMPORTANTE

.Ligando e desligando o c

omputador, os alunos entenderão

melhor o processo de inicialização da máquina.• Os alunos devem iniciar todos os programas que serão uti-

lizados durante a aula. Por isso, evite deixá-los prontos para

uso. Os alunos precisam lidar com o computador de 

formanatural e sem medo.

• Cada aluno ou equipe deve ter um disquete, CD ou pendrivepara copiar seus trabalhos.

• Os momentos nos laboratórios de informática devem con-ter muitas atividades práticas. Deve-se evitar momentos deexplanação muito longos.

• No ambiente de informática, devem existir mesas e ca-deiras para a realização de outras atividades que n

ão aselaboradas no próprio computador. Essa é também umaboa estratégia a ser adotada quando a escola não pos

sui

computadores suficientes para todos os alunos de umamesma turma.

São várias as situações positivas proporcionadas pelo uso dainformática no ambiente educacional, que variam de acordocom a proposta utilizada em cada caso e com a dedicação dosprofissionais envolvidos:

• Os alunos ganham autonomia nos trabalhos, podendo de-senvolver boa parte das atividades sozinhos, de acordo comsuas características pessoais, atendendo de forma mais ní-tida ao aprendizado individualizado.

• Em função da gama de ferramentas disponíveis nos softwa-res, os alunos, além de ficarem mais motivados, também setornam mais criativos.

• A curiosidade é outro elemento bastante aguçado com a in-formática, visto ser ilimitado o que se pode aprender e pes-quisar com os softwares e sítios da internet disponíveis.

• Os ambientes tornam-se mais dinâmicos e ativos.

• Alunos com dificuldade de concentração tornam-se maisconcentrados.

• Esses ambientes favorecem uma nova socialização que, àsvezes, não é conseguida nos ambientes tradicionais. Os alu-nos que se sobressaem pelo uso da tecnologia costumamajudar aqueles com dificuldades.

• As aulas expositivas perdem espaços para os trabalhos cor-porativos e práticos.

• A informática passa a estimular o aprendizado de novaslínguas, sendo uma forma de comunicação voltada para arealidade da globalização.

• Além de a escola direcionar as fontes de pesquisas paraos recursos já existentes, como livros, enciclopédias, revis-tas, jornais e vídeos, pode-se optar por mais uma fonte deaprendizagem: o computador.

• A informática contribui para o desenvolvimento das habili-

dades de comunicação e de estrutura 

UNIDADE2–Ousodocomputadornaescolacomorecursopedagógico

lógica do pensamento.

É importante que as aulas no ambiente de informática sejamplanejadas, assim como aquelas ministradas no ambiente de

43

44

sala de aula. No planejamento dessas aulas, é preciso ter aten-ção para os seguintes aspectos:

• No planejamento de aulas, deverão ser descritos: os obje-tivos a serem atingidos, os conteúdos a serem abordados,a estratégia a ser utilizada e os recursos necessários. Ne

ssemomento, é indicado o  software a ser utilizado e, por fim,qual critério de avaliação será usado.

• Deve-se sempre ter, como ponto de partida, a prévia expe-riência do aluno e suas relações cotidianas. Dessa forma, 

oenfoque deve ser orientado para atividades significativas.

• As aulas deverão ser desafiadoras, com problemas a seremresolvidos. Devem-se evitar as aulas mecânicas, em que oaluno repete passos, mas não associa o aprendizado.

• Os planejamentos devem ser realizados em equipe comos demais professores da escola, envolvendo, também, ostécnicos em multimeios didáticos. Dessa forma, a utilizaçã

oda informática torna-se mais ampla e dinâmica.

• Devem ser previstas práticas sociais da informática nos 

UNIDADE2–Ousodocomputadornaescolacomorecursopedagógico

IMPORTANTE

pla-nos de aula, sempre r

elacionando as ferramentas com as

mudanças sociais.

Com base no último item 

citado, descrevaao menos três práticas sociai

s envolvendo a infor-mática e, em seguida, proponh

a uma discussão comseus colegas de curso do porqu

ê você acredita que elaso são. Anote em seu relatório final.

A informática pode ser um excelente recurso pedagógico a serexplorado por professores e alunos quando utilizada de formaadequada e planejada. Reitera-se, assim, a importância da de-finição de objetivos e a elaboração do projeto pedagógico daescola, que deve levar em consideração as características, osinteresses e as necessidades locais, para que a integração docomputador ao processo educacional possa ser efetivada deforma positiva e eficaz.

A análise das experiências desenvolvidas no país e noexterior alerta para o fato de que qualquer inovaçãoeducacional, para ser aceita, precisa ser planejada apartir de interesses, necessidades e aspirações de suacomunidade. Os projetos precisam ser contextualizados,estar em sintonia com os interesses de comunidadesregionais e locais, incluindo aqui a proposta pedagógica.O respeito aos valores culturais, sociopolíticos epedagógicos da realidade é condição sine qua non paragarantia de sucesso de qualquer empreendimento.O produto de qualquer empresa, para ser aceito, precisaresponder aos interesses de sua clientela (MORAES, 1997).

É importante lembrar que o projeto pedagógico deve ser ela-borado em conjunto pela comunidade escolar, pois deve re-fletir os anseios, as opiniões e os objetivos da maioria. Alémdisso, deve ser periodicamente discutido, revisto e atua

lizadoa partir das necessidades e dos interesses dos envolvidos noprocesso educacional, surgidos da própria prática pedagógicae da evolução do conhecimento e das tecnologias.

Para se implementar o projeto pedagógico, principalmenteno que diz respeito à informática, precisa-se, evidentemen-te, identificar os recursos materiais e financei

ros necessáriose os já disponíveis. Nesse ponto, o 

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envolvimento de toda acomunidade escolar também é importante na definição de

Sine qua non ou condiçãosine qua non originou-sedo termo legal em latimque significa “sem o qualnão pode ser”. Refere-sea uma ação, condição ouingrediente indispensávele essencial. Obtido no site:http://pt.wikipedia.org/wiki/Sine_qua_non

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estratégias para obtenção e uso dos recursos que viabilizarãoa execução do projeto.

Verifique, na escola que você atua, asreais condições para a implementação de um proje-

to de informática educacional. Liste os recursos finan-ceiros, materiais e humanos disponíveis. A partir dos da-dos levantados, relacione os elementos ausentes, que

impedem uma implementação efetiva do projeto.

Softwares utilizados na educaçãoExistem vários tipos de softwares (programas de computa-dor) que podem ser utilizados na educação. Há os desenvol-vidos especialmente para finalidades educativas, os educa-cionais, mas há, também, diversos softwares existentes nomercado que podem ser utilizados na educação. Eles podemser classificados nos seguintes grupos:• Tutoriais: software que apresenta conceitos e instruçõespara realização de tarefas específicas, em geral com baix

ainteratividade. Hoje são comuns os tutoriais que ensinam autilizar programas de computador.

• Exercitação: software que possibilita atividades interati-vas por meio de respostas às questões apresentadas. 

Osprofessores podem, por exemplo, apresentar conceit

oscomuns na sala de aula e, depois, propor exercícios sobre 

osconceitos no computador, a partir de software adequado.

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IMPORTANTE

• Investigação: por meio de programas de investigação, é

possível localizar informações a respeito de diversos as-

suntos. Um exemplo desse tipo de software são as enci-

clopédias, que agilizam a localização de informações mais

adequadas e confiáveis.

• Simulação: são exemplos desse tipo de programa os simu-ladores de vôo, os gerenciadores de cidades, de hospitaise de safáris. Os softwares simuladores são considerado

srecursos significativos para o aprendizado e atrativos, ta

ntopara os alunos, quanto para os professores, pois apresen-tam, em seus exercícios, atividades que simulam a realida

-de em estreita verossimilhança. Esses  softwares ajudam aestabelecer a comunicação entre a teoria e a prática.

• Jogos: são softwares de entretenimento que apresentamgrande interatividade e recursos de programação sofistica-dos, podendo ser utilizados para ministrar aulas mais diver-tidas e atraentes. Ao contrário do que possa parecer, os jo-gos podem, sim, ser utilizados com finalidades educativas ecom muita eficiência. Existe, hoje, uma infinidade de jogosmatemáticos, de raciocínio lógico, leitura e escrita, entreoutros, que, de forma lúdica, auxiliam o processo ensino-aprendizagem. Podem ser empregados desde a educaçãoinfantil.

• Abertos: são de livres produções e oferecem várias ferra-mentas para serem utilizadas conforme o objetivo do usuário.São exemplos desse tipo de software os editores de texto,os bancos de dados, as planilhas eletrônicas, os programasou softwares gráficos, os de autoria, os de apresentação eos de programação.

Exemplifique softwares tutoriais e deexercitação e descreva como você os empregaria noseu local de trabalho.

Os editores de texto apresentam vários recursos para ela-boração de texto no computador. Com eles, é possível criarredações, relatórios, cartas, poesias, entrevistas, cartazes,cartões e vários outros tipos de texto de forma personalizada.Os editores de texto podem ser utilizados em qualquer disci-plina escolar e a partir de níveis escolares básicos.

Os bancos de dados possibilitam o arquivamento de informa-ções (textos, atividades, imagens...) que podem ser utilizadasposteriormente em diversas atividades de análises e elabora-ção de relatórios. Por meio do banco de dados, os alunos po-dem imprimir relatórios com filtros de informações, possibili-tando o desenvolvimento de atitudes de associação, definiçãode prioridades, de lógica e hierarquização de informações.

Com as planilhas eletrônicas, é possível a realização de cál-culos de forma rápida, a partir dos dados informados, e, pos-teriormente, a elaboração de gráficos de diversos formatos.

O professor pode propor aos alunos, por exemplo, a simula-ção de ganhos ou entradas de dinhei

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ro e de gastos ou despe-sas, para ensinar controle e análises de finanças.

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Os softwares gráficos são destinados à elaboração de dese-nhos e produções artísticas, como convites, cartões, calendá-rios, envelopes e outros. Com ele, é possível utilizar a criativi-dade para fazer seus próprios desenhos ou ainda utilizar de-senhos disponíveis em arquivos. Também é possível capturarimagens utilizando um scanner.

Um exemplo de atividade que pode ser desenvolvida com umsoftware gráfico é pedir ao aluno para elaborar um desenhoque represente um texto fornecido pelo professor ou, a partirde um desenho ou cenário apresentado no programa, pedirque o aluno elabore um texto. As atividades com softwaresgráficos despertam a criatividade artística dos alunos e podemrevelar talentos.

Os softwares de autoria funcionam com um aglutinador deproduções elaboradas em outros programas ou softwares.Para desenvolver produções neles, é preciso preparar umaanálise lógica de apresentação que pode ser descrita resumi-damente da seguinte forma:

• Escolha um tema para a produção da aula.

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IMPORTANTE

• Monte a seqüência de apresentações que pode conter fo-

tos, animações, textos, desenhos, sons etc.

• Elabore perguntas e possíveis respostas sobre o assunto da

aula. Dependendo do software de autoria utilizado, é possí-

vel elaborar diferentes tipos de atividades de exercitação.

• Selecione gravações sonoras que podem ser obtidas a par-

tir de sons previamente gravados em softwares musicais

e/ou gravações com as vozes dos alunos e de outras pes-soas.

• Efetue as produções antes citadas: desenhos, textos, ani-mações, captura de imagens e sons a partir dos aplicativo

sque você possui no seu computador.

• Utilize o software de autoria para aglutinar todas as suasproduções conforme a seqüência predefinida.

• Insira as atividades de exercitação.

• Exiba sua aula.

Os softwares de apresentação são programas muito utiliza-dos para elaborar apresentações de palestras e aulas (O Po-wer Point da Microsoft é o exemplo mais comum). Possuem

recursos de visualização de telas e permitem produções deslides e transparências. Com a utilização dessa ferramenta deapresentação, tanto alunos quanto professores podem exibirseus trabalhos para a turma no próprio computador.

Você já exemplificou o que são softwarestutoriais e de exercitação. Agora, irá classificar

os softwares que existem na sua escola quanto aosobjetivos de uso (educacionais ou não) e quanto àscaracterísticas (simulação, exercitação, investigaçãoetc.). Não esqueça de justificar os aspectos de classifi-cação de cada um.

Caso sua escola não os possua, relacione, com base noque foi explicado nessa unidade, e em especial no tó-pico “Softwares utilizados na educação”, aqueles quevocê considera importantes para a melhoria da qua-lidade do ensino oferecido. Lembre-se de  justificarsua escolha. Anote em seu memorial.

Os softwares de programação são aqueles que permitema criação de outros programas, sendo ótimo para estimularo raciocínio lógico. Contudo, as produções elaboradas comesse tipo de software são geralmente mais demoradas e re-querem um bom preparo do professor quanto ao domínio dosseus comandos, além de uma visão sistemática das rotinas deprogramação.Diante dos vários tipos de softwares disponíveis para utiliza-ção como recurso pedagógico, o ideal é que a escola façauma análise prévia dos programas que pretende utilizar, a fimde avaliar se os programas são apropriados às necessidadesdas disciplinas e aos objetivos que os professores e a própria

escola pretendem atingir com sua utilização.

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e ser um importante recurso parapromover a passagem da informação ao usuário ou parapromover a aprendizagem. No entanto, da análise dossoftwares, é possível entender que o aprender não deveestar restrito ao uso deles, mas deve estar restrito àinteração professor–aluno–software. Alguns deles

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apresentam características que favorecem à atuação doprofessor, como no caso da programação; outros, em quecertas características não estão presentes, requerem ummaior envolvimento do professor para auxiliar o aluno aaprender, como no caso do tutorial (VALENTE,1998).

A seguir, serão apresentados dois modelos de ficha de ava-liação de software. O primeiro modelo foi desenvolvido porTjara (2000), juntamente com as professoras Miriam Melamede Lúcia Chibante. A ficha é dividida em duas partes: “Identifi-cação do software” e “Avaliação qualitativa”. O segundo mo-delo de ficha de avaliação é de Niquini (1996).

1o Modelo

FICHA DE AVALIAÇÃO DE SOFTWARES EDUCACIONAIS

Responsável pela avaliação do software: ________________IDENTIFICAÇÃO DO SOFTWARE

1 – Nome: _____________________________________________2 – Autor(es): _________________________________________

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IMPORTANTE

_3 – Empresa: __________________________________________

4 – Tipo de software:( ) Tutorial                      ( ) Gráfico( ) Simulação                   ( ) Banco de Dados( ) Aberto                      ( ) Planilha

( ) Investigação                ( ) Programação( ) Exercitação                  ( ) Autoria( ) Editor de Texto              ( ) Outros ____________________________

5 – Público-alvo: (faixa etária, escolaridade, outras informa-ções)_______________________________________________________

_______________________________________________________

6 – Configuração do equipamento necessário:Modelo mínimo do computador: ( ) 386 ( ) 486( ) PentiumMemória RAM: __________ MBEspaço necessário emdisco: _________Tipo de vídeo: __________ Tipo de disco: ( ) Disquete( ) CD

AVALIAÇÃO QUALITATIVA

1 – Objetivos propostos:______________________________________________________________________________________________________________2 – Pré-requisitos:______________________________________________________________________________________________________________3 – Indicação para as disciplinas:______________________________________________________________________________________________________________4 – Exemplos de atividades que podem ser desenvolvidascom a intermediação do software:______________________________________________________________________________________________________________

5 – Oferece diferentes níveis de dificuldades?______________________________________________________________________________________________________________6 – Oferece feedback?

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______________________________________________________________________________________________________________7 – Tempo sugerido para utilização:______________________________________________________________________________________________________________8 – É interativo?

______________________________________________________________________________________________________________9 – Telas, gráficos e textos são adequados?________________________________________

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______________________________________________________________________10 – Comentários:_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

“Feedback” é uma palavrade origem inglesa quetraduzida para o portuguêssignifica “retroalimentação”,dar retorno ou respostapara aquilo perguntado ouindagado. O uso de palavrasou expressões estrangeiras,utilizadas por nós,brasileiros, é denominado“estrangeirismo”, e é porisso que temos váriossignificados.

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2o Modelo

FICHA-ROTEIRO PARA AVALIAÇÃO DE SOFTWARE

1 – Título do software: _________________________________2 – Nível: _____________________________________________3 – Disciplina: ________________________________________

_

4 – Identidade do currículo:( ) De base( ) Complementar( ) Médio( ) Superior

5 – Modalidade do programa:( ) Individual( ) Para pequenos grupos (duas a quatro pessoas)( ) Para grupos maiores (cinco a sete pessoas)6 – Modalidade didática:( ) Exercitação e prática( ) Tutorial( ) Simulação( ) Informação( ) Jogo( ) Resolução de problemas( ) Outros ____________________________________________

7 – Conteúdo: Conceito avaliativo:a) O software atinge os objetivos específicos: ____________b) Estão especificadas as competências do aprendiz:______c) O aprendiz está apto a entrar no programa nos diferentesníveis: __________d) O vocabulário utilizado é apropriado ao aprendiz: _______e) O nível de dificuldade é adequado ao aprendiz: _________

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IMPORTANTE

8 – Apresentação: Conceito avaliativo:a) As instruções são claras e lógicas: ____________________

b) As estratégias pré-instrucionais existem: ______________

(pré-teste, título da unidade, pré-requisitos etc.)c) A cor, a parte gráfica, o som são apropriados: __________

d) Os display da tela são claros: _________________________e) A flexibilidade do programa adapta-se aos alunos fortes efracos: _________f) As estratégias instrucionais são interessantes e motivado-ras: __________

9 – Interação: Conceito avaliativo:a) É possível controlar a seqüência da apresentação: _________b) O feedback às respostas do estudante é efetivamente em-pregável: _________c) As respostas são rápidas e com tempo suficiente:_______

d) O programa é interativo: _____________________________e) O programa é fácil de se usar e não inibe: ______________

10 – Usabilidade pelo(a) professor(a): Conceito avaliativo:a) O programa pode ser modificado: ____________________b) Possui o manual para o professor: ____________________c) O programa inclui o registro das atividades: ___________d) O professor pode avaliar o desempenho do aluno: _____________________________________________________________

Nota: Os conceitos avaliativos podem ser: excelente, mui-to bom, bom, regular, fraco, fraquíssimo, nulo. Nos outrositens, é só assinalar a opção correspondente.

Projeto pedagógico com a utilização da informáticaeducativa

Para implantar ou reformular um projeto de informática educa-tiva é preciso fazer um planejamento, levando em considera-ção alguns itens importantes que podem garantir um melhorresultado na execução do projeto. Algumas etapas podem serseguidas, conforme descritas a seguir.

• Diagnóstico do aluno

O primeiro passo para um projeto de informática educativaé a realização de um diagnóstico do contato do aluno com a

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IMPORTANTE

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tecnologia educacional. Esse diagnóstico é realizado por meiode um questionário respondido pelo próprio aluno. Veja umexemplo de questionário elaborado por Tjara para o diagnós-tico.

DIAGNÓSTICO DO ALUNO SOBRE USO DOCOMPUTADOR

Nome: ________________________________________________Série: _________________________________________________

Possui computador em casa? ( ) Sim ( ) NãoSe sim, qual a configuração?_______________________________________________________Tem acesso ao computador por outros meios ( ) Sim

( ) NãoQuais?________________________________________________________________________________________________________

Para qual finalidade você utiliza o computador?( ) Jogar( ) Estudar/pesquisar( ) Outros ____________________________________________

Quais são os programas que você utiliza?______________________________________________________________________________________________________________

• Plano de açãoDepois de coletados os dados do diagnóstico, elabore um pla-no de ação, definindo as atividades que serão desenvolvidas,os responsáveis pelo seu desenvolvimento, o prazo para suaexecução e os custos envolvidos.Caso não seja possível elaborar um plano de ação completo,planeje algumas atividades que possam ser desenvolvidas deacordo com a realidade da escola em que você atua.

• Capacitação dos profissionais da educaçãoÉ preciso criar condições para que os(as) professores(as) eos funcionários possam ser capacitados nos aspectos que vão

afetar 

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diretamente a implantação da informática na educação.Os funcionários precisam estar preparados para executar oprojeto de informática.

• Conhecimento e pesquisa de softwaresÉ o momento de definir quais softwares serão utilizados, con-forme a modalidade de utilização da informática escolhidapela escola e de acordo com a indicação dos profissionais,que devem optar pelo que mais se adapte às necessidades,aos interesses dos alunos e ao desenvolvimento do projetopedagógico.

• Elaboração do projeto pedagógico com o uso dainformática educativaA elaboração do projeto pedagógico é fundamental na de-finição da linha mestra da informática educativa e deve serdiscutida por todos os interessados, envolvendo toda a co-munidade escolar. A informática poderá ser utilizada comofim, como apoio para as atuais disciplinas ou para os proje-tos educacionais.

O uso da informática como fim é baseado no estudo das fer-ramentas disponíveis nos programas, sem nenhuma relaçãocom os assuntos e temas estudados na escola. É o caso dasaulas exclusivas de informática. A informática como apoio àsdisciplinas se limita, em muitos casos, à utilização dos softwa-res educacionais de forma isolada para as produções especí-ficas de cada disciplina.

No uso da informática como apoio aos projetos educacionais,prevalecem as visões integrada e sistêmica. Os projetos educa-tivos têm como objetivo contemplar as diversas áreas do conhe-cimento de forma interdisciplinar, proporcionando a formaçãode um conhecimento sistêmico, no qual cada disciplina passa aser um elemento interdependente de todo um sistema.

Nessa modalidade, os softwares educacionais podem ser uti-lizados como fonte de pesquisa, de simulação, tutorial, exer-citação ou qualquer outra atividade complementar. Para umamelhor integração das atividades entre as disciplinas, os pro-fessores devem planejar as abordagens interdisciplinares a

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IMPORTANTE

partir de determinado tema, inclusive a partir de sugestõesdos próprios alunos. Exemplo:

Tema gerador: desmatamento

Objetivo: despertar nos alunos a consciência em relaçãoao meio ambiente, descobrir e discutir as conseqüênciasdo desmatamento para o meio ambiente e para o homem.

Abordagens interdisciplinares:

• Matemática: levantamentos estatísticos das áreas desma-

tadas em todas as regiões brasileiras.

• Geografia: estudo das áreas e das regiões desmatadas

com a produção de mapas indicando a localização das

áreas atingidas pelo desmatamento em todo o Brasil.

• Ciências: conseqüências do desmatamento para o meioambiente e para o homem.

• Língua Portuguesa: elaboração de entrevistas com espe-cialistas no assunto para produção de textos, como tra

ns-crição das entrevistas, dos relatórios, das redações, dos 

ar-tigos etc.

A estruturação de projetos educacionais com a utilização docomputador como ferramenta pedagógica pode ocorrer a par-tir dos seguintes passos:

• Apresentação e uma breve explanação do tema do projetopara os alunos.

• Levantamento, com os alunos, de temas geradores.• Aceitação ou reformulação do tema proposto.• Discussão, com os alunos, sobre os conhecimentos já acu-mulados no cotidiano sobre o tema escolhido.

• Elaboração, por parte de cada aluno, de um roteiro para oestudo e pesquisa do tema escolhido.

• Localização de bibliografia para a pesquisa.• Apresentação dos roteiros individuais e, em seguida, cons-trução de um roteiro coletivo da equipe/turma.

• Hierarquização dos tópicos do roteiro coletivo.• Revisão da bibliografia.• Elaboração da pesquisa sobre todos os tópicos do projeto.• Construção de um dossiê sobre o projeto.• Apresentação da pesquisa.

O uso do computador, nessa metodologia, ocorre durantetoda a construção da pesquisa, seja para fazer uma busca deinformações na internet e ou em CDs, seja para rever algunsconteúdos disciplinares básicos para o desenvolvimento doprojeto ou para elaborar rascunhos, textos, apresentações egráficos como forma de apresentação dos resultados das pes-quisas.

• Implantação

É a execução das atividades previamente planejadas, momen-to no qual alunos e professores colocarão em prática as ativi-dades propostas com o uso do computador e das ferramentas

de informática.

• Avaliação

Momento de reunir 

UNIDADE2–Ousodocomputadornaescolacomorecursopedagógico

alunos, professores, orientadores educa-cionais, coordenadores, funcionários, técnicos em informá-tica, diretores e demais segmentos envolvidos no processopara avaliar os resultados das ações da informática educativa.Exemplo de ficha:

AVALIAÇÃO DA INFORMÁTICA EDUCATIVAProfissional: ___________________________________________Data: ____/____/_____ Série: __________ Disciplina: ______________________________________________________________

1 – Está ocorrendo a integração dos objetivos temáticos/disciplinares com a utilização do computador como ferra-menta pedagógica?Sim ( ) Não ( ) Justifique sua resposta______________________________________________________________________________________________________________

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2 – Os softwares utilizados estão de acordo com suas ne-cessidades?Sim ( ) Não ( ) Justifique sua resposta_____________________________________________________________________________________________________________

3 – Os alunos estão sabendo lidar com o computador?Sim ( ) Não ( )

4 – Quanto aos equipamentos:A quantidade de computadores é suficiente para o tama-nho das turmas?Sim ( ) Não ( )5 – Qual é a dinâmica utilizada no ambiente de informática(como são divididas as atividades e como os alunos sãodistribuídos nesse ambiente)?______________________________________________________________________________________________________________

6 – Como você avalia a motivação e o comportamento dosalunos no ambiente de informática?______________________________________________________________________________________________________________

587 – Como você avalia a interação dos alunos com o compu-tador?_______________________________________________________

UNIDADE2–Ousodocomputadornaescolacomorecursopedagógico

IMPORTANTE

_______________________________________________________

8 – Você observou melhoria no processo ensino-aprendiza-gem nesse ambiente? Justifique.______________________________________________________________________________________________________________

9 – As atividades previstas foram realizadas?Sim ( ) Não ( ) Justifique sua resposta______________________________________________________________________________________________________________

10 – Quais são suas impressões (pessoais e profissionais) arespeito desse ambiente?______________________________________________________________________________________________________________

11 – Quais foram os principais ganhos e as dificuldades en-contradas no desenvolvimento das suas atividades em re-lação à informática educativa?______________________________________________________________________________________________________________12 – Quais são suas sugestões para a melhoria das ativida-des relacionadas à área de informática educativa?______________________________________________________________________________________________________________

• Replanejamento

A partir das demandas e da realidade da escola onde você tra-balha, sugira algumas ações que possam ser postas em prá-tica com o uso da informática como apoio aos projetos edu-cacionais da escola. Essa atividade pode compor sua práticaprofissional supervisionada.

59A partir das demandas e da realidade da

escola onde você trabalha, sugira algumas açõesque possam ser postas em prática com o uso da infor-mática como apoio aos projetos educacionais da escola.Essa atividade pode compor sua prática profissionalsupervisionada.

UNIDADE3–Aimportânciadacapacitaçãoedopapeldofuncionário

daeducação

IMPORTANTE

UNIDADE3–A

importânciadacapacitaçãoedopapeldofuncionário

daeducação

3A importância dacapacitação e do papeldo funcionário daeducação

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Numa nova perspectiva educacional, na qual a informática éinserida como recurso pedagógico, cabe às escolas um novopapel, proporcionando o trabalho em equipe e enfatizando acapacidade do aluno de pensar e tomar decisões. O professordeve assumir o papel de facilitador, mediador, organizador,coordenador e parceiro, atendendo às necessidades individuaisdos alunos. O educador deve assumir uma nova postura noprocesso de ensino-aprendizagem. E o funcionário? Qual é oseu papel nessa nova perspectiva? O de trabalhar em parceriacom o professor, de forma efetiva, para que a informática sejautilizada da melhor forma como recurso pedagógico.

UNIDADE3–Aimportânciadacapacitaçãoedopapeldofuncionário

daeducação

IMPORTANTE

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Inserir a informática na educação não é apenas adquirir equipa-mentos e programas de computador para a escola. O sucessoe a eficácia de um projeto educacional que utiliza a informáticacomo mais um recurso, no processo pedagógico, exige capa-citação e novas atitudes dos profissionais da educação dianteda realidade e do contexto educacional. Conhecimento, visãocrítica e consciência do educador em relação ao seu papel sãofundamentais.O(a) professor(a) deverá estar capacitado(a) para fazer a integra-ção da informática com sua proposta de ensino e da escola, de-vendo estar aberto a mudanças e disposto a assumir um novo pa-pel: o de facilitador(a) e coordenador(a) do processo de ensino-aprendizagem. O(a) professor(a) deve assessorar o aluno diantede uma situação-problema para que, juntos, possam encontrar amelhor solução, podendo testar e utilizar diferentes recursos.

Esse novo papel exige maior empenho do professor, algoque não é adquirido em treinamentos técnicos ou emcursos em que os conceitos educacionais e o domínio docomputador são trabalhados separadamente, esperando-se que os participantes façam a integração entre ambos.É preciso um processo de formação continuada doprofessor, que se realiza na articulação entre a exploraçãoda tecnologia computacional, a ação pedagógica como uso do computador e as teorias educacionais. Oprofessor deve ter a oportunidade de discutir como seaprende e como se ensina. Deve também ter a chance depoder compreender a própria prática e de transformá-la(ALMEIDA, 1998).

Para que os educadores tenham condições de criar ambientesde aprendizagem que possam garantir um movimento contí-nuo de construção e reconstrução do conhecimento, é pre-ciso reestruturar seu processo de formação para assumir acaracterística de continuidade. Nesse sentido, professores efuncionários da educação devem ser preparados para desen-volver competências tais como:

• estar aberto a aprender a apre

UNIDADE3–A

importânciadacapacitaçãoedopapeldofuncionário

daeducação

nder;

• atuar a partir de temas emergentes no contexto de interes-se dos alunos;

• promover o desenvolvimento de projetos cooperativos;

• assumir atitude de investigador do conhecimento e daaprendizagem do aluno;

• propiciar a reflexão, a depuração e o pensar sobre o pensar;

• dominar recursos computacionais;

• identificar as potencialidades de aplicação desses recursosna prática pedagógica;

• desenvolver um processo de reflexão na prática e sobre aprática, reelaborando continuamente teorias que orientemsua atitude de mediação.

É preciso aprender a lidar com as rápidas mudanças, ser di-nâmico e flexível. Nesse novo contexto educacional, no qual

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o professor não é mais o único detentor do conhecimen-to, o educador deve estar preparado para a possibilidade deencontrar alunos que saibam até mais que ele sobre determi-nado assunto.

Assim, o processo de capacitação dos profissionais de educa-ção deve englobar conhecimentos básicos de informática, co-nhecimentos pedagógicos, integração das tecnologias com aspropostas pedagógicas, formas de gerenciamento da sala deaula com os novos recursos tecnológicos, revisão das teoriasde aprendizagem, didática, projetos multi, inter e transdiscipli-nares. Com isso, será obtida uma maior segurança para atuarcom a informática na educação.

A partir do momento em que a escola disponibiliza compu-tadores e softwares como auxílio para as aulas, torna-se im-prescindível saber avaliar os recursos para utilizá-los de for-ma adequada às suas necessidades. É indispensável que osprofessores e funcionários sejam capacitados para utilizar eavaliar o computador e os softwares disponíveis como instru-mento pedagógico. O professor precisa conhecer e aprendera lidar com os recursos dos programas de computador queserão utilizados em suas aulas, e os funcionários, além dis

UNIDADE3–Aimportânciadacapacitaçãoedopapeldofuncionário

daeducação

IMPORTANTE

so,terão condições de deixá-los plenamente prontos para a utili-zação proposta pelo professor.

Com a capacitação, o educador será capaz de incorporar ainformática como recurso pedagógico, planejando com se-gurança aulas mais criativas e dinâmicas, em que haja inte-gração da tecnologia com a proposta de ensino. Além dis-so, poderá utilizar os recursos do computador como apoiona elaboração de provas, 

no controle das notas dos alunos,na elaboração de relatórios e de outras atividades que fazemparte do cotidiano escolar.É natural que professores e demais profissionais da escolaque trabalhem ou estejam envolvidos nas atividades em am-bientes tecnológicos encontrem problemas e dificuldades.Por isso, o gerenciamento de situações comuns a ambientesde informática é um aspecto que não pode faltar na capacita-ção dos educadores.

Com a prática, o funcionário saberá lidar com os imprevistos,como:

• O computador está travando freqüentemente.• O programa necessário para a aula não está funcionandoem todos os computadores.

• A tinta da impressora acabou antes da finalização da im-pressão dos trabalhos.

• Não há computador suficiente para toda a turma.

• Algumas máquinas estão com vírus que prejudicam seufuncionamento.

• Perdi o arquivo onde havia gravado os trabalhos dos alunos.

• Nem todos os computadores possuem recursos de multi-mídia.

• A escola não possui um sistema de monitoramento ade-quado de acesso à internet.

• A memória dos computadores é insuficiente para a instala-ção de novos programas.

• O drive de disquete não está funcionando.

Esses são apenas alguns exemplos de problemas que podemser encontrados no ambiente de informática da escola. As di-ficuldades devem ser descritas em relatório e levadas à ad-ministração da escola para que sejam solucionadas. Algunsproblemas podem ser resolvidos pelos próprios funcionários,técnicos em multimeios, a partir da elaboração de normas deutilização dos ambientes de informática, como por exemplo:

• A escola deverá designar um profissional para ser o respon-sável pela instalação dos programas e pela configuraçãodos computadores. Função que deverá ser desempenhadapor você, dada sua formação técnica em multimeios didáti-cos.

• Manter uma empresa ou profissional capacitado para ma-

nutenção periódica dos computadores.

• Numerar os computadores, monitores e 

UNIDADE3–A

importânciadacapacitaçãoedopapeldofuncionário

daeducação

teclados para faci-litar a identificação dos problemas nas máquinas.

• Evitar o uso de disquetes desconhecidos e sem a verifica-ção prévia com antivírus.

Dessa maneira, fica clara a necessidade de capacitação do fun-cionário para trabalhar a informática como recurso pedagógico.É preciso haver uma construção gradativa das competências

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específicas para o uso de recursos tecnológicos, lembrando,porém, que a construção dessas competências não deve serisolada do processo mais amplo de construção de sua com-petência profissional.

No processo de implantação e utilização da informática, é im-portante que os administradores escolares também tenhamuma visão dos benefícios da incorporação da tecnologia nodia-a-dia da escola e atuem, efetivamente, na construção danova prática pedagógica proporcionada pelo uso do compu-tador e dos seus objetivos, uma vez que o apoio da direção éum dos fatores fundamentais para que os projetos da escolapossam ser executados com êxito.

Por isso, é tão importante que o administrador escolar tam-bém seja capacitado e tenha uma visão educativa condizentecom a incorporação da informática como recurso pedagógicona escola, a fim de adequar suas atitudes com consciência doseu papel, que deve ser o de colaborador, incentivador e faci-litador do processo.

Todos os profissionais que trabalham no ambiente escolar têmum papel importante no processo educacional como um todo

UNIDADE3–Aimportânciadacapacitaçãoedopapeldofuncionário

daeducação

IMPORTANTE

e devem contribuir para a construção da escola como um es-paço estimulador da aprendizagem. Dessa forma, também osfuncionários da educação precisam estar capacitados para au-xiliar no processo de implantação e utilização da informáticana escola. Cada um, no âmbito de sua formação e atuação naescola, tem muito a colaborar.

Entre suas competências, professores, administradores e fun-cionários podem, juntos, contribuir para a constru

ção de umespaço escolar no qual a informática seja utilizada como umrecurso pedagógico motivador e construtivo. A inserção decada profissional no processo de implantação e utilização dainformática na escola faz com que todos se sintam importan-tes e responsáveis pelos resultados.

A troca de experiências e de informações entre os profissionaisde educação envolvidos no processo é importante na buscade melhorias e de soluções para os problemas enfrentados noambiente de informática da escola, bem como no planejamen-to das atividades a serem desenvolvidas e na definição dosobjetivos a serem alcançados. Para isso, são recomendáveisa realização de reuniões periódicas e a utilização de outroscanais diários de comunicação.

A incorporação das novas tecnologias de comunicação e in-formação na escola resulta em um processo contínuo de mu-dança, uma vez que as atualizações tecnológicas são cons-tantes e rápidas. Em função dessa rapidez evolutiva, todos osprofissionais envolvidos na área precisam se atualizar freqüen-temente para continuarem aptos a utilizar as ferramentas, osprogramas e os equipamentos de informática. Como bem dizTajra (2000):

O aprendizado, além de ser um processo em con-tínua mudança, é coletivo. Negar o contexto no qualvivemos é nos transformar numa “caixa-preta”; é nãoquerer perceber o que está ao nosso redor; é desprezaruma característica típica do ser humano: a capacidade deaprender. Aprender é mudar. Aprender significa romperconstantemente para que possamos nos posicionar comoseres autônomos e transformadores diante do ecossis-tema no qual estamos inseridos.

O técnico em multimeios como coordenador deinformáticaPor ser um ambiente com características, finalidades e pro-blemas próprios, o laboratório de informática precisa de umcoordenador, da mesma forma que existem coordenado-res para outras áreas e atividades da escola. Como destacao professor José Junio Lopes, para introduzir a informáticana escola, não basta ter um laboratório equipado, professorestreinados e um projeto pedagógico. É preciso haver tambémum coordenador de informática. Como sua formação está sedando nessa área, esse papel pode perfeitamente ser desen-

volvido por você, técnico em multimeios didáticos.

O coordenador de info

UNIDADE3–A

importânciadacapacitaçãoedopapeldofuncionário

daeducação

rmática tem um papel muito impor-tante no desenvolvimento e no gerenciamento do processopedagógico com o uso do computador. Ele deve estar atentoe envolvido com o planejamento curricular de todas as disci-plinas para que possa sugerir atividades pedagógicas envol-vendo a informática. O coordenador de informática tambémtem como papel incentivar e mobilizar os professores para odesenvolvimento das ações pedagógicas no ambiente infor-matizado.

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Com a figura de um coordenador de informática naescola, as ações educativas podem ser facilitadas, os

problemas e dúvidas resolvidos com mais agilidade e efi-ciência. Como coordenador do processo, esse profissionalpode, além de  facilitar e gerenciar as ações pedagógicas,buscar maneiras de conseguir recursos necessários, comocomputadores, softwares e cursos de capacitação para

os professores.

Para fazer tudo isso, o coordenador de informática precisa, éclaro, do apoio da direção da escola, dos professores e dosprofissionais envolvidos. É indispensável a cooperação e otrabalho em equipe para que os projetos sejam desenvolvi-dos, os problemas detectados e resolvidos, os recursos ne-cessários viabilizados, e o laboratório de informática possafuncionar realmente como um apoio pedagógico no processode ensino-aprendizagem. Um coordenador precisa reunir al-gumas habilidades, como:

• Conhecer o projeto pedagógico da escola.

UNIDADE3–

Aimportânciadacapacitaçãoedopapeldoprofessor,

doadministradorescolaredofuncionáriodaeduca

ção

• Ter uma visão abrangente dos conteúdos disciplinares e

estar atento aos projetos pedagógicos das diversas áreas,

verificando sua contribuição.

• Ter conhecimento sobre as diversas abordagens de apren-

dizagem, especialmente as adotadas na escola.

• Ter a visão geral do processo e estar receptivo às suas de-

vidas interferências.

• Perceber as dificuldades e o potencial dos professores parapoder instigá-los e ajudá-los.

• Mostrar ao professor que o laboratório de informática deveser extensão de sua sala de aula, e a aula deve ser dada p

orele e não por uma terceira pessoa.

• Pesquisar e analisar os softwares educativos.

• Ter uma visão técnica, conhecer os equipamentos e man-ter-se informado sobre as novas atualizações.

• Estar constantemente atento a situações que possam in-terferir ou prejudicar o processo de ensino-

aprendizagemcomo, por exemplo, conflitos interpessoais, dificuldades d

e

aprendizagem ou de relacionamento e falta de recursos hu-manos e materiais.

1) Com base no último item das habilida-des do coordenador, descreva uma situação so-

cial possível.

2) Escreva um texto com sua opinião sobre a importân-cia da capacitação de professores, administradores es-colares e funcionários que trabalham com a informáticacomo recurso pedagógico e qual o papel de cada umdeles no uso da informática na educação.

Essa tarefa poderá compor sua prática profissionalsupervisionada.

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UNIDADE4–Ousodainternetnaeducação

4O uso da internetna educação

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UNIDADE4–Ousodainternetnaeducação

IMPORTANTE

A escola não pode ignorar a in-

fluência da internet na vida das

pessoas da sociedade moderna.

Ao contrário, a escola pode uti-

lizar a internet como mais um

recurso para dinamizar e facili-

tar o processo de ensino-apren-

dizagem. Alguns dos principais

ganhos pedagógicos possíveis

com a internet são:

• Acessibilidade a fontes ines-

gotáveis de assuntos para pes-

quisas.

• Páginas educacionais especí-ficas para a pesquisa escolar.

• Páginas para busca de software.

• Comunicação e interação com outras escolas.

• Estímulo para pesquisar a partir de temas previamente de-finidos ou a partir da curiosidade dos próprios alunos.

• Desenvolvimento de uma nova forma de comunicação esocialização.

• Estímulo à escrita e à leitura.

• Estímulo à curiosidade.

• Estímulo ao raciocínio lógico.

• Desenvolvimento da autonomia.

• Possibilidade do aprendizado individualizado.

• Troca de experiências entre professores/professores, alu-no/aluno e professor/aluno.

É importante destacar que a navegação na internet precisa debom senso, intuição e gosto estético. Bom senso para saberselecionar, em rápidas comparações, as páginas mais impor-tantes. Intuição para aprender por tentativa, acerto e erro alocalizar o que procuramos. Gosto estético para reconhecer eapreciar as páginas melhor elaboradas.

A internet é uma tecnologia que facilita a motivação dosalunos pela novidade e pelas possibilidades inesgotáveisde pesquisa que oferece. Essa motivação aumenta se oprofessor proporcionar um clima de confiança, abertura,cordialidade com os alunos. Mais que a tecnologia, o quefacilita o processo de ensino-aprendizagem é a capacidadede comunicação autêntica do professor ao estabelecerrelações de confiança com seus alunos por meio doequilíbrio, competência e simpatia com que atua. O alunodesenvolve a aprendizagem cooperativa, a pesquisa emgrupo, a troca de resultados (MORAN,1998).

Apesar de todas as vantagens, o acesso à internet tambémtem alguns problemas. A escola precisa estar preparada nãosó para utilizar o que a internet traz de positivo, mas tambémpara lidar com seus aspectos negativos, como:

• Muitas informações sem fidedignidade.

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• Lentidão de acesso quando o serviço da empresa que pos-sibilita a conexão à rede é de baixa qualidade.

• Facilidade no acesso a sítios inadequados para o públicoinfanto-juvenil.

• Confusão entre informação e conhecimento. O conheci-mento não se passa, mas cria-se e constrói-se.

• Resistência às mudanças. Alguns alunos e professores nãoaceitam facilmente a mudança na forma de ensinar e apren-der.

• Facilidade de dispersão. Muitos alunos perdem-se no ema-ranhado de possibilidades de navegação e não procuram oque deveriam.

• Impaciência. A impaciência de muitos alunos os faz mudarde um endereço para outro, aprofundando pouco as possi-bilidades de cada página.

Os problemas ligados ao uso da internet na educação não de-vem se transformar em desestímulo para os profissionais de

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educação, visto que suas vantagens justificam o empenho detoda a escola na superação dos obstáculos para fazer da inter-net uma ferramenta positiva de apoio ao processo de ensino-aprendizagem, de maneira crítica e construtiva.

É preciso despertar, nos alunos, a consciência para a realiza-ção adequada de pesquisas pela internet. Copiar e colar ou,simplesmente, imprimir páginas de textos retirados dos sítios,sem referências e sem qualquer reflexão ou análise crítica porparte do aluno, é um comportamento que não pode ser admi-tido. As pesquisas precisam ser devidamente orientadas.

No imenso universo da internet, podemos encontrar conteú-dos de boa e má qualidade. Por isso, o educador deve estarpreparado para ajudar os educandos a localizar conteúdos dequalidade e a transformar os textos pesquisados em conheci-mentos úteis, em material de debates e reflexões, em leituracrítica, lembrando que a internet não é a única fonte de pes-quisa a ser utilizada.

Hoje, é possível bloquear o acesso a sítios inade-quados e evitar que os alunos façam uso indevido da

internet. Porém, muito mais que bloquear os sítios ina-

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dequados, o educador deve ter a preocupação de orientar

as crianças e os jovens quanto aos aspectos positivos e

negativos da internet, a fim de que os alunos possam usu-

fruir o que essa rede tem de melhor, de forma adequada

e positiva.

Serviços da internetHá vários serviços disponíveis na internet que pod

em ser uti-lizados tanto para uso pessoal, quanto para fins educacionais.A seguir, você verá algumas das principais utilidades dela eexemplos de seu uso na educação.

Sítio, página ou home page

É abrindo um sítio, uma página ou home page que temosacesso às variadas informações em forma de texto, imagense sons na internet. Na educação, o serviço pode ser utilizadopara pesquisas e estudos de temas ligados às disciplinas.

Pesquise, com seus colegas, o que é sítio,página ou home page. Fazendo isso, ficará mais fácil

compreender melhor sua aplicabilidade.

Para ter acesso às páginas, é preciso estar conectado à internete possuir um programa que permita a chamada navegação.Cada página tem um endereço na internet que permite sualocalização. Veja, por exemplo, a página principal ou homepage da Universidade de Brasília (UnB), que fica no endereçohttp://www.unb.br

Envio e recebimento de arquivosPor meio da internet, é possível enviar (upload) e receber(download) arquivos de programas, imagens e sons. Podemosbaixar arquivos de páginas da internet e também baixar ou en-viar arquivos por meio do correio eletrônico (e-mail).

Alunos, professores e funcionários podem utilizar esse ser-viço para conseguir programas gratuitos que sejam úteis àsdisciplinas ou ainda baixar arquivos com conteúdos das aulasou de apoio a elas, por exemplo.

Correio eletrônico ou e-mail

É o serviço que nos permite enviar e receber mensagens pelainternet por meio de um endereço eletrônico pessoal. As con-tas de e-mail podem ser criadas nos provedores de acessoparticulares, pagos, ou em sítios que oferecem esse serviço deforma gratuita, possibilitando que você receba e envie mensa-gens de correio eletrônico de qualquer computador que estejaconectado à internet.

Uma característica interessante desse serviço é que não pre-cisamos estar conectados no momento em que o remeten-te nos envia uma mensagem para que possamos recebê-la.A qualquer momento que acessamos nossa caixa de e-mail,recebemos as mensagens. Também é possível arquivar asmensagens recebidas, conforme o interesse.

Se aluno e professor tiverem uma conta de correio eletrônico,é possível trocarem mensagens fora do 

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horário das aulas paratirar dúvidas ou repassar material de estudo e enviar traba-lhos, por exemplo. Com o uso do e-mail ou correio eletrônico,

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todas as pessoas da escola podem enviar mensagens umaspara as outras em qualquer horário, dinamizando e possibili-tando outras formas de comunicação.

Salas de bate-papo ou chatÉ uma forma de comunicação instantânea pela internet. Des-sa forma, para haver conversa em uma sala de bate-papo ouchat, é necessário que as pessoas que queiram se comunicarestejam conectadas ao mesmo tempo na mesma sala. As sa-las são divididas, geralmente, por assuntos. Existe chat sobreos mais variados temas.Na escola, a turma e o(a) professor(a) podem procurar umasala para discutir assunto de interesse da disciplina, para trocade idéias, opiniões e informações. Fora do horário de aula, aturma pode marcar um encontro na internet para estabeleceruma discussão sobre algum tema que esteja sendo estudado.E você pode, junto com seus colegas, criar uma sala para dis-cutir sua nova formação e as atividades solicitadas; um planode carreira e tarefas realizadas na escola.

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IMPORTANTE

Como nesse serviço os usu

ários costumam se  identi-ficar por apelidos, é preciso mu

ito cuidado para não pas-sar informações sigilosas ou p

essoais, como número dedocumentos, por exemplo, pois 

não se pode ter certezasobre quem está do outro  lado 

da rede e quais são suasverdadeiras intenções.

Lista de discussãoEsse serviço reúne pessoas com os mesmos interesses e ob-

jetivos para troca de idéias, opiniões e informações. Entretan-to, diferentemente das salas de bate-papo, os interessadosnão precisam estar conectados simultaneamente para a trocade mensagens. O que a lista de discussão permite é que todasas pessoas que estejam cadastradas recebam ou enviem umamesma mensagem para todos da lista de uma só vez, vistoque a comunicação é coletiva.Na escola, esse serviço pode ser empregado para integrar aspessoas que façam parte de um mesmo projeto. Por meio dalista de discussão, é possível motivar a participação e a inte-gração dos envolvidos numa tarefa ou projeto. Além disso,esse serviço facilita a comunicação, uma vez que, ao enviar

uma mensagem pela lista, todas as pessoas nela cadastradasirão recebê-la. Assim, é possível uma comunicação mais rápi-da e integrada.

É importante estabelecer algumas regras básicas para o usoda lista de discussão num projeto educacional. As regrasvisam facilitar e otimizar o uso do recurso por parte dos gru-pos formados na escola. Entre as principais regras que podemser estabelecidas, podemos citar as seguintes:

• As listas devem sempre agrupar aqueles que tenham osmesmos objetivos e interesses.

• Padronizar como deverão ser mencionados os assuntosdas mensagens. Dessa forma, os usuários abrirão apenasas mensagens que são de interesse específico da escola.Quando as listas possuem muitos usuários inscritos, a au-sência dessa regra torna-se um dos grandes complicado-res, visto que passamos a receber inúmeras mensagenspor dia, sendo quase impossível ler e responder a todas.A padronização na identificação dos assuntos facilita o filtrode mensagens que possam nos interessar ou não.

• Padronizar o formato dos arquivos a serem enviados comos levantamentos dos trabalhos escolares, bem como es-pecificar os programas que deverão ser usados pelo proje-to. Isso é importante porque enquanto uma escola está utili-zando o Word 2000, outra ainda poderá estar com a versãoWord 6.0; esta última, ao receber os trabalhos da primeiraescola, não conseguirá abrir os arquivos.

• Padronizar o tamanho dos arquivos a serem enviados. Nãoé aconselhável enviar arquivos muito grandes via lista oue-mail, pois tanto seu envio quanto seu recebimento leva-rão muito tempo. Ainda há o problema do limite máximo detamanho de arquivo que cada provedor ou administradorde conta de e-mail disponibiliza para o usuário. Os arqui-vos que ultrapassam o limite de tamanho estabelecido pelo

administrador da conta de e-mail não chegam ao destina-

tário.

Blog ou w

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eblog

Podemos definir blog como uma página pessoal ou profissio-nal na internet, na qual a pessoa expõe suas idéias, reflexões,

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observações, comentários, apontamentos etc., sendo possí-vel a interação com seus leitores. Inicialmente, os blogs tor-naram-se populares entre os jovens, que encontraram umaforma de publicar na internet seus diários pessoais.

Com o tempo, passaram também a ser utilizados por jorna-listas, sendo descobertos por repórteres e editores de váriospaíses, que transformaram o blog em novo gênero de jor-nalismo, um espaço para publicar opiniões e análises quenormalmente não encontram espaço na mídia tradicional, aomesmo tempo em que possibilita o contato direto entre leito-res e jornalistas.

Uma das vantagens das ferramentas do blog é permitir que osusuários publiquem seu conteúdo sem a necessidade de co-nhecimentos técnicos especializados a respeito de construçãode páginas na internet. Assim, professores e alunos podemcriar blogs para expor e trocar idéias a respeito de conteú-dos das disciplinas escolares, bem como para publicar seustrabalhos. Isso tudo com o auxílio do técnico em multimeiosdidáticos.

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Projeto pedagógico com a utilização da internetPara que a escola passe a utilizar a internet como recurso pe-dagógico, é importante queos profissionais da educação se-jam conscientizados sobre suas implicações e aspectos positi-vos e negativos, conheçam seus serviços e sejam capacitadospara trabalhar com suas ferramentas com fins pedagógicos.

Além disso, é necessário que a escola elabore um projeto pe-dagógico com esse fim.

Ter um projeto é fundamental para a definição dos objetivos,para a organização e o planejamento das atividades a seremexecutadas e para a avaliação dos resultados. É fundamen-tal lembrar que a internet é mais um recurso que pode seraproveitado a favor da educação, mas é preciso haver planeja-mento para que sua utilização pedagógica pela escola não seperca no meio do caminho.

A internet é mais um canal de conhecimento, de trocase buscas. A internet não substitui. Ela facilita, aprimoraas relações humanas, elabora novas formas de produção,estimula uma cultura digital, libera tempo, une povos

e culturas. Gera uma nova sociedade. A internet nãose resume a um conjunto de backbones que interligafisicamente os países e as informações. A tecnologia nãoestá isolada do seu contexto histórico, de suas relaçõessociais. Quando falo internet, refiro-me à complexarede hipertextual de lógicas e conhecimentos inter-relacionados (TAJRA, 2000).

Veja, a seguir, um roteiro para elaboração de um projeto pe-dagógico com a utilização da internet. É claro que se trata ape-nas de uma sugestão. Cada escola deve elaborar seu projetode acordo com suas necessidades, objetivos e realidade, poissabemos que o projeto dependerá de vários fatores para suaimplementação, como recursos disponíveis, apoio da direçãoe engajamento de professores e alunos.

• Definição dos profissionais que participarão das atividadesiniciais do projeto. É interessante que num prim

eiro mo-mento não sejam selecionados muitos profissionais, 

vistoque, por ser uma nova técnica (entende-se aqui 

técnica no

sentido amplo, entende-se ferramenta em si) a ser utilizada,

Backbone é o link queprove a internet. Otermo link, em inglês, éusado para expressar aligação entre sistemasou conjunto de redes decomunicação eletrônica etelecomunicações.http://p..wikipedia.org/Backbone

existe um período de adequação ao uso das ferramentasdisponíveis. Portanto, profissionais que participarão inicial-

men

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te poderão assumir, depois, o papel de multiplicadoresdessa aprendizagem.

• Os profissionais selecionados deverão ser capacitadosinicialmente quanto à utilização dos serviços básicos dainternet. Posteriormente, é importante que alguns delespossam, também, desenvolver suas próprias páginas parapublicação dos trabalhos.

• Definição do tema gerador a ser pesquisado e desenvolvi-do.

• Detalhamento de todas as atividades a serem elaboradasem função do tema escolhido. Essas atividades devem serrepassadas para os alunos por períodos previamente defi-nidos. Por exemplo: as atividades deverão ser cumpridassemanalmente, quinzenalmente ou mensalmente.

• Elaboração de um sítio para integrar as atividades do pro-jeto. Esse sítio deverá conter: o nome e a logomarca do

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projeto, a apresentação do projeto, os objetivos do projeto,a metodologia a ser utilizada, o público-alvo, o temp

o deduração do projeto, os critérios de avaliação, a equi

pe dedesenvolvimento, a apresentação da(s) escola(s) e/ou d

osalunos participantes, a agenda com as atividades a ser

emdesenvolvidas, o local para troca de mensagens (a lista d

ediscussão, e-mail e chat) e o local para exposição das a

ti-vidades desenvolvidas pelas equipes de trabalho. Caso 

aescola queira, ela poderá sofisticar ainda mais o sítio. T

udodependerá da equipe de profissionais que estará di

reta-mente relacionada ao desenvolvimento. O sítio é o mod

ode materializar o projeto e visualizar de uma forma 

maisconcreta as atividades que estão sendo elaboradas.

• A partir das atividades citadas, o importante agora é oacompanhamento das atividades enviadas pelos integran-tes do projeto. O envio das atividades pode ser efetuado po

rmeio de lista de discussão, e-mail ou pelo próprio sítio doprojeto, a partir do recurso de formulário on-line. O al

unopreenche as informações solicitadas e, automaticament

e,sua pesquisa é enviada e publicada no sítio do projeto.

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IMPORTANTE

• Por fim, como em todo projeto, devemos sempre avaliar

os resultados obtidos. Todas as atividades foram cumpri-

das? Quais foram os problemas que surgiram durante o de-

senvolvimento das atividades? Os alunos e os professores

mantiveram-se motivados durante todo o projeto? Os alu-

nos enviaram as atividades em tempo hábil? Qual o serviço

mais utilizado da internet? A avaliação do projeto não de-

verá ocorrer apenas na sua finalização, mas duran

te todo oseu desenvolvimento, visto que não adianta corrigir er

rosquando não é mais possível reparar os prejuízos causados.Portanto, é necessário efetuar controles para que os probl

e-mas que surjam durante o processo de desenvolvimentodo projeto sejam corrigidos a tempo de não prejudicar seusresultados.

No projeto de utilização da internet como recurso pedagógico,podemos identificar alguns aspectos importantes que se de-senvolvem em fases diferentes durante sua implementação.É importante que o educador reconheça estas fases no seutrabalho. As fases de um projeto educacional com uso dosserviços disponíveis na internet podem ser descritas da se-guinte forma:

• 1o momento: é a fase de levantamento de dados, confor-me solicitado pela descrição das atividades definidas pe-los envolvidos no projeto. O levantamento de dados nãodeve se limitar à pesquisa na internet. Os participantes doprojeto deverão recorrer a livros, jornais, revistas, vídeos,programas de TV e outras fontes. O objetivo é que os alu-nos e os professores se habituem à prática da pesquisa.A internet deverá ser considerada apenas como mais umafonte para obter informações, se comunicar e interagir.As informações encontradas na internet deverão tambémser mencionadas como fonte de bibliografia da pesquisa.

• 2o momento: após o levantamento de dados obtido na faseanterior, é interessante gerar um debate sobre as questõesencontradas, utilizando, por exemplo, o serviço das listasde discussão, as salas de bate-papo ou a troca de e-mails.

• 3o momento: depois das conclusões elaboradas, então,chega a hora da grande adequação das informações. Horade montar uma produção que pode ser feita por meio dequalquer expressão, seja textual, pictórica, musical, espa-cial, seja outra que a equipe de produção ache mais interes-sante para refletir suas conclusões. Em função da definiçãopor parte da equipe de desenvolvimento do projeto, verifi-que qual programa poderá ser utilizado para a produção dotrabalho.

• 4o momento: talvez a fase de maior empolgação de um tra-balho seja quando o resultado está pronto e pode ser vi-sualizado por qualquer pessoa. Ao expormos um trabalhona internet, na verdade, estamos expondo para o mundo.Qualquer pessoa de qualquer país poderá acessá-lo quan-do desejar. Essa fase é bastante criteriosa. Os técnicos de-

vem ficar atentos ao que está sendo publicado, pois será a

“cara” da 

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REFERÊNCIAS

IMPORTANTE

escola. Por meio desses trabalhos, muitas vezes,poderemos ver o nível de qualidade que a escola apresen-ta. Por sinal, essa questão é uma das grandes resistênciasencontradas, pois elas acabam se expondo perante a co-munidade geral.

Como todo projeto na área educacional, o desenvolvimen-to de atividades com a utilização da internet deve possibili-tar, acima de tudo, o aprendizado, a troca de informações, odesenvolvimento e o aprimoramento do senso crítico, dosvalores humanos, o trabalho em equipe e a descoberta das

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potencialidades individuais, contribuindo na formação dos en-volvidos como pessoas e cidadãos.

Podemos complementar como 5o momento de umprojeto de internet na educação a transformação obtidanas pessoas – professores e alunos – diante dos novosparadigmas da sociedade digital. A percepção que essaspessoas passaram a obter diante da possibilidade de umanova forma de agir e viver (TAJRA, 2000).

1 – Faça uma análise das várias ferramen-tas e serviços disponíveis na internet, descrevendo

suas utilidades, pontos positivos e negativos. A partirdessa reflexão, elabore um projeto pedagógico com autilização da  internet para a escola na qual você traba-lha.

Essa atividade poderá compor sua prática profissio-nal supervisionada.

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REFERÊNCIASAL

REFERÊNC

IAS

MEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de; ALMEIDA, Fernan-do José de. Uma zona de conflitos e muitos interesses. In: Sal-to para o futuro: TV e informática na educação. Secretaria deEducação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, 1998.112 p. Série de Estudos Educação a Distância.

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PROGRAMA NACIONAL DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO

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tu-dos Educação a Distância.

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