I I I I I I I I I I I I - International Nuclear Information System (INIS)

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE ENGENHARIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA NUCLEAR

Transcript of I I I I I I I I I I I I - International Nuclear Information System (INIS)

1UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

ESCOLA DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA NUCLEAR

IIIIIIIIIIII

ESTUDOS DO USO DO CONCRETO PESADO HEMATI

TICO COMO BLINDAGEM DE REATORES.

A U T O R : M i l t o n J o s é d e M e l l ofO R I E N T A D O R ! J a í r C a r l o s M e l l o

IIIIIIIIIIItttII

UNIVERSIDADE FEDERAL DS MINAS GERAIS

Departamento âe Engenharia Nuclear

ESTUDOS DO USO DO CONCRETO PESADO HEMATÍTICO

COMO BLINDAGENS DS REATORES

Autor: Milton Joaé de MelloOrientador: JTair Carlos Mello

Tese apresentada ao Corpo Docente de Pos-Graduação eu Cien—cias e Técnicas Nucleares/UFMG, como parte dos requisitos necessários para a obtenção de grau de Mestre em Ciências.

DKZ-1980

li "

TÍTULO DA TESE "Estudos do uso do Concreto Pesado Hema

títico como Blindagens de Reatores".

NOME DO AUTOR- • M i l t o n José de M e l l o

Tese defendida e aprovada pela banca exaininadpra, constituída dos Senhores:

P r o f . De lmi ro Schmidt de Andrade

E r o f . Ornar Campos r/erre i r a

Orientador: #

fexot. J a i r Car los Me l lo

Belo Hor izonte , . . 2 7. de ,.JUl(3Q.. de 3 1 .(Data de defesa da t e se )

íIIIIIIIIIIIIIr

AGRADECIMENTOS

Agradeço •

Ao Professor Jair Carlos Mello, pela orientação

que tornou possível este trabalho;

Ao Curso de Ciências e Técnicas Nucleares do De

partaraento de Engenharia Nuclear da Universidade Federal de

Minas Gerais, seus professores e funcionários, por fornecer

o apoio e a formação necessários;

Ao Professor Milton Vieira Campos, por ter dado

todo apoio e incentivo;

A Comissão Nacional de Engenharia Nuclear, pelo

apoio financeiro;

Ao Professor Maurício Cardoso Lemos, do Departa

mento de Engenharia de Materiais da Escola de Engenharia da

Universidade Federal de Minas Gerais;yA Mineiraç/oes Brasileiras Beunidas, pelo mate-

rial fornecido, sem o qual este trabalho seria impossível^

Ao Departamento de Radioproteção do Centro de

Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear;

Aos funcionários da biblioteca do Centro de De-

senvolvimento de Tecnologia Nuclear;

Ao Professor Clécio Campi Murta do Departamento

de Tecnologia Mineral do Centro de Desenvolvimento de fecno

logia Nuclear;

A todos que direta ou indiretamente colaboraram

para o desenvolvimento deste trabalho.

Liw.'-•-'- *•

IIIIIIIIIIIIIIr

Ao atu pai

Moacyr Braulio d« H«llo(«m m«móri&),

minha ma«

LuiJta Lucca dt M«llo

e aaigoDr. Luiz Cardinalli

1111111111111I1II

SUMXRIO

Resumo

Abstracts

Capítulo 1

Capítulo 2

2.1

2.2

2.3

Capítulo 3

Capítulo A

4.1 •

4.2 -

Capítulo 5

5.1 -

5.2 -

5.3 -

5.4 -

5.5 -

2

- INTKODUÇÃO ' 3

- FUNDAMENTOS TEÓRICOS GERAI3 DE 3LINDAGENS 7

- A necessidade das blindagens 7

2.1.1 - Partículas carregadas 8

2.1.2 - Partículas neutras 9

- Atenuação de partículas neutras 11

2.2.1 - Atenuação de neutrons 12

2.2.2 - Atenuação de raios gama 22

• Liberação de energia nas blindagens 30

- UNIDADES DE RADIAÇÃO 36

- BLINDAGENS EM REATORES NUCLEARES 40

• Principais materiais para blindagens 44

4.1.1 - Elementos pesados 45

4.1.2 - Compostos de boro 45

4.1.3 - Materiais hidrogenados 46

' Concretos especiais 48

- O CONCRETO HMATÍTICO 51

Análise dos agregados de hematita 51

Resultados 55

Preparação de concreto hematítico 63

5.3.1 - Características do concreto hema-

títico 68

Correção no traço do concreto hematítico 71

5.4.1 - Novas características do concreto

hematítico 73

Preparação das amostras para, a determina-

ção do coeficiente de atenuação ** 74

5.5.1 * Preparação das amostras de arga -

massa • hematita 75

111111111111111I

Capítulo 6

Capítulo 7

7.1

7.2

7.37.4

7.5 •

7.6 -

Capítulo 8

8.1 -

8.2 -

Capítulo 9

9.1 -

9.2 -

9.3 -

9.4 -

- CÁLCULO TSÓRICO DO COBFICIENT3 DS ATENU-

AÇÃO DE MASSA DO CONCRETO, ARGAMAS3A E

HflMATITA 81

- DETEBMINAÇlO EXPERIMENTAL DE y«/f 85

- Princípios básicos dos detectorea de ra -

diação 85

- Calibragão da aparelhagem utilizada e es-

colhu da melhor geometria - 89

- O decaimento de Na-24 95

- 0 ajuste da reta pelo método dos mínimos

quadrados 97

- Verificação da aparelhagem e da geometria

utilizado, para a determinação do coefici-

ente de atenuação de massa 99

• Determinação do coeficiente de atenuação

de massa do concreto, hematita e argamassa 104

- 0 FATOR BUILDUP' 119

• Introdução 119

. Determinação do fator Buildup do concreto

hematítico 128

- CONCLUSÕES 142

Introdução 142

Preparação do concreto hematítico 143

9.2.1 - Seleção do minério a ser usado 143

9.2.2 - Granulometria dos agregados 143

9.2.3 - Dosagem, assentamento, vibração e

homogenéÜMção do concreto 143

9.2.4 - Conclusões e recomendações 144

Preparação das amostras para a determina-

ção do coeficiente de atenuação ^44

Calculo teórico dos coeficientes de atenu-

ação 145

IIIIIIIIIIIIIIIIL

9.5 - Medidus dos coeficientes de atenuação

9.5.1 - Instrumentos usados

9.5.2 - Montagem e geometria

9.6 - Resultados experimentais

9.6.1 - As fontes de radiação gama

9.6.2 - Valores dos coeficientes de ate -

nuação

9.7-0 fator Buildup

9.7.1 - cálculos teóricos do fator Buildup

9.7.2 - Correlações empíricas para o cál -

culo do fator Buildup

9.7.3 - Medidas do fator Buildup

9.7.4 - 0 fator Buildup do concreto hema -

títico

9.7.5 - Conclusões

Anexo I

Anexo II

Anexo III

Bibliografia

145

145

145

146

147

147

149

150

150

151

151

151

154

183

193

206

o 0 o

lli

IIIIIIIIIIIII

IIt

HESUMO

de concretos pesados, em que os agregados

Lnos sjüró substituídas por hematlta, na blindagem

itores .nucleares, pq£e se tornar importante .para o Sra-Po procurou-se mostrar as principais dificul

dades e as adaptações necessárias das técnicas normalmente u-

sadas para o concreto comum. Qn particular, os problemas de

dosagem e os métodos de vibração e homogeneização no assenta-

mento do mesmo necessitarão estudos mais detalhados. Mostrou-

se ser possível obter-se densidades de 4 g/car ou pouco raai -

ores.

Os coeficientes de atenuação obtidos para a faixa de ra

ios gama estudados, são sensivelmente maiores do que os obti-

dos com a maior parte dos outros concretos. A interpretação

dos resultados dus medidas deèses coeficientes mostrou a coe-

rência dos mesmos com as características dos materiais e dos

métodos de medida utilizados. A comparação dos valores dos

coeficientes de atenuação medidos com os valores calculados a

partir das análises da composição média também mostraram coe-

rência sendo o afastamento da ordem de 4 i» na maior parte dos

casos. (£•£)•).

liores dificuldades foram encontradas na interpretação

dos fatores de crescimento (Buildup factors) éncontrados\ As

limitações aos recursos disponíveis^» utilizados rtiram a pVin

cipal causa dessas dificuldades, tendoN^ido mostrado que seu

efeito é maNtor para os raios gama de maior energia.

iIIIItIIItIII

III

ABSTRACTS

The^util izution of heavy concrete, where the coarse /

and -píxie aggr^ega.tes^are subst i tuted by hematite, in th^Tshi-

e^aing^or nuclear reactors^ can be com« important Jm B r a s i l ,

gfeis ^rork-4a_Jjit<aded to show t h e main d i f f i c u l t i e s and the

necessary adaptations in the usual techniques for the regu -

l a r concrete^ £npãreXcular, the problems of dosing and the

methods of vibration an homogenization in the s e t t i n g of hea

vy concrete w i l l need more deta i led research. I t was showed/

poss ib le to obtain dens i t i e s of 4 g/car and more.

<ÚThe atenuation coeficients obtained for the range of _energy of gamma, rays studied are much greater than the ones /obtained with most concretes. The interpretation of measurements of these coeficients showed agreement with the Charac-ter is t ics of the materials and measuring methods used. The

T

matching of the measured atenuation coeficiente .with the va

lues calculated from the analysis of the mean composition of

the heavy concrete also showed coherence with a deviation of

4 io in most cases. (£.£>•)•

Greater difficulties wtre found in the Interpretation/

of bufldup/xactora'. The limitations on research means

7 / 7 / /7 / 7 / / /

lable were the main caua» of the d i f f i cu l t i t s . It wasshorn/•/ / •' /

that this effect on. buildup factor i s greater for gamma raysof higher energy.

»HT •i *ir v

IIIIIIIIIIIIIII1I

1 - INTH0DÜÇ10

A necessidade de blindar as radiações nos reatores e

demais inst ilações nucleares tem exigido e incentivado a pes

quisa, o estudo e o desenvolvimento de materiais especiais,

ou combinações destes materiais, de modo a utilizar sempre

as soluções mais adequadas a cada caso. Bnbora, na maior par

te dos casos, a blindagem hão represente uma parcela muito

grande do custo total das instalações, uma blindagem constru

ida com material mal escolhido pode ter como conseqüência u-

ma elevação dos custos das instalações bem superiores ao eus

to direto da blindagem. Um metro a mais na espessura da blin

dugem biológica do reator de uma central nuclear tem como /

conseqüência fundações mais complicadas e maiores dificulda-

des era todos equipamentos e tubulações que a atravessam para

atingir o vaso do reator, daí resultando aumentos de custo /

bem maiores do que o aumento direto do custo da blindagem.

Pode ser dito que a escolha do material para a, blinda-

gem de uma instalação nuclear deve resultar de um critérios"»

estudo de otimização que leva em conta todas influencias di-

retas e indiretas sobre o custo final da instalação. Como re

sultado de estudos desse tipo surgiu a necessidade do desen-

volvimento e .utilização dos concretos pesados para as blinda

gens das radiações. Esses materiais, embora d« conformação e

propriedades físicas e mecânicas próximas às do concreto /

clássico, apresentam diferenças suficientemente importantes/

em relação ao mesmo para exigir longos e complicados traba -

lhos de pesquisa e o desenvolvimento da tecnologia e das téç

nicas pertinentes. Diversos congressos e reuniões internacio

nais tem sido promovidos para a discussão e troca de experi-

ência no estudo, preparação e utilização dos concretos pesa-

dos.

A técnica geralmente usada para preparação dos concre-

tos pesados é a utilização de materiais de maior peso especí

fico do que a areia e brita comuns como agregados finos e /

grossos. Os materiais mais comumente empregados têm sido a /

barita e a limonita e, em alguns casos, a sucata de ferro co

mo agregado erosão, Existe importante e volumosa bibliogra -

fia descrevendo os principais resultados das pesquisas sobre

a preparação, a utilização • as propriedades dos concretos /

pesados preparados à base desses materiais, Entretanto, em /

relação à possibilidade de se preparar concretos pesados à

base de hematitã, a literatura especializada é bastante omis

sa. Explica-se tal omissão pelo fato de existirem muito pou-

cos países no mundo com reservas de hematita compacta, de /

baixo cuoto de extração, do porte das reservas brasileiras.

A existência dessas reservas pode tornar economicamen-

te atrativo o uso de concretos pesados à base de hematita /

nas blindagens das instalações nucleares em nosso país. A /

concretização dessa possibilidade entretanto exigirá traba -

lhos de pesquisa destinados ao desenvolvimento da tecnologia

correspondente, os quais deverão ser feitos no Brasil por es

pecialistas brasileiros. Note-se que, com exceção talvez da

União Soviética, os países mais adiantados na utilização da

energia nuclear não tem interesse nesse material pois não /

possuem grandes reservas de hematita compacta de baixo custo.

A índia, que possui grandes depósitos de hematita e que vem

seguindo um caminho nuclear próprio é talvez o país que pode

rá cooperar conosco nas pesquisas necessárias, não é de todo

impossível que no futuro possamos não apenas exportar hemati

ta para uso em concretos pesados mas também as tecnologias /

para preparação e utilização desse material.

Antes do presente trabalho de te3e várias iniciativas/

pioneiras foram feitas no sentido de utilizar concretos pesa

II dos hematíticos na. blindagem das radiações. Bn 1959/1-960» du

I rante a construção do prédio destinado a abrigar o reator nu

clear do antigo Instituto de Pesquisas Radioativas (IPR) da

• Escola de Engenharia da UFMG, foi utilizado concreto hematí-

tico nas paredes de dois pequenos laboratórios anexos à sala

• do reator. Posteriormente, também no IPR, utilizou-se concre

to hematítico partt a raoldagem de blocos a serem utilizados /

em blindagens desmontáveis e em paredes de células destina -

das ao processamento de material radioativo. Entretanto, em

I nenhum dos casos procedeu-se aos estudos sistemáticos e com-

_ pletos requeridos pela complexidade e dimensões do assunto.

• Com o presente trabalho de tese procurou-se antes de mais na

da complementar aquelas iniciativas pioneiras com um primei-

ro trabalho sistemático, evitando-se ao mesmo tempo que o /

• tempo e o esquecimento apagassem o mérito das mesmas.

Como primeiro trabalho 'sistemático no assunto dentro /

I do âmbito da UFMG, e tendo em vista as suas relações com os

trabalhos pioneiros, mas de caráter empírico referidos aci-

fl ma, procurou-se enfatizar os três aspectos mais importantes /

do problema;

e A dosagem racional do concreto, particularmente as /

dificuldades de se trabalhar com os fatores água/cimento de-

sejáveis.

e A maximização da densidade do material

1 e A eficiência do material como absorvedor das radia -

- ções gama.

• É aproximadamente nessa ordem que os assuntos são tra-

| tados. Nos primeiros capítulos são descritas as característi

* cas e propriedades que se vai tentar obter no concreto. Bn

T seguida são descritos os métodos utilizados para sua dosagem,

No capítulo 5 descrevem-se os artifícios de granulometria /

que permitiram a obtenção de maiores densidades. Finalmente,

Ido capítulo 6 ao capítulo 8 são descritos os estudos das pro

I priedades do concreto hematítico como absorvedor das radia -

ções gama e os resultados correspondentes. No capítulo 9 são

I comentados os principais resultados e apresentadas as princi

paia conclusões d&.3 pesquisas.

g Talvez a maior utilidade do presente trabalho de tese/

seja o fato dela chamar a atenção sobre a necessidade de con

| tinuarem os estudes e pesquisas e realçar as principais di-

_ ficuldades que esses estudos e pesquisas encontrarão. A pri~

• meira grande dificuldade é a não disponibilidade de equipa -

» mentos adequados à preparação, lançamento e homogeneização /

™ do concreto hematítico. Outra grande dificuldade é a limita-

• ção quanto a3 fontes de radiação disponíveis. Também os dete

I1IIIlí1

i

tores de radiação e os equipamentos acessórios (castelos de

blindage», suportes, amostras, registradores, etc.) a serem/

utilieados nos próximos trabalhos de pesquisa precisarão ser

de melhor qualidade e apresentarem «aior flexibilidade do /

que os que foram aqui utilizados. No futuro a fonte de radia

ção a ser usada deverá ser um reator de pesquisas adequada -

mente projetado, ou adaptado, o que implicará na utilização/

de equipamentos totalmente diferentes dos discutidos mais a-

di&nte.

Finalaente cabe aqui justificar o uso da expressão em

ingles "buildup" em lugar de uma expressão em português. Foi

mantido o uso da expressão inglesa por t&o existir ainda um/

consenso quanto à tradução mais adequada em português. Uns

traduzem "buildup factor" como "fator de crescimento", outros

como "fator de empilhamento", outros ainda "fator de amplia-

ção".

L_

*' 2 - FONDAMENOIOS TEÓRICOS GERAIS DE BLINDAGENS

I2.1 - A necessidade das blindagens.

I No final do século passado, com a descoberta dos raios-

X por Roentgen e da radioatividade por Becquerel, deu-se iní-

I cio a procura de fontes radioativas mais intensas e, devido /

ao pouco conhecimento ou mesmo a circunstâncias acidentais, /

I começaram a surgir diversos casos de contaminação em radiolo-

I gistas • pessoas que ficaram expostas a quantidades excessl -

vas de radiações. .

• En I896 verificou-se que a exposição aos raios-X pode /

produzir eritemas (manchas vermelhas na pele), edemas (incha-

• ços devido a acumulação anormal de líquidos) e epilações (pej?

da anormal de pelos). Mais tarde constatou-se também o efeito

I carcinogênico (indução der câncer). For volta de 1911 foram do

cimentados 94 casos de tumores e em 1922 estimava-se que pelo

I menos 100 radiologiatas chegaram a morte. Ainda hoje a inci -

dência de leucemia (excessiva produção de glóbulos brancos no

g sangue) é significativamente alta em pessoas que trabalham /

nesse campo.

| A contaminação, seja por exposição, ingestão ou inala—

ção de materiais radioativos ainda continua ocorrendo t 01 H

I forços para que sejam tomadas medidas de segurança vêm desde/

I os anos vinte. Na década de 50 foram propostos níveis máximo*

permissíveis de exposição (doses biológicas) e sua aceitação

• geral fez com que houvesse um decréscimo na incidência dessas

* doenças.

1 Quando da construção do primeiro reator nuclear pelos /

Estados Unidos verificou-se que o nível das radiações produ-

t zidas seria extremamente alto. Isso fez com que fossem toma-

das precauções especiais para proteger o pessoal operador e

] o público em geral. Consequentemente houve uma grande expan-

ILL

8

II são no campo da radio-proteção e dos físicos da saúde cujo

_ propósito básico é desenvolrer métodos de proteção à injus-

I tifiçada exposição às radiações nucleares.

m Os esforços desse pessoal tea sido de tal sucesso que

• raramente acontecem quaisquer tipos de lestes devido a expjj

• siçoes apesar da alta atividade radiativa a que ficam sujei

tos os técnicos quando da operação do reator, do tratamento

I do combustível consumido e na manipulação dos rejeitos ra -

diativos1.

I Bi princípio um reator nuclear emite partículas alfa,

beta, raios gama, neutrons de várias energias* protons, frag

I mentos de fissão, deuterons, trítionaf enfim, quase todo ti

po de radiação, com exceção dos mesons que são devidos aos

I raios cósmicos.

Os niutrons e raios gama são emitidos no processo de

I fissão primária e algumas das fissões secundárias. Os frag-

_ mentos de fissão, sendo íons pesados, também devem u»r in-

I cluidos como parte do campo de radiaçees. Geralmente esses

•- íons ainda emitem partículas beta e neutrinos. As partícu-

las beta podem também a»r originadas aos vários processos

l secundários causados pelos niutrons a raios gama. Finalmen-

te, como resultado da reação nuclear, no núeleo do reator o

na blindagem aparecerão partículas carregadas mais pesadas

como os protons, deuterons.e partíoulaB alfa. For eonvenien

1 cia, essa complexa classificação de partículas são dividi-

das em duas classes: (a) partículas carregadas e (b) parti-

1 cuias neutras*

2.1.1 - Partículas carregadas.

Devido a sua carga elétrica, as partículas carregadas/

sejam elas os fragmentos de fissão, deuterons, trítions,pro

tons, partículas alfa ou beta (positivos ou negativos)j In-

L_

II teragem fortemente com os elétrons da matéria e ao atraves-

I sá-la perdem muito de sua energia podendo ser facilmente a-

tenuadas com camadas finas de material. "...Se possuem velo

m cidades muito abaixo da velocidade da luz o seu alcance de-

• cresce aproximadamente com o inverso do produto de sua mas-

• sa pelo quadrado de sua carga."(SEGfiSj E.» Experimental Nu-

clear Physics, USA, John Wiley and Sons, inc., 1953).

I Os fragmentos de fissão raramente atravessam o eleraen

to combustível do reator. As partículas alfa e os prótons /

I têm alcance maior mas não tão grande como as espessuras nor

malmente encontradas nas estruturas do reator. Os elétrons,

• por outro lado, têm alcance muito maior que todas as outras

partículas carregadas e mais pesadas. Um elétron com cerca

de 5 MeV. de energia, por exemplo, tem alcance no ar de 22

cm. mas somente 2,6 cm. na água e 0,33 cm no chumbo . Com

esses valores está claro que a ,massa, volume e custo para u

_ ma blindagem de elétrons, com ás energias normalmente encon

• tradas num reator, é relativamente desprezível. Entretanto,

I se um elétron com vários MeV de energia atravessa um materi

ai como o chumbo, de alto número atômico, ele interage com

• a sua nuvem eletrônica emitindo raios-X devido a perda de j

nergia cinética.Esse processo,, é conhecido como "Bremsstrah-

I lung" ou"Radiação de Frenagem". o raio-X assim emitido é

muito mais difícil de ser blindado do que o elétron e a poia

I sibilidade de sua presença deve ser cuidadosamente conside-

II

2rada .

2.1.2 - Partículas neutras.

Os neutrinos, neutrons e raios gama são partículas /

sem carga (neutras) e não podem interagir com o campo elé-^

tricô do átomo. 0 neutrino não possui massa e momento magné

tico. Desse modo êle é indiferente ao campo gravitacional e

10

I• magnético. Sua única interação com a matéria é com as for-

aI çaa de ligação nucleares..."o neutrino pode atravessar 10

estrelas da dimensão do Sol sem sofrer uma única interação*1

I (HOUTEBMANS, F.G. and THIRHHIG, W.t Helvetia Physics:, Act, .

27:81,' 1954)

1 A construção de uma blindagem para neutrinos seria im

possível mas, por outro lado, como eles não podem interagir

• com a matéria, também não podem causar qualquer mal ao mate

rial biológico. Bn contraste, os níutrons e raios gama, que

atuam fortemente no átomo, e dessa forma com o tecido vivo,

são as verdadeiras causas dos problemas de blindagens. lies

podem percorrer distancias muito mais longas no interior da

matéria do que as partículas carregadas mas mesmo assim po-

m dem ser satisfatoriamente atenuadqs com pequenas quantida -

I des de material.

A atenuação de neutrons e raios gama (ou fo'tons) se

• processa de maneira diferente das partículas carregadas. Um

ele'tron, por exemplo, perde energia principalmente devido /

• ao grande número de interações feitas com os átomos. Bi oa-

da colisão èle penetra no átomo "atritando" através da nu -

I vem eletrônica e mudando de direção. Isse prooesso continua

imutável de um átomo para outro até que finalmente ele pcw*

I e efetivamente desaparece a uma distância denominada alcan-

ce. Esse alcance depende do tipo da partícula, sua energia,

I e o meio em que caminha. Desprecando-se as pequenas flutua-

ções estatísticas, nenhuma partícula conseguirá ir além do

I seu alcance.

Os niutrons e raios gama, por outro lado, devem so -

I frer grandes mudanças na sua energia e direção ou serem com

I pletamente absorvidas já na primeira colisão com o núcle» /

do átomo. Ixiste uma distancia média entre uma colisão e ou

| tra conhecida como "Livre Percurso •édio". A probabilidade

• r

u

11

1IIIIIII

de que haja a primeira colisão é distribuída exponencialmen

te ao longo do percurso da partícula. 0 comportamento des-

sa exponencial é dominante na determinação da penetração to

tal. Não existe nenhuma camada de distancia definida além

da qual os neutrons e raios gana são completamente elimina-

dos como existe para as partículas carregadas. A atenuação/

de raio» gama e neutrons requer materiais cujas espessuras/

são muito maiores que o comprimento do Livre Percurso Médio.

Ve-s* entretanto que se uma blindagem é eficiente pa-

ra atenuar neutrons e fo'tons, ela será suficiente para impj

dir a passagem de qualquer partícula carregada.

2.2 - Atenuação de partículas neutras.

Os fo'tons e neutrons podem ocorrer em diversas ener -

gias, mas nem todas são de interesse. Os fo'tons com energia

I superior a 10 MeV-. raramente .aparecem na fissão ou outro /

_ processo indueido por neutrons. Assim, esse valor pode ser

• perfeitamente usado como o limite superior da energia dos

• raios gama. Existem ainda aqueles de energia abaixo de 20

• JceV que dificilmente penetram no ar ou no tecido. A radia-

| ção gama com algumas centenas de keV. é facilmente absorvi-

da por materiais pesados e não existe dificuldades em blin-

I da'-laa. Porém, fo'tons de baixa energia aparecem como secun-

dários dos raios gama mais energéticos devendo ser inclui -

I dos na determinação da dose biológica já que st oriflinam no

interior du blindagem.

I No espectro de fissão chegou-se a determinar neutrons

de 18 MeV de energia. Essa será admitida arbitrariamente /

como sendo o limite superior da energia do noutran. O limi-

te inferior será aquele correspondente à agitação térmica^

I ou seja, neutrons térmicos. Isses não são tão perigosos bio

logicamente como os neutrons rápidos, de maior energia, t

L

12

II podem ser atenuados com relativa facilidade.

A captura de neutrons rápidos é una reação relativa -I mente rara. A blindagem deve moderá-los para energias térmi

I cas, ou próximas a elas» e então captura-los. Para que issoaconteça é necessário que os neutrons sofram colisões e lás-

• ticas com núcleos leves, como o hidrogênio, cedendo-lhes /parte de suas energias, fazendo com "Ue o núcleo sofra um /

• recuo.Todavia, enquanto os materiais mais leves são ótimos/

I atenuantes de neutrons, aão também péssimos ateniíantes de /

fo'tons. Uma boa blindagem deve então ser constituida de ma-

I teriais leves para moderar os neutrons e materiais pesados/

para atenuar raios gama. i claro que existe certa contribui

ção do material pesado para a moderação de neutrons e do ma

terial leve para a atenuação da radiação gama*

I Esses dois materiais devem ser misturados de maneira/

homogênea ou serem dispostos em camadas dependendo de cer -

I tos fatores como: peso requerido na blindagem, custo da /

_. construção, produção de calor na blindagem, etc. Não se po-

•» de esquecer ainda que os neutrons podem interagir com o ma-

I terial e produzir radiação gama secundária que também deve/

ser atenuada .

2.2.1 - Atenuação de níutromi.

I Como já foi visto, o neutron é desprovido de carga e-

létrica e não é afetado pela nuvem eletrônica negativa doa

I átomos. For esse motivo ele interage diretamente com o nú -

cleo em uma das seguintes maneirast

| (a) Sspalhamento elástico: 0 neutron atinge o núcleo/

alvo que se encontra em estado estacionário, excita-o, e re

| aparece devolvendo a esse núcleo seu estado anterior. Na no

tação de reações nucleares esse tipo de interação é designa

iI da por (n,n).

• (b) Espalhamento inelastico: Este é um processo idênti-

• co ao anterior exceto pelo fato de que o núcleo alvo é deixa-

• do em estado excitado. 0 nêutron emergente possui uma energia

menor que o nêutron incidente; o núcleo, que fica excitado /

I por ter recebido parte da energia do nêutron que o atingiu, /

decai com a emissão de radiação gama, denominada radiação ga-

I ma inelástica. Esse tipo de interação é denotada - por /

I (c) Captura radioativa: 0 nêutron incidente « capturado

pelo núcleo que se excita e emite um ou mais raios gama que

g são chamados raios gama de captura, numa reação (n, /* ) deno-

minada reação de captura. Essa é uma das principais reações /

| que se deve provocar na blindagem pois o nêutron desaparece.

(d) Reação partícula carregada: Nesse tipo de reação,

I também de interesse para a blindagem, o nêutron é absorvido

causando o aparecimento de um próton ou uma partícula alfa,am

bos com carga elétrica, que são facilmente atenuados. Segundo

• a partícula emergente do núcleo, essa reação é denotada por

(n,p), se for um próton, ou (n,«) se for uma partícula alfa

• (e) Reação de produção de neutrons: Ba reatores que con

tenham deutério ou berílio, esta é uma reação de especial in-

I teresse pois esses elementos possuem neutrons que podem fácil

mente B W extraidos. 0 nêutron incidente excita o núcleo que

I decai emitindo 2 ou 3 neutrons numa reação que pode ser escri

ta (n,2n) ou (n,3n) dependendo do número de neutrons ejetados.

£ (f) Reação de fissão: A colisão de um nêutron com cer-

tos nuclídeos pode parti-los, com a liberação de uma grande /

l quantidade de energia. Cada parte do núcleo alvo será um novo

- núcleo, denominado fragmento de fissão. Essa é a principal re

1 ação para a produção de energia nuclear e ocorre no interioro

T do elemento combustível.

14

Deve-se introduzir nesse ponto alguns parâmetros em tor

I no dos quais essas várias interações poderão também ser des

critas quantitativamente afim de que se possa discutir a res-

I peito da atenuação de neutrons.

Define-se intensidade I de um feixe de nSutrons como /

I sendo o produto da densidade de neutrons, n, do feixe pela /

sua velocidade v. Matematicamente,

I

II

nv. (2.1)

I Se esse feixe atinge um alvo de área A e espessura X contendo

uma densidade de N átomos por unidade de volume, ou seja, um

I alvo com NAX núcleos, o número de colisões por unidade de tem

po dos neutrons do feixe com os núcleos do alvo deve ser pro-

| porcional ao produto da intensidade do feixe pelo número de

átomos do alvo; ou seja:

número de colisõesunidade de tempo '"*' (2#2)

f « a constante de proporcionalidade, denominada Secção de

Choque c tem unidade de área. É também descrita como sendo a

probabilidade de que um nêutron dt feixe venha a colidir cosi

um determinado núcleo. Ela é expressa em Barns, símbolo b, on

de lb w 10"2^ cm2. Como são várias as interações dos neutrons

com um átomo, também são várias suas secções de choque. Deno-

ta-se a secção de choque de espalhamento elástico por <r , es-

palhamento inelástico por ?., captura radiativa por *V, rea -

ção partícula carregada por t ou •"*, fissão por f., etc. A

secção de choque total, cr , que é a soma de todas as seoções/

de choque para cada uma das interações,

ILI ""'l

rf * .... (2.3)

rapnswita a probabilidade d. qut tia núelto v«nlut a sofrwr/

I

I

I

qualquer tipo dessas interações.

São de interesse na atenuação <*? neutrons todas as re

ações onde ele é absorvido. Assim» a secção de choque de ab

s orça o maré.:

I onde <fft 0^ , (r mio as secções de choque, ou a probabilida-

de de ocorrência das reações (n,jr), (n,cx), (n, p), que provo

cam o desaparecimento do neutron.

• A equação (2.2) pode ser escrita como:

número de colJ~?«e' . .-~,AV *- ,-»unidade de tempo » *

I referindo-se a qualquer tipo de interação do neutron com a

matéria. A divisão da equação (2.5) pelo volume do alvo AX,

representa a densidade de colisões F que ocorrem dentro do

alvo:

F « INCt. , (2.6)

II

I

• 0 produto VC.t designado por £ , é denominado secção/

de choque macroscópica. Desse modo tem-se: M<T « r , a sec -

I ção de choque macroscópica de espalhamento, W « t ( a s t ;

ção de choque macroscópica de absorção» «te. Com isso» a e-

quação (2*6) torna-se

f - 11^, (2.7)

onde 3E+ • * >«cção de choque macroscópica total.

núcleos diferentes tsm secção de choque total dlferen

I tes. Considerando um alvo contendo dois elementos diferen'•*&

tes, X e Y, e como cada um dssses núcleos agem independente

mente um do outro, a probabilidade de que um niutron venha

interagir com qualquer um deles é

1 onde X é a secção de choque macrocópioa do alvo e T e Z->/

as secções de choque macroscópicas dos átomos X e Y. Se Z

T e Y formam uma molécula do tipo X Y. s se existem If molécu-

1 16

I

IIIII

I

las por cm , então,

1e a secção de choque microscópica da molécula será

<r= - | - = m<rx + n y (2.10)

= N(T = mN<r + nN<r. (2.9)* y

As equações (2.8), (2.9) e (2.10) são válidas para to-

das as interações exceto para o espalharaento elástico de neu

trons de baixa energia.

Uma vèz atingido o alvo, o feixe de neutrons que o a-

tingiu com intensidade I terá intensidade I(x) depois deo

percorrer uma distância x no seu interior. Para percorrer/

uma distância adicional dx a intensidade do feixe irá decres

cer dl(x) devido as diversas interações ocorridas nesse per-

curso. Sabendo-se que 2 pode ser considerado como sendo a /

probabilidade por unidade de percurso de que o nêutron venha

sofrer uma interação, então

dl(x) = -£l(x)dx (2.11)

ou,

I(x) = Ioexp(-Jx). (2.12)

I é a intensidade do feixe ao atingir o alvo. A ra«ão env;o —

tre I(x) ei,' I(x)/I • exp(-Tx), • a probabilidade de queo o

um neutron possa se mover através do meio até a espessura x

sem sofrer colisões. A probabilidade p(x)dx de que um neu

_ tron venha sofrer sua primeira colisão em dx depois de ter

1 percorrido a distância x é igual a probabilidade de que êle

. não sofra qualquer colisão até x, exp(-£x), multiplicada pe-

• Ia probabilidade de que ele colida à distância dx, £dx. As-

sim,

p(x)dx « exp(-Jx)2dx (2.13)

A distância percorrida pelo rieutron sem sofrer colí«-

soes, devido a função probabilidade p(x) representa o valor

médio de x no qual o neutron não interage com nenhum núcleo.

••.•• -

1 17

= £xp(x)dx

Esse valor é denominado Livre Percurso Médio e designado /

• por X, ou seja:

^ = o

="i/r (2.14)

É importante que se esclareça aqui que 2 se refere à

secção de choque macroscópica total, como vem sendo usado /

desde a equação (2.8). O problema da determinação da secção

I de choque para neutrons é dos nuis complexos, não somente /

_ pelo fato de que esse valor depende da energia do neutron ,

• mas também porque ele varia de um isótopo para outro do mes

• mo elemento e modifica a natureza da reação. Bn muitos ca-

• sos uma reação predomina, o que simplifica a situação. O /

• mesmo acontece quando um isótopo em particular tem uma sec-

ção de choque muito maior do que os outros do mesmo elemen-

I to.

Para muitos elementos, especialmente aqueles cujo nú-

I mero de massa é maior que 100, a variação da secção de cho-

que com a energia do nêutron revela a existência de três re

g gioes. Na região de baixa energia a secção de choque decres

ce constantemente com o crescimento da energia do ntutron.

§ A «ecção de choque de absorção, que predomina, varia inver-

samente com a rais quadrada da energia do neutron. Sendo /

l essa energia a cinética, ff • inversamente proporcional a /

_ velocidade do neutron. Essa região é conhecida como l/V t

*• dis-se que ç* para os neutrons nessa energia obedece a lei l/V,

| Depois dessa, existe uma região de ressonância, usualmente/

• entre 0,1 eV e 1000 eY de energia, onde a secção de cho -

1 que de absorção aumenta violentamente e decai novamente /

formando picos. Alguns elementos, como o Cadmium e o Rodiu»

1 têm somente um pico de ressonância enquanto outros, como vo

Indium, a Prata, o Ouro e o Urânio-238, tên dois ou mais pi-

1 cos. Esses pico3 são algumas vezes muito altos, chegando a

18

2 x IO4 b no Cd-113 para neutrons de 0,17 eV ou 3, 4 x 10 b

no Xe-135 para neutrons de 0,7 eV. Após essa região de res-

sonância a secção de choque de absorção decresce constante-

mente com o aumento da energia do nêutron. Na região dos /

neutrons rápidos, que fica acima de 10 keV, a secção de cho

que de absorção tem valores muito baixos; em muitos casos ,

menor que 10 b; tornando-se ainda menor na região de 0,1 ..

XeV ou mais.

A energias que excedem a 1 MeV a secção de choque de

absorção mais a secção de choque de espalhamento elástico e

inelástico aproximam-se da secção de choque geométrica do

núcleo. Alguns nuclídeos exibem certa ressonância na região

dos neutrons rápidos mas seus picos são pouca altos. Isso /

significa que, sendo a ressonância negligenciavel para o es

palhamento elástico, a secção de choque de absorção tanto /

como de espalhamento inelástico tendem a wS onde H é o ra-

io do núcleo. A secção de choque total para níutrons de alta2

energia aproxima-se então ao limite 2«rK . Desse modo,

(Tt« 2*1*. (2.15)

0 raio nuclear, exceto para os átomos mais leves pode

ser representado aproximadamente por

R - 1,4 x ÍO" 1 3* 1^ cm, (2.16)

onde A é o número de massa do núcleo. A combinação das equa

çSes (2.15) e (2.16) resulta:

<T« 0,125 A2/í} b. (2.17)

n

Assumiu-se até aqui que os neutrons atingindo um alvo/

possuissera todos a mesma energia. Para um feixe de neutrons

com diversas energies, neutrons polienergéticos, a equação/

(2.12) torna-se um pouco mais complicada. Se fosse possível

dividir esse feixe em feixes individuais monoenemeticos •

representá-los por grupos 1, 2, 3, .*• então a intensidade/

1

IIIIIIIIIIIIIII\

19

I do feixe seria:o

(2.18)

I representa a intensidade inicial do n-ésimo feixe de /onneutrons.'Depois de percorrer uma distância x no interior do

alvo, esse n-ésimo feixe terá intensidade

onde

Z nx) (2.19)

é a secção de choque macroscópica total para os neu-

trons do n-ésimo feixe. A soma das intensidades I (x) + I (x)

* I,(x) + ... + I (x) •» ... é a intensidade I(x) do feixe po-3 n

lienergético depois de percorrer a distância x no alvo»

Kx) (2.20)

Existindo uma distribuição contínua nas energias dos /

neutrons, em lugar da somatória da equação (2.20) teremos uma

integral. Para simplificar essa equação deve-se considerar /

que o feixe polienergético tenha densidade n(E) neutrons de *

nergia E com velocidade v(E). n(E)dE é o número de neutrons /

por unidade de volume com energias entre E e E + d£. A inten-

sidade do feixe correspondente será

(2.2D

Com analogia à equação (2*7)»

(2.22)

Note-se que foi usado um simbolismo matemático mais cor

reto nas equações (2.21) e (2.22) em lugar daquele comuaente

encontrado em livros de diversos autores que se utilisam de

funções densidade representando-as por dl(E) ou d?(E), como /

por exemplo Lamarsh. , pg. 59.

Om caso de especial importância é o da absorção de neu-

trons térmicos. Nesse caso, como no caso das moléculas de um

gás, a energia dos neutrons estão distribuídas de acordo com

IIIIIIIIIIIIIIII

20

a "função de distribuição de Maxwell" mostrada na figura 2.1.

0 número de partículas por unidade de volume com energia I /

por unidade de energia é dado por

. N(E) - 21>W • E1/2exp(-E/kT) (2.23)3/2

onde n(E) é a densidade de partículas, k • 8,6170 x 10eV/°X

é a constante de Boltzmann e T a temperatura absoluta es °K. A

energia mais provável E nessa distribuição é aquela corres -

pondente ao ponto máximo da curva da figura 2.1. Isso pode ser

calculado igualando-se a derivada dR(E) de (2.23) • «ero:

E (2.24)

A energia média "Ê é definida pela integral

í - 4 - (*N(E)BdB (2.25)

Substituindo (2.23) ea> (2.25) e integrando-se, obtém-se

-kT

N(£)

(2.26)

I/kT

Pig. 2.1 - Junção de distríbuiçio de Maxwell .

A rasão de absorção em um feixe de neutrons térmicos é:

I a - \n(E)v(I)2^(E)dE (2.27)

onde Z (E) é a secção de choque macroscópica de absorção pa-

ra neutrons na energia E. 0 fluxo total de ntutrons Çfí para

IiI

neutrons de todas as energias é dado pela integral da equa-

ção (2.21)

j2T= I » £n(E)v(E)dE. (2.28)

É possível definir-se uma secção de choque macroscópica de

absorção média 2 para certos sistemas e nesse caso a equa -

I ção (2.27) torna-se

- *a = Ijf (2.29)

já foi exposto anteriormente que a energias térmicas,I muitos nuclídeos obedecem a l e i l/V de absorção. Nessa re -

gião Z (E) será

- 2 o (Ej T,VV(E) (2.30)a, a o o

I onde E é uma energia arbitrária e v a velocidade do nêu -

o otron nessa energia. Introduzindo o resultado da equação . . .

1 (2.30) na equação (2.27) obtem-seP « 2t (E )v (n(B)dB. (2.31)

a a o oj '

I Como a integral da equação (2.31) é igual a densidade totalde neutrons n, então

I VWV (2-32)

m Torna-se prático especificar todas as secções de cho-

• que de absorção, mesmo que a lei l/V não seja obedecida, a

• energia B * 0,0253 «V. lisa energia corresponde àquela que

o neutron tea velocidade de v * 2.200 m/%. . Os valore* da

I secção de choque a 0,0253 sV referea-se às "secc/ôes de cho-

que térmicasM 9 são encontradas sa diversas tabelas. A quan

I tidade nv é chamada "fluxo 2.200 a/fe" e representada por /

0o, ou seja,( 2 * 3 3 )

I A razão de absorção definida na equação (2.32) torna-

se:

I \ « ^ ( E , , ) ^ (2.34)

I

J (£). Entretanto, C.H.Nestcott assumiu que n(E) devesse resa ^peitar a função de distribuição de Maxwell e computou nume-

ricamente os valores de F para todos os nuclideos que não

respeitam a lei l/V. Assis» introduzindo-se um fator g (T),

hI São poucos os nuclideos cuja secção de choque de ab -

I sorção não obedece a lei l/v, A razão de absorção ainda é

dada pela equação (2.27) mas esta não pode sar simplificada

• como no caso l/v. Ela depende tanto da função n(E) como de

Ique é tabelado para várias temperaturas e vários nuclideos,

• tem-se:

I• 2.2.2 - Atenuação de raios gama.

™ 0 termo raio gama, muitas veses abreviado E-/V é nor-

• malmente reservado à radiação eletromagnética emitida pelo

núcleo e o termo raio-X, ou R-X, referem-se às radiações,

• também eletromagnéticas,emitidas quando um ou mais elétrons

sofres transições dentro do átomo. Nada impede, entretanto,

I que ambas as formas de radiação sejam tratadas apenas por

radiação gama, ou mesmo frftons, já que não existe nenhuma /

• diferença fundamental entre elas.

As interações da radiação gama com a matéria podem /

§ ser classificadas basicamente em quatro:

(a) Efeito fotoelétricoj um fo'ton atingindo um átomo,

1 desaparece dando origem a ejeção de um ele'tron. Nesse pro -

m, cesso a energia do ele'tron é igual a energia do fo'ton menos

1 a energia de ligação do ele'tron ao átomo. Existe um recuo

• mínimo do átomo mas este é tão pequeno que pode ser negli -

•• genciado. 0 foton pode ainda tirar um ele'tron mais interno.

Nesse caso, o lugar vago é imediatamente tomado por outro^

le'tron maii externo e nessa transição existe a emissão da

R-X, característico do átomo. Na passagem para fora esse

IIIIIIIIIIIIIIII11

23

raio-X pode provocar a emissão de outro elétron, conhecido/

como "Auger Electron"

A secção de choque para o efeito fotoelétrico é deno-tada pelo símbolo l" . Assim, se I é a intensidade do raio-JT

. pe ^

incidente em um alvo que contenha N átomos por cm , então,/

JSC é o número de interações fotoelétricas. A secção de /

choque <f depende da energia E do f o'ton incidente e do nú-

mero atômico Z do átomo.

0 efeito fotoelétrico é predominante para R-Tde baixa

energia, especialmente em materiais cujo valor de Z seja aito. C varia de 1000 a 10000 barns/átoao para raios gama /pede 0,1 MeV e decresce rapidamente com o acréscimo da ener -

gia, aproximadamente com E para S < 0,5 MeV e E~ para

E > 0,5 MeV. A secção de choque para diferentes elementos é

praticamente proporcional a Z quando E } 0,1 MeV. Existe /

ainda uma certa descontinuidade no valor de (f para baixasP»

energias que são chamados gumés de absorção e correspondem/à energias abaixo das quais não é possível ejetar certos e-

letrons do átomo.

Como foi visto, a secção de choque C depende muito/

de Z e varia com

<T m Z n (2.36)

onde n é função de E. n cresce com g • devido a grande de -

pendência de Z, o efeito fotoelétrico é de maior importân -

cia em átomos pesados, especialmente em baixas energias»

(b) Produção de pares: o fo't«n desaparece e é criado/

um par de ele'trons; um positron (e+) • um négatron (e~). /

Esse efeito é predominante para fo'tons de alta energia inci

dindo em materiais pesados. A secção de choque para a produ

ção de pares, C , é sero para f o'tons de 1,02 Me* e sobe «o

notonicamente acima dessa energia, isso porque a energia d*

repouso total dos 2 ele'trons é 2m c « 1,02 Mev.

IA anergla cinética total do par, depois da interação,

• é igual a energia do f eft on incidente menos 1,02 MeV. Esses/elétrons perdem energia como resultado das interações com

I os outros átomos do meio e, se o positron ca.i para energiasmuito baixas, ê le coabina-ae com um elétron dando origem a

I dois fo'tons, cada qual com 0,511 MeV de energia numa reaçãodenominada de "Reação de Aniquilação". A produção de pares/ocorre somente nas proximidades do campo Coulombiano do nú-

ocleo. Sendo função de Z, C varia em particular com Z

Cn - Z2 (2.37)

(c) Efeito Compton ou Bspalhamento Comptom um fo'ton/com energia E e comprimento de onda * «tinge um *lvtroti querecua, e é espalhado através de ua ângulo 0 com energia B'ecomprimento de onda V . Considerando que o momento e a energis devea ser conservados nesse espalhamento inclástico» /chega-se às relações:

IIIIIIII

I

I1

EE

B.

(2.39)

onde E. « me « 0,511 MeY é a energia de repouso do ele' -—10I tron e X * >/fe c « 2,426 z 10" cm. é o comprimento de on

da Compton. Esse efeito é predominante para raios gama de 1

a 5 M*¥ incidentes em materiais cujo Z • bastante alto. í

possível definir-se uma secção de choque Compton por ele' -

I tron C . uma vez que o fo'ton interact oat o ele'tron indi• c ™vidualmente. A secção de choque Jj decresce monotonicamen-

, • cte a partir de um valor máximo, 0*665 b (««sencialmente /

2/) b) em IBO. A easa energia o valor de JJ^ * conhecido co

mo secção de. choque Thompson, C/1.

A aecção de choque Compton: por átomo, <? é igual ao

IIII

25

L

produto do número de elétrons do átomo por C . Gomo o nume

ro de elétrons é igual a Z, então

Cc = Z/c (2.40)

Ho efeito fotoelétrico e na produção de pares o fóton

é absorvido, o que não acontece no efeito Compton. Nesses _e

I feitos aparecem raios gama secundários mas suas energias /

são muito menores que o gama incidente, enquanto que no t -

feito Compton o fóton, que não é absorvido, perde muito pou

co de sua. energia inicial.

I• (d) Bepalhtunento Bayleigh: um fóton com baixa energia

• pode causar um pequeno recuo ao interagir com o elétron, re

cuo èms* que é absorvido pelo átomo ou molécula, A probabi-

• lidade de ocorrência dessa efeito é maior que a probabilida

de de ocorrência do efeito Compton para raios gama de ener

I gia abaixo de 0,1 MeY e aparece com mais facilidade em mate

. riais de alto Z. •

I Outras interações ainda são possíveis mas são muito /

pouco prováveis. A secção de choque para o efeito fotoelé -

I tricô nuclear é da ordem de apenas 1 barn em materiais de

alto número atômico e fotons com energias de 15 a 20 MeY. /

| Como resultado desse efeito há a ejeção de un ou mais ntu -

trons. 0 aparecimento de mesons, partíoulas carregadas com

I massa intermediária entre o elétron e o próton, se dá ape -

Ínas com raios gama com energias acima de 150 MeY o que é /

praticamente impossível ocorrer no interior de um reator nu

• clear. Mesmo assim, a secção de choque para o efeito mesô -

* nico é da ordem de milibams em materiais leves ou pesados.

Os mesons aparecem com freqüência devido a interações de /

raios cósmicos na alta atmosfera e podem a»r detectados na

| superfície. • ->

A probabilidade de que um fóton venha sofrer qualquer

| tipo de interação é igual à soma das probabilidades de oooj

1

26

rencia dos efeitos fotoelétrico, produção de pares e espa -

lhamento;

IIII A secção de choque macroscópica total, que por tradi-

ção é chamada "coeficiente de atenuação" e denotada por /*,

• é igual ao produto da densidade atômica N pela secção de /

choque microscópica G, ou seja;

• 0 coeficiente de atenuação de massa é definido pelo /

* valor /*/$ onde § é a densidade física do material. Se/* tem

• unidade cm" e 9 g/cm , então >•/? terá unidade cm /g.

Como o coeficiente de atenuação nada mais é do que a

I secçLo de choque macroscópica do elemento, o valor de /- pa-

ra uma mistura de vários elementos-é igual à soma das sec -

I ções de choque macroscópica de cada um deles:

ju « ^ +s,2 +/" 3> ..J- (2.43)

I onde os subscritos 1, 2, 3» ••• referem-se aos elementos 1,

2, 3» ... 0 coeficiente de atenuação de massa de uma mistu-

ra ou composto é

0,01|w1(/'/f)1 • w2(//f)2

I " (2.44). onde w.» w.» ... são as porcentagens e» massa dos vários e-

I- lementos da mistura ou composto. P O T exemplo» o coeficiente

• de atenuação de massa da água (HO) que possui 2 g de hidro

' gênio s 16 g de oxigênio para cada 18 g de água» ou seja, /

I (1/9) x 100* de hidrogênio • (8/9) x 100* ds oxigênio em /

•assa • (M'^gua» l/9(/'//)H • 8/9(//F) 0.3

Com analogia aos ntutron* na equação (2.14)» o livre/

percurso médio de raios gas*, em um meio onde a probabilida-

| de de interação por unidade de percurso % /*t **r*x '**

A« I A (2.45)1 Continuando a analogia» a intensidade X de um feixe /

'.***»•

III

monoenergético de fotons cuja intensidade inicial é I será,

depois de penetrar uma distância x em um meio cujo coefici-

ente de atenuação é /<»

• I « Joexp(-/dt), (2.46)

como a equação (2.12).

I Bn termos de coeficiente de atenuação de massa a equa

ção (2.46) pode ser escrita como:

(2.47)

A densidade de colisão total P, num ponto onde os /

raios gama tem intensidade I é

f « I/*. (2.48)

Se os fotons são absorvidos em cada colisão» a razão/

na qual a energia é depositada» por unidade de volume» será

EP « EI/4 onde £ é a energia do raio gama.

No efeito fotoelétrico e produção de pares a energia/

do fotsn incidente é de fato absorvida e outras radiações /

são emitidas subseqüentemente como B-X» electrons» radiações

de aniquilação» etc. que também são absorvidas pelo meio. /

Pode-se diser então que a energia total do fótsn incidente/

foi depositada no meio. No espalhamento Compton ou Bayleigh

apenas é depositada a parte da energia do fóton que provo -

cou o recuo do elétron. 3e f é a energia cinética média des

se elétron» então a energia média depositada nesses proces-

sos é fI/< onde^u • é o coeficiente de atenuação de espalha-

mento.

A secção de choque de absorção Compton C é definida

pela relação

*G\ . T C . (2.49)

IIIIIIIIIIl{ 0 correspondente coeficiente de absorção Compton M será?

Eu * f u. . i

í

cr í a secção de choque microscópica para o efeito Compton.

E/ca ' W (2'5O)

III

28

Oa termos "secção de choque de absorção Compton1* e /

"coeficiente de absorção Compton" utilizados referem-se ape

nas a parte da energia absorvida pelo elétron. A razão de /

• deposição de energia por unidade de volume pelo espalhamen-

to Compton é EI/*. . A razão de deposição total de energia W,

por unidade de volume devido a todos os efeitos; fotoelétri

cof produção de pares, espalhamento; é:I

S e / ^ J t / í + ^ + ^ é o coeficiente linear de ab -

• sorção» então a equação (2.51) torna-se:

- W - E I ^ . (2.52)

A quantidade y /$ é denominada coeficiente de absor-

I ção de massa e a razão de deposição de energia por unidade/

de massa é igual a EI/< /f . 0 produto EI que aparece nessas

I equações é muitas vezes chamado "Intensidade de Energia** ou

"Fluxo de Energia1*.

| A probabilidade total de que um fóton com determinada

energia venha sofrer qualquer tipo de interação aa através-

I sar uma determinada camada de um material é estudada experi

_ mentalmente , com facilidade» com um arranjo de feixes es -

I treitos mostrado na figura 2.2. lfesse arranjo» um feixe bem

• colimado de raios gama monoenergéticos penetra uma camada /

•• de matéria e em seguida é captado por um detector. 0 acrés-

m cimo de camadas sucessivas de material acusa um decréscimo/

na intensidade do feixe. Conhecendo-se a intensidade I doo

• feixe incidente e a intensidade I do feixe emergente do ma-

terial de espessura x, pela equação (2.46) ou (2.47) pode -

I se determinar o coeficiente de atenuação /* do material.

Há tabela 2.1 estão os coeficientes de atenuação de

J massa /*/f de diversos elementos pára diversas energias.'v

Ir

feuMlk. •'ir-

IIIIIIIIIIIIIIIII1í

29

colimador

fontedetector

absorvedor

Figura 2.2 - Arranjo para a determinação experimental

do coeficiente de atenuação de iam material •

MaterialH

0

Mg

Al

Si

P

S

X

Ca

Fe

Pb

ü

Uai

«2°Conor.0

Tecido

0,662a

0,1540,0776

0,07650,07480,0772

0,07510,07750,07560,0778

0,07320,1050,1230,07480,0862

0,07740,0834

Energia do raio gama,

1,0

0,1260,0636

0,06270,0614

0,06350,06170,06350,0618

0,0634

0,0595

0,06840,0757

0,05770,0706

0,06350,0683

. 1,25 ,

0,1130,0568

0,05600,0548

0,0567

0,05510,05680,05520,0566

0,0531

0,05690,06150,0508

0,0630

0,05670,0600

2,0

0,0876

0,04450,0442

0,04320,04470,04360,0448

0,0438

0,0451

0,0424

0,04570,04840,0412

0,04930,04450,0478

em Her.

2,75b ,0,07370,03810,0381

0*03730,03870,0378

0,0390

0,03830,03950,03770,0430

0,04550,0378

0,0420

0,03840,0408

4,0

0,05790,03090,03150,0310

0,03230,03160,0328

0,03270,0338

0,0330

0,04200,0440

0,0351

0,03390,0317

0,0329Tabela 2.1

versos materiais,

• Coeficientes de atenuação de mass» de'ti2 1 ™*

em cm /g* (extraido de Lamarsh )

3 0

II (a) 0,662 refere-se à energia do fo'ton emitido pelo Cs-137.

Os valores dos coeficientes de atenuação foram obtidos pela

• interpolação dos valores tabelados a C, 6 MeV e 0, 8 MeV.

_ (b) 2,75 refere-se à energia do fóton emitido pelo Na-24. /

I Os valores dos coeficientes de atenuação foram obtidos pela

I interpolação dos valores tabelados a 2,0 MeV «3,0 MeV.

(c) Concreto comum, de densidade 2,35 g/cnr: 0,56* de H, /

• 49,56* de 0, 31,35* Si, 4,56* Al, 8,26* Ca, 1,22* Fe, 0,24*

Mg, 1,71* Na, 1,92* X, 0,12* 3» Todas as porcentagens em /

• massa. (GRODSTEIN, G.W., X-ray Attenuation Coefficients /

From 10 keV to 100 MeV, Report NBS-C-583, Apr. 30, 1957 and

I Oct. 30, 1959, U.S. Government Printing Office, Washington.

(d) Ar: 75,5* de N, 23,2* de 0 e 1,30* Ar. Todas a porcentt-

I gens em massa.

I

III

2.3 - Liberação de energia nas blindagens.

Como já foi visto, as radiações devido as reações o-

( corridas em um reator nuclear consistem basicamente em par-

tículas alfa e beta, raios gama, neutrons, protons e frag -

mentoa de fissão. Quanto a asses últimos, os fragmentos de/

fissão não são propriamente radiações. lias sa comportam co

mo as partículas alfa a bata, que afiko partículas carregadas.

Conforme o seu número da masea, qua e alto, existem certas/

diferenças entre um fragmento a outro. Os fragmantoa da fis

•* são gasosos são mais perigosos que os sólidos pois pode» pro

dusir um "inchamento" do elemento combustível.

0 afaito das radiaçÕea am sólidos cristalinos depende

da estrutura do sólido a dm natures*, da radiação. A ioniza*» .

ção a axcitação eletrônica, por exemplo, produzidas palas /

partículas bata a raios gama causam mudanças permanentes /

muito pequenas nos metais. Isso porque nos matais os ala —

trona da banda de condução podem aceitar carta quantidade /

de energia de excitação <i assim uma considerável proporção/

I

x •

1IIIIIIIIIIIIIIIItI

da energia das radiações é transferida para eles.Devido ao /

grande número de estados de energia vazios, sem elétrons, o

elétron excitado perde rapidamente seu excesso de energia./

Ela é absorvida pelo átomo do metal e aparece em forma de /

calor, ou seja, energia de vibração molecular

.Partículas pesadas, como protons» neutrons, partícu -

las alfa e fragmentos de fissão, produzem mudanças signifi-

cativas nus propriedades do metal. Devido a colisões elas -

ticas, essas partículas podem transferir quantidades apreci

aveis de energia para os átomos do sólido. Se essa quantida

de de energia for suficiente para mudar o nuclídeo de sua /

posição na rede cristalina do metal, serão observadas mudan

ças de características permanentes.

Num composto iônico e covalente, orgânico, seja êle /

sólido ou líquido, o efeito da radiação é geralmente maior/

que nos metais. Os raios gama e partículas beta podem decom

por os compostos cujos radicais se reorganizam formando vá-

rias outras moléculas, ou seja, polia*risação. 0 néutron, /

colidindo com o átomo d* hidrogênio provoca uma excitacão /

secundária pelo recolhimento do proton. Ba muitos casos, a

energia cinética transferida por vma. partícula nuclear a vut

átomo • tão grande que produs recuos secundário» por coli -

soes elásticas com os outro» átomos que o rodeia» na red* /

cristalina. Se a energia cinética transferida nessa intera-

ção é aaior que a energia d* ioni»ação, qu* é da ordeei d*

A k*V* onde A é o número d* aassa do átoao, é provável qu*/

haja «evior perda de energia causando ionisações do qu* re

cuos. 3*, por outro lado, .a energia da partícula incident*/

• menor que a energia de ionisação do átomo» ela será dissi

pada por colisões elásticas com os átomos da rede. Haverá /

então uma cascata de recuos-até que a energia da partícula/

seja reduzida a tal ponto que não poderá mais haver qualquer

32

tipo de interação.

Se E é a energia média transferida por uma partícula/

nuclear a um átomo, considerações teóricas mostram que se

E é menor que a energia de ionização E., o número médio de

átomos 'deslocados V é dado aproximadamente, em alvos de e-

lementos moder*di.mente pesados, por

r s É/2Ed (2.53)

onde E, é a energia necessária para deslocar um átomo da re

de, usualmente admitido como 250 eV para 03 metais. Se £ /

for maior que E,, ele deverá ser corrigido na equação ..*/

(2.53).

£ poasivel ainda que o átomo atingido receba energia/

suficiente para que venha a vibrar com grande amplitude sem

deixar inteiramente sua posição na rede. Part* do excesso /

de sua energia de vibração será então imediatamente transfe

rida para os átomos visinhos rque por sua vez transmitirão _e

nergia para os demais. 0 resúltad* será a formação de uma /

região limitada por uma energia de vibração acima daquela /

correspondente à temperatura do sólido. Uma situação simi -

lar é quando um pequeno volume de um metal • subitamente /

aquecido a altas temperatures. Estima-se que numa região on

de estão alguns milhares de átomos a temperatura chega a a-

tingir 1000°C num período de 10* s . ,

A captura de urn neutron por um nuclídeo pode produsir

dois efeitos: (a) a introdução de impurezas e (b) o desloca

mento devido ao recuo dos átomos. Os neutrons térmicos, ao

serem capturados, podem indusir uma reação (n,Jf) em muitos/

nuclídeos. Nessa reação o nuclídeo pode se transformar em /

um isótopo do elemento irradiado, o que não afeta as propri

edadtc químicas do material} M S pote taabéa produzir vua

isótopo radiativo, o que acontece ooa frequSncia, haverá a

•aissão de partículas beta f acendo coa que o elemento atin*'

II

II

33

gido se transforme em outro diferente, cora diferentes pro -

_ priedades físicas e químicas. 0 mesmo pode acontecer quando

* neutrons rápidos causam reações do tipo (n,p) ou (n,2n). Is

m so faz com que átomos impuros sejam introduzidos na rede /

• cristalina do metal absorvedor provocando mudanças indese ja -

m veia em sua estrutura. Depois de um período longo de expo-

sição a neutrons rápidos ou térmicos, o número de impurezas

ff é suficiente para. afetar as propriedades do material, mas /

esse efeito, entretanto, é menos nocivo do que os efeitos /

I devidos à formação de regiões terraicamente excitadas. A adi

ção de impurezas pode levar a outra conseqüência quando da

I reação (n,^). Ao ser ejetado, o raio gama provoca um recuo/

do núcleo que pode ser calculado levando-se em consideração

J que o momento deve ser conservado. Sendo A a massa do nuclí

deo, E« a energia do raio gama, e c a velocidade da luz no

I vácuo; a energia de recuo E será:r. 2 r

(2.54)2Ac

ou ainda

E = 5,4 x 1 0 " 4 E / / A MeV. (2.55)

I Como a energia do raio gama geralmente fica entre 6 e

8 MeV, então a energia de recuo do átomo será de 2 a 3 keV»

• Sabendo-se que a energia necessária para deslocar um átomo /

na. rede é somente 250 eV, a energia de recuo é suficiente /

para causar um apreciável número de deslocamentos atômicos.

Em reatores térmicos, onde o fluxo de neutrons térmicos /

I excede era muito o fluxo de neutrons rápidos, os efeitos pro

vocados pelas reações (n,J*) devido ao recuo são da mesma or

I den, ou até maiores, que os «feitos provocados por neutrons

•t rápidos em materiais de alta ateção de choque de captura pá"

ra neutrons térmicos. Os ntutrons térmicos provocarão rea -

1 ç%»s (n,f) na superfície do material enquanto os nSutrons /

1 •

34

III

rápidos provocarão a mesma reação também em seu interior.

On geral, os efeitos físicos da radiação sobre a mate

ria são menores a temperaturas elevadas e em alguns casos /

• podem ser evitados. A elevadas temperaturas 03 átomos se àl

fundem mais rapidamente de um lugar para outro na rede è, /

I consequentemente, átomos deslocados (intersticiais) podem /

mover-se para o lugar vago e restaurar a estrutura existen-

• te anteriormente. Sob condições apropriadas, alguns metais/

podem exibir um acréscimo na dureza e um decréscimo na duc-

• tibilidade como resultado da exposição a radiações.

Quando um nêutron rápido interage com um material or-

I gânico, covalente, muito de sua energia é principalmente /

transferida para o recuo do próton que por sua vez provoca/

I a completa remoção dos elétrons orbitais dos outros átomos/

g (ionização), ou leva esses elétrons a um «atado de energia/

• mais alto (excitação eletrônica), Ba qualquer dos casos, o

• resultado • a tendência va ruptura da ligação Carbono-Hidro-

• gênio ou Carbono-Carbono. São necessários em média 25 eV de

• energia para romper uma ligação covaiente. A recombinação /

de átomos de hidrogênio • radicais livres resulta na forma-

I ção de conpostos cujos pesos moleculares são menores, como/

na ligação áo hidrogênio com um hidrocarboneto simples, ou/

I maiores, como na formação de vários polímeros. Um líquido /

orgânico exposto a radiações produzirá gases tanto quanto /

• precipitados sólidos. Uma das indicações semi-quantitativas

da extensão dos efeitos radiativos nesses compostos é o a-

£ créscimo da viscosidade devido a formação de substancias de

alto peso molecular «alto ponto de ebulição.

I Uma vez que tanto neutrons como raios gama, ou outra/

radiação nuclear, podem produsir os mesmos tipos de decom -

posição orgânica, é usual exprimir eases «feitos como fun -

ção da energia absorvida. O Rad (Radiation Abaorved Dos«) •

í

I i inltiilMMMl i

35

uma medida da quantidade de radiação, ou energia» absorvida

por unidade de massa e se aplica a qualquer tipo de radia-

ção incidente aobre qualquer material. 1 Bad é igual a /

100 erg de energia absorvida por grama de matéria ,

iiiiiiiii «

. o 0 o .

IIIIIIrir

IIIIIIIIIIII

36

Ir

3 - UNIDADES DE RADIAÇlO

Afim de que se possa faser cálculos significativos en

volvendo problemas de proteção à radiação é preciso que se

tenha ura conjunto de unidades em termos das quais o campo /

de radiação e seus efeitos possam ser expressos quantitati-

vamente. 0 ICRU (International Commission on Radiation U -

nits and Mensurements) é um corpo internacional que promul

ga um sistema de unidades, revisando-as constantemente, e

fas recomendações a respeito. 0 que se segue é um resumo ba

seado nas redefinições das várias unidades recomendadas pe-

lo ICRU em 1971 (ICRU Report no 19) e que tem sido adotada/

em todo o mundo:

a) Curie

0 Curie, símbolo Ci, • a unidade de atividade. Ele me

de a quantidade de radiações emitidas devido as desintegra-»

ções sofridas por um isótopo radioativo por unidade de tem-

po. Um Ci corresponde à atividade de 1 g de Ra-266 em equi-

líbrio com seu» produtos de desintegração, ou seja,

1 Ci = 3t 7 x 10 desintegrações/segundo

b) Exposição ou Roentgen

0 termo exposição é usado para descrever o campo d* /

radiações gama. (ou Raio-X) incidente sobre um corpo. Como o

raio gama produz ions quando interage com o ar, a sua pre -

sença na superfície de um corpo pode ser medida em termos /

de ions ou ele'trons produzidos na atmosfera adjacente. A- tx

posição, de símbolo X, t definida pelo ICRU pela relação

X » AqAm (3.2)

onde Aq í a soma das cargas elétricas de mesmo sinal de to-

dos os íons produzidos «a um volume d* ar cuja massa • Am,

A unidade de exposição • o Roentgen, abreviado R, onde

L

•«••"

III

IIIIIIIIII

1I

I B » 2,58 x IO"4 CoulombAg. U.3)

Esse valor corresponde a uma unidade eletrostática de

carga produzida em 0,001293 g. de ar, ou seja, 1 cm de ar

• a 0 C e 760 mm de Hg.

1 R « 1 ues/em3 (ar a 0°C e 760 nan Hg)

I (Em termos de energia pode-se escrever:

1 R « 5,47 x IO7 Me V/grama de ar (3.5)c) Razão de Exposição

A razão de exposição i definida como sendo a razão p_e

Ia qual uma quantidade de carga Aq é liberada como resulta-

do das interações sofridas por uma quantidade de massa Am

de ar. Representada, por X, pode-se escrever

í = dí/dt. . (3.6)

A razão de exposição é medida em R/s, .d) Dose Absorvida e Bad.A dose absorvida D mede a quantidade de energia ^EL

depositada em um corpo dt volume AV por unidade de massa Am,

ou seja:

D - AEj/Am (3.7)

3* o volume AV de «atari* recebe uma quantidade de e-

nergia 1. , que é a soma da» energias de todas aa partieu -

Ias que nele incidem, • dei» aair uma quantidade B Q U t des-

sa mesma energia, a energia nele depositada será BL • ... /

« B, - B A menos alguma mudança, com o respectivo sinal /in out_ algébrico, na massa de repouso do nuclídeo devido as rea -

I ções nucleares ocorridas em AV*

A unidade de D é o rad (Radiation Absorbed Dose) e é

igual xa quantidade de energia de 0,01 joule depositada em

1 leg de matéria. ->

1 rad . 0,01 J/m*

* 100 èxv/g. (3.8)

Li.

I

I

I

38

I e) Transferencia Linear de Energia, Pa tor de Qualida-_ de, Dose Biológica e Rem.• Os efeitos biológicos dependem não somente da energia

I total depositada por grama por cn de um tecido, mas também

da maneira como a radiação é distribuída ao longo de seu /• percurso. Bn particular o efeito biológico de qualquer ra -* diação cresce com uma quantidade denominada Transfência Li• near de Energia. Anteriormente a Transferência Linear de E-

nergia era denotada por LET, mas a partir de 1971 o ICflU reI solveu muda-la para Ltf. 0 valor de La para uma partícula /

percorrendo um meio de número atômico Z e densidade atômicaI N e dado aproximadamente por

l WZ Ln (4meEAl) (3.9)

onde Ze, m e E são respectivamente a carga, massa e energia

da partícula. I é uma quantidade experimental devida a enejr

• gia média de excitação do átomo e m a massa de repouso do

elétron. Para uma mesma dose absorvida, o efeito biológico/

• das partículas alfa, que produzem altos traços de ionização

e possuem um alto valor de L*, é muito menor que os efeitos

I causados por raios .gama, que têm menor poder de ionisação e

menor valor de LM.^

I 0 termo qualidade é usado para descrever o fato da d_e

posição de energia de diferentes modos. Diferentes tipos de

| radiação e/ou energia são ditos de diferentes qualidades.

A eficiência biológica relativa, abreviada RBB, é um

1 fator que descreve os diferentes efeitos biológicos causado»

f por radiações de diferentes tipos e/ou energias, com uma /

1 . mesma dose absorvida. Deve-se enfatizar que não existe uma

RBE paro. determinado tipo de energia ou radiação. Ela depea

de do tecido, do efeito biológico em consideração, da dose,

e em alguns casos da. razão de dose absorvida.

ILJ

39

II 0 ICHU introduziu um fator de qualidade, simbolizado/

_ por Q, afim de que fosse possível estimar as diferenças en-

• tre os efeitos biológicos das diferentes radiações e ao mes_

m mo tempo simplificar os cálculos de proteção e blindagens •

• Esse parâmetro é escolhido arbitrariamente, segundo o valor

• RBE, como uma função de !„. Bn contraste com a RBE, que é

sempre determinada experimentalmente, Q • simplesmente assu

mido mas, é claro, depois das considerações da RBE.

A Dose Equivalente, ou Dose RBE, ou ainda Dose Bioló-

gica, denotada por H, é definida pelo ICRU como sendo

H = D x Q (3.10)

A unidade de dose biológica é o rem (Roentgen Equiva-

lent Man). Se, para uma dada radiação, o fator de qualidade

Q é unitário e a dose absorvida é igual a 1 rad, então a do

se biológica será 1 rem.

A rasão na qual a dose equivalente é recebida é deno-

minada Razão de Dose Equivalente. Sua unidade i rem/s eg. e/

• denotada por H. Assim,

H « D x Q (3.11)

onde

D « dD/dt (3.12)

Todos os múltiplos • sub-aúltiplos das unidades defi-

nidas pelo ICRU seguem os prefixos do sistema decimal» ou /

I

I

IIIII1tII

seja, 10"3Ci « 1 milicurie . 1 aCi; lo"3 rea « 1 ailirsa

• 1 area, ste.

t

. o 0 o .

••

40

4 - BLINDAGENS EM REATORES NUCLEARES

Essencialmente, toda energia absorvida pelas paredes

de um reator nuclear, seja ela devida a radiações gama ou

• neutrons» é degenerada em calor. Isso significa que em rea-

tores de energia moderada ou alta, uma considerável quanti-

I dade de energia térmica é gerada no interior de sua blinda-

gem. Como a absorção de neutrons e raios gama têm uma caraç

• terística exponencial, é de se prever que as partes da blin

dagem mais próximas ao núcleo do reator devam receber a mai

I or parte das radiações e consequentemente situarem-se a tem

peraturas mais elevadas. Essa é conhecida como "blindagem /

térmica" e, como ela absorve a maior parte do calor, deve /

ser espessa, constituída de Metais bastantes densos e de al-

I to ponto de fusão. 0 ferro» por exemplo, pode ser colocado/

_ entre o núcleo e a blindage» principal ou biológica.

I Oa metais pesados têm grande ação na absorção de radi

m ação gama e na moderação de riêutrona rápidos • por isso de-

• vem constituir a blindagem que ficará sujeita às radiações/

• que carregam a maior parte da energia que sai do reator. A

absorção de raios gama primários e a radiação secundária /

• que acompanha a captura de neutrons produz uma considerável

quantidade de calor que em reatores de potência é retirado/

I por arrefecedorea.

Eu reatores de potência baixa, a quantidade de calor/

I liberada na blindagem não é excessiva» o que dispensa o uso

de arrefecedores especiais ou da blindagem térmica.

| 0 problema da blindagem em reatores, em princípio, en

volve três aspectos: moderação de neutrons, captura de neu-

1 trons e atenuação de toda forma ds radiação cama, incluindo

as radiações primárias do núcleo * as secundárias originav-

1 das como resultado das várias interações entre os neutrons/

e os nuclídeos da blindagem.

41

IOs elementos de baixo número de massa são os melhores/

I moderadores de neutrons, como o hidrogênio, que faz parte da

molécula de água e pode ser usado como um dos constituintes/

• da blindagem. A secção de choque de espalhamento do hidrogê-

nio pode ser representada razoavelmente como função da ener-

gia do nêutron rápido por

10, 97

IIIIIII

IIIII

barns (4.1)

E - 1,66

onde E é a energia do neutron rápido, variando de 1 a 12 MeV.

Vê-se por essa equação que a secção de choque de espalhamen-

to é menor para neutrons de energia mais alta.* Ê vanta

joso, portanto, que se introduza na blindagem elementos/

de número de massa mais alto. Esses elementos não são bons

moderadores» ou seja, nao reduzem a velocidade dos neutrons

de maneira apreciável por colisões elásticas» mas são capa-

zes de abaixar a energia dos neutrons por colisões inelásti-

cas. Existem elementos como o chumbo» bário e ferro que di-

minuem essa energia para cerca de 1 MeV com uma simples co-

lisão inelástica. Desse modo» a combinação de elementos pe-

sados ou moderadamente pesados com o hidrogênio irá moderar

tanto os neutrons de energias mais altas como aqueles de e-

nergias mais baixas. Depois de serem atenuados para energias

próximas a 1 MeV por colisões inelástioas» os neutrons passa

rão a sofrer colisões elásticas e seria necessário um gran-

de número dessas colisões para que suas energias atingessem/

um valor tal que pudessem ser capturados. Nesse meio tempo

o nèutron teria penetrado uaa considerável distancia na blin

dagea.

A diferença entre um reator temido e um rápido é que

o fluxo de neutrons rápidos neste último é maior. Ba reato-

res térmicos o seu próprio refletor contribui grandemente /

para a blindagem de neutrons rápidos; ele é invariavelmente

um bom moderador» como a água, água pesada» berílio, oxido

I

42

Ide berílio, grafite ou compostos orgânicos. Além de modera-

I los, faz ainda, com que os neutrons cheguem a voltar para o

núcleo com energias térmicas por meio de espalhamentos.1 Bn uma. blindagem que contenha uma quantidade suficien

te de hidrogênio, os neutrons que foram moderados a ener ;—I gias térmicas podem ser considerados como removidos já que

a probabilidade de uma. futura moderação e subsequente captu

ra é muito grande.A secção de choque de captura do hidrogênio para neu-

trons térmicos é de apenas 0,33 barns; todavia, o número /desses nuclxdeos presentes na blindagem com propósitos de

• moderação é sempre suficiente para absorver uma grande fra-_ ção de neutrons. 0 ferro, que tem uma apreciável secção de /

• choque de captura - 2 , 5 barns - tem. certas desvantagems /pois enquanto á captura de rêutrons pelo hidrogênio é acom-panhada da emissão de um raio gama de 2,2 MeV, a mesma cap-tura no ferro produz dois gamas, um com 7,6 MeV e outro com9t3 MeV de energia. Deve-se então tomar certas precauções /

I afim de que esses fo'tons de alta energia sejam atenuados. /Outro ponto de interesse é que a secção de choque total do/

I ferro é mínima - 0,15 barns - para neutrons de 25 keV. Con-sequentemente, uma blindagem constituída apenas de ferro se -ria como um f i l tro por onde passariam apenas os neutrons dt25 keV sendo removidos muitos dos neutrons com energia supjrior ou inferior a esta. For esse motivo não se permit* ouso de grandes peças de ferro fasendo parte da blindagem /

I sem que estejam seguidas, ou misturadas, com outro material

I abaorv«&or,como a água e o concreto que atenuam e absorvem /os neutrons de 25 keV. Outn* alternativa é o uso de ferros /

v inoxidáveis contendo grandes quantidades de níquel pois ee>-* te também impede a passagem de neutrons nessa energia.J Quando os neutrons moderados são capturados por cer -

L

II

II

43

i tos elementos, ornmo o boro-10, provocam uma reação (n,f) cu-

jos fo'tons ejetados não ultrapassam a energia de 0,5 MeV e

I podem ser facilmente atenuados. 0 boro pode ainda ser usado

^ em reatores rápidos em conjunto com um moderador, como o /

carbono', nas blindagens térmicas, pois os neutrons que es ca

• parem do núcleo serão moderados e capturados. Além do boro,

" o lítio, que contém lítio-6, tem sido usado com os mesmos /

• propósitos.

0 cadmio, assim como o ferro, emite raios gama de al-

I ta energia quando captura neutrons. Se, por alguma razão, /

for necessário o uso de chapas de cádaaio na blindagem, elas

I devem ficar próxinas ao núcleo do reator e sustentadas por /

materiais adequados para atenuar os raios gama de captura.

• 0 problema final da blindagem toma-se então o da ate

nuação de raios gama, sejam eles primários ou secundários./

I A origem da radiação nao é significants. Somente sua ener -

gia é que determina a atenuação em um meio. Para fotons de

I mesma energia o coeficiente linear de atenuação geralmente/

I cresce com a densidade do material atenuante. Pode-se veri-

ficar no gráfico 4.1 que o coeficiente de atenuação de mas-

• sa y/f , em certas energias independe da naturesa do materi

™ ai. Ele é praticamente o mesmo para a maioria dos materiais

• em energias entre 0,5 e 2 MeV. 0 mesmo acontece com os ele-

mentos mais leves nas energias que vão de 0,1 a 10 MeV e pa

• ra os elementos intermediários nas energias de 0,2 a 3 MeV.

Dedur-se então que o coeficiente linear de atenuação é mai-

I or p<*ra elementos mais pesados. Isso acontece porque 0 efei-

to Compton é predominante nessas energias e como, da equa _

I çio (2.40), a secção de choque de espalhamento Compton •

diretamente proporcional a Z, é proporcional à densidade do

f material. Desse modo, a eupessura do material atenuante é /

inversauente proporcional a sua densidade sob fotons de de-

44

IIIIIIIIIIIIIIIII

10

Figura 4.1 - Coeficiente de atenuação de massa /</? de

diversos elementos.

terminadas energias. Como a quantidade de Bateria na blinda.

gem é um fator importante, deve-se usar Materiais de alta /o

densidade para a atenuação de raios gama.

4.1 - Principais materiais para blindagem.

Pode-se dividir os materiais usados nas blindagens de

reatores em 3 categorias, de acordo com suas funções: (a) •

lementos pesados ou moderadamente pesados para a atenuação/

de raios gama e moderação de neutrons rápidos a energias de

1 MeV aproximadamente, (b) materiais que contenham boro pa-

ra a captura de neutrons sem produção de raios gama de al$a

energia e (c) substâncias que contenham hidrogênio para mo-

derar nSutrons para energias abaixo de 1 MeV.

L

...

I

I

45

i 4.1.1 - Elementos pesados.

I A blindagem térmica é geralmente constituida de ferro,

• mais explicitamente o ferro-carbono, ou aço inoxidável.Duas

1 ou três camadas -de aço intercaladas com água, como nos rea-

tores PWR, representa uma blindagem bastante ativa, tanto /

I para raios gama como para neutrons. Além disso, pode-se ain

da incorporar óxidos de ferro, pedaços de ferro ou minérios

de ferro em concretos especiais com a função de blindar ra-

diações nucleares.

Devido a sua alta densidade t fácil fabricação o chum

bo • ligas de chumbo são bastante usados principalmente co-

na atenuantes de radiações gama. É necessário aproximadamen

te a mesma massa de ferro • de chumbo para remover a mesma/

fração de fótons que têm energia em torno de 2 MeV. Entre -

tanto, fora dessa energia» o coeficiente de atenuação de -

massa do chumbo é muito maior, do que o de outros materiais.

Porém, devido ao seu baixo ponto de fusão, o chumbo só pode

ser usado em lugares onde a temperatura não seja alta.

0 tântalo e o tungstenio possuem alto ponto de fusão/

e alta densidade mas, devido a seus custos, terão valor apj

nas em casos especiais, como em reatores «oveis que operam/

a altas temperaturas. 0 tungstenio possui ainda uma alta /

secção de choque de captura de nlutrons térmicos • os fo' —

tons emitidos nessa reação são de 6 a 7 MeV.

Materiais cerâmicos de compostos que contenham carbo-

no, nitrogênio e boro, ligados a elementos pesados, são ge-

ralmente refratários, possuem alto ponto de fusão e aão re-

lativamente densos. Além de contribuir para a moderação d«

neutrons devido a presença d* elementos leves, existe ainda

a possibilidade de captura pelo boro. ,v

46

1 São inúmeros os compostos que contem boro e que são /

_ bastante solúveis para seranadicionadas à água afim de aumen-

I tar a captura de neutrons. A vantagem da boração da água va

• ria consideravelmente com as características da blindagem./

• Se ela for constituida de camadas de chumbo e água, com u-

• ma grande massa de chumbo próxima ao núcleo do reator, a a-

diçüo de boro a água é vantajosa pois o raio gama emitido /

quando um nêutron é capturado tem baixa, energia e pode aer

atenuado com facilidade. Um dos compostos mais usados para/IIIIIIII

I

I

essa finalidade e o ácido borico - H^BO. - cuja solubilida-

de em água é de 63,5 gAitro a temperatura ambiente e 267.

g/Litro a 100°C.

A liga de carbon eto de boro - B C - e o alumínio é um

sólido de aplicações especiais na blindagem • controle do /

reator como absorvedorde neutrons. 0 principal motivo para a

utilização do boro, em quaisquer formas, é que sua secção /

de choque de absorção de neutrons térmicos é alta, 756 b«

4.1.3 - Materiais hidrogenados.

Provavelmente a água seja o melhor material para a /

blindagem de neutrons embora seja um péssimo atenuante de /

raios gama. Ela contém 6,7 x 10 átomos de hidrogênio por

cm , um valor bastante alto, além de ser d* baixo custo* 0

uso da água líquida em reatores nucleares porém não é tão /*•

vantajoso como parece pois ela tem um baixo ponto de ebuli-

ção e é suscetível a decomposição por radiação. Por outro /

lado, «Ia pode remover o calor gerado pelas radiações de ab

sorção com muita facilidade.

A aasonita, uma madeira comprensada, tem uma densida-

de de 1,3 g/cm onde 6 i> de sua massa é hidrogênio, ou seja,22 ' 3 ' '

5 x 10 átomos de hidrogênio por ca , nao muito diferente/da água. Inicialmente ela fee parte de certos reatores for-

L

IIIIIIIII

47

» mando partes de uma blindagem laminada constituida de cama-

i das alternadas de masonita e ferro. Ela contém ainda carbo-

no e oxigênio que também podem atuar como moderadores. Ape-

I sar de ter provado ser satisfatória no passado» a blindagem

ferro-ma3onita tem pouca aplicação atualmente. Quando im —

I pregnada com polímeros contendo boro, ela pode ser usada em

reatores móveis ou quando é exigido que a blindagem tenha /

• baixo peso.

0 concreto é muito recomendado como um material para/

g blindagens. Ele é resistente» não é caro» e pode ser confeç

cionado em blocos ou em construções monolíticas. For isso /

| ele é o main usado dos materiais em blindagens de reatores/

nucleares estacionários.

0 concreto comum» de densidade entre 2»3 e 2»5 g/cm »

contém um pouco menos de 10 £ de seu peso em água quando eu

rado» o que representa uma quantidade de 1» 4 x 10 átomos/

de hidrogênio por cm . Apesar desta concentração estar bem/

abaixo da concentração da água» a grande proporção de oxigj»

nio atuando como «moderador adicional compensa essa diferen-

ça e com vantagens. A secção de choque macroscópica para a

remoção de neutrons rápidos pelo conoreto comum é de apro -

ximadamente 0,085 cm" enquanto que na água o valor é 0,1 /

cm" . Tor outro lado ele é muito melhor atenuante da radia-

ção gama pois no mínimo 50 i> de sua masua é constituída de

elementos de número de massa intermediário» como o cálcio e

o silício. 0 que se torna difícil no concreto é que» devido

a grande variação na sua composição e quantidade de água» /

não se pode predieer com certesa a distribuição de radia —

ções e as respectivas atenuações, A quantidade de água no

concreto depois da cura é importante e entretanto esse va,-

lor não é bem conhecido. Julga-se que'7 i> em massa seja um

valor adequado para a atenuação de nSutrons. Um acrésciao /

lII

48

na proporção de água. ja se torna desvantajoso pois isso im-

plicaria num concreto de menor densidade e menor resistência.

Outro problema a envolvê-lo é a perda de água quando se a -

• quece ao absorver a energia das radiações. Certos agregados»

como a serpentina - Mg-Si O-_(OH)g - chegam a reter a água/

I do concreto a temperaturas de 430°C a 48O°C.

lI*IlIII

4.2 - Concretos especiais

Por vários anos usou-se concretos pesados» contendo /

pedaços de ferro metálico ou minério de ferro como agrega-

dos era construções civis antes de sua aplicação em blinda -

gens de reatores.

A barita, basicamente um sulfato de bário, é um dos a

gregudos que pode substituir a areia e a brita resultando /

num concreto pesado de densidade 3»5 g/cm , uma secção de /

choque macroscópica para remover neutrons rápidos de 0»105/

cm* • um coeficiente de atenuação de raios gama de 4 MeV /

de 0»10 çm" . A limonita, um minério de ferro de composição

2FC.0..3H.0, contribui tanto com o ferro como com a água.

No reator Brookhavtn, USA, uma mistura de ferro, mi-

I nério de ferro, cimento Portland • água resultou num concre

to de densidade 4»27 g/cm » secção de choque macroscópica /

para a remoção de neutrons rápidos de 0,16 cm" e coeficien

te de atenuação de raios gama de 4 MeV de 0,13 cm" • Entre-IIlI

tanto, devido aos custos, os agregados mais usados na con -

fecção de concretos pesados com finalidades de blindagens /

são a barita e o ferro metálico ou minério de ferro. A ta-

bela 4.1 apresenta as composições em massa dos dois tipos /

de concretos mais usados.

10 concreto constituido apenas d* ferro, cimento Port-

land e água atingiu a densidade de 6 f/cm mas a quantidade

v de hidrogênio mostrou-se insuficiente na blindagem de neu -

IIIIIIIIIIIIIIIIII

49

Agregado; barita

Densidade: J, 5 g/cm

Composto

Barita

limonita

Cimento Portland

Agua

i« em massa

60

22

11

7

Agregado:

Densidade:

Composto

Pedaços de

Limonita

ferro

4,5 g/cm

ferro

Cimento Portland

Água

3

em massa

5726

13

4

Tabela 4.1 - Composição era massa concretos pesados pa2 ""

ra blindagens de reatores nucleares .

trona. A coleaanita - 2CaO.3B2CL.5H2O - é um composto de bo

ro que pode sw incorporado ao concreto para aumentar a pro

habilidade de captura de niutrons sem a produção de raios /

gama de alta energia, mas só pode ser usada em conjunto com

certos aditivos afim de evitar os efeitos deletérios que

ela produz nas propriedades do concreto.

0 hidreto de titânio - TiH_ - e o hidreto de zircônio

22 22

- ZrH. - que contém aproximadamente 9 x 10 e 7,5 x 10 /

átomos de hidrogênio por cm respectivamente são dois com -

postos que podem ser usados como alternativa em blindagens/

sujeitas a altas temperaturas. Outros hidretos de metais pe

sados, como o de li tio, para reatores mo'veis, cromo, ferro,

tungstênio, tório e urânio, têm sido estudados.

Embora o concreto tenha sido um dos mais usados mate-

riais para blindagens devido a suas propriedades físicas e

mecânicas satisfatórias, existem várias incerteeas a serem/

discutidas. As estruturas de concreto são freqüentemente /

consideradas homogêneas» K I S a falta de homogeneidade devi-

do a cavidades e distribuição dos agregados são fatores im-

portantes e que foram levantados por Gerullis, W. (GERULLJS»

W. et ai., Kernenergie 15, 1972).

Afim de se obter um projeto de blindagem otimieado, /

í-

50

Ique satisfaça os limites de segurança e opere ao mínimo eus

• to» deve-se fazer uma estimativa dos erros básicos nos para

metros que governam esse projeto. Os maiores erros são devi

do às secções de* choque para neutrons, a produção de raios/

gana e a influência da secagem do concreto. A margem de er-

I ro total corresponde aproximadamente a 15 cm na espessura /

do concreto. Do ponto de vista econômico» não há interesse/

em reduzir essa margem de erro» pois isso iria requerer cál

culos muito mais complicadoa.

I

IIIIIIIIII11

t

. o 0 o .

I

5 - 0 CONCRETO HSHATÍTICO.

IIIIIIIIIIIIII

I

51

Além da quantidade adequada de hidrogênio, os concre-

tos pesados usados para blindagens em reatores nucleares de

vem ser densos e resistentes. Viu-se no parágrafo 4.2 que /

os agregados mais usados são a barita, a limonita e o pró-

prio ferro metálico» que em substituição à brita e à areia/

comum resultaram em concretos de 3» 5 g/cm e 4»5 g/cm de

densidade. G. Dreux aconselha que a resistência à compres-2

são desses concretos deva se situar acima de 350 kg/cm , o

que pode ser conseguido com um consumo de cimento entre 300

e 350 kg/m3.

A partir desses dados, pensou-se então em utilizar a

hematita - Pe 0 - como alternativa na substituição da bri-

ta e da areia na confecção de concretos pesados para blinda

gene uma vez que o Brasil é um país privilegiado em possuir

as maiores e melhores jazidas mundiais desse minério. A re-

sistência à compressão do concreto heraatítico foi estipula-

da para ser no mínimo 350 kg/cm e sua densidade em torno /

de 4tO g/cm .

A "Minerações Brasileiras Reunidas" - MBR - foi gen-

til ea doar suficientes quantidades de hematita que foram /

transportadas para o departamento de ftigenharia de Materi -

ais na Escola de engenharia da Universidade Federal de Mi -

nas Gerais - UiMG - das quais foram feitos diversos testes.

5.1 - Análise dos agregados de heaatita.

• As primeiras amostras de heaatita vindas da mina da

•* Motuoa, M C , mostraram-se com baixa densidade e grandes /

quantidades de materiais pulverulentos. Mesmo assim vários/

traços de concreto foram tentados mas nenhum deles atingiu/

a resistência à compressão e a densidade desejadas; mesmo /

L_

ífazendo-se uma escolha manual, procurando-se separar a hema

• titã dos outros minérios mais leves, como as "chapinhas de

Itabirito", um minério de coloração idêntica à hematita po-

• rém mais leve e quebradiça.

Quando a MBR indicou a mina do Pico de Itabirito como

I alternativa, sabia-se, graças à experiência adquirida com /

as amostras da mina da Motuca, como escolher o melhor mate-»

g rial. Assim, foram conseguidas cerca de duas toneladas de

hematita divididas em três lotes de granulometrias diferen-

I tes.Passou-se então às diversas análises, segundo as Espj

I cificações Brasileiras - EB - e os Métodos Brasileiros - MB

_ -, do material recebido, antes porém tomando-se o cuidado /

• de lavar o lote de maior granulometria a fim de que fosse _ea

m liminada toda poeira que porventura houvesse sido impregnada

™ na operação de carga, descarga e transporte das amostras*

• A EB-4 define agregado miúdo como sendo a areia quart

Eoza, ou artificial resultante do britamento de rochas está

• veis, de diâmetro máximo igual ou inferior a 4, 8 mm. 0 agre

gado graúdo é definido pela mesma EB-4 como sendo o pedregu

I lho natural ou a pedra britada proveniente de rochas está -

veis de diâmetro mínimo superior a 4,8 mm .

| Na designação do tamanho, diâmetro é a abertura da ma

lha, em mm, da série normal de peneiras à qual eorresponde/

f a uma porcentagem acumulada de brita ou areia igual ou supj

rior a 5?t. No Brasil sao utilisadas peneiras de malhas qua-

1 dradas s uma seriação tal que oada abertura tenha sempre o

. lado igual ao dobro do lado da malha da peneira anterior ,

I começando pela de 0,15 mm. Os lados das malhas da série nor

1 mal utilisada para agregados miúdos slot 0,15; 0,30?

IIIIIIIIIIIIIIIr

I.

53

rias, com malhas de 25, 50 • 100 mm para que seja obtido um

maior detalhe granulométrico. Essa série torna-se então: /

9,5; 19; 38; 50; 75; 100; 150 mm.

Ainda segundo a EB-4, a amostra representativa de um

agregado, submetida aos ensaios de recebimento, deverá apre

sentar-se de acordo com as seguintes condições:

I - Agregados miúdos:

(a) A composição granulométrica dos agregados miúdos/

deverá estar dentro dos limites apresentados na tabela 5*1:

Abertura da peneira

(•»)

9,50

4,80

2,40

1,20

0,60

0,30

0,15

Porcentagens acumulada»

Zona utilizável

de 0

de 13

de 23

de 42

de 73

de 88

0

a

a

aa

- a

a

329

4968

03

93

de

de

de

de

de

de

»Zoaa

3

29

49

68

83

93

0

a

a

a

a

a

a

em peso

ótima

5

43

64

83

9498

Tabela 5.1 - Limite* da composição franulonítrioa doa

agregados Miúdos para concretos comuns'.

(b) As subst&nicas nocivas nao devem exceder, em por-

centagem do peso do material, os limites da tabela 5*2.

Substancia nociva

Material pulverulento passando

na peneira 200 (0,075 «•)*

1 - li concretos sujeitos a

Í> em peso

1,51,0

3,0

5,0

Cabeia 5.2 - Limites de substancias nocivas.

54

IIIIIIIIIIIIIt1

(c) Oa agregados miúdos não devem possuir quantidades

nocivas de impurezas orgânicas. Quando o laboratório achar

conveniente, «ases agregados serão submetidos ao ensaio co-

lorimítricô de a.cordo con a EB-10. Se nesse ensaio o agrega

do fornecer uma solução mais escura que a solução padrão, /

ele será .considerado suspeito e submetido aos ensaios de /

qualidade.

II - Agregados graúdo3.

(a) A composição granulométrica dos agregados graúdos

deverá estar dentro dos limites da tabela 5.3*

Abertura

da penai-

ra (mm)

50

38

25

19

9,54,8

4,a50

0 a

-

30 a

-

-

95 a

8

5

55

300

Porcentagens acumuladas,

4,8a38

-

0 a 5

-

50 a 63

70 a 90

95 a 100

Granulação (mm)

4,8a25

-

0 a 10

-

-

90 a 100

4,8a

" 19

-

-

-

0 a 10

45 a 80

90 a 100

em

25a50

0 a

30 a

85 a

-

-

-

peso

10

65

100

19a38

-

0 a

45 a

85 a

-

-

10

80

100

Tabela 5.3 - Limites da composição franulométrica dos

agregados graúdos para concretos comuns .

(b) As substancias nocivas nao devem exceder, em por-

centagem de peso do material, os limites dados na tabela /

5.4

Substancia nociva

Material pulverulento passando na

peneira 200 (0,075 •»)

Í> « B peso

0,25

1,00

Tabela 5.4 - Limites permissíveis de substancia noci-

vas dos agregados graúdos.

55

5.2 - Resultados

IIIIIIIIIIIIII1r

Os dados das tabelas 5.5 e 5*6 são os resultados obti

dos nos primeiros, ensaios feitos com as amostras vindas da

mina do Pico de Itabirito.

Abertura

da

peneira

(iam)

38

25

19

9,54,8

2,4

1,20,6

0,3

0,19

(<0,15)

SOMA

Agreg. miúdo A

Massa: 1.

Mat.

reti

do-g

0

59

389146

9568

74166

999

i» em

reti

do

0

6

39

15

97

7

17100

000 g

massa

acumu

lado

0

6

4560

6976

83(100)

339

Agreg.graúdo BI

Massa: 1.

Mat.

reti

do-g

0

436

497

451

1

1

1

18

1000

1» em

reti

do

0*

4450

40

0

0

0

2

100

300 g

massa

acumu

lado

0

44

9498

98

98

98

96

(100)

628

Agreg

Massa

Mat.

reti-

do-g

0

8150

10960

580

180

0

0

0

0

0

130

20000

. graúdo B2

: 20.000 g

* em

reti

do

0

41

55

31

0

0

0

0

0

0

100

massa

acumu

lado

0

41

96

99100

100

100

100

100

100

(100)

839

Tabela 5.5 .- Análise dos agregados, de acordo con as

suas granulometrias.

A classificação das britas, segundo a BB-4, de acordo

com o seu diâmetro máximo é a seguinte:

pedra 1: de 4,8 ma a 19 vm

pedra 2: de 19 as a 38 am

pedra 3: de 25 m a 50 MI* 'V

Já a Associação Brasileira, de Nonas Técnicas -AlfV*,

em sua termologia TB-16, classifica a pedra britada M 5 ti

IIIIIIIIIIIIII1II

56

Material pulverulento ( ) .

Massa específica (g/cm ) ..

Massa espec. a parent e(g/cnr)

Porcentagem de vazios (jfc) .

Miúdo A

4,8

3,39

0

1,5

4,46

2,47

44,6

Agregado

Graúdo BI

19

6,28

0

1,5

4,85

2,37

50,9

Graúdo B2

38

8,39

0

0

5,16

2,50

51,6

Tabela 5.6 - Constantes físicas dos agregados

pos diferentes, a saber:

Pedra 1: de 4,8 aa a 12,5 aa

Pedra 2: de 12,5 aa a 25 aa

Pedra 3: de 25 aa a 50 a»

Pedra 4: de 50 M I a 75 aa

Pedra 5: de 75 aa a 100 na.

Quanto às areias, agregados aiúdos, elas são classifi

cadas pela B3-4 e ABTN de acordo coa seu aódulo de finura ,

que é a soaa das porcentagens acumuladas dividida por 100»

Areia grossa: aóiulo de finura aaior que 3,9

Areia média: aódulo de finura entre 2,4 e 3,9

Areia fina: aódulo de finura aenor que 2,4.

As granulometrias dos agregados estudados, assim como

os limites estabelecidos pela EB-4 são mostradas nos gráfi-

cos 5.1 e 5.2. Deve-se enfatizar que esses limites são esti

pulados para britas e areias dos concretos comuns e que xAo

são necessariamente os mesmos para concretos especiais eu -

jos agregados são auito aais pesados.

0 peso específico real do agregado miúdo foi deterai-

nado coa a utilização do frasco de Chapman, de acordo coa o

aétodo M-19 do Instituto de Pesquisas Técnicas - IPT - de /

São Paulo.

IfIIIIIIIIIII

acumulada

100 _

areia grossa

zona utilizável

0,15 0,30 0,60 1,20 2,40 4,80 9,50abertura da peneira, em mm.

Gráfico 5.1 - Granulometria do agregado miúdo A e liai

tes estabelecidos pela B3-4.

jt acumulada100 r-

50

"BI"

1

170 478 9,5 19 25 38abertura da peneira, em rara.

Gráfico 5.2 - Granulometrias doa agregados graúdos BI

e B2, e limites estabelecidos pela EB-4.

O frasco de Chapman consiste em um vaso de gargalo es

Ítreito e comprido, correspondente ao volume de 200 cm . A

técnica pura a determinação da <* nsidade dos agregados miú-

| do A e graúdo BI consistiu no seguinte: 0 recipiente foi en

chido dê água até a marca de 200 cm ; em seguida foi intro-

I duzido um dos agregados cujas massas eram conhecidas; fez-

se uma agitação afim de que bolhas de ar não interferissem e

I procedeu-se a leitura do novo volume. A diferença dessa lei5 ~"

IIIIIIII

tura para 200 cm representa o volume ocupado pelo agregado

dentro do recipiente. As massas dos agregados A e BI foram/

ambas 600 g e as leituras do frasco foram respectivamente /

334»5 cm e 323»7 cm . As densidades desses agregados podem

II

assim serem determinadas por

• B(x) = ^ g/cm3, (5.1)

L(x) - 200

onde D(x) é a densidade do agregado x, M(x) a sua massa e

L(x) a leitura do frasco quando o agregado x foi nele intro-

duzido. Substituindo na equação (5.1) os resultados obtidos

de M(x) e L(x) obtém-se: D(A) «4,46 g/cm3 e D(B1) * 4,85 /

g/cm3.

Como as dimensões do agregado B2 não permitia que ae

amostras fossem introduzidas no frasco de Chapman, utili —

zou-se do método da imersao em água para a determinação de

sua densidade. Tomou-se 10 amostras de hematita do agregado

B2 ao acaso, pesou-se cada uma delas e prendeu-se a um fie/

de nylon cuja outra extremidade estava presa a uma balança,

coso mostra a figura 5.1. COM a amostra .imersa em água, de-

terminou-se sua «assa. A. diferença entre a massa da amostra

e sua massa imersa representa a «assa de água deslocada pe-

la pedra, ou seja, o volume da amos ti. a se consideramos que

1 a densidade da água utilisada seja 1 g/em. Os resultados /asai» obtidos estão na tabela 5.7.

IIIIIIIIIIIIIIIII1

59

balança

Figura 5.1 - Determinação das'massas dos agregados i-

mersos em água.

lft da amostra

1

2

3456

78

910

SOMA

Massa

98,2 g

65,1 g113.4 g107,9 g

70,5 g29,0 g21,0 g21,5 g21,7 g25,9 g

574,2 g

Massa imersa79,2 g52,6 g91,5 g86,9 g56,7 g23,5 g16,9 g17,5 g17,4 g20,7 g

462,9 g

fabela 5.7 - Resultados obtidos das massas de 10 amo*

trás do agregado B2 imersas em água.

A densidade média do agregado B2, D(B2), pode ser cal

60

Icuiada por

]EIM.(B2)D(B2) = - g/cm3 (5.2)

ZM,(B2) -ZMI

onde M (B2) é a masea da i-ésima amostra e MI.(B2) a massa/

imersa da mesma amostra. Pela tabela 5.7» as somas das mas-*

sas e massas imersas das amostras do agregado B2 são respec

tivaraente 574» 2 g e 462,9 g. Introduzindo esses valores na

equação (5.2) obtem-se D(B2) - 5,16 g/ca3.

A densidade aparente é determinada pela relação entre

a massa do agregado e o volume total por êle ocupado, inclu

sive o espaço vazio entre as pedras. Iaso • facilmente d e -

terminado verificando-se qual a massa de agregado que ocupa

um volume de 20 litros. Conhecendo-se a densidade aparente/

de um agregado x, DA(x), e sua densidade real, D(x), a por-

centagem de vazios é dado pela fórmula:$> de vazios * 100 x (l - DA(x)/D(x)).

(5.3)

Sendo H(x) a massa do agregado que ocupa o volume de

20 litros, então:

DA(x) « M(x)/20.000 g/cm3. (5.4)

Na tabela 5.8 estão os resultado» das densidades apa-

rentes e porcentagens de vasios determinada* para cada um

dos agregados A, BI e B2.

As impurezas que normalmente acompanham os agregados/

•ao torrões de argila, materiais pulverulentos e orgânicos..

Os torrões de argila e os materiais pulverulentos são cons-

tituídos de particular; de argila, com 0, 002 mm de diâmetro/

e silte, com diâmetros variando de 0,002 mm a 0,06 mm; prig

cipalmente argilas. 0 efeito real da argila depende, muito/

especialmente, da maneira como se apresenta e da proporção/

de vazios na areia. Depende também da perfeição da operação

IIIIIIIIIIIIIIIII1

61

Agregado

A

Bl

B2"

Massalitros

49.

47.

50.

em 20(g)

400

400

000

Densidade(g/cm-3)

4,46

4,85

5,16

Denste

2

2

2

.Aparen(g/cm3j

,47,37

,50

io davazios

44,6

50,9

51,6

Tabela 5.8 - Resultados obtidos das densidades aparen

te3 e porcentagem de vazios dos agregados A, Bl e B2.

de mistura e da quantidade de água de amassamento utilizada

na argamassa ou concreto.

A argila, reduzida a pó muito fino, contribui para /

preencher os vazios da areia e influi para que o cimento a

envolva.ligando seus grãos mais fortemente entre si. Se a /

argila forma uma película envolvendo cada grão e não se se-

para durante a mistura* sua ação é tremendamente prejudicial,

ainda que se encontre em pequena proporção.

A argila pode ser eliminada por lavagem, o que pode /

aumentar ou diminuir a capacidade d* areia de produzir uma

boa argamas8a. Se por um lado, a água pode eliminar as impu

rezas, por outro, com a lavagem, podem «er arrastados os /

grãos mais finos, aumentando o índice de vazios e diminuin-

a resistência da argamassa.

Esse foi o motivo principal que fez com que fossem Ia

vadas apenas as amostras de maior granulometria quando es -

tas chegaram ao Departamento de Engenharia de Materiais, Io

cal onde foram feitos os estudos físicos do concreto hematí

tico.

A determinação do material pulverulento foi feita de

acordo com o MB-6. Tomou-se uma quantidade superior a 1.000

gramas do agregado A e Bl, e 5*000 gramas do agregado B2, /

levou-se à uma estufa a 110 C por um período de 24 horas a-

fim de secá-l»8. Depois de seces, lavou-se 1.000 g de cada/

agregado A e Bl e 5.000 g do agregado B2 sobre uma peneira/

62 1de 0,075 mm, que é a normal para o peneiramento de cimento

Portland, até que a água que passasse por ela se mostrasse

cristalina. Os materiais que ficaram retidos na peneira fo-

ram novamente levados à estufa por 24 horas afim de que fos

sem pesados depois de secos. Chamando de Ml(x) a massa do A

gregado seco x unte3 da lavagem e M2(x) a massa do mesmo a-

gregado seco depois da lavagem, a porcentagem de material

pulverulento que passou pela peneira de 0,075 mm, T(x), é

dada por:

Ml(x) - M2(x)T(x)

Ml(x)x 100 (5.5)

Na tabela 5*9» abaixo» estão os resultados obtidos ex

perimentalmente de Ml(x) e M2(x) e dos cálculos de T(x).

Agreg. <x)

A

BI

B2

Ml(x) <«•)

1.0001.0005.000

M2(x) («)

965,0965,2

4.996,5

T(x) (*)1,501,460,03

Mteola 5.9 - Detomiaaolo éa taxa 4o aatorial

lento K x ) .

A* iapures&s orgftnioas s&o aoraalaente fonoJas 4e te

•u« t exercem U M »ção prejuiielal eoe>re a pega • o enter**

cimento das argwaeea» e concreto*• Oba parto 4o luiMMf quo

é ácida, neutraliza a água aloalina aa arga—eee o a parto

restante envolve os grãos Ao areia formando usa película o

impedindo uma perfeita aderência entre o ciaento o as parti

cuias do agregado.

A determinação das impurezas orgânicas í feita polo/

MB-10. Para isso, preparou-se duas soluções: uma de hidróxi

do de sódio a 3 # e outra de ácido titânico a 2 i». Bn tr^s/

frascos foram adicionados 200 g de cada agregado, previamen

te secos em estufas, 100 ml da solução de hidróxido de só -

63

» dio, agitados vigorosamente e deixados em repouso por 24 ho

IIIIIIIIIIIIIII1

ras. Para comparação, preparou-se uma. solução padrão adi cio

nando-se 3 ml da solução de ácido titânico a 97 ml da solu-

ção de hidróxido de sódio. Esta também foi agitada e deixa-

da em repouso por 24 horas. Findo este prazo, as soluções /

em contacto com os agregados foram filtradas e procedeu-se/

então a comparação das intensidades de cor com a solução pa

drão. Se a solução dos agregados tivesse uma intensidade de

cor maior, ou seja, se fosse mais escura que a solução pa -

drão, poder-se-ia afirmar que o agregado possui um determi-

nado teor de matéria orgânica, em termos de ácido titânico,

superior a 300 partes por milhão. Porém, a solução dos agre

gados apresentou-se quase cristalina, indicando que a quan-

tidade de matéria orgânica era praticamente nula*

5.3 - Preparação do concreto hematítico.

Para a determinação das quantidades dos agregados pa-

ra o concreto final foi utilizado o processo gráfico adota-

do pelo núcleo de Serviços Tecnológicos da Universidade Fe-

deral da Bahia, que consiste em traçar, num mesmo gráfico ,

as curvas granulométricas dos agregados e a curva de ref e -o

rencia da mistura, entre as sugeridas por Lobo Carneiro a

que sais se adaptava para o caso em vista, ou seja, a curva

na qual o diâmetro máximo da mistura cimento + agregado toa

•e 38 M I . Essa curva é vista no gráfico 5.3* Seus limites /

I, II e III nada tem de absolutos,, já que elas são experi -

mentais. Os concretos destinados a adensamento manual devem

ser dosados de modo a ficarem com a composição granuloaétri

ca próxima à curva I, podendo mesmo ficarem um pouco abaixo

quando os agregados levarem certa descontinuidade. Para .os

concretos destinados a vibração moderada, comum na execução

de estruturas de edifícios, é recomendável que a composição

nw^.

II

IIIri

64

granulo:netrica fique próxima a curva II. Entre as curvas II

— e III devem situar-se as curvas granulométricas dos concre-

• tos destinados u pontes, em protendidos»

• As porcentagens dos agregados na mistura cimento e a-

™ gregado" são obtidas tracando-se verticais nas posições cor-

• respondentes às dimensões limites de cada dois agregados. /

Esta vertical corta a curva de referência num ponto que in-

• dica a porcentagem do material que deve ficar na peneira /

com aquela dimensão, ou seja, a porcentagem do material su-

I perior àquele diâmetro. A diferença dtisa porcentagem para/

100 será a porcentagem do material mais fino. A vertical /

I que separa a areia, que foi substituída pela hematita de me

nor granulometria, da pedra mais fina, também de hematita ,

indicará a porcentagem total de pedra e a porcentagem de a-

reia mais cimento.

I Pelo gráfico 5.4, vê-se que deviam ser usados para o

- traço do concreto 36# de B2, 27^ de 61 • 37?C de A + cimento.

• A curva de referência utilizada foi a curva III, ide-

I al para concretos mais resistentes.

Para concretos especiais utilizados em reatores nucle

• ares, a dosagem de cimento Portland é em geral entre 300 e

350 kg/ar de concreto. Sua resistência à compressão deve /2 6

ser no mínimo 350 kg/cm de acordo com G. Dreux • Além dis-

so, ele deverá ter uma densidade em torno de 4 g/cm . já se

sabia, pela experiência adquirida anteriormente quando se

trabalhou com um material d* pior qualidade, que os métodos

para a determinação das granulometrias dos concretos comuns

não são válidos para o concreto hematitico, d* agregados /

mais peeados que a brita e a areia comuns, sendo necessária

uma correção nas porcentagens obtidas de forma a aumentaria

quantidade do agregado miúdo afim de que todos os vaeLos fos

sem preenchidos. É bom lembrar que as porcentagens obtidas/

L _ I.

IIIIIIIIIIIIIIIII1

65

acumulada

100 i—

50

I I I I I I0,1 0,15 0,3 0,6 1,2 2,4 4,8 9,5 19 25 38 am

abertura da peneira

Gráfico 5.3 - Composição franuloaétrica dm mistura ci-

mtnto-agr«gado. (Extraído de S0B8AL, HERNANI S., Dosagem dos

Concretos; Associação Brasileira de Cimento Portland - 1971)

a100

50

Gráfico 5.4 - Determinação da granulometria do concre-

to pesado henatítico.

66

I

IIIIIIII

por esíie método são em massa, o que significa que o volume/II da areia comum seria maior que o volume ocupado pelo agrega

Ido miúdo A, de heraatita, cuja densidade, 4,46 g/cm , é bem/

maior que n. densidade ãa. areia comum, 2,6 g/cm .

Tomou-se então a liberdade de diminuir as porcenta —

I gens dos agregados graúdos e aumentar a porcentagem de A /

passando-se, no agregado B2, de 36$ para 35$; no agregado /

Blf de 27# para 23»5$ e no agregado A + cimento, de 37# pa-

ru 41,5?6. Nessas mudanças tomou-se o cuidado de diminuir /

pouco a porcentagem de B2 por ser ele o material de maior /

densidade.

Uma vez que se procura uma densidade de 4 g/cm , os

IIe

cálculos foram feitos de tal modo que em 1 m de concreto /

fossem encontrados 4.100 kg de material, fazendo uma densi-dade de 4»! g/cm e dando uma margem de segurança na 4«ter-minação das quantidades da mistura seca* Com uma regra detrês simples, sabendo-se que 100 6 do material devem pesar /4.100 kg, obteve-se:

B2 (35,0#): 1.435,0 kgBI (23,5#): 963,5 kgA 4 cimen-to (41,5#): 1.701,5 kg

Sabendo-se que a quantidade de cimento nesse metro cúbico deve Ber 350 kg, a quantidade do agregado A será . . . /1.351»5 kg. Supondo-se que todos os vazios sejam tomados p_eIo agregado A e pelo cimento e conhecendo-se a densidade decada um dos componentes, pode-se estimar qual seria o volu-me ocupado pela mistura seca. Segundo o fabricante, a dtnsidade do cimento Portland é 3» 2 g /cm. Assim, a quantidade /

• de agregado B2, cuja densidade • 5,16 g/cm , será, em volu-

' me, 278,10 l i tros; de BI, com densidade 4»83 g/cm3, 199»48/]• l i tros ; de A, densidade 4,46 g/cm f 303»03 l i tros e de ei -

I

1 mento, densidade 3,20 g/cm , 109,38 litros. Isso fas usi to—

• tal de 899, 99 litros, faltando 110,01 litros para atingir /

* os 1000 litros equivalentes a 1 metro cúbico. A quantidade/

• de água será maior que es tie volume, o que deverá abaixar uei

pouco a densidade do concreto final.

I 0 traço em peso desse concreto pode ser escrito 1 : /

3,86 : 2,75 : 4,10 ou ainda 1 : 10,71, onde interpreta-se ,

I para cada parte de cimento são necessárias 3,86 partes de A,

2,75 partes de BI e 4,10 partes de B2; ou para cada parte /

de cimento são necessárias 10,71 partes de agregado, todas/

em massa.

As fôrmas para a confecção dos corpos de prova são ei

líndricas, com 15 cm de diâmetro na base e 30 cm de altura.

I Infelizmente a betoneira da Escola de Bigenharia da UFHG,

— não permitia que fossem confeccionados sais do que quatro /

I corpos de prova por ves. Como cada corpo de prova teria 5,3

• litros, utilizou-se de 22 1 de material, inclusive as per -

• das. Desse modo, deve-se usar 22 x 350/1000 « 7,70 kg de ei

• mento e, pelo traço obtido, 29»72 kg de agregado A, 21,17 /

kg de agregado BI e 31,57 kg de agregado B2.

• A quantidade de água pode ser encontrada da relação

X « 1*000 _ __• 1__ (5 6)0 D P

onde x » a/c é a relação água/cimento, c é a massa de cimen

to, Da i D as densidades dos agregados e cimento respecti-

vãmente e m é a relação entre a massa dos agregados e a toaso ™

sa de cimento , ou seja, m « 10,71* A densidade dos agrega-

dos, D , deve ser tomada como uma média ponderada das densi

dades de cada um deles. Matematicamente,

II1I

onde M(x) e D(x) são a massa e a densidade do agregado x. /

Introdusindo-se os valores já conhecidos das massas e densj.

68

1" dades dos agregados A, BI e B2 na equação (5.7), obtém-se

I D =4,83 g/cm . Com esse valor e os valores de m = 10,71;

c s 350 e D = 3,20; determina-se pela equação (5.6) a re-

I laçao água/cimento x = 0,33* Dessa forma, a quantidade de á

gua a ser usada resultou 0,33 x 7,70 kg = 2,54 kg.

I Conto já havia sido notado anteriormente, essa quanti-

dade de água será insuficiente para se obter uma pasta que

I tenha boa trabalhabilidade. Quando da betonagem, mais água

foi sendo adicionada, até que se observasse que a pasta eoti

vesse ideal chegando-se a 5,12 1, o que mudou a relação á-

gua/ciraento pan* 0,66.

I A curva que representa a granuloraetria final do con-

creto está representada no gráfico 5.5. Nota-se que apesar

I de todas as condições impostas à hematita, ela situou-se

• dentro da zona utilizável proposta por L. Carneiro • Os da-

• doa dessa curva foram obtidos .somando-se, para uma determi-

nada peneira, os produtos das porcentagens acumuladas ante-

riores pelas porcentagens atuais de uma determinada brita,

como é mostrado na tabela 5.10.

IIIIll

5.3.1 - Características do concreto heaatítico.

Traço em peso 1 t 3,86 r 2,75 t 4,1

Cimento 7,70 kg

Agregado miúdo A 29,72 kf

Agregado graúdo BI 21,17 kg

Agregado graúdo B2 31,57 kg

Água 5,12 litros

HeLiçao acua/cimento . . . 0,66

Consumo de cimento 350,00 kg/fa2

Carga de ruptura 150 kg/w a 7 dias .>o

Carga de ruptura 266 kg/oa a 28 diasAltura de sobra ........ nula

IIIIIIIIIIIIIIII1I

69

Peso dos corpos de prova 79» 45 kg

Volume 21,2 litros

Densidade média 3» 75 g/cm

Plas$i;nan 15» AO g

Plastiman é um aditivo líquido para ajudar na piasti

cidade da argamassa. A sua quantidade é de 0, 2 f> do peso de

cimento consumido.

Uma vez que a carga de ruptura está muito baixa, as-

sim como sua densidade, um novo traço foi feito, preparan-

do-se uma nova granulometria do agregado miúdo afim de que

ela se aproxima-se da granulometria da areia normal e auraen

tando-se a quantidade de cimento para que haja uma diminui-

ção da relação água/cimento. Esse procedimento traz as se -

guintes vantagens: diminuição dos vazios do concreto, levan

do-o a uma aaior resistência • aumento de sua densidade.

Peneira(-)25,0019,009,504,802,401,200,600,300,15

<0,15

Aa

a

aaaaa

A

X

X

X

X

X

X

-

cimento0,3292

6- 1,9845-14,81

60.19,7569*22,7176.25,02

83-27,32c «41,50

Porcei

b l

b l

b l

b l

b l

b l

b l

b l

m

X

X

X

X

X

X

X

ntairens aiBl0,2348

44-10,3394-22,0796.23,0196-23,0196-23,0198-23,0198-23,01Bl.23,48

iumi

b2

b2

b2

b2

b2

b2

b2

b2

b2

b2

-

X

X

X

X

X

X

X

X

X

idasB20,350241-14,3696.33,5299-34,67

100-35,02

100-35,02

100-35,02

100-35,02

100-35,02

100-35,02

B2-35,02

Soma

14,433,645,059,172,877,880,783,185,4

100,0

Tabela 5.10 - Granulometria do concreto hematítico. A

representa 32,96 1> (a « 0,3296)| Bl representa 23,48 * (..v.

bl « 0,2348); b2, 35,02 * (b2 « 0,3502) • c, 8,54 *.

70

iIIIIIIIIIIIIIIIT

acumulada

100 r—

50

oU 1,2 2,'4.4,8 %5 19 55Abertura da peneira

nun*

Gráfico 5.5 - Granulometria do concreto pesado hematí

tico.

1» acumulada100 r- -

0,30 0,60 1,2 2,4 4,8 9,5 <>

Abertura da peneira

Gráfico 5.6 - Granulometria imposta ao agregado miúdo

•A", de hematita.

71

5.4 - Correção no traço do concreto hematítico.

IIIIIIIIIIII1I1

0 agregado miúdo utilizado possui uma granulometria /

fora dos limites da curva granulométrica da areia normal, o

fue pode ser visto no gráfico 5.1» Para corrigi-lo, foram /

feitos novos peneiramentós e tomadas quantidades de agrega-

do de modo a fazer sua granulometria ar- aproximar dos limi-

tes impostos para a areia, já que esse trabalho era inevita

vel, fez-se uma lavagem desse agregado uma vez que èle pos-

suía certa quantidade de material pulverulento. Como resul-

tado, obteve-se os dados mostrados nas tabelas 5.11 e 5.12.

Peneira(mm)4,8

2,4

1,2

0,6

0,3

0,15(<0,15)Soaa

Materialretido(g)

0

303,9236,2 ;162,2103,283,2

111» 31000,0

Porcentagem em peso

Retida

0

30

24

16

10

911

100

Acumulada

0

30

5470

80

89(100)

323

Tabela 5.11 - Granulonetria iapoata ao agregado A.

Densidade aparente (g/cm ) . .Porcentagem de vários (i>) . . .

4,8

3,23nulanulo4,48

2,3447,8

Tabela 5.12 - Constantes físicas do agregado A.

1O gráfico 5.6 foi obtido com os dados da tabela 5.11.

fl Observa-se que a nova granulometria do agregado miúdo está

dentro dos limites da areia normal. Uma vez que ele foi la-

I vado, era de se esperar que nenhum material pulverulento es

I tivesse nele presente.

0 novo traço do concreto hematítico foi calculado le-

vando-se em conta que sua resistência ficasse acima de .../

350 kg/em já que no concreto anterior ela foi muito baixa.

Na fórmula

(T2g« 190 x (y - 0,5), (5.8)

OLQ é a resistência à compressão a 28 dias de cura e y é o

fator cimento/tigua (y » 1A)« Assim, para se obter uma re -

sistencia de 400 kg/e» (0Lg * 400), y deve ser 2,61, o que

leva a x « 0,38. Como o consumo de água é muito grande nes-

IIIIIIII

* ses agregados, deve-se também aumentar o consumo de cimento

para que a relação a/c se mantenha em 0,38; ou pelo menos /

em 0,4.

A relação m que é a relação entre a massa de agregado

• a massa de cimento pode 9%T extraida da fórmula do consu-

mo de cimento CtC . 1000/ ( -i- + 4 - + *) <5v9)

c a

| onde C • o consumo de cimento que passou a 500 kg/m j x é a

_ relação a/c « 0,4| D • 3,2 g/cm é a densidade do cimento;

1 • D m 4,83 s/ca • a densidade dos agregados. Com esses va

lores na equação (5*9), obtém-se m « 6,22. Logo, o traço de

veria ser 1 i 6»22; mas para facilidade foi tomado como sen

do 1 » 6; o que aumenta um pouco a quantidade de cimento.

So traço anterior nota-a• que foram usados 21,17 kg.

1 de BI • 31,57 kf de B2; ou seja, os agregados graúdos estão

representados por 60 Jt de B2 e 40 i> de BI. Fazendo BI mais

1 B2 igual a um valor B, pode-se afirmar, do traço 1 : 6 que/

as proporções de agregado miúdo A, agregado graúdo B e ei -

Il

L _ L11 . ..K

I

I

73

I men to c guardam entre si urna relação A •+ B -t- c = 7

- No gráfico 5.4, vê-se que BI + B2 representam 63 i> da

1 massa total dos agregados mais cimento* Logo, a parte de a-

m gregado graúdo B nesse novo traço será 0,63 x 7 = 4,41;° o

• que representa que A s 1,59 uma vez que c = 1.

• Desse modo, o traço pode ser escrito, em termos de pji

so dos componentes, por 1 : 1,59 : 4/41. Como existem 40 i>

de BI e 60 # de B2 em B, esse traço pode ser reescrito como

1 : 1,6 : 1,8 : 2,6.

5.4.1 - Novas características do concreto hematítico.

I Traço em peso 1 : 1,6 : 1,8 : 2,6

Cimento 13,5 kg

g Agregado miúdo A 21,6 kg

Agregado graúdo BI 24» 3 kg

I Agregado graúdo B2 35» 1 kg

_ Água 5,4 litros

I Relação água/cimento 0,4

I Consumo de cimento .. 511» 6 kg/m

Carga de ruptura • 461» 0 kg/cm

• Altura de sobra 15 cm

Peso dos corpos d* prova .. 82,7 kg

| Voluas 21,2 litros

Densidade «édia 3»9 g/cm

1 Plastiman 27,0 g

0 cimento utilizado foi da marca Caus, CP - 320 Afil

I (Alta Resistência Inicial), que permit* que o concreto seja

rompido a 7 dias em vz dos 28 necessários para os cimentos

| comuns. 0 seu consumo foi calculado psla equação (5.9) com/

o uso dos dados conhecidos; m « 6; x «. 0,4; D « 4,83 •«>/

D - 3.2.a Para o preenchimento dos corpos de prova, seriam ne -

cessários 10,85 kg de cimento mas, devido as inevitáveis /

perdas, foram usados 13,5 kg, o que causou vend, altura de s_o

bra de 15 cm de concreto em uma outra fôrma.

5.5 - Preparação das amostras para a determinação do

coeficiente de atenuação.

Um dos corpos de prova de concreto foi cortado em fa-

tias de diversas espessuras com um disco de diamante em al-

ta rotação. Bn cada uma dessas fatias foi feita a pesagem /

livre e imersa afim de se determinar suas densidades, do /

mesmo modo como se procedeu com o agregado graúdo B2 mostra

do na figura 5*1.

Figura 5.2 - Corte em placas do concreto htmatítico.

As placas de concreto foram numeradas e os resultado*

obtidos estão na tabela 5.U. A d ens id;* ie média dessas pla-

cas resultou 3» 95 g/cm e foi calc-.xada com o us o da «qua -

ção 5.2. As placas 1 e 2 foram extraídas do topo do corpo /

de prova e sua menor densidade é explicada pelo fato de qut

nessa região a quantidade de hematita, principalmente do a-

gregado B2, é menor. 9e elas não forem consideradas, a den-

sidade média do concreto eleva-se para 3»98 g/cm .

A maior densidade desse concreto, apenas possível tej

75

IIIIIIIIIIIII1

ricamente, sem qualquer vazio, pode ser calculada a partir

da equação (5.7) e os resultados conhecidos das massas e

densidades do cimento, A, BI, B2 e água. Esse cálculo resul

tou em 4,68 g/cm- . A porcentagem de vazios do concreto, com

analogia à equação (5.5) pode ser calculada por

«0, . D 1 (1( cf( C > * 100 f (5.10) '

onde T(C) é a porcentagem de vazios do concreto, D1(C) é a

suti densidade teórica e D2(C) a densidade conhecida. Levan-

do os valores D1(C) = 4,68 g/cm , D2(C) = 3,95 g/cm na e-

quação (5.10), obtem-se T(C) « 15,6 #.

Placa

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

Soma

Massa(éf)

1118, 9

606,7

771,0

1018, 2

1095,3

716,4

1445,5

2487,4

3845,3

1475,9

2191,4

16772,0

Massa imersa(g)

819, 9

432,3

.575,3

757,1

815,2

537,2

1074,8

1875,3

2887,8

1101,7

1646,2

12522,8

Densidade(g/cm3)

3,74

3,48

3,94

3,90

3,91

4,00

3,90

4,06

4,02

3,94

4,02

Tabela 5.13 - Massas e densidades das placas de con -

creto hematítico.

5.5.1 - Preparação das amostras de argamassa e de he-

matita. . '>

A argamassa é conseguida com a mistura de agregado mi

údo A, cimento e água. Os corpos de prova para sua confec -

76

ção são também cilíndricos, tendo a base 5 cm de diâmetro e

uma altura de 10 cm. Fará tanto procurou-se manter o mesmo/

traço 1 : 6 porém a quantidade de água não manteve a rela-

ção z s 0(4 pois- na betonagem a pasta manteve-se seca fazen

do com que mais líquido fosse adicionado.

A quantidade de cimento e agregado foi calculada para

que fosse possível a obtenção de 12 corpos de prova. Prepa-

rou-se então 2.500 cm de argamassa, incluindo as perdas, /

para preenchê-los, já que cada corpo de prova tem aproxima-

damente 200 cm .

Sendo VT o volume total de material, ÍI(A) e D(A) as

massa e densidade do agregado A respectivamente, M(c) e /

D(c) as massa e densidade do concreto, então

VTc D(A) * D(c)

x

e VT 2500 cm

Como M(A) = 6 x M(c); D(A) « 4,48 g/cm ; D(c) «= 3,20

g/cm e VT * 2500 cm , então M(c) » 1513,5 g. Em números redondos usou-se 1500 g de oimento e 9000 g de A. Da relação/água/cimento, x « 0,4; deveriam ser usados 600 cm de água,mas outros 285 cm foram acrescentados, fazendo com que xpassasse para x m 0,59.

Pinalmente, encontrou-se para a argamassat

Traço em peso •• 1 : 6Cimento 1,5 legAgregado miúdo A •• 9,0 kg

Água 0,885 l i trosRelação água/cimento . . . . . . . . 0,59Consumo de cimento 446,1 kg/a

2Carga de ruptura 373,0 kg/cmAltura de sobra nula

Densidade média 3» 41 i

Plastiman 3,0 g

IIIIIIIIIIIIIIIII1

77 1Assim como foi feito com o concreto, os corpos de pro

va de argamussa também foram cortados em fatias, Obteve-se/

então 18 placas, tiradas de 4 corpos de prova, cujas mas-

sas, massas imersas e densidades estão mostradas na tabela/

5.14.

Placa

1

2

3

4

5

6

7

8

910

11

12

13

14

15

16

17

18

Soma

Massa(g)

74,2

66,2

66,6

65,7

144,2

150,0

145,9

142,7

76,8

121,7

71,5

66,6

67,7

84,5

127,8

83,8

122,9

139,0

1817,8

Massa imersa

(e)52,946,147,046,4

103,0

106,5101,4101,8

• 54,384,550,746,748,160,191,158,786,2.

99,71285,2

Densidade(g/cm3)

3,48

3,293,403,403,503,453,28

3,493,413,273,443,353,453,463,483,343,393,54

Tabela 5.14 - Massas e densidades das placas de arga-

massa hematitica,

A densidade média, calculada pela equação 5*2, resul-

tou em 3,41 g/cm . Calculando-se a densidade teórica com o

uso da equação 5.7 encontra-se 4,04 /f/cm • a porcentagem /

78

de vazios, pela equação (5.10}, resulta em 15,6 #; assim co

mo no concreto.

Entre as pedras de hematita, foi escolhida aquela que

pudesse ser cortada da mesma maneira como havia sido feito/

com o concreto e a argamassa. Frocurou-se tirar fatias qua-

drangulares dessa amostra pois assim poder-se-ia determinar

a sua área com mais fucilidade.

Inicialmente foram feitos dois cortes perpendiculares

mas os demais, devido às pequenas dimensões da pedra em re-

lação à presilha da máquina, não a deixaram com a forma de

um paralepípedo perfeito. Mesmo assim, desse sólido pouco /

regular, foram extraidas algumas placas como mostra a figu-

ra 5.3.

Figura 5.3 - Obtenção das placas de hematita.

Era esperado que a densidade dessas placas fosse a-

proximadamente igual à densidade média encontrada quando fo

ram feitas as análises do agregado graúdo; 5,16 g/cm ; mas

foi obtido 4,98 g/cm"*. Na tabela 5.15 estão os resultados /

das massas e densidades dessas amostras e na figura 5*4 es-

tá esquematieada uma delas.

A área de cada placa é igual à soma das áreas Al e A£

de dois triângulos. Como A2 é a área de um triângulo retân-

gulo de base b e altura 3»42 cm» então

IIIIIIIIII

79

IIIII1

3,42 cm 3,15 cm

n_A2

Figura 5.4 - Formato das placas de hematita.

2A2 s 3,42 x b/2 • 1, 71 x b cm

c « \]3, 422 + b 2 cm

A área Al pode ser calculada por

(5.12)

(5.13)

Al 1/(3,15+a+o) (3, 15»a-c) (3,lg-a»o) (a»c-3,15),

(3.14)Os valores 3,42 cm e 3,15 cm são constantes em todas

as placas. Os lados a e b, que variam devido a não perpendi

cularidade do sólido da figura 5*3, assim como as áreas das

bases de cada placa, são dados na tabela 5,16.

Placa

1

2

34

56

78

9

a (cm)

5,80

6,04

5,01

5,78

5,84

5,83

5,83

5,85

5,93

b (cm)

5,92

6,16

5,13

5,90

5,96

5,95

5,95

5,97

5,60

c (cm)

6,84

7,05

6,17

6,82

6,84

6,86

6,86

6,88

6,56

Al (cm2)

9,0994

9,4772

7,8539

9,0687

9,1638

9,1485

9,1485

9,1792

9,3256

A2 (ca2)

10,1233

10,5336

8,7723

10,0890

10,1916

10,1745

10,1745

10,2087

9,5760

A (cm2)

19,22

20,01

16,63

19,16

19,36

19,32

19,32

19,39 .v

18,90

Tabela 5.16 - Dimensões das placas de hematita.

IIIIIIIIIIIIIIII1I

Bntre a3 placas de concreto, argamassa e hematita, fo

ram escolhidas aquelas que apresentaram uma maior horaogenei

dade e cujas características estão na. tabela 5.17. A densi-

dade média de cada material foi calculada pela equação 5«7/

e indicadas por ?.

Material

Concreto

9 - 4,00«/cm3

Argamassa

í - 3,48g/c*3

Hematita

f - 4,98«/cm3

NQ daplaca

56

8

910

11

1

3

412

13

14

16

18

1

2

3

4

56

Area(cn>2)

176,71

176,71

176,71176,71176,71176,71

19,6319,63

. 19,6319,6319,6319,6319,6319,6319,2220,01

16,6319,1619,3619,32

Massa(«)

1.095,3

716,42.487,4

3.845,3

1.475,9

2.191,474,2

66,6

65,766,6

67,7

84,583,8

139,0

25,737,7

67,795,7

111,3117,6

Massa/área(g/cm2)

6,198

4,05414,076

21,760

8,352

12, 401

3,7793,3923,3463,3923,448

4,3044,268

7,0791,3371,884

4,0714,995

5,749-6,087

Densidade(g/cm3)

3,91

4,004,06

4,02

3,944,02

3,843,403,403,353,453,46

3,343,54

4,944,96

4,984,98

4,994,98

Tabela 5*17 - Características gerais dos corpos de /

prova utilizados para a determinação experimental dos coefi

cientes de atenuação de massa.

L_

I

I

81

6 - CÁLCULO TEÓRICO DO COEFICIKíMTE DE ATENUAÇÃO DE

MASSA DO CONCRETO, ARGAMASSA' E HEMATITA.

I Se foreia conhecidas as porcentagens de cada elemento/

em um material, pode-se calcular o seu coeficiente de atenu

ação de massa através da equação (2.44).

Suponha-se que um composto A B esteja representado /

por T i» em massa de um determinado material. 0 peso molecu-

lar FM desse composto» expresso em gramas» é

PM « x.P(A) «. y.P(B) g, (6.1)

onde P(A) e P(B) são os pesos atômicos de A e B respectiva-

mente. A parte representativa do átomo A na molécula, em /

massa, pode ser escrita:

T(A) - x.P(A)/*M. (6.2)

Como o composto A B representa T $> do material, en -x y '

tao a porcentagem de A, w , e .

wA » T.T(A) i. (6.3)

Substituindo o resultado de T(A) da equação (6.2) na

equação (6.3) obtem-se:

IIIIII

A determinação dos compostos e suas respectivas por -

• centagens em massa de amostra» de concreto» argamassa • he-

matita foi feita no Departamento de Tecnologia Mineral da

f Nuclebras, CDTN, Belo Horizonte, MG.» cujos resultados es -

tão na tabela 6.1. Pode-se ver nessa tabela que em todas as

I amostras a soma das porcentagens foi inferior a 100 i>t sig-

nificando que alguns outros compostos deveriam também «star

y presentes.

Para o cálculo do coeficiente de atenuação de massa /

| foi feita a nor/naliaição nos dados fornecidos pela Nuclebras,

multiplicando-se cada. uma das porcentagens por 100 e divi -

dindo-se pelo total de cada amostra.

»A. '-ap(t) *

IIII1IIIIIIIIII11

CompostofV3CaO

SiO2

A12O3

P2°5MgO

so2

v .Soma

Porcentagem em

Concreto

83,20

6,50

3,00

0,340,08

-

0,830,14

94,09

Argamassa

70,10

8,450,59

0,14

0,08

1,68

-

-

81,04

massa

Hematita

95,20

0,07

0,93

1,00

0,03-

-

-

97,23

Tabela 6.1 - Resultados dus análises feitas pelo De -

partamento de Tecnologia Mineral da Nuclebras.

Os resultados dessa operação estão na tabela 6.2 que/

apresenta também o peso molecular de cada composto, calcula

dos com o uso da equação (6*1) e os dados da tabela 6.3*

Composto

F.2O3

CaO

SiO2

A12°3P2°5MgO

so2

*2°Soma

Peso

Molecular

159,691

56,079

60,084

101,961

141,943

40,31164,062

94,203

Porcentagem em

Concreto

88,436» 91

3,190,36

0,08

-

0,88

0,15

100,00

Argamassa

86,50

10,43

0,73

0,17

0,10

2,07

-

100, 00

massa

Hematita

97,910,07

0,96

1,03

0,03-

-

-

100,00

Tabela 6.2 - Peso molecular e porcentagens corrigidas

d* cada composto das amostras de concreto, argamassa • ht-

matita.

IIIIIIIIIIIIIII1I1

83

Com o uso da equação (6.4) foram calculadas as porcen

tagens em massa de cada elemento no concreto, argaraassa e

hematita, tendo-se seu peso atômico, além dos pesos molecu-

lares e porcentagens em massa dos compostos da tabela 6.2.

Elemento

Fe

Ca

Si

Al

P

«g

sK

0

Soma

Peso

Atômico

55,84740,080

28,086

26,982

30, 97424,312

32,064

39,102

15,999

Porcentagem em massa, w

Concreto

61,85

4,941,490,19

0,03-

0,440,12

30,94100,00

Argamassa

60,50

7,450,34

0,090,04

1,25-

30,33100,00

Hematita

68,48

0,050,450,550,01

-

-

-

30,46

100,00

Tabela 6.3 - Pesos atômicos e porcentagens dos elemen

tos no concreto, argamassa e hematita.

A partir das porcentagens w, da tabela 6.3, e dos coj

ficientes de atenuação de massa da tabela 2«1, foram calcu-

lados os coeficientes de atenuação de massa, /• // » dos mate

riais estudados, para diversas energias, com o uso da equa-

ção (2.44). Bsses resultados estão na tabela 6.4* Os valo -

res de /*/$> do concreto comum foram também incluídos ape -

nas para simples comparação com os valores aqui obtidos.

É bom ressaltar que a densidade do concreto comum é de

«penas 2,35 g/cm e que a densidade do concreto hemutitico,

determinada experimentalmente, é de 4,0 g/cm , 0 produto da

densidade do material pelos valores do coeficiente de atenjj

ação de masca da tabela 6.4 resulta no coeficiente de atenu

ação linear como se vê na tabela 6.5*

84

IIIIIIIIIIIIIIIIt

Material

Concreto

Argamassa

Henmtita

C. Comum

âaergia do raio gama, em UeV.

0,662

0, 0749

0,0749

0,0746

0,0774

1,0

0,0610

0,0611

0,0608

0,0635

1,25

0,0545

0,0545

0,0543

0,0567

2 , 0

0,0432

0,0433

0, 0431

0, 0445

2,750,03790,0380

0,0378

0,0384

4 , 0

0,0323

0,0324

0,0323

0,0317

Tabela 6.4 - Coeficientes de atenuação de massa, cal-

culados teoricamente, do concreto comum e dos materiais es-

tudados, em cm /g.

*

MaterialConcretoArgamassa

Hmatita

C. comum

Densidade

(g/m3)

4,00

3,48

4,98

2,35

Biergia do raio gama,

0,662

0,3000,261

0,3730,182

1 ,0

0,244

0,213

0,3030,149

1,250,216

0,190

0,270

0,133

2 , 0

0,1730,1510,215

0,105

em UeV.

2,750,152

0,1320,188

0,0902

4 , 0

0,1290,1130,161

0,0745

Tabela 6.5 - Coeficientes lineares de atenuação, cal-

culados teoricamente, do concreto comum e dos materiais es-

tudados, ea cm-1

o 0 ot

L.

.,—st.1-;-'

IIIIII

I•

I

I

f

I

85

7 - BiSTÜHI.'-INAÇÃO EXL'KRIKiiS.'iTAL Dd Aj/y.

7.1 - Princípios básicos dos detectores de radiação.

Um detector consiste essencialmente de um recipiente

cilíndrico, cora um filamento central, onde fica contido um

gús ou uma substância gasosa submetida a uma determinada

pressão. Uma diferença de potencial é aplicada entre a car-

caça e o filamento central; a parte externa representando o

cátodo e o filamento coaxial representando o ânodo.

Quando o gás é ionizado pela passagem de alguma radia

ção, suas moléculas, ou átomos, passam a constituir ions e

são atraídas para o filamento central produzindo assim uma

corrente elétrica que é levada para uma resistência externa.

As partículas alfa e beta deslocam os elétrons perifé

ricos dos átomos do gas numa ionização por colisão, enquan-

to que os fotons libertam usualmente os elétrons do cátodo/

por interações fotoelétricas. Os elétrons assim produzidos,

denominados elétrons primários, podem vir a se chocar com /

os átomos do gás em seu caminho para o filamento positivo e

causar novas ionizações, denominadas secundárias.

As radiações alfa e beta tem grande ionização especi-

fica, e consequentemente pequeno alcance, podendo ser com-

pletamente detectadas. Já um fo'tow tem grande probabilidade

de atravessar o detector sem produzir qualquer ionização e

não ser detectado*

A eficiência de um detector é medida pela relação en-

tre a radiação detectada e a existente. Para radiações gama

ela • naior em detectores sólidos, que utilizam o iodeto de

sódio, sulfeto de zinco e outros cristais ou substâncias or

gânic&s que teu a propriedade de produzir centelhas luminov

sas ao serem atravessados por radiações. A flúorescência /

produzida nesses cristais cintiludores é recebida por uma /

86

IIIIIIIIIIIIII

válvula fotomultiplicadora através de um cátodo foto-sensí-

vel que emite ele'trons quando iluminado, provocando um pro-

cesso de Multiplicação, ilustrado na figura 7.1.

ãnodoamplifi-

cador

sealer(conta -dor)

I

Pi£,ur& 7.1 - E3quema de um eintilador

0 fotocátodo consiste de uma película de metal alcali

no que emite ele'trons quando bombardeado por fo'tons vindos/

do cristal. Os diodos são eletrodos metálicos colocados a pjj

tenciais cuda vez mais positivos através de resistências R.

Quando um electron, vindo do fotocátodo ou de outro diodo me

nos positivo o atinge, pode arrancar outros ele'trons do me-

tal que irão para o diodo mais positivo» provocando assim a

multiplicação dos elétrons que sairam do fotocátodo. A cada

ele'tron incidente num diodo, pode-se obter em média 3 ele' -

trons secundários. Se existirem 1$ diodos na válvula foto -

multiplicador», o futor de multiplicação total será de apro

ximadamente 3 x 10 j ou seja, mais de 14 milhões de vezes,

o que resulta numa corrente de saída que é facilmente ampli

ficada paru atuar no circuito de contagem. Como a duração /

do pulso luminoso no cristal é extremamente curta, muito me

nor que 1 micro-segundo, os detectores de cintilação tem ai

tiasimãs velocidades de contagem.

87

Os cintil^dores suo muito usados na contagem de raios

gama e raios-X, principalmente uqueles que utilizam o cris-

tal de iodeto de sódio, devido a sua alta densidade. 0 cris

tal pode ainda conter um pouco de tálio para aumentar a sua

eficiência luminosa. Eles podem também ser obtidos em gran-

des dimensões, o que permite aumentar a eficiência do deteç

tor9.

Uma ver. que a umidade pode inutiliza'-lo, ele é prote-

gido por um invólucro de alumínio, tendo à frente uma jane-

la de vidro para permitir a passagem de luz. Como a lumino-

sidade natural é muito mais intensa que as cintilações pro-

duzidas pelo cristal, deve-se tomar o cuidado de vedar essa

passagem de luz ao munusea-lo.

Outros tipos de cristais comunientemente utilizados em

cintiladores são o sulfeto de zinco, para a detecção de par

tículas beta, e os orgânicos,.para detectar neutrons pelo /

processo de protons de recuo. Para a detecção de partículas

carregadas, alfa ou beta, os detectores devem ter uma jane-

la muito fina para que o maior número delas possam atraves-

sa-la e atingir o cristal.

0 detector deve ainda ser ligado a outros circuitos e

létricos, como o amplificador, que recebe a corrente do de-

tector através de um condensador e, depois de amplificá-la,

alimenta um univibrador que fornece impulsos retos e podem/

ser recebidos pelo "sealer" ou integrador de contagens.

Geralmente o univibrador utiliza um impulso de entra-

da de uma bem definida altura mínima. Os impulsos que, mes-

mo depois de amplificados, não tiverem essa altura mínima,

não serão registrados. For isso é importante a escolha da /

tensão aplicada no tubo fotomultiplicador pois a amplitude/

do pulso cresce com o aumento dessa tensão. Bn detectores /

como o Geiger Muller (G.M.), a diferença de potencial em /

88

] que se dá o início das contagens é denominada tensão de en-

trada. Com o aumento da tensão há um aumento nas contagens,

I até que se atinge uma região, denominada patamar, em que /

. elas são praticamente constantes. É sobre o patamar que se/

• situa a voltagem de operação VO do detector. Além do pata -

• mar as contagens são proporcionais a tensão aplicada no de-

tector.

• Os detectores de cintilação não possuem um patamar co

mo os G.M., mas pode-se cria'-lo artificialmente com resulta

I dos satisfatórios.

Existem outros detectores de radiação, como as cama-

I ras de Wilson, câmaras de bolhas, detectores de estado sóli

do, contadores 4 «y contadores portáteis, dosímetros de boi

I so, filmes âosimétricos, etc, mas entre todos, o que mais

se adapta à detecção e contagens de raios gama, são os cin-

tiladores, especialmente aqueles que utilizam o iodeto de

sódio.

I A fonte de tensão a ser utilizada no detector deve /

- ser variável, de 100 V a 4.000 V, deve ter boa estabilidade

• para evitar que as variações da rede interfiram nas conta —

I gens e deve possuir correntes da ordem de micro-ampères. Os

amplificadores e pré-amplificadores «ao necessários para a

• transformação dos pequenos sinais fornecidos pelo detector/

em sinais capazes de operar os circuitos de contagem. Ali»/

• disso, devem dar forma apropriada ao sinal para minimizar /

os efeitos de ruído e tempo morto. 0 pré-amplificador é aco

I piado diretamente ao detector e o amplificador, em geral in

dependente, é o estágio seguinte que reforça o sinal.

I 0 contador (sealer) • um aparelho eletrônico ou ele -

tromecânico que registra o número de contagens e permite a

r , ->

sua leitura. Outro tipo de contador e o Mrametern, ou seja,medidor de taxa de contagem, que consiste essencialmente de

IIII

89

um galvanômetro cuja deflexão é proporcional ao numero de /

contagens que são lidas em escalas apropriadas.

Outros acessórios utilizados são os relógios (timers),

para marcar os intervalos de tempo das contagens; impresso-

res, que imprimem o número de contagens; as blindagens, ge-

• ralmente de chumbo, que protegem o operador e diminui a ra-

" diação de fundo (background) que é devida aos raios cósmi -

cos, radioisótopos naturais, impureaas radiativas naturais,

etc. e está sempre presente.

Os discriminadores são circuitos capazes de separar /

diferentes tamanhos de pulsos e portanto, separam contagens

indesejáveis. Os circuitos de coincidência podem impedir ou

permitir a contagem de acordo com a ocorrência de outra con

I tagem simultânea em outro detector.

As fontes de calibração são fontes radiativas, denomi

nadas fontes padrão, utilizadas na calibração do detector,/

determinação de sua eficiência, efeito de geometria, etc. É

aconselhável que se possa ter em mãos balanças de precisão,

manipuladores, pipetas, etc.

1

I

I_

IIl

7.2 - Calibração da aparelhagem utilizada e escolha

da melhor geometria.

A Nuclebras, através d» seu Departamento de Radio-Pro

teção, permitiu que se utilizasse um de seus cintiladores /

de iodeto de sódio além de fontes radiativas, blindagens de

chumbo e toda a aparelhagem de seu laboratório.

I Para a determinação da voltagem de operação do detec-

tor utiliaou-se uma fonte de césio-137, padrão, que emite a

I penas raios gama de 0,662 MeV de energia e o circuito esque

matizado na figura 7.2. As características de cada um dos a

I parelhos utilizados estão na tabela 7,1.

Nesse circuito, a corrente produzida no detector, pe>s

IIIIIIIIIIIIIIIIIII

sava por um pré-amplificaàor, acoplado ao detector» seguia

para um amplificador-analisador e em seguida para um conta-

dor de pulsos e de tempo.

/alta tensão

plificador e analisador

contador depulsos e de tempo

detector epré-amplificador

^adaptador (chumbo)

Figura 7.2 - Esquema da aparelhagem utilizada para a

determinação da voltagem-de operação (VO) do detector.

Aparelho '

Ponte de alta tensão

Amplificador-analisador

Contador e relógio

Cintilador NaI

NO do fabricante

LB 2210

LB 2251

LB 2270-1

P.Nr.292707

(Gerâtetyp:SZ 25/25)

N« Nuclebras

015.426

015.449

016.074

DC1.-O16.O88

Tabela 7.1 - Características dos aparelhos utilizados

nas experiências. Todos são da marca "Lab.Prof. Berthold, /

Wildbad".

0 amplificador-analisador foi regulado para que dei -

xasse passar apenas os pulsos maiores que 40 mV afim de evi

tar que possíveis ruídos da aparelhagem interferissem nas /

contagens (El>40 mV) e o contador de pulsos para que fisea

se contagens a cada 15 segundos (At » 15 s).

A fonte de tensão fornecia, inicialmente, uma DDP d»

300 volts ao tubo fotomultiplicador, o que não produzia ne-

IIIIIIIIIIIIIIII1I

91

nhum sinal durante os 15 segundos de operação do contador.

Aumentando-a gradativamente, de 50 em 50 Volts, observou-se

que as primeiras contagens foram registradas a 400 Volts, o

início « final de um possível patamar a 650 e 1.000 Volts

respectivamente, com um súbito aumento a 1*050 e 1.100 V.

A voltagem de operação deve ficar no meio do patamar,q

ou a 1/3 de seu comprimento . Desse modo, escolheu-se enfioVO « 800 Volts.

Os valores dessas contagens para cada valor da volta-

ge» da fonte de tensão estão na tabela 7.2 e plotados no

gráfico 7*1.

Tensão(Volt)

300

350

400

450

500

550

Conta-gens

0

0

7

192.1197.719

Tensão(Volt)

600650700,750800850

Conta-gens

16.69620.19620.84721.89222.10022.351

Tensão(Volt)

900

950

1.0001.0501.100

Conta-gens

22.275

22.25723.562

31.84764.682

Tabela 7.2 - Contagens feitas para a determinação da

voltagen de operação do detector. (£L>40 «V, At » 15 seg.)

contagens50.000"

25.000

0 300 600 900Tensão (Volt)

Gráfico 7.1 - Determinação de VO.

1200

92

II O analisador de pulsos, adaptado ao amplificador, se-

leciona sinais dentro de uma faixa de energia 4E, conheci-

I da como janela, acima de uma determinada energia £1 ou pode

permitir que todos os sinais sejam registrados, desde que /

sejam também de energia maiores que EL, como foi feito na

determinação de VO. Pode ainda aumentar ou diminuir a inten

sidade do pulso e alargar ou estreitar a faixa de energia /

com variação do ganho, diferenciação DIP e integração INT.

Afim de que se determine o coeficiente de atenuação /

de massa de qualquer material em determinada energia, ape -

nas os pulsos nessa energia devem ser contados. Fará que is

so seja possível, é necessário que a janela AE esteja exata

mente sobre a energia escolhida* No caso de Cs-137» cujos /

I ftftons têm energia de 0,662 MeV, a janela deveria ficar so-

bre o valor correspondente a 0,662 MeV. Isso pode ser feito

se for conhecido o espectro da fonte radiativa.

Pixou-se AE « 50 mV, ganho » 4 e um tempo de contagem

At * 15 seg. A cada valor da diferenciação e integração va-

riou-se o limite inferior de 4E desde El - 20 mV até seu va

lor aáxino, El * 2020 mV, em intervalos de 50 mV.

• Os valores assim obtidos estão nas tabelas T.I, T.2, /

T.3, T.4 e T.5 do anexo I e nos gráfico G.I, G.2, G.3, G.4,

I e G.5 do anexo II. Pode-se verificar que nenhum desses grá-

ficos representa satisfatoriamente o espectro do Cs-137. E-

I xiste um acúmulo de contagens nos primeiros valores de El •

uma ausência nos valores mais altos.

1 Escolheu-se INT * 1, DIP « 1, ganho * 8 e fe«-«e no -

vas contagens, desta vez com Át * 20 seg. • AS « 20 «V. Os

I novos resultados, mostrados na tabela T.6 do anexo I e no

gráfico G.6 do anexo II, representam melhor o espectro doi ->

[ Cs-137 • facilitou na determinação dos espectros do Co-60 •

do Na-24.

IIIII

III

I93

I

I Como o Co-60 possui dois picos, um em 1,17 MeV e o u -

_ tro em 1,33 MeV, bem próximos, pode-se considera-lo como se

• fosse uma fonte monoenergética, de fótons de 1,25 MeV; qua-

- se o dobro da energia dos fótons do césio. Na determinação/

• de seu espectro utilizou-se ganho « 4, INT « 1 e DIF « 1 ob

• tendo-ae as contagens da tabela T.7 do anexo I e o gráfico/

G.7 do anexo II.

I 0 espectro do Na-24, cujo pico está a 2,75 MeV, foi

obtido com INT * 1, DIP « 0,5 e ganho « 4 e está mostrado /

I no gráfico G.8 do anexo II conseguido com os dados da tabe-

la T.8 do anexo I.

I Na determinação do coeficiente de atenuação de massa,

<*/£, devia-se dispor as placas do material a ser analisado/

I entre a fonte radiativa e o detector de modo que o feixe de

radiações fosse fino e dirigido para o detector . Isso é fa

cilmente conseguido com a ajuda de um colimador e uma geome

tria adequada. Construiu-se uma blindagem de chumbo, denomi

1 nada castelo, que além de proteger o operador das radiações

_ provenientes da fonte radiativa, facilitava na manutenção /

• das placas do material atenuante sem que para isso fosse ne

• cessário fazer qualquer alteração na geometria da blindagem

ou que se ficasse sujeito a radiações. Ma figura 7«J ««tá o

I castelo construído e na figura 7*4 as suas dimensões.

Quando uma placa é colocada «obre o colimador, entre/

1 a fonte e o detector, produs um decréscimo nas contagens /

dos raios gama devido às várias interações ocorridas entre/

T os fótons e o material atenuante. Se outra placa for sobre-

posta a esta, um novo decréscimo nas contagens é verificado

| e assim sucessivamente, até que as placas atinjam uma altu-

ra máxima de 20 cm. Consegue-se então uma série de valores/

i que podem ser plotados em um gráfico mono-log e que devem /

obedecer a equação 2.47, resultando numa reta, que pode ser

! obtida com o ajuste dos pontos pelo método dos mínimos qua-

LL

94

IIIIIIII1IIIIIII1

Figura 7.3 - Castelo de chumbo

Detector (Nal)

Adaptador de chumbo

Tijolos de chumbo

5 ca

font» radiativa

Pleura 7.4 - DiM«n«<5«» do oaattlo d« chumbo

\-

IIIIIIIIIIIIIII1I

95

drados, e cuja declividade nada mais é do que /*/?•

A mesma geometria foi utilizada na determinação do /

coeficiente de atenuação do concreto, argamassa e hematitã,

expostos às fontes de Cs-137» Co-60 e Na-24.

O isótopo Na-24 foi conseguido com a irradiação no He

ator Triga da Nuclebras do cloreto de sódio (NaCl). 0 Cl-36

que naturalmente estaria presente no sal irradiado, tem uma

meia-vida de 3,01 anos e não emite fotons, mus apenas parti

cuias p~ de 0, 709 MeV e p * de 0,12 MeV» não interferindo. /

nas contagens dos fotons do Na-24 que são de 1,369 MeV e de

2,754 MeV de energia. Como era desejada uma energia mais ai

ta que a energia dos fotons do Co-60, utilizou-se 2,754 MeV.

0 uso do sódio trouxe outros pequenos problemas. 0 fa

to do Na-24 ter uma meia vida de apenas 15» 02 horas fez coa

que a sua atividade estivesse bem alta ao sair do reator a-

fim de que pudesse ser usado por um longo período de tempo/

sem que para isso fosse necessária nova irradiação. Além /

disso» foi preciso que se finesse una cronometragem do tem-

po em que o mesmo foi utilizado para que uma correção fosse

feita posteriormente nas contagens obtidas devido ao seu de

caimento.

7*3 - 0 decaimento radiativo do Na-24*

0 decaimento radiativo segue uma lei fundamental que/

considera a probabilidade de ocorrência da desintegração u-

ma constante independente do tempo» oonhecida como constan-

te de decaimento e denotada pela letra grega X.

Se num tempo t, exiateai n(t) átoaoa que não decaem, /

então» em vista da definição de X» An(t)dt desses átomos vi

rão sofrer decaimento no intervalo de tampo entre t a t+dt.

A rasão de decaimento dos átomos, Xn(t), é chamada "ativída

de" do material» denotada por « a com unidade Curia já vis

ta no capítulo 3.

96

II Se n(t)dt átomos decaem no intervalo de tempo dt, o

_ decréscimo de átomos hão decaídos nesse tempo é

1 -dn(t) • An(t)dt, (7.1)

I cuja integração -resulta

n(t) = nQexp(-Xt) (7.2)

I onde n é o número de nuclídeos não decaidos em t « 0. 0o

produto de ambos os membros da equação (7*2) por X nos dá

a atividade do nuclídeo no tempo t. Assis,ot(t) «o<oexp(-At) (7.3)'

* O tempo no qual a atividade cai pela metade é conheci

• do como meia-vida do nuclídeo e é representada por T.^% Al

gèbricamente teríamos:

• Substituindo (7.4) MI (7.3) quando t • I.yu obtém-se:

A- Ln 2 /V1/2 : (7.5)I A meia-vida do sódio é 15,02 horas, ou 901,2 minutos.

Substituindo T_ /n * 901,2 min. em (7.5), tem-se

1 1/2

x « - I g j — min"1" °»O O 0 7 6 9 oln""1 ( 7 « 6 )

I Como as contagens no detector devem ser diretamente /

proporcionais à atividade do Na-24, então, de acordo com a

equação (7.3)i• C « Coe"

Xt, (7.7)

onde C • a contagem em t » 0 e C a contagem no tempo t. ü-

I tilisando-se o valor de A encontrado em (7.6), a equação /

(7.7) torna-se

f C - CQexp(-0,000769 t) (7.8)

I Ifos cálculos do coeficiente de atenuação de maa«a Amt

' materiais quando sujeitos à radiação do sódio, é necessário

j que se use os valores corrigidos das contagens, ou seja, as

97

1I

I

I

C »* C x (1,000769)* (7.10)o

I• contagens iniciais C da equação (7.8),

_ CQ = C x exp(0,000769 t). (7.9)

Para maior facilidade, pode-se fazer

IIIII

Assim, em cada tempo t fez-se a correção nas conta --

gens C afim de se obter o valor correspondente de C , como/

se o sódio não tivesse decaido. A mesma correção não foi ne

cessaria para o Cs-137, cuja meia-vida é de 30,1 anos, e pa

ra o Co-60, de meia-vida 5,3 anoi,poás as diferenças nus conta

gens seriam tão pequenas pelo tempo utilizado que poderiam/

ser consideradas nulas.

I 7.4 - 0 ajuste da reta pelo método dos mínimos quadra

dos.

I Os resultados obtidos nas contagens foram tabelados e

plotados em gráficos mono-log pois, segundo a equação 2.47»

I a intensidade do feixe de raios gama» e consequentemente as

contagens do detector, devem obedecer uma lei exponencial;

C(x) . C o x exp(-^-íx) (7.11)

ou

Ln C(x) » Ln C Q f-9** (7,12)

que é análoga à equação da reta

Y(Z) » B f AX. (7.13)

Nessa equação A e B são constantes e denominadas coe-

ficiente angular e linear, respectivamente. Comparando a •-

quação (7.12) com a equação (7.13)» observa-se:

Y(I) * In C(x)

B * Ln G. ->A - ->

X - fx (7.14)

II

aI

II

*

1

98

Os pontos no gráfico não descrevem perfeitamente a e-

quação (7.13)» mas pode-se determinar uma reta cuja soma /

das distâncias D.(X.) entre os pontos experimentais y.(X.)/

e os pontos da reta Y.(X.) seja mínima. A diferença entre /

esses pontos pode ser negativa ou positiva, dependendo de /

y.(Xj) ser maior ou menor que Y.(X.), mas o quadrado dessa/

diferença será sempre positivo ou nulo.

Substituindo o valor de Y.(X.) dado pela equação /

(7.13) na equação (7.14) e chamando y,(X ) • y. e a diferen

ça D.(X.) = D , obte'm-s«, depois de efetuado o quadrado:

D 2 « A2X 2 * B? + r 2 • 2ABI - 2AV1 1 1 1 J

(7.15)

A soma dos quadrados dessas distâncias será:

2 ««2 V^_ 2

(7.16)

onde N é o número de pontos experimentais. Para que ] T D .

ja mínima, as derivadas parciais de T^D, •<& função das /* ja mínima, as derivadas parciais de T^D,

constantes A e B devem ser nulas, ou seja,

Il

<7«">

Substituindo o resultado encontrado •• (7.16) nas • -

quações (7.17) e (7.18) t derivundo-s», encontra-se:

99

NB + AU i - IyA » 0.

0 valor de B de (7.20) é

B « —

(7.20)

(7.21)

e, por substituição desse valor em (7.19) encontra-se o va-

lor de A;N^i y i * £X£yiA * L i L_i_ (7.22)

Pica subentendido que todas as somatórias vão desde o

valor i = 1 até U N , onde N é o número de pontos experi -

mentais.

0 valor de A é o coeficiente de atenuação de massa, /2 2

em cm /g se os valores X. « fx. for «m unidades g/cm .

7.5 - Verificação da aparelhagem e da geometria utili

sada para a determinação do coeficiente de atenuação de mas

sa.

COM O objetivo de testar a aparelhagem assim como a

geometria do castelo de chumbo para a determinação de f/f ,

fei-»e uso de placas de ferro» existentes no próprio labora

tório da Nuclebras e destinada «cpecificamente para essa fi

nalidade, e uma fonte de Co-60.

Inicialmente fes-se uma limpeza deasas placas para ti

rar as impurezas de suas faces, principalmente ferrugem, e

em seguida, determinou-se as suas áreas e suas massas. Su -

pos-se ainda que elas fossem de ferro puro, cuja densidade/

é 7,87 g/cm-3. Os demais dados físicos estão na tabela 7*3.0

coeficiente de atenuação de massa do ferro, extraído de La-

marsh , é de 0,0331 cm /g quando sob a ação de raios gama

de 1,25 MeV de energia; a energia média dos fotons emitidos

pelo Co-60.

100

IIIIIIIIIIIIIIIII1

N« daPlaca

1

2

34

5

6

7

8

9

10

MassaM (g)139,55

137,79

137,81142,74138,81

137,60138,51163,48138,24138,81

ÁreaA <C2)

63,20

63,20

63,20

63,2063,2062,1163,68

65,9363,6863,20

M/A(« /« 2 )2,208

2,180

2,180

2,2442,196

2,2152,1752,482

2,1732,196

Tabela 7.3 - Características das placas de ferro.

Na utilização dessa fonte radiativa, procurou-se dei-

xar uma janela E * 400 uV «cima de SI « 1.400 «V afim de /

que os dois picos, a 1,17 MeV c 1,33 Me?, fossem abrangidos,

o que pode ser visto no gráfico G.7 do anexo II. fixou-se a

inda INT - 1, D IF . 1, ganho * 4 e t - 1 Bin.

Fes-se então 10 contagens sea o uso da fonte afim de

que fosse determinada qual a ação das radiações naturais ou

background, abreviado BKQD, pudessem ter sobre a experten -

cia e em seguida passou-se para a determinação de /*/? Pro-

priamente dito com. o uso do cobalto.

As primeiras contagens, em número de 10, foram feitas

sem o uso de qualquer placa de ferro, ou seja, M/A « X « 0.

Depois, fez-se mais 10 contagens com a placa n« 1, d« Z^ >

s 2,208 g/cm2, colocada sobre o colimador no lugar das pla-

cas de concreto da figura 7.4. Terminada esta, a placa nfi 2

foi posta sobre a ne 1, elevando o valor de J. para X« « /

= 2,208 + 2,18o = 4»388 g/cm , e efetuou-se novamente ou -

trás 10 contagens.

101

* Assim foi feito até que a placa de nfi 10 foi sobrepôs

i ta as demais. Os valores de cada uma dessas contagens são

mostrados na tabela 7.4. Os valores médios das contagens (J,

I para cada valor de X, foi obtido com o uso da equação

C . — Io- (7.23)

I " .e o desvio padrão s, através da relaçãoI (c, -5)

s « W Í , (7.24)n - 1

I Nas equações (7.23) e (7.24), n é o número de conta -

gens em cada valor de X e as somatórias referem-se aos valo

g res de j = 1 até j = n.

Para maior facilidade, representou-se na tabela 7.4 ,

I os valores de X = M/A apenas com o número da última placa /

_ que ficava sobre as demais.

I De cada valor de C calculado, subtraiu-se o valor do

• BKGD médio afim de se obter os valores C.(X.), que represen

* tam de modo mais real as contagens anotadas e que podem ser

• vistos na tabela 7.5. Foi com os dados dessa tabela que foi

feito o gráfico 7.2. A ret» que passa entre os pontos nes -

• se gráfico foi conseguida a partir dos resultados das equa-

ções (7.21) e (7.22).

I 0 valor do coeficiente de atenuaçio de massa dessas /

placas, que se supôs seren constituída* de ferro puro» dado

I pela equação (7.22) foi -*/j(placas de ferro) • 0,0483 cm2/ê>

Comparando esse valor com o valor real do coeficiente

I de atenuação de massa do ferro, 0,0531 c»2/gt vê-se que e-

xiste uma diferença de 0,0048 cm2/g» ou seja, um valor abai

l xo do real 9,04 £, o que pode ser negligenciado pois além

- dos erros devidos a flutuações estatísticas nas contagens^e

-- da colimação dos fótons do Co-60, nada se pode afirmar quan

r to a pureza das placas de ferro.

L

IIIIIIIIIIIIIIIII

102

di

2

34

56

78

9

10

C

s

BKGD

21

27 '24

23

25

28

26

28

26

29

25,72,50

0

637

605

630

553

600

583

588

611

627

608

604,2

25,11

1

580

529

533540

570

547568

564

563

529

554,321,20

X

2

460

496

480

508

450

504

501

443466

491

449,9

23,67

3

446

445

461

444

416

433

443

412

404

411

431,5

19,29

4

405

364

336

352

364

376

388

385

376

409

375,522,65

Tabela 7.4 - Contagens obtidas com as placas de ferroe o cobalto.

1

2

3456

78

910

C

s

5

359376

363357368

379388

336

340

379

364,517,06

6

300

326

316310

328

307

319

307

321

310

314,49,08

n306

303

300

293

287

277

280

333328

313

302,0

18,84

X

8

245266

277275241

253256

265

248

248

257,4

12,68

9

224

220

248

243226

229

259íl'48

i!26

231

235,413,07

10

210

253

231

218261

19S

24i

235

189

201

223,8

£4*22

Tabela 7.4 - continuação

103

IIIIIIIIIIIIIIIIt

M/A

(g/cm )

0

2,208

4,388

6,568

8,812

11,008

13,223

15,401

17,883

20,056

22,252

C - BKGD

578,5

528,6

424,2

405,8

349,8

338,8

288,7

276,3231,7209,7198,1

a

25,1121,20

23,6719,29

22,6517,069,08

18,8412,68

13,07

24,22

Tabela 7.5 - Contagens médias corrigidas, obtidas com

o uso do ferro e a fonte de Co-60.

Ô* - BKGD

600

500

400

300

200

1008 16

M/A, g/cm224

Gráfico 7.2 - Atenuação no ferro dos fo'tons do Co*<O.

(Na reta Y . AX + B, A —0,0403 cm2/g • B - 6,328)

L

104

I| 7.6 - Determinação do coeficiente de atenuação de raaj

sa do concreto, hematitã e argamassa.

Como o valor de /*/f do ferro, conseguido no parágrafo

• 7.5, era de certa confiança, utilizou-se o mesmo método pa-

ra a determinação do coeficiente de atenuação de massa do

I concreto, argamassa e hematitã.

Primeiramente, com uma fonte de Cs-137, fixou-se no

I amplificaâor-analisaâor ganho = 8, INT = I, DIP « I , A E •

s 200 mV e El = 1.600 mV. Assim, como pode ser visto no grá

\ fico G.6 do anexo II, estar-se-ia registrando apenas os fo-

tons de 0,662 MeV.

\ Depois disso, fez-se as análises com as placas de con

creto, em seguida da argamassa • finalmente da hematita. A

1 cada valor de H/A desses materiais, foram efetuadas 15 con-

tagens de 1 minuto cada uva, tabeladas em T.9» T.10 • T.ll

do anexo I. Os valores médios; dessas contagens, tendo sido/

• subtraído o BKGD médio, estão nas tabelas 7.6, 7.7 • 7*8 e

* plotados noa gráficos 7.3» 7.4 • 7.5.

• Com o uso das equações (7.22) e em seguida (7.21) po-

de-se traçar cada uma das retas desses gráficos e obter os

• valores dos coeficientes de atenuação de massa dos materi -

ais quando sujeitos ao raio gama do Cs-137.

I Para o uso da fonte de cobalto, fixou-se ganho « 4, /

INT = 1, DIF = 1, E = 400 mV e El « 1.400 «V. Também foram

I feitas 15 contagens de 1 minuto para cada valor de M/A do

concreto, argamassa e hematlta; do mesmo modo como foi fei-

| to quando do uso da fonte de césio. Nas tabelas T.12, 1.13,

e T.14 do anexo I estão os valores encontrados; na tabelas/

1 7.9,, 7.10 e 7.11 os seus valores médios e desvios padrões /

para cada valor de M/A que também podem *mx vistos nos gç£-

í ficos 7.6, 7.7 e 7.8.

Como já havia sido previsto, os valores encontrados /

L

105

IIIIIIIIIIIIIIIr

no uso do Na-24, deveriam sofrer correções.Nas tabelas T.15,

T.16 e T.17 do anexo I foram então feitas as correções de ca

da contagem, obtendo-se, com o uso da equação (7*10), as ta-

belas T.18, T.19 e T.20 do anexo I, das quais foram determi-

nados os. valores médios e desvios padrões tabelados em 7.12,

7.13 e 7.14 e plotados nos gráfico» 7*9, 7.10 e 7.11.

M/A(g/ç«2)0

4,65406,1980

8,351910,702

12,401

14,076

16,45518,130

18,59920,27422,428

24,32826,476

27,95830,11232,01234,161

35,83636,310

38,21539,890

40,359

ü - BKGD

984,333795,333623,800

509,333480,000

466,333345,933

278,533267,200

348,067222,200188,800

162,733139,400

133,267124,20092,667

86,93370,800

80,867

50,53349,067

62,000

30,617

46,367

38,556

48,578

15,9jOO

26,643

55,324

22,593

14,101

34,68221,28310,756

18,19316,096

18,73719,íM515,490

12,7047,1301

11,250

9,689512,809

8,4993Tabela 7.6 - Contagens áédias obtidas ooa

concreto sob ação de raios gana do císio-137.

o uso do /

L_

IIIIIIIIIIIIIII

106

G - BKGD1000.

100_ _

10-_

/ A 28 16 24 22 40 t g / c " }

Gráfico.7.3 - Atenuação no concr«to dos raios gama do

Cs-137 (Na curva Y = AX + B, A « -0,0735 em/k ( B > 6,933).

107

IIIIIIIIIIIIIIII11

M/A(g/cm2)

0

3,44794,'30356,7954

10,1859

12,019313,577815,4112

17,265120,657026,2236

28,7395

33t0074

Ü - BKGD

981,667795,000738,067

576,933

479,733

423» 800386,867336,333

283,800223,534146,600

133,333

98,667

8

44,2092

31,1307

19,223532,162235,5818

40,514021,107919,515117,090822,5878

16,137210,3086

11,9654

Tabela 7.7 - Contagens médias obtidas com o uso da ar-

gamassa sob a ação de raios gama do 03-137..

5010 20 30 («/o»2)

Grafico 7.4 - Atenuação na argaaassa dos fotons da fon

te de Cs-137. (Na reta Y . AX • B, A

* 6,890)

-0,0705 em /g • B -

IIIIIIIIIIIIIII11

.r

M/Ate/e.2)

0

1,337

1,8844,0714,995

5,7497,086

7,6339,820

10,74411,498

12,83513,382

15,568

16,4?3

C - BKGD

812, 070

747,800

711,733656,000

501,333555,000

483,467457,867409,400381,000

369,933

313,133303,800285,400

248,333

8

23,85319,946

44,21330,185

27,80431,245

31.40822,22922,835

17,096

27,1959,5653

30,976

25,90410,938

Tabela

matita sob a

7*8 - Contagens médias

ação dos raios gama do

obtidas com

Cs-137.

o uso da he-

200 1 I i 1 I M / A0 4 8 12 16 («/o»2)

Gráfico 7.5 - Atenuação na henatita dos raios gana do

CB-137. (Na curva Y » AX + B, A « -0,0718 cm*/g • B . 6,711)

109

IIIIIIIIIIIIIItI

M/A(g/cm2)

0

4,0540

6,1980

8,351910,702

12,401

14,076

16,45518,130

18,59920,274

22,428

24,328

26,476

27,95830,112

32,01234,16135,33636,310

38,21539,890

40,359

C - BKGD

599,133

555,000

452,800

408,467

382,133

360,333313,600

296,667

249,067

277,800

211,533

201,467

162,333

159,133

162,200

162,800

139,467119,067108,133100,33392,2000

82,533393,0000

8

29,167

21,789

20,231

28,863

19,84512,878

21,762

23,031

21,59518,362

11,100

11,878

14,716

17,81510,070

9,9642

8,591210,546

13,33518,856

17,590

12,38910,712

Tabtla

creto sob a a

7.9 - Contagens mêâíua obtida* eon o uso do con

çío dos raios cama do Co-60.

1111111II11111III

c -1000

100

10

1

BKGD

-

! I i

8Gráfico 7.6 - A

fin—fin f i la nut^ina V —

110

I I I I M/A

(éf/«B2)16 24 32 40

uação ho concreto dos ra g

Co-60. (Ha curva Y = AX + B, A * -0,0493 <»?/« e B = 6,448)

i r

L_

ill

IIIIIIIIIIIIIIrt

M/A(g/cm2)

0

3,44794,30356,7954

10,185912,019313,5778

17,265120,657026,2236

28,734533, 0074

C - BKGD

640,067537,867

513,667

413,733380,400

330,333312,733244,067238,600

157,533

127,53398,933

8

23,914928,5018

22,063817,6856

17,755525,1790

22,933312,097610,4622

18,9038

10,1938

13,2873Tabela 7.10 - Contagens aédias obtidas com o uso da ar

gamassa sob a ação dos raios gama do Co-60.

C - BKGD

8001

400-

200.

100-

50 ! ! 1 M/A12 TB 24 30 36

Gráfico 7.7 - Atenuação na argaaassa dos raios gama do

Co-60. (Na equação Y - AI • B, A « -0,0551 «n2/g • B - 6,474)

112

I1IIIIIIIIIIIII1I

M/A(g/cm2)

0

1,337

1,884

4,071

4,995

5,7497,086

7,6339,820

10,744

11,498

12,835

13,382

15,569

16,493

C - BKGD

467,933

396,733

384,466

354,266

348,800

338,000

301,600

300, 933

284,400

263,866

259,400

248,466

223,333 *

207,733

195,800

8

27,530

35,808

28,883

27,514

32,436

17,66326,760

17,853

18,140

8,9400

20,363

18,4?.^

13,634

17,55315,022

fabela

matita aob a

C - BKGD500

300 __

200 - -

7*11 - Contagens médias obtidas com o uso da he

ação de raios gama do Co-60

100 1 i i0

J_L..J__J_5

i i i i M/A

(«/o»2)10 15

Gráfico 7.8 - Atenuação na hematita dos raios gama do

Co-60. (Na equação Y * AX t B, A - -0,0477 om2/í • B - 6,082)

113

IIIIIIIIII

K/A(g/cm2)

0

4,05406,1980

8,351910,70212, 40114, 076

16, 455

18,130

18,599

20,27422,428

24,32826,476

27,958

30,112

32,01234,161

35,83636,310

38,215

C - BKGD

11.635,16610.469*600

9.725,0678.828,887

8.500,033

8.429,833

7.159,093

7.197,267

6.001,367

6.344,873

5.966,9735.214,420-

4.976,167

4.980,213

4.406,033

4.189,1533.877,0933.616,740

3.399,6533.470,587

3.118,313

8

222,9530

179» 0405277,3840

174,8490

232,8983250,2030128,9520

135,6560

284,4800148,7501

184,5237122,8350

149,1360186,7410164,3760144,4710

167,6534118,6930

113,6790

105,8530

91,2707

Tabela 7.12 - Contagens médias, corrigidas, obtidas ooa

o uso do concreto sob a ação dos raios gama do Na-24

í,, JS

IIIIIIIIIIIIIII

C - BKGD

12.000

8.000

5.000-

3.000

Gráfico 7.9 - Atenuação no concreto dos raios gama do

Na-24.(Na curva Y « AX • B, A « -0,0353 cm2/g e B » 9f 404)

IIIIIIIIIIIIIIT

M/A(g/cm2)

0

3,44794,30356,7954

10,185912,019313,5778

15,4112

17,765120,657026,2236

28,739533,0074

C - BKGD

2.010,680

1.783,7671.730,7131.518,167

1.398,7741.298,300

1.236,4871.133,2471.085,454

947,040

795,314

698,714' 588,400

s

41,926740,458040,976427,1621

36,5740

58,105937,6376

34,848323*1400

35,4951

25,8966

30,7446

24,8667

Tabela

com o ueó da

7*13 - Contag «is médias,

argamassa sob a ação dos

corrigidas, obtidas /

raios gaaa do Ifa-24

32 (g/cm*)

Gráfico 7.10 - Atenuação na argamassa dos raios gama do

Na-24.(Na curva Y - AX * B, A « -0,0366 ca2/g • B « 7,608)

116

iII1IIIIIIIIIIII1I

M/A(g/cn2)

0

1,3371Í8844,0714,995

5,7497,086

7,6339,820

10,74411,49812,83513,382

15,56916,493

C - BEGD

1.686,900

1.620,613

1.583,4131.494,5861.419,240

1.377,060

1.294,2131.272,020

1.222,8731.141,2671.102,060

1.044,8731.044,440

994,0209U,660

s

34,80866,06049,002

55,08334,548

21,52949, 23324,97949,086

42,687

36,66742,15325,909

33,45322,821

Tabela

com o uso da

7.14 - Contagtns médias, corrigidas, obtidas /

hematita sob a ação dos raios gana do Na-24

C - BKGD18OO_

1300._

1000

800

Grafico 7.11 - Atenuação na hsaatita dos raios gana 4o

Na-24.(Na curva Y - AX * B, A - -0,0365 o«2/« e B « 7,438}

__ L

117

IIIIIIIIIIIII

Os valores de r/j do concreto, argamassa e hematita en

contrados teoricamente e dados na tabela 6.4 estão reunidos/

com os valores obtidos experimentalmente na tabela 7.15. Na

tabela 7.16 são mostrados os valores de /< determinados a

partir âos valores experimentais desses materiais e de ou —

tros concretos, dados por Hubbell e interpolados para as

energias do Cs-137, Co-60 e Na-24.

Material

experimental

Argamassa hematítica teórica

experimental

Energia do fi- jf (MeV)0,662

0,07490,07350,07490,07050,07460,0718

1,25

0,05450,04930,05450,05510,05430,0477

2,75

0,03790,03510,03800,03660,03780,0365

Tabela 7*15 - Coeficientes de atenuação de massa

em cm /g, determinados teórica e experimentalmente.

Material

Concreto hematítico

Argamassa hematíticaHematita

outros concretosBaritaBarita-BoroBarita-Limonita

FerroComum

Densidade

(«/«3)4,003,484,98

3,503,253,256,00

2,40

Bnergis do R-T

0,662

0,294

0,245

0,358

0,228

0,213

0,214

0,389

0,165

1,25

0,197

0,192

0,238

0,202

0,189

0,190

0,345

0,146

(MeV)

2,750,1400,1270,182

0,1370,1290,1290,2330,0961

cm-1

Tabela 7.16 - Coeficientes lineares de atenuação

dos materiais analisados e de outros concretos.

118

Como era de se esperar, os melhores coeficientes de a-

tenuação a raios gama pertencem aos materiais mais densos. /

Entre os concretos apresentados por Van Halem and Kuiken na

|

4ème Conference Internationale sur la Protection des Reac —5 »

teurs , aquele que apresentou a maior densidade foi o de nu-

| mero 6, utilizado em reatores BWR da General Electric, e pos

suia T = 3,2 g/cnr com um traço em peso 1 (cimento Portland)

I : 1,7 (areia) : 4,3 (barita) : 0,207 (água)

Em geral, os concretos mais comuns empregados como /

I blindagens de reatores nucleares possuem uma densidade entre

3» 0 g/cm e 4, 0 g/cm . Alguns concretos de densidade maior ,

I como no caso daquele que utilisa o ferro metálico como agre»

gado, são exigidos apenas quando é requerida uma blindagem /

menos espessa. Em reatores onde aa dimensões das blindagens/

não representam o fator preponderante, • conveniente que se-

I ja usado um concreto de menor custo mas que seja eficiente /

_ na atenuação de raios gama e nfutrons.

I 0 concreto hematítico não pode ainda ser considerado /

como alternativa em substituição dos demais concretos pois /

outros estudos devem ainda ser feitos como por exemplo o

• seu comportamento na moderação de neutrons e, consequentemen

te, a produção de gamas secundários, o fator Buildup, os •--

• feitos do calor a que será submetido, desgastes superficiais

e internos, além do estudo do melhor traço para um concreto

I que seja resistente, de densidade maior e de custo menor; a-

pesar do seu ótimo coeficiente de atenuação a raios gama e

I de seu agregado, a hematitã, ser um minério do qual o Brasil

possui das maiores e melhores jasidas mundiais.

lt

T ^1 . o 0 o .

í

L_ L

1IIIIIIIIIIIIIII1

119

8 - 0 FATOR BUILDUP

8.1 - Introdução

A equação (2.47)» e consequentemente a equação (2.46),

tem sido usadu admitindo-se que toda vez que um fo'ton de de-

terminada energia Eo interage com a matéria êle desaparece.

Nesse caso, a intensidade do feixe que não interage I», e i-

gual à intensidade do feixe de raios gama depois da blinda -

gem num ponto F.

III

.P

Figura 8.1 - Feixe de raios gama incidindo em uma blin

dagem de espessura a.

pode ser calculado por

- a/* (8.1)

onde /• é o coeficiente de atenuação total à energia So, Io •

a intensidade do feixe de raios gama antea de ser atenuado e

a a eapeasura da blindagem. Com analogia às equações (2.1) a

(2.28), define-se o fluxo de raios gama que não sofrem inte-

rações 0 por

J/N « 0O .""* (8.2)

Com o o fluxo de raios gama i definido pelo mesmo cami-

nho que o fluxo de neutrons» ile tem a mesma unidade de iç -

tens idade I, Baios- JVcsi seg.

Infelizmente os raios gama não desaparecem em cada in-

L

120

IIIIIIIIIIIIIIII

teração. Como foi viato no capítulo 2, no efeito Comptom, /

por exemplo, eles são espalhados a energias menores, no efei

to foto-elétrico ele é absorvido dando origem a Raio-X e na

produção de purês a reação de aniquilaçao da origem a outros

dois raios gama de 0,511 HeV. 0 resultado disso é que muitos

fo'tons, de várias energias, podem emergir da blindagem. 0 es

pectro desse fluxo está mostrado na figura 8.2.

9t(B)

(a)

(b)

,E

Figura 8.2 - Fluxo de raios gama a) incidente na blin-

dagem e b) emergente da blindagem.

A parte contínua do espectro da figura 8.2-b, é devida

na maior parte ao espalhamento Comptom dos fo'tons, com algu-

ma contribuição dos R-X do efeito foto-elétrico e da radia -

ção de aniquilaçao.

No capítulo 3 definiu-se a exposição X pela equação /

(3.2) e a razão de exposição pela equação (3.6). A rasão de

exposição pode ser encontrada da rasão pela qual a energia* /

dos raios gama é depositada no ar* No capítulo 2, a partir /

da equação 2.33» mostrou-se que a rasão de deposição de ener

gia por unidade de massa é dada por E I ( A /q ) * r onde I é a in

tensidade do raio gama, E a sua energia e Çw / ) * * • ° oo«*J

ciente de absorção de massa do ar k enerfia 1.

üsando-se a equação (3.5)» acha-se que X pode ser dado

por

X - IB0ua/f)*r/5,47 x IO7

1,83 x IO ar

(8.3)

121

IIIII

I

onde I e expresso em fotons/cra seg, E em MeV e (y / « ) em2 a

cm / g .

Para problemas práticos, X torna-se mais expressivo se

for expresso em jnR/h. Com as considerações que levaram à e -

quação ( 8 . 2 ) , e como 1 R/s eg = 3,6 x 10 mR/n, a equação /

(8.3) torna-se:XQ « 0,0659 Çf E (/*a /^)*r PRA (8 .4) ,

onde 0fo está em unidades Raio-Gama/cm seg,, e X é a rarão de

exposição devido aos fotons de energia E o. É conveniente es-

crever a equação (8.4) como

Xo = C 0O (8.5)

onde

C = 0,0659 Eft(^a/,)ar (8.6)

é uma função de EQ.

1 Um cálculo exato do espectro mostrado na figura 8.2-b,

I é muito d i f í c i l , ds valores Çf{É) foram computados para uma /

variedade de materiais para blindagens como função da ener -

• gia do raio gama incidente e a espessura da blindagem. Os va

* lores de X a partir de JjC(E) »ão calculados pela fórmula

I EoX-O,O659J 0{B)E{/t&/f)

mrál (8.7)

Oe resultados desses cálculos são escritos como

X« Xo BmO*a) exp(-yua) (8.8)

onde X. i a razão de exposição na ausência de blindagem como

na equação (8.4), B (/ia) é chamado FATOR BUILDUP da exposi -

ção para um feixe monoenergètico • /• é o coeficiente de ate-

nuação à energia Eo.

Os valores de Bm, dados na tabela 8.1, foram extraídos

de J.R.Lamarsh . Pode-se observar nessa tabela que os valo -

res de B podem ser muito grandes, o que mostra a importân -

U;i

12?

IIIIIIIIIIII1I

Material

Água

Ferro

Chumbo

Urânio

Energia

(MeV)

0,5

1,0"

2 , 0

3 , 0

4,0

6 , 0

8,0

0,5

1 , 0

2 , 0

3 ,0

4,0

6,0

8,0

10,0

0,5

1 ,0

2 , 0

3t0

4,0

6,0

8,0

0,5

1 ,0

2,0

3 ,0

4,0

6,0

8,0

1

2,632,26

1,841,691,58

1,451,36

2,071,92

1,691,581,48

1,35

1,27

1,22

1,241,38

1,401,361,28

1,191,14

1,171,30

1,331,291,251,18

1,13

2

4,293,392,632,312,101,86

1,692,942,742,352,131,90

1,711,551,44

1,391,68

1,76

1,711,56

1,401,301,28

1,531,62

1,571,491,371,27

Aox

4

9,056,274,28

3,573,12

2,632,30

4,874,573,763,32

.2,952,48

2,171,95

1,632,18

2,41

2,422,18

1,871,691,45

1,90

2,15

2,132,021,821,61

720,0

11,56,96

5,51

4,633,763,16

8,317,816,11

5,264,61

3,813,27

2,89

1,872,803,363,553,292,972,61

1,60

2,322,873,02

2,942,742,39

10

35,918,0

9,877,48

6,194,864,00

12,411,6

8,787,416,46

5,354,58

4,072,08

3,40

4,354,82

4,694,694,18

1,732,703,563,994,064,12.

3,65Tabela 8.1 - Fator Buildup d« «xpoaiçio

L_

IIIIIIIIIIIIII

123

t

cia do 3uildup. Com uma blindagem de água, por exemplo, com

/*a = 10 e fotons de 2 MeV de energia, B m é quase 10, o que

significa que se o fator Buildup for omitido do cálculo da

blindagem, o resultado calculado da exposição estará errado/

por um fator de 10.

Uma vez que B é uma função contínua do número atômica

os valores de B da tabela 8.1 podem ser plotados para a e-

nergia em questão e interpoladoa para o material desejado. A

tabela 6.3 fornece as porcentagens de cada elemento do con -

creto. Na tabela 8.2 estão ainda os números e massas atômi -

cas de cada um deles.

Elemento

Fe

Ca

Si

Al

P

S

I

0

N« AtômicoZ

26

20

14

131516

198

1» em ma3saw

61,85

4,94

. 1,490,170,030,440,12

30,94

Massa AtômicaA

55,8540,0628,0926,9830,9732,0639,1016,00

Tabela 8.2 - Numero atômico, massa atômica e porcenta-

gem em massa de cada elemento do concreto hematítico.

0 número atômico médio Z^ será

- (8.9)L

onde a somatória refere-se a todos os elementos. A partir /

dos dados da tabela 8.2 pode-se determinar, pela equação /

(8.9) que Z^ = 14,76.

De acordo com a tabela 8.1, o fator Buildup nas ener -

gias do Cs-137 e Co-60, para o ferro e o concreto, depois de

\-

IIIIIIIIiIIII

• < '

t

Material

Água

Concreto

Perro

áiergia

(M*V)

0,662

1,250,662

1,250,662

1,25

1

2,51

2,15

2,26

2,00

2,02

1,86

2

4,00

3,20

3,44

2,92

2,88

2,64

u X' o

4

8,15

5,77

6,45

. 5,06

4,77

4,37

7

17,3

10,4

12,7

8,88

8,15

7,39

10

30,1

16,0

21,0

13,412,1

10,9

Tabela 8.3 - Fator Buildup da água, concreto e ferro.

interpolados, é mostrado na tabela 8.3.

De acordo com a equação (8.4)P Xo é proporcional a Çfo e

pode ser escrita como;

X - C 0k (8.10)

onde C • dado pela equação (8.6). A quantidade 0^ é chamada

Fluxo Buildup • é claramente igual ao fluxo de raios gama ao

noenergético Bo qué resulta na mearaa razão de exposição em F

na figura 8.1. Introduzindo as equações (8.5) e (8.10) na e-

quação (8.8),

ou

onde

Ba(/«) (8.12)

ff exp(-/»a) é o fluxo não colidido da equação (8.2).

Até agora todo estudo foi feito exclusivamente para um

feixe monoenergético incidente normalmente sobre uma blinda-

gem e o fator Buildup só pode ser usado em blindagens de3se

tipo. Se a blindagem for esférica, envolvendo orna fonte pon-

tual emitindo S R-T/seg, a razão de exposição num ponto da

superfície da blindagem é escrita por

Í , Xo B p ^ R ) e " ^R (8.13)

onde R • n raio da blindagem, B (/uR) é o fator Buildup no

ponto isotrópico da blindagem e X. é a razão de exposição na

125

j ausência de blindagem» ou seja,

J io - C 0o * (8.U)1 de acordo com a equação (8.5).

1 Como a fonte emite S fo'tons for segundo então, se hou -

ver ausência de atenuação a una distância R da fonte, o flu-

i xo de raio garoa passando atraví* da esfera deve ser igual ao

número de fo'tons emitidos pela fonte;

I S = 4 H H2 0(R) (8.15)

1 0 fluxo 0n de raios gama na fonte é

INesse caso, o fluxo não colidido 0» na blindagem pode

• ser escrito como

o

JÇ. - - 7 - 2 • r (8.17)

1 e o fluxo Buildup

I *" * Bp<"a' <8'18)A tabela 8.3 mostra os valores de B extraídos de J.R.

I I p

Lamarsh . Deve-se enfatisar que Bp e B^ sio funçÕM diferen-tes • devem ser usadas em problemas adequados*

I Para propósitos computacionais é conveniente expressaro fator Buildup como uma função matemática. vírle» dessas /

I funções tem sido desenvolvidas a. partir de pontos tabulados- de B . Uma das mais usadas é a soma de exponenciaisB_ « A1«xp(-i<1^I) * Agexpt-tfgywfi) (8.19)

" o u

1 Bp • ZlAn

#xP(-*<n'*) (8.20) >

onde AQ e«fn são funções da energia. A equação (8.19) • oo -

U i

126

IIIIIIIIIIIIIIIII

nhecida como forma de Taylor do fator Buildup e é suficiente

mente apurada para ser usada em vários problemas práticos de

blindagens. Uma representação mais apurada é a forma de Ber-

ger:

Bp = 1 + CARexp(-^R) (8.21)

onde C e p dependem da energia do fo'ton. Infelizmente essa/

forma, é mais difícil de ser usada em cálculos analíticos que

a forma, de Taylor.

Na equação (8.19), quando H tende a zero, B aproxima-

se da unidade pois nesse ponto não há espalhamento de fotcns.

Assim,

A l + A 2(8.22)

Fode-3e fazer A. = 1 - A.• Essa fonna de Taylor do f a -

tor Buildup é a mais usada. Valores de A., o(., < _, ex tra i -

dos também de J. R, Lamarsh , estão na tabela . 8 .4 . Com essas

considerações o fator Buildup torna-se:

B « k^'*1** + (1 - (8.23)

Material

Água

Concreto comum

Biergia(MeV)

0,5

1,0

2 , 0

3 ,0

6,0

10,0

0,5

1 ,0

A l

100,845

19,601

12,612

11,110

8,3853,535

38,225

25,507

'«1

0,12687

0,09037

0,05320

0,03550

0,01820

0,02991

0,14824

0,07230

-0,10925

-0,02522

0, 01932

0, 03206

0,04164

0,08717

-0,10579

-0,01843

Tabela 8.4 - Parâmetros da forma de Taylor do fator

Buildup para vários materiais.

127

Material

Concreto comum

Perro

Chumbo

Energia(MeV)

2 , 0

3 , 0

6 , 0

10,0

0,5

1 ,0

2 , 0

3 , 0

6 , 0

10,0

0,5

1 ,0

2 , 0

3 , 0

6 , 0

10,0

A l

18, 089

13,640

10, 781

4,015

31,379

24, 957

17,622

13, 218

5,867

1,747

1,677

2,984

5,421

. 5,580

0,926

0,311

- \

0,04250

0, 03200

0,01520

0, 02880

0, 06842

0, 06086

0, 04627

0, 044310, 06150

0, 09900

0, 03084

0,03503

0,03482

Ov 05422

0,17860

0, 24024

"2

0,00849

0, 02022

0, 02925

0, 06844

-0 , 03742

-0 , 02463

-0,00526

- 0 , 00087

-0,00186

0, 06627

0,30941

0,13486

0,04379

0,00611

-0,04635

-0,02783

Tabela 8.4 - continuação.

Fez-se alguns cálculos experimentais rápidos para se /

ter uma idéia do fator Buildup do concreto hematítico, mesmo

não sendo este o propósito deste trabalho. Utilizando-se da

mesma geometria, com exceção do colinudor, contou-se os fo-

tons de todas as energias que emergiam de um ponto na blinda

gem de concreto. Desse modo, pode-se evidenciar a existência

de raios guma de energia menor que aquela do pico do Cs-137

e do Co-60. 0 Na-24 não foi usado nessa experiência por ter

ele decaído a tal ponto que seria necessária nova irradiação.

A presente tentativa de determinação dos parâmetros ne

cessários ao cálculo do fator Buildup do concreto hematítÜ

co pela utilização da forma d« Taylor tern apenas caráter pre

liminar.

128

Propõe-se que novas geometrias sejam elaboradas, utili

zando-se de blindagens planas» cilíndricas • esféricas afim

de que se possa calcular de maneira razoável os parâmetros /

j das equações (8.12) e (8.23).

| 8.2 - Determinação do fator Buildup do concreto hematí

tico

I Inicialmente utilizou-se das placas de ferro descritas

na tabela 7.3 e a fonte de cobalto-60 para se ter uma idéia/

I do erro cometido. 0 coeficiente de atenuação foi calculado /

pelo produto da declividade da reta do gráfico 7*2, ou seja,

0,0483 cm /g, pela densidade do ferro, tabelada em 7» 87 ...

g/cm. Isso resulta no valor do coeficiente de atenuação li-

| near, /. = 0,380 cm" .

A geometria utilizada foi a mesma, com exceção do co-

I limador, pois desse modo estar-se-ia contando também os fo' -

tons que atingiram a placa em diversos ângulos, sofreram des

vios e vieram atingir o detector com uma energia menor.

• No uso do Co-60 manteve-se o analisador em INT « 1 , /

• DIP * 1 e GANHO - 4; e no uso do C«-137, INT - 1, DIP - 1 e

• GANHO * 8; mus em ambos os casos desfee-ae d* janela A E, t±

xando-se El >40mV afim de que todos os frftons maiores que es

I sa energia fossem contados e impedindo-se que a presença de

ruídos ou quaisquer outras interferências viessem interferir

I nas contagens.

Os valores dessas contagens, para cada placa superpôs-

I ta a outra estão na tabela 8.5.

Multiplicando-se M/A pelo coeficiente de atenuação de

I massa /*/t obtém-se os valores de /*x% ou seja,

(M/A).(Vr) (8.24) -v

Na tabela 8.6 estão os valores médio* das contagens C.

em cada valor de^x, já subtraido o BEGD médio assim como o

129 1

IIIIIIIIIIIIII1

BKGD

361

364

387

376

376

331

311

364

311375

0

10026

9798

9828

9803

9888

9864

9605

97499823

9808

2,208

91699268

9286

9023

8710

9067

9277

9144

9036

9185

M/A

4,388

851486358553

8510

8055

8705

8856

8810

8560

8545

(g/cm2)

6,568

8180

31978156

802474868026

8041

8300

8193

7861

8,812

7726

7604

7468

7558

7074

74457611

7428

7516

7564

Tabela 8.5 - Contagens obtidas na verificação do fator

Buildup das placaa de ferro a energia de 1,25 MeV.

11,008

7280

7193

6976

6931

7074

7047

72137298

7030

7094

13, 223

67396780

6568

66996876

6546

6529

6916

6719

6834

M/À (g/cm2)

15,401

6374

6378

6580

6417

6273

6295

6354

6342

6350

6313

17,88358415895

58545838

5783

573458535806

58665890

20,056

55765486

54435460

52945560557455805630

5559

22,252

52335335

507352985222

5170515753095150

5347

Tabela 8.5 - continuação

IIIIIIIIIIIIIIII1I

130

desvio padrão de cada uma cUs médias. Nessa tabela também fo

ram incluidos os valores de Qr calculados pela equação ....

(2.46), com a contagem inicial igual à encontrada quando são

contados os foton3 de todas as energias.

Da' equação (8.12), pode-se, por analogia, escrever

V ^ - V / * 3 0 (8-25)São diversos os fatores que influenciam nas contagens,

desde o fato de se considerar as placas de ferro puras até a

geometria utilizada, fazendo com que os valores de B ( /A X )

da tabela 8.6 sejam diferentes do real.

0

0,107

0,2130,3150,426

0,5320,638

0,7450,863

0,9691,075

'C - BKGD0

9450,4

8847,7

8205,57677,67130,6

6744,86351,8

5998,85467,25147,44860,6

8

92,47346,211

38,884

33,76943,45956,17549,72373,690

118,99156,70758,330

9450,4.8491,47637,46896,86172,2

5551,44993,1

4466,43987,13586,1

3225,4

(C. -BKSD)A>

1

1 ,04

1,07

1,11

1,16

1,21

1,27

1,34

1,37

1,44

1,51

Tabela 8.6 - Determinação do fator Buildup do ferro com

raios gama de 1, 25 MeV.

Flotando os valores de B (/<x), encontra-se o gráfico

8.1. A curva entre os pontos não foi ajustada adequadamente.

Para tanto é necessário que se conheça sua equação. A forma

de Taylor, dada pela equação (8.19), pareceu ser a mais indi

cada para o caso. Como.não se pode garantir que a contagem 1

nicial, quando M/A = 0, seja a mesma depois da curva «justa-

131

da, fez-se o ajuste de toda função; ou seja,

íIIIIIIIIIIII

(8.26)

onde B = A.exp(-o<yx) + (1 - A )exp(-«/yux) é a forma de Tay-

lor do fator Buildup e que está sendo usada para o ajuste da

equação aos pontos experimentais pelo método dos mínimos qua

drados.

0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2Gráfico 8.1 - Determinação de B do ferro.

m

BB termos de coeficiente de atenuação de massa, a equa

ção (8.26) torna-se:

(8.27)

onde X * M/A.

Fazendo o produto no segundo membro da equação (8.27)»

obtem-se:

C(X)

(8.28)

Essa equação pode ser reduzida para

Y = C.exp(AX) + D.exp(BX) (8.29)

Mi

132

onde

Y = C(X)

* A = - f/g («^ *- 1)

j B = -r/f («2 * D* " 0 . AXCO

I D = (1 - AX)CO (8.30)

0 problema agora se reduz em determinar os parâmetrosI A, B, C e D, que melhor ajuste a curva da função dada pela _e- quação (8.29) aos pontos experimentais.

I Assim como foi fe ito na secção 7.4» de cada ponto Y da

I curva deve-se subtrair o valor y experimental, elevar-se ao

quadrado e derivar parcialmente em função de cada uma das /I constantes

2 (Y-y)2 . C2I . * * . D?E . « . . I / • 20DZyeAX - ZDl yeBX (8.31)

Igualando as derivadas parciais a sero obtem-se

I

Cl Xe2AX • Dl X« (A+B)X - l Xy / X - 0 (8.32)

Dl X. 2 B X

Dl .2B]

0 valor de G

« . l

C

da

• d Xe(A*B)X -»l • - 2.

cl •(A*B)X - I•quação (8.34)

AI - D T «^ A 4 > BJ X

y.AX « 0

y*BX . 0

éi

0 (8.33)

(8.34)

(8.35)

I

I• Substituindo (8.36) em (8.3$) t isolando D,

I . I y B X I eAX - I y / X 1 «<A+B>X

* 2 . 2 A X Z. 2 B X - [Z / A ^ X ] 2

(8.37)

L _i L

133

Paru cada par de valores A, B pode-se extrair os valo-

. res de D atravéa da equação (8.37) e em seguida de C pela e-

' quação (8.36). Os valores A, B, C e D serão corretos apenas

ae anular ac equações (8.32) e (8.33). Como a soma de expo -

nenciais resulta!:; em núneros irracionais, é conveniente que

1 essas equacõer: tenham valores próxiinos a zero. Chamando a e-

quação (8.32) de í' e (8.33) de G, ou seja,

T-Cl Xe

i

IIII

_

1

2AX - D 2 x e ( A * B ) X - 2 =cyeAX (8 .38)

eI 0 . Vi Xe2BX , 02 Xe(A*B)X- I XyeBX (8.39)

então a soma

H = |P| + [C| (8.40)

deve ser mínima.

Os valores dos parâmetros A, B, C e D foram calculados

com o uso do computador Burroughs da OMG em cujo programa /

vários fatores foram considerados.

Analisando os valores de «Í e * 9 tabelados para diver-1sos materiais por Lamarsh , verifica-se que tanto «^ como * 2

I tem 0,3 como valor absoluto máximo. Sendo r/t menor que 0,1;

então os maiores valores de A e B devera ser menores que 0,13

| pois A = - /-/y («ÍJ+1) e B = - /*/s Ug+l), ou 0,1(0,3+1)=0,13.

Para informação t.upleuientar, o maior valor encontrado foi V

<*p s 0,309 para o chumbo a 0,5 MeV como pode ser visto na ta

bela 8.4.

I É possível ainda que certos valores de A e B anulem ' o

denominador E da equação (8.37), ou seja,

E = Ie 2 A X I a 2 B X - [ l e ( A + B ) X J 2 (8.41)

I Como o programa foi elaborado de talmodo que são procu

radoo valores de A e B, inicialmente deve ser calculado E e

se este for nulo, A e B deveft ser modificados. Caso contra -

,. rio, serão calculados D e C. Verifica-se aindu que se A *= B,

' a enuação (8,41) é igual a zero e j nula o denominador da •-

U L

134

IIIIIIIIIItI

quação (8.37). Portanto, impôs-se quo |A - B| 0,001.

Tendo sido calculado C e D, sube-se que sua soma deve-

rá resultar era Co e portanto não pode ser uin número pequeno,

próximo à unidade ou menor que ela.

Com OK valores de A, B, C e D, pode-se calcular o va -

lor de Y da. equação (8.29) quando X é um número muito grande.

Nesse caso, Y pode ser pequeno, mas nunca nulo ou negativo,/

pois isso iria contrariar as leis físicas da atenuação. Se

X = 10.000 por exemplo, ou seja, W/A - 10.000 g/cm , então ,

no caso do concreto cuja densidade é 4 g/cm , isso represen-

taria uma espessura de

K 1A

= 2500 cm. (8.42)

A exponencial e será da ordem de 10 se A for 0,1;

e IO 1 0 se A for 0,01.

Afim de que a curva ajustada passasse o mais próximo /

possível dos pontos experimentais, admitiu-se que uma dife -

rença da ordem de 30 #, acima ou abaixo do valor de cada pon

to, fosse tolerável. Se a soma das diferenças entre cada pon

to e a curva não superar a soma de 30 # de diferenças, o com

putador deve tornar este novo valor como o limite da soma d es

sas diferenças.

Com todas essas considerações satisfeitas, são calcula

dos os valores de F, 6 e H, comparando H com tun valor arbi -

trário HC = 1 0 e retornar ao início do programa se for ma-

ior. Se for menor, HC adquire o valor de H memorizando A e E;

voltando a procurar outros valores que façam H ainda menor.

Esgotados todos os valores entre 0,13 e -0,13, A e B /

deve ser utilizado como centro em tomo do qual novos valo -

res serão procurados, desta vez cora intervalos 10 vezes me -

nores. A primeira procura de H no programa elaborado, foi /

feita em intervalos de 0,01, a segunda 0,001, até 10 .

I

Li L

IIIIIIIIIIIIIIIírr

135

No prof.T Jinn a p r e s e n t a d o no Anexo I I I , os v a l o r e s de lis

e NI devem s e r mudados secundo o número de pontos exper imen-

t a i s Tá e do v a l o r do c o e f i c i e n t e cie a t enuação de maf.e.a NI .

On ri r. de A, & e •* c a l c u l a d o s deysa manei ra parti

o ferro submetido ao Co-60, estão na tabela 8.7. Os resulta-

dos de 3 (/"x) = C /C , calculados pela forma, de Taylor da e-

quação (8.23), estio na tabela 8.8 e traçados no gráfico 8.2.

S(lVieV)

1,25 3,6555» — •

-0,345

>*2-0,324

Tabela 8.7 - Valores àui\ constantes da forma de Taylor

o fervo.

o,0,

o,o,0,

0,t,

• X

0

3 07

213

315

126

53?

Bjn

1,00

1,04

1,09

1,13

1,18

1,24

/0,

0,

0,

0,

1,

,x

638

745

863

969

075

1,

1,

1,

1,

1,

Bm

29

35

41

47

53

Tabela 8.8 - Pu tor Buildup <3o ferro a 1,25 MeV, calcu-

lado p<;la forrn.i de Taylor.

B1.6-H

1. 4

1,?~-

1

m

1 I I 1 ! 1 1 I I0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2

Gráfico 8.2 - Fator Buildup do ferro a 1,25 MeV.

1

-m> I-

136

IIIIIIIIIIr

O concreto, quando submetido a.0íi fotons do Cs~137 e do

Co-60, apresentou its contagens das tabelas T.21 e T.22 do A-

nexo I respectivamente. As contagens médias C.- BKDG e cadao

desvio padrão s estão nun tabelas 8.9 e 8.10. A par t i r des-

ses dados, fe/.-se o ajuste dos pontos com o programa, do Ane-

xo III , o que resultou nos parâmetros A, «' e °< da forma de

Taylor moss trad os na tabela 8.11 e que permitiu a elaboração/

da tabela 8.12 e dos gráficos 8.3 e 8.4, representando cada/

um deles o fator Buildup a 0,662 MeV e 1,25 MeV de energia /

respectivumente.

M/A T

0,0 Ji

4,054'

' ' 6,198|

' 8,352!

10,702

12,401;

Q-3KGDb

10372,

11257,

11195,

10887,

10703,

9773,

3

9

6

0

32

£

121,

78,

100,

137,

184,

118,

j

209

501

698

850

951

998

14,076; 9103,3

16,455; 8811,7

18,130! 8149,5

18,599: 8771,1

','Q, 274; 7643,3

22,428

24,328

i 26,476

27, 958

30,112

32,012

7401,8

6539,0

6152,1

5864,8

5457,5

4887,4

128, 829

89,324

81,872

107,708

120, 822

91,471

70,329

111,455

73,339

58,830

82,841

Tabela 8.9 - Contagens médica obtidas para o fator Bu-

ildup do concreto a 0,662 KeV.

137

IIIIIIIIIIIIII

M/A

(g/cra")

34,161

35,836

36,310

38, 215

3S89O

40,359

C -BKGDb

4458,8

3867, 7

4135,4

3707, 2

3140,5

3349,1

Tabela 8.9 - continuação

Ê

133,86,

75,

79,

82,

75,

630

187

264

734

375

191

M/A

(g/cin )

0 , 0

4,0546,198

8,352

10,702

12, 401

14, 076

16,455

18,130

18,599

20,274

22,498

24,32826,476

27,95830,11232,012

C, -BKGDo

11004,3

12004,312459,712863,1

12598,811940,6

11679,311507,710788,3

11371, 9

10339,3lo769,910048,78956,9

8807,78422,97845,7

158

157

157,156,

221,

84,

224,

113,

103,

153,

128,

103,

160,

149,158,

139,156,

3

,312

,106

675

083

023

086

479

832

315812

757

794

256

144358

079

137

Tabela 8.10 - Contagens médias obtidas para o fator Bu

ildup do concreto a 1, 25 MeV»

138

íIIIIIIIIIIIIII1

M/A

E/cm )

34,161

3% 836

36,310

38, 215

39, 890

40,359

Cb-BKGD

7623,4

6863,9

6902, 76514,8

6022,1

6105,1

s

136,035

136,193

101, 556

96,185

120, 927

85,735

Tabela 8.10 - continuação

Energia! (MeV)

| 0,66?

1 1,25

A

30, 2234

5,0625

"v l

-0, 0851

-0, 0704

-0,0395

0,3925

Tabela 8.13 - Constantus da forma, de Taylor do fator

Buildup puru o concreto hematitico.

A' X/

0 , 0

0,4

0,8

1,2

1,6

2 , 0

2 ,4

2,8

3,2

3,6

4 , 0

Energia (MeV)

0,662

1,0

1,58

2,192,833,504,214,945,716,527,378,25

1,25

1,0

1,732,392,973,503,974,414,815,105,535,86

Tubela 8.12 - Fator Buildup do concreto hematitico

! ! „

IIIIIIIIIIIIIIIfI

139

Bm

0 2 4 ^

co 0.3 - l'utor Buildup do concreto hematítico a

0,662 KeV. O a junte da curva aos pontos experimentais se

fez coir. o uso rle uiu computador.

B15 m

I

O Z 4 - 'A

Gráfico 8.4 - Pu tor Uuildup do concreto hematítico a.

lf ?5 R.eV. 0 a.-ju::í;e d.- curva ao:; ponto;; experimentais se /

fesí COJÍ' o UHO tiej um c

I Os p;-.râmeti on da forma de Taylor poderiam ser calcula-

dos ôv. maneira ma it; i 'acil, sem o uyo do computador, se os va

I lores exijurinn-iitai^ não precisassem ser ajustados. Acontecen

do isso, da curvL. obtida são necessários ui enas três valoi-es

I t a i s que x forme uma progressão do tipo x, 2x e 3x.

_ Considere-se a forma de Taylor, dada pela equação . . . .

1 (£•!£)» como sendo a função

I H = A>VX + (1 - A)i5X = A (tf* - XX)Í-ZX (8.43)

onde

,, =. ex.;(-^) (8.44)

Z = exvi-«2/<) - (8.45)

m Tom-itiâo 3 pontos da curva, BI = B(x), B2 = B(2x) e /

™ B3 = B(3x), então

iil = A(WX - ZX) + ZX (8.46)Pv 9Y OV

B2 = A(W - Z ) * Z (8.47)

B3 = A(W3X - Z3Z) + Z3X. (8.48)

Isolundo A nu equação (8.46), substituindo nas equações

I (8.47) o (8.48) e fazendo as devidas simplificações, obtém-

se:

WX(B1 - ZX) - (B2 - BI ZX) = 0 (8.49)

eV/2X(B1-ZX)+WXZX(B1-ZX)+B1Z2X-B3 = 0

(8.50)

Subst i tuindo VVX da equação (8.49) em (8.50)

• (B12-B2)Z2X+(B3-B1B2)ZX+B22-B1B3 = 01 (8.51)

x x

Da equação (8.51) obtem-se [<V e Z . Das equações

(6.44) e (ÍÍ.4Í?) pode-se escrever

T !* = exp^/.x) (8.52)

141

Z* «= exp(- .y2^x), (8.53)

sendo detcn1.in..:ioü ^ e <*' já que x e /< são conhecidos. 0

valor de A mode ser obtido por qualquer una das equações:

(8.46), (0.47) ou (8.48).

Notou—s« que, no uso da equação (8.51)» pode haver um

desvio mui !.o / ru.ule no? parâmetros cia form».- de Taylor se os

valortf; experimentais, ou a lei tura no gráfico obtido coni es

ses valores, nu o forem precisos. Considere-se, por exemplo ,

unfa curva onde «í >. = -0,2; oi ^ = - 0 , 1 ; A = 4; e os re -

sultados B(3) = 3,238891; B(6) = 7,814106 e B(9) = 16,81Ç775;

com aproximur;áo até a sexta ca.'3a decimal. Os valores das oona

tantes da fomia de Taylor, obtidos cora as equaç/ões (8.51), /

(8.52), (8.53) e (8.46) a par t i r desses resultados, são iden

ticos .\ÍOÍ! anteriormente atribuidos; nus se forem considera -

das aperii/:; duas Ccj.nu.s decin:ais de cada um doa resultados de

B(3), B(6) e B(9), obtem-ce «<^^ = -0,2047, oi2» - -O,O8Ç8

e A = 3,5833; demonstrando a presença de erros devido a ful-

ta de precisão dos dados uti l izados.

Isso demonstra que a utilização da forma de Taylor exi

£• que os dados experimentais a serem utilizados sejam conhe

cidos com elevado grau de precisão.

1

. o 0 o .

14?

9 - COMCI.UoT^o

9.1 - Introdução

Como foi descrito noy primeiros capítulos do presente

trabalho, a produção de natureza, variada e complexa de radia

ções no interior dos reatores nucleares exLfe soluções tam -

bem variadas e complexas quanto aos métodos utilizados para

a blind-igeru dessas radiações. De qualquer maneira, as solu -

çõen adotadas pura a blindagem incorporam geralmente uma se-

ção final e externa da mesma , a qual se destina em última /

instância a reduKir o nível da radiação a valores compatíveis

com os limites geralmente aceitos, não trazendo riscos à se-

gurança das pessoas presentes nas áreas correspondentes. No

caso de reatores de potência esta última seção da blindagem

é constituída geralmente de materiais que apresentam como /

principal propriedade um compromisso entre as caractensti -

cas seguintes: alta eficiência po.ra a blindagem das radia —

çoes; custos relativamente baixos; capacidade de se auto sus

tentar estruturalmente e facilidade de ser montada e/ou tra-

balhada.

Os concretos, em geral, são materiais que apresentam /

essas características. Sn especial os concretos pesados, os

quais são preparados de modo a se obter densidades maiores

do que Ó.S do concreto comum, aumentando assim a sua eficiên-

cia p«.ra L. absorção das radiações eletromagnéticas, forma /

sob a qual são absorvidos os diversos tipos de radiação na /

mí-ior parte doa canos.

0 concreto hwnatítico é uma das soluções possíveis pa-

ra a obtenção de urn oncreto pesado. Para as condições do /

Brasil, quft possui imensas e excelentes reservas de minério

comp icto de ferro, a utilização de blindagens constituídas

d(? concreto h-.matítico pode vir a apresentar vantagens técni

cas e economic*.*-; m e centrais do programa nuclear brasileiro.

I9.2 - Preo.:.r;jção do Concreto Hematítico.

IIIIIIIIIIIIIIr

143

OB an^ecto:? identificador; cor;io ifeti:: importantes nu ore

n-. niçTlo no conrn-ii) pt--:;.;..do hom^li tir:o qu.mdo se visa obi.er /

ar: propriedade;: dese j.'veis pc.tr.:. blindagens foram:

9.^.1 - ^elee.lo do minério u ser usado.

No;- I:2J/:Í':ÍJO. ensaios de preparação das amostras para.

o presente- trubulho do tese verificou-se que é altamente in-

conveniente a nresençu de diversas impurezas cujas proprieda-

des sentia muito diferentes das propriedades do minério cie /

ferro, ou seja, b^ixa densidade e baixa resistência, compro-

metendo desse modo as propriedades estruturais do concreto.

AG impurezas mais comuns que foram identificadas entre

as primei rue arnoL'trus do minério foram a sil icu, limonita s_e

mi-decoxpo3ta e bastante friável ale'm de argil^s e outras im

nurezas corna-nente chamadas de "canga" pelo pessoal que traba

lha ern mineração.

9.2.2 - Granulometria dos agregados

Prt>curou-se escolher o minério de maneira que sua gru_

nulometria fosse aproximada à granulometria clássica do con-

creto comum. Os três lotes de granulometrias diferentes fo-

ram analisado» e a proporção de cada um deles foi calculada/

para uiri primeiro traço de concreto. Os resultados mostraram

nue nova fçranuloraetria deveria ser imposta àquela cora que fo

ram receoida;; essas amostras, principalmente no agregado miú

do que se :JJOÜtrava fora doa limites granulométricos estabele

ciflos pelar; enpccificacões brasileiras. Optou-se portanto /

por uma técnica quo pudesse ser facilmente reproduzida eir. es

cala rrváor f»uant3o da preparação do concreto para blindagens

em reatores.

9.2.3 - Dosagem, aRsentamento, vibração e homogeneisa-

ção do concreto.

Como visto no item 5.3 a quantidade de água necessária

144

para uniu boa tras»j.lh.-ibilidade ficou muito acima da quantida-

de calculada, uwnant imlo o futor á^ua/cimento e provocando /

uint. nufd-x na rerL:;têncÍH à courreíssâb do concreto. Como se vê

no item 5.4, T>roeurou-se aumentar também a quantidade de ci-

mento. Os ro.':ultú..doL- u'reseritu.dot-: na tabela 5.4.1 mostra que

o consumo de cimento foi muito alto afim de que fosse sn&nti-

du u relação oViuu/cimento em 0,4. Além da facilidade de manu

seio do concreto, uma maior quantidade de água, comparada /

com a quntidj.de usada em concretos comuns, foi necessária /

devido a c.upicidude elevada de absorção por parte dos agrega

dos. Outr.. dificuldade foi na operação de vibração do concre

to qu.ndo se utilizo, vibrudores comuns devido a alta densida

de da hemütita.

9.2.4 - Coaclusões e recomendações.

A utilizaçlo de maiores quantidades de cimento resul -

tou num decréscimo da densidade, que ficou em torno de 4,0

g/enr. Além digso, a inadequação do vibrador fêz com que as

extremidades superior e inferior do corpo de prova utilizado

p.ari a determinação do coeficiente de atenuação se mofltrasswi

com densidade menor que a p^rte central desse corpo de prova,

Isso pode ser visto na tabela 5.3, onde as placas de números

1 e 2 forain tiradas das extremidades acima descritas. É por-

tanto necesoírio o desenvolvimento de técnicas adequadas a-

fim de elimin-.r eases inconvenientes.

9.3 - Prep-.r*ção daa amostras pura a determinação do /

coeficiente do atenuação.

Com-) se vê no item 5.5, com a utilização da serra de /

disco à bjiViQ de diamante e a e3colh.-j. da adequada forma e di

nensõeo dar; amostrai em bruto não se encontrou maiores difi-

culdades T>;..ri a preparação das amostras a serem diretamente

utilizadas n-xa medidas do.-s coeficientes de atenuação dos di-

ferente» tipos de materiais. Uma vez que as extremidades do

145

corpo de prova de concreto possuia tuna fração anormal de va-

zioo e densidade menor, utilizou-se, pura. a determinação do

coeficiení.<! do atenuação, apenas as placas cortadas da parte

central des.se corpo de prova.

9.4 - Calculo teórico doa coeficientes de atenuação.

Os coeficientes de atenuação linear e de massa foram /

calculado» car: o UHO da equação 2.44 paru o concreto heraatí-

tico, ar umaí-rja o hemutita. As análises da composição desses

rn;j.terij>.ifif u:iud;u; nesses cálculos, estão na tabela 6.3 e os

resultados C>O.J cálculos estão nas tabelas 6.4 e 6.5. Como p_o

de ser visto no capítulo 6, foi necessária a correção da com

posição afiiü de fechar em 100 5» os resultados das analises, o

que naturalmente repercutiu nos resultados doa coeficientes/

calculados.

9.5 - Medidas dos coeficientes de atenuação.

9.5.1 - Instrumentos usados

0 esquema da aparelhagem usada está descrito no item /

7.? e mostrado na figura 7.2 e tabela 7.1. Como pode ser vis

to, na calibração doa aparelhos procurou-se em cada caso ob-

ter as condições ideais de funcionamento usando-se como cr i -

tério a obtenção dos* espectros do Cs-137» Co-60 e Na-24. A-

•oresentação maio detalhada estão nas secções A e B do anexo

I e rráficos do anexo I I .

0 conjunto de aparelhos utilizados não representa o i -

deal para a pesquisa pretendida. Pesquisas mais detalhadas e

profundas, utilizando um melhor conjunto de aparelhos, neces

sitam ser feitas no futuro.

9.5.? - Montagens e geometria.

A figura 7.4 representa um esquema da montagem e respjc

tiv/i geometria utilizada nu determinação dos coeficientes de

atenuação. A encalha desse tiiio do montagem resultou de urna

serie de medida» preliminures a partir doa materiais e equi-

_J

I 146

IIIIIIIIIIIIIIIIIt

pamentos disponíveis. Deve-se reconhecer que ela não repre -

senta u:: condições ideais sendo necessárias algumas melhori-

as ei.i trabalhos futuros. Uma das modificações é o aumento da

espessura do coliirudor, o que exigirá a utilização de fontes

iriiii:* inl<:jjí.í,i:{. Ucria desejável também u utilização de de teto

res in,.is sen.aíveis e um suporte de geometria mais adequada.

No itf-ni 7.5 itode-so ver o que foi feito para a verificação /

da. /»eoiiiRtri*i. e montagem. A diferença de cerca de 9 £ entre o

valor medido o o Valor teórico do coeficiente de atenuação /

de massa do ft;ri'o, pode em p^rte aer atribuída à presença de

ferru£.em naí; placas sendo provavelmente na sua maior parte /

devido às limitações da montagem e métodos de medidas.

9.6 - Resultado:? experimentais.

Um resumo dos principais resultados experimentais es -

tão descritos no item 7.6 e são apresentados nus tabelas de

7.6 a 7.14 e nos gráficos de 7.3 a 7.11. Uma apresentação /

detalhada doa motimos estão tabelados na secção "C" do anexo

I.

Os ponto;: experimentais dos gráficos foram ajustados à

reta pelo método dos mínimo» quadrados como descritos no i -

tem 7.4.

Toiundo-se como critério para a avaliação dos resulta-

dos experimentai:1; e da reta que resultou do método de ajuste,

a proporção de pontos que estão di.stantes da. reta num valor/

maior que o desvio p;.drão conclui-se o seguinte: à exceção /

do gráfico 7.9# todos os outros recultadow podem ser conside

r&dos como estatisticamente coerentes e aceitáveis. No gráfi

co 7.9 esse:; afastamentos são ligeiramente maiores. Isso se

deve princip,ilineiitü à:j limitações na montagem e geometria eu

jos efeitos são maiores para os raios gama do Na-24 devido /

ao niíiior valor de sua energia, pura a quul deveria ter sido/

utilizado um coüimudor de maior espessura. Isso entretanto e

u

II

I

147

xi£iri;.i a ut > 1 Lz-oão do fontes mais int'ensas ou ui:> detetor /

• mails eficioiil:e. Caso fosseir. abandonados os pontos que uiuis /

se ufur-t.ai. (h reta e novo ajuste dot: pontos restante fosse /

I feito, a rel-j. encontrada teria unu declividade maior, o que

corresponde i um maior valor do coeficiente de atenuação.

• 9.6.1 - As fontes de radiação c<ama utilizadas.

Procurou-se utilizar fontes de xudiação que cobrissem/

• unia fadx.i suficiG:«ente ampla de energia de raios gania de mo-

do a compreendei' a maior parte dos gamas produzidos num rea-

I tor. A« fontí;; utilizadas, Cs-137, Co-ôO e Na-24» foram sele

cionad.n priricipiliaente devido a facilidade de obtenção e u-

S tili2.i.ção. Goaio Na-24 não podia ser introduzido diretamente/

_ no reator Triga da Nuclebras, a fonte radioativa foi utiliza

I da na forma de cloreto de sódio. A escolha desse composto em

• particular foi devido a não eir.isnão de raios gama pelo cloro

^ quando irraüi;i.do er;; UMI fluxo de neutrons típico de um reator

• térmico.Outro aspecto particular no caso da fonte de sódio fox

I ,i. necessidade üv corrigir os valores encontrados nwdntu —

gens j>;~ra so Invar em conta o seu decaimento durante o tempo

• er» que- foru:: J'eifcuij an medidas em vista de sua meia vida re-

lativarrirnio curta. A descrição dessa cori'eção está no item /

| 7.3.

9.6.2 - Valoren conconficientes de atenuação.

I A tab oi; 7. lr- mostra uia renumo do» valores dos coefic^

enten do ;..t<iniuç~.o de maoaa encontrados p..rat os três muteri-

] ai» (excreto heinutít J co, argamaisua hernatítica e heiuatita) e

para as três energias de raio gama (0,662 I/LeV; 1,25 MeV e /

2,75 MeV). Nessa tabela, para efeito de comparação, estão /

também os valores do coeficientes de atenuação de massa cal

cuiados teoricamente a partir das composições dos diversos /

materiais como está descrito no capítulo 6,

1/18

IIIIIIIIIIIIIIII

Tu.-bfii.i Ti.-i.r.-j. e f e i t o de como..ração são apresentados n a /

i 7.1fj o:; V.J ores medidos cio:.» coe f i c i en t e s de atenuação

l i n e a r ãear.en t rê ; ; ma te r i a i s juntamente com os va lores t a b e -

lados 0...1M concreto:: do outros t i p o s Gncontrados em l i t e r a t u

rar, e«pecial.i '/ad u i .

As í.riitcipai;: conclusões que se pode t i r a r desses da -

dos silo a:: s e g u i n t e s :

• os coe f i c i en t e s de atenuação de massa para ra_i

os gama de uin i inesuia energia apresentam va lo re s aproximada -

mente conat.-inl.es para os 3 m a t e r i a i s . O maior afastamento ve

r i f i c a d o fo i no caso do r a i o gama do Co-60 o qual f o i supos -

to e m i t i r UM gama médio de 1, 25 MeV quando na r e a l i d a d e e l e /

emite dois ^aman em casca t a ; um de 1,17 MeV e outro de 1,33

MeV.

• o gráfico 6.9 do anexo I I representa o coefici

entr do a.tenu...çTío de nussu dos 3 materiais estudados em fun-

ção da ener/ri-.. rio raio gama e foi utilizado para a avaliação

do:i v.tüorr;:: fixtrwno:; do.-> coeficientes de atenuação de imuum

nus enerf;i;u: de 1,17 e 1,33 MeV. Encontrou-se uma largura da

faixa de cerca de 7 ';' do valor médio. Isso corresponde a cer

ca de 50 "f> du largura entre os extremos dos valores experi-

mentais para or. raioa gama do Co-60 mostrados na tabela 7.15.

• as variações restantes, de cerca de 7 # para /

os raios £<j.ma do Co-60 e de cercu ãc. 4 <$> para OH R»ÍOS

do Cs-137 e MÜ-24, são uindu. muito iij.iorea que aa Vari

do;3 valoro:; teórico.'} mostrado!? t.tmbém na tabela. Isso pode /

ser compreendido se forem levados em consideração os erros /

provenicntfiM d >.» análises d-.im coiflpoaigoey dos m/.teriais estu

dado», bem como ar? limitações da montagem e geometria u t i l i -

• o:? vj.lore:j dos coeficientes de atenuação <lc /

tnas3a cnlculndos teoricamente incorporam erros provenientea

1/19

I

IIIIIIIIIIIlI

dos erros n .••: -m-iliae:.; de composição doa materiais. A exio -

• tênciu e ira -.•ortri.u.ci-j. relativa de tais erros é sugerida quan-

do se verifLoi que, com apen.in unia exceção, todos os valo -

I re;? exívjfiiiii.-nt ai..; suo menores que 03 valores calculados teo-

ricamente.

• a exceção, quo corresponde ao caso da argamajs

sa par.», on r.*ios gani:>. do Co-60, pode ser interpretada como /

sendo devida a existência, realmente, de dois raio.s gama; um

de 1,17 MeV e outro de 1,33 MeV.

• os erros devidos àn limitações da montagem, /

fíGOcietrin, an..relhif:em e métodos de medidas utilizados (es-

pessura, ,lrea, densidade), são obviamente de natureza esta -

tística.A suu influência sobre os resultados experimentais /

respondem pelo rtíytunte das diferenças não explicadas. Pode-

se esperar que tai-j limitações exerçam m&iu fortemente suas/

influências p..ra o caso doa garaas do Na-24 devido principal-

mente à espessura insuficiente do coliraador.

• IVJ. tabela 7.16 pode-se concluir as vantagens /

do concreto hematítico sobre os outros tipos de concreto com

exceção daquele que utiliza fragmentos de ferro.

9.7 - 0 fator Buildup

Hnbora não tenha feito parte do plano original de3ta /

tese a intenção de medir o fator Buildup dos materiais estu

dados ou tentar desenvolver correções apropriadas para o cal

culo desse fator, resolveu-3e incluir um trabalho preliminar

de pesouisa sobre essie assunto.

As lin;it-xç'oeo du mont-t eia, apar^lhagein, geometria e in

tensid.i de d t; f oites não permitiriam a realização das medi -

das ex)eriincat-.i:3 com a precisão necessária pu.ra estudos de

I Buildup. Os ruauJ. txdo;:; coment-idos a ye/juir- devem ser conside-

- rados como de carlter apenas preliminar. Sugere-oe que e3tu-

r doa m..ifj completos e profundos devam ser feitos no futuro.i

130

9.7.1 - (J;''ic:;"I.OH teórico.-.; do fator Buildup.

A tj.beli 8.3 ilu.itra o-:, cálculos esti/iutivo.-.?

dos p..r.. .-x uv.li.^?~o do fator üuildup do concreto hematítico

n,, enerri • • do CB-137 e Co-60. Os calcules f or*m feitos por

in t e rpo rão entre o;* valores dos fatores da água e do ferro.

?or su.i vez, es;je^ últimos valores p. .r.1 as energias de inte-

resse for.Li, t^.bé^. doterninudos por interpelação entre OÍJ va

lores? uostr;..<lo.: in tabela 8.1. .Para a reulização ãu. intoruo-

luçr.o do f;ttoi- Buildup do concreto entire o.s valorem du ú.(:ua

I e <!o forro c. Unilou-ua previumoüto o número u.to:fiico médio do

concrato heuutít.i.co a partir dos dado« mostrados n«. tabelu /

8.1 e utilistu-ido-ae da equ;dQu.o 8.9.

• ]5acontrou-se um número atômico médio .do concreto heraa-

t í t ico de IA,76; compreendido portanto entre o número atômi-

co médio da á/niu (10/3) e do ferro (26).

OÍJ en-oa cometidos normalmente era todas as interpola -

| çoes e o gr*ru\e número de interpolações que for,im feitas su-

gerem u pouca confiabilidade dos valores mostrados na tabela

8.3.

'J.7.2 - Correlações empíricas para o cálculo do fator

Buildup.

As correlações nu ia conhecidas para o cálculo do Build

I up rios materiais mu is comumeute utilizados em blindagens são

a fonnu do Taylor lao.jtrada na equação 8.23 e a forma de Ber-

ber iiiootrada n.i fiquucao 8.21.

Mo itc.ii y.? proourou-se, a partir de determinações ex-

perimentai i, e:.;ti:uar oy parâüietroü que >ennitis;jem reprcaen-

• t j.r o fator buildup do concreto her;utítico pela forma de Taj

lor . E33«, ionn- foi er;colhida poiy na literatura especiali*a

| d i sS-° encontrado •. m,.ior núraero de dados necessários a sua u

til ização.

I

I

I

II

II

1I

9.7.3 - Kedidaa do fator Buildup.

I Pez-se uma pesquisa inicial tentando-se determinar o fa-

tor 3uildup do ferro utilizando-se p^ra isso algumas placas/

I desse material exuontas a fonte de Co-60. Os resultados des-

sas medidas sTlo mostrados nan tabelas 8.5 e 8.6. No gráfico/

J 8.1 estão representados esses valores e a curva entre eles /

porem foi traçada sem qualquerajuaturaonto. 0 ajuste foi fei-

I to para a fónauli-. de Taylor com o uso do program., de couiputa

I dor drcjcrito no unexo III e Oí5 resultadoa correspondentes es

tão na tib"K 8.Í' e no gráfico 8.2.

_ Co!i!"ar.nilo OL; v.lores obtiüoo após o ajuste cora o re -

• sultado quo nu pode obter após a interpolação mostrada nu. ta

bela 8.3 verii'ic.—uc um afastamento entre esses Valores do -

cerca de 20 •'..

9.7.4 - 0 fator Buildup do concreto hematítico.

As tu ;olus 8.9 e 8.10 apresentam os resultados das me-

| didua exoorimontuis feitas para a determinação do fator /

Buildup do eoncroto hematítico respectivamente p^ra as ener-

| gias do Cs-137 (0,662 MeV) e do Co-60 (1,25 MeV). Esses valo

res foram ajustados para a forma de Taylor com o uso do pro-

grama de computação do anexo I I I . Os parâmetros necessários/

pa» ease aju:te, Calculados pelo computador, são mostrados/

na tabela 8.11. Ma tabela 8.12 estão os valores dos fatores/

( Buildup CD.lculj.flos por esse ajuste e as curvas corresponden-

tes sTlo mo-jtr.xdou nos gráfico 8.3 e 8.4. Nessee gráficos es-

tão mostrados também ou resultados experimentais utilizados/

p.kra eaae ••i.iuute.

9.7.5 - Cojiclusõe3

Caiiiíarando-se os valores do fator Buildup obtidos por/

a.iU3to do:,- resultados experimentais com os valores obtidoj /

por internol, oto d. tabela 8.3 conclui-se o seguinte:

] • par., a energia mais baixa (0,662 MeV), na fui-

II

II

III

\ v

Vj2

x;. <je v..lot'c : ti(j , .x ut ilin-uU; o aí'i-.--~> tamento entre e^e^ va

I lore;? criir.cr- iuicialiiu-nte a u;i.a taxa de cercu de 12 •;''. pura

cud-i vi lor imit:'.vio cl•? /<x em «x = 1 atingindo u»ia taxa de

I cerc. d--; 6 ' ' por u;iir.í ;de de /.x paru /*x = 4. De qualquer mu

n(;ir-i, n-i i".ti>:.-.. <i." interer.;.; e o afu -taiuento médio e de cerca

I de 7 '/• por u:Ldx<tf; de y-x,

lio exli-ir-.io fsu^erior do intervalo o afastamento é de a-

| proxLíiyflui-itr.te 2!i ' do valor médio entre os dois valores. /

Tendo em vista u.a li 'aitacoes e deficiências de ÍUIQOS OS con-

I juntos de v-lorer; referidas anteriorr.ie.nte, pode-se esperar /

_ U'i aíV t-'-si^nto des;?.--* ordem.

• • a. coiíf>iração entre o« valores obtidos por in-

I tí?rnoli-Q~o e on /ilorfi.^. obtidos pelo afastamento para os âo-

i.-j valore- (!•; energia do r^io £U;Ü-.I. sugere que uleni dos erros

• di,'VÍ'J«>/5 a X'a/.ü(- ,j;í citadas a considerarão de uii: raio >';:tma

médio do 1, r'b üvV imi lido pelo Co-60 cm lu^ar da situação re

• !*1, i::to é, u- Í ; ; . :. <Jy 1,17 JVieV e outro de 1,33 KeV, tom í"or

te i.-iJTiuVic L i n> la tor 'df Juildup. Verifica-se entretanto /

I que eve efeito toi'na-se menos acentuado com o acréscimo da.

espessura do material . Possivelmente esau influência seja /

I próxima daquela exercida n.<.n lisedida..; do coeficiente de atenu

• a energia mais al tu do raio gama do Co-60 con-,

t r ibu i t;.r:iué;ri p .r.i xt::|ilij.r os erros devido at; limitações e /

deficiências referidas anteriormente; montagem, geometria, a

p -.relh i/'eiii e método da medidas.

I • vorifieou-se tarabéi.i que o ajuste da fonsia de /

ITaylor p.r-j. o;n ve;:ulti.do.*3 experimentais obtidos pode ser sa

tif5f<;ito por outro conjunto de parâmetros diferentes. Isso é

* pruvuvelri<>uto c nxr.xõo principalmente pela luivíura limitada /

- d- 1'uix-i d<- valore;; de /'X utiliü^dos (Ou 3)» Por outro l a -

J do, es ai liü.itanão é rc-jporwuVel por uma grande parcela dos

i 5

Ierros cometidos no ajuste. No final do capítulo 8 é mostrada

ainda a forte influência que a prev xsão das medidas experi -.

mentais têm sobre os parâmetros de ajuste.

IIIIIII

IIIIlIí

i

0 0 0 .

IIIIIIIIIIII

A N S X 0

Contagens obtidas na calibração da aparelha

gem e determinação dos espectros do Cs-137,

Co-60 e Na-24; dos coeficientes de atenua-

ção de maasa • fator buildup.

154

155

J

A - CALIBRAÇ7.0 DO ANALISADOH DE PULSOS

E l / 2

(mV)

' 10

25

50

75

100

125

150

175

200

225

250

275

300

325

350

375400

INT

0 , 1

37436

4677515378

608311348

2499146

45

21

8

0

C

0

0

1

0

0

0 ,2

4000748508

148835389

15453785

137

38

27

30

0

0

0

0

0

0

0,5

57514

4303410846

15005547

98

37

30

1

0

0

0

0

0

0

0

1

70789

25994

16035357

71

6

0

0

0

15

0

0

0

0

0

0

0

2

73299

23033268

50

0

0

0

1

0

0

0

2

0

0

0

0

535590

191

0

0

1

3

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

Tabela T.I - Contagens obtidas na oalibração do anali-sador de pulsos para a determinação do «espectro do C«-137.(DIP « 0,1; GANHO = 4; AÍ - 50 «V; j t * 15 ••*•)

156

El/2

(mV)

10

25

50

75100

125

150

175

200

225

250

275

300

325

350

375400

425

450

475

500

0 , 1

1SO37

1968929999

15104

84157096

2847

4603

10079

2099

257

9946

40

20

8

14

3

30

0

0 ,2

20167

21021

30868

13463

8664

6324

2543

7615

7651

615

137

71

3926

18

10

4

0

0

0

0

INT

0,5

25137

31313

27119

10960

7270

3827

12757

1569

251

80

43

23

17

1

1

0

0

0

0

0

0

1

38997

47726

16663

6596

15776

1597

189

83

378

1

0

0

1

0

0

0

0

0

0

0

2

68269

3718918126

1923

194

55

3

1

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

5

82851

20335

136

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

Tabela T.2 - Contttgens obtidas na oalibração do anali-

sador de pulsos para a, determinação do espectro do Cs-137.

(DIP = 0,2; GANHO . 4 ; E - 50 mV; t « 15 »eg.)

El/2

(mV)

10255075

100125150175200225250275300325350375400425450475500525550575600625650675700725750775800825850875900

0 , 1

1127492769555

130291621013675711345653846360328741545

9491475342348713009

753195856827301911

878434316000

0 ,2

11031974*9898

132501641712755672545483785

j 3583261813141011161340894861227350613688532727171911U7563030000

JUT

0,5

119309193

118951631318071

9570533642564027271312931167303155213420

686173

864934241679

15801163036000

1

15097127461961622481102316553529429371555389173671977

287143

61532815

6793300000000000000

2

2383329228278631098778943330

104491767

260120532919710100000000000000000000

5

6615337840182952989

299793100000000000000000000000000000

Tabela T.3 - Contagens obtidas na calibr.ição do anali-

sador de pulsos pura a determinação do espectro do Cs-137.

(DIP = 0,5; GANHO * 4; -aE « 50 mV; At = 15 seg.)

158

El/2

(raV)

10255075

100125150175200225250275300325350375400425450475500525550575600625650675700725750775800825850875900

1000

0 , 1

67567719545469479033

105311163690545536381630092837277625731754

9()1734

100715932475378630301321

410211105

806339231514

91110646

0 ,2

66887717563770699146

10760117338796544737783U42817262523431647

933724900

15913109379827771068338144

8483402723201314107661

INT

0,5

7409795761477776

10123119271163376284687349930002843266819781175755900

16763236408326831004

280141

7973504023251713

VJI

88670

1

886577238248

108871358013568

8053492737833396324321761188

941163736474793248560419910766632423171614111310

9751000

2

118891066516669205991192863435163423819091787489358201433

284153995335261515

94010000000000000

53058641901724787237264732157817364459100300000000000000000000000

Tabela T.4 - Contagens obtidas na calibração do anali-

sador de pulsos para a determinação do espectro do Cs-137.

(DIP * 1, GANHO = 4, aE « 50 mV, At * 15 «eg.)

159

El/2

(mV)

10255075

100125150175200225250275300325350375400425450475500525550575600625650675700725750775600825850875900950

1000

0 , 1

899570174013518862907621853793568015543737882433248723602264213417081110

761563683

1044845

2883296022111053388188121

94654440462829168

0 ,2

477370713947525566247753894396417723522335902877243022912191208316111080727603733

12162265311329911938786329165113

84555345302621139

INT

0,5

470370064253531968318113895397477388478936413039277627662737242116841128747755

107320143444401030151484

567237151137

9664

99

104461

1

565772744988621780689328

10341887758364118333830773016282323771540

939758

106820683795443429361154

4432001651018964453825431000

2

849473117721

10534126111311479434817360440733621252513911150196344015543297485731318312310964483440252319112114

000000

514988186902481114330735360092443378778701423

465241129

8649403013310100100000000000000

Tabela T.5 - Contagens obtidas na calibraçao do anali-

sador de pulsos para a determinação do espectro do Gs-137.

(DIF « 2, GANHO « 4, AB * 50 aV, At « 15 *eg.)

.160

B - ESPHJTiíOS DAS FiMJTES RADIOATIVAS UTILIZADAS.

El/2(mV)

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

110

120

130

140

150

160

170

180

190

200

210

220

230

240

250

Contagens

1914

843

861

1152

2355

1393

944

919

1019

1114

1305

1375

1326

1314

1436

1677

1766

1860

2061

2022

2001

2019

2147

2124

2288

JEI/2(mV)

260

270

280

290

300

310

320

330

340

350

360

370

380

390

400

410

420

430

440

450

460

470480

490

500

Contagens

2496

2622

2696

2499

2378

2183

1862

1509

1452

1272

1127

1051

944

844

795772

701

676

623

621

597

577553568586

El/2(mV)

510

520

530

540

550

560

570

580

590

600

610

620

630

640

650

660

670

680

690

700

710

720

730

740750

Contagens""

574567

584

618

619

612

605

562

534420

449

343325

226

247

196

187165

166

131

14797

113

118

109

El/2(mV)

760

770

780

790

800

810

820

830

840

850

860

870

880

890

900

910

920

930

940

950

960

970980

9901000

Contagens

155

175

231

354

499

670

896

1140

1270

1317

1160

1138

908

707

494

380

196

148

9461

3838

35

4424

Tabela T.6 -tro do Cs-137 (DIF

Contagens obtidas na dsttnninação do espte- 1, INT - 1, 6ANH0 * 8, At - 20 tfg.)

l í

161

IIIIIIIIIIIII

El/2(mV)

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

110

120

130

140

150

160

170

180

190

200

210

220

230

240

250

Contagens

1198

1329

1265

1270

1519

1879

2117

2354

2814

3125

3204

2886

2676

2492

2357

23792241

2040

1758

15321326

1204

1013

927906

El/2(mV)

260

270

280

290

300

310

320

330

340

350

360

370

380

390

400

410

420

430

440

450

460

470

480

490

500

Contagens

802

744

622

617

573540

457

441

424

401

372

358

333336

333

324318

331346

337

306

295

275

279

242

El/2(mV)510

520

530

540

550

560

570

580

590

600

610

620

630

640

650

660

670

680

690

700

710

720

730740

750

Contagens

298

323

319

314

319340

352

340

359

362

359350

338

272

286

263

269

275271

259

253241

321

344412

El/2(mV)760

770

780

790

800

810

620

830

840

850

860

870

880

890

900

910

920

930

940

950

960

970

980

990

1000

Contagens

373

235

207

167

211

244

870

313

275

216

97

5328

22

18

6

3

2

2

32

51

2

1

fab«la T.7 -tro do Co-60. (DIP

Contagens obtida» na, d«t«rminação do esptc* 1, INT « 1, GANHO « 4, At « 20 8«g.)

162

El/2(mV)

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

110

120

130

140

150

160

170

180

190

200

210

220

230

240

250

Conta-gens

945

1046

1366

1534

1915

1891

1778

1490

1407

1214

978

791

723

680

579

506

523

491

529

419

419

407

384

404

375

El/2(mV)

260

270

280

290

300

310

320

330

340

350

360

370

380

390

400

410

420

430

440

450

460

470

480

490

500

Contagens

373

385

320

317

309

290

320

314

323

305

307

304

353

311

308

293256

227

230

221

199

263

293

280

284

El/2(a>V)

510

520

530

540

550

560

570

580

590

600

610

620

630

640

650

660

670

680

690

700

710

720

730

740

750

Contagens

208

153128

134

157

175

191

230

245

216

158

176

166

183

163

146

149

171

161

185

186

197

193

185

157

H/2(•V)

760

770

780

790

800

810

820

830

840

850

860

870

880

890

900

910

920

930

940

950

960

970

980

990

1000

Conta£tns

105

78

80

143

71

196

7

6

5

4

1

3

4

31

3

1

1

1

0

0

0

0

3

Tabela T.8 -

tro do Na-24. (DIP

Contag«ns obtidas na determinação do espcç

* 0 ,5; IIíT « 1; GANHO « 4 ; At - 20 s«g . )

163

C - DJSTEfíiaINAÇÃO D03 COEFICIENTES DE ATENUAÇXO DE MASSA

BKGD

515749435446635965485349556350

M/A < g / c m 2 )

0

1080108510761036100510561014

9811046100110311029106510251040

4,6540

904830856775766880815843855944847867889815849

6,1980600723685725628726644707695630663705670677664

8,3519635550563590544620605498556470628578531570507

10,702

523526563543523521517513536567545531538530523

12,401

563517547460554496519503533520541507525490525

14, 076401385428420471361385416308486416403423347444

Tabela T.9 - Contagens obtidas na d«ttrminação d* ?*/<$

do concreto sob a ação dos raios gama do C«-137.

M/A (g/cm2)16,455

296330336315317308377346343376313327326337336

18,130

293290335326319324323327343328321325331317311

18,599360451394358421391357426455403406358410453383

20,274283308270270228265313279267273247274278289293

22,428

254250249213241246246230230247248248249239251

24,328

210243246206231194229181181220203203203236214

26,476

163198197166210216209181181193194194161213200

27,958160166196161208211177212212190187187163179210

Tabela T.9 - continuação

164

IIIIIIIIIIIIIIIt1f

" I30,112

206193154166173178190156199158162155191203176

32t012

149148176129157138126143128168159138160128148

34,161160143140127120154166133139123143140137147137

M/A (g/cm2)

35,836116123119128136133125128113120118118125130135

36,310

133138137118146133138110154138136146123128140

38,215106103

98108

83110100

98113123103

96105

99118

39,890116

81113130

93108101

9990969993

101100124

40,359108116118107128110134118103114113119112126109

Tabela T.9 - continuação

165

IIIIIIIIIIIII11

BKGD

445056445941465761545 147595351

M/A ( g / c m 2 )

0

980983

100610131006

964102910961079105010791015101910861093

3,4479864859893874795838795865847884867808834858817

4,3035818773765809787761798778817819788774796778783

6,-7954698598637593636603598603626600643624624640654

10,1859578510503555498514526513570486520533581594488

12,0193

516467488447465441566489413461466483440541447

da

Tabela T.10 - Contagens obtidas na determinação de

s» sob a ação dos raios gama do Ca-137.

H/h (g/cm )13,5778

450416404459415471464449429445446429458408433

15,4112

393390405401397389396347390349387405395411363

17,2651

339358349321310326363318348333343354309325334

20,6570

286253263281286310276263266278261279213300291

26,2236

174189185203206213207234196206169188200194206

28,7395190195181189175183181180193184210177165189181

33,0074164165153139148161153167133147149133135163143

Tabela T.10 - continuação

I

166

IIIIIIIIIIIIIIII1I

BKGD

534844"605533486857212658634847

0

819856847853842867888850S03896889833854860853

1,337

808774784807768800820801779803794808828758814

M/A (g/cm2)

1,884

791801814735793727748698729657788792786765788

4,021

713700761741698693706644683717668751699703692

4,995

519561534521543564568592527561535520545566593

»"'•—• -

5,749

611577594594567605608613688558585606640590618

7,086

521514555514514500486563516523555521585596518

Tabela T.ll - Contagens obtidas na determinação de

da hemutita sob a ação dos raios gama do Cs-137.

M/A (g/cm*)

7,633

467528508536548490515525506478500516484495501

9,820

416418460461444471457499488440452480462468454

10, 744

451414420439416445448404425423415460426412446

11,498

4464J8422439436407401418436421421416357363436

12,835

363356351360373355379359356361361377354351356

13,382

405330380355338353375290323353353390353330387

15,568

398330342318311376308348315337337353319309319

16,493

291294306296293296283294299319319303303271306

Tabela T.ll - continuação

167

IIIIIIIIIIIIt

BKGD

443437 .203639373327373843303934

0

706634665650636593615633653603659629603621615

4,6540

566580588570587581586636590623576629571577593

M/A

6,1980

491454486501505491491490493515450460521487485

(g/cm2

8,3519438489431465419487448455390474410407445449448

)10,702

431390429405436413434445367410424426406421423

12, 401384383391398410395481385408420395403385414381

14,076380366360335327346363375345379344353315314330

Tabela T.12 - Contagens obtidas na determinação de

ao concreto sob a ação dos raios gama âo Co-60.

16,455

3763533463673333403033333283213 U339294307327

18,130283290298300276263321261315263293316275263259

18,599293339305321339308339335294311314314305283295

M/A

20,274

243233266256254233235246257259231253254243238

(g/cm2

22,428

207227255231239239243257243239233236229241231

)

24,328

203176180206208229207186200190191204213203187

26,476

177178216181196223221201198176190207193197161

27,958210211205215203191201160193183201191203191.203

Tabela T.12 - continuação.

I r

IIII

168 ~I30, 112

1891S4207213186188215194199210203193201183195

32,012

181188168171178175177175163158188176173183166

34,161

163165147143151160150130151156147169153160169

H/A

35,836

148174137144135150111153149134134143145145148

[g/cm2)

36,310

144141138119124160123167135124124134127143130

38,215

118109138131134114127180103131121117133128127

39,890

113127104114

99109114136133140103113127115119

40,359

105133113127133117135137140138117126137138127

Tabela T.12 - continuação.

169

BKGD

131824.262827232623242825232629

0

716629667664696649677656640659674666675623673

3,4479

569604587568557516580583588543539601523543530;

M/A

4,3035

533550509518527544543548587501541530559558517

(g/cm2)

6,7954

446410455453443439445413420448459457417415449

10,1859400403430405404386370400415414394431387397433

12,0193

423338335329345354366344349368333350386329369

Tabela T.13 - Contagens obtidas na determinação de

da argamassa sob a ação dos raios gama do Co-60.

17,?651

284286278264275250268257260261257280284267253

M/A (g/cm2)

20,6570

223239215250250233238240246251248228239238244

26,2236

173175163188186193154183183178168171170228213

28,7395

141149148151140147148159155165%6164134144155

33,0074

106107113112115134131143136140136116118133107

13,5_778

353290339315313329335327356341341389360331335

Tabela T.13 - continuação.

170

BKGD

23191 4 .191721192420131813181926

0

496511524498508495477518446509494447465437477

1,337

415414403423409469414441470377460406350380403

M/A (g/cm2)

1,884368418385438360451449398405383384390430413378

4,071320346353375428403357380368373370357416363388

4,995318367313399340376353386336370426373386413359

5,749357358366346336334354346394367360346350393346

7,086

318333326318374323387278336330348303340273320

Tabela. T.14 - Contagens obtidas na determinação de /•/?

da hematita sob a ação dos raios gama do Co-60.

7,633326303313323358310323321339310320339286298328

9,820

326330325309313306295275305265296295293299317

10,744278286287277273293268277280279275284296300288

M/A

11,498

281275275273289278270253233274326293276281297

[g/cm2)

12,835

268277258254253256255290289307278268263233261

13,382

233233238239263260266256235230228239233226254

15,568

234257205237220208203224238206213254243224233

16,493236220230221225214241198188196213200208215215

Tabela T.14 - continuação.

171

BKGD

1017

97

1414

615

584

106

106

0

1167611525115581124311554116271171311789116151179311963116911121111?4111380

4,6540

101791039910279102971064610241106031015910223

99811017610304103261043810063

M/A

6,1980

996195279627936496679920949989669356940993899191945193488930

(g/cm2)

8,3519858584458525833084698588825083778933844584868513851182758358

10,702

818778288208752381998233783379938433806879488173802780808037

12,401

754379357610786176668294773382317863789981497753812478357813

Tabela T.15 - Contagens obtidas na determinação de

do concreto sob a ação dos raios gama do Na-24.

14,076661166536501665767396716672865176457644565546581658868636659

16,455

643067086625653964136519656568046413667366176632644366996557

M/A (b/cmS,

18,130

529155815411548354865009524353735011566356415390522554875381

18,599580557985486551356745821562857755595559353995571569358355623

>

20,274

505952135301524053205488531852755163505553175400510855504983

22,428

445342784286445343204405440945794168438144314358431443234361

24,328432838394164410642214198410340484013394342694166409540134171

Tabela T.15 - continuação.

172

26, 476

409940904356414738593939411943604025416440344029404037783974

27,958362835443597346736053801351733313653362334373747340033783603

30,112336034093380338831533347349333973113346131733447326334473188

M/A

32,012

298329473080307130803037294932553213298729933017294333582888

(g/cm2)

34,161273128532844276627912740296128602749262428812754295528502151

35,831273325892686255926632669266625932703272526482508265125132491

36,360

266526442727264726162674259725372470258628232661260126642614

38,215245822852238240323002477235322902263228123892343235123312329

Tabela T.15 - continuaçto.

17:

Il

llllIIllIIi

BKGD

636369864643157

0

202420572000202919561929207320272067197919561993200320282025

3,4479

176017231837173617931837181317291788173317291795174417541807

M/A

4,3035

1761171517631654165717871743169716901670168117U173316881671

(g/ca 2)

6, 7954

149815151496150415271496149915071446146014631473150514331515

10,1859135713781326140913941371139813431400136813461309128513751393

12,0193

127013531350123311831227130412711265124612791278123611751195

Tabela T.16 - Contagens obtidas na determinação de »da argaaasaa sob a ação dos raios gama do Na-24.

13,5778

114911531217124711531166118412141215115311481231123611781209

15, 4112

109911411083106710931123108510271034107411351119109310531036

M/A

17,2651

10551015101110341053106310431043104810481038

996100610201055

(g/cm2)

20,6570

945851853943899898868925854924861909869903923

26,2236

744744780730790738754735739783707723777737731

28,7395

674653673657593606604651676701648660679627633

33,0074

533513583503576560534557535565558533498543555

Tabela T.16 - continuação*

X / 4

IIIIIIIIIIIIIIII1

BKGD

472137341034624

0

166816741740172417081713164916701696160116631679167116481713

1,337

160316101634160716771655157916871643164616181597168115701579

M/A (g/cra2)

1,884

153715231576157015451523157116551533153915531658150715151616

4,071

147414451495150515031533150615171513144314641396138113451447

4,995

135714161393135313441453138313981383136713281430138113511373

5,749

138413271358132613131317132013531308133713 £61355131313261321

7,086

128512191278118412811240123412311313128011601168124012401247

Tabela T.17 - Contagtna obtidas na determinação deda oematita sob a ação dos r a i o s gama do Na-24.

7,633121012131214120712231244119012251203119312331234119011751265

9,820

115811561189117612131179118611741144113111641157112910901137

10,744

109111051063105310711158109710531033103510661129107510001110

M/A

11,498

998104110251051

995106710311014

959100710501073105310851035

í«/cm2)

12,835

901927979990974

10331025

987960951949938

1017943

1013

13,382

1001991976963959995975940939943914963

• 983987958

15,568

859933927860905935865903878918914938923943899

16,493

843867796857860846846831807856835833806825820

Tab«la f .17 - continuação.

X U

BKGD

101797

1414

615

584

106

106

0

11685,011542,711584,611277,611598,411680,711776,111861,711695,611883,912084,811799,311323,611362,611511,9

4,6540

10312,910543,810430,110456,510819,210415,610792,110348,010421,310182,410389,310528,.l10558,710681,410305,6

M/A (g/cm2)

6,198010216,89779,29889,49626,69945,8

10214,09787,99245,99655,49717,69704,49507,09783,49684,39258,4

8,35198914,48775,88865,78669,68823,08951,88606,,l8745,49332,98829,98879,58914,68919,48678,78667,5

10, 7028606,38235,28641,67921,58645,48687,88272,28447,78919,68540,08419,58664,48516,38579, 08539,9

12,401

8027,38450,98111,18385,18183,38860,58267,68806,78419,58464,58739,18320,88725,78421,88404,6

Tabela T.18 - Correção nas contagens obtidas na deter-

minação d« /*/$ do concreto sob a açãn do» raios gama do /

Na-24.

14,076

7122,57173,37014,87188,67282,87263,57282,07059,16999,56991,87115,67150,47163,57468,27251,8

16,4557013, 27322,07237,07149,57005,27137,67193,57461,17037,87328,77272,87240,27092,57379,97229,0

M/A

18,130

5842,36167,25983,96068,26070,25552,25816,05964,85567,26296,46276,86002,15828,86991,56005,9

(S/cm*)

18,5996489,16486,26141,96176,96362,26532,06320,36490,46292,96295,56081,86280,46422,86588,16353,6

20,274

5725,15903,96008, 25943,66039,06234,56046,06001,85878,85760,36063,56162,95834,16343,85700,1

22,428

5301,55097,05110,55313,75158,95264,55273,35474,94932,95251,95315,95232,45183,55198,35248,1

24,328

5216,44630,65026,44960,25103,15079,24968,04905,24951,44785,35184,95032,44981,24885,35042,6

Tabela T.18 - continuação.

176

26,476

5001,54994,35323,25071,74723,14824,75049,15348,64941,55116,04960,14957,84975,14656,14901,4

27,958

4481,54381,14450,14292,64466,84713,14364,54136,84540,24506,44278,34667,84238,84214,64498,8

30,1124201,4266,4233,4246,3955,4201,4388,4271,4005,4358,

8436173001

3998,64347,4121,4353,4029,

2598

M/A («/cm2)

32v 0123776,3733,3905,3896,3911,3859,

583937

3750,74143,4092,3807,3818,3852,3760,4293,3695,

18840498

34,161

3500,23659,43650,73553,33588,13525,33812,53685,33545,03386,43720,93559,73822,43689,43693,5

35,8363546,13361, 83490,53328,03465,93476,43475,23382,63528,83560,33206,33281,83471,63293,43267,1

36,3103500,3475,3587,3485,3446,3526,3427,3350,3264,3420,3736,3525,3448,3534,3470,

776090155481?58

38,215

3268,73040,92980,73202, 93068,03306,63143,53061,73027,93054,33201,43142,23155,33130,93130,7

Tabela T.18 - continuação.

177

BKGD

636.369864643157

0

2024, 82058,62002,32032,11S54, 01933,52078,62033, 22074, 21986,61963,52002,22013,02038,92036,7

3,44791772, 21735,61850,21750,11808, 21852,31829,81745,71805,91751,11747,71851,11764, 21775,01829,4

M/A

4,30351784,91738, 91788,31678,31662,01814,71770,71724,61718,21698,51710,31741,51764,61719,41702,8

(g/cm2)

6,79641528,31546,21527,41536,21560,21529,21532,81541,61479,81494,71498,31509*11542,51469,31553,9

10,18591393.51415,61362,71448,61433,71410,61438,91382,81442,11409, T1387,51349,91325,71414,11438,3

12,01931312,71399,01396,51275,91224,71270,71351,01317,31311,61292,41327,11326,61283,51220,61241,9

Tabela T.19 - Correção nas contagens obtidas na deter-minação de s»/f da argamassa sob a ação dos raios gama do /

13,5778

1195,41200,01267,11275,91201,41215,41234,71266,51267,91203,71198,91286,21291,91231,71264,6

15,4112

1150,91195,31135fO1118,71146,41178,31138,91078,41086,21126,61193,21176,81149,91108,31090,8

M/A

17,26511112,11070,31065,71090,41110,81121,81058,91101,51107,21107,71097,51053,51064,51079,71117,2

(s/cm2)20, 65701002,7903,3905,7

1001,7955,3954,6923,1984,1908,9983,8917,1968.5926,3962,9964,6

26, 2236794,6794,9833,7780,5845,0789,7807,2787,1791,7839,2758,1775,5833,7791,0784,9

28,7395724,5702,2724,0707,1638,4717,3650,8701,7728,9756,2699,3712,5733,3677,4684,1

33,0078

576,7555,3631,3609,9624,2607,1579,1604,3580,7613,5606,1579,2541,3590,5603,8

Tabela T.19 - continuação.

178

IIIIIIIIIIII1

BKGD

472137341034624

0

1668,61675,31752,01726,71731,11717, 01663,41675,11701,91617, 21670,01686,81679,41656,9172?, 9

1,3371614,116 21,81646,01620,01650,91669,71593,61703,31659,51643,21635,51614,91700,51588,81598,5

M/A

1,8841557,81544,21598,61593,11568,31546,61595,91681,91558,51565,21580,11687,61534,51543,21646,7

(g/cm2

4,0711503,71474,71526,31537,11535,71566,91539,91551,81548,31477,21499,31430,21415,41379,01484,3

)

4,9951393,51465,71431,61391,01382,31495,01423,51439,51424,61408,71369,01474,71428,71394,31417,6

5,7491430,61372,21404,81372,21259,31358,71367,61402,31356,21386,81375,91406,51363,51377,51372,8

7,0861337,01268, 81330,71233,31334,91292,61286,91284,71370,31336,41211,61220, 41296,11296,61364,4

Tabela - f.20 - Correção nas contagens obtidas na

minaç£o de /•/? da hematita sob a ação dos raios gama do

Na-24.

7,6331267,21270,81275?, 31265,51282,81305,31249,11286,31263,71253,21296,21297,81252,01?36,71331,9

9,8201220,71219,01254,31241,11280,61245,21253,11240,91209,61196,31126,21224,81195,61154,81331,9

10,7441157,61172,91128,71118,61138,11231,01166,61120,31099,41102,01135,41203,01145,91066,41183,1

H/A |

11,498

1065,91112,21095,51123,71064,31141,71103,61085,91027,41079,21125,71150,81130,11164,61111,3

[g/em*)

12,835968,.6996,9

1053,21065,51048,71112,61104,41063,91035,21025,91024,71012,61096,31018,81094,8

13,382

1083,11072,71056,81043,21039,31078,71057,41019,91019,21023,9992,8

1046,41068,61073,31042,2

15,568

935,51016,51010,4937,7987,2

1020,31053,4986,1959,2

1003,3999,3

1025,91009,91032,2984,5

16,493

924,2950,9873,3940,6944,2929,2929,6913,4887,4941,7918,9917,1887,7909,0903,8

/

Tabela - T.20 - continuação.

1

179

D - Determinação do fator Buildup.

BKGD

349347347413338347401267335351334338374381435

0

108461079310748108331091610731107601072110663103861079610626107151067110737|

4,6540

117231153611650116361168311713115461164711567116391146311547116001162911646

M/A

6,1980

116261167611646114471175511485113861125711687116731164911565113761156011503

(g/cm2

8,3519

113631119611438112761093211043113141134211356112061133311081113371120511240

)

10,702

107541142710853112571090511110107971128011274110921101011058111171105311020

12,401

993410236101741022310345

9940100861030310060100061011410170101501011710097

14, 076

954693789430951894019815938994269278941794839328942994539616

Tabela T.21 - Contagens obtidas na determinação do fa-tor Buildup do concreto quando sob a ação dos raios gama doCs-137.

16,455

933090279267915990859120909692019136910392109196909693339274

A.

18,130

641484108445856084518473859784868726850684608568846685808458

18,599

930090349037898792039063923891679113898691438986918692969175

M/A 1

20,274

792678888060791681078117793978077873808782438013798781357909

íg/c»2)22,428

732374087370740374787485732772407593738873557500730773677483

24,328

685170266912703768766886674868406876690768806693687769536876

26,476

652663936566668066866271650764236423652665966623647864656475

27, 958

627462216381623560636266626361956133619662356177627662486166

Tabela T.21 - continuação.

r

1Ü0

I

30,112

58335916577.9592057135847576757635830577858075874577058435780

• •

32,012

519452985080522652415447518752585237527452355171526852065346

34,161

479846944983502549984786460546744663493348914816482846784867

M/A (g/cm2)

35,836

423341704185421343244237422641434198404343304188423442334415

36,310! 3 8,215454044574335452045464494452046584521452143944496444144294521

420840583947419340953986408540564113396140404132407040673954

39,890354633703498344235263676354534433403353536103391347034943515

40,359363636033648380537553657368036253796385537473700363637453705

Tabela T.21 - continuação.

1

181

BKGD

210203203240206223207221233236243240227208227

0

113531131311410112071147110896112731119310998111771109411398112941120811106

j 4,6540

125301199412231

j 124331212612003123031218012318124241214412148122401206612260

M/A

6,1980

125991251612749123991270712652126661302812858126921263912686128901252612616

(g/cm2

8,3519127971296813390129611301713204131641323913224131441316012864131291292713066

)

10,702

129591253612536127871272712954133801263913003125931286012966127501290012720

12, 401122901209612156121181214712143121431231712131120601210712190121411207012327

14,076125001193712079118871185311860118871162711705118001195811760115671212711910

Tabela T.22 - Contagens obtidas na determinação do fa-tor Buildup do concreto quando «ob a ação doa raios gama doCo-60.

M/A (g/o«2j

16,455116831166611867118501181611837118311183111727116251171411890120661177311666

18,130

111301078711179109831110710838108881078011219110781124711058108261114310888

18,599114771144011274116501171011534117661150211566116061167411514118161185011526

20,274106161052110440107341024310597104891055510556105681053610540107401076210520

22,428109561089011056109831079111046110311119910986111541090910896109381103411006

24,328103661020710174100561029410326102671026110378102331044610096101661068710101

26,476

938389239036927890639187902092719043935491739190945391779130

27,958

908790409170900589789099882391478776895390079400881091159033

Tabela T.22 - continuação.

I182 1

30,112

840785488683860887108667859387078720877889788526845487008592

32,012

806782308086781083488093806781677927786879508237822980407894

34,161

757677987837791876877794790078567954782779007918810979677637

M/A (g/cm2)

35,836

724169377003692872637254714968196967718770737186703071807069

36,310708872207033685771107134714072777255713071337123720770467114

38,215

673368076778672687666755652467086806684867276855681765926607

39,890640661476328642362496108640062306127607261476390626661336233

40,359640663666465630461596378632663466448618863106333629462346346

Tabela T.22 - continuação.

rA N E X O II

IIIIIIIIr

Gráficos obtidos na determinação dos espec-

t ros do Gs-137, Co-60 e Na-24.

í l

183

5000Cont. Cont.

5000

inINT s 0,1

U!L

Cont.

1D0000

INT = 1

"1

E/2500 (raV)

0

Cont,

5000

INT = 0,2

Cont,

100000

INT = 2

E/2500 (mV) 0

E/2500 (mV)

n

Cont.

10000

— E/2500 (mV) O

INT = 0,5

INT =

E/2500 (mV)

- E/2500 (mV)

Gráfico G.I - Espectros do Cs-137 com o analisador em DIF = 0,1; GANHO - k\ E = 50 mV e

t = 15 seg.a

Cont.

10000

01

Cont.10000 ,

INT = 0,1

u n

INT = 1

L.o '~

Cont.

10000

- E/2500 (mV)

Cont.

10000

INT =0,2

Jln

Cont.10000

IN'T = 2

E/2

— E/2 O500 (mV)

INT = O,5

—• E/2500 (mV)

Cont.10000

INT = 5

E/Í 0

Gráfico G.2

t ^ 15 seg.

500 (tnV) w 500 (mV)

Espectros do Cs-137 com o analisador em DIF = 0,2; GAXHO

E/2500 (mV)

E = 50 mV e

Cont.50O00 50000

Cont.

INT = 0,1

H

Cont.500OO I

IXT =

-*• J0

E/21000 (*V)

1

Cont*50000

E/2

Cont,50000

INT = 0 , 2

E/21000 (raV)

Cont*

INT = 2

E/2

INT = 0,5

E/21000 (mV)

IN'T = 5

E/2

Gráfico G.3

t = 15 «eg.

1000 (mV) " 1000 (mV) ° 1000 (mV)

Espectros do Cs-137 com o analisartor em DIF = 0,5; GANHO = 't; E = 50 mV e

l-oo

Cont. Cont.50O0O 50000

INT =0,1

Cont.50000

E/2 O1000 (mV)

Cont,50000

E/2 O

IT-

Cont,50000

INT =0,2

Gráfico G.*!

t = 15 seg.

E/21O0O (*V)

Cont,50000

E/2 O

L_L

INT = 0 , 5

E/21000 (mV)

E/21000 (mV)1000 (mV) 1000 (mV)

Espectros do Cs-137 com o analisador em DIF - 1; GANHO = 'i ; E - 50 mV e

Cont.25OOO

V

25000Cont.

INT = O,l

25000Cont.

E/21OOO (mV) o

Cqnt.25000

INT * 0,2

E/21000 (mV)

INT = 0 , 5

25000Cont. Cont.

INT = 1

25000

E/2 0

INT = 2

J"

E/2

E/21000 (mV)

IN'T = 5

Gráfico G.5

t = 15 seg.

1000 (mV) w 1000 (n»V)

Espectros do Cs-137 com o analisador em DIF = 2, GANHO =

. E/21000 (mV)

'» , E - 50 mV e

189

IIIII1IIII

IIIII

Contagens4000 ,

2000

0,662 M«V.

1000

Gráfico G.ó - Espectro do Cs-137 d«t•minado com 0 ana

lisador m INT « 1, DIP « 1, GANHO - 8, Atm 20 «V • At - 20",

190

IIIIIIIIIIIIIIIri

Contagens4000

1

2000 -

_ , B (mV/2)

500 i A s r- ^ o o

Gráfico G.7 - Espectro do Co-60 determinado com o ana-

l i s a d o r em INT = 1, DI? « 1, GANHO - 4, AB'« 20 «V, At * 20".

L

191

IIIIIIIIII

I

1

Contagens2000

1000 _

2,75 M«V.

ÍTFB

0 500 " " r 1000

Gráfico G.8 - Eap«ctro do Na-24 dtttrainado com o ana-

l i s a d o r «n INT « 1 , DIP « 1, GANHO « 4, *» '« 20 «V, At « 20".

• • • . . / T ^

192

IIIIIIIIIIIIIII1111I

0,04

0,03

0,02

0,01

Energia do raio

Gráfico G.9 - Coeficiente de atenuação de massa em fun

çâo da energia do raio gana calculado teoricamente a partir

da análise quantitativa • qualitativa do concreto hematítico.

IIIIIIIIIIIIIIIIIIIX

A N E X O I I I

Programa elaborado para o ajuste da curva

y = C.eA'X + D.eB*Z e determinação dos pa

râmetros da forma de Taylor.

193

194

I

A - SIMBOLOGIA UTILIZADA

IZ : número de pontos experimentais*.

X(I) e YE(I) ; pontos experimentais. I varia de I a IZ.

NI : coeficiente de atenuação de massa

AC e BC : ponto em torno do qual são procurados os va -

lores A e B que melhor ajustam a curva dada /

pela equação Y * C.exp(AI) - D.exp(BX) aos /

pontos experimentais. AC • BC . adquire o me -

lhor valor de A e B depois de esgotadas todas

as possibilidades.

HC : valor máximo de H. Sendo encontrado um valor menoa;

este será atribuido a HC.

RL : valor máximo de A e/ou B.

IJ, IK, IL : coordenadas de AC, BC e HC.

R(L) : limite da variação de A e/ou B.

DR(L) : variação de A e/ou B.

A1(L) : valor máximo de A, maior que AC.

B2(L) : valor mínimo de B, menor que BC.

A(K,L) e B(J,L) : valores de A e B, variando desde A *

AC + R(L) até A = AC - R(L) C B - BC - R(L)

até B = BC 4 J-R(L).

S1(J,K,L),... , S1O.(J,K,L) : diferentes somatórias, cal

caladas a partir de A o B.

E(J,K,L) : denominador da equação

t*.." y .<*»•»*

D(J,K,L) e C(J, K,L) : valores de 0 e D determinados

partir de A» B e E + 0.

ZL : valor de Y quando X é muito grande (X * 10000)

DI(I) : 30 i* dos valores de cada T experimental

SL : soma do<3 valores DI( I) •

m

195

IIIIIIIII

Z(I) : Valores de Y, calculados a partir de A, B, C e D

determinados.

F(I) : diferenças, em valores absolutos» de cada ponto

Z(I) e o correspondente ponto experimental.

3D(J,K,L) : soma das diferenças P(I).

F(J,K,L), G(J, K,L) e H{J,K,L) : valores de F, G e H cal

culados a partir de A, B, C e D.

CC e DC : valores de C e D que melhor ajustam a curva.

CO : contagem inicial» quando X = 0.

AR, BR, ALF1 e ALP2 j valorea de A, (1-A), «í^, <*-, da

forma de Taylor.

YC(I) : valores ajustados de cada ponto experimental.

LLL

B - DIAGRAMA DE BLOCOS

IIIIIII1II1I1

( Início )

IZ » 23]

Leia

, YE(I)

NI *

AC

BC

HC -

0

t

t

.0735

0

0

, 1 o 1 0

R(L) « RL/LO1*"1

DR(L) - R(L)/L3

A1(L) « A C - R(L)

B2(L) * BC + R(L)

A(K,L) - A1(L) * (K-l)DR(L)

IIIIIIIIIIIIIÍ

I1II1

197

±B(J,L) m B2(L) - (J-l)DR(L)

S1(J,K,L) « 0

S2(J,K,L) = 0

S3(J,K,I.} * 0

S4(J,K,L) = 0

S5(J,K,L) * 0

S6(J,K,L) « 0

S7(J,K,L) « 0

S8(J,K,L) . 0

S9(J,X,L) - 0310(J,r,L) « 0

—r-±

EXPA(K,1,1)

EXPB(J,L, I)

A(r,L)X(I)

B(J,L)X(I)e

31(J,K,L)=31(J, K,L)+EXPA(K,L, I)3IPB(J,Lr I)

S2( J, K,L)=S2( J, K, L)+X( I)BXPA(K, L, I)EXPB( Jf L, I)

S3(J, K, L)=S3( J, K, L) +EXPA(K, I , I) 2

S4( J, K, L)= S4(J, K, L) +X( I) BXPA(K, I , I) 2

S5(J,K,L)cS5(J,K,Ii)*EXPB(J,I, I ) 2

S6(J,K,I.)=:36(J,K,L)*X(I)BXPB(JfLfI)2

S7(JfKfL)=S7(J,K,L)*YB(I)EXPA(K,LlI)

i

198

IIIIIIII11111

S8( J, K,L)=S8( J, K,L)+X(I)YE(I)EXPA(I,L, I)

S9(J,K,L)=S9(J,K,L)+YE(I)EXPB(J,L,I)

S10(J,K,L)=S10(J,K,l)-»-X(I)YE(l)EXPB(j,L,l)

•+-(120

E( J, It, L)=S5 (J, K, I ) S3 ( J, X, 1)-S1(J, X, L)'

ZL=C(J,K>I)e1 0 0 0 0 A ( K 'L>+D(J,K fL)e1 0 0 0 O T<J 'L )

DI(I) . 0.3 YE(I)

SL » SL - DI(I)

199

IIIIII1IIIIIIIIIIIII

F(J,K,L)SC(J,K,L)S4(J,K,L}+D(J,K,L)S2U,K,L)-S8(J,K,L)

G( J, K,L)=D( J, K, L)S6( J, K, L)+C( J, K,L)S2( J, K,L)-S10( J, K,L)

H(J,K,L)«|F(J,K,L)| + |&(J,K,L)|

HG*H(JrK,L)

IJ=J

IK=I

AC-A(IX, IL)

BC*B(IJ,IL)

CC«C(IJ,IK, IL)

DC«D(IJ,IK, IL)

HC*H(IJ, IK, IL)

CO=CC-DC

200

íIIIIIIIII11I

1-1

AR=CC/CO

BRsDC/JO

ALP1=-(AC-NI)/KI

ALP2»-(BC-NI)/ÍÍJ

JL

YC(I)=CCeA C X ( I )-D CeB C X ( l J

<F , ,40

IX(M,N)=O.5(M-1)-4O(N-1)

T(lI,H).CO«âOX(II'I)JK!«B03C(ll' l l>

S n p r i a a

AC, BC, CC, DC, HC, 0 0 ,

AR, BR, ALP1, ALF2.

, IZ>

1ünprlma

r 40

, Y(M,N), N- l , 5

I• C - PROGRAMA FORTRAN DE COMPUTADOR

II

O programa a seguir refere-3e ao ajuste dos pon-

tos experimentais obtidos quando o concreto pesa

| do hematítico esteve exposto aos fotons do césio

• (OB-137), OU stja; NI « 0,0734599 e IZ = 23. Os

parâmetros IZ, NI, assim como X(I) e YE(I) devem

I ser mudados de acordo com o coeficiente de atenu

I ação de massa do material, o número de pontos ex

periaentais e seus valores.

IIII1I1

201

11

II1IIIIIIIIIIIIII1II

202

DOUBLE PRECISION AC,BC,CC,DC,HC,RL, 5b, ZL,CO,NI, AR,BR,*R(8),DR(8),Al(8),B2(8),xAL*l,ALF2,A(41,8),B(41,8),IX(4O,5),Y(4O,5),*YC(38),DI(38),Z(38),P(38),X(38),Y£(38),*C(41, 41, 8) ,D(41,41,8) , E(41,41,8), F(41,41,8) , G(41,41,8),*H( 41, 41, 8) , SD( 41 ,41 ,8) , EXPA( 41, 41,38), EXPB( 41, 41,38) ,K S 1 ( 4 1 , 41 ,8) , 32(41,41,8) ,S3(41,41,8) , S4(41,41,8) ,»S5(41,41 ,8) ,S6(41 ,41 ,8) ,87(41 ,41 ,8) ,38(41 ,41 ,8) ,*S9(41, 41, 8) , S10(41,41,8)

DO 100 1=1, ToREAD(5,1000)X(I),

1000 P0HT.iAT(6Xf P9.4,10X, P11.4)100 CONTINUE

NI=O.0734599AC=OBG=OHC*10xxl0RL=0.13IJ=14

IL=1DO 180 L-1,6R(L)sRL/LOxx(L-l)DR(L)»R(I)A3A1(L)=AC-R(L)DO 160 E>1,27A(K,L)*Al(L)+DR(L)x(C-l)DO 140 Jsl, 27B(J,L)*B2(L)-DR(l)x(J-l)IP(DABS(A(K,L)-B(J,L).LT.O.OOL) GO TO 140S1(J,K,L)*OS2(J,EfL)*0S3(J,K,L)-0

S5(J,K,L)»0S6(J,K,L)«0S7(J,K,L)«0S8(J,K,L)*0S9(J,K,L)»0S10(J,K,L)»0DO 120 1.1, IZEXPA(K,L, I)«EXPAB(A(K,L),X(I))EXPB(J,L, I)-EXPAB(B(J,L),X(I))Sl( J,K,L)*S1( J,K,1)4-SXPA(X,L, I)xBXPB(J,L, I)S2(J,K,L)*S2(J,K,L)*X(I)«IXPA(K,L, I)»1XPB(J,L,

1IIIIIIIIIIIIIII111

S3( J, I, L)«S3(J,X,L)4.EXPA(I,L,I)i«2S4(J,I,L)-S4(J,r,L)+l(l)4iSIPA(K,L,l)9«2S5(J,K,I)-a5(J,K,L)+IXPB(J,L,l)i«2S6(J,I,L)»Sf(J,K,L)+X(I)llEXPB(J,L,I)xx2S7(J,I,L)-S7(J,K,L)+Tl(I)«EXPA(lC,Lf]J)S8(J,I,L)«S8(J,I,L)+X(l)«YE(I)xEXPA(K,L,I}S9(J,I,I<)-Í9(J,X,L)«TB(I)«EXPB( J, L, I)S10(J, T, L)-510( J, X, 1) •!( I) *YB( I) nEXPB( J, L, I)

120 C0NTIIÍUIE(J,I,l)-S5(Jfr,L)»S3(JrI,L)-Sl(J,£,L)«2IP(l(JfI,L).lQ.O) 00 TO 140D(J,ItL)-(a9(J,Itl)»S3(JtI.I.)-S7(J,K>L)«Sl(J,K,L))/

C(J,I,L)-(S7(J,I,L)-D(Jfr,L)»Sl(J,K,L))/S3(J,r,L)IP(0(J,r,L)+0(J,K,L).LT.10) 60 TO 140ZL-0(J,K,L)«DEXP(A(t,L)lilOOOO)+DEXP(B(J,L)jilOOOO)ji(

IP(ZL.LT.O) 00 TO 140SL-0

DO 130 L.1,12

SL-SIH-DI(I)Z(I)«C(J>K,L)ld)lZP(A(Jt;L)«X(I))4-D£XP(B(J>L)xX(I))][

P( I)-DABS(2{I)-YE(I))IP(P(I).OT.DI(I)) SD(J,I,L)*40JISLSD( J, K, L)-3D( J,I,L)>P( I)

130 C0NTINU1IP(3D(j,r,I).0T.Sl) 00 TO 140P(J,r,L)-G(J,K,L)»34(J,r,L).vD(J,KrL)«S2(J>K,L)-

»S8(J,K,1)G(J,r,L)-D(J,r,L)«36(J,tfL)+C(JtK,I)K52(J,K(L)-

xS10(J,K,L)H( J, K, L)»DAK(P( J, K, L) ) +DABS( G( J, K, L) }ir(H(J,I,L).OT.HC) 00 TO 140HC-H(J,I.T')IJ-JICtIL-L \

140 coif Turns160 C0NTINU1

AC-A(IK,IL)BG-B(U, H )

180 CONTINUECC«C(IJ, IK, IL)DC-D(IJ, II,IL)HC-H(IJ,IK,IL)

\

1

204

11IIIIIIIIIIIII11111

C0=CC«-DCAR=CC/tJ0

ALFl=-(AC+NI)/ttlALF2=-(BC+NI)NIDO 600 £.1, IZYC (I)=CC*I)SXP( AC*X( I)) +DCxDEXP(EC*X( I) )

600 CONTINUE •DO 800 N=l,5DO 700 *t=l, 40IX(M, N)=O.5x(M-:U4O*(N-l) )

700 CONTINUE800 CONTINUE

w'RITB(6,4002)4002 FORMAT(IX, 130(•.•), //////////)

WRIT£(6,4OO1)4001 F0RMAT(20X,'DE Y=CKEXP(AafX)+DasEXP(BJiX), ENCONTHA-SE'/)

VYKITE(6,4OOO)AC,BC,CC,DC,HC4000 F0RMAT(20X,'A»:l,P10.7,2X,«B=«,F10.7,2Xt«C*«,il5.6,

*2X, «D=',F15.6,3X, «(H«M12.10, •)',//)WI?ITE(6, 2000)

2000 FOKMAT(15X,1O2('=«)»//)WRITE(6, 2001)

2001 F0RMAT(20X,«VALOKES DAS CONSTANCES DA CUHVA1,/)WHITE(6,2011)

2011 FOiiMAT(2OX, • Y=COaiEXP(-NX)(AKEXP(-ALilaIfl)+(l-A)EXP(*-AL?2aiNX))f/)

WRITE(6, 2021)2021 F0BMAT(20X, «CALCULADOS PELO MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRA

«DOS.»,/)WHITE(6, 2002)NI

2002 F0HMAT(20X,»(DADO H-',l8.5f »)•,/)WRITE(6, 2012)00, AR»BR,ALP1, ALF2

2012 F0MAT(20X, •C0-ltP12.5,4X,tA«»,F1

XP12.5,4X, • ALF1»', P8.5,41,f ALf2«SWRITE(6,2013)

2013 FOHHAT(15X,1O2( • = • ) » / / / )WRITE(6, 2004)

2004 FOiiMAT(58X, «PONTOS DA CURVA»)WRITü(6, 2005)

2005 F0RMATU3X, 45(• ' ) )WHITE(6,2015)

2015 FORMAT* 43X, • I», 13X, • I», 131, f V, 15X, f I 1 )WflITE(6,2025)

2025 FOiftlAT(43X, • I1 ,13X, • IEXPERIMENTAISI», 3X, «AJUSTADOS» 3X,«•I»)

WRITE(6,2006)2006 F0RMAT(43X,»I«,6X,»X«,6l ,«I»,6X,»Y»,62;«r,7X, tY»,7X, fI»)

WRITE(6, 2016)2016 F0RMAT(43X, f I», 1 3 C . 1 ) » 1 1 1 »

205

I... frS

IIIIIIIIIIIIII1I1111

DO 900 I»1,IZWRITE(6, 2007)

2007 POKMAT( 43X, f I», 13X, • I», 13X, * I», 15X, • I 1 )WRITfi(6, 2008)X(I) , TE(I) , TC(I)

2008 PORMAT(43X, • I», 2X, P9.4, 2X, • I», IX, P l l . 4 , IX, • I 1 , F15 . 7 , ' I f )900 CONTINUE

WHITE(6,2009)2009 P0aMAT(43X,'I',13( l M t ' I ' t U i 1 ' J r ' I M S C *),*!•,

WRITE(6,3OOO)3000 PORMAT(54X,»PON0?OS DA CÜKVA AJUS2ADA1/)

WHITE(6,3OO1)3001 F0RTflAT(4X,124(f ' ) )

WRITE(6,3002)3002 P0RIÍAK3X, • ! • ,5(24X, ' ! • ) )

WRITE(6,3OO3)3003 POi iMAT(3X, < r ,5 (4X, í X*; iOr , 'YS8 í ;»P) )

WRITE(6,3004)3004 PORMAT(3X f «r ,5 (24 ( t

-l )» 1 I 1 ) )

DO 10 M-l, 40WRITE(6,3OO5)

3005 FORÍíIAT(3X,tI1,5(24X,«I»))WRITE(6,3006) (IX(M, If), Y(M, M), 1U1,5

3006 P0HMAT(3X, • I f , 5 ( 2 X , ? 5 , 2 , 2 X , P 1 3 . 6 , 2 X , « P ) )10 CONTINUE

WRITE(6,3OO7)3007 P0RMAT(3X,'I t ,5(24( l *)$'!'))

STOPEND

DOUBLE PRECISION FUNCTION EXPAB(AB, I )EXPAB=DEXP(ABxX)D0UBL3 PR3GISI0N AB,XRETURNEND

206

IIIIIIIIsIIIIIIIIII

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