Impacto das enchentes na cidade de Itaqui - RS: previsões e prevenções são possíveis?
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29/11/2014
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Impacto das enchentes nacidade de Itaqui – RS:
Previsões e prevenções são possíveis?
Prof. MSc. Sidnei Luís Bohn GassGeógrafo
Bel. Dieison Morozoli da SilvaBacharel em Ciência e Tecnologia
XXI Semana Internacional da ÁguaXIV Semana Estadual da Água
“Impacto das enchentes em cidades ribeirinhas”01-10-2014
Este material está disponível em
http://unipampa.academia.edu/SidneiBohnGass
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Sede DesnutriçãoQualidades
físico-químicas
Saneamento básico
Pesca
Navegação
LimpezaPotabilidade
... ...... ???
Irrigação
ÁGUA Água = Enchente
Dados gerados pela CENAD (Centro Nacional de Gerenciamento de
Risco e Desastres) a partir de imagens disponibilizadas pela ativação
do International Charter Space And Major Disasters.
LANDSAT 8
NASA
De acordo com Santos (2007, p.10), “avalia-se que, no
Brasil, os desastres naturais mais comuns são as
enchentes, a seca, a erosão e os escorregamentos ou
deslizamentos de terra”.
Reckziegel (2007, p.110) em seu trabalho sobre
Desastres Desencadeados por Eventos Naturais no
Estado do Rio Grande do Sul, no período de 1980 a
2005, apontou o registro de 1.258 ocorrências de
desastres desencadeados por enchentes, sendo que
foram homologados 571 decretos de Situação de
Emergência e 42 de Estado de Calamidade Pública.
Medidas estruturais:
Obras de engenharia.
Medidas não-estruturais:
Zoneamento de risco a inundação;
Tecnologias brandas;
Baixo custo;
Políticas urbanas;
Planejamento;
Legislação;
Pesquisa;
Educação.
Alguns Conceitos
DesastresNaturais
MexeCom
MuitosInteresses!
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Mapa de risco é um importante instrumento de
planejamento de uma cidade, uma vez que permite a
manutenção e preservação de sua estrutura tanto com
relação as questões físicas quanto humanas.
Mapa de zoneamento
Alguns Conceitos
Mapa de perigo
Mapa de vulnerabilidade
Mapa de risco
Associado aos eventos que ocorrem em determinadas
regiões;
Condição ou fenômeno com potencial para causar uma
consequência desagradável;
Fenômeno natural que ocorre em época e região
conhecida que pode causar sérios danos na área sob
impacto.
Perigo
Grau de perda para um dado elemento, grupo ou
comunidade dentro de uma determinada área passível
de ser afetada por um fenômeno ou processo.
Na maioria das vezes a intensidade dos desastres
depende muito mais do grau de vulnerabilidade ou de
insegurança intrínseca dos cenários e comunidades em
risco do que da magnitude dos eventos adversos.
Predisposição ou susceptibilidade
física, econômica, política ou social.
Diretamente relacionada a um contexto social.
Vulnerabilidade
Probabilidade de perda esperada para uma área
habitada em um determinado tempo, devido à presença
iminente de um perigo.
Grau de perda previsto devido a um fenômeno
natural, em função tanto do perigo quanto da
vulnerabilidade.
Associado a dois fatores: ameaça e vulnerabilidade.
Quanto maior a vulnerabilidade, maior o risco.
Risco
Atividade de zoneamento:
1. Definição do mapa de PERIGO:
Empírica;
Semi-empírica:
Física.
2. Definição do mapa de VULNERABILIDADE:
Fragilidade física ou exposição;
Fragilidade social;
Falta de resiliência.
Delimitação das Áreas de Risco
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Síntese entre os mapas de perigo e vulnerabilidade:
estimar o grau de probabilidade de que determi
nadas ameaças venham a ocorrer;
estimar a provável magnitude ou extensão das
ameaças;
estimar os prováveis danos e prejuízos.
Delimitação das Áreas de Risco Delimitação das Áreas de Risco
NÍVEL DE RISCO CARACTERIZAÇÃO DO RISCO
I Mínimo Muito pouco provável ou insignificante
II Pequeno Pouco provável e pouco significante
III Médio Medianamente importante ou significativo
IV Grande Importante
V Muito grande Muito importante
Caracterização dos riscos de acordo com a defesa civil.
Um dos eventos de inundação mais expressivos
ocorridos em Itaqui (e também em outros municípios
rio-grandenses) nas últimas décadas.
Enchente de 1983 (Gonçalves, 1983)
(Saueressig, 2012)
Além de enchente de 1983, nos anos subsequentes
foram registrados outras expressivas inundações.
Embora o regime de cheias exponha a população a um
risco constante, as áreas periodicamente inundadas são
denotadas “áreas de risco”, sendo que a área de risco
projetada pela enchente de 1983 é desconsiderada.
Histórico da ocorrência de inundações1983 - 2014
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Cota maxima (m)0
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1983 1990 1992 1993 1994 1997 2005 2014
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12,4
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13,3
11,66
13,2
COTA MAXIMA
18
52
,90
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,80
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57
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,10
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84
,10
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96
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10
25
,40
16
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,50
13
72
,80 1
57
1,2
0
14
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,70
26
95
,80
18
64
,20
11
55
,70
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,20
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38
,00
11
11
,30
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,10
18
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0
500
1000
1500
2000
2500
3000
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PRECIPITAÇÕES EM ITAQUI-RS NOS ANOS DE 1973 E 2013
1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983
1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
14
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,20
19
38
,00
11
11
,30
15
56
,10
18
34
,30
13
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,70
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08
,20
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,80
21
11
,30
15
21
,30
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37
,30
15
03
,80
26
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,60
18
27
,40
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53
,60
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,30
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,20
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,20
13
07
,50
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90
,50
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,00
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11
20
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PRECIPITAÇÕES EM ITAQUI-RS NOS ANOS DE 1973 E 2013
1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Jornal A Verdade – Ano III, edição n° 194, 18 de outubrode 1997 – Itaqui, RS
(...) Como de rotina, a vida ribeirinha não
mudou nada desde o período de
outubro/97, quando às águas alcançaram a
marca de 13,30cm atingindo o centro e
outras diversas áreas da
cidade, ocasionando assim, um verdadeiro
caos. Hoje, até o encerramento desta
edição às água já alcançavam a marca de
10,90cm, crescendo. A preocupação e que
o nível do rio, em toda sua extensão
apresenta-se subindo, o maior volume água
e na cidade de Porto Xavier onde o rio sobe
m média 10cm por hora, que deverá atingir
Itaqui neste final de semana, agravando
ainda mais a situação. Até o momento
foram registrado mais de 500 pessoas
desabrigadas, com 150 solicitações de
remoções de mudança e volante.
A expectativa é torcer para que o nível
estabelize por um bom período. (...)”
Jornal A Verdade – Ano IV, edição n°221, 02 de abril de 1998 – Itaqui, RS Jornal Folha de Itaqui – Ano XIII, edição n°735, 04 de julho de 2014 – Itaqui, RS
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Jornal Folha de Itaqui – Ano XIII, edição n°736, 11 de julho de 2014 – Itaqui, RS Jornal Folha de Itaqui – Ano XIII, edição n°736, 11 de julho de 2014 – Itaqui, RS
Jornal Folha de Itaqui – Ano XIII, edição n°736, 11 de julho de 2014 – Itaqui, RS Jornal A Verdade – Ano XX, edição n°1031, 19 de julho de 2014 – Itaqui, RS
Jornal A Verdade – Ano XX, edição n°1031, 19 de julho de 2014 – Itaqui, RS
0
2
4
6
8
10
12
14
30-jun 1-jul 2-jul 3-jul 4-jul 5-jul 6-jul 7-jul 8-jul 9-jul 10-jul
10,35
11,27
12,3
12,89 13,2 13,212,83
12,3712,04
11,47
10,91
Cotas da enchente de jun/jul 2014Cotas da enchente de jun/jul 2014
30-jun 1-jul 2-jul 3-jul 4-jul 5-jul 6-jul 7-jul 8-jul 9-jul 10-jul
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Fonte: Google Earth. Elaborado por: Silva (2014) Fonte: Silva (2014)Fonte: Silva (2014)
Fonte: Silva (2014)Fonte: Silva (2014) Fonte: Silva (2014)Fonte: Silva (2014)
Fonte: Silva (2014)Fonte: Silva (2014) Fonte: Silva (2014)Fonte: Silva (2014)
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Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de Itaqui
APP é definida por lei federal e sua largura
depende da largura do rio.’Área de risco não se define apenas pela cota de inundação.
Elaborado por: Silva (2014)Elaborado por: Silva (2014)
Elaborado por: Silva (2014)Elaborado por: Silva (2014)
Quais dados estão disponíveis sobre as enchentes em
Itaqui?
Mancha das inundações recorrentes;
Mancha da inundação extraordinária de 1983;
Delimitações apresentadas pelo Plano Diretor;
Setores de risco delimitados pela CPRM;
Delimitação das APPs conforme legislação;
Mancha de inundação de 2014;
Dados pluviométricos históricos;
Dados históricos das cotas no porto de Itaqui.
Itaqui
�
�
�
�
�
�
�
�
Áreas de risco definidas pela CPRM associadas ao polígono das enchente de julho de 2014
Inundações
recorrentes
Entre 10 e 11 m
Saueressig, 2012
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Inundação do
ano de 1983
Saueressig, 2012 Graus de perigo
Saueressig, 2012
Graus de vulnerabilidade
Saueressig, 2012
Perigo altoPerigo baixo
AltaMédiaBaixa
Graus de risco
Saueressig, 2012
Inundação do
ano de 1983
Saueressig, 2012
Muito altoAltoMédioBaixo
Impacto das enchentes nacidade de Itaqui – RS:
Previsões e prevenções são possíveis?
O que é necessário?
???????
???????
Planejamento VontadePolítica Mobilização
Comprometimento
... ... ... ... ...
�
Responsabilidade social
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SAUERESSIG, S. R.; ROBAINA, L. E. S. Apresentação e discussão deconceitos utilizados em trabalhos de zoneamento de risco deinundações. In: Reflexões sobre a Geografia do Rio Grande do Sul:temas em debate. Santa Maria: PPGGEO, UFSM, p. 173-185, disponível emhttp://w3.ufsm.br/ppggeo/files/ebook01/Art.9.pdf
SAUERESSIG, S. R. Zoneamento das áreas de risco a inundação daárea urbana de Itaqui-RS. Dissertação de mestrado. Santa Maria:PPGGEO, UFSM, 2012.
SILVA, D. M. Áreas de Preservação e Áreas de Inundação: Estudo decaso na área urbana de Itaqui, RS. Monografia. Universidade Federaldo Pampa. Itaqui, RS, 2014
Referências
Obrigado pela atenção!!!
Prof. MSc. Sidnei Luís Bohn GassGeógrafo
Bel. Dieison Morozoli da SilvaBacharel em Ciência e Tecnologia