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HISTÓRIAS DE SUCESSO Rio de Janeiro 37 CASOS DE SUCESSO DE EMPRESAS FLUMINENSES Elaborados pelos Escritórios Regionais do Sebrae Rio

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HISTÓRIAS DESUCESSO

Rio de Janeiro

37CASOS DE SUCESSO DE

EMPRESAS FLUMINENSESElaborados pelos Escritórios

Regionais do Sebrae Rio

© 2019. Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Estado do Rio de Janeiro – Sebrae/RJRua Santa Luzia 685, 6º, 7º e 9º andares - Centro – Rio de Janeiro - RJ – CEP 20030-041 - www.sebraerj.com.br

Presidente do Conselho Deliberativo EstadualAntonio Florencio de Queiroz Junior

Diretor superintendenteAntonio Melo Alvarenga Neto

Diretor de DesenvolvimentoSergio Malta

Diretor de Produto e AtendimentoJúlio Cezar Rezende de Freitas

Gerência de Conhecimento e CompetitividadeCezar Kirszenblatt – GerenteLeandro Pacheco – AnalistaLuciana Coelho - Analista

Gerência de AtendimentoLeandro Marinho – Gerente

Líderes regionaisAna Beatriz Gomes Prado (ER BAIXADA FLUMINENSE II)Dayane Castro Macedo (ER LESTE FLUMINENSE)Ewertton Marrafa (ER RIO DE JANEIRO I)Fabrínio Peçanha (ER NORTE)Gláucia Bezerra Muniz (ER BAIXADA FLUMINENSE I)Júlia Almeida Correa (ER MÉDIO PARAÍBA)Juliana Longo Noronha (ER SERRANA I)Lorraine Serrat Serpa Oliva (ER CENTRO SUL)Marcos Mendes (ER RIO DE JANEIRO II)Suellen Anália (ER REGIÃO DOS LAGOS)Tânia Alzira Custódio (ER RIO DE JANEIRO III)Tassia Rosa (ER SERRANA II)Tuane da Silva Rodrigues (ER COSTA VERDE)

AutoresApresentados ao final de cada caso.

SupervisãoTajla Medeiros (Unidade de Gestão de Soluções | Sebrae Nacional)Luciana Macedo (Unidade de Gestão de Soluções | Sebrae Nacional)

ConsultoriaNemer Consultoria e Eventos

Revisão ortográfica, Projeto Gráfico e DiagramaçãoEx-Libris Comunicação Integrada

H673 Histórias de sucesso : 37 casos de sucesso de empresas fluminenses

produzidos pelos Escritórios Regionais do Sebrae Rio /

[coordenação] Luciana Coelho. – Rio de Janeiro, 2019.

156 p.

ISBN XXX-XX-XXXX-XXX-X

1. Estudos de caso. 2. Micro e Pequena Empresa. 3. Sebrae Rio.

I. Coelho, Luciana. II. Título.

CDD 658.0220981

CDU 65.017.3/.32(078.7)

Bibliotecário catalogador – Leandro Pacheco de Melo – CRB 7ª 5471

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SumárioAPRESENTACÃO

Casos e Aprendizados ........................................................................................................................... 5ESCRITÓRIO REGIONAL BAIXADA FLUMINENSE I - NOVA IGUAÇU E REGIÃO

1 Carol Gava ................................................................................................................................................ 72 Docecor .................................................................................................................................................. 113 Rosane Coiffeur .................................................................................................................................. 15

ESCRITÓRIO REGIONAL BAIXADA FLUMINENSE II - DUQUE DE CAXIAS E REGIÃO

4 Doma Hamburgueria ..................................................................................................................... 195 Grupo Híbrido .................................................................................................................................... 236 M&N Cosméticos ............................................................................................................................. 27

ESCRITÓRIO REGIONAL CENTRO SUL - TRÊS RIOS E REGIÃO

7 Bellas Sobrancelhas ........................................................................................................................ 318 Gilmara Lima Atelier ........................................................................................................................ 359 Utilar ......................................................................................................................................................... 39

ESCRITÓRIO REGIONAL COSTA VERDE - ANGRA DOS REIS E REGIÃO

10 Cachaçaria Coqueiro .................................................................................................................... 4311 Canto das Canoas .......................................................................................................................... 4712 Pousada Nautillus e Fazenda Marinha .............................................................................. 51

ESCRITÓRIO REGIONAL LESTE FLUMINENSE - NITERÓI E REGIÃO

13 EJC Engenharia ................................................................................................................................ 5514 Proativa ................................................................................................................................................. 5915 Stronger .............................................................................................................................................. 63

ESCRITÓRIO REGIONAL MÉDIO PARAÍBA - VOLTA REDONDA E REGIÃO

16 Barão Buffalo Wings & Beer ...................................................................................................... 6717 KSA Tecnologia ................................................................................................................................ 7118 Relicário Bistrô e Casa Relicário ............................................................................................. 75

ESCRITÓRIO REGIONAL NORTE - CAMPOS DOS GOYTACAZES E REGIÃO

19 Botica de Rossi ................................................................................................................................. 7920 Construfácil ....................................................................................................................................... 8321 Delícia de Salgado ......................................................................................................................... 87

ESCRITÓRIO REGIONAL REGIÃO DOS LAGOS - CABO FRIO E REGIÃO

22 Brigaderia da Vovó ....................................................................................................................... 9123 Cereall Gourmet ............................................................................................................................. 9524 SK Imagens ........................................................................................................................................ 99

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ESCRITÓRIO REGIONAL RIO DE JANEIRO I - CENTRO E ZONA SUL

25 Angu do Gomes ......................................................................................................................... 10326 Cegonha de Aluguel ..................................................................................................................10727 Fit Cookies ...................................................................................................................................... 111

ESCRITÓRIO REGIONAL RIO DE JANEIRO II - ZONA OESTE - BARRA DA TIJUCA E REGIÃO

28 Cellairis..................................... ...........................................................................................................11529 Cachorro Quente da Tia...........................................................................................................11930 Parece que não reza ...................................................................................................................123

ESCRITÓRIO REGIONAL RIO DE JANEIRO III - ZONA NORTE - MÉIER E REGIÃO

31 Barbearia do Zé Imperator .....................................................................................................12732 Maricota Bolos Caseiros ......................................................................................................... 13133 Velhos Amigos Service .............................................................................................................135

ESCRITÓRIO REGIONAL SERRANA I - NOVA FRIBURGO E REGIÃO

34 Serra Vision ..................................................................................................................................... 139ESCRITÓRIO REGIONAL SERRANA II - PETRÓPOLIS E REGIÃO

35 Graça’s Torradas ........................................................................................................................... 14336 Laboratório São Lucas ...............................................................................................................14737 William - Produtor Rural ...........................................................................................................151

1 - ER BAIXADA FLUMINENSE I (Nova Iguaçu)

2 - ER BAIXADA FLUMINENSE II (Duque de Caxias)

3 - ER CENTRO SUL (Três Rios)

4 - ER COSTA VERDE (Angra dos Reis)

5 - ER LESTE FLUMINENSE (Niterói)

6 - ER MÉDIO PARAÍBA (Volta Redonda)

7 - ER NOROESTE (Itaperuna)

8 - ER NORTE (Campos dos Goytacazes)

9 - ER REGIÃO DOS LAGOS (Cabo Frio)

10 - ER RIO DE JANEIRO I (Centro e Zona Sul)

11 - ER RIO DE JANEIRO II (Zona Oeste –Barra da Tijuca)

12 - ER RIO DE JANEIRO III (Zona Norte –Méier)

13 - SERRANA I (Nova Friburgo)

14 - SERRANA II (Petrópolis)

MAPA DOS ESCRITÓRIOS REGIONAIS DO RIO DE JANEIRO

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Casos e aprendizados

Esta publicação apresenta trinta e sete histórias de sucesso que refletem os problemas enfrentados por empreendedores e as soluções encontra-das por micro e pequenas empresas do Estado do Rio de Janeiro, que tiveram nos escritórios regionais do Sebrae Rio um porto seguro para apoiá-las em seus dilemas de crescimento.

A iniciativa registra também a busca pela excelência no atendimento ofe-recido em todo o Estado e para isso envolveu diversos colaboradores, que atuaram como líderes na condução dos relatos em suas regionais e/ou au-tores dos casos aqui apresentados. Viabilizada por meio da integração da Diretoria, Gerências e Coordenações, e contando com o apoio do Sebrae Nacional, a publicação transformou-se num trabalho coletivo feito com empenho a várias mãos.

Do aprendizado da metodologia de estudos de caso do Sebrae à versão final do texto, eis aqui o resultado: o Sebrae Rio conta agora com trinta e sete novos casos inspiradores a serem lidos e disseminados para os cola-boradores do Sistema Sebrae, parceiros e, principalmente, para os empre-sários fluminenses que poderão aplicar às suas realidades as boas práticas registradas.

Histórias assim nos estimulam a continuar construindo, juntos, mais expe-riências de sucesso.

Julio Cezar de Rezende Freitas

Diretor de Produtos e Atendimento | Sebrae Rio

Apresentação

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1CAROL GAVAO sucesso chega com o e-commerce e as redes sociais

Escritório RegionalBAIXADA FLUMINENSE I

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CAROL GAVA

A Carolgava nasceu no início da década de 1980, quando as audaciosas irmãs Fassarella – Lucia, Rozangela e Rosária – decidiram utilizar seu talento, criatividade e força de vontade para transformar uma pequena confecção em marca conceituada no mercado carioca. Em 1990, a empresa se estabilizou e progrediu; em 2017, o desafio enfrentado pelas empre-sárias era atingir um público mais jovem, que ainda não conhecia a marca.

Expansão = novos produtos, clientes e local

Especializada em moda praia, fitness e lin-gerie, desde o início a Carolgava manteve o crescimento e foi ganhando muitos clien-tes. Para melhor acomodar os funcionários e a área de produção da confecção, muda-ram de local – foram para um espaço maior –, mas permaneceram na região. Rozangela e Rosária conheceram o projeto setorial de moda do Sebrae, que trabalha com informa-ções sobre mercado e tendências, e identifi-caram que o público mais jovem estava mi-grando para a compra online, especialmente ligados nas redes sociais.

“As redes sociais, hoje em dia, fazem mais parte da vida das pessoas do que a visita a um shopping, por exemplo. É por meio delas que as pessoas se atualizam, se comunicam, fazem trocas, vendem...” explicou Rosária.

E-commerce: a solução da Carolgava para conquistar os jovens

As empresárias, que já estavam buscando a reciclagem da marca, mais visibilidade e alcan-ce maior do público jovem, decidiram então investir na criação de um site para o comércio eletrônico (e-commerce) e também na profis-sionalização do marketing nas redes sociais.

Elas consultaram o Portal Sebrae para verifi-car se estavam no caminho certo e confirma-ram que, de fato, estavam. De acordo com as informações do Portal, seria necessário escolher o nicho de mercado, planejar o site, saber o que o cliente deseja e como se com-porta, conhecer estratégias de marketing e canais de divulgação online, redes sociais. E ainda disponibilizar a entrega adequada do produto e entender a logística e gestão de estoque do e-commerce.

Fachada da loja

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Sucesso nas redes sociais e na gestão do negócio

Com mais de 30 anos de experiência, hoje a em-presa conta com mais de 60 funcionários, tem diversas lojas próprias e uma grande quantida-de de clientes.

A facilidade da loja online faz com que o públi-co, que já está nas redes sociais, ao se deparar com uma peça do seu gosto, entre no site e fi-nalize sua aquisição pelo e-commerce. Os resul-tados, depois da abertura do site, mostram que foi possível enxugar o estoque com os pedidos de revenda online. Nas redes sociais também houve êxito:  a empresa conquistou algumas blogueiras da região, que ajudam a divulgar (e vender) a marca para o público mais jovem que transita nesse ambiente.

As redes sociais, hoje em dia, fazem mais parte da vida das pessoas do que a visita a um shopping, por exemplo. É por meio delas que

as pessoas se atualizam, se comunicam, fazem trocas, vendem.

Arara de novidades

AutoraGláucia Muniz

Formada em administração e pós-gra-duada em marketing e vendas, Gláucia atuou no Sebrae na Gerência de Solu-ções e Inovação, na estruturação e orga-nização dos eventos da Sede e regionais (como a Feira do Empreendedor), por três anos consecutivos. Atualmente, trabalha no Escritório Regional Baixada Flumi-nense I, em Nova Iguaçu e está no Sebrae desde 2014. Integra a equipe de atendi-mento como orientadora de negócios e cuida das ações e projetos segmentados que abrangem toda a região, tais como beleza, construção civil, empreendedoris-mo feminino e geração de negócios para comunidades.

www.carolgava.com.br

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2DOCECORAposta em design e capacitação para crescer

Escritório RegionalBAIXADA FLUMINENSE I

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DOCECOR

A busca por inovação e conhecimento trou-xe doces resultados para a Docecor, empre-sa que fabrica e comercializa produtos de confeitaria fina em Queimados (RJ). Seu atu-al proprietário, Reginaldo Malta, comprou a empresa em 2012, quando percebeu que o nome da empresa, Beija-Flor, e a identidade visual de sua marca não refletiam a qualida-de de seus produtos. Com este desafio para ser resolvido, em 2014, resolveu investir na mudança do nome, design de nova logo-marca e até na alteração nas embalagens da empresa.

Da confeitaria fina até a pasta americana

Quando Reginaldo, com grande experiência na área comercial, assumiu a empresa, não imaginava as mudanças que precisariam ser implementadas, mas tinha a ambição de al-cançar horizontes maiores ainda.  Em 2014, participou do Empretec e conheceu o pro-grama de inovação SebraeTec. A primeira mudança foi o nome – passou a se chamar Docecor. Depois vieram outras, como o de-sign da marca e de embalagens, feito em par-ceria com agências de comunicação. Com o novo visual, a empresa surge com mais força e impacto no mercado.

A Docecor sempre trabalhou com confeita-ria fina, mas hoje tem como carro-chefe a pasta americana. Também produz corantes comestíveis, gel comestível e essências para confeitaria. Com a reformulação da marca, hoje atende diretamente os estados do Rio

de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Alagoas e Pernambuco, com representantes locais. As vendas também são feitas para todo o país, por meio da internet.

Conhecimentos em gestão da empresa fizeram a diferença

O empresário fez ainda curso de gestão fi-nanceira, planejamento em longo prazo e coaching, além de ter recebido consultoria sobre mapeamento de processos.

Segundo Reginaldo, o relacionamento com o Sebrae foi decisivo para o sucesso do ne-gócio. “O primeiro contato foi em uma Feira do Empreendedor, em 2013. O primeiro cur-

De produção de produto sem Portugal, para distribuiçãona União Europeia.

Área de estoque em reforma

Reginaldo Malta, diretor da Docecor

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so que fiz foi o Empretec, divisor de águas para mim, como empresário”, diz.

“Meus filhos e a maioria dos meus fun-cionários já fizeram todos esses cursos. O acesso ao conhecimento é um grande di-ferencial do nosso negócio”, destaca o em-presário.

Além da mudança do nome, de lá para cá muita coisa mudou para melhor: passaram de 30 para 900 clientes, de dois para 16 funcionários e o faturamento anual pas-sou para R$ 1 milhão.

Produtos de qualidade, parceria, inova-ção e exportação

Hoje, a Docecor continua ganhando mercado e expandindo sua estrutura or-ganizacional. A empresa conta com área comercial e de mídias digitais. As par-cerias com confeiteiros conhecidos na região trazem visibilidade para a marca e atraem novos clientes a cada dia.

O investimento em inovação e em conhecimento se mostrou fundamental para a empresa e os números espelham os resultados das mudanças. O futuro é ainda mais promissor: a Docecor, em outubro de 2018, fechou um contrato de produção de produtos em Portugal, para distribuição na União Europeia.

Linha de produção e crachás de partci-pação em eventos e capacitações do Sebrae

www.docecor.com

AutoraGláucia Muniz

Formada em administração e pós-graduada em marketing e vendas, Gláucia atuou no Se-brae na Gerência de Soluções e Inovação, na estruturação e organização dos eventos da Sede e regionais (como a Feira do Empreendedor), por três anos consecutivos. Atualmente, trabalha no Escritório Regional Baixada Fluminense I, em Nova Iguaçu e está no Sebrae des-de 2014. Integra a equipe de atendimento como orientadora de negócios e cuida das ações e projetos segmentados que abrangem toda a região, tais como beleza, construção civil, em-preendedorismo feminino e geração de negócios para comunidades.

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3ROSANE COIFFEURComo expandir um negócio familiar e ter sucesso

Escritório RegionalBAIXADA FLUMINENSE I

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ROSANE COIFFEUR

Rosane Monfardini, a empresária de Para-cambi (RJ) escolhida para ilustrar este caso de sucesso, começou sua história empreen-dedora em salões de beleza aos 12 anos de idade, com sua mãe, responsável por boa parte do seu aprendizado de mais de 30 anos de trabalho.

Em 2010, quando Rosane decidiu expandir o negócio, ela se deparou com algumas difi-culdades: dentre elas, como estruturar o ne-gócio familiar como uma empresa organiza-da, mantendo os controles financeiros claros e precisos.

No salão também tem controle e gestão

Em 2001, Rosane conheceu seu marido, Már-cio Cardoso, e hoje eles são donos de um ne-gócio que é modelo em Paracambi: o Spa e

Salão Rosane Monfardini. Naquela época, se-gundo Márcio, o salão ainda era bem peque-no e se localizava nos fundos da garagem da própria casa.

Rosane sabia como cuidar dos serviços do sa-lão, mas não tinha conhecimento de assuntos necessários para o bom funcionamento de um negócio, como fluxo de caixa e gestão fi-nanceira. Com a chegada de Márcio, algumas coisas mudaram. Ele mostrou a importância de manter sob controle todos os serviços exe-cutados e os gastos, anotando diariamente as entradas e as saídas de todos os valores.

Sucesso alcançado com consultorias e muito trabalho

O Sebrae caminhou junto com os empresá-rios nesse momento, oferecendo soluções

Organização na linha de atendimento

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em consultorias e cursos em diferentes áreas de gestão, especialmente o Empretec, que ajudou Márcio a reconhecer e desenvolver suas carac-terísticas empreendedoras.

Rosane sabe hoje que o sucesso e o crescimen-to do salão se deram pela reestruturação finan-ceira da empresa. Aos poucos, o negócio foi se organizando, o espaço ficou pequeno, e eles foram obrigados a ocupar a garagem inteira, depois todo o imóvel. Incluíram ainda outros serviços de beleza e a equipe do salão também aumentou.

Inovação com spa para datas especiais com qualidade e sustentabilidade

Em 2015, com a aprovação da Lei de Salão Par-ceiro, Rosane aumentou sua equipe, investiu seguramente em uma expansão onde funciona seu spa para datas especiais (dia da noiva, dia do noivo, debutantes, dentre outros).

O Rosane Coiffeur é hoje referência em qualida-de no atendimento em Paracambi. Rosane ino-va também nas questões de sustentabilidade: o salão tem sistema de aquecimento e ilumina-ção solar. E segue assim, confiante na força de seu trabalho e no sucesso do seu negócio.

AutoraGláucia Muniz

Formada em administração e pós-graduada em marketing e vendas, Gláucia atuou no Sebrae na Gerência de Soluções e Inovação, na estruturação e organização dos eventos da Sede e regionais (como a Feira do Empreendedor), por três anos consecutivos. Atualmente, trabalha no Escritório Regional Baixada Fluminense I, em Nova Iguaçu e está no Sebrae desde 2014. Integra a equipe de atendimento como orientadora de negócios e cuida das ações e projetos segmentados que abrangem toda a região, tais como beleza, construção civil, empreendedo-rismo feminino e geração de negócios para comunidades.

Recepção

Área do Spa

www.facebook.com/RosaneMonfardini

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4DOMA HAMBURGUERIAUma big oportunidade

Escritório RegionalBAIXADA FLUMINENSE II

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DOMA HAMBURGUERIA

A Doma Hamburgueria, uma empresa indivi-dual fundada por Davi de Moura Correia Fi-lho, iniciou suas atividades em 2015, produ-zindo lanches em um trailer, no município de São João de Meriti (RJ). Com uma chapa em-prestada, no fim de semana de abertura con-seguiu vender 200 lanches. Em 2016, com o dinheiro arrecadado com a venda de lanches do trailer, Davi abriu sua primeira loja, con-tando com uma equipe de oito funcionários e uma média de mil lanches por mês. No dia da inauguração da loja, segundo Davi, ha-via cerca de 200 pessoas para degustar seus sanduíches. “Era tanta gente que a sorveteria do lado teve que ficar aberta até mais tarde, porque não cabia todo mundo no meu es-tabelecimento”, conta o empresário. Com o empreendimento em franca ascensão, Davi se viu diante de um dilema: o que fazer para se consolidar no mercado de forma que o su-cesso não fosse passageiro?

Hamburguerias para além do modismo

O hambúrguer, que se tornou uma das co-midas preferidas dos brasileiros, é versátil e movimenta um mercado crescente e lucrati-vo. Segundo a As-sociação Brasileira de Franchising, o mercado de ham-búrgueres está em ascensão em todo o país. Para se ter uma ideia, em 2017, só no ramo de franquias, foram m o v i m e n t a d o s quase R$ 700 mi-lhões.

Davi sentiu neces-sidade de amadu-

recer como empresário e desenvolver seu negócio em meio a uma rede de empresas já consolidadas no mercado, visando esta-belecer-se entre aqueles que já trilhavam o caminho que ele desejava seguir. Apenas na sua região, ele identificou seis concorrentes que serviam lanches em geral, mas sem ofe-recerem um diferencial.

O desafio

Foram dois os momentos cruciais que mar-caram a maturidade do Doma e do empresá-rio. O primeiro deles foi sua participação no Empretec. O curso permitiu que Davi desen-volvesse novas habilidades e pudesse buscar o crescimento do seu negócio com mais au-toconfiança sobre as próprias decisões.

O segundo passo de destaque aconteceu em 2017, quando, novamente amparado pelo Sebrae, o Doma foi convidado a fazer parte do Polo Gastronômico de Duque de Caxias, apesar de estar localizado no município de

São João de Me-riti. O empresário aceitou o desafio e abriu a loja no Polo.

Shopping: o sonho

Segundo Davi, participar do Polo Gastronômico com os maiores restau-rantes de Duque de Caxias foi muito importante. Assim, ele pôde entender

Imagem de arquivo Facebook

O empresário Davi apresenta sua criação

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que os processos internos são tão importan-tes quanto estar na cozinha e trabalhar nas receitas. Controle de compras e contenção de desperdícios, planejamento, finanças e ges-tão de estoque foram algumas das capacita-ções que fizeram com que Davi conseguisse enxergar melhor sua empresa e capacitar me-lhor seus colaboradores para um gerencia-mento mais eficaz.

Hoje, o grande sonho do empresário é expandir sua empresa para uma loja em shopping. Davi planeja a execução desse objetivo sem interfe-rir no desempenho das duas lojas que estão em operação, a Doma de São João de Meriti e a de Duque de Caxias.

Entrada da doma em Vila São Luiz (segunda unidade inaugurada pela empresa)

David de Moura Correia (criador da Doma) e suas receitas de hamburgueres artesanais

Foto: Lipe Borges

Logotipo da empresa

Foto: Lipe Borges

AutorGlauco Nunes Rafero Barboza

Glauco é graduado em biologia e cursa análise de ne-gócios. Atualmente, está fazendo pós-graduação em gestão de pequenos negócios. Atua como instrutor de oficinas de criação e gestão de mídias digitais e ferra-mentas de internet para micro e pequenas empresas, e atua também no Empretec. Trabalha atualmente no Escritório Regional Baixada Fluminense II e está no Se-brae desde 2015.

www.facebook.com/DomaHamburgueria

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5GRUPO HÍBRIDOCrescimento com qualidade na gestão interna

Escritório RegionalBAIXADA FLUMINENSE II

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GRUPO HÍBRIDO

O Grupo Híbrido, empresa familiar que ofe-rece serviços de assessoria contábil, jurídica, consultorias em seguros e certificação digital, em Duque de Caxias (RJ), foi estabelecido em 1981, com o nome Helaine Contabilidade.

As dificuldades econômicas no país, em 2015, levaram o empresário Helton Rodri-gues Machado, gestor da empresa, a olhar com mais atenção para as fraquezas de seu negócio. Neste caso, iremos verificar como uma empresa do setor contábil conseguiu driblar seus problemas por meio da gestão dos seus processos internos.

A busca por serviços cada vez melhores

No início, a empresa tinha apenas um ob-jetivo: oferecer serviços contábeis. Depois de alguns anos de atuação, a organização ampliou sua oferta de serviços. Assim, seus clientes puderam encontrar, em um mesmo local, serviços de contabilidade, advocacia e corretagem de seguros.

Em 2015, o Grupo Híbrido sentiu os im-pactos da instabilidade econômica: houve perda de alguns contratos e, conse-quentemente, que-da de faturamento. Os sócios consta-taram que era pre-ciso reinventar-se. Mantendo um ar-quivo com mais de 300 mil docu-mentos, uma das necessidades mais urgentes era aper-feiçoar os proces-sos internos, para

que pudessem aumentar produtividade e evitar desperdício de tempo.

O melhor serviço no menor tempo possível

O primeiro passo era investir na melhoria dos processos e na organização dos docu-mentos. Para isso, os sócios recorreram ao Sebrae, onde contaram com o auxílio do Se-braeTec. Usufruíram de uma consultoria em Gestão Documental, que resultou na gestão de qualidade com foco em inovação, por meio do arquivamento digital e da conse-quente eliminação de papel.

Para melhorar a qualidade no atendimento ao cliente, o Grupo Híbrido novamente bus-cou apoio do Sebrae. A consultoria realizada em Modelo de Negócios possibilitou que os empresários visualizassem a descrição do negócio e de seus componentes, visão sistê-mica, aplicabilidade e pensamento visual. A

Tela do website da empresa

Imagem

ilustratriva

O sócio Helton na sede da empresa

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aplicação desse modelo gerou ações estratégi-cas com foco no cliente e no mapeamento de processos internos na área de atendimento.

Alguns desdobramentos foram a fidelização de clientes e o aumento no quadro de funcioná-rios, para a prestação de um serviço com quali-dade e prontidão.

O futuro: qualidade no atendimento e nas etapas dos processos

Atualmente, o Grupo Híbrido se destaca por promover um atendimento diferenciado e per-sonalizado em todas as etapas dos processos contratados, com uma equipe multidisciplinar e suporte tecnológico de ponta, oferecendo su-porte para o crescimento empresarial de clien-tes e parceiros.

O próximo passo é o investimento na perma-nência do seu pessoal, visando manter a quali-dade no atendimento à sua carteira de clientes. Para tal, os empresários entendem que fazer a gestão do desempenho da equipe é funda-mental e, para isso, pretendem contar nova-mente com o apoio do Sebrae, dessa vez com uma consultoria em Gestão de Pessoas, com foco em gestão de desempenho. Dessa forma, acreditam que poderão manter-se na posição de destaque que ocupam hoje.

Helton contabiliza resultados junto à sua equipe

Encontro da equipe durante uma consultoria de competitividade na empresa

AutoraCaroline Lopes Rodrigues

Formada em administração (UniGranRio) e com pós-graduação em gestão de negócios (IBMEC), Caroline cursa análise de negócios (COPPE-UFRJ). Atua com os setores de gastro-nomia, bioeconomia, educação empreendedo-ra e nas ações do município de Magé. Trabalha atualmente no Escritório Regional Baixada Flu-minense II e está no Sebrae desde 2015.

www.grupohibrido.com

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6M&N COSMÉTICOSExpansão e inovação no mercado de cosméticos

Escritório RegionalBAIXADA FLUMINENSE II

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M&N COSMÉTICOS

A história da empresa começa em 1984, com a abertura da Farmácia M&N, uma das farmá-cias de manipulação pioneiras da cidade do Rio de Janeiro. Ao longo dos anos, formou uma rede que chegou a ter oito lojas. Porém, a demanda crescente dos clientes por cosméti-cos inspirou os sócios Aluizio Marcinichen Ju-nior e Mônica de Farias Marcinichen a abrirem uma unidade de produção: a M&N Cosmética.

Mesmo com a marca consolidada no mercado e com uma boa carteira de cliente, os sócios desejavam alcançar novos mercados. Sempre atualizados com as tendências de mercado, eles vislumbraram a possibilidade de inovar e aproveitaram a oportunidade de crescer.

Como tudo começou

Fundada em 1999, a empresa especializou-se na pesquisa e no desenvolvimento de formu-lações dermocosméticas para atender, inicial-mente, às farmácias M&N. Entretanto, com o sucesso dos produtos, logo surgiram deman-das de terceiros. Isso motivou a empresa a prestar, também, o serviço de terceirização.

Hoje, a indústria elabora produtos para 13 clientes fixos, além de vários compradores eventuais.

Graças ao sucesso da marca própria “Its”, em 2012 os sócios optaram por encerrar as ativi-dades da Farmácia M&N e passaram a focar o mercado de cosméticos, por acreditarem que ali haveria mais condições para crescimento e expansão.

Cosméticos para o público masculino, um desafio a ser conquistado

Como já possuíam uma marca estabelecida, o desafio era expandir para novos mercados e, assim, ampliar seus negócios. Sempre de olho

nas tendências, em 2016 perceberam a pos-sibilidade de conquistar o público masculino, uma vez que esse mercado estava em franca expansão.

“Em 2016, segundo a Factor Kline, o setor atingiu o faturamento de vendas de US$ 4,5 bilhões, com taxa de crescimento superior a 3% nos últimos cinco anos (2011 a 2016). Os dados positivos são impulsionados por ho-mens, cada vez mais cientes da necessidade de cuidados pessoais com o corpo e a beleza.”

Com o novo público definido, era preciso traçar as estratégias de atuação para atingir esse mercado.

Inovação e resultados positivos

Em um primeiro momento, o foco foi na cria-ção de uma nova linha de produtos que aten-desse a esse público e, especialmente, a cria-ção de uma marca para o público masculino, visto que toda a identidade visual da empresa estava direcionada ao público feminino.

Mariana apresenta a linha de produtos masculinos Ragnar e o e-commerce desenvolvido em parceria com o SebraeTec

Mariana Marcinichen, uma das sócias

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Nesse momento, contaram com o apoio do Sebrae, por meio do SebraeTec, para a criação da marca “Ragnar – Produtos para o Homem Moderno”. Além disso, o Sebrae também au-xiliou a M&N na criação de um website com e-commerce, o que possibilitou um maior al-cance de mercado.

Os resultados foram altamente positivos: ape-nas a linha “Ragnar” gerou um lucro líquido de R$ 36 mil no primeiro ano. E o trabalho realizado obteve tanto destaque que a M&N foi chamada pelo Sebrae Nacional para expor a nova linha de embalagens em seu stand da DW – Design We-ekend de 2017, em São Paulo.

Próximos passos

Ficar atento às tendências é o fator principal que diferencia uma empresa comum de uma empre-sa de destaque no mercado.

Buscar inovação e atender novos mercados deve ser a meta de toda empresa, mesmo as estabeleci-das com sucesso, para não cair no “senso comum”.

Por esse motivo, a M&N Cosméticos já está de olho na crescente preferência do público por produtos orgânicos.

Linha de produtos Ragnar, desenvolvido no programa SebraeTec a partir de uma oportunidade de mercado vislumbrada pela M&N

Linha de produtos Natik

AutoraTatiana Vicente da Silva

Tatiana trabalha no Sebrae desde 2009. Formada em administração pela UniverCidade, tem especialização em marketing estratégico pelo IBMEC. Trabalha atual-mente no Escritório Regional Baixada Fluminense II e atua com os setores de Moda, Beleza, Turismo, Agro-negócios e suas respectivas ações do município de Guapimirim.

https://grupomn.com.br/mn-cosmetica www.facebook.com/mncosmetica

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7BELLAS SOBRANCELHASComo a gestão mudou os rumos de uma vida

Escritório RegionalCENTRO SUL

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BELLAS SOBRANCELHAS

Isabel Cristina Pereira Silva iniciou sua vida profissional como auxiliar de escritório. De-pois de alguns anos, quando perdeu seu em-prego, começou a fazer unhas das vizinhas em sua casa, pois tinha feito um curso de manicure aos 13 anos.

Muitos anos depois, já como empresária de sucesso na área de beleza, em Três Rios (RJ), sentiu que sua empresa estava estagnada e precisava repensar a gestão do negócio.

Improvisação e intuição não combinam com qualidade

Quando trabalhava em casa e sua clientela começou a crescer, ela resolveu sublocar um espaço para trabalhar dentro de um salão de beleza. Depois de cinco meses, foi convida-da pela proprietária desse salão a fazer as so-brancelhas das clientes.

Isabel mostrou um talento especial para o serviço e resolveu aprimorar a técnica, in-cluindo cursos de micropigmentação, seu diferencial.

Continuou nesse local durante dois anos, até perceber que tinha condições de ter um em-preendimento próprio. Então, em 2015, Isa-bel alugou um espaço no centro de Três Rios, onde funcionaria seu salão. Ela fez reformas, comprou mobiliário e equipamentos para realizar seu sonho.

Além de talento e paixão, é preciso conhe-cimento

Depois que abriu seu salão, Isabel começou a se profissionalizar, fazendo cursos no Se-brae, no programa Salão Parceiro. Depois, começou a utilizar as ferramentas de gestão no dia a dia da empresa. Passou a aplicar os conceitos de marketing, como a divulgação nas redes sociais, para ampliar a rede de clientes. Foram também feitas adequações no layout do salão, além de um controle fi-nanceiro mais apurado e preços dos serviços apropriados.

Outro ganho foi na forma de contratação de pessoal. Isabel aprendeu a escolher as pesso-

Fachada do Salão

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as da sua equipe de forma mais criteriosa, podendo contar com profissionais mais qualificados, melhorando assim a performance de todo o salão.

Isabel ainda teve uma mudança comportamental muito positiva quando fez o curso de liderança. Hoje, consegue realizar reuniões periódicas com a equipe e lidar com si-tuações que antes não saberia resolver.

Depois de três anos de empresa, Isabel comprou, com os resultados obtidos do seu trabalho, outro imóvel, mais amplo e melhor localizado, no centro de Três Rios, para onde se mudou em 2018.

Novos aprendizados, gestão e disciplina para um crescimento constante

No novo salão, além de duas manicures, Isabel tem o apoio do marido e da filha, que também se especializou em sobrancelhas e pigmentação. Ela pretende aumentar em 30% o faturamento com o novo espaço.

Isabel continuará se especializando em técnicas na sua área de atuação e na gestão empresarial, pois isso é fundamental para o sucesso da empresa. Não satisfeita em oferecer o que é tradi-cional, ela está sempre buscando um atendimento mais espe-cífico e dedicado para ampliar seu negócio.

A empresária Isabel Cristina

AutoraMaria Aparecida GonçalvesPacheco

No Sebrae desde 2002, Aparecida é formada em gestão de recursos humanos, possui ex-tensão como analista de negócios e também é Empreteca. Contribui no atendimento aos microempreendedores individuais e nos últimos anos, enxergou uma oportunidade de de-senvolvimento do nicho de salão de beleza. A partir dessa análise, propôs capacitações em várias áreas estratégicas. Trabalhando no Escritório Regional Centro Sul, também trouxe para Três Rios o Curso Sebrae de Salão de Beleza, que veio coroar todo o trabalho realizado nos últimos anos. Com seu incentivo e os cursos realizados, Isabel (proprietária da Bellas Sobrancelhas) alcançou os resultados relatados no caso de sucesso.

www.facebook.com/bellassobrancelhastr

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8GILMARA LIMA ATELIERDe costureira a empresária do setor de modas

Escritório RegionalCENTRO SUL

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GILMARA LIMA ATELIER

Gilmara Lima, modista e designer de moda, começou a costurar cedo. Aos 13 anos, já dava os primeiros passos no ofício passado de geração em geração na sua família. Aos 16, fabricava peças para amigos e, aos 19 anos, fazia roupas por encomenda. Daí pra frente, não parou mais.

Depois de mais de 20 anos produzindo ves-tidos de festa sob medida, ela resolveu abrir sua própria empresa. E algumas questões surgiram: como transformar esse sonho em realidade? Como obter as ferramentas ne-cessárias para transformar sua atividade em uma empresa bem-sucedida?

O sucesso privilegia os persistentes

Gilmara perdeu sua mãe muito cedo e se tornou autodidata. Costurava nas horas va-gas, antes e depois da escola, e muitas vezes faltava à aula para ficar em casa produzindo roupas para ela e suas amigas. Nunca recu-sou uma encomenda: mesmo quando não sabia fazer uma peça, buscava aprender, para entregar da forma que fora solicitada.

Ao longo do tempo, identificou que suas clientes tinham um problema: os vestidos de gala custavam caro e invariavelmente eram utilizados apenas uma vez. Depois, ficavam guardados no armário ou até mesmo eram descartados por desuso. Surgia assim um novo modelo de negócio para Gilmara: além de produzir e vender vestidos, ela começou a alugá-los.

Sem dinheiro para investir na produção dos vestidos para locação, teve a ideia de nego-ciar: a cliente daria o material e ela não co-braria pela mão de obra da confecção do vestido. Em troca, ficaria com a peça para alugar para outros clientes. Ao longo de um ano, conseguiu juntar cerca de cem vestidos,

que, alugados, aumentaram consideravel-mente o seu faturamento.

Assim, tornou-se especialista em alta-costu-ra, com um trabalho reconhecido pela exce-lência no acabamento, nos tecidos, rendas e bordados de qualidade em modelos exclusi-vos. De forma personalizada, Gilmara atende os clientes que querem vestidos para ocasi-ões especiais, e até noivas e debutantes.

Colhendo os frutos do sucesso

Em 2015, com mudanças pessoais em sua vida, ela sentiu que era o momento de se profissio-nalizar, buscando um novo rumo para o seu negócio. Tomou conhecimento do seminário Empretec do Sebrae e resolveu participar.

Durante os seis dias de imersão, dedicou-se exclusivamente a trabalhar suas caracterís-ticas de comportamento empreendedor.

Gilmara e uma das suas criações

Imagem

de arquivo Facebook

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Estreitou redes de contato, buscou informações e, pela primeira vez, teve contato com ferramentas de planejamen-to.   Com mais de 20 anos de trabalho, Gilmara resolveu en-tender o mercado onde atua-va. Ela chegou a se surpreender com a marca que havia criado e constatou que seu trabalho era muito conhecido e valorizado por todos.

Gilmara definiu metas e voltou ao trabalho: era a hora de arregaçar as mangas e colocar em prática todo o aprendizado adqui-rido.

Em 2016, foi convidada a participar do “Centro--Sul Negócios”, em Três Rios. Essa seria a primei-ra vez em que teria a oportunidade de expor seus produtos fora de sua cidade.

Sua participação no evento foi um grande su-cesso. Ela conheceu novos parceiros, abriu no-vos mercados e percebeu a necessidade de inserir sua empresa nas mídias digitais, bem como, de estar em constante mudança para atender clientes cada vez mais exigentes.

Moda, dedicação e empatia

Inquieta, Gilmara continua inovando a cada dia. Seus editoriais de moda nas redes sociais são um sucesso e fazem com que ela venha con-quistando clientes até mesmo de fora do país.

Atualmente, trabalha em um novo projeto, no qual promove o reencontro das “suas” noivas com “seus” vestidos. Seu comprometimento e respeito com o cliente fazem da menina cos-tureira que se transformou na modista Gilmara Lima um exemplo de superação para todos que a conhecem.

AutorLuis Filipe Silva Salgado

Formado em administração de empresas, com especialização em gestão de pequenos negócios, Luis Filipe atua há mais de oito anos no Escritó-rio Regional Centro Sul, na cidade de Três Rios. Interlocutor do programa SebraeTec, atualmente é gestor do projeto Sebrae na Mesa, mas já atuou em muitos projetos na região como encadea-mento produtivo, produção orgânica, panifica-ção, entre outros.

Gilmara participa de um ensaio fotográfico

www.facebook.com/ateliergilmaralima10

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9UTILARO nascimento de uma empresa inovadora,

organizada e competitiva

Escritório RegionalCENTRO SUL

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UTILAR

A Utilar, fundada pelo empresário Marcelo Sved, situada no município de Comendador Levy Gasparian, região Centro-Sul fluminen-se, fabrica uma linha de sacos plásticos para lixo desde 2006.

Com a concorrência do mercado, em 2017, Marcelo começou a buscar inovação. Seu grande desafio era: como ter um produto di-ferenciado no mercado? Como se destacar?

Empenho e determinação para inovar

Para o empresário, o segmento de sacos para lixo sofre uma concorrência acirrada. Dessa forma, sempre procurou diversificar a produ-ção. Hoje, a Utilar produz sacos de lixo de 15, 30, 50, 100 e 200 litros, além de linhas para cozinha, banheiro e sacos para congelamen-to de alimentos.

Ele desenvolveu um saco de lixo usando ci-tronela, que serve como repelente de insetos

como mosquitos (inclusive o aedes aegypti, transmissor da dengue), moscas e formigas. Além dessa função, eles têm a capacidade de manter os ambientes perfumados.  O layout da empresa teve que passar por alterações significativas para melhorar o processo pro-dutivo e reduzir custos e desperdícios.

Planejamento e ousadia abrem portas

As mudanças foram possibilitadas pelos co-nhecimentos adquiridos com o módulo de Qualidade do projeto Encadeamento Produ-tivo do Sebrae. A fábrica inteira foi modifica-da: paredes derrubadas, máquinas reagru-padas, espaço otimizado, fluxo de circulação de mercadorias racionalizado, e a matéria-

O empresário Marcelo Sved

Linha de produtos Utilar

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-prima passou a ser paletizada. Foram também adquiridas cinco novas máquinas e instalada uma balança de piso.

Em 2013, a Utilar contava com 35 empregados; depois das alterações, são 24. A diferença veio das mudanças no processo de produção e da maior capacidade das novas máquinas.

“A Utilar passou a comercializar seus produtos em uma rede de supermercados da região, che-gou ao Espírito Santo e a intenção é chegar ao Rio de Janeiro”, festeja o empresário.

Além disso, Marcelo apresenta o produto em feiras do setor, como a Superminas, em Belo Horizonte, e visita estabelecimentos para vender o produto.

AutorLuis Filipe Silva Salgado

Formado em administração de empresas, com espe-cialização em gestão de pequenos negócios, Luis Filipe atua há mais de oito anos no Escritório Regional Cen-tro Sul, na cidade de Três Rios. Interlocutor do progra-ma SebraeTec, atualmente é gestor do projeto Sebrae na Mesa, mas já atuou em muitos projetos na região como encadeamento produtivo, produção orgânica, panificação, entre outros.

www.utilar.net.br

Conquistando novos horizontes

A expectativa para o futuro é melhorar ainda mais o processo de produção, quando duas novas máquinas entrarem em operação. O empresário planeja aumentar a área em 53% (520 m2), com a ocupação de um galpão vi-zinho.

Dessa forma, ampliará a capacidade de pro-dução para atender o mercado detectado. Utilizando até 95% de matéria-prima recicla-da em seus produtos, sem que isso acarrete perda de qualidade, a Utilar colabora com a sustentabilidade do setor e com a redução de resíduos sólidos descartados na natureza.

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10CACHAÇARIA COQUEIROReceita de sucesso: união entre tradição e inovação

Escritório RegionalCOSTA VERDE

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CACHAÇARIA COQUEIRO

Com dois séculos de tradi-ção, a Cachaçaria Coqueiro é referência na região da Cos-ta Verde. Em 2017, os sócios, Eduardo Mello e familiares, identificaram a necessidade de reposicionar a empresa no mercado, para que a Co-queiro pudesse aumentar a abrangência nacional e ser reconhecida mundialmente pela sua qualidade.

Na onda dos orgânicos

O município de Paraty (RJ), re-conhecido como patrimônio histórico da cachaça desde 2011, carrega em sua história a tradição de destilação de cachaças, passada de gera-ção para geração. O processo de fabricação da Coqueiro é totalmente artesanal, desde a colheita da cana. Atualmente, são produzidos 60 mil litros por ano, nas modalidades ouro, envelhecida, prata e tradicional.

Atento às novas oportunidades de mercado, o empresário identificou uma demanda ati-va no segmento de orgânicos, entendendo que esse seria o diferencial necessário para a internacionalização. O mercado de orgâ-nicos tem se apresentado como uma ótima oportunidade de negócios. Em 2016, teve um crescimento de 20%, segundo pesquisa apresentada na Natural Tech e na Bio Brazil Fair, e não para de crescer.

Reestruturação e certificação: o caminho

Para fazer as mudanças necessárias, Eduardo Mello iniciou a reestruturação do planeja-

mento estratégico da empresa com a cons-trução de metas de acordo com os novos objetivos. O primeiro passo foi obter a cer-tificação orgânica. Com o apoio do Sebrae, filiou-se ao grupo SPG Orgânicos da Costa Verde, que, em parceria com a ABIO (Associa-ção dos Agricultores Biológicos do Estado do Rio de Janeiro) e a Prefeitura Municipal, atua em projetos de agricultura orgânica.

Em paralelo, o empresário começou a iden-tificar quais seriam as necessidades internas para cumprir os requisitos burocráticos e le-gislativos de internacionalização, além de aprimorar a estruturação da gestão. Depois

Cachaça Coqueiro tradicional e os

alambiques

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da certificação, a Cachaçaria Coqueiro se tornará a primeira produtora de cachaça orgânica da re-gião da Costa Verde e pretende com isso se repo-sicionar no mercado nacional. E, em um futuro próximo, iniciar as práticas de exportação, para ganhar escala comercial e reconhecimento.

Tradição e qualidade rumo ao mercado in-ternacional

Perceber a necessidade de planejamento para o alcance das metas estabelecidas é determinan-te para o sucesso do empreendimento.  Manter a tradição e a qualidade e buscar o reposicio-namento por meio do selo de orgânicos são alguns pontos que colocam a Cachaçaria Co-queiro como referência em empreendedorismo no município.  Soluções, como o SebraeTec e o seminário Empretec, auxiliaram no desenvolvi-mento desse comportamento empreendedor sempre em busca de novos desafios.

Com a conquista do selo, a Coqueiro se consoli-da como um produto diferenciado e se qualifica para disputar o exigente mercado internacional de destilados.

AutoraTuane da Silva Rodrigues

Tuane é formada em psicologia pela UNESP (com par-te da graduação na Universidade de Évora, em Portu-gal), com MBA em Gestão Empresarial pela FGV. Está cursando MBA em Gestão Empresarial de Pequenos Negócios, pela Estácio. Sua principal atuação é em gestão de projetos com foco em resultados, em prol do desenvolvimento local e sustentabilidade. Atua dire-tamente com a cadeia de alimentos na Região Costa Verde e trabalha no Sebrae desde 2014.

Loja da Fazenda Cabral

Alambiques

www.cachacacoqueiro.com.brwww.facebook.com/cachacacoqueirooficial

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11CANTO DAS CANOASContra a crise: gestão de estoque e planejamento

Escritório RegionalCOSTA VERDE

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CANTO DAS CANOAS

Com um movimento expressivo e as mesas sempre cheias, o restaurante Canto das Ca-noas, na paradisíaca Ilha da Gipoia, em An-gra dos Reis (RJ), é liderado pela empresária Rosana Andrade e seis sócios. Em 2015, com as dificuldades econômicas, a empresária percebeu que precisava enxugar custos para garantir maior rentabilidade do negócio e, depois de algumas intervenções na área fi-nanceira, percebeu que o segredo poderia estar na gestão do estoque.

Prosperidade e sustentabilidade comprometidas

O local, onde antes funcionava uma fábrica de sardinha, tem estrutura familiar e 25 anos de tradição, sendo referência em comida cai-çara na região. Em 2015, mesmo com a que-da no movimento, a empresa mantinha um bom fluxo de atendimento e vendas cons-tantes, mas não apresentava a rentabilidade esperada.  As entradas e saídas não estavam devidamente documentadas, o estoque não tinha o controle exato e faltava precisão nas

fichas técnicas dos produtos. Isso compro-metia a precificação do cardápio e ainda im-possibilitava a leitura adequada da situação financeira da empresa. O sistema de gestão vigente também não estava sendo utiliza-do em sua totalidade. Nesse momento, os sócios perceberam que a gestão em finan-ças deveria ter mais atenção para garantir a prosperidade e a sustentabilidade do em-preendimento.

Controle de estoque just in time

Rosana buscou o Sebrae para encontrar so-luções que pudessem resolver estes desafios e, em 2015, começou a participar do Sebrae na Mesa. Com as consultorias do programa, várias mudanças ocorreram. A primeira ati-tude foi o levantamento de dados de manei-ra sistêmica; todas as fichas técnicas dos pro-dutos foram refeitas, considerando perdas e flutuações nos preços dos insumos. Além disso, o sistema de automação, já utilizado pelo restaurante, foi avaliado em suas po-tencialidades, e os dados da movimentação

Transporte de barco para clientes e colaboradores

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rotineira de vendas e saídas passaram a ser in-seridos. Com o pontapé inicial para um maior controle financeiro, Rosana percebeu que ape-nas a mudança na gestão do sistema não seria suficiente para alcançar os resultados pretendi-dos, uma vez que os gastos haviam aumentado consideravelmente.

A empresa passou a contar com um controle físico e financeiro do estoque, podendo verifi-car a quantidade disponível de cada item e seu correspondente valor financeiro. De posse des-sa informação, a empresária adotou a estratégia just in time, priorizando tudo o que deveria ser produzido ou comprado na hora exata, para re-duzir volume de estoque desnecessário e seus custos decorrentes.

Novos processos de gestão, novos resultados

A nova atitude gerencial frente aos dados finan-ceiros e de controle auxiliou a empresa a prati-car uma gestão mais estruturada, por meio da percepção e do ordenamento do ambiente de trabalho, o que facilitou a construção de estra-tégias mais eficazes. Essa atitude exigiu pesqui-sa de preço constante, precificação coerente, uma carteira efetiva de fornecedores e também um planejamento de compras eficaz. Assim, foi possível programar-se para épocas de alta e baixa demanda, além de planejar a sazonalida-de dos alimentos, garantindo a funcionalidade do cardápio.  

Logo os resultados apareceram: maior domínio sobre os dados financeiros e um controle estru-turado do estoque. Uma nova política de com-pras foi implantada, auxiliando na aquisição de insumos em quantidades exatas e ajustadas à sua real necessidade. Agora é seguir este cami-nho da modernização e profissionalização do gerenciamento do empreendimento.

Moqueca de frutos do mar servida no restaurante

Restaurante Canto das Canoas

www.cantodascanoas.com.br

AutoraTuane da Silva Rodrigues

Tuane é formada em psicologia pela UNESP (com parte da graduação na Universidade de Évora, em Portugal), com MBA em Gestão Empresarial pela FGV. Está cursando MBA em Gestão Empresarial de Pequenos Negócios, pela Estácio. Sua principal atuação é em ges-tão de projetos com foco em resultados, em prol do desenvolvimento local e sustentabili-dade. Atua diretamente com a cadeia de ali-mentos na Região Costa Verde e trabalha no Sebrae desde 2014.

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12POUSADA NAUTILUS E

FAZENDA MARINHAVersatilidade na gestão de diversas frentes de negócios

Escritório RegionalCOSTA VERDE

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POUSADA NAUTILUS E FAZENDA MARINHA

Qual a melhor forma de gerenciar empre-endimentos distintos ao mesmo tempo? O casal Kazou e Hiroko, com uma trajetória de competência e dedicação, se deparou com esse desafio na administração de sua pousa-da, fazenda marinha e escola de mergulho na Ilha Grande, Angra dos Reis (RJ). Coordenar atividades tão distintas exigia dos empreen-dedores, sempre atentos às oportunidades, uma gestão financeira adequada, de modo a evitar que essas contas se misturassem.

Gestão financeira no paraíso

Localizado na praia de Jaconema, na Ilha Grande (RJ), território reconhecido mundial-mente pelo seu potencial turístico, a Pousada Nautilus nasceu do empreendedorismo da família Odaka, imigrantes japoneses proprie-tários de uma antiga fábrica de sardinha e

farinha de peixe. Gerenciando três empreen-dimentos – hospedagem, mergulho e fazen-da marinha com cultivo de vieiras e peixes –, o casal percebeu que precisava organizar a gestão financeira das empresas para poder avaliar com mais exatidão a verdadeira ren-tabilidade dos negócios. As finanças, incluin-do receitas e despesas, se misturavam, mas era importante garantir que cada empreen-dimento se sustentasse com seu próprio fa-turamento.

Planilhas separadas fazem toda a diferença

As finanças da pousada, da escola de mer-gulho e da produção marinha precisavam ser mensuradas para checar a viabilidade econômica dos negócios. Em 2015, o casal buscou no Sebrae uma consultoria finan-ceira, que confirmou a importância do pla-nejamento de acordo com o perfil de cada empreendimento, garantindo a adoção de estratégias adequadas.

Vieiras de Ilha Grande e vista da Pousada Nautillus (chegada pelo mar)

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Depois de todos os custos levantados, cons-tatou-se que eles estavam tendo prejuízo devido à precificação equivocada e à ausên-cia de informações. O primeiro dado obtido foram os valores mínimos necessários para a comercialização.

Como resultado da consultoria do Sebrae, os empresários começaram a organizar as finan-ças e a registrar, em planilhas, os dados de cada atividade com seu próprio controle.

Aprendizados da empresa

Ter várias frentes de trabalho ajuda a driblar a sazonalidade do mercado turístico, mas o con-trole e o planejamento, em consonância com o gerenciamento financeiro, propiciam a to-mada de decisão baseada em dados e a conse-quente adoção de estratégias mais assertivas. Com a precificação atualizada pelo controle fi-nanceiro, foi possível avaliar qual o volume de produção necessário para garantir a rentabili-dade dos negócios, além da devida precifica-ção para o atacado e para o varejo.

Essa mensuração auxiliou os empreendedores a investir de maneira estratégica em maquinário para auxiliar nos serviços gerais do empreendi-mento, otimizando o tempo de funcionários e garantindo sua permanência em períodos de baixa. Outra estratégia adotada foi a de garantir um maior acesso ao mercado, por meio da par-ticipação em feiras e da promoção de eventos, como o Seminário de Maricultura, que teve sua 13ª edição em 2018.  

Depois de tudo que aprendeu nesse processo, o casal acredita agora que o foco na organiza-ção e na gestão deve ser constante na empresa.

Vista da Pousada Nautillus (chegada pelo mar)

AutoraTuane da Silva Rodrigues

Tuane é formada em psicologia pela UNESP (com parte da graduação na Universidade de Évora, em Portugal), com MBA em Gestão Empresarial pela FGV. Está cursando MBA em Gestão Empresarial de Pequenos Negócios, pela Estácio. Sua principal atuação é em ges-tão de projetos com foco em resultados, em prol do desenvolvimento local e sustentabili-dade. Atua diretamente com a cadeia de ali-mentos na Região Costa Verde e trabalha no Sebrae desde 2014.

www.nautilusilhagrande.com.br

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13EJC ENGENHARIAComo a certificação em gestão de qualidade

transformou a realidade

Escritório RegionalLESTE FLUMINENSE

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EJC ENGENHARIA

A EJC, empresa situada em Niterói (RJ) e há 20 anos no mercado, é especializada em consultoria, inspeção e adequação de uni-dades industriais de acordo com normas reguladoras, prestando assistência técnica para pequenas empresas e também para grupos empresariais de grande porte.

Em 2016, com a crise econômica, Edson Joel, sócio fundador da EJC Engenharia, percebeu a importância de se destacar no mercado e teve que repensar a sobrevivência do seu negócio.

Rompimento de contratos, queda de fatu-ramento e a busca de um novo patamar

Edson já possuía experiência no segmento quando fundou a empresa em 1998. No iní-cio, o foco era a adequação de unidades in-dustriais à Norma Regulamentadora 13 (NR-13) do Ministério do Trabalho, que tem como finalidade condicionar inspeção de seguran-ça e operação de vasos de pressão, caldeiras e tubulações. A empresa atendia em todo o terri-tório nacional e contava com 15 funcionários.

A EJC teve um cresci-mento constante até 2016, quando as difi-culdades econômicas causaram a queda do faturamento e, conse-quentemente, o corte de pessoal. Nesse perí-odo, um de seus princi-pais clientes rompeu um contrato de longo prazo; outros reduziram o per-centual e alguns não ti-

veram como continuar o serviço, deixando a EJC em uma situação de muita insegurança.

Nesse momento, Edson constatou que ob-ter a certificação no Sistema de Gestão de Qualidade (SGQ), que tem por objetivo ins-taurar a qualidade em todos os processos internos, poderia fazer a diferença no en-frentamento da instabilidade econômica e tornar-se seu diferencial no mercado alta-mente competitivo.

Vencendo adversidades com determinação

Com a ajuda do Sebrae, a EJC começou o processo de implantação da ISO 9001. Em 2017, com o apoio de consultorias do Pro-grama Sebraetec, conseguiu a certificação.

Dessa forma, a EJC aumentou a credibilidade e a qualidade de seus serviços, assegurando

compromisso com a me-lhoria contínua e adotan-do a gestão de riscos em seus negócios.

Depois da certificação, houve ainda a expansão para o licenciamento de outras normas: NR-10 (segurança em instala-ções com eletricidade), NR-12 (segurança no trabalho em máquinas e equipamentos) e NR-20 (fluidos combustíveis e inflamáveis), atendendo também às certificações por normas internacio-nais OHSAS 18001 e ISO 14001.

Outros benefícios con-quistados foram o au-

O empresário Edson Joel num estande de sua empresa

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mento de ações de marketing, como a utiliza-ção de ferramentas do Google, a participação em feiras e eventos do segmento e a ampliação de equipamentos oferecidos aos seus clientes.

Crescimento com modernização

Hoje, a EJC Engenharia conta com três escritó-rios, um dos quais funciona dentro da unidade de seu principal cliente, e atende em todo o ter-

ritório nacional. A empresa é setorizada, in-formatizada e tem corpo técnico qualificado. O pioneirismo e a experiência de Edson Joel são os principais pilares da instituição.

Em 2019, Edson planeja ir além, quer utilizar as mídias sociais e a participação em  feiras, eventos específicos do setor e rodadas de negócios, para melhorar seu networking e aumentar sua carteira de clientes.

Participação da EJC Engenharia na Feira Internacional Oil&Gas, em 2018

AutoraDayane Castro Macedo

Dayane é graduada em Pedagogia pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com especia-lização em Gestão de Recursos Humanos e MBA em Gestão de Projetos. Atualmente trabalha no Escritório Regional Leste Fluminense com orientação empresarial, Programas Nacionais como Sebrae Mais e SebraeTec e atua com segmentos empresariais específicos. Sua experi-ência ao longo desses oito anos em atendimento ao cliente possibilitou a identificação das empresas, junto a outros analistas, e o desenvolvimento dos casos de sucesso.

www.ejcengenharia.com.br

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14PROATIVALimpeza e mão de obra com

eficiência e menor custo

Escritório RegionalLESTE FLUMINENSE

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PROATIVA

A Proativa nasceu em 2015, como prestado-ra de serviço de mão de obra e material de limpeza para condomínios e edifícios em Ni-terói (RJ). Os sócios, Tereza Cristina Fagundes e Eduardo Guedes, seu filho, tiveram uma surpresa pouco depois da abertura da em-presa: seu maior cliente rompeu o contrato por dificuldades financeiras.

A economia do país estava em crise e eles ti-nham que sobreviver. Como se destacar no mercado? Como atender às demandas não ex-ploradas dos concorrentes? Essas eram algu-mas questões que eles buscavam solucionar.

Negócio familiar

Antes de abrirem a Proativa, Tereza e Eduar-do participavam de outra empresa familiar do mesmo segmento, mas não eram muito atuantes. Em 2013, com o falecimento do marido e sócio, Tereza e o filho se viram obri-gados a assumir o empreendimento, pois es-tavam perdidos numa empresa mergulhada

em dívidas e problemas de má gestão. A em-presária foi em busca de capacitação e, com a experiência adquirida, organizou a parte financeira, mas alguns problemas familiares continuaram ocorrendo, o que afetava dire-tamente a empresa.

Tereza participou do seminário Empretec, em 2015, e logo após teve a ideia de se jun-tar ao filho para formar uma sociedade só deles, utilizando a expertise que já possuíam daquele setor. Foi assim que criaram a Proa-tiva. Mas, em meio à crise e sem o principal cliente, os sócios lidavam com ameaça de fe-chamento já nos momentos iniciais.

Novos caminhos para chegar mais longe

Tereza e Eduardo se viram obrigados a am-pliar e reinventar suas atividades para que a empresa pudesse se destacar e se consolidar no mercado.

Fizeram parceria com uma companhia de construção civil e começaram a trabalhar na

prospecção de novos clientes, como escritórios e empresas, além de con-domínios.

Iniciaram também a comercialização dos produtos de limpeza que usa-vam, concentrados de alta diluição e biodegradáveis. O próprio forne-cedor realizava cursos para apresen-tar os materiais para clientes, o que facilitava as vendas. Outra novidade foi oferecer serviços rápidos por hora para diferentes setores, sem a ne-cessidade de um contrato específico para esses clientes.

O comércio dos produtos de limpe-za e a mão de obra cobrada por hora fizeram com que a Proativa atingisse

Os sócios Tereza Cristina e Eduardo Guedes

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um público novo, que outras empresas do mes-mo segmento não conseguiam atingir. Além disso, a qualidade fez com que novos clientes os buscassem.

Soluções para ambientes corporativos e resi-denciais com muita qualidade

Hoje, a Proativa atua com três principais ativi-dades: serviços de mão de obra especializada, comércio de produtos de limpeza e consultoria condominial. Perceberam que, se comercia-lizassem o produto sem o serviço de limpeza, poderiam atender um novo nicho. Focaram num serviço cobrado por hora e conquistaram um novo segmento de negócios, formado por consultórios e salas comerciais, que buscavam uma limpeza rápida, semanal.

Como o público-alvo se encontra essencial-mente no setor privado, os sócios participam de eventos voltados para o público empresa-rial, além de palestras e rodadas de negócios. Estão sempre na busca de novos clientes e pre-tendem expandir a atuação para outros municí-pios, além de Niterói e São Gonçalo.

Atualmente, participam do Programa Sebrae-Tec para diagnóstico de franqueabilidade e al-mejam prestar serviço para as organizações pú-blicas, com o objetivo de aumentar sua carteira de clientes. Material de divulgação da empresa

AutoraDayane Castro Macedo

Dayane é graduada em Pedagogia pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com especia-lização em Gestão de Recursos Humanos e MBA em Gestão de Projetos. Atualmente trabalha no Escritório Regional Leste Fluminense com orientação empresarial, Programas Nacionais como Sebrae Mais e SebraeTec e atua com segmentos empresariais específicos. Sua experi-ência ao longo desses oito anos em atendimento ao cliente possibilitou a identificação das empresas, junto a outros analistas, e o desenvolvimento dos casos de sucesso.

https://proativaserv.com.br

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15STRONGERReestruturação a partir da pressão da concorrência

Escritório RegionalLESTE FLUMINENSE

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STRONGER

Bruno Reis reiniciou sua trajetória como em-presário no ano de 2003 com a Stronger, uma pequena academia no centro de Niterói (RJ), depois de uma experiência frustrada com um sócio.

Após a abertura do negócio, viu a possibili-dade de inaugurar novas unidades na cidade vizinha, São Gonçalo, em que a oferta desse segmento é menor e há uma demanda da população. O empresário resolveu focar no novo município, já que, em Niterói, as acade-mias “de rede” começavam a surgir de forma mais agressiva. Optou por bairros residen-ciais, fazendo uma análise do tipo de renda e população gonçalense, pois a concorrência nesse novo nicho era menos ativa.

A crise econômica de 2015 influenciou forte-mente a Stronger, que acusou evasão média de 25% dos alunos. E agora, como se diferen-ciar num mercado tão competitivo e crescer em meio à crise?

Reestruturação para sustentar o cresci-mento

Em 2010, o empresário participou do semi-nário Empretec, que o motivou a abrir a ter-ceira empresa, também em São Gonçalo.

Além da crise econômica, a expansão das grandes academias de rede, como Smartfit, fez com que Bruno percebesse que precisava se diferenciar para se reinventar nesse mercado.

Melhorias que trazem valor e novos clientes

Depois que o empresário se capacitou para certificação de qualidade ISO 9001, percebeu que precisava ajustar todos os processos, delegando a gestão principal para gerentes e coordenadores. O treinamento também

Área interna da academia

O empresário Bruno Reis em seu escritório

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trouxe melhorias para a área de marketing: a organização das estratégias empresariais ficou mais eficiente, aumentando seu networking.

Bruno contratou um escritório de arquitetu-ra, uma agência de marketing para remode-lar a marca, padronizou a estrutura interna, inseriu diferentes atividades físicas e instituiu uma área técnica para a criação de um crono-grama individual. Seu objetivo era conseguir maior fidelização dos alunos, fugindo do mo-delo das academias de rede, cujo foco atinge apenas musculação e ergometria, com exer-cícios rápidos que dispensam a figura central do professor.

Mantendo o negócio atraente ao longo do tempo

Atualmente, Bruno tem seis academias em três municípios da região metropolitana do Rio de Janeiro (Niterói, São Gonçalo e Itaboraí) e pros-segue sua trajetória sem sócios. O empresário está sempre se capacitando e promovendo trei-namentos para toda a equipe.

A remodelagem do negócio trouxe aprimora-mento e expansão para a rede. Todas as unida-des são padronizadas em relação à estrutura e aos valores, além de oferecerem diversas ativi-dades extras, como dança, luta, alongamento, relaxamento e circuitos. Tudo isso fez com que a empresa se destacasse no mercado e conse-guisse manter um crescimento constante.

Para o futuro, a ideia é fazer uma proposta ainda mais diferenciada e individualizada para os clientes.

Dayane é graduada em Pedagogia pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com especialização em Gestão de Recur-sos Humanos e MBA em Gestão de Pro-jetos. Atualmente trabalha no Escritório Regional Leste Fluminense com orienta-ção empresarial, Programas Nacionais como Sebrae Mais e SebraeTec e atua com segmentos empresariais específicos. Sua experiência ao longo desses oito anos em atendimento ao cliente possibilitou a identificação das empresas, junto a ou-tros analistas, e o desenvolvimento dos casos de sucesso.

AutoraDayane Castro Macedo

http://stronger.com.br

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16BARÃO BUFFALO WINGS & BEERInovação para manter sucesso do negócio

Escritório RegionalMÉDIO PARAÍBA

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BARÃO BUFFALO WINGS & BEER

Em Volta Redonda (RJ), Daniel Carrara e Wag-ner Cândido, proprietários do bar Barão Buffalo Wings & Beer, sempre se preocuparam com a questão da inovação no seu negócio, fundado em 2015 com o conceito de American Bar. Os empresários pensaram em todos os detalhes para que a experiência gastronômica estivesse de acordo com o conceito escolhido.

Em 2017, com o êxito do bar, e procurando tornar o ambiente cada vez mais atrativo, os sócios se depararam com o seguinte dilema: como manter o fôlego do negócio depois do sucesso alcançado?

Em busca de novidades para melhor aten-der os clientes

Após três anos de funcionamento e de muito sucesso, o Barão já havia se tornado referên-cia do segmento em toda a região. Mesmo assim, os empresários decidiram investir em ações para manter o sucesso do negócio.

A primeira grande “virada” no ciclo de inova-ção do Barão foi ampliar o espaço físico do bar, mudando-o para um ambiente cinco vezes maior. A ideia era: mais clientes, maior faturamento.

A empresa fez adaptações no novo espaço, criando um layout mais arrojado, e fez pe-quenas mudanças de cardápio, mantendo o mesmo conceito, porém estimulando a curiosidade de seus clientes para visitarem o novo bar. Além disso, atraíram para o ne-gócio clientes que ainda não tinham tido a oportunidade de conhecer o Barão.

Entregas em domicílio

Com a implantação do delivery, em 2017, a marca poderia chegar até seus clientes no conforto de suas casas. A ideia deu tão certo que atualmente esse sistema é responsável por 25% do faturamento total da empresa.

Interior da hamburgueria

Dupla de barões: os sócios Daniel e Wagner

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A maioria das vendas por delivery é feita por meio do APP pró-prio “Barão Express”, superando as vendas por meio do Ifood (principal APP de delivery de comida da região).

Outra novidade implementada foi a “Kombi Barão”, que leva a presença do Barão aos eventos de Volta Redonda e cidades vizi-nhas, expandindo e diversificando o empreendimento.

Com os dois novos modelos de negócios consolidados, eles in-gressaram no programa “Alimentação Criativa e Competitiva”, oferecido pelo Sebrae em parceria com a Nestlé, para fortalecer a marca e verificar se estavam no caminho certo.  

“Os clientes tornam-se fãs, por isso as vendas no APP próprio são mais significativas do que no APP concorrente”, enfatiza Pa-ola Tecnhini, analista do Sebrae.

Em 2018, iniciaram a segunda fase do programa do Sebrae, que contou com consultorias de gestão de marketing e de técni-cas de cozinha e cardápio. A partir dessas consultorias e de um benchmarking nos Estados Unidos, a empresa se estruturou para reforçar sua imagem de American Bar. As mudanças in-cluíram o layout do bar, passando por inovações no cardápio e nos uniformes dos colaboradores, chegando até a impulsionar a coquetelaria, que se tornou uma excelente fonte de receita e lucro para o negócio.

Ciclo de inovações – segredo do sucesso do Barão

Todas as mudanças feitas para essa nova etapa na curva de ino-vação da empresa, que já está passando por seu terceiro ciclo, foram embasadas em análise de mercado e de indicadores. Isso proporcionou a tomada de decisão mais assertiva, não só do ponto de vista da imagem, como também da melhoria de fa-turamento, tornando possível o crescimento da empresa em números, mais uma vez.

“O sistema de informação tem que ser a base de toda tomada de decisão”, afirma Daniel, ao contar sobre como decide a hora certa de implantar as mudanças em seu negócio. E ainda em harmonia com seu sócio, Wagner, acredita que esse reforço da marca com a mudança da “cara” do bar para um ar de futebol americano, que foi feito em outubro de 2018, é só mais uma inovação que, para eles, será constante enquanto o Barão existir.

Os clientes tornam-se fãs, por isso as vendas

no APP próprio são mais significativas do

que no APP concor-rente”, enfatiza Paola Tecnhini, analista do

Sebrae

Drinks: receita extra

Detalhes do estabelecimento

www.baraochoperia.com.brwww.facebook.com/choperiabaraowww.instagram.com/choperiabarao

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AutoraJulia AlmeidaCorrêa

Formada em Comunicação Social, com MBA em Marketing Empresarial pela UFF e Gestão de pequenos negócios pela FIA e especialização como analista de negócios pela UFRJ, Júlia atua na Coordenação da Região do Médio Paraíba há quase sete anos. Atualmente trabalha no atendimento presencial individual e coletivo ao setor de construção civil. Seu conhecimen-to para auxiliar o desenvolvimento das empresas em sua região foi adquirido ao longo dos anos de trabalho direto com o cliente. Autora dos três casos escritos pelo Escritório Regional Médio Paraíba, Júlia contou com a ajuda dos demais analistas, colegas de trabalho, para a escolha e o desenvolvimento dos casos.

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17KSA TECNOLOGIAComo se destacar no mercado e conquistar clientes

Escritório RegionalMÉDIO PARAÍBA

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KSA TECNOLOGIA

Em Volta Redonda (RJ), a KSA Tecnologia é um exemplo de empresa que busca sempre a di-ferenciação, tentando novos caminhos para atrair seus clientes. Com mais de 20 anos de mercado, especializada em identificação au-tomática por códigos de barra, atua também em diversas áreas relativas à identificação, à rastreabilidade e à captura de dados.

Como se destacar? Como ampliar o negócio? Como ter produtos e serviços diferenciados? Como ser reconhecido no mercado? Essas eram questões que Marcelo Mendes, funda-dor da KSA, tentava solucionar, pois sempre acreditou que a inovação constante é o ca-minho de crescimento.

Em busca do diferencial

Desde 2016, a parceria entre KSA e Sebrae tornou-se mais forte e evidente. Foi partici-pando de um edital de inovação, com a par-ceria da Firjan e do Programa GIR (Programa de Gestão de Indicadores de Resultados), focado em gestão de indicadores de resulta-dos, que a empresa deu a grande virada para sua diferenciação de mercado.

Ao perceber que sua ideia estava afinada com objetivo do edital e que, a partir dele, poderia

enfim realizar o sonho de produzir, no Brasil, o equipamento para imprimir etiquetas resis-tentes a até 1000° C, utilizadas na identifica-ção de produtos siderúrgicos assim que saem do forno industrial, Marcelo participou de ca-pacitações e inscreveu seu projeto.

A inovação é essencial porque as mudan-ças no mercado são inevitáveis

Com a aprovação no edital, o empresário organizou seu negócio para receber a im-pressora e começar a produzir as etiquetas, que permitem identificar e garantir a rastre-abilidade dos produtos durante o processo produtivo e de logística. A KSA conseguiu ser o fornecedor direto de seus clientes, não um intermediário entre estes e a empresa fabri-cante norte-americana.

A partir do momento em que a empresa ini-ciou as atividades desse mercado de solu-ções, houve a necessidade de reestruturar alguns processos internos, para impulsionar de forma mais assertiva os negócios. Ele sa-bia que podia ir além, contudo, também per-cebia que não poderia tomar decisões com base em ‘achismos’.

Era o momento de nos reestru-turarmos para a nova realidade

do mercado

Produtos com as etiquetas da KSA

O empresário Marcelo. Proprietário da KSA Tecnologia

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Em 2016, com a criação da nova turma do GIR do Sebrae, Marcelo decidiu que era hora de participar e melhorar alguns aspectos dentro do negócio:

“Era o momento de nos reestruturarmos para a nova realidade do mercado”, explicou o em-presário.

As áreas de marketing e processos internos foram as que mais ganharam investimento do tempo e do trabalho do empresário. No que se refere ao marketing, o empresário ajustou seu portfólio, destacando cinco produtos mais im-portantes a serem comercializados, e organizou o material de apresentação dos produtos do portfólio que seriam oferecidos às indústrias. Esse foi outro fato decidido junto à consultoria de marketing do programa: segmentar o públi-co no qual seria investida a força comercial – in-dústrias do setor metalmecânico e automotivo, por terem um grande potencial na região.

Também com a ajuda do GIR, a empresa apri-morou as questões relativas aos processos in-ternos, melhorando os fluxos de informações e de serviços.

A KSA ganhou mais visibilidade em seu pro-duto diferenciado de mercado, conquistando novos clientes dentro e fora do Brasil, e pas-sou a contar, em sua carteira de clientes, com uma empresa que tem sede na Argentina.

Expansão do mercado: a hora de avançar

Como representante único no país desse for-necedor norte-americano, a KSA conquistou seu diferencial competitivo no mercado: as vendas dessa solução já representam 20% do total do seu faturamento. Marcelo busca um novo edital para concluir o projeto e ter uma impressora 100% nacional, eliminando os gargalos comerciais, tais como variação cambial, impostos de importação e peças de reposição importadas. A empresa quer in-vestir cada dia mais nesse segmento de eti-quetas, sem deixar de lado outras áreas do negócio, e ter sempre oferta de produtos e serviços de qualidade.

Produtos com as etiquetas da KSA

http://ksa.com.br

AutoraJulia AlmeidaCorrêa

Formada em Comunicação Social, com MBA em Marketing Empresarial pela UFF e Gestão de pequenos negócios pela FIA e especialização como analista de negócios pela UFRJ, Júlia atua na Coordenação da Região do Médio Paraíba há quase sete anos. Atualmente trabalha no atendimento presencial individual e coletivo ao setor de construção civil. Seu conheci-mento para auxiliar o desenvolvimento das empresas em sua região foi adquirido ao longo dos anos de trabalho direto com o cliente. Autora dos três casos escritos pelo Escritório Regio-nal Médio Paraíba, Júlia contou com a ajuda dos demais analistas, colegas de trabalho, para a escolha e o desenvolvimento dos casos.

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18RELICÁRIO BISTRÔ E

CASA RELICÁRIOMudança de identidade e expansão do negócio

Escritório RegionalMÉDIO PARAÍBA

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RELICÁRIO BISTRÔ E CASA RELICÁRIO

Mesmo com todas as dificuldades que o mercado vem apresentando nos últimos anos, há quem veja as oportunidades e as aproveite da melhor maneira possível. Esse é o caso da empresária Sarah Gorito, dona de dois negócios no setor de gastronomia, em Volta Redonda (RJ).

Sarah começou sua história em 2015, quan-do abriu sua primeira empresa, o Relicário Bistrô, em parceria com seu marido, Everton. Três anos depois, já com a empresa estabele-cida e sendo referência no segmento no mu-nicípio, surgiu a oportunidade de comprar um bistrô concorrente. No novo empreendi-mento, deparou-se com o dilema: será que valeria a pena mudar a identidade do local?

Transformar para conquistar o sucesso

No início, a empresária preservou o modelo de negócio adotado pelo antigo dono, se-guindo a linha de bistrô francês. Assim, man-teve os mesmos pratos, o layout e, inclusive, o nome: Di Duarte Bistrô.

Porém, Sarah constatou que, se continuasse naquela forma de atuação, o faturamento da empresa não seria suficiente para pagar os cus-tos, muito menos para gerar o lucro esperado.

Nos meses que se seguiram, já cientes de que precisariam de mudanças, o casal ini-ciou um trabalho para transformar a “cara” do bistrô, buscando um negócio com o qual se identificassem: “entrava aqui e sentia que ainda não era meu” – disse Sarah.

Como tirar o melhor resultado do seu negócio?

Depois de muito pensar, decidiram investir numa consultoria, por meio do Sebraetec, para elaboração de novo cardápio e ficha téc-

nica. E assim construíram um cardápio basea-do na culinária brasileira, mas com um toque de requinte e sofisticação nos pratos.

A aposta na culinária nacional despertou o in-teresse em trabalhar com o tema “Brasil” para o novo conceito do restaurante. A partir de então, começaram a pensar em reposicionar todo o negócio, contextualizando-o na diver-sidade cultural e gastronômica de nosso país.

Para dar forma a tudo o que já estava sen-do construído, uma agência de publicida-de foi contratada e iniciaram o processo de branding (gestão da marca). O nome já conhecido do primeiro bistrô (Relicário) foi a base para esse trabalho, pois a ideia era expandir a marca, reforçando o posiciona-

Ambiente acolhedor

Os sócios e parceiros Sarah e Everton Gorito

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mento já conquistado, além de torná-la mais conhecida, mais desejada e mais positiva na mente do público.

Nessa etapa, desenvolveram o logotipo, a iden-tidade visual e o conceito do novo espaço. A essa altura, já estavam com o novo cardápio elaborado e a nova marca estruturada.

A restauração e o reposicionamento da empresa não foram realizados em apenas duas etapas. O trabalho durou alguns meses, passou pelo pro-cesso de análise do mix de marketing do negó-cio e contou com a ajuda de uma analista do Se-brae para desenvolver essa etapa, essencial para conseguir amarrar ideias e conceitos definidos.

Amor ao negócio não basta: é preciso dedi-cação intensa e olho nos números

Em agosto de 2018, depois de pensar e implan-tar cada detalhe, desde novas louças até os no-vos layout e mobiliário, Sarah e Everton inaugu-raram a Casa Relicário, um ambiente temático que traz a brasilidade nos detalhes e apresenta um novo conceito de restaurante ao município.

Com poucos meses de reinaugurado, a empre-sária já enxerga o sucesso do negócio devido ao aumento da circulação de clientes, do fa-turamento e, consequentemente, do lucro. As vendas do restaurante com a nova “cara” brasi-leira praticamente duplicaram, e a empresária ainda vislumbra: “A Casa Relicário tem capaci-

Atenção aos detalhes fizeram toda a diferença para o novo negócio

dade para faturar até três vezes mais do que fatura atualmente”.

E, como uma boa empreendedora, ao ser questionada sobre novas oportunidades e novos negócios, Sarah deixa claro: “Invisto porque vale a pena! ”.

AutoraJulia AlmeidaCorrêa

Formada em Comunicação Social, com MBA em Marketing Empresarial pela UFF e Gestão de pequenos negócios pela FIA e especialização como analista de negócios pela UFRJ, Júlia atua na Coordenação da Região do Médio Paraíba há quase sete anos. Atualmente trabalha no atendimento presencial individual e coletivo ao setor de construção civil. Seu conheci-mento para auxiliar o desenvolvimento das empresas em sua região foi adquirido ao longo dos anos de trabalho direto com o cliente. Autora dos três casos escritos pelo Escritório Regio-nal Médio Paraíba, Júlia contou com a ajuda dos demais analistas, colegas de trabalho, para a escolha e o desenvolvimento dos casos.

www.relicariobistro.com.br

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19BOTICA DE ROSSIAmpliação do mercado em tempos difíceis

Escritório RegionalNORTE

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BOTICA DE ROSSI

Em Macaé e Rio das Ostras, no norte do esta-do do Rio de Janeiro, há mais de 20 anos a em-presária Nagela Rossi e sua equipe trabalham para ser referência em farmácia de manipula-ção nas áreas médica, veterinária, nutricional, cosmética e de suplementação esportiva.

Em 2015, a crise do petróleo na região trou-xe um grande desafio para a Botica de Rossi: como se reinventar para sobreviver no mer-cado? A empresária apostou na venda online e conseguiu.

Sempre é possível inovar

Demissões, esvaziamento da cidade, fecha-mento de empresas e onda de pessimismo econômico marcaram um dos períodos mais desafiadores do estado, em 2015. Na oca-sião, Nagela começou a visualizar que seu negócio poderia ser seriamente afetado.

Com 93 colaboradores distribuídos em três unidades, a empresária já contava com uma estrutura de produção que buscava o cres-cimento. Ela percebeu que o avanço das tecnologias de informação e logística po-deriam permitir o atendimento virtual em nível nacional.

Vendas online: a solução encontrada

A empresária se planejou para criar uma central de pedidos online. Estruturou a em-presa com as ferramentas necessárias e ca-pacitou oito colaboradoras, especialmente para atender aos pedidos de clientes que permaneceram na região e usavam recursos virtuais para otimizar seu tempo; daqueles que voltaram para suas cidades em função das demissões; e até mesmo de clientes de todo o Brasil.

Para aumentar a visibilidade e o alcance da marca junto ao mercado, foi lançado o apli-cativo Botica Moby, além da atualização do site. Isso permitiu o envio de orçamentos por e-mail, fazendo com que o número de pedidos saltasse mais de 40%. A frequência de postagens nas mídias sociais também foi priorizada e a quantidade de seguidores no Instagram pulou de 900 para mais de três mil em um mês. A contratação de uma trans-portadora em agosto de 2018 fez os custos serem reduzidos em 50%, quando compara-dos com os três meses anteriores.

Essas ações resultaram em crescimento de 9,64% nas vendas e 12,28% no faturamen-to total, depois do estabelecimento de um controle da gestão financeira, obtido com o apoio de consultorias do Sebrae, o que per-mitiu que se conhecessem os custos e o per-centual de desconto em cada pedido.

A empresária Nagela (centro) e a gerente Andréa (à direita)

Rigoroso e informatizado: controle de qualidade para oferecer os melhores produtos

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Essa reação à crise de 2015 só foi possível gra-ças ao planejamento, à busca de oportunidades e à iniciativa da empresária Nagela Rossi

Além de já funcionar de acordo com as normas de certificação de qualidade ISO, a participação da Botica de Rossi no Seminário Empretec, do Sebrae, contribuiu para impulsionar seu com-portamento empreendedor e seu olhar atento para a inovação.

Aumento no faturamento, funcionários mantidos e a segurança de seguir em frente

Nenhum funcionário foi demitido. O que Na-gela fez foi um planejamento para recolocar e capacitar parte da equipe para que os colabora-dores pudessem cuidar exclusivamente do re-cebimento, processamento e encaminhamento de pedidos realizados pelo site, por telefone e pelo aplicativo.

Todo esse esforço, desde 2015, veio a se refle-tir nos meses de junho, julho e agosto de 2018, quando as vendas na farmácia de manipulação tiveram aumento considerável. Para 2019, a em-presária já vislumbra franquear o seu negócio, para prosseguir sua jornada empreendedora.

Formado em administração pela UCAM e pós-graduando em gestão de peque-nos negócios pela Estácio, Fabrinio atua como orientador de negócios no Escri-tório Regional Norte desde 2013 e é o interlocutor responsável por organizar o Seminário Empretec, em Campos dos Goytacazes. Escolheu o caso da Botica após uma visita, na qual se sensibilizou com as soluções encontradas por Nagela, graças ao relato de Mario Max, um dos analistas responsáveis pelo atendimento do Sebrae em Macaé.

AutorFabrinio Peçanha Gioffi Luiz

Essa reação à crise de 2015 só foi possível graças ao planeja-mento, à busca de oportunida-des e à iniciativa da empresária

Nagela Rossi

Equipe preparada para fidelizar os clientes: atendimento, processamento e encaminhamento dos pedidos online

www.boticaderossi.com.brwww.facebook.com/boticaderossi

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20CONSTRUFÁCILDe ajudante de pedreiro a engenheiro

Escritório RegionalNORTE

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CONSTRUFÁCIL

Prestar serviços de engenharia e construção civil para uma grande empresa, em um dos complexos portuários mais promissores do Brasil como o Porto do Açu, parecia um so-nho impossível para Emanuel Barbosa. Par-ticipar de uma feira do tamanho da Rio Oil & Gas, no Rio de Janeiro, então, era algo só para empresas maiores. O empresário perce-beu que esses sonhos só se transformariam em realidade com a profissionalização do seu negócio.

Projetos de engenharia e arquitetura para grandes empresas

Depois de trabalhar alguns anos como ser-vente de obras, ajudante de carpintaria e eletricista predial, Emanuel Barbosa fundou a Construfácil em julho de 2012, para exe-cutar projetos de engenharia, arquitetura, construções, reformas e manutenção.

No início, porém, era necessário estruturar a parte comercial e mudar a mentalidade do “ser empresário”. Em dezembro de 2016, participando de um evento do Sebrae e do Porto do Açu, Emanuel compreendeu a oportunidade de oferecer seus serviços para as grandes empresas que estavam instaladas no complexo. Afinal, havia total confluência entre o que a Construfácil sabia fazer e o que as empresas do Porto precisavam contratar.

“O Porto do Açu, grande empreendimen-to localizado em São João da Barra (RJ), é responsável por movimentar cargas, como granéis sólidos e líquidos, carga geral, miné-rio de ferro e petróleo.”

Participação em workshops temáticos, cursos e consultoria

O primeiro passo foi procurar o Sebrae e aderir ao Programa de Desenvolvimento de Fornecedores Locais do Porto do Açu (PDFL), um conjunto de soluções que preparam o pequeno empresário para atender as de-mandas do megaempreendimento.

No decorrer de 12 meses, Emanuel pôde es-truturar a Construfácil, participando de in-tervenções e workshops temáticos nas áreas em que ele mais tinha dificuldade: planeja-mento, comercial, financeiro e pessoas, além de fortalecer seu lado empreendedor por meio do Seminário Empretec.

Para se relançar no mercado, precisou re-novar sua identidade visual, criou um site moderno e engajou-se nas certificações ISO 9001 e PBQP-H (Programa Brasileiro da Qua-lidade e Produtividade do Habitat).

O empresário Emanuel em seu escritório

Obras realizadas pela Construfácil

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Todo esse esforço resultou na chance de se apresentar na reunião mensal do Comitê de Su-primentos das empresas-âncoras do Porto do Açu; também participou das segunda e terceira Rodadas de Negócios do Porto do Açu, promo-vidas pelo Sebrae.

Após um ano de organização e planejamento, 2018 ficou marcado pela conquista de contratos com duas grandes empresas do complexo portuário.

Reestruturação e oportunidade de novos negócios

A grande oportunidade para a Construfácil foi, sem dúvida, o atendimento ao Porto do Açu, ri-goroso cliente.

Emanuel já percebeu que um dos ensinamen-tos de todo o seu processo de crescimento foi o olhar para novos mercados. Pensando nisso, em setembro de 2018, foi a única empresa de Cam-pos dos Goytacazes a participar da Feira Rio Oil & Gas, tendo um estande para prospecção de futuros clientes.

A Construfácil tem se destacado no mercado, e Emanuel, ex- ajudante de pedreiro, está conse-guindo realizar muito mais do que sonhou!

Formado em administração pela UCAM e pós-graduando em gestão de peque-nos negócios pela Estácio, Fabrinio atua como orientador de negócios no Escri-tório Regional Norte desde 2013 e é o interlocutor responsável por organizar o Seminário Empretec, em Campos dos Goytacazes. Conheceu o empresário Emanuel em 2017, por sua participação ativa durante essa capacitação.

AutorFabrinio Peçanha Gioffi Luiz

Colaboradores da Construfácil

https://construfacilservicos.com.br

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21DELÍCIA DE SALGADOA renovação frente aos concorrentes

Escritório RegionalNORTE

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DELÍCIA DE SALGADO

Gilwagner Pereira, de Campos dos Goytaca-zes (RJ), conta com mais de 20 anos de mui-tas transformações em seu negócio, e a ino-vação continua sendo a palavra que move a Delícia de Salgado.

Microempresa especializada em vender to-dos os tipos de salgados, esse pequeno ne-gócio fornece também, desde 1995, bolos, tortas e doces - afinal, nas palavras de seu proprietário, “um bom salgado combina com uma boa sobremesa”.

Para manter-se competitivo no bairro simples do Parque São José, Gilwagner precisou ino-var ao longo de sua trajetória empreendedo-ra: iniciou como padaria, lanchonete e mer-cearia, mas aos poucos foi percebendo que precisava se especializar em um segmento para sobreviver no universo peculiar da sua localidade. A questão era: como fazer isso?

Padaria, lanchonete e mercearia – como se man-ter no mercado?

A empresa foi formalizada a partir das orientações do

Sebrae, em 2007. Desde então, continuou a aprofundar seus co-nhecimentos em ferramentas para gerir sua equipe, controlar a entrada e saída de dinheiro, cus-tos e formação de preços, como negociar com fornecedores, téc-nicas de venda, como atender bem o cliente, além de participar do Seminário Empretec.

A decisão foi manter o foco na venda de salgados e doces, con-tando com a participação de sua

família e também contratando gente do bairro para compor sua equipe de trabalho. Logo percebeu o problema de trabalhar em um ambiente apertado, pouco funcional, com a produção de salgados e doces muitas vezes desorganizada e atrasada.

Gilwagner observou que empresas maiores que a dele dispunham de setores. A partir daí, surgiram as primeiras ideias para um novo caminho.

Separação e sistematização da produção, treinamento e reorganização do espaço

Uma das soluções encontradas pelo em-presário foi setorizar seu negócio: dividiu a produção dos salgados e doces, garantindo materiais e uma equipe independente e espe-cializada para tocar em frente cada segmento. Outra solução foi elaborar a ficha técnica dos

O empresário Gilwagner e a variedade de produtos oferecidos em sua loja

Aprender e colocar em prática: espaço reservado no escritório para os certificados das capacitações feitas no Sebrae

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produtos e treinar seus colaboradores para que seguissem todo o passo a passo.

Gilwagner reorganizou seu escritório e destinou um lugar especial na pa-rede para todos os certi-ficados de treinamentos de que participa. Ele faz questão de relembrar tudo o que aprendeu e, além de se capacitar, sempre encaminha seus colaboradores para os treinamentos do Sebrae sobre atendimento ao cliente e vendas.

Equipe comprometida = maior produtividade

Dar oportunidade a pessoas do próprio bairro contribuiu muito para que Gilwagner tivesse uma equipe empenhada e comprometida, for-mada por 10 colaboradores, cada um ciente do seu papel dentro da Delícia de Salgado. Além disso, a reorganização da empresa contribuiu para o aumento da produtividade, que veio a se refletir em aumento das vendas em 20%.

Ouvir o cliente e estar atento às oportunidades são atitudes que consagraram a microempresa na localidade. Além do controle de custos, des-pesas e formação de preços para garantir uma boa tomada de decisão, conhecimentos apren-didos nos treinamentos do Sebrae.

Já pensando em 2019, agora com a gestão or-ganizada e setorizada, o empresário planeja oferecer kits de salgados e doces para festas, incluir pizzas no cardápio e realizar entregas, expandindo sua atuação.

Colaboradora da Delícia de Salgado dando aquele toque final em sua especialidade: tortas de aniversário

Três integrantes da equipe com a mão na massa

Equipe reunida e bem treinada: Gilwagner (centro), seu filho (à direita) e seus colaboradores, unidos para atender a clientela.

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Formado em administração pela UCAM e pós-graduando em gestão de pequenos negócios pela Estácio, Fabrinio atua como orientador de negócios no Escritório Regional Norte des-de 2013 e é o interlocutor responsável por organizar o Seminário Empretec, em Campos dos Goytacazes. A escolha do caso se deu pelo fato do empresário Gilwagner ser acompanhado pelo Sebrae há 11 anos, e a Delícia de Salgado fazer parte de sua carteira de clientes desde 2015.

AutorFabrinio Peçanha Gioffi Luiz

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22BRIGADERIA DA VOVÓQuando a necessidade de sustento

vira negócio rentável

Escritório RegionalREGIÃO DOS LAGOS

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BRIGADERIA DA VOVÓ

Nascida em Italva (RJ), Miriam Azevedo ini-ciou cedo seu caminho em direção ao em-preendedorismo. Quando a família se mu-dou para Arraial do Cabo, ainda na década de 1970, ela fez um tabuleiro de bom-boca-do para o irmão mais velho vender aos tra-balhadores das construções da cidade e as-sim ajudar as finanças da casa.

Anos se passaram e veio o casamento; de-pois, os filhos; então, Miriam deixou os doces de lado para vender roupas, além de traba-lhar na Prefeitura de Cabo Frio (RJ).

O tempo passou e, depois de muitos anos, para lidar com problemas na família, em 2005, recomeçou a fazer doces para vender em uma festa local - a Festa Portuguesa –, e deu muito certo. Durante oito anos, partici-pou da Festa, até que pegou os oito mil re-ais arrecadados na última festa de que havia participado, pediu demissão na Prefeitura e decidiu abrir um negócio.

Em 2013, inaugurou a Brigaderia da Vovó e se deparou com o desafio da gestão da empre-

sa. Como desdobramento, outras dificuldades surgiram, tais como: implantar um controle fi-nanceiro eficiente, prestar bom atendimento aos clientes e buscar um diferencial.

Driblando dificuldades da vida com doces

No início, ainda lidando com questões difí-ceis na família, começou revendendo do-cinhos de um fornecedor. O negócio, le-galizado como MEI (microeempreendor individual), cresceu de forma muito rápida e o fornecedor já não dava mais conta da de-manda, até que a própria Miriam assumiu a produção, fazendo os brigadeiros com um ponto do doce diferente do que já havia no comércio local.

Miriam vendia uma média de 2.500 brigadei-ros/mês. Nessa época, ainda não produzia outros tipos de sobremesas, como tortas e brownies. O faturamento cresceu tanto que, em outubro de 2014, aconteceu a migração de MEI para ME (microempresa).

Fachada da Brigaderia da Vovó

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Estruturando o negócio passo a passo

Como tinha pouca experiência em administração de empresas, Miriam procurou o Sebrae e fez um Plano de Desenvolvimento de Cliente (PDC). Ela verificou que precisaria controlar melhor a área financeira, que era muito informal. Fez o curso de Controles Financeiros e passou a perceber o po-tencial do seu empreendimento.

Em 2015, participou do Festival Gastronômico Sabores de Cabo Frio, e foi um sucesso de divulgação da marca e de vendas. Co-meçou também a capacitar os funcionários no curso de Atendi-mento ao Cliente, do Sebrae.

Muito envolvida com a gestão do negócio, Miriam já fez diversos cursos, como Gestão Estratégica e Oficina de Marketing Digital. Ela também participa das consultorias do programa Sebrae na Mesa.

Um doce e um sorriso são os segredos da Vovó

Em 2018, com cinco anos de funcionamento e cinco reformas, a empresa já ocupa o status de EPP – Empresa de Pequeno Por-te, cujo faturamento pode chegar a R$ 4,8 milhões. O curioso é que, atualmente, os produtos mais vendidos na Brigaderia são as tortas e sobremesas.

Miriam atribui grande parte do sucesso às suas funcionárias, pois são elas que a ajudam na produção e nas vendas. E, sem dúvida alguma, a atenção da empresária com seus doces, clien-tes e colaboradores é o que torna a Brigaderia da Vovó diferen-te dos outros comércios. “Sem doce e sem sorriso no rosto, o cliente não pode sair de lá”, explica.

E engana-se quem acha que o sonho de Miriam é abrir outras lojas na região. Planos para o futuro? Viajar com os netos! Tanto é verdade que, questionada sobre o porquê de não abrir a Briga-deria também aos domingos, já que o movimento da Igreja bem em frente é enorme, a justificativa é de que é o único dia inteiro que ela tira para curtir os netos.

Balcão de delícias e interior da loja

Graduada em publicidade e propaganda e pós-gradua-da em gestão empresarial e marketing, Suellen começou sua carreira no Sebrae como estagiária, em 2010. Retor-nou em 2013, como trainee, passando a analista no ano seguinte. Atua na área de atendimento ao cliente, dando suporte à gestão empresarial e é responsável por capacita-ções no Escritório Regional Re-gião dos Lagos. Mantinha um blog de crônicas antes da vida profissional, e quando foi con-vidada para o projeto dos ca-sos, adorou relembrar o tempo em que escrevia.

AutoraSuellen Analia da Costa

www.facebook.com/pg/brigaderiadavovo

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23CEREALL GOURMETArmazém natural promove vida saudável

Escritório RegionalREGIÃO DOS LAGOS

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CEREALL GOURMET

A loja de produtos naturais Armazém do Bem foi aber-ta em 2003, no centro de Cabo Frio (RJ), sob a administração de Mônica Bull e do seu então marido, André Guido. Sem qualquer tipo de planejamento, o casal começou a gerenciar a loja e somente três anos depois começaram a sentir os re-sultados: as coisas melhoravam, mas apenas no âmbito profissional.

O casamento estava passando por uma crise e, pouco tempo depois dos bons resultados da loja, veio a separação. Com ela, a dificul-dade da empresária em vivenciar uma rotina administrativa e ter que abandonar os pro-jetos que havia iniciado na fazenda do casal, em Minas Gerais.

De volta a Cabo Frio, em 2011, Mônica percebeu que a empresa vivenciava problemas de gestão financeira e de pessoas. Como poderia lidar e re-solver da melhor maneira essas questões?

De uma fazenda em Minas para adminis-trar uma loja

Logo que abriram a loja, inovadora no seg-mento de produtos naturais naquela região, André sugeriu que eles tivessem uma expe-riência no campo, onde poderiam plantar e até mesmo produzir algo para consumo pró-prio. Mônica adorou a ideia, pois crescera ao lado de uma horta orgânica.

Ela deixou a loja nas mãos de André e da gerente, e foi curtir sua vida numa fazenda no interior de Minas Gerais. Quando eles se

separaram, Môni-ca ficou perdida, pois em todos os projetos pensa-dos, o ex-marido estava presente. O filho do casal, com apenas sete anos na época, sugeriu à mãe que voltas-sem para Cabo Frio e administras-

sem a loja que, no processo de separação, fi-cara aos cuidados de Mônica.

Chegando à loja de Cabo Frio, Mônica en-controu muitas dificuldades, pois a adminis-tração não era eficaz e não havia um contro-le financeiro adequado.

Ouvindo os clientes

Diante desse cenário, Mônica foi procurar o Sebrae e fez o curso de Gestão de Pessoas, principalmente porque pensou: “O impor-tante é vender. E, para vender, a equipe tem de estar treinada”.

A parte administrativa era a pior para ela, pois não entendia a rotina de um escritó-rio, nem qual seria sua função. Lidaria com a parte financeira, mas não sabia sequer os no-mes dos impostos. A gerente pediu demis-são, mas o lado bom fpo que, com sua saída, Mônica começou a ver o dinheiro entrando, coisa que não via antes.

Atuando mais na linha de frente, Mônica começou a perceber que a loja não estava localizada em um ponto muito estratégico. Começaram a surgir concorrentes e ela tinha medo de que alguém se destacasse mais que ela, tomando conta do mercado que eles le-varam anos para construir.

Entrada da loja

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Além disso, com a permanência dela na loja to-dos os dias, conseguiu estar mais perto do seu cliente e ouvi-lo mais. Eram muitos os pedidos para abrir um restaurante com alimentação mais natural e saudável.

Mônica estudou e amadureceu essa ideia, até que pensou em criar um espaço onde ela pu-desse ser o seu maior cliente. Ela consumiria do armazém, ou seja, ia vender para ela mesma, aumentando a demanda, ganhando maior bar-ganha de compra entre seus fornecedores, já que teria um volume maior de vendas.

Fez um plano estratégico e abriu um restau-rante na loja, mas, de fato, não sabia o que a esperava. Encontrou muitas dificuldades por-que era um setor que ela não dominava. Per-cebeu que precisava se aprofundar ainda mais na parte financeira.

Procurou o Sebrae mais uma vez e participou da metodologia Lean Manufacturing (que com-bina ideias de marketing, tecnologia e gestão) e viu que tinha muita coisa errada que não ti-nha condições para resolver e administrar. Para crescer, precisava se mudar.

Em 2016, depois de muito planejar, inaugurou o Cereall Gourmet, restaurante e armazém de-dicados a oferecer uma vida mais leve e saudá-vel por meio da culinária vegetariana e vegana de excelência, feita com ingredientes naturais, também vendidos como produtos.

Transformando obstáculos em sucesso

Desde sua inauguração, o Cereall Gourmet au-mentou muito sua capacidade de atendimento, passando de 30 para 70 pessoas por dia. Eles já vendem pelo sistema de delivery no aplicativo Ifood, e Mônica tem planos de ampliar ainda mais o negócio com novos produtos e clientes.

A empresária Mônica Bull (no centro, de blusa clara) e sua equipe

Clientes no salão de refeições

Uma das delícias aprovadas pelos consumidores

www.facebook.com/cereallgourmet instagram.com/cereallgourmet

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Graduada em publicidade e propaganda e pós-graduada em gestão empresarial e marke-ting, Suellen começou sua carreira no Sebrae como estagiária, em 2010. Retornou em 2013, como trainee, passando a analista no ano seguinte. Atua na área de atendimento ao clien-te, dando suporte à gestão e é responsável por capacitações no Escritório Regional Região dos Lagos. Mantinha um blog de crônicas antes da vida profissional, e quando foi convida-da para o projeto dos casos, adorou relembrar o tempo em que escrevia.

AutoraSuellen Analia da Costa

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24SK IMAGENSBoas práticas de gestão garantem

a expansão do negócio

Escritório RegionalREGIÃO DOS LAGOS

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SK IMAGENS

Logo após a formatura, o casal de dentistas Silvio Roberto de Oliveira e Kar-la Vitória de Oliveira abriu sua própria clínica em Cabo Frio (RJ), cada um na sua especialidade.

Tinham reconhecimento e contavam com uma clien-tela consolidada na região. Ao levarem para o consul-tório o atendimento em cirurgia bucomaxilofacial, identificaram uma deman-da: os pacientes tinham dificuldade de encontrar uma clínica radiológica que fizesse os exames necessários. A mais próxima estava localizada em Niterói, a mais de 140 km de distância.

Além de o deslocamento ser oneroso para o cliente, a entrega dos resultados era muito demorada. A partir daí, Silvio e Karla per-ceberam a oportunidade de um novo ne-gócio. Foi assim que nasceu a SK Imagens Odontológicas. O grande desafio, no início, foi a falta de experiência em gestão de em-presas. Como ampliar o escopo de atuação de forma estruturada?

O pioneirismo que ganhou destaque

Eles começaram a pesquisar e, em outubro de 1997, Karla tomou conhecimento de um curso na Associação Brasileira de Radiolo-gia, no Rio de Janeiro, que iria começar em janeiro do ano seguinte. Matriculou-se, fez um ano e meio de especialização e, em 1999, abriu junto com o marido a primeira unidade da clínica em Cabo Frio.

Foram gerenciando sozinhos, mas, com o passar do tempo, a necessidade de olhar a empresa como um negócio foi aumentando, porque a clínica foi crescendo e eles não fa-ziam ideia de como administrar. O volume de exames era grande e a necessidade de pro-fissionalizar o negócio também. Diante disso, Silvio resolveu especializar-se na área de ra-diologia e ajudar sua esposa na nova emprei-tada.

Mudanças e ajustes para obter excelência na qualidade

Mas só a especialização na área não era su-ficiente; ter conhecimento sobre a gestão era fundamental para o sucesso do negócio. A partir de 2009, Karla buscou o Sebrae e optou por fazer o seminário Empretec, por meio do qual conheceu algumas ferramen-tas de gestão essenciais para dar continuida-de ao negócio.

Além do Empretec, o casal buscou outros cursos de gestão de forma presencial e onli-

Equipe que sorri em família: o casal Karla e Silvio (ao centro) e os filhos Gabriel (à esquerda) e Henrique (à direita).

Foto

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Foto: Ham

ilton Souza

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ne e, em 2011, ao participarem do curso Gestão Estratégica, também do Sebrae, os empresários criaram a missão, visão e os valores da empresa, e planejaram sua expansão.

O potencial de crescimento era tão grande que o planejamento era abrir a unidade em São Pedro da Aldeia em dois anos após a capacitação, mas foi executada no ano seguinte.

E o crescimento não parou aí. Agora, a SK conta com quatro unidades: Cabo Frio, São Pedro da Aldeia, Campo Grande e Rio das Ostras.

Há alguns anos, quando fizeram o planejamen-to das duas primeiras clínicas, a visão era ser a maior clínica de radiologia da Região dos Lagos. Agora, recém-chegados em Campo Grande, a vi-são passou a ser a maior clínica de radiologia do estado do Rio de Janeiro.

Maior e melhor serviço de imagens odonto-lógicas da Região dos Lagos

Em janeiro de 2019, a SK vai fazer 20 anos e leva de forma muito séria e transparente a rotina de trabalhar com seus três indicadores: assiduida-de dos funcionários, número de exames/dia e pesquisa de satisfação com os clientes. Todas as quatro unidades trabalham com esses indica-dores, e o último, diga-se de passagem, só me-lhora com os anos.

O NPS (Net Promoter Score - pesquisa que mede o grau de lealdade dos consumido-res) está na casa dos 90 nas quatro unida-des, o que leva muita alegria e satisfação aos empresários.

“Essa pesquisa de satisfação mostra o quan-to estamos no caminho certo. Já teve cliente que comentou que o atendimento da clínica é tão bom que dá vontade de abraçar cada um dos colaboradores”, comenta Karla de Oliveira.

Para isso, os empresários não dispõem de grandes investimentos em marketing: so-mente reforçam o protocolo de atendimen-to, que é baseado na gentileza. É a abertura de uma porta, o acolhimento, um sorriso no rosto e um bom dia que encantam qualquer um que esteja por lá.

Fachada da unidade de Cabo Frio

Foto: André M

arzulo

Graduada em publicidade e propaganda e pós-graduada em gestão empresarial e marketing, Suellen começou sua carreira no Sebrae como estagiária, em 2010. Retornou em 2013, como trainee, passando a analista no ano seguinte. Atua na área de atendi-mento ao cliente, dando suporte à gestão e é responsável por capacitações no Escritório Regional Região dos Lagos. Mantinha um blog de crônicas antes da vida profissional, e quando foi convidada para o projeto dos casos, adorou relembrar o tempo em que escrevia.

AutoraSuellen Analia da Costa

www.skradiologia.com.brwww.instagram.com/sk_imagenswww.facebook.com/skimagensodontologicas

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25ANGU DO GOMESEstruturando o crescimento de uma empresa tradicional

Escritório RegionalRIO DE JANEIRO I

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ANGU DO GOMES

Em 1955, o português Gomes teve uma grande ideia: comercializar, em carrocinhas espalhadas pelas ruas cariocas, o angu, uma deliciosa iguaria trazida pelos escravos.

Dez anos depois, com a morte do velho Go-mes, os portugueses Basílio Moreira e João Gomes transformaram, juntos, comércio ini-ciado na década anterior pelo pai de João em um negócio ainda mais próspero. Em 1977, inauguraram um restaurante, imprimindo um novo ritmo de produção de cozinha industrial ao processo. Eram cerca de 300 funcionários, 40 carrocinhas espalhadas pela cidade e uma média de mil refeições diárias.

Por décadas, o Angu do Gomes foi um de-mocrático espaço de convivência. Nas carro-cinhas, reuniam-se as mais diversas camadas da sociedade para compartilhar um prato que representava um símbolo de resistência do Rio Antigo.  O prato com miúdos de boi foi um símbolo da boemia carioca até fechar a última carrocinha, no final dos anos 1990.

Em 2009, um neto de Basílio, Rigo Duarte, e um sócio, Marcello Klang, reabriram o res-taurante, no mesmo largo de São Francisco da Prainha, porém em outro número.

Depois de alguns anos, em 2015, com a pro-ximidade da realização das Olimpíadas no Rio, os sócios se depararam com a seguinte questão: como estruturar as finanças e os processos internos para garantir a qualidade dos serviços e dos produtos, além de se pre-parar para o projeto de expansão?

Tradição carioca revigorada + problemas de gestão

Depois da reinauguração, um número cada vez maior de clientes começou a descobrir o lugar, o que trouxe um grande desafio, pois

Encontro de gerações: Rigo Duarte (à esquerda) e Basílio Moreira (à direita)

Fachadas dos restaurantes no Centro (à esquerda) e em Botafogo (à direita).

Imagem

de arquivo Facebook

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a empresa não estava preparada para esse cres-cimento acelerado. Eram muitos problemas: as contagens de estoques nunca batiam, as dife-renças de inventário eram grandes, os produtos constantemente saíam do padrão pela ausência de ficha técnica e a falta de insumos era cons-tante. Havia grande dificuldade em apurar os lucros de forma correta. O sistema basicamen-te só existia para emissão de nota fiscal. Não existiam medições dos indicadores mais impor-tantes, o que dificultava qualquer tomada de decisão.   Ou seja, mesmo com o crescimento do faturamento, os lucros não apareciam e os empresários viviam resolvendo problemas ope-racionais.  De qualquer forma, havia uma pers-pectiva de melhorar a gestão do negócio para além da sazonalidade do evento olímpico.

Colocando ordem na casa

Na ocasião, o Sebrae estava iniciando um proje-to intitulado Sebrae no Porto, que buscava or-ganizar os negócios da região que sofriam com as obras e precisavam se preparar para o gran-de evento. Os empresários resolveram aderir ao projeto. O restaurante ganhou o título de patri-mônio histórico e cultural do Rio de Janeiro e passou a participar do Roteiro Tour da Experi-ência no Porto: criando produtos com a marca Angu do Gomes.

Outras soluções contratadas foram: consultoria Estratégia, que ajudou na apuração dos lucros da empresa e no futuro projeto de expansão; consultoria Indicadores de Performance, que definiu os principais indicadores a serem me-didos com CMV (custo de mercadoria vendida), giro de estoque, falta de produtos, ticket médio e lucratividade, que suportaria as principais to-madas de decisões; e a consultoria no Sebrae-tec – consultoria de planejamento e gestão por processos em logística.

Com uma boa administração, o resultado é garantido

Após a parceria com o Sebrae e com os re-sultados obtidos, os empresários já abriram duas novas casas. Mudaram definitivamente a forma de trabalhar, detalhando seus pro-cessos, acabando com os gargalos da em-presa, desenvolvendo as fichas técnicas de todos os produtos, acabando com as dife-renças de inventário e preparando a empre-sa para crescer de forma sustentável.

O sócio Marcelo Lang compartilha: “Com um controle maior do negócio, conseguimos enxergar mais fundo as diferentes áreas da empresa, para diagnosticar e tratar proble-mas futuros”.

As diferenças, que eram superiores a 10% antes do inventário, caíram para menos de 1%. O CMV caiu em 4%, e o giro de estoque das bebidas dobrou.

O empresário finaliza: “O primordial é saber que o lucro também vem da boa adminis-tração e da redução de custos, não somente das vendas.”

Prato tradicional: angu com miúdos

www.angudogomes.com.br

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Formada em desenho industrial (UFRJ), pós graduada em design de moda e consumo (Se-nai Cetiqt) e com formação em design estratégico (Centro Ricerche IED de Milão), Auxilia-dora se credenciou para atuar como consultora para desenvolvimento do Programa de Design Nacional. Contratada pelo Sebrae em 2001, já trabalhou nas áreas de Tecnologia (com implantação do design), de mercado (Rodada de negócios e eventos) e de Atendi-mento (orientação, vendas, eventos), se especializando em consultoria tecnológica no Es-critório Regional Rio de Janeiro I, onde está atualmente. A escolha pelo caso da empresa Angu do Gomes se deve ao fato de sua participação histórica nos setores político, econô-mico e cultural do Rio de Janeiro.

AutoraAuxiliadora Maria Pereira Itapary

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26CEGONHA DE ALUGUELIdeia inovadora e sustentável para a nova geração

Escritório RegionalRIO DE JANEIRO I

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CEGONHA DE ALUGUEL

Em 2016, a empresária Melanie Riffel, natural do Rio Grande de Sul e moradora da cidade do Rio de Janeiro, resolveu se desligar de sua promissora carreira na área financeira em uma consagrada multinacional para buscar um grande sonho: empreender.

Com o nascimento de sua filha Lorena, em 2015, Melanie percebeu oportunidades para investir no “universo da maternidade”. A ideia era unir sua experiência na área de finanças e seu desejo de empreender às ne-cessidades de um mercado em expansão e uma ideia inovadora. Melanie acreditou no seu potencial e fundou a Cegonha de Alu-guel, empresa de locação de artigos infantis. Mas, como criar um novo modelo de negó-cio e ter sucesso?

Introdução de um novo comportamento

Logo no início, enfrentou o desafio de implan-tar um hábito inovador: abrir mão de antigas e tradicionais formas de consumo. Era neces-sário adequar o e-commerce para aluguel de produtos, já que a maio-ria dos e-commerces no mercado é desenvolvida para venda e não para o aluguel de produtos. Era preciso também atender a demanda de outros muni-cípios e estados, pois, na-quele momento, a empre-sa só tinha condições de atender no Rio de Janeiro.

Mães que precisam de produtos para seus be-bês, como carrinho, ca-deirinha, bebê conforto etc., teriam a oportuni-

dade de receber esses produtos em casa, na modalidade de aluguel temporário, econo-mizando tempo e dinheiro; já que esses arti-gos são para uso por curto tempo e seu alto custo não compensa o investimento.

Qualidade na apresentação e no desen-volvimento do negócio

Melanie participou de rodadas de negócio e solicitou o serviço Sebreatec de adequação de serviços online e automação comercial, assim como a consultoria de marketing, a fim de solucionar as questões de e-com-merce e aperfeiçoar as ferramentas usadas no empreendimento. Foram desenvolvidos processos exclusivos para o aluguel de cada equipamento e produto, utilizando um checklist pelo entregador em cada locação, o qual deve ser avaliado e assinado pelo

A empresária Melanie Riffel, em seu escritório no Rio de Janeiro

Produtos do kit festa

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cliente. Na retirada do produto, é entregue um novo checklist, que deve ser avaliado pelo transportador e assinado pelas duas partes. Esse processo é o identificador da qualidade do serviço, alcançando 99% de satisfação dos clientes.

A Cegonha de Aluguel aprendeu a mostrar sua marca com uma campanha esclarecedora e ob-teve excelentes avaliações em suas pesquisas de satisfação sobre a qualidade dos serviços prestados, além de ter conseguido milhares de seguidores nas redes sociais.

O desenvolvimento de textos mais sucintos e curtos, no e-commerce, proporcionou praticida-de na navegação e solução das necessidades dos clientes. Com experiência e muita pesquisa de mercado, descobriu-se quais os produtos eram mais demandados e adequados para a empre-sa investir e estocar para possíveis locações aos clientes, evitando gastos desnecessários.

Consolidação e expansão de negócio sus-tentável

Mesmo com algumas resistências à mudança de hábitos de consumo, a Cegonha de Aluguel cresceu e a ideia foi incorporada por mães e pais modernos e conscientes.

Atualmente, pessoas de diversas cidades do Brasil procuram a empresária, a fim de se torna-rem franqueadas. A empresa está se estruturan-do para a criação da Franquia da Cegonha de Aluguel e já contratou o serviço Sebraetec, com o objetivo de ampliar sua atuação no mercado.

Estande na feira Mega Gestante e Bebê

Feira Burburinho

www.cegonhadealuguel.com.br

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Com graduação em produção cultural (UFF) e MBA em gestão cultural pela UCAM, Renata começou a trabalhar no Sebrae em 2012 e desde então atuou em diversas vertentes do setor da economia criativa e do entretenimento. No Escritório Regional Rio de Janeiro I, de-senvolveu-se no atendimento ao cliente por poder aplicar sua experiência de trabalho nas áreas de marketing, assessoria de imprensa e atendimento ao público. Contando também com o seu aprendizado em gestão de empreendimentos criativos e inovadores, teve muita afinidade com a empresa Cegonha de Aluguel para apresentar ferramentas do Sebrae na solução de suas necessidades.Autora

Renata Bessa Respeita

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27FIT COOKIESComo operar uma marcar própria de snacks saudáveis

Escritório RegionalRIO DE JANEIRO I

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FIT COOKIES

Durante a crise econômica no Brasil, em 2015, Renata Lanceiro foi demitida de uma organização de grande porte na qual havia atuado por 15 anos. Ela decidiu investir sua rescisão trabalhista em um negócio próprio e com o qual se identificasse. Para a futura empresária, o ideal seria apostar numa fran-quia, pois acreditava que esse modelo de negócios seria mais seguro, por possuir for-mato definido e já testado.

Renata adquiriu, em 2016, uma franquia na ci-dade de Curitiba, a Fit Cookies, com a proposta de tornar a vida prática, saudável e saborosa.

Em 2017, no entanto, a franqueadora fe-chou. Foi quando a empresária descobriu inadequações de legalização, pois a empre-sa atuava como comércio e não tinha o re-gistro como indústria, o que seria necessário no caso de venda para pessoa jurídica. Veio então o dilema: como continuar com a em-presa de forma independente e como se re-posicionar no mercado?

Os desafios de passar de franqueado a franqueador

A empresária calculou os riscos e decidiu apostar no empreendimento, continuando com a Fit Cookies como seu negócio próprio.

Seguindo orientações jurí-dicas, Renata registrou a Fit Cookies e formalizou, com a proprietária da franqueado-ra, que daquele momento em diante o negócio seria operado apenas por ela..

Produtos naturais: ten-dência que veio para ficar

Buscou orientações no Sebrae, participando de

Equipe Fit: da esquerda para a direita: a proprietária Renata Lanceiro, o sócio Djalma Jaco e a funcionária Cristiana Pires

capacitação nos temas de finanças e marke-ting. Com a ajuda do Sebraetec, criou um site e um plano de marketing digital do negócio. Decidiu também apostar em uma tendência dos consumidores que procuram alimentos crus, adequando a produção com nova formulação e usando adoçantes ainda mais saudáveis. Em parceria com o fabrican-te Stevita, foi convidada a participar de uma feira em São Paulo. Na Natural Tech, seus produtos fizeram bastante sucesso, dando ainda mais visibilidade à Fit Cookies. Além de tudo isso, ela contratou um profissional para adequação do rótulo com foco no pro-duto, e não apenas na marca.

A Fit Cookies atualmente comercializa bar-ras de proteínas, bisnagas, doces, pastas e patês, tudo sem açúcar, glúten, lactose, soja ou conservantes, e com baixo carboidrato. A franquia atua no Rio de Janeiro, no bairro da Tijuca, em uma loja de 31m², para venda no varejo, além de lojistas de produtos naturais

do Rio de Janeiro, Cabo Frio e Macaé.

A operação conta com cin-co pessoas: Renata, respon-sável pela parte adminis-trativa e pelo atendimento a lojistas; o sócio Djalma Di Piero Jaco, responsável pela produção; e mais três funcionárias, sendo duas na produção e uma na ven-da externa aos lojistas.

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Fachada da loja

Produtos expostos para comercialização no interior da loja

Os desafios de passar de franqueado a franqueador

A empresária calculou os riscos e decidiu apostar no empre-endimento, continuando com a Fit Cookies como seu negócio próprio.

Seguindo orientações jurídicas, Renata registrou a Fit Cookies e formalizou, com a proprietária da franqueadora, que daquele momento em diante o negócio seria operado apenas por ela.

Produtos naturais: tendência que veio para ficar

Buscou orientações no Sebrae, participando de capacitação nos temas de finanças e marketing. Com a ajuda do Sebrae-tec, criou um site e um plano de marketing digital do negócio. Decidiu também apostar em uma tendência dos consumido-res que procuram alimentos crus, adequando a produção com nova formulação e usando adoçantes ainda mais saudáveis. Em parceria com o fabricante Stevita, foi convidada a participar de uma feira em São Paulo. Na Natural Tech, seus produtos fizeram bastante sucesso, dando ainda mais visibilidade à Fit Cookies. Além de tudo isso, ela contratou um profissional para adequa-ção do rótulo com foco no produto, e não apenas na marca.

A Fit Cookies atualmente comercializa barras de proteínas, bis-nagas, doces, pastas e patês, tudo sem açúcar, glúten, lactose, soja ou conservantes, e com baixo carboidrato. A franquia atua no Rio de Janeiro, no bairro da Tijuca, em uma loja de 31m², para venda no varejo, além de lojistas de produtos naturais do Rio de Janeiro, Cabo Frio e Macaé.

A operação conta com cinco pessoas: Renata, responsável pela parte administrativa e pelo atendimento a lojistas; o sócio Djal-ma Di Piero Jaco, responsável pela produção; e mais três fun-cionárias, sendo duas na produção e uma na venda externa aos lojistas.

Para pessoas que desejam empreender, a empresária destaca o seu principal aprendizado: seja qual for o tipo de negócio, é fundamental pesquisar questões de legalização. Ela aprendeu que, por mais que uma franquia detenha formato de operação definido, não significa que o empreendedor terá menos dedi-cação frente às atividades ,desde o operacional até a gestão do negócio. Posicionar-se corretamente no mercado foi essencial para apresentar adequadamente a nova Fit Cookies.

http://fitcookiesriodejaneiro.comwww.facebook.com/fitcookiescurtiba

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Graduado em marketing e MBA em gestão empresarial e inovação para pequenos negó-cios, Ewertton obteve a base necessária para atuar nas orientações demandadas pelos clientes Sebrae. No Sebrae desde 2011, Já trabalhou com atendimento a clientes via 0800 e mídias sociais, e em monitoramento de modelo de atendimento dos escritórios regionais. Hoje, atua no atendimento presencial do Escritório Regional Rio de Janeiro I, com orienta-ções de gestão para pequenos negócios, aprendizado que possibilitou o desenvolvimento do caso da Fit Cookies.

AutorEwertton Marrafa

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28CELLAIRISDesafios de implantar e expandir um

negócio americano no Brasil

Escritório RegionalRIO DE JANEIRO II

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CELLAIRIS

A história de Cellairis começou com uma proposta de sociedade que Jonathan Beni-tez, profissional com experiência no varejo, recebeu. Ele e sua esposa, Liliane, saíram do Sul, onde moravam, e abraçaram a oportuni-dade: Jonathan se tornou sócio de uma loja de presentes e decoração no Rio de Janeiro, e Liliane conseguiu um emprego em publi-cidade e propaganda, sua área de atuação. Depois de algum tempo, quando a socieda-de acabou, Jonathan foi trabalhar em uma loja de roupas. Foi aí que pensaram em ter o próprio negócio.

Optaram por uma franquia de loja de acessó-rios para celular. No início, Liliane ficou à frente do negócio, mesmo sem experiência na área de varejo; depois, Jonathan deixou o emprego e foi trabalhar na empresa.

Eles já tinham cinco lojas quando foram pro-curados, no Linkedin, pela empresa ameri-cana Cellairis, com a proposta de abertura de lojas Cellairis no Brasil. Jonathan foi aos Estados Unidos para tentar entender melhor como funcionaria a parceria e acabou acei-tando a oferta. A proposta da empresa ame-ricana era que, além de abrir as lojas Cellairis no país, houvesse uma expansão da marca com empresas franqueadas. E esse foi um grande desafio para Jonathan e Liliane.

Quando os colaboradores fazem toda diferença

O segmento da empresa era o mesmo com o qual já trabalhavam: acessórios para celu-lares e áudio. Jonathan e Liliane fecharam as lojas da marca que possuíam e deram início às lojas Cellairis em 2015, num escritório na própria casa e de uma forma bem amadora. Em 2016, mudaram-se para outro escritório, com espaço para o estoque.

Em três anos com a marca, os empresários já possuem mais de 50 operações em funciona-mento, com grande parte sendo própria, como lojas e quiosques dentro dos shoppings.

“A receita de sucesso é, além do planejamen-to e da vontade de fazer dar certo, a força de nossos colaboradores, que fazem toda a di-ferença no negócio”, explica Liliane Benitez.

Uma das exigências da empresa america-na era a ampliação do negócio por meio de franquias. Mas, quando o empresário pro-curou o Sebrae, em julho de 2018, foi infor-mado de que o manual de operações não estava totalmente alinhado, e que seria ne-cessário atualizá-lo, para evitar problemas com os franqueados.

A empresária Liliane Benitez

Webpage (à esquerda) e blog da Cellairis

Imagens ilustrativas

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Parceria que deu certo

A empresa recebeu consultoria para elabo-ração dos manuais de franquia pelo Sebra-etec, o que trouxe resultados positivos para o aprimoramento e o ganho de eficiência do negócio.

Além da consultoria realizada pelo Sebraetec, os gerentes de lojas Cellairis participaram do Líder Coach, curso que procura aprimorar ta-lentos e extrair o que há de melhor em cada funcionário.

Atualmente, um dos requisitos para a abertura de uma nova loja da Cellairis é que o candida-to a franqueado tenha participado do seminá-rio Empretec.

Eles acreditam que seu diferencial competitivo

Atualmente, um dos requisitos para a abertura de uma nova loja da Cellairis é que o candidato a franqueado tenha

participado do seminário Empretec.

No Sebrae desde 2016, Karen trabalha atualmente no Escritório Regional Rio de Janeiro II. É formada em Administração de empresas e pós-graduanda em comunicação e marketing em mídias digitais. Sua proximidade com a área de marketing digital, especificamente, a faz acreditar que este pode ser um grande diferencial nas micro e pequenas empresas.

AutoraKaren Vianna

www.cellairis.com.brwww.facebook.com/CellairisBrasilhttp://instagram.com/cellairisbrasil

é o atendimento especializado e, por essa razão, oferecem capacitações para desen-volvimento da equipe. Além desses treina-mentos, há encontros com os proprietários, chamados de “café com a chefia”, para con-versarem sobre o andamento da loja, dificul-dades enfrentadas e melhorias que podem ser alcançadas.

A aposta que trouxe excelentes resultados

A formatação de um bom manual de fran-quia foi crucial para a Cellairis, visto que seu modelo de negócios é fácil de ser copiado e, por isso, eles devem continuar atentos em sua operação e investindo na diferenciação em seu atendimento.

A empresa está presente em quatro estados brasileiros: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina, com maior atuação nas capitais paulista e fluminense. O próxi-mo passo da empresa, além de um manual de operações bem definido, é o estudo de mercado referente aos novos locais para funcionar. Com essa garra, a Cellairis Brasil, mesmo com todos desafios enfrentados, tem tudo para continuar a crescer.

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29CACHORRO QUENTE DA TIARumo ao sonho e rede de franquias

Escritório RegionalRIO DE JANEIRO II

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CACHORRO QUENTE DA TIA

A empresária Eny Matos, a “tia do cachorro quente”, é celebridade do bairro de Jacare-paguá, Rio de Janeiro, mas poucos sabem seu verdadeiro nome. Desde 1981, ela con-quista clientes e reconhecimento com muita simpatia e um molho especial, que dizem ser a essência do sucesso do seu negócio.

A Cachorro Quente da Tia, ou CQTIA, iniciou suas atividades com pouquíssimo planeja-mento, montando uma barraca em uma pra-ça. A ideia surgiu da necessidade de ajudar no sustento da família. Hoje as atividades e o acompanhamento da gestão do negócio são comandados por Hugo, um dos filhos de Eny, que hoje está com 70 anos.

A cada 15 dias ela faz questão de colocar a mão na massa e prepara o famoso molho de seu cachorro quente. O negócio tem mais de 30 anos de existência e, desde 2005, vem sofrendo alterações positivas e cruciais para alcançar uma imagem moderna e eficiente no mercado. Uma identidade visual foi cria-da, com a logo, todos os móveis e a estrutura das lojas padronizados, as redes sociais im-plementadas e houve ainda a parceria para venda por aplicativo.

Como a vontade de todos é expandir, o novo desafio que eles devem superar agora é como expandir o negócio com franquias sem perder a essência?

Cachorro quente com design

A repaginação com branding e fortalecimen-to em mídias sociais, foi necessária diante das mudanças que o mercado impõe. Os be-nefícios puderam logo ser percebidos, como o aumento nas vendas, o conhecimento e a expansão da marca. A CQTIA conta com 22 funcionários e seu faturamento é expressivo.

As atividades tiveram início mesmo com pouco planejamento, por uma empresária simples e com pouca instrução. A transfor-mação ocorreu com a entrada de Hugo, que buscava profissionalização e melhores for-mas de gestão, tornando a CQTIA mas com-petitiva e segura em sua atuação.

Houve uma preocupação com questões do mercado, um interesse por parte dos empre-sários na expansão das atividades e na ade-quação da empresa a um padrão específico. Eles converteram a simples barraca em um quiosque remodelado e uma loja completa-mente nova. Essas mudanças foram neces-sárias para que as vendas aumentassem e a atividade fosse valorizada.

Informação e consultoria antes de tudo

Diante da oportunidade de expansão, Hugo buscou informações sobre franquia duran-te o atendimento do Sebrae, demonstran-do grande interesse em formatá-la nesses moldes, pois, segundo ele, essa era uma de-

Tia Eny: alegria faz parte da receita

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manda de diversos clientes e investidores. Vá-rias soluções do Sebrae foram apresentadas e a consultoria do Sebraetec em Estudos de Via-bilidade Técnica e Econômica (EVTE) mostrou--se a mais indicada. Foi realizado o estudo para verificar a CQTIA teria condições para se tornar franqueadora. A consultoria teve duração de três meses, a partir de fevereiro de 2018.

Hugo e Eny ficaram muito satisfeitos com os re-sultados obtidos a partir da consultoria. Na ver-dade, querem abrir mais dois pontos de venda antes de se tornarem franqueadores e, no futu-ro, levar o formato para os EUA.

Franquias para expansão do negócio

Um caminho sugerido é que a empresa encon-tre empresários que se interessem pelo negó-cio, tenham paixão, amor e carinho, que são a base do atendimento de qualidade do empre-endimento. Além disso, devem ainda realizar uma pesquisa de mercado e fazer toda forma-tação do novo modelo de negócio.

Nesse percurso para transformar a empresa em franquia de sucesso e ampliar a rede, a CQTia con-ta já com qualidade e reconhecimento do produ-to e, o que é mais importante: o desejo de crescer!

Aiany Abrantes é formada em Comunica-ção Social com habilitação em Jornalis-mo. Atuou como assessora de imprensa e reporter de rádio. Trabalha no Sebrae há 5 anos na área de Atendimento e atua no Escritório Regional Rio de Janeiro II tam-bém com Soluções educacionais.

AutoraAiany dos Santos Abrantes

A ‘Tia’ recebe os analistas Marcos, Aiany e Karen, do Sebrae, para entrevista de elaboração do caso de sucesso

http://cqtia.com.br www.facebook.com/cachorroquentedatiawww.instagram.com/cqtia

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30PARECE QUE NÃO REZACamisetas que transformam vidas

Escritório RegionalRIO DE JANEIRO II

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PARECE QUE NÃO REZA

Em uma conversa com uma amiga sobre a necessidade de trocar de profissão para abraçar uma causa social e se realizar profissionalmen-te, a pedagoga Erika Oliveira ouviu como resposta: você parece que não reza! Tem mil coisas pra fazer e ainda quer inventar moda?!

Assim surgiu, em 2015, a Parece Que Não Reza (PQNR) em Lins de Vascon-cellos, Rio de Janeiro, um negócio so-cial, em que um percentual de cada peça vendida é revertido para uma instituição previamente selecionada.

A ideia era abrir um atelier “slow fashion”, com produtos de qualidade, muito conforto e preço justo. Como Erika não tinha experiência nesse negócio, procurou o Se-brae para obter o máximo de informações antes de dar início à realização de seu sonho.

Modelo de negócio com impacto social

Erika começou a se informar sobre o novo empreendimento e visitou algumas fábricas para checar como era a produção. Ela se de-parou com costureiras desmotivadas e insa-tisfeitas com os valores que recebiam pelo número de horas que trabalhavam. Nesse momento Erika decidiu que toda a gestão da sua empresa estaria conectado à respon-sabilidade social.

A PQNR usa malha de empresas de qualida-de no mercado, como Santa Constancia e Menegotti, que também se preocupam com o impacto ambiental de sua produção. Os produtos são feitos com processos manuais, de maneira justa, por mulheres em comuni-dades na cidade do Rio de Janeiro. Isso pro-voca grande impacto social.

Atualmente a PQNR ensina mulheres a cos-turar em parceria com a instituição social Al-deias Infantis SOS Brasil. Existem quatro ou-tras instituições cadastradas: Saúde Criança, Prato Cheio, Semente do Amanhã e Pensan-do no Amanhã.

É preciso investir em gestão

A empresária, que já tinha conhecimento do Microempreendedor Individual (MEI), após decidir o que de fato queria fazer, buscou apoio do Sebrae e, contando também com a ajuda de amigos e empresários do setor de moda, deu início ao seu negócio.

Começou a fazer todo o planejamento, es-tudou o tema gestão de negócios por quase dois anos, identificou seu perfil de empre-endedor e colocou em prática as atividades da empresa em um site de vendas online (e-commerce).

Como queria começar da melhor maneira possível, fez vários cursos no Sebrae: Na Me-

A empresária Érica Oliveira em seu ateliê/escritório

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dida, Gestão da Qualidade, pacote de soluções de moda, Ges-tão de Estoque, Financeira e Programa Impacta 2017.

Unindo responsabilidade social com lucratividade

A PQNR vende camisetas femininas para todo o Brasil através de e-commerce e tem um grande sonho de abrir uma loja físi-ca. Eles já têm definido o planejamento para uma loja, mas al-guns pontos ainda devem ser considerados: aumento dos cus-tos, gestão de estoque, funcionário para ficar na loja, migração do porte da empresa de MEI para ME. Essas questões devem ser analisadas em um novo modelo de negócio, visando não impactar no modelo já existente, o e-commerce.

Erika está muito satisfeita com os resultados obtidos; ela tem dois processos de Canvas, ferramenta desenvolvida para vali-dar modelos de negócios, atualizados mensalmente.

As próximas soluções nas quais a empresária mostra interesse são: o Seminário Empretec e Sebraetec de Design de ambiente, quando for abrir a loja física.

Com muita disposição de aprender e um interesse genuíno pelo negócio social, a PQNR vai continuar inventando moda.

Hoisla trabalha desde 2015 no Escritório Regional Rio de Janeiro II. É formada em administração de empresas e atualmente cursa MBA em gestão de pequenos ne-gócios, buscando aperfeiçoar seus conhecimentos para melhorar seu atendimento. É gestora do projeto de moda da região. A escolha do caso se deu pelo acompanhamen-to e orientação à empresária Erika, que acontece desde 2017 com óti-mos resultados.

AutoraHoisla Raquel F. da S. Rocha

Érica recebe em sua empresa a analista Hoisla, do Sebrae

www.parecequenaoreza.com.brwww.facebook.com/parecequenaoreza

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31BARBEARIA DO ZÉ IMPERATORComo ser um franqueador eficiente

Escritório RegionalRIO DE JANEIRO III

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BARBEARIA DO ZÉ IMPERATOR

A Barbearia do Zé Imperator, localizada no Méier, Rio de Janeiro, desde 2015, iniciou seu modelo de franquia em 2016. No entanto, o empresário Thiago Reis e seu sócio, Hugo Paiva, não tinham nenhum processo de ges-tão estruturado, o que causava inúmeros problemas entre franqueador e franquea-dos. Em abril de 2017, com essa expansão da empresa, ficou evidenciada a necessidade de uma organização de processos e plane-jamento, para conseguir atender de forma eficiente seus franqueados.

Muito além de uma simples barbearia

Para mudar o perfil das barbearias, conside-radas como espaços precários, onde é enor-me o amadorismo dos profissionais e a falta qualidade nos serviços e no atendimento ao cliente, a Barbearia do Zé trouxe para o mer-cado uma nova forma de barbear. Além dos serviços de barbearia, são oferecidos produ-tos exclusivos para homens, como linha de cosméticos e artigos selecionados de grifes. Inspirado pelo seu avô, que era barbeiro, Thiago criou conceito arquitetônico e identi-dade visual próprios, e desenvolveu um mo-delo de negócios que logo atraiu interessa-dos em adquirir a franquia da marca.

Mesmo não optando de imediato pela expan-são, mas com várias solicitações vin-das de profissionais e de empresas, os sócios acabaram cedendo, o que

provocou um crescimento sem planejamen-to. Com a gestão básica da empresa e uma visão empreendedora, eles foram adminis-trando o negócio, com todas as dificuldades produzidas pela falta de processos, planeja-mento estratégico e dos manuais operacio-nais de franquia, gerando muitos conflitos com os novos franqueados, que reclamavam da falta de suporte do franqueador.

A oportunidade de aprender sobre ges-tão de franquias

Os sócios procuraram o Sebrae e várias solu-ções foram propostas: consultoria para pla-nejamento de gestão por processos pelo Se-braetec, elaboração dos manuais de franquia (padronizando os processos e procedimen-tos), consultoria de planejamento estratégi-co e financeiro e, finalmente, a participação dos sócios no Empretec, que possibilitou um crescimento profissional e maior foco nos objetivos traçados.

Ao desenvolver os manuais para os fran-queados, estabelecendo regras e metodo-logia, iniciou-se uma fase mais equilibrada em relação ao acompanhamento e treina-mento dos seus franqueados. Com o conhe-

Ambiente no interior da barbearia

Imagem

de arquivo Facebook

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cimento adquirido, eles puderam estruturar o negócio na gestão de franquias e prospectar novos franqueados.

Competitividade e crescimento profissional driblam crise econômica

Quando buscaram informações no Sebrae, fi-cou claro para os sócios que a Barbearia do Zé fez diferença no mercado e conseguiu desenhar de forma estratégica seu futuro, possibilitando maior competitividade e crescimento profissio-nal, mesmo diante da crise econômica.

Ambiente no interior da barbearia e a fachada do estabelecimento

http://barbeariadoze.com.brwww.facebook.com/barbeariadozerjwww.instagram.com/barbeariadoze

Com a implantação do controle e análise fi-nanceira e do planejamento estratégico, os sócios conseguiram tomar decisões com foco no crescimento sustentável, tornando possível também identificar novas necessidades, como a realização de um plano de marketing focado no aprimoramento do marketing digital.

Thiago e Hugo, além da expansão da rede de franquias, têm muitos planos para o futuro: querem criar o Zezinho, um espaço voltado para crianças nas lojas, e a BZ Dog, com pro-dutos e serviços para cães.

Débora é advogada, pós-graduada em gestão de negócios pelo Ibmec, com MBA em estra-tégias empresariais e inteligência competitiva e está cursando MBA em gestão de negócios como ênfase em competências comportamentais. Trabalha no atendimento ao cliente Se-brae desde 2013 e atualmente no Escritório Regional Rio de Janeiro III como responsável pe-las soluções de Consultoria Empresarial e Formatação de Franquias, vem apoiando diversas pequenas empresas em seu desenvolvimento e expansão. A Barbearia do Zé foi escolhida como um case de sucesso por seu potencial de crescimento e pelos resultados obtidos após receberem apoio do Sebrae (Consultorias, Sebraetec e Empretec).Autora

Debora Evelym dos Santos Lapa

Imagens de arquivo Facebook

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32MARICOTA BOLOS CASEIROSComo crescer sem perder a qualidade

Escritório RegionalRIO DE JANEIRO III

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MARICOTA BOLOS CASEIROS

A Maricota Bolos Caseiros, localizada na Vila da Penha, Rio de Janeiro, teve seu início a partir de uma necessidade familiar e de um sonho, mas logo os sócios perceberam que tinham vocação para o negócio.

Em 2015, o casal Flávia e Sandro Velasco abriu uma pequena loja de cerca de 20 m² e iniciou o negócio somente com delivery e um pequeno atendimento de balcão, com poucas mesas e cadeiras na calçada, para que os clientes pudessem consumir os pro-dutos no local. Após alguns meses da aber-tura, foi grande o aumento da demanda e houve a necessidade de estruturar um lugar para melhor atendimento aos clientes na loja. Realizar essa ampliação de espaço sem perder a qualidade de produtos e serviços era um grande desafio.

Gastronomia da experiência: além do prazer de comer

O mercado de bolos e tortas, além do comér-cio de varejo, pode voltar-se ao atendimen-to de eventos em casas de festas, lancho-netes, confeita-rias e restauran-tes. O pico de vendas acon-tece em datas como Natal, Ano Novo e Dia das Mães.   Mas o diferencial é a criatividade e

inovação, pois há uma grande concorrência de grandes supermercados e padarias.

A Maricota Bolos Caseiros, mesmo com con-correntes e com algumas fábricas de bolos e doces próximas, sempre acreditou na sua proposta de proporcionar uma experiência única a seus clientes, que desejavam café da manhã e chá da tarde especiais.

Enfrentando o desafio com capacitações

Com o aumento da demanda, em setem-bro de 2016, no auge da crise brasileira, os empresários tomaram a decisão de se mu-dar para o atual endereço. Um espaço bem maior, com lugar para os clientes sentarem e consumirem os produtos em um ambiente confortável, aconchegante e dentro de um conceito de “casa”.  Para superar esse desafio, contaram com o apoio do Sebrae em várias capacitações, como Sebrae Mais Líder Coa-

Equipe unida com açúcar e com afeto

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ch, clínicas tecnológicas e Empretec, proporcionando mais conhecimento e aumento da capacidade de ges-tão e produção na empresa.

Outra mudança se refere ao mix de produtos, que foi ampliado: além dos bolos caseiros, começaram a ofe-recer doces e salgados de produção própria e alguns produtos terceirizados. Desde então, vêm recebendo diversas propostas de representação da marca e dos produtos, vindas de clientes e amigos, o que motivou o casal a pensar na estratégia de sistema de franquias. Apesar dessa demanda, a preocupação crescia, já que não tinham estrutura organizada para esse crescimento.

Em  consultorias do Sebraetec (Estudo de Viabilidade Técnica Econômica – EVTE – de Franquia), ficou evidente que a Mari-cota Bolos Caseiros estava pronta para criar asas e se expandir com o sistema de franquias.

Continuando a crescer

O apoio do Sebrae foi fundamental nesse aprendizado, na pro-fissionalização e no apoio para um crescimento sustentável, possibilitando o amadurecimento e condições de a empresa ser franqueadora a partir de um plano de negócios estrutura-do para esse fim.

Esse sucesso ficou evidenciado pelos números expressivos do negócio, que apresentou as seguintes taxas de crescimento no faturamento escalonado: 15,21% no período 2016/2017; 24,41% em 2017/2018; e, para 2019, a projeção está em 45%.

Os próximos passos incluem o crescimento da empresa com novas lojas franqueadas, utilizando as ferramentas de controle, projeções financeiras, planejamento e estratégias de marketing.

Advogada, Glaucia é pós gradua-da em gestão de pequenos negó-cios pela FIA (Fundação Instituto de Administração). Atualmente trabalha no atendimento ao clien-te do Escritório Regional Rio de Ja-neiro III e atua nos projetos de pa-nificação, sorvete e moda, além de promover capacitações do Sebrae Mais para empresários locais. A escolha do caso de sucesso se deu através do projeto de panificação, onde a feliz parceria com os em-presários após algumas capaci-tações e um Sebraetec rendeu a história.

AutoraGlaucia Martins Rocha

Interior do novo espaço

www.maricotabolocaseiro.com.brwww.facebook.com/maricotabolocaseiroinstagram.com/maricotabolocaseiro

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33VELHOS AMIGOS SERVICECuidar de idosos com profissionalismo e carinho

Escritório RegionalRIO DE JANEIRO III

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VELHOS AMIGOS RESIDENCE

O lar para idosos Velhos Amigos Residence, situado na Ilha do Governador (RJ), foi fun-dado em 2014. Tendo como missão ser “mais do que um lar”, o empreendimento conse-guiu se destacar pela qualidade no atendi-mento a clientes e seus familiares, embora nenhum dos três sócios tivesse conhecimen-tos sobre gestão de empresas.

Eles iam sobrevivendo e as decisões eram to-madas de forma empírica, como ocorre com a maioria das microempresas, nas quais os sócios entendem da parte técnica em detri-mento dos aspectos relacionados à gestão. Em 2017, no entanto, surgiu a oportunidade de expansão: um lar de idosos, no bairro de Piedade, precisava de novos donos. Tratava--se de um prédio três vezes maior do que a unidade situada na Ilha do Governador. Um grande desafio, que Franklin Silva Feitosa e os sócios assumiram, e que, apesar de todas as adversidades, tornou-se um caso de su-cesso no bairro.

Um sonho ameaçado por diversos problemas

Conforme estudos do IBGE, a população de idosos cresce a cada ano. Em 2030, será maior do que o número de crianças com até 14 anos, o que permite antever um nicho de mercado bem expressivo.  A empresa Velhos Amigos Residence foi criada quando Franklin precisou de um lugar de qualidade para ins-

talar sua mãe e não encontrou nenhum que satisfizesse suas exigências. Conversando in-formalmente com os amigos, surgiu a ideia de abrir o lar de idosos, e os três viraram sócios.

Após algumas poucas pesquisas de mercado e definições, a Velhos Amigos, como é cari-nhosamente chamada pelos sócios, estava funcionando e já quase sem vagas para ou-tros idosos residentes. Embora parceiros e comprometidos com a causa, os empresários continuavam sem especialização na gestão e, segundo Franklin, “resolviam os problemas conforme se apresentavam, sem nenhum co-nhecimento ou planejamento prévio”.

Em busca de conhecimento específico

A empresa contatou o Sebrae, que promo-veu consultorias envolvendo os seguintes te-mas: liderança, estratégias e planejamento; relacionamento com clientes; relacionamen-to e definições de obrigações entre sócios; gestão de pessoas; gestão por processos; e gerenciamento com foco em resultados.

Foi uma consultoria longa e que demandou muito esforço dos sócios, mas o fato de te-rem participado proporcionou, aos três, o conhecimento necessário para gerirem sua empresa e perceberem que teriam muito “trabalho a fazer”. O resultado desse aprendi-zado possibilitou a tomada de decisões mais assertivas e a ampliação do espaço, como a

Material de divulgação

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criação do atendimento hospitalar, que proporcionou um conforto maior ao cliente (que não precisaria mais ser deslocado para certos atendimentos).

Segurança para triplicar o tamanho da empresa

Após a conclusão da consultoria, os sócios se sentiram mais confiantes para ampliar o negócio: tiveram seus processos mapeados, alguns indica-dores de resultados monitorados, o relacionamento entre todos melhorou e foi possível definir estratégias e planejamentos.

Hoje, a empresa Velhos Amigos conta com a unida-de inicial na Ilha do Governador, outra unidade na mesma rua, e a Velhos Amigos Service no mesmo bairro, funcionando no formato de clínica popular, bem como as unidades da Piedade, Velhos Amigos Residence e Service.

Agora, estão em busca de meios para enfrentar ou-tro grande desafio: a construção de uma unidade própria, com estrutura necessária e independente, que possibili-tará melhor atendimento aos novos clientes e maior lucratividade.

Fachada do lar, na Ilha do Governador

Centro de convivência bem cuidado

Bacharel em direito e pós-graduado em gestão de projetos, Bruno Fernandes teve sua atu-ação no Sebrae focada no atendimento ao atendimento ao cliente. É gestor do projeto Se-brae Fitness, tutor dos estagiários do Escritório Regional Rio de Janeiro III, auditor interno do modelo de atendimento, responsável pelo programa SebraeTec e do projeto de cervejas especiais na região que atua. O analista de negócios escolheu esse caso por ser um modelo de negócios incomum.

AutorBruno Cortines Linares Fernandes

www.velhosamigosresidence.com.br

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34SERRA VISIONA importância dos controles

financeiros na tomada de decisão

Escritório RegionalSERRANA I

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SERRA VISION

A Serra Vision foi fundada por João Paulo Gouveia, em 1998, como uma loja de venda de materiais elétricos, em Cordeiro, interior do estado do Rio de Janeiro. Depois de al-guns anos de atuação, a loja, que se chamava Luz e Arte, começou a oferecer a prestação de serviços para o setor de construção civil, tornando-se reconhecida pela qualidade e excelência no atendimento

Em 2017, o empresário percebeu que, mes-mo com o faturamento alto, seus esforços não se traduziam em resultados satisfató-rios. Ele procurou encontrar as causas e ve-rificou que era necessário melhorar a gestão financeira da empresa.

O grande desafio era: como aumentar a ren-tabilidade da empresa com uma gestão fi-nanceira mais eficiente?

Não basta ter clientes, tem que controlar

Depois de alguns anos, eles começaram a focar no atendimento àsci-menteiras, principais pro-motoras do desenvolvi-mento da região. Nesse período, João Paulo preci-sou adequar sua estrutu-ra para atender aos novos clientes, por isso expan-diu o quadro de funcioná-rios, fez diversas capacita-ções, adquiriu veículos e comprou materiais, o que resultou em um signifi-cativo aumento dos seus gastos. E, com tudo isso, faltava tempo para captar outros clientes e para se dedicar à loja.

A empresa mantinha contratos com quase todas as cimenteiras da cidade e apresentava um bom faturamento, mas nada disso era do-cumentado. Não havia um controle financei-ro sistemático e, no final do mês, a percepção era de que a rentabilidade era muito abaixo da esperada. Para que a empresa sobrevives-se no mercado, o empresário resolveu que era hora de investir na gestão financeira.

Clareza de números abrem portas para novos negócios

Em 2017, João buscou uma consultoria de Planejamento e Controle Financeiro no Se-brae, e as informações e processos internos começaram a ser organizados. A primeira mudança foi a inserção de planilhas para criação de um plano de contas, além do con-trole de contas a pagar e a receber. Isso per-mitiu o registro do movimento da empresa

com base em vendas e obrigações, detalhando prazos e valores; dessa forma, o valor total fica-va constantemente atu-alizado.  

O segundo passo foi aprimorar os contro-les de caixa e de banco da empresa, que eram realizados de forma primitiva. Os números conhecidos pelo em-presário foram trans-portados para planilhas, categorizando-os em entradas e saídas. Dessa forma, a movimentação financeira do negócio era formalizada e trans-

Recepção da sede da empresa

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parente, permitindo que o empresário tivesse conhecimento sobre a grandeza e a realidade dos números.

Com todas as informações financeiras registra-das e contabilizadas, João Paulo pôde tomar duas decisões importantes: atuar em um novo segmento sem ter que deixar o negócio inicial e expandir os serviços para outra região.

Além dos resultados positivos

A criação de uma rotina diária de lançamentos financeiros possibilitou uma mudança de cultu-ra dentro da empresa, que passou a utilizar os resultados de forma gerencial e a tomar deci-sões mais assertivas.

Como resultado de toda essa transformação, João Paulo decidiu implantar um novo produ-to: o Sistema de Monitoramento de Alarmes e Câmeras, que hoje representa a principal fonte de renda do grupo. Além disso, abriu um escri-

Exposição de produtos no interior da loja Fachada da loja

O emrpesário João Paulo (na frente, à esquerda) e a equipe Serra Vision

www.serravision.com.br

tório em Nova Friburgo e fechou contratos com grandes empresas durante as rodadas de negócios oferecidas pelo Sebrae.

Hoje, a empresa disponibiliza serviços de manutenção e instalação de ar-condicio-nado, parte elétrica, segurança eletrônica e automação residencial. E, já pensando no futuro, o empresário está fazendo um curso na área de energias renováveis e poderá ter mais esse diferencial para oferecer.

Juliana é formada em administração de empresas, com MBA em marketing. É pós-gra-duanda em gestão de pequenos negócios e gestão empresarial. Trabalha no Escritório Regional Região Serrana I e atua há quase cinco anos com a gestão de projetos de gas-tronomia, panificação e confeitaria, orientação empresarial e programa Sebraetec. Além disso, é empreendedora em um negócio digital e reconhece a importância da gestão fi-nanceira para o seu negócio.

AutoraJuliana Noronha

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35GRAÇA´S TORRADASProdução artesanal com qualidade internacional

Escritório RegionalSERRANA II

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GRAÇA’S TORRADAS

Fundada em 1999 por Maria das Graças Lo-rete Lima, a Graça’s Torradas é uma empresa familiar sediada em Petrópolis (RJ), também conhecida como Cidade Imperial por abrigar a casa de veraneio da realeza no período de 1847 a 1849. Com o crescimento alcançado ao longo dos anos, um desafio surgiu: como aumentar a produção sem perder as caracte-rísticas artesanais dos produtos?

Para além do tradicional

Inicialmente, a família produzia pães, bolos, torradas e diversos outros itens de panifi-cação, mas logo ficou claro que as torradas eram muito bem aceitas pelos consumido-res, e também por pousadas e restaurantes da região. Assim, decidiram especializar-se na produção de torradas canapés, criadas pela fundadora da empresa. Outros sabores fo-ram apresentados, para atender a paladares e clientes exigentes. Além do sabor tradicional, adicionaram ao mix de produtos as tor-radas integrais, de salsa e cebola (tem-perada), de gergelim e de legumes (be-terraba, espinafre e cenoura). Todas são produzidas com ingredientes naturais e sem adição de corantes e conservantes. Esse é, desde sempre, um dos diferen-ciais da empresa.

 

Maior produção, qualidade igual – isso é suficiente?

A questão era: é possível aumentar a produção das torradas mantendo a qualidade artesanal? Contrataram uma consultoria técnica da Firjan Senai e conseguiram solucionar esse dilema.

Entendendo que era possível expan-dir sem perder os aspectos artesanais,

decidiram começar a planejar a exportação. Desde então, promoveram algumas mudan-ças estratégicas, com a implementação de processos de qualidade e rastreabilidade, além de consultoria para auxiliar no estudo de mercados em potencial e viabilidade.

O estudo e as ações apresentaram resultado positivo: exportar torradas naturais é possí-vel! Então, a empresa não mediu esforços e se planejou para investir num projeto que durou três anos.

Nesse período, tiveram apoio do programa Sebraetec. Primeiro, para desenvolvimento do design de embalagem e, depois, para a criação do website em múltiplos idiomas. Anderson, um dos gestores da empresa, afirma que, nessa fase, estavam realizando muitos investimentos, e que, “com a parce-ria do Sebrae, recebemos apoio fundamen-tal em um projeto que poderia ou não ter sucesso. Deu certo!”.

Propaganda nas redes sociais

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de arquivo Facebook

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Na busca pela internacionalização, a empre-sa criou, em 2017, uma marca específica para o mercado externo (COZZINE), promoveu a adequação do prazo de validade dos pro-dutos, a formulação dos produtos para cada país e o desenvolvimento de material de di-vulgação em três idiomas, além de participar de feiras no Brasil e no exterior para realiza-ção de negócios e para conhecer de perto os futuros clientes. Após esse período de expe-riências, testes e adequação, foi realizada a primeira remessa ao exterior.

Os resultados foram tão positivos que, após um tempo, a empresa participou dos progra-mas Lean Manufacturing e Encadeamento Produtivo Supply Chain e Comércio Interna-cional do Sebrae. Os resultados obtidos fo-ram: 30% de aumento de produtividade; 83% de redução no absenteísmo; 58% de redução de estoque; 21% de redução de refugo, com benefício líquido de cerca de R$ 960 mil.

Graça’s Torradas no mundo

Anderson confidencia que “não há proble-mas insolúveis, mesmo que, em determina-dos momentos, eles se apresentem muito maiores que nós”. O futuro desafio da Gra-ça’s Torradas é consolidar-se como uma empresa exportadora, tendo 20% do fa-turamento proveniente das vendas para o comércio internacional, além da expansão em território nacional e da diversificação do mix de produtos.

Advogada, Tássia está cursando MBA em gestão de pequenos negócios na Universidade Es-tácio de Sá, pelo Sebrae/RJ. Atualmente, trabalha no atendimento ao cliente do Escritório Regional Região Serrana II e atua no projeto de panificação e capacitações para MEI e poten-cial empreendedor. A escolha dos três casos envolveu todos os analistas da sua Regional, que tiveram participação mútua nas soluções de acesso a mercado, capacitações e Sebraetec.

AutoraTássia da Rocha Rosa

Linha de produtos

www.gracastorradas.com.brwww.facebook.com/gracas.torradas

Propaganda nas redes sociais

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de arquivo Facebook

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36LABORATÓRIO SÃO LUCASEmpenho e dedicação para superar obstáculos

Escritório RegionalSERRANA II

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LABORATÓRIO SÃO LUCAS

O Laboratório São Lucas, fundado em 1980, teve uma história de sucesso e crescimento constante até abril de 2012, quando uma forte enchente atingiu o centro da cidade de Teresópolis (RJ) e o laboratório foi total-mente inundado. A perda de equipamen-tos, documentos e computadores resultou em um prejuízo de R$ 650 mil. Viviane Pires Maciel, uma das sócias, se perguntou: como poderia lidar com este desastre da melhor forma possível?

Trajetória de crescimento

Aos 19 anos, Viviane Pires Maciel iniciou um curso técnico de patologia clínica e, um ano depois, começou a trabalhar em um labora-tório de análises clínicas. Depois, ingressou na faculdade de Ciências Biológicas, e no ano da formatura, foi convidada a chefiar um laboratório de um hospital em Teresópolis.

Em 2006, um médico a convidou para fazer parte da compra do Laboratório São Lucas Medicina Laboratorial, na mesma cidade. Em 2011, a bióloga comprou a parte dos outros sócios e convidou um amigo para compor a sociedade. Nesse período, ela e o sócio resol-

veram arriscar mais, promoven-do a ampliação e modernização da sede. Começaram então a par-ceria com o Sebrae, participando de palestras técnicas, workshops e oficinas.

Viviane e o sócio elaboraram um plano de negócios para desen-volver a empresa. Na época, o laboratório contava apenas com uma unidade e atendia 450 pa-cientes por mês. Ao implantar as ações, o atendimento aumentou

para 1,2 mil clientes por mês e 10 mil exames realizados. Mas, em 2012, com a inundação, ficaram em uma situação muito difícil, e não sabiam como poderiam reconstruir o espaço e superar o prejuízo financeiro.

Desistir jamais

Diante desse desafio, Viviane buscou apoio do Proger (Programas de Geração de Empre-go e Renda) e do BNDES, para repor os ma-quinários e realizar as obras de reforma.

Ao mesmo tempo em que voltava a adquirir os bens materiais, a empresária viu que pre-cisava reconstruir a gestão da empresa com os funcionários, também impactados. Procu-rou então o Sebrae para participar do curso Gestão de Pessoas e Equipes na Medida, e de palestras do Sebrae Mais Gestão Financeira.

Em abril de 2013, Viviane soube do Prêmio MPE Brasil, inscreveu-se, e o Laboratório São Lucas venceu a etapa estadual, na catego-ria serviços de saúde. As características da empresa para a conquista do Prêmio MPE Brasil foram: a persistência – agir diante do prejuízo causado pela enchente demandou um grande esforço para superar e seguir em frente com a ampliação do Laboratório; o

A empresária Viviane Maciel, feliz por suas vitórias

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comprometimento – a união dos colaboradores e sócios, ao se envolverem com a vontade de reerguer a empresa; e a exigência de qualidade e eficiência, visando a melhoria do serviço e do atendimento ao cliente.

Após a premiação, a empresa participou dos seguintes programas: Sebrae no Pódio, Sebrae Mais Líder Coach, Sebrae Mais Gestão Estratégica e da Oficina de Modelo de Excelência de Gestão (MEG), que, na opinião da empresá-ria, impactaram positivamente na mudança de compor-tamento, cultura organizacional e adoção de outras boas práticas de gestão.

Vencendo desafios com determinação

Viviane Maciel afirma que, diante dos problemas ocorridos nos últimos anos, descobriu ser forte e capaz de superar obstáculos não controlados, ser determinada e precisar de calma diante das adversidades. Viu também que “é possível chegar lá, mesmo que haja problemas no caminho, e que planejamento é fundamental!”.

Para o futuro, Viviane quer implantar o lean manufacturing nos processos do laboratório, aumentar a lucratividade da empresa e contribuir para a promoção do crescimento pes-soal e profissional dos colaboradores.

Equipe do Laboratório São Lucas

Foto: Felipe Esteves

Advogada, Tássia está cursando MBA em gestão de pequenos ne-gócios na Universidade Estácio de Sá, pelo Sebrae/RJ. Atualmen-te, trabalha no atendimento ao cliente do Escritório Regional Re-gião Serrana II e atua no projeto de panificação e capacitações para MEI e potencial empreen-dedor. A escolha dos três casos envolveu todos os analistas da sua Regional, que tiveram parti-cipação mútua nas soluções de acesso a mercado, capacitações e Sebraetec.

AutoraTássia da Rocha Rosa

www.saolucas.net

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37WILLIAM – PRODUTOR RURALDe lavrador a empresário

Escritório RegionalSERRANA II

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PRODUTOR RURAL WILLIAM CORREA SANCHES

William Correa Sanches é produtor rural em uma propriedade de quatro hectares na lo-calidade de Brejal, em Petrópolis (RJ), reco-nhecida pela Lei Estadual n.  8118/18 como a capital estadual dos produtos orgâni-cos. Desde bem jovem, William já trabalhava na roça com o pai, mas, em 2009, diante de uma oportunidade, passou a trabalhar com agricultura orgânica, uma vez que o uso de agrotóxicos exigido na lavoura convencional estava impactando a própria saúde.

No início, passou a cultivar algumas espécies de hortaliças e legumes, até que surgiu o pri-meiro problema: como escoar a produção? A agricultura orgânica requer mais tempo na cultura, exige maior cuidado manual e a quantidade colhida é bem menor compara-da à tradicional.

A questão dos intermediários

O primeiro passo foi vender por meio de in-termediários. Mas, posteriormente, William percebeu que não estava tendo o retorno financeiro esperado, sofrendo com a desva-lorização e a perda de parte da produção. Ele vendia para os atravessadores, que levavam sua produção até o consumidor final no cen-tro das cidades. Sem conhecer outra possi-bilidade, muitas vezes ficava à mercê das condições impostas, abusivas, com o preço abaixo do mercado. Por algumas vezes, ele pensou em parar a produção, em desistir, mas a vontade de produzir alimentos saudá-veis era maior.

Fornecedor de produtos orgânicos para grupos de empresas

Em 2016, William conheceu o Sebrae, a par-tir do Projeto de Fortalecimento da Cadeia

de Produtos Orgânicos que estava sendo desenvolvido na localidade de Brejal, e pas-sou por algumas capacitações do projeto No Campo. Em relação à gestão financeira, a ca-pacitação foi realizada de forma participativa e culminou na formação de três preços para cada item produzido, considerados mínimo, bom e ótimo. Conhecendo o lado comercial da lavoura, e de posse desses parâmetros de precificação, William passou a avaliar se esta-va fazendo um bom negócio.

O escoamento começou a fluir, e surgiu outra necessidade: melhorar a qualidade da pro-dução, tendo em vista que os clientes eram mais exigentes. A propriedade de William possui mais de 30 variedades, predominan-temente de hortaliças folhosas (couve, cou-ve-flor, salsa, coentro, repolho verde, repolho roxo, nirá, cenoura, beterraba, seis cultivares de alface, nabo, espinafre, mostarda, rúcula), entre outras, a depender da melhor época para plantio.

William percebeu também que as mulhe-res realizavam um trabalho mais minucioso, eram mais cuidadosas na retirada e lavagem

O empresário William cultiva sonhos e hortaliças em sua propriedade

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das hortaliças e legumes. Nas palavras dele, “as mulheres são mais caprichosas na lavoura”. Todas são moradoras da região e gostar da la-voura foi o requisito principal para que fizessem parte da equipe de William.

O mercado se amplia

Atualmente, William fornece seus produtos para a Rede Bramil de Supermercados, na re-gião serrana, e também para alguns restauran-tes e polos gastronômicos na cidade do Rio de Janeiro, como os de Copacabana, Lido e Leme; de Santa Teresa (Amesanta); Restaurante Orga-nomix; Supermercados Armazém do Grão; e loja Acolheita (Botafogo).

O empresário rural acredita que trabalhar com o que gosta é fundamental, e afirma que, pelo atendimento do Sebrae, enxergou novas opor-tunidades. As dificuldades do início ficaram no passado, e ele fica feliz quando o trabalho é re-conhecido, e os resultados, positivos.

Para o futuro, William pretende continuar a tra-balhar com a agricultura orgânica, levando ali-mentos saudáveis para a mesa de muitos lares e restaurantes.

Para o futuro, William pretende continuar a trabalhar com a agricultura orgânica,

levando alimentos saudáveis para a mesa de muitos lares e restaurantes.

Produção em crescimento

Advogada, Tássia está cursando MBA em gestão de pequenos negócios na Universidade Estácio de Sá, pelo Sebrae/RJ. Atualmente, trabalha no atendimento ao cliente do Escritório Regional Região Serrana II e atua no projeto de panifica-ção e capacitações para MEI e potencial empre-endedor. A escolha dos três casos envolveu todos os analistas da sua Regional, que tiveram partici-pação mútua nas soluções de acesso a mercado, capacitações e Sebraetec.

AutoraTássia da Rocha Rosa

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